Quinta-feira, 27/05/2021 Boletim Nº449

BOLETIM COVID-19 – COMUNICAÇÃO SES-PE

A Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) registrou, nesta quinta-feira (27/05), 2.527 casos da Covid-19. Entre os confirmados hoje, 94 (4%) são casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e 2.433 (96%) são leves. Agora, totaliza 472.590 casos confirmados da doença, sendo 44.072 graves e 428.518 leves, que estão distribuídos por todos os 184 municípios pernambucanos, além do arquipélago de . Além disso, o boletim registra um total de 397.051 pacientes recuperados da doença. Destes, 25.596 eram pacientes graves, que necessitaram de internamento hospitalar, e 371.455 eram casos leves. Também foram confirmados laboratorialmente 71 novos óbitos (40 femininos e 31 masculinos), ocorridos entre os dias 23/09/2020 e 26/05/2021. As novas mortes são de pessoas residentes dos municípios de Abreu e Lima (1), Barreiros (1), Belo Jardim (1), (1), (2), (1), (1), (1), Gravatá (2), (1), Jaboatão dos Guararapes (11), João Alfredo (1), Lajedo (1), (1), Moreno (1), (7), (2), Pedra (1), (1), Poção (1), (24), São Caitano (2), (1), (1), (2), (1) e Vertente do Lério (1). Com isso, o Estado totaliza 15.595 mortes pela doença. Os pacientes tinham idades entre 23 e 96 anos. As faixas etárias são: 20 a 29 (3), 30 a 39 (4), 40 a 49 (9), 50 a 59 (12), 60 a 69 (17), 70 a 79 (15), 80 ou mais (11). Do total, 50 tinham doenças preexistentes: diabetes (23), doença cardiovascular (18), hipertensão (18), obesidade (8), doença renal (7), doença respiratória/histórico de doença respiratória (6), câncer (6), tabagismo/histórico de tabagismo (5), histórico de AVC (4), etilismo (3), doença de Alzheimer (2), doença hepática (1), doença multissistêmica (1), doença autoimune (1) e imunossupressão (1) - um paciente pode ter mais de uma comorbidade. Três não tinham comorbidades e os demais seguem em investigação. Com relação à testagem dos profissionais de saúde com sintomas de gripe, em Pernambuco, até agora, 29.520 casos foram confirmados e 51.247 descartados. As testagens entre os trabalhadores do setor abrangem os profissionais de todas as unidades de saúde, sejam da rede pública (estadual e municipal) ou privada. O Governo de Pernambuco foi o primeiro do país a criar um protocolo para testar e afastar os profissionais da área da saúde com sintomas gripais.

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OXIGÊNIO - O Governo de Pernambuco, por meio da Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE), começou a enviar, nesta quinta-feira (27/05), 149 concentradores de oxigênio para cidades pernambucanas com o objetivo de auxiliar os gestores municipais na qualificação da assistência à Covid-19. Ao todo, 44 cidades serão beneficiadas, sendo 29 do Agreste, para onde serão enviados 99 concentradores. A destinação dos equipamentos foi discutida com os gestores municipais em reunião na última quarta-feira (26/05) e pactuada na Comissão Intergestora Bipartite (CIB) na manhã de hoje. Os concentradores de oxigênio filtram o ar do ambiente e fornecem apenas o oxigênio puro (5 litros por minuto) para o paciente. Com isso, o equipamento pode substituir os cilindros de oxigênio, que precisam ser preenchidos constantemente por uma empresa que forneça gases medicinais. "Os concentradores podem ser destinados aos pacientes que precisam fazer uso de cateter nasal, garantindo a mesma assistência que seria dada com o uso do cilindro. O Governo de Pernambuco tem garantido o fornecimento de oxigênio nas unidades da rede estadual, destinada aos casos mais graves, e também estamos atentos para auxiliar como for possível os municípios, possibilitando que os casos leves possam ser absorvidos nos serviços municipais", disse o secretário estadual de Saúde, André Longo. Questionado sobre uma possível falta de oxigênio no Estado, Longo ressaltou que não há risco de desabastecimento. "Estamos trabalhando em conjunto com os municípios pernambucanos, porque os problemas dos municípios são problemas do Estado. Mas quero deixar claro que não há risco de desabastecimento sistêmico de oxigênio em Pernambuco. Os municípios e unidades que têm tanques de O2 não têm o que temer. Inclusive temos plantas industriais em Pernambuco, que são responsáveis pelo abastecimento de oxigênio de outros Estados do Nordeste. O problema relatado por alguns municípios está na logística de reabastecimento de cilindros de O2. Neste sentido, oficiamos o MPPE, porque há indícios de interesses comerciais por trás de algumas dificuldades dos municípios", também destacou o gestor. Além dessa oferta de concentradores de oxigênio, já foi realizado contato com o Ministério da Saúde solicitando mais 500 concentradores, também para distribuição entre os municípios pernambucanos. Os municípios que vão receber os equipamentos do Governo do Estado são: Araçoiaba (1), Feira Nova (3), João Alfredo (2), (2), Orobó (3), Surubim (9), Vicência (3), (3), Catende (2), Escada (5), Primavera (2), (7), (2), Altinho (3), Belo Jardim (4), Bezerros (8), Bonito (2), (3), Cachoeirinha (3), Camocim de São Félix (2), Cupira (3), (2), Jataúba (3), (2), Pesqueira (4), (2), Sairé (2), (5), Santa Maria do Cambucá (2), São Bento do Una (7), São Caitano (3), São Joaquim do Monte (2), (7), (3), (4), (4), São João (3), Saloá (3), Buíque (2), Custódia (5), Inajá (2), (2), São José do Egito (6) e (2).

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CENÁRIO EPIDEMIOLÓGICO - Os últimos indicadores epidemiológicos apontam que o Agreste de Pernambuco vivencia, atualmente, o seu pior momento de toda a pandemia da Covid-19. Em análise dos indicadores epidemiológicos da última semana e dos 15 dias anteriores, divulgada nesta quinta-feira (27/05), a 2ª macrorregião de Saúde registrou um aumento de 35% em apenas uma semana e de 55% em 15 dias nas solicitações de vagas de UTI para pacientes suspeitos ou confirmados para a doença na região. O cenário na localidade já está repercutindo, inclusive, nas outras macrorregiões. Enquanto o Agreste registrou aumento de 35% e 55% nos pedidos de vagas de terapia intensiva na última semana e nos últimos 15 dias, o Estado inteiro notificou, no mesmo período, crescimento de 15% e 18% nas solicitações, respectivamente. “O Agreste vive, hoje, seu pior momento em toda pandemia, passando por uma situação de extrema gravidade. Nenhum sistema de saúde consegue suportar a velocidade de crescimento de demanda que observamos na região nesta última semana. A saturação da rede de saúde por lá já está repercutindo para as outras macrorregiões, gerando uma fila crescente na solicitação de vagas nos serviços”, alertou o secretário estadual, André Longo, durante coletiva de imprensa online na tarde de hoje. As análises epidemiológicas apontam, ainda, que, em relação aos casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG), Pernambuco teve um aumento de 17% nas notificações em uma semana e de 22,5% em 15 dias. No mesmo período, a 2ª macrorregião de Saúde registrou aumento de 20% e 48%, respectivamente. O secretário falou, ainda, que o Governo de Pernambuco também está atento à situação da Região Metropolitana e da Zona da Mata, já que a I Macrorregião de Saúde, em uma escala menor, também registrou dados preocupantes, com aumento de 9% nas solicitações de UTI em uma semana e de 9,8% em 15 dias. Além de crescimento de 15% e 16,7% nas notificações de SRAG em uma semana e 15 dias, respectivamente. Longo lembrou que, além de respeito às medidas restritivas, é preciso uma mudança de comportamento da população. “Infelizmente, não aprendemos a conviver bem com o vírus. Até “rave” foi registrada no final de semana. E é por atitudes irresponsáveis como estas que voltamos a ter aceleração da doença. Precisamos reverter esta situação, o que só será possível com o engajamento e conscientização de todos. O curso da pandemia está em nossas mãos. Vocês podem contar com o trabalho diuturno do Governo de Pernambuco para salvar o máximo de vidas possíveis. E não hesitaremos em ampliar as medidas restritivas, se necessário. Nossas atitudes serão determinantes para o futuro e o controle da pandemia”, alertou. VACINAÇÃO - Além de avançar na imunização de todos os grupos prioritários inclusos nos planos nacional e estadual de imunização contra a Covid-19, Pernambuco também vai começar a proteção da população em geral por idade, começando com aqueles que têm 59 anos e ampliando de acordo com a disponibilidade de vacinas e o público

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de cada cidade. A decisão foi anunciada pelo governador Paulo Câmara e balizada por pactuação com os secretários municipais de Saúde na Comissão Intergestores Bipartite (CIB) e pelo Comitê Técnico Estadual para Acompanhamento da Vacinação contra a Covid-19. "Essa nova estratégia deve ser implementada em paralelo aos demais grupos já contemplados. Hoje, notamos uma lentidão na vacinação de alguns grupos, principalmente das pessoas com comorbidades e com deficiência. No atual momento epidemiológico, não podemos deixar primeiras doses paradas. Isso não é prudente. Então, diante da baixa procura, e também das expectativas de chegada semanal do insumo, podemos avançar para os demais essenciais inclusos no plano e já iniciar os adultos com 59 anos", frisou o secretário estadual de Saúde, André Longo. Até o momento, já foram recebidas cerca de 590 mil vacinas para o grupo de comorbidades e pessoas com deficiência. Contudo, foram vacinados 181 mil. Para se ter uma ideia, juntando os essenciais que faltam e os adultos com 59 anos, somam-se em torno de 480 mil pessoas. "Não podemos dizer exatamente o que cada município irá implementar, já que há um cenário heterogêneo dos grupos em cada um e a operacionalização é do gestor municipal. Mas, de acordo com a realidade local, cada gestor poderá criar sua estratégia a partir da decisão em CIB. Esse é mais um passo responsável para imunizar o público. Mas reforço que esse avanço deve ser feito exclusivamente com doses destinadas a primeira aplicação e concomitante aos outros grupos já beneficiados. As segundas doses devem ser utilizadas apenas com essa finalidade", destacou Longo. O secretário ainda baseou a decisão de incluir os adultos com 59 anos e decrescendo para outras idades pelo fato de hoje, 25% dos leitos de UTI estarem ocupados com pessoas entre 50 e 59 anos. "Com a vacinação dos idosos, estamos notando um menor adoecimento dos que têm mais de 60 anos e mais casos entre os adultos jovens. Alargando a faixa etária, vamos ampliar a proteção e salvar mais vidas", pontuou. "Fique atento ao cronograma da sua cidade e, se chegou a sua vez, não deixe de tomar a vacina. Este é um direito seu", ratificou. Concomitantemente, os municípios devem criar estratégias para fazer a busca ativa dos grupos já contemplados, principalmente as pessoas com comorbidades e deficiência, além das gestantes e puérperas, para garantir a proteção dessas pessoas. "A gente quer avançar, mas também precisamos cuidar dessas pessoas", disse o secretário. Também é indispensável organizar todo o processo de vacinação, para evitar aglomeração e transtorno à população. BALANÇO DA VACINAÇÃO - Pernambuco já aplicou 2.656.224 doses da vacina contra a Covid-19, das quais 1.751.942 foram primeiras doses. Ao todo, foram feitas a primeira dose em 273.948 trabalhadores de saúde; 25.497 povos indígenas aldeados; 40.841 em comunidades quilombolas; 7.614 idosos em Instituições de Longa Permanência; 584.831 idosos de 60 a 69 anos; 394.345 idosos de 70 a 79 anos; 106.384 idosos de 80

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a 84 anos; 89.953 idosos a partir de 85 anos; 1.327 pessoas com deficiência institucionalizadas; 10.277 trabalhadores das forças de segurança e salvamento; 181.781 pessoas com comorbidades; 8.556 pessoas com deficiência permanente; 26.588 gestantes e puérperas. Em relação à segunda dose, já foram beneficiados 212.678 trabalhadores de saúde; 24.964 povos indígenas aldeados; 1.188 em comunidades quilombolas; 5.515 idosos institucionalizados; 240.584 idosos de 60 a 69 anos; 299.832 idosos de 70 a 79 anos; 52.934 idosos de 80 a 84 anos; 61.131 idosos a partir de 85 anos, 1.145 pessoas com deficiência institucionalizadas; 4.311 trabalhadores das forças de segurança e salvamento; totalizando 904.282 pessoas que já finalizaram o esquema.

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NÚMEROS - COVID-19

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