Versão Online ISBN 978-85-8015-079-7 Cadernos PDE II

OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE Produções Didático-Pedagógicas Ficha para Identificação da Produção Didático-Pedagógica PDE/Turma 2014

Título: A globalização e a influência da mídia na sociedade

Autora: Elaine Regina Costa Tonet

Disciplina/Área: Geografia

Escola de Implementação do Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Projeto e sua Localização: Fundamental, Médio e Normal. Rua Antônio Dias, 140. Itambaracá – PR

Município da escola: Itambaracá

Núcleo Regional de Cornélio Procópio Educação:

Professor Orientador: Aécio Rodrigues de Melo

Instituição de Ensino UENP – Universidade Estadual Norte do Paraná Superior: – Campus de Cornélio Procópio

Relação Interdisciplinar: Português e História

Resumo: O presente material didático levará, sob a orientação do professor de Geografia os alunos a investigar, pesquisar e elaborar atividades que demonstrem criticidade, sobre a transformação do espaço geográfico pela globalização e atuação da mídia, a fim de que possam compreender tal processo e participar como agentes transformadores da sua realidade. Tais alunos são oriundos de famílias da classe trabalhadora que residem na periferia da cidade e possuem um contato limitado com a mídia, seja ela impressa (jornais e revistas) ou digital (Internet, televisão, rádio, etc). Ao fazer uso dos recursos midiáticos, os educandos geralmente os empregam para a leitura superficial do noticiário ou apenas para o próprio lazer. A utilização das mídias no ambiente educativo contribuirá para o aprimoramento da expressão dos alunos, desenvolvendo a reflexão e a visão crítica. Assim, haverá a melhor compreensão dos acontecimentos da sociedade, contribuindo para a atuação efetiva na realidade em que os alunos estão inseridos. 2

Palavras-chave: Globalização; Mídias; Sociedade; Invasão Cultural.

Formato do Material Didático: Unidade didática

Público: Alunos do 9º Ano – Ensino Fundamental

APRESENTAÇÃO

A Geografia é uma disciplina que tem como objeto de estudo o espaço geográfico e a sociedade, que o produz e reproduz constantemente. Desse modo, analisar a globalização, seus efeitos na sociedade e a atuação da mídia, servirá a esta disciplina para estudar e compreender o espaço geográfico no atual período histórico. Com o advento da globalização generalizou-se, no senso comum, a percepção de que está havendo um encurtamento das distâncias e um encolhimento do espaço e do tempo, tornando o mundo cada vez menor. Cada vez mais e com maior rapidez recebemos em nossas casas um grande número de informações, que em grande parte, são objetos de estudo da Geografia, tais como: meio ambiente, economia, focos de tensão, população, entre outros, e a velocidade dessas informações é um dos maiores reflexos dos benefícios advindos do avanço da tecnologia. Atualmente a sociedade é bombardeada diariamente com milhares de notícias e propagandas, através da mídia falada ou escrita. Os computadores e aparelhos celulares, além da função principal, acumulam outras funções, como televisão, rádio e “Internet”, fazendo com que a informação atravesse o hemisfério norte ao hemisfério sul, em questão de segundos. A informação através da mídia, exerce forte influência sobre a sociedade, ela dita regras de comportamento, beleza, opção política, entre outras. No mundo das comunicações, a mídia representa um importante papel na formação de opinião e, por conseguinte, torna-se um instrumento de manipulação social e dominação cultural. Possuindo também o poder de definir, 3 segundo seus interesses, o que deve ou não ser do conhecimento do grande público, e de divulgar em escala planetária os principais acontecimentos mundiais, sob sua ótica.

ALVES (1992), analisa muito bem essa questão da ideologia dominante:

“A ideologia nasce da classe dominante mas é assumida pelas demais...” “A ideologia tem como função exatamente levar os membros de uma sociedade a se conformarem, sem críticas e revoltas, com a sua organização, que é apresentada como única possível e desejável...” “A ideologia é portanto um ocultamento e não uma revelação da realidade. Justificando e legitimando a divisão de classes, funciona como instrumento de dominação”. (ALVES, 1992, p. 63)

Sobretudo pelos meios de comunicação, os valores ideológicos tornam-se tão arraigados nos membros da sociedade que, muitas vezes algumas pessoas lutam contra e outros aceitam, sem perceber que todos servem aos interesses do dominador. As emissoras de televisão seguem de alguma forma o modelo da indústria cultural norte-americana que reflete a visão capitalista de felicidade: consumo, esbanjamento, sucesso, status, prazer e luxo.

A esse respeito, considere o que afirma ALVES (1992):

“...o vídeo apenas projeta para o telespectador aquilo que a grande potência capitalista-imperialista “reza em sua cartilha”, ou seja: alguns povos devem ser “protegidos” e guiados por outros mais competentes, porque, “como crianças desorganizadas, incapazes e confusas”, ainda não conseguiram chegar sozinhos ao ponto em que seus aliados mais adiantados já estão”. (ALVES, 1992, p. 120)

É sabido por um grande número de professores das mais variadas disciplinas, em especial os de Geografia, que a grande maioria dos alunos do ensino fundamental - nível II e ensino médio, apresentam dificuldade em ler/interpretar informações das mídias impressas ou digitais, e além disso, não associam os conhecimentos vivenciados/adquiridos em sala para realizar a análise e posterior compreensão da organização de seu espaço geográfico. Perante essa conjuntura, alguns questionamentos em torno dessa 4 problemática são necessários: Qual o interesse dos alunos pela mídia impressa ou digital? Esses alunos estão preparados para refletir criticamente sobre os discursos midiáticos, sem tomá-los como verdades absolutas? A intenção nessa produção didático-pedagógica é analisar os efeitos da globalização e o papel da mídia sobre a sociedade atual, procurando desenvolver uma postura crítica nos alunos, para que possam lidar de maneira menos ingênua em relação à mídia, um poderoso meio de comunicação. Considerando o exposto acima, é necessário desenvolver essa sequência didática de forma contextualizada por meios de atividades sequenciais e variadas, partindo de um menor para um maior grau de complexidade, motivando os alunos à participação, observação, curiosidade e compreensão, para formulação de conceitos favorecendo a aprendizagem dos alunos, usando as orientações metodológicas das DCEs, dentro dos conteúdos estruturantes: dimensão política, dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico, enfocando o ensino da globalização e o uso das mídias. Essa sequência didática, será aplicada em uma turma de 9º ano do Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal, localizado na cidade de Itambaracá, durante a fase de implementação pedagógica do Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE, a realizar- se no primeiro semestre de 2015. Com a prática destas atividades, pretende-se contribuir para a melhoria da qualidade do ensino de Geografia no estado do Paraná, apresentando meios que auxiliem o aluno a tornar-se capaz de interpretar/analisar o espaço geográfico resultado da interferência da globalização e das ações da mídia, um veículo de comunicação de massa que se constitui, atualmente, como uma das grandes influenciadoras na formação da opinião pública.

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MATERIAL DIDÁTICO PEDAGÓGICO

Esse material didático pedagógico apresenta uma sequência baseada nas orientações das Diretrizes Curriculares da Educação Básica do Paraná para o ensino de Geografia:

Entende-se que, para a formação de um aluno consciente das relações socioespaciais de seu tempo, o ensino de Geografia deve assumir o quadro conceitual das abordagens críticas dessa disciplina, que propõem a análise dos conflitos e contradições sociais, econômicas, culturais e políticas, constitutivas de um determinado espaço. (DCE - Geografia, 2008, p.53)

Para Freire (2002, p.27), "ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção". Neste sentido, a construção coletiva e o uso integrado das múltiplas linguagens geram conhecimentos socialmente relevantes e reconhecem alunos e professores como sujeitos ativos desta construção. Tal sequência didática, parte do pressuposto de que a globalização é um fenômeno caracterizado pela intensificação das relações econômicas, comerciais e culturais entre os países, onde as constantes inovações tecnológicas nas áreas de transportes e telecomunicações são capazes de diminuir as distâncias e transcender as fronteiras nacionais. Dessa forma, a Revolução Técnico-Científica contribuiu para o desenvolvimento de produtos que utilizamos em nosso cotidiano como os microcomputadores, celulares, “smartphones” e “tablets”, responsáveis pelo acesso às redes sociais e pela transmissão de grande quantidade de informações em tempo real.

Como afirma José Manuel Castells:

“Uma revolução tecnológica concentrada nas tecnologias da informação começou a remodelar a base material da sociedade em ritmo acelerado”. (CASTELLS, 1999, p.39)

Santos (2000, p.23) acredita que “a globalização é, de certa forma, o ápice do processo de internacionalização do mundo capitalista”. E um dos aspectos centrais da globalização, é a aceleração dos fluxos de 6 informações que provocou inúmeras mudanças na vivência das pessoas e empresas.

“A globalização é, de certa forma, o ápice do processo de internacionalização do mundo capitalista. [...] No fim do século XX e graças aos avanços da ciência, produziu-se um sistema de técnicas presidido pelas técnicas da informação, que passaram a exercer um papel de elo entre as demais, unindo-as e assegurando ao novo sistema técnico uma presença planetária. Só que a globalização não é apenas a existência desse novo sistema de técnicas. Ela é também o resultado das ações que asseguram a emergência de um mercado dito global, responsável pelo essencial dos processos políticos atualmente eficazes.” (SANTOS, 2000, p. 23-24)

A mídia, enquanto recurso metodológico no ensino de Geografia, permite desenvolver o pensamento crítico do aluno para os desafios do mundo moderno, entre sociedade e estruturas políticas e econômicas. Na linguagem midiática, a força da imagem torna-se muito forte e o ensino de Geografia não deve sucumbir à lógica das explicações unilaterais promovidas pela mídia.

Veja a esse respeito, o que dizem os PCNs do Ensino Fundamental, destacado por Leão (2008):

Pela imagem, a mídia traz à tona valores a serem incorporados e posturas a serem adotadas. Retrata, por meio da paisagem, as contradições em que vive, confundindo no imaginário aquela que é real e a que se deseja como ideal; toma para si a tarefa de impor e inculcar um modelo de mundo, de reproduzir o cotidiano por meio da imagem massificante repetida pelo bombardeamento publicitário, sobrepondo-se às percepções e interpretações subjetivas e/ou singular por outras padronizadas e pretensamente universais. (LEÃO, 2008, p. 39)

A seguir, serão apresentadas atividades de incentivo à leitura, interpretação e análise crítica dos elementos relacionados à globalização, em suas dimensões socioeconômica, cultural e política, para serem trabalhadas no 9º ano do Ensino Fundamental. Com a prática destas atividades, espera-se que os alunos desenvolvam habilidades para realizar um posicionamento crítico em relação às informações da mídia falada ou escrita. Atendendo às atuais demandas da educação paranaense, no que se refere aos educandos estarem aptos a atuar na sociedade em que vivem.

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Orientações metodológicas das atividades 1 e 2

O professor apresenta para a turma essa sequência didática com uma problematização, seguida de um questionamento que facilita o despertar do interesse pelo conteúdo e, ao mesmo tempo, identifica o conhecimento prévio dos alunos sobre o assunto, utilizando um questionário de pesquisa. Na sequência, o professor introduz os conhecimentos teóricos e científicos relacionados à globalização e realiza uma problematização acerca do tema. Propõe atividades individuais aos alunos para assimilar os conteúdos e avaliar as possíveis dificuldades de aprendizagem dos alunos.

Segundo um pensamento do geógrafo Milton Santos, “a força da alienação vem dessa fragilidade dos indivíduos que apenas conseguem identificar o que os separa e não o que os une”.

Atividade 1

Previsão de tempo para desenvolvimento: 2 horas/aulas.

Levantamento dos conhecimentos prévios dos alunos: O professor, com o questionário de pesquisa em mãos, explica aos alunos a finalidade desta investigação preliminar dos conhecimentos sobre o conteúdo, que será ainda abordado. Entrega a cada aluno o questionário a seguir, pedindo para que sejam respondidas as questões individualmente.

Recursos utilizados: quadro de giz, aula dialogada, planisfério, sequência didática digitalizada, TV pen drive e questionários fotocopiados.

Procedimento metodológico: O professor entrega individualmente o questionário de três páginas aos alunos e após o término, recolhe as questões para análise das respostas, podendo dessa forma, adequar as próximas atividades aos conhecimentos prévios dos alunos (discussões, textos, imagens, indagações, nível das atividades, etc). A avaliação será contínua dos conhecimentos adquiridos nessa etapa.

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Aluno(a):...... 9º...... Ens. Fundamental Data:...... /...... /...... QUESTIONÁRIO SOBRE GLOBALIZAÇÃO E USO DE MÍDIAS

1. Você já ouviu falar sobre a globalização? O que sabe? ......

2. O que você sabe sobre as mídias? ......

3. Quais são as mídias que você mais utiliza no dia a dia? ( ) Televisão ( ) Revistas ( ) Rádio ( ) Celular ( ) Computador ( ) Jornais ( ) Outro. Qual?______

4. Você acessa a internet: ( ) Em casa ( ) Na casa de familiares ou vizinhos ( ) Em lan houses ( ) No laboratório de informática da escola ( ) Em locais públicos, por wi-fi ( ) Não acesso à internet

5. Quanto tempo você passa na internet? ( ) Uma vez por semana ( ) Duas vezes por semana ( ) Mais de duas vezes por semana ( ) Menos de uma hora por dia ( ) De uma a duas horas por dia ( ) De três a quatro horas por dia ( ) De quatro a cinco horas por dia ( ) Mais de cinco horas por dia ( ) O tempo na internet é controlado por meus pais/responsáveis

6. Que tipos de conteúdo você acessa com maior frequência? ( ) E-mail ( ) Redes sociais (Facebook, Orkut, Twitter...) ( ) Sites de entretenimento (Blogs de humor, YouTube...) ( ) Sites de informação (Revistas, jornais, blogs de discussão...) ( ) Sites de busca e pesquisa (, Wikipédia...) ( ) Sites ou programas de bate-papo 9

7. Por quais meios você conhece os sites que acessa? ( ) Indicação de amigos e familiares ( ) Através de outros sites ( ) Por outros meios de comunicação (revistas, jornais, televisão...) ( ) Através de sites de busca e pesquisa ( ) Outro. Qual?______

8. Você considera a internet importante para seus estudos? ( ) Sim, mas prefiro outros recursos. ( ) Sim, mas considero necessário complementar com outros recursos. ( ) Sim, a internet constitui base principal de minhas pesquisas. ( ) Não considero a internet importante.

9. Você costuma ler: ( ) Revistas científicas (História Viva, Superinteressante...) ( ) Revistas de celebridades (TiTiTi, Contigo, Caras...) ( ) Revistas teen (Capricho, Toda Teen...) ( ) Revistas esportivas (Quatro Rodas, Lance...) ( ) Revistas de notícias (Veja, Istoé, Época...) ( ) Jornais paranaenses (Gazeta do Povo, Estado do Paraná...) ( ) Jornais de outros estados (Folha de São Paulo...) ( ) Livros de literatura (Best-sellers, romance, poesia, contos...) ( ) Livros científicos (História, Filosofia, Física...) ( ) Leio, mas apenas conteúdo veiculado pela internet ( ) Não costumo ler

10. Você assiste televisão: ( ) Em casa, TV por assinatura ( ) Em casa, canais abertos ( ) Em casa, TV digital ( ) Na casa de amigos e familiares ( ) Não assisto televisão

11. Que tipos de programas televisionados você mais assiste? ( ) Telenovelas ( ) Telejornais ( ) Esportes ( ) Filmes e seriados ( ) Religiosos ( ) Programas de auditório ( ) Informativos (Discovery Channel, TV Escola, Futura...) ( ) Outros. Quais? ______

12. Você ouve rádio? ( ) Estações de noticiários ( ) Estações de músicas ( ) Estações religiosas ( ) Programações esportivas ( ) Ouço, mas não tenho estações preferidas ( ) Não costumo ouvir rádio 10

13. Classifique em que nível você mais confia nos seguintes meios de comunicação, de 0 a 5 (sendo 0 o menos confiável e 5 o mais confiável): ( ) Internet ( ) Livros ( ) Revistas ( ) Televisão ( ) Jornais ( ) Rádio

14. Que espaço os meios de comunicação ocupam em sua vida? Eles deixam espaço para você se relacionar com amigos, familiares? ......

15. Você busca diversos tipos de expressões da mídia antes de formar sua opinião a respeito de algum fato? ......

16. De que forma você pode utilizar os meios de comunicação (mídia) para o seu crescimento pessoal como cidadão? ......

Atividade 2

Previsão de tempo para desenvolvimento: 5 horas/aulas.

Introdução e problematização: Nesta atividade, o professor introduz os conhecimentos teóricos e científicos relacionados à globalização através de explicações de forma dialogada com os alunos. Realiza uma problematização utilizando o Texto 1 impresso e as imagens na TV pen drive ou no aparelho multimídia com o data show. Em seguida, propõe atividades individuais aos alunos para assimilar os conteúdos, utilizando o texto e as imagens como subsídios para as respostas.

Recursos utilizados: aula dialogada, TV pen drive, aparelho multimídia e data show, imagens digitalizadas, texto fotocopiado, quadro de giz, planisfério e livro didático como apoio.

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Procedimento metodológico: O professor pode iniciar uma conversa com os alunos sobre o processo histórico da globalização, que remonta às Grandes Navegações do século XV e aprofundar com a globalização na época em que vivemos. Durante as explicações, dar ênfase na expansão do capitalismo, na revolução tecnológica e nas múltiplas dimensões da globalização: a socioeconômica, a política e a cultural. Nessa conversa, o professor deverá levar os alunos a participar, com indagações e opiniões a respeito dos desdobramentos do conteúdo e das imagens. A avaliação será contínua observando-se a participação, concordância e respostas dadas pelos alunos, individualmente, por meio de registros feitos pelo professor.

Nesse momento o professor pergunta oralmente:

Como essas imagens conseguem expressar, ou sintetizar, o processo globalização ocorrido nos últimos séculos?

Fonte: Portal Dia-a-Dia Educação http://www.geografia.seed.pr.gov.br/modules/galeria/detalhe.php?foto=1181&evento=3

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Fonte: Portal Dia-a-Dia Educação http://www.geografia.seed.pr.gov.br/modules/galeria/detalhe.php?foto=1245&evento=3

Fonte: Portal Dia-a-Dia Educação http://www.geografia.seed.pr.gov.br/modules/galeria/detalhe.php?foto=1582&evento=3

PROFESSOR: É importante dizer que em nenhum momento houve a intenção de privilegiar qualquer empresa. A escolha das imagens com logomarcas nessa produção, assumiu a função exclusivamente didática.

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O professor pode complementar acessando outras imagens nos links:

 http://ensaiosdegenero.files.wordpress.com/2013/03/a- globalizac3a7c3a3o -nc3a3o-c3a9-privilc3a9gio-do-sc3a9culo-xxi-1.jpg  http://economia.culturamix.com/blog/wp- content/gallery/globalizacao/globalizacao-3.jpg  http://economia.culturamix.com/blog/wp- content/gallery/globalizacao/globalizacao-4.jpg  http://democraciapolitica.blogspot.com.br/2013/01/globalizacao-e-efeitos- adversos.html

TEXTO 1

A GLOBALIZAÇÃO E SUAS CARACTERÍSTICAS

Será a globalização uma novidade? A globalização é um fenômeno inédito, que surgiu nas últimas décadas do século XX, trazendo consigo uma transformação fundamental no funcionamento das sociedades humanas? Ou trata-se antes de um processo histórico de longa maturação, que deixa seus primeiros rastros no início da Idade Moderna, confundindo se com a própria expansão do capitalismo? A resposta a essa questão não é simples. Isso porque existe uma controvérsia entre duas interpretações bastante difundidas da globalização. Alguns autores tendem a vê-la como um fenômeno revolucionário, uma ruptura com relação ao passado, enquanto outros a encaram como uma continuação da história de expansão dos mercados. Desde os anos 1970, um conjunto de novas tecnologias passou literalmente a transformar a superfície do mundo, dinamizando as relações entre pessoas, empresas, governos e movimentos sociais. A internet e a telefonia celular possibilitaram contatos antes impensáveis, abstraindo as distâncias geográficas. A biotecnologia e o mapeamento genético abriram perspectivas para que no futuro sejam curadas várias doenças. Fala-se mesmo de uma Terceira Revolução Industrial. A Primeira trouxe consigo a máquina a vapor, a Segunda a eletricidade, agora seria a vez da informática, das telecomunicações e da biotecnologia. Já o conceito "globalização" é, sem dúvida alguma, uma novidade. Surgiu na década de 1980 nas escolas de administração dos Estados Unidos para depois literalmente "correr o mundo". Quando da sua formulação, estava relacionado às estratégias das empresas que procuravam expandir as suas atividades, ultrapassando as fronteiras nacionais. 14

Se a palavra é nova, a ideia de um mundo interligado, ou seja, de uma história mundial que conecta a história das nações e indivíduos, é bem mais antiga do que parece à primeira vista. A partir de agora, procuraremos na história os antecedentes da atual onda de globalização. Um primeiro aspecto, que diferencia a globalização das fases pretéritas de internacionalização é o fato de que praticamente todos os países do mundo estão nela inseridos, procurando se sintonizar com as correntes de comércio e de capitais da economia internacional. No âmbito cultural, esfera privilegiada da vida em sociedade, presencia-se, de um lado, a emergência de uma mídia global e a padronização do consumo e dos gostos, enquanto de outro, se cria uma resistência local, voltada para a proteção dos valores mais íntimos das comunidades: é o poder da identidade que se rebela contra a imposição de padrões homogêneos de comportamento e expressão cultural. Portanto, a globalização propicia tanto a expansão de alianças sociais internacionais, com propósitos e ideologias diferenciadas, como a reação de movimentos locais e nacionais à invasão estrangeira. Essas novas tecnologias evoluíram do seu caráter inicial de meras invenções técnicas até assumirem a sua atual dimensão de instrumentos de uma transformação social, econômica e cultural. Ou seja, a atual revolução tecnológica é composta de três elementos indissociáveis: invenção, inovação e difusão. Quem poderia, enfim, imaginar que uma rede militar de informações (embrião da internet) e os computadores dos anos 1950, engenhocas gigantescas e caríssimas, entrassem em nosso cotidiano a partir dos anos 1980, sendo produzidos a preços acessíveis, ao menos para as classes média e alta? Em 1971, Ted Hoff, engenheiro da Intel, inventou o microprocessador, que consistia num computador em um único chip, feito de silício, matéria-prima abundante na crosta terrestre. Em 1981, os computadores pessoais ganham o mundo, sendo logo após sucedidos pelos famosos laptops - computadores portáteis. No caso das telecomunicações, os avanços não foram menos significativos. Com a introdução de satélites e de cabos de fibra óptica, a capacidade do sistema internacional de telecomunicações aumentou de forma fantástica. Ao mesmo tempo, a expansão de linhas fixas e de telefones celulares mostrou-se considerável nos últimos trinta anos e os preços das ligações internacionais caíram de forma impressionante. Em 1969, foi lançado o primeiro satélite comercial, enquanto hoje, existem mais de duzentos, transmitindo um vasta quantidade de informações. O mundo globalizado tem, portanto, ampliado os contrastes e as desigualdades. De um lado, a aquisição de produtos sofisticados por uma pequena elite conectada aos fluxos internacionais de dinheiro e comércio, existente em todos os países; de outro, a expansão de um contingente significativo de pobres e excluídos do acesso aos bens básicos. O Relatório do Banco Mundial, publicado no ano 2000, estimou que 1,2 bilhão de pessoas - 24% da população mundial - vive com menos de um dólar por dia, sendo que menos da metade da população do planeta dispõe de menos de dois dólares por dia. O Relatório do Banco Mundial serve como um marco de referência para demonstrar que a globalização não conseguiu universalizar um padrão de consumo básico para todos os habitantes do planeta. Pode-se dizer que o 15 processo de globalização não só ampliou a distância entre países desenvolvidos e subdesenvolvidos, mas também entre os ricos e pobres em cada país, contribuindo para agravar essa situação.

Texto adaptado de: BARBOSA, Alexandre de Freitas. O mundo globalizado. São Paulo: Contexto, 2001. Disponível em: http://admunip.files.wordpress.com/2012/09/alexandre-de- freitas-barbosa-o-mundo-globalizado-completo.pdf. Acesso em 09 nov. 2014.

Após a leitura e observação das imagens, o professor propõe as atividades individuais: 1. Explique o que as imagens conseguem expressar sobre o processo globalização ocorrido.

2. Na sua opinião, qual é a principal mensagem que o autor quer transmitir no texto: A globalização e suas características.

3. O espaço mundial é caracterizado por relações de interdependência e de desigualdade. Comente essa afirmação.

4. Retire do texto ideias que demonstrem a existência de um espaço global.

5. Leia o parágrafo a seguir e discuta com o professor e com os colegas a ideia central, em seguida, redija com suas palavras, um texto sobre o mesmo:

“Embora tenha suas origens mais imediatas na expansão econômica ocorrida após a Segunda Guerra e na Revolução Técnico-cientifica ou Informacional, a globalização é a continuidade do longo processo histórico de mundialização capitalista.”

(MOREIRA, João Carlos e SENE, Eustáquio de. Geografia para o ensino médio: Geografia Geral e do Brasil. São Paulo: Scipione, 2002.p. 03)

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Orientações metodológicas das atividades 3 e 4

O professor relaciona o conteúdo dessa sequência didática com o gênero literário poesia e com a música popular brasileira. Leva os educandos a refletirem sobre a poesia do Texto 1, que faz uma análise crítica à sociedade de consumo atual, transformando as pessoas em portadoras de marcas que identificam produtos ou empresas, ou seja, em homens-anúncios itinerantes. E simultaneamente, propõe a análise das letras contidas no Texto 2, que abordam as inovações tecnológicas que permitiram, intensificaram e ampliaram a comunicação entre as pessoas, dando destaque à Internet e ao celular. De acordo com um pensamento do professor Milton Santos, “Existem apenas duas classes sociais, as do que não comem e as dos que não dormem, com medo da revolução dos que não comem”.

Atividade 3

Previsão de tempo para desenvolvimento: 4 horas/aulas.

Contextualização do tema com a literatura e a música: Nessa etapa, há uma contextualização entre o tema desta sequência e a poesia escrita por Carlos Drummond de Andrade – Eu Etiqueta, uma crítica sobre a sociedade de consumo atual e a importância que o homem passou a dar à mercadoria, a ponto de definir as pessoas e seus valores. Concomitantemente, os alunos interpretarão as letras das músicas “Parabolicamará” e “Pela Internet” de , que retratam a revolução tecnológica e a evolução dos meios de comunicação de massa.

Recursos utilizados: aula dialogada, quadro de giz, TV pen drive ou aparelho multimídia, data show e textos fotocopiados.

Procedimento metodológico: O professor entrega aos alunos cópia dos Textos 1 e 2, individualmente. Faz a leitura, utilizando textos fotocopiados ou digitalizados utilizando a TV pen drive ou o aparelho multimídia no data show, levando os educandos à análise e à interpretação crítica durante o diálogo. 17

Dando continuidade, o professor propõe que se forme grupos de 3 ou 4 alunos e a cada grupo entrega questões que serão norteadoras do debate entre eles.

TEXTO 1

Eu, Etiqueta

Em minha calça está grudado um nome que não é meu de batismo ou de cartório, um nome... estranho. Meu blusão traz lembrete de bebida que jamais pus na boca, nesta vida. Em minha camiseta, a marca de cigarro que não fumo, até hoje não fumei. Minhas meias falam de produto que nunca experimentei mas são comunicados a meus pés. [...]

Texto da poesia de: ANDRADE, Carlos Drummond de. Corpo. Rio de Janeiro: Record, 1984. p. 85-87. Disponível em: http://educador.brasilescola.com/estrategias-ensino/o- consumismo-na-voz-carlos-drummond-andrade.htm. Acesso em 08 nov. 2014.

Sobre o consumismo na sociedade contemporânea (Texto 1), o professor pergunta:

1. Sobre o que o autor da poesia está falando? Vocês conseguiram se ver no poema? De que maneira? 2. Escolha uma frase ou uma parte do poema que mais chamou a atenção e comente. 3. De que maneira a moda influencia? Por que ela tem esse poder influenciador? 4. Somos verdadeiras vitrines e com identidades fabricadas para atender a sociedade de consumo. Explique essa frase.

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TEXTO 2

1) Parabolicamará

Antes do mundo era pequeno Porque Terra era grande Hoje mundo é muito grande Porque Terra é pequena Do tamanho da antena parabolicamará [... ]

Texto da música de: Gilberto Gil, Gege Produções Artísticas, 1991. Disponível em: http://letras.mus.br/gilberto-gil/46234/ Acesso em 12 nov. 2014.

2) Pela Internet

Criar meu web site Fazer minha homepage Com quantos gigabytes Se faz uma jangada Um barco que veleje Que veleje nesse informar [...]

Texto da música de: Gilberto Gil, Gege Produções Artísticas, 1996. Disponível em: http://letras.mus.br/gilberto-gil/68924/ Acesso em 12 nov. 2014.

Sobre as inovações tecnológicas que intensificaram e ampliaram a comunicação entre as pessoas (Texto 2), o professor questiona:

a) De maneira geral, do que tratam as letras das duas canções de Gilberto Gil? 19

b) Em relação as duas canções, quais versos destacam a ideia de tempo real? c) Os versos de “Parabolicamará” e “Pela Internet” falam de algumas inovações que mudaram a vida das pessoas no mundo? Quais foram essas inovações?

No final do debate, proponha uma pesquisa individual, com a data de entrega para a próxima aula:

Escolha uma marca de roupa, tênis ou qualquer outro produto de uso pessoal e pesquise a sua história. Como essa marca surgiu e chegou até você?

Atividade 4

Previsão de tempo para desenvolvimento: 4 horas/aulas.

Exibição de filmes e documentários aos alunos: Nessa etapa, em que os alunos já exploraram o conteúdo e o professor já consegue detectar o que já foi adquirido como conhecimento, é usado um vídeo como recurso, pois o uso da imagem e som auxilia na fixação dos conteúdos que foram estudados. O professor nessa atividade exibe para os educandos recortes, previamente realizados no programa de computador Movie Maker, dos documentários: Globalização Milton Santos, o mundo global visto do lado de cá e Por uma outra globalização, do mesmo geógrafo brasileiro.

Recursos utilizados: aula dialogada, folha do relatório fotocopiado, TV pen drive ou aparelho multimídia, data show e quadro de giz.

Procedimento metodológico: Nesta atividade o professor realiza a exibição do filme recortado aos alunos utilizando a TV pen drive ou o equipamento multimídia, destacando oralmente a visão do filme sobre o processo de globalização atual. Após a exibição do filme, será realizada uma análise para 20 sensibilizar e aprofundar os assuntos abordados, da seguinte forma: revendo as cenas mais importantes, elencando os aspectos positivos e negativos e as ideias principais contidas, enquanto isso ocorre, os alunos fazem anotações no relatório do filme a seguir.

Aluno(a):...... 9º...... Ens. Fundamental Data:...... /...... /...... RELATÓRIO DO FILME: POR UMA OUTRA GLOBALIZAÇÃO – MILTON SANTOS

Relate de que o filme se trata. Que visão o geógrafo Milton Santos apresenta sobre a globalização atual?

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Nesse momento, o professor pergunta: Como mudar essa realidade globalitarista apresentada no documentário? Um outro tipo de mundo é possível? Durante o documentário, Milton se refere com frequência ao termo “globalitarismo”, termo utilizado por ele para expressar o totalitarismo que as nações hegemônicas impõem sobre as camadas populares, seja no âmbito econômico ou social. Segundo o geógrafo, estamos vivendo um segundo momento da globalização, onde se apresenta uma fragmentação dos territórios.

Através das discussões geradas pelo questionamento, o professor vai avaliando de forma contínua os alunos, pela participação individual e pelo relato sobre os conhecimentos adquiridos.

Vídeo 1: Globalização Milton Santos, o mundo global visto do lado de cá. Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=-UUB5DW_mnM ou http://www.sociologia.seed.pr.gov.br/modules/video/showVideo.php?video=511 6. Acesso em 03 nov. 2014

Sinopse: Um documentário com a participação do geógrafo Milton Santos, produzido pelo cineasta Silvio Tendler, discute os problemas da globalização sob as perspectivas das periferias. Procura explicar, ou até mesmo elucidar, essa tal globalização de que tanto ouvimos falar. Duração: 1 h, 29 min. e 24 seg.

Vídeo 2: Por uma outra globalização, Milton Santos. Disponível em: www.youtube.com/watch?v=K6EIIQNsoJU Acesso em 03 nov. 2014

Sinopse: O vídeo traz uma importante visão diferenciada de globalização, como perversidade e como abandono social, em nome da reprodução do capital. No filme, Milton Santos ressalta as três faces da globalização: A primeira seria o mundo tal como nos fazem vê-lo: a globalização como fábula; a segunda seria o mundo tal como ele é: a globalização como perversidade; e a terceira, o mundo tal como ele pode ser: uma outra globalização. Duração: 56 min. e 10 seg.

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Orientações metodológicas das atividades 5 e 6

Nessa etapa, o professor enfatizará a importância e a função da mídia, através dos meios de comunicação de massa que exercem um papel social muito importante na atualidade. Na atividade 5, será organizado uma pesquisa em grupos com o objetivo de identificar e analisar criticamente as mídias: televisão, rádio, jornal, revista e Internet (computador e celular), responsáveis pela difusão e divulgação de ideias, valores, opiniões e informações para um número cada vez maior de pessoas. Na atividade 6, o professor exibirá para os educandos recortes, previamente realizados no programa de computador Movie Maker dos filmes: Muito além do cidadão Kane (proibido no Brasil desde 1993) e O preço de uma verdade (2003), que revelam os bastidores da mídia e a seleção das informações que chegarão ao público, ou seja, o poder da mídia. Nesse contexto, Santos (1993) diz "O espaço se globaliza, mas não é mundial como um todo senão como metáfora. Todos os lugares são mundiais mas não há um espaço mundial. Quem se globaliza mesmo, são as pessoas".

Atividade 5

Previsão de tempo para desenvolvimento: 5 horas/aulas.

Função da mídia e o poder de manipulação: Nas últimas décadas, o mundo vem aperfeiçoando meios de disseminação de informação. A quantidade de notícias nunca foi tão grande nem a difusão tão rápida. Do mesmo modo, nunca foi tão amplo o poder de manipulação da mídia, que muitas vezes seleciona e distorce os acontecimentos divulgados segundo seus próprios interesses. Diante desse contexto, o professor incentivará os alunos na discussão sobre o poder da mídia na manipulação dos fatos, visto que, as mensagens midiáticas, são emitidas por um mercado de poucas e oligopolizadas agências de notícias.

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Recursos utilizados: aula dialogada, texto fotocopiado, TV pen drive ou aparelho multimídia, data show e quadro de giz.

Procedimento metodológico: Nesta atividade, o professor propõe que se forme 5 grupos de alunos e solicita a cada grupo que escolham uma das mídias: Grupo 1 – televisão, Grupo 2 – rádio, Grupo 3 – jornal, Grupo 4 – revista, Grupo 5 – Internet. Cada grupo deverá pesquisar as características desses veículos de comunicação, bem como, analisar criticamente a função cultural de cada uma das mídias. O professor nessa atividade avaliará as equipes em forma de apresentações em grupo na aula seguinte.

Informações importantes para o professor comentar: A orientação norte- americana seguida pelo telejornalismo na América Latina:

 Silenciar ao máximo sobre questões da política nacional que possam causar polêmicas ou descontentamentos. Privilegiar, em contraposição os esporte, cataclismas, crimes passionais, notícias sensacionalistas, etc;  Dar maior espaço às notícias internacionais e, dentro destas, muito mais às dos EUA.  Transmitir os conteúdos das informações de forma a conduzir muito mais ao conformismo do que à reflexão.  Minimizar a importância de movimentos populares, ridicularizando-os, apresentando-os como acidentais ou reinterpretando-os com uma ótica desfavorável;  “Etiquetar” ou rotular tendenciosamente as pessoas envolvidas na política, conduzindo a simpatias ou antipatias conforme os interesses do agente da divulgação;  Utilizar grande volume de imagens que deem ao telespectador a convicção de que o que se relata é verdadeiro;  Dar poucas informações a respeito do terceiro mundo, em geral dele se noticiando apenas desastres, violências, catástrofes e exoticidades, enquanto reações anti-imperialistas, revoluções socialistas, desenvolvimentos na ciência e eventos literários são ignorados.

Fonte: ALVES, Júlia Falivene. A invasão cultural norte-americana. São Paulo, SP: Ed. Moderna, 1992. p. 119-120.

Após as apresentações, o professor propõe a leitura e discussão do texto a seguir: 24

O poder da mídia A população é facilmente influenciada pela mídia principalmente quando está relacionada a novelas. Nestas, heróis nacionais são criados – ficcionais ou não. Acaba uma novela e inicia outra e os modelos de comportamentos, beleza, moda e outros vão se alterando. Mudam os personagens, a trama e os assuntos abordados e a sociedade vai respondendo a este estímulo produzido. Os padrões difundidos são copiados e seguidos, porém, as pessoas não conseguem adaptá-los a uma vida real, o que gera ansiedade, angústia e frustração. Assistir televisão, navegar na Internet, falar ao celular são coisas do cotidiano da maioria da população mundial. E essa tecnologia influencia o tempo todo a sociedade e em consequência, a educação, tanto informal quanto formal. Podemos afirmar que a vida e a interação humana são mediadas e controladas pelos meios de comunicação. Como negar a influência da TV, presente na quase totalidade dos domicílios brasileiros, sobre as formações das identidades sociais? Quando ouvimos falar que a mídia representa "o Quarto Poder" em uma nação, é preciso avaliar como isso é verdade e o quanto estamos sujeitos a ela e a todas as suas variáveis. A mídia influencia as pessoas no modo de agir, de pensar e até no modo de se vestir. Ela cria as demandas, orienta os costumes e hábitos da sociedade, além de definir estilos, bordões e discussões sociais. A mídia dita as regras, as tendências, os padrões de beleza, os ídolos a serem adorados e seguidos, impondo padrões de beleza cada vez mais inatingíveis. E impulsiona homens e mulheres em busca daquele corpinho que só o photoshop sabe produzir. A produção da indústria cultural é direcionada para o retorno de lucros tendo como base padrões de imagem cultural preestabelecida e capazes de conquistar o interesse das massas sem trabalhar o caráter crítico do espectador. Os adolescentes são bombardeados com produções e marcas internacionais e as crianças estão à mercê dos desenhos infantis. Dessa forma, seria impossível a escola, ou os pais das crianças ignorarem os robôs que falam, as naves espaciais que a todos fascinam, a capacidade de voar e de se transformar; as lutas do bem contra o mal nos desenhos animados, a violência mostrada nos noticiários. Alguns dos programas de TV apresentam constantemente valores questionáveis. Essas mensagens irão determinar como nossos filhos serão? Irão determinar sua honestidade, solidariedade, respeito e outros valores? Contudo, além de não podermos subestimar o poder da influência da mídia na vida das pessoas, também não podemos ignorar a importância dela. Quero dizer que o poder que os veículos de comunicação têm para mobilizar as pessoas é muito grande e pode ser usado para o bem ou para o mal. Campanhas de doação de sangue, de vacinação, de incentivo à reciclagem, para economizar água, pela paz, para ajudar pessoas, e muitas outras, quando divulgadas e incentivadas pela mídia ganham proporções enormes e trazem resultados muito além do esperado. Os meios de comunicação em massa devem contribuir para a valorização da diversidade cultural, a promoção dos direitos humanos, no combate a todo tipo de violência, no acesso à informação, entre outros. Esta deveria ser sua função primordial.

Texto adaptado de: A mídia em nossas vidas: Informação ou manipulação? http://elo.com.br/portal/colunistas/christianelima/ver/230989/a-midia-em- nossas-vidas-informacao-ou-manipulacao-.html

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Para obter imagens/charges relacionadas ao tema do texto, consulte os seguintes links:  http://wwwterrordonordeste.blogspot.com.br/2010/12/venicio-lima- revisitando-o-poder-da.html  http://tribunadaimprensaonline.blogspot.com.br/2014/01/estrategias- para-controle-da-populacao.html  https://verdadebancoop.files.wordpress.com/2011/12/latifc3bandio-paga- imprensa3.png  http://sociedadeemdesenvolvimento.blogspot.com.br/2011/04/normal-0- 21-false-false-false.html  http://nudiufsm.wordpress.com/2012/08/10/midia-o-quarto-poder/  http://opinioesdetodoseasminhas.blogspot.com.br/2009/05/nova- sociedade-entrevista-com-gilles.html

Após a leitura e análise do texto e das imagens, o professor pergunta aos grupos oralmente: 1. Quais relações é possível estabelecer entre globalização, consumo e cultura? 2. Por que a mídia representa o “Quarto Poder” em uma nação? 3. Mencionem o lado positivo e o negativo da influência da mídia no comportamento da sociedade?

“Todo o processo de invasão cultural promovido pela mídia é facilitado pela postura de passividade que o receptor assume, principalmente diante da televisão. Como a TV é também utilizada para o lazer, postamo-nos diante dela com o espírito desarmado e, assim, facilitamos o papel do invasor”.

LEÃO, Vicente de Paula. LEÃO, Inêz Aparecida de Carvalho. Ensino da geografia e mídia: linguagens e práticas pedagógicas. Belo Horizonte - MG: Argvmentvm, 2008. p. 49.

Atividade 6

Previsão de tempo para desenvolvimento: 4 horas/aulas.

Exibição de filmes com enfoque na mídia: Nessa etapa, o professor já consegue detectar o que já foi adquirido como conhecimento pelos alunos 26 sobre a mídia, e para explorar o conteúdo sobre os veículos de informação é utilizado um vídeo como recurso, pois o uso da imagem e som auxilia na fixação dos conteúdos que foram estudados.

Recursos utilizados: aula dialogada, TV pen drive ou aparelho multimídia, data show e quadro de giz.

Procedimento metodológico: Nesta atividade, o professor explica do que se trata o vídeo em recortes e realiza a exibição do filme aos alunos utilizando a TV pen drive ou o equipamento multimídia com o data show. Após a exibição, será realizada uma conversa, com a análise crítica sobre os bastidores da mídia e a seleção das informações pela imprensa e televisão, bem como, sobre o poder de manipulação da mídia na sociedade atual. Para isso, o professor orienta os alunos que se organizem em círculo ou semicírculo para que todos participem. A avaliação será contínua observando-se a participação, concordância e respostas dadas pelos alunos, individualmente, por meio de registros feitos pelo professor.

Vídeo 1: Muito além do cidadão Kane (proibido no Brasil desde 1993): Disponível em: www.youtube.com/watch?v=PiV-i-fcxHw e no Portal Dia a Dia Educação: http://www.sociologia.seed.pr.gov.br/modules/conteudo/conteúdo.ph p?conteudo=577. Acesso em 17 nov. 2014

Sinopse: Um documentário televisivo britânico de Simon Hartog exibido em 1993, que mostra as relações entre a mídia e o poder político no Brasil, focando na análise da figura de . Detalha a posição dominante da Rede Globo na sociedade brasileira, seu poder e relações políticas, que os autores do documentário veem como manipuladoras e formadora de opinião. Duração: 1 h, 30 min. e 14 seg.

Vídeo 2: O preço de uma verdade (2003). Acervo da autora.

Sinopse: O filme conta a história real do jornalista fraudulento Stephen Glass, que ganhou fama como escritor com cerca de 20 anos e passou a escrever 27 para a revista “The New Republic” por três anos, onde 27 de suas 41 histórias publicadas foram parcialmente ou totalmente inventadas. Duração: 2 h e 15 min.

Após a exibição dos vídeos, o professor faz alguns questionamentos:  O que foi possível entender sobre os vídeos?  De que forma o documentário denuncia o monopólio da informação e do uso político desta, exercido no Brasil pela mídia em geral?  O que você entendeu sobre a manipulação da informação?

Orientações metodológicas das atividades 7 e 8

Essa etapa finaliza essa sequência didática. O professor explica que os noticiários atuais estão vinculados ao valor de uma mercadoria e que este valor, está condicionado à sua capacidade de despertar o interesse do público. Por isso, na atividade 7, o objetivo é a leitura crítica dos noticiários, entendendo o significado do texto midiático impresso e digitalizado, transmitido através de vários pontos de vista. A partir da relação dialógica entre professor-aluno e considerando as ideias contidas, será possível a ressignificação do texto midiático. Cabendo aos educandos analisar e discutir sobre os assuntos, colocando em prática o seu senso crítico para julgar os fatos diferentes da ótica proposta pela mídia. A conclusão culminará com a atividade 8, que sistematizará os resultados observados durante o decorrer das atividades dessa produção didático-pedagógica, através da confecção de um painel a ser exposto no Colégio. De acordo com as palavras de Francisco Sanchéz Martinéz, “os meios de comunicação não são nem bons nem maus. Simplesmente são o que são, e é preciso formação para conviver com eles”. (MARTÍNEZ, 1999, p. 87)

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Atividade 7

Previsão de tempo para desenvolvimento: 5 horas/aulas.

Ressignificação do texto midiático: Nos grandes meios de comunicação, o que predomina é a imposição de uma determinada visão de mundo, que chega até os alunos como se fosse uma verdade inquestionável. Nessa atividade, o conteúdo produzido pela mídia é investigado e analisado criticamente pelos alunos e a mensagem midiática é ressignificada, ou seja, terá um novo significado. Para isso, os alunos terão contato com textos da mídia impressa (jornais e revistas), imagética (televisão) e digital (Internet - laboratório de informática do Colégio).

Recursos utilizados: aula dialogada, TV pen drive ou aparelho multimídia, data show, textos fotocopiados, quadro de giz e laboratório de informática.

Procedimento metodológico: O professor, agrupa os alunos em duplas para realizar essa atividade. Entrega para as equipes textos midiáticos fotocopiados e exibe vídeos de telejornalismo, cujo tema em questão é “A crise hídrica em São Paulo no ano de 2014”, com a intenção de propor a análise e interpretação do conjunto de informações presentes em alguns noticiários pré- selecionados. A seguir, faz a comparação de textos/vídeos que apresentam abordagens diferenciadas, com o objetivo de levar os alunos a refletir criticamente sobre as informações veiculadas pela mídia, com o intuito de não entendê-las como algo pronto e acabado. A interdiscursividade e as mediações feitas pelo professor, abrirão caminho para a construção de um novo enfoque, no qual a informação será ressignificada (terá um novo sentido) pelos alunos. Para finalizar, o professor entrega aos alunos agrupados, uma folha em branco para reconstruírem um novo texto a partir do texto midiático. Essa atividade será entregue ao professor para análise e avaliação. No laboratório de informática, o professor solicita que os alunos acessem alguns dos vídeos ou textos através dos links: http://observatoriodaimprensa.com.br/videos/view/a_crise_hidrica_e_o_ meio_ambiente Exibido em 18 nov. 2014. Duração: 51 min. 27 seg. http://globotv.globo.com/globonews/globonews-especial/v/a-crise-da- 29

agua-em-sao-paulo/3584927/ Exibido em 24 ago. 2014. Duração: 22 min e 40 seg. http://www.sbt.com.br/jornalismo/noticias/41341/Crise-da-agua-em-Sao- Paulo.html#.VG9owMnYeSY Exibido em 01 maio 2014. Duração: 7 min e 30 seg. http://super.abril.com.br/crise-agua/crise-mundial.shtml. Fonte: Revista Superinteressante, edição 337, setembro/2014. http://revistagreenpeace.org/segunda-materia/agua-crise-e-colapso-em- sao-paulo/. Fonte: Revista Greenpeace, edição 1, setembro/2014. http://revistaforum.com.br/digital/147/o-colapso-da-agua-em-sao-paulo/. Fonte: Revista Fórum Semanal, edição 174, setembro/2014. http://revistaplaneta.terra.com.br/secao/meio-ambiente/o-problema-nao- e-so-falta-de-chuva. Revista Planeta Terra, edição 497, maio/2014. http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/em-oito-questoes-entenda-a-crise- hidrica-em-sao-paulo. Revista Veja, em 24 julho/2014. http://www1.folha.uol.com.br/bbc/2014/09/1524105-candidatos-ignoram- maior-crise-hidrica-da-historia-diz-ambientalista.shtml. Jornal Folha de São Paulo. Publicada em 29 setembro/2014.

Nas palavras de Santos, a visão otimista do futuro é expressa no trecho abaixo: "Não cabe, todavia, perder a esperança, porque os progressos técnicos (...) É possível pensar na realização de um mundo de bem-

estar, onde os homens serão mais felizes, um outro tipo de globalização". (Santos, 2002:80)

Atividade 8

Previsão de tempo para desenvolvimento: 4 horas/aulas.

Apresentação dos resultados da produção didático-pedagógica: Nessa atividade, o professor e os alunos montarão um painel de apresentação dos resultados à comunidade escolar, constando fotos, imagens, charges, textos impressos e textos elaborados pelos alunos com sugestões de links para os 30 outros alunos do Colégio sobre o assunto abordado nesta produção didático- pedagógica.

Material utilizado: textos escritos pelos alunos, textos impressos, imagens, charges, folhas de e.v.a colorido, cartolinas coloridas e fita adesiva.

Procedimento metodológico: O professor organiza as informações obtidas durante essa sequência didática e juntamente com os alunos monta um painel para expor no Colégio. De posse de um roteiro, o professor divide as tarefas entre os alunos agrupados (Atividade 5), objetivando levar os estudantes do Colégio a refletirem sobre a divulgação e a disseminação de ideias, valores, opiniões e informações através da mídia para um número cada vez maior de pessoas, quando liga-se a televisão, ouve-se rádio, folheia-se jornais ou revistas e conecta-se à Internet. A avaliação é realizada pelo professor observando a participação nas tarefas de confecção do painel. Obs.: Professor crie um roteiro de tarefas para os grupos.

Segundo as palavras do geógrafo brasileiro, Milton Santos:

"Não existe um espaço global, mas, apenas, espaços da globalização. (...) O Mundo, porém, é apenas um conjunto de possibilidades, cuja efetivação depende das oportunidades oferecidas pelos lugares. (...) Mas o território termina por ser a grande mediação entre o Mundo e a

sociedade nacional e local, já que, em sua funcionalização, o ‘Mundo’ necessita da mediação dos lugares, segundo as virtualidades destes para usos específicos. Num dado momento, o ‘Mundo’ escolhe alguns

lugares e rejeita outros e, nesse movimento, modifica o conjunto dos lugares, o espaço como um todo. É o lugar que oferece ao movimento do mundo a possibilidade de sua realização mais eficaz. Para se tornar

espaço, o Mundo depende das virtualidades do lugar." (Santos, 1996:271)

“É nossa tarefa construir com os alunos os conhecimentos necessários para a leitura do mundo. Dessa forma, teremos a informação midiática como um meio para o ensino da Geografia e não como um fim, pois não é a mensagem contida na mídia que dá sentido ao ensino de Geografia, mas o contrário”.

LEÃO, Vicente de Paula. LEÃO, Inêz Aparecida de Carvalho. Ensino da geografia e mídia: linguagens e práticas pedagógicas. Belo Horizonte - MG: Argvmentvm, 2008. p. 49.

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REFERÊNCIAS

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BARBOSA, Alexandre de Freitas. O mundo globalizado. São Paulo: Contexto, 2001. Disponível em: http://admunip.files.wordpress.com/2012/ 09/alexandre-de-freitas-barbosa-o-mundo-globalizado-completo.pdf. Acesso em 09 de nov. 2014.

CASTELLS, Manuel. A sociedade em rede. A era da informação: economia, sociedade e cultura. São Paulo: Paz e Terra, 1999.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2002, 8ª ed.

Gilberto Gil. Gege Produções Artísticas, 1991. Disponível em: http://letras.mus.br/gilberto-gil/46234/ Acesso em: 12 nov. 2014.

Gilberto Gil. Gege Produções Artísticas, 1996. Disponível em: http://letras.mus.br/gilberto-gil/68924/ Acesso em: 12 nov. 2014.

LEÃO, Vicente de Paula. LEÃO, Inêz Aparecida de Carvalho. Ensino da geografia e mídia: linguagens e práticas pedagógicas. Belo Horizonte: Argvmentvm, 2008.

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MOREIRA, João Carlos e SENE, Eustáquio de. Geografia para o ensino médio: Geografia Geral e do Brasil. São Paulo: Scipione, 2002.

SANTOS, Milton. O novo mapa do mundo. São Paulo: Hucitec, 1993.

SANTOS, M. A natureza do espaço: técnica e tempo, razão e emoção. São Paulo: Hucitec, 1996.

SANTOS, Milton. Por uma outra globalização: do pensamento único à consciência universal. Rio de Janeiro: Record, 2000.

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