COMUNIDADES COSTEIRAS: Perspectivas E Realidades
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COMUNIDADES COSTEIRAS: perspectivas e realidades Teresa Cruz e Silva Manuel G. Mendes de Araújo Amélia Neves de Souto (Orgs.) Ficha Técnica Título: Comunidades Costeiras: Perspectivas e Realidades Organizadores: Teresa Cruz e Silva Manuel G. Mendes de Araújo e Amélia Neves de Souto Editor: Centro de Estudos Sociais Aquino de Bragança (CESAB) Fotografia: Amélia Neves de Souto Design e Layout: Arte de Gema Impressão: CIEDIMA Tiragem: 700 exemplares Data de Edição: 2015 ISBN: 978-989-97730-4-2 Nº de Registo do INLD – 8342/RLINLD/2015 Maputo, Moçambique Publicação conjunta: Cento de Estudos Sociais Aquino de Bragança e FES - Fundação Friedrich Ebert Stiftung “Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta obra poderá ser reproduzida, copiada, transcrita ou mesmo transmitida por meios electrónicos ou gravações, sem a permissão por escrito do autor e dos editores. As opinioes expressas nesta publicação não são neceriamente aquelas da Friedrich-Ebert- Stiftung ÍNDICE Nota Prévia 5 Agradecimentos 7 Siglas e Acrónimos 9 Autores e Organizadores 13 Prefácio 15 Introdução 19 PARTE I COMUNIDADES COSTEIRAS DE MOÇAMBIQUE: Um Estudo de Caso na Província de Cabo Delgado Comunidades Costeiras de Moçambique Manuel G. Mendes de Araújo e Teresa Cruz e Silva 25 Políticas públicas, o Descompasso entre as Estratégias e a Realidade das Práticas: 61 Impactos sobre Comunidades Costeiras em Cabo Delgado Teresa Cruz e Silva Imigrantes: 89 Um peso demográfico a considerar Manuel G. Mendes de Araújo Pesca Artesanal em Cabo Delgado: 109 Uma Abordagem Quantitativa Manuel G. Mendes de Araújo O Lado Humano do Oceano Índico: 133 As Comunidades de Pescadores Artesanais em Cabo Delgado Amélia Neves de Souto Os Desafios Impostos pela Sobrevivência 191 Teresa Cruz e Silva PARTE II CULTURA E ECONOMIA DE MOÇAMBIQUE E O CONTEXTO REGIONAL O Norte de Moçambique entre os Séculos XIX e XX: 233 Um Contexto Histórico Chapane Mutiua A Segurança Marítima na África Austral 257 João Paulo Borges Coelho A Transformação Económica de Moçambique e 285 as suas Implicações para a Segurança Humana Katharina Hofmann NOTA PRÉVIA Entre a realização da pesquisa de campo, a análise dos dados recolhidos, a escrita do livro e a fase final do trabalho que hoje é apresentado aos leitores com o título: Comunidades Costeiras: perspectivas e realidades, decorreu um hiato de um pouco mais que um ano. Embora esteja claro que, nem a argumentação dos vários capítulos e nem mesmo o essencial do conteúdo dos mesmos tenha sofrido uma alteração que ponha em causa a sua relevância para a compreensão actual de Moçambique, não podemos deixar de referir que i) o particular contexto sociopolítico e económico que tem caracterizado Moçambique desde meados de 2015 e especialmente ao longo de 2016 e, da mesma forma, ii) as alterações quer de âmbito regional quer global, têm reflexos profundos nas questões que o colectivo de autores discute nos diversos capítulos, dados os seus impactos sobre as políticas que norteiam as discussões inseridas nas Partes I e II deste livro. As recentes mudanças que ocorreram nos preços do comércio internacional de matérias-primas derivadas da indústria extractiva e os efeitos da crise económica global reflectem-se directamente no abrandamento da economia de Moçambique levando a alterações nas previsões do seu crescimento económico. A agravar esta situação, em 2016 foram revelados dados escondidos sobre a dívida pública, que levaram a uma quebra de confiança no Governo, a uma desvalorização a pique da moeda e ao crescimento galopante da inflação, com todas as consequências que a crise provocou a uma economia nacional dependente dos grandes projectos e do Investimento Directo Estrangeiro1. Significa isto que as condições sociais das populações que constituem o grupo-alvo do estudo contido na Parte I deste livro também se deterioraram, e que os impactos desta situação se reflectiram directamente em todos os sectores económicos e sociais nacionais. O conflito armado que assola o país e uma perspectiva de paz ainda pouco clara, contribuíram para o agravamento da situação. 1 Para mais informações veja: Castel-Branco, Carlos Nuno e Massarongo, Fernanda (2016), “A dívida secreta Moçambicana: impacto sobre a estrutura da dívida e consequências económicas”. IDEAS (86); Castel-Branco, Carlos Nuno e Massarongo, Fernanda (2016), “Crónica de uma crise anunciada: dívida pública no contexto da economia extractiva”. IDEAS (89). Maputo: IESE. 5 A nível regional e global as alterações políticas e económicas que se vêm operando ao longo dos últimos anos, colocam também em causa a cooperação regional afectando, entre outros, a questão da segurança e a cooperação no seio da SADC. Embora uma parte significativa do nosso estudo tivesse trabalhado com dados qualitativos, chamamos a atenção dos leitores para os dados quantitativos que em alguns capítulos sofreram uma alteração em relação à data da publicação do livro. No entanto, as análises realizadas e as conclusões a que os autores chegaram não sofrem alterações. OS ORGANIZADORES 6 Agradecimentos Os nossos agradecimentos vão, em primeiro lugar, para todos quantos se prontificaram a partilhar connosco as suas experiências e opiniões ao longo do estudo da primeira fase do projecto sobre Comunidades Costeiras de Moçambique. Estamos particularmente gratos a todos os membros das comunidades com quem trabalhámos em Mocímboa da Praia, Quissanga, Metuge e cidade de Pemba, assim como aos seus líderes. Estendemos o nosso obrigado às administrações locais do Estado, bem como às instituições de carácter privado e ONG’s, que compartilharam com a nossa equipa de pesquisa o seu conhecimento. Um agradecimento especial é dirigido a Nocif Magaia, Mohamed Haroon, Sónia Maciel e Acácio Mussa, João Donato e Dinasalda Palolite pela inestimável colaboração. O nosso obrigado vai também para os autores dos capítulos que constam na Parte II deste livro, Chapane Mutiua, João Paulo Borges Coelho e Katharina Hofmann. Ao João Paulo Borges Coelho devemos ainda agradecimentos especiais pelos comentários permanentes ao nosso trabalho, a revisão final do manuscrito e pela partilha de informações e conhecimentos. Por último, mas não menos importante, deixamos um agradecimento aos parceiros do CESAB: MASC - Mecanismos de Apoio à Sociedade Civil; Cooperação Suíça e IBIS, que acreditaram que o nosso projecto era possível, e à FES - Friederich Erbert Stiftung, pelo apoio na publicação do livro, com menção particular a Katharina Hofmann pelo entusiasmo e apoio constante aos estudos sobre o Índico. Bem hajam! 7 Siglas e Acrónimos IIIRGPH2007 Terceiro Recenseamento Geral da População e Habitação de 2007 ADMAR Administração Marítima AWEPA Association of European Parliamentarians with Africa ADNAP Administração Nacional de Pescas BR Boletim da República BRICS Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul CAADP Comprehensive Africa Agriculture Development Programme CAP Comissão de Administração Pesqueira CCG Comité de Co-Gestão CCP Conselho Comunitário de Pesca W CEDA Convenção para a Eliminação de todas as Formas de Discriminação Contra as Mulheres CESAB Centro de Estudos Sociais Aquino de Bragança CIP Centro de Integridade Pública UNCLOS Convenção das Nações Unidas Sobre o Direito do Mar CTV Centro Terra Viva DNEPP Direcção Nacional de Economia e Políticas Pesqueiras DPP Direcção Provincial de Pescas T DUA Direito de Uso e Aproveitamento da Terra EP Escola de Pesca FDD Fundo de Desenvolvimento Distrital FMC Fisheries Monitoring Center LNG Gás Natural Liquefeito HRW Human Rights Watch IDH Índice de Desenvolvimento Humano 9 IDPPE Instituto Nacional de Desenvolvimento de Pesca de Pequena Escala IIP Instituto de Investigação Pesqueira INE Instituto Nacional de Estatística IOTC Indian Ocean Tuna Comission LOLE Lei dos Órgãos Locais do Estado MICOA Ministério para a Coordenação da Acção Ambiental MdP Ministério das Pescas MPD Ministério da Planificação e Desenvolvimento AD NEP Nova Parceria de Desenvolvimento para África ODM Objectivos de Desenvolvimento do Milenio ONG Organização Não-Governamental OSC Organização da Sociedade Civil PARP Plano de Acção para a Redução da Pobreza PARPA Plano de Acção para a Redução da Pobreza Absoluta PDP Plano Director de Pescas PE Plano Estratégico PEDSA Plano Estratégico para o Desenvolvimento do Sector Agrário PERPU Programa Estratégico para a Redução da Pobreza Urbana PES Plano Económico e Social A PESP Plano Estratégico do Subsector de Pesca Artesanal PGEI Política de Género e Estratégias de Implementação PNL Parque Nacional do Limpopo PNQ Parque Nacional das Quirimbas PNUD Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento PPANNCD Projecto de Pesca Artesanal para Norte de Nampula e Cabo Delgado PPABAS Programa de Pesca Artesanal para o Banco de Sofala 10 PQN Plano Quinquenal do Governo PRE Plano de Reestruturação Económica PRES Plano de Reestruturação Económica e Social PROPESCA Projecto de Promoção de Pesca Artesanal REPMAR Regulamento Geral da Pesca Marítima RGPH Recenseamento Geral da População e Habitação RTP Rádio Televisão Portuguesa SADC Southern Africa Development Community (Comunidade de Desenvolvimento da África Austral) SDAE Serviço Distrital de Actividades Económicas SDP Serviço Distrital de Pescas SP Secretário Permanente AP SP Serviços Provinciais de Administação Pesqueira SWIOFP South West Indian Ocean Fisheries Project TcF Trillion cubic feet (triliões de pés cúbicos) – medida usada na exploração do gás natural UDPPE Unidade de Desenvolvimento da Pesca de Pequena Escala WWF World Wildlife, ou Fundo Mundial para a Vida Selvagem 11 Autores e