Nota Técnica
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NOTA TÉCNICA COMPATIBILIZAÇÃO ENTRE TERRITÓRIOS DE DESENVOLVIMENTO E INSTÂNCIAS DE GESTÃO REGIONAIS Sofia Laurentino Barbosa Pereira Maria do Socorro Nascimento João Victor de Sousa Rodrigues Governador do Estado José Wellington Barroso de Araújo Dias Secretário do Planejamento Antônio Rodrigues de Sousa Neto Fundação Centro de Pesquisas Econômicas e Sociais do Piauí – Cepro Presidente Antonio José Castelo Branco Medeiros Diretoria da Unidade de Estudos e Pesquisas Socioeconômicas e Territoriais - DEP Liége de Souza Moura Coordenação de Monitoramento de Políticas Públicas Sofia Laurentino Barbosa Pereira Equipe Técnica de Elaboração Sofia Laurentino Barbosa Pereira Maria do Socorro Nascimento João Victor de Sousa Rodrigues Assessoria de Comunicação Cristiana de Moraes Nunes Melo Setor de Publicações Teresa Cristina Moura Araújo Nunes Lúcia de Fátima Barreto de Carvalho Alcides Luís Gomes da Silva (tabelas, gráficos e formatação) FICHA CATALOGRÁFICA P426c Pereira, Sofia Laurentino Barbosa / Nascimento, Maria do Socorro / Rodrigues, João Victor de Sousa Compatibilização entre territórios de desenvolvimento e instâncias de gestão regionais. / Sofia Laurentino Barbosa Pereira / Maria do Socorro Nascimento / João Victor de Sousa Rodrigues. – Teresina: Fundação CEPRO, 2017. 44p. 1. Territórios – Piauí. 2. Planejamento regional. 3. Gestão pública – Piauí. I Título. CDU 332.146.2:35 (812.2) FUNDAÇÃO CEPRO BIBLIOTECA PÁDUA RAMOS Av. Miguel Rosa, 3190/Centro Sul – CEP 64001-490 – Teresina-PI Telefone: 0xx86 3221-4809, 3215-4252 – Ramal: 21/22 E-mail: [email protected] – Sítio: www.cepro.pi.gov.br ________________________________________________________________________________________________________________ É permitida a reprodução total ou parcial desta Nota Técnica, desde que mencionada a fonte. SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO...................................................................................................4 2. TERRITÓRIOS DE DESENVOLVIMENTO (TD) E AS INSTÂNCIAS DE GESTÃO REGIONAIS........................................................................................5 3. ÓRGÃOS CENTRAIS DA ADMINISTRAÇÃO ESTADUAL E INSTÂNCIAS DE GESTÃO REGIONAIS......................................................................................10 4. COMPATIBILIZAÇÃO DOS TERRITÓRIOS DE DESENVOLVIMENTO E INSTÂNCIAS REGIONAIS...............................................................................13 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS......................................................................42 REFERÊNCIAS......................................................................................................43 1 INTRODUÇÃO O Estado do Piauí é organizado em 12 Territórios de Desenvolvimento (TDs), que são unidades de planejamento da ação governamental, considerando as peculiaridades locais e regionais, visando à promoção do desenvolvimento sustentável do Estado, a redução das desigualdades e a melhoria da qualidade de vida da sua população. Como responsáveis pela implementação das políticas públicas no âmbito do Piauí, os vários órgãos governamentais devem organizar sua estrutura tomando por base a regionalização institucionalizada com a Lei Complementar nº 87, de 22.08.2007 e atualizada pela Lei nº 6.967/2017. Para fomentar um diálogo entre a Secretaria de Planejamento do Estado (SEPLAN) e os demais órgãos públicos, a Fundação CEPRO promoveu um estudo acerca da Compatibilização dos Territórios de Desenvolvimento e as Diretorias, Gerências e Coordenações Regionais da Administração Estadual, apresentado nesta Nota Técnica. Para realização deste estudo, foram consultados os seguintes órgãos governamentais: Secretaria de Saúde do Piauí (SESAPI), Secretaria de Educação (SEDUC), Secretaria de Fazenda (SEFAZ), Departamento Estadual de Trânsito (DETRAN), Secretaria de Segurança Pública (SSP), Polícia Militar (PM), Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural do Piauí (EMATER) e Agência de Defesa Agropecuária do Piauí (ADAPI). Não foi possível apresentar os dados relacionados ao Instituto da Assistência à Saúde dos Servidores Públicos do Estado do Piauí, considerando o momento da reestruturação. Com a publicação desta Nota Técnica, a Fundação CEPRO busca cumprir a sua função de difundir informações que sirvam de subsídio para a melhoria do planejamento e da administração pública do Estado do Piauí. Este texto não apresenta uma proposta para implementação; são considerações para um diálogo com os demais órgãos do governo, com a mediação da SEPLAN, para as adequações que se mostrarem necessárias. 5 2 TERRITÓRIOS DE DESENVOLVIMENTO (TD) E AS INSTÂNCIAS DE GESTÃO REGIONAIS Cada vez mais as políticas públicas precisam ser pensadas de forma regionalizada, em paralelo com um processo de descentralização das ações de governo. Dessa forma, o planejamento, a regionalização, a descentralização e participação popular caminham de forma conjunta (COSTA, 2011). Segundo Costa (2011), região é um espaço homogêneo, identificado por aspectos físicos, econômicos, culturais e de ocupação. Tal conceito é atualmente substituído pelo de território, compreendido como um espaço construído social e historicamente por meio da cultura, das instituições micro e mesorregionais e da política. Partindo da constatação de que o planejamento territorial configura-se como uma inovação em termos de processo de construção e gestão de políticas públicas, os governos estaduais vêm se organizando a partir dessas diretrizes. Acompanhando essa tendência, o Piauí se organiza em Territórios de Desenvolvimento, entendidos como uma Política de Estado e não apenas uma política de governo, uma vez que foram instituídos por lei (Lei Complementar nº 87, de 22 de agosto de 2007) que “estabelece o Planejamento Participativo Territorial para o Desenvolvimento Sustentável do Estado do Piauí”. O objetivo dessa política pública está assim definido, segundo o Art.1º, § 2º, da Lei Complementar nº 87, de agosto de 2007: Os Territórios de Desenvolvimento Sustentável constituem as unidades de planejamento da ação governamental, visando a promoção do desenvolvimento sustentável do Estado, a redução de desigualdades e a melhoria da qualidade de vida da população piauiense. Desse modo, os Planos de Desenvolvimento Sustentável dos Territórios e o Plano de Desenvolvimento Sustentável do Estado do Piauí devem se articular ao Plano Plurianual, à Lei de Diretrizes Orçamentárias e à Lei do Orçamento Anual (Art. 1º, § 3º Lei Complementar 87, de agosto de 2007). Assim, os diversos órgãos estaduais precisam se fazer presentes nos Conselhos Territoriais, que são, conforme o Art.2º, da Lei Complementar nº 87/2007: 6 Instâncias de participação que constituem, no seu âmbito de atuação, o espaço sócio-político de discussão, articulação, consulta e deliberação de políticas públicas, com pleno envolvimento dos segmentos sociais na definição de prioridades de investimento, consolidando espaços institucionais de participação e controle social. Quanto à promoção do desenvolvimento, os vários órgãos públicos têm papéis que se complementam. Para este estudo buscou-se compatibilizar as instâncias regionais da gestão pública, visando compreender o papel estratégico que a proposta de desenvolvimento territorial exerce na articulação com os arranjos produtivos territoriais-regionais, os Planos de Desenvolvimento Sustentáveis dos Territórios, e as agendas produtivas mais específicas, cuja construção o governo está estimulando nos TDs. A regionalização como instância político-administrativa consiste numa estratégia de desenvolvimento que se fundamenta em características ambientais, vocações produtivas e dinamismo das regiões, cujas relações socioeconômicas e culturais se estabelecem entre as cidades. O Piauí está divido em quatro (04) macrorregiões (Litoral, Meio-norte, Semiárido e Cerrado) onde os limites se definem pelas suas características socioambientais. Tais regiões estão subdivididas em doze (12) Territórios de Desenvolvimento (TDs) e 28 Aglomerados, segundo a Lei atualizada de nº 6.967/2017. Conforme o Art.1º, § 2º, da Lei Complementar nº 87/2007, os TDs são: Espaços socialmente organizados, compostos por um conjunto de municípios, caracterizados por uma identidade histórica e cultural, patrimônio natural, dinâmica e relações econômicas e organização, constituindo as principais unidades de planejamento da ação governamental. Já os Aglomerados formam um conjunto de municípios de um mesmo TD que apresentam características semelhantes e são agregados a partir de critérios socioeconômicos, considerando: a proximidade geográfica, as relações estabelecidas entre eles, o desenvolvimento de atividades produtivas comuns, a potencialidade de convergência para eixos econômicos e sociais. O quadro 1 apresenta a divisão do Estado em regiões, territórios de desenvolvimento e aglomerados de municípios. 7 Quadro 1 – Regionalização do Estado por Macrorregiões, Territórios de Desenvolvimento e Aglomerados Territórios de Macrorregião Aglomerados de Municípios Desenvolvimento AG 1 Cajueiro da Praia, Ilha Grande, Luís Correia e Parnaíba LITORAL Planície Litorânea AG 2 Bom Princípio do Piauí, Buriti dos Lopes, Caraúbas do Piauí, Caxingó, Cocal, Cocal do Alves e Murici dos Portela AG 3 Barras, Batalha, Campo Largo do Piauí, Esperantina, Joaquim Pires, Joca Marques, Luzilândia, Madeiro, Matias Olímpio, Morro do Chapéu do Piauí, Nossa Senhora dos Cocais Remédios, Porto e São João do Arraial AG 4 Brasileira, Domingos Mourão, Lagoa de São Francisco, Milton Brandão, Pedro II, Piracuruca, São João da Fronteira e São José do Divino AG 5 Boa Hora,