1 Lideranças Políticas No Brasil

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1 Lideranças Políticas No Brasil LIDERANÇAS POLÍTICAS NO BRASIL: CARACTERÍSTICAS E QUESTÕES INSTITUCIONAIS Prof.ª Dr.ª Vera Lúcia Michalany Chaia. PUC-SP- 2012 RESUMO: O líder político personifica os interesses políticos em disputa, em torno de sua figura são construídas as relações de poder. A liderança política pode ser exercida de diversas formas e assumir diferentes formatos, o que coloca em debate o significado e o papel da liderança política. Nas disputas políticas nas sociedades democráticas, ou mesmo em sociedades não democráticas, a figura do líder político é expressiva dentro dos processos políticos contemporâneos, pois canalizam as ações políticas e conduzem as operações e negociações políticas e econômicas. Tendo por base a nossa experiência teórica e metodológica adquirida através de estudos e orientações de teses e dissertações, a preocupação da presente pesquisa é a de aprofundar o tema das lideranças políticas no Brasil, recuperando historicamente o surgimento dessas lideranças, problematizando o seu significado e buscando compreender o sentido histórico e as características pessoais desses líderes. Para a análise das lideranças propostas neste projeto, serão realizados mapeamentos que respeitem o período histórico, as mídias respectivamente disponíveis em cada período e as relações destas com os líderes, de modo que investigaremos as produções audiovisuais e textuais presentes em jornais governamentais ou independentes, revistas, arquivos radiofônicos e televisivos, filmes, blogs, sites e redes sociais. Esta análise é sugerida a fim de que seja possível avaliar o desenvolvimento das mídias e a constituição da imagem de lideranças políticas no país. Serão enfatizadas possíveis imagens que elucidam a forma como atores políticos empregaram os meios de comunicação para afirmarem a sua condição de líderes e suas ações políticas. 1 Political leadership in Brazil: characteristics and institutional issues Prof.ª Dr.ª Vera Lúcia Michalany Chaia. PUC-SP - 2012 ABSTRACT; The political leader embodies the political interests in dispute, around his image are built the political relations. Political leadership can be exerted on many forms and assume different shapes, what puts on debate the meaning and role of political leadership. On the political disputes on democratic societies, or even on non-democratic societies, the political leader is expressive inside the contemporary political processes, because they canalize the political actions and conduct the political and economic operations and negotiations. Having our theoretical and methodological experience acquired through studies, theses and dissertations orientation as a base, we expand the concern on this research to deepen the theme of political leadership, recovering the historical appearance of these brazilians leaders, questioning their signification and trying to understand their historical meaning and the personal characteristics of these leaders. To analyze the leaders proposed on this project, will be done mappings that respect the historical period, the medias available in each period and their relation with these leaders, in a way that we will investigate the audiovisual and textual productions presented in government or independent newspapers, magazines, files from radios and televisions, movies, blogs, websites and social networks. This analysis is suggested so it is possible to evaluate media development and image construction of the political leaders in Brazil. Possible images that elucidate the way that political actors applied the means of communication to affirm their condition as leaders and their political actions will be emphasized. 2 PROJETO LIDERANÇAS POLÍTICAS NO BRASIL: CARACTERÍSTICAS E QUESTÕES INSTITUCIONAIS 1. Enunciado do problema. Podemos situar um problema recorrente no pensamento político, em que pese distintas épocas históricas, diferenças metodológicas e resoluções, é o da qualidade da liderança política e das instituições que a sustentam. A relação entre estas dimensões traduz-se ora priorizando o elemento humano, ora o arranjo institucional. Até mesmo este último não exclui o seu início desencadeado pela ação de sujeitos coletivos ou indivíduos, com dotes políticos ou pessoais que os distinguem. Vale lembrarmos o pensamento político de Max Weber que ressoa o de Maquiavel no que tange a valorização da liderança política, particularmente o líder carismático, na irrupção de novas relações políticas. Para sermos mais precisos, é necessário distinguir o exercício do poder de suas regras e suas normatividades. Assim sendo, a política compreende as práticas que envolvem um complexo jogo político entre as normas, regras e leis, exigindo daqueles que jogam este jogo uma relação consigo e com os outros. De um homem político sempre se exigiu que seus interesses particulares não sobrepujassem os públicos. A confiança maior ou menor no homem, um misto de paixões e razão, faz pender a análise seja para a formação (isto é, a educação dos governantes), seja para as estruturas políticas. Por sua vez, as circunstâncias históricas, em que sobrevêm acasos e contingências que favoreçam ou não um desenrolar político não dispensam as qualidades dos agentes em perscrutar o momento oportuno traduzível em ação. Maquiavel definiu a política como resultante da relação entre a fortuna e a virtù. E esta última não é uma qualidade moral que se oponha ao vício e que se possa ensinar, mas uma capacidade de agir, segundo uma plasticidade que leve em conta a realidade política na sua mutabilidade no tempo. Até mesmo nos pensadores finalistas, a saber, que situam a sociedade e a política segundo um fim último, a realização deste requer o agir de um agente cioso dessa finalidade. É o caso, por exemplo, do destaque dado ao legislador no pensamento de Aristóteles, embora este autor seja responsável pela mais clássica defesa do governo das leis em detrimento do governo dos homens 1. Segundo ele, enquanto os homens se deixam influenciar pelas paixões, a lei é inteligência, ou seja, razão sem paixão. 1 ARISTÓTELES. Política. Brasília:Editora UNB, 1985. 1286b e 1287b, pp. 112 e 115 3 Essa idéia ressoa no pensamento moderno de autores liberais como J. Locke e Montesquieu e, também, do democrata Rousseau. Recuando até a antiguidade grega, particularmente o período clássico, em que a democracia configurou-se na forma de governo, constata-se, segundo as pesquisas de Foucault 2, um ajuste entre as condições formais, ou seja, o arranjo institucional e o seu exercício de fato que se baseia na ascendência de alguns cidadãos. O autor se refere não à condição restrita do acesso à cidadania aos homens naturais da localidade em que a democracia vige, mas, dentre aqueles que possuem o direito de cidadania, uns possuem a dinasteía, a saber, o comando sobre os outros. Tal primazia no comando deriva além de um direito constitucional conferido a todos os cidadãos de tomarem a palavra (isegoria); existe, de fato, um privilégio ao uso da palavra com base em um certo modo de exercê-la, o poder pelo dizer a verdade, a despeito dos riscos que isso possa acarretar àqueles que a pronunciam. A esse poder de alguns se utiliza o termo parresía. Em suma, na democracia antiga o poder político se exerce pela confluência de dois direitos, um constitucional, a isegoria e outro, de fato, a parresía. O sentido político deste último termo está ligado a três componentes inseparáveis: o direito constitucional à palavra, isegoria; exercício efetivo do poder, a dynamis; o risco e a coragem daquele que faz uso da palavra franca ou verdadeira. A superioridade de um homem, vinculada a parresía, se dá em meio a uma relação política com outros homens marcada pela discórdia, rivalidade e conflito, uma relação agonística. Assim, dirigir a pólis numa circunstância de superioridade, em que se está em disputa constante com os outros, coloca esta posição de dirigente em risco. O pensamento político sempre esteve às voltas com o problema da estabilidade política. A maioria dos pensadores antigos, modernos e contemporâneos elegeu a estabilidade política como seu problema prioritário e buscou solucioná-lo seja nas instituições, nos homens ou em ambos, além de determinadas configurações estruturais da sociedade que as sustentam. A democracia política enunciada pelo discurso que assume a hegemonia na atualidade se reduz ao conjunto de regras ou procedimento que assegurem a livre competição para os cargos públicos. Porém, a ação dos competidores, embora regulada por partidos políticos, não dispensa o carisma e a habilidade pessoal na disputa pelos postos de governo majoritário e de representação proporcional. 2 FOUCAULT, Michel. O governo de si e dos outros. São Paulo: Martins Fontes, 2010. cf. “aula de 02 de fevereiro de 1983”, pp. 139 a 170. 4 Desta forma, a análise da atuação das lideranças políticas na atualidade não pode dispensar um vigoroso pensamento político que animou os distintos momentos da história política do Ocidente, seja na antiguidade greco-romana, modernidade ou contemporaneidade. A consolidação do sistema democrático no Brasil e na maior parte dos Países ocidentais traz para a agenda da Ciência Política novos temas e desafios. A disputa pelo poder político, legitimada por eleições majoritárias, destaca o papel do representante político como meio de expressão do governo democrático representativo. Nesse contexto, a liderança política ganha uma dimensão essencial dentro do jogo eleitoral. O líder político personifica os interesses em disputa, em torno de sua figura são construídas as relações de poder. A liderança política pode ser exercida
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