SUSTENTABILIDADE HÍDRICA DOS MUNICÍPIOS A OCORRÊNCIA DA SECA (2013 a 2015) NA

NOSSA REGIÃO POSSIBILITOU REVER DOIS

CONCEITOS DE GERENCIAMENTO HÍDRICO CONCEITO DE GERENCIAMENTO DA BACIA HIDROGRÁFICA

COM A SECA, OS PREFEITOS FICARAM PRESSIONADOS, INTERESSADOS, CONCIENTIZADOS E DISPOSTOS. POLITICAMENTE, A PRESERVAÇÃO NO MUNICÍPIO PASSOU A SER UM GRANDE FATO POLÍTICO E DE RESULTADO DE BENEFÍCIO PRÓPRIO

RESPONSABILIDADE DO COMITÊ DAS BACIAS HIDROGRÁFICAS DOS RIOS , CAPIVARI E JUNDIAÍ

O COMPROMETIMENTO DOS PREFEITOS RELATIVAMENTE DIFUSO AÇÕES DE RECUPERAÇÃO FÍSICO-HÍDRICA-AMBIENTAIS (PRODUÇÃO DE ÁGUA) DIFUSAS COM EFEITOS E BENEFÍCIOS DIFUSOS

BENEFÍCIOS POLÍTICOS, PRÁTICAMENTE, INEXISTENTES ESQUEMA TRADICIONAL DE CAPTAÇÃO DE ÁGUA DOS MUNICÍPIOS A

RIO B D

C

E ““PPRROOGGRRAAMMAA DDEE SSUUSSTTEENNTTAABBIILLIIDDAADDEE HHÍÍDDRRIICCAA DDOO MMUUNNIICCÍÍPPIIOO DDEE NNOOVVAA OODDEESSSSAA,, SSPP””

Nova Odessa, SP.

Outubro/2014Junho/2013 EQUIPE

AUTORIA Rinaldo de Oliveira Calheiros Centro de ecofisiologia e Biofísica-IAC Avenida Theodureto de A. Camargo 1500--SP Caixa Postal 28 CEP 13075630 Fone (19) 32415674 E-mail: [email protected]

Ricardo Ongaro Companhia de Desenvolvimento de - CODEN Rua Eduardo Leekning, 550, Jardim Bela Vista - Nova Odessa/SP Fone (19) 3476-8500 E-mail [email protected]

SUPERVISÃO

Vereador Vagner Barilon Presidente da Câmara Municipal de Nova Odessa.

IMPORTÂNCIA / JUSTIFICATIVA É SÓ RESPONDER COM SERIEDADE.....

NO CASO DE UMA ESCASSEZ CONFIGURADA EM NOVA ODESSA

NUM PRIMEIRO GRAU DE ESCASSEZ Qual seria o resultado de uma situação de conflito direto entre os três setores consumidores: • ABASTECIMENTO PÚBLICO • INDÚSTRIA • AGRICULTURA

NUM SEGUNDO GRAU DE ESCASSEZ (mais drástico que o primeiro) Garante-se o abastecimento público Corte de água da Indústria e da Agricultura (irrigação)

Quanto ficaria o prejuízo financeiro para a indústria e o município, dois, três, quatro dias de fábricas paradas?

NUM TERCEIRO GRAU DE ESCASSEZ (sem água para abastecimento público) Como seria a administração do caos de uma convulsão social em que não houvesse mais água para atender o abastecimento público comprometendo a dessedentação humana? SITUAÇÃO HÍDRICA DE NOVA ODESSA

ILUSÃO - Ilusoriamente, Nova Odessa poderia considerar-se preservada momentaneamente por não fazer uso dos principais corpos d’água que abastecem os municípios vizinhos. Nova Odessa tem o privilégio de contar com suas represas e cursos d’água dentro do seu território para seu abastecimento. A realidade, no entanto é que nesses últimos anos, tanto a qualidade de suas águas bruta tem decaído significativamente, e com isso os custos com o tratamento tem aumentado, como também os volumes de água efluentes nas represas tem sido cada vez menores.

ALTERNATIVA IMEDIATA - Embora exista a alternativa de captar água do Rio , esta também é a fonte absoluta de abastecimento para muitos outros municípios a montante, remetendo-se o município àquela condição tradicional de dependência hídrica de tudo o que ocorre a montante, descrita acima, quanto à competição, conflitos e disponibilidade limitada pelos usos múltiplos de tantos outros usuários.

ALTERNATIVA MAIS CORRETA (SÓCIO-ECONÔMICA-AMBIENTAL e POLÍTICA)

Projeto de “Programa de Sustentabilidade Hídrica do Município de Nova Odessa”.

EM IDÉIA GERAL

A “Sustentabilidade Hídrica do Município” trata de:

- Executar a revitalização dos mecanismos de “Produção e Proteção da Qualidade da Água”, do próprio município, buscando a Autossuficiência na totalidade ou, pelo menos, em grande parte da sua demanda e;

-Executar o “Plano de Segurança da Água” por meio da proteção dos mananciais de ordem primária ou secundária contra risco de contaminação, atingindo a Seguridade dos Mananciais;

Autossuficiência Hídrica + Seguridade dos Mananciais

=

Autossustentabilidade Hídrica do Município

AÇÕES P/ AUTOSSUFICIÊNCIA, NUM PROJETO AMPLO

URBANA:Urbana: com ações mitigatórias da impermeabilização do solo, destino temporal adequado das águas de chuva, reuso e aplicação de diferentes medidas de proteção quanto à contaminação; e combate à perdas. RURAL:Rural: com reordenamento da distribuição espacial das diferentes coberturas vegetais, restabelecimento de processos produtivos envolvendo medidas mais efetivas e com especificidade de casos no combate ao escorrimento sedimentológico, identificação e mitigação de impactos de fontes de contaminação difusa e, principalmente, ajustes tecnológico no manejo das culturas buscando a minimização da contaminação dos recursos hídricos por matéria orgânica de origem diversa e de produtos químicos relacionados aos herbicidas e agrodefensivos. INDUSTRIAL:Industrial: Melhoria da eficiência do uso da água nos processos produtivos, proibição ou minimização de reuso que apresentem taxas significativas de Uso Consuntivo, melhoria na qualidade dos seus efluentes. AÇÕES P/ AUTO-SUSTENTABILIDADE.

Trata-se da análise criteriosa de identificação de elementos de risco de contaminação e daqueles de comprometimento físico e químico, em todo o contorno do município, sua “Classificação de Potencial de Risco”, bem como a proposição e aplicação de ações mitigatórias com a conseqüente promoção da seguridade dos mananciais. Além da ação quanto aos principais agentes poluidores/elementos de risco à hidrologia, essa ação permite estabelecimento de “Planos Emergenciais à Ocorrência de Acidentes Hidrológicos” que 99% dos municípios, em todo o Brasil, não possui. NOVA ODESSA - Área de 73 km² e População 45.625 mil hab. EXEMPLIFICAÇÃO DE ALGUMAS DAS AÇÕES PREVISTAS NO “PROGRAMA DE SUSTENTABILIDADE HÍDRICA DO MUNICÍPÍO DE NOVA ODESSA”

DISPONIBILIDADE HÍDRICA DO MUNICÍPIO

• SistemaSistema Lopes Lopes - cerca é de decerca 700 de mil 700 m3 mil= 26% m3.

• SistemaSistema Recanto Recanto - cerca é de dequase 2 milhões 2 milhões m3 = 74% de m3.

EXEMPLO DE AÇÃO DE AUTOSSUFICIÊNCIA

Rio Atibaia

Represas Recanto I, II e III Represa dos Lopes II

Figura Rio Atibaia

Americana Captação Alternativa

S. B do Oeste Represa Dos Lopes II

Represa Recanto I, II e III

Fotografia aérea das represas-mananciais evidenciando os seus contornos. Fotografia aérea das represas-mananciais Recanto I, II e III evidenciando suas Nascentes.

USINA FURLAN

Nascentes Diagnóstico: O conjunto de represas-mananciais Recanto I, II e III acha-se:

•Assoreada, tendo, como conseqüência disso maior área de espelhamento da água e, com isso, maior perda por evaporação diminuindo a disponibilidade hídrica final para distribuição e consumo; • Em processo crescente de eutrofização, resultando em, cada vez mais, difícil manejo da vegetação aquática o que promove uma maior perda por transpiração diminuindo a disponibilidade hídrica final para distribuição e consumo e decréscimo na qualidade da água; •Com sua vazão de alimentação em significativo processo de diminuição dado às degradações físico-hídricas da área de contorno que promovem a impermeabilização dos solos resultando em menor recarga das águas subterrâneas com a conseqüente diminuição da vazão das nascentes bem como do fluxo de base (surgência direta na represa); •Com a qualidade da água diminuindo, causada pelo maior teor de sedimentos, sólidos gerais em suspensão e teores elevados de matéria orgânica, resultando em água bruta de baixa qualidade, maior custo no tratamento físico e químico, aumento da taxa de formação de trialometanos tendendo à um aumento de incidência de câncer na população; •Com a qualidade de água diminuindo significativamente, causada pelo aumento de elementos químicos resultante, muito provavelmente, do manejo e de praticas agrícolas inadequadas realizadas no contorno, notadamente na área que corresponde à bacia de captação das nascentes que alimentam as represas resultando baixa qualidade da água, maior custo no tratamento, aparecimento de elementos tóxicos à população.

EXEMPLO DE AÇÃO NO “PLANO DE SEGURANÇA DA ÁGUA DE

NOVA ODESSA”.

Rio Atibaia

Represas Recanto I, II e III Represa dos Lopes II

Figura Pedágio

Represa dos Lopes II

CONTÔRNO DO MANANCIAL REPRESA DOS LOPES II E SUAS NASCENTES DE CABECEIRA COTAS PLANIALTIMÉTRICAS DO TERRENO NO CONTÔRNO DO MANANCIAL LOPES II

637

616 Pedágio 600 598

631

622 614

631 568

617

613 633 FLUXO DO PRODUTO QUÍMICO CONTAMINANTE NUM EVENTUAL ACIDENTE COM CAMINHÃO DE CARGA PERIGOSA.

637

616 Pedágio 600 598

631

622 614

631 568

617

613 633 AÇÕES PARA INICIO DO PROGRAMA, DE IMEDIATO

•Entendimentos e sensibilização dos Órgãos Ambientais e Promotoria Pública;

•Implementação já da Equipe de Campo de Recuperação Hídrica (Permite mostrar p/ a população que o Executivo já está fazendo sua parte – Dota o Programa de credibilidade pública);

•Reunião conjunta com as Secretarias potencialmente envolvidas (Chamamento para adesão e verbalização da importância da contribuição – É um Projeto Conjunto e de Todos);

•Solenidade de lançamento do Programa de Sustentabilidade Hídrica de Nova Odessa, SP – Treinamento teórico e Prático da Equipe de Campo de Recuperação Hídrica + Sociedade;

•Criação de um áudio-visual e treinamento de difusores para realizarem palestra na rede pública de ensino municipal (Criação do “Ambiente” de adoção do Programa);

•Divulgação simples mas direta do Programa c/ cartazes, faixas, entrevistas de rádio, etc. (Com participação dos Secretários, inclusive);

•Período de execução inicial: IMPORTÂNCIA POLÍTICA

A implementação do “Programa de Sustentabilidade Hídrica do Município” permite a promoção de Nova Odessa como o primeiro município no Brasil a possuir a condição verdadeira de “Hidrológicamente Sustentável” . Esse conceito inclui o conceito de “Município hidrológicamente Autossuficiente”. ITATIBA ATÉ QUANDO???

Entorno - Municípios que compõem a RMC, além da Sede Campinas: Americana, , Cosmópolis, , , Hortolândia, , Itatiba, Jaguariúna, Monte-Mor, Nova Odessa, Paulínia, Pedreira, Santa Bárbara D’oeste, Santo Antônio de Posse, Sumaré, e .

CÁLCULO DA AUTOSSUFICIÊNCIA HÍDRICA 7% Perda evaporação 100% 10% = 4,2 mm 1 60,0 mm Interceptação pela 2 Cobertura do solo em 2 hs. ( Planta e Mat. Inertes) = 6 mm

3% 3 60% O que entra na Escorrimento Transpiração = 36 mm superfície do superficial = 1,8 mm

solo = 54mm

4 7% Escorrimento Sub-superficial = 4,2 mm

Porcentagem da água que sai na nascente em relação à lâmina que penetra na superfície do solo

Porc. Nasc. = 54,0 - 100 18,0 (4,2 +13,8) - x = 33,3 %

COM BASE NO DESTINO DAS ÁGUAS DA CHUVA EM UMA BACIA HIDROGRÁFICA BEM PRESERVADA COM BASE NA AUTOSSUFICIÊNCIA HÍDRICA DE NOVA ODESSA

NOVA ODESSA (Precipitação Pluviométrica 1.317,1 mm/ano )

População: 52.000 hab. Área do município: 62 km2 Densidade Populacional: 633,38 hab./km2

1 km2 - 100 ha 62 km2 – x 6.200 ha

Índ.de Sustentab. Hídrica de N. Odessa: 52000 hab./ 6200 ha = 8,38 hab./ ha DIMENSÕES E DELIMITAÇÃO DA MICROBACIA HIDROGRÁFICA DO RECANTO Recanto 1

Recanto 2

3,03km Recanto 3 5,95km

4,73km Aproximadamente 870 ha

LIMITE DA MICROBACIA DIMENSÕES E DELIMITAÇÃO DA MICROBACIA HIDROGRÁFICA DOS LOPES LIMITE DA MICROBACIA

2,22 km

4,96 km 1,80 km

Aproximadamente 996 ha COM BASE NA AUTOSSUFICIÊNCIA HÍDRICA DE NOVA ODESSA

NOVA ODESSA

População: 52.000 hab. Área de captação: 9,96 km2 (Sist. Represa Lopes) + 8,67 km2 (Sist. Represa Recanto) = 18,7 km2

Índ.de Sustentab. Hídrica de N. Odessa: 52000 hab./ 1863 ha = 28 hab./ ha DENSIDADE POPULACIONAL DOS MUNICÍPIOS DA RMC (Índice de Sustentabilidade Hídrica)

Índice Base Nova Odessa: Área de Captação (28,00 hab./ ha) Área do Município (8,38 hab./ ha)

Município População Área Área Densidade Km2 Ha Populacional

Morungaba 12.374 146,75 14.675,00 0,843 Santo A. da Posse 21.561 154,13 15.413,00 1,399 Engenheiro Coelho 17.772 109,94 10.994,00 1,617 Holambra 12.678 65,58 6.558,00 1,933 Monte Mor 53.151 240,57 24.057,00 2,209 Artur Nogueira 47.893 178,03 17.803,00 2,690 Itatiba 108.484 322,28 32.228,00 3,366 Jaguariúna 49.074 141,39 14.139,00 3,471 Pedreira 43.693 108,82 10.882,00 4,015 Cosmópolis 63.942 154,67 15.467,00 4,134 Paulínia 92.231 138,78 13.878,00 6,646 Santa Barbara 183.720 271,03 27.103,00 6,779 Indaiatuba 220.762 311,55 31.155,00 7,086 Valinhos 115.258 148,54 14.854,00 7,759 Vinhedo 69.449 81,6 8.160,00 8,511 Campinas 1.123.241 794,57 79.457,00 14,136 Americana 220.545 133,91 13.391,00 16,470 Sumaré 258.801 153,47 15.347,00 16,863 Hortolândia 207.665 62,42 6.242,00 33,269

RMC 2.976.433 3.791,79 379.179,00 7,850