TRABALHO E PARTICIPAÇÃO DAS MULHERES NAS DECISÕES EM DOIS ASSENTAMENTOS DA REGIÃO DE ANDRADINA-SP. JULIANA MORENO TRIGO; ANTONIO LÁZARO SANT ANA; UNESP ILHA SOLTEIRA - SP - BRASIL
[email protected] APRESENTAÇÃO SEM PRESENÇA DE DEBATEDOR REFORMA AGRÁRIA E OUTRAS POLÍTICAS DE REDUÇÃO DA POBREZA Trabalho e participação das mulheres nas decisões em dois assentamentos da região de Andradina-SP. Grupo de Pesquisa: Reforma Agrária e Outras Políticas de Redução da Pobreza 1. INTRODUÇÃO Observa-se que as pesquisas voltadas para o estudo dos assentamentos rurais no Brasil estão se ampliando e tornando possível a compreensão desta realidade complexa e multifacetada. A maioria dos estudos aborda os aspectos políticos e sócio-econômicos da constituição dos assentamentos, especialmente no âmbito interno e, no período mais recente, também surgiram análises de seus impactos nos municípios/regiões em que estão inseridos. Além dessas perspectivas mais amplas, a compreensão dos assentamentos requer a análise dos modos de vida que são (re)criados pelas famílias e grupos, incluindo as relações de gênero. Nos assentamentos rurais tem sido reproduzido o viés patriarcal de divisão dos espaços feminino e masculino, presente no meio rural brasileiro. A participação da mulher é significativa na produção, na construção de redes de sociabilidade via sistema de parentesco (fundamentais para consolidar as estratégias familiares) e em atividades de cunho político mais geral. Apesar disso, na maioria dos casos, o trabalho da mulher não é reconhecido, acabam sendo excluídas de certos espaços decisórios e lhe são vedados (na prática) alguns direitos como os de herança e sucessão na terra (WOORTMANN, 1995; TEDESCO, 1999; SANT´ANA, 2003).