Pacificadora: de Polícia Unidades debates e reflexões organizadores dest Ma R A C o aíza ndré mu u nicação do ricio

S R iq odrig o u

ediçã L eira I Número 67 - a 67- ser Número isso u vsky es n o 31-2012 o 1 artigo As unidades de polícia pacificadora e a segurança no 2 COMUNICAÇÕES do iser Pacificadora: Pacificadora:Pacificadora: debates e reflexões debatesdebates e reflexões e reflexões de Polícia de Polícia de Polícia Unidades UnidadesUnidades 3 artigo As unidades de polícia pacificadora e a segurança no rio de janeiro www.iser.org.br sumário

COMUNICAções do iser publicação sazonal do Instituto de Estudos da Religião #009 #053 #080 #089 www.iser.com.br rio de janeiro - DEZEMBRO - 2012

por André Rodrigues POR André Rodrigues , Carlos Casanova, por Raíza Siqueira, Barbara Gomes, por Vinicius Esperança e Raíza Siqueira Raíza Siqueira, Tássia Mendonça Michel Carvalho, Tássia Mendonça, Presidente E Suellen Guariento André Rodrigues, Tamara Lajtman Hélio R. S. Silva

Vice-presidente As Unidades de Polícia Pensando as Associações O funk está “pacificado”? “Aviso: não dê dinheiro ao Nair Costa Muls

debates e reflexões e debates Pacificadora e a segurança de Moradores no falso profeta, ligue para a UPP”: pública no Rio de Janeiro Contexto das UPPs PODER DIVINO E PODER ARMADO Secretário executivo no Batan Pedro Strozenberg

Comunicação institucional Nina Quiroga

Secretária Helena Mendonça

Coordenação da pesquisa FAPERJ Mauricio Lissovsky André Rodrigues #106 #118 #130 #13 4 Raíza Siqueira

Organizadores deste número POR Noelle Rezende POR Ana Paula Sciammarella por André Rodrigues POR Raíza Siqueira, Hélio R. S. Silva, André Rodrigues e Moniza Ansari e Alice Taylor Tássia Mendonça, Pedro Strozenberg, Raíza Siqueira João Trajano Sento-Sé, Leilah Landim Mauricio Lissovsky e e Suellen Guariento O Mototáxi no Chapéu (in)segurança das mulheres em O episódio ou nada: notícias Pesquisadores e na Babilônia: Um Olhar sobre comunidades cariocas com UPP do Complexo do Alemão Entrevistas Carla Gomes Moreira os Impactos das Ações de Cecília Soares “Pacificação” Daniele Fonseca James Shyne Raphael Brigeiro Tássia Mendonça

Projeto Gráfico e Editoração Gether Nogueira Igor Mourelle

fOTOGRAFIA Cleiton Maia #158 #160 #172 #194 ShutterStock.com Revisão POR Monique Batista Carvalho Ana Bittencout POR Silvia Ramos POR Marianna Olinger POR Isis Ribeiro Martins Colaboradores

Unidades de Polícia Pacificadora: Polícia de Unidades Favelas cariocas, UPPs e o As relações das UPPs com os A experiência da pacificação em “Toda mudança é difícil de Fontes processo de análise prévio à moradores e outras lideranças um conjunto e favelas na : fazer”: primeiros relatos sobre o TeX Gyre e Adobe Caslon Pro implantação das UPPs Sociais sociais nas favelas cariocas rupturas e contradições na processo de “pacificação”1 dos gestão da ordem pública morros Tabajaras / Cabritos Impressão Gráfica Stampa

ISSN 0102-3055 Este é um trabalho que resulta de muitos diálogos, foi fundamental para o presente trabalho. Agradece- a abordagem de questões cruciais para este estudo. Hélio R. S. Silva e Leilah Landim, além de compo- conversas, tensões, parcerias e cooperações. Cabe a nós mos, dessa forma, ao Centro de Estudos de Segurança Agradecemos, assim, ao Cel. Robson Rodrigues, ao rem a diretoria do Iser, sempre foram sensíveis e dis- reconhecer e agradecer às contribuições que nos foram e Cidadania da Universidade Candido Mendes (Ce- Cel. Rogério Seabra, ao Maj. Eliézer, ao Cap. Glauco poníveis para os diálogos que fizemos em torno dos dadas por diversos interlocutores e parceiros. sec/UCam), nas pessoas de Silva Ramos e Bárbara Schorcht, ao Cap. Bruno Amaral, ao Cap. Renato Sena resultados preliminares da pesquisa e os agradecemos O recurso financeiro disponibilizado pela Fundação Soares, e ao Instituto de Segurança Pública (ISP) da e ao Cap. Ricardo Ribeiro. muito por isso. Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Esta- Secretaria de Estado de Segurança do Rio de Janeiro, A equipe da UPP Social foi outra importante inter- Helena Mendonça, sempre dedicada e generosa, é do do Rio de Janeiro (Faperj), por meio de seu edital na pessoa de seu presidente, Ten. Cel. Paulo Augusto locutora deste trabalho. Com eles nos reunimos, dis- uma espécie de coração do Iser. Sua gentileza e eficiên- Prioridade Rio, foi imprescindível para que abríssemos Souza Teixeira. cutimos nossas ideias, apresentamos nossas questões e cia fazem com que o Iser preserve muitos dos valores muitas frentes de investigação, algumas delas presen- Tivemos, durante o trabalho de pesquisa, muitas con- escutamos suas percepções. Agradecemos, dessa forma, que cultiva há mais de 40 anos. Agradecemos a ela por tes neste estudo e outras que comporão a publicação versas com a Subsecretaria de Ensino e Programas de a essa equipe nas pessoas de Ricardo Henriques, seu sua companhia e carinho em todas as empreitadas que do produto final da pesquisa. A partir da investigação Prevenção da Secretaria de Estado de Segurança Pú- diretor, José Marcelo Zacchi e Tiago Borba, gerentes abraçamos nesta casa. central, objeto do presente trabalho, pudemos animar o blica. Agradecemos à subsecretária Juliana Barroso por desse projeto e sempre atenciosos no diálogo em torno Nossas pesquisadoras de campo, Tássia Mendonça, grupo de pesquisadores do Instituto de Estudos da Re- sua escuta atenciosa. do tema deste estudo. Carla Gomes e Cecília Barbosa, dedicaram suas sen- ligião (Iser) que se engajou voluntariamente na realiza- No trabalho de campo, o pesquisador sempre tem de Pedro Strozenberg, além de manter instigada e ani- sibilidades etnográficas para a realização de entradas ção de pequenas análises sobre temas muito instigan- contar com a paciência das pessoas que vivenciam as mada a equipe de pesquisadores do Iser, em tempos muito produtivas ao trabalho de campo. Graças a elas, tes, como os mototáxis, os bailes funk, o associativismo questões que ele pretende estudar. A acolhida dos per- difíceis para o trabalho de instituições como a nos- coletamos impressões e relatos que são o pilar desta e as lideranças comunitárias no contexto das Unidades sonagens de campo é fundamental para que este tipo sa, foi sempre muito generoso com este projeto. Sua pesquisa. A partir de suas posturas inteligentes e sen- de Polícia Pacificadora (UPPs), o protagonismo e a de estudo ocorra. A confiança em nos fornecerem suas criatividade e inquietação mobilizaram muitas frentes sibilidades para o relato e identificação de dimensões mediação religiosas nesses contextos, as violências de percepções e seus relatos é o valor central deste estudo. da presente pesquisa e trouxeram muitos parceiros de de análise, pudemos dar carne para a presente pesquisa. gênero nas favelas com UPPs, etc. Somente a visão e o Agradecemos, dessa forma, a todos os nossos interlo- diálogo e reflexão. Este trabalho se esforça para fazer Por isso, agradecemos a elas. apoio de agências como a Faperj pode fomentar a re- cutores e entrevistados no trabalho de campo: policiais, jus ao seu modo sempre sensível e plural de lidar com A despeito da valorosa contribuição dessas pessoas alização de investigações sobre assuntos tão variados e moradores comuns, donos de estabelecimentos comer- tempos espinhosos e instigantes. Muito obrigado, Pe- para as qualidades deste trabalho, as eventuais falhas importantes que permeiam o cotidiano de nossa cida- ciais, agentes do estado, líderes comunitários, sacerdo- drão! ou problemas e estrutura e avaliação são de inteira res- de. Agradecemos muito à Faperj pela disponibilização tes e líderes religiosos, e todos os demais personagens João Trajano Sento-Sé foi um leitor paciente e inte- ponsabilidade nossa. dos recursos. que foram importunados por nossa equipe de pesquisa ressado das versões preliminares deste trabalho. Deve- O diálogo com outros institutos de pesquisa e agên- em suas atividades cotidianas. Muito obrigado. mos muito às suas sugestões e sua leitura. Agradece- cias que se dedicam à reflexão sobre os temas relacio- Sem a confiança e cooperação dos comandos das mos muito por sua atenção e parceria. nados à segurança pública no Rio de Janeiro também UPPs e de seu Comando Central não seria possível Os editores Foto: ShutterStock.com

APRESENTAÇÃO Unidades de Polícia Pacificadora: debates e reflexões

Desde o ano de 2010, quando foi selecionado no edital Noelle Resende e Moniza Ansari ressaltam o tema da regu- Prioridade Rio, lançado pela Faperj, para a realização de uma lação dos mototáxis na UPP do Morro Chapéu Mangueira pesquisa sobre as Unidades de Polícia Pacificadora, o Iser e Babilonia, um tema que retrata a tensão não apenas entre abriu diversas frentes de investigação, reflexão e debate sobre o formal e informal, mas sobretudo o lícito e o legítimo. Em essa experiência de policiamento. As UPPs ganharam proje- “(In)seguranças das mulheres em comunidades cariocas com ção no campo da segurança pública, não só no Rio de Janei- UPP”, Ana Paula Sciammarella e Alice Taylor introduzem a ro, mas em nível nacional e internacional. Acreditamos que reflexão sobre a situação das mulheres em favelas com UPPs, o policiamento praticado por essas unidades produz alguns do ponto de vista de suas percepções, contraditoriamente car- importantes redirecionamentos no cenário da segurança pú- regadas de esperanças e dúvidas. blica do Rio de Janeiro, marcado por profundas contradições e Depois desse bloco, o leitor encontra duas entrevistas com As Unidades de Polícia assistemáticos avanços nas últimas décadas. Cada movimento gestores públicos de particular relevância no contexto das po- no campo da segurança pública, pela relevância e expectativa líticas relacionadas às localidades com UPPs. Na primeira, o que suscita, deve ser analisado com atenção e debatido exaus- Cel. Rogério Seabra, atual comandante da Coordenadoria de Pacificadora e a tivamente pelos atores e pelo conjunto da sociedade. Polícia Pacificadora, conversa com Raíza Siqueira, Hélio R. Foi em vista dessas questões que pensamos na organização S. Silva, Tássia Mendonça e Suelen Guariento. Na segunda, do presente número de Comunicações do Iser. Nossa propos- Ricardo Henriques, ex-presidente do Instituto Pereira Pas- segurança pública ta, mais do apresentar conclusões ou recomendações sobre as sos, formulador e implementador do programa UPP Social, UPPs, pretende instigar a discussão qualificada e inovadora conversa com João Trajano Sento-Sé e Leilah Landim sobre no Rio de Janeiro em torno de um processo ainda em curso. O leitor encontrará essa política. Essas duas entrevistas representam importante nas páginas que seguem um conjunto de textos mais hete- registro para a compreensão do contexto e desafios das UPPs. rogêneo que uma coletânea de artigos, pois, além destes, o A seguir, Silvia Ramos nos apresenta quatro etnografias re- volume inclui entrevistas com gestores da UPP e da UPP So- alizadas pelo grupo de pesquisa que coordenou quando era cial e etnografias breves. Acreditamos que tal variedade reflete subsecretária de ações no território da Secretaria Estadual melhor a dinâmica do objeto e das interlocuções da pesquisa de Assistência Social e Direitos Humanos. Essas etnografias 1 ao longo do seus desenvolvimento. compunham os diagnósticos iniciais para a entrada das UPPs por André Rodrigues Abre a revista o ensaio de André Rodrigues e Raíza Si- Sociais em favelas do Rio de Janeiro. De 2010 a 2011, foram e Raíza Siqueira2 queira, que sintetiza os principais resultados da pesquisa realizadas 12 etnografias nas favelas ocupadas por UPPs como Faperj, refletindo o debate no qual o Iser esteve envolvi- forma de compor um mosaico compreensivo inicial dessas do nos últimos dois anos. Segue-se a este um conjunto de áreas. Selecionamos quatro que correspondem às áreas que cinco artigos que aprofunda temas que consideramos essen- privilegiamos no trabalho de campo da pesquisa Faperj. ciais para a reflexão pública sobre as UPPs. Em “Pensan- Fecha a revista um curto ensaio em que André Rodrigues do as associações de moradores no contexto das UPPs”, os procura encontrar uma perspectiva política para a reflexão autores apresentam as implicações na implantação dessas sobre as UPPs que não reproduza as críticas afoitas e descui- unidades de polícia para o associativismo nas favelas onde dadas nem tampouco o discurso oficial sobre essas unidades são instaladas. Esse artigo resultou de um levantamen- de policiamento que assume, muitas vezes, um tom exagera- to sobre os perfis das associações de moradores em favelas damente laudatório. com UPPs e de um trabalho etnográfico de observação das Agradecemos o apoio da Faperj, que apoiou a realização reuniões e espaços participativos abertos pelas UPPs Sociais, desta pesquisa e a difusão de seus resultados, e esperamos denominados “Fóruns da UPP Social”. O artigo “O funk está que esta publicação contribua para o debate público sobre as ‘pacificado’?” discute a relação das UPPs com os bailes funk. UPPs e a segurança pública no Rio de Janeiro. Nesse texto, os autores apontam nuances da questão, desde o processo de estigmatização do funk até os gargalos presentes no modo das UPPs lidarem com o universo juvenil. Vinicius Pedro Strozenberg Esperança, em seu ensaio sobre o protagonismo religioso e as Secretário Executivo do Iser práticas de policiamento da UPP do Jardim Batan, desvenda um emaranhado simbólico e político de extrema importân- cia para a compreensão do contexto daquela UPP – a única Mauricio Lissovsky instalada em uma área anteriormente dominada por milícias. Coordenador da pesquisa Fapetj

9 10

publicações do iser o ensaiodeCerqueira (2001). Hum(e)anos daUniversidade paro àPesquisa doEstado do Carlos Chagas Filho deAm- ChagasFilho Carlos visão tradicional dagestão de Iser, emSociolo- doutoranda zembro de2008.zembro (Ver http:// centralidade do “combate” na inaugurada em 16 de fevereiro inaugurada em16defevereiro 2 Pesquisadora associada do de 2009eadoBatan, nodia do Estado doRiodeJaneiro segurança pública noRiode pública segurança Instituto de Estudos Sociais Instituto deEstudosSociais 3 Opresente estudoresulta Janeiro, podeserconsultado Federal (UFF). Fluminense do edital Rio”,“Prioridades 8 “Feira dedrogas resiste à Religião (Iser), doutorando e Políticos daUniversidade 5 A da Cidade de Deus foi A daCidade deDeusfoi 5 do Laboratório deEstudos do Laboratório do InstitutodeEstudosda 4 A UPP Santa Marta foi foi Marta Santa 4 AUPP occupy slums as city fights occupy slumsascity UPP daCidade deDeus”,UPP financiado pela Fundação back against drug gangs”, againstdrug back (Iesp/Uerj) epesquisador inaugurada em19dede- O Globo, RiodeJaneiro, 1 Pesquisador associado 6 deJaneiro“Rio police The Guardian,The Londres, Rio deJaneiro (Faperj). em CiênciaPolítica do 7 Sobre aquestão7 Sobre da 18 domesmomês. gia doIesp/Uerj. 12/04/2010. 02/07/2010. upprj.com). de Deus, inauguradas, mesesdepois, noBatanenaCidade 2008. ta Marta, suldacidade, zona nofimdoanode unidade, desuaprimeira guração - noMorro San noRiodeJaneiro pública desdeainau- gurança no afigurar passaram rol dasdiscussõessobre se- missas dasUPPs consiste, portanto, naproposta do Estado.das favelas porparte Umadaspre- expectativa detomada docontrole territorial pela proposta com daocupaçãopermanente a policiaisseretirem.forças AsUPPs seorientam dedrogas, detraficantes grupos assimqueas retorneasmãoso controlepara dos territorial de confronto estejam sob controle. Isso faz que do Estadotirada de forças tão logo os potenciais pelocontroletraficantes deumaárea, com a re- como confrontos entre diferentes facções de terceptação desituações deviolênciaarmada, o combate e a in- no Rio de Janeiro prioriza dedrogas. dotráfico erradicação na retirada(ii) o enfoque no lugar da das armas pação permanente, sem previsão de término; e favelas do RiodeJaneiro: (i)aproposta daocu- des depoliciamentocomumente em praticadas aspectos diferenciavam asUPPs dasmodalida- ções tradicionais deocupaçãoemfavelas. Dois de policiamentoquesedistinguiamdassitua- emmarcha umconjuntocolocavam depráticas ciado depoliciamento. UPPs Astrês primeiras àcondiçãode alçadas foram “modelo” diferen- ções policiaispontuais emfavelas, asUPPs logo armada nasfavelas cariocas. deproblemasde solução relacionados àviolência como umapossibilidade essaexperiência siderar acongoverno comopassaram - aopinião pública da instalação dessas três partir unidades, tantoo As Unidades dePolícia Pacificadora (UPPs) O padrão dasocupações policiaisemfavelas - Procurando substituiropadrão deinterven 5 Outras duas unidades desse tipo foram duasunidades dessetipoforam Outras 6 ambasfavelas oeste. situadas nazona A INTROD U ÇÃO 4 fato daseguintemaneira: desse fato, quetratava ca comentou Beltrame o já tinha uma UPP.- jornalísti Em uma matéria de vendas dedrogas naCidade deDeus, que comunicação imagens noticiaram desituações mado. Emmeados de2010, algunsveículos de deretirada docontrolediante daprioridade ar- como aspectoresidual secretário deSegurança no RiodeJaneiro, pública no que tange à questão da segurança predominanteda retórica entre asautoridades, O combate aodedrogas, tráfico ponto central a consolidaçãodeque asUPPs daposição se para contribuiu Pública deSegurança tário publicada no jornal britânico britânico nojornal publicada Guardian). The Beltrame, JoséMariano guerra” emdeclaração ( controlado comde armas ritório portraficantes O quequeremos éoparadigmadoter- quebrar fico dedrogas, nemtemos essa pretensão. (...) seguinte: - “Não ofimdotrá podemosgarantir Beltrame,Mariano como a emdeclarações Pública,secretário estadual deSegurança José apontada foi pelo Essa mudança de prioridades dasfavelasvidade ocupadas. ilegalnointerior dedrogastráfico dessaati- enão aerradicação aretiradaaspecto central dopoderarmado sair. para semprazo de entrar Esse tipo de declaração dada pelosecre- Esse tipodedeclaração A retomada temcomo docontrole territorial hora para outra.” temos pretensão comotráfico deacabar uma mais de40anossobodomíniodotráfico. Não com muitas saídaseentradas. disso, Além são ponto, pois émuito acomunidade complicada, municípios do interior. cada controlar É difícil por lá. deDeusémaiordoquemuitos ACidade “São maisde100milmoradores circulando “São 7 8 ésustentado nodiscursodo 6

cessidade de asefetivo unidades, suficiente para integrados àPMERJ, alémdedecorrer dane- ca”, táti- mento inicial chamado de “intervenção UPPs. de confrontos nas ocupações que precedem as aquaseinexistência dopoliciamentofoi dução percebido nacon dessa mudançadepostura - segundo plano. Oresultado maisrapidamente retóricoscomoem termos operacionais, o para gas ilícitas, masessetemaéreposicionado, tanto duz, obviamente, impacto sobre a venda de dro- drogas. Aretirada pro docontrole- territorial ritórios, de pelofimdotráfico enão àbusca àretomada deter- destinam prioritariamente mados. dades ser, devem obrigatoriamente, recém-for- proximidade. Ossoldados queatuamnasuni- des, cujaatividadeéopoliciamentode central aatuaçãonessasunida- para especificamente plantação, são destacadospoliciais formados propriamentedita.plantação daUPP Na im- que tenhammandatosexpedidos. remanescentes de criminosos além dasprisões docontroleções quevisamàgarantia territorial, UPP das com ações de cerco à área pelas abrangida - mescla táticas qual prosseguem asintervenções chamadaé oficialmentede “estabilização”, na ensão dearmamentos. confronto, e aapre decriminosos - masa prisão implantação de UPPs, a regra não tem sido o batalhões especiaisemsituações quevisamà também daPMERJ. desses Nas intervenções Batalhão dePolícia deChoque–BPChoque, Estado doRiodeJaneiro (Bope/PMERJ) edo de Operações Especiais da Polícia Militar do O processo de ocupação ocorre, emummo- Cumpridas essasduasetapas,Cumpridas aim- éfeita A segundaetapadoprocesso deimplantação 9 com aentradadeagentes doBatalhão 10. Ocorrem, nessafase,- rondas einterven 11 Oemprego depoliciaisrecentemente de avaliaçãoemonitoramento. vê aregulamentação dasUPPs, éiniciada afase Social (Cras).Social Hácasos, ainda, como no Batan, dos peloCentro deReferência daAssistência - deassistênciasocialopera funcionam serviços edifício daPrefeitura doRiodeJaneiro, onde Providência, por exemplo, estáinstalada emum por outros órgãos governamentais. AUPP tavam emfuncionamentoutilizados oueram são, muitas vezes, prédios públicosquenão es- ainstalaçãodassedes para existentes utilizadas dasfavelastratégicos ocupadas. Asedificações decontêiner,formato es- instaladas emlocais esalasdecomando eoperação,escritórios em sidades das atividades dessasunidades, ouem existentes ecom condições deatenderàsneces- Pública. deSegurança pela Secretaria pa encontram-se, ainda, emfasedeelaboração mos deacompanhamento dessaeta- emedição binete docomandante geraldaPolícia Militar. por suavez, estásubmetido diretamente ao ga- Policiamento Comunitário (CPCom). OCPP, (CPP),cificadora quesucedeuoComando de são subordinadas ao Comando dePolícia Pa- relação ao batalhão convencional. As unidades daunidade quepossuiindependênciacomcal entrede confiança apopulaçãolocal. inicial deimplantaçãoéummomento deganho expedidos.dos mandatosdeprisão Essafase dos. Prosseguem, ainda, nessafase, aexecução quecirculamguarnições porsetores delimita- dades de policiamento com rondas operadas por implantação consiste dasativi- na manutenção de policiamentonoRioJaneiro. Arotina da tradicionais asformas daqueles quejápraticam dosmesmos policiais não compartilhem “vícios” está associada à expectativa de queos novos Ao fim dastrês etapas operacionais, como pre- As sedesdasUPPs são instaladas emprédios É criado, com aimplantação, umcomando lo- 13 - Osmecanis 12 referido decreto.referido 2ºde 13IncisoIVdoartigo 3ºdodecreto nº42.787. 12 Parágrafo 1ºdoartigo do decreto. 6º 2ºdoartigo ver parágrafo soldado ser recém-formado, deo aobrigatoriedade Sobre 5ºdomesmodecreto.artigo acordo 2ºdo com oparágrafo a100policiais,inferior de não podeser umaUPP para nº 42.787. Oefetivo mínimo Ver 3ºdodecreto artigo com hierárquico. ograu deacordo quevariam cações UPPs recebem, ainda, gratifi- atuarnas destacados para Durão, 2009). Ospoliciais policiada (ver, porexemplo, e osmoradores daárea constante entre ospoliciais mento queprega ainteração 11 Modalidade depolicia- nº 42.787. decreto2º doreferido 10 Ver doartigo oincisoII funcionamento. havia 13dessasunidades em UPP,primeira quandojá depois daimplantação maisdedoisanos criado Note-se queodecreto foi que regulamenta asUPPs. de 6janeiro de 2011, 9 Ver decreto nº42.787, F oto: S hutter S t ock.com 11 artigo As unidades de polícia pacificadora e a segurança no rio de janeiro 12

COMUNICAÇÕES do iser principal finalidade écoorde-principal terior dasfavelas nocontextoterior ser consultados, porexemplo, no âmbito local para queeles para no âmbitolocal Municipal doRiodeJaneiro. um caráter mais democrático maisdemocrático um caráter ticulação das políticas sociais ticulação daspolíticas expansão dasUPPs 2010. foi dialoguem com asdemandas Do fimde2008atéo 2009, instaladas cinco foram programa descontinuado foi populações faveladas doRio UPPs. No anode2010, oito Pereira Passos, daPrefeitura mas queserãoanalisados no no Governo doEstadono Governo efoi diversos processos deescuta encarrega dagestão edaar- 16 Oanodeconsolidação e nar asações eosprogramas dos lugares depoder noin- dialogando com parceiros e 14 Essefatosucitaproble- órgãos governamentais que os trabalhos de Soares etal deSoares os trabalhos e os anseios particulares de e osanseiosparticulares (1996), Cerqueira (2001)e refletirmos sobre aquestão no âmbito local dasfavelas no âmbitolocal 15Aesserespeito, podem a UPP Social pretende dar Social a UPP criadas outras cincoUPPs. outras criadas se apresentam localmente, número maiorque noano ocupadas pelasUPPs. Sua e eficiente para as e eficientepara Polícias presente trabalho, quando encampado peloInstituto encampado UPPs inauguradas, foram de Janeiro. Em2011, esse sítio eletrônico oficialdas parágrafo 2º do artigo 1º. 2ºdoartigo parágrafo UPPs: http://upprj.com/ 17Decreto nº 42.787, seguinte, emqueforam 18 Trecho do extraído sociais voltadas as para das demandas locais e das demandaslocais 19Esseprograma se cada área.cada Realizando wp/?page_id=20. Cano (1997). das UPPs. tanto socialcomo econômico cidadania odesenvolvimento plenaquegaranta ao exercício necessárias quilidade públicas da ostensivamente armada; influência dacriminalidade nidades sob forte objetivos específicososseguintespontos: to queregulamenta asUPPs definecomo seus O discursooficial essaposição.reforça Odecre- esselugar estratégico. indica Pública Segurança da PMERJ ecom ogabinetedosecretáriode que asUPPs possuemcom oComando Geral pública. da segurança campo O vínculo direto público estadualagenda comono suaprincipal desenvolvimento econômicodesenvolvimento esocial. Emuma ambiciosos,zontes agregando àtranquilidadeo segregacionistasdinâmicas da violêncianasfavelas edeconsolidação de pelo confronto éumadasfontesdereprodução que a procuram estatal pautadaação identificar das de discussão pública, especialistas e gestores no Rio de Janeiro espaço ganharam nas agen- pública Desde queosdebatessobre segurança cas, quetêmoconfronto como aspectocentral. - tradicionais depoliciamento em favelas cario aos padrões práticas alternativas das poucas áreas de favelas e por emergirem como uma círculo viciosodereprodução daviolênciaem reside nofatodeasUPPs interromperem um Rio deJaneiro. dessedestaque Umadasrazões no Pública estudiosos dotemadaSegurança receberamdegestoresrapidamente aatenção e depoliciamentoque de umconjunto depráticas a substituição docontrolea substituição local queindica simbólica como tambémumacarga não somenteeoperacional, estratégico caráter desse tipo, aimplantaçãodaunidade possuium àUPP. anterior licianos noperíodo Emcasos como pormi- ocupadafoi tantoportraficantes criminosos. Batan aUPP queabriga Acasa ocupadas pelos grupos anteriormente ficações estáinstalada emedi- em queasededaUPP ram fôlego ram elas entrem napauta dodia. Assimqueganha- que des para de policiamento também contribui noRiodeJaneiro.essa temática policial emfavelas quereanimam odebatesobre mado, asUPPs sucitamperspectivasdeatuação padrões deatuaçãopautados peloconfronto ar- B.- apazetran àpopulaçãolocal devolver A. consolidar ocontrole estatalsobre comu- O item “B”- dessesobjetivos estabelece hori aatuação dessasetapasorganiza A definição A retórica governamental acerca dessasunida- A retórica 16 , asUPPs tratadaspelopoder foram 15. 17. Interrompendo 14. UPPs. Social daUPP Com olançamento que predominou nodiscursooficial acerca das unidades depoliciamento, amensagem essafoi asfavelasdas para quereceberam essasnovas sociaisvoltagoverno encarregado- daspolíticas acidadania. deentradapara porta sagem éa desse comercial queasegurança era médicos, engenheiros, professores etc. Amen - edelásaíampessoasvestidas como aberta era ca. Ao estacionar, damalaviatura aporta - um carrodepolíciasubindoumafavela cario são, daexpansão dasUPPs, daépoca mostrava propaganda institucional, veiculada- pelatelevi agestãodessasáreaspara local dacidade. Uma governamental demais frentes de intervenção das odesenvolvimento para de condiçãobásica como umaespécie aUPP Essa perspectivatrata entreção asUPPs local. eodesenvolvimento fundamentais àsUPPs: como estabelecendo as seguintes características dessesobjetivos,verno ampliaossignificados emenosjurídica, maispolítica definição o go- e as políticas sociais deixou desertratada e aspolíticas meados de2010, a vinculaçãoentre asUPPs Até inauguradoumprograma que fosse de Nessa conceitual, definição persiste aassocia- ais noEstado até de 2016,60 mil polici cerca - sejam formados de daAcademia Polícia na qualificação para que, doRioestáO governo investindo R$15milhões e asinstituiçõesdesegurança daárea pública. apopulação entre fundamentada na parceria Comunitária éumconceito eumaestratégia daPolíciaprincípios Comunitária. APolícia tado deSegurança, asUPPs trabalham comos mil pessoaspelas beneficiadas unidades. são mais carente dapopulação. Hoje, de280 cerca para otráficosocial elevarainclusão à parcela Segurança para recuperarperdidos territórios doEstado doRioedaSecretariade do Governo (...) comunidades mente, por milicianos, asUPPs levamapaz às ocupados por hádécadas traficantes e,recente - sociais nascomunidades. Aorecuperar territórios e a polícia, fortalecimento ao aliada de políticas apopulação entre aaproximação que promove modelo deSegurança edepoliciamento Pública Criadas pela gestãoCriadas atual daSecretariadeEs- UPPsAs representam umaimportante ‘arma’ dePolíciaA Unidade Pacificadora éumnovo A o CO P 18. OLÍCIA N CEIT

DA UPP P AZ :

19, em

ma oupolítica. Ainexistênciadeumprogra- que diz respeito à sua formulação como progra- indefinição acercadasUPPs certa no evidencia policiamento comunitário edeproximidade noRiodeJaneiro. pública dasegurança campo no odebateeaformulaçãodepolíticas para des depoliciamentorepresentam, efetivamente, compreendermosciente para o que essas unida- ou considerarqueelaspromovem apazéinsufi- ção. Entender que as UPPs abrem horizontes desuadefini- seroterreno prioritário deveria noRiodeJaneiro, pública segurança essenão dosassuntosrelativosreprimidas nocampo à sos edialoguemcom demandaseexpectativas Mesmo queasUPPs projetem anseiosambicio- asfavelas. deumnovo tempopara inauguração lavras como “liberdade” lavras e “felicidade”, termos “paz” e “pacificação” são associados apa- do governo estadual,publicitárias nas quais os mais nítido quando Isso vemosasfica peças compreensivas asUPPs. acerca doqueseriam semânticos muito extensosesucitamconfusões palavras “paz” e “pacificação”campos possuem que sobre oque elassão oupretendem ser. As Isso dizmaisarespeito doqueelasnão são do cial emfavelas pautado peloconfronto armado. aoternativas modo tradicional de atuação poli- opõe àguerra, ouseja, asUPPs procuram seral- pública.mas desegurança queapazse Sabemos por umnovo “modelo” não sódepoliciamento, de um conjunto de ações que pretendem com- sãotermos muito imprecisos adefinição para de “pacificação” como metafundamental. Esses como termos utilizados “paz” eaprópriaideia epoucoprecisas.do fatodeserem genéricas São texto dosítioeletrônico oficial, compartilham creto faladepoliciamentoproximidade. o conceitoeestratégico, central enquantoode- Ela aponta opoliciamentocomunitário como flito com aquilo queestáprevistonodecreto. citadaemcon entra - anteriormente definição vidade policialdesempenhada pelasUPPs, a deumalinguagememerge bélica. autilização como premissa apaz, para de territórios também tre aspas, isso. evidencia Ao falardarecuperação Estado, tenhasidopostoen- mesmoqueotermo da guerra. como AUPP “arma” do doGoverno tado anteriormente, retoma algumasmetáforas dasUPPs,a definição apresentada notrecho ci- sociaisededesenvolvimento.líticas desseprograma degestão daspo- intervenções com as modo imediatoepassouasearticular A própriaoscilaçãoentre definiçõescomo As definições, tantonodecreto como nesse daati- No quedizrespeito àcaracterização Ainda queprocure dapaz, sevincularà lógica 20 ecom monitorado sobre acidade queummodeloaseravaliado ou aconsolidaçãopara dademocraciaeareflexão pública,da segurança e outros olhares voltados interessegrande osestudiososdocampo para um conjunto depoliciamento,de experiências de Elas representam, anossover, mais pública. rança ou modelodepoliciamento, tampoucodesegu- o fato de que as UPPs não são um programa apresente para como pesquisa ponto departida é outroquetomemos para fatorquecontribui pelodecretoé resolvido queasregulamenta) (oquenãoclaras ma com definiçõesemetas . seja um problemapermanente apriori As par- podemos considerar que aocupação policial mas fundamentadas pelosvalores democráticos, ciamento que sejam não somente adequadas, depoli- aconsolidação depráticas horizonte crítico.olhar efetivamente Isso representaria, atémesmo, arenúncia aum texto das UPPs como proposta de policiamento. gilidades e as potencialidades presentes no con- de identificar, de modo maiscuidadoso,- as fra da consideração sobre a farsa que nos impediria suas iniciativasegestões). Partirmos, entretanto, emqueapropaganda doscasos oficialfalade ria respeito delas(assimcomo ocorre com amaio- correspondem àquilo que o discurso oficial diz a favelas cariocas. tivas aos moldestradicionais deaçãopolicialem - poralterna de fontesinteressantes abusca para depoliciamentoquepodemservir experiências maisdetidamentesobretirmos umconjunto de representar arenúncia derefle àoportunidade - a qualquer uma dessas duas perspectivas pode ventos na cidade. Acreditamos queavinculação realização daCopadoMundoeoutros megae- da culada ao horizonte “Cidade Olímpica” eda farsa. AsUPPs uma seriam “grande farsa”, vin- pelodiapasão imediatasoperam da as críticas da” eda “salvação” daspopulações faveladas. Já dado ecomo algo próximo da “grande guina- as UPPs como “modelo”, como algo consoli- maisimediatas. ciais como dascríticas sível, assim, tantodasfalasofi- afastarmo-nos diversos atores e/ouimplicados. afetos Épos- na dasáreas queocupamenaspercepções dos UPPs representam naprática, navidacotidia- o que as observar mentos normativos ébuscar lhor queanalisar as falasoficiais ouosdocu- como experimento. te abordagem: umainvestigação sobre asUPPs Do ponto devistanormativo, setemoscomo Consideramos, portanto, queasUPPs não O discursooficial, anosso ver, falha ao definir dessaperspectiva,A partir definimosqueme- 21. Esseéopontodapresen central - da expressão UPPs noplural. ao longo desteestudo, nouso 21 Por essarazão, insistimos, doEstado.Governo do publicitária uma peça “sonho” e “sentimento”, em palavra “paz” como etermos deassociações entresérie a Q&feature=related uma traz com/watch?v=384Wsx5xvy O linkhttp://www.youtube. watch?v=kPIA8WKSV1c. www.youtube.com/ comercial nolinkhttp:// 20 Épossível ver esse 13 artigo As unidades de polícia pacificadora e a segurança no rio de janeiro 14

COMUNICAÇÕES do iser Tabajaras/Cabritos asexta foi Providência, sétimadoestado do Borel, abrangeascomuni- das UPPs, do aintensificação da cidade. Foi inauguradano Chácara doCéueCatrambi.Chácara Cruz, Bananal, CasaBranca, controle socialpelapresença do Rio, aindaosmor- inclui dades deIndiana, Morro do 7 dejunho2010. AUPP 24 de abril de2010.24 deabril AUPP ros daPedra LisaeMoreira cadora aserinaugurada,cadora em UPP Borel,UPP alémdoMorro “compreensão” como modo PMERJ, políticas asoutras que vêm nobojo de arraste é HannahArendt (2008)e Pinto, inauguradaem efoi 18 defevereiro de2009. A terceira aserinstalada, em Unidade dePolícia Pacifi- para essa postura analítica analítica essapostura para gilidades institucionais da dia 14dejaneiro de2010. sua definição da noção de danoção sua definição A UPP Borel aoitava A UPP foi 23 A referência teórica 23Areferência teórica 24 A UPP Batan foi a Batanfoi 24AUPP 22 Por exemplo, asfra- de reflexão política. estatal armadaetc. ticas e as experiências davidacoletiva. easexperiências ticas com- em constanteas prá permanece articulação da questão naqualareflexão sobre apolítica tanto, estabelecer uma perspectiva compreensiva dasUPPs.sassem aspráticas Procuramos, por- avançosedilemasqueatraves- mos identificar dessaperspectivaexploratória,A partir procura- policiais sobre realizado otrabalho pelasUPPs? das pessoasequaisaspercepções demoradores e dasUPPsquais asimplicações navidacotidiana realização dapresente pesquisaforam, portanto: exploratório.ráter a Asquestõesqueorientaram cotidiana das UPPs- e realizar um estudo de ca abordagem. adimensão Optamosporenfatizar cotidianas. culado àspráticas muitoevin- percepções experimental decaráter e atravessadoera porumconjunto depráticas edefinidas.ras campo Oqueencontramos em - com premissas pública cla de segurança política conizavam, ummodelodepoliciamento ouuma prequilo queosdiscursosoficiaisejornalísticos - que asUPPs não constituíam, da- ao contrário aspectos dodiaaedaspráticas. atividade policial, de elasserãotratadasapartir pítulo específicodesteestudoàsquestõesda dedrogas?com dotráfico asaídadasarmas (iv) como se reconfiguram as relações depoder policiais emoradores dasfavelas com UPPs?; meiam arelação cotidianaentre eainteração se instalam?; (iii)quaisasquestõesqueper- pelas UPPs mudançascotidianas postas quais as principais policiais percebem asatividades dasUPPs?; (ii) sa: (i) como moradores das favelas e abrangidas questões comoapresente escopopara pesqui- cotidiano, pretendemos perseguirasseguintes são cotidianamente. atualizados pelas UPPs entendercomo essestemas ébuscar com osdilemas, tensõeseexpectativaspostos lidar para Consideramos queamelhormaneira pelas UPPs, não encontrarespostas apriori. Essa questão, como diversas suscitadas outras que ponhamos esseproblema emperspectiva. trole sobre avidadaspessoas, requer, entretanto, exercendoarmados decriminosos intensocon - docontextoticularidades carioca, com grupos A partir dessesfatores,A partir estabelecemosnossa queiniciamosapesquisa,Logo percebemos Mesmo que dediquemos, portanto,- um ca Dessa investigação comnasquestõesdo foco

Qu e descrição da estões 22 nocontexto dasfavelas nasquais C a m p etodológicas ít u lo 1 p esq

u 23 isa

e Borel. UPPs Tabajaras/Cabritos, Providência, Batan asfavelas pelas abrangidas decampo trabalho as entrevistasemprofundidade. qualitativo, ouseja, e participante aobservação aspesquisasdecaráter para Ciências Sociais tamos poradotar osmétodosconsagrados nas escopo normativo e institucional. Uma vez que consideraçõesentradas para sobre questõesde na introdução desteestudo, propicia poucas em algumas considerações identificar curamos da pesquisa. pesquisadores daárea osresultados preliminares realizados em2011,seminários discutimoscom debater as premissas desse trabalho. Em dois de Janeiro epesquisadores para dessecampo noRio Pública gestores daárea deSegurança de campo. Realizamos, ainda, umareunião com quisadores discutiaerelatava asexperiências reuniões semanais nasquaisaequipedepes- da pesquisa. pautado nasdimensõesdeanálisetruturado umroteiroAs entrevistasseguiram semies- registradasforam emrelatóriosdecampo. seguinte quadro. entrevistas em profundidade de acordo com o março de2012. Alémdessasvisitas, realizamos deagosto de2010a noperíodo participante observação para visitasacampo de inúmeras tes realidades. que considere asdistinçõesentre essasdiferen- comparativo decaráter realizar umtrabalho as UPPs instaladas, foram não pretendemos opção, umadiversidade decontextos nosquais ro. identificar, Apesar deesperarmos com essa região grande cada dacidade doRiodeJanei- A Elegemos como áreas a realização do para Para lidarcom essaperspectivaanalítica, op- O caráter experimental dasUPPs, experimental O caráter quepro- Ao longo decampo, dotrabalho realizamos Parte gravadaeasdemais dasentrevistasfoi O trabalho de campo foi realizado a partir realizado foi apartir decampo O trabalho aaaa/Cbio 34 Tabajaras/ Cabritos di Providência m aea nrvsa Período docampo Entrevistas Favelas Batan Borel 24 ensão da vida cotidiana Cobrimos, assim, umaunidade em C a p ít u 42 23 25 lo 2

+ 07a09/2011 + 07a09/2011 08 a12/2010 08 a12/2010 a 03/2011 a 03/2011 09/2010 09/2010

irônico: ocessar-fogoaqui representa apercep- guerra. Ousoquefaremos dessaexpressão é ao dedrogas tráfico noRiodeJaneiro como oconflito urbano relacionadocurso queexplica aqui não pretende sevincularao tradicional dis- ração Rio ração recentetória denossoestado, tais como aOpe- dahis- emconjunturastrágicas opinião pública a retoricamente seus resquícios mobilizaram e como ditatorial policialno período no campo como a linguagemmarcou deguerra as práticas do RiodeJaneiro. Bastaquenosrecordemos de mocráticas. ao Essefatoémuito caso pertinente emsociedades de- pública cionados àsegurança àcompreensão dosproblemas reladesserviço - de guerra, como sabemos, prestam sempre um bélicas. Tais dalinguagem extraídas metáforas queinvoca metáforas dessetermo a utilização de chamando “cessar-fogo” equejustifiquemos o queestamos que deixemos claro é importante policiais dasáreas com UPPs. acercação dasrelações entre osmoradores eos àconsidera- dedicada presença policialnaseção cessar-fogo porque daremos àquestão foco da ta seção, aanalisarosaspectosdecorrentes do confrontos armados. Restringiremo-nos, nes- redução de na favela e àinexistênciaoudrástica culadas dapolícia àpresençaemtempointegral queestão,ções variadas de algumaforma, vin- sociaisordináriassofrem reconfigurapráticas - interlocutores. Diversos aspectos mais sutis das ta maisrecorrente (quaseuniversal) denossos aquiaresposchamando decessar-fogoera - com aimplantaçãodasUPPs, oqueestamos as mudançasmaispercebidas pelosmoradores da presente pesquisa, quandooassuntoeram decampo trevistas querealizamosnotrabalho mais rapidamente. Nas muitas conversas een- são doisfatores são cujasimplicações sentidas eapresençapolicialpermanente O cessarfogo que são percebidas demodoquaseimediato. que recebem essasunidades depoliciamento, cotidiana das pessoas que vivem nas favelas implantação deumaUPP. da questões cotidianasquesão sucitadas apartir abreves reflexõespítulo sededica a respeito de policiamento atuamcotidianamente. omodopeloqualessasunidadesinterpretar de e não resta ao pesquisador maisqueobservar oquesão asUPPs, équeinformam as práticas A expressão “cessar-fogo” queutilizaremos Antes dessasmudançasmaissutis, defalarmos produzUma UPP algumas mudanças na vida 27 cessar-fogo” O . “ 26 - Este ca controladas dedro pelasfacções- detraficantes no modo de atuação em determinadas áreas das instituições policiais do Rio de Janeiroral a parte. Eleresulta deumamudançaunilate- noRiodeJaneiro.pública de segurança daspolíticas relevante nocenário como algo bastante namento dasprioridades operadores, épossível consideraresseredirecio- pregam de drogas do tráfico o extermínio e seus sociaisepelacrençanassoluçõesque nâmicas constituído dasdi- porideologiasnaturalistas Cidade deDeus, área com UPP. dedrogasnúncias dequeotráfico persistia na da implantaçãodasUPPs, noticiadas de- foram dades, das drogas as armas. para no início Logo UPPs,- umaredisposição depriori énecessária de incursõespontuais, requisito elementardas operam. políticas implicações é útilqueprocuremos compreender como suas cotidianadocessar-fogo, daexperiência larmos claro,esse argumentofiquemais eantesdefa- passar dos despercebido.avanços deve Para que ensinam, alémdisso, quenemmesmoomenor asreflexõespara acerca dessetema epráticas democrático deumcampo pela construção daqueles que e militamas experiências Brasil lítica. no pública Osestudossobre segurança como umaquestão tantocotidianacomo po- otemadocessar-fogo considerarmos levante de sair de becos sem saída,de arte parece re- saída. tambéméumaespécie Como apolítica becossem para mas seinsinuamalternativas pública, dasegurança nho da democratização - quesereacendemnocami dizer esperanças pública. desegurança das políticas muito Seria de a visões respeitotradicionais e despóticas também produzareprodução para implicações esse sutilredirecionamento queocessar-fogo policiais. das práticas política orientação É com presenta sutildemudança ummovimento soas quevivem nasfavelas; poroutro, elere- produz umimpacto marcantenavidadaspes- círculo viciosodeincursõespoliciaisetiroteios bélicos. Se, por um lado, de um o estancamento do arsenal retórico que alimenta os discursos verdade, amitigação para algumacontribuição de mudanças cotidianas que ção produzem, na bélico sobre aviolêncianoRiodeJaneiro de Janeiro. do discurso Umavez queocerne exercemde narcotraficantes em favelas do Rio armadoqueasfacçõesper ocontrole territorial dedrogas, eliminarotráfico era masinterrom- Beltrame, queatarefa dasUPPs declarasse não Pública,secretário deSegurança JoséMariano O cessar-fogonão ocorre, portanto, departe Para queaPolícia deixe deatuar por meio 28 Isso fez queo Issofez 29 é http://www.nexos.com.mx/. 3/11/2010, nosítioeletrônico México?”, em publicado de Dios: ¿Unejemplopara intitulado “Ciudad artigo emseu Benjamin Lessing analisados argutamentepor foram significativas políticas qual eleproduz reorientações eomodopelo declaração 29 Ocontexto dessa daCidade deDeus”. UPP “Feira dedrogas resiste à intituladacontém a matéria O Globode2/7/2010, que 28 Ver dojornal aedição Carneiro, 1996). ePiquet (Soares e despóticas conservadoras tenta retóricas animaesus- cena deguerra ao dedrogas tráfico como relacionadaviolência urbana ambos oscasos, avisão da aos índicesdeviolência. Em quenão correspondiapública problemas desegurança pautada porumavisão dos esteve, naquele contexto, e como aopinião pública cometidos Rio naOperação a sustentaçãodosabusos fundamentalpara foi guerra tivamente, da como alógica (1996)mostram,Sé respec- eJoãoSoares Trajano Sento- Eduardo(2001) edeLuiz Magno Nazareth Cerqueira 27 Textos como odeCarlos das UPPs. naconsolidaçãolugar central dante ocupa, entretanto, coman-da atuaçãodecada gerais. e Olugardaspráticas projeto, linhas masfornecem acomporchegam um pela PMERJ quenão institucionais formulados 26Hádocumentos 15 artigo As unidades de polícia pacificadora e a segurança no rio de janeiro 16

COMUNICAÇÕES do iser mudanças de comando, mas a 33 É importante lembrarmos lembrarmos 33 Éimportante senciais desuaargumentação espírito dasleis,espírito ao investigar permanência doscomandan-permanência dois fatores como valores es- seção, discutiremos oGPAE , noqualatransição de modomaisdetido. Nessa siva acerca doproblema que diversos sereso eidentificar moradores com ospoliciais, entre aocupação doBopee policiais produz incômodos a instalação da UPP émais a instalaçãodaUPP que tais generalizações nãoque taisgeneralizações já no primeiro capítulo Do já noprimeirocapítulo (1973: 33-34)aponta esses esse aspecto será analisadoesse aspectoserá e constrangimentos, tendo seu lugarnareflexão sobre as relações dasleiscom os de policias no interior das de policiasnointerior das instituiçõesdepolícia sentam, obviamente, nem trataremos darelação dos uma narrativa compreen-uma narrativa do nossocampo, algumas 34 Nunca é demais frisar 34 Nuncaédemaisfrisar à realidade concreta, mas demorada, hámaisocor- trataremos dosdilemase analisar na seção emque analisar naseção ações violentas por parte ações violentasporparte pretendem corresponder modernas. Montesquieu das instituições políticas das instituiçõespolíticas experiência deocupação experiência premissas fundamentais buscam a construção de aconstrução buscam seção, mostraremos que previsibilidade são duas em vista a memória das em vistaamemória 31 AsUPPs não repre- 35Houve, noperíodo a única nem a primeira nemaprimeira a única que aracionalidade ea e como umprecedente fluminenses. Emoutra 36 Que pretendemos 36 Que tes é, emgeral, estável. diferenciada por parte diferenciada por parte estamos investigando. horizontes dasUPPs.horizontes a presençapersedos 30 Casoscomo oda 32 Na emque seção rências violentas. favelas cariocas. importante. a política. se comportam), pendentemente domodopeloqualospoliciais como uma violência(eisso, nos parece, inde- não deixa, necessariamente, deserpercebida tir dainstalaçãoUPP, apresençapolicial policial como algo violentoeirracional. Apar- produzuma UPP percepção dapresença que predomina noscontextos nosquaisinexiste dafavela.no interior dasincursões Adinâmica dasinstituiçõespoliciais mudança depostura dedrogas,do tráfico mas, principalmente, pela somente pelasaídadecenadocontrole armado remoto éinstalada, depois que umaUPP não comote violentafigura algo quepassaasermais cursos denossosentrevistados, omedodamor- violenta. demorte doshorizontes ção Nos dis- vida daspessoasquevivem nasfavelas: aredu - to natural com fortes justificativas morais. justificativas comto natural fortes como aspec- doscriminosos residual eamorte como aprisão elemento atuação de tipo desse fico. simbólico tambémnohorizonte Figuram têm aver- comdotrá asatividades criminosas equenada nolocal das pessoasquemoram ínterim, érecorrente queignore asegurança troca tiros, ese osflagrantes efetua retira; nesse minares, encontraaresistência dostraficantes, ou não pordenúnciasouinvestigações preli- favela, contando com ofatorsurpresa, pautada seguinte roteiro: apolíciafazumaincursão na aoguerra tráfico, do confronto, obedecem ao gas. policiaisregidasda pelalógica Aspráticas ma e uma história local na qual a desconfiança na qual a desconfiança local ma e uma história marcadas- particulares pelotrau em biografias também produzia umacontradiçãoqueresulta suas razões. Omodus operandi daaçãopolicial a açãopolicialprestasse conta aos moradores de de Janeiro, jamaishouve apreocupação deque tradicional dopoliciamentoemfavelas noRio ser aregra epassamaserexceção. tos relacionados àviolênciaarmadadeixamde da ocupaçãoeinstalaçãodasUPPs,- oseven Janeiro, oconfronto équaseinexistente. Depois situações deimplantaçãoUPPs noRiode dos resultados dessemododeaçãoéque, nas da UPP, com entra aproposta denão sair. Um oconfrontoevitar nocontexto deimplantação judicial poressaatividade. Apolícia, alémde que nãoou tenham nenhuma anotação criminal nham algumtipo de ligaçãocom otráfico, mas relativamente daquelas pacífica pessoasquete- dafugaeapermanência ação aoportunidade to, agregando-se, até mesmo, de às estratégias sebaseia,UPP porsuavez, oconfron emevitar - ação policialqueprecede aimplantaçãodeuma de racionalidade eprevisibilidade. Isso produz um impacto quaseimediatona 32 maselapassaaterumganho 33 31 Na lógica 30 A estamos nosreferindo. ao ganhodeprevisibilidadenecessária ao qual ontológica essasegurança na unidade sintetiza ali porumbom tempoeapresençadocomando Sabe-se, pelomenos, queaqueles rostos estarão cial com ainstalaçãodasUPPs émaisprevisível. das favelas,pulação moradora a presença poli- não totalmentetransparenteapo- setorne para necessidades e os horizontes doconvívio social. necessidades eoshorizontes deixa logo as de ser suficiente para o Leviatã davidacoletiva,deixa deseroaspectocentral violenta fato dequequandoomedodamorte Hobbes, mostrou, como ahistória consiste no tempo. de Uma das lacunas da teoria Thomas nante. Issoémuito epouquíssimo, ao mesmo violenta deixa de ser o temor predomimorte - com outros fatores deincerteza, pública,questão da segurança passaaconviver bém, o medo. A vida cotidiana, no que tange à tam), oganhodeprevisibilidade reduz, tam- pelaqualessesfatoresa maneira - semanifes parte,outra analisaremos demodomaisdetido edaatuaçãopolicial. pública favelas a respeito daquestão dasegurança preensivo daspercepções dosmoradores das sidera, tão somente, como elementocom- vida dasfavelas. Nossa argumentaçãoocon- o medonão éosentimentopredominante na síveis que mal-entendidos edeixemos claro sível osmoradores para dasfavelas. policial, demodoparadoxal, eimprevi- éopaca de atuaçãonasfavelas doRiodeJaneiro. Aação aos dispositivos defalanosmodostradicionais violenta, principalmente, adesão porsuapouca (2008: 331), aaçãopolicialépercebida como afala”,termina comoHannahArendt afirma pelos traficantes.Se “a violênciacomeça onde não para serem se comportar importunados Os moradores sabem, emgeral, como devem pridas, são reafirmadas pormeiodaexpiação. expostas demodomaisclaro; quando descum- a atuação policial: as regras são conhecidas e ser, elaé, paradoxalmente, maisprevisível que com osmoradorestraficantes dasfavelas possa pótica, eirracional que a relação dos arbitrária lidade éumachave recorrente. Por maisdes- épercebido,qual otráfico ofator da previsibi- segurança. Em comparação com o modo pelo percebida, emgeral, comoà maisumaameaça onde elaatua, apresençapolicialnasfavelas é daspessoasnosespaços dar avidaesegurança ser se atarefaresguar- finaldapolíciadeveria são os e aspectos a predominantes:perplexidade Quase a totalidade de nossos interlocutores atotalidade denossosinterlocutores Quase Permanecendo receios (em e desconfianças quenosantecipemosapos- É importante 35

36 nosquaisa 34 Aindaque ocorrências de caráter interpessoal. ocorrências de caráter e a ocorrercontraopatrimônio maiscrimes vistados aqueixadeque, com asUPPs, passam democráticas. Écomum entre osnossosentre- ancoradasnaspremissas desegurança públicas areflexão para depolíticas sobre aconstrução –masnãonos traumáticos menosimportantes outros humanos, dramas maisrotineiros eme- de haver espaçoaemergência para evocalização passam asermenosimpostaspelaforça. Passa a diana. Ditodemodomaissimples, asregras seu poderexemplar eordenador davidacoti- perdem dramática, emcarga logo, tambémem ceção, dacontingência. Asocorrências violentas uma perspectivamaisdarotina emenosdaex- de pública a percepção daquestão dasegurança da UPP.ção também revela Esse abrandamento violência teria “abrandado” depoisdaimplanta- gundo um de nossos entrevistados no Batan, a refere-se ao fatodenão haver maistiroteios.- Se nha melhoradodepoisdainstalaçãodasUPPs, no campo, quandoperguntados sobre oqueti- episódios nosquaisosacusados dedelação(os orelato traz A faladessamesmamoradora de cedidas portorturas, por essegrupo. praticadas asexecuçõesdos milicianoseram públicas, pre- alívio dessemedo. Umadasfontesdotemor representou nafaladessamoradora A UPP um [os milicianos]” porque perversos. eleseram que osmoradores “tinham medodoshomens doBatanqueentrevistamosafirma moradora principalmente, desse grupo. da crueldade Uma as ações dosprópriosmilicianos, decorrente, de “abrandamento” pós-UPP, para dirigia-se dominante, emcontrastecom asituaçãoatual facções de traficantes. No Batan, omedopre- favelas ocupadas que estudamosqueeram por das oscasos para previsibilidade queesboçamos entrelham daoposição previsibilidade eim- acerca dessaquestão- noBatannão comparti latos queobtivemos denossosentrevistados favela dominada que era por milicianos. Os re - noBatan,possuem umaconfiguraçãoespecífica nasáreas pública com UPPsça queestudamos essasunidadesram depoliciamento. das pessoasquevivem nasáreas querecebe - daspercepções nohorizonte que issoocorra mônio nocontexto dasUPPs ou, pelomenos, - pessoa darem contraopatri lugar aos crimes contraavamente positivo ofatodeoscrimes rativo, relati denominam “feijoada”. fator um É tencial ofensivo queeles, demodoumtantopejo- do atendimentodeocorrências demenor po descrevam odiaadesuasatividades apartir policiais queentrevistamos, érecorrente que As dinâmicas dos medos relativosAs dinâmicas - à seguran 37 Entreos - -

cuas do ponto de vista da garantia pública de cuas doponto pública devistadagarantia policiaisviolentaseinó- vicioso deintervenções morto”. de um rapaz corpo uma vez, domeuconsultório, naporta tinha o sava daquele ponto. Aqui muito era violento; naentradaeeunão era pas- O meuconsultório no Batan, milícia, era muito era complicado. dos milicianos,por parte segundo ele: “Aqui que demonstraotemordaviolênciapraticada dentista noBatantambémapresenta umrelato que controlava oBatan. Tal da milícia inexiste no caso contrapartida domedo. edaimposição dente dousodaforça na oexercício dopoderligeiramenteindepen- comfamiliaridade os moradores que tor- locais dotráfico,torial masestabeleceumvínculode elimina o elemento despótico do controle- terri área eram “cria” dacomunidade. Essefatornão que controlavamde que os traficantes aquela como porpoliciaisqueentrevistamos, ofato cipalmente, relatado, foi tantopormoradores dos traficantes. casoda No Providência,- prin erelativafamiliaridade legitimidade docontrole de consiste naexistênciadeumacontrapartida falardopoderdostraficantes) (para mos campo pelos moradores favelas das outras onde realiza- descrever(para odomínio dosmilicianos)que relatado por nossos entrevistados no Batan preensão dofatodeomedoserumfatormais medo como princípio. trolam possuem emcomum ocomponente do pessoas que vivem em áreas as quais eles con- emilicianossobreos poderes as dostraficantes Parece-nos apropriado falar, dessaforma, que davidapolítica.tema daprópriaexperiência Política, depodercomo mastambémasformas mas degoverno como temaprópriodaCiência ajuda-nos acompreender não somente- asfor de Montesquieu, nateoria originalidade grande Arendt (2008: como 348)destaca aspectode “princípio particular” dogoverno, queHannah entreMas adistinção a “estrutura particular” eo ser confundido de governo.com uma forma não pode dostraficantes e ocontrole territorial Montesquieu estáfalandodogoverno despótico o despotismoémedo(1973: 53). Claro que em dopoder.ção Como Montesquieu nosmostra deimposi- comoforma detraficantes grupos tambémsão por compartilhadas públicas tura deexecuçãoetor- É sabidoqueessastécnicas pública,em praça doBatan. principal narua edepois torturados foram “picotados”“X-9”) Seja em vista da interrupção deumcírculo em vista dainterrupção Seja Um denossosentrevistados queatuacomo acomA hipótesenaqualnosbaseamospara - Do espírito dasleis, que anima o princípio

e completo claro mais argumento ficará dosdados doISP,partir esse antes edepoisdasUPPs , a das incidênciascriminais, análise docomportamento 37 Ao apresentarmos a 17 artigo As unidades de polícia pacificadora e a segurança no rio de janeiro 18

COMUNICAÇÕES do iser 41 Foi opreço doingresso na é maisaceita peloscomandos e àgeografiadasfavelas. Não e exógeno aos modosdevida oficial em torno dasUPPs;oficial emtorno é, porá o relatório final terá um orelatóriofinalterá porá naturalização dessa categoria dessacategoria naturalização aspas, porque primeiramente recusa aconsiderar asfavelas mento de um caráter exótico mento deumcaráter mais distantedasreferências 38 Utilizamos o termo entre otermo 38 Utilizamos entre opagode eofunk, que a reiteração de dinâmicas de a reiteração dedinâmicas tiva. Pretendemos, com isso, simbólicas daconexãosimbólicas entre portanto, na- umacategoria festa festa Amo BaileFunk”,“Eu capítulo dedicado àquestão dedicado capítulo contribui para areprodução para contribui costumamos dizer, afinalde dos bailesfunknocontexto produz, palavras, emoutras em segundolugar, resistir à festa querecebefesta onome de contas, expressões como “o 40 A publicação quecom- 40 Apublicação por considerarmos queela por considerarmos geral. Otermo “território” “pagofunk”. Uma mistura de umalinguagem quese como parte dacidade em como parte ele é oriundo dodiscurso ele éoriundo comunidades, existeuma exclusão edeestabeleci- exclusão das UPPs porque parece para designarasfavelaspara território deIpanema”.território realizada no Tabajaras.realizada 39 Em algumas outras 39 Emalgumasoutras o funketráfico. das UPPs. dia) é algo a insuficiente para reflexão sobre a dade (notadamente, mé- apopulaçãodeclasse oacessopara dorestante dos moradores daci- dasfavelas queaabertura nestaseção mostrar acabo.de policiamentolevariam Procuraremos mar onovo estado decoisasqueessasunidades o fatormaisacentuado deafir- quandosetrata daqueles “territórios” No discursooficialsobre asUPPs, a retomada aestarmaispresentesque passaram nodiaadia. almente, entre figuram ospersonagens turistas Estado, empresários, pesquisadores e,- eventu pessoas que não nas favelas. moram Agentes do vamos quehouve oaumentodacirculação de dentro, para de fora emtodososcasos, obser - pessoas nas favelas as quais estudamos. No vetor nosfluxospiciou modificações decirculação de noite edeumavez portodas. problemas sobre a osquaisincidemdodiapara deresolver os -los como milagrosos oucapazes de governo reside- justamentenofatodetratá dos programaspropaganda emtorno política ao policiamento), da capitais umdospecados veremos sobre asquestõesrelativas issonaparte desegurança; pública jam vistascomo política ainda carecemdealgunsrequesitos quese- para reflexões (easUPPs sobrepúblicas aspolíticas deumapanaceia.as feições Como ésabidonas emprestam depoliciamento aessa experiência “pacificação”foi que de significados revestida das unidades depolícia em questão. Aideiade termo “pacificação” presente nopróprionome reduzido maisqueo eumsignificado restrito dela aqui,fizemos possui umalcance muito mais fato dequeaexpressão cessar-fogo, eousoque avidacotidiana. como para implicações tico como donormativo, parecem interessantes sociabilidade que, tantodoponto devistafá- dos, sobretudo porque propiciamde dinâmicas UPPs,beram entretanto, não- podemserignora avidacotidianadasfavelas-fogo para querece- destetexto. parte outra docessar- Osefeitos maisdilatadotemporal serãoconsideradas em mediataserelativasimplicações aumhorizonte imediatonaimplantaçãodasUPPs.caráter As referindo, nesteponto, apenasaumaspectode cotidiana. que estamos nos frisar É importante cebido de modo imediato como modificação umnovo estado decoisasper- -fogo sintetiza eviolentas, arbitrárias poder deforças ocessar- segurança, seja pela retirada (ou mitigação) do A redução dapossibilidade detiroteios pro- Temos o para aatenção tambémdechamar C irc u lação de 38 pelorestante dacidade é p essoas re, atualmente, nasfavelas com UPPs a existênciadobailefunk–oúnicoqueocor- quecobreUPP tambémoMorro dosCabritos, do RiodeJaneiro. entreintegração asfavelas eosdemaisbairros outra: próxima doBarroso; a parte àLadeira a transitam, transitam, ou raramente de uma para quatro distintascujosmoradores zonas não demarcados. Podemos identificar, pelomenos, tos de circulação e muito de pessoas variados mente pequenoemsuaextensão, possuicircui- impostaspelotráfico.tensões erixas de ocupação do espaço como pelas históricas e são tantoporquestõesculturais informados tes antes da implantação das UPPs. Esses fluxos dosmesmosfluxostenção decirculação existen- a duas das quatro áreas que estudamos a manu- res dasprópriasfavelas, nointerior comum foi noBorel. quemora edizer em suacasa recebersente menos constrangida para pessoas que, depois da UPP, diminuiu e ela se o perigo por conta dosconstantes tiroteios. Elaalegou domorro, aspessoasqueémoradora para dizer ali,cida ecriada dissequetinha vergonha de recorrente violência. sociabilidade que, antes, dificultadas eram pela deredes de possibilidades aconstrução para deoutras aabertura A faladessajovem indica naProvidênciamora equeelenão conhecia. que quepossuiumprimo pordescobrir acabou lega seudeescola, ao visitá-ladepoisdaaula, não ali. moram Ela contou, ainda, que um co- ceber avisitadeseusamigos efamiliares que dência conta que, depoisdaUPP, passouare - fora. Umajovem queentrevistamos naProvi- oacesso queampliaram depessoas nâmicas de nossosentrevistados di- descreveram outras fora. que opúblicopredominante sejadepessoas ro. médiaquenão vivem naquele mor- de classe um número epessoas considerável deturistas R$ 30. mente, deR$10a15, masjáchegouacustar Janeiro, éovalordoingresso, quecusta, atual- bairro deCopacabana, suldoRiode nazona fato deoMorro dos Tabajaras estarsituado no o acesso desse público aobaile, referido alémdo dePlayboy”.“Baile Umdosfatores quefacilita conhecido pelos moradoresficasse de lá como No Morro dos Tabajaras, área pela abrangida O Morro daProvidência, apesar derelativa- No quedizrespeito àcirculação demorado- Uma mulher que entrevistamosnoBorel, nas- Tanto naProvidência como noBorel, alguns 40 Esse fato fez com queobailedos Esse fatofez Tabajaras 41 Opreço cobradopelaentradafazcom 39 – atrai –atrai acessível o para “restante dacidade” investir afavela nosetorsocialétornar mais públicos eagentesinteressados privados em dosgestores po queapreocupação prioritária a cidade asimpõe. que deembargo oufechamento pelas dinâmicas endógenasque ouculturais suas características demodosubordinado,incorporadas menospor qual lidamoséqueasfavelas são áreas dacidade que analítico.las especializadas) O fato com o disposto nosensocomum dasfa- eemparte (éassimqueodebateestá lor maisdescritivo presente argumentaçãotem, portanto, umva- a questão. na Ousoquedamosaessaoposição defalsaspremissas pensarmos mobilização para entrede oposição afavela eacidade consiste na asfavelas. para chamento Opróprioraciocínio - defe A cidade tambémestabelecedinâmicas o restantealgo para se torna fechado da cidade. nio deque, emvistadaviolência, apenasafavela delas.ou no interior Não é verdadeiro o raciocí- dentro para fluxosfora dasfavelas depessoas emconta apenasasdimensõesdos se levarmos na dissolução do drama da dodrama na dissolução “cidade partida”, avaliarsehouvesuficiente para algumavanço soas como consequência do cessar-fogo não é doMorrohistória daProvidência. ocupadas emmomentosforam distintosda além depossuíremdistintos, aspectosurbanos vo de daMerda”.“Buraco Essasquatro áreas, Brasil, tambémconhecida pelonome- pejorati região daPedra Lisa, voltada do aCentral para lado BarãodaGamboa; voltado aRua para ea alta,parte próxima àPraça Brum; Américo o Borel, vigentes. permaneciam geográficas,campo queno orealizamos durante lação depessoas. Essasfronteirase simbólicas que definiamtambémfronteiras acircu para - onde existiam pontoslocais de venda de drogas diferentes queseparam favelas e Existem ruas doBorelabrangência daUPP ocorre omesmo. à circulação depessoasnão haviamsealterado. que essasdivisõesentre asáreas noquetange da Providência, afirmaram nossosinterlocutores noMorro emquetivermos emcampo o período entre essasdiferentes áreas domorro. Durante produzia acirculação constrangimentospara quem conversamos, umfatorque tambémera segundo orelato dealgunsmoradores com lho. dessespontos Adisputainterna devenda, doComandopor diferentes traficantes - Verme controlados,gas queforam períodos, porcertos delas possuíapontos distintosdevenda dedro- - decam emnossotrabalho observar Pudemos Pensar nacirculação asmodificações depes- No dasfavelas quecompõem caso aárea de 43 42 Cada uma 45 - ouarti 44

ção para fora dafavela fora para ção a Avenida estudaremumaescola para Brasil com queosjovens delátenhamqueatravessar las deensinomédionoBatan, entretanto, faz deslocamentos.a grandes Aausênciadeesco- dafavela, fora para geralmente, digamrespeito expressas dacidade, oquefazcom queosfluxos gens da Avenida Brasil, vias uma dasprincipais bém pelofato de queo Batan sesitua às mar- relação ao seuentorno. Issoéverdadeiro tam- um problema demodoimediato, ouseja, com entre asfavelas quereceberam UPP, amargue ospiores índicesdedesenvolvimento comércio relativamente variado, aindaque da “cidadepartida”. dade. Essadimensãoaquestão éessencialpara pessoas dasfavelas osdemaisbairros para daci- tura, de fluxos de e fechamento manutenção contextos dasUPPs dão pistasacerca daaber- dostiroteiosaoredução fimouàdrástica nos questões defundo. Algumas questõesrelativas essas para implicações produzem da segurança no campo públicas que medida as intervenções aqui não édiscutir essasraízes, masavaliarem sociais. em assimetrias lógica Nosso problema pública,gurança nolimite, etio- possuiumaraiz como objetodereflexão. Todo problema dese- sociaisemgeral daspolíticas pública segurança zir: de adificuldade dedistinguiraspolíticas erro queaabordagem podeprodu etiológica - efetuado pelasUPPs nãoemum para recairmos sível dasquestões relacionadas ao policiamento tendemos, entretanto, afastar-nosomínimopos- respeito àatuaçãopolicial. especificamente Pre - osaspectosquedizem ultrapassar deverão (MolinaeGomes,primária 2008: 312-313) lência eseocupemdoraciocíniodaprevenção pretendam uma compreensão da vio- etiológica pública.segurança abordagens que Quaisquer acerca dasUPPs aprópria reflexão para sobre O objetodopresente estudosão asimplicações bre nacidade doRiodeJaneiro. asassimetrias vez querequerem umdebatemaisamploso- teresses daabordagem dopresente texto, uma contextos deimplantaçãoUPPs. síveis osmoradores para dasfavelas emvistaos das favelas, emparticular, maisaces tornam-se - qual acidade, emgeral, eosbairros doentorno odebatearespeito domodopelo importante menos desigual. Parece-nos, entretanto, queé acidade tornar doRiodeJaneirosenciais para são,sociais edesegurança obviamente, es- local. vida Esses doisaspectosdaspolíticas da que produzam alguma melhoria cular políticas No do Batan, caso uma área que possui um Essa questão, evidentemente, osin- ultrapassa 47 nãocomo semanifesta 46 acircula-

considerada favela. Batané pelaUPP abrangida neste caso, nemtodaaárea 47 Caberessaltar que, FB7302.htm 2CA3C10A012CE5AD57 br/data/pages/2C908CEC emhttp://firjan.org. (Firjan) Estado do RiodeJaneiro Federação o dasIndústrias 46 Ver pela estudofeito problema. reproduzirpara opróprio problema étambémumavia como duas dimensõesdeum pensar afavela eacidade linguagem, umavez que relativizar avalidade dessa expressão têmafinalidade de dessa 45 Asaspasemtorno asUPPs.ideologicamente quesustenta quista territorial darecon-embutido nalógica a “cidade partida” está (1994). Odesafiodecerzir VenturaZuenir jornalista expressão cunhada pelo 44 Para à nosreferirmos de pessoas. “fronteiras” acirculação para o justifica resquício dessas facções detraficantes, oque havia domínio dediferentes Borel, pelaUPP abrangidas 43 Entre asfavelas moradia. com de condições precárias área extremamente pobre precária, sendoasegunda mais e deurbanização suem ocupaçãomaisrecente Morro eaPedra Lisapos- consolidada. OAltodo mais com umaurbanização de ocupaçãomaisantiga, Barão daGamboa, são zonas Barroso, bemcomo ada 42 Aregião do daLadeira 19 artigo As unidades de polícia pacificadora e a segurança no rio de janeiro 20

COMUNICAÇÕES do iser um capítulo da publicação do dapublicação um capítulo da questão que figurará comoda questão quefigurará um estudomaisaprofundado 48 Dada acomplexidade do tema, optamosporrealizar relatório final. ganho nodireito deirevir. Esseganho–assim propicia,a UPP indireta, deforma umligeiro soas desuafaixaetária. verdadeiro, issofor Se respondência pes- deoutras com asexperiências tese dequeapercepção dessajovem tenhacor- rigo. Podemos considerar, dessa forma, ahipó- pode voltar quenão tardehaverá pe- casa para outrosà noitepara bairros porque acredita que dência. emsair Eladissesesentirmaissegura jovem queentrevistamosnoMorro daProvi- a implantação das UPPs, relatada foi por uma dasfavelas, fora para decampo trabalho após moradores dasáreas onde realizamos nosso presente pesquisa. do escopo da sociais que escapam to a políticas contexto deimplantaçãodasUPPs, dizrespei- é umaquestão que, aindaquesejasuscitada pelo ao poder aquisitivosuperior deles. Essa, porém, dos moradores aumcustobem de Copacabana compras no mesmo mercado que o restantezer sentido, dequeelestinhamfa- areclamação Foi recorrente entre nossos entrevistados, nesse dasfavelas sãoços nointerior muito precários. principalmente,- deservi ocomércio eaoferta incluem. No do caso Tabajaras e do Cabritos, socioeconômicasquenão camadas as dos para ecomércios volta - estão cercadas por serviços médiadoRiodeJaneiro,de classe essasfavelas produz contrário. oefeito embairros Situadas circulação dasfavelas não depessoas defora doBorel, pelaUPP abrangidas oaumento da dasfavelas como queestão nocaso Cabritos noRiodeJaneiro.espaço urbano interesse pelotemadasUPPs do eaintegração eaprofundamentoção emestudosquetenham relativo. Esseéumponto quemerece investiga- doslimitesquecircunscrevemfora asUPPs, é áreasoutras dacidade, oacesso àcidade, para na possibilidadeentre deintegração afavela e das UPPs. territorial ráter Ainda que se baseiem do Batan,ca- salientaumadasdificuldades do macê. Esseaspecto, queseapresenta nasituação escola maispróxima na quefica região do Fu- culdades aos jovens quenecessitamestudar na noBatan.plantação daUPP Issoproduz difi- econstrangimentos,de ameaças depoisdaim- área doFumacê vedada permanece oucercada região. Acirculação demoradores doBatanna fontesdoconflito armadonaquelaprincipais do Batan eostraficantes Fumacêfoi umadas duas favelas e, depois, entre osmilicianosdo das detraficantes entreA rivalidade osgrupos controladapermanece dedrogas. portraficantes vizinha àFavela doFumacê. Estafavela ainda Uma mudançanosfluxos decirculação dos Tanto dosmorros nocaso dos Tabajaras edos das intervenções sociaisnão significam,das intervenções - aprio cência. Essa aceleraçãoeampliaçãoquantitativa - – éumaresposta eumincentivo aessaeferves sos daPrefeitura MunicipaldoRiodeJaneiro sob aresponsabilidade doInstitutoPereira Pas- Estadualmanos doGoverno eque, agora, está eDireitos Hu- deAssistênciaSocial Secretaria ciais –programa que, noinício, pela gerido era A própriaexistênciadoprograma dasUPPs- So de aquecimento, desse campo. deefervescência favelas,prias asUPPs provocam umaespécie das prócias associativas existentes e oriundas - instân- à própriaatuaçãodasONGseoutras UPPs ocotidianodas favelas. para no bojodasquestõessobre das asimplicações cas. Optamos, portanto, dessetema portratar umadessaspolíti- acada umaatenção daria dos propósitos da presente pesquisaedeman- tanto, umdistanciamento queissoprovocaria são epraticadas. organizadas Parece-nos, entre - eomodopeloqual sobre públicas aspolíticas te aos contextos dasUPPs doenfoque apartir mia cotidianadasfavelas. etc.de limpeza dafisiono- parte passamafazer atividades culturais, agentes desaúde, mutirões projetos esportivos, cursosprofissionalizantes, decampo, emnossotrabalho quais observamos social. decaráter ver intervenções Nosos casos promoatores quebuscam estataisou privados - dia dasfavelas noquedizrespeito àpresençade lazer juvenil. lazer um considerável impacto nas possibilidades de jovens. Asuspensão dosbailesfunkrepresenta entre os artística ciação deumamanifestação de entretenimentoforma relacionada à apre- O funknão é aúnica, seja a principal mas talvez a frequentar localidades. osbailesdeoutras recorrentefoi orelato de queosjovens passam totalidade dasfavelas quereceberam UPPs, dasfavelas. no interior constrangimentosàcirculação depessoas certos tre ospoliciaisemoradores, tambémproduz além deserumponto darelação delicado en- UPPs, veremos queaquestão daabordagem, te, dequestõesrelativas aopolicialnas trabalho relativo.um caráter Ao tratarmos, maisadian - sublinharemos nestetexto–possui, entretanto, como todososdemaisavançoseretrocessos que No que diz respeito às intervenções sociais e sociaise No quedizrespeito àsintervenções Poderíamos- esse aspecto pertinen interpretar a odia modifica A implantaçãodeumaUPP Com asuspensão dosbailesfunknaquase “Uma e p arceiros n x u rrada de ”

va interrupção dostiroteios (algo queelaafirma va interrupção esta mudança: para elencou duas razões - a efeti Providência demodorealmente efetivo. Ela aatividade deassistênciasocialna acabo levar presentava, emseudiscurso, apossibilidade de doGPAE.favela desdeaépoca àsações na queeladesenvolvia dava umnorte rada deparceiros”, cujapresença, finalmente, uma para aoportunidade aberto “enxur-teria à entradadessesprojetos. ela, Segundo aUPP da entrevistada com relação euforia da porcerta projetos naProvidência. o haviamprocurado, interessados emrealizar por relatos deoutros parceiros einiciativasque versa com o comandante permeada também foi os jovens (nocaso, asjovens) eaPolícia. Acon- finalidade aconsolidação daaproximação entre da Providência as moças para e que tinha como ofereceria to dobailededebutantesqueaUPP conversa comarespei ocomandante daUPP - A entrevistafoi, ainda, interrompida uma para algo sobredeumasaladoprédio. autilização falar quequeria docursodeInformática o rapaz as últimasnovidadesdeseucurso. Haviaainda quedesejavacontar professor docursodecaratê queestavafinanciando.lizante o era hora Outra curso dereforço profissiona escolareformação - uma empresadiscutiro de óleoegásquequeria vezes.da inúmeras da umgrupo era Umahora aula, aentrevistacomeçou, interrompi masfoi - uma dessasatividades. da Depoisdeparticipar dessas reuniões. emquestão é Aauladedança atividadesoutras quesão oferecidas noespaço de com adireçãoeparticipar doCras periódicas manência dobenefício, deacompanhar reuniões sa Família e têm, como exigência a per- para da Providência. Essasmulheres recebem oBol- demãesqual sejuntouaumaturma doMorro circulares, deumaauladanças participar na que aentrevistacomeçasse, convidado elefoi a dia inteiro de participante”.“observação Antes de umahora, emeia, umahora um tornou-se doRio.feitura serumaentrevista Oquedeveria trevista com adiretoradaPre- dessainstituição está instalada aUPP, afimdeumaen- realizar favela equesesituanomesmoedifício noqual queexistenaquela (Cras) da AssistênciaSocial agendou umavisitaao Centro deReferência das UPPs. idaao campo, Emsuaprimeira ele sociaisdecorrente dasintervenções do campo dência ilustra, demodoanedótico, aaceleração noMorroem suaentradacampo daProvi- nem o fortalecimento doassociativismolocal. nem ofortalecimento ri, dasiniciativasnessecampo nemamelhoria A conversa commarca- adiretora foi doCras deumnossospesquisadoresA experiência 49 A UPP re AUPP - 48 associativas locais. Como ésabido, ros” resistência provocou das organizações certa sociais. de assimetrias areprodução para abusos estataiseinterventora ação policialnoRiodeJaneiro como fiadorade tradicionaisvisto queinvoca significados daatu- policialdaUPP,na dificuldadesotrabalho para perceber napesquisa équeesseprocesso- ocasio instâncias associativaslocais. possível Oquefoi entre distintasdainteração lizações oEstado eas emandamento,tem desdobramentos com atua- dapesquisaquerealizamoseainda sa oalcance das remoções no Morro daProvidência- ultrapas dos moradoressinalizadas. das casas A dinâmica daSMH,da inscrição dos asfotografias rostos naqual afixou, umaintervenção fizesse ao lado moradordaProvidênciacom queumfotógrafo ou discussõespreliminares. Esseprocesso fez de da notificação remoção, semavisosprévios no sapatodoEstado”. Como reação àentrada dessa questão, que afirmava “o Borel éapedra de nossosentrevistados, morador, arespeito das associações de moradores de favelas. Um aconsolidação fundamentalpara daatuação foi de Janeiro, ao lado doMorro dosMacacos, e tivismo noMorro doBorel éprecursor noRio com a inscrição com ainscrição “SMH-número tal”, removidas, queseriam nas fachadas dascasas cesso deremoção damarcação ocorreu apartir dopro queadinâmica-padrão - tamos indicam Maravilha”. Osrelatos dosmoradores quecole- portuária, dazona lização chamadode “Porto doprojeto derevita- parte quefará teleférico de risco, do darem sejapara lugaràconstrução dências, sejasobaalegaçãodeestarem emáreas ção. dasdesapropriações deresi Esseéocaso - participativo, consultas comàpopula- escassas da favela esão implementadas demodopouco bastante a estatais fisionomiaque alteram ticas visto que, juntocom osprojetos, polí- chegam na Providência. Tais seampliam desconfianças dascondições devida militavam pelamelhoria e daqueles quejáseorganizavam daparte ças carente dessesserviços, elaproduz desconfian- deprojetos aparcela atrai dapopulação oferta social. Ao mesmotempoqueaampliaçãode deassistência serções diferenciadas doserviço por atores presentes nafavela equetinhamin- nãocompartilhada era mos queessaeuforia em campo. No decorrer dapesquisa, percebe- o aspecto mais marcantedessa entrada ções foi isolamento institucional queelaenfrentava antes. principalmente, deumasituação asuperação doGPAE) noperíodo jamais terocorrido e, No doBorel, caso essa “enxurrada deparcei- - A impressão desseaquecimento deinterven 51 oassocia- 50 seguida favelas (2004). das damemória que trata ComunicaçõesdoIser,cação 51 Ver onúmero dapubli- nicipal deHabitação”. Mu- representa “Secretaria 50 “SMH”, nessasinscrições, atuava naquela área. Áreas Especiais (GPAE) que pamento dePoliciamento em Providência sucedeuoGru- da 49 AimplantaçãodaUPP 21 artigo As unidades de polícia pacificadora e a segurança no rio de janeiro 22

COMUNICAÇÕES do iser tantes dessarede, verificamos vas emumarede queatuade existente noBorel quereúne modo crítico eemconstante modo crítico interlocução com otrabalho interlocução diversas entidades associati- 52 Umexemplo queilustra verdade, ao sedeve trabalho contexto dasUPPs acabam e ajudaacompreender essa desenvolvido pelasinstitu- desenvolvido que ocorre aqueixa deque comandante napatentede ições darede, desdemuito lógica é a articulação local local éaarticulação lógica das UPPs. Nas entrevistas que realizamoscom mili- antes daentradaUPP. levando ocréditolevando que, na contingente, exige-se um as ações queocorrem no 53 Nas UPPs demaior major. ocasionadas pelasUPPs. asreconfiguraçõespara das relações depoder dedicada,haverá umaseção especificamente, relações depoder. locais No próximo capítulo, venção propiciada pelasUPPs as tambémafeta sociativismo, de espaços de inter- a abertura de capitão; cífica. Háumcomandante, emnapatente geral espe- de policiamentoquereúne umaestrutura de Polícia Pacificadora consiste emumaunidade ços deatuação. de projetos forasteiros que, agora, dividemespa- estatalepelasiniciativas pelaintervenção çados atuantes elegítimospercebem-se como amea- des dereadquirir legitimidade eoutros muito - noostracismoencontramoportunida travam endidas pelosmoradores. Atores queseencon- que decorrem de lutasdelonga dataempre- ocrédito levando porconquistas recentesriam uma espéciedeconcorrente, umavez queesta- são vistascomo sociaisqueelaaporta políticas exemplo, possível foi perceber e as que a UPP representantes daregião locais doBorel, por as instâncias associativas. Emconversas com instância quedisputapoderelegitimidade com comando dasUPPs sejapercebido como uma das UPPs. Ocorre também, alémdisso, queo vada entre os representantes eo comando locais constantes representem umarelação- cooperati não queessaproximidade garante einteração com ocomando dasUPPs. Isso, poroutro lado, res tenhamcontato direto ebastantepróximo que ospresidentes deassociaçãomorado- recorrente –éumaprática dos dearticulação lado, oulugares- novos interlocutores privilegia ganham,instâncias associativaslocais porum nasfavelas quepassamaterUPPs.mo local As res sociaisproduz impactos sobre oassociativis- como Social). encontros daUPP participativos (tantoreuniões nolocal daUPP se instalaram que apresentam ao poderpúbliconosfóruns reunir regularmente e a discutir propostas que uma rede deentidades doBorel, quepassouase inauguradopelasUPPs,do cenário formou-se nobojo de diversas iniciativaseintervenções por praças, namaioria, recém-ingressados na de patrulha. são Essasguarnições integradas se revezam, emplantões, nosdiferentes setores tenente; que depatrulhamento easguarnições Além de afetar as dinâmicas locais deas- locais asdinâmicas Além deafetar Como descrito naintrodução,Como descrito umaUnidade - A entrada de diversos atores como intervento O trab 53 umsubcomandante, comde grau 52 C

a alho p ít u lo 3 p olicial

referência deprodução deexpectativassobre a considerações negativassobre oGPAE, como interessantefoi perceber ocontrasteentre essas entre de policiamento, essasduasexperiências se dirijam, especificamente, acomparação para Ainda queasfinalidades denossapesquisanão de apontando osriscos “GPAEzação” dasUPPs. radores como policiais, descreviamessereceio os GPAEs. Algunsentrevistados, tantomo- similarao queocorreutomasse umrumo com dasUPPsentrevistados dequeaexperiência tórios. Foi recorrente apreocupação denossos te cujos resultados insatisfa- se demonstraram UPPs, ouseja, similar erecen umaexperiência - GPAE como figura oprecedente negativo das Janeiro: oGPAE. no Rio de pública recentehistória da segurança como dopontosamos nocampo devista de algumas pessoas com mória quem conver- apresenta como umprecedente, tantoname- dasUPPsparação quese com umaexperiência práticas. a reflexão de mobilizar como sobre forma essas desempenhadas pelasUPPs, como osGPAEs, a algunsprecedentesdasatividades históricos entrevistados. Faremos, também, referências enosdepoimentosdenossos vações decampo emnossasobser- aatenção que maischamaram dimensõesdetensãodestacando eosaspectos diano dopoliciamentoefetuadopelasUPPs, odesempenhocoti- aspectos quepermeiam situam suasunidades depolícia. vados eestataisqueatuamnasfavelas onde se plos atores, como- deórgãos tantolocais pri com múlti- eagindonainterlocução públicas policial, desempenhandoatividades derelações na relação entre osmoradores eainstituição também desempenhamumpapelfundamental defuncionamento.horários Oscomandantes visitas às unidades, com frequência, de seus fora e realizando horas) extensas(maisdedez diárias atividades depoliciamento, jornadas cumprindo costumam acompanharo cotidiano das de perto repressivo. decaráter ções táticas Táticas (GAT)- queestávoltado interven para de Ações aatuaçãodoGrupamento verificamos PMERJ. Emalgumasunidades quevisitamos, G Na que realizamos, pesquisa de campo o Dedicaremos, aseguir, algumaslinhasàcom- No presente capítulo, tentaremos identificar Os comandantes das UPPs queobservamos r up ame em u Á m n reas to de Policiame p recede E s p eciais: n te n to violência. deprevenção da dedinâmicas aconstrução para sociaisquecontribuíssem instalação depolíticas mas; e (iv) o a estabelecimento de parcerias para depoliciamentodasdrogastratégia asar- para dante etc.); daes- (iii)amudançadeenfoque um Batalhão daPM (comandante, subcoman- decomando de detodaaestrutura local sença da Polícia MilitardoRiodeJaneiro; (ii)apre - dos Batalhõesde Políciabuição convencionais - de distri se distinguisse do desenho territorial voltadaespecializada áreas para de favela e que implantação deumaunidade depoliciamento suldoRiodeJaneiro.zona morros doCantagalo, Pavão ePavãozinho, na tado em22desetembro de2000, os eabrangia implan- dessetipofoi O primeirogrupamento major Antonio Carlos Carballo Blanco, Carballo major Antonio Carlos se organizam. cráticas pautam omodopeloqualassociedades demo- injustas, que noquedizrespeito aos horizontes inócuas, doponto devistaseusresultados, e liciamento que, hámuito, demonstravam-se tradicionais depo- asformas para alternativa asfavelaspara queprocuravamcomo operar voltada pública umaagenda desegurança tica GPAE. Essesquatro- emprá pontos colocavam do edoutrinárias práticas do dasorientações deproblemas,ção aresolu para dopoliciamentoorientado - partir deprevenção daviolênciaa depolíticas trução pauta reflexiva odebate para acercadasUPPs. iniciativas) e, poroutro lado, oferece alguma corrente nomododosgovernos tratarem suas que, porumlado, desfazoardeineditismo(re- própria existênciadeumprecedente frustrado, o desafios. Oprimeiroemaisimediatodeleséa vas dasUPPs eindicadores deseusdilemase alguns aspectoscomo referências compreensi- dois padrões depoliciamento, selecionamos nosdetalhescomparativos entretrarmos esses mam, hoje, daUPP. emtorno Mesmosemen- muitoeram parecidas com aquelas- quesefor easexpectativasacerca doGPAEa descrição É interessante notarque, emmuitos aspectos, sobre depolícia.de época aqueles grupamentos UPP, eosrelatos, asanálises e asexpectativas tiza osseguintes objetivos superiores comotiza pre- ção deestigmascomção relação àsáreas defavela. para “Áreas Especiais” areprodu seevitar para - Áreas deRisco (Gpar). Onomemodificado foi dePoliciamentocialmente deGrupamento em O GPAE tinhacomo conceitos básicos: (i)a O primeiro comandante do GPAE, na época, Esses conceitos compunham o pano de fun- deBoston deconsInspirado nasexperiências - 56 54 oGPAE chamadoini- seria 57 sinte- 55

gosas queasdrogas. democráticos:- são asarmas maisnocivaseperi reflexão em contextos pública sobre a segurança depoliciamento,de práticas aprópria maspara local não oraciocíniodeconstrução apenas para UPPs se organizam. é essencial Essa estratégia está presente, também, nomodopeloqualas aoda guerra tráfico. Esse elemento doutrinário da violêncianasfavelas, alimentada pelalógica docírculo vicioso ainterrupção é essencialpara anterior,capítulo essa mudança de prioridades as policiadas. Como procuramos argumentarno as armadasquecontrolassem odiaadasáre - quantoàpresençadepesso- mas naintolerância nãoO foco estavamaisnarepressão ao tráfico, nopoliciamento.sa amudançadeprioridades quais a preservação davidacomo valorpossui quais apreservação convencionais depoliciamentoemfavelas, nas reiterativo,por seu caráter opunha-se às práticas de favela. deprincípios, Essapetição justamente em áreas exclusivamente liciamento que ocorria de essecomandante serresponsável porumpo- de suaatuação. Também ofato importante era mandante de polícia como premissas explícitas afirmadas ediretamenteporumco- praticadas Fazia queessasregras todadiferença fossem do ponto de vista de seu lugar de enunciação. tos democráticos), representou umainovação funcionarqual opoliciamentodeve emcontex- (afinal, são aspremissas domodopelo óbvias nhuma novidadedoponto devistanormativo guinte maneira: esse ponto, doGPAE, emsuadescrição dase- fundamentais:em três diretrizes riores, apautadeatuaçãodoGPAE seancorava combate aodedrogas. tráfico emcomparaçãocom o um lugarsecundário com o rígido respeitocom orígido aos direitos civis”. dimensão; daordem eagarantia democrática, ceitual: “A davidaemtodaasua preservação con aparato - missas quesustentamoreferido Na primeira dessasdiretrizes,Na primeira estáexpres - Essa agenda, aindaquenão oferecesse ne- Como coroláriosdessesdoisobjetivos supe- ma conivente comaspráticas criminais.” arbitrárias, abusosdepoder,- defor ouatuando cometendo dascomunidades rior ações violentas depolicias,à presença civis oumilitares, nointe- natureza; qualquer tolerância e a não em relação envolvidasde criminais crianças emdinâmicas dades; tolerância anão de àpresença emrelação nointeriordascomuni- circulando mas defogo “ A não tolerância“ Anão de ar- à presença em relação 61 Carballo Blanco justifica Blancojustifica Carballo 58 60

59

César Fernandes (2005). saios coordenada porRubem bem como nacoletâneadeen- Josephine Bourgois (2005), Antônio e Bandeira Rangel elaboradopor no guiaprático de modobastanteinteressantes eestásintetizado sarmamento de- travado nascampanhas 61 Essedebatetambémfoi Blanco,60 Carballo 2003: 103. de Janeiro. vigentes nocontexto doRio ainda são majoritariamente de policiamentoemfavelas presente porque essasformas no overbo 59 Utilizamos Blanco,58 Carballo 2003: 103. da PMERJ. 57 Atualmente, eleécoronel 56 Fernandes, 2003: 94-95. Blanco,55 Carballo 2003: 101. 54 Ver Fernandes, 2003: 93. 23 artigo As unidades de polícia pacificadora e a segurança no rio de janeiro 24

COMUNICAÇÕES do iser Secretaria NacionalSecretaria deDirei- eliminam anecessidade dessa nâca(ncf)eoObser- Infância (Unicef população preferencialmente dos noescopodo “Programa voltadas essaparcela para da 63 Como discutiremos mais adiante, umdosdilemasdas Brasil.” Estudosdesenvolvi- mento e indicar alternativas alternativas mento eindicar vitimada pelaviolêncialetal tos Humanoscom oFundo (Willadino, Sento-Sé, Dias e Jovens”, umainiciativada vatório deFavelas,vatório também que elasmudam ocontrole subtítulo de “Os Jovens do buscam produzirbuscam conheci- Letal contraAdolescentes Letal 64 Carballo Blanco,64 Carballo 2003: 62 Carballo Blanco,62 Carballo 2003: das Nações a Unidaspara armado delugar, masnão garantia para a segurança asegurança para garantia UPPs consiste nofatode e Gomes, 2011, eMelo de Redução da Violência da de Redução Violência 65 O Mapa da Violência 65 OMapada Violência recebeu, poressarazão, o forma decontroleforma como 2011 (Waiselfisz, 2011) pública nasfavelas. pública Cano, 2011). 104. 103. muito receptivas; eosadolescentes ejovens se- rativos; também seriam mais novas as crianças velhos como figuram muito acessíveis ecolabo- resultou no qualosmais emumesquemaetário entre faixasdeidade asvariadas eospoliciais, sobreperguntarmos dasrelações asdiferenças pelos traficantes. de crianças recrutamento Ao lícia consiste nainterceptaçãode dasdinâmicas dessasunidades depo- mentos delongo prazo - os desdobra fato de para que um dos enfoques com quem conversamos, aconsideraçãosobre o Foi recorrente, entre principalmente ospoliciais campo.entrevistas e conversas no que fizemos do discursosobre asUPPs queemergem das Essa premissa também faz eco com aspectos ocupação com questõesdemédioelongo prazo. criminais,dinâmicas quehaviaumapre indica - em decrianças quantoàparticipação tolerância de drogas. aquestão para dotráfico quesedirijam pública de segurança políticas vista de quaisquer outras sejável no contexto das UPPs ou do ponto de GPAE epermanece, portanto, sendoalgo de- do umainovação das drogasfoi asarmas para áreas. outras mento para Amudançadefoco deplaneja- justamenteaexpansãofoi precária premissas. Umdosfatores desuadecadência já encontravadificuldades desuas realização implantado noMorro daProvidência, oGPAE de comparação não estão corretos. foi Quando não é verdadeiro, justamente porque os termos favela das mãos dos traficantes. seja, retirar efetivamente ocontrole armadoda o GPAE não fez: com acabar ostiroteios, ou oque équeelahaviaconseguido fazer a UPP entrevistados, decaracterizar umadas formas mais marcadamentefoi definidapor nossos Providência, porexemplo, onde a comparação nesse quesitoqueosGPAEs. No Morro da dasUPPsca asdescrevem como maiseficazes nossa pesquisadecampo, aspercepções acer - dasUPPs.ticas Nos relatos queobtivemos em vez peloGPAEprimeira - nasprá eatualizados emmarcha colocados pela êxitos doutrinários A segundadiretrizdoGPAE, dain- quetrata representaEssa estratégia umdosprincipais to pelos criminosos.” impos armado - expressões dodomínioterritorial democrática,a ordem neutralizandoasdiversas letal,nopólio dousolegítimo daforça restaurar lado,outro édeverdoEstado, mo- ao emface tolerando defogo. dearmas circulação alivre Por mento letal. deação avida Não sepode preservar - ples fato instru oprincipal delas constituírem “O foco nas armas de fogo se justifica sejustifica defogo pelo foconasarmas sim- “O 62

63 Talcontraste vida eesperança.” falsas desilusões e a ausência de perspectiva de nefastadocaos,duzindo alógica alimentando dostraficantes,infanto-juvenil porparte repro- quetraduzoprocesso decooptação perverso clo ilícitas(...)alimentaoci- empráticas crianças Blaco dizia que“oCarballo de envolvimento a atuaçãodoGPAE. Aoessadiretriz, explicar diretrizqueorientava nareferida dentes claros de reprodução possuiprece dacriminalidade - dasdinâmicas das possibilidades deinterrupção éaanomia eocaos.zonte acerca Essalógica da reprodução domundo docrime,- cujohori nalidade, umaespéciedeoperadorgenealógico segundo essaspercepções sobre- idade ecrimi distintas dasdomundo docrime. ser “moldadas” ingressarem para emtrajetórias com ostraficantes), identitário ráter poderiam possuir ca- ligação ou afinidadepoderiam de porque elas, diferentemente dosjovens (quejá estarnascrianças percepção deve dequeofoco deafinidades,esse esquemadedistinção vem a osmaisdistantesefechados.riam Juntocom tas. relacionadascias demortes violen- àsdinâmicas dasincidên- alvo da populaçãoqueéoprincipal violência. Isso porque representam uma parcela deprevenção da daspolíticas ser opúblico-alvo concordam com ofatodequeosjovens devem curto prazo,curto no problema presente. Senão, cor- no longo prazo, no mas também intervirmos pensar nosensinamquedevemos públicas ticas problema mude defeição. depolí- Ascartilhas do,risco dequeopróprio assumir o significa presente, encontra-sepreferencialmente vitima- no futuro, edeixardelado opúblicoque, no ções sobre opúblicopotencialmentevitimado, faixas. outras para ficantes - Pensar eminterven exemplo,- dostra etária imaginarumamigração e adolescentes não traficantes. Podemos, por infância pode produzir uma geração de jovens mar, palavras, em outras que oinvestimento na de vidaseusintegrantes. Não podemosafir- sejam do tráfico realmente análogasàtrajetória lugar, discutívelde reprodução que as dinâmicas blemas decorrem dessalógica. É, emprimeiro o problema atacar na raiz”.“vamos Dois pro- doproblema sobafórmula etiológica queopera éuma espéciede notráfico redução das crianças presentes. Pensar nainterceptação dainserção ma com quelida, suascaracterísticas eignora asraízes, apenaspara rige doproble ascausas - de ilusãopodemos chamar etiológica. Ele se di- as crianças, entretanto, aproxima-se daquilo que A cooptação das crianças pelo tráfico seria, pelotráfico A cooptaçãodascrianças Os estudiosos da segurança pública,Os estudiososdasegurança emgeral, 65 O discurso genealógico que se dirige para Odiscursogenealógicopara quesedirige 64 membros doEstado. de daRepública, massobre dos aintegridade perguntar não maisarespeito- daintegrida humana” –, resta ao se gestor da coisa pública – é endêmica “as inerentes à natureza mazelas entender acorrupção. Umavez queacorrupção nos seguintestermos: tuído. 70% doefetivo doGPAE tinhamsidosubsti- de que, ao finaldoprimeiroanodeatividade, da atividade como policialteve resultado ofato delo vigente. O resultado no controle desse foco depoliciamentodoGPAEpráticas e asdomo- asdificuldades deconvivênciaindicava entre as rada demodoexplícitocomo umaprioridade, mações com as UPPs. Tal preocupação,- decla porpoliciais,ticados énotável asaproxi para - com- intolerância relaçãoeabusospra acrimes quesejamenosrelevante. O quenão querdizer é muito maismodestoqueessasexpectativas. a dissuasãopara do problema ao qual se dirige tação quesustentamosaqui, daUPP oalcance procuraremos ao longo esclarecer daargumen- sociado ao narcotráfico deixe de existir. Como as- noqualocrime emumhorizonte insiram uma expectativaacerca dasUPPs dequeelasse procura pelotráfico corresponder a de crianças sobre acooptação esse discursodeintervenção ciente, por ora, que, indicarmos ao que parece, nas UPPs, retornaremos aesseponto. Ésufi- lescentes e dos jovens diante do policiamento daquestão dos especificamente ado- tratarmos UPPs quepossuiprecedentes noGPAE. Ao drogas representa umenganoetiológicodas na genealogia do “caos” inerente aode tráfico políticas, oproblema jásejaoutro. remos de que, o risco as quando concluirmos segundo Carballo Blanco,segundo Carballo sua umaestratégia docomando, por parte e da fiscalização rigor bilidade àla Weber. adotada Apostura ado foi daresponsaatividades policiaisporumaética - das captura a suficientespara os mecanismos com daintolerância relaçãorigor àcorrupção, Essa descrição é típica da forma moderna de moderna daforma étípica Essa descrição A terceira diretrizfundamentaldoGPAE, a comoA apostanageraçãofutura intervenção civilização.” sociais vivas, unidasemproldeumprojeto de como fato ecatalisador aglutinador dasforças osentidodaautoridade moral eserve reforça todas humana, as mazelas inerentes à natureza viante dospoliciais militares, longe deresolver “A tolerância não com o comportamento des- 66 Carballo Blanco justificava essadiretriz Blancojustificava Carballo 67

68 Faltaram, entretanto, ao

operacional, porém, nãodequeo hágarantias siva comnocombate. foco público,de serviço emvez deatividade repres- com policialcomo otrabalho prestaçãodizentes procedimentos quesejammaiscon - eprincípios deinternalizar o policialnovo sejamaiscapaz Do ponto devistacultural, que parece razoável UPPs quesão distintasdospadrões tradicionais. de policiamento dos à assimilação das práticas mos “vícios” eseriam, portanto, maispropícios de que os policiais novos não carregam os mes- recém-ingressos naPMERJ. Aexpectativaéa oscontingentesformar dasUPPs com policiais dosprofissionais.to daseleção Optou-sepor contra acorrupção, nomomen aplicada - quefoi essas unidades depolíciaumaespécievacina saliente naagenda dasUPPs. Foi elaboradapara não aparecequestão demodotão dacorrupção sua degradação. titucional. queexplicam Essassãorazões outras daPMERJ,noritário semapoiopolíticoeins- como umainiciativadeumsegmentomi- cabo degoverno,gou aserumapolítica a levado foi processo dedegradação. OGPAE, quenão- che depoliciamento,dessa prática resultou emum áreas,outras semaconsolidação institucional similares co eaexpansão para degrupamentos GPAE. Blan- A saída do comandante Carballo o que, trocandoemmiúdos, ocorreu com o rigoroso policial. com relação àcorrupção Foi de comando podecomprometer otratamento de docomandante fiscalizador.Qualquer troca a responsabilidade- depositada naintegrida fica decontrolemecanismos dessetipoéquetoda trole externo. Aconsequência daausênciade mos falandodatão discutidaquestão docon- daatividade policial. afiscalização para Esta- institucionais neutrosde mecanismos eativos essa eficiênciadocontrole é relativa naausência desvios deconduta demonstraisso). Ocorre que de pessoal, aquenosreferimos, porconta de controle maioremaiseficiente(atrocaligeira de tinhaumgrau mento emquestão certamente com orestante datropa daPMERJ,- ogrupa controle daatividade policial. Emcomparação mocrático), aefetividadedo éinsuficientepara de- policiaisdecaráter quaisquer intervenções e apopulação(requisito imprescindível para vínculos colaborativos entre aatividade policial positiva doponto devistadoestreitamento de ciantes locais. Essa estratégia, extremamente de seucelular, adiversos moradores ecomer - pessoal, deseucartão tribuição com onúmero condições de controle sobre a seu dis- efetivo foi das de legitimidadede obtenção e otimização O primeiroponto decontrasteéqueessa 69 Doponto devista (Sento-Sé, 2010: 56-57). e policiamentocomunitário direitos humanos, cidadania relativas atemascomo práticas Rio deJaneiro ao estudoeàs policiais militares doestado do referência àsresistências dos 69 Bastaquefaçamos 2011: 20. 68 EisenbergeMudesto, Blanco,67 Carballo 2003: 104. Blanco,66 Carballo 2003: 105. 25 artigo As unidades de polícia pacificadora e a segurança no rio de janeiro 26

COMUNICAÇÕES do iser 70 Ver ensaiodeEisenberge 71 Carballo Blanco,71 Carballo 2003: 72 Fernandes, 2003: 98. Mudesto, 2011: 14-15. 109. vras dele: vras da etiologiadofenômenocriminal. Nas pala - que “enxuga gelo” porque a nadarespeito se fez dopadrão naseara dopoliciamento permanece doGPAE,que aintervenção medida, emcerta davidasocial.diante dasmazelas Eledescreve os contornosdatradicional solidão dopolicial vas dosmoradores. assumem Essasfrustrações de correspondertica às demandas e expectati- por conta da incapacidade operacional e polí- a polícia e os moradores das favelas. Frustrante relação diferenciada do padrão tradicional entre inovadornoestabelecimentodeuma seu caráter frustrante, ao mesmotempo. por Gratificante e gratificante ele constituía umaexperiência acerca doGPAE, que Blancoafirma Carballo gora nasUPPs, assimcomo ocorreu noGPAE. do comandante unidade de cada éalgo quevi- dependência dosucessodagestão àintegridade trole externo. équea Oquepudemosobservar de controle,nismos formais sobretudo, de con- nitorar. Falta, porém,- aconsolidação demeca emo- população maistemcondições deintervir decontroletem omaiorgrau esobre oquala seja a parcela do policiamento da PMERJ que Cabe ressaltar que o efetivo das UPPs talvez a efetividadedocontrole daatividade policial. vínculos colaborativos, masinsuficientepara aconsolidação fundamentalpara de estratégia consequências tambémsão asmesmas: éuma de modosimilarao queocorreu noGPAE. Suas das condições de controle, nas UPPs permanece mandantes à população, como via de ampliação policial sejaumaprioridade. que indiqueocontrole sobre acorrupção nemnenhumadiretrizexplícita formal canismo dedesvios,aos casos masnão hánenhumme- quanto suarigidez de seushomens edeclaram de UPPs aretidão queentrevistamosgarantem policial.le sobre acorrupção Oscomandantes quesefaleexplicitamentedocontronecessário - contingentes policiaisdasUPPs, parece menos nacomposiçãodos apriori lecido essecorte mudar oSenado, apenasossenadores. Estabe- asUPPspoliciais para quenão épreciso indica rupção emRoma, rupção àquilo emqueCícero acreditava acerca dacor- de corrupção.dos nas dinâmicas Inversamente imunepolicial novo estará aos “vícios”- implica Ao falar das dificuldades, riscos e incertezas docontato dosco- A fórmuladedistribuição não conseguiramnão superar asvaidades pessoais e pública (federal, estadual emunicipal), ainda poderes eníveis constituídos daadministração “Infelizmente, nossosgovernantes, nosdiversos 70 a lógica de recrutamento de derecrutamento alógica apelidado de “GMÃE” apelidado legitimidade das UPPs. OGPAE chegouaser nesses primeirostrês anos, doponto devistada Pública, deSegurança rio bons teve resultados, doposicionamento doprópriosecretáa partir - institucional, de de forma sustentar essa posição opinião pública, dagestão masapostura estatal combate resistências da teve iniciais por parte das pelasUPPs. o denão Apostura priorizar vernamental diante das mudanças representa- recimento go edapostura - daopinião pública vantagem comparativa é um relativo amadu- mas aindaéumprocesso emconstrução. Uma tais, émaispromissora adoGPAE, doquefoi des pessoais” esusceptibilidades governamen- violência nasfavelas. etiológico com relação àsquestõesrelativas à demodomais demandas sociaiseintervir sobrecargasaopolicialdas trabalho de evitar naárea socialcomo forma dosserviços local agestão eintegrar articular programa busca implantadacial foi antesda própria UPP. Esse o doComplexo doAlemão,- So onde aUPP Social.entrada daUPP Hácasos, hoje, como essa lacuna aàs atividades ao da UPP casar transformação desses grupamentos depolícia dessesgrupamentos transformação blicos, a falta de apoio foi institucional a para realizamos, tanto moradores como agentes pú- latada por que alguns entrevistados no campo policiamento. doGPAE, Umadasmazelas re- diferenciada presente de deprática seu caráter pública,dem como política o ultrapassando to àpossibilidade dequeasUPPs se consoli- pública. dasegurança campo no edemocráticas maismodernas de posturas discretos avanços, naúltimadécada, nadireção as percepções dosensocomum por passaram sionista, quetantoasinstituiçõespoliciaiscomo possível afirmar, deummodotantoimpres- borem essetipo dejuízo, acreditamos queseja Mesmo semelementosobjetivos quecorro- pelosensocomum.difusos ecompartilhados contra ecosesustentaçãonosprópriosvalores não éumainvençãocriminosa policial. Elaen- repressoraramente e, muitas vezes, e truculenta dopoliciamentocomoA postura atividade me- menoscombativapostura emrelação ao tráfico. das resistências com relação à adoçãode uma A vigência dasUPPs, alémdas para - “vaida O poderpúblicotenta, atualmente, suprir Há, entretanto, outros pontosquan- delicados da violência edacriminalidade.” naforma doloroso problemasocial exteriorizado dária, comresponsabilidadeesse para enfrentar unir esforços, demaneira racional, supraparti- 72 como manifestação 71

entra emcenaquando alguémdiz entra “alguém ao queopolicialé afirmar aquele que sintetiza sociedades modernas, queEgon Bittner(2000) premissas daatividade definidoras policialnas das demandasquesurjam. Essaqueéumadas o atendimento para dapopulaçãolocal posição queestáàdis- no cotidianocomopública figura poder financeiro do “arrego”. Elepassaafigurar deresistênciaerguem asdinâmicas armadaeo mais, emtese, opoderrepressor contraoqualse nagem corriqueiro emoutros termos. Elenão é pelo GPAE, umperso- équeopolicialsetorna mais reprováveis dasfavelas. nointerior vagem”, corresponde aumdoscomportamentos policiais. pelo Oatopraticado “X-9”, a “xisno- entrega, demodotraiçoeiro, aos ostraficantes tange àquestãopolicial. dotrabalho estudamos, de campo, emnosso trabalho no que que doscasos dialogam com asparticularidades algumasdimensõesde identificar reflexão que tivo entre oGPAE easUPPs, passaremos a pelapopulação.campados definidoseen- consequências sejamclaramente quesuaspremissas,crucial seusobjetivos esuas mento queelassão adotadas emescala, torna-se ésaudável,experimental mas, domo- apartir maisbemdefinida.em umapolítica caráter Seu sejamconsolidadas quesuaspráticas para ção em nossoestado,- carecemaindadeformaliza rem entre asvedetes dasações governamentais pública.em política AsUPPs, aindaquefigu- aquele quepactua com apolícia, bólicos comdeJudas, afigura não ésomente “dedo-duro”, quetambémpossuivínculossim- daSilva,cancioneiro interpretadoporBezerra o o delator. Personagem vastamente retratado no se expressa do pela existênciadafigura “X-9”, dapersonaa própria definição non grata. Isso to como por excelência,o repressor arbitrário policial eoqueelasignifica. Opolicialévis- diana dos moradores das favelas –, é a presença sobre osassuntosdavidacoti- dos traficantes pressão recorrente queexpressa opoderlocal do pedaço” ou “donos domorro” –emumaex- quanto o controle como dos traficantes “donos sivo. Para osmoradores de favelas, tão comum renciais repres- deações policiaisdecaráter as A relativa das UPPs, inovação antes tentada Feito esse quadro e compara- mais genérico As favelas são, historicamente, prefe- locais e n p tre moradores e ectos do co estra Uma n ha e familiar: p rese n vívio diário n ç p a 73 oliciais éaquele que

O depoimentodeumnossos entrevistados tos quetendemadecrescer ao longo dotempo. nasUPPspraticado eumafontededesconfor- las é, ao mesmotempo, o pilardopoliciamento dasfave- nointerior dos policiaisdiariamente daqueles propostos pelas UPPs. A permanência longo dedécadas, porpadrões muito distintos no Rio de Janeiro. Tal sentir, presença se fez ao no cotidianodaspessoasquevivem emfavelas do policialestámuito presentee noimaginário noRiodeJaneiro. pública segurança Afigura de dopoliciamentoedas políticas horizontes dilemase dades e expectativas quedramatizam policiais éfontedediversas tensões, ambigui- aproximarem oucolaborarem com ospoliciais. deretaliaçãoameaças aos moradores quese ventiladosremanescentes, portraficantes com das UPPs, acirculação de boatos, supostamente “X-9”. Écomum, nosprocessos deimplantação comdo afigura deidentificação -se dorisco pelocomandocapitaneados daUPP, aproxima- cer águaetc.), emprojetos sejanaparticipação to corriqueiro(cumprimentar, conversar, ofere- relação cordial com aPolícia,- sejanotratamen ção, dosmoradores aposição quemantêmuma cias criminosas.- deintera Diantedessaforma eaprevenção deocorrên oesclarecimento - para dosmoradorespassa ademandarcolaboração providências policiais. APolícia, porsuaparte, situações para quepassamaserencaminhadas dasociabilidade sãolimites legaiseinformais de problemas de acessibilidade, regulação dos conflitos interpessoais, assistênciadecorrente demandas mútuas. deemergência, Situações das UPPs, policiaisemoradores apresentam “X-9”. cotidianasdopoliciamento Nas práticas um potencial morador se fato torna de que cada repleto deambiguidades. delaséo Aprincipal policiais ocorre em um espaço de sociabilidade como “arrego”, arelação entre osmoradores eos pelapropina, construídos arranjos conhecida nemaos daforça vinculada ao usoarbitrário velas. Umavez queessapresençanão estámais reelabora apresençacotidianadapolícianasfa- dopoliciamentoefetuadospelasUPPspráticos da ordem. Tal inversão nosredirecionamentos que resulta, paradoxalmente, emumainversão te estabelecidosrepresenta algo tão incomum estásujeitoalimitescoletivamen- uso daforça policial nasfavelas emsituações nasquaiso as áreas defavela noRiodeJaneiro. Apresença para são dirigidas pública de segurança políticas te incomum noquetange ao modopeloqualas corresponde aalgo absolutamen- depressa”, e algumacoisacom relaçãotem quefazer aisso, O contato easrelações entre moradores eos pagamento depropinas. lado, o para não razões haveria estivessem domesmo ficantes da propina.- policiaisetra Se é oprópriomotordaprática tensão desseantagonismo que traficantes,a elesóequilibra antagonistas entre policiaise não reconcilia asposições ressaltar queo “arrego” ação traiçoeira. Éimportante inócuasua uma vez quetorna espécie devacina contraoX-9, a Polícia uma queelaboram e entrecolaboração otráfico como “arrego”, são modosde Polícia, tambémconhecidas e aatuaçãorepressiva da dedrogas ilícitas dotráfico das tensõesentre asatividades como modosdeestabilização decorrupção 73 Aspráticas 27 artigo As unidades de polícia pacificadora e a segurança no rio de janeiro 28

COMUNICAÇÕES do iser pano defundoasdificuldades posições epersonagens acerca imprevisibilidade. Ocontexto comum ofatodeterem como 75 Aqui, tomamos empresta- olência noRiodeJaneiro”. A para a ação política diantede aaçãopolítica para sua argumentação a partir do sua argumentaçãoapartir gumentação éabsolutamente questionamento sobre “comoquestionamento ao qualArendt suaar- dirige 77 Trecho dedepoimento de realizamos com ummorador artigo emqueeledesenvolve artigo análise quepropõe identifica para HannahArendtpara (1983: do, demododespretensioso, entrevista com ummorador 74 Trecho deentrevistaque de umproblema políticode se escreve oromance davi- problema, maselestêmem o recurso reflexivo adotado não percamosdevistaque, 76 Aqui, que éimportante de antídoto político para a de antídotopolíticopara com omesmo moradorda 255), opoderdeprometer distinto daquele donosso é justamenteumaespécie por Luiz Eduardo por Luiz Soares (1996: 284-309), emum 78 Trecho deentrevista nossa vidacotidiana. situações detrauma. da Providência. da Providência. Providência. descrito pornossos personagensdescrito nostrechos uma narrativa literária, uma narrativa personagem familiar. asinopsede essafosse Se sença policialnasfavelas:sença dosmodostradicionais adefinição deprepara - no Morro da Providência é muito significativo promessa aos aomoradores. sedirigir te arbitrário quanto apolíciaatuavademodocompletamen- tinha um “critério” abordar para aspessoasen- desse mesmo contraste ao que otráfico afirmar inimigo”. doBorel Umamoradora seaproxima era nossoirmão, nossoamigo, nossoparente, nosso traficante de previsibilidade“O efamiliaridade: decritérios apartir põe opolicialetraficante mos noMorro daProvidência tambémcontra- da imprevisibilidade edacontingência. elemento da desorganização, da irracionalidade, representada porseunegativo normativo, elaéo conteúdo dramático. policialé Aintervenção nofluxoeestabeleceseu terfere danarrativa o ponto deinflexão doenredo, aquele quein- comotrama oelementodoconflito e representa são apresentados ao leitor. na Opolicialentra asituaçãoinicial,seria naqualospersonagens de seunarrador/protagonista com ostraficantes O traficante figura,O traficante nessediscurso, como o A permanência policial,A permanência acompanhada da Um jovem morador que tambémentrevista- grande ainda dentro domeuinconsciente.” grande aindadentro é amigo’, écomplicado. Tem muito umabarreira Então,em casa.(...) hoje, dizer, ‘aquele policial Minha mãe, por exemplo, perdeumuita coisa chegar e... reviravam as coisas, roubavam coisas. grande ter denão eapolícia ninguémemcasa Então, ummedodosmoradores existia muito entravaebagunçavatudo.não naminhacasa Por quê?Não tinhaumasemanaqueapolícia pa. Eusouumcara totalmente desorganizado. - rou omeuguarda seiarrumar anos eeunão tudo. Eu, por exemplo, estou com quarenta e dois lenta, asportas, elaarrombava sempre revirava - igual, foi sempre trucu foi sempre Polícia da ação daPolícia.cendeu essaépoca aação foi A época, bem diferente. Masaquestão quetrans- guém armado. Era umououtro. Era umaoutra na boca de fumo pegar via nin- e não dinheiro era o pai do meu amigo, era o meu pai... Eu ia o amigo nosso. Otraficanteera oamigo nosso, noção doqueera oassaltante. Oassaltante era do a polícia chegava... A gente tinha minha não sante, muito foi massempre tenso, porque quan- A infância dentro dafavelamuito foi interesA infânciadentro - 76 demudançanopadrão deatuação 75 oconvívio easrelações 74

ciam-se dinâmicas deventilação deintimidaçãociam-se dinâmicas com apolícia, logo apósa entrada daUPP, ini- decírculosdução viciososseculares. do desejável, mascomoàrepro umaalternativa - comoseu significado algo ainda muito distante acontecer) daexpressão, podemosinterpretar de (asUPPs não tinham, necessariamente, que desse tipo. de necessida- retirarmos a carga Se tomar as UPPs, em algumamedida, como algo dereflexão. bons critérios fornece Devemos denossoentrevistado,prudencial elatambém não representa apenasumareferência sário” UPPs. Elediz: de temor, daapostanas osriscos queindicam dastensões,da permanência alguns horizontes promessas. Eladefine, poroutro lado, apartir cessidade, masnão compratodoopacote de quereconhecetação dapermanência suane- centrais. Representa, porumlado, umaacei- lidar com esseconflito possuidosaspectos rador defineessaquestão: recurso prudencial. Vejamos como nossonar- éumtipo truculência “dado derealidade” como cia edesconfiança. de dasdécadas Amemória - denossospersonagensa postura édeprudên Diante dessaespéciedereviravolta noenredo, vas tantodolado policialcomo dosmoradores. quecompunham expectati- noscenários cação citados,anteriormente questiona umamodifi- Junto com ostemores referentes ao convívio como um daUPP A definição neces “mal A postura adotadaA postura pornossonarradorpara matar, eles [,ostraficantes,] searmar.”vão [depoliciais]a UPP pra sairesubirumgrupo hoje, você armado. vai não ter umgrupo Masse mês. (...)semantiver comotem, umgrupamento todo aíumoudois, mêsestava morrendo todo quê? Você tem não oGPAE. Setivesse oGPAE, aUPP,entrou você tem não maistiro. Maspor polícia.proteger daprópria (...)Desdequando meira coisa, euacho queaUPP veio pra nos maior medo, queeufalopra mundo é: tudo - pri mal necessário. queacontecer.Tinha Omeu tros fizeram?” tros por pagam que não os policiais pelo o quê os ou- eu estou pagando hojeporqueotráfico existia lá, ‘Mudou tudo. Agora éoutra coisa’. Pô, peraí! Se que está sendoagora. Então, você assim: dizer tituição. Oqueapolíciarespinga foi no sempre “É um mal necessário...“É Isso aí [a UPP] éum O que não seentendeO quenão équeapolícia éumains- 77

78

- caso da moça expulsa, damoça caso oferecem indíciossobre policial daUPP. Essefato, e suavinculaçãoao umrelacionamento queteve da moça com um policiaisagindo emrepresáliariam àexpulsão e seusmotivos, haviaahipótesedequese- e desencontradas sobre os autores dessa ação diu duaspessoas. Entre asversões divergentes armados entrou na favela e agre de madrugada - da Providência, dehomens na qualumgrupo dos de2011, houve umaocorrência noMorro sobrehistórias sanções consumadas. Emmea- receios deretaliação venham acompanhados de de dessefato, queos consideramossignificativo UPP. Adespeitodaconfirmação veracida- umrelacionamentoteve com umpolicialda sidoexpulsadomorrouma jovem teria porque Morro daProvidência, houve deque rumores entreinteração policiaisemoradores defavelas. tuos que marcam, inevitavelmente, de o cenário pela violênciaereprodução deódiosmú - afinal, deuma muitas décadas relação marcada que decorrem do convívio com ospoliciais. São, dosmoradoresdos demaistemores porparte ganho automáticoeasuperação deconfiança difusasnãoameaças representa, entretanto, um seu fim. Amitigaçãodos receios decorrentes das discursos queprojetam depoisdo puniçõespara dasUPPs,permanência são os menoseficazes de À medidaqueseampliamoshorizontes res decorrentes deintimidação. dasdinâmicas e amitigaçãodos temo- da UPP permanência com quehajaumacorrelação entre otempode apromessacumpra ficar. devirpara Issofaz das pessoase, principalmente, dequeelanão asegurança degarantir não sejacapaz a UPP gação derumores, masnasexpectativas deque remanescentes não seancora somente napropa- midação daseguinteforma: Nosso narrador descreve esse processo de inti- sofrerão sançõesassimqueapolíciaseretirar. les quecolaborarem compolicial otrabalho ção. crer queaque fazer - buscam Essesrumores favela com acirculação deretalia deameaças - na quepermanecem dostraficantes por parte No período em que estivemos em campo no No emqueestivemos emcampo período dostraficantes O temordaretaliação porparte isca edepoisisca deixaocara lá.” a imprensa, omorador utilizando acaba como deveriam...que não dissoéqueapolícia, Ocruel demais,falarem porque semetem emsituações emquejáexistem moradores sumindopormorros do tudo. Eeles mandam, eles mandam. Existem “Os traficantes estão“Os láainda,- estão observan 79

se absurdo. des- nopesquisadorproduzem umaexperiência de violênciacontadas por nossos entrevistados é, pordefinição, umaabsurda.ação Ashistórias edaaçãohumanas;da experiência aviolência por isso, oprópriosignificado tambémcancela que aviolênciaémuda. Elaeliminaodiscursoe, Rio deJaneiro. entre policiaisemoradores deáreas defavela do gastes presentes, especificamente, nas relações tanto, definemos contornos detensões edes- geral. aqui, Asquestõesquedestacamos entre- com relação ao próprio Estado de uma forma acerca da açãopolicialacompanham ceticismos manescentes nafavela com UPP. pelos traficantes, mesmoquesejamapenas re- a capacidadedecontrole dasvidaspessoas parte deste estudo,parte Hannah Arendt violento sofrido. Como jádissemosemoutra oato narrar lam ainsuficiênciadodiscursopara ainda, demodochoroso, masresignado –reve- zes; com voz corriqueira, emoutros casos; ou, contadashistórias –emtom seco, algumasve- a distânciaentre pesquisador epesquisado. As física.ção A empatia pela dor do outro reduz seamplia,nheza quase aserumasensa- chega suas dores eperdas,- essesentimentodeestra vimos osrelatossobre denossosinterlocutores samento, mascomo experiência. ou- Quando questão daalteridade, não como objetodepen- dica. aoda vidadaspessoasafetas temaaquesede- em campo da observação a partir interpretação reflexãota socialquereúnepara seumaterial e de confrontos armados. violentaassociada aosconhecido pormorte que não tivesse perdido umparente, amigo ou decampo,trabalho raro era encontraralguma todas as pessoas que entrevistamos em nosso dedrogas.do entre policiais etraficantes Entre edordecorrentessobre doconflito- morte arma de moradores de favelas que acumulam histórias violência epelotrauma. muitas São as biografias século, nos últimos 50 anos,agravando-se pela defavelasmoradora émarcada, pormaisdeum doRiodeJaneiro pública eapopulação rança deste estudo, arelação entre desegu- asforças Suspeitamos que as desconfianças e osque as desconfianças receios Suspeitamos Uma espécie de sentimento de estranheza – Uma espéciedesentimentoestranheza ao longoComo jádissemosalgumasvezes T non sense–écomum aodocientis- trabalho ra a mediação religiosa e a 80 rit Issodecorre, principalmente, daprópria j etos da reco u aliza ção do n cilia p erdão 81 nos ensina ção: 81 Arendt, 2008: 331. de descrever opôr-do-sol. pelo qualseocupou, vez, certa O autornarra, então, omodo todos captassem” (1996: 60). com que pudesse umdiafazer eunão cujo sentidoealcance e meexpusesse etnográfica ou peculiaraquepesquisa estranha experiência haveria de minhaprofissão: não só vez atingidoosarcanos parecia-me, deuma euteria nos mesmostermos, então, e quejamaissereproduziria tecimento noentantoúnico deumaconas articulações - comunicar aoutros asfasese descrição, dado semefosse rebeldes aqualquer esforço de a umsótempoinstáveis e fixaressasaparências para encontrasse umalinguagem na pesquisaetnográfica: “Se o modopeloqualingressava descreve, nosseguintestermos, estilo quasesurrealista, oautor (1996),Strauss noqual, em Trópicos deClaudeLévi- “O pôr-do-sol”, do Tristes 7,primeiro capítulo intitulado 80 Bastaqueleiamoso entrevista. 79 Trecho damesmareferida 29 artigo As unidades de polícia pacificadora e a segurança no rio de janeiro 30

COMUNICAÇÕES do iser a postura dos policiais variava dospoliciaisvariava a postura 87 Foi muito recorrente entre ilustra bemessessignificados. ilustra de campo, deque aafirmação manifestação dehostilidademanifestação a rap para designaropolicial– para rap ocorreu dealguns moradores (2005) arespeito dotemade 86 Ver acoletâneaderelatos entrevistamos relatou quejá participação dosmunicípios participação de acordo com osdiferentes figura também em letras de tambémemletras figura quais realizamos o trabalho quais realizamosotrabalho os nossosentrevistados, em todas asquatro favelas nas prevenção daviolênciaea e reflexões por organizada 82 Umapelidopejorativo vezes, pelalin- utilizado como “rato” –queé, por cuspirem nochãocomo guagem cotidianaeque João Trajano Sento-Sé 85 Skolnick eBayley,85 Skolnick 84 Bayley, 2001: 18. 83 Bretas, 2011: 91. 88 Umpolicialque nesse campo. sua presença. 2000: 34. plantões. nick e Bayley salientam que e Bayley nick “é uma necessária ao dasUPPs descrevermos otrabalho –,- Skol estamos falandodepoliciamento comunitário mento, como ocomunitário –e, frisamos, não atritos. Para depolicia- democráticas formas dos estigmaseencenaçãodesgastesseus policiais. Essetambéméolugardareiteração teração, narua, entre apopulaçãoeosagentes nain- policiamento consiste prioritariamente realizadas nocampo. derealizaçãodo Ocampo ainda quepensadas eplanejadas nopapel, são mais republicano.caráter Aspolíticas, afinal, policiamento emfavelas quepretendam terum de aconsolidaçãopara dequaisquerpráticas essedesgaste. eagravam ram vividas nasfavelas doRiodeJaneiro corrobo - diante dapopulação. deviolência As histórias de modorecorrente, umaimagem degradada pelasquaisaatividade policialpossui,razões umladrãopegaroutro para rio ladrão. policial econsolidam aideiadequeénecessá- uma espéciedemitofundaçãodaatividade ladrão agente que se tornou dalei, representam modo geral. Personagens como ode Vidocq, o regra, apopulaçãodeum sejanegativapara marginalidade e, porisso, suaimagem, viade próximacomo simbolicamente domundo da agressor arbitrário etraiçoeiro.agressor arbitrário do policialdiantemoradordefavelas édo ou comparsa do crime. A imagem tradicional visto pelopolicialcomo potencialcriminoso las. Omoradordefavelas é, tradicionalmente, mútuos entre policiaisemoradores defave- que alimentamdesconfianças, temores eódios dedrogas dotráfico fontesoperação éumadas dos confrontos relacionados àrepressão ouà decorrentesmulo traumáticas dasexperiências dicionais depoliciamentoemfavelas. Oacú- possibilidades dospadrões desuperação - tra dimensão que pensemos de nasanálise para de cidadãos, representam uma importante àcondiçãodiz respeito aseupertencimento dosmoradoresexperiências defavelas, noque as lacunasqueelasdeixamnas designificado dáveis”. nasociedade,necessários masnão são- agra Coerção, controle eopressão são semdúvida gligenciado porque érepugnante moralmente. vos, “o policiamentotambémpodetersidone- atenção,pouca defineque, entre outros moti- eHumanasdão dasCiênciasSociais aplicadas ao qualaspesquisaslho policialéumcampo Bayley,- pelasquaisotraba ao avaliarasrazões Superar esses estigmas é condição necessária essesestigmasécondiçãonecessária Superar É comum queaatividade policial sejavista As marcas dessas histórias deviolência,As marcasdessashistórias e 84 Essa descrição ilustra algumasdas ilustra Essadescrição 82

83 David policiamento da UPP Providência:policiamento daUPP do gradação daconquista porparte deconfiança ça. Ocomandante apresentava da umanarrativa eodesgastedadesconfianganho deconfiança - datensão entre o maisclara temos umanoção ProvidênciaUPP ede umdeseussoldados, muito como defrustração. variável nabalança tações de hostilidade, entretanto, parecem pesar cooperativos.policial esemostram - As manifes em geral, osmoradores aceitam bemapresença senta como aregra. Ospoliciaisrelataram que, tipo decomando”. espéciedepolicial,nova bemcomo umnovo denúncias dedesviocomportamento, campo, que, vez poroutra, por édesestabilizada mento. Nem no mesmoamudançadepostura novos, isentosdos “vícios” dovelho policia- imediatamente com acontrataçãodepoliciais atuação doEstado nessasáreas dacidade. da emtorno fontesdedesconfiança principais dasfavelasdas ações são violentasnointerior as aaçãopolítica.biliza eareiteração Amemória coletivaseimo- ciais quesustentamaspráticas tivos. são seusêxitospreven aspectosessenciaispara - sivas, dapopulação ecolaboração aparticipação policiamento quenãorepres sejammeramente - aaçãocoletiva. para horizontes de Emformas policiamento, de sejanoqueserefere àabertura to de vista da operacionalidade das práticas político,de umaquestão decaráter sejadopon- pessoais. edepazes debiografias ração Trata-se mas mútuos. Essanão éumaquestão derepa- confiança, aproximação) quesuperem osestig- passarporviasdereconciliaçãodeve (ganhode como suaspercepções sobre esses moradores, pelos moradores dasáreas que patrulham, bem de estigmasnegativos. sedistinguirdopersonagemcie deve carregado sença deles. sença modo ostensivo, indesejado dapre docaráter - moradores emcolaborarem eareafirmação, de fator dedesgasteeestresse, aresistência dos que entrevistamos, muito foi referida, como Entreda latênciadesconfiança? ospoliciais ciamento dasUPPs atensão decorrente suporta aestabilidade para dopoli- necessário confiança que estáemjogo é: atéqueponto oganhode sejasustentável.a populaçãolocal Aquestão pautado pelaaproximação com ecooperação da atividadequeopoliciamento policialpara produzir uma mudança suficiente na percepção Ao as fala do comandantecontrapormos da Mas a superação das desconfianças não dasdesconfianças ocorreMas asuperação O modopeloqualospoliciaissão percebidos 86 Aviolência, porém, osvínculos so- afeta 88 A postura resistente Apostura não seapre- 85 Esse policial de nova espé- Essepolicialdenova 87 pode lação cotidianacom osmoradores locais: decorrente dare afrustração - da seguinteforma todas superadas. fossem ponto ótimonoqualasdesconfianças policial. que ospoliciaisacreditam quesejaotrabalho UPPs como algocom poucoidentificado aquilo atividade nocontexto policialdesenvolvida das nelaaproximidadetificar comda osignificado conversasoutras com policiais, podemosiden- com aspercepções quetambémcoletamosem as pessoasbem. essaafirmativa articulamos Se partida, umadosedeesforço em “tentar” tratar possível”,forma quehá, opolicialindica jáde “A genteaspessoasdamelhor tentatratar mos aqui. Ao afirmar, emprimeirolugar, que interessantes quepropo ainterpretação para - lho desempenhado porsuaunidade. Ele disse: - o traba tar presente no seu modo de observar novo tipodeestresse daatividade policiales- esse desgasteeindicouapreocupação com um na entrevistaquenosconcedeu, reconheceu palhaço”. Providência, Ocomandante naUPP exaustão enasensaçãodeestaragindo“como duas, três vezes, semserrespondido resulta na distanciamento progressivos. Darbom diauma, progressiva,confiança masumdesgastee dante daUPP. não uma Essagradaçãoindica umagradaçãoinversaindica daquela docoman - dotrecho dafaladosoldado quecitamos parte cebido naexpressão “a gente tenta” . Asegunda Já umsoldado queatuanessaunidade traduz Em suafala, um encontraria essaevolução A faladessesoldado possuimuitas sutilezas bem, masaspessoasretribuir.” querem não de fica palhaços. Atratargente quer as pessoas humanojá.lado Também, digamos, queagente mais (...)Éumacoisaquejáafeta maisomeu Na terceira vez, agenteexausto, jáfica quer não vez, dábom diaapessoa responde não outra vez. dia, aspessoas respondem. não Passa asegunda possível.da melhor forma Agente passa, dábom passo apasso, ascoisasestão evoluindo.” tão, ascoisasestão evoluindo, gradativamente, na rua, hoje, nomeucarro. eujádoucarona En- Pessoas queconversavam comigo normalmente hoje, já conversam comigo normalmente na rua. sede daUPP]. Pessoas queadentravamoprédio, davam bom dia, [da hojejáadentramoprédio já falam, pelo bom menosdão dia. Pessoas queme É meiochato. Agente tenta tratar aspessoas “Pessoas falavam comigo,que outrora não hoje 91 Por isso, o esforço que pode ser per- 89

90

nária nos assuntos da esfera pública a evocação aevocação pública nosassuntos daesfera nária conhecido como temadavidapolítica. Éordi- pectivamente, ospoderes deperdoar eprometer. reversibilidade epela imprevisibilidade, são, res- ções possíveis osproblemas para postospelair- ação humana, queArendtcomo solu- identifica ações no futuro. As duas potencialidades da desuas dosrumos nham nenhumagarantia consequências deseusatospassados enão te- presos às de agirtenhamficar eternamente em ummundo onde seres igualmente capazes letivo, logo, apolítica. para Não épossível viver ação, são tambémobstáculos oconvívio para co- constância. Assimcomo são dificuldadesa para não suasconsequências sepodegarantir esua a confiabilidade dahumana,ação uma que vez consequências da ação passada. elimina A outra eadespeitodas forma deoutra agir novamente impossível deserdesfeito, impedequesepossa a açãoàsconsequências deumúnicoatoque, centrais. Umavinculaquemage equemsofre sibilidade eaimprevisibilidade como questões fundamental, política categoria avaliaairrever- feito. Arendt, ao analisar o temadaaçãocomo é irreversível, oquefoi não épossível desfazer (1983: 248)aavaliou. culdade aação, para talcomo HannahArendt se relaciona com a irreversibilidade como difi- mútua nasrelações entre policiaisemoradores anos, pelapolícianasfavelas. Atensão latente e sistência daquilofeito, quefoi nodecorrer dos licial; osmoradores, deoutro, aper- mostram se desvencilhar da imagem tradicional do po- policiais, deumlado, definemasdificuldades de produzopresente. para mória implicações Os anterior, marcado pelaviolência, equetalme- convivepela UPP domomento com amemória fizeram?”,tros percebemos queasituaçãoposta lá, por pagam quenão ospoliciais pelo oquêosou- qual citamosanteriormente, noqualeleindaga depoimento deummoradordaProvidência, o ausência delimites. que aconsideracomo olugardadesordem eda nência deumavisão dopolicialsobre afavela polido? Essefalsodilemadecorre- daperma da ordem,posição de limites, com o tratamento policiamento dasUPPs: como conjugar aim- da, pelo quenãoresolvido foi umdesconforto sociedade dita normal.” Essasfalasindicam, ain- tevenunca limites ou limites estabelecidos por uma diariamente.aqui que Lidandocomumapopulação “A édiferente. pressão (..)Porque ele [opolicial] está O poderdeprometer émaisdiretamente re- Um dosproblemas daaçãohumanaéqueela euestou“Se pagando hojeporqueotráfico existia essasúltimasfalascom ponderarmos o Se 92 tratando nesseponto.tratando a favela dasquaisestamos presente naspercepções sobre permanentes”. Essavisão está uma vida ‘normal’ embases o comprometimento delevar que perderam acapacidadee daspessoas o habitatnatural área évistacomo deteriorada que,afirma ospoliciais, para “a 92 Egon Bittner (2000: 51) policial. o trabalho para temas menosimportantes los policiaisfluminensescomo humanos são considerados pe- mento comunitário edireitos que aspectoscomo policia- (2010),Sento-Sé queindica tambémdoestudode lembrar corporação. Aqui, podemos executor daatividade-fim da percebido pelospoliciais como não é o policiamentodaUPP representa umaviapelaqual de poucopotencialofensivo atendimento aocorrências sobre omodopelo qualo àdiscussão dedicada seção 91 Adiante, teremos uma Providência. de umsoldado daUPP 90 Trecho dodepoimento Providência. do comandante daUPP 89 Trecho dodepoimento 31 artigo As unidades de polícia pacificadora e a segurança no rio de janeiro 32

COMUNICAÇÕES do iser

significa,porém, moral a para

uma vez que ela caracteriza a a caracteriza ela que vez uma

realizou um estudo exemplar exemplar estudo um realizou

94 Aqui, 94 imaginar possível é

mal intencional (1983: 251- intencional mal

como modo de lidar com as as com lidar de modo como

fato de que que de “elesfato sabem não

o que fazem” que o respeito, diz e

violência como ação muda. ação como violência

252). pecado o que Aquilo

95 Arendt identifica que o o que identifica Arendt 95

tianismo está vinculado ao ao vinculado está tianismo

se aplicando ao crime e ao ao e crime ao aplicando se

dever de perdoar no Cris- no perdoar de dever

argumentação de Arendt, de argumentação

cristã, é o que chamamos cristã,chamamos que o é

portanto,pecado, ao não

uma proximidade com a a com proximidade uma

sobre as práticas de luto luto de práticas as sobre

de crime na moral laica laica moral na crime de

situações de violência. de situações

93 93 Veena (2007) Das ocidental. em que os principais atoresem que os principais convivem com a dosassuntos públicosemumcontexto esfera to, é: como reabrirpossibilidades de atuação na que seapontaoestudodas UPPs, para - portan dido, taldificuldade éaindamaior. Aquestão as de significado relações entre agressor eagre- aação;para seesseatopassado aindaesvazia nopassadoter algo éumproblema quesefez sível, évaziadesignificado. Não poder - rever da açãoviolenta. Aviolência, alémdeirrever- maisprofundascações quandoestamosfalando ação humanaemgeral, masquepossuiimpli - irreversibilidade com aquestão da violência. Antes, contudo, otemada articular énecessário equedescreveremosvamos emcampo aseguir. refletir para tramos sobre questõesqueobser- proposta. Essafoi, aliás, viaqueencon- aúnica do perdão umaviaprofícua areflexão para aqui respeito ao objetodestetrabalho, otema torna fator dedificuldadea para ação, noquediz pela vinculaçãoqueelatemcom otemadaação. areflexãomental para política. claro Issofica essa categoria, tão pouco explorada, é funda- Ao finaldaleitura, entretanto, percebemos que perdão cunhada cristã. foi noseiodatradição sentimentalismo, sobretudo, porque de anoção a reflexão epróximo política de forma deuma sem pressupor dealgo que setrata inócuopara Arendt sobre operdão política como categoria de fato, impossível dotrecho iniciaraleitura de ampla dos assuntos humanos (1983: 254). É, tência quefundamentaoperdão mais naesfera que,Ela indica naverdade, orespeito éapo- te porque oamor éofundamentodoperdão. conta comoàpolítica, temaafeto - principalmen Arendt queoperdão indica em époucolevado do, mas também quem perdoa o ato passado. O perdão não libera somente quem éperdoa- semosaber”que fizeram (Arendt, 1983: 252). bilidade vistoquedesobriga “os homens daquilo menos óbvio. Operdão secontrapõeàirreversi- dasrelaçõesnesse campo humanastambémé nas reflexões sobrepública. aesfera Seu papel da imprevisibilidade. davidacoletivadiantemodo deestabilização social possuiafinidades com apromessa como mo, de que pactoa própria noção ou contrato de prometer. Poderíamos argumentar, atémes- político conhece muitas dopoder atualizações bilidade. ocidentaldopensamento Atradição oabismodaimprevisi- a açãohumanacruza daação.lizador Épormeiodapromessa que do poderdeprometer como elemento estabi- A irreversibilidade é uma característica da A irreversibilidade éumacaracterística daviolênciacomoA dimensão damemória O poderdeperdoar asério émenoslevado

quais o silêncio possui significado central. quais osilênciopossuisignificado Ele reúne edos procedimentos posturas a partir doados os crimes. seja reestabelecida. a pena, Cumprida são per- sões cometidas sejaminterrompidas eaordem queasconsequências dasagres buscam - crimes nições imputadas aos réus condenados porseus criminal. dejustiça sistemas modernos Aspu- ser percebida, atémesmo, naarquitetura dos imperdoável” (1983: 253). Essa correlação pode aquilo quenão podem punir, nempuniroqueé humanos –queoshomens não possamperdoar dosnegócios naesfera – elementoestrutural argumenta, nessesentido, queé “significativo a outra. demedidapara da: umaserve Arendt émaisprofundotre ain- essasduascategorias as consequências de uma ação. O vínculo en- sui com eleemcomum atentativadeencerrar presos esuasconsequências. àaçãooriginal tos daaçãooriginal. Agressor e agredido seguem cadeia. Avingança, portanto, elemen- conserva produz reações perturbação semelhantes e em naágua.como quecai umapedra Umaprimeira 252). Arelação entre aagressão é eavingança ma, atuandocomo uma “re-ação” (Arendt, 1983: ofensa,consequências daprimeira masasreafir- éoopostodoperdão.gança Elanãoas encerra intersubjetivas àirreversibilidade daação. Avin- por HannahArendt comoterizados respostas (1983: 253). AaçãodequefalaArendt com precipitado demoinhoequefosse dra ao mar’” elequeselheatasse aopara pescoço umape- resta realmente repetir com Jesus: melhor ‘Seria que opróprioatonosdespojadetodopoder, só argumenta, nessesentido, que “em taiscasos, em que não sepodenempunirperdoar. Ela sas definidascomo radical”,“mal ouseja, aquilo de perdoar queArendtsão- asofen nosfornece de ação. aatuaçãodopoder Oúnicolimitepara seu argumentorealmenteaessetipo seaplica mente àaçãoviolenta, épossível questionar se na via subjetiva para queselidecomna viasubjetivapara otrauma. provocado pelaviolência,sofrimento consiste dasubjetividade,ção) emvistadaperda oudo (oureconstru- deconstrução compartilhados eoperdão.ção freu umatoviolento: oluto, avingança, apuni- reações maisrecorrentes dequemso- porparte passado? irreversibilidade dediversos atos violentos no A punição é uma alternativa ao éumaalternativa perdãoA punição epos- Já avingança, eoperdão apunição - são carac Uma vez queArendt não se refere,- especifica O luto, aindaquerevele modosculturalmente Podemos ou pensar em quatro contrapartidas 95

94

93

nos apresenta essa cena: mos comoProvidência ocomandante daUPP a issoeocorreu no Morro daProvidência. Veja- operdão.para é emblemáticoquanto Umcaso voltadasnas quais são postasem cena dinâmicas no passado? hoje deixem depagarpeloqueoutros fizeram patamares. Como, então, épossível queosde doconvívioesfera coletivo fundadas emoutros voltadas a para o estabelecimentodepráticas depossibilidades dereconciliaçãocoberta para Está emjogo, alémdisso, anecessidade dedes- de perdão ereconciliação. asdinâmicas para implicações sui importantes presente argumentação, afiliação religiosa pos- protestante. que elatem vinculação religiosaca de confissão tradicionaisdopolicial. cados dafigura desuavinculaçãoaos signifi- um deslocamento condição deagente armado, logo, deproduzir dedespojá-losua a atitudeinesperadateve acapacidadeque entrevistado tambémevoca essa expressão demonstrarsuasurpresa, para o demoradoresum bolodeaniversário utilizando sante. Ao introduzir asituaçãonaqualrecebeu da expressão “me desarmou” émuito interes- que merecem realce. Ouso, emprimeirolugar, atores quehojeestãonaquestão. implicados não foram, emprimeirolugar, cometidas pelos áreas que, agora, recebem asUPPs. Asações daviolênciapassadacontexto nas damemória violentos passados. sobre dasconsequências apermanência deatos se aplique o argumento de Arendt à reflexão e “agressão”. Parece-nos razoável, portanto, que comcomocado termos “transgressão”, “ofensa” relação ao temadoperdão signifi- compartilha Identificamos,campo, de notrabalho situações O fato de a senhora ter O fatodeasenhora “orado” poreleindi- Esse trecho daentrevistapossuimuitos pontos não da punição o é útil para O mecanismo caratê, estava do aqui, defaixadascrianças exame foi [de 2010], num sábado, foi meu aniversário, eu comapolícia].[em confronto No dia17dejulho esperava... me desarmou. Ela perdeu dois filhos mim... esperava... eunão sinceramente, eunão minho certo. vontade de trabalhar. Então, nós estamos- no ca por mim. Então, mais coisas que só me dão são coma polícia orou perdeu umfilhoemconfronto bolo meaguardando. Uma senhora quetambém Teve umasenhoraaté umpoema quefez para 97 quandoeuvoltei para abase, tinhaum 99 Como observaremos ao longo da Como observaremos 98 96

copiamos da folha depapel: copiamos dafolha Providência.dante daUPP Esteéotextoque na qualestavaopoemaquededicouao coman- Ela, então, tirou decaderno dobolsoumafolha dades ilícitas, eladissequeera “muito levada”. traficante. emativi- àsuaépoca se Para referir policiais, eque ela mesmajátinhaatuado como ligados aodedrogas, tráfico emconfrontos com dopoemacontoutora queperdeu doisfilhos, eseusfamiliares. dotorneio participantes Aau- de umalmoço: macarronada os umafarta para àpreparação nastarefas revezavam pertinentes nha, quese decincoouseissenhoras umgrupo atletas dediferentes favelas cariocas. Na- cozi Providênciapela UPP equereunia diversos promovido decaratê umcampeonato ocorria da Gamboa,ca em um fim de semana quando - Olímpi versa ocorreu da emumacozinha Vila ma aoProvidência. comandante daUPP Acon- certo.está tomando ocaminho é conquistada,ça há indícios de que a situação UPPs. astensõessãoeseaconfian desfeitas - Se nas tão dopoliciamentodesenvolvido central e moradores defavelas évistacomo umaques- dospapéisedasrelaçõescados entre policiais to, pelareformulação queabusca dossignifi- correto. norumo estaria Vemos, por esse aspec- profissional eaconfirmaçãodequesuaatuação éoestímulodante nodiadeseuaniversário presa edainiciativahomenagem ao coman- Entrevistamos a senhora queescreveuEntrevistamos asenhora opoe- É notável também que o resultado dessa sur- Mas daquelavidadeumtempo quepassou Hoje rolamemrostos transmitindo alegria Jovens queesperaram vocês dessessonhos? Ah, rolaram quantas emrostos! lágrimas De segundos tudo mudou,De segundos tudo parece não Por gente te quesóquerem ajudar? De seusfilhosqueumdia geraram. Que essesonhotorna-se realidade? Que Que realizações podes realizações Que contemplar, Vendo vidassendotransformadas Ah, quantas vidas órfãs ficaram!Ah, quantas vidasórfãs Quantas mães choraramQuantas mães amorte Mudou para ummundomelhor. Em tão pouco tempo, emfração Quem diria que lágrimas que quelágrimas diria Quem Realização deumsonho Realização Quem poderia imaginar Quem Hoje mudou. tudo Outrora rolaramOutrora trabalho decampo.trabalho confirmado99 Oquefoi no Providência. do comandante daUPP 98 Trecho dodepoimento de alunos. acréscimo umgrande teve mas que, nocontexto daUPP, doGPAE,existia naépoca daPMERJ,um cabo quejá oferecido por curso decaratê Providência, funciona um 97 No prédio daUPP que fundamentaoperdão. “eles não sabemoquefazem”, contemplados pela fórmula ser poderiam implicados dendo porelas, osatores ofensas, masaindarespon- 96 Não sendoautores das 33 artigo As unidades de polícia pacificadora e a segurança no rio de janeiro 34

COMUNICAÇÕES do iser 100 Trecho dodepoimento do comandante da UPP do comandante daUPP Providência. próprio trabalho: do comandantequeenxerga ecomseu aforma pelo respeito. tem comresponsabilidades novas permeadas secompromeum novo pacto noqualaspartes - O poemaatua, portanto, como umconvite para porcional ao poderdocomandante deprometer. sua capacidadedeperdoar épro promessa: e dão sonho, porém, presente nopoema, vinculaper- do”, comono poema. elaafirma do Ohorizonte que asituaçãonão mudou “em desegun- fração do passado violento. sabe, Aautora certamente, damemória eliberação asuperação para sição Trata-se explícitadadispo- deumadeclaração uma questão fundamental.talismo sintetizam do texto e seu sentimen- que a própria leveza epoliciais,entre traficantes podemosperceber perdeu doisfilhos emdecorrência daviolência lembrarmos,Se contudo, do texto que aautora dessefato. osignificado amenosprezar nos levar nessasituação,as falasdosenvolvidos poderiam mental, bemcomo oaremocional queatravessa contrastam com amão amigaestendida. tamares. eaperda Ochoro dasmães damorte as relações podemseestabeleceremoutros pa- açãoe, para novos horizontes abertos portanto, dem serealizar, que, indica peloperdão, estão mudou”, queagoraos significando “sonhos” po- quências. Arecorrência como determos “tudo liberados dasações dopassado edesuasconse- queambos,festa ospoliciaiseelamesma, estão sentou, ainda, umatopolítico. Otextomani- tensões, umatocorajoso. foi Essaatituderepre- em umambienterepleto e dedesconfianças umtextoemhomenagemdicar aumpolicial, sentimental.um fato meramente Escrever e de- aoProvidênciacado comandante daUPP como poema eocontextoentregue noqualfoi ededi- Esse horizonte seconjuga com asexpectativas Esse horizonte ingênuo do texto e seu tomO caráter senti- Seria, nomínimo, arrogante consideraresse que estamos trabalhando emcontato direto coma to, eu vou atuar. Masacho que ofundamental é policial.ser tipo qualquer Seidentificar de ilíci- te, para asociedade. deixei Lógicoqueeunão de Porque agora euestou trabalhando,- efetivamen Estou gostando muito doquêestou fazendo. Uma queoutroravistes mão muitas Hoje, te levaram para umsonho, Ajudar com uma mão amiga, comumamão Ajudar Sonho esseaserealizar. Vidas amatar.Vidas - agir sobnovos fundamentossem deixar deser das UPPs lidacom aseguintequestão: como policialno ofazer para de significado contexto aindavigentes.culturais Ojogo deprodução aatividade policialnospadrõeslo quedefiniria violenta, oudeforma força eleseafastedaqui - violentos. de que, Resisteorisco ao não agircom da atividadepatamares policialpara menos revela atensão que existenodeslocamento Ela deixeipolicial”. queeunão deser “Lógico daimprevisibilidade.afastar osriscos ficar. Essasduasquestõessão essenciaispara confiável, equeaproposta veio para daUPP tos centrais: ésério, queotrabalho mostrar logo, dapromessaé aafirmação quepossuidoispon- O aspectofundamentaldessediscurso, contudo, preconceituoso.posições tradicionais de caráter domoradorenodistanciamentode posição dopolicialnosentidodacompreensãoção da É curioso notar o significado da afirmação daafirmação notarosignificado É curioso daposi- umdeslocamento Essa falamostra um trabalho sério, quenósviemospara ficar. angariar da confiança população. Mostrar queé dar tempo, masoobjetivo é, aqui efetivamente, queépassando credibilidade.lação Vai deman- repetindo, porque éocontato comapopu diário - vejo commuitos bons olhos esseprograma, jáme fazemos muitas coisasboas também. E, hoje, eu édivulgado,não aparece, não infelizmente, nós nós fazemos, diariamente, muitas coisasboas que der, óbvio... mas, muitas vezes, exaltados, porque tados pela mídiademodo queelas queiram ven- minha corporação, onde, muitas dasvezes,- exal felizmente, por desviosdeintegrantes vários da passo éangariar da confiança população, que, in- rio, aíamanutenção desseterritório. Opróximo - deterritó tário. aconquista foi efetiva Primeiro Vai empoliciamento transformado ser comuni- liciamento comunitário, nomeuponto devista. ideia deUPP, éummodelo queaindanão depo- vejo commuitos bons olhos esseprograma, essa morarianão nacomunidade. Écerto. Então, eu morador] tem não para ondeir. Seele pudesse uma questão de sobrevivência mesmo. ele [o Que e simples. vou Eunão divagando ficar muito. É tendo desobrevivência. queéumaatitude Pura denunciavaotraficante. não ção Hoje, eujáen- conseguia entender, àépoca, comoqueapopula- pré-estabelecido, euestou modificando. Eunão sorte. Muitos dosmeusconceitos, queeutinhajá carentes. Estavam abandonadasasuaprópria uma política clara àscomunidades emrelação quesepassaram, governos os vários tinham não rias, muitas. quesão Por muito tempo ogoverno, e diá- ajudando nas suas população necessidades 100

relacionadas pública. àsegurança os moradores discutir as questões locais para Ocorrem, alémdisso, com reuniões periódicas britos, atuarem para como relações públicas. femininas, do como nocaso Tabajaras/Ca- dealgunspoliciais,calação sobretudo praças daes- à produção deprevisibilidade apartir também têm procurado dar institucionalidade previsibilidade. Oscomandantes dasUPPs maiorconfiabilidadeno sentidodeindicar e aatuaçãopolicial,seja umapautaqueoriente na própriaPMERJ que o poder de prometer emmarcha umamudançaposta decolocar queasUPPspara realmente apro cumpram - epelaviolência.truculência Éfundamental distinga dopadrão tradicional marcado pela policialquese deumapostura manutenção polícia. Eleconsiste, palavras, emoutras na rituais, éumaspectocotidianodaatuação perdão dotempopassado. e promessa: apromessa deumnovo tempoeo Esses contextosdeperdão são tambémrituais das Nessas cerimônias,- são encenadas ouritualiza comum solene. ofatodepossuírem umcaráter asUPPs.beram Todas essas atividades têmem atividadesoutras em diversas favelas que rece- munitários, e culturais, esportivos eventos entre bailesdedebutantes,movidos co- casamentos promover oganhodeproximidade. Foram pro- dareconciliação essacostura procuram e fazer que emcampo diversas situações observadas nofatodeseaproximarplicado dapolícia. im- domoradordeassumirorisco pela postura dosmoradores.parte Tal perdão semanifesta dapolícia,por parte eopoderdeperdoar, por o poderdeprometer suaspromessas, ecumprir radores e policiais envolvem a vinculação entre conciliação eganhodeproximidade entre mo- como algo quevaleapena. valorizado que, portanto, ele também seja reconhecido e policial desenvolvido nas UPPstrabalho e para queseconfirasignificadoao – éessencialpara tações dapopulaçãolocal derespeito porparte força –ouseja,não pela seafirma - asmanifes policial? O reconhecimento que da autoridade drigues, de chama “rituais dehumanização”. mandante geral das UPPs, coronel Robson Ro- deviolênciaedesconfiança. momento anterior moradores defavelas do epoliciaisasuperação deumnovo momento nasrelaçõescação entre Em todosesseseventos, estáembutidaamar- O elementodapromessa, alémdassituações Além do caso exemplar narradoaqui,Além docaso existem dere équeasdinâmicas - O queobservamos A essassituações dereconciliação oex-co- 101 situações dereconciliação edeperdão. 102

dimentos claros ecompartilhados, dimentos claros estarpautadaatividade porproce policialdeva - de suaatuação. Por maisquepreguemos quea posta doconfronto edaviolênciacomo motor sidade com que tradicionalmente adere àpro - com amesmainten- em basesnão truculentas que opolicialacredite naproposta detrabalho pela população.panhado de perto É importante e acom- policialsejafiscalizado que otrabalho policial.do trabalho Não bastaqueseconsidere são aspectosdedesgasteedegradação fiança no passado.fizeram A resistência ea descon- policiais dehojenão paguempeloqueosoutros favelas, deacordo compremissas, novas queos policialnas dotrabalho odesenvolvimento para que fez. Ocorre, noentanto, queéfundamental cia semantivesse fielàspromessas de mudança bastasse, ouseja, suficientequeapolí- sefosse sesomente oelementodapromessacessário outros nopassado? por de hoje nãofeito pagar pelo que foi devem aoternativas seguintedilema: porqueosatores al- como umadaspoucas acabo que levamos As situações deperdão napesquisa figuraram relacionadas pública esfera ao temadasUPPs? ponto devistadareflexão sobre asquestõesda em pensar sobreção as situações de perdão do institucionalizá-lo. Por que, então, apreocupa- doperdão,que umaritualização não hácomo ser previstooupremeditado. Aindaquesebus- davingança,ao contrário operdão não pode porque, como argumentouArendt (1983: 252), pensadas doponto devistainstitucional. Isto ponhapública, a pensar a esfera não podem ser a argumentação quese e maissutilpropara rio - é fundamental para aatuaçãopolicial é fundamentalpara como outro qualquer. Adimensão existencial queopolicialsejaumburocratademos esperar discursos de nossos entrevistados como elemento discursos denossosentrevistados como elemento mensão é que ela está muito presente nos e omodocomo ocorrem. tante descrever eanalisarassituações deperdão a atuaçãopolicial. Parece-nos, porisso, impor- tanto, vinculada àprodução para designificado A capacidadedeprometer eentregar está, por- osucessodesuaatuação.to fundamentalpara A motivaçãodaatividade policialéumaspec- policiaissão aqueles queninguémquer.serviços ficidade daatividade policial, queos ao afirmar Bittner (2000)tambémtraduziubemaespeci- necessário. eusá-lasefor umaarma a portar ca, afinal, não étodo mundo queestá disposto muito possui uma natureza trabalho específi- Responder aessaquestãoalgo nãone- seria As situações deperdão, aspectomenosordiná- Outra razão para darmos atenção aessadi- atenção darmos para razão Outra 103 não po- 104 eseu

doutoramento. Muniz (1999)emsuatesede 104 Assimcomo avaliado por Patrício (2010). ePinto deCaruso,analisada emartigo dade policial naPMERJ foi conhecimento sobre aativi - enareproduçãoformação do elementos fundamentaisna 103 Aausênciadesses população envolvida. das UPPs esuapercepção pela atividade policialnocontexto produção a desentidopara possibilidade demotivaçãoe dascondiçõesno cerne de econsistem de significado emocional estão plenos caráter e sentimental. Ochoro eo cuidadoso como algo piegas terpretada peloanalistamenos esse tipodecenapodeserin- Providência,policial daUPP dopoemaao que nocaso se recompor. Damesmaforma dar umapausanaconversa até emocionou, chorou de eteve policiais, ocoronel Robson se entre moradores defavela e relação mento deumanova situações deestabeleci- mesma entrevista, ao falardas que, notarmos portante nessa Multishow.fechado Éim- AfroReggae, exibidonocanal Urbanas”, Cultural doGrupo “Conexões televisivo programa 102 Ementrevistaao René Girard. autores como oantropólogo de por meiodecontribuições política atravessam ateoria antropológicas, mastambém de destaque nasdisciplinas sobre quepossuilugar rituais eempírica teórica literatura de nosremeter à vasta “ritual”, não temosaintenção otermo optado porutilizar 101 Aindaquetenhamos 35 artigo As unidades de polícia pacificadora e a segurança no rio de janeiro 36

COMUNICAÇÕES do iser mento dopároco queatuano 107Batalhão deOperações 105 Trecho dodepoi- Especiais daPMERJ. Tabajaras. outro patamarderelações. Elediz: umnovo momento, traz dita queaUPP com tambémprocurabajaras demonstrarque acre- nismo, reputando a Jesus a invenção dessa ideia. - doCristia (1983) constrói apartir suateoria deperdão, dasdinâmicas toras vistoqueArendt como figuram mediadorasepromo cristã - triz Não coincidência quereligiões émera dema- na suaproposta epretende com contribuir ela. fieis aseaproximarem porque daUPP acredita messas da polícia. que estimula Ele afirmou seus tou, então, como uma espécie de fiador das pro- ouseaproximarUPP dapolícia. Eleseapresen- ounãobre frequentar sedeveriam oprédio da muitos “irmãos” oprocuraramcom adúvidaso- essa situação de mediador. Ele nos contou que creveu opoema ao comandante daUPP, adota quees - asenhora aigrejalidera aqualpertence Providência onde umpastorlocal, omesmoque inserção religiosa. Issoéverdadeiro da nocaso te, com locais elassão mediadas porlideranças dão nocontexto daUPPs éque, frequentemen- cínica. engano ideológicooudafalsificação que considerasuaspercepções do como fruto adotaremos, emmomento nenhum, apostura zem, epensamnossosentrevistados, fazem não com relaçãoque sejamoscríticos àquilo quedi- os sujeitoseprotagonistas desta pesquisa. Ainda àquilo quepensamefazer analítica importância palavras,tras queoptamosporrespeitar edar em premissas próprias. Issoquerdizer, emou- nenhuma consideraçãoreflexiva fundamentada sobre anão colocar osensocomumleva-nos Arendt (2008), queadotamos nestetrabalho, compreensivo,de caráter inspirada por Hannah plo, isso. mostram A perspectiva metodológica Providência,o comandante da UPP por exem- vidades dasUPPs. Ostrechos daentrevistacom dasati- desucessonodesenvolvimento tenção dascondiçõesem torno depossibilidade deob- designificados a construção para importante O párocoqueatuanoMorro católico dos Ta- dassituações deper- Uma dascaracterísticas mado atermado umcerto status eater umcerto tipo por parte dapolícia porque policial ser você écha- zões, epor certos aspectos também compreensíveis tinhapolícia1996 aqui edepois, por ra várias - tinha polícia. Inclusive quando eucheguei em empositivo,mudança comcerteza. Porque aqui soa que é opolicial, aqueele remete. Há uma mudança, desse quadro, uma reversão da pes- perigoso, maseu vejo queestá simhavendo uma Houve umperíodofalardapolícia queaqui era do nosso povo. a referência foi lícia nem sempre Por umhistórico antigo erecente emqueapo- te doBope presidente daassociação demoradores étenen- do pelosoutroslíderes dois principais locais. O quela favela.- Esseperfiltambémécompartilha Batan eépastoremumaIgreja Pentecostal na- líder local, quepossuiumaONGatuano unidade comoéum relações daUPP públicas distinção daseguinteforma:distinção locais. Batan define essa Umpolicial da UPP eas as desconfianças resistências dosmoradores portanto, daquelas queatravessam amemória, edepodersão diferentes,posições identitárias ocupadauma milíciaequefoi pelaUPP. As controlada que era localidade aúnica por foi tinto dodasdemaisfavelas com UPPs. OBatan vinculações partidárias. comunitária.de liderança Todos elespossuem tambémpossuiumaONGedisputaolugar cal religiosa).ele éumaliderança pastorlo- Outro (mesmonão sendosacerdotelocal nessaigreja, liciamento da UPP. de proximidade entreeopo- apopulaçãolocal deprodução notrabalho sui umlugarcentral ado pelapromessa epeloperdão. deumnovo pacto- perme aconstrução para rias religiosas comoas lideranças possíveis- trajetó com percebido dearticulação asoportunidades nossa pesquisa, ter oscomandantes mostraram relações entre fieiseopoliciamentodasUPPs. delíder figura religioso atuacomo mediador das que nos deu, uma situação na qual sua teríamos aspectosdodepoimento homilia incorporasse igreja local, essaspontes. tentaconstruir sua Se campo, se aatuaçãodopadre, diantedosfieisda res. Não possível foi identificar, de notrabalho erelaçõesdas posturas entre policiais emorado- O contexto doBatan, porém, éumtantodis- No doBatan, caso amediaçãoreligiosa pos- Nas quatro áreas com UPPs onde realizamos de mudança fala se vinculaaos horizontes Sua primo detraficante,primo traficante, de tem irmão tem Estado está aqui. tem detraficante, Aí irmão tem e aíépolícia.anos deopressão Acabou, agora o pessoal gosta. não né?Elesvêm de40 Édifícil, com osmoradores]. Agora outras UPPs aí... o posição deestima. umquandopassaquer umpolicial, queéuma tem eotipo derelacionamento quevocê vê qual- cionamentos. Você vê queotipo depapo quevocê também umamaiortranquilidadesimnosrela- positivasim uma mudança a respeito desse fato e de comportamento comseupovo. (...)Então, há Aqui no Batan, é tranquilo [o relacionamento 107 elíderdeumaIgreja Pentecostal 105

O sargento que atua nessa

importância de umaquestão essencialquecor- importância essa dimensão doproblema, a tentando mostrar policial em favelas cariocas. Procuramos realçar distintos dospadrões tradicionais deatuação de policiamentodasUPPs sobre patamares aconsolidaçãocentralidade para daspráticas aqui apenas aexistênciadessaquestão esua licial nocontexto dasUPPs. Tentamos mostrar dalegitimidade daatuaçãopo- e aconstrução a investigação do protagonismo religioso local ressante agenda outros de pesquisa para estudos policial.ção Constitui-se, portanto, umainte- entre osmoradoreseaatua- articulação locais possuem umlugarfundamentalnamediaçãoe vas dasalvação, apresençaeatuaçãoreligiosas dopovo doBatan. asalvação para policial, representaria umpassomaisacabado validade eacreditamdessaunidade naspráticas dos religiosos protestantes quecorroboram sua ficado comficado omal. como figura oelementomaisidenti- territorial evolutivas. dedrogas Otráfico eseucontrole tante dasalvação, são etapas eamilíciaUPP éoestágiomaisdis- gradação naqualotráfico que entrevistamosnoBatan, parece existiruma testante presentes nosdiscursos de religiosos arealizaçãodaprópriasalvação.buindo para promoverem operdão, acreditam- estarcontri policiais eosmoradores doBatan, emvez de ao adotarem asituaçãodemediadores entre os Os líderes religiosos dessavertente, portanto, dopovo daquele lugar. desalvação narrativas com dapresençaeatuaçãoUPP tificação entrevistamos no Batan, recorrente foi a iden- do quemediador doperdão. so noBatanatuamaiscomo agente dasalvação doBatan.bem ao caso Oprotagonismo religio- racterística, otemadoperdão tão não seaplica drogas (irmão, de traficante). primo ca- Por essa eafinidade comde otráfico de pertencimento asresistênciasdosvínculos existiriam oriundas favelasàs outras dominadas pelotráfico. Alinão rio, érelatado com umavantagem com relação não oferecer dificuldades. Essefato, ao contrá- ocupado porumamilíciapareceanteriormente existência deresistências, ofatodeBatanser Seja nodiscursodoperdão,Seja - sejanasnarrati Nas narrativas escatológicas de caráter pro- decaráter Nas escatológicas narrativas Entre osreligiososprotestante dematriz que doganhodeproximidadeEm termos eda tende emalgunslocais. aceitação anão cocaína naesquina(...)Então, aqui agente en- podenão maisfumarmaconha, pode não cheirar aquele quesedavabem comotráfico. (...)Ele 109 OsucessodaUPP, navisão 108

tação das UPPs, a abordagem de pessoas é mui- abordagem depessoas. da atuaçãopolicialnasfavelas com UPPs éa fato dequeumadasatividades maisrecorrentes mentos são postos em cena. Isso se acirrapelo tensões seprecipitam eosdesgastesdistancia- faz perceber, portanto, pelaabordagem, todasas marca dessapresença. essapresençase Quando comconvive a violência como historicamente ela émuito maiscoercitiva ocidadão para que qualquerpessoa,policial éconstrangedorapara moradores defavelas epoliciais. apresença Se desgastesetensõesnasrelaçõesproduzem entre já daviolênciaanterior e alatênciadamemória riores destetrabalho, asimplespresençapolicial e aindamaistensosdesgastantes. tretanto, essetemaganhacontornosespecíficos pelapopulação.ção Nos contextos deUPPs, en- desgastes entre a atuaçãopolicialesuapercep- entretanto, e éumafontetradicional deatritos e reconhecidos como legítimos. Essaquestão, de acordo com procedimentos padronizados recomenda queaabordagem policialocorra constrangedora.foi Époressaquestão quese um policial que não considere que a situação dado. Não háquemtenhasidoabordado por física pode contra usar o a sujeito força abor- fato dequeaquele sujeitoqueestáabordando delicado, aabordagem policialestávinculada ao econduzidostos ecomandosdemodo claros deacordoseja etranscorrida com procedimen- por isso, constrangedora. Por maispolidaque mão emalguém. Apresençapolicialésempre, apôr o agente doEstado queestáautorizado perceber, até mesmo, fisicamente. O policial é maispatente, deforma manifestam fazendo-se se presença policialeoaspectodousodaforça específicos nocontexto dasUPPs. atividade policialemgeralqueganhacontornos vidade frequente. Esseéumtemasensível da muitode pessoasfoi relatada como umaati- nodiaadeseutrabalho,zem aabordagem nessas unidades, indagando-ossobre oquefa- UPPs. Ao policiaisqueatuam entrevistarmos das que constituem o fazer tante nas práticas no RiodeJaneiro. das UPPs pública e das questões da segurança dotema piegas esentimentalpelosintérpretes re de ser subestimada o ou risco avaliada como Nos momentos iniciais, sobretudo, daimplan- Como emseçõesante- procuramos identificar A abordagem depessoas é viapelaquala A abordagem policialocupaumlugarimpor- A bordagem e atrito 110 no Morro Santa Marta. no Morro Santa deabordagem de umacartilha dasociedade civil,e lideranças pação depoliciais, moradores conjunta,ração - com apartici motivou, porexemplo, aelabo- 110 Essetipodeproblema não memetocontigo”. não semetecomigo queeu traficantes, nabasedo“você de respeito mútuo com os que mantinhamumarelação religiosos tenham relatado 109 Aindaqueoslíderes Batan. um policialdaUPP 108 Trecho dodepoimentode 37 artigo As unidades de polícia pacificadora e a segurança no rio de janeiro 38

COMUNICAÇÕES do iser - policiais queatuamnopatrulha destacar para dante, aoum deseussubordinados pedirpara vai verdospoliciais aatitude totalmente diferente.” sentido: madrugada,“De sevocê vem aqui, você turnos. Um morador do Batan afirmou, nesse em plantõesespecíficos, osno- principalmente conduta emsituações deabordagem ocorrem trevistados napesquisa, dequeosdesvios dospoliciaisdasUPPs.parte to, podeserumafontedeabusoseexcessos por desgastes eaprofundar- asconsequências doatri da abordagem policial. Isso, alémdereiterar os to éumdosresultados dosconflitos decorrentes nas situações deabordagem.- pordesaca Aprisão dosmoradores tentamento eresistência porparte comocada resposta àsmanifestaçõesdedescon- complicados. écomumente Essacategoria invo- aindamais esse temaproduzadesdobramentos que para ambiguidades contribuem dessanoção conflitosque produzem preocupantes. sobre eledemonstra oacirramentodastensões desse fatoedeseusdesdobramentos, anarrativa to docomércio local. Adespeitodaveracidade dos policiais, ordenado- queteriam ofechamen que produziu uma reação inadequada por parte sidoatiradanocarrodaPolícia, teria pedra o exemplo, noBorel umasituaçãonaqual não sersubestimadas. devem Foi relatada, por entretanto, situações produzem deconflito que com osmoradores. Essastensõesedesgastes, ditos como aexceçãoenão aregra narelação peitosos. Essescasos, entretanto, são, emgeral, quado na situação de abordagem, sendo desres- os moradores demodoade não- secomportam policiais, comuns foram asafirmaçõesdeque do Tabajaras/Cabritos edoBatan. Por dos parte Isso ocorreudaProvidência, tambémnocaso quado, sendo muito e até truculentos. ríspidos policiais não abordam aspessoasdemodoade - no Borel asqueixasdosmoradores dequeos de desgasteentre eles. Foram muito frequentes policial eomorador, resultando- emumgran o imbróglioimplicados grande noqualforam e suamulher. Toda asituaçãoculminouemum entre em uma briga ele no policial que interveio dadolatou queumhomemuma teria “rasteira” moradores dasfavelas eospoliciais. ereiteração dedesgastesentrete deatrito os não oferecem risco.- Essaéumafonteimportan nescentes e “filtrar” quaissão osmoradores que criminosos rema- identificar policiais buscam to frequente. daabordagem Éapartir queos Em uma das UPPs que visitamos, seu coman- Foi comum orelato, entre osmoradores en- etodasas àautoridade dodesacato A categoria No Borel, porexemplo, ummoradornosre- sos doscomandantes edospraças. principalmente, nacomparaçãoentre osdiscur- policial.des dotrabalho Essecontrasteocorre, respeitorealmente àsvocações efinalida - dizem que questionam seasatividades desempenhadas dá algumfruto; poroutro lado, hápercepções que efetuam, finalmente, e possuisignificado por umlado, asensaçãodequeo policiamento ambíguo.sempenham possuiumcaráter há, Se percepção dospoliciaissobre quede- otrabalho dapresente decampo pesquisa,o trabalho a envolvidos. damental queelesejareconhecido portodosos dimento sejapadronizado efiscalizado, éfun- na abordagem policial. Não bastaqueoproce- as regras, procedimentos econdutas implicadas entretuação local moradores epoliciais sobre lugar, que sejam estabelecidas situações de pac- fontes doatrito. e coercitivo, diretamente sobre as seminterferir apenaspunitivoIsso porque possui umcaráter tensões. oconflito eamenizar peito adirimir é importante, mas insuficiente no quediz res- dos pelaresponsabilidade epelaracionalidade, cional nosmodosdegestão pauta- modernos policial nasabordagens. Essaferramenta, tradi- e acompanhar os excessos edesviosdaconduta mos de controle que possam fiscalizar externo - e se consolidemque se mecanis estabeleçam de abordagem. Énecessário, emprimeirolugar, sobretudo, aosnassituações quesemanifestam tes àsrelações entre osmoradores eospoliciais, atuantes nasUPPs. as diferentes tarefas operacionais dospoliciais acordo com os plantões, mas também conforme abordar osmoradoresnão somente variam de distintos dos policiaisnomodode tratamentos que ação os do comandante nessa cena indica padrão tradicional deatuaçãodaPMERJ. Are- dade deconfronto, maispróximo, portanto, do do policiamento mais voltado a possibili- para Ações Táticas, encarregado atuavanaquela UPP pelo amordeDeus!”. OGAT, de Grupamento do GAT?”. Ao queretrucou: GAT“Do não, so pesquisador, como teve resposta: “Pode ser entrevistados quefossem pornos- mento para Nas conversas e observações quecompuseram Nas conversas eobservações É recomendável, poressarazão, emsegundo osconflitosExistem duassaídaspara ineren- os C omo a “fei em com s u resta a j

p oada” de cada dia ró p p n ara oliciais p te da P ria at ção com o u MER p a ercebem ção J:

ção emdinheiroção qualitativo.- Aindaquerecebam umagratifica possarepresentarUPP umamudançaouganho com relação anterior aqual uma experiência tanto, osmesmosparâmetros profissionais de fissional como policiais. Elesnão possuem, por- pro experiência - essas unidades como primeira recém-ingressos nacorporação, tendo amaioria geral,neira queatuamnasUPPs ospraças são quedesempenham.cebem otrabalho Dema- per- nomodopeloqualospraças não severifica correndo otrabalho. com os plantonistas saber como- para estátrans visitarasunidadesemcontatocuram ouentrar nos diasquandonão estão deserviço, elespro- da semana. Elesrelataram, ainda, que, mesmo ligadosfuncionais 24horas, ficam todos osdias danoiteequeseustelefones das8horas torno por volta damanhãesósaem das 8horas em comum orelato ao deque eles chegam trabalho doscomandantes queentrevistamos.parte Foi nham eumengajamentoacima damédiapor dida, asatisfaçãocomquedesempe- otrabalho relativo prestígio. Issoexplica, emalgumame- de umaposição significa comandar umaUPP das UPPs, resultam em uma situaçãonaqual vel apoio político einstitucional aos comandos fatores,- associados ao fatodequeháumrazoá mum entre osjovens oficiaisdaPMERJ. Esses profissionala aquisiçãodeumaposição inco- tambémrepresenta deSegurança da Secretaria doEstadofes Maior, docomandante-geral e dade administrativacom- osgabinetesdosche constante com oComando-geral eaproximi - ocupe ocomando deumaunidade. Ocontato de queumjovem oficial,capitão, napatentede PMERJ, asUPPs propiciam apossibilidade e unidades operacionais eadministrativasda contraste com arealidade dosdemais batalhões de reconhecimento.boas oportunidades Em peito àslinhasdecomando, asUPPs fornecem ordinários não fornece. deresultadosção nosbatalhões queotrabalho o reconhecimentopara profissional e a persecu- perspectiva define a existência depossibilidades realmente tem consequência e finalidade. Essa fala deque, agora, algo que fazer elespoderiam aatividadepara policial. Foi muito comum a denovos horizontes estabeleceaabertura UPP das linhasdecomando, apercepção dequea depoimentos indicam Seus comandantes. asfalasdos desatisfaçãoque permeia mo grau identificamos, emseusdepoimentos, omes- Essa mesma situação profissional dedestaque Do ponto devistaprofissional, noquediz res- Nas entrevistasquerealizamos, há, porparte 111 para atuarem para nasUPPs, não prisões outrocatiros.prisões efetua lhessãoeelequasenunca trazidas local qual asmaisdiversas demandasdapopulação à situaçãodopoliciamentodeproximidade, na osconfrontos),(são raríssimos opolicial levam além denão oferecerem essetipodeexperiência de vivenciar asituaçãodeconfronto. AsUPPs, naPMERJentra aexpectativadapossibilidade do jovem que noÉ imaginário sabido que figura datropaque compõem amaioria dasUPPs. cular deconstrangimentoaos jovens policiais seções anteriores,- parti umaforma produzem nela envolvidas). tem detercom aocorrência ecom aspessoas ecomprometimentointeração queopolicial apelido de “feijoada”, sobretudo, de pelograu baixo potencialofensivo asquaisdão ojocoso e de atendimento de ocorrências corriqueiras com o depolícia(háumafrustração trabalho o questionamentoserounão sobre oquefazem onde elesvivem, principalmente, aBaixada; (iv) nasáreas de policiamentoquenão osalcança umaforma fato deexperimentaremnaUPP tos morarem longe desuasresidências; (iii)o usarobanheiro);ou para (ii)aquestão demui- tos (porexemplo, terdepedirumcopod’água ficarem muito expostoseestesconstrangimen- tente narelação com osmoradores edofatode tos: que resulta (i) o desconforto da tensão exis- percorremdo seutrabalho osseguintesaspec- atividades quedesempenham. operacional como das àpróprianatureza trutura problemas tantonoquedizrespeito àinfraes- ram oficiais comandantes dasUPPs. ças, na mesma medida do que ocorre com os redirecionem- as expectativas desses jovens pra nais, alémdacompensação para financeira, que O problema é não haver incentivos profissio - policiais possuem com relação a sua profissão. correspondem àsexpectativas que os jovens lação queopoliciamentotradicional, elasnão PMERJ prestar àpopu- deveria efetivamente que a dades estejammaispróximas doserviço Muitos são decidades serranas, ousul donorte muitoem locais distantesdesuas residências. praças, asqueixasdequeelestêmtrabalhar to comuns, nasconversas quetivemos com os odo emqueestivemos emcampo, mui foram - os destacouaatuaçãonasUPPs. para No- perí doestado, atuarnointerior chamados para e porou jovens concursados, ser queesperavam muito porefetivo, grande incor- acorporação As tensões latentes, em das quais tratamos As questõesqueapontam como dificuldades Tendo emvistaque asUPPs seexpandi- 113 rapidamente ehouve rapidamente umademanda 112 Aindaquesuasativi-

estamos em22. unidades inauguradas; hoje, já presente pesquisa, havia10 iniciamosa 113 Quando menor potencialofensivo. atendimento aocorrências de dospoliciaiso da maiorparte combate. Predomina narotina relacionadas àsexpectativasde não atividades efetuam realizado pelaPMERJ, policiamento tradicional no policiais quetrabalham aqui, que, mesmoos lembrar,112 Éimportante 111 No valorde R$ 500. 39 artigo As unidades de polícia pacificadora e a segurança no rio de janeiro 40

COMUNICAÇÕES do iser tigo emqueavaliaocontexto UPP da Rocinha também foi daRocinhatambémfoi UPP da greve policial ocorrida no da greve policial ocorrida 118 A definição deHannah 118 Adefinição Alemão, inauguradas foram 117 Ver Caruso, Patrício e aborda essaquestão emar- algumas UPPs, noperíodo novamente, nosso atornar estado daBahia, noinício inaugurada nesteperíodo. Arendt dequea violência 115 Ver Rodrigues, 2011. da escrita desteensaio.da escrita A é aaçãomuda nos ajuda, 116 Rodrigues (2012) 116Rodrigues argumento maisclaro. 114 No Complexo do Pinto (2010:Pinto 108). de 2012. sa querealizamos, emoutros depesqui- trabalhos verificamos profissional, quesejamassegurados. para Como reitos contribuir, quedevem emsuaatividade serem contemplados pelatutelademuitos di- denão odesconforto costumam experimentar Como agentes da lei, ospoliciaisbrasileiros écommanifesta relação ao mundo dodireito. no Brasil. maiscomum Aforma emqueelase e àatividade policial pública tivas àsegurança uma contradiçãotradicional nasquestõesrela- ele vive, não possuiamesma segurança. Issoé láporquemorar naBaixada Fluminense, onde Providênciaatua naUPP nosdissequequeria tado noslugares onde elesvivem. que Umpraça nãotrabalho éomesmoqueentregue peloes- emseu queelesefetuem ciamento queseespera contradiçãoestrutural: o uma importante poli- nasUPPspraças dizrespeito à percepção de contentamento aatuaçãoprofissional para dos esse remanejamento. grande,será quesecumpra oquedificultará a demanda por efetivo Alemão, do Complexo no recente deUPPs deinauguração naRocinhae assuascidades,para mas, com aperspectiva no derealocar, emmédioprazo, essespoliciais de muito desgasteprofissional. Haviaumpla- às suascasas. Issoseapresentou como umfator trabalho, comoretorno amesmadistânciapara aos chegar seuspostosde para deslocamento tenham depercorrer detrês aquatro de horas do estado, que, oqueimplica plantão, acada de direitos desses profissionais. dasgarantias a preocupação com aobservação zada, como potenciaisvioladores, semquehaja pelo sensocomumespeciali- como pelacrítica diante dosquaissão emgeralretratados, tanto ciais com relação ao tema dos direitos humanos, resistência agrande das fontespara dospoli- (PO). Patrulha (RP) edoPoliciamento Ostensivo tudo, nasatividades convencionais daRádio na prática, nasatividades operacionais, sobre- de “malícia” ou “tirocínio” quesóseaprendem litares do Rio de Janeiro consistem na aquisição que predominam dos policiais mi- na formação etapa necessária para que se forje umpolicial queseforje para etapa necessária é outro aspectocorrentemente apontado como mais velhos. ocombate também Experimentar queocorreriências noconvívio com ospoliciais processo de aquisição de conhecimento e expe- policialno setorna efetivamente que onovato cionais e reconhecidos como osmomentos em de policiamento são requisitosformas tradi- Uma questão curiosa que figura como que figura um des- Uma questão curiosa Os modosdetransmissãodoconhecimento 117 Ir para as ruas e experimentar essas eexperimentar Ir asruas para 115 essaé, porexemplo, uma 114

116

policial está implicada nas questões de policial fundo do está implicada meado portensões, noqualaprópriaidentidade aocorrência.encaminhar Emumcontexto per- e nãoneutralizar violentopara decaráter turas umconjunto desaberes mobilizar para epos- em lidarcom asituaçãoequeestejapreparado requer queopolicialtenhamaiorsensibilidade são maiores epredomina ousodaforça. nosquaisospatamaresnos casos deviolência como emocionalmente,sica que maisimplicado a ocorrência. Eleestá, nessassituações, tantofí- de violênciaelidarmodomaispróximo com que o policial procure interceptar os potenciais sejamouvidase policial demandaqueaspartes ou não, interpessoal, denatureza aintervenção envolvidas.e aspartes Emconflitos, violentos a impessoalidade eadistânciaentre opolicial Nas ocorrências maisviolentas, predominam queopolicialtemcomenvolvimento asituação. ofensivo, interpessoal, decaráter de éograu tariamente, ocorrências demenorpotencial depoliciamentoqueatende,trabalho - priori policialnaPMERJ.trabalho novos valores o quesejamfundamentaispara equedemandaseconstruam ter cultural ração. Esteé, portanto,- umproblema decará demenorprestígiotrabalho - dentro dacorpo sermenospolicialouexecutar umsignificasse uma fonte de constrangimentos; como se isso dotempo,parte aessasocorrências dedicado é que realizamosnapesquisa, estar, namaior pudemos perceber nasentrevistascom policiais policial predominante naPMERJ. Pelo que ce representar uma tarefa menor no imaginário policial. Lidar com a “feijoada” é algo que pare- àquilo quedefine, porexcelência, otrabalho tipo dedemandanão évistocomo pertinente profissão, infelizmente, oatendimentoa esse policiamento dasUPPs. Nodessa imaginário das tarefas muito recorrentes nocotidianodo de locomoçãoeproblemas desaúdesão outras corro eoauxíliodepessoascom dificuldades e aquaisdemandascostumamatender. Oso- nocotidianodeseutrabalho costumam fazer entrevistados quandoquestionados sobre o que rências nasfalasdenossos quemaisfiguraram ou não ao consumo deálcool, asocor- foram e respeito ao silêncio, rixas, brigas, vinculadas las UPPs. relativas ao volume dosom Questões minam narotina dopoliciamentoefetuadope- que estão muito distantesdesseimaginário. aessasunidades lidamcom questões pertinente deiniciaçãoeaatividadeesse trajeto policial de verdade. AsUPPs, felizmente, não cumprem Outro tipodeconstrangimento relativo ao Outro predoOs- conflitos interpessoal denatureza 118 Isso gar simbólicododesprestígio. ofensivo. Tais sairdolu- habilidades deveriam nãode natureza violenta ou de baixo potencial lidareresolver situaçõesciência para deconflito pelo qualaPMERJ ahabilidade eaefi- valoriza omodo haver especialpara deve umaatenção mais sensível ecomplexo. Consideramosque caráter de conflito eviolênciaquepossuemum a tropalidarcomformas para estejaqualificada tação da violência. É importante, contudo, que legítimas deresolução deconflitos eintercep- percebidaera e peloEstado epelasviasformais muito recorrente, equeantesocorria, masnão nas favelas.ça Trata-se de uma questão grave, dosassuntospúblicosrelativosesfera - àseguran passeaserumtemacotidianona e doméstica É muito quea violência de significativo gênero ela sesentiuencorajadaadenunciaroagressor. tuar emsuasituação. Com aentradadaUPP, - efe poderia queotráfico tipo deintervenção mantinha emsegredo asituaçãoportemero sava sexualmentedesuaenteada easuamulher relativo àviolênciadegênero. Umhomem abu- decorrenteefetuado umaprisão deumcrime plo, tivemos orelatode quetinha deumpraça de praças. No Morro daProvidência, porexem- trar, com asexpectativasepercepções datropa -se emdescompasso, peloquetentamosmos- os conflitos interpessoal, denatureza encontra- para de vazão de trajetos cia armada e à abertura UPPs, no quedizrespeito àredução daviolên- tropa osveem. trabalho, mascomo acreditam queorestante da somente nomodopeloqualelespercebem seu doscomandantes,a experiência não sebaseia atuantesnasUPPs,praças emcontrastecom A situaçãodedesprestígio pelos experimentada oficial como algunsanalistas ao policiamento comunitário, tantoodiscurso como algo naUPP similar balho desenvolvido po seconfundam e, vez poroutra,- otra tratem policiais com osquaistivemos- contato emcam de desenvolvimento dasUPPs.de desenvolvimento Oquecostuma ciamento. Elefigura, entretanto, nohorizonte ro queasUPPs nãoessetipodepoli- efetuam mação e na cultura profissionalmação enacultura daPMERJ. - nafor policial aindapouquíssimodesenvolvido apuradas. Esse, entretanto, dosaber éumcampo sejamaindamais não violentasedialógicas conflito, éfundamentalqueessashabilidades O O avanço prático eoperacionalO avançoprático obtidopelas Ainda queosdiscursoseaspercepções dos

p oliciame como horizo n to com 120 - cla jádeixaram n un te itário 119

citada. algo comosignificar apremissa anteriormente lação local, mastaisencontros estão longe de geral, com apopu- realizarreuniões periódicas 18). Oscomandos dasUPPs costumam, em coordenado dasegurança” naobtenção (2000: exercero públicodeve umpapelmaisativo e dopoliciamentocomunitáriosa central éque dasUPP.às práticas eles: Segundo “A premis- com dedistinção relaçãoa questão principal entendermos ciamento quejáésuficientepara depoli- forma dessa fundamental edefinidora e DavidH. apresentam Bayley umapremissa sões ao redor domundo, Jerome H. Skolnick policiamento comunitário esuasdiversas ver- como políciacomunitária? terizado então, dasUPPs otrabalho - não podesercarac entre a situação atual e a meta futura. Por que, zonte, sejaútilavaliarquaissão asdiferenças policiamento comunitário- épostocomo hori que elasficar”. para “vieram pelos gestores dasUPPs, alémdapromessa de é, aliás, definidooficialmente oúnicohorizonte nar unidades depoliciamentocomunitário. Esse população local, mas, no futuro, podemser tor- nada área maisestreita eumainteração com a - emdetermi fundamental éapresençadiuturna liciamento deproximidade, cujacaracterística veis pelasUPPs équeelas, hoje, opo- praticam ser postopelodiscursodosgestores responsá- normas definidoras dopoliciamentocomunitá definidoras normas - mento comunitário: do policia- definidoras em algumas normas ral na gestãodasegurança. local edoprotagonismoparticipação comunitários decoordenação da forma ouinstitucionalização namento daproximidade, mastambémalguma segurança. não somente orefi Issoimplicaria - ampliação deseuprotagonismo da naobtenção a não significa e demandas da população local Em um dos trabalhos demaiorfôlegosobreEm umdostrabalhos o que,Consideramos razoável umavez queo Podemos que apenasositens2e4dessas dizer detalhamessapremissa eBayley ge- Skolnick zar ocomando.”zar (2000: 19). locais; dascomunidades zação e4. Descentrali- não-emergenciais; 3. Aumentar aresponsabili- parades depatrulhamento osserviços enfatizar base acomunidade; 2. Reorientar asativida - 1. tendo do crime acomo Organizar prevenção comunitário –, normas: tendem aseguir quatro invés– ao deapenas opoliciamento falarsobre “(...) quandoosdepartamentos depolícia agem 121 Orefinamento daescutadasquestões todas asunidades. darotina de parte fazem 121 Essesencontros não Machado daSilva, 2010. 120 Ver, porexemplo especiais decombate. ser pautada pelasoperações policiamento emfavelas deve de prioritária de queaforma dos nestetrabalho, apercepção os policiasmilitares pesquisa- também quepredomina, entre violentas. notar Éimportante dos saberesnão eferramentas ao emdetrimento usodaforça questões relativas ao combate e policiais daPMERJ, as para existente naspercepções dos no qualvemos aprioridade, (2010:Sento-Sé 56e67), coordenado porJoão Trajano ser consultado o trabalho 119 Aesserespeito, pode 41 artigo As unidades de polícia pacificadora e a segurança no rio de janeiro 42

COMUNICAÇÕES do iser população carcerária mundial população carcerária é umdosíndicesdessacon- Stuart Mill (1861, Mill Stuart cap. VI). da UPP circulamda UPP poucono ser consultado o estudode 123 O enorme número123 Oenorme da 124 Aesserespeito, pode entrevistados napesquisa alegaram queospoliciais alegaram 122 Algunsmoradores interior dafavela. interior tradição. coletiva équestionada. dos daação, davida democrática aorganização eresultapendentemente dosdesdobramentos - policiaissãoforças chamadasaintervir, inde- pacíficos. equeas Toda queháumcrime vez consolidar modosdeconvívio e democráticos qualquersociedade para quepretendadelicada sua prerrogativa éumaquestão dousodaforça mento comunitário desejável. Opoderpoliciale pulação sãoopolicia- doisaspectosquetornam dapo- decontrolegrau eaparticipação externo sejaopoliciamentocomunitário.plurais Oalto com as sociedades democráticas, e pacíficas ma depoliciamentomaisdesejável econgruente porém, não há dificuldades for- que a em afirmar das médias. Deumponto devistanormativo, - dascama com estilosdevidacaracterísticos depoliciamentoquepossuiafinidades forma possível perceber queelesestão falandodeuma baseada nacomunidadeprevenção docrime é descrevem osaspectosda eBayley Skolnick regiõesou emoutras dacidade. Quando, aliás, policial,te detrabalho sejaemáreas defavela maisadequadamunitário sejaaforma eeficien- prevenção daviolência. de deestratégias da populaçãoeelaboração nosentidodoenvolvimento cos movimentos dopoliciamento,é maisatônica mashápou- da cidadania nos processos de intervenção da da cidadania nosprocessos deintervenção eaguardar ademanda. rua deestarna mantémumapostura pela UPP marcado pelareatividade, prestado oserviço se diferenciando dopoliciamentoordinário, preventivo.completamente umcaráter Mesmo entre esuatropa. ocomandante deUPP seja possível perceber umamaiorproximidade daPMERJ,ao restante daestrutura mesmoque esimilar aindamuito vertical possui umcaráter mando. Aatuação, emâmbitolocal, entretanto, autonomia com relação deco- àslinhascentrais quepossuirelativabelecido umcomando local geraldaPMERJ.diz respeito àestrutura Éesta- GPAEs, nas UPPs, são descentralizados noque reorientadas. quenão foram cas anterior,na seção com- códigosepráti culturais convive, entretanto, como procuramos mostrar apresentadas pelapopulaçãolocal. Essaquestão policial,prática mastambémpelasdemandas genciais ocorre pelaredefiniçãoda dapostura pelas UPPs. mento de proximidade atualmente praticado estão,rio parcialmente, presentes nopolicia- Não dequeopoliciamentoco- hágarantias É curioso notarqueasUPPsÉ curioso não assumem Os comandos, assimcomo ocorreu com os não emer- os serviços A reorientação para 123 São tênuesoslimites São 122 Aviolêncianão

distribuição dasáreas abrangidas,distribuição claro que fica norte, com unidadesoeste. isoladas nazona Pela médiadazona suleosbairrosda zona declasse Elas cobrem, atualmente, dasfavelas amaioria são considerável das áreas por elas. abrangidas dasUPPs,ções sistemáticas houve umaexpan- Mesmo antesdaprodução deestudoseavalia- inauguradaa próximaquando será unidade. vidades umadasquejáexistem, de cada mas a ver dasati- como interno odesenvolvimento como o próximo passodasUPPs não temnada de policiamento. o momento inicialearealizaçãodessasformas entre atransição que sedefinamospassospara do policiamentodeproximidade, éimportante a consolidação dopoliciamentocomunitário ou te desuaestagnaçãoedeterioração. para Seja das UPPs consiste, ainda, em uma possível fon- dopoliciamento eamanutenção senvolvimento cia presente. Não ode- para definirestratégias - que pouco se vincula à experiên um horizonte comunitário reside, então, eem noimaginário ciamento comunitário ocorra. O policiamento do policiamento de proximidade o poli- para queamigração sobre para asetapas a cumprir UPPs formal é que não há qualquer definição Rio deJaneiro. depoliciamentonasfavelas doexperimento desejáveis aconsolidação para como rizontes ções depossibilidade deconsolidação deho- maisdetalhadasinformações sobre ascondi- pelasUPPs.desenvolvido Podemos, assim, ter policiamento comunitáriopolicial eotrabalho mais constante e aprofundado da relação entre delidarcom esseproblema.forma zado, doponto devistanormativo, como uma - O policiamentocomunitário temsidovalori daspessoas,a morte éaindamaior. esserisco dedecidirsobreder delegado écapaz avidae e para o benefícioe para dos representados. representante oseupoderemnome não utilize de qualquer mandato público que o É um risco nores aordem para sãodemocrática. osriscos gados de, senecessário, utilizaremaforça, me- limitado omandatodosagentes for encarre- o controle maior for e maisclaramente Quanto das agressõese de punição força à vida coletiva. O quetemsidoconstantemente anunciado Uma lacuna importante da situação atual das Uma lacuna importante quehajaumacompanhamentoÉ necessário da ex o C O p om ort ex p p p un a lexo do erime n idade e o risco são: n to como R oci A lemão n ha e 124 Se o po- Se

olímpica. vinculação entre asUPPs eoprojeto dacidade maior renda, oquetemsidodenunciado como a da cidade onde seconcentramaspessoascom noatendimentodasregiões há umaprioridade vontade deseucomandante. de, medida, emgrande dacompetência edaboa UPPs unidade équeosucesso de cada depen- seus comandantes. Oqueocorre, hoje, com as de particulares das inclinações fruto se tornem dequeasUPPs enorisco se potencialcriativo resulta, poroutro lado, emumdesperdício des- monitoramento, avaliaçãoerevisão daspráticas de institucionais claros ausência demecanismos potencialdeexperimentação;picia umgrande a unidade.tes decada isso, Se porumlado, pro- doscomandandutas eprocedimentos- porparte decon margem- há umagrande deatualização do restante dacorporação, porexemplo –, mas procedimentos diferenciado –como o uniforme acordo com umconjunto mínimodepreceitos e significam. aquiloasUPPse estratégicos queefetivamente doutrinários mental que em se termos estruture giões mais pobres do Rio de Janeiro, é funda- policial tradicional nas re da prática - deletérias dasdinâmicas ainterrupção para e alternativa tes quesejatomada comopromessa agrande mentos sistemáticossobre essaexperiência. An- tempo erecursos aprodução para deconheci- Janeiro. Para isso, quesedediquem énecessário policiamento prestado pelaPMERJ noRiode ereformulação do deaperfeiçoamento tório experimental. seu caráter giliza, entretanto, oferecida por aoportunidade favelas. AimplantaçãodeUPPs- fra emescala tradicionaiscom de policiamento as em formas cidade, sobretudo seestabelecemosocontraste omaiornúmero possível deáreasalcançasse da policiamento menosviolentovigente nasUPPs Seria, obviamente, desejável queopadrão de de e uma vantagem e não um erro estratégico. o número deáreas queatendem,- éumavirtu assumirem umadimensão deescala, ampliando ramos, entretanto, que o fato de as UPPs não por essasunidades depoliciamento. Conside- das favelas nãolência e insegurança atendidas modo desigual, oquadro agravando devio- as favelas doRiodeJaneiro equeascobre de comum àsUPPs équeelasnão atingem todas vigentes nacidade doRiodeJaneiro. culturais,pelas assimetrias sociais e econômicas dilema entreequalidade, escala atravessado Na situaçãopresente, asUPPs sedefinemde As UPPs- labora podem ser um importante muito recorrentesUma dascríticas nosenso 125 O que está em jogo é o clássico por parte daatuaçãopolicial. por parte outra, emergem denúnciasdeabusosedesvios ironicamente, terconsequências maisgraves que noRiodeJaneiro. pública ações desegurança sas unidades aindaestarem naordem dodiadas das UPPs epelofatodees- naopinião pública davisibilidadepalmente emfunção dotrabalho relativa efrágil. Istoporque eleocorre- princi mais exerce controle, dessecontrole aeficácia é te aparcela daPMERJ sobre aqualpopulação Mesmo queopoliciamentodasUPPs represen- se comparados àatuaçãodorestante datropa. maiordasatividadessição quedesempenham nas UPPs recebem umcontrole eumaexpo- tretanto, reconhecer que os policiais que atuam dasdenúnciasimprecisas.a esfera Épreciso, en- UPPs não fazcomultrapassem queessescasos tilhados de controle da atividade policial nas dosenvolvidos. noafastamentoepunição rigor sas denúnciastemsidoapronta-apuração eo docomandofrequente dasUPPs porparte aes- compartilhadas comcompartilhadas apopulação. pública,rança e com metasepremissas claras mesmo desetornarem umprograma desegu- emsuaexpansão emescala,experimentos antes é quesedesfigureme umconjunto depráticas desejável e não sequestiona. presente Orisco lidar com adaptações àrealidade local. Issoé turalmente, edeve possuisuasparticularidades demais unidades desse tipo. Cada unidade, na- Rocinha serão algo absolutamente distinto das é que as UPPs doComplexo do Alemão e da do experimento. A hipótese que esse fato sugere mos populacionais). cidade eumadassuasmaiores favelas (emter- gendo umdosmaiores conjuntos defavelas da a necessidade deimplantaçãoUPPs,- abran daRocinha.tação daUPP Com isso, definiu-se Bope promoveu aimplan- umaocupaçãopara naquela região. UPP a primeira Na Rocinha, o inauguradapor maisdeumanoatéquefosse houve umaocupaçãomilitarqueseestendeu para a criação dasUPPs. acriação para do Alemão edaPenha edafavela daRocinha dados:dos foram a ocupação dos Complexos n Desde que foram lançadas asUPPs, lançadas Desde queforam vez por A corrupção policialnoseiodasUPPsA corrupção pode, ecompar- claros A ausênciademecanismos O prato da escala parece daescala terpesadoO prato maisqueo Diante dessecontexto,- doispassosarrisca ecessidade de co Uma a d a corr do co n edota sobre o risco up n trole exter ção 126 p No primeirocaso, olicial e a n 127 solidação Aresposta mais n o ocorridos nasUPPs.ocorridos encontra resultados com casos também nosjornais natureza tipo. demesma Umabusca vídeos com denúnciasdesse e “UPP”, retorna alguns como palavras “abuso policial” no Youtube, procurando por simples 127 Emumabusca noiníciode2012. UPP implantaçãoda pelo Bopepara 2010. ocupada ARocinhafoi ocupados peloBopenofimde Alemão edaPenha foram 126 OsComplexos do do RiodeJaneiro (2012). Popular da Copa e Olimpíadas 125 Ver oDossiêdoComitê 43 artigo As unidades de polícia pacificadora e a segurança no rio de janeiro 44

COMUNICAÇÕES do iser dores defavela emumaseção cício dopoderEstado ea 129 Omesmoqueelegemos como onarradordoconflito proliferação daviolênciaem continuidades entre oexer- de segregação que possuem áreas degradadas dacidade, sobretudo, pelasdinâmicas 128 Até porque, hámuitas entre aPolícia eosmora- a políciacomo operador anterior destetrabalho.anterior central. tação tendia a associar aquelas brincadeiras dos tação tendiaaassociaraquelas brincadeiras PMERJ ao policiamento daUPP.- interpre Sua nossos pesquisadores) dorestante datropa da por (àquela dapesquisajáidentificadas altura sa, como interpretou-o produto dasresistências reunião semanaldaequipe dapresente pesqui- que estavaligando. atendesse porque “era oamigo deledomorro” queele dizendo abrincar tos alunoscomeçaram tocou,desse capitão interrompendo a aula, mui- aaula.do professorgravar para No queocelular bém pôsseuaparelho detelefonesobre amesa aulas. tam- das gozações alvo que era O capitão professor coletarem para oregistro sonoro das vadores eaparelhos decelularsobre amesa do constrangimentoaessecapitão.produziam certo possível perceber oteordasbrincadeiras, maselas tães comandante queera deumaUPP. Não era de major, faziapiadas- aturma com umdoscapi aposição para se preparavamumaseleção para daPMERJ decapitães aula emumaturma que UPPs relativos policial. ao temadacorrupção aodas trabalho tantiva daiminênciadosriscos teor daquestão –ofereceu umadimensão subs- modo anedótico–adespeitodagravidadedo estetrabalho.análise para asUPPspara suficientecomo jáera ponto de de controlevoltados especificamente externo institucionais daausênciademecanismos ção cias dedesvioconduta policial.- Aidentifica mos comdaveracidade aapuração dasocorrên - com finsinvestigativo, tambémnão nosocupa- este também não jornalístico é um trabalho essassituações.geralmente permeiam Como denúncias epelodesencontro deversões que pelas dificuldades relativas àconfirmaçãodas considerado essetemacomo objetodeanálise e ocontrole territorial. inerentes àassociaçãoentre odesvio deconduta deumpolicialdaUPP,por parte háosriscos Além da gravidadeprópriado abuso de poder essasituação.que estamoslidandomodificam não sóciodonegócio, setorna com osriscos na. Natradicional do forma “arrego”, opolicial de controle sobre osassuntosdavidacotidia- UPPs, ocorra, caso conjuga-se com umalto grau sobre acomunidade), policial nas acorrupção licial não adquire junto com odinheiro opoder do distinto daspráticas “arrego” (nasquaisopo- tradicionais. decorrupção as práticas Demodo Nosso pesquisador, aoofatoemuma narrar - dispunham Muitos de alunos gra da turma Enquanto umdenossospesquisadores dava decampo,Uma experiência queocorreu de Não tínhamos, emumprimeiromomento, como algunsargumentam, paralelo”, ouum dentro“Estado doEstado”, não constituam um detraficantes grupos “poder fico produz uma lacuna depoder. Aindaqueos relações de poder. A retirada- do trá das armas elas também reconfiguram, de modo drástico, as mudança nocotidianodasfavelas queocupam; controle sobre essasatividades. de osmecanismos tensifiquem eaperfeiçoem pessoas. motivo quesein- para Issoéumforte controle incomum dopolicialnocotidianodas mostraremos seguinte, naseção estabeleceum nho eficaz. AsituaçãopostapelasUPPs, como de controle são o desempe- insuficientes para de controle específicos. externo mecanismos de iminenteseinstitucionalizar texto dasUPPs danecessida- como justificativa policialnocon- risco dacorrupção o identificar dade, ao contar essahistória, étão somente de relação àquestão dacorrupção. Nossa finali- metonímia dasituaçãocorrente dasUPPs com nenhuma,forma essaanedotacomo generalizar as rotinas de muitas delas. Não desejamos, de comandos dessasunidades eacompanhamos das UPPs, tivemos dos contato com boa parte porque, desdequepassamosapesquisarotema eassociaçãoaodedrogas. tráfico rupção comandante deumaUPP, afastado foi porcor- seu tempo, jocosode pelotermo “GMÃE”. vam, porexemplo, doGPAE, otratamento em aoscolegas deturma estigmasquefundamenta- Providência que entrevistamos as decisõesdevidaoumorte. Ummoradorda e o modo pelo qual incide sobre arbitra tráfico vista aquantidade deassuntossobre osquaiso das favelas, internamente, égrande tendoem poder, ainda quenãooslimites ultrapassasse nasáreaspoder local asquaiscontrolam. Esse lo que o governo nunca fez.” nunca lo queogoverno aqui- fez queotráfico sempre deientrevista sempre Mas existe umrespeito, orespeito morador. ao Eu quê? Eleordena, administra, mastambém pune. exercidoforma: daseguinte pelotráfico c L i n a As UPPs não promovem somente uma grande Acreditamos vigentes queosmecanismos umfatoisolado,Entendemos queessefoi até Meses depois, entretanto, aquele capitão, “Em certos casos,“Em otráfico éummalnecessário. Por tercâmbio e arma e o un as e l u gares de p oder n tre o 128 elesexercem um p 129 olítico p define o poder p oder da oder: o

no Morro daProvidência essaquestão indica der daspolícias. queentrevistamos Umpraça da proximidade entre e o po- o poder do tráfico buições. Isso representa oaspectofundamental - depapéiséoexcessodessa indefinição deatri unidadesnovas de policiamento. Oresultado de papéisdaatuaçãopolicialnocontexto dessas exercidoantes era pelotráfico, é aindefinição ocupadas pelasUPPs, equivalenteao poderque ma depodersobre avidacotidianadasfavelas policial armadasejapercebida como- umafor componente queapresença para quecontribui longosdetempo. durante períodos cantes Um - detrafi diano dasfavelas ocupadas porgrupos vigenteesteve demodomaissalientenocoti- entretanto, omodofundamentaldepoderque dosmoradores.cida depoderporparte Essefoi, tico, reconhe forma - comoa única seessafosse político não ocorre de modo analógico e mimé- nos domorro”. eseucomandante comoda UPP osnovos “do sujeitos entrevistados apercepção daimagem da vidapública. Foi comum encontrarentre os nacotidianadosassuntos tráfico administração daforça,rio àqueledesempenhado queera pelo equivalente,- semocomponente dousoarbitrá rem apercepção para dopapeldaPolícia como poder. Esseéumdoscomponentes queconcor- político évistacomo afontemaisimediatado a associaçãoentre eopoder opoderdaarma estaremvigor, quedevem das regras formais pública. da esfera o poderdedecisão cotidianasobre osassuntos institucional.tica descrever com isso Queremos a ela, ouseja, dapolí- emtorno opoder que gira dousocorriqueiroqueédado compartilhamos aexpressãoao utilizarmos “poder político”, não poder político. que, deixarclaro Éimportante delas éaquelaao queassociaopoderdaarma tas configurações depoderocorrem; aprincipal espaços antescontrolados portraficantes, mui- partilhadas, acessíveis, elegítimas, eficazes nos tico seconsolidem esejamreconhecidas, com- doestado- mediação edecisãodemocrá formais na depoder. dearbítrio, Até queasferramentas coletamos emcampo. algo umtantofrequente nosdepoimentosque dedrogasgar depoderdotráfico foi edapolícia ao longo destaseção, aequivalênciaentre olu- depoimento: o “mal necessário”. Como veremos o policiamentodasUPPs deseu parte emoutra comcom asquaisdescreveu asmesmaspalavras A articulação entre eopoder opoderdaarma A articulação Diante dalacuna depoderedaindefinição Com dotráfico, asaídadasarmas a lacu- fica É interessante notarqueeleserefere ao tráfico - iniciais “UPP”. Osimplesfato de se marcar as em tintaazul policial. Foram encontradas algumas inscrições entre eopoder simbólica opoderdotráfico nasparedesumadisputa de inscrições indica uma dasfavelas quepesquisamos, umasérie pela saídadotráfico, aquestão seagrava. Em procurando ocuparolugardemandodeixado o atua comandocomo de se uma estivesseUPP e aspercepções sobre opoliciamento, quando apenasasituaçãooperacional correnterarmos constituídas. daslideranças por parte eoexercício daUPP ção dopoderpolíticolocal daconfusãosignificativo depapéisentre aatua- endereço daUPP. issocomo Interpretamos algo associação demoradores local, o indicado foi-nos aosa po eperguntarmos moradores onde ficava mesma coisa.” depai,trocou continuaa tudo masnarealidade e aatuaçãodopoliciamentodaUPP: “Você só mente, do tráfico a equivalência entre o arbítrio líderes essatensão manifesta evocando, justa- local.nos assuntos da vida pública Um desses esvazia e deslegitima suas atuações que a UPP líderes de que entrevistamos a afirmação locais constituídas. Foi muito recorrente nasfalasdos locais tos entre opoliciamento easlideranças tidiana dasfavelas produz tambémdesconfor- excessiva eindefinidadeassuntosdavidaco- le davidacotidianadaquela favela. intromissão excessiva desuaatuaçãonocontro- discurso, queessetipode situaçãorevela uma os jovens obedecem. Elenão percebia, emseu A satisfaçãonafaladessepolicialéque, agora, nada,sem fazer assuascasas. eleosmandapara dafavela eencontrarjovens ao passarpelasruas fosseeficaz, sentidoe lho finalmentefizesse que, texto dosfatores quefaziamcom- queseutraba nos contou, com umavisível satisfação, nocon - narrada porumpolicialqueentrevistamos. Ele ela produzlimites para situações como a que foi de e sência compartilhados de parâmetros claros tidiana dasfavelas ocupadas pelas UPPs eaau- temque não problemanenhumvocê tentar ajudar.” da polícia,obrigação mas a gente tá fazendo. Acho da seguinte forma:policiamento da UPP é “Não quesão doexcessodadasção deatribuições ao Cabritos, suapercep umapolicialmanifestou - “Agora aUPP resolve. tudo!” Na UPP Tabajaras/ com apercepçãodoBorel: deumamoradora problema vem para asededaUPP”. O que casa aseguintefrase:ao dizer “Hoje, tipo qualquer de Se essa já é uma questão se conside delicada - Se Em maisdeumaocasião,- nocam ao entrarmos A influênciadasUPPs sobre umaquantidade O excesso policial na vida co- da interferência 130 nasparedes dafavela com as 45 artigo As unidades de polícia pacificadora e a segurança no rio de janeiro 46

COMUNICAÇÕES do iser com ocontrole de dosgrupos 131 Instantâneostirados em das favelas emconcorrência traficantes designa apolícia traficantes associa ocontrole policial que odiscursojocoso 21 denovembro de2010. 130 É importante notar 130 Éimportante como “comandoazul”. 2 2 - 1 -Pintura emposte comasiniciaisdaUPPemtinta azul 3 - 5 - 4 - D I L O nscrição emparede em tinta azulsobplaca,assinadapela ocal ondesejogalixo demodoirregular com ainscriçãoeplacadaUPP etalhe daplaca utro poste marcado com ainscrição“UPP” do tráfico. entrelência simbólica opoderpoliciale que essadisputaémuitodaequiva- significativa indiquem isso. Adespeito disso, consideramos mo queosdepoimentosdealgunsentrevistados porpoliciais, feitas foram essas inscrições mes- da entradaUPP. Não hácomoque garantir queocupavaafavela antes facção detraficantes pichações quefaziamreferência eapologiada feitas, foram crições entretanto, as cobrir para respeito ao controle social. Algumasdessasins- ser respeitados na atuaçãopolicial, no que diz dos limites que deveriam uma extrapolação paredes jádemonstra com asiniciaisdaUPP fo Ap tografias com exem rese dessas i 131 n tamos alg n scrições. 1 u mas p los 3 C omlurb epela UPP 4 C omlurb 9 - 8 - 7 - 6 - D D I I nscrição emparede dasiniciaisdaUPP nscrição referente aotráfico emparede portinta coberta azul etalhe fazia deinscriçãoque referência aotráfico com tinta coberta azul iversas inscriçõesreferentes aotráfico comtinta cobertas azul 6 7 5 8 9 47 artigo As unidades de polícia pacificadora e a segurança no rio de janeiro 48

COMUNICAÇÕES do iser crições sobre policial queobtivemoscrições otrabalho água, porexemplo, muito foi frequente nasdes- de problemas de abastecimento de energia ou como instânciaacionadaUPP aresolução para prestados nas favelas.serviços As referências à das UPPsa cargo a regulação de alguns dos imprevisíveis, inerente aopolicial, trabalho fica referência àsegundalocalidade. mada de Borel/Chácara”,“UPP quase não se faz doBorel,Mesmo nocaso - écha emqueaUPP três comunidades: João, São e Quieto. Matriz nãoembora sejanossoestudodecaso, engloba considerada pelaUPP. João, doSão AUPP comunidadesoutras dentro da “comunidade” ocultaaexistênciade donomeseleção daUPP lica. Vale a pena destacar, também, que a própria asuacentralidadesimbóvelas para econtribui a presençapolicialcomo síntesedavidanasfa- como a ferida Providência”.“UPP Issodestaca cia”, ou “Morro daProvidência”, passaaserre- próprio nome dafavela. A “Favela daProvidên- seanexaesobrepõe,A UPP muitas vezes, ao tem setornadoaprópriametonímia dafavela. metonímia de “favela ocupada porumaUPP”, fatodequeotermo prio “UPP”, como utilizado unidadespelas novas depoliciamentoéopró - dapresençapolicialnasfavelascado ocupadas Além doatendimentoadiversas demandas fatorquerevela umexcesso dosignifi- Outro - mental dessesacordos. dos edialógicossemapadronização procedi- próprios comandantes, sempactos maisamplia- ocorre deacordo com aspremissas eleitaspelos a todocusto. Aquestão éque essa regulação dospreceitos formal legais queaaplicação tica com osconflitos naordem inevitáveis - democrá lidar para seja umaviamaisinteligente eeficaz avidacotidiana para ecruciais mas delicados deconsensos sobretamos queaconstrução te- não éo maiorproblema, umavez queacredi- de administrara ilegalidade. Esse, entretanto, licial vistoquerecaisobre elaaresponsabilidade contudo, umconstrangimentonaatividade po- mas porbuscaremsuaregulação. Issoproduz, inteligente, por não suspenderem essa atividade, dos dasUPPs optaram, anossover demodo ilegal. Adespeitodesuailegalidade, oscoman- da pelosmoradores. Esseserviço, entretanto, é muito éumaalternativa requisita- motocicletas estreitas vielase ladeirasíngremes, oacesso por favelas cariocas. Formadas, muitas vezes, por avidacoletivaemmuitasviço essencialpara das como instânciadecontrole.nida daUPP tam questõesexemplares indefi- damobilização demototáxiedosbailesfunkrepresen- serviços decampo.em nossotrabalho Aregulação dos O tratamento dadoO tratamento aosoin - bailesfunkfoi Os mototáxis são reconhecidos como um ser- F oto: C leiton M aia convertido emêxitointelectual. tismo: odinheiro, porexemplo, ser não deveria entre deconter osbenscomoodespo- forma anecessidade decontençãointercâmbio ficar mínio sobre esfera. outra Walzer procura identi- como elementodopredoo bemdeumaesfera - definido, portanto, do intercâmbio entre a partir demodoplural.versas esferas Odespotismoé simultaneamente dedi- cidadãos participariam independentesentre permanecer sieos riam diversas “esferas dajustiça”. Tais- deve esferas doconvívio dadefesa de a pluralidadepartir ciedade que Walzer imaginaprocura valorizar dejustiça.como definidordoscritérios Aso- defina umbemquesesobreponha aos demais sejável, deacordo com suaabordagem, quese modos dedistribuição. Não épossível, nemde- os bensserelacionam coletivade naconstrução tiva, Walzer sedetémsobre omodopeloqual plexa”, emumareflexão- sobredistribu ajustiça igualdade, aquedefinecomo“igualdade com- de danoção maisplural umanoção defender do predomínio deumbemsobre ooutro. Ao dodespotismoéointercâmbio características precisa eadequada desuasatribuições. mais umadefinição poder policialebuscar deconter comoo deconsensosforma ção locais deprodu decanais - e a abertura externo trole decon e compartilhados - claros mecanismos deidentificamos anecessidade decriação vez, uma instância de contenção.mais Aqui, em suasmãos, sendoocomandante aúnica Na prática, temmuito opolicialdaUPP poder nar umafontepreocupante deabusopolicial. anteriormente,tentamos mostrar podesetor- depoderlocal,por questõesespecíficas como texto noqualapresençapolicialestápermeada ampliação desse tipo de decisão, em um con- de ele chama “áreas deterioradas” (2000: 50). A nos contextosque de policiamento em locais dopolicialseampliaou não daleiporparte Bittner define, adecisão sobre o acionamento daatuaçãopolicial.ma clássico Como Egon conversas eacordos. sos sobre aquestão elimitaconstrange novas não se fundamenta em diálogos e consen- priori O problema équeesseprocedimento definidoa sobre aquestão. Pública cretaria deSegurança 013”,lução - asdeterminaçõesdaSe queindica documento queficouconhecido como“Reso- cedimento-padrão de regulação, registrado no princípio, proibi-los todos. Adotou-se umpro- dosmototáxis.verso docaso Optou-sepor, a O contexto doobjetopresente estudoestá Michael Walzer (2003)definequeumadas Essa questão estáatravessada porumproble- 132

mesmo umprograma definidodepoliciamento ou pública de segurança como umapolítica ainda, dodiscursooficial, adespeito departe monitorar eavaliaralgo quenão seconstituía rém, nosdemoscontapossível dequenão seria ficadora”.campo,Logo em que entramos po- Monitoramento dasUnidades dePolícia Paci- de ochamamos a estetrabalho “Avaliação e nossugeriram. decampo experiências pensaraquilo para queasfalase ferramentas dos não como modelos explicativos, mas como sujeitos implicados.- Osautoresmobiliza foram missas anterioreseexterioresàspercepções dos portanto, semsobrepor pensarapolítica pre- (2008). Opresente exercício reflexivo procurou, de compreensão definidaporHannahArendt chave compreensiva nanoção queseinspira UPPs. Operamos, portanto, deacordo com uma compreensivacomo oportunidade doquesão as cotidianas adimensão daspráticas mos valorizar dessedebatesobre acidade,portância procura- cidade doRiodeJaneiro. aim- desprezar Sem doconvívioproblemas coletivo na estruturais que remetem,plo e variado muitas vezes, aos atravessado pormuitas questõesdeescopoam- noBrasil. pública dasegurança edosestudiososdocampo pública profundo interessee quedespertam daopinião experimental quepossuemumcaráter práticas aqui comoareflexão fonte para sobre política valorizadas policialforam tidiana edotrabalho respostas sobre elas. Asdimensõesdavidaco- xões das UPPs em torno mais queprocurar asrefle organizar - para questões importantes muitos riscos. -se umaquestão quemerece edefine atenção e desta argumentação,te deste cenário - torna comdo tráfico olugardepoderdapolícia, dian- intercâmbio. dolugardepoder Aidentificação desse atuatradicionalmenteO tráfico apartir de decisão sobre os assuntos da vida pública. poderpolítico, setorna a arma ouseja, poder mais grave desse intercâmbio é quando A forma emsuaconversãota liquidez outros para bens. político. possui, Opoderdaarma digamos, mui- intercâmbio entre eopoder opoderdasarmas consolidação denossoregime democrático: o problemasimerso emumdosprincipais da Quando escrevemos oprojeto quedeuorigem Quando O contexto dosdebatessobre asUPPs está Ao longo desteensaio, procuramos mapear

ava C o n n ç siderações fi os e dilemas p elas UPPs elas p n ostos ais:

particulares. porcontextos atualizada econstantemente em aberto policiais são umaquestão dasatividades atribuições Bretas (2011), oslimitesdas entretanto, que, como define 132 Não perdemos devista, 49 artigo As unidades de polícia pacificadora e a segurança no rio de janeiro 50

COMUNICAÇÕES do iser 133 Trecho dodepoimento do comandante da UPP do comandante daUPP Providência. vistamos é significativo aesse vistamos ésignificativo respeito: queentrefala deumdoscomandantes deUPP - expectativas profissionais. Oseguintetrecho da dospraças,parte entre a proposta dasUPPs eas descompasso,um importante sobretudo por policialpredominanteque talcultura promove policialvigentecultura naPMERJ. da interessante amodificação experimento para As UPPs apresentam-se, dessa forma, como um maisinteligentesestratégias depoliciamento. no lugar des das (as drogas)armas e a adoção de atuação policial,- com aredefinição depriorida da aspecto fundamentalamudançanapostura tal mudançapropiciada pelasUPPs temcomo nasáreas defavela.gurança Caberessaltar que Janeiro nomododelidarcom aquestão dase- alimentado amaisdemeioséculonoRio interromperelas buscam umcírculo vicioso veis dasUPPs. Issoporque, emprimeirolugar, talidade representa umadosêxitosmaisnotá- mais qualificado. das UPPs, sercontinuado quedeve vez ecada odebateacerca para seja umaboacontribuição e dilemasemergiram. Acreditamos queessa suscitadas pelasUPPs. trou-se maisprofícua eapropriada àsquestões Aperspectivacompreensiva, portanto, mos- Em contrastecom esse avanço, percebemos - deviolênciaebru A contençãodedinâmicas Das questõesqueabordamos, algunsavanços uma dasferramentas. policiamento. Não éopoliciamento. Ésómais eu vejo ocombate do comoumadasferramentas maisabrangente. deatuação uma forma Porque tamos aípra isso. Masacredito quepossa existir emalgunsmomentos?Se faznecessário Sim. Es- coisa produtiva. Efetivamente, éprodutivo. não que jáesteve emcombate, sabe éuma quenão experimentar o combate.querer Mas só aquele raigado ainda. Elejáentra comessaintenção de na hora daformação. Masele jásaicomissoar- mesmo queele tenha tidoumaoutra orientação, combater,O policialquerendo jásaidaacademia Você ouve muitas histórias decombate. 133

to jáestaremos satisfeitos. apautar seu um debate mais qualificado respei- deperguntasquepodem aidentificação e para areflexão para sobre decritérios asUPPsção gens.- aidentifica para contribuir lograrmos Se aprofundadas erevisitadasaborda poroutras - comprocuramos este estudosejam identificar somente necessário, masurgente. é uma esse das pontoquestões que torna não eopoderpolíticoqueprocuramosarma avaliar policial. intercâmbioentre opoderda Oforte daatividade de abusoedespotismoporparte ência, acontenção dosriscos mastambémpara - dessaexperi somente oaperfeiçoamento para dasUPPs. daspráticas ção não Issocontribuiria com apopulaçãodaconducompartilhamento - e também associarprocessos departicipação decontrole,mecanismos fundamental seria oscontextosespecíficos para deUPPs. Aesses decontrolelecimento demecanismos externo abordamos, doestabe- realçaraimportância asuadegradação. para risco cimentos eavaliações arespeito delaséoutro de UPPs semaprodução consistente deconhe - deescala.das emumalógica Ampliar onúmero tencial àmedidaqueessasunidades- são inseri que são propiciados pelasUPPs perdem seupo- possibilidades denovas policiamento dução mento dasUPPs. podem representar umadegradação dopolicia- de tensõeslatentesedesgastesprofissionais argumentar ao longo desteensaio, osprocessos de combate évisto. isso, Sem como procuramos “elite datropa”, queopolicial damesmaforma algo valorizado,do policialdeUPP como uma aatividade quetornasse maisclara uma política bate. maisobjetivos, Emtermos existir deveria econcorramcomdo acultura - ferramentas tidade policial queessas desenvolvam outras daiden- processossenvolvidos deconstrução É desejável queasdimensõesdeanálise Procuramos, dediversos temasque apartir depro easoportunidades - Os experimentos équenão foram,A questão crucial ainda, de- tropologicas. v. 10. n. 1. ene/jun, 2009. cia urbana emPortugal. Intersecciones- An pas policiais. epolíticas da polí Práticas - doEstado doRiodeJaneiro.Governo 2007. Press, Californa of versity the descendinto theordinary. California: Uni- Rio deJaneiro,2012. eletrônica). (circulação Megaeventos eviolações dosdireitos humanosno OLIMPÍADAS DORIO DEJANEIRO. neiro: Freitas Bastos Editora, 2001. ilusão: o polícia.sonho de uma nova Rio de Ja- dasegurança deuma pública–Ofuturo zação n. 4, 2010. pública. Brasília: MinistériodeJustiça, anoII, PMERJ. InPesquisas aplicadasemsegurança parativo depraças eoficiaisda aformação sobre àprática profissional:formação com- umestudo e PINTO, Naylane Mendonça. Da escola de 22, n. 58, 2003. Comunicações doIser. RiodeJaneiro: Iser, ano Reyes eCUNHA, Marilena. Ogalo eopavão. prática. aexperiência bre InNOVAES, Regina Rio deJaneiro. RiodeJaneiro: Iser, 1997. Janeiro: Iser, 2011. pública: eabordagens. algumaspremissas Riode cia moderna. InDireitos humanosesegurança Paulo:São Edusp, 2011. cial. Paulo: São Edusp, 2000. Rio, 2005. respostas a100perguntas. Rio de Janeiro: Viva GOIS, Josephine. de fogo: Armas guia prático, Editora UFMG, 2008. Paulo: Companhia dasLetras; Belo Horizonte: –formação,preender etotalitarismo. exílio São dacompreensão).(as dificuldades InCom- de Janeiro: Forense-Universitária, 1983. R DURÃO, Susana. dema- Aprodução DECRETO Nº42.787, de2011. de6Janeiro DAS, Veena. –and andwords Violence Life COPA DA POPULAR COMITÊ EDAS CERQUEIRA, M. Carlos N. Remilitari- CARUSO, Haydée, PATRÍCIO, Luciane CARBALLO BLANCO, Antonio Carlos. So- CANO, Ignácio. policial Letalidade daação no BRETAS, Luiz.dapolí Marcos - Aformação H. David BAYLEY, Padrões depoliciamento. Egon. AspectosBITTNER, dotrabalho poli- BANDEIRA, eBOUR Antônio Rangel - ______. epolítica Compreensão ARENDT, Hannah. humana. Acondição Rio eferê n cias bibliográficas

(Relatório dePesquisa). (Relatório Final). Rio deJaneiro: Iser, 2011. pesquisa emsegurança públicacomcidadania de direitos e na humanoscomênfasenoestudo deDeus,Cidade RiodeJaneiro, 2/7,2010. ano 23, 2004. Comunicações doIser. RiodeJaneiro: Iser, nº59, e VITAL, Christina. dasfavelas. Amemória neiro: Iuperj, 1999. (Tese dedoutorado.) Militar doEstado doRiodeJaneiro. RiodeJa - uma razão deser: cultura ecotidianodaPolícia dores. Paulo: São Abril, 1973. dat de. Doespírito dasleis. Os Pensa Coleção - lo: Editora Revista dos Tribunais, 2008. GOMES, Luiz Flávio. Criminologia. Pau São - epage&q&f=false. BR&source=gbs_ge_summary_r&cad=0#v=on mABAAAAYAAJ&printsec=frontcover&hl=pt- sulta emhttp://books.google.com.br/books?id=e and Bourn, West Strand. (disponível para con- representativa goverment. London, Park, Son, de Favelas,Observatório 2011. lescência noBrasil: IHA2008. RiodeJaneiro: Borges deeCANO, Ignácio. Homicídios- naado observatoriodasmetropoles.ufrj.br, março, 2010. Antônio. Afinal, qualéadasUPPs? Inwww. le=1197804). nexos.com.mx/?P=leerarticulov2print&Artic os.com.mx/. pelo (Acessado link: http://www. 3/11/2010, http://www.nex - nosítioeletrônico ejemplo para México?. em publicado Artigo Paulo:São Companhia dasLetras, 1996. mas e as vítimas. Rio de Janeiro: 7Letras, 2005. neiro: Iser, ano22, n. 58, 2003. galo eopavão. ComunicaçõesdoIser. RiodeJa- VAES, Regina ReyeseCUNHA, Marilena. O depolíciaexperiência comunitária.- InNO Konrad Adenauer, 2011. nauer XVII, n. 3. RiodeJaneiro: Fundação pública.O declíniodaética Ade- InCadernos RODRIGUES, André. formativas Jornadas O GLOBO. Feira dedrogas resiste àUPP da NOVAES, Regina Reyes, CUNHA, Marilena MUNIZ. Jaqueline. policial Ser é, sobretudo, MONTESQUIEU, deSecon- Charles-Louis MOLINA, Antonio Garcia-Pablos dee MILL, Stuart. (1861), Considerations on ¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬MELLO, Doriam ¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬MACHADO SILVA, DA Luiz LESSING, Benjamin. deDios: Ciudad ¿Un LÉVI-STRAUSS, Claude. Tristes trópicos. FERNANDES, RubemCésar. Brasil: asar- FERNANDES, RubemCésar. GPAE: uma EISENBERG, JoséeMUDESTO, Rodrigo. 51 artigo As unidades de polícia pacificadora e a segurança no rio de janeiro 52

COMUNICAÇÕES do iser Rio deJaneiro: Iser, Relume Dumará, 1996. Janeiro. Inepolítica noRiodeJaneiro.Violência a violênciasociedade eanova civil noRiode pragmática:bilidade alguns comentários sobre atravéscas domundo. Paulo: São Edusp, 2000. H. Policiamento comunitário –Questões práti - olência, Faperj, 2010. Rio de Janeiro: Laboratório- da deAnálise Vi daspolícias doRiodeJaneiro.balho eformação Brasileira,Civilização 2005. olência –Opapel dascidades. RiodeJaneiro: 2012. de Janeiro: Universidade Federal Fluminense, são.Pública nº48. deFilosofia Rio InBreviário versidade Federal Fluminense, 2012. Pública nº29. de Filosofia RiodeJaneiro: Uni- notícias doComplexo doAlemão. InBreviário SOARES, LuizE. easensi- serial Oherói SKOLNICK, H. Jerome David eBAYLEY, ______. Condições detra- SENTO-SÉ, João Trajano. da vi- Prevenção ______. Polícia- ecompreen ______. Oepisódio ounada: Paulo: Companhia dasLetras, 1994. 2011. Brasil. deFavelas, RiodeJaneiro: Observatório de homicídios de adolescentesredução e jovens no Fernanda. àviolência e (orgs.) Prevenção Trajano, DIAS, CaioGonçalves eGOMES, Paulo: Fontes, Martins 2003. tuto Sangari, 2011. cia 2011: OsjovensdoBrasil. Paulo: São Insti- Iser, Relume Dumará, 1996. cia epolítica noRiodeJaneiro. RiodeJaneiro: criminalidade. sobre segundo osdados In- Violên que aconteceu em93e94, comoRiodeJaneiro neiro: Iser, Relume Dumará, 1996. epolítica noRiodeJaneiro.Violência RiodeJa- populares éticas ecultura sobre tudo política. In Leandro. nomes da violência: Os quatro um es- VENTURA, Zuenir. partida. Cidade São WILLADINO, Raquel, SENTO-SÉ, João WALZER, Michael. Esferas deJustiça. São WAISELFISZ, Julio Jacobo. Mapa da- Violên SOARES, LuizE. eSENTO-SÉ, João T. O SOARES, LuizE. ePIQUET CARNEIRO, associações de n o co n texto das UPPs P m OR p E

C e Su oradores Mendonça T

A arl ássia n ellen ndré R sa os aíza C Gu R n odrig as S do as arient iq anova u eira F oto: u es S o hutter 5 4 3 2 1

S t ock.com

53 54

COMUNICAÇÕES do iser 2 Estatísticoecientistasocial de prática clientelista a partir apartir clientelista de prática 5 Cientistasocialepesquisa- Estado com osmoradores de sociações demoradores onde entre Estado emoradores de bica d’água”bica refere-se ao tipo preendido como omomento (Serfha). tenhasido Embora 6 A Igreja Católica cumpriu 6 AIgrejacumpriu Católica algum tipo de melhoria (um algum tipodemelhoria dadania. de Dados -Revista Arthur Rios,Arthur criou, oSerfha favela. Comandado porJosé Estado e favela por meiodo forte incentivo à criação das incentivo àcriação forte importante papelnarelação importante Fundação XIII, Leão criada Ciências Sociais, nº48, Vol. moradores defavela (BUR- (1960-1965) podesercom- Serfha seconsolida eganha Serfha Habitações Anti-higiênicas em trocadoapoiodoselei- da formação deassociações da formação permaneceu atendênciada permaneceu do qualopolíticoinfluente ponto de luz, porexemplo) 3 Socióloga epesquisadora 3 Socióloga em 1947eimpulsionadora pela Universidad deChile, 4 Antropóloga epesquisa- de consolidação darelação 8Aexpressão “política da Recuperação dasFavelasRecuperação e 7 Burgos, Marcelo (2005). criado em1956,criado édurante centralidade narelação do 1 Cientistapolíticoepes- favelas, da porintermédio o Governo Lacerdao Governo queo subordinação dos política associações demoradores de moradores em favelas. até maiode1962, 75as- pelo Serviço Especialde pelo Serviço Cidade, eci- territórios institucionalizada entre na vida local conseguia na vidalocal 9 O Governo Lacerda9 OGoverno pesquisador doISER. quisador doISER. GOS,1998:31). dora doISER.dora doISER.dora I, pp.189-222. tores locais. do ISER. te estatalnasfavelas, oEstado não conseguiu dos moradores passouaser, muitas vezes, agen- quederepresentante moradores, de sociações vista, Diniz (1982: 139): em verdadeiros estatais”.“braços Como afirma e transformá-las suas organizações mentalizar desses representantes, poroutro,- tentouinstru um lado, oEstado passouaouvirasdemandas subordinar os favelados. politicamente Se, por pelo Poder como umapossibilidade Público de Estado. No entanto, desde o início, vistas foram o Partido Comunista), daigreja ciais vinculados asetores deesquerda (não só sedeupormeiodeatoresà suaformação so- de1940. dadécada apartir criadas Oincentivo bica d’água”. bica do públicosporintermédio “políticoserviços da pautado naaquisiçãode um sistemaclientelista Abrindo, assim, de espaçoaorganização para outro, locais. nacumplicidade daslideranças de umlado, e, napromessa deurbanização de osmoradoresperante dasfavelas, baseava-se, emrepresentantesções locais doPoder Público Mesmo com asubversão dopapeldasas- - A implementação desse modelo corporati As primeiras associações demoradoresAs primeiras foram (Burgos, 1998:31ess.). dos anos60, jánocontexto militar doregime desenvolver-se dofinal apartir sobretudo deumazeitado sistemazação clientelista, queirá Estavam ascondições para criadas aorgani- deurbanização.poder apromessa público oferece ecumplicidadedasliderançaslealdade locais, o das favelas;à população como contrapartida da locais em representantes dopoder público junto 60, boa quetransforma parte dasassociações modelo corporativista, ainda no início dos anos sendosolapadofoi pela implantação deum so associativismo defavelas, que, noentanto, chegaram deumvigoro- a animar formação aprovar seusestatutosaprovar erelatórios financeiros. dedeterminadosórgãos, supervisão quedeveriam de1967,partir atendência asubordiná-las à modificações através do tempo, prevalecendo,a algumas las àsagências governamentais sofreram No RiodeJaneiro, tais coletivas identidades As formas de vinculação dasassociações devinculação fave - formas As 7 que converteu grande parte dasassocia- parte queconverteu grande 8 1. Segundo Burgos (1998: Segundo 193) I ntrod u ção 6 edopróprio Carlos Lacerda. Carlos ministrações estaduais, dogoverno de apartir de remoção, ao desenvolvidos longo detrês ad- promovida pelos favelados contra osprogramas dispunha-se a dar uma resposta à resistência repressiva,sua política dentre outros aspectos, de1964que, Militarapartir dura pormeiode vimentos favelados interrompido foi pelaDita- tado doRiodeJaneiro (Faferj). dasAssociaçõesderação deMoradores doEs- (Fafeg) que, posteriormente, àFe deuorigem - Federação dasFavelas doEstado daGuanabara vescência política, com acriação, em1963, da velados. Viveu-se, então,- deefer umperíodo como atores derepresentatividade entre osfa- espaço tambémcomo agentes políticos, ouseja, pelo poder público, as associações ganharam oslimitesimpostos emparte guindo superar “encolher” avidaassociativafavelada. Conse- seria a reorientação da política governamental areorientação dapolítica seria sionado dessasassociações odesenvolvimento de liberalização, outro impul - fator que teria segmentos dasociedade civil). oclima Afora (como resultado de diversos de mobilizações desencadeado pelo governo federal política com o processo de abertura 1978, de partir a de favelas sócomeçou adeclinar associações Contudo, esse momento dos mo- de ebulição Essa fasemarcada pela “contenção” das (Diniz, 1982: 140) pelas autoridades governamentais competentes. vernativas, designados seriam cujosmembros dejuntas go - dediretoriaseformação lução pela intervencionista disso- francamente ca então, umapolíti - desencadearia ogoverno governamental nasassociações. de Apartir disso,Além essedecretoaintervenção permitiria dos moradoresresses junto órgãos aos públicos. cida pelocomoporta-voz governador dosinte- favela- emcada poderiareconhe associação ser de representação, determinando queapenas uma de1969,de 3novembro imporiaaunicidade nais. Posteriormente, odecreto “E” 3330, número Sociais edasadministrações- regio de Serviços sociações diretamente daSecretaria sobocontrole (...) Assim, 870 colocaria estas oas- decreto “N” desuaautonomia.de suasatividadeseredução voltada restritiva parade legislação ocontrole gimentos deumvolume decorrentes crescente pelos particularmente acentuado constran- seria dasassociaçõescaso defavelas, esseretraimento retraimento geral davidaassociativa nopaís. No O reforço doteor no coercitivo refletir-se-ia O reforço 9

gração urbana fortemente hierarquizadaeres- fortemente urbana gração meio daconsolidação deumpadrão deinte- coletivos, mantiveram-se “encapsulados” por dos, tenhamdespontado embora como atores (2002), associativos os movimentos dosfavela- ligada intimamenteao governo estadual: –agência e pela Fundação XIII -partidária Leão lados promovidas eram pelamáquina político- no relacionamento comdefave asorganizações - clientelistas edisseminaçãodaspráticas lização governamental.estrutura ao aumentodadependênciadessasentidades à maisantigas,cooptação delideranças visando umaampla interpretadas demodoaviabilizar controle disponibilizadaspelalegislaçãoforam associações. Para tanto, aspossibilidades de tais tinuou tentando esvaziar politicamente faveladas,organizações oPoder con- Público que regulamentou das eestabeleceuostermos novo, estandoatémesmopresente nalegislação clientelistas.práticas Apesar denão serumfato outro, disseminaçãode reabriuummeiopara diálogo entre moradores de favela e Estado, por oestabelecimentodeum possibilitaram zação - eosprogramas deurbani política a reabertura 141). nosprogramas”tais envolvidas (Diniz, 1982: interessadosgrupos easagências governamen- mais estreita numa articulação entre os calcado plo), “privilegiando-se umestilodeintervenção áreas (o Promorar eoProjeto Rio, por exem- dessas programas voltados aurbanização para as remoções, oEstado passouadesenvolver referente àsfavelas. Deixandoumpoucodelado Na perspectiva analítica de Machado da Silva Na deMachado daSilva perspectivaanalítica Ainda deacordo com Diniz(1982), agenera- Na análisedeDiniz(1982), se, porumlado, 1982: 141) faveladas junto poderes aos públicos. (Diniz, como porta-voz dosinteresses dascomunidades seureconhecimentodas condiçõesao necessárias tamento competente a representar uma viria cadastramento nodepar deumaassociação - dos faveladosestado, ao namedida emqueo direito derepresentação dasentidades deacesso a funcionarcomo instância legitimadora do Sociais, aFundaçãoSecretaria deServiços viria e assistência(...). jurídica da Comaextinção vendo projetos deassistência médico-sanitária basicamentefunção assistencialista, desenvol- defavelasdores doRiodeJaneiro, dacidade com deprestarcom a finalidade assistênciaaos mora - (...) criada por decreto (...)criada municipal em1947 Machado da Silva e Leite (2004): eLeite Machado daSilva “voluntariado”. essaquestão Sobre nosexplicam lidária”, agorafosse pública como se a política anecessidade deuma pública “ação coletivaso- são postas delado, introduzindo nadiscussão As questõesreferentes às reformasestruturais baseado naideiade “responsabilidade social”. “novo contratosocial” serformulado, deveria do bem-estarsocialpeloEstado. Assim, um lismo, serultrapassadaapromoção queafirma cionada- ao docapita tipodedesenvolvimento sociais. tendênciaparece Essanova estarrela- nãonizações governamentais) epeloscentros as propostas pelas igrejas, pelasONGs(orga- modalidadesde outras participação, como então, espaçoodesenvolvimento para aberto ço, háalgumtempo, não lheéexclusivo. tos), tambéméplausível salientarqueesseespa- execução deprogramas ecoordenando proje - com oEstado (auxiliandona na interlocução as associaçõesumespaço ocuparam privilegiado de moradores”. Portanto, que se é possível dizer (...)dasassociaçõesdispensar aintermediação vínculos diretos com ascomunidades epassoua locais, diversas lideranças terior oEstado criou do ‘agente comunitário’, oseuin - para trazendo (2002):dolfi eGrynszpan “Ao instituirafigura pelas associações,local como nos elucida Pan- nopólio damediaçãoentre Estado epopulação outros atores, oquerepresenta aperda domo- associações demoradores, mastambémcom beleceu vínculosapenascom ospresidentes de poder depressão eorganização. quedoseu vínculos políticosdeseusdirigentes muito dependeria maisdos demandas locais de conteúdo político, poisoatendimentodas poresvaziá-las de recursos públicosacabaria detipoclientelista.de arranjos políticos por meio nipulados por intermediários os interesses dos moradores das favelas são ma- portanto, de um “controle negociado”, em que padrão com deintegração acidade. Tratar-se-ia, social, atuandoapenasnaredefinição parcial do dessacategoria umaemancipaçãopolítica para desenvolvidas pelos favelados não caminharam trita. demobilização Éporissoqueaspráticas O enfraquecimentodasassociações teria, Vale que o poder público não destacar esta- dasassociações emgestoras A transformação uma esfera públicaplural edemocrática. Na de partidária, a construção avançar pouco fez eleitoraisas franquias eacompetiçãopolítico- de1980, dadécada demeados partir ampliou Se a chamada consolidação democrática,Se achamada consolidação a 55 artigo Pensando as associações de moradores no contexto das UPPs 56

COMUNICAÇÕES do iser Estado. fundamental apoiopermaneceu Seu nodiálogo privilegiados com o interlocutores res continuaram desempenhando o papel de da representação, asassociações demorado- suaconivência. –indicasse força ouso da –principalmente da pelos traficantes se osdiferentes recursos deinfluênciaexerci- dasassociações demoradores,nalização como drogas umprocesso- para contribuiu decrimi radores, osilenciamento desses atores. causando deassociaçõesa atuaçãodosdirigentes demo- sim, porlimitar omedoeaviolênciaacabaram dominando osespaços públicosdafavela. As- força, pormeiodousoda fluência dessesgrupos Também (2008)ressaltam eRocha ain- Silva didatos ligados aeles.” (Zaluar, 1998, p. 212). associações demoradores, apresentando- can aseinteressar(...) passaram pelaseleiçõesdas dedrogas. dotráfico ção dotráfico “Osgrupos - moradores aparecem como espaço deinterven no âmbitolocal. Éaqui queasassociações de âmbitos, nosmaisvariados política entre eles, umaquestão se tornar para docrime o campo de pela autora “poder militar”, ultrapassado teria (1998),Zaluar opoderdostraficantes,chamado meteria, assim, suainstitucionalidade. Segundo – baseadacompro especialmentenaforça - moradores. locais detraficantes Aintervenção cesso deenfraquecimentodasassociações de dosanos1980tambémauxilianopro - partir esses novos atores. disputar odireito defalaremnome delascom nopólio de representação das favelas, tendo que asdemandas.mentando edespolitizando imensa disputaporquemfalapelasfavelas,- frag atuação nasfavelas. Abrir-se-ia, portanto, uma peloEstadoprivilegiada nasuamodalidade de isto é, asassociaçõesmaisaesfera não seriam públicossãoaos levados moradores,os serviços pelaqual a forma poralterar sociais) acabariam namentais, agentes comunitários, igrejas, centros Ainda que tenham perdido o monopólio Ainda quetenhamperdido omonopólio Ao longo dosanos, de apresençadotráfico dedrogasA presençadotráfico nasfavelas a Neste contexto, asassociações perdem omo- Esses “novos atores” não (organizações gover- pactuação deinteresses. pactuação priamente político deformulação, negociação e espaço público dedebate, ocampo- reduzir pro ao governança, tem resultado noencolhimento do eda naideologia abrigo daparceria encontrou que comofilantropia dacaridade da reinvenção da sociedade civil nagestão dapobreza, por meio de1990,década ocrescente apelo àparticipação grupamento de aproximação progrupamento que busca - no conjunto defavelas domorro doAlemão. Brasília; Adeus e Baiana, as últimas localizadas Mangueira/Tuiutí; Vidigal; Fazendinha eNova Mineira, João; eQuerosene; São Zinco Turano; vidência; Salgueiro; Marta; Carlos, Santa São Macacos; Pavão-Pavãozinho eCantagalo; Pro- Formiga; dos Ladeira Tabajaras eCabritos; didinho ePrazeres; Fallet, Fogueteiro, Coroa; eBabilônia;gueira Cidade deDeus; Escon - cidade: Andaraí; Batan; Borel; Chapéu Man- no CentroNorte, enaszonas eOesteda Sul mente estão implantadas em22áreas defavelas epoliciamento”, pública gurança asUPPs atual- instituições daárea deSegurança. consolidação deparceriaentre apopulaçãoeas da políciadeproximidade, a queprivilegiam ladores, asUPPs pelosprincípios orientam-se sociais nasfavelas. Deacordo com seusformu- e a Polícia de políticas aliada ao fortalecimento promoverbusca entre ainteração apopulação àmedidaque Pública à gestão daSegurança atuação dogoverno estadual noque diz respeito de estratégias emumadasprincipais teram-se fim de2008 e, desdeentão, asUPPs conver- Marta, implantada foi nafavela Santa UPP no filosofia de polícia de proximidade. primeira A cação” daordem eàmanutenção pública, soba executarpara ações especiaisligadas à “pacifi- de 6janeiro de 2011, asUPPs criadas foram cas associativasnessasfavelas? cas pelo InstitutoPereira Passos asdinâmi- –altera –programa coordenado Social edaUPP UPP as associações demoradores? Aimplantaçãoda entrada” doEstado), têmatuado dequeforma velas (equetemseconfigurado como de “porta e cooperativo com relação aos moradores dasfa- um policiamentoquesepretende maispróximo ecom de armado dotráfico odesenvolvimento relação com oPoder Público. ocontrole Sem ções dospapéisdasassociações noquetange à teressante refletir acerca daspossíveis redefini- Estado doRiodeJaneiro, desde2008, in- seria Pacificadora, do cabo peloGoverno a levada dedrogas. pelos traficantes cas, especialmentedaquelas favelas controladas deprogramas odesenvolvimento epolíti- para De maneira geral,De maneira asUPPs dispõem deum Apresentadas como novo modelodese- “um oprevistonoDecreto nº.Segundo 42.787, Com aimplantaçãodasUnidades dePolícia P acificadora e a UPP 2. A s Unidades de Polícia S ocial venção nasfavelas, que vão desde aquestão do maisparticipativa,forma aspropostas deinter- entre outros), visaconstruir, Social aUPP de ONGs, espaços religiosos, gestores públicos, (associações demoradores,ferentes lideranças com permanente di- dainterlocução A partir de atores dasociedade civil edosetorprivado. também com órgãos estaduais e federais, além com assecretarias municipais,articulações mas ações da Prefeitura nessesterritórios, fazendo “pacificadas” com oobjetivo decoordenar as reira Passos, éinauguradoemtodas asfavelas Social,UPP sobacoordenação doInstitutoPe - sentido deatenderassuasdemandas. dores easdemais instânciasgovernamentais no zes, adota opapeldemediadoraentre- osmora Nesses territórios, aPolícia Militar, muitas ve - pública.le da ordem da segurança e a garantia nas favelas “pacificadas” ocontro- transcenderia dascomunidades.crianças estádios defutebol, entre outros) com algumas e de lúdicos passeios (museus,educativos zação vela e doseu entorno; o segundo prevê a reali - dafa- adolescentes ejovens deescolaspúblicas aatuaçãopolicial)com assuntos (incluindo promove umdiadediscussão sobre diversos vãozinho eCantagalo. Enquanto oprimeiro Mirim, doPavão-Pa pelaUPP organizados - sentido, taiscomo osprojetos Fala Tu eUPP nessedesenvolvem estratégias aindaoutras ao policialmilitar.atribuído comumente osignificado e tambémdealterar aumentar ocontato entre policiaisemoradores projeto porpoliciais, éformada com ointuitode dosintegradores edosprofessoresparte desse doEstado.Governo Nas favelas com UPPs, boa do deincentivo ao dapolítica esporte faz parte doEstado doRiodeJaneiroDesportos –, que de doProjetocaso –Superintendência Suderj atualmente coordenados porpoliciais, como éo blemas”. Alémdisso, algunsprojetos sociaissão ba ocupando um lugar de “solucionador de pro- são tematizados.urbanos A Polícia- Militar aca edeacesso aos equipamentos de infraestrutura niões chamadasde “comunitárias”, problemas eatendimentodedemandas.cução Nas reu- - tentativa deestabelecerumespaço deinterlo niões com moradores egestores públicosna conflitos. realização de reuniões e ações de mediação de pelo contato direto. a Algumasações incluem maisregularção com osmoradores dasfavelas mover, como onome sugere,- umainterlocu Desde junhodoanode2011, oPrograma Nota-se, portanto, da Políciaque o trabalho Algumas Unidades dePolícia Pacificadora 10 Algunscomandantes realizamreu- tamos algunstemasque, emfavelas com UPP, aheterogeneidadesiderando dasfavelas, apon- com moradores de favela.à interlocução Con- momentos emqueoPoder sedispõe Público e um “modo deser” emraros dosparticipantes sentam um “modo dever” sobre aquela situação serem umdeles. cada ditaspara Osrelatos apre- possíveis,eram einteressantes necessárias de que, dosatores, naquele momento daprática falas dos participantes. Expressam temáticas correntes nas sãovocalizados aqueles queforam nesseseventos.narrativas Foi dasprincipais realizada asistematização ereuniões. dosfóruns gens que participavam tinham relações deproximidade com persona- que algunsdospesquisadores jáman- ressaltar to difusosdaequipedepesquisadores. Cabe olharestaram diferenciados e um tanto quan arelatos deuorigem queapresen- A observação específico (as “reuniões comunitárias mensais”). dessemomento desdobramentos emumevento eos nasfavelas (osfóruns) projeto Social UPP em umcontexto específico: aapresentação do sociais emáreas edaspráticas cais com UPP lo- participativas tos relevantesdasdinâmicas atores emsituação algumas considerações.indicar os Observar diretas quepermitiram observações Realizamos doProjeto desdemaiode2011.rias Social UPP e reuniões(Iser) acompanha comunitá fóruns - mais atores comunitários nessecontexto? o lugardasassociações demoradores edosde- éoconteúdo desuafala?PorQual fim, qualé representa a favela?cipa desse espaço? Quem dasfavelas interior “pacificadas”.- Quem parti pensar” aredefinição das relações depoderno temasdascomunidadesprincipais érealizado. são convidadoslocais eumdebateacerca dos e das organizações local) comandante da UPP oComandodasUPPs Geral co (incluindo eo Nesse evento, diversos atores doPoder- Públi com UPP. território marca sua entrada em cada programa –, que realizaumfórum Social aUPP de uma “cidade integrada” –objetivo último do emdireção àconstrução solidar seucaminho locais.e as organizações Na tentativa de con - (dasociedadeexternos civiloudosetorprivado) até o estabelecimento de parceria entre atores Comunidade MaisLimpae Vamos Iluminar) lixo edaluz(projetos Vamos Combinar uma Os temasqueapontaremos como osmaisre- A equipedoInstitutodeEstudosdaReligião O fórum foi tomado foi como um O fórum “caso bom para

2.1. O

F ór u 11 m da UPP nosapontouaspec- para S ocial - 2011:10). (CEFAI; VEIGA;MOTA, eles depreendem suasações.” de qualouquaisexperiências como, com quemeemvista osatores,fazem porquee em saberquemsão eoque sua produção. Elesepreocupa dele, nomomento exatode se dão concretamente diante osfenômenosque focalizando compreensão aproximada, dor embarca, pois, numa quando “É “o pesquisa- emsituação: etnográfica com inspiração observação atentativadeuma 11 Fizemos policiais. Conflitos, por desenvolvido um Centro deMediação de do Morro daFormiga há Vale quenaUPP destacar doRiodeJaneiro.de Justiça UPPs realizados no Tribunal policiaismilitarespara das de mediaçãoconflitos pormeiodecursos formação Já háalgumasiniciativasde procurado pelos moradores. Ainda não éumrecurso muito eentre vizinhos.interpessoais como odiálogo em conflitos ações chamadasdemediação, Algumas UPPs desenvolvem institucionalizada pelasUPPs. de conflitos como prática doquesejamediação definição construída. Aindanão háuma conflitos aindaestásendo relacionada àmediaçãode 10 AatuaçãodaUPP 57 artigo Pensando as associações de moradores no contexto das UPPs 58

COMUNICAÇÕES do iser 12 Durante apesquisa,12 Durante houve stituído pelocoronel Rogério setembro de2011, ocoronel Robson Rodrigues foi sub- foi Robson Rodrigues a mudançanoComando Geral dasUPPs.Geral Em Seabra. respostas dosdiferentes efetivas órgãos dego- trou algunsimpassesdoprograma emreceber das reuniõesriodicidade comunitárias demons- longo dasobservações, dape- odeslocamento de “muitas reuniões, ação”. debatesepouca Ao so recorrente quantoàexistência dereclamação vergências esuas reivindicações. Háumdiscur- entre atoresquealiapresentam locais suasdi- espaço de maiorcobrança, decontato direto não parecetárias ser a mesma. A reunião é o do, comuni de algumaslideranças - apostura públicos,serviços com ora algumtom decrítica. das, com ora tom deconquista deentrada dentes apresentam deboas-vin- umanarrativa como “representante da comunidade”. Os presi - demoradores,ção quetempresençadestacada mandante, assimcomo opresidente daassocia- Os gestores públicossentampróximos doco- mas não falam, como espectadores. participam Geral das UPPs.Geral contaramcom apresençadoComando fóruns maissimbólica.mesa decaráter Algunsdesses da Polícia se em dá uma pelo comandante local do diálogo com órgãos públicos. Aparticipação desses atores com asfavelas ealgumafacilitação demonstrouverno ao longo umtrato dosfóruns representantes das diferentes secretarias de go- de policiais. públicas,de obras edenúnciaacerca daatuação deremoçõesdas àmoradiaeameaça porconta dequestões,ção taiscomo situações relaciona- dos moradores ao apresentado. queserá tores, apreensão decerta imprensa) eumclima de pessoas “de fora” dafavela (pesquisadores, ges - de40a80pessoas.tenha variado Háapresença pla, embora, em geral, o número de participantes de entusiasmo. Adivulgaçãoparece poucoam- radores. Asfalasdosgestores possuemumtom eapresentaçãoder Público doprograma aos mo- plo onde háapresençaderepresentantes doPo- edasreuniões.ços dofórum daformalidade.da favela nalógica –,mados àparticipação osdesafiosdainserção Pereira Passos edemaisgestores- públicoscha médio dosseusexecutores –ligados ao Instituto uma “cidade integrada”, apresentará, porinter- Social, ao de tercomo objetivo aconstrução de naprestação dosserviços. OPrograma UPP ecom qualida- prazo emumcurto resolvidos são dimensionados como “problemas” aserem Nas chamadasreuniões comunitárias, contu- Apresençadosmesmosgestores públicos apareceu como- espaçoO fórum dereclama éapresentado comoO fórum espaço maisam- Cabem algumasconsiderações sobre osespa- 12 Os policiais estão presentes, processo de “pacificação”. Algumas iniciativas formalizada. Esteaindaéumpontono central atenderem deatividade àsnormas comercial dificuldades econflitos com policiaispor não apresentaram algumas bulante e/ouinformal res no chamado comércioque trabalham am- mero maiordemoradores. Jáalgunsmorado- umnú- socialpara a abrangênciadatarifação destaque nasfavelas porque com UPP aumenta regulamentada porlei desde 2002, masganha a um desconto nas contas de energia elétrica, é nacional.território socialcorresponde Atarifa defamíliasbaixarenda emtodo racterização - (Cadúnico)e ca – sistema de cadastramento trados no Cadastro Federalúnico do Governo osmoradores socialpara - cadas tia datarifação - pormeiodagaran A empresa Light intervém res, de pagar por mais um serviço. já queteriam em algumas falas, como um ônus aos morado- Entretanto, aserpagaapareceu, tarifa anova as favelas etodoconjunto com dacidade. UPP da empresa prestadora de energia (Light) para mais, conhecidas como “gatos”, éumadasmetas sões.- infor Ofimdousodeligações elétricas mércio ambulante expressaram algumasten- da cidade. formal inserção dasfavelas nalógica com UPP apareceram como expressão dasdificuldades de nho/Cantagalo, porexemplo. doPavão-Pavãozi nofórum uma reclamação - balho damaiorparcela dapopulação. Essafoi dos moradores,- detra dohorário poisfazparte nhã. nãoamaioria contemplaria Essehorário dos fóruns, emgeral, pelama- àssextas-feiras fóruns. de realização ao horário Houve críticas dos programas sociais, tema nos também foi dasUPPspermanência eaefetividade a incluem da cidade. OesteeNorte naszonas tivamente localizadas de de Deus e no Morro dos Macacos, respec- de atuaçãolocal,formas por exemplo, na Cida- como detrabalho degrupos houve aformação ereuniões comunitárias,alguns dessesfóruns esupralocais.locais Comode desdobramento ço deencontro entre asdiferentes organizações oestabelecimentodeumespa- para contribuir de discussão jáexistentesnasfavelas. favela,de cada e em geral, a espaços articuladas atualmente ocorrem deacordo com adinâmica radores. Asreuniões, mensais, quecomeçaram verno acionados dasdemandasdosmo- apartir Questões relacionadas àiluminaçãoeao co- Questões formalização Alguns conflitosda emtorno A questão dacontinuidade daspolíticas, que easreuniões comunitárias parecemO fórum

to central nasociabilidadeto central dosmoradores. onde a dimensão religiosa parece seraspec- eBabiblônia,Mangueira enafavela doBatan, na reunião comunitária dasfavelas Chapéu destaque. Conflitosaparecem deintolerância de, pelomenos, duasfavelas merece com UPP compareceu ao fórum. incisiva. Emumadasfavelas, opresidente não no cotidiano da favela apareceram de forma dos presidentes dasassociações demoradores ou inexistente participação insinuavam a pouca ereunião comunitária. fórum rante Falas que alegitimidadenaram deseuspresidentes du- respectivamente). Algunsmoradores questio- gueiro eOeste, Norte efavela doBatan(zonas - doMorro doSal especialmente nosfóruns tes dasassociações demoradores seexpressou e iniciativasdeações jáexistentesnasfavelas. deprojetosde continuidade sociais earticulação públicas, entre outros) ressaltaram anecessidade Civil, eDefesa de Saúde professores deescolas daFamíliade Saúde Municipal daSecretaria (como agentescais comunitários doPrograma vernamentais edesetores governamentais lo- questão. apareceu como dasmaisprecarizadas trimento emáreasblicas maisvisíveis dafavela emde- demandas. Também dasações pú- aprioridade responder umadasiniciativaspara foi aestas de jovens nos fóruns ereuniões.de jovens nosfóruns Vale participação ainda a rara apenadestacar essa questão nos espaçosvocalizar dos fóruns. rece pouco, não hámuitos atores dispostosa A proibição darealizaçãodebailesfunkapa- dotemadacultura. ções dejovens emtorno morro do Turano,- onde háalgumasmobiliza observados,receu menos nos fóruns exceto no das discussões, entretanto, otemadofunkapa- tema eosbailesfunktambémforam As festas muito frequentes. O projeto Vamos Combinar de coletas e possibilidade de ecopontos foram relacionadas dosistema àmelhoria Questões demandascentrais. dasfavelas foram estrutura da Formiga. Aquestão- dolixodeinfra eobras destaquefoi nas reuniões realizadas no Morro exemplo, noabastecimentodeágua, aescassez informalizadas. número decomércios significativo eatividades setor privado, entretanto, aindapredomina um através deparceriasdoPoder públicocom o de “empreendedorismo”, têmsidoiniciadas A dimensão religiosa navidadosmoradores O conflito da representatividade dospresiden - Algumas falasdeagentesgo deorganizações - A falta de acesso a serviços mínimos,A falta de acesso a serviços por 14 13

ma deazulquesubia um moradordoBorel diz: “Porque antesatur- asdificuldadesSobre da relação com a Polícia, entre policiais e moradores é postaem relevo. munitária daProvidência, arelação delicada Tanto doBorel como nareunião nofórum co- de Deusetambémnareunião daProvidência. plo, doBorel apareceu edaCidade nosfóruns Como seuspresidentes percebem- eexperimen e associações de moradores?entre Social UPP se apresente como parceira, como sedáarelação atuando asassociações demoradores? Embora das ounaexecuçãodeprojetos), como estariam e das Estadodeman- (seja no encaminhamento exercer mediadoraentre uma função moradores tos: seoscomandantes passam, muitas vezes, a UPPs a alguns questionamen pode - nos levar pelo comandante daUPP. presidente daassociaçãodemoradores como uma gestorapública, tanto pelo serfeita poderia de umatestado deresidência que, nafalade Como exemplo disso, aelaboração destacamos antes noâmbitodasassociações demoradores. funçõesqueestavam de desempenharoutras capaz como instância daUPP da identificação serem pelospoliciais desenvolvidos presenciamos o anúnciodecursosmúsicaa local. AlémdoProjeto Suderj, jámencionado, projetos, avida atenderdemandaseorganizar como responsável Social) UPP por desenvolver (aindaquenãoou privado osejapelaequipeda bém apresentada poratores dosetorpúblicoe/ que,destacar medida, emcerta étam- aUPP Social, daUPP dofórum nização éimportante boas-vindas efalamdesuascomunidades. dantes dasUPPs, são ospresidentes quedão as Passos (IPP), RicardoHenriques, edoscoman- do Instituto Municipal de UrbanismoPereira Programa peloentão presidente Social UPP moradores. Posteriormente àapresentação do destaque são os presidentes dasassociações de dofórum,simbólica os atores de maior locais lacionada aoutros temasqueapareceram. favelas pacificadas é, então, destacadaeestá re- capitão. daPolícia Aquestão dasatribuições nas reunião, precisam solicitarachave doespaço ao o local,truíram onde estava sendo realizada a ele,Segundo osprópriosmoradores quecons- espaço comunitário pelo comandante da UPP. dagestãoum moradorantigo reclama deum ência”. Na reunião comunitária daProvidência, ele pede: “Tenham maisumpouquinhodepaci - A questão darelação com aPolícia, porexem- Essa breve apresentação sobre aatuaçãodas Embora ocupemlugardedestaqueEmbora naorga- Como jáapontado anteriormente, namesa 15 , ferir”. subiapara Então, 16 etambém nas favelas. das agendas desenvolvidas mas tambémasobreposição desempenhado pelaUPP, parceiros(para eprojetos) lugar de “porta deentrada” não apenaso falaindica Sua com omesmo propósito. um outro projeto, viaUPP, sobrereclamou aentradade e adolescentes dessasfavelas, crianças jeto demúsicapara pela coordenação deumpro- moradora, queéresponsável Sul, daZona da Alegria uma de agosto de2011naQuadra Cantagalo, realizado nodia26 Pavão-PavãozinhoSocial e daUPP 16 No fórum referência àPolícia. 15 Elefaz, obviamente, Faperj sobre asUPPs. noâmbitodoProjetovolvido produzido peloIser, desen- apresentada emdocumentário 14 Adimensão religiosa será reuniões. e nosfóruns o carro-chefe mais Limpa)aparece como Combinar umaComunidade dolixo (Vamos logística nova estabelecimento deuma O pacto queenvolve o na resolução deumademanda. moradores egestores públicos de diálogo eacordo entre pressupõe oestabelecimento 13 O Vamos Combinar 59 artigo Pensando as associações de moradores no contexto das UPPs 60

COMUNICAÇÕES do iser em campo, aindanão havia as UPPs Fazendinha/Nova sido inaugurada a UPP do sido inauguradaaUPP 17 Na dotrabalho ocasião lada emjaneiro de2012e no conjunto defavelas do Alemão, inauguradasem Brasília eAdeus/BaianaBrasília morro do Vidigal, insta- abril emaiode2012. abril N° AssociaçãodeMoradores doParque João Paulo II 4 soiçoCmntrad oaoe mgsd oe oe Borel Rica AssociaçãodeMoradores Borda doMato/Vila Borel 3 AssociaçãoComunitária deMoradores eAmigos doBorel 2 1 5 soiçod oaoe mgsd or oAdríAdríAndaraí Andaraí Associação deMoradores eAmigos doMorro doAndaraí 6 8 7 9 da UPP Social. da UPP Social; UPP nal) dasassociações; sociações; contemporânea dasassociações demoradores: à situação das seguintesdimensões pertinentes desenvolvemos umainvestigação queseocupou comandantes deUPP. específicos, Emtermos ‘novo lugar’ quetemsidoocupado poralguns das acerca doprocesso de “pacificação” edesse de moradores existentesnasfavelas supracita- as percepções dospresidentes das associações campo. investigar A ideia inicialdapesquisafoi nomomentode dotrabalho que tinhamUPP das associações demoradores detodasasfavelas rias, realizamosentrevistascom ospresidentes ereuniões comunitá dosfóruns - da observação com aPolícia? sas instânciasgovernamentais e, especialmente, ma asassociações têmdialogado com asdiver- reiteração deseupapelmediador?- Dequefor são os recursos acionados a para Quais local? tam esse “novo” momento doassociativismo • modos de articulação com atores da UPP e UPP da atores com articulação de modos • da e UPPs das advento o com mudanças • • demandaseperfildeatuação; eparceiros;• mapeamentodearticulações institucio- e (física estrutura e composição • dasassociações• breve pesquisadas; histórico as- de presidentes dos perfis e trajetórias • essasquestões, deapurar Como forma além dores doBispoe117/AssociaçãoPró-melhoramentos da Centro Comunitário da Matinha/AssociaçãodosMora- Associação deMoradores daNova Divineia União Progressista doMorro daChacrinha Associação dosMoradores CasaBranca Associação deMoradores daCaçapava O questionário foi aplicado nasseguintesassociações: aplicado foi O questionário Nome daorganização Liberdade grama UPP Social. UPP grama a UPP, associações outras demoradores eoPro- atores” comdarelação perguntasemtorno com por fim, umblocodequestões eoutros“UPP recursos, deacionar formas opoderpúblico)e, eatividadesdesenvolvidos realizadas, fontede funcionamento – equipeda associação, projetos ção, eespaço físico, infraestrutura de dinâmica das associações demoradores (anodefunda- dedadosUma segundaseção geraisehistóricos em espaços associativos emoradianafavela. relacionadas ao(ocupação), trabalho atuação tante da associação de moradores com questões das três seções: do represen perfiletrajetória - análise estatística. composto foi Oquestionário chadas, etratadoemprogramas codificado de com- deumquestionário questões fe partiu moradores. em38associações questionários de aplicamos do associativismo nas favelas do Rio de Janeiro, cer umquadro compreensivo dasituaçãoatual das favelas com UPP. uma pesquisacom asassociações demoradores mente pelasassociações, optamosporrealizar - desempenhadas historica sumir atribuições que, aindaquenão disputem, poras- acabam 3. Um retrato das associações O panorama, apresentado queserá aseguir, Motivados por essa pluralização deatoresMotivados poressapluralização de moradores em áreas receberam UPPs Borda doMato aaBac Borel Casa Branca hcih Turano Chacrinha aaaaAndaraí Caçapava 17 naa Andaraí Andaraí ain Andaraí Saviana uaoTurano Turano aroUPP Bairro Na- tentativadeforne Andaraí qu e evangélico (8) (Gráfico 3). (8)(Gráfico evangélico dos Amaiorparte mais recorrente (16), éocatólico seguidodo parda 2). (Gráfico religioso Opertencimento 1),(Gráfico decor queseidentificam pretae do sexo masculino, nafaixados30 aos 50anos queháprevalênciadepresidentespossível dizer tes dasassociações demoradores investigadas, é Analisando o perfil e a trajetória dospresidenAnalisando- operfileatrajetória 10 6Pró-melhoramentos dosMoradores doMorro doCatumbi 38 37 36 35 34 33 32 31 30 29 28 27 26 25 24 23 22 21 AssociaçãodeMoradores Pró-melhoramento daFavela daProvidência Centro Comunitário dosMoradores eAmigos doMorro Queto 20 19 18 17 16 AssociaçãodeMoradores União Comunitária Cidade deDeus 15 14 13 12 11

Centro Social Nossa Senhora deFátima NossaCentro Senhora Social daFavela doMorro doCantagalo Associação Pró-melhoramentos doMorro dosMacacos Associação deMoradores Jardim doAmanhã Gleba2 Sociedade deAmigosSociedade doMorro(SAMM) daMatriz União dasAssociações doComplexoCarlos doSão Associação de Moradores da Rua Henrique Fleuss Associação deMoradoresHenrique daRua Associação dosMoradores doMorro dosCabritos Associação dosMoradores Marta doMorro Santa Associação deMoradores doMorro doSalgueiro Associação deMoradores Tabajaras deBotafogo Associação deMoradores doMorroJoão deSão Associação deMoradores doMorro daFormiga Associação deMoradores doPavão-Pavãozinho Sociedade AmigosSociedade doMorro doEscondidinho Associação dosAmigos doChapéuMangueira Associação dosMoradores daCidade deDeus Sociedade deAmigosSociedade doMorro dosPrazeres Associação dosMoradores eAmigos do Vale Associação deMoradores Parque Isabel Vila Associação deMoradores doJardim Batan Sociedade deAmigosSociedade doMorro daCoroa Associação deMoradoresCarlos doSão Associação deMoradores doSinimbu Associação deMoradores Babilônia Santa Teresa/RioSanta Comprido Nome daorganização e seissão inativos assinada enquantooitosão autônomos carteira quemenosdametade (13)possui possível dizer 4).to (Gráfico No quediz respeito àocupação, é tados possuem oensinofundamentalincomple- pleto que, juntos, somam 11. dos entrevis- Sete completo ouincomseguido deensinosuperior - presidentes (16)possuiensinomédiocompleto, 18 (Gráfico 5). (Gráfico Rio Comprido Rio Comprido Cidade deDeus Cidade deDeus Cidade deDeus São Cristovão São Santa Teresa/Santa São F.São Xavier Santa TeresaSanta TeresaSanta TeresaSanta oaaaaPavão-Pavãozinho Copacabana Copacabana Vila Isabel Vila Botafogo Sampaio Sampaio Estácio Estácio Bairro Tijuca Tijuca Saúde Leme Leme Batan Fallet/ Fogueteiro/Coroa Fallet/ Fogueteiro/Coroa Fallet/ Fogueteiro/Coroa Chapéu Mangueira Cidade DeDeus Cidade DeDeus Cidade DeDeus Escondidinho Santa Marta Santa Providência Mangueira São Carlos São Carlos São São Carlos São Cantagalo Tabajaras/ Tabajaras/ Babilônia Salgueiro Macacos Macacos São João São São João São João São Formiga Prazeres Batan UPP Borel atualmente. huma atividade remunerada responderam não possuirnen- refere-se aos entrevistados que 18 Acategoria ‘inativo’ 61 artigo Pensando as associações de moradores no contexto das UPPs 62

COMUNICAÇÕES do iser G G G ráfico 3 ráfico 2 ráfico 1 ou em outra função,ou emoutra que 16têmde valedestacar demoradores,ção depresidente seja nocargo custo pelaatuaçãonaassociação. ponderam quenão recebem nenhumaajudade rendimentos, jáquetodososentrevistados res- queasassociaçõesafirmam não sãofonte de de trabalho.tempo com o horário Também àsassociaçõestegral (26), tendodedividirseu presidentes in- não afirma terumadedicação Analisando otempodevínculocom aassocia- Ainda com relação àocupação, dos amaioria G G ráfico 4 ráfico 5 da Segurança Pública ao longo dosanos2000. Pública da Segurança cidade com intensosconflitos armadosnaárea da desses presidentesdahistória emumperíodo anos(15),de dez demonstrandoapermanência número atuanaassociaçãohámais significativo gestões 7).cipou de outras (Gráfico Assim, um 6).ciação (Gráfico - (23)jáparti Amaiorparte de 11a15; 16a20; 26anos oumaisnaasso- a 10 anos na associação e quatro estão nas faixas 0 a5anosdeassociação. estão nafaixade6 Sete 63 artigo Pensando as associações de moradores no contexto das UPPs 64

COMUNICAÇÕES do iser 19 Aoàativi- nosreferirmos dade/assessoria parlamentar,dade/assessoria meio de um partido político meio deumpartido cionalizada dentro oupor de cargos comode cargos ‘cabos’ ou (por exemplo, aocupação essa categoria abrangea essa categoria militância maisinstitu- ‘delegados’ eleitorais). (6) (Gráfico 10). (6) (Gráfico assessoria e atividades parlamentares diversas eatividades parlamentares assessoria (10), emONGs(7)e seguida daparticipação ções. Aatuaçãoemigrejas é amaisrecorrente marcanteentre dasassocia- osdirigentes rística tância ou açãocoletiva parece- ser uma caracte maisrecorrentero) éopartido 9). (11)(Gráfico (Partido- Brasilei Democrático doMovimento destacar,é importante contudo, queoPMDB 8).(Gráfico Entre aqueles quepossuemfiliação, nãopossuir enquanto17disseram terfiliação vante afiliaçãopartidária, pois21 responderam sidente que não vive na favela. Parece ser rele- favelas em quesão presidentes, exceto umpre- A participação em outras atividades emoutras demili- A participação A quasetotalidade dosentrevistadosnas mora 19

G G G ráfic ráfico 6 ráfic o 7 o 8 A categoria A categoria “outra” abrangeasreuniões que com osmembros dadiretoriaassociação. niões tambémpodemserrealizadas apenas dasreuniões.dispostos aparticipar Asreu- pelos entrevistados. Não moradores haveria das dificuldades recorrentemente apontada decidida. éuma Afaltadereuniões periódicas de acordo com aurgência dasituação aser tas não parece ser algo fixo, parecendo variar reuniões 11), (Gráfico lizem afrequência des- parecem sermaisinteressantes. rea Embora - das associações,tórico algumas informações exercerganhos para opapeldepresidente. Apenas umdosentrevistados reconhece receber custo pelaatuaçãonaassociaçãodemoradores. não recebe nenhumaremuneração ouajudade Refletindo acerca dosdados edohis- gerais A quasetotalidade dospresidentes que afirma G G ráfic ráfico 9 o 10 empresariais como o Serviço Social da Indústria daIndústria Social empresariais como oServiço com fontes como outras parceriainstituições das associações são asmensalidades combinadas fico14). Assim,fonte de aprincipal recursos recorrente dos entrevistados- na narrativa (Grá ro reduzido demoradores umareclamação foi 13). (Gráfico nenhuma federação las (Fafrio) nove não eoutras possuemfiliaçãoa filiadas à dasAssociaçõesFederação de Fave- titucional formal. Apenas cincoassociações são pareceO vínculocom afederação apenasins- éenunciadaferj como umarelação distanciada. de taxasmensais. Por vezes, arelação com aFa- e recebe dosmoradores contribuições pormeio Federação dasFavelas doRiodeJaneiro (Faferj) 12). (Gráfico ocorrem maisaleatória deforma As taxasmensaispagasapenasporumnúme- dasassociações estávinculada à A maiorparte 65 artigo Pensando as associações de moradores no contexto das UPPs 66

COMUNICAÇÕES do iser que foram cedidos,que foram comprados ouocupados, ções, emsuamaioria, são próprios, com imóveis mentação relacionada aos 15). imóveis (Gráfico sos, astaxas pagas pelos moradores docu- para diver eventos - guel desalasdaassociaçãopara recursos Comunitário, doprograma Gari oalu- de programa governamental. os Destacam-se aos moradores erecurso provenienteserviços do RiodeJaneiro (Firjan), prestação dealguns eaFederação(Sesi) doEstado dasIndústrias Osespaços defuncionamento dasassocia- G G G ráfico 11 ráfico 13 ráfico 12 (6) (Gráfico 10).(6) (Gráfico diversas1 eatividades parlamentares assessoria (10), emONGs(7)e seguidadaparticipação ções. Aatuaçãoemigrejas é amaisrecorrente marcanteentre dasassocia- osdirigentes rística tância ou ação coletiva parece- ser uma caracte 16). desuassedes(Gráfico construção demutirões ahistória anarrar para chegaram aluguel pelousodoespaço. Algunspresidentes 24associações.totalizando Apenas oito pagam A participação em outras atividades emoutras demili- A participação G G G ráfico 16 ráfico 15 ráfico 14 67 artigo Pensando as associações de moradores no contexto das UPPs 68

COMUNICAÇÕES do iser (Gráfico 17).(Gráfico recorrente nasassociações estudadas não apareceu em casa) de casa de forma vela responsáveis pelaentrega dascartas ros comunitários (pessoasdaprópriafa- correspondências.- doscartei Aprática Os moradores équevão àsedepegaras rência todasascorrespondências. para associação, derefe - olocal quesetorna entrega decarta, geralmente, pela éfeita das atividades derecreação elazer. A públicos ebenefícios sociais, além tos relativos àsdemandasporserviços ematendimen- atuar principalmente As associações estudadas parecem G G ráfico 18 ráfico 17 dentes, dos participa queaUPP 26afirmam 21).te da pesquisa (Gráfico Entre os presi - par- atuação nas 38 associações que fizeram moradores existe emapenas14dasfavelas de responsável pelocontato maisdireto com os 20).(Gráfico deaproximação, Ogrupamento uma relação boa oumuito boacom aUPP 19).associação (Gráfico os diferentes problemas queseapresentam à que consigam desenvolver atividades eatender derecursos associações para edaescassez prias dafaltadeprojetosreclamam sociaisnaspró - 18). Emgeral, os representantes entrevistados acesso aos diferentes órgãos públicos(Gráfico naassociação,sua trajetória facilitar para o sua rede derelações, estabelecida ao longo de tem oatendimento da associação, utilizando quefacili - doscaminhos sidentes têmclareza contato direto com gestores públicos. Ospre- feito, predominantemente, porofício epelo A maior parte dospresidentes (25)avaliaterA maiorparte O contato com oPoder temsido Público G G ráfico 20 ráfico 19 nas associações estudadas17). (Gráfico não apareceurecorrente emcasa) deforma casa favela responsáveis de pelaentrega dascartas comunitários (pessoas da própria dos carteiros vão àsedepegarascorrespondências. Aprática todas ascorrespondências. Osmoradores éque sociação, dereferência olocal quesetorna para A entrega decarta, geralmente, pelaas- éfeita ciais, alémdasatividades derecreação elazer. públicos e benefícios so- mandas por serviços cipalmente ematendimentosrelativos àsde- 25). (Gráfico associações demoradores defavelas vizinhas que, com aUPP, narelação houve melhoria com as associações nãoalteradae12acreditam foi que, com achegadadasUPPs, arelação com moradores vizinhas, 19 presidentes destacaram ções demoradores 22). (Gráfico eatividadeseventos realizados pelasassocia- As associações estudadas parecem- atuarprin àrelação comassociações asoutras de Quanto 69 artigo Pensando as associações de moradores no contexto das UPPs 70

COMUNICAÇÕES do iser G G G ráfico 22 ráfico 21 ráfico 23 (Gráfico 26).(Gráfico daassociação emtorno radores semobilizem tão adificuldadequeosmo- dedestacar para res nos últimos dois anos, ques- façam embora mais da associação de morado- têm participado De acordo com 26presidentes, osmoradores G G G ráfico 26 rafico 25 ráfico 24 71 artigo Pensando as associações de moradores no contexto das UPPs 72

COMUNICAÇÕES do iser por exemplo)29). (Gráfico e ações deresponsabilidade socialempresarial, litado a entradadeoutros atores (como ONGs que asUPPs eseu “cessar-fogo” tenhamfaci- intervenções.novas Também épossível supor às atividades, como uma “porta deentrada” de deacesso a tenhamcomo instânciaprimeira tejam sobaresponsabilidade daPolícia ouque atividadesque asnovas existentesnasfavelas es- à implementaçãodeprojetos), épossível supor perda deespaçoasUPPs para (noqueserefere 28). (Gráfico UPP afirmem nãohaver Embora realizar algumasatividades com achegadada de apenasduas. deixado de nove teriam Outras UPPs eaquelas quemantêmasmesmas ações é atividadesrealizam novas com achegadadas A diferença entreA diferença aquelas associações que G G ráfico 28 ráfico 27 36). (Gráfico que nãoões e 16 afirmam participam das queossoldadosreuni- afirmam participam discreta.cem deforma Entre ospresidentes, 18 Entre osparticipantes, ossoldados aindaapare- na opinião de20entrevistados35). (Gráfico conta com aproximadamente 30participantes ou ofícios 33). (16)(Gráfico Éaassociaçãoque dentes tambémsedápormeiodeemails, cartas dia da reunião. dospresiConvite- à participação contato direto com ocomandante, queavisao 31).(Gráfico Aconvocação sedá, em geral, pelo reuniões realizadas com oComando da UPP eseisdosentrevistados quehá afirmam Vinte participam maisdaassociação participam que, afirmaram dez com aUPP, osmoradores mesmo após a chegada das UPPs. Entretanto, poucodaassociação radores aindaparticipam Para dospresidentes amaioria (15), osmo- G G ráfico 30 ráfico 29 20 (Gráfico 30). (Gráfico perímetro da UPP Macacos. perímetro daUPP Formiga e, posteriormente, no noMorrodesenvolvida da qualitativa, queestásendo abordadoserá empesquisa pós-implantação dasUPPs 20 Otemadaparticipação 73 artigo Pensando as associações de moradores no contexto das UPPs 74

COMUNICAÇÕES do iser G G G ráfico 33 ráfico 32 ráfico 31 1 G G G ráfico 36 ráfico 35 ráfico 34 75 artigo Pensando as associações de moradores no contexto das UPPs 76

COMUNICAÇÕES do iser são mais rapidamente atendidas (Gráfico 39).são atendidas(Gráfico maisrapidamente mam que, pormeiodoprograma, asdemandas duas associações38). (Gráfico Outros 13afir- nãoafirmam terhavidoédeapenas mudanças degoverno daqueles que associação dasesferas queoprogramaafirmam temaproximado a car, contudo, entre queadiferença aqueles que relação degoverno. com asesferas Vale desta- que oprogramafacilita nãoa necessariamente do programa, dos presidentes a maioria afirma pelosexecutores desenvolvido giem otrabalho 37). (23)(Gráfico Social UPP elo- Embora ou muito boacom osgestores doPrograma Os presidentes teruma afirmam relação boa G G G ráf ráf ráf ico ico ico 3 3 3 9 8 7 2002: 224). Desse modo, não emanci- haveria hierarquizado”e fortemente (Machado daSilva, seria padrão urbana de integração “fragmentado (do favelado)”, subalterna uma categoria cujo sido conquistada pormeioda “constituição de século defavela (Zaluar, Alvito, 1997)–teria nência na cidade – comemorada no livro Um res àcidade. A “vitória” dafavela- esuaperma - dossegmentosinferio subalterna incorporação assentados emuma estariam que taisarranjos dimensão queserefere normativa ao fatode dasfavelas –como uma cesso deurbanização listas quesão noâmbitodopro desenvolvidos - - cliente –dosarranjos uma dimensão descritiva bem salientaBurgos (2005), compreende tanto “controle negociado”? da Silva, pautada no deumapolítica tratar-se-ia tado. Mas, assimcomoporMachado indicado uma continuidade dessetipodeatuaçãodoEs- deatuaçãoparticipativa,forma representaria favelas ao deuma conjunto dacidade apartir Social,a UPP das deintegração esuaretórica de. Aimplementaçãodeumprograma como por umaqueenvolve negociação não- énovida maisautoritária deumapolítica a substituição sível por conta da instalação das UPPs (quesóépos- Social funcionamento daUPP dor (“solucionador deproblemas”) o egarantir media- em o importante comandante da UPP A implementaçãodasUPPs, alémdeconverter deatores nasfavelaspluralização “pacificadas”. uma dosentrevistados) podeindicar minoria exercidas pelasassociações (mencionada pela dito anteriormente, aredução dasfunções presidentes dafaltadeprojetos. reclama Como de exercer dos algumasatividades e boaparte 33 presidentes, queaassociaçãodeixou afirmam tes pelas desenvolvidos associações, nove, entre não assumiuaresponsabilidade deprojetos an- experimentada a política nessasfavelas? apolítica experimentada Afinal,e supralocais? como estásendovividae Como serelacionamnesse local? osatores locais projetos queatuam easdemais organizações são os cionamento dessasassociações? Quais que possuemUPP. defun- éadinâmica Qual configuração dotecidoassociativo nasfavelas litativo com oobjetivo decompreender aatual portanto, realizarumapesquisadecunhoqua- vernamentais aessasfavelas. interessante, Seria facilita não oacessoorganizações go deoutras - te exercido pelasfacções criminosas), também fundamentalmente ao controle- anteriormen doPoderque associaaatuaçãoprecária Público O conceito de “controle negociado”, como (2002),Como porMachado indicado daSilva Vale que, destacar queaUPP afirmem embora controle negociado? 4. Partici p a ção ou

3 visto delicado diante dessa ambiguidade.delicado Ocorre uma dos elementosqueseapresenta demodomais éum local pública de administraçãodaesfera petências. daPolícia A participação emtemas ecom- deatribuições que háodeslocamento é boa; poroutro lado, temosapercepção de lado, predomina aalegaçãodequerelação apresenta algumasambiguidades. Se, porum policiais egestores do Programa Social, UPP sentes nocontexto dasUPPs, principalmente, moradores com osatores dopoderpúblico pre- riormente, que a relação das associações de suasdemandas? os moradores vocalizam se dáanegociação com oPoder Como Público? social? E, nocontexto dasUPPs, emqueplano dessesegmento mover aemancipaçãopolítica feitos, entre outros), possível como pro seria - eleitorais,favela (cabos parlamentares, subpre - o atendimentodasdemandasdosmoradores de políticospara ainda existem intermediários Se dosfavelados deintegração àcidade?na forma conteúdo político, haver como alteração poderia luta peloterritório, destituídade muitas vezes Burgos (2005): mentado dasfavelas àcidade. Deacordo com gociado, reproduz- opadrãofrag deintegração institucional, ne- mesmoqueemseuformato àcidade.integração No entanto, ocontrole das favelas,põe-se a urbanização visando sua seja, aremoção. aosolução final ao “problema dafavela”, qual sistência das agências estatais em impor uma dessesatores,pação política mesmocom ade- Vimos, nosdados queapresentamos ante- pelacidade converte-se em alutapolítica Se No remocionista, lugardeumapostura pro- pela aumaluta sereduz cidade pelo território. (idem:232). Dissosededuzquealuta política las para decidir quais delas serão beneficiadas” imensoconflitoasfave- horizontal“um entre spolitiza asreivindicações”. Configura-se, assim, oconjunto dasmobilizaçõesede- que enfraquece “pulverização hiperlocalista dosinteresses [...] beneficiadas, uma a serem resultado eo seria doprocessodasfavelas deseleção cos oscritérios às práticas clientelistas, por tornar acabaria opa- técnicos,base emcritérios supostamente imunes emplar de política pública que, com concebida Favela-Bairro, por exemplo,- ex umcaso seria queoprograma Machado daSilva observa públicas voltadas para aintegração urbana. Para políticas aspróprias issocorroborariam de poder que a diferencial sustenta” (2002:235). e o enorme secular de integração fragmentada assimnegociadostitucional reproduzopadrão adaptam-se àsconjunturas, in- masocontrole das disputas mudam, demobilização asformas Ainda segundo MachadodaSilva,Ainda “os objetivos Estado nafavela”. o maufuncionamento do a paz, mais não sejustifica Social,UPP declara: “Com pela organizados dos fóruns 21 Umgestor doIPP, emum 77 artigo Pensando as associações de moradores no contexto das UPPs 78

COMUNICAÇÕES do iser teria sidodesarmado,teria porque convivendo com armamentos Pacificadora, comofoidito já em seucotidianoesujeitosa contraditório comcontraditório aideiade pelo usoostensivo dearmas, de drogas. Contudo, mesmo “pacificação”. Essa temática os moradores continuariam eliminação docontrole ter- ritorial armado pelo tráfico armadopelotráfico ritorial 22 AsUnidades dePolícia de forma exaustiva,de forma teriam policial, vistoqueotráfico garantida comgarantida aocupação um moradorquestionou a apareceu, porexemplo, no desde 2008, apresençada de fuzis. a Se “paz” estaria como a objetivo principal necessidade da utilização necessidade dautilização Polícia aindaémarcada tendo sidoimplantadas o queparece um pouco fórum do Vidigal onde do Vidigal fórum esse controle? trole armadodo tráfico com aeliminação(nemsempre docon integral) - daatuaçãoPolícia,manece nocerne mesmo ideia de “pacificação” queper- –terminologia moradores. protagonismo naatuaçãodasassociações de aperdapode tambémsignificar deespaço ede representar aconsolidação deumaparceria, mas ecom outrosUPP atores dopoder público pode nosdemaiscontextos.fica Dividirtarefas com a Social,da UPP esseprotagonismo não- severi destaque nasreuniões oficiais, comofóruns os Ao mesmotempoqueelaspossuemlugarde cia aspercepções dasassociações demoradores. do dessaproblemática, ao tomar como referên- fine, entretanto, oestu- algumasdimensõespara determinados contextos. Opresente estudode- socialem projetos eatividades deintervenção seresponsabiliza por ofatodequeaUPP para por estudosfuturos. Não hárespostas apriori de papéis que merececâmbio ser aprofundado dasUPPssociações uminter- porparte indica pação dealgumasatividades realizadas pelasas- compunham seusescoposdeatuação.- Aencam atividadesgam realizaroutras que, antes, não que agora são realizadas pelas UPPs, mas ale- exteriores àsfavelas. como produto dedemandas, medida, emgrande efetuado pelas associações demoradores, mas do dasreivindicaçõesdedécadas edotrabalho presença, entretanto, não ocorre como resulta- dos problemas em torno locais.articulação Tal seapresentamodiálogora para ea àdisposição que, hátantosanosrequisitados eausentes, ago - situação naqual, finalmente, osatores públicos grama UPP Social garante a participação dos a participação garante Social UPP grama favela àcidade por meiodasUPPs edoPro- social emfavelas “pacificadas”? da Aintegração eminiciativasderesponsabilidadesetor privado neste processo? Como temsidoaatuaçãodo governamentais opapeldasorganizações seria edesenvolvimento deprojetos.elaboração Qual de demandas recursoscomo na captação para nome dasfavelas, tantonaapresentação desuas atores passama disputarodireito defalarem das favelas? Com a “restituição da paz”, outros Quais são os efeitos dessa política baseada na sãodessapolítica osefeitos Quais As associações deixamderealizaratividades, 22 –navidaassociativa UPPs Sociais. locais, suscitados pelasUPPs epropostos pelas de agendas em torno vos de articulação termos clarosdefinam papéiselugaresnosno- mais nega ao diálogo, quese masqueénecessário intransigentequese seja a posição a esserisco tutelado. queaalternativa Issonão querdizer correm de permanecerem em um lugar o risco submetidas relações anovas nasquais deforça nasfavelas,pública asassociações podemestar propostasnovas degestão dosassuntosdavida rem no diálogo das em torno como partícipes maior controle doEstado sobre elas. Ao atua- das associações demoradores, podemindicar definem a doprotagonismoredução porparte hipótese dequeasambiguidades depapéis, que organizações, porém, épossível com lidarmos a favelas do RiodeJaneiro. Pelo dessas histórico reconhecidas nocontexto doassociativismonas serasinstânciasmais de moradores deveriam Não temoscomo responder seasassociações departicipação. dinâmicas de algumasnovas erepresentaçõeslocais governamentais, diante sições presentes entre nainteração lideranças dealgumasdispo- por meiodeumpanorama sociativismo emfavelas emcontextos deUPPs, mínimo deinvestigação sobre aquestão doas- Nossa preocupação estabelecerumpatamar foi mas questõesquemerecem aprofundamento. com descritivo omapeamentodealgu- ráter Sul. nasfavelasdo oolharprivilegiado dazona região dacidade, Norte dazona desconcentran- religiosos, na gestores públicos)ealocalização presidentes deassociações demoradores, líderes lecidas com diferentes atores(policiais, locais dessasfavelas,bilizações asrelações jáestabe- tros estudos, demo- considerada foi ahistória dessesou- Na empírico delimitaçãodocampo qualitativo nosmorros daFormiga eMacacos. estudo exploratório, pesquisasdecunho outras Iser desenvolve, nomomento daredação deste engendradas pelosfavelados? radores, quaissãonasações osefeitos coletivas (armado) narelação entre poder públicoemo- podeseconverter emmediador aUPP de? Se moradores defavelas noespaço públicodacida- Tentamos aqui- estabelecer um estudo de ca Na tentativaderesponder essasperguntas, o neiro. Rio deJaneiro: Fundação Getúlio Vargas, 1998. ; Alvito, M. (orgs.). de Favela. Um Século Rio de Ja- Boll,Heinrich 2008. cias noRiodeJaneiro. Global(org.). Justiça Fundação como reversos domedo. In: Segurança, eMilí- tráfico dores defavelas eseudirigentes: odiscursoeaação Brasileiros, 9, 41, 1967. neiro: FGV, 2002. Lippi. (Org.). Cidade: edesafios. história RiodeJa- nuidade do “problema favela”. In: OLIVEIRA, Lúcia Rio dejaneiro, Ibase, 2004. (org.).Itamar Silva Rio–ademocracia vistadebaixo. e problemas daaçãocoletivanasfavelas cariocas”. In: Pereira.Márcia daSilva Favelas eDemocracia: temas Rio deJaneiro, Forense, 1949. Terra, 1982. 228p. (Estudosbrasileiros, 59). noRiodeJaneiro.clientelismo RiodeJaneiro: Paz e davidaassociativa.nografia Niterói: EDUFF, 2011. MOTA, F. R. (Orgs.). Arenas Públicas: porumaet- Vol. I, pp.189-222. dadania. de Ciências Sociais, Revista nº 48, Dados - Getúlio Vargas,1998. de Favela. Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Fundação Janeiro”. In: Zaluar,A. ; Alvito, M. (orgs.). UmSéculo nasfavelas doRiode la-Bairro públicas –aspolíticas ZALUAR, A. Crime, medoepolítica. In: Zaluar, A. SILVA, I.; ROCHA, L.M. Associações- demora nafavela.______Apolítica Cadernos ______. Aconti- MACHADO DA SILVA, Antonio; Luiz LEITE, LEAL, Nunes. Coronelismo, Victor Enxada e Voto. DINIZ, Eli. Voto emáquina política: patronagem e CEFAÏ, D.; MELLO, M. A. S.; VEIGA, F. B.; ______. (2005). Cidade, eci- territórios BURGOS, M. B. DosParques Proletários ao Fave- 5. R eferências Bigliográfica 79 artigo Pensando as associações de moradores no contexto das UPPs 80

COMUNICAÇÕES do iser “ cificado p a O f

p e T Mendonça or Michel

A ássia un T a B ndré arb

m R aíza ara está k ara R C odrig ar L S a iq G valho j F t o u oto: m

eira m S u hutter an es es ” S t ock.com 6 5 4 3 2 1

? lizada nobairrolizada deBotafogonacidade doRio lícia Pacificadora na Santa Marta,Favela - loca 2008, Unidade dePo instalada foi aprimeira - ainda maisevidente. No de dia19dedezembro cia Pacificadora, dofunkficou acriminalização mente, suainterdição. iniciativaspara desses espaços, desencadeando, consequente- sos embailesreforçaramapercepção negativa deatoslibidino - dapossívelem torno prática seenfrentavam rivais eoescândalo que grupos sobre bailes jornalísticas rias “de corredor” em com ofunk nãomuito foi diferente. Asmaté- da ilegalidade, daimoralidadeeviolência, presentadas como locusdafaltadehigiene, existência, emdiversos momentos foram re- as favelas,Se neste seu mais de um século de vens, pobres, moradores defavela éreiterada. Assim, aestigmatização, jáexistente, dejo- como reproduçãoblica entre daguerra facções. apreendidasem 1992foram pelaopinião pú- rentes, (1996: Hermano Vianna 04)comenta: sobrenos jornais osbailesemmomentos- dife Ao produzidas compararasdiferentes matérias doRiodeJaneiro. Pública 1996) daSegurança ro –em públicosnúmero 1”“inimigos (Vianna, dacidade doRiodeJanei- bairros periféricos em sua maioria, jovens moradores de favelas e aconversãoData desseevento dosfunkeiros – ceu emoutubro doArpoador. de1992napraia violência nacidadeo foi “arrastão” queaconte- eoaprofundamento dapercepção da carioca da relação, quasequeinexorável, entre ofunk ano (1996), argumentaqueomarco nahistória Vianna,Janeiro. no publicado emartigo de Rio sociados àviolênciaproduzida nacidade do bailes eseusfrequentadores encontram-seas- Desde, pelomenos, osanos1980, ofunk, os não negativadesseseventos érecente.cepção policial.las atendidasporesseserviço Aper- inicialmenteproibidosforam dentro dasfave- Polícia Pacificadora (UPPs), osbailesfunks Com a implementação das Unidades de Polí - As cenas de galeras rivais brigando naspraias brigando rivais As cenasdegaleras Com a implementação das Unidades de marca, foram eosfunkeiros estigmatizados. diversão,a não nasuaprincipal setransformou antes coisa, dequalquer violento. Aviolência, e arrastão, passou visto a ser como um fenômeno, cionar comosbailes funk?Obaile, depois do ver ese rela- aqueles dos jornalistas) preferem eles sociais doRio(entre determinados grupos mudouamaneira Ou funkeiros? comaqual Mudou o Jornal doBrasil?Mudou oJornal Mudaram os 7

quentados por muitos moradores da cidade dita demoradores, era presença maciça ebailesfre- sego e Canário. Acompanhamos bailes onde a alguns bailesnasseguintesfavelas: Amor,- Sos pação daPolícia? - Como (se houver)se comportam? éapartici sua versão “proibida”,sua O bailefunk, especialmentecom identificado interditadosbailes foram nessaslocalidades. dos militarmente. plexos doAlemão edaPenha ocupa- jáforam com 21UPPs eafavela daRocinhaeosCom- de Janeiro. Atualmente, oRiodeJaneiro conta bidão”e “putaria”? Que tipodefunktoca?pacificada? Toca “proi- te simples: como são osbailesfunksdefavela alternativo,ao transporte porexemplo. restringe apenasaos bailesfunks, mastambém práticas. einterditar certas torizar Isso não se conjunto, ao comandante cabe adecisão deau- que reguleasações dasUPPs eoriente emseu local.pela UPP Como não existeumprograma docomandante responsávelmente doarbítrio a gestão favela de cada depende fundamental- ficadas”. nãofoiuniversalizada, Aprática pois realizados emmuitasbailes foram favelas “paci- –, UPP anos depoisdainstalaçãoprimeira os no cotidianodosmoradores. depagode,grupos porexemplo, permanecem plo) –querodas desambaeapresentação de favelasdas em outras (na Formiga, por exem- depesquisas realiza- –apartir possível indicar sobre emgeralnasfavelas festas “pacificadas”, é nãoEmbora tenhamosrealizado umapesquisa godes são atingidos pelaresolução supracitada. preferencial.reça seroalvo Mesmoforrós epa- que estásujeitoaessasinterdições, pa- embora uma “perseguição” deliberadaao funk. Tratar-se-ia, então, dalei, daaplicação enão de tísticos, em todo o estado. sociais e esportivos confere àpolíciaopoderdeproibir ar- eventos eventos, vistoqueaconhecida “resolução 013” dos residia dosomépoca naaltura enohorário policiais militares. da polícia à A justificativa censuradopelos núncias dequeofunkseria bandidos. menores, Mesmoemfestas háde- como bandidosou, pelomenos, potencialmente reunia aqueles jovens favelados representados como inimigopública número 1, vistoqueele dosagentes desegurança do noimaginário Na aresponder, tentativadecomeçar fomos a Logo em um primeiro momento,Logo todos os A perguntaquemotivaestetextoébastan- restrições, tenhasofrido Embora hoje–três Vale queobailenão destacar éoúnicoevento 10 Como os frequentadores 8 parece- terpermaneci 9

de Janeiro” (2006). contexto deviolêncianoRio e performances ‘proibidas’ em neurótico:ritmo funk cultura Mattosintitulada Carla “No demestrado a dissertação do funk, valeapenaconferir avertente 10 Sobre “proibida” lido nofimdapublicação. 9 Odecreto completo pode ser dominam algumasfavelas. cia que às facções criminosas 8 defunkquefaz Tipo referên favelas, ler Valladares (2008). sentações/dogmas acerca das dasdiferentesem torno repre- 7 Para aprofundar adiscussão UFRJ epesquisadoradoIser. 6 CientistasocialpeloIFCS/ associado doIser. (L(E)H/ UFF)epesquisador versidade Federal Fluminense Estudos HumeanosdaUni- de pesquisador doLaboratório Política peloIesp/Uerj, emCiência 5 Doutorando pesquisadora doIser. do MuseuNacional/UFRJ e Antropologia (PPGAS) Social dePós-graduaçãograma em Antropologia peloPro Social - IFCS/UFRJ, em mestranda 4 Cientistasocialpelo UFRJ epesquisador doIser. 3 CientistasocialpeloIFCS/ do Iser. epesquisadora (IFCS/UFRJ) Federal doRiodeJaneiro daUniversidade Sociais eCiências tuto deFilosofia 2 CientistasocialpeloInsti- associadadora doIser. Janeiro (Iesp/Uerj) epesquisa- sidade doEstado doRiode ePolíticosSociais daUniver- pelo InstitutodeEstudos emSociologia 1 Doutoranda - 81 artigo O funk está “pacificado”? 82

COMUNICAÇÕES do iser onde ainda comanda o tráfico quadra. Contudo, verificou-se possibilidades decomparação uma seção para suadescrição. para uma seção e outro onde apolíciatemo foi observado oconsumo de observado foi entre essesdois espaços, um pacificado não contarácom droga da ilícitano interior venda de bebida alcoólica venda de bebida alcoólica a presença de crianças ea a presençadecrianças 12 Nos outros bailes, não A idaao indicou evento 11 Apenas obailenão sem grande regulação.sem grande controle territorial. cal dobaile. cal oconsumo demaconha nolo- o DJao observar portamento. aqui”, besteira “Não podefazer fala mesmo, oqueéconsiderado como maucom- atua naregulação doevento, reprovando, até O DJ, além de dar boas-vindas aos presentes, juntosnessemomento dobaile.dos dançam mais discretamente.- jáforma Apenas oscasais um lado ehomens deoutro adançar começam deixando omeiodaquadravazio. Mulheres de posicionando nasproximidades dasparedes, dra. Aos poucos, aspessoasvãoese chegando alguns passosnaqua- desavisados esboçavam horas. Antes, e os pesquisadores só as crianças deumpacificado”.tratava “baile que se deixava claro (24 horas) e término horas) local. Alémdocarimbo, deinício(18 ohorário tre produtores dobaileeocomando daUPP Parecia umademonstraçãodoacordo en- feito comtadores apalavra carimbados eram “paz”. e,uma bilheteria apósopagamento, osfrequen - obaile,laria visto). nenhumpolicialfoi Existia baile (nasubidaatéaquadradaRaia, onde ro- posicionado nasaídado umgrupo observou-se percebida nocomeço dafavela, jánosegundo No primeirodeles, apresençadapolíciasófoi do RiodeJaneiro, acompanhamos doisbailes. preservar suasidentidades. preservar nomes dosMCsserãoomitidos natentativade po eosnomes dasfavelas serãosubstituídoseos remos otextodeacordo- com nossasidasacam entre asdiferenças osespaços.observar Dividi- em umafavela não pacificadanatentativade mais alto. Também deumbaile participamos eturistas,formal noqualovalordoingresso era às regras combinadas/impostas com/por aUPP evento. Tais parecem advertências estarligadas umapreocupaçãodicam com acontinuidade do DJ ao microfone ao longo detodoobailein- de uma matinê comtrata a presença de crianças. sob ocomando armadodessasfavelas), poisse ainda estava mente nos bailes quando o tráfico aos menção fuzis que circulavamfazendo usual- (empunhados oaltocomo para seestivessem de vidroas garrafas e com os guarda-chuvas pedirqueosadultoscompara tenhamatenção O baile só começa a encher porvolta aencher das21 O bailesócomeça Na Favela doAmor, Norte situada nazona As dicas de comportamento proferidas pelo proferidas decomportamento As dicas Pri m eiro baile na 12 Eletambéminterrompe amúsica 1. do O s bailes Am or 11 F a vela

pronunciadas: abaixo,ca não grifadas foram emqueasfrases redução do volume). Como no trecho da músi- ligadas aos órgãos (com sexuais são a cortadas não sem censura. Palavras mais explicitamente habilidades sexuaissão postosemdestaque, mas a sensualidade. “Novinhas”, “novinhos” esuas circular portodaaquadra. enfatizam Asletras formados, sobretudo, porrapazes, a começam das descidas até o chão das moças, os bondes, mais animados e, e além dos passos dos rapazes a mudançana “voltagem” dobaile. Todos ficam local. daUPP éexclusivamente rios) cisão deterounão baile(bemcomo- seushorá outro lado, algunsmoradores queade- afirmam por meiodeumdiálogo com osmoradores; por legaletambém pormeiodoaparato do evento a para terdefinidoasnormas realização afirma local. Se, porumlado, aPolícia muitas vezes Quando o funk começa atocar, o funk começa Quando éperceptível de tarada ela mandouassimpra mimó, dede- Chegando láele meapresentou umanovinha, O bagulho foi ficando envolvente ficando O bagulho foi ai ela man- ficando louco,ficando ja tava ficando carro do ovidro Eu mcsaed, fuidaumrolécomamigo na Falou assimó: fodepra essanovinha caralho, Eu tirei a novinha decimaembaixo anovinha efalei:Eu tirei Com aquelacara desafada, comaquelacara embaçado eela mandouassim praembaçado mim, me Que isso novinha que isso que isso novinha queissonovinha issonovinha Que queissonovinha issonovinha Que queissonovinha issonovinha Que queisso issonovinha issonovinha Que O bagulho foi ficando doido, ficando O bagulho foi foi o bagulho que isso que isso novinha queisso que issonovinha queisso que issonovinha Deixa eupegar nasuapiroca, de-deixa? Papo vai papo vem, consegui arrastar a novinha pradocarro,taligado,novinha dentro dou assimó, bota naminhabuceta? Eu faleimentira, ele falouverdade, que isso que isso novinha queisso.que issonovinha queisso.que issonovinha Ai ela mandouassimpraAi mimó: deixa eusentar nasuapiroca? e medeulogo opapo reto, Que issonovinha? Que novinha queisso.novinha come dequatro? ele ta decaô, comunidade Mc Saed “Que issonovinha?”. hit “Que daMCP., participação teve do Canário com o Sossego, MCsseapresentaram eobaile vários a “relíquia” dasuafavela deorigem. No bailedo com apresença dofamosoMCA., intitulado O segundobailenaFavela doAmor contou noAmor não tinhaMC.meiro baileobservado nosbailes.pam umlugarcentral - Apenas no pri do evento. fala, sejaodosMCsoufrequentadores UPP. asmúsicasnão podemfalar, Se ocorpo apesar daslimitações atualmenteimpostaspela maislivre, deforma oevento experimentar interessante elaboradaspara notar asmaneiras dosorganizadoresas orientações doevento, é ao menção tráfico.zem pareçam Embora acatar demúsicasquefa- com maisóbvia arestrição a supressão considerados determos vulgares e ofunkmais tativa detornar “palatável”, com por umgemido doMC). xualidade sejadisfarçado (porvezes, substituído que o tema da se- para que há orientações claro Favela suldacidade, nazona doSossego ficou show naquadradaescoladesamba fizeram e MCs(mestres –cantores)que decerimônia de favela. deconversa Apartir com dançarinos frequentados especialmente por não moradores mais, emoutros menos), mastambémnosbailes por moradores das “comunidades” (emalguns cebida não apenas nos bailes frequentados mais mesmo, ocomandan para - haviasidoreservada otempointeiroesteve presente. Umaárea, até mente pormoradores do “asfalto”, apolícia Além do DJ, ocu- os MCs e seus dançarinos Nos dois casos, parece a censura ser uma ten- da aoA restrição vocabulário “putaria” éper- No bailedoSossego, frequentado especial- assim pra mim, aguentei, eunão goza naminha tava naqueleclima, ficando quando ela mandou Minha pirocajatava envernizada, ficando ja Caralho queisso, novinha queissonovinha Caralho queisso, novinha caralho novinha Caralho queisso, novinha caralho novinha novinha queisso,novinha caralho queisso. novinha que isso, queisso, queissonovinha queisso que isso, caralho queisso, novinha queisso do B aile que isso, caralho queisso, novinha Que issonovinha,Que queisso, S ossego novinha queisso,novinha queisso.novinha cara? “Comando Vermelho”: Loka”ser encontrada com otítulode “Vida ou a “relíquia” daFavela doAmor. Amúsicapode nhou famaapósumadasmúsicasdoMCA., loka”“vida (“guerreiro defé”), expressão quega- e umsímbolocom amão, V L, quesignifica bailes. gestos vários UmadasMCsdanoitefez tos remetiam àlinguagem antesrecorrente nos o bonde dosmaconheiros”. completou: “Cadê oisqueiro? Demorou formar ada nobaile. AMCpuxou: “Ô, Ô, Ô” eaplateia das, como aMelôdomaconheiro, ento- quefoi direta. Contudo, percebi mençõessutisforam - censurada. traduziabemapalavra corpo com a oqueexatamentefaria zer “novinha”, seu com maiorliberdade. oMCnão podiadi- Se mais diretamente sexualizadas. fluía Adança tos pelosprópriosMCsquegemiam naspartes bailecomum).para Contudo,- fei eram cortes permitido da manhã (mais tarde que ohorário derável danoite, quesóseencerrou às4horas tações sexuais, consi- parte tambémanimaram foram tocadas. Os amo bailefunk”, músicasantigas(“os clássicos”) te daUPP. Como sempre ocorre nafesta “Eu Sobre drogasSobre efacções, nadaditodeforma foi Chatuba vem etoma deassalto

maisr Colômbia émuita pureza Liberdade pro Marcinho pro Liberdade É obonde dosmaisaltos Bonde dopantera negra Humildade edisciplina Chatuba sóbolado aew Diretamente dochapa ecentes, com cono - Vai saindodefininho 13 Fundamento doC.V Alémdisso, ges - Se vimmandando 157 sóboladão Tranquilidade Na humildade É fé emDeus É fé E ae irmão?! E ae Se liga então É arelíquia Vida Loka Vida Só proceder Vida louca Vida 14 roubo. Penal refere-sede àprática 157doCódigo 14 Oartigo sociais. grupos tados porpessoasdediferentes ocorrem no “asfalto” frequen - que mas tambémnoseventos não apenasnosbailesdefavela, 13 Essamúsicaéreconhecida 83 artigo O funk está “pacificado”? 84

COMUNICAÇÕES do iser 15 Boldin seria otipode 15 Boldinseria maconha uma queteria qualidade melhor. “vida loka”“vida música: emoutra Com muito letra parecida, MCA. falada Sou a relíquia lá do morro do[nomeda Sou arelíquialádomorro Venha com paz, curtir amoremuita fé [nome dafavela] seliga vou dizer Diretamente dochapa sóproceder Diretamente dochapa sóproceder Humildemente euestou cantando Muita eblindão humildade Mais alto maisbolado ae Quem écontra meteQuem opé Cheio deódio neguinho! Só chega efalaqueénós Eu quero ouvirsuavozEu quero Humildade edisciplina Humildade edisciplina Humildade edisciplina Humildade edisciplina Chatuba sóbolado aew Diretamente dochapa Diretamente dochapa E canto comocoração É paz, elazer justiça Fundamento doC.V E ae maisalto?!E ae Eu trago apaz É os40ladrão Sem violência E ae irmão?! E ae E ae irmão?! E ae O baile rola E ae irmão E ae E ae irmão E ae Só proceder Vida louca Vida Vida louca Vida Ae Irmão Ae Só procede Vida loka Vida Vida loka Vida favela] [...] que aalusão àmaconha éaindamaisclara: sabem queelapossuiumamúsicafamosaem (ou osfrequentadores debailemaisassíduos) nobaile do cantado “pacificado”, osfunkeiros nheiros, descrito. como jáfora Mesmonão ten- referênciamesma MCfez ao bonde dosmaco- Se vim botar a cara, vai ter. que aguentar” Essa veirão engatou aré. Não(...) veio maispara frente rajada de traçante, intermitente. tiro Eadorei,- ca música “Caveirão voltou deRé”: “Pois apliquei tar músicas “românticas” e “proibidões”, como a MCéreconhecidabém queareferida - por can àinstalaçãodaUPP.anterior Vale tam- destacar quedizrespeitotório aesse “outro momento”, Comando Vermelho, aMCrecupera umreper- o gesto queremete aelae, portanto, àfacção Embora não a música,Embora tendocantado ao fazer Tem doboldinho vários para você fuuumaarrr Tá fumandoadoboldin, doboldin, doboldin, Do bol, do boldin, dobol, doboldin, do Do bol, doboldin, dobol, doboldin, do Tá fumandoadoboldim, doboldim, dobol- Tá fumandoadoboldim, doboldim, dobol- Mangueira échapa quente, neguinho vo te Mangueira échapa quente, neguinho vo te Venenosa, venenosa, êêêêê, erva êêêêê.... Venenosa, venenosa, êêêêê, erva êêêêê.... [nome dafavela] seliga vou dizer O gordão játáO gordão no baile játáO gordão no baile Pit bulljátá nobaile, É paz, elazer justiça dim, dim... dim, dim...... din ... din bol, doboldin bol, doboldin din ... Boldin ... [3x] falar... falar... 15 portar de forma não tão de forma portar “ajustada” ao novo podem sesentirmais à vontade secom para - masculino são mais “criminalizáveis”, asMCs tulada matoela”:“Eu umdesafeto.ria Amúsicaédeoutro MC, inti- umamúsicaemquediziamata- ela cantou preendia essegesto com asmãos. Alémdisso, entanto, não interrompeu quecom- suadança umgesto negativoque fez com asmãos. Ela, no dedos e, imediatamente, censurada pelo DJ foi com símbolodearma os noite –tambémfez Como, geral, demaneira osjovens dosexo No baile do Canário, MC P. – a convidada da Do boldin, doboldin, doboldin, din... Tem doboldinho vários para você fuuumaarrr Tá fumandoadoboldin, doboldin, doboldin, Tá fumandoadoboldin, doboldin, doboldin, Tá fumandoadoboldin, doboldin, doboldin, Do boldin, doboldin, doboldin, din... Do boldin, doboldin, doboldin, doboldin, do B aile Ela quer roubaroseumarido Ela quer Se ela roubaroseumarido, Se entrar nomeucaminho, Eu mato ela. Eu mato ela. Eu mato ela. Eu mato ela. Eu mato ela. Eu mato ela. Eu mato ela. Eumato ela. C Ainda corto ocabeloAinda dela. corto ocabeloAinda dela. Se entrar noseucaminho Aê mulher, toma cuidado Se roubaromeumarido, Esse é o ritmo dafavelaEsse éoritmo a O gordão játáO gordão nobaile játáO gordão nobaile Pit bulljátá nobaile, O que tu fazcomela?O quetu MC Lança quefalou MC Lança n ário din ... din ... din din ... [2x] ... controlado peloMClocal. músicas foi, assimcomosituações, emoutras no baileanteriormente. Contudo, oteordesuas famoso já tocado um rap sucesso ao cantar certo MC N., osegundoconvidado danoite, obteve – Belford Roxo –enão animouopúblico. Já a noite,que abriu versou sobre natal sua terra com relação bastante. aessesvariou OMCG., MCs.ticipação devários A aceitação daplateia acompanhou umbailequecontou com apar- do CVémencionada. demonstrada pelaplateia quando algumafavela aparece demúsicasenaempolgação nasletras com oComando local ficação eisso Vermelho drogas aindapersiste), aindaexisteumaidenti- os morrospresos ouforam (ecomo avenda de abandonaram Como nem todos os traficantes criminoso. armadodenenhumgrupo territorial da são realizadas, não embora hajamaiscontrole “aliadas” àsmesmasfacções) ain- (pertencentes pelos traficantes. bastanteutilizada queera da favela do Canário Buraco Quente”, mencionando umalocalidade mina doParque União”, diz aletra “as minado do Canário, porexemplo, nolugardefalar “as favelas mencionadas são alteradas. No baile esse éobonde doPU”. Entretanto, asdemais bailes, especialmenteseurefrão: “PU, PU, PU, sica “O Bonde doP.U.” nesses podesertocada tem ocontrole área. decada Dessaforma, amú- como sesabe, que criminoso passapelogrupo A proximidade entre oua rivalidade as favelas, da o caso “não pacificada”) controladas peloCV. sentido poisessasfavelas ousão eram (como é enessafavela do Canário “não pacificada” faz essa músicanosbailesdoAmor, doSossego, controlada peloComando Vermelho. Cantar sentido: PUéParque União, queéumafavela ida ao baileemfavela não pacificada, fez asigla cialmente passado despercebida. Apenas com a em todososbailesquefrequentamos, haviaini- antigamente”. nãogia para perder aligaçãocom osde “bailes (mas semenvolver otráfico),- umaestraté seria gestos quecontêm ouletras ações violentas dominavamdo queasarmas osbailes, sejacom dosbailes.formato Fazer referência- ao perío Na segundaidaàFavela doAmor, aequipe Nota-se, portanto, quemençõesàsfavelas A música éobonde doP.U.”,“Esse tocada S F eg a vela do vela un do baile 16

A mor n a

de jovens? ainda persistenessesgrupos quantoaorestrição trânsito o controle facção. deoutra A CV emfavelas queviviamsob de áreas antescontroladas pelo lação defunkeiros moradores em outro momento, acircu- interessante observar,16 Seria 85 artigo O funk está “pacificado”? 86

COMUNICAÇÕES do iser participação de dançarinos de dedançarinos participação Na viradadoano, ojovem foi shows), seunome élembrado 19 Cria é um termo utilizado utilizado éumtermo 19 Cria especialmente pormoradores diversos locais dacidadediversos edo locais meio dadivulgaçãodevídeos aquele que énascidoecriado assassinado apóssuasaídade iniciada nasredes sociaispor de funk, frevo, mistura break um bailenaFavela doMan- 17 A doPassinho”,“Batalha os dançarinos do os dançarinos “Passinho” estado. Na finaldaprimeira por meio da organização de por meiodaorganização conquistou oterceiro lugar. (programa de TV, batalhas, em uma dança que,em umadança ao som controladas poressegrupo. e funk, conquistou amídia batalhas emfavelas, com a e atividades queenvolvem dela. Emtodososeventos batalha, realizada emuma circular emfavelas, oMC mostram suashabilidadesmostram quadra na Tijuca, Gambá 18 Vale que, destacar ao por meio de camisetas e por meiodecamisetas mesmo pordeclarações. no youtube onde jovens só faziashows emáreas de favela designar para no local. de facções criminosas. Contudo, sua trajetória a questão daviolênciapolicialnemdocontrole de Gambáemsimesma. a morte transcenda um pedidodepazquetalvez sobredade há todaumaretórica aviolência e obscuras, sepossousaressetermo. Masnaver- alto. sobcircunstâncias muito morto foi Orapaz ponde efusivamente, todoscom asmãoso para Gambá, falasobreeopúblico res ainjustiça - MC A. com de estávestindo afoto umacamisa da morte do dançarino depassinhoGambá. dodançarino da morte para ‘essa guerra’, a para ‘violência’. Fala então as mãos sejáperderam alguémqueamavam MC pedeaos queestão presentes quelevantem o e para ‘chão, chão, chão’. No fim da o música tão estavamuito maisvoltado asnovinhas para umbailequeatéen- dão para umoutro caráter osímbolodoCV, ouformando imitando armas lados como fuzis, mastambémosdedosemriste os guarda-chuvas são empunhados portodosos a letra. Não como sóamaneira nessemomento dedo pro alto’ animada incitaaplateiaquecanta eDisciplina’‘Humildade deo ecom gritos ‘bota produzidode campo porumadaspesquisadoras: dodiário nosextratos o quepodeserobservado quecomandavagado o local, à facção criminosa é perceptível li- arecuperação desserepertório alusãonha feito direta ao Comando Vermelho, e liberdade. todas ascomunidades, emDeus, fé paz, justiça vão visitarseusirmãos, seusfilhos. Pelo bemde lação carcerária, todososfamiliares para que de paz, eliberdade justiça todaapopu- para eseuscomparsas. Legruber gério Com olema de Janeiro –oComando Vermelho peloRo- seguinte texto: queéprecedidomelho (seumitodeorigem) do doComando sucintaahistória de maneira Ver- citado anteriormente, éumamúsicaquenarra a noite foi “relíquia”, maisfamoso, cujorap já evidente. mais ficou O convidado de honra da armado dafavela porumafacçãocriminosa esignosligados ao antigopráticas controle na quadradaFavela doAmor, apresençade Nota-se que MC A. não introduz diretamente (...) oMCabre comconsagrado oseurap nãoEmbora tenhafalado essetextonemte- Foi doRio fundada amaiorfacçãocriminosa 1969 Nesse segundobaile, tambémrealizado 17

deixam no baile carimbado pelapaz.deixam nobailecarimbado delinguagemtermos esímbolosqueosmesmos -se perceberderastros eresíduos uma série em mitindo ounão aexecuçãodeproibidões, pode- exercido sobre outros MCs?Emtodocaso, per- menos sujeito ao do controle rigor ele estaria com MCN.?Porque fez sermenordeidade, o MCresidente não parou V. damesmaforma asquestõessobrevárias essemomento: porque maissonora.de fatoqueentoamaneira São PM (Bope). policiais do Batalhão de Operações Especiais da mando Vermelho demataratémesno écapaz citamente queumdeterminadobonde doCo- delatrocíniodescreve um crime equefalaexpli- proibidão intitulado “Profissão Perigo”, que no cúdomundorapá!), o como tambémcanta seushowapenas começa com palavrões (‘pau deaparênciaao cantor pré-adolescente. V. não (conquistada, entre outros fatores, porsercria sequentemente, umpoucodasualegitimidade estivesse concedendo o “direito àvoz” e, con- da MC V. elhedácolarmicrofone, como se associado ao Comando Vermelho. com aplateia–oMCseapropriadeumléxico demúsicacomo– sejanasletras naconversa vias com oCV. Ao dizer, repetidamente, “é nós” que controlada, guarda ligações umpoucoób- “apresentação desi” (suaperformance), ainda caso, não parece anularacomunicação. Sua A supressão oudesímbolos, depalavras nesse de desvelar mesmo aquilozes que não dito. foi - –são capa atravessam suaprodução artística Guatarri, 2010). Dessa forma, ao tomar ofunk etante seconfundir com asmesmas(Deleuze conecta aosem obs- domínio dasexperiências a mesmaconstitui umatode ‘fabulação’ quese dasexperiências,com aesfera dovivido, istoé, tica, não podeserconfundida vistoqueaarte se percebe- ofunkcomo uma produção artís sóépossível umavez quenãocriminalização dosprodutoresção econsumidores defunk. A - umacriminaliza explícitas) não podeindicar resistências implícitasoumesmo simbólicas trole (decódigos, dasfacções criminosas de sempreo seutrajeto associado ao CV como MC, suavinculaçãoàfavela e deorigem No decorrer do rap, V. pouco, canta o público Em dado momento danoite, MCA. convi- A permanência desímbolosligadosA permanência ao con- alg 2 . À g “ p a um cificação” dos bailes u as q isa de concl u estões sobre a u são: 18 –que 19 ) tentar fazê-lonumcombate incerto. de liberar avidaláondeela éprisioneira, oude sujeito senão elesmesmos. (...)Trata-se sempre vividas (...)quenão têmmaisoutro objetonem deste momento, aspercepções estourar fazendo compõem, através deles, perceptos destavida, de e seus personagens, acedem a uma visão que queelepercebe,natureza ouosbairros dacida- com oqueaameaça, demodoqueopedaço de demasiado intolerável também, ealutadavida vivido. (...)Eleviunavida algo muito grande, estados perceptivos e as passagens do afetivas fantasma. Com efeito, (...)excede os oartista mesmoamplificada,lembrança nemcom um domesmo: não sereduzmaterial àesfera cia própriadaarte, dovividoalgo deextrair que artístico,conceituar ofazer essapotên- exploram sem seconfundir ouserestringiràmesma. vam aquilo queatravessa anossaexperiência, queconser emobras - ecristalizá-las material percepções quetemosdenossaprópriavida assensações e o objetivo dedesterritorializar vivida.periência temopoderetambém Aarte lugar defala ‘próprio’, istoé, daex- docampo deum partindo tam asexualidade não ofazem de “putaria”, ou quandoMcSaed Valeska- can crime. Omesmopodeserditosobre osfunks mesmado damaterialidade transcendendo-a ‘assassino’. aviolência, OMCestácantando do rial ‘traficante’, do ‘assaltante’ oumesmodo mate- dafigura to ativo damúsicaseliberta e muito menoscomo uma ‘confissão’. Osujei- ser lidocomo uma ‘conivência’, uma ‘apologia’ umlatrocínionenhumapodenarrar deforma ‘eu’ suasmúsicas. quevocalizam líricos Cantar/ com os dosartistas vincularafigura evita-se mente dasáreas defavela doRiodeJaneiro, como expressão artístico/cultural, marcada- últimas décadas. espaços, bemcomo aação policialviolentadas mente comarmadonesses apresençadotráfico ta, valerefletir queissose relaciona- necessaria tão de maneira explíci- de vessaarte essa forma artístico.constitui umfazer - a violênciaatra Se dofunk, a criminalização justifica visto queeste o compõem. No entanto, não essaafirmação que nosquaiseleéproduzidocais eosartistas queatravessam oslo- mente pelasexperiências - necessaria a violência ou o crime o funk canta A fabulação criadora nada temaverA fabulaçãocriadora com uma (2010:Guatarri e 202), Deleuze Os filósofos ao A UPP entra em algumas favelas modificando emalgumasfavelas entra modificando A UPP Éóbvio, suporocontrário, risível eseria que 20 refa deresignificarseupapelepromover uma do criminoso), sersimplesata- como poderia las, especialmente com os jovens (o estereótipo umarelaçãovolvido deconfronto com asfave- gãos do Poder Público). dereuniõesnização econtatos com outros ór- (pormeiodaorga- das demandassociaislocais um papelderepresentação oatendimento para seusconflitos eexercendomediando porvezes sobredade o cotidiano das pessoas, que arbitra se convertendo, medida, emcerta emumaenti- eeventos,festas porexemplo. Apolíciaacaba de dosmototaxistasatéoshorários o trabalho cotidiano dosmoradores, desde modificando compreendepacificação diversas alteraçõesno le do tráfico. Comofoi dito, já oprocesso de compreender ao amenção passado decontro- ajudara lação aindatensacom apolíciapoderia entretinção etransgressão. criminalidade diz respeito, dessaforma, ànecessidade dedis- favelas. a reflexão A chave para que propusemos portanto, juvenil umcomportamento restritoàs regime ditatorial). transgressor não é, Ocaráter dedrogas –estávamos,porte naquela altura, no dodiscopor sido presosdolançamento àépoca funk (aindaqueosmembros dos tenham Titãs lidade queincidecontemporaneamentesobre o relativa- aquele álbumamesmacarga àcrimina médiaquecompuserameproduziram classe qual seinspira. Não recaiusobre os jovens de punk, dacultura transgressão característica na o Estado etc. É, enfim,carregado um disco da média. Há músicascontraa polícia, a Igreja, todocomposto por seria “proibidões” declasse comeaquestãoção otráfico dasexualidade, Titãs, que, decorrela ostermos - excluindo-se como exemplo odisco Dinossauro”“Cabeça dos rock’n’roll ounosfunkscariocas. Épossível citar dosjovens,ças sejanoshiphopsamericanos, no são nasmúsicasetambémdan- evidenciados Assuntos polêmicos, como sexo, drogas earmas, transgressão sãojuvenis. própriosdasculturas relacionadosque gostos ecomportamentos à nas áreas pacificadasounão. Cabefrisar, ainda, tudo issoatravessa ajuventude dasfavelas, seja contiguidades ligadas àsfacções, identitárias à tona. Arelação tensacompolicial, aforça as refletir sobre asquestõesquea “pacificação”traz esse passado recente de domínio do tráfico, vale simbólicos, decódigos esignosqueremetem a deresistências,nos bailesumasérie derastros constitui. No entanto, quando evidenciamos guinte, como amaneira própria ‘violência’ se intensamente suassociabilidades e, porconse - Ora, desen- se a polícia tem historicamente No dosjovens moradores caso defavelas, are- 21

mente, sobre indivíduosjovens. que incidem, predominante- como “drogado”e “subversivo” deacusação sobre categorias discussão de Velho (2008: 60) 21 nosso.20 Grifo Ver, porexemplo, a

87 artigo O funk está “pacificado”? 88

COMUNICAÇÕES do iser ção dapolícianessadiscussãoção não deve, entre- xível com otemadatransgressão.- Aparticipa atuação, estardispostaalidardemodofle- deve controle como elementosfundamentaisdesua policial,que ainstituição quetemaordem eo sivelmente ampliada. bretudo osmaisjovens, mantidaoupos- será diálogo, adistânciaentre políciaefavelados, so- tantes, bemcomo osbailesfunks. produzir Sem favelas, como espaços de sociabilidade impor- envolvendodimensõesdavidadas acaba outras do dasfacções criminosas, do alógica “controle” - violados arma pormeiodocontrole territorial civis demoradores defavelas, osquaisforam mentação) a necessidade os direitos de garantir suaimple- para como justificativa (eutilize ça depoliciamento–reconhe– como experiência - gendo, assim, acidade destas. aUPP Embora (seus moradores) sobsualeieguarda, prote - muitas vezes, parece serodeconter asfavelas ao “mundo cívico”, que seu objetivo, evidencia polícia, na tentativa de ajustar esses moradores há umlongoaserpercorrido, caminho poisa armadodotráfico,rial poroutro, demonstraque meio daextinção/reduçãodocontrole- territo ro dehomicídios nasfavelas “pacificadas” por pública,rança donúme- com aredução drástica marca de um novosegu- momento da política “cidade”. pessoas devida que na não se ajustam à forma tais como seapolíciativesse deeducar afunção umcomponenteargumento traz civilizatório, que nosdemaisespaços dacidade. Jáosegundo àsfavelas émenosflexível conferido tratamento queo argumentaçãovistoquemostra primeira écumprida,segurança) oqueproblematizaa te alegislação(som, estacionamento, saídasde cidade ditaformal,- queraramen observaríamos sãona pelaqualasfestas organizadas a forma “sabem secomportar”. emconta levarmos Se adequada e/ouosmoradoresinfraestrutura não argumento dequeasquadrasnão dispõemde Nas demaisfavelas, obaileestáproibido, sobo favelas ocorre com regularidade umpagofunk. sendo realizadoduas semanalmenteeemoutras na Favela dos Tabajaras obailefunkcontinua que, aodesteartigo, finaldaelaboração apenas produção dosbailes. destacar Éimportante que abordam osexo são controladas) como na músicas (pois, como vimos, mesmo asmúsicas respeitotrole tantoao quedizem conteúdo das proibições de con - dos bailes e nas dinâmicas lícia éacentuada, sobretudo, nassituações de aproximação? Tal resistência àpresençadapo- Nesse diálogo, ousadia, certa énecessária visto Se, porumlado, aimplementaçãodasUPPs policiamento emfavelas noRiodeJaneiro. deredefinição do fundamento doexperimento necessário. deapro Eisumaboaoportunidade - nosso ver) quebusqueomínimodecontrole policial(saudável,e aadoçãodeumapostura a interessadas,das partes nastomadas dedecisão da oenvolvimento população,significaria ou tabelecimento depactos locais. Adotar proposta daproibição edocontrole,a lógica masdoes- aregulação,para nosparece, seguir não deveria níveis dosom, derealizaçãoetc. ao horário Avia dosespaços nosquaisserealizam,malização aos legalidade dosbailesnoquedizrespeito- àfor mais simples. celeumaacerca Háumagrande da Esse ponto écrucial, masnãoaquestão torna eespaços culturais desociabilidade.práticas ou degostonosbailesfunkscomo implicados tanto, incidir sobre aspectos comportamentais Editora UFRJ, Editora FGV, 1996. Marcos; eviolência. Cidadania RiodeJaneiro: da violência carioca. In: Velho, Gilberto; Alvito, Janeiro: Uerj, 2006, 154fl. contexto deviolência noRiodeJaneiro. Riode rótico: cultura‘proibidas’ funkeperfomances em São que éafilosofia? Paulo: Editora 34, 1993. temporânea. RiodeJaneiro, Zahar, 2008. notas para dasociedade umaantropologia con- Janeiro: Editora FGV, 2005. da favela: domito àfavela.com. deorigem Riode R D V M V V eferê all ianna elho eleuze attos adares n , Gilberto. Individualismo ecultura: , H , cias Car , Gilles; ermano. Ofunkcomosímbolo la dosSantos. Noneu- ritmo , LiciadoPrado. Ainvenção bibliográficas

G u atarri , Félix. O p Poder divino e oder ar p or

V inici n o u s

E B m s p 3 ata erança ado F oto: n C leito 2 1 n

M aia

4

89 artigo 3 90

COMUNICAÇÕES do iser problematizar acategori- 6 Não dotexto éintenção expressar; Pedro Strozenberg, área dosEstudosdeReligião; mesmas fronteiras percebidas Raíza Siqueira,Raíza e pelaaustera 2 Cientistasocial, mestrando estado, entretanto, não são as hecimento esensibilidade na Cristalina, todasbemmeno- pecial ao colegadePPGCS/ do RiodeJaneiro (PPGCS/ por ter captado ofiocondu-por tercaptado realizado umavisita durante Programa dePós-graduação gicamente onde háquestões gicamente onde pesada minha penafoi Fernandes, peloamplocon- mal resolvidas. aestes Devo e análisedotextovão cirur- comprometida preocupação 4 Devo agradecimentoes- 4Devo pelo belo ensaio fotográfico pelo beloensaiofotográfico Universidade Federal Rural PPGCS/UFRRJ, pesquisa- cidimos chamar todaaáreacidimos chamar nato mediador deconflitos, 3 Foto tiradanoMorrinho. artigo, eamimsomente, as notável sociológica, lucidez UFRRJ), cujasobservações André Rodrigues, Luiz em res queoJardim Batan. As fáceis deserem percebidas. Portanto, nesteartigo, de- as possíveis qualidades do 1 Agradeçoimensamente são maisfluidasenão tão pelo cuidado, inteligência de atuação da UPP como de atuaçãodaUPP as ricas contribuições dos contribuições as ricas Machado, do orientadora colegas que leram otexto colegas queleram do queoautorconseguiu demais. Também aCarly Vila Jurema,Vila e Morrinho também ascomunidades antes dasuaversão final: fronteiras definidaspelo e elegância típica deum e elegânciatípica tor dotextoatémelhor em Ciências Sociais da em CiênciasSociais 5 A UPP Batan inclui Bataninclui 5AUPP pelos moradores. Estas UFRRJ, Cleiton Maia, metodológica; Clemir dor associado doIser. em antropologia pelo noturna aonoturna local. deficiências. “Batan”. radores simplesmente como Batan, te levou aodessasárvores. te levou plantiodenovas edeMeio Ambien- Pública deSegurança tarias guiu. Atualmente, umaparceriaentre assecre - Social,no sitedaUPP seextin - praticamente pação eque, encontradas segundoinformações daocu- Ubatã, àépoca quehavianolocal árvore seusmoradores,chamam queéoMorrinho. Batan considerada favela, oufavelinha, como favelizadas. Há, entretanto, umasub-região do regiõese outras deRealengo não consideradas de bairros próximos como Bangu, Padre Miguel visuais earquitetônicos, quecircular pelasruas doBatannão étão diferente,ruas emtermos ciliares amplas e bemcuidadas. Circular pelas calçamento, domi- construções enão poucas largas,possui algumas ruas com a maior parte favelas deoutras doRiodeJaneiro,quitetônicas deárea plana,Sendo ar- semascaracterísticas la, deseusmoradores. não oépelamaiorparte e porquemovê como doladoumafave defora - Rio deJaneiro. Considerado pelopoderpúblico -bairro dobairro deRealengo, oestedo nazona vinda depessoasdaRegião Nordeste. voada. dasocupações sedeu pela parte Grande ados dos anos1980, jáestavadensamentepo- dosanos1970e,intensamente apartir emme- vegetação ealgum gado, aserocupada começa UPP em6.062domicílios. UPP pela há cercade17.915pessoasnaárea coberta um pequeno grupo demoradores locais.um pequenogrupo Este princípio, por haviaavenda deentorpecentes aos relatos comunidades deoutras cariocas. Em radores, ao iníciodosanos1970, eseassemelha remonta, deacordo com testemunhos demo- O Jardim Batan, maisconhecido pelosmo- O nome dacomunidade ou doUrubatã deriva A região, com vasta área antesumafazenda de A história do tráfico dedrogas dotráfico nalocalidade A história I ntrod u ção 9

5 é um sub- 8 Hoje, 7

fazem opoliciamentonolocal. fazem em fevereiro de2009. Atualmente, 106policiais nos ajuda, de um panorama, a partir a fazer luções, deumabreve etnografia aconstrução de pretender oassuntooupropor encerrar so- tecostal, social. no discursoenaprática Longe pen- do seentrelaçam pormeiodaescatologia Batan, ecomo- opoderdivinoearma relações ereligião pública entre no segurança luz,ou simplesmentelançar asemaranhadas local, aserem instaladas, umadasprimeiras da Unidade dePolícia Pacificadora no (UPP) ainstalação para determinante esse episódiofoi tas do jornal ODia. tas dojornal - dejornalis umcasal etorturaram questraram notícia em todo se o tornou país, quando se- de drogas. eexpulsouoquerestavalocalidade dotráfico pormoradoresinvadiucianos formado locais a extinto. Batan. No confronto, praticamente foi ogrupo área do Exército, nos fundos do Jardim que fica militares onde queinvadiram estavam, acasa via vam avitória, porpoliciais surpreendidos foram regada abebidasechurrasco.- Enquantocelebra decomemoração, umafesta alizaram noBatan, rival, dentro do Fumacê. o Fumacê oslíderes eassassinaram dogrupo contato.fizemos dosmoradoresto vivos na memória com quem armados doBatameFumacê estão aindamui- violentos conflitos econfrontos entre osgrupos doBatanpelaAvenidaque sesepara Brasil. Os comunidade, muito próxima fisicamente, mas vo. com a rivalidade o Fumacê, Começa - cresce vez maislucrati cada evaisetornando sua defender mar para “boca” quandoonegócio percebe anecessidadepequeno grupo desear- O objetivo deste artigo étentarcompreender,O objetivo desteartigo No anoseguinte, nomêsdemaio, oBatan Em 2007, doBataninvadiram ostraficantes 12 Nesse contexto, demili- umgrupo 13 Há pouca dúvidadeque Hápouca 11 No dia seguinte, re- 15

F oto: S hutter 10 outra outra S tock.com 14

Não háescolasdeensinomédionoBatan. Idiomas, Cabeleireiro, Manicure eCamareira. 500 alunos do RiodeJaneiro (Faetec), queatendecercade Fundação deApoio àEscola Técnica doEstado maio de2010, implantada foi umaunidade da 4 mesesaanose11meses. Recentemente, em aproximadamente, com idades de 200crianças rios, moradores daregião. Essa entidade atende, Janeiro, equeemprega cercade50funcioná- doRiode Social –Obra pelo RioSolidário InfantilBatan,Educação creche administrada ensino fundamental. HátambémoEspaço de atende 556alunosdapré-escola ao 6ºanodo tan aEscolaMunicipalCostadoMarfim, que dados governamentais, 20milpessoas. atenderá que, daSilva mília Antônio Gonçalves segundo neiro de2012, daFa inauguradaaClínica foi - saúde, masnão suprem acarêncialocal. Emja- ONGs mapeadascomo trabalham agentes de Schweitzer, a4quilômetros. quefica Algumas Batan. Ohospitalmaispróximo éoAlbert de . atéaestaçãodetrens30 minutosdecaminhada distantedacomunidade fica ferroviário maisde ram, estão geralmentesuperlotados. a Avenidapara Brasil, onde, quando esses pa- Para tomar ônibus, osmoradores sedeslocam se relaciona com instânciaslocais. novo modelo de policiamentoaproximação comovas fronteiraso daforma emsetratando eàpercepçãoconvite deno- àrecategorização esgotam asmúltiplas interaçõeseoferecem um gioso esecular, bemcomo odelaicidade, não conceitos easdivisõestradicionais entre reli- der público na localidade. Assim, os próprios como areligião interageedialoga com opo- apontamentos emapeamentossobre aforma ternativo, dentro dacomunidade, al- apenastransporte cário. Não há linhas de ônibus que circulem Uma pesquisarealizada pelaFederação Quanto àredepública, deeducação Quanto hánoBa- Não háhospitaisnempostosdesaúdeno O sistema de transportes éinsuficienteepre- O sistemadetransportes S it u ação socioeconô 16 18 em sua maior parte não legalizado. emsuamaiorparte emsetecursos, como Informática, d o o B atan 17 Osistema m ica

os quesitos de utilização deespaços culturais os quesitosdeutilização dos deira Tabajaras; ospiores índicesemtodos não estudanemtrabalha,- contra15,7%naLa Mangueira; 36,5%dosjovens de15a24 anos quentam escola, 41,9%, contra84%doChapéu de0a6anosquefre - menor índicedecrianças radores acima de15anossão analfabetos. 88% dosdomicílios são próprios; 8,1%dosmo- 94,1%, esgoto adequado; 99,9%, coleta de lixo; lios possuemabastecimentodeáguaadequado; merecem sermencionados: 96,5%dosdomicí- iluminação pública. pavimentadas e48,5%comcom 50,9%dasruas tambéméapior, doentorno a infraestrutura évalaouacéuaberto;do escoamentosanitário -Pavãozinho dos enaLadeira Tabajaras; 6,1% enquanto háem95%dosdomicílios noPavão- 64%dapopulaçãodoBatan,cômodo alcança rede geraldeágua quebeneficiapelomenosum necessidades edemandasdestascomunidades. das pelasUPPs umdiagnósticodas eelaborar o perfil socioeconômico dasfavelas contempla- lação ao Batan. Oobjetivo traçar dapesquisaera 2010, aponta algunsíndicesdestacáveis com re- emfavelas com UPPs,(Firjan) emoutubro de doEstado doRiodeJaneirodas Indústrias R$ 406,00, comunidade com menor renda per capita, sa, apresentando ospiores índices, como: a índice totalquantoàpossededocumentos; dos, contra4,6%doChapéuMangueira; opior dos economicamenteativos estão desemprega- considerada pobre e12,3%, indigente; 19,7% buem daseguinteforma: mapeados 54espaços religiosos,- quesedistri telefones enome completo doespaço. Foram taisquais,lher informações adatadefundação, contatos nasinstituições, com oobjetivo deco- em umdomingo pelamanhã, estabelecendo pessoas percorreu dacomunidade, todasasruas tuições religiosas noBatan. Umaequipede14 tamento com a finalidade de mapear asinsti- - Estudos daReligiãoumlevan (Iser)realizou O Censo2010apontou maisalgunsdados que O Batanlidera, negativamente, apesqui- No de2012, iníciodeabril oInstitutode A religião no 20 onde 36,6%dapopulaçãopodeser B atan 23 22 21 ; a ; a o 19

tra-argumentar queambas tra-argumentar representaram. Pode-se con- pelo podersimbólicoque escolhidas,foram emparte, dosjornalistas,pela tortura Fernando Meirelles, aquela de Deus(2002), por dirigido nacional pelofilmeCidade eexpressãosua história inter- as duasfavelas, estapor Deus. Pode-se que afirmar naCidade de oeste fica Brasil. nas imediações daAvenida poder público, especialmente recebe do menosatenção região que, historicamente, oeste doRiodeJaneiro, nazona segunda localizada doBatanéa 14 AUPP pouco tempodepois. presosda milíciaforam líderes eosprincipais tortura Os acusados a deliderar milícia, éhojeasededaUPP. ocorreu atortura, sededa quatro horas. onde Acasa porcercade e torturados matéria, pegos quandoforam a encerrar para de trabalho local. Estavamnoúltimodia atuação dosmilicianosno uma reportagem sobre a faziam 13 Osjornalistas Fernandes. relato ao colegaClemir deste alembrança 12 Devo pela internet. daépoca,jornais consultadas moradores ereportagens de orelatoinformações de 11 como fontedestas Tive do Batan. otráfico para estratégica era Morrinho, porsermaisalta, como mediação. Aregião do tomóveis naAvenida Brasil circulaçãogrande deau- facção eoutra, tendoa a trocadetiros entre uma vida. comum, Era também, outra, de risco poiscorriam ser vistoscirculando pela comunidade não poderiam proximidade, jovens deuma próprio Batan. Apesar da noBatanedo do tráfico daidentidade a construção como inimigo acompanha doFumacê 10Aconstrução 9 Dados doCenso2010. violência urbana. o personagem da central civil,como aconstrução é emáreasdesqualificadas em geralocupandofunções dos vínculoscomunitários, eao isolamento à miséria cidadesgrandes elançado tradicional, inadaptado nas rural de queomigrante sobre aequivocada tese 8 Ver Misse(1995), local.de tradição como construção/invenção deste “replantio” simbólica 7 Destaco aimportância consideração. em serlevada si mesmadeve entendea a populaçãolocal como queamaneira destacar de zação “favela”, masapenas Aoutr a UPP da zona dazona a UPP 91 artigo Aviso: Não dê dinheiro ao falso profeta, ligue para a UPP": poder divino e poder armado no Batan 92

COMUNICAÇÕES do iser tráfico emilicianos. tráfico de poderentre facções do verdadeira dedisputa guerra uma há anosseinstaura eSantíssimo,Camará onde e, principalmente, Senador , Bangu, em Deodoro, Guadalupe, Fumacê, easlocalizadas perigosas, porexemplo, o favelas próximas tão oumais doBatan,no caso háoutras próximo Militar, à Vila mas da à Barra eoBatan Tijuca a Cidade deDeuspróxima de2016,Olimpíadas sendo as para esportivos de eventos próximasficam à realização 19 A informação dapesquisa 19 Ainformação 17 Asituaçãodosestudantes carteira detrabalho,carteira títulode foi retiradafoi dositedaFirjan: eleitor, demotorista carteira CPF, deidentidade, carteira seus respectivos, edistantes, 21 São verificadas asposses verificadas 21 São Social eDireitos Humanos Social Pavão-Pavãozinho édeR$ dos seguintesdocumentos: vimos mototáxisnaregião. de escolas públicas éainda de escolaspúblicas onde eles tomam oônibus CA3C10A012CE5AD57 quilômetros a chegar para data/pages/2C908CEC2 http://www.firjan.org.br/ 20 Arendado percapita pior, já que osmotoristas 18 A informação vem da 18 Ainformação Secretaria deAssistência Secretaria e certidão decasamento.e certidão 16 Vans eKombis. Não certificado de reservista,certificado UPP: http://upprj.com/ evitam parar empontos parar evitam certidão denascimento,certidão e muitos têmdeandar 15 Segundo ositeda 15 Segundo do RiodeJaneiro. wp/?page_id=33 FB7302.htm colégios. 691, 30. tais, duas Presbiterianas. Das32Igrejas Pentecos- Batista,cinco detradição duasAdventistas e consideradas como não Pentecostais, por personalidades. um famosoatordaRedeGloboefrequentado Elivélton Martins. Hoje, por dirigido seria sidofundado pelocantorvez poranoeteria relatos de alguns entrevistados, só abre uma como creche. um imóvel bastanteamplo, funciona também no terceiro sábado domês, àtarde. denominações, porvárias utilizada uma capela nida Brasil. Éumaentidade socialquepossui (Sase), Evangélica cia Social na quefica Ave - ecumênico. Teçamos algumasconsiderações. Kardecistaseumespaço Espíritas duas casas nam opoderdivinoearmado. da localidade,nâmica como se relacio na forma - dado fundamentalnacompreensão será dadi- Pentecostal,de tradição naregião. maioria Esse dasIgrejassença Protestantes, especialmenteas RomanasIgrejas Apostólicas (Icar), Católicas banda, quatro terreiros de Candomblé, três 2000. quase ametade, fundadas depoisdoano foram Destas 31Igrejas Pentecostais, pelomenos14, de Deus, quetemumaigreja nacomunidade. pentecostal, queéaIgreja Universal doReino de Neo- na descrição uma pode se encaixar Das 41Igrejas Protestantes, nove podemser Um dosterreiros deCandomblé, segundo Uma das instituições Kardecistas, em que fica deAssistên- O espaço ecumênicoéoServiço Diante dessesnúmeros, pre- aforte destaca-se 41 Igrejas Protestantes, três terreiros deUm- 26 17são AssembleiasdeDeuseapenas 27 25 sendo 24

ta de um artigo sobreta de um artigo a religião no Batan. emvídeo,tário emcurta-metragem,- eàescri propusemo-nos àrealizaçãodeumdocumen- e informais relações truí erealizamosentrevistasformais de2012,abril onde, além da observação, cons- deu-se porcercade45dias,e nosmesesdemarço ocorreram concomitantemente. earealizaçãodovídeoA pesquisadecampo pacificadas. Batan, comunidades emcomparaçãoaoutras pública,rança destacadamenteno queocorria as Igrejas Protestantes eaquestão dasegu- e arelação estabelecida especialmenteentre campo, percebeu-se oprotagonismo religioso perj), noanode2012. etapado Na primeira à Pesquisa doEstado doRiodeJaneiro (Fa- de AmparoFundação Chagas Filho Carlos maior doIsersobre UPPs, patrocinada pela Batan éosegundomomento deumapesquisa rança pública local. pública rança como elaserelaciona com aspectosdasegu- Batan, peculiar com especial ênfasenaforma quantoàreligião no to daquilo queobservei banda eCandomblé. bém à Igreja e aos terreiros Católica de Um- restringindo àsIgrejas Evangélicas, mastam- instituições mapeadas nolevantamento, não nos de frequentar os cultos religiososdas de parte Pública,religiosas enaárea daSegurança além te destacadas, moradores, lideranças outras O trabalho decampo,O trabalho nessasegundafase, A presentereligioso pesquisa nocampo do O objetivo érefletir destetrabalho a respei- 28 30 Então, nessesegundomomento, - anteriormen com as lideranças A

p esq 31

u isa F oto: S hutter S tock.com 29

indo àfrente montado emumcavalo. Ramos, procissão, emumaoutra com opadre demoradores, emcasas eram eoDomingo de uma procissão Crucis, com a Via cujasparadas da quaresma eduasatividades sedestacaram: asemana.durante àépoca feita Apesquisafoi vidades, não somente nodomingo, mastambém quando láestivemos, esão oferecidasati- outras estados mentaisdocoletivo. manter,para ressurgir certos suscitaroufazer e os processos servem cial e que os ritos rituais 38), emqueareligião éalgo eminentementeso- alisticamente. (1989, Concordo com Durkheim sistemas derepresentaçõesritu- queseafirmam mente, mastambémàqueles processos sociaise à religião expressa institucional eorganizada - religiosos.em termos Também não melimitei conversei como atores sociaisqueseafirmam mista e subjetiva, considerei aqueles com quem individual, devoção Muito mais que mera inti- tido”, de definidora “Identidades” ou“Poder”. (2000,Geertz p. 152), de como portadora - “Sen católico tradicional católico som o do espaçoculto neopentecostal penetra versal doReinodeDeus. asmissas, Durante o tacada. estavamcheias, Asmissasdominicais centralidade desualocalização, éamaisdes- Aparecida,de Nossa Senhora pelotamanho e violência eoatualmomento de “pacificação”. o passado de extrema de suas casas e na porta com aqueles quevivenciaram cotidianamente eemparceria apartir cinco anoséconstruída mente ocorreram nacomunidade nosúltimos edasmudançasquevisivel - a avaliaçãodaUPP dotexto.seu valornaconstrução Acredito que interpretações sobre aquestão, reconhecendo P, P U bre como areligião serelacionar deveria com a àcomunidadechegar prontas com teorias so- Morrinho. ocuidado metodológicodenão Tive menos percebidas doBatan, especialmenteo os moradores maispobres epessoas dasáreas comunitária,de liderança mastambémcom protagonistaste com osprincipais emtermos lado, procurei estabelecercontato não somen- detemposelecionado.no período Por outro afalarcomo aconfiguraçãoseapresentou riza quesómeauto- deobservação período curto lham constrangidas. Odiscursocatólico, então, Entendo, assim, areligião, frisou conforme No terreno ao lado, a presença da Igreja Uni- doBatan,Das duasigrejas católicas aParóquia Aslimitações sedão temporal, norecorte o 32 massimemouviredarvoz àsdiferentes A dis 36 e as pessoasseentreo- pu ta 35 33 34

va-se afixada aprestação decontas daIgreja. neopentecostais. práticas estaria emretiroestaria com suaigreja. marcadoecumênico foi emumadataqueele só compareceram doispastores, equeoculto nitárias, umamissaecumênica, realizou naqual Relata que, porsolicitaçãodasreuniões comu- os protestantes são muito divididosnoBatan. promotora porexcelência doecumenismoeque discurso polêmico.a certo é a quea Icar Afirma nistrador paroquial. amigo!”. Opadre assinavanofimcomo admi- ta. Casosejas, com umfamiliarou compartilhe somentequemaindanão para édizimis- “Carta de execuçãonossasobras”, cujosubtítulo era dotempo aumento dedizimistasediminuição da quetratava mos umfolheto “Campanha para a tradição daIgreja.a tradição contra osprotestantes, e Maria como a Virgem eucaristia, apontouquestões da polêmica outras da acelebração edurante em suasintervenções que e oscatólicos “flertavam” com elas. Opadre, com asreligiõesafricana polemizava dematriz ao lado. Emumsegundomomento dahomilia, com oaltosom polemizando daIurdramente nãocristão faztrocacom Deus”, diziaele,- cla ao comérciolevava com Deus. (...) “O católico nhecimento, daausênciacatequese, fruto que da lei”,importância sobre afaltadeco- alertava que não propicia maisodiálogo inter-religioso, adota contundente umapostura deautodefesa, suas peculiaridades. Assumindoessecaráter, ela enfrentarpara aconcorrência, apegou-se as aspectos,em certos a Igrejas Pentecostais, mas, pação com omercado religioso, assemelhou-se, religiosasentre locais. aslideranças datensão edadisputadepoderprestígioças - doquebra-cabe aajudarnaconstrução começa moradores –oquejá eocomandante daUPP como líder somente asipróprio, aassociaçãode tan estáfracodelideranças”, então, reconhece àslideranças,Quanto queo afirma “Jardim Ba- do livro doÊxodo 20.1-17 da Quaresma, odiácono usavaotextobíblico contas serfeito”. éjustoedeve éassim:séria pedircom projetos eprestação de garrafais:papel quediziaemletras Igreja“Uma na naveantes de entrar do templo, afixado outro Em umadasparedes laterais, próxima àcantina, testante dacontrovérsiarevive antigaspolêmicas pro- Logo àentradadotemplocatólico,Logo encontra- Sua crítica ao Pentecostalismo crítica Sua éforte. Jovem, dos30anos, emtorno elenão sefurta Para (2007), Souza aIcar, diantedapreocu- Na homilia dedomingo, penúltimodomingo 37 eseconstrói, ali, comoàs oposição 40 Àsaídadamissa, recebe - 39 e refletia sobre “A 41 38

29responsável pela como noc áreas controladas pelapolícia, sereferiremmídia para às ede pública segurança pelosórgãosutilizado de 28 Termocomumente na últimadécada. Pentecostais noBatansedeu mar queoboom dasIgrejas segurança,até com certa afir- menos nove delas. Pode-se, o anodefundaçãopelo que nãopossível foi verificar número recente sejamaior, já 27 Épossível atéqueo ao sistema. eperiféricas massas excluídas das sociedade capitalista cidadania edeinserção na deressignificaçãoda forma sejaumanova ismo talvez a adesão ao Pentecostal- (1992). Para Campos(2006), Protestantismo, ver Cesar populardo como forma oPentecostalismoSobre dos discursosedaspráticas. uniformização conta de certa de origem, entretanto, não dá (Mariano, 2005). Adistinção a segundaonda, odecura odom delínguas,enfatizaria rangular. onda Aprimeira Igreja doEvangelho Quad- representada noBatanpela 1950, Paulo, emSão eestá de tem inícionadécada O Deuteropentecostalismo Assembleia deDeus(1911). (1910)eda noBrasil Cristã a chegadadaCongregação de1910,a dadécada com onda, aprimeira sico seria O Pentecostalismo Clás- e “Neopentecostalismo”. “Deuteropentecostalismo” “Pentecostalismo Clássico”, pentecostaisem formações largamente adotada das sem reservas, atipologia 26 Adotamos, masnão autodenominação. são pentecostais, massua consideração sesuaspráticas 25 Não em levamos eumacapela. Graças) das Batista eNossa Senhora Aparecida eIgrejaJoão São (Paróquia Nossa Senhora 24 Na realidade, duasigrejas onômico. socioec- desenvolvimento dos quesitosreferentes ao piores posições na maioria na qualoBatanassumeas de umapesquisacomparativa mencionadafoi porsetratar artigo. ApesquisadaFirjan ao objetivopois escapa deste comunidades “pacificadas”, Censo com relação àsoutras comparação com osdados do 23 Não faremos uma ou praças, esportivos. eventos teatros, bibliotecas, parques petáculos dedança, cinemas, associações recreativas, es- plásticas,de artes e clubes com exposições ou galerias osseguintes:foram museus considerados napesquisa 22 Osespaços culturais aso dasUP Ps. 93 artigo Aviso: Não dê dinheiro ao falso profeta, ligue para a UPP": poder divino e poder armado no Batan 94

COMUNICAÇÕES do iser pessoas namissadodomingo 34 Aproximadamente 150 vistados ofilme, para que, por do ethos do pastor evangélico do ethos do pastor evangélico as principais lideranças locais. lideranças as principais ência aodaequipe. trabalho da terceira pessoa, faço refer- singular. meutilizar Quando pessoado me daprimeira produção dotexto, utilizo- 10 anosnumaregião próxima dedicada àpesquisadaFaperjdedicada gênero que, emprincípio, não abertura para serentrevistado para abertura e bemapontado, aesse graças algum tempo, não demostrou foi deumdospastoresfoi entre- sexo masculino. Vale ressaltar em termos deprimeiroscon-em termos uma liderança deumterreirouma liderança um ritual noterreiroum ritual deUm- seria importante napesquisa, importante seria equipe, demuito masquefoi apontamentos arespeito. Por tatos emapeamentos, pronto facilidade/restrição deacesso Batan sabendo para ondeBatan sabendopara ol- da equipeaalgumaspessoas. har e com parte docaminho,har ecom parte e tiveram como público-alvo autopercepção. Aquestão de uma mãe desantomoradora fácil acesso nomomento em quando elaestavaacompan- gênero, sendoquehomens e foram gravadas para ovídeo gravadaspara foram 33 Não somente isto, outros ao Batan econhecendo algo banda onde entrevistamoso outro lado, não possodeixar 32 Oqueexigiuumesforço lugar de onde falo é a partir lugar deonde faloéapartir Um exemplo dignodenota hada deumpesquisador do mulheres sentamseparados por uma das integrantes da por umadasintegrantes além deste, informalmente, praticante. Ter moradopor local, mascujoterreiro fica principal líder.principal Entrevistei, dois deUmbandaeum mostrou-se importante na mostrou-se importante redobrado, jáqueaequipe ajudou àpesquisa. Outros na Baixada Fluminense, e manifestava seuspróprios manifestava além das Ciências Sociais além dasCiênciasSociais conhecia melhor o local e conhecia melhorolocal e CiênciadaReligião, em Candomblé. Participei de que aabordagem feita foi que naigreja destepastor 30 As entrevistas formais 30 Asentrevistasformais na pesquisa. Para tanto, o de reconhecer quefuiao ocorre clara distinção de distinção ocorre clara anos, médiabaixa, classe do gênero masculino, 30 ajudaram esãoajudaram dedifícil Teologia, edeformação de formação acadêmica,de formação fatores, certamente, não 31 Visitei três terreiros,31 Visitei fatores são importantes missão, atualmentenão religiosa protestante de mapeamento anterior. de Candomblé local. durante oculto.durante no, ofutebolocupaumpapelrico. É, ao mesmo munhão socialeesportiva. No discursomasculi- grado eoprofano, deverdadeira epartilham co- intermediários, onde ambosseencontram, osa- indivíduo osagradoeprofano. titucionais naatividade queseparam socialdo 72). Assim, obareaigreja são doisespaços ins- (Durkheim,à distânciadasprimeiras 1989, p. terditos permanecer sãoequedevem aplicados interditos; as profanas, aquelas as quais os in- coisas sagradassão protegidas eisoladas pelos so como profano, vindodedentro dobar. As esses espaços aparece no discursotantoreligio- de ambiente. Constantemente, entre aoposição tar “firme” naigreja dessetipo énão participar não sercrentesignifica ouestar “desviado”, ees- entresimbólica essesdoisespaços. Estarnobar de bares, oposição jáqueháumasignificativa ta proporcionalidade com relação ao número tidade de Igrejas apresentava Evangélicas cer- que, doRiodeJaneiro, nossubúrbios aquan- Jerusalém, Elshaday Fashion etc. referência religiosa, porexemplo, AçaíNova os nomesalguma dosestabelecimentosfaçam zares, lan houses e bares. É muito comum que veniência. Pequenas padarias, armarinhos, ba- lojasdecon grandes - supermercados ououtras belecimentos demédioporte. Não hágrandes deestrutura,em termos nomáximo, deesta- dolocal. ruas aotrangido circular por, praticamente, todas as público. Jamaismesenti ameaçadooucons- representantes dopoder dealgumainstituição daliouseéramos seéramos nos perguntaram fomos notados e, algumas vezes, as pessoas recer ao perigo não morador. sempre, Quase ela desempenhanacomunidade. comestar satisfeito oresultado que dotrabalho easIgrejasca Evangélicas, especialmenteaIurd. religiosodisputa decampo entre aIgreja Católi- daIgreja noBrasil”por parte (p. 162). competitiva,postura agressiva, simbolicamente mercado religiosoassimmoldandouma estaria rência religiosa. Eleconclui, que afirmando “o no passado,que a caracterizou mas a concor- O campo defuteboléumdosraros espaços Ocampo com um colega da equipe,Brincando dizia O comércio, emsuatotalidade, écomposto, doBatannão aparentaAndar- pelasruas ofe Quanto aUPP,Quanto terumaboa afirma relação e Parece haver, noBatan, esimbólica umaclara “ A q u do q i te m

u m e b ais ar” I gre j a

religiosas doque bares. que bar”. preparava cimentonacalçada. da igreja”, eumsenhor, próximo aos 50anos, versar com umacomerciante, queestava “afasta- nhando poralgunsmetros. con Essecolegafoi - bares emfavelas cariocas.- Continuamos cami entrea proporcionalidade igrejas e observada particular, emtom jocoso, com umcolega, sobre uma quinta-feira àtarde,uma quinta-feira defutebol,tempo aumapartida realizada em meiro diadecampo, porum apósassistirmos ecumênico. desunidas”. de algunspastores: “As igrejas aqui são muito queestejaacima dasigrejas.ganização Escutei socialouqualquertipodeor- um movimento como não dosevangélicos seorganiza lítica A quantidade ea representatividade sociopo- versusevangélicos religiõesafricana. dematriz ou comoversus evangélicos católicos larização que encontremosafirmar qualquer tipo de po- pentecostal,te aqui na forma não nos permite versidade deIgrejas Protestantes, especialmen- próximas entre asinstituiçõesreligiosas. Adi- da maioria dasIgrejas edois,da maioria Evangélicas aos antes de 1980, ou seja, antes do estabelecimento banda eumdeCandomblé, fundados foram quetrêsrifiquei destesterreiros, doisdeUm- belecer contatos maisestreitos com todas, ve- podemserfeitas. Algumas observações crescimentoantes dogrande deevangélicos. latos demoradores antigos, maioria elaseram representada porseteinstituições. re- Segundo ou “a droga não deixou”. testenotime...”,a fazer mas “não tinhacabeça” gia, oquantoeleseram debola”,“bons “cheguei de 35anos, podemosescutar, nostal- com certa prestígio noBatan. Entre oshomens com mais de bom nofutebolpodeserumadasformas Ser e,de pobreza também, odese alguém”.“tornar tempo, círculo apossibilidade desaircerto E estavacerto. No Batan, hámaisinstituições Ele responde rindo: “Aqui temmaisigreja do assunto.Puxei “Rapaz, aqui temmuita igreja”. Voltando à igreja, ao futebol e ao bar. No- pri No Batan, não háprojeto inter-religioso ou Não sepodeafirmar, todavia, quehaja relações Primeiro, apesardenão terconseguido esta- é A presençadasreligiõesafricana dematriz A s religiões de 45

africana 44 42

43

comentei, deforma m atriz vivia na “criminalidade, maconha eprostituição” parece isso.pastor local ilustrar Eleconta que religiões. Umrelato muito interessante deum contraessas cristã pela maioria giosa praticada reli deintolerância - algumhistórico tem para tan, dereprimirareligião. não sepode acusar aUPP, pelomenosnoBa- algumassombrasqueassustam,ainda traz mas metade doséculopassado,banda naprimeira esse segmentoreligioso, especialmenteaUm- policialquemarcou deperseguição memória Assim, considero a hipótese de que a razoável porrepressãonuar algumacelebração policial. ter sidoincomodados ouimpedidosdeconti- mente sobrejamais edisseram a pacificação Todos pareciam satisfeitos,- aberta falaram nesses terreiros, confirmou-seessasituação. Entretanto, emnenhumdoscontatos quefiz da imposição dosilêncioapósameia-noite.da imposição porcausa asreligiõesafricana dematriz lizaria forçou aquestão. ela, Segundo inviabi- aUPP Fluminense,cujo terreiro naBaixada fica re- Uma mãe desanto, doBatan, moradora mas repressão exercida aessescultos. pelaUPP pelo crescimento pentecostal. próprioquenão édeterminado dece aumritmo cimento evangélico, masseucrescimento obe- crescimento inversamente proporcional ao cres - não tiveram um as religiõesafricana dematriz ano 2000, que, oquemostra dealgumaforma, outros doisterreiros fundados depoisdo foram perda religioso. deespaço nocampo Entretanto, cionam mais. sugerir poderia Umolharrápido quais não considerei nolevantamento, não fun- Também não encontrei queapon- evidências Segundo, sobre umapossível ruído houve certo 46

se converteu. Deus, porque o seu lugar. lá era Ele entrou e naigreja entrar Assembleiadee quedeveria doria”, dissequeaquiloele nãovidapara era quando umamãe desantolocal, “em suasabe- de um pastor local uma série de fotografias de defotografias umasérie de umpastorlocal nhecimento. visita, Emminha primeira ganhei dedisputareco- território como importante radores. aponta aárea Essadisputaporautoria dente e aex-presidente da associação de mo- comunitário vinculado ao PSDB, oatualpresi- pelo menos, entrevistadas: três lideranças olíder dasrecentesdisputada foi por,A autoria obras àsForçase umaárea pertencente Armadas. ondeamata termina começa como Morrinho inclinado, são maispobres. Aregião conhecida moradores. debaixo.relação aosnaparte quemoram pessoas continuam muito abaixo damédiacom do local, masascondições socioeconômicas das recentesainfraestrutura mas obras melhoraram consumiras pessoassubiampara drogas. Algu- contrao dotráfico guerras Fumacêonde elocal do Batan. estratégico, alvo Era pelaaltura, nas moradoresprios doMorrinho, como afavela é vistopelosmoradores doBatan, epelospró- religiosa. prática porsua ousesentiudiscriminado ofendido foi contra suareligião, masele, noBatan, jamais relatou quealgumas pessoastêmpreconceito Possui 264 domicílios epoucomaisde800 O Morrinho, maisaltadacomunidade, parte deumterreiroUma liderança deCandomblé 50 Asregiões maisaltas, noplano 47 O 48 Morrinho

árbitro vestido depreto. lado, e todosuniformizados organizada, com 11decada 42 Partida bastante Complexo doAlemão. no observado o mesmofoi dafavela carioca,rística mas queestáéumacaracte- dizer Nãoa mesintoautorizado bastante voláteis eefêmeros”. pentecostal são, ameuver, fundamentos domundo vão deixardeexistir”. “Os pouco tempo, logo também próprias”. há começaram “Se 41 “Folhas porsi caem secas religiosos”.movimentos de a quemchamou “novos ao Pentecostalismo,crítica também haviaumaforte 40 Na doboletim, pastoral adoradores deimagens. católicos são queos afirmar usado por protestantes para 39 Texto popularmente de Wittenberg. daCatedral afixadas àporta Lutero teses deMartinho 38 Difícil não pensarnas 95 como mãeMaria deDeus. imagens; de aimportância daIgreja;istério adoraçãoàs na missa: eomag- atradição Entre asquestõesabordadas daIcar.econômico parte manipulação dosagradopelo àsindulgências eà crítica que,37 Só destavez, à mesmo horário. domingo, são exatamenteno 36 Ocultoeamissa, no associação demoradores. “ovelhas” éopresidente da ovídeo.para Umadesuas antigo, umdosentrevistados emorador local liderança sembleia deDeus, destacada stado por umpastordaAs- empre- foi 35 Estecavalo mos presentes. pela manhã, naqualestive- F oto: S hutter S tock.com 95 artigo Aviso: Não dê dinheiro ao falso profeta, ligue para a UPP": poder divino e poder armado no Batan 96

COMUNICAÇÕES do iser o espaço não éhomogêneo, 25), ohomem para religioso, Eliade (1992,54 Segundo p. ou seja, não éumpreconceito estar por trás da afirmação de daafirmação estar portrás de queosprojetos dasigrejas, mar queseunúmero émenor Católicas eProtestantes,Católicas para que parte daresposta envolva que parte senhor”. Opastorrespondeu: demonização dasreligiõesdemonização de se apresentam como diversos 47 Não possoperder devista região, aafir- masmearrisco relato dignodenota setorna 43 Não fizumlevantamento bandido, ver Teixeira (2009). 44 O Sase éumespaço, 44OSase não organiza institucionalmente,organiza pode-se falardeumprecon- ecumênicos não éumacríti- que odosespaços religiosos. 45Estescultostradicional- questões, masnão asresolve a entidade espiritual queela a entidade espiritual maior, dos simbólica aforça as instituiçõessãopor feitas até a madrugada e,até amadrugada segundo matriz africana,matriz tão comum 46 Estescultostradicional- ca, apenasumaconstatação 48 Sem perder devistaque 48 Sem pela união deesforços, mas forma tão simpática,forma maso pastor sugerir suaidaaum pastor sugerir até ameia-noite, porcausa completamente. Épossível o relato, não sepodeavisar ceito que, noBatan, não se o Batannão são realizados outra, norte-americana, da 51 Quando viafotografia,51 Quando própria eclesiologia dessas própria eclesiologia 50 Dados doCenso2010. ao Pentecostalismo. Sobre a construção socialdoex- a construção terreiro, vistode não seria um projeto. Aobservação mente costumam avançar mente costumamavançar que oinverso, ouseja, um 49 Vista doaltoMor- 49 Vista Fundação Fulbright, veio comentei:esse “Conheço só pode se fazer presente só podesefazer religioso aponta algumas motivações teológicas da motivações teológicas Ainda que fosse igualou Ainda quefosse ao pesquisarsobre Brasil pessoas, enão reificá-las, espaços religiosos parece por não vir carregado da fotográfico davigíliaea fotográfico da ausênciadeprojetos 53 Umdeles, colegade esforços individuais. O do número debares da 52 Suelen Guariento. 52 Suelen turma, umensaio fez conceito demercado “Ele éumabênção”.“Ele mente costumam Pentecostalismo. institucional. nossa fonte. da UPP. igrejas. rinho. sair carregada de mito e o lugar se transforma sair carregada demitoeolugarsetransforma pe ção demoradores.ção duas delas, apresençadopresidente daassocia- daregião. sociaiscomtrabalhos ascrianças Em tros doispesquisadores da área, estabelecemoscontatos econvidei ou- diferenciados dosoutros espaços. espaços tornam-se teofânicos,e amatafechada cação do espaço, easpedras, ascavernas, omorro Lá ocorre uma ressignifi- próximo. mais está orar, Deus, para aqueles para quesobemoMorrinho doseudeus.tava maisperto Estruturalmente, um conjunto diferente dedistância. expressa devalores, emtermos equefornecem depessoasdentro deumsistemasocial,grupos Evans-Pritchard (2008), como a distânciaentre por observada concepção dadistânciaestrutural estava errado. merecordei Logo dosNuer emsua oumenosdistantesdeDeus.estão maisperto Eu Deus.” A mulher prontamente respondeu: sesentirofendido, poderia O casal masnão. mais próximo docéumaispróximo deDeus? em um céu que físicoDeus mora e que, quanto isso. Como alguém, aindahoje, pensar poderia ter dito logo penseiqueacolega não deveria Deus?” na mão, eperguntamos: mento, encontramosum casal, com umabíblia umarevelação medarnolouvor. para ria delonge queDeuste- me chamaram edisseram da vigília, enquantosubíamos, doismoradores sempre com “a paz do Senhor”. Na madrugada Jerusalém. Nessas ruas, fomoscumprimentados direita Nova Canaã, naRua seguimospelaNova Fé, a cruzamos Travessa doApocalipse, à viramos cima, nomes bíblicos. Passamos pela Travessa da baixo, têmnomes semreferência religiosa, asde ma aatenção. ruas, asprimeiras Se de naparte na seguinte. vigília pentecostal, realizada nasema- queseria Ali, para sofre anatureza uma transformação Fiz, pessoalmente, com umacolegadeequi- Lá noaltodoMorrinho,Lá realmente ocasal es- Sim, elesestavamcertos. noMorrinho, Lá eles porissomesmo,“É de lánoaltoémaisperto Na eantropológica, minhaempáfia teológica “Por quede você vão lánoalto? É maisperto com eles: A colegabrincou “Não, vamospro monte orar.” “Vocês vão àigreja?” oalto,No para caminho - nodiadolevanta visitaao Morrinho, naprimeira Logo algo- cha 52 , dasinstituiçõesreligiosas olevantamento 51

53 para participar deuma participar para 54

extremamente dificultososecomprometidos o poderdareligião ouseriam não seaplicam até onde atuaopoderpúblicoeatéonde atua sobre categóricos eosencaixes mas cartesianos convidados aumareconfiguração. Osesque- laicidade entre eseparação igreja eEstado são teremvistaoquantonossosconceitos de rio como o Didaquê. Primitivo, doCristianismo algunsescritos car convocada osespíritos, discernir para - evo para resolução deumaquestão religiosa. é AUPP ou a complementaridade, da ação do Estado na nhecer não a possibilidade, mas a necessidade denunciar aaçãodeum “falso profeta” éreco- religioso.do nocampo para aUPP Ligar para algo aquilo- queultrapassa podesertrata religioso.no campo nismo do “falso profeta”, masapontar adisputa - devalorsobreaqui opossível umjuízo charlata profetas quejáestão estabelecidos. Não cabe institucionalizado dasigrejas edospastores/ nas proximidades sem submeter-se ao carisma “falso profeta”. éeste?Éaquele queatua Quem questões relevantes. Primeiramente, sobre o apontaduasoutras para aUPP liguepara feta eopapeldasigrejas.UPP relação decomplementaridade entre opapelda lações, oreligioso expressa aexistênciadeuma notável,de forma oquanto, dere nessecampo - no Jardim Batan. Encontra-seaqui, sintetizado, pública,gurança poderdivinoearmado, arelação ilustrar para entrelavras religião ese- mas” aUPP. ligassempara queaquelessuas para quefossem lho era - “víti emtrocadedinheiro.e profetizando conse- Seu profetas” andavamporali, falandoem “línguas” pastor queacolocouexplicoualguns “falsos Ao sobre perguntarmos daquilo, osignificado o dê dinheiro ao falsoprofeta, aUPP”. liguepara dessas igrejas. oambientesanto.para emuma Avigíliafoi pronta, eoutra trução quesão como doisportais biente sagradosão duasigrejas, umaemcons - em terrenotramos sagrado. Olimite do am- do Morrinho, nessa sacralidade” (Eliade, 1998, p. 295-296). ali penetre, ecomungar nessa força tomar parte dade ao quepermite homem, nacondiçãodeque em uma “fonte inesgotável edesacrali- deforça A fimdecompreender oBatan, énecessá- Em segundo lugar, essa disputa é vista como quea A solicitaçãopara “vítima” dofalsopro- Essa imagem falamuito maisquemuitas pa- Seguindo, encontramosaplaca: “Aviso, não habitada mais alta à parte chegamos Quando 55 cujacontinuação éamata, en- que qualifica osantuário.que qualifica tambéméumelemento dematafechada sença acesso, maiorosacrifício, maioropoder. Apre - culdade do acesso. mais alto e difícil o Quanto “poder” edifi- etambémpelaaltura manifesto muito pecado”. até “gente quenão volta viva porque estavacom poder”, e manifestaçõesdeDeusnanatureza em línguasextáticas. vam emvoz alta, algumascaíam, falavam outras 50 metros, alémdo “portal” daigreja.- Elasora pessoas espalhadasde, porumraio nomáximo, deantecedência,horas encontramoscercade30 estar emcomunhão com ele, cantando. A “pedra dolouvor” selouvaraDeuse épara entre osirmãos.é usadaconfraternização para merecem consideração. A “pedra dacomunhão” fogo, mas não queima”, grosas, muitas línguas extáticas, “mato que pega haver manifestações depossessão, mila- curas gradas” arealizaçãodessasvigílias. para Contam semana, escolhendo diferentes “montanhas sa- “poderosas”. sereúnem umavez por Osgrupos é apenasumadasparadasemenos costal deperegrinações, nasquaisoMorrinho trevistas, tomamos notadeumarede pente- se mais opoderespiritual “manifesta”. Nas en- tem algumpoder, masnão muito. que qualqueratodereligião requer”. Essapedra ter passado pelos ‘movimentos deaproximação’ em contato com elesemestarpreparado, sem “o sagradoésemprequementra para perigoso daquele lugar. Eliade (p.298), Como observou se receber Santo, opoder do Espírito queemana para primeiro passodahumilhaçãonecessária deconfissão umaoração para depecados, um nada, chamada “pedra doconserto”, queéusada pentecostal,santuário háumaparede abando- privilegiada. deforma mostra palco ondesocialqueapresentamos odrama se no Batan. OMorrinho, porsuavez, écomo um Nessa rede, por háumagradaçãodesantuários Assim que chegamos à vigília,Assim que chegamos com umas duas Voltando ao Morrinho. pedras outras Duas Conforme sesobeomorroConforme eseadentraamata, Continuemos adescrição. Bemàentradadesse 57 pessoas que “caem no 58

corporal e danças extáticas. edanças corporal possessão, mas na musicalidade, nalinguagem ximações deambososrituais, não apenasna oposto ao Morrinho, possível e foi notar apro- noextremoem umaárea do Batanlocalizada umbandista, de uma cerimônia participar gregação nasmanifestações. emmédiaumahora,durava deconduzir acon- menos duasmulheres exigências desobrevivência edesalvação”. revisões eescolhasdeterminadaspelasmesmas ções, maisou menosconscientes, transformações profética,gir naformação com embora reelabora- volta cultura aemer- decada mítico-ritual cabedal profecias. manifestações depossessão, e línguasextáticas “poder” davigília. Estatranscorreu com muitas Morrinho, pelafamade atraídas masqueforam cerca de25pessoas, muitas nãodo moradoras Nas cavernas, outras pessoas. haviaoutras lá,dormindo destas, umamulher eumacriança. davigíliaeencontramosseispessoas drugada a umcentro derecuperação. almente. Depoisdestestrês dias, são conduzidos mundo exterior, quese para “libertem”- espiritu permanecerem portrês diassemcontato com o duzidos atélápelosirmãosdaigreja afimde da libertação”. Dependentesquímicossão con - todoespecial.cado Aliestáachamada “caverna guarda naturais umsignifi- pequenas cavernas dessaspedras,meio caminho umcomplexo de difícil, pessoas. masquetambématraíam A do ritual. mais sisudas e reverentes e logo participavam mudavam corporal. suapostura Tornavam-se mulheres conduzir acongregação nasmanifestações. momento, em média uma hora, que durava de Tínhamos acabado,Tínhamos nessamesmanoite, de Como destaca Lanternari (1974,Como Lanternari destaca p. 16), “todo A vigília durou e tinha inteira a madrugada nama- dessascavernas aprimeira Visitamos Mais acima, pedras, háoutras deacesso mais seaproximavamConforme daárea sagrada, Cada pregador oupregadora, pelomenosduas 63 61 ofizeram, tinhaseumomento, que Cada pregador oupregadora, pelo 62 ofizeram, tinhaseu 64 plateia, ver (1998). Mafra da departicipação e aforma Santo,mento peloEspírito do êxtaseemaravilha- (1996). acentralidade Sobre temas religiosos, ver Birman entresimbólica osdoissis- de apropriaçãoereelaboração 64 Sobr (1996). ver Mariz gênero noPentecostalismo, pastores. discussão Sobre de omesmoqueos fizessem mas demissionária, embora recebiam otítulodepastora, 62 Ali, asmulheres não (2009). Stoll itismo eoutros grupos, ver o Pentecostalismo, oEspir- o Candomblé, aUmbanda, religiosas brasileiras, como modalidades em várias como fenômenos correntes mediunidade eapossessão otranse,61 Sobre a (1990). ohomem,para ver Carvalho ser quasesempre dolorosa entreseparação ambasparece ecomo ecultura a natureza de umacontinuidade entre as tentativasdeconstrução dobrada, segundoele. Sobre unção teria Mata fechada e ausênciadeprostituição. comfechada avirgindade umaassociaçãodamata fez uma souberesponder. Ele pessoas arazão, somente 58 Perguntei aalgumas seconsumia. mas nunca sarça ardente que queimava, aparece deuma naforma santa. deterra tratar Deus sandálias dospés, porse ordena as aMoisés tirar Deus, emummonte sagrado, bíblico deÊxodo quando 57 Referência ao texto 56 Homem orando. cumes destasmontanhas. assimiladas aossantos seriam As cidades eoslugares do mundo asreligiões. para sagradas”, quesão ocentro as para atenção “montanhas 55 Eliade (p. a 303)chama diferentes deoutras. de espaços qualitativamente quebras, havendo porções pois apresenta roturas, e assucessivasf ormas ormas 97 artigo Aviso: Não dê dinheiro ao falso profeta, ligue para a UPP": poder divino e poder armado no Batan 98

COMUNICAÇÕES do iser A A C

vigília asal C averna “da O ra

F oto: n do C L leito ibertação” ibertação”

F oto: n

M C aia leito n F

M oto: aia C leito n

M aia distância respeitosa. específico. A relação era, fundamentalmente, de a relação destecom areligião, emumcontexto co dedrogas demão emfavelas de éautilização rentesco,- do tráfi jáque uma das características no Batan, dotráfico umahistoriografia traçar trabalho emtrês local eras. história dores com quemconversamos éadivisão da rotado eaPolícia éinstituídapor Deus. é umtempodevitória,foi der- jáqueotráfico uma territorial. Estemomento atual, entretanto, serem queimados. gas como maconha, afimde ecocaína crack que seconvertem, outraficantes usuários dro- aoque sejamlevados “altar doSenhor”, por muito poderosa. Écomum, oscultos, durante emumabatalhaé celebradacomo umavitória tual. Aconversão oudo“viciado” dotraficante - espiri por meio da libertação Santo Espírito o demônio entrasse”. Para derrotá-lo(s), sóo mônio. Eles “deram brecha” e “permitiram que drogas, emgeral, estão possessosdealgum- to poderosos. dedisputapoderesmuicampo espirituais - vas, queseopõeao “caminho doSenhor”. de drogas aparece assimcomo omundo dastre - ex-viciados. Omundo edoconsumo dotráfico membros desuaigrejaou como ex-traficantes com opastor, eleapontou para, pelomenos, três Nessa mesmaigreja, quandoconversávamos os fuzisàentrada, ecaíssem “endemoninhados”. nasuaigreja, entrassem os traficantes deixando pastor entrevistado contoucomum queera que à dotráfico zada religião, pelocontrário. Um quer tipoderepressão ouviolênciasistemati- famílias menos favorecidas; belecidas, assistência social a certa que incluía a nostalgiadotráfico: a rede de relações esta- guns moradores. Penso haver três motivos para deal- nostalgiaporparte ser carregado decerta não executou. fim, Seu contudo, não deixou de da milícia, aos quais queexpulsouostraficantes bem contraomal. tar os poderes do guerra das trevas nesta grande dantes, derro ospoliciaisegovernantes para - zindo osacontecimentos e “usando” os coman- além daquestão institucional, Deusestácondu- A primeira era foi adotráfico. foi era A primeira cabe aeste Não Um ponto recorrente- nodiscursodosmora Além dessa dominação individual, há também Na visão demundo pentecostal, oBatanera O fim do tráfico sedeupor O fimdotráfico contada invasão 66 masoquenosinteressa abordar é 68 A Os traficantes e os usuários de eosusuários Ostraficantes s três eras 67 Não hárelatos dequal- 70 as relações de pa- 69 Logo, Logo, de padrões ehábitos. social nacomunidade, exigindoareformulação promoveusaída do tráfico verdadeiro rearranjo do tráfico dedrogasdo tráfico institucionalizado. por outro lado, elasreconhecem dofim omérito religiosas, dessaslideranças aprovada porparte quanto àmilícia. aaçãodamilícianão era Se ambiguidadepentecostal nainterpretação certa àscasas.e não haviafurtos Parece haver, assim, que, segundoele, via-semaisordem noBatan que ela representa a certas práticas fortementeque ela representa práticas a certas darepressãocompreendida daótica apartir da promessa deDeus. igrejas e o presente é o tempo do cumprimento cificação, há20anos, temsidoprofetizadanas Pública.pada pela Segurança depa- Estaera Ocorre, assim, ocu- daposição umasacralização benefícioinstituída por Deus para do seu povo. serrespeitada quedeve autoridade porque foi nãomilícia eotráfico são. rente dequeaPolícia éinstituídaporDeus. A tem nasIgrejas sejaavisão Evangélicas recor- que a UPP popularidade a grande posta para que esvaecida, permanece. naentradadoBatan.que fica Asombra, mesmo de e costumam se reunir beber em um bar para continuam na comunidaintegrantes morando - dos jornalistas, da tortura evento muitos de seus segundo informações, executados. eram indisciplinados recebiam chibatadas. Outros, rinho. ou se mostravam Os que se atrasavam doMor- demelhoria emobras dos atrabalhar rário.- obriga eram Osviciados eex-traficantes depoisdedeterminadoho - andando pelasruas do comum proibidos quealgunsfossem deficar preferido,Os homens seualvo jovens eram sen- dores; outro semostrou saudosodotempo deviolênciaecontroletermos - davidadosmora relatou em piorqueotráfico queamilíciafoi próprio Batan. Umdospastores entrevistados mada porpoliciaiseex-policiaismoradores do obra local; obra controle davidadosmoradores, maisrígido. não menosviolentoqueodotráfico, era maso deterderrotadoo mérito otráfico. Seu tribunal lidade em troca de ordem e segurança, e trazia todas assuasinstâncias. uma mensa- Cobrava que osucedeu. aprópria lei, Amilíciaera em queaquele queoantecedeue maisrígido foi ordem.nova Estenovo regime, intermediário, A milíciapôsfim ao tráfico A popularidade da UPP tambémpodeser daUPP A popularidade A terceiraéadaUPP. era Umapossível res- seucomandoEmbora tenhasidopreso apóso A segunda era foi adamilícia. foi A segundaera - for Estafoi 71 earesistência àmudança, jáquea 72 76 APolícia éuma 74 eimpôsuma 73 em 75

rotar otráfico. “usado” der- amilíciapara pentecostal, Deuspodeter 76 Entretanto, navisão por alguns. pecto repressivo écelebrado 75 Curiosamente, esteas- no Batan. instituição, chegouao fim de drogas, pelomenoscomo isolados,eventos otráfico mesmo desconhecendo 74 Pode-se que, afirmar taisatos. aos quepraticassem haveria, portanto, punições não resultariaemnada. Não ocorrência que, segundoeles, umboletimde preciso fazer que,reclamaram agora, seria mente. Doisentrevistados punidosevera- era às casas como à do tráfico, ofurto 73 Tanto damilícia àépoca (2011, p.76). etapa poretapa, ver Berger ação sejadefinidadenovo, situ- quecada desnecessário opções eohábitoquetorna do estreitamento das oganhopsicológico 72 Sobre va não poucos problemas. edosmoradoreslocal causa- de conhecimento dacultura comunidades.outras Afalta seussoldadosrecrutava em Vermelho portantosanos, doComando quartel-general plexo do Alemão, como 71 Háexceções. OCom- suas implicações. (Mauss, 2003), emtodas as bebida, verdadeiros potlatch com abundância decomida e remédios, eoferecesse festas, cestasbásicas,distribuísse comum70 Era queotráfico “vigiar”. constantemente necessário corrupta,tornar portanto, é ouse de suaautoridade pode “dar brecha” seabusar Deus, mas, àsvezes, também 69 APolícia éinstituídapor (2011,Smirdele p.89) seus contemporâneos, ver brasileiroevangélico perante aespecificidade doator car expli- elemento-chave para do mundo como primeiro (encantada) mágica cepção oreforço68 Sobre dacon- tempo. respeitada enão durou muito mas essaproibição não foi tanto igrejas como terreiros, instituiçõesreligiosas,novas de proibiutráfico aabertura que, época, emcerta o 67 Umentrevistado contou de 1970. metade dadécada primeira antigos, na começa otráfico moradores 66 Segundo umbandista. no ritual hamos acabadodeobservar semelhanteaquetín- dança abaixando acabeça, emuma concêntricos, e levantando tático. emcírculos Elagirava ex- 65 Mulheremtranse 99 artigo Aviso: Não dê dinheiro ao falso profeta, ligue para a UPP": poder divino e poder armado no Batan 100

COMUNICAÇÕES do iser autoridade éodesrespeitoautoridade eo confrontos com ostraficantes quem conversamos noBatan, necessária nemacoação necessária evento dacomunidade.evento Acho Pelo seupotencialdestrutivo, Afirma-se queaexigênciaAfirma-se da persuasão. Opiorinimigo da modo mais eficaz deminá-la modo maiseficaz crédito àpesquisadora Tássia conhecido como “o cracudo”. desta pesquisadora. con- Sua tribuição para afácil para entrada tribuição sente ora violentamente,sente ora nos mércio porumpedinte local prática, masquenosajudam que tive em parte docampo,que tive emparte tenha havidobailesnolocal, gerada. Ofunkévisto, entre e nasabordagens violentase humilhantes aos moradores, na compreensão doassunto. “comportamento subversivo que aPolícia, antesdaUPP, 77 Opadre sobre reclama o abordados nocentro doco- UPP emregistrar onomeUPP e como umsímbolodomale 84 Sobre a importância das aimportância 84 Sobre em termos disciplinares”em termos de a afirmativa umpoucoexa- a afirmativa católicos e evangélicos com eevangélicos católicos devem obedecer,devem não sendo priori. Assim, ofácil acesso receber propinas dotráfico. que nemsempre refletem a setembro de2010ajaneiro incondicional daqueles que era aquelaera quesefaziapre- já que, embora, nopassado, Igrejas Pentecostais naluta o CPF doresponsávelo CPF pelo parece acontecer noBatan, que tive aelestenhocomo o crack representao crack omaior 85 Oprotagonismo destas notadamente as lideranças notadamente aslideranças mencionadas, decisiva, foi após o término do campo docampo após otérmino sentativo na rota dofunk. 79 É importante ressaltar 79 Éimportante foi confirmado na prática confirmadofoi naprática 78Aaçãorepressora das ora sorrateiramente,ora para e atualizado, jáquehavia do afastamentodeDeus. de 2011. O dado a priori baile afastouestetipode o Batan nunca foi repre- foi o Batannunca álcool, (1994). ver Mariz Ver Weber (2001, p. 60). pacificadas, tambémnão contra adependênciado lideranças me foi dado mefoi a lideranças 82 Ver Bourdieu (2010). mais deumanopassado a garantia da autoridade daautoridade a garantia Mendonça, cujocampo, 81 São conceitos ideais 81São UPPs ao funk, presente 80 Para Arendt (1990), em várias comunidadesem várias anterior ao meu,anterior de foi 83 Fomos duasvezes é oreconhecimento certos moradores. certos problema. é arisada. parte, simbólico. pelomedo,damentavam suaautoridade em apróprialeiefun- eamilíciaeram O tráfico de de proximidade, res dacomunidade. fato dealgunspoliciaismexerem com asmulhe- ponto relatado como deficiente, assimcomo o comtos policiaisnotrato osmoradores éoutro da autoridade, não. decer- Afaltadeeducação aprovada porestesegmentoreligioso. Oabuso Assim, aaçãorepressiva costumaser daUPP cia química. socialemrelação função àdependên- portante As igrejas, eevangélicas, católicas exercem im- nafim dotráfico UPP. regiãochegada ea da dedrogas.o tráfico da relaçãoreram por causa com o consumo ou sobredolorida osamigos dainfânciaquemor- do. No discurso masculino, escuta-se de forma vídeo, porexemplo, perdeu ofilhoassassina- contatos. Uma de nossas entrevistadas o para atodososnossoscausaram a droga eotráfico emocional queenvolve osdanospessoaisque elementosimbólicoe Há tambémumforte cita, negativa: carga outra traz épecaminosa. o consumo dedrogas estes, para alémdeilí- podeterexagerado aquestão,informou jáque ecrack. cocaína de adidos emdrogas ilícitas, como maconha, trevistas econversas informais: aquantidade pesquisa, recorrente foi emquasetodasasen- públicos, eoutros, umelemento, inesperadona de nível médio, de transportes opção a pouca de doBatanenfrenta, como afaltadecolégios certo afrouxamento narepressãocerto acontececonstante reclamação quandosedá pentecostais.condenadas poressesgrupos Uma hábeis na forma como lidar comhábeis naforma a questão. de recuperação e os religiosos parecem bastante UPP não passamedo”.UPP te, àsvezes, deque areclamação “o policialda facilmente assimilada, porissoseescu- talvez ros estacionados na rua, o funk. normalmente - e osom altoproveniente edoscar dascasas como acirculação demotoqueiros semcapacete A Polícia, de policiamento forma nesta nova São notas comuns.São o Essas pessoas celebram comigo, criado pessoalquefoi “Do sósobrou eu.” “Perdi todos osmeusamigos.” dequemnos A religiosidade conservadora Dentre problemas os vários que a comunida- 80 nalei, eestáacima dela. queéexterior “ A q u i te 84 Muitasajudamamantercentros 83 m 82 79

Amudançadeordem não é - fundamentasuaautorida

mu ito viciado” 77 a práticas apráticas 81 78

de 2011, Extra,reportagem dojornal nodia23deabril a situação. nomeveiculado foi empolêmica Seu bou não osendo. Parece não bem terdigerido de moradores, de espaço edoenfraquecimentodaassociação adiante.levadas Elereclama, também, daperda cias, entretanto, queasqueixascontraeleforam pulsar moradores dacomunidade. Não hánotí- na mediação de conflitos,ridade a ponto de ex- UPP, noBatan, como xerife abusandodaauto- ocomandanteaquele daUPP, queseria Apontado como Cabral pelogovernador Sérgio local, comodestaca liderança divideopiniões. fazem ouvir portodooJardim Batan. fazem Comunitária,oficial aCâmara mascujosecosse rada disputapolítica, quetemcomo palcoritual bém dapresençaarmada, eencenamumaacir- nidade, epelomenosdoisdeles, policiais, tam- protagonismo pentecostal na comu evangélico - em altaestima. entretanto, especialmente no Morrinho, otem dela. que antes era trabalho Alguns moradores, sembleia deDeus, pentecostal,evangélico membro daIgreja As- Operações Especiais da Polícia Militar (Bope), res controversa. éfigura Tenente doBatalhão de etentacompensá-la pelafiliaçãopolítica. cação UPP. daperda deespaço apósapacifi Reclama - comomilícia figura algo maispositivo doquea os projetos sociais.centraliza Emseu discurso, a sociaisdoBatan.ças queaUPP Elereclama ousesobrepõemharmonizam entre- aslideran bemoquanto esses papéisse lapsoexplica Seu umlíderreligiosose torna (tsc)comunitário...”. ser lídercomunitário doBatan: você “Quando uma entrevista, encontramosasíntesedoqueé em algumasigrejas locais. liderança foi Dele, em de umapequenaIgreja Pentecostal familiar, mas líder comunitário, vinculado ao PSDB, épastor ter umaboaimagem entre osmoradores. to-pastor, todavia, geral, deumaforma parece destacentralização. reclamam locais Osargen- não. easoutras é séria Asdemaislideranças queisto ele afirma acontece porque suaONG muitos dos projetos sociais. à questão, Quanto anuncia oapoiodaUPP, equerecebe, via UPP, UPP. Também coordena umaONG, cujaplaca apósaimplantaçãoda nolocal ter vindomorar independente épastordeumaIgreja daUPP Batista nitária Estes três do homensfiguras são asprincipais O atualpresidente daassociaçãodemorado- O presidente deumaONGlocal, destacado O sargento responsável pelamediaçãocomu- T rês home 89 na qual era acusado na qualera de agir, apesar da 86 90 localizada no Batan, localizada além de já que a UPP assume para sio assumepara jáqueaUPP n 87 s em co cujopastortambémse n flito 88 85 aca

- Os papéis de agente religioso,- agente de Segu não dão conta dacomplexidade observada. quadamente. Nossas divisõescartesianas desobreporato ouefeito ade não- seencaixa perguntas. (p.16), Como aponta Lanternari do “aviso” bemaquestão. ilustra questão pública. deordem esegurança Aplaca aquilo queéreligioso, políticoou puramente reconhecimento, muito torna-se difícil separar recorte, alémdadisputaporespaço, prestígio e gião eopoderpúblico. Emummesmoolharou laicidade eoslimitesfronteiras entre areli- reflexão a respeito de nossos conceitos sobre a religião noBatanéumconvite aumaséria e Pública ranhadas relações entre aSegurança relação entreintrínseca política, ereligião”. moral no RiodeJaneiro, deuma muitas delasfruto antropológica da “pacificação” em andamento aanálise para cias comparativasimportantes umaideiamarcada ecomlogicamente referên- e comunidades,territórios no entanto, é socio- O próprioconceito de “sobreposição”, como Maisquerespostas, nossas oBatansofistica O desafiodesetentarcompreender asema- Macha cionalmente deespírito permeadas religioso”. social, econômica, políticasão - tradi oufilosófica- todas assuasmanifestações culturais- deordem religioso doquenoorganizacional-político. (...) inquietação, muito maisnoterreno a frustração, sujeição, contra areagir opressão, levadas são a detodocida emexperiências e tipo demiséria “porafricanos, cultural- umatradição amadure sobre os movimentos de renovação religiosos osmovimentossobre derenovação C do (2011) observa que “Pacificardo (2011)observa o n siderações fi n ais

A tortura dos jornalistas representou dosjornalistas pesopo- A tortura doEstadociais doGoverno do Rio de Janeiro. tadas, nos planos ini- estanão prioritária era das pelouso. conceituações consagra- certas eabrir sofisticar e umconvite irresistível particularíssima a ção –epensoencontrarumaconfigura- de encaixe alidade a outroeincompleto tipoinsatisfatório are depropor- –quesóforçariam capaz outras Para tanto, renuncio aelase, senão meencontro conta da complexidade doque encontramos. cidade, podersecular, poderreligioso, não dão esta separação. sobre Nossaslai- categorizações do Batanadmito aimpossibilidade desefazer divino eopoderdasarmas, porque naanálise nacomplementaridadeentremanifesto opoder dopoderpolíticopeloreligioso,captura o futuro dacomunidade. busquem osmelhores para possíveis caminhos religioso eboa vontade quese suficientespara res sociaishá criatividade, interesse político/ do conflito depoderes edatensão entre osato- favorecimento edescaso, massimque, nomeio que não encontremos conflito, questõesdesério contramos omelhordosmundos possíveis, ou Não quero afirmar, com isso, quenoBatanen- do organismo social. de equilíbrio tante função desvio eodesequilíbrio, podemteraimpor- umas asoutras, emvez deapontarem o para quefazem constante eacrítica te afiscalização sociais (Lévi-Strauss, 1989). lise. Não são engenheiros sociais, masbricoleurs que,fronteiriças por vezes, a aná- exigimos para se sobreporem, são vivenciados sem as divisões comunitária, eliderança Pública rança maisque Primeiramente, detodasasUPPs implan- Cinco questõesmerecem consideração. Não da com trabalho ahipótesedorisco As tensõesentre aslideranças, especialmen -

transparência metodológica, é protagonismo dasassociações tempo que tive na construção tempo quetive naconstrução ao pouco tempoqueaequipe EI8139,00-Cabral+favela+do de campo eentrevistas,de campo oque +Batan+tera+policiamento+c balho decampo. Oganhode foi fundamentalcomfoi relação importante ressaltar quenãoimportante realizado ànoite, apresentou não diminuiu suaimportân- dos três homens emconflito religiosos quevão bemalém de relações com estesatores naquilo que divergíamos no de poder. Afimdequehaja do artigo edofilme.do artigo Assim, 89 http://extra.globo.com/ tive acesso asuas anotações na construção derelaçõesna construção e sil/noticias/0,,OI3400445- contatos com outros atores de moradores namediação pentecostal, com ênfaseno especialmente nomeutra- cia para este artigo mesmo esteartigo cia para pude dedicar maiortempo pude dedicar dispunha para arealização dispunha para olhar enametodologiado de-upp-tenente-do-bope- culto, opastorfazmenção noticias.terra.com.br/bra- 88 Conforme reportagem 88 Conforme uma frequência médiade e desteespaço dedisputa 90 T quando, eespecialmente, casos-de-policia/apesar- 87 Quando ele entra no eleentra 87 Quando que pesquisamasUPPs é oenfraquecimentodo 50 pessoasealiturgiaé entre acomunidade eo veiculada O pelojornal Dia, em18 dedezem- 86 Ocultodominical, F honrosa àsuapessoa. age-como-xerife-no- batan-1652407.html oto: ema co bro de2008: http:// trabalho decampo.trabalho omunitario.html dom de línguas. S poder público. hutter mum àqueles S tock.com 101 artigo Aviso: Não dê dinheiro ao falso profeta, ligue para a UPP": poder divino e poder armado no Batan 102

COMUNICAÇÕES do iser F oto: C 91 Não éobjetiv trabalho a crítica aeste acrítica trabalho leito n

M aia modelo. o deste especialmente protestante, com começa aim- dedrogas dotráfico abolição como organização. os moradores, ocorrências poucas registradas ea policial,corrupção baixo índicedeconflitos com quantidadeapontar dedenúncias a pouca aprovaçãoda grande dos moradores, pode-se isso. para dealgumaforma contribuem Além apontados eopróprioprotagonismo religioso lhor funcionam. Todos osfatores anteriormente ciamento deproximidade, o Estado propõe sereste novo modelodepoli- de todas as outras, e de acordo com aquilo que dosjornalistas. tortura da depoisdoescândalo quecido edesarticulado tos, jáqueocomando- damilíciaestavaenfra dade pela Polícia se deu sem maiores confron- expulso pelamilícia. A “retomada” dacomuni - em umacomunidade jáhaviasido cujotráfico investimentos sociais. eobras favelase asoutras pacificadas, de emtermos promessas políticas, umabismoentre oBatan fundos. Aindahá, e apesardealgumasobras ciais doBatan, masqueaindacontinuam pro- osproblemas para atenção so- enova holofote Rio deJaneiro. trouxe AUPP umconsiderável do Estado, dasfavelas pacificadasdacidade do e a mais afetada, historicamente, pelo descaso ções socioeconômicas. OBatanéamaispobre pacificadas, estaéaqueapresenta piores condi- Avenida Brasil. de Janeiro, especialmente nas imediações da de tráfico,zona oestedoRio queabundamna emummardemilíciaseguerras va segurança do Batan é uma ilha de policiamento e relati- suaimplantação.lítico suficientepara AUPP Esta ligação forte da UPP com areligião, daUPP Esta ligaçãoforte Em quarto lugar,Em quarto doBatanparece aUPP ser, Em terceiro, implantada UPP aúnica estafoi Em segundolugar, detodasascomunidades 91 umadasqueme- os empregados domésticos eosoperários, ote- comércio, Mecânicas, easArtes asmanufaturas os caminhos, Liberais, aCiênciaeasArtes o pública, ocuidado com osedifícios, e aspraças saúde eosmeiosdesubsistência, atranquilidade Polícia seocupar: deve areligião, oscostumes, a culo XVIII, quanto aos 13domínios dequea modelo depastoreio cristão. uns em relação aos outros. Estamos diante do decoexistênciadoshomens de todasasformas degestão,como instrumento reguladora seria vamente útil ao Estado. Em suma, essa Polícia, atividade do homem - de modo que seja efeti por suavez, estimule, essa eoriente determine doEstado,das forças com queoEstado, efazer ao Estado, àssuasforças, ao desenvolvimento detudoaquiloohomem queintegrasse utilizar Polícia. juntos detecnologiapolítica, sendoumdestesa relacional queexigecon deforças doisgrandes - erefletida. calculada tica polí- governamentalidade umaprática setorna do nascimentoEstado moderno, quandoa mo. governo doshomens,- nascecom oCristianis os homens, de procedimentos como matriz de rado, depodersobre específica como umaforma Batan. Para ele, averdadeira do pasto- história dental, acompreensão para podecontribuir do inspirou degovernamentalidade oci- aforma doOcidenteque depodercaracterística forma Foucault (2008) sobre o pastoreio, como uma ligação com asigrejas locais. protestante, que, umaforte conseguiu construir Farias, Eliézer o capitão religiosa deformação eseuprimeirocomandante,plantação daUPP Foucault (p. 450)citaDelamare, autordosé- A arte degovernar sedesenrola emumcampo A arte Em quinto, porfim, pensoqueaanálisede 92 A pastoral cristã estaria no panodefundo estaria cristã Apastoral 93 Nessa concepção, aPolícia se deveria tem porobjetivos: propõe olocal. umavidamelhorpara aproxima um modelodegestão einstaura que éum vra- “policial novo”. Éumpolicialquese cidadão, comdestapala- todasasimplicações o morador comoe tratar um a receber críticas depropostaem termos institucional, estáaberto das demandas dos moradores, que, pelo menos comunitários, quesolicita, aseumodo, aescuta Esse policial–quepromove damanhã cafés distinto detudoaquilo queoBatanconheceu. écompletamentemoradores ecom oterritório “Polícia” éo “policial” queseaproxima –com os Polícia sempre –levando emconsideraçãoquea muito tempoaté aimplantaçãodaUPP. respeitos. Amilícia, porsuavez, nãopor dura mas vezes, humilhações, agressões eoutros des- ou por meio de abordagens que incluíam, algu- A relação com osmoradores oudedistância era enfrentarpara e otráfico “retomar” oterritório. ceber aspropinas ouviolentamente dotráfico aquelereera queapareciapara - sorrateiramente fico, como apontado anteriormente, opolicial lícia com osmoradores daregião. Na- dotrá era estratégia é estratégia programa da Prefeitura do Rio de Janeiro cuja proximidade, acompanhado social, daUPP dos pobres. atro eosjogos, enfim, ocuidado eadisciplina A UPP Social,A UPP porsuavez, como éproposta, Agora, omodelodepoliciamentoerelação da representa derelação forma daPo umanova - O projeto como policiamento de da UPP pacificação e a promoção da cidadania local dacidadania nos eapromoção pacificação rial nessesespaços.”,rial verter olegado- daviolênciaterrito edaexclusão trazidos pela pacificação, como objetivore- de eoaprofundamentoa consolidação dosavanços deUPP. emáreas comunidades Comisso, busca do desenvolvimento devidanas edaqualidade civil eainiciativa privada, emfavor sempre estadualcom osgovernos efederal, asociedade ações doRioepromove integradas Prefeitura e para órgãos dosvários da issocoordena esforços municipais nessesterritórios políticas eserviços Social tem earticular mobilizar comomissão depolíciaunidades pacificadora (UPPs). AUPP por beneficiadas dacidade dasáreas econômica “contribuir para doprocesso de aconsolidação “a da integração promoção urbana, social e 94

95

últimos anos. como nos se processaram asmudançaslocais quandoseestudaaforma tão mais importante condições devidadosseusmoradores, éaques- as melhorar decisivapara deforma contribui pública,rança naqualoprotagonismo religioso relação com opoderpúblico, dasegu- naforma dediálogo e controu forma ecriativa umanova com oprojetose harmoniza local. cristão delo degestão de corpos, daPolícia. projeto Seu pareceUPP serumapastoralização, como mo- proximidade demodelos. poridentificação A Cristianismo. Esta proximidade pode ser uma gestão éummodelo pastoral, éo cujaorigem podemestarnofatodequeomodelo UPP gestão, umagestão pastoral. terizava, aPolícia comode agora semostra força derepressãoMais queaforça - queantesacarac tado, emumverdadeiro “processo civilizador”. tros. e adequá-las Ela quer integrá-las ao Es- saneamento básico, cultura, religião, entre ou- familiares eentre vizinhos, comércio, educação, Pública.Segurança Empregabilidade, conflitos território, emáreas muito maisamplasqueada avidadaspessoasemumdeterminado gerir dade, éumprojeto aUPP políticoquealmeja carregadas desentido. Foucault parece certo. escolhidase, queforam palavras São porisso, UPP, Unidade dePolícia Pacificadora...Social. serem policiais, seunome: aatenção chama ser aPolícia eseusgestores não efuncionários e,ceitos utilizados não Social apesardeaUPP nacidade.”serviços de acobertura ampliarequalificar metas para municipais, épossível estabelecerecumprir públicos eacapacidadedeexecuçãodosórgãos deserviços mandas demoradores com aoferta as de- que compatibiliza sistema de governança lhadas. dessescombinados, Apartir ecom um compromissos eresponsabilidades- comparti definir entre opoderpúblicoeacomunidade cia àexpressão combinar”“vamos que “significa Até que ponto acomunidade doBatanen- A proximidade eaaprovação dasigrejas à Mais queresolver oproblema- dacriminali Gestão, são asexpressões/con governança - encontra-seareferênNo Social - sitedaUPP junto dacidade.” a integração con- plena ao dessas áreas efetivar mento urbano, social eeconômiconosterritórios; pacificados; o desenvolviterritórios promover - 97

97 Idem. programa/ 96 http://www.uppsocial.org/ do Bope. 95 Especialmentenocaso programa/ 94 http://www.uppsocial.org/ doEstado.uso dasforças objeto daPolícia obom seria mantendo suaboaordem. O doEstadoforças crescerem, as pelos quaisépossível fazer como oconjunto dosmeios XVII, segundoFoucault, preendida, doséculo apartir 93 Estapassaasercom- Ocidente” (p.204) no uma realidade histórica efetivamente político será edopoder poder pastoral do que oentrecruzamento evidentemente, (...), demodo deconflitos,toda umasérie apoios, deintermediações, deinterferências,série de igreja eopoder político, uma entre da opoderpastoral 92 “Primeiro, claro, vaihaver, 103 artigo Aviso: Não dê dinheiro ao falso profeta, ligue para a UPP": poder divino e poder armado no Batan 104

COMUNICAÇÕES do iser Paulo, Fontes, Martins 2008. (1977-1978). Tradução: Brandão. Eduardo São e População: noCollège cursodado deFrance spectiva, 2008. M. Goldberger Coelho. 3ª. Ed., Paulo, São Per- ições políticas deumpovo nilota. Tradução: Ana domodo desubsistênciadescrição - edasinstitu 1992. Fernandes.gério Paulo, São Fontes, Martins 1998. tália Nunes. 2ª. Ed., Paulo, São Fontes, Martins Religiões. Tradução: Fernando Tomaz eNa - ra Neto. Paulo: São Paulus, 1989. Austrália. 2ª. Edição. Tradução: JoaquimPerei- tares Religiosa: da Vida Osistema totêmico na ciedade, RiodeJaneiro, 16(1-2), ISER, 1992. nopentecostalismo.e religiosidade ReligiãoeSo- de Janeiro, 17(1-2), ISER, 1996. cotidiano pentecostal. ReligiãoeSociedade, Rio de Janeiro, 15(1), ISER, 1990. religiosa.experiência ReligiãoeSociedade, Rio Campo, SP, 2006. da Religião, anoXX, no. do 31, Bernardo São dista Paulo/ deSão Pós-Graduação emCiências lista. Universidade dereligião/ Meto Estudos - grandereligiosa no ABC pauciais e afiliação - 2010. az, 13ª. Ed. RiodeJaneiro, Brasil, Bertrand Campinas, SP: Papirus, 1996. a teoria daação. Tradução: Corrêa. Mariza ciedade, RiodeJaneiro, 17(1-2), ISER, 1996. tecostalismo noBrasil: passagens. ReligiãoeSo- Petrópolis, Vozes,2011. Ed. Tradução: Fernandes. de Souza Floriano mento. Peter L. e Berger Thomas Luckmann. 33. Realidade; Tratado deSociologia doConheci- Sociedade, RiodeJaneiro, 15(1), ISER, 1990. REFERÊ FOUCAULT, Michel. Segurança, Território EVANS-PRITCHARD, E.E. OsNuer: uma ELIADE, Mircea. Tratado dehistória das DURKHEIM, Émile. Formas As Elemen- Sobrevivência e transcendência: vida cotidiana CESAR, Waldo. Linguagem, espaçoetempo no CARVALHO, JoséJorge de. na e caos Violência LeonildoSilveira.CAMPOS, so- Indicadores O Poder Simbólico. Tradução: Fernando Tom- BOURDIEU, Práticas: Pierre.Razões Sobre BIRMAN, Patricia. Cultos depossessão epen- BERGER, Peter Social L. da A Construção ARENDT, Hanna. Daviolência. Religiãoe

O sagr N CIAS ado e o profano.ado Tradução: Ro-

BIBLIOGRÁFICAS Rio deJaneiro, 29(1), ISER, 2009. de “auto-ajuda”.performances ReligiãoeSociedade, sível: dapessoa emritos mediúnicose aconstrução neiro, 27(1), ISER, 2007. e acompetição. ReligiãoeSociedade, RiodeJa- mercados: asolidariedade aambivalência entre dade, RiodeJaneiro, 31(2), ISER, 2011. gélica no Brasil contemporâneo. ReligiãoeSocie- ra. Babel ePentecostes: Entre cosmologia evan- IUPERJ, RiodeJaneiro. privado”, de1995, em17deabril realizado no tada à mesa redonda: no público e no “Violência uma agenda depesquisas. Exposiçãoapresen- desugestões acompanhada agem crítica para urbana noBrasil:a criminalidade umaabord- 2003. Tradução: Paulo Neves. Paulo, São Naify, Cosac neiro, 16(3), ISER, 1994. pentecostalismo. ReligiãoeSociedade, RiodeJa- Rio deJaneiro, 17(1-2), ISER, 1996. feminino. do redefinição ReligiãoeSociedade, Campos. dasDores Maria Pentecostalismo ea 1999. Loyola, 2ª. (2005), Edição Paulo, São Brasil, logia do novo pentecostalismo no Brasil. Edições ISER, 1998. Religião e Sociedade, Rio de Janeiro, 19(1), PR dades, de10a13julho2011-Curitiba, de Trabalho: dasMorali GT09 –Antropologia - doMercosul, deAntropologia Reunião noGrupo políticas ereligiosas. Texto apresentado naIX Pacificação doRiodeJaneiro: dimensões morais, SP, Papirus, 1989. vagem. Tradução: TâniaCampinas,Pellegrini. Paulo,São Perspectiva, 1974. messiânicos.Tradução: Geraldo deSouza. Gerson oprimidos: cultos dosmodernos umestudo neiro, Ed., Jorge Zahar 2001. tropologia. Tradução: Vera Ribeiro. Rio de Ja- STOLL, Sandra Jacqueline. Encenandooinvi- SOUZA, de. Ricardo Católica André e Igreja SMIRDELE,- Morei Augusto Carlos Sarmet MISSE, Michel. Cincoteses equivocadas sobre MAUSS, Marcel. Sociologia eAntropologia. MARIZ, CecíliaLoreto. Alcoolismo, e gênero MARIZ, CecíliaLoreto &MACHADO, MARIANO, Ricardo. Neopentecostais: Socio- MAFRA, Clara. daperseguição. Adialética MACHADO, Barboza. Carly de Projetos LÉVI-STRAUSS, Claude. Opensamento sel- LANTERNARI, Vittorio. religiões As dos GEERTZ, Clifford.An- a Luzsobre Nova 2001. cações. Paulo, São Editora ltda., Claret Martin Rio deJaneiro, 2009. Sociais daUniversidade Federal doRiodeJaneiro. doInstituto eCiências deFilosofia e Antropologia dePós-Graduação emSociologia tada Programa ao Pentecostalismo. demestradoapresen- Dissertação do ex-bandido:e criminal sujeição sobre umestudo acificada+com+pior+perfil+socioeconomico 44+pesquisa+aponta+que+batan+e+a+favela+p ria/batan/ category/batan dades/batan http://pt.wikipedia.org/wiki/Batan Sites dereferência WEBER, Max. Ciência e Política: Duas Vo - TEIXEIRA, CesarPinheiro. social Aconstrução http://www.sidneyrezende.com/noticia/1132 http://upprj.com/wp/?page_id=33 http://www.blogdapacificacao.com.br/catego- http://www.correspondentesdapaz.com.br/ http://www.uppsocial.com.br/comuni- Consultado em22/04/2012, Consultado em22/04/2012, Consultado em22/04/2012, Consultado em22/04/2012, Consultado em22/04/2012, às11h. às10h. às08h. às9h. às10h. no-batan-1652407.html sar-de-upp-tenente-do-bope-age-como-xerife- io.html vela+do+Batan+tera+policiamento+comunitar noticias/0,,OI3400445-EI8139,00-Cabral+fa do-batan exibeconteudo?article-id=722823 da-1.407362 pos-de-paz-no-batan-com-escola-remodela CEC2CA3C10A012CE5AD57FB7302.htm

http://upprj.com/wp/?page_id=20 http://uppsocial.org/territorios/ http://extra.globo.com/casos-de-policia/ape- http://noticias.terra.com.br/brasil/ http://www.uppsocial.com.br/por-dentro- http://www.rj.gov.br/web/imprensa/ http://odia.ig.com.br/portal/educacao/tem http://www.firjan.org.br/data/pages/2C908 Consultado em20/06/2012, Consultado em27/05/2012, Consultado em03/05/12, Consultado em03/05/12, Consultado em22/04/12, Consultado em22/04/12, Consultado em22/04/2012, Consultado em22/04/2012, Consultado em22/04/2012, às21h às20h às15h. às12h. às13h às12h às12h. às11h. às11h. - - 105 artigo viso: Não dê dinheiro ao falso profeta, ligue para a UPP": poder divino e poder armado no Batan 106

COMUNICAÇÕES do iser n

o C ha Um olhar sobre os im p é u

M açõesde “ a n Por g u

N e eira e oelle O Moniza

m p C a n oelho ototáxi cificação” a R p izzini a B abil ctos das F R oto: A esende S ô hutter nsari n S t ock.com ia:

3 2 1

processos políticosquevivenciam. se constituir em atoresestas buscam ativos nos travado com as populações locais, uma vez que portanto, eurgente aser umdebatenecessário trazer futuramente,trazer às comunidades ceios dasconsequências queestasações podem mídia; dagrande canais poroutro, re- háfortes um lado, dos ufanismosporparte hágrandes (Carvalho,polícia pacificadora 2007). nasfavelas realizadas peloprojeto de tervenção dein- formas as eespecificamente envolvidos –considerandoossujeitos políticos implicados eosprojetos pública dessas ações desegurança dos dados coletados, refletir sobre a construção go pretende, a análise nesteâmbitoe permeando (UPPs).cificadora Apesquisa - relatada nestearti de Janeiro, pormeiodasUnidades dePolícia Pa- das ações deocupaçãopolicialfavelas doRio de2008,desde dezembro vêm sendoempreendi- res deviolência institucional. Neste contexto, policial,pela intervenção compatama- variados poder público, asfavelas dehojesão marcadas Humanos. nosdebatespúblicossobrepo central Direitos e ao narcotráfico (Misse, 2007),cam- constitui percepções relacionadas àviolência, àpobreza conjuntura e, principalmente, de aformação deanálisedesta é umelementoimportante multiplicação defavelas ao longo dostempos tões (Zaluzr, 2004). A formação, crescimento e blicos eíndicesdeviolência, entre ques- outras riquezas, pú- de geográfica eserviços políticas adistribuição socioespacial queorienta nização vas, oRiodeJaneiro émarcado porumaorga- - denado equestõessociais bastante significati nosdebatespúblicosdaatualidade. central ção tos sociaisepopulares, emposi- oquecoloca a constituirentre temadeinterseção - movimen mente problematizado. passa pública Segurança do Direito,digma formalista vêm sendo ampla- Rio deJaneiro,- deumpara apartir construídos no pública desegurança depolíticas formatos distanciadas dopoderpúblico. Como severá, os a perspectivadecoletividades historicamente pública, desegurança violência epolíticas sob sobre ocontexto fluminensede análise crítica A opinião pública encontra-sedividida.A opinião pública Por afastadas daaçãoestataledo Historicamente decrescimento desor- Com histórico urbano O presente objetivadelinearbreve artigo sas há por parte dos segmentos subalternizados (...) mesmocomtais políticas oficiaiseoficio- 1. C onsiderações iniciais 4 locais. Há, às especificidades do local às especificidadesonde estáinserido. dolocal relacionada identitária meio desuaformação por peloserviço e alegitimidade construída decontradiçõescepção entre airregularidade da pesquisarealizada, relaciona-se com aper- inicial,A observação fundantedaproposta de Polícia Pacificadora nalocalidade. (UPP) 10 dejunho2009, instalouumaUnidade que, pública estadual desegurança política em Mangueira, noRiodeJaneiro, nocontexto da xi na comunidade da Babilônia e no Chapéu demototá- namento elegitimaçãodoserviço conhecer ecompreender defuncio- adinâmica (WOLKMER, 2004). participativo marcada jurídico pelopluralismo política, doDireito sobumaperspectivacrítica doacesso adireitoscratização edeparticipação ademo- para denovos formatos à construção fundamental a discussão datemática, visando comunitárias. Com isso, compreende-se ser ções destesatores sociais edesuasconstruções pretende-se registrar concepções epercep- desenvolvido. Maisqueformulações teóricas, da experiência eosujeitodoconhecimento.da experiência asfronteirasciais –explorando entre osujeito queconstroemças ocotidianoeasrelações so- pesquisa e à intervenção,- considerando as for o presente visandoà desenvolvido estudo foi atores napesquisa. envolvidos dos metodologia queestimulariaaparticipação tilhado” & Aguiar, (Rocha 2007) – associada à e ampliaascondiçõescompar deumtrabalho - e posiçõesreativas (denegaçãoejulgamento) (desnaturalizadora),cativa seafastadeposturas que “por (inventiva) eimpli- suaatitudecrítica – Aproximou-se deumapesquisa-intervenção Micro É neste sentido que o presente artigo foi É nestesentidoqueopresente foi artigo A partir deumaabordagemA partir participativa, A pesquisa foi realizadaA pesquisafoi Partici mente. (Coimbra, 2001, p. 132) objeto deque são - exclusões diaria e destruições sobrevivência, deluta, eresiste teimosamente às cria,ginalizada inventade mecanismos outros as pré-estabelecidasfogem -, mar- a população dos. –que deorganização Comoutras formas e fora dospadrõescomoorganiza reconhecidos - fazem cotidianamente, muitas vezesinvisíveis existindo, apesar de tudo; suas resistências se resistências elutas. Estes teimam emcontinuar 2 . p p olítica e S a obre a tiva de p I 6 I com o propósito de nvestigação esq ntervenção u isa 5

2003, p. 66). realidade” &Aguiar, (Rocha a possíveis transformar para constituem-se emrelações decomunidadesorganização Política eeducação, e política coletiva.de participação deespaços na organização um métodopotencializador Pesquisa-Ação setraduzem populares,às causas ea um intelectualorgânico visão, apresenta-se como 5 “O pesquisador, nessanova Cf.: COSTA, 2005. os conceitos decomunidade, Para sobre maisinformações arelaçõesoposição macro. em dimensõeslocais, em indivíduos com esteespaço, dos público edainteração doespaço com aconstrução e comunitário seidentificam Principalmente, comunidade relações sociaismúltiplas”. com demais atores sociais, estabelecendo, entre sie do espaço quehabitam, esses comuns, nacomposição radia ecidadania edeinter- relativosidentitários àmo- pessoas unidasporelementos relacionados com “grupo de a conceitos diretamente e comunitário serefere comunidadeuso daspalavras derivados. Neste trabalho, o agregadas eseus aestetermo as múltiplas significações sobre comunidade contestam modo geral, asdiscussões ao conceito defavela. De confusamente) relacionadas –especialmente(e teóricas formulaçõesde diversificadas do econtestado, sendoobjeto tem sidoamplamentedebati- 4 Oconceito decomunidade eArte”. Sociedade Humanos,pesquisa “Direitos Contemporâneas, nalinhade em Teorias Jurídicas Janeiro (UFRJ)–Mestrado dade Federal doRiode em Direito daUniversi- Programa dePós-graduação ligião do (Iser)emestranda Instituto deEstudosdaRe- pesquisadora associada do é RizziniAnsari 3 Moniza eArte”.. Sociedade Humanos,pesquisa “Direitos Contemporâneas, nalinhade do em Teorias Jurídicas de Janeiro (UFRJ) –Mestra- Universidade Federal doRio Pós-graduação emDireito da Direito peloPrograma de Religião (Iser)emestre em do InstitutodeEstudosda é pesquisadoraassociada 2 Noelle CoelhoResende os/7_5_2012_14_51_34.pdf br/andhep2012/arquiv- www.sistemasmart.com. PR. Disponível em: http:// Paraná (UFPR), Curitiba/ na Universidade Federal do de 23a25maio2012, e Pós-graduação, realizado Direitos Humanos, Pesquisa Associação Nacional de 7º Encontro Anual da nosanaisdo publicado originalmente 1 Artigo 107 artigo O mototáxi no Chapéu Mangueira e na Babilônia: Um olhar sobre os impactos das ações de “pacificação” 108

COMUNICAÇÕES do iser divisão por sexo efaixaetária. sobre otempopolítico vivido. que tange aos policiais, foram 8 Foram programados quatro pretende refletir criticamente entrevistas individuais para o entrevistas individuaispara foram realizadas 15entrevis- foram anos. com ho- focal Ogrupo não realizado foi pordificul- com mais de30anosnão foi har institucional doIser, que 29 anos; homens, de15a29 foram realizados trêsforam grupos com a construção deumol- com aconstrução coletados nosquestionários. Religião (Iser)esecoaduna anos; mulheres acima de30 dades demobilização. Com Apenas o grupo dehomens Apenas o grupo taxistas, 13 aplicados foram mens com maisde30anos, aprofundamento dosdados entrevistados isoladamente bilizado: mulheres, de15a especificas demobilização.especificas acordo com opúblicomo- questionários preliminaresquestionários pesquisa foi realizadopesquisa foi pelo tas semiestruturadas. Eno realizado pordificuldades após sucessivastentativas, 7 Com relação aos moto- focais, com 34pessoasde relação aos comerciantes, grupos focais,grupos da apartir 6 O desenvolvimento da 6 Odesenvolvimento Instituto deEstudosda Quanto aos moradores,Quanto e foram realizadas seis e foram 15 policiais. do atual contexto da segurança pública emes- pública do atualcontexto dasegurança como acompreensão elementospara ereflexão Rio de Janeiro. resultados Seus se consolidam mentais de instalação de UPPs em favelas do lítico institucionalasações perante governa- deumposicionamento po- aconstrução para eemumainiciativa-piloto mente exploratório naBabilônia enoChapéuMangueira. da UPP estudado advindos daimplementação o serviço os impactos especificamente relacionados com desuaidentidade e aconstrução como se daria do mototáxi seria,mica então, possível perceber dosdiversosção atoresvinculados àdinâ- locais essencialnolocal.serviço Analisando apercep- legitimidade socialeporseconstituir como um sar desuairregularidade, porsuaestabelecida existindo, demototáxipermanece serviço ape- sebaseianapremissatese desenvolvida dequeo desafio deaproximação com osmesmos. acomplexidade permanentemente derando eo edosDireitos pública Humanos,rança consi- sobrecampodasegu- refletir o criticamente zidos por este estudo exploratório, pretendem específica, osolhares easconsiderações produ- públicas,políticas entre outros. mais Deforma pública,à segurança aodedrogas, tráfico às de, [i]legitimidade, [in]formalidade, associados entre elementos de[i]legalidade, [ir]regularida- queocompõem:fragmentos arelação paradoxal da aproximação edareflexão sobre osdiversos sibilidade deentradaemumcampo, apartir xidade suscitada pelo tema proposto. É a pos- tanto, relacionado diretamente com a comple- napesquisa. envolvidos nolocal,cificadora doolhardosatores apartir pelainserçãotrazidos daUnidade dePolícia Pa- demototáxi; ecompreenderserviço osimpactos e suas percepções elencados referentesgrupos ao viço demototáxi; analisararelação dosdiferentes histórico, doser- o funcionamento eaestrutura compreenderOs objetivos dapesquisaforam o ço demototáxiedospoliciaisqueatuamnaUPP. com ocomércio local,- dostrabalhadores doservi dos própriosmoradores, daspessoasenvolvidas da perspectiva apartir desenvolvido O estudofoi erelaçõesdeterminadas dinâmicas sociaislocais. dos possíveis com impactosrelação daUPP a acompreensão foi otrabalho quenorteou ção e explorado. apresentam um universo rico, pouco conhecido locais, dasdinâmicas com as particularidades eosusosdomototáxi,A construção emdiálogo Apesquisaconsistiu emestudoessencial- dessasconsiderações iniciais,A partir ahipó- O interesse que motivou apesquisaé, por- Em um quadro maior,- aunidade de observa focais com osmoradores.focais comerciantes demodogeorreferenciado; grupos ocontato para com ospoliciaise miestruturado liminares; deumroteiro entrevistasapartir se- pre acoletadeinformações para - questionários decampo; revisão dedocumentos;observação da, ouemrelação estável, ecom filhos. Oponto ouparda.cor negra - casa sedeclarou Amaioria de dosentrevistados destessedeclarado parte –de 20a40anos,25 motoristas tendoamaior viço demototáxiconta com aproximadamente compostalogia foi pelas seguintes ferramentas: eospoliciaisdaUPP.ciantes locais Ametodo- compõem aanáliseosmoradores, oscomer- o serviço, que integram Além dos motoristas demototáxi. deanálise–oserviço específica versos atores queserelacionam com aunidade o compõem. dapercepção dosatoresdo mesmoapartir que so analisado, umacompreensão maspermitem representativavisão numericamente douniver - quantitativo não visamrevelarde caráter uma discursos coletados. Emcontrapartida, osdados dos diversos do estudo e da interpretação partir eapresentada sedeua construída nesteartigo deanálisequantitativa.trumentos Apercepção suindo suametodologia, noentanto, algunsins- ceber eserelacionar com oobjetopesquisado. tes atores diversificadas de per- possuem formas implica, maisumavez, reconhecer quediferen- e,geográfica caso depoliciais, no patentes. Isso adiversidadezada deidades, gênero, ocupação sobre omesmo. Dentro dopossível,- priori foi de uma percepção inicial e exploratória trução os atores quecompõem esseuniverso enacons- mas sim na possibilidade de aproximação com cepções representativas douniverso emquestão, acoletadeper- para estatísticosrígidos térios - dapesquisanão sebaseouemcri participantes geográfica de políticas sociais, depolíticas geográfica poroutro. por umlado; epelaausênciaouconcentração paços marcados pelaviolência e informalidade, 3.1 C e características do serviço Na Babilônia enoChapéu Mangueira, oser- A metodologiaelaboradareconhece osdi- A pesquisaéessencialmentequalitativa, pos- ha 2.1 M p ototáxi 3. e reflexões é S u obre a metodologia D

M ados de a n

p n g es a u qu eira: estr B abil 8 A mobilização dos Amobilização isa ô n ia e u t u n

ra o 7

o iníciodafavela. ma rua,Leme com demarcandoofimdobairro via se instalado na esquina de início desta mes- comando da UPP. Anteriormente, ha- o grupo e policiais, deponto trata-se determinadopelo roso. relatos dos próprios mototaxistas Segundo que uneambasascomunidadesBar- Ari –Rua fixadodos mototaxistasfoi naladeiradeentrada traram reconhecer a importância do serviço de de reconhecer doserviço traram aimportância predominância dosexo feminino. deusuários distintamente oserviço, havendo, defato, certa jovens como pessoasmaisvelhas usavamin- quetanto totaxistas entrevistados indicaram para ‘emergências’. Em contrapartida, osmo- recorrem e noturnos ao mesmoemhorários constrangimentos deconotação sexual–mas que, muitas vezes, –por usaroserviço evitam pouco o serviço.– usariam Já as jovens falaram pessoas maisvelhas elespróprios doquepara queoserviço,ram emgeral, as émaisútilpara dacomunidade.partes acesso dessetipodeveículos atédeterminadas apesar deosmoradores considerarem possível o coletivo disponível,de transporte como ônibus, longa. Nodepesquisa, período não havialinha lidade cujoacessoporladeiraíngreme éfeito e - públicoemumaloca detransporte alternativas éafaltade destavalorização nas justificativas dosmoradores.parte fatorpresente Oprincipal por doserviço das diversas falasdevalorização demandas dos moradores locais. Foram coleta- atendimentodas dodiapara lam emhorários do, eseinterca- queserevezam com motoristas Os policiais entrevistados, daUPP, demons- Os moradores- jovens entrevistados indica O ponto- demototáxiébastantemovimenta moradores, c 3.1.1 Pers om comercia un idade local: p ectivas da p oliciais e n tes zando-se fortemente a rapidez e praticidade. a rapidez fortemente zando-se mototáxis, quase imprescindível, serviço - valori aos que atribuíam importância a grande caram Em geral, quasetodososentrevistados desta- não público–, demercadorias. transporte para alternativo e maisakombi –transporte utilizam suasatividades quepara decomércio afirmaram de, masindagados sobredomototáxi, autilização a comunida para - a existência do serviço lorizar pessoas ligadas ao comércio, va- estasindicaram vel a qualquer hora e para qualquerlugar”.vel epara aqualquer hora Mencionavam: “todo mundo usa”, “está disponí- antes dachegadaUPP. Amédiadosmoto- tas. deles já exercia A maior parte esta atividade de de complementação da renda- dos motoris fonte derenda –porvezes, consistia emativida- des com omototáxicorrespondiam àprincipal radores locais, dosexo masculino, cujasativida- dejovens adultos, – era algumas variações mo- uma ‘cooperativa’.como cobradas. Demodogeral, descreveram ogrupo e, emdeterminadascircunstâncias, astarifas oserviço,ganizar ademanda, orevezamento tônomo, havendo umagestão or- apenaspara como au- a servistopelosprópriosmotoristas bastante flexível. Emsuma, tendia otrabalho detarefasnão cumprimento eseria envolveria próprias. com motocicletas toristas Otrabalho –pormeiodeumagerênciagrupo –demo- informal, medianteaadmissão, do porparte demodo demototáxisedaria ao grupo ristas 42 ‘viagens’ pordia. Avinculaçãodosmoto- em seisdiasdasemanaerealizavamcercade que, emmédia, diárias, 11horas trabalhavam dotrabalho,cas osmototaxistasdeclararam mototáxi para a comunidademototáxi para local. O perfildosmototaxistasentrevistados –com Ao serem consultados- sobre ascaracterísti 3.1.2 Pers mo toristas p ectivas dos 9 Quanto às às Quanto 10

a comerciantes.) (Fonte: aplicado questionário facilitam nossasvidas”. e,de trabalho também, precisamentrevistado: “Eles tiva éadeumcomerciante 10Umafalarepresenta- policiais entrevistados.) comércio. (Fonte: relatos de mas nãofinalidades para de setransportar,apenas para locais, oserviço estesusariam referem aos comerciantes o serviço. Masnoquese usaria, indistintamente explicou que “todo mundo” que vaiapé”. policial Outro todo mundo usa. Tem gente Entretanto, indicouque “nem todo mundo temcarro”. compras,fazem poisnem idososepessoasque para essencial, “principalmente demototáxi achar oserviço entrevistado afirmou Outro do poderpúblicoaqui”. porque não temtransporte hojeéimportante “o serviço comunidade”, pra necessário condição detrânsito, ébom e entrevistados: “pro ea local seguintes falasdospoliciais das 9 Éoqueseextrai F oto: S hutter S t ock.com 109 artigo O mototáxi no Chapéu Mangueira e na Babilônia: Um olhar sobre os impactos das ações de “pacificação” 110

COMUNICAÇÕES do iser Minha namoradatemfamília comunidade vem erecolhe às um delesseidentificoucomo vezes. Como aKombi. Épor motos”. (Fonte: relato deum semana”. (Fonte: entrevistaa que são moradores deoutras uns motoqueiros quefaziam Segundo seurelato,Segundo oponto havia 12anosnaBabilônia/ entrevistado.) Ao contrário subúrbio econverseisubúrbio com a depois, trouxe minhamoto 13Assimmesmo, entre os em grupo focal com jovens focal em grupo que háoutros mototaxistas mototaxistas entrevistados, pelas redondezas. Segundo 15 Segundo informaram,15 Segundo a associação [demoradores]. entrevistado afirmou: entrevistado “Sou do serviço nacomunidade.do serviço 11Fonte: relatos colhidos mototáxi pra cá.mototáxi pra Euviano de mototáxi fora instalado de mototáxifora Veio opessoaldapizzaria, mototaxista entrevistado.) dela aqui [nomototáxi]e, de muitos relatos, indicou que tinhamoto, eficaram sendo umdosfundadores dá uma contribuição para para dá umacontribuição falta de habilitação os fez falta dehabilitaçãoosfez a associação. Umlíderda relato deummototaxista 12 “Não temchefe. Você aqui. Começou com oito quando ele teria juntado quando eleteria de Anchieta, fuicamelô. 16Fonte: relato deum [havia 15dias]”. (Fonte: entrega de uma pizzaria entrega deuma pizzaria procurar outro trabalho. aqui esubstituí oirmão descreveu: trouxe“Eu o 14 Emsuaspalavras, o policial ementrevista. Chapéu Mangueira, de 15a29anos. mototaxista.) localidades. pela associaçãodemoradores. algum,chefe controlado apenas sendooserviço tida, não haver algunsmototaxistasafirmaram relaçãoteriam com estedono. Emcontrapar- ocasiões,Em outras que policiais indicava-se o totáxi era “dono domorro”, odono dotráfico. minadas falas, queodono indicado domo- foi demototáxi. dogrupo organização Emdeter- como edapolíciacom pretérita)dotráfico a arelação indicada foi (porvezes,zes retratada apesar deimplícitaereceosamente, muitas ve- o excesso decontrole policial. assinada edebenefícios trabalhistas, bemcomo detrabalho afaltadecarteira indicadas foram negativasmencionadas,cipais características a independência/autonomia.- às prin Quanto e flexibilidade dehorário, aboa remuneração e sitivos do trabalho, destacadasaliberdade foram vos dessa atividade. Emgeral, como pontos po- questionados sobre ospontos positivos enegati- sobre social, e função seu trabalho estes foram responsáveis pelacriação. nemquantoaos doserviço decriação o período calidade. Entretanto, não haviaconsenso sobre alo- aideiapara trazido favelaoutra equeteria 10 anos,pormeiodaatuaçãodeumapessoa surgidohaviaaproximadamente teria serviço mento naprática”. mais direto [gerente] o funciona - que organiza nado período. “tem umdono eumresponsável coletivamente quem gerenciaria- em determi quedecidiriam dogrupo próprios integrantes gerente quecoordenariaasatividades, sendoos presente nalocalidade, um existiria enogrupo O dono, pelos jovens, indicado foi estaria nunca tonomia, poisprestam contas epagamtaxas. estaau- de mototaxistas–oquerelativizaria asatividades eoprópriogrupo que organiza referência constante aalgumdono ougerente como umacooperativa. Assimmesmo, fazem pendente, nosentidodenão terem umchefe, consideramqueéumaatividade inde- serviço: taxistas quanto à autonomia que detêm neste na Babilônia enoChapéuMangueira. deseisaoitoanoscomotrabalhar mototaxistas taxistas entrevistados preliminarmente declarou mototaxistas constituído nomomento dapes- Para compreender apercepção dosmotoristas De acordo com osentrevistados, emgeral, o Interessante observar apercepção dosmoto- Interessante observar e legitimidade do mototáxi 3.2 n a C B o abil n str M ô a n u 11 n Importante destacar que, destacar Importante ia e ção ide g u 13 eira Quanto ao grupo de ao grupo Quanto n o 12

C n ha titária p é u

UPP regularizou omototáxi”. regularizou UPP organização, que muitos policiais indicaram “a viço, com regras oestabelecimentodenovas e verdade, trouxe aUPP oser- mudanças para pareciam considerar aatividade–em natural De fato, atémesmoospoliciaisentrevistados mo desconhecer) airregularidade doserviço. tados demonstravamnão reconhecer (emes- sobre do serviço, a regularização os entrevis- servada. Demodogeral, quandoquestionados nacomunidade dessadinâmica ob- ralização dade doserviço, possível foi perceber anatu- pela polícia, com ainstalaçãodaUPP. dificuldades emseguirasnovas impostas regras e, segundorelataram, mudaram por detrabalho meninas chegaram a indicar que, aindicar meninas chegaram dependen- asaídadasredondezas. para variação Algumas circulação dentro da comunidade, mas uma padronização dospreçoscerta cobrados para gastar. verificada Interessante quefoi indicar como abusivo – apenas, algunspreferem não tendeasercaro,pelo serviço mas não évisto local, nacultura generalizada emesmonacional. presente narelação homem/mulher deforma as meninas e mulheres mais jovens está muito deincomodar queestalógica jovens indicaram em que as na jovenshora precisariam. Porém, as do com quem estivesse noponto dosmototaxis do serviço,utilização portanto, de acor- variaria taxistas quereconhecem serem respeitosos –a dealgunsdosmoto- serviço contato eutilizam respeitosas. que apenas estabelecem Relataram seremram einsinuações sujeitasacantadas des- receio quantoà relação com estes,- poisindica jovens demonstraram, porvezes, e desconfiança res. entrevistados, Dentre osgrupos apenasas taxistas tendemaserbemvistospelosmorado- pela frequência em que são acionados, os moto- como ex-mototaxistas alguns seidentificaram taxistas locais. demoto- que recentemente ao juntara-se grupo pessoa quenãonacomunidade, morava mas trevistas aos mototaxistas, uma identificada foi não moradores eram dacomunidade e, emen- falas, quehaviaalgunsmototaxistasnovos que moradores locais. Foi indicado, emalgumas que conheciam todos, quasetodos poisseriam quisa, osmoradores, emsuamaioria, indicaram Não eairregulari- obstanteainformalidade De acordo com osmoradores, opreço cobrado Pela queprestam e funcionalidade doserviço moradores da com mo 3.2.1 totaxistas com os 14 Entre osjovens entrevistados, R elação dos 16

un idade 15

trechos maislongos. motorista, conseguem redução dosvalores para do darelação quemantêmcom umououtro mo com a criação de regras não formalizadas de regrasmo com não acriação formalizadas aatividade dosmototáxis,regularizou atémes- liciais, quehá um entendimentodequeaUPP motos. Interessante observar, nasfalasdos po- osdocumentosdehabilitação edas larizassem detrês quetodosregu mesespara - um prazo dado teria de todososmototaxistaseocapitão inicial, adocumentação sidoverificada teria na Babilônia/Chapéu Mangueira, noperíodo acompanhou einstalaçãodaUPP atransição De acordo com osrelatos deumtenenteque daprópria polícia. porparte táxi nalocalidade ve umaregulamentação daatividade domoto- dos policiaisdaUPP”. ção, agora, porfaltadepreparação estápiorando vel”; e ainda: muito“[Era] - boa antes da pacifica os policiais”; outro indicou: “A relação- éhorrí relação possível, não existediálogo entre nóse com expressõescategóricos como: “[É] apior uma márelação com aUPP, muito algunsforam opinar.seram manter Entre osquedeclararam melhoragora;estaria eoutros quatro não qui- trada daUPP; quearelação quatro asseveraram que a relaçãotentaram melhor antes da en- era a relação com a polícia, cinco mototaxistas sus- demototáxi. noserviço as implicações vações relação, nessasupostanova enfatizando desuasobser - pesquisa buscouconcentrarparte relação com acomunidade eapresente local mudançasna indicar poderia tado pelaUPP xistas foi geralmente descrita como geralmentedescrita xistas foi “tranquila”. a relação dos próprios policiais com os motota- à polícia.flito sendo levado forma, Damesma mototaxistas. relataram, Segundo não hácon- uma boarelação entre osmoradores eos locais bemconsolidado.sentido depertencimento te valorização, dacomunidade, porparte deum Todas asquestõesrelatadas- umafor indicam como algumasusuárias. fatorvantajosopara apontada anteriormente, passaaserindicada relação desrespeitosa entre homem emulher, Os policiais entrevistados indicaram quehou- Os policiaisentrevistados indicaram Perguntados inicial–sobre –emquestionário depoliciamentorepresenO novo formato - Quanto aos policiais,Quanto essesrelataram observar cto da UPP sobre o 3.3 serviço de mototáxis I m 3.3.1 p a do R eg serviço u 17 larização Assim, aidentificada ser, porexemplo, lanche”.“um e, segundorelataram, essepagamentopoderia têm que pagar um ‘pedágio’ os policiais”; para sa, quenão têm[documentação], osmotoristas isso, dos nocaso ‘plantões’ vistagros- quefazem deacordovariava com osplantõesdaUPP: “Por feitas pela polícia que a exigência e a fiscalização específicos. queisso acontecia por- Explicaram sem documentação em momentostrabalhando gência da habilitação, motoristas aindahaveria sairdali. nãovoluntariamente queriam pelaausênciadehabilitação,unicamente jáque queasaídafoi como mototaxistas)indicaram (coincidentemente algunshaviamtrabalhado serviço. focal do grupo Os jovens participantes resultoução nasaídademuitos mototaxistasdo tivos dafiscalização: aexigência dessahabilita- uma impressão comum sobre nega- osefeitos que não.existia e sete disseram Foi verificada respostfas divididas: foram que seisdisseram dapolíciaanteschegadaUPP,parte as oucontroletados sehaviaregularização por propriamente ditadomototáxi. mais que em uma preocupação com a atividade da comunidade – gestão da circulação – local se constituía em e revista saía de quem entrava pela favela. Isso demonstrava que a fiscalização daspessoasquecirculavamo deidentificação vam compreender oobjetivo damesmacomo vidade dosmototáxis, ospoliciaisdemonstra- quando questionadosdaati- sobre afiscalização não mais”. cobramos que, destacar Importante colete, mascomo conhecemos todosagora, um policialrelatou: [queusassem] “Queríamos pequenas. crianças para bição Ementrevista, cidade máximadeduaspessoasnamoto; proi- regular;- dacapa usodecapacete; observância referentes às leis de trânsito: dapolíciaaosas mototaxistaseram por parte não fiscalizar, ou vistagrossa”.“fazer querecebiama orientação seria, narealidade, de dos comdinâmica: essanova segundo relataram, a insatisfaçãodealgunsdospoliciaisentrevista- calizado. Emcontrapartida, possível foi verificar sendofrequentemente delesestaria fis- trabalho domototáxieo cadastro detodososmotoristas policiais, com achegadadaUPP, um feito foi ço, assim”. feito foi depoimentosde Conforme “Não podia.- oservi Mascomoimportante era daUPP, docapitão parte umpolicialdeclarou: dedocumentos, aregularização para prazos por em ordenamento jurídico. aconcessão Sobre de Já as jovens indicaram que,Já asjovens indicaram mesmo com aexi- aos mototaxistas,Quanto quando pergun- As regrascomo indicadas asmaisexigidas 18 placa damoto placa 19

15 a29anos. com mulheres focal de grupo 19 Fonte: relatos colhidosem entrevistado). (fonte: relato deumpolicial “por ordem docapitão” empreendidas eventualmente de trânsito”, emoperações as 18 regras fiscalizamos “Só 15 a29anos). com mulheres focal de grupo (Fonte: relato colhidoem dealgumamenina”.parte poralgumfavorgratuita por preço oucorrida maisbarato mototaxista, muitos oferecem região e, dependendodo outros da destinos fora 17 “O preço para évariável 111 artigo O mototáxi no Chapéu Mangueira e na Babilônia: Um olhar sobre os impactos das ações de “pacificação” 112

COMUNICAÇÕES do iser 23 Fonte: relatos colhidosem 22 Fonte: relato demototax- grupo focal com mulheres focal grupo aplicado amototaxistas.aplicado 20 Fonte: questionário com maisde30anos. ista entrevistado. 21 Idem. UPP trouxeUPP muitas mudanças, mas avariação concordam unanimementequeaentradada o impacto direto tantofísicacomo legalmente, à visão dos motoristas,Quanto que recebem bólico aos diversos segmentosdasociedade. restrito, semdúvida, umvalorsim- transmite favela onde, historicamente, seuacesso esteve depessoas. detransporte como um serviço serounão legalizado sobre ofatodeesseserviço –nãofluxo sequestionavam de pessoasnolocal regras eànecessidade detrânsito controle do questões deregularização, faziamreferências a em si. Ospoliciais, quandoquestionados sobre legalidade/regularidadea efetiva desseserviço local.essa dinâmica Pouco sequestiona sobre da UPP, temexercido opapelderegulamentar queapolícia,possível indicar desdeainstalação infrações detrânsito. dessaprática, Apartir é papeldaGuardaMunicipal]por ginariamente que aPolícia Militarpudesseemitirmultas- [ori talõesdemulta prefeitura haviafornecido para registrar osmototaxistas. policiais, Segundo a de regrascomo detrânsito umainiciativa documprimento das operaçõesdefiscalização no sentido de teremindicada sido implementa- demototáxi,serviço apercepção dapolíciafoi semqualquerfiscalização.há períodos porummototaxistaque,sido indicado defato, que deixaetemplantão quenão deixa”, tendo outros sobre indicam omesmo: “Tem plantão plantões, (ou e respeitasó um cobra as regras)”; mototaxistas, comentando que: quatro“São maior propriedade, reafirmam-na os próprios tilhada porjovens deambosossexos e, com gências de acordo com os plantões é compar - A instalaçãodeumaunidade policialemuma Em contrapartida, sobre aregulamentação do Esta impressão sobre dasexi- avariabilidade cto da UPP sobre a 3.4 I m p a com un idade ciais daUPP”. porfaltadepreparaçãopiorando dospoli- muitoera] boaantesdapacificação, agoraestá não podemosterbaile, fechar. para temhora dostros fatos: e experiências significados “Já os jovens dacomunidade conta deram deou- munidade, arelação éhorrível” converteu emumaopressão”. comunidade. Deixou deserumadiversão ese “[mudou] melhorna piorquepara maispara polícia pacificadora, asseguintes: destacam-se Dentre asrespostas maisexpressivas sobre a apresenta dessasmudanças. quantoàvaloração se ças, podemandarmaistranquilos”. muito bom”. “A- ascrian vidaestá melhorpara 30 anos: “Antes bom, era agora também está por estas últimas,sugerido as pessoas acima de se refere àpolíciacomo ao tráfico. Vejamos o que seopinasseafavor oucontra, tantonoque grupo. Asrespostas tendiam aserneutras, sem receiogrande deste deseexpressar porparte e satisfatória, tendo, noentanto, sidoobservado lhas lhe outorgam uma conotação mais positiva negativaenquantoaspessoasmaisve- forma mais jovens, emgeral, essaentradade avaliaram perspectiva, etário, deum corte apartir onde os mente. de umadiferença Épossível observar privado]”. de segurança totáxi], [como umtrabalho irpra pra àsvezes tranquilo. Até eles[ospoliciais] usam[omo- bem, demora. abusivo, (...)noinícioera hojeé “Complicado porque atédistinguirquemédo gativo”, masindicouqueaadaptaçãodifícil: foi trouxeUPP cidadania. É mais positivo que ne- antes não ocorriam. Porém, que afirmou “a com que aincidênciadeatividades ecrimes socialdacomunidade,a dinâmica atémesmo queapresençadapolíciamodificouindicando tecer. noinício, Logo roubaram duasmotos”, “Agora aqui táigualàrua. Tudo podeacon - As respostas surgidas nos grupos focais com focais As respostas surgidasnosgrupos A visão dos moradores- se dividiu interna 22 Outro mototaxistadeclarou: Outro 20 aco- “Piorou 21 ; “[a relação 23

daram, mudarampior”. para aberta,podia deixaraporta agora, ascoisasmu- mais segurança, natuacasa, ninguémentrava dedominação: dalógica tenção “Antes tinha situação aindapiorquesimplesmenteamanu- lei são os mesmos quenão cumprem”. tranquilidade, autoritarismo. promove a Quem apareceram outros problemas desegurança, lência, relatam: “Claro, os tiros acabaram, mas como tinhaantes”. junina,festa pesquisado] o período durante não temos da espaços ensaiar [quadrilha para Os jovens precisam curtir. sairpara Também sendo promovido: estaria mesmo tipo de dominação territorial sendoimpostas, estariam regras arbitrárias eo pelotráfico.anterior Segundo contam osjovens, igualmente repressora, com relação ao domínio em seuspontos devista, dominação umanova a ordem estabelecida pela polícia representaria, de um enfermo” que a atividade – nãoindicando eles veem isso. Hojemesmo, osocorro fizemos monia eamizade. defamíliae OPM échefe quase como umafamília. Conhecimento, har- local,dinâmica dapolícia: eotrabalho “Hoje, é policialprocurou a como ilustrar sedaria Outro renciados poderem para pagar[osmoradores]”. nha gato. Agora, empresas valores cobram - dife [melhorias].também podemcobrar Antes, ti- está tudosendorenovado. Agorapagam, mas queria. quando o tráfico só entrava Luz e água... os projetos a chegar sociais”;çaram “a Comlurb meses, sópoliciamento, era mas, depois, come - à comunidadechegaram – “Nos primeiros dois públicosque mençõesaserviços mentos fizeram região antesdecomporem aUPP. depoi- Seus quenãoentrevistados conheciam afirmaram a mesmo, quetodosos destacar éimportante nacomunidadeo impacto daUPP local. Assim trevistados, considerarpositivo essesindicaram e insegurança. senta umdosfatores quegerammaisviolência quilidade dos cidadãos dentro da favela, repre- - etran suposto agenteasegurança quegarante é retratadolocal como um paradoxo: o policial, traficantes, dapolícia. masporparte Ocontexto mento ostensivo –agora, de não maisporparte ainda ter de conviverindicaram com- o arma Em algunscasos, osjovens percebem uma Em quepeseàspercepções dospoliciaisen- sas, terrenos, e sem dar preferência aos daqui”. aos sas, terrenos, esemdarpreferência UPP sepermitiuentrar gente defora,- dando ca têm enão própria. casa Comachegadamorro da “Tem moradores queviveram toda avidano 24 Indicaram tambémque Indicaram 26 Quanto àvio- Quanto 27 Por fim, 25

muito ligado ao tráfico: temos ‘proibidões’. tado elestambém. pra e Ofunkéenraizado proibidos,foram asregras doEs - trazer para mar. altonofimde semana, Som bailesfunks vão recusar asregras, mastêmqueseacostu - époretapas,trabalho vencendo barreiras. Eles aluguel étipoR$400agora”. Econtinuou: “O mavam, maséomelhor. Valorizou o local. Um pela luz–aLight. Eles[osmoradores]- recla certo” –como exemplo citou: “Agora, cobram tamento] táerrado, maselesachamquetá “A gente sabeque [determinadocompor- nadas reações àsregras, umpolicialafirmou: do tráfico, geral. oapoio seria Sobre asmencio- que quantoao objetivo decombater odomínio acostumada–indicando não estaria acumprir deregras pelaimposição queela exclusivamente se dado teriam à instalação da UPP lação local associação demoradores: comoa ocomandantepara tanto para daUPP anecessidadee haveria depedirautorização, moradores, apolíciatemproibido obailefunk policial indicouque, defato, os como reclamam autorização, écomunicação”. Por outro lado, um sar antes, tumulto evitar eorganizar. para Não é e festas, porexemplo, apopulação “tem queavi- descreveu,Segundo arealizaçãodeevento para pela Constituição. Équestão constitucional”. entrevistado explicou: “A limitaçãoéimposta sobre aproibição dosbailesedosom alto, o sobre de moradorespecificamente reclamações não respeitadas. eram Não regras”. criamos Es- munidade: regras“Cobramos jáexistentes, que mamento ostensivo], não vão acabar”. pode termaisfunk. Mascom[semar- otráfico dar denoite, porexemplo. Negativo équenão com mão armada, temmaisliberdade an- para “[Ponto] positivo équenão temmaistráfico tos queconfirmavamestapercepção dapolícia: ostensivo”. Defato, coletados algunsrela foram - armado. Não com tem mais tráfico armamento central: “A com veio acabar otráfico pra UPP munidade, porconta deseualudidoobjetivo considerar positivo naco- oimpacto daUPP apenasopoliciamentodaárea.envolveria Para ospoliciais, asreações hostisdapopu- asregrasSobre impostaspelapolícianaco- Mas acima detudo, a ospoliciaistenderam bém pedem para [demoradores]”. aassociação comandante oupara osubcomandante. Etam- Eles[moradores]frente. pedempro autorização eémelhor deixarmaispra ainda estamos frescos “Ainda tem não baile: adesculpaque ésempre 28

ista entrevistado. 28 Fonte: relato demototax- 27 Idem. 26 Idem. 25 Idem. mulheres de15a29anos. depois) estáindicada etária (sugestão decorte, afaixa com jovens focal em grupo 24 Fonte: relatos colhidos 113 artigo O mototáxi no Chapéu Mangueira e na Babilônia: Um olhar sobre os impactos das ações de “pacificação” 114

COMUNICAÇÕES do iser 31 Fonte: relatos colhidosem 34 Fonte: relatos colhidosem 32 Fonte: relato demototax- grupo focal com homens, focal grupo de grupo focal com mulheres focal grupo 33Fonte: relatos colhidos mulheres, de15a29anos. aplicado amototaxistas. aplicado 29 Fonte: questionário em grupo focal com focal em grupo ista entrevistado. de 15a29anos. 15 a29anos. 30 Idem. 35 Idem. o tráfico existeainda”.o tráfico xou determão armada dotráfico, sóisso, porque sobre acontinuidadeabertas dotráfico: dei- “Só era tranquilo.era Logo, ésóextorsão”. com aUPP e outro melhor – evice-versa: “Com otráfico lícia. Por vezes, retratado umseria como pior dois regimes de dominação, entre epo- tráfico vada acomparaçãorecorrente, como se fossem que,tante frisar apesquisa, durante obser- foi indiferente, que “cada umandanasua”. Impor- ruim; queera dois disseram ser etrês indicaram que arelação boa, com era otráfico eapenas os comandos do tráfico: sete deles asseveraram com pelosparticipantes) clara dada deforma darelaçãonham (apermanência nãoabor- foi mantiveram ou, eventualmente, aindamanti- versão dosmototaxistassobre arelação queeles a pesquisa.demandava para De acordo com a que tema maiscomplexo dediscrição pelograu nam violão, informática”. cursonaFaetecsociais efazem – policiaisensi- acreditam naUPP. Osjovens vãoprojetos pra ção”; “a comunidade não acreditava, masagora policiaisrecém-formados,São - com orienta Fomos treinados. Oprogramabemfeito. foi [dacomunidade]teração com o policialéboa. baile funk”. Masemgeral, consideraram: “A in- pagode, pago-funk, forró. não tem mais “Mas to”. relata, Segundo normalmente, éautorizado saber quemtávindo, terumpoliciamen- para vai autorizando. para pedidoàUPP Elesfazem Mas com otempovaivoltando, ocomandante mas emdoisanos. ocorrências apreendidas –foram apenastrês ar- armamento, aindamenos frequentes seriam as empouquíssimaquantidade.mas seria Sobre da pesquisa, apreensões ocorriam dedrogas, presos”. descreveu, Conforme atéomomento não tem queexistir. Unsfugiram, outros foram mente reprimido. Emsuaspalavras: “Tráfico de não haver tolerância,- forte sendootráfico afirmou:“É tiro, porrada ebomba” –no sentido polícia com otráfico, umpolicialentrevistado contínuo, nodiaadia”. aatualrelação Sobre da de longedrogas. buscar é Masnossotrabalho o tráfico. (...)às vezes, temoestica, que vem na Babilônia enoChapéuMangueira: “Acabou UPP, tendoatémesmosidoestedesmobilizado da ode trabalho que o combate ao seria tráfico ter apercepção os policiais que indicaram foram De modogeral, coletadas declarações foram Do ponto devistametodológico, o estefoi No grupo focal com as jovens, focal No grupo no entanto, as 3.4.1 R elação com o tráfico 30 Por outro lado, muitos 29

“até ogovernador”. porque vaiacabar todo omundoca sebeneficia, Na opinião dasjovens moradoras, nun- otráfico cuida dorecolhimento dodinheiro”. e existetambémum “gerente” que nocampo coordenar alguémpara do tráfico omototáxi forma:foi definido da seguinte pelo tráfico “Sai polícia peloserviço. Estedomínio domototáxi xi éomesmodomorro eestepaga um valorà ficou apenasnopassado: “Odono domototá- do mototáxi, queessarelação indicando não a relação direta do dono com do tráfico odono Também osjovens, moradores locais, indicaram contato diretamente”. com a polícia eacerta como mototaxistas. Oresponsável em entra podertrabalhar nós pagamosporsemanapara com apolícia: “A funciona assim: organização ovínculofinanceiroafirmando domototáxi to interno, do mototáxi declarou, um motorista por denúncias”. demototáxi: oserviço ministrava “Soubemos efetivamente ad- latou quealguémdotráfico do mototáxi.intermédio Da mesma forma, re- por setransportarem dos própriostraficantes decom nosentidodeservirem otráfico “avião” que algunsmototaxistastinhamenvolvimento chegadoàpolícia,com denúnciasqueteriam diferente, outro policialafirmou, de acordo tráfico. Hoje, não émaisassim”. Deummodo “Antes, mancomunado omototáxiera com o tinha relação direta com nopassado: otráfico saberqueoserviço Alguns policiaisafirmaram confusa) entredade (àsvezes ambososgrupos. sobre aproximi terclareza - policiais indicaram tem armas, sóquenãoostensivo”. armamento mando Vermelho eAmigo dosAmigos) eainda munidade local: divisão defacções“Existe (Co- doscomandosnaco- a permanência dotráfico existindoos continuariam “arregos”. existindoeque lícia comcontinuaria otráfico Portanto, quearelação atualdapo- indicaram mototaxistascompara documentaçãoirregular. facilitadores seriam alguns plantõesdaUPP laciona deque diretamente anterior amenção a polícia. para iria que parte Esse fato corre - destinada aomototáxi seria tráfico e, agora, dodinheiro do queparte aindicar chegaram na facadaporque não podetertiro”. ostensivo:fim doarmamento semata “A galera à relação daviolênciacom oalegado Quanto com envolvida eles.desse fatoetambémestaria conhecimentoava atuante e que a polícia teria queotráfico continu- afirmaram participantes No edofinanciamen- âmbitodaorganização arelaçãoSobre domototáxicom otráfico, os No grupo focal com os jovens, focal No grupo explicitada foi 35

31

33 Assim, 34 32

lência edisputaspolíticas. marcada pela segregação socioeconômica, vio- namental éumaconstante emumacidade tão popular edecontrole socialnaatuaçãogover- direitos. departicipação Afaltademecanismos depromoção de depolíticas edefesa construção equipe doIser. acompanhados constantementee fóruns pela da pesquisarealizada, mastambémnasredes tarem. Issoésintomático, não apenasapartir ressentir- dafaltadeespaçosemanifes para tas noestado enacidade doRiotendemase atores dasregiões quehabitamofoco violen- que pensamossobre asUPPs? está naordem do dianoRiodeJaneiro: afinal, o des expectativadeseinseriremnestedebateque marcados pelajuventude,- gran demonstraram muitos atores sociaislocais, especialmenteos comunitário, deenvolvimento indicativos fortes eDireitos Humanos. Pública Segurança Com sobre de as temáticas de qualquer análise teórica parte fazer quedevem percepções importantes vistados no âmbitodesta pesquisa transmitiram discutir questões “sensíveis”, ossujeitosentre - levantadas. das informações preliminares advindasrealizado dotrabalho e apesquisa,guntas quenortearam masreflexões asper- para sentam essencialmenteconclusões não nestaseção repreinterpretações elencadas - proposto. Dessaforma, algumaspercepções e complexidades que envolvem otemadeestudo aproximaçãouma primeira com asquestõese latório, representa a pesquisadesenvolvida De fato, na deumpadrão trata-se histórico Com debatessendorealizados, grandes os para naabertura Com significativas variações mencionadoConforme ao longo destere- 4. C onsiderações finais pessoalidade do papel da UPP na organização naorganização pessoalidade dopapeldaUPP quase totalidade dospoliciaisentrevistados, éa dade desuaatuaçãocom relação ao mototáxi. sequer ponderamsobre airregularidade/ilegali- público estadual emunicipal. forma, Decerta sobre aquestão – não considerando aexistênciadelegislação eregulamentaçãoda regularização doserviço abordaram, emsuasfalas, questões legais acerca também nasfalasdospoliciais. Osmesmos não presente esteve de ouirregularidade doserviço naBabilônia enoChapéuMangueira. da UPP impostacom ainstalação tiam àregularização relação a sua regularidade ou legalidade, reme- domototáxicom bre como percebiam oserviço Polícia. Os moradores, quandoquestionados so- que serefere como àprópria àpopulaçãolocal de suaregularidade/irregularidade –tantono poucoounenhumquestionamento acercacausa radoxal, umavez quealegitimidade doserviço domesmo.trução daconssencialmente comunitárias- nahistória es- reconhecimentoraízes de e na identificação eno nocontexto local doserviço naturalização dasfalas,ria uma transmite essavalorização –Babilônia eChapéuMangueira.cal Na maio- acomunidade para lo- esseserviço fortemente evaloriza aimportância identifica observada ao longodescritas desterelatório, apopulação daordempolicial edemanutenção pública. sua relação paradoxal deação com osformatos demototáxisnacidade –emespecial,serviço ciais que envolvem a difusão e o crescimento do compreender para so- asdinâmicas importante Uma questão central, epresente nafalada Esta não problematizaçãosobre aregularida- Com isso, constitui-se em uma situação pa- Ainda quecom algumasrestriçõespontuais, Paralelamente, apesquisarealizadamuito foi 36 eascompetências dopoder 37

pelo poderpúblico. de mototáxinacomunidade de regulamentação doserviço hecidos como omovimento recon-esses elementosforam ao grupo.uniforme Todos pela tentativadeimporum istas edasmotos, passando dosmotor- cadastramento do ponto demototáxi, atéo Desde oreposicionamento mototáxi”, como jádescrito. que “a o regularizou UPP entrevistados nosentidode algumas falasdepoliciais identificadas que foram lembrar 37 Éimportante providências. de motocicleta, edáoutras rua, e “motoboy”, com ouso comunitário de e emserviço em entrega demercadorias passageiros, “mototaxista”, de sionais emtransporte das atividades dosprofis- que regulamenta oexercício Federal 12.009/2009) (Lei 36 Como aprópriaLei F oto: S hutter S t ock.com 115 artigo O mototáxi no Chapéu Mangueira e na Babilônia: Um olhar sobre os impactos das ações de “pacificação” 116

COMUNICAÇÕES do iser 38 Umdospoliciaischegoua sobre depoderno atransição em grupo focal com homens focal em grupo afirmar, quandoquestionado mototáxi com osupostofim era aUPP,era napessoadeseu para descrever o serviço do descreverpara oserviço o novo “dono” domototáxi do domínio dotráfico, que 40Fonte: relatos colhidos por policiaisentrevistados 39 Expressões utilizadas de 15a29anos. mototáxi. capitão. bos noquetange àfuncionalidade domototá- ou “gestor” domototáxieentre relacionar am- entre ambos, antes ondeseria otráfico “dono” entre uma afirmar liciais variaram relaçãodireta àimplantaçãodaUPP.anterior Asfalasdospo- mototáxi diretamente com no período o tráfico a pesquisa. de Ospoliciaisrelacionam oserviço das falasdosdiferentes atores quecompuseram Foi algumaspercepções possível traçar apartir ço domototáxicomdedrogas otráfico nolocal. - aproblemáticadarelaçãopesquisa foi doservi decisões autônomas epontuais depoliciais. profundade umamudançapolítica –, massim te pensado eformulado –não háidentificação parecem- configurar umpadrão estrategicamen identificadas:vam asdiferenças aprincípio, não questionar oselementosquemoti- é necessário abordagens adotadas pelapolícia. Entretanto, e dinâmicas decertas namanutenção o rigor oficiais daatuaçãopolicialenão sedefende padrões acertos eprocedimentoslativizações tanto, secompreende re quesejamnecessárias - essarelação para pormeiodaUPP.lógica Para umanova da asupostatentativadeseinstaurar favelas no RiodeJaneiro.- ser valoriza Edeve relação conflituosa entre políciaepopulaçãode criticado.aspecto necessariamente a Éhistórica não serum comdevem gens aUPP verificadas sa relatada, asmudançasemalgumasaborda- ponto devistadaequipequeconduziu apesqui- tre ospoliciaisemototaxistas. possivelmente acordos conforme existentes en- – havendo plantõesmaisoumenosexigentes, fiscalização, de acordo com oplantão policial relatadas na defrequência variações erigidez pel dapolícianaregulação doserviço. Foram ambiguidade sobre opa- policiais umaforte focais. dosgrupos moradores queparticiparam nasfalasdosmototaxistase identificados le dacirculação depessoas). Essesfatosforam e aparentemente maisrelacionados ao contro- sos ao realizaressecontrole (objetivos frequente mantidospelaUPP,motoristas objetivos diver - estabelecidas na legislaçãofederal, cadastros de da unidade, quediferem regrasdas específicas do mototáxi. Outra questãona amplamenteidentificada Outra Neste ponto, que, esclarecer éimportante do tambémconstantementeEsteve nasfalasdos 38 Prazosestipulados pelocapitão “disque-drogas”). morro” e “dono domotáxi” – “mototráfico” e evenda dedrogas (“donoxi notransporte do como “síndica domorro”. exercido pela UPP. aparece A UPP nessas falas a percepção acerca deumpapel “gestão local” fala dosmototaxistas, apareceu, repetidamente, de 15 até 29 anos – e pontualmenteetária na dafaixa –especificamente focais dos grupos “dono” domorro. o atualmenteomototáxiaindaseria comandaria como algo aindapresente, nosentidodequem tabelecidas pelotráfico. a Eemafirmar relação es- depoderlocal –comorganizado asformas com acabou otráfico uma vez queaUPP como algo queexistia, porém não existemais, tre essa afirmar relação como algo dopassado, observado epensado criticamente. observado tadual. Campo queprecisa ser constantemente es- pública sível projetodesegurança depolítica quesedesenhaemumpos- campo importante comerciantes emototaxistas. locais as relações entre formadas policiais, moradores, percepçõesmitiu construir preliminares sobre aimplantaçãodaUPP,Sobre ainiciativaper- daBabilônia edoChapéuMangueira.grupos região, assimcomo suarelação com osdiversos demototáxina doserviço eadinâmica história posto, maspossibilitamuma aproximação com a com relaçãoapontam conclusões ao temapro- falar dosatores napesquisa. envolvidos Elasnão sas são impressões iniciais, das coletadas apartir queafirmando émilícia”.“UPP como gás,relação com serviços gatonet, kombi, Acrescentam a isso denúncias de tentativa de etambémdapolícia. dotráfico do participação se envolve na gestão do serviço, interna haven- demototáxi.serviço Para muitos deles, aUPP lação entre a polícia e a gestão do financeira eculturais,de lazer etc. horários lação depessoasemsentidoamplo, atividades que compõem arealidade –entre local acircu- mas por pensar e controlar diversas dinâmicas não apenaspelagestão dasegurança,sabilizaria Nas falasdosmoradores que participaram As falasdospoliciaissediferenciaramen- São passosiniciais de entradaemumvastoe São afirmado Conforme ao longo do relatório, es- questão abordada pelosjovens éare- Outra 39

40 A UPP serespon AUPP - insegurança pública. RiodeJaneiro: 2004. Global.Justiça RiodeJaneiro: 2004. no Brasil: 2003: de relatório anualdoCentro olis: Editora Vozes, 1999. –ENCE/IBGE,cas 2005 mercado. Escola Nacional deCiênciasEstatísti- duas rodas: omototáxi comoumainvençãode 16052-1-PB.pdf ufsc.br/portal/sites/default/files/anexos/16051- 6 ago. 2012. Disponível em: http://www.egov. totáxi: postura do Ministério Público. Acesso em Boitempo, 2006. www.scielo.br/pdf/icse/v9n17/v9n17a03.pdf Acesso em2abr. 2012. Disponível em: http:// Educ., v.9, n.17, p.235-48, mar/ago 2005. teligência coletiva. –Comunic., Saúde, Interface dade: sociais, redes pessoais comunidades ein- do Autor, 2001. das classes perigosas, Rio de Janeiro: Oficina panhia dasLetras, 2006. e epidemiasnacorte imperial. Paulo: São Com- Fundação Ford, 2001. oca deCriminologia; Freitas Bastos Editora; polícia,nova RiodeJaneiro: Instituto- Cari deumailusão:O futuro osonhodeuma Juris, 2007. de drogas no Brasil. RiodeJaneiro: Lumen Rio deJaneiro: Bertand Brasil, 2004. Cariocas. gos etransbordamentos. RiodeJaneiro: Diálogos Rio deJaneiro: Revan, 2003. –Doistemposdo RiodeJaneiro de umahistória. Bastos Editora, 5/6, número 1998. crime, direito esociedade. RiodeJaneiro: Freitas ramamento desangue”. In: Discursos sediciosos: R ______. Segurança, tráfico emilícia noRiode ______. Relatório Rio– policialViolência e GLOBAL.JUSTIÇA Direitos Humanos FOUCAULT, Michel. epunir. Vigiar Petróp- Natasha Reisda.FONSECA, Ramos Sobre FAHEL, demo- JoséCordeiro. Marcio Serviço DAVIS, Mike. Planeta Favela, Paulo: São COSTA, R. Por umnovoconceito decomuni- COIMBRA, Cecília. Operação Rio: omito CHALHOUB, Sidney. febril: Cidade cortiços CERQUEIRA, MagnoNazareth. Carlos CARVALHO, de. Salo Apolítica criminal Adrelino.CAMPOS, Doquilombo àfavela, ______. do Rio de Janeiro:Cidade desassosse- BATISTA, Vera Malaguti. Omedonacidade BATISTA, Nilo. - “Política comder criminal eferê n cias bibliográficas tora FGV, 2004. dedrogas. RiodeJaneiro: Edi- etráfico breza dez. 2007. Janeiro. Avançados, InEstudos v. 21, n.61set./ noRiode localproteção eorganização docrime Revan, 2007. ostraficantesquem são dedrogas. RiodeJaneiro: Saraiva, 2004. pensamento crítico. jurídico Paulo: São Editora de Janeiro: Revan, 2007. Crime, direito esociedade, ano11, n. 15/16, Rio urbana”.ginalização InDiscursos sediciosos – Revan, 2003. de Janeiro: Instituto deCriminologia; Carioca gestão nosEstados penal Unidos. damiséria Rio &lng=pt&nrm=iso. ttext&pid=S1414-98932007001200007 pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_ar so emmaio2012. Disponível emhttp:// são, v. 27, n. 4. Brasília: dez. 2007. Aces- em análise. InPsicologia:- ciênciaeprofis edispositivos quisa-intervenção: referenciais logia: ciênciaeprofissão, v. 4. Brasília: 2003. análises. denovas venção eaprodução InPsico- neiro: 1997. social.clusão In Tempo, vol. 2, n°3. RiodeJa- em Sociologia eDireito. Niterói: UFF, 2009. uisito parcialpara aobtenção dograu demestre da Universidade Federal- como req Fluminense grama dePós-graduação emSociologia eDireito neoliberalismo.- apresentada Pro ao Dissertação social nocontexto docontrole de ampliação do munitário –umaestratégia noRiodeJaneiro pdf/305335.pdf. quivos/Camara/internet/publicacoes/estnottec/ 2012. http://apache.camara.gov.br/portal/ar- Câmara dosDeputados. 2003. Acessoem6ago. demototáxi. doserviço lação Nota Técnica da neiro: Record, 2003. dodebate globalização. sobre frente RiodeJa- 2008. Janeiro. RiodeJaneiro: Fundação Heinrich Boll, ZALUAR, Alba. Integração perversa: po- MISSE, Michel. ilegais, Mercados de redes ZACCONE, Orlando. Acionistas donada: WOLKMER, Antonio Carlos. ao Introdução ______. damar- àmilitarização “Rumo WACQUANT, Loic. ospobres –Anova Punir ______. dapes Micropolítica eoexercício - ROCHA, M. &AGUIAR, F. Pesquisa-inter - NEDER, Gizlene. Cidade,- eex identidade MELO, Thiago deSouza. Policiamento co- LORENZETI,- SilviaBarros.Aregu Maria KLEIN, Naomi. ejanelas: Cercas nalinhade 117 artigo O mototáxi no Chapéu Mangueira e na Babilônia: Um olhar sobre os impactos das ações de “pacificação” 118

COMUNICAÇÕES do iser seg (i P e c das m OR A n ariocas com UPP lice em com

A ) na Pa T a ylor u la la u u un 4 lheres S ra cia idades mm n arella ç 1,2 a

3

F oto: S hutter S t ock.com dimensão érelacionada das àmarginalização sigualdade da favela. einformalidade Essa mencionadas nestediagnóstico; cinhas eestupro, muito masqueforam menos cometida pordesconhecidos, como assédio,- gra deviolênciabaseada emgênero formas outras espaços públicos como privados. também Inclui ou parentalidade, que podem ocorrer tanto nos suem/possuíam relação deafeto/conjugalidade metida porhomens com quemasmulheres pos- de violência física, emocional, entre outras, co- mos emduasdimensões: demulheres,sação desegurança queentende- dade de Gênero, e Etnia. Raça Explorou a sen- Programa InteragencialdePromoção daIgual- (Rolac), e Caribe Latina América por meio do daONU-Habitat Regional para do escritório Janeiro, como resultado deiniciativa eapartir emaio de 2012,de abril na cidade doRio de cial. realizado Este diagnóstico foi nos meses Pacificadora eoSo- (UPP) Programa UPP contram implementadas Unidades dePolícia em quatro comunidades cariocas, onde seen- vo (In)seguranças sobre , deMulheres” realizada o relato da experiência eobjetivaapresentarvenciam no âmbitourbano mulheres queelasvi- easdiversas inseguranças mais pobres deumacidade. emarginalizados os(as)moradores(as) queafeta ou infraestrutura uma gestãooudafaltadeserviços pouco eficaz inadequados dedesenhosurbanos e por causa vivenciadas nos espaçosranças públicos urbanos degênerotem diferenças com relação àsinsegu- lência porumparceiro íntimo. Alémdisso, exis- apesar deenfrentarem desofrer maiorrisco vio- relatem sentirmaismedonosespaços públicos, ruas, como aviolênciasexual, e, muitas vezes, maiores deoutros riscos tiposdeviolêncianas tes domundo. Enquantoasmulheres enfrentam público noRiodeJaneiro, como emmuitas par- co demorrer defogonoespaço porumaarma jovens epobres) são osqueenfrentam- maiorris desenvolvimento. Oshomens (principalmente aindacarecede nejamento eDesenvolvimento deSegurança, urbanas - políticas informar Pla 2001). devem como essasexperiências Aforma nhecida (Falú, 2010; Moura, 2010; Cockburn, vez maisreco écada - urbana e (in)segurança emcontextos deconflitoexperiências armado as mulheres eoshomens com relação assuas b) a) de asexperiências O presente enfoca artigo A percepçãoentre dequeexistemdiferenças

insegur violência co 1. I ntrod anças relacionadasanças àde- ntra amulher,ntra nosentido “Diagnóstico Participati“Diagnóstico - u ção

mais que 163 paísesdo mundo damulher urbana em asegurança melhorar ,Audits” ofimde para quetemsidoaplicadas comodiagnóstico teve base as moradores(as) dessesespaços. entresobre mulheres segurança e homens aexistênciadediferentessiderar experiências desses espaços, relevantecon mostrando-se - umponto-chave torna-se detransformação emdiferentes favelas Social eUPP de UPP significativo,larmente quandoaimplantação porocorrer- levância emummomento particu A realizaçãodestediagnósticoganhamaiorre- no RiodeJaneiro, nocontexto dasfavelas. ções, inédita, de maneira da mulher auditorias Taylor, 2011). 2009;e (Whitzman, Lambrick Travers, 2007; como “especialistas” nassuasprópriascidades dasmulheresdados nasexperiências moradoras acentralidadedacoletados eprivilegia cariocas ocontextopara darealidade dasfavelas local cidades enascomunidades. públicosnas enaprestaçãopolíticas deserviços nodesenhodas Social eIntervenção Pública ça - a perspectivadegênero àsquestõesdeSeguran aplicar) como sobre (oudeveria como seaplica sobre acidade, esuagestão, osseusserviços bem Segurança, objetivandoprovocar umareflexão das mulheres relacionadas com otemada evivências diferencia dasexperiências - captura das mulheres. Por isso, da o diagnóstico parte como essesfatores secombinamavida eafetam cariocas, compreender quepermitiram melhor da realidadetrato de quatro particular favelas relatadasforam ao longo deste diagnóstico, re- deviolência,formas emedoque insegurança da, evice-versa. bar aviolênciadegênero- porelasexperimenta dasfavelaspelas moradoras quepodemexacer- ouàfaltadeacessoção aserviços, vivenciada pelas desigualdades relacionadas- àdiscrimina sectam esesomam avulnerabilidadesimpostas e/oudoEstado).trafico (sejado históricas e ossistemasdeseguranças de lixo, esgoto, água e iluminação), má gestão, demoradia,cariedade problemas com acoleta favelas: (pre afaltadeplanejamentourbano - A metodologia utilizada para realizaçãodeste para A metodologia utilizada As comunidades selecionadas realização para Realizou-se, assim, adapta com- asdevidas Apresentaremos, aseguir, eantigas novas seinter- Essas duasdimensõesdeinsegurança 2. Metodologia “Women’s Safety 5 e oi adaptada

da Mulher. Urbana daSegurança campo erecentesprincipais no algumasdaspublicações para 2010; WICI, etal., 2008 2007; Taylor,2011;WICI, 2010; e Lambrick Travers, Jagori, 2010; e Jagori WICI, abordagem. Ver porexemplo, mulher comdessa variações da urbana asegurança para projetos voltadosfazem ActionAid, entre outros, International (WICI), Jagori, tais como Women inCities Mulheres, ONGs, evarias em dia, ONU-Habitat, ONU nome mais apropriado. Hoje Mulheres’ um utilizar para das sobre (In)seguranças Participativo‘Diagnóstico para: emportuguês tradução dren (Metrac). uma Fizemos against Women andChil- on Violence Committee ONG Metropolitan Action iniciada noCanadá pela Audit” éumaabordagem 5 A “Women’s Safety Unidos. Tufts University, nosEstados da andDiplomacy of Law School mana pelaFletcher Hu- Gênero eSegurança Internacionais comem focos Janeiro. Mestre emRelações stituto Promundo, Riode de projetos, baseada noIn- 4 Pesquisadora econsultora Federal (UFF). Fluminense Direito pelaUniversidade e emSociologia Mestranda Pública.Gênero eSegurança interesse de nastemáticas da Religião (Iser)com do InstitutodeEstudos 3 Pesquisadora associada mulheres participantes rigues, DianaMedina, eas Moura, André Rod- Luiz de a contribuição Tatiana deagradecer 2 Gostaríamos inglês eportuguês. disponibilizadoem e queserá aONUHabitat para escrito mais amploqueestásendo deumrelatório integrante éparte 1 Esteartigo 119 artigo (in)segurança das mulheres em comunidades cariocas com UPP 120

COMUNICAÇÕES do iser anonimato das participantes anonimato dasparticipantes temas tratadosnosdiversos encontros emomentos que das mulheres, eumamaior participação com respostasparticipação Isso promoveu aconfiança 6 Para aconfidencialidade trabalhando láemdoisou trabalhando posto de saude particular) posto desaudeparticular) e ética, ototal garantimos foram identificados como identificados foram tivemos com asmulheres. comunidade, tipicamente (funcionários públicose (funcionários tendo conhecimento da e confidencialidade dos uma funcionairadeum mais diasporsemana. 7 Essesprofissionais mais espontâneas às perguntas. ticipação dasmulheres qualitativos diversificados, promovendo apar- arealizaçãododiagnóstico. para zação demulheres,grupos amobili- oquefacilitaria depelomenosumoualguns va aorganização deseremrazão comunidades- onde jáseverifica por PPG), Salgueiro, Borel eCoroa, eleitasem -Pavãozinho eCantagalo (que aqui trataremos experiência-piloto, as seguintes: foram Pavão deste diagnóstico, quefuncionou como uma lham nas comunidades. profissionais (homens e mulheres)- que traba sendo 12com mulheres residentes equatro com recomendações amudança. para em outros aspectos desuasvidas, assimcomo a instalaçãodasUPPs), e(in)segurança riscos dasvezes,(na maioria asmulheres discutiram nosúltimosanos/meses afetado suasegurança e apercepçãoquetenha dequalqueralteração mulheres doambientefísico, dainfraestrutura ângulos diferentes. Avaliando asensaçãodas dasmulheres de timento desegurança apartir focais,tas egrupos destinados aavaliarosen- mulheres daquelas localidades. por sisó, jádiziammuito sobre arealidade das coletadas, asinformações analítica que, aliás, completo, deexpressar mais capaz demaneira aproduçãobuiu para deumdiagnósticomais do número demulheres- econtri participantes dos. Essacombinação possibilitouoaumentou dedevoluçãodosresultaparticipante- eencontros cais, individuas e coletivas, entrevistas observação mobilização, oficinasdemapeamento,fo- grupos Realizamos, comunidade: emcada reuniões de nascomunidades.ências sobre (in)segurança diagnóstico ecoletardados sobre- suasexperi fis menos representados emgrupo, notrabalho plo, procuramos entrevistarmulheres com per- uma maiordiversidade demulheres (porexem - As entrevistasnospermitiram, ainda, incluir depoderouempatiaentredinâmica mulheres. porconta da asatividadesdurante dogrupo observamos, menospropensas foram afalar eficazes, as especialmentepara mulheres que de moradoras. dados com triangular osdadospara coletados easúltimasserviram das atividades dogrupo po ou que não estavam disponíveis no momento - em atividades não de gru participar preferiram mulheres comopara utilizadas umaopção que Desta forma, combinamos ousodemétodos Foram realizadas 16 entrevistas individuais, Foram asentrevis- para instrumentos criados As entrevistas individuais mostraram-se mais As entrevistas individuais mostraram-se 6 7 na construção deste naconstrução As primeiras foram foram As primeiras -

(áreas onde a UPP Social estavatrabalhando).(áreas Social onde aUPP encaminharem problemas deiluminaçãoeágua asmulheres para deummecanismo na criação daPaztórios noencontro deretorno resultaram exemplo, e Social da UPP a participação Terri- to eresolução deproblemas. No Salgueiro, por mulheres- e iniciardiálogoencaminhamen para das àscontribuições evalorizar gerar confiança o queacreditamos ter sido fundamentalpara dosresultadospartilhamento erecomendações, apresentação dorelatóriodiagnósticoecom - e facilitou adiscussãooficina. durante plementou os métodos de coleta de dados orais usado visual, como uma ferramenta quecom- retratar acomunidaderia como vistaporelas, a desenharummapadacomunidade,- quedeve (in)seguras. incentivadas foram Asparticipantes e como, onde, quandoeporque elassesentem sobretas disparadoras oqueéviolência, medo nodiagnóstico,identificar depergun- apartir das, debatessemosaspectosquepretendíamos demulheresna mobilização que, para reuni- sobre ascomunidades.importantes lho, observações quetambémcompartilharam res ehomens moradores(as) ao longo- dotraba profissionais,com vários líderese locais mulhe- mínimo, seismulheres). ticipantes desejadosuarealização(de, para no focais, onúmero quandonãodepar- alcançado conduzidasgrupos ram comopara alternativas - efo cada cerca dequatro acincoparticipantes no Salgueiro. Asentrevistascoletivas tiveram duas entrevistascoletivas, umanaCoroa eoutra focal, outrorealizou-se grupo naCasaBranca, e po, adaptando-os ao contexto local. Em seguida, - seremmas eperguntaspara emgru utilizados doroteirocomo elaboração umtestepara dete- realizado foi emPPG focal O primeirogrupo no espaço públicoeaspectosdeinfraestrutura. comunidade, mudanças relativas à segurança coletarimpressõesobjetivaram geraissobre a conversas sobre temasdifíceis esensíveis. mulheres se conheciam também possibilitaram confiança. pequenosou onde as Mas osgrupos esse espaçoumambientedemaior permitiu vistas individuais, muitas jáquepara mulheres discutidos com maisprofundidade ementre- nidades). Temas especialmentesensíveis foram como mulheres maisjovens emalgumascomu- Além disso, combinados foram encontros para Por fim, oficinasque consistiram realizamos Foram realizadas, ainda, conversas informais easentrevistascoletivas focais Os grupos ceiros oufamiliares presos, e, muitas mulheres cisava sercuidado, pormotivo devisitaapar- um membro dafamília(crianças, idosos)pre- dades. Muitasnão comparecer puderam porque destasnasativi- velmente ligada à participação com o cuidado das mulheres estava indissolu- em distintaspartes. maismulheresque umencontro alcançar para e,que moravam algumasvezes, marcamosmais equidistantesentrefossem diferentes áreas em nas comunidades,centralizados de modo que e das tensões políticas mais preservados locais e vice-versa. baixaounochamadoasfalto,ocorrem naparte deatividadesmenos propensas que aparticipar mulheres altadafavela são quevivem naparte mencionado encontrosfoi em vários que as comunidades vizinhas. Nesse aspecto, também essas comunidades tanto como entre Coroa e hoje, umimpeditivo alivre para circulação entre queparecempelas facções criminosas ser, ainda dopassadobarreiras imposta dedeslocamento no Borel,um evento e vice-versa, por conta das do Céusão de menospropensas aparticipar eChácara de Casa Branca dente que moradoras des. Por exemplo, no Borel, desdelogo,- evi foi realizaçãodasativida- para da escolhadoslocais no momento evidentes mostravam-se e política dascomunidades.a dinâmica Alianças, tensões alização. Esseprocesso já revelava muito sobre suare para - tatamos sobreehorários os locais coletivaentredeliberação asmulheres quecon- deumprocesso de dasoficinasapartir zação das mulheres. e produzia melhores resultados naparticipação relevânciaàatividade atribuía participação para dacomunidadeque oconvite deumaliderança dacomunidade.distintas localidades Notamos oudesempregadasde casa e, emespecial, de do civil, com esemfilhos, empregadas, donas e mulheres emdiversas idades, raça/etnia, esta- organizadas que tambémnãolideranças eram mulheresestimular deoutras amobilização encontrar nascomunidades para pontos focais da Paz, entre outros. Buscando, destaforma, mulheres, doPrograma integrantes Mulheres de costureiras e de artesanato, associações de demulheres, organizados grupos cooperativas Foi quea possívelresponsabilidade verificar Procuramos realizarasatividades coletivasem Iniciamos, assim, reali para - amobilização docontato com os Nossa partiu idaacampo contexto das distintas 3. Mobilização e breve co mu nidades de podernaassociaçãomoradores, quesein- lidade. aconcentração Restoubastanteevidente - naloca dificuldade deestabelecerarticulações no iníciodessediagnóstico)eoutros atores têm (quenãonacomunidade entrava Social UPP pelaqualaprópria arazão tico edeixamclara as falasao longo dodiagnós- claramente ram de retomadapelotráfico, doterritório marca- cificação, policial etentativas como corrupção disso, problemas na instalação do projeto de pa- policialquemarcamoseuperfil.rupção Além violência, ecor- dotráfico dedisputaterritorial nidade. A comunidade de possui um histórico dasmulherescoesão e amobilização nacomu- de mulheres nosúltimosanosenfraqueceua tos. Alémdisso, deumgrupo afragmentação encontramos alimuitas ouproje organizações - último passoupeloprocesso depacificação. Não vemos acesso odiagnóstico, para a quepor foi Paz demulheres. local edeumacooperativa com doprograma asintegrantes Mulheres da da chegadaUPP. Alémdelas, nosreunimos antesmesmo combate àviolênciajáarticulados de nosfóruns conhecidas porsuaparticipação da comunidade, históricas res lideranças muito na comunidade. versos projetos quesolicitamasuaparticipação e quetemsidodifícil elasatenderaos para di- badas dedemandasdepoisdachegadaUPP encontram-seassober- cou-se queaslideranças e sucessodamesma. Ao mesmotempo,- verifi atividade é indispensável a legitimidade para realizaçãodequalquer para de umaliderança queapresençaereferêncianotar noSalgueiro água etc.)eáreas dacomunidade. Foi possível por diferentes temas(lazer, meioambiente, dades, como responsáveis queseorganizaram cinco líderes mulheres referência nascomuni- demulheres, formal grupo masencontramos nacomunidade. prazo de curto fadiga eceticismoemrealizaçãoaprojetoscerta em meioàdiversidade deprojetos, notava-se uma barreirarealizarodiagnóstico, para pois, suldacidade.na zona resultou Essecenário em mentais, talvez, privilegiada porsualocalização nãopresença maior deorganizações governa- maior número demulheres euma organizadas prias, deorganização. particulares dinâmicas com crianças. que nelascompareciam, vinhamacompanhadas A comunidade daCoroa, aúltimanaqualti- No Borel, contamos com oapoiodemulhe- nãoEnquanto noSalgueiro encontramosum No PPG, porexemplo, possível foi notarum próCada comunidade- tinha características 121 artigo (in)segurança das mulheres em comunidades cariocas com UPP 122

COMUNICAÇÕES do iser uma boa análise de dinâmicas uma boaanálisededinâmicas 8 Ver Cornwall, 2003para de gênero nodesenvolvi- mento participativo. tam riscos deviolência,tam riscos são presos, mortos, en- quando seusmaridos, parceiros, filhosenfren- doshomens,pela insegurança porexemplo, afetada damulher éfortemente a insegurança do morro. Apontamos (5)como naúltimaseção baseadocomunidades, nageografiaenosespaços e aspetosmobilidade, nas de gênero infraestrutura do poderpúblico. sobre umaseção (4)Segue das as comunidades, e com resposta inadequada mulher efrequente maissevera relatada emto- ros íntimos, deviolênciacontraa aforma foi a violência cometida por parceiprincipalmente - daviolênciaA terceira(3)trata doméstica, seção te omedoaindapresente nascomunidades. todos os encontrosfala que permeou e refle- de não intervenção: “ninguém faznada”, uma discussão sobre opadrão decomportamento essa transição. Relacionada aessetemaé(2) violência, emedo, insegurança considerando UPPs Parciais: (in)seguranças comaimplantação das das porelasemalgumasseções: (1)Transições pantes,- as questõestrazi possível foi organizar tadas. tores deexclusão, são muito menosrepresen - menos podernascomunidades, fa- porvários demulheres eprioridades comAs experiências demulheres. depoderdentroturas dosgrupos conflito, éfundamental reconhecer as estru nacionais eresolução dedesenvolvimento de emcontextos inter- Em ambientesdegrupo depoderentre nasdinâmicas elas. observadas entredistinções principais mulheres foram demulheres.renças entre grupos Defato, mulheres e homens,- mas também de dife ro entre nãoapenasdediferenças setrata titula como a “prefeitura dafavela”. na comunidade queapresentaremos aseguir. lacionados àvidaeao cotidianodasmulheres deconsiderações sobreuma série aspetosre- inicial,da mobilização possível foi capturar nados agênero edireitos dasmulheres.partir A mais facilidade, refletindo sobre temas relacio- préviarelacionadauma capacitação tiveram do Programa Mulheres daPaz ouque tiveram e gênero. Asmulheres quetinhamparticipado sobre osdireitos dasmulheres conhecimento e com mobilização deexperiência uma variação mulheresincluir mais marginalizadas, com às diversidades das mulheres,importante foi mu Considerando aescuta das mulheres- partici Em todososcontextos, aanálisedegêne - 4. lheres: 8 inclui as percepções das mulheresinclui sobre Para terumarepresentação maisfiel A s (in)seg p rinci u rançasdas p ais achados -

PPG, relatados deenvolvimentos foram casos mais doabusopolicial. E, no especificamente As quetinhamparentes reclamaram envolvidos respeitosos. eeram deseutrabalho obrigações comtiam abusoseaquelesas quecumpriam a atuação da Polícia entre policiais que come- das mulheres com relação àPolícia. comunidades, assimcomo afaltadeconfiança PPG eemoutras evidenteno pelo tráfico restou policial. Acontinuaçãoimpostos decastigos raspado por ter sido vista conversando com um que, recentemente, umamulher ocabelo teve do relatórionoPPG, uma mulher comentou na comunidade. No encontro deapresentação remanescentes pelostraficantes do observadas cumprimentá-los, poisacreditam queestão sen- mais estreitas com ospoliciais, limitando-sea mulheresevitam tenhamafirmadoquerelações veis represálias. bem comoesuaspossí- aviolênciadotráfico o medoqueostiroteios voltassem aacontecer, constante sobre acontinuidade doprograma e Mundo eOlimpíadas. Havia uma insegurança dades eventos, apósosgrandes como Copado com dascomuni umapossível saídadaUPP - das asmulheres diziarespeito àpreocupação tiva dasmulheres. lência, daperspec- emedoapartir insegurança respostas atrês questões: avio- oquesignifica nham sempre como objetivo capturar central nio doterritório. dedomí - redução dopoderdostraficantes tiva continuam existindo,- mesmocom asignifica emedosdadominação dopodertráfico cas consenso dequehásegurança.- Algumaspráti te poucomaisdepaz”,“um não geraaindaum fatores que, segundoumadasparticipantes,- garan a menorvisibilidadedefogo. dearmas Esses em quasetodasascomunidades, assimcomo mas aindapresente. umacaracterística Essafoi cialmente detiroteios menosvisível, edetráfico da UPP, possível espe- foi notaradiminuição depois daUPP. que, Afirmam comchegada a marcados pordistinçõesentreforam antese volvidos no trafico ou são usuários dedrogas. ousão notrafico usuários volvidos Mas mesmocríticas, asmulheres distinguiam Talvez porisso, emdiversos momentos, as Uma dasquestõesquemaisamedrontava to- Os encontros com asmulheres emgrupo ti- Os discursos das mulheres sobre insegurança 4.1 (i im n p ) T seg la ra n n u tação das UPPs sições ra n

ç as com a p arciais : segurança dentrodacomunidade. doquefora segurança umamaiorsensaçãode mente mencionaramfoi em creches aumentamasensaçãodesegurança. assim como apossibilidade dedeixarseusfilhos em cursosprofissionalizantes oueducacionais, ticipação dosfilhosoujovens dacomunidade recreação. Asmulheres queapar- destacaram e educação, e delazer eoportunidade trabalho sociais associação com aspetos sociais: serviços ça. Alémdisso, essetematambémprovocou a postas falavaderespeito, dignidade econfian - desegurança,significado das amaioria res- gunta sobre oqueéviolência. dasvezes,na maioria reações as primeiras à per- mente cometidas porparceiros íntimos, foram, vivenciadas no âmbito da família,- principal baixo de18anos, faltando. claramente foi relações sexuaiscom moradoras, especialmente quenãopoliciaister permitisse Uma política mais’ eporquerer sexualdepoliciais). aatenção como profissionais (porusar roupa de- ‘curta tanto ematividades emgrupo que participaram nas, maisvelhas mesmoporalgumasmoradoras encima das mulheresculpa é colocada ou meni- decomo a umexemplo forte foram ses casos de policiais com meninas da comunidade. Es- que são presenciadas evivenciadas pelasmulheres. emsituações de violência intervenções poucas e queessemedofazcom queacomunidade faça revelar queomedoaindaéalgo muito presente situações de violência. Essas falas pareciam comunidades, “ninguém faznada” diantede em todasascomunidades, que, queafirmam nas longo falasrecorrentes dodiagnósticoforam Outra mudançaqueasmulheres frequente - Outra Ao passoque, quandoperguntadas sobre o De fato, deviolênciapolicialeviolências casos Outro aspecto que nos chamou a atenção ao a atenção aspecto que noschamou Outro QU 4.2 “ aqui na comunidade eumesinto nacomunidade aqui segura. mesmo para osmoradores dacomunidade. Mas émaisseguro, jánão dacomunidade redor nem mesintonão segura, tem muito assalto. Hoje ao podia aberta. deixaracasa Hoje eusaiosegura e totalmente seguro, se assimcomonacomunidade dida, tiroteio, massaíamosemCopacabanaeera ela pede ajudaemesmocommuita gente passan- Antigamente, agente tinhamedodebala per- Você vê alievocê aquilo pode não nada, fazer A o p i i n a n terve drão da i n g u n ém faz çã n o ã o n ada”:

nas inseguranças queelaenfrenta emtodosos nas inseguranças UrbanadaMulherconsiste tema daSegurança dotrabalho.não ofoco foi queo claro Ficou marcante, considerando que violência doméstica especialmente deste diagnóstico foi período relatados emtodasas comunidades o durante sofrer.ram de casos A prevalência e severidade que as mulherestipos de insegurança relata- de violênciamaisnormalizadas. parceiros íntimos, surgiucomo umasdasformas aspecto, aviolênciadoméstica, cometida entre ”é assim mesmo”, “em todo lugar tem.” E, nesse normalizados. Expressões comuns incluíram, perguntada sobre elas) oqueéviolênciapara daCoroa:moradora pelo medoderepresálias, comouma afirma radores dessasregiões. Não denunciamsempre fato, dosmo- disciplinado ocomportamento consideradoseram delatorestenha, talvez de ao longo dosanosdedominação àqueles que pelotráfico aplicados eastorturas Os castigos deproteção.o silênciocomo ummecanismo ticipantes, eessemedoéoqueparece impor situaçõescurso para deviolência. aPolíciachamar não éapontado como umre- cia nacomunidade. Além disso,claro que ficou são lembradosmesmocom apresençadaPolí- decorrentesexpor eosriscos dessaintervenção vejo, não escutoenão falo.” se significa Intervir mentado nosmoradores(as) aideiado “não etenhasedi- impunha essecomportamento que pareceporumpassado que persistirtalvez lei dessascomunidades. Umcomportamento de violência, dehistórica parte parecem fazer A violência doméstica foi um dos principais umdosprincipais foi A violênciadoméstica Assim, muito omedoeaviolênciaforam (Participante daoficinaCoroa, quando O medoaparece emmuitas das falasdaspar- O silêncio, emsituações anão intervenção nosso medo, por causadasrepresálias. grande e sutil, podemos mas não exteriorizar dedrogas)pelo filhousuário que é constantementemoradora agredida quevocêIsso éumasituação sesente violentada. nada,fazer porque aspessoas commedo. ficam do eolhando, vendo asituação, sepode masnão Tem outra violência bem sutil, adomedoé (ParticipantePPG sobre daoficinauma 4.3 res violê Mu p ostas aos casos de da n cia n ç doméstica as,

p adrões 9

e

vivido noespaço doméstico. convivam outenham con- que membros deum grupo e efetua, distintos inclui relações nasquaisseconstrói espaço físico, mastambémàs não serefere apenasao aqui doméstica 9 Violência 123 artigo (in)segurança das mulheres em comunidades cariocas com UPP 124

COMUNICAÇÕES do iser Dossiê Mulher2011(Insti- http://urutau.proderj.rj.gov. tuto de Segurança Pública) Pública) tuto deSegurança br/isp_imagens/Uploads/ 10 Veja Ramos, 2011e DossieMulher2011.pdf lência letal (principalmente cometida e sofrida cometida esofrida lência letal(principalmente dade de fato, de vio- uma diminuição descobriu UPPs- quecomparou decriminali estatísticas as mulheres. Umaanalisedeimpacto sobre as para emalgunsaspetosimportantes segurança todas ascomunidades, melhorou queaUPP desse tipodecomportamento. nainibição maiseficaz mostrava-se esses casos elas,para aresposta apresentada porelepara nessassituações, dotráfico interferência jáque, Por vezes, elaspareciam saudosasda mostrar-se despreparo lidar com dos policiais para o tema. das UPPs nascomunidades, o surpreendendo antesedepoisdaentrada de violênciadoméstica sobre umparalelo ocenário ticipantes traçaram oacontecimento. durante casa aguardava dotráfico da doladofora de grupo das represálias sofrer, quepoderiam jáqueum pais dela, pormedo quenãointervir puderam bateunasuanamoradafrente dos traficante siderada. Umamulher doBorel relatou queum com violênciadoméstica, quenão éassimcon- questão desegurança, muitas vezes, mistura-se como a violência urbana, que é considerada uma a permissão. Umexemplo noBorel mostrou inadequado,portamento como irao bailesem lam”, dereprimi-lasporumcom- umaforma dassuasmulherescabelos “quando elasvaci- em queestestenhamraspadoporcompleto os pectivas mulheres. Não relatos faltaram decasos agrediam comtraficantes frequência assuas res- possuía anteriormente. ras” daconvivência ede “assistência social” que não maiscomo detentordefunções “regulado- na comunidade, sema ostensividade anterior, e sentido,claro permanece queotráfico ficou precisando deremédio oude socorro. Nesse assim como quandohaviamoradores doentes deviolênciaentre emcasos casais,ajudaram castigado.sor seria queostraficantes Afirmam e aagressão não serepetiriamais, poisoagres- quisesse apanhar, podia “dar queixa” ao tráfico tessem emsuasmulheres. umamulher não Se já sabiam “a lei” a eles se ba- que se aplicaria nomorro,havia muitos traficantes oshomens mulheres que, afirmaram antigamente, como umtemarecorrente. foi tação daUPP Muitas a mulher tratadaantesedepoisdaimplan- era pública. análise deviolênciaesegurança menos visíveis e contadasuma das formas nas espaços público e privado, no âmbito urbano, e É importante destacar quenota-se hoje, destacar É importante em Nesse aspecto, dosrelatos, namaioria aspar- As mulheres afirmaram, ainda, queospróprios A comparação entre como a violência contra mula arealizaçãodasdenúncias. que aresposta dospoliciais, emgeral, desesti- lugar adequado procurar para nessescasos, visto o não seria denunciar eacrençadequeUPP dos relatos dasmulheres sobre foi omedode gido pelodomínio dotráfico, jáqueamaioria Delegacias de Polícia, restrin- o que antes era eacessopela maiorpossibilidadeàs debusca munidades com UPP. têmaumentadoviolência doméstica emco- contou: doSalgueiro focal do grupo deatendimentoàmulher.algum tipodeserviço adequado realizaçãodadenúnciaoupara para sem apreocupação dereferenciá-las olocal para à UPP, aresposta simplesmente foi “não éaqui,” cometida porumparceiro íntimoouex-parceiro deviolência do mulheresumcaso levar foram ses casos”. relatos vários de que, Ouvimos quan- intervêm, porisso, “não adiantanes- chamá-los emalgunsespaçostram específicos, estesnão vistos emtodaacomunidade, queseconcen- retrata bemessalacuna:PPG te afetadaspelaviolênciadoméstica. asmulheres,para quesão desproporcionalmen- insegurança lacuna queresulta emumaclara uma parece teraberto res intervir) ideaispara (aindaqueestesnãoosato- fossem nesses casos doméstica, somada amenoratuaçãodotráfico daPolíciaposta porparte deviolência noscasos Pública. 2012). Ao mesmo tempo, a falta de res- pelos homens) (Fórum Brasileiro deSegurança Assim, quedenúnciasde osdados indicam No mesmosentido, umajovem participante As mulheres queospoliciaisnão afirmam são daoficinado A faladeumadasparticipantes a casa dela,a casa ela. perturbar então ela voltou para dela. damãe casas Elevai tem 18anosetem umnenémrecém-nascido... da vócasa por um mês, masteve que voltar... ela ela, ocorrências... várias Elaficouna ela jáfez fazem nada. Agoraameaçando fica onamorido ninguémpodemulher meter acolher. o policial eles dizem que se é briga e de marido polícia está não adiantando. chamamos Quando é aleidapolícia, éaleidaUPP, masessaleida A primeira vezquefui denunciar ...minha colega vainaUPP reclamar enão A leiquevigora agora émaisadotráfico não 10 Isso talvez se justifique Isso talvez população. Nesse sentido, não relatos faltaram nas comunidades, considerandoadensidade da A ideiadeespaçoébastante restrita privado acontece entre parceiros íntimos dentro dolar. que normalmente violência como uma forma públicos, associações com desconstruindo essa ros íntimos, muitas vezes, ocorreu emespaços natentativadematá-la.na casa colocoufogo lher relatoudairmã queomarido a mulher quemsofreu lesõesgraves. mu- Outra entrou eespancou marido emumsalão debeleza na quadradacomunidade edeoutro, emqueo públicos, como umrelato deumqueaconteceu emlocais eespancamentos centemente ocorridos que incluíram, porexemplo, esfaqueamentos, re- tida por parceiros íntimos ou ex-parceiros. Casos daviolênciacome- porcausa lheres era sofriam diagnóstico, odanofísico maissevero queasmu - discutidasneste deinseguranças todas asformas duras, edanosfísicos espaçamentos graves. De Muitas mulheres relataram facadas, queima- das agressões,severidade significativo. o que foi mulheres. dorelato das desse tipodeviolênciaapartir resolve atualmente: (ounão) resolve oscasos reza. sobre quem afaltadeclareza Afalamostra a sermaiscomum dessanatu- ouvirever brigas ou,desde achegadadaUPP pelomenos, passou mulheres, aumentado teria a violênciadoméstica A segundaéqueaviolênciaentre parcei- de ograu foi dessas características A primeira Foi características algumas possível verificar doPavão umamoradora Segundo eoutras andam [no sentido de não estaremandam [nosentidodenão presentes]. tem eospoliciais, polícia nomorro também, não apanhando, podem masnão porque nada fazer eles [ostraficantes] vêem as pessoas queestavam apessoa queestavasocorrer apanhando. Hoje gamente eles mesmos[ostraficantes] viameiam bater tem enão comovocê pedir ajudaanti- batem,comunidade] batem mesmo, porque quer traficantes] estão não nemaí, eles [oshomensda bandidos chegava para otroco eles. Hoje eles [os né?! Massebatesse esechegasse ouvidosdos aos estarmarido batendo na mulher. ‘Bater batia, antes agente escutava não eviaessenegócio de lugares ter deveria mais... éque masaverdade (ParticipanteSalgueiro) daoficinado que vai resolver oque?’ Falei, ‘sou cidadã.’ hou para minhacara efalou: - ‘você acha uma violência doméstica, opolicial ol - Hoje tem muita polícia nomorro, emalguns

blico nessescasos. dopoderpú- real possibilidade deintervenção possívelsolução eeficaz, diantedadescrença comunidade”). relatada Essafoi como aúnica de parentesà casa a menina da distantes (“tirar da comunidade, enviadas queforam pelafamília detraficantes vítimas deviolênciaougrávidas mulhereslatos defamíliasqueafastaram jovens calar, virar, aguentar, efugir. evitar re- Ouvimos como se descritas situações deviolênciaforam dos, respostas asprincipais dasmulheres as para os agressores. relata Emquasetodososcasos - recaem sempre sobre as mulheres, enão sobre de quearesponsabilidade eaculpadaviolência “onde não devem.” que sempre coibiu osmoradores deintervirem do tráfico, pelo medo histórico parte grande reações demoradores(as) dacomunidade, em comuns com queasmulheres descreviamas doméstica. mais asformas Essasfalasforam deviolência noscasos evidente particularmente anão para intervenção,cativa queseverificou nascomunidadesutilizada como umajustifi- emulherrido não semeteacolher” seguesendo comunidade pequena. muitoperiências vergonhosas elaemuma para temente ahumilhavanafrente dosoutros, ex- constancomentou- tambémqueseumarido empregada doméstica, com quase50anos, protetiva, agredida foi emcasa. que, mesmo depois de conseguir uma medida seu namoradoaagredia emespaços públicose 20 anosdoBorel relatou que, vezes, porvárias acomunidade.constrangimento perante dehumilhaçãoe ços públicoscomo umaforma parceiros íntimosocorre, muitas vezes, emespa- possívelfoi notarqueaviolênciacometida por entrevizinhos.ciar brigas casais Alémdisso, de mulheres quedescreveram ouvirepresen- Por fim, eafaltadeinformação, apobreza éofato aatenção aspectoquechama O quarto A terceira équeaexpressão “em dema- briga mulher doBorel,Outra como quetrabalha Em umadasentrevistas, umamulher jovem de e contavam... deplantãofofoqueiros chegavam pra minhamãe casa...Na rua, ligar, precisava não osolheiros, os eu passa maisvergonha de doqueestando dentro équequandoera narua diferença na rua....A decasa, dentro maseraúltima vezfoi sempre centro, nomorro, efestas, noterreirão sóessa decasa,tro masnarua...era emshopping, no ...quando acontecia comigoacontecia não den- 125 artigo (in)segurança das mulheres em comunidades cariocas com UPP 126

COMUNICAÇÕES do iser três filhosnacomunidade, demonstravaessa facções rivais.tóricas entre comunidades vizinhas, das his- em razão possível notarquenão haviaqualquercirculação umlugarjáconhecido.derá-la Alémdisso, foi delas, do que em fora que moravam por consi - dentrose sentiam mais seguras da comunidade precisavam circular. Assimcomo, que disseram onde nãoou moravam não partes iam para muito nascomunidades claro queasmulheres lhesgarantido. teria da UPP Também ficou liberdade que, demovimento emtese,- achega tavam acostumadas, parecendo não aproveitar a nosquaises- emínimaemcaminhos prática minhos muito restritos. Amobilidade delasera ondevam apenas para precisavam- ir e em ca descreveram suacirculação, relatando queanda- consistente nascomunidades, onde asmulheres antigamente. Por outro lado, houve umpadrão por não temerem maisasbalasperdidas como ou mulher com deficiência física. cular desubiromorro qualquerhomem para Borel comentou sobre- adificuldade emparti do, umamulher com umadeficiênciadofísica vender. para comida emateriais Nesse senti- bem com sacolas decompras, edescemcom nocolo,crianças acompanham osidosos, so- são as mulheres responsáveis que carregam as ciais degênero. edescendoomorro, Subindo so- pelasnormas de cuidado aelasatribuídas as responsabilidadesrealizem e domésticas cular dasmulheres érequisito queelas para - queamobilidade emparti evidente Ficou paços públicos, suamobilidade ecirculação. como asmulheres aforma afeta usamoses- tro conseguir anospara umacasa. uso debebidaàsagressões), elalutava por qua- agressivotornava (outrosassociavamo casos dele quando ele bebia e se estar no caminho outro lugar onde morar, e evitando calando-se agressivoguia com umex-marido porfaltade gueiro, porfaltadecondições financeiras, se- anos,- deumadasáreas mais carentes doSal violência doméstica. Umamoradora, com 47 viver assuasopçõespara livre da ticamente parentes àsmulheres atribuídas - limitamdras as responsabilidades de cuidado com filhos e 4.4 Uma mulher de 30 anos, que vivia com seus As mulheres acreditavam ter mais mobilidade inadequadoO desenhourbano dasfavelas e as M obilidade, i p etos de gê com un idades n fraestr n ero n u as t u ra serviços de saúde e escolas para seusfilhos. desaúdeeescolaspara serviços achar tudodenovo emumlugar novo, como no Borel falavasobre suapreocupação deter des sociais. daoficina Umamãe queparticipou novas re- osfilhoseconstruir escolaspara novas nhas, umaremoção, elas, para conseguir implica Primeiro, ofatodequeelasnão semudam- sozi tam asvidasdasmulheres diferente. demaneira decorrentes daespeculaçãoouderemoções- afe como de umelevador. previstapelaprefeitura,minho dealgumaobra inseguros- emlocais ounoca sas construídas sul; eaquestão dasremoções- porconta dasca no PPG, comunidade nazona única localizada na comunidade. Issosedestacou especialmente demuitas apermanência mulheresviabilizando preço ficoualtodemais, decompra dascasas in- imobiliária, queoaluguelou quesignificava (muitas vezes, emcimadomorro);e precária, nasáreas principalmente maiscarentes relatados pelasmulheres participantes: construção oupelasfestas. nas ruas preparardentro para comida quevendia decasa liares, eespecialmentequandoelastrabalhavam ponsabilidades de preparar comida pelasfami- problema dequando faltavaaguaporsuasres- asmulheres:afeta quando perguntada sobre como a falta de água ticipante daoficinaCoroa disseoseguinte dificuldades com grandes moradia. Umapar- nação, inadequado, transporte faltade águae elas:representaram para inseguranças ilumi- que urbana seguintes aspetosdeinfraestrutura dele. to dacasa cuidava doseubebê, per- ocaminho evitar para -la. quetrocarapessoa Elatambémteve - quecostumavaperturbá deseuex-marido casa outros lugares, evitando, assim, passar próxima à damãe,percurso acasa irpara para eapoucos cia esubiaomorro, sempre omesmo fazendo dacomunidade.parte Elaapenassubia, des- vavelmente, seperderiaandassepelaoutra Coroa desdequenasceu, emencionou que, pro- tendência demobilidade limitada: na morava Participantes relataram como as mudanças Sobre otemadamoradia,Sobre três problemas foram Varias mulheres outras comentavam sobre o As mulheres especialmente sobre falaram os cisam de maquina delavar.cisam demaquina porque lavamroupa, não nempassam. Não- pre A falta impacta deáguanão tanto homens, aos speculação encontram-se presos. Mencionaram, ainda, que liares nosconflitosouqueosmesmos dotráfico companheiros,deram maridos, amigos efami- mulheres sozinhas. Muitas relataram que per- queexisteumade geração possível verificar e aparente,flitos mostrou-seforte mais foi com homem notráfico: envolvido conceito queenfrentava quandoestavacasada rel, comentou sobre osmúltiplos tiposdepre - osfilhosquandojovem eviúva:de criar na oficinadaCoroa, falousobre apreocupação dedrogas.tráfico edoseuirmãono doseumarido envolvimento de perder aguardacausa do doseufilhopor de 24anos, entrevistada nomorro daCoroa, foi dosfilhos.rança Omaiormedodeuma mulher imediatamentevinculadas eram àsegu- vezes dasmulheres,inseguranças asrespostas muitas des ofatodeque, quandoperguntamossobre as dadas porpoliciaisouteremrevistadas. suascasas mais sujeitas à possibilidade de seremcam abor- atividades ilícitas. Alémdisso, poressarazão, fi- algum homem nessas dafamíliaestáenvolvido e daquestão financeira, especialmente, quando emocional detrabalho, decuidado com afamília gas. Elascontaramcomo são afetadaspelacarga irmãos, paisefilhoscomousode otráfico dro- vimento dosmaridos, namorados, ex-parceiros, de como asmulheres afetadaspeloenvol foram - dos homens nasvidasdelas: ouvimoshistórias 4.5 Nas comunidades dos con onde- ohistórico Finalmente, mulher, outra de21anos, doBo- parecida,De forma mulher, outra maisvelha, Foi muito marcanteemtodasascomunida- As mulheres vivem erevivem ainsegurança com ele, sim. acho. Hoje emdianão, masquandoeuera casada pessoasconhecer novas, quetem preconceito, eu amigas quemuda, entre uma afinidade até você filhos pra criar. Eoqueia filhos? passar pros queestava comtudo concordar bem, tinhatrês quetavapressão maluca, ficando então não podia cedo e houve momento na vida em que tinha im- tos anos, cheguei com10anos, aqui viúva muito Num trabalho, curso, coisa, qualquer até mesmo ....essa e aviolência. há mui- aqui moro Já não é i In n seg seg p arceiros u u ra ra n n ç ç a dos maridos, a da m , filhos: u lher

privadas responsáveis.privadas ticulação entre ecompanhias entidades publicas mostrou selentoeburocrático, com faltadear- aspetos deinfraestrutura cesso de formalizar asmoradoras.mobilidade esegurança Opro- dificuldadesimpedirmaior para as principais cipais dacomunidade, apontados foram como - mente emlugares prin maisafastados dasruas dificuldade de acesso detransporte,- particular lheres. inadequada, Iluminação faltadeágua, e asmusentado para fatores- deinseguranças casos, simplesmente, por falta de oportunidades. ser abordada pelaPolícia, e, também, emalguns aspossibilidades de evitar medo oumesmopara desnecessários, caminhos fazer como evita por sairmuito evita decasa,das participantes assim nidade epelacidade, queamaioria verificamos nessetipodesituação.intervenção lência doméstica, aPolícia repete padrões denão considerando que, com relação devio- aos casos asmulheres, para maior sensaçãodesegurança comunidades parcialmente temsignificado uma decorrentesição daimplantaçãodasUPPs nessas comunidade: da pelasmulheres da (semmarido) sozinhas mais de50anos,- sobresofri adiscriminação achar umjeito. Uma mulher sem homem de se teve “virar,” dacomunidadetabilidade porparte emgeral. “status” elas, para maior respei conferindo-lhe - ao lado parece significar, medida, emcerta certo sexual, casa.com filhos e uma Ter um homem sociaisdeumamulhernormas casada, heteros- quaisquer mulheres que não viviam segundo as zes, contramulheres adiscriminação e solteiras afaltade notaram ‘lugar’ mulheres para e, àsve- res emtodasascomunidades. Várias mulheres solteiras, visível foi emencionada pormulhe- nafavelaque nasceram aindaestão vivos. que, hoje, poucoshomens dafaixados30anos doEstadoe dizimaapopulaçãonegra a política 5. Dificuldades com moradia é uma insegurança Dificuldades com moradiaéumainsegurança têm,Aspetos infraestruturais também, repre- àcirculação dasmesmas pelacomu- Quanto O diagnósticoapontou queoprocesso- detran Como diz uma participante doBorel,Como dizumaparticipante com A presençademulheres, especialmentemães sou a chefe dacasa. sou achefe homem, mesmoqueeutenha filhoshomens, eu então devezem quandoeutenho quevestir o R Na eu sou o homem e amulher minha casa eflexões e recome n dações 127 artigo (in)segurança das mulheres em comunidades cariocas com UPP 128

COMUNICAÇÕES do iser iluminação etransporte, nas particularmente noacesso àágua, melhorias para das foram das mulheres e, sobre esseaspecto, asdeman- na segurança têm implicações de infraestrutura todas ascomunidades. mencionados foram em distintas faixas etárias lho, demoradores(as) interesses de ehorários que reflitam asdemandasdomercado- dotraba osjovens eadolescentespara dascomunidades profissionalizantes aspróprias para mulheres e geração de renda, para oportunidades cursos elas. para gera segurança Assim, de acriação vimento dosfilhos, dosfilhos easegurança especialmente pela preocupação com oenvol - nidades sociaiscomoao alternativas tráfico, - eoportu muito maisese relaciona aserviços envolveclaro queasensaçãodesegurança ficou dessas comunidades,ouvindo as participantes com fortemente “Polícia” ou “UPP”, contudo, são, deSegurança líticas emgeral, associadas osachados erecomendaçõescar apresentadas. deacrescentartiveram oportunidade emodifi- aoquando elas compartilhadas finaldotrabalho com dodiagnósticoeforam fruto guir foram aoutras. essesserviços eindicar encaminhar disponíveis elas, para sos eserviços assimcomo des, aprendendo osrecur aconhecer eutilizar - resiliência, deproteção estratégias ere criando - capacidadede lheres umaenorme mostraram éhomem.”“homem Por outro lado, muitas mu - ro, quandocomentam, porexemplo, como frases mas respaldam os padrões tradicionais degêne- apoio ao tráfico). Alémdisso, nota-sequealgu- plo, papéis de ou fazendo batendo as crianças edaviolência(porexem dotráfico - participam vítimas. Como nomundo inteiro, asmulheres asmulheres como racterizar exclusivamente nas comunidades. asquestõesquemaisinquietavam informar ouvidasecontribuíram,foram igualmente, para cia comunitáriademulheres enomovimento diversas idades, eaquelas namilitân- envolvidas lheres: donas decasa, autônomas, religiosas, de de um perfil bastante diverso de tribuição mu- as mulheres ganham. baixosmais ainda que considerando os salários ou especulaçãoimobiliária. Essasituaçãopiora mudar outroderemoções para lugarporcausa os filhos. Por exemplo, setiver anecessidade de suas responsabilidades ecom noâmbito decasa crescente asmulheres, para dado muitas vezes Assim como foi possível inferir queprojetosAssim comopossível foi inferir Expandir oconceito desegurança. AsPo- As recomendações queapresentaremos ase- claro,Ficou também, quenão- épossível ca dacon- realizadoO diagnósticofoi apartir se, masnão perguntarsobre como oshomens dasmulheres.res –nasegurança tanto como funcionários, tantocomo asmulhe- entender como envolver oshomens moradores querem maisinvestigação, alémdeanalisepara menos resposta. essas violências que re São - creve (2007), Moura não contadas, ecom muito e controle asmaisinvisíveis, –ficam como des- jam sentidasnodiaaporrelações depoder violências ‘micro’ em especial, aquelas que este- como experiências ‘violências’ queas –significa certas nidades chamar e nasociedade deevitar Em particular, opadrão existentenascomu- resolução deconflitos. comunidade, de locais tantocomo mecanismos nham sidoporelasvivenciadas nocotidianoda situações deviolência, geral, demaneira quete- de compartilhamento espaços para terapêuticos dades. ademandapor clara Assimcomo ficou também, agressores para nasprópriascomuni - mulheresvítimase,íntimos para ecrianças dimento àviolênciadoméstica/entre parceiros deaten- manda pelooferecimento deserviços órgãos para competentes. ou encaminhamento que sequerprestam qualquertipodeorientação esses são sempre menosprezados pelospolicias, Polícia essescasos, para poisconsideramque as mulheresna confiança pouca demonstraram humanos, pois, ao longo detodoodiagnóstico, deviolênciacontraamulhercasos edireitos citações policiaissobre para oatendimentoaos frequência eintensidade nascomunidades. como temadesegurança,carada apesardesua diagnóstico apontou queessaquestão não éen- desvalorizada. sistematicamente doméstica O hierarquia entre asviolências, sendoaviolência atual, ocenário verter uma emqueseverifica desegurança,temas prioritários demodoare- mulheres enfrentam ser tratadoscomo devem entreências eriscos homens emulheres. - emconsideraçãoasdiferentes experi levando não sãodo ambiente(construído) realizados o fato de do que para o planejamento e a gestão Social,dades pelaUPP desenvolvidas apontan- das ativi- perspectiva parte de gênero fazer deve familiares umademandaprincipal. tambémfoi asmulheres para dia dignaeigualitária eseus decasa.perto - amora garantir para Estratégias não chegava postes funcionando eotransporte principais,áreas deruas fora onde haviamenos Gênero não sempre atodaanáli- écentral deviolênciaébastanteclara.A banalização Ainda nesteaspecto, de- notou-se umagrande Parece ser indispensável- a realização de capa Além disso, queas e inseguranças os riscos Nesse sentido, quea destacar éimportante dania maisigualitárias. deespaços,bilita aconstrução ecida- políticas possi- urbana esegurança de desenvolvimento uma análise de gêneroaplicar em todas as fases mens, mulheres, meninosemeninas. Por isso, as comunidades ecidades são realidades deho- deque nóstico reforçou danoção aimportância transversal. deumaforma integrá-lo Essediag- separado ouassuntosódemulheres, significa nero”, então, nãocomo tratá-lo tema significa munidade como espaço urbano. o Priorizar “gê- deumaco- gestão malinformada oupolítica completa, quepoderesultar emplanejamento, umaanálisein- distintassignifica prioridades e mulheres podiam ter experiências, e riscos World Development. 31: 8. and flections onGender Development.”Participatory Participativo]. Voices? “Whose Re- Choices? Whose eDesenvolvimento Gênero sobre Reflexões de Quem? America. Chile: EdicionesSUR and Rights. Women andHabitat Latin of Network e Direitos.] Violência Women in the City: On Violence Clark.Fiona London: Books. Zed flict and Violence,Political eds. and Caroline Moser Victims, Actors orPerpetrators? Gender, Con- Armed Gênero,sores? Violência e ConflitoArmado Política]. sive city. Research findings, Delhi, 2009-2010. Understanding women’s safety: Towards genderinclu- inclusiveheres: umacidade degênero]. Alcançando Banco deDesenvolvimentoLatina. daAmerica e Laboratorio de deAnalise Violencia; financiado pelo dora (UPPs) no Rio de Janeiro. com UERJ Em parceria exploratória do impacto de polícia das unidades - pacifica de Segurança da Mulher em Bairros de Baixa-renda].de Segurança em Bairros da Mulher Pú t R ional F Fó C URN C J J eferê agori agori al blica or ockb rum ú nwall , A. (Ed.). 2010. naCidade: [Mulheres Sobre ( . . B n

2010. WICI). e 2012. ‘Os donos do morrro’: uma avaliação 2012. umaavaliação donosdomorrro’: ‘Os

cias W rasileiro , , A. ome C. [Entendendo asegurança dasmul- 2003. [Vozes Escolhas deQuem? 2001. [Vitimas, Atores,- 2001.ouAgres [Vitimas, 2010. Auditorias [Manualsobre bibliográficas n

in

C de ities S egurança I nterna -

Safety Audits.” Security Journal. Audits.” Security 22,Safety 205–218. gurança daMulher.]of Effectiveness “The Women’s vers, K. 2009. deSe- dasAuditorias [AEfetividade Kenya: UNHabitat. da Mulher.] Assessment onThe Global Women’sSafety. Commission.rou 2008. Global deSegurança [Analise general/gicp_baseline.pdf treal: WICI.http://www.femmesetvilles.org/pdf- Inclusive theGender CitiesProgramme. Mon- from Create Inclusive Gender Cities: Baseline Findings Women from Inclusive Learning Cities.’] ‘Gender to InclusivasCidades deGênero: Achados doPrograma lence-and-urbanisation. - women-and-city-examining-gender-impact-vio ber 2011]. http://www.actionaid.org/publications/ andNepal.Liberia International, ActionAid Novem- Comparative Brazil, of Study Cambodia, Ethiopia, andUrbanisation. Impactsof the Gender Violence A eNepal.]Libéria Women andtheCity: Examining Um Comparativo Estudo de Brasil, Camboja, Etiópia, do osImpatos naeUrbanização. deGênero Violência de Janeiro: 7Letras. armada. oRiodeJaneiro. Umsobre decaso estudo Rio Almedina. e espiraisidentidades da violência armada. Coimbra: national. incollaborationJagori with Women inCitiesInter- Urban Neighbourhoods: AFocus onEssentialServices. A Handbook on Women’s inLow-income Audits Safety (CEPIA). 2010. Brasília eRiodeJaneiro (ONUMulheres) noBrasil: dasMulheres Progresso 2003- desafios? O o queestá mudandonasfavelas cariocas, os quaissão ternational. Nairobi,where? UN-Habitat/Women inCitiesIn- e aonde?] Women’s Audits: and works Safety What deSegurançaAuditorias daMulher: Oquefunciona WICI, LatinaeHuai yHabitat Mujer - deAmerica WICI. 2010. aCriar dasMulheres [Aprendendo R T M L W M a ambr amos hitzman oura oura ylor , ick , , S.. 2011. Violência, eUPPs Mulheres – , T. 2007. Rostos Invisíveis daviolência A. T. 2010. Novíssimasguerras. Espaços, 2011. e Cidade: [Mulher Examinan- , M , C., Shaw, M., Andrew, C., e Tra- . e . e T ra vers , K. 2007. [As 129 artigo (in)segurança das mulheres em comunidades cariocas com UPP 130

COMUNICAÇÕES do iser notícias do O e p isódio o P OR do

C A ndré o A u mp R

le n odrig F ada: lexo m oto: S hutter ão u S t es ock.com 1 no que diz respeito a horizontes maisdilatados.no quedizrespeito ahorizontes co, imediatos como dosefeitos tantoemtermos dos traficantes. por parte nasfavelasmado dos assuntosdavidapública contanto queissonão represente ocontrole ar- continuar havendo emáreas tráfico ocupadas, fico dedrogas. Admite-se, portanto, quepossa mento temprecedência sobre ocombate ao- trá favelas doRio. No discursooficial, essefunda- emdeterminadas trole armadodetraficantes que temcomo fundamentoaretirada docon- umamodalidade depoliciamento acabo levam deimplantaçãoeoperação,sua lógica asUPPs de prioridades, escala em outra pelas UPPs. Em vem sendo posta de lado, ou pelo menos posta drogas. Essetipodeargumentação, tão familiar, dos confrontos quevisamcombaterde otráfico corrente: anecessidade deumrecrudescimento camente, deumaresposta emtorno re giraram - Brasil, em geral, e no Rio de Janeiro, especifi- no pública problemas deviolência esegurança das questõesqueatravessam odebatesobre os poder público, nasúltimas décadas, emtorno opiniões do senso comum e as iniciativas do noBrasil.ça RiodeJaneiro: Iuperj, 2007)), as esegurandências nacobertura decriminalidade - e Anabela Paiva (Mídia e violência: ten novas - Ramos de modo interessante no livro de Silvia noRiodeJaneiro. pública ça Explicomelhor. nocentroda tráfico gestão- dalógica deseguran quepretendeo enuncia porumaretórica inserir qual aimprensa dotema. tratava Estacilada se algumas ciladas seapresentavam nomodopelo ladas), nodiaseguinte, tive aimpressão deque forças doExército contraas láinsta- traficantes Complexo doAlemão, umataque de queseria mado dodia6desetembro namadrugada no tos (a saber: a ocorrência de um confronto ar- peitoso, nomínimo, inconveniente). senãodado quecoletaram desres ao material - siderei como tantoosjornalistas otratamento econ semanasatrás - amesmaemissora ta para entrevista (atéporque haviadado umaentrevis- o temadaconversa propunha, decidirecusar a acorrelaçãoestava falandoeestranhando que diante dapopulação. Eu, semsaberdoqueela das Unidades dePolícia Pacificadora (UPPs) frontos noComplexo doAlemão eodescrédito querendo marcarumaentrevistasobre oscon- metelefonou detelevisão emissora uma grande nais. pelastantasdatarde, Lá de umarepórter enemlidoosjor- havia assistidoao noticiário Não priorizar ocombate aonão tráfico épou- Não priorizar (analisada jornalística dacobertura A tônica e escutando sobre essesacontecimen- Lendo Na terça-feira, 6desetembro de2011, eunão contingência, airracionalidade eovoluntarismo. dus operandi efundamentoaimprevisibilidade, a (“pressão”,cânicas “asfixia” etc.) –tem como mo- eme- O combate bélicas –com suasmetáforas da atuaçãopolicial, pautadas peloconfronto. institucionais,petuação deposturas noâmbito asinstituiçõesbrasileiras, para mocrática aper- contexto deconsolidação deumaagenda de- fático.caráter Janeiro, de normativo eoutra umadecaráter dopoliciamentonoRiodeaspecto central portanto, arefutação para docombate como pública.de segurança dagestãoe retóricosquesevinculamàlógica operacionais dehorizontes menos naabertura passos que não ser subestimados, devem ao pleta decenário, alguns maselasevidenciam que asUPPs representam umamudançacom- cenário). a da composição violência desse policial para Iser, 1997–, emdetalheacontribuição mostra policialda ação noRiodeJaneiro. Rio de Janeiro: letalidade policial, Ignácio Cano – Letalidade de Janeiro, nosanos1990(emestudosobre a ces deletalidade daviolêncianoestado doRio do combate produziu umadisparadanosíndi- embutidosnessesnúmeros,os dramas acultura suráveis emequivalênciasquepoucoexpressam las traduzíveis emdados, oupelomenosmen- irracional e cruel. No - que diz respeito às maze as onde elasocorriam, opaco, permanecia logo, dessas ações, aspessoasquevivem para nasáre- policial (resposta adenúnciasetc.), osentido eplanejamentodaoperação tivas deestratégia - que essas incursões se pautassem por justifica daforça. epelousoarbitrário truculência Ainda se faziamperceber porincursõesmarcadas pela produzia umprocesso policiais noqualas forças vida comum nasfavelas, docombate acultura rear dedrogas. contraotráfico da Emtermos guer de fronto éaconsideraçãosobre anecessidade carioca.Ocotidiano queo marcam move o con que esimbólicas políticas produção deferidas de fundoprocessos desegregação socialea como daviolênciaqueteve pano uma escalada daspolíciasfluminenses,corporativa produziu cionalidade) docombate, nacultura enraizada que, paradoxalmente,- fundamenta-se na irra de Janeiro. (naverdade, Alógica umalógica policiais,das forças nasáreas defavela doRio apresençaestatal,modo pernicioso pormeio viciosoquealimentoude interrompe umciclo Essa mudançadeatitude, aparentemente sutil, Não édesejável, emprimeirolugar, emum frentes argumentativasseimpõem,Duas Nas linhasaseguir, não pretendo mostrar - -

Federal (UFF). Fluminense Hum(e)anos daUniversidade deEstudos do Laboratório (Iesp/Uerj) epesquisador do Estado doRiodeJaneiro e Políticos daUniversidade Instituto deEstudosSociais em CiênciaPolítica do Religião (Iser), doutorando do InstitutodeEstudosda 1 Pesquisador associado 131 artigo O episódio ou nada: notícias do Complexo do Alemão 132

COMUNICAÇÕES do iser sivas armadas dos traficantes consistem emdar sivas armadasdostraficantes a necessidade deumaresposta- estatalàsofen óbvia: invocar ocombate ao tráfico, questionar pelosegundo pontose manifesta quepropus é dessa articulação. aentrevistaémuitopara expressiva ereveladora que me telefonou dajornalista A interpelação são eficientes nocombate de ao tráfico drogas? bate; é: aperguntaquefazem queasUPPs será ocombate aonocentroserindo tráfico dode- das UPPs; esseargumentorein- (ii) estruturam naquela favelacantes umabaloàlegitimidade armadilhas:- de trafi (i)consideramaofensiva lentos noComplexo doAlemão possuemduas no quedizrespeito àsensaçãodesegurança). dosíndicescomoda violência(tantoemtermos confronto não gerou resultados aredução para produção ereprodução dessaviolência. ativadosprocessosquando oEstado de éparte davidanacidade.anômicas Émaisgrave ainda tradições etensõesquereproduzem dinâmicas daviolênciaocorredeflagração emvistadecon- de Janeiro: Zahar, 1993). Égrave quandoessa do estado e civilização.civilizador: Rio formação na noocidente(ver Elias, Norbert. Oprocesso moder- asbasesdavidapolítica caracterizam missas davidaciviledeumaordem polidaque daviolência,deflagração alémdisso,fere pre- Rio deJaneiro: Iser/RelumeDumará, 1996). A L.E. etalli. epolítica. noRiodeJaneiro Violência violência (Oinominável, nossomedoinSoares, da sivos asconsequências para daexperiência compreen- horizontes hipóteses queindicam Eduardo emumensaioqueaponta Soares comum),destino trágico apresentados porLuiz no revidequevinculaagredido eagressor aum de equivalênciasentre violênciasempregadas dido e agressor) e da indiferenciação (definição oeconfunde papéisentrejustifica revide agre- os bandidos), da intercambialidade (a agressão do agredido emagressor –asociedade contra dainversão com osmecanismos (conversão loga como resposta ao crime.dia- expectativa Essa pectativa pelopotencialreparador daviolência confronto, estáembutidanocombate umaex- rio, do mesmo nasituaçãopautada pelalógica cionais dasações policiaisbusquemocontrá- da ordem.- opera Aindaqueasjustificativas do direitosignificado como via de estabilização – ou, ao menos, atalhosquedeflacionam cria o criminal legais previstasnosistemadejustiça asmediaçõesproduzidos queignora pelocrime aosO combate danos prevê tópica umasolução Quais armadilhas seriam essas?Aquela armadilhasseriam que Quais As notíciassobre osúltimosepisódiosvio- fáticoémaissimples:O horizonte do alógica à tona riscos políticosimportantes. à tona riscos drogas, completa esseequívoco retóricoque traz pautadofoque no enfrentamento ao de tráfico plexo do Alemão com a demandaporumen- A ocorrência deconfrontos armadosnoCom- dos sucessosdesseprograma depoliciamento. Essa éumaquestãoaconsideração basilarpara ver, das UPPs. não ser agenda deve prioritária dedrogas.tráfico Ocombate ao tráfico, ameu entre violêncianoRiodeJaneiro ecombate ao dessaarticulação retórica lecer umaseparação vinculados, masoquepretendo aqui éestabe- empíricos,em termos essesdoisaspectosestão criminosos. degrupos por parte Obviamente, tigação docontrole armadodeáreas dacidade do negóciooperação que sobre do tráfico a mi- so, dizmaissobre da asafetaçõesàsdinâmicas das. por aí. E para Aquela ocupação, além dis- nente doEstado emsuasrepresentações- arma querequer- tática apresençaostensivaeperma relação àsUPPs. Trata-se deumaintervenção exemplo, representa umadasdistinçõescom que armadas),distinguem polícias e forças por mesmo, dadas asprerrogativas institucionais considero umequívoco deordem tática, até dades dePolícia. ApresençadoExército (que norteadores dessasuni- dos mesmosprincípios ocupação, a situação corrente não compartilha daquela esteja nos horizontes de umaUPP ção tado àparte. como) um caso - Ainda queacria mais objetivos, é(ou, ao menos,- sertra deveria O Complexo do Alemão, falaremtermos para das UPPs representa, entretanto, umequívoco. mão umametonímia dossucessoseinsucessos Considerar aocupaçãodoComplexo doAle- ospatamareselevado decredibilidade daUPP. deste ano, epudever como tinha esseevento da ocupaçãodoComplexo doAlemão, noinício pesquisa noMorro dosMacacos, nomomento riscos. Euestavaemcampo, de emumtrabalho possui mento retóricodado aessaestratégica dedrogastráfico parece acertado, maso rendi- táticos, polodeoperaçõesdo ocuparumgrande ocupação doComplexo doAlemão. Emtermos decredibilidadedepositar asfichas dasUPPs na tanto ogoverno como aimprensaao erraram do Alemão não é umaUPP. Considero que em geral?Emprimeirolugar, aocupaçãoinicial aavaliaçãodalegitimidade para dasUPPs,rios plexo doAlemão (suaocupação)ao rol- decrité representa umerro vincularasituaçãodoCom - emmarcha.tráfico quepõemocombatecrevem ao nasdinâmicas queseins- anteriormente os gargalosdescritos centralidade ao confronto, retomando, portanto, A segundaémaissutilecomplexa. Por que

que lide com o risco. que penso sobre Sempre nalidade – consiste em estabelecer uma reflexão de planejamento e racio- adoção de horizontes mo quandopregamos, normativos, emtermos a venção. racionais eplanejados deinter- de horizontes daleieaimplantação de mediaçãodoimpério as considerações queinvoquem asnecessidades lidades dereflexão sobre aviolência, afastando aspossibi- O episódioviolentoparece capturar tões relativas à violência, parecem estardepé. Soares, nosanos1990, aocom lidarmos ques- política,cultura Luiz Eduardo por identificadas de drogas. denossa Asdisposiçõesdespóticas por argumentos do combateé movida ao tráfico pernicioso, tantomaisquandoessavinculação tização, vinculá-las ao episódioé, nomínimo, deregulação,lógica controle- enorma externo asUPPsconsiste justamenteeminserir emuma mo. onde aquestão Emumcenário premente pautada pelairracionalidade- epelovoluntaris doEstado, tópica apontam aintervenção para cujassoluções a violênciavisõesnaturalistas Iser/Relume Dumará, 1996). Elasvinculam lência ePolítica noRiodeJaneiro. RiodeJaneiro: populares éticas eculturado sobre política- (in Vio intitulado Eduardotal comoemensaio avaliaLuiz Soares –retomam pública posiçõesdespóticas,gurança com à àquelasse- temas afetos que se articulam –especificamente,às questõesdavidapública ao episódico. imediato As respostas de caráter ções sobrepública aavaliaçãodeumapolítica retórico consiste emvincularasconsidera- Acredito quepensarsobre–mes- apolítica decorrentesUm dosriscos dessemodo Os quatro nomesdaviolência:Os quatro - um estu mentos dasUPPs não representem retrocessos. que asconsiderações sobre osfuturos- desdobra elas sejamumapanaceia. cuidarpara Devemos de fundooepisódicoeasexpectativasque aspectos desualegitimidade tendocomo pano àsUPPs,ção pensarnos masémuito arriscado UPPs enão porsuadegradação. das primar,veria portanto,aperfeiçoamento pelo de- Oambientedecrítica drogas. de tráfico ao nocombate peloenfoque ticulada aclamores preocupante a degradaçãodessa iniciativa, ar- que,para adespeito de todos os poréns, seja sições não despóticas. Issoémotivo suficiente depo- da violêncianoRiodeJaneiro apartir de soluções diminutas aosas chances problemas truculência. Tal aindamais tornaria frustração do Rio de Janeiro latente da e a uma memória pelaaçãopolicialnasfavelas sofridos traumas legitimidade dasUPPs comoaos alternativas da aconstrução mente político–quepermeiam Universitária, 2004)dáumvalorfundamental- humana.RiodeJaneiro:dição Forense Editora perdão aqueHannaArendt (Acon- –categorias depromessa e dehorizontes afrustração seria favelas ocupadas porUPPs. consequência Outra edifundidasaosfeitas moradores quevivem em depromessaso cumprimento deretaliação já oretornonas para violento dos traficantes, com ocupadas. de lacu- Issorepresentaria aabertura possibilidade dasaídadasUPPs dasáreas hoje de policiamentocomo interesse depesquisa: a tendoessasunidades querealizei sões decampo dos riscos, quelogo sepronunciou nasincur- as UPPs, por isso, omaior destaco nohorizonte Há muito o que se criticar edebatercom relaHá muito- oque secriticar 133 artigo O episódio ou nada: notícias do Complexo do Alemão 134

COMUNICAÇÕES do iser “ E ntrevistas” João e Pedro

P Su T OR T ássia ra ellen

H R j L élio ano aíza eilah eilah S Mendonça trozenberg Gu

R S S . arient ento-

iq L S andi .

u S eira ilva S m o é

a Polícia Militardeixade seraprotagonista da comunidades em que se instalam. Nesse ponto, queoutrospara benefícios edireitos às cheguem possibilidade não (embora condiçãosuficiente) égide dodireito. seja, Ou elassão condiçãode deumaordem civilpautada pela estruturação longo prazo, asbasesde na expectativa de lançar consequências. um segundoaspectosejacontemplado eproduza nificativa, éinsuficiente. É preciso edesejável que inovadora,pública talinflexão, embora muito sig- como seinscrever umapolítica para nahistória cena tendoemvistaocidadão. que Éevidente pública,da agência desegurança em queentra vidas.servar Desloca, portanto, daação ofoco oenfrentamentoevita armadopara, assim, pre- trata-se, como ésabido, deumaocupaçãoque dedoisaspectosgerais.ção Emprimeirolugar, foge aessepadrão, apóstantotempo, emfun- das UPPs representa abordagem aprimeira que gam aíalgumavirtude. como for, Seja acriação voluntária,intelectual ouignorância aindaenxer- tanto nelaehaver aqueles que, porindigência rante. Incompreensível é o fatodeseterinsistido inope- indefensável epragmaticamente camente atorespara quenãopoliciaisoubandidos. fossem emquepoucoespaço daguerra havia sob alógica drogas, discursivaseestruturou umagramática mento danecessidade deenfrentar de otráfico incursãouma nova domesmotipo. oargu- Sob seguida daretirada eabandono dessasáreas até militar,inspiração mediante oconfronto armado, se resumiuestratégia: aumaúnica aocupaçãode abordagem daPolícia Militarnasfavelas cariocas menos.é para cercadetrês décadas, Durante a riados, entre contraditórios muitas si. vezes Não das UPPs reações desperta eposicionamentos va- talvez, disso, exatamenteporcausa oprograma po, eresultados. suasestratégias Aindaassim, e, deseuesco- que setenhaaindaumavisão clara estudadas eabordadas pordiferentes atores, sem pacificadora. ebasestêmsido Suas diretrizes brasileira:blica ochamadoprograma depolícia pú- mais debatidosecomentados nasegurança umdosprogramas marcopara tornou-se original Marta, suldacapital, pequenafavela dazona Polícia MilitardoRiodeJaneiro nomorro Dona Ap Jo AsUPPs umaocupação de para orientam-se insistirquetalabordagemDesnecessário éeti- Em novembro de2008, discreta umaoperação da ão rese T n ra tação j ano feiçoamento da urbanidade noRiodeJaneiro. daurbanidade feiçoamento aresultadosescolhas levem favoráveis eao aper- vem como insumosimportantes, queboas para como asqueseguemseinscre- nela intervenções contudo, quesegueporserfeita, estáahistória e aos céticos.razão Entre alternativa, umaeoutra com queofuturo pordar que podemfazer acabe involuntariamente,por vezes algumasdaspicadas das UPPs Social. edaUPP Apontam, também, entusiastas apostarem nosucessoenaperenidade mentos. os otimistas e para desobra Dão razões - veram vinculadosseusdesdobra eosplanospara dem osrespectivos programas aqueestão ouesti- suas apostaseexpectativas, como enten- aforma emprocesso.trabalho Cada umdelesapresenta deum como documentoshistóricos ser encarados atual comandante doprograma dasUPPs, podem e doCoronel daPolícia Seabra, MilitarRogério ponsável Social, pelodesenhodoprograma UPP ainda não osão) animaseusdefensores. dotadas deorganicidade públicas (pois políticas efetivamente edequeambossetornem radicais gramas. Aapostanapossibilidade demudanças daqueles quenão creem nosucesso dessespro- combustíveistêm sidoosprincipais doceticismo tabilidade enfrentados umdoscampos emcada dência recíproca eosdesafios relativos àsusten- do direito nessasáreas não sesustenta. Adepen- criminosos. programas sociais, Sem oprimado controladas, anos, durante armados porgrupos nente debensedireitos àspopulações deáreas - regular eperma dificilmente éviável aoferta supõe aoutra. oprovimento desegurança Sem detalmodoqueuma iniciativas estão articuladas e decisões. gonistas, dos processos de participando escolhas sejamtambémprotacom queseusbeneficiários - entre sociaisatravés daintegração elasefaz líticas dupla inflexão: organicidade àspo- conferir busca eles beneficiadas. Essa gerencialmudança opera rentes eestescom demandasdaspopulações por gerencial programas- ção sociais dife quearticula responsável pelo seu desenho admite,- é a inova UPPs Social. deu-seonome deUPP do poder público,caso ao equivalente civil das atores potenciais, sejam públicos ou privados. No política, deoutros porumasérie queseespraia

Os depoimentos de Ricardo Henriques, res- damarca,Mais doqueasemelhança asduas Social, inflexãoA grande daUPP tal como o S p ento- or

S é 135 ENTREVISTAS 136

COMUNICAÇÕES do iser C En C oorde oro trevista com n ador- n ração, não prendeu ninguém, nemapreendeu depois daope- horas ninguém atéagora?Duas esse”, eurespondo. como? Não“Mas prendeu aqui o andar,checamos eomeuobjetivo era nada, nãocontraeles, tinhanada criminal nós liberar?’’, perguntamosrepórteres. “Não tinha nada e eu liberei. “Como, como osenhorvai nada, enão umacoisaou outra tinha checamos correndo. correndo Unssaíram enão tinham Deus, já estão aqui mesmo?!”. os caras Saíram uma segunda-feira. Aí, elespensam: “Meu acontecerisso sófoi em30denovembro, em recentemente agente tinha tomado o Leme, e algumacoisaporali,estava esperando porque gente deixou oplanejamento pronto. Agente a gente assumiuemjulho, e, emsetembro, a Havia umplanejamentomuito tempoantesque bandidos não acreditavam queagente iatomar. 2009. Aimpressão queagente tinhaéqueos que tomamos oPavão, dia30denovembro de com asUPPs? G Lá no 19º em Copacabana assim Cel. no19ºemCopacabana Lá Seabra: contatoRaíza: seuprimeiro Comofoi no Comando de Polícia Pacificadora da PMERJ el eral de Polícia Pacificadora A entrevista ocorreu dia 17 de abril de2012 dia17deabril ocorreu A entrevista R

ogério S eabra prática incessante,prática incessante de que uma busca trabalho euma nósumafilosofia de isso épara dade. aUPP. para Eissoéoponto crucial E qualquer lugardomundo: vidaseliber- preservar quer Polícia, de qualquer agência policial, em sempre permear que deve aconduta dequal- vocês. deUPP’‘Filosofia éo resgate dafilosofia vida. avidadeverdade”. Preservar jugo do tráfico, daviolência. odireito Garantir à pois. Meuobjetivo aquiaspessoasdo éliberar aspessoas.é liberar Prender bandidoaqui éde- nãofunção éprender bandido. Minhafunção que éprender bandido” Aíeudisse: “Minha suafunção queosenhornão tácumprindo zer Batalhão, maldosoquevaidi- pegaumrepórter fala issonão, cara, osenhoréComandante do “Ô, Coronel, umasugestão aípro senhor: não Fernandinho Beira-Mar. OMarco Antonio falou: comigoce e esteve na Colômbia, do na prisão nio, daFolha Paulo de São , queelemeconhe- “é cuidardaspessoas”. Veio oMarco Anto- aqui écuidardaspessoas”, faleiassimmesmo, ma. “O nossoproblema, oproblema daPolícia dos bandidosedasarmas, issoéoutro proble- aqui.é cuidardaspessoasquemoram Aquestão estar equivocados,veriam o nosso objetivo aqui armas”, elesretrucam. Aí, eudissequeelesde- É isso que começa anossaentrevistaaquiÉ issoquecomeça com

lorizado aqui.lorizado expressão outra pode Qualquer não seicomo vou dizer. Eumesintomuito va- essa função. Édemuitíssima importância. Eu exercernão dequeeupoderia tinhaanoção decomandante? ção maisoumenoscomtrabalha essaperspectiva. de 4 a 5 anos, política ração transição. para A gente Entende-se como umageraçãode7a8anos, ge- e2a3gerações depessoas,políticas defamílias. deuns15a20anos.chutar 3a4gerações São não tenho essa resposta científica, mas euposso mais como problema. queéofinal?Eu Quando valordelevaiser,o grande ao final, não existir cesso, nósestamosdentro deumprocesso, que é anão UPP!” Nósumpro estamosformando - nossa entrevista: paradoxo“O grande daUPP dizer, agora, queéofinaldetodaa umafrase daPolíciaa função é prender bandido. Euvou ciedade sugeremisso: issoeperpetuam deque geral,de uma maneira e, naturalmente, a so- liberdades.mais variadas Porque aimprensa, liberdades.mais variadas Vou isso: enfatizar as das pessoas, vidas, depreservar as depreservar policial, jáhámaisde27anos, queédecuidar Militar doRiodeJaneiro, de daminhaposição danossaPolícia, original vocação daPolícia oresgate éoqueestápermitindo da fóruns) to (agente conversou com oPedro emoutros vação devidaeliberdade. nomeuconcei- Que Estamos muito motivados com isso. asituaçãocomo para umtodo. certo se mostra nós. útilpara caminho Institucionalmente, ele valoroso, temsemantidoumcaminho caminho decompreender queesse nho eperseverança conhecer isso, humildade.- Mastemosumcami de lidarcom osproblemas, humildadere para - em lidarcom osproblemas, temosfacilidades conosco.primeira Não tenhonenhumproblema nal e, hoje, estão desenvolvendo suaatividade policial e receberam profissio uma capacitação - deumpassado emrelaçãoexperiência àcultura equevivenciaram essa nanossacultura seridos Rio deJaneiro. Massão policiaisqueestão in- o Rio de Janeiro, notadamente e Minas Gerais tros estados, que estão prestando concurso para normalmente, noRiodeJaneiro. Algunsdeou- são doJapão. policiasnascidosecriados, São tura. Nossos policiaisnão são deLondres, não sincrasias, danossacul- quesão características Naturalmente, temos problemas, temos idios- cotidianadosnossospoliciais. isso sejaaprática Cel. Foi Seabra: ótimo. Foi uma delícia. Eu Raíza: voltar? E comofoi Evoltar nacondi- bemessaquestão dapreser enfatizar - Queria

mo. Émuito parecido. Porque qualqueração é omesmo, oproblema com amídiaéomes- angústias são asmesmas, onão respeito social Você vai à Alemanha, as aflições são as mesmas, as queapoliciatodaveste 40. te costumadizer agora queéumencontro nacional. Agen- isso.zer Agente costumadizer, esseencontro polícias? terbaseemoutras poderia ela ternascidodapoliciado Rio? Ou deria nião, po- éumproduto dapolíciadoRio?Só éemblemático.ção armas. Então, oprocesso issopara - depacifica tiros nocorpo. donão Esouumdefensor usode emaçãopolicialduasvezes.rido Eutenhodois na Corporação.- fe Eusouumpolicialquejáfoi pelo meu perfil,cularmente pela minha vivência deGestão dePessoas’.‘Diretoria Então,- parti de mudar de depessoal’ Geral ‘Diretoria para ta pornósaproposta, queeuestavalá, naépoca pós-graduação emGestão dePessoas.- fei Jáfoi ronel Souza, quemesubstituiu, com umcara muito maiscapacitado doqueeulá, queéoCo- lenta. Hoje, aDeus, graças agente temumcara nossa DiretoriadePessoal aindaestavamuito é otema-chave dequalquerorganização. Ea recursos humanos, queéoeuacredito. senvolvendo umarotina napreocupação com os pessoal. Eestava, jáhá7meses, nafunção, de- naPM.importantes umdiretor Euera geralde ço. uma pessoa com Maseuera funçõesmuito ocuparesseespa- a dimensão queeujápoderia poranos,Coronel dacorporação eunão tinha doprocesso.pela grandeza um jáfosse Embora policial militarfardado, semarmas. pais amamosprofissionais do Proerd e, detalhe, criança. Hoje, temProerd Paz. eos Ascrianças delícia defazer, porque temaproximidade com fui coordenador estadual doProerd. éuma Que fiz missão depaz, com játrabalhei Proerd , já muitotenho umcurrículo gostoso nessaárea. Já aqui. aqui Eumesintomuitoeeu valorizado parecer pedantismo, masnão éesseoobjetivo Cel. Não. Seabra: Não temcomo você di- Pedro: Em que medida a UPP, em sua opi- Cel. Seabra: Étambém. Maseuentendoque Pedro: éotema-chave daUPP, Que não é? Cel.: Seabra: Foi atransição. Foi surpresa Pedro:? umasurpresa Efoi

137 ENTREVISTAS Coronel Rogério Seabra - Coordenador-Geral de Polícia Pacificadora 138

COMUNICAÇÕES do iser perdeu eametade inteira da outra umaperna compor aequipe. Eooutro éoAlexander, que licial, oAlexandre Favaro , queestátetraplégico. tudo mais. No Fallet-Fogueteiro, alitem um po- podeacontecer.Que e Játivemos policiaisferidos ser, poderacontecerdegravidade. para umcaso Vamos umpouquinho, demorar seDeusqui- ceiro ano, ouseja, naRocinha. não tem UPP processo lá. depacificação Masestamosnoter- Tivemos, agora, na Rocinha, de um por causa àgreve,aderiram demorrer. queelespararam PMs hojee, inclusive, essesjovens quenão para cifra: de morrer. nós paramos os para Está claro depaz.agir pelacultura emuma Eutraduzo detrabalho,deposita suaforça de suamaneira de paztal, queopolicialnão sóacredita, como seguinte: umacultura nósestamosconstruindo da Polícia. que osenhorfalassesobre osoutrostrabalhos mesmo comoamediaçãodeconflitos.Queria atividadestambém,pouco sobre issoeoutras de Polícia. muitas dasvezes, nãocomo são identificadas clusive, pormoradores, poisestasatividades, da UPP; é quequestionado,muitas vezes in- falar maisdessadimensão socialdotrabalho senhor falandotambém, mas, talvez, pudesse tes, falando, deouviro tive aoportunidade acompanha, euouvioCoronel Robson, an- aparecendo antes,que a gente nesses fóruns devida.por seraminhaprática discurso fácil. Não sóporacreditar nisso, mas concilia essasduasverdades como sendoum Ninguém fala!Nem oRobson fala. Elenão isso. Não tenhoduvidas, não tenhodúvida! policial, assim, umCoronel daPolícia falando convir, ouviuumator você pouquíssimasvezes to sintonizadacom essesprincípios. Você háde mui- narua essetrabalho discursiva queefetiva vida edaliberdade. Poucos têm, talvez, aprática Polícia da tem que ter como base a preservação policial, como eucomecei falando, qualquer Cel. Isso, Seabra: isso. lápara para Elefoi antesnoChapéu,Raíza: Ele trabalhou não é? Cel. éo Seabra: enfatizar Oqueeuqueria queosenhorfalasseum Raíza: Euqueria porisso...Cel. discriminados Somos Seabra: Raíza: Umaquestão que, naverdade, jáveio isso é a cultura do medo?Oqueéisso? isso éacultura daimprensa? Ou issoéumacriação Ou ram? co. Isso,- quevocês têmcorrobo asestatísticas - dotráfi amigração estarcausando poderiam com relação àideiadasUPPs equeas mesmas muitoque easociedade estásesensibilizando cesso. Issoaté, afinaldecontas, énatural. Um tumulto ououtro. rências. Issoéumpro- de drogas naMangueira. Têm algumasocor- mas éaMangueira. pode! tiro, edáumabolachaemumlá. Não vai!Não é cional. top Cara Inclusive, ocomandanteéexcep daMangueira - não prendeu ninguém?Pelo amor deDeus!” – “Como équepodedartiro naMangueira, se com ele, oouvidodocomandante encho dele o policial. conversar Eubotoapsicólogapara qui e, aí, euperguntooquehouve, euentrevisto umtiro emUPP,Sai ouçoda- eupraticamente issoejámudoutenho praticado aminharotina. de lá. Incrível, masacontece. Agente acredita e cação. No mínimo, emdiminuirostiros do lado conseguimos compreender oprocesso depacifi- Então, oqueeuquero passaréoseguinte: nós Ontem mesmo, eufalei com elanotelefone... acostumadas a lidar com essestiposdecoisa. sante, não é?Porque essaspessoasnão estão tãoque osenhorera humano!”. Maséinteres- muito lá. Amulher disse: “Coronel, não sabia grandeza. Eu fuiao hospitalemeemocionei dentro doprocesso eamulher deleédeuma que sejaumpouquinhovitimizado, eleestá já estou pronto voltar para a trabalhar”. Ainda capacidade dedialogo dele. Eledisse “Coronel, dele,toda aarcada dentária estáreconstruindo a mexer acabeça.praticamente Eacoisapegou O Fávaro não consegue falardireito sóconsegue pessoas dignas que querem voltar a trabalhar. indevida, de cobrança tura de vitimização. São reito edignidade. Enão sevê nenhumapos- impressionante. Exigindooquelhessão dedi- que ver asmulheres doscaras. delasé Aforça dessesgarotos,a força euficoemocionado. Tem que agente tenhavivência nacorporação, com chocado. É coisaassimdevocê ficar Por mais Estava lácom aesposa. Impressionante! ano. um de .perna Inclusive, lá na solenidade esteve recente Hélio: A imprensa está dando muito desta- Cel. Seabra: Todo dia, eutenhoapreensão recentes quetemtido probleRaíza:- AUPP top. Mas, devez emquando, precisa darum de linha. Ocomandante top . Ele

é chamadadeintervenção, queéaintervenção dece essencialmenteaquatro fases. Aprimeira e, principalmente, oprograma. obe- UmaUPP mento daqueles quenão conhecem oprocesso Então, opensa- excluir para este é umcaminho ao município. pertence eoterritório o território terói, masnão tem. é daUPP principal Ofoco em Niterói.UPP Perdoe-me o morador de Ni- que tenhamos hojepara dade física eestrutural Mas não haverá, poragora. Não hádisponibili- rói estáquerendo urgente queagente assinelá. que haver convênio com a prefeitura local. Nite- oRio,cípio quenão sejaobrigatoriamente terá houver necessidade de UPPsSe em outro muni- e, porisso, temumconvênio com aprefeitura. alicercesdos principais daUPP. precisa A UPP esse quadro? para aestratégia migratório.fenômeno Qual Estado mais. laicoetudo Masvocê temesse onde estão reconquistando eestabelecendoo tas entreasfavelas... Vocês têmodomíniode detraficantes, que, de grupos repente, aslu- de que você tem umaconstânciademigrações mente. doRioéumahistória Agora, ahistória pontos do Rio,em determinados - estrategica queasUPPsconsiderando estão localizadas daUPP. fora na localidade não estudaoqueacontecepós-UPP nocrime Campos eemMacaé. Então agente daUPP aqui pensandoo queestá ficar acontecendo em temquecuidardaUPP.A UPP Eunão posso Civil, bombeiro. agências cuidar. para Outras o Batalhão regular eapolíciaregular, Policia UPP. têm AsdaUPP pessoas que estão fora insisto, écuidardaspessoasqueestão dentro da emNiterói.tenho UPP Oproblema daUPP, eu não tenhoquemepreocupar com isso. Eunão como UPP,feio, não para ficar tá gravado, eu corroboram isso. do migração. Pode, masosdados científicosnão mas quenósnão temososdados. Pode terhavi- imprensa, sim, quepodeterhavidomigração mento, admitiu publicamente, provocado pela agora, osecretário. foi Osecretário, nummo- tecnicamente, aadotar essetipodepostura, justificou aimprensa, falar eaímepermitam Cel. Você Seabra: queéum disseapalavra Hélio: Aí, vem aperguntamaisestrutural, Cel. Oque é anossaresposta, Seabra: aqui, Raíza: Essamudançadepostura, porexemplo. Cel. detudo. Éumsomatório Seabra: Oque minha entrevistadia3ou4dejaneiro 2007. Eu problema com milícia, milícia é bandido. Pega isso aí–eunão tenhonenhum – valeenfatizar vaiter.se emdeterminadoslocais coisa Outra na cabeça. Não temfuzillá. Então eunão sei fardado ounão, ofuzil ninguémvaimecolocar lugares quequiser você ahora Em certos entra de. Não são asmil, quenão óbvio são asmil. devidaseliberda- Prioridade éapreservação mas temletalidade? Você temquepriorizar. e cinco. Tem quever láseencaixa. Éviolento, tas! Faltam acentoesetenta chegar cempara Campo Grande, etc. , Cruz Santa quequemdominaéamilícia.que têmlugares oeste nisso. da Zona um pouco do lugar Por- ce de violência, da UPP. te perguntar Queria munidades queprecisariam, baseado noíndi- maisainda. reverberam sição de opo- públicas prensa eas políticas reverbera aela.pertencer Aimagem quesevende àim- la sociedade. passacomo eufalei, Oterritório a éextremamente aque simbólicopara - território nenhuma. mágica fizemos Agorao resgate do que fenômenoéesse, essa. foi quemágica Não mais doqueeu–omundo, hoje, quersaber – que você que é um pesquisador sabe muito Estado, que aonde detalmaneira você vai, hoje como umtodo, dofluminense, naturalmente, do des. Houve umresgate deautoestimadocarioca méstica, todomundo nas comunida quemora - lá. Taxista, deônibus, motorista empregada do- processo eseorgulhadoqueestaacontecendo reclamando. Masagoranão. ao pertence Ocara brevivente, queaqui éperigoso, dizendo sempre ‘malandragens’ oupelavisão de que éumso- resgatar oorgulhodesercarioca, enão pelas àUPP.não pertence Nós estamosconseguindo to: oresgate dacidadania plenadocidadão que parte.você passaafazer Eaíestáoutro pon- umêxtasedasociedadefoi como umtodo. bandidos naquela quantidade correndo, aquilo derem oprocesso, porque jamaisvocê vaiver os ve, oqueajudoumuito efoi aspessoasaenten- porque aquilo é emblemático, nós, para - inclusi igual oqueaconteceu noAlemão. Vão correr, ? Os bandidos vão embora.encarar É nada, vão embora. não é?Oscaras vai Quem de “OGlobo”, com helicóptero, quenão acontece especiais,forças muita gente, aquela papagaiada tática. Aquela chegadaàRocinha, com tanque, Cel. Seabra: Tem, tem. Eaindafaltammui- Raíza: Estávamos falando do número de co- Muda arelação. Supostamente, você pertence, 139 ENTREVISTAS Coronel Rogério Seabra - Coordenador-Geral de Polícia Pacificadora 140

COMUNICAÇÕES do iser preservado;- que ela pode ter a vida e a integri elareconheça podeterodireito deirevir Que comunidade pela atividade criminosa. usurpada não miliciana, CV, ADA, não importa. uma Era que aquela sociedade sejaelaqualfor: miliciana, projeto, com essencialé defazer anossafunção social’.deramento Onossoprocesso, onosso acredita ela, epratica queéochamado ‘empo- sante doponto devistasociológico, eagente muito éumapalavra interesmental daUPP - guem ao cidadãoponto funda- comum? Outro - policiais che que as suas práticas para fazer diante dapresençadoEstado? Como você vai atividade criminosa, sejaelaqualfor, vaireagir dacomunidade?a postura Como équeaquela nós. para importa é: Oqueimporta qualvai ser é que O comoque eu quero filosofia não dizer tedarumarespostaBatan para maisconcreta. área detráfico? rente porserumaárea demilícia, porseruma outras,- dife você achaquetemumahistória Alemão ouRocinha? você acha, como cidadão? hoje, Oquevocê faria à prioridade. hoje?Oque éaprioridade Qual tam quemelesquiserem. Masvocê temqueir do estado. função usurpam violentos. São Ma- ADA temnegócio. que criminosos grupos São não. OCVcom milíciaémorte. Milíciacom to próximos negociam eserenegociam. OCV de umafacçãocriminosa, oADA . mui São - que...movimentação áreapara demilícia? pelo Estado.”, minharesposta. foi ecomo sertratadas e sãotaldevem criminosos publica função queusurpam vidades criminosas mento: “O quesão milícias?”. são ati- “Milícias da manhã. Pergunta darepórter Tatiana Nasci- entrevistaqueeudeiaomeira vivo, seisepouca das relaçõesera da Polícia publicas Militar,- pri Cel. Não, Seabra: eunão estudeirealmente o Pedro: Pegando do Batan e das a experiência Pedro, Hélio: Alemão. Cel. Seabra: Tem. Milíciaestámuito próxima Pedro: Porque amilícianão temaaquela Cel Seabra: Não. Pedro: diferente terumaprática deve AUPP relação daPolícia commoradores? e UPP, mesmo comarelação difícilehistórica entreassociaçãode moradores de articulação apossibilidadeComo équeosenhorenxerga essecontato. fazer para pelaUPP encontrados moradores, dedesafios atrelada comumasérie dos dasegurança daimportância foi nhor fez processo depacificação, você ajudaaidentificar. com as pessoas quesão extremamente úteisno tão daaproximação, vínculosenormes você cria hoje, amanhãedepois.” Então, com essaques- se estátudobem. soupolicialestarei“Eu aqui pessoas: como asenhora está?”,“E perguntando dos tenhamissocomo rotina, das baternaporta issocomturando indicadores. Aideiaéqueto- os Comandantes têmqueter.- Euestousóestru uma coisaobrigatória, hoje, masvaiser. Todos deAproximação (GAP). eoGrupo gueira até contaminados com asinformações. Mirim.UPP Vocês conhecem, não é?Jáestão isso hoje, oPavão também. No Pavão, temo projetos dosmais variados. tem AMangueira tua filha”. A gente procura ações sociais, com tem emprego você, para sustentarteufilho, para A genteaspessoasdacomunidade: chama “aqui queagentede empoderamento querconstruir. você não precise maisdapolícia. Esseprocesso de mão dupla, deirevir, que detalmaneira asfaltadas.neira Quiçá, asfaltadas, literalmente são sejamdetalma- asvielasmuito tortuosas futuro, essasestradasprecárias, esseslinkscomo esse momento, masquiçá, que é oparadoxo no somos ponte, usa a nossa ponte poder unir para possíveis como sendooportunidades. Enquanto possíveis.a ofertas Agenteessasofertas trata um linkumaponte aunirdemandasreprimidas processo daPolicia Militar–seposiciona como licia Militarhoje–obviamente, éum aUPP lícia assumediferentespapéis. quela comunidade. tenha quehaver umaagência policialdentro da- isso tudo sem que,possa fazer necessariamente, dade dasuafilhadoseufilho queela preservada; Suellen: O primeiro comentário queose- comentário Suellen: Oprimeiro deAproximaçãoCel. OGrupo não é Seabra: Raíza: Então, eu acompanhei o Capitão No - Cel. Eutenhoditoaqui queaPo Seabra: - Pedro: EéaperguntadaRaíza, não é?Apo- se, doestado como umtodoaindaéinformal. processo. Maisde50%daeconomia fluminen- esse processo para do seu de individualização conduzidaspessoas em algum momento foram O Globo. tervistoareportagem d’ cês devem As pau apique!”. Como tinhalánoAlemão! Vo- quero meuar-condicionado nomeubarraco de gato,eu não posso fazer mas eu quero luz! Eu gato,posso fazer porque osenhordisseque o problema éseu: guarda! Agoraeunão“Seu osproblemas acolocar nosoutros,a educadas isso. Porque aspessoascobram, aspessoasforam Ele não é. Eunão vou deixar e não cobre dele do mato. no novo capitão dante se transformar ser da Polícia.deve Não deixo o meu Coman- bilidade. Issoéumaresponsabilidade quenão quem são oslíderes? Nem quero essaresponsa- são líderes? Cabe-nos, como Polícia identificar ando, émuito difícil porque ocomplexo é: oque umnovo processo.ainda éconstruir Continu- da arelação, não éfácil. Oqueémais difícil Então, porvocê, começando émuito difícil ain- nodiscurso. equeeutentofazer desconstruir etc.bitrários Essascoisasqueagente temque oComando;mesmo foi quesão violentosear- invadindo as casas; que na verdade só mudou UPP: queéumestado policialesco; queestão duzir issoemdiscursos. te éissoqueagente quer. Tenho procurado- tra mim que concordava com isso,- que efetivamen cá.para ORobson pelomenosdemonstrou a uma compreensão queeutive, depois quevim jásabemdisso.Os comandantes deUPP Issoé vista estratégico, comcomandos. os grandes complexo. Tem issodoponto quetrabalhar de de valordeleéelenão estarlá. Issoaíémuito convencer meupolicialquenaverdade- ogran elecompreenda.talvez Então, nãoeu dápara outros cargos, jávaiserumcabo, umsargento, sua presença, agora. No futuro, queelejávaiter a eleéquemuitoeu passopara importante roa, que, daqui apouco, elevaisairdali. Oque está, hojeànoite, policiamentonaCo- fazendo so. Não omeupolicialque passarpara dápara nas UPPs não têm conhecimento desse proces- um todo, hoje os6milpoliciaisquetrabalham moradores surja. Então, éesseodesafio? dacidadania queoempoderamento desses para ma medidaquetambémtêmseausentar possíveis, eofertas names- mandas reprimidas policiais queconstroemessaponte, entrede- falasse maissobre odesafiodasUPPs, dos Algumas imagens detratoras doprocessoAlgumas imagens detratoras de Cel. Na verdade, Seabra: ospoliciais, como Tássia: Nesse sentido, queosenhor queria

A Rocinha, por exemplo. A associação tinha tem quetrabalhar. sobrevivência. Elasbuscam são umproblema, são umdilemaquea gente E asassociações, naverdade, hojeemdia, não viamente, são muito maiores que asassociações. radores sim, masacomunidade não. Que, ob- retraídas? ram trou, asAssociações deMoradores não estive- nada ea PMjáestálá. falar deproblema. Não umtiro, teve não teve eNova Brasília.zendinha Osenhornão escutou está láháquaseummês. Vamos Fa inaugurar - soube deproblema. Não temproblema, aPMjá duasUPPsinaugurar noComplexo evocê não nós não deslegitimamos. Amanhã, nósvamos nós só precisamosnessa onda aí. surfar Então, balho deparceria, deproximidade equeagora bomum trabalho nascomunidades,- umtra esses dades? dascomuni- blemas comessesinterlocutores Complexo doAlemão, sehouve algunspro- Exército daPolícia eachegada Militarno livro deata! miu olivro deata!Em2012eaindaestão com que é uma dificuldade hoje. na Mangueira Su- exemplo, um processo façam limpo, de eleição dentro dascomunidades, queeles, para por pessoas,capacidade deformar novos líderes comunidade. Agente temqueter, naverdade, de aslideranças para acapacitação te debuscar Humanos, queéumaparceira nossa,- quetra Estadual dosDireitosEu jápediàSecretaria isso. Então, faltamuito reconhecimento social. não éresponsabilidade dapolíciaterquefazer cidadania. Istoémuito difícil esinceramente lidade, masexigem seuprocesso inserção de aquele processo da sua sociabi- de estatização tudo doestado. economia easpessoasquerem aindaéinformal Nós estamosem2012, maisde50%danossa Cel. Seabra: Tiveram. Asassociações de mo- Hélio: queoExército en- Masnoperíodo Não.Cel Seabra: Pois oExército construiu Hélio: do entreachegada Nessa transição Cel. Seabra: Pois é. Não para contribuem Pedro: Na favela? links com ascomunidades. OExército tem 141 ENTREVISTAS Coronel Rogério Seabra - Coordenador-Geral de Polícia Pacificadora 142

COMUNICAÇÕES do iser processo dediálogo. perguntar Eeuqueria tem aver comopacto equetemaver como entrevista. para Umtemaque importantes oseulugar.para nem nada dessascoisastodas. Aí, um vaicada dar tapanacara, não vou esculachando, chegar prender, vou prender. Não vou dartiro, não vou tem de procurar função. outra eu tiver que Se é intolerável.” A gente- vaicuidareelesquetra não tem pedrada, não temgarrafadaequeisso aqui não temtiro dapolícia, não temviolência, aqui. Então, defalarcom trata osmeninos que pacto ésocialeagentemão nãodisso vaiabrir “Amigo, aqui éopacto. Eopacto é publico, o quereconhececara eseupapel, acontece assim: nhum neófito, não énenhumnão iniciado, éo não éne- quando percebem queointerlocutor agoraestápreso).é? Que Mesmoessescaras, [daRocinha], do do (queéocaso Willian não mação, bandido, mesmoocara - mesmoenvolvi Nogueira, noPavão enoGalo. de dialogar, osdois. do lado doCapitão edialoga. Édifícil, mastêm Borel, o quê? ela vai fazer Tem que falar. Senta alguns, doBorel, como éocaso ládo aRoberta mesmo comounão. aausênciadotrafico Eem sendo sabe empoderada disso e sabe que acaba impõe.camente Aí, aassociaçãodemoradores (não épelaorelha, obviamente),- maseleprati tão agoniadofica quepegaalguémpelaorelha nista. É difícil isso porqueo Capitão às vezes processo deempoderamento? cial, issoéadaRocinha. dação epassouaseroúnico. comer Estratégia - daarrecadaçãonoção dele?Eledobrou aarreca- ooutrochamou láedisse: ‘Agora são 500’. Tem ele nodiaseguintedapacificação moto-taxis, oqueFeijão,Sabe 300 falecido, Eram fez? aquele poderdominante?quiriu Aassociação. sai otrafico, como poderdominante.Quem ad- um pedacinho. umlevar tes decada Derepente, acordo com otráfico, com ospoderes dominan - móto-taxi. Aquilo, emalgummomento, um era uma arrecadaçãocom enorme aquestão do Pedro: Três mim que sãoperguntas para Cel. Isso! Seabra: Tudo pelaaproxi começa - mesmo do Raíza: Com aexperiência Cel. Facilitadora, Seabra: elanão éprotago- Tássia: queaPolícia afunção Qual ocupano você temqueterperfis,- você tem queterestru conflitos. Issoé complexo. Issonão ésimples é quetodossejamcapacitadosem mediaçãode liciais capacitados. Eosonho deconsumo que do anoquevem, todasasUPPs po- terãovários da obrigatoriedade. Isso, omaistardar, noinício ébemamplo.pacificação Éoutrocaminhos dos dessaideiademediaçãoconflito? pregnada errado eleéoladrão, eleéosafado, eleéoruim. tebol: étão xingado, sofre tanto... dá Quando até falando que policial é igual árbitro de fu- verdade valordeumapolícia. éogrande Brinco a consolidação da UPP. Porque a mediaçãona Posso isso afirmar aqui, caminho para omelhor consolidação para daUPP.o melhorcaminho Social. UPP são outros problemas. éoterceiro? Qual der assimseéumarecomendação ounão... acontece nosábado. Então, enten- euqueria tendoéo quecontinua A única Tabajaras, que proibidos emtodasessasáreas queagente ia. cá,para eles, coincidentementeounão, foram no que teve Tabajaras. Mas, deunstempos da Paz mesmo. aver aquele baile Chegamos nhar emalgumasfavelas pacificadas, oBaile é sobre esse tema. Agente chegouaacompa- guntando... Équeumadasnossaspesquisas a imagem. edanço. Eucurto difícil. quefica Só damulhertica nobailefunkéincrível. Euamo dofunk.tica feminina, Euamoaestética aesté- nha esposa, maseuadoro funk. Euamoaesté- você falabastante? identidade dacultura, queé uma coisaque la relação comarenda, setemrelação coma tem, senão éatividadedelazer, setemaque- que ofunk lugar é arelação comofunk? Que com oquesenhorfaloudobailefunk: Qual Asegundaperguntatemaver élugar? Qual demediação: éopapel? da experiência Qual Cel. Seabra: Pouco, pouco. Masoprocesso de Hélio: estáim- EmqueextensãoaCorporação queé Cel. dizer Mediaçãoeuousaria Seabra: Pedro: Oterceiro pontoécomrelação à Cel. Não. Seabra: Oquevem acontecendo Raiza: Mascomrelação ao queeleestáper- Cel. Euadoro funk. Seabra: Não mi- falapara dissociá-lo disso. está muito ligadaevocê ao não crime consegue ideia do funk, do baile funk, da rotina do funk se aproximar da formalidade. Supostamente, a E oproblema dofunkéqueelenão consegue você temmaisinformalidade, estáperto. ocrime ocrime. permite informalidade Toda vez que nascomunidades,informalidades equecada ditoaquique foi éoseguinte: oproblema das Lamentavelmente, eaíestáassociandocom o aatividade.tra Oquenão podeteréocrime! contra ofunk, amoofunk, tenhonada con - por aqui. Agoraéofunk. Eunão tenho nada Então, mediação eu acho que a gente fechou 1980 estáescrito: assolaacidade”.“O crime O Diaporque você torcia esaíasangue. mais vendidos eram “A Democrática” Luta e atos policiais. Na de1950, década os jornais cia doRiodeJaneiro são debemantesdesses nhas faculdades etorcendo oMengão. para divertindo, os meusfilhos, dando aula para mi- vou estar, obviamente, emcasa, aposentado, me Então, aPolícia jávaiestarbemmenor. Ejá A gente vaidiminuironúmero deCoronéis. Tenentes. EoCoronel gestor. vaiserogrande pesada debatalhão.estrutura Vários Capitães e estarem maispróximos daspessoas, semaquela ximidade eelesserãoespalhadosa demaneira emUnidadedade dePolícias deUPP dePro - osbatalhõesquenão têmnecessi- transformar otamanho dos batalhões,drasticamente vamos de Polícia deproximidade. Nós vamosreduzir pacificação, hoje, oBatalhão jáseampliapara eagente vaichegar.caminho Oprocesso de por exemplo. Amediaçãoéfundamental, éo consolidam oslíderes. A PercilhaTia noLeme, vainaassociaçãodemoradores ealise O cara tiver gente capacitadacom mediaçãomelhor. empoderamento. maisacomunidade Quanto além daatividadepolicial? como você vê amediação deconflitospara tratado com umadesembargadora. emtodasasUPPs.gente fazer Issoestásendo a para ejáestábemencaminhado de Justiça tura. Nós temosumaparceriacom o Tribunal Cel. Você Seabra: da Veja pegaacapa em Hélio: Ointeresses pelocrime, pelaviolên- Cel. Fundamental. Seabra: Estádentro do Suellen: Também de longo prazo,a título policiais foram protagonistas.policiais foram como? Elechega confusõesque issogeraconflito os eemvárias pode! Eunão tolero! Eutenhoqueentender “Abaixa osom queeuestoumandando!” Não processos, de algumas UPPs, os policiais vão lá: queeunão reconheçoquer dizer que, emalguns cia sóvaiaonde elaéchamada, Issonão rapaz! dapolícia... queaspráticas zendo Amigo, polí- confusão?criou Não! di- Ele colocounojornal Por confusão? que teve Responde! Foi PMque Rocinha! Deuconfusão!ligou. OMcLeonardo so. Pois eujáfizessaexperiência: bailena teve isso eunão vou quepercatodoproces permitir - ainda com atividades criminosas. Então, por de moradores, notadamente, algumas ligadas to ligadocomercial àestratégia dasassociações ligado ao funk. Ofunk, atéhoje, aindaestámui- conta daquestão comercial, queéooutro ponto é opago-funk , demisturar. nointuito tem pagode não temisso. no pagode não tem isso. Vai àcomunidade que Está muito próximo. Aí, você vainooutro dia porqueeles estãoali? reclamando não temUPP maconha dentro dobaile!Eaí?Pergunta se ador, ànoite, sexta-feira etemgente fumando aqui dolado do QG. Você noCirco entra Vo- não conseguiu dissociar disso, você vaiaqui, comunidade. naPolícia,pedra deutiro napolícia, agrediu a e, quandoliberada, saiu do baile e jogou o cara liberadadentroteve doprocesso depacificação uma comunidade proibida esteve éporque jáes- drogas. Então, todaavez quevocê souber que e,a informalidade notavelmente, oconsumo de muito próximo dobailefunk aindadacultura Agora, oquenosincomoda muito équeestá isso aíseespalha. Tem logo mesmo. quecortar repreende com veemência. Mesmoporque a gente, de apologia ao crime sicas rapidamente, dessas. Éimpressionante! Obviamente, asmú umacoisa eu não entendocomo alguémcurte com música. Têm determinadosproibidões que proibidões? Cel. deaproximar Umaestratégia por Seabra: Raiza: É, na verdade uma das coisas que tem Cel. É. Seabra: Lamentavelmente, agente Raiza: Edenúnciadeconsumodrogas? Não.Cel Seabra: tanto Eunão meimporto Raíza: Issoéporcontadasmúsicas, dos - 143 ENTREVISTAS Coronel Rogério Seabra - Coordenador-Geral de Polícia Pacificadora 144

COMUNICAÇÕES do iser que foi construída entre construída ocomandante,que foi com a arelação quebrando queacabou deconfiança rior éporque algumincidente. teve reprimido foi quevocê estáfalandoqueobaile te dasvezes coisa quemobiliza, pensando quenaboapar- mundo alegre sedivertir. louco.ficava Lá todo mundovaidançar, todo voltar. Porque dançando, euiamedivertir eu e sóvoltava nodomingo morrendo de deraiva me achavadoido. Gastava400kmnasexta-feira lá émuito fechadinho. eopessoal Euiadançar Na são todosconservadores. Guatemala Tudo a umamissão depazdaONUnaGuatemala. Adoro reggae, do reggae.gosto da dança Eu fui lejo, eugosto dedançar, eu dançofunk, danço. co: euqueadoro aestética, adoro osom, omo- funk, elesnão temqueamartambém!Euexpli- o meuponto devista. porque euamobaile Só anterior. Obviamente, eunão possolidarcom plexo. Euvou terquelidarcomdele acultura delicado... Por issoeuficopensandosenão éumpouco ra, criminalizada. ofunkdemaneira mostrar pode, ládetrás formação dealgumamanei- da mãe.mação e da educação E essa mesma dialogam, porque estão em processo- de for rem policiaiselestêmessamentalidade. social, educacionaldessescidadãos. Antes dese- dessa maneira. “Tropa deElite”. Eéessamesmapolícia. comaquela visão do políciaéformada a própria policiaisdaUPP.estou tirando ocomandante.tecto euchamo Euvou lá. Eujá Isso eu demoro a detectar, mas quando eu de- comandando, “os caras”, eelesestão com armas. passado, três damanhã, horas elequeestáali estoumandando,“Eu euquequero”! Elefoi Cel. de violênciaante- Umhistórico Seabra: ofunkqueérealmente uma Raiza: Agora Cel. Isso está extremamente com- Seabra: Raíza: Masdetodojeitoessascoisasainda Cel. deles, É a formação Seabra: a formação Sim,Raiza: mas, então, criados elesforam Cel. Não. Seabra: Não policial. faleidaformação Raiza: Acho queaquestão dofunkédelicada, no , deviolinoqueé umconcerto mimcomopara sesóofunktivesse valor. Tem, aqui porque,estou enfatizando àsvezes, chega que nascomunidades sófunktemvalor. Eu insisto nisso: édiscriminatório, éofensivo achar o funk. Ofunkéapenasumdoselementos, e res ao funk. Asidentidades são maiores doque elas porque têmidentidades- com elassuperio conta de terbailefunkounão. Elesirãopara tratados com violênciaenãoelaspor irãopara munidades quenão são pacificadaseles serão sair dascomunidades eelessabemquenasco- tuo com ela. dosjovens não quer parte Agrande armada. controle territorial quetem maisnaquele lugar que elenão teria voltajovem atercontatocomumarealidade comunidade pacificada quenãoe, seja aí, esse outra para que aípodeacontecer deletransitar para, derepente, restaurar... é ojovem. gente vem pedindo. desafiodaUPP Ogrande que éumademandanossa, éumacoisaquea feito, fiquei feliz commuito essanoticia, por- é entre os 14 e 29 anos. Eu estou muito satis- questão dojovem, que queaONUdetermina com a especificamente tratar para com oBID jornais: financiamento ogoverno estábuscando tar alguma estratégia. Hoje mesmo, estava nos está enfatizando: decuidardos jovens deado - ximidade enão tendoobaile... de pro- por essa política de serem alcançados sãoque geralmenteosjovens osmaisdifíceis pacto? vai maishaver obaile. nidade: setiver violência, setiver problema não res dobaile, porque isso épassadoacomu para - Associação deMoradores, com- osorganizado Cel. Entendoadefesa, Seabra: masnão pac - Raíza: Não. Para festa. qualqueroutra Por- Cel. Masporquesófunk? Seabra: não pacto tiver umnovo local,Raíza: Se Cel. Esseéumponto queagente Seabra: Raiza: Porque tambémécomplicado. Por- Cel. Aídependedacomunidade. Seabra: Raíza: Mastemprocesso Deumnovo novo? do. 500, APMchegouláeviraram 300. eram a serquinhentosmoto-taxis. umabsur- Virou Rocinha éumabsurdo. Porque agorapassaram guerra. éumaguerra. NoCarlos São Você vaia Pavão eestáregulado. Aí, éuma naMangueira você vaiao Tabajaras eestáregulado, você vaiao comunidade ecada normas temumacultura. Se ticularmente, não vou instituir. Porque não há não é arbitrário. Eu não gosto disso. Eu, par- violento senão éviolento, ou seé arbitrário problema ounão doquesetolera tolera, seé aquilo ali. Aí, vem corrupção. Aí, vem todoum tambémemcriminalizar todo edocriminoso tégia dopoder público edasociedade como um ram. Aí, virou problema daPolícia.- Umaestra é espaço público. Oproblema équecriminaliza moto-taxi é problema da GuardaMunicipal. Isso quenóspassássemosaregular.para Porque o Polícia? ajudar naacessibilidade aessascomunidades. rolante escada nal quevãoépara colocar acomunidade. para portante Agoraestánojor- extremamente im- moto-táxi que é um serviço agora.zer de oserviço Elenão vairegularizar Pergunta o Eduardo para Paes. Ele não vai fa- lo seorganize, atéporque aPrefeitura não fez. o queeufalei? Vamos facilitar queaqui para - momento, agente vaiterqueajudar. Lembra são responsabilidade daPolícia, mas, emalgum acompanha... as UPPsAquilo queagente determinando? cionamento. moto-táxi, comércio de fun- do gás, horário com a diversidade,que ébomjogar queentra o quantoqueébombaixarnotase todo domingo lá na Regina Casé. Tem só funk? todo mundo popular! quer um movimento Tá isso. adoradizer Leonardo e, vitimiza Se aí, se fosse preconceito contra ofunk”?“um OMc atividades como musicaiseaívocê estigmatiza o pagode. Você há vaiàcomunidade doLeme a coisamaislinda. Tem osambanalaje, tem Cel. esseproblema, Impuseram-nos Seabra: Pedro: Masissopassacomoproblema da Cel. Nenhuma dessas quevocê citou Seabra: Pedro: Você acha queépossível administrar Cel. Seabra: Como assimbaixarnotas? Pedro: Para você queestánocomandoaqui -

ciando apolíciadoRiodeJaneiro? inglês, oEspanholeMandarim! de elites. Francês éumalíngua morta. Hojeéo ter francês. Issoépreconceito. Émanutenção UFRJ, doutorado, sevocê fazer for você temque tem muito preconceito. Você vainaUFF... Na policialcom muito preconceito.o serviço Ainda são muito distantes. Aacademiaaindaolhapara Poderiam ser bem mais próximas. Mas ainda ,tem oCESeC instituições... têmoutras pública, desegurança de Federal Fluminense te, temessecursoqueédado naUniversida- processo. Nas- universidades, particularmen eficácia, as facilidades e as dificuldades desse cisa édemudançanaPolícia. é, Qual assim, a cidade éque, implícitaouexplicitamente, pre- futebol com osgarotos ládacomunidade. umprojetode está querendo dearbitragem fazer lá.cabelos Eleéárbitrodefutebol. Inclusive, ele Garoto excepcional! Fala inglêsfluente, deitaos ládoDona hojequeéoRocha Marta.tisfeito precisar. Pega umgaroto queeuestoumuito sa- com o quevocê osolhosqueele vai bancar fechar ao processo. Tem oCapitão Nogueira. Você pode mados também e depois nessa chegaram cultura balhando com seres humanosque, aliás, são- for mais sério, ooutro émaispróximo.- Euestoutra des, personalidades. Umémaisduro ooutro é local. Evocê precisaafinado. terumtime é tambémumaresponsabilidade docomando muito équearelaçãoterritório decada legal de moradores, oFeijão. Alguém temqueregular isso. Eéaassociação sam detransporte. 500 milreais pormês. Porque aspessoaspreci- rece queeleestavaganhando, euacho, queuns Mas o Feijão disse e agora são quinhentos. Pa- Cel. Seabra: Tem gente de dentro querendo Pedro: Você estáinfluen- achaqueaUPP Cel. Seabra: Têm. Massão muito distantes. Hélio: Muitodoqueagente conversa nesta Cel. Seabra: Obviamente, é.- Háparticularida Pedro: eéumacoisa Oqueéimportante Não.Cel Seabra: Porque issoéumserviço. Pedro: passadoalguém? Masissofoi para 145 ENTREVISTAS Coronel Rogério Seabra - Coordenador-Geral de Polícia Pacificadora 146

COMUNICAÇÕES do iser minha. Por mais que eu tenha o Nogueira, ain- nesse ponto émuitodoquea maissignificativa é importantíssima. Aabordagem daprefeitura abordagens. Aquestãoqueeuacho cultural aisso.eu meobrigo sobre Airapalestras várias a serresponsável porissotambém. Então, agora, ejogaolixo fora, nasuacasa nem rato começa cuidardolixonãopediu para terdengue ela não tinhaonde jogarolixo. Agora, sevocê queantigamente olixo nacaçamba de colocar sar olixo emsuacasa, queelavaiter aobrigação pas- Hoje apessoasabequeelapodepedirpara cesso. ela. dissepara Coisaqueninguém nunca aquele para pro - ência dequeelaéimportante naquela pessoa dialoga a construindo consci- constitutivo. Não ésimplesmentedialogar. Ele muito maispróximo daquelas comunidades, e posso. Ele vai ter uma abordagem, um diálogo se soma oque comoeu não ajuda a construir papel dopoderexecutivo municipal. Elenão só ao traz cidadão comum Social que aUPP oreal sencial queaprópriamediaçãodeconflito. Por- deR$500.Batalhão jáganhagratificação do Batalhão. é de R$150 a mais que ganha o soldadoUPP que émerreca. deumsoldado da Agratificação ganharagratificação,vir mesmoquesejapara UPP Social é o parceiroCel. Social mais UPP es- Seabra: Pedro: Social? EaUPP Cel. R$500, São Seabra: masosoldado do Pedro: Não são R$500? vamente o que eu gostaria defazer.vamente oqueeugostaria elefazintensivaenão ostensi- não possofazer) vê isso, elesóajudaamultiplicaraquilo queeu nados e, quandoogestornesseprocesso entra e que 100%dosmeusCapitães são bemintencio- que, (porque eu acreditodas vezes parte grande no acesso, nodiálogo eajudaameproteger, por- Digo nemdelegitimidade, masdeamplitude a farda ganham umpoucomaisdeamplitude. logar etudomais, maspornão estarem vestindo àpaisana.que euteria Tem acapacidadededia- útil, umparceiro dediálogo com asvantagens Então, éumparceiro nessahora Social aUPP de polícia. Vou nessahora. tranquilo casa pra que elefiqueemponderado enão precise mais mento eessereconhecimento, detalmaneira esseconheci- eu preciso edistribuir construir lá20anos.ficar Quero 15. ficar Mas, isso, para E, aí, amigo, étudoquequero. Eunão quero é multiplicador do nosso processo de pacificação. a humanidade daquele processo virando acaba tães. Algunsatéliteralmente. reconhece Quem chegam, eles se apaixonam pelos meus Capi- comcolaborar o meu processo. Depois que eles e Direitos Humanos. Euquero 20deleslápara res deAção Social sociaisligados àSecretaria propagador, queoEstado passouatergesto- momento, elesconstroem epropagam. Tanto é Os própriosgestores conseguem. Emalgum e essascoisastodas. Aabordagem émaissuave. deerrado oquevocê estáfazendo sidor dizendo ninguém fardado. Não temaquele dedoinqui- outros atores émuito maistranquila. Não tem da queelesejarepresentativo, aabordagem com ex- En R da maiselaboradaqueenfrentasse de acultura arealizaçãodeumaagen para - uma plataforma e muita violência; e, ao mesmo tempo, construir so de20, armado 30 anos de controle territorial propostas enfrentardesastro- para umhistórico queconjugassevo desenharumaestratégia era modadas àsuperfíciedodesafio. Nosso objeti- óbvio, sairdocaminho para dasrespostas aco - empresários. uminvestimento inicial Fizemos gestores, militantes, comunitárias, lideranças das secretarias. Dialogamoscom pesquisadores, social pública,rança dedireitos humanosedepolítica res. Conversamos com pessoas daárea de segu- “mergulho”,- interlocuto dialogandocom vários atéagosto, Deabril -pacificação? um fizemos nósumdesafio:para como lidarcom após- eDireitos Humanos.Social Estava colocado deEstado deAssistência assumi aSecretaria de2010, seiniciaemabril Social UPP quando Social. daUPP processo ecriação deconcepção p icardo he : Henriques da Ricardo Odesenhooriginal João Trajano: o comofoi Conterapidamente de junho2012, noInstituto Pereira Passos trevista com reside A entrevista foi realizada namanhãdodia13 realizada foi A entrevista strictu sensu,strictu alémdasequipes técnicas n te do i n stit u to

p ereira n ri p qu assos políticas públicas a partir deumaabordagem apartir públicas políticas Produzirteira? coordenação de eintegração com uma agenda e de pública fron inovadora - política que não disputarosmodosdesefazer ção, dobusinessasusual. ocaminho seria Por daviolência.a obstrução Não anossaop- foi acontecessem sociaiseurbanas sempolíticas normalmente. deixarqueas Simplesmente básicosedeixarquefuncionassem serviços territórios. integrada em pública na discussão da política emdireçãodefronteirade irmos aumaposição apossibilidade abria Essaoportunidade mentais. direito de ir e vir e alguns outros direitos funda- armadoerecompostoso controle o territorial paz,que aindalocalizado-de retirado noqualfoi deumcenário-mesmo nhecer aoportunidade essencial reco social? no desenvolvimento Era - serprioritário,deveria apazouinvestir garantir inclusive, deesquerda: porumatradição oque tar umbinômio umpoucoartificial, alimentado, businessasusual.tido fazer maisdomesmo. vamosfazer ra Não tinhasen- simplesmente dizer:dado quetemosapaz, ago- públicas. Uma proposta mais do que que fosse e sobreposiçãofragmentação das intervenções Um caminho possível seria recuperar possível os seria Um caminho Estava emjogo ali, naquele momento, enfren- es 147 ENTREVISTAS Ricardo henriques - ex-presidente do instituto pereira passos 148

COMUNICAÇÕES do iser chegar até apassagemPrefeitura. para chegar denação, Pode articulação? contardocomeçoe ros passoseoquerende dessesesforçosdecoor- Federal?- Governo Comoéquesão essesprimei Estadual comodaPrefeitura e bito doGoverno no Estadomaisamplo, nosentido tantonoâm- lou rapidamente, sociale comatores docampo ção”. asconversas Comoforam dequevocê fa- doisconceitos:atenção “diálogo” e “coordena- do sucesso. ospilares. Essesforam so públicocom resultados efetivos como achave dosdiversos atoresparticipação eocompromis- quanto tão importante “o que” –e, portanto, a equesabeo sidade nosterritórios “como” é tância dereconhecer eadiver asingularidade - segmentada. Uma gestão que entende a impor- de umagestãoenão maiscentralizada, matricial e coordenada. Portanto, abase seria oterritório tertambémumavisãonos permita integradora cação, habitação, território. etc–emcada Eque esobrebre ossetores oterritório –saúde, edu- de gestãoresultados, para orientada oolharso- de fronteira;pública conjugando, em uma visão equevai pacificação ao encontro dessapolítica que se abrea janeladeoportunidades com a ses eixosumapropostaemconta foi queleva o território. Oquesurgiudacombinação des- limitado; assim como simplesmente olhar para irrelevante; seria asagendas setoriais turbinar preocupar-se apenas com acoordenação seria resultados; não traria espaços departicipação entre eles essencial.articulação Produzir apenas Todos oscomponentes importantes, eram ea uma irresponsabilidade frente àtarefa colocada. nimo, umdesperdício deoportunidade, quase produzíssemos seria, essavisão matricial nomí- aformulaçãodaproposta. para buíram não Se - contri diversidade daEducação noMinistério e conduzido porquatrode anosumapolítica Social do Desenvolvimento mília no Ministério e aimplantaçãoinicial do programa Bolsa Fa- que vaiao encontro dessacontemporaneidade. éaUnidade dePolíticaSocial Social Pública oBrasil. para quedefendo temporânea AUPP con - cos deumapropostapública depolítica liação contínuos. Essessão oselementosbási- resultados, submetida amonitoramentoeava- com umagestão voltada aefetividadedos para território. decada eculturais nômicas Eisso asconfigurações para sociais,orientados eco- sobre osprogramasquesão eações setoriais commatricial realmente enfoque participativa João Trajano: você fala, Quando a chamam detercoordenadoAs experiências odesenho a conta e conclui oseguinte:a conta econclui essemoleque “Se tem uma racionalidade incrível. A diretora faz tem aindaacoragemdecontar. Essahistória anos, edepois tem a coragemde ir ao traficante senhora, diretora daquela escolahámaisde20 umnegócio desses. fazer para to corajoso Uma alunos) com odono daboca”. Tem desermui- dosmeusmeninos(os eu ianegociar aescala à mesaediz: “Olha, essesanos todos, durante ma deensinomédio. Adiretora da escolasenta tem 13escolasdeensinofundamentalenenhu- uma diretora deescolanaCidade deDeus–que nuances. ecriar soluções maisóbvias Estamos o tempo todo aprendendo a sair das Social, aisso. abertos temosconseguido ficar ma. Ao exercitar, essaagenda daUPP praticar te. Existeumaprendizado constante dosiste- da assistênciasocial, umpessoalmuito militan- porque com foi ostécnicos da área de saúde e é queselidacom jovens egressos dotráfico. pensarsobre atémesmopara como importante gas comnocrack. foco Fazer essadiscussão foi e enfrentamentotratamento da questão de dro - mos uma discussãosobre de enorme a política que estão alinodiaadia, namilitância. - Tive dade, além, para inclusive, da academia. Atores máquina pública. atores São queestão nasocie- não são doestamento burocrático, não são da dos direitoscampo humanos, com atores que em tempo real e presente cominterlocução o tão explícita. têm adimensão territorializada quenão estou falandodequestõesespecíficas dessaformulação. ariqueza mentaram Denovo, didas socioeducativas. au- Essas interlocuções e adolescentes,dos direitos das crianças das me- muito com opessoaldeproteção atestemunhas, de pessoasemsituaçãorua; trabalhávamos vamos com algumafrequência com amilitância tores. darexemplos pra não óbvios, Só conversá- - deinterlocu umlequeenorme Humanos abria eDireitos deEstado deAssistênciaSocial taria efetividade. Alémdisso, estardentro- daSecre cena ecomocom estamosobcecados aideiade ve omodocomo osdiversos atores em entram po todoé “diálogo com resultados”. Eladescre- esse crescer. Aexpressão queagente usaotem- umprograma como fazer para mas ideias-força ePolítica Pública Social? Segurança cipalmente daárea dosDireitos Humanos, da Um exemplo éadiscussão quetivemos com adiscussãoEstou lembrando sobre ocrack muitoEssa ambiênciafoi produtiva. Uma : Henriques Ricardo Você temsempre algu- Landin: sãoLeilah essesatores, Quem - prin além doaprendizado –umarotina, umaatitu- de governança. Umprograma como esse, para político, entresecretarias... a gente está falando. Para dentro institucional dessaengenharia que dentrofundamental queéirpara damáquina. academia, amilitância. Existeoutro problema formuladores epensadores dessahistória: a sionais, públicos. servidores E, claro, com os dos territórios, moradores, lideranças, profis- diálogo. Produzimos com atores interlocução do programa, do estão atentasàimportância edegestãode gestãoinstitucional territorial vamos aprender com essaexperiência. dessasrelações,tratamento não evidentemente draconianos esseexemplono dermos eformos viveu com toda. aquela história não enten- Se reivindica nada, éumexemplo decomo elacon- muito.nos informou Afala daprofessoranão odireitoassegurando aestarnaescola. escola, reduzindo abandono escolar e e evasão dadiretorada einovadora reteve osalunosna - não podemosesquecerqueessaatitudededica ral, todossão carregados deestereótipos. Mas ou não? Nessa pequenacenaquenarrei, emge- Polícia mataounão equeadiretora éinepta ounão,de queomeninoétraficante dequea enão sópelosestereótiposda poressaprática - éforma que seestabeleceunaquele território Como entendemosquearede desocialização oimpacto?a gente aprende com isso?Qual forte”. épensar: Praticar oque aescutaforte Social: cotidianadaUPP a na prática “escuta expressão numjargão quejásetransformou mos umolhardiferente sobre isso. Temos uma oqueestamostentandofazer,fazer exercita- queexiste.ção Por outro lado, seconseguirmos principalmente,- noambientedecriminaliza nar, essasenhora. possível, Éumtratamento recriminar,que deveriam - ou mesmoincrimi apontoma podesertãodeconcluir radical isso comoou alegoria estigma. Oestig- olhar tradicional, vaitratar amáquina pública aevasão. evitar para um equilíbrio na boca, elevailargaraminhaescola”. Existe porsemana também não deixo eleirduasvezes ganhar tantoquevaisairdaqui. Agora, seeu maisdoqueduastardesfor aboca, para elevai : Henriques Ricardo desafio Háumgrande João Trajano: Fala tantodopontodevista As equipesqueestamosformando, asequipes marcouEsta experiência muito todosnóse Perceba esteaprendizado. tivermos um Se

pessoa ouvir. facilitam isso.a Dialogarcomfacilita abiografia resistência aesseolhar, aessaabordagem. Atores (enquanto líderdeumaequipe), érecorrente uma colos, dosecretário independentedadisposição tanto, doponto devistadasrotinas edosproto- resistência,grande ao menosemteoria. No en- global nãona medida que há uma orientação da política, eleganteebem comportada, porque descontextualizada. isolada,programas deforma e abstrata porvezes concretos,rios de com etrabalha osbeneficiários setorial, quenão vê sujeitosconcretos- emterritó comosocial noBrasil umtodo: umisolacionismo entanto, problema esteéumgrande dapolítica de daFamília ecom adiretora daescola?”. E, no com osmédicoseenfermeirosdoPrograma- Saú bilidade usasse atores da Assistência Social, junto mapeamento depessoasemsituações- devulnera melhorseo de protocolos emqueseria de trabalho Vocêssocial? assistência de vêm com uma proposta ecom apolítica deeducação gisse com apolítica maisinteressante- desaúdeseria seintera política tem paz, vocês vêm com essasconversas dequea diz: agoraqueeupossotrabalhar,“Logo agora que coordenação, háumareação. Apessoa, ogestor que euseifazer”.setentaumesforço de Quando Como sedissessem: “me o bemfeito deixafazer justificável, setorial. encastelamento umcerto evidentemente, não éverdade. semprefosse oambientedaineficiência–que, constitutiva,ciente deforma como seopúblico espúrias. é consideradaA máquina inefi- pública qualificação, dedesconsideração, decomparações no derelação comédedes- amáquina pública de muito estigmaemuito preconceito. Ocotidia- máquina pública, seproduziram tambémrelações nessepaís,ris doponto devistadarelação com a de desigualdadeproduziu sui gene- uma estrutura asnuances)peloseguinte:tar para assimcomo se Compreensível (denovo, aten - aqui éimportante amanterumisolacionismo setorial.dência forte borde asuavisão setorial. muito aqualqueragenda matricial,- quetrans ponta, público, mesmoobom servidor resiste e não dasmazelas. No diaadia, quemestána que nelesvivem. Estoufalandodaboamáquina esujeitosconcretosolhar queveja territórios ematricial,adotar umolharintersetorial um público,sujeitos imbuídosdeespírito resiste a Mesmo aboamáquina pública, por formada de –temumgigantescodesafio governança. Arelação com amáquina é, doponto devista Nesse contexto, écompreensível, não embora Há umacompulsão pelosetorialismo, umaten- 149 ENTREVISTAS Ricardo henriques - ex-presidente do instituto pereira passos 150

COMUNICAÇÕES do iser da cidade? Marta, estão noSanta cidade? Quantos sul zona no Batan,civil quetrabalham oesteda zona um exemplo: quemsão osatores dasociedade assume maiorcomplexidade. gente pra dar Só e a sociedade o setor privado civil organizada civil eosetorprivado. Por isso, com ainteração astrêsdegoverno,mobilizar esferas asociedade cracia pública. Oespaço envolver públicodeve e a coordenação não ésó dasmáquinas daburo- espaço público não ésomente governamental, e coordenação sebaseianaconvicção dequeo novamente? cano parceiro importante. Elaapareceu oudeu um seria privada supunha-se que a iniciativa inicial, Social, quantodaUPP comodaUPP mo? Comotemsidoaconversa? No projeto sonagens também, complicados não émes- Sãocarioca. per- fluminense eoempresariado de perguntarsobre o empresariado gostaria e, portanto, vistocom ressalvas. percebidomuitas como vezes umcomplicador conteúdo universal elementosdadiversidade é nos. Demodogeral, ao tudoqueprocura trazer são a essa abordagem; mais afeitas outras, me- nismo. Algumas pessoas nas máquinas públicas queasmáquinaslembrar tambémsão umorga- direitos semfalar dediversidade. Importante dificuldade.enorme Enão há como discutir Academia comotêmuma asmáquinas públicas e darconta dosingular?Nessa questão, tantoa Família: como équeseconsegue seruniversal como umdilemaanálogo ao vividocom o Bolsa ou,à diferença sepreferirem, àdiversidade. Vejo telistas epatrimonialistas. - clien habituadas com políticas práticas culturas qualquer lugardomundo. agravadoem Sendo emgeral,constitutivo pública depolítica em agenda decoordenação éumproblema quase questões depoder. Nesse caso, produzir uma tanto porquestõesdepessoalidade, quantopor administrados. sempre São objetodedisputa, são sempre pública difíceisda política deserem comodestacar chave. Protagonismos nagestão questãopara dagovernança, de queeugostaria desseprocesso. política tritamente Vamos voltar tência, não é?Dependendodeondevem oator. : Henriques Ricardo Apareceu. Aideiade João Trajano: Jáquevocê tomouesserumo, Há maisumtipoderesistência. Aresistência : Henriques Ricardo Aí, temosaanálisees- João Trajano: resis- Mastambémpodemcriar um fundo independente e Social, UPP umfundopra como é que secria tor privado. Estamos discutindootempotodo são grandes, sentidomaiores nose- numcerto Social. desenvolvidas pela UPP As dificuldades outros dosdiagnósticoseanálises atores apartir com os queestamostentandoaplicar princípios pauta tambémsejacoordenável nosmesmos Rio deJaneiro. com queesta éfazer Outra comsocial privado asempresas queestão no plo, dentro para damáquina pública. nores do que estamos conseguindo, por exem- denação frente ao são setorprivado muito me- tinham antes. concretos Masosefeitos de coor- Tem àaçãomuito umadisposição maiordoque tor público. Algumas empresas se organizaram. o desafio é análogo do à visãoges- setorialista exemplo, Desseponto devista Social? daUPP naagenda,como équeessapautaseencaixa por investimento temumapauta; socialprivado tável das situações devulnerabilidadesocial. O dos atoresedasaídaautônoma locais esusten- derecursosção nadireção doempoderamento - esoliciteaaloca que identifiquedesafioslocais investimento aumdiagnóstico socialprivado presarial sobre como adaptar oseuesforço de é aderente aos desafioscolocados. uma boaagenda, ela masnão necessariamente tivos daquela instituição. Aempresa podefazer cidade, dopaís, frente- aos interesses coorpora lação, sobretudo dapopulaçãomaispobre da interesses enecessidades concretas dapopu- os para sabilidade socialempresarialdirigida deresponque nãoenraizada háumacultura - vigor. Esseéolado positivo. Adificuldade é veio degás,O setorprivado cheio de cheio aalgumequilíbrio. chegar issodeve ma hora umarelativapara euforia. Acho queemalgu- daquela postura Saímos “não temmaisjeito” mood dacidade quevivemos nosúltimosanos. vez. Oprimeirovem associado àmudançado curiosos,Dois movimentos interessantes tal- cuções. Oqueacontece com osetorprivado? preceitos dediagnóstico, deanálise,- deinterlo execução, esimproduzir encontros de apartir ordenação. Coordenação aqui não se refere à venções einstituiçõesdasociedade civiledeou- inter- desoluçõese atécertificasse alternativas locais,ricos desafios, identificasse categorizasse Social,UPP com base em diagnósticos empí- emquea estabelecer ummododeoperação como conseguir? Uma coisa é ter uma pauta de investimento Há necessidade dediscutircom osetorem- Há dificuldade deproduzircamposco- O que seria o desejável? Se conseguíssemos odesejável? Se O queseria multistakeholder, mas

falando daslocais? consistentetrabalho e dequalidade. Você estava com é queexistemONGslocais maravilhoso direitos, como IsereIbase, dasONGslocais. O dos asONGsdocampo tava tentandoseparar maravilhoso. Tem duascoisas: primeiro, eues- lho. Existealgo? - nessetraba desses projetos nessesterritórios, dade civil, ONGseetc. Oquevocê encontrou dasocie- deentidadeseorganizações chama produtivo. com apalavra) (brincando viável, desejável emuito umcaminho eseria matching, decasamento. Acho consistente e agenda com qualidade. de umtrabalho Seria ro aquela asentidades para querealizariam atores,quais osprincipais odinhei- epassaria desafiospostos, quaissão osprincipais tificaria iden- Social com aUPP fundo emarticulação pessoas com deficiência”. Acoordenação do (empresa ouaté pessoafísica)naagenda de zer: “gostaria meurecurso decolocar privado poderia,Um contribuinte porexemplo, di- odestinodos recursos utilizados.claramente edetransparênciadizer para de governança sos? Obviamente, épreciso qualidade enorme umfundo,criar recur decaptar - elecapaz será naquele território. para Estamoscaminhando exatamenteaquela açãoespecífica quer fazer to socialprivado, onde a empresa jásabeque . doshardwares parruda àestrutura mentaridade relação comde comple - forte pública da política eaimplantaçãodossoftwares desenvolvimento sos eestabelecem-seprocessoso queviabilizam pativa e, algumascoisas, para recur captam-se - - partici público constrói deforma oshardwares idealize,talvez ummundo seria onde opoder posta. Omundo desseespaço público, queeu da burocracia, dotempoedaagilidade deres- do ponto devistadosprotocolos, damáquina, nanceiramente, mas, sobretudo muito custosas equesão muitosoftware custosas. Não sófi- coisasquesão daordemmas existemvárias do responsável pelohardware pública, dapolítica mais oumenososeguinte: opoderpúblicoé nanciar essasações einstituições. Oconceito é fi- quepermitisse eprivada pública de origem o Fundo Social, daUPP umfluxo de recursos positivos. Assim, organizar, poderíamos com tros atores queimaginamosproduzir impactos : Henriques Ricardo Existeeéabsolutamente Landim:Leilah Ecom relação ao que você Isso é um pouco diferente do investimen-

mos nomomento derealizarisso. sociedade civilmaisorganizada. Acho queesta- um lado, mas precisa também de relação com a produção deredes precisa dealavancagem, por Como produzir eescala? redes? Essa trutura tempo ganhemdensidadedees- emtermos locais,organizações que ao permitindo mesmo própriasde var essasvocações esingularidades Iser. A questãoé: central como manter, preser- atuam emcomunidades emumIbase, ou um enãocável sujeitaainjunçõescircunstanciais. trega de resultados em escala, repli de forma - sistemático e operacional, como a en- garantir dequalidade emumprocessoideias epráticas discussão nossa, Social: daUPP comoas tornar bem-sucedidas. locais experiências Essaé uma de difusão demetodologiaspara emescala ção - eestrutura talecimento das instituições locais - ofor para de apoiocomo assistênciatécnica Além de recursos, com formas trabalhar outras quejáfuncionam nessadireção.experiências sociais”punturas emescala. Existemalgumas decomoações queoperam significativa “acu- microculturais umavariedade quepermitam com trabalhar intervenções realizar editaispara – um exemplo promissorlocal transformação é com potencialde práticas efinanciar identificar apoio ágeis erepublicanas, quenospermitam são paternalista. condições de Odesafioécriar amadurecer,a organização numavi- semcair o quejáestásendorealizado edarapoiopara Tem deagircom sensibilidade reconhecer para fiar feito.goela abaixo ser oquedeve acha pronta, a solução não podetrazer lificação en- achismo. estimular Umaatuaçãopara essaqua- distanciamos doamadorismo, doimproviso, do temseformalizado.pública Cada vez maisnos desejarem, evidentemente. O mundo da política institucional.seu desenvolvimento Para asque dessasorganizações,e estruturada como apoiar aumentar acapacidadedeatuaçãosistemática público, estar pensando em como deveríamos ver mais, masjáésignificativo. Enquantopoder nascomunidades.tes trabalhando Poderia ha- dania, encontramosmuitas ONGsinteressan- social.e desenvolvimento Nodacida- campo cidadania; urbano; dedesenvolvimento política são: Social daUPP ção Estadoe democrático delas nissoaí, seexiste... projetos locais, nacoordenação, qualolugar das naverdade, masestavapensandonesses A questão não é transformar asONGsque A questão não étransformar : Henriques Ricardo Ostrês deatua- Landim:Leilah Eu estava falando de to- 151 ENTREVISTAS Ricardo henriques - ex-presidente do instituto pereira passos 152

COMUNICAÇÕES do iser sem o desenvolvimento de uma estrutura dead deumaestrutura sem odesenvolvimento edetransparência,consistentes degovernança e dagovernança.tral e claros mecanismos Sem e ONGslocais. Voltamos assim, àquestão cen- entre governo, setorprivado, ONGsdedireito denação, estabelecer vínculos para contribuir pode, Social A UPP comdecoor- suafunção dedireito. dagarantia bais queatuamnocampo dado, sobretudo nasONGsnacionais ouglo- anos todos, mastemumsaltoqueprecisa ser ao feito longolidade quefoi dotrabalho desses que amudançajáexiste e só é possível pela qua- são seus”. maisnaagenda. Issonão cabe Éóbvio “esses pobres aqui são meuseesses pobres ali Fazia-se esedizia: umadivisão noterritório apobreza.da sociedade civilpatrimonializava como há15anos, quando, porexemplo, parte isso.truir Não podemosviver hoje, em2012, É óbvio. Eessaspessoaspodemter60, 30ou daquele com programa.lizados osbeneficiários pública, dapolítica campo vínculos contextua- sentar nasaladeaulasenão estabelecermos, no e pessoas quenão vaiatravessar aquela porta dar aula. de A questão é que existe um grupo sa”. Aquestão não éseoprofessor ébom evai EJA superlegalcom umadiretora- maravilho Não adianta dizer “ah, temumaEJA aqui, uma religioso, essas pessoas. não vamosalfabetizar vínculo comafro atradição ecom oambiente o convivem não criarmos são analfabetas?Se de Candomblé onde 70%daspessoasquelá como é mesmo quesefinancia aquele núcleo comsem trabalhar asredes religiosas. Agora... econsistente,adultos forte nomundo urbano, de umaagenda dealfabetização há como fazer que vivi alguns anosatrás:uma experiência não a para gestão.fissionalização Umexemplo de a relação com aAcademia; temaver com apro- daspessoas;com aespecialização temaver com se profissionalizar semburocratizar? Tem a ver profissionalização dasociedade civil. Como é ver com osmodosdefinanciamentoecom a o outro. essagovernança? crio questão aqui é: essasituação, como evito como totalmentepaternalistas.ou podemsetornar A sociedadepodem se realizarde costas pra civil vocacy : Henriques Ricardo decons Estánahora - João Trajano: Nem deumlado nemdeoutro. : Henriques Ricardo Exatamente. Issotema João Trajano: Maisdomesmo, umcontra pela sociedade civil, públicas aspolíticas - que agentes comunitários desaúde, professores, tentabilidade dosprogramas. Maslembremos questão daqualidade, edasus- daparticipação lência nasáreas populares. Temos deenfrentar a vio- que existeecom asituaçãodagigantesca com qualidade, sobretudo com a desigualdade precarizado, foi que oserviço não érealizado nesses territórios.saúde e educação Mas ocorre de equipamentospúblicos, porexemplo, de quantida- a grande claramente mostram do IPP tado está presente nascomunidades –osmapas produzir aideiadeumEstado ausente. OEs- dasociedade importante Academia edeparte umaspectoquemeincomoda.car Éumerro da de pacificação.política desta- Mas me permita a políciaedoqueacontece após instalação da central, ounão. Comoéessaconversa? o personagem maisdifícileao mesmotempo ceis, relevantes, essepersonagem seja talvez aíquesão super-sensíveis,articulações difí- Militar. Minhaavaliaçãoéquedetodasessas bir, senão subirem não éproblema daPolícia sibilidade, chegar, dápara su- agoradápara assim:do tipo lá, nósfomos essapos - abrimos conferência falou, não vou serliteral, masalgo deSegurança,numa pouco tempoosecretario ponta daPolícia, não existe. Social aUPP Há opessoalda é essaconversa hoje?Ouvindo comaPolícia?conversa Social daUPP Como logou comessas pessoas em campo. Comoéa anos. ao longo dessestrinta Vocêtruídas dia- que contemplamuitascons- dasexpectativas lícia quetemumdesenho, pelomenosinicial, de contas, issosurgedaPo deumainiciativa - sociais, Social. sãodaUPP elementoscentrais comprometida pública política com mudanças chaves são deuma econfiança variáveis Vínculo Claro queestousódandoumexemplo. eficiente.o programa e divulgá-lo de forma zar vai entrar. doqueorgani- Hámuito maisafazer de vagas. ele, Mesmoquevocê para abra elenão deumaescolasóporque háoferta aporta abrir é analfabetoabsolutoenão sófuncional, não vai está com 30anos, expulsodaescolacom foi 12, específicos. emnichos está colocado que cara O ainda existeétambémurbano, não ésórural, e 20 anos. Oanalfabetismoentre ajuventude que :É importante falarsobre :É importante Henriques Ricardo João Trajano: Vamos falardePolícia? Afinal : éfundamental! Henriques Ricardo Vínculo Landim:Leilah Aquestão éovínculo, não é? se apresentando como um momento de catarse dispersas, ecom frequência pouco sistemáticas dá nesseambientededemandas legítimas, mas Social, daUPP rum emqualquerterritório, se integrado. queoprimeiroFó Maséevidente - consistente, local desenvolvimento abrangente e ciar um processode um plano de de construção plantação quesesegueàpacificação, ini- para o diálogo eaparticipação, logo apósapré-im- nesse contexto. para Ummomento deabertura a dizer, maisdomesmo. fazer pacificação. Não nosbastasubiromorro e, volto pela aberta pelaporta mos simplesmenteentrar - eemancipadoranão devería transformadora da responsabilidade pública deumapolítica mam, àsvezes, emmomentos decatarse. Diante - setransfor eparticipação tivos deinterlocução demandas. Alémdisso, mesmoosespaços- efe de uma lista absolutamente infindável e acrítica departicipação, cultura ouartificial sa fraca gera escuta dacomunidade, sobretudo diante denos- dores. Nadoslugares, maioria umprocesso de encontra eco, acolhimento eretorno- dosmora tipo deexercício dopoderpúblico, mastambém tradicional. queéumaescolha deum Éevidente nãomente essacultura ésódopoderpúblico edesubordinação.ções declientela - Einfeliz recorrentemente fragmentadaproduzindo rela - pública. política de fazer foi pública Apolítica e clientelista um modopatrimonialista forçar mais do mesmo, fazer que devemos vamos re - jogo nessemomento econtinuarmosachando de violência. enfrente adívidasocialagravadapelocontexto dequalidade que pública deumapolítica trução épré-condiçãoo mantodasarmas acons para - desegurança. éapolítica efetiva blica Retirar queapré-condição daaçãopú- anos dizendo oquenãopossível. era pode fazer Estouhádois estão abertos, oscaminhos a segurança agora eficiente.claro que É “agora pode”, agora com que é possível ter uma máquinadizendo pública é umbandodepreguiçoso”. Estouhá15anos do tipo a público visão conservadora “servidor no. EssediscursodoEstado ausentealimenta pendentemente da qualidade da rede de ensi- escolasdaredeque outras pública, issoinde- tem do tráfico de aulamuito do menos horas las nasfavelas armado sobcontrole territorial troca detiros entre afacçãoA eaB. Asesco- não como se acontecetrabalha as outras uma sem tráfico. doPSF Ocorre queaenfermeira res deescolasempre omorro, subiram com ou enfermeiros, assistentessociais, médicos, direto- O Fórum da UPP Social deve serentendido O Fórum deve Social daUPP Mas senão em percebermos aoportunidade da maisconcreta, qual éaagenda queestáhoje nessa direção. cenário. estamoscaminhando NaSocial UPP areconfiguraçãote para dojogo políticodesse dos compromissos.ção Isso- é muito importan reputaçãode criar ecredibilidade sobre a execu- social com ascomunidades populares. Trata-se dade no tempoadequado dadívida ao histórico ponsabilidade entregar para resultados dequali- com ao atenção sentidodaurgência, com res- esseprocessoClaro construir queénecessário pública,da política algo aindararo noBrasil. do deoutro dematuridade estágio emtermos relaçõesse criam deconfiança. Estamosfalan- só vínculosdecompromisso consistentes, como definido.com prazo Assimseestabelecemnão fazer; aquilofazer, simdápara e detalforma dedizer:issonãode teramaturidade dápara realizada. tem institucional pública Aestrutura dela–nãoser poderá pode seramaiorparte recursos disponíveis, dessaagenda –que parte mento, diante dos desafios colocados, diante dos institucional dizer:nessemo- suficientepara ter maturidade implicará a relação de clientela bém sobre oque não vaiserfeito. Romper com compromisso sobre oquevaiserfeito. Etam- escuta forte, condições de criar queimplica demos dar. passado nãoosaltoquequeremos permite epo- passado, fazer. quedápara Masessaagenda do odesafiodobalcão. fosse ca Issoéaagenda do lá dá cá”. públi- Como se o desafio da política reforçar arelação eclientela, debalcão do “toma específicas. Corremosriscodeestabelecere o àmão,instrumentos algumasdasdemandas quasealeatória,der deforma dependendodos setoriais.Estritamente Alémdisso, vamos aten- exemplo, nasáreasedaSaúde. daEducação universais dedireitos, políticas razoáveis por possibilidades daação, provavelmente faremos de delimitando o campo acrítica das de forma apenasresponderlha for - asdemandascoloca biente deviolênciaextrema. e cultural,mica quanto da vivência de um am- dívidasocial,tanto deumasignificativa econô - tão grande.histórico Contencioso resultante jogadasliteralmente diantede um contencioso com nada, anão sercom algumasdemandas tico dedemandasenão nosresponsabilizamos patia com acatarse, com- oempilhamentoacrí relação aisso, exercitamos umarelação deem- coletiva. consequentesMas se não em formos Trajano: umadimensão Descendo para ain- Para isso, tenhodeestabeleceroexercício da Do ponto devistadopoderpúblico, seaesco- 153 ENTREVISTAS Ricardo henriques - ex-presidente do instituto pereira passos 154

COMUNICAÇÕES do iser história sejaopolicial.história dapolícia, Afunção em to atual, odenominador mínimo comum dessa ressa suaperguntaéque, para nocontex- talvez territorial, coordenada ematricial. Oqueinte- daideiadeumapolítica um avançoenorme aquiloo que são para vocacionados,zem será são efa- vocacionados aquilo para quefazem públicos emqueosagentes públicosconcretos ser osíndico. a salvadora; opolicialnão é, não enão deve quer escola não é, não enão deve quer ser amãezona, resolver com a merenda escolar?”. Adiretora da que o problema da alimentação na família vai se nho queresolver aquestão social? Vocês acham com qualidade ematemática eute - português enormemente:reclamam “Além dedaraula da escolaéasalvadora. Asdiretoras deescola acrençadequediretora quanto desconstruir agircomo deve síndicoétão importante UPP tiva, da aideiadequeocapitão desconstruir formado.quais foi Desmontar aquela expecta- com competência asfunçõesetarefas as para policial.cial será Umpolicialpleno, exercendo enfermeira, será enfermeira e, portanto, opoli- diretoraserá daescola; médico, omédicoserá a público. servidor de cada A diretora da escola quando conseguirmos concretizar as vocações funcionará tamos propondoSocial aUPP para de queamodelagem degestãoquees- pública ficamente, creio queteremos umsinalconcreto não éaexpectativadaPolícia Militar. Especi- bom diagnóstico. uma coisa universal, que é um mas eu diria menos, falamcontrafeitos. ser Não diria comandante falanessestermos, algunspelo nãoesperavam sersíndicos. um Quando ocupantemente. Euachoqueelestambém da comunidade. de síndico estabelecer uma postura deveria UPP tas, expectativasdequeoCapitão da seformam paralelas. Alémdisso, emcircunstâncias distin- momentosagendascomo fossem seemvários desenho jáémuito estranho. Social,e dolado daUPP dopontodevista Polícia... Esódevocê falardolado daPolícia sa comospoliciais?Por que, assim, dolado da efetivas,políticas ecomoissosedánaconver- posta eimplementada, dopontodevista Se conseguirmos criar uma rede de serviços umarede conseguirmoscriar deserviços Se : Henriques Ricardo Também achoqueessa Trajano: Issoestáseconcretizando, pre- : Henriques Ricardo Não ser assim, deveria ao sobre máximoasinformações oterritório. gerência de informações. Tentamos qualificar institucional, e uma outra gerência de território Trabalhamos com baseemumtripé: umaárea até agorasobre comoSocial. funciona aUPP mesmo?tado? Como estánaprática ‘gerenciamento’azei entresecretarias. Está -de podesermuito -essapalavra forte talvez noterritório.e escolastécnicas cursosprofissionalizantes para mil vagasabertas quehaviamaisde realidade edescobrimos local moradores. Acolhemos ademanda, mapeamosa também, dos umareivindicação enfática essafoi todo lugarmundo querescolatécnica. Lá, munitárias ocorreu no Fórum João. do São Em asdemandasco- dequalificar da importância consegue, emoutros não. Umexemplo clássico os problemas diários. Em alguns lugares a gente deresolver rapidamente quegostaríamos Óbvio dademanda. de qualificação que chamamos no diaadia. o Elenão estáhabituado afazer resolução queouviu deumaquestão específica seu território, temaexpectativade muitas vezes tos, deexpectativas. umaquebra OCapitão, no campo, percebemos quehá, emalgunsmomen- esolidária.cotidiana compartilhada Agora, no deumaprática derivados vínculos deconfiança pam dasnossasreuniões... Não temruído, há informações, elesusamnossosmapas,- partici A relação com ocomando éótima! Trocamos pe reclamando: “alguém mevirou ascostas”. po também. Nuncavininguémdanossaequi- muitoSempre respeitosa- com o pessoaldecam édemuito respeito. deSegurança a Secretaria de nossarelação com aPolícia Militarecom tudo quenão lheépróprioeespecífico. A rotina ver como tambémdeestabelecerrelações com mas tambémcom muita dificuldade não sóde não dahierarquia, sócomóbvias asimplicações institucional voltada dentro para dacorporação, do Coronel Robson Rodrigues. Umacultura nal muito ensimesmada – vale a penaler o livro institucio- deumacultura entendo quesetrata desegurança. local dapolítica dução deCapitão,função deresponsável pelaboacon- da águaedoesgototemposua estátirando com aCEDAE etentar “resolver” oproblema conversar seutempopara Capitão quededica segurança, aquilooqueelaétreinada. para O dapolíciamilitar,particular de política éfazer : Henriques Ricardo Acabamosnão falando vocês têmumpapeldecoordenação, Trajano: comInteragindo apolícianessesdoisanos, - Fizemos várias reuniões. várias Fizemos Emumdeterminado local. daCoppe, supervisão Játeve doIppur. emprojetos90 trabalham dedesenvolvimento mente engajado emilitante, que desdeosanos plo. absoluta- ACidade deDeustemumgrupo tava nomapa. No mapadaPrefeitura. não está trabalhando. Éumaquestão deatitude. leve, ecriativa; inovadora senão estiver narua lidade. Aequipetemdeestarnarua, deforma uma mesa. gerarqua- Eissoéfundamentalpara tem umguichê, não temumaporta, não tem encastelada. Essepessoalnão temumasala, não cas. Umaénão serumamáquina fisicamente - quetenha algumas característi uma estrutura gestão da informação. Isso só é possível com nomapaoficialdacidade.entrarão favelas; deles que as favelas épor intermédio sobre dessanarrativa atores as naconstrução logradouros nas favelas. Eles são os principais gonistas domapeamento físico eespacial dos Social, daUPP apartir pública são osprota - Os moradores de favela, àgestão incorporados que não existia na Prefeitura. primária formação georeferenciada. Estamosproduzindo umain- demuitaÉ umainformação qualidade queserá ros, coletandoeproduzindo dados primários. de campo. mapasdelogradou- Estão fazendo res dascomunidades agentes quesetornaram de57morado- porumgrupo enriquecida foi que temosumaequipedegestores, queagora rios, entre asdiferenças eles. - essasnuancesdosterritó temcodificadas taria território.seis níveis cada para Nenhuma secre- eixos,de quinze com muitos indicadores, em território. Estamosproduzindo umataxonomia acada visíveis internas tornando asdiferenças equipeanalisaumdadodo qualcada território, ParticipativoRápido (MRP), um instrumento produzindo comunidade emcada oMapa qualidade. degrande de informações Estamos mentam esseprocesso. Temos então umabase pontos críticos.indicam co- Ossupervisores gestão, emquerelatam umdiário atividades e tam umblog, donossoambienteweb parte alimen- no território 11 equipesdistribuídas comdocampo.contribui informações Todas as deestatísticas;ção também agestão territorial to Pereira Passos deanálisedados eprodu- Para isso, doInstitu- contamos com aestrutura : dar um exem para Henriques - Ricardo Só Trajano: Éum mundo que realmente não es- Então, égeraçãoe dotrabalho parte grande sóéviávelEssa produção por- deinformação de toda uma geraçãode oficiais que não somente e confiança reputação, estádado. de conhecimentorelações egestão criar pra de mas. Mas, o posicionamento, do ponto de vista O processo de compromisso proble tem vários - tece, éumarealidade. Issonão responde atudo. estratégia. tudoissoera ano atrás Agoraacon- Ricardo esuaequipesobre essas130.” Háum secretários, sedediquemadarumaresposta pro as outras, deixem com suasequipes. Evocês, doprefeitoclara:ção foi “Secretários, esqueçam tárias, quedeumaisoumenos 130.- Aorienta das.- dedemandaspriori umaseleção Criamos apresentamos uma listadecerca800deman- última reunião com oprefeito, hádoismeses, um acordo degestão comsecretaria. cada Na bém, emmaiordetalhe, com assecretarias. Social, emumnível básicoepublico, mastam- écompartilhada,ção não sópelosite daUPP umarelaçãocriando deconfiança.- A informa reunidasSocial.formações pelaUPP Issoestá conhecer asin- éimportante esses territórios falarsobre jásabequepara primeiro escalão levantadas. E o que está acontecendo agora? O asdemandas para tabelecer planosdetrabalho desafios das comunidades em favelas es- para comcretarias demaiorinteração osprincipais trêsa cada mesescom oPrefeito se- easdez aqui, eumareunião com todosospontos focais ponto focal. uma reunião Realizamos mensal eassecretarias.tários Cada secretaria temum muito marcada e nítida com o prefeito, os secre - basta aescutaforte. deentenderquenãotempo teramaturidade Precisamos umaescutaforte, fazer eao mesmo tuacional naagenda derepresentatividade local. lugar dentro da CDD. Houve uma miopia si- setorial, nenhumareferência não sefez aaquele local, porgente feita engajada, militante, inter- sionante équenareunião dedesenvolvimento dessaspessoas.detalhes dodrama Oimpres- programa Carioca. Morar Não vou em entrar o para encaminhados no aluguelsocialeforam porfamília.ças Todos delá, jásaíram entraram luz, semágua.- Imaginoqueseisousetecrian enorme, demadeirasemnenhuma 400casas a equipe de gestão territorial. Uma ribanceira Apartamentos, na CDD. Fomos lá, eu, e Tiago daAmizade, otaldoSítio lugar era dos atrás queeletinhadeconhecer umlugar.Borba Eo lho, agestoradanossa equipe disseao Tiago momento, jácom- maisdeseismesestraba Trajano: Você faloudoRobson. Você tem épossível estabelecer dessaestrutura A partir Com esseacúmulo, temosumagovernança 155 ENTREVISTAS Ricardo henriques - ex-presidente do instituto pereira passos 156

COMUNICAÇÕES do iser com a experiência do Brasil) deredução doBrasil) de com aexperiência (que é contemporânea, possível e consistente go integrar. Osegundopassoéter uma agenda a sersalvo,vela éumlugarprecário não consi- real deduasmãos, dequeafa- sairdaalegoria cidade. eunão entenderissocomo umfluxo Se uma cidadeafavela integradanão à ésólevar ainda maisforte. nal, querebatido nasregiões metropolitanas fica segunda categoria. Esse é um problema nacio- de primeiroesegundograu, ede deprimeira também ser partida.blica Tem pública política decorrepú- cidade dofatodeapolítica partida da? Temos da daalegoria queparte delembrar - ficou comdamarcacidade aalegoria parti não? E se for, é possível essa cidade integrar que indagar: ou épossível essacidade? integrar Sim cidade. Toda nadireção aagendade caminha temporal,que não quer dizer da da integração dois movimentos. Um, imediato, omovimento tucional, essaarquitetura toda, em estáfocada reduzir adesigualdade. insti- Essaengenharia para de explicitaçãoeprodução decaminhos ambiciona serumcanal Social AUPP pobreza? sóenfrentar a fato enfrentar a desigualdade? Ou previne, sevocê querusaresseverbo, violências. quecomentamossetorialidade anteriormente, uma agenda como anossa, ao produzir ainter- e não sobre asegurança. Desseponto devista, ciente e sustentável agindo sobre a desigualdade podem serenfrentadas efi- dealgumaforma deviolênciaquesó Há dimensõessimbólicas nidade, nosentidopreciso, como opolitiqueiro. relaçõesleceram desubordinação, desubalter- estereótipo do político clientelista. Elesestabe- dos traficantes. Emessênciaelessão iguais ao inteligência institucional nocomportamento menos desigualprevineaviolência. Háuma secundário,efeito supondo queumasociedade àviolência? deprevenção um programa Social como e pergunto: aUPP você definiria anos todos aos quaismenção você também fez sempre por um fio. Eufico pensando nesses versando. Por outrolado, você sabequeestá oficiaisfardados econ- uma mesacomvários há15anosserconvidado pra se imaginava receoso. Entusiasmadoporque você nunca ciais. Edaívocê saimeioentusiasmadoe o Robsonnosconvidou, comsete, oitoofi- tempo numareunião aqual doComandopara gente. Masaindaassim... Euestive hápouco é capaz, mas tem vontade de conversar com a Integrar nãoIntegrar ésóumproblema deirevir. Ter seria:A perguntaqueeucolocaria vamosde : Henriques Ricardo Não. Anão sernum sobre oquepoucoseconhece. Éumametodo- IPPUR, algo sobre experimentando estarmos Ribeiro, Cesarde Queiroz to com oLuiz do integrada.de gestão territorial Converso mui- prefeitura. É um problema de metodologia e a para amigrar mento doprograma olevasse oprograma. gência para positiva émesmoestarnaprefeitura. Social UPP os mapasdequefalei. Odesenhocorreto a para mos, porexemplo, produzir para instrumentos muitoque seria menor. No Estado- não tería vidade se ainda estivéssemos no Estado. Acho Tenho- dúvidassobreanossaefeti qualseria muito apossibilidade deatuarnessesentido. de executiva daprefeitura, então issomelhorou metropolitanodo arranjo éderesponsabilida- com relação aisso? ra, pelomenosemtese, algumimpacto teria EstadualaPrefeitu para - mento doGoverno coisas.deu, outras - Masodesloca surgiram com aprefeitura. avindapara desde oinício. Masavançou eseaprofundou Prefeiturapara umacoisa... ouissojáera de vocês que estão àfrente dissocom a vinda tados, porexemplo, Angeles. emParis ouLos quesãoaosporâneo alternativas hojeimplan- disputando “desenhos” contem deumarranjo - metropolitanoranjo contemporâneo. Estamos possíveis umar- para mos disputandocaminhos vela, acidade maspara como umtodo. Mas issonão éumaagenda somenteafa- para eintangível quepassamaserenfrentados.bólica eobjetiva,material tangível e de violência sim- se sentido, deviolência euachoquehácampos Tudo desseprocesso. issoéumaambição Nes- reduzir para a máquinadesigualdade. pública uma reengenharia eposicionar com governança edoisolacionismoção dossetores; éproduzir tar oproblema dafragmentação, dasobreposi- de uma visão matricial;grada a partir é enfren- deplanejamentoumagestão inte- estrutura desigualdade. como É ter a ideia de território : Henriques Ricardo Talvez oamadureci - Trajano: Acabouentão- sendoumacontin : daagenda Henriques Ricardo parte Grande Trajano: Agente aqui não porque tratou não : Henriques Ricardo Conceitualmente, estava Trajano: Esseapproach Por isso aquela ideia de oportunidade. Esta- ganha força na cabeça nacabeça ganha força identificar e construir otempodaefetividade da econstruir identificar de se definir o tempo da efetividade. Temos de tempo doimediatoeodaineficientehá Social.um esforçodaUPP estratégico Entre o Não dessahistória. podemosficar refém Esse é ereproduçãotenção deumarelação declientela. mas podeconduzir, semaltrabalhado, àmanu- reta, demandas sociais, de várias a radicalidade O tempodoimediatoexpressa, cor- deforma to, emgeralexcessivamente lentoeineficiente. temoutroE amáquina pública tempo, maislen- as vivem, evidentemente, otempodoimediato. mais lento. umadascomunidadescada doprograma? dorelevoàs peculiaridades edotecidosocialde ma universal, sendoao mesmotempoadequada e a iluminação pública, com qualidade- e de for viços básicos, como porexemplo acoletadelixo deser- Como aprovisão asseguramos deoferta positivamenteaquela realidadeformar local? - quadocapaz detrans asuasespecificidades e guir olharoBatandeumjeitodiferente, ade- por diante. Mas, como a gente conse faz para - Alemão, quenãoCarlos, éigualao São eassim igual ao Pavão-Pavãozinho, quenão éigualao dade dosterritórios. qualidade edaheterogenei dasações públicas - da escala, deumpadrão dagarantia elevado sitamos darconta, emsimultâneo, dosdesafios muito maislimitado doquesetemhoje. Neces- deintervenção resistência ecom umhorizonte pouco noFavela-Bairro, mascom muito mais isso. teve máquina estatalnunca Tentou-se um pouco isso. deplanejamento? origem citado. como Épossível ounão teroterritório mas quenoRiodeJaneiro não haviasidoexer - hámuitoAlgo queestánaliteratura tempo, logia degestão matricial, territorial, integrada. : Henriques Ricardo No território, aspesso - Trajano: Éumaescolhaqueimpõeumritmo Não podemosesquecerqueoBatannão é : Henriques Ricardo Com certeza, masa Trajano: deFavelas temum OObservatório

eficiente, e republicana. participativa abordagem quesepretende, simultaneamente, dar maisqualidade àgestãocom uma pública contemporâneo, atuandogradualmentepara putando modosdeproduzir urbano umarranjo e dagestão pública. Nesse sentido, estamosdis- do atraso. Issorebate nocotidiano dasmáquinas isso alimentaumaabordagem eumaestrutura matismo. Toda quevem associada aretórica a empacotadas- emumsuperficialefalsoprag zes eassistencialistas, clientelistas práticas porve - dacarênciasão assustadoresca as eorganizam o suficiente. Oestigmadocoitadinho ealógi- opobre algumacoisapara parece jáé quefazer que,dade detalforma circunstâncias, emvárias arelação comsociedade adesigual- naturalizou dagestãocontamina pública. aprática Nossa dadesigualdade,ralização emnossasociedade, a ver de como com oprocesso osriscos denatu- dos mais pobres.exclusivos E essa reflexão tem ou desegundaclasse, desegundacategoria ticas não secontentar deve com programas oupolí- o tempodoimediato e otempodaefetividade tes, dequalidade econsistentes. Arelação entre maiselapodeproduzirca respostas consequen- damáquina públi- formulação edeinterlocução de maisaumentaacapacidadecrítica Quanto esustentáveis.entrega desoluções estruturadas de compromissos eresponsabilidades a para participativa,de forma oscaminhos econstruir cer plenamentesua capacidade de diagnóstico, do preciso dapalavra. Amáquina precisa exer - emaispolítica, maiscrítica quina ficar nosenti- maiseficiente,máquina ficar étambémdamá- tempo daefetividadenão ésóumaquestão da tensão. de Essetempoqueeuestouchamando integrada.rial Éumprocesso de permanente um exercício deumagestão- idealizado territo um futuro distanteeintangível. Não de setrata ta, poroutro lado, apromessa postergada para padrões deexclusão,ça históricos nemadian - prazo, osanseiosdocurto aplacar massórefor - por umlado, aresposta imediatistaqueparece po doimediatomelhor. No entantonão adianta, do tem- soluções tangíveis equanto mais perto sentido daurgência com capacidadedeoferecer resolutibilidade. Evidentemente, temosdetero ceitos: sereficaz, sereficiente, serobjetivo eter gestão considerandotodososseuspre pública - 157 ENTREVISTAS Ricardo henriques - ex-presidente do instituto pereira passos 158

COMUNICAÇÕES do iser velas cariocas,velas UPPs e o F de a a n álise p révio à im UPPs P p OR la

silvia ra n S tação das p ociais rocesso F oto: m S hutter os S t ock.com 1 cia Social eDireitos Humanos. cia Social deEstado deAssistên- no âmbitodaSecretaria cariocas,Sociais emfavelas ficadora) em2010, UPPsdas primeiras (Unidades dePolícia Paci- de umprocesso deanáliseprévioàimplantação tura (limpeza,tura correios, esgoto, trânsito, ilumi- outros- ficassem problemas graves deinfraestru cabo, luz, água, internet, etc. transporte eidenti- regulados pelo tráfico/milícia, como gás,TV a anteriormente em cursocom relação a serviços nidade, mudanças pedimos que focalizassem sobre eomomento davidanacomu aUPP - munidade. instalação dasUPPs situaçãodaco- eanova comoutros relação prestadores à deserviços) filantrópicos eempresasgrupos como Lighte tros agentesatuandonafavela externos (ONGs, (PSF), Faetec, etc.)edeou- quadradeesportes creches, pessoal do Programa da Família Saúde públicos (professores, diretores deescolase pedimos queouvissemgestores eservidores ecomerciantes. femininas lideranças Também de kombis; pastores, padres e líderes religiosos; deteatro;jovens degrupos mototaxistas, donos culturais, como rappers, funkeiros, grafiteiros e ordenadores dejovens, degrupos produtores membros deassociações demoradores, co- sente momento davidafavela. instalação dasUPPs eimpressões sobre opre- ciativas, culturais, religiosas sobre eoutras) a comunitáriasimpressões (asso- das lideranças lacionamento dos policiaiscom osmoradores; res com a polícia, especialmente os jovens; re- nas comunidades: relacionamento dosmorado- davida de análisesacerca deaspectoscruciais Pacificadora, masaindanão tinhamsidoobjeto cas, quehaviamrecebido Unidades dePolícia um momento - preciso da vida de favelas cario eomorroCabritos daProvidência expressam Social. edaUPP da UPP comunidade sobre ereflexões oprocesso críticas naprópria acrescidasforam observações outras realizado em2010, decampo o diário ao qual o Borel, analítico, decaráter tomou como base campo. deMonique Carvalho, O artigo sobre derelatórios dência) encontram-senaforma britos; eodeAndré Rodrigues, sobre aProvi- Isis Ribeiro Martins, sobre o Tabajaras e o Ca- Ollinger,gos (deMarianna sobre oBatan; de Os trabalhos apresentadosOs trabalhos aseguirsão parte Além dasimpressões dessesdiferentes atores Os pesquisadores presidentes ouviram e Os textos sobre o Batan, a favela de Tabajaras/ 2 Três- dosarti está mudando nasfavelas cariocas. o RiodeJaneiro entenderoque –sequisermos são basesindispensáveiscampo àsanálisessobre eosmétodosdeinvestigaçãoa etnografia de eespecialmente plo dequeasCiênciasSociais e ativistas. Ostextosaseguirsão umbom exem - vestigação eanálisedeantropólogos, sociólogos favelas, continuam ademandaresforços dein- de Polícia Pacificadora, situadas em mais 40 dopercurso.particular Asatuais20Unidades próximos anos, ummomento poiselesflagram e análisesfuturas, investigações guiaspara nos dos tambémcomo referências observações para favelas analisadas. ser Os entendi- textos devem nas rada umalinhadebasedoestado daarte acesso, em2012, aoconside queem2010foi - é queoleitordaComunicações doIsertem 10favelas(eram naocasião). favelas que em2010jáhaviamrecebido UPPs geraldoestadoum panorama dasUPPs nas faveladiagnóstico decada e, ao mesmotempo, da pesquisa, agosto/setembro de2010. comunidades específicas, nomomento preciso deUPPsprocesso deconstrução Sociais, nas pós-instalaçãodasUPPsdesenvolvidas eno blemas, perspectivaseideiasdeações aserem proum quadro osprincipais - identificando voltando daescola.ou crianças versas na esquina com moradores, donos debar trevistas, interlocuções, diálogos ouapenascon- realizadas emtemporecorde deen- edezenas de esforçosvisitas extraordináriosdeinúmeras “de dentro”. Os relatos são resultados de campo compreenderpermite melhor o que se passa perspectiva etnográfica, emqueser fora”“de trevistas semiestruturadas, emantiveram uma participante,o métododaobservação dasen- campo,res ummergulhoem fizerem utilizando pagamento deenterros, etc. cestabásica armados, pelos grupos mente fornecidos como “assistenciais”e serviços - anterior edecaridade venda deimóveis, com desavenças vizinhança, regulação desom, festas, aluguel, comprae problemas surgidosapósaretirada dasarmas: se voltassem para pedimos que as observações nação, eoutros). dasruas calçamento Também O importante na publicação destestextoshoje napublicação O importante Desejávamos com esseprocessoum traçar O objetivo desseprocesso traçar analíticoera aproximadamente 30dias,Durante osauto- nação deRicardoHenriques. UPPs aser passaram Sociais taria de abril a dezembro de adezembro deabril taria (Ricardo Henriques e Silvia eSilvia (Ricardo Henriques Henriques, titulardaSecre- Para referências conceituais consolidação dapacificação Passos, aindasobacoorde- Social: açõesa sociaispara plenamente desenvolvidas plenamente desenvolvidas 2010. de2011, Apartir as partir doInstitutoPereirapartir 2 AconcepçãodasUPPs Sociais esuaimplantação Sociais parcial, namodalidade de e Fabio Giambiasi(org.), Ramos), inAndré Urani coordenada porRicardo e metodológicas sobree metodológicas a Campus/Elsevier, 2011. em âmbitomunicipal, a experiências-piloto, foi UPP Social,UPP ver UPPs 159 eNSAIOS Favelas cariocas, UPPs e o processo de análise prévio à implantação das UPPs Sociais 160

COMUNICAÇÕES do iser com os moradores e o sociais A ta (Jardim B s relações das UPPs a n

n as favelas cariocas: B a ta u P n OR tras lidera ,

V

ila J ila Marianna u rema e

O M F oto: orri linger n S hutter ç n S t ock.com as ho) 1 originária dosocupantesdeumconjuntos,originária go”, emalusão ao Morro doUrubu, localidade pelos moradores dobairro como - “Urubulen e conjuntos habitacionais novos (conhecidos Batan; Jurema (ÁguaBranca); Morrinho;Vila visitadas podemserdivididasemquatro: Jardim campo. Nesse período, ascomunidades/regiões porvisita,de 4e6horas aproximadamente, em duas a três visitas semanais, com permanência agosto, e, dessadata, apartir realizadas de foram cia nacomunidade. que dizrespeito àidade eao tempoderesidên- moradores, no variada pode-seterumamostra jas; e outros moradores. ciação demoradores; deONGslocais; deigre- eEducação;áreas deSaúde membros daasso- (oficiaisepraças);da UPP profissionais das defontes: ogrupo puseram policiaismembros Entre entrevistas econversas informais, com- agentes doEstado naecom acomunidade. dasrelaçõesmas dinâmicas comunitárias ede essas visitas, algu- observadas tambémforam das relações nasinstituiçõesvisitadas. Durante tas decampo, dadinâmica alémdeobservação conversasalizadas com 33pessoas, em10visi- eDireitos Humanos. de AssistênciaSocial das no Território Estadual da Secretaria (Sait) deAções- Integra viamente pela Subsecretaria relevantes com relação pre aperguntasfeitas - apontar possíveisbusca caminhos, ouquestões chamada ção “Ideias, sugestões e reflexões”, que colhidos. com Orelatórioéfinalizado umase- troversos” dos depoimentoserelatos apartir pesquisadas, ealgunstemasconsiderados “con- naslocalidades relação àprestação deserviços de segurança; emudançascom aspermanências percepção dosatores sobreeasituação aUPP são apresentados emtrês tópicosdistintos: a naquele local.mentação daUPP Osresultados queprovocou aimple- de violência/segurança tado –com ocontextoênfasenasituação local decampo.do trabalho Na sequência, éapresen- tópicos. No início, faz-seumabreve descrição de relatórioeestádividido em seis na forma Batan. originalmente escrito Odocumentofoi da UPP de trabalho que compõem o território como Jardim Batan, Jurema– eMorrinho Vila conhecidas daslocalidades tadores deserviço algumaspercepçõestificar demoradores epres- ao longo doanode2010, com ointuitodeiden- A primeira visita foi realizada visitafoi nodia6de A primeira Durante omêsdeagosto de2010,Durante re foram - deumapesquisarealizada éfruto Este artigo a O c

mp Entre os entrevistados o milícia anteriormente. das UPPs instalada em um lugar ocupado por armados, degrupos e operação sendoaúnica deabandonouma longainstitucional história entanto, tarde jáera fazê-lo. para comunidade emespaços não institucionais. No frequentar para umarranjo a construir tiriam po, possível foi estabelecercontatos- quepermi diferenciadas. Ainda, somentecam- ao final do maisprodutivasram deinformações emtermos - fo que as duas últimas semanas de campo dizer que sedispusessemafalarabertamente. Pode-se havendo muita dificuldade para acessarpessoas desconfiadasse mostraram deatores externos, no iníciodapesquisa, easpessoas, emgeral, transporte públicoapósoanoitecer.transporte e sair em chegar –para doentorno riculosidade pela dificuldade de acesso àcomunidade eape- noturno,ríodo uma das limitações deste estudo, munidade. Não realizadas visitasnope- foram ou profissionais naco- prestadores deserviço pessoas, elasresidentes fossem nacomunidade tuições específicas, e, daí, apartir contatavam-se por viaInstitucional, ouseja, insti- buscavam-se naquela localidade). apósumdesabamento transferidos que vieram ma, e, Morrinho desdeoiníciode2010, dois Jardim aslocalidades Batan,inclui Jure- Vila são Realengo eBangu. pelaUPP Aárea coberta serviços,car alémdeserem espaços detrabalho, bairrosprincipais nosquaisapopulaçãovaibus- Avenida (apósapassarela Brasil 34)eosdois oestedacidade, nazona localizada nofinalda Jurema. de Vila -se em conta a população do Jardim Batam e aproximadamente 2.600habitantes,- levando IPP, Batanteria pelaUPP coberto oterritório fico de2000. peloSegundo dadosfornecidos Passos (IPP), com- basenoCensoDemográ ge dosdados trabalhados peloInstitutoPereira damente 50milhabitantes, número quediver- Jurema eMorrinho, somados, têmaproxima- de moradores queJardim afirmam Batan,Vila como a associaçãoda to UPP o comando local dosanos1970.substancialmente apartir Tan- tem aproximadamente 50anos, tendocrescido do quehojeéconhecido como Jardim Batan tem quealocalidade destacar É importante A comunidade se deu principalmente A entrada no campo A comunidade conhecida como Batanestá relatos dosmoradores,Segundo aocupação B reve context 3 semostrou bastantefechada u aliza ção entrevistados semquestionar London School ofEconom- School London nomenclatura adotada pelos nomenclatura Sociais e Planejamento pela ePlanejamento Sociais jamento UrbanoeRegional tariamente referiram-se aos referiram-se tariamente as raízes ouadequabilidade as raízes como “comunidade”.Neste ics, emPlane- doutoranda pelo InstitutodePesquisa Regional daUniversidade Federal doRiodeJaneiro e Planejamento Urbanoe e Planejamento do termo para definirtais para do termo 3 Durante apesquisa, 3Durante os territórios pesquisados territórios 1 Mestre emPolíticas texto, respeitar-se-á a entrevistados majori- (Ippur/UFRJ). lugares. 161 eNSAIOS As relações das UPPs com os moradores e outras lideranças sociais nas favelas cariocas - Batan (Jardim Batan, Vila Jurema e Morrinho) 162

COMUNICAÇÕES do iser trabalho forçado foram citados como forçadoforam algunstrabalho públicos, etortura pancamento bem como de o usodeviolênciaabertamente. Casosdees- res dacomunidade. violento com osmorado- perfil especificamente emsi–que,tráfico segundo relatos, não tinha lidade com facções outras quepelapresençado comunidade maiscom- asinvasões sofria eriva armadoevendendo abertamente,fortemente a dos nestelevantamento, estar apesardeotráfico anteriormente.tráfico Segundo os relatos colhi- Jurema, do apesardeessanão terpresençaforte ciamento a comunidade vizinha, chamada Vila Vintém), tambémnopoli- optou-seporincluir armado(Fumacêpresença dotráfico Vila e comunidades tras com quepermanecem forte ao fatodeacomunidade estarcercada porou- dapesquisa, naépoca o comandante daUPP e, nolocal dasegurança manutenção segundo na comunidade. Por questõesrelacionadas à de moradores. Policiais (Bope), atualpresidente daassociação de, policial do Batalhão de Operações Especiais com amediaçãodeummoradordacomunida- de 2008. relatos colhidos, Segundo contando cia, queestabeleceuumpostopoliciallánoano pelapolí- expulsosdolocal os milicianosforam turada. dojornal, capa foi Anotíciadatortura e pelosmilicianose,descoberta emseguida, tor- dereportagens sobresérie amilícianolocal, foi ODia,equipe dojornal uma queestavafazendo nio sobre oterritório. Emmaiode2008, uma daí,A partir passouaterodomí- essegrupo dedrogaso Bataneexpulsoutráfico dolocal. ano de2007, demilicianosinvadiu um grupo jovens eadolescentes.do principalmente No daqueles envolvidos na criminalidade, atingin- anos, além seestendemesmopara earivalidade entre asduascomunidades hápelomenos20 as entrevistas,colhidos durante hárivalidades outro lado daAvenida Brasil). relatos Segundo o Fumacê, comunidade vizinha ao Batan (do (ocupavam) o Jardim Batan e territorializados eapolícia.ses grupos estavam rivais Osgrupos trolar dedrogas otráfico na região –, eentre es- minosas (ADA e TCP) –queprocuravam con - pelos confrontos violentosentre- asfacções cri Juremano limiteentre eCancelaPreta. Vila bamento. Ambos osconjuntos estão localizados emMadureira eporumdesa- urbanística ção - de umaremoção ocasionadaporumainterven Federal, quereceberam populações originárias conjuntos habitacionais daCaixaEconômica No damilícia, caso problema oprincipal era Em fevereiro de2009, instalada foi aUPP muito tempo,Durante conhecido oBatanfoi

entregadores atendida. emgeral)não seria Atendimento Móvel deEmergência], Lightou de [Serviço determinado(Samu um serviço não diziam, poissabiamquesuademandapor noBatan, quemoravam dizer ou, simplesmente dor, relatou queaspessoas tinhamvergonha de trevistas, umprofissional,- quetambémémora tivamente pelosentrevistados. Emumadasen- na comunidade posi- um fator identificado foi as instituiçõespúblicas, estarem maispresentes mento entre ospoliciaiseascrianças. recido oestabelecimentodeumbom relaciona- épositivo, crianças para desportivas tendo favo- promoverde aUPP reforço escolareatividades da equipedeumadasescolasvisitadas, ofato aescola. para no caminho apercepção Segundo ros, alémdosrelatos de “cruzar com” cadáveres falarem emmedo demorrer, ti- medodelevar chegada daUPP, muito era comum ascrianças entrevistada,na localidade relatou que, antesda educacionais visitadas, comdeatuação décadas ros). Umprofissional deumadasinstituições diante datrocadeti- anteriormente (ocorridas frequentesnão dasaulas termaisinterrupções nasescolashaver melhoradopor a dinâmica naescola,do rendimento das crianças alémde nítidaesignificativa umamelhora tam para eseguro ficoutranquilo trabalhar. para clima nacomunidade achamqueo tadores deserviço daUPP.ça Tanto osmoradores como ospres- maiscitada entrea razão osbenefícios dapresen - como veremos maisadiante. quenão hajacríticas,O quenão querdizer e mais sua ampla.atuação de maneira da UPP quisa, umrelato sequerquestionando apresença aumentado muito. Não houve, apes- durante de haver críticas, aqualidade devidaparece ter nacomunidade.da UPP Independentemente atores entrevistados são a favor da permanência pesquisa foi realizada.pesquisa foi paradeiro emquea dessaspessoasnoperíodo ocupou olocal, enão setinhamnotíciasdo emqueogrupo parecidas operíodo durante disso, relatos existemvários depessoasdesa- exemplos daatuaçãoviolentamilícia. Além O fatodeasprestadoras deserviços, emesmo Os profissionais daáreaapon- deEducação O fatodenão haver maisconflitosfoi armados geral,De maneira quetodosos pode-sedizer Perce co a UPP e a at mu p nidade co ção dos atores sobre seg u u al rança sit m u res a ção da p eito à

tipos deviolência. Existeumapercepção ge- violências, o quenão éverdade todos os para maisvítimasde de queaspessoasnão seriam umaexpectativamuito criou grande da UPP relacionadaça demorte, acrimes achegada alguma medida, a atuação dessa na comunidade. lotada,pela associaçãoficasse fortalecendo, em com que, em junho, a Festa Junina promovida –, amadrugada durante e eventos de festas fez –aliadonão àproibição haver opções de lazer versos), algumaspessoasrelataram queofatode a associaçãodemoradores (ver Temas contro - dofunk(verção Temas controversos). não ecom haver noturnas aproibi maisfestas - mais conservadores, com satisfeitos ofatode a população mais idosa e também os religiosos tado oresto perante dacomunidade, sobretudo jovens, quenão para percamorespeito conquis- que precisam impor respeito absolutoentre os convivência. comunidade,pria espaços seguros criando de napró esedivertir - os jovens pudessemficar equivocada,tratégia muito poisseria melhorse essavisão acreditamcompartilham serumaes- atingidos.os principais Osentrevistados que mando queosjovens eadolescentes seriam excessivas e, muitas vezes, desnecessárias, afir “toque derecolher”, como classificando-as como as impostaspelaUPP regras soas classificam possam seexpressar livremente. Algumaspes- um “equívoco” não oferecer espaços onde eles que ojovem não fazali, fora”, vaifazer equeé que taxativasaoentrevistadas dizer foram “o – proibido nacomunidade), algumaspessoas nemmúsicaalta(sobretudomadrugada ofunk é “melhor” quenão de tenhambares abertos das pessoas mais velhas acreditaremparte que nada emtroca” aeles. Apesar depelomenos entender queaUPP “proíbe tudoenão oferece todos osoutros concordaram. odeiam” porumapessoa, proferida foi enquanto etárias, afrase “Os idososadoram, osjovens uma conversa com pessoasdediferentes faixas doserviço. àpermanência sejam contrários Em adultos serem que não significa mais críticos entanto, valeressaltar queofatodejovens e maiscontundentes.adultos têmcríticas No positiva, enquantoosjovens e sencialmente idades. Os idosos têm uma visão quase es- entreaceitação daUPP públicosdediferentes depercepçõesber umadiferença de edegraus Apesar- do aumentodasensaçãodeseguran Apesar do descontentamento demuitos com Por outro lado, ospoliciaisparecem acreditar relatos colhidos,Segundo osjovens parecem olevantamento,Durante possível foi perce- - reclamações sejamfeitas. reclamações há nenhumtipodeincentivo aquedenúncias e denúncias ereclamações; naatualgestão, não onde havia umespaço institucionalizadopara rentemente dagestãoUPP, daépoca anterior haver “abertura” isso. para Eles alegamque,- dife relataram não haver denúnciaspelofatodenão de denúnciastaispráticas, osentrevistados emalgumasentrevistas.identificados adolescentes”. Depoimentossemelhantesforam os emvez deficar revistando os roubos efurtos que do sugeriu prevenir “Os policiaisdeveriam depoliciaisdaUPP.por parte Umentrevista- a amigos edeentregadores vítimasdeextorsão adolescentes comunidades de outras em visita de algunsentrevistadoscasos citaram Segundo cialmente direcionados ajovens eadolescentes. – como extorsão eagressão emrevistas–espe- dealgunspoliciais os relatos deabusos porparte agressiva.nal edesnecessariamente derevistaédesproporciomidade équeaforma - haver abusos nasrevistas. No entanto, aunani- deentorpecentes,uso etráfico porém alegam coibiro revistá-lospara ditam queénecessário adultos e mais idosos, medida, em grande acre- tes achamquesão revistados injustamente. Os adolescentes são contraditórias. Osadolescen- entanto, asopiniõescom relação àsrevistasde os adolescentes homens”.ficar revistando No prevenir osroubosliciais deveriam emvez de localidade “onde hápresençadeUPP”. o fatodehaver emuma tantosroubos efurtos e não isso...”. Osmoradores dizem “não aceitar” tudo,ra masdapolícianão, omelhor, espera-se um moradorquedizia tráfico,“Do a gente espe- roubos efurtos. de afrase Chamouaatenção odescontentamento comÉ claro asituaçãodos nessascomunidades).ta dapresençadotráfico tos –, porcon- ospoliciaispoucopodemfazer estimada segundoosrelavizinha –amaioria - édecomunidade onde oautordofurto casos estejanacomunidade,do (issocaso jáquenos ouonde estáobemroubado/furta- bou/furtou seapessoasouberexatamentequemrousalvo - apósoocorrido, alegamnão teroquefazer UPP bos efurtos. Osrelatos são dequeospoliciaisda quandosão procuradosderouUPP emcasos - dos policiais da da postura mam principalmente que ospoliciaiscirculam pouco.- recla Outras pessoas alegamqueexistepoucopoliciamento, edosassaltos.violência intrafamiliar Algumas de que houvede aumento dos neralizada casos Nesse sentido, algunsrelatos sugerem que, perguntados sehaviaalgumaprática Quando as entrevistas,Durante muito foram comuns foi a atenção que chamou frase “Os po- Outra

163 eNSAIOS As relações das UPPs com os moradores e outras lideranças sociais nas favelas cariocas - Batan (Jardim Batan, Vila Jurema e Morrinho) 164

COMUNICAÇÕES do iser esse conhecimento. que sesintammaisàvontade para “jogar” com que, semumtreinamento continuado, fazcom munidade do própriotrabalho, e a dinâmica o da UPP. Por umlado, conhecem melhoraco- policiais após o primeiro ano de funcionamento acomodamentoses relatos dos indiquemcerto medo.sem colocar Umahipóteseéadequees- mais “duros”, respeitar mais, fazendo-se porém que ospoliciaiscirculavam maisapé, queeram ano deimplementaçãodaUPP, “era melhor”, jovens eadolescentes (relações íntimas). jovens eadolescentes (violência)ecom mulheres dospoliciaiscom homens do comportamento tipo geralmenteacompanhavam asreclamações tar nodiaanacomunidade. Relatosdesse treinamento aos policiaissobre como secompor- trouxe muito benefícios, masacreditam quefalta tes momentos, ao longo doestudo. relatos de diferentes vieram fontes, em diferen- policiais, anoitenasededa UPP. durante Esses sobre aexistência de “festas privadas”, entre os Alguns entrevistados relataram haver boatos “muito novas” etambémcom mulheres casadas. comum ver policiaisconversando com meninas liciais com meninasdacomunidade. Parece ser opossívelentrevistas foi depo- envolvimento saída. desua e denãoarazão lhestersidoinformada remcapitão dasaídadoantigo sidonotificados pornãoOs moradoreste- tambémreclamaram dos, dandoassimumaresposta àcomunidade. ospoliciaisacusa- transferiu capitão o anterior demáconduta depoliciaise lescente reclamou no qual a mãeRelatam um de caso ado- as se motivassem a falar, participar, contribuir. do relatos, dava. Issofaziacom queas pesso- voz altaediziaqueiadarretorno –e, segun- sugestões.fizessem OCapitão, aseguir, liaem queaspessoas papéispara distribuídos eram as pessoasafalar. naqual Existiaumadinâmica cafés, perguntava muito, o capitão incentivando asreuniões.– durante Relatamque, os durante comcias ereclamações relação ao policiamento denún- eafalar–atémesmofazer a participar quentes equeoCapitão incentivavaaspessoas anteriormente, comunitáriosfre eram - oscafés go naatualgestão. Asentrevistassugerem que, UPP, acreditam haver menosespaçodiálo- para apesar degostarem atualgestor docapitão da Há algunsrelatos deque, oprimeiro durante Em geral, as pessoas acreditam que a UPP queapareceuUma reclamação emdiferentes

damental era o atenderdéficit à dedamental vagasera para entrevistas com relação ao ensinobásicoefun- eEscoladoAmanhã”. Educação “Mais Pelo menos umadasescolasrecebia osprojetos (Ideb). Básica daEducação Desenvolvimento viços, tendobatidotodasasmetasdoÍndice de no ano da pesquisa pela qualidade de seus ser- de, sendoqueumadelashaviasidopremiada comunidade, dequalida- eoferecerem serviços As duasescolasparecem serbem-avaliadas pela da UPP, doJardim considerada Jurema). parte mada “Água Branca” (deacordo com adivisão próxima àUPP, nacomunidade eaoutra - cha nopróprioJardim Batan,localizada bastante nacomunidadeprimeiro ciclo em2010. Uma que ofereciam ensinobásicoefundamentalde de primeiro ciclo, existiam duas escolas públicas nasinstituições).mar essasinformações (não possível porturno foi confir- por criança de R$ 40 a R$ 50 existentes variam privadas nidade, queovalorpago nascreches eindicam nacomu infantilprivadas deeducação - serviços ximadamente quatro instituiçõesprovedoras de demanda existente. Relatosdão conta deapro- a cobrir suficientepara não seria de queaoferta to, ofato para aatenção chamaram informantes nomomento dapesquisa,construção noentan- os informantes. estavaem Umacreche pública derado quase um todos problema para sério nenhuma dascomunidades, consi oqueera - da pesquisa, nãoem existiamcreches públicas dejovens eadultos. ealfabetização zante sino médio; e, porfim, 4)ensinoprofissionali- een- e 3)ensinofundamentaldesegundociclo ensino básicoefundamentaldeprimeirociclo; as entrevistas:durante infantil; 1) educação 2) do com das questões apontadasa similaridade dir otemaemquatro áreas, deacor- agrupadas as entrevistas e conversas,durante pode-se divi- quandopossível.resolvidos ou ser minimizados para cessitam de atenção problemas, deficiênciase/ouausênciasquene- Ao mesmotempo, relatam osinformantes melhoradomuito. dequeteria generalizada Nesse sentido, aimpressão aatenção chama públicosnascomunidades. deserviços oferta e mudanças na permanências as principais car O grande problema as O grande durante identificado Com relação ao ensino básico e fundamental infantil,No daeducação caso nomomento Com relação àEducação, mais citado serviço Um dosobjetivos identifi- dapesquisafoi p er m O anências e ferta de serviços: mu danças retorno financeiro. ebaixo restritas apostosdebaixaqualificação ficassem com de trabalho que as oportunidades cursos queexigiambaixaespecialidade, fazendo da comunidade, jáque, emsuamaioria, eram uma inflexão nas condições dedesenvolvimento decausar os cursosoferecidos nãocapazes eram munidade então. acreditava O informante que questionou os tipos de cursos oferecidos na co- ensino profissionalizante, umdosentrevistados temente nãopúblico. foi Aindacom relação ao selecionado queteria osalunosaparen- sorteio aceitos eo foram já quenemtodososinscritos recimento noprocesso seletivo dainstituição, entrevistas questionaramaexistênciadefavo - tampouco osalunos. Algunsrelatos as durante entrevistar osprofissionais lá, quetrabalham (Faetec).nica Infelizmente, nãopossível foi unidade daFundação deApoio àEscola Téc- chegada daUPP. Acomunidade recebeu uma de jovens eadultos ganhoudestaque com a escola ésignificativo. abandonandolescentes ejovens queacabam a trafico. Há relatos dequeonúmero de ado- e acomunidade doFumacê, edapresençado lidades existentes–sobretudo, entre oBatan tes ejovens dacomunidade- porconta das riva dosadolescen- limitaçõesamaioria para sérias tal nas comunidades vizinhas, essas impõem de haver escolas deensinomédioefundamen- relatos apesquisa. eentrevistas durante Apesar formantes, todosos presente empraticamente Essa questão considerada era grave pelos in- nemdeensinomédionascomunidades.ciclo las oferecendo ensinofundamentaldesegundo eensinomédio,gundo ciclo não existiamesco- de ensino. frequência, são agressivos com os profissionais de diálogo narelação com os paisque, com uma dasescolasressaltou dificulda- haver certa de primeirociclo. profissional Umexperiente de déficit devagas no ensinobásico e fundamental bitacionais parece teragravado oproblema do ma. Achegadadasfamíliasaos conjuntos ha- facilmente darcontaescolas poderia doproble- eo número deprofissionaistrutura deambasas que umesforçoampliarpoucoaes- para esse dado podeseralarmante; poroutro, mostra emlistadeespera.100 crianças Se, porumlado, tersempre de50a demanda existenteedizem concordam que não a ha vagas suficientes para 1 millugares. Asdiretoras deambasasescolas duas escolassomadas são aproximadamente de demanda existente. Asvagasoferecidas pelas O ensino profissionalizante e alfabetização O ensinoprofissionalizante ealfabetização Com relação ao ensino fundamental de se- proprietários). (diferentes particulares seriam os proprietários vans ligandooBatanàRealengo, sendoque os relatos dão conta deaproximadamente oito gação dascomunidades comlocalidades, outras oproblema.dar aminimizar Com relação àli- aju- demototáxiquepoderia existia umserviço segundo os relatos dos entrevistados, tampouco Jurema,Vila e os condomínios) Morrinho e, própria comunidade (ligandoJardim Batan, mente, existiaumalinhadeônibus circular na lacionado com aatuaçãodaUPP. Aparente- entre osentrevistados, apesardenão estarre- que osadolescentes tenhamquesair.” funk, com dopagode regulamefazem ohorário de não temdiversão. com Acabaram osbailes sado porinúmeros entrevistados: “A comunida- aquiumsentimentoexpres ilustra informante - futebol equadrasdesportivas). deum Afrase e/ou controladosnalizados (praças, de campos que hajaespaços deconvivência não institucio - queémuitosentem aperda importante e dizem Nesse sentido, tantojovens como adultos res - te, de construção. depósito de material para ou, deoutrosconstruções serviços simplesmen- dade, para deexistirporsuautilização deixaram de lazer, nacomuni existentesanteriormente - proibidos apósdeterminadohorário. deabrir terminar. para horário Por outro, osbares foram ocorrer para ecom daUPP limitaçãode rização bastantelimitados,foram necessitando daauto- lazer. Por umlado, noturnas osbaileseasfestas de e adultos perderam seusespaços prioritários econvivência;sível delazer poroutro, osjovens – era, nomomento dapesquisa, umespaço pos- hostil –lugaranteriormente já queaprópriarua parecem estarmaisbematendidas,as crianças tange aadolescentes ejovens. Se, porumlado, pelafaltadeopções,ralizada sobretudo noque os relatos dão conta de uma insatisfação gene- relação aos mesmos. avaliação maisprofunda daspercepções com cio dapesquisanãoquehouvesse permitiu uma terem iniciado suasatividades logo apósoiní- No entanto, ofatodeoscursosmencionados dade àépoca, aprocuragrande. porvagasfoi relato responsável do capitão Segundo pela uni- Nacional deAprendizagem Comercial (Senac). profissionalizantes coordenadosServiço pelo pesquisa, adultos ensino médio para e cursos da segundasemana de realização da a partir unidade, dejovens eadultos e, alfabetização O transporte foi outra reclamação frequente reclamação outra foi O transporte Além disso, osespaços não institucionalizados Com nacomunidade, relação aopçõesdelazer Batantambémoferecia,A UPP naprópria 165 eNSAIOS As relações das UPPs com os moradores e outras lideranças sociais nas favelas cariocas - Batan (Jardim Batan, Vila Jurema e Morrinho) 166

COMUNICAÇÕES do iser diretamente ao hospital. reclamação Outra deixassem de procurar oespaço ese dirigissem as pessoas da comunidade progressivamente estão presentes naUPA –, com que fizeram dades procuradas, Pediatria eOrtopedia, não especiali- sem sucesso–jáqueasprincipais que, apóstentativassucessivasdeutilização emprevenção comção homens adultos. que, segundoeles, facilitava odiálogo eaatua- comunitários desaúde, quatro homens, eram o ximadamente 20adolescentes. Dos28agentes reuniões mensais, apro - quando participavam tes epalestras. deadolescentes tinha Ogrupo centes, mulheres eidosos–promovendo deba- de adoles- emprevenção com grupos focados Schweitzer.Albert se beneficiadaproximidade com oHospital to- Atendimento (UPA). Acomunidade ainda à comunidade –, existeumaUnidade dePron- no Morrinho. Em Realengo – muito próximo que pudesseminiciaroatendimentotambém pesquisa, achegadademaisprofissionais para A equipe estava aguardando, no momento da nos quaisafamíliaprecisa demaiorsuporte. equinzenais,casos) ouatésemanais, emcasos cada, dos visitasmensais(namaioria fazendo de saúde, responsáveis então por 150famílias e28agentes detrês formada era enfermeiras de saúde da família.sui uma clínica A equipe aduashoras). que podiachegar Batan–Centro todootrajeto empé(o fazer moradores da comunidade tendo que acabavam com que o ônibus lá sempre chegasse cheio, e os antes dapistaexpressa daAvenida Brasil, fazia fato deoBatansernaúltimaparadaeônibus comção o centro da cidade. relatos, Segundo o Com relação àUPA, relatos vários sugeriram Os agentes trabalhos de saúdedesenvolviam Com relação àSaúde, acomunidade pos- Os entrevistadosmuito sequeixaram daliga- que forneciam tais serviços nacidade “formal” tais serviços que forneciam desde a implementação da UPP, as empresas estrutura, como água, gás e energia elétrica, muitoque era bemvistoportodos. nacomunidade,entravam aservi-la, passaram o UPP, como oSamu, serviços quedificilmente mente naprópriacomunidade. - realizado todo umtrabalho anterior judicando perdendoacabava nosagentes, aconfiança pre- a outro posto, e o morador não atendido, era de da família enviava um morador referenciado não tinham médicos, equandoaequipedesaú- com frequência, ospostosdesaúdereferência família eospostosdesaúde. relatos, Segundo desaúdeda entredade aclínica naarticulação de umpaieumamãe adolescentes). comtrabalho jovens sobre asresponsabilidades vos, haver mais quedeveria ealgunssugeriram com relaçãoorientação ao usodecontracepti- informantes, ligado issonãoàfaltade estaria nas comunidades.anos grávidas os Segundo muitoque era comum garotas de 11, 12 e 13 naadolescência,da gravidez relatos sugeriam pecentes porjovens eadolescentes. No caso naadolescênciavidez eoconsumo deentor- (ligada- aoegra consumo debebidaalcoólica) momento da pesquisa eram: violência familiar tados imediatano quenecessitavamdeatenção diretamente à saúde, apontados pelos entrevis- rologia nacomunidade. Problemas relacionados nas áreas dePsicologia, Fonoaudiologia eNeu - dos apontavamanecessidade para deassistência entrevista- profissionaisSaúde eEducação de própria comunidade. de saúde–quecontena com equipemédica frequente sedácom relação àfaltadeumposto Com relação a serviços relacionados- Com àinfra relação aserviços osentrevistados,Segundo após aentradada a pesquisa,Durante percebida foi uma dificul- Com relação aindaàassistênciamédica, os acabem cruzando os limites territoriais para para oslimitesterritoriais cruzando acabem frequentariam ascomunidades Batan, daUPP soas dessa comunidade, não quenormalmente na comunidade doFumacê, fazcom quepes- haver AssembleiadeDeusouIgreja Batista dos fieis.Segundo informantes, ofatodenão e aIgreja boa parte tólica Batista concentrariam ou cincoIgrejas Neopentecostais, aIgreja Ca- tais eNeopentecostais. relatos, Segundo quatro tante são Igrejas dediferentes siglasPentecos- Espíritas, umterreiro deCandomblé, eores- munidade, sendo umaCatólica, uma(ouduas) relatos colhidos, hámaisde40Igrejas naco- de Igrejas dediferentes religiões. os Segundo outros contornos nofuturo. queasituaçãonão possaganhar não querdizer retorno defamíliasquesaíram. No entanto, isso condições nolugar), demorar um estácausando deixando acomunidade melhor, poisjánão têm casos nosquaispessoas acabam definiros para causar “expulsão branca” (expressão utilizada Nesse caso, doespaço, avalorização emvez de percebido como positivo os entrevistados. para na comunidademento do valor imobiliário foi tando reaver suascasas. geral, Deforma oau- tráfico,fosse pelamilícia, que, agora, estão ten- moradores expulsos anteriormente, pelo fosse e, daUPP ção atémesmo, de havendo casos apósaimplementa- subiu significativamente relatos dosentrevistados, ovalordosimóveis tes esepultamentos. liar ememergências, dedoen- como transporte procuradaA associaçãotambémera auxi- para porumaparceriacom obancoBradesco.cárias e,Morrinho) ainda, decontas ban- aabertura no (emgeraldaspropriedades localizadas ária deresidência,ção regulação auxíliopara fundi- a chegadadaUPP),- oprovimento dedeclara de R$30pormês(implantado tambémapós –prestado acabo ao pelaEmbratel custo TV diados pela associação de moradores, estão a relação com acomunidade. daUPP porumsargentofeita daUPP, responsável pela flitos.casos, Emalguns amediaçãotambémé é procurada com frequência mediarcon para - res deserviços, aassociaçãodemoradores ainda das. Nosdeinsatisfaçãocom osprestado casos - porcionais, alémdemultas- consideradas indevi edespro indevidas - relatosvários decobranças da prestação detaisserviços, noentanto, houve tinas. Não parecia haver insatisfaçãoarespeito as ligações,gularizando - clandes anteriormente ascomunidades, tambémaservir passaram re- A comunidade presença conta com umaforte Com relação àquestão imobiliária, segundo prestados e/oume- Com relação aos serviços

não aconteceu, asuspeitardeque elescomeçam tificação, eque essa seria retroativa. Como isso mado que, em julho, a receber - passariam a gra realizada.quando apesquisafoi Foi-lhes- infor prometida atéomês cação nemodesarrancho deste ano), não estavarecebendo- nem a gratifi contratado porúltimo(acredito queemmaio depoliciais,seja ofatodequeumgrupo ogrupo O primeiro, maispreocupante, etalvez realizada. omêsquandoapesquisafoi durante observados tantes nestemomento. Vários problemas foram policiais parecem apresentar desafios impor- por outros informantes. como umentrevistado, afirmou econfirmado melhor, ronda”, maispoliciaisfazendo “Via-se no primeiroanodaimplementaçãofuncionava eque queixam dequehápoucospoliciaisnarua atual com relação àcirculação. Aspessoasse que participou. ninguém falouqueviuouconhece alguém como comentário, descrita foi festas) ouseja, doespaço para (dautilização ultima afirmação entre policiaise garotas dacomunidade. Essa alguns finsdesemanapara “festas” privadas em atémesmodasedeUPP da utilização mulheres (relatos derelação íntima)eboatos policiais com relação àsjovens eadolescentes Há relatos de ainda demaucomportamento comunidadesoutras eentregadores depizza. de como deadolescentes ejovens visitantesde – tantodeadolescentes ejovens dacomunida- de adolescentes ejovens homens) edeextorsão agressão ehumilhaçãoemrevistas(sobretudo, depoliciaisrelacionadoscometidos porparte à atuação daUPP. atuação; enão relacionados diretamente com a gorias: relacionados diretamenteesua àUPP - cate podem serdivididosemduasprincipais procuradas. não estavamacessíveis nosdiasquandoforam igrejas Universal doReinodeDeuseCatólica dasigrejassimilar.mente várias têmpolítica As específicos dejovens ede mulheres. Aparente- vência diferentes para grupos, grupos incluindo relataram e oferecerconvi atividades- de lazer Deus, duasdasmaiores dacomunidade. Ambas visitadasram aIgreja BatistaeaAssembleiade frequentar essasigrejas. apesquisa, Durante - fo Por outro lado, ascondiçõesdos detrabalho Há relatos deinsatisfação com opoliciamento No primeirocaso, existemrelatos deabusos Os temasconsiderados aqui “controversos” T e n sões e co n trovérsias 167 eNSAIOS As relações das UPPs com os moradores e outras lideranças sociais nas favelas cariocas - Batan (Jardim Batan, Vila Jurema e Morrinho) 168

COMUNICAÇÕES do iser natureza. Para além disso, buscar é importante entre o papel do Estado e interesses de outra papel como pastor), umaconfusão causando momentos, negociar espaços exercer para seu por representar (apesarde, aUPP emalguns vorecimento –jáqueeleacessa canais indevido estabelecimento de conflito deinteresses oufa- tem duasconsequências imediatas: do orisco nome da UPP; emnome ora desuaigreja. Isso negociandoteja ora oumediandorelações em essa duplicidade depapéisfazcom queelees- policial,da qualidadedoreferido dotrabalho associação demoradores). Independentemente (ver aindaem Temas controversos aquestão da mudança dedireção daassociaçãodemoradores monstrou com relação terintençõespolíticas à tor de uma igreja na mesma comunidade, e de- relações comunitárias. Omesmopolicialépas- relação àatuação dopolicialresponsável pelas conflito ou duplicidade,sa certo de papéis com mento daUPP, apesqui- durante observado foi tampouco. transporte auxílio para tendo de usar a viatura, já que não possuem o atéoBatalhãocomer, para locar muitas vezes, essa situação, jáqueospoliciais têmdesedes- tida. Ofatodenão receberagrava odesarrancho emumaba- haviasidodanificada eaoutra çada funcionando, jáqueumaencontrava-seengui- te algumassemanas, haviaapenasumaviatura mero reduzido funcionando. deviaturas - Duran desempenhado. Umentrevistado relatou: refletir diretamente naqualidade dotrabalho e descontentes com–oquepode otrabalho les seencontrem jáemdificuldades financeiras recebendo desarrancho, fazcom quemuitos de- da gratificação, somada ao fatodenão estarem entre osdemaispoliciaismilitares. Aausência mesmo com queelessejammotivo dechacota daUPP. parte fazer relatos, Segundo issofazaté para mãooportunidades deoutras que abriram – dessesprofissionais vação edescrençaporparte polícia,pria ouseja, doEstado. doGoverno Prefeitura, vem enquanto da o pródesarrancho - nenhum, da é uma verba já que a gratificação quenão lhesfazsentido –explicação cheguem va dequeirãoreceber logo queasgratificações está recebendo odesarrancho,- com ajustificati retroativa. Alémdisso, não essemesmogrupo não vão recebê-la eque, menosainda, elaserá Ainda, com relaçãodefunciona- àdinâmica onú- foi questãoaatenção quechamou Outra consequência dissoéumadesmoti- A primeira fiz outros concursos...”. fiz outros tas, e já estou pensando emsairdapolícia. Jáaté a desanimar.- acreditofei Jánão naspromessas “A gente chegou muito animado, masjácomeça presidir a associação de moradores e se utili- Por outro lado, ofato de umpolicialdoBope legitimidade realizado dotrabalho pela UPP. segundo algunsinformantes, a tirar buscando ele, e poisestedesafiavaaUPP “as dalei”,regras tinhamumarelação UPP conturbadacom pria entorpecentes. Por umlado, ospoliciaisdapró- direcionadas aconsumidores principalmente de nidade, queincluíam “surras” eameaças públicas dessepersonagem nacomuviolenta porparte - tos quedenunciamumaatuaçãoextremamente adeputado estadual.candidato Hámuitos rela- almente, alémpresidente daassociação, eleé impor respeito eordem nacomunidade. Atu- da milíciaprecisavam dealguémquepudesse comunidade, queacreditavam que, com asaída depessoaspróximasgrupo dele, moradores da próprio, eleito elefoi “por aclamação”, porum residente nacomunidade. relato do Segundo milícia, presidida era porumpolicialdoBope, conhecido como Morrinho. dolocal eurbanização moções) eaorganização habitacionais (que receberam populações dere - de moradores, asituaçãodosnovos conjuntos recem mais atenção, são aatuaçãoda associação sos” ao longo destapesquisa, eque, portanto, me- ato dequeaPolícia “não seimporta”. faz com que, gradativamente, espalhe-se um bo- falta depreparo asituação, delesemencaminhar dacomunidade, porparte ção deumlado, eda entanto,- e informa pela falta de esclarecimento Por umlado, parece-me queestão certos. No não entendemquesejamdasuacompetência. sendo demandadosdiversas para tarefas que ressaltar queparece que, geral, demaneira vêm naUPP”.trabalhando vistado que afirmou pudesse, “Se seaposentaria com ofatodetrabalharem naUPP. Umentre- extremaentrevistados manifestaram satisfação condições naUPP, detrabalho algunspoliciais das controvérsias encontrados com relação às daUPP. otrabalho papéis quepossaatrapalhar umapossível para duplicidade de sim dealertar dopolicialemquestão,o comportamento mas por fim, ressaltar quenão setrata aquidejulgar tre igrejas asoutras e/ouseusseguidores. Vale, en- algum tipo de desconfiança que cause UPP da de uma atuação por parte no caso judicado seusmembros,sociais para oquepodeserpre- timidade epromovem deatividades umasérie tes na comunidade, que parecem ter muita legi- parcerias comreligiosas asorganizações presen- A associaçãodemoradores, desdeasaídada como temasidentificados Outros “controver- Ainda com relação àatuaçãodaPolícia, vale Vale ainda, dizer que, apesardosconflitos ou utilização dosespaços qualqueratividade para utilização da àCaixaEconômicaFederal), quelimitama ses espaços, ditadas pelaadministradora (liga- Combinado aisso, des- asregras deutilização chegar. a e financiamentodoimóvel começam renda e as contas de condomínio, água, luz, gás dosmoradores perdeuboa parte suafontede de quasetodososserviços. relatos, Segundo os conjuntos se encontram em pontos afastados acomunidade. para transferidos foram Ambos dos conjuntos habitacionais querecentemente aoção total. a proporção dessetipo de “residente” com rela- seus imóveis.cadastrar Não possível foi estimar moradores, para quando e como fazer devem te local, ligado ao presidente daassociaçãode parecem seravisadas porumaespéciedeagen- possui como segundaresidência. Essaspessoas tal –não possuiresidência naquele lugarou moradores –e estão como sendocadastrados sugere dosquesedizem campo queumaparte doMorrinho,urbanização em aobservação funções.outras duplicidade de papéis agentes do Estado em dos profissionaistura das UPPs e também com redobradater atenção com questõescomo pos- da associaçãodemoradores, parece necessário daUPP, política peitas dautilização bemcomo noterritório. daUPP sença umavulnerabilidadenaatuaçãoepremostrava - dapesquisase de moradoresàépoca e aUPP Ainda, ofatodanão relação entre aassociação flitavam ecompetiam com aatuaçãodaUPP. condutas ilegais, violentas, e ainda, quecon- caso, ainda maispreocupante, de poissetratam mente odesafiodaduplicidade depapéis. Nesse comquela localidade oEstado.- nova Issotraz e mediando interessesrindo de moradores da- continuar não sóvendendo como tambémge - procedia,essa informação opersonagem parecia veracidade dessainformação. Nesse sentido, se erelações a das dinâmicas quepodemindicar do Estado. a pesquisa,- Durante observa foram com apoiodaPrefeituranização edoGoverno no momento dapesquisa, emprocesso- deurba conhecido comolocal Morrinho, queestava, que omesmopersonagem o era “grileiro” do confunde com outros interesses. na qualopapelderepresentante doEstado se mais umavez, umaduplicidade de papéis, causa segundo relatos asentrevistas, obtidosdurante fazê-lo, demétodosilegaiseviolentospara zar Por fim, como temacontroverso, estáasituação Com relaçãoe àsituaçãodecadastramento Vale que, alertar assim como há relatos de sus- Além disso, afirmaram algunsinformantes sentido, ficouaimpressão deque, defato, as noterritório.a implementaçãodaUPP Nesse vistados jáidentificaremdiferentes “fases” desde todos os atores o fato de entrepraticamente foi - pessoas dasdiferentes comunidades. de projetosção eprogramas, sobretudo entre gas e tomada de decisão sobre aimplementa - processos deva- detransparência naalocação tercâmbio maiorentre aspessoas, valorizando lado; eincentivarumaconvivência eumin- agentes do Estado nascomunidades, porum parceriasentretalecer oucriar osdiferentes isso em mente, parece-me- fundamentalfor e transparência dasações noterritório. Tendo aos agentes governamentais, suapermanência pessoas, bemcomocom adesconfiança relação ceio defalaraindaestámuito presente entre as dadas etambémentre elas. Alémdisso, ore- nascomunidades defragmentação grau estu- desta pesquisa, possível foi perceber umalto apesquisa. durante apresentados alguns atores quesedestacaram temas e/ousituações específicas, e finalmente, cunho maisgeral. Na sequência, são abordados ro momento, de sãoalgunscomentários feitos daUPP.do desenvolvimento - Emumprimei comao atenção longo serobservadas deveriam investigado,território mascomo questõesque –no que jávinhamsidooferecidos –ouseriam bemsucedidadosserviços umaevolução para tendidas como receitas oufórmulasfechadas pessoais dapesquisadoraenão seren- devem xões”. Assim, deimpressões éfruto estaseção ainiciativade naram “Ideias, sugestões erefle- pelos profissionaismado à época que coorde- Sait,- cha oquefoi trazer deveria otrabalho tes que algum incidente mais sério sedê.tes quealgumincidentemaissério pos dosconjuntos) merece especialan- atenção mais grave, com relatos- deviolênciaentre gru maisrecentemente,famílias deslocadas ainda ambos osconjuntos (sendooconjunto com as deslocada.foi Asituaçãoparece complexa em devidadaspopulaçõeseles tradição quepara mal, são totalmenteinadequadas eà àcultura e aproibição depossequalquertipoani- vasos, plantarousequercolocar para externas áreas comuns, deáreas bemcomo autilização comercial, em depósitodequalquernatureza observação d Um ponto quesedestacouapesquisa durante arealização para Apesar dotempocurto roteiroSeguindo acordado com aequipeda R eflexões a à co mu u rante as visitas nidade p ar tir da 169 eNSAIOS As relações das UPPs com os moradores e outras lideranças sociais nas favelas cariocas - Batan (Jardim Batan, Vila Jurema e Morrinho) 170

COMUNICAÇÕES do iser trabalho trabalho “A pelaur- exclusão banização defavela:banização governo e conflito nacidade doRio de Janeiro”, deJoséNilton de Sousa, daUniversidade “remoção branca”, ver o 4 Para umexemplo de Federal Fluminense. tratados de forma desrespeitosa,tratados deforma sofrendo pre- muitos. Jovens pareciam serfrequentemente alto,centes era tabupara eoassuntoaindaera jovens. relatos, Segundo - oconsumo deentorpe momento dapesquisa, sobretudo doshomens atual dajuventude éaquemaispreocupava no cas, quemerecem imediata, atenção asituação permanecerem nesseslocais. parcelasgrandes dosmoradoresde originais chamada “remoçãobranca”, são implementadas nãosímboloda setornem cuidado queascomunidades para onde as UPPs comum. Nesse sentido, ter pareceu importante Nos de remoção, casos muito isso também era alguma (àsvezes, fontederenda. daprincipal) pessoas sepercebessem de subitamenteprivadas vos (sobretudo derua), faziacom quemuitas e repressão decomércios- ealternati informais em toda a cidadeções paralelas de regularização O fatodeestarem acontecendo muitas- opera sem, noentanto, locais. dinâmicas desprezar comunidades como receptorasumtodo deUPP quesejamadequadassenvolver as políticas para e de- a poder identificar – de forma atenção cuidado, eanalisado localmente, com mais vivência, emconta serlevado com deve muito ciona cidadania eatéondeasobre inviabiliza - lado, entre o equilíbrio até onde isso propor - aumentodacidadania;um passopara poroutro residência, porsisó, incentivo éumgrande e tipo demediadorterumcomprovante para de a uma associação de moradores ou qualquer tas emseusnomes, denão precisarem recorrer dosistema.ser parte O fatodereceberem con- quefaziaaspessoasquereremsimbólica e aderir são os seguintes: existia uma poderosa força tionamentos pelaSait, feitos meuscomentários dacidade,vigente emboaparte umdosques- relação ao ordenamento ao pertencimento legal tre outrosumacom –oquesignifica mudança como abastecimento de água,serviços luz, en- daprestação aíaregularização de incluindo jáquaseirremediávelforma (naquele caso). implementação, osproblemas aparecerem de mento para, somente apósosegundoanode onde implementado foi emumprimeiromo- muitoque foi bemsucedidoemcomunidades erros anteriores–como oGepae depolíticas – positivos e negativos, incorrer evitar em para fundamental mapearessasfases, seuspontos institucionalmente. Dessaforma, pareceu-me comunidade como com relação àprópriaUPP nocontextorápida daUPP, tantocom relação à muito mudam deforma dinâmicas eevoluem Em termos detemasousituaçõesEm termos específi- Com relação àadesão dacomunidade àUPP, 4 porinviabilizarem

ser umespaço não sóonde aPolícia seexpressa, sem resgatadas. No entanto, tal espaço deveria - –fos daManhãComunitárioo Café – naUPP comofundamental –eurgente –quedinâmicas minuiu muito gestão. depoisdanova Pareceu ressentimento dequeoespaço dedebatedi- esuaatuação,o novo capitão parece haver um Apesar de não haverem relatos negativos sobre umapessoamuitonacomunidade.era querida apesquisadãorante conta queoantigo Capitão de suaimplementação. Osrelatos colhidosdu- havia tidoumatrocadecomando desdeoinício que não conseguem controlar. com defensiva relaçãoter umapostura atemas pressão sobre ospoliciais, deoutro, queparecem nidade, porumlado; edealiviarumpoucoa claros, adaruma deforma “satisfação” àcomu- atores –e, sobretudo, mais –ficassem daUPP que ospapéiseaspossibilidades dosdiferentes nacomunidade,cutido abertamente deforma tido, dis- que oassuntofosse importante seria furtado, ao ouchegar responsável. Nesse sen- torno, como nãotentarrecuperar teriam obem com a situação node en- ocupação do tráfico ter capacidadedeatendertodasdemandas, e Os policiais, por outro lado, reconheciam não substituir o papel de outrosdeveriam atores. acham queumavez queapolíciaestáali, eles a tersempre “a quemrecorrer” nessescasos, e que a comunidade estava habituada de impressão xas que aos emsi. eventos Por umlado, ficoua dospoliciaisquandorecebemà postura asquei- impressão dequeainsatisfaçãoestámaisligada vistados com relação àatuaçãodaUPP, ficoua território, queixasdosentre umadasgrandes - eentorpecentes. dez tam com jovens questõescomo violência,- gravi quediscu- mais frequência egrupos trabalhos queserealizassecomentrevistados sugeriram eparcerianessa direção.sensibilização Alguns umprocesso para de serumcaminho poderia tes dasaúdecom osprópriospoliciaisdaUPP o tema. deagen- Umintercambioestruturado os agentes das UPPs para sejam sensibilizados de recuperação. Parece que tambémimportante sivas, mastambémações maisindividualizadas desenvolver ações não sópreventivas ourepres - edetalhado pensar em dessa situação específica tido, terumdiagnósticomais importante seria ser umamedidaimportante. Ainda, nessesen- jovens eadolescentesdanos para adictos poderia de atendimento, eredução de encaminhamento pecentes. Neste contexto, pensaremserviços conceitos eviolênciaspeloconsumo deentor- Na Batan, UPP nomomento dapesquisa, já Com relação àquestão no dosroubos efurtos

dades ouconcorrentes, paralelas já quesão essas ativi- desaúdedafamília)–enãogramas criar instituições (tantoeducacionaiscomo dospro- aaçãodessas fortalecer também importante umademandavasta.para Por outro, pareceu contexto deadministraçãorecursos escassos (escolas), osatores parecerem envoltos em um aparcerias–apesarde,abertos nosegundocaso munidade. Por umlado, parece quetodosestão das duasescolasmunicipais existentesnaco- agentes comunitários desaúdeeasdiretoras profundamente locais, as dinâmicas os foram legitimidade e, ao mesmotempo, conhecer os atores entrevistados quepareceram termais relacionadas social, àinstalaçãodeumaUPP como parceiros ações futuras potenciaispara tudo, oFumacê bem-vindas. seriam BataneascomunidadesUPP vizinhas–sobre- dascomunidades entre pela ras grupos cobertas Nesse sentido, quaisqueratividades integrado- ao tráfico. dejovens nãotre pertencentes grupos UPP. Isso resultava en- também em rivalidades da dedrogasdo tráfico doterritório no entorno bastante grave ehostil–com presençaarmada dacomunidadeque asituaçãonoentorno era ços ounegociações pontuais. específicos,não sóemcasos - mediações deservi comunidade coletivaetransparente, deforma e se umapreocupação com arelação delescom a tivessem treinamento continuado equehouves - instalou ali, parece fundamental que os policiais desdequeestase pelaUPP dibilidade alcançada não chegavam.demais serviços se estendiaatéoscondomínios, noentanto, os representantesgaram daUPP, opoliciamento nidade. Por desegurança, razões segundoale- púbicosoferecidos nacomu- demais serviços condomínios estavambastanteafastados dos restante da comunidade talvez. Além disso, os conotação deurgênciaqueo maiordeatenção de renda, faziacom queasituaçãotivesse uma cias, rede deapoio, como tambémsuasfontes das famílias terem perdido não só suas referên- apesquisa.pante durante Ofatodeboaparte bastantepreocufamílias quealihabitamera - (não mediado) entre comunidade ePolícia. dediálogo coletivo,canal edireto permanente jadas afalareexplicitarsuasinsatisfações. Um - mas tambémondeencora aspessoasfossem Com relação aos atores quesedestacaram Por fim, considera-se ressaltar aqui importante Para asustentabilidadedacre emanutenção - A situação dos conjuntos habitacionais e das não era claro nomomento dapesquisa. não claro era social, a UPP do que significaria clareza o que fundamental queosatorestivessem mais locais to, amadurecer para esse ponto específico, seria violentas,vezes desnecessariamente. No entan- vezes, em atitudes pouco compreensivas, muitas de jovens),quando se tratam e isso resulta, por que eles tenham muito preconceito (sobretudo, daspessoas,as histórias das famílias, fazcom tam queofatodeospoliciaisnão conhecerem dos policiais. acredi Essesmesmos informantes - a comunidade, ajudarnahumanização poderia que, arelaçãocom daUPP alémdefortalecer funcionarveria junto com a UPP. Acreditam sentido, queelade- unânimesemafirmar foram questionadosos entrevistados queforam nesse aos pesquisadores antesdoiníciodapesquisa, social,sede daUPP umadasperguntasfeitas preendido eabordado com atenção. parceria), fazcom quesejaumatorasercom- noâmbitodessa secretarias degoverno criadas decomunicação diretoo canal entre aONGe grupo. No entanto, a parceria com o Unicef (e de atividades emumsólocal, ou com umsó com qualquertipodeconcentraçãoexcessiva parceiros potenciais, tercautela éimportante dos beneficiários.Se, porumlado, parecem ser dacomunidadede quepartes vêm, qualoperfil ou seja, quantaspessoasdefatocirculam porlá, dasatividades,alcance geográficos, emtermos qualéo clara demaneira pesquisa identificar ). Não possível a foi durante Infância (Unicef Urbanos doFundo dasNações a Unidaspara te, dosCentros daPlataforma como núcleo (Cedaps)e, daSaúde ção maisrecentemen- Centroparceria com aorganização dePromo- naáreatrabalhava deprevenção emsaúde– fundada háaproximadamente seisanos, que dasdemais. emdetrimento fica parecer queseestápactuando com umaespecí- entretição elas, ou pelo menos, não para deixar muito ouacirrarcompe cuidadonão- para criar muitoforma próxima. No entanto, épreciso ter as igrejas como sejamenvolvidas parceiras, de versas igrejas, parece também fundamental que em umacomunidade presençadedi- com forte menos duradouros. proporcionadaqualquer melhoria por projetos dade asustentabilidade epoderãogarantir de nacomunias instituiçõesquepermanecerão - Sobre comoSobre eonde implementarumapossível Existe também na comunidade uma ONG, deparcerias,Ainda nosentidodeformação 171 eNSAIOS As relações das UPPs com os moradores e outras lideranças sociais nas favelas cariocas - Batan (Jardim Batan, Vila Jurema e Morrinho) 172

COMUNICAÇÕES do iser con r up gestão da ordem ju t u p or nto e favelas na ras e co Moniq p a cificação e A u ex e n B tradições a p tista eriência da C p ar F T oto: ública ública i ju S valho m hutter

ca: S um t n ock.com a a 1

lidade violentaiamaumentando, especialmen- àmedidaqueosdadosforça relativos- àcrimina sendo beneficiada por políticas públicas. sendo beneficiada porpolíticas áreas delavem dacidade eapenasumaparte a redução dasdesigualdades entre asdiferentes não sãocom aplicados oobjetivo depriorizar na cidade. Contudo, osrecursos provenientes e aumentam o volume de investimento e para urbanas astransformações ajudam ajustificar lica), aConferência MundialdeMuseus, que Mundial daJuventude daIgreja (evento Cató- a Rio+20 (que ocorreu em 2012), a Jornada outros visibilidade degrande como eventos e osJogos Olímpicos, em2016, assimcomo internacionais: aCopadoMundo, em2014, esportivos eventos receberpara importantes que visa prepararrenovação a urbana cidade cariocas” (Leite, 2000: 74). ea marginalidade a pobreza nas favelaslizavam - por reforçar osnexos simbólicosqueterritoria como uma ‘cidade partida’ terminou, contudo, ta a autora: “A representação do Rio de Janeiro dessaviolência.como os algozes Como ressal- uma populaçãopobre, identificada, porsua vez, as áreas demorros efavelas, onde toda viveria comoidentificadas as vítimas dessas ações, e médiaeabastada,classes doscasos namaioria divididaentreria aárea nobre, onde as viveriam homônimo. Acidade analisada por Ventura se- nalista Zuenir Ventura, emseulivro detítulo de umacidade partida, pelojor- utilizado termo sendo substituída por imagens foi Maravilhosa dos emdiversos meiosdecomunicação. constantemente queeram veicula- des decrime sequestros, homicídios, dentre modalida- outras dovarejo epolícia,traficantes além deassaltos, que envolviam, principalmente, oconflito entre deacontecimentos deumasérie lenta porcausa letivo adeumacidade era extremamente vio- a representação quecirculavaco- noimaginário da de1990enosprimeirosanosdoséculoXXI, a imagem doRio. Issoporque, ao longo- dadéca está relacionado, também, à tentativa de mudar aosmais segura futuros visitantes. uma cidadee, maisorganizada principalmente, investindo muito oferecer nessequesitopara decorrer dasatividades, oRiodeJaneiro está evisitantesno dosparticipantes da segurança é a garantia eventos a realizaçãodosgrandes outro lado, como umdospré-requisitos para O RiodeJaneiro vivencia umprocesso de Assim, a “metáfora daguerra” (2000), Leite Segundo aimagem daCidade O investimento maciço naárea dasegurança 1. I ntrod u ção 4 iaganhando 3

2 Por Por Leite (2008:Leite 115), aquestão daviolência: daviolênciaurbana.privilegiado Como aponta passam, então, como aseridentificadas olugar 1990, easfavelas nocenário umnovo atorentra paços de desordem ede insalubridade, nosanos além de impactar as formas de ação individuais e além deimpactaração asformas ganizações não-governamentaispara combatê-la, perimentos depolíticas públicaseosprojetos deor- faveladase asáreas dacidade, aspropostas- eosex te com relação aos homicídios, na urbanização, anterior, o problema das favelas se concentrava vilegiado dasincursõespoliciais. atéadécada Se políticoeasfavelas, nocenário força - pri oalvo apareceu pública com edasegurança urbana dasrepresentaçõesbate emtorno daviolência eLeite, (Machadona localidade daSilva 2008). como coniventes com instalada a criminalidade não como traficantes, mas, medida, emgrande já relatado anteriormente, se identificados eram geralmente, osmoradores dasfavelas, que, como Polícias CivileMilitar. dasações eram, Oalvo agentes daordem, doRiodeJaneiro, nocaso as como pelos marcasousodesmedidodaforça palmente, quetinham desegurança depolíticas combate àviolênciaurbana, pormeio,- princi cenário, passouaserpautada pelo aaçãopública a polícia(Zaluar, 2004; Leeds, 1998). comtambém arelação marcada porcorrupção de drogas, situados dentro dasfavelas, incluindo defogonocomércio armas modernas varejista cial, noRiodeJaneiro, ede àentradadacocaína e, transnacional do crime organização em espe- estão relacionadasdanças na àstransformações nessetema, especializada a literatura essasmu- dedrogas. dotráfico dinâmica De acordo com de1980,cada muitas mudançasocorreram na parte,grande nasfavelas dacidade (Leite, 2000). entre diferenteslocalizadas, facções criminosas em le doterritório, pelasrivalidades caracterizado to com apolíciaounasdisputaspelocontro- dedrogas,tráfico seja no tocante ao confron suamaioria,em relacionados do àsdinâmicas aos grupos criminosos armados. criminosos aos grupos espaços centradas no enfrentamento e combate nesses controle passavaentão porintervenções espaço porexcelência daviolência, logo, oseu sobre as favelas que são como identificadas o está oaumentodasrepresentações negativas as ações cometidas poressesgrupos. ficantes, tornam-se maisviolentasearbitrárias aumento dopoderbelicosoefinanceiro- dostra “ren Assim, de1990queo- adécada durante foi Cabe ressaltar que, demeados dadé- apartir Concomitante ao aumentodousodaforça ovou os discursos sobre apobreza,ovou osdiscursossobre ajuventude 8 visto que eram vistas comovisto que eram es- 5 7 queestavam, Diantedesse 6 Com o -

Rio deJaneiro (PPCIS/Uerj), direitos-humanos-no-rio-de- ciologia eXXVIIICongresso presente versão contou com a contribuição dosdebatedorescontribuição dilacerada pelacriminalidade Latino-Americana deSocio- Latino-Americana em vilasproletárias. Durante violenta e pela generalização violenta epelageneralização (1995), daguerra ametáfora Estado Novo, dereeducação como osParques Proletários logia, realizados em2011. A Congresso Brasileiro deSo- Programa dePós-graduação Internacional daAssociação sora Márcia da Silva Pereira Márciasora daSilva cado com certo romantismo comcado certo dos moradores viverem para 2002 e2008; Soares, 1996e ações dopoderpúblicopara características tão perversas,características compulsórias. Na de década foram apresentadasforam em: XV impíadas doRiodeJaneiro: icídio noRiodeJaneiro em 1 Socióloga, do doutoranda da “representação dacidade megaeventos eviolaçãodos Provisórios, queobedeciam Universidade doEstado do de Janeiro, 2012emhttp:// bandido como umprotetor civilizatória, pelo orientada relacionado aumavisão do sob a orientação daprofes- sob aorientação sendo, atémesmo, identifi- 5 Deacordo com et Soares as décadas de1960e1970,as décadas 2000; Zaluar, 1998e2004. das remoções, de apolítica esses espaços. Ao longo de 7 Ver, entre outros, Soares, 1991 era de60,73por100 1991 era da cidade não apresentava 3 Ver Leite, 1995, 2000e 6 Atéde1980, a década o all (1996),all ataxadehom- Janeiro temnosmostrado 8 A história das políticas daspolíticas 8 Ahistória Leite. Versões destetexto comércio ilegaldedrogas uma descontinuidade nas 1990, emface ao fracasso wordpress.com/2012/04/ pode ser definida a partir pode serdefinidaapartir na eliminaçãodasfavelas a política estavacentrada a política 2 Ver DossiêdoComitê nessas ações experiências nessas ações experiências direitos humanos noRio que funciona nosmorros 2008; Machado daSilva, dossic3aa-megaeventos- públicas implementadas públicas um século, encontramos a uma lógica higienista- a umalógica e-violac3a7c3b5es-dos- 4 De acordo com Leite 4 Deacordo com Leite Popular daCopaeOl- por meiodasremoções em Ciências Sociais da em CiênciasSociais e colegaspresentes nos relações sociais” (Leite, daquela “comunidade”. de intensoconflito nas comitepopulario.files. Grupos de Trabalhos. Grupos nas favelas doRiode mil habitantes. 1995: 121). janeiro.pdf. 1996. 173 eNSAIOS A experiência da pacificação em um conjunto e favelas naT ijuca: rupturas e contradições na gestão da ordem pública 174

COMUNICAÇÕES do iser Skolnick eBayley,Skolnick 2006; Dias alizaram uma ação de busca e umaaçãodebusca alizaram Catrambi, Indiana, Morro do Babilônia; Pavão, Pavãozinho nome da UPP nãonome delimitao da UPP políticas públicas para favelas para públicas políticas 11 Sobre opoliciamentoco- 11Sobre Leeds eLeeds,Leeds 1978; Parisse, 10 Até opresente momento, abarca setefavelas: Morro do Borel, doCéu, Chácara Casa Na viradadoséculo, asações 1969; Valladares, 2005, entre Borel, CasaBranca, Chácara Branca, BananaleMorro do apreensão dedrogas earmas abrange setefavelas, a saber: de junhoquediversas forças Morro do Cruz eCatrambi. Morro doCruz pública. asdiferentes Sobre polícia emfavelas, ver, entre Macacos; João; São Turano; a UPP Borel e Casa Branca Borela UPP eCasaBranca no RiodeJaneiro, ver: Bur- seu perímetro, porexemplo, 14Operímetrodeatuação 12 www.upprj.com , acesso munitário, ver, entre outros: destacar que a mesma UPP queamesmaUPP destacar Cruz. Essasfavelas perpas- de Segurança Nacional,de Segurança re- no Conjunto deFavelas do Alto daBoa Vista, Mudae dos policiais da UPP Boreldos policiaisdaUPP Dieckman eBrowm,Dieckman 1993. Alemão começou emmaio policiais, aForça incluindo Fallet, Fogueteiro eCoroa; Favela-Bairro.urbanização sam três diferentes bairros: Branca; Formiga; Andaraí; policiais, nodia27 masfoi se voltam para a segurança se voltam asegurança para que fazem parte da grande dagrande parte que fazem as UPPs são: Marta; Santa gos, 1998; Carvalho, 2006; de prender osresponsáveis contiguidade territorial. O 9Aocupaçãopelapolícia 13 Sobre açãoviolentada 13 Sobre territorial foi determinada foi territorial do Céu, Bananal, Indiana, Complexo Carlos; doSão Neto, 2000; Kelling; Pate; Andaraí, respectivamente, a Secretaria de Segurança deSegurança a Secretaria Mangueira;além Vidigal; Escondidinho ePrazeres; nos Complexos daPenha pode atender a um grupo pode atenderaumgrupo das Forças dePacificação Rocinha. Deacordo com Tijuca. Essadelimitação e Cantagalo; Tabajaras e outros, Coimbra, 2001e de 2007, com oobjetivo Cidade deDeus; Batan; pelo assassinatodedois Pública, serão40UPPs de favelas queestão em até 2014. Éimportante e Alemão etambémna Salgueiro; Providência; Cabritos; Borel eCasa Chapéu Mangueira e Chapéu Mangueira em janeiro 2011. Farias, 2008. nas favelas. outros. de policiamentocomunitário, Rio deJaneiro. em diferentes favelas ouconjuntos defavelas no está estabelecidaem19unidades localizadas Estado, da Polícia porintermédio Militarejá do Pública deSegurança cutada pelaSecretaria nhecida pelasiglaUPP. Essaéuma ação exe- Unidade dePolícia Pacificadora dacidade, co- inaugurada, de 2008, emdezembro aprimeira pública, voltadas asegurança políticas para era nalocalidade. permanecesse talação deumaUnidade dePoliciamento que afavela portempoindeterminado,ria atéains- preendeu atodos quandoanunciouqueocupa- Batalhão deOperações Especiais (Bope) sur- nobairrozado nobresul, dazona Botafogo, o Polícia Marta, Militarnomorro Santa - locali na localidade. dedrogas dotráfico respeito àdesarticulação epoucoresultadodo de19mortes noquediz denominada de Megaoperação, deixou umsal- um reforço daForça Nacional deSegurança, tre elas1.200policiaiscivisemilitares, alémde ção, quereuniu diferentespoliciais, forças den- las doAlemão, dacidade. norte zona - Aopera Cabral,governo Sérgio no Conjunto de Fave - ocorreu emjunhode2007, noprimeiroanodo defogo.armas por causadas aumento donúmero demortes consequência dessetipodepolítica, temoso sendo realizado nasfavelas dacidade. Como exemplo decomo ocombate àviolênciavinha conhecido como “Caveirão”, pode ser o melhor veículo blindado em situações utilizado de crise, doconfronto.na lógica Ousocorriqueirodo açõesram que, emsuamaioria, pautadas eram velas cariocas.” mais deperto osseus efeitos: osmoradores dasfa- coletivas daquelesqueindubitavelmente sofrem espaços, aponta conforme ositeoficialdaUPP: possamserrealizadas nesses públicas políticas do território, porsuavez, queasdemais garantirá entre ospoliciaisemoradores. Apacificação relaçõesda políciaedoestabelecimentodenovas dapresençacotidiana apartir dosterritórios ção objetivo, como seunome jásugere,- éapacifica O conceito que norteia as açõesO conceito das UPPs que norteia é o Assim, das natentativademudar orumo No fimdoano seguinte, da emumaoperação Um caso emblemático desse tipo de açãoUm caso O queseviuao longo- dequase20anosfo que promove a aproximação entre a população apopulação entre aaproximação que promove modelo deSegurança edepoliciamento Pública “A dePolícia Unidade Pacificadora éum novo 9 10 11 e seu principal eseuprincipal investigação da UPP edospoliciais. da UPP atividades cotidianas; eopapeldocomandante ponto devistadomorador; das aorganização tos queestão entrelaçados: do asegurança relatos dosentrevistados, elemen- destacando a pesquisa.durante é uma análise A dosoutra uma apresentação dametodologiaaplicada favelas e que compõem operímetrodaUPP seções. geraldas éumpanorama Aprimeira dacidade.territórios policial,tuição vem emdeterminados operando ainda, como o Estado, da insti- por intermédio na rotina dasfavelas ocotidianoe, podealterar preender emque medidaainserção dapolícia se novo cenário. Nesse sentido, com- busca-se estabelece entre ospoliciaisemoradores nes- nasfavelas,da UPP arelação destacando quese aspercepçõesidentificar acerca daimplantação sidem e/ouatuamnessasfavelas possível nosfoi entrevistas realizadas com atores sociais que re- de suaassociaçãomoradores. AUnião dos doBorel naorganização tica éopioneirismo o loteamento. ser propriedade querealizou deumasenhora decigarros e,por umafábrica depois, passoua 1920 e, segundorelatos, oterreno ocupado era Tijuca. ocupaçãodatadoinício dos anos Sua das favelas maisantigasdaregião dagrande violência, favelas pautada eapolíciaera nousoabusivo da estabelecidaentre osmoradorestoricamente de minado Complexo doBorel. dacidade doRiodeJaneiro, norte zona deno- de favelas situadas naregião daGrande Tijuca, emumconjunto depacificação da experiência asociabilidadepara local? consequências dessa permanência as principais ca, apresençacotidianadapolícianasfavelas e deatuação,forma como seestabelece,- napráti docomando policialédeumanova orientação Para tanto, em duas otexto está organizado O Morro doBorel, quedánome àUPP, éuma em consideraçãoquearelação his- Levando O artigo ora apresentado ora O artigo abordará aspectos 2. comunidades” . mente, por milicianos, asUPPs levamapaz às ocupados por hádécadas traficantes e,recente - sociais nascomunidades. Aorecuperar territórios e a polícia, fortalecimento ao aliada de políticas B o m reves co ca etodologia 13 conforme jáapontado, conforme equeagoraa 15 mp de inspiração etnográfica ede etnográfica deinspiração 16 - caracterís importante Outra 12 o analisado e a m entários sobre u 14 tilizada A partir deuma Apartir toda aárea realizasuasatividades. onde aUPP opróprio quemeapresentoucom efoi ocapitão lícia naárea. Ocontato estabelecido inicialfoi – dois meses depois do início da atuação da po- visitaao BorelA primeira ocorreu emagosto àbaseprincipal.base auxiliarquedásuporte Na comunidade CasaBranca, encontra-seuma doCéu. estásituada naChácara base daUPP em 17 pontos de policiamento.e localizados A turno, dequatro oucinco divididosem grupos um efetivo de300policiais. 75policiaispor São Amaral,do érealizadoBruno pelocapitão com inauguradaemjunhode2010.foi coman- Seu área muito serpercorridaapé. extensapara são muito eéuma distantesumasdasoutras Maciço. Ascomunidades, apesardecontíguas, Miguel e do nãooutro está São no lado da rua comunidades, com exceçãodaIndiana, quefica todoomaciço eatravessa quasetodasas corta eladeiras.cadas que principal Existeumarua guel, oacesso àscomunidades pores- éfeito seus moradores. relação ao aspectodasmoradiaseàrenda de dasdemaislocalidades,cas especialmentecom essa área- não apresenta asmesmascaracterísti da como sendoumacomunidade doBorel, mas da Complexo aFloresta para Tijuca,- incluí foi e o Catrambi, por possuir uma “rota de fuga” do renciadas. do Céu da Chácara Bananal é parte comunidades apresentam configurações- dife ao Amigos dosAmigos (ADA). duas Asoutras do Céu, e Morroligadas do CasaCruz Branca ligadaseram ao Comando Vermelho. Chácara davam essasáreas. Morro doBorel eIndiana existia entre asdiferentes facções quecoman- acirradae háuma rivalidade pela relação que las possuisuaprópriaassociaçãodemoradores econômicas, esociais. culturais Cada umade- sete favelas apresentamdediferenças umasérie dores nasdiferentes favelas. distribuídos Essas BorelUPP possui pouco - mais de 12 mil mora remoção favelas. emoutras e,cer noterritório também, lutarcontraa para reivindicarodireitode 1950para - depermane associações doRiodeJaneiro, nadécada criada Trabalhadores Favelados éuma das primeiras lência queocorreram noterritório. mento associativo, sejapelosepisódios devio- o Morro doBorel, sejapelaquestão- domovi mas não conseguiramamesmavisibilidade que sendoocupadas aoforam longo doséculoXX, munidades operímetrodaUPP queintegram É necessário, ainda, apresentar a metodo- A Unidade de Polícia Pacificadora do Borel naencosta,Situadas Mi- ao São longo darua De acordo com osdados doCenso2010, a 17 As outras seisco- Asoutras 18

Pena. Participaram doencontro cercade50 próximopermercado localizado aPraça Saens ocorreu deumsu- emumpequenoauditório Tijuca. Grande um mêsnalocalidade, da UPP sendoaprimeira da unidadehaviapoucomaisde queseinstalara Amaralrealizavaumaapresentaçãotão Bruno Praça e daBandeira Tijuca. Na ocasião, oCapi - Grajaú, Andaraí, AltodaBoa Vista, Maracanã, Pública), Isabel, que abrangeosbairros Vila Social. estadual chamadoUPP aimplementaçãodeumprogramabase para dora. tambémcomo Essediagnósticoserviria implantação daUnidade dePolícia Pacifica- apósasobre mudançasocorridas asprincipais os atores sociaisqueresidem e/ou trabalham, entre deumlevantamento sas favelas apartir produzirda pesquisa era des- um panorama favelas quecontavam com aUPP. Oobjetivo nas etnográfico realizarumlevantamento para eDireitos Humanos(Seasdh),sistência Social deEstadoórgão deAs- vinculado àSecretaria deAçõestária Integradasno Território (Sait), Ramos,convidada porSilvia então subsecre- pesquisa. No fimdomêsdejulho2010, fui etapada naprimeira utilizada logia quefora ça - peloConselhozado Comunitário deSeguran Borel Comunitário no Café UPP organi- foi rel. BoreldoBo- pela UPP como pelaRedeSocial dasatividadestanto organizadas participando Seasdh, a dorelatóriofinalpara ção continuei relação com asinstituições). Após aapresenta - na áreaBorel daUPP quenão tinhamnenhuma dentes naárea); emorador(pessoasresidentes tuições mantidaspelopoderpúblico, não resi - nasinsti- (pessoasquetrabalhavam pública ção não residentes naáreaBorel); daUPP institui- mente ligada àsinstituiçõeslocais, residentes e (pessoas que exerciam alguma atividade direta- de moradores); da sociedade instituição civil alguma atividade diretamente ligada àassociação associação demoradores (pessoas que exerciam ereuniam osseguintesperfis:guintes categorias tadas 54pessoas, nasse- classificadas queforam realizadaseentrevis- 11visitasaoforam campo to esetembroBorel. de2010naUPP Ao todo, A reunião, que durou cerca de duashoras, A primeira vez queencontreiA primeira o Capitão da realizadaEssa pesquisafoi nosmesesdeagos- 21 20 da 6ª AISP (Área Integrada de Segurança da6ªAISP(Área IntegradadeSegurança p

a cificação nas favelas 3. O s do p erc B orel u rsos da 19

de debater sobre as mudanças moradia. aRedeSocial Sobre a UPP Social,a UPP ver: Henriques Comunidades eMovimentos periodicamente com objetivo periodicamente mação doBorel, ver: Gomes, pela Secretaria de Segurança deSegurança pela Secretaria 15 Essa investigação é parte 15 Essainvestigação éparte tegradas no Território (Sait), Para sobre maisinformações Pública. dosmo- Amaioria reconhecido atémesmopela Borel ouUPP etende órgão vinculado à Secretaria órgão vinculado àSecretaria do Borel, ver: http://redeso- reúne umconjunto deinsti- 21OsConselhos Comuni- em favelas, ver, entre outros, policiais doBopeesereúne Figueiredo, 1981; Machado da pesquisa “Levantamento pesquisa “Levantamento da e diagnósticodascondições S com Complexo otermo do 18 Em2003, umaincursão Subsecretaria deAções In- Subsecretaria de implementação da UPP de implementaçãodaUPP disponibilizados àconsulta sociedade civileaspolícias 20 A Rede Social doBorel 20 ARedeSocial Ver Farias, 2007eRedede um programa vinculado ao a se referir a sua localidade asualocalidade a sereferir Social”, encomendada pela militar ecivildoestado do por ocasião daentradados por ocasião tuições queatuamnaquela 16Para dafor- ahistória cialborel.blogspot.com.br/ tários de Segurança foram foram deSegurança tários 1998; e Machado daSilva seus espaçose detrabalho autarquia daPrefeitura da Cidade do RiodeJaneiro. ocial eDireitos Humanos a UPP Social passouaser Social a UPP policial resultou noassas- os dados aindanão foram moradores doBorel. Esse contra a Violência (www.contra a Violência pública. No anoseguinte, Valladares, 2005; Burgos, de Estado deAssistência episódio ficouconhecido 17 Sobre a formação dos aformação 17 Sobre redecontraviolencia.org). movimentos associativosmovimentos função deseremfunção espaços como Chacina doBorel. radores não seidentifica Instituto Pereira Passos, que estão ocorrendo em realizada em10UPPs e área. ARedeseformou criados em2005comcriados a sinato dequatro jovens de interlocução entre a de interlocução de moradiapelonome da Silva eLeite,da Silva 2005 19 Essa pesquisa foi 19 Essapesquisafoi 1980 eIbase, 2006. (Seasdh), 2010. e Ramos, 2011. Rio deJaneiro. prefeitura. 175 eNSAIOS A experiência da pacificação em um conjunto e favelas naT ijuca: rupturas e contradições na gestão da ordem pública 176

COMUNICAÇÕES do iser implantações dasunidades de 2011, “tem como missão diri- declarações sobre osobjetivos declarações de 2011). Etambémsegundo UPP será instalada será noMorroUPP comunicação. Deacordo com de 2010, ogovernador Sergio fico, esimafastarainfluência (Cabral anunciaquepróxima(Cabral com/Noticias/Brasil). No dia gir estrategicamente asações gir estrategicamente UPP acabar com acabar onarcotrá- UPP próxima aserinstalada UPP da Polícia MilitardoEstado para ocomandopara do9ºBPM começaria no dia 28 de abril nodia28deabril começaria http://noticias.terra.com.br/ com/rio-de-janeiro/noticia). toda amunição.” (Secretário diz queUPPs não impedem e operacionalizar oplanode e operacionalizar drogas, todososcriminosos, da UPP éapacificação,da UPP mas também foram amplamente também foram Polícia Pacificadora (CPP), morros anunciaa (Beltrame fim doano. http://g1.globo. as comunidades”. não (UPP o major Eliezer deOliveira,o majorEliezer criada pormeiodoDecretocriada tem objetivo com deacabar suficiente para aocupação”,suficiente para Providência, dia26deabril seria noBorelseria eaocupação prensa: escoteiro“Um seria trame: “A ideiaeoobjetivo vamos retirar dessasfavelas seguinte, transferido elefoi brasil/noticias. 29dejunho seguinte depoimentoàim- Pública, Bel- JoséMariano jornal local daRedeGlobo local jornal polícia pacificadora –UPP,polícia pacificadora ocupação de8favelas atéo 24 Durante a inauguração ainauguração 24 Durante Após o início daocupação, o tráfico, dizmajor. http:// havia mais criminosos nos havia maiscriminosos do RiodeJaneiro”. Atual- responsável pelaformação dos narcotraficantes sobredos narcotraficantes 42.787, de6janeiro de de policiais para atuarnas de policiaispara cotidiano. 20desetembro do Borel. http://g1.globo. divulgadas sendo, mesmo, As ocupações doAlemão, da implantaçãodasUPPs tendo emvistaquejánão o secretário de Segurança o secretáriodeSegurança mente, écoordenada pelo 6º BPM, tenente-coronel UPPs: “Não éobjetivo da Fernando Príncipe, deuo seria leviano garantir que garantir leviano seria 22ACoordenadoria de transmitidas aotransmitidas vivo pelo coronel daPM, Rogério 23 Já foram inúmeras as inúmeras 23 Jáforam www1.folha.uol.com.br/ nas favelas aos meiosde a presençadebandidos. o então comandante do todas asarmas, todasas pelos policiaisdoBope Cabral anunciouquea Cabral Rocinha e Mangueira Rocinha eMangueira da UPP noMorroda UPP Seabra Martins. Seabra de 2011). ter o tráfico dedrogas,ter otráfico inibiraosten- maspara Militar, está nas favelas a UPP não comba para - e com qualquerrepresentante oficialda Polícia Coordenadoria dePolícia Pacificadora (CPP) Pública, deSegurança rio com ocomandante da pública.de segurança De acordo com o secretá- como já apontado anteriormente. decampo,realizadas dotrabalho naocasião aqui procurarei dasentrevistas elucidarapartir queoautorrelata emseutextoeque ritório”, da atividade político-administrativa no ter- Dentre eles, da destaco o risco “policialização estão empautapelodebatepúblico. colocados deelementosquenãodo emvistaumasérie ampliar odebatesobre aatuaçãodaUPP, ten- (2010),aponta Machado daSilva épreciso depobreza.dade emterritórios Porém, como no quedizrespeito ao controle- dacriminali sucesso das Unidades dePolícia Pacificadora veículosdos grandes decomunicação, sobre o fundindo nacidade, especialmentepormeio aprovação quevem da opinião se di- pública Comunitáriono Café éreveladora deuma policiais daUPP. visitas àsfavelas doBorel acompanhadas pelos tar. recorrentes solicitavam intervenções Outras eao comando daUPP Políciapolítica Mili- elogiosasao Capitão, foram das intervenções à pôdesemanifestar,participante amaiorparte Ao finaldaapresentação, quandoopúblico liciais e como são as “comunidades” do Borel. dospo- otrabalho modo como eleorganizou apresentando objetivos daUPP, os principais o que “no Borel, essascenasnão irãoserepetir”, dessasimagens,a exibição eleseguiudizendo oladovirados para opostoao docorpo. Após escolarpassandocomcom osrostos uniforme vestidaspano eumamulher com duascrianças com um coberto imagemoutra deumcorpo demão porumpolicial,rinho juntamentecom - sendocarregado emumcar deumcorpo foto Rio deJaneiro eseguiacom emguerra uma digital queseiniciavacom aimagem deum intercalandocom oral umaapresentaçãosição Borel,da UPP oCapitão uma expo- realizou ceu, dopúblicotinhamaisde40anos. amaioria velas quesesituamnaregião. Ao quemepare- se identificoucomo moradordealgumadasfa- que compõem a6ªAISP; equequaseninguém associativos dosbairros degrupos faziam parte ouprivada; pública alguma instituição outros que muitos vinculados eram a pude observar pessoas. Na apresentação dosparticipantes, A Unidade dePolícia Pacificadora éuma ação Essa passagem sobre arecepção dopúblico Como apautadoencontro ainauguração era 22

Direitos Humanos e Polícia Comunitária; em formação deR$500e bem umagratificação naPolíciaanterior Militar; essespoliciaisrece - sados, depreferência semnenhumaexperiência nhados asUPPs para policiaisrecém-concur- todo ofuncionamento dasUPPs;- são encami tão subordinadas ao CPP, órgão queorganiza unidadesdas outras daPolícia Militar. Elases- 90dias. durante maneceu noterritório não é informado. No do Borel, caso o Bope per- municação. plamente divulgada emdiferentes meiosdeco- do Borel, de2010, emabril elapassouaseram- os moradores. da ocupação do Morro A partir como para os criminosos tanto para surpresas mente semnenhumavisoprévio, provocando inesperada,aconteceram deforma aparente- to. ocupações realizadas peloBope Asprimeiras unidade aentradadafutura depoliciamen- para decretados,de prisão ouseja, “limpar” oterreno prender osindivíduosqueestão com mandatos tem como objetivo apreender drogas, e armas Batalhão deOperaçõesEspeciais(Bope), que unidade, acontece umaocupaçãodepoliciaisdo com aentradadetodaequipequecomporá que fora tomadoque fora pelostraficantes. moradores, ao Estado devolvendo oterritório atranquilidadeaos egarantir tação dasarmas póteses, queospoliciaislotados para nasUPPs dos BPMsocorre, deacordo com algumashi- diferenciam ospoliciaisdasUPPs dospoliciais da PM. unidade é comandada oumajor por umcapitão “comunidade”, emgeral, atividades deesportes. A des promovidas pelasUPPs direcionadas a para maior, ocorrem nesses locais também as ativida- Como os prédios possuem umainfraestrutura como as UPPs daProvidência edoAndaraí. feitura, onde outrora funcionavam osCemasi, as primeiras, estãoemprédios alocadas dapre- o armamento. Algumas UPPS, principalmente e projetor; guardar alémdebanheiropara elocal ões, equipada com mesas, cadeiras, computador pela área administrativa; reuni eumasalapara - nistração, ossoldados onde ficam responsáveis comandante eosubcomandante; saladaadmi- paços: saladocomando, onde seencontramo modulares divididasemtrêscom estruturas es- dasUPPsembasesconstruídas maioria selocaliza Polícia Militardoestado;da a Batalhões rentes - dos por soldados nos dife e oficiais alocados pelos oficiaissãousa- diferentes dosuniformes usados tantopelossoldadosuniformes como As unidadesdiferente seconstituem deforma Antes dainstalaçãobasedefinitivaUPP, O investimento na estrutura enasações que O investimento naestrutura 24 OtempodeocupaçãopeloBope 23

25 os implementadas emfavelas nacidade doRiode ceber que, já assimcomo ações outras públicas cia Militar. nosajudaaper- docartaz Aleitura poder públicoe, específico, nessecaso pela Polí- parcelaspor grandes dasociedade, mesmopelo as representações aos quesão pobres atribuídas aseguir.tração locais detrabalho.locais dos próprios policiais nos seus tir a segurança doComando-geral daPolícia,parte - emgaran podem refletir tambémumapreocupação, por ximidade acirculação peloterritório, essasações do policiamento de pro da - prática que faz parte dentro alocados menos 12 horas das favelas, e Tendo emvistaqueessespoliciaispassampelo aimagem daPM. atentativademodificar seria ma violentaearbitrária. Opanodefundodisso policial “antigo”, que invadia as favelas- de for deumaimagem diferente do possam usufruir Militar doRiodeJaneiro” ao tráfico” e “colabore sempre com a Polícia bebabebidaalcoólica”,ca “não apologia faça diárias”horas estavam “nunca usedrogas”, “nun- comodos afrases “procure pelomenos8 dormir mais a minha atenção,chamaram pois,- mistura muitoque porsisójáeram peculiares, alguns uma vida mais saudável. Dentre os conselhos, Borel”da UPP nove conselhos para eelencava pendências. tinhacomo título Ocartaz “Dicas culação demoradores evisitantesemsuasde- localidade, e, porconseguinte, cir- umagrande de uma ONG, na que tem uma atuação forte colado emummuraldeparei com umcartaz Essas frases imperativas nosajudamadesvelar imperativas Essas frases

Em uma das primeiras visitasao BorelEm umadasprimeiras me 3.1. gest A s p ectos morais ão da ordem 26 , ailus- conforme n a

das como umproblema sobdiferentes aspectos. foram, ao longo de maisde100anos,- identifica população. Cabesalientaraindaqueasfavelas tinham como panodefundoocontrole dessa objetivando o desenvolvimento local, mas que lização” dosmoradores aações deurbanização passavam desdeatentativaexplícitade “mora- nham como marcasdiferentes influênciaseque queti- deintervenções encontramos umasérie velas doRiodeJaneiro ao longo doséculoXX, implementadas nasfa- queforam urbanas ticas rém, não éumanovidade. Ao analisaraspolí- emfavelas, pública deintervenção forma po- culações entre ecriminalidade. pobreza Essa ereforçando asvin- potencialmente criminosos moradores comode favelas identificando-os todos os por penalizar acabam aos territórios dafavela,central conhecida como Terreirão. em uma regiãolação jovem e que está localizada à popu- ONG que tem suas atividades dirigidas mas. Não àtoa, estavaexpostoemuma ocartaz dedrogascausam probletráfico eosquemais - polícia, são osmaissuscetíveis do aos encantos ventude. Eles, deacordo especialmentecom a em não obedeceraesse direcionamento éaju- população quemaistemapresentado problemas tar nasociedade. esseaspecto, Sob aparcela da desecompordo ensiná-losamelhormaneira - desociabilidade,de suaspráticas quasetentan- do errado”) deseucotidianoe pelaorganização (quenão conseguem diferenciargrupos o “certo Portanto, ocontrole sefaznecessário desses valores edaordem morais institucional vigente. nivência dos moradoresanegaçãodos implica ta. Aocabo, fime ao issoqueévistocomo co- apoio e proteção aos envolvidos nessa rede ilíci- dedrogasdo tráfico e, poroutro lado, garantiria deatuação legitimidade àsformas que dariam o estabelecimentoderelações sociaisvariadas ocontato dedrogase permitiria os traficantes dominante.ral Aproximidade com territorial rem asregras deconduta idealcontidas namo- (2008), eLeite chado daSilva - pornão cumpri perigosas,classes nosentidoapontado porMa- de queosfavelados representantes seriam das representação hámuito nasociedade utilizada da Polícia Pacificadoraevidência uma põeem demoralidade.uma determinadaforma dos moradores eestão maisrelacionados com docomportamento parte elementos que fazem uma ideiadeordemrelacionada estritamente a daordeme amanutenção para pública dagógica bém traria, em sua prática, uma ação quase pe- Janeiro, aUnidade dePolícia Pacificadora tam- Nesse sentido, direcionadas asações públicas éadequeação quefazemos A interpretação rede-globo/bom-dia-brasil/v/ a paz” e “devolver oterritório” ênfase emDireitos Humanos 26 Creio queessa orientação Borel iria atuar para Borel atuarpara iria “garantir ser policiaismilitares recém- especiais novalorR$500,00 autonomia de ação por parte autonomia deaçãoporparte mento-historico-no-rio-de- para osmoradores.para Atônica explicitado como aUnidade (quinhentos reais), podendo polícia pacificadora deverão deverão polícia pacificadora decisão se não houvesse um ser celebradoconvênio pelo determinação doComandodeterminação comandante dessaunidade. Comunitária, eossoldados de gratificação de encargos deencargos de gratificação respaldo deseussuperiores (http://globotv.globo.com/ deverão, obrigatoriamente, ter formação especial,ter formação com Os policiaismilitares clas- UPP farãojusàpercepção UPP o capitão nãoessa o capitão tomaria levarmos emconsideração levarmos garantia daordemgarantia pública a rígida hierarquia militar,a rígida de Polícia Pacificadora do centrada emumapossível nº 42.787, de6janeiro de 2011: Art. 6º Todos os e emefetivo exercício nas da atuação desta UPP éa da atuaçãodestaUPP uma iniciativadopróprio policiais militares lotados sificados nasunidadessificados de 25 Conforme oDecreto25 Conforme do cartaz não sejamuma do cartaz Estado talfim. para §2º reporteres-cobrem-mo- e na doutrina dePolíciae nadoutrina do Comando Geral. Se Geral dasUPPs,Geral esim e aprópriadivulgação De todaforma, ficava janeiro/1383535/). hierárquicos. formados. 177 eNSAIOS A experiência da pacificação em um conjunto e favelas naT ijuca: rupturas e contradições na gestão da ordem pública 178

COMUNICAÇÕES do iser mesmos podeminventar. Nas Resolução 013:Resolução “Por de causa a proibição arbitrária detodo a proibição arbitrária práticas delazer,práticas como quad- acordo queeles com critérios org.br, quevem promovendo um decreto baseado emuma janeiro de2007. Aresolução gerado muitos abusos, como eventos artísticos,eventos sociaisou favelas que sãoàs dedicados esportivos noestado doRio esportivos requisitos que os locais para requisitos para queos locais retirar a licença dequalquer retirar a licença aponta oblogwww.meurio. favelas com UPPs, issotem a realização do evento deve deve a realizaçãodoevento de Janeiro estáregulamen- assinada pelosecretáriode autorização. Oqueestána vezes emcimadahora,vezes de policiais têmhojeopoder resolução todoo valepara Contudo, nosespaços das ter para orecebimentoter para da pela resolução. Conforme de simplesmentevetar ou em geral, não apresentam ras ou campos defutebol, oucampos ras a infraestrutura solicitada a infraestrutura tipo deevento, principal- estado doRiodeJaneiro. lei da época daDitadura,lei daépoca 27 OfatodeasPolícias autorizar arealizaçãode autorizar tado pelaresolução 013, uma campanha contraa uma campanha Militar eCivilpoderem Segurança Pública,Segurança José Mariano Beltrame,Mariano em apresenta de umasérie evento cultural,evento muitas mente debailesfunk”. Borel, tendoemvistasuatopografia. osmoradores fundamentalpara do transporte drogas, eleacredita sertambémummeiode de otransporte para totáxi possaserutilizado zar. Como elemesmorelata: motocicletas, doBorel ocapitão buscouorgani- depassageiros por feito gulamenta otransporte tendo em vista que não existe uma lei que re - favelasoutras pacificadaséumtemapolêmico, exemplificar, afaladeummorador: utilizo pliação napossibilidade dedistribuição. Para relação de gás, ao fornecimento houve uma am- ede internet suspensos. foram acabo TV Com noBorel,entrada daUPP ilegaisde osserviços algum tipo de ligação com os mesmos. Com a recidos que tenham por indivíduos ou grupos maisumafontedecapital,rando ousão- ofe demilícia, dedrogaspelo tráfico ougrupos ge- sãocomo realizados os citados anteriormente daspessoas. mesmo nascasas ou ouquadrasparticulares) (clubes privados de futebol), ou campo públicos (praças locais relação tanto em à e realização festas de eventos (gatonet)einternet. acabo TV Ooutro écom ilegaldosinalpara edefornecimento cozinha mototáxi, deentrega degás eosserviços públicoalternativo,transporte conhecido como serviços, demotocomo autilização destacaria cia noBorel. Umdeleséaprestação dealguns daPolí àentradaepermanência no tocante - Deacordo com suavisão, aindaqueomo- Com alternativo, relação ao transporte queem Na dasfavelas, maioria aprestação deserviços aminhaatenção Dois elementoschamaram tação legalizada”. tiverem habilitação eamoto comadocumen- o transporte demoradores osmotoristas que omototáxi. foi O primeiro Sópode realizar diminuiu”. necedores, oscaminhões vãoaté eopreço ascasas único caminhão. Hoje emdiaexistem- maisfor paramão pegar ogás quesóera vendido por um de moradores tinham que ir com um carrinho da UPP, oscaminhões estão subindo. Antes os “Eu já organizei vários serviços aqui. jáorganizei“Eu serviços vários melhoraram. serviços “Os Ogás comaentrada 3.2. do A favela tem n ca o ? p itão da UPP A a t u a ção do u m n o vo

da Polícia Militarnasfavelas, quemuitas vezes Podemos argumentarqueapresençaconstante radores aenfrentar passaram apósapacificação. tidianas no Borel e dos problemas que os mo- napolíciadasatividades co- uma centralização apresentado,anteriormente queestáemcurso radores edocapitão, ecom oexemplo docartaz oslimitesdaatividadeultrapassa policial: éreveladormoradora desseprocedimento que realizadas noâmbitoparticular. Orelato dessa recaitambémnasatividades festivas da UPP dos policiais porparte da realizaçãodeeventos a realizaçãodafesta. com ocapitão. Aí, então, ounão autorizada era irpessoalmenteconversar deveria dor doevento deBombeiros.Corpo Alémdisso,- oorganiza juca; nada aoporda19ªDP; nada aopordo unidade: da nada aopordaSubprefeitura - Ti entregar necessário alguns documentos na era Contudo, realizada, fosse que alguma festa para asatividades delazer.no sentidodeorganizar cussão, umacomissão formada foi queatuaria arealizaçãodasfestas. para ção Após muita dis- dores doBorel.- autoriza Otemaempautaera e representantesSocial - da associação de mora pagode, flashesamba),back aequipedaUPP da UPP, organizadores (bailesfunk, deeventos ocomandante esubcomandante participaram dasUPPs,ral coronel Robson Rodrigues, onde encontro mediado peloentão coordenador ge- amente, suspensa: estava,mas arealizaçãodasfestas momentane- defuncionamento dosbares, ohorário tizou funks, suspensas. foram Eleaponta- quenorma lazer, ebailes emespecialarealizaçãodefestas Percebemos, então, dasfalasdosmo- apartir Cabe aindamencionar queavigilânciaacerca Um anoapósessaentrevista, deum participei Por outro lado, dasatividades de aorganização de trabalhador estar deninguém.” nacasa todo mundoirpra era queaquelanão casa hora repente chegou depoliciais e mandou um grupo de amigos conversando eouvindomúsica. De é ofunk”. mediante umofício.Oqueestá mesmoproibido a altura dosom. festas podem As realizadas ser fechamento dosestabelecimentos etambém para erciantes umhorário eficoucombinado para o dos bares. comos- umareunião Fizemos “Estava na casa da minha irmã com um grupo comumgrupo “Estava daminhairmã na casa “Da mesmaforma,“Da ohorário defuncionamento 27

belecimentos comerciais, mastambém nasco- comunidade, ou quadras, como praças ou esta- proibição não é apenas em espaços públicos na pode acontecer. demuita gente queessa Ouvi onde osom eolocal ahora eles determinam depoliciaisqueestánoserviço,com ogrupo mais violentas. do barulho, porexemplo, como deabordagens to deregras, debares dofechamento eredução dos policiais, ouseja,- ocumprimen tanto para determinadas ações justificar argumento para frase: doplantão”“Depende como utilizada foi pelossoldados datropa.pridas Muitasvezes, a esãolecidas pelocomandantecum- daUPP ainda aquestão das “regras” estabe- queforam cas. demonstramestesrelatos: Conforme injustificadas, agressões eagressões verbais físi- emabordagens (revistas) que sematerializam exercidaviolência simbólica poralgunspoliciais entrevistas relatos ede deabusoautoridade deviolações dosdireitosuma série civis. outro, daordem amanutenção Comando acredita representar aordem e, por daquilo queo cotidiano seestabeleceapartir oacordofragiliza social, do poisaorganização coercitivasças essasatividades. Por umlado, direitos doscidadãos, deixarnasmãos- dasfor da atuaçãopolicial. político, ultrapassando, muitas vezes, oslimites deumnovo jogo aconstrução para contribui oferecerpela escolapara atividades esportivas), gãos doEstado (quandoapolíciaéacionada oumesmoporoutros reclamar) ór- para UPP de luz oude água, os moradores a ligam para pelos própriosmoradores (quandoocorre falta dade, mas que são acionados em inúmeros casos assume papéisquenão são desuaresponsabili- O que pude perceber que, foi de acordo Agregado aos elementos supracitados, está Assim, aparece com muita frequência nas Nesse caso, éarriscado, dos agarantia para Você ésurdo? Você ésurdo”? amigo,outro comigo: eele começouagritar ouvi,não achei queele estava falandocom disse queera pra eulevantar acamiseta, eu opressão, gera medo. escutei Eunão oqueele mebateram,Eles não masessaviolência, essa com truculência. Eu mesmo passei por isso. dessa autoridade. Na abordagem, eles chegam 19 anos, étrabalhador ejáapanhou”. deiumtapanunca nacara domeufilho. Ele tem “Infelizmente existem alguns que abusam “Meu filhojá apanhoucara na 3 vezes. Eu 28 vem juntocom revista para buscar drogas buscar oualgumelemento revista para perigosa, logo, da daprática utilizar énecessário de vermelho, indicadores dessa conduta seriam raspadopintado ouocabelo riscada sobrancelha mesmo teralgumasmarcasnocorpo, como a determinadasvestimentasmagro ou e portar circulam pelosensocomum, como sernegro, revelam que determinados atributos, que até já cia Pacificadora e os relatos de soldados da PM apresentado aqui. de atuação da Polí A forma - favelas, e, emespecial, osmaisjovens, como já das representações quecercamosmoradores de “inimigo”. aponta Conforme Telles (2010:154): de alguns, aqueles quesãocomo identificados o restringir os direitospermitido e as liberdades sociedade, ouseja, dasegurança, emfunção é bate aocomo queéidentificado ameaçadorà dademocraciaedodireitoda defesa nocom- (apud Teles, 2010). que, dizer Quero emnome GiogioAgamben pelo filósofo criados termos também como um “dispositivo deexceção”, nos que vem à tona apósapacificação, podeserlido sensu,passa oslimitesdaaçãopolicialstricto e cotidiano dosmoradores doBorel,- equeultra ressaltam estesentrevistados: osomos policiaispermitem altoounão. Como de aniversário.e festas Dependendo do plantão, memorações emcasa, como reunião deamigos Essas condutas, muitas vezes, em torno giram o Esse emaranhadodesituações queperpassa ituoso, mascondutas consideradas perigosas”. tendo tantopolicial”, emfoconão umevento del- converter em “mero deprevenção instrumento nodireitomudanças penal asquaistendem ase os imperativoszados de segurança que acionam abstrata) mobili- são (ou em nome de sua defesa desligar, fecharosbares.” plantão, eles chegam 1 hora da manhã e mandam ras damanhãnosábado, masdependendo do comandante que pode som ligado até às 2 ho- mais postura profissional.” dos policiais deveoutra. ser Elesdevem ter com avontade doplantão. Acho queapostura Pode pode ounão ter baile? Hoje, édeacordo émaispermitido.é permitidoedoquenão maisclaras para doque acomunidade fiquem com essasituação. queasregras Masépreciso umDPOaqui,existiu jásabemos comolidar “Em nomedoEstado“Em dedireito edademocracia oscomerciantes eo entre “Existe umacordo “A comospoliciais relação éboa. Comojá mais saudável apresentado na os moradores a ter umavida foto do cartaz que orienta queorienta docartaz foto 28 Ver como exemplo a primeira seção.primeira 179 eNSAIOS A experiência da pacificação em um conjunto e favelas naT ijuca: rupturas e contradições na gestão da ordem pública 180

COMUNICAÇÕES do iser setembro. No anode2011, os estupro naárea queabrangea pacificadas doRiodeJaneiro. mês dejulhoeumno ano de2008, não háregistros UPP BorelUPP sobaresponsabi- www.isp.rj.gov.br/Conteudo. três deestupro, casos doisno Para sobre maisinformações lidade da19ªDP. No anode Pública, que, observamos no sal das incidências criminais sal dasincidênciascriminais 29 No demonstrativo men- é possível usá-lasaqui como ano de2010, háregistros de pelo Instituto de Segurança pelo InstitutodeSegurança essas informações, contudo, É precisomelhor qualificar registros oito para saltaram 2009, háumregistro ocor- rido nomêsdemarço.rido No contornos nasrelações de da UPP Borel,da UPP divulgado sociabilidade nasfavelas uma ilustração denovos uma ilustração na delegacia de casos de na delegacia decasos esses dados, ver: http:// casos deestupros.casos asp?ident=260 suas rotinas com tranquilidade? pelosmoradoresutilizados seguir vivendo para se contexto, são quaisdispositivos desegurança território: aPolícia dedrogas. eo tráfico Nes- antagônicas no de duas forças a permanência nocomandante daUPP.decisório Etambém apesquisa:dos durante acentralidadedo poder - elabora decampo apontamentos dosdiários elementos queaparecem nos muito fortemente que achar mais apropriada.forma Esse é um dos ela, dependendodaUPP, podemviraatuarda atuaçãodocomandantepara daunidade, eleou cificadora. Como não existeuma normatividade neiro apósaentradadaUnidade dePolícia Pa- acontecem nas favelas dacidade doRiodeJa- aseguir: a foto dotráfico.ainda existeaforça Como nosmostra reforçando orecado deque, naquele território, policial a sua sigla,pintou por cima da inscrição atéaentradadaUPP nosa quedominava olocal pelos traficantes. Nessa disputa,- a facção crimi com as mesmas marcas utilizadas do território licial, remetetambémdedomínio aumaforma seu território. po- pelaforça utilizado Quando Janeiro. demarcarodomínio Umamaneira do pelas diferentesdoRiode facções criminosas járeconhecidaforma decontrole doterritório pintadas deazulcom asiglaUPP. uma Essaera deparei-me nasparedes com algumasinscrições pública e a manutenção dapaz. eamanutenção pública suas atividadesaordem nosentidodegarantir que comprove asuspeita. Eainda, controlar as Mesmo que de forma não tão eufórica quanto não tãoMesmo quedeforma eufórica Esse éumexemplo ilustrativo desituações que Percorrendo os becos e as vielas do Borel, 3.2. S eg a u ra p a n cificação ç a e medo a p ós modo de comportamento, agora, isso não ocorre anteso tráfico,Se asuamaneira, estabeleciaum território “vigiando” asatitudes dosmoradores. ligadas no àrede equeaindaestariam dotráfico a presença de pessoas era essa insegurança para apresentadaA justificativa pelosentrevistados seguinte: “Não mesintoseguro denunciar”. para daUPP, ocapitão mesmo para aresposta a foi nadelegacianão ou denunciavam essescasos quando pergunteiaos entrevistados porque eles tos emparticular” (Leeds, 1998: 244). geral econtraosmoradores defavelas econjun - em inferiores contrasasclasses polícia brasileira pela deabusoseviolênciaspraticados tradição faltadeconfiança resulta deumalonga“Essa do surgiaalgumproblema. Deacordo com ela: confiavam osuficientepara quan- procurá-los cidade, osmoradores masquepoucoseram que existiam postosdaPolícia Militaremfavelas da de1990,quisa realizadaadécada durante que dejustiça”.pode imporsuaprópriaforma do igualmente violentasporparte ‘dono’, que pessoal costumamsercombatidos com ações roubo, estupro eoutros tiposdeviolênciainter- das favelas econjuntos populares, delitoscomo (1998:243):Como revela Leeds “Na maioria gras” determinadasereguladas pelostraficantes. tendo emvistaqueeram “protegidas” pelas “re- tipo deatividadecom nãofrequência, ocorria dedrogasondeesse nio dotráfico locais eram com um “senso comum”, asfavelas sobodomí- sobre quetrata otemaetambém uma literatura tica e ainda alguns casos deestupros. eaindaalgunscasos tica cias; agressões entre vizinhos, violênciadomés- das doladofora geralmente deresidên- ficam ral, vassouras, plantas, entre outros objetosque cimento depertences, taiscomo, roupas nova- cotidiano. Como exemplos, odesapare citaram - do muito parte forma velada afazer passaram ficação, de ouocorriam fatos quenão ocorriam Alguns moradores relataram que, com apaci- lo queosmoradores entendemporsegurança. umamudançanaquitos queapontarampara - e dasincursõesdaPolícia noterritório. tiroteios, deinvasão daameaça porfacçãorival de drogas, especialmenteporconta dofimdos que serefere àviolênciarelacionada ao tráfico a pacificação?” no apontaumamelhoria para do Borel àpergunta “Como estáoBorel após mídia,e agrande asrespostas dosmoradores vido peloConselho Comunitário deSegurança Comunitário doCafé promoos participantes - Da mesmaforma, cercade 20anosdepois, aponta ainda,Leeds deacordo com suapes- É interessante ressaltar que, deacordo com Mas, poroutro lado, inúmerososrela foram - 29

a populaçãoaindaébastantefrágil. Por outro que se pretende estabelecer entre os policiais e lenta. Nesse sentido, osistemadereciprocidade evio- autoritária ainda obedeceaumalógica muitas vezes, opolicialtemcom osmoradores policial geramedoetambémaabordagem que, uma situaçãoambígua. Aproximidade com o poderes equeosmoradores seencontramem da existenaquelas favelas umaduplicidade de noBorelquando daentradaUPP équeain- colaboração comcolaboração apolícia. policiais como traficantes, tendo emvistaanão e, por outro lado, pelos medo de ser identificado pelotráfico comocolaboradordapolícia ficado “duplo medo”: porumlado, medodeseridenti- retaliação. Assim, os moradores apresentam um sofrer policiaispoderiam algumtipode forças dade. Logo, com àquelesas quecolaboraram neiro não apresentadecontinui- umhistórico que aaçãodoEstado nasfavelas doRiodeJa- dessapolítica,na permanência tendoemvista medo podeserentendidocomo anão confiança um medonaaproximação com ospolicias. Esse pessoas ligadas aodedrogas tráfico representa revelam estesentrevistados: naatuaçãodospoliciais.desconfiança Como com relaçãoto deinsegurança àPolícia, certa existe, dosmoradores, porparte umsentimen- nalocalidade,rações policiaisqueocorriam 2003, jávisto, conforme ope- edasinúmeras doassassinatodequatropor causa jovens em dessainsegurança. amanutenção para facção porcimadasiglapolíciacontribuiu colaboradores da Polícia. da sigla da A pintura tuação aos policiais e serem como identificados moradores têmmedodedenunciarqualquersi- explícita.de forma Masdeummodogeral, os As primeiras impressões que seestabelecem As primeiras O que sepercebe é que a possível presençade E, poroutro lado, especialmentenoBorel, torneio esportivo. Comoéisso”? econvocam essascrianças paraacariciam um tinham algumtipo deenvolvimento ehojeeles porque ha eassassinavaospais dessascrianças lada, dotráfico dedrogas nacomunidade.” dos policiais quanto dapresença, aindaqueve - e,dade detudo, acima eles têm muito medotanto presenciaram eles matando pessoas nacomuni- doBorelquetêmdores ódio depolícia porque já para ajudaracomunidade. Tem muitos mora- pra outra eachar queaquelaspessoas estão ali “Há poucos meses era amesmapolícia quevin- para todos muito“É difícil mudardeumahora 30

Ao queparece, ospoliciaisqueatuamnessa em desestímulo consequências. eemoutras ainda émuito tênue. tos. Como já apontado anteriormente, a relação policiais emsuasmoradiasouestabelecimen- os comerciantes a entrada dos não autorizam latos apontaramqueosmoradores oumesmo aos banheiros. essaquestão, Sobre muitos re - exemplo, etambéminfraestrutura, como acesso como casacos, douniforme importantes por satisfeitos, principalmente, com afaltadeitens alguns policiaisqueentrevistei, elesnão estão ções adequadas de trabalho. De acordo com relação ao que eles consideram como condi- a essa política,mas críticas especialmente com pelaUPP: a cabo levada de segurança litares a política imprimem queospoliciais mi- resume umpoucoo caráter litar doRiodeJaneiro. dosoldado Adeclaração comparado ao restante datropa daPolícia Mi- se bém seencontramemumasituaçãonova com aPolícia. área doBorel edeumarelação muito violenta muito recente deinúmeros deviolênciana casos coletivaainda porumamemória Isso sedeve específico que provoca problemas.de um grupo lado, muitos relatos apontamaexistência para Como revela odepoimentodocapitão: Assim, osrelatos dospoliciaisrevelam algu- Em contraposição, tam- ospoliciaisdaUPP

inho esemlogística.” lidando comessaquestão polícia emorador, soz- inho, cansa. mil moradores,Vinte 300 policiais, vendida pra polícia. própria Soz É bem- difícil. estados,ros pra do Rio, população mas ela é não polícia. Elaévendida para oexterior, para out- sei depedir. AUPP évendida não pra própria meapoiounão emnada. peço Eunão mais,- can meios.meus próprios APolícia Militar mesmo Tudo queeutenho fuieuqueconsegui pelos nomorro.” tudo controlar suficienteporque hánúmero não de policiais para dosbecos, soltasdentro ascoisasainda correm gurança para acidade, quandonaverdade, por É issoqueaUPP faz, dese- dáumasensação nada. Issoéapenasdesegurança. umasensação apenas parado comoumvigia, sempoder fazer “Aqui está faltando tudo. toda. Alogística estou“Não combatendo acriminalidade, estou Essa falta de estrutura pode resultar falta deestrutura por habitarem o mesmoter- ritório. essesrecursos, Sobre 30 Cabeaqui umcomen- inúmeros recursos se para os moradoresde utilizam afastarem deestereótipos tário: não édeagoraque que os identificam como que osidentificam coniventes com otráfico ver Birman, 2008. 181 eNSAIOS A experiência da pacificação em um conjunto e favelas naT ijuca: rupturas e contradições na gestão da ordem pública 182

COMUNICAÇÕES do iser haver oucorrupção. abusodeautoridade mo tempo, umasituaçãonaqualéfácil cria-se uma moeda: difícil, fica otrabalho mas, ao mes- dos policiais.ilícitas por parte dois lados de São podevir a refletirprópria política em atividades essa “sensação dospoliciais” defragilidadena com relação ao trabalho. E, ainda mais grave, mantêm tantocom relação aos moradores como queeles apostura para isso tambémcontribuiu área aUPP. nãovirpara escolheram Creio que nio (org.). sobcerco: Vida violêncianas erotina ocas. In: MACHADO SILVA, DA LuizAnto- dotráfico dedrogas- nasfavelasa atuação cari PPCIS/Uerj, 2007. violência policial. MestradoemCiências Sociais, luta demoradores defavelascontra a cariocas política emovimentos sociais: a sobre reflexões direitos-humanos-no-rio-de-janeiro.pdf, 2012. dossic3aa-megaeventos-e-violac3a7c3b5es-dos- comitepopulario.files.wordpress.com/2012/04/ direitos humanosnoRiodeJaneiro. In: http:// das doRiodeJaneiro: megaeventos dos eviolação cia norte-americana. IBCCrim: 2000. apolícia: sobre munitário econtrole - aexperiên do Autor, 2001. de segurança pública. Rio de Janeiro: Oficina olência urbana, eosdiscursos amídiaimpressa avi- sobre das classesperigosas–umestudo Mestrado, UniRio, 2006. Nova Holanda –RiodeJaneiro. de Dissertação lutas: popular nafavela emobilização memória Vargas,Getúlio 1998. século defavela. RiodeJaneiro: Fundação Alvito, eZaluar, Marcos (orgs.). Alba Um públicas nasfavelas doRiodeJaneiro. In: proletários Favela-Bairro: ao as políticas Nova Fronteira, 2008. favelas doRio de Janeiro. RiodeJaneiro: (org.). sobcerco: Vida violêncianas erotina In: MACHADO SILVA, DA LuizAntonio R ______. Da asfixia: reflexões sobre sobre reflexões asfixia: Da ­­­­­­­­­­­______. FARIAS, Juliana. Estratégias devisibilidade, Dossiê doComitê Popular daCopa eOlimpía- DIAS NETO, Theodomiro. Policiamento co- COIMBRA, Cecília. Operação Rio: omito CARVALHO, MoniqueBatista. Uma de maré parques Dos Baumann. Marcelo ­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­BURGOS, BIRMAN, Patrícia. Favela écomunidade? eferê n cias bibliográficas é adasUPPs? www.observatoriodasmetropoles. Fronteira, 2008. favelas doRiodeJaneiro. RiodeJaneiro: Nova (org.). sobcerco: Vida violêncianas erotina In: MACHADO SILVA, DA LuizAntonio urbana, sociabilidade violenta eagenda pública. de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 2002. cia Lippi(org.). Cidade: história edesafios. Rio do dade “problema favela”. In: OLIVEIRA, Lu- Nova Fronteira, 2008. nas favelas doRiodeJaneiro. RiodeJaneiro: Antonio (org.). sobcerco: Vida violência erotina las cariocas. In: MACHADO SILVA, DA Luiz demoradorescepções defave deação - eformas esociabilidade nasmargensrisco dacidade: per- n. 44, 2000. vista Brasileira deCiênciasSociais, vol. 15, política no Rio de e Janeiro.da cidadania Re- individualismo easolidariedade: dilemasda gia eImagem, ano3, vol. 4, 1995. imagens do Reage Rio.- de Antropolo Cadernos pelafora paz: à mobilização da guerra temas e Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 1998. Zaluar, (orgs.). Alba Um século de favela. Rio de mocratização em nível local. In: Alvito, e Marcos urbana brasileira:los naperiferia ade- ameaças Editores, 1978. ciologia doBrasil urbano. RiodeJaneiro: Zahar de Janeiro, 1993. Polícia, nº1. Polícia Militar doEstado doRio –Relatório condensado.de Kansas de Cadernos preventivo de patrulhamento periência dacidade MAN, Duane; BROWN, E. Charles - Aex Social– Agenda Rio, 2006. Condutores deMemória. RiodeJaneiro: Ibase contadasjuca por quemfazparte delas. Projeto pdfs/seminarios/pesquisa/texto3008.pdf, 2011. da pacificação. In: www.ie.ufrj.br/datacenterie/ UPPs Social: ações sociais para aconsolidação Rio deJaneiro: Muro, 1980. Fronteira, 2008. favelas doRiodeJaneiro. RiodeJaneiro: Nova ______. Afinal, qual Afinal, ­­­­­­­­­­­______. ______. Violência MACHADO SILVA, DA L. A. A continui- ______. Violência, ______. o Entre LEITE, daSilva Márcia Pereira. Dametá- LEEDS, Elizabeth. Cocaína epoderes parale- LEEDS, Antony e LEEDS, Elizabeth. A so- KELLING, George; PATE, Tony; DIECK- IBASE. Histórias defavelas dagrande - Ti HENRIQUES, Ricardo; RAMOS, Silvia. GOMES, Manoel. lutas As dopovo doBorel. Editora daUniversidade Paulo,Editora deSão 2006. dola Pinheiro–1ed., 1reimp. Paulo: –São através domundo. Tradução Amên Ana- Luísa Policiamento comunitário: questõesepráticas do CENPHA, 5), 1969. Nacional de Pesquisas Habitacionais (caderno ro –sentido. –evolução RiodeJaneiro, Centro SKOLNICK, Jerome H.; BAYLEY, DavidH. PARISSE, Lucien. Favelas doRiodeJanei- ufrj.br, março, 2010. Janeiro: Nova Fronteira, 2008. nasfavelascia erotina doRiodeJaneiro. Riode VA, LuizAntonio (org.). sobcerco: Vida violên- falam dessestemas? In: MACHADO SIL- DA epolícia:crime oqueosfavelados dizemquando de Janeiro: Ibase, 2005. all (org.). Rio: ademocracia vista debaixo. Rio cariocas. In: MACHADO SILVA, DA L. A. et temas coletiva eproblemasdaação nasfavelas daSilvaMárcia Pereira. Favelas edemocracia: POCS. Friburgo, 1981. recente.polarização daAN- Anual V Encontro IREDO, Ademir. Xremoção: Urbanização uma ______Violência, ­­­­­­­­­­______. MACHADO SILVA; DA L. A; LEITE, FIGUE- A; L. SILVA, DA ­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­MACHADO FGV, 2004. de drogas. e tráfico pobreza Rio deJaneiro: Vargas, 1998. lo defavela. RiodeJaneiro: Fundação Getúlio Alvito, Marcos eZaluar, Alba(orgs.). Umsécu- Paulo: Companhia dasLetras, 1994. FGV,Editora 2005. afavela.com.do mitodeorigem RiodeJaneiro: Argvmentvm, 2010. dolegaleilegal.teiras BeloHorizonte, MG: nhia dasLetras, 2000. doRiodeJaneiro.pública Paulo: São Compa- neral: quinhentosdiasnofront dasegurança me Dumará/ISER, 1996. no Rio de Janeiro.política Rio de Janeiro: Relu- Polícia(Série eSociedade, n6) ______. perversa: Integração ZALUAR, Alba. Crime, medoepolítica. In: VENTURA, Zuenir. Cidade partida. São VALLADARES, Licia. A invenção dafavela: TELLES, Vera daSilva. Acidade nasfron- ge - de casaco Meu ­­­­­­­______. SOARES, Eduardo Luiz etalli. e Violência 183 eNSAIOS A experiência da pacificação em um conjunto e favelas naT ijuca: rupturas e contradições na gestão da ordem pública 184

COMUNICAÇÕES do iser de Polícia Pacificadora do im p qu la u Morro da Providência m relato e alg n estões tação da U T rinta dias de UPP: p erti P OR

ANDRÉ n e n n idade

u RODRIG tes à F oto: mas S hutter S t ock.com U ES 1 atores mapeamento docampo. para estratégicos gravado; conversas informais; de e identificação dio; entrevistasemprofundidade semregistro profundidade registradas deáu- emgravação Tais entre consultasentrevistasem variaram Providência, do RiodeJaneiro. portuária zona Unidade dePolícia Pacificadora doMorro da atoressultas a variados à implantaçãoda afetos de 5a29agosto de2010, consistiu emcon - éoutroturas objetivo quebuscoaqui. linhasdereflexão comparações para fu- Lançar uma investigaçãopara mais fina e prolongada. guir remontar umbom conjunto deindícios estarei seestebreve satisfeito relatórioconse- UPP. Como pesquisador dasquestõessociais, pela abertos emvistadoshorizontes explorar ro daProvidência entradaspodem queoutras no Mor- e intervenção de observação trabalho que podemserampliadas eaprofundadas no questões mas pistaseomapeamentodecertas com dabreve apoeira imersão assentada, algu- –e,râmico sobretudo, impressionista. Restam, tanto, –umtantopano- fotográfico umcaráter nos discursos. efissuras e dos câmbios dosinformantes ça como daampliaçãoconfian- de observações aprofundar questões com aponderaçãotanto pesquisa nãoamadurecer permitiu vínculose amplo possível, quase instantâneoda ocaráter eum espectromaisvariado deinformantes com diferentes laços com afavela. los profissionais e institucionais atémoradores Providência, desdepessoasquepossuemvíncu- possuem inserções diferenciadas no Morro da vista dessainvestigação acessaramsujeitosque diversas conversas eentrevistasrealizadas em pública. desegurança tação dessapolítica As atoresções dosmaisvariados àimplan- afetos ma, realizaracoletadepercepções- einforma naquela favela. tação daUnidade dePolícia Pacificadora (UPP) teresses sobre incidiram oprocesso deimplan- da Providência relativa aumapesquisacujosin- noMorro decampo umabrevetrar experiência 2. cterização do ca O critério dedecisão sobre ounão gravar as O critério querealizei, decampo O trabalho noperíodo a seguir possuem, feitas As observações por- Ainda quetenha havido oesforço de cobrir depesquisasbuscou,Este trabalho - dessafor O presente relatóriotemcomo objetivo regis- C ara 1. I ntrod u ção mp o como material para análise: para como material entorno. Dessasidas ao campo, resultaram Morro daProvidência eaáreas emseu afetas esboços analíticos. cursos dosentrevistados eseprestam aalguns apareceram demodomaisconsistente nosdis- as diferentes áreas quecompõem aProvidência questões referentes aos padrões derelação entre ções relatadas pelos informantes. Algumas todas, nestesentido, epercep deinformações - a respeito dessadimensão deanálisedecorrem Providência eseuentorno. Asquestõestratadas socialeespacialção existentes entre oMorro da horários, bemcomo quaisospadrões- deintera sociaisemdiversos às mudançasnasdinâmicas tudo, dados inferências suficientespara relativas não forneceram,mas deentradaemcampo con- vez denoite; outra, dedia. Essasdiferentes- for emfinsdesemana:boa porduasocasiões uma vidência, naárea maisespecificamente daGam- noite. Estive nasimediações doMorro daPro- vezes, oinícioda asvisitassealongaram para damanhãoutarde. naparte foi ria Algumas notas decorrentes deconversas eobservações. deentrevistasealgumas siste emumacoleção deste relatório con a confecção - que lidei para participante.são eobservação com Omaterial deimer- dosmétodosetnográficos racterístico uma presença tão intensa em campo,- como é ca não a30diaseotrabalho abarcou inferior foi tém uma inconsistência. de campo O período se identifique que otítulo deste con- relatório quelogo ésuficientepara atividades decampo Providência esuasimediações. relacionadode ações no território ao Morro da apesquisaearticulação fundamentais para omapeamentodosatoressão para estratégicos não terem sidoentrevistados ou contatados, ainda, atores einstituiçõesque, adespeitode entrevista maisformal, gravadaounão. Mapeei, quais não pareceu profícua arealizaçãodeuma geral, de contatos ou de situações ocasionais nas lidade. As conversas decorreram, informais em comopor nemconsideraragravação possibi- dessetipo,Em algunscasos optei, deantemão, houve maismelindres emregistrar aconversa. relação amoradores doMorro daProvidência, mais institucional nocontexto estudado. Com em geral, aqueles quepossuemumainserção Os atores maisdados ao registro gravadoforam, dos atoresumdepoimentogravado. emfornecer disponibilidade deconstrangimento ougrau baseadoentrevistas foi napercepção sobre a Durante ocampo,Durante 15incursões ao realizei emqueestive emcampo,Das vezes amaio- Este resumo conduzidas de comoas foram Federal (UFF). Fluminense Hum(e)anos daUniversidade deEstudos do Laboratório (Iesp/Uerj) epesquisador do Estado doRiodeJaneiro e Políticos daUniversidade Instituto deEstudosSociais em CiênciaPolítica do Religião (Iser), doutorando do InstitutodeEstudosda 1 Pesquisador associado 185 ENSAIOS Trinta dias de UPP: um relato e algumas questões pertinentes à implantação da Unidade de Polícia Pacificadora do Morro da Providência 186

COMUNICAÇÕES do iser vavelmente obteria. inócuo do ponto de vista das respostas que pro- abordá-los, atéporconsiderarqueissoseria conversando, enão mesentiàvontade para com eles, estavamnarua, pequenos, emgrupos nasquaistive maiorproximidadetodas asvezes em nenhumarede e, institucional ouinformal do sexo masculino. Essesjovens não figuraram jovens nafaixade16a18anos, principalmente, vãodemodomaisdifuso. figurar Outros aparecerão demodomaisdetidonesterelatório. dendo daentrevista. Algumasdessasquestões nasociabilidade.danças mu quais as principais - no cotidiano; e (VIII) clientes; eram dosquaismuitosviços informais moradores relativas ao lazer, como tantodiurno noturno; tros serviços; e ou- básicoseinfraestrutura aosção serviços dostraficantes; dor einterventor nhadas com relação àausênciadopodermedia- tidos vetoriais; tre ospoliciais eosmoradores, nosdoissen- revelassem: formantes. Busqueitratar, ainda, detemasque “lugar” doidentificação de onde falamosin- Cumpri, assim, opreceitopela básicodabusca vistado easuainserção nocontexto estudado. doentre sempreciaram - pelaprópriatrajetória res doMorro. cia, bemcomo desuarecepção pelosmorado- Providênimplantação econsolidação daUPP - doprocessoanálise preliminarde efotográfica ções e percepções uma relativamente para rico umquadro- jáfornece levantado deinforma manência emcampo, esteconjunto dematerial tuições mapeados. 13atores/insti- emnotasdecampo;ram e(IV) Outra dificuldadefoio receio demoradores Outra foi contatarcampo dificuldade do A principal dequestõesoscilou,Esse repertório depen- ocorridas quaisasmudançasbásicas (VII) quaisasexpectativascom relação àUPP; (VI) quaisasmudançascom relação aos ser- (V) como estãoquestões sendoencaminhadas (IV) com rela quaisasmudançasocorridas - (III) como as situações(II) - estão sendo encami ocorrem(I) emquaistermos asrelações en- As conversas quetive com diversos atores ini- deper- Mesmo diantedeumtempocurto algumasconversas queresulta informais - (III) 14entrevistassemregistro(II) gravado; (I) 13entrevistasgravadas; ali. Não omiti, dessa forma, quemeusinteresses bilidades deambiguidade deminhapresença prévia, procurei eliminarao máximoaspossi- enão tinhanenhumaentrada emcampo ríodo e àUPP. pe- porumcurto Como permaneceria sa, de questões passa referentesa tratar à polícia pesquisador que, momento daconver emcerto - dos melindres na relação implicados com um tanto, aridez, certa principalmente, decorrente no MorroO campo da Providência teve, por- dicionantes oacesso para aos informantes. con eapresenta- gem do campo importantes operador.policial como seuprincipal quetiveram,externas historicamente, aação de suasociabilidade, masdaspressões sociais cidade quenão decorre internas dasdinâmicas um insulamentoemsuainserção noespaço da vincula com o fatode que as favelas sofrem de um pesodiferenciado. Esseaspectotambémse ções devidaemorte, aidentidade “de fora” tem diferenciais depoderestão marcados porrela - acessar ummeiosocialnoqualtaistensõese os padrões desociabilidade. de setrata Quando ta dastensões e relações depoder que regulam negociaçãorequer dasidentidades emvis- certa tadas pelaselites). Mastodaentradaemcampo emáreas emcampo habi- entrar é menosárido Morro daProvidência (afinal, como campo não do excessivo defechamento nadescrição caráter marginalização, eestigmatização. exclusão uma área de dacidade quepossuiumahistória bem definidasquandoseestáfalandode acessar quem édedentrotemlinhas equemédefora ciente desuapresençaali. Essafronteira entre rapidamente, percebe-se quetodomundo está sador logocomo éidentificado oestranho e, dadeira com relação anossoofício. Opesqui- facilmente identificáveis, é absolutamente ver- opesquisador norolnão depersonagens inclua oficiado”canção (da “A leidabala”), aindaque /Cascudo,fora família, choque, trabalhador conhece /Esabelogo quandotemalguémde quediz fa Carioca “No morro todomundo se delatores. comprometê-los como opositores, traidores ou noMorroniscências dotráfico quepoderiam mente, intimidados com apresençaderemi- medo derepresálias acríticas, mas,- principal em manifestarem opiniõessobre asUPPs, com Esta é uma das primeiras questõesqueemer- Esta éumadasprimeiras Não quero imputar, com estaobservação, um Faro doextintogrupo O trecho dacanção - 3. horizonte D o acesso ao ca co mp reensivo mp o ao

de impressões. resultaram menosemconversas queemcoleta vagas entrehoras entrevista, uma e outra que peloMorronhadas daProvidência curtas em professor Hernani. Adespeitodisso,cami- fiz pelo organizado decaratê de umcampeonato Providênciapelo comando daUPP eemfunção dobailededebutantesorganizado por ocasião entrevistas queagendei. Fora isso, fuiao campo ator vistocom algumalegitimidade. reiterações demediações anteriorescom algum ram, neste sentido, de agendamentos prévios ou espontâneas. todasasconversas decorre- Quase pela favela semmediações erealizarabordagens não mepareceu umaviainteressante caminhar commante privilegiado umarelação consolidada, nesse assunto. pornão tocar razões porfalar,acabavam principalmente, das apartir falardasUPPs,não queriam osentrevistados da Providência. Mesmoquandodiziamque um assuntoincontornável osmoradores para sua quaseonipresença temática: asUPPs são daquestão delicado somado a mesmo caráter este. desseônus éproduto Acontrapartida do tade falar deumtema tão para sensível como portanto, atores não decertos sesentirem àvon- sador interessado emUPPs implicouoônus, recentesali. riências ocorridas marco como principal dasexpe- emergia aUPP tada de inventar outro tema de pesquisa, logo e,possibilidade esdrúxula obviamente, não ado - Providência, anãoconsiderada serquefosse a umapesquisasobre queera oMorrode dizer da versava sobre aUPP. Afinal, quandosetratava queapesquisa opróprioinformante para claro interesses depesquisajánaapresentação, ficava lado, emquenão identifiqueimeus dasvezes processo deimplantaçãodasUPPs. Por outro acoletadepercepções para sobrese dirigiam o e assalasdeaulaonde são oferecidos diversos cima, instaladas as dependências daficam UPP dedoisandares baixo).ca para Dotérreo para noúltimoandar, fica Cras nosubsolo(são cer- doMorro.que oferece umavisão panorâmica O com cerca decincoandares terraço eumgrande prédio dabaseUPP. Trate-se de umprédio DodôdaPortela,(Cras) nomesmo quefica Centro deReferência da AssistênciaSocial 3.1. Pe Optei por basear minhas visitas ao campo às Optei porbasearminhasvisitasao campo Como “de fora”, entretanto,- e semuminfor Estar noMorro daProvidência como pesqui- Minha primeira visita ao campo ocorreu visitaao campo no Minha primeira qu e n as doses de e u foria co equipamentodopoderpúblico alémdaUPP, –aliás, noCras das pessoasquetrabalham úni- nas UPPs.(Senac) e depoimentos As posturas Nacional deAprendizagem Comercial Serviço sos outros tambémministradosnoâmbitodo orçamentária,informática espanholediver- de ensinofundamentalemédio, informática, mento emÁreas Especiais(Gpae) –, cursos dePolicia doGrupamento existiam naépoca - pelo professor Hernani, da PM, cabo equejá mente, –ministradas alémdasaulasdecaratê queentroufuncionárias nasala. Providência”, ao meapresentar aumadesuas disse: da ahonradevirolharUPP teve “Ele trevista, reiterado foi quandoMaritza essejuízo depois daimplantaçãoUPP. aen- Durante aseroferecidose cursosquepassaram noMorro a quantidade eaqualidade deserviços saltavam res falas jáimplementada.melhor UPP Suas mação, elesresponderam queaProvidência éa Providência”. Ao perguntaroporquê dessaafir- apesquisana fazer por tersidoescolhidopara dosso de Wellington: “Você muito foi sortudo com o en- de Maritza partiu nada no campo presentante daIesa. e juntocomWellington, Maritza da dança re - mulheres emsuamaioria. Acabeiparticipando doBolsa oferecida beneficiários para Família, circulares umaauladedanças observar ela para Antes queaentrevistacomeçasse, por fuilevado seguircomconseguia para aentrevista. parar entrevistada, Maritza, diretora do Cras, mal que são oferecidos noprédio daUPP. Minha oscursospatrocinadospor organizar poreles representantes da Iesa e da Firjan, responsáveis entreintensa interação eos aspessoasdoCras desempenhavam suasatividades. Haviauma doCras cia nomodopeloqualosfuncionários lações, comoindustriais. ascozinhas salaseinsta- projetos aocupaçãodecertas para que osresponsáveis quehá tenhaminformado doprédio,capacidade ociosanautilização ainda instalações. Foi possível perceber, ainda, uma das dautilização pamentos emelhorotimização boa. Évisível, contudo, carênciadeequi- certa geral, muito oprédio possuiumainfraestrutura tanques efogõesindustriais. Deumamaneira de e algumassalasquepossueminfraestrutura ocomando daUPP,nete queabriga umacapela vem ospoliciais, dealojamentopara umgabi- eGás.a empresa IesadeÓleo Hásalasqueser- ecom doEstado doRiodeJaneirotrias (Firjan) cursos emparceriacom aFederação dasIndús- Realmente, no prédio há, da UPP atual - direcio quemefoi frases - Uma dasprimeiras Assim quecheguei,- efervescên percebi certa -

187 ENSAIOS Trinta dias de UPP: um relato e algumas questões pertinentes à implantação da Unidade de Polícia Pacificadora do Morro da Providência 188

COMUNICAÇÕES do iser mento dentro doMorro que identifiquei com uma unidade de atendi- neste relatório. reside Otimbre dessavirtude mais pormenorizado, serperspectivada deve comção osaspectosquetentarei demodo tocar Providência daUPP virtude que,- emarticula co, como ocomando daUPP. humores deoutros operadores dopoderpúbli- encontraeconos otimistaeesperançoso prisma nessehorizonte de trabalho “para além”. Tal frentesmentos do poder público possam abrir apossibilidadearraste dequeoutros equipa- dá umpassoalémdopoliciamento, no elatraz essaexperiência,modo denarrar quandoaUPP acordo deMaritza. com asprópriaspalavras No passo “para alémdopoliciamentoostensivo”, de pormêsnaquele período.nos umamorte dor entrevistado que alegou que havia pelo me- Morro encontra econapercepção- deummora do Gpae a permanência da no violência durante do confronto. dosconfrontos Apermanência e açõesalógica cia deoutras quedesafogassem apresençapolicialnaProvidênque nutrissem - eoestabelecimentodeparcerias uma integração mais tão sozinha”) quenãoao garantia Gpae tantes; e o isolamento institucional (“não estou –oque o tráfico resultava emconfrontos cons- fato deoGpae não tertidoêxitoemdesarmar estecontraste: efetuar são para mobilizados o desuaoperação.todo operíodo Doisaspectos como umaparceriacom oGpae eacompanhou vidência. DodôdaPortela OCras criado foi daPro institucional ésucessora nocaso UPP - com com traste o Gpae a experiência do qual a público remonta seusignificado verdadeiro. noqualaatuaçãodeumoperador horizonte aaproximaçãoe estados quetraduzem deum tar emestado degraça, são estarfeliz humores de assistentesocial. Não estarmaissozinha, es- fundo doexercício desuaatividade profissional sobre aoaUPP opanode valorar ela mobiliza tão sozinha”. alguns exemplos que de frases São estavamuito eagoranão“Eu sozinha estoumais mesmo”.estado degraça estousuperfeliz”.“Eu ça, acho que não expressão, tem outra estou em um marco existencial. em estado- de gra “Estou ponto nodalqueéfiguradocomo quasecomo estabeleceum profissionaljetória deMaritza sentido.estivessem fazendo limite, como era sesuasatividades finalmente eestimulante.momento transformador No um naqualestavamexperimentando mosfera Esta abertura de horizontes éumapossível dehorizontes Esta abertura sidoum teria O passoalémdado pelaUPP Tal épontuada experiência tambémemcon- - datra nanarrativa opera queaUPP O efeito 2 –traduziamumaat- ceticismo, podeserconsiderada umalinha-mestra deesperança,horizontes e, deoutro, descrédito, tensão entre, deumlado, expectativaselevadas, e aspectosinteressantes einesperados, masessa depercepçõestenso emtermos diferenciadas pesquisa decampo, aindaquecurto, in- foi moradores àimplementaçãodapolítica. gotam os fatores nasresistências implicados dos não es- É precisoaindaqueessascríticas frisar gumas dimensõesqueexplorarei maisadiante. promotor deavançosna área social. como agentepresença dapolítica pacificadore e, porfim, opróprioquestionamento da (VII) de, eaCopadoMundo; como asOlimpíadas eventosmarcos nacida- definidos porgrandes policiais; com asações articulação sequência eemgrande moradores doMorro; umapressãogeraria nospreços earetirada de cesso deregulamentação que doespaço urbano portuária; dazona talização presentes noescopo –poucodefinidoda- revi dessa política; da política; – oumelhor, eleitoreiro –como panodefundo que possuiasseguintesdimensões: tação com asdemaisfalasobtidasemcampo emcomplemensibilitam montar- umsumário tativas epercepções dasUPPs. sobre osrumos ealgumdescrédito com relaçãocrítica àsexpec- das UPPs. Maisqueisso: suafalatraduziaforte comceticismo edesconfiança relação àpolítica agendado umaentrevista. de era postura Sua dência, hámaisde40anos–com oqualhavia com naProvi ummorador–nascidoecriado - percebidofoi depois quando encontrei horas vidades profissionais. dãoasuasati- significado condução dapolítica modo peloqualoperadoresa para estratégicos queesseolhar na euforia “para além” produz no O trajeto entreO trajeto oprimeiroeúltimodiade na análise de al- matizado será Este cenário de ao alcance alimitaçãodapolítica (VI) sociaisocorrerem ofatodeaspolíticas na (V) nopro implicada aquestão- imobiliária (IV) a conjugação entre e os projetos a (III) política adescrençacom relação(II) àcontinuidade eleitoral (I) apossibilidade deumhorizonte quepos- emalgunsgraus ocorriam As críticas O contrastecomeexpectativas taisposturas e 3.2. desco D a n u fia foria à n ç a

das minhas principais preocupações.das minhasprincipais a tomadapara nesse espectro de posição uma foi nas quais narrativas os aspectos mobilizados car deresistênciates graus eproximidade. Identifi- definemdiferenna qualosdiscursoseposturas - relação queantesestavabaseada noconfronto não hácomo mudar, anoite, dodiapara uma Os relatos estão plenosdeafirmaçõesque entretórico a polícia e os moradores da favela. tência e afastamento diz respeito ao his- trato futura. interpretação plicativos. Elessão apenaspontuações uma para em seus potenciais compreensivos e, talvez, ex- tivos deresistência com relação etário ao grupo pública. Não quero superestimar- essesindica nos confrontos desegurança contraasforças e, certamente, compõe operfildos envolvidos dos com relaçãoporviolêncialetal àvitimização disso, tambéméumdosmaisatingi- essegrupo mão empregada deobra nonarcotráfico. Além qual menostive acesso, bemcomo ao perfilda a 18anos. coincide com opúblicoao Essegrupo vens, principalmente, do sexo masculino, de 16 com relação àpresençadospoliciaiséojo- estava maispresente. de oaltodoMorro seraárea naqualotráfico estãoque essasdiferenças relacionadas ao fato resistentes edistanciadas. Osrelatos indicam edoaltoMorro são Brum asmaisAmérico com ospoliciais.ça As imediações da Praça aparentam termaior proximidade econfian- aquelas doBarroso, voltadas aLadeira para etários. como dosgrupos noMorro buem tantoemvistadalocalização com ospoliciais.- Essesdiferenciais sedistri entre osmoradores noquedizrespeito àrelação ecomplementam.ram emmuitoos aspectosnelasimplicadas sereite- nas UPPs. Essasdimensõesnão são estanquese recepção implicada econsolidação dapolítica dasdimensõesde ções deaspectosimportantes Um dos principais fatores,Um dosprincipais contudo, deresis- maisafastado emesmohostil etário O grupo As áreas próximas ao Sessenta, bemcomo Há diferenciais dereceptividade eresistências Estabeleço, aseguir,- umarelação deobserva 4.1. c om os p erti R 4. elação dos moradores A n lg e p n um de oliciais; tes à legitimidade análise as di m p ensões roblemas moradores com relação àPolícia. Oslaços com cia compõedimensão outra dasresistências dos somado repressiva àhistória eviolentadaPolí- produção dasociabilidade. Esseenraizamento de comoda presençadotráfico podereesfera parente, nossoinimigo”. éexpressiva Essafrase nossoirmão, era traficante nossoamigo, nosso operadaspelonovo tipodepoliciamento:cas “O - nasmudançasdrásti implicado ma identitário minense, desseslaços elucidaaforça eoproble- - em umconfronto com apolícianaBaixada Flu recentemente morto equefoi entrada daUPP quesaiudoMorrocante daProvidência com a armados. saída dostraficantes mente consolidadas, não seinterrompem com a a qualsetecemvalores eidentidades- cultural de muito consolidadas. Esseslaços, basesobre dedrogastráfico possuía redes desociabilida- que emergem dasfalasdemeusentrevistados, o nagens dedrogas. dotráfico Segundo aspectos com osperso- deidentificação há umamemória veio nosproteger para daprópriaPolícia”. entr percepções tais como aqueumdemeus de relações. Esseaspectoabre precedentes para reira oestabelecimentodeumnovo padrão para gressa, datruculência, umamemória éumabar- dessarelaçãopela violência–amemória pre - padrão derelações muito definidoepautado dada. estabeleceumamudança emum AUPP consoli- com umamodalidade historicamente dentropública dafavela equenão coincidem desegurança dasforças posta depermanência se expressa propelo estabelecimento de outra - tensão existenteentre moradores epoliciaisque vos e desuadesconfiança resistência. rativa, ouseja, osmoti- éassimqueelesignifica quearelaçãodisposição érelatada emsuanar- ofatodequeénessa minhainterpretação para ponto essecontrasteseverifica. Éimportante e revidesdostraficantes. atéque Não importa cionais com relação àsresistências, aos ataques são tratadas, emseudiscurso, como despropor- na Providência. Tal violênciaearbitrariedade ao entrar pre agiudemodoviolentoearbitrário da polícia.a postura ele, Segundo a Polícia sem- emquelávive,décadas constante: umaspectofoi nafavela, ocorridas danças ao longo dasquatro vidência, que, eleafirmava dentre as muitas mu- contra inocentes. acumulame abusos de vitimização as histórias diantedoqualse daforça e nousotruculento Um jovem queentrevistei,- irmãodeumtrafi Conjugada doconfronto, com essamemória O que está em jogo nesse aspecto é um tipo de Em umaentrevistacom ummoradordaPro - evistados declarou:evistados achoqueaUPP “Eu

189 artigo As unidades de polícia pacificadora e a segurança no rio de janeiro 190

COMUNICAÇÕES do iser dois filhos mortos emconfrontodois filhos mortos com os po- muitos anos, dedrogas, ex-traficante mãe de Uma senhora, daProvidência moradora há ganhodelegitimidade. tar umforte com quepode fiança relação àpolítica represen- essa proximidade representa um voto de con - do umarelação deconfiança. que Pode-se dizer e aparentamcomando da UPP ter estabeleci- Alguns moradores estão muito próximos do no dasatividades oferecidas dentro daUPP. nas significativos relações estabelecidasemtor- rona nomeucarro.” (Cap. Glauco) comigo narua, normalmente hoje,- eujádouca narua;normalmente pessoasqueconversavam adentravam oprédio, hoje, jáconversam comigo oprédiotram [dabasedaUPP]; pessoasque pessoas quemedavambom dia, hoje, jáaden- hoje, jáfalam, pelomenos, jádão umbom dia; égradativo:ganho deconfiança Glauco, Providência, quecomanda aUPP esse lação. aprópriapercepção docapitão Segundo a mudança nos padrões para importante de re- há apercepção dequeotempoéumavariável polícia. dasresistências, Mesmonohorizonte ganho gradativo com deconfiança relação à como política. da UPP e longevidadeceticismo quanto a permanência conjugado com o medo de retaliações; o e (III) daUPP: dução lecendo problemas delegitimidadeacon para - resistências narecepção dosmoradores, estabe- identifiquei. tensas, sendoumdosfatores deresistência que de relaçõestura e menos mais cooperativas muita instabilidade noquedizrespeito àaber- de mundo estabelece um cenário dapolítica esejadescontinuadapolítica pormotivos do que essainstânciadepoderestabelecia. co, compondo um dos pilares das regras “éticas” - reprimidopelotráfi umaspectofortemente foi nãopra falar”. Adelação, dessaforma, sempre tei: pensar, pra “Cabeça escutar, ouvidopra boca doMorro moradora uma senhora queentrevis- dosilêncio,imposição talcomo aexpressada por possibilidades comunicativas emvistadeuma repressivasua postura etirânica; oquecancela tambémpossuemcomoo tráfico componente Um caso éemblemático nessaaproximação.Um caso temseuspontosEsse ganho de confiança mais “Pessoas queoutrora não falavamcomigo, Algumas falasapontam, contudo, um para oslaços desociabilidade(II) com otráfico datruculência; (I) amemória Três são, portanto, osfatores queproduzem não vinguecomoA perspectivadequeaUPP a seguir: que dedicouaoGlaucoetranscrevo capitão outros cursos. escreveu Essasenhora umpoema eem caratê possui filhosenetosnocursode liciais, de muitas participa atividades na UPP, bilidade em vista das fortes tensõeslatentesque bilidade emvistadasfortes cordial eoesgarçamentoda socia- ecooperativa tre deumarelação otempodematuração mais doscursos. participar aconselhamento iràUPP sobre sedeveriam pedir algumas pessoasqueoprocurarampara de umadelasmerelatou quejáconversou com são vinculadasUPP àigreja. Oprópriopastor e maispresentes nasatividades oferecidas na visto quemuitas daspessoasmenosresistentes mediador naaproximaçãoportante com aUPP, não figuram. eosfatoresfianças de resistência queelenquei cessões. Aqui sesuspendemtodasasdescon- mação no qual a relação é próxima e semcon- A equação, provavelmente, en- envolve arazão As Igrejas parecem Evangélicas ser um im- Esses versos expressamdeaproxi umcaso - Mas daquelavidadeumtempo quepassou Hoje rolamemrostos transmitindo alegria Jovens queesperaram vocês dessessonhos? Ah, rolaram quantas emrostos! lágrimas De segundos tudo mudou,De segundos tudo parece não Uma queoutroravistes mão muitas Por gente te quesóquerem ajudar? De seusfilhosqueumdia geraram. Que essesonhotorna-se realidade? Que Que realizações podes realizações Que contemplar, Vendo vidassendotransformadas Ah, quantas vidas órfãs ficaram!Ah, quantas vidasórfãs Hoje, te levaram para umsonho, Quantas mães choraramQuantas mães amorte Mudou para ummundomelhor. Em tão pouco tempo, emfração Quem diria que lágrimas que quelágrimas diria Quem Ajudar com uma mão amiga, comumamão Ajudar Realização deumsonho Realização Quem poderia imaginar Quem Sonho esseaserealizar. Hoje mudou. tudo Outrora rolaramOutrora Vidas amatar.Vidas dio daUPP. relatado Esseaspectofoi porvários os cursos e atividades se concentrarem nopré- epasseiosculturais. des esportivas cursos estão sendooferecidos, algumasativida- quais osmoradores agoratêmacesso. Diversos que houve umboom –de responde observado ao própriocenário dasrelaçõestura entre policiaisemoradores. - apenas oscitocomo datempera umindicativo ponto devistadadiscussão sobre suaveracidade, danoite.das 10horas Não tomo taisrelatos do depois depessoasnarua e limitaçãodotrânsito daPraça Brum Américo apagamento dasluzes mentos, hásituações de “toque derecolher” com noturnos. Emalgunscasos, osdepoi- afirmaram dosplantões sobre maistruculenta umapostura rentes plantões como díspares, havendo relatos quei anteriormente. que tambémseinsere naequaçãoaqualdesta- requer esseconhecimento mútuo éumaspecto a população”. deaprendizado Otrabalho que população, então, nóstambémnão conhecemos nhece. Nós passamosmuito tempoafastados da polícia da população: “A populaçãonão nos co- queafastama nosentraves históricos plicados que se relacionam com os mesmos fatores im- fatores asresistências para quecontribuem e jetividade não serdesprezadas. devem asub- inimigo para éumfatorcujasimplicações relação ao qualévistocomo agressor epotencial pacífico ecomunicativo emumcontexto com ospoliciais.para Ter deseposicionar demodo que esseincômodo éumdosfatores deestresse o incômodo dadesconfiança. Houve relatos de solícita com relação aos moradores. Maspaira fontes,rias têm mantido uma conduta cordial e dasrelaçõesção éamesma. citados.anteriormente Aequaçãodeconstitui - marcas sobre asfuturas. pregressasreiteram experiências eimprimem 4.3. O nóda recepção dessa mudança é o fato de Há uma percepção – e quecor- generalizada Algumas falas definem as condutas- dos dife A faladoCap. Glaucoexpressa bemalguns Os policiais, ao queaparece nosrelatos devá- dosaspectos Este aspectoéoopostosimétrico rel p 4.2. rese S ação e erviços, i In n verte os moradores ç a do n de serviços eatividades aos deserviços tre os n n do o vetor: a p fraestr oder p oliciais e p úblico u t u ra e - tem havidoumaumentodaviolência interpes resolvem seus problemas ou de que sozinhas solução. Mashá relatos dequeagoraaspessoas na UPP,cado com a procura sua à polícia para temdesembo- demandas econflitos certamente diversas têmsidoencaminhados. Parte dessas pelaqualosconflitos edemandas aforma clara operadores deuma como operada pelos que traficantes antes era também àcultura. dência comaagregar folgas atividades relativas capacidade ociosaquepodeatenderàProvi- e, infraestrutura grande principalmente, grande daGamboa, Olímpica a Vila quepossui e (IV) relacionados àsaúde, eàeducação; aos esportes mais de100anosequeoferece diversos serviços está presente daProvidência no entorno há Gepae; jovens,maioria do equejáexiste desdeaépoca hojemaisde200pessoas,vez queatrai emsua instâncias queconsidero estratégicas: na Providência eemseuentorno, destaco três serviços, deacordo com osentrevistados. emumareduçãotraduziram daprocura pelos das abordagens dos policiais, por parte não se e algunsincidentesrelativos ao endurecimento algumareduçãonham implicado dosefetivos mando daUPP. Tais mudanças, aindaquete- regulamentação doco- dasatividades porparte apenas umenquadramentoaos moldesdeuma demodosignificativo.nas modificadas Houve deles,o principal dodomicílio. aregularização las doponto devistaseusaspectospositivos: entretanto, tratadatambémporalgumasfa- foi pobre doMorro. dosserviços, Aregularização doBarroso,deira aparentemente aárea menos - maisintensanasimediações daLa de forma ocorreu que a adesão a esses serviços Observei e quesão considerados caros(cercadeR$60). assinatura, queagorasubstituemo “gato-net” de é relatado com relação aos serviços por TV ao fato de terem que pagar contas. O mesmo algumastensõesnoquedizrespeitogeraram da adesão aos serviços. entrevistados como umponto deafastamento Tendo ainstânciadearbítrio, saídodocenário (II) o Instituto Central doPovo oInstitutoCentral (II) (ICP)que oferecido naUPP,(I) ocursodecaratê uma Como equipamentos presentes e emoperação Kombis emototáxisnão tiveram suasroti- deáguaeluz dosserviços A regularização m u 4.4. da n R elações de ç as n

lei a sociabilidade noml ana ã é não ainda informal, p oder e 191 ENSAIOS Trinta dias de UPP: um relato e algumas questões pertinentes à implantação da Unidade de Polícia Pacificadora do Morro da Providência 192

COMUNICAÇÕES do iser para mapear questões para umareflexão mapearquestõespara para mais suasconsequências explorar que menos para tanto dilatado. Pontuo algumasobservações, formas desociabilidade.formas de possibilidades de novas na abertura plicações comotambém figura ofatorquemaistemim- portodososentrevistados e to maisvalorizado de integração. circulação daspessoas pelacidade como forma tambémpensarnascondições de É importante vesse que serummicrocosmos autossuficiente. dentrode existirpara dafavela como seelati- uma tendênciaviciosadepensarquetudotem da favela ao espaço dacidade. Àsvezes, temos eintegração aabertura para cem importantes ceber visitas. ela, agora, osmoradores doMorro podemre - relato deumajovem queentrevistei. Segundo estápresente aatenção que mechamou no que não terãoproblemas. dades porque tarde sabemquepodemchegar e vens, outros podemsairpara bairros ecomuni- de que, agora, aspessoas, osjo- principalmente na ampliaçãodoacesso ao lazer:houve relatos pacto nocomércio, principalmente, nosbares. receu tambémcomo im- umaspectoqueteve estádisponível. noturno divertimento Issoapa- tivação dobailefunk, de forma nenhumaoutra noturno.quer opçõesdelazer Depoisdadesa- condições edoestresse detrabalho policial. co, sobretudo osaspectosdas seconsiderarmos daUnidade,atribuições - oquepodeserumris das possibilidade desobrecargaehiperinflação uma polícia cidadã; por outro, isso acarreta a –,conservadores como requer aconcepção de de seuslimitesmaisconvencionais –emesmo lado, issorepresenta além aaçãopolicialpara na conduçãodasatividades daUPP. Se, porum depositada detrabalho cipalmente pelacarga tos dasatividades policiais.- Issosetraduzprin que, muitas vezes, estãoalém dosrequisi para - resolução deconflitos, lidando com demandas dedecisão ede umasuperinstância se tornou soal edepequenosdelitos. A UPP aparenta semânticoum A UPP terumcampo De ummodogeral, ocessarfogoéaspec - Essas mudançasnasociabilidade mepare- Uma mudança interessante na sociabilidade Mas háumamudançaquepodesertraduzida A Providência, hoje, éumafavela semquais- impressão Uma primeira éadequeUPP 4.5. M ais p qu oliciame e u ma n un to idade de para outrospara modelosdepoliciamento, como o deentrada noterritório.sua lógica Amigração mentação, não prevê em aUPP umpassoatrás desuaimple- práticas enasimplicações política seu escopo. Emsuaprópriaconstituiçãocomo irreversível um em caráter incluir que deveria da política, deinvasão facção. risco por outra traficantes, retaliações com quemseaproximou das relações violentasno Morro –retorno dos trauma, com apossibilidade deumacirramento retrocesso, maisumacúmulo dedescrédito, um trevistados éasaídadaUPP. um Issogeraria ao resto do território dacidade.ao resto doterritório comde suasituaçãoespacialrelação esimbólica dafavela tar maisumadesfiguração emtermos cia”, àcidade emvez deintegrar poderepresen- “Morro daProvidência” com Providên“UPP - detudo.como asolução sefosse rece, ao status apolítica depanaceia, pode levar daUPP.noção inflado, Essesignificado mepa- a deumsupercamposemânticopara é acriação dade Preventiva daPolícia Federal. Federalhaverá umprojetoaUPP quecria –Uni- ),Policiais Federais vi anotíciadeque (Fenapef panhando o Twitter daFederação Nacional de tamanho domorro oudafavela; acom e (IV) semânticodomesmo vamente com umcampo Morros enasUPPs. Aqui, aparece aUPP no- desenvolvernos para umaatividade deturismo umcursodeespecialização pretende fazer deMorrosemântico danoção daProvidência; UPP. como passaaoperar umanexo AUPP que asaulasnão sejam oferecidas noprédio da ciais ser “Tal Providência”, cursona UPP ainda dafórmuladecoordenadashouve casos espa- ocorrendoou evento noMorro daProvidência”, vidência”. Emvez deareferência ser “Tal curso com dereferência otermo espacial Pro“UPP - comoaassociaçãodemoradores; sefosse UPP eelemeindicouoprédio decasa da tava àporta a associaçãodemoradores aummoradorquees- UPP: otermo para designificados rinflação profunda efutura. Ao que parece, portanto, é uma política a UPP vislumbradoportodososen- O piorcenário Identificar a Identificar referência espacial esemântica Esses são quatro exemplos cujaconsequência um de meus entrevistados relatou(III) que cursos e projetos vários são (II) oferecidos (I) logo noiníciodocampo, pergunteionde era Algumas situaçõesdessa hipe- são indicativas 4.6. ex p T e ectativas e im n sões e es p era p asses n ç as; - ga emsuaexecução. aqualidadedas para damãoqueempre deobra - não tem volta ter todas as deve atenções volta- vista opolicialcomo cidadão. que Umapolítica não podem,escopo daUPP portanto, perder de rioração. no sociaisdesenvolvidas Aspolíticas empregada desuadete- pelapolíciaeosriscos esse aspecto é com a qualidade da mão de obra de saídadaUPP. Umapreocupação correlata a comunitário, tambémnão abre apossibilidade qualidade devidadopolicial. das açõesda sociaisemvistadamanutenção UPPs; nestesentido, hádeseterumenfoque policial empregadade obra no contingente das às condiçõeseàqualidade detrabalho damão nasUPPs. estarcentralizada de aoferta tiva ao nó que estabelece resistências pelo fato dasações sociais,pacial daoferta como alterna- iniciativas daspessoasqueentrevistei. como asprópriasideias,campo expectativase de gestões conjugam tantominhasobservações Social. no âmbitoda UPP implicadas Estas su- públicas o auxílionaconduçãodaspolíticas ideias quelistoatítuloderecomendações para 5. Pitacos à g (II) Épreciso(II) terumolharatentoeagudo es- umamaiordiversificação (I) Énecessária Como produto desterelatório, anotoalgumas e recome u isa de s n dações u gestões 4.1 até4.6. nasdimensõesmapeadas nositens tante focar como baseesteprimeirorelatório, impor- seria como culturais. des esportivas como espaçoapromoção para tantodeativida- de seusequipamentos, não sersubestimada deve àpopulação. serviços questão dalegitimidade como pelaprestação de eaprofundados, serbuscados devem tantopela sereconhecerà política viasdeencampação. confiança. adarcréditos Apopulaçãosópassará pulação nosentidodefomentarosvínculos cipação ecomunicação entre apolíciaepo- com osjovens. tar aproximidade queessaatividade conseguiu grem nosentidodeaprovei ao- cursodecaratê no prédio. refeições dos policiais e profissionais que atuam mia quetivessem como produto aprodução das cursosnaárea eabrigar daGastronoformadas - disponíveis ser re no prédio poderiam - da UPP ocupação doitem(II), industriais ascozinhas (VIII) Para umestudocomparativo quetenha (VIII) daGamboa, Olímpica A Vila emvista (VII) Osvínculosinstitucionais com oICP (VI) - canais departi afinaros Éimportante (V) Talvez(IV) possam haver ações que se inte- Como sugestãodapre agarantia para - (III) 193 ENSAIOS Trinta dias de UPP: um relato e algumas questões pertinentes à implantação da Unidade de Polícia Pacificadora do Morro da Providência 194

COMUNICAÇÕES do iser p a “ d p p difícil de fazer”: or os morros rocessode “ rimeiros relatos sobre o T od I sis R mu ibeiro Martins T ab dança é a j aras / p C a abrit cificação” os 2 1

F oto: S hutter S t ock.com dual de Direitos Humanos e Assistência Social dual deDireitos HumanoseAssistênciaSocial Esta- e vinculada aestapesquisadaSecretaria como pesquisadora, estudantedeAntropologia dores. Por estapercepção, meidentificar resolvi tências nasrelações entre- apolíciaeos mora eresis umaspectodeprodução- eram deruídos desuainstalação também naépoca dava aUPP ficada” equeasatitudesdaCapitão quecoman- emquestõesrelativastocar ao processo de “paci- dores, receio pudeperceber em queexistiacerto discurso dopresidente- daAssociaçãodeMora olhar compreensivo sobre asfavelas. do A partir quisa com oobjetivo decompor umprimeiro que meuinteressepes- realizarumarápida era de Estado. Enquantoconversávamos, expliquei sociação demoradores emaisdoissecretários reunião estavampresentes opresidente daas- demoradoresção doMorro dosCabritos. Na uma reunião com orepresentante daassocia- com uma secretária de Estado que atua na região. 3 deagosto de2010. Neste diaestabelecicontato questões, a cabo. não meocupodelevá-las das UPPs. Aindaqueaponte dilemasemapeie mento analíticodosinteressados pelotema que possam motivar a reflexão e oaprofunda - critiva. Trata-se deumareunião deimpressões deste relatório. compreensivo éatarefa dessecenário principal umprimeiroquadro para quena contribuição dasUPPs.desdobramento Oferecer umape- quepretendam comolíticas serdesenvolvidas a condução de fundamental quaisquer para po- tem sidorecepcionada é pelapopulação local sobreformações omodopeloqualessapolítica Marta. rada afavelas como oSanta recente, era Cabritos principalmente, secompa- feita,foi no apresençadaUPP Tabajaras eno tante ressaltar, emqueapesquisa quenaépoca favelas apósaimplantaçãodasUPP. Éimpor- rentes mudançasnocotidianodas dasgrandes Esse processo apresenta diversas tensõesdecor- Cabritos, nobairro deCopacabana. localizados nosMorros (UPP) dosficadora edos Tabajaras de implementaçãodaUnidade dePolícia Paci- questõesrelacionadasas principais ao processo porobjetivolho depesquisaqueteve mapear Nesta ocasião, asecretáriadegoverno mediou nodia feita incursãofoi ao campo A primeira A finalidadedes- desteémeramente relatório Conhecer quaisaspercepçõesin- elevantar O presente relatórioéproduto- deumtraba 2. A entrad 1. I ntrod a e u m ção c a mp o no Cabritos); João Batista; São docemitério parte “Cantão”; da próxima João Batista; São ao cemitério (onde ocorreuRica obailefunk); tes pontos: um roteiro quetemcomo referências osseguin- contatos e conversei com pessoas compreendem secretaria degoverno. merciantes, gestores, da policiaisefuncionários comunitárias,entre lideranças moradores, co- vistas gravadas) e mapeei38pessoas/entidades entrevistas (entre conversas eentre informais - favela “pacificada”.uma acompanhar oprimeiro bailefunkrealizado em nodia28deagosto foi de2010para a campo mais 13dias, 14visitas. totalizando Aúltimaida campo. a entrada em fundamental para mediação foi mento derelações com outros moradores. Esta mediadoresum dosprincipais oestabeleci- para no que trabalha Tabajara Art. Estemoradorfoi Após areunião, fuiapresentada aummorador delixo reciclado,a partir chamado Tabajara Art. deobjetosarte éEssaeumdecriação Hora ainda, umprojeto demúsica, denominado A são utilizadas. Neste mesmoprédio funcionam, que ébemamplo, com diversas salasquenão funciona emumprédio cedidopelaPrefeitura estabeleci algunscontatos. locutores, com oqualtive diversas conversas e -se, desdeentão, inter- umdemeusprincipais - Associação deMoradorestornou dosCabritos lugaresos principais a visitar. O presidente da favela. Também pudeterumapercepção sobre tões relativas ao cotidiano e aos problemas da Na conversa, algumasques- tocadas jáforam do estabelecimento de umprimeirocontato. impressões sobre aUPP. ficamente, queoobjetodapesquisaera reunir do Estado,do Governo sem mencionar, especi- - Duas lanhouses(umano - Duas Tabajaras eoutra - Caminhadas peloMorro dos Tabajaras atéa - Caminhadas peloMorroatéo dosCabritos doMorro dos - Quadra Tabajaras,- pelaentra Unidosde daEscoladeSamba Vila - Quadra - Igreja daParóquia Cruz; Santa Os lugares quepercorri ou nos quaisestabeleci à última ida ao campo,Da primeira 29 realizei Depois desseprimeirocontato, fuiàsfavelas A AssociaçãodeMoradores dosCabritos Esta reunião muito foi produtiva em termos da Uerj. Antropologia daImagem associadade dora ao Núcleo Nacional/UFRJ epesquisa- doMuseu do PPGAS 2Antropóloga, doutoranda das favelas quepesquisei. trevistados edosmoradores discurso deoutros atores en- figura, de emquando,vez no policial, masquetambém palmente, novocabulário nativa, presente, princi- deumacategoria que setrata indicar de todootextopara ao longoaspas permanecerá entre1 Ousodotermo 195 ENSAIOS “Toda mudança é difícil de fazer”: primeiros relatos sobre o processo de “pacificação”1 dos morrosT abajaras / Cabritos 196

COMUNICAÇÕES do iser sitório oudefinitivo.sitório Dúvida quetambémé falar é a dúvida se o - projeto é tran da UPP manecem nolocal. queaindaper- de umaretaliação dostraficantes sobre omedoqueosmoradores têm claramente a “pacificação”.Somente duaspessoasfalaram com os policiais easmudançasdafavela após bretudo quandoaconversa abordava arelação obter relatos demoradores ecomerciantes, so- sem abordados. ligados ao eelenão tráfico aconselhavafos- que rua eram odia na durante os jovens que ficavam reúnam. De acordo com um dos informantes, e à noite ondeno nãotrabalho se há um local manhã edatardeestánocolégioou amaioria jovens, difícil foi aborda-los narua. da Na parte local. específicodeencontro umlocal dos Sem ter acesso foi aos jovens do docampo lização futuro, etc. delazer alternativas mento com os policiais, expectativas quanto ao dos, mudançasapósa “pacificação”, relaciona - favelas,- públicosepriva qualidade dosserviços um, decada tórias dificuldades das principais abordadas emquasetodasasconversas:- traje do, asmesmasquestõestenhamsido embora deconstrução.rial cabeleireiro, lavanderia, oficinaelojademate- de 40bares. Alémdecomércios taiscomo: loja, mercadinho deprodutos alimentíciosecerca de quatro oucinco Igrejas Evangélicas, um uma igreja católica, duas iniciativa daparóquia, gerontológica, umacasa tem: duascreches, por eoutra umapública apesquisa. obter atempodeconcluir Regional deEnsino(CRE), quenão consegui daCoordenadoria exigida umaautorização consegui conversar com adiretora porque era da prefeitura, chamadade Sônia,Tia masnão mas faleicom aresponsável peladivulgação. não consegui conversar com acoordenadora, dafavela; biblioteca a única da Natureza, quetemoprojeto Giro o Livro eé Outra justificativa vinculada aestemedode justificativa Outra No início, dificuldadefoi outra dapesquisa dificuldade encontradaA principal na rea- As entrevistasnãoumroteiro seguiram - fecha que nos dois morros identificar exis- Pude Além desseslugares, tenteiacessar acreche - Ocentroprofissional, deformação noqual deummorador; - Acasa daparóquia,- Creche ebiblioteca Cantinho - AsduasAssociações deMoradores; Dom- CasaGerontológicaPedro Lar V; - Bares; lan houses, por volta o fimdosconflitos epoliciais entretraficantes positiva a ta de forma “pacificação”, ressaltando isolados”.casos ocorreram doisoutrês conflitos, foram “mas Copacabana. ospoliciais, Segundo noPavão vela doPavão, nobairro de tambémlocalizada “pacífica”, secomparadas àfa- principalmente deforma aceitaram aimplementaçãodaUPP ros Tabajaras favelas que foram eCabritos aresidências. efurtos doméstica aserregistrados,chegavam taiscomo violência preendidos ou, pelo tráfico simplesmente, não antes eram, dealgumamaneira, coibidosere- deconflito que formas o surgimentodenovas deviolência,terminadas formas quantosobre Há relatos tanto sobre asaídadecena- sociabilidade, osrelatos são muito ambíguos. so lentodeconsolidaçãorelações denovas de idade, qualatividade desempenhaetc. o tempoemquemora, láounão, setrabalha fatores, taiscomo: nafavela, seapessoamora dos sujeitos entrevistados,ção dependendo de diferenciadas. respeito ao Dizem tipo de inser- vidos aseguir. procurarei nostópicosdesenvol sistematizar - algumasimpressõespesquisa forneceu que nentes ao acesso aos atores einstituições, esta - etendoemvistaestesaspectosperti campo dosmoradoreszação sobre ousodaágua. Esgotos (Cedae) emumprojeto deconscienti- favelas na Companhia e trabalhar de Águas e privilegiado,informante por ser bem visto nas com algunsmoradores ecomerciantes. Foi um oscontatos quepassouaintermediar formante perada, emparte, pelaajudaquetive deumin- diversos dosrelatos demeusinformantes. manifestadaem umainsegurança dor? Estafoi de Estado, do - independentedafigura governa umapolítica sentantes dogoverno ousetornará acompanhará asmudançasnoquadro derepre- poralgunspoliciais:compartilhada oprojeto A maioria dosmoradoresA maioria queentrevistei retra- Os relatos dospoliciaisapontam queosmor- Tendo em vista que está em jogo um proces - As percepções em relação à “pacificação” são Mediante esta configuração do trabalho deMediante estaconfiguraçãodotrabalho Esta dificuldade de acesso aos foi su- relatos 3.1. 3. M R u elação dos moradores danças nas for c om os sociabilid p oliciais ade m as de parceiro eguardião. como agressor seapresentar eagoradeve como reinventar umpersonagem visto queantesera esseprocesso:é fundamentalpara énecessário do conflito. Anapercepção dopolicial mudança sociabilidade enão como reiteração datensão e a favelareinvenção para e polícia contribua da dasrelaçõesde queamemória violentasentre lho nasUPPs. anecessidade coloca Estecenário - otraba experiência atuantes tercomo primeira dospoliciais favelas –a despeitodamaiorparte mados asecomportarem diantedopúblicodas pelaqualospoliciaisestavamacostu- forma aprendizagem: háumamudançatambémna degrossoarmas calibreempunho. pelo fatodospoliciais, emgeral, estarem com quer diálogo com ospoliciais–istoseacentua dosmoradores deestabelecerqual- por parte últimos, como hierárquica, havendo dificuldade tre policiaisemoradores éconsiderada, pelos sejareeditada.relação truculenta Arelação en- émaior.fiança Háomedodequeestetipo dos conflitos edaviolênciapolicial, adescon - quepossuiamemória é ummoradordolocal apresenta demododiferenciado: quandooator cia dessestemores. que entrevisteitambémreconhecem aexistên- cesso como relativamente pacífico, ospoliciais favela. Aindaquetenhamcompreendido opro- na pública desegurança como política da UPP percepção dapossibilidade dedescontinuidade cem nosmorros. Estemedoéreforçado pela - queaindapermane dostraficantes por parte já mencionado medodeumaretaliação futura relações com ospoliciais, principalmente, pelo fácil obterrelatos dosmoradores sobre assuas Mesmo em vista dessa percepção média, não foi armadosna da circulaçãoregião. detraficantes rio os aspectos positivos da experiência daUPP: os aspectos positivos da experiência rio - quetenhaemseurepertó diante deumcenário de algumasdificuldades quepersistem, mesmo aproximação e de resistência. ainda Ele trata as favelas étensoepermeadoporaspectosde processo derecepçãorealidade dessa nova para padre queatuanaparóquia bemcomo ilustra o Este, noentanto, éumduploprocesso de na A desconfiança relação com os Policias se A transcrição doseguintetrecho dafalado A transcrição durecer, tem aentender ajudado queser uma mais do que positiva, o nosso povo tem que ama- voltar para casa. Agora, comesta posição, nova problemático sairdecasa, comoera problemático umnovostatus nomorro. trouxe Antes,cação era real,liberdade comaentradadaUPP, apacifi- Nós passamos muito tempo com o problema de 3 Polícia quandoosom fica muitoalto. são contraeoutros afavor, a chamam inclusive dos moradores de silêncio, sobre o horário uns posições merciantes queexistemvárias afirmam estabelecimentos do “asfalto”. Os próprios co- os para terperdidodo forróclientes edizem música altaatétarde, odia outros cancelaram dinheiro pornão podermaiscolocar muito do os comerciantes. terperdiAlguns afirmam - recorrente umareclamação silêncio foi entre região. Entretanto, de dohorário aimposição armados na e ofimdacirculação detraficantes o fimdoconfronto entre policiaisetraficantes conversei oprocesso elogiaram de “pacificação”: nos hierárquica. estabelecerumarelaçãode queénecessário me- Juntamente com orespeito, existeapercepção hierarquia queapoliciatememrelação anós”. Pavão afastados justamenteporessa queforam a gente vê quetiveram policiaisno natelevisão entrevista: “A gente sóquerserrespeitado, mas dessemoradoremoutronarrativa momento da essa ideia: conflito violento. Oseguintetrecho sumariza semaiminênciado ecobranças haver críticas ções entre moradores epoliciais naqualpossa derela lógica - sentativa do iníciodeumanova Os comerciantes, donos debar, com osquais O respeito mútuo na também é mobilizado A fala de um morador que entrevistei é repre - rado), fato Con- queaconteceu sábado passado(emSão positivamente, comumpé massempre atrás, eo comumpésempre atrás. semove dizer Quer grande. Comodizonossopovo: semove, mas é finalmente humano, émuitopossa ser perdido queestemedo eadesconfiança novostatus, que e éparacoisa assim é normal sempre, porque o problema éporque umaparte respeitou. não algum teve a tendência ter é não problema. Se que hajamomentos emqueambos serespeitam ele humanoe comoser amerespeitar. Desde deles. Então eutenho arespeitar queaprender porque apolícia épaga pelo povo, eupago osalário respeitados. ser eles querem Enóspodemos cobrar, étãono fundonão assim. real c Eles [ospoliciais] aprendemaviver eaconviver, de mototáxi e omercia 4 mostra queesta aparente tranqüilidade 3.2. os R elação dos n p tes e motoristas oliciais K ombi com

fundo a pacificação dacidadefundo apacificação retornando deumbailefunk. assunto tendocomo panode tado serefere dizrespeito ao Conrado ao qual oentrevis- os hóspedesdeumhotel 21 deagosto de2010, entre qual os traficantes emfuga qual ostraficantes invadiram e fizeram reféns invadiram efizeram confronto, nodia ocorrido de traficantes queestavam de traficantes 3 Segundo aproposta da 3 Segundo luxo localizado nobairro.luxo localizado 4 Este incidente de São 4EsteincidentedeSão teria sidoainterceptaçãoteria pela polícia de um grupo pela políciadeumgrupo traficantes epoliciais,traficantes no UPP para amudançada para UPP A imprensa desse tratou O motivo doconfronto professada nasUPPs. figura dopolicial. figura 197 ENSAIOS “Toda mudança é difícil de fazer”: primeiros relatos sobre o processo de “pacificação”1 dos morrosT abajaras / Cabritos 198

COMUNICAÇÕES do iser descendentes deportugueses. denominada Cantão, área de fica numa fica região maisnobre o valordoaluguelédemil 5 Ocomerciante disseque e quinhentosreais. Obar do morro dosCabritos, deles”, mas que, naverdade, elesprecisavam ser o tirar achavam queapolíciaqueria ‘ganha pão’ porque “toda mudançaédifícil defazer” e “eles com osmototaxistaséqueoconflito ocorreu que obtive dospoliciaissobre orelacionamento versar com elasobre estasmudanças. Orelato entrada emcampo, porissonãoacon cheguei - a continuidade detodososmototaxistas. conversarpara sobre asituação. acertada Ficou do geraldaUPP, quepromoveu umencontro isso, arecorrer obrigado foi ao ogrupo coman - não houve negociação com aCapitão e, com moradores domorroaponta que dosCabritos como abordados eram poralgunspoliciais. oponto domototáxieaforma toldo quecobria sobre aretirada tambémreclamaram do ristas dehabilitação. retirarpara acarteira Osmoto- ro emprego despesas dealgunseoutros fizeram esta medida, omototáxirepresentava- oprimei do fatodealgunsficaremdesempregados com demitiroscolegas;de quenão poderiam além 30.de 50para éa dosmotoristas Ajustificativa são daCapitão de diminuironúmero demotos destasnormas,do cumprimento maspeladeci- O conflito, noentanto, não ocorreucausa por pelospoliciais. cadastrados etodosforam rios - rodízio) aserobrigató passaram eocapacete O colete(acordocorresponde ao diado circula nodiaseguinte). emum dia eaoutra (metadedivididas pordiadetrabalho dafrota dehabilitação,ra numeradase asmotosforam - aretirar obrigados cartei foram Os motoristas belecia diálogo com asfavelas. “autoritarismo” daantigaCapitão quenão esta- tantes, segundoeles, haviaumproblema com o Os conflitos com cons os mototaxistas eram - comos policiaisfoi orepresentante domototáxi. sobre arelaçãodor quefalouabertamente com ouamenizadas.resolvidas e acredito jáforam quealgumasreclamações gociando com os estabelecimentos comerciais onovo Capitão jáestavane- do saícampo relatos doscomerciantes. ereclamações - Quan para osfinsdesemana.para desilêncionão valha reivindica queohorário pormuito permanecer guirá temponolocal. Ele aluguel dobaréalto gastar nodacomunidade”.“bar eleo Segundo nheiro emestabelecimentoscarosdo “asfalto” a fato demoradores preferirem gastarmaisdi- A Capitãosubstituídalogo foi apósaminha O relato dosmototaxistasedaassociação O mototáxipassouaserregulado pelaUPP. entrevistaquefizcom- ummora A primeira A “rigidez” daantigaCapitão Um comerciante questionou o doCabritos 5 e desta forma não conse edestaforma - 6 foi temados foi

pelos policiaisdaUPP. conduzida foi ao hospital grave e a foi criança com uma amiga.que brincava Oacidente não pelamento quepresenciei deumacriança foi sem se preocupar muito com os carros. O atro- se agrava, pelarua sobembrincando ascrianças desaídaeentradadasescolasasituação rário sempre provoca umcongestionamento. No ho- destres eoscarros estacionados, oquequase com ospe- Kombis emototáxisdividemarua dentes. Oscaminhões, táxis, carrosdepasseio, de carrosquelácirculam favorecem estes aci- ladeira dos Tabajaras. estreita eoexcesso Arua presenciei umatropelamento eumacidente na meia-noite. eaKombisuasatividades24 horas encerra à circula nas duasconduções, R$1.mototáxi O táxi R$2,cobra descer o preço para é o mesmo carregar ascompras. da sua segurança, e possibilidade de conforto passageiros quepreferem aKombi comentam dafavela,e ruas mesmoasmaisestreitas. Os e ofatodamotocircular emtodososlugares dacondução sãorapidez a totáxi asjustificativas totáxi. Entre os passageiros que preferem o mo- muitos passageiros com pressa preferem omo- circular,mais para pois só sai do ponto lotada e são muitoportes utilizados. AKombi demora policiais eestesmotoristas. banco). Não ouvi relatos de conflitos entre os máximo depassageiros porcondução(três por estabelecidoonúmero efoi cadastrados foram ser regulado pelaUPP. ecarros Osmotoristas resolvido”.foi pessoa disponível negociação para eque “tudo giou aatitudedonovo Capitão, disse seruma resolvido.foi Orepresentante domototáxielo- retiradas. ser deveriam as pessoas que tinham esta função antesdapacificação” otráfico para táxi servia e “legalizados”, principalmente, porque o “moto- de atividade nosmorros, tendem adarmaior nolocal,moram masdesenvolvem algumtipo Durante o período emqueestive emcampo, operíodo Durante A Kombi cobra R$2,30 para subireomotoA KombiR$2,30para cobra - équeambosostrans O quepudeobservar porKombi tambémpassoua O transporte Com a chegada do novo Capitão o conflito De uma maneira geral,De umamaneira aspessoasquenão trabalham p oliciais e as 3.3. n R ão moram lá elação e n as favelas, mas p essoas n tre os qu e - ção entreção asfavelas eospoliciais. segundo essesex-moradores,- dificultaaintegra primentam”. Essarelação aindahierárquica, “olham noolho” dospoliciaisenemos “cum- respeito à percepção de que os moradores não mos com os policiais. Um exemplo relatado diz ficuldades emestabelecervínculosmaispróxi- a percepção dequeosmoradores possuemdi- quefavoreceeles agoratêmumolhardefora vistados quepossuemesseperfil relatam que essa visão tão otimista. Algunsdemeusentre- também édiferenciada enão sevinculacom vínculos profissionais na favela essapercepção processo queainda estáemandamento. to, percebi dizrespeito queessaintegração aum Ao entrevistar os moradores e policiais, entretan- que osjovens játêmcomo referência ospoliciais. a perceber que os vínculosestão consolidados e tipo depercepção: que atuanafavela, masnãolá, mora esse ilustra des daimplantaçãoUPP. napercepção- sobre muitoefeito asvirtu forte doconfrontoa interrupção armadopossuium comnamão. armas crianças Para essaspessoas, atores diz respeito ao fato de não verem mais com dedrogas. otráfico terem tidonenhumtipodeproblema específico que emseusrelatosofatodenunca elesfrisem demodoseguro,sem dosseustrabalhos ainda, esaís- queessaspessoaschegassem de permitir os policiais. tivesse Écomo oefeito seaUPP aosatenção aspectospositivos darelação com Entre osex-moradores queaindamantêm As pessoasquenãonafavela moram tendem O seguintetrecho dodiscursodeumhomem Um tipoderelato desses frequente por parte tempo havia. não percepção deestimaeconsideraçãoqueháalgum mento quandopassa umpolicial tem a sempre nos relacionamentos, você vê- queorelaciona positivamudança eumamaiortranquilidade razõesvárias teve não mais. (...)Há simuma tinha Polícia quandoeucheguei edepois por o policial remete, positiva. umamudança Aqui este quadro, dohorizonteque umamudança ao meio arriscado. Maseuvejo queestá invertendo ríodo queverdadeiramente falardaPolícia era do nosso povo,maior referência houve um pe- porque infelizmente apolícia foi nemsempre aprofundar, por umhistórico antigo erecente, Com certeza esteCom certeza éumprocesso quetem quese

um dos presidentes sobre um conflito quehavia esta divisão ébemdelimitada. Ao questionar to, nosdiscursosdospresidentes dasassociações respondiaCabritos pelasduasáreas. No entan- duas associações. Antigamente, aAssociaçãodo dos Cabritos, até porque nem sempre existiram respondem ao morro dos Tabajaras eao morro que existeumconflito entre asáreas que cor- proximidade com afavela. detirostes arespeito edomedoda do barulho - declien porparte dereclamações diminuição ohotelpelaà para umamelhoria que játeve próximo dos aLadeira Tabajaras eelerelatou veis daregião. dosimó- relatam aindaque jáhouve valorização dedelitoseconfrontosnuição na área. Elas beneficiadas pelasaídadasarmas, com adimi- las com asquaisconversei foram que afirmam ebailes. defestas uma tendênciadeliberação mudanças com a entrada do novo Capitão, com nas favelas.lazer Este fator também já sofreu nafaltadeopções também estáimplicado entreprincipalmente osjovens. Esteaspecto exercidaseram asrelações desociabilidade, nosquais deeventos siste nocancelamento palmente, contraamulher. de vizinhos,brigas violênciadoméstica,- princi tos (atéderoupa novaral), aresidência, furtos dos nasentrevistasdefinemoaumentode: fur- é,dança pelomenos, umapossibilidade. nos discursossão dequeessamu umindicativo - tipo deviolênciaseconfirma, masa recorrência seestapercepção sobre verificar oaumento desse da dopoderregulador dotráfico. Nãofoi possível nosmorros emvistadasaí- lências interpessoais dequetemhavidoumaumentodasvio- cepção relações entre osmoradores dizrespeito àper- n 3.5. Não percebi nosdiscursosdosmoradores Conversei com ogerente deumhotelquefica dasfave noentorno - As pessoasquemoram mudançarelatadaA outra nesteaspectocon- relata- Os conflitos interpessoal denatureza Uma mudançarelatada nas pelosinformantes o associa e R 3.4. 3.6. n elação dos tor e do R R moradores elação e elação e n ções do o T com os ab a j qu aras n n C tre os tre as e moram abrit p olicias os

199 ENSAIOS “Toda mudança é difícil de fazer”: primeiros relatos sobre o processo de “pacificação”1 dos morrosT abajaras / Cabritos 200

COMUNICAÇÕES do iser mas com a entrada da UPP veiomas com oprojeto aentradadaUPP de limpas. Não encontrei lixo espalhado pelochão. sujas.las venham aficar ruas são Atualmente as produzido ereceios reclamações dequeasfave- no docontrato, temsidoumaquestão quetem A retiradacomunitários, dosgaris com- otérmi dosbecosevielas. nalimpeza papel importante comunitários desempenhavamum que osgaris relatado équejáhavia coleta daComlurb, mas pelo tráfico. emvistadaretirada cobrados rido dosencargos ção, éprovável queessedecréscimo tenhaocor- Ainda quenão tenhaobtidorelatos dessasitua- dofornecimento.empresas poderão participar presa éamesma, quefornece masagoraoutras reduzido depois desuaregulamentação. Aem- pressa emapeia estaquestão: O trecho aseguirdafaladeummoradorex- ilegal. quantoaquelesbaratos defornecimento regulares quenãoao são preço tão dosserviços modo regulamentar. responsabilidade queatuamde dasoperadoras oferecido clandestinamente, masqueagoraéde que antes era de um serviço a substituição para nessesetorsão todasdirigidas ocorridas danças edeluz. deinternet ções clandestinas Asmu- regularizados, como o “gato-net” easinstala- duas favelas. só associação não dava conta das demandas das queuma versões eoutras dizem dessa separação quenãoAlgumas falasafirmam havianecessidade aoção processodasduasassociações. decriação associação”. ládaoutra for posta: “aqui não houve conflito nenhum, sóse recentemente,ocorrido recebi aseguinteres- Houve muitos relatos defaltaáguaeluz, Com urbana, relação àlimpeza oaspectomais seupreço queteve oúnicoserviço O gásfoi Este processo produz umadificuldade relativa Depois da “pacificação” foram algunsserviços Os discursostambémsão diferentes com rela- antena R$70. Éumabsurdo. Imagina umapessoa querecebeR$510pagar de televisão, muito te não maisdo queisso. oferecem básicos,de canais quesómelhoram aimagem da que cobram R$60,00, R$70,00por instalação dacomunidade dentro Hoje nóstemos serviços vocêca perde, tem ogoverno quedaralternativa. gente temmuito- umacoisaedeforma rústi 4. M Hoje temos nósnão maisogato-net, massea u danças nos serviços

envia uma verba para acriança.envia para umaverba Estamodalida - adistância,apadrinhamento noqualopadrinho de dispensarosmaisvelhos. de4a8anos;100 crianças houve necessidade sustentá-lo, por isso, atualmente, funciona com to Consciência, masquenão ésuficientepara la, oficinasdearte, etc. informática aulas deapoioescolar, ajudanastarefas daesco- do aescola. Neste projeto são oferecidas, ainda, de4a15anosqueestejam frequentan- crianças possui tambémoprojeto Prosseguir, queatende de4meses a 4anos.atende 145crianças Ela sobreinformações seufuncionamento. Acreche lha láháquatroalgumas anos eelameforneceu com aprefeitura. Acrechefundada foi em1976. ser deresponsabilidade daigreja, éconveniada deCopacabana. Cruz daparóquiaoutra Santa nesse relatório,teriormente uma da prefeitura e algumas iniciativas. res. a presença de Ostópicosabaixo sumarizam bém osmodosdeinserção navidadosmorado- tam- por estasinstânciasnosentidodeapurar favelas. Busqueiconversar com osresponsáveis mapeamento dasiniciativasexistentesnasduas investirram aqui, depessoascomuns, cidadãos”. nada veio dogoverno, veio depessoasquequise- descontentamento: “dos projetos quetêmaqui, nas favelas. registra Afaladeumamoradora esse edesenvolverpúblico ematrair projetos sociais edeeducação.lazer trevistados relativas àfaltadeprojetos sociaisde recente. pois aentradadessesprojetos aindaémuito reram mudançasnoabastecimentodasfavelas, No entanto, não tenhocomose jáocor- afirmar diferenciadas.com oestabelecimentodetarifas dosdomicílios deregularização do umtrabalho de energiaelétrica, tambémestádesenvolven- doserviço.regularização ALight, fornecedora para Todos, a compara arealizaçãodeobras deáguadaCedae chamadoÁgua fornecimento Eles operam, alémdisso, com umprojeto de Este projeto temumaparceriacom oInstitu- Conversei com adiretora dacreche- quetraba A Creche CantinhodaNatureza, apesarde citadasExistem duascrechesan- quejáforam A despeitodessasreclamações, eufiz umbreve nadeficiênciadopoder A queixatemfoco Aparecem queixasnosdiscursosdemeusen- 5. Pro 5.1. j etos C reche m a p eados de alcança crianças de4a8anos. crianças de alcança tiu da ação de uma moradora da Ladeira dos daLadeira tiu daaçãodeumamoradora dafavela efuncionafora desegundaasexta-feira. os idosos. dealongamentojeto umtrabalho voltado para exigiuqueoprojeto financiado.denização fosse contraaempresana justiça enolugardein- amigo do autordainiciativaganhouumacausa a receber apoiodaEletrobrás depoisqueum tempo com recursos próprios. Oprojeto passou um moradorquesustentouoprojeto pormuito esurgiu por meiodaaçãode Rica dos da Vila favelas. Ainiciativafunciona naquadradaUni- ejovens dasduas crianças para lutas olímpicas ra”, queexisteemseisfavelas doRiodeJaneiro. dos eleituras. empréstimos, possuiumbom espaçoestu- para dacreche.ças - osjovens docentroeascrian tário deformação atende àsfavelas.- Elatemcomo públicopriori da paróquia.obras que biblioteca E é a única que amoradoresedo doCabritos Tabajaras. dade de atender mais a favelasjovens de outras mente com aONGitalianaAVSI. einserção nomercadozantes detrabalho. cional, complementação escolar, profissionali- ano doensinofundamental. do nono apartir em escolas públicas triculados jovens de15a24anosqueestejamma- para mação Profissional queoferece cursosgratuitos Esta iniciativa a também qual par- já me referi A equipedoprojeto conta com professores de Atualmente, iniciado foi no âmbito desse pro- oferece aulasde O projeto Energia Olímpica oprojeto integra A biblioteca - “Conexão Leitu e, ébemorganizada Esta biblioteca alémdos oconjunto tambémintegra de A biblioteca - Este projeto érecente epossui aparticulari Esta é mais uma iniciativa da paróquia junta- - sãovoca oferecidosLá cursosdeorientação Este projeto consiste emumCentro deFor- 5.2. Pro 5.4. a 5.5. 5.3. p Lu j rofissio T eto de formação ab tas olím B iblioteca j ara n al p

A icas rt TV acabo,TV diferenciadas tarifas deluzeinter- as favelas, como planosespecíficos de acesso à direcionados para sobre aausênciadeserviços tante dosmoradores dobairro. Háaindarelatos empédeigualdade com ores- a benseserviços cidade que possam ter condições para de acesso com aintegração obairromentos para ecom a mas carentes”, necessitando, assim, deinvesti - e Cabritos “não são comunidades miseráveis, públicos. deserviços presençadeONGseoferta grande Marta,nha eoSanta nasquaissealegahaver comparações com favelas outras como a Roci- sionalizantes. Neste tocante, são frequentes as edeeducação,de lazer principalmente, profis- do local, são relativas à falta de projetos sociais, entrevistados, noquedizrespeito àscarências quadra inauguradapeloestado. pelo presidente da Associaçãodo Tabajaras, na queécoordenada eoutra Rica quadra da Vila as escolinhasdefutebol, umaquefunciona na e Essa quefunciona naAssociaçãodoCabritos conhecer osprojetos. contudo, contato com osseusresponsáveis para tivas dosprópriosmoradores. Não consegui, açõespeei outras –todas decorrentes de inicia- para ainiciativa. para empresas interessadas emoferecer patrocínio das. Alémdisso, depoisda “pacificação”, jáhá produzias pessoasvão visitarecomprarpeças - que a “pacificação”foi muito importante, porque sede daAssociaçãodeMoradores doCabritos. mas faltamrecursos. com deiniciarumtrabalho crianças,intenção tipo deapoiooupatrocínio institucional. eaindanãopróprios daautora possuinenhum pormeiodareciclagem. artística dução que começou adesenvolver atividades depro- Tabajaras, edeBiologia, professoradeArtes Segundo afaladeumaentrevistada,Segundo Tabajaras queixasnosdiscursosdemeus As principais doprojeto é Este éocaso demúsicaAHora Além dessesprojetos aos quaismereferi, ma- Para esseprojeto, o relato daprofessoradefine As aulassão oferecidas àsterçasequintasna Os alunos do projeto são todos adultos. Há a O projeto émantidoatéhojecom recursos dific 6. 5.6. R elatos das u Ou ldades das favelas tros p p ro rinci j etos p ais

201 ENSAIOS “Toda mudança é difícil de fazer”: primeiros relatos sobre o processo de “pacificação”1 dos morrosT abajaras / Cabritos 202

COMUNICAÇÕES do iser para morar eisso geraumaexpectativadevenda morar para estão com procurando suasindenizações casas que não serãoremovidas. As pessoasremovidas tem aumentado ovalor dos imóveis em áreas dos moradores a esteprocesso: dos Tabajaras demonstraalgumasdascríticas tradinha”. Orelato dopresidente daAssociação João Batista, São cemitério conhecida por - “Es dos Tabajaras próxima queresidem naparte ao frentado éaremoção dosmoradores domorro esseproblema.que visaminimizar entretanto, jápossuiumprojeto afavela para não funcionam. de40%dasluzes ca ARioLuz, radores com quemconversei quecer- afirmaram vão àescolaquandoélonge.”E ospaisnunca [porconta disso]não vãoaescola. para crianças de Kombi. Desceapéesobepé. Ealgumas [daspessoas]não temcondiçãodedescer ria dacrechera pontua emsuafalaque “a maio- a outros serviços, como aEducação. Adireto- e médioqueatendaàsfavelas. ausência deumaescolaensinofundamental verão. éumproblema queseacentua no falta d’água UPP.” aqueleteve impacto naprimeira queteve novos nacomunidade. Émuito recente. Não ma a diretora de uma creche: “Não tem serviços implantação dessapolítica. Neste sentido, afir- radores com relação aos benefícios possíveis da lhorias, dasexpectativasdosmo- ao contrário não trouxe dequeaUPP essasme- observação net, como mencionei anteriormente. O processo deremoções, segundoele, também questãoqueasfavelas delicada têmen- Outra tambéméprecária.A iluminaçãopública Mo- éumaquestãooacesso queafeta O transporte No daEducação, campo háqueixasquantoà Com relação àsquestõesdeabastecimento, a Tais carênciassão tratadassempre dianteda tão a Prefeitura acompanhaoEstado para isso.tão aPrefeitura pelo Estado controlada É umacomunidade een- quetem,com aforça por causadapacificação. causa dapacificação, sóatua oprefeito porque fazendo remoção. Issotambém sóacontece por munidade, umlaudo mentiroso, vem eoprefeito Então existe umlaudo quecondenaanossa co- um órgão tão respeitado quanto aGeo-Rio(...). um laudo daGeo-Rio, umlaudode mentiroso temdizendo queaqui derisco. área Trouxeram Luz eficiente, não tenho nada. Tenho umlaudo jetos, tenho não Comlurbeficiente, não tenho Rio Da prefeitura não tenho não nada,Da prefeitura tenho não - pro

um moradornaseguintefala: do bairro deCopacabana. tinuidades com sociaisefinanceiras o restante demodoharmônicocon - usufruem Cabritos distorcida dequeosmorros dos Tabajaras edos de presençadopoderpúblicocom apercepção uma moradora: discursos como umaespecificidade.Segundo nos também éumdosaspectosmobilizados der decompraeconsumo deseusmoradores. de Copacabana, logo, além das condições de po- dos quesão oferecidosorestante para dobairro dições deconsumo domesmopatamardevalor nados, dessaforma, e con - deserviços ausufruir Os moradores pressio dessasfavelas estariam - quer outros tiposdecomércio, anão serbares. não têmfarmácia, açougue, ouquais - padaria queno mercado deitensalimentíciosevariados, têm vidaprópria”, jáquesópossuemumpe- eCabritos bajaras “são comunidades quenão Cabritos. esalano dequarto aluguel deumapartamento da. Umcomerciante pagarR$600pelo afirmou preços dealuguéisepreços de compra even - ção”, alémdisso, jáproduziu umaumentodos com ovalorinflacionado. Aprópria - “pacifica Essa integração desfavorávelEssa integração éretomada por dafalta Esse aspectoconjuga acaracterística A ausênciadeiniciativasdopoderpúblico o discurso de alguns moradores,Segundo Ta- do rico. Porque agente mora e nacomunidade mente, agente tem quepagar omesmoimposto compra. queorico mercado Então, automatica- éelite.que aqui Santa Marta, vem, não masaqui porque acham vêmnão para cá. para Como lá a internet foi o consideram como favela, aqui por issoosprojetos qualquer, comasmesmasdificuldades. Elesnão chique, comooutro é ummorro maséummorro dequeo impressão dão Tabajaras existe, não que segui entender. pessoas (...)As dosórgãos públicos existe.não Éimpressionante isso!Nunca con- já reparou? Tem tudo. Parece queo Tabajaras faz coisano Vidigal, fazcoisanaRocinha, você Todo mundofazprojeto, fazcoisanoCantagalo, A nívelagente demercado compra nomesmo Tabajaras esquecidopor Deus. éummorro 7. T O ab q a u j e é es aras p / ecifico dos C abrit os

expectativas: a seexpandir. nãobém umaexpectativadequeotráfico volte pansão dasUPPs áreastam- outras para seria de jovenscom antesenvolvidos otráfico. Aex- amão de obra projetos quepossam absorver bom, masoEstadopresença”. temquemostrar você viver sobre domedonão aimposição é desuafala:cho queotemornão ébom, claro “É proposta dogoverno sóchegouaUPP”. ganda dogoverno, masnão aconteceu (...). Da lhorias, novos projetos. Até porque éapropa - Com apacificação acredita-se queiamterme- comdoterror,e décadas aimposição domedo. décadas rador expressa esse aspecto: “Vivemos O seguintetrecho dodepoimentodeummo- ainda não esperada. apresentou acontrapartida dos combates violentos,positivo deinterrupção do tráfico, aindaquetenhaproduzido oefeito poder públicocomo dosetorprivado. Asaída da pela entrada de projetos e ações tanto do àsUPPstativas dirigidas dizrespeito àdeman- ex O relato deum moradortraduzestelotede Há, ainda, traga expectativasdequeaUPP Ele completanoseguintetre essaafirmação - A visão dos moradores com relação àsexpec- assim por décadas. eoEstado nospermitiuviver prefeitura própria sepaganão IPTU, seagente fazissoéporque a agora umgato seburla deágua, umgato deluz, temnão maisbarato, direito aumquilodefeijão dar oportunidade. que jápassaram pelo sistema carcerário, tem que emprego destesporque éoprimeiro jovens. Alguns balharem, derepente cobrar umpouco menos, até profissionalizante, para oportunidade der tra eles - você este jovemno trabalho, ingressar colocar curso dem airpara lá, tendem asedispersar. Masse acabouemoutrasnão comunidades, então eles ten- ociosos, porque otráficoacabou no Tabajaras, mas para dar oportunidade. podem Eles não continuar guma coisa. o Estado, que entra a Prefeitura, Aí com um que lava carro. Eles procuraram al- fazer vivia do tráficovive hojenão mais. Euesbarro fazoladrão.nidade (...)Hoje, aquelapessoa que 8. p Os jovensiampara otráfico - aoportu porque 8.1. ectativas e receios sobre o A lg A um

p p ro artir as considerações: morador j eto da UPP do olhar do adquirir umacapacidade dediálogoadquirir maiore mentalidade e conduta do policial, que tem que équeelatenha impacto sobreUPP a própria a dos implementação policiais da que operam ao tráfico”. serviço queprestavam nestesserviços que trabalhavam resistênciamototáxi teve (...). pessoas Tinham daKombi edo amudarcomeçamos o serviço fala: “Toda mudançaédifícil defazer. Quando de mudança, como notaopolicialnaseguinte entrevistado: é umprojeto gradativo, como avaliaumpolicial pectativa ocorre com oreconhecimento deque queaindaestão nosmorros.traficantes Estaex- tada, segundoeles, pelomedodapopulaçãodos compliação da integração a favela, que é dificul- asinstalações emcontainers.utilizar britos, não sendomaisnecessário, porexemplo aUPP queabriga infraestrutura Tabajaras /Ca- de seutrabalho. queampliemaspossibilidades deresultadocas morros equeoEstado entre compolíti- outras dos é querealmente saiamtodosostraficantes governo que caiu noesquecimento”.governo quecaiu umGPAEtorne davida, umprojeto que era do a perda dosroyalties dopetróleo, issoaqui se não eleito, Cabral for no que seo Sergio com registra ummoradorentrevistado: imagi- “Eu do fimdaUPP, ouseuenfraquecimento, como cionado emoutros trechos desterelatório, éo Outra expectativa presente nos horizontes expectativapresente noshorizontes Outra Este processo tambémjáacumula experiências aspecto esperado pelos policiais é a am- Outro Além disso, pelaampliaçãoda háumaespera geral,De maneira asexpectativasdospoliciais O receio maisfrequente, comomen- jáfoi tiros aesmoquepoderiamtiros tirar avidadeles. nacomunidade,com homensandandoarmados tera comunidade maissegurança, para acabar desegurança, aimplantarcomeçar serviços para gente está para aqui ajudar, para melhorar, para tam bem. poucos Masaos eles vãovendo quea paratrazia eles. “benefícios” Então- acei não queéfavorávellação tráfico tráfico ao quandoo tempo. aindatem ounão aquelapopu- Querendo aver começar otrabalhonidade daUPP leva Aos poucos vai acontecendo, porque até acomu- 8.2. A

do p artir p olicial do olhar

203 ENSAIOS “Toda mudança é difícil de fazer”: primeiros relatos sobre o processo de “pacificação”1 dos morrosT abajaras / Cabritos 204

COMUNICAÇÕES do iser um policial: sória. Como no seguinte trecho do discurso de dores: provi- sejaumapolítica odequeaUPP na seguintefaladeumpolicial: sidade desuauniversalidade, descrito conforme tipo deviolência. narcotráfico, desse bemcomo ainteriorização ou bolsões de de violência nichos relativação ao o estado doRiodeJaneiro,- impedindoaforma que oprojeto dasUPPs otodo para sejalevado que vaiatuarnasUPPs. diferenciadação aqualtemacesso oprofissional marcha, indicado, principalmente,- pelaforma o reconhecimento dequeesseéumprocesso em favela. Esta expectativa ocorre juntamente com uma relação com maisequilibradaepacífica a Os receios convergem com aqueles- dosmora doponto devistadaneces- éencarada A UPP Os policiais manifestam, ainda, a vontade de governo entrar vaigoverno continuar a implantação da nando? Está funcionado, mas será quese outro a suamedida. Hoje temos aUPP, está funcio- tada, por quê? Porqueimplantar umquer cada automática, temos quehojenão mais. Foi cor- aaprovação noRiodeJaneiro nós tínhamosaqui na saúde, também. naeducação Sevocê lembrar medida dosoutros. sónasegurança, Issonão mas Todos implantar querem a sua medida e não governo. continuarotrabalhoquer dooutro Campos, vai estar oqueera aqui. vai limpa? ficar Vai,for lá para masse Macaé, vai lugar estar doRio deJaneiro. emoutro Aorla vendo éumamigração. Oqueera aladeira aqui para continuaroquefazia. Então oque tá ha- trem, condução, ele vai procurar local umoutro mochilinha nascostas eirtrabalhar, enfrentar cante daUPP queéexpulso vai não colocar uma lá. Elestêm queirpara algumlugar. Otrafi- vai estar modificada,tráfico o porque vai pra Porque isso, fizer senão futuramente a baixada está emtodo lugar, está noasfalto, nabaixada. ro, porque otráficoestá não sónacomunidade, que implantar emtodo estado doRiodeJanei- oeste ounonorte fluminense. (...)Elestinham quanto para quemmora nazonasul, nazona dadãos, tanto para quemmora naBaixada de todos e todos os grupos para os ci- benefício B, Aoudegrupo seja degrupo para benefício A políticaéprovisória, ninguém dogoverno sejasóparaMas quenão ououtra, umaárea da alegria com aótimarepercussãoda alegria namídia. por telefone, nodiaseguinte ao baile, elefalou baile não tivesse sucesso, masemumaconversa também demonstrouCabritos receio dequeo O presidente daAssociaçãodosMoradores do quetinham ido ao bailefunkno cantes Vidigal). Conrado (confrontoSão entre- policiais etrafi dizia respeito ao recente em episódioocorrido te semnenhumincidente. Oreceio dospoliciais contra obaile, transcorreu- afesta tranquilamen segundo orelato deumpolicialquesedeclarou deapreensão, noiníciodobailefosse o clima poder públicopreencheramaquadra. Embora moradores favelas de outras do e funcionários muitos “olhares defora”: jornalistas, curiosos, dosmoradores,da participação atraiu afesta doMCLeonardo.tou com aparticipação Além dosProfissionaisção e Amigos do Funk) econ- vor dobaile. a volta dos bailesfunk. decidiuafa- Amaioria devetartiveram voz eouaprovaroportunidade Rica”uma votação naquadra “Vila onde todos tão, cientedasdemandasfavelas, promoveu dosmoradoresgração epoliciais. Onovo Capi- pautado pelo diálogo, de uma maior inte- fruto a seradotado UPPs. em outras deste relatório, equepode representar umpasso dor arealizaçãodobailefunk, noinício referido liciais.- indica Esteavançotemcomo principal processo dasfavelas deintegração com ospo- dediálogo eno decanais avanço naabertura acordo com relatos queobtive, representou um os moradores. Aentradadonovo Capitão, de ao diálogo com epoucoaberta muito autoritária a Unidade. retratada Elafoi como umapessoa sentada pelasaídadaCapitão quecomandava dasfavelasintegração com ospoliciaisrepre - ve emcampo, houve mudançana umagrande cerrar apolítica.cerrar configurado difícil será umoutro en- governo como forma oprojeto eda estáveio ficar para éumprojetosoldado queaUPP afirmou receio. quecausa um cenário No entanto, um casos, apossibilidade dedescontinuidade é a longevidade doprojeto, mas, emtodosos O baile foi organizado pelaApafunk organizado (Associa- O bailefoi resultadoO bailefoi deumprocesso mais emqueesti- noperíodo Especificamente Há posiçõesmaisoumenosconfiantes com UPP? Essequeéoproblema. 8.3. m u O da a n n ç tes e o de a do C a p p ois da itão 205 ENSAIOS “Toda mudança é difícil de fazer”: primeiros relatos sobre o processo de “pacificação”1 dos morrosT abajaras / Cabritos 206

COMUNICAÇÕES do iser 207 artigo As unidades de polícia pacificadora e a segurança no rio de janeiro 208

COMUNICAÇÕES do iser R F ua do . 2125583764| [email protected] | CE P 22210-010| R ussel, 76,5ºandar, www R ealização .iser.org.br T . 2125553782 G lória,