GOVERNO DO ESTADO DE

SECRETARIA DE ESTADO DE INFRAESTRUTURA E LOGÍSTICA SUPERINTENDÊNCIA DE PROJETO S

PROJETO EXECUTIVO DE ENGENHARIA PARA RESTAURAÇÃO E

ADEQUAÇÃO DE CAPACIDADE DA RODOVIA MT-100

RODOVIA: MT-100 TRECHO: Ribeirãozinho / Torixoréu SUBTRECHO: Entr. MT-461(B) (Acesso Ribeirãozinho) / Entr. MT-466 (Torixoréu) SEGMENTO: Estaca 0 à Estaca 2270+4 EXTENSÃO: 45,40 km

VOLUME 3A – RELATÓRIO AMBIENTAL

MAIO/2020

GOVERNO DO ESTADO DE MATO GROSSO

SECRETARIA DE ESTADO DE INFRAESTRUTURA E LOGÍSTICA SUPERINTENDÊNCIA D E P R O J E T O S

PROJETO EXECUTIVO DE ENGENHARIA PARA RESTAURAÇÃO E ADEQUAÇÃO DE CAPACIDADE DA RODOVIA MT-100

RODOVIA: MT-100 TRECHO: Ribeirãozinho / Torixoréu SUBTRECHO: Entr. MT-461(B) (Acesso Ribeirãozinho) / Entr. MT-466 (Torixoréu) SEGMENTO: Estaca 0 à Estaca 2270+4 EXTENSÃO: 45,40 km SRE: 100EMT0160 – 100EMT0170 – 100EMT0180 – 100EMT0190

VOLUME 3A – RELATÓRIO AMBIENTAL

CONTRATANTE: Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística – SINFRA ELABORAÇÃO: Engenho Projetos e Construções LTDA. CONTRATO: Nº 068/2016 RESP. TÉCNICOS: Engª. Wandehur de Vasconcelos Vinhadelli Pitaluga Júnior CREA GO 24404/D-GO Registro Nacional nº 1012885232 ART N° 1220200031138

MAIO/2020 Índice de Figuras

Figura 1 – Mapa de Localização ...... 12 Figura 2 – Mapa Geológico do trecho em estudo da MT-100 ...... 20 Figura 3 – Mapa Hidrológico do trecho em estudo da MT-100...... 25 Figura 4 – Mapa dos tipos de Cobertura vegetal no trecho em estudo da MT-100. .. 33 Figura 5 – Linear de Ocorrências de Materiais ...... 41 Figura 6 – Indicação do plantio de grama no canteiro central do trecho da MT-100 com entroncamento na MT-270...... 46

Volume 3A – Relatório Ambiental MT-100 Índice de Tabelas

Tabela 1 – Relação dos Volumes de Projeto ...... 9 Tabela 2 – Possíveis impactos ambientais a serem causados pelas intervenções e as propostas sugeridas de medidas mitigadoras no trecho com extensão de 45,40 km de obras da rodovia estadual MT-100 entre os municípios mato-grossense de Torixoréu e Ribeirãozinho ...... 50 Tabela 3 – Impactos diretos causados pelas intervenções das obras e as propostas sugeridas de medidas mitigadoras no trecho com extensão de 45,40 km de obras da rodovia estadual MT-100 entre os municípios mato-grossense de Torixoréu e Ribeirãozinho ...... 57

Volume 3A – Relatório Ambiental MT-100 SUMÁRIO

1. APRESENTAÇÃO ...... 8 2. MAPA DE LOCALIZAÇÃO ...... 12 3. ESTUDOS AMBIENTAIS ...... 14 3.1. DIAGNÓSTICO AMBIENTAL ...... 14 3.2. MEIO FÍSICO ...... 15 3.2.1. Topografia ...... 15 3.2.2. Geologia ...... 15 3.2.3. Sismologia ...... 17 3.2.4. Geomorfologia ...... 18 3.2.5. Solo ...... 21 3.2.6. Clima ...... 21 3.2.7. Precipitação ...... 22 3.2.8. Uso e Ocupação do Solo ...... 23 3.2.9. Hidrografia ...... 24 3.3. MEIO BIÓTICO ...... 26 3.3.1. Flora ...... 26 3.3.2. Fauna ...... 34 3.4. MEIO SOCIOECONÔMICO ...... 36 3.5. ÁREAS DE PROTEÇÃO AMBIENTAL ...... 38 4. LOCALIZAÇÃO DAS MELHORIAS PROPOSTAS ...... 40 5. LEVANTAMENTO DOS PASSIVOS AMBIENTAIS ...... 43 5.2.1. Impactos Ambientais Positivos ...... 60 5.2.2. Impactos Ambientais Negativos ...... 60 6. PROTEÇÃO AMBIENTAL ...... 63 6.1. MEDIDAS DE PROTEÇÃO AMBIENTAL ...... 63 6.2. ALOCAÇÃO DE MÃO-DE-OBRA ...... 63 6.3. MONITORAMENTO DE ASPECTOS AMBIENTAIS ...... 63 6.4. INFRAESTRUTURA E OBRAS DE APOIO (CANTEIRO DE OBRAS E USINA DE ASFALTO) ...... 63 6.5. EMISSÕES ATMOSFÉRICAS ...... 64 6.6. ÁREAS DE APOIO E CAMINHOS DE SERVIÇO ...... 66

Volume 3A – Relatório Ambiental MT-100 6.7. TERRAPLENAGEM ...... 67 6.8. EXPLORAÇÃO DE JAZIDAS ...... 67 6.9. TRÁFEGO DE VEÍCULOS E MAQUINÁRIOS PESADOS ...... 67 6.10. RECUPERAÇÃO DE PASSIVOS AMBIENTAIS ...... 68 6.11. RECUPERAÇÃO DE BOTA-FORA, USINAS DE ASFALTO E CANTEIRO DE OBRA ...... 69

Volume 3A – Relatório Ambiental MT-100 1 – APRESENTAÇÃO

Volume 3A – Relatório Ambiental MT-100 7 1. APRESENTAÇÃO

A empresa Engenho Projetos e Construções Ltda. apresenta à e, Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística - SINFRA, o Relatório do Projeto de Melhoramentos em Rodovias para Adequação da Capacidade e Segurança:

RODOVIA: MT-100 TRECHO: Ribeirãozinho / Torixoréu SUBTRECHO: Entr. MT-461(B) (Acesso Ribeirãozinho) / Entr. MT-466 (Torixoréu) SEGMENTO: Estaca 0 + Estaca 2270+4 EXTENSÃO: 45,40 km SRE: 100EMT0160 - 100EMT0170 - 100EMT0180 - 100EMT0190

O projeto de Melhoramentos em Rodovias para Adequação da Capacidade e Segurança da rodovia MT-100, trecho: Ribeirãozinho / Torixoréu, extensão: 45,40 km, teve por objetivo o diagnóstico das características funcionais e estruturais atuais do pavimento existente, com base em levantamento de campo dos defeitos ocorrentes no pavimento, levantamento da irregularidade transversal, levantamento deflectométrico com Viga Benkelman, além do estudo das camadas do pavimento existente, definindo as soluções necessárias para a restauração do pavimento, de forma a se ter uma estrutura apta a suportar as cargas do tráfego por um período de vida útil de 10 anos.

Soma-se ao acima, o presente Projeto de Melhoramentos em Rodovias para Adequação da Capacidade e Segurança buscou averiguar a capacidade de esgotamento hidráulico das Obras de Arte Corrente, em termos de drenagem superficial buscou avaliar a capacidade hidráulica dos dispositivos existentes.

O presente relatório é constituído pelos seguintes volumes:

Volume 3A – Relatório Ambiental 8 MT-100 Tabela 1 – Relação dos Volumes de Projeto

VOLUME TÍTULO

1 Relatório de Projeto 2 Projeto de Execução 3 Memória Justificativa 3A Relatório Ambiental 3B Estudos Geotécnicos e Avaliação do Pavimento Existente 3C Notas de Serviço e Cálculo de Volumes 4 Orçamento Anexo - Cadastros

Volume 1 – Relatório de Projeto - apresentado em formato A4, contém a descrição dos estudos, projetos realizados e suas justificativas, além da identificação dos profissionais e empresas responsáveis por cada um dos itens constituintes do projeto. Apresenta-se também cópia da ORDEM DE SERVIÇO Nº 006/2019/SUEFIII/SAOR.

Volume 2 – Projeto de Execução – apresentado em formato A3, contém as plantas, perfis, seções transversais tipo, projetos tipos, desenhos esquemáticos, listagens e demais elementos necessários à execução da obra.

Volume 3 – Memória Justificativa - apresentado em formato A4, contém a descrição das metodologias utilizadas nos estudos e projetos elaborados e os resultados obtidos.

Volume 3A – Relatório Ambiental – apresentado em formato A4, contém os estudos e o projeto ambiental, compreendendo o levantamento do passivo ambiental, o cadastramento das áreas degradadas existentes na faixa de domínio e adjacências, um diagnóstico ambiental e as soluções a serem adotadas.

Volume 3A – Relatório Ambiental MT-100 9 Volume 3B – Estudos Geotécnicos e Avaliação do Pavimento Existente – apresentado em formato A4, contém todas as informações de campo e de laboratório, inerentes ao subleito, empréstimos, jazidas de solos, areais e pedreiras. São apresentados os estudos das camadas do pavimento e ensaios de sedimentação do subleito.

Volume 3C – Notas de Serviço e Cálculo de Volumes – apresentado em formato A4, este volume contém o cálculo dos volumes a movimentar na terraplenagem, bem como as respectivas notas de serviço.

Volume 4 – Orçamento – apresenta o relatório final do orçamento de obras.

Anexo – Cadastro – apresentado em formato A4, o volume apresenta os cadastros de elementos de drenagem realizados ao longo do trecho.

Este documento corresponde ao Volume 3A – Relatório Ambiental da rodovia estadual MT-100.

Volume 3A – Relatório Ambiental MT-100 10

2 – MAPA DE LOCALIZAÇÃO

Volume 3A – Relatório Ambiental MT-100 11 !( -53,280067 -53,034930 -52,789793!( -52,544656 -52,299519 -52,054382

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3- ESTUDOS AMBIENTAIS

Volume 3A – Relatório Ambiental MT-100 13 3. ESTUDOS AMBIENTAIS

Os Estudos Ambientais no trecho de pavimentação asfáltica de 45,40 km da rodovia MT-100, a qual prevê obras de melhoramento da capacidade de suporte do pavimento e do sistema de drenagem, localizado entre os municípios mato- grossenses de Torixoréu à Ribeirãozinho, seguem as orientações da IS-246 do DNIT, incluindo o diagnóstico ambiental, o levantamento dos passivos, a identificação, avaliação dos possíveis impactos ambientais decorrentes das novas obras e propostas de medidas mitigadoras.

3.1. DIAGNÓSTICO AMBIENTAL

O Diagnóstico Ambiental teve como objetivo a caracterização da situação ambiental da Área de Influência Direta (AID) e Área de Influência Indireta (AII) do empreendimento sob os aspectos físicos, bióticos e antrópicos, visando um conhecimento da região antes da implantação do empreendimento e servindo de referência para avaliação dos impactos ambientais advindos das obras e operação da rodovia.

Ressaltando, que o projeto proposto é para melhorar a capacidade de suporte do pavimento já existente e com aproveitamento do traçado original no trecho de 45,40 quilômetros (Km) da MT-100.

As obras podem ser classificadas como médio porte e com baixo impacto ambiental nas Áreas de Influência Direta (AID) e baixíssimo ou quase nenhum nas Áreas de Influência Indireta (AII).

Nessa primeira etapa, os estudos ambientais contemplam apenas avaliação dos possíveis impactos decorrentes das obras previstas no projeto e exploração das caixas de empréstimo, caixas concentradas e jazidas.

Volume 3A – Relatório Ambiental MT-100 14 3.2. MEIO FÍSICO

3.2.1. Topografia

Os munícipios de Torixoréu e Ribeirãozinho, inseridos na mesorregião sudeste mato-grossense tem sua topografia predominante, classificada em Depressão do Araguaia-Tocantins. Esta unidade de relevo representa a união das depressões abertas pelas drenagens dos rios Araguaia e Tocantins, consiste em extensa superfície com altitude média entre 200 a 300 metros, cujos processos de erosão modelam e rebaixam indiscriminadamente rochas pré-cambrianas do Complexo Xingu, grupo Estrondo entre outros, rochas devonianas da formação Pimenteiras, formação Pedra de Fogo e outras formações fanerozóicas.

Para possibilitar os estudos de melhoria de traçado foi realizado um levantamento topográfico nos 45,40 km da rodovia existente da MT-100, entre os municípios estudados. A metodologia utilizada para execução destes levantamentos estará melhor detalhada no Volume 3.

3.2.2. Geologia

O solo é um produto que foi originado devido ao intemperismo e sob a interação dos fatores de formação como: material de origem, clima, topografia, organismos e tempo.

O trecho em estudo tem características geológicas pouco diferentes entre si ao longo dos 45,40 km, conforme apresentado no Mapa Geológico (Figura 2).

A área da cidade de Torixoréu e entorno, está assentada sobre solo Podzólico Vermelho-Amarelo distrófico, que apresenta horizonte A moderado não cascalhento e cascalhento, textura média, fase Cerrado Tropical Subcaducifólio, relevo suave ondulado e ondulado, associado a Cambissolo álico, com A moderado, textura média, fase Cerrado Tropical Subcaducifólio, relevo suave ondulado e ondulado, e a Solos Litólicos álicos e distróficos, com A moderado cascalhento, textura indiscriminada, fase Cerrado Tropical Subcaducifólio, relevo ondulado, substrato

Volume 3A – Relatório Ambiental MT-100 15 arenito e siltito. A partir da margem direita do córrego Capim Branco os solos observados são de Areias Quartzosas distróficas, com horizonte A moderado, fase Cerrado Tropical Subcaducifólio, relevo suave ondulado, associado a Solos Litólicos álicos e distróficos, com A moderado, textura indiscriminada, fase Cerrado Tropical Subcaducifólio, relevo ondulado e forte ondulado, substrato arenito.

Podzólicos Vermelho-Amarelos Álicos, Distróficos e Eutróficos - São solos minerais, não hidromórficos, com horizonte B textural de cores vermelho- amarelado e distinta diferenciação entre os horizontes no tocante a cor, estrutura e textura, principalmente. São profundos, bem drenados, com argila de atividade baixa, horizonte A do tipo moderado e textura arenosa/média, média/argilosa e média, com e sem cascalhos.

Os álicos e distróficos ocorrem como dominantes em grande mancha à noroeste e próximo a Torixoréo, Ponte Branca e Araguainha e, como subdominantes em várias unidades de mapeamento dispersas pela área. Os eutróficos são cascalhentos, ocorrem em relevo ondulado e forte ondulado e estão sob vegetação de Cerrado e Floresta, relacionados a rochas da Formação Aquidauana principalmente.

A presença de cascalhos, declives acentuados, textura arenosa/média em alguns casos e alta susceptibilidade à erosão, são fatores limitantes a sua utilização agrícola. Areias Quartzosas Álicas e Distróficas - São solos minerais, não hidromórficos, pouco desenvolvidos, excessivamente drenados, muito profundos a profundos, essencialmente quartzosos, com textura arenosa ao longo do perfil até pelo menos uma profundidade de 2 metros.

Essa região constitui-se de áreas ambientalmente frágeis, com alta suscetibilidade à erosão e à contaminação e projetos de drenagem devem evitar o lançamento direto de cargas elevadas de água nessas áreas, especialmente se os lançamentos forem desprovidos de eficientes sistemas de dissipação de energia.

Volume 3A – Relatório Ambiental MT-100 16 A cidade de Torixoréu se encontra sobre rochas de idade Devoniana da Formação Ponta Grossa, formada por arenitos finos a muito finos com intercalações de siltitos, argilitos e delgados níveis conglomeráticos.

Ribeirãozinho possui formação geológica com coberturas não dobradas do Fanerozóico, sub-bacia ocidental da Bacia do Paraná. As Areias Quartzosas são os solos que predominam, e subordinadamente ocorrem Cambissolos. Os Latossolos ocupam também lugar de destaque, sendo os de textura argilosa associados às Superfícies Terciárias e os de textura média a arenitos.

3.2.3. Sismologia

O abalo sísmico ou terremoto é um tremor da superfície terrestre produzido por forças naturais situadas no interior da crosta terrestre e a profundidades variáveis.

Os abalos são causados pelo choque de placas rochosas - Figura 01, o Brasil está localizado na placa continental Sul Americana. Existem dois tipos de sismos: os de origem natural e os induzidos.

A maioria dos abalos sísmicos é de origem natural da Terra, são chamados de sismos tectônicos. A força das placas tectônicas desliza sobre a astenosfera podendo colidir, afastar-se ou deslizar-se uma pela outra. Através dessas forças as rochas vão se alterando até seu ponto de tensão, posteriormente as rochas começam a se romper e liberam uma energia acumulada durante o processo de deslocamento.

A energia então é liberada através de ondas sísmicas pela superfície e interior da Terra.

Os sismos induzidos são basicamente resultados da ação humana. Originam se de explosões, extração de minérios, de água ou fósseis, ou até mesmo

Volume 3A – Relatório Ambiental MT-100 17 por queda de edifícios; entretanto a intensidade apresentada é bastante inferior à dos terremotos tectônicos.

O mapeamento realizado pelos sismógrafos mostrou que os sismos ou terremotos se agrupam ao longo de determinadas regiões, cinturões bem definidos, marcando os limites da movimentação das placas.

A medição da intensidade dos terremotos é feita através da Escala Richter que mede a energia que um terremoto emite quando acontece, onde valores acima de 6 podem ser considerados graves. As consequências de um abalo sísmico normalmente acarretam efeitos nocivos ao homem como ferimentos, mortes, prejuízos financeiros e sociais, desabamento de construções, destruição entre outros.

O observatório sismológico da Universidade de Brasília (Obsis-Unb) registrou um tremor de terra com magnitude de 1,3 grau na região de Torixoréu (644 quilômetros de Cuiabá), em maio de 2018. Esse foi o segundo abalo sísmico no município. O primeiro ocorreu em janeiro de 1998 com magnitude de 2,2º. Em Ribeirãozinho não foram registrados abalos.

Apesar dos abalos, os efeitos dos tremores nem sempre são sentidos pelos moradores.

3.2.4. Geomorfologia

O relevo da região de Torixoréu/MT sofre algumas alterações variado, desde plano a escarpado e composto por Depressão Araguaia-Tocantins, Calha do Rio Araguaia. As poucas planícies que existem, são constituídas ora por Solos Orgânicos associados a Gleis Pouco Húmicos e ora por Areias Quartzosas Hidromórficas associadas a Areias Quartzosas.

A geomorfologia do município de Ribeirãozinho/MT é classificado como Depressão do Araguaia-Tocantins. Esta unidade de relevo representa a união das depressões abertas pelas drenagens dos rios Araguaia e Tocantins, consiste em

Volume 3A – Relatório Ambiental MT-100 18 extensa superfície com altitude média entre 200 a 300 metros, cujos processos de erosão modelam e rebaixam indiscriminadamente rochas pré-cambrianas do Complexo Xingu, grupo Estrondo entre outros, rochas devonianas da formação Pimenteiras, formação Pedra de Fogo e outras formações fanerozóicas.

O Mapa Geológico (Figura 2) apresenta as características da região de influência do trecho estudado.

Volume 3A – Relatório Ambiental MT-100 19 Figura 2 – Mapa Geológico do trecho em estudo da MT-100

Volume 3A – Relatório Ambiental MT-100 20 3.2.5. Solo

O solo predominante dos municípios de Torixoréu são o Podzólicos Vermelho- Amarelos Álicos, Distróficos e Eutróficos e em Ribeirãozinho é o Latossolo Vermelho- Escuro Distrófico e Cambissolos Álicos e Eutróficos.

As Areias Quartzosas são os solos que predominam, e subordinadamente ocorrem Cambissolos. Os Latossolos ocupam também lugar de destaque, sendo os de textura argilosa associados às Superfícies Terciárias e os de textura média a arenitos.

As poucas planícies que existem, são constituídas ora por Solos Orgânicos associados a Gleis Pouco Húmicos e ora por Areias Quartzosas Hidromórficas associadas a Areias Quartzosas.

Quanto ao uso agrícola, a pastagem predomina em razão da natureza dos solos, entretanto, nos chapadões sobre Latossolos de textura argilosa, se verificam lavouras comerciais de soja e milho, principalmente.

3.2.6. Clima

A cidade de Torixoréu encontra-se na unidade climática Tropical Continental Altamente Úmido e Seco das Chapadas, Planaltos e Depressões, subunidade de Clima Tropical Megatérmico Subúmido das Depressões e Pantanais de Mato Grosso. Esta realidade climática são áreas fortemente aquecidas em função das altitudes muito baixas (a maioria delas com altitudes inferiores a 200 metros) e também por serem muito planas, ou seja, depressões ou planícies sazonalmente inundáveis.

A cidade de Ribeirãozinho encontra-se na terceira Macrounidade Climática, dentro da Unidade Climática Mesotérmico Quente e Úmido dos Parecis e Alto Xingu-Araguaia, com temperaturas médias entre 24,1 e 23,6°C.

Volume 3A – Relatório Ambiental MT-100 21 3.2.7. Precipitação

Precipitação é definido como o retorno do vapor d’água da atmosfera até a superfície terrestre, podendo ocorrer na forma de granizo, orvalho, chuva, neblina, neve ou geada.

A chuva é a principal forma de precipitação, medida por instrumentos como pluviômetros e pluviógrafos e é expressa em milímetros (mm), equivalendo uma precipitação pluvial de 1 mm a 1 litro de água numa superfície de 1 metro quadrado (m2). Na cidade de Torixoréu do forte aquecimento superficial resulta em elevadas perdas por evapotranspiração, aumentando a deficiência hídrica sazonal e diminuindo também o volume de água excedente na estação chuvosa. Dessa forma, as Unidades Megatérmicas Subúmidas foram assim consideradas por possuírem seca severa e excedente pequeno a moderado.

A localização da Depressão do Rio Araguaia (incluindo toda a confluência com o Pantanal do Rio das Mortes) na faixa oriental do Estado (maior frequência dos sistemas atmosféricos estáveis associados à alta subtropical) e em posição de relevo rebaixada provoca uma forte redução dos totais pluviométricos (1.400 a 1.600 mm). Esta realidade climática (Unidade IIIE4a, IIIE4b e IIIE4c) apesar de pequenas diferenças locais, têm como propriedade básica uma seca muito severa de outono – inverno (350 a 450 mm de total anual) e um excedente hídrico moderado (500 a 800 mm) na estação chuvosa de novembro a abril.

Em Ribeirãozinho o fator altitude (faixa topográfica entre 400 e 600 metros) ainda se constitui no controle climático básico. No entanto, a extensa faixa constituída pelas cabeceiras e nascentes dos principais rios (, Teles Pires, Arinos, Xingu, Culuene, Couto, Araguaia, rio das Mortes e rio das Garças) cobre um espectro variado de orientação em relação à circulação atmosférica. Principalmente em relação aos fluxos úmidos e instáveis de norte e de noroeste, cuja frequência máxima ocorre no período chuvoso (entre novembro e março). Portanto, aparecem subunidades mais expostas e outras mais protegidas, de cuja combinação resultam

Volume 3A – Relatório Ambiental MT-100 22 diferenças na intensidade da pluviosidade. Dessa forma, percebe-se aqui uma maior variabilidade nos totais pluviométricos anuais, variando de 1.400 a 2.000 mm.

3.2.8. Uso e Ocupação do Solo

Elevado à categoria de município com a denominação de Torixoréu, pela Lei Estadual nº 665, de 10 de dezembro 1953, desmembrado do município de . Instalado em 1º de junho 1954, constituído pelo distrito-sede, assim permanecendo em divisão territorial datada de 1º de julho de 1960.

Torixoréu integra o Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento Econômico do Portal do Araguaia, formada por oito municípios e abrange uma área geográfica de 30.875,20 km². Os limítrofes do município de Torixoréu são: Ribeirãozinho, Ponte Branca, Araguainha, Alto Garças, Guiratinga, e o Estado de Goiás.

Tem como vias de acesso rodoviário ao município a rodovia federal BR-364 passando pelos municípios , , Rondonópolis, , Alto Garças, Araguainha, Ponte Branca, e pela rodovia estadual MT-100 até Torixoréu; apresenta outra via de acesso: a BR-070 passando por sentido Barra do Garças.

O município de Torixoréu dispõe de Plano Diretor Municipal Participativo. Porém, não dispõe de outras legislações relacionadas ao planejamento físico- territorial, como legislações referentes ao uso, ocupação e zoneamento do solo urbano.

Distrito criado com a denominação de Ribeirãozinho (ex-povoado), pela Lei estadual nº 1.170, de 21 de novembro de 1958, subordinado ao município de Ponte Branca. Em divisão territorial datada de 1º de julho 1960, Ribeirãozinho figura no município de Ponte Branca, assim permanecendo em divisão territorial datada de 1988. Elevado à categoria de município com a denominação de Ribeirãozinho, pela Lei estadual nº 5.910, de 20 de dezembro 1991, desmembrado de Ponte Branca. Foi instalado em 1º de janeiro de 1993 com sede no antigo distrito de Ribeirãozinho e

Volume 3A – Relatório Ambiental MT-100 23 constituído pelo distrito sede, assim permanecendo em divisão territorial datada de 1995.

Ribeirãozinho integra o Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental “Portal do Araguaia”, formado por oito municípios e abrange uma área geográfica de 30.875,20 km².

Os municípios limítrofes a Ribeirãozinho são: ao norte e oeste com Torixoréu; ao sul com Ponte Branca; e a leste com o Estado de Goiás. Tem como vias de acesso rodoviário ao município a rodovia federal BR-364, passando por Jaciara, Juscimeira, Rondonópolis, Pedra Preta, Alto Garças e , e a rodovia estadual MT-100, passando por Araguainha até Ribeirãozinho.

3.2.9. Hidrografia

Segundo o Plano Estadual de Recursos Hídricos de Mato Grosso – PERH-MT, verifica-se que três unidades hidrográficas estão inseridas no território de Mato Grosso: a Região Hidrográfica do Paraguai, com área de 176.800 km², que abrange 19,6% da superfície estadual; a Região Hidrográfica Amazônica, com 592.382 km², que ocupa 65,7% do território; e a região Tocantins-Araguaia, com 132.238 km², que corresponde a 14,7% da superfície do Estado.

Os municípios de Torixoréu e Ribeirãozinho se encontram dentro da Bacia do Tocantins-Araguaia (Figura 3) e apresentam a Unidade de Planejamento e Gerenciamento (UPG) chamada Alto Araguaia. Segundo o PERH-MT (2009), a UPG está dentro da Bacia Hidrográfica Regional Rio Araguaia, possui uma área de 23.330,73 km² e uma vazão anual entre 10.000 – 20.000 hm³/ano.

Ainda segundo o PERH-MT (2009), as águas subterrâneas no Estado de Mato Grosso são divididas em dois domínios de aquíferos: o Domínio Poroso (granular e dupla porosidade) e o Domínio Fraturado (fissural e físsuro-cárstico), com porosidade intergranular e com porosidade fissural.

Volume 3A – Relatório Ambiental MT-100 24 Figura 3 – Mapa Hidrológico do trecho em estudo da MT-100.

Volume 3A – Relatório Ambiental MT-100 25 3.3. MEIO BIÓTICO

Para a caracterização das fitofisionomias, foram consideradas três áreas de estudo correspondendo às áreas de influências do empreendimento. A primeira é a área de influência indireta que seria os municípios de Torixoréu e Ribeirãozinho – Mato Grosso e a segunda e terceira, a área de influência direta, correspondendo à faixa de domínio da rodovia – de 20 metros para cada lado a partir do eixo da rodovia estadual da MT-100 e a terceira seriam as áreas indicadas no projeto para apoio.

3.3.1. Flora

O território do Estado de Mato Grosso compreende parte dos cincos biomas brasileiros. O Bioma Amazônia abrange 53,5% do território mato-grossense, o Cerrado e Pantanal abrangem 39,7% e 6,8% respectivamente. No Bioma Amazônia ocorre principalmente as tipologias de florestas, tais como as Florestas Ombrófilas e as Estacionais que ocorrem mais ao Sul no limite com o Bioma Cerrado. No Norte do Estado de Mato Grosso ocorrem as principais fisionomias de Floresta Ombrófila aberta com palmeiras, bambus, cipós e mais a nordeste do Estado a fisionomia aberta com sororoca. A cobertura vegetal do trecho estudado está apresentada na Figura 4.

Os municípios de Torixoréu e Ribeirãozinho está inserido no bioma Cerrado e apresenta fitofisionomia característica de Savana Arborizada (SEPLAN, 2011; IBGE, 2012; BORGES; SILVEIRA; VENDRAMIN, 2014).

A fisionomia vegetal predominante (Cerrado Típico) é constituída por bosques abertos, com árvores contorcidas e grossas de pequena altura (entre 3 e 6 m), sobre um estrato arbustivo ou herbáceo, onde predominam gramíneas e leguminosas. A fitofisionomia da Savana Arborizada compreende um subgrupo de formação natural ou antropizado que se caracteriza por apresentar uma fisionomia rala definida por árvores baixas e outra por ervas contínuas, sujeitas ao fogo anual.

As sinúsias dominantes formam fisionomias ora mais abertas (campo cerrado), ora com a presença de cerrado propriamente dito. A composição florística,

Volume 3A – Relatório Ambiental MT-100 26 apesar de semelhante à da Savana Florestada, possui espécies dominantes que caracterizam os ambientes que podem apresentar ou não associação com floresta de galeria (IBGE, 2012; BORGES; SILVEIRA; VENDRAMIN, 2014).

Ao longo de todo segmento pavimentado desse trecho de 45,40 km, a vegetação começa a apresentar sinais de antropização recente, com forte presença do capim braquiária (Brachiaria decumbens) se misturando as espécies remanescentes e emergentes do original, bem como áreas usadas para agricultura próximas ou dentro da faixa de domínio.

Os impactos sobre a vegetação, tanto na área indireta quanto na direta serão mínimos, tendo em vista que a rodovia já possui pavimento asfáltico em toda extensão dos 45,40 km entre os municípios estudados, no projeto de melhoramento da capacidade de suporte do pavimento, não está previsto alargamento da faixa de 7,0 metros de rolamento existente e seguirá o traçado original, com isso não há necessidade de supressão vegetal, área de empréstimo ou bota-fora dentro da área de domínio.

Durante o levamento in loco foi verificado a necessidade de serviços periódicos de manutenção e dentre eles, o de limpeza também é um dos mais importantes, afim de se manter a faixa lateral da pista de rolamento com a vegetação em nível controlado de altura, para que a mesma não dificulte aos transeuntes visualizar a sinalização horizontal e também não prejudique o adequado funcionamento do sistema de drenagem. Esse serviço deverá ser executado através de podas e/ou roçagens manuais ou com uso de máquinas, ressaltando que é proibido o uso da queima para esse controle. A vegetação removida consistirá basicamente de braquiárias e possíveis arbustos com madeira branca, sem aproveitamento de material lenhoso. Dentro dos perímetros urbanos as obras não causarão impactos sobre a vegetação. As imagens a seguir foram tiradas in loco, na data de 22 de maio de 2019, com acompanhamento dos profissionais engenheiros (Civil e Agrônomo) da empresa RTA Engenheiros Consultores Ltda.

Volume 3A – Relatório Ambiental MT-100 27

Foto 01. Inicio do estaqueamento (marco zero) na rodovia MT- 100, no município de Ribeirãozinho.

Foto 02. Ocupação da Faixa de Domínio com agricultura – plantio de milho, trecho MT-100 em Ribeirãozinho.

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Foto 03. Espécie arbórea de Pau Amarelo (Vochysia haenkeana) dentro da faixa de domínio, MT-100.

Foto 03. Ponte sob o Rio São Domingos na rodovia MT-100, distante 16 km de Ribeirãozinho, a Mata Ciliar nesse local não sofrerá intervenção, apenas roçagem do capim próximo a cabeceira.

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Foto 04. Falta de roçagem as margens da rodovia estadual MT- 100, entre os municípios de Torixoréu e Ribeirãozinho.

Foto 05. Vegetação do tipo Savana Florestada dentro da faixa de domínio com invasão na faixa de acostamento da MT-100, trecho em Torixoréu, MT.

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Foto 06. Vegetação com invasão na pista de acostamento e cobrimento do dispositivo de segurança –defensa metálica maleável no trecho da MT-100.

Foto 07. Registro de gramíneas obstruindo a sarjeta de drenagem da rodovia MT-100, próximo a Torixoréu, MT.

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Foto 08. Dificuldade de visualização da sinalização vertical causada por falta de manutenção periódica de limpeza no trecho MT-100.

Foto 09. Vegetação remanescente do Cerrado Típico, registrado no trecho em estudo da MT-100.

Volume 3A – Relatório Ambiental MT-100 32 Figura 4 – Mapa dos tipos de Cobertura vegetal no trecho em estudo da MT-100.

Volume 3A – Relatório Ambiental MT-100 33 3.3.2. Fauna

A área de influência direta da rodovia MT-100 no trecho estudado, apesenta fisionomia vegetal predominante de Cerrado Típico e Savana Arborizada, sendo constituída por bosques abertos, com árvores contorcidas e grossas de pequena altura (entre 3 e 6 m), sobre um estrato arbustivo ou herbáceo, onde predominam gramíneas e leguminosas, árvores baixas e por ervas contínuas, alternando a cobertura vegetal por extensas áreas com exploração da agricultura. Na área de influência indireta os impactos sobre a fauna, podem ser considerados mínimos ou inexistentes, considerando que o local de apoio escolhido para canteiro de obras, no município de Torixoréu, possui características de antropização devido a ocupação urbana, as áreas de empréstimo estarão dentro da faixa de domínio, sem necessidade de supressão vegetal. As Jazidas e areais serão comerciais, já com seus devidos licenciamento ambiental.

A partir de vistorias realizadas em campo nas diversas fitofisionomias acompanhando ambas as margens da rodovia e de pesquisas em literaturas de estudos já realizados na região (IBGE, 1992, EMBRAPA, 1994 - BRISTSKI, 1999 - QUEIROS, 1999 apud Miranda e Amorim, 2000), os grupos que mais se destacaram foram o das aves e mamíferos, devido principalmente à maior facilidade de observação e maior poder de adaptação aos mais diversos ambientes e a ambientes ecologicamente alterados.

Na caracterização da mastofauna algumas espécies em destaque que podemos citar são: Anta (Tapirus terrestris), Macaco-prego (Hidrochoerus hyrochoeris), Capivara (Hydrochoerus hydrochaeris), Paca (Agouti paca), Onça- pintada (Phantera onça) e Tamanduá-bandeira (Mymecophaga tridactyla). Na caracterização da Ictiofauna temos as seguintes espécies: Matrinxã (Brycon hilarii), Tucunaré (Cichia acellaris), Lambari (Markiana sp.), Pintado (Pseudo platystoma corruscans), Pacú (Piaractus mesoporamicus), Curimbatá (Prochilodus lineatus), Piranha (Pygocentrus mattereri) e Jaú (Paulicea luetkeni).

Na caracterização da Avifauna as espécies mais comuns foram: Gavião– real (Harpia harpija) e Ararajuba (Aratinga garouba).

Volume 3A – Relatório Ambiental MT-100 34

Foto 10: Registro de macaco-prego (Hidrochoerus hyrochoeris) atravessando a ponte sob o Ribeirão São Francisco, município de Torixoréu, MT.

Foto 11. Gavião real (Harpia harpija) e Onça pintada (Phantera onça). Fonte Google.

Volume 3A – Relatório Ambiental MT-100 35 3.4. MEIO SOCIOECONÔMICO

O projeto de melhoramento da capacidade de suporte do pavimento da MT-100, com extensão de 45,40 km está localizada entre os municípios de Torixoréu e Ribeirãozinho, no Estado de Mato Grosso.

A população total no município de Torixoréu, de acordo com o censo demográfico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no período 1991- 2000 decresceu a uma taxa média geométrica anual de -1,82%; a perda de população urbana nesse período apresentou taxa média anual menos acentuada com relação à taxa total: -1,25%. Em termos relativos a população rural foi a que mais perdeu população: taxa média anual negativa de -3,29%. Na década 2000-2010, o município continuou a perder população, porém a taxas menos significativas que na década anterior: a população total decresceu a uma taxa média anual de 1,70; a população urbana à taxa média anual de -1,39% e a rural -2,62%.

Segundo as estimativas do IBGE para o ano de 2015 a população total de Torixoréu foi de 3.713 habitantes.

A economia do município de Torixoréu tem sua base no setor primário. As principais atividades que produzem efeitos multiplicadores no mercado local são: as lavouras temporárias com culturas de soja e milho; a pecuária bovina com um rebanho de, aproximadamente, 146 mil cabeças, correspondendo a 0,5% do rebanho total do Estado de Mato Grosso. Em 2013 o setor agropecuário contribuiu com 37,2% do total do valor adicionado bruto para composição do Produto Interno Bruto municipal.

Os setores da Indústria e Serviços (somados) foram responsáveis por 35,2% do valor adicionado para formação do Produto Interno Bruto do município em 2014. Dados estatísticos de 2014 apontaram a existência de 87 empresas atuantes no município, com 575 pessoas ocupadas, das quais 488 são assalariadas (aproximadamente 28,44% da população economicamente ativa). A massa salarial (soma de todos os salários pagos aos trabalhadores durante o ano de 2014) foi de R$ 11.146, que correspondia a um salário médio mensal de 2,4 salários mínimos.

Volume 3A – Relatório Ambiental MT-100 36 As atividades culturais do município estão ligadas à comemoração de datas festivas: aniversário da cidade; festa dos filhos ausentes de Torixoréu; eventos culturais religiosos e as relacionadas à educação e cultura (didático/pedagógica).

O município possui a Biblioteca Pública Municipal Professor Pedro Alberto Reisdorfer que tem por finalidade a preservação do patrimônio histórico, artístico e cultural de Torixoréu.

A população total do município de Ribeirãozinho em 2010, segundo dados do IBGE foi de 2.199 pessoas, no período 1991-2000 cresceu a uma taxa média geométrica anual de 3,9%; a expansão populacional na área urbana a taxa de 4,7% na média anual ficou acima da média de crescimento total. Na área rural verificou-se crescimento nas taxas médias anuais. No período 2000-2010, a população total apresentou taxa média anual de crescimento de 1,05%. A taxa média anual do crescimento urbano 2000-2010, como ocorrido na década anterior, superou à do crescimento total registrando 1,4% na média anual. Na área rural o crescimento da população ocorreu a uma taxa média de 0,3% ao ano.

O município possui apenas o distrito-sede. A distribuição da população segundo o domicílio é a seguinte: 70,67% de seus habitantes residentes na área urbana e 29,33% na área rural. Segundo as estimativas do IBGE para o ano de 2015, a população total de Ribeirãozinho foi de 2.290 habitantes.

O município tem sua base econômica assentada no setor primário e no setor secundário. As principais atividades que produzem efeitos multiplicadores no mercado local são: a agricultura, com lavouras temporárias de soja e milho (incipientes) e em pequena escala com relação a agricultura estadual; pecuária com rebanho bovino de aproximadamente 39 mil cabeças, correspondendo a 0,1% do rebanho estadual e a 3,6% ao nível microrregional. Em 2014, a contribuição do valor adicionado pela agropecuária para formação do PIB municipal foi de 37,5% e a contribuição das atividades industriais de beneficiamento de produtos da pecuária foi de 30,1%.

Volume 3A – Relatório Ambiental MT-100 37 Os dados do Produto Interno Bruto do município (divulgados pelo IBGE em parceria com os órgãos estaduais de Estatística) mostram que o Valor Adicionado bruto do Setor Agropecuário correspondeu a 37,45% do total de 78.162 mil reais verificados em 2014. Na ordem decrescente a contribuição dos demais setores é a seguinte: Indústria 30,14%; administração, saúde e educação públicas e seguridade social 17,30%; e o Setor de Serviços (exceto o setor público) 15,11%. A soma dos impostos indiretos, líquidos de subsídios (federal, estadual e municipal) que incidiram sobre a produção, representou 5,60% do valor do Produto Interno Bruto do município em 2014.

As atividades culturais do município estão afetas à comemoração de datas festivas: aniversário da cidade, religiosas e as relacionadas com educação e cultura (didático/pedagógica). Dentre as principais atividades anuais relacionadas ao turismo (turismo de lazer e negócios) está a “Festa do Produtor Rural”, na extinta CASEMAT, onde são realizados eventos variados com apresentação de artistas nacionais e da região.

3.5. ÁREAS DE PROTEÇÃO AMBIENTAL

Ao longo da extensão de 45,40 Km não se verifica a existência de áreas de valor histórico, arqueológico, espeleológicos, terras indígenas e remanescentes de quilombos. Também não há interferências das áreas de apoio (usina de asfalto, canteiro de obras, área de jazida, pedreira, areal, bota fora e área de empréstimo) com uso de áreas legalmente protegidas ou áreas de preservação permanente, bem como de unidades de conservação.

Não foram encontrados registros de unidades de conservação em território do município de Torixoréu, já o município de Ribeirãozinho possui a seguinte unidade de conservação municipal: APA Ribeirãozinho e Alcantilado do Rio Araguaia, com 2.174,00 hectares, criada com a Portaria nº 007/01 de 21 de novembro de 2001. Com categoria de uso sustentável e encontra-se no bioma cerrado.

Volume 3A – Relatório Ambiental MT-100 38

4 – LOCALIZAÇÃO DAS MELHORIAS PROPOSTAS

Volume 3A – Relatório Ambiental MT-100 39 4. LOCALIZAÇÃO DAS MELHORIAS PROPOSTAS

Os projetos de engenharia propostos no trecho de 45,40 Km da MT-100, subtrecho: Entroncamento MT-461(B) (Acesso Ribeirãozinho) / Entroncamento MT- 466 (Torixoréu) contemplam as obras de melhoramento da capacidade de suporte do pavimento da rodovia existente e obras de drenagens em alguns pontos.

As novas obras ocorrerão com aproveitamento do traçado original, serviços de terraplanagem e sistema de drenagem, uso de áreas, como empréstimos de material solo e bota-fora utilizando-se a Faixa de Domínio. Nos locais das pontes as modificações incidirão somente sob o pavimento.

As informações detalhadas sobre os projetos estão apresentadas no VOLUME 2- PROJETO DE EXECUÇÃO.

As obras de engenharia têm como objetivo o melhoramento em rodovias para adequação e capacidade de segurança, bem como aumentar o tempo de vida útil da via.

O Diagrama Linear das Ocorrências apresenta os pontos de apoio, bem como a alocação da rodovia (Figura 5).

Volume 3A – Relatório Ambiental MT-100 40 Figura 5 – Linear de Ocorrências de Materiais

Volume 3A – Relatório Ambiental MT-100 41

5 – LEVANTAMENTO DOS PASSIVOS AMBIENTAIS

Volume 3A – Relatório Ambiental MT-100 42 5. LEVANTAMENTO DOS PASSIVOS AMBIENTAIS

Conceitualmente, de acordo com a IS-246/DNIT, define-se Passivo Ambiental de redes viárias como “toda a ocorrência decorrente de falha de construção, restauração ou manutenção da rodovia, causadas por terceiros, ou por condições climáticas adversas, capaz de atuar como fator de dano ou degradação ambiental à área de influência direta, ao corpo estradal ou ao usuário, ou aquela decorrente de condições climáticas adversas, ou causadas por terceiros, capazes de atuar como fator de dano ou degradação ambiental à faixa de domínio da rodovia, corpo estradal ou ao usuário”. Neste item são apresentados os levantamentos de campo e avaliações, de modo a auxiliar a indicação de soluções para recuperação do Passivo Ambiental identificados nesse trecho de 45,40 km.

Os serviços a serem executados de acordo as medidas propostas sobre o melhoramento da capacidade de suporte do pavimento e do sistema de drenagem, podem ser consideradas de médio porte e com baixo impacto ambiental. As obras de drenagem auxiliarão principalmente na prevenção de futuros danos ao meio ambiente ou piora da situação atual, caso não haja as intervenções, uma vez que a água superficial direcionada incorretamente podem provocar erosões, com perdas consideráveis de material solo e até da vegetação. O tipo de solo predominante nessa região tem maior probabilidade a processos erosivos, quando os manejos são inadequados.

Entre os fatores que contribuirão para o impacto ambiental ser considerado baixo, estão os fatos das intervenções não ocorrerem sob a mata ciliar nas pontes, não haver necessidade de supressão vegetal em todas as áreas de apoio, apenas nos pontos específicos, não haverá modificação no traçado da pista existente e a área da faixa de domínio será usada para bota-fora e empréstimo.

Os outros locais de apoio que vierem a utilizar durante as obras, como jazidas de cascalho, usinas de asfalto, canteiro de obras, areial, uso de água superficial, deverão ser licenciados pelo órgão ambiental responsável e até a conclusão das obras nesse trecho da MT-100 as áreas dentro da Faixa de Domínio

Volume 3A – Relatório Ambiental MT-100 43 onde houver intervenções para retirada ou deposito de material, deverão ser recuperadas.

O levantamento e avaliação do Passivo Ambiental do projeto em apreço, leva em conta a identificação dos possíveis problemas nos seguintes agrupamentos:

Grupo I: Faixa de Domínio:

A Faixa de Domínio nesta rodovia estadual tem 40 metros, sendo 20 metros de distância para cada lado da via, contados a partir do seu eixo. Está previsto nos projetos de engenharia que as áreas de bota-fora dos materiais resultantes das obras esteja dentro da Faixa de Domínio.

A Faixa de Domínio próximo a pista de rolamento ou do acostamento deve por motivos de segurança, ter as manutenções de limpeza realizadas periodicamente, principalmente nos meses sem chuva. Pois nessas áreas onde a vegetação natural não estiver controlada pode se aumentar os riscos de acidentes veiculares devido à dificuldade de visibilidade tanto da pisa quando das placas de sinalização horizontal, ao sofrerem interferência com a altura da vegetação, além também de prejudicar o funcionamento do sistema de drenagem, por obstrução. No período de seca, há um risco maior de incêndios em áreas com essas características da falta de limpeza preventiva e o fogo pode ser dispersado com facilidade ao longo do trecho.

A manutenção de limpeza, nesse caso pode ser considerada uma medida de baixíssimo impacto ambiental e sem geração de passivos, uma vez que essas medidas fazem parte dos serviços de manutenção e conservação da qualidade da rodovia estadual. Atualmente, nesses 45,40 km a Faixa de Domínio tem sua vegetação composta basicamente por braquiárias e alguns arbustos de madeira branca, sem aproveitamento de material lenhoso, alternando com outros locais usados para atividade agrícola, como plantio de milho e sorgo.

Nos locais usados para bota-fora, a vegetação natural e o solo será removida para a lateral da área e posteriormente após a finalização do depósito de

Volume 3A – Relatório Ambiental MT-100 44 material residual essa mesma área deverá ser recuperadas, com técnicas de terraplanagem para correção ou suavização dos taludes gerados e subsequente adoção da cobertura vegetal através do plantio por sistema de hidro-semeadura, afim de se prevenir erosões.

Os volumes e métodos dos materiais depositados nos bota-fora estarão melhor detalhados no VOLUME 3C - NOTAS DE SERVIÇOS E VOLUMES DE TERRAPLENAGEM.

No canteiro central localizado próximo ao entroncamento da rodovia estadual MT-270 conforme ilustra a Figura 6 (retirada do Projeto de Obras Complementares), está sendo proposto o plantio em área total é de 9.237,84 m2 com grama do tipo tapetes, em tamanho padrão e espécie à definir de acordo com as características da região. A cobertura vegetal nesse local, além de embelezar a paisagem natural da via, auxiliará na melhor conservação do solo, na melhora da capacidade do solo de infiltração de água pluvial e como medida preventiva de futuro processo erosivo. A grama deverá após plantio receber irrigações diárias afim de garantir seu pegamento e desenvolvimento radicular, por no mínimo período de 15 dias consecutivos, caso essa adoção não ocorra em período chuvoso e caso o regime de chuvas não seja diário ou suficiente, a irrigação deverá ser complementar através de caminhão pipa.

A água usada para irrigação deve ser de local que possua a licença ambiental de outorga.

Também está sendo recomendado a recomposição vegetal com plantio por sistema de hidro-semeadura nos taludes de alargamento com área de 27.884,66 m2 as quais pertence a Faixa de Domínio. O objetivo desse plantio é permitir que a cobertura vegetal auxilie na conservação do solo, facilite a infiltração de água, evite processos erosivos e contribua também para a conservação da pista de rolamento. Recomenda-se que nos locais onde haverá plantio com hidro-semeadura, se possível a implantação deverá ocorrer nos meses de chuva para um melhor pegamento das plantas e desenvolvimento radicular, além da economia com manutenção com irrigação.

Volume 3A – Relatório Ambiental MT-100 45 Figura 6 – Indicação do plantio de grama no canteiro central do trecho da MT- 100 com entroncamento na MT-270.

Volume 3A – Relatório Ambiental MT-100 46 Grupo II: Áreas Exploradas (pedreiras, areais, jazidas, empréstimos, usinas de asfalto, bota-fora, canteiro de obras):

As áreas propostas pelos estudos de engenharia para pedreiras, usinas de asfalto, jazidas de cascalho e areias, deverão possuir licença ambiental para uso comercial, sua exploração deverá seguir todas as recomendações propostas pelo órgão licenciador, a fim de minimizar os impactos ambientais bem como adotarem as medidas mitigadoras de recuperação para essas áreas. Esses locais não estão inseridos ou próximos das áreas de proteção ambiental.

Os locais de apoio foram estudados para que não estejam muito equidistantes do trecho de 45,40 km, no Diagrama Linear das Ocorrências (Figura 05) estarão apresentados os pontos de apoio com localização identificadas por estacas e suas distâncias.

Nessa obra não será necessário adotar áreas para empréstimo de material, uma vez que ocorrerão as compensações suficientes entre cortes e aterros do solo durante o serviço de terraplanagem. O volume total escavado estará apresentado no Volume de Terraplanagem.

As áreas de bota-fora desse projeto foi proposta dentro da Faixa de Domínio com área total estimada de 40.400 m2 (metros quadrados) para deposição de material proveniente da recuperação do pavimento asfáltico, composto por: revestimento asfáltico betuminoso de origem da frezagem, revestimento asfáltico betuminoso de origem da demolição, cascalho de base, camada vegetal de origem das limpezas, a primeira camada de 20 cm a ser retirada da pista e concreto dos EDS. As madeiras e metais usados durante as obras serão encaminhados ao canteiro de obras para que tenham a destinação correta.

Os locais escolhidos para bota-fora não possuem cobertura vegetal composta por espécies remanescente da Savana Arborizada ou Cerrado Típico e segue as características ambientais já descritas para Faixa de Domínio, também é recomendação para recuperação dessas áreas degradadas após seu uso, que se faça o plantio de hidrosemadura. Antes do plantio deve-se devolver o solo escavado e que

Volume 3A – Relatório Ambiental MT-100 47 foi colocado na lateral do bota-fora, para servir como a camada de nutrientes suficientes a cobertura vegetal. O volume total e especifico de cada material, estará apresentado no Volume 2.

A instalação do canteiro de obras foi proposta na estaca nº 920 nesse trecho conforme Figura 5 – Diagrama Linear de Ocorrências, em área desabitada e próximo a um posto de combustível desativado, o local tem fácil acesso e características do solo antropizado, tem histórico de já ter sido utilizado anteriormente para essa mesma finalidade, não havendo também no local necessidade de supressão vegetal de espécies de preservação ambiental.

As especificações e layout do canteiro de obras estarão apresentadas no Volume 1- Relatório de Projetos, sendo a área do cercado de 7.945,55 m2. com área coberta de 3.178,22 m2. O canteiro de obras está fora da Faixa de Domínio e deverá ter licença ambiental para sua atividade. Após a finalização das obras e desmobilização dessa instalação, essa área deve ser recuperada de acordo com as exigências expedidas no documento de licenciamento e caso não haja o cumprimento, fica a empresa responsável pelo canteiro de obras passível de autuações pelo órgão ambiental emissor da licença.

As Áreas de Influência Indireta (AII) relacionadas aos Grupo I e II sofrerão interferências variadas dependendo da localidade, as áreas próximas ao trecho podem ser consideradas de baixo impacto ambiental sobre os meios físico e biótico, uma vez que as maiores intervenções para implantação da rodovia já foram realizadas e a mesma está em funcionamento há alguns anos. As obras propostas para recuperação do pavimento asfáltico, podem ser consideradas como técnicas de manutenção.

A recuperação do pavimento asfáltico incidirá obre o eixo original, sem mudanças de traçados. Já para o meio socioeconômico o impacto será médio e considerado benéfico, pois as obras irão proporcionar aos municípios aumento por exemplo de: vagas de emprego, contratação de mão-de-obra local, arrecadação de impostos, maior geração de renda ao comércio etc.

Volume 3A – Relatório Ambiental MT-100 48 De uma maneira geral, o elenco de medidas, em determinados casos associadas entre si e/ou objetivando atenuar um conjunto de vários impactos serão implementadas através dos Programas Ambientais, muitos dos quais deverão continuar durante a fase de operação da Rodovia.

Na Tabela 02 e Tabela 03 estão identificados os impactos que poderão ser causados com as possíveis intervenções durante as obras e suas medidas mitigadoras.

No Volume 04 – Orçamento, estarão apresentados os itens dos serviços para recomposição vegetal discutidos aqui no Volume 3A, de acordo com as áreas já mencionadas e o custo unitário terão como base a Tabela SICRO 3 (Sistema de Custos Referenciais de Obras).

Volume 3A – Relatório Ambiental MT-100 49 Tabela 2 – Possíveis impactos ambientais a serem causados pelas intervenções e as propostas sugeridas de medidas mitigadoras no trecho com extensão de 45,40 km de obras da rodovia estadual MT-100 entre os municípios mato-grossense de Torixoréu e Ribeirãozinho

IMPACTOS MEDIDAS MITIGADORAS

 Planejamento de horários adequados para o transporte de materiais e equipamentos;  Controle do teor de umidade do solo;  Utilização de equipamentos de segurança (máscaras, botas, luvas etc.); Aumento da Emissão de  Monitoramento dos níveis de efluentes e Ruídos e Poeiras ruídos das descargas dos motores;  Controle e manejo das velocidades médias e níveis de emissões dos veículos;  Divulgação dos resultados do monitoramento e controle.

Início e/ou Aceleração de  Implantação de sistemas provisórios de Processos Erosivos drenagem;

Carreamento de Sólidos e  Equilibrar os balanços de corte e aterro; Assoreamento da Rede de  Recuperar as áreas, que vierem a sofrer Drenagem algum tipo de degradação;

Volume 3A – Relatório Ambiental MT-100 50  Otimização de terraplenagem, no sentido de haver compensação entre os volumes de cortes e aterro, a fim de minimizar impactos na área de bota-foras;  Seleção de locais adequados para a deposição dos materiais de descarte, levando-se em conta relevo, drenagem, Deposição de Material de composição paisagística, flora e fauna e Descarte ocupação humana nas proximidades;  Elaboração de Especificações Técnicas para a seleção de local destinado a bota- foras;  Monitoramento e readequação dos bota- foras gerados.

 Evitar desmatamentos desnecessários, Supressão da Vegetação especialmente em formações ciliares. Nativa Caso houver, deverão tomar as medidas de compensação para recuperação.

Ampliação da Fragmentação  Evitar desmatamentos desnecessários, dos Ambientes Florestais especialmente em formações ciliares.

Aumento da Pressão sobre  Adoção de programa de esclarecimento os Recursos Vegetais junto aos operários envolvidos na obra.

 Todo o lixo degradável gerado na obra deverá ser adequadamente disposto, adotando-se procedimentos que evitem Risco de Incêndios possibilidades de incêndios;  Implantar campanhas de esclarecimento aos usuários para evitar eventos iniciadores de incêndios (ex.: pontas de cigarros).

Volume 3A – Relatório Ambiental MT-100 51  Consideração correta dos parâmetros hídricos e geológico-geotécnicos para evitar degradação precoce nas áreas de obtenção de materiais;  Observação das respostas geológico e geotécnicas promovidas pela natureza frente as novas condições de equilíbrio exigidas;  Remoção manual e individual de blocos instáveis ou fixação através de tirantes; Alteração no  Programa de recuperação das áreas Desenvolvimento das degradadas. Privilegiar a contratação de Atividades Minerárias serviços e insumos de empresas regionais;  Exigir dos fornecedores atestados de idoneidade e registros de licenciamentos ambientais;  Elaboração de planos de exploração racional de pedreiras e jazidas;  Monitoramento, controle e adequação desses planos, ao longo da exploração;  Desenvolvimento de Planos de Recuperação Ambiental.

 Evitar a implantação de canteiros de obras próximos a ambientes florestados; Alteração nos Hábitos da  Evitar desmatamentos desnecessários, Fauna especialmente em formações ciliares;  Controlar a entrada de pessoal da obra nas áreas de mata próximas.

Volume 3A – Relatório Ambiental MT-100 52  Controlar as incursões do pessoal da obra às áreas florestais nas proximidades;  Reprimir qualquer tipo de agressão à fauna, Aumento da Caça proibindo-se o uso de armas de fogo e Predatória armadilhas;  Evitar a implantação de canteiros de obras próximos a ambientes florestados.

 Ensacar o lixo gerado nos canteiros e alojamentos, para o recolhimento pelo Formação de serviço local ou para seu transporte a locais Ambientes Propícios ao indicados pelas Prefeituras; Desenvolvimento de  O lixo degradável poderá ser incinerado, Vetores adotando-se procedimentos que evitem contaminação dos cursos d’água e incêndios.  Evitar a formação de focos erosivos nas margens dos rios e em áreas adjacentes;  Evitar o comprometimento da cobertura ciliar;  Otimizar os processos de implantação, reduzindo a duração do impacto sobre as taxocenoses aquáticas; Alteração na Estrutura de  Disposição dos esgotos sanitários em Taxocenoses Aquáticas fossas sépticas, instaladas a distância segura de cursos d’água e de poços de abastecimento;  Adequar o cronograma de obras ao regime pluviométrico local;  Limitar os desmatamentos ao mínimo necessário.

Redução da Área de  Indenizações pelas áreas e pela produção Produção Agropecuária renunciada.

Volume 3A – Relatório Ambiental MT-100 53  Comunicação constante do DNIT com a população local, priorizando informações sobre os desvios de tráfego e cronograma das ações mais próximas aos centros urbanos e localidades rurais;  Planejamento da mobilização de mão-de Alteração no Cotidiano da obra, máquinas, materiais e equipamentos, População de forma a minimizar as perturbações na vida da população residente;  Contato constante com as Prefeituras locais e demais órgãos públicos, acompanhando as alterações sofridas nos municípios e adotando medidas para minimizar o impacto.

 Deverá ser priorizado a contratação de mão- de-obra local, porém poderá haver também contratações de outras regiões; Alteração no Quadro  A geração de empregos diretos e indiretos, Demográfico poderá melhorar a qualidade de vida das pessoas e a geração de renda para o comércio local,ser um atrativo a implantação de novos moradores;

 Repasse de informações detalhadas para a população da Área de Influência Direta;  Atenção especial às escolas e outros locais Alteração no Nível Atual e na de concentração de população; Tendência de Evolução da  Reforço na sinalização nas áreas urbanas e Taxa de Acidentes aglomerados rurais;  Divulgação da redução nos índices de acidentes e fatalidades.

Volume 3A – Relatório Ambiental MT-100 54  Atendimento às normas brasileiras NBR 7500 e NBR-8286 da ABNT;  Treinamento dos Motoristas;  Em caso de vazamento com produtos corrosivos, proteger a área por dique, canalizando o produto para local adequado e então neutralizá-lo; Possibilidade de Acidentes  Em acidentes com materiais reativos ou com Cargas Perigosas gases, prever a evacuação de áreas povoadas;  Caso haja um princípio de incêndio em carreta ou caminhão carregado com produto químico inflamável deve-se separar a unidade de tração da carroçaria;  Elaboração de Planos específicos para emergências;

 Priorização da contratação de mão-de-obra Aumento da Oferta de Postos local poderá gerar muitas vagas de de Trabalho empregos diretos e indiretos na região.

Aumento da Demanda  O aumento população consumidora e de por Bens e Serviços renda através das novas vagas de trabalho.

 A priorização da contratação de mão-de- Aumento da Renda Local e das obra local, da geração de novas vagas de Arrecadações Públicas empregos diretos e indiretos e aumento da população consumidora.

Volume 3A – Relatório Ambiental MT-100 55  Evitar que o tráfego das obras interfira nas áreas urbanas. Caso isso ocorra, providenciar sinalização adequada, de acordo com o Código Brasileiro de Trânsito;  Planejar o transporte dos equipamentos Aumento do Tráfego de pesados, de forma a respeitar os gabaritos Veículos e Máquinas das rodovias;  Informar e comunicar as comunidades afetadas;  Planejar com as Prefeituras as modificações necessárias nos fluxos das vias.

 Os projetos com as alterações contemplam a sinalização adequada, informações à Melhoria dos Acessos comunidade sobre as alterações nas Vicinais condições de tráfego e melhoria dos acessos.

 Implementação das soluções de Paisagismo, Engenharia de Trânsito e Sinalização constantes dos Projetos; Alteração nas Condições  Implementação dos Programas de de Fragmentação das Paisagismo e de Ordenamento Territorial. Áreas Urbanas Estima-se a geração de poucos impactos ambientais, pois as obras já foram realizadas há alguns anos na região.

Volume 3A – Relatório Ambiental MT-100 56  Realizar exames médicos admissionais e periódicos dos trabalhadores ao longo da construção;  Tratar adequadamente a água de consumo, bem como todos os efluentes dos canteiros de obras; Alteração no Quadro de  Desenvolver atividades de educação em Saúde saúde, envolvendo toda a mão-de-obra contratada;  Fiscalizar continuamente as condições sanitárias dos canteiros de obras.  A região possui condições necessárias de prestar atendimento dos serviços públicos de saúde caso haja aumento populacional.

Tabela 3 – Impactos diretos causados pelas intervenções das obras e as propostas sugeridas de medidas mitigadoras no trecho com extensão de 45,40 km de obras da rodovia estadual MT-100 entre os municípios mato-grossense de Torixoréu e Ribeirãozinho

IMPACTOS DIRETOS DAS OBRAS

Medidas Atividades Impacto Observações Mitigadoras

As atividades de Reconformar a área plantio deverá ser explorada, evitando o Exploração de Proliferação de precedidas da empoçamento de áreas de apoio vetores e indução a reposição do solo águas e reintegrando a processos erosivos orgânico estocado área ao contexto do e da recorformação relevo local. Revegetar. da área.

Volume 3A – Relatório Ambiental MT-100 57 Providenciar a estocagem do material resultante da limpeza para recuperação da área explorada.

Remoção da Revegetar com cobertura vegetal hidrossemeadura. Efetuar o plantio de árvores e arbustos, caso necessário.

Dispor o bota-fora em locais já degradados, Assoreamentos, promovendo sua degradação de adequada conformação áreas vetores e e compactação. Bota Fora indução a A conformação deverá processos erosivos buscar a estabilidade do sistema de do maciço e a sua drenagem integração à paisagem local.

Prever aspersão Poluição do ar, de água, de acordo Movimentação redução dos com a frequência de níveis de necessária. Utilizar equipamentos segurança, a cobertura com com geração prejuízos à saúde lonas no transporte de poeira de trabalhadores de materiais terrosos.

Volume 3A – Relatório Ambiental MT-100 58 A fiscalização deverá ser rigorosa quanto aos aspectos de

higiene e

segurança Manter os do canteiro de equipamentos Poluição sonora obras. regulados para evitar Especial cuidado ruídos desnecessários. deverá ser

conferido

quando da

utilização

das fontes de

água.

Especial cuidado

deverá ser conferido à

exploração das fontes

de abastecimento, Contaminação das evitando sua fontes de água contaminação por

óleos, depósito de lixo,

desmatamento

desnecessário.

Construção de fossas Deposição de sépticas e sumidouro, efluentes em local apropriado.

Zelar pela coleta e Dispersão de lixo deposição de lixo em locais adequados. Canteiro de Controlar a velocidade Obras dentro e fora do Segurança canteiro de obras. Adotar uma sinalização

Volume 3A – Relatório Ambiental MT-100 59 superabundante. Manter os operários uniformizados adequadamente e zelar pelo uso do equipamento de segurança. Evitar prolongar as jornadas de trabalho. O acampamento deverá ser construído Degradação visual respeitando áreas mínimas.

Observa-se que os impactos em sua maioria são reversíveis ou de caráter temporário. As medidas mitigadoras são apresentadas adiante, no Projeto de Proteção Ambiental. As obras de restauração da rodovia poderão gerar impactos ambientais negativos e positivos, os quais são descritos a seguir.

5.2.1. Impactos Ambientais Positivos

 Aumento da oferta de postos de trabalho;  Aumento da demanda por bens e serviços;  Aumento da renda local e das arrecadações públicas;  Redução do consumo de combustíveis;  Melhoria dos acessos.

5.2.2. Impactos Ambientais Negativos

 Aumento da emissão de ruídos, poeiras e gases;  Início e/ou aceleração de processos erosivos;  Deposição de material de descarte (bota fora);  Deposição de resíduos da construção civil;  Alteração no cotidiano da população;

Volume 3A – Relatório Ambiental MT-100 60  Possibilidades de acidentes com cargas perigosas;  Alteração no nível atual e na tendência de evolução da taxa de acidentes (na fase de obras o nível atual tende de a piorar);  Aumento do tráfego de veículos e máquinas.

Volume 3A – Relatório Ambiental MT-100 61

6 – PROTEÇÃO AMBIENTAL

Volume 3A – Relatório Ambiental MT-100 62 6. PROTEÇÃO AMBIENTAL

6.1. MEDIDAS DE PROTEÇÃO AMBIENTAL

Durante as obras de melhoria da capacidade de suporte do pavimento da rodovia estadual MT-100, no trecho de 45,40 km serão executados serviços de recuperação do pavimento asfáltico, obras de drenagem e proteção ambiental, para diminuir e/ou eliminar os impactos gerados. Abaixo são relacionados os serviços indicados.

6.2. ALOCAÇÃO DE MÃO-DE-OBRA

 Deve-se dar preferência para a contratação de mão-de-obra local;  Devem ser seguidas todas as determinações legais sobre higiene, saúde, proteção e segurança no trabalho.

6.3. MONITORAMENTO DE ASPECTOS AMBIENTAIS

 Desenvolvimento de abordagem sistemática para monitoramento das ocorrências;  Anotação de todos os eventos em planilha específica de controle ambiental.

6.4. INFRAESTRUTURA E OBRAS DE APOIO (CANTEIRO DE OBRAS E USINA DE ASFALTO)

 Escolha correta do local da instalação de canteiro de obras e usina de asfalto, dando-se preferência a áreas já utilizadas para este fim, ou descaracterizadas em relação à cobertura vegetal, evitando-se também a instalação da usina de asfalto próxima de aglomerados urbanos;

Volume 3A – Relatório Ambiental MT-100 63  Dimensionamento correto para evitar superpopulação e falta de água/alimentos.  Controle de emissão de efluentes e adequada disposição do lixo, graxas e óleos;  Evitar o derramamento de óleos e graxas no terreno, dotando as oficinas, canteiros e acampamentos  Construção de caixas separadoras de graxa e óleo;  Implantar fossas sépticas e sumidouros de acordo com a NBR 7229;  Manter úmidas as superfícies sujeitas à poeira;  Regular a usina de asfalto e usar filtros;  Executar um controle de drenagem de águas pluviais;  Prever a utilização de dispositivos e equipamentos de controle de gases, ruídos e materiais particulados nas usinas de asfalto;  Manter sempre os motores e máquinas em boas condições de regulagem e operacionalidade;  Em casos em que existir curso d’água na área, manter um afastamento de no mínimo 50 metros da margem da drenagem;  Manter um controle médico da saúde dos operários, comissões para reduzir acidentes de trabalho e proteção aos trabalhadores, especialmente contra excessos de ruídos, poeira, gases etc.;  Evitar a geração de focos de vetores de transmissão de doenças como charcos, alagados, depósito de lixo etc.;  Conservação constante das áreas ocupadas;  Reabilitação da área após o término das atividades, através da reconformação dos terrenos e recuperação das áreas na desmobilização, efetuando limpeza cuidadosa, enterramento de todo o remanescente de lixo orgânico e aterramento de fossas e valas de esgotamento sanitário.

6.5. EMISSÕES ATMOSFÉRICAS

A movimentação intensa de caminhões e as atividades de terraplanagem irão acarretar a dispersão de material particulado na atmosfera, assim

Volume 3A – Relatório Ambiental MT-100 64 como os materiais de construção estão sujeitos à liberação, de baixa intensidade e de odores característicos. Também serão objeto de controle as emissões de fumaça pelos veículos e máquinas que atuarão na obra.

As emissões gasosas para a atmosfera deverão ser verificadas observando-se as especificações técnicas dos fabricantes dos motores de ciclo diesel. Para minimizar os problemas derivados destas emissões na atmosfera deverão ser adotadas as seguintes medidas de controle ambiental:

 Efetuar a aspersão do solo com caminhão pipa, a fim de minimizar a geração de material particulado;  Efetuar a lavagem das vias utilizadas pelos caminhões semanalmente;  Implantação de lava-rodas no local de entrada e saída de caminhões do canteiro de obras;  Instalação de sistema de proteção junto às rodas dos caminhões para minimizar suspensão de material;  Cobertura das caçambas dos caminhões que transportarão resíduos e materiais terrosos com lonas para evitar a suspensão de material particulado;  Minimização das áreas expostas à ação dos ventos;  Colocação de tela protetora na fachada para proteção contra queda de materiais durante a obra;  Os materiais de construção utilizados deverão ser armazenados em galpão fechado e cobertos com lonas a fim de se minimizar a emissão de material particulado e odores característicos;  Deverão ser monitoradas, por meio de medições periódicas, as emissões de fumaça dos veículos e máquinas utilizados na implantação do empreendimento com a aplicação de ensaios específicos;  Os equipamentos e máquinas deverão estar operando em condições normais de uso e o motor funcionando sob condições estabilizadas, a queima de combustível deverá ocorrer com suprimento adequado de ar fresco;  Controle do limite de carga dos caminhões;

Volume 3A – Relatório Ambiental MT-100 65  Controle das temperaturas do líquido de arrefecimento, do óleo lubrificante utilizado nas engrenagens e a de queima do óleo combustível utilizado para movimentação e Operação de máquinas, equipamentos ou veículo automotor;  Os veículos avaliados cuja densidade calorimétrica ultrapassar a Nº 2 - 40%, e para as máquinas ou equipamentos, cuja densidade calorimétrica ultrapassar a Nº 1 - 20%, da Escala Ringelmann Reduzida, serão considerados não conformes, por não atenderem aos requisitos legais aplicáveis.

6.6. ÁREAS DE APOIO E CAMINHOS DE SERVIÇO

Nos locais onde se fizer necessária a abertura de caminhos de serviço para acessos às caixas de bota-fora e outras áreas necessárias as obras, deve-se tomar as seguintes medidas:

 Medidas de segurança ao tráfego;  Manter úmidos os caminhos, evitando a formação de poeira;  Demolição das obras provisórias, desimpedindo o fluxo dos talvegues e evitando a formação de caminhos preferenciais para a água;  Recuperação de vegetação nas áreas desmatadas e limpas para a implantação dos caminhos de serviço;  Proteção vegetal dos taludes através de hidrossemeadura ou semeadura manual e espécies arbustivas;  Escolha correta dos locais de bota-fora;  As áreas de bota-fora deverão ter o material de limpeza (camada orgânica) estocado para posterior retorno após a recomposição do terreno e receberão vegetação por hidrossemeadura;  Execução de dispositivos de drenagem e dissipadores de energia;  Conformação dos taludes e do fundo das áreas exploradas, incluindo a execução de valetas de drenagem direcionadas para os cursos d’água mais próximos, e de eventuais barragens de contenção, para evitar o surgimento de erosão;

Volume 3A – Relatório Ambiental MT-100 66  Eliminação das áreas sujeitas à estagnação de águas, através de drenagem feita com sistema de valetas.

6.7. TERRAPLENAGEM

 Controle de estabilidade geotécnica de taludes;  Controle de erosão e reabilitação das áreas degradadas.

6.8. EXPLORAÇÃO DE JAZIDAS

 Dar preferência ao emprego de pedreiras e areais já licenciadas junto aos  órgãos ambientais, caso contrário, licenciar as atividades;  Estocagem do solo orgânico;  Limitar os desmatamentos e a limpeza do terreno aos locais estritamente necessários;  Controle de erosão e reabilitação de áreas degradadas.

6.9. TRÁFEGO DE VEÍCULOS E MAQUINÁRIOS PESADOS

O tráfego de veículos pesados nas imediações das áreas de intervenção deverá ser significativo. Desta forma as medidas de controle relativas a intensificação do tráfego nestas áreas deverá incluir:

 Manutenção e limpeza das vias públicas utilizadas para acesso dos caminhões nas áreas urbanizadas e nas pistas de rolagem do entorno;  Controle da saída de caminhões do canteiro de obras, com lavagem de pneus, cobertura de caçambas e orientação de motoristas para respeito aos limites de velocidade estabelecidos para as vias utilizadas;

Volume 3A – Relatório Ambiental MT-100 67  Estabelecimento de sinalização adequada as normas de segurança e programação da circulação de veículos de grande porte para os horários de menor fluxo de veículos;  Manter todos os veículos e equipamentos em perfeito estado de conservação e funcionamento a fim de se minimizar a emissão de fumaça na atmosfera, assim como a emissão de ruídos durante a fase de implantação;  Estabelecimento de um plano de transporte de materiais em conjunto com a empresa contratada para a determinação dos horários, itinerários, rotas alternativas, restrições de circulação e normas dentro do canteiro de obras para carga e descarga.

6.10. RECUPERAÇÃO DE PASSIVOS AMBIENTAIS

Após avaliações dos possíveis impactos nas áreas de influência direta e indireta das obras foi considerado que as intervenções sobre o meio ambiente serão de baixo impacto ambiental, uma vez a rodovia foi implantada há alguns anos e continua em fase de funcionamento, as intervenções ocorrerão dentro da faixa de domínio ou em áreas com o devido licenciamento ambiental para exploração, em locais onde a cobertura do solo apresenta características de antropização e caso seja necessário, a remoção de vegetação natural em algum ponto do trecho ou das áreas exploradas, a vegetação consistirá basicamente de braquiárias e possíveis arbustos com madeira branca, sem aproveitamento de material lenhoso.

A solução para a recuperação do referido problema de remoção vegetal que venha a ocorrer, que incluir adoção de hidro-semeadura e tapete de grama em conjunto com a metodologia de recuperação, deverão ser apresentados na memória de cálculo dos quantitativos das referidas soluções no Volume 3C – Notas de Serviço.

Porem para mitigação desse impacto e sucesso de implantação é necessário que o início do plantio ocorra em período chuvoso.

Volume 3A – Relatório Ambiental MT-100 68 Ressaltando que as obras propostas nesse trecho não irão alterar a paisagem natural, uma vez que a rodovia está em fase de funcionamento há bastante tempo, não causando as melhorias do pavimento modificação no traçado original da rodovia, da largura do seu eixo ou da infraestrutura das pontes. A intervenção incidirá apenas na recuperação do pavimento asfáltico e do sistema de drenagem.

É importante que todas as atividades devem ser monitoradas por um plano de monitoramento e acompanhamento que estimule uma ampla participação das comunidades envolvidas, como forma de dar transparência ao empreendimento, numa dimensão de responsabilidade mútua entre o empreendedor e a comunidade.

6.11. RECUPERAÇÃO DE BOTA-FORA, USINAS DE ASFALTO E CANTEIRO DE OBRA

A recuperação de áreas degradadas é função da interação sinérgica entre fatores naturais. Por isso, os resultados do conjunto de técnicas restauradoras podem variar muito. A exploração de materiais de construção (areia, solo, seixo, rocha, cascalho) tem causado consideráveis perdas ao meio ambiente em consequência da condução predatória das escavações e da falta de recuperação das áreas utilizadas.

No caso das áreas de bota-foras laterais à rodovia, propõem-se a reconformação do terreno e o plantio de hidrossemeadura. Para as pedreiras, areais, usinas de asfalto e jazidas de exploração comercial orienta-se seguir as exigências recomendadas nas licenças ambientais.

Não há interferências entre as áreas utilizadas como apoio com Áreas de Preservação Permanente (APP).

Para a caracterização das fitofisionomias, foram consideradas as áreas de estudo correspondendo às áreas de influências do empreendimento.

Volume 3A – Relatório Ambiental MT-100 69 As gramíneas recomendadas a serem utilizadas na hidrossemeadura são: cynodon dactylon (grama-bermuda), brachiaria humidicola (braquiária) e paspalum saurae (pensacola) e a leguminosa de interesse que deve ser associada às demais espécies é crotalia juncia (cotralia).

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