[email protected] olo 5-Cidadella 55- Coelho, Diretoria de Vigilância deVigilância Diretoria Endereço: R.Metódio Endereço: Secretaria de Saúde Secretaria de do Estado da . do Estadoda Tel/Fax.: (71)3116- Tel/Fax.: uma Publicação da uma Publicação Causas Externas é Causas Externas Epidemiológica da Epidemiológica de Epidemiológico CEP 40.279-120 Fevereiro Ano 2010 Ano Salvador-BA O Boletim No. 2 E-mail: 0045 elevaram 154,7% passando de 1.488 (1996) para 3.790 (em 2008). para3.790(em de 1.488(1996) passando 154,7% elevaram 1996) para 4.738 óbitos. em 2008*, às mortespraticadasdevido comarmadefogo,quese principalmente (em 1.883 de 151,6%,passando Nesse Bahiacresceu residentesna o númerodehomicídios período, Estados da Federação a Bahia ocupava a 5 a ocupava aBahia Estados daFederação Em 2008, porhomicídios. mortalidade entre de coeficiente os eo14 3) (Tabela óbitos de número no posição 2007. No período de 1996 a 2008 2008 a 1996 de No período 2007. a 2005 de período no DIS/SESAB pela implementada dainformação melhoria à apenas pode seratribuído naBahiacomonessestrês não morte violenta últimos anos.Eesseaumento matou esemorreutantode se nunca homicídios, de do número deascensão uma tendência observando sevenha 2000 Embora desde outros agentes da lei. (CID-9), que considera as lesões ou mortes infligidas pela policia ou correspondentes a (CID Intervenção legal Y35-Y36 10) eE970-E978 incluídos dentrocategoria da homicídios ainda os códigos E968). Nesteboletim são X85 -Y09 (no CID-9, códigos os até E960 Doenças (CID 10/OMS), os homicídios são definidos pelos códigos outro ser humano. De acordo com a Classificação Internacional de O termo homicídioumhumanomatar representaser oatoum de Homicídios (6,8%). por deóbitos Definidas (15,5%) e proporção lugarna o terceiro Mal Causas por óbitos de proporção na posição a primeira (Tabela a5 ocupa aBahia federação, da unidades as Em relação periferia das zonas urbanas da RMS e dos principais municípios baianos. municípios principais da RMSedos urbanas daszonas periferia na situados pobres bairros nos residentes etária de 14a39anos, estudo,nafaixa quatro anosde negros, menos com masculino, sexo do jovens, eram vítimas principais as analisado todooperíodo hab.Em 100.000 por 37,2 de homicídios por de mortalidade eaumcoeficiente Causas Externas por deóbitos total 30,9% do SUICIDIOS COM ARMA DE FOGO COM ARMA FOGOACIDENTES DE INTENCAO INDETERM POR FOGO DE ARMA COM OBITO HOMICIDIOS COM ARMA DE FOGO assistência médica (9,2%), pelas doenças cerebrovasculares (8,2%). E já é a primeira causa de morte de causa primeira a 11). 39 anos(Figura etáriade 5a nafaixa violenta é E já (8,2%). cerebrovasculares doenças pelas (9,2%), médica assistência pelos somentesendo superadas Estado, no sem mortes mortesocorridas das de6,8% representavam 2008, oshomicídios de morte.Em dessetipo de elevação epidemiológica a 2008 e evidenciando 2009 porsemana dessas 3mostra o e2).AFigura número de homicídios mortes 1 por arma defogo(Figuras 10 sendo Estado, no homicídios por diariamente mortas pessoas 13 média de compõemuma Estes números No.de Óbitos a 2008. Bahia 1996 acidente. violência e tipo de segundo o fogo por armade dos óbitos proporcional distribuição Evolução da Figura 1– 100 120 140 20 40 60 80 0 A MortalidadeporHomicídiosnaBahia,1996a2008.

1 6772 6 A E A B A U U G E U O DEZ NOV OUT SET AGO JUL JUN MAI ABR MAR FEV JAN 2 9092 ) enquanto entre as UFs da Região Nordeste a ocupava a ocupava Nordeste daRegião ) UFs as enquanto entre 3 7075 4 90 99 5 68 81 que2008 em70,7, foide portanto um crescimento de 24%. Em 2009a média semanal de homicídios foi enquanto87,7 6 78 91 10,0 15,0 20,0 25,0 30,0 35,0 40,0 0,0 5,0 7 7781 8 86 90 2008 2007 2007 2006 2005 2004 2003 2002 2001 2000 1999 1998 1997 1996 512, 26901, 741, 162, 652, 813, 22,4 35,6 28,1 28,5 26,5 21,1 21,6 16,8 17,4 12,2 9,0 12,6 23,0 25,1 , , , , , , , , , , , , , 0,4 0,3 0,9 0,4 0,3 0,3 0,2 6,0 0,6 0,2 4,7 0,5 0,4 3,2 0,4 0,2 2,1 0,3 0,2 2,8 0,4 0,6 8,2 0,4 0,5 9,1 0,4 1,0 10,9 0,5 8,3 9,2 0,6 1,6 10,7 0,3 0,3 7,0 0,3 11,9 0,4 0,0 9 63 92 10 73 93 11 76 90 12 68 78 13 6265 14 62 84 No.de Homicidios 2008 15 79 86 16 77 88 17 75 97 18 68 79 19 70 81 morreram 2), (*) (Figura

Semana Epidemiológica 20 69 82 21 6870 22 64 71 23 77 98 24 67 84 25 61 80 26 70 87 ª.

27 54 90 risco posição no 28 49 75 No.de Homicidios 2009 29 53 95 (*) Nota: 30 52 90 o 31 56 71 no . lugar 32 7680

33 61 86 a correspondendo por 29.604pessoas homicídios 34 67 88 35 7783 Dados de2008sãopreliminares a sujeitos modificações DIS/SESAB. 36 7476 a

37 60 93 . 38 92 94 39 62 82 habitantes. 25,2 de mortalidade por de 100 mil mortes), significando umcoeficiente por homicídios no Brasil (4,6% das pessoas 48.610 morreram 2007 Em carga econômica. enorme uma representa produtividade perdade os custosindiretosda e diretos lesões tratamentodessas de Oscustos mental. saúde prazoà longo físicase prejuízos de conseqüências resulta em significativa proporção euma desaúde cuidados outros e emergência de tratamento requerem não fatais.Muitos desses casos casos muitos por sempre acompanhada (2004),cada OMS/WHO morte é a Segundo pessoas. mil 520 homicídios por morrem anualmente mundo No envolvendo outros Causas Externas Externas Causas 40 envolvendo arma-de-fogo.Bahia, 2008* Distribuição proporcional dos óbitos Figura 2– 75 98 mecanismos; 7.466; 70,1% 7.466; 41 72 89 por Óbitos 42 48 106 N=10.549 43 67 107 44 72 93 45 64 98 46 89 90 47 73 92 48 74 100 49 67 78 24; de fogo; arma Suicídio com 50 66 102 51 90 114 0,2% 52 88 128 preliminares. 2009 são dados de2008 e 2009*. *Os Bahia, 2008 e epidemiológica. semana segundo a homicídios, óbitos por número de Comparação do 3 Figura Homicidios por Homicidios arma de fogo; fogo; de arma 2.793; 26,2% 2.793; arma de fogo; ; ; de fogo; arma com Acidentes Arma de fogo de Arma Determinada; Determinada; intenção Nao intenção 366; 3,4% 366; 0,0% 2 Figura 4 – Distribuição do Número e Proporção öbitos por Causas Externas. Bahia Quem está sob maior risco? 2008.

ENV ENEN, INTOXIC POR OU Para o período de 1996 a 2007 foram utilizados os registros do 4 EXPOS A SUBST NOCIV 0,0% DATASUS/MS, enquanto para o ano de 2008 foram utilizados os

INTERV ENÇÕES L EGA IS 31 0,3% registros do SIM compilado e disponibilizados pela DIS/SESAB na Internet pelo TabNet. QUEIMA DURA S 140 1,3% Como pode ser observado na Figura 4 e na Tabela 4, o homicídio QUEDAS 256 2,4% é a principal causa de morte violenta na Bahia. Em 2008, esse tipo de morte vitimou 4.738 pessoas, portanto 44,5% do total de óbitos S UICIDIOS 368 3,5% devido à violência ou acidente. AFOGAMENTO E SUBM 528 5,0% ACIDENTAIS Infelizmente o risco de morrer por morte violenta ou acidental não OUTRAS CAUSAS EXTERNAS 647 6,1% é igual para todos. O gênero, a raça, a cor da pele, o local onde reside, a escolaridade, a idade, o uso do álcool, drogas e a classe ACIDENTES DE TRANSPORTE 1.864 17,5% social parece determinar de forma isolada ou em interação, o risco EV ENTOS INTENÇÃ O 2.073 19,5% INDETERMINA DA 44,5% ou a proteção de ser vitimado. Em geral o agressor apresenta o mesmo perfil da vítima. HOMICÍDIOS 4.738

0 500 1000 1500 2000 2500 3000 3500 4000 4500 5000 Os coeficientes de mortalidade por homicídios são elevados No.de óbitos para a população geral e, especialmente, mais altos entre Figura 5 – Distribuição Proporcional da Mortalidade por Violências e Acidentes os homens (Tabela 1). As mulheres sofrem menos de morte segundo o Sexo. Bahia, 2008* violenta mas são mais agredidas que os homens (Figura 5). HOMENS (N=9.109) MULHERES (N=1.510) No.(Mulheres)Em 2008, o coeficiente de homicídios masculino foi 14 Intervenções legais e Queimaduras No. ( Homens) Envenenamentos operações de guerra vezes maior que o feminino (Figura 6). 1,0% Queimaduras 0,1% Quedas Intervenções legais 0,0% 3,0% 1,7% e operações de guerra Quedas A cor negra da pele parece ser um dos principais fatores de SUICIDIOS Envenenamentos HOMICIDIOS 0,3% 6,8% 3,5% 0,0% SUICIDIOS 20,7% risco para a vitimização por homicídios. A magnitude do 3,0% Afogamento risco e da tendência é significativamente maior para os 4,9% Afogamento 5,6% negros e negras que para os não-negros e não-negras Todas as outras causas externas (Figuras 7,8 e 9). 4,9% HOMICIDIOS Todas as outras 48,4% causas externas Acidentes de 13,2% Homens negros tem risco 4,2 vezes maior de morrer de transporte 16,6% Eventos intenção homicídios que homens brancos. Em 2008 morreram por indeterminada 24,6% homicídios 3.815 homens negros, com coeficiente de Acidentes de mortalidade por homicídios para homens negros de Eventos intenção transporte indeterminada 23,0% 71,6/100.000 hab. Enquanto o número de vítimas do sexo 18,6% masculino não-negros foi 304, com coeficiente de Figura 6 – Tendência da Distribuição do Coeficiente de Mortalidade por Homicídios 17,1/100.000 hab (Figuras 7). segundo o Sexo. Bahia 1996 a 2008* (por 100.000 hab.). 70,0 Os jovens e adultos-jovens são as vítimas preferenciais das mortes por homicídios apresentando as taxas mais 60,0 61,4 elevadas (Figura 10). Conforme pode ser observado na Tabela 1 e Figuras 10 e 12, em 2008 morreram por 50,0 48,8 44,1 homicídios 4.422 pessoas do sexo masculino das quais 40,0 47,8% eram jovens na faixa etária de 20 a 29 anos, 17,8% 38,1 32,7 (30 a 39 anos) e 15% (15 a 19 anos). 30,0 30,3 30,8 27,6 28,8 24,8 25,9 23,0 23,6 O homicídio entre as mulheres está 20,0 20,5 18,5 17,1 16,7 aumentando 15,0 15,6 16,1 12,9 12,3 13,2

Coef.de Mortalidade (por100.000 hab.) 10,0 9,9 9,5 7,0 Embora o número seja menor, o risco do homicídio está 3,4 3,5 4,3 2,8 2,7 1,5 2,0 1,8 1,8 2,2 2,8 3,0 aumentando entre as mulheres (Figura 6). Os homicídios 0,0 1,3 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 fizeram 306 vítimas entre as mulheres correspondendo a um coeficiente de 4,2 por 100.000 hab. (Tabela 1). Entre HOMICIDIOS Homem HOMICIDIOS Mulher HOMICIDIOS POP GERAL 1996 e 2008* o número de homicídios nesse grupo Fonte: SIM/DIS/SESAB * Dados de 2008 são preliminares e sujeitos a alteração. aumentou 77,2% enquanto o coeficiente de mortalidade Figura 7 – A tendência do coeficiente de mortalidade por homicídios na população masculina passou de 2,3 para 4,3/100 .000 hab., elevação de 108%. segundo a raça/cor. Bahia 1997 a 2008 (por 100.000 hab.). A Figura 8 mostra que o risco de morrer por homicídio é 2,7 80,0 73,2 maior para mulheres negras em relação às mulheres brancas (1,3). 70,0 71,6 Tabela 1 – Distribuição de Freqüência de Homicídios, segundo a Faixa Etária 58,3 64,3 e sexo. Bahia, 2008*. 60,0 54,5 55,9 Masculino Feminina Total 50,0 47,0 50,9 Faixa Etária Pop.Masc Pop.Fem Pop.Total 45,3 No. %Coef.No. %Coef.No. %Coef. 38,1 42,7 2008 2008 2008 40,0 35,1 Menor 1 ano 2 141.366 0,0 1,4 1 135.926 0,3 0,7 3 277.292 0,1 1,1 34,2 34,7 1 a 4 anos 2 568.670 0,0 0,4 3 549.733 1,0 0,5 5 1.118.403 0,1 0,4 26,8 31,7 30,0 24,4 5 a 9 anos 4 689.305 0,1 0,6 1 669.517 0,3 0,1 5 1.358.822 0,1 0,4 23,3 24,7 23,2 10 a 14 anos 59 667.980 1,3 8,8 12 645.035 3,9 1,9 71 1.313.015 1,5 5,4 17,3 20,0 18,4 15 a 19 anos 662 698.592 15,0 94,8 42 669.715 13,7 6,3 704 1.368.307 14,9 51,5 17,2 17,0 16,7 15,3 16,4 14,2 13,7 20 a 29 anos 2117 1.457.439 47,9 145,3 115 1.429.880 37,6 8,0 2232 2.887.319 47,2 77,3 7,1 10,3 Coef.de Mortalidade (por 100.000 hab.) 10,0 5,1 8,0 8,2 8,5 8,4 8,9 30 a 39 anos 786 1.026.505 17,8 76,6 57 1.067.425 18,6 5,3 843 2.093.930 17,8 40,3 3,0 6,4 5,95,3 4,6 4,9 40 a 49 anos 354 778.682 8,0 45,5 41 836.754 13,4 4,9 395 1.615.436 8,4 24,5 2,6 2,6 3,2 0,0 0,70,8 50 a 59 anos 182 531.774 4,1 34,2 11 579.847 3,6 1,9 193 1.111.621 4,1 17,4 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 60 anos e mais 116 615.179 2,6 18,9 12 743.251 3,9 1,6 128 1.358.430 2,7 9,4 Idade ignorada 138 3,1 11 3,6 149 0 3,2 BRANCOS NEGROS PARDOS PRETOS Total 4422 7.175.492 100,0 61,6 306 7.327.083 100,0 4,2 4728 14.502.575 100,0 32,6

Fonte: SIM/DIS/SESAB * Dados de 2008 são preliminares e sujeitos a alteração. Fonte: SIM/DIS/SESAB * Dados de 2008 são preliminares e sujeitos a alteração. 3 Figura 8 – A tendência da distribuição do coeficiente de mortalidade por homicídios na população feminina segundo a raça/cor. Bahia 1997 a 2008* (por 100.000 hab.). 6,0 O álcool, as drogas e os homicídios 5,2 Há indícios que apontam para uma relação entre o aumento 5,0 Fonte: SIM/DIS/SESAB * Dados 4,4 4,8 da taxa de homicídios e o tráfico de drogas. Estudos e de 2008 são preliminares e 4,2 pesquisas têm demonstrado que tanto vítimas quanto os 4,0 sujeitos a alteração. 4,1 3,5 3,9 autores de homicídios tendem ser grandes usuários de 3,2 3,3 cocaína, álcool e outras drogas. A violência é intrínseca ao 3,1 3,2 3,0 2,7 tráfico. 2,2 2,5 2,5 2,0 O narcotráfico potencializa e torna mais complexo o repertório 1,9 1,9 2,0 2,0 das ações violentas: a delinqüência organizada; aquela 1,9 1,8 1,9 1,8 1,7 1,5 1,4 1,5 agenciada pela polícia e pelas instituições de segurança do 0,9 1,2 1,2 1,0 1,0 1,1 1,1 estado; a violência social dispersa; a promovida por grupos de 0,5 0,9 0,9 0,9 0,8 0,3 0,7 0,5 extermínio e também a das gangs juvenis Coef.de mortalidade (por 100.000 hab.) 100.000 (por Coef.de mortalidade 0,5 0,2 0,2 0,0 0,0 Não há dados suficientes na Bahia sobre a relação entre 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 homicídios e o uso de drogas e álcool. No entanto todas as diferentes pesquisas realizadas em pessoas envolvidas com o BRANCA NEGRA PARDA PRETA tráfico de drogas ilegais confirmam e comentam sérias Figura 9 - Distribuição Proporcional dos homicídios segundo a cor da pele. Bahia, disfunções do organismo e os graves problemas externos 2008* provocados pelo mercado da droga, especialmente a violência NAO NEGROS 7,6% extrema que ocorre nos bairros dos centros urbanos da capital e nos principais municípios do Estado, o extraordinário poder adquirido por alguns traficantes muitas vezes vão além das cidades se estendendo à regiões em torno. Jovens cada vez mais jovem são as principais vítimas (Figura 26). Os principais problemas relacionados ao uso de drogas são: a demanda por tratamento a dependentes; as emergências, principalmente devido à overdose; incidência de doenças como AIDS, hepatite, etc; além da mortalidade causada pelo crime e pela violência relacionados ao tráfico (Relatório do Fonte: SIM/DIS/SESAB Escritório das Nações Unidas para o Controle de Drogas e * Dados de 2008 são preliminares e sujeitos a Prevenção do Crime – UNODCCP) NEGROS alteração. 92,4% Figura 12 – Tendência da distribuição do risco de morte por Homicídios segundo a faixa Figura 10 – Distribuição do Coeficiente de Mortalidade por Homicídios segundo a faixa etária. Bahia 1996 a 2008* (por 100.000 hab.). etária e o sexo. Bahia 2008 (por 100.000 hab.). 90,0 120,0 80,0 20 a 29 105,0 70,0 100,0 60,0

80,0 50,0 15 a 19 70,0 64,4 40,0 30 a 39 60,0 61,8 59,1 30,0 40 a 49 40,0 41,7 40,2 20,0 50 a 59 31,4 60 anos e mais

27,5 Coef.de Homicidios(por hab.) 100.000 10,0 19,1 18,5 18,8 18,5 10 a 14 20,0 16,1 18,3 17,2 14,0 13,0 0,0 9,6 8,4 7,0 6,7 Coef.de Mortalidade (por100.000 hab.) 4,2 4,03,9 96 97 98 99 01 02 04 05 06 07 08 0,0 0,7 0,90,4 0,11,2 9 9 0 0 0 0 M1 M1 M2 M2 M2 M2 < 1 1 a 4 5 a 9 10 a 14 15 a 19 20 a 29 30 a 39 40 a 49 50 a 59 60 C CM19 CM19 C CM2000 CM20 C CM2003 CM20 C C CM20 C ano anos anos anos anos anos anos anos anos anos e Menor 1 ano 1 a 4 anos 5 a 9 anos 10 a 14 anos mais 15 a 19 anos 20 a 29 anos 30 a 39 anos 40 a 49 anos 50 a 59 anos 60 anos e mais Coef.(Masc) Coef.(Fem) (Coef.)Total Fonte: SIM/DIS/SESAB * Dados de 2008 são preliminares e sujeitos a alteração. Fonte: SIM/DIS/SESAB * Dados de 2008 são preliminares e sujeitos a alteração.

Figura 11 – Classificação das principais causas de mortes violentas ou acidentais segundo a faixa etária. Bahia 2008*. 60 e 1 a 4 5 a 9 10 a 14 15 a 19 20 a 29 30 a 39 40 a 49 50 a 59 Pop < 1 ano mais anos anos anos anos anos anos anos anos Geral Com a redução relativa anos das doenças infecciosas Afogamento e Afogamento e Eventos Eventos Eventos 1 submersoes submersoes HOMICIDIOS HOMICIDIOS HOMICIDIOS HOMICIDIOS HOMICIDIOS intencao e intencao e intencao e HOMICIDIOS e devido principalmente acidentais acidentais indetermin indetermin indetermin Eventos Eventos Eventos Eventos Eventos aos acidentes (quedas, Demais causas Acidentes de Acidentes de Acidentes de Acidentes de Acidentes de intencao e intencao e intencao e intencao e intencao e 2 externas transporte transporte transporte transporte transporte indetermin indetermin indetermin indetermin indetermin afogamentos, Eventos Eventos Eventos intencao e Acidentes de Acidentes de Acidentes de Acidentes de Demais causas Acidentes de intencao e intencao e HOMICIDIOS HOMICIDIOS 3 indetermin transporte transporte transporte transporte externas transporte queimaduras, indetermin indetermin Afogamento e Afogamento e Afogamento e envenenamentos e Acidentes de Demais causas Demais causas Demais causas Demais causas Demais causas Demais causas submersoes submersoes submersoes Quedas 4 transporte externas externas externas externas externas externas acidentais acidentais acidentais atropelos, as causas Exposicao a Exposicao a Afogamento e Afogamento e Afogamento e Afogamento e externas já constitui a fumaca, ao Demais causas Demais causas Demais causas fumaca, ao fogo e submersoes SUICIDIOS submersoes submersoes HOMICIDIOS submersoes 5 fogo e as externas externas externas as chamas acidentais acidentais acidentais acidentais principal motivo de morte chamas Exposicao a Afogamento e fumaca, ao para a população de 1 a Quedas HOMICIDIOS SUICIDIOS SUICIDIOS SUICIDIOS submersoes SUICIDIOS SUICIDIOS SUICIDIOS SUICIDIOS 6 fogo e as acidentais chamas 39 anos. Os homicídios Exposicao a Exposicao a Exposicao a Exposicao a Afogamento e Intervencoes fumaca, ao fumaca, ao fumaca, ao fumaca, ao tambem estão atingindo HOMICIDIOS Quedas Quedas Quedas submersoes Quedas 7 legais fogo e as fogo e as fogo e as fogo e as acidentais chamas chamas chamas chamas as faixa etárias mais Envenen, Envenen, Exposicao a Exposicao a Exposicao a Envenen, intoxic por intoxic por ou intoxic por ou Intervencoes fumaca, ao fumaca, ao fumaca, ao ou expos a subst Quedas Quedas Quedas Quedas jovens, e já constitui a 8 expos a subst expos a subst legais fogo e as fogo e as fogo e as nociv nociv nociv chamas chamas chamas principal causas de morte Exposicao a Envenen, Envenen, Envenen, fumaca, ao Intervencoes intoxic por ou intoxic por ou intoxic por ou Intervencoes Intervencoes SUICIDIOS SUICIDIOS SUICIDIOS Quedas violenta, em 2008, para a 9 fogo e as legais expos a subst expos a subst expos a subst legais legais chamas nociv nociv nociv faixa dos 5 a 39 anos Envenen, Envenen, Envenen, Envenen, Envenen, Intervencoes Intervencoes intoxic por ou intoxic por ou intoxic por ou Intervencoes Intervencoes Intervencoes intoxic por ou intoxic por ou Intervencoes legais (Figura 26). 10 legais legais expos a subst expos a subst expos a subst legais legais legais expos a subst expos a subst nociv nociv nociv nociv nociv 4 A concentração do homicídio reflete a A Figura 12 apresenta a tendência de distribuição da mortalidade segregação espacial, econômica e racial proporcional para a faixa etária de maiores coeficiente no período estudado, ilustrando o diferencias entre homens e mulheres negros e A Figura 15 é resultado da análise de conglomerados não negros. (“clusters”) por varredura estatística espacial e temporal Figura12 – Tendência da distribuição da mortalidade proporcional por homicídios de (SatScan, Kuldorff, 1999) e mostra a concentração do risco jovens na faixa etária de 15 a 39 anos de idade, segundo o sexo. Bahia, 1998 a 2008. em cinco regiões bem definidas (em vermelho). Nessas 70,0 áreas, a população está sob risco (RR=Risco Relativo)

61,7 quase duas vezes maior que a população do Estado em 60,0 56,7 geral. Na região de , por exemplo, o RR chega a 52,8 53,9 50,0 3,3. 45,3 43,2 43,3 Figura 14 – Distribuição espacial do coeficiente de homicídios segundo as 40,0 38,2 38,0 Diretorias regionais de Saúde DIRES. Bahia, 2008.(por 100 mil hab.) 36,7 37,7 35,3 31,2 31,4 31,9 32,0 31,8 30,0 29,4 28,7 28,4 27,4 28,0 27,6 25,3 26,2 24,1 22,4 21,4 21,8 21,021,4 20,0 19,1 19,3 19,0 17,6 18,3 18,8 16,4 17,5 17,5 Proporção de óbitos (%) 14,1

10,0 8,8 7,3 4,3 0,0 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008

NEGROS MASC(%) NEGROS FEM(%) NÃO NEGROS MASC(%) NÃO NEGROS FEM(%) Fonte: SIM/DIS/SESAB * Dados de 2008 são preliminares e sujeitos a alteração. A distribuição espacial do homicídio

Figura 13 – Distribuição espacial do Coeficiente de Homicídios segundo os municípios. Bahia 2008* (por 100.000 hab.). Fonte: SIM/DIS/SESAB * Dados de 2008 são preliminares e sujeitos a alteração.

Os coeficientes encontrados para as nove macrorregiões e 31 Diretorias Regionais de Saúde DIRES em 2008* estão na Tabela 2 abaixo. As macrorregiões Leste, Centro-leste, Sudoeste e Sul concentram mais de 69% da população. As macrorregiões Leste, Extremo-sul, Sul, Norte e Nordeste foram as que apresentaram os maiores coeficientes ou seja maior que a taxa de homicídios encontrada para o Brasil que é de 25 por 100.000 hab.(Figura 13) A população residente nos municípios da 1a., 6a., 7a., 8a. DIRES (Salvador, . Ilhéus e Eunápolis), estão sob maior risco de morte por homicídios (Figura 14). Os coeficientes para 2008 dessas regiões foram os mais altos encontrados no Estado situando-se entre 37 a 59 por 100.000 hab. Macrorregião de No. pop. % Coef. Tabela 2 – Saúde Fonte: SIM/DIS/SESAB * Dados de 2008 LESTE 2.352 4.586.669 49,8 51,3 são preliminares e sujeitos a alteração. Distribuição SUL 610 1.710.531 12,9 35,7 dos A Figura 13 mostra que altos coeficientes de homicídios coincidem, em CENTRO-LESTE 364 2.174.062 7,7 16,7 Homicídios sua maior parte, com municípios da zona litorânea, com população EXTREMO-SUL 337 739.770 7,1 45,6 segundo NORTE 270 1.048.659 5,7 25,7 acima de 50 hab, alto Produto Interno Bruto PIB per capita e médio IDH. Macrorregiõe SUDOESTE 259 1.742.804 5,5 14,9 Embora nesses municípios viva uma população estimada de 5.947.925 s de Saúde. NORDESTE 219 818.979 4,6 26,7 hab. (41,0% da população), e sejam responsáveis por 59% do PIB, Bahia 2008* CENTRO-NORTE 85 797.736 1,8 10,7 OESTE 48 883.365 1,0 5,4 (por 100.000 concentram 72,6% (3.264) dos homicídios ocorridos no Estado. A IGN 175 3,7 Tabela 5 mostra os municípios com os maiores coeficientes no Estado hab.). BAHIA 4.719 14.502.575 100,0 32,5 em 2008. Fonte: SIM-DIS/SESAB Os efeitos de algumas variáveis contextuais e estruturais sobre os Figura 15 – A aglomeração espacial de Número de Homicídios e Risco coeficientes de homicídios podem ser identificados na análise espacial Relativo. Bahia 1995 a 2007 (por 100.000 hab.). da distribuição dos eventos. Na Figura 17 demonstra que em geral os homicídios ocorrem com maior freqüência nos municípios com maior PIB per capita. Na Bahia, os altos coeficientes ocorrem onde a desigualdade relativa de renda é maior (Figura 13). Os coeficientes brutos (não padronizados) variaram de 3,6/100.000 hab. em Quinjique a 100,8/100.000 hab. em . Os vinte municípios do Estado onde a população está sob maior risco de morte por homicídio em 2008 são, por ordem: SALVADOR, , ITABUNA, CAMAÇARI, , VITÓRIA DA CONQUISTA, SIMÕES FILHO, ILHÉUS, JUAZEIRO, , EUNÁPOLIS, , DIAS D'ÁVILA, , CANDEIAS, SANTO AMARO, , , e COARACI (Figura 16). Entretanto, deve-se considerar com cautela os coeficientes porque, devido ao efeito da pequena população, alguns municípios apresentam altos coeficientes que não refletem o verdadeiro risco (Ex.: São Jose da Vitória, Sta.Cruz da Vitória, Almadina entre outros). 5 Figura 16.Distribuição dos Coeficientes de Mortalidade por Homicídios em 2008 nos 33 municípios classificados segundo a maior incidência acumulada no período de 1996 a 2008* e macrorregiões. Bahia. 2008 (por 100.000 hab.). 120,0 A freqüência de homicídios é maior nos bairros pobres.

97,7 100,0 95,4 Quanto maior a desigualdade maior o

86,3 risco de morrer por homicídios. Em Juazeiro os homicídios ocorreram 80,0 72,6 principalmente nos bairros de João 66,2 Paulo II, , Piranga, Maniçoba, 62,0 61,4 58,3 60,0 Quidé e de Areia. Em Itabuna, 53,7 49,8 nos bairros de Califórnia, Pedro 46,9 48,0 45,644,2 Jerônimo, Lomanto Junior, Santa Inês, 40,839,5 40,0 40,0 Novo Horizonte e S.Caetano. Em 34,8 34,0 33,1 30,0 29,7 28,0 Vitória da Conquista, nos bairros da 25,5 25,8 21,5 20,3 Patagonia, Guarani, Espirito Santo, 20,0 15,3 13,7 11,8 Cruzeiro, Alto Maron, Brasil,Zabele, 10,1 Ibirapuera e Bateias. Em Feira de 1,5 Santana, a maioria das vitimas 0,0 residiam em Cj.Feira IV,VII,X,IX, Campo IPIAÚ JEQUIÉ ILHÉUS IBICARAÍ Limpo, Rua Nova, Mangabeira, CURAÇÁ ITABUNA VALENÇA JUAZEIRO CANDEIAS CAMAÇARI EUNÁPOLIS ENTRE RIOS SALVADOR ITAPETINGA CASA NOVA CASA DIAS D'ÁVILADIAS

ALAGOINHAS Queimadinha, George Américo, Ponto SIMÕES FILHO SANTO AMARO PORTO SEGURO PAULO AFONSO Central, Novo Horizonte, Tomba e LAURO DE FREITASLAURO DE FEIRA DE SANTANA TEIXEIRA DE FREITAS DE TEIXEIRA

VITÓRIA CONQUISTA DA Viveiros (SIM/DIS/SESAB,2008). SANTO ANTÔNIOSANTO JESUS DE SUL SUDOESTEOESTE NORTE NORDESTE LESTE CEN EXTREMO- SUL CEN EXT TRO- TRO- REMO-

Figura 17 – Relação entre Coeficiente de Homicídios acumulado e PIB per capita Tabela 3 – Distribuição dos homicídios, segundo as Unidades da 2005 segundo os municípios. Bahia 1996 a 2008 (por 100.000 hab.). Federação. Brasil, 2008*. (por.100.000 hab.) 55 HOMICID HOMICI UF População Coef. UF População Coef. JUAZEIRO IOS DIOS 50 AL 1.878 3.127.557 60,0 PB 1.027 3.742.606 27,4 45 ITABUNA ES 1.916 3.453.648 55,5 RR 97 412.783 23,5 LAURO DE FREITAS PORTO SEGURO PE 4.345 8.734.194 49,7 AM 783 3.341.096 23,4 40 EUNÁPOLIS URUÇUCA PA 2.834 7.321.493 38,7 CE 1.954 8.450.527 23,1 SIMÕES FILHO 35 ITABELA CAMAÇARI BA 4.709 14.502.575 32,5 RS 2.371 10.855.214 21,8 DIAS D'ÁVILA SALVADOR PR 3.431 10.590.169 32,4 RN 669 3.106.430 21,5 30 VITÓRIA DA CONQUISTA CANDEIAS DF 809 2.557.158 31,6 MA 1.239 6.305.539 19,6 ILHÉUS SOBRADINHO CATU MT 913 2.957.732 30,9 MG 3.772 19.850.072 19,0 25 TEIXEIRA ALAGOINHASDE FREITAS IPIAÚ MS 692 2.336.058 29,6 AC 129 680.073 19,0 20 MATA DEESPLANADA SÃO JOÃO GO 1.730 5.844.996 29,6 TO 222 1.280.509 17,3 JACOBINA PRADOMADRE DE DEUS SÃO FRANCISCO DO CON SANTO AMARO VERA CRUZFEIRA DE SANTANA RO 440 1.493.566 29,5 SP 6.126 41.011.635 14,9 15 IRECÊ ARAÇAS GANDUALCOBAÇA RJ 4.654 15.872.362 29,3 SC 792 6.052.587 13,1 NOVA VIÇOSA BOM JESUSGUANAMBI DA LAPA AP 170 613.164 27,7 PI 354 3.119.697 11,3 10 JEQUIÉ

SE 554 1.999.374 27,7 Brasil 48.610 189.612.814 25,6 5

0 FONTE: SIM DIS/DATASUS e IBGE *Os dados são preliminares sujeitos à alteração. hab.) mil 100 (por Coef.Homicidios 3,0 3,5 4,0 4,5 5,0 5,5

A Organização Mundial de Saúde (XXXX) classifica os Log PIB per capita 2005 coeficiente de mortalidade por homicídios da seguinte maneira: Tabela 5 – Municípios com maior número de homicídios. Bahia 2008 Coeficientes menores que10 por 100.000 hab. = Baixa (por 100.000 hab.). Coeficientes entre 10 a 20 por 100.000 hab. = Média DIRES Municipio-sede DIRES No. População % Coef. De Mortal Coeficiente entre 20 a 30 por 100.000 hab. = Alta 1 SALVADOR 2296 3891700 48,7 59,0 Coeficiente de mortalidade maiores que 30 por 100.000 hab. = 7 ITABUNA 271 509602 5,7 53,2 Muito alta. Na Bahia, o coeficiente de mortalidade por 2 FEIRA DE SANTANA 254 1020950 5,4 24,9 homicídios nos últimos 3 anos está acima 32 por 100.000 hab., 8 EUNAPOLIS 192 335894 4,1 57,2 15 JUAZEIRO 176 523964 3,7 33,6 enquanto Salvador ostenta coeficientes acima de 58 por 100.000 6 ILHEUS 169 374398 3,6 45,1 hab. 20 VITORIA DA CONQUISTA 168 642844 3,6 26,1 Tabela 4 – Distribuição dos óbitos, segundo as principais causas. Brasil, 3 ALAGOINHAS 158 502061 3,3 31,5 9 TEIXEIRA DE FREITAS 145 403876 3,1 35,9 2008*. (por.100.000 hab.) 5 GANDU 88 308111 1,9 28,6 No.Homicidios PRINCIPAIS CAUSAS DE ÓBITO Coef. % Classificação 13 JEQUIE 80 518420 1,7 15,4 2008 12 64 627948 1,4 10,2 Morte sem assistência médica 6.711 46,3 9,6 1a. Doenças cerebrovasculares 5.712 39,4 8,2 2a. 10 PAULO AFONSO 62 236976 1,3 26,2 Homicídios 4.738 32,7 6,8 3a. 14 ITAPETINGA 54 256792 1,1 21,0 Doenças isquêmicas do coração 4.217 29,1 6,0 4a. 21 IRECE 50 405910 1,1 12,3 Rest sint, sin e ach anorm clín e laborat 4.011 27,7 5,7 5a. 11 CICERO DANTAS 45 316918 1,0 14,2 Diabetes mellitus 3.509 24,2 5,0 6a. 16 JACOBINA 35 391826 0,7 8,9 Outras doenças cardíacas 3.444 23,7 4,9 7a. 18 ITABERABA 33 252409 0,7 13,1 Doenças hipertensivas 3.046 21,0 4,3 8a. 4 SANTO ANTONIO DE JESUS 31 273603 0,7 11,3 Restante doenças do aparelho respiratório 2.104 14,5 3,0 9a. 26 SANTA MARIA DA VITORIA 30 302303 0,6 9,9 Eventos intenção é indeterminada 2.073 14,3 3,0 10a. Acidentes de transporte 1.864 12,9 2,7 11a. 28 SENHOR DO BOMFIM 29 287719 0,6 10,1 Restante de neoplasias malignas 1.616 11,1 2,3 12a. 31 24 253507 0,5 9,5 Doenças do fígado 1.584 10,9 2,3 13a. 29 AMARGOSA 20 167859 0,4 11,9 Pneumonia 1.464 10,1 2,1 14a. 30 19 228689 0,4 8,3 Rest doenças do aparelho digestivo 1.416 9,8 2,0 15a. 17 MUNDO NOVO 13 86497 0,3 15,0 Doenças crônicas das vias aéreas inferiores 1.359 9,4 1,9 16a. 19 10 253762 0,2 3,9 Trans resp e cardiovas espec per perinatal 1.052 7,3 1,5 17a. 25 BARREIRAS 9 392909 0,2 2,3 Septicemia 1.001 6,9 1,4 18a. 22 9 188153 0,2 4,8 Neoplasia maligna da próstata 776 5,4 1,1 19a. 24 CAETITE 4 212738 0,1 1,9 Rest afec originadas no período perinatal 776 5,4 1,1 20a. 23 3 147979 0,1 2,0 Restante de outras causas de óbitos 17.404 120,0 24,8 Total 70.068 100,0 27 3 186258 0,1 1,6 FONTE: SIM DIS/DATASUS e IBGE *Os dados são preliminares sujeitos à alteração. FONTE: SIM DIS/DATASUS e IBGE *Os dados são preliminares sujeitos à alteração. 6

Os homicídios segundo a Secretaria de Figura 24 – Relação entre Coeficiente de Homicídios acumulado e PIB per capita 2005 Segurança Pública segundo os municípios. Bahia 1996 a 2008 (por 100.000 hab.). Morbidade Mortalidade (Internaçãop Segundo dados coletados na Secretaria de Segurança Pública (óbito) SSP-BA pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (Infoseg, TIPO DO ÓBITO Hospitalar) SSP-BA SESAB SESAB 2009), ocorreram na Bahia em 2008, 4.430 homicídios No. No. No. distribuídos da seguinte forma 4.143 homicídios dolosos, 110 Homicídio Doloso 4.143 Latrocínios, 97 lesões corporais seguidas de morte, 944 Latrocínio 110 Lesão corporal seguida de morte 97 homicídios culposo no trânsito, 574 mortes acidentais, 365 Homicídio culposo de trânsito 944 outras mortes acidentais, 13 pessoas morreram resultantes por Mortes acidentais no trânsito (exceto homicídio culposo) 574 outros crimes, Outros homicídios Culposos 51, Suicídios 447, Outras mortes acidentais (exceto homicídio culposo) 365 Outros crimes resultantes em morte 13 Mortes a Esclarecer, 569 Tentativa de Homicídio, 3.292. A Outros homicídios culposos 51 Bahia não informou o número de policiais mortos em serviço e o Suicídio 447 368 número de pessoas mortas em confronto com a policia/auto de Tentativa de homicídio 3.292 5.214 resistência (Figura 24). Policiais mortos em serviço N.I Pessoas mortas em confonto com a polícia /auto de resistência N.I 31 A maior parte dos crimes cometidos (8.749) foram contra o Mortes a esclarecer 569 patrimônio (47,5%) enquanto 17,5% foram crimes contra a Tentativa de suicidio 263 Homicídios 4.738 pessoa. A maioria dos presos são do sexo masculino. Os dados Acidentes de Transportes 1.864 4.195 da SSP BA mostram para 2008 que na Bahia existiam 8.749 Outros Acidentes 1.486 26.448 presos em penitenciária e 6.161 presos sob custódia da Polica Intenção indeterminada 2.073 1.255 Complicacao Médico Cirurgica 77 374 Civil, dos presos no sistema penitenciárip 8.360 homens e 389 Sequelas Causas Externas 12 2.405 do sexo feminino. Ocorreram no período 1.500 homicídios a Fatores suplement relac causas morbi-mort 348 maioria (96,3%) praticados por homens e 3,7% por mulheres. A Total 10.605 10.649 40.502 faixa etária predominante dos presos é 18 a 29 anos (58,5%). Fonte: INFOSEG/FNSP, SIM/DATASUS/MS

A MORBIDADE HOSPITALAR: TENTATIVAS DE HOMICÍDIOS (AGRESSÕES)

Figura 18 – Tendência na distribuição da proporção Internação Tabela 6 – Distribuição de Internação Hospitalar segundo principais tipos de Hospitalar de pessoas do sexo masculino segundo principais tipos de violência e acidente e o sexo. Bahia 2008 (por 100.000 hab.). violência e acidente e o sexo. Bahia 2008 (por 100.000 hab.). 16,0 Masculino Feminino Total 15,1 TIPOS VIOLENCIAS/ACIDENTES No. Coef % No. Coef % No. Coef % 14,0 13,7 13,2 13,4 13,1 12,9 12,7 OUTRAS CAUSAS EXTERNAS 17.929 25,0 53,1 7.831 10,7 60,1 25.760 17,8 55,1 12,0 ACIDENTES DE TRANSPORTES 3.448 4,8 10,2 721 1,0 5,5 4.169 2,9 8,9 11,3 11,4 10,7 10,8 11,0 10,9 10,4 10,3 TENTATIVAS HOMICÍDIOS (AGRESSOES) 4.112 5,7 12,2 975 1,3 7,5 5.087 3,5 10,9 10,0 10,1 9,9 10,1 9,4 9,6 9,5 8,9 EVENTOS INTENCAO INDETERM 1.092 1,5 3,2 462 0,6 3,5 1.554 1,1 3,3 8,0 COMPLIC ASSIST MEDICA 226 0,3 0,7 191 0,3 1,5 417 0,3 0,9 FATORES SUPLEM RELAC OUT CAUSAS 239 0,3 0,7 120 0,2 0,9 359 0,2 0,8 6,0 Proporção (%) Proporção 5,3 5,4 Causas externas não classificadas 5.105 7,1 15,1 2.215 3,0 17,0 7.320 5,0 15,7 4,7 4,8 5,1 4,0 4,4 4,0 SEQUELAS CAUSAS EXTERNAS 1.430 2,0 4,2 407 0,6 3,1 1.837 1,3 3,9 3,5 3,3 3,3 3,3 TENTATIVAS DE SUICIDIOS 161 0,2 0,5 108 0,1 0,8 269 0,2 0,6 2,0 1,4 INTERVENCOES LEGAIS 0,00,0 0,00,0 0,00,0 1,4 1,3 1,3 1,0 0,7 0,5 0,5 0,6 0,6 0,6 0,0 Total 33.742 47,0 100,0 13.030 17,8 100,0 46.772 32,3 100,0 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 Fonte: SIH/DATASUS/MS

ACIDENTES DE TRABALHO Tentativa de Homicídios (Agressão) Dados recentes mostram tendência de elevação da tentativa de EVENTOS INTENCAO INDETERM SUICIDIOS homicídios no Estado. Anualmente são internadas nos hospitais INTERVENCOES LEGAIS Fonte: SIH/DATASUS/MS baianos mais de 47 mil pessoas por causas violentas e acidentais, Figura 19 – Tendência na distribuição da proporção Internação correspondendo portanto a quase 6% do total de internamentos Hospitalar de pessoas do sexo feminino segundo principais tipos de hospitalares ocorridos no Estado (Tabela 6). As violências e os violência e acidente e o sexo. Bahia 2008 (por 100.000 hab.). acidentes (tentativas de homicídios, acidentes de transportes, as 14,0 quedas, os afogamentos, queimaduras, acidentes de trabalho,

12,0 12,3 envenenamentos, intoxicações e outros acidentes), estão entre a 10,6 sete principais causas de internamento. As tentativas de homicídios 10,0 10,3 10,3 9,6 9,4 (agressões) ocupam o segundo lugar 5.087 (10,9%) quando se 9,0 8,3 8,3 8,0 8,0 7,9 7,8 considera os tipos de violência e acidentes que geram internamentos 7,4 7,5 7,0 6,9 6,5 6,6 6,6 6,6 6,6 hospitalares. 6,0 5,8 6,0 5,2 5,5 5,1 5,0 4,8 Tabela 7 – Internação hospitalar por causas externas (Violências e Acidentes). pROPORÇÃO (%) pROPORÇÃO 4,0 4,0 3,9 3,5 3,6 3,5 Bahia, 2008*

2,0 1,7 1,8 Valor Médio Taxa de Tempo de 1,5 1,3 1,4 0,9 0,7 0,6 0,8 0,9 0,8 CAUSA EXT DET IH No. % Valor Total (R$) % por AIH óbito mortalidade permanencia 0,0 (R$) (%) médio 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 Quedas 17.488 43,2 12.275.717,35 35,0 701,95 251 1,4 4 Tentativa de Homicídios (Agressões) 5.214 12,9 6.066.225,65 17,3 1.163,45 221 4,2 6 ACIDENTES DE TRANSPORTES HOMICIDIOS Acidentes de transportes 4.195 10,4 5.068.757,59 14,5 2.344,45 184 7,4 7 Expos.Eletricidade,radiação temp.extremas 2.615 6,5 1.864.925,94 5,3 713,16 57 2,2 5 EVENTOS INTENCAO INDETERM SUICIDIOS Sequelas de c.ext morbid/mortalidade 2.405 5,9 1.625.159,13 4,6 675,74 14 0,6 9 INTERVENCOES LEGAIS Fonte: SIH/DATASUS/MS Exposicao forcas mec anim e inanim 2.260 6 1.712.941 5 1.600,80 43 4 5 Queimaduras 1.436 4 3.010.716 9 4.204,19 72 12 8 Expos acid outros fatores NE 1.329 3 1.863.294 5 1.955,13 16 1 6 Observando o comportamento dos dados no período de 1998 Eventos intenção indeterminada 1.255 3,1 600.035,44 1,7 478,12 1 0,1 3 Contato animais e plantas venenosas 773 1,9 159.033,66 0,5 205,74 9 1,2 3 a 2008, observa-se que partir de 2004 inicia-se um Complicações da Assist médica e cirurgica 374 0,9 329.280,90 0,9 880,43 4 1,1 6 crescimento na proporção do internamento por este agravo Fatores suplement relac causas morbi-mort 348 0,9 202.463,18 0,6 581,79 8 2,3 4 Envenenamento acidental por subs nocivas 286 0,7 61.859,33 0,2 216,29 6 2,1 3 tanto de homens e mulheres (Figuras 18 e 19). Suicídios 263 0,6 97.826,82 0,3 371,97 12 4,6 4 Afogamentos,submensões outros riscos Resp 208 0,5 71.727,51 0,2 344,84 0 0,0 3 As tentativas de homicídios são responsáveis pelo segundo Exposição às forças da Natureza 33 0,1 56.740,87 0,2 1.719,42 2 6,1 9 Outros riscos acidentais à respiração 20 0,0 4.051,31 0,0 202,57 0 0,0 4 maior valor gasto (17,3%), a quarta maior taxa de mortalidade Intervenções legais e operações de guerra N.I N.I N.I N.I N.I N.I N.I N.I (4,2%) e quarto maior tempo médio de permanência (6 dias) Total 40.502 100,0 35.070.756,28 100,0 865,90 900 2,2 5 (Tabela 7). Fonte: SIH/DATASUS/MS 7 Quem morre por homicídios em Salvador? Figura 20. Distribuição espacial do coeficiente de mortalidade por Homicídios Outros 36 bairros ainda que não tenham entrado na lista acima, tiveram segundo os bairros. Salvador. 2008 (por 100.000 hab.). coeficientes de mortalidade maiores que a média encontrada para Salvador (58,3/100.000 hab.). Foram, por ordem: CHAPADA DO RIO VERMELHO, VALE DAS PEDRINHAS, SANTA CRUZ, DE PERIPERI, BARROS REIS, CALCADA, COMERCIO, BOCA DA MATA, CANABRAVA, JARDIM SANTO INACIO, CALABETAO, LARGO DO TANQUE, SANTA LUZIA, ESCADA, ARRAIAL DO RETIRO, NOVA BRASILIA DE ITAPUA, ALTO DAS POMBAS, MATATU/SANTO AGOSTINHO, MARES, SABOEIRO, CONJUNTO DORON, BAIXA DO FISCAL, CALABAR, ACUPE DE BROTAS, MACAUBAS, ALTO, DO CABRITO, SARAMANDAIA, VISTA ALEGRE, CENTRO HISTORICO, CHAME-CHAME, BOA VISTA LOBATO, SAO GONCALO, RETIRO, TORORO e CIDADE NOVA. (Figura 19). Figura 21. Tendência da distribuição da mortalidade por homicídios. Salvador. 2008 (por 100.000 hab.). 2000 70,0

1800 58,3 60,0 1600 40,9 38,0 50,0 1400 47,6 1200 36,8 40,0 FONTE: SIM DIS/DATASUS e IBGE *Os dados são preliminares sujeitos à alteração. 1000 34,3 30,0 800 27,9

26,8 1719 Os homicídios em Salvador seguem uma tendência de elevação. Entre 2000 e No.de Óbitos 600 21,7 2008 o número de óbitos devido a esse tipo de morte cresceu 255% (Figura 21) 14,0 19,5 1310 20,0 1111 contribuindo decisivamente para a elevação desse tipo de morte no Estado. A 400 1017 827 11,8 759 723

685 10,0

maioria dos municípios da Região Metropolitana (Camaçarí, Lauro de Freitas, 200 7,2 546 Coef.de Mortalidade(por 100.000 hab.) 484 318 289 Simões Filho, Candeias) também apresentam coeficientes tão ou mais altos que 0 166 0,0 Salvador. 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008

Em 2008, em Salvador ocorreram 1.719 homicídios, correspondendo a um Homicídios Coef coeficiente de mortalidade de 58,3 por 100.000 hab. e uma mortalidade proporcional de 12,2%. Essas mortes atingem principalmente os jovens negros, FONTE: SIM DIS/DATASUS e IBGE *Os dados são preliminares sujeitos à alteração. na faixa etária de 14 a 39 anos (Figura 22), com poucos anos de estudo, Figura 22. Distribuição proporcional da mortalidade por homicídios segundo a qualificação precária, residentes nos bairros de pior condição socioeconômica. faixa etária. Salvador. 2008 (por 100.000 hab.).

Essas mortes se repetem todo ano, nas mesmas regiões, afetando o mesmo Idade ignorada Menor 1 ano grupo populacional. 0,3% 5 a 9 anos 60 anos e mais 0,0% 0,0% 1 a 4 anos Considerando os bairros, os coeficientes variaram de 3,8 (em Itapagipe) a 1,2% 0,1% 468,9100.000 hab na Chapada do Rio Vermelho, no Nordeste de Amaralina. A 50 a 59 anos 10 a 14 anos maioria 1.356 (76%) das mortes se concentraram em 51 bairros. Por ordem: 2,1% 1,5% 40 a 49 anos CAJAZEIRAS, TANCREDO NEVES, FAZENDA GRANDE, ENGENHO VELHO 6,2% DA, FEDERACAO, FAZENDA COUTOS, CABULA, PERIPERI, SÃO CAETANO, LOBATO, PARIPE, ITAPUA, COUTOS, NORD DE AMARALINA, AMARALINA, SANTA CRUZ, VALE DAS PEDRINHAS, CHAPADA DO RIO VERMELHO, PERNAMBUES, SUSSUARANA, PERO VAZ, BROTAS, FEDERACAO, BOCA DO RIO, AGUAS CLARAS, URUGUAI, CASTELO BRANCO, PLATAFORMA, SAO CRISTOVAO, BAIRRO DA PAZ, SAO MARCOS, MATA ESCURA, LIBERDADE, COSME DE FARIAS, NOVA BRASILIA DE ITAPUA, PIRAJA, CAMPINAS DE PIRAJA, MUSSURUNGA, ARENOSO, RIO SENA, PAU MIUDO, 15 a 39 anos VALERIA, ENGENHO VELHO DE BROTAS, MASSARANDUBA, IAPI, PAU DA 88,7% LIMA, JARDIM NOVA ESPERANCA, SETE DE ABRIL, GARCIA, MARECHAL FONTE: SIM DIS/DATASUS e IBGE *Os dados são preliminares sujeitos à alteração. RONDON, ESTRADA DO MOCAMBO e CAPELINHA (Figura 20). O que fazer: Promoção e Prevenção

Quais são a motivações principais para o homicídio na Bahia, em desigualdade e mercado (cólera, desespero e privação relativa); Salvador e nos maiores e mais populosos municípios do Estado? atividades de rotina e estilos de vida: falta de supervisão dos filhos, participação e controle da comunidade, proporção de As maioria dos homicídios são cometidas por gangues do jovens (14 a 24 anos). narcotráfico, por policiais militares/civis (a serviço ou fora de serviço), por grupos de extermínio, “justiceiros”. As variáveis socioeconômica tem grande efeito quando um determinado grupo étnico/racial da sociedade constitui minoria na Segundo alguns autores, podemos definir uma guerra civil se o população mas tem poder político e concentra a maior parte da número de homicídios excede uma centena de mortes por ano. riqueza social produzida (dominância étnica) nessas condições o Na vigilância epidemiológica do homicídio procuramos identificar risco de homicídio aumenta. qual o padrão demográfico, espacial, temporal da mortalidade por Disponibilidade e acesso a arma-de-fogo. concepção do gestor homicídio na Bahia e em Salvador? Que fatores individuais e publico, violência policial, impunidade, corrupção, distribuição da estruturais podem explicar esses padrões e como esses achados policia per capita. Concentração da pobreza e falta de recursos podem ser relacionados aos municípios, aos de outros Estados e sociais. Densidade de crianças vivendo em famílias com apenas ao país. a mãe ou apenas o pai. Áreas em que a população está sob risco podem ser detectados O que causa a variação no padrão de homicídios? Possíveis através de sinais de desordem social (discussão, xingamentos, explicações: cultura da violência, privação econômica (pobreza, perseguição nas ruas, oferta aberta de prostituição, uso visível de desemprego, proporção de famílias vivendo abaixo da linha de drogas e alcoolismo, grupos de jovens turbulentos), e degradação pobreza, desigualdade racial, de gênero e econômica) e física: casas abandonadas, janelas quebradas, pixações nas desorganização social (mobilidade, disrupção familiar, densidade, paredes, carros abandonados, iluminação pública precária e lixo consumo álcool/drogas); a teoria anomia/estranhamento: nas ruas ou em terrenos baldios). 8 O que fazer: Promoção e Prevenção

Na maior parte dos países europeus, a taxa de homicídios não supera o O que temos feito para enfrentar a violência patamar de 5 por 100.000 habitantes, não alcançando em geral nem a metade da taxa correspondente nos Estados Unidos, e menos do que a na perpectiva da saúde pública quarta parte das taxas de vários países Latino Americanos, mesmo na Ao longo de 2006, 2007, 2008 e 2009 essas diretrizes se ausência de conflitos armados – no Brasil e no México há cerca de 25 desdobraram em atividades como seminários, oficinas, reuniões de homicídios por 100.000 habitantes (IPEA, 2000). articulação e o acesso dos sistemas de informação de acidentes de transportes, envolvendo o DETRAN, a TRANSALVADOR, o DERBA, o As análises ecológicas até o momento no Brasil mostram uma forte Batalhão da Policia Militar Rodoviária BPMRv, a Policia Rodoviária relação entre a pobreza e a violência letal nas cidades (CANO et Federal; a articulação para ação comum das Vigilâncias col.,IPEA, 2000). Epidemiológicas das SMS dos municípios de Salvador, Feira de Santana, Lauro de Freitas, Camaçarí, Simões Filho, Candeias, Na Bahia, os estudos mostram que o risco de morrer por homicídio é Juazeiro, Itabuna, Porto Seguro, Itabuna, Ilhéus, e Vitória da maior e cresce persistente entre os mais pobres. A população mais Conquista; a articulação do Observatório Estadual da Violência, atingida é a população jovem masculina, de cor negra, residente nos elaboração do projeto, do decreto de formalização para o bairros mais pobres da Capital e nas zonas urbanas dos municípios Governador J Wagner; ‘Desenvolvimento do sitio do Observatório mais populosos e de maior importância econômica do Estado. da violência (www.saude.ba.gov.br/observatorio); a Campanha de Redução da Morbimortalidade por Acidentes de Trânsito nas Rodovias e de Motociclistas; a Capacitação e o treinamento de Plano de Ação da DIVEP para 2010 profissionais de saúde em vigilância Epidemiológica em Causas Externas dos maiores municípios; a elaboração de materiais Embora o tema da violência tenha despertado a preocupação educativos de prevenção e de divulgação do impacto desses agravos na saúde pública; a inclusão do tema violência domestica e do setor saúde desde a década de 90 (PARMCEX, 1998), só sexual nas linhas de cuidado transversais do curso para 300 mais recentemente (2006) a Secretaria de saúde do Estado da médicos do ESF promovido pela DAB/SESAB; Articulação com a Bahia, através da Diretoria de Vigilância Epidemiológica escola de Enfermagem da UFBA para a elaboração do projeto do DIVEP/SUVISA vem se organizando para a abordagem do Curso stricto Sensu de Especialização Sobre Violência e Saúde; problema sob o ponto de vista da saúde pública. realização de seminários e oficinas sobre vigilância das Causas Externas envolvendo municípios de 6 das 9 macrorregiões. Seguindo as diretrizes da Política nacional de Redução da Morbimortalidade por Violências e Acidentes (Portaria Gm O que deve ser feito: Políticas Econômicas e 737/MS/2001) e partir da elaboração do Plano de Ação de Sociais estruturais Vigilância Epidemiológica das Doenças e Agravos Não- transmissíveis DANT do Estado da Bahia (2006-2010) foram A violência e os acidentes constitui a terceira causa de morte e é a quinta definidas três diretrizes Básicas para o enfrentamento das causa de internação hospitalar para a maioria da população. Se nada for Causas Externas: (1) A implantação e implementação de uma feito e persistir a atual política de segurança pública tudo indica que essa participação crescerá em 2010. rêde sentinela de informação e de vigilância epidemiológica de Homicídios, Aciddentes de Transportes, Acidentes de A magnitude da morbimortalidade da violência no Estado mostra um Trabalho e Violência Doméstica e Sexual, (2) o fomento junto situação de bárbarie, guerra civil e grave violações aos direitos humanos a SESAB e aos municípios da rêde de assistência e proteção gerada numa política de discriminação e profunda desigualdade social, integral às pessoas em situação de violência e a; (3) econômica, racial e de gênero que pode e deve ser superada. Promoção da Saúde e Prevenção da Violência baseada na Acreditamos que nenhuma ação de enfrentamento da violência será possível sem a mobilização social, a articulação intra e inter-setorial. mobilização, articulação e participação ativa do movimento social, de instituições governamentais, agências internacionais que atuem de forma coordenada e seguindo diretrizes decididas coletivamente (Plano de ação estadual) e que conte Ações da Vigilância para 2010 com o apoio político e amplo investimento social em recursos materiais e financeiros pelo Governo do Estado e Federal (prioridade política) no curto e longo As principais ações para essas diretrizes em 2010: prazo. 1 apoiar e fortalecer a estruturação de uma rêde sentinela Nos últimos três anos as ações articuladas pelo Observatório, através da de vigilância epidemiológica dos homicídios/tentativas, participação da DIVEP, da DIS, CIAVE, CESAT, DGC, do FCCV, ISC, da acidentes de transportes e violência domestica e sexual Escola de Enfermagem da UFBa, da FABS, do DERBA, da Policia baseado em 19 municípios prioritários; Rodoviária Federal, da Policia Rodoviária Estadual, da TRANSALVADOR, e 2 Estruturar centros de referencia de assistência e as vigilâncias epidemiológicas das Secretarias Municipais de Salvador, proteção integral às pessoas em situação de violência Feira de Santana, Lauro de Freitas, Camaçarí, Simões Filho, Candeias, (saúde, assistencia socal, psicológica e jurídica) nos Juazeiro, Ilhéus e Itabuna assim como iniciaitivas de vários setores municípios prioritários; governamentais e não-governamentais tem demonstrado que é possível a articulação em torno de um plano de ação comum. 3 estruturar física, acesso aos sistemas de informação em saúde, capacitação em análise de dados e monitoramento É fundamental também que o Governo Wagner e o seu sucessor articulem de indicadores; os programas existentes em várias secretarias (SEDES, SEPROMI, SESAB, SEINFRA, SEC etc.), relacionados aos determinantes sociais em uma 4 fortalecer o Observatório Estadual da Violência; política de Estado para a geração de emprego e renda, suporte social e 5 capacitar os profissionais de saúde dos municípios e econômicos às mulheres chefes de famílias, cursos técnicos das DIRES em Vigilância Epidemiológica de Violência e profissionalizante para jovens negros pobres, garantias de direitos Acidentes; humanos, centros de tratamentos e recuperação de usuários de drogas, enfrentamento da corrupção e do crime organizado dentro e fora do 6 fortalecer e apoiar os Núcleos de Promoção da Saúde e aparelho do Estado, além de elaboração de políticas estruturais que Prevenção da Violência nos municípios prioritários. melhorem o modo do povo levar a vida: habitação, saneamento, saúde, 7 Promover a elaboração de legislação estadual para a cultura, esporte e lazer. Notificação Compulsória da Violência e Acidentes Embora seja um ano eleitoral, em 2010, esperamos que tenhamos mais 8 Promover campanhas de desarmamento, uso do cinto, apoio por parte dos órgãos governamentais no sentido de ampliar e do capacete e contra o uso bebida alcoólica ao dirigir e aprofundar essa articulação e fortalecer as ações de prevenção e controle abuso de drogas da morbimortalidade por violências e acidentes no Estado.