Universidade Do Estado Do Rio De Janeiro Centro De Educação E Humanidades Faculdade De Comunicação Social
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Universidade do Estado do Rio de Janeiro Centro de Educação e Humanidades Faculdade de Comunicação Social Fausto Amaro Ribeiro Picoreli Montanha Mídia, Esporte e Idolatria: o Jornal do Brasil e a representação dos atletas brasileiros nos Jogos Olímpicos Rio de Janeiro 2014 Fausto Amaro Ribeiro Picoreli Montanha Mídia, Esporte e Idolatria: o Jornal do Brasil e a representação dos atletas brasileiros nos Jogos Olímpicos Dissertação apresentada como requisito parcial para a obtenção do título de Mestre ao Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade do Estado do Rio de Janeiro Área de concentração: Cultura de massa, Cidade e Representação Social. Orientador: Prof. Dr. Ronaldo George Helal Rio de Janeiro 2014 CATALOGAÇÃO NA FONTE UERJ / REDE SIRIUS / BIBLIOTECA CEH/A M764 Montanha, Fausto Amaro Ribeiro Picoreli. Mídia, Esporte e Idolatria: o Jornal do Brasil e a representação dos atletas brasileiros nos Jogos Olímpicos / Fausto Amaro Ribeiro Picoreli Montanha. – 2014. 262 f. Orientador: Ronaldo George Helal. Dissertação (Mestrado) – Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Faculdade de Comunicação. 1. Esportes – Teses. 2. Jornais brasileiros – Teses. 3. Olimpíadas – Teses. I. Helal, Ronaldo George. II. Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Faculdade de Comunicação. IV. Título. es CDU 070(81)::796.032.2 Autorizo, apenas para fins acadêmicos e científicos, a reprodução total ou parcial desta dissertação, desde que citada a fonte. ___________________________________ _______________ Assinatura Data Fausto Amaro Ribeiro Picoreli Montanha Mídia, Esporte e Idolatria: o Jornal do Brasil e a representação dos atletas brasileiros nos Jogos Olímpicos Dissertação apresentada como requisito parcial para obtenção do título de Mestre, ao Programa de Pós-graduação em Comunicação, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Área de concentração: Cultura de massa, Cidade e Representação Social. Aprovado em 24 de fevereiro de 2014. Banca Examinadora: __________________________________________ Ronaldo George Helal (Orientador) Faculdade de Comunicação Social - UERJ _________________________________________ Ricardo Ferreira Freitas Faculdade de Comunicação Social - UERJ __________________________________________ Édison Luiz Gastaldo Instituto de Ciências Humanas e Sociais - UFFRJ Rio de Janeiro 2014 DEDICATÓRIA A saga do herói não é tão distante assim da vida de um pesquisador. Começamos atendendo a um chamado interior que nos impele a escolher a carreira menos provável e de ganhos materiais incertos e quase sempre insuficientes, mas que nos premia com realização pessoal e felicidade incomensurável. Após atendermos esse chamado e iniciarmos nossa aventura em uma pesquisa de cujos resultados muito esperamos, mas pouco sabemos de fato, enveredamos por dificuldades, descaminhos e desafios que nos fazem questionar até nossa própria escolha. Os obstáculos funcionam, contudo, como trampolins para nós, pesquisadores. Quando achamos que não conseguiremos cumprir um prazo apertado ou chegar a um resultado satisfatório em nossas pesquisas, percebemos que nada está perdido e tudo depende de mais uma boa dose de esforço e dedicação; nesse momento, entra a metáfora do trampolim, que agindo contra a gravidade nos impulsiona a saltos mais altos. De altos e baixos, é feito esse caminho que escolhemos seguir, mas, quanto mais certos estamos de nossa escolha, mais tempo permanecemos no alto e, cada vez menos, precisamos do trampolim (pais, namorada, professores, amigos) para nos catapultar aos céus. O triunfo do pesquisador-herói conjuga satisfação pessoal e a certeza que os meses ou anos gastos não foram em vão. Ao retornarmos a realidade, depois de tempos reclusos em nossos quartos e escritórios com o objetivo único de completarmos nosso ciclo heroico, estamos prontos a devolver à sociedade o investimento que nos é concedido em forma de dádiva (bolsas de pesquisa e afins). Minha maior recompensa, como pesquisador, é poder ser lido e saber que pude dar minha pequena contribuição para o grande edifício de infinitos andares que é o conhecimento humano. Assim como o herói clássico, não buscamos apenas o retorno pessoal com nossas pesquisas; os louros são colhidos, é verdade, porém o objetivo último é reparti-lo com conhecidos e desconhecidos que de nosso trabalho tomar contato. Feita essa alegoria, deixo minhas palavras finais: dedico essa dissertação a todos aqueles que me ajudaram e espero ter coroado com êxito esses dois anos de muito trabalho! AGRADECIMENTOS Agradeço ao meu orientador, Profo. Ronaldo Helal, pela presença constante durante a minha dissertação, pelas dicas e críticas sempre pertinentes e, acima de tudo, pela amizade. Aos professores Ricardo Freitas e Édison Gastaldo, pela atenção e pelo precioso tempo dispendidos na leitura das longas páginas deste trabalho e por estarem presentes na minha banca. À equipe da secretaria do PPGCom (Celestino, Eliana e Tatiana), pela competência e por estarem sempre disponíveis para ajudar. Agradeço ainda a todos aqueles que de alguma forma contribuíram para a elaboração deste trabalho, tornando-o mais agradável e divertido: meus amigos do mestrado e doutorado (Zé Messias, Grécia Falcão, Ivan Mussa, Júlio Altieri, Rafael Barbosa, Yuri Garcia, Raquel Timponi, Camila Augusta, Filipe Mostaro, Alvaro do Cabo), meus amigos de outros lugares (Diego Ramalho, Diogo Gauziski, Clarissa Trindade, Rayana Coutinho, Raíssa Juliana) e também meus amigos do Facebook (são muitos para citar um a um, mas que toleraram dois anos de postagens nerds e acadêmicas). Em especial, à Débora Gauziski, pela amizade, companheirismo e por ser a melhor namorada do mundo (sem você o caminho teria sido mais escuro e difícil; obrigado por estar sempre comigo); aos meus sogros, por exterminarem qualquer estereótipo sobre os pais de namoradas, sendo amigos e parte do que chamo de família; aos meus pais, por entenderem como é a vida de um mestrando, pela compreensão e apoio durante esses árduos meses de trabalho e muita escrita e por estarem sempre presentes. Elogios e mais elogios a todos aqueles que deixaram sua marca indelevelmente nesses dois anos laboriosos. Vocês fizeram parte dessa jornada tanto quanto eu. Meu muito obrigado é o mínimo que posso ofertar a todos os citados aqui. Afinal, o tesouro da montanha está protegido pelo Smaug e não conseguirei roubá-lo à la Bilbo. “O que importa na vida não é tanto o triunfo, mas o combate; o essencial não é ter vencido, mas ter lutado bem” Pierre de Coubertin “– Um leitor vive mil vidas antes de morrer – disse Jojen. – O homem que nunca lê vive apenas uma” George.R.R. Martin, A Dança dos Dragões “There and back again” J.R.R. Tolkein, The Hobbit RESUMO AMARO, Fausto. Mídia, Esporte e Idolatria: O Jornal do Brasil e a representação dos atletas brasileiros nos Jogos Olímpicos. 2014. 246f. Dissertação (Mestrado em Comunicação) – Faculdade de Comunicação Social, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil, 2014. De maneira ampla, aborda-se nesta dissertação a representação do herói olímpico no Jornal do Brasil na segunda metade do século XX. A hipótese preliminar, seguindo a conclusão de Helal, Cabo e Marques (2009), é que, diferentemente das Copas do Mundo, nas Olimpíadas, os jornalistas esportivos se valeriam de um arcabouço textual distinto para descrever seus objetos de análise – os esportes e os atletas – e para construir histórias de vida. Enquanto os heróis oriundos do futebol seriam dotados de um talento natural e o treino ocuparia uma posição secundária nas narrativas vitoriosas, os heróis dos ditos esportes amadores alcançariam a glória por meio do esforço abnegado e da dedicação aos treinamentos. Por meio de uma análise das narrativas, tendo como corpus de investigação as edições do Caderno de Esportes do referido jornal ao longo das treze Olimpíadas da segunda metade do século XX – de Helsinque-1952 à Sydney-2000 –, verifica-se a validade dessa conjectura. Palavras-chave: Esportes. Identidade. Representação. Herói. Mídia. ABSTRACT AMARO, Fausto. Media, Sport and Idolatry: the Jornal do Brasil and the representation of the brazilians athletes in the Olympic games. 2014. 246f. Dissertação (Mestrado em Comunicação) – Faculdade de Comunicação Social, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil, 2014. In a broad sense, it’s discussed in this dissertation the representation of the Olympic hero in the “Jornal do Brasil” newspaper in the second half of the twentieth century. My preliminary hypothesis, following the conclusion of Helal, Cabo and Marques (2009), is that, unlike what happens in World Cups, during the Olympics, sports journalists would tend to use a different text framework to describe their object of analysis (the sports ant the athletes) and to construct life stories. While the heroes coming from football would be provided with a natural talent and training would occupy a seconday position in the victorius narratives, the heroes of the so called amateur sports would achieve glory through the selfless efforts and dedication to training. Through an analysis of the narratives, having as corpus of research the editions of the Sports Section of the referred newspaper over the thirteen Olympics of the second half of the twentieth century – from Helsinque to Sydney-1952-2000 –, I verify the validity of this conjecture. Keywords: Sports. Identity. Representation. Hero. Media. LISTA DE TABELAS Tabela 1 - Relação das medalhas brasileiras em todas as Olimpíadas de Verão.....................................................................................................