Relatório Setorial: Relatório Setorial de ESG: Bancos Latino- Americanos

12 de fevereiro de 2020

(Nota do Editor: Nosso Relatório Setorial de ESG (sigla em inglês para Environmental, Social and Governance) apresenta uma análise dos fatores ambientais, sociais e de governança de bancos ANALISTA PRINCIPAL selecionados na América Latina. Pretendemos ampliar o escopo de nossos Relatórios Setoriais de ESG a outras entidades futuramente.) Rafael Janequine São Paulo 55 (11) 3039-9786 rafael.janequine Conclusões principais @spglobal.com

CONTATOS ANALÍTICOS  Das 197 instituições financeiras que a S&P Global Ratings avalia na América Latina, cerca ADICIONAIS Sergio Garibian de 16% têm sua qualidade de crédito influenciada diretamente pelos fatores de crédito de São Paulo ESG mais positivamente ou negativamente do que seus pares. 55 (11) 3039-9749 sergio.garibian  A governança é o fator que influencia a qualidade de crédito dos bancos na maioria dos @spglobal.com casos. Claudia Sanchez  Os fatores sociais têm em geral maior influência na qualidade de crédito dos bancos públicos Cidade do México da região comparado com seus pares privados, dado o papel de políticas públicas que 52 (55) 5081-4418 desempenham. claudia.sanchez @spglobal.com  Os fatores ambientais têm um efeito modesto e, muitas vezes, indireto. Entretanto, os bancos Cynthia Cohen Freue vêm incorporando cada vez mais esses fatores em seus modelos de negócio. Buenos Aires 54 (11) 4891-2161

cynthia.cohenfreue @spglobal.com

Os riscos e oportunidades relacionados a ESG podem afetar a capacidade de uma entidade de Ivana Recalde honrar seus compromissos financeiros de diversas formas. A S&P Global Ratings incorpora esses Buenos Aires fatores em sua metodologia e análise de ratings, permitindo aos analistas incorporar impactos de 54 (11) -891-2127 ivana.recalde curto, médio e longo prazos - tanto qualitativos quanto quantitativos - em múltiplos passos na @spglobal.com análise de crédito (consulte “The Role Of Environmental, Social, And Governance Credit Factors In Our Ratings Analysis”, publicado em 12 de setembro de 2019). Alfredo Calvo Cidade do México Definimos os fatores de crédito de ESG como riscos ou oportunidades que influenciam a 52 (55) 5081-4436 capacidade e disposição de um devedor honrar suas obrigações financeiras. Essa influência pode alfredo.calvo @spglobal.com ser refletida mediante uma mudança na dimensão e na estabilidade relativa da base de receita existente ou projetada do devedor, em suas necessidades operacionais, nos riscos eminentes aos Pierre Gautier quais está exposta, em seus resultados financeiros, fluxos de caixa ou liquidez, ou na dimensão e Paris 33 (1) 4420-6711 prazo de vencimento dos compromissos financeiros. Este relatório explora como os fatores de pierre.gautier @spglobal.com

www.spratings.com 12 de fevereiro de 2020 1

Relatório Setorial de ESG: Bancos Latino-Americanos

crédito de ESG influenciam a qualidade de crédito das entidades que avaliamos na América Latina. Contudo, este relatório abrange somente os maiores bancos da região, ou aqueles de menor porte para os quais os fatores de crédito do ESG influenciam a qualidade de crédito de forma mais positiva ou mais negativa do que os pares. No total, concluímos que 31 instituições financeiras que avaliamos na América Latina, ou 16% do total delas, têm sua qualidade de crédito influenciada diretamente por um ou mais destes fatores de crédito.

Independentemente das regiões em que os bancos operam, eles estão principalmente expostos a riscos ambientais por meio de suas carteiras de crédito e de títulos e valores mobiliários, devido a riscos físicos e de transição de energia. A transição para uma economia de baixo carbono implica uma ampla gama de leis, normas e inovações ambientais em transição; ou uma mudança nas preferências dos consumidores. Os bancos e seus clientes têm de adotá-las, caso contrário estarão expostos a riscos de passivos ou simplesmente sofrerão uma ruptura. O risco de transição pode aumentar os riscos de crédito, de mercado ou operacional.

Os bancos também enfrentam muitos desafios sociais, incluindo como evitar riscos reputacionais ou regulatórios nas atividades de varejo, no momento em que suas práticas comerciais estão sob atento escrutínio em muitos países, e as expectativas da população e dos reguladores, como o foco na privacidade dos dados, são elevadas.

Também formamos uma visão da sua governança, que é um componente importante da nossa avaliação da qualidade da gestão e da estratégia. Analisamos vários fatores, incluindo o apetite de risco e a estabilidade da estratégia, a qualidade da equipe de administração, a incidência de controvérsias relacionadas a governança, a qualidade da governança corporativa e a qualidade e transparência da comunicação. Algumas dessas questões são sistêmicas e afetam o setor de um determinado país em sua totalidade. Dos três fatores, a governança é de longe o que mais influencia a qualidade do crédito bancário, e na maioria das vezes negativamente.

Tabela 1

Emissor/Rating/Comentários País Analista

Accendo Banco, S.A., Institucion de Banca Multiple (Accendo) (mxBB/Negativa/mxB)

Em nossa opinião, fatores de governança têm uma influência mais negativa na qualidade de crédito da México Staines, Accendo em relação a seus pares nacionais, dadas as falhas históricas na gestão e controle de risco da (BICRA: 4) Fernando instituição. Nos últimos dois a três anos, o banco sofreu uma série de incidentes que revelaram problemas em seu quadro de governança e controle - entre eles o envolvimento de dois antigos acionistas em escândalos de fraude e lavagem de dinheiro -, e levaram a um aumento do risco reputacional, ao mau desempenho dos ativos do banco, à deterioração de algumas linhas de negócio e, em última análise, ao cancelamento da oferta de compra do Deutsche Bank Mexico. O Accendo vem se empenhando ativamente para abordar suas limitações. Novos acionistas adquiriram o patrimônio líquido do banco, e a administração implementou um plano de correção que incluiu o rebranding da marca (o Accendo é o antigo Investa Bank). Desde a entrada de novos acionistas em 2017, o compromisso tem sido evidente na forma de injeções de capital expressivas e contínuas, dando suporte à reativação das suas linhas de negócio principais e desenvolvendo a sua linha de negócio digital. Contudo, o banco continua registrando perdas, e consideramos que a ocorrência de várias falhas de compliance/controle nos últimos anos continua prejudicando as operações do banco, incluindo sua capacidade de financiamento. A exposição do Accendo aos riscos ambientais e sociais é a mesma que a de seus pares da indústria.

www.spratings.com 12 de fevereiro de 2020 2

Relatório Setorial de ESG: Bancos Latino-Americanos

Bancolombia, S. A. y Companias Subordinadas (BB+/Positiva/B)

Vemos os fatores de crédito de ESG do como neutros para sua qualidade creditícia Colômbia Staines, comparado com seus pares domésticos. A governança corporativa na Colômbia tem melhorado nos (BICRA: 6) Fernando últimos anos, sobretudo impulsionada pelos reguladores, e o país tem feito alguns avanços na eficiência institucional e no Estado de Direito. De forma similar, o Bancolombia desenvolveu sólidas práticas de governança, que lhe permitiram executar com êxito sua estratégia de aquisição e diversificação em toda a América Central e enfrentar uma gama mais ampla de riscos legais e não financeiros. Ao mesmo tempo, pensamos que sua sólida estrutura lhe permitirá adaptar-se e implementar as mudanças regulatórias a serem adotadas nos próximos dois a três anos, bem como os desafios sociais como o considerável fluxo de imigrantes venezuelanos para o país. O banco implementou padrões de sustentabilidade de alto nível para incentivar o êxito da entidade a longo prazo. Neste contexto, esperamos que os principais esforços de sustentabilidade do banco, refletidos em suas práticas de concessão de crédito e serviços ao cliente, sustentem a reputação do banco e a fidelidade dos clientes, fatores esses que já incorporamos em nossa avaliação da posição de negócio forte da entidade. No entanto, o banco, como outros no sistema bancário colombiano, tem sido afetado por escândalos recentes de corrupção envolvendo o governo, como o caso Ruta del Sol, embora não acreditemos que este caso se traduzirá em risco financeiro ou reputacional elevado para o banco. Por fim, consideramos que os esforços de digitalização do banco resultaram em operações de baixo custo, embora os demais bancos colombianos também estejam implementando sua transformação digital, e consideramos seus esforços comparáveis aos do Bancolombia. O banco apresenta exposição modesta aos riscos ambientais. A exposição direta ao setor petrolífero é baixa, mas as exposições indiretas (incluindo a cadeia de suprimentos) são mais elevadas. No entanto, a carteira de empréstimos continua bem diversificada.

Banco Bradesco S.A. (BB-/Positiva/B)

Acreditamos que os fatores ambientais e sociais de crédito têm pesado na qualidade de crédito do Brasil Janequine, Bradesco na mesma medida em que para seus pares da indústria e brasileiros. O Bradesco tem um (BICRA: 6) Rafael comitê de sustentabilidade para incorporar riscos ambientais e sociais e oportunidades como parte de suas atividades e processos diários. No entanto, sua governança corporativa é relativamente forte, como se vê em sua avaliação da posição de negócios muito forte. As operações do banco têm resistido à recente recessão e investigações de corrupção no Brasil, que enfraqueceram o setor empresarial do país nos últimos cinco anos. O banco tem sido capaz de manter sua forte rede de franquias no Brasil em múltiplos negócios, como bancário, de seguros e gestão de ativos de terceiros. Desde 2014, as investigações da Lava Jato tiveram um impacto considerável em alguns setores, como os de construção civil e produção de carne. As investigações, porém, tiveram maior implicação para as corporações e não expuseram os grandes bancos, inclusive o Bradesco, a nenhum risco reputacional. Além disso, acreditamos que o portfólio diversificado do Bradesco compensa parcialmente a fraca economia brasileira. Especificamente, as exposições diretas do banco a setores cíclicos vulneráveis a riscos ambientais - como a construção e o setor imobiliário (9,8% dos empréstimos comerciais), a produção sucroalcooleira (2,8%) e de petróleo e gás (4,8%) - são modestas. Além disso, o Bradesco tem desenvolvido e participado em várias iniciativas para reduzir riscos e se beneficiar de várias iniciativas socioambientais ao longo dos últimos anos.

Banco S.A. (BBB-/Estável/A-3)

Acreditamos que os fatores de crédito de ESG têm influenciado a qualidade de crédito do Banco Colômbia Sotomayor, Davivienda de forma similar a seus pares da indústria e domésticos. A gestão histórica de risco e controle (BICRA: 6) Jesus tem sustentado a reputação do banco nos sistemas bancários colombianos e da América Central. O Banco Davivienda abordou e identificou potenciais fatores de risco de governança a fim de evitar impacto em sua reputação e, consequentemente, volatilidade nos resultados financeiros. Os fatores sociais têm efeito neutro na qualidade de crédito do Banco Davivienda. A adaptação às mudanças nas preferências dos clientes está entre as prioridades estratégicas do banco, dada sua ampla base de clientes de varejo. As vendas de produtos através de canais digitais continuam crescendo, representando cerca de 48% em

www.spratings.com 12 de fevereiro de 2020 3

Relatório Setorial de ESG: Bancos Latino-Americanos

setembro de 2019, versus 28% no ano anterior. Em nossa visão, essa estratégia deve levar a melhores resultados financeiros, com níveis mais altos de eficiência, enquanto o Banco Davivienda continua expandindo sua base de clientes por meio de melhores serviços e experiência bancária. Por fim, fatores ambientais não influenciam sua qualidade de crédito mais do que a de seus pares, embora o banco tenha sido proativo em transações de dívida no mercado sustentável (green) e apesar de sua relevância para a estratégia de longo prazo do banco.

Banco de Chile (A/Estável/A-1)

Consideramos a exposição a riscos/oportunidades de ESG do como em geral alinhada à Chile Janequine, de pares domésticos e da indústria. Os bancos têm uma exposição moderada a riscos ambientais e (BICRA: 3) Rafael sociais no Chile, e com o Banco de Chile não é diferente. As recentes manifestações públicas maciças no Chile deverão ter um impacto negativo e transitório tanto no crescimento do PIB como nas finanças públicas. As entidades financeiras chilenas conseguiram enfrentar os protestos que tiveram início em meados de outubro, assegurando as operações mediante a ativação antecipada de planos de contingência, protocolos de emergência e mantendo o acesso dos clientes a plataformas bancárias online e aplicativos de telefone celular. As instituições financeiras reduziram os serviços presenciais no início dos protestos e depois os restabeleceram gradualmente. As entidades podem recuperar os custos dos danos às agências bancárias através de apólices de seguros. O setor já tem experiência em lidar com eventos de ruptura, como o terremoto de 2010 no Chile. Como seus pares, o Banco de Chile está exposto a alguns desafios de médio prazo decorrentes da transição do país para uma matriz energética mais limpa e do impacto que isso pode ter em alguns setores ou contrapartes para as quais que o banco concede empréstimo ou nas quais investe. No entanto, não existem concentrações ou exposições significativas de empréstimos diretos do setor empresarial a segmentos de risco, dado que os empréstimos do sistema ao setor de pescas ou de mineração representam cerca de 2% do total de empréstimos, e os empréstimos à construção representam 3%. No entanto, a exposição indireta aos setores com exposição ambiental, ao longo de toda a cadeia de suprimentos, é provavelmente mais elevada. Ainda assim, as normas e a legislação ambientais no Chile estão provavelmente mudando a um ritmo mais lento do que na Europa ou nos EUA, gerando menos pressão sobre alguns setores/contrapartes que produzem, ou dependem em grande medida do tipo de energia fóssil para se ajustarem rapidamente. Como outros bancos domésticos, o Banco de Chile realiza negociações com sindicatos bancários uma vez a cada três anos, tendo concluído com êxito uma em 2019, sem grande impacto financeiro. Além disso, a governança da entidade está em linha com as práticas do setor, em nossa opinião. Em termos mais gerais, as classificações do Estado de Direito e do controle da corrupção no Chile são mais fortes do que as de outros países latino- americanos. Em maio de 2018, o Banco de Chile sofreu um ciberataque que ativou seu protocolo de contingência, afetando temporariamente alguns serviços em toda a sua rede de agências. O incidente custou ao banco cerca de CLP6,9 bilhões (cerca de US$10 milhões), que foi coberto por apólices de seguro. Durante esse tempo, não identificamos nenhum efeito sobre seus fundamentos de crédito, nem financeiro ou reputacional. Desde o evento, o banco reestruturou seu departamento de segurança cibernética, o qual reporta diretamente ao CEO, e aprimorou a capacidade tecnológica e o treinamento de pessoal. Além disso, o órgão regulador do mercado financeiro tem aumentado o escrutínio da segurança cibernética dos bancos, dadas as diversas ocorrências em todo o sistema no último ano.

Banco de Costa Rica (BCR) (B+/Negativa/B)

Acreditamos que os fatores de crédito de governança atualmente afetam negativamente a qualidade de Costa Rica Peniche, crédito do BCR comparado com seus pares domésticos, dado o escândalo de corrupção “Cementazo”, de (BICRA; 7) Alejandro 2017, que envolveu o banco e membros de seu conselho. O escândalo resultou em investigações legais e na demissão de vários membros do conselho. O BCR está trabalhando para resolver as questões identificadas, a fim de ajudar a manter seu desempenho em termos de governança corporativa. Ele já substituiu todos os membros do conselho envolvidos, mas, em nossa opinião, é muito cedo para avaliar a eficácia de tais ações e o impacto que terão no banco e em suas práticas de governança. Fatores sociais e ambientais, embora críticos para a estratégia de longo prazo do banco, não têm mais influência em sua qualidade do crédito do que na de os seus pares.

www.spratings.com 12 de fevereiro de 2020 4

Relatório Setorial de ESG: Bancos Latino-Americanos

Banco de Credito e Inversiones (BCI) (A/Estável/A-1)

Avaliamos a exposição a riscos e oportunidades de ESG do BCI como em geral alinhada à dos pares da Chile Ballester, indústria e chilenos. As recentes manifestações públicas maciças no Chile deverão ter um impacto (BICRA: 3) Sofia negativo e transitório tanto no crescimento do PIB como nas finanças públicas. O BCI, como outras entidades financeiras chilenas, tem sido capazes de lidar com protestos que começaram em meados de outubro, garantindo operações através da ativação antecipada de planos de contingência, protocolos de emergência e mantendo o acesso dos clientes a plataformas bancárias online e aplicativos de celular. As instituições financeiras reduziram os serviços presenciais no início dos protestos e depois os restabeleceram gradualmente. As entidades podem recuperar os custos dos danos às agências bancárias através de apólices de seguros. O setor já tem experiência em lidar com eventos de ruptura, como o terremoto de 2010 no Chile. O BCI apresenta exposição gerenciável ao risco ambiental. Não existem concentrações ou exposições significativas de empréstimos diretos do sector empresarial a segmentos de risco. Ainda assim, os bancos chilenos estão indiretamente expostos aos setores de commodities e mineração ao longo de toda a cadeia de suprimentos. A transição do país para uma matriz energética mais limpa é um desafio indireto e de médio prazo para os bancos gerenciarem. A economia do Chile é diversa em comparação com a dos países vizinhos, e os balanços dos bancos também refletem essa diversidade. Em julho de 2019, o BCI emitiu um green bond no valor de US$50 milhões e prazo de 10 anos. Os recursos serão usados para financiar projetos de energia renovável não convencional (NCRE) para abordar a mudança climática. Embora esse bond represente apenas 0,1% da base de funding do banco, ele destaca que a transição energética e os riscos ambientais estão cada vez mais embutidos na estratégia de médio prazo do banco.

Banco de Galicia y Buenos Aires S.A. (Banco Galicia) (B-/CW Neg./--)

Os fatores de crédito de ESG não influenciam a qualidade de crédito do Banco Galícia mais do que a de Argentina Cangueiro, seus pares domésticos e da indústria. O sistema bancário argentino tem uma grande proporção de bancos (BICRA: 9) Maria públicos (39% do total de ativos) que normalmente têm um papel social mais relevante, alcançando segmentos da população e pequenas e médias empresas (PMEs) que, normalmente, não são o alvo dos bancos privados. O Banco Galicia é um grande banco privado universal no país. O Banco Galicia e o sistema bancário como um todo têm demonstrado práticas satisfatórias de governança corporativa. No entanto, consideramos que os bancos públicos têm geralmente práticas de governança mais fracas do que os bancos privados. Ainda assim, vários casos de corrupção envolvendo políticos e empresas de construção no país nos últimos anos não afetaram os bancos no sistema. O Banco Galicia tem uma exposição ligeiramente maior ao segmento agrícola do que o restante do sistema bancário. Este setor representa aproximadamente 13% da carteira de crédito do banco, comparado com 11% para o setor bancário como um todo, mas não acreditamos que represente riscos de crédito mais elevados para Banco Galicia. Além disso, o banco concede crédito essencialmente à cidade e província de Buenos Aires, região que acreditamos ser menos vulnerável a eventos climáticos extremos do que outras partes do país ou a maior parte da América do Sul. Além disso, as exposições de crédito do banco são bem diversificadas, com empréstimos de varejo representando 37% do total, enquanto os empréstimos corporativos representam 60% (40% para grandes corporações e 20% para pequenas empresas). As exposições a outros setores ambientalmente sensíveis, como a construção ou empresas de energia, são baixas. Em 2018, o Banco Galicia emitiu o primeiro green bond na Argentina, visando captar US$100 milhões para expandir seu programa de crédito a projetos de eficiência ambiental. Entretanto, esse bond ainda representa apenas 1% da base de funding do banco.

Banco del Estado de Chile (Banco Estado) (A+/Estável/A-1)

Em nossa visão, fatores ambientais e de governança influenciam a qualidade de crédito do Banco Estado Chile Recalde, diferentemente da de seus pares domésticos e da indústria, embora fatores sociais influenciem sua (BICRA: 3) Ivana qualidade creditícia de maneira mais positiva do que a dos pares. O Banco Estado é o único banco público no Chile. O Banco Estado e outras entidades financeiras do Chile conseguiram lidar com os protestos iniciados em meados de outubro de 2019, garantindo operações através da ativação antecipada

www.spratings.com 12 de fevereiro de 2020 5

Relatório Setorial de ESG: Bancos Latino-Americanos

de planos de contingência, protocolos de emergência e manutenção do acesso dos clientes às plataformas bancárias online e aplicativos de celular. Esperamos que o Banco Estado desempenhe um papel importante no apoio à recuperação econômica após distúrbios em 2019, com foco nas PME e nos tomadores pessoas físicas e através de injeções de capital do governo (US$500 milhões). O Banco Estado tem um papel social significativo no Chile por atuar como um mecanismo anticíclico durante as crises econômicas, concedendo crédito e expandindo o acesso ao sistema financeiro. Além disso, o Banco Estado possui uma vasta rede de agências em todo o país, incluindo áreas remotas onde bancos privados normalmente não operam. A missão social do banco sustenta seu modelo de negócios, como observado em nossa avaliação de sua posição de negócio forte. Isso resulta de uma base de funding de baixo custo, diversificada e estável que suporta franquias de mercado. Além disso, consideramos altamente provável que o governo forneça suporte financeiro oportuno e suficiente ao Banco Estado, se necessário, devido ao papel social da instituição. A exposição ao risco ambiental é gerenciável, com concentrações limitadas de empréstimos diretos do setor corporativo ou exposições a segmentos de risco, como mineração, pesca e agricultura, que juntos representam menos de 5% da carteira total de crédito do Banco Estado, enquanto o da construção representa cerca de 7% dos empréstimos. Entretanto, como no restante da indústria bancária no Chile, a exposição indireta do Banco Estado a setores com exposição ambiental, por meio da cadeia de suprimentos como um todo, é provavelmente mais alta. Ainda assim, as normas e a legislação ambientais no Chile provavelmente estão mudando em um ritmo mais lento do que na Europa ou nos EUA, gerando menos pressão sobre alguns setores/contrapartes que produzem, ou dependendo em grande medida de energia fóssil para se ajustar rapidamente.

Banco do Brasil (BB-/Positiva/B)

Acreditamos que os fatores de ESG, em particular os sociais, influenciam mais positivamente a qualidade Brasil Cohen Freue, creditícia do banco do que a de seus pares. Os fatores ambientais são importantes para a estratégia de (BICRA: 6) Cynthia longo prazo do banco, que possui uma exposição substancial ao setor agrícola, mas não têm maior influência em sua qualidade de crédito do que na de seus pares do setor. Por outro lado, o desempenha um papel social relevante no Brasil. Acreditamos que a entidade desempenhe um papel muito importante para o governo ao fornecer financiamento competitivo e de longo prazo ao setor agrícola, que representa 8% do PIB do Brasil. Além disso, banco possui uma vasta rede de agências em todo o país, incluindo áreas remotas onde bancos privados geralmente não operam. A missão social do banco sustenta sua qualidade de crédito e a estabilidade de seu modelo de negócios, como observado na avaliação muito forte de sua posição de negócios. Isso decorre de sua base de funding de baixo custo, diversificada e estável, que suporta sua franquia de mercado muito forte. Além disso, consideramos altamente provável que o governo forneça suporte financeiro oportuno e suficiente à entidade, se necessário, dado seu papel social específico. Acreditamos que sua gestão e estratégia geral estão de certa forma sujeitas à influência política, uma vez que o governo nomeia a maioria dos membros do conselho e o CEO do Banco do Brasil. Entretanto, em nossa opinião, por ser uma entidade listada em bolsa, o banco aprimora suas práticas de governança e reduz a probabilidade de interferência indevida do governo. Além disso, a promulgação da Lei 13.303/16 (Lei das Estatais) em 2017 aprimorou ainda mais a tomada de decisão dos conselheiros, que acreditamos promover maior transparência nas operações e limitar as nomeações políticas para as posições executivas do banco.

Banco do Nordeste do Brasil S.A. (BNB) (BB-/Positiva/B)

Os fatores sociais pesam mais positivamente na qualidade de crédito do BNB comparado a seus pares da Brasil Janequine, indústria. O BNB desempenha um papel social significativo, uma vez que fornece financiamento à (BICRA: 6) Rafael segunda região mais populosa, mas economicamente subdesenvolvida, do Brasil. Ela desempenha um papel central na estratégia do governo federal de desenvolver o nordeste do Brasil, fornecendo crédito de longo prazo para investimentos e financiamento de infraestrutura na região. O banco também é um agente importante para a inclusão bancária no semiárido do Nordeste, onde o emprego e a atividade econômica são amplamente informais e a presença de outros bancos é pequena. Dado seu importante papel social, o BNB é o operador do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE), que é financiado pelo governo para promover o desenvolvimento econômico no nordeste do Brasil. O banco recebe grandes taxas pelo gerenciamento de caixa, liquidez e empréstimos do FNE, o que resultou em receita estável

www.spratings.com 12 de fevereiro de 2020 6

Relatório Setorial de ESG: Bancos Latino-Americanos

mesmo diante de condições econômicas adversas. Dessa forma, sua rentabilidade depende menos de sua originação de crédito, fornecendo uma proteção contra condições estressantes de mercado, que consideramos relevantes para sua qualidade de crédito. Por outro lado, acreditamos que o BNB está sujeito a decisões estratégicas sem fins lucrativos, por ser um instrumento de política social do governo. Por exemplo, o banco está mais exposto a segmentos de maior risco do que o setor em média (como pequenas e médias empresas [PMEs] e microcrédito). Além disso, a constituição do Brasil restringe o banco a operar fora do nordeste do país. Isso resulta em certa concentração geográfica e maiores riscos de crédito. Além disso, como outros bancos estatais, acreditamos que esteja sujeito a certa interferência política. No entanto, por ser listado em bolsa, possui padrões de governança mais fortes em comparação com outras entidades relacionadas ao governo brasileiro controladas exclusivamente pelo governo. Os fatores ambientais, embora críticos para a estratégia de longo prazo do banco, não têm mais influência em sua qualidade de crédito do que na de seus pares.

Banco General S.A. (BBB+/Estável/A-2)

Vemos os fatores de crédito de ESG do Banco General como em geral alinhados com os pares da Panamá Sotomayor, indústria e domésticos. A entidade está no caminho para alinhar sua estratégia de negócios aos objetivos (BICRA: 5) Jesus de desenvolvimento sustentável, apoiada em seu histórico satisfatório de governança. Suas práticas de administração e governança corporativa são satisfatórias, o que se reflete em um histórico de execução de sua estratégia de negócios e resultados saudáveis. O Banco General tem adotado medidas para abordar e identificar possíveis fatores de risco de governança, a fim de evitar uma potencial deterioração da reputação e, consequentemente, volatilidade em seus resultados financeiros. O banco está adaptando sua estratégia às novas tendências globais e planeja investir mais em canais digitais, como sites e aplicativos de celular. Fatores sociais ganharam relevância para o Banco General, mas estão alinhados com os de outras grandes instituições financeiras do país. Este último reflete nossa visão do impacto neutro de crédito. Por fim, fatores ambientais, embora relevantes para a estratégia de longo prazo do banco, não têm mais influência em sua qualidade de crédito comparado com seus pares.

Banco Inbursa S.A. Institucion de Banca Multiple Grupo Financiero Inbursa (BBB+/Negativa/A-2)

De nossa perspectiva, os fatores de crédito de ESG do Banco Inbursa estão em geral alinhados aos dos México Rubio, Erick pares da indústria e locais no México. A entidade mantém um nível robusto de governança corporativa e (BICRA: 4) possui um sólido histórico de fusões e aquisições, além de sinergias operacionais com outras empresas, importantes para a estratégia do banco e do grupo. Nesse sentido, o banco conta com os serviços prestados por seu segmento de análise de risco e possui uma unidade abrangente de gerenciamento de riscos para identificar, mensurar, controlar e monitorar todos os riscos operacionais quantificáveis e não quantificáveis. Fatores sociais e ambientais são relevantes para o banco, que é um dos principais credores mexicanos. O Banco Inbursa faz parte do conglomerado corporativo Grupo Carso, no México, que possui diversas fundações, projetos e programas com um alto senso de responsabilidade social, que acreditamos estar alinhados com os de outras grandes instituições financeiras do país.

Banco Industrial S.A. (BB-/Estável/B)

Em nossa visão, fatores de ESG têm influência neutra na qualidade de crédito do Banco Industrial em Rubio, Erick comparação com seus pares e os maiores bancos da América Latina, embora a Guatemala tenha (BICRA: 7) experimentado alguns escândalos de corrupção e políticos nos últimos anos, o que afetou a economia do país - tanto o crescimento do PIB quanto as contas públicas - e prejudicou em geral a confiança do investidor no país. Especificamente, as tensões sociais aumentaram em meio à alta incerteza política na Guatemala. Os escândalos de corrupção afetaram a capacidade do presidente de promover uma reforma fiscal abrangente, enquanto a instabilidade política sinalizou controles internos fracos nas instituições. No entanto, o setor financeiro da Guatemala já possui experiência em lidar com esse tipo de evento e tem conseguido manter níveis adequados de crédito e conter perdas operacionais em níveis moderados. Nesse contexto, os bancos têm em geral uma exposição gerenciável aos riscos sociais, e o Banco Industrial, como líder no país, possui regras de governança corporativa e práticas adequados de gestão e

www.spratings.com 12 de fevereiro de 2020 7

Relatório Setorial de ESG: Bancos Latino-Americanos

controle de riscos, que estão à frente da indústria local. Além disso, acreditamos que as principais políticas econômicas não sofrerão alterações fundamentais, uma vez que o país possui um sólido histórico de políticas econômicas estáveis entre as administrações e um sólido perfil econômico-financeiro.

Banco Internacional de Costa Rica, S.A. (BICSA) (B+/Negativa/B)

Consideramos que os fatores de crédito de governança têm atualmente influência negativa na qualidade Costa Rica Peniche, de crédito do BICSA em comparação com outros pares domésticos, dados os escândalos de 2016 que (BICRA; 7) Alejandro envolveram os acionistas do banco e que tiveram implicações negativas para a entidade a ponto de seu balanço se contrair após algumas vendas de ativos. Desde então, o BICSA implementou algumas medidas para abordar esses riscos, como a criação de um comitê executivo composto pelos CEOs de seus controladores e por seu próprio CEO. Ainda estamos avaliando o impacto dessas medidas a longo prazo em relação à autonomia e resiliência do banco, dada a atual situação econômica de seus controladores e da Costa Rica. Além disso, consideramos que, mesmo se fatores ambientais e sociais forem considerados na estratégia geral do banco, não esperamos que tenham maior influência na qualidade de crédito do BICSA comparado com seus pares.

Banco Latinoamericano de Comercio Exterior S.A. (Bladex)(BBB/Negativa/A-2)

Acreditamos que fatores de crédito de ESG, sobretudo governança, influenciam a qualidade de crédito do Panamá Palacios, Bladex mais positivamente do que a de seus pares. A forte disciplina do banco em relação a políticas e (BICRA: 5) Jesus práticas; a composição do conselho; e sua listagem na NYSE, que reforça a disciplina e o controle, são fatores de governança que aumentam sua qualidade de crédito. A carteira da entidade possui baixa exposição direta a fatores de risco ambientais e sociais - semelhante a outros bancos de desenvolvimento. A missão do banco é promover o desenvolvimento econômico por meio do financiamento comercial na região. Por outro lado, é exposto como credor a indústrias sensíveis a riscos e mudanças ambientais, como as indústrias pesadas e de agronegócios. No entanto, a diversificação da carteira do banco por país e setor é adequada, e suas práticas de concessão de crédito, controles de risco e governança geral são sólidas. Portanto, acreditamos que o banco seria capaz de identificar e agir de forma proativa caso uma contraparte ou segmento do setor específico sofra piora da qualidade de crédito devido a fatores ambientais. Além disso, esperamos que mais da metade de sua carteira continue sendo composta por instituições financeiras nos próximos anos. Além de ver o Bladex como tendo baixa a moderada exposição a riscos ambientais, também acreditamos que tenha diversificação sólida do país e baixa exposição a clientes, com sua maior contraparte representando menos de 3% do portfólio total.

Banco Mercantil del Norte, S.A. Institucion de Banca Multiple Grupo Financiero (Banorte) (BBB+/Negativa/A-2)

Vemos os fatores de crédito de ESG do Banorte como em geral alinhados aos de seus pares da indústria México Calvo, e domésticos no México. O Banorte está no caminho para alinhar sua estratégia de negócios aos objetivos (BICRA: 4) Alfredo de desenvolvimento sustentável. Suas práticas de gestão e governança corporativa são satisfatórias. Dadas as fusões e aquisições do Grupo Financiero Banorte S.A.B. de C.V. y Subsidiarias', seu controlador, nos últimos dez anos, esse fator, juntamente com a gestão de riscos, ganhou maior relevância. Isso reflete os riscos de integração decorrentes de fusões ou aquisições que podem danificar o perfil de negócios e o desempenho financeiro do banco ou do grupo. Entretanto, o controlador e o Banorte tiveram êxito na realização e integração desses tipos de transações. Também destacamos o histórico de execução de sua estratégia e seus sólidos resultados financeiros. Nos últimos dois anos, mais ataques cibernéticos atingiram bancos, afetando milhões de clientes, e com o Banorte não foi diferente. Em nossa visão, o Banorte está aprendendo com a experiência de seus pares e vem investindo e fortalecendo suas medidas de segurança tecnológica. Esses esforços podem representar uma oportunidade para a entidade em termos de engajamento com o cliente e redução dos danos reputacionais. A exposição ambiental não é um fator de crédito distintivo para o banco.

www.spratings.com 12 de fevereiro de 2020 8

Relatório Setorial de ESG: Bancos Latino-Americanos

Banco Nacional de Mexico S.A. (Citibanamex) (BBB+/Negativa/A-2)

Consideramos que os fatores de governança têm influência neutra na qualidade de crédito do México Jesus Citibanamex. Após a experiência dos problemas de fraude em 2014, a gerência se concentrou em (BICRA: 4) Sotomayor aprimoramentos no controle de riscos e no fortalecimento de sua governança corporativa. A estratégia consistia em uma estrutura mais rígida de compliance e controle. Além disso, o banco reforçou seus controles de prevenção de lavagem de dinheiro. Essas medidas ajudaram a instituição a recuperar sua reputação de marca, que agora está alinhada com a de outros grandes players do México em termos de governança e transparência. Os fatores sociais ganharam relevância para o Citibanamex, um dos maiores credores do México, tendência similar à das grandes instituições financeiras do país. Mas isso não influencia a qualidade de crédito do Citibanamex, em nossa visão. Por fim, fatores ambientais, embora relevantes para a estratégia de longo prazo, não têm maior influência em sua qualidade do crédito do que na de seus pares.

Banco Paulista S.A. (brBBB-/CW Neg./brA-3)

Acreditamos que os fatores de crédito de ESG, sobretudo os de governança, afetam a qualidade de Brasil Janequine, crédito do Banco Paulista mais negativamente do que a indústria e seus pares no Brasil. As questões (BICRA: 6) Rafael relacionadas à governança surgiram em maio de 2019, quando a Polícia Federal lançou a Operação 'Disfarces Mamom' para investigar um suposto esquema de lavagem de dinheiro relacionado a operações cambiais do Banco Paulista envolvendo seus executivos. Esperamos que as investigações afetem significativamente as perspectivas de negócios do banco relacionadas às operações de câmbio, que representaram cerca de 50% de sua receita. O auditor independente das demonstrações financeiras de 2018 do banco emitiu um parecer “sem opinião”, uma vez que ainda não há clareza sobre os possíveis impactos financeiros da investigação. Acreditamos que os riscos reputacionais ainda podem afetar outros segmentos de negócios do banco. Fatores ambientais e sociais não influenciam mais a qualidade do crédito do banco do que a de seus pares.

Banistmo S.A. (BB+/Positiva/B)

Avaliamos os fatores de ESG como neutros para a qualidade de crédito do Banistmo. Por outro lado, o Panamá Rubio, Erick Banistmo, como subsidiária core do Bancolombia, tem como foco fatores sociais e ambientais, que fazem (BICRA: 5) parte do escopo da estrutura de governança corporativa e controle de seu controlador, o que dá suporte à qualidade de crédito da entidade. A governança corporativa do Bancolombia e de suas subsidiárias tem melhorado nos últimos anos. A entidade desenvolveu sólidas práticas de governança, que lhe permitiu executar sua estratégia de aquisição e diversificação em toda a América Central. Além disso, embora o Financial Action Task Force (FATF) tenha colocado o Panamá novamente em sua “lista cinza” em junho de 2019, não esperamos impacto significativo nos volumes de negócio da indústria bancária. Isso porque essa medida ocorreu principalmente devido a negócios e profissões não financeiras designadas - empresas imobiliárias, zonas francas e advogados - não por conta do setor financeiro.

Banque Heritage (Uruguay) SA (B+/Positiva/--)

Em nossa opinião, os fatores de crédito de ESG do Banque Heritage estão em geral alinhados aos dos Uruguai Ballester, pares da indústria e domésticos. O banco conseguiu superar um caso de fraude em 2017, causado por (BICRA: 6) Sofia um funcionário que administrava equivocadamente recursos de um pequeno grupo de clientes não residentes do segmento de private banking. Graças à sua unidade de seguros e ao suporte de seu controlador, o Banque Heritage Switzerland, o banco foi capaz de absorver perdas. Desde então, adotou diferentes medidas para aprimorar os controles internos e a governança, principalmente aumentando os controles operacionais em suas atividades de gestão de patrimônio. Além disso, os bancos uruguaios, inclusive o Banque Heritage, têm exposição moderada a riscos socioambientais no país. O amplo consenso político do Uruguai e suas instituições estáveis e bem estabelecidas ancoraram - e continuarão a ancorar - a estabilidade econômica. Além disso, instituições políticas previsíveis e a consistente política econômica impulsionaram o investimento e o crescimento econômico. O Uruguai ocupa uma posição de

www.spratings.com 12 de fevereiro de 2020 9

Relatório Setorial de ESG: Bancos Latino-Americanos

destaque em pontuações internacionais de governança e tem a melhor classificação, indicando o mínimo de corrupção, na América Latina e nos mercados emergentes globais no Índice de Percepção de Corrupção de 2018 da Transparency International. Nesse contexto, o sistema bancário do Uruguai tem demonstrado práticas satisfatórias de governança corporativa. Por outro lado, acreditamos que o setor bancário é vulnerável a empréstimos em moeda estrangeira e setores cíclicos como a agricultura, o que aumenta seu risco de crédito.

BBVA Bancomer, S.A (BBVA Mexico) (BBB+/Negativa/A-2)

Consideramos os fatores de crédito de ESG do BBVA Mexico como em geral alinhados aos dos pares da México Grisi, indústria e domésticos. Baseamos nossa opinião da sólida administração e governança do banco em sua (BICRA: 4) Ricardo visão e execução estratégica clara, em suas práticas prudenciais de concessão de crédito durante ciclos econômicos menos favoráveis, e em seu foco claro nos mercados-alvo nos quais deseja crescer. A sólida estrutura de governança, incluindo riscos e controles, está em linha com as práticas desenvolvidas pelo controlador, o Banco Bilbao Vizcaya Argentaria, S.A. O BBVA Mexico foi inovador e adotou prontamente as funcionalidades de banco digital. Possui um modelo de banco digital altamente eficiente, que representa parte essencial de sua estratégia. Os empréstimos ao consumidor por meio de canais digitais continuam crescendo e agora representam cerca de 60% do total de vendas ao consumidor, versus 15% em 2015. Acreditamos que essa iniciativa tecnológica trará ao BBVA Mexico uma vantagem competitiva comparado a outros bancos mexicanos com menos desenvolvimento de TI - ajudando a melhorar os níveis de eficiência. Os riscos socioambientais não constituem fatores de crédito distintos para a qualidade de crédito do BBVA Mexico comparado com seus pares.

Banco BBVA Peru (BBB+/Estável/A-2)

Os fatores de crédito de ESG não influenciam a qualidade de crédito do BBVA Peru de forma diferente Peru Cohen Freue, dos pares da indústria e domésticos. O Peru tem certa exposição a desastres naturais, como terremotos, (BICRA: 5) Cyntha atividades vulcânicas, deslizamentos de terra e o fenômeno El Niño. Entretanto, o BBVA Peru, assim como o restante do sistema bancário doméstico, conseguiu conter perdas de crédito e operacionais em níveis moderados durante essas condições. A exposição do banco ao setor agrícola, por exemplo, é baixa. De maneira mais geral, a carteira de empréstimos do banco é mais diversificada do que a de alguns pares domésticos, refletindo sua estrutura mais robusta de controle de risco. No entanto, a economia peruana depende, em certa medida, do setor de metais de commodities, que os bancos domésticos geralmente não financiam. Ainda assim, os bancos estão indiretamente expostos a esses setores em toda a cadeia de suprimentos (fornecedores, subcontratantes e funcionários do setor, que também são clientes de varejo). A transição do país para uma matriz energética mais limpa é um desafio indireto e de médio prazo para os bancos gerenciarem, uma vez que essas instituições se beneficiaram da riqueza gerada pelo setor de metais de commodities e dos grandes investimentos internacionais que recebeu. A administração do presidente Vizcarra foi marcada por investigações de corrupção e confronto político com o Congresso. As recentes eleições legislativas resultaram em um Congresso fragmentado, mas provavelmente menos hostil ao poder executivo do que o anterior. O risco de protestos sociais, principalmente contra alguns projetos de mineração por conta de lucro ou preocupações ambientais, permanecerá elevado, com potencial impacto na governabilidade e nas decisões de investimento e, consequentemente, nas perspectivas de crescimento econômico. A capacidade de conciliar preocupações entre o governo central, autoridades locais e indústrias continua sendo um desafio para o Peru. As eleições gerais ocorrerão em abril de 2021. Não esperamos que a estrutura da política econômica e sua implementação sofram mudanças fundamentais, dado o histórico do Peru de políticas econômicas estáveis entre administrações e seu sólido perfil econômico e financeiro.

BRB - Banco de Brasília S.A. (B+/CW Neg./B)

Em nossa opinião, fatores de governança têm uma influência mais negativa na qualidade de crédito do Brasil Breviglieri, BRB em relação aos pares domésticos. Em 29 de janeiro de 2019, a Polícia Federal deflagrou a Operação (BICRA: 6) Pedro Circos Máximos, que investiga uma suposta organização criminosa no BRB, gerando preocupações

www.spratings.com 12 de fevereiro de 2020 10

Relatório Setorial de ESG: Bancos Latino-Americanos

quanto à governança corporativa do banco. A investigação apontou o antigo CEO do BRB e outros executivos seniores como cúmplices em um esquema que presumidamente utilizou o pagamento de propina desde 2014 em troca de desembolsos para projetos. O conselho de administração do banco afastou imediatamente do cargo seis executivos envolvidos no esquema. Após esse evento, o BRB tem agora uma nova administração que busca fortalecer sua governança. A nova administração do BRB contratou uma empresa de auditoria em abril de 2019 para investigar o nível dos danos causados pelo esquema de corrupção. Além disso, a nova administração do banco tem se empenhado para aprimorar os controles internos e estabelecer indicadores e metas específicas de governança. Além disso, como outros bancos públicos brasileiros, acreditamos que o BRB esteja sujeito a decisões estratégicas sem fins lucrativos. Por exemplo, a nova administração do banco pretende se tornar o principal apoiador de empresas locais no Distrito Federal, segmento em que o BRB sofreu as maiores perdas de crédito no passado. Atualmente, a carteira de crédito de PMEs é pequena e não representa um risco significativo para a qualidade dos ativos do banco. No entanto, acreditamos que não está claro se o banco tem capacidade suficiente para gerenciar os riscos associados a essa estratégia de crescimento. Fatores ambientais e sociais não influenciam mais a qualidade do crédito do banco do que a de seus pares.

Caixa Econômica Federal (BB-/Positiva/B)

Fatores sociais dão suporte à qualidade de crédito da Caixa, enquanto a governança a pressiona. A Brasil Breviglieri, instituição desempenha um importante papel social no Brasil. Consideramos a instituição como uma (BICRA: 6) Pedro entidade relacionada ao governo fundamental por ser um agente-chave para a estratégia do país, seus investimentos de longo prazo e para o financiamento da infraestrutura. Também reconhecemos seu papel essencial no setor imobiliário brasileiro, sendo o principal fornecedor de financiamento subsidiado para esse segmento, sobretudo para os tomadores de baixa e média renda. O papel do banco na execução de políticas públicas o permitiu operar nas regiões remotas do país e lhe proporciona uma base de cerca de 99 milhões de clientes fidelizados (aproximadamente 47% da população brasileira), o que dá suporte à estabilidade e diversificação de crédito da Caixa. O papel do banco como um importante agente de financiamento de longo prazo no Brasil exige que a entidade tenha uma base de funding estável. É por esse motivo que o funding da Caixa tem amplo suporte do funding do governo, o que lhe concede uma posição privilegiada no sistema, além dos custos de funding mais baixos no país. O banco tem um vínculo integral com o governo soberano e desempenha um papel social fundamental na economia, o que nos leva a esperar uma probabilidade quase certa de suporte do governo, se necessário. Por outro lado, os fortes vínculos do banco com o governo resultam em uma posição comercial mais fraca do que a dos pares porque, em nossa opinião, o banco está sujeito a interferências do governo. Historicamente, sucessivos governos influenciaram a direção estratégica e o apetite de risco da Caixa, por sua capacidade de substituir os executivos seniores do banco. No entanto, a implementação da Lei 13.303/16 (Lei das Estatais) em 2017 e a aprovação de um novo estatuto social do banco em janeiro de 2018 melhoraram significativamente sua governança, promovendo maior transparência nos processos de tomada de decisão e limitando as indicações políticas a cargos executivos. Acreditamos que a execução dessas medidas pode reduzir o risco político para a Caixa, enquanto esta aprimora a consistência de sua estratégia de longo prazo, resultando em receitas e resultados financeiros mais estáveis. Fatores ambientais, embora importantes para a estratégia de longo prazo da entidade, não têm maior influência em sua qualidade de crédito do que na de seus pares.

Corporacion Financiera de Desarrollo S.A. (COFIDE) (BBB/Estável/A-2)

Acreditamos que os fatores de crédito de ESG, sobretudo os de governança, pesam na qualidade de Peru Janequine, crédito do COFIDE mais do que na de seus pares da indústria no Peru. O sistema bancário peruano (BICRA: 5) Rafael possui em geral práticas satisfatórias de governança corporativa, embora vários casos de corrupção que afetam políticos de alto escalão, grandes empresas e o sistema judicial tenham exposto os bancos a condições desafiadoras de crédito. Entretanto, avaliamos o fator de governança da entidade diferente dos pares da indústria, dado o papel do banco para o governo no incentivo à infraestrutura. Nos últimos dois anos, os fundamentos de crédito do COFIDE foram prejudicados pela Lava Jato, que atingiu o Peru e afetou os setores de infraestrutura e construção do país. Nesse contexto, a posição de negócio da entidade reflete seus controles de gestão de risco e financeira mais fracos comparado aos de seus pares.

www.spratings.com 12 de fevereiro de 2020 11

Relatório Setorial de ESG: Bancos Latino-Americanos

Desde setembro de 2016, a nova administração do COFIDE se concentrou na reformulação da estratégia de gestão de risco e em aumentar o provisionamento de empréstimos problemáticos para construtoras e projetos afetados (o índice de empréstimos problemáticos [NPL - nonperforming loans] atingiu o pico de 28,7% em 2018). Apesar desses esforços, acreditamos que o governo ainda pode influenciar negativamente as decisões estratégicas tomadas como resultado do papel do COFIDE no incentivo a investimentos em infraestrutura no Peru, em meio à crescente rigidez estrutural e ao escrutínio do investimento privado. Por outro lado, fatores ambientais e sociais podem ajudar o banco a se recuperar do declínio no dinamismo do setor de infraestrutura. O COFIDE emitiu recentemente o primeiro bond sustentável verde de uma instituição financeira peruana. O financiamento de projetos ambientais pode ser uma oportunidade para o COFIDE expandir seus volumes de negócios após anos de declínio no crescimento do crédito no setor de infraestrutura. Além disso, o banco direciona 15% de sua carteira para setores sub-atendidos por bancos privados, como educação e saneamento.

Financiera de Desarrollo Territorial S.A. FINDETER (BBB-/Estável/A-3)

Em nossa opinião, os fatores de crédito de ESG, principalmente os sociais, reforçam a qualidade de Colômbia Staines, crédito do FINDETER mais do que seus pares da indústria e locais, dada sua missão social bem definida. (BICRA: 6) Fernando Acreditamos que, devido ao seu papel muito importante no desenvolvimento da infraestrutura urbana colombiana, é mais provável que receba apoio do governo, o que melhora o perfil de crédito do banco. Além disso, o banco está comprometido em apoiar a sustentabilidade regional por meio de atividades de assistência técnica e estruturação de projetos. Em nossa opinião, esses esforços ajudam a dar suporte um portfólio diversificado e futuros fluxos de receita. A Colômbia é um dos únicos dois membros sul- americanos da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), após um período de compliance de dois anos com o mandato da organização. Empresas estatais representam pouco mais da metade das capitalizações de mercado da Colômbia. Dessa forma, as reformas de 2017 voltadas a melhorar as práticas das empresas estatais, particularmente a composição e indicações do conselho para garantir a independência do governo, foram desdobramentos importantes que incluíram a Findeter. Em nossa opinião, o banco adota práticas de governança corporativa adequadas, alinhadas às da indústria bancária na Colômbia. A exposição a riscos ambientais não é diferente do que a de seus pares da indústria.

Fondo Mivivienda S.A (FMV) (BBB+/Estável/--)

Acreditamos que fatores de ESG, sobretudo os sociais, reforçam mais a qualidade de crédito do FMV do Peru Janequine, que a de seus pares, dado o importante papel do banco para o governo na crescente mobilidade social, (BICRA: 5) Rafael promovendo o acesso da população de baixa renda do Peru à compra de imóveis e facilitando o acesso aos serviços bancários. O Peru tem um alto deficit habitacional, o que faz do banco um importante braço financeiro para o desenvolvimento social do país. Esperamos que o governo permaneça comprometido em apoiar suas principais entidades relacionadas ao governo (GREs) e em dar continuidade às políticas nos próximos anos; portanto, adicionamos um degrau ao rating do FMV pelo suporte extraordinário do governo. Por outro lado, acreditamos que o fato de o FMV ser controlado pelo governo pode influenciar negativamente as decisões estratégicas da entidade em razão da falta de independência do conselho de administração, que pode estar sujeito à influência política e a decisões de elaboração de políticas sem fins lucrativos. Os bancos possuem exposição moderada a riscos ambientais e sociais no Peru, e isso inclui o FMV. O país está exposto a desastres naturais como terremotos, atividade vulcânica, deslizamentos de terra e o El Niño, mas o sistema bancário conseguiu conter perdas de crédito e operacionais em níveis moderados sob essas condições.

Global Bank Corporation y Subsidiarias (BBB-/Estável/A-3)

Consideramos os fatores de ESG do Global Bank como em geral alinhados aos da indústria bancária Panamá Alejandro panamenha. O Global Bank se concentrou nos últimos anos no crescimento baseado em aquisições, (BICRA: 5) Peniche como observado na incorporação do Banvivienda e do AFP Progreso. Em nossa visão, a administração, juntamente com a estrutura de governança corporativa do banco, conseguiu integrar ativos adquiridos

www.spratings.com 12 de fevereiro de 2020 12

Relatório Setorial de ESG: Bancos Latino-Americanos

sem interrupções operacionais. Por outro lado, o Global Bank expandiu seu segmento de crédito ao consumidor, tornando sua carteira de crédito mais semelhante à média do setor bancário panamenho. Por fim, fatores sociais e ambientais, embora relevantes para a estratégia de longo prazo do banco, não exercem mais influência em sua qualidade de crédito do que na seus pares.

Itaú Unibanco Holding S.A. (BB-/Positiva/B)

Consideramos os fatores ambientais e sociais do Itaú como em geral alinhados aos de seus pares da Brasil Machado, indústria e domésticos. No entanto, por ser um banco comercial líder que opera em vários países da (BICRA: 6) Guilherme região, onde foram registrados vários grandes escândalos de corrupção recentemente, a governança tem um impacto positivo em sua qualidade de crédito. Vemos positivamente a estrutura de governança corporativa da entidade, o que explica em parte sua forte posição comercial. Suas operações têm sido resilientes à forte crise econômica e às investigações de corrupção do país. Além do Brasil, o banco está presente em outros países da América Latina, como Chile, Colômbia, Argentina, Paraguai e Uruguai, que representam cerca de 28% de sua carteira de crédito. O Itaú adotou as melhores práticas de governança corporativa do setor, mas está exposto a países com riscos relativamente altos de governança (direta e indiretamente por meio de suas exposições a empréstimos). Nos últimos 15 anos, o Itaú desenvolveu e participou de várias iniciativas para reduzir riscos e se beneficiar de iniciativas ambientais. O banco criou estratégias, processos e produtos, e adotou políticas específicas para mitigar riscos em suas múltiplas divisões de negócios e diversas jurisdições. A carteira de empréstimos do Itaú está exposta a setores que podem ser vulneráveis a riscos ambientais, como o sucroalcooleiro (1,7% dos empréstimos comerciais) e produção de petróleo e gás (2,3%). Outros setores, como construção e imóveis (18%), apresentam uma considerável pegada de carbono. Em geral, dada a diversificação de crédito do Itaú, acreditamos que os riscos oriundos da transição de energia sejam gerenciáveis.

Multibank Inc. y Subsidiarias (BBB/CW Neg./A-2)

Em nossa visão, os fatores de ESG têm impacto neutro na qualidade creditícia do Multibank comparado Panamá Sotomayor, com seus pares e com os maiores bancos latino-americanos. As características de governança (BICRA: 5) Jesus corporativa do banco estão alinhadas com as de seus pares regionais, e proporcionam sólida estabilidade dos negócios, apesar da alta concorrência e dos desafios regulatórios e reputacionais do país. Há alguns anos, membros da família que ocupavam cargos corporativos no Multibank foram afastados a fim de evitar potenciais conflitos de interesse. Além disso, o banco manteve uma expansão conservadora dos negócios e sustentou um forte reconhecimento da marca. Além disso, o combate à lavagem de dinheiro tem sido um elemento-chave em sua estrutura de governança corporativa. O longo histórico de sólida governança corporativa do banco e a clareza de suas metas financeiras de longo prazo sustentam nossa visão de suas práticas de governança no Panamá. Os fatores sociais e ambientais têm ganhado relevância para o Multibank. Eles são importantes para sua estratégia de longo prazo, mas não influenciam sua qualidade de crédito mais do que a de seus pares.

Ratings em 12 de fevereiro de 2020.

Este relatório não constitui uma ação de rating.

www.spratings.com 12 de fevereiro de 2020 13

Relatório Setorial de ESG: Bancos Latino-Americanos

Copyright© 2020 pela Standard & Poor's Financial Services LLC. Todos os direitos reservados.

Nenhum conteúdo (incluindo-se ratings, análises e dados relativos a crédito, avaliações, modelos, software ou outras aplicações ou informações obtidas a partir destes) ou qualquer parte destas informações (Conteúdo) pode ser modificada, sofrer engenharia reversa, ser reproduzida ou distribuída de nenhuma forma, nem meio, nem armazenada em um banco de dados ou sistema de recuperação sem a prévia autorização por escrito da Standard & Poor’s Financial Services LLC ou de suas afiliadas (coletivamente, S&P). O Conteúdo não deverá ser utilizado para nenhum propósito ilícito ou não autorizado. Nem a S&P, nem seus provedores externos, nem seus diretores, representantes, acionistas, empregados nem agentes (coletivamente, Partes da S&P) garantem a exatidão, completitude, tempestividade ou disponibilidade do Conteúdo. As Partes da S&P não são responsáveis por quaisquer erros ou omissões (por negligência ou não), independentemente da causa, pelos resultados obtidos mediante o uso de tal Conteúdo, ou pela segurança ou manutenção de quaisquer dados inseridos pelo usuário. O Conteúdo é oferecido “como ele é”. AS PARTES DA S&P ISENTAM-SE DE QUALQUER E TODA GARANTIA EXPRESSA OU IMPLÍCITA, INCLUSIVE, MAS NÃO LIMITADA A QUAISQUER GARANTIAS DE COMERCIABILIDADE, OU ADEQUAÇÃO A UM PROPÓSITO OU USO ESPECÍFICO, LIBERDADE DE FALHAS, ERROS OU DEFEITOS DE SOFTWARE, QUE O FUNCIONAMENTO DO CONTEÚDO SEJA ININTERRUPTO OU QUE O CONTEÚDO OPERE COM QUALQUER CONFIGURAÇÃO DE SOFTWARE OU HARDWARE. Em nenhuma circunstância, deverão as Partes da S&P ser responsabilizadas por nenhuma parte, por quaisquer danos, custos, despesas, honorários advocatícios, ou perdas diretas, indiretas, incidentais, exemplares, compensatórias, punitivas, especiais ou consequentes (incluindo-se, sem limitação, perda de renda ou lucros e custos de oportunidade ou perdas causadas por negligência) com relação a qualquer uso do Conteúdo aqui contido, mesmo se alertadas sobre sua possibilidade.

Análises relacionadas a crédito e outras, incluindo ratings e as afirmações contidas no Conteúdo são declarações de opiniões na data em que foram expressas e não declarações de fatos. As opiniões da S&P, análises e decisões de reconhecimento de ratings (descritas abaixo) não são recomendações para comprar, reter ou vender quaisquer títulos ou tomar qualquer decisão de investimento e não abordam a adequação de quaisquer títulos. Após sua publicação, em qualquer maneira ou formato, a S&P não assume nenhuma obrigação de atualizar o Conteúdo. Não se deve depender do Conteúdo, e este não é um substituto das habilidades, julgamento e experiência do usuário, sua administração, funcionários, conselheiros e/ou clientes ao tomar qualquer decisão de investimento ou negócios. A S&P não atua como agente fiduciário nem como consultora de investimentos, exceto quando registrada como tal. Embora obtenha informações de fontes que considera confiáveis, a S&P não conduz auditoria nem assume qualquer responsabilidade de diligência devida (due diligence) ou de verificação independente de qualquer informação que receba. Publicações relacionadas a ratings de crédito podem ser divulgadas por diversos motivos que não dependem necessariamente de uma ação decorrente de um comitê de rating, incluindo-se, sem limitação, a publicação de uma atualização periódica de um rating de crédito e análises correlatas.

Até o ponto em que as autoridades reguladoras permitam a uma agência de rating reconhecer em uma jurisdição um rating atribuído em outra jurisdição para determinados fins regulatórios, a S&P reserva-se o direito de atribuir, retirar ou suspender tal reconhecimento a qualquer momento e a seu exclusivo critério. As Partes da S&P abdicam de qualquer obrigação decorrente da atribuição, retirada ou suspensão de um reconhecimento, bem como de qualquer responsabilidade por qualquer dano supostamente sofrido por conta disso.

A S&P mantém determinadas atividades de suas unidades de negócios separadas umas das outras a fim de preservar a independência e objetividade de suas respectivas atividades. Como resultado, certas unidades de negócios da S&P podem dispor de informações que não estão disponíveis às outras. A S&P estabeleceu políticas e procedimentos para manter a confidencialidade de determinadas informações que não são de conhecimento público recebidas no âmbito de cada processo analítico.

A S&P pode receber remuneração por seus ratings e certas análises, normalmente dos emissores ou subscritores dos títulos ou dos devedores. A S&P reserva-se o direito de divulgar seus pareceres e análises. A S&P disponibiliza suas análises e ratings públicos em seus sites na www.standardandpoors.com (gratuito), e www.ratingsdirect.com e www.globalcreditportal.com (por assinatura), e pode distribuí-los por outros meios, inclusive em suas próprias publicações ou por intermédio de terceiros redistribuidores. Informações adicionais sobre nossos honorários de rating estão disponíveis em www.standardandpoors.com/usratingsfees.

Austrália Standard & Poor's (Austrália) Pty. Ltd. conta com uma licença de serviços financeiros número 337565 de acordo com o Corporations Act 2001. Os ratings de crédito da Standard & Poor’s e pesquisas relacionadas não tem como objetivo e não podem ser distribuídas a nenhuma pessoa na Austrália que não seja um cliente pessoa jurídica (como definido no Capítulo 7 do Corporations Act).

www.spratings.com 12 de fevereiro de 2020 14