PLANO MUNICIPAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL 2010-2013

MUNICÍPIO DE

PEREIRAS

PLANO MUNICIPAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL

Prefeitura Municipal de Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural de Pereiras Casa da Agricultura de Pereiras Escritório de Desenvolvimento Rural de

Período de vigência: 2010 a 2013

Apresentação

A elaboração do Plano Municipal de Desenvolvimento Rural Sustentável (PMDRS) é de suma importância para o desenvolvimento no setor agropecuário do município contando com a colaboração dos produtores rurais conseguiu-se chegar a um consenso o que o município necessita para melhorar a área da agropecuária com a ajuda fundamental da Casa da Agricultura e de seus técnicos. A base do trabalho de elaboração do plano foi o treinamento dos técnicos da Casa da Agricultura (CA) de Pereiras pelos técnicos do Escritório de Desenvolvimento Rural (EDR) de Botucatu, permitindo a eles conduzissem os trabalhos em seu município. Os trabalhos de elaboração iniciaram-se com várias reuniões do Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural (CMDR), formado por representantes de associações de produtores, de produtores de diversos bairros rurais e da administração pública municipal, coordenada pela Casa da Agricultura através de seus técnicos que juntos priorizaram as cadeias produtivas de maior expressão no município segundo o número de propriedades familiares que as desenvolvem. Cada membro do CMDR se prontificou de ir a seu bairro que reside pra levantar as cadeias produtivas prioritárias e fizeram também um diagnóstico geral de seu bairro. Os membros do CMDR e os técnicos da CA também fizeram o trabalho de divulgação e mobilização dos produtores. Foram realizadas reuniões semanais com os membros do CMDR e produtores rurais convidados para discutir os pontos fracos e pontos fortes de cada cadeia escolhida levantando as fortalezas, as oportunidades, às fraquezas e as ameaças de cada uma. As reuniões foram realizadas na casa da

agricultura em procurando convidar produtores que vivenciassem aquela determinada cadeia produtiva, auxiliando o Conselho nas diretrizes a serem tomadas. Com esse levantamento os produtores puderam identificar também as entidades e empresas e suas atuações dentro e fora do município nos diversos setores das cadeias produtivas priorizadas, e definiram que contataria e convidariam estas entidades e empresas, de modo a expor a importância de sua participação nas reuniões de diagnóstico participativo e se tornarem parceiras desse Plano. Três cadeias, bem definidas e consolidadas no município, foram priorizadas na seguinte ordem de importância, fundamentada no número de propriedades de caráter familiar que as exploram: a bovinocultura de leite, a avicultura de corte e a bovinocultura de corte. A implantação de um sistema de trabalho na área de extensão rural, aliado ao planejamento estratégico das atividades municipais propiciará ao produtor rural uma agricultura sustentável com a preservação do meio ambiente, assegurando a viabilização econômica das propriedades e melhoria da qualidade de vida dos produtores rurais. Este Plano representa a situação atual do município e estará sempre aberto a alterações realizadas pelo CMDR , produtores rurais e parceiros dentro ou até fora do município que venham a somar .

1. Identificação e Caracterização do Município

1.1 Histórico: Ao analisarmos a chegada dos primeiros povoadores, deparou-se-nos não só o problema da localização das capelas e dos bairros, como também a história da fundação da cidade e a localização de pousos de tropeiros. A existência de imprecisão de datas parece motivada tanto pela morosidade com que eram constituídos e hierarquizados os povoados, quanto pela indeterminação dos poderes atribuídos à Igreja Católica e ao Império. Além do mais, persiste a imprecisão, quando se confrontam as datas com a localização de cidades, em mapas elaborados, no período analisado. Na realidade, há que se levar em conta a relativa importância econômica dos dois principais focos do povoamento, localizados à noroeste do município de , limite dos municípios de , Itu e Porto Feliz, cujos desdobramentos sócio-econômicos tiveram rumos diferentes. Nessa região, os pioneiros vindos de Bragança “fizeram suas posses ao longo do Ribeirão das Conchas e seus afluentes, entre as divisas administrativas do distrito de

paz de Tatuí, município de Itapetininga, cujas famílias se localizaram nos vales dos ribeirões, dando origem aos bairros Ribeirão das Conchas, Ribeirão da Várzea, Ribeirão do Moquém e Lageado”. O primeiro foco se expandiu, mais ao norte, à margem esquerda do ribeirão das Conchas, formando o bairro dos Braganceiros, depois denominado bairro do Ribeirão das Conchas. Ali foi erguida uma capela, a capela dos Braganceiros ou capela de N.S. da Conceição do Ribeirão das Conchas, cujas provisões de fundação, ereção e bênção são ignoradas. Caracterizada pela concentração das primeiras posses transformadas em grandes fazendas, cujos proprietários se dedicaram à produção de café e algodão, esta região tornou-se, indiscutivelmente, o mais importante centro econômico da região, com o conseqüente desenvolvimento de uma incipiente indústria marcada pelo beneficiamento do café e descaroçamento do algodão. Lá pelos idos de 1842, disputas e cisão entre os chefes pioneiros deram origem ao segundo foco que se desenvolveu mais ao sul, à margem direita do ribeirão das Conchas. No local onde já funcionava um “Pouso de Tropeiros” secundário, as famílias lideradas pelos Pereiras fundaram uma nova povoação e erigiram uma segunda capela, a capela da Ponte, depois, Capela dos Pereiras. "Apesar de já construída, em 1871, as Provisões de Fundação, Ereção e da Bênção, só foram obtidas em 11 de agosto de 1874". Como era costume, na época, as capelas recebiam o nome do padroeiro ou padroeira, já identificados pelo nome do bairro, onde eram erigidas. Por uma coincidência interessante, que parece evidenciar a disputa entre as famílias, a mesma padroeira foi escolhida para as duas capelas, sob influência e proteção da igreja católica. Para atingir , as principais rotas seguidas pelas tropas, nas primeiras décadas de 1.800, vinham do sul, passando por Itapetininga e Sorocaba; da província de Mato Grosso, passando por Porto Feliz e Itu; da província de Goiaz, passando por São Carlos e Jundiaí; da província de , passando por Campos de Toledo e Bragança. A expansão das rotas tropeiras, na região, se intensificou com a criação do município de Botucatu, em 1.855. Desenvolve-se, então, uma rota alternativa, do outro lado do rio Tietê, que seguia para Sorocaba, propiciando a instalação e/ou ampliação de pousos de tropeiros. Botucatu tornou-se tronco importante na concentração de tropas em direção a Sorocaba e São Paulo, pois, já “a partir de 1820, começaram ser divididas as sesmarias delimitadas pelo rio Paranapanema e serra de Botucatu, importante ponto de referência para os caminhantes que demandavam o interior”. A instalação de fazendas, nessa região, chamada, na época, de Zona do Sertão, propiciou a criação do gado; incentivou a produção do café que já migrava do Vale do Paraíba; ampliou o cultivo do

milho e arroz, importante para o consumo interno e, sobretudo, expandiu a cultura do algodão, ante a crescente demanda da indústria têxtil inglesa e norte-americana. No auge, pois, desse movimento, a Freguesia dos Pereiras, como importante pouso de tropeiros, passou a ser um importante centro comercial, entre Botucatu e Sorocaba. Entre fins do século XIX e início do século XX, constituía-se num centro de progresso, entre Sorocaba e Botucatu, Tietê e Porto Feliz.. Como prova deste surto de prosperidade, P. Fraletti indica a “ferraria de Adolfo Molitor, onde foram ferrados milhares de burros". Assim, a Freguesia dos Pereiras permaneceu como sede regional, concentrando o poder político, em conseqüência de sua importância econômica como centro de convergência do comércio de tropas e como importante elo de comunicação entre Botucatu e Sorocaba, as duas mais importantes cidades, no caminho das tropas para São Paulo. Ao mesmo tempo, um incipiente desenvolvimento industrial se concentrava no bairro dos Braganceiros que "chegou a ter mais de 3.000 habitantes". Segundo C.Prado Jr., a necessidade de concentração na produção é característica das “indústrias agrícolas primárias de transformação, como o beneficiamento do café, o descaroçamento e enfardamento do algodão, a embalagem de frutas cítricas etc.” que, pouco a pouco, vão se transformando em atividades que pertencem a produtores distintos. Esse modelo foi se delineando no bairro dos Braganceiros, com a organização de uma infraestrutura, sobretudo, com máquinas de beneficiamento, para atender à demanda causada pelas plantações de café e algodão. Justamente nesse local, que passou a chamar-se bairro da Estação de Conchas, chegou a Estrada de Ferro Sorocabana, cuja estação foi construída, em 1887. A partir do final do século XIX, toda a tradição de uma florescente colônia italiana se instalou e deu vida ao Município de Pereiras. Uma das transformações mais sensíveis da população brasileira, afirma N.W. Sodré, "é aquela que se origina do advento da imigração". Na verdade, o desenvolvimento, a riqueza e o florescimento do município, a partir de um período bem definido, começavam a depender, basicamente, de pequenas propriedades rurais que favoreceram o desenvolvimento de uma pequena indústria e promoveram um comércio em expansão. Seguindo um modelo de aldeia rural, característica de todas as regiões da Itália onde, em fins do século XIX, ainda não havia diversidade entre norte e sul, montava-se, na Freguesia dos Pereiras, uma colônia típica, cujos sitiantes procuravam a vila para contactos sociais e trocas comerciais ou em busca de sal e querosene. Assim, prosperaram chácaras e sítios dos Tangari, dos Foramiglio, dos Valdrighi, dos Turri, dos Nali, dos Magoga, dos Sperandio, dos Alexandrini, dos

Gandini e, ainda, Vicente Napo, Luiz Fortunato, Panichi, Tortorelli, Paschoal, Ricci, Paschoalucci, Bonini, Muccini, Pastore (Ah! que saudade da requinta do Sabatino e do violino de Luiz Cardilo)! E mais outros ainda, perdidos na lembrança... Além da localização geográfica e forma de aquisição das propriedades rurais, seria interessante saber como, quando e por que a maioria das "casas de negócio", tornara-se propriedade dos imigrantes italianos, porquanto, acabaram dominando o comércio da região! A loja dos Venturelli, o armazém dos Fraletti, a padaria dos Felli, a loja dos Cypriani, a alfaiataria do Falchi, o armazém do Tognini, a farmácia de Júlio Salvetti, o bar do Natalino Crispi, o bar do Pieroni, a sapataria do Crispi, a barbearia do Armando Pérsio, a marcenaria dos Perbelini, a fábrica de fogos dos Panebianchi, a serraria dos Fontanelli, o açougue do Zé Sica, os moinhos de Arturo Mazzini e Vicente Fraletti, a olaria dos Marocollo, as oficinas dos Terni e Chipoletti, além de muitos outros que fugiram da memória, eram os numerosos estabelecimentos que se concentravam, principalmente, nas principais ruas da cidade. Além do mais, deve-se uma menção honrosa às mulheres italianas, cujos sobrenomes eram desconhecidos porque adotavam os sobrenomes do marido ou do pai. Marieta, Assunta, Cristina, Silvia, Anina (Sanina), Cleofina, Enriquieta, Mariquinha, Genoveva, Maria, e tantas outras que a memória não guardou. Mulheres que jamais fraquejaram ao se responsabilizar pelos encargos da família e, muitas vezes, devido ao falecimento dos maridos, souberam muito bem assumir e fazer prosperar os negócios. Alguns desses sobrenomes - Marieta Paniche Bonini, Assunta Marini Maurizi, Cristina Maurizi, Anina Cypriani Tognini e Cleofina Cypriani Pieroni - foram apontados em discurso pronunciado por P. Fraletti. Sugestivo artigo intitulado "Comércio em Pereiras, em 1873 e 1899", mostra que "por esses dados de 1873 e 1899 pode-se avaliar como crescia rapidamente Pereiras". Tais dados indicam que Pereiras, de fato, demonstrava enorme surto de progresso. Por essa época, já se desenvolvia um comércio comandado por imigrantes italianos, pois em 1906, “O Brasil e os Italianos”, cita o número de imigrantes italianos, distinguindo-se o caso de Pereiras: “Entre 8.000 habitantes, 3.000 eram italianos dedicando à agricultura, ofícios, comércio e indústria. Eram negociantes os senhores Andrea e Vicenzo Pastore, Giovanni Fraletti, Giuseppe Casale, e outros possuidores de grandes capitais, como o senhor Giuseppe Bonini fabricante de cerveja; tijolos etc. Entre os proprietários de terras agrícolas, dignos de nota, senhor Giacomo Bonini.” Na verdade, esse grande desenvolvimento da região coincidiu com a chegada dos imigrantes italianos (1877-1883), pois, com o advento da estrada de ferro e o conseqüente declínio do tropeirismo, a região não chegou a regredir, graças ao sistema de colonização formado

por pequenas propriedades. Segundo jornais da época, Pereiras passou por "uma fase de progresso bastante intensa e era uma cidade que rejuvenescia". Na Freguesia dos Pereiras, integrante da Vila de Tatuí, "em 1886 havia 5.598 habitantes, com 29 eleitores e pertencia ao 4º distrito eleitoral". Tal prosperidade, aliás, aconteceu em todo território paulista, cuja riqueza crescia nas grandes fazendas de café, para onde os imigrantes convergiram como colonos e de onde iria sair o capital que iniciou o desenvolvimento da indústria paulista. Além de tudo, pareceu-nos interessante saber por que as famílias de imigrantes italianos escolheram, reuniram-se e permaneceram justamente no município de Pereiras, uma vez que, segundo C. Prado Júnior, logo ao desembarcarem em Santos, "eram imediatamente fechados e trancados nos vagões da estrada de ferro", que os "depositava diretamente no pátio da Hospedaria dos Imigrantes", onde eram contratados por fazendeiros, proprietários de grandes fazendas, para o trabalho da lavoura do café. Apesar do recém criado Estado Italiano ser fundamentalmente agrário e seus habitantes estarem vinculados a regiões ou aldeias, com vários dialetos e costumes diferenciados, as famílias chegadas a Pereiras permaneceram reunidas, com toda certeza, não só porque a maioria procedia da região de Toscana, na Itália, sobretudo da comuna de Castelnuovo de Garfagnana, mas também porque, muitos de seus elementos eram parentes entre si. O vale do Ribeirão das Conchas era constituído de terras devolutas, que iam do Bairro da Serrinha em , até a foz no rio Tietê, no Bairro do Baguari, em Conchas. Por uma dessas coincidências históricas imprevistas, tais terras foram sendo apropriadas, a partir de 1829, por indivíduos oriundos de duas migrações, praticamente ocorridas ao mesmo tempo: os imigrantes procedentes de Bragança e os imigrantes originários da Itália. As posses realizadas pelos braganceiros aparecem com explicações plausíveis. Contudo, como explicar as posses dos imigrantes italianos? Considerando as situações características da época, tudo leva a crer que as lideranças políticas, fundamentadas na legislação vigente e prestigiadas por aqueles que lideravam a política, no Estado, descobriram a forma de conseguir a distribuição das terras devolutas, ainda existentes na região, aos recém-chegados. Hipótese perfeitamente viável, pois, de acordo com C. Prado Júnior, além do sistema de fixação de colonos nas grandes fazendas, havia colônias organizadas segundo o sistema tradicional, isto é, "distribuir aos colonos pequenos lotes de terra agrupados em núcleos". Como resultado desse agrupamento inusitado, cujos fundamentos fazem parte da história da cidade, instalou-se, em Pereiras, uma comunidade singular, formada por brasileiros e italianos. Da convivência, difícil no início, devido à xenofobia arraigada, à língua diferente e ao choque

de costumes estranhos, nasceu e se desenvolveu uma cultura peculiar que, em pouco mais de meio século, acabou resolvendo todos os conflitos, como produto não só da miscigenação, como também da veia artística trazida de uma das regiões mais características do desenvolvimento milenar das artes, onde se incluem Carrara, Luca e Florença. Como em qualquer aldeia italiana, transplantaram-se usos e costumes da tradição camponesa. Juntamente com a comida típica que caracteriza uma família italiana, chega a alegria da música e das danças, no meio de suspiros e saudade, transmitida a todos os descendentes, numa mistura que destruiu definitivamente todos os preconceitos, oriundos das diferenças culturais. Mais ainda, propagou-se uma alegria contagiante que, traduzida na música, com as retretas, no coreto do jardim, da banda musical comandada pelo maestro Sabatino Pastore, começou a encantar a cidade, cujas noites enluaradas tornaram-se mais lindas ainda com as serenatas envolvidas no encantamento dos violinos de Luiz Cardilo, Tono Cypriani e Zico de Nhanhã, no pandeiro de Loro Ricci e nos violões de Jucão e Dorelio, além das músicas de Gastão Pereira e Rafael Paschoal que coloriram os “Festivais Pereirenses de Música Popular” O município de Pereiras tem uma forte tradição cultural e musical, terra de escritores e músicos. Destaca-se ainda com pontos turísticos como Morro da Santa com a imagem de Nossa Senhora da Conceição, museu particular com notável acervo do município, eventos tradicionais como a Festa do Frango e Peão de Boiadeiro, Carnaval e Baile do Havaí. Conta com expressiva agropecuária e com especial realce para a criação e negociação de frangos de corte. O comércio e a indústria local merece também destaque pelas crescentes atividades. Pereiras dista 164 km da capital pela rodovia Castello Branco.

1.2 Dados Geográficos:

Mapa do Estado com localização do município

Latitude: 23° 04´34´´ S

Longitude: 47° 58´33´´ O

Altitude: 479 m

Área total do município: 23.600 hectares

Área rural: 19.389 hectares

Área urbana: 4.211 hectares

1.2.1 População: População total População urbana População Densidade rural demográfica 7.347 4.810 2.537 32,91 hab./km2

1.2.2 Clima: Analisando a tabela abaixo com as temperaturas mínima, máxima e médias anuais, além dos resultados pluviométricos; e utilizando a classificação climática proposta por Köppen-Geiger, podemos classificar o clima de Pereiras como uma transição de Clima Temperado (C) para Clima Tropical (A) – que são climas megatérmicos, com temperatura média no mês mais frio > 18°C , estação invernosa ausente e forte precipitação anual (superior à evapotranspiração potencial anual). O tipo climático é caracterizado pela letra w, que significa chuvas de verão. Segundo esta classificação, Pereiras teria o tipo climático, Aw denominado clima tropical com estação seca de inverno.

MÊS TEMPERATURA DO AR (C) CHUVA (mm) mínima média máxima média média JAN 19.1 30.6 24.9 217.6 FEV 19.3 30.7 25.0 165.6 MAR 18.6 30.3 24.4 131.0 ABR 15.8 28.4 22.1 60.3 MAI 13.1 26.3 19.7 64.4 JUN 11.6 25.1 18.4 50.4 JUL 11.0 25.3 18.2 35.1 AGO 12.4 27.4 19.9 33.5 SET 14.4 28.2 21.3 70.3 OUT 16.0 29.0 22.5 114.0 NOV 17.0 29.7 23.4 113.8 DEZ 18.4 29.8 24.1 183.4

Ano 15.6 28.4 22.0 1239.4 Min 11.0 25.1 18.2 33.5 Max 19.3 30.7 25.0 217.6 Fonte: Centro de Pesquisas Metereológicas e Climáticas aplicadas à agricultura (CEPAGRI/UNICAMP)

1.2.3 Relevo:

Fonte: Instituto Geológico, 2000

O relevo do município de Pereiras é representado pela unidade geomorfológica denominada Depressão Periférica, que compreende a região que se estende desde o Planalto Atlântico para o oeste paulista, pelos vales do Médio Tietê, Paranapanema e Mogi-Guaçu. Sua superfície, que se encontra acima de 200m abaixo do nível geral do planalto cristalino e do planalto ocidental, assinala o afloramento de rochas sedimentares antigas, paleozóicas, relativamente menos resistentes à erosão que as formações dos planaltos vizinhos. A oeste da depressão interior ergue-se o rebordo do planalto ocidental, uma escarpa abrupta com cerca de 200m de desnível, com penhascos cortados em formações basálticas: é a chamada serra Geral, que do norte do estado de São Paulo se prolonga até o Rio Grande do Sul.

1.2.4 Solos: O levantamento dos solos de Pereiras baseou-se em levantamento bibliográfico existente para a região e breve reconhecimento de campo.

ARGISSOLOS VERMELHO-AMARELOS

Os Argissolos são solos com perfil profundo e desenvolvido. Diferenciam-se dos latossolos por apresentar uma nítida divisão em horizontes na parte superficial. O que caracteriza principalmente este solo é a diferença de características entre o horizonte superficial, subjacente. A transição entre estes horizontes, denominados A e B, pode ser gradual ou abrúptica. Normalmente, a diferença mais marcante entre estes horizontes é o teor de argila, muito maior no B do que no A., o que leva a uma cor e um comportamento diferente dos horizontes. Este caráter de heterogeneidade e de transição dos horizontes A/B dos podzólicos confere a estes solos um comportamento geotécnico diferenciado dos latossolos. Os podzólicos (comumente abreviados por PV) aparecem na paisagem, em áreas de colinas médias, morrotes e morros, geralmente nas encostas. São portanto, áreas de média e alta declividade (6 a 20%), onde os processos erosivos são mais intensos. (ABGE/IPT 1995) Nas observações de campo notou-se a predominância destes tipos pedológicos, principalmente encontrados nas meia encostas, estando principalmente representados pelos intervalos de 6 a 20% de declividade. Quando a fertilidade natural é elevada e não há pedregosidade, sua aptidão é boa para agricultura. São particularmente indicados para situações em que não é possível grandes aplicações de capital para o melhoramento e a conservação do solo e das lavouras, o que é mais comum em áreas de agricultura familiar. Os intermediários para latossolos apresentam aptidão para uso mais intensivo, mesmo contendo baixa fertilidade natural, uma vez que são profundos. Essa limitação pode ser corrigida, desde que ocorram em áreas de relevo suavizado. Culturas perenes também são uma alternativa para esses solos, principalmente, os mais profundos. Os argissolos vermelho-amarelos relacionados abaixo foram catalogados em Pereiras:  PVA 67: Distróficos + ARGISSOLOS VERMELHO Distróficos ambos A moderado textura argilosa e média/argilosa relevo suave ondulado e ondulado.  PVA 104: (Grupamento indiscriminado de ARGISSOLOS VERMELHO-AMARELOS abrúpticos ou não, textura arenosa/argilosa e média/argilosa) + ARGISSOLOS VERMELHO-AMARELOS Distróficos textura média e arenosa/média todos relevo ondulado + LATOSSOLOS VERMELHOS Distroférricos textura argilosa relevo suave ondulado todos A moderado.

LATOSSOLOS VERMELHOS Os latossolos são solos espessos, com perfis de alteração de dezenas de metros, homogêneos, porosos, com aspecto maciço, porém friável quando seco. São solos típicos de áreas planas ou de colinas suaves e dos topos dos morrotes com declividade entre 1 e 10%. Apresentam grande capacidade de infiltração d’água superficial, graça ao grande volume de poros (em torno de 50%, em geral) e do tamanho desses poros. São, portanto, solos com pouca suscetibilidade natural a erosão, escorregamentos, etc. Os principais problemas geotécnicos desses solos advêm de uso inadequado, provocando a concentração de água em grandes volumes no solo. Se atingida a saturação total, os latossolos perdem a estrutura e sofrem colapso, provocando abatimentos no terreno. Se a concentração de água gerar sulcos na superfície do solo, rapidamente eles podem evoluir, formando grandes ravinas que, ao atingir o lençol freático, formam boçorocas de grande porte, caracterizando-se um intenso processo erosivo de difícil controle. (ABGE/IPT 1995). Os latossolos são passíveis de utilização com culturas anuais, perenes, pastagens e reflorestamento. Normalmente, estão situados em relevo plano a suave-ondulado, com declividade que raramente ultrapassa 7%, o que facilita a mecanização. São profundos, porosos, bem drenados, bem permeáveis mesmo quando muito argilosos, friáveis e de fácil preparo. Apesar do alto potencial para agropecuária, parte de sua área deve ser mantida com reserva para proteção da biodiversidade desses ambientes. Segundo os mapas pedológicos do IAC/Embrapa, em Pereiras são encontrados os seguintes solos:

 LV 42: Distróficos A moderado textura argilosa relevo suave ondulado e ondulado.

NEOSSOLOS LITÓLICOS

São solos rasos, muito pouco evoluídos. Normalmente caraterizam-se por uma fina camada arenosa-orgânica que recobre diretamente a rocha de montanhas, serras e escarpas, sendo, portanto, áreas críticas geotecnicamente suscetíveis a escorregamentos e queda de blocos(ABGE/IPT 1995). Ocorrem na área em geral, associadamente aos cambissolos. Solos com horizonte A ou O hístico com menos de 40cm de espessura, assente diretamente sobre a rocha ou sobre um horizonte C ou Cr, ou sobre material com 90%

(por volume), ou mais de sua massa constituída por fragmentos de rocha com diâmetro maior que 2mm (cascalhos, calhaus e matações) e que apresentam um contato lítico dentro de 50cm de superfície do solo. Admite um horizonte B, em início de formação cuja espessura não satisfaz a qualquer tipo de horizonte B diagnóstico. Os Neossolos Litólicos são por definição solos que apresentam reduzida profundidade efetiva. Essa condição limita seu uso com agricultura devido ao reduzido volume de terra disponível para o ancoramento das plantas e para a retenção de umidade. A maioria desses solos ocorrem em relevos acidentados, portanto muito susceptíveis à erosão e apresentam sérias limitações de trafegabilidade. Seu uso requer cuidados especiais quanto aos tratos conservacionistas.

 RL 26: Distróficos A moderado e proeminente e Eutróficos A moderado ambos textura argilosa relevo ondulado e forte ondulado + ARGISSOLOS VERMELHO- AMARELOS Distróficos rasos e pouco profundos A moderado textura argilosa e média/argilosa + CAMBISSOLOS HÁPLICOS Tb Distróficos A moderado textura argilosa relevo ondulado.

1.2.5 Hidrografia: O município possui como rio principal o Ribeirão de Conchas que abastece a cidade e que nasce da confluência dos rios Ribeirão da Várzea e Rio de Conchas. Este rio também possui outros afluentes como Córrego Água da Serra do bairro Félix, Ribeirão Lageado do bairro Lageado, Ribeirão Água Choca do bairro Água Choca (onde se localiza a primeira MBH do município trabalhada pela CATI), Ribeirão do Braganceiro do bairro Braganceiro (onde se localiza a segunda MBH do município trabalhada pela CATI), Córrego Água da Serra do bairro da Serra, Córrego da Barroca e Córrego Ana Lucas do bairro Queimador e o Córrego do Espanhol do bairro da Estação.

RIO BAIRRO Ribeirão da Várzea Ribeirão da Várzea Ribeirão Lageado Lageado e Félix Ribeirão das Conchas Ribeirão de Conchas, Água Choca, Félix, Braganceiro e Serra Ribeirão Água da Serra Félix Ribeirão Braganceiro Braganceiro Ribeirão Água Choca Água Choca Córrego da Serra Serra Córrego Ana Lucas Queimador Córrego da Barroca Queimador Córrego do Espanhol Bairro Estação Fontes: Departamento de Água e Energia Elétrica – DAEE Instituto Geográfico e Cartográfico – IGC Consórcio de Bacias Hidrográficas.

1.2.6 Bacia Hidrográfica: Faz parte da bacia do Rio Tiete sub bacia do médio Tiete inferior. Numa área de 4.280 km² que além de Pereiras abrangem também os municípios de Anhembi, Bofete, Botucatu, Conchas, Porangaba e .

Fontes: Projeto de Lei do Plano Estadual de Recursos Hídricos 1996-1999 CETESB/Regional Sorocaba

1.2.7 Malha viária municipal O município possui cerca de 440 km de estradas rurais que abrangem dezoito bairros na zona rural, também possui uma rodovia denominada Floriano de Camargo Barros que liga o município com um trajeto de 22 km a Rodovia Castello Branco e liga também com trajeto de 2 km á Rodovia Marechal Rondon. Possui duas estradas vicinais asfaltadas que passam margeando o município ligando - o aos municípios de Conchas, Porangaba e Cesário Lange. As demais estradas são de terra e liga o município aos bairros rurais. Estrada Pereiras – bairro da Serra: estrada de terra com alguns trechos esburacados principalmente nas áreas de alagamento, possui um ramo que liga a estrada principal do bairro Braganceiro também com alguns trechos ruins em áreas baixas de alagamento findando no município de Conchas (estrada vicinal asfaltada Conchas – Porangaba). Estrada municipal Pereiras – Porangaba: estrada de terra que passa pelos bairros Félix e Água Choca findando na divisa de Pereiras com Porangaba, estado geral bom (arrumada recentemente). Essa estrada possui uma bifurcação sentido bairro Braganceiro, também de terra em estado regular de conservação e com vários trechos esburacados principalmente nas áreas baixas pela inundação das chuvas findando também na divisa do município de Porangaba. Estrada municipal Pereiras – Cesário Lange: esta estrada de terra possui várias ramificações, a primeira é para o bairro da Bela Vista que finda na rodovia Floriano de Camargo Barros, depois ela se bifurca dando sentido a direita aos bairros Ribeirão de Conchas, Ribeirão da Várzea, findando na estrada vicinal asfaltada Cesário Lange – Porangaba. Para o seu lado esquerdo faz sentido aos bairros Lageado indo até a rodovia Floriano de Camargo Barros sentido Cesário Lange e terminando no bairro dos Prudentes. Estrada municipal Pereiras – Bairro Queimador: liga a cidade ao bairro de mesmo nome e findando na estrada vicinal asfaltada que liga ao município de . Essa estrada inicia na rodovia Floriano de Camargo Barros. Estrada municipal Pereiras – Bairro Abóboras: estrada de terra que se inicia no km 6 da rodovia Floriano de Camargo Barros passando pelos bairros Chimbó, Jacaré e Abóboras com alguns trechos esburacados.

Estrada municipal Pereiras – Bairro Peróbas: Inicia-se na Rodovia Floriano de Camargo Barros passando pelo bairro Peróbas, indo para o bairro Abóboras até a divisa com o município de Laranjal Paulista. Estrada Pereiras – Bairro da Estação: estrada de terra, seu estado geral é regular inicia-se na rodovia Marechal Rondon passando pelo Bairro Estação e findando no bairro Pará do município de Conchas. Estrada municipal Pereiras – Conchas: estrada de terra que inicia no bairro Capitão, sentido Bairro dos Tomazelas município de Conchas.

1.3 Dados Sócio Culturais

1.3.1 População Rural A população rural é composta por 2.537 habitantes.

1.3.2 Acesso da População Rural a Serviços Básicos:

1.3.2.1 Assistência técnica e extensão rural: A Casa da Agricultura é responsável por grande parte da extensão rural e assistência técnica realizada no município. As ações realizadas enfocam principalmente o pequeno produtor, ou o agricultor familiar na orientação técnica das cadeias produtivas, no atendimento clinico de grandes animais nas propriedades, na coleta e analise de solo, na recomendação de adubação e calagem, venda de sementes fiscalizadas pela CATI com preços accessíveis, no Programa de Microbacias Hidrográficas ajudando a dar sustentabilidade ao produtor, no Programa CATI-LEITE viabilizando a pecuária leiteira em pequenas propriedades, na administração da patrulha agrícola municipal, Programa Município Verde, no Levantamento das propriedades rurais (LUPA), na orientação e liberação de Cartas de Aptidão ao crédito rural PRONAF e FEAP, nos serviços de conservação de solo, realizando cursos, palestras, dia de campo, demonstração de métodos, excursões em outros municípios para visitação de outras culturas, e excursões em feiras agropecuárias pertinentes a realidade do município, dando apoio as associações de bairros rurais, nas prestações de serviços a prefeitura municipal,no auxilio com o Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural , na campanha de vacinação anti-rábica em cães e gatos, na orientação sobre o Programa “Luz para todos”, na produção de hortaliças na Horta

municipal,em projetos de arborização urbana, lixo doméstico , aprendizado sobre meio ambiente nas escolas municipais com o método “Aprendendo com a Natureza”, na campanha de aftosa e na emissão de GTAs e a demanda diária da Casa da Agricultura.

1.3.2.2 Crédito rural e microcrédito: O único banco existente na cidade é a Nossa Caixa S.A, outro banco utilizado por eles é o Banco do Brasil das agencias de Conchas e Laranjal Paulista na realização de Pronaf , Recurso Obrigatório, e FEAP ,mas a incidência é baixa para se conseguir êxito no crédito rural pela burocracia e pela situação irregular dos documentos de 99% das propriedades

1.3.2.3 Educação: Os alunos que residem na zona rural estudam nas três escolas do município desde o pré-primário até a 4ª série nas escolas municipais de 1° grau Professor Rozendo Duarte Lobo e a Escola Municipal Professor Pedro de Moraes Toledo nos períodos de manhã e tarde e da 5ª série até o 3º colegial na escola estadual de 1° e 2° graus Egildo Paschoalucci nos períodos manhã, tarde e noite. Alguns alunos fazem faculdade em cidades vizinhas e suas passagens são subsidiadas pela prefeitura municipal.

1.3.2.4 Saúde: O município possui três equipes de saúde da família: uma equipe de saúde da família central, uma equipe de saúde da família vila dos Sonhos e uma equipe de saúde da família bairro Estação que atingem 100% da população do município. Cada equipe conta com um médico, um enfermeiro, dois auxiliares de enfermagem e seis agentes comunitários de saúde. A Equipe de Saúde vila dos Sonhos atende também a população rural. Possui também a policlínica, com plantão médico 24hs, além do plantão com especialidades de cardiologia, ginecologia, ortopedia, psicologia, fonoaudióloga, dentista e fisioterapia. O atendimento de dentista é realizado nos posto e nas escolas, sendo feito a escovação supervisionada de todos os alunos. Os produtores rurais se deslocam até o posto de saúde através de transporte coletivos que atendem os alunos em dois horários diariamente. Nos casos de urgência é acionado o serviço de transporte de ambulâncias até a propriedade. Agentes de saúde passam mensalmente nas casa da zona rural verificando pressão arterial pelo programa “Saúde da Família”. O programa “Viva leite” beneficia a população da cidade mais carente através da assistência social para que estes recebam o leite garantindo assim uma fonte de alimentação aos mais necessitados, mas esse programa não abrange a zona rural.

1.3.2.5 Segurança: O município possui uma delegacia policial composta de cinco funcionários sendo dois escrivães, dois investigadores e um da área administrativa, mais não possui delegado fixo. O policiamento da delegacia é ostensivo, possui uma viatura com rádio e trabalha em expediente com plantões á distância em virtude do déficit de funcionários. A policia militar é composta por oito policiais sendo que dois trabalham por dia de plantão, possui duas viaturas, onde uma fica no posto policial e outra fica operando. Na área rural, os policiais fazem o patrulhamento noturno duas vezes por semana sempre estipulado um bairro por semana, porque eles não dão conta de abranger todo o município e durante o patrulhamento o posto policial fica vazio e fechado.

Acionado 190 é atendido diretamente na viatura e por muitas vezes, devido ao patrulhamento na zona rural o rádio fica sem sinal, não podendo atender duas ocorrências ao mesmo tempo.

1.3.2.6 Transporte: O município não possui hidrovia, mas fica próximo ao porto intermodal do município de Conchas. A linha férrea passa pelo bairro rural Estação, mas os usuários utilizam a estação ferroviária do município de Conchas. As rodovias que circundam o município são: Marechal Rondon em péssimo estado de conservação e Floriano de Camargo Barros também em estado muito ruim de conservação; esta ultima liga Pereiras á Rodovia Castello Branco. O transporte coletivo que atende a zona rural está renovado e conta com 13 veículos entre peruas, microônibus e ônibus que circulam diariamente transportando alunos e produtores rurais à tarde e a noite.

1.3.2.7 Saneamento: O esgoto na zona urbana é coletado em 100% e passa pela estação de tratamento situada no bairro Capitão e depois de tratado é lançado no Ribeirão de Conchas. No bairro rural da Estação também é 100% coletado e tratado chamado de fossa filtro. Os outros bairros rurais possuem propriedades, em sua maioria com deposição através de fossas negras, com exceção do bairro Água Choca, que através do Programa Estadual de Microbacias Hidrográficas(PEMH) conseguiu instalar na maioria das casas a fossa séptica biodigestoras.

1.3.2.8 Abastecimento de água: O município faz a captação de água do Ribeirão de Conchas, passa pela Estação de tratamento da empresa municipal SAMASPE na cidade, onde passa pelo processo de tratamento e é distribuída na zona urbana em 100% das casas. Também é distribuída para alguns bairros rurais próximos a cidade, como o bairro Queimador, bairro Capitão e bairro Estação. Existem no município quatro poços profundos que abastecem bairros rurais: um no bairro Ribeirão da Várzea que é administrado pela SAMASPE; um no bairro Jacaré e dois no bairro Bela Vista que é administrada pelos próprios produtores rurais através da associação de bairros. No bairro Água Choca existe dois poços profundos adquiridos através do PEMH que também são administradas pelos produtores rurais, faltando para esses a distribuição de água nas propriedades. Os outros bairros rurais não possuem abastecimento de água, nem de poços profundos e nem de rios; as propriedades são abastecidas individualmente através de poços caipiras (rasos).

1.3.2.9 Lixo Doméstico: A coleta do lixo na zona urbana é realizada em dias alternados pelo caminhão de coleta e na zona rural é feita a cada 15 dias .A população rural deposita o lixo nas caixas coletoras que se localizam nas estrada rurais.

1.3.2.10 Energia elétrica: Na zona urbana, 100 % das casas possuem energia elétrica e cerca de 90% dos produtores rurais do município possuem eletrificação em suas propriedades, graças ao Programa “Luz para todos” que facilitou o acesso a energia elétrica na zona rural.

1.3.2.11 Meios de Comunicação: Linhas de ônibus em todos os bairros rurais; Linhas de leite na maioria dos bairros rurais; Casa da Agricultura; Rádio comunitária Milenium FM Jornais semanais Folha de Pereiras e A Gazeta Televisão

1.3.2.12 Cultura: O município possui um Museu Histórico, cinema municipal, uma biblioteca municipal, o Morro da Santa para visitações de peregrinos, as festa tradicionais como a Festa do Frango e Peão de Boiadeiro, baile do Havaí e festas religiosas.

1.3.2.13 Lazer e entretenimento: Ginásio de esportes municipal, centro de convivência, clube Serpereiras, cinema municipal São Roque e centro comunitário e na zona rural apenas festas tradicionais de padroeiros realizados nas capelas de bairros.

1.3.3 Organização Rural: O município não possui Sindicato Rural Patronal, mas possui duas associações de produtores rurais, a Associação de Produtores Rurais de Pereiras e a Associação de Produtores da Água Choca.

1.4 Caracterização ambiental

1.4.1 Áreas de proteção: As áreas de APP com cobertura vegetal abrangem apenas 460 ha onde o ideal seria 4.720 ha devido ao desmatamento que houve no passado. O município não está inserido em nenhuma Área de Proteção Ambiental do Estado de São Paulo.

1.4.2 Impactos Ambientais: Áreas com voçorocas e erosões, além de áreas de extração de argila para cerâmicas.

1.5 Dados Agropecuários: Área total das UPAs: 2.0525.0 hectares (Fonte: LUPA 2008) Número de UPAs: 838 unidades (Fonte: LUPA 2008) Módulo Rural: 30 hectares (Fonte: LUPA 2008)

a. Estrutura Fundiária ITEM UNIDADE N° DE MINIMO MÉDIA MÁXIMO TOTAL UPAs Área das UPAs com (0,1] ha hectare 28 0,2 0,7 1,0 20,1 Área das UPAs com (1, 2] ha hectare 48 1,2 1,6 2,0 76,1 Área das UPAs com (2,5] ha hectare 157 2,1 3,8 4,9 591,8 Área das UPAs com (5,10] ha hectare 158 5,1 7,5 10,0 1.180,2 Área das UPAs com (10,20] ha hectare 182 10,5 14,6 20,0 2.662,5 Área das UPAs com (20,50] ha hectare 164 20,4 32,1 48,4 5.269,5 Área das UPAs com (50,100] ha hectare 69 50,8 69,9 98,8 4.823,2 Área das UPAs com (100, 200] ha hectare 20 105,2 130,0 164,5 2.600,1 Área das UPAs com (200,500] ha hectare 12 202,7 275,1 387,2 3.301,5 Fonte: LUPA 2008

b. Ocupação do Solo Descrição de uso do solo N° de UPAs Área (ha) % Cultura Perene 18 25.5 0.12 Reflorestamento 239 209.5 1.02 Vegetação Natural 438 800.4 3.9 Área Complementar 757 469.1044 2.29 Cultura Temporária 270 2054.2 10.01 Pastagens 792 16939.0 82.53 Área em descanso 2 13.0 0.06 Vegetação de brejo e várzea 14 14.3 0.07 Fonte: LUPA 2008

c. Principais atividades agropecuárias Principais Explorações Agrícolas Área (ha) N° UPAs Capim Jaraguá 223,0 402 Gramas 117,3 564 Braquiária 267,8 154 Cana de açúcar 143,8 219 Milho 54,0 81 Eucalipto 26,6 238 Soja 70,0 2 Colonião 35,0 5 Setária 35,0 1 Capim – napier (ou capim elefante) 6,0 31 Sorgo 26,5 1 Café 5,0 9 Batata doce 8,0 1 Horta doméstica 7,7 2 Outras gramíneas para pastagens 6,0 1 Pomar doméstico 2,0 8 Lichia 3,4 1 Feijão 3,0 1 Nabica 1,2 2 Manga 1,5 1 Laranja 1,0 1 Tangerina 1,0 1 Uva rústica 0,4 1 Feijão vagem (ou vagem, ou feijão verde) 0,4 1 Cebola 0,2 1 Maracujá 0,2 1 Pinus 0,2 1 Fonte: LUPA 2008

Principais Explorações Pecuárias Nº Unidade N° UPAs Bovinocultura de corte 960,0 Cabeças 260 Bovinocultura de leite 283,0 Cabeças 119 Bovinocultura mista 488,0 Cabeças 341 Asininos e muares 19,0 Cabeças 37 Avicultura de corte 2.160.000,0 Cab./ano 157 Avicultura para ovos 2.000,0 Cabeças 1 Caprinocultura 25,0 Cabeças 11 Equinocultura 57,0 Cabeças 357 Minhocultura 1,0 Canteiros 1 Ovinocultura 180,0 Cabeças 26 Suinocultura 7.000,0 Cabeças 123 Outra exploração animal 100,0 Cabeças 1 Fonte: LUPA 2008

Principais Atividades Nº. Unidade Nº. Famílias Econômicas Não Agrícolas envolvidas Indústria 8 Unidade 370 Administração pública 1 Unidade 109 Serviços (inclusive adm. Pública) 3 Unidade 263 Esporte e lazer 10 Propriedade 10 Extração mineral 03 Propriedade 10 Fonte: LUPA 2008

d. Participação da Agropecuária na Economia Municipal Município Valor Adicionado PIB PIB per Agropecuária Indústria Serviços (em milhões de Total (3) (em Capita (4) (em milhões de (em milhões reais) (em milhões milhões de (em reais) reais) de reais) Administração Total (2) de reais) reais) pública Pereiras 5,31 23,9 10,47 51,80 80,21 88,47 11.732,27 Fonte: http://www.seade.gov.br/produtos/pibmun/tab_xls/tabelas_pib_municipal.xls

e. Valor Bruto da Produção Anual da Agropecuária Exploração Produção Anual Unidade Valor da produção (R$) Agropecuária 19,97 Milhões de 19,97 reais TOTAL – R$ 1.000 Fonte: http://www.seade.gov.br/produtos/pibmun/tab_xls/tabelas_pib_municipal.xls

f. Identificação e descrição das principais cadeias produtivas Produto Fornecedores de Prestadores de Mão-de-obra Canais de insumos serviço comercialização Leite Fábrica de ração, lojas Laticínios: Vavá, Familiar e Região e capital agropecuárias, casa Colaso, e Gege empregatícia da agricultura. Avicultura de corte Fábrica de ração, lojas Integradoras: Roseira, Familiar e Região e estado de São de materiais para Céu Azul, Roso, Frango empregatícia Paulo granjas. Doro Bovinocultura de Lojas agropecuárias Matadouro municipal de Familiar e Municipal, regional corte Conchas, Frigol empregatícia

g. Infraestrutura da Produção nas Propriedades Máquinas e Equipamentos Qtde. Nº UPAs Desintegrador, picador, triturador 209,0 197 Trator de pneus 119,0 92 Arado comum (bacia, aiveca) 56,0 52 Grade niveladora 34,0 23 Grade aradora (tipo romi) 33,0 31 Ordenhadeira mecânica 21,0 21 Ensiladeira 20,0 15 Semeadeira/ Adubadeira para plantio 19,0 16 convencional Resfriador de leite, tanque expansão 14,0 12 Misturador de ração 11,0 11 Arado subsolador 8,0 8 Distribuidor de calcário 4,0 4 Arado escarificador 4,0 4 Terraceador 3,0 3 Computador 3,0 3 Conj. Irrigação pivot central 3,0 2 Semeadeira/ plantadeira plantio direto 2,0 2 Pulverizador tratorizado 2,0 2 Batedeira de cereais 2,0 2 Carregadeira de cana 2,0 2 Coledeira acoplada 2,0 2 Conj. Irrigação convencional 2,0 2 Desintegrador de palha (plantio direto) 1,0 1 Colhedeira automotriz 1,0 1 Conj.Irrigação/gotejamento/ microaspersão 1,0 1 Implementos para tração animal 1,0 1 Conjunto de fenação 1,0 1 Fonte: LUPA (2008)

Benfeitorias de Produção Qtde. Nº UPAs Açude/ Represa 1.181,0 642 Silo para silagem 10.0 7 Casa de moradia total 875,0 530 Curral/ Mangueira 609,0 594 Casa de moradia habitada 607,0 422 Depósito/ Tulha 404,0 351 Barracão para granja/ Avicultura 281,0 164 Barracão/ Galpão/ Garagem 144,0 123 Pocilga 93,0 81 Poço semi-artesiano 25,0 23 Instalações para eqüinos 12,0 6 Balança para bovinos 10,0 10 Estábulo 10,0 10 Almoxarifado/ Oficina 9,0 9 Armazém para grãos ensacados 7,0 7 Fábrica de ração 4,0 4 Balança para veículos 2,0 2 Engenho 2,0 2 Máquina de beneficio 2,0 2 Terreiro 2,0 2 Biodigestor 1,0 1 Packing house 1,0 1 Fonte: LUPA (2008)

h. Infraestrutura e Serviços Públicos de Apoio à Produção / Processamento / Comercialização

 Armazéns: O município possui um laticínio, um abatedouro de frangos e uma graxaria. - Frigorífico de aves Rosaves (frango resfriado e derivado) - Graxaria Céu Azul (farinha de osso, de penas e de carnes para ração animal) - Laticínio Vavá (leite e derivados) - Entreposto de leite do laticínio Gege.

 Patrulha agrícola: O município possui uma patrulha agrícola municipal onde os serviços cobrados para preparo de solo e silagem são mais baratos que serviços particulares, ajudando os pequenos produtores a se fixarem na zona rural, pois só 10% dos produtores possuem máquinas e implementos.

 Entrepostos: Possui dois receptores de leite: Laticínios Gegê e Vavá

 Viveiros: O município também possui um pequeno viveiro de mudas nativas.

 Cozinha industrial: Não temos cozinha industrial, possuímos uma cozinha piloto que abrange três escolas municipais e uma estadual, três creches municipais e a APAE. Esta cozinha absorve alguns produtos de agricultores familiares como ovos, verduras e legumes.

 Horta Municipal: A prefeitura também possui a horta municipal que produz diversos tipos de hortaliças e também produz no terreno da prefeitura feijão carioquinha e nas áreas que ficam embaixo das torres de energia é produzido vassoura que são utilizadas nas creches, escolas, secretarias municipais e limpadores de ruas.

 Feira do produtor: Possui uma feira de artesanatos que funciona diariamente na praça matriz.

 Energia elétrica: 90% das propriedades rurais possuem energia elétrica.

 Abastecimento de água: O tratamento da água é feito pela empresa municipal SAMASPE e é distribuída na zona urbana em 100% das casas. Também é distribuída em alguns bairros rurais próximos a cidade, como bairro Queimador, bairro Capitão e bairro Estação.O bairro Jacaré e o bairro Bela Vista são administrados pelos próprios produtores rurais, através da Associação de Bairros. No bairro Água Choca existem dois poços profundos adquiridos através do projeto estadual de microbacias hidrográficas que também são administrados pelos produtores rurais. Outros bairros não possuem abastecimento de água e nem possuem poços profundos, as propriedades são abastecidas individualmente através de poços caipiras.

 Serviço de inspeção municipal: O município possui um órgão que faz a inspeção municipal que é a vigilância sanitária. Ela atua tanto na zona urbana, como na rural, visando a orientando e multando em casos de reincidências; delegando algumas ações a órgãos superiores governamentais.

2. Diagnóstico do Município

2.1. Análise Geral do Município: A municipalidade desenvolve uma série de ações, principalmente na área rural de forma isolada, não se preocupando com a integração das ações. Paralelamente, a maioria dos produtores explora suas propriedades não considerando a interação das explorações econômicas com o meio ambiente e com os aspectos sociais. Como conseqüências destas ações isoladas nos deparamos com os seguintes problemas: a) um acelerado processo de erosão causado pelo manejo incorreto do solo e da conservação inadequada das estradas municipais e de estradas de acesso; b) escassez crítica de água; c) perda da diversidade biológica; d) descapitalização e o empobrecimento dos pequenos produtores rurais. É necessário ampliar o nível de conhecimento e de informações da comunidade quanto às novas possibilidades e a introdução de novas alternativas econômicas, que aliadas às culturas tradicionais vão viabilizar economicamente as propriedades e o sustento digno das famílias. O Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural de Pereiras é formado por um representante de cada bairro rural, além de representantes da prefeitura e das associações juntamente com os técnicos da Casa da Agricultura e através deles realizaram uma pesquisa em cada bairro que residem, além de priorizar as cadeias produtivas também fizeram um levantamento geral nos bairros rurais abordando a importância da agropecuária para a economia do município; a geração de emprego e renda, oferta e qualidade da mão de obra nas atividades agropecuárias principais do município, a disponibilidade de lazer na zona rural, as condições de saneamento das comunidades rurais, segurança, saúde, energia elétrica, a facilidade ao acesso á educação, os meios de transporte que abrangem os bairros rurais e as condições das estradas rurais, o cooperativismo/associativismo, a situação do meio ambiente, assistência técnica e extensão rural e os meios de comunicação que atingem a zona rural. O CMDR, produtores parceiros e técnicos envolvidos constataram que a agropecuária é extremamente importante para a base da economia do município gerando emprego e renda, propiciando cerca de dois mil empregos direto/indireto na agroindústria, de 1 a 3 homens/dia nas propriedades e também na agricultura familiar que envolve

praticamente todos os membros da família. Nas outras áreas da economia, o município conta com confecções, metalúrgicas e comércio em geral, que oferecem cerca de mais empregos.. As pastagens em geral são compostas de capim Jaraguá e gramas nativas, na sua maioria, são degradadas, obrigando o produtor a utilizar mais concentrado protéicos e energético, aumentado o custo de produção. A conservação do solo, a correção da acidez e o plantio na palha são técnicas ainda pouco utilizadas. A agricultura é mais desenvolvida nos solos Podzolizados, LVE e Hidromórficos. Embora haja contínuo desenvolvimento tecnológico no meio rural, ainda encontramos o uso de práticas inadequadas de implantação e manejo nas atividades dessas culturas. Os produtores não estão organizados de forma eficiente para fazer frente ao mercado competitivo, frequentemente os insumos são usados sem considerar aspectos técnicos, econômicos e ambientais. A qualidade da mão de obra está aquém do desejado, pois falta capacitação. A agricultura desenvolvida no município apresenta–se com baixo nível tecnológico e com uma produtividade média também baixa. Alguns produtores melhor estruturados apresentam-se com um bom nível tecnológico nas culturas de milho e cana principalmente e obtém uma produtividade considerada muito boa (100 sacos ou mais de milho/ ha). O Município possui uma patrulha agrícola municipal onde os serviços cobrados para preparo de solo e silagem são mais barato que serviços particulares, ajudando os pequenos produtores a se fixarem na zona rural, pois só 10% dos produtores possuem máquinas e implementos. O município possui aproximadamente 460 há de Áreas de Preservação Permanente com cobertura com essências nativas, sendo o ideal em torno de 4.600 ha. Os produtores em sua maioria possuem propriedades pequenas e não conseguem aumentar as áreas de proteção ambiental, por isso eles mantêm o pouco que tem. Devido à topografia acidentada, existem áreas aptas e disponíveis ao reflorestamento que estão sendo usadas como pastagem ou ainda com culturas anuais, agravando o problema da erosão. O reflorestamento com espécies econômicas e com essências nativas, além da preservação e recuperação do meio ambiente, criará alternativas de renda aos produtores.

Na área da saúde o produtor rural tem acesso aos postos de saúde e visitas periódicas a domicilio dos agentes de saúde, com encaminhamento a Unesp de Botucatu e santas casas regionais. Na área de saneamento, na zona rural, as propriedades, em sua maioria possuem água para consumo oriundo de poços rasos, entretanto dois bairros rurais possuem poços profundos, que são administrados por associações de bairros; outro é administrado pela empresa municipal Samasp e um quarto bairro que possui dois poços profundos conseguidos através do PEMH, mas ainda é necessário fazer a distribuição da água nas propriedades. Os moradores estão pleiteando verbas parlamentares para a conclusão dessas distribuições. O esgoto na zona rural é conduzido até as fossas negras, que por muitas vezes contaminam o solo e o lençol freático. Apenas um bairro faz o depósito de esgoto em fossas sépticas biodigestoras, através do PEMH onde cerca de 20 propriedades foram beneficiadas com esse sistema de esgoto. Em relação ao lazer, os produtores rurais desfrutam apenas das festas tradicionais de seus bairros. Mas por outro lado tem acesso direto a educação através de transportes coletivos que não deixam ninguém da zona rural desamparado. O município não possui um policiamento especifico pra zona rural. A policia militar está realizando uma ronda uma vez por semana em um determinado bairro preestabelecido por ela. Já houve casos de roubo de animais e de casa nos bairros, mas nada foi descoberto necessitando em alguns pontos de patrulha rural. As estradas que dão acesso às propriedades rurais e que possibilitam o transporte da produção, são conservadas de maneira tradicional, sem adoção de tecnologias mais modernas e muitas vezes em épocas de chuvas intensas se agrava o problema de conservação dos solos das áreas lindeiras e assoreando córregos e, impossibilitando o transporte de produtos e de pessoas. A frota que faz a conservação das estradas está velha e deteriorada, com dificuldades de reposição de peças e atrasando o andamento dos serviços. A população rural tem fácil acesso a educação, pois todos os bairros rurais possuem transporte coletivo, seja para transportar alunos ou para os produtores rurais. A frota está renovada e possui 13 veículos entre ônibus, peruas e microônibus. O transporte é feito diariamente no período da tarde e da noite.

O lixo doméstico na zona rural é depositado em caixas coletoras que ficam as beiras das estradas rurais e a cada 10 dias é recolhido e transportado a cidade para ser encaminhado a Paulínia por serviços terceirizados. Os meios de comunicação que atendem o município são: uma rádio comunitária, que pela sua freqüência não abrange totalmente o município; dois jornais semanais que atendem apenas o publico da zona urbana e televisão que atendem quase que 100% da população urbana e rural. Cerca de 90% dos produtores do município possuem eletrificação em suas propriedades, graças ao Programa “Luz para todos”, facilitou a energia elétrica na zona rural. Falta também maior conhecimento por parte dos produtores na organização rural. O município possui duas associações de produtores rurais, uma chamada Associação de Produtores Rurais de Pereiras (ASPRUP) que está praticamente desativada e outra que se formou graças ao PEMH que é a Associação de Produtores da Água Choca (APRACH) que está em plena atividade. Falta também um sindicato rural pra orientação e ajuda em serviços ao produtor rural. Os produtores na grande maioria não fazem acompanhamento da produção, tal como controle leiteiro, desenvolvimento das bezerras, anotações na área reprodutiva, das receitas e despesas, não compram insumos em parcerias para baratear o custo. É necessário um maior conhecimento e informações aos produtores e seus familiares/funcionários quanto à introdução de novas tecnologias, à melhoria do manejo das culturas, à organização rural e ao gerenciamento da exploração sustentável, por isso a organização rural é peça fundamental no processo de desenvolvimento sustentável da atividade agropecuária e da melhoria das condições socioeconômicas dos produtores rurais. O produtor rural tem muita dificuldade em conseguir crédito rural nos bancos do município e da região, pois só existe um banco na cidade que é a Nossa Caixa; e o maior entrave é que 99% das propriedades estão com suas documentações irregulares, isso devido ao alto preço pra regularizá-las, o produtor desanima e acaba deixando do jeito que está. A Casa da Agricultura orienta os produtores rurais quanto ao crédito rural e os enquadra no perfil de agricultor familiar se for o caso, através do fornecimento da declaração de aptidão.

Assistência técnica e extensão rural são realizadas pela Casa da Agricultura, onde o objetivo de maior importância são os agricultores familiares. Os programas em destaque são das Microbacias hidrográficas e do CATI – Leite. Pra se ampliar programas de extensão rural será preciso aumentar o quadro de técnicos (agrônomos, veterinários e zootecnistas) para um melhor atendimento, pois o município possui cerca de mais de 800 propriedades rurais. A implantação de um sistema de trabalho na área de extensão rural, aliado ao planejamento estratégico das atividades municipais propiciará ao produtor rural uma agricultura sustentável com a preservação do meio ambiente, assegurando a viabilização econômica das propriedades e melhoria da qualidade de vida dos produtores rurais. Considerando as condições existentes, torna-se de grande importância o planejamento estratégico da atividade agropecuária, com objetivos definidos de tal forma que, as ações a serem implantadas pela municipalidade se interrelacionem com as atividades das propriedades rurais, e que estas sejam exploradas economicamente de forma sustentada, proporcionando a preservação do meio ambiente e a melhoria da qualidade de vida dos produtores rurais.

2.2. Análise das cadeias produtivas: O Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural se reuniu na Casa da Agricultura para analisar e aprovar as cadeias de fator relevante do município, uma vez que cada membro do CMDR fez parte de um bairro rural e conhece a realidade dos seus respectivos bairros. A produção agropecuária do município é representada principalmente pela avicultura de corte, pecuária de leite e de corte. A pecuária de leite, salvo raras exceções, também apresenta uma baixa produtividade em l/ vaca/ ano. Na área de produção de leite o produtor é um tanto despreocupado, dando pouco ou nenhum interesse à melhoria da qualidade do produto e genética do rebanho, utilizando reprodutores não indicados nesta atividade. O rebanho bovino é constituído de aproximadamente 30.000 cabeças com produção anual de 3.600.000 litros de leite. Os bovinos de corte são engordados em geral a pasto e apresentam baixo ganho de peso. Alguns semi-confinamentos têm alcançado melhores resultados. A avicultura de corte conduzida na base da integração apresenta resultados muito variáveis, não apresentando tendência de crescimento quanto à construção de novas

granjas (muito investimento e pouco retorno). O município possui cerca de 160 granjas de produção de aves vivas, em sistema de integração, que fornecem 5.000.000 aves/ ano aos abatedouros. O município também possui um abatedouro para 60.000 frangos/ dia e um incubatório produzindo cerca de 50.000 pintos/ dia, mesmo assim a exploração avícola sendo tradicional no município entrou em declínio, isso devido aos altos custos de produção e ao baixo preço do produto, contribuindo para que muitos produtores viessem a desistir da atividade. Com a baixa na cadeia produtiva do frango ainda emprega cerca de 600 empregos diretos. Depois de analisar e avaliar a importância econômica de cada cadeia produtiva, eles chegaram a um consenso e escolheram as cadeias produtivas que foram: bovinocultura de leite, avicultura de corte e bovinocultura de corte analisando os pontos fortes e pontos fracos de cada uma.

2.2.1. Avicultura de corte

Pontos fortes: fixação e renda ao homem no campo, ocupação da atividade em pequenas áreas rurais, geração de emprego e renda seja direto ou indireto, agregação de valores na atividade como a cama de frango utilizada na adubação do solo e a existência de várias empresas no setor que absorvem o município. Pontos fracos: falta de sindicato ou associação nesse setor, falta de capacitação de empregados e proprietários rurais no manejo das granjas, falta de poder de negociação com as empresas integradoras, falta de controle de qualidade dos lotes das aves e da alimentação administrada pelas empresas integradoras, uma descontinuidade no fornecimento da ração pela empresas integradoras no período da criação das aves, falta de regularidade no alojamento das aves durante o ano, falta de regularidade no pagamento dos lotes concluídos aos granjeiros pelas empresas integradoras, falta de comprimento da normativa 56 pelas empresas integradoras, contaminação do lençol freático pelos resíduos liberados do abatedouro de aves e a destruição das matas para queima de lenhas utilizadas para aquecimento das granjas na fase inicial da criação.

2.2.2. Bovinocultura de leite:

Pontos fortes: fixação do homem no campo, renda mensal estável, melhoramento genético no aprimoramento da raça leiteira, assistência técnica privada e oficial, maior lucratividade perante outras culturas, reposição facilitada com a venda de bezerros, autonomia do produtor em escolher a empresa receptora de leite, geração de emprego e renda seja direto ou indireto, a existência de várias empresas no setor que absorve o município e importação de leite pelo país. Pontos fracos: falta de sindicato ou associação nesse setor, falta de controle de qualidade do leite pelo produtor, dificuldade de mão de obra especializada, não há marketing nesse setor, falta de regularidade no preço do leite pago pelas empresas, baixo consumo do leite pela população, pastagens degradadas sem manejo adequado e falta de recursos, principalmente ao pequeno produtor que não possui sua propriedade regularizada.

2.2.3. Bovinocultura de corte:

Pontos fortes: preço da arroba favorável, cultura é de fácil manejo, mercado externo favorável á exportação, raças melhoradas geneticamente, facilidade de venda independente da idade, geração de emprego e renda sejam direto ou indireto, alimentação e sanidade adequada. Pontos fracos: falta de sindicato ou associação nesse setor, falta de controle na fiscalização do abate favorecendo a clandestinidade, dificuldade de negociação na venda dos animais pelos pequenos produtores; aumento de compradores inadimplentes, oscilação de preço do mercado regional com o mercado local, altas taxas para comercialização com nota fiscal propiciando a venda ilegal, pastagens degradadas, alto custo para confinamento, dificuldades de acesso a bons frigoríficos e oscilação de preço diferente ao consumidor.

2.2.3.1. Avaliação das dificuldades das principais cadeias produtivas: Cadeia Produtiva Dificuldades/problemas Causas Efeitos Ações propostas Realização de cursos e palestras Baixa representatividade visando aprimorar as relações e, consequentemente, interpessoais entre os produtores, Ausência de sindicato Rural Falta de união dos dificuldade de bem como incentivar o e/ou associação de produtores rurais relacionamento com as associativismo entre eles. produtores. empresas integradoras Avaliar a possibilidade de criação (negociação de preços). de um sindicato ou associação de produtores de frango. Realização de cursos e palestras Comodismo, ignorância visando à capacitação dos Ausência de capacitação dos e desmotivação dos produtores rurais em suas Baixa produtividade e funcionários / produtores produtores e falta de atividades produtivas, melhorando perdas econômicas. rurais interesse das empresas diminuindo as perdas e integradoras consequentemente aumento o rendimento de sua atividade. Produção desuniforme, Através de um sindicato ou baixa produtividade, Baixa qualidade dos animais e Falta de controle de associação de produtores, Avicultura de corte aumento do tempo de da ração entregue aos qualidade por parte da solicitar melhorias na qualidade ocupação da granja, com integrados. integradora. dos animais e da ração entregues conseqüente aumento do pelas integradoras. custo de produção. Aumento da taxa de Através de um sindicato ou Falta de planejamento e mortalidade de animais, Falhas no fornecimento de associação de produtores, compromisso das aumento do tempo de animais e ração pelas solicitar melhor planejamento e integradoras com os ocupação da granja, com integradoras. cumprimento de prazos pelas integrados. conseqüente aumento do integradoras. custo de produção. Através de um sindicato ou Desmotivação dos Atraso nos pagamentos dos Inadimplência das associação de produtores, integrados e abandono integrados. integradoras negociar regras para o pagamento da atividade. dos integrados. Através de um sindicato ou Falta de apoio das Integrados têm que arcar Não cumprimento da Instrução associação de produtores, integradoras para com com todo o custo para se Normativa 56 pela integradora. negociar a adequação das seus integrados. adequar à legislação. propriedades com as integradoras

Realização de palestras visando à Não utilização de capacitação dos produtores rurais técnicas adequadas para Risco de contaminação em técnicas de descarte de Poluição ambiental por descarte de animais das águas superficiais e animais via compostagem. resíduos da produção de mortos. do lençol freático, Aumento da fiscalização pelos frango nas granjas e nos Falta de destino correto trazendo riscos pra a órgãos de vigilância sanitária e abatedouros. Avicultura de corte para resíduos do saúde da população. ambiental. abatedouro. Tratamento dos resíduos de abatedouro. Utilização de madeira Desmatamento das Incentivar o plantio de eucalipto nativa de áreas áreas de preservação Desmatamento nas propriedades para fins de protegidas para permanente e essências produção de energia (lenha). aquecimento de granjas. nativas protegidas por lei Realização de cursos e palestras visando aprimorar as relações Baixa representatividade interpessoais entre os produtores, Ausência de sindicato Rural e, consequentemente, Falta de união dos bem como incentivar o e/ou associação de dificuldade de produtores rurais associativismo entre eles. produtores. comercialização de seus Avaliar a possibilidade de criação produtos. de um sindicato ou associação de produtores de leite. Perdas econômicas Falta de higiene; devido ao constante Falta de equipamentos descarte de leite ácido Realização de cursos e palestras adequados; Bovinocultura de Ausência de controle de nos laticínios. visando aprimorar a higiene e as Falta de mão de obra leite qualidade na produção de leite Dificuldade de técnicas de ordenha para especializada; comercialização. produtores e funcionários. Falta de interesse pelo Risco para a saúde da produtor rural. população. Realização de cursos e palestras Produtor não consegue visando capacitar o produtor no Falta de interesse do gerenciar gerenciamento da produção Ausência de controle dos produtor; adequadamente sua leiteira em sua propriedade. índices zootécnicos e Falta de técnicos para propriedade e acaba Contratação de novos técnicos econômicos nas propriedades. orientação. tendo baixo rendimento para melhorar a assistência na atividade. técnica no município.

Realização de cursos e palestras visando capacitar o produtor na produção de derivados do leite, Falta de regularidade de visando agregação de valores à preço; Produtor muito suscetível produção. Dificuldade na Ausência de organização à oscilação do preço do Incentivar a venda do leite comercialização da produção de produtores de leite no leite nos laticínios e com diretamente para os órgãos leiteira. município; muitas dificuldades de públicos através de programas de Aumento das vender sua produção. governo. importações de leite. Promover a venda conjunta da produção entre os produtores de leite visando diminuir a oscilação do preço. Utilização de tecnologia Realização de cursos, palestras, defasada de produção, demonstrações de métodos, dias aumentando os custos de campo e excursões visando à Falta de mão de obra de produção do leite e capacitação do produtor e de seus especializada e baixa diminuindo a Bovinocultura de Êxodo rural; funcionários nas atividades de utilização de tecnologia na rentabilidade do leite produção do leite. produção de leite produtor; Difusão de novas tecnologias de Produtores deixando a produção para os produtores atividade e procurando rurais. emprego na cidade. Difusão por meio de palestras, das vantagens da utilização do pastoreio rotacionado e irrigado. Pastagens cada vez Organizar excursões para outras mais depauperadas; propriedades visando apresentar Utilização das pastagens Baixíssima capacidade novos sistemas de produção; acima de sua de suporte. Elaborar projetos de divisão e Pastagens degradadas capacidade de suporte, Aumento dos custos de irrigação de pastagens nas com baixo aporte produção pela maior propriedades; tecnológico. utilização de volumosos Promover a adubação de e concentrados na pastagens e a utilização da cama alimentação animal de frango como adubo orgânico; Promover a reforma de pastagens e a consorciação de pastagens.

Realização de cursos e palestras visando aprimorar as relações interpessoais entre os produtores, bem como incentivar o associativismo entre eles. Baixa representatividade Avaliar a possibilidade de criação Ausência de sindicato Rural e, consequentemente, Falta de união dos de um sindicato ou associação de e/ou associação de dificuldade de produtores rurais produtores de leite. produtores. comercialização de seus Organizar vendas conjuntas de produtos. pequenos produtores aos grandes frigoríficos. Promover via sindicato ou associação a regularização dos documentos dos produtores. Falta de controle na Realização de palestra para Falta de fiscalização e fiscalização do abate conscientização do produtor rural; conscientização do Risco a saúde pública. favorecendo a Melhorar o sistema de produtor. clandestinidades. fiscalização. Bovinocultura de Realização de cursos e palestras corte Baixa produtividade, alto visando aprimorar as técnicas de Alto custo da produção por Alto preço dos insumos; custo da produção e produção. confinamento Defasagem tecnológica. baixo rendimento na Promover a compra conjunta de atividade. insumos Difusão por meio de palestras, das vantagens da utilização do pastoreio rotacionado e irrigado. Pastagens cada vez Organizar excursões para outras mais depauperadas; propriedades visando apresentar Utilização das pastagens Baixíssima capacidade novos sistemas de produção; acima de sua de suporte. Elaborar projetos de divisão e Pastagens degradadas capacidade de suporte, Aumento dos custos de irrigação de pastagens nas com baixo aporte produção pela maior propriedades; tecnológico. utilização de volumosos Promover a adubação de e concentrados na pastagens e a utilização da cama alimentação animal de frango como adubo orgânico; Promover a reforma de pastagens e a consorciação de pastagens.

2.2.3.2. Avaliação das oportunidades/potencialidades das cadeias produtivas: Cadeia Produtiva Oportunidades/Potencialidades Porque não explora Efeitos exploração Ações propostas Melhoria nas condições de trabalho nas granjas; Cumprimento de prazos Realização de cursos e palestras pelas empresas visando aprimorar as relações Possibilidade de negociação integradoras; interpessoais entre os produtores, das condições de trabalho nas Ausência de organização Possibilidade de bem como incentivar o granjas, devido à existência de entre os produtores discussão dos preços e associativismo entre eles. várias empresas integradoras integrados. dos prazos de entrega Avaliar a possibilidade de criação no setor. de animais e ração com de um sindicato ou associação de as integradoras, assim produtores de frango. como a retirada dos animais prontos para o abate. Diversificação da produção agropecuária, Apesar de ser na maioria das Realização de cursos e palestras trazendo segurança vezes a principal atividade das visando aperfeiçoamento das Existe exploração do econômica aos propriedades rurais do técnicas de produção e Avicultura de corte restante da propriedade, produtores; município, a avicultura de incentivando a entrada de novas contudo ela é ineficiente. Geração de emprego e corte ocupa pouco espaço atividades agropecuárias no renda nas propriedades, físico nestas propriedades. município. favorecendo a fixação do homem no campo. Diminuição dos custos de produção das demais Realização de cursos, palestras, atividades dias de campo e demonstrações agropecuárias, pela de métodos, visando difusão da Existe exploração, mas utilização de um tecnologia de adubação com raramente ela obedece fertilizante orgânico cama e frango nas culturas Utilização da cama de frango aos critérios técnicos subproduto da produção implementadas no município; como adubo orgânico adotados para as de frangos, diminuindo a Incentivar a prática da adubação culturas. compra de adubos com cama de frango, por meio de químicos e melhorando recomendações de adubação as características físico- elaboradas pelos técnicos da químicas dos solos do Casa da Agricultura município.

Diminuição dos custos de produção; Aprimoramento genético do gado leiteiro do município pelo programa Existe exploração, de inseminação artificial; embora a quantidade de Diminuição das perdas propriedades assistidas, de produção, geradas tenha pouca pela falta de higiene; representatividade Diminuição das perdas Aumento do quadro de levando em de solos e dos funcionários da Casa da Existência de assistência consideração o número problemas ambientais Agricultura, para que mais técnica oficial e programas de total de produtores na subseqüentes causados propriedades do município governo específicos para a atividade, devido ao fato pelo manejo inadequado possam receber cadeia do leite. de o quadro de técnicos das pastagens; acompanhamento técnico na da Casa da Agricultura Aumento do número de produção de leite. não ser compatível com propriedades assistidas a quantidade de em projetos, com Bovinocultura de propriedades do conseqüente divulgação leite município. dos resultados. Transferência de novas tecnologias de produção e de manejo das pastagens para os produtores. Com maior representatividade os produtores poderiam Realização de cursos e palestras Existe a exploração, mas aumentar sua segurança visando aprimorar as relações Segurança financeira gerada a segurança da atividade financeira, discutindo interpessoais entre os produtores, pela venda diária do leite e poderia ser maior se contratos de bem como incentivar o pela venda periódica de houvesse no município fornecimento com os associativismo entre eles. bezerros. uma organização de vários laticínios da região Avaliar a possibilidade de criação produtores de leite. e escolhendo assim as de uma associação de produtores melhores oportunidades de leite. de negócio.

Atividade pode ser explorada por pessoas Produtor pode Menor dependência de mão Cursos e palestras visando com carência de mão de despender tempo em de obra para realização das estimular o produtor a entrar em obra e com pouco tempo outras atividades dentro atividades produtivas novas atividades. para gastar com a e fora da propriedade atividade. Explora, mas apenas como beneficiário da Produtor consegue situação, pois o produtor Bovinocultura de Aumento das exportações de vender sua produção Incentivar a venda coletiva da individualmente é tratado corte carne pelo país. com facilidade e com produção entre os produtores. apenas como um mero melhor preço. fornecedor pelo frigorífico. Se houver algum desequilíbrio financeiro o produtor consegue Liquidez da atividade Explora - vender facilmente o rebanho, independente de idade, peso, etc....

2.3.1. Avaliação das dificuldades gerais do município Assunto Dificuldades/problemas Causas Efeitos Ações propostas Melhorar os mecanismos de divulgação dos programas e Produtor não consegue Falta de divulgação e linhas de crédito rural. realizar investimentos conhecimento dos Realizar uma campanha de em sua propriedade e programas e linhas de regularização dos documentos não consegue custear Dificuldade de acesso ao crédito e burocracia. das propriedades, junto a Crédito Rural sua produção. crédito rural Dificuldade na Prefeitura e o cartório. Queda de produção, regularização da Melhorar o relacionamento entre a baixo nível tecnológico e documentação das Casa da Agricultura e as degradação ambiental. propriedades. entidades financeiras de crédito Êxodo rural. para diminuir os entraves burocráticos. Resistência e falta de Incentivar a capacitação dos Queda dos principais qualificação da mão-de- produtores e funcionários através Falta de qualificação da mão índices produtivos e Mão de obra obra de ambas as de cursos, palestras, eventos, de obra nas propriedades aumento do custo de partes, patrão- demonstração de resultados, dias produção. funcionário e êxodo rural. de campo e visitas técnicas. Falta de investimento, descapitalização e Incentivar a instalação de fossas Ausência de sistema de Poluição do meio conscientização do sépticas biodigestoras, cloradores Saneamento básico tratamento de esgoto na ambiente e riscos proprietário. de água, construção de banheiros maioria das propriedades. sanitários. Falta de políticas adequados e dentro das casas. públicas de incentivo. Roubos de casas, Produtor não se sente Viabilizar a implantação do máquinas, implementos seguro para realizar Insegurança da população programa da Polícia Militar Segurança Rural e animais. investimentos em sua rural denominado “Policiamento Rural”, Falta de contingente propriedade. no município. policial. Êxodo rural. Dificuldade no atendimento médico e Reestruturar a folha de desconforto causado Falta de médicos especialistas pagamentos do município, Saúde Baixo salário. pelos longos no PFS melhorando o salário dos deslocamentos até médicos. outras unidades de saúde.

Descapitalização, baixo uso tecnológico, Incentivar o uso de tecnologias de estradas ruins e mal Perda de qualidade de recuperação e conservação de conservadas, vida, destruição do meio solos Incentivar a recuperação e Degradação ambienta em sucateamento de ambiente e proteção de Áreas de Meio ambiente áreas de preservação máquinas e implementos contaminação de águas Preservação Permanente. permanente agrícolas e superficiais e Promover programas de conscientização do subterrâneas. educação ambiental para crianças proprietário e da e para os produtores rurais. população. Elaboração de Plano de manejo das estradas rurais do município. Falta de Manutenção das Dificuldade de acesso às Adequação de estradas rurais estradas. propriedades, aquisição Trafegabilidade ruim em através de programas oficiais. Estradas Rurais Falta de projetos de de insumos e trechos das estradas rurais. Conservação das estradas rurais adequação de estradas comercialização da pela prefeitura. rurais. produção. Capacitação dos operadores de máquinas. Realização de cursos e palestras visando aprimorar as relações interpessoais entre os produtores, Baixa representatividade bem como incentivar o e, consequentemente, Ausência de sindicato Rural associativismo entre eles. Falta de união dos dificuldade de Organização Rural e/ou associação de Avaliar a possibilidade de criação produtores rurais relacionamento com as produtores. de associações de produtores no empresas integradoras município. (negociação de preços). Fortalecimento das associações existentes, através da capacitação de seus dirigentes. A assistência técnica oficial é realizada pela Baixo número de Casa da Agricultura, que Falta de assistência técnica atendimentos realizados. Aumento do quadro de técnicos Assistência Técnica possui apenas um oficial nas propriedades Falta de interesse dos na Casa da Agricultura. médico veterinário e um produtores rurais. engenheiro Agrônomo no município

2.3.2. Avaliação das oportunidades / potencialidades gerais do município Assunto Oportunidades / Porque não explora Efeitos da exploração Ações propostas potencialidades Readequação do orçamento anual Maiores investimentos do município de maneira que os na zona rural do recursos destinados à Secretaria Falta de investimento município, trazendo A importância da agropecuária Municipal de Agricultura sejam pelos órgãos públicos e aumento da produção Economia municipal que é à base da economia compatíveis com a arrecadação privados na atividade agrícola, aquecimento da municipal da área rural. agropecuária. economia e melhoria da Estimular investimentos de qualidade de vida da empresas privadas na zona rural população rural. do município. Geração de empregos Geração de empregos nas diretos e indiretos na Capacitação da mão de obra das Emprego cadeias da avicultura e da Explora agroindústria, além de cadeias produtivas. bovinocultura de leite. empregos nas propriedades. Oportunidade de estudo Frota renovada com 13 para quase 100% das Manutenções periódicas dos Transporte escolar veículos para transporte de Explora pessoas em idade veículos. alunos escolar na zona rural. Garantia de energia elétrica Explora, mas por falta de 90% das propriedades para todas as propriedades informação alguns Divulgar melhor o programa no Eletrificação rural rurais são atendidas pela rurais através do programa produtores não município. rede de energia elétrica “Luz para Todos” conhecem o programa. Expandir o sistemas com a Sistema de caixas coletoras Diminuição da poluição colocação de novas coletoras e Poluição na beira das estradas com Explora ambiental. adoção ao sistema de coleta coleta a cada 10 dias seletiva. Potencial turístico do Geração de emprego e Elaboração de um Plano Turístico Turismo Rural Explora município renda para o município Municipal.

3. Diretrizes para o desenvolvimento municipal: Ordem Diretrizes Indicadores Estratégias Instituições envolvidas Casa da Agricultura, Prefeitura Estimular a criação do Sindicato Reuniões com produtores rurais e com 01 Sindicato estabelecido municipal, Sindicato Rural de Laranjal Patronal Rural dirigentes Paulista. Promover palestras e cursos sobre o tema: “Associativismo e Cooperativismo”. Formar grupos de produtores ligados a 2 associações de uma mesma cadeia, buscando auxílio Fortalecimento das associações de produtores fortalecidas. com entidades parceiras. produtores rurais do município e 2 associações de Associações, CATI, Prefeitura, 02 Promover visitas técnicas a estímulo à criação de novas produtores formadas SEBRAE, ICA, UNESP,SENAR, etc... associações e/ou cooperativas que associações de produtores. 5 palestras realizadas. obtiveram sucesso. 3 cursos realizados. Buscar a formação de novas Associações e o fortalecimento das já existentes, traçando objetivos (metas) claros e possíveis. Reuniões para identificar as demandas PM / CATI / SENAR / SEBRAE / Reunião realizada dos produtores rurais na área de UNESP capacitação. Realização de palestras sobre temas PM / CATI / SENAR / SEBRAE / Promover a capacitação dos Palestra realizada escolhidos previamente pelos UNESP produtores rurais nas atividades produtores rurais. 03 gerenciais, produtivas e na Realização de cursos sobre temas Curso realizado PM / CATI / SENAR / SEBRAE / agregação de valores de sua escolhidos previamente pelos Produtor capacitado. UNESP produção agropecuária. produtores rurais. Produtores PM / CATI / SENAR / SEBRAE / Participação em dia de campo participando UNESP Realização de excursões para feiras PM / CATI / SENAR / SEBRAE / Excursão realizada agropecuárias, etc... UNESP Através da organização de produtores, solicitar a melhoria dos animais e ração entregue pela Reuniões de negociação com as PM / CATI / Organização de 04 Reunião realizada integradora, bem como melhoras no integradoras. produtores / empresas integradoras planejamento e no sistema de pagamento aos integrados.

Através da organização de produtores, negociar com a Reuniões de negociação com as PM / CATI / Organização de 05 Reunião realizada integradora a adequação das integradoras. produtores / empresas integradoras propriedades na IN 56 Palestra de capacitação em técnicas Reduzir a poluição ambiental por Palestra realizada de descarte de animais via PM / CATI / empresas integradoras 06 resíduos da produção de frangos compostagem. nas granjas e nos abatedouros. Aumento da fiscalização pelos órgãos PM / CATI / CDA / empresas Produtores autuados de vigilância sanitária e ambiental integradoras Incentivar o plantio de eucalipto nas 07 propriedades para fins de produção Palestra realizada Realização de palestra técnica. PM / CATI / empresas integradoras de energia. Palestra sobre higiene na ordenha e Estimular a utilização de técnicas de Palestra realizada PM / CATI / SEBRAE no armazenamento do leite. 08 controle de qualidade na produção Curso realizado Curso sobre higiene na ordenha e no de leite. PM / CATI / SEBRAE Produtor capacitado armazenamento do leite. Reunião realizada Reunião sobre comercilaização PM / CATI / SEBRAE / Realização de curso de Curso realizado processamento de alimentos e PM / CATI / SEBRAE / Produtor capacitado. subprodutos da produção agrícola. Apoiar a agregação de valores e Venda coletiva Incentivar a venda coletiva organizada PM / CATI / SEBRAE / 09 facilitar a comercialização da realizada da produção agropecuária. produção agropecuária. Produtores vendendo Promover a venda da produção produção diretamente PM / CATI agrícola direto para o poder público. para o poder público Fortalecimento das organizações de Associação fortalecida PM / CATI / SEBRAE / ICA produtores estabelecidas Palestras sobre manejo da pastagem, PM / CATI / SEBRAE Palestra realizada utilização da cama de frango como adubo orgânico. Cursos realizados PM / CATI / SEBRAE Cursos sobre manejo da pastagem Incentivar a utilização de técnicas Produtores capacitados 10 adequadas de manejo de pastagem Excursão realizada Excursões a propriedades modelo PM / CATI / SEBRAE Elaboração de projetos de divisão de PM / CATI / SEBRAE Projeto elaborado pastagem Elaboração de projetos de irrigação de PM / CATI / SEBRAE Projeto elaborado pastagem

Elaboração de um plano de manejo de Plano elaborado PM / CATI estradas rurais. Adequação de trechos críticos através Km de estrada de recursos municipais e de Promover a adequação dos trechos PM / CATI / CODASP adequado Programas oficiais de adequação de 11 críticos, conservação e manutenção estradas rurais. das estradas rurais do município. Capacitação de operadores de PM / CATI / CODASP / SENAR / Operadore capacitado máquinas. SEBRAE Km de estrada Manutenção de estradas rurais. PM conservado Divulgação das linhas de crédito para PM / CATI / Banco do Brasil / Nossa Palestra realizada produtores familiares (FEAP e Caixa PRONAF). Divulgação das linhas de crédito dos Palestra realizada PM / CATI / Instituições financeiras bancos particulares. Estreitar o relacionamento entre a Casa da Agricultura, organizações de PM / CATI / Organização de Reunião realizada. produtores e instituições financeiras, produtores / Instituições financeiras Facilitar o acesso ao crédito pelos visando diminuir a burocracia. 12 produtores rurais Emissão de Declaração de aptidão ao DAP emitida PM / CATI PRONAF. Emissão de Declaração de aptidão ao DAF emitida PM / CATI FEAP. Elaboração de projeto para Projeto de investimento investimento agropecuário do PM / CATI elaborado PRONAF. Plano Simples Elaboração de Plano simples de PM / CATI elaborado investimento para o FEAP. Ampliação do quadro de funcionário Funcionário contratado PM / SAA da Casa da Agricultura Aperfeiçoar a divulgação dos serviços Banner elaborado. CATI Aperfeiçoar o serviço de assistência realizados pela Casa da Agricultura. 13 técnica e extensão rural no Apoiar a realização de reuniões de PM / CATI / Organização de Reunião realizada município. agricultores na Casa da Agricultura. produtores Aperfeiçoar o atendimento aos Produtores atendidos PM / CATI produtores na Casa da Agricultura. Técnicos capacitados Promover a capacitação dos técnicos PM / CATI

Curso realizado Realização de cursos de qualificação PM / CATI / SENAR / SEBRAE / Público beneficiário da mão de obra nas atividades rurais. UNESP capacitado Promover através de projetos a Projeto elaborado melhoria das moradias e das PM / CATI instalações nas propriedades. Melhorar o sistema de coleta de lixo Lixeiras instaladas PM na zona rural Propriedades Divulgação do programa “Luz para atendidas com energia PM / empresa Promover ações visando à fixação Todos” elétrica do homem ao campo, qualificando a 14 Incentivar a utilização de mão de obra nas propriedades e investimentos públicos e privados em diminuindo o êxodo rural. PM / organização de produtores / Eventos realizados atividades de lazer, como festas, empresas eventos e centros comunitários na zona rural. Programa de Implantar o programa de policiamento policiamento rural Prefeitura Municipal e Polícia Militar rural da polícia militar. implantado. Fossa séptica Incentivar programas de saneamento biodigestora instalada rural, através da instalação de fossas PM / CATI Clorador de água sépticas biodigestoras e cloradores de instalado. água nas propriedades rurais Mudas plantadas Promover a recuperação ambiental em PM / CATI / SMA Hectares reflorestados áreas de preservação permanente. Isolar as áreas de preservação Km de cerca de permanente, visando à regeneração PM /CATI isolamento construidas Promover ações visando a natural. 15 conservação dos recursos naturais. Promover a educação ambiental nas Alunos participando PM / CATI escolas do município. Incentivar as práticas de conservação Convênios assinados do solo e da água por meio de PM participação em programas oficiais. Participar de programas dos Assinar convênios que contribuam governos estadual e federal que 16 Convênios assinados para o desenvolvimento rural PM visem o desenvolvimento rural sustentável. sustentável.

Promover o turismo rural no Elaborar projeto sobre a 17 Projeto elaborado PM, CATI, SEBRAE município potencialidade turística do município Promover a diversificação da Palestra realizada Realização de palestras PM / CATI / SEBRAE produção agrícola e a entrada de Reunião realizada Realização de reuniões PM / CATI / SEBRAE 18 novas explorações agropecuárias Produtores Participação de produtores em dia de PM / CATI / SEBRAE no município. participando campo / demonstração de método

Aquisição de 1 trator traçado 19 Equipar a patrulha agrícola. PM PM Aquisição de 4 implementos

4. Planejamento da execução:

4.1. Iniciativas para o desenvolvimento rural em andamento: Ordem Nome Instituições Metas Prazos Recursos Beneficiários Observações * 2 Palestra realizadas Reunir 8 reuniões realizadas produtores para Fortalecimento e 1 associação formada que eles se PM, Casa da formação de PM e Casa da 2 associações Até o final Produtores organizarem em 01 Agricultura, organizações de Agricultura fortalecidas deste plano Rurais associações de ICA, SEBRAE Produtores Rurais. 2 compras conjuntas de acordo com insumos realizadas seus objetivos 1 Visita realizada em comum. Promover a capacitação dos 4 reuniões realizadas produtores rurais 16 palestras realizadas Atividades nas atividades 8 cursos realizados realizadas gerenciais e PM, CATI, 200 produtores PM, CATI, Até o final Produtores regularmente 02 produtivas e de SEBRAE, capacitados SEBRAE, deste plano Rurais pelas entidades agregação de UNESP 80 participações de UNESP que atuam no valores a sua produtores em dias de município produção campo agropecuária 8 excursões realizadas

4 reuniões realizadas Atividades Apoiar a agregação 8 palestras realizadas realizadas de valores e facilitar PM, CATI, PM, CATI, 8 cursos realizados Até o final Produtores regularmente 03 a comercialização da SEBRAE, SEBRAE, 160 produtores deste plano Rurais pelas entidades produção UNESP UNESP capacitados que atuam no agropecuária Venda coletiva realizada município Atividades 4 reuniões realizadas Realização de realizadas PM, CATI, 8 palestras realizadas PM, CATI, cursos de Até o final Produtores regularmente 04 SEBRAE, 12 cursos realizados SEBRAE, qualificação da mão deste plano Rurais pelas entidades UNESP 240 produtores UNESP de obra que atuam no capacitados município 2 palestras realizadas 1 curso realizado 10 produtores Atividades Incentivar a capacitados realizadas utilização de PM, CATI, 5 projetos de divisão de PM, CATI, Até o final Produtores regularmente 05 técnicas adequadas SEBRAE, pastagem elaborados SEBRAE, deste plano Rurais pelas entidades de manejo de UNESP 2 projetos de irrigação de UNESP que atuam no pastagem pastagem elaborados município Locação de 5000 m. de terraços. 4 excursões realizadas Programa Prefeitura, Adequar 6,1 Km da Melhor População do Obra em SAA e estrada municipal do Dez/09 Caminho e município andamento. Recuperação de CODASP. Bairro Lageado. 06 Prefeitura. Estradas Municipais. Serviço Prefeitura / 300 km de estradas rurais Até o final População do Prefeitura realizado CATI conservados deste plano município. periodicamente 6 palestras de divulgação 64 DAPs emitidas 18 DAFs emitidas Palestras Facilitar o acesso ao Até o final Produtores 07 CATI 20 projetos de CATI realizadas crédito rural. deste plano Rurais investimento elaborados periodicamente 8 plano simples elaborados

Promover a Capacitações capacitação dos 24 participações em Até o final Produtores 08 PM / CATI CATI realizadas técnicos da Casa da cursos e palestras deste plano Rurais regularmente Agricultura Atividades 20 fossas sépticas realizadas PM, CATI, PM, CATI, Incentivar programa biodigestoras instaladas Até o final Produtores regularmente 09 SEBRAE, SEBRAE, de saneamento rural 5 cloradores de água deste plano Rurais pelas entidades UNESP UNESP instalados que atuam no município 5 propriedades atendidas Até o final Produtores de Projeto em 10 CATI LEITE PM e CATI no município PM / CATI deste plano leite do município andamento 5 produtores capacitados Aquisição de Aquisição de 1 trator máquinas e Até o final Governo Produtores do 11 PM Aquisição de 4 implementos para a deste plano Federal. município implementos patrulha agrícola. Promover a diversificação da Atividades 4 reuniões realizadas produção realizadas PM, CATI, 8 palestras realizadas PM, CATI, agropecuária e a Até o final Produtores regularmente 12 SEBRAE, 40 produtores SEBRAE, entradas de novas deste plano Rurais pelas entidades UNESP participando de dias de UNESP atividades que atuam no campo. agropecuárias no município município. Promover a eletrificação rural Atividades nas propriedades do 12 propriedades Até o final Produtores 13 PM, CATI PM, CATI realizadas município pelo atendidas deste plano Rurais regularmente programa “Luz para Todos” Atividades Programa de 20 propriedades Até o final Produtores 14 PM / CATI PM, CATI realizadas inseminação artificial atendidas deste plano Rurais regularmente

4.2. Novas iniciativas necessárias para o atendimento das diretrizes do Plano Ordem Nome Instituições Metas Prazos Recursos Beneficiários Reunião com produtores rurais e com dirigentes do município PM / CATI / Produtores 01 para discussão da viabilidade 1 Reunião realizada Dez/2011 PM / CATI produtores Rurais da criação do Sindicato Patronal. Através da organização de produtores, solicitar a melhoria dos animais e ração entregue PM / CATI / PM / CATI / Até o final Produtores 02 pela integradora, bem como produtores / 2 Reuniões realizadas produtores / deste plano Rurais melhoras no planejamento e no integradoras integradoras sistema de pagamento aos integrados. Através da organização de PM / CATI / PM / CATI / produtores, negociar com a Produtores 03 produtores / 1 Reunião realizada Dez/2011 produtores / integradora a adequação das Rurais integradoras integradoras propriedades na IN 56 Órgãos de Aumento da fiscalização pelos vigilância Órgãos de Até o final População do 04 órgãos de vigilância sanitária e sanitária e 4 Produtores autuados vigilância sanitária deste plano município ambiental ambiental e ambiental

Política de incentivo ao plantio 1 palestra realizada de eucalipto nas propriedades PM / CATI / Até o final PM / CATI / População do 05 5 produtores adotando a prática para fins de geração de UNESP deste plano UNESP município do plantio de eucalipto energia. Prefeitura e Elaboração de um plano de Prefeitura e 06 1 Plano elaborado Dez/2012 Prefeitura e CATI população do manejo das estradas rurais CATI município. Prefeitura / Adequar 25 km de estradas Até o final População do 07 Adequação de estradas rurais CATI / Prefeitura e SAA rurais deste plano município. CODASP Prefeitura / Capacitação de operadores de CATI / 3 operadores de máquinas Até o final População do 09 Prefeitura e SAA máquinas CODASP capacitados deste plano município.

4 reuniões realizadas Estreitar o relacionamento entre ( 1 reunião por ano para Casa da Agricultura, produtores apresentação das linhas de rurais e instituições financeiras, Prefeitura / crédito, para discutir melhorias Produtores visando diminuir a burocracia CATI / Até o final Instituições 10 no relacionamento entre as rurais do no acesso ao crédito e a Instituições deste plano financeiras partes interessadas e novas município. participação dos produtores na financeiras propostas de linhas de escolha de novas linhas de financiamento pelos produtores crédito rurais) Ampliar o quadro de Produtores Até o final 11 funcionários da Casa da PM / CATI 2 funcionários contratados PM / CATI rurais do deste plano Agricultura município. Apoiar a divulgação dos 16 banners elaborados Produtores serviços realizados pela Casa Até o final 12 PM / CATI 500 prospectos impressos PM / CATI rurais do da agricultura e a divulgação de deste plano 3 reuniões realizadas município. seus produtos. Promover a venda da produção Produtores 10 produtores vendendo Até o final 13 agrícola direto para o poder PM / CATI PM / CATI rurais do produção para a prefeitura deste plano público município. Projeto para melhoria das Produtores Até o final 14 moradias e instalações das PM / CATI 1 Projeto elaborado PM / CATI rurais do deste plano propriedades município. Produtores Melhorar o sistema de coleta de Até o final 15 PM 4 lixeiras instaladas PM rurais do lixo na zona rural deste plano município. Implantar o programa de Produtores PM, CATI e 1 programa de policiamento Até o final 16 policiamento rural pela polícia PM / Polícia Militar rurais do Polícia Militar implantado. deste plano militar município. Promover o turismo rural no 1 Projeto de turismo rural Até o final População do 17 PM, CATI PM, CATI município elaborado deste plano município Incentivar as práticas de conservação de solo e da água Até o final População do 18 PM / SAA 4 convênios assinados PM / SAA por meio de participação em deste plano município programas oficiais. Apoio a programas de Até o final População do 19 educação ambiental nas PM / SAA Participação de 400 alunos PM / SAA deste plano município escolas

Recuperação ambiental em 10.000 mudas doadas Até o final População do 20 áreas de preservação PM / CATI PM / CATI 6 ha reflorestados deste plano município permanente Isolar áreas de preservação 2 km de cerca de isolamento Até o final População do 21 PM / CATI PM / CATI permanente construídas deste plano município Participar de programas dos governos estadual e federal Até o final População do 22 PM / CATI 4 convênios assinados PM / CATI que visem o desenvolvimento deste plano município rural sustentável no município

5. Instituições envolvidas: Secretaria Estadual de Agricultura e Abastecimento Prefeitura Municipal de Pereiras Secretaria Municipal da Agricultura e Meio Ambiente Secretaria Municipal de Saúde Secretaria Municipal da Educação Secretaria Municipal de Obras e Planejamento Secretaria Municipal da Cultura e de Esportes Secretaria Municipal da Educação Samaspe Coordenadoria de Assistência Técnica Integral – CATI Escritório de Desenvolvimento Rural de Botucatu Casa da Agricultura de Pereiras Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural de Pereiras Associação de Produtores Rurais de Pereiras Associação de Produtores Rurais do Bairro da Água Choca Granja Roseira Granja Céu Azul Arista Lifescience Universidade Estadual de São Paulo – campus Botucatu ELEKTRO Integradora de aves Carlos Roso Sindicato Rural de Laranjal Paulista Banco Nossa Caixa - agência Pereiras Banco do Brasil – agências Conchas e Laranjal Paulista

Pereiras, 22 de julho de 2010

Roberto Luiz Silveira Prefeito Municipal

O Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural de Pereiras aprova este Plano.

______Luis Lélis Venturelli