GEOLOGIA E TECTÔNICA DA REGIÃO DA FOLHA TOPOGRÁFICA DE JUQUITIBA EM 1:50.000, SUDESTE DO ESTADO DE

TECTONIC AND GEOLOGY OF THE REGION OF THE JUQUITIBA TOPOGRAFIC SHEET IN 1:50.000, SOUTHEAST OF THE STATE OF SÃO PAULO

Antonio Misson GODOY1; Marcos Aurélio Farias de OLIVEIRA1; Peter Cristian HACKSPACHER1; Otávio Augusto Ruiz Paccola VIEIRA2, Jefferson Cassu MANZANO3 1Departamento de Petrologia e Metalogenia- IGCE- UNESP- Universidade Estadual Paulista. Rio Claro (SP), Brasil. Emails: [email protected], [email protected], [email protected] 2Pós-Graduação em Geociências- IGCE- UNESP- Universidade Estadual Paulista. Email: [email protected] 3Mineração Rio Tinto. E-mail: [email protected]

Introdução Geologia Regional Geologia Interpretação Aerogeofísica Complexo Embu Caracterização Tectônica Caracterização Metamórfica Conclusões Agradecimentos Referências

RESUMO - O mapeamento das unidades litológicas da Folha Topográfica de Juquitiba em escala de 1:50.000 é resultado da integração e realização de levantamentos geológicos. A área está localizada a sudoeste da cidade de São Paulo e inserida na Província Mantiqueira Central, porção central do Cinturão Ribeira. Compreende uma pequena região, a norte da Zona de Cisalhamento Caucaia-Rio Jaguari, constituída pelas rochas do Bloco e, a maior área, por rochas do Bloco Juquitiba. A região é caracterizada por litotipos rochosos metassedimentares migmatizados, compostos de migmatitos, gnaisses e xistos aluminosos, além de anfibolitos, metarenitos e rochas calciossilicatadas, de idade meso- a neoproterozoica, do Complexo Embu; inúmeros granitos e corpos de pegmatitos peraluminosos do tipo S, complexos graníticos cálcio-alcalinos do tipo I Ibiúna e Caucaia de idade neoproterozoica e sedimentos recentes quaternários. A evolução tectono-metamórfica consiste de deformações/metamorfismo progressivo D1/2 tangenciais, associados ao processo colisional, e pela tectônica transcorrente/transpressiva D3, de direção NE-SW, marcada por uma foliação milonítica vertical. O metamorfismo regional progressivo é do tipo Barroviano, com rochas em fácies anfibolito alto e ocorrências locais de metamorfismo de contato, além do metamorfismo dinâmico que apresenta natureza retrometamórfica. Palavras-chave: Complexo Embu, paragnaisses, mapeamento geológico, região de Juquitiba.

ABSTRACT - Geological mapping of the Juquitiba Topographic Sheet lithological units in 1: 50.000 scale is the result of integration and realization of geological surveys. The area is located southwest of São Paulo city and inserted in the Central Mantiqueira Province, central portion of the Ribeira Belt. It comprises a small region, north of the Caucaia-Rio Jaguari Shear Zone, constituted by the Cotia Block rocks and, the largest area, by the Juquitiba Block rocks. The region contains metasedimentary migmatized rock lithotypes, migmatitos, gneiss and aluminous schists, in addition to amphibolites metasandstones and calcium-silicate rocks, all of Meso to Neoproterozoic age, belonging to the Embu Complex; numerous peraluminous S type granites and pegmatites bodies; Neoproterozoic I Type calc-alkaline granite bodies of the Ibiúna and Caucaia complexes; and recent quaternary sediments. The tectono-metamorphic evolution shows D1/2 tangential deformations/progressive metamorphism, associated to collisional process, and D3 transcurrent/transpressive tectonics, NE-SW direction, marked by intense vertical milonitic foliation and smooth to open regional folds. The progressive regional metamorphism is of the Barrowian type, with high amphibolite facies rocks and contact metamorphism local, as the retrometamorphism caused by dynamic metamorphism nature. Keywords: Embu Complex, paragneiss, geological mapping, Juquitiba region.

INTRODUÇÃO A região geográfica da Folha Topográfica de A geologia desta região foi inicialmente Juquitiba (SF-23-Y-C-V-4) em 1:50.000 do caracterizada nos seguintes mapas: Mapa Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - Geológico do Estado de São Paulo, editado pelo IBGE, 1984, encontra-se localizada a sudoeste da Instituto Geográfico e Geológico, em escala região Metropolitana de São Paulo, limitada pelas 1:1.000.000 de 1963 e de 1974; em Hasui (1973), coordenadas 23º45' e 23º00' de latitude sul e 47º15' no trabalho de mapeamento das folhas e 47º00' de longitude oeste. Este trabalho é topográficas de São Roque e Pilar do Sul em escala resultado da integração de mapeamentos e 1:100.000, em Algarte et al. (1973) no Projeto levantamentos geológicos na Folha Piedade em Sudeste do Estado de São Paulo; em Bistrichi et al. 1:100.000, constituída pelas quatro folhas (1981) e Almeida et al. (1981) no mapa geológico topográficas em 1:50.000: São Roque, , de integrações do estado de São Paulo em escala Jurupara e Juquitiba, a partir do convênio 1:500.000, elaborados pelo Instituto de Pesquisa PRONAGEO-CPRM e IGCE/UNESP. Tecnológica - IPT e em Chieregati et al. (1991), no São Paulo, UNESP, Geociências, v. 37, n. 4, p. 695 - 713, 2018 695 Projeto Integração Geológica da Região A região é constituída por rochas de idade Metropolitana de São Paulo. meso- a neoproterozoica do Complexo Embu, A integração mais atualizada da área onde predominam os litotipos supracrustais encontra-se em Perrotta et al. (2005) no mapa em metamorfizados em fácies anfibolito alto, escala 1: 750.000 elaborado pela Companhia de constituídos dominantemente por paragnaisses e Pesquisa de Recursos Minerais. xistos migmatíticos, além de possíveis e raros A região se localiza na Província Mantiqueira gnaisses ortoderivados. Central (Almeida, 1967; Almeida & Hasui, Associadas à expressiva ocorrência das rochas 1984; Hasui & Oliveira, 1984; Heilbron et al., paraderivadas, observam-se rochas graníticas neo- 2004), na faixa central do Cinturão Ribeira proterozoicas, constituídas pelos granitos cálcio- (Cordani et al., 1973) e, mais especificamente, alcalinos do Tipo I, definidos pelos complexos na parte norte do Bloco ou Terreno Embu Ibiúna e Caucaia, e os inúmeros granitos (Hasui, 1975; Tassinari, 1988). Este terreno peraluminosos do Tipo S, de pequeno porte, sendo define um grande compartimento geotectônico a que os maiores apresentam denominações locais, partir da movimentação horizontal e vertical de propostas por Hasui (1973). Estes granitos zonas de cisalhamento de idade neoproterozoica, peraluminosos encontram-se agrupados nos mapas com rejuvenescimento tardio. atuais como granitos peraluminosos indiferen- Segundo Hasui et al. (1978) e Hasui & Oliveira ciados. Além destas litologias, apresentam-se na (1984), o contato norte deste terreno se faz com a área inúmeros corpos de pegmatitos aluminosos e Zona de Cisalhamento Taxaquara, que o coloca os sedimentos quaternários. lado a lado com o Domínio São Roque, e pela Este trabalho tem o propósito de apresentar os Zona de Cisalhamento Agudos Grandes, fazendo dados resultantes da investigação geológica e contato, na região sudoeste, com o Domínio Apiaí, estrutural da área geográfica da Folha Topográfica e a sul, com a Zona de Cisalhamento Cubatão, com de Juquitiba, que foram inicialmente trabalhadas a as rochas do Domínio Costeiro. partir de mapeamentos com alunos do curso de Atualmente, o Terreno Embu foi redefinido, Geologia do IGCE-UNESP, e integrações a partir sendo seu contato norte considerado como a de subsídios da Companhia de Pesquisa de Zona de Cisalhamento Caucaia-Rio Jaguari. É Recursos Minerais, definindo, assim, as principais cortado transversalmente pela Zona de unidades litotectônicas (tectono-metamórficas) Cisalhamento Taxaquara-, em separadamente, em termos de sua evolução contato com o Terreno Açunguí (Silva, 2017). petrológica, magmática-metamórfica e estrutural. GEOLOGIA REGIONAL A Província Mantiqueira desenvolveu-se Costeiro, São Roque, Apiaí, Curitiba, Paranaguá e durante a Orogenia Neoproterozoica Brasiliana- Luiz Alves, de origens distintas e separados por Pan Africana, que amalgamou microplacas ou zonas de cisalhamento (Campanha, 2002; terrenos e resultou na construção do Paleo- Heilbron et al., 2004; Faleiros, 2008; Faleiros et continente Gondwana Ocidental (Heilbron et al., al., 2011; Santos et al., 2015). Sua estruturação é 2004). Um evento final que encerrou o Ciclo controlada por um sistema de cisalhamento Brasiliano foi o do colapso gravitacional e transcorrente destral (Campanha, 1991; exumação de orógenos, marcando a passagem de Campanha & Sadowski, 1999; Campanha, 2002; condições de forte atividade compressiva, para as Faleiros, 2008; Faleiros et al., 2010, 2011). Essas de estabilização dos orógenos. grandes zonas de cisalhamento compartimentam a A Província Mantiqueira foi subdivida região em grandes blocos tectônicos delimitados inicialmente por Almeida et al. (1977, 1981) em por falhas, o que colocou unidades de idades três grandes setores, referidos como Setentrional, diferentes lado a lado (Hasui et al., 1969). Central e Meridional. Respectivamente, estes Segundo Heilbron et al. (1995), o segmento setores passaram a ser referidos como central da Faixa Ribeira apresenta uma evolução correspondente a três cinturões orogênicos: definida em quatro principais unidades litotectô- Araçuaí, Ribeira e Tijucas por Hasui et al. (1978), nicas: o embasamento pré-1.800Ma; os orto- Hasui (2010) e Hasui et al. (2012). gnaisses com posicionamento temporal não O Cinturão Ribeira (Hasui, 2010, 2012) é definido; a cobertura metassedimentar pós dividido em sete terrenos: Varginha, Embu, 1.800Ma; e as rochas granitoides brasilianas.

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O Neoproterozoico da parte central do Cinturão (1975) e Hasui & Sadowski (1976), como Ribeira é marcado pela intensa granitogênese subdivisões do Grupo Açunguí, limitados a norte formadora do Arco Magmático Rio Negro pela Zona de Cisalhamento Caucaia - Rio Jaguari (Heilbron et al., 2004). O estudo dos granitoides e a sul pela Zona de Cisalhamento Cubatão. pós-orogênicos a anorogênicos da Faixa de Campos Neto & Basei (1983) dividiram o Pré- Dobramento Ribeira foi inicialmente proposto por Cambriano paulista e propuseram o termo Hasui et al. (1978), que individualizou os inúmeros conjuntos e que os mesmos se subdividem em corpos graníticos pós-tectônicos do estado de São blocos. Neste sentido, foram mantidos nos Paulo. Segundo Prazeres Filho et al. (2003), o domínios do Conjunto Paranapiacaba os Blocos período pós-colisional anorogênico é marcado Cotia e Juquitiba, tal como proposto por Hennies pela intrusão de plútons graníticos rasos. et al. (1967) e Hasui (1973). A partir do trabalho de Hennies et al. (1967), Tassinari (1988) propõe a divisão da Faixa surgiram as primeiras ideias de comparti- Ribeira, na porção sudeste do estado de São Paulo, mentação tectônica do Pré-Cambriano no Estado em cinco domínios com evoluções geológicas de São Paulo, com base em falhamentos distintas e que se confrontam: Itapira-Amparo, transcorrentes separando blocos crustais. O Piracaia-Jundiaí, São Roque, Embu e Costeiro. falhamento de Taxaquara delimita os blocos Cotia Tassinari & Campos Neto (1988) propõe para a e São Roque. A norte do Bloco São Roque, o região a divisão em cinco grandes terrenos ou falhamento de Jundiuvira delimita o Bloco domínios de norte para sul: a Faixa Alto Rio Jundiaí, proposto por Hasui et al. (1969). Grande (Hasui & Oliveira, 1984) constituído por Coutinho, (1971) e Coutinho et al. (1972), a sul do ortognaisses e migmatitos; a Nappe Socorro- Bloco Cotia, a partir do falhamento de Cubatão, Guaxupé (Campos Neto et al., 1984), composta individualizam o Bloco Costeiro, inicialmente por rochas de alto grau metamórfico e granitos definido por Almeida (1953). associados de idade neoproterozoica; o Domínio A partir da denominação por Hasui (1973) de São Roque (Tassinari & Campos Neto, 1988), Conjunto São Roque permitiu-se a subdivisão, constituído por metassedimentos de baixo a médio através dos falhamentos de Taxaquara e Caucaia, grau dos grupos São Roque e Serra do Itaberaba; o nos blocos Itupararanga e Juquitiba. Sadowski Domínio Embu composto por supracrustais e (1974) definiu na região da Serra de Cubatão dois granitos; e o Domínio ou Complexo Costeiro blocos: Juquitiba, proposto inicialmente por Hasui caracterizado por rochas granulíticas, migmatíticas (1973) e Litorâneo, sendo este último corres- e graníticas, divisão que que será utilizada no pondente ao Bloco Costeiro (Coutinho, 1971 e decorrer do texto. Almeida, 1953). Hasui (1975) subdividiu o Bloco As áreas do embasamento no Estado de São São Roque, proposto por Hennies et al. (1967), nos Paulo foram divididas por Janasi & Ulbrich (1991, Blocos Itupararanga (Hasui, 1973), Pirapitingui, 1992) em oito domínios estruturais alongados, Moreiras e Juqueri. limitados por importantes falhas transcorrentes: Hasui & Sadowski (1976) propuseram uma São Roque, Açunguí, Embu, Ubatuba, Iguape, estruturação em quatro blocos justapostos, Guaxupé, Jundiaí e Amparo. agrupando diferentes blocos geológicos em De uma forma sucinta, devido a diversidade de conjuntos, denominando-os, de leste para oeste: o denominações propostas, a área em estudo está Conjunto Costeiro a leste da Falha de Cubatão e inserida no compartimento denominado de: correspondendo ao Bloco Costeiro; de Conjunto Complexo Embu (Hasui, 1975; Hasui et al., 1981), Paranapiacaba entre as falhas de Cubatão e de Complexo Embu ou Terreno Embu (Campos Taxaquara, constituído pelos blocos Juquitiba e Neto, 2000; Heilbron et al., 2004; Alves et al., Cotia e composto pelas litologias dos complexos 2013, 2016; Perrotta et al., 2005) (Figura 1), Bloco Pilar e Embu; o Conjunto São Roque entre as Embu (Dantas et al., 1987), Terreno Acrescido falhas de Taxaquara e Itu/Jundiuvira, proposto por Embu (Campos Neto & Figueiredo, 1995), Hasui (1973); e de Conjunto Jundiaí, a norte do Domínio Embu (Passarelli et al., 2004) e de falhamentos de Itu-Jundiuvira. Complexo Embu como parte do Terreno Juiz de O Complexo Embu foi definido pela primeira Fora (Campos Neto, 2000; Passarelli et al., 2004) vez como unidade litoestratigráfica por Hasui (Figura 1).

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Figura 1 - Mapa Geológico com a distribuição dos diversos terrenos que compõe o estado de São Paulo, com detalhe de parte do Complexo Embu e localização da Folha Topográfica de Juquitiba (Mod. de Perrotta et al. 2005).

Quanto aos aspectos lito-estratigráficos, Hasui Na região de Embu-Guaçu, distinguem-se (1973), Hasui et al. (1976) e Hasui & Sadowski dois conjuntos metassedimentares, que (1976) distinguiram duas associações litológicas compõem faixas com direção geral NE-SW e no Domínio Embu: o Complexo Pilar do Sul e o que se diferenciam, principalmente, com relação Complexo Migmatítico Embu. ao grau metamórfico e ao tipo de intercalações O primeiro formado principalmente por que apresentam. rochas metassedimentares de baixo grau Assim, foram definidas duas unidades: a metamórfico, o segundo por xistos e gnaisses unidade dos xistos rítmicos, informalmente migmatíticos. Hasui (1973) propôs a anexação denominada unidade dos xistos Santa Rita, que do Complexo Pilar ao Complexo Embu, assim abriga rochas calciossilicáticas, anfibolitos e redefinido como uma única sequência com rochas meta-ultramáficas; e a unidade dos sericita diferentes graus de migmatização pertencente ao xistos e filitos (Vieira, 1989). Grupo Açunguí. Perrotta et al. (2005), no Mapa Geológico do Sobreiro Neto et al. (1983), em trabalhos na Estado de São Paulo, escala 1:500.000, dividem Carta Geológica do Estado de São Paulo em as rochas do Complexo Embu nas unidades l:50.000, estendeu o Complexo Embu para a Ortognáissica, Xistos, Paragnáissica e Sericita região da Folha de São Luiz do Paraitinga. Xistos.

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Os principais litotipos do Complexo Embu Embu apresentam valores de TDM entre 1.64 e são biotita-granada gnaisses, xistos, migmatitos, 1.80 Ga (Dantas et al., 1999, 2000; gnaisses calciossilicáticos, quartzitos, anfibo- Hackspacher et al., 1999; Hackspacher & litos e ortognaisses (Oliveira et al., 1998). Godoy, 1999). Possuem rochas na forma de lentes ou faixas,  granitos cálcio-alcalinos da área, que de com orientação ENE-WSW e são representadas acordo com Vieira & Tassinari (1988), por metassedimentos migmatizados em maior ou possuem idade Rb/Sr de 612  83 Ma. Essa menor grau, com intercalações de biotita- idade é interpretada como a época do granada com ou sem sillimanita, mica xistos, “emplacement” dos corpos granitoides em paragnaisses parcialmente migmatizados e níveis superiores da crosta. quartzitos (Passarelli et al., 2004). O Complexo Ibiúna é caracterizado por nove Na porção sudeste do estado de São Paulo, este fácies granitoides, compostas predominante- complexo compreende, principalmente, mica mente por monzogranitos e subor- xistos, xistos finos, filitos, metabasitos, rochas dinadamente por sienogranitos, com raros calciossilicáticas, paragnaisses migmatizados enclaves de rochas quartzo dioríticas. O (metatexitos a diatexitos) e quartzitos (Passarelli et máfico principal é a biotita, seguida por al., 2004). hornblenda e raramente piroxênio (Godoy et No Domínio Embu, de idade neoproterozoica, al., 1992, 1996, 1999; Gomes & Godoy, ocorrem expressivos granitos cálcio-alcalinos e 2002; Hackspacher et al., 1992, 1993, 2000). abundantes granitos fortemente peraluminosos, Descrições acerca deste corpo encontram-se formando várias ocorrências menores, que em Hasui (1973, 1975), Hasui et al. (1978), indicam a participação predominante ou exclusiva Vlach et al. (1990), Janasi et al. (1990) e Leite de material derivado de crosta continental (Janasi (1997). et al., 2003).  Por granitos aluminosos, que correspondem a Trabalhos recentes encontram-se principal- unidade mais jovem e são representados por mente na região nordeste de São Paulo, as pequenas intrusões pegmatíticas nos xistos, litologias do Complexo Embu são agrupadas em gnaisses e metarritmitos do Complexo Embu, três unidades estratigráficas principais: Rio com idade K-Ar de 552  15 Ma (Vieira & Uma, Rio Paraibuna e Redenção da Serra, Tassinari, 1988). pertencentes ao Complexo Rio Capivari, O Maciço Caucaia, assim denominado por proposto por Meira (2014), Maurer (2016) e Hasui et al. (1973) e caracterizado em Godoy et Silva (2017). O Domínio Embu é constituído al. (1992) e Hackspacher et al. (1991, 1992), por: ocorre a sudeste da ZC Caucaia e é representado  rochas do Complexo Embu caracterizado por por litotipos composicionais correspondentes a uma unidade de ortognaisses, que apresentam sieno- e monzogranitos, sendo reconhecidos a idade entre 810 e 780 Ma, obtidas através tipos texturais equigranulares a inequi- de métodos SHRIMP, U-Pb em zircão por granulares, róseos e acinzentados, que Cordani et al. (2002); constituem uma faixa contínua com orientação  rochas metassedimentares que apresentam geral NE-SW e se estendem a sul para a área da idade máxima de deposição inferida a partir Folha Juquitiba. da idade do zircão detrítico mais jovem, de A norte, encontra-se em contato tectônico com 980 Ma, no Toniano, com a concentração das os metassedimentos do Complexo Embu e com o idades principalmente no Mesoproterozoico, Granitoide Ibiúna, e a sul, é intrusivo nos referidos entre 1,0 e 1,2 Ga, e com um pico secundário metassedimentos. em 1,8 Ga (Silva, 2017) e, segundo Vieira & Entre as rochas ígneas ácidas ocorre um Tassinari (1988), as rochas metassedimen- conjunto de corpos menores de granitos tares apresentam idade Rb/Sr de 750  20 Ma. aluminosos, apresentando dominantemente Os dados geocronológicos indicam idade do feições pegmatíticas, sendo que os maiores e que metamorfismo de 790 Ma para as rochas do foram denominados no trabalho de Hasui (1975) Complexo Embu (Vlach, 2001; Cordani et al., como Granito São Sebastião, Granito Fumaça ou 2002; Vieira & Tassinari, 1988). Represa do França, Granito Fazenda Carioca, Os paragnaisses e migmatitos do Complexo Granito Pedras e Granito Fazenda 3M.

São Paulo, UNESP, Geociências, v. 37, n. 4, p. 695 - 713, 2018 699 GEOLOGIA O mapeamento da área da Folha Topográfica domínio restrito de metarenitos e rochas de Juquitiba (SG-22-X-B-II-2), na escala calciossilicatadas (Figura 2). 1:50.000, resultou inicialmente da integração de Interpretação Aerogeofísica mapeamentos geológicos em escala 1: 25.000, A figura 3A refere-se à localização da Folha executados parcialmente em partes da área da Topográfica de Juquitiba e os projetos folha por trabalhos de campo realizados por inicialmente consultados para a realização do docentes e estudantes da UNESP, Rio Claro, e mapeamento. A figura 3B apresenta a imagem evoluiu para trabalhos de mapeamento, com o modelo digital de relevo SRTM (Sutlle homogeneização e integração de todas as Radar Topographic Mission) e a figura 3C a unidades geológicas e estruturais de toda a área. representação dos principais domínios A área da Folha de Juquitiba compreende tectônicos. A área da Folha Juquitiba é uma pequena região, a norte da Zona de constituída por terrenos pré-cambrianos Cisalhamento Caucaia-Rio Jaguari (ZCCR), mesoproterozoicos caracterizados por rochas constituída pelas rochas do Bloco Cotia, metassedimentares e plutônicas ácidas do tipo S caracterizado por metassedimentos de idade indiferenciadas, além rochas graníticas meso- a neoproterozoica do Complexo Embu e neoproterozoicas, ambas alinhadas com o trend corpos graníticos de idades neoproterozoicas, do regional NE-SW, além das formações Tipo I, cálcio-alcalinos metaluminosos a sedimentares superficiais. peraluminosos, do Complexo Ibiúna. A interpretação qualitativa dos dados A sul da ZCCR, define-se a maior área de aerogeofísicos, de magnetometria e trabalho, caracterizada pelas rochas do Bloco gamaespectrometria teve como objetivo auxiliar Juquitiba, identificado na área dominantemente os trabalhos da cartografia geológica da Folha pelas rochas metassedimentares do Complexo Juquitiba. De modo geral, o estudo restringiu-se Embu, pelas rochas graníticas cálcio-alcalinas à análise de feições geofísicas, a partir dos do Complexo Caucaia, pelos inúmeros granitos contrastes laterais de propriedades físicas e corpos de pegmatitos do tipo S peraluminosos apresentadas pelos minerais existentes nas e depósitos aluvionares recentes. litologias do terreno. O Complexo Embu compreende uma O mapa de gamaespectrometria (Figura 3D) considerável variedade de litotipos, sendo que as permite a caracterização da geologia de rochas ortoderivadas constituem as mais antigas superfície e representa a distribuição de e de pequena expressão, no limite externo da diferentes rochas e solos aflorantes, a partir de Folha Juquitiba, na Br-116, nas proximidades da radioatividade acima do background, como cidade homônima e caracterizada por rochas granitoides e feições com radiação decrescente ortognáissicas. ou com baixas emissões de radiação gama. Na área, ocorrem rochas metabásicas de O mapa gamaespectrométrico da Folha localização restrita e na forma de duas pequenas Juquitiba (contagem total), no geral, apresenta- lentes, a norte de Juquitiba. se com um índice relativamente alto de A sequência metassedimentar é dominante radioelementos. em toda área. É constituída de migmatitos Poucas são as regiões onde a concentração de paraderivados de ocorrência localizada e que radioelementos é baixa. Destaca-se a região a gradam lateralmente para paragnaisses; rochas noroeste da área, onde a concentração de gnáissicas metassedimentares de grande elementos radiométricos torna-se muito elevada, expressão dominando a metade norte da área e principalmente com relação ao elemento que transicionam e apresentam localizadamente potássio, observado pela tonalidade vermelha, feições migmatíticas; e xistos aluminosos, que na caracterização do Granito Caucaia e São dificilmente são encontrados frescos, Sebastião. dominando a metade sul da área. O mapa aeromagnetométrico (Figura 3E) foi Na sequência de gnaisse e xisto paraderivados de grande contribuição acerca de informações observa-se passagem localizada e, às vezes, relacionadas à geologia estrutural da área, transicionais para níveis apresentando intensidade podendo ser útil para definição do arcabouço variável de migmatização ou para áreas de tectonoestrutural da região.

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Figura 2 - Mapa Geológico da área da Folha Topográfica de Juquitiba em 1:50.000.

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Figura 3: A) Mapa de localização e projetos consultados na Folha Topográfica de Juquitiba, B) Fusão: Modelo Digital de Terreno x Geologia, C) Mapa dos Domínios Tectônicos, D) Mapa de Gamaespectrometria - Contagem Total, E) Mapa Aeromagnetométrico.

Nota-se uma característica comum a esse tipo associados a valores negativos (em azul). de mapa, que é a bipolaridade, pela existência de Percebe-se que a predominância de valores positivos (em vermelho), os quais alinhamentos magnéticos associados às representam anomalias magnéticas do campo falhas/fraturas dá-se na direção NE-SW; porém, total geradas por corpos magnetizados, existe um alinhamento magnético perpendicular

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na região nordeste da folha, de grande expressão, caracterizados por epidoto, actinolita, clorita, cortando o trend principal dos alinhamentos sericita e hidróxidos. magnéticos. O epidoto-actinolita-clorita xisto ocorre na Complexo Embu forma de corpos lenticulares, alongados e A Unidade de Migmatitos são representados orientados segundo a foliação principal na área, na área por um conjunto de rochas constituídos por actinolita-tremolita, clorita, metassedimentares e normalmente ocorre biotita, minerais opacos e apatita. associada a ocorrências locais de gnaisses e de A Unidade de Gnaisses constitui a litologia xisto. São migmatitos com estruturas bandadas dominante na região norte da área e é constituída estromáticas, oftalmítica e schlieren. São dominantemente por paragnaisses apresentando compostos por microclínio, quartzo, oligoclásio, estrutura bandada e contendo intercalações de biotita, sillimanita, granada e, como minerais biotita gnaisses com ou sem sillimanita e acessórios, apatita, titanita, zircão, além de, granada, biotita xistos e localmente de gnaisses como minerais secundários, muscovita, sericita, calciossilicatados e quartzitos. Frequentemente clorita, epidoto, leucoxênio, óxidos e hidróxidos. apresentam feições de intensidade variáveis de É possível observar a passagem dos processos migmatíticos ou gradam localmente metassedimentos para migmatitos, com o para rochas xistosas e ou para faixas contato entre paleossoma e neossoma podendo tectonizadas de paragnaisses miloníticos, ou ser gradual, sendo provável que, boa parte dessa ainda, em lentes restritas e descontínuas de unidade, seja o resultado da anatexia dos rochas calciossilicáticas e quartzitos. Uma paragnaisses. ocorrência representativa deste conjunto Apresentam uma expressiva heteroge- rochoso é observada junto ao Rio Juquiá, na neidade, com domínios ricos em biotita, região da Usina Hidroelétrica da Cachoeira do sillimanita e quartzo, estrutura xistosa e textura França. lepidoblástica ou finamente laminada. Tipos Os paragnaisses constituem as litologias rítmicos também são encontrados na área, dominantes nesta unidade e ocorrem em forma definidos por faixas escuras micáceas ou de corpos alongados, associados aos xistos e avermelhadas quando alteradas, compostas por migmatitos. Apresentam, comumente, estrutu- cristais bem desenvolvidos de biotita e ras bandadas a laminadas, com alternância de muscovita, além de porfiroblastos de granada, leitos milimétricos a decimétricos com sillimanita prismática, estaurolita, fibrolita, predomínio de quartzo, microclínio, oligoclásio turmalina, feldspatos, apatita, zircão, óxidos e e biotita, além de quantidades variadas de hidróxidos de ferro. São intercalados em faixas sillimanita, muscovita, granada e, mais mais claras, essencialmente quartzosas, com raramente, anfibólio. A estrutura é gnáissica a textura granoblástica. xistosa e bandada ou lenticular. A Unidade de Metabásicas constituem por São, portanto, rochas derivadas de ocorrência de raras intrusivas máficas e sedimentos pelíticos, psamo-pelíticos, ultramáficas e são representadas, respectiva- calciossilicatados, psamíticos e possivelmente mente, por pequenos corpos de anfibolito e de grauvaqueanos, que atingiram condições epidoto-actinolita-clorita xistos. Os anfibolitos metamórficas acima da curva de fusão parcial, representam corpos dispersos, todos com gerando remobilizados graníticos e pegmatoides dimensões reduzidas e restritas, como pequenas sin-tectônicos e possíveis injeções graníticas lentes disruptas em meio às rochas A Unidade de Xistos constitui as rochas metassedimentares, concordantes com a dominantes na parte sul da área e ocorrem na foliação. O maior corpo de rocha metabásica forma de lentes, ou representam o paleossoma ocorre a 3 km a norte de Juquitiba, constituído dos migmatitos, com espessuras centimétricas a pela mineralogia essencial de labradorita- métricas, ou bandas nos gnaisses, para os quais andesina, hornblenda e raros cristais de gradam com o aumento da proporção de pseudomorfos de augita, biotita e quartzo. Os feldspatos. Intercalados nos gnaisses, ocorrem principais minerais acessórios são titanita, subordinadamente níveis centimétricos de mica apatita, minerais opacos, zircão e raramente xistos, com ou sem granada e sillimanita, ou granada, enquanto os minerais secundários estão ainda lentes descontínuas de rochas cálcios-

São Paulo, UNESP, Geociências, v. 37, n. 4, p. 695 - 713, 2018 703 silicáticas, quartzitos e anfibolitos. modo discordante, ora concordante, mas em Os xistos são compostos por biotita, geral, dando a estas rochas o aspecto de muscovita, quartzo, além de plagioclásio, migmatitos. Muitas vezes estes corpos microclínio, granada, sillimanita, clorita, pegmatoides se confundem com o leucossoma minerais opacos, turmalina, clorita, sericita, das rochas migmatizadas, ambos com leucoxênio, clinozoisita/epidoto e, mais mineralogias extremamente aluminosas. raramente, anfibólio. Os granitos e pegmatitos aluminosos Localmente, e de ocorrência restrita, observa- correspondem a unidade mais jovem e são se nas proximidades dos corpos graníticos a caracterizados na área por inúmeros corpos, ocorrência de corpos de turmalina-muscovita- sendo que o maior, o Maciço Granítico São biotita xisto. Esporadicamente, nesta área é Sebastião, será descrito e os demais pelo seu possível observar turmalinito na forma de camada tamanho encontram-se descritos em Corpos centimétrica, composta essencialmente por Graníticos Indiferenciados. turmalina, quartzo e muscovita. O Granito São Sebastião é constituído por Nesta unidade é observado localmente: leucogranito inequigranular a porfirítico, com metarenitos constituindo níveis ou camadas predominância de grãos de tamanho médio a descontínuas, lentes ou boudins, com espessuras fino, que ocorre sob a forma principal de um decimétricas a métricas, normalmente corpo ovalado e os menores alongados, podendo apresentando contatos gradacionais ou bruscos; apresentar foliação milonítica e subparalelos à xisto apresentando níveis mais enriquecidos em Zona de Cisalhamento Caucaia-Rio Jaguari de granada, gerando níveis gondíticos, xistos direção geral NE. É constituído por rochas quartzosos e, finalmente, lentes de metarenitos inequigranulares, de granulação predominante- de granulação mais fina e ricos ainda em biotita mente média, com grãos de feldspato atingindo e muscovita. até 1 cm de comprimento, inseridos em matriz As rochas calciossilicáticas são de ocorrência quartzo-feldspática com biotita e composta por generalizada na área, mas em nenhum local aproximadamente 35% de quartzo, 30% de encontrou-se uma ocorrência espessa dessa feldspato potássico, 25% de muscovita e 10% de rocha. Normalmente são granoblásticas biotita quartzosas e constituem lentes, camadas Os Corpos Graníticos Indiferenciados descontínuas e boudins nos paragnaisses e encontram-se inseridos diversos corpos xistos. graníticos aluminosos de pequeno porte, sendo Os minerais principais são representados por que alguns apresentam denominações de quartzo, plagioclásio cálcico e, em menores localidades da área e foram apresentadas por proporções, clinopiroxênio, anfibólio, granada, Hasui (1973). epidoto/clinozoisita, titanita, feldspato O Granito Fumaça ou da Represa do França é potássico, biotita, escapolita, minerais opacos, representado por sieno- a monzogranitos apatita, zircão e allanita, além dos de alteração, foliados, peraluminosos, tipo S, que se clorita, actinolita, muscovita/sericita, carbonato, encontram intrudidos em paragnaisses e xistos, leucoxênio e hidróxidos. Localmente, observa- localmente migmatíticos. se a transição para quartzitos calciossilicáticos. O Granito Fazenda Carioca é composto por Feições semelhantes a metarritmitos são granada-muscovita-biotita monzogranito de observadas localmente e em faixas organizadas granulação média, foliado, homogêneo e na direção NE-SW e são o resultado de intenso composto por granada, muscovita, biotita, processo milonítico, que reduz a granulação dos quartzo, microclínio, muitas vezes minerais micáceos e reorganiza as mineralogias saussuritizados, oligoclásio e, como mineral em um bandamento tectônico de alto ângulo. assessório, zircão. Observa-se nessa rocha uma Neste conjunto de gnaisse e xistos foliação bem nítida, dada pela orientação dos intercalam-se rochas pegmatíticas, mais cristais de biotita e muscovita, descrita como abundantes nas proximidades das intrusões foliação S3, que é a mais pronunciada na área de graníticas. Afloram sob a forma de corpos mapeamento. métricos a decamétricos ou como veios O Granito Pedras corresponde a um biotita- deformados cortando os xistos e gnaisses, ora de muscovita sienogranito, que tem a forma de um

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corpo alongado. Possui algumas porções cisalhamento Caucaia. É marcado pegmatíticas e a exposição das rochas está principalmente por monzogranitos inequigra- geralmente alterada. Composto principalmente nulares cinza, com feições de reorientação de por quartzo, microclínio, oligoclásio, muscovita minerais, principalmente nas proximidades da e biotita, e, como minerais acessórios, ocorrem Zona de Cisalhamento Caucaia-Rio Jaguari. zircão, apatita e titanita. A granulação destas rochas varia de média a O Granito Fazenda 3M é classificado como grossa, podendo ser fina quando deformada, um granada-turmalina-muscovita sienogranito, fortemente inequigranular, com a presença com forma alongada e orientado segundo a esporádica de megacristais de microclínio, que direção da foliação principal da área, com perfazem menos de 5%, localmente superior a feições miloníticas e cataclásticas. É composto 10%, com dimensões máximas em torno de 2 por quartzo, microclínio, oligoclásio, muscovita, cm. Composicionalmente, correspondem a turmalina, granada e minerais acessórios. monzogranitos de coloração cinza, Constitui corpo que ocorre encaixado em xistos essencialmente leucocráticos, com cerca de 5 a e na borda são encontrados tipos ricos em 10% de minerais máficos. Apresentam quartzo, turmalina. plagioclásio, microclínio, biotita, além de Inúmeras variedades de turmalina leuco- titanita, minerais opacos, apatita, zircão, allanita, granitos são identificáveis em toda a área, sem epidoto, clorita e sericita. apresentar uma denominação particular, na São frequentes xenólitos, intercalações, leitos forma de corpos alongados na direção ENE, ou e lentes com espessuras que podem ultrapassar mesmo na forma de veios cortando as litologias uma centena de metros de rochas presentes. Tratam-se de sienogranitos com metassedimentares do Complexo Embu. As granada, muscovita, raramente biotita e intercalações mais espessas ocorrem turmalina negra, muitas vezes pegmatíticos, principalmente nas bordas do corpo. Ao longo sendo muitos frequentemente explorados para do contato com a zona de cisalhamento ocorre produção de caulim. De maneira geral, as rochas espessa faixa de granitóides intensamente exibem uma estrutura bastante foliada, deformados com o desenvolvimento de rochas orientada, fato marcado principalmente pela protomiloníticas com direção NE-SW. disposição das micas e turmalinas. O Maciço Granítico Ibiúna é composto por Os pegmatitos aluminosos encontram-se rochas cálcio-alcalinas, sendo a área da folha, encaixados nas rochas metassedimentares e ocupada dominantemente pela fácies podem ocorrer como corpos pegmatíticos e monzogranito porfiroide serial a hiatal rósea e raramente como aplíticos. Os pegmatitos com pequenas variações litológicas locais que apresentam composição basicamente aluminosa, não foram mapeadas nesta escala de trabalho. sendo no geral muito ricos em turmalina e Os granitoides Ibiúna distribuem-se como um muscovita e, em menor proporção, granada, com corpo no extremo NW da área e que fazem parte granulação bem grossa. Esses corpos variam de do contato sul, de uma faixa com disposição irregulares a acamadados, entre os xistos e geral NE-SW, na forma de corpos parcialmente metarenitos. tectonizados. Frequentemente apresentam São compostos geralmente por feldspato superposição de deformação milonítica, que potássico, quartzo, plagioclásio, muscovita, muitas vezes mascara totalmente as feições quantidades menores de biotita, turmalina e texturais. granada. Os cristais de turmalina geralmente São rochas porfiríticas róseas e cinzas de estão orientados segundo a direção da foliação composição predominante monzogranítica, principal. Encontram-se muito alterados, sendo compreendendo variedades leucocráticas, com muitas vezes explorados de forma rudimentar granulação da matriz média a grossa. Destacam- para caulim ou mesmo exploração de muscovita. se as variações do tamanho dos fenocristais de O Maciço Granítico Caucaia são rochas feldspato potássico e suas porcentagens, que cálcio-alcalinas que se encontram distribuídas na variam no intervalo de 20 a 40%, atingindo em área em um corpo alongado na região NW da média 5 cm. Em algumas regiões, os fenocristais área, com orientação geral NE-SW, determinado assumem tamanhos próximos a 10 cm, ocorrem na sua maior extensão ao longo da zona de em abundância, em matriz muito grosseira,

São Paulo, UNESP, Geociências, v. 37, n. 4, p. 695 - 713, 2018 705 significando feições pegmatóides de ocorrência opacos, apatita, rutilo, zircão e titanita, além de local. O tamanho dos fenocristais apresenta sericita, epidoto e clorita. predominantemente disposição serial, mas com Localmente, em menores expressões, domínio das frações maiores, variando entre 5 e ocorrem rochas graníticas tardias representadas 6 cm, e uma sempre menor que 2 cm. por monzogranitos equigranulares e inequi- São constituídas por microclínio (35%), granulares médios. oligoclásio (25%), quartzo (25%), biotita (10%), Os Depósitos aluvionares não foram hornblenda e Ferro-hastingsita (5%), minerais individualizados para toda a área. CARACTERIZAÇÃO TECTÔNICA A evolução das rochas da Folha Juquitiba de dobras isoclinais fechadas e redobradas a apresenta um registro dominantemente recumbentes, e foliação plano-axial S1 de baixo neoproterozoico, associada inicialmente a uma a médio ângulo, paralela a subparalela a S0, de tectônica colisional, constituída por movimentos atitude preferencial N42E/53NW (Figura 4B), crustais convergentes, a partir de eventos com elementos cinemáticos que indicam tectônicos tangenciais e consequente transporte principal para noroeste. espessamento de massas crustais. Durante a A fase D1 é observada localmente, com a finalização do processo colisional, ocorreu uma foliação S1 marcada pela envoltória de dobras de tectônica transcorrente, definida principalmente crenulação da fase D2. Durante a formação dessa pelas zonas de cisalhamento de Caucaia e foliação (ou xistosidade), ocorreu a Cubatão, ambas com movimento destral. lenticularização e boudinagem de camadas As deformações na área são evidenciadas pelo máficas (anfibolito), metarenitos e rochas registro de três fases deformacionais (Figura 4) calciossilicatadas, que, devido ao estiramento, denominadas de D1, D2, D3 e associadas aos foram rompidas. eventos metamórficos M1, M2 e M3. O ápice metamórfico S1 está associado à As estruturas primárias ocorrem preservadas formação das rochas migmatíticas e é de forma escassa nas áreas menos deformadas caracterizado pela presença de dobramentos (Figuras 4A, 5A). São raras devido aos intensos migmatíticos paralelo a uma foliação. No processos de transposição das foliações S1/S2 e processo de migmatização observa-se a da deformação milonítica, associadas à organização paralela de um conjunto mineral deformação de alto ângulo S3, passando a um metamórfico, observados por sillimanita, bandamento tectônico nas regiões da zona de muscovita e biotitas. A esta fase associa-se a cisalhamento. geração de granitos e pegmatitos aluminosos As rochas do Complexo Embu são resultado da fusão de paragnaisse e migmatitos. intensamente estruturadas com a tectônica de A fase D2 é caracterizada pelo ápice baixo ângulo, portador de uma foliação bem deformacional e definida por uma foliação marcada e implantada em condições de fácies penetrativa S2, redobramentos assimétricos, anfibolito; em comparação, nas regiões em que gerando uma xistosidade ou gnaissificação predominam uma foliação vertical, ocorre um (bandamento gnáissico S2) com atitude trend preferencial NE, que reflete uma foliação preferencial de N10E/22NW (Figura 4C). As milonítica penetrativa nas zonas de dobras desta fase, observadas na área de cisalhamento, com a geração de filonitos, que mapeamento, são de três tipos: dobras isoclinais, oblitera total ou parcialmente as foliações dobras abertas monoclinais e dobras de anteriores. crenulação. Nos xistos e gnaisses do Bloco Embu, tem-se Esta foliação é bem marcada e é implantada marcada uma foliação sub-horizontal das fases em condições de fácies anfibolito, atingindo deformacionais D1/D2, apresentando feição que isógrada superior da sillimanita e até mesmo está relacionada a um regime colisional em fusão parcial, indicando migmatização fácies anfibolito alto. contemporânea. Nas rochas migmatíticas com As deformações progressivas tangenciais paleossomas de rochas metassedimentares é D1/D2 encontram-se associadas ao início do reconhecida uma orientação penetrativa dos processo colisional (Figura 5A), com formação minerais micáceos e de minerais

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inequidimensionais, com bandamento e formação de dobras suaves a abertas (sinformais xistosidade paralelos a subparalelos. e antiformais) e sanfonadas de eixo O transporte tectônico da fase D2 é para subhorizontal NE, com uma tênue clivagem noroeste. Localmente ocorrem as duas foliações subvertical, com plano axial de atitude S1/S2, no entanto, quando paralelizadas, apenas a N60E/subvertical (Figura 4D) e flancos foliação S2 é preservada (Figura 5A). As dobras marcados pelas foliações S2//S1//S0, evoluindo de crenulação são as mais comuns, ocorrem gradativamente e localmente para falhas principalmente em rochas xistosas e de escala direcionais. centimétrica. Geralmente, são dobras fechadas A foliação S3 é penetrativa nas zonas de simétricas, com eixo horizontal a sub-horizontal, cisalhamento, caracterizando-se como uma mergulhando levemente para SW ou NE. foliação milonítica, com a geração de filonitos A granitogênese cálcio alcalina associa-se a com acamamento tectônico que oblitera uma tectônica dúctil tardi D2 com emplacement estruturas reliquiares. A verticalização da dos maciços, que ressalta o caráter sin- foliação ocorre por influência das zonas de cinemático ao evento tectônico D2. cisalhamento NE-SW, com mergulhos altos para O quadro deformacional final da área é NW ou SE, permitindo a compartimentação reconhecido pela implantação da fase D3, tectônica atual em blocos (Figura 5B). Esta definida por uma foliação milonítica S3 foliação também pode ser vista em corpos associada à transcorrência destral, de caráter graníticos e veios pegmatíticos sin- a tardi- dúctil-rúptil e retrometamórfica. As estruturas tectônicos. Muitas vezes a foliação S3 é a de grande porte da área são definidas pela estrutura mais evidente na área mapeada.

Figura 4 - Estereogramas da Folha Topográfica de Juquitiba: A) S0; B) S1: N42E/53NW, C) S2: N10E/22SE, D) S3: N60E/subvertical.

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Figura 5 – Bloco diagrama da evolução do Terreno Embu. A) Fase colisional relativa ao Cinturão Ribeira durante regime compressivo, com geração de dobras isoclinais e foliações S1 e S2 de baixo ângulo. B) Padrão de redobramento para a área associado a uma deformação final de natureza transcorrente, com geração de dobras abertas, verticalização das foliações anteriores e geração de uma foliação S3 de alto ângulo. CARACTERIZAÇÃO METAMÓRFICA Os eventos metamórficos identificados nas como dos tipos regional dinamotermal rochas que ocorrem na Folha Juquitiba apresentam (Barroviano), de contato e dinâmico. O uma evolução evidenciada pelo registro de três metamorfismo regional atinge a fácies anfibolito fases deformacionais D1, D2, D3, associadas aos alto na zona da sillimanita para as rochas do eventos metamórficos M1, M2, M3 (Figura 6). Os Complexo Embu. Já o de contato está associado eventos metamórficos são descritos principal- ao alojamento de granitos brasilianos e o mente nos litotipos paraderivados. dinâmico está associado a tectônica O metamorfismo pode ser caracterizado transcorrente brasiliana.

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Figura 6 - Fotografias das principais feições mineralógicas e petrográficas das rochas na Folha Topográfica de Juquitiba. A) Sillimanita- biotita xisto, B) Estaurolita-muscovita xisto, C) Granada-muscovita xisto, D) Diopsídio calciossilicatada, E) Muscovita-turmalina xisto, F) Turmalinito, G) Muscovita-biotita xisto, H, I) Epidoto-actnolita-clorita xisto. Legenda: Qtz-quartzo, Tur-turmalina, Hbl-hornblenda, Ol-plagioclásio, Bt-biotita, Act-actinolita, Sil-silimanita, Ms-muscovita, Ep-epidoto, Tin-titanita, Chl-clorita, St-estaurolita, Grt-granada, Di-diopsídio. O metamorfismo regional do Complexo + granada + sillimanita, em um intervalo de Embu M1/M2 situa-se na fácies anfibolito temperatura de 580 – 680°C e em um intervalo médio a alto, zona de sillimanita-muscovita, de pressão de aproximadamente 5 a 7 kb através das associações granada + sillimanita (Figuras 6B, C). Paragêneses constituídas por +/- muscovita + biotita + feldspato potássico andesina - labradorita + hornblenda para os (Figura 6A), com fusão parcial para as rochas anfibolitos e labradorita/bytownita + metassedimentares aluminosas, formando diopsídio/salita + escapolita + hornblenda + mobilizados graníticos. Entretanto, a presença quartzo para as rochas calciossilicatadas são de migmatitos como produto de anatexia comuns (Figura 6D). destas sequências paraderivadas evidencia que Como consequência das temperaturas e a temperatura atingira valores iguais ou pressões alcançadas na fácies anfibolito, ocorreu superiores a 650 oC; podendo apresentar a fusão parcial (anatexia) dos metassedimentos localmente gradações para a zona da em profundidade, gerando corpos graníticos que sillimanita-ortoclásio com anatexia (605- ascenderam a níveis mesozonais em meio a 770ºC) e às vezes para estaurolita + biotita + xistos e gnaisses. Esses corpos graníticos sin- muscovita + sillimanita (fibrolita) + granada + tectônicos a D2 resultou em um metamorfismo microclínio (Figura 6B, C). de contato às rochas encaixantes periféricas A paragênese encontrada na área (sillimanita dessas intrusões, assim como a ação de fluidos + granada) indica um meta-morfismo hidrotermais e pneumatolíticos que formaram progressivo M1 e M2 envolvendo Fe-estaurolita corpos pegma-títicos, turmalinização (Figuras 6E,

São Paulo, UNESP, Geociências, v. 37, n. 4, p. 695 - 713, 2018 709 F) e piritização. regiões internas do corpo por falhamentos As auréolas de metamorfismo termal direcionais, sempre com direção paralela às apresentam-se parcialmente preservadas em zonas de cisalhamento desen-volvidas no final função do menor grau de deformação imposto da fase D3. pelas zonas miloníticas nos contatos destes Os miloníticos distribuem-se em faixas NE e maciços, ou devidas à menor intensidade das apresentam associações mineralógicas retro- transformações minerais retrometamórficas metamórficas constituídas por quartzo + impostas pelo metamorfismo M3, que ocorre muscovita + biotita + clorita, compatível com as tanto nas paragêneses de contato como nas condições de metamorfismo da fácies xisto regionais. verde, com temperaturas em torno de 450-500ºC Localmente, o metamorfismo dinâmico é e pressões de cerca de 4 a 5 kb. intenso e vinculado a uma foliação milonítica Em algumas rochas, verifica-se que a e/ou cataclástica, com desenvolvimento de sillimanita foi totalmente alterada para muscovita filonitos e bandamento tectônico que oblitera (Figura 6G), a cloritização de biotita, sericitização estruturas reliquiares e as estruturas do feldspato, além da existência de clorita, deformacionais mais antigas. Atuam sobre os muscovita, actinolita e epidoto (Figuras 6H, I). corpos graníticos, principalmente observado nas Este processo rúptil superpõe o conjunto das suas zonas marginais, próximo aos contatos com rochas, desestabilizando as paragêneses anteriores as rochas metassedimentares e, localmente, nas para condições da fácies xisto-verde baixa. CONCLUSÕES A área é dominada por litotipos rochosos de sequência dominantemente terrígena, em bacia idade meso- a neoproterozoica, constituída por tipo rift, secundadas por sedimentos químicos e rochas metassedimentares do Complexo Embu: intrusivas básicas do Complexo Embu. paragnaisses e xistos aluminosos migmatizados, Durante o processo colisional rochas calciossilicatadas, mica xistos, neoproterozoico, ocorre uma deformação anfibolitos e metarenitos. Intrusivo, ocorrem tangencial, associada à colocação de granitos numerosos granitos e pegmatitos de idade aluminosos, que resultam, na maior parte, de um neoproterozoica, os corpos peraluminosos do processo de anatexia dos paragnaisses e, Tipo S e os corpos cálcio-alcalinos do Tipo I, posteriormente intrusivo à granitogênese ácida referentes aos complexos Ibiúna e Caucaia, além de natureza cálcio-alcalina. de sedimentos quaternários recentes. Na fase final, as rochas foram submetidas A evolução tectonometamórfica é marcada gradativamente e de forma heterogênea ao por deformações/metamorfismo progressivo retrometamorfismo. D1/2 tangenciais, associadas ao processo Localmente, associado ao metamorfismo colisional, acompanhadas de metamorfismo dinâmico, ocorrem a formação de corpos progressivo M1/M2 superpostos pela tectônica parcialmente ou totalmente tectonizados, transcorrente/transpressiva D3, marcada por uma vinculado a uma foliação milonítica e/ou foliação milonítica vertical de direção NE-SW, cataclástica, com desenvolvimento de filonitos associado a processos de caráter retrome- com bandamento tectônico que oblitera tamórficos M3. estruturas reliquiares e as estruturas O metamorfismo regional é progressivo e deformacionais mais antigas, ou mesmo atuam do tipo Barroviano, com rochas em fácies sobre os corpos graníticos, principalmente anfibolito alto. Localmente observa-se a observado nas suas zonas marginais próximo aos presença de metamorfismo de contato contatos com as rochas metassedimentares e associado à fusão parcial e formação de localmente nas regiões internas do corpo por mobilizados graníticos e migmatização falhamentos direcionais, sempre com direção associado a M1/M2 e dos granitos cálcio- paralelas às zonas de cisalhamento desenvol- alcalinos e o metamorfismo dinâmico, de vidas no final da fase D3. natureza retrometamórfica associado M3. Este processo rúptil superpõe o conjunto das A evolução geológica da região inicia-se no rochas, desestabilizando as paragêneses anteriores Mesoproterozoico, com a deposição de uma para condições de fácies xisto-verde baixa.

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AGRADECIMENTOS Os autores agradecem ao apoio da Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais - CPRM e ao CNPq proc. no: 304614/2017-3. REFERÊNCIAS ALKMIM, F.F.; BRITO NEVES, B.B.; ALVES, J.A.C. REGIONAL DE GEOLOGIA, 4, 1983, São Paulo. Atas... São Arcabouço tectônico do Cráton São Francisco: uma revisão. Paulo: Sociedade Brasileira de Geologia, 1983, v. 1, p. 61-78, In: ALGARTE, J.P.; MARTINS, A.J.M.; MORGENTAL, A.; CAMPOS NETO, M.C. & FIGUEIREDO, M.C. The Rio Doce DAITX, E. C.; ANDRADE Jr, F.S.; BATOLLA Jr.F.; Orogeny, Southeastern . Journal of South America FERREIRA, F.J.F.; PINTO, G.G.; CUNHA, H.C.S.; Earth Sciences, v. 8, p. 143–162, 1995. DRUMOND, J.B.V., RODRIGUES, J.C.; YAMAMOTO, K.; CAMPOS NETO, M.C., BASEI, M.A.S., ALVES, F.R., KAEFER, L.Q.; CHIEREGATI, L.A.; PINHO FILHO, W.D.; VASCONCELOS, A.C.B. A Nappe de Cavalgamento ADDAS, W. Projeto Sudeste do Estado de São Paulo. Socorro. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE GEOLOGIA, Relatório Final. São Paulo: DNPM/CPRM, 1973 33, 1984, . 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