“Elaboração de Plano de Redução de Riscos no Município de da Serra (SP)”

Volume 1 2006

FUNDAÇÃO DE APOIO A PESQUISA, ENSINO E EXTENSÃO - FUNEP

Elaboração de Plano de Redução de Riscos no Município de Itapecerica da Serra (SP)

O PRESENTE RELATÓRIO É COMPOSTO PELOS SEGUINTES VOLUMES:

VOLUME 1 - TEXTO VOLUME 2 - RESULTADOS DO MAPEAMENTO DAS ÁREAS DE RISCO DE 1 A 35

EQUIPE ENVOLVIDA NOS ESTUDOS:

LEANDRO EUGENIO DA SILVA CERRI – Geólogo – CREA 0601471874 (Coordenador);

FERNANDO ROCHA NOGUEIRA – Geólogo – CREA 0601915568 (Coordenador);

JOSÉ MARQUES CARRIÇO – Arquiteto – Pós Graduando em Arquitetura e Urbanismo – CREA 0601353380-D;

LEONARDO ANDRADE DE SOUZA – Engenheiro Geólogo – Pós Graduando em Geologia Ambiental e Conservação de Recursos Naturais – CREA 78885;

PAULO FERNANDO PIOLTINE BRANDÃO – Geólogo – CREA 060153457-4;

FRANCELY MARTINELLI FERNANDES – Ecóloga – Pós Graduanda em Geociências e Meio Ambiente;

MAITÊ DE SOUZA SANDOVAL – Ecóloga – Pós Graduanda em Geociências e Meio Ambiente;

BEATRIZ LIMA DE PAULA – Engenheira Cartógrafa – Pós Graduanda em Geociências e Meio Ambiente;

AMANDA POLATO – Graduanda em Geografia;

NATHALIA LUCAS TAVARES DE SOUZA – Graduanda em Geografia;

DANIELA ALËS KREMPI – Graduanda em Ciências da Computação;

COLABORAÇÃO:

VALTER LUIZ RIBEIRO - Agente Fiscal da PMIS;

ATÍLIO LEITE - Agente Fiscal da PMIS.

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O Volume 2 do presente relatório contém os resultados do mapeamento de risco das seguintes áreas:

1. Chácara Macedo 21. Parque Santa Amélia

2. Chácara Santa Maria 22. Jardim São Marcos I

3. Jardim Analândia 23. Jardim São Marcos II

4. Recreio Campestre 24. Jardim São Pedro I

5. Jardim Cinira – Primavera 25. Jardim São Pedro II

6. Jardim do Carmo 26. Jardim São Pedro III

7. Jardim Idemori 27. Jardim Tereza Maria – Centro

8. Jardim Itapecerica 28. Mirante da Lagoa

9. Jardim Jacira 29. Parque Jandaia

10. Jadim Marilú I 30. Parque Paraíso – Formosa

11. Jardim Marilú II 31. Parque Paraíso – Gleba 7 I

12. Jardim Marilú III 32. Parque Paraíso – Gleba 7 II

13. Jardim Paraíso I 33. Parque Paraíso – Guatemala

14. Jardim Paraíso II 34. Parque Paraíso – Nova York

15. Jardim Pelúcio 35. Vila Geni

16. Jardim Potuverá

17. Jardim Sampaio I

18. Jardim Sampaio II

19. Jardim Sampaio III

20. Jardim Sampaio IV

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ÍNDICE

1. INTRODUÇÃO ...... 1

2. OBJETIVOS DOS ESTUDOS ...... 2

3. REFERENCIAL TEÓRICO-CONCEITUAL ...... 3

3.1. Base Teórica Referente a Mapeamento de Risco...... 3 3.2. Aspectos da Geologia e Geomorfologia da Área de Estudos ...... 8

4. ATIVIDADES EXECUTADAS E RESULTADOS OBTIDOS ...... 9

4.1. Critérios, Método e Procedimentos Adotados no Mapeamento de Risco...... 9 4.2. Resultados do Mapeamento de Risco e Indicação de Alternativas de Intervenções Estruturais...... 17 4.3. Estimativa de Custo das Intervenções Estruturais para Redução de Riscos ...... 19 4.4. Análise das Ações e Políticas Públicas Relacionadas às Áreas Estudadas e Legislação Urbanística de Interesse ...... 21 4.5. Levantamento de Possíveis Fontes de Recursos ...... 33 4.6. Critérios para Priorização das Intervenções...... 38

5. O PLANO MUNICIPAL DE REDUÇÃO DE RISCOS DE ITAPECERICA DA SERRA .... 39

5.1. Considerações Gerais...... 41 5.2. Propostas de Ações Não Estruturais ...... 42 5.3. Proposições Complementares ...... 42

6. REFERÊNCIAS...... 43

ANEXO 1 – MAPA GEOLÓGICO DO MUNICÍPIO DE ITAPECERICA DA SERRA

ANEXO 2 – MAPA DE LOCALIZAÇÃO DAS ÁREAS MAPEADAS

ANEXO 3 – QUADRO SÍNTESE DOS RESULTADOS DO MAPEAMENTO DE RISCO

ANEXO 4 – ESTIMATIVAS DE CUSTO DAS INTERVENÇÕES SUGERIDAS

ANEXO 5 – SÍNTESE DO MARCO LEGAL ORIENTADOR DAS INTERVENÇÕES EM ASSENTAMENTOS SUBNORMAIS EM ITAPECERICA DA SERRA

ANEXO 6 – INDICADORES PARA APLICAÇÃO DE CRITÉRIOS DE PRIORIDADE

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RELATÓRIO FINAL

1. INTRODUÇÃO

Em atendimento aos termos de contrato firmado entre a Prefeitura do Município de Itapecerica da Serra - PMIS e a Fundação de Apoio à Pesquisa, Ensino e Extensão – FUNEP, uma equipe técnica constituída no Departamento de Geologia Aplicada (DGA), Instituto de Geociências e Ciências Exatas (IGCE), Universidade Estadual Paulista (Unesp) - Campus de Rio Claro (SP) realizou estudos referentes ao Projeto intitulado “Elaboração de Plano de Redução de Riscos no Município de Itapecerica da Serra (SP)”. O projeto citado foi executado por meio de estudos realizados no período de janeiro a maio de 2006, atendendo ao convênio firmado entre a Prefeitura do Município de Itapecerica da Serra e a Caixa Econômica Federal/Ministério das Cidades, por meio do Programa de Urbanização, Regularização e Integração de Assentamentos Precários. O Programa de Urbanização, Regularização e Integração de Assentamentos Precários é gerido pelo Governo Federal, por meio do Ministério das Cidades, destinando recursos financeiros aos estados, DF e municípios para que executem intervenções necessárias à regularização fundiária, segurança, salubridade e habitabilidade de população localizada em área inadequada à moradia, visando a sua permanência ou relocação, por intermédio de um conjunto de ações, dentre elas a Ação de Apoio à Prevenção e Erradicação de Riscos em Assentamentos Precários. A Ação Apoio à Prevenção e Erradicação de Riscos em Assentamentos Precários tem por objetivo o apoio aos Estados, municípios e ao DF na prevenção e erradicação de riscos sócio-ambientais que atingem famílias de baixa renda, moradoras de assentamentos precários em localidades urbanas, por meio da transferência de recursos

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do Orçamento Geral da União para o treinamento e a capacitação de equipes municipais, o planejamento das ações de redução de risco e a articulação das ações dos três níveis de governo. O Plano Municipal de Redução de Riscos (PMRR) apresenta alguns referenciais técnicos e gerenciais que permitem aos Poderes Públicos a implementação de ações estruturais e não-estruturais, em prazos adequados aos recursos orçamentários do município, do estado e da União, para reduzir e controlar as situações de riscos associados a escorregamentos e solapamentos de margens de córregos que ameaçam a segurança dos moradores e dificultam a inclusão dos assentamentos precários à cidade formal. O presente relatório descreve detalhadamente os estudos realizados e apresenta os resultados obtidos no âmbito do projeto “Elaboração de Plano de Redução de Riscos no Município de Itapecerica da Serra (SP)”.

2. OBJETIVOS DOS ESTUDOS

O desenvolvimento do projeto citado visou atingir os seguintes objetivos:

Diagnóstico das situações de risco apontadas pela Municipalidade, com delimitação dos setores de risco e identificação das moradias ameaçadas; Indicação de alternativas de intervenções estruturais para controle e redução dos riscos mapeados; Estimativa de custos das intervenções estruturais indicadas; Estabelecimento de critérios para priorização das intervenções estruturais; Levantamento e análise da legislação urbanística; Levantamento de possíveis fontes de recursos e programas compatíveis nos três níveis de governo para a execução das intervenções prioritárias; Propostas para um programa de ações estruturais e não-estruturais para a redução/erradicação dos riscos mapeados; Capacitação da equipe técnica municipal em mapeamento e gestão de riscos; e Treinamento de lideranças das áreas estudadas para participação em redes de agentes comunitários organizados em núcleos de defesa civil.

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3. REFERENCIAL TEÓRICO-CONCEITUAL

3.1. Base Teórica Referente a Mapeamento de Risco

Acidente geológico ou geotécnico é definido como a ocorrência de um evento adverso (evento perigoso) de natureza geológica (processo envolvendo o solo, a rocha e/ou a água) ou de natureza geotécnica (comportamento do solo ou da rocha ante uma intervenção antrópica), que tenha provocado conseqüências danosas ao homem ou a suas propriedades. A partir deste conceito, entende-se que risco geológico ou geotécnico corresponde a uma condição potencial de ocorrência de um acidente, ou seja, uma situação na qual a possibilidade de ocorrência de um processo geológico ou de um comportamento geotécnico indica a possibilidade de registro de conseqüência social e/ou econômica caso o evento perigoso ocorra. Desse modo, conceitualmente, só há risco quando há alguma possibilidade de perda ou dano. A equação mais simples e didática utilizada para representar risco é: R = P x C sendo: R = risco; P = probabilidade (ou possibilidade) de ocorrência de um determinado evento adverso (evento perigoso); C = conseqüências sociais e/ou econômicas potencias.

A grande maioria das equações de risco propostas por diferentes autores é representada pelo produto entre dois ou mais termos. Tal fato se deve ao conceito matemático denominado “convolução”, que indica concomitância e mútuo condicionamento desses termos (CARDONA, 2001 apud NOGUEIRA, 2002). Assim, sendo nulo um dos termos da equação (probabilidade ou conseqüências), o risco também é nulo. Um evento adverso potencial identificado (perigo) sempre deve estar associado a um processo geológico ou geotécnico atuante no assentamento precário estudado. Este trabalho deverá enfocar as situações de risco associadas a processos atuantes de instabilização de taludes (escorregamentos e solapamentos) em encostas e margens de córregos, que possam afetar a segurança de moradias implantadas nos assentamentos precários do município.

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Estes processos no ambiente urbano podem ser resultados de causas naturais ou antrópicas, mas a geração dos riscos associados a eles é sempre um processo social ou ambiental urbano (NOGUEIRA, 2002). Os escorregamentos e solapamentos urbanos podem movimentar, além de rochas, solo e vegetação, depósitos artificiais (lixo, aterros, entulhos) ou materiais mistos, caracterizando processos geológicos, geomórficos ou geotécnicos. Escorregamentos são movimentos gravitacionais de massa que mobilizam o solo, a rocha ou ambos, sendo que em geral são deflagrados por chuvas. O termo escorregamento congrega vários processos que apresentam características distintas, embora todos eles sejam resultantes da ação da gravidade. Dentre estes processos têm- se os escorregamentos (slides) propriamente ditos, os rastejos (creep), as quedas de bloco (falls), os rolamentos de matacões, os tombamentos e as corridas (flows). Por este motivo, é comum observar a utilização do termo “escorregamentos e processos correlatos” para se referir ao conjunto de processos citados. As situações de risco associadas a processos de solapamento estão relacionadas à faixa marginal de cursos d’água, portando sujeitas aos processos da dinâmica fluvial. (VARNES apud SUMMERFIELD, 1991) classifica o solapamento como um dos tipos de quedas associado a movimentos de massa, denominando estes processos associados às margens de rios e córregos de “earth fall” ou “topple”. Nas áreas de assentamento urbano precário, em função de sua alta vulnerabilidade determinada, na maioria das vezes, pela forma ou localização inadequada da ocupação, pela ausência de infra-estrutura urbana (drenagem, pavimentação, saneamento) e de serviços básicos (coleta de lixo, redes elétrica e hidráulica, etc.) e pela degradação do ambiente associada, diversos tipos de riscos ambientais podem ser registrados. Esta situação conduz a acidentes de qualquer porte, resultando muitas vezes em perdas de vidas e ferimentos e, quase sempre, em danos materiais que constituem grave impacto na capacidade de desenvolvimento da população pobre que reside nessas áreas. No que se refere aos riscos de natureza geológica, é comum que as atividades que resultam na identificação e análise ou avaliação dos riscos sejam realizadas por meio de investigações geológico-geotécnicas de campo. Tais investigações requerem que sejam consideradas tanto a probabilidade (ou possibilidade) de ocorrência do evento adverso (no caso do presente estudo, os processos de instabilização associados a escorregamentos em encostas, a solapamentos de margens de córregos e a ação direta

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das águas pluviais ou fluviais), quanto as conseqüências sociais e/ou econômicas associadas. Quanto às conseqüências, CARVALHO (2000) afirma que sua avaliação “...envolve sempre um julgamento a respeito dos elementos em risco e de sua vulnerabilidade. É comum que nas análises de risco em favelas apenas as moradias sejam consideradas como elementos em risco (grifo nosso)”. Certamente essa simplificação na consideração das conseqüências se deve à dificuldade encontrada pelos profissionais que abordam os aspectos físicos dos riscos geológicos em melhor caracterizar os elementos e fatores inerentes a essa componente da análise de riscos. NOGUEIRA (2002) descreve que a conseqüência decorrente de um acidente é função da vulnerabilidade, esta dependente da suscetibilidade de pessoas e/ou bens serem afetados, bem como da “resiliência” dos elementos expostos. O termo “resiliência” empregado se apóia em um conceito da Física que, aplicado à área de risco, se traduz na capacidade de resposta de uma determinada população supostamente afetada por um acidente, ou seja, na habilidade das pessoas em reagir ao sinistro e em recuperar a condição normal, anterior ao acidente. Já em termos da probabilidade (ou possibilidade) de ocorrência do processo perigoso, verifica-se o desenvolvimento de pesquisas visando uma determinação quantitativa em muitos centros europeus, norte-americanos e brasileiros de atuação na prevenção de acidentes geológicos. Entretanto, é importante lembrar que NARDOCCI (1999) afirma que “mesmo que o cálculo da probabilidade de ocorrência de um evento seja preciso, exato, será apenas uma probabilidade. Medir com precisão a probabilidade de ocorrência de um evento não trará a certeza de ocorrência ou não desse evento, tampouco permitirá conhecer-se o momento em que ocorrerá”. O IUGS Working Group - Committee on Risk Assessment (1997) reconhece dois grandes tipos de abordagens para a realização da análise de risco de escorregamentos: a) análise qualitativa e b) análise quantitativa. Considera ainda que os riscos resultantes das análises qualitativas podem ser expressos por diferentes níveis ou graus, escalonados. Nas análises de risco qualitativas mais sofisticadas, pode existir o incremento de um componente quantitativo dos parâmetros técnicos analisados (indicadores), mesmo que estes números resultem da experiência e do julgamento de

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especialistas. MORGENSTERN (1997) afirma que análises qualitativas, conduzidas por métodos de hierarquização de riscos relativos variam em detalhamento e complexidade e, muitas vezes, satisfazem as necessidades práticas de gestores, fornecendo elementos para a mitigação dos riscos identificados. CARVALHO (2000), considerando a prática atual, descreve que “... a maneira mais simples de se tratar a probabilidade em análises de risco consiste em se atribuir, à possibilidade de ocorrência do processo de instabilização, níveis definidos de forma literal (possibilidade de ocorrência baixa, média ou alta, por exemplo). Esta é a base para as análises de risco de caráter qualitativo, em que um profissional experiente avalia o quadro de condicionantes e indícios da ocorrência do processo de instabilização, compara as situações encontradas com modelos de comportamento e, baseado em sua experiência, hierarquiza as situações de risco em função da possibilidade de ocorrência do processo num determinado período de tempo (geralmente um ano)”. CERRI (1993) discorre sobre as características dos mapeamentos de risco de escorregamentos em encostas ocupadas. Resumidamente, o autor citado descreve que os trabalhos de mapeamento de risco de escorregamentos em encostas ocupadas podem ser realizados em dois níveis de detalhe distintos: o zoneamento de risco e o cadastramento de risco. No zoneamento de risco são delimitadas áreas – ou setores – nos quais se encontram instaladas várias moradias. Para cada área ou setor identificado é atribuído um mesmo grau de risco, muito alto, por exemplo. Esse grau de risco é atribuído para todo o setor, embora possa haver algumas moradias em meio a essa área que não apresentem risco tão elevado e, eventualmente, ocorrem moradias até mesmo sem risco. Já no cadastramento de risco de escorregamentos em encostas ocupadas, os trabalhos de mapeamento são executados em grau de detalhe bem maior que nos casos de zoneamentos, sendo que os riscos são identificados e analisados moradia por moradia. É bastante comum que, visando otimizar os trabalhos de identificação e análise de risco, inicialmente sejam realizados zoneamentos de risco para, em seguida realizar os cadastramentos nas áreas em qual tal nível de informação seja necessário para as ações de gestão dos riscos identificados. Desse modo, pode-se afirmar que os resultados do

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zoneamento de risco podem indicar as áreas prioritárias para a realização do cadastramento, qualificando, deste modo, os trabalhos de campo a serem executados. Em Geologia de Engenharia, a avaliação da probabilidade (ou possibilidade) de um determinado fenômeno físico ocorrer em um local e período de tempo definidos, leva em conta as características específicas do processo perigoso em questão, especialmente a sua tipologia, mecanismo, material envolvido, magnitude, velocidade, tempo de duração, trajetória, severidade, etc. Essa caracterização se faz, inicialmente, por meio de investigações geológico- geotécnicas de campo, que ainda contemplam a identificação dos condicionantes naturais e induzidos dos processos perigosos, o reconhecimento de indícios de desenvolvimento dos processos perigosos, bem como de feições e evidências de instabilidades. Mesmo reconhecendo-se as eventuais limitações, imprecisões e incertezas inerentes à análise qualitativa de riscos, os resultados dessa atividade podem ser decisivos para a eficácia de uma política de intervenções voltada à consolidação da ocupação. Para tanto, é imprescindível a adoção de métodos, critérios e procedimentos adequados, bem como a construção de detalhados modelos de comportamento dos processos perigosos. Tais condicionantes, aliados à experiência da equipe executiva envolvida nas atividades de identificação e análise de riscos, podem subsidiar a elaboração de adequados programas de gerenciamento de riscos, que acabam por reduzir substancialmente a ocorrência de acidentes geológicos, bem como tornam mínima a dimensão de suas conseqüências. A construção de modelos de comportamento dos processos perigosos, ou seja, o entendimento dos processos geológicos no nível e profundidade compatíveis com o estudo que está sendo realizado assume papel determinante para o sucesso dos resultados a serem obtidos nos mapeamentos de risco e, não menos importante, na escolha da(s) alternativa(s) de intervenção mais adequada(s) a cada situação em particular. SANTOS (2002) propõe um roteiro de trabalho (Quadro 1) que visa organizar as atividades do profissional frente a um determinado problema.

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Quadro 1. Roteiro e seqüência de atividades na Geologia de Engenharia (SANTOS, 2002).

Fases do trabalho Objetivo Principais cuidados Identificação preliminar dos problemas potenciais ou Recolhimento de todos os registros bibliográficos ocorridos. e técnicos e de testemunhos de pessoal local. Circunscrição do Enquadramento geológico- Caracterização das feições e dos processos problema geomorfológico do local. geológico-geomorfológicos naturais locais e Delimitação e caracterização da regionais presentes. área de trabalho. Caracterização dos parâmetros geológicos e geotécnicos Pesquisa de situações semelhantes, necessários ao entendimento especialmente na região. Análise e diagnóstico dos fenômenos envolvidos. Identificação dos processos geológicos e dos fenômenos Diagnóstico final e descrição geotécnicos originalmente presentes. presentes qualitativa e quantitativa dos Adoção de hipóteses fenomenológicas fenômenos implicados nas inter- progressivas e esforço investigativo e relações solicitações / meio observativo para sua aferição. físico. Apoiar a engenharia na Zelo especial pela perfeita aderência solução / Formulação de formulação das soluções fenômeno. soluções adequadas Busca do barateamento da solução encontrada.

A partir das considerações anteriores, fica patente a necessidade de um perfeito entendimento dos processos perigosos – no presente texto, também denominados de “modelos de comportamento” ou “modelos teóricos” – para assegurar a eficácia e a eficiência das atividades de identificação e análise de risco, bem como a indicação das alternativas de intervenção destinadas a reduzir os riscos identificados (perfeita aderência solução-fenômeno).

3.2. Aspectos da Geologia e Geomorfologia da Área de Estudos Itapecerica da Serra localiza-se a sudoeste da Bacia Sedimentar de , na unidade morfoestrutural denominada Cinturão Orogênico do Atlântico, conforme proposta de ROSS & MOROZ (1997). A geologia do município é caracterizada pela presença predominante de rochas cristalinas do embasamento pré-Cambriano e de sedimentos quaternários depositados nas várzeas dos rios atuais. A ocorrência de sedimentos terciários associados à bacia Sedimentar de São Paulo é restrita, limitando-se à porção leste do município. Assim, na área do município predominam terrenos constituídos por rochas cristalinas de idade pré-cambriana, especialmente representados por migmatitos e gnaisses graníticos que podem achar-se cisalhados até gnaisses miloníticos em zonas de

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movimentação tectônica intensificada. Também ocorrem porções expressivas de micaxistos e meta-arenitos de médio grau metamórfico, incluindo xistos miloníticos em zonas de movimentação tectônica. A sul do município ocorrem corpos de granitos a granodioritos normais ou em parte gnáissicos, eqüigranulares ou porfiróides. O Anexo 1 contém um mapa geológico da área de interesse. A geomorfologia do município caracteriza-se pela presença de formas que variam desde relevo suavizado, até porções com amplitude e declividade mais acentuadas, com altitudes entre 800 e 900 metros. No presente projeto foram adotadas as seguintes definições para as feições geomorfológicas existentes na área de estudo (Quadro 2):

Quadro 2. Características das feições geomorfológicas presentes na área de estudo. FEIÇÃO CARACTERÍSTICAS GEOMORFOLÓGICA Predomínio de baixas declividades, inferiores a 5%; o nível freático é pouco Planícies aluviais profundo. Topografia suavizada, com predomínio de amplitudes de 40 m e declividades de Colinas até 20%. Predominam amplitudes de 50 m e declividades de 20%; ocorrências restritas de Morrotes áreas com declividades maiores que 30%. Morros baixos Predominam amplitudes de 100 m e declividades de 30%. Predominam amplitudes e declividades elevadas, de 150 m e maiores que 30%, Morros altos respectivamente.

4. ATIVIDADES EXECUTADAS E RESULTADOS OBTIDOS

4.1. Critérios, Método e Procedimentos Adotados no Mapeamento de Risco No início de fevereiro de 2006, foram mapeados os riscos em todas as áreas de favelas e loteamentos precários do município de Itapecerica da Serra onde, na cultura técnica dos agentes públicos, houvesse moradias sujeitas a acidentes ou, ainda, registro de ocorrência de acidentes associados a escorregamentos de encostas, solapamento de margens de córregos ou ação direta das águas pluviais ou fluviais. Participaram da seleção das áreas a serem estudadas, vários agentes públicos da Secretaria Municipal de Obras e Serviços. Todas as áreas indicadas pela Municipalidade foram visitadas preliminarmente para uma avaliação expedita de suas características e a obtenção de coordenadas geográficas por meio de GPS (Global Position System) que pudessem delimitá-las

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aproximadamente e orientar posteriormente o plano de vôo para tomada de fotos oblíquas de baixa altitude. A listagem das áreas mapeadas, com sua localização e coordenadas obtidas por meio de GPS, é apresentada no Quadro 3. No Anexo 2 é apresentado um mapa de localização das áreas mapeadas. Em 33 das 35 áreas selecionadas para mapeamento de risco, foram obtidas fotos oblíquas, por meio de vôo de helicóptero a alturas médias entre 100 a 150 metros do solo. Cópias das fotos obtidas neste vôo foram utilizadas para a delimitação dos setores de risco identificados durante os trabalhos de campo. Os limites das áreas estudadas foram sempre indicados por técnicos da Prefeitura, que acompanharam a equipe de campo da FUNEP em todas as vistorias e cujos nomes estão registrados nas fichas de campo. As duas áreas não cobertas por fotos de helicóptero foram selecionadas para mapeamento após o vôo realizado no dia 25 de janeiro deste ano.

Os trabalhos de campo seguiram os seguintes procedimentos:

- vistorias de campo em cada área de risco indicada, por meio da realização de investigações geológico-geotécnicas de superfície, visando identificar condicionantes dos processos de instabilização, evidências de instabilidade e indícios do desenvolvimento de processos destrutivos (vide Quadro 4);

- registro, em fichas de campo, das características de cada assentamento estudado e dos resultados das investigações geológico-geotécnicas realizadas (vide Quadro 5 e Figuras 1 e 2);

- delimitação dos setores de risco, representando-os nas cópias das fotografias de helicóptero. Um setor de risco indica um espaço definido dentro do assentamento, espaço este sujeito a sofrer um determinado processo destrutivo, cujas evidências ou indicadores predisponentes foram identificados em campo. Para registrar indicadores de risco observados no campo e que não estão visíveis nas fotos de helicóptero, foram feitas fotografias de detalhe (denominadas fotos de campo), obtidas durante os trabalhos de campo.

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Quadro 3. Relação e localização das áreas objeto do mapeamento de risco.

Número Coordenadas Nome da Área Localização da Área da Área UTM 01 Chácara Macedo Rua Onofre da Silva Crispim 315.530/7.371.174 02 Chácara Santa Maria Av. PM Gilberto Agostinho 316.357/7.378.558 Entre as Ruas Presidente Arthur Bernardes e Rua 03 Jardim Analândia 315.618/7.372.831 J. K. 04 Jardim Campestre Rua 314.670/7.379.243 05 Jardim Cinira Rua 316.227/7.377.123 06 Jardim do Carmo Rua Guarani 317.570/7.372.234 07 Jardim Idemori Estrada do Guatambu / Limite com SP 317.379/7.377.512 08 Jardim Itapecerica Rua Mirangaba 310.204/7.378.600 09 Jardim Jacira Rua Machado de 317.090/7.372.836 10 Jardim Marilú I Ruas Terra e Itamar 310.904/7.375.172 11 Jardim Marilú II / Virgínia Rua Faria Lemos 310.902/7.375.173 Jardim Marilú III / 12 Rua Sílvio F. Domingues 310.904/7.375.172 Palmeiras 13 Jardim Paraíso I Viela Mário Cardoso 311.041/7.375.792 14 Jardim Paraíso II Ruas Silvino Pedroso de Castro e Pedra Mole 311.096/7.375.987 15 Jardim Pelúcio Rua Agenor Viana 315.567/7.377.051 16 Jardim Potuverá Estrada Potuverá / Aldeinha 309.628/7.376.422 17 Jardim Sampaio I Ruas Benedito Antônio Gonçalves e Primavera 310.202/7.375.459 18 Jardim Sampaio II Rua Diogo de Vasconcelos 309.696/7.375.750 19 Jardim Sampaio III Rua João Antônio de Moraes 309.761/7.375.919 20 Jardim Sampaio IV Rua Veraneio 309.491/7.375.808 21 Parque Santa Amélia Rua Santa Maria Goretti 309.431/7.377.282 22 Jardim São Marcos I Avenida Constantinopla 310.515/7.374.083 23 Jardim São Marcos II Avenida Constantinopla 310.334/7.373.978 24 Jardim São Pedro I Rua Antônio Correia dos Santos 316.792/7.315.227 25 Jardim São Pedro II Rua Cedro 316.864/7.375.582 26 Jardim São Pedro III Rua Napoleão B. de Freitas 316.873/7.375.718 27 Centro Entre as Ruas Américo Vazone e Virgílio Busnelo 311.769/7.376.312 Entre as Ruas Dona Anila e a Estrada João 28 Mirante da Lagoa 312.077/7.375.739 Rodrigues de Moraes 29 Parque Jandaia Rua Marialva 317.174/7.371.425 30 Parque Paraíso Formosa Rua Formosa 310.596/7.377.058 31 Parque Paraíso Gleba 7 - I Av. dos Legisladores 310.599/7.377.055 Parque Paraíso Gleba 7 - 32 Rua Orlanda Pazzoto Belosso 310.599/7.377.055 II Parque Paraíso 33 Rua Jorge Fadlo 310.081/7.377.361 Guatemala Parque Paraíso - Nova 34 Rua Nova York 310.219/7.077.562 York 35 Vila Geni Entre as Ruas Coxim, Nova Erexim e Tapera 310.414/7.378.511

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Quadro 4. Check-list com condicionantes dos processos de instabilização, evidências de instabilidade e indícios do desenvolvimento de processos destrutivos a serem observados no campo.

CARACTERIZAÇÃO DO LOCAL EVIDÊNCIAS/INDÍCIOS DE MOVIMENTAÇÃO Talude natural/ corte Trincas moradia/aterro Altura do talude Inclinação de árvores/postes/muros Aterro compactado/lançado Degraus de abatimento Distância da moradia Cicatrizes de escorregamentos Declividade Feições erosivas Estruturas em solo/rocha desfavoráveis Muros/paredes “embarrigados” Presença de blocos de rocha/matacões/ ÁGUA paredões rochosos Concentração de água de chuva em superfície Presença de lixo/entulho Lançamento de água servida em superfície Aterro em anfiteatro Presença de fossas/rede de esgoto/rede de água Ocupação de cabeceira de drenagem Surgências d’água Vazamentos VEGETAÇÃO NO TALUDE OU MARGENS DE CÓRREGO PROXIMIDADES Tipo de canal (natural/sinuoso/retificado) Presença de árvores Distância da margem Vegetação rasteira Altura do talude marginal Área desmatada Altura de cheias Área de cultivo Trincas na superfície do terreno

Quadro 5. Tipologias de ocupação utilizadas como referência para o preenchimento das fichas de campo.

CATEGORIA DE OCUPAÇÃO CARACTERÍSTICAS Área consolidada Áreas densamente ocupadas, com infra-estrutura básica. Áreas em processo de ocupação, adjacentes a áreas de ocupação Área parcialmente consolidada consolidada. Densidade da ocupação variando de 30% a 90%. Razoável infra-estrutura básica. Áreas de expansão, periféricas e distantes de núcleo urbanizado. Área parcelada Baixa densidade de ocupação (até 30%). Desprovidas de infra- estrutura básica. Nesses casos, caracterizar a área quanto à densidade de Área mista ocupação e quanto à implantação de infra-estrutura básica.

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FICHA GERAL DE CAMPO

Local: Área: Equipe: Data: Localização da área: Identificação (ou n°) da Foto Oblíqua: Leitura com GPS:

Caracterização da Ocupação (padrão, tipologia das edificações, infra-estrutura):

Caracterização Geológica:

Caracterização Geomorfológica:

Nº de Grau de Setor nº moradias Alternativa de intervenção probabilidade ameaçadas

Figura 1. Ficha Geral de Campo.

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FICHA DE SETOR

Encosta Margem de Córrego

Local: Área nº: Setor: Equipe: Data: Referência: Fotos:

Diagnóstico do setor (condicionantes e indicadores do processo de instabilização):

Descrição do Processo de Instabilização: (escorregamento de solo / rocha / aterro; naturais / induzidos; materiais mobilizados; solapamento; ação direta da água, etc):

Observações (incluindo descrição de fotos obtidas no local):

Grau de Probabilidade:

Indicação de intervenção:

Quantitativos para a intervenção sugerida:

Estimativa de n° de edificações no setor:

Figura 2. Ficha de Setor.

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- atribuição, para cada setor, de um grau de probabilidade de ocorrência de processo de instabilização (escorregamento de encostas e solapamento de margens de córregos), considerando o período de 1 ano, com base nos critérios descritos no Quadro 6.

Quadro 6. Critérios para definição do grau de probabilidade de ocorrência de processos de instabilização do tipo escorregamentos em encostas ocupadas e solapamento de margens de córregos.

Grau de Descrição probabilidade Os condicionantes geológico-geotécnicos predisponentes (declividade, tipo de terreno, etc.) e o nível de intervenção no setor são de baixa potencialidade para o desenvolvimento de processos de escorregamentos e solapamentos. R1 Não há indícios de desenvolvimento de processos de instabilização de encostas e de Baixo a margens de drenagens. Inexistente É a condição menos crítica. Mantidas as condições existentes, não se espera a ocorrência de eventos destrutivos no período de um ciclo chuvoso. Os condicionantes geológico-geotécnicos predisponentes (declividade, tipo de terreno, etc.) e o nível de intervenção no setor são de baixa potencialidade para o desenvolvimento de processos de escorregamentos e solapamentos. R2 Observa-se a presença de alguma(s) evidência(s) de instabilidade (encostas e margens Médio de drenagens), porém incipiente(s). Mantidas as condições existentes, é reduzida a possibilidade de ocorrência de eventos destrutivos durante episódios de chuvas intensas e prolongadas, no período de um ciclo chuvoso. Os condicionantes geológico-geotécnicos predisponentes (declividade, tipo de terreno, etc.) e o nível de intervenção no setor são de alta potencialidade para o desenvolvimento de processos de escorregamentos e solapamentos. R3 Observa-se a presença de significativa(s) evidência(s) de instabilidade (trincas no solo, Alto degraus de abatimento em taludes, etc.). Mantidas as condições existentes, é perfeitamente possível a ocorrência de eventos destrutivos durante episódios de chuvas intensas e prolongadas, no período de um ciclo chuvoso. Os condicionantes geológico-geotécnicos predisponentes (declividade, tipo de terreno, etc.) e o nível de intervenção no setor são de alta potencialidade para o desenvolvimento de processos de escorregamentos e solapamentos. As evidências de instabilidade (trincas no solo, degraus de abatimento em taludes, trincas R4 em moradias ou em muros de contenção, árvores ou postes inclinados, cicatrizes de Muito Alto escorregamento, feições erosivas, proximidade da moradia em relação ao córrego, etc.) são expressivas e estão presentes em grande número e/ou magnitude. É a condição mais crítica. Mantidas as condições existentes, é muito provável a ocorrência de eventos destrutivos durante episódios de chuvas intensas e prolongadas, no período de um ciclo chuvoso.

- estimativa das conseqüências potenciais do processo de instabilização, por meio da avaliação das possíveis formas de desenvolvimento do processo destrutivo atuante (por ex., volumes mobilizados, trajetórias dos detritos, áreas de alcance, etc.), e do número de moradias ameaçadas, em cada setor de risco; - indicação da(s) alternativa(s) de intervenção adequada(s) para cada setor de risco, tendo por referência as tipologias apresentadas no Quadro 7.

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Quadro 7. Tipologia de intervenções voltadas à redução de riscos associados a escorregamentos em encostas ocupadas e a solapamentos de margens de córregos.

TIPO DE INTERVENÇÃO DESCRIÇÃO Serviços de limpeza de entulho, lixo, etc. Remoção de bananeiras. SERVIÇOS DE LIMPEZA Recuperação e/ou limpeza de sistemas de drenagem, esgotos e acessos. E RECUPERAÇÃO Também incluem obras de limpeza de canais de drenagem. Correspondem a serviços manuais e/ou utilizando maquinário de pequeno porte. Implantação de sistema de drenagem superficial (canaletas, rápidos, caixas de transição, escadas d´água, etc.). Implantação de proteção superficial vegetal (gramíneas) ou biomanta em taludes com solo exposto. Implantação de OBRAS DE DRENAGEM E proteção superficial por meio de “argamassa chapada”. Eventual execução de PROTEÇÃO acessos para pedestres, como por ex. calçadas, escadarias, lajes de concreto, SUPERFICIAL integrados ao sistema de drenagem. Proteção vegetal de margens de canais de drenagem. Predomínio de serviços manuais e/ou com maquinário de pequeno porte. Alteração da geometria do terreno por meio da execução de cortes e/ou aterros localizados, visando a obtenção de taludes com ângulos de inclinação RETALUDAMENTO menores. Predomínio de serviços manuais e/ou com maquinário de pequeno porte. DESMONTE DE BLOCOS Desmonte de blocos rochosos e matacões, por meio de serviços manuais, E MATACÕES eventualmente com o uso de explosivo. Execução de sistema de drenagem de subsuperfície (trincheiras drenantes, OBRAS DE DRENAGEM DHP, poços de rebaixamento, etc.). Correspondem a serviços parcial ou DE SUBSUPERFÍCIE totalmente mecanizados. Implantação de estruturas de contenção (localizadas ou não), como muros a ESTRUTURAS DE flexão (em concreto ou alvenaria estrutural), muros de gravidade, como CONTENÇÃO DE gabiões, “bolsacreto”, muro de solo cimento ensacado (“rip-rap”), muros sobre PEQUENO PORTE estacas escavadas. Correspondem a serviços manuais ou parcialmente (h ≤ 3 m) max mecanizados. ESTRUTURAS DE Implantação de estruturas de contenção (localizadas ou não), envolvendo CONTENÇÃO DE MÉDIO muros em concreto a flexão, muros de gravidade (gabiões), chumbadores, solo A GRANDE PORTE grampeado, microestacas e cortinas atirantadas. Poderão envolver serviços (hmax > 3 m) complementares de terraplenagem. Predomínio de serviços mecanizados. Obras lineares de proteção de margens de canais, por meio de obras de OBRAS LINEARES DE gravidade (gabiões, muros de concreto, massa, etc.) ou pré-moldados em PROTEÇÃO DE concreto armado. Correspondem a serviços parcial ou totalmente MARGENS DE CANAIS mecanizados. REMOÇÃO DE As remoções podem ser definitivas ou preventivas e temporárias, por exemplo, MORADIAS para implantação de uma obra.

- estimativa de quantitativos (extensões, áreas e/ou volumes) das intervenções propostas, mensurados diretamente no campo ou obtidos graficamente (com base na escala das fotografias utilizadas), para posterior estimativa de custos das intervenções sugeridas para cada setor de risco alto e muito alto.

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4.2. Resultados do Mapeamento de Risco e Indicação de Alternativas de Intervenções Estruturais

Nas 35 áreas selecionadas para o mapeamento foram delimitados 66 setores de risco, com os seguintes resultados principais:

61 setores estão localizados em encostas e 5 setores em margem de córregos. Nos 66 setores delimitados, foi observado apenas 1 setor (2% do total) com grau de probabilidade MUITO ALTO (Área 13 – Jardim Paraíso I – Setor 3), 20 setores (30%) com grau de probabilidade ALTO, 39 setores (59%) com grau de probabilidade MÉDIO e, finalmente, 6 setores (9%) com probabilidade BAIXA a INEXISTENTE (vide Figura 3). Em termos dos processos perigosos identificados, 52% das situações de risco identificadas estão associadas a escorregamentos, 32% a erosão, 9% a ação direta das águas, 4% a solapamentos e 3% a enchentes / inundação (vide Figura 4). Embora fora do escopo do presente estudo, também foram observados riscos associados a problemas estruturais de moradias e a recalques. Nos 66 setores de risco delimitados, foram identificadas 419 moradias que se encontram ameaçadas, das quais 04 foram indicadas para remoção. Do total de 419 moradias ameaçadas, apenas 4 (1% do total) encontram-se em situação de grau de probabilidade MUITO ALTO, 175 (50% do total) com grau ALTO, 209 (42%) com grau MÉDIO e 31 (7%) com grau BAIXO (vide Figura 5).

1; 2% 6; 9% 20; 30% muito alto alto

médio

baixo 39; 59%

Figura 3. Número de casos e correspondente percentual dos diferentes graus de probabilidade de ocorrência de processos perigosos.

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3; 3% 10; 9% ação direta das águas 35; 32% escorregamento solapamento erosão 4; 4% 59; 52% enchente/inundação

Figura 4. Número e porcentagem de ocorrência dos diferentes processos perigosos associados às situações de risco identificadas.

44;; 1%1% 31;31; 7% 7%

muito alto 175; 42% 173; 41% alto

médio

209;209; 50%51% baixo

Figura 5. Número e porcentagem de moradias ameaçadas, por grau de probabilidade de ocorrência de processo perigoso.

Os casos mais críticos observados em campo, receberam, por parte da equipe técnica, atenção imediata com orientação aos próprios moradores ou responsáveis e indicação de medidas para a Prefeitura, conforme pode ser observado nas fichas de campo. Orientações técnicas para a conclusão de obras de engenharia também foram prestadas durante os trabalhos de campo.

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Quanto às intervenções indicadas para a prevenção de acidentes e controle do risco é importante destacar que foi procurada a aderência entre a função da intervenção e as características dos processos perigosos observados. Assim, para cada setor foi proposta uma tipologia de intervenção específica. No Anexo 3 é apresentado um quadro-síntese reunindo os principais resultados do mapeamento de risco em cada setor identificado.

4.3. Estimativa de Custo das Intervenções Estruturais para Redução de Riscos Conforme descrito, para cada setor de risco identificado foram sugeridas intervenções estruturais para redução de riscos e indicados quantitativos para estas intervenções. Com base nessas informações, foi elaborada uma estimativa de custos das intervenções estruturais recomendadas para todos os setores com grau de probabilidade alto e muito alto. Trata-se de uma estimativa específica para as intervenções estruturais voltadas à estabilidade de taludes e ao controle de processos de solapamento (Anexo 4). Para composição dos custos das intervenções foram adotadas como referências a tipologia de obras apresentada no Quadro 8 e as tabelas de preços unitários da Companhia Urbanizadora de Belo Horizonte (URBEL), do mês de maio de 2005, da Secretaria de Infra Estrutura Urbana da Prefeitura de São Paulo, do mês de julho de 2005 e a Tabela de Custos Sintética – PINI – São Paulo, de novembro de 2005. A planilha apresentada no Quadro 8 engloba os principais itens que compõem as estimativas de custos para as intervenções propostas. Na totalização dos orçamentos individualizados foram incluídos a taxa de Benefício e Despesas Indiretas – BDI (23%), serviços complementares (7%) e projeto básico ou executivo (3%). É necessário ressalvar que estes valores referem-se a uma estimativa geral de custos, com o intuito de nortear ações futuras nos setores de grau de probabilidade alto e muito alto. Apenas após a execução de projetos básicos ou executivos será possível estabelecer o valor exato das obras ou serviços necessários à redução dos riscos identificados. Com base no procedimento descrito foi obtido o custo total estimado de aproximadamente R$ 1.312.356,00 (hum milhão, trezentos e doze mil, trezentos e cinqüenta e seis reais) para a implantação das intervenções sugerias para os riscos identificados nos 66 setores delimitados.

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Quadro 8. Planilha composta pelos principais itens que compõem as estimativas de custos para as intervenções propostas.

PLANILHA DE CUSTOS – PMRR ITEM DESCRIÇÃO UNID. QTDE. PREÇO UNIT (R$)

1 ESCAVAÇÃO MANUAL m3 1 19,00 2 CARGA E REMOÇÃO m3 1 5,00 3 REMOÇÃO (1Km a 17Km) m3 1 14,00 4 ESPALHAMENTO E REMOÇÃO – BOTA-FORA m3 1 2,00 5 ESCAVAÇÃO MECÂNICA m3 1 10,00 6 COMPACTAÇÃO m3 1 14,00 7 ESCAVAÇÃO MANUAL CÓRREGO m3 1 31,00 MURETA EM BLOCO DE CONCRETO CHEIO E = 15cm, H = 60cm – 8 m 1 91,25 FUNDAÇÃO ESTACA BROCA Ø 0,20m e CINTA 0,20 X 0,30m 9 ESCADA DE CONCRETO ARMADO 15 MPA APOIADA NO SOLO m2 1 82,69 10 ESCADA DE ACESSO EM BLOCO CONCRETO CHEIO E = 0,20m m2 1 61,23 11 PISO DE CONCRETO COM TELA SOLDADA m2 1 24,33 12 PASSEIO DE CONCRETO PADRÃO SUDECAP C-PIGMENTO m2 1 17,05 13 PROTEÇÃO DE ENCOSTA COM TELA GRAMEADA E ARGAMASSADA m2 1 40,00 14 MURO EM BLOCO DE CONCRETO SOBRE ESTACA BROCA H = 1,0m m 1 240,0 15 MURO EM BLOCO DE CONCRETO SOBRE TUBULÕES H = 1,4m m 1 355,00 16 MURO EM BLOCO DE CONCRETO SOBRE TUBULÕES H = 1,6m m 1 410,00 17 MURO EM BLOCO DE CONCRETO SOBRE TUBULÕES H = 1,8m m 1 480,00 18 MURO EM BLOCO DE CONCRETO SOBRE TUBULÕES H = 2,0m m 1 525,00 19 MURO EM BLOCO DE CONCRETO SOBRE TUBULÕES H = 2,2m m 1 595,00 20 MURO EM BLOCO DE CONCRETO SOBRE TUBULÕES H = 2,4m m 1 650,00 21 MURO EM BLOCO DE CONCRETO SOBRE TUBULÕES H = 2,6m m 1 770,00 22 MURO EM BLOCO DE CONCRETO SOBRE TUBULÕES H = 2,8m m 1 860,00 23 MURO EM BLOCO DE CONCRETO SOBRE TUBULÕES H = 3,0m m 1 970,00 24 MURO EM BLOCO DE CONCRETO SOBRE TUBULÕES H > 3,0m m 1 1.500,00 25 SOLO GRAMPEADO m2 1 1.100,00 26 ESGOTO LINEAR m 1 11,00 27 ESGOTO ÁREA m2 1 3,00 28 CANALETA PRÉ-MOLDADA (MEIA CANA) m 1 22,00 29 LAJE (Máx 5,0m X 10,0m) - 1 2.000,00 30 GRAMA EM PLACA m2 1 5,00 31 GABIÃO MANTA (0,23m) m3 1 202,00 32 GABIÃO CAIXA (1,0m X 1,0m) m2 1 150,00 33 CANAL H = 2,0m m 1 1.700,00 34 CANAL H = 3,0m m 1 3.100,00 35 MURO GABIÃO H = 2,0m (sem proteção superficial) m 1 800,00 36 MURO GABIÃO H = 2,0m (com proteção superficial) m 1 900,00 37 MURO GABIÃO H = 3,0m (sem proteção superficial) m 1 1.700,00 38 MURO GABIÃO H = 3,0m (com proteção superficial) m 1 1.800,00 39 MURO GABIÃO H = 4,0m (sem proteção superficial) m 1 2.700,00 40 MURO GABIÃO H = 4,0m (com proteção superficial) m 1 2.800,00 41 ESCADA D`ÁGUA (até 15,0m) - 1 2.000,00 42 SERVIÇO DE LIMPEZA m3 1 52,00 CONCRETO PROJETADO E = 0,06 + TELA (10,0m X 10,0m – Q138 – 2 43 2 m 1 90,00 PESO 2,2Kg/m ) + VERGALHÕES 44 Bolsacreto com concreto 7,5 Mpa com manta geotextil m3 1 230,00

Obs1: em “canal” considera-se a composição de preços para: gabião caixa e colchão, areia, bidin, escavação e aterro. Obs2: em “esgoto” considera-se a composição de preços para: PVC (4´´), escavação por metro linear e aterro.

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4.4. Análise das Ações e Políticas Públicas Relacionadas às Áreas Estudadas e Legislação Urbanística de Interesse

Para a obtenção de informações referentes a políticas públicas e temas associados foram realizadas entrevistas com Flávia Ribeiro, assistente social da Divisão de Habitação da Secretaria Municipal de Obras, e com Marcelo Rodrigues da Motta, arquiteto chefe do Departamento de Planejamento da Secretaria Municipal de Planejamento, nos dias 6 e 10 de abril de 2006, respectivamente.

Foram também utilizados como referência os trabalhos Relatório Final do Mapeamento e Hierarquização de Assentamentos Subnormais do Município (Itapecerica da Serra, 2006) e Diagnóstico Síntese da Caracterização da Situação Habitacional, primeiro produto da Política e Conselho Municipal de Habitação de Itapecerica da Serra, no escopo do Subprograma de Desenvolvimento Institucional (DI), do Programa Habitar Brasil–BID.

A análise executada permitiu observar que, dentre os assentamentos precários existentes no Município de Itapecerica da Serra, a maioria está contemplada no presente mapeamento de risco (listagem das 35 áreas selecionadas – vide Quadro 3), sendo que apenas o Parque Paraíso e o Jardim Branca Flor já foram objeto de intervenções pela Municipalidade.

No Parque Paraíso – Guatemala (Área 33), foi executada a canalização de córrego e, em um terreno próximo ao Núcleo Formosa, na área do assentamento, foram construídas aproximadamente 40 unidades habitacionais horizontais. Outras famílias moradoras de áreas de risco foram transferidas para o município de Embu, em conjunto habitacional construído pela Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU), no âmbito do Programa de Saneamento Ambiental da Bacia do Guarapiranga. Após esta intervenção, houve pavimentação de ruas e vielas e implantação de rede de esgotos no núcleo, garantindo a consolidação de parte do assentamento. Contudo, não houve ainda regularização fundiária e atualmente vem ocorrendo novo processo de adensamento da ocupação.

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No Jardim Branca Flor está sendo implantado projeto financiado pelo Programa Habitar Brasil-BID, que consiste na urbanização de área remanescente e remanejamento total envolvendo 417 famílias do assentamento Cerro Largo, com a construção de 479 unidades habitacionais. A última etapa deste projeto tem previsão de entrega ainda em maio de 2006.

A Municipalidade vem planejando, também, novas intervenções nas seguintes áreas: Jardim Paraíso I e II (Áreas 13 e 14, respectivamente), Jardim Santa Amélia (Área 21), Jardim do Carmo (Área 6), Jardim Itapecerica (Área 8), Jardim Jacira (Área 9), Vila Geni (Área 35), Jardim Sonia Maria e Jardim Sampaio I, II e III (Áreas 17, 18 e 19, respectivamente).

Para o Jardim Paraíso e Jardim Santa Amélia já estão assegurados, mas dependendo de liberação, recursos do Orçamento Geral da União (OGU) destinados à infra-estrutura de saneamento, envolvendo 84 famílias e da Resolução N° 460 do Conselho Curador do Fundo de Garantida do Tempo de Serviço (FGTS), objetivando a construção de unidades1 em outra área, com projeto da Caixa Econômica Federal (CEF), para famílias a serem removidas de área ciliar ocupada (Jardim Paraíso II, Área 14).

Para os núcleos Jardim do Carmo, Jardim Itapecerica I, II e III e Vila Geni I e II está prevista a remoção total das famílias para projetos a serem implantados em outras áreas.

Para os assentamentos Jardim Jacira I a IV e Jardim Sonia Maria I e II está prevista remoção parcial dos moradores, também com projetos a serem implantados em outras áreas, além da consolidação de parte das ocupações, com projetos de urbanização.

Para o Jardim Sampaio, loteamento implantado anteriormente à Lei de Proteção aos Mananciais e que não contava com regularização dos lotes, vem sendo planejado projeto de regularização fundiária, com recursos do orçamento municipal, que depende da análise da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e do Ministério Público Estadual.

Deve-se destacar, ainda, a implementação, no âmbito da Divisão de Habitação, do Programa de Congelamento de Áreas de Risco, iniciado anteriormente a 2002, segundo informações prestadas pela Divisão de Habitação, que consiste no cadastramento e

1 Destas unidades, 44 destinam-se a famílias que residem na Viela Mário Cardoso (Jardim Paraíso II, Área 14) e as restantes para a área de risco do Jardim Santa Amélia (Área 21).

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selagem das unidades habitacionais em situação de risco, com vistas a impedir novas ocupações.

O Quadro 9 apresenta uma síntese das ações e programas habitacionais desenvolvidos pela Prefeitura Municipal de Itapecerica da Serra que envolvem as áreas supra mencionadas.

Quadro 9. Síntese das intervenções realizadas pela Prefeitura Municipal de Itapecerica da Serra em assentamentos subnormais.

Núcleo Situação atual do Forma de Intervenção Fonte dos recursos Habitacional projeto Urbanização de área remanescente e remanejamento Programa Guarapiranga (CDHU) e Parque Paraíso Concluído parcial de famílias para unidades Orçamento Municipal habitacionais em novo núcleo Urbanização de área remanescente e remanejamento Jardim Branca Flor Habitar Brasil-BID Em fase final total de famílias para unidades habitacionais em novo núcleo Urbanização de área Aguardando remanescente e remanejamento OGU e da Resolução N° 460 do Jardim Paraíso II liberação dos parcial de famílias para unidades FGTS recursos habitacionais em novo núcleo Aguardando Jardim Santa Remoção total para unidades Resolução N° 460 do FGTS liberação dos Amélia habitacionais em novo núcleo recursos Programa de Urbanização Remoção total para unidades Regularização e Integração de Em fase de Carta Jardim do Carmo habitacionais em novo núcleo Assentamentos Precários Consulta (Mcidades/OGU) Jardim Itapecerica Remoção total para unidades Em fase inicial de Indefinido I, II e III habitacionais em novo núcleo elaboração Urbanização de área Programa de Urbanização, remanescente e remanejamento Regularização e Integração de Em fase de Carta Jardim Jacira I e II parcial para unidades Assentamentos Precários Consulta habitacionais em novo núcleo (Mcidades/OGU) Urbanização de área Jardim Jacira III e remanescente e remanejamento Em fase inicial de Indefinido IV parcial de famílias para unidades elaboração habitacionais em novo núcleo Remoção total para unidades Em fase inicial de Vila Geni I e II Indefinido habitacionais em novo núcleo elaboração Urbanização de área Jardim Sonia Maria remanescente e remanejamento Em fase inicial de Indefinido I parcial de famílias para unidades elaboração habitacionais em novo núcleo Urbanização de área Programa de Urbanização, Jardim Sonia Maria remanescente e remanejamento Regularização e Integração de Em fase de Carta II parcial para unidades Assentamentos Precários Consulta habitacionais em novo núcleo (Mcidades/OGU) Em análise pela Jardim Sampaio Regularização fundiária Orçamento Municipal SEMA e MP Estadual Fonte: Divisão de Habitação da Secretaria Municipal de Obras de Itapecerica da Serra.

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Com referência ao marco legal que orienta as intervenções em fase de planejamento e aquelas a serem planejadas (Anexo 5), verifica-se uma série de possibilidades de atuação, abertas, sobretudo, a partir da sanção do Estatuto da Cidade (Lei Federal N° 10.257, de 10 de julho de 2001) e da Medida Provisória N° 2.220, de 4 de setembro de 2001. Igualmente importante neste sentido é a Lei Estadual Nº. 12.233, de 16 de janeiro de 2006, que define a Área de Proteção e Recuperação dos Mananciais da Bacia Hidrográfica do Guarapiranga, revogando a Lei Nº. 898, de 18 de dezembro de 1975 (que disciplinou o uso do solo para a proteção dos mananciais da Região Metropolitana de São Paulo) e a Lei Nº. 1.172, de 17 de novembro de 1976 (que delimitou as Áreas de Proteção dos Mananciais da Região Metropolitana de São Paulo), com exceção do disposto no inciso II do artigo 2º deste último diploma legal. O Estatuto da Cidade criou uma série de instrumentos de política urbana, baseados no conceito de função social da cidade e da propriedade imobiliária urbana, estabelecidos nos artigos 182 e 183 da Constituição Federal. O Estatuto tem como princípio a importância da participação ativa da sociedade no processo de planejamento das cidades e prevê a criação, em nível municipal, de instâncias de gestão democrática como fóruns ou conselhos de política urbana, audiências e consultas públicas, debates e conferências. O Plano Diretor, segundo o artigo 4° do Estatuto da Cidade, é um dos instrumentos básicos da política de desenvolvimento e expansão urbana do município, que deve definir diretrizes de planejamento territorial e condições para que seja cumprida a função social da propriedade. No Plano Diretor, conforme artigos 39 a 42 do Estatuto da Cidade, devem ser regulamentados os instrumentos previstos nos artigos 5° a 38.

Os Incisos II e V do artigo 41 do Estatuto da Cidade tornam obrigatória a elaboração do Plano Diretor, nos termos previstos por esta lei em cidades integrantes de regiões metropolitanas e aglomerações urbanas e inseridas na área de influência de empreendimentos ou atividades com significativo impacto ambiental de âmbito regional ou nacional. Desta forma, Itapecerica da Serra deve contar com um Plano Diretor que obedeça ao estabelecido pelo Estatuto da Cidade.

O Plano Diretor de Itapecerica, previsto no artigo 81 da Lei Orgânica do Município de Itapecerica da Serra e criado pela Lei Nº. 1.238, de 29 de maio de 2001, foi elaborado anteriormente ao Estatuto da Cidade, não contendo, por isso, uma série de elementos dos quais este Município poderia beneficiar-se no equacionamento da questão habitacional de interesse social. Ainda que o Plano Diretor em vigência mencione, em vários artigos,

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direitos, diretrizes, programas e metas atinentes à questão da habitação de interesse social, por seu caráter quase que inteiramente não auto-aplicável, limita-se a um documento de intenções. O Plano Diretor não é um marco orientador efetivo das ações governamentais na área de habitação, pois não define critérios claros de implementação desta política, de forma a acompanhar a dinâmica urbana do Município. Ao contrário, o Plano apresenta uma série de dificuldades para a implantação da política habitacional, dentre as quais se destaca a fixação de parâmetros urbanísticos que se transformaram em obstáculos à regularização fundiária ou à aprovação de projetos habitacionais de interesse social.

Conforme o Relatório Final do Mapeamento e Hierarquização de Assentamentos Subnormais do Município:

O Plano Diretor prevê, em situações excepcionais, lotes de até 125 m2, desde que existentes antes da fotogrametria realizada no município em dezembro de 2002, e desde que voltado a Habitação de Interesse Social. Em geral, a legislação só torna legalmente acessível, lotes para as classes sociais de maior renda. A legislação limita também a densidade de habitações por hectare, o que também obriga à clandestinidade as habitações para a população de baixa renda. A implantação de conjuntos habitacionais populares também tem sido inviabilizada pela dificuldade na legislação e pelos custos para enquadramento.

Dentre os instrumentos de política urbana previstos no Estatuto da Cidade, e que o atual Plano Diretor não contém, estão aqueles previstos nos artigos 5° a 8° da lei federal, com o objetivo de permitir a criação de um estoque de terras para o desenvolvimento da política municipal de habitação de interesse social. Portanto, considera-se importante que seja feita uma revisão ou nova redação do Plano Diretor, que contenha a definição do aproveitamento mínimo para cada área e delimitação daquelas cujo aproveitamento esteja aquém daquele determinado.

Outro instrumento previsto, conforme artigos 9° a 14 do Estatuto da Cidade, é a usucapião especial de imóvel urbano, pela qual o cidadão que ocupar área ou edificação urbana de até 250 m2 para sua moradia ou de sua família, por 5 anos consecutivos, sem que o proprietário apresente oposição, terá garantido o direito à posse, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural. Neste caso, os beneficiários deverão se organizar e a Prefeitura poderá proceder à urbanização dessas áreas.

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A Prefeitura pode obter, ainda, o direito de preferência na compra de imóvel urbano, denominado Direito de Preempção e regulamentado pelos artigos 25 a 27 do Estatuto da Cidade. Este dispositivo poderá ser usado para regularização fundiária, execução de projetos habitacionais de interesse social, constituição de reserva fundiária, ordenamento da expansão urbana, implantação de equipamentos comunitários ou criação de espaços de lazer e áreas verdes nos assentamentos.

Conforme estabelecido nos artigos 28 a 31 do Estatuto da Cidade, o Município deve delimitar no Plano Diretor as áreas onde poderá haver maior adensamento populacional com o aumento da área construída e conceder o direito de construir acima do coeficiente de aproveitamento básico fixado. O excedente de área a ser construída será cobrado nas condições estabelecidas em lei municipal específica e os recursos obtidos com a aplicação deste instrumento poderão ser revertidos em beneficio da população de baixa renda.

O Estatuto da Cidade estabelece, também, nos artigos 32 a 34, critérios para implementação das Operações Urbanas Consorciadas, que são um conjunto de intervenções coordenadas pelo Poder Público municipal, com a participação de proprietários, moradores, usuários permanentes e investidores privados, com o objetivo de promover transformações significativas em determinada área, como modificação de características de parcelamento, das normas de uso e ocupação do solo, das leis edilícias, ou regularização de edificações.

Em seu artigo 35, o Estatuto da Cidade disciplina a Transferência do Direito de Construir, que pode permitir ao proprietário de imóvel urbano transferir este direito para outro terreno, ou a venda do potencial construtivo ao qual teve direito garantido no Plano Diretor, quando o imóvel for necessário para programas de regularização fundiária e urbanização de assentamentos de baixa renda.

Por sua vez, a Medida Provisória (MP) N° 2.220, de 2001, que trata da Concessão de Uso Especial, oferece mais um instrumento ao Município, para a regularização e urbanização de assentamentos subnormais em áreas públicas. Esta MP estabelece critérios para que aqueles que, até 30 de junho de 2001, possuíssem “como seu, por cinco anos, ininterruptamente e sem oposição, até duzentos e cinqüenta metros quadrados de imóvel público situado em área urbana, utilizando-o para sua moradia ou de sua família”, tenham o direito à concessão de uso especial para fins de moradia em

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relação ao bem objeto da posse, desde que não seja proprietário ou concessionário, a qualquer título, de outro imóvel urbano ou rural.

No âmbito da legislação municipal de Itapecerica da Serra, destaca-se a Lei Orgânica que em seu artigo 81 define que a política municipal de desenvolvimento urbano será executada pelo poder público municipal, “conforme diretrizes gerais, fixadas em lei”.

O parágrafo 1° deste artigo estabelece que o Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado, “aprovado pela Câmara Municipal é o instrumento básico da política de desenvolvimento e de expansão urbana”. O parágrafo 2° estabelece que a “propriedade urbana cumpre a sua função social quando atende às exigências fundamentais de ordenação da cidade, expressas no plano diretor”. O artigo 82 cria o Fundo Municipal de Moradia Popular, com recursos municipais, “para atender ao programa habitacional popular, sendo sua regulamentação estabelecida por lei complementar”.

Este fundo ainda não foi criado, mas é importante que esta providência seja tomada, no âmbito de um Sistema Municipal de Habitação, composto também por um Conselho Municipal de Habitação2 e de Legislação específica para Habitação de Interesse Social (HIS). Neste sentido, é importante que o Conselho seja o órgão definidor da política para HIS, fiscalizando a gestão do fundo. Além desses aspectos, é importante que o fundo possa receber transferências de recursos de outras fontes e esferas governamentais.

O Plano Diretor (Lei N° 1.238 de 29 de maio de 2001) criou instrumentos para a implementação da política habitacional, cuja implementação e regulamentação vêm encontrando dificuldades. A Seção III, do Capítulo VI do Plano dispõe sobre a Política de Habitação Popular, criando instrumentos de intervenção nos assentamentos subnormais, sem auto-aplicabilidade. Dentre estes instrumentos destacam-se:

• Lei Complementar de Regulação Urbanística, disciplinada pelo artigo 79 do Plano Diretor que, segundo informações obtidas junto ao Departamento de Planejamento, chegou a ser encaminhada ao Legislativo, mas foi retirada e encontra-se em fase de revisão, devendo incorporar os instrumentos de política urbana do Estatuto da Cidade;

2 Conforme informações obtidas junto à Divisão de Habitação, o Conselho Municipal de Habitação integra o Conselho Municipal de Planejamento, mas encontra-se atualmente inativo.

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• Programa de Regularização dos Assentamentos Urbanos, criado pelo artigo 109, que prevê implantação de sistema adequado de captação e destinação de esgotos, preferencialmente tratados, para fora da Sub-bacia do Guarapiranga. Segundo o parágrafo único deste artigo, para a regularização urbanística e jurídica poderão ser aplicados diferentes regimes de uso e propriedade do imóvel;

• Programas criados pelo artigo 137 do Plano Diretor, assistência à auto construção em lotes próprios para a construção e de assistência financeira à aquisição de lotes regulares, que ainda não foram regulamentados;

• Zonas Especiais de Interesse Social (ZEIS), criadas pelo artigo 87 do Plano Diretor, que possuem um alcance extremamente limitado e uma regulamentação incompleta e confusa;

• Conselho Municipal de Planejamento previsto pelo artigo 142.

Dentre estes instrumentos, observa-se que as ZEIS, previstas no artigo 4° do Estatuto da Cidade, no conjunto dos institutos jurídicos e políticos, nos municípios onde estão regulamentadas de forma mais efetiva, vêm se constituindo em valioso instrumento de implementação da política habitacional. No caso de Itapecerica da Serra, o Plano Diretor estabeleceu um vínculo entre as ZEIS do tipo 2 (ZEIS 2), áreas destinadas a habitação popular, e as Zonas de Interesse Coletivo (ZIC), que remete a uma regulamentação nos Planos Diretores de Bairro3. No artigo 136 são consideradas as ZEIS dos tipos 1 e 2 como parte das diretrizes da política habitacional, sendo as do tipo 1 relativas a reurbanização de assentamentos e as do tipo 2, para novos projetos, podendo ou não serem vinculadas a Zonas de Interesse Coletivo (ZIC). O parágrafo 4°, do artigo 138 do Plano Diretor, estabelece uma preferência para projetos de conjuntos habitacionais em ZEIS 2 ou ZIC do tipo condomínio, com lotes mínimos de 80 m².

Não existe de fato uma delimitação das ZEIS dada pelo Plano Diretor ou por lei específica, o que exige que para cada intervenção seja aprovada uma lei de ZEIS específica, como no caso do Branca Flor, fator que se constitui em relevante entrave à implementação da política habitacional.

3 O projeto para o Jardim Branca Flor foi implementado com base na criação de uma ZEIS específica inserida no respectivo Plano de Bairro, o único já implementado, dentre os previstos pelo Plano Diretor, para as quinze Unidades Territoriais de Planejamento (UTP), conforme artigo 159. .

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Desta forma, considera-se fundamental a regulamentação dos instrumentos de política urbana mencionados, em Itapecerica da Serra, com ênfase especial para as ZEIS, cumprindo os dispositivos dados pelas Resoluções N° 25, de 18 de março de 2005, e Nº 34, de 1° de Julho de 2005, do Conselho das Cidades, que definem critérios para elaboração de planos diretores.

Para a implementação da política habitacional, deve ser considerada, também a Lei Federal N° 6.766, de 19 de dezembro de 1979, com as alterações impostas pela Lei Federal N° 9.785, de 29 de janeiro de 1999. As alterações nesta matéria, que dispõe sobre os critérios para parcelamento do solo e sobre o registro público dos parcelamentos, vieram no sentido de reconhecer a necessidade de intervenção em assentamentos subnormais. Contudo, as alterações de 1999 ainda não removeram totalmente os entraves da Lei N° 6.766, fato que motivou a elaboração de projeto de lei que atualmente encontra-se em discussão no Congresso Nacional. De qualquer maneira, o parágrafo 5° do artigo 2° da referida lei estabelece as exigências mínimas para implantação de infra-estrutura em parcelamentos situados em zonas habitacionais declaradas por lei como de interesse social (ZHIS). Portanto, a terminologia utilizada neste instrumento é distinta do Estatuto da Cidade, que denomina estas zonas como ZEIS. O parágrafo 5°, do artigo 40 e o artigo 41 desta lei apresentam critérios para regularização fundiária, conferindo maior importância às disposições estabelecidas no Plano Diretor. Por sua vez, o artigo 53 da lei de parcelamentos considera

de interesse público os parcelamentos vinculados a planos ou programas habitacionais de iniciativa das Prefeituras Municipais e do Distrito Federal, ou entidades autorizadas por lei, em especial as regularizações de parcelamentos e de assentamentos

Em seu parágrafo único, neste mesmo dispositivo fica dispensada, para estes planos e programas, a apresentação de documentação

que não seja a mínima necessária e indispensável aos registros no cartório competente, inclusive sob a forma de certidões, vedadas as exigências e as sanções pertinentes aos particulares, especialmente aquelas que visem garantir a realização de obras e serviços, ou que visem prevenir questões de domínio de glebas que se presumirão asseguradas pelo Poder Público respectivo.

Portanto, a Lei N° 6.766 apresentou alguns avanços que concorrem para a implementação da política habitacional de interesse social dos municípios. Da mesma

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forma, a Lei Federal N° 10.931, de 2 de agosto de 2004, que trata de incorporações imobiliárias, em seu artigo 59 altera os parágrafos 11 e 15, do artigo 213, da Lei Federal N° 6.015, de 31 de dezembro de 1973, que trata dos Registros Públicos, respectivamente, dispensando de retificação, em casos em que não haja alteração das medidas perimetrais, os lotes que já estiverem cadastrados individualmente ou com lançamento fiscal há mais de vinte anos, referentes a projetos de regularização fundiária de interesse social realizados em ZEIS, pelo Poder Público municipal, nos termos do Estatuto da Cidade, e exime de custas e emolumentos notariais os registros referentes a estes projetos.

No âmbito da legislação estadual, o maior entrave à regularização fundiária de assentamentos subnormais em Itapecerica da Serra é o artigo 180 da Constituição Estadual, que estabelece “diretrizes e normas relativas ao desenvolvimento urbano” e em seu inciso VII veda “em qualquer hipótese” a alteração de “destinação, fim e objetivos originariamente estabelecidos” para “áreas definidas em projeto de loteamento como áreas verdes ou institucionais”. Este dispositivo impede a desafetação de áreas públicas da classe dos bens comuns do povo, para outra finalidade. Como grande parte dos assentamentos neste município decorre de ocupações nestas áreas, este dispositivo acaba implicando na remoção total de famílias para outras áreas, num quadro de absoluta escassez de terrenos próprios para novos assentamentos.

Destaca-se, também, a recente sanção da Lei Estadual Nº. 12.233, de 16 de janeiro de 2006, que define a Área de Proteção e Recuperação dos Mananciais da Bacia Hidrográfica do Guarapiranga, que ainda não foi inteiramente regulamentada. No que diz respeito à questão habitacional, esta lei traz alguns avanços com relação às já mencionadas leis Nº. 898, de 18 de dezembro de 1975, e Nº. 1.172, de 17 de novembro de 1976.

Em seu artigo 13, a Lei Nº. 12.233 de 2006, cria Áreas de Ocupação Dirigida, de interesse para a consolidação ou implantação de usos urbanos ou rurais, desde que atendidos requisitos que assegurem a manutenção das condições ambientais necessárias à produção de água em quantidade e qualidade para o abastecimento público. Dentre estas áreas, destaca-se a Subárea de Urbanização Consolidada (SUC) e a Subárea de Urbanização Controlada (SUCt).

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Conforme o artigo 18 desta Lei, as SUC são aquelas áreas urbanizadas onde já existe ou deve ser implantado sistema público de saneamento ambiental e nelas, para a implantação de assentamentos habitacionais de interesse social, adotar-se-ão as disposições previstas no Estatuto da Cidade, sem prejuízo das funções ambientais da área de intervenção.

Conforme o artigo 19, as SUCt são aquelas áreas em processo de urbanização, cuja ocupação deverá ser planejada e controlada, devendo ser garantida a implantação de infra-estrutura de saneamento, igualmente sendo previstas as disposições do Estatuto da Cidade, para a implantação de assentamentos habitacionais de interesse social, sem prejuízo das funções ambientais da área de intervenção.

A Lei Nº. 12.233, de 2006, em seu artigo 40, disciplina, também, as Áreas de Recuperação Ambiental (ARA) que consistem nas “ocorrências localizadas de usos ou ocupações que estejam comprometendo a quantidade e a qualidade das águas, exigindo intervenções urgentes de caráter corretivo”. As ARAs do tipo 1 (ARA 1) são “ocorrências de assentamentos habitacionais de interesse social, desprovidos de infra-estrutura de saneamento ambiental, onde o Poder Público deverá promover programas de recuperação urbana e ambiental”. Estas áreas deverão ser objeto de Programas de Recuperação de Interesse Social (PRIS), que serão elaborados pelo Poder Público, em parceria com agentes privados quando houver interesse público. Os PRIS deverão contemplar projetos e ações necessários para reduzir o aporte de cargas poluidoras, mediante implantação de sistema de coleta e tratamento ou exportação de esgotos.

O artigo 44 desta Lei estabelece ainda que a regularização fundiária e urbanística da ARA 1 “poderá ser efetivada de acordo com a legislação municipal específica para habitações de interesse social”. O parágrafo 2° deste artigo estabelece que serão regularizáveis

os assentamentos habitacionais de interesse social, enquadrados como ARA 1 e implantados até a data desta lei, devidamente comprovados por levantamentos aerofotogramétricos e/ou imagens de satélites, sendo tais assentamentos necessariamente objeto de Programas de Recuperação de Interesse Social – PRIS.

Em seu artigo 65, a Lei Nº. 12.233, de 2006, estabelece, ainda, que a regularização dos parcelamentos do solo, de empreendimentos, de edificações e de atividades fica

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condicionada à implantação de infra-estrutura de saneamento ambiental, nos termos do Capítulo VI desta lei, garantida:

I – a comprovação da efetiva ligação do imóvel à rede pública de esgoto sanitário onde esta for exigida; II – a compensação dos parâmetros urbanísticos básicos exigidos nesta lei, ou na legislação municipal compatível, nas situações em que eles não estiverem atendidos, excetuadas as ações compreendidas nos Programas de Recuperação de Interesse Social –PRIS.

Contudo, o artigo 66 da Lei, que regulamenta os procedimentos para a regularização do uso e ocupação do solo, mediante compensação de natureza urbanística, sanitária ou ambiental, estabelece que esta compensação não se aplique às ARA 1 que sejam objeto de PRIS.

Portanto, esta lei, quando for regulamentada4, removerá uma série de obstáculos à regularização fundiária ou à implantação de projetos habitacionais de interesse social existentes na legislação anterior, criando novas possibilidades de intervenção da Municipalidade, nos assentamentos subnormais.

Nesta mesma linha, concorre a também recentemente promulgada Resolução N° 369, de 28 de março de 2006, do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), que define os casos excepcionais em que o órgão ambiental pode autorizar a intervenção ou supressão de vegetação em Área de Preservação Permanente (APP) para a implantação de obras, planos, atividades ou projetos de utilidade pública ou interesse social, dentre outras intervenções.

O artigo 2° da Resolução define como interesse social a “regularização fundiária sustentável de área urbana” e, em seu artigo 9°, a Resolução estabelece que a intervenção ou supressão de vegetação em APP para regularização fundiária sustentável de área urbana poderá ser autorizada pelo órgão ambiental competente, observado o disposto nas disposições gerais desta Resolução, além dos seguintes requisitos e condições:

I – ocupações de baixa renda predominantemente residenciais; II – ocupações localizadas em área urbana declarada como Zona Especial de Interesse Social (ZEIS) no Plano Diretor ou outra legislação municipal;

4 As áreas estabelecidas pela Lei Nº. 12.233 de 2006 ainda não foram delimitadas, o que é essencial para sua aplicabilidade.

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III – ocupação inserida em área urbana que atenda aos seguintes critérios: a) possuir no mínimo três dos seguintes itens de infra-estrutura urbana implantada: malha viária, captação de águas pluviais, esgotamento sanitário, coleta de resíduos sólidos, rede de abastecimento de água, rede de distribuição de energia; b) apresentar densidade demográfica superior a cinqüenta habitantes por hectare IV – localização exclusivamente nas seguintes faixas de APP: a) nas margens de cursos de água, e entorno de lagos, lagoas e reservatórios artificiais, conforme incisos I e III, alínea “a”, do art. 3° da Resolução CONAMA N° 303, de 2002, e no inciso I do art. 3° da Resolução CONAMA N° 302, de 2002, devendo ser respeitada faixas mínimas de 15 metros para cursos de água de até 50 metros de largura e faixas mínimas de 50 metros para os demais; b) em topo de morro e montanhas conforme inciso V, do art. 3°, da Resolução CONAMA N° 303, de 2002, desde que respeitadas as áreas de recarga de aqüíferos, devidamente identificadas como tal por ato do poder público; c) em restingas, conforme alínea “a” do IX, do art. 3° da Resolução CONAMA N° 303, de 2002, respeitada uma faixa de 150 metros a partir da linha de preamar máxima; V – ocupações consolidadas, até 10 de julho de 2001, conforme definido na Lei N° 10.257, de 10 de julho de 2001 e Medida Provisória N° 2.220, de 4 de setembro de 2001.

Desta forma, observa-se que atualmente as alternativas de implementação de uma política municipal de habitação de interesse social estão amparadas por um arcabouço jurídico capaz de oferecer múltiplas oportunidades de enfrentamento dos desafios que o processo de segregação espacial da Região Metropolitana de São Paulo impõe.

4.5. Levantamento de Possíveis Fontes de Recursos

Visando complementar o quadro de instrumentos atualmente disponíveis para a política habitacional municipal, apresentam-se aqui algumas alternativas de financiamento de programas e projetos, de natureza diversa, existentes nas esferas federal e estadual, que poderão ser utilizados para a gestão dos riscos identificados e que ainda não possuem alternativa de intervenção definida.

No âmbito federal, destacam-se os seguintes programas:

I. Habitação de Interesse Social e Urbanização, Regularização e Integração de Assentamentos Precários, com recursos do Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social (FNHIS), OGU. Tem como objetivo a produção de moradias, a melhoria

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habitacional, a produção de lotes urbanizados, a urbanização de áreas e a requalificação urbana. Destina-se a famílias com renda familiar mensal até 3 salários mínimos. O contrato de repasse das propostas selecionadas é celebrado por intermédio da Caixa Econômica Federal, após encaminhamento e análise das propostas dos municípios.

II. Programa de Subsídio à Habitação de Interesse Social (PSH), com recursos do OGU. Tem como objetivo a produção ou aquisição de unidade habitacional, subsidiando a administração e manutenção do financiamento. Destina-se a famílias com renda familiar mensal até R$ 900,00. A Secretaria Nacional de Habitação (SNH) do Ministério das Cidades (Mcidades) e a Secretaria do Tesouro Nacional (STN) ofertam, sob forma de leilão, os créditos habitacionais. As instituições financeiras habilitadas no leilão recebem os recursos da União para complementação dos financiamentos concedidos a pessoas físicas para aquisição de unidades habitacionais. Os municípios participam do PSH apresentando suas propostas às instituições financeiras habilitadas, aportando recursos, bens ou serviços e selecionando as famílias beneficiárias.

III. Resolução N° 460 do Conselho Curador do FGTS, já utilizada em Itapecerica da Serra, no projeto elaborado para o Jardim Santa Amélia. É um modelo de concessão de subsidio dirigido aos financiamentos a pessoas físicas com renda familiar mensal de até 5 salários mínimos. As melhores condições de subsídio ocorrem nas operações realizadas de forma coletiva, em parceria, considerando-se, também, a diversidade dos custos de produção e aquisição de imóveis, o porte e localização dos municípios. Para municípios situados na RMSP, o subsídio pode alcançar até cerca de R$ 12.000,00 (doze mil reais).

IV. Programa Carta de Crédito Individual e Associativo, com recursos do FGTS. Tem como objetivo aquisição, construção, conclusão, ampliação, reforma e melhoria de unidade habitacional, e aquisição de cesta básica de material de construção, para imóveis novos e usados, e produção de lotes urbanizados. Destina-se a famílias com renda mensal de até R$ 2 mil (todas as modalidades) e até R$ 4,5 mil (excluindo material de construção e imóvel usado). O financiamento a pessoas físicas é concedido individualmente ou organizadas por associações, condomínios, cooperativas, sindicatos, entidades privadas ou COHABs. Os municípios podem participar do Programa Carta de Crédito, organizando a demanda, complementando os recursos e oferecendo assistência técnica e jurídica.

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V. Programa Pró-Moradia, com recursos do FGTS. Tem como objetivo financiar ao setor público para a produção de moradias, lotes urbanizados e urbanização de assentamentos precários, e ainda no desenvolvimento institucional dos governos locais. Destina-se a famílias de baixa renda, em média com renda de 3 salários-mínimos. Os municípios encaminham ao agente financeiro carta-consulta e documentos que permitam verificar o atendimento de formalização de pedidos de contratação de operações de crédito estabelecidos pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN) do Ministério da Fazenda. Após a análise de capacidade de pagamento do proponente, indicando o seu limite de crédito, o Agente Financeiro encaminha a proposta à Secretaria Nacional de Habitação (SNH) do Mcidades que realizará o processo de enquadramento, hierarquização e seleção.

VI. Programa de Arrendamento Residencial (PAR), com recursos do Fundo de Arrendamento Residencial (FAR). Tem como objetivo a construção, recuperação ou reforma de empreendimentos destinados ao arrendamento, com exercício da opção de compra ao final do prazo contratado. Destina-se a famílias com renda mensal de até 6 salários mínimos, inclusive nos municípios integrantes das regiões metropolitanas. A CEF é responsável pela alocação dos recursos e contratação das empresas de Construção Civil que produzem ou recuperam os empreendimentos nas áreas contempladas pelo Programa. Os municípios atuam na promoção de ações facilitadoras à implantação dos projetos.

VII. Programa Crédito Solidário, com recursos do Fundo de Desenvolvimento Social (FDS). Tem como objetivo financiar a aquisição de terreno e construção, e de material de construção para construção em terreno próprio, ou conclusão, ampliação e reforma de unidades habitacionais. Destina-se a famílias, organizadas em associações ou cooperativas, com renda bruta mensal de até 5 salários mínimos, residentes em áreas urbanas ou rurais. Este Programa é operado com recursos do FDS, sendo a contrapartida mínima do mutuário de 5% do valor do investimento habitacional, que poderá ser integralizada com recursos próprios, com itens do investimento não financiados com recursos do FDS. Podem ser inseridos no Programa recursos financeiros e também bens e serviços que agreguem valor ao investimento provenientes de estados e municípios.

VIII. Programa Habitar Brasil-BID (HBB), utilizado em Itapecerica da Serra no projeto elaborado para o Jardim Branca Flor. Possui recursos do OGU, provenientes de Acordo

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de Empréstimo com o BID. Tem como objetivo executar ações integradas de habitação, saneamento e infra-estrutura urbana, bem como de fornecer apoio técnico e financeiro para aperfeiçoar, modernizar e capacitar as prefeituras municipais, visando melhorar a atuação local na solução dos problemas urbanos e habitacionais das cidades. Destina-se a famílias com renda mensal de até 3 salários mínimos que vivem em assentamentos precários. Este programa tem universo de atendimento já definido em 119 contratos de repasse para execução de intervenções de urbanização de assentamentos precários e 214 contratos para desenvolvimento institucional de municípios.

No âmbito estadual, destacam-se os seguintes programas no âmbito do Pró-Lar, operados pela Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU):

I. Atuação em Favelas e Áreas de Risco, com objetivo de recuperação de assentamentos irregulares ou áreas de urbanização informal, impondo ao poder público o planejamento e execução de ações multissetoriais. Este Programa oferece um leque de ações voltadas à promoção dos assentamentos irregulares, visando atenuar o padrão informal de crescimento das cidades, por meio de investimento na melhoria da infra- estrutura urbana das áreas selecionadas e de suas edificações, do atendimento de soluções habitacionais adequadas às populações que precisam ser deslocadas de área de risco ou em razão da necessidade de reassentamento total ou parcial, do fomento a ações sociais complementares, visando à melhoria da qualidade de vida das populações participantes. Este Programa atua em parceria com governos municipais, atribuindo-lhes papel central no planejamento e execução de projetos. Este Programa prevê a remoção total das famílias para novas unidades dotadas de infra-estrutura, com contrapartida do Município, que pode ser a doação do terreno ou a implantação da infra-estrutura. As unidades poderão ser construídas em regime de autoconstrução ou diretamente pela CDHU. O valor unitário de financiamento é de cerca de R$ 9.400,00, com prazo de 25 anos.

II. Pró-Lar Melhorias Urbanas, que visa à recuperação de assentamentos irregulares, ou áreas de urbanização informal, através do planejamento e execução de projetos que consistem na cobertura dos serviços públicos e sociais básicos à população residente, visando a sua fixação, e a melhoria de conjuntos habitacionais de interesse social já ocupados. Este Programa pode ser utilizado para a melhoria de conjuntos habitacionais já implantados e ocupados, da CDHU ou de outros agentes promotores que necessitem de

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melhorias urbanas e/ou de implantação, ou reforma, de equipamentos coletivos. Como solução de atendimento habitacional está prevista a implantação de infra-estrutura básica, realização de obras de estruturação ou recuperação urbana, implantação de equipamentos e serviços públicos, melhoria nas habitações, ações de inclusão social e regularização fundiária do assentamento e repasse da posse ou propriedade da terra às famílias beneficiadas. Para habilitar-se a este programa, a área deve ser pública e passível de regularização. Destina-se a famílias moradoras de favelas em áreas públicas. O Município deve prestar uma série de contrapartidas, para a implementação do programa.

III. Programa Núcleo Habitacional por Empreitada Integral (EI), que tem como objetivo a implantação de conjuntos habitacionais, destinados à demanda de interesse social em geral, cujas unidades habitacionais são distribuídas por meio de sorteio público. As obras são contratadas e financiadas pela CDHU, por concorrência pública, em conformidade com a Lei de Licitações. Neste programa, a empresa construtora contratada é responsável pela aquisição do terreno, pelo parcelamento e urbanização do solo, inclusive pela implantação de toda a rede de serviços e pela edificação das moradias (geralmente edifícios de apartamentos), devendo entregar o imóvel regularizado e averbado no registro de imóveis. Destina-se a famílias com renda entre 1 a 10 salários mínimos, que residem e/ou trabalham no município onde se localiza o empreendimento há pelo menos três anos e que não sejam proprietárias de imóvel residencial. O processo de escolha das famílias para o financiamento das unidades habitacionais prevê que 7% das moradias sejam destinadas a famílias que possuem portadores de deficiência, 5% ao Programa de Atendimento ao Idoso, conforme edital específico e 4% à Polícia Civil, Militar e Científica do Estado de São Paulo.

IV. Programa Núcleo Habitacional por Empreitada Global (EG) que tem como objetivo principal a implantação de conjuntos habitacionais, destinados à demanda de interesse social em geral, cujas unidades habitacionais são distribuídas por meio de sorteio público. Este Programa é desenvolvido em todo território paulista, em terrenos doados pelas prefeituras municipais, ou em terrenos adquiridos pela CDHU, geralmente na RMSP. O financiamento das edificações é de responsabilidade do Estado. A contratação dos empreendimentos é feita em conformidade com a Lei de Licitações e a execução das obras de edificação é realizada por empreitadas. As redes e serviços de infra-estrutura

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ficam a cargo de parcerias entre Governo do Estado e as Prefeituras dos Municípios. Os critérios de seleção da demanda são idênticos ao Programa EI.

V. Programa Paulista de Mutirão (PPM) que visa incentivar a produção de moradias de interesse social em parceria com as Associações Comunitárias. Este programa caracteriza o trabalho em regime de mutirão como de participação voluntária e não remunerada das famílias interessadas em adquirir uma unidade habitacional, e que estejam dispostas a contribuir com sua mão-de-obra na construção das mesmas. Este Programa consiste em repasse de recursos direto às Associações Comunitárias contratadas, para construírem as unidades habitacionais com o apoio técnico, administrativo e social de uma Assessoria Técnica.

4.6. Critérios para Priorização das Intervenções

Visando o estabelecimento de uma ordem de prioridade entre as áreas e setores a serem atendidas por intervenções estruturais de redução de risco, foram adotados os critérios descritos a seguir.

1. O grau de risco (probabilidade de ocorrência de processos destrutivos); Prioridade para os setores de risco muito alto (R4), alto (R3), médio (R2) e, finalmente, baixo (R1);

2. O porte do setor (prioridade para os casos que resultem em maior número de moradias beneficiadas diretamente com a intervenção proposta), sendo: Setor de grande porte (>20 moradias em risco); Setor de médio porte (entre 10 e 20 moradias); Setor de pequeno porte (menos que 10 moradias em risco).

3. A relação custo/moradia da intervenção estrutural; Com prioridade para as situações que apresentam menor relação custo/moradia.

4. A inclusão da área ou setor em programas municipais de urbanização, regularização fundiária ou saneamento.

Com prioridade para as situações envolvidas nos programas citados, desde que não seja registrada inversão de prioridade definida pela aplicação dos demais critérios.

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O Anexo 6 apresenta os indicadores utilizados para a priorização das áreas de risco mapeadas no que se refere à implantação das intervenções sugeridas.

O Quadro 10 apresenta o resultado da aplicação dos critérios descritos, com as classes de prioridades entre os setores de riscos alto e muito alto (R3 e R4) mapeados, que deve servir como referência para as ações de redução de riscos em Itapecerica da Serra. É importante destacar que para as moradias em risco das áreas 6, 8, 21 e 35 deve ser realizado monitoramento permanente das situações de risco, até a completa remoção prevista no projeto da PMIS e, eventualmente, implantar intervenções emergenciais se houver evolução das situações de risco.

5. O PLANO MUNICIPAL DE REDUÇÃO DE RISCOS DE ITAPECERICA DA SERRA

Para a elaboração de um plano estratégico de redução de riscos é indispensável a análise do ambiente urbano, mas também a compreensão de como se dá a gestão do ambiente urbano e, mais particularmente, das políticas públicas voltadas para as áreas de assentamento precário, a porção informal, vulnerável e, freqüentemente, degradada da cidade. A gestão dos riscos urbanos compreende o conjunto de medidas de organização e operação institucional para o tratamento das situações de risco existentes, mas sua eficiência é diferenciadamente maior quando estas ações fazem parte da gestão do ambiente urbano e compreendem, além do gerenciamento dos riscos, políticas públicas de desenvolvimento urbano, de provisão habitacional, de proteção e recuperação ambiental e de inclusão social e mecanismos de regulação e aplicação dessas políticas. Com esta perspectiva presente, é indispensável estabelecer também estratégias específicas para o gerenciamento dos riscos identificados. Adotam-se aqui as quatro estratégias de ação a seguir descritas, adaptadas da metodologia proposta pela agência das Nações Unidas voltada para a redução de desastres (UNITED NATIONS DISASTERS RELIEF OFFICE – UNDRO, 1991):

Identificação e análise dos riscos (conhecimento dos problemas);

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Planejamento e implementação de intervenções estruturais para a redução ou erradicação dos riscos; Monitoramento permanente das áreas de risco, atendimento de emergências; Implantação de planos preventivos de defesa civil; Informação pública, capacitação e mobilização social para ações preventivas e de autodefesa.

Quadro 10. Proposta de ordem de prioridade para a execução de intervenções estruturais para redução dos riscos identificados.

Ordem de Número e nome da área Setor prioridade 1 13. JARDIM PARAÍSO I 3

3. JARDIM ANALÂNDIA 4 2 07. JARDIM IDEMORI 2 3 17 a 20. JARDIM SAMPAIO I, II, III e IV Todos (*) 09. JARDIM JACIRA 1 13. JARDIM PARAÍSO I 1 4 15. JARDIM PELÚCIO 1 16. JARDIM POTUVERÁ 1 22. JARDIM SÃO MARCOS I 1 12. JARDIM MARILU III 2 13. JARDIM PARAÍSO I 2 25. JARDIM SÃO PEDRO II 2 5 27. JARDIM TEREZA MARIA/CENTRO 1 28. MIRANTE DA LAGOA 1 33. PARQUE PARAÍSO/GUATEMALA 1 07. JARDIM IDEMORI 1 6 14. JARDIM PARAÍSO II 2

Observações: Prioridade 1: setor com R4 Prioridade 2: setores com intervenções com custo por moradia atendida < R$ 1.000,00 Prioridade 3: áreas com processo de regularização fundiária em andamento (embora nem todos os setores de risco das áreas 17 a 20 sejam de grau de probabilidade ALTO, estas áreas foram priorizadas em razão de projetos de regularização da PMIS) Prioridade 4: setores de médio a grande portes com intervenções com custo por moradia atendida entre R$1.000,00 e R$5.000,00 Prioridade 5: setores de menor porte com intervenções com custo por moradia atendida entre R$1.000,00 e R$5.000,00 Prioridade 6: setores com intervenções com custo por moradia atendida > R$5.000,00

As duas primeiras estratégias estão sistematizadas por este relatório. Sugere-se que o mapeamento de riscos aqui apresentado seja utilizado para ações preventivas e monitoramento de campo durante os períodos críticos de pluviosidade. A implantação de

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Planos Preventivos de Defesa Civil nos períodos chuvosos é indispensável para a garantia da segurança dos moradores das áreas mais críticas até que se execute a intervenção estrutural planejada. Um plano preventivo de defesa civil envolve ações públicas que antecedem a ocorrência de acidentes, por meio do estabelecimento de indicadores de situações críticas e da observação, em campo, de evidências de instabilidade, no sentido de evitar suas conseqüências. Os resultados do mapeamento e as intenções do PMRR devem ter ampla divulgação pública, tanto no sentido de informar e comprometer a sociedade civil com as propostas de redução de riscos, quanto para capacitar os moradores das áreas de risco a desenvolver parceria com a Prefeitura de Itapecerica da Serra em ações preventivas e de autodefesa.

5.1. Considerações Gerais

Foram identificados, no município de Itapecerica da Serra, 01 setor de risco com grau de probabilidade MUITO ALTO, contendo 04 moradias ameaçadas e 20 setores de risco com grau de probabilidade ALTO, contendo 175 moradias ameaçadas. As intervenções estruturais sugeridas e apresentadas neste PMRR estão subordinadas, quase que exclusivamente, à avaliação das condições de risco (ao processo perigoso identificado, ao seu estágio de desenvolvimento e à tipologia de obra adequada à eliminação ou redução da possibilidade de ocorrência do processo perigoso, ou processo destrutivo). À municipalidade de Itapecerica da Serra caberá optar por solução diversa daquela indicada se, porventura, às alternativas de intervenção para redução de risco se sobrepuserem projetos de interesse coletivo, de proteção ambiental ou de desenvolvimento urbano que requisitem a remoção de assentamentos ou de moradias. Os resultados deste diagnóstico explicitam a estreita relação entre a subnormalidade e a precariedade da maioria dos assentamentos estudados com os riscos geológico-geotécnicos a que estão submetidos seus moradores.

5.2. Propostas de Ações Não Estruturais

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Fortalecer e aprimorar as ações de controle da ocupação urbana e do adensamento, especialmente nas áreas de risco; Atualizar permanentemente o conhecimento dos riscos no município, sistematizando e registrando informações coletadas durante vistorias periódicas de fiscalização e monitoramento dos assentamentos precários; Implantar anualmente, durante o verão, um plano preventivo de defesa civil que implique: a) na avaliação prévia de todas as áreas sujeitas a risco e na adoção de ações emergenciais e preventivas que antecedam o período chuvoso; b) na realização de reuniões com moradores para informar sobre os riscos existentes e orientar sobre as medidas preventivas ou emergenciais a serem adotadas; c) na organização de estrutura institucional para o monitoramento das áreas de risco durante os períodos chuvosos, para a ação preventiva em situações críticas identificadas e para o atendimento de emergências, quando necessário; Constituir, junto aos moradores das áreas de risco e voluntários, núcleos de defesa civil (NUDECs) e capacitá-los para o compartilhamento com a gestão municipal das atividades de prevenção, autodefesa e atendimento emergencial.

5.3. Proposições Complementares

Que a política municipal de Habitação e Desenvolvimento Urbano para as áreas de assentamento precário realize intervenções estruturantes fundiárias, socioeconômicas e urbanísticas, nas quais estejam incluídas e associadas, as intervenções indicadas para a erradicação das situações de risco; Que a Prefeitura do Município de Itapecerica da Serra desenvolva um processo de revisão do Plano Diretor, buscando incorporar os instrumentos instituídos pelo Estatuto das Cidades e atualizar as suas diretrizes em função de legislações recentes (como a Lei Estadual Nº. 12.233 de 2006, que define a Área de Proteção e Recuperação dos Mananciais da Bacia Hidrográfica do Guarapiranga e a Resolução N° 369, de 28 de março de 2006, do Conselho Nacional do Meio Ambiente). Neste processo de revisão, que este PMRR seja uma das referências para o estabelecimento de diretrizes para a regularização e implementação de melhorias urbanas das áreas estudadas, fundamentais para a redução dos riscos no município;

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Que recursos e dotações específicos para a execução de intervenções estruturais nas áreas de risco sejam incluídos já no próximo Plano Orçamentário Anual do Município e que tenham como referência a ordem de prioridades apresentada no PMRR; Que o Governo Federal, por meio do Ministério das Cidades e da Secretaria Nacional de Defesa Civil/ Ministério da Integração Nacional, e o Governo Estadual, por meio da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil, da CDHU e de outros órgãos, estabeleçam meios de cooperação com a Prefeitura do Município de Itapecerica da Serra para a captação de recursos e no estabelecimento de parcerias para as intervenções estruturais nas áreas de risco, especialmente quando associadas a programas de habitação e melhorias urbanas para assentamentos subnormais, como os descritos no item 4.5 do presente relatório.

6. REFERÊNCIAS

CARVALHO, C.S. Análise quantitativa de riscos e seleção de alternativa de intervenção: exemplo de um programa municipal de controle de riscos geotécnicos em favelas. In: Workshop sobre Seguros na Engenharia, 1. São Paulo: ABGE, 2000, P.49-56.

CERRI, L.E.S. Riscos geológicos associados a escorregamentos: uma proposta para a prevenção de acidentes. Tese (Doutorado) - Instituto de Geociências e Ciências Exatas, Universidade Estadual Paulista – Unesp, Rio Claro, 1993. 197p.

DEPARTAMENTO DE ÁGUAS E ENERGIA ELÉTRICA – DAEE. Inundações em Áreas Urbanas: conceituação, medidas de controle, planejamento. São Paulo: DAEE, 1984. 26p.

IUGS WORKING GROUP – Committee on Risk Assessment. Quantitative risk assessment for slopes and landslides. The state of the art. In: CRUDEN, D.; FELL, R. (ed.), Landslide risk assessment. Proceedings of the International Workshop on Landslide Risk Assessment. A.A.BALKEMA. 1997. p.3-14.

MORGENSTERN, N.R. Toward landslide risk assessment in pratice. In: CRUDEN, D.; FELL, R. (Ed.), Landslide risk assessment. Proceedings of the International Workshop on Landslide Risk Assessment. A.A.Balkema. 1997. p.15-23.

NARDOCCI, A.C. Risco como instrumento de Gestão Ambiental. Tese (Doutorado) - Departamento de Saúde Ambiental da Faculdade de Saúde Pública, Universidade de São Paulo – USP, São Paulo, 1999. 135p.

NOGUEIRA, F.R. Gerenciamento de riscos ambientais associados a escorregamentos: contribuição às políticas públicas para áreas de ocupação

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subnormal. Tese (Doutorado) - Instituto de Geociências e Ciências Exatas, Universidade Estadual Paulista – Unesp, Rio Claro, 2002. 253p.

ROSS, J.L.S. & MOROZ, I. C. Mapa Geomorfológico do Estado de São Paulo. Escala 1:500.000. 1997.

SANTOS, A.R. dos. Geologia de Engenharia: conceitos, método e prática. São Paulo: ABGE (Publicação IPT 2797), 2002. 222p.

SUMMERFIELD, M.A. Global geomorphology: an introduction to the study of landforms. New York: Longman Scientific & Technical. 1991. 537P.

UNDRO – United Nations Disaster Relief Office. Undro’s Approach to Disaster Mitigation. Undro News. Geneva: Office of The United Nations Disasters Relief Co- Ordinator. Jan-Feb, 1991. 20p.

Rio Claro, 05 de maio de 2006.

______Leandro Eugenio da Silva Cerri Geólogo - Professor Adjunto Depto Geologia Aplicada – IGCE / Unesp-Rio Claro (SP) CREA N° 0601471874

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ANEXO 1

MAPA GEOLÓGICO DO MUNICÍPIO DE ITAPECERICA DA SERRA

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ANEXO 2

MAPA DE LOCALIZAÇÃO DAS ÁREAS MAPEADAS

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ANEXO 3

QUADRO SÍNTESE DOS RESULTADOS DO MAPEAMENTO DE RISCO

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ANEXO 3

QUADRO – SÍNTESE DOS RESULTADOS DO MAPEAMENTO DE RISCO DO MUNICÍPIO DE ITAPECERICA DA SERRA

Situação Nº. de Total por área (n° de Estimativa de Nº Nome da área Setor Processo moradias Tipologia das intervenções sugeridas Quantitativo de obras moradia - custo de Margem custo Encosta de ameaçadas intervenções) Grau de

Córrego Probailidade - Serviço de limpeza (remoção das - Ação direta da água bananeiras); - Estrutura de contenção: 8,0 x 2,30 m; (concentração do escoamento - Estrutura de contenção de pequeno porte; - Proteção superficial vegetal: 280,0 m²; superficial) ao longo da - Proteção superficial vegetal; - Proteção superficial (impermeabilização): Chácara encosta; 1 1 X R2 09 - Proteção superficial por meio de 40,0 m²; R$ 12.557,00 9 – R$ 12.557,00 Macedo - Escorregamentos impermeabilização; - Serviço de limpeza ~ 50 m³ localizados e pouco - Acesso em escadaria; - Acesso em escadaria: 22,0 x 1,30 m; expressivos de depósito de - Sistema de drenagem superficial - Sistema de drenagem superficial ~ 40,0 m. cobertura (aterro). (canaletas). Não foram observados processos de instabilização. Segundo os moradores, em algumas residências Chácara Santa 2 1 X R2 construídas em um nível 11 Serviço de limpeza periódica do canal. Não é possível quantificar. - 11 Maria inferior às demais, ocorreram inundações por meio de refluxo de água através da canalização. - Estrutura de contenção; - Estrutura de contenção: 6,0 x 2,0 m; - Implantação de sistema de drenagem - Acesso em escadaria ~ 100,0 m x 1,5 m; - Escorregamento de solo superficial (canaleta e escada hidráulica); - Canaletas ~ 55,0 m; 1 X R2 induzido e natural; 10 - Acesso em escadaria; 29.144,00 - Serviço de limpeza ~ 220,0 m³; - Ação direta da água. - Serviço de limpeza (remoção das - Escada hidráulica ~ 17,0 m; bananeiras); - Proteção vegetal ~ 400,0 m2. - Proteção superficial vegetal. - Serviço de limpeza (remoção das - Serviço de limpeza ~ 160,0 m³; bananeiras); Jardim - Processo erosivo; - Impermeabilização (piso de concreto): 15,0 3 2 X R2 01 - Impermeabilização (faixa impermeável 9.090,00 18 – R$ 49.169,00 Analândia - Ação direta da água. x 1,2 m; adjacente ao muro de divisa); - Canalização ~ 20,0 m, Ø 100 mm. - Canalização e caixa de passagem. - Serviço de limpeza (remoção das - Serviço de limpeza ~ 20,0 m³; bananeiras); - Processos erosivos; - Acesso em escadaria (~90,0 x 1,5); 3 X R2 06 - Acesso em escadaria; 10.575,00 - Ação direta da água. - Caixas de passagem: 3 unidades; - Caixas de passagem pré-moldadas; - Canalização ~ 90,0 m. - Canalização Ø 100 e 200 mm. Demolição do muro e remoção do material ~ 4 X R3 Problema construtivo. 01 Demolição do muro de divisa. 360,00 9,0 m³. - Ação direta da água; Jardim - Solapamento pontual e de 4 1 X R2 18 Canalização aberta. Canalização ~ 60,0 m x 2,5 m 72.000,00 18 – R$ 72.000,00 Campestre baixa magnitude em virtude do padrão retilíneo do canal. - Estrutura de contenção; - Estrutura de contenção: 8,0 x 2,0 m; - Escorregamento de solo - Acesso em escadaria; - Retaludamento ~ 20,0 m³; Jardim Cinira / induzido; 5 1 X R2 02 - Drenagem superficial (canaletas); - Drenagem superficial (canaletas) ~ 20,0 m; 7.512,00 02 – R$7.512,00 Primavera - Processos erosivos por ação - Proteção superficial vegetal; - Acesso em escadaria ~ 20,0 m x 1,5 m; direta da água. - Retaludamento. - Proteção superficial vegetal ~ 50,0 m².

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ANEXO 3

Situação Nº. de Totais (n° de Estimativa de Nº Nome da área Setor Processo moradias Tipologia das intervenções sugeridas Quantitativo de obras moradia - custo de Margem custo Encosta de ameaçadas intervenções) Grau de

Córrego Probailidade

- Escorregamento de solo (depósito de cobertura) - Estrutura de contenção: 1) 20,0 m x 2,3 m; - Estrutura de contenção; induzido; 2) 10,0 m x 2,0 m; 1 X R3 06 - Mureta de pé; 22.456,70 Jardim do - Processos erosivos naturais - Mureta de pé: 10,0 m x 1,0 m; 6 - Impermeabilização. 20 – R$ 82.456,70 Carmo e induzidos por ação direta da - Impermeabilização ~ 60,0 m². água servida. - Inundação; 2 X R1 14 - Canalização do córrego (canal aberto). - Canalização ~ 120,0 m. 60.000,00 - Solapamento. - Solapamento; - Canalização do córrego com gabião: 65,0 m, 1 X R3 20 - Canalização do córrego (canal aberto). 110.500,00 - Inundação. h: 3,0 m. 7 Jardim Idemori - Escorregamento de solo 21 – R$ 110.812,00 Remoção de residência e fiscalização para 2 X R3 induzido; 01 Remoção da moradia ~ 6 m³. 312,00 evitar novas ocupações. - Processo erosivo induzido. - Processo erosivo em - Reconstrução da escada hidráulica; - Escada hidráulica ~ 15,0 m; decorrência do rompimento - Estrutura de contenção; - Estrutura de contenção: 7,0 m x 2,0 m; 1 X R2 04 7.068,00 da escada hidráulica; - Impermeabilização; - Impermeabilização ~ 30,0 m²; - Escorregamento do solo. - Proteção superficial vegetal. - Proteção superficial vegetal ~ 40,0 m². - Impermeabilização (piso de concreto); - Impermeabilização ~ 50,0 m²; 2 X R2 Processos erosivos. 03 1.750,00 - Proteção superficial vegetal. - Proteção superficial vegetal ~ 100,0 m². Jardim 8 - Serviço de limpeza: 70,0 m³; 12 – R$ 24.654,00 Itapecerica - Estruturas de contenção; - Acesso em escadaria: 30,0 x 1,2 m; - Impermeabilização; Ação direta da água, - Drenagem (canaleta) ~ 20 m; - Drenagem superficial (canaleta); 3 X R3 escorregamento de depósito 05 - Estrutura de contenção ~ 15,0 x 2,0 m; 15.836,00 - Acesso em escadaria; superficial de encosta. - Impermeabilização: - Serviço de limpeza; 1) Tela Argamassa~ 35,0 m²; - Impermeabilização (passeio). 2) Passeio: 12,0 x 1 m. - Sistema de drenagem: - Escorregamento de solo; - Concreto projetado; 1) Canaleta~ 200,0 m; - Processos erosivos em - Drenagem superficial; 2) Escada hidráulica ~150,0 m. 9 Jardim Jacira 1 X R3 30 113.000,00 30 – R$ 113.000,00 virtude da concentração do - Proteção superficial com biomanta; - Concreto projetado ~900,0 m²; escoamento superficial. - Serviço de limpeza. - Proteção superficial com biomanta ~60,0 m²; - Serviço de limpeza ~100,0 m³. - Ação direta da água; Manutenção periódica da rede pluvial da - Ruptura em cunha e 1 X R1 Zero Rua João Tenente Damasceno, a Não é possível avaliar. - tombamentos (pouco Jardim Marilú I montante. expressivo). 10 / Jardim das 02 – R$ 3.415,00 - Retaludamento; - Retaludamento ~ 18 m³; Palmeiras - Ação direta da água; - Drenagem superficial; - Dreangem (canaleta) ~20,0 m; 2 X R2 - Ruptura em cunha e 02 3.415,00 - Serviço de limpeza; - Serviço de limpeza ~ 40,0 m³; tombamentos. - Proteção superficial vegetal. - Proteção superficial vegetal ~ 35,0 m². Jardim Marilú - Escorregamento planar de - Acesso em escadaria; - Acesso em escadaria: 20,0 m x 1,5 m; 11 II/Jardim das 1 X R2 solo; 03 - Impermeabilização (piso de concreto); - Impermeabilização ~ 30 m²; 2.755,00 03 – R$ 2.755,00 Palmeiras - Processos erosivos. - Proteção superficial vegetal. - Proteção superficial vegetal ~ 35,0 m².

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ANEXO 3

Situação Nº. de Totais (n° de Estimativa de Nº Nome da área Setor Processo moradias Tipologia das intervenções sugeridas Quantitativo de obras moradia - custo de Margem custo Encosta de ameaçadas intervenções) Grau de

Córrego Probailidade

- Estruturas de contenção: - Estrutura de contenção; 1) 15,0 x 2,0 m; - Escorregamento de - Sistema de drenagem superficial; 2) 8,0 x 2,0 m 1 X R2 aterro/solo; 04 13.956,00 - Proteção superficial vegetal; - Sistema de drenagem (canaleta) ~17,0 m, - Ação direta da água. Jardim Marilú - Serviço de limpeza. - Proteção superficial vegetal ~ 150,0 m²; 12 11 – R$ 32.640,00 III - Serviço de limpeza ~ 15,0 m³. - Impermeabilização; - Impermeabilização ~ 150,0 m²; 2 X R3 Erosão e escorregamento. 02 6.264,00 - Sistema de drenagem superficial. - Drenagem superficial (canaleta) ~ 12,0 m. - Escorregamento de solo, 3 X R1 05 Estrutura de contenção. Estrutura de contenção: 20,0 x 2,3 m. 12.420,00 - Processos erosivos lineares. - Estruturas de contenção em bloco de - Estruturas de contenção em bloco de concreto sobre tubulações e em gabião; concreto sobre tubulões: 6,0 X 2,0 m; - Processos erosivos; - Implantação de rede de esgoto no beco; - Rede de esgoto: 120m, Diâmetro 80 cm; 1 X R3 ~ 20 23.984,00 - Escorregamento de solo. - Impermeabilização; - Impermeabilização ~ 50 m2; - Serviços de limpeza; - Proteção superficial Vegetal ~ 110 m2; - Proteção superficial vegetal. - Serviços de Limpeza ~80 m3. - Remoção de parte de material (entulho/ Jardim Paraíso lixo/ bananeiras); 13 25 - R$ 46.484,00 I - Escorregamento de aterro - Contenção na base com gabião; natural e induzido; - Adequação da rede pluvial da rua; 2 X R3 01 Demanda projeto de detalhe. - - Processos erosivos; - Implantação de rede de esgoto a jusante; - Recalque - Retaludamento; - Proteção superficial vegetal; - Sistema de drenagem superficial. - Processos erosivos Estruturas de contenção em gabião: 25,0 x 3 x R4 04 Estruturas de contenção em gabião 22.500,00 - Escorregamento de solo 2,0 m. - Estrutura de contenção: 12 x 2 m; - Estrutura de contenção; 3 - Serviços de limpeza ~ 30 m ; - Drenagem superficial; - Canaletas ~ 45 m; - Retaludamento; - Escorregamento de aterro e - Retaludamento ~ 35 m3; 1 X R2 05 - Serviço de limpeza; 2 14.788,00 solo. - Impermeabilização ~ 70 m ; Jardim Paraíso - Recuperação de muro; 14 - Proteção superficial vegetal ~ 110 m2; 08 - R$ 17.088,00 II - Impermeabilização; - Recuperação de muro de divisa (10 m - Proteção superficial vegetal. lineares). - Escorregamento de aterro e - Laje impermeabilizante; - Laje impermeabilizante = 3 x 10 m; 2 X R3 solo; 03 2.300,00 - Rede de esgoto e água servida. - Rede de esgoto e água servida = 25 m. - Processos erosivos lineares.

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ANEXO 3

Situação Nº. de Totais (n° de Estimativa de Nº Nome da área Setor Processo moradias Tipologia das intervenções sugeridas Quantitativo de obras moradia - custo de Margem custo Encosta de ameaçadas intervenções) Grau de

Córrego Probailidade

- Estrutura de contenção: 1) 9 x 2 m, - Estrutura de contenção; 2) 8 x 2 m; - Sistema de drenagem superficial; - Proteção superficial vegetal ~ 100 m2; - Proteção superficial vegetal; - Escorregamento de solo; - Retaludamento ~ 20 m3; 1 X R3 18 - Retaludamento; 36.723,00 - Processos erosivos. - Acesso em rampa: 150 x 2,5 m; - Acesso em rampa e escadaria; - Acesso em escadaria: 70 x 2 m; - Escada hidráulica; - Escada hidráulica: 45 m; - Serviços de limpeza. 3 - Serviços de limpeza ~ 50 m . 15 Jardim Pelúcio 32 - R$ 48.085,00 - Serviços de limpeza; - Serviços de limpeza ~ 50 m3; - Escorregamento de solo; 2 X R2 08 - Retaludamento; - Retaludamento ~30 m3; 7.460,00 - Processos erosivos. - Acesso em escadaria. - Acesso em escadaria: 40 x 1,5 m. - Impermeabilização; - Impermeabilização = 55 m2; - Escorregamento de solo; 2 3 X R2 03 - Proteção superficial vegetal; - Proteção superficial vegetal ~ 250 m ; 2.770,00 - Processos erosivos. - Sistema de drenagem superficial. Canaleta= 10 m. - Escorregamento de solo; - Impermeabilização; - Impermeabilização: 40 m2; 4 X R2 03 1.132,00 - Processos erosivos. - Sistema de drenagem. - Drenagem (canaleta): 6 m. - Estrutura de contenção; - Estrutura de contenção: 14 x 2 m; - Escorregamentos - Monitoramento; 1 X R3 11 - Serviços de limpeza ~ 30 m3; 9.776,00 translacionais rasos. - Serviços de limpeza; - Canaletas ~ 40 m. - Sistema de drenagem. - Solapamento Proteção de margem do canal com gabião: 35 2 X R2 05 Proteção de margem do canal. 10.500,00 - Inundação. x 1,5 m. - Estrutura de contenção 11 x 2 m; - Estrutura de contenção; - Impermeabilização: 40 m2; Jardim 3 X R2 - Escorregamento de solo. 03 - Impermeabilização; 7.750,00 16 - Acesso em Rampa: 16 x 1 m; 28 - R$ 61.886,50 Potuverá - Acesso em rampa e escadaria. - Acesso em Escadaria: 8 x 1,2 m. - Acesso em rampa e escadaria: 1) 120 x 1,5 - Acesso em rampa e escadaria; m, 2) 25 x 1,5 m; - Escada hidráulica; - Escada Hidráulica: 60 m; - Processos erosivos; - Estrutura de contenção; 4 X R2 09 - Estrutura de contenção: 12 x 2 m; 33.860,50 - Escorregamento de solo. - Muro de coleta; - Estrutura de coleta: 15 x 1,5; - Conformação da encosta; - Conformação da encosta e serviço de - Serviço de limpeza. limpeza ~ 50 m3. - Estrutura de contenção; - Estrutura de contenção: 10 x 2 m; - Processos erosivos; Jardim - Proteção superficial vegetal; - Proteção superficial vegetal ~ 200 m2; 17 1 X R2 - Escorregamento de solo e 12 9.720,00 12 - R$ 9.720,00 Sampaio - Sistema de drenagem superficial; - Sistema de drenagem: ~ 40 m; aterro. - Serviço de limpeza. - Serviço de limpeza: ~ 50 m3. - Impermeabilização; - Impermeabilização ~35 m2; Jardim - Escorregamento de solo 18 1 X R2 02 - Sistema de drenagem; - Sistema de drenagem (canaleta): 12 m; 1.289,00 02 - R$ 1.289,00 Sampaio II (translacional raso) - Proteção superficial vegetal. - Proteção superficial vegetal ~ 30 m2. - Serviços de limpeza; - Serviços de limpeza ~75 m3; Jardim - Escorregamento de solo; - Sistema de drenagem; - Canaletas ~ 120 m; 19 1 X R3 10 19.540,00 10 - R$ 19.540,00 Sampaio III - Processos erosivos. - Proteção superficial vegetal; - Escada hidráulica ~ 60 m; - Conformação da encosta. - Proteção superficial vegetal ~ 1000 m2. - Contenção em solo-cimento 1) ~ 55 m2, - Contenção em solo-cimento; 2) ~ 30 m2; Jardim - Escorregamento de solo; - Serviço de limpeza; 2 20 1 X R1 03 - Serviço de limpeza ~ 10 m ; 3.260,00 03 - R$ 3.260,00 Sampaio IV - Processos erosivos lineares. - Sistema de drenagem; - Drenagem (canaletas) ~ 15 m; - Impermeabilização. - Impermeabilização ~ 25 m2.

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ANEXO 3

Situação Nº. de Totais (n° de Estimativa de Nº Nome da área Setor Processo moradias Tipologia das intervenções sugeridas Quantitativo de obras moradia - custo de Margem custo Encosta de ameaçadas intervenções) Grau de

Córrego Probailidade

- Retaludamento; - Retaludamento ~26 m3; - Escorregamento de solo 2 1 X R2 01 - Proteção superficial vegetal; - Proteção superficial vegetal ~ 50 m ; 1.434,00 induzido. - Sistema de drenagem (canaleta). - Sistema de drenagem (canaleta) ~12 m2. - Estrutura de contenção; - Estrutura de contenção: 1) 8 x 2 m, 2) 8 x - Término da demolição de uma edificação; 2m, 3) 9 x 2 m, 4) 10 x 2 m; - Sistema de drenagem (canaleta e escada - Canaleta ~ 50 m; - Processos erosivos lineares; 2 X R2 08 hidráulica); - Escada hidráulica ~ 60 m; 36.565,00 - Escorregamento de solo. Parque Santa - Serviço de limpeza; - Serviço de limpeza: ~ 5 m3; 21 12 - R$ 50.741,00 Amélia - Estruturação do beco (acesso em rampa e - Acesso em rampa ~ 90 m x 1,5 m, escada). - Acesso em escada ~ 60 x 1,5 m. - Processos erosivos; 3 X R2 01 Estrutura de contenção. Estrutura de contenção: 11 x 2 m. 5.764,00 - Escorregamento de solo. - Estrutura de contenção; - Estrutura de contenção: 12 x 2 m; - Escorregamento - Sistema de drenagem superficial 4 X R2 02 - Canaletas: 20 m; 6.978,00 translacional raso. (canaleta); - Proteção superficial vegetal ~50 m2. - Proteção superficial vegetal. - Estruturas de contenção: 1) 10 x 1,4 m, 2) - Estruturas de contenção; 10 x 20 m; - Escorregamento de solo/ - Impermeabilização; - Acesso em escadaria: 1) 20 x 1 m, 2) 40 x 1 X R3 lixo; 20 - Acesso em escadaria; 1,5; 24.893,00 - Processos erosivos lineares. - Escada hidráulica; - Limpeza ~80 m3; Jardim São 22 - Serviço de limpeza. - Impermeabilização: 70 m2; 23 - R$ 28.228,00 Marcos I - Escada hidráulica: 40 m. - Impermeabilização (Tela grampeada – - Impermeabilização ~55 m2; argamassa); 2 X R2 - Escorregamento de solo. 03 - Acesso em escadaria: 22 x 1,20 m; 3.335,00 - Acesso em escadaria; - Proteção superficial vegetal ~70 m2. - Proteção superficial vegetal. - Extensão da canaleta de drenagem; - Drenagem (canaleta) ~20 m; Jardim São 23 01 X R2 - Escorregamento de solo. 03 - Conclusão do acesso em escada; - Acesso em escada: 20 m; 5.776,00 03 - R$ 5.776,00 Marcos II - Estrutura de contenção. - Estrutura de contenção: 6 x 2,30 m. - Estrutura de contenção: 1) 8,0 X 2,0 m, - Estrutura de contenção; 2) Mureta de pé: 6,0 X1,0 m; - Impermeabilização (tela grampeada - Impermeabilização ~ 50,0 m2; - Escorregamento de Solo e argamassada); 1 X R2 28 - Proteção Superficial vegetal ~ 100,0 m2; 12.770,00 Depósito de Cobertura. - Proteção Superficial vegetal: 3 - Retaludamento ~ 40,0 m ; - Acesso em escada; - Acesso em escada: 1) 20,0 x 2,0 m, - Retaludamento. Jardim São 2) 10,0 x 1,0 m. 24 35 – R$ 25.150,00 Pedro - Estrutura de contenção; - Estrutura de contenção: 10,0 x 2,4 m; 2 X R2 - Escorregamento de solo. 01 7.220,00 - Retaludamento (conformação da encosta). - Retaludamento ~ 18,0 m3. - Serviço de limpeza (bananeiras / lixo / - Escorregamento em aterro / - Serviço de limpeza: ~ 40,0 m3; entulho); lixo; - Rede pluvial ~ 40,0 m e ¢ 1000 3 X R2 06 - Término da rede pluvial; 5.160,00 - Processos erosivos - Rede de esgoto (não é possível - Rede de esgoto ou esgotamento sanitário lineares. dimensionar). por meio de fossa comunitária. - Contenção em solo cimento; - Solo - cimento : 35,0 m2; 1 X R2 - Escorregamento em aterro. 01 2 1.425,00 Jardim São - Impermeabilização (piso de concreto). - Impermeabilização 25,0 m . 25 04 – 8.963,00 Pedro II - Escorregamento de solo e - Estrutura de contenção; - Estrutura de contenção: 12,0 x 2,0 m; 2 X R3 03 7.538,00 aterro. - Impermeabilização (piso de concreto). - Impermeabilização ~ 50,0 m2.

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ANEXO 3

Situação Nº. de Totais (n° de Estimativa de Nº Nome da área Setor Processo moradias Tipologia das intervenções sugeridas Quantitativo de obras moradia - custo de Margem custo Encosta de ameaçadas intervenções) Grau de

Córrego Probailidade

- Escorregamentos - Laje impermeabilizante; - Laje : 12,0 x 3,0 m; 1 X R2 translacionais rasos em solo e 02 2.624,00 Jardim São - Serviço de limpeza. - Limpeza ~ 12,0 m3. 26 no depósito de cobertura. 03 – 11.484,00 Pedro III - Escorregamento de solo - Estrutura de contenção; - Estrutura de contenção: 10,0 x 2,6 m; 2 X R2 01 8.860,00 induzido. - Retaludamento. - Retaludamento ~ 30,0 m3. - Serviço de Limpeza; - Limpeza ~ 30,0 m3; - Laje Impermeabilizante; - Escorregamento de aterro; - Contenção : 7,5 x 2,0 m; - Escada hidráulica; 1 X R3 - Processos erosivos lineares. 05 - Laje: 10,0 x 4,0 m; 15.686,00 - Estrutura de contenção; - Escada hidráulica ~ 45,0 m; - Esgoto comunitário (fossa); - Acesso em escadaria: 30,0 x 1,2 m. - Acesso em escadaria. Jardim Tereza 27 - Extensão dos lançamentos de água 09 - R$ 19.976,00 Maria / Centro servida; - Processos erosivos; - Eliminação de bananeiras; - Tubulação ~ 300,0 m , Ø 100 mm; 2 X R2 - Recalques; 04 - Instalação de calhas nos telhados; - Limpeza ~ 15,0 m3; 4.290,00 - Escorregamentos rasos. - Demolição de barraco de madeira ou - Calhas de telhado ~ 30,0 m. estrutura da mesma (barracão de ferramenta); - Estrutura de contenção; - Estrutura de contenção: 1) 15,0 x 3,0 m, - Serviço de limpeza (remoção e entulho e 2) 12,0 x 1,2 m; - Escorregamentos em aterro solo que atingiu a residência); - Serviço de limpeza ~ 90,0 m3; 1 X R3 e solo; 09 - Escada hidráulica; - Canaletas ~ 50,0 m; 33.010,00 - Processos erosivos lineares. - Sistema de drenagem (canaletas); - Escada hidráulica: 45,0 m; - Impermeabilização (tela argamassada); - Impermeabilização ~ 48,0 m2; -Proteção superficial vegetal. - Proteção superficial vegetal ~ 250,0 m2. -- Processos erosivos - Laje impermeabilizante; - Laje Impermeabilizante: 10,0 x 2,0 m. Mirante da 2 X R2 lineares; 03 - Impermeabilização (piso de concreto); - Impermeabilização ~ 45,0 m2; 3.650,00 28 30 - R$ 55.572,00 Lagoa - Escorregamentos em solo. - Acesso em escadaria. - Acesso em escadaria: 25,0 x 1,0 m. - Serviço de limpeza (remoção das - Escorregamentos em solo; - Limpeza ~ 50,0 m3; 3 X R2 10 bananeiras); 6.792,00 - Processos erosivos lineares. - Contenção: 8,0 x 2,0 m. - Estrutura de contenção. - Ação direta da água; - Remoção do material e demolição do - Remoção de material e demolição de muro - Recalques; muro de divisa; ~ 80,0 m3; 4 X R2 - Rompimento total de muro e 08 - Estrutura de contenção e reaterro; 12.120,00 - Estrutura de Contenção: 10,0 x 2,6 m; mobilização em volume - Recuperação de rede e esgoto e água - Recuperação de rede de esgoto ~ 15,0 m. expressivo de aterro. servida. - Escorregamento em solo e - Sistema de drenagem (canaleta na linha Parque aterro; de talvegue); - Sistema de drenagem (canaletas ~ 40,0 m). 29 1 X R2 03 3.480,00 03 - R$ 3.480,00 Jandaia - Processos erosivos lineares. - Serviço de limpeza (remoção das - Serviço de limpeza ~ 50,0 m3. bananeiras). - Manutenção da obra já executada na Parque encosta; 30 Paraíso / 1 X R1 - Sem descrição do processo Zero Há intervenção proposta. - - - Avaliação continua dos equipamentos de Formosa drenagem e limpeza dos mesmos. Parque - Processo erosivo; Contenção até meia encosta e - Estrutura de contenção: 10,0 x 3,0 m; 31 Paraíso / 1 X R2 - Tombamento de blocos; 01 10.640,00 01 - R$ 10.640,00 complementação com laje. - Laje impermeabilizante: 10,0 x 2,0 m. Gleba 07 I - Escorregamento em rocha.

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ANEXO 3

Situação Nº. de Totais (n° de Estimativa de Nº Nome da área Setor Processo moradias Tipologia das intervenções sugeridas Quantitativo de obras moradia - custo de Margem custo Encosta de ameaçadas intervenções) Grau de

Córrego Probailidade

- A intervenção adequada deve levar em - Ruptura em cunha; Parque consideração a alteração da geometria de - Tombamento; 32 Paraíso / 1 X R3 02 talude em conformidade com a estruturação Projeto proposto por arquiteto. - 02 - Escorregamento do material Gleba 07 II geológica. Associa-se a isto equipamentos de cobertura. de drenagem e proteção superficial. - Serviço de limpeza (remoção das - Serviço de Limpeza ~ 80,0 m3; bananeiras / lixo / entulho); - Escadaria ligando a viela 39 a Rua Jorge - Acesso em escadaria; Fadlo : 40,0 x 1,5 m; Parque - Escorregamento de Aterro/ - Remoção de 01 moradia, exposta na - Remoção de moradia (invasão) no sopé da 33 Paraíso / 1 X R3 03 10.020,00 03 - R$ 10.020,00 Entulho. FC_A33_S1_2; encosta; Guatemala - Recuperação do beco e de sistema de - Canaletas ~ 100,0 m; drenagem; - Recuperação de beco com direcionamento - Sistema de drenagem (canaletas); do escoamento superficial. Não há necessidade de indicação de Parque intervenção. - Processos de recalques 34 Paraíso / Nova 1 X R1 09 Processos de recalque superficiais. As Sem Quantitativos. - 09 superficiais. YorK trincas são decorrentes da ausência de estrutura nas residências. - Estrutura de contenção em gabião; - Escorregamento de solo e - Estrutura de contenção : 20,0 x 3,0 x 1,0 m; - Sistema de drenagem superficial 35 Vila Geni 1 X R3 aterro; 05 - Canaletas ~ 40,0 m; 38.380,00 05 - R$ 38.380,00 (canaletas); - Processos erosivos lineares. - Proteção superficial ~ 300,0 m2. - Proteção superficial vegetal. 01 SETOR – R4 20 SETORES – R3 TOTAL 66 61 05 419 - R$ 986.733,20 39 SETORES – R2 06 SETORES – R1

FUNDAÇÃO DE APOIO À PESQUISA, ENSINO E EXTENSÃO - FUNEP 7

Elaboração de Plano de Redução de Riscos no Município de Itapecerica da Serra (SP)

ANEXO 4

ESTIMATIVAS DE CUSTO DAS INTERVENÇÕES SUGERIDAS

FUNDAÇÃO DE APOIO À PESQUISA, ENSINO E EXTENSÃO - FUNEP

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ANEXO 4

Estimativa de

Setor Estimativa de Estimativa custo por Quantitativo custo por de custo setor + BDI, Área N° Intervenções sugeridas de intervenção por setor projeto Obras (R$) (R$) executivo e outros (R$) Serviço de Limpeza 50,0 m3 2600,00 Estrutura de Contenção 8,0 x 2,30 m 4972,40 Proteção Superficial Vegetal 280,0 m2 1400,00 Chácara Macedo 1 1 12.557,00 16.700.81 Impermeabilização 40,0 m2 960,00 Sistema de Drenagem 40,0 m 880,00 Acesso em escadaria 22,0 x 1,30 m 1744,60 Chácara Santa 2 1 Serviço de Limpeza xxx xxx xxx xxx Maria Serviço de Limpeza 220,0 m3 11440,00 Estrutura de Contenção 6,0 x 2,0 m 3144,00 Drenagem Superficial – 55,0 m 1210,00 Canaletas 1 29.144,00 38.761,52 Drenagem Superficial – 17,0 m 2200,00 Esc.Hidráulica Acesso em escadaria 100,0 x 1,5 m 9150,00 Proteção superficial vegetal 400,0 m2 2000,00 3 Jardim Analândia 3 Serviço de Limpeza 160, 0 m 8320,00 2 Impermeabilização 15,0 x 1,2 m 450,00 9.090,00 12.089,70 Canalização e caixa de 20,0 m – ø 100 320,00 passagem Serviço de Limpeza 20,0 m3 1040,00 Acesso em escadaria 90,0 x 1,5 m 8235,00 3 10.575,00 14.064,75 Caixas de passagem 3 un 300,00 Canalização 90,0 m ø 100 1000,00 4 Demolição do muro de divisa 9,0 m3 360,00 360,00 478,80 60,0 x L = 2,5 m h Jardim Campestre 4 1 Canalização aberta 72000,00 72.000,00 95.760,00 = 1,5 m Estrutura de contenção 8,0 x 2,0 m 4192,00 Retaludamento 20,0 m3 800,00 Sistema de drenagem Jardim Cinira 5 1 20,0 m 440,00 7.512,00 9.990,96 superficial – Canaleta Acesso em escadaria 20,0 x 1,5 m 1830,00 Proteção superficial vegetal 50,0 m2 250,00 20,0 x 2,30 m Estruturas de contenção 17671,00 10,0 x 2,0 m 1 Mureta de pé 10,0 x 1,0 m 2385,70 22.456,70 29.867,41 Jardim do Carmo 6 Impermeabilização 60,0 m2 2400,00 Canalização do córrego 2 120,0/h=1,5 60000,00 60.000,00 79.800,00 (canal aberto) Canalização do córrego com 1 65,0m/H = 3,0m 110500,00 110.500,00 146.965,00 Jardim Idemori 7 gabião 2 Demolição de residência 6,0 m3 312,00 312,00 414,96

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ANEXO 4

Estimativa de

Setor Estimativa de Estimativa custo por Quantitativo custo por de custo setor + BDI, Área N° Intervenções sugeridas de intervenção por setor projeto Obras (R$) (R$) executivo e outros (R$) Reconstrução de escada 15,0 m 2000,00 hidráulica Estrutura de contenção 7,0 x 2,0 m 3668,00 1 7.068,00 9.400,44 Impermeabilização 30,0 m2 1200,00 Proteção superficial vegetal 40,0 m2 200,00 Impermeabilização 50,0 m2 1250,00 2 1.750,00 2.327,50 Proteção superficial vegetal 100,0 m2 500,00 Jardim Itapecerica 8 Estrutura de contenção 15,0 x 2,0 m 7860,00

Impermeabilização/Tela 2 35,0 m 1400,00 argamassada Impermeabilização/Passeio 12,0 x 1,0 m 300,00 3 15.836,00 21.061,88 Sistema de drenagem 20,0 m 440,00 superficial Acesso em escadaria 30,0 x 1,2 m 2196,00 Serviço de limpeza 70,0 m3 3640,00 Concreto projetado 900,0 m2 81000,00 Drenagem 200,0 m 4400,00 superficial/Canaleta Drenagem superficial/Esc. Jardim Jacira 9 1 150,0 m 20000,00 113.000,00 150.290,00 Hidráulica Proteção superficial com 60,0 m2 2400,00 biomanta Serviço de limpeza 100,0 m3 5200,00 1 Manutenção da Rede Pluvial xxx xxx xxx xxx Serviço de limpeza 40,0 m3 2080,00 3 10 Retaludamento 18,0 m 720,00 2 Sistema de drenagem 3.415,00 4.541,95 20,0 m 440,00 superficial Proteção superficial vegetal 35,0 m2 175,00 Acesso em escadaria 20,0 x 1,5 m 1830,00 11 1 Impermeabilização 30,0 m2 750,00 2.755,00 3.664,15 2 Jardim Marilú Proteção superficial vegetal 35,0 m 175,00 15,0 x 2,0 m Estruturas de contenção 12052,00 8,0 x 2,0 m Sistema de drenagem 17,0 m 374,00 1 superficial 13.956,00 18.561,48 Proteção superficial vegetal 150,0 m2 750,00 12 Serviço de limpeza 15,0 m3 780,00 Impermeabilização 150,0 m2 6000,00 2 Sistema de drenagem 6.264,00 8.331,12 12,0 m 264,00 superficial 3 Estrutura de contenção 20,0 x 2,3 m 12420,00 12.420,00 16.518,00

FUNDAÇÃO DE APOIO À PESQUISA, ENSINO E EXTENSÃO - FUNEP 2

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ANEXO 4

Estimativa de

Setor Estimativa de Estimativa custo por Quantitativo custo por de custo setor + BDI, Área N° Intervenções sugeridas de intervenção por setor projeto Obras (R$) (R$) executivo e outros (R$) Estrutura de contenção 6,0 x 2,0 m 3144,00 Rede/Esgoto 120,0 m/ø = 80,0 14880,00 1 Serviço de limpeza 80,0 m3 4160,00 23.984,00 31.898,72 Impermeabilização 50,0 m2 1250,00 13 Proteção superficial vegetal 110,0 m2 550,00 Necessário projeto de 2 xxx xxx xxx xxx detalhe Estrutura de contenção em 3 25,0 x 2,0 22500,00 22.500,00 29.925,00 gabião Estrutura de contenção em 12,0 x 2,0 m 6288,00 Jardim Paraíso bloco e gabião Impermeabilização 70,0 m2 1750,00 Canaleta 45 m 990,00 1 Retaludamento 35 m3 1400,00 14.788,00 19.668,04 Recuperação de muro de 14 10 m x 2,0 m 2250,00 divisa Proteção superficial vegetal 110,0 m2 550,00 Serviço de limpeza 30,0 m3 1560,00 Rede de esgoto e água 25,0 m 800,00 2 servida 2300,00 3.059,00 Laje impermeabilizante 3,0 x 10,0 m 1500,00 9,0 x 2,0 m Estrutura de contenção 8908,00 8,0 x 2,0 m Sistema de drenagem 45,0 m 6000,00 superficial (escada hidráulica) Retaludamento 20,0 m3 800,00 1 Proteção superficial vegetal 100,0 m2 500,00 36.723,00 48.841,59 Acesso em rampa 150,0 x 2,5 m 9375,00 Acesso em escadaria 70,0 x 2,0 m 8540,00 Serviço de limpeza 50,0 m3 2600,00 3 Jardim Pelúcio 15 Serviço de limpeza 50,0 m 2600,00 2 Retaludamento 30,0 m3 1200,00 7.460,00 9.921,80 Acesso em escadaria 40,0 x 1,5 m 3660,00 Impermeabilização 55,0 m2 1350,00 2 3 Proteção superficial vegetal 250,0 m 1200,00 2.770,00 3.684,10 Sistema de drenagem 10,0 m 220,00 superficial Impermeabilização 40,0 m2 1000,00 4 Sistema de drenagem 1.132,00 1.505,56 6,0 m 132,00 superficial

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ANEXO 4

Estimativa de

Setor Estimativa de Estimativa custo por Quantitativo custo por de custo setor + BDI, Área N° Intervenções sugeridas de intervenção por setor projeto Obras (R$) (R$) executivo e outros (R$) Estrutura de contenção 14,0 x 2,0 m 7336,00 Monitoramento xxx Xxx 1 Serviço de limpeza 30,0 m3 1560,00 9.776,00 13.002,08 Sistema de drenagem 40,0 m 880,00 superficial Proteção de margem de 2 35,0 m/h = 1,5m 10500,00 10.500,00 13.965,00 canal Estrutura de contenção 11,0 x 2,0 m 5764,00 Impermeabilização 40,0 m2 1000,00 Jardim Potuverá 16 3 7.750,00 10.307,50 Acesso em rampa 16,0 x 1,0 m 400,00 Acesso em escadaria 8,0 x 1,2 m 586,00 Serviço de limpeza 30,0 m3 1560,00 Conformação da encosta 20,0 m3 800,00 Escada hidráulica 60,0 m 8000,00 4 Acesso em rampa 25,0 x 1,5 m 937,5 33.860,50 45.034,47 Acesso em escadaria 120,0 x 1,5m 10980,00 Muro de coleta 15,0 x 1,5 m 5295,00 Estrutura de contenção 12,0 x 2,0 m 6288,00 Estrutura de contenção 10,0 x 2,0 m 5240,00 Proteção superficial vegetal 200,0 m2 1000,00 17 1 Sistema de drenagem 9.720,00 12.927,60 40,0 m 880,00 superficial Serviço de limpeza 50,0 m3 2600,00 Proteção superficial vegetal 30,0 m2 150,00 Sistema de drenagem 18 1 12,0 m 264,00 1.289,00 1.714,37 superficial Impermeabilização 35,0 m2 875,00 Proteção superficial vegetal 1000,0 m2 5000,00 Jardim Sampaio Sistema de drenagem 120,0 m 2640,00 superficial (canaletas) 19 1 19.540,00 25.988,20 Sistema de drenagem 60,0 m 8000,00 superficial (escada hidráulica) Serviço de limpeza 75,0 m3 3900,00 Contenção em solo-cimento 85,0 m2 1785,00 Serviço de limpeza 10,0 m3 520,00 20 1 Sistema de drenagem 3.260,00 4.335,80 15,0 m 330,00 superficial Impermeabilização 25,0 m2 625,00 Retaludamento 26,0 m3 1040,00 Proteção superficial vegetal 50,0 m2 250,00 1 1.434,00 1.907,22 Sistema de drenagem 12,0 m 144,00 superficial 8,0 x 2,0 m 8,0 x 2,0 m Estrutura de contenção 18340,00 9,0 x 2,0 m 10,0 x 2,0 m Demolição de moradia xxx xxx Sistema de drenagem Jardim Santa 2 50,0 m 1100,00 36.565,00 48.631,45 21 superficial (canaleta) Amélia Sistema de drenagem 60,0 m 8000,00 superficial (escada hidráulica) Serviço de limpeza 5,0 m3 260,00 Acesso em rampa 90,0 x 1,5 m 3375,00 Acesso em escadaria 60,0 x 1,5 m 5490,00 3 Estrutura de contenção 11,0 x 2,0 m 5764,00 5.764,00 7.666,12 Estrutura de contenção 12,0 x 2,0 m 6288,00 Sistema de drenagem 4 20,0 m 440,00 6.978,00 9.280,74 superficial Proteção superficial vegetal 50,0 m2 250,00

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ANEXO 4

Estimativa de

Setor Estimativa de Estimativa custo por Quantitativo custo por de custo setor + BDI, Área N° Intervenções sugeridas de intervenção por setor projeto Obras (R$) (R$) executivo e outros (R$) 10,0 x 1,4 m Estrutura de contenção 8770,00 10,0 x 2,0 m Impermeabilização 70,0 m2 1750,00 1 20,0 x 1,0 m 24.893,00 33.107,69 Acesso e escadaria 4880,00 40,0 x 1,5 m 22 Escada hidráulica 40,0 m 5333,00 Jardim São Serviço de limpeza 80,0 m3 4160,00 Marcos Impermeabilização 55,0 m2 1375,00 2 Acesso em escadaria 22,0 x 1,2 m 1610,00 3.335,00 4.435,55 Proteção superficial vegetal 70,0 m2 350,00 Acesso em escadaria 20,0 x 1,2 m 1610,00 Sistema de drenagem 23 1 20,0 m 440,00 5.776,00 7.682,08 superficial Estrutura de contenção 6,0 x 2,3 m 3726,00 Estrutura de contenção 8,0 x 2,0 m 4192,00 Mureta de pé 6,0 x 1,0 m 1428,00 Impermeabilização 50,0 m2 2000,00 1 Proteção superficial vegetal 100,0 m2 500,00 12.770,00 16.984,10 20,0 x 2,0 m Acesso em escadaria 3050,00 10,0 x 1,0 m 24 Retaludamento 40,0 m3 1600,00 Estrutura de contenção 10,0 x 2,4 m 6500,00 2 7.220,00 9.602,60 Retaludamento 18,0 m3 720,00 Serviço de limpeza 40,0 m3 2080,00 Jardim São Pedro Implantação de rede pluvial 40,0 m/ø = 600 3080,00 3 5.160,00 6.862,80 Implantação de rede de xxx Xxx esgoto Contenção em solo-cimento 35,0 m2 800,00 1 1.425,00 1.895,25 Impermeabilização 25,0 m2 625,00 25 Estrutura de contenção 12,0 x 2,0 m 6288,00 2 7.538,00 10.025,54 Impermeabilização 50,0 m2 1250,00 Laje impermeabilizante 12,0 x 3,0 m 2000,00 1 2.624,00 3.489,92 Serviço de limpeza 12,0 m3 624,00 26 Estrutura de contenção 10,0 x 2,6 m 7660,00 2 8.860,00 11.783,80 Retaludamento 30,0 m3 1200,00 Serviço de limpeza 30,0 m3 1560,00 Estrutura de contenção 7,5 x 2,0 m 3930,00 1 Laje impermeabilizante 10,0 x 4,0 m 2000,00 15.686,00 20.862,38 Escada hidráulica 45,0 m 6000,00 Acesso em escadaria 30,0 x 1,2 m 2196,00 Centro 27 Extensão dos lançamentos 300,0 m/ø = 100 3300,00 de água servida Serviço de limpeza 15,0 m3 780,00 2 4.290,00 5.705,70 Instalação de calhas nos 30,0 m 210,00 telhados Demolição de barracão xxx Xxx

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ANEXO 4

Estimativa de

Setor Estimativa de Estimativa custo por Quantitativo custo por de custo setor + BDI, Área N° Intervenções sugeridas de intervenção por setor projeto Obras (R$) (R$) executivo e outros (R$) 15,0 x 3,0 m Estrutura de contenção 18060,00 12,0 x 1,2 m Serviço de limpeza 90,0 m3 4680,00 Sistema de drenagem 45,0 m 6000,00 1 superficial (escada hidráulica) 33.010,00 43.903,30 Sistema de drenagem 50,0 m 1100,00 superficial (canaletas) Impermeabilização 48,0 m2 1920,00 Proteção superficial vegetal 250,0 m2 1250,00 Laje impermeabilizante 10,0 x 2,0 m 1000,00 Mirante da Lagoa 28 2 Impermeabilização 45,0 m2 1125,00 3.650,00 4.854,50 Acesso em escadaria 25,0 x 1,0 m 1525,00 Serviço de limpeza 50,0 m3 2600,00 3 6.792,00 9.033,36 Estrutura de contenção 8,0 x 2,0 m 4192,00

Remoção de material e 3 80,0 m 4160,00 demolição de muro 4 12.120,00 16.119,60 Estrutura de contenção 10,0 x 2,6 m 7660,00 Recuperação de rede de 15,0 m 300,00 esgoto Sistema de drenagem 40,0 m 880,00 Parque Jandaia 29 1 superficial 3.480,00 4.628,40 Serviço de limpeza 50,0 m2 2600,00 Parque Paraíso Manutenção da obra já 30 1 xxx xxx xxx xxx Formosa executada Estrutura de contenção 10,0 x 3,0 m 9640,00 31 1 10.640,00 14.151,20 Parque Paraíso Laje impermeabilizante 10,0 x 2,0 m 1000,00 Gleba 7 Necessário projeto de 32 1 xxx xxx xxx xxx detalhe Serviço de limpeza 80,0 m3 4160,00 Remoção de uma residência xxx xxx Recuperação de pavimento Parque Paraíso xxx xxx 33 1 de beco 10.020,00 13.326,60 Guatemala Acesso em escadaria 40,0 x 1,5 m 3660,00 Sistema de drenagem 100,0 m 2200,00 superficial Parque Paraíso Sem necessidade de 34 1 xxx xxx xxx xxx Nova York proposição Estrutura de contenção em 20,0 m/h = 3,0m 36000,00 gabião Vila Geni 35 1 Sistema de drenagem 38.380,00 51.045,40 40,0 m 880,00 superficial Proteção superficial vegetal 300,0 m2 1500,00 Total 986.733,20 1.312.355,16

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ANEXO 5

SÍNTESE DO MARCO LEGAL ORIENTADOR DAS INTERVENÇÕES EM ASSENTAMENTOS SUBNORMAIS EM ITAPECERICA DA SERRA

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Síntese do Marco Legal orientador das intervenções em Assentamentos Subnormais em Itapecerica da Serra

Esfera Instrumento Legal Dispositivos Objetivo Instrumentos de Política Urbana regulamentados pelos artigos 5° ao 38 (ZEIS, Parcelamento, Edificação ou Utilização Compulsórios, Disciplinar a função social da cidade e da propriedade Estatuto da Cidade, Lei Federal N° 10.257, de 10 IPTU Progressivo, Usucapião Especial, Direito de Preempção, imobiliária urbana, criando oportunidades de distribuir de julho de 2001 Outorga Onerosa, Operações Urbanas Consorciadas, equitativamente os benefícios da urbanização, Transferência do Direito de Construir) de acordo com o Plano combatendo a segregação espacial. Diretor regulamentado pelos artigos 39 a 42. Complementa o estatuto da Cidade, permitindo a Medida Provisória N° 2.220, de 4 de setembro de regularização e urbanização de assentamentos Concessão de Uso Especial. 2001 subnormais em áreas públicas ocupadas por população de baixa renda. Possibilita Regularização Fundiária e implantação de Resolução N° 369, de 28 de março de 2006, do Supressão de vegetação em APP para projetos de interesse social: infra-estrutura de saneamento para assentamentos Conama artigos 2° e 9°. subnormais em APP. Exigências mínimas para implantação de infra-estrutura em parcelamentos situados em zonas habitacionais declaradas como Lei de Parcelamento do Solo, Lei N° 6.766, de 19 de interesse social (ZHIS): parágrafo 5° do artigo 2°; de dezembro de 1979, alterada pela Lei N° 9.785, Reduz as exigências para aprovação de critérios para regularização fundiária: parágrafo 5°, do artigo 40 e de 29 de janeiro de 1999 (que trata também de parcelamentos de interesse social. artigo 41; Registros Públicos). Federal declara de interesse público parcelamentos habitacionais de iniciativa das prefeituras. Dispensa de retificação, em casos em que não haja alteração das medidas perimetrais, os lotes que já estiverem cadastrados individualmente ou com Incorporações Imobiliárias e Registros Públicos: artigo 59 (altera os lançamento fiscal há mais de vinte anos, referentes a Lei Federal N° 10.931, de 2 de agosto de 2004 parágrafos 11 e 15, do artigo 213, da Lei Federal N° 6.015, de 31 projetos de regularização fundiária de interesse social de dezembro de 1973). realizados em ZEIS, nos termos do Estatuto da Cidade, e exime de custas e emolumentos notariais os registros referentes a estes projetos. Define critérios para regularização de assentamentos de interesse social em APP: O artigo 2° define como interesse social a regularização fundiária Define casos excepcionais em que pode ser sustentável de área urbana; autorizada a intervenção ou supressão de vegetação Resolução Conama N° 369, de 28 de março de O artigo 9° estabelece que a intervenção ou supressão de em APP para a implantação de obras, planos, 2006 vegetação em APP para regularização fundiária sustentável poderá atividades ou projetos de utilidade pública ou interesse ser autorizada pelo órgão ambiental competente, observado o social. disposto nas disposições gerais da Resolução, além de requisitos e condições específicas.

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ANEXO 5

Esfera Instrumento Legal Dispositivos Objetivo Veda a desafetação de áreas públicas da classe de Constituição Estadual Artigo 180, Inciso VII Define diretrizes de política urbana. uso comum do povo, impedindo a transferência de domínio aos ocupantes. Define a Área de Proteção e Recuperação dos Mananciais da Bacia Hidrográfica do Guarapiranga. Artigo 13 cria Áreas de Permite a consolidação de núcleos urbanos na Área Ocupação Dirigida para a consolidação ou implantação de usos de Proteção aos Mananciais, mediante critérios Estadual urbanos (SUC e SUCt, detalhadas pelos artigos 18 e 19). específicos que garantem as mínimas condições Artigo 40 disciplina as Áreas de Recuperação Ambiental (ARA). Lei Nº 12.233, de 16 de janeiro de 2006 ambientais. No caso das ARA do tipo 1 permite a Artigo 44 estabelece a regularização fundiária para habitações de recuperação ambiental de assentamentos interesse social em ARA do tipo 1, para assentamentos existentes. habitacionais de interesse social. Estas áreas ainda Artigos 65 e 66 condicionam a regularização à implantação de não estão delimitadas. infra-estrutura de saneamento ambiental e Programas de Recuperação de Interesse Social. Artigo 81 – Política municipal de desenvolvimento urbano. Parágrafo 1° - Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado é o O Plano Diretor deve fixar as diretrizes da política instrumento básico da política de desenvolvimento e de expansão urbana, inclusive quanto à política habitacional Lei Orgânica urbana. popular. O Fundo Municipal de Moradia Popular deve Parágrafo 2° - Função social da propriedade urbana conforme ser criado por lei específica. Plano Diretor. Artigo 82 – Fundo Municipal de Moradia Popular. Artigo 79 estabelece Lei Complementar de Regulação Urbanística, ainda não regulamentada; artigo 87 cria as ZEIS; Seção III do Capítulo VI dispõe sobre a Política de Habitação Popular; Municipal Artigo 109 com implantação de sistema adequado de captação e Cria vários instrumentos de política habitacional para destinação de esgotos; intervenção em assentamentos subnormais, Artigo 136 define as ZEIS 1 e ZEIS 2 como parte da diretrizes da majoritariamente sem auto-aplicabilidade e de forma Plano Diretor, Lei N° 1.238, de 29 de maio de política habitacional; extremamente complexa, sempre dependendo de 2001 artigo 137 cria programas de assistência a auto construção e de novas regulamentações, constituindo-se em grande assistência financeira à aquisição de lotes regulares, que ainda não entrave à implementação de uma política habitacional foram regulamentados; de interesse social eficaz. artigo 138 estabelece preferência para ZEIS 2 em condomínio e lotes mínimos de 80 m²; artigo 142 cria o Conselho Municipal de Planejamento; artigo 159 estabelece que para regulamentar as ZEIS é necessário ARAÍSO al-las nos Planos Diretores de Bairro, como no caso do Branca Flor.

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ANEXO 6

INDICADORES PARA APLICAÇÃO DE CRITÉRIOS DE PRIORIDADE

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ANEXO 6

INDICADORES PARA APLICAÇÃO DE CRITÉRIOS DE PRIORIDADE.

ESTIMATIVA DE Nº DE INCLUSÃO EM GRAU CUSTO (R$) MORADIAS N° E NOME DA ÁREA PROGRAMAS OU SETOR DE RELAÇÃO CUSTO / DIRETAMENTE PROJETOS RISCO MORADIA AFETADAS ATENDIDA 16.700,81 1.CHÁCARA MACEDO 1 R2 09 1.855,64 2. CHÁCARA SANTA 1 R2 11 - MARIA 38.761,52 1 R2 10 3.876,15 12.089,70 2 R2 01 12.089,70 3. JARDIM ANALÂNDIA 14.064,75 3 R2 06 2.344,12 478,80 4 R3 01 478,80 95.760,00 4. JARDIM CAMPESTRE 1 R2 18 5.320,00 5.JARDIM CINIRA / 9.990,96 1 R2 02 PRIMAVERA 4.995,48 29.867,41 1 R3 06 Remoção total para unidades 4.977,90 6. JARDIM DO CARMO habitacionais em novo núcleo 79.800,00 2 R1 14 5.700,00 146.965,00 1 R3 20 7.348,25 7. JARDIM IDEMORI 414,96 2 R3 01 414,96 9.400,44 1 R2 04 2.350,11 Remoção total para unidades 2.327,50 8. JARDIM ITAPECERICA 2 R2 03 habitacionais em novo núcleo 775,83 21.061,88 3 R3 05 4.212,37 Urbanização de área remanescente e 150.290,00 9. JARDIM JACIRA remanejamento parcial de 1 R3 30 5.009,66 famílias para unidades habitacionais em novo núcleo 1 R1 Zero - 10. JD MARILÚ I / JD DAS PALMEIRAS 4.541,95 2 R2 02 2.270,97 11. JARDIM MARILÚ II/ 3.664,15 1 R2 03 JARDIM DAS PALMEIRAS 1.221,38 18.561,48 1 R2 04 4.640,37 8.331,12 12. JARDIM MARILÚ III 2 R3 02 4.165,56 16.518,00 3 R1 05 3.303,60 31.898,72 1 R3 ~ 20 1.594,93 13. JARDIM PARAÍSO I 2 R3 01 - 29.925,00 3 R4 04 7.481,25

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ANEXO 6

ESTIMATIVA DE CUSTO (R$) INCLUSÃO EM Nº DE MORADIAS GRAU DE RELAÇÃO N° E NOME DA ÁREA PROGRAMAS OU SETOR DIRETAMENTE RISCO CUSTO / PROJETOS AFETADAS MORADIA ATENDIDA Urbanização de área 19.668,04 remanescente e 1 R2 05 3.933,60 remanejamento parcial 14. JARDIM PARAÍSO II de famílias para 3.059,00 unidades habitacionais 2 R3 03 em novo núcleo 1.019,66 48.541,59 1 R3 18 2.713,42 9.921,80 2 R2 08 1.240,22 15. JARDIM PELÚCIO 3.684,10 3 R2 03 1.228,03 1.505,56 4 R2 03 501,85 13.002,08 1 R3 11 1.182,00 13.965,00 2 R2 05 2.793,00 16. JARDIM POTUVERÁ 10.307,50 3 R2 03 3.435,83 45.034,47 4 R2 09 5.003,83 12.927,60 17. JARDIM SAMPAIO I 1 R2 12 1.077,30 1.714,37 18. JARDIM SAMPAIO II 1 R2 02 Regularização 857,18 fundiária 25.988,20 19. JARDIM SAMPAIO III 1 R3 10 2.598,82 4.335,80 20. JARDIM SAMPAIO IV 1 R1 03 1.445,26 1.907,22 1 R2 01 1.907,22 48.631,45 Remoção total para 2 R2 08 21. JARDIM SANTA 6.078,93 unidades habitacionais AMÉLIA 7.666,12 em novo núcleo. 3 R2 01 7.666,12 9.280,74 4 R2 02 4.640,37 33.107,69 1 R3 20 22. JARDIM SÃO 1.655,38 MARCOS I 4.435,55 2 R2 03 1.478,51 23. JARDIM SÃO 7.682,08 1 R2 03 MARCOS II 2.560,94 16.984,10 1 R2 28 606,57 24. JARDIM SÃO PEDRO 9.602,60 2 R2 01 I 9.602,60 6.862,80 3 R2 06 1.143,80 1.895,25 1 R2 01 25. JARDIM SÃO PEDRO 1.895,25 II 10.025,54 2 R3 03 3.341,84

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Elaboração de Plano de Redução de Riscos no Município de Itapecerica da Serra (SP)

ANEXO 6

ESTIMATIVA DE CUSTO (R$) INCLUSÃO EM Nº DE MORADIAS GRAU DE RELAÇÃO N° E NOME DA ÁREA PROGRAMAS OU SETOR DIRETAMENTE RISCO CUSTO / PROJETOS AFETADAS MORADIA ATENDIDA 3.489,92 1 R2 02 26. JARDIM SÃO PEDRO 1.744,96 III 11.783,80 2 R2 01 11.783,80 20.862,38 1 R3 05 27. JARDIM TEREZA 4.172,47 MARIA / CENTRO 5.705,70 2 R2 04 1.426,42 43.903,30 1 R3 09 4.878,14 4.854,50 2 R2 03 1.618,16 28. MIRANTE DA LAGOA 9.033,36 3 R2 10 903,33 16.119,60 4 R2 08 2.014,95 4.628,40 29. PARQUE JANDAIA 1 R2 03 1.542,80 30. PARQUE PARAÍSO / 1 R1 zero - FORMOSA 31. PARQUE PARAÍSO / Urbanização de área 14.151,20 1 R2 01 GLEBA 07 I remanescente e 14.151,20 32. PARQUE PARAÍSO / remanejamento parcial 1 R3 02 - GLEBA 07 II de famílias para 33. PARQUE PARAÍSO / unidades habitacionais 13.326,60 1 R3 03 GUATEMALA em novo núcleo 4.442,20 34. PARQUE PARAÍSO / 1 R1 09 - NOVA YORK Remoção total para 51.045,40 35. VILA GENI unidades habitacionais 1 R3 05 10.209,08 em novo núcleo TOTAL 419 1.312.355,16

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