UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” AVM FACULDADE INTEGRADA

A COLETA DO LIXO PODE E DEVE SER SUSTENTÁVEL!

Por: Eliana Batista da Costa Silva

Orientador Prof. Nelson Magalhães

Rio de Janeiro 2012

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” AVM FACULDADE INTEGRADA

A COLETA DO LIXO PODE E DEVE SER SUSTENTÁVEL!

Apresentação de monografia à AVM Faculdade Integrada como requisito parcial para obtenção do grau de especialista em Gestão de Projetos. Por: Eliana Batista da Costa Silva.

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AGRADECIMENTOS

... a Deus por me dar saúde e coragem para enfrentar a vida. Também sou grata aos meus pais, marido, sogra, parentes e amigos por me ajudarem nos momentos difíceis e por estarem ao meu lado nos momentos felizes. Agradeço também aos colaboradores da AVM pelo trabalho desempenhado e também aos meus colegas de turma pelo carinho e amizade.

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DEDICATÓRIA

... dedico este trabalho acadêmico aos cidadãos da cidade do .

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RESUMO Este trabalho tem como uma das funções descrever a história da coleta seletiva no Rio de Janeiro. Esta monografia cita também algumas lacunas que os órgãos responsáveis por este serviço têm deixado na realização deste serviço. Este trabalho sugere hipoteticamente melhorias no serviço de coleta seletiva no Rio de Janeiro, devido inclusive aos acontecimentos futuros que a cidade passará nos próximos anos sendo sede da Copa do Mundo em 2014 e sede das Olimpíadas em 2016. Aborda em poucas palavras a questão da ética sustentável e enfatiza os benefícios provenientes da realização eficiente da coleta seletiva.

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METODOLOGIA A metodologia utilizada na elaboração deste trabalho foi a pesquisa em livros atualizados sobre o tema desenvolvimento sustentável, além da busca no site na internet da companhia responsável pela limpeza urbana da cidade do Rio de Janeiro, Comlurb. A pesquisa também foi realizada através de notícias sobre o tema lançadas na internet. Também foram utilizadas para a realização deste trabalho de conclusão de curso observações do cotidiano da cidade Rio de Janeiro.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 08

CAPÍTULO I - A história da coleta seletiva no Rio de Janeiro 13

CAPÍTULO II - Incentivos motivacionais para a coleta seletiva porta a porta 15

CAPÍTULO III - Melhorias na coleta seletiva Porta a porta 18

CAPÍTULO IV – Benefícios da coleta seletiva 20

CONCLUSÃO 21

ANEXOS 22

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 25

BIBLIOGRAFIA CITADA 26

WEBGRAFIA 27

ÍNDICE 28

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INTRODUÇÃO Esta pesquisa está voltada para sugerir melhorias na coleta seletiva porta a porta na cidade do Rio de Janeiro dos recicláveis papéis/papelões, plásticos, vidros e metais. Este tema foi escolhido devido à importância econômica, cultural, social e principalmente ambiental para a cidade do Rio de Janeiro e respectiva população caso este serviço seja realizado de forma eficiente. O assunto desenvolvimento sustentável é um dos grandes desafios mundiais que devem ser enfrentados pelos países pelo mundo inteiro. As respostas para estes desafios têm sido procuradas em várias áreas como, por exemplo, geografia, administração, ciências sociais, ecologia, enfim, o que mostra que o tema é multidisciplinar, complexo e polêmico. A cidade do Rio de Janeiro será sede da Copa do Mundo em 2014 e será sede das olimpíadas em 2016. Seria muito bem visto pelo mundo se a cidade do Rio de Janeiro desenvolvesse um projeto de reciclagem mais atuante visto que se observarmos a prática, este serviço é efetuado pela minoria da sociedade carioca. A Comlurb, Companhia Municipal de Limpeza Urbana, realiza os serviços de coleta seletiva desde 1993, inicialmente baseados na implantação de cooperativas de bairro, muitas das quais em operação até hoje. Num passo seguinte foi implantada a coleta seletiva porta a porta na Zona Sul e parte da Zona Norte da cidade em dia e horários específicos como mostra o folheto da coleta seletiva que consta na Figura 01.

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Figura 01 – Folheto da coleta seletiva da Comlurb. Fonte: http://comlurb.rio.rj.gov.br/imagens/folhetoColetaSeletiva.jpg

A coleta seletiva acontece nos bairros da Zona Sul, além da , Praça da Bandeira, Grajaú, , Andaraí, Maracanã, Santa Teresa, , , Vargem Grande, , , Taquara, , , Praça Seca e . Na Zona Oeste, o serviço está presente em Campo Grande e Bangu (nos sub-bairros de Vila Kennedy, Parque Leopoldina, Padre Miguel e ). O dia e horário específicos em que o caminhão da coleta seletiva passará nestes bairros realizando a coleta podem ser consultados no endereço www.rio.rj.gov.br/comlurb/serviços/coleta seletiva, porém muito pouco ou até mesmo não se observa divulgação nos meios de comunicação deste serviço. Além da divulgação insatisfatória, a Comlurb orienta que os recicláveis sejam acondicionados em sacolas plásticas transparentes para facilitar a visualização dos recicláveis na coleta seletiva. Analisando o fato de utilização de sacolas plásticas num trabalho de sustentabilidade, observa-se que a coleta seletiva no Rio de janeiro necessita

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de melhorias visto que uma sacola plástica demora mais de cem anos para se decompor na natureza. Este trabalho monográfico tem a função de sugerir algumas melhorias neste trabalho de fundamental importância para a cidade do Rio de Janeiro que é a reciclagem. A melhoria sugerida na coleta seletiva porta a porta do Rio de Janeiro é a utilização de caminhões customizados na caçamba. Esta caçamba seria dividida em quatro. Estas divisórias seriam específicas para cada material reciclável: metais, vidros, plásticos e papéis/papelões que seriam depositados nos respectivos compartimentos da caçamba do caminhão. A coleta seletiva seria realizada em dias diferentes dos dias da coleta orgânica. Nas residências, seria realizada nos finais de semana, já que há um aumento do número de pessoas nas residências nos dias não úteis. Já nos estabelecimentos comerciais, a coleta seletiva seria realizada nos dias da semana, visto que há uma maior concentração de indivíduos nos estabelecimentos comercias durante a semana, porém em dias diferentes dos dias da coleta orgânica. É necessário também que haja uma conscientização da sociedade carioca nesse sentido. Caso cada residência, empresa, escola reciclasse um pouco por iniciativa própria, o hábito seria mais facilmente popularizado na cidade e a cidade num futuro próximo, estaria mais desenvolvida neste aspecto, pois à medida que a reciclagem fosse praticada, com o passar dos anos, mais desenvolvida ela seria, pois novas maneiras de reciclar seriam descobertas, novas ideias surgiriam para este assunto. No entanto, o que se observa no Brasil é uma realidade de descrença como bem afirma Kronemberger: ”Vivemos no Brasil uma realidade de degradação ambiental, desemprego, pobreza, desigualdades sociais e regionais, violência, corrupção, impunidade, descrença em relação à possibilidade de mudança, e inércia, entre outros problemas.” (KRONEMBERGER, 2011, p.11). Por outro lado, verificam-se inovações, movimentos em direção a mudanças, que não são excluídos do Brasil, ocorrendo em diversos outros

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países. Esses movimentos são começados por pessoas, empresas, prefeitura, que tomam iniciativa e buscam desenvolver as suas localidades. Um exemplo desta afirmativa é a coordenadora Michelle Varzem do projeto social denominado Projeto Limpar com o slogan “Recicle seu Lixo e Encha sua Panela” na ONG Centro Comunitário Lídia dos Santos mais conhecida como CEACA-Vila (Centro Educacional de Atendimento a Criança e ao Adolescente) na comunidade do morro do macaco no bairro de Vila Isabel no Rio de Janeiro. Neste projeto, em troca dos recicláveis as pessoas recebem um vale troca que podem ser trocados por alimentos perecíveis num mercado da ONG citada acima. A coordenadora começa a reciclagem em casa e posteriormente este material é levado para o seu trabalho, ou seja, na ONG CEACA-Vila. Os plásticos de embalagens como açúcar, feijão, ela enxágua em casa e depois de secos armazena em garrafas PETs. Estes plásticos depois servem de preenchimentos em puffs na ONG. As caixas de leite também são enxaguadas e depois de secas, estas embalagens também são levadas para o CEACA- Vila. Posteriormente, estes rejeitos são transformados em esculturas de tijolos, por dentro, estas caixas são preenchidas com plásticos e papel e são colados com fitas durex largas. Essas esculturas servem de brinquedos para as crianças da instituição. As caixas de leite também são transformadas em banner. As caixas são abertas e coladas umas nas outras se transformando em banners onde são coladas palavras que depois ficam expostas nas paredes da própria instituição. Outra questão a ser observada é a questão ética sustentável no incentivo ao consumo a fim de manter a engrenagem produtiva em funcionamento. Apesar de o mundo ter assistido a seguidas crises econômicas nos Estados Unidos em 2001, o que afetou diretamente outros países mais pobres altamente dependentes do mercado americano e logo depois em 2008, a crise ressurgiu, porém desta vez atingindo o mercado imobiliário e a indústria bancária americana que o sustentava, alastrando-se rapidamente pela Europa e outros continentes, a solução paliativa utilizada pela maioria dos países afetados pelas crises foi incentivar o consumo de suas populações para que a

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engrenagem produtiva funcionasse e consequentemente diminuísse os efeitos da crise. No entanto, seria uma atitude ética e sustentável apostar na manutenção de níveis de consumo em países desenvolvidos e em desenvolvimento, baseados no crescente endividamento de pessoas e governos? Será que não há outro caminho para a solução de crises econômicas? Ou como as empresas deverão se posicionar nos próximos anos para ajudar nos problemas da humanidade, sem, no entanto, perder o foco em atender seus interesses primários de geração de lucro? Segundo Chauvel & Cohen (2009): “É preciso formar uma cultura ética que permeie todos os níveis da organização” (p.20). Em outras palavras, é necessário que todos os níveis das organizações estejam envolvidos numa cultura ética sustentável. Outro assunto tratado nesta pesquisa são os benefícios alcançados com a realização eficaz da coleta seletiva. Benefícios não apenas de valores econômicos, sobretudo um legado educacional e cultural para a futura população carioca. Benefícios esses que serviriam de incentivos para que outras cidades brasileiras também realizassem a coleta seletiva.

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CAPÍTULO I A história da coleta seletiva no Rio de Janeiro A Comlurb realiza os serviços de coleta seletiva desde 1993, inicialmente baseada na implantação de cooperativas de bairro, muitas das quais em operação até hoje. Num passo seguinte foi implantada a coleta seletiva porta a porta na Zona Sul e parte da Zona Norte da cidade. Na Zona Oeste e parte da Zona Norte, face às suas características de urbanização, foi implantada a coleta seletiva por meio de pontos de entrega voluntária (PEVs). Mais recentemente, a Comlurb vem buscando parcerias com o Terceiro Setor para ser dada continuidade nos programas de coleta seletiva, pois a quantidade de recicláveis recolhidos diminuiu consideravelmente, visto que a coleta informal recolhe o material reciclável antes da Comlurb, pois os dias e horários de recolhimento dos recicláveis são de conhecimento público. Outro projeto de reciclagem foram os Centros de Separação de Recicláveis nos bairros de e Vargem Pequena, operados também por cooperativas que também, segundo a Comlurb, não resistiram à coleta seletiva informal. Segundo a Comlurb, há ações de educação sanitária e ambiental com palestras, dramatizações, exposições, através da Gerência de Educação Corporativa (UNICOM) e da Coordenação de Comunicação Empresarial (PCE). A Comlurb informa que há o projeto Escola Limpa que implantou os “garizinhos” em escolas municipais, As novas cestas da Comlurb em formato de bonecos “João teimoso” foram destinados ao descarte de materiais recicláveis pelas crianças das escolas municipais. A ideia do projeto é motivar as crianças a terem um comportamento consciente nas questões ambientais na cidade do Rio de Janeiro e a multiplicarem os bons hábitos aos familiares. São quatro cores de boneco para o armazenamento de diferentes tipos de resíduos. Cada garizinho tem um nome e “come” um tipo de reciclável. O Papa-Papel com acessórios na cor azul “come” papel e papelão. O Papa-Pet “devora” plásticos, seus acessórios são na cor vermelha. Já o Papa-Lata

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“come” metais e o seu chapéu e luvas são amarelos e o Papa-Caco “come” vidros e seus acessórios são na cor verde. Conforme mostra a Figura 2.

Figura 2. Cestas “garizinhos” da Comlurb. Fonte: http://comlurb.rio.rj.gov.br/

A Comlurb informa que as cooperativas podem ser pesquisadas no site do CEMPRE (Compromisso Empresarial para a Reciclagem) no seguinte endereço: www.cempre.org.br/servicos/cooperativas/pesquisar. A pesquisa por cooperativas também pode ser realizada no seguinte endereço eletrônico: http://www.ocbrj.coop.br/. A OCB/RJ consiste na Federação e Organização das Cooperativas Brasileiras do Estado do Rio de Janeiro. Há também a Secretaria de Estado do Ambiente (SEA) que também orienta em relação às cooperativas de catador. A coleta seletiva porta a porta é realizada pela Comlurb uma vez por semana, no mesmo horário, porém em dias alternados da coleta regular. A Comlurb orienta que os dejetos estejam em sacos transparentes para melhor identificação dos materiais potencialmente recicláveis. A Comlurb enfatiza que os sacos plásticos transparentes facilitam a visualização dos recicláveis, evitando que as sacolas de lixo sejam rasgadas por lixeiros e catadores, diminuindo a sujeira e consequentemente a contaminação dos recicláveis.

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CAPÍTULO II INCENTIVOS MOTIVACIONAIS PARA A COLETA SELETIVA PORTA A PORTA

Observa-se na cidade do Rio de Janeiro que a população carioca não tem o hábito de realizar a coleta seletiva. Inúmeras são as causas desta inércia com relação a este assunto tão relevante para o presente e futuro econômico, ambiental e social dos indivíduos. Entre algumas das causas da não realização da reciclagem de modo geral pode-se citar a falta do hábito, ausência de motivação por parte dos órgãos responsáveis por este serviço, entre outras. O ato de ensinar reciclagem nas escolas, apesar de sua grande importância, é um processo de mudança da população carioca com resultados de longo prazo. Portanto, para que resultados de médio e curto prazo sejam alcançados é necessário que a população carioca seja motivada a cooperar com a coleta seletiva. A população carioca precisa se habituar a reciclar, já que grande parte da população carioca não cultiva este ato que apesar de simples é ao mesmo tempo tão bonito. As campanhas de propagandas na TV, em outdoor, palestras são muito bem aceitas pelos cidadãos cariocas, porém também seria interessante que a população carioca fosse motivada a realizar a coleta seletiva de forma mais próxima. Com a finalidade de motivar a população carioca a contribuir com a coleta seletiva porta a porta foram enumeradas sugestões motivacionais tanto para cidadãos de residências como para cidadãos de estabelecimentos comerciais. Essas sugestões estão enumeradas nos itens abaixo:

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2.1 - Campanha motivacional para auxílio na realização da coleta seletiva porta a porta nas residências

Com a finalizada de motivar a população carioca a auxiliar na coleta seletiva porta a porta e também popularizar o hábito de contribuir com a coleta seletiva porta a porta, a prefeitura doaria a cada residência quatro lixeiras médias nas cores azul, vermelho, verde e amarelo. A lixeira na cor azul seria identificada para a reciclagem de papéis e papelões, a lixeira na cor vermelha seria identificada para a reciclagem de plásticos, a lixeira na cor verde seria identificada para a reciclagem de vidros e a lixeira na cor amarela seria identificada para a reciclagem de metais. Desta forma o problema da utilização de sacolas plásticas transparentes na coleta seletiva seria resolvido, pois este material é de difícil degradação, levando mais de cem anos para ser deteriorado na natureza. Com a utilização das lixeiras de plástico duro no lugar das sacolas plásticas, o nível de contaminação ambiental diminuiria muito, visto que depois que os recicláveis fossem recolhidos nas residências, as lixeiras seriam reutilizadas, porém já as sacolas plásticas transparentes seriam levadas pelos lixeiros dificultando também o trabalho de separação. Com a utilização das lixeiras doadas pela prefeitura, os recicláveis seriam transportados pelas lixeiras de recicláveis das residências direto para as caçambas dos caminhões, sem a utilização de sacos plásticos, porém a população teria que ser devidamente orientada através de palestras no momento do recebimento das lixeiras para a correta seleção e prévia limpeza do lixo potencialmente reciclável para que este não seja contaminado com o lixo orgânico. Dicas como não deixar o lixo orgânico contaminar os materiais recicláveis, assim como enxaguar os recicláveis e deixá-los secar para depois depositá-los nas respectivas lixeiras, ou seja, a população carioca seria educada com dicas práticas que poderão ser utilizadas no cotidiano carioca. Estas sugestões, além de serem muito eficientes, envolveriam a população, ou seja, o trabalho de reciclagem seria um trabalho não só dos órgãos instituídos para esta função, pelo contrário, todos contribuiriam para o

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futuro do planeta, o que também facilitaria a disseminação do hábito de realizar reciclagem para outros ambientes, como trabalho, colégios, igrejas, clubes, praias, entre outros ambientes.

2.2 - Incentivos motivacionais para a realização da coleta seletiva porta a porta nos estabelecimentos comerciais

Com o objetivo de motivar os responsáveis pelos estabelecimentos comerciais a cooperarem com realização da coleta seletiva porta a porta, a prefeitura ofereceria incentivos fiscais aos estabelecimentos que realizassem e motivassem a coleta seletiva em seus limites. Os estabelecimentos comerciais ficariam responsáveis em adquirir as lixeiras para recicláveis nas respectivas cores para os materiais recicláveis que já foram citadas no ponto 2.1. O caminhão da coleta seletiva realizaria a coleta em horários comerciais com o auxílio da equipe de limpeza de cada respectiva empresa. Os funcionários da limpeza de cada estabelecimento comercial seriam capacitados pelos próprios estabelecimentos a realizarem o devido armazenamento dos produtos recicláveis.

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CAPÍTULO III MELHORIAS NA COLETA SELETIVA PORTA A PORTA

As sugestões de melhorias na coleta seletiva no Rio de Janeiro são nos seguintes aspectos: estrutural e estratégico. Estes aspectos estão mais detalhados nos pontos 3.1 e 3.2. A coleta seletiva tanto nas residências como nos estabelecimentos comerciais ocorreriam porta a porta para evitar a coleta informal. Os garis pegariam os recicláveis das respectivas lixeiras que já estariam limpos e secos e os depositariam direto no caminhão coletor de recicláveis sem a utilização de sacolas plásticas transparentes que levam mais 100 anos para serem degradados pela natureza.

3.1 – Melhoria no aspecto estrutural da coleta seletiva porta a porta

O primeiro passo seria modificar a estrutura dos caminhões que realizam a coleta seletiva, customizando, ou seja, fabricando caminhões de coleta seletiva próprios para este fim. Os caminhões teriam as caçambas divididas em quatro divisões em cores diferentes para cada tipo de material reciclável abordados nesta pesquisa: metais, vidros, plásticos e papéis/papelões. Azul para papéis e papelões, vermelho para plásticos, verde para vidros e amarelo para metais. Os recicláveis sairiam direto das lixeiras de recicláveis citadas nos capítulos anteriores das residências e estabelecimentos comerciais para as divisórias da caçamba do caminhão da coleta seletiva, excluindo da coleta seletiva a utilização de sacolas plásticas transparentes.

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3.2 – Melhoria no aspecto estratégico da coleta seletiva porta a porta

A coletiva seletiva seria realizada nas residências nos dias não úteis, ou seja, nos finais de semana, tendo em vista que durante a semana a maioria da população ou está no trabalho, ou está estudando, atingindo uma grande parcela da população. Já para estabelecimentos comerciais, a coleta aconteceria em dias úteis, já que estes estabelecimentos estão mais populosos durante a semana.

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CAPÍTULO IV BENEFÍCIOS DA COLETA SELETIVA

Os benefícios para a sociedade carioca caso a seleta coletiva fosse realizado de forma eficiente na cidade seriam entre outros a diminuição da poluição ambiental da cidade, diminuição da coleta informal, geração de renda com a venda dos materiais recicláveis, aumento do número de emprego com a abertura de mais vagas para garis na Comlurb ou até mesmo realização de processos seletivos com os garis mais antigos para trabalharem apenas na coleta seletiva ou alocando catadores de lixo de cooperativas para esta função. Há também os benefícios de popularização do hábito de realizar a reciclagem no Rio de Janeiro. A divulgação desta cultura para vários setores da população carioca também seria uma consequência benéfica não só para a cidade maravilhosa, mas também para outras cidades que se veriam estimuladas a realizar a reciclagem. Outro benefício vindo com a realização de uma coleta seletiva eficiente é o crescimento de uma consciência sustentável, ou seja, aumento do consumo politicamente sustentável, que além de beneficiar a população atual, beneficia também as gerações futuras.

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CONCLUSÃO

No mundo globalizado atual, ainda há muita desigualdade entre os países. Desigualdades econômicas, sociais, culturais. O desenvolvimento sustentável tem fundamental importância para que a sociedade global do futuro. Com o desenvolvimento sustentável, é possível crescimento consciente. Algumas sugestões de melhorias foram hipoteticamente argumentadas nesta pesquisa para que a realização da coleta seletiva no Rio de Janeiro seja realizada de forma mais eficiente. Porém, o tema ainda precisa ser muito desenvolvido. Para tanto muita pesquisa, investimento, iniciativas precisam ser realizadas para este assunto de grande relevância para as gerações atuais e futuras.

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ANEXOS Índice de anexos

Anexo 1 >> Lista de siglas;

Anexo 2 >> Lista de verbetes em inglês;

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ANEXO 1

Lista de Siglas

ONG – Organização não Governamental CEACA – Centro Educacional de Atendimento a Criança e ao Adolescente PEVs – Pontos de Entrega Voluntária. UNICOM - Gerência de Educação Corporativa PCE - Coordenação de Comunicação Empresarial CEMPRE - Compromisso Empresarial para a Reciclagem OCB/RJ - Federação e Organização das Cooperativas Brasileiras do Estado do Rio de Janeiro SEA - Secretaria de Estado do Ambiente

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ANEXO 2

Verbetes em inglês

Banner – é uma ferramenta de comunicação impressa exibida em espaços fechados como eventos, entre outros.

Puff – cadeira sem apoio para as costas, geralmente acolchoado.

Slogan – frase de fácil memorização que resume as características de um produto ou serviço, ou seja, é uma frase de efeito.

Outdoor - é a designação de um meio publicitário exterior, sobretudo em placares modulares, disposto em locais de grande visibilidade.

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BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

CHAUVEL, Marie Agnes; COHEN, Marcos. Ética, Sustentabilidade e Sociedade Desafios da Nossa Era. Rio de Janeiro-RJ: MAUAD Editora Ltda, 2009. KRONEMBERGER, Denise. Desenvolvimento local Sustentável: uma abordagem prática. São Paulo-SP: Editora SENAC São Paulo, 2011.

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BIBLIOGRAFIA CITADA

1 – CHAUVEL, Marie Agnes; COHEN, Marcos: Ética, Sustentabilidade e Sociedade Desafios da Nossa Era. Rio de Janeiro-RJ: MAUAD Editora Ltda, 2009.

2 - KRONEMBERGER, Denise. Desenvolvimento local Sustentável: uma abordagem prática. São Paulo-SP: Editora SENAC São Paulo, 2011.

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WEBGRAFIA

1 - http://comlurb.rio.rj.gov.br/

2 - http://www.coletasolidaria.gov.br

3 - www.rio.rj.gov.br/comlurb/serviços/coletaseletiva

4 - www.cempre.org.br/servicos/cooperativas/pesquisar

5 - http://www.ocbrj.coop.br/

6 - http://comlurb.rio.rj.gov.br/news_20040311_bon.htm

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ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 2 AGRADECIMENTO 3 DEDICATÓRIA 4 RESUMO 5 METODOLOGIA 6 SUMÁRIO 7 INTRODUÇÃO 8

CAPÍTULO I A HISTÓRIA DA COLETA SELETIVA NO RIO DE JANEIRO 13 CAPÍTULO II INCENTIVOS MOTIVACIONAIS PARA A COLETA SELETIVA PORTA A PORTA 15 2.1 - Campanha motivacional para auxílio na realização da coleta seletiva porta a porta nas residências 16 2.2 – Incentivos motivacionais para a realização da coleta seletiva porta a porta nos estabelecimentos comerciais 17 CAPÍTULO III MELHORIAS NA COLETA SELETIVA PORTA A PORTA 18 3.1 – Melhoria no aspecto estrutural da coleta seletiva porta a porta 18 3.2 – Melhoria no aspecto estratégico da coleta seletiva porta a porta 19 CAPÍTULO IV BENEFÍCIOS DA COLETA SELETIVA 20

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CONCLUSÃO 21 ANEXOS 22 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 25 BIBLIOGRAFIA CITADA 26 WEBGRAFIA 27 ÍNDICE 28