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Estudos de viabilidade para criação UC Pedra do Submarino e Berra Onça /ES

JANEIRO 2015

APRESENTAÇÃO

Em geral, a imagem do desenvolvimento econômico tem sido associada à presença de hotéis, estradas, exploração de rochas ornamentais, usinas hidrelétricas, ferrovias e outros empreendimentos sem dúvida importantes e imprescindíveis. Contudo, para os atores envolvidos neste estudo, as áreas protegidas integram a infra-estrutura necessária para o desenvolvimento sustentável e a geração de empregos no município. A experiência mundial mostra que as áreas protegidas, especialmente os parques e outras unidades de conservação trazem grande prestígio para os municípios onde são implantados, desencadeando a abertura de negócios, geração de empregos e, por conseguinte, atração de recursos para serem reinvestidos na preservação da natureza e na educação ambiental. Portanto, dotar Brejetuba de uma unidade de conservação é estratégico para reforçar seu renome nacional, atraindo mais turistas, visitantes e investimentos e evitando que a depreciação da paisagem caso a exploração desordenada dos recursos naturais continue. O presente documento foi demandado segundo o TERMO DE REFERÊNCIA 001/2012, referente à execução dos recursos da Compensação Ambiental do Licenciamento da Linha de Transmissão Mesquita – Viana no município de Brejetuba – ES, e apresenta as justificativas de criação de uma unidade de conservação para proteção de diversas áreas em bom estado de conservação no âmbito do município, agrupando características relevantes de fauna, flora e beleza cênica. A sugestão dada pela Agroplant Consultoria (empresa responsável pela elaboração dos estudos) é a criação unidade de conservação na categoria Monumento natural para a área da Pedra Submarino e Parque municipal para a área do Berra Onça. O futuro de Brejetuba não pode ser ditado pela exploração desordenada dos recusos de fauna, flora e pelo empobrecimento da beleza cênica causada pela exploração de rochas ornamentais. O município tem obrigação de ser ativa no processo e determinar um uso adequado do território municipal. Com a realização desses estudos todos os envolvidos tem por intuito impedir a exploração inadequada dos recursos naturais presente na área em questão dando exemplo para que no futuro novas áreas sejam também protegidas.

REALIZAÇÃO OPERACIONAL/ADMINISTRATIVO

GOIÁS TRANSMISSÃO - MGE TRANSMISSÃO Realização operacional/administrativo REGINA CAMARGO Gerente de Gestão Ambiental e Relações Institucionais Rio de Janeiro/ RJ

PREFEITURA MUNICIPAL DE BREJETUBA/ES SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE

PAULO SÉRGIO CHAGAS Secretário de Agricultura e Meio Ambiente

Apoio JOÃO LUCAS DIAS Tecnólogo em Gestão Ambiental da Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente

LUIZ ALBERTO ZAVARIZE Administrador

JAMAICA MARIA DA SILVA Técnica Agropecuária

INSTITUIÇÃO EXECUTORA

AGROPLANT CONSULTORIA LTDA Responsável técnica pela pesquisa

EQUIPE TÉCNICA Coordenação Geral: DIEGO TRISTÃO MEROTO Engº Agrônomo – CREA-ES 016163/D

Coordenação de Estudos de Fauna e Flora

CLAUDIA APARECIDA PIMENTA Bióloga – CRBio 57761/04-D Sênior

Execução de estudos de Flora e Fauna

CLAUDIA APARECIDA PIMENTA Bióloga – CRBio 57761/04-D Sênior

MARCIO LAUVES Técnico em Meio Ambiente

PHABLO DYONE VIDAL BELO Técnico em Meio Ambiente

Coordenação de Estudos Socioambientais

CLAUDIA APARECIDA PIMENTA Bióloga – CRBio 57761/04-D Sênior

Execução Estudos Socioambientais e oficinas

CLAUDIA APARECIDA PIMENTA Bióloga – CRBio 57761/04-D Sênior

MARCIO LAUVES Técnico em Meio Ambiente

PHABLO DYONE VIDAL BELO Técnico em Meio Ambiente

DIEGO TRISTÃO MEROTO Engº Agrônomo – CREA-ES 016163/D

MARCOS VINYCIOS TELLES ZAVARIZE Especialista em Georreferenciamento de Imóveis Rurais- CREA-ES01

Coordenação de Estudos de Levantamento Fundiário

DIEGO TRISTÃO MEROTO Engº Agrônomo – CREA-ES 016163/D

Execução de Estudos de Levantamento Fundiário

DIEGO TRISTÃO MEROTO Engº Agrônomo – CREA-ES 016163/D

MARCOS VINYCIOS TELLES ZAVARIZE Especialista em Georreferenciamento de Imóveis Rurais- CREA-ES01

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BRUNO DARÉ PEREIRA Técnico Agricola CREA - ES 022867/TD

Coordenação de Estudos de Levantamento Topográfico

DIEGO TRISTÃO MEROTO Engº Agrônomo – CREA-ES 016163/D

Execução de Estudos de Levantamento Topografico

DIEGO TRISTÃO MEROTO Engº Agrônomo – CREA-ES 016163/D

MARCOS VINYCIOS TELLES ZAVARIZE Especialista em Georreferenciamento de Imóveis Rurais- CREA-ES01 BRUNO DARÉ PEREIRA Técnico Agricola CREA - ES 022867/TD

APOIO

CONSORCIO DO RIO GUANDU Apoio operacional/administrativo Ana Paula Alves Bissoli (Bióloga) Thaís Teodoro de Faria (Bióloga)

INSTITUTO TERRA Apoio operacional/administrative Jaeder Lopes Vieira Glads Nunes Edson Evaristo Justino Netto (Biólogo) Eduardo Keppe Diana Gonçalves Leticia Benfica Simer Henrique Alves Wanderson Alves Iury Nascimento Kiara Pionti Urias Alves Pereira Hudson Neto

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Sumário

Introdução...... 13 Introdução 01

Localização geografica...... 15 Localização e Localização fitogeografica...... 16 Localização zoo geografica...... 17

Aspectos Físicos 02

Estudo de Introdução...... 20 Objetivo...... 20 Fauna 03 Metodologia...... 20 Equipe de campo...... 24 Reconhecimento da área...... 25 Resultados……………...... 27

Introdução...... 45 Objetivo...... 45 Metodologia...... 45 Estudo de Equipe de campo...... 45 04 Reconhecimento da área...... 46 Flora Descrição e justificativa do processo de amostragem...... 47 Análise estrutural do perfil da floresta...... 50 Análise estrutural com dados de abundância, dominância, frequencia, indice de valor de importancia...... 54

Analise dos dados estatisticos de amostragem...... 55 Lista dos dados coletados...... 56 Lista dos dados coletados...... 57

Introdução ...... 79

Estudo Metodologia ...... 79

Socioeconômico 05 Resultados...... 79

Conclusão...... 85

Introdução ...... 87

Objetivo...... 88

Metodologia ...... 89

Oficinas Conclusão ...... 92 06

Introdução ...... 94

Área de abrangência dos trabalhos ...95

Estudo Localização geográfica ...... 96

Objetivo geral...... 97 Fundiário 07 Objetivos especificos...... 98 Atividades que foram desenvolvidas...... 98 Caracterização dos estudos...... 100 Avaliação de áreas ...... 109 Conclusões e recomendações...... 110

1

Proposição da Justificativa...... 113 categoria de Conclusão...... 115 08 manejo

Introdução...... 117 Levantamento Apresentação das plantas e Topográfico 09 memorial…………………….……..118

Referencias Referencias……...... 119 10

Anexos 11

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CAPÍTULO I

INTRODUÇÃO

1. INTRODUÇÃO

Segundo o disposto no Sistema Nacional de Unidades de Conservação – SNUC a criação de unidades de conservação deve ser precedida de uma série de etapas dentre elas a realização de estudos técnicos que permitam identificar a localização, a dimensão e os limites mais adequados para a Unidade. O presente documento apresenta as metodologias e os resultados dos estudos realizados para criação das unidades de conservação Berra Onça e Pedra Submarino no município de Brejetuba-ES, estando dividido em 11 (onze) capítulos, incluindo este primeiro, que é a introdução. O capítulos 2 (dois) trata das localizações Gegraficas, fitogeográfica e zoogeograficas do município de Brejetuba. Já os capítulos ,3,4,5,6,7,8e 9 apresentam os relatórios de cada estudo desenvolvidos neste trabalho. São eles: O terceiro capítulo descreve a os resultados do levantamento de fauna. O quarto capítulo apresenta os resultados para o levantamento de flora. Já o quinto capítulo descreve os dados obtidos com o levantamento socioeconômico nas comunidades vizinhas, enquanto o sexto apresenta as metodologias e descrição das oficinas realizadas nas comunidades. O setimo capítulo compreende as metodologias e resultados obtidos a partir do levantamento fundiário realizado nas áreas. Compreende uma sinopse da área do Parque e entorno, incluindo os limites propostos, a superfície e a situação fundiária; um perfil geográfico e ambiental e os planos co-localizados. O oitavo capitulo apresenta a recomendação e os parâmetros seguidos para se decidir sobre qual tipo de unidade deverá ser criada O nono capítulo dedica-se a apresentação dos mapas com identificação de malha viária vegetação, altimetria, entre outros atributos e seus respectivos memoriais descritivos . O décimo capítulo corresponde à bibliografia. O décimo primeiro capitulo traz os anexos. O presente documento atende ainda o § 2o do art. 22 da Lei Federal 9985 de 18 de julho de 2000, que estabelece que “a criação de uma unidade de conservação deve ser precedida de estudos técnicos e de consulta pública que permitam identificar a localização, a dimensão e os limites mais adequados para a unidade”.

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CAPÍTULO II

LOCALIZAÇÃO E ASPECTOS FÍSICOS

1. LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA

BREJETUBA é conhecido como a Capital Nacional do Café, está localizada a 147 km de Vitória-ES, Brejetuba produz hoje um dos melhores cafés do Brasil. É um município de topografia montanhosa, as plantações de café se estendem por vales e montanhas formando um imenso tapete verde. O relevo oscilando entre 600 á 1000 metros proporciona a formação de lindos vales e chapadas, montanhas, cachoeiras e cascatas, tudo isso rodeado pela exuberante Mata Atlântica que cobre cerca de 25% do seu território. Brejetuba Distritos: Brejetuba sede, São Jorge do Oliveira e Santa Rita de Brejetuba. Limites: , Muniz Freire, Conceição do Castelo, Afonso Claudio, Mutum e Aimorés. Altitude: 780 m. Coordenada: Latitude: 20º 14’ 6” e Longitude: 41º 29’ 0”. Possuí um área de 342.509 Km², com população (IBGE 2010): 11.915 habitantes clima com temperaturas: Média anual (ºC): 22º. Período de seca: Julho a setembro e Chuva: Novembro a março. Clima: Regiões de terras frias, acidentadas, chuvosas e terras secas. Principais atividades econômicas: Cafeeicultura. BREJETUBA está inserido na Bacia Hidrográfica do Rio Guandu que compreende além de Afonso Claudio os municípios de BREJETUBA, E , abrangendo uma área de 2.674 km² onde vivem cerca de 82.918 habitantes, segundo dados do IBGE de 2008. Nesta região, é notável a degradação ambiental, o que tem ocasionado a diminuição da quantidade e da qualidade das águas. Os municípios de Baixo Guandu, Laranja da Terra, Brejetuba e Afonso Claudio localizam-se no Baixo Rio Doce Centro, Espírito Santo e integram a Bacia Hidrográfica do Rio Doce.

Mapa 2– Enquadramento geográfico da bacia hidrográfica do rio guandu na bacia hidrográfica do RIO DOCE

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A Bacia Hidrográfica do Rio Guandu situa-se numa região de transição entre o ecossistema da Floresta Ombrófila Densa e da Floresta Estacional Semi-Decidual. Entre as unidades de análise da bacia do rio Doce, Guandu é a que contém a maior área relativa de Vegetação Secundária, indicando que áreas provavelmente agropecuárias foram abandonadas, permitindo o início do processo de sucessão ecológica. A área é de propridade particular, caracterizada como uma pequena propriedade de aproximadamente 10 alqueires. A localidade está situada a 13 Km da sede do município de Brejetuba, a uma altitude a mais de 1.000 metros. O berra onça que corta a propriedade é um dos principais afluentes do Rio Guandu pela margem esquerda nesta região, sendo um dos últimos tributários com foz logo à montante da sede do distrito de São Francisco Xavier do Guandu.

2.LOCALIZAÇÃO FITOGEOGRAFICA. Brejetuba/ES pertencente ao Bioma Mata Atlântica, que segundo o Decreto Federal Nº 750/93, considera-se Mata Atlântica as formações florestais e ecossistemas associados, inseridos no domínio Mata Atlântica, com as respectivas delimitações e denominações estabelecidas pelo Mapa de Vegetação do Brasil, IBGE (BRASIL, 1993).

Fonte: PROBIO. MME. UFJF.UFF/2006 - Mapa 3: Cobertura vegetal da Bacia Hidrográfica do Rio Guandu

O bioma Mata Atlântica divide-se em duas principais ecorregiões: a floresta Atlântica costeira e a do interior, incluindo as florestas nos diferentes gradientes de altitude (desde o nível do mar até 1.800 m), com consequente variação de tipos de solos, de umidade, temperatura e outros fatores cuja combinação resulta em uma diversidade de paisagens com extraordinária diversidade biológica. Segundo o Decreto Federal Nº 750/93, considera-se Mata Atlântica as formações florestais e ecossistemas associados, inseridos no domínio Mata Atlântica, com as respectivas delimitações e denominações

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estabelecidas pelo Mapa de Vegetação do Brasil, IBGE: Floresta Ombrófila Densa Atlântica; Floresta Ombrófila Mista; Floresta Ombrófila Aberta; Floresta Estacional Semidecidual; Floresta Estacional Decidual; manguezais; restingas; campos de altitude; brejos interioranos e encraves florestais do Nordeste” (BRASIL, 1993). O trabalho foi desenvolvido em toda área para criação de Unidade de Conservação até um raio de 3,0 quilômetros a partir do perímetro da propriedade no Berra Onça, Brejetuba-ES.O Decreto 5.092, de 21 de maio de 2004, definiu que o Ministério do Meio Ambiente deveria definir as regras para identificação de áreas prioritárias para a conservação, utilização sustentável e repartição dos benefícios da biodiversidade. Por meio da Portaria 126, de 27 de maio de 2004, o Ministério do Meio Ambiente estabeleceu Mapa 4–Mapa das áreas Prioritárias para a conservação definidas pelo Ministério do Meio Ambiente que as áreas prioritárias são as apresentadas no mapa "Áreas Prioritárias para a Conservação, Utilização Sustentável e Repartição de Benefícios da Biodiversidade Brasileira", publicado pelo Ministério do Meio Ambiente em novembro de 2003 e reeditado em maio de 2004. As região de Brejetuba estão classificadas dentro das prioridades como Extremamente alta e a recomendação indicada é Criação de UC.

3.LOCALIZAÇÃO ZOOGEOGRÁFICA

Brejetuba/ES pertencente ao Bioma Mata Atlântica, que segundo o Decreto Federal Nº 750/93, considera-se Mata Atlântica as formações florestais e ecossistemas associados, inseridos no domínio Mata Atlântica, com as respectivas delimitações e denominações estabelecidas pelo Mapa de Vegetação do Brasil, IBGE (BRASIL, 1993).O bioma Mata Atlântica divide-se em duas principais ecorregiões: a floresta Atlântica costeira e a do interior, incluindo as florestas nos diferentes gradientes de altitude (desde o nível do mar até 1.800 m), com consequente variação de tipos de solos, de umidade, temperatura e outros fatores cuja combinação resulta em uma diversidade de paisagens com extraordinária diversidade biológica. Segundo o Decreto Federal Nº 750/93, considera- se Mata Atlântica as formações florestais e ecossistemas associados, inseridos no domínio Mata Atlântica, com as respectivas delimitações e denominações estabelecidas pelo Mapa de Vegetação do Brasil, IBGE: Floresta Ombrófila Densa Atlântica; Floresta

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Ombrófila Mista; Floresta Ombrófila Aberta; Floresta Estacional Semidecidual; Floresta Estacional Decidual; manguezais; restingas; campos de altitude; brejos interioranos e encraves florestais do Nordeste” (BRASIL, 1993). No Brasil, a província Tupi está localizada na região da Mata Atlântica que é a principal formação vegetal desta província zoogeográfica, possui uma fauna terrestre rica em endemismos (PAIVA, 1999). Isto pode ser evidenciado em estudos realizados com anfíbios, répteis, aves, (BAUER, 1999). CRACRAFT (1985) considera para aves o centro de endemismo da Serra do Mar como um dos mais bem definidos da América do Sul. Por outro lado, devido a sua localização geográfica a região sofreu de forma intensa o impacto da colonização europeia com os desmatamentos para exploração madeireira, para a agropecuária e posteriormente à industrialização, sem falar na urbanização com grande concentração demográfica em vários pontos, o que levou diversas espécies a se tornarem ameaçadas de extinção, com extinção local de muitas delas, em especial as exigentes em habitat florestal, o que inclui diversas das espécies endêmicas. O município de Brejetuba/ES situa-se numa região com o ecossistema da Floresta Ombrófila Densa.

Figura.2– Mapa esquemático das Províncias zoogeográficas da América do Sul (Fittkau 19969 in Paiva, 1999) com algumas modificações indicando a localização da área de trabalho

A área em estudo está localizada na região Zoogeográfica Neotrópica sub-região Guiano-Brasileira província Tupi (Fig.2-mapa Províncias zoogeográfica da América do Sul) caracterizada por uma fauna diversificada rica em número de espécies endêmicas, com pequena abundância de indivíduos, havendo alto grau de especialização em habitats e recursos restritos (FITTKAU 1969 in PAIVA, 1999) com destaque para os primatas e as aves, espécies de maior porte, que se encontram entre os grupos mais

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ameaçados de extinção devido à destruição dos habitats naturais e por necessitarem de grandes áreas florestadas para sua sobrevivência (PAIVA, 1999 modif.). O Decreto 5.092, de 21 de maio de 2004, definiu que o Ministério do Meio Ambiente deveria definir as regras para identificação de áreas prioritárias para a conservação, utilização sustentável e repartição dos benefícios da biodiversidade. Por meio da Portaria 126, de 27 de maio de 2004, o Ministério do Meio Ambiente estabeleceu que as áreas prioritárias são as apresentadas no mapa "Áreas Prioritárias para a Conservação, Utilização Sustentável e Repartição de Benefícios da Biodiversidade Brasileira", publicado pelo Ministério do Meio Ambiente em novembro de 2003 e reeditado em maio de 2004. As regiões de Afonso Claudio, Brejetuba estão classificadas dentro das prioridades como Extremamente alta e a recomendação indicada é Criação de UC.

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CAPÍTULO III

RELATÓRIO TÉCNICO

FAUNA

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1.0. INTRODUÇÃO

Inventários de fauna acessam diretamente a diversidade de uma localidade, em um determinado espaço e tempo. Os dados primários gerados pelos inventários compõem uma das ferramentas mais importantes na tomada de decisões a respeito do manejo de áreas naturais. Este relatório apresenta as metodologias e resultados encontrados a partir do levantamento realizados nas áreas de estudo.

2. OBJETIVO

Apresentar os dados faunísticos (aves e mamíferos) coletados em campo realizado no fragmento amostrado e com seus critérios técnicos e administrativos para elaboração dos estudos técnicos para viabilidade de criação de Unidade de Conservação de Proteção Integral na Pedra do Submarino e no Berra Onça, no município de Brejetuba/ES.

3. METODOLOGIA

Uma visita para reconhecimento e definição das áreas de estudos avaliando as que abrangem diferentes ambientes, com duração de 12 horas/campo durante 1 dias, perfazendo um total de 12 horas de esforço amostral. Identificando as diversas unidades fitofisionômicas.

A Coleta de dados secundários dos registros científicos disponíveis para os município está no banco de dados da BIOCAPI Consultoria Ambiental nas publicações e trabalhos já realizados no município desde de 2011.

Uma campanha de campo para complementação com coleta de dados foi realizada de 17 a 21 de Junho de 2014 com duração de 12 horas/campo por dia considerando os fatores da biodiversidade, alimentação, recurso hídrico, altitude e clima. Para essa campanha foi emitido a ART - Anotação de Responsabilidade Técnica nº 2- 11197/14-E com base na autorização conforme DN- Deliberação Normativa nº 154 SISBIO nº 43729-1 para uso de armadilha na captura de Aves e mamíferos.

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Registro no CRBio4 e secundário CRBio2 Nº 57761/04

Um esforço amostral de 5 dias de amostragem com 60 horas/campo mais 12 horas/campo reconhecimento de área perfazendo um total de 72 horas/campo.

3.1 RECONHECIMENTO DA ÁREA

A metodologia para a coleta de dados em campo realizada de 16 a 20 de Junho de 2014, contou com o período de reconhecimento da área que definiu o fragmento florestal que possuí maior extensão inserido dentro das duas áreas proposta Pedra do Submarino e Berra Onça, a identificação e demarcação dos diferentes ambientes florestais indicou a área do Berra Onça.

Mapa 5: Área para criação de Unidade de Conservação foi proposta a Pedra do Submarino e Berra Onça, porém sendo estimado a distância do raio de 3,0 quilômetros a partir do perímetro uma área alcança a outra, Brejetuba/ES.

A área de estudo se encontra totalmente inserida no bioma Mata Atlântica, em uma fitofisionomia de formação vegetal da Floresta Ombrófila Densa. O clima é classificado como tropical úmido (Aw) de temperatura elevada e com chuvas principalmente na primavera e no verão. As temperaturas atingem cerca de 34ºC no verão, podendo chegar a valores abaixo de 12 ºC no inverno. A precipitação média anual é de 1.150 mm/ano com meses chuvosos entre novembro e fevereiro. Na região predomina o Cambissolo Háplico que compreende solos minerais, não hidromórficos, bem drenados, pouco profundos, caracterizando-se pela presença de um horizonte B incipiente, com ocorrência de minerais facilmente intemperizáveis e fragmentos da rocha matriz no

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perfil. Este tipo de solo apresenta restrições à exploração agrícola e grande susceptibilidade erosiva (de média a forte) que é potencializada pelo relevo acidentado. A microbacia passa por uma histórica degradação devido à forte pressão agropecuária e uso inadequado do solo e dos recursos naturais. Caracteriza-se por um relevo irregular e acidentado esculpido sobre rochas ígneas e metamórficas com algumas áreas planas no fundo dos vales encaixados entre as montanhas. Essa paisagem forma um mosaico diversificado formado com diferentes tipos de uso e ocupação do solo marcados principalmente por: café, pastagem e pequenos fragmentos florestais. A área liga fragmentos florestais importantes para preservação, funcionando como um importante corredor ecológico. No tocante à biodiversidade da propriedade, apresenta desde espécies ameaçadas e endêmicas à especies raras e de relevância. Para determinação dos estágios sucessionais da vegetação foram utilizados os preceitos legais Resolução CONAMA Nº 29, de 07/12/1994; Resolução CONAMA Nº 417, de 23/11/2009 e Lei Estadual Nº 5.361, de 30/12/1996. Segue abaixo Croqui da identificação das áreas. seguido da localização no Mapa 7 e 8: Mapa de localização das parcelas dentro da área. A ÁREA nos estudos apresentou um local formação densa de árvores, em relação a serapilheira existente uma camada significativa e em decomposição, com grande parte do solo tomado de cobertura orgânica. As áreas na Pedra do Submarino e no Berra Onça, no município de Brejetuba está dentro da área de entorno considerando uma ou outra o que fez numa visita de reconhecimento definir para estudos que atendam o termo de referencia a área do Berra Onça por apresentar fragmento com cobertura vegetal num estágio médio de regeneração da floresta Ombrófila Densa (O estágio sucessional da vegetação foi determinado conforme Lei Estadual Nº 5.361), possui alta relevancia sua fauna e flora em relação a Pedra do Submarino que tem sua relevância na beleza cênica e seu universo amostral é pequeno. Assim, ate'ndendo o objetivo proposto pelo termo de referencia que vem solicitar estudo de viabilidade para criação de uma Unidade de Uso Integral conforme critérios da Lei No 9.985, DE 18 DE JULHO DE 2000 que Regulamenta o art. 225, § 1o, incisos I, II, III e VII da Constituição Federal, institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza e dá outras providências.

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FOTO: Áreas propostas pelo termo de referencia que após estudo visita prévia in loco definiu para os estudos a Berra Onça por estar uma inserida no entorno da Pedra do Submarino, ser a área que apresenta fragmento florestal significativo e atender o objetivo proposto no termo de referencia.

4. EQUIPE DE CAMPO

O presente trabalho foi realizado por uma equipe de profissionais devidamente capacitados e habilitados para tal com conhecimento e experiência de levantamento de campo em especial da flora, contando com estagiários do Curso de Técnico Ambiental do NERE do Instituto Terra e do município profissionais do Departamento de Meio Ambiente da Prefeitura Municipal de Brejetuba/ES.

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FONTE: Claudia Pimenta FOTO 1: EQUIPE DE TRABALHO: : Claudia Aparecida Pimenta (BIÓLOGA). PREFEITURA: João Lucas Dias (Tecnólogo em Gestão Ambiental da Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente). INSTITUTO TERRA: Wanderson Alves, Iury Nascimento, Kiara Pionti,Urias Alves Pereira Hudson Neto

5. RECONHECIMENTO DA ÁREA Área com ponto SEDE esta nas Coordenadas UTM. (WGS 84), 24k E = 274023 e N= 7785879

MAPA 8: CROQUI DA ÁREA que foi realizado a metodologia na coleta de dados da fauna, sendo considerada a mesma trilha para a flora.

As diferentes metodologias para cada grupo de captura e observação são descritas a seguir:

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5.3 FAUNA SILVESTRE - (avifauna e mastofauna)

5.3.1 Observação direta e busca ativa (avifauna e mastofauna) A presença das espécies de aves foi detectada por: Observação com binóculo e vocalização e obtidas nos períodos de 05h às 11h e 14h às 18h (di urno), em toda a área .

5.3.2 Censo por ponto (avifauna e mastofauna) Na área um transectos de 1000 metros foi percorrido para os 3 censos diurnos, com pontos equidistantes sendo os censos com duração de 15 minutos em cada ponto. Para cada foi considerada censo de ida e volta com tempo de 2h e 30min (ida) e 2h e 30min (volta), um total de 15h na campanha de esforço amostral. Considerado todas as espécies possíveis por ponto (censo ilimitado) inclusive as que estavam voando ou as vocalizações distantes.

5.3.3 Armadilhas fotográficas (câmara trap) (mastofauna):

10 (dez) armadilhas utilizada na captura de registros de animais silvestres com potência de 6.0 Mega Pixel, movida por sensor digital e flash com dispositivo infravermelho. Foram distribuídas na região de estudo, em locais estratégicos (cevas naturais, trilhas de animais previamente avaliadas) totalizando 10 armadilhas ligadas 24 horas durante 05 cinco dias um total de 1.200 horas dia/noite FOTO 13: Camara trap colocado em pontos dentro das trilhas e para área. locais previamente identificados.

5.3.3 Captura com rede de neblina (avifauna):

Dos capturados foram tomados os dados biológicos (idade e/ou sexo e/ou fase reprodutiva) e biométricos (peso e medidas de acordo com cada grupo) (figura 15) sendo devolvidos ao ambiente, próximo ao local de captura. Foram feitas marcações temporárias (caneta de tinta permanente e/ou esmalte) com duração para cada período para identificar possíveis recapturas.

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Figura 16– Tomada de dados biométricos em aves Figura 17– Tomada de dados biométricos em aves

Os nomes comuns para as espécies citadas neste relatório estão de acordo com a bibliografia específica de cada grupo ou nomes conhecidos localmente.

As identificações das espécies e os nomes comuns seguiram, basicamente, para Aves – Sigrist (2007), Sigrist (2009), Souza (1998) e CBRO (2011); Mamíferos - Silva (1994), Fonseca et al. (1996), Reis et al. (2005), Reis et al. (2006).

A sistemática de cada grupo está de acordo com: Avifauna - Comitê Brasileiro de Registros Ornitológicos (CBRO 2006); Mastofauna - Reis et al. (2006).

Sob a denominação de status de conservação foram consideradas as espécies ameaçadas de extinção em nível estadual (Espírito Santo) de acordo com (Simon et al. 2007b) em nível nacional (Brasil-MMA 2003) e em nível global (IUCN 2006).

Para avaliação das espécies endêmicas de Mata Atlântica foram utilizadas as bibliografias para mamíferos Fonseca et al. (1996) e Reis et al. (2006) e as Aves de acordo com Bencke et al. (2006).

A documentação de registro das espécies levantadas em campo, foram feitas com auxilio de binóculo Profissional identificação visual (Vi) com ajuda de binóculos da Leica 8 x 42. de: (G) gravação da vocalização (gravador Marantez PMD 670 e microfone Sennheiser ME 66); (Fi) filmagen (Sony DSC-H50) e (Fo) fotografias (Sony DSC-H50 e Canon EOS e uma DS12071 ). Todo o material documentado e registrado foi depositado no Arquivo de Dados da Bióloga Claudia Aparecida Pimenta, Aimorés, MG.

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6. RESULTADOS

Para essa campanha foram 90 horas de esforço amostral para as duas áreas Pedra do Submarino e Berra Onça em Brejetuba/ES e entorno com o resultado para a fauna silvestre (Avifauna e Mastofauna) de 232 espécies para as Aves e 22 espécies para os Mamíferos. Perfazendo um total de 254 espécies registradas, dentre as espécies para todas as lista que compõe esse relatório temos:26 espécies ameaçadas nos diferentes status de conservação e 69 espécies endêmicas para o Brasil e ou Mata Atlântica. A Mata Atlântica é considerada um hotspot, e esse resultado são a descoberta de um tesouro para a região da Bacia do Rio Guandu. O município de Brejetuba em relação a sua lista e outras listas secundárias com a área estudada apresenta o resultado numa relação onde foi registrado as espécies e o tipo de floresta conforme tabela abaixo:

CLASSE TIPO DE MUNICÍPIO AVES MAMÍFEROS FLORESTA Atlas Sócio econômico 356 espécies 36 espécies FUNATURA 158 espécies xx espécies

Wikiaves 326 espécies xx espécies Ombrófila Berra Onça e Pedra do 232 espécies 22 espécies Submarino

6.1 AVES

Movimentando na base das espécies descritas nas cinco listas o grupo das AVES apresenta a ordem Passeriforme a família com maior número de espécies foi TYRANNIDAE, seguido das famílias THRAYPIDAE, FURNARIDAE, DENCROCOLAPTIDAE, EMBEREZIDAE E THAMNOPHILIDAE. Com registros de espécies oriundas do Hemisfério Norte (Neártico). Quanto ao tipo de registro das espécies foram por visualização 96 % e 32 % por vocalização. O número de espécies documentadas 93% do total está distribuídas em fotos, por filmagem e por gravação da vocalização.

6.1.1 AVES AMEAÇADAS:

Quanto às espécies ameaçadas de extinção para as cinco listas temos um total de 19 espécies (5,3 %) de Aves (TAB 2). TABELA 2: Quanto às espécies ameaçadas em diversos status de conservação

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NÍVEL CATEGORIA ESPÉCIES Ameaçada de extinção (3) Conopophaga lineata, Amazona rhodocorytha, Amazona BRASIL (AB) vinacea Em Perigo (EP) (1) Glaucidium minutissimum ESPÍRITO Criticamente em perigo (3) Cyanoloxia brissonii, Hydropsalis hirundinacea, Amazona SANTO (CP) vinacea, (5) Pachyramphus validus, Neopelma aurifrons, Nyctibius Vulnerável (VU) grandis, Penelope obscura, Dolichonyx oryzivorus Em perigo (EN) (2) Amazona vinacea, Amazona rhodocorytha (3) Neopelma aurifrons, Procnias nudicollis, Tangara Vulnerável (VU) MUNDIAL peruviana Próximo a ameaçada (5) Primolius maracanã, Cyanocorax caeruleus, Dysithamnus (NT) stictothorax, Pteroglossus bailloni, Lipaugus lanioides 19 ESPÉCIES ameaçadas em diferentes status de conservação.

6.1.2 AVES ENDÊMICAS

Com relação a endemismos também para as cinco listas tem-se um total de 59 espécies (16,57%) entre as consideradas para o Brasil e/ou Mata Atlântica, tendo (16) espécies. Comuns para os dois: Amazona rhodocorytha, Malacoptila striata, Veniliornis maculifrons, Formicivora serrana, Thamnophilus ambiguus, Drymophila ferruginea, Lepidocolaptes squamatus, Ilicura militaris, Todirostrum poliocephalum, Myiornis auricularis, Hemitriccus nidipendulus, Knipolegus nigerrimus, Tangara cyanoventris, Tangara ornata, Hemithraupis ruficapilla sendo: TABELA 3: Espécies endêmicas para o Brasil e pra a Mata Atlântica NÍVEL ESPÉCIES BRASIL (41) Brotogeris tirica, Amazona rhodocorytha, Hydropsalis hirundinacea, Phaethornis squalidus, Phaethornis idaliae, Lophornis magnificus, Clytolaema rubricauda, Malacoptila striata, Veniliornis maculifrons, Myrmeciza loricata, Formicivora serrana, Thamnophilus ambiguus, Dysithamnus stictothorax, Drymophila ferruginea, Drymophila squamata, Conopophaga melanops, Chamaeza meruloides, Lepidocolaptes squamatus, Furnarius figulus, Anabazenops fuscus, Phacellodomus erythrophthalmus, Cranioleuca pallida, Neopelma aurifrons, Ilicura militaris, Lipaugus lanioides, Todirostrum poliocephalum, Hemitriccus nidipendulus, Attila rufus, Knipolegus nigerrimus, Tangara cyanoventris, Tangara desmaresti, Tangara cyanoptera, Tangara ornata, Tangara peruviana, Schistochlamys ruficapillus, Paroaria dominicana, Hemithraupis ruficapilla, Sporophila ardesiaca, Arremon semitorquatus, Icterus jamacaii. MATA (32) Cathartes burrovianus, Aramides saracura, Amazona vinacea, Amazona rhodocorytha, ATLÂNTICA Pulsatrix koeniswaldiana, Florisuga fusca, Thalurania glaucopis, Trogon surrucura, Malacoptila striata, Veniliornis maculifrons, Campephilus robustus, Formicivora serrana, Thamnophilus ambiguus, Pyriglena leucoptera, Drymophila ferruginea, Conopophaga lineata, Xiphorhynchus fuscus, Lepidocolaptes squamatus, Synallaxis ruficapilla, Ilicura militaris, Chiroxiphia caudata, Schiffornis virescens, Mionectes rufiventris, Todirostrum poliocephalum, Myiornis auricularis, Hemitriccus nidipendulus, Knipolegus nigerrimus, Tachyphonus coronatus, Tangara cyanoventris, Tangara ornata, Hemithraupis ruficapilla.

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6.1.3 LISTA DO LEVANTAMENTO AVES EM BREJETUBA DE 16/06 á 20/06/2014 BIO FUNA WIKI Nº NOME CIENTIFICO NOME EM PORTUGUÊS Brejetuba CAPI TURA AVES TINAMIDAE 1. Crypturellus soui TURURIM X X 2. Crypturellus obsoletus INHAMBUGUAÇU X X X X 3. Crypturellus parvirostris INHAMBU-CHORORÓ X X 4. Crypturellus tataupa INHAMBU-CHINTÃ X X X X 5. Rhynchotus rufescens PERDIZ X X ANHIMIDAE 6. Anhima cornuta ANHUMA X X ANATIDAE 7. Dendrocygna viduata IRERÊ X X X 8. Dendrocygna autumnalis ASA-BRANCA X X 9. Cairina moschata PATO-DO-MATO X X 10. Amazonetta brasiliensis PÉ-VERMELHO X X MARRECA-DE-BICO- 11. Nomonyx dominica X X ROXO CRACIDAE 12. Ortalis araucuan ARACUÃ X X X X 13. Penelope superciliaris JACUPEMBA X X X X 14. Penelope obscura JACUAÇU X X X X PODICIPEDIDAE 15. Tachybaptus dominicus MERGULHÃO-PEQUENO X X 16. Podilymbus podiceps MERGULHÃO-CAÇADOR X PHALACROCORACIDAE 17. Phalacrocorax brasilianus BIGUÁ X X ARDEIDAE 18. Tigrisoma lineatum SOCÓ-BOI X 19. Botaurus pinnatus SOCÓ-BOI-BAIO X 20. Nycticorax nycticorax SAVACU X X 21. Butorides striata SOCOZINHO X X X 22. Bubulcus ibis GARÇA-VAQUEIRA X X X 23. Ardea cocoi GARÇA-MOURA X GARÇA-BRANCA- 24. Ardea alba X X X GRANDE 25. Syrigma sibilatrix MARIA-FACEIRA X X GARÇA-BRANCA- 26. Egretta thula X X x PEQUENA 27. Egretta caerulea GARÇA-AZUL X 28. Pilherodius pileatus GARÇA-REAL x X CATHARTIDAE URUBU-DE-CABEÇA- 29. Cathartes aura X X X VERMELHA URUBU-DE-CABEÇA- 30. Cathartes burrovianus X X X AMARELA URUBU-DE-CABEÇA- 31. Coragyps atratus X X X X PRETA ACCIPITRIDAE GAVIÃO-DE-CABEÇA- 32. Leptodon cayanensis X X X CINZA 33. Elanoides forficatus GAVIÃO-TESOURA X X X

34. Ictinia plumbea SOVI X X X 35. Rostrhamus sociabilis GAVIÃO-CARAMUJEIRO X 36. Geranospiza caerulescens GAVIÃO-PERNILONGO X 37. Heterospizias meridionalis GAVIÃO-CABOCLO X X X 30

38. Urubitinga urubitinga GAVIÃO-PRETO X X 39. Rupornis magnirostris GAVIÃO-CARIJÓ X X X x GAVIÃO-DE-RABO- 40. Geranoaetus albicaudatus X X x BRANCO 41. Geranoaetus melanoleucus ÁGUIA-CHILENA X X 42. Spizaetus tyrannus GAVIÃO-PEGA-MACACO X X GAVIÃO-DE-RABO- 43. Buteo albonotatus X X BARRADO GAVIÃO-DE-CAUDA – 44. Buteo brachyurus X X X CURTA 45. Chondrohierax uncinatus CAROCOLEIRO X X 46. Urubitinga coronata ÁGUIA-CINZENTA X X 47. Harpagus diodon GAVIÃO-BOMBACHINHA X X 48. Spizaetus melanoleucus GAVIÃO-PATO X X FALCONIDAE 49. Caracara plancus CARACARÁ X X x 50. Milvago chimachima CARRAPATEIRO X X X x 51. Herpetotheres cachinnans ACAUÃ X X x 52. Micrastur semitorquatus FALCÃO-RELÓGIO X X 53. Falco sparverius QUIRIQUIRI X X x 54. Falco femoralis FALCÃO-DE-COLEIRA X X X 55. Falco rufigularis CAURÉ X X ARAMIDAE 56. Aramus guarauna CARÃO X RALLIDAE 57. Aramides cajanea SARACURA-TRÊS-POTES X 58. Aramides saracura SARACURA-DO-MATO X X X x 59. Porzana albicollis SANÃ-CARIJÓ X X 60. Pardirallus nigricans SARACURA-SANÃ X X X x FRANGO-D'ÁGUA- 61. Gallinula galeata X X x COMUM 62. Porphyrio martinica FRANGO-D'ÁGUA-AZUL X X 63. Laterallus melanophaius SANÃ-PARDA X X X CARIAMIDAE 64. Cariama cristata SERIEMA X X x CHARADRIIDAE 65. Vanellus chilensis QUERO-QUERO X X X x SCOLOPACIDAE 66. Gallinago undulata NARCEJÃO X 67. Tringa solitaria MAÇARICO-SOLITÁRIO JACANIDAE 68. Jacana jacana JAÇANÃ X x x COLUMBIDAE 69. Columbina talpacoti ROLINHA-ROXA X X X x 70. Columbina squammata FOGO-APAGOU X X X x 71. Columbina picui ROLINHA-PICUI X X 72. Claravis pretiosa PARARU-AZUL X X 73. Columba livia POMBO-DOMÉSTICO X X 74. Patagioenas speciosa POMBA-TROCAL X x 75. Patagioenas picazuro POMBÃO X X X x 76. Patagioenas cayennensis POMBA-GALEGA X X X 77. Patagioenas plumbea POMBA-AMARGOSA X X X 78. Zenaida auriculata POMBA-DE-BANDO X X 79. Leptotila verreauxi JURITI-PUPU X X X x 80. Leptotila rufaxilla JURITI-GEMEDEIRA X X X X 81. Geotrygon montana PARIRI X PSITTACIDAE

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MARACANÃ- 82. Primolius maracana X X X x VERDADEIRA PERIQUITÃO- 83. Psittacara leucophthalmus X X x MARACANÃ 84. Aratinga aurea PERIQUITO-REI X X TIRIBA-DE-TESTA- 85. Pyrrhura frontalis X X X x VERMELHA 86. Forpus xanthopterygius TUIM X X x 87. Brotogeris tirica PERIQUITO-RICO X 88. Pionus maximiliani MAITACA-VERDE X X X x PAPAGAIO-DE-PEITO- 89. Amazona vinacea X X ROXO 90. Amazona rhodocorytha CHAUÁ X X X x CUCULIDAE 91. Piaya cayana ALMA-DE-GATO X X X x PAPA-LAGARTA- 92. Coccyzus melacoryphus X ACANELADO 93. Crotophaga major ANU-COROCA X X 94. Crotophaga ani ANU-PRETO X X X x 95. Guira guira ANU-BRANCO X X X x 96. Tapera naevia SACI X X X x TYTONIDAE 97. Tyto furcata CORUJA-DA-IGREJA X X X x STRIGIDAE 98. Megascops choliba CORUJINHA-DO-MATO X X x MURUCUTUTU-DE- 99. Pulsatrix koeniswaldiana X X X x BARRIGA-AMARELA 100. Glaucidium minutissimum CABURÉ-MIUDINHO X 101. Glaucidium brasilianum CABURÉ X X X x 102. Athene cunicularia CORUJA-BURAQUEIRA X X x 103. Megascops atricapilla CORUJA-SAPO X X NYCTIBIIDAE 104. Nyctibius grandis MÃE-DA-LUA-GIGANTE X X 105. Nyctibius griseus MÃE-DA-LUA X X 106. Nuctibius aethereus MÃE-DA-LUA-PARDA X X CAPRIMULGIDAE 107. Nyctiphrynus ocellatus BACURAU-OCELADO X X 108. Lurocalis semitorquatus TUJU X X 109. Hydropsalis albicollis BACURAU X X X x 110. Hydropsalis parvula BACURAU-CHINTÃ X X BACURAUZINHO-DA- 111. Hydropsalis hirundinacea X X CAATINGA 112. Hydropsalis torquata BACURAU-TESOURA X X X 113. Hydropsalis longirostris BACURAU-DA-TELHA X X APODIDAE TAPERUÇU-DE-COLEIRA- 114. Streptoprocne zonaris X X BRANCA ANDORINHÃO-DE- 115. Chaetura cinereiventris X X SOBRE-CINZENTO ANDORINHÃO-DO- 116. Chaetura meridionalis X X TEMPORAL TAPERUÇU-DE-COLEIRA- 117. Streptoprocne biscutata X FALHA TROCHILIDAE 118. Glaucis hirsutus BALANÇA-RABO-DE- X X X

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BICO-TORTO RABO-BRANCO- 119. Phaethornis squalidus X X x PEQUENO 120. Phaethornis idaliae RABO-BRANCO-MIRIM X x 121. Phaethornis ruber RABO-BRANCO-RUBRO X x RABO-BRANCO- 122. Phaethornis pretrei X X X x ACANELADO RABO-BRANCO-DE- 123. Phaethornis eurynome X X X X GARGANTA-RAJADA 124. Eupetomena macroura BEIJA-FLOR-TESOURA X X x 125. Florisuga fusca BEIJA-FLOR-PRETO X X X X BEIJA-FLOR-DE- 126. Colibri serrirostris X X x ORELHA-VIOLETA 127. Chrysolampis mosquitus BEIJA-FLOR-VERMELHO X 128. Lophornis magnificus TOPETINHO-VERMELHO X X BEIJA-FLOR-DE- 129. Chlorostilbon notatus X GARGANTA-AZUL BESOURINHO-DE-BICO- 130. Chlorostilbon lucidus X X X x VERMELHO BEIJA-FLOR-DE-FRONTE- 131. Thalurania glaucopis X X X x VIOLETA 132. Hylocharis sapphirina BEIJA-FLOR-SAFIRA X BEIJA-FLOR-DE-PAPO- 133. Leucochloris albicollis X X X x BRANCO BEIJA-FLOR-DE- 134. Amazilia fimbriata X GARGANTA-VERDE BEIJA-FLOR-DE-PEITO- 135. Amazilia lactea X X X x AZUL 136. Clytolaema rubricauda BEIJA-FLOR-RUBI X X X 137. Calliphlox amethystina ESTRELINHA-AMETISTA X X BEIJA-FLOR-DE-BANDA- 138. Amazilia versicolor X X BRANCA 139. Hulocharis cyanus BEIJA-FLOR-ROXO X X 140. Aphantochroa cirrchloris BEIJA-FLOR-CINZA X X TROGONIDAE SURUCUÁ-GRANDE-DE- 141. Trogon viridis X X x BARRIGA-AMARELA 142. Trogon surrucura SURUCUÁ-VARIADO X X X x SURUCUÁ-DE-BARRIGA- 143. Trogon rufus X X AMARELA ALCEDINIDAE MARTIM-PESCADOR- 144. Megaceryle torquata X X x GRANDE MARTIM-PESCADOR- X 145. Chloroceryle amazona X VERDE MARTIM-PESCADOR- 146. Chloroceryle americana X X PEQUENO MOMOTIDAE 147. Baryphthengus ruficapillus JURUVA-VERDE X GALBULIDAE ARIRAMBA-DE-CAUDA- 148. Galbula ruficauda X X x x RUIVA BUCCONIDAE 149. Malacoptila striata BARBUDO-RAJADO X X X X 150. Chelidoptera tenebrosa URUBUZINHO X x RAMPHASTIDAE TUCANO-DE-BICO- 151. Ramphastos vitellinus X X X x PRETO

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TUCANO-DE-BICO- 152. Ramphastos dicolorus X X x VERDE 153. Selenidera maculirostris ARAÇARI-POCA X X X 154. Pteroglossus bailloni ARAÇARI-BANANA X X ARAÇARI-DE-BICO- 155. Pteroglossus aracari X X X x BRANCO PICIDAE PICA-PAU-ANÃO- 156. Picumnus cirratus X X X x BARRADO 157. Melanerpes candidus PICA-PAU-BRANCO X X PICAPAUZINHO-DE- 158. Veniliornis maculifrons X X X x TESTA-PINTADA 159. Piculus aurulentus PICA-PAU-DOURADO X X X X PICA-PAU-VERDE- 160. Colaptes melanochloros X X X BARRADO 161. Colaptes campestris PICA-PAU-DO-CAMPO X X X x PICA-PAU-DE-CABEÇA- 162. Celeus flavescens X X X x AMARELA PICA-PAU-DE-BANDA- 163. Dryocopus lineatus X X X x BRANCA 164. Campephilus robustus PICA-PAU-REI X X x THAMNOPHILIDAE FORMIGUEIRO- 165. Myrmeciza loricata X X x ASSOBIADOR FORMIGUEIRO-DA- 166. Formicivora serrana X X X x SERRA CHOCA-DE-CHAPÉU- 167. Thamnophilus ruficapillus X X X VERMELHO 168. Dysithamnus mentalis CHOQUINHA-LISA X X X 169. Thamnophilus palliatus CHOCA-LISTRADA X X x 170. Thamnophilus ambiguus CHOCA-DE- X X X x 171. Thamnophilus caerulescens CHOCA-DA-MATA X X X x CHOCA-DE-PEITO- 172. Dysithamnus stictothorax X X X PINTADO 173. Taraba major CHORÓ-BOI X X X x 174. Batara cinerea MATRACÃO X X X 175. Mackenziaena severa BORRALHARA X X x 176. Pyriglena leucoptera PAPA-TAOCA-DO-SUL X X x 177. Drymophila ferruginea TROVOADA X X X 178. Drymophila squamata PINTADINHO X X x Herpsilochmus rufimarginatus CHOCOZINHO-DE-ASSA- 179. X X VERMELHA 180. Terenura maculata ZIDEDE X X X CONOPOPHAGIDAE 181. Conopophaga lineata CHUPA-DENTE X X X x CUSPIDOR-DE- 182. Conopophaga melanops X X X X MÁSCARA-PRETA GRALLARIIDAE 183. Grallaria varia TOVACUÇU X FORMICARIIDAE 184. Chamaeza campanisona TOVACA-CAMPAINHA X 185. Chamaeza meruloides TOVACA-CANTADORA X X SCLERURIDAE VIRA-FOLHA-DE-PEITO- 186. Sclerurus mexicanus X X VERMELHO VIRA-FOLHA-DE-BICO- 187. Sclerurus rufigularis X CURTO 188. Sclerurus caudacutus VIRA-FOLHA-PARDO X X

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189. Sclerurus scansor VIRA-FOLHA X 190. Geositta poeciloptera ANDARILHO X DENDROCOLAPTIDAE 191. Dendrocincla turdina ARAPAÇU-LISO X X X 192. Xiphorhynchus fuscus ARAPAÇU-RAJADO X X X X 193. Sittasomus griseicapillus ARAPAÇU VERDE X X X x 194. Xiphorhynchus pardalotus ARAPAÇU-ASSOBIADOR X X ARAPAÇU-DE- 195. Xiphorhynchus guttatus GARGANTA-AMARELA ARAPAÇU-DE-BICO- 196. Dendroplex picus X BRANCO ARAPAÇU-DE-BICO- 197. Campylorhamphus falcularius X X X TORTO 198. Lepidocolaptes squamatus ARAPAÇU-ESCAMADO X X X x 199. Dendrocolaptes platyrostris ARAPAÇU-GRANDE X X X x ARAPAÇU-DE- 200. Xiphocolaptes albicollis X X X GARGANTA-BRANCA XENOPIDAE 201. Xenops minutus BICO-VIRADO-MIÚDO X x 202. Xenops rutilans BICO-VIRADO-CARIJÓ X X X x FURNARIIDAE CASACA-DE-COURO-DA- 203. Furnarius figulus X X X x LAMA 204. Furnarius rufus JOÃO-DE-BARRO X X X x 205. Lochmias nematura JOÃO-PORCA X X X x BARRANQUEIRO-DE- 206. Automolus leucophthalmus X X X x OLHO-BRANCO 207. Anabazenops fuscus TREPADOR-COLEIRA X X x 208. Philydor lichtensteini LIMPA-FOLHA-OCRÁCEO X X X LIMPA-FOLHA- 209. Philydor atricapillus X X COROADO LIMPA-FOLHA-DE- 210. Philydor rufum X X TESTA-BAIA 211. Phacellodomus rufifrons JOÃO-DE-PAU X X X x Phacellodomus 212. JOÃO-BOTINA-DA-MATA X X erythrophthalmus 213. Certhiaxis cinnamomeus CURUTIÉ X X X x 214. Synallaxis ruficapilla PICHORORÉ X X X x 215. Synallaxis frontalis PETRIM X X X x 216. Synallaxis spixi JOÃO-TENENÉM X X X x 217. Cranioleuca pallida ARREDIO-PÁLIDO X X X x 218. Synallaxis albescens UI-PI X PIPRIDAE 219. Neopelma aurifrons FRUXU-BAIANO X x 220. Manacus manacus RENDEIRA X X X x 221. Dixiphia pipra CABEÇA-BRANCA X 222. Ilicura militaris TANGARAZINHO X X X x 223. Chiroxiphia caudata TANGARÁ X X X x ONYCHORHYNCHIDAE 224. Myiobius barbatus ASSANHADINHO X x ASSANHADINHO-DE- 225. Myiobius atricaudus X X CAUDA-PRETA OXYRUNCIDAE 226. Oxyruncus cristatus ARAPONGA-DO-HORTO X X TITYRIDAE 227. Schiffornis virescens FLAUTIM X X x 228. Tityra inquisitor ANAMBÉ-BRANCO-DE- X X X

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BOCHECHA-PARDA 229. Pachyramphus viridis CANELEIRO-VERDE X X X 230. Pachyramphus castaneus CANELEIRO X X X x 231. Pachyramphus polychopterus CANELEIRO-PRETO X X X 232. Pachyramphus marginatus CANELEIRO-BORDADO X X X CANELEIRO-DE- 233. Pachyramphus validus X X CHAPÉU-PRETO COTINGIDAE 234. Lipaugus lanioides TROPEIRO-DA-SERRA X X x 235. Procnias nudicollis ARAPONGA X X 236. Carpornis cucullata COROCOCHÓ X X TYRANNOIDEA 237. Platyrinchus mystaceus PATINHO X X X x RHINOCRYPTIDAE 238. Eleoscytalopus indigoticus MACUQUINHO X X X RHYNCHOCYCLIDAE ABRE-ASA-DE-CABEÇA- 239. Mionectes rufiventris X X x CINZA 240. Leptopogon amaurocephalus CABEÇUDO X X X X 241. Corythopis delalandi ESTALADOR X X X BICO-CHATO-DE- 242. Tolmomyias sulphurescens X X X x ORELHA-PRETA BICO-CHATO-DE- 243. Tolmomyias poliocephalus X X CABEÇA-CINZA 244. Tolmomyias flaviventris BICO-CHATO-AMARELO X X 245. Todirostrum poliocephalum TEQUE-TEQUE X X X x 246. Todirostrum cinereum FERREIRINHO-RELÓGIO X X X x 247. Poecilotriccus plumbeiceps TORORÓ X X 248. Myiornis auricularis MIUDINHO X X X x 249. Hemitriccus diops OLHO-FALSO X X x 250. Hemitriccus nidipendulus TACHURI-CAMPAINHA X X x BORBOLETINHA-DO- 251. Phylloscartes ventralis X MATO TYRANNIDAE 252. Hirundinea ferruginea GIBÃO-DE-COURO X X X x 253. Euscarthmus meloryphus BARULHENTO X X x 254. Tyranniscus burmeisteri PIOLHINHO-CHIADOR X X 255. Camptostoma obsoletum RISADINHA X X X x GUARACAVA-DE- 256. Elaenia flavogaster X X X X BARRIGA-AMARELA 257. Elaenia mesoleuca TUQUE X X 258. Elaenia obscura TUCÃO X X X 259. Myiopagis caniceps GUARACAVA-CINZENTA X X x 260. Capsiempis flaveola MARIANINHA-AMARELA X X 261. Phaeomyias murina BAGAGEIRO X x 262. Phyllomyias fasciatus PIOLHINHO X X X x 263. Pseudocolopteryx sclateri TRICOLINO X 264. Serpophaga nigricans JOÃO-POBRE X X x 265. Serpophaga subcristata ALEGRINHO X X X x 266. Attila rufus CAPITÃO-DE-SAÍRA X X x 267. Legatus leucophaius BEM-TE-VI-PIRATA X x MARIA-CAVALEIRA- 268. Myiarchus tuberculifer X X X PEQUENA 269. Myiarchus swainsoni IRRÉ X X X 270. Myiarchus ferox MARIA-CAVALEIRA X X X x 271. Myiarchus tyrannulus MARIA-CAVALEIRA-DE- X X X

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RABO-ENFERRUJADO 272. Sirystes sibilator GRITADOR X X X x 273. Rhytipterna simplex VISSIÁ X x 274. Pitangus sulphuratus BEM-TE-VI X X X x BENTEVIZINHO-DO- 275. Philohydor lictor X x BREJO 276. Machetornis rixosa SUIRIRI-CAVALEIRO X X x 277. Myiodynastes maculatus BEM-TE-VI-RAJADO X X X x 278. Megarynchus pitangua NEINEI X X X x BENTEVIZINHO-DE-ASA- 279. Myiozetetes cayanensis X X FERRUGÍNEA BENTEVIZINHO-DE- 280. Myiozetetes similis X X X x PENACHO-VERMELHO SUIRIRI-DE-GARGANTA- 281. Tyrannus albogularis X BRANCA 282. Tyrannus melancholicus SUIRIRI X X X x 283. Tyrannus savana TESOURINHA X X x 284. Empidonomus varius PEITICA X X 285. Conopias trivirgatus BEM-TE-VI-PEQUENO X x 286. Colonia colonus VIUVINHA X X x 287. Myiophobus fasciatus FILIPE X X X x 288. Pyrocephalus rubinus PRÍNCIPE X x LAVADEIRA-DE-CARA- 289. Fluvicola albiventer X BRANCA LAVADEIRA- 290. Fluvicola nengeta X X X x MASCARADA 291. Arundinicola leucocephala FREIRINHA X X x 292. Gubernetes yetapa TESOURA-DO-BREJO X X x 293. Cnemotriccus fuscatus GUARACAVUÇU X 294. Lathrotriccus euleri ENFERRUJADO X X X x Knipolegus cyanirostris MARIA-PRETA-DE-BICO- 295. X X AZULADO MARIA-PRETA-DE- 296. Knipolegus lophotes X X PENACHO MARIA-PRETA-DE- 297. Knipolegus nigerrimus X X X GARGANTA-VERMELHA 298. Satrapa icterophrys SUIRIRI-PEQUENO X X X x 299. Xolmis cinereus PRIMAVERA X X 300. Xolmis velatus NOIVINHA-BRANCA X X 301. Muscipipra vetula TESOURA-CINZENTA X X X VIREONIDAE 302. Cyclarhis gujanensis PITIGUARI X X X x 303. Vireo olivaceus JURUVIARA X X X x 304. Hylophilus poicilotis VERDINHO-COROADO X X 305. Hylophilus thoracicus VITE-VITE X VITE-VITE-DE-OLHO- 306. Hylophilus amaurocephalus X X X X CINZA CORVIDAE 307. Cyanocorax cristatellus GRALHA-DO-CAMPO X HIRUNDINIDAE ANDORINHA-PEQUENA- 308. Pygochelidon cyanoleuca X X x x DE-CASA ANDORINHA- 309. Stelgidopteryx ruficollis X X x x SERRADORA 310. Progne tapera ANDORINHA-DO-CAMPO X x 311. Progne subis ANDORINHA-AZUL X X 312. Progne chalybea ANDORINHA- X x

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DOMÉSTICA-GRANDE 313. Tachycineta albiventer ANDORINHA-DO-RIO X x TROGLODYTIDAE 314. Troglodytes musculus GARRINCHA X X X x 315. Campylorhynchus turdinus CATATAU X 316. Pheugopedius genibarbis GARRINCHÃO-PAI-AVÔ X X X x DONACOBIIDAE 317. Donacobius atricapilla JAPACANIM X x TURDIDAE 318. Turdus flavipes SABIÁ-UNA X X X 319. Turdus rufiventris SABIÁ-LARANJEIRA X X X x 320. Turdus leucomelas SABIÁ-BARRANCO X X X x 321. Turdus fumigatus SABIÁ-DA-MATA X 322. Turdus amaurochalinus SABIÁ-POCA X X X x 323. Turdus albicollis SABIÁ-COLEIRA X X x MIMIDAE 324. Mimus saturninus SABIÁ-DO-CAMPO X x x MOTACILLIDAE 325. Anthus lutescens CAMINHEIRO-ZUBIADOR X X THRAUPIDAE 326. Coereba flaveola CAMBACICA X X X x 327. Saltator maximus TEMPERA-VIOLA X X x TRINCA-FERRO- 328. Saltator similis X X x VERDADEIRO SAÍRA-DE-CHAPÉU- 329. Nemosia pileata X x PRETO 330. Tachyphonus coronatus TIÊ-PRETO X X X

331. Ramphocelus bresilius TIÊ-SANGUE x X 332. Lanio pileatus TICO-TICO-REI-CINZA X X X x 333. Lanio melanops TIÊ-DE-TOPETE X X X x 334. Tangara seledon SAÍRA-SETE-CORES X X X 335. Tangara cyanoventris SAÍRA-DOURADINHA X X X x 336. Tangara desmaresti SAÍRA-LAGARTA X X X 337. Tangara sayaca SANHAÇU-CINZENTO X X X x SANHAÇU-DE- 338. Tangara cyanoptera X X X ENCONTRO-AZUL SANHAÇU-DO- 339. Tangara palmarum X X X x COQUEIRO SANHAÇU-DE- 340. Tangara ornata X X X ENCONTRO-AMARELO 341. Tangara peruviana SAÍRA-SAPUCAIA X 342. Tangara cayana SAÍRA-AMARELA X X x 343. Cissopis leverianus TIETINGA X X x 344. Schistochlamys ruficapillus BICO-DE-VELUDO X X x CARDEAL-DO- 345. Paroaria dominicana X X x NORDESTE 346. Pipraeidea melanonota SAÍRA-VIÚVA X X x 347. Thlypopsis sordida SAÍ-CANÁRIO X X X 348. Tiaris fuliginosus CIGARRA-DO-COQUEIRO X X 349. Tersina viridis SAÍ-ANDORINHA X X X X 350. Dacnis cayana SAÍRA-AZUL X X X x 351. Hemithraupis ruficapilla SAÍRA-FERRUGEM X X X X 352. Hemithraupis flavicollis SAÍRA-GALEGA X X FIGUINHA-DE-RABO- 353. Conirostrum speciosum X X X x CASTANHO

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354. Emberizoides herbicola CANÁRIO-DO-CAMPO X X EMBERIZIDAE 355. Zonotrichia capensis TICO-TICO X X X X 356. Ammodramus humeralis TICO-TICO-DO-CAMPO X X x Arremon taciturnus TICO-TICO-DE-BICO- 357. X X PRETO 358. Haplospiza unicolor CIGARRA-BAMBU X X CANÁRIO-DA-TERRA- 359. Sicalis flaveola X X X X VERDADEIRO 360. Volatinia jacarina TIZIU X X x 361. Sporophila lineola BIGODINHO X X x 362. Sporophila nigricollis BAIANO X X x PAPA-CAPIM-DE- 363. Sporophila ardesiaca X X COSTAS-CINZAS 364. Sporophila frontalis PIXOXÓ X X 365. Sporophila leucoptera CHORÃO X X 366. Sporophila caerulescens COLEIRINHO X X x 367. Tiaris fuliginosus CIGARRA-DO-COQUEIRO X 368. Arremon semitorquatus TICO-TICO-DO-MATO X X x CARDINALIDAE 369. Piranga flava SANHAÇU-DE-FOGO X X 370. Habia rubica TIÊ-DO-MATO-GROSSO X X X X 371. Caryothraustes canadensis FURRIEL X X X x 372. Cyanoloxia brissonii AZULÃO X X PARULIDAE 373. Parula pitiayumi MARIQUITA X X X x 374. Geothlypis aequinoctialis PIA-COBRA X X x 375. Basileuterus culicivorus PULA-PULA X X X x ICTERIDAE 376. Psarocolius decumanus JAPU X X x 377. Cacicus haemorrhous GUAXE X X X x 378. Icterus jamacaii SOFRÊ X X x 379. Gnorimopsar chopi MELRO X X X x 380. Chrysomus ruficapillus GARIBALDI X X 381. Molothrus bonariensis VIRA-BOSTA X X 382. Molothrus oryzivorus IRAUNA-GRANDE X X POLÍCIA-INGLESA-DO- 383. Sturnella superciliaris X X SUL 384. Dolichonyx oryzivorus TRISTE-PIA X FRINGILLIDAE 385. Euphonia chlorotica FIM-FIM X X X x 386. Euphonia cyanocepphala GATURAMO-REI X GATURAMO- 387. Euphonia violacea X X X x VERDADEIRO 388. Euphonia pectoralis FERRO-VELHO X X X 389. Chlorophonia cyanea GATURAMO-BANDEIRA X X ESTRILDIDAE 390. Estrilda astrild BICO-DE-LACRE X PASSERIDAE 391. Passer domesticus PARDAL X X X Total de espécies por seguimento 391 158 326 232

Para os Mamíferos uma lista primária com 36 espécies de mamíferos e 12 famílias distribuídas em 6 ordens foram registradas. Das 36 espécies registradas para esse

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relatório a ocorrência na amostragem da área de estudo é 22 espécies. Considerando a lista total temos ordenada da seguinte forma:

TABELA 6: Mamíferos registrados e distribuídos por ORDEM.

ORDEM Nº DE ESPÉCIES REGISTRADAS DIDELPHIMORPHIA (4) Didelphis aurita, Philander frenatus, Marmosops incanus, Gracilinanus microtarsus XENARTHRA (6) Tamandua tetradactyla, Bradypus torquatus, Bradypus variegatus, Euphractus sexcinctus, Dasypus novemcinctus, Cabassous unicinctus PRIMATES (5) Callicebus personatus, Alouatta guariba, Cebus nigricans, Callithrix geoffroyi, Callithrix flaviceps LAGOMORPHA (1) Silvilagus brasiliensis CARNIVORA (10) Leopardus pardalis, Leopardus tigrinus, Puma concolor, Puma yagouaroundi, Conepatus semistriatus, Cerdocyon thous, Eira Barbara, Galictis vittata, Nasua nasua, Procyon cancrivorus ARTIODACTYLA (1) Mazama sp. RODENTIA (9) Sciurus aestuans ingrami, Kannabateomys amblyonyx, Trinomys ou Proechimys SP, Mus musculus, Cuniculus paca, Hydrochoerus hydrochaeris, Dasyprocta leporina, Sphigurus villosus e 1 não identificada 7 ordens 36 espécies

Das 36 espécies de mamíferos registradas em campo, quatorze espécies foram através de visualização (40%), dez através de vestígios (28,57%) e uma por vocalização (0,35%). Na amostragem nas camaras trap de 300 armadilhas/noite, foram registradas 4 espécies de pequenos mamíferos não voadores sendo três espécie de Didelphimorphia e uma Rodentia e quatro de médio porte pertencentes às famílias Didelphidae, Canidae, Procyonidae, Caviidae.

AMEAÇADOS

FONTE: www.biocapi.com.br Quanto ao Status de conservação para mamíferos temos 8 espécies de mamíferos consideradas Ameaçadas de extinção a nível Global e são consideradas vulneráveis (IUCN 1977). 8 espécies são consideradas espécies ameaçadas de extinção no Brasil (MMA 2003) 6 espécies na lista da de ameaçados para o Estado do Espírito Santo.

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TABELA 7: Espécies de Mamíferos ameaçadas e seus respectivos Status

NÍVEL CATEGORIA ESPÉCIES (8) Bradypus torquatus, Callicebus personatus, Alouatta Ameaçada de BRASIL guariba, Callithrix geoffroyi, Callithrix flaviceps, Leopardus extinção (AB) pardalis, Leopardus tigrinus, Puma concolor (5) Bradypus torquatus, Callicebus personatus, Leopardus Vulnerável (VU) ESPÍRITO pardalis, Leopardus tigrinus, Puma concolor, SANTO Em Perigo (EN) (1) Callithrix flaviceps

Em perigo (EP) (1) Bradypus torquatus, Callithrix flaviceps

(4) Leopardus pardalis, Leopardus tigrinus, Puma concolor, Vulnerável (VU) MUNDIAL Callicebus personatus Próximo a (1) Marmosops incanus ameaçada (PA) STATUS: AE- Espécie Ameaçada de Extinção para o Espíríto Santo (MMA 2003), AG- Espécie Ameaçada de Extinção Globalmente (IUCN), AB – Espécie Ameaçada de Extinção no Brasil (mma 2003), EN – Espécie endêmica do Brasil (EISENBERG 1999) e ATL – Espécies endêmicas para Mata Atlântica (FONSECA et al. 1996).

ENDÊMICOS

Com relação a endemismos tem-se um total de 10 espécies (13,54%) entre as consideradas para o Brasil e/ou Mata Atlântica. Comuns para os dois têm: Callithrix geoffroyi, Cebus nigricans, Callicebus personatus, Bradypus torquatus (11,42%) sendo: TABELA 9: Mamíferos endêmicos para o Brasil e para a Mata Atlântica.

NÍVEL ESPÉCIES

BRASIL (07) Callithrix geoffroyi, Callithrix flaviceps, Cebus nigricans, Alouatta guariba, Callicebus personatus, Bradypus torquatus, Philander frenatus MATA (09) Sphigurus villosus, Sciurus aestuans ingrami, Callithrix ATLÂNTICA geoffroyi, Callithrix flaviceps, Cebus nigricans, Callicebus personatus, Bradypus torquatus, Marmosops incanus, Didelphis aurita.

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Tabela 4 – Mamíferos registrados em BREJETUBA DE 16/06 á 20/06/2014 em relação lista primaria. Status: AE= táxon ameaçado de extinção em nível estadual; AB= táxon ameaçado de extinção em nível de Brasil, AG= táxon ameaçado de extinção em nível global; MA= táxon endêmico da Mata Atlântica; EN= táxon endêmico da para o Brasil

BERRA ONÇA STATUS BIOCAPI E PEDRA DO ESPÉCIES DE MAMÍFEROS AG-AB-AE SUBMARINO Didelphidae 1. Didelphis aurita GAMBÁ x x ATL 2. Philander frenatus CUÍCA VERDADEIRA x X EN

3. Marmosops incanus CUÍCA x x PA, ATL 4. Gracilinanus CATITA x microtarsus Myrmecophagidae 5. Tamandua TAMANDUÁ-DE- x x tetradactyla COLETE Bradypodidae 6. Bradypus torquatus PREGUIÇA-DE- x x EP,VU,VU, COLEIRA EN, ATL 7. Bradypus variegatus PREGUIÇA- COMUM x Dasypodidae 8. Euphractus sexcinctus TATU-TESTA-DE- x x FERRO 9. Dasypus TATU-GALINHA x x novemcinctus 10. Cabassous unicinctus TATU-DE-RABO- x MOLE Pitheciidae 11. Callicebus personatus SAUÁ, GUIGÓ x x VU,VU,VU, EN, ATL Atelidae 12. Alouatta guariba MACACO-BARBADO x x VU, EN, Cebidae ATL 13. Cebus nigricans MACACO-PREGO x x EN, ATL 14. Callithrix geoffroyi SAGUI-DA-CARA- x x VU,EN, BRANCA ATL 15. ATL Callithrix flaviceps SAGÜI-DA-SERRA x CP-CP-CP Leporidae 16. Silvilagus brasiliensis COELHO-DO-MATO x x Felidae 17. Leopardus pardalis JAGUATIRICA x x VU,VU,VU, 18. Leopardus tigrinus GATO-DO-MATO- x x VU,VU ,VU, PEQUENO 19. Puma concolor SUÇUARANA, PUMA, x VU,VU,VU, ONÇA-PARDA

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20. Puma yagouaroundi GATO-MOURISCO x

Mephitidae 21. Conepatus JARITATACA x semistriatus Canidae

22. Cerdocyon thous CACHORRO-DO- x x MATO; RAPOSA Mustelidae 23. Eira barbara IRARA, PAPA-MEL x x 24. Galictis vittata FURÃO, JERICACA x Procyonidae 25. Nasua nasua QUATI x 26. Procyon cancrivorus MÃO-PELADA; x x Cervidae CORCUNDA 27. Mazama sp. VEADO x Sciuridae 28. Sciurus aestuans CAXINGUELÊ; x x ATL ingrami ESQUILO Echimyidae 29. Kannabateomys RATO-DO-BAMBU x amblyonyx Cricetidae 30. Trinomys ou RATO-DO-MATO x X Proechimys sp 31. NÃO IDENTIFICADO x 32. Mus musculus CAMUNMDONGO x Caviidae 33. Cuniculus paca PACA x x 34. Hydrochoerus CAPIVARA x Dasyproctidaehydr ochaeris 35. Dasyprocta leporina CUTIA x Erethizontidae 36. Sphigurus villosus OURIÇO-CACHEIRO x x ATL Total das espécies registradas 36 22

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CAPÍTULO IV

RELATÓRIO TÉCNICO FLORA

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1. INTRODUÇÃO

Essa caracterização abrangerá dados sobre os ecossistemas das áreas de estudo, levantamento biológico das principais espécies da flora

2. OBJETIVO

Apresentar os dados coletados em campo que permite a identificação fitossociológicas para o estrato arbóreo e os estágios sucessionais nas suas formações florestais realizado no fragmento amostrado e seus critérios técnicos e administrativos para elaboração dos estudos técnicos para viabilidade de criação de Unidade de Conservação no Berra onça e Pedra do Submarino-ES.

3. METODOLOGIA

A metodologia para a coleta de dados em campo realizada de 16 a 20 de Junho de 2014, contou com o período de reconhecimento da área que definiu o fragmento florestal que possuí maior extensão inserido dentro das duas áreas proposta Pedra do Submarino e Berra Onça, a identificação e demarcação dos diferentes ambientes florestais indicou a área do Berra Onça.

4. EQUIPE DE CAMPO

O presente trabalho será realizado por uma equipe de profissionais devidamente capacitados e habilitados para tal com conhecimento e experiência de levantamento de campo em especial da flora, contando com estagiários do Curso de Técnico Ambiental do NERE do Instituto Terra e do município profissionais do Departamento de Meio Ambiente da Prefeitura Municipal Brejetuba/ES.

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FOTO 1: EQUIPE DE TRABALHO: : Claudia Aparecida Pimenta (BIÓLOGA). PREFEITURA: João Lucas Dias (Tecnólogo em Gestão Ambiental da Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente). INSTITUTO TERRA: Wanderson Alves, Iury Nascimento, Kiara Pionti,Urias Alves Pereira Hudson Neto

5. RECONHECIMENTO DA ÁREA

A área de estudo se encontra totalmente inserida no bioma Mata Atlântica, em uma fitofisionomia de formação vegetal da Floresta Ombrófila Densa. O clima é classificado como tropical úmido (Aw) de temperatura elevada e com chuvas principalmente na primavera e no verão. As temperaturas atingem cerca de 34ºC no verão, podendo chegar a valores abaixo de 12 ºC no inverno. A precipitação média anual é de 1.150 mm/ano com meses chuvosos entre novembro e fevereiro. Na região predomina o Cambissolo Háplico que compreende solos minerais, não hidromórficos, bem drenados, pouco profundos, caracterizando-se pela presença de um horizonte B incipiente, com ocorrência de minerais facilmente intemperizáveis e fragmentos da rocha matriz no perfil. Este tipo de solo apresenta restrições à exploração agrícola e grande susceptibilidade erosiva (de média a forte) que é potencializada pelo relevo acidentado. A microbacia passa por uma histórica degradação devido à forte pressão agropecuária e uso inadequado do solo e dos recursos naturais. Caracteriza-se por um relevo irregular e acidentado esculpido sobre rochas ígneas e metamórficas com algumas áreas planas no fundo dos vales encaixados entre as montanhas. Essa paisagem forma um mosaico diversificado formado com diferentes tipos de uso e ocupação do solo marcados principalmente por: café, pastagem e pequenos fragmentos florestais. A área liga fragmentos florestais importantes para preservação, funcionando como um importante corredor ecológico. No tocante à biodiversidade da propriedade, apresenta desde espécies ameaçadas e endêmicas à especies raras e de relevância. Entre as espécies que

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se destacam na flora, podemos listar a Sapucaia, Angico Jacaré, Garapa, Brejaúba, Quaresmeira, Embaúba, Jussara, Jacarandá, Peroba, Espinheira Santa, além de muitas espécies Bromélias e Orquídeas, e um efeito de borda de cerca de 50m indicando a ocorrência de muitos cipós e lianas. Área com ponto SEDE esta nas Coordenadas UTM. (WGS 84), 24k E = 274023 e N= 7785879

Mapa 6:- Mapa com delimiação da Área de Estudos à Criação de Nova Unidade de Conservação

6. DESCRIÇÃO E JUSTIFICATIVA DO PROCESSO DE AMOSTRAGEM

A metodologia nas amostragens fitossociológicas e o estrato arbóreo definido é o de parcelas (Mueller-Dombois & Ellemberg 1974), que apresenta vantagem de um levantamento mais rápido, pois requer menos equipamento, menos pessoas e mais flexível, onde cada parcela representa uma unidade amostral. Seguiram os seguintes critérios:

a) Abertura das picadas laterais fronteiriças das propriedades e das picadas delimitadoras (centro e bordas). As picadas são abertas com terçado (facão), sendo que tirada as coordenadas de localização para cada uma delas conforme abaixo na Tabela 1: Tabela das coordenadas de localização das tabelas referente aos estudos realizados.

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Tabela 1: Tabela das coordenadas de localização das tabelas. Coordenadas de localização das parcelas em UTM (WGS 84) 24k PARCELA E N 1. 274023 7785879 2. 273998 7786002 3. 274019 7786132 4. 274109 7785868 5. 274050 7786217 6. 274114 7786031 7. 274252 7785825 8. 274256 7785942 9. 274201 7786033 10. 274173 7786122 11. 273971 7785795 12. 273853 7786289 13. 273833 7786435 14. 273973 7786475 15. 274113 7785711 16. 274106 7786460 17. 274213 7786285 18. 274188 7786377 19. 274029 7786335 20. 273960 7786205 21. 273752 7786369 22. 273940 7786371 23. 274338 7786374 24. 274245 7786220 25. 273940 7786063 b) As 25 parcelas com 200m² (10 largura x 20 comprimento) cada, cercada com fitilho, georeferênciada, identificada com o número da parcela e número da árvore perfazendo um total de 5.000m² (0,5 ha); c) Para abordagem das árvores dentro de cada parcela 200m² (10 largura x 20 comprimento) receberam plaquetas de fitas zebradas como sinalizador para a identificação contendo o seu número sequencial de dentro do talhão, para coleta de dados em campo. A identificação em campo das espécies, ou denominação usual, é realizada por mateiros, que observam as folhas, casca, lenho, exsudações, etc. Vale citar que atualmente existem mateiros habilitados dentro o grupo que realizou esse estudo. d) Com auxílio de uma fita métrica, são tomadas os DAP’s (diâmetro altura do Peito) acima de 10 cm e a área BASAL. Bem como os dados de estimativa de ALTURA, identificação em campo nome popular, descrição da estrutura da área (serrapilheira, sub-bosque, presença de cipós, presença de epífitas e dossel).

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FONTE: Claudi Pimenta ParaFOTO ÁREA 2: Trabalho proposta da peloequipe Termo em campo de seguindoreferencia, a metodologia os estudo proposta de viabilidade para criação de Unidade de Conservação (UC) de Proteção Integral está na Pedra do Submarino e no Berra Onça, no município de Brejetuba, região sul do Estado do Espírito Santo onde foram feitas 25 (vinte e cinco) parcelas obtendo 0,5 hectare da área amostrado nesse estudo que apresentam distribuídas conforme identificação no croqui abaixo e georeferenciada Mueller-Dombois & Ellemberg (1972) dentro do fragmento. Neste estudo foi abordadas todas (100%) as árvores ocorrentes dentro de cada parcela com DAP maior a 10 cm, sendo que para cada árvore foi coletado as informações sobre a denominação usada da espécie (nome comum), mensurado o DAP, área BASAL, estimativa de ALTURA e os demais dados CAP e VOLUME m³ foram gerados com os dados coletados pelo programa MATA NATIVA. Abaixo em croqui a localização das PARCELAS seguido as coordenadas de localização da distribuição no centro e nas bordas referente a área. Esforço amostral: Para coleta de dados de flora uma campanha de 15 horas/campo por dia durante 7 dias. Somando um total de 105 horas/campo de esforço amostral. Que somando a campanha de reconhecimento e preparação da área que terá a duração de 15 horas/campo dia durante 3 dias num total de 45 horas de esforço amostral. Perfazendo para o relatório um total de 150 horas/campo de esforço amostral. Segue em anexo croqui completo da área de estudo de viabilidade em Brejetuba.

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MAPA 7: ÁREA que foi realizado a metodologia de PARCELAS na coleta de dados

7. ANÁLISE ESTRUTURAL DO PERFIL DA FLORESTA

MAPA 8: CROQUI DA ÁREA que foi realizado a metodologia de PARCELAS na coleta de dados, com identificação do estágio florestal Para determinação dos estágios sucessionais da vegetação foram utilizados os preceitos legais Resolução CONAMA Nº 29, de 07/12/1994; Resolução CONAMA Nº 417, de 23/11/2009 e Lei Estadual Nº 5.361, de 30/12/1996. Segue abaixo Croqui da identificação das áreas. seguido da localização no Mapa 7 e 8: Mapa de localização das parcelas dentro da área. A ÁREA nos estudos apresentou um local formação densa de árvores, em relação a serapilheira existente uma camada significativa e em decomposição, com grande parte do solo tomado de cobertura orgânica. As áreas na Pedra do Submarino e no Berra Onça, no município de Brejetuba está dentro da área de

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entorno considerando uma ou outra o que fez numa visita de reconhecimento definir para estudos que atendam o termo de referencia a área do Berra Onça por apresentar fragmento com cobertura vegetal num estágio médio de regeneração da floresta Ombrófila Densa (O estágio sucessional da vegetação foi determinado conforme Lei Estadual Nº 5.361), possui alta relevancia sua fauna e flora em relação a Pedra do Submarino que tem sua relevância na beleza cênica e seu universo amostral é pequeno. Assim, atendendo o objetivo proposto pelo termo de referencia que vem solicitar estudo de viabilidade para criação de uma Unidade de Uso Integral conforme critérios da Lei No 9.985, DE 18 DE JULHO DE 2000 que Regulamenta o art. 225, § 1o, incisos I, II, III e VII da Constituição Federal, institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza e dá outras providências.

FOTO3: Áreas propostas pelo termo de referencia que após estudo visita prévia in loco definiu para os estudos a Berra Onça por estar uma inserida no entorno da Pedra do Submarino, ser a área que apresenta fragmento florestal significativo e atender o objetivo proposto no termo de referencia.

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FOTO 4: EPÍFITAS Presença liquens, família Bromeliácea e algumas briófitas no Berra Onça.

ORQUÍDEA VERMELHA Sophronitis coccinea (Lindl.) Rchb. f. Vegeta em matas ensolaradas no espigão de toda Serra do Mar, desde o Espírito Santo e Minas Gerais até o Rio Grande do Sul. Seu habitat se situa entre 600 e 1.500m de altitude. Cresce em árvores ou diretamente sobre a rocha, em locais bem iluminados ou mesmo exposta diretamente ao sol. Planta bastante exigente no tocante ao clima que deve ser frio, necessita boa rega com uma redução no inverno. Suas flores que medem de 3 a 7cm de diâmetro, nascem solitárias de uma haste que pode ter até 7cm de comprimento. As pétalas e sépalas são de cor vermelho vibrante, e a base do labelo apresenta a cor amarela ou laranja. Floresce do outono até o princípio da primavera. É classificada como "em Perigo", Revisão Das Listas Das Espécies Da Flora E Da Fauna Ameaçadas De Extinção Do Estado De Minas Gerais, (Instituto BioVeritas , 2007). Etimologia: Feminino do adjetivo latino coccineus: de colorido escarlate, cor vermelha muito viva (Dicionário Etimológico das Orquídeas do Brasil - Pe. José Gonzáles Raposo). Descrita em 1836, como Cattleya coccinea Lindl. em 1864, foi transferida para o gênero Sophronitis. Sinônimos: Cattleya coccinea Lindl., Cattleya grandiflora (Lindl.) Beer, Eunannos coccinea (Lindl.) Porto & Brade, Sophronia coccinea Kuntze, Sophronia militaris Kuntz, Sophronitis coccinea f. rossiteriana (Barb. Rodr.) Pabst & Dungst, Sophronitis grandiflora Lindl., Sophronitis lowii (Hort.) Curtis, Sophronitis militaris Rchb. f., Sophronitis rossiteriana Barb. Rodri. (Fonte: Vinícius Valadares Moura - http://lattes.cnpq.br/1751625707473588)

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FOTO 5: EPÍFITAS Presença família Bromeliácea e algumas briófitas e orquídeas na Pedra do Submarino

A ÁREA tem grandes quantidades de espécies que não foi possível registro sendo necessário trabalhos de coleta e estudos mais precisos que demanda um esforço amostral maior e envolvendo metodologia com coleta e montagem de excitas. Considerando a amostragem em 0,5 hectare obtivemos 46 espécies diferentes, que vem indicar 92 espécies possíveis de ocorrer me 1 hectare. Para forma estrutural da floresta foram utilizados os métodos tradicionais de descrição fisionômica estrutural, onde foram analisados dados referentes a estrutura horizontal, composição florística, Estrutura diamentrica (espécie, classe, parcela, espécie-parcela) e Diversidade das espécies registradas em cada área conforme tabela abaixo:

Tabela 2: Descriçao das espécies amostradas em 0,5 hectares do Berra Onça, Brejetuba/Es CÓD. ESP. NOME CIENTÍFICO NOME COMUM

1 Tibouchina granulosa QUARESMEIRA 2 NI NI 3 Ceropia hololeuca EMBAÚBA BRANCA 4 Calycophyllum spruceanum MULATEIRO 5 Virola oleifera BICUÍIBA 6 Orbignya apeciosa BABAÇÚ 7 Dinizia execelsa ANGELIN 8 Dicksonia sellowiana SAMAMBAIAÇU 9 Matauba elaeagnoides PAU MAGRO 10 Lecythis lurida SAPUCAIÚ 11 Anadenanthera peregrina ANGICO CANJIQUINHA 12 Talisia esculenta PITOMBA 13 Euterpe rdulis JUÇARA 14 Neoraputia alba ARAPOCA 15 Cedrela fissilis CEDRO ROSA 16 Anadenanthera macrocarpa ANGICO VERMELHO 17 Gallesia integrifolia PAU D`ALHO 18 Xylopia aromatica PIMENTEIRA

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19 Bixa orelana URUCUM DO MATO 20 Hyeronima alchorneoides ABACATEIRO 21 Holocalyx balansae ALECRIM DO CAMPO 22 Vernonia Polysphaera ASSA PEIXE 23 Eriobotrya japonica AMEIXA 24 Cecropia glazioui EMBAÚBA VERMELHA 25 Baccharis dracunculifolia ALECRIM DO CAMPO 26 Anadenanthera macrocarpa ANGICO PRETO 27 Melanoxylon braúna BRAÚNA PRETA 28 Swartzia oblata BRAÚNA 29 Myroxylon peruiferum ÓLEO VERMELHO 30 Astronium graveolens PAU FERRO 31 Cariniana estrellensis JEQUITIBÁ BRANCO 32 Pithecolobium tortum JUREMA 33 Cariniana legalis JEQUITIBÁ ROSA 34 Byrsonima basiloba MURICÍ 35 Jacaratia spinosa MAMÃO JACATIÁ 36 Erythrina mulungu MULUNGU 37 Rapanea ferruginea CAMARÁ 38 Ocotea odorifera CANELA SASSAFRÁS 39 Astronium graveolens GIBATÃO 40 Lithraea molleoides AROEIRA 41 Psidium catleianum ARAÇÁ 42 Cnidosculus pubescens ARRE DIABO 43 Syagrus botryophora PATIOBA 44 Polyandrococos caudescens PALMITO MARGOSO 45 Euterpe edulis PALMITO JUSSARA 46 Plathymenia foliosa VINHÁTICO

8. ANÁLISE ESTRUTURAL COM DADOS DE ABUNDÂNCIA, DOMINÂNCIA, FREQUENCIA, INDICE DE VALOR DE IMPORTANCIA.

AREA1: A metodologia aplicada foi amostragem por parcela. Em 25 parcelas de 200m² o que equivale a 5.000m² (0,5ha) da área total 347ha, obtivemos 46 espécies diferentes distribuídas entre os 173 indivíduos. Quanto a densidade, temos um total de 92 espécie por hectare. Como mais freqüentes, ocorre C. hololeuca-EMBAÚBA BRANCA,T. granulosa-QUARESMEIRA, X. aromatica-PIMENTEIRA, D. sellowiana- SAMAMBAIAÇU, E. rdulis-JUÇARA. Dos indivíduos inventariados, o que coloca essa área na classificação em estágio avançado de regeneração, avaliando o densidade temos o DAP (acima de 10cm) numa média de 346,000cm. Composição florística, as espécies arbóreas, com DAP maior ou igual a 10 cm, presentes na área, objeto deste estudo, encontram-se relacionadas na TABELA 4. Foram encontradas 46 espécies vegetais.

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Tabela 3: Descriçao das porcentagens das espécies amostradas Berra Onça/Es Código Nome Científico Nome Comum N % Parcelas 3 C. hololeuca EMBAÚBA BRANCA 33 19,08 11, 12, 13, 15, 16, 17, 18, 19, 2, 21, 22, 23, 24, 25, 5, 6, 7, 8, 9 2 NI NI 20 11,56 10, 11, 17, 2, 20, 21, 22, 23, 24, 25, 3, 4, 6, 7, 9 1 T. granulosa QUARESMEIRA 24 13,87 1, 10, 11, 12, 13, 15, 2, 20, 3, 4, 5, 7 18 X. aromatica PIMENTEIRA 11 6,36 13, 14, 15, 16, 17, 18, 8, 9 8 D. sellowiana SAMAMBAIAÇU 10 5,78 10, 11, 17, 5, 6, 7, 8, 9 13 E. rdulis JUÇARA 10 5,78 17, 21, 22, 23, 25, 6, 7, 8 12 T. esculenta PITOMBA 6 3,47 15, 16, 17, 18, 6 17 G. integrifolia PAU D`ALHO 1 0,58 7 9 M. elaeagnoides PAU MAGRO 3 1,73 6 43 S. botryophora PATIOBA 1 0,58 25 4 C. spruceanum MULATEIRO 5 2,89 10, 4, 6 6 O. apeciosa BABAÇÚ 2 1,16 5, 9 30 A. graveolens PAU FERRO 4 2,31 22, 23, 25 14 N. alba ARAPOCA 2 1,16 24, 6 29 M. peruiferum ÓLEO VERMELHO 3 1,73 22, 23, 25 11 A. peregrina ANGICO CANJIQUINHA 2 1,16 19, 6 21 H. balansae ALECRIM DO CAMPO 3 1,73 12, 14 22 V. Polysphaera ASSA PEIXE 3 1,73 12, 20 20 H. alchorneoides ABACATEIRO 2 1,16 11, 21 27 M. braúna BRAÚNA PRETA 1 0,58 21 5 V. oleifera BICUÍIBA 1 0,58 4 7 D. execelsa ANGELIN 1 0,58 5 10 L. lurida SAPUCAIÚ 1 0,58 6 15 C. fissilis CEDRO ROSA 1 0,58 7 28 S. oblata BRAÚNA 2 1,16 21 24 C. glazioui EMBAÚBA VERMELHA 1 0,58 14 34 B. basiloba MURICÍ 1 0,58 22 19 B. orelana URUCUM DO MATO 1 0,58 9 33 C. legalis JEQUITIBÁ ROSA 1 0,58 22 16 A. macrocarpa ANGICO VERMELHO 1 0,58 7 23 . japonica AMEIXA 1 0,58 13 38 O. odorifera CANELA SASSAFRÁS 1 0,58 23 39 A. graveolens GIBATÃO 1 0,58 24 31 C. estrellensis JEQUITIBÁ BRANCO 1 0,58 22 25 B. dracunculifolia ALECRIM DO CAMPO 1 0,58 21 36 E. mulungu MULUNGU 1 0,58 23 37 R. ferruginea CAMARÁ 1 0,58 23 40 L. molleoides AROEIRA 1 0,58 24 42 C. pubescens ARRE DIABO 1 0,58 24 46 P. foliosa VINHÁTICO 1 0,58 25 26 A. macrocarpa ANGICO PRETO 1 0,58 21 35 J. spinosa MAMÃO JACATIÁ 1 0,58 22 45 E. edulis PALMITO JUSSARA 1 0,58 25 32 P. tortum JUREMA 1 0,58 22 41 P. catleianum ARAÇÁ 1 0,58 24 44 P. caudescens PALMITO MARGOSO 1 0,58 25

9. ANALISE DOS DADOS ESTATISTICOS DE AMOSTRAGEM

Ressalta-se que os estudos fitossociológicos, se estenderão para a área de 3 Km de entorno da áreas amostradas. A amostragem é o processo fundamental de seleção a partir do qual derivam todos os demais procedimentos, visando aumentar a precisão das estimativas e reduzir os custos do levantamento (PÉLLICO NETTO & BRENA, 1997). Este processo de amostragem é aplicado nos inventários de pequenas áreas florestadas, de fácil acesso e homogêneas na característica de interesse do objetivo proposto.

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10. LISTA DOS DADOS COLETADOS

Tabela 4: Lista dos dados coletados na Propriedade Santa Efigência em Berra Onça/Es N° Alt. Parcela Árv. Nome Científico Nome Comum CAP DAP Total Volume 1 1 Tibouchina granulosa QUARESMEIRA 65,97 21 3 0,1039 1 2 Tibouchina granulosa QUARESMEIRA 65,97 21 5 0,1732 1 3 Tibouchina granulosa QUARESMEIRA 75,4 24 4,5 0,2036 1 4 Tibouchina granulosa QUARESMEIRA 69,12 22 6 0,2281 1 5 Tibouchina granulosa QUARESMEIRA 72,26 23 6,5 0,2701 2 1 NI NI 116,24 37 7,5 0,8064 2 2 Ceropia hololeuca EMBAÚBA BRANCA 276,46 88 15 9,1232 2 3 NI NI 593,76 189 15 42,0828 2 4 Tibouchina granulosa QUARESMEIRA 69,12 22 8 0,3041 3 1 Tibouchina granulosa QUARESMEIRA 62,83 20 3,5 0,11 3 2 Tibouchina granulosa QUARESMEIRA 50,27 16 4 0,0804 3 3 NI NI 87,96 28 6 0,3695 Calycophyllum 4 1 spruceanum MULATEIRO 197,92 63 14 4,3641 4 2 NI NI 185,35 59 11 3,0074 4 3 Tibouchina granulosa QUARESMEIRA 160,22 51 11 2,2471 4 4 Virola oleifera BICUÍIBA 339,29 108 19 17,4057 4 5 NI NI 204,2 65 18 5,973 4 6 Tibouchina granulosa QUARESMEIRA 175,93 56 18 4,4334 5 1 Orbignya apeciosa BABAÇÚ 329,87 105 32 27,7088 5 2 Tibouchina granulosa QUARESMEIRA 175,93 56 8 1,9704 5 3 Dinizia execelsa ANGELIN 329,87 105 35 30,3066 5 4 Ceropia hololeuca EMBAÚBA BRANCA 367,57 117 28 30,1037 5 5 Dicksonia sellowiana SAMAMBAIAÇU 150,8 48 3 0,5429 Calycophyllum 6 1 spruceanum MULATEIRO 122,52 39 10 1,1946 6 2 Matauba elaeagnoides PAU MAGRO 408,41 130 15 19,9098 6 3 Lecythis lurida SAPUCAIÚ 320,44 102 17 13,8912 Anadenanthera ANGICO 6 4 peregrina CANJIQUINHA 194,78 62 12 3,6229 6 5 Dicksonia sellowiana SAMAMBAIAÇU 122,52 39 2 0,2389 6 6 Ceropia hololeuca EMBAÚBA BRANCA 131,95 42 20 2,7709 6 7 NI NI 125,66 40 15 1,885 6 8 Talisia esculenta PITOMBA 197,92 63 7 2,1821 6 9 Euterpe rdulis JUÇARA 62,83 20 3 0,0942 6 10 Matauba elaeagnoides PAU MAGRO 565,49 180 28 71,2513 6 11 Neoraputia alba ARAPOCA 361,28 115 90 93,482 6 12 Matauba elaeagnoides PAU MAGRO 314,16 100 20 15,708 7 1 NI NI 109,96 35 7 0,6735 7 2 Ceropia hololeuca EMBAÚBA BRANCA 323,58 103 13 10,832 7 3 Tibouchina granulosa QUARESMEIRA 141,37 45 15 2,3856 7 4 Tibouchina granulosa QUARESMEIRA 125,66 40 15,5 1,9478 7 5 Cedrela fissilis CEDRO ROSA 314,16 100 25 19,635 7 6 Tibouchina granulosa QUARESMEIRA 314,16 100 28 21,9911 7 7 Dicksonia sellowiana SAMAMBAIAÇU 109,96 35 7 0,6735 7 8 Euterpe rdulis JUÇARA 87,96 28 10 0,6158 Anadenanthera 7 9 macrocarpa ANGICO VERMELHO 125,66 40 0

7 10 Gallesia integrifolia PAU D`ALHO 879,65 280 0

8 1 Xylopia aromatica PIMENTEIRA 131,95 42 7 0,9698

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8 2 Dicksonia sellowiana SAMAMBAIAÇU 113,1 36 5 0,5089 8 3 Dicksonia sellowiana SAMAMBAIAÇU 75,4 24 3 0,1357 8 4 Ceropia hololeuca EMBAÚBA BRANCA 135,09 43 10 1,4522 8 5 Ceropia hololeuca EMBAÚBA BRANCA 141,37 45 10 1,5904 8 6 Euterpe rdulis JUÇARA 125,66 40 9 1,131 9 1 Dicksonia sellowiana SAMAMBAIAÇU 94,25 30 3 0,2121 9 2 Xylopia aromatica PIMENTEIRA 125,66 40 8 1,0053 9 3 NI NI 226,19 72 17 6,9216 9 4 Bixa orelana URUCUM DO MATO 138,23 44 15 2,2808 9 5 Orbignya apeciosa BABAÇÚ 345,58 110 14 13,3046 9 6 Ceropia hololeuca EMBAÚBA BRANCA 135,09 43 10 1,4522 9 7 Ceropia hololeuca EMBAÚBA BRANCA 144,51 46 15 2,4929 10 1 Tibouchina granulosa QUARESMEIRA 119,38 38 11 1,2475 10 2 NI NI 468,1 149 30 52,3099 Calycophyllum 10 3 spruceanum MULATEIRO 160,22 51 15 3,0642 Calycophyllum 10 4 spruceanum MULATEIRO 207,35 66 26 8,8951 Calycophyllum 10 5 spruceanum MULATEIRO 103,67 33 15 1,2829 10 6 Tibouchina granulosa QUARESMEIRA 219,91 70 18 6,9272 10 7 Dicksonia sellowiana SAMAMBAIAÇU 106,81 34 4 0,3632 11 1 Ceropia hololeuca EMBAÚBA BRANCA 260,75 83 13 7,0338 11 2 Tibouchina granulosa QUARESMEIRA 229,34 73 10 4,1854 11 3 Tibouchina granulosa QUARESMEIRA 260,75 83 13 7,0338 11 4 Dicksonia sellowiana SAMAMBAIAÇU 94,25 30 4 0,2827 Hyeronima 11 5 alchorneoides ABACATEIRO 188,5 60 8 2,2619 11 6 Tibouchina granulosa QUARESMEIRA 157,08 50 9 1,7671 11 7 NI NI 163,36 52 6 1,2742 11 8 Ceropia hololeuca EMBAÚBA BRANCA 207,35 66 12 4,1054 11 9 Dicksonia sellowiana SAMAMBAIAÇU 125,66 40 10 1,2566 12 1 Ceropia hololeuca EMBAÚBA BRANCA 188,5 60 8 2,2619 ALECRIM DO 12 2 Holocalyx balansae CAMPO 62,83 20 5 0,1571 12 3 Vernonia Polysphaera ASSA PEIXE 37,7 12 4 0,0452 12 4 Ceropia hololeuca EMBAÚBA BRANCA 157,08 50 8 1,5708 ALECRIM DO 12 5 Holocalyx balansae CAMPO 94,25 30 5 0,3534 12 6 Tibouchina granulosa QUARESMEIRA 157,08 50 10 1,9635 12 7 Ceropia hololeuca EMBAÚBA BRANCA 94,25 30 8 0,5655 13 1 Tibouchina granulosa QUARESMEIRA 100,53 32 13 1,0455 13 2 Ceropia hololeuca EMBAÚBA BRANCA 62,83 20 8 0,2513 13 3 Tibouchina granulosa QUARESMEIRA 188,5 60 23 6,5031 13 4 Xylopia aromatica PIMENTEIRA 84,82 27 10 0,5726 13 5 Eriobotrya japonica AMEIXA 113,1 36 12 1,2215 13 6 Ceropia hololeuca EMBAÚBA BRANCA 62,83 20 10 0,3142 13 7 Ceropia hololeuca EMBAÚBA BRANCA 84,82 27 10 0,5726 14 1 Xylopia aromatica PIMENTEIRA 109,96 35 7 0,6735 EMBAÚBA 14 2 Cecropia glazioui VERMELHA 157,08 50 8 1,5708 ALECRIM DO 14 3 Holocalyx balansae CAMPO 94,25 30 5 0,3534 15 1 Xylopia aromatica PIMENTEIRA 87,96 28 7 0,431 15 2 Ceropia hololeuca EMBAÚBA BRANCA 100,53 32 8 0,6434 15 3 Talisia esculenta PITOMBA 314,16 100 12 9,4248 15 4 Xylopia aromatica PIMENTEIRA 109,96 35 6 0,5773

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15 5 Ceropia hololeuca EMBAÚBA BRANCA 31,42 10 5 0,0393 15 6 Ceropia hololeuca EMBAÚBA BRANCA 141,37 45 9 1,4314 15 7 Tibouchina granulosa QUARESMEIRA 62,83 20 5 0,1571 16 1 Ceropia hololeuca EMBAÚBA BRANCA 87,96 28 10 0,6158 16 2 Xylopia aromatica PIMENTEIRA 62,83 20 5 0,1571 16 3 Talisia esculenta PITOMBA 251,33 80 8 4,0212 16 4 Ceropia hololeuca EMBAÚBA BRANCA 157,08 50 12 2,3562 16 5 Xylopia aromatica PIMENTEIRA 78,54 25 7 0,3436 17 1 Talisia esculenta PITOMBA 219,91 70 8 3,0788 17 2 Talisia esculenta PITOMBA 267,04 85 9 5,1071 17 3 Xylopia aromatica PIMENTEIRA 62,83 20 7 0,2199 17 4 Dicksonia sellowiana SAMAMBAIAÇU 94,25 30 3 0,2121 17 5 NI NI 182,21 58 8 2,1137 17 6 Euterpe rdulis JUÇARA 157,08 50 12 2,3562 17 7 Ceropia hololeuca EMBAÚBA BRANCA 251,33 80 17 8,5451 18 1 Xylopia aromatica PIMENTEIRA 125,66 40 12 1,508 18 2 Ceropia hololeuca EMBAÚBA BRANCA 125,66 40 11 1,3823 18 3 Xylopia aromatica PIMENTEIRA 103,67 33 7 0,5987 18 4 Talisia esculenta PITOMBA 267,04 85 8 4,5396 Anadenanthera ANGICO 19 5 peregrina CANJIQUINHA 157,08 50 5 0,9817 19 6 Ceropia hololeuca EMBAÚBA BRANCA 62,83 20 4 0,1257 19 7 Ceropia hololeuca EMBAÚBA BRANCA 119,38 38 15 1,7012 20 1 NI NI 87,96 28 7 0,431 20 2 NI NI 235,62 75 10 4,4179 20 3 Tibouchina granulosa QUARESMEIRA 94,25 30 6 0,4241 20 4 NI NI 376,99 120 10 11,3097 20 5 Vernonia Polysphaera ASSA PEIXE 50,27 16 3 0,0603 20 6 Vernonia Polysphaera ASSA PEIXE 34,56 11 3,5 0,0333 Baccharis ALECRIM DO 21 1 dracunculifolia CAMPO 65,97 21 3 0,1039 Anadenanthera 21 2 macrocarpa ANGICO PRETO 40,84 13 4 0,0531 Hyeronima 21 3 alchorneoides ABACATEIRO 34,56 11 3 0,0285 21 4 Euterpe rdulis JUÇARA 40,84 13 3 0,0398 21 5 Ceropia hololeuca EMBAÚBA BRANCA 150,8 48 7 1,2667 21 6 Euterpe rdulis JUÇARA 75,4 24 6 0,2714 21 7 Ceropia hololeuca EMBAÚBA BRANCA 100,53 32 8 0,6434 21 8 NI NI 69,12 22 7 0,2661 21 9 Melanoxylon braúna BRAÚNA PRETA 342,43 109 9 8,3982 21 10 Swartzia oblata BRAÚNA 75,4 24 7 0,3167 21 11 Swartzia oblata BRAÚNA 157,08 50 12 2,3562 22 1 Euterpe rdulis JUÇARA 144,51 46 9 1,4957 22 2 Ceropia hololeuca EMBAÚBA BRANCA 43,98 14 2 0,0308 22 3 Myroxylon peruiferum ÓLEO VERMELHO 78,54 25 6 0,2945 22 4 Astronium graveolens PAU FERRO 75,4 24 2 0,0905 22 5 NI NI 56,55 18 3 0,0763 22 6 Cariniana estrellensis JEQUITIBÁ BRANCO 69,12 22 4 0,1521 22 7 Pithecolobium tortum JUREMA 34,56 11 3 0,0285 22 8 Cariniana legalis JEQUITIBÁ ROSA 135,09 43 10 1,4522 22 9 Byrsonima basiloba MURICÍ 150,8 48 13 2,3524 22 10 Jacaratia spinosa MAMÃO JACATIÁ 37,7 12 4 0,0452 23 1 Erythrina mulungu MULUNGU 59,69 19 4 0,1134 23 2 NI NI 37,7 12 3 0,0339

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23 3 Astronium graveolens PAU FERRO 72,26 23 9 0,3739 23 4 Euterpe rdulis JUÇARA 40,84 13 2 0,0265 23 5 Ceropia hololeuca EMBAÚBA BRANCA 333,01 106 12 10,5897 23 6 Myroxylon peruiferum ÓLEO VERMELHO 97,39 31 4 0,3019 23 7 Astronium graveolens PAU FERRO 56,55 18 6 0,1527 23 8 Rapanea ferruginea CAMARÁ 56,55 18 4 0,1018 CANELA 23 9 Ocotea odorifera SASSAFRÁS 84,82 27 6 0,3435 23 10 Ceropia hololeuca EMBAÚBA BRANCA 47,12 15 3 0,053 24 1 Ceropia hololeuca EMBAÚBA BRANCA 43,98 14 4 0,0616 24 2 Astronium graveolens GIBATÃO 84,82 27 5 0,2863 24 3 NI NI 40,84 13 3 0,0398 24 4 Lithraea molleoides AROEIRA 47,12 15 6 0,106 24 5 Psidium catleianum ARAÇÁ 34,56 11 4 0,038 24 6 Neoraputia alba ARAPOCA 50,27 16 3 0,0603 24 7 Cnidosculus pubescens ARRE DIABO 47,12 15 3 0,053 24 8 NI NI 40,84 13 3 0,0398 25 1 Euterpe rdulis JUÇARA 37,7 12 2 0,0226 25 2 Ceropia hololeuca EMBAÚBA BRANCA 40,84 13 3 0,0398 25 3 Myroxylon peruiferum ÓLEO VERMELHO 34,56 11 4 0,038 25 4 Astronium graveolens PAU FERRO 34,56 11 3 0,0285 25 5 Syagrus botryophora PATIOBA 731,99 233 4 17,0554 Polyandrococos 25 6 caudescens PALMITO MARGOSO 34,56 11 3 0,0285 25 7 Euterpe edulis PALMITO JUSSARA 37,7 12 3 0,0339 25 8 NI NI 34,56 11 4 0,038 25 9 Plathymenia foliosa VINHÁTICO 43,98 14 4 0,0616 25 10 Euterpe rdulis JUÇARA 75,4 24 8 0,3619 25 11 Ceropia hololeuca EMBAÚBA BRANCA 84,82 27 9 0,5153

11. AMOSTRAGEM CASUAL SIMPLES As expressões para os cálculos dos parâmetros da amostragem casual simples seguem como descrito por COCHRAN (1977). A diferenciação estatística de população finita e infinita é feita pelo valor do fator de correção ( 1 - f ). Desse modo, tem-se:

(1 - f) ³ 0,98 a população é considerada infinita;

(1 - f) < 0,98 a população é considerada finita.

em que:

f = n/N;

n = número de amostras;

N = número de amostras cabíveis na população = A/a.

A = área total da população;

a = área da parcela.

59

CV% = conforme definido no item subseqüente.

Assim, para uma população finita, a intensidade de amostragem será definida como:

Para uma população infinita, a intensidade de amostragem será definida como:

em que:

n = intensidade amostral ideal;

t = valor tabelado de t para um nível de significância a definido pelo usuário na janela.

Média : Corresponde à média aritmética da variável amostrada.

em que:

= média da variável amostrada;

= variável amostrada (número de árvores, área basal ou volumes);

n = número de amostras.

Variância : Corresponde à variância da variável amostrada.

em que:

= variância da variável amostrada (número de árvores, área basal ou volumes);

n = número de amostras.

Desvio Padrão : Corresponde à raiz da variância da variável amostrada.

60

em que:

S X = Desvio padrão da variável amostrada;

= variância da variável amostrada;

Coeficiente de Variação : Estima a variação relativa da variável amostrada em torno da sua média

em que:

CV% = coeficiente de variação da variável amostrada;

S X = Desvio padrão da variável amostrada;

= média da variável amostrada;

Variância da Média : Determina a precisão da média estimada.

. (1- f) para uma população finita

para uma população infinita

em que:

= variância da média da variável amostrada;

n = número de amostras.

Erro padrão : O erro padrão da média expressa a precisão da média amostral na forma linear e na mesma unidade de medida.

em que:

= erro padrão da média da variável amostrada;

61

= variância da média da variável amostrada.

para uma população finita

para uma população infinita

em que:

= variância da média relativa da variável amostrada;

CV = coeficiente de variação da variável amostrada;

n = número de amostras.

Erro Padrão Relativo: O erro padrão da média também pode ser expresso em forma relativa, obtendo a raiz da Variância da Média Relativa.

em que:

= erro padrão da média relativo da variável amostrada;

= variância da média relativa da variável amostrada;

n = número de amostras.

O erro devido ao processo de amostragem pode ser estimado para um nível de probabilidade (1 - a ) , como se segue:

Erro absoluto:

Erro relativo:

em que:

E a = erro de amostragem absoluto;

E r = Erro de amostragem relativo;

62

= erro padrão da média da variável amostrada;

t = valor tabelado de t para um nível de significância a definido pelo usuário na janela

Intervalo de Confiança para a Média : Determina os limites inferior e superior, dentro do qual espera-se encontrar, probabilisticamente, o valor paramétrico da variável estimada. Este intervalo é baseado na distribuição (t) de Student.

em que:

IC = intervalo de confiança;

= média da variável amostrada.

= erro padrão da média da variável amostrada;

t = valor tabelado de t para um nível de significância a definido pelo usuário na janela

m = média paramétrica ou verdadeira;

P = probabilidade de ocorrência do intervalo.

Total da População : Corresponde à estimativa de produção para o total da população ou para a área total.

em que:

= produção total estimada;

N e conforme já definidos.

Intervalo de Confiança para a Média : No intervalo de confiança para o total, a média e o erro padrão são expandidos para toda a população, multiplicando-se por N.

em que:

63

IC , , N , t , , m e P conforme já definidos.

Estimativa Mínima de Confiança : A estimativa mínima de confiança é similar ao limite inferior do intervalo de confiança, no entanto, por ser assimétrica, o valor de t deve ser tomado para o dobro do erro de probabilidade.

Este valor multiplicado por N , informa a produção mínima esperada para a população avaliada.

Tabela 4: Amostragem - Casual Simples Parâmetro Nível de 1 Inclusão Área Total (ha) 347,00 Parcelas 25 n (Número Ótimo de 688 Parcelas) Total - Volume 743,7533 Média 29,7501 Desvio Padrão 47,3923 Variância 2246,0294 Variância da Média 89,8412 Erro Padrão da Média 9,4785 Coeficiente de Variação % 159,3011 Valor de t Tabelado 1,7109 Erro de Amostragem 16,2165 Erro de Amostragem % 54,5090 IC para a Média ( 90 %) 13,5336 <= X <= 45,9666 IC para a Média por ha ( 90 676,6812 <= X <= %) 2298,3318 Total da População 516164,7558 IC para o Total ( 90 %) 234808,3906 <= X <= 797521,1210 EMC 17,2590

64

GRÁFICO 1: Amostragem - CURVA COLETORA

12. DIVERSIDADE

A diversidade de espécie refere-se à variedade de espécies de organismos vivos de uma determinada comunidade, habitat ou região. A diversidade pode ser subdividida em dois grupos: Riqueza e Uniformidade. Riqueza refere -se ao número de espécies presentes na flora e/ou, na fauna, em uma determinada área, enquanto que a uniformidade diz respeito a distribuição de indivíduos entre as espécies,em uma área.A diversidade de espécies é considerada como um aspecto favorável de comunidades naturais existindo vários índices que a quantifica, esses índices possibilitam inclusive a comparação entre os diferentes tipos de vegetação, sendo que os mais utilizados são:

Indice de Shannon-Weaver (H'):

Índices de diversidade de Shannon-Weaver: considera igual peso entre as espécies raras e abundantes (MAGURRAN, 1988).

indice de shanon.png em que:

65

H’ = Índice de Shannon-Weaver ni=Número de indivíduos amostrados da i-ésima espécie. N=número total de indivíduos amostrados. S=número total de espécies amostradas. ln=logaritmo de base neperiana. Quanto maior for o valor de H', maior será a diversidade florística da população em estudo. Este índice pode expressar riqueza e uniformidade.

Simpson (C):

O Índice de dominância de Simpson mede a probabilidade de 2 (dois) indivíduos, selecionados ao acaso na amostra, pertencer à mesma espécie (BROWER & ZARR, 1984, p.154).

Uma comunidade de espécies com maior diversidade terá uma menor dominância.

O valor estimado de C varia de 0 (zero) a 1 (um), sendo que para valores próximos de um, a diversidade é considerada maior.

em que: C = índice de dominância de Simpson; n i = número de indivíduos amostrados da i-ésima espécie; N = número total de indivíduos amostrados; Pielou (J'):

66

Equabilidade de Pielou:

O índice de Equabilidade pertence ao intervalo [0,1], onde 1 representa a máximadiversidade, ou seja, todas as espécies são igualmente abundantes em que:

Hmáx= ln(S). J = Equabilidade de Pielou S = número total de espécies amostradas. H' = índice de diversidade de Shannon-Weaver.

Coeficiente de Mistura de Jentsch (QM):

O "Coeficiente de Mistura de Jentsch" (HOSOKAWA, 1981), dá uma idéia geral da composição florística da floresta, pois indica, em média, o número de árvores de cada espécie que é encontrado no povoamento. Dessa forma, tem-se um fator para medir a intensidade de mistura das espécies e os possíveis problemas de manejo, dada as condições de variabilidade de espécies. em que:

QM = Coeficiente de Mistura de Jentsch S = número de espécies amostradas; N = número total de indivíduos amostrados. Quanto mais próximo de 1 (um) o valor de QM , mais diversa é a população.

TABELA 5: Resultado dos índices de diversidade calculados no software Mata Nativa 3 Parcela N S ln(S) H' C J QM 1 5 1 0,000 0,00 0,00 - 1 : 5,00 2 4 3 1,099 1,04 0,83 0,95 1 : 1,33 3 3 2 0,693 0,64 0,67 0,92 1 : 1,50 4 6 4 1,386 1,33 0,87 0,96 1 : 1,50 5 5 5 1,609 1,61 1,00 1,00 1 : 1,00 6 12 10 2,303 2,21 0,95 0,96 1 : 1,20 7 10 8 2,079 1,97 0,93 0,95 1 : 1,25

67

8 6 4 1,386 1,33 0,87 0,96 1 : 1,50 9 7 6 1,792 1,75 0,95 0,98 1 : 1,17 10 7 4 1,386 1,28 0,81 0,92 1 : 1,75 11 9 5 1,609 1,52 0,86 0,94 1 : 1,80 12 7 4 1,386 1,28 0,81 0,92 1 : 1,75 13 7 4 1,386 1,28 0,81 0,92 1 : 1,75 14 3 3 1,099 1,10 1,00 1,00 1 : 1,00 15 7 4 1,386 1,28 0,81 0,92 1 : 1,75 16 5 3 1,099 1,05 0,80 0,96 1 : 1,67 17 7 6 1,792 1,75 0,95 0,98 1 : 1,17 18 4 3 1,099 1,04 0,83 0,95 1 : 1,33 19 3 2 0,693 0,64 0,67 0,92 1 : 1,50 20 6 3 1,099 1,01 0,73 0,92 1 : 2,00 21 11 8 2,079 2,02 0,95 0,97 1 : 1,38 22 10 10 2,303 2,30 1,00 1,00 1 : 1,00 23 10 8 2,079 2,03 0,96 0,98 1 : 1,25 24 8 7 1,946 1,91 0,96 0,98 1 : 1,14 25 11 9 2,197 2,15 0,96 0,98 1 : 1,22 Geral 173 46 3,829 3,02 0,92 0,79 1 : 3,76

*** Jackknife T (90%) = 1,71 2,97 a 3,59

Em que: Parcela = Parcelas utilizadas no inventário florestal N = Número total de indivíduos amostrados S = Número total de espécies amostradas lnS = Diversidade máxima H’ = Índice de Shannon-Weaver C = Indice de Simpson J = Equabilidade de Pielou QM = Coeficiente de Mistura de Jentsch 13. ESTRUTURAS - ESTRUTURA HORIZONTAL

As estimativas dos parâmetros da estrutura horizontal incluem a freqüência, a densidade, a dominância, e os índices do valor de importância e do valor de cobertura de cada espécie amostrada. As estimativas são calculadas por meio das seguintes expressões (LAMPRECHT, 1964; MUELLER-DUMBOIS e ELLENBERG, 1974; MARTINS, 1991).

Utiliza-se o fator de conversão por hectare F no lugar da área total amostrada em hectare utilizado para o método de parcelas. Onde F é dado por:

; ;

68

em que: F = fator de conversão por hectare; N = número total de indivíduos amostrados; dcj = distância do ponto de amostragem ao centro do indivíduo; DAPj = diâmetro do indivíduo j, em centímetros; dj = distância do ponto de amostragem ao indivíduo, em metros. Freqüência:

;

em que: FA i = freqüência absoluta da i-ésima espécie na comunidade vegetal; FR i = freqüência relativa da i-ésima espécie na comunidade vegetal; u i = número de unidades amostrais em que a i-ésima espécie ocorre; u t = número total de unidades amostrais; P = número de espécies amostradas.

O parâmetro freqüência informa com que freqüência a espécie ocorre nas unidades amostrais. Assim, maiores valores de FA i e FR i indicam que a espécie está bem distribuída horizontalmente ao longo do povoamento amostrado.

Densidade:

; ;

em que: DA i = densidade absoluta da i-ésima espécie, em número de indivíduos por hectare; n i = número de indivíduos da i-ésima espécie na amostragem; N = número total de indivíduos amostrados; A = área total amostrada, em hectare; DR i = densidade relativa (%) da i-ésima espécie; DT = densidade total, em número de indivíduos por hectare (soma das densidades de todas as espécies amostradas).

69

Este parâmetro informa a densidade, em números de indivíduos por unidade de área, com que a espécie ocorre no povoamento. Assim, maiores valores de DA i e DR i indicam a existência de um maior número de indivíduos por hectare da espécie no povoamento amostrado.

Dominância:

; ; ;

em que: DoA i = dominância absoluta da i-ésima espécie, em m 2 /ha; AB i = área basal da i-ésima espécie, em m 2 , na área amostrada; A = área amostrada, em hectare; DoR i = dominância relativa (%) da i-ésima espécie; DoT = dominância total, em m 2 /ha (soma das dominâncias de todas as espécies).

Este parâmetro também informa a densidade da espécie, contudo, em termos de área basal, identificando sua dominância sob esse aspecto. A dominância absoluta nada mais é do que a soma das áreas seccionais dos indivíduos pertencentes a uma mesma espécie, por unidade de área. Assim, maiores valores de DoA i e DoR i indicam que a espécie exerce dominância no povoamento amostrado em termos de área basal por hectare.

Valor de Importância ( VI i ):

;

Este parâmetro é o somatório dos parâmetros relativos de densidade, dominância e freqüência das espécies amostradas, informando a importância ecológica da espécie em termos de distribuição horizontal.

Valor de Cobertura (VC i ):

;

70

Este parâmetro é o somatório dos parâmetros relativos de densidade e dominância das espécies amostradas, informando a importância ecológica da espécie em termos de distribuição horizontal, baseando-se, contudo, apenas na densidade e na dominância.

GRÁFICO 2: ESTRUTURA HORIZONTAL

71

14. TABELAS TABELA 6: Estrutura horizontal da AREA obtidos no software Mata Nativa 3 Código Nome Científico Nome Comum N U AB DA DR FA FR DoA DoR VC VI Média Média Média Média (%) (%) HT HC DAP CAP 3 C. hololeuca EMBAÚBA BRANCA 33 19 7,365 66,000 19,08 76,00 15,08 14,730 14,25 16,66 16,13 10,21 0,00 45,30 142,32 2 NI NI 20 15 8,174 40,000 11,56 60,00 11,90 16,349 15,81 13,69 13,09 9,53 0,00 54,80 172,16 1 T. granulosa QUARESMEIRA 24 12 4,366 48,000 13,87 48,00 9,52 8,733 8,45 11,16 10,61 10,58 0,00 42,63 133,91 18 X. aromatica PIMENTEIRA 11 8 0,899 22,000 6,36 32,00 6,35 1,797 1,74 4,05 4,82 7,55 0,00 31,36 98,53 8 D. sellowiana SAMAMBAIAÇU 10 8 0,972 20,000 5,78 32,00 6,35 1,944 1,88 3,83 4,67 4,40 0,00 34,60 108,70 13 E. rdulis JUÇARA 10 8 0,710 20,000 5,78 32,00 6,35 1,419 1,37 3,58 4,50 6,40 0,00 27,00 84,82 12 T. esculenta PITOMBA 6 5 3,120 12,000 3,47 20,00 3,97 6,239 6,03 4,75 4,49 8,67 0,00 80,50 252,90 17 G. integrifolia PAU D`ALHO 1 1 6,158 2,000 0,58 4,00 0,79 12,315 11,91 6,24 4,43 0,00 0,00 280,00 879,65 9 M. elaeagnoides PAU MAGRO 3 1 4,657 6,000 1,73 4,00 0,79 9,315 9,01 5,37 3,85 21,00 0,00 136,67 429,35 43 S. botryophora PATIOBA 1 1 4,264 2,000 0,58 4,00 0,79 8,528 8,25 4,41 3,21 4,00 0,00 233,00 731,99 4 C. spruceanum MULATEIRO 5 3 1,063 10,000 2,89 12,00 2,38 2,126 2,06 2,47 2,44 16,00 0,00 50,40 158,34 6 O. apeciosa BABAÇÚ 2 2 1,816 4,000 1,16 8,00 1,59 3,632 3,51 2,33 2,09 23,00 0,00 107,50 337,73 30 A. graveolens PAU FERRO 4 3 0,122 8,000 2,31 12,00 2,38 0,243 0,24 1,27 1,64 5,00 0,00 19,00 59,69 14 N. alba ARAPOCA 2 2 1,059 4,000 1,16 8,00 1,59 2,118 2,05 1,60 1,60 46,50 0,00 65,50 205,77 29 M. peruiferum ÓLEO VERMELHO 3 3 0,134 6,000 1,73 12,00 2,38 0,268 0,26 1,00 1,46 4,67 0,00 22,33 70,16 11 A. peregrina ANGICO CANJIQUINHA 2 2 0,498 4,000 1,16 8,00 1,59 0,997 0,96 1,06 1,24 8,50 0,00 56,00 175,93 21 H. balansae ALECRIM DO CAMPO 3 2 0,173 6,000 1,73 8,00 1,59 0,346 0,33 1,03 1,22 5,00 0,00 26,67 83,78 22 V. Polysphaera ASSA PEIXE 3 2 0,041 6,000 1,73 8,00 1,59 0,082 0,08 0,91 1,13 3,50 0,00 13,00 40,84 20 H. alchorneoides ABACATEIRO 2 2 0,292 4,000 1,16 8,00 1,59 0,584 0,57 0,86 1,10 5,50 0,00 35,50 111,53 27 M. braúna BRAÚNA PRETA 1 1 0,933 2,000 0,58 4,00 0,79 1,866 1,80 1,19 1,06 9,00 0,00 109,00 342,43 5 V. oleifera BICUÍIBA 1 1 0,916 2,000 0,58 4,00 0,79 1,832 1,77 1,17 1,05 19,00 0,00 108,00 339,29 7 D. execelsa ANGELIN 1 1 0,866 2,000 0,58 4,00 0,79 1,732 1,67 1,13 1,02 35,00 0,00 105,00 329,87 10 L. lurida SAPUCAIÚ 1 1 0,817 2,000 0,58 4,00 0,79 1,634 1,58 1,08 0,98 17,00 0,00 102,00 320,44 15 C. fissilis CEDRO ROSA 1 1 0,785 2,000 0,58 4,00 0,79 1,571 1,52 1,05 0,96 25,00 0,00 100,00 314,16 28 S. oblata BRAÚNA 2 1 0,242 4,000 1,16 4,00 0,79 0,483 0,47 0,81 0,81 9,50 0,00 37,00 116,24 24 C. glazioui EMBAÚBA VERMELHA 1 1 0,196 2,000 0,58 4,00 0,79 0,393 0,38 0,48 0,58 8,00 0,00 50,00 157,08 34 B. basiloba MURICÍ 1 1 0,181 2,000 0,58 4,00 0,79 0,362 0,35 0,46 0,57 13,00 0,00 48,00 150,80 19 B. orelana URUCUM DO MATO 1 1 0,152 2,000 0,58 4,00 0,79 0,304 0,29 0,44 0,56 15,00 0,00 44,00 138,23 33 C. legalis JEQUITIBÁ ROSA 1 1 0,145 2,000 0,58 4,00 0,79 0,290 0,28 0,43 0,55 10,00 0,00 43,00 135,09 16 A. macrocarpa ANGICO VERMELHO 1 1 0,126 2,000 0,58 4,00 0,79 0,251 0,24 0,41 0,54 0,00 0,00 40,00 125,66 23 . japonica AMEIXA 1 1 0,102 2,000 0,58 4,00 0,79 0,204 0,20 0,39 0,52 12,00 0,00 36,00 113,10 38 O. odorifera CANELA SASSAFRÁS 1 1 0,057 2,000 0,58 4,00 0,79 0,115 0,11 0,34 0,49 6,00 0,00 27,00 84,82 39 A. graveolens GIBATÃO 1 1 0,057 2,000 0,58 4,00 0,79 0,115 0,11 0,34 0,49 5,00 0,00 27,00 84,82 31 C. estrellensis JEQUITIBÁ BRANCO 1 1 0,038 2,000 0,58 4,00 0,79 0,076 0,07 0,33 0,48 4,00 0,00 22,00 69,12 25 B. dracunculifolia ALECRIM DO CAMPO 1 1 0,035 2,000 0,58 4,00 0,79 0,069 0,07 0,32 0,48 3,00 0,00 21,00 65,97 36 E. mulungu MULUNGU 1 1 0,028 2,000 0,58 4,00 0,79 0,057 0,05 0,32 0,48 4,00 0,00 19,00 59,69

72

37 R. ferruginea CAMARÁ 1 1 0,025 2,000 0,58 4,00 0,79 0,051 0,05 0,31 0,47 4,00 0,00 18,00 56,55 40 L. molleoides AROEIRA 1 1 0,018 2,000 0,58 4,00 0,79 0,035 0,03 0,31 0,47 6,00 0,00 15,00 47,12 42 C. pubescens ARRE DIABO 1 1 0,018 2,000 0,58 4,00 0,79 0,035 0,03 0,31 0,47 3,00 0,00 15,00 47,12 46 P. foliosa VINHÁTICO 1 1 0,015 2,000 0,58 4,00 0,79 0,031 0,03 0,30 0,47 4,00 0,00 14,00 43,98 26 A. macrocarpa ANGICO PRETO 1 1 0,013 2,000 0,58 4,00 0,79 0,027 0,03 0,30 0,47 4,00 0,00 13,00 40,84 35 J. spinosa MAMÃO JACATIÁ 1 1 0,011 2,000 0,58 4,00 0,79 0,023 0,02 0,30 0,46 4,00 0,00 12,00 37,70 45 E. edulis PALMITO JUSSARA 1 1 0,011 2,000 0,58 4,00 0,79 0,023 0,02 0,30 0,46 3,00 0,00 12,00 37,70 32 P. tortum JUREMA 1 1 0,010 2,000 0,58 4,00 0,79 0,019 0,02 0,30 0,46 3,00 0,00 11,00 34,56 41 P. catleianum ARAÇÁ 1 1 0,010 2,000 0,58 4,00 0,79 0,019 0,02 0,30 0,46 4,00 0,00 11,00 34,56 44 P. caudescens PALMITO MARGOSO 1 1 0,010 2,000 0,58 4,00 0,79 0,019 0,02 0,30 0,46 3,00 0,00 11,00 34,56 *** Total 173 25 51,700 346,000 100,00 504,00 100,00 103,400 100,00 100,0 100,0 9,40 0,00 52,86 166,08 0 0

TABELA 7: Est. Diamétrica => Espécie - Distribuição do(s) parâmetro(s) N, AB, DA (N/ha), DoA (AB/ha), VOLUME, Média HT, Média HC, Média DAP, Média CAP, Código Nome Científico Nome Comum N AB DA DoA VOLUME Média HT Média HC Média DAP Média CAP 3 Ceropia hololeuca EMBAÚBA BRANCA 33 7,365 66,000 14,730 106,5334 10,21 0,00 45,30 142,32 2 NI NI 20 8,174 40,000 16,349 134,0694 9,53 0,00 54,80 172,16 1 Tibouchina granulosa QUARESMEIRA 24 4,366 48,000 8,733 67,7032 10,58 0,00 42,63 133,91 18 Xylopia aromatica PIMENTEIRA 11 0,899 22,000 1,797 7,0567 7,55 0,00 31,36 98,53 8 Dicksonia sellowiana SAMAMBAIAÇU 10 0,972 20,000 1,944 4,4266 4,40 0,00 34,60 108,70 13 Euterpe rdulis JUÇARA 10 0,710 20,000 1,419 6,4152 6,40 0,00 27,00 84,82 12 Talisia esculenta PITOMBA 6 3,120 12,000 6,239 28,3535 8,67 0,00 80,50 252,90 17 Gallesia integrifolia PAU D`ALHO 1 6,158 2,000 12,315 0,0000 0,00 0,00 280,00 879,65 9 Matauba elaeagnoides PAU MAGRO 3 4,657 6,000 9,315 106,8691 21,00 0,00 136,67 429,35 43 Syagrus botryophora PATIOBA 1 4,264 2,000 8,528 17,0554 4,00 0,00 233,00 731,99 4 Calycophyllum spruceanum MULATEIRO 5 1,063 10,000 2,126 18,8010 16,00 0,00 50,40 158,34 6 Orbignya apeciosa BABAÇÚ 2 1,816 4,000 3,632 41,0135 23,00 0,00 107,50 337,73 30 Astronium graveolens PAU FERRO 4 0,122 8,000 0,243 0,6456 5,00 0,00 19,00 59,69 14 Neoraputia alba ARAPOCA 2 1,059 4,000 2,118 93,5423 46,50 0,00 65,50 205,77 29 Myroxylon peruiferum ÓLEO VERMELHO 3 0,134 6,000 0,268 0,6344 4,67 0,00 22,33 70,16 11 Anadenanthera peregrina ANGICO CANJIQUINHA 2 0,498 4,000 0,997 4,6046 8,50 0,00 56,00 175,93 21 Holocalyx balansae ALECRIM DO CAMPO 3 0,173 6,000 0,346 0,8639 5,00 0,00 26,67 83,78 22 Vernonia Polysphaera ASSA PEIXE 3 0,041 6,000 0,082 0,1388 3,50 0,00 13,00 40,84 20 Hyeronima alchorneoides ABACATEIRO 2 0,292 4,000 0,584 2,2905 5,50 0,00 35,50 111,53 27 Melanoxylon braúna BRAÚNA PRETA 1 0,933 2,000 1,866 8,3982 9,00 0,00 109,00 342,43 5 Virola oleifera BICUÍIBA 1 0,916 2,000 1,832 17,4057 19,00 0,00 108,00 339,29 7 Dinizia execelsa ANGELIN 1 0,866 2,000 1,732 30,3066 35,00 0,00 105,00 329,87

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10 Lecythis lurida SAPUCAIÚ 1 0,817 2,000 1,634 13,8912 17,00 0,00 102,00 320,44 15 Cedrela fissilis CEDRO ROSA 1 0,785 2,000 1,571 19,6350 25,00 0,00 100,00 314,16 28 Swartzia oblata BRAÚNA 2 0,242 4,000 0,483 2,6729 9,50 0,00 37,00 116,24 24 Cecropia glazioui EMBAÚBA VERMELHA 1 0,196 2,000 0,393 1,5708 8,00 0,00 50,00 157,08 34 Byrsonima basiloba MURICÍ 1 0,181 2,000 0,362 2,3524 13,00 0,00 48,00 150,80 19 Bixa orelana URUCUM DO MATO 1 0,152 2,000 0,304 2,2808 15,00 0,00 44,00 138,23 33 Cariniana legalis JEQUITIBÁ ROSA 1 0,145 2,000 0,290 1,4522 10,00 0,00 43,00 135,09 16 Anadenanthera macrocarpa ANGICO VERMELHO 1 0,126 2,000 0,251 0,0000 0,00 0,00 40,00 125,66 23 Eriobotrya japonica AMEIXA 1 0,102 2,000 0,204 1,2215 12,00 0,00 36,00 113,10 38 Ocotea odorifera CANELA SASSAFRÁS 1 0,057 2,000 0,115 0,3435 6,00 0,00 27,00 84,82 39 Astronium graveolens GIBATÃO 1 0,057 2,000 0,115 0,2863 5,00 0,00 27,00 84,82 31 Cariniana estrellensis JEQUITIBÁ BRANCO 1 0,038 2,000 0,076 0,1521 4,00 0,00 22,00 69,12 25 Baccharis dracunculifolia ALECRIM DO CAMPO 1 0,035 2,000 0,069 0,1039 3,00 0,00 21,00 65,97 36 Erythrina mulungu MULUNGU 1 0,028 2,000 0,057 0,1134 4,00 0,00 19,00 59,69 37 Rapanea ferruginea CAMARÁ 1 0,025 2,000 0,051 0,1018 4,00 0,00 18,00 56,55 40 Lithraea molleoides AROEIRA 1 0,018 2,000 0,035 0,1060 6,00 0,00 15,00 47,12 42 Cnidosculus pubescens ARRE DIABO 1 0,018 2,000 0,035 0,0530 3,00 0,00 15,00 47,12 46 Plathymenia foliosa VINHÁTICO 1 0,015 2,000 0,031 0,0616 4,00 0,00 14,00 43,98 26 Anadenanthera macrocarpa ANGICO PRETO 1 0,013 2,000 0,027 0,0531 4,00 0,00 13,00 40,84 35 Jacaratia spinosa MAMÃO JACATIÁ 1 0,011 2,000 0,023 0,0452 4,00 0,00 12,00 37,70 45 Euterpe edulis PALMITO JUSSARA 1 0,011 2,000 0,023 0,0339 3,00 0,00 12,00 37,70 32 Pithecolobium tortum JUREMA 1 0,010 2,000 0,019 0,0285 3,00 0,00 11,00 34,56 41 Psidium catleianum ARAÇÁ 1 0,010 2,000 0,019 0,0380 4,00 0,00 11,00 34,56 44 Polyandrococos caudescens PALMITO MARGOSO 1 0,010 2,000 0,019 0,0285 3,00 0,00 11,00 34,56 *** Total 173 51,700 346,000 103,400 743,7533 *** Média 3,76 1,124 7,522 2,248 16,1685 *** Desv. Padrão 6,49 2,009 12,983 4,019 32,3924

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TABELA 8: Est. Diamétrica => Classe - Distribuição do(s) parâmetro(s) N, AB, DA (N/ha), DoA (AB/ha), VOLUME, Média HT, Variância HT, Desv. Pad HT, Mediana HT, Média HC, Variância HC, Desv. Pad HC, Mediana HC, Média DAP, Variância DAP, Desv. Pad DAP, Mediana DAP, Média CAP, Variância CAP, Desv. Pad CAP, Mediana CAP

Classe N AB DA DoA VOLUME Média HT Média HC Média DAP Média CAP 10 |- 300 173 51,700 346,000 103,400 743,7533 9,48 0,00 47,00 147,66 *** Total 173 51,700 346,000 103,400 743,7533 *** Média 173,00 51,700 346,000 103,400 743,7533 *** Desv. Padrão 0,00 0,000 0,000 0,000 0,0000

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TABELA 9: Est. Diamétrica => Parcela - Distribuição do(s) parâmetro(s) N, AB, DA (N/ha), DoA (AB/ha), VOLUME, Média HT, Variância HT, Desv. Pad HT, Mediana HT, Média HC, Variância HC, Desv. Pad HC, Mediana HC, Média DAP, Variância DAP, Desv. Pad DAP, Mediana DAP, Média CAP, Variância CAP, Desv. Pad CAP, Mediana CAP

Parcela N AB DA DoA VOLUME Mediana HT Média HC Média DAP Média CAP 1 5 0,194 250,000 9,704 0,9788 5,00 0,00 22,20 69,74 2 4 3,559 200,000 177,963 52,3165 11,50 0,00 84,00 263,89 3 3 0,113 150,000 5,655 0,5598 4,00 0,00 21,33 67,02 4 6 2,284 300,000 114,181 37,4307 16,00 0,00 67,00 210,49 5 5 3,234 250,000 161,710 90,6324 28,00 0,00 86,20 270,81 6 12 7,661 600,000 383,070 226,2309 15,00 0,00 77,67 244,00 7 10 9,226 500,000 461,296 58,7542 11,50 0,00 80,60 253,21 8 6 0,715 300,000 35,775 5,7881 8,00 0,00 38,33 120,43 9 7 2,017 350,000 100,865 27,6694 14,00 0,00 55,00 172,79 10 7 2,965 350,000 148,232 74,0901 15,00 0,00 63,00 197,92 11 9 2,731 450,000 136,530 29,2011 10,00 0,00 59,67 187,45 12 7 0,860 350,000 42,977 6,9175 8,00 0,00 36,00 113,10 13 7 0,642 350,000 32,115 10,4807 10,00 0,00 31,71 99,63 14 3 0,363 150,000 18,162 2,5977 7,00 0,00 38,33 120,43 15 7 1,222 350,000 61,096 12,7042 7,00 0,00 38,57 121,18 16 5 0,841 250,000 42,054 7,4939 8,00 0,00 40,60 127,55 17 7 2,018 350,000 100,880 21,6328 8,00 0,00 56,14 176,38 18 4 0,904 200,000 45,215 8,0286 9,50 0,00 49,50 155,51 19 3 0,341 150,000 17,059 2,8086 5,00 0,00 36,00 113,10 20 6 1,735 300,000 86,732 16,6763 6,50 0,00 46,67 146,61 21 11 1,590 550,000 79,502 13,7440 7,00 0,00 33,36 104,82 22 10 0,686 500,000 34,318 6,0183 4,00 0,00 26,30 82,62 23 10 1,178 500,000 58,913 12,0904 4,00 0,00 28,20 88,59 24 8 0,164 400,000 8,207 0,6849 3,50 0,00 15,50 48,69 25 11 4,456 550,000 222,782 18,2236 4,00 0,00 34,45 108,24 *** Total 173 51,700 346,000 103,400 743,7533 *** Média 6,92 2,068 346,000 103,400 29,7501 *** Desv. Padrão 2,66 2,254 133,010 112,678 47,3923

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15. RESULTADOS

Como este estudo identificou-se 46 espécies dentre elas algumas constam na lista brasileira de ameaçadas espécies presentes nas parcelas amostradas para o município de Brejetuba/ES. As campanhas de campo realizaram toda a metodologia prescrita para este relatório e os dados coletados encontram-se disponíveis nos arquivos da Biologa Claudia. Indica a continuidade nos estudos botânicos que vem contribuir para a biodiversidade do município. Tais como as análises que podem ser realizada com os dados coletados (CAP, Área basal, estimativa de altura) fornecendo mais informações da diversidade, abundância e outras. Sobre a lista das espécies registradas nas campanhas de campo devemos considerar: indivíduos que não foram possíveis a sua identificação em campo por não estarem no período de floração. A necessidade da continuidade dos trabalhos em campo é fundamental para essa área nos estudos do Plano de manejo, com amostragens acompanhando a floração das espécies durante no mínimo um ano e em mais áreas. Alguns dos registros fotográficos seguem no final deste relatório demonstrando o grande potencial das espécies registradas. Muitas destas são plantas ornamentais, medicinais, espécies raras, endêmicas e ameaçadas para a flora nativa da região. Estudos específicos neste sentido podem resultar em alternativas econômicas para populações regionais auxiliando na valorização da conservação dos ambientes naturais existentes no município de Brejetuba-ES

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CAPÍTULO V t

RELATÓRIO TÉCNICO SOCIOECONOMICO

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1. INTRODUÇÃO

Esta etapa consistiu na realização de um levantamento dos moradores residentes nas áreas propostas e das ações antrópicas, como formas de uso do solo; na identificação dos possíveis impactos sobre as atividades produtivas para o município com a proposta de criação da UC e na identificação dos atrativos turísticos atuais e potenciais das áreas de estudo, bem como sua utilização (ambiental, cultural, esportiva e de lazer).

O objetivo deste relatório é elaborar um diagnóstico da percepção ambiental dos moradores do entorno das áreas propostas com estudos técnicos para criação de Unidade de Conservação na Pedra do Submarino localizada nas coordenadas: 20º11’09.12’’S, 41º16’55.69’’O e no Berra Onça localizada nas Coordenadas 20º12’45.76’’ S, 41º15’34.27’’O no município de Brejetuba/ES, visando subsidiar propostas de atuação de políticas públicas que contribuam para uma participação sustentável da sociedade.

2. METODOLOGIA

2.1 CARACTERIZAÇÃO DAS ÁREAS DE ESTUDOS

A economia gira em torno da agricultura e o café é o principal produto, vindo em seguida a criação de gado, o plantio milho, de feijão e produtos hortifrutigranjeiros. Há o predomínio de pequenas e médias propriedades, ideais para a exploração do agroturismo. O prazer de conhecer todo município e descobrir as origens e o modo de vida proporciona passeios maravilhosos. É uma beleza que se estende aos olhos e que encanta a todos. A terra do café de qualidade, está localizado a 147 km da capital Vitória, Brejetuba produz hoje um dos melhores cafés do Brasil. Rodeado pela exuberante Mata Atlântica, a cidade reúne condições propícias para turistas em busca de um local calmo e distante da correria dia-a-dia. O relevo que oscilam de 600 á 1000 metros, que proporciona a formação de lindos, vales e chapadas, montanhas, cachoeiras, cascatas, atrai pessoas interessadas na prática de esportes de aventura. Área: 342.509 Km². População (IBGE, 2014): 12.712 habitantes. Temperatura Média Anual: 22ºC. As áreas de estudos do Berra Onça e Pedra do Submarino apresentaram as mesmas características para as demais áreas como segue abaixo.

3. RESULTADOS

A amostra total foi composta de 56 questionários, sendo 31 da zona rural Berra Onça e 25 da zona rural Pedra do Submarino como está representado na tabela abaixo:

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Tabela 1: Dados de identificação das entrevistadas na região BERRA ONÇA no município de Brejetuba ESTADO CIVIL SEXO IDADE RENDA PROPRIEDADE Nº NOME RG/CPF PROPRIEDADE NÃO RESPONDEU SOLTEIRO/OUTROCASADO M F > 18 ANOS < 18 ANOS > 3 SALARIOS < 3 SALARIOS MEDIDA (ha) 1 EDEZIO SOARES DE PAULA 042.027.987-00 0 1 1 0 1 1 1 0 RANCHO DANTAS 0 0 2 ANTONIO LUIZ AMBROSIO 004.420.027-77 0 1 1 0 1 1 1 0 SITIO RANCHO DANTAS 13,3 0 3 LUIZ AMBROSIO 743.072.667-49 0 1 1 0 1 1 1 0 FAZENDA RANCHO DANTAS 51,3 0 4 PEDRO ANTONIO DE PAULA 675.262.927-72 0 1 1 0 1 1 1 0 SITIO AGUA LIMPA 46 0 5 LUIZ ALBERTO SAVARIZE 579.201.767-00 0 1 1 0 0 1 0 1 FAZENDA ALEGRE 35 0 6 LOURIVAL DE SOUZA PAULA 0 0 1 1 0 0 1 0 1 SITIO PINHEIRO 29,5 0 7 ANTONIO D. MOURA 068.561.737-84 0 1 1 0 1 1 1 0 SITIO SÃO RAFAEL 46 0 8 OBRASIO AMBRÓSIO 471.983.207-59 0 1 1 0 1 1 1 0 SITIO OBRASIO AMBROSIO 0 0 9 VALDEIR MOURA DE PAULA 017.065.637-36 0 1 1 0 1 1 0 1 RECANTO DA MATA 19 0 10 NOELI EDIR DE PAULA 917.656.507-63 0 1 1 0 1 1 1 0 SITIO RANCHO DANTAS 19 0 11 ADILSON FERNANDES PAGIO 977.917.177-00 0 1 1 0 0 1 1 0 SITIO ESPERANÇA 8,9 0 12 JOSÉ RIBEIRO DOS SANTOS 328.180.097-15 0 1 1 0 0 1 1 0 SITIO BREJAUBINHA 5,09 0 13 AILTON FERREIRA DE ALMEIDA 080.179.034-48 0 1 1 0 0 1 1 0 SITIO BOA VISTA 2 0 14 ALCIONE V. DOS SANTOS 031.928.877-09 0 1 1 0 1 1 0 1 SITIO BOA VISATA 0,8 0 15 PAULO MOURA DE PAULA 915.834.117-04 0 1 1 0 0 0 0 0 SITIO PAULA MOURA DE PAULA 0 1 16 ADONIAS ZAMBON 083.583.047-06 0 1 1 0 1 1 1 0 RECANTO DAS AGUAS 10 0 17 ERNANDES ZAMBON 001.499.647-49 0 1 1 0 0 1 0 1 SITIO RECANTO DAS AGUAS 56 0 18 ANGELO ELER D. COSTA 575.172.587-53 0 1 1 0 0 1 1 0 SITIO RANCHO DANTAS 27 0 19 JOSE NILSON ZAVARIZE 744.382.807-10 0 1 1 0 0 1 1 0 SITIO RANCHO DANTAS 33 0 20 ANDERSON LUIS MEDEIROS 088.314.657-67 0 1 1 0 0 0 0 0 NÃO IDENTIFICADO 0 1 21 JOSÉ M. DA SILVA 659.066.837-04 1 0 1 0 1 1 1 0 SITIO DA PEDREIRA 10,3 0 22 ZEILSON ULIANA 471.979.867-53 0 1 1 0 0 0 0 1 FAZENDA BOA ESPERANÇA 45,98 0 23 MARIA DAS GRAÇAS B. ULIANA 031.528.137-59 0 0 0 1 0 1 1 0 SITIO BOA ESPERANÇA 5,8 0 24 SEBASTIÃO MORAIS INÁCIO 031.662.657-08 0 1 1 0 0 1 1 0 SITIO SEBASTIÃO MORAIS INACIO 0 0 25 DIMAS RIBEIRO DOS SANTOS 475.093.687-15 0 1 1 0 1 1 1 0 SITIO BOA VISTA 7,3 0 25 PROPRIEDADES 1 23 24 1 12 22 17 6 471,27 2

Tabela 2: Dados de identificação das entrevistadas na região PEDRA SUBMARINO no município de Brejetuba ESTADO CIVIL SEXO IDADE RENDA PROPRIEDADE Nº NOME RG/CPF PROPRIEDADE NÃO RESPONDEU SOLTEIRO/OUTROCASADO M F > 18 ANOS < 18 ANOS > 3 SALARIOS < 3 SALARIOS MEDIDA (ha) 1 ELIO ULIANA 653.107.567-87 0 1 1 0 1 1 1 0 SITIO BOA VISTA 9,9 0 2 JAIME RIBEIRO DOS SANTOS 475.993.337-68 0 1 1 0 0 1 1 0 SITIO BOA VISTA 9,3 0 3 SILEZIA S. ULIANA 086.060.687-21 1 0 0 1 0 1 1 0 SITIO PEDRA BONITA 4,59 0 4 EDMILSON JOSE NETTO ZAMBON 880.034.697-72 0 1 1 0 1 1 1 0 SITIO CORREGO BOA ESPERANÇA 0 0 5 ROGERIO DE OLIVEIRA ZAMBON 084.105.867-97 0 1 1 0 1 1 1 0 SITIO CORREGO BOA ESPERANÇA 12,1 0 6 OSMAR ZAMBON 117.225.337-49 0 1 1 0 0 1 1 0 SITIO CORREGO BOA ESPERANÇA 24,9 0 7 ELIOMAR ZAMBON 100.950.097-25 0 1 1 0 0 1 1 0 RECANTO DAS ÁGUAS 10 0 8 OLIMPIO RIBEIRO DOS SANTOS 970.137.307-34 0 1 1 0 0 1 1 0 SITIO DO RECANTO 7,2 0 9 ELEYTE M. DA SILVA 192.639-27 0 1 1 0 0 1 1 0 SITIO BREJAUBINHA 10 0 10 JURACY NEUZA DA SILVA BADAN 091.767.087-64 0 1 0 1 0 1 1 0 SEM IDENTIFICAÇÃO 0 0 11 NEZILDO ANTONIS DA SILVA 716.885.527-15 0 1 1 0 1 1 1 0 SITIO INDAIÁ 0 0 12 NEILDO JOSE DA SILVA 394.723.537-20 0 0 1 0 0 0 0 0 SITIO BREJAUBINHA 0 1 13 AULINDO DA SILVA 416.444.687-00 1 0 1 0 0 1 1 0 SITIO AULINDO DA SILVA 0 0 14 LUDARIA ULIANA 924.583.947-87 0 1 0 1 1 1 0 1 SITIO BREJAUBA 7,4 0 15 DELURDES C MIRANDA NÃO IDENTIFICADO 0 1 1 0 0 1 1 0 SITIO DELURDES C. MIRANDA 0,2 0 16 RANANZA DULBRIA ULIANA 120.112.687-88 1 0 0 1 1 1 1 0 SITIO MONTE SANTO 10 0 17 JOSE LEANDRO ULIANA 579.189.457-00 0 1 1 0 1 1 0 1 SITIO MONE SANTO 34,8 0 18 EDSON FRANCISCO MEDEIRO 526.905.717-49 0 1 1 0 0 1 1 0 CHACARA BREJAUBINHA 0,045 0 19 OTAVIO ULIANA 117.194.437-34 1 0 1 0 0 1 0 1 SITIO BREJAUBINHA 16 0 20 ELIAS RIBEIRO DOS SANTOS 826.955.557-68 0 1 1 0 0 1 1 0 SITIO CANARIO 11,4 0 21 ELIAS DIAS DE OLIVEIRA 054.571.465-23 0 1 1 0 1 1 0 1 PANFICADORA 0 0 22 JOSE ANTONIO BELIZARIO G. 876.328.107-49 0 1 1 0 0 1 0 1 SITIO BOA ESPERANÇA 7 0 23 ANGEL MARCOS ULIANA 881.178.637-15 0 1 1 0 1 1 1 0 SITIO BOA ESPERANÇA 26,6 0 24 JOÃO MARK 653.107.487-68 0 1 1 0 1 1 0 1 SITIO JOÃO MARK 14,1 0 25 GEOVANI CARLOS DIAS 015.384.237-74 0 1 1 0 1 1 1 0 SITIO GEOVANI CARLOS 17,5 0 26 JOÃO ALBERTO DIAS 005.410.747-41 0 1 1 0 1 1 1 0 SITIO JOÃO ALBERTO DIAS 17,5 0 27 JOSEMAR BELISARIO C. 659.072.567-59 0 1 1 0 0 1 1 0 SITIO JOSEMAR BELISARIO 5 0 28 JOÃO HOMERO ULIANA 727.057.087-34 0 1 1 0 0 1 1 0 CHACARA ULIANA 2,5 0 29 GILCELIO DIAS 069.090.167-27 1 0 1 0 0 1 1 0 SITIO GILCELIO DIAS 17,5 0 30 REGINA M DOS SANTOS BELISARIO 120.858.657-20 0 1 0 1 1 1 1 0 SITIO BOA VISTA 10 0 31 GILDÁRIO BELISÁRIO 380.002.107-20 0 1 1 0 1 1 0 1 SITIO BOA VISTA 10 0 31 PROPRIEDADES NA REGIÃO PEDRA DO SUBMARINO 5 25 26 5 14 30 23 7 295,535 1

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3.1ATIVIDADE ECONÔMICAS

A economia gira em torno da agricultura e o café é o principal produto, vindo em seguida a criação de gado, o plantio milho, de feijão e produtos hortifrutigranjeiros.

Gráfico 1: Dados referente as atividades econômicas desenvolvidas Gráfico 2: Dados referente as atividades econômicas desenvolvidas na região na região PEDRA SUBMARINO no município de Brejetuba BERRA ONÇA no município de Brejetuba

Há o predomínio de pequenas e médias propriedades, ideais para a exploração do agroturismo.

3.2 SOLO

Segundo estudos realizados pela expedição científica esta classificado como arenoso, latossolo vermelho-amarelo, latossolo amarelo, sendo que os latossolos são a maioria e estes são solos com horizonte B latossólico (horizonte mineral, cujos constituintes evidenciam avançado estágio de intemperização, alteração quase completa dos minerais primários, apresenta pouca diferenciação entre horizontes, sendo a principal classe de solo do Brasil (38,5% - 3.276.896km2 e utilização agrícola).

3.3 AS AÇÕES ANTRÓPICAS

Para as áreas durante os estudos indica que com a criação da Unidade de Conservação a proteção, a manutenção dos ecossistemas livres de alterações causadas por interferência humana, esse é o objetivo básico das Unidades Conservação, ou seja, é preservar a natureza, com o que a criação de UC´s na região viria a contribuir para frear o avanço da atividade de caça e roubo de palmito, responsáveis por grande parte dos desmatamentos presenciados na região. Por outro lado, a manutenção da preservação

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das nascentes, fluxos de água e biodiversidade representarão no médio e longo prazo um ganho na qualidade de vida e potencial produtivo para os municípios do entorno.

Gráfico 4: Dados referente a infra estrutura das entrevistadas na região BERRA ONÇA Gráfico 3: Dados referente a infra estrutura das no município de Brejetuba entrevistadas na região PEDRA SUBMARINO no município de Brejetuba

3.4 USO DO SOLO TOMANDO-SE COMO PREMISSA OS PRINCIPAIS IMPACTOS A SEREM CONSIDERADOS NA CRIAÇÃO DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO

Para o uso do solo tomando-se como premissa os principais impactos a serem considerados na criação de unidades de conservação da natureza pelo estado, ampliam- se as possibilidades para as atividades sustentáveis de turismo de natureza (ou ecoturismo). A procura por este tipo de atividade cresce notavelmente em todo o mundo, cabendo ao poder público e à sociedade local a ação protagonista no sentido de alavancar a região na conformação de um pólo de turismo de natureza gerador de emprego, renda e uma melhor qualidade de vida aos moradores do entorno. Tal esforço já vem sendo efetuado na maioria dos municípios estudados, sendo responsáveis pelo crescente aumento nos Índices de Desenvolvimento Humano e qualidade de vida.

3.5 IMPACTOS SOBRE AS ATIVIDADES SÃO PRODUTIVAS PARA O MUNICÍPIO COM A PROPOSTA DE CRIAÇÃO DA UC

Os impactos sobre as atividades são produtivas para o município com a proposta de criação da UC. Que durante as pesquisas de campo, os principais conflitos encontrados, não estão relacionados à criação de uma nova UC, mas sim se referem às deficiências da fiscalização no combate de infrações previstas pela legislação ambiental, ou seja, a pratica de atividades nocivas ao meio ambiente como o corte ilegal de árvores, o impedimento da regeneração natural, a caça, a pesca em épocas de defeso ou usando petrechos ilegais e, ainda, a abertura de novas áreas para o cultivo agrícola ou pecuária, inclusive em áreas de preservação permanente. Pelo que em concordância com

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depoimentos coletados em campo e do observado nestes períodos pode-se arriscar dizer que a maioria das comunidades próximas a áreas de interesse para a criação de UC´s aqui proposta, anseia pela criação e estruturação de algum tipo de implemento ambiental na forma de unidade de conservação nas áreas de Berra Onça e Pedra do Submarino, de onde esperam e aguardam receber respaldo técnico e social de seus ocupantes. Há que se ressaltar que a questão do entorno tem que ser bem delimitada pois são áreas de propriedades particulares contam o uso da terra para sua

sustentabilidade.

Gráfico 5: Dados referente as benfeitorias na região da PEDRA DO SUBMARINO no município de Brejetuba Gráfico 6: Dados referente as benfeitorias na região BERRA ONÇA no município de Brejetuba

Tabela 3: Dados referente as questões fundiárias na região da Pedra do submarino no município de Brejetuba, que terão maior ênfase em relatório exclusivo para o assunto.

PROPRIED. COM ESC PROPRIED. SEM ESC NÃO RESPONDEU 28 1 1

Tabela 4: Dados referente as questões fundiárias na região da Berra Onça no município de Brejetuba, que terão maior ênfase em relatório exclusivo para o assunto PROPRIED. COM ESC PROPRIED. SEM ESC NÃO RESPONDEU 22 1 2

3.6 IDENTIFICAÇÃO DOS ATRATIVOS TURÍSTICOS

A identificação dos atrativos turísticos atuais para o Berra Onça foi o Recanto das Águas - O local é onde acontecem festas Casamentos e eventos em geral em Brejetuba. Fica a 7 km da sede, no distrito de Brejaubinha, e pertence à Família Zambon. É uma área rústica, com churrasqueira e lanchonete e pequenos lagos. Com chalés e piscina.

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Para a Pedra do Submarino, a própria Pedra do Submarino que é Um dos principais cartões postais de Brejetuba. É um paredão rochoso de 380 metros de altura que fica no distrito de Brejaubinha. O local recebe praticantes de rapel e acampamentos, mas ainda não está totalmente estruturado. Foi na Mata Atlântica do seu entorno que o francês Michel Frey descobriu um exemplar raro de orquídea.

3.7 POTENCIAIS DAS ÁREAS DE ESTUDO, BEM COMO SUA UTILIZAÇÃO.

Potenciais das áreas de estudo, bem como sua utilização (ambiental, cultural, esportiva e de lazer) para as áreas de estudos apresentam com um grande potencial turístico ainda pouco explorado, Brejetuba possui varias cachoeiras, fauna e flora ricas em espécie, destacam-se como local de visitação para os turistas a Pedra Submarino, a Rampa da Pedra da Torre, a Cachoeira da Rampa e a Cachoeira do Bernardo. Com um enorme potencial para prática de esportes de aventura como rapel, parapente, asa delta e outros o município tem atraído pessoas de varias partes do estado e do Brasil em busca de aventura. Tomar um cafezinho cultivado, colhido e preparado em algumas das diversas propriedades que produzem o grão no município é uma experiência única, Brejetuba é o único lugar do estado do ES, onde o visitante pode aprender e conhecer tudo sobre o plantio, cultivo, colheita, preparado e sabor dessa bebida que é a segunda mais consumida no mundo, só perde para a água.

Gráfico 7: Dados referente as questões ambientais na região Gráfico 8: Dados referente as questões ambientais na região BERRA ONÇA no PEDRA SUBMARINO no município de Brejetuba município de Brejetuba

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4. CONCLUSÃO

Ao final dessa etapa que culminou com o recolhimento dos questionarios demos oportunidade para considerações finais dos participantes e alguns representantes das instituições fizeram considerações positivas quanto à iniciativa da MGE e do CONSORCIO RIO GUANDU em propor a criação de Unidade de Conservação ficando assim no próprio município impactado a compensação se colocando também se colocaram à disposição para participar das demais oficinas que se fizerem necessário.

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CAPÍTULO VI

RELATÓRIO TÉCNICO

OFICINAS

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1.0-INTRODUÇÃO

Unidades de Conservação e Importância para a Conservação da Biodiversidade. As Unidades de Conservação (UCs) são áreas geográficas destinadas à preservação dos ecossistemas naturais, possuem limites definidos e existem sob um regime especial de administração, ao qual se aplicam garantias adequadas de proteção. É a principal proposta para diminuir os efeitos de degradação de ecossistemas, no Brasil. Elas existem para manter a diversidade biológica e os recursos genéticos no país. Protegem as espécies ameaçadas de extinção, preservam e restauram a diversidade de ecossistemas naturais e promovem a sustentabilidade do uso dos recursos naturais. As UCs também desempenham o papel de prestar serviços ambientais, tais como: fixação de carbono e manutenção de seus estoques, regularização e equilíbrio do ciclo hidrológico, purificação da água e do ar, controle da erosão, conforto térmico, perpetuação de banco genético e fluxos gênicos das espécies, manutenção da paisagem e de áreas de recreação, lazer, educação e pesquisa científica. As Unidades de Conservação (UCs) podem ser criadas pelo poder público, em suas esferas Federal, Estadual e Municipal, com a finalidade de preservar e conservar o meio ambiente, de forma a compatibilizar o desenvolvimento econômico-social e cultural com o uso racional dos recursos naturais. Em 18 de julho de 2000 foi sancionada a Lei nº. 9.985 com o objetivo de regulamentar o artigo 225 da Constituição Brasileira, e instituir o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza – SNUC. Regulamentado pelo Decreto nº 4.340 de 22 de agosto de 2002 é o instrumento legal que visa possibilitar os objetivos de proteção da natureza no Brasil. De acordo como o disposto na Lei, os objetivos do SNUC, são: Contribuir para a manutenção da diversidade biológica e dos recursos genéticos no território nacional e nas águas jurisdicionais; Proteger as espécies ameaçadas de extinção no âmbito regional e nacional; Contribuir para a preservação e a restauração da diversidade de ecossistemas naturais; Promover o desenvolvimento sustentável a partir dos recursos naturais; Promover a utilização dos princípios e práticas de conservação da natureza no processo de desenvolvimento; Proteger paisagens naturais e pouco alteradas de notável beleza cênica; Proteger as características relevantes de natureza geológica, geomorfológica, espeleológica, arqueológica, paleontológica e cultural; Proteger e recuperar recursos hídricos e edáficos; Recuperar ou restaurar ecossistemas degradados; Proporcionar meios e incentivos para atividades de pesquisa científica, estudos e monitoramento ambiental;

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Valorizar econômica e socialmente a diversidade biológica; Favorecer condições e promover a educação e interpretação ambiental, a recreação em contato com a natureza e o turismo ecológico; Proteger os recursos naturais necessários à subsistência de populações tradicionais, respeitando e valorizando seu conhecimento e sua cultura e promovendo-as social e economicamente. O SNUC busca organizar as áreas naturais protegidas, em categorias, e definir os meios de planejamento e gestão adequados para cada. Dessa forma, o SNUC definiu diversas categorias de UC de USO SUSTENTÁVEL ou de PROTEÇÃO INTEGRAL, de acordo com suas possibilidades de manejo: Proteção integral, cujo objetivo básico é preservar a natureza, sendo admitido apenas o uso indireto dos seus recursos naturais. Compreende as seguintes categorias: Estação Ecológica, Reserva Biológica, Parque Nacional, Monumento Natural e Refúgio de Vida Silvestre; Uso sustentável, cujo objetivo básico é compatibilizar a conservação da natureza com o uso sustentável de parcela de seus recursos naturais. Compreende as seguintes categorias: Área de Proteção Ambiental, Área de Relevante Interesse Ecológico, Floresta Nacional, Reserva Extrativista, Reserva da Fauna, Reserva de Desenvolvimento Sustentável e Reserva Particular do Patrimônio Natural. A realização do estudo de viabilidade para criação de Unidade de Conservação (UC) de Proteção Integral na Pedra do Submarino e no Berra Onça, no município de Brejetuba, região sul do Estado do Espírito Santo, visa atender ao disposto no Sistema Nacional de Unidades de Conservação SNUC, que diz que o ato de criação da UC deverá ser precedido de estudos técnicos e de consulta pública que permitam identificar a localização, a dimensão e os limites mais adequados para a Unidade (artigo 22, Lei 9.985/2000).

1. OBETIVO

Envolver diversos setores da sociedade para iniciar uma discussão sobre a importância dos ambientes protegidos através da criação de unidades provocando uma discussão sobre a importância dos ambientes protegidos através da criação de unidades de conservação. Como a proposta inicial de criação da UC é do poder público, a oficina apresentará os tipos de categorias de UC, os possíveis cenários para as áreas indicadas através dos estudos realizados em campo que subsidiaram as propostas para que a sociedade contribua no processo de escolha de uma das duas áreas para iniciar o processo de criação de UC, definindo a categoria de manejo e o limite. Essa ação é referente à execução dos recursos da Compensação Ambiental do licenciamento da

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Linha de Transmissão Mesquita Viana (Processo n° 02001.004858/2011-20) município de Brejetuba / ES.

2. METODOLOGIA Metodologicamente, o processo de estudo de viabilização de criação da Unidade de conservação para a comunidade do Berra Onça e Brejaubinha próxima a Pedra do Submarino contou com estudos e campanhas de campo para serem bases do potencial a ser apresentado nas oficinas permitindo que os presentes elaborem a proposta de criação das unidades de conservação dentro da categoria que os estudos indicam, sejam públicas ou particulares. Numa perspectiva participativa e de envolvimento das comunidades locais, com atividades de mobilização social, educação ambiental, monitoramento, sistematização e disseminação de informações. A par disto, começamos a conversa em forma de um diálogo e esclarecemos o que vem a ser uma UC Unidade de Conservação e as suas categorias a de Uso Integral e a de Uso Sustentável. Essas atividades se contaram os atores locais, representantes da Secretária de Meio Ambiente do município de Brejetuba. Durante a realização da oficina, foram disponibilizados materiais de apoio, como mapas temáticos referentes às características socioambientais da região, os levantamentos de fauna e da flora para consulta e esclarecimentos. As oficinas tiveram o objetivo de informar as particularidades das diferentes áreas, para isto, foi estabelecido um diálogo com os atores locais, representados da sociedade civil, Prefeituras Municipais e a consultoria Agroplant que realizou os estudos na região que possuía informações geradas em estudos de campo. Os processos participativos permitem interação de diferentes áreas e setores, facilitando o surgimento de propostas e soluções integradas, respeitando a realidade local. Com a participação de no máximo 30 pessoas, para garantir o sucesso do processo. Inicialmente foi abordados os seguintes temas:

. Categorias de manejo contempladas na Lei 9.985/2000;

. Objetivos da categoria e como ele se insere no contexto do SNUC;

. Visão geral do processo de planejamento em questão;

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. Apresentação dos estudos de viabilidades de Fauna e Flora da área do entorno assim enfocando suas principais características e dificuldades. Nesta oficina foi realizada uma análise do contexto regional, identificando-se as oportunidades e ameaças, bem como os pontos fracos e fortes.

. Discussão do zoneamento;

Nesta oficina realizada em Brejetuba/ES foram observadas as considerações apresentadas pela Secretária Municipal de Meio Ambiente que dividiu em dois grupos de trabalho um para a região Berra Onça e outra para a região Brejaubinha próxima a Pedra do Submarino, que levou em consideração todo o material das coletas campo fauna e flora, vistorias e mapas resultantes do trabalho. Ficando assim os resultados:

3.1 Comunidade do Berra Onça

Fonte: Claudia Pimenta FOTO: Troca de informação com esclarecimentos das dúvidas a respeito dos tipos de categorias que possuí a UC Unidade de Conservação na comunidade Berra Onça.

A primeira oficina realizada dia 03 de dezembro de 2014 as 17:00 horas na residência do senhor Lourival de Souza Paula, contou com a presença de 19 participantes entre homens e mulheres . Deu-se inicio apresentando os mapas resultantes do trabalho onde pontua a área do Berra Onça com seu entorno até a Pedra do Submarino e assim vice versa com os resultados fauna e da flora (conforme relatórios). Teve seu início num bate papo sobre o que é uma Unidade de Conservação e suas categorias com seus critérios. Gerou muitas perguntas para o entendimento da Unidade de Uso Integral e de Uso Sustentável. Até que se chegou a um entendimento que para a comunidade a Criação de uma Unidade de Conservação de Uso Sustentável será viavelmente econômica para a comunidade e não aceitaram a possibilidade de criação de Unidade de Uso Integral. A oficina contou a duração de 4:00 horas de forma dinâmica e sensibilizadora ganhou

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atenção de todos que em conversava entre os presentes se prontificaram a ser multiplicadores do tema proposto.

2.2 Comunidade do Pedra Submarino

Fonte: Claudia Pimenta FOTO: Troca de informação com esclarecimentos das dúvidas a respeito dos tipos de categorias que possuí a UC Unidade de Conservação em brejaubinha

A primeira oficina realizada dia 04 de dezembro de 2014 as 08:00 horas na Associação de moradores de Brejaubinha, contou com a presença de 18 participantes entre homens, mulheres e crianças. Deu-se inicio apresentando a apresentação de Power Point explicando sobre o tema em questão e o Vinícius da Agroplant falou sobre os mapas resultantes do trabalho onde pontua a área do Berra Onça com seu entorno até a Pedra do Submarino e assim vice versa e novamente a bióloga Claudia Pimenta da Biocapi Consultoria Ambiental segui com os resultados fauna e da flora (conforme relatórios). Teve seu início num bate papo sobre o que é uma Unidade de Conservação e suas categorias com seus critérios. Gerou muitas perguntas para o entendimento da Unidade de Uso Integral e de Uso Sustentável. A pergunta que mais teve foco durante a oficina foi qual a viabilidade desse projeto de Criação de Unidade de Conservação para a comunidade? Terá desapropriação? É viavelmente econômico fazer isso? Para os produtores a indicação de ser uma Unidade de Uso Sustentável no qual podem ter fonte renda como turismo ecológico é a opção indicada e aprovada pelos presentes. A oficina contou a duração de 4:00 horas de forma dinâmica e sensibilizadora ganhou atenção de todos que em conversava entre os presentes se prontificaram a ser multiplicadores do tema proposto. Em seguida foi apresentado o mapa da área onde se realizou os estudos de viabilidade, com o objetivo proposto e a metodologia desenvolvida e qual foi o resultado. Segue abaixo slides:

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3. CONCLUSÃO Por fim, acreditamos que o trabalho realizado pelos grupos em cada área foi muito proveitoso, pois mostrou que apesar das dificuldades em absorver um assunto extenso e minucioso como Unidade de conservação e trazer para a realidade do Município, essa oficina nos mostrou a possibilidade de unção de várias classes e vários conhecimentos para elaboração de criação de uma UNIDADE de CONSERVAÇÃO a qual será acompanhada por todos os participantes do Programa e equipe técnica integrada. Essa etapa mostrou que a união de diferentes pessoas e suas categorias profissionais pode gerar frutos e acabar se concretizando, por isso esperamos que não só a equipe da secretaria de Meio Ambiente de Brejetuba/ES possa ter a sensibilidade de sentir que estamos vencendo mais uma batalha e que o verdadeiro sentido da Palavra não se resume só em uma Criação de uma Unidade de Conservação, mas sim em uma união de famílias para combater os impactos florestais e proteger o que nos resta de forma que o nosso futuro não se resuma em desastres ambientais. A área proposta contém um número relativamente alto de espécies raras, ameaçadas e endêmicas. Tem níveis relativamente altos de biodiversidade contendo uma diversidade completa de plantas e animais exerce uma função crítica de paisagem contribui significativamente à representatividade para que sustentem populações mínimas viáveis de espécies-chave. A diversidade estrutural para a criação de uma UC é coerente com as normas históricas. Inclui os ecossistemas cuja abrangência tem diminuído bastante e conserva uma diversidade completa de processos aturais e de regimes de distúrbio. Em síntese a área atende os critérios da lei 9.895 para criação de uma unidade de conservação.

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CAPÍTULO VII

RELATÓRIO TÉCNICO

FUNDIÁRIO

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1.0- INTRODUÇÃO

Um dos grandes desafios de implementação da Unidade de Conservação (UC) é sua consolidação territorial. Além de uma adequada delimitação, que conserve não apenas espécies ou atributos da paisagem, mas também processos ecológicos, considerando tanto as formações naturais como o uso que a comunidade faz desse território e seus recursos. É indispensável para a consolidação territorial das UCs que seja feita sua regularização fundiária. O levantamento do diagnóstico fundiário tem por objetivo identificar e caracterizar os imóveis rurais e ocupações existentes. Compreende, para cada imóvel ou ocupação, um levantamento cadastral e um estudo dominial de títulos e registros que asseguram a propriedade dos imóveis ou as ocupações, incluindo a verificação de suas origens. Este último é realizado através de pesquisa cartorial para se constatar se o ocupante é proprietário ou posseiro e, neste caso, verificar a que título se deu a ocupação. Portanto a diagnóstico fundiário implica em: • Levantamento cadastral do imóvel (divisas extremas/perímetro e sede);

• Pesquisa cartorial;

• Identificação dos imóveis e seus ocupantes;

• Características dos ocupantes;

 Infraestruturas física existentes;

 Avaliação do valor de mercado de 01 ha de terra nas áreas propostas;

 Identificação das áreas de domínio público e privado.

O Diagnóstico Fundiário será utilizado como ferramenta de planejamento estratégico e principalmente como localização de áreas públicas, que se resume num sistema de coleta de informações sobre uma área, região ou propriedade. Essas informações deverão ser apresentadas em forma de mapas. Desta forma o Município tem a necessidade de saber sobre a real situação fundiária da área de interesse, para que possa planejar estrategicamente os passos a serem tomados para a efetivação da Regularização Fundiária em terras devolutas ou mesmo a regularização por ações discriminatórias administrativas ou judiciais.

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2.0- ÁREA DE ABRANGÊNCIA DOS TRABALHOS

As duas áreas abaixo foram definidas para criação da unidades de conservação em Brejetuba. A primeira área de abrangência para criação da UC no Berra Onça está identificada na imagem a seguir e foi definida pela Prefeitura Municipal de Brejetuba e repassada a empresa por meio de termo de referencia datado de julho de 2013. Também foram feitos levantamentos nas propriedades que fazem confrontação com a área escolhida.

Figura 01- Imagem aérea da UCPI proposta para a Berra Onça

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A segunda área, é referente a criação da UC na pedra submarino e esta demonstrada na imagem abaixo

Figura 02- Imagem aérea da UCPI proposta para a Pedra Submarino

3.0- LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA

BREJETUBA é conhecido como a Capital Nacional do Café, está localizada a 147 km de Vitória-ES, Brejetuba produz hoje um dos melhores cafés do Brasil. É um município de topografia montanhosa, as plantações de café se estendem por vales e montanhas formando um imenso tapete verde. O relevo oscilando entre 600 á 1000 metros proporciona a formação de lindos vales e chapadas, montanhas, cachoeiras e cascatas, tudo isso rodeado pela exuberante Mata Atlântica que cobre cerca de 25% do seu território. Brejetuba Distritos: Brejetuba sede, São Jorge do Oliveira e Santa Rita de Brejetuba. Limites: Ibatiba, Muniz Freire, Conceição do Castelo, Afonso Claudio, Mutum e Aimorés. Altitude: 780 m. Coordenada: Latitude: 20º 14’ 6” e Longitude: 41º 29’ 0”. Possuí um área de 342.509 Km², com população (IBGE 2010): 11.915 habitantes clima

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com temperaturas: Média anual (ºC): 22º. Período de seca: Julho a setembro e Chuva: Novembro a março. Clima:

Regiões de terras frias, acidentadas, chuvosas e terras secas. Principais atividades econômicas: Cafeeicultura. BREJETUBA está inserido na Bacia Hidrográfica do Rio Guandu que compreende além de Afonso Claudio os municípios de BREJETUBA, LARANJA DA TERRA E BAIXO GUANDU, abrangendo uma área de 2.674 km² onde vivem cerca de 82.918 habitantes, segundo dados do IBGE de 2008. Nesta região, é notável a degradação ambiental, o que tem ocasionado a diminuição da quantidade e da qualidade das águas. Os municípios de Baixo Guandu, Laranja da Terra, Brejetuba e Afonso Claudio localizam-se no Baixo Rio Doce Centro, Espírito Santo e integram a Bacia Hidrográfica do Rio Doce.

Mapa 1– Enquadramento geográfico da bacia hidrográfica do rio guandu na bacia hidrográfica do RIO DOCE

A Bacia Hidrográfica do Rio Guandu situa-se numa região de transição entre o ecossistema da Floresta Ombrófila Densa e da Floresta Estacional Semi-Decidual. Entre as unidades de análise da bacia do rio Doce, Guandu é a que contém a maior área relativa de Vegetação Secundária, indicando que áreas provavelmente agropecuárias foram abandonadas, permitindo o início do processo de sucessão ecológica.

4.0- OBJETIVO GERAL O objetivo geral do presente relatório é o levantamento fundiário da área indicada para criação da unidade de conservação e das propriedades que fazem confrontações com a referida área.

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5.0- OBJETIVOS ESPECIFICOS

Constituem objetivos específicos dos produtos a serem elaborados: a) Levantamento inicial da situação fundiária da área da UC proposta junto a órgão Estadual e Municipal e Cartórios locais; b) Visita a área da UC proposta para pesquisa de campo e levantamento de dados cadastrais; c) Análise, consolidação e consistência dos dados coletadas juntos aos órgãos responsáveis d) Montagem do Cadastro da Situação do Banco de Dados das Propriedades Rurais inseridas na UC proposta; e) Avaliação do valor de mercado de 01 ha de terra nas áreas propostas;

6.0- ATIVIDADES QUE FORAM DESENVOLVIDAS

6.1- Levantamento inicial da situação fundiária da área da UC junto a órgãos da administração pública, Estadual, Municipal e Cartórios locais Nesta etapa foram realizadas uma série de visitas a órgãos da administração publica Estadual (Idaf), e secretaria municipal de Agricultura e Meio Ambiente e Cartório Local para levantamento de dados pertinentes, principalmente quanto a: a) Levantamento da documentação dos imóveis de domínio público (estadual e/ou federal) - as terras públicas (federais e estaduais) ou devolutas e em qual instituição estão registradas; percentual das áreas públicas e áreas privadas; b) Foram buscados dados georreferenciados que subsidiem as peças técnicas relativas aos imóveis públicos e privados, tais como, mapas, memoriais descritivos e plantas a fim de verificar com maior precisão possível a localização das mesmas quanto aos limites da UC. c) Pesquisa Cartorial, incluindo o levantamento da cadeia sucessória dos imóveis visando identificar/conhecer a real situação de todas as ocupações sobre alegações de posse ou propriedades de terras dentro da área abrangida, através da análise das certidões solicitadas aos cartórios de registro. Esta etapa permitirá a identificação de terras devolutas para o patrimônio do Estado. d) Levantamento do valor de mercado do hectare de terra na região nos últimos 3 anos.

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6.2- Visita as áreas da UC proposta para pesquisa de campo e levantamento de dados cadastrais; Nesta etapa foram realizados o levantamento in loco dos imóveis, com coleta de dados em campo. Neste levantamento consta relação das principais benfeitorias existentes acompanhada de relatório fotográfico. Os imóveis foram analisados individualmente, com identificação do proprietário/posseiro e documentação da propriedade junto ao INCRA. Esta etapa foi acompanhada por um técnico da secretaria de Agricultura e Meio Ambiente Municipal. Cada cadastro elaborado nas propriedades inseridas nos limites e confrontações da UC (em meio digital e impresso),contem : a) Nome da Fazenda e matrícula do imóvel; b) Dados do proprietário (CPF, telefone, contato); c) Área do imóvel (informada pelo proprietário); d) Número de ocupantes; e) Uso da terra (informado pelo proprietário); f) Coordenada UTM da sede ; g) Fotografias do imóvel, incluindo as áreas de produção e benfeitorias existentes; Os originais dos formulários de cadastramento das propriedades devidamente preenchidos, com registro fotográfico e organizados por ordem alfabética estão todos anexos a esse relatório. 6.3. Mapa da área da Unidade de Conservação e suas confrontações Foi elaborado o mapa da área da Unidade de Conservação proposta contendo principalmente: Limite da área de abrangência proposto pela Prefeitura Municipal para criação da unidade de conservação. Limite das propriedades que fazem confrontação com a área proposta para criação da unidade de coservação, contendo todos os imóveis levantados, todos, limites extremos ou detalhados quando existir e suas respectivas sedes. Limites das propriedades que estão inseridas dentro do limite proposto para criação da unidade de conservação caso haja.

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7.0- CARACTERIZAÇÃO DOS ESTUDOS Para uma melhor compreensão das informações a serem apresentadas, decidiu-se pela separação das áreas de estudo em Berra Onça e Pedra Submarino em tópicos distintos. Em cada tópico, são apresentadas as características da área e seu entorno, destacando que as informações foram obtidas seguindo a descriminação das atividades realizadas acima explicados.

7.1-Area de estudo Berra Onça 7.1.1-Caracterisicas gerais A área de estudo apresentada para a proposta de criação da UC Berra Onça perfaz cerca de 391,41 (trezentos e noventa e um ) hectares. Abrange terras dos municípios de Brejetuba. Representação significativa do Bioma da Mata Atlântica, onde as condições ecológicas locais são boas e a densidade demográfica do entorno varia de média a baixa. O acesso se dá por meio de tres estradas. A primeira que liga Brejetuba a comunidade de Rancho Dantas por cerca de 9 km chegando a igreja de pinheiros deixar a estrada principal e subir por estrada terciária passando dentro da propriedade dos irmão Quirino por cerca de 4km até chegar área de estudo. O segundo acesso se da por meio de estrada que liga Brejetuba a Brejaubinha por cerca de 5km em seguida subir sentido a Rancho Dantas por mais 2km na propriedade do Srº Dimas Ribeiro subir por estrada terciaria, depois por mais 2 km chegando ao inicio da área proposta ( Nesta rota não é possível chegar de carro até dentro da área proposta devendo em certo ponto seguir a pé por cerca de 500 metros). O terceiro e ultimo acesso se da por meio da Estrada que liga o recant das Águas, subindo em direção a propriedade do Adriano Belizario e depois sentido a Area do Berro da Onça na estrada principal. Em ambos os casos não existe porteira ou outro impedimento à entrada no imóvel.

7.1.2-Uso do Solo na área No entorno da área de estudo, os usos mais comuns da terra estão relacionados ao café e eucalipto. Dentro da área proposta propriamente dito foram identificadas pequenas plantações de café e eucalipto sendo sua grande maioria ocupada por mata nativa e afloramentos rochosos. Na área proposta não existe moradores. Esta mesma área tem em seu entorno ocupação mais regular composta por propriedades de pequeno e médio

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porte que em sua maioria produzem café. Existem também no entorno da área propostas comunidades já estruturadas com igrejas, associações e num raio de 3 (três quilometro até perímetro urbano que é o caso de Brejaubinha. Os tamanhos mais comuns de propriedade estão entre 3,0 e 60,00 hectares. 7.1.3- Levantamento Fundiário Seguindo o perímetro da área proposta para criação da unidade de conservação foi levantada com os produtores e tambem junto ao cartório de imóveis os registros de áreas que possivelmente estarão inseridas na unidade de conservação oportunidade em que elaboramos um prévio estudo da dominialidade das mesmas onde constatamos as seguintes titularidades.

Mapa 2– Mapa demosntrando as áreas levantadas no estudo de campo com seus respectivos proprietarios para a UC Berra Onça

Os imóveis a seguir descriminados apresentaram a nossa equipe algum tipo de documentação da propriedade (os documentos estão anexados a este relatório).  Área W: Sitio Zavarize: Olivaldo Zavarize, Não forneceu documentos

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 P-1: Sitio Monte feio: registrada junto ao cartório de Registro de Imóveis da Comarca de Afonso Claudio, sob a Matrícula 4952, pertencente a Angeo Marcos Uliana

 Area V: Sitio Recanto das águas: registrada junto ao cartório de Registro de Imóveis da Comarca de Afonso Claudio, sob a Matrícula 17502, pertencente à Ernandes Zambom e Arcidio Zambom.

 Area S: Sitio Zambom: registrada junto ao cartório de Registro de Imóveis da Comarca de Afonso Claudio, sob a Matrícula 628, pertencente à Rogério de Oliveira Zambom e Edenilson Zambom.

 Area R: Sitio Zambom: Não forneceu documentos

 Área Q: Sitio Uliana: registrada junto ao cartório de Registro de Imóveis da Comarca de Afonso Claudio, sob a Matrícula 2634, pertencente à Lucas e Tiago Tristão de Sousa Uliana

 Área P: Sitio Recanto Feliz: registrada junto ao cartório de Registro de Imóveis da Comarca de Afonso Claudio, sob a Matrícula 10517, pertencente à Jacinto de Amorim.

 Área O: Sitio Pagio: Adilson Pagio, não forneceu os documentos.

 Área N: Fazenda Uliana: registrada junto ao cartório de Registro de Imóveis da Comarca de Afonso Claudio, sob a Matrícula 10735, pertencente à Antonio Luis Uliana.

 Área J:Sitio Ribeiro: Não fornece doocumentos

 Área K: José Ribeiro dos Santos

 Área L: Sitio Inacio: registrada junto ao cartório de Registro de Imóveis da Comarca de Afonso Claudio, sob a Matrícula 12493 pertencente à Sebastião messias Inácio.

 Área E: Sitio Ribeiro: registrada junto ao cartório de Registro de Imóveis da Comarca de Afonso Claudio, sob a Matrícula 5688, pertencente à Elias Ribeiro dos Santos.

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 Área D: Sitio Uliana,

 Área k1: Sitio Mancine: Direito de posse pertencente à Antonio Mancine

 Área M: Fazenda Boa Vista: registrada junto ao cartório de Registro de Imóveis da Comarca de Afonso Claudio, sob a Matrícula 5868, pertencente à Olimpio Ribeiro dos Santos.

 Área J1: Sitio Campores: registrada junto ao cartório de Registro de Imóveis da Comarca de Afonso Claudio, sob a Matrícula 8715, pertencente à Martinho Campores.

 Área H1: Sitio Amadeu: registrada junto ao cartório de Registro de Imóveis da Comarca de Afonso Claudio, sob a Matrícula 11201, pertencente à Adelmo Fernandes Amadeu.

 Área G1: Sitio de Paula: registrada junto ao cartório de Registro de Imóveis da Comarca de Afonso Claudio, sob a Matrícula 5360, pertencente à Jose Sebastiao de Paula.

 Área F1: Sitio de Moura: não forneceu documentos.

 Área C1: Sitio Areas:

 Área Z: Sitio Quirino: Não forneceu documentos

A seguir estão relacionados produtores que se dizem detentores de terras na área proposta a criação da unidade de conservação mas ao serem indagados sobre a documentação não apresentaram as mesmas a nossa empresa.  Área N1: Área supostamente pertencente a José Mateus Silva Neto mas não apresentou nenhum documento

 Área U: Área supostamente pertencente a Olimpio Ribeiro dos Santos mas não apresentou nenhum documento

 Área T: Area devoluta

 Área K-1: Area devoluta

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 Área O-1: Area devoluta

 Área B1 e A1: Menegati: essas duas areas estão divididas em 5 matriculas abaixo iremos relacionar os numeos e os antigos proprietarios de cada uma, todas as matriculas estão registradas junto ao cartório de Registro de Imóveis da Comarca de Afonso Claudio :

 Matricula 2707: area de 29,77 ha adiquirida de Jose Milton; Matricula 5.858 area de 19,12 ha adiquirida de Dimas Ribeiro; Matricula 5856: area de 19,12 ha adiquirida de Djalma Ribeiro; Matricula 5855: area de 19,12 ha adiquirida de Elias Ribeiro 38,25 ha e Matricula 5857 : area 19,12 ha adiquirida de arildo

 Sitio Inacio: registrada junto ao cartório de Registro de Imóveis da Comarca de Afonso Claudio, sob a Matrícula 12183, pertencente à Sebastião messias Inacio

 Área T: Área possivelmente devoluta.

 Area O1: Rocha

 Area K1: Área possivelmente devoluta.

 Area M1: : Área possivelmente devoluta.

Em relação aos dados apresentados no item acima cabem os seguintes comentários: Como poderá ser observado no mapa que foi apresentado acima, vários produtores se dizem proprietários de terras dentro a área proposta para criação da unidade de conservação, mas nossa equipe conseguiu levantar não conseguiu encontrar documentação de nenhuma dos mesmos. Verificamos que estes mesmos produtores não utilizam a área para cultivo portanto a mesma é composta em sua grande parte por florestas nativas em avançado estagio de desenvolvimento. Excessão a essa informação e o proprietário Identificado como José Mateus que diz possuir uma porção de terra dentro a área proposta inclusive possui plantações de café e eucalipto na área, mas não encontramos nenhum documento que prove a posse do mesmo.

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Outras áreas identificadas no entorno como desabitadas e ou com boas condições ecológicas passaram a integrar a área de estudo, de forma a compensar a exclusão das áreas anteriormente citadas como habitadas e ou cultivadas. Este levantamento foi preliminar contudo o levantamento completo de todo perimetro e de suas confrontações ocorrerá quando da realização dos trabalhos de regularização fundiaria, oportunidade em que todas as propriedades deverão ser devidamente cadastradas, georreferenciadas e passarão pelos procedimentos de avaliação discriminatoria rapida. Que consiste no estudo individualizado de cada propriedade inserida nos limites da unidade de conservação. O referido procedimento deve ser seguido ainda do georreferenciamento individualizado de cada propriedade inserida dentro da area proposta para criação da unidade de conservação para correta aferição da quantidade de hectares que foram abarcados pela criação da UC.

7.1.4- Dados cadastrais Os dados cadastrais da propriedades foram obtidos através da folha de cadastro abaixo demonstrada e os resultados dos dados obtidos estão anexados a este relatório. Cadastro de propriedades Inseridas na área de estudo

Dados da propriedade Nome Matrícula do imóvel Coordenadas UTM da sede da propriedade Área do imóvel

Dados do proprietário Nome CPF Endereço Telefone Nº pessoas na família Relação do proprietário com a terra Uso do solo na propriedade

Benfeitorias existentes:

Croqui do imóvel

7.1.5-Mapa Esquemáticos do Perfil Fundiário da Área de Estudo

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O mapa aqui apresentado mostra os novos limites da área de estudo proposta para a criação da UC Berra Onça. Depois de realizarmos os levantamento em campo e discutirmos com a equipe da Secretaria municipal de gricultura e Meio Ambiente obtivemos como resultado o escopo abaixo. Neste mapa foram excluídas as áreas identificadas como habitadas, cultivadas e degradadas e incluídas as áreas livres de ocupação e ou com boas condições ecológicas. Incluímos também uma maior porção de terra pertencente ao Srº Menegathi já que segundo funcionários da secretaria já havia uma negociação avançada entre a empresa MGE o produtor para aquisição dessa área como compensação ambiental imposta pelo IBAMA.

Mapa 3- Mapa demonstrando a área proposta para criação da UC Berra Onça

7.2-Area de estudo Pedra Submarino 7.2.1-Caracterisicas gerais A proposta para a pedra Submarino perfaz uma área de 147,62 hectaes e se destaca por apresentar um ecossistema natural de grande beleza cênica. Com uma altitude de cerca de 1300 metros, no local já foi descrita uma nova espécie de orquídea no ano de 2003, a Pseudolaelia brejetubenses M. Frey. Esta espécie foi encontrada em uma área

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de 20 ha, não sendo localizada em nenhum outro sitio granítico das proximidades. Apesar de estar situada na localidade d Brejaubinha próximo a Sede do municipio, seu acesso se dá pela comunidade de Vargem Grande, na zona rural distante 3km do centro da cidade. Através da estrada de terra é possivel chegar ao topo da rocha, até mesmo de veiculo. 7.2.2-Uso do Solo na área No entorno da área de estudo, os usos mais comuns da terra estão relacionados ao café e eucalipto. Dentro da área proposta propriamente dito só há o afloramento rochoso e alguns remanescentes de mata.

7.2.3- Levantamento Fundiário Como na área proposta para a área da Pedra Submarino a categoria proposta foi monumento natural, apenas identificamos os confrontantes e não nos preocupamos em recolher documentação com os produtores pois nessa categoria não há a necessidade de desapropriação de área. Abaixo apresentamos o mapa proposto para a UC com as respectivas confrontações identificados por letras e logo abaixo a relação de proprietários.

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Mapa 4- Mapa demonstrando a área proposta para criação da UC Berra Onça

Área A : Herdy Martinuzo Área B : Jose zavarize Área C : Otavio Uliana Área D : Geovani dias dos santos Área E : Adriano Belizario Área F : Joares Badaro Área G : Nezildo e irmãos Área H : Valdir Lopes de Assis e Irmãos Área I : Pedro Lima Área J :Jose Augostinho Área K :Luiz Manoel Fernandes Gomes Mineiro Área L : Bellarmino Uliana Área M : Angelo Roner Uliana Área N: área registrada para extração de granito em Nome de Granozan Pedras Ornamentais LTDA-ME, processo nº 896274/2011

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Os questionários com os dados cadastrais das propriedades vizinhas foram obtidas com a mesma metodologia da área do Berra Onça.

7.2.5-Mapa Esquemáticos do Perfil Fundiário da Área de Estudo O mapa aqui apresentado mostra os novos limites da área de estudo proposta para a criação da UC Pedra Submarino.

Mapa 5- Mapa demonstrando a aárea proposta para criação da UC Pedra Submarino

8.0- AVALIAÇÃO DE ÁREAS

A avaliação do valor de um hectare na região da area proposta foi feita seguindo o método Direto Comparativo de Dados de Mercado. Chamado pelos americanos de “Comparative Sales Approach” é considerado por muitos autores e experientes na engenharia de avaliações, o método mais direto de obtenção de valores de imóveis (terra nua, benfeitoria e semoventes), pela eficiência e simplicidade de sua execução, onde o resultado final é quase sempre satisfatório e muito próximo do justo.

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“Por esse método, o Valor de Mercado é determinado pela comparação direta com outros imóveis semelhantes ao avaliando, cujas informações ou dados de mercado são obtidos valendo-se de entrevistas, visitas técnicas, anúncios de jornais ou revistas, documentos de transferência, cadastros ou informações de corretores. Cabe pois, ao avaliador comparar as informações de mercado, levando em consideração todas as características intrínsecas e extrínsecas do imóvel avaliando em relação aos paradigmas. “ (DESLANDES, 2002). Para realizar este estudo nossa equipe pesquisou em campo, com corretores de imóveis e no cartório do município as ultimas negociações de terras em áreas semelhantes a de estudo (inclusive dentro da áreas de estudo) e chegamos ao valor final de R$ 4.375,00 Quatro Mil Trezentos e setenta e cinco reais por há para a área do Berra Onça. O laudo de avaliação segue em anexo a este relatório. Quanto a área da pedra submarino como a categoria a ser criada será um monumento natural, não há necessidade de comprar áreas já que pode-se ter inserido dentro da área , propriedades privadas desde que as atividades desenvolvidas nessas áreas sejam compatíveis com os objetivos da UC.

9.0 – CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES:

Após a realização dos trabalhos de campo e de escritório, e ainda as reuniões realizadas com os técnicos da Secretaria municipal de A gricultura e Meio Ambiente, observou-se a necessidade de adequação dos limites das áreas de estudo da unidade Berra Onça de forma a excluir destas as comunidades , regiões habitadas e áreas cultivadas em que os produtores possuíam documentação excluindo assim a possibilidade de compra dessa áreas . Ao mesmo tempo, observou-se a possibilidade de inserção de novas áreas com características ambientais compatíveis com as finalidades propostas (área pertencente ao Menegathi). Dessa forma, a área originalmente sugerida sofreu um acréscimo passando a perfazer uma área de 391,46 (trezentos e noventa e um virgula quarenta e seis) hectares. Quanto a área da pedra Submarino, demarcamos somente a área em rocha por se tratar da criação de uma unidade em que se trata de um monumento natural, não englobando com isso as áreas visinhas. As áreas particulares que se encontram dentro da área sugerida não interferem em nada sua criação desde que as atividades desenvolvidas nessas áreas sejam compatíveis com os objetivos da UC.

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Os trabalhos realizados foram sobremaneira proveitosos e sem dúvida trarão benefícios diretos para a gestão das futuras UC´s, uma vez que as áreas identificadas com ocupação humana e atividades produtivas foram excluídas do polígono. Com isso, eliminou-se discussões acerca de realocação de moradores e indenizações, e, conseqüentemente, um passivo financeiro e social. Por fim, o processo utilizado, que contou com a participação de diversas entidades parceiras e representantes de órgãos de governo, tanto em nível municipal como estadual , garante a viabilidade da criação das UC´s. e relativo conforto quanto à definição dos seus limites, pois buscou-se conhecer o local de maneira a identificar as áreas desabitadas e ou passiveis de desapropriação com relevantes condições ecológicas.

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CAPÍTULO VIII

PROPOSIÇÃO DA

CATEGORIA DE MANEJO

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1.0-JUSTIFICATIVA Unidades de Conservação e Importância para a Conservação da Biodiversidade. As Unidades de Conservação (UCs) são áreas geográficas destinadas à preservação dos ecossistemas naturais, possuem limites definidos e existem sob um regime especial de administração, ao qual se aplicam garantias adequadas de proteção. É a principal proposta para diminuir os efeitos de degradação de ecossistemas, no Brasil. Elas existem para manter a diversidade biológica e os recursos genéticos no país. Protegem as espécies ameaçadas de extinção, preservam e restauram a diversidade de ecossistemas naturais e promovem a sustentabilidade do uso dos recursos naturais. As UCs também desempenham o papel de prestar serviços ambientais, tais como: fixação de carbono e manutenção de seus estoques, regularização e equilíbrio do ciclo hidrológico, purificação da água e do ar, controle da erosão, conforto térmico, perpetuação de banco genético e fluxos gênicos das espécies, manutenção da paisagem e de áreas de recreação, lazer, educação e pesquisa científica. As Unidades de Conservação (UCs) podem ser criadas pelo poder público, em suas esferas Federal, Estadual e Municipal, com a finalidade de preservar e conservar o meio ambiente, de forma a compatibilizar o desenvolvimento econômico-social e cultural com o uso racional dos recursos naturais. Em 18 de julho de 2000 foi sancionada a Lei nº. 9.985 com o objetivo de regulamentar o artigo 225 da Constituição Brasileira, e instituir o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza – SNUC. Regulamentado pelo Decreto nº 4.340 de 22 de agosto de 2002 é o instrumento legal que visa possibilitar os objetivos de proteção da natureza no Brasil. De acordo como o disposto na Lei, os objetivos do SNUC, são: Contribuir para a manutenção da diversidade biológica e dos recursos genéticos no território nacional e nas águas jurisdicionais; Proteger as espécies ameaçadas de extinção no âmbito regional e nacional; Contribuir para a preservação e a restauração da diversidade de ecossistemas naturais; Promover o desenvolvimento sustentável a partir dos recursos naturais; Promover a utilização dos princípios e práticas de conservação da natureza no processo de desenvolvimento; Proteger paisagens naturais e pouco alteradas de notável beleza cênica; Proteger as características relevantes de natureza geológica, geomorfológica, espeleológica, arqueológica, paleontológica e cultural; Proteger e recuperar recursos hídricos e edáficos; Recuperar ou restaurar ecossistemas degradados; Proporcionar meios e incentivos para atividades de pesquisa científica, estudos e monitoramento ambiental; Valorizar econômica e socialmente a diversidade biológica; Favorecer condições e

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promover a educação e interpretação ambiental, a recreação em contato com a natureza e o turismo ecológico; Proteger os recursos naturais necessários à subsistência de populações tradicionais, respeitando e valorizando seu conhecimento e sua cultura e promovendo-as social e economicamente. O SNUC busca organizar as áreas naturais protegidas, em categorias, e definir os meios de planejamento e gestão adequados para cada. Dessa forma, o SNUC definiu diversas categorias de UC de USO SUSTENTÁVEL ou de PROTEÇÃO INTEGRAL, de acordo com suas possibilidades de manejo: Proteção integral, cujo objetivo básico é preservar a natureza, sendo admitido apenas o uso indireto dos seus recursos naturais. Compreende as seguintes categorias: Estação Ecológica; Reserva Biológica, Parque Nacional, Monumento Natural e Refúgio de Vida Silvestre; Uso sustentável, cujo objetivo básico é compatibilizar a conservação da natureza com o uso sustentável de parcela de seus recursos naturais. Compreende as seguintes categorias: Área de Proteção Ambiental, Área de Relevante Interesse Ecológico, Floresta Nacional, Reserva Extrativista, Reserva da Fauna, Reserva de Desenvolvimento Sustentável e Reserva Particular do Patrimônio Natural. 2.0-PARECER TÉCNICO

Parecer em relação aos estudos de viabilidade para a criação da Unidade de Conservação (UC) de Proteção Integral no município de Brejetuba, região sul do Estado do Espírito Santo: PEDRA DO SUBMARINO apresentou nos estudos possuir alta relevancia na beleza cênica e com base na Lei nº 9.985, de 18/07/2000, que institui o SNUC indica a referida área para na classificação de Unidade de Conservação de Uso Integral no tipo MONUMENTO NATURAL. “São áreas constituídas por sítios naturais raros, singulares ou de grande beleza cênica. Sendo possível compatibilizar a preservação dessas áreas com o uso da terra e dos recursos naturais do local, é permitida a presença de propriedades particulares. A visita pública e a pesquisa científica no local são permitidas desde que sigam regulamento específico.”

BERRA ONÇA apresentou nos estudos como uma área que contém um número relativamente alto de espécies raras, ameaçadas e endêmicas. Tem níveis relativamente altos de biodiversidade contendo uma diversidade completa de plantas e animais exerce

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uma função crítica de paisagem contribui significativamente à representatividade para que sustentem populações mínimas viáveis de espécies-chave. Com base na Lei nº 9.985, de 18/07/2000, que institui o SNUC indica a referida área para na classificação de Unidade de Conservação de Uso Integral no tipo PARQUE MUNICIPAL. “Visam à preservação de ecossistemas naturais de grande relevância ecológica e beleza cênica. São de posse e domínio públicos. É permitida a visitação pública, desde que siga restrições previstas em regulamento. A pesquisa científica depende de autorização prévia e também é regulamentada. Recebe a denominação de Parque Estadual quando criado pelo Estado e de Parque Municipal quando criado pelo Município.”

3.0-CONCLUSÃO

A AGROPLANT Consultoria informa seu parecer após o processo técnico dos estudos de viabilidade para a criação da Unidade de Conservação (UC) de Proteção Integral no município de Brejetuba, com a mais rigorosa objetividade atendendo termo de referência para realização dos estudos na PEDRA DO SUBMARINO e BERRA ONÇA.

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CAPÍTULO IX

LEVANTAMENTO

TOPOGRÁFICO

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1.0- INTRODUÇÃO

A seguir será apresentado planta georreferenciada da área proposta nos estudos para criação da UC´S Pedra Submarino e Berra Onça. Será apresentado também o mapa de uso e ocupação do solo identificando, vegetação malha viária, malha hídrica entre outros.

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CAPÍTULO X

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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CAPÍTULO X

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