Relatório Final
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PLANO DIRETOR CICLOVIÁRIO INTEGRADO DE PORTO ALEGRE RELATÓRIO FINAL CONSÓRCIO MATRICIAL Engenharia Consultiva Programa de Desenvolvimento Municipal SETEMBRO DE 2008 Plano Diretor Cicloviário Integrado de Porto Alegre Contrato relativo à CN 005/2006 – BID 229/2005, Processo nº 001.056270.05.4 CCP-05/05 Contratada: CONSÓRCIO OFICINA - LOGIT - MATRICIAL Objeto: Execução do Plano Cicloviário, do Projeto Funcional do Sistema Integrado, do Plano de Implantação, do Programa de Gestão e do Projeto Executivo de no mínimo 15 quilômetros de ciclovia, no âmbito do Município de Porto Alegre. Relatório Final Documento: RT09 Revisão: 01 Emissão: 09 de abril 2008 Arquivo: PDCPA - Relatório Final 071205.doc Este relatório contém a compilação final de todos os demais relatórios emitidos, consolidando-se em um Relatório Final. Oficina - Logit - Matricial, Consórcio. Etapa 9 - Relatório Final Relatório – Plano Diretor Cicloviário de Porto Alegre, Final, Porto Alegre, 2007. Consórcio Oficina – Logit - Matricial 1 Plano Diretor Cicloviário Integrado de Porto Alegre Prefeito Municipal: José Fogaça Secretário dos Transportes: Luiz Afonso dos Santos Senna Fiscal do Contrato: Maria Cristina Molina Ladeira - Secretaria Municipal dos Transportes Grupo Técnico de Acompanhamento: Coordenador: Régulo Franquine Ferrari Empresa Pública de Transporte e Circulação - EPTC Márcia Rodrigues Dias Secretaria Municipal de Obras e Viação – SMOV Lucia de Borba Maciel Empresa Pública de Transporte e Circulação – EPTC Márcia Rodrigues de Rodrigues Secretaria Municipal de Gestão e Acompanhamento Estratégico – SMGAE Pedro Alberto da Silva Souza Secretaria Municipal do Meio Ambiente – SMAM Carla Rosane Hilgert Secretaria de Planejamento Municipal - SPM Consórcio Oficina – Logit – Matricial 2 Plano Diretor Cicloviário Integrado de Porto Alegre Logit Consultoria Wagner Colombini Martins – CREA 0600878061 SP – Coordenador Fernando Augusto Howat Rodrigues – CREA 5061109380 SP Christina Giacini de Freitas – CREA 5060816715 SP FICHA TÉCNICA Sergio Henrique Demarchi – CREA 0685079411 SP Ricardo Correa da Silva – CREA 5061537343 SP Ubiraci de Souza Leal – CREA 38365/D DF Oficina Engenheiros Consultores Associados: Antonio Luiz Mourão Santana - CREA 0600695228 SP Arlindo Fernandes – CREA 0601348680 SP Felício Hissaaki Sakamoto – CREA 0601045435 SP Antonio Carlos de Mattos Miranda – CREA 1286/D DF Marcelo Massayuki Nakazaki – CREA 5061898998 SP Matricial Consultoria: André Bresolin Pinto – CREA 70790 RS Evandro Rabelo Fleck – CREA 127019 RS Viviane Camargo Sobiesiak – CREA 139893 RS Consórcio Oficina – Logit - Matricial 3 Plano Diretor Cicloviário Integrado de Porto Alegre Este documento apresenta o Plano Diretor Cicloviário de Porto Alegre elaborado pelo Consórcio Oficina-Logit-Matricial de conformidade com a Concorrência Pública Nacional nº. CN 005 SMF BID Nº. 229/2005 - Empréstimo Nº. 1095/OC-BR. O trabalho foi iniciado em julho de 2006 e envolveu a participação dos técnicos do Consórcio e o Grupo Técnico de Acompanhamento – GTA formado por integrantes da ETPC, da Secretaria Municipal de Obras e Viação – SMOV e da Secretaria do Meio Ambiente – SMAM. Além da participação intensa dos órgãos públicos através do GTA, os trabalhos foram, também, apresentados em seminários públicos onde foram discutidos com a comunidade os principais resultados do diagnóstico, as diretrizes adotadas e as propostas do Plano. APRESENTAÇÃO Trata-se de um estudo inédito em termos de ciclovias, pois envolveu técnicas de modelagem de transportes e de coleta de dados que deram qualidade e precisão nas análises, normalmente alcançados somente nos projetos de modais motorizados. Desta forma, entende-se que este trabalho irá contribuir não só para a definição de uma política para o transporte por bicicleta em Porto Alegre como servirá para outros estudos similares que certamente serão realizados em outros municípios do país. O documento apresenta na sua introdução um texto sobre a importância do Plano. Após, segue-se: No Capítulo 1, a apresentação do Diagnóstico da Situação Atual; No Capítulo 2, o Prognóstico da Demanda do Sistema Cicloviário; No Capítulo 3, o Projeto Funcional da Rede Cicloviária Proposta; No Capítulo 4, o Programa de Implantação das propostas do Plano e; No Capítulo 5, o Programa de Gestão do Plano Diretor Cicloviário de Porto Alegre. Consórcio Oficina – Logit – Matricial 4 Plano Diretor Cicloviário Integrado de Porto Alegre O Plano Diretor Cicloviário Integrado de Porto Alegre constitui-se em um importante instrumento executivo para a condução das ações de planejamento e implantação de soluções para o transporte cicloviário da região. Com efeito, a partir dele é possível estabelecer uma estratégia de enfrentamento aos problemas diagnosticados e prognosticados, definindo um conjunto de ações que deverão ser implementadas para os próximos anos. Sem dúvida, na dimensão da mobilidade urbana, tratar o transporte não motorizado deve ser uma preocupação fundamental das políticas públicas dos municípios. É inegável o esgotamento das soluções de mobilidade baseadas no uso do automóvel, assim como a situação de estar longe de possuir um serviço de transporte coletivo que se apresente com os atributos e qualidades que o tornem plenamente acessível a todas as camadas da população. Além disso, a crescente preocupação com as questões ambientais e o tratamento da mobilidade em um contexto mais abrangente faz do transporte por bicicleta não apenas um modo secundário, mas de importância crescente na formulação de políticas de transporte justamente por não ser poluente e pelo seu baixo custo, atendendo aos deslocamentos de curta e média distância de parcela da população de baixa renda. INTRODUÇÃO No entanto, é notória a carência de infra-estrutura para atender aos usuários deste modo no país. O padrão encontrado nas cidades brasileiras ainda está longe dos apresentados por países desenvolvidos, em particular, os da Europa. Até hoje foram poucas as experiências voltadas à montagem de redes cicloviárias no Brasil. As tentativas ocorreram ao longo da década de 70 e no início dos anos 80 do século passado. As razões para tais iniciativas foram os fenômenos identificados como “Choques do Petróleo” e o financiamento promovido pelo Banco Mundial aos estudos de transportes urbanos desenvolvidos pela Empresa Brasileira de Planejamento de Transportes - GEIPOT, que contou com o acompanhamento da Empresa dos Transportes Urbanos - EBTU. Mais tarde, de meados da década de 80 até o seu final, algumas iniciativas surgiram em cidades de porte médio brasileiras. O novo programa não privilegiou as capitais e tinha por objetivo a criação de infra-estrutura de qualidade nos serviços urbanos de cidades selecionadas em estados da federação. Com este procedimento esperavam montar níveis de serviço que conseguisse não somente frear as correntes migratórias em direção às capitais, como transformar essas cidades em pólos regionais de excelência. Consórcio Oficina – Logit - Matricial 5 Plano Diretor Cicloviário Integrado de Porto Alegre Nem mesmo assim tais estudos conseguiram colocar a bicicleta na rotina de mobilidade urbana, sendo poucas as experiências que levaram adiante a realização de estudos para as duas rodas leves. O que se depreende do quadro apresentado pelo Brasil é de que o poder público ainda está muito distante do atendimento das necessidades mais simples dos seus cidadãos. Tendo o número de usuários da bicicleta (estima-se que 1/3 da frota - 25 milhões de unidades - circula diariamente nas cidades e na zona rural brasileira) na mesma dimensão da frota de automóveis particulares em operação, seria justo que maior atenção recebesse das autoridades públicas quanto aos espaços seguros para circular. Daí a relevância deste Plano que, ao apresentar uma proposta para a implantação de cerca de 400 km de ciclovias na cidade de Porto Alegre, e se plenamente implantada, faria com que o município possuísse a maior rede no país, mudando o paradigma atual de partilha do espaço viário onde reinam em grande quantidade os modos motorizados. O Plano foi elaborado a partir de um diagnóstico detalhado dos vários aspectos envolvidos, tais como: Os indicadores sócio-econômicos do município de Porto Alegre; A demanda atual do modo bicicleta baseada nas análises dos dados de planos e estudos existentes - complementado por dados levantados em pesquisas de campo; As condições físicas e da topografia da cidade analisadas; O sistema viário e os sistemas de transporte existentes analisados e; A segurança dos ciclistas. Complementando esses aspectos, o diagnóstico possui análises dos aspectos institucionais e de gestão relacionados ao transporte cicloviário no município. A etapa seguinte constitui na determinação da demanda futura para o modo bicicleta para um horizonte de 15 anos. Ela é baseada em projeções demográficas e em uma pesquisa de preferência declarada que permitiu estimar o potencial de novos usuários desse modo de transporte. Simulações mostraram os novos fluxos de viagens antevistos para o ano horizonte, orientando a definição da Rede Potencial para a cidade. Complementando estas etapas o Plano contemplou, também, propostas para a implementação do Plano, assim como as medidas necessárias para uma eficiente gestão do mesmo. O orçamento global previsto é da ordem de R$ 40 milhões, sendo de 13,6 milhões para os trechos prioritários que forma a Rede Estrutural proposta. Consórcio Oficina – Logit – Matricial 6 Plano Diretor Cicloviário Integrado de Porto Alegre Trata-se, portanto, de um montante relativamente modesto se comparado com