Documento descarregado pelo utilizador juliana carvalho (10.73.103.172) em 29-04-2014 11:46:43. © Todos os direitos reservados. A cópia ou distribuição não autorizada é proibida. Terça-feira, 29 de Abril de 2014 I Série Número 30

BOLETIM OFICIAL 6 3 1 1 0 0 0 0 0 4 4 8 1

ÍNDICE CONSELHO DE MINISTROS:

Decreto-Lei nº 25/2014:

Aprova o Plano de Cargos, Carreira e Salários (PCCS) do pessoal da Inspeção de Jogos...... 1008

Decreto-Regulamentar nº 22/2014:

Aprova o Estatuto do Instituto Nacional de Gestão do Território (INGT)...... 1015

MINISTÉRIO DO AMBIENTE, HABITAÇÃO E ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO:

Portaria nº 24/2014:

Ratifi ca o Plano Director Municipal da Boa Vista...... 1022

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1008 I SÉRIE — NO 30 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 29 DE ABRIL DE 2014

CONSELHO DE MINISTROS ao empenhamento individual, vertido em modelos de promoção e progressão profi ssional, assentes no mérito, –––––– na experiência e no desempenho dos funcionários. Decreto-Lei nº 25/2014 Esta área de intervenção é operada por empresas, na sua maioria já instalada ou com ligações ao mercado do de 29 de Abril jogo internacional e, em regra, munidas de quadros téc- A aprovação do Plano de Cargos, Carreiras e Salários nicos e dirigentes de elevado padrão. É nesse plano que para a Administração Pública pelo Decreto-Lei n.º 9/2013, intervêm os quadros dirigentes e de inspeção da Inspeção- de 26 de Fevereiro, decorre, como se diz no seu preâmbulo, Geral de Jogos e, para tanto, têm que ser capazes de “(…) da necessidade de se modernizar os mecanismos de garantir, nomeadamente, o controlo do funcionamento gestão do desenvolvimento profi ssional dos funcionários das máquinas, mesas e demais equipamentos de jogo; considerando que um novo paradigma de gestão e admi- o controlo de todos os movimentos fi nanceiros que ocor- ram dentro ou por motivo da exploração dos casinos; a nistração pública está em processo de implementação e permanente auditoria da contabilidade especial do jogo que se assenta, designadamente, no planeamento por e da contabilidade comercial das empresas concessioná- objetivos, impondo, pois, uma recentragem da abordagem rias; a legalidade das normas constitutivas e do modelo nas organizações.” operativo e de gestão das empresas concessionárias e De entre as funções de suporte à governação e das cor- bem assim, prevenir e promover o estrito cumprimento respondentes soluções orgânicas, as carreiras de inspeção das normas de proteção social derivadas da atividade, são ali qualifi cadas entre as carreiras de regime especial designadamente, em cooperação com os órgãos de polí- cia, identifi cando os meios, intervindo e prestando apoio que, pela sua natureza, traduzem modelos organizativos técnico no combate ao jogo ilícito. específi cos decorrentes das exigências próprias de cada sector, subordinados embora ao acervo de normas comuns Trata-se pois de um exercício atípico, que toca de modo da Administração Pública. transversal diversas áreas de atividade, suscetível de envolver numa mesma prática diferentes meios e gentes Releva aí, com propósito enformador essencial à fl exibi- de origens e camadas sociais diversifi cadas, fatores que lidade da gestão do sistema retributivo da função pública, exigem elevada capacidade de media ção por parte do o reconhecimento de realidades funcionais muito concre- Estado, e impõem a existência de uma autoridade regu- 6

3 tas, derivadas fundamentalmente das necessidades de ladora munida de recursos e competência bastantes a 1 1

0 controlo, fi scalização, investigação, defesa e segurança, tal desempenho. 0 0

0 traduzidas em desempenhos com características únicas, 0 Impõe-se, assim, uma solução normativa de referência, 4 4 8 muitas vezes alargadas à supervisão, coordenação e em que se assuma a importância das metodologias e 1 aconselhamento técnicos, e, mesmo, ao planeamento es- da capacidade de interação com sistemas tecnológicos tratégico. Esse reconhecimento vem refl etido na adoção de última geração nos domínios da comunicação e do de soluções autónomas para as organizações que operam tratamento da informação que, hoje, se pretende ver nessa condição. alargadas a todas as organizações públicas e privadas de Cabo Verde. São, portanto, estas exigências, a correspondente na- tureza e a responsabilidade das funções individualmente Assim: atribuídas, traduzidas por regimes de prestação atípica No uso da faculdade conferida pela alínea a) do n.º 2 do e prolongada de trabalho, que determinam a necessida- artigo 204.º da Constituição, o Governo decreta o seguinte: de de regimes espe ciais, em que se inscreve também a Inspeção-Geral de Jogos. CAPÍTULO I Disposições gerais Este elevado grau de especifi cidade e pertinência das funções a desempenhar, pontifi cado pela exigência de Artigo 1.º proteção de valores e princípios de interesse e ordem Objecto pública, impõe aos quadros técnicos da Inspeção-Geral de Jogos elevado grau de preparação e entrega, perspi- O presente diploma aprova o Plano de Cargos, Carreira cácia atuante e competência, superiormente dirigidos e Salários (PCCS) do pessoal da Inspeção de Jogos. por quadros cuja formação foi igualmente desenhada e Artigo 2.º direcionada com esse fi m. Âmbito A regulação da exploração e prática dos jogos de fortuna O presente PCCS aplica-se ao pessoal quadro da ou azar é parte de uma estraté gia nacional que envolve Inspeção-Geral de Jogos (IGJ). não apenas o superior interesse de desenvolvimento económico como garantia de mais elevados padrões de Artigo 3.º conforto para a população, mas tam bém o de regula- Regime aplicável mentar uma área de atividade que integra pertinente problemática social que cumpre ao Estado acautelar. Em tudo quanto não estiver previsto no presente di- ploma, aplica-se o disposto no Decreto-Lei n.º 9/2013, de Para tanto, é fundamental que a autoridade reguladora 26 de Fevereiro, que estabelece os princípios, regras e dos jogos de fortuna ou azar, a Inspeção-Geral de Jogos, critérios de organização, estruturação e desenvolvimento seja dotada de recursos humanos que se diferenciem por profi ssional dos funcionários da Administração Pública elevada competência operativa, em que domine o estímulo em regime de carreira e de emprego.

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I SÉRIE — NO 30 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 29 DE ABRIL DE 2014 1009

CAPÍTULO II bem como nos portos, aeródromos e aeroportos, quando credenciados pelas autoridades Quadro de pessoal responsáveis pela respetiva segurança; Artigo 4.º c) Utilizar nos locais de exploração de jogos, por Quadro de pessoal da IGJ cedência das entidades concessionárias, 1. O quadro de pessoal da IGJ compreende: instalações adequadas ao exercício das respetivas funções; a) Pessoal dirigente; e d) Requisitar às autoridades policiais a colaboração b) Pessoal de inspecção. que se mostre necessária ao exercício das 2. A IGJ disporá de Pessoal técnico e de poio operacio- suas funções, designadamente em casos de nal, não integrando o quadro de pessoal, sufi ciente ao resistência a esse exercício; desempenho das suas funções, nos termos da orgânica, e) Proceder à apreensão, requisição ou reprodução aprovada pelo Decreto-lei n.º 30/2010, de 23 de Agosto. de documentos em poder das empresas Artigo 5.º concessionárias, quando isso se mostre Pessoal dirigente indispensável à prova de infrações detetadas, sendo levantado o competente auto, o qual é O pessoal dirigente é o constante do anexo I ao presente dispensável no caso de simples reprodução de diploma, de que faz parte integrante. documentos; Artigo 6.º f) Possuir e usar arma de defesa dos modelos e Pessoal de inspecção calibres previstos na lei, com dispensa da respetiva licença; 1. O pessoal de inspeção é o constante do anexo II ao presente diploma, de que faz parte integrante. g) Deter em fl agrante delito quem os ofendam ou agridam no exercício ou por motivo das suas 2. A alteração do quadro de pessoal de inspeção é feita por funções e proceder à sua entrega ao Ministério portaria conjunta dos membros do Governo responsáveis

6 Público, nos termos legais, juntamente com o 3 pelos sectores do turismo e da Administração Pública. 1

1 auto de notícia, que tem o valor juridicamente 0 0 Artigo 7.º 0 atribuído aos autos levantados por autoridade 0 0

4 policial; e 4 Pessoal técnico e de apoio operacional 8 1 1. O pessoal técnico da IGJ é o constante do anexo III h) Solicitar a qualquer frequentador das salas e o pessoal operacional do anexo IV ao presente diploma, de jogos esclarecimentos e informações de que faz parte integrante. relacionados com o jogo, com a identifi cação e a apresentação dos documentos necessários 2. Os lugares de pessoal técnico e de pessoal de apoio ao acesso, que lhes tenha sido facultado, às operacional são preenchidos por mobilidade de funcionários, salas de jogos de fortuna ou azar. nos termos da lei. 2. A IGJ distribui armamento e munições ao pessoal 3. Em caso de inexistência de pessoal técnico e de apoio dirigente e da carreira de inspeção de jogos. operacional sufi cientes, estes serão recrutados de acordo com as regras gerais de recrutamento da Administração 3. O pessoal a que se refere o número anterior em serviço Pública. é portador de cartão de identidade próprio, de modelo a aprovar por portaria do membro do Governo responsável CAPÍTULO III pelo sector do Turismo, donde constam os direitos e prer- Direitos, prerrogativas, deveres e rogativas do cargo que desempenhe, designadamente o incompatibilidades livre-trânsito a que se refere a alínea a) do n.º 1. Artigo 8.º 4. A utilização indevida de arma distribuída ao abrigo Direitos e prerrogativas deste artigo constitui, para além da responsabilidade criminal que ao caso couber, infracção disciplinar. 1. O pessoal dirigente da IGJ e de inspecção, quando em serviço, goza, para além dos previstos na lei geral, Artigo 9.º dos direitos e prerrogativas seguintes: Deveres

a) Ter acesso e livre-trânsito em todos os serviços Constituem deveres do pessoal dirigente e da inspecção e instalações das entidades a inspecionar, de jogos: sempre que necessário ao desempenho das suas funções; a) Nas relações internas: b) Ingressar ou transitar livremente em quaisquer i. Contribuir para a criação e manutenção de lugares públicos onde seja chamado por boas condições gerais de trabalho, evitando motivo de serviço, mediante a simples exibição situações que perturbem a concentração geral do respetivo cartão de identifi cação pessoal, e a produtividade dos colegas;

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1010 I SÉRIE — NO 30 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 29 DE ABRIL DE 2014

ii. Zelar pela proteção e pelo bom estado geral de viii. Evidenciar profi ssionalismo e respeito nas conservação dos bens afetos à IGJ; relações estabelecidas com outras entidades;

iii. Cumprir escrupulosamente a lei, bem como ix. Estabelecer e promover uma relação com as todas as normas e regulamentos internos entidades externas baseada na confi ança mútua; aplicáveis; x. Respeitar o acesso público à informação e à iv. Tratar com respeito, dignidade e urbanidade documentação, nos termos previstos na lei. todos os colegas; Artigo 10º. v. Cumprir rigorosamente os seus deveres de Incompatibilidades assiduidade e pontualidade, devendo, nos É vedado ao pessoal dirigente ou de serviço de inspeção: casos em que as faltas sejam previsíveis, avisar atempadamente os superiores hierárquicos; a) Intervir na apreciação, bem como no processo de decisão, sempre que se encontrem perante vi. Não usar os poderes atribuídos em proveito procedimentos, atos ou contratos em que próprio e orientá-los exclusivamente para os sejam direta ou indiretamente interessados objectivos da IGJ; os próprios, os seus cônjuges, parentes ou afi ns em qualquer grau da linha recta e vii. Alcançar os seus objetivos profi ssionais por até ao terceiro grau da linha colateral ou mérito próprio; pessoas com que eles vivam em economia viii. Não praticar qualquer tipo de discriminação, comum, ou ainda sociedades ou outros entes baseada em critérios como raça, sexo, coletivos em que com eles detenham, direta incapacidade ou defi ciência, orientação ou indiretamente, qualquer interesse; sexual, convicções políticas ou ideológicas ou b) Efetuar quaisquer ações de natureza inspetiva religião; ou disciplinar em órgãos, serviços e empresas ix. Usar de reserva, relativamente a factos e onde tenham exercido funções há menos de informações de que tenham conhecimento no três anos; 6

3 exercício das suas funções; 1 c) Aceitar hospedagem, onerosa ou gratuita, em 1 0 0 estabelecimento que seja propriedade dos 0 x. Utilizar de forma racional, efi caz e efi ciente os 0

0 órgãos ou serviços inspecionados, assim como 4

4 recursos da IGJ. 8

1 dos respetivos dirigentes, quando sejam objeto b) Nas relações externas: de qualquer ação de natureza inspetiva;

i. Promover e fi scalizar o escrupuloso d) Exercer qualquer atividade nos ramos do cumprimento da lei, das normas e dos comércio ou da indústria; e regulamentos disciplinadores da atividade; e) Exercer advocacia ou outra forma de ii. Respeitar as regras e normas instituídas procuradoria, consultadoria ou outro tipo de quanto ao sigilo e confi dencialidade da profi ssão liberal. informação, nomeadamente, quanto à não CAPÍTULO IV divulgação de informações referentes à organização e atividade da IGJ; Recrutamento, seleção e admissão do pessoal de inspeção iii. Não fornecer informações sobre processos, Artigo 11.º matérias e procedimentos em discussão ou em curso na IGJ e abster-se de exprimir Princípios gerais publicamente opiniões e pareceres sobre 1. O concurso público é o processo de recrutamento assuntos específi cos sobre os quais esta se e seleção, normal e obrigatório, de pessoal de inspeção deva pronunciar; para nomeação em lugar do quadro de ingresso ou acesso. iv. Assumir um comportamento baseado na 2. O regime do concurso para pessoal de inspeção rege -se lealdade para com ao IGJ; pelos princípios reguladores dos concursos na Adminis- tração Pública, com as especifi cidades constantes de v. Atuar com isenção e equidade nas relações regulamento de concurso próprio, a aprovar por Portaria com todas as entidades externas, segundo do membro do Governo responsável pela área do turismo. critérios de objetividade; Artigo 12.º vi. Não aceitar presentes ou favores, de Requisitos de ingresso concessionárias, de jogadores ou outras entidades, que condicionem a sua posição de imparcialidade 1. São requisitos gerais de ingresso na carreira de enquanto representantes da IGJ; inspeção de jogos os previstos na lei para o ingresso na Administração Pública, e em particular os seguintes: vii. Atuar com pleno respeito pelas instruções dos dirigentes da IGJ; a) Ter formação superior;

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I SÉRIE — NO 30 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 29 DE ABRIL DE 2014 1011

b) Ter sido aprovado no concurso de ingresso na Artigo 17.º carreira; Cargos dirigentes c) Ter sido aprovado no curso de formação específi ca; Os cargos dirigentes da IGJ não se encontram inseridos d) Ter idade entre os 21 e os 35 anos; em carreiras e são exercidos em regime de comissão de serviço ou mediante contrato de gestão, com isenção de e) Ter nacionalidade cabo-verdiana; e horário de trabalho, nos termos do Estatuto do Pessoal Dirigente da Função Pública. f) Não ter antecedentes criminais. CAPÍTULO V 2. Por portaria do membro do Governo responsável pela área do Turismo, são defi nidos os requisitos específi cos Carreira do pessoal de inspeção de jogos de ingresso na carreira de inspeção de jogos, designada- mente os perfi s académicos exigidos. Artigo 18.º Carreira do pessoal de inspeção de jogos Artigo 13.º

Promoção A carreira de inspeção de jogos integra os seguintes cargos: 1. A promoção depende da verifi cação cumulativa dos seguintes requisitos: a) Inspetor de Jogos níveis I, II e III;

a) Existência de vagas; b) Inspetor de Jogos Sénior níveis I, II e III; e

b) Habilitações académicas exigidas; c) Inspetor de Jogos Especialista, níveis I, II e III.

c) Formação profi ssional exigida, certifi cada por Artigo 19.º entidade competente; Provimento e desenvolvimento na carreira d) Tempo mínimo de serviço efectivo no cargo

6 1. O Inspector de nível I é provido de entre os indivídu- 3

1 imediatamente inferior, de acordo com o 1 os habilitados com curso superior que confere o grau de 0

0 regime legalmente estabelecido;

0 licenciatura e com avaliação de desempenho de excelente 0 0 4

4 em estágio probatório de 2 anos.

8 e) Avaliação de desempenho, nos termos da Lei; e 1 f) Aprovação em concurso. 2. O Inspector nível II é provido de entre Inspectores nível I reunidos os seguintes requisitos cumulativos: 2. A contagem do tempo de serviço para efeitos de pro- moção é suspensa quando o desempenho for considerado a) Cinco anos de serviço efectivo com avaliação de defi ciente, nos termos a regulamentar. desempenho bom;

Artigo 14.º b) Formação de nível intermédio em informática e em pelo menos duas línguas estrangeiras; Modalidade de vínculo c) Aprovação em concurso. A relação jurídica de vinculação do pessoal de inspeção à Função Pública constitui-se, em geral, sob a forma de 3. O Inspector nível III é provido de entre Inspectores nomeação. nível II reunidos os seguintes requisitos cumulativos:

Artigo 15.º a) Quatro anos de serviço efectivo com avaliação de Formação específi ca e estágio probatório desempenho mínima de bom;

1. Os candidatos aprovados em concurso de ingresso na b) Especialização em quaisquer áreas relacionadas carreira de inspeção de jogos estão sujeitos a um curso de com a actividade de inspecção de Jogos; formação específi ca, que deve ter lugar durante o período probatório, que tem a duração de dois anos. c) Formação em ferramentas de gestão de casinos;

2. O curso de formação específi ca é regulado por portaria d) Aprovação em concurso. do membro do Governo responsável pela área do turismo, 4. O Inspector sénior nível I é provido de entre Inspec- não podendo a sua duração ser inferior a seis meses. tores nível III com os seguintes requisitos cumulativos: Artigo 16.º a) Quatro anos de serviço efectivo com avaliação de Remuneração dos estagiários desempenho de bom;

Durante o período de estágio probatório, os estagiários b) Curso de pós-graduação com nível de mestrado; têm direito a uma remuneração correspondente a 80% da remuneração base do cargo para o qual se candidataram. c) Aprovação em concurso.

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1012 I SÉRIE — NO 30 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 29 DE ABRIL DE 2014

5. O Inspector sénior nível II é provido de entre Ins- c) Apresentação de um trabalho na área da sua pectores seniores nível I com os seguintes requisitos actuação; cumulativos: d) Aprovação em concurso. a) Quatro anos de serviço efectivo com avaliação de desempenho de bom; 10. Para efeito de promoção o tempo de permanência em cada cargo profi ssional é reduzido de um ano, median- b) Formação em liderança e gestão da mudança, em te avaliação de desempenho consecutivo de excelente. planeamento estratégico e em problemática do Jogo; Artigo 20.º Recrutamento excecional c) Aprovação em concurso. Por portaria dos membros do Governo responsáveis pe- 6. O Inspector sénior nível III é provido de entre Ins- los sectores do Turismo e da Administração pública, que pectores seniores nível II com os seguintes requisitos defi ne os critérios e condições, pode, excepcionalmente, cumulativos: ser recrutado, mediante concurso interno, pessoal para a) Três anos de serviço efectivo com avaliação de carreira de inspectores sénior e Especialista. desempenho de bom; Artigo 21.º

b) Formação em contratação e negociação de Conteúdo funcional contratos de concessão da actividade de Jogo de Fortuna ou azar, e em práticas integradas 1. Constituem competências do pessoal da carreira de de recursos humanos; inspecção de jogos:

c) Aprovação em concurso. a) Exercer a fi scalização permanente do funcionamento das salas de jogos dos casinos 7. O Inspector especialista nível I é provido de entre e de outros locais onde esteja concessionada Inspectores seniores nível III com os seguintes requisitos ou autorizada a exploração de jogos; cumulativos:

6 b) Velar pela correta execução dos contratos de 3 1

1 a) Três anos de serviço efectivo com avaliação de

0 concessão para exploração de jogos e informar 0

0 desempenho de bom; superiormente acerca do cumprimento 0 0 4

4 pelos concessionários das suas obrigações, 8 b) Ter ministrado anualmente, pelo menos, uma 1 sugerindo as providências que devam ser acção de formação no quadro dos programas adotadas; de formação contínua da área do Jogo; c) Inspecionar a movimentação de fundos e valores c) Apresentação de um trabalho na área da sua afetos ao funcionamento das salas de jogos; actuação;

d) Aprovação em concurso. d) Efetuar exames à escrita comercial das entidades que explorem os jogos, para verifi cação do 8. O Inspector especialista nível II é provido de entre cumprimento das disposições tributárias em Inspectores especialistas nível I com os seguintes requi- matéria de jogo e da observância das normas sitos cumulativos: legais e instruções administrativas, quer por parte das referidas entidades, quer por parte a) Quatro anos de serviço efectivam com avaliação dos seus empregados ou agentes; de desempenho de bom; e) Proceder a inquéritos ou outras averiguações b) Ter ministrado anualmente, pelo menos, uma respeitantes à gestão e à situação económica acção de formação no quadro dos programas e fi nanceira e ao regime tributário especial de formação contínua na área do Jogo; das entidades exploradoras de jogos;

c) Apresentação de um trabalho na área da sua f) Realizar inquéritos, sindicâncias e meras actuação; averiguações relativas à observância da d) Aprovação em concurso. legislação reguladora da exploração e prática de jogos de fortuna ou azar e dos contratos de 9. O Inspector especialista nível III é provido de entre concessão; Inspectores especialistas nível II com os seguintes requi- sitos cumulativos: g) Verifi car a observância das normas legais e instruções administrativas, quer por parte a) Três anos de serviço efectivo com avaliação de das entidades exploradoras de jogos, quer por desempenho de bom; parte dos seus empregados e agentes, bem como dos seus frequentadores; b) Ter ministrado anualmente, pelo menos, uma acção de formação no quadro dos programas h) Aplicar medidas preventivas e cautelares de de formação contínua na área do Jogo; inibição de acesso às salas de jogos dos casinos

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e salas de jogo não integradas em casinos Artigo 25.º nos termos da lei geral, nomeadamente do Regime de turnos e escalas de serviço diploma regulador da exploração e prática de jogos de fortuna ou azar; 1. O pessoal de inspeção de jogos exerce as suas funções em regime de turno, ao longo das 24 horas do dia, com i) Levantar autos de notícia, sempre que possível base em horários e escalas de turnos semanais, quinze- testemunhados, os quais têm o valor nais ou mensais previamente elaborados, não devendo juridicamente atribuído aos autos levantados cada turno exceder o período normal de trabalho diário por autoridade policial; previsto por lei. j) Assegurar o expediente e organizar os arquivos 2. Sem prejuízo do disposto no número anterior, os das unidades de inspeção de jogos junto dos inspectores de jogos podem ser chamados, consoante as concessionários, para que se mantenham necessidades do serviço, a prestar trabalho a qualquer bem documentadas e em dia as respetivas hora do dia ou da noite, incluindo nos dias de descanso atividades; e feriados, não podendo recusar-se a fazê-lo.

k) Designar representante nos júris dos exames do Artigo 26.º pessoal das salas de jogos; Limites do período normal de trabalho l) Exercer a fi scalização da aposta mútua e de outras modalidades de jogo que estejam 1. O período normal de trabalho, dos inspectores de compreendidas nas atribuições da IGJ; jogos não pode ser superior a 8 horas por dia e 40 horas por semana. m) Solicitar a intervenção e cooperar com as autoridades ou agentes policiais na fi scalização e repressão da 2. Os inspetores têm direito após cada período de tra- prática e exploração de jogos ilícitos. balho semanal a um dia de descanso semanal e um dia de descanso complementar. 2. Compete ainda ao pessoal da carreira de inspeção de jogos desempenhar as funções que superiormente lhes se- Artigo 27.º

6 jam atribuídas dentro do âmbito das competências da IGJ. Local de trabalho 3 1 1 0

0 Artigo 22.º

0 1. Os locais de prestação de trabalho dos inspetores de 0 0

4 jogos são os casinos.

4 Avaliação de desempenho 8 1 Aplica-se, ao pessoal de inspecção, o sistema de ava- 2. Excecionalmente os inspetores de jogos podem, por liação de desempenho dos agentes da Administração despacho do Inspetor-Geral, ser destacados para prestar Pública, com as adaptações ditadas pela especifi cidade trabalho em outros locais. da carreira, constantes de portaria do membro Governo Artigo 28.º responsável pela área do turismo e do membro do Gover- no responsável pela administração pública. Assiduidade

CAPÍTULO VI 1. Os inspetores de jogos devem cumprir rigorosamente os horários de trabalho a que estão adstritos. Regime remuneratório e prestação de trabalho 2. Os inspetores de jogo não devem ausentar-se dos Artigo 23.º respetivos postos de trabalho sem prévia autorização Remuneração superior, considerando-se falta injustifi cada toda a au- sência sem a devida autorização. 1. A remuneração base do pessoal da carreira de ins- peção de jogos é aprovada por portaria do membro do 3. Nos casos em que a falta seja previsível e o inspetor Governo responsável pela área do turismo e do membro de jogo esteja em condições de poder avisar desse facto do Governo responsável pela área das fi nanças. aos respetivos superiores hierárquicos e não o faça, considera-se, igualmente, injustifi cada a falta. 2. O pessoal dirigente e da carreira de inspecção de jogos tem direito a um suplemento remuneratório por Artigo 29.º trabalho em condições de risco, com isenção de horários Regime de deslocações em serviço e exclusividade, bem como prémio de produtividade, de montantes a fi xar por portaria do membro do Governo 1. Os inspetores de jogos que se desloquem em ser- responsável pela área do turismo e do membro do Gover- viço público para fora da localidade onde normalmente no responsável pela área das fi nanças. exercem funções têm direito ao pagamento de ajudas de custo, conforme a tabela de ajudas de custos em vigor na Artigo 24.º Administração Pública. Seguro de vida e plano de saúde 2. Quando a deslocação se prolongue por período supe- O pessoal da carreira de inspeção de jogos da IGJ tem rior a quinze dias, ultrapassado esse período, ao inspector direito a seguro de vida e plano de saúde próprio. é fi xado um suplemento mensal para compensação de

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1014 I SÉRIE — NO 30 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 29 DE ABRIL DE 2014

despesas com a deslocação, de montante a fi xar por por- 3. (…) taria do membro do Governo responsável pela área do 4. Por portaria do membro do Governo responsável pela turismo e do membro do Governo responsável pela área área do turismo são regulados a organização e o funcio- das fi nanças. namento do NI, bem como a afetação do seu pessoal às CAPÍTULO VII várias zonas de jogo do País. Regime disciplinar Artigo 35.º Artigo 30.º Revogação

Princípio geral É revogado o Decreto-Lei n.º 36/2010, de 25 de Outubro. Ao pessoal da carreira de inspeção de jogos é aplicável Artigo 36.º o Estatuto Disciplinar dos Funcionários e Agentes da Administração Pública, com as adaptações que a seguir Entrada em vigor se prevêem. O presente diploma entra em vigor no dia seguinte ao Artigo 31.º da sua publicação. Infração disciplinar Aprovado em Conselho de Ministros de 13 de Constitui infração disciplinar a violação, ainda que Fevereiro de 2014. a título de negligência, de algum dos deveres gerais ou específi cos que incumbem ao pessoal da carreira de José Maria Pereira Neves - Cristina Isabel Lopes da inspeção de jogos. Silva Monteiro Duarte - Humberto Santos de Brito Artigo 32.º Promulgado em 24 de Abril de 2014 Exercício do poder disciplinar Publique-se Exercem o poder disciplinar sobre o pessoal da inspeção de jogos, as seguintes entidades: O Presidente da República, JORGE CARLOS DE ALMEIDA FONSECA a) O membro do Governo responsável pela área do

6 ANEXO I

3 turismo; 1 1 0 0 b) O Inspetor-Geral; Pessoal dirigente 0 0 0 4

4 c) O Inspetor-Geral Adjunto; 8

1 1 – Inspetor-Geral d) Os superiores hierárquicos em relação aos seus inferiores hierárquicos. 1 - Inspetor-Geral Adjunto Artigo 33.º 1 - Diretor de Serviço Aplicação das penas ANEXO II 1. A aplicação da pena de censura escrita é da compe- tência de qualquer superior hierárquico em relação aos Pessoal de inspeção inferiores hierárquicos. Área Número 2. A aplicação da pena de multa é da competência do Carreira funcional Cargo de Inspetor-Geral Adjunto. lugares 3. A aplicação da pena de suspensão é da competência Inspeção Inspeção Inspetor de Jogos de jogos de Jogos Especialista 2 do Inspetor-Geral. 16 Inspetor de Jogos 4 4. A aplicação das penas de inatividade, demissão e Sénior aposentação compulsiva é da competência do membro Inspetor de Jogos 10 do Governo responsável pela área do turismo. CAPÍTULO VIII ANEXO III Disposições fi nais Pessoal técnico Artigo 34.º Pessoal técnico N.º de lugares Alteração Técnico 3 É alterado o artigo 14.º do Decreto-Lei n.º 30/2010, de 23 de Agosto, que passa a ter a seguinte redação: ANEXO IV «Artigo 14.º Pessoal de apoio operacional Núcleo de inspeção Pessoal de apoio operacional N.º de lugares 1. O NI é composto por inspetores da carreira de ins- peção de jogos. Apoio operacional 4 2. (…) O Primeiro-Ministro, José Maria Pereira Neves

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Decreto-Regulamentar nº 22/2014 Artigo 2.º

de 29 de Abril Sede

Pela Resolução n.º 18/2014, de 10 de Março, o Governo, O INGT tem a sua sede na Cidade da Praia, podendo consciente da importância do ordenamento e do planea- estabelecer, em qualquer ponto do território nacional, mento territorial, traduzida em medidas de políticas de delegações ou outras formas de representação que fo- informação geográfi ca e do cadastro predial, para a gestão rem consideradas necessárias à prossecução das suas sustentável dos solos em Cabo Verde, criou o Instituto atribuições. Nacional de Gestão do Território (INGT). Artigo 3.º Cumpre agora aprovar o correspondente Estatuto; Regime aplicável Assim: O INGT rege-se pelas disposições do presente Estatuto, Ao abrigo do disposto n.º 1 do artigo 6.º da Lei n.º pelas normas aplicáveis aos institutos públicos, e pelos 96/V/99, de 22 de Março, alterado pelo Decreto-Lei n.º seus regulamentos internos. 2/2005, de 10 de Janeiro, que aprova o regime geral dos Serviços Autónomos, dos Fundos Autónomos e dos Ins- CAPÍTULO II titutos Públicos; e Missão e atribuições No uso da faculdade conferida pela alínea b) do artigo 205.º e pela alínea b) do n.º 2 do artigo 264.º, da Consti- Artigo 4.º tuição, o Governo decreta o seguinte: Missão Artigo 1.º

Objecto O INGT tem por missão prosseguir as políticas pú- blicas no domínio do planeamento e do ordenamento do É aprovado o estatuto do Instituto Nacional de Gestão território, do desenvolvimento urbano, da habitação, do do Território (INGT), que se publica em anexo ao presente cadastro predial, da cartografi a, geodesia, toponímia, diploma, do qual faz parte integrante, e baixa assinado gestão da Infra-estrutura de Dados Espaciais de Cabo 6 3

1 pelo Ministro do Ambiente, Habitação e Ordenamento Verde (IDE-CV), contribuindo desta forma para o cres- 1 0 0 do Território. cimento e desenvolvimento sustentável de Cabo Verde. 0 0 0

4 Artigo 2.º 4 Artigo 5.º 8 1 Entrada em vigor Âmbito de actuação O presente diploma entra em vigor no dia seguinte ao da sua publicação. 1. O INGT desenvolve a sua missão, colaborando com demais entidades públicas ou privadas. Aprovado em Conselho de Ministros de 20 de Março de 2014. 2. O INGT estabelece relações de colaboração, ao nível técnico, com entidades internacionais e instituições José Maria Pereira Neves - Emanuel Antero Garcia congéneres de países com os quais sejam celebrados da Veiga protocolos de cooperação.

Promulgado em 24 de Abril de 2014 Artigo 6.º

Publique-se. Recursos a serviços externos O Presidente da Republica, JORGE CARLOS DE O INGT pode recorrer à aquisição de serviços externos, ALMEIDA FONSECA nacionais ou estrangeiros, sempre que a especifi cidade ANEXO das matérias aconselhe e tal se revele, de forma com- provada, mais efi ciente e efi caz para a prossecução das (a que se refere o artigo 1.º) suas atribuições.

ESTATUTO DO INSTITUTO NACIONAL Artigo 7.º DE GESTÃO DO TERRITÓRIO (INGT) Princípio da especialidade CAPÍTULO I 1. Sem prejuízo da observância do princípio da legalida- Disposições gerais de no domínio da gestão pública, e salvo disposição legal Artigo 1.º em contrário, a capacidade jurídica do INGT abrange a Natureza prática de todos os atos jurídicos, e o gozo de todos os direitos e sujeição a todas as obrigações necessárias à O Instituto Nacional de Gestão do Território, adiante persecução das suas atribuições. abreviadamente designado por INGT, é um serviço per- sonalizado do Estado, dotado de personalidade jurídica, 2. O INGT só pode exercer actividade ou usar dos seus com autonomia administrativa, fi nanceira e patrimonial. poderes no âmbito das suas atribuições.

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Artigo 8.º conservação da carta de delimitação adminis- trativa, bem como a execução, conservação e re- Atribuições novação do cadastro predial, rústico e urbano; O INGT prossegue as seguintes atribuições: l) Elaborar e promover a adopção de normas téc- a) Participar, nos termos da lei, na defi nição da po- nicas nacionais de ordenamento de território lítica de ordenamento do território e do urba- e urbanismo e de produção e reprodução de nismo, acompanhar a sua execução e promo- cartografi a básica e geológica; ver a sua avaliação; m) Promover a regulação do exercício das activida- b) Apoiar a defi nição e a prossecução de políticas, des de ordenamento do território e urbanis- programas e projectos de desenvolvimento mo, habitação, geodesia, cartografi a básica e urbano, em colaboração com as Autarquias geológica e cadastro predial e acompanhar a Locais, nomeadamente ações de requalifi ca- sua execução; ção urbanística e ambiental, de reabilitação o) Promover, coordenar, apoiar, realizar, participar e renovação urbanas e de execução de infra- e divulgar programas e projectos de investiga- estruturas e equipamentos urbanos de utili- ção científi ca, bem como de desenvolvimento zação colectiva; experimental a nível nacional e internacional, nos domínios do ordenamento do território, do c) Intervir na elaboração, acompanhamento e execu- urbanismo, da habitação, da geodesia, da car- ção dos instrumentos de gestão territorial, bem tografi a básica, do cadastro predial e da ca- como proceder ao respectivo registo e depósito; racterização geológica do território nacional d) Dinamizar, acompanhar, orientar e apoiar tecni- emerso; camente as práticas de gestão territorial nos p) Desenvolver, coordenar e gerir a Infra-estrutura âmbitos nacional, sectorial, regional e muni- de Dados Espaciais de Cabo Verde (IDE-CV), cipal, promovendo a concertação dos procedi- que integra informação relativa aos instru- mentos e dos critérios técnicos aplicáveis; mentos de gestão territorial, à delimitação ad- ministrativa, aos dados geodésicos, à cartografi a 6

3 e) Assegurar, em colaboração com as demais enti- 1

1 básica e geológica, e ao cadastro predial; 0 dades competentes, a articulação da política 0 0

0 de ordenamento do território e de urbanismo q) Desenvolver, divulgar e comercializar produtos e 0 4 4

8 com as políticas sectoriais; informação técnica no âmbito do ordenamen- 1 to do território, do urbanismo, da habitação, f) Promover e propor a elaboração de medidas le- da geodesia, da cartografi a básica e geológica gislativas, regulamentares ou técnicas em e do cadastro predial; matéria respeitante às políticas públicas do urbanismo, ordenamento do território, carto- r) Participar nos programas internacionais que grafi a e cadastro predial; visem o reforço da sustentabilidade, da coe- são, da competitividade e da boa governação g) Colaborar com as autarquias locais na execução do território, bem como representar o Estado de políticas, programas e projectos de requali- Cabo-Verdiano nos organismos e comités in- fi cação urbanística e ambiental, de reabilita- ternacionais relativos ao ordenamento do ter- ção e renovação urbanas, designadamente na ritório, habitação urbanismo, geodesia, carto- conservação e defesa do património construí- grafi a básica, cadastro predial. do e de sítios naturais com interesse históri- co, económico e paisagístico e na intervenção CAPITULO III em espaços urbanos degradados; Órgãos h) Assegurar a criação e o funcionamento do Secção I Observatório Nacional de Habitação e desen- Disposições gerais volvimento Urbano; Artigo 9.º i) Subsidiar na elaboração de legislação e regula- Tipifi cação mentação sectorial e na preparação e exe- São órgãos do INGT: cução de políticas, programa e projectos de desenvolvimento territorial, de âmbito nacio- a) O Presidente; nal, sectorial ou regional; b) O Conselho de Administração; e j) Exercer as actividades necessárias à manuten- c) O Conselho Consultivo. ção e ao aperfeiçoamento do referencial geo- désico nacional; Artigo 10.º Mandato k) Promover, em coordenação com outras entida- des, a cobertura do território nacional com A nomeação dos membros dos órgãos do INGT é feita cartografi a básica e geológica, a elaboração e nos termos legais.

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Secção II 2. O Presidente pode delegar ou subdelegar competências nos membros do Conselho de Administração e nos direc- Presidente tores de serviços. Artigo 11.º Artigo 13.º Natureza Voto de qualidade e poder de suspensão

1. O Presidente é o órgão executivo singular que dirige 1. O Presidente do INGT tem voto de qualidade nas reu- e orienta as ações dos órgãos e serviços do INGT, nos niões que preside e pode suspender qualquer deliberação termos das competências que lhe sejam conferidas por do Conselho de Administração que considere contrária à lei ou que nele sejam delegadas ou subdelegadas. lei ou aos interesses do Estado ou do INGT.

2. O Presidente será substituído nas suas faltas e im- 2. A suspensão será imediatamente comunicada à pedimentos pelo membro do Conselho de Administração entidade de superintendência e considera-se levantada que designar ou, na falta de designação, por quem for se, dentro do prazo de quinze dias depois de imposta, o designado pela entidade de superintendência. Governo a não tiver confi rmado.

Artigo 12.º Secção III

Competência do presidente Conselho de Administração

1. Compete ao Presidente dirigir e orientar a acção dos Artigo 14.º órgãos e serviços do INGT tendo em vista a prossecução Natureza e composição das suas atribuições, em especial: O Conselho de Administração é o órgão deliberativo a) Convocar e presidir as reuniões do Conselho de colegial do INGT, constituído pelo Presidente e dois Administração e do Conselho Consultivo, e Administradores. providenciar pela execução das deliberações tomadas; Artigo 15.º Competência 6

3 b) Representar o INGT, incluindo em juízo e fora 1 1

0 dele, e dirigir a respectiva actividade; Compete ao Conselho de Administração: 0 0 0 0 4

4 c) Assegurar as relações do INGT com a entidade a) Aprovar as políticas de gestão e as normas de 8 1 de superintendência e com os demais organis- funcionamento do INGT; mos públicos; b) Aprovar os instrumentos de gestão e submetê-los à d) Determinar a realização de pareceres, estudos e homologação da entidade de superintendência; informações, designadamente os que lhe se- c) Acompanhar a execução do orçamento e plano de jam solicitados pelo Governo; actividades;

e) Autorizar a realização de despesas e o seu pa- d) Assegurar a regularidade da cobrança das re- gamento até ao montante determinado pelo ceitas e a legalidade do processamento das Conselho de Administração; despesas;

f) Promover a elaboração dos instrumentos de ges- e) Autorizar, sem limitação, a realização das despe- tão provisional, dos documentos de prestação sas e o seu pagamento e zelar pela cobrança e de contas e dos regulamentos internos; arrecadação das receitas;

g) Contratar, mediante autorização do Conselho f) Adjudicar e controlar obras e fornecimento de de Administração, fazer a gestão do pessoal material ou serviços e verifi car a sua com- do quadro, de direcção e chefi a dos serviços, e patibilidade com os respectivos cadernos de exercer a respectiva acção disciplinar; encargos ou propostas de adjudicação ou for- necimento, nos termos da lei da contratação h) Celebrar acordos de cooperação com entidades pública; nacionais e estrangeiras no domínio das atri- buições do INGT; g) Autorizar a contratação de pessoal do quadro, bem como o pessoal de direcção e chefi a dos i) Decidir sobre matérias que, embora da compe- serviços; tência do Conselho de Administração, não possam pela sua urgência aguardar a reso- h) Providenciar pela organização e actualização do lução do mesmo, ao qual, todavia, devem ser cadastro dos bens pertencentes ao INGT; presentes, para ratifi cação, na primeira reu- nião que se seguir à tomada de decisão; i) Aprovar a estrutura orgânica e as correspon- dentes competências dos serviços do INGT j) Exercer as competências que lhe sejam delega- e submetê-la a homologação da entidade de das pela entidade de superintendência. superintendência;

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1018 I SÉRIE — NO 30 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 29 DE ABRIL DE 2014

j) Deliberar sobre a proposta do estatuto de pesso- Artigo 19.º al, incluindo o plano de cargos, carreiras e sa- Pelouros lários, a tabela salarial e o quadro de pessoal do INGT e submetê-los à entidade de superin- 1. O Conselho de Administração, sob proposta do tendência para aprovação; Presidente, poderá atribuir aos seus membros pelouros correspondentes a um ou mais serviços do INGT. k) Deliberar sobre a realização de empréstimos ou outras operações fi nanceiras; 2. A atribuição de um pelouro envolve a delegação dos poderes correspondentes ao exercício das competências l) Adquirir bens imóveis, nos termos da legislação em causa. aplicável; 3. A atribuição de pelouros não dispensa o dever que a m) Aprovar os regulamentos internos destinados à todos os membros do Conselho de Administração incumbe execução do presente Estatuto e necessários de acompanhar e tomar conhecimento da generalidade ao bom funcionamento dos serviços; dos assuntos do INGT e de propor providências relativas a qualquer deles. n) Aprovar o seu regimento interno; Secção IV o) Administrar as actividades do INGT em todos os assuntos que não sejam da expressa compe- Conselho Consultivo tência de outros órgãos. Artigo 20.º

Artigo 16º Natureza e composição

Funcionamento 1. O Conselho Consultivo é um órgão de consulta e apoio do Presidente e do Conselho de Administração no 1. O Conselho de Administração reúne-se ordinaria- âmbito das atividades técnicas do INGT. mente uma vez por mês e, extraordinariamente, sempre que convocado pelo Presidente ou pela maioria dos seus 2. O Conselho Consultivo integra, nomeadamente, os membros. seguintes membros: 6 3 1 1 0

0 2. Para que os órgãos do INGT deliberem validamente a) O Presidente do INGT, que preside; 0 0

0 é indispensável a presença da maioria dos respectivos 4

4 b) Os responsáveis dos serviços operativos e técnico 8 membros em exercício. 1 do INGT; 3. As deliberações serão tomadas por maioria dos votos c) Um representante de cada um dos serviços e ins- expressos, tendo o Presidente, ou quem o substitua, voto tituições públicas que exerçam actividades de qualidade. nos domínios de registo predial, gestão do pa- 4. Não é permitido o voto por procuração nem abstenção. trimónio do Estado, ambiente, obras públicas e agricultura; Artigo 17.º d) Um representante da Associação Nacional de Convocatórias Municípios Cabo-verdianos;

1. Para a reunião do Conselho de Administração ape- e) Um representante da Ordem dos Engenheiros; nas são válidas as convocatórias quando feitas a todos os seus membros. f) Um representante da Ordem dos Arquitectos;

2. Consideram-se validamente convocados os membros g) Um representante da Câmara de Comércio, que: Indústria e Serviços de Sotavento – CCISS.

a) Tenham recebido a convocatória; h) Um representante Câmara de Comércio, Indústria e Serviços de Barlavento – Agremiação comercial; b) Tenham assistido a qualquer reunião anterior i) Um representante dos Serviços de Registo e em que tenham sido fi xados o dia e a hora da Notariado; reunião; e j) Um representante da Associação dos c) Compareçam e participam na reunião, sem se Consumidores; e opor a regularidade da convocatória. k) Um representante do sector ligado a promoção Artigo 18.º de investimento. Atas 3. O Presidente do INGT pode convidar entidades na- De todas as reuniões serão lavradas atas pelo secre- cionais ou estrangeiras de reconhecido mérito nas áreas tário, que serão aprovadas e assinadas, por todos os prosseguidas pelo INGT a participar nas reuniões do membros presentes, na reunião seguinte. Conselho Consultivo, sem direito a voto.

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4. Os representantes dos serviços e instituições pú- c) O sistema de informação integrado de gestão, blicas referidas no n.º 2 são designados pelo membro tendo em conta a circulação das informações de Governo responsável pelos sectores de actividades necessárias para elaborar programas e os referidos ou pelo dirigente máximo do respectivo serviço. executar correctamente; e

5. O Conselho Consultivo considera-se constituído, d) A observância das disposições legais. para todos os efeitos, desde que se encontre nomeada a Artigo 24.º maioria dos seus membros. Instrumentos de gestão Artigo 21.º 1. São instrumentos de gestão do INGT: Competência a) Os programas de actividade anual e plurianual; Ao Conselho Consultivo compete: b) O orçamento-programa privativo anual e plurianual; a) Opinar sobre a actividade técnica do INGT rela- tivamente a planos anuais e plurianuais; c) O programa fi nanceiro de desembolso.

b) Promover a ligação dos diversos projectos técnicos 2. Os programas de actividades enunciam não só a em curso no INGT, bem como a coordenação justifi cação das actividades, mas também a distribuição das actividades nos projectos globais; cronológica das prioridades, a independência das ações e o seu desenvolvimento, os meios previstos para a res- c) Analisar e dar parecer sobre os projectos e tra- pectiva cobertura fi nanceira e os adequados mecanismos balhos apresentados pelos diversos serviços de controlo e revisão. operativos; 3. Os programas plurianuais são actualizados em cada d) Pronunciar-se sobre os planos e resultados da ano em função do controlo, correcção ou ajustamento cooperação técnica com entidades nacionais, das actuações, tendo em vista os objectivos fi xados e os estrangeiras e internacionais; resultados esperados. 6

3 e) Pronunciar-se sobre políticas de formação de Artigo 25.º 1 1

0 pessoal da carreira técnica; 0

0 Instrumentos de prestação de contas 0 0 4

4 f) Pronunciar-se sobre todos os assuntos no âmbito 8 1 do desenvolvimento das actividades técnicas do São instrumentos de prestação de contas do INGT: INGT que o Presidente entenda submeter-lhe; a) O relatório semestral e anual de gestão;

g) Propor a organização de conferências, seminários e b) A conta anual de gerência; cursos de interesse para o INGT; c) O balancete trimestral. h) Aprovar o seu regimento interno. Artigo 26.º Artigo 22.º Receitas Funcionamento 1. O INGT dispõe das seguintes receitas próprias: O Conselho Consultivo reúne-se ordinariamente uma vez por semestre e, extraordinariamente, sempre que a) As quantias cobradas decorrentes dos serviços convocado pelo Presidente do INGT ou por dois terços prestados a outras entidades, públicas ou pri- dos seus membros. vadas, ou pessoas individuais, nomeadamen- te nos domínios do planeamento do território, CAPÍTULO IV da habitação, da topografi a, geodesia, carto- grafi a e cadastro predial; Gestão administrativa, fi nanceira e patrimonial b) O produto da venda de publicações, bem como o Artigo 23.º resultante de outro tipo de fornecimento de Princípios de gestão informação;

Na gestão administrativa, fi nanceira e patrimonial, o c) As quantias que resultem da exploração ou da INGT deve ter em consideração os seguintes princípios: titularidade de direitos de propriedade sobre produtos, patentes e demais direitos privati- a) A direcção por objectivos, tendo em conta uma vos de natureza industrial ou intelectual que descentralização das decisões na base de ob- venham a ser desenvolvidos no âmbito da jectivos precisos, destinada a promover em actividade do INGT e que pela lei lhe sejam todos os escalões uma motivação de acção; consignados;

b) O controlo orçamental pelos resultados, tendo em d) As comparticipações e os subsídios concedidos vista a medida da produtividade dos serviços; por quaisquer entidades;

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e) O produto de taxas que por lei lhe sejam consig- unicidade de caixa e devem ser efectuados nos termos nadas; do Regime Jurídico da Tesouraria do Estado, através de Documento Único de Cobrança. f) O produto de coimas que legalmente lhe é con- signado; 3. Para efeitos do disposto no número anterior, O INGT deve solicitar à Direcção Geral do Tesouro a sua g) As doações, heranças ou legados de que for be- integração na Rede de Cobranças do Estado. nefi ciário; Artigo 30.º h) Os saldos de gerência anterior; Contabilidade i) Quaisquer outros rendimentos que por lei, con- 1. O INGT está sujeito ao regime da contabilidade pú- trato ou qualquer outro título lhe devam per- blica, nos termos da lei que defi ne os princípios e as nor- tencer. mas relativos ao regime fi nanceiro, à contabilidade e ao controlo da gestão fi nanceira da Administração Pública. 2. O INGT dispõe ainda de receitas provenientes das dotações que lhe forem atribuídas pelo Estado. 2. A contabilidade do INGT deverá adequar-se às ne- cessidades da respectiva gestão, permitir um controlo Artigo 27.º orçamental permanente e, bem assim, a fácil verifi cação Prestação de serviços da relação existente entre os valores patrimoniais e fi - nanceiros e os correspondentes elementos contabilísticos. 1. O INGT pode, sem prejuízo das atribuições que lhe 3. Para a satisfação das necessidades referidas no nú- estão cometidas, prestar serviços ou realizar trabalhos mero anterior, o INGT aplicará o plano de contabilidade remunerados ou não, que lhe sejam solicitados por enti- em vigor para os institutos públicos, adaptado às suas dades públicas ou privadas. realidades específi cas e, fundamentalmente, como um 2. Os serviços prestados com carácter de continuida- instrumento de gestão. de são remunerados de acordo com tabelas de preços a 4. O sistema de contas deverá ser complementado pela aprovar pelo Conselho de Administração. contabilidade analítica a fi m de se proceder ao apuramen-

6 Artigo 28.º to dos custos da participação de cada unidade orgânica 3 1

1 na estrutura de custos de cada serviço. 0 0 Despesas 0

0 Artigo 31.º 0 4 4 8 1. Constituem despesas do INGT as que resultem de Património 1 encargos decorrentes da prossecução das atribuições que lhe estão cometidas, incluindo, designadamente, as 1. Constitui património do INGT a universalidade seguintes: dos bens na sua titularidade e ainda os bens, direitos e obrigações que receba, adquira ou contraia por qualquer a) Os encargos com o respectivo funcionamento; título para o exercício da sua actividade própria.

b) As despesas com o pessoal; 2. O INGT administra e dispõe livremente, nos termos do presente estatuto, dos bens que constituem o seu pa- c) Os custos de aquisição, manutenção e conserva- trimónio, sem sujeição às normas relativas ao domínio ção de bens e equipamentos e serviços que te- privado do Estado. nha de utilizar. 3. O INGT administra os bens do domínio público que 2. Na realização das despesas respeitar-se-ão os con- forem ou vierem a ser afectados à sua actividade, devendo dicionalismos e imperativos decorrentes do orçamento manter actualizado o respectivo cadastro. e plano aprovados, bem como as prioridades que excep- 4. O INGT não pode, contudo, alienar os edifícios que cionalmente vierem a ser fi xadas.3. Sem prejuízo das pelo Estado lhe tenham sido destinados ou cedidos para necessidades de assegurar o melhor aproveitamento a instalação dos serviços que lhe são próprios. das pessoas e meios materiais disponíveis, ter-se-á como regra essencial de gestão das dotações de despesas a 5. O INGT pode aceitar quaisquer doações ou legados, minimização dos custos para o máximo de efi ciência dos carecendo de autorizarão da entidade de superintendên- meios postos em execução. cia, quando daí resultem encargos.

Artigo 29.º Artigo 32.º Sujeição ao Tribunal de Contas Movimentação de fundos e pagamentos O INGT está sujeito à fi scalização do Tribunal de Contas. 1. Os fundos do INGT devem ser depositados numa conta aberta no Tesouro, nos termos legais, só podendo Artigo 33.º ser movimentada a débito mediante assinatura conjunta Controlo fi nanceiro do Presidente, ou seu substituto, e do responsável pelos serviços fi nanceiros do INGT ou quem o substitua. A actividade fi nanceira do INGT está sujeita ao controlo fi nanceiro exercido pela Inspecção-Geral de Finanças 2. A liquidação e o pagamento das receitas próprias ou através de auditorias ordenadas pela entidade de arrecadadas pelo INGT estão sujeitas ao princípio da superintendência.

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Artigo 34.º Artigo 38.º

Remissão Serviços

A gestão fi nanceira do INGT rege-se pelas leis da con- 1. O INGT compreende serviços centrais, podendo ser tabilidade e das aquisições públicas. instituídos serviços desconcentrados, mediante prévia autorização da entidade de superintendência, e de acordo CAPÍTULO V com as necessidades objectivas, a defi nir na estrutura orgânica, nos termos do presente Estatuto. Recursos humanos e serviços

Artigo 35.º 2. A organização dos serviços obedecerá aos critérios de especialização de funções que se mostrarem mais Quadro de pessoal adequados ao bom desempenho das atribuições do INGT e ao racional aproveitamento dos seus meios. O INGT dispõe de pessoal técnico e administrativo que integram o seu quadro de pessoal privativo a ser apro- CAPÍTULO VI vado por Portaria do membro do Governo responsável pelo Ordenamento do Território, Habitação, Cartografi a Superintendência e Cadastro Predial, mediante proposta do Conselho de Artigo 39.º Administração. Entidade de superintendência Artigo 36.º 1. O INGT fi ca sob superintendência do membro do Regime jurídico do pessoal Governo responsável pelos sectores do ordenamento do território, do urbanismo, da habitação, cartografi a e 1. Ao pessoal do INGT aplica-se, na generalidade, o cadastro predial. regime do contrato individual de trabalho previsto no Código Laboral, estando abrangido pelo regime de pro- 2. Compete à entidade de superintendência: vidência social dos trabalhadores por conta de outrem. a) Orientar superiormente a actividade do INGT, 2. Na especialidade, o pessoal do INGT rege-se pelo indicando-lhe as metas, objectivos, estraté-

6 disposto em estatuto de pessoal, incluindo o plano de gias e critérios de oportunidade político-ad- 3 1 1

0 cargos, carreiras e salários, aprovado nos termos do ministrativa, enquadrando-o sectorialmente 0

0 presente Estatuto. 0 e globalmente na Administração Pública; 0 4 4 8

1 3. O pessoal ao serviço do INGT é recrutado mediante b) Homologar os instrumentos de gestão previsio- concurso público, devendo obedecer aos seguintes princípios: nal e os documentos de prestação de contas;

a) Publicitação da oferta de emprego pelos meios c) Aprovar, por Portaria, o estatuto de pessoal, adequados; incluindo o plano de cargos, carreiras e salá- rios, a tabela salarial e o quadro de pessoal b) Igualdade de condições e oportunidade dos can- do INGT, mediante proposta do Conselho de didatos; Administração; c) Aplicação do método e critérios objetivos de ava- d) Homologar a estrutura orgânica dos serviços do liação e seleção; e INGT; d) Fundamentação da decisão tomada. e) Homologar os actos de aquisição, oneração e alie- nação de bens imóveis e dos móveis sujeitos a 4. As condições de prestação e de disciplina do trabalho registo; são defi nidas em regulamento próprio do INGT, com observância das disciplinas legais em matéria laboral. f) Autorizar a contracção de empréstimos, quando permitidos por lei; Artigo 37.º

Mobilidade do pessoal g) Autorizar a aceitação de doações, heranças e le- gados litigiosos ou sujeitos a encargos; 1. Os funcionários da Administração Publica central, de Institutos Públicos e das Autarquias Locais, bem como h) Suspender, revogar e anular, nos termos da lei, os trabalhadores das empresas públicas, poderão ser os actos dos órgãos próprios do INGT que vio- chamados a desempenhar funções no INGT em regime lem a lei ou sejam considerados inoportunos e de requisição ou comissão de serviço, com garantia do seu inconvenientes para o interesse público; lugar de origem e dos direitos neles adquiridos. i) Fiscalizar e inspeccionar o funcionamento do 2. Os funcionários do quadro do INGT poderão ser INGT; chamados a desempenhar funções no Estado, em outros j) Ordenar inquéritos, sindicâncias ou inspeções ao Institutos Públicos ou em Autarquias Locais, bem como INGT; em empresas públicas, em regime requisição ou comissão de serviço, com garantia do seu lugar de origem e dos k) Solicitar informação que entenda necessária ao direitos neles adquiridos. acompanhamento das atividades do INGT;

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l) Fixar, por Portaria, as remunerações do O PDM da Boa Vista é o instrumento de ordenamento Presidente e dos demais membros do Conselho que rege a organização espacial da totalidade do território Administração; municipal, com base na estratégia de desenvolvimento Local, estabelece o modelo de estrutura espacial do ter- m) Autorizar o estabelecimento de serviços descon- ritório municipal, constituindo uma síntese da estratégia centrados periféricos; de desenvolvimento e ordenamento local continuada, n) O mais que lhe for cometido por lei. integrando as opções de âmbito nacional e regional com incidência na respectiva área de intervenção. CAPÍTULO VII O PDM é o plano urbanístico de grau hierárquico Disposições fi nais superior, de natureza regulamentar, objecto de uma Artigo 40.º profunda e detalhada análise técnica multidisciplinar Vinculação que constatou a sua conformidade em termos de conte- údo material e documental, a sua compatibilidade com 1. O INGT obriga-se: outros instrumentos de gestão territorial em curso de a) Pela assinatura do seu Presidente; elaboração, e com os já aprovados, mostrando-se igual- mente cumpridas todas as formalidades e disposições b) Pela assinatura de um membro do Conselho legais aplicáveis. Administração que, para tanto, tenha recebi- do, em acta do Conselho Administração, dele- Foram considerados os pareceres emitidos pelas enti- gação de poderes do Presidente do INGT; ou dades públicas competentes em razão da matéria. c) Pela assinatura do representante legalmente Assim; constituído nos termos e no âmbito dos pode- res que lhe sejam conferidos. Ao abrigo do disposto no nº 6 da Base XVII do Decreto- Legislativo nº 1/2006, de 13 de Fevereiro, alterado pelo 2. Os actos de mero expediente de que não resultem Decreto-Legislativo nº 6/2010, de 21 de Junho, que defi ne obrigações para o INGT podem ser assinados por qual- as Bases do Ordenamento do Território e Planeamento quer membro do Conselho Administração ou pelo traba- Urbanístico; e lhador a quem tal poder tenha sido conferido. 6 3 1

1 Artigo 41.º No uso da faculdade conferida pela alínea b) do artigo 0 0 205º e pelo n.º 3 do artigo 264º da Constituição; 0

0 Senhas de presença 0 4 4

8 Manda o Governo, pelo membro do Governo competente

1 Os membros do Conselho Consultivo, que não sejam agentes ou funcionários da Administração Pública, têm em razão da matéria, o seguinte: direito a uma senha de presença por cada dia de reunião Artigo 1º a que assistam, nos termos e condições a serem defi nidos Objecto pelo Conselho Administração e homologados pela enti- dade de superintendência. É ratifi cado o Plano Director Municipal do Município Artigo 42.º da Boa Vista, adiante designado por PDM-BV, cujo Regulamento, planta de ordenamento e planta de condi- Actos notariais cionantes, são publicados em anexo à presente Portaria, A celebração de escrituras e de outros actos notariais dela fazendo parte integrante. em que intervenha o INGT será assegurada pelo notário Artigo 2º privativo do Estado. Entrada em vigor O Ministro do Ambiente, Habitação e Ordenamento do Território, Emanuel Antero Garcia da Veiga A presente Portaria entra em vigor no dia seguinte ao da sua publicação. ––––––o§o–––––– Gabinete do Ministro do Ambiente, Habitação e Or- MINISTÉRIO DO AMBIENTE, HABITAÇÃO denamento do Território, aos 10 de Abril de 2014. – O E ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO Ministro, Emanuel Antero Garcia da Veiga –––––– Plano Director Municipal do Município da Boa Vista Gabinete do Ministro CAPÍTULO I Portaria nº 24/2014 de 29 de Abril Disposições gerais O Município da Boa Vista, através dos seus órgãos com- Artigo 1º petentes, aprovou e submeteu ao Ministério do Ambiente Deontologia municipal Habitação e Ordenamento do Território, para efeitos de ratifi cação, o Plano Director Municipal da Boa Vista, que A Câmara Municipal deve atuar, no exercício das suas originou da Deliberação nº 04/AMBV/2012, de 5 de De- funções, com respeito pelos princípios da igualdade, da zembro de 2012, da Assembleia Municipal da Boa Vista. proporcionalidade, da justiça e da imparcialidade.

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Artigo 2º (v) Unidades ambientais homogéneas: 1/50.000;

Objeto e âmbito de aplicação (vi) Carta de património: 1/50.000; 1. O presente Regulamento do Plano Diretor Muni- (vii) Carta de acessibilidades e distribuição ac- cipal (PDM) do Município da Boavista tem a natureza tual de equipamentos: 1/50.000; jurídica de regulamento administrativo e é vinculativo, nos termos da lei. (viii) Carta geral de aptidões relativas ao uso do 2. O PDM é o instrumento de planeamento que rege solo: 1/50.000; e a organização espacial da totalidade do território mu- (ix) Carta de situação e riscos: 1/25.000. nicipal, nos termos do Decreto-Lei nº 43/2010, de 27 de Setembro. b) Proposta de ordenamento: 3. O Regulamento estabelece as principais regras a que (i) Modelo de crescimento e expansão dos núcleos – devem obedecer a ocupação, o uso e a transformação do horizonte longínquo e horizonte do PDM: es- território municipal, defi ne o regime geral de construção cala 1/50.000; e as normas de execução urbanística do Plano.

Artigo 3º (ii) Modelo de centralidades, de distribuição de equipamentos e serviços referido ao horizonte Aplicação supletiva do PDM: 1/50.000; Na ausência de outros planos urbanísticos, as disposi- (iii) Modelo de acessibilidades – rede viária pro- ções do Plano Diretor Municipal terão aplicação direta. posta: 1/50.000; Artigo 4º (iv) Carta geral de infraestruturas e redes - abas- Hierarquia e complementaridade tecimento de água, saneamento, produção e dis- 1. O PDM da Boavista complementa e desenvolve as tribuição de energia, telecomunicações: 1/50.000; normas hierarquicamente superiores, não as contrariando, e 6 3

1 sob pena de nulidade.

1 (v) Planta de síntese de ordenamento: 1/25.000. 0 0 0

0 2. Em caso de confl ito com qualquer outro instrumento

0 Artigo 6º 4

4 de gestão territorial de hierarquia inferior, prevalece o 8 1 PDM, outro tanto sucedendo em relação a quaisquer atos Vigência e revisão de natureza normativa emitidos pelos órgãos do Municí- pio, incluindo regulamentos e posturas. 1. O PDM vigora por um período de 12 (doze) anos, a contar da data da sua entrada em vigor. Artigo 5º

Elementos que compõem o plano 2. O PDM pode ser objecto de alteração, de revisão e de suspensão, nos termos previsto no Decreto-Lei nº O PDM da Boavista, em obediência ao artigo 104º do 43/2010, de 27 de Setembro, do Regulamento Nacional do Decreto-Lei nº 43/2010, de 27 de Setembro, é documen- Ordenamento do Território e Planeamento Urbanístico. talmente composto por: Artigo 7º 1. Peças escritas: Interpretação dos documentos do PDM a) Regulamento do Plano; 1. A interpretação dos documentos do PDM será feita b) Relatório do Plano – diagnose; a partir do sentido dos seus vocabulário e representações gráfi cas, atendendo à unidade e coerência do plano, o c) Relatório do Plano – ordenamento; e cumprimento dos seus objetivos e fi nalidades formulados na d) Programa de execução indicativo. memória e a realidade social do âmbito da sua aplicação, atendendo ao seguinte: 2. Peças gráfi cas: 2. a) Elementos analíticos: a) Na interpretação dos planos e representações (i) Planta de localização e enquadramento: 1/200.000 gráfi cas, prevalece a planta de ordenamento ou acima; e condicionantes especiais; (ii) Modelo geomorfológico – Carta Hipsométrica: b) O regulamento prevalece sobre os restantes do- 1/50.000; cumentos do plano; (iii) Modelo geomorfológico - Carta de declives: 1/50.000; c) As dúvidas na interpretação do planeamento urbanístico produzidas por imprecisões ou (iv) Carta hidrológica: 1/50.000; por contradições entre documentos de igual

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hierarquia normativa serão resolvidas tendo mesmo que ainda não tituladas por alvará, concedidas em conta os critérios de maior edifi cabilidade, pelas autoridades administrativas competentes antes da menor dotação para espaços públicos e maior sua entrada em vigor. proteção ambiental; e 2. O disposto no número anterior não interfere com o d) Em caso de confl ito irredutível entre a docu- regime legal de extinção de direitos, designadamente por mentação imperativa do planeamento, que caducidade, nem o prejudica. não possa ser resolvido pelos critérios gerais Artigo 10º do ordenamento jurídico, prevalece o que es- tabelece a documentação escrita, exceto se o Defi nições confl ito se referir à quantifi cação de uma su- perfície de solo, caso em que se considera a Para os efeitos do presente regulamento, são conside- superfície real. rados os seguintes conceitos:

3. Não obstante o disposto anteriormente, a delimitação a) Alinhamento da construção, é a linha que deli- de setores, Planos de Desenvolvimento Urbano (PDU), mita o afastamento mínimo duma construção Planos Detalhados (PD) e zonas assinaladas no plano, em relação ao espaço público, defi nida pelas tendo em conta as tolerâncias necessárias em todo o autoridades municipais; levantamento topográfi co, poderão ser precisados ou b) Altura da edifi cação, é a dimensão vertical da ajustados nos documentos de planeamento que desdo- edifi cação, medida entre a rasante da respeti- brem o próprio plano. va via de acesso principal e o ponto mais alto 4. As regras gráfi cas de interpretação que permitem os da construção; ajustes referidos no número anterior, são as seguintes: c) Área bruta de construção, é o somatório das áre- a) Não alterar a superfície da área delimitada nos as brutas de construção de todos os pisos dum planos de ordenamento, segundo interpreta- edifício, incluindo escadas e caixas de eleva- ção literal, em mais ou menos oito por cento dor, acima e abaixo do solo, com exclusão de (8%); e terraços descobertos, serviços técnicos nas ca- 6 3

1 ves, áreas de estacionamento abaixo da cota 1 0

0 b) Não alterar substancialmente a forma da men- da soleira, passagens públicas cobertas pela 0

0 cionada área, exceto na precisão dos seus li- 0 edifi cação e zonas de sótão não habitadas; 4 4

8 mites, nos seguintes casos: 1 d) Área de cedência (para domínio público muni- i) Alienações ofi ciais ou linhas de edifi cação con- cipal), é constituída por áreas que devem ser solidada; cedidas ao domínio público, destinadas à cir- culação pedonal e de veículos e à instalação ii) Caraterísticas geográfi cas e topográfi cas do de infraestruturas, espaços verdes e de lazer terreno; e equipamentos coletivos; iii) Limites físicos e repartições de propriedade; e) Área útil de construção, é o somatório em m2 das e áreas de todos os pavimentos acima e abaixo iv) Existência de elementos naturais ou artifi - do solo, medidas pelo extradorso das paredes ciais de interesse que assim o justifi quem. exteriores, excluindo os sótãos não habitá- veis, terraços descobertos, garagens em cave, 4. Para a defi nição dos condicionamentos da edifi cabi- alpendres descobertos até 15 m2, das galerias lidade sempre serão considerados cumulativamente os exteriores públicas, dos arruamentos e espa- referentes à Planta de Ordenamento e à Planta de Con- ços livres de uso público cobertos pela edifi ca- dicionantes Especiais, prevalecendo os menos restritivos. ção, das arrecadações em cave ou no vão da cobertura afetas às diversas unidades de uti- Artigo 8º lização do edifício e das áreas técnicas, acima Execução do plano ou abaixo do solo;

A execução do PDM da Boavista processar-se-á mediante f) Área de expansão urbana, é o conjunto dos pré- a elaboração e aprovação de Planos de Desenvolvimento dios predominantemente rústicos, vizinhos Urbano e Planos Detalhados de iniciativa pública ou pri- dum agregado urbano cujo crescimento exija vada e da execução das obras de urbanização necessárias, a sua urbanização; ou ainda de projetos de construção em terrenos reunindo condições para o efeito. g) Área de infraestruturas, é constituída por espa- ços destinados à instalação de equipamentos Artigo 9º de utilidade pública tais como drenagem, con- Disposição transitória dutas de água e saneamento, cabos de trans- porte de eletricidade, comunicações telefó- 1. O PDM não derroga os direitos conferidos pelas nicas, televisão, sendo que se reportam aos licenças em vigor, aprovações ou autorizações válidas, canais onde são instalados;

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h) Área de ocupação ou de implantação, é a área de- x) Logradouro, é a área do lote, sobejante da área limitada pela projeção vertical dos pisos dum de implantação, não edifi cável; edifício, incluindo as suas varandas; y) Lote, é a área cadastral ou identifi cável desti- i) Área do lote, é a superfície de cada lote defi nida nada à construção, resultante duma operação pelos seus contornos cotados; de loteamento, confi nando um dos seus lados, pelo menos, com um arruamento; j) Área total do terreno, é a área considerada em qualquer apreciação de caráter urbanístico, z) Loteamento, é o processo de divisão dum terreno descrita na matriz; em lotes;

k) Área urbana, é formada por áreas urbanizadas aa) Nível de terreno, é o plano mais baixo da in- e urbanizáveis; terseção do perímetro exterior da construção com o terreno envolvente; l) Balanço, é qualquer elemento construído que se projeta fora da área de implantação do edifi cado; bb) Número de pisos, é a soma dos pavimentos so- brepostos acima do nível do terreno ou do em- m) Cércea, é a dimensão vertical da construção, basamento, incluindo as caves com uma fren- medida a partir do ponto de cota média do te livre e os aproveitamentos das coberturas terreno marginal ao alinhamento da fachada em condições legais de utilização, excluindo até à linha superior do beirado, platibanda ou os entre pisos parciais resultantes do acerto guarda do terraço, incluindo andares recu- de pisos entre fachadas opostas, bem como os ados, mas excluindo acessórios, como sejam pisos vazados em toda a extensão do edifício chaminés, casa de máquinas de ascensores e com utilização pública ou condominial e só depósitos de água; ocupados pelas colunas de acesso vertical; n) Condicionantes, são fatores e circunstâncias, de cc) Obra de ampliação, é qualquer obra realizada natureza jurídica ou física, que impedem ou em instalação existente resultando num au- restringem a ocupação nova do solo; mento: (i) da área bruta de construção; (ii) da 6

3 área de implantação; (iii) da cércea ou altura 1 o) Construção isolada, é o modo de construção em 1 0 0 que o edifício tem todos os alçados livres; total de construção; (iv) do número de pisos 0 0

0 acima e abaixo da cota da soleira; 4 4

8 p) Cota de soleira, é a demarcação altimétrica do 1 nível do ponto médio do primeiro degrau de dd) Obra de conservação, é a destinada à manu- entrada principal referida ao espaço público tenção, reposição ou melhoria do desempenho de acesso. No caso de existirem dois níveis de duma construção, desde que mantenha a sua contato de espaço público, opta-se pelo superior; matriz tipológica;

q) Densidade populacional, é o quociente entre a ee) Ocupação nova do solo, é qualquer ocupação do população prevista e a área do prédio a lotear, solo, edifi cada ou não, posterior à entrada em sendo expressa em habitantes por hectare; vigor do PDM;

r) Embasamento, é a zona mais saliente na base ff) Plano Diretor Municipal, é o instrumento de pla- das paredes exteriores duma edifi cação; neamento que rege a organização espacial da totalidade do território municipal s) Empena, é o parâmetro vertical adjacente à construção ou a um espaço privativo; gg) Plano Detalhado, é o instrumento de planea- mento defi ne com detalhe os parâmetros de t) Equipamentos coletivos, são instalações ou locais aproveitamento do solo de qualquer área deli- públicos ou de interesse público destinados à mitada do território municipal, de acordo com provisão de utilidades comunitárias, nome- o uso defi nido por PDU ou PDM; adamente, atividades de formação, ensino e investigação; saúde e higiene; seguranças pú- hh) Plano de Desenvolvimento Urbano, é o instru- blica e social; cultura, lazer, educação física e mento de planeamento que rege a organiza- desporto; abastecimento público; ção espacial de parte determinada do territó- rio municipal, integrada no perímetro urbano, u) ETAR, signifi ca Estação de Tratamento de que exija uma intervenção integrada, desenvol- Aguas Residuais; vendo, em especial, a qualifi cação do solo;

v) Índice de edifi cabilidade, é o produto da divisão ii) POT, é o Plano de Ordenamento Turístico; da edifi cabilidade pela área de referência, ex- presso em percentagem; jj) Parcela, é a área autonomizada em cadastro, com limites próprios, como objeto dum direito real; w) Índice volumétrico (m3/m2), é a relação entre o volume de construção acima do solo (m3) e a kk) Perímetro urbano demarca uma área incluindo área do lote; um ou mais aglomerados urbanos, com as

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suas partes consolidadas e não consolidadas, CAPÍTULO II e todos os espaços intersticiais necessários ao en- quadramento e qualifi cação do sistema urbano; Condicionantes, servidões e restrições de utilidade pública ll) Reordenamento urbano, é a reestruturação ur- banística duma área urbana; Secção I Orientações nos domínios do ambiente e da paisagem mm) Servidões, são encargos impostos por disposi- ção de lei sobre um certo prédio em proveito Artigo 11º de utilidade pública de certos bens implican- Disposições gerais do, consequentemente uma restrição ou li- mitação do direito de propriedade do prédio 1. As orientações e regras constantes desta Seção vi- onerado, inibindo o respectivo proprietário de sam a compatibilização do desenvolvimento urbanístico praticar atos que possam perturbar ou impe- e sócio-económico do Concelho da Boavista não só com a dir o exercício da servidão; Superfície bruta, proteção, mas sobretudo com a valorização dos recursos reporta-se à superfície total do terreno sujeito naturais ambiental e paisagisticamente relevantes, de a uma intervenção ou a uma unidade opera- forma a promover-se um crescimento ecologicamente tiva de gestão específi ca, abstraindo da sua sustentável, reforçando assim o alcance das condicionantes compartimentação, parcelamento e distribui- de cariz ambiental e das orientações e parâmetros ur- ção do solo pelas diversas ordens funcionais banísticos para a ocupação nova do solo, estabelecidos de uso urbano, igual ao somatório das áreas neste Regulamento. de terreno afetas às diversas ordens funcio- nais de uso, que se agrupam em superfície lí- 2. Os Planos de Ordenamento Turístico contêm as suas quida (SI) e superfície de equipamento; próprias regras, que o PDM perfi lha e confi rma, trans- portando para o território municipal, mutatis mutandis, nn) Superfície de ocupação, é a área medida em o que neles se ordena. projeção zenital das construções, delimitada pelo perímetro dos pisos mais salientes, ex- Artigo 12º 6 3

1 cluindo varandas e platibandas; 1 Instalações agropecuárias 0 0 0 0

0 oo) Unidade comercial de dimensão relevante, é um 4 1. Para o licenciamento municipal deverá ser apresen- 4 8 estabelecimento autónomo ou um condomínio 1 tado projeto no que se refere aos sistemas de tratamento agrupando vários estabelecimentos, cuja rele- dos efl uentes. vância consta da lei; 2. É estabelecida uma faixa de proteção de 500 m para pp) Unidade Operativa de Planeamento e Gestão, lá das áreas edifi cáveis, na qual fi ca interdita a implan- é área objeto de planeamento específi co, cons- tação de instalações agropecuárias. tituindo o âmbito territorial de execução dum determinado programa de ações e de aplica- 3. É estabelecida uma faixa de proteção de 50 m das ção de normas de urbanização e edifi cação; estradas nacionais e de outros caminhos públicos, na qual é interdita a implantação de instalações agropecuárias. qq) Uso habitacional, compreende a habitação uni e plurifamiliar e as instalações residenciais 4. São interditas as instalações agropecuárias nas não familiares, como albergues, residências seguintes áreas: para estudantes, lares, conventos, etc.; a) Urbana estruturante; rr) Uso misto engloba os usos habitacionais e ter- b) Habitacional mista; ciário; c) Habitacional; ss) Uso terciário é a utilização por serviços, públi- cos ou privados, comércio retalhista e equipa- d) Equipamentos sociais; mentos coletivos; e) Industrial; e tt) Vãos, são aberturas produzidas nas fachadas dos edifícios ou em panos de alvenaria, desti- f) Florestal. nadas a permitir a passagem da luz ou a ilu- minação interior dos espaços do edifício; Artigo 13º Medidas de proteção ambiental uu) Via estruturante, é a estrada que ligará o futuro porto de mar da ilha da Boavista ao 1. Do ponto de vista da proteção ambiental, o PDM aeroporto internacional e às três Zonas de assinala as áreas de Reserva e Proteção Ambiental fi - Desenvolvimento Turístico Integral existen- xadas por instrumento legislativo, estabelecendo que as tes no município. atividades produtivas a implantar dentro destas áreas, de

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acordo com as aptidões específi cas do território, assentem em Artigo 16º projetos elaborados de acordo com a disciplina fi xada para Pré-existências tais áreas, os quais deverão ser devidamente aprovados. Dadas as situações de fato existentes no terreno e os 2. O PDM defi ne Unidades Ambientais cuja caraterização direitos ou legítimas expetativas juridicamente relevan- deverá ser tida em conta nos projetos a que se refere o tes, o PDM não disciplina a ocupação nova do solo nas número anterior. áreas comprometidas pelas construções licenciadas e já iniciadas na data da sua entrada em vigor, aplicando- Secção II se, todavia, as suas restantes disposições não contrárias Condicionantes àqueles direitos ou legítimas expetativas.

Artigo 14º Secção III

Disposições gerais Zonas de risco e proteção Artigo 17º 1. Na área de intervenção do Município da Boavista, são constituídas servidões administrativas e introduzidas Zonas de risco de duvidosa segurança geotécnica restrições de utilidade pública ao direito de propriedade, em obediência ao princípio de prevalência do interesse 1. São zonas de risco de duvidosa segurança geotécnica geral prosseguido pelo PDM. as zonas perigosas em resultado da estabilidade do solo e da geomorfologia do lugar, independentemente de es- 2. As condicionantes são exaustivamente estipuladas tarem ou não classifi cadas legalmente como tais, de uso nos artigos seguintes. condicionado ou interdito:

Artigo 15º a) Zonas de risco de enxurradas por deslizamen- to de vertentes: trata-se de uma vertente co- Objetivo berta de depósitos móveis que são facilmente 1. As servidões e restrições de utilidade pública ao uso arrastados durante as chuvas fortes, estando dos solos regem-se pelo disposto no presente regulamento sujeitas a deslizamentos frequentes devido à

6 sua elevada instabilidade; 3 e demais legislação aplicável e têm por objetivo: 1 1 0 0 b) As cornijas de queda de blocos; e 0

0 a) A preservação do ambiente e do equilíbrio eco- 0 4

4 lógico; 8 c) Zonas de declive (falésias e ravinas): correspon- 1 dem as áreas que, devido às caraterísticas do b) A preservação das áreas de maior aptidão agrícola; solo e subsolo, aos declives e dimensão das c) A preservação dos cursos de água e linhas de dre- vertentes e de outros fatores suscetíveis de nagem natural; ser alterados, tais como a cobertura vegetal e práticas culturais, estão sujeitas à perda de d) A defi nição de zonas de defesa e proteção inerentes solo por deslizamentos. à exploração racional de recursos naturais; 2. Nas zonas de risco de duvidosa segurança geotécnica e) A defesa e proteção do património cultural e am- são interditas as seguintes atividades: biental; a) Habitação ligada ao uso do solo;

f) A defi nição de áreas de proteção e de espaços ca- b) Indústria pesada e ligeira; nais destinados à execução, funcionamento e ampliação de infraestruturas e equipamentos; c) Serviços;

g) A defi nição de áreas de segurança envolventes d) Equipamentos sociais; a instalações cuja fi nalidade ou atividade o justifi quem; e e) Turismo (permitido em zonas de declive); f) Recreio urbano; h) A segurança dos cidadãos. g) Recreio rural (permitido em zonas de declive); 2. As áreas, locais e bens imóveis sujeitos a servidões administrativas ou restrições de utilidade pública no h) Comércio grossista e pequeno comércio; território abrangido pelo PDM e que têm representação gráfi ca, estão identifi cadas e assinaladas na Carta de i) Infraestruturas técnicas (permitido em zonas de Servidões e Condicionantes Especiais, com legenda e declive); grafi smos próprios. j) Uso agrícola/fl orestal (apenas nas cornijas de 3. O regime jurídico das áreas, locais ou bens imóveis queda de blocos); a que se refere o número anterior é o decorrente da legis- k) Extrações mineiras; e lação específi ca que lhe seja aplicável, ou caso não exista, do normativo do presente Regulamento. l) Pescas.

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3. Nas zonas de declive, e caso não existam alternativas 6. Devem ser promovidas nas zonas de riscos sujeitas na proximidade, poderão ser autorizadas a construção de a inundações as seguintes atividades: infraestruturas técnicas e atividades relacionadas com o recreio rural e turismo. a) Agrícola e fl orestal;

4. Devem ser promovidas nas zonas de risco de duvidosa b) Realização de obras de desobstrução e conservação segurança geotécnica as seguintes atividades: de linhas de água;

a) Agrícola e fl orestal; e c) Medidas de controlo de enxurradas; ou b) Plantação de bosques com vegetação caraterística. d) Plantação de bosques. 5. Em zonas com declives superiores a 25% deverão ser condicionadas ações de mobilização do solo e deverão Artigo 19º ser promovidas plantações de vegetação autóctone para garantir a proteção do solo contra a erosão. Zonas de proteção

Artigo 18º 1. Zonas de proteção são as que pelas suas condições naturais, geomorfológicas, funcionais ou culturais de- Zonas de risco sujeitas a inundações sempenham uma função importante no equilíbrio do 1. As zonas de riscos sujeitas a inundações no caso de ecossistema ou na idiossincrasia do lugar. chuvas fortes, correspondem aos terraços mais próximos das linhas de água. 2. Além das condicionantes ambientais impostas pelos POT nas ZDTI, são estipuladas as seguintes áreas de 2. As zonas de riscos sujeitas a inundações deverão ser proteção: alvo de um Estudo Hidrológico, que defi nirá com maior rigor as áreas ameaçadas pelas cheias. a) De património cultural;

3. Até à elaboração do estudo referido no número b) De património natural; anterior, são interditos nas zonas de riscos sujeitas a 6 3

1 inundações, os seguintes atos e atividades: c) Faixa litoral; 1 0 0 0

0 a) Dentro dos perímetros urbanos será delimitada 0 d) Leitos e margens dos cursos de água; e 4

4 uma faixa com 25m para cada da linha de 8 1 água e que não será impermeabilizada; e e) Áreas de risco de erosão. b) Fora dos perímetros urbanos são proibidas to- das as ações de iniciativa pública ou privada 3. As áreas de proteção indicadas no número anterior, que se traduzam em operações de loteamen- além dos condicionamentos a que estão sujeitas por lei e to obras de urbanização, construção de novos neste Regulamento, fi cam especialmente subordinadas edifícios, obras hidráulicas, vias de comuni- aos seguintes casos: cação, aterros, escavações e destruição do co- a) Na faixa litoral não se permite a construção de berto vegetal. edifícios, a abertura de acessos e a passagem 4. Nas zonas de risco sujeitas a inundações são inter- de veículos, a extração e exploração de areias, ditas as seguintes atividades: o depósito de lixos, a alteração do relevo na- tural, a destruição de vegetação e quaisquer a) Habitação ligada ao uso do solo; outras ações comprometedoras da estabilida- de física e do equilíbrio ecológico, com exceção b) Indústria pesada e ligeira; das construções e estruturas de apoio às ati- c) Serviços/Terciário; vidades de pesca e de recreio;

d) Equipamentos sociais; b) Nos leitos dos cursos de água e suas margens, é proibida a destruição da vegetação ribeirinha, e) Turismo; exceto para prevenção do risco de propagação f) Recreio urbano e rural; de incêndios; a construção de edifícios e de infraestruturas e outras ações perturbadoras g) Comércio grossista e pequeno comércio; do escoamento das águas nos leitos normal e das cheias, com exceção dos equipamentos h) Extração mineira; e movidos pela energia hídrica, das represas e i) Pescas. barragens de regularização de curso e traba- lhos de irrigação autorizados pelas entidades 5. Nas zonas de risco sujeitas a inundações e caso competentes; e não existam alternativas na proximidade poderão ser autorizadas a construção de infraestruturas técnicas e c) Nas áreas de risco de erosão são proibidas ações in- atividades relacionadas com o recreio rural e urbano. dutoras da erosão do solo, ou o seu agravamento.

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Secção IV no terreno de qualquer tipo de efl uentes não Servidões tratados, num círculo cujo raio soma 200 m ao da menor circunferência concêntrica traçada Artigo 20º em torno das captações subterrâneas e nas- Servidões rodoviárias centes de água e que a todas inclua;

1. Os terrenos confi nantes com as infraestruturas ro- b) É interdita a construção ao longo duma faixa de doviárias são onerados com servidão non ædifi candi em 3m, medida para cada lado das condutas de faixas com as larguras abaixo indicadas, medidas para adução ou de adução/distribuição de água; cada lado da plataforma da via: c) É interdita a construção ao longo duma faixa de a) Via estruturante –100m; 1m, medida para cada lado das condutas de distribuição de água; b) Estrada nacional de 1ª classe –20m; d) É interdita, fora das áreas urbanas, a plantação de c) Estrada nacional de 2ª classe e estrada municipal árvores ao longo duma faixa de 10 m, medida de 1ª classe – 15m; para cada lado das condutas de água;

d) Estrada municipal de 2ª classe – 10m; e e) É interdita a abertura de furos particulares e) Estrada municipal de 3ª classe – 4,5m. numa faixa de 300 m de largura à volta dos furos públicos de captação de água; 2. Nas faixas non ædifi candi defi nidas no número anterior apenas são permitidos: f) Fora dos espaços urbanos é interdita a construção numa faixa de 200 m de largura defi nida a a) A construção de vedações de proteção sonora; partir dos limites exteriores dos reservatórios, estações de tratamento e respetivas áreas de b) A construção doutras vedações, facilmente des- ampliação; e montáveis; e g) Nas áreas urbanas, a largura da faixa mencio- c) Tratamentos paisagísticos. 6

3 nada na alínea anterior será defi nida caso a 1 1 0

0 3. Quando as vias referidas no número 1 atravessarem caso, de acordo com o arranjo dos espaços pú- 0

0 blicos exteriores. 0 áreas urbanas, as faixas non ædifi candi serão defi nidas 4 4

8 pelos regulamentos dos PDU e PD e, na sua ausência, 1 Artigo 23º por planos de alinhamento. Servidões da rede de energia elétrica Artigo 21º

Servidões aeroportuárias A instalação da rede de energia elétrica e o licencia- mento de novas construções na proximidade de linhas 1. É interdita a construção numa faixa de 100 m de elétricas já existentes, pautam-se pelas seguintes regras: largura em torno do perímetro das vias de aviação au- torizadas. a) É interdita a localização de linhas aéreas con- dutoras de energia elétrica sobre recintos es- 2. Na faixa de proteção referida no número anterior colares, parques infantis, estabelecimentos podem ser introduzidos tratamentos paisagísticos. hoteleiros de vocação turística, hospitais, cen- Artigo 22º tros de saúde e áreas de prática desportiva; e

Servidões da rede de captação, produção, adução e distribuição b) As linhas aéreas condutoras de energia elétrica de água potável respeitarão um afastamento mínimo de 2 m 1. A rede de água potável inclui: em relação a todos os elementos dos edifícios, nomeadamente coberturas, fachadas e ou- a) A sua captação; tros, acessórios ou decorativos.

b) A sua produção por dessalinização da água do mar; Artigo 24º

c) O seu depósito em reservatórios; e Servidões da rede de saneamento básico

d) A sua adução e distribuição. 1. A utilização de áreas afetas aos sistemas de dre- nagem e tratamento de águas residuais submete-se às 2. A utilização das áreas afetas aos sistemas de cap- seguintes regras: tação, dessalinização, depósito, adução e distribuição de água potável sofre os seguintes condicionamentos: a) É interdita a construção ao longo duma faixa de 1m, medida para cada lado do coletor de esgoto; a) É interdita a localização de currais e outras ins- talações poluentes, bem como o abeberamento b) É interdita a construção numa faixa de 100 m, de animais, o emprego de adubos e pesticidas, medida a partir da vedação das zonas desti- o depósito de lixos e a descarga ou infi ltração nadas à estação de tratamento de águas re-

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siduais (ETAR), e bem assim a abertura de CAPÍTULO III poços, furos ou a instalação de captações de água para rega ou consumo doméstico; Uso dominante do solo Artigo 28º c) É interdita, fora das áreas urbanas, a plantação Classes de espaços de árvores ao longo duma faixa de 10 m, me- dida para cada lado das condutas de águas 1. Por força do artigo 105º do Decreto-Lei nº43/2010 residuais ou recicladas; e de 27 de Setembro, o PDM adota obrigatoriamente a seguinte classifi cação dos espaços municipais: d) Nas áreas urbanas, a largura da faixa referida na alínea anterior será defi nida caso a caso, a) Espaços, canais e equipamentos: de acordo com o arranjo dos espaços públicos (i) Rodoviário; exteriores. (ii) Portos; 2. A utilização de áreas afetas às instalações de recolha e tratamento de resíduos sólidos submete-se às seguintes (iii) Aeroportos; e regras: (iv) Infraestruturas técnicas. a) É interdita a instalação de depósitos de recolha b) Áreas edifi cáveis: de lixos a menos de 400 m dos limites das áre- (i) Urbana estruturante; as urbanas e das unidades residenciais em zonas rurais; e (ii) Habitacional mista;

b) É interdita a abertura de poços, furos ou a insta- (iii) Habitacional; lação de captações de água para rega ou con- (iv) Aglomerado rural; sumo doméstico numa faixa de 400 m, medi- da a partir da vedação das referidas áreas. (v) Equipamentos sociais;

Artigo 25º (vi) Verde urbano; 6

3 (vii) De turismo; 1 Servidões marítimas 1 0 0

0 (viii) De atividades económicas; e 0

0 1. É interdita a edifi cação numa faixa de 80m de lar- 4 4

8 gura ao longo da orla costeira, medida a partir da linha (ix) Industrial. 1 máxima de preia-mar e águas vivas equinociais. c) Áreas não edifi cáveis: 2. A realização de obras, sempre precárias, na faixa (i) Agrícola exclusiva; referida no número anterior é precedida de parecer fa- vorável do Ministério competente. (ii) Agro-silvo-pastoril;

Artigo 26º (iii) Verde de proteção e enquadramento;

Zonas de proteção a nós e cruzamentos (iv) Florestal; (v) Costeira; Até à aprovação do respetivo projeto de execução, não é permitida qualquer edifi cação nas zonas de proteção aos (vi) De indústria extrativa; e nós assinalados na planta de ordenamento e defi nidas por (vii) De recreio rural. um círculo com um raio de 50m, com centro na interseção dos eixos das vias da rede municipal. 2. O uso dominante e outros usos compatíveis e incom- patíveis das diferentes classes de espaços, se encontram Artigo 27º defi nidos nos termos do disposto na Portaria nº 6/2011, Servidão militar de 24 de Janeiro. Artigo 29º 1. As servidões em zonas confi nantes com organizações ou instalações afetas à realização de operações militares Vinculação situacional classifi cam-se em servidões gerais e particulares. Não são desigualdades induzidas pelo PDM as restrições à possibilidade de utilização dum solo imanentes à sua 2. Consideram-se gerais as servidões em que o decreto especial situação fatual, como neste regulamento são que as institui não especifi ca os condicionamentos a que defi nidas. fi cam sujeitas essas áreas; e particulares quando forem especifi cadas as proibições ou restrições nas áreas de Artigo 30º servidão, de acordo com as exigências próprias da orga- Solos rurais e urbanos nização ou instalação militar em causa, medida em toda a extensão, a partir do perímetro da zona militar. Em conformidade com os artigos 88º e 89º do Decreto- Lei nº 43/2010, de 27 de Setembro, a qualifi cação dos 3. A edifi cação nestas áreas fi cará sujeita a parecer solos divide-os em rurais e urbanos, em função da sua prévio vinculativo da entidade com tutela. utilização dominante.

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Secção I inferior a 3 estrelas e ainda pousadas, não fracionáveis Dos solos rurais em propriedade horizontal, desde que respeitem as se- guintes regras: Artigo 31º Solo rural a) Localização em zonas de reduzido desenvolvi- mento turístico; 1. O solo rural compreende as classes de espaços pre- vistas nos números (i), (ii), (iv), (vii) da alínea c) do nº 1 b) Área mínima da propriedade, 5 hectares; do artigo 28º. c) Densidade máxima de ocupação; 12 camas por 2. O solo rural destina-se à produção agrícola, silvícola hectare, com um máximo de 160 camas; e pecuária; e às indústrias primárias domésticas ou d) Edifi cação concentrada, no caso de não se con- artesanais. cretizar num único edifício, deve garantir-se 3. Nenhuma das atividades referidas no número ante- a sua concentração numa área não superior a rior carece de autorização municipal. 15% da total; e Artigo 32º e) Número máximo de pisos, dois, podendo ser ul- Regime de edifi cação trapassado quando as caraterísticas morfoló- gicas dos terrenos e da paisagem o permitam, 1. Em princípio, é proibida a edifi cação em solo rural. o que deve ser justifi cado por peças escritas e 2. Não são proibidas as edifi cações isoladas, os es- desenhadas. tabelecimentos hoteleiros isolados, as edifi cações de Artigo 35º apoio, as obras de conservação, recuperação, alteração e ampliação de construções existentes, nos termos dos Edifi cações de apoio artigos seguintes. 1. As edifi cações de apoio não precárias carecem de Artigo 33º autorização municipal quando se justifi quem pela neces- sidade das explorações levadas a cabo nas propriedades Edifi cações isoladas onde se pretende erguê-las.

6 As edificações isoladas para fins habitacionais do 3

1 2. À Câmara Municipal cumpre fazer prova da inexis- 1 agricultor e pessoas da sua família ou outros usos as- 0 0 tência da necessidade de edifi cações de apoio requeridas, 0 sociados à exploração agrícola, pecuária ou fl orestal, 0 0

4 havendo deferimento tácito 60 dias após a data de entra-

4 incluindo-se neste conceito também pequenas unidades 8 1 de agro-indústria, industriais de primeira transformação, da do pedido da respetiva licença. ou ainda unidades turísticas rurais, estão sujeitas às Artigo 36º seguintes condições: Obras de conservação, alteração e ampliação de construções a) Integração numa exploração agrícola ou agro- existentes fl orestal; 1. Sem prejuízo dos regimes específi cos e das condicio- b) As edifi cações para fi ns habitacionais do agri- nantes legais em vigor, e independentemente do uso ante- cultor e de pessoas da sua família devem rior, são permitidas obras de recuperação e de ampliação destinar-se à residência dos próprios, uma de construções existentes, com uma estrutura edifi cada vez comprovado que não existem alternativas e volumetricamente defi nida, para fi ns de interesse pú- aceitáveis para a sua localização em solo ur- blico, designadamente a instalação de museus, centros bano e que não há outra construção habitável de exposições ou outros de natureza cultural; para o de- no interior da mesma exploração; senvolvimento do turismo em espaço rural ou turismo da natureza; para equipamentos sociais ou culturais de uso c) As infraestruturas são da responsabilidade do coletivo, públicos ou privados; para estabelecimentos de proprietário ou promotor; e restauração ou exercício doutras atividades compatíveis d) A edifi cação deve observar os seguintes parâmetros: com o solo rural; e para fi ns habitacionais. (i) Habitação: área máxima de construção acima 2. As obras de conservação, alteração e ampliação terão do solo, 500 m2; como fi nalidade assegurar a estabilidade, durabilidade, funcionamento e habitabilidade dos edifícios; e também a (ii) Outros usos: área máxima de construção acima de manter ou reabilitar o interesse histórico, tipológico e do solo, 2.500 m2; morfológico dos elementos mais signifi cativos, enquanto (iii) Cércea máxima: 7,5 m; e testemunhos das atividades e realizações humanas. (iv) Número máximo de pisos: dois totalmente 3. As obras referidas no número anterior devem ainda acima do solo. cumprir os seguintes requisitos: Artigo 34º a) Integração paisagística, quando se não trate de Estabelecimentos hoteleiros isolados zonas áridas ou sem relevo signifi cativo; São admitidos estabelecimentos hoteleiros isolados, b) Salvo acordo da Câmara Municipal, não aumentar classifi cados como hotéis e estalagens de categoria não o número de pisos pré-existentes;

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c) Adaptar ou criar infraestruturas através de sis- 4. À exceção do que se prescreve para o sistema ro- temas autónomos ambientalmente responsá- doviário, em que o dimensionamento das várias classes veis, se não for possível, em termos económi- de vias estabelecido nos POT deve ser adotado desde o cos, a ligação às redes públicas; início da sua execução, o dimensionamento mínimo da capacidade das restantes redes de infraestruturas deve d) Os critérios de edifi cação devem observar os pa- ser, em cada momento, aquele que se revele tecnicamente râmetros da alínea d) do artigo 33º; e sufi ciente para satisfazer as necessidades máximas, ain- e) Quando a pré-existência tenha área superior à da que pontuais, determinadas com referência à ocupação autorizada pela alínea anterior, prevalece humana do Concelho. esse valor de pré-existência como área limite. 5. Todas as redes subterrâneas previstas nos artigos Artigo 37º seguintes devem ser dotadas de túneis de acesso de modo a assegurar a facilidade e rapidez nas operações de ma- Equipamentos especiais nutenção, reparação e renovação. 1. Podem instalar-se em áreas rurais, nomeadamente Artigo 40º agrícolas, equipamentos especiais, não integráveis em espaços urbanos ou urbanizáveis, ou que justifi quem Redes de infraestruturas mesmo o seu afastamento daquelas, nomeadamente O PDM prevê e regula os seguintes sistemas de infra- cemitérios, instalações de telecomunicações, estações de estruturas: tratamento de águas e esgotos, estações de tratamento de resíduos sólidos, aterros sanitários, subestações elétricas, a) Sistema rodoviário; cuja implantação se efetua de acordo com a legislação b) Sistema de distribuição de energia elétrica e co- específi ca e em conformidade com o interesse público. municações; 2. O interesse público dos equipamentos previstos c) Sistema de produção e distribuição de água potável; deverá ser reconhecido pela Assembleia Municipal, sob proposta da Câmara Municipal, havendo deferimento d) Sistema de saneamento e aproveitamento de tácito no prazo de 60 dias a contar da data do respetivo águas residuais; e requerimento. 6 e) Sistema de recolha de resíduos sólidos. 3 1 1

0 Artigo 38º Subsecção II 0 0 0

0 Atividades interditas Sistema rodoviário 4 4 8 1 Nos espaços agrícolas são interditas: Artigo 41º Descrição do sistema a) A instalação de lixeiras; 1. O sistema rodoviário do Concelho consiste na rede b) A instalação de indústrias ou atividades não li- viária existente à data do início da vigência deste Regu- gadas à agricultura, silvicultura e pecuária; lamento, nas vias planeadas pelos respetivos POT para c) A exploração de inertes, exceto nas zonas defi ni- as ZDTI que regulam e nas que ora são previstas. das para tal; e 2. A rede viária do Concelho compõe-se, por conseguinte, d) A descarga direta ou indireta de águas residuais das seguintes classes de vias: nas linhas de água e de drenagem natural. a) Via estruturante; Secção I b) Vias principais, que formam com a via estrutu- Espaços canais e equipamento rante a rede viária primária; Subsecção I c) Vias secundárias e vias de acesso local, que for- Disposições comuns mam as redes viárias secundárias e locais;

Artigo 39º d) Vias de acesso público às praias previstas nos POT; e Disposições comuns e) Vias de acesso condicionado. 1. Para efeitos deste Regulamento, as redes de infraes- 3. Para além das classes de vias que se indicam no nº 2, os truturas previstas para o território municipal da Boavista PDU e PD podem eventualmente prever outras, sujeitas dividem-se em “primárias” e “secundárias ou locais”, aos traçados e dimensionamentos ditados pelas especifi - consoante sejam de transporte ou de distribuição local. cidades de cada empreendimento. 2. Em regra, o traçado ou localização das redes primárias Artigo 42º de infraestruturas e, bem assim, as caraterísticas técnicas Via estruturante gerais dessas redes, são defi nidos no PDM. 1. A via estruturante é um meio de comunicação ter- 3. Por seu turno, e em regra, o traçado ou localização restre asfaltado, destinado apenas a tráfego motorizado, das redes secundárias de infraestruturas é defi nido em articulada por rotundas com as redes primária e de ligação, PDU ou PD, de acordo com as opções de desenho urbano, assegurando simultaneamente uma conexão direta do e com as orientações do PDM. aeroporto às ZDTI e da Cidade de Porto Inglês ao porto.

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2. A via estruturante está vocacionada para dispor de 4. O traçado das redes viárias secundárias e locais, duas faixas de rodagem em cada sentido, separadas por que abrangem as vias secundárias e as vias de acesso elementos físicos. local, defi nido em PDU ou PD, de acordo com as opções de desenho urbano de cada unidade. 3. A via poderá inicialmente ter apenas uma faixa de rodagem em cada sentido, separadas por elementos físi- Artigo 45º cos, mas o processo de aquisição das áreas necessárias Orientação paisagística geral à sua construção levará em conta o disposto no número anterior. Todas as classes de vias previstas no PDM podem incluir faixas ajardinadas intercaladas entre os dois sen- 4. A transição para as duas faixas em cada sentido tidos das faixas de rodagem e entre estas e os passeios, far-se-á eventualmente por troços, quando a previsível não relevando tais faixas para a determinação do perfi l carga de utentes a justifi que, de tal modo que nunca se transversal defi nido para cada classe de via. verifi que uma situação de excesso de carga para a via. Subsecção III 5. As rotundas de articulação da via estruturante com outras terão um raio mínimo equivalente à largura da Sistema viário urbano e rural via mais larga. Artigo 46º

6. Os perfi s-tipo das vias constam do Anexo I. Âmbito

7. O traçado da via estruturante consta de II-4 – Modelo As infraestruturas viárias urbanas e rurais são o con- de Acessibilidades – Rede Viária Proposta. junto de vias com funções predominantes de circulação interna dos aglomerados, não integráveis em nenhuma Artigo 43º das categorias de rodovias previstas na seção anterior.

Rede rodoviária primária Artigo 47º

1. As vias principais, que formam a rede rodoviária Vias urbanas primária, são, além da via estruturante, as fundamentais 1. Vias urbanas são os arruamentos dos espaços urba- 6 da circulação interna dentro do Concelho, a partir das 3 1

1 quais se articulam as vias secundárias, de acesso local e nos e urbanizáveis. 0 0

0 as vias de acesso público à praia. 0

0 2. Os PDU e PD devem classifi car as vias urbanas em 4 4

8 primárias, vias de distribuição e vias de acesso, fi cando

1 2. O traçado das vias principais consta II-4 – Modelo de Acessibilidades – Rede Viária Proposta, sem prejuízo a sua construção e retifi cação sujeitas aos seguintes do disposto no número seguinte. condicionamentos:

3. Excecional e fundamentadamente, pode o traçado de a) Vias urbanas primárias: uma determinada via principal ser alterado em PDU e PD. (i) Largura mínima da faixa de rodagem: 7m; 4. A articulação das vias principais com as vias secun- (ii) Largura desejável da faixa de rodagem:10,5m; dárias e de acesso local deve ser feita por rotundas, com um raio mínimo equivalente à largura da via mais larga. (iii) Estacionamento exterior à faixa de rodagem; e

5. As vias principais devem ter dois sentidos com pas- (iv) De ambos os lados da faixa de rodagem, se- seios laterais dotados de uma largura mínima de 2,00 m, rão feitos passeios pavimentados, de largura a executar de acordo com o perfi l transversal previsto no variável em função do tipo de utilização do lo- Plano dos perfi s-tipo das vias em Anexo I. teamento, desejavelmente de 2 m, mas nunca inferior a 1,5m. Artigo 44º

Redes secundárias e locais b) Vias urbanas de distribuição:

1. As redes rodoviárias secundárias e locais abrangem (i) Largura mínima da faixa de rodagem: 6 m, dois tipos de vias, que diferem nos valores mínimos dos exceto nas vias das áreas industriais, onde requisitos que o PDM para elas defi ne: será de 7m;

a) As vias secundárias; e (ii) Largura desejável da faixa de rodagem:7 m;

b) As vias de acesso local. (iii) Estacionamento integrado nas faixas de ro- dagem, preferencialmente apenas numa das 2. Designam-se “vias secundárias” as que permitem vias; e a ligação rodoviária entre dois ou mais pontos da rede viária primária. (iv) De ambos os lados da faixa de rodagem, se- rão feitos passeios pavimentados, de largura 3. Designam-se “vias de acesso local” as que, dentro de variável em função do tipo de utilização do lo- cada Unidade Operativa de Planeamento e Gestão, se li- teamento, desejavelmente de 2 m, mas nunca mitam a servir especifi camente o acesso aos aglomerados. inferior a 1,5 m.

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c) Vias urbanas de acesso: uso doméstico ou hoteleiro, seja para produção, principal ou complementar, de energia elétrica pelo seu fornecedor (i) Largura mínima da faixa de rodagem: 4,8 m; ou consumidor.

(ii) Largura desejável da faixa de rodagem:7 m; Artigo 50º

(iii) Estacionamento exterior à faixa de rodagem; e Descrição do sistema

(iv) De ambos os lados da faixa de rodagem, se- 1. O sistema de transporte e distribuição de energia rão feitos passeios pavimentados, de largura elétrica no Concelho consiste na rede de transporte que variável em função do tipo de utilização do lo- liga a subestação prevista para a zona a Sul do Aeroporto teamento, desejavelmente de 2 m, mas nunca Internacional da Boavista, às subestações programadas inferior a 1,5 m. ou a programar pela concessionária e estas aos postos de transformação e redes de distribuição interna dos d) As faixas elementares de rodagem não terão me- aglomerados urbanos e das ZDTI. nos de 3 m; 2. O transporte de energia elétrica desde a fonte exte- e) Nos espaços urbanizáveis para fi ns industriais rior até aos pontos de interligação com as redes internas e comerciais, as faixas destinadas a parque- faz-se por linha aérea em Média Tensão, que passa a ser amento longitudinal às vias de distribuição subterrânea a partir desses pontos até à sua ligação às deverão ter uma largura mínima de 3 m; redes locais, onde se procede à sua conversão em Baixa Tensão através de Postos de Transformação. f) Nos espaços urbanizáveis para fi ns industriais e comerciais, o raio de concordância das vias 3. O sistema de transporte e distribuição de energia não poderá ser inferior a 15 m; e elétrica previsto no PDM compõe-se, por conseguinte, das seguintes redes: g) Nos restantes espaços, o raio de concordância das vias não será inferior a 8 m. a) Rede de transporte aéreo em média tensão; e

Artigo 38º b) Ramais principais. 6

3 Artigo 51º

1 Vias rurais 1 0 0 Rede de transporte aéreo em Média Tensão 0

0 1. Vias rurais são estradas e caminhos do Concelho não 0 4

4 integrados nos espaços urbanos e urbanizáveis. 8 1. A rede de transporte por cabo aéreo assegura o for- 1 necimento de energia elétrica em Média Tensão à rede de 2. O dimensionamento das vias rurais é defi nido pelos distribuição primária, através de pontos de interligação. seguintes parâmetros: 2. O traçado da rede de transporte aéreo em Média (i) Faixa mínima de rodagem: 4 m; Tensão e os respetivos ramais é o que consta de II-5- (ii) Bermas e valetas, no mínimo, 0,5 m para cada Carta Geral de Infraestruturas. lado do eixo da via; e Artigo 52º (iii) Faixa adjacente: 10 m para cada lado do eixo Rede de distribuição primária da via. 1. As redes de distribuição primária asseguram a dis- Subsecção IV tribuição local de energia elétrica em Média Tensão aos Postos de transformação de onde parte a distribuição Sistema de transporte de energia e comunicações domiciliária. Artigo 49º 2. A rede de distribuição primária utiliza unicamente Orientação geral sobre a utilização energética no Concelho percursos subterrâneos nas ZDTI e nas novas áreas de expansão, devendo prever-se o seu enterramento de for- 1. A Câmara Municipal da Boavista obriga-se a promover ma progressiva nas zonas consolidadas. junto das entidades competentes a extensão faseada da rede pública de distribuição de energia elétrica à totali- Artigo 53º dade do Concelho. Redes de distribuição domiciliárias ou locais

2. É pressuposto do PDM que o sistema de produção 1. As redes de distribuição domiciliárias ou locais de energia elétrica tenha a capacidade sufi ciente para, asseguram o fornecimento de energia elétrica em Baixa sempre e em cada momento, satisfazer as necessidades tensão no âmbito dos empreendimentos urbanos, com- máximas, ainda que pontuais, determinadas com re- preendendo os Postos de Transformação que se revelem ferência à ocupação edifi cada, então existente, do solo necessários. concelhio. 2. O traçado das redes de distribuição domiciliárias ou 3. A Câmara Municipal da Boavista atribui um elevado locais e, bem assim, a localização dos respetivos Postos valor à utilização de energias renováveis – vg solar, eó- de Transformação, deverá ser defi nido em PD, de acordo lica, hidrodinâmica - seja para aquecimento de águas de com as respetivas ações de desenho urbano.

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Artigo 54º Artigo 56º

Redes de comunicações Produção de água potável

1. As redes de comunicações devem utilizar condutas 1. A água para consumo humano no Concelho deve ser subterrâneas que permitam a instalação de cabo de fi bra produzida por dessalinização da água do mar processada ótica ou cabo coaxial, admitindo-se, numa fase inicial da em ETA, com tratamento potalizador adequado. execução do PDM, que os empreendimentos instalem e utilizem redes via rádio (GSM). 2. Os pontos de captação da água do mar serão fi xados em projeto específi co. 2. A rede de comunicações compõe-se de uma rede primária e várias redes secundárias ou locais, consoante 3. O sistema de produção e distribuição de água potável sirvam a generalidade dos aglomerados urbanos, ZDTI e deve possuir a capacidade de produção sufi ciente para, UOPG, (seguidamente designados unidades) ou apenas sempre e em cada momento, satisfazer as necessidades um empreendimento urbano em particular. máximas, ainda que pontuais, determinadas com refe- 3. O traçado da rede de comunicações primária deve rência à ocupação humana do Concelho. coincidir com o traçado da rede primária de distribuição Artigo 57º de energia elétrica e o que consta do Esquema geral das redes de infraestruturas – Energia e Comunicações, sem Reservatório principal prejuízo do disposto no número seguinte. A água deve ser bombeada e transportada, por condutas 4. Aplica-se, no que respeita a possíveis alterações no de transporte, até aos reservatórios principais. traçado da rede de comunicações primária, o disposto no Artigo 58º número 2 do artigo 52º. Rede de adução 5. O traçado das redes de comunicações secundárias ou locais deve coincidir com o traçado das redes secundárias 1. A rede de adução consiste no sistema de condutas de distribuição de energia elétrica, tal como defi nido em adutoras que asseguram: PD, de acordo com as respetivas oções de desenho urbano. a) O transporte de água potável, por gravidade, Subsecção V desde o reservatório principal até aos reser- 6

3 Sistema de produção e distribuição de água potável 1 vatórios intermédios que alimentam as redes 1 0 0 Artigo 55º principais; 0 0 0

4 Descrição do sistema 4

8 b) O transporte de água potável, por gravidade, desde 1 1. O sistema de produção e distribuição de água potável os reservatórios intermédios até aos nós de ligação consiste na articulação da unidade de produção, que com a rede de distribuição primária. compreende a captação, dessalinização e tratamento subsequente da água, com a rede de adução, com os re- 2. O traçado das condutas adutoras em toda a sua servatórios de acumulação e com as redes de distribuição extensão consta de II-5 Carta Geral de Infraestruturas primária e secundária. e Redes. 2. A água potável, uma vez disponibilizada pelas Artigo 59º Estações de Tratamento de Água (ETA) e armazenada Reservatórios intermédios em reservatório principal, é encaminhada por gravida- de através de uma conduta adutora que a leva para os A água potável, antes de ser introduzida, por gravi- diversos reservatórios intermédios, a partir dos quais é dade, na rede de distribuição primária, é acumulada em aduzida por gravidade para a rede de distribuição pri- reservatórios intermédios, instalados em terreno com mária e, daí, para as redes de distribuição secundárias. cota de elevação intermédia em relação àquela rede e ao reservatório principal a que se ligam. 3. Para obter um grau elevado de fi abilidade no forneci- mento de água potável às redes de distribuição secundárias Artigo 60º ou locais, deverão ser previstos circuitos alternativos Rede de distribuição primária de transporte e distribuição, através da introdução, em determinados pontos da rede de adução, de válvulas de 1. A rede de distribuição primária assegura o trans- seccionamento. porte de água potável desde os nós de ligação com a rede 4. O sistema de produção e distribuição de água po- adutora até aos nós de ligação com as redes de distribuição tável previsto no PDM compõe-se, por conseguinte, dos secundárias. seguintes equipamentos e redes: 2. O traçado da rede de distribuição primária deve a) Produção de água potável; acompanhar, em regra, o traçado das vias principais e é o que consta do Esquema geral das redes de infraestru- b) Reservatório principal; turas – Abastecimento de água, sem prejuízo do disposto c) Rede de adução ou de distribuição primária; e no número seguinte. d) Redes de distribuição secundárias. 3. Aplica-se, no que respeita a possíveis alterações no 5. Todas as redes de distribuição de água potável, in- traçado da rede de distribuição primária, o disposto no cluindo a rede de adução, devem ser subterrâneas. número 2 do artigo 52º.

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Artigo 61º Artigo 65º

Redes de distribuição secundárias ou locais Águas pluviais 1. As redes de distribuição secundárias ou locais as- As águas pluviais devem ser drenadas para o sistema seguram o fornecimento de água potável no interior das de saneamento, através de sumidouros devidamente povoações, UOPG e ZDTI. sifonados para evitar a propagação de odores, e conse- 2. O traçado das redes de distribuição secundárias ou quentemente encaminhadas para as ETAR juntamente locais deve ser defi nido em PD, de acordo com as respe- com as águas residuais. tivas oções de desenho urbano. Artigo 66º

Subsecção VI Tratamento de águas residuais Sistema de saneamento, tratamento e aproveitamento de águas residuais 1. O sistema de tratamento de águas residuais previsto no PDM determina a construção de quatro ETAR, capazes Artigo 62º de assegurar um tratamento terciário dos efl uentes que Descrição do sistema permitam a utilização para regas para regas. 1. O sistema de saneamento e aproveitamento de 2. As ETAR devem localizar-se nos termos da II-5 Carta água reciclada consiste na articulação dos seguintes Geral de Infraestruturas e Redes. subsistemas: 3. As ETAR devem possuir a capacidade de tratamento a) Recolha, condução e ETAR de águas residuais; sufi ciente para, sempre e em cada momento, satisfazer, b) Tratamento de águas residuais e armazenagem pelo menos, os escoamentos máximos de águas residu- de água reciclada; e ais, ainda que pontuais, determinados com referência à ocupação humana do Concelho. c) Distribuição de água reciclada, para utilização em regas. 4. Cada ETAR deve possuir um reservatório anexo para armazenagem de água reciclada, a partir do qual essa 2. As águas residuais são drenadas, desde a origem até água seja bombeada para a rede de distribuição primária às ETAR, por intermédio de redes de recolha secundária de águas de rega, a defi nir em projeto específi co.

6 e primária. 3 1

1 Subsecção VII 0

0 3. O sistema de saneamento e aproveitamento de água 0

0 Sistema de recolha de resíduos sólidos 0 reciclada previsto no PDM compõe-se, por conseguinte, 4 4 8 pelos seguintes equipamentos e redes: 1 Artigo 67º

a) Rede de recolha primária; e Descrição do sistema b) Redes de recolha secundárias ou locais. 1. O sistema de recolha de resíduos sólidos previsto 4. Todas as redes de saneamento e de distribuição de para o Concelho consiste no serviço público de recolha, água reciclada devem ser subterrâneas. articulado com a recolha local, realizada com base em pontos de interface. Artigo 63º Rede de recolha primária 2. O sistema prevê a recolha separativa interna ou local dos resíduos, à sua separação e deposição em pontos de 1. A rede de recolha primária consiste num sistema de interface, onde tais resíduos são posteriormente recolhi- coletores que assegura a drenagem de águas residuais dos e encaminhados para o destino fi nal pela entidade desde os nós de ligação com as redes de recolha secun- a quem incumba este serviço público, designadamente dárias ou locais até às ETAR, a fi m de serem recicladas. o Município. 2. O traçado da rede de saneamento primária deve 3. O sistema de recolha de resíduos sólidos previsto no acompanhar, em regra, a rede viária primária e consta PDM compõe-se, por conseguinte, dos seguintes equipa- da II-5 Carta Geral de Infraestruturas e Redes, sem mentos e redes: prejuízo do disposto no número seguinte. a) Pontos de interface; 3. Aplica-se o disposto no número 2 do artigo 52º no que respeita a possíveis alterações no traçado da rede de b) Rede de recolha pública; e saneamento primária. c) Tratamento e deposição de resíduos. Artigo 64º Artigo 68º Rede de recolha secundária Pontos de interface 1. As redes de recolha secundárias ou asseguram a drenagem das águas residuais no interior das povoações, 1. O PDM aponta a instalação de pontos de interface UOPG e ZDTI, encaminhando-as para a rede de recolha entre a recolha local e a pública fi nal de resíduos sólidos. primária, através de nós de ligação. 2. Os pontos de interface são constituídos por conten- 2. O traçado das redes de recolha secundárias deve tores com a capacidade unitária de referência de 30 m3, ser defi nido em PUD ou PD, de acordo com as respetivas dotados de tampas amovíveis, tanto para os resíduos oções de desenho urbano. indiferenciados como para os resíduos separados.

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3. Os contentores a que se refere o número anterior Artigo 72º devem fi car situados numa plataforma inferior para que Condições gerais de edifi cação os veículos de recolha local possam descarregar os seus resíduos, encontrando-se estes veículos numa plataforma 1. São critérios gerais de edifi cação: superior com 3,5 m de altura. a) Qualquer construção ligar-se-á às redes públicas de água e saneamento se existirem a uma dis- 4. Na implantação dos pontos de interface, deve ser tância não superior a 100 m; prestada especial atenção à impermeabilização do solo e ao seu enquadramento paisagístico, de forma a prevenir b) Quando as redes estiverem instaladas a distância prejuízos ambientais e visuais. superior a 100 m, cabe à Câmara Municipal decidir sobre a obrigatoriedade de ligação em 5. A localização dos pontos de interface que devam função do disposto para cada classe de espaço, do instalar-se no território do Concelho consta da II-5 Carta tipo de empreendimento, das condições obje- Geral de Infraestruturas e Redes. tivas da zona e ainda das caraterísticas hi- drogeológicas do terreno; 6. Os pontos de interface devem possuir, em número de contentores, a capacidade sufi ciente para, sempre e c) Todas as infraestruturas a construir pelos reque- em cada momento, satisfazer as deposições máximas de rentes fi carão preparadas para a ligação às resíduos sólidos, ainda que pontuais, determinados com redes públicas existentes ou futuras; referência à ocupação humana do Concelho. d) O afastamento dos edifícios habitacionais relati- Artigo 69º vamente ao eixo das vias deverá ser em prin- cípio de 10 m, salvo as exceções consagradas Rede de recolha pública nos respetivos PDU e PD, e o máximo de 30 m nos espaços agrícolas; e 1. A rede principal de recolha pública consiste na or- ganização, a cargo da entidade pública ou concessionária e) O loteamento e construções isoladas obrigatoria- competente, da recolha dos resíduos depositados nos mente ligadas a redes públicas de saneamen- pontos de interface, para seu posterior transporte para to, na inexistência destas, estão dependentes o destino fi nal. da programação municipal da sua instalação, 6 3

1 salvo as exceções legais. 1 0

0 2. O armazenamento e o destino dos resíduos recicláveis 0

0 2. As operações de loteamento só podem ter lugar nas

0 e bem assim a localização e construção de aterros para 4

4 áreas urbanos, designadamente áreas consolidadas e de 8 a deposição de resíduos indiferenciados serão defi nidos 1 em projeto específi co. expansão, delimitadas na Planta de Ordenamento.

Secção II 3. Fora dos espaços urbanos e urbanizáveis, a edifi ca- ção em solo rural rege-se essencialmente pelo presente Áreas edifi cáveis regulamento.

Subsecção I 4. Nos espaços urbanos e urbanizáveis apenas é ad- mitida a instalação de indústrias compatíveis com o uso Regime geral das áreas edifi cáveis habitacional, nos termos da legislação aplicável e deste Artigo 70º Regulamento. Artigo 73º Caraterização Habitação As áreas edifi cáveis compreendem as seguintes categorias: 1. Nas zonas habitacionais e mistas é possível instalar a) Area Urbana Estruturante; outras atividades, desde que se não mostrem incompatí- veis com o seu uso dominante. b) Area Urbana Habitacional Mista; 2. As atividades incompatíveis nas zonas habitacionais c) Area Habitacional; e mistas, constam da lei e da relação seguinte:

d) Equipamentos sociais; a) Quando produzam ruídos, fumos, cheiros, resí- duos e, de um modo geral, quando prejudi- e) De Turismo; quem as condições de salubridade;

f) De Atividades económicas; e b) Quando perturbem o trânsito ou o estacionamento de viaturas, nomeadamente com cargas e descargas, g) Industrial. ou com incomportável tráfego de pesados;

Artigo 71º c) Quando acarretem riscos de incêndio ou explosão; e Perímetros urbanos d) A armazenagem de produtos tóxicos não farma- Os perímetros urbanos assinalados na Planta de Or- cêuticos ou outros que, pela sua perigosidade, denamento são defi nidos pelo conjunto das categorias de possam pôr em risco os espaços urbanos en- espaço descritas no artigo anterior. volventes.

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3. As atividades por lei sujeitas a autorização de mais efi cazes em matéria de segurança, proteção do meio instalação são também apreciadas pelos critérios dos ambiente, recuperação de gases e controlo das descargas pontos anteriores, podendo a Câmara Municipal proibir de efl uentes líquidos. a instalação de qualquer atividade e cancelar a respetiva Artigo 79º licença de utilização. Alinhamentos e cérceas Artigo 74º

Atividade comercial 1. Nas áreas de construção com precedentes constru- tivos dotados de acessos existentes, como arruamentos, 1. Os pisos destinados a serviços públicos de atendi- estradas ou caminhos municipais, e para as quais não mento popular, estabelecimentos comerciais ou armazéns existam planos específi cos de ordenamento, as edifi cações em prédios de habitação são exclusivamente o rés-do-chão a licenciar observarão o existente alinhamento das fa- ou a cave até ao limite do perímetro de implantação. chadas.

2. A construção de edifícios destinados a serviços públi- 2. Os andares recuados não poderão exceder a cércea cos de atendimento popular, estabelecimentos comerciais a estabelecer em cada caso pelas regras específi cas de ou armazéns observará as regras de estacionamento do cada zona edifi cável. artigo 88º deste Regulamento. 3. É permitido o aproveitamento de vãos de telhado, 3. Não se integram no conceito de estabelecimento cuja cobertura não exceda a inclinação dum plano de 30° comercial, para os efeitos deste Regulamento, os con- (trinta graus) que passe pela interseção da fachada com sultórios ou escritórios de profi ssões liberais exercidas a laje do teto do último piso. individualmente ou em associação; e as sedes, agências ou escritórios de entidades comerciais ou outras que se Artigo 80º não destinem ao atendimento popular. Empenas 4. Sem embargo do estabelecido no número anterior, as atividades aí previstas devem, sempre que possível, As empenas de novos edifícios e as de edifícios exis- ocupar edifícios especialmente construídos ou adatáveis tentes acrescentados serão revestidas com o material para instalação do setor terciário. usado na fachada principal ou com outro de boa quali- 6

3 dade, assegurando uma correta integração urbanística 1 1

0 Artigo 75º

0 e paisagística na sua área envolvente. 0 0

0 Unidades comerciais de dimensão relevante

4 Artigo 81º 4 8 1 O licenciamento de unidades comerciais de dimensão Profundidade das construções e ocupação dos lotes relevante, cujo requerimento será instruído por relatório justifi cativo, depende do cumprimento da legislação apli- 1. Nos edifícios existentes sujeitos a obras de conser- cável e da avaliação do seu interesse local pela Câmara vação ou reestruturação será permitida a manutenção Municipal. da profundidade existente.

Artigo 76º 2. A profundidade das novas construções de duas Indústrias e armazéns frentes não poderá exceder 16 m medidos entre os ali- nhamentos das fachadas opostas, contando para o efeito 1. A localização das unidades industriais não artesa- qualquer saliência relativamente aos planos das fachadas, nais e de armazenagem, com as exceções consagradas no com exceção de varandas ou galerias autorizadas sobre presente Regulamento, é limitada aos locais indicados na terreno público. Planta de Ordenamento. 3. Excetuam-se do disposto número 2 as caves e os 2. Não são permitidas a reconstrução, ampliação ou re- rés-do-chão, com uso não habitacional, de edifícios mul- novação de estabelecimentos anteriormente localizados em tifamiliares, que não poderão ultrapassar os limites do zonas residenciais, desde que se não mostrem incompa- perímetro de implantação. tíveis com o seu uso dominante nos termos do artigo 73º. Artigo 77º 4. Não é permitida a ocupação integral do lote com construções, mesmo em cave, estabelecendo-se o limite Estações de serviço e ofi cinas de veículos automóveis máximo de 70% da área do lote, exceto quando a sua As estações de serviço e as ofi cinas de reparação de profundidade não exceda 20 m e sejam respeitadas as veículos automóveis não poderão ser instaladas onde condições de salubridade dos prédios vizinhos. causem manifesto agravo (i) às habitações ou outras ativi- dades próximas no que diz respeito ao ruído, comodidade, 5. Em casos especiais poderá ser autorizada a ocu- segurança e salubridade; e (ii) à fl uidez do trânsito, por pação integral do lote, desde que sejam respeitadas as insufi ciência dos respetivos acessos. condições de salubridade dos prédios vizinhos e este se veja rodeado por espaço livre público que, adicionado ao Artigo 78º lote, corresponda a uma relação de 70% entre as áreas Postos de abastecimento de combustível ocupada e livre. Na instalação de postos de abastecimento de combus- 6. As construções isoladas deverão prever um afas- tível, é obrigatória a adoção das medidas tecnológicas tamento mínimo de 3 metros até ao limite do lote, não

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sendo aceitáveis situações de interioridade, alinhamentos Artigo 85º e afastamentos de fachadas dissonantes dos existentes Afastamentos ou dos previsíveis por força da confi guração do terreno, a menos que exista um estudo de enquadramento na área 1. Os afastamentos frontais, lateral ou posteriores são envolvente justifi cador da pretensão. os estabelecidos e neste PDM e nos PDU e PD.

Artigo 82º 2. Nos casos em que se pretenda edifi car anexos não Caves contíguos à construção principal, a distância entre os pla- nos das fachadas mais próximas destes edifícios deverá 1. A permissão da construção de caves depende de ser igual ou superior a 3 m. estudo técnico demonstrativo da sua viabilidade. Artigo 86º 2. Nos edifícios de utilização mista, terciária ou indus- Tratamento paisagístico trial, as caves destinam-se exclusivamente a estaciona- mento de viaturas, áreas técnicas, arquivos, arrecada- 1. Nos termos dos respetivos PDU ou PD, poderão ser ções, instalações para conservação de bens perecíveis e criadas zonas verdes envolventes dos edifícios, designa- casas-fortes. damente para os enquadrar na paisagem.

3. Excetuam-se do disposto no número 2: 2. A execução de zonas verdes, de acordo com o fi m a que se destinam, é da responsabilidade das entidades a) Nos estabelecimentos hoteleiros, outros usos au- seguintes: torizados pela Direção Geral de Turismo ou outra entidade competente, sem prejuízo das a) Da Câmara Municipal, a estrutura verde princi- superfícies exigidas para estacionamento pri- pal, o corredor verde e as zonas verdes equi- vativo do edifício; padas são da responsabilidade;

b) Nos estabelecimentos hospitalares, laboratórios b) Do promotor, as áreas verdes de enquadramento e instituições de investigação, a manipulação e as áreas exteriores dos lotes são da respon- de materiais que justifi quem a sua instalação sabilidade; e 6 3

1 em cave; e 1 0

0 c) Dos respetivos proprietários, as áreas verdes in- 0

0 c) Os edifícios de uso exclusivamente terciário, os 0 teriores aos lotes. 4 4

8 grandes espaços, para reuniões ou outros fi ns, 1 quando apenas em cave seja possível locali- 3. Os percursos pedonais públicos serão faseadamente zá-los, sem prejuízo das superfícies exigidas arborizados na totalidade da sua extensão. para o estacionamento privativo do edifício. 4. Os espaços públicos, especialmente os de recreio Artigo 83º e lazer, deverão conter áreas arborizadas, dotadas de equipamentos e mobiliário urbano, designadamente para Acessos lazer e recreio infantil. Em área urbana, é obrigatório o acesso à via pública Artigo 87º de todas as edifi cações. Acessibilidade dos espaços públicos Artigo 74º Os edifícios, vias e espaços públicos, de qualquer na- Anexos tureza, serão construídos ou adaptados (neste caso, no 1. Os anexos, entendidos como dependências cobertas, prazo máximo de 5 anos) de modo a permitir o normal não incorporadas no edifício principal e destinadas ao acesso de pessoas com mobilidade condicionada, exceto uso complementar das habitações, localizados em lotes se as respetivas obras forem de difícil execução, reque- de habitação uni e plurifamiliar, não podem exceder, rerem meios fi nanceiros desproporcionados ou afetarem respetivamente, as áreas de 50 m2 e 25 m2 por fogo, sem sensivelmente o património cultural. nunca ultrapassar 10% da área total do lote. Artigo 88º

2. Os anexos em logradouros de lotes para habitação Estacionamento terão um só piso acima do nível deles e um pé direito máximo de 2,3 m. 1. É obrigatória a criação dentro dos lotes de lugares de estacionamento para viaturas, na quantidade sufi ciente 3. Os anexos que se destinem a atividades artesanais para responder à necessidades dos moradores, com os poderão constituir exceções às alíneas precedentes, desde seguintes valores mínimos: que não existam as incompatibilidades referidas no 73º e estejam de acordo com a lei. a) Habitação uni- e plurifamiliar: um lugar/fogo;

4. A Câmara Municipal poderá abrir exceções envolven- b) Salas de espetáculo e outros locais de reunião: do coletividades e associações de reconhecido interesse um lugar/20 lugares sentados ou 5 luga- vicinal, público, ou de assistência social. res/100 m2 de área bruta de construção;

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c) Hotéis e unidades análogas: um lugar/5 quartos 2. É interdita a colocação de meios publicitários em de hóspedes, exceto se diferentemente estabe- coberturas. lecido em POT; 3. São permitidos anúncios em estabelecimentos comerciais, d) Restaurantes, comércio e serviços: um lugar/25 contidos no plano das fachadas onde são colocados. m2 de área bruta de construção, exceto se di- ferentemente estabelecido em POT; e Subsecção II e) Indústria e armazenagem: 15% da área coberta, Urbana estruturante devendo prever-se, no interior da parcela, área Artigo 90º para carga e descarga de veículos pesados e para o seu estacionamento, a determinar ca- Índice geral de edifi cabilidade em zonas urbanas suisticamente, em função do tipo de atividade a instalar, com respeito pelo disposto na alí- Em todas as áreas urbanas, sejam consolidadas, sejam nea e) do nº 2 do artigo 47º. de expansão, vigora o índice de edifi cabilidade de 30%, com as exceções que forem admitidas neste Regulamento. 2. A instalação de escolas de condução, estabelecimentos de aluguer de veículos sem condutor, pavilhões de venda Artigo 91º de automóveis e ofi cinas de reparação depende da exis- Malhas urbanas consolidadas tência de áreas de estacionamento no interior do lote para o número de viaturas licenciadas ou em reparação, 1. Os espaços urbanos consolidados, delimitados na que serão, no mínimo, de 5 lugares para as escolas de Planta de Ordenamento são constituídos por malhas condução e 10 para os restantes casos. urbanas existentes com ocupação edifi cada consistente, dispondo de infraestruturas urbanísticas, de equipa- 3. Para o cálculo da área de estacionamento necessária mentos e serviços que garantem um papel polarizador para veículos ligeiros deverá ter-se em conta uma área ao território. bruta mínima: a) De 15 m2 por lugar de estacionamento à superfí- 2. A ocupação dos espaços urbanos consolidados é cie não edifi cada; e predominantemente mista, podendo, além de habitação, 6 3

1 integrar funções, como atividades terciárias, indústria 1 0

0 b) De 25 m2 por lugar em estrutura edifi cada, abai- ou turismo. 0 0

0 xo ou acima do solo. 4 4

8 3. Nas malhas urbanas consolidadas têm relevo os es- 1 4. Para o cálculo da área de estacionamento necessária paços históricos, correspondentes a áreas especialmente para veículos pesados deverá ter-se em conta uma área importantes sob o ponto de vista histórico, cultural e bruta mínima: ambiental do Concelho, integrando edifícios ou conjuntos a) De 75 m2 por lugar de estacionamento à superfí- de especial interesse urbanístico e arquitetónico, pelo cie não edifi cada; e que deverão ser mantidas as caraterísticas urbanísticas das malhas e preservados os traços arquitetónicos dos b) De 130 m2 por lugar em estrutura edifi cada, edifícios de maior interesse. abaixo ou acima do solo. Artigo 92º 5. Nas unidades comerciais de dimensão relevante, é obrigatória a existência de áreas de estacionamento no Edifi cação nas áreas históricas interior da parcela cuja dimensão será defi nida por estudo 1. As construções novas, reconstruções e ampliações específi co submetido pelo promotor. nos edifícios existentes nas áreas urbanas históricas de- Artigo 89º verão sujeitar-se a planos ou regulamentos de ocupação e usos específi cos. Publicidade

1. A instalação de meios publicitários em local visível 2. Na ausência de tais planos ou regulamentos, vigoram nos lugares públicos está sujeita ao licenciamento da as seguintes regras: Câmara Municipal, que será denegado nos termos do a) Demolição de edifícios existentes – a demolição regulamento municipal e ainda nos seguintes casos: para substituição de edifício existente apenas a) Quando prejudicar a circulação de viaturas ou será realizada: pedestre, designadamente de defi cientes; (i) Depois de licenciada a nova construção para b) Quando afetar a segurança de pessoas ou coisas, o local; causar-lhes danos ou prejuízos de qualquer natureza e motivar ofensas morais aos des- (ii) Quando o edifício existente ponha em risco a tinatários; ou segurança de pessoas e bens ou ameace ruína iminente; e c) Quando contiver disposições, formatos ou cores que possam confundir-se com os da sinalização (iii) Quando o edifício for considerado justifi ca- do tráfego. damente de manutenção inconveniente.

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b) A nova edifi cação a erigir deverá integrar-se de c) As tipologias admitidas serão a construção iso- forma harmoniosa no conjunto existente, res- lada, geminada, em banda ou de apartamen- peitando a morfologia e volumetria da zona tos em regime de propriedade horizontal, de envolvente; e acordo com o predominante na zona ou, caso não exista predominância, em função do pedi- c) Admite-se a instalação de atividades terciárias, do do promotor; turismo e artesanato desde que seja respeitada a volumetria da zona envolvente. d) O índice máximo de implantação será de 0,6;

Artigo 93º e) Altura máxima das construções exclusivamente Indústria nas áreas urbanas consolidadas habitacionais é de 9 m e a cércea máxima, para todos os usos, de 3 pisos; Nas áreas urbanas consolidadas é permitida a insta- lação de indústrias domésticas ou artesanais, com obser- f) Serão permitidas altura máxima e cércea superio- vância do disposto no número 2 do artigo 73º. res em prédios de apartamentos em proprieda- de horizontal e em prédios para usos não habi- Artigo 94º tacionais, mediante aprovação municipal; Áreas de expansão g) No caso de habitações devidamente licenciadas, As áreas de expansão defi nem o crescimento dos núcleos existentes numa só parcela correspondente a urbanos, criando áreas residenciais e mistas dotadas dos um único artigo cadastral, será permitida a necessários equipamentos coletivos e infraestruturas. constituição de tantos lotes quantas as habi- tações existentes, mesmo que com área infe- Artigo 95º rior ao mínimo referido na alínea a) do pre- Indústria nas Áreas de Expansão sente artigo; e

Nas Áreas de Expansão é permitida a instalação de h) Não será permitido, nos casos mencionados na unidades industriais não poluentes, nem ruidosas, nem alínea anterior, o aumento da área de cons- lidando com materiais perigosos para a saúde e segu- trução, exceto nos casos em que o lote resul-

6 rança da população, compatíveis com o uso habitacional

3 tante tenha área igual ou superior a 200 m² e 1

1 e armazéns que não gerem movimentações de cargas e 0 a área de construção existente seja inferior ao 0

0 descargas que impeçam a livre circulação nas vias que

0 máximo admitido. 0 4

4 os servem. 8

1 Subsecção IV Subsecção III Area habitacional Habitacional mista Artigo 99º Artigo 96º Caracterização Noção 1. As áreas habitacionais são constituídas pelos períme- Nas zonas habitacionais mistas convivem espaços re- tros urbanos consolidados e áreas de expansão defi nidos sidenciais com outros de utilização diferente, nos termos nas respetivas UOPG. da lei e deste Regulamento.

Artigo 97º 2. São constituídos por espaços em que o uso dominante é o habitacional embora sejam compatíveis outros usos, Identifi cação legalmente estabelecidos.

Sem prejuízo da fl exibilidade necessária à compaginação Artigo 100º do PDM com a evolução sócio-económica do Concelho, todas as zonas urbanas são mistas. Regime de Edifi cabilidade

Artigo 98º O regime de edifi cabilidade aplicável é o da UOPG em que se insere o aglomerado em meio rural. Regime de edifi cabilidade Subsecção V 1. O regime de edifi cabilidade aplicável é o da UOPG em que se insere a zona habitacional mista. Equipamentos sociais 2. A construção, reconstrução e ampliação de edifícios Artigo 101º bem como os loteamentos nas áreas habitacionais mistas Caraterização fi cam sujeitas aos condicionamentos seguintes: 1. Constituem equipamentos sociais, cujas localizações a) É interdita a instalação de indústria poluente, são indicadas na Planta de Ordenamento: recreio rural, comércio grossista, uso agrícola/ fl orestal, extrações mineiras e pescas; a) Os edifícios onde se instalem:

b) Lote mínimo de 200 m², com exceção de Lotes de- (i) Serviços públicos das administrações central correntes da elaboração de Plano Detalhado; e municipal;

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(ii) Serviços de utilidade pública de âmbito na- Subsecção VI cional, municipal ou comunitário; De turismo

(iii) Serviços culturais; e Artigo 103º (iv) Centros de acolhimento de crianças, velhos, Zonas de Desenvolvimento Turístico Integrado doentes e desvalidos. As áreas municipais de vocação turística por lei defi ni- b) Os espaços comunitários destinados a: das como ZDTI regem-se pela lei e pelos respetivos POT.

(i) Prática de desporto; e Artigo 104º Áreas com aptidão turística situadas fora de ZDTI (ii) Fruição e lazer. 1. Em PDU e PD será defi nido o regime das áreas 2. Os espaços requeridos pelos equipamentos sociais com aptidão turística situadas fora de ZDTI, seguindo, deverão se defi nidos em projetos específi cos e podem ser sempre que possível, critério de ordenamento compatível adquiridos pelo município mediante expropriação ou com os POT. permuta nos termos da lei, ou compensação, tal como disciplinada neste Regulamento e nos dos instrumentos 2. As áreas turísticas destinam-se a uma ocupação urbanísticos a jusante do PDM. hoteleira e de empreendimentos turísticos, com fi ns habi- tacionais, comerciais e de lazer, podendo integrar outros Artigo 102º usos compatíveis tais como, a indústria não poluente Regime de Edifi cabilidade (vg atividades artesanais como a olaria, latoaria, ofi cina têxtil), serviços/terciário, equipamentos sociais, recreio 1. Nos espaços destinados a equipamento social é urbano, marítimo e rural, comércio, infraestruturas permitido o uso habitacional, recreio urbano, pequeno técnicas, uso agrícola/fl orestal e pescas. comércio e infraestruturas técnicas. 3. O objetivo da constituição desta classe de espaços 2. A construção, reconstrução e ampliação de edifícios é proporcionar novas condições para o aproveitamento bem como os loteamentos nos equipamentos sociais fi cam de áreas diferenciadas do ponto de vista das suas cara- 6

3 sujeitas aos condicionamentos seguintes: terísticas naturais. 1 1 0 0

0 a) É interdita a instalação de indústria poluente e 4. Fora das áreas turísticas, serão permitidas ativida- 0 0

4 não poluente, serviços/terciário, turismo, re- 4 des de caráter ambiental, rural, habitacional, de monta- 8 1 creio rural, comércio grossista, uso agrícola/ nha, ou outras, em todas as classes de espaço. fl orestal, extrações mineiras e pescas; Artigo 105º

b) O índice máximo de construção deverá ser defi - Condicionalismos das Áreas Turísticas fora das ZDTI nido nesses Planos; 1. Nestes espaços é obrigatória a realização de um PD, c) As áreas destinadas a espaços verdes serão as totalmente custeado pelos promotores. previstas nas Áreas Dotacionais Mínimas de- terminadas pela lei; 2. A Câmara Municipal é obrigada a fornecer, ou a promover o fornecimento, de energia elétrica, o abasteci- d) A altura máxima das edifi cações destinadas a mento de água potável e o tratamento de esgotos às áreas equipamentos será de 12 m; e turísticas situadas fora das ZDTI, uma vez aprovado o PD a que se refere o nº 1. e) Plantação de cortina verde na extrema do lote, sempre que não prejudique o funcionamento Artigo 106º do equipamento. Regime de Edifi cabilidade

3. As construções nos espaços para equipamentos so- 1. Até à realização e aprovação do PD, estes espaços fi - ciais regem-se pelos regulamentos próprios da sua área cam sujeitos ao regime das áreas em que estão integrados. e pelos parâmetros seguintes: 2. O regime de edificabilidade a observar nos PD a) O número de lugares de estacionamento deverá sujeita-se aos seguintes condicionalismos: ser proporcional à sua utilização, de acordo com critérios a defi nir para cada caso pela a) É interdita a instalação de indústria poluente e Câmara Municipal ou, de acordo com a legis- extrações mineiras; lação em vigor para cada uso; b) O índice de utilização será de 0,20 acrescido da b) Deverá ser garantida a fl uidez de tráfego de área necessária para equipamentos de apoio acordo com estudos de tráfego a elaborar, social e coletivos de uso público e infraestru- aprovados pela Câmara Municipal, para cada turas técnicas que a Câmara Municipal consi- intervenção; e dere de interesse para o Concelho;

c) As infraestruturas ou o seu eventual reforço fi carão a c) A altura máxima das construções é de 6,5 m ou 2 cargo dos promotores. pisos, com exceção de unidades hoteleiras, de

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instalações técnicas especiais, silos ou depó- g) Garantidos os alinhamentos estabelecidos pelas sitos de água, ou de aproveitamento de pré- construções existentes, ou que venham a ser existências; e fi xados pela Câmara Municipal; d) No caso de unidades hoteleiras, a altura máxima h) Obrigatória, em todas as obras de construção, será de 20 m ou 6 pisos. reconstrução e ampliação, a ligação às redes públicas de esgotos e abastecimento de água; Subsecção VII

Atividades económicas i) Obrigatório o pré - tratamento dos efl uentes para que possam ser lançados na rede pública sem Artigo 107º prejudicar o seu normal funcionamento; Caraterização j) Os lugares de estacionamento, a defi nir de acor- 1. Os espaços para atividades económicas não in- do com os parâmetros mínimos constantes do dustriais e que, pela sua natureza, não exijam uma artigo 92º ou os que decorram da elaboração localização especial, podem inserir-se nas zonas habita- de Planos de Desenvolvimento Urbano ou cionais e nas zonas habitacionais mistas, desde que se Detalhado, deverão ser garantidos dentro do não revistam de perigosidade ou vizinhança incómoda, lote; e como vêm defi nidas neste Regulamento, casos em que a sua localização só será autorizada em áreas de vocação k) As manobras de carga e descarga deverão ser industrial ou específi ca. efetuadas dentro do lote. Subsecção VIII 2. A Câmara Municipal fomentará a localização em espaços habitacionais e mistos dos estabelecimentos Indústria comerciais e de serviços cuja proximidade melhore a Artigo 109º comodidade dos residentes. Caraterização 3. As áreas de atividades económicas são constituídas predominantemente por serviços, comércio grossista e de 1. Os espaços industriais estão especialmente vo- retalho, grandes superfícies comerciais e por indústria cacionados para instalação de atividades económicas, 6 3

1 designadamente:

1 não poluente, ou espaços para a concentração e contenção 0 0 desse uso nos perímetros urbanos. 0

0 a) As plataformas logísticas para a indústria tu- 0 4

4 rística; 8 4. As áreas de atividades económicas podem integrar 1 ainda outras funções, como recreio urbano, infraestru- b) As plataformas logísticas para o porto de mar; e turas técnicas, uso agrícola e pescas. c) Os parques industriais para: Artigo 108º

Regime de Edifi cabilidade (i) Produção, manufatura ou fabrico; À exceção das áreas industrial e de plataformas lo- (ii) Manutenção e reparação de máquinas, equi- gísticas, cujo regime de edifi cabilidade estão defi nidos pamentos, viaturas e bens de capital ou de nas respetivas UOPG, a construção, a reconstrução e a consumo; e ampliação de edifícios nas áreas de atividades económicas (iii) Armazenagem, embalagem e distribuição. fi cam sujeitas aos condicionamentos seguintes: 2. Os espaços referidos nas alíneas a) e b) do número a) Nestes espaços, é interdita a edifi cação para fi ns precedente sujeitam-se ao regime das respetivas UOPG, habitacionais (ligada ao uso do solo), indústria sendo os da alínea c) obrigatoriamente objeto de PD ou poluente, equipamentos sociais, turismo, re- de Loteamento Municipal. creio rural, uso fl orestal e extrações mineiras; 3. Uma vez constituídos no Concelho os espaços in- b) Índice de utilização de 0,5; dustriais, as novas indústrias, ofi cinas e armazéns que c) Lote mínimo de 500 m²; procurem instalar-se devem ser encaminhados para eles, a menos que o seu objeto ou razões ponderosas e d) Altura máxima das construções de 7 m e 2 pi- justifi cadas o inibam. sos, com exceção de instalações técnicas es- peciais, silos ou depósitos de água e centros Artigo 110º comerciais ou outras que, pela sua natureza, Regime de Edifi cabilidade requeiram maiores alturas de pá direito; Excetuando as áreas cujo regime de edifi cabilidade está e) Altura máxima dos centros comerciais 14 m e 3 estipulado em UOPG, o regime dos espaços industriais pisos; carateriza-se por: f) Máximo de 1 unidade funcional por lote ou parcela, a) Interdição da edifi cação para fi ns habitacionais exceto nos parques ou centros de unidades (ligada ao uso do solo), equipamentos sociais, comerciais de grande superfície, autorizados turismo, recreio urbano e rural, uso agrícola/ casuisticamente; fl orestal e extrações mineiras;

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b) O índice de utilização do lote ou parcela é de 0,5; 2. As áreas não edifi cáveis subdividem-se, consoante o uso dominante, e o grau de proteção, nas categorias c) As áreas não impermeabilizadas destinadas a seguintes, delimitadas na planta de condicionamento: espaços verdes serão de pelo menos 20% da área total do Plano ou Loteamento e dos lotes a) Agrícola exclusiva consiste em espaços rurais ou parcelas; em que domina uma agricultura cuja produ- tividade se revelou sufi ciente para estabilizar d) A altura máxima das edifi cações será de 7 m sal- o uso agrícola; vo em casos de instalações especiais devida- mente justifi cadas; e b) Agro-silvo-pastoril é a categoria atribuída aos espaços rurais em que o uso agrícola do solo e) Será prevista nas áreas destinadas a indústria constitui uma oção com pouca valia económi- e para a Estação de Tratamento de Resíduos ca devido às caraterísticas pedológicas. Pelo Industriais a plantação de cortina verde na que estas áreas têm sido ocupadas com fl ores- extrema do lote, sempre que não prejudique o tações ou têm mantido um aproveitamento funcionamento do equipamento. dominantemente silvo-pastoril;

Subsecção IX c) Verde de proteção e de enquadramento, constitu- ídas por espaços com valor paisagístico, am- Zonas agrícolas intensivas biental ou cultural existente nos perímetros Artigo 111º urbanos ou fora deles, constituindo faixas de proteção a vias, a zonas industriais ou a ou- Atividades agroindustriais e pecuárias tros usos com impacto sufi ciente para justifi - O crescimento da indústria turística induz o aumento car a amenização criada por estas áreas; da procura de produtos alimentares, vegetais e animais, d) Florestal, são espaços onde predomina a ocupa- pelo que o PDM atribui a maior importância ao desen- ção fl orestal e também os ermos: áreas atu- volvimento das agroindústrias e da pecuária em zonas almente sem ocupação rural, denominadas rurais, fornecedoras locais de produtos que doutro modo incultas, com solos muito pobres, declives ex- serão importados, com perda da criação de valor acres- cessivos, presença de afl oramentos rochosos e 6 3

1 centado no Concelho. acentuada secura; 1 0 0

0 Artigo 112º

0 e) Orla marítima é uma faixa de 80 m de largu- 0 4

4 ra ao longo da orla costeira, medida a partir 8 Regime da agro-indústria e pecuária 1 da linha máxima de preia-mar e águas vivas 1. É livre a criação de agroindústrias e explorações equinociais; pecuárias em áreas rurais, com sujeição a licenciamen- f) De indústrias extrativas consiste em minas, ex- to municipal em função das regras deste Regulamento, tração de hidrocarbonetos, recolha de inertes designadamente os artigos 31º e seguintes. e similares; e 2. A Câmara Municipal encorajará o estabelecimento g) De recreio rural são espaços associados à fruição de unidades produtivas agroindustriais e pecuárias, de valores naturais, culturais, e paisagísticos, praticando um licenciamento muito sumário e célere onde se admite a diversidade e complementa- e reduzindo as taxas municipais aos mínimos que a lei ridade de usos ligados a atividade de recreio permita. e lazer. 3. Nas instalações pecuárias deverá prever-se a es- Artigo 114º tabulação do gado, ou a sua manutenção em parque de Agrícola exclusiva retém, bem como assegurar-se o adequado tratamento Caraterização dos efl uentes gerados. 1. Os espaços de agricultura exclusiva estão defi nidos Secção V no Plano de Ordenamento e têm por objeto a preservação Áreas não edifi cáveis e o desenvolvimento da estrutura de produção agrícola e do coberto vegetal. Subsecção I 2. Sem embargo do princípio da não edifi cabilidade, os Regime geral das áreas não edifi cáveis espaços agrícolas exclusivo consentem áreas de edifi cação Artigo 113º dispersa, nos termos deste Regulamento. Artigo 115º Caraterização Condicionalismos das áreas Agrícolas exclusivas 1. A não edifi cabilidade, além da proteção humana e São interditos nos espaços de agricultura exclusiva os ambiental em zonas de risco e dos interesses coletivos nas seguintes atos e atividades: servidões administrativas, tem também como objetivo a preservação do património rural, fl orestal e costeiro a) Instalações industriais ou para atividades não articulando-o com as caraterísticas da produção agrícola especifi camente ligadas à agricultura, à ex- e do coberto vegetal. ploração fl orestal ou dos recursos naturais;

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b) Serviços, equipamentos sociais, pequeno comér- b) O índice de Implantação máximo é de 0,05; e cio e grossista; c) Sistemas autónomos de abastecimento de água c) Recreio urbano e rural; e de esgotos, de acordo com a legislação em vigor e com as normas técnicas estabelecidas d) Destruição da camada arável do solo; pela Câmara Municipal, exceto quando exis- e) Instalação de parques de sucata, nitreiras, depó- tirem redes públicas a menos de 100m de um sitos de materiais e estaleiros de construção; dos limites da parcela, caso em que a ligação às redes públicas é obrigatória. f) Expansão ou abertura de explorações de inertes; e Subsecção III Verde de proteção e enquadramento g) Prática de campismo ou de caravanismo. Artigo 120º Artigo 116º Espaços naturais, áreas de proteção e valorização Regime de Edifi cabilidade 1. Os espaços naturais abrangem linhas de água, afl o- Nas áreas agrícolas exclusivas é interdita a edifi cação ramentos rochosos e áreas com riscos de erosão elevados não prevista nos artigos 31º e seguintes. e muito elevados e também as áreas classifi cadas. Artigo 117º 2. Os espaços naturais protegem a qualidade ambiental, Identifi cação o revestimento fl orestal e o equilíbrio biofísico. Constituem zonas de reserva agrícola exclusiva as 3. As áreas de proteção e de valorização, sem prejuízo do identifi cadas na Planta de Ordenamento. que diferentemente disponham os Planos de Ordenamento Turístico das ZDTI, abrangem as assinaladas na Planta de Subsecção II Condicionantes, incluindo faixas de 20 m para cada lado das Agro-silvo-pastoril linhas de água referenciadas na mesma planta. Artigo 118º 4. Nas áreas de proteção e valorização, com exceção Caraterização das ameaçadas pelas cheias e de proteção de linhas de 6 3 1

1 água, poderão ser licenciados pela Câmara Municipal 0

0 1. As zonas adequadas à exploração agro-silvo-pastoril usos rurais não agressivos do ambiente e a edifi cação 0

0 estão identifi cadas na Planta de Ordenamento. 0

4 para fi ns culturais, desportivos e de lazer, em regime 4 8

1 2. As explorações rurais tendem a cobrir o máximo de de muito baixa densidade, como se disporá com base em atividades consentâneo com a natureza do lugar, o que o projetos especiais. PDM encoraja, sobretudo numa perspetiva de compati- 5. A reconstrução, alteração e ampliação de edifícios bilização do aparelho produtivo local com o aumento da existentes destinados à habitação e comércio, sujeitam-se procura de produtos primários. à disciplina do presente regulamento. Artigo 119º Artigo 121º

Regime de edifi cabilidade Espaços culturais 1. Os usos permitidos são os referidos nos artigos 31º e 1. Sem correspondência expressa com as classes de- seguintes, indústria não poluente, equipamentos sociais, fi nidas no número 1 do artigo 105º do Decreto-Lei, os recreio rural, pequeno comércio, infraestruturas técnicas, espaços culturais integram áreas com vocação recreativa uso agrícola/fl orestal. e cultural, dotadas de elementos do património construído 2. São interditos os seguintes atos e atividades: com interesse e subsumem-se analogicamente às áreas verdes de proteção e enquadramento. a) Indústria poluente; 2. Os espaços culturais, rurais ou urbanos, têm como b) Serviços/Terciário; objetivo a preservação dos sistemas naturais e da qua- lidade do meio ambiente, da paisagem não árida e a c) Turismo, exceto o consentido no artigo 34º; valorização do património cultural. d) Recreio urbano; Artigo 122º e) Comércio grossista; e Atividades interditas f) Extrações mineiras. Nos espaços verdes de proteção e enquadramento são interditas ações que prejudiquem os seus objetivos, 3. Nos espaços agro-silvo-pastoris observar-se-ão os nomeadamente: parâmetros da alínea d) do artigo 33º e ainda os seguintes: a) A instalação de qualquer indústria transformadora; a) A área mínima da parcela para que seja permiti- e da a edifi cação de habitação (ligada ao uso do solo) é de 1.000 m² e é de 600 m² para que seja b) A instalação de parques de sucata, lixeiras, ni- permitida a edifi cação de outras construções treiras e de depósitos de materiais de cons- de apoio à atividade agrícola; trução ou de combustíveis.

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Artigo 123º c) Serviços; Verde urbano d) Equipamentos sociais; Os espaços verdes urbanos consistem em parques e e) Turismo; jardins, de utilização pública, e de zonas de proteção, utilizáveis ou não pelo público. f) Recreio urbano;

Artigo 124º g) Comércio grossista e pequeno comércio; Regime das áreas de verde urbano h) Uso agrícola; Os espaços destinados a verde urbano podem ser adqui- i) Destruição da camada arável do solo; ridos pelo município mediante expropriação ou permuta nos termos da lei, ou compensação, tal como disciplinada j) Instalação de parques de sucata, nitreiras, depó- neste Regulamento e nos dos instrumentos urbanísticos sitos de materiais e estaleiros de construção; a jusante do PDM. e

Subsecção IV k) Expansão ou abertura de exploração de inertes.

Florestal Artigo 128º

Artigo 125º Regime excecional de edifi cabilidade

Categorias de Espaços Florestais 1. Apenas será permitida a implantação de habitação quando justifi cadamente ligada ao uso do solo e de acordo 1. Os espaços fl orestais são compostos pelas áreas do com os parâmetros defi nidos no número seguinte, que se Concelho em que predominam a fl oresta densa e a fl oresta aplicam também às obras de alteração, benefi ciação ou de produção. ampliação de habitações existentes. 2. Os espaços fl orestais são constituídos também por 2. Os usos e a edifi cabilidade nos espaços fl orestais ermos: áreas sem ocupação rural, onde dominam os estão sujeitos às condições seguintes: solos pobres e delgados, declives excessivos, afl oramen- 6 3 1

1 tos rochosos, de recursos hídricos reduzidos, mas com a) A área de construção máxima permitida em par- 0 0 celas com área inferior a 5 ha é de 150 m²; 0 potencialidade técnica de recuperação para a ocupação 0 0

4 predominantemente fl orestal. 4

8 b) A área de construção máxima permitida em par- 1 3. Os espaços a que se refere o número 2 são de inter- celas com área igual ou superior a 5 ha e infe- venção prioritária, no sentido da recuperação dos solos rior a 15 ha é de 300 m²; e plantação de espécies fl orestais. c) O índice de implantação máximo permitido é de Artigo 126º 0,02 para parcelas com área igual ou superior a 15 ha; Áreas fl orestais de proteção d) O índice referido na alínea a) poderá ser exce- As áreas fl orestais de proteção abrangem (i) zonas com dido quando se tratar de uma ampliação de elevados riscos de erosão, que devem ser reconvertidas uma construção existente, casos em que será para uso fl orestal com funções predominante protetoras, permitida a ampliação da construção, desde (ii) ou áreas arborizadas existentes. que não exceda 50% da área da construção Artigo 127º existente; Condicionalismos dos Espaços Florestais e) A altura máxima das construções é de 7 m, não podendo exceder 2 pisos; poderá ser autorizada 1. São permitidas novas plantações com valor econó- altura superior, quando se tratar de equipa- mico ou ornamental e fl orestações com espécies de valor mentos técnicos e for devidamente justifi cado; e forrageiro para fomento da pecuária. f) Na falta de fornecimento público, são autoriza- 2. São igualmente permitidas instalações técnicas para dos sistemas autónomos de abastecimento de produção de energias renováveis. água e de esgotos, de acordo com a legislação 3. Os usos permitidos são recreio rural, infraestruturas em vigor e com as normas técnicas estabeleci- técnicas e uso fl orestal. das pela Câmara Municipal. Subsecção V 4. São interditos os seguintes atos e atividades: Orla marítima a) Habitação, com as exceções consagradas neste Regulamento; Artigo 129º Regime b) Instalações de qualquer natureza não especial- mente ligadas à exploração fl orestal ou dos Aplicam-se as normas do artigo 25º relativamente às recursos naturais; servidões marítimas.

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Subsecção VI c) Serviços;

Indústria extrativa d) Recreio urbano; e Artigo 130º e) Comércio grossista e extração de inertes. Caraterização e regime CAPÍTULO IV 1. As zonas de instalação de indústrias extrativas estão defi nidas na Planta de Ordenamento. Execução urbanística 2. Nas zonas onde estejam instaladas indústrias Secção I extrativas, como minas, extração de hidrocarbonetos, Disposições gerais recolha de inertes e similares não são permitidas outras construções além das requeridas pela respetiva explora- Artigo 134º ção, podendo incluir armazéns, escritórios e residências Níveis de planeamento temporárias para quem nelas trabalha. 1. O planeamento urbanístico do espaço do Município Artigo 131º da Boavista conforma-se com as disposições do Decreto- Exploração de inertes Lei e os instrumentos que ele consagra, nomeadamente a jusante do PDM, a saber: São objeto de licenciamento pela entidade defi nida na lei todas as explorações de inertes, de acordo com os a) Plano de Desenvolvimento Urbano; e seguintes parâmetros: b) Plano Detalhado. a) A implantação de indústrias extrativas apenas se autoriza fora dos aglomerados urbanos; 2. A organização do espaço do Município da Boavista no quadro deste PDM desdobra-se pelos seguintes pata- b) O pedido de licenciamento é obrigatoriamente mares de intervenção: instruído com planos de tratamento paisagís- tico; e a) Conjunto do território municipal; c) O requerente prestará caução para a efetivação b) As classes de espaços; 6

3 do plano de recuperação paisagística e assu- 1

1 c) As Unidades Operativas de Planeamento e Gestão; 0 mirá contratualmente a responsabilidade de 0 0

0 reparar as redes viárias municipais que fi -

0 d) Operações urbanísticas; e 4 4

8 quem danifi cadas pelo transporte do material 1 da exploração. e) Programas e projetos específi cos. Artigo 132º 3. Na elaboração dos instrumentos de planeamento Localização a jusante e nos diferentes patamares de intervenção urbanística, deve promover-se, sempre que possível, Sem prejuízo da abertura de novas indústrias extra- a articulação do empreendimento que se projeta com tivas em locais onde se mostrem viáveis, nos termos os empreendimentos já existentes ou com aqueles que da lei, e observado o disposto na alínea c) do artigo tenham projetos aprovados. 38º,constituem nesta data áreas da sua localização as defi nidas na Planta de Ordenamento. Artigo 135º Subsecção VII Unidade Operativa de Planeamento e Gestão De recreio rural Considera-se Unidade Operativa de Planeamento e Artigo 133º Gestão – UOPG – uma área de intervenção demarcando o espaço de execução dum programa de ações e de aplicação Noção de normas de utilização do solo, delimitada.

1. Constituem áreas de recreio rural as tradicional- Artigo 136º mente afetas a festejos e lazer das populações rurais e bem assim os percursos reservados a ambulação não Unidades ambientais motorizada e as áreas destinadas à prática de desportos As unidades ambientais constantes de I-6 consistem não agressivos do ambiente rural, sendo admissível a em áreas defi nida pelo PDM para caraterização e orien- edifi cação absolutamente necessária à sua efi ciência. tação das atividades produtivas e uso do solo que nelas 2. As mobilizações de terreno serão reduzidas ao míni- se pretenda realizar. mo indispensável, sendo preservada ao máximo possível a Secção II cobertura da vegetação existente no local, especialmente Unidade operativa de planeamento e gestão - índices e parâ- a arbórea. metros urbanísticos

3. Nestes espaços, são interditos os seguintes usos e Artigo 137º atividades: Âmbito das Unidade Operativa de Planeamento e Gestão a) Habitação; 1. O PDM cria UOPG para a totalidade dos espaços b) Indústria; urbanos e urbanizáveis do Concelho.

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2. Cada UOPG é defi nida no âmbito dum núcleo ou agru- Artigo 141º pamento de núcleos e respetivas áreas de expansão, fi xando Índices urbanísticos os parâmetros específi cos a considerar em cada uma. São índices urbanísticos: 3. Cada núcleo ou agrupamento de núcleos a defi nir de- verá ser objeto de PDU específi co, o qual poderá redefi nir a) Índice geral de utilização bruto — 0,30; a UOPG fi xada em sede de PDM, respeitando, porém, a disciplina do artigo 81º e do número seguinte. a) Índice máximo bruto pontual de utilização – 1,00; 4. O regime do artigo 81º admite a adoção de índices b) Número máximo de pisos - dois ou 6,5 metros de locais superiores, visando a instalação de equipamentos cércea; desportivos, culturais, religiosos e congéneres, associados c) Usos — habitação; misto; comércio, serviços e ou não a espaços verdes urbanos. equipamento social e público; e Subsecção I d) Tipologia — edifícios em banda ou isolados. Unidade operativa de planeamento e gestão 1, Artigo 142º Artigo 138º Utilização das redes Localização É obrigatória a ligação às redes públicas de infraes- A localização da UOPG 1, Rabil consta do Anexo II ao truturas. presente Regulamento. Subsecção I Artigo 139º Operativa de planeamento e gestão 2, Estância de Baixo Programa para a área consolidada Artigo 143º O programa para a área consolidada consiste em: Localização a) Preenchimento preferencial dos vazios da malha urbana com ocupações de uso misto ou ter- A localização da UOPG 2, Estância de Baixo consta do Anexo III ao presente Regulamento.

6 ciário, designadamente com vista à inclusão 3 1

1 de equipamentos e serviços, devendo as cons- 0 Artigo 144º 0

0 truções habitacionais corresponder preferen- 0

0 Programa para a área consolidada 4 temente à consolidação da ocupação humana 4 8

1 actual; O programa para a área consolidada consiste em: b) Compatibilização dos usos tendo em conta as zo- a) Preenchimento preferencial dos vazios da malha nas de risco e proteção e os valores naturais urbana com ocupações de uso misto ou ter- em presença; ciário, designadamente com vista à inclusão c) Melhoramento da rede viária e criação de pas- de equipamentos e serviços de proximidade, seios sempre que possível; devendo as construções habitacionais corres- ponder preferentemente à consolidação da d) Criação de espaços públicos tratados e equipa- ocupação humana actual; dos com mobiliário urbano; e b) Compatibilização dos usos tendo em conta as zo- e) Criação de espaços de estacionamento público. nas de risco e proteção e os valores naturais Artigo 140º em presença; Programa para a área de expansão c) Melhoramento da rede viária e criação de pas- O programa para a área de expansão visa: seios sempre que possível; a) Desenvolvimento urbano com ocupações de uso d) Criação de espaços públicos tratados e equipados habitacional misto e terciário, prevendo a in- com mobiliário urbano; e clusão de equipamentos e serviços de proxi- e) Criação de espaços de estacionamento público. midade e de incidência nuclear e sub-nuclear; Artigo 145º b) Compatibilização dos usos tendo em conta as zo- nas de risco e proteção e os valores naturais Programa para a área de expansão em presença; O programa para a área de expansão consiste em: c) Articulação da rede viária principal com a área a) Desenvolvimento urbano com ocupações de uso ha- consolidada do Rabil e com a Estância de bitacional misto e terciário, prevendo a inclusão Baixo; de equipamentos e serviços de proximidade; d) Criação de espaços públicos tratados e equipa- b) Compatibilização dos usos tendo em conta as zo- dos com mobiliário urbano; e nas de risco e proteção e os valores naturais e) Criação de espaços de estacionamento público. em presença;

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c) Articulação da rede viária principal com a área Artigo 150º de expansão do Rabil; Programa para a área de expansão

d) Criação de espaços públicos tratados e equipa- O programa para a área de expansão consiste em: dos com mobiliário urbano; e a) Desenvolvimento urbano com ocupações de uso e) Criação de espaços de estacionamento público. habitacional misto e terciário, prevendo a in- Artigo 146º clusão de equipamentos e serviços de proxi- midade e de ordem sub-nuclear e nuclear; Índices urbanísticos b) Compatibilização dos usos tendo em conta as zo- São índices urbanísticos: nas de risco e proteção e os valores naturais em presença; a) Índice geral de utilização bruto — 0,30; c) Articulação da rede viária principal com a via b) Índice máximo bruto pontual de utilização – 1,00; estruturante e com a via de acesso à ZDTI de Morro de Areia; c) Número máximo de pisos - dois ou 6,5 metros de cércea; d) Criação de espaços públicos tratados e equipa- dos com mobiliário urbano; e d) Usos — habitação; misto; comércio, serviços e equipamento social e público; e e) Criação de espaços de estacionamento público. e) Tipologia — edifícios em banda, geminados ou Artigo 151º isolados. Índices urbanísticos Artigo 147º São índices urbanísticos: Utilização das redes a) Índice geral de utilização bruto – 0,30; É obrigatória a ligação às redes públicas de infraes- 6

3 b) Índice máximo bruto pontual de utilização – 1,00; 1

1 truturas. 0 0 0

0 Subsecção III c) Número máximo de pisos - dois ou 6,5 metros de 0 4

4 cércea; 8

1 Unidade Operativa de Planeamento e Gestão 3, Povoação Velha d) Usos – habitação; misto; comércio, serviços e equipamento social e público; e Artigo 148º

Localização e) Tipologia – edifícios em banda, geminados ou isolados. Artigo 152º A localização da UOPG 3, Povoação Velha consta do Anexo IV ao presente Regulamento. Utilização das redes

Artigo 149º É obrigatória a ligação às redes públicas de infraes- truturas. Programa para a área consolidada Subsecção IV O programa para a área consolidada consiste em: Unidade Operativa de Planeamento e Gestão 4, João Galego a) Preenchimento preferencial dos vazios da malha Artigo 153º urbana com ocupações de uso misto ou terci- ário, designadamente com vista à inclusão de Localização equipamentos e serviços de proximidade e de ordem sub-nuclear, devendo as construções A localização da UOPG 4, João Galego consta do Anexo V habitacionais corresponder preferentemente ao presente Regulamento. à consolidação da ocupação humana actual; Artigo 154º

b) Compatibilização dos usos tendo em conta as zo- Programa para a área consolidada nas de risco e proteção e os valores naturais em presença; O programa para a área consolidada consiste em:

c) Melhoramento da rede viária e criação de pas- a) Preenchimento preferencial dos vazios da malha urba- seios sempre que possível; na com ocupações de uso misto ou terciário, desig- nadamente com vista à inclusão de equipa- d) Criação de espaços públicos tratados e equipa- mentos e serviços de proximidade e de ordem dos com mobiliário urbano; e sub-nuclear, devendo as construções habita- cionais corresponder preferentemente à con- e) Criação de espaços de estacionamento público. solidação da ocupação humana actual;

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b) Compatibilização dos usos tendo em conta as zo- ário, designadamente com vista à inclusão de nas de risco e proteção e os valores naturais equipamentos e serviços de proximidade e de em presença; ordem sub-nuclear, devendo as construções habitacionais corresponder preferentemente c) Melhoramento da rede viária e criação de pas- à consolidação da ocupação humana actual; seios sempre que possível; b) Compatibilização dos usos tendo em conta as zo- d) Criação de espaços públicos tratados e equipa- nas de risco e proteção e os valores naturais dos com mobiliário urbano; e em presença; e) Criação de espaços de estacionamento público. c) Melhoramento da rede viária e criação de pas- Artigo 155º seios sempre que possível; Programa para a área de expansão d) Criação de espaços públicos tratados e equipados O programa para a área de expansão consiste em: com mobiliário urbano; e a) Desenvolvimento urbano com ocupações de uso e) Criação de espaços de estacionamento público. habitacional misto e terciário, prevendo a in- Artigo 160º clusão de equipamentos e serviços de proxi- midade e de ordem sub-nuclear e nuclear; Programa para a área de expansão b) Compatibilização dos usos tendo em conta as zo- O programa para a área de expansão consiste em: nas de risco e proteção e os valores naturais a) Desenvolvimento urbano com ocupações de uso em presença; habitacional misto e terciário, prevendo a in- c) Criação de espaços públicos tratados e equipados clusão de equipamentos e serviços de proxi- com mobiliário urbano; e midade e de ordem sub-nuclear e nuclear; d) Criação de espaços de estacionamento público. b) Compatibilização dos usos tendo em conta as zo- nas de risco e proteção e os valores naturais Artigo 156º

6 em presença; 3 1

1 Índices urbanísticos 0

0 c) Criação de espaços públicos tratados e equipados 0 0

0 São índices urbanísticos: com mobiliário urbano; e 4 4 8 1 a) Índice geral de utilização bruto – 0,30; d) Criação de espaços de estacionamento público.

b) Índice máximo bruto pontual de utilização – 0,80; Artigo 161º c) Número máximo de pisos - dois ou 6,5 metros de Índices urbanísticos cércea; São índices urbanísticos: d) Usos – habitação; misto; comércio, serviços e a) Índice geral de utilização bruto – 0,30; equipamento social e público; e e) Tipologia – edifícios em banda, geminados ou iso- b) Índice máximo bruto pontual de utilização – 0,80; lados. c) Número máximo de pisos - dois ou 6,5 metros de Artigo 157º cércea; Utilização das redes d) Usos – habitação; misto; comércio, serviços e equipamento social e público; e É obrigatória a ligação às redes públicas de infraes- truturas. e) Tipologia – edifícios em banda, geminados ou iso- Subsecção V lados.

Unidade Operativa de Planeamento e Gestão 5, Fundo de Artigo 162º Figueiras Utilização das redes Artigo 158º É obrigatória a ligação às redes públicas de infraes- Localização truturas.

A localização da UOPG 5, Fundo de Figueiras consta Subsecção VI do Anexo VI ao presente Regulamento. Unidade Operativa de Planeamento e Gestão 6, Cabeço dos Artigo 159º Tarafes

Programa para a área consolidada Artigo 163º

O programa para a área consolidada consiste em: Localização a) Preenchimento preferencial dos vazios da malha A localização da UOPG 6, Cabeço dos Tarafes consta urbana com ocupações de uso misto ou terci- do Anexo VII ao presente Regulamento.

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Artigo 164º Subsecção VII

Programa para a área consolidada Unidade Operativa de Planeamento e Gestão 7, Bofareira

O programa para a área consolidada consiste em: Artigo 168º

a) Preenchimento preferencial dos vazios da malha Localização urbana com ocupações de uso misto ou terci- ário, designadamente com vista à inclusão de A localização da UOPG 7, Bofareira consta do Anexo equipamentos e serviços de proximidade e de VIII ao presente Regulamento. ordem sub-nuclear, devendo as construções Artigo 169º habitacionais corresponder preferentemente à consolidação da ocupação humana actual; Programa para a área consolidada b) Compatibilização dos usos tendo em conta as zo- O programa para a área consolidada consiste em: nas de risco e proteção e os valores naturais em presença; a) Preenchimento preferencial dos vazios da malha urbana com ocupações de uso misto e de tu- c) Melhoramento da rede viária e criação de pas- rismo de habitação; seios sempre que possível; b) Compatibilização dos usos tendo em conta as zo- d) Criação de espaços públicos tratados e equipa- nas de risco e proteção e os valores naturais dos com mobiliário urbano; e em presença; e

e) Criação de espaços de estacionamento público. c) Melhoramento da rede viária e criação de per- Artigo 165º cursos pedonais.

Programa para a área de expansão Artigo 170º

O programa para a área de expansão consiste em: Programa para a área de expansão a) Desenvolvimento urbano com ocupações de uso 6 O programa para a área de expansão consiste em: 3 1

1 habitacional misto e terciário, prevendo a in- 0 0 a) Desenvolvimento com ocupações de uso misto e

0 clusão de equipamentos e serviços de proxi- 0 0

4 midade e de ordem sub-nuclear e nuclear; de turismo de habitação; 4 8 1 b) Compatibilização dos usos tendo em conta as zo- b) Compatibilização dos usos tendo em conta as zo- nas de risco e proteção e os valores naturais nas de risco e proteção e os valores naturais em presença; em presença; e

c) Melhoramento da rede viária e criação de pas- c) Articulação da rede viária com a área consolida- seios sempre que possível; da proporcionando a continuidade das vias e criação de percursos pedonais. d) Criação de espaços públicos tratados e equipa- dos com mobiliário urbano; e Artigo 171º

e) Criação de espaços de estacionamento público. Índices urbanísticos

Artigo 166º São índices urbanísticos: Índices urbanísticos a) Índice geral de utilização bruto — 0,25; São índices urbanísticos: b) Índice máximo bruto pontual de utilização – 0,75; a) Índice geral de utilização bruto – 0,30; c) Número máximo de pisos – dois ou 6,5 metros b) Índice máximo bruto pontual de utilização – 0,80; de cércea;

c) Número máximo de pisos - dois ou 6,5 metros de d) Usos — habitação, misto; e cércea; e) Tipologia — edifícios geminados ou isolados. d) Usos – habitação; misto; comércio, serviços e equipamento social e público; e Artigo 172º

e) Tipologia – edifícios em banda, geminados ou iso- Utilização das redes lados. A utilização das redes processar-se-á nos seguintes Artigo 167º termos: Utilização das redes a) Infraestruturas de abastecimento de água, energia É obrigatória a ligação às redes públicas de infraes- e comunicações: a ligação às redes públicas é truturas. obrigatória;

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b) Infraestruturas de saneamento: a rede local é Artigo 177º ligada a fossa séptica comum; e Utilização das redes c) Resíduos sólidos: proceder-se-á à recolha separa- A utilização das redes processar-se-á nos seguintes tiva em ponto de interface local. termos: Subsecção VIII a) Infraestruturas de abastecimento de água, ener- Unidade operativa de planeamento e gestão 8, gia e comunicações: a ligação às redes públi- Artigo 173º cas é obrigatória;

Localização b) Infraestruturas de saneamento: a rede local é ligada a fossa séptica comum; e A localização da UOPG 8, Espingueira consta do Anexo IX ao presente Regulamento. c) Resíduos sólidos: proceder-se-á à recolha separa- tiva em ponto de interface local. Artigo 174º Subsecção VIII Programa para a área consolidada Unidade operativa de planeamento e gestão 8, Plataforma O programa para a área consolidada consiste em: Logística do Porto de Sal-Rei e Zona Industrial a) Preenchimento preferencial dos vazios da malha Artigo 178º urbana com ocupações de uso misto ou ter- Localização ciário, designadamente com vista à inclusão de equipamentos e serviços, devendo as cons- A localização da UOPG 8, Plataforma Logística do truções habitacionais corresponder preferen- Porto de Sal-Rei e Zona Industrial consta do Anexo X ao temente à consolidação da ocupação humana presente Regulamento. actual; Artigo 179º

b) Compatibilização dos usos tendo em conta as zo- Programa nas de risco e proteção e os valores naturais O programa consiste em: 6 em presença; 3 1 1 0 0 c) Melhoramento da rede viária e criação de pas- a) Criação de parque de contentores e parques de 0 0

0 estacionamento de produtos a granel;

4 seios sempre que possível; 4 8 1 d) Criação de espaços públicos tratados e equipa- b) Criação de parque de depósitos de combustíveis dos com mobiliário urbano; e e plataforma de distribuição; e) Criação de espaços de estacionamento público. c) Criação de parque industrial; e

Artigo 175º d) Criação de espaços de estacionamento para veí- culos ligeiros e pesados. Programa para a área de expansão Artigo 180º O programa para a área de expansão consiste em: Parâmetros urbanísticos a) Desenvolvimento com ocupações de uso habita- cional, misto e de turismo de habitação; Os parâmetros urbanísticos serão defi nidos em PD. Subsecção X b) Compatibilização dos usos tendo em conta as zo- nas de risco e proteção e os valores naturais Unidade operativa de planeamento e gestão 9, Plataforma em presença; e Logística das Unidades Turísticas Artigo 181º c) Articulação com a área consolidada proporcio- nando a continuidade das vias e criação de Localização percursos pedonais. A localização da UOPG 9, Plataforma Logística das Artigo 176º Unidades Turísticas consta do Anexo X ao presente Índices urbanísticos Regulamento. Artigo 182º São índices urbanísticos: Programa a) Índice geral de utilização bruto — 0,25; O programa consiste em: b) Índice máximo bruto pontual de utilização – 0,75; a) Criação de parque de unidades de apoio logístico c) Número máximo de pisos - dois ou 6,5 metros de das unidades turísticas; e cércea; b) Criação de espaços de estacionamento para veí- d) Usos — habitação, misto; e culos ligeiros, ligeiros de mercadorias e pesados e) Tipologia — edifícios geminados ou isolados. de mercadorias.

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Artigo 183º b) Respeitará direitos adquiridos e expetativas le- Parâmetros urbanísticos gítimas criadas ao abrigo de normas passadas; e a) Índice de ocupação do lote – 0,50; c) Reconhece a importância económica e fi nanceira b) Índice de utilização do lote – 0,50; do tempo para todos os promotores e empre- c) Lote mínimo – 5.000 m2; sários, pelo que nenhum processo excederá 90 dias a contar da entrada do pedido devi- d) Número máximo de pisos – 1, podendo ser admi- damente instruído, valendo o silêncio como tidos pisos intermédios, de funcionamento e deferimento tácito. utilização não autónomos, com área inferior Artigo 185º à área de ocupação da construção, quando a cércea adoptada o permita; e Prazos de construção e) Cércea máxima – 6,50 m. 1. Os proprietários sujeitam-se aos prazos para cons- trução fi xados pela Câmara Municipal. CAPÍTULO V 2. Quando não expressamente fi xados pela Câmara Gestão e execução do plano director municipal Municipal, valem os prazos propostos pelo requerente. Secção I Artigo 186º Princípios gerais Manutenção do espaço urbanizado Artigo 184º 1. Os proprietários de terrenos e de urbanizações de- Licenciamento vem mantê-los em bom estado de segurança, salubridade, limpeza e apresentação. 1. Estão sujeitas a prévio licenciamento da Câmara Municipal: 2. A Câmara Municipal, por iniciativa própria ou a pe- dido de qualquer interessado, pode ordenar a realização a) Todas as obras de construção ou instalação, re- das obras necessárias para restabelecer o estado referido construção, alteração e demolição de: no número anterior. 6 3

1 (i) Edifícios e suas serventias; Artigo 187º 1 0 0

0 Prejuízos causados ao domínio público 0 (ii) Infraestruturas; 0 4 4

8 1. Os donos de obras são responsáveis pela degradação 1 (iii) Equipamentos sociais; e das infraestruturas ou equipamentos urbanos do domínio (iv) Espaços públicos, designadamente desporti- público. vos, de fruição e lazer. 2. Na falta de reparação ou benefi ciação das infraestru- b) As operações de loteamento; e turas ou equipamentos referidos no número anterior por iniciativa do transgressor, a Câmara Municipal ordena c) As ações de tratamento paisagístico e com im- a realização das obras pertinentes. pacto ambiental. 3. No caso de incumprimento do disposto no número 2. É também licenciada pela Câmara Municipal a anterior no prazo estipulado pela Câmara Municipal, utilização do edifi cado pela emissão do respetivo alvará. esta procederá às reparações ou benefi ciações a expensas 3. É proibida qualquer alteração no pavimento da via do transgressor. pública sem a prévia autorização da Câmara Municipal. Secção II 4. A ocupação de terreno fora dum lote para nele re- Gestão das infraestruturas e dos espaços verdes alizar obras obrigatoriamente precedida de autorização de utilização coletiva da Câmara Municipal. Artigo 188º 5. O sistema viário não pode ser alterado por qualquer Gestão realização urbanística de iniciativa pública ou privada, A gestão das infraestruturas e dos espaços verdes de salvo em aspetos de pormenor, após parecer favorável utilização coletiva pode ser confi ada a moradores ou das entidades competentes. grupos deles, mediante a celebração com a Câmara Muni- 6. Durante a execução de obras de qualquer natureza, cipal de acordos de cooperação ou contratos de concessão serão adotadas as precauções e disposições necessárias à do domínio municipal. segurança do público, salvaguarda das condições normais Artigo 189º de trânsito e prevenção de danos materiais. Acordos de cooperação 7. No exercício do poder de licenciamento, a Câmara Os acordos de cooperação podem incidir, nomeada- Municipal: mente, sobre: a) Pautar-se-á pela lei, pelos instrumentos de ges- a) Limpeza e higiene; tão territorial, pelo presente Regulamento e pelos dos planos urbanísticos a sua jusante; b) Conservação dos espaços verdes existentes;

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c) Manutenção dos espaços de recreio e lazer; e o das ZDTI, tendo em atenção a sustentabilidade econó- mica, social e ambiental do desenvolvimento determinado d) Vigilância da área, de forma a evitar a sua de- pela ocupação edifi cada do solo e a capacidade que as gradação. redes de infraestruturas possuam, em cada momento, Artigo 190º de assegurar a cabal satisfação das necessidades de con- sumo induzidas por aquele desenvolvimento, de forma a Contratos de concessão evitar-se a ocorrência de ruturas.

1. Os contratos de concessão devem ser celebrados Artigo 192º quando se pretenda realizar investimentos em equipa- Planos urbanísticos a jusante do Plano Director Municipal mentos de utilização coletiva ou em instalações inamoví- veis dentro dos espaços verdes, ou ainda na manutenção 1. Os PDU e os PD regem-se pelos artigos 109 º a 120º de infraestruturas. do Decreto-Lei nº 43/2010, de 27 de Setembro, e pela Portaria nº 6/2011, de 24 de Janeiro. Cabe ao Municí- 2. Os contratos de concessão não podem, sob pena de pio elaborá-los, sendo porém possível que procedam de nulidade das cláusulas respetivas, proibir ou limitar o propostas de entidades públicas e privadas, nos termos acesso e a utilização do espaço objeto da concessão para dos artigos 121º a 123º do Decreto-Lei nº 43/2010, de 27 além do que resulte da sua natureza e do seu regime de Setembro. jurídico. Artigo 193º Secção III Plano de Desenvolvimento Urbano Gestão do Plano Director Municipal A disciplina dos PDU consta dos artigos 109º a 114º Artigo 191º do Decreto-Lei nº 43/2010, de 27 de Setembro, para que Gestão da execução do Plano Director Municipal o presente Regulamento remete.

1. A gestão e administração do território concelhio Artigo 194º cabem à Câmara Municipal, salvo o que doutro modo Plano Detalhado disponham a lei e os instrumentos de gestão territorial 6 3

1 a montante do PDM e, no tocante às ZDTI, a entidade a 1. O conteúdo material dos PD vem descrito no artigo 118º 1 0 0 quem, nos termos da lei, incumbe geri-las. do Decreto-Lei nº 43/2010, de 27 de Setembro, que o PDM 0 0

0 pormenoriza e desenvolve como segue: 4 4

8 2. Os atos de gestão e administração referidos no núme- 1 ro anterior incluem, mas não se esgotam, nos seguintes: a) Conceção urbanística geral do empreendimento e defi nição do perfi l de desenvolvimento aco- a) A negociação com os promotores dos projetos dos lhido; empreendimentos que pretendem desenvolver; b) Delimitação das áreas de edifi cação, de lazer, b) A negociação e fi xação das obrigações dos pro- paisagísticas e de proteção ambiental; motores; c) Estudo de Impacto Ambiental do empreendimento; c) A discussão, avaliação e aprovação das soluções de ordenamento, urbanísticas, arquitetónicas d) Defi nição das medidas de mitigação de impactos e infraestruturais contidas nos PDU ou PD e ambientais adotadas; Projetos de Obras e Edifi cação; e e) Delimitação de áreas de arborização e indicação d) A discussão e avaliação do dimensionamento das das espécies a plantar; redes e equipamentos de infraestruturas. f) Esquema de espaços livres; 3. No faseamento da construção e dimensionamento g) Esquema dos equipamentos sociais e de lazer; das redes de infraestruturas, a Câmara Municipal e as entidades que tenham, por lei, competência setorial, h) Traçado e dimensionamento da rede viária se- devem assegurar que a respetiva capacidade permita cundária e local e, bem assim, da rede primária tecnicamente, sempre e em cada momento, a satisfação e das vias de ligação ou de acesso público das necessidades máximas, ainda que pontuais, de- à praia que se localizem, por imposição do terminadas com referência à ocupação edifi cada então PDM, dum PDU ou dum POT, no interior do existente no solo do Concelho. lote em causa;

4. Na elaboração dos cálculos do dimensionamento das i) Esquema de estacionamento de veículos; redes de infraestruturas a que se refere o número ante- rior devem ser tomados em consideração os parâmetros j) Traçado e dimensionamento da rede secundária técnicos indicados no PDM, PDU e POT, para o cenário ou local de distribuição de energia elétrica e, de ocupação máxima do solo concelhio. bem assim, das redes primária ou de trans- porte aéreo em Média Tensão que se localizem, 5. A Câmara Municipal é responsável pela gestão do por imposição do PDM, dum PDU ou dum faseamento da execução do PDM e pela articulação com POT, no interior do lote em causa;

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k) Traçado e dimensionamento da rede secundária 4. Os PD são aprovados pela Câmara Municipal, exceto ou local de comunicações e, bem assim, da no caso das ZDTI, em que tal competência exercida pela rede primária que se localize, por imposição entidade a quem incumbe a respetiva gestão e adminis- do PDM, dum PDU ou dum POT, no interior tração. do lote em causa; 5. A entidade a que se refere o número anterior pode l) Traçado e dimensionamento da rede secundá- igualmente elaborar PD. ria ou local de distribuição de água potável Artigo 195º e, bem assim, traçado e dimensionamento da redes primária e de adução e localização e Projetos de Obras e Edifi cação dimensionamento dos depósitos intermédios e das válvulas de seccionamento que se loca- 1. As redes e equipamentos de infraestruturas e de lizem, por imposição do PDM, dum PDU ou serviços devem ser executados de harmonia com os res- dum POT, dentro do lote em causa; petivos projetos de obras.

m) Traçado e dimensionamento da rede secundá- 2. Os edifícios hoteleiros, de alojamento, residenciais, ria ou local de saneamento de águas residu- de equipamentos comerciais, industriais, sociais, des- ais e, bem assim, traçado e dimensionamento portivos e de lazer, devem ser executados de harmonia da rede primária e localização das estações com os respetivos projetos arquitetónicos de edifi cação. e condutas elevatórias que se localizem, por 3. Os projetos referidos nos números anteriores são imposição do PDM, dum PDU ou dum POT, aprovados pela Câmara Municipal e, no caso das ZDTI, dentro do lote em causa; pelas entidades a quem incumbe a gestão e administra- ção respetiva. n) Traçado e dimensionamento da rede secundária ou local de distribuição de água reciclada e, Artigo 196º bem assim, da rede principal que se localize, por imposição do PDM, dum PDU ou dum Apresentação dos projetos POT, dentro do lote em causa; Os PD e os Projetos de Obras e Edifi cação são apre- 6

3 sentados à entidade competente para a sua aprovação 1

1 o) Rede de recolha de resíduos sólidos; 0

0 em três vias impressas e numa via em suporte digital. 0 0 0

4 p) Programa de manutenção das redes e equipa- Secção IV 4 8

1 mentos de infraestruturas, incluindo daque- les que, localizando-se no interior do lote em Regime de cedências causa, sejam de utilização geral; e Artigo 197º

q) Programa de execução do empreendimento e res- Cedências para infraestruturas petivo plano de fi nanciamento. 1. As parcelas de terreno destinadas à cedência gra- 2. A proposta, em PD, de alteração ao traçado, defi nido tuita pelos seus proprietários para estacionamento, PDM, dum PDU ou dum no POT, de determinado troço espaços verdes e de utilização coletiva, equipamentos, de uma via principal e, com ela, da eventual alteração arruamentos e demais infraestruturas têm as áreas correspondente no traçado de determinados troços das defi nidas nas disposições relevantes deste Regulamento restantes redes primárias de infraestruturas, deve ser ou nos instrumentos urbanísticos a jusante. especialmente fundamentada, devendo ainda ser inequi- 2. As parcelas de terreno cedidas ao município inte- vocamente demonstrado, do ponto de vista técnico, que gram-se automaticamente no domínio público municipal as alterações propostas aos traçados defi nidos no PDM, com a emissão do alvará requerido pelos proprietários. num PDU ou num POT em nada afetam a efi ciência e a fi abilidade das redes primárias em causa. Artigo 198º

3. Os PD têm a composição documental prescrita no Não cedência artigo 119º do Decreto-Lei, que o PDM parcialmente Se o prédio a lotear já estiver servido por infraestru- detalha como segue: turas ou não se justifi car a localização nele de qualquer a) Planta de localização do lote afeto ao empreen- equipamento ou espaço verde públicos, não há lugar a dimento; qualquer cedência para esses fi ns. Secção V b) Planta geral de ordenamento do empreendimen- to, à escala 1/500; Compensações, perequação

c) Regulamento geral do projeto; e Artigo 199º Noção d) Relatório ou memória de fi ns, que fundamente as soluções adotadas no Regulamento e na 1. Os planos e outras atividades municipais no domínio Planta geral de ordenamento. urbanístico geram desigualdades nas áreas urbanas e

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urbanizáveis, cuja compensação é calculada com base no Artigo 203º princípio da perequação compensatória, nos termos de Forma de compensação Decreto-Lei nº 43/2010, de 27 de Setembro. 1. A Câmara Municipal organizará um fundo de 2. O cálculo da perequação compensatória aplica-se compensação, para o qual são transferidos os saldos de a unidades de perequação, correspondendo cada uma a edifi cabilidade e dos de encargos de cada terreno de cada uma UOPG ou às subdivisões que esta sofra em sede de Unidade de Perequação e o produto da sua negociação PDU e PD. pela Câmara Municipal, como segue: Artigo 200º a) Saldo de edifi cabilidade: o resultado da subtra- Supletividade ção em que é subtrativo o índice de edifi ca- bilidade do terreno e subtraendo o “benefício 1. A aplicação das técnicas de perequação defi nidas padrão”; e nas disposições seguintes e precisadas nos PDU e PD é supletiva, imperando o princípio da liberdade dos proprie- b) Saldo de encargos: o resultado da subtração em tários se associarem, designadamente em cooperativas, que é subtrativo o quantitativo dos encargos ajustando entre si a repartição proporcional e equitativa do terreno e subtraendo o “encargo padrão”, dos benefícios e dos encargos urbanísticos relativos ao saldo que se calcula para cada um os encargos espaço duma Unidade de Periquação. de diferente natureza. 2. As Câmaras Municipais fomentarão as associações 2. Cada proprietário terá posições credoras ou devedoras de proprietários a que alude o número anterior, tomando no fundo de compensação, em função dos saldos apura- a iniciativa de as recomendar aos interessados e dando- dos, sendo devedor o saldo positivo de edifi cabilidade e lhes todo o apoio técnico de que careçam. credores os saldos positivos de encargos. Artigo 201º 3. O proprietário ou promotor com posição devedora, requerente em relação ao terreno sujeito a perequação Técnicas perequativas dos benefícios compensatória, deverá começar por tentar negociar a As técnicas perequativas dos benefícios visam uma compra a outro ou outros proprietários dos seus saldos

6 repartição tão igual quanto possível das vantagens de- credores de edifi cabilidade ou de encargos e só na im- 3 1

1 possibilidade ou insufi ciência de acordo negociará com 0 rivadas do plano, para o que importa fi xar: 0

0 a Câmara Municipal a compensação a pagar ao fundo a 0 0

4 a) Um “benefício padrão”, isto é, a possibilidade

4 preços de mercado, seja em espécie, seja em dinheiro, sem 8 1 construtiva correspondente a um índice mé- o que não obterá a licença camarária requerida. dio de utilização das diversas propriedades integrantes duma Unidade de Perequação , 4. O proprietário com posição credora pode, a todo o para o que se impõe valorar cada uma delas, tempo, requerer a sua compensação à Câmara Municipal e para tal: em espécie ou em dinheiro, a preços de mercado, fi cando porém sujeito às disponibilidades fi nanceiras ou de ter- (i) Avaliar a potencialidade (ou a expetativa) renos do fundo de compensação. construtiva de cada uma em função da sua vinculação situacional; e 5. A Câmara Municipal, substituindo-se parcialmente ao fundo, pode operar a compensação pelo aumento ou (ii) Fixar uma fórmula para valorar, comparati- redução das taxas municipais devidas pela operação vamente às outras, cada uma das potenciali- urbanística requerida. dades construtivas decorrentes do plano. Artigo 204º b) Formas de compensação para as situações em Competência que ocorra desvio relativamente ao “benefício padrão”. 1. O PDM fi xa um direito abstrato de construir cor- respondente a uma edifi cabilidade média da UOPG em Artigo 202º função da classifi cação dos espaços que a integram. Técnicas perequativas dos encargos 2. O PDM fi xa uma área de cedência média para cada As técnicas perequativas dos encargos visam, tal como UOPG em função das suas previstas infraestruturas, as dos benefícios, uma distribuição equitativa daqueles, zonas verdes urbanas, equipamentos e vias sem cons- a imputar a cada promotor no seio duma Unidade de trução adjacente. Perequação, para o que importa fi xar: 3. Os PDU e PD defi nirão os mecanismos de perequação a) Um “encargo padrão” calculado com base nos para os espaços a que se referem com observância dos custos estandardizados da infraestrutura pú- princípios gerais deste Regulamento, muito especialmen- blica, abrangendo também as taxas e cedên- te o da supletividade. cias em espécie devidas para a instalação de equipamentos e espaços verdes; e 4. É ao nível dos PDU e PD que se procede à determi- nação do benefício padrão e do encargo padrão por m2 b) Formas de compensação perante desvios relativos de terreno integrante de cada Unidade de Perequação, a esse “encargo padrão”. bem como dos saldos dos proprietários.

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CAPÍTULO VI II - Planta de localização da UOPG 1, Rabil;

Disposições fi nais III - Planta de localização da UOPG 2, Estância de Baixo;

Artigo 205º IV - Planta de localização da UOPG 3, Povoação Velha;

Duvidas V - Planta de localização da UOPG 4, João Galego;

Competirá a Câmara Municipal, por via de deliberação, o VI - Planta de localização da UOPG 5, Fundo de esclarecimento das dúvidas que se suscitem na aplicação Figueiras; do presente Regulamento. VII - Planta de localização da UOPG 6, Cabeço de Artigo 206º Tarafes; Consulta VIII - Planta de localização da UOPG 7, Bofareira; O PDM, incluindo todos os seus elementos fundamen- IX - Planta de localização da UOPG 8, Espigueira; tais, complementares e anexos, pode ser consultado pelos interessados, na Câmara Municipal da Boavista e na X - Planta de localização da UOPG 9, Plataforma Direcção Geral do Ordenamento do Território e Desen- logística do porto de e zona industrial; volvimento Urbano (DGOTDU). XI - Planta de localização da UOPG 10, Plataforma Artigo 207º logística das unidades turísticas; e Vigência XII - Planta de síntese de Ordenamento. O período de vigência do PDM é de 12 (doze) anos, ANEXO I contados da data de entrada em vigor, ao fi m dos quais deve ser revisto. Perfi s Transversais das Vias

Artigo 208º 6 3

1 Revisão do Plano 1 0 0 0 0

0 O PDM será revisto sempre que a Câmara Municipal 4 4 8 considere terem-se tornado inadequadas as disposições 1 nelas consagradas, sem prejuízo do disposto na legislação em vigor.

Artigo 209º

Omissões

Qualquer situação não prevista neste Regulamento observar-se-á o disposto na legislação aplicável em vigor, incluindo o Código de Posturas da Câmara Municipal da Boa Vista vigente.

Artigo 210º

Alterações da legislação

As remissões feitas neste Regulamento para disposições legais são reconduzidas para as que as substituírem, mutatis mutandis.

Artigo 211º

Entrada em Vigor

O presente Plano Director Municipal entra em vigor 30 (trinta dias) após a data da sua publicação no Boletim Ofi cial.

Artigo 212º

Anexos

Constituem anexos ao presente Regulamento, que dele fazem parte integrante:

I - Perfi s transversais das vias;

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ANEXO II ANEXO IV Planta de Localização da UOPG 1, Rabil Planta de localização da UOPG 3, Povoação Velha 6 3 1 1 0 0 0 0 0 4 4 8

1 ANEXO V ANEXO III Planta de Localização da UOPG 2, Estancia de Baixo Planta de localização da UOPG 4, João Galego

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ANEXO VI ANEXO VIII

Planta de localização da UOPG 5, Planta de localização da UOPG 7, Bofareira 6 3 1 1 0 0 0 0 0 4 4 8 1 ANEXO IX ANEXO VII Planta de localização da UOPG 8, Espingueira Planta de localização da UOPG 6, Cabeça dos Tarafes

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1060 I SÉRIE — NO 30 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 29 DE ABRIL DE 2014

ANEXO X ANEXO XII

Planta de localização da UOPG 9, Plataforma Planta de Síntese de Ordenamento Logística do Porto de Sal-Rei e Zona Industrial

Legenda 6 3 1 1 0 0 0 0 0 4 4 8 1 ANEXO XI

Planta de localização da UOPG 10, Plataforma Logística das Unidades Turísticas

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O Ministro do Ambiente, Habitação e Ordenamento do Território, Emanuel Antero Garcia da Veiga

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1062 I SÉRIE — NO 30 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 29 DE ABRIL DE 2014 6 3 1 1 0 0 0 0 0 4 4 8 1

I SÉRIE BOLETIM OFICIAL

Registo legal, nº 2/2001, de 21 de Dezembro de 2001

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Av. da Macaronésia,cidade da Praia - Achada Grande Frente, República Cabo Verde C.P. 113 • Tel. (238) 612145, 4150 • Fax 61 42 09 Email: [email protected] / [email protected]

I.N.C.V., S.A. informa que a transmissão de actos sujeitos a publicação na I e II Série do Boletim Ofi cial devem obedecer as normas constantes no artigo 28º e 29º do Decreto-Lei nº 8/2011, de 31 de Janeiro.

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