Laurence Equilbey e a nova La Seine Musicale • Editor’s choice: os melhores CDs

u DEZEMBRo 2017

r$ 16,90

Guia mensal de música clássica www.concerto.com.br ISSN 1413-2052 - ANO XXIII Nº 245 1413-2052 ISSN João Marcos Coelho A compositora Kaija Saariaho

Jorge Coli Duas notas musicais

Júlio Medaglia Arturo Toscanini

FERMATA “Aprendiz de maestro” festeja 15 anos

descobertas musicais Projetos apostam na música de câmara como ferramenta para a formação de novos – e diferentes – músicos

ABEL ROCHA TEMPORADAS 2018 Novo diretor artístico da Oficina de Mozarteum Brasileiro, Tucca, Petrobras Música de Curitiba fala de seus planos Sinfônica e SP Companhia de Dança

u EDITORIAL

Prezado leitor, “Descobertas musicais” é o título da matéria de capa desta edição da Revista CONCERTO. O editor executivo João Luiz Sampaio relata sobre projetos de música de câmara de grupos do Instituto Baccarelli, da Orquestra Jovem de São Paulo e do Neojiba da Bahia, que auxiliam uma formação mais ampla e consistente dos jovens estudantes. É sabido que não há orquestras suficientes para absorver a quantidade de músicos que estão em fase de formação; assim, é auspicioso que as instituições de ensino ofereçam aberturas para uma diversificação e uma maior inserção social da atividade musical clássica. Como anunciado na edição do mês passado, a Oficina de Música de Curitiba, após o atribulado cancelamento deste ano, será retomada em 2018. O evento acontecerá entre os dias 27 de janeiro e 8 de fevereiro, e o entrevistado do mês nesta edição da Revista Foto: quarteto de cordas do instituto baccarelli no choque cultural, em são paulo CONCERTO é o maestro Abel Rocha, novo diretor artístico da área de música clássica. [revista concerto / anthony kunze] Um dos mais destacados maestros brasileiros da atualidade, diretor da Orquestra Sinfônica de Santo André e ex-diretor artístico do Theatro Municipal de São Paulo, Abel Rocha fala de seus planos para a Oficina de Música de Curitiba e de seus projetos em Santo André. COLABORARAM NESTA EDIÇÃO Camila Frésca, jornalista e pesquisadora Após a divulgação das temporadas da Osesp, da Cultura Artística e da Filarmônica de Minas Gerais em edições anteriores (todas ainda com assinaturas disponíveis, veja detalhes Irineu Franco Perpetuo, jornalista e crítico musical na página 7), apresentamos as séries do Mozarteum Brasileiro, da Orquestra Petrobras João Luiz Sampaio, jornalista Sinfônica, da Tucca e da São Paulo Companhia de Dança. Neste momento de depressão e crítico musical da atividade cultural, essas temporadas ganham importância redobrada, ainda mais João Marcos Coelho, jornalista considerando as atrações de excelência. e crítico musical Enquanto no Brasil autoridades e governantes ainda tendem a perceber a cultura, e Jorge Coli, professor e crítico musical especialmente a música clássica, como artigo de luxo dispensável (basta ver que números Júlio Medaglia, maestro oficiais publicados no site da Secretaria de Cultura do estado de São Paulo apontam cortes de mais de 40% nos repasses para a área da cultura nos últimos anos!), em outros países seguem grandes os incentivos – com vultuosos investimentos financeiros – para a injeção e a infiltração da música e da cultura no seio da sociedade. Prova disso é que nos últimos anos foram inaugurados ambiciosos centros culturais e teatros na Europa – como a Philharmonie em , a Elbphilharmonie em Hamburgo e a Sala Pierre Boulez em Berlim –, os quais buscam dar nova relevância à atividade cultural, com grande e positivo impacto social, urbanístico e econômico. A matéria de nossa parceira inglesa Gramophone que publicamos nesta edição apresenta La Seine Musicale, novo teatro parisiense que abriga a Insula Orchestra da maestrina Laurence Equilbey. Leia ainda nesta edição a escolha do editor da Gramophone para os melhores CDs memória musical e DVDs do mercado fonográfico internacional, a seção Lançamentos sobre as novidades Há 20 anos na Revista CONCERTO no mercado brasileiro e os textos de nossos colunistas Jorge Coli, João Marcos Coelho e Júlio Medaglia. A seção Acontece reporta sobre a iniciativa inédita de reunião dos Em Conversa: , organismos musicais da USP para concertos na Sala São Paulo, a seção Palco foca na pianista versão de A canção da terra, de Mahler, que será dirigida pelo japonês Yoshi Oida no Sesc “Piazzolla deixa em suas partituras bastante espaço para a improvisação. Quando digo Pinheiros, e Fermata conta sobre os 15 anos da merecida história de sucesso da série que ele dá espaço para interpretações “Aprendiz de maestro”, da Tucca. diferentes, não estou me referindo só à dinâmica e à agógica daquilo que Roteiro Musical Consulte o ilustrado da Revista CONCERTO, com dezenas de está escrito, mas sobretudo a uma certa atrações em todo o Brasil. Em São Paulo, o Theatro São Pedro encerra a temporada lírica liberdade para o intérprete ir utilizando com La belle Hélène, de Offenbach, e o Theatro Municipal anuncia a montagem de A flauta aquele arcabouço de forma livre. A música mágica (ainda sem elenco confirmado no fechamento desta edição). só foi começando a ficar muito amarrada a partir do classicismo. Beethoven já escrevia, Desejamos a todos Boas Festas e um ótimo mês musical! em suas partituras, as improvisações, mas acho que os músicos barrocos normais, que trabalhavam e comiam na cozinha, eram mais completos do que os grandes virtuoses do século XIX.” Roteiro Musical de dezembro de 1997 • Ópera Fidelio, de Beethoven, é encenada no Theatro Municipal de São Paulo • Aida, de Verdi, é apresentada no Ginásio do Ibirapuera Nelson Rubens Kunze • Osesp apresenta Oratório de Natal, diretor-editor de Bach, no Mosteiro de São Bento

2 Dezembro 2017 CONCERTO

u ÍNDICE @RevistaConcerto ConcertoRevista concerto.com.br

u dezembro 2017 nº 245

2 Editorial

4 Cartas

24 12 6 Contraponto As notícias do mundo musical

7 Temporadas 2018 Conheça as programações do Mozarteum Brasileiro, da Orquestra Petrobras Sinfônica, da São Paulo Companhia de Dança e da Série Tucca Concertos Internacionais

10 Atrás da Pauta 48 Os 150 anos do maestro Arturo Toscanini, por Júlio Medaglia 12 Em Conversa O maestro Abel Rocha fala de seus planos para a Oficina de Música de Curitiba, por Camila Frésca

14 Notas Soltas Il guarany, de Carlos Gomes, e Macbeth, de Verdi, por Jorge Coli

16 Acontece Grupos da USP se reúnem para concertos na Sala São Paulo

22 Música Viva 7 A compositora Kaija Saariaho, por João Marcos Coelho 24 Capa Projetos apostam na música de câmara como ferramenta para a formação de músicos, por João Luiz Sampaio

28 Palco Diretor japonês Yoshi Oida apresenta espetáculo com versão para A canção da terra, de Gustav Mahler

29 Abertura Roteiro Musical Destaques da programação musical no Brasil 18 30 Roteiro Musical São Paulo 38 Roteiro Musical

42 Roteiro Musical Brasil

48 Lançamentos de CDs e DVDs Consulte os novos lançamentos e os títulos à venda Uma seleção exclusiva do melhor da revista Gramophone 50 Livros

18 Reportagem 51 Outros Eventos Laurence Equilbey e o novo La Seine Musicale, em Paris 51 Classificados

47 Editor’s Choice 52 Fermata Os melhores lançamentos do mês Série “Aprendiz de maestro” completa 15 anos

Dezembro 2017 CONCERTO 3 u CARTAS

A música e a escravidão conveniente que as críticas sócio-moralistas às escravidões olhassem para o seu nascedouro e Prefiro tratar questões abordadas no artigo de reconhecessem sua dívida para com a Europa Clássicos Editorial Ltda. Júlio Medaglia envolvendo escravismos (Revista – mesmo considerando tantas ideias nefastas Nelson Rubens Kunze (diretor) CONCERTO edição de setembro nº 242, pág. 8) lá elaboradas. Cornelia Rosenthal Mirian Maruyama Croce partindo de um prisma musical. As figurações Flávio Silva, pesquisador, membro da ABM, deixadas por viajantes europeus nos séculos Rio de Janeiro XVIII e XIX mostram uma grande variedade de instrumentos musicais trazidos da África negra Acabo de receber a Revista CONCERTO de pelos escravos, com predomínio para a sanza/ novembro (nº 244), em que, na seção calimba, seguida de pluriarcos, violinos de uma de cartas, o colega leitor Evandro Veloso corda, berimbaus e xilofones. Os sopros que afirma que essa discussão (Júio Medaglia aparecem são quase todos europeus e o mesmo e a escravidão) não tem a ver com música vale para os tambores, pelo desenho e pela clássica. Eu concordo com ele, mas quem Guia mensal de música clássica forma como são tocados. deu ênfase política ao tema foi o próprio www.concerto.com.br As figurações religiosas são quase que Júlio Medaglia, que, aliás, já havia feito isso exclusivamente católicas. Aqueles viajantes na revista nº 235, criticando o Ministério da DEZembrO 2017 dedicaram-se a figurar o instrumental de uso Cultura por “incentivar pesquisas de nossos Ano XXIII – Número 245 Periodicidade mensal – ISSN 1413-2052 corrente pelos escravos nos meios urbanos, vínculos com a África”, menosprezando e creio que esse era também o usado no culturas da Somália, Angola e Zimbábue. Redação e Publicidade cotidiano rural. Tinhorão dá enorme importância Sou de origem europeia, gosto de música Rua João Álvares Soares, 1.404 aos tambores nas ocasiões de cultos de clássica, frequento semanalmente concertos, 04609-003 São Paulo, SP procedência negra, tão criticados por cronistas Tel. (11) 3539-0045 – Fax (11) 3539-0046 mas também gosto de jazz e de música e-mail: [email protected] até o século XIX; pelo que lembro, ele dá instrumental brasileira, que têm grande pouca ou nenhuma atenção à documentação influência dos ritmos africanos. diretor-editor iconográfica envolvendo os instrumentos Nosso caro maestro Júlio Medaglia, que faz um Nelson Rubens Kunze (MTb-32719) musicais usados no dia-a-dia dos escravos. bom trabalho na divulgação da música clássica editor executivo João Luiz Sampaio Observo que essa documentação é sobretudo no Brasil, tem que tomar mais cuidado ao dar da primeira metade do século XIX. Na metade coordenação editorial suas opiniões políticas nesses tempos de crise, Cornelia Rosenthal seguinte, quando se consolida uma música pois pode ser mal interpretado. coordenação de produção urbana culminando no maxixe e no , Pedro Anaya Olivares, por e-mail Vanessa Solis da Silva o instrumental trazido pelos escravos foi revisão Thais Rimkus praticamente abandonado. Creio que isso se editoração e produção gráfica deva ao fato de ele não ser compatível com o Ópera La traviata Lume Artes Gráficas / Guilherme Lukesic sistema tonal, base para a constituição daqueles execução financeira dois gêneros musicais e dos subsequentes. Assisti à montagem da ópera La traviata no Mirian Maruyama Croce Esse sistema é o fundamento maior de nossa último dia 1º de novembro no Teatro Sérgio apoio de produção música popular e mesmo da folclórica – não Cardoso. Embora esta sala de espetáculos Priscila Martins, Vânia Ferreira Monteiro tenho notícia de que ele tenha vindo da não seja adequada para um espetáculo atendimento ao assinante África, negra ou árabe. Pretender que sua desse tipo, fiquei muito bem impressionado Tel. (11) 3539-0048 adoção no Brasil pelos negros e miscigenados com o talento e a beleza da soprano em geral tenha ocorrido apenas em função Datas e programações de concertos são ucraniana Tamara Kalinkina, que soltou sua fornecidas pelas próprias entidades promotoras, de alguma lavagem cerebral imposta pelos afinada voz e interpretou magnificamente não nos cabendo responsabilidade por alterações senhores brancos implicaria em atribuir a Violetta Valéry. Teatro lotado mesmo em e/ou incorreções de informações. essas populações uma total passividade e véspera de feriado. Inserções de eventos são gratuitas e devem ser sujeição, como se ela não tivesse nenhuma enviadas à redação até o dia 10 do mês anterior Vitor Seravalli, por e-mail possibilidade de escolha – de Caldas Barbosa ao da edição, por fax (11) 3539-0046 ou e-mail: a José Maurício, Pixinguinha e tantos outros. [email protected]. Creio mais convincente supor que esses Sinfonia fantástica Artigos assinados são de respon­sa­bi­li­dade de segmentos populacionais tenham realizado seus autores e não refletem, neces­sariamente, uma ativa operação de “apropriação cultural”, Só tenho a agradecer à Revista CONCERTO e à a opinião da redação. abandonando suas escalas, procedimentos Rádio Cultura FM, dois polos divulgadores da e instrumentos musicais em favor dos música clássica para nós do interior do estado Todos os direitos reservados. desenvolvidos na Europa. As exceções mais de São Paulo. Através de vocês, ficamos Proibida a reprodução por qualquer meio sem a prévia autorização. importantes seriam as músicas de candomblé, atentos e conhecendo o que acontece pelo ritual que, como me informou Gérard Behague, mundo da boa música. Particularmente à foi aqui fabricado, de vez que na África negra CONCERTO, os meus agradecimentos também os orixás eram celebrados em espaços e pela gentileza do envio do CD com a Sinfonia Todos os textos e as fotos publicados na seção territórios separados. fantástica, de Berlioz, pela Orquestra Gramophone são de propriedade e copyright de Enfim, observo que o combate ao escravismo, Sinfônica Jovem do Estado de São Paulo, uma Mark Allen Group, Grã-Bretanha. instituição multissecular que também era verdadeira joia. www.gramophone.co.uk tradicional na África negra e muito antes do M. Carolina Solci Madeira, por e-mail tráfico atlântico, só começou a ocorrer em Distribuição em Bancas e Redes de Livrarias função de concepções desenvolvidas na França Total Publicações (Grupo Abril) e na Inglaterra, sobretudo a partir do século Edicase Gestão de Negócios XVIII, quando ideias envolvendo conceitos ue-mail: [email protected] www.edicase.com.br de liberdade começaram a ser realmente Cartas para esta seção devem ser remetidas por definidas. Ou seja: é a partir de conceitos e-mail: [email protected], fax (11) 3539-0046 sociais e morais de origem europeia que as ou correio (Rua João Álvares Soares, 1.404 – CEP escravidões começaram a ser condenadas, e 04609-003, São Paulo, SP), com nome e telefone. não a partir de conceitos africanos (de negros (Em razão do espaço disponível, reservamo-nos ou de árabes) ou asiáticos. Seria de todo o direito de editar as cartas.) CTP, impressão e acabamento BMF Gráfica e Editora 4 Dezembro 2017 CONCERTO u CONTRAPONTO Notícias do mundo musical

Série “Música no Museu” José Eduardo Martins participa de simpósio O pianista José Eduardo Martins participará do Simpósio Fernan- do Lopes-Graça em Retrospectiva, que será realizado em Portu- completa 20 anos gal nos dias 15 e 16 de dezembro, no Centro Cultural de Cascais. Após apresentar sua comunicação, ele vai interpretar Canto de A série “Música no Museu”, amor e de morte. Durante o simpósio ainda será lançada a par- que mensalmente realiza dezenas de Sergio da Costa e Silva titura digitalizada da obra, com revisão de Martins, pelo MPMP e apresentações em diferentes espaços o Museu da Música Portuguesa. do Rio de Janeiro, completa em dezembro duas décadas de atuação. Para celebrar a data, a programação Morre o pianista Ciro Gonçalves Dias Jr. deste mês tem cerca de trinta recitais, Morreu no dia 8 de novembro o pianista e professor Ciro Gonçalves chegando a um total de 420 ao longo Dias Jr. Nascido em Santos, SP, estudou com Guilherme Fontainha, do ano, com destaque para a presença João de Souza Lima, de quem foi assistente, Claudio Santoro e na do pianista italiano Stefano Bollani e Juilliard School of Music, em Nova York. Como professor, ajudou a da Orquestra de Violões da AV-Rio, que formar gerações de artistas brasileiros. Era especialista na trajetó- encerra oficialmente a agenda no dia ria da pianista Guiomar Novaes, com quem conviveu durante mais 27, no Centro Cultural Banco do Brasil. de duas décadas. Seu trabalho como pesquisador também se de- bruçou sobre outros pianistas, como Antonieta Rudge. Em 1999,

Idealizada por Sergio da Costa çã o e Silva, a série coleciona números foi jurado do XIII Concurso Internacional de Piano Vianna da Motta. que impressionam. Com uma média di vu lga de 500 concertos por ano, o projeto Júlia Abdalla vence concurso na Holanda já contratou 2.500 músicos, além de ter levado apresentações a Portugal, A brasileira Júlia Abdalla, de 9 anos, aluna de flauta doce de Espanha, Estados Unidos, França, Marrocos, Índia, Itália, Alemanha, Áustria, Renata Pereira no Centro Suzuki de Educação Musical, ganhou Chile, Argentina, Vietnã e Austrália. Ao todo, mais de 800 mil pessoas já o primeiro lugar e o prêmio do público no ORDA 2017 (Open acompanharam a programação em seus diversos palcos e vertentes. Recorder Days de Amsterdã), na Holanda, na categoria menores Além dos concertos, a série “Música no Museu” realiza festivais de 11 anos. A competição é um dos principais eventos mundiais importantes, como o RioHarp Festival, que promoveu sua décima terceira dedicados ao instrumento, que tem longa tradição na Holanda, edição este ano. Foi criada também a Orquestra Música no Museu, e, além das provas, a programação conta com palestras, concer- reforçando a vertente pedagógica do evento, que inclui ainda um concurso tos e exibição de instrumentos. Júlia, que toca desde os 5 anos para jovens solistas e uma parceria com a James Madison University, para a de idade, se apresentou na competição ao lado de seu pai, o qual segue todo ano um aluno, com bolsa de US$ 105 mil. violonista Thiago Abdalla, membro do quarteto Quaternaglia. Em A trajetória do projeto está registrada no livro “Música no Museu: 2015, ela havia conquistado a segunda posição na competição. quinze anos depois”, lançado em 2013, e foi tema de tese de mestrado na Universidade de Berlim: O papel da música clássica na vida pública do Rio Claudia de Castro assume Museu Villa-Lobos de Janeiro e a série Música no Museu, de Marie Hoffman. A produtora, musicista e educadora Claudia Nunes de Castro tomou posse como nova diretora do Museu Villa-Lobos, no dia 8 de novembro. Nascida em Manaus, ela tem passagem pelo Ministério da Cultura, onde foi Coordenadora-Geral de Promoção Em Ilhabela, grandes artistas se e Difusão e atuou na Secretaria da Economia Criativa. Em seu apresentam no concerto de Ano Novo discurso de posse, ela afirmou que fomentará a ação educativa do museu e buscará ampliar o acesso ao universo de Villa-Lobos. O Concerto de Ano Novo do Centro Cultural Baía dos Vermelhos, que acontecerá no dia 29 de dezembro, terá uma orquestra sinfônica re- gida pelo maestro Júlio Medaglia e a participação de grandes solistas. O espetáculo se inicia com a apresentação de premiação do solista vencedor do concurso “Prelúdio”, da TV Cultura. Em seguida, o pianista Funarte realiza I Bienal Nelson Freire interpretará o Concerto Imperador, de Beethoven, e a soprano Rosana Lamosa e o barítono Paulo Szot apresentarão um de Música e Cidadania repertório de árias e aberturas de óperas. O repertório será completa- do com uma versão do Carnaval dos animais, de Camille Saint-Saëns, A Funarte (Fundação Nacional de Artes) vai promover, com narração da atriz Annie Dutoit e acompanhamento ao piano de entre os dias 14 e 16 de dezembro, em sua sede em Belo Pablo Rossi. Mais informações e ingressos podem ser obtidos pelo site Horizonte, Minas Gerais, a I Bienal Funarte de Música e www.vermelhos.org.br. Cidadania. O objetivo é reunir projetos musicais ligados à inclusão social em atividade no Brasil para que seus representantes possam trocar experiências, identificar Soprano Maria Pia Piscitelli oferece necessidades comuns e construir uma rede de colaboração aulas e recital em São Paulo e intercâmbio. “Existem muitos trabalhos importantes com esse direcionamento. Cada um desenvolve ações e pesquisas O Instituto Italiano de Cultura e os Amigos Teatro Lírico de Equipe-Cia. interessantes, mas que não se conectam. A ideia da bienal é Ópera São Paulo trazem ao Brasil este mês a soprano italiana Maria reunir e articular vários projetos de sucesso, num encontro de Pia Piscitelli, dona de uma carreira que já a levou a palcos como o três dias. A meta principal é a troca de ideias e a constituição Scala de Milão, a Ópera de Viena e o Teatro Real de Madri. Ela vai ofe- de uma rede”, afirma Marcos Souza, diretor do Centro de recer master classes e realizar, no dia 20 de dezembro, às 20 horas, Música da Funarte. Durante a programação, será lançado o um recital na Sala Mário de Andrade da Praça das Artes. No programa, primeiro levantamento nacional de projetos com este perfil, estão obras de Puccini, Cilea, Verdi e Donizetti. Ela será acompanhada realizado por iniciativa do programa Brasil de Tuhu, iniciativa do tenor Richard Bauer e do pianista André dos Santos. educacional idealizado pela violinista Carla Rincón.

6 Dezembro 2017 CONCERTO u TEMPORADAS 2018 Mozarteum Brasileiro trará Anna Netrebko Entidade segue investindo na formação musical em temporada que será realizada em São Paulo e em Trancoso

Mozarteum Brasileiro trará ao Brasil em sempre no Teatro L’Occitane. Entre as atrações O 2018 um dos nomes mais importantes do clássicas estão a Orquestra Acadêmica Mozar- canto lírico internacional, a soprano russa Anna teum Brasileiro, a mezzo soprano alemã Angeli- Netrebko. Ela vai se apresentar no dia 6 de agos- ka Kirchschlager, o pianista Maciej Pikulski e o to, na Sala São Paulo, com o tenor Yusif Eyvazov, violoncelista Leonard Elschenbroich. a Orquestra Acadêmica Mozarteum Brasileiro e Ainda em Trancoso, entre os dias 15 e 21 o maestro italiano Jader Bignamini. Netrebko foi de julho, acontece o Canto em Trancoso, inicia- descoberta no início dos anos 2000 pelo maestro tiva socioeducativa do Mozarteum, que selecio- Valery Gergiev. Depois de participar de algumas na cerca de cinquenta bolsistas de todo o Brasil. gravações do repertório russo, ela consolidou Serão realizadas master classes com integrantes sua fama internacional ao interpretar La travia- da Chorakademie Lübeck, parceiro do Mozar- ta, no Festival de Salzburg. teum na iniciativa, e um concerto de encerra- A programação do Mozarteum em São Pau- mento, no dia 21 de julho, com a apresentação lo tem outras duas atrações. A Orquestra Sinfô- de O messias, de Händel, sob regência do maes- nica Estatal Russa Evgeny Svetlanov, regida pelo çã o tro alemão Rolf Beck. Anna Netrebko maestro norueguês Terje Mikkelsen e acompa- di vu lga O 5º Natal em Harmonia, regular iniciativa nhada pelo pianista russo Philipp Kopachevsky, do Mozarteum Brasileiro em Trancoso, será rea- se apresenta gratuitamente no Auditório Ibirapuera, nos dias 14 e 15 de lizado no dia 1º de dezembro de 2018, com a participação de 300 crian- abril, e faz concertos na Sala São Paulo, nos dias 16 e 17 do mesmo mês. ças e jovens de escolas da região, que apresentarão canções natalinas. t E, nos dias 8 e 9 e outubro, acontece na Sala São Paulo a Noite das Es- trelas, em que a Orquestra Acadêmica Mozarteum Brasileiro, agora sob o comando do maestro titular Carlos Moreno, recebe solistas cantores e Venda de ingressos instrumentistas brasileiros. São Paulo Trancoso Já em Trancoso, as atividades se iniciam em março, quando, entre os Ingressos avulsos para www.ingressorapido.com.br dias 3 e 10, acontece o 7º Música em Trancoso, com uma rica e eclética cada atração. Valores serão Público em geral: R$ 200 [inteira] programação de música clássica, breakdance, jazz & soul e world music, anunciados em breve. Comunidade: R$ 20 [por noite]

Osesp, Cultura Artística e Filarmônica TV e Rádio Cultura FM de Minas Gerais têm grandes atrações Confira os destaques de dezembro Seguem disponíveis as assinaturas para as temporadas da Orquestra Sinfônica TV CULTURA do Estado de São Paulo, da Cultura Artística e da Orquestra Filarmônica de Espetáculos de dança inéditos e gravados Minas Gerais, divulgadas em edições anteriores da Revista CONCERTO. com exclusividade: O próximo ano da Osesp terá como tema “Natureza dos Sons”, partindo O lago dos cisnes, com a São Paulo Companhia de Dança da ideia, nas palavras do diretor artístico Arthur Nestrovski, de que “cuidar e a Osesp [Dia 23, às 21h30] da música, como cuidar da natureza, é uma prática diária de resistência O quebra-nozes, com a Cisne Negro Cia. de Dança [Dia 24] em tempos de crise”. O artista em residência, com diversas apresentações ao longo do ano, será o flautista Emmanuel Pahud; o compositor visitante, RÁDIO CULTURA FM Philippe Manoury. Entre os convidados estão os maestros Arvo Volmer, Louis Langrée, Neil Thomson e Giancarlo Guerrero, os pianistas Nicolai Lugansky, Metropolitan Opera House Gabriela Montero e Pierre Laurent-Aimard e a mezzo soprano Anna Caterina Transmissões da programação do teatro, com apresentação Antonacci. [www.osesp.art.br; telefone: (11) 3777-6738] de Walter Lourenção. [Domingos, às 15h] A Cultura Artística dividiu sua temporada em duas séries de assinaturas. Cada Réquiem, de Verdi [Dia 10] uma delas é composta por seis atrações, com apresentações únicas. A exceção A flauta mágica, de Mozart [Dia 17] são as orquestras, que se apresentam em ambas as séries: a Orchestre de As bodas de Fígaro, de Mozart [Dia 31] la Suisse Romande, que virá ao Brasil com o maestro Jonathan Nott, e a Vozes Filarmônica de Dresden, com o maestro Michael Sanderling. Os pianistas Especial de Natal: gravações do grupo Ora Singers em Jan Lisiecki e Yuja Wang, a mezzo soprano Magdalena Kozená, o Quarteto registros especiais exclusivos, com apresentação de Modigliani e a Orquestra de Câmara de Viena são alguns dos destaques da Naomi Munakata. [Dia 21, às 22h; reapresentação no dia agenda. [www.culturaartistica.com.br; telefone: (11) 3256-0223] 24, às 8h] Em Belo Horizonte, a Orquestra Filarmônica de Minas Gerais vai comemorar dez anos celebrando também aniversários de Rossini, Debussy e, em especial, Especial Leonard Bernstein, com a apresentação da ópera Trouble in Tahiti, com Capella Mediterranea e Coro de Câmara de Namur participação do barítono Paulo Szot. Cristian Budu, Arnaldo Cohen, Vadim apresentam L’Orfeo, de Monteverdi, em gravação Guzman, Evelyn Glennie, Camila Titinger, Cláudio Cruz e Isaac Karabtchevsky exclusiva da Cultura FM realizada na Sala São Paulo em estão entre os artistas convidados pelo grupo, que é dirigido por Fabio novembro. [Dia 25, às 18h] Mechetti. [www.filarmonica.art.br; telefone: (31) 3219-9009]

Dezembro 2017 CONCERTO 7 u TEMPORADAS 2018 Petrobras Sinfônica São Paulo Companhia terá oito concertos de Dança faz dez anos Orquestra Petrobras Sinfônica terá São Paulo Companhia de Dança çã o São Paulo Companhia oito concertos no Theatro Munici- completa dez anos em 2018 e, A A de Dança di vu lga pal do Rio de Janeiro em 2018, dividi- para celebrar, preparou uma programa- dos em duas séries: Djanira e Portinari. ção com quatro programas distintos, Quatro das apresentações serão regidas que reúnem grandes nomes da dança pelo maestro Isaac Karabtchevsky, di- brasileira e mundial. “A dança é o es- retor artístico do grupo. Entre elas, a pelho do nosso tempo e a cada dia des-

abertura das duas séries. Pela Djanira, cobrimos novas maneiras de dançar”, s no dia 9 de março, ele rege um progra- afirma a diretora artística Inês Bogéa. ma dedicado a George Gershwin, com Três programas serão apresenta- destaque para o Concerto em fá, que dos em junho. No primeiro deles, a Calda çã o / J oao terá como solista o pianista Fábio Mar- companhia faz um mergulho na cria- Isaac Karabtchevsky tino, um dos mais destacados artistas ção de Marcos Goecke, coreógrafo do di vu lga brasileiros da nova geração. E é ele que Stuttgart Ballet e do Nederlands Dans atua também na abertura da Portinari, no dia 19 de maio, desta vez inter- Theatre, com três trabalhos: Peekaboo, O pássaro de fogo e Supernova. pretando o Concerto para piano e orquestra de Schumann. Em seguida, duas criações inéditas de coreógrafos brasileiros da nova Ao longo do ano, a Petrobras Sinfônica será regida por um time de geração – Thiago Bordin e Lucas Lima –, ao lado de duas peças do reper- maestros convidados que inclui Eduardo Strausser, Francisco Valero- tório: 14’20”, de Jirí Kylián, e Gnawa, de Nacho Duato. E, na terceira -Terribas e Neil Thomson, diretor artístico da Orquestra Filarmônica de semana, a estreia de Melhor único dia, de Henrique Rodovalho, e a re- Goiás. Entre os solistas estão os violinistas Fedor Rudin, Cármelo de los prise de sucessos da temporada 2017: Suíte de Raymonda, de Guivalde Santos, Ricardo Amado e o violoncelista Hugo Pilger. de Almeida, e Primavera fria, de Clébio Oliveira. A Orquestra Petrobras Sinfônica divide a sua programação em três O quarto programa, em novembro, traz o balé O lago dos cisnes, blocos temáticos: o mundo clássico, em que o conjunto se apresenta nos com música de Tchaikovsky, na versão de Mario Galizzi, diretor artístico teatros com o grande repertório da música ocidental (e do qual faz parte da Companhia Nacional de Dança do México, a partir do original de Lev a temporada acima); o mundo urbano, em que explora o contato com Ivanov e Marius Petipa. Todas as apresentações acontecem no Teatro novos públicos, levando a música clássica para fora das salas de concer- Sérgio Cardoso. to; e o mundo pop, em que desenvolve projetos relacionados à música A São Paulo Companhia de Dança, mantida pelo governo do estado popular de nossos dias. Esta divisão, conforme o diretor Mateus Simões, de São Paulo e gerida pela Organização Social Associação Pró-Dança, tem como conceito “a democratização da música clássica, pensando a realiza montagens de grandes peças clássicas e modernas a obras con- orquestra como um organismo eclético, capaz de se transformar, de se temporâneas especialmente criadas por coreógrafos nacionais e interna- reinventar, tanto em termos sonoros, de interpretação do repertório, cionais. Em seus 10 anos de existência, a SPCD já foi assistida por um como de formato”. Com isso, a expectativa é de que a temporada ajude público superior a 600 mil pessoas em 15 diferentes países, passando por a desmistificar a orquestra para o público. t 119 cidades, em mais de 700 apresentações. t informações e ASSINATURAS informações e ASSINATURAS Renovação: a partir do dia 4 de dezembro Período de vendas: de 4 de dezembro a 4 de abril Novas assinaturas: a partir do dia 18 de dezembro Valores: de R$ 100 a R$ 170 www.petrobrasinfonica.com.br; telefone: (21) 2551-5595 www.spcd.com.br; telefone: (11) 3224-1383

Tucca apresenta série com clássicos e jazz

Série Tucca Concertos Internacionais 2018 já tem sete atrações concertos do mundo. Como solista, a exímia violinista Sarah Chang. E, A confirmadas, trafegando entre o jazz e a música erudita. “Para nós, em setembro, o renomado contratenor Andreas Scholl faz um recital es- é interessante essa mistura. De um lado, temos grandes nomes do mun- pecial com o bandolinista israelense Avi Avital. A Tucca também mantém do clássico e, de outro, ajudamos a suprir também uma lacuna, trazendo em 2018 as atividades da série Aprendiz de Maestro (leia na página 52). estrelas do jazz para São Paulo, dialogando, assim, com diferentes públi- Já na área de jazz, a primeira atração acontece em junho: Stacey cos”, explica o dr. Sidnei Epelman, presidente da entidade. Kent e Jim Tomlinson sobem ao palco da Sala São Paulo acompanha- A temporada começa no dia 20 de março com um duo formado dos da Orquestra Jazz Sinfônica. Em outubro, é a vez da cantora norte- pelo pianista Michel Legrand e a soprano Natalie Dessay. Desde 2013, -americana Dianne Reeves. E, em dezembro, apresenta-se o Branford ela não se apresenta mais em óperas e tem se dedicado ao repertório de Marsalis Quartet. canções – com Legrand, o programa gira em torno de grandes clássicos Segundo a entidade, outras atrações poderão ser anunciadas ao lon- do cinema. Outro duo vem em seguida: em maio, apresentam-se o violi- go da temporada. t nista inglês Charlie Siem e o pianista israelense Itamar Golan. A programação erudita continua em agosto, com a Concertgebouw INFORMAÇÕES E ASSINATURAS Chamber Orchestra, grupo holandês ligado a uma das principais salas de E-mail: [email protected]; telefone: (11) 2344-1051

8 Dezembro 2017 CONCERTO u Atrás da pauta Por Júlio Medaglia Um gigante da música

Nos 150 anos de nascimento do maestro italiano Arturo Toscanini, seu legado ainda impressiona

música orquestral do século XX foi marcada pela figura da filarmônica daquela cidade e, com o grupo, fez muitas turnês A de dois gigantes da regência: Herbert von Karajan e Artu- mundiais. ro Toscanini. Muitas características comuns ligam essas duas Toscanini voltava esporadicamente à Itália para reger con- personalidades, mas as mais curiosas são aquelas que revelam certos beneficentes em favor das vítimas e dos estragos produ- a capacidade deles de, por meio de ideias e comportamentos zidos pela Primeira Guerra Mundial. De 1921 a 1929, assumiu extravagantes, corajosos e, por que não dizer, geniais, terem se a direção artística do Scala. Então, introduziu inúmeras moder- transformado em verdadeiros pop stars da música erudita. nizações na encenação operística. Exigiu que as luzes da plateia Vamos nos deter aqui no caso Toscanini, neste 2017 lembra- se apagassem durante a apresentação da ópera, fez reformas no do pelos 150 anos de nascimento. Veio ao mundo na cidade de fosso da orquestra – inclusive acústicas – e, sobretudo, iniciou Parma, na Itália, e, ainda criança, revelava excepcional talento um processo de “limpeza” da interpretação operística, repleta de musical em vários sentidos, como a memória fotográfica e a faci- maneirismos e vícios vocais. lidade para diversos instrumentos. Nesse período de ascensão do fascismo na Itália, Toscanini Optou pelo violoncelo, com o qual, aos 13 anos, já lhe foi enfrentou inúmeras situações constrangedoras. Negava-se a re- dada a possibilidade de fazer parte da orquestra do Teatro Regio ger o hino do partido, a Giovinezza, antes do início das récitas de sua cidade e, aos 18, de formar-se com distinção. Enquanto e a participar de espetáculos com a presença de Mussolini ou estudava outras matérias, como composição e regência, atua- seus comparsas. Foi também o primeiro não alemão a reger no va como violoncelista numa companhia de óperas, viajando templo máximo de Wagner, o teatro da cidade de Bayreuth; no pelo mundo. Em 1886, com 19 anos, ao visitar o Brasil, foi-lhe entanto, com a ascensão de Hitler, não regeu mais na Alemanha. dada a oportunidade de expor seu talento como maestro. Em Em consequência desses constantes atritos de natureza política, consequência de atritos dos músicos italianos com o regente resolveu voltar aos Estados Unidos e lá permanecer. Como, na brasileiro Leopoldo Miguez, que se retirou de cena em plena Itália, muitas empresas americanas tinham sido nacionalizadas récita da ópera Aida, no Teatro D. Pedro II do Rio de Janeiro, a por Mussolini, inclusive a RCA Victor, dona da NBC de Nova orquestra sugeriu que Toscanini assumisse a direção, já que ele York, essa estação de rádio o convidou a criar uma orquestra havia participado de todos os ensaios como violoncelista e como internacional com músicos por ele escolhidos. Em 1937, Tosca- assistente do maestro do coro. A surpresa se deu quando Tosca- nini regeu o primeiro concerto com essa orquestra, a qual dirigiu nini ergueu a batuta, conduzindo a ópera de cor e com brilho até o fim da vida. excepcional. Esse fato, que teve repercussões internacionais, O que sempre caracterizou as interpretações de Toscanini consagrou-o na trupe e fez com que ele regesse as 18 óperas foi o brilho que obtinha das orquestras que dirigia, por ser um seguintes da temporada. ensaiador excepcional e pelo respeito doentio que tinha pelas O espírito inquieto desse maestro já se mostrava à época, indicações das partituras. Tanto que eram poucos os intérpre- quando, em plena turnê cultural, ele se engajou no Rio de Ja- tes – cantores ou instrumentistas – convidados a atuar sob sua neiro na luta pela libertação de escravos. Numa das récitas da regência. Foi também o introdutor da regência sem partitura. companhia, provocou a soprano principal a fazer um manifesto Ele dizia que o maestro devia ter a partitura na cabeça, não o pela abolição. contrário. Tal era o rigor de suas execuções e a profundidade dos De volta à Itália, sua carreira foi tomando corpo e, em 1898, trabalhos de ensaios que, no dia de sua morte, a 16 de janeiro de tornou-se maestro residente no Scala de Milão, cargo que ocu- 1957, a orquestra da NBC deu um concerto público executando pou até o ano de 1908, quando foi convidado a assumir a direção com brilho e precisão a complicada obra La mer, de Debussy, artística do Metropolitan de Nova York, onde permaneceu até colocando no pódio da regência um simples vaso de flores. 1915. Deixou, então, essa função para assumir a regência titular Quando eu era estudante na Alemanha, recebi do Instituto de Intercâmbio Acadêmico um convite para uma longa viagem pelo país. Ao passar por Berlim, soube que a filarmônica, sob a Arturo Toscanini (1867-1957) direção de Karajan, estava gravando pela segunda vez o ciclo completo das sinfonias de Beethoven. Solicitei ao instituto que conseguisse uma autorização para que eu presenciasse alguns momentos daquela gravação. A moderna sala Philharmonie, hoje sede daquela carismática orquestra, ainda não existia, e as gravações eram feitas na igreja de Santa Edwiges. Assisti por algum tempo à gravação e depois me dirigi à sacristia, naquele momento transformada em camarim para Karajan. Cumprimen- tei o grande maestro, agradeci a ele a oportunidade de assistir a trechos da gravação e me retirei. Pouco antes de sair, uma surpresa me causou arrepios: num cantinho daquele camarim improvisado, havia um pequeno toca-discos; ao lado, LPs com as gravações das sinfonias de Beethoven dirigidas por Arturo Toscanini. O elo simbólico e sublime da regência sinfônica do t

d ução repro século XX ali se fechava...

10 Dezembro 2017 CONCERTO Digital Concert Hall A Filarmônica de Berlim em sua casa. Acesse pelo Site CONCERTO e ganhe 10% de desconto. www.concerto.com.br/dch Filarmônica de Berlim PROgRAmAçãO dE dEZEmBRO dE 2017 DOMINGO • 3 DE DEZEMBRO • 17H Bernard Haitink – regente SÁBADO • 9 DE DEZEMBRO • 16H Herbert Blomstedt – regente / Maria João Pires – piano SÁBADO • 9 DE DEZEMBRO • 19H Simon Rattle – piano / Músicos da Filarmônica de Berlim SÁBADO • 16 DE DEZEMBRO • 16H Christian Thielemann – regente SEXTA • 22 DE DEZEMBRO • 17H Iván Fischer – regente / Vilde Frang – violino DOMINGO • 31 DE DEZEMBRO • 14H30 Simon Rattle – regente / Joyce Di Donato – mezzo soprano

©Monika RitteRshaus / BeRlin Phil Media u EM CONVERSA

Você é o curador da área erudita da oficina. Como organizou a programação? Depois do cancelamento do ano passado, hou- ve a necessidade de que todos os envolvidos se sentassem e pensassem a nova edição. Uma das coisas que ficaram definidas, por questões de calendário, foi que as áreas não acontece- riam em momentos separados, mas no mesmo Diálogos em período, concentradas em doze dias de progra- mação. A partir daí, comecei a pensar de que maneira seria possível fazer com que tanto a programação quanto as atividades artísticas conversassem entre si, promovendo uma inter- formação locução de linguagem. Sabemos que toda or- questra sinfônica hoje toca arranjos de música popular sem problema nenhum, mas nunca se coloca isso como parte da formação das pesso- Entrevista com o maestro Abel Rocha as. De que maneira um professor de chorinho pode ajudar uma classe de cordas a executar melhor esse repertório? Estamos achando esse tipo de interlocução para que as duas fases do Por Camila Frésca festival não apenas aconteçam juntas, mas pos- sam dialogar. Outra característica importante foi pensar a oficina conjugando sua tradição com demandas contemporâneas. Por exemplo, hoje as pessoas não estudam violino apenas para fazer teste para a melhor orquestra da ci- m dos mais tradicionais festivais de música do Brasil, a Oficina dade ou do estado. Existem muitos grupos pelo U de Música de Curitiba retoma suas atividades em janeiro de interior do Brasil que estão se autogerindo, pro- 2018, após ter sido suspensa em 2017. A 35ª edição mantém as curando caminhos próprios tanto em termos de empreendedorismo artístico quanto comer- características gerais do evento, com 101 professores ministrando cialmente. Esses novos grupos inclusive procu- mais de uma centena de cursos, para os quais costumam disputar ram formação nessa área. Então, uma pequena vagas quase 2 mil alunos (até o dia 10 de dezembro, ainda é camerata que inicia uma atividade profissional possível fazer inscrições pelo site). Com curadoria de Abel Rocha pode muitas vezes ter um maestro com forma- ção, mas em geral falta aquela pessoa que é o (música erudita), Rodolfo Richter (música antiga) e João Egashira braço direito do maestro. Para suprir essa de- (música popular brasileira) e coordenação geral de Janete Andrade, manda, nesta edição teremos uma oficina de a novidade desta edição é que as três categorias acontecem de formação de spallas, com Emmanuele Baldini. forma simultânea, entre os dias 27 de janeiro e 8 de fevereiro. Quais são as demandas dessa posição? Só tocar Rocha, professor da Unesp e regente da Orquestra Sinfônica de violino melhor que os outros? É uma pessoa com outras demandas, outras responsabilida- Santo André, acumula vasta experiência e ótimos resultados à frente des, muitas vezes desempenhando também o de organismos como o Colegium Musicum (1983-2010), a Banda papel de preparador técnico da orquestra. Sinfônica do Estado de São Paulo (2004-2009) e o Theatro Municipal de São Paulo (2011-2012). Ele conversou com a Revista CONCERTO Que outras atividades pretendem preencher essas demandas sobre suas ideias para a oficina e o meio musical. contemporâneas? Outra coisa que percebo nesses anos em que dou aula e trabalho com orquestras e jovens maestros é que os instrumentistas de cordas, AGENDA de pequenas orquestras, perceberam sua fun- • 35ª Oficina de Música de Curitiba ção formadora. Quem trabalha com orquestra De 27 de janeiro a 8 de fevereiro, Curitiba, PR) tem de ter claro que nosso trabalho não é só Inscrições pelo site www.oficinademusica.org.br subir no palco e tocar música bonita, pois isso • Orquestra Sinfônica de Santo André as pessoas podem ouvir em casa. Então, se você Abel Rocha – regente não tem o atrativo do grande teatro, da grande Dia 16, Paço Municipal de Santo André sala e da grande orquestra, como sobreviver? A necessidade de criar um público envolvido com sua atividade é muito importante. Imagine uma pequena cidade do interior que conseguiu formar sua camerata, com doze músicos. Esses músicos sabem que precisam ter um trabalho de formação musical na cidade não só para for-

12 Dezembro 2017 CONCERTO texto de dar espaço a novos músicos, quando na verdade estavam criando orquestras bara- tas. Hoje, olhando em retrospecto, enxerga- mos isso. Várias surgiram assim, e Santo André foi uma delas. No entanto, o maestro Flavio Florence foi muito inteligente quando criou a orquestra, pois fez de tudo para que fosse um projeto de lei dentro da prefeitura, um órgão público, não uma realização de determinada gestão que pudesse ser perdida com o tempo. Esse foi o legado mais bonito que ele pôde deixar, pois foi o que tornou possível que esse organismo existisse no decorrer do tempo. Em 2010, houve uma mudança no nome oficial da orquestra, retirando o “jovem”: Orquestra Sinfônica de Santo André. Então, a prefeitura

tes c h i assumiu que se trata de uma orquestra pro- fissional de trabalho artístico, que a cidade

u di o fr a precisa ter. No ano que vem, ela completa 30 anos, e estamos discutindo essa programação ÇÃO / C la comemorativa. DIV U LGA A partir de sua experiência, como é possível garantir a relevância de uma mar músicos, mas para formar o gosto pela mú- da sua figura plástica enquanto personagem, grande orquestra no mundo atual? sica na comunidade, para que a comunidade aprenda a se maquiar e a refletir nessa maquia- Noto que as pessoas vão a um concerto mui- em que eles estão inseridos entenda a prática gem o personagem. Não é todo mundo que vai tas vezes para ver o solista de perto. Eu posso musical como necessidade. Pensando nisso, trabalhar num grande teatro, o jovem cantor ouvir o solista em casa, mas o ver é algo que só teremos dois cursos de formação de instruto- vai voltar para sua cidade, pode querer montar consigo no concerto. Agora, ouvir uma sinfonia res de cordas coletivas. Enfim, a oficina oferece seu pequeno espetáculo. Queremos contribuir de Brahms eu posso ouvir em casa – a menos um conjunto de formações para que as pessoas para esse tipo de formação. que eu queira ver aquela orquestra específica possam voltar a suas cidades de origem e não tocando aquela obra. Por isso a figura do solista serem simplesmente melhores instrumentistas, E com relação à programação artística? é tão importante. Que outras coisas a orques- mas indivíduos capazes de empreender. Os concertos serão abertos ao público, as ati- tra oferece ao público apenas no teatro? Essa vidades musicais acontecerão como sempre, é uma questão crucial nos dias de hoje. Desde Haverá também um Ópera Studio. mas a ideia é que elas também se espalhem pela o início da carreira, nunca gostei de subir no Há uma questão que me ocupa muito atual- cidade de Curitiba, se envolvam com outras palco, tocar e ir embora. Acho que as pessoas mente, inclusive na universidade e na forma- questões, como a mobilidade urbana. Teremos precisam ter algum contato com aquilo a que ção de cantores, que é o canto em português. concertos que poderão ser acompanhados por estão assistindo. Nas três últimas edições do Festival de Ópera um circuito de bicicleta. O concerto de aber- de Curitiba, regi óperas em português, e as pes- tura será tripartite, contemplando as três áreas E como se pode fazer isso? soas comentavam: “Nossa, parece musical!”. É do festival. Cristina Ortiz será a solista desse Em Santo André, costumo fazer as pessoas ópera, mas a relação com a obra muda porque concerto e dará master classes. Vai haver mui- aprenderem o tema das músicas num “tema as pessoas entendem o que está sendo cantado. tas surpresas na programação artística, mesmo e variações”, fazemos as pessoas cantar. Aí, Isso é muito importante também sob o ponto no concerto de abertura – a música não estará quando o tema volta, elas reconhecem. Ou de vista da formação do intérprete. Uma coisa só no palco. Haverá apresentações diárias, mú- apresentar um músico que tem um solo bonito é cantar uma ópera em alemão em que você sica de câmara com professores, concertos ao no meio de uma peça, para que o público saiba não faz a menor ideia do que está falando e ar livre etc. O encerramento acontece no dia 8, que na cidade dele tem o fulano, que toca corne sabe apenas que determinada ária fala de amor; com a orquestra do festival no Teatro Guaíra. inglês muito bem. Enfim, elas percebem que outra é entender cada palavra, saber qual síla- absorvem coisas que, se estivessem ouvindo ba acentuar. Cantar em português é dar outra Você é o regente da Orquestra Sinfônica em casa, não absorveriam. Citei duas entre vá- dimensão à interpretação e, ao mesmo tempo, de Santo André desde 2014. O grupo rias iniciativas que têm o mesmo objetivo: fazer permitir que o público entenda a história conta- nasceu como uma orquestra jovem. Qual é as pessoas se envolverem com a orquestra da da. Assim, a oficina também está muito voltada a situação dessa orquestra hoje? cidade. Isso é o fundamental. a esse projeto de cantar em português. Na década de 1980, houve um conceito equi- vocado de criar orquestras jovens sob o pre- Obrigada pela entrevista. t Quais outras preocupações estarão presentes no trabalho com os cantores? Teremos vários profissionais gabaritados traba- lhando com os cantores, seja na direção cênica, “Quem trabalha com orquestra tem de seja na preparação de personagem, de adere- ços, maquiagem etc. O intuito é colaborar para ter claro que nosso trabalho não é só a formação do cantor como um todo: para que ele aprenda a se expressar vocalmente, enten- subir no palco e tocar música bonita”

Dezembro 2017 CONCERTO 13 u NOTAS SOLTAS Por Jorge Coli Duas notas musicais

Às vezes, anoto algumas ideias sobre música que me passam pela cabeça. São verdadeiras notas soltas. Atrevo-me a compartilhar duas delas com os leitores da Revista CONCERTO

Carlos Gomes – Il guarany Giuseppe Verdi (1813-1901) Quando Il guarany foi encenado pela primeira vez em Lis- boa, dez anos depois de sua estreia no Teatro alla Scala de Mi- lão, houve uma cabala contra Carlos Gomes e também várias críticas ferinas. Uma delas falava da ária escrita para o barítono – a Canção do aventureiro – como “vulgar e inexpressiva”, que lembraria a música de zarzuela, certo tipo de opereta até hoje muito popular na Espanha. Essa crítica – injusta e claramente parcial – permite, porém, dois comentários que ajudam a enten- der a referida ária. Algumas convenções se estabeleceram nas óperas do século XIX. Uma delas era a “canção de brinde”, ária que acompanhava o ato festivo de beber. Elas, na maioria, destinavam-se a barí- tonos, quase sempre rivais do tenor-herói, muitas vezes vilões cheios de desejo sensual. A “canção de brinde” lhes oferecia um momento de brilho. A mais célebre de todas seria composta d ução repro cinco anos depois de Il guarany: trata-se da canção do toureador, na ópera Carmen, de Bizet. Giuseppe Verdi – Macbeth A ária de Bizet também receberia acusações de vulgaridade, Depois de seus primeiros sucessos, Verdi se comprometeu de pouca expressividade. Essa opinião significa ignorar os efeitos com empresários que o obrigavam, por meio de contratos tirâni- de oposições, de diferenças e contrastes, entre os diversos mo- cos, a uma intensa produção de óperas. Era uma atividade sem mentos emocionais e exaltados que invadem as óperas. É ainda repouso: o compositor chamaria esse período de anni di galera ignorar que essa “vulgaridade” deve ser tomada em seu sentido (anos de galera). Após a estreia de Attila, no teatro La Fenice, de primeiro e etimológico: trata-se de incorporar uma dimensão Veneza, em 1846, encontrava-se à beira de um colapso nervo- mais popular no seio das grandes paixões operísticas. so. Os médicos temiam por um esgotamento e decretaram seis O segundo ponto que pode ser extraído daquela crítica lu- meses de repouso absoluto, enviando-o a uma estação de águas. sitana é específico. Embora com maldade, o crítico percebeu o Ao término do tratamento, Verdi retornou, renovado, ao que muitos musicólogos, bons conhecedores da obra de Gomes, trabalho. Aceitou um contrato para o teatro della Pergola, em não ouviram: de fato, a ária evoca os ritmos e as melodias de Florença. O escopo era uma ópera com tema fantástico. Voltou- zarzuelas. É evidente: Carlos Gomes escrevia uma canção para -se, então, para Shakespeare, autor que o fascinava e que ilumi- um brutal aventureiro espanhol. Encontrou, então, num gênero nou suas duas últimas obras-primas, Otello e Falstaff. Escolheu musical ibérico muito popular, o modelo para sua inspiração. Da Macbeth, com situações misteriosas, envolvendo feiticeiras e mesma maneira, Puccini buscou, nas canções francesas de caba- vaticínios. ré, o ponto de partida para a valsa de Musetta, em La bohème. “Questa tragedia è una delle più grandi creazioni umane” Carlos Gomes desenha melodia robusta e arrogante que exige (“Esta tragédia é uma das maiores criações humanas”), escreveu. grande virtuosidade do intérprete e que corresponde perfeita- Seus objetivos artísticos eram, portanto, mais elevados do que os mente ao caráter cínico e libidinoso do personagem. de costume: Verdi tinha a consciência de que iria enfrentar uma obra-prima. Quis, para o libreto, um texto concentrado, despoja-

s do. Apelou ao libretista, Francesco Maria Piave, recomendando- -lhe: “Poche parole... Poche parole... stile conciso” (“Poucas palavras... Poucas palavras... Estilo conciso”). Queria chegar a uma quintessência da tragédia shakespeariana. Fascinava-o a re- lação terrível entre a esposa ambiciosa e o marido enleado num destino assustador, na busca pelo poder a qualquer custo. Ao contrário do que ocorrera com suas óperas preceden- tes, Verdi, dessa vez, tomou seu tempo. Cuidou com extremo ca Lu A nglada d ução / Arthur repro cuidado dos cenários, da montagem. Obrigou os intérpretes a um sem-número de ensaios, intermináveis. Quis uma cantora de “voz áspera, escura, sufocada” e um barítono poderoso para o papel principal. A estreia, em 1847, não resultou num pleno sucesso. Mui- tos, entre críticos e público, estranharam essa concepção rigo- rosa, que sacrificava tudo à força expressiva e à unidade. Mas Carlos Gomes (1836-1896) nunca, até então, Verdi havia atingido tanta profundidade. t

14 Dezembro 2017 CONCERTO u acontece Passado, presente e futuro

Em iniciativa inédita, organismos musicais da Universidade de São Paulo se reúnem para apresentação de obras de Camargo Guarnieri, e Olivier Toni

Por Camila Frésca

comunidade musical da USP está em festa. Nos dias 9 e 10 ciando-se – não apenas no plano musical. Da mesma forma, os A desse mês, no encerramento da temporada da Osusp, um três tiveram ligação estreita com a USP. “Olivier Toni foi uma encontro histórico reunirá todos os organismos musicais da uni- figura de um grau de empreendedorismo raríssimo, pois fun- versidade num grande concerto sinfônico na Sala São Paulo. A dou boa parte dos equipamentos musicais que a cidade de São expectativa se dá por conta do ineditismo do projeto: é a primeira Paulo possui. Na USP, foi fundador e diretor do Departamento vez que estarão num mesmo palco, ao lado da Osusp, o Coralusp, de Música, criou a Ocam, além de ter sido um dos articuladores a Orquestra de Câmara da ECA-USP (Ocam) e o Coro de Câmara do nascimento da própria Osusp”, explica Gil Jardim. Dele será Comunicantus. Assim sendo, nada melhor do que ter no programa interpretada Anunciação, para tenor (ou soprano) e orquestra, obras de três compositores intimamente ligados à universidade: obra concebida em sua última fase de criação, com poesia de Camargo Guarnieri (1907-1993), Gilberto Mendes (1922-2016) João Cunha de Andrade. A solista será Rosemeire Moreira. Já e Olivier Toni (1926-2017). A regência é do maestro Gil Jardim. Camargo Guarnieri assumiu, em 1975, a direção artística da Conforme Lucia Sartorelli, atual diretora da Osusp, a inicia- recém-criada Orquestra Sinfônica da Universidade de São Pau- tiva nasceu de ideia do pianista e professor Eduardo Monteiro, lo, cargo que exerceu até o fim de sua vida. Dele será ouvida a que até o ano passado ocupava o mesmo cargo. Gil Jardim relem- Sinfonia nº 2, peça de 1945. bra que, quando foi convidado por Monteiro para reger a Osusp “Gilberto Mendes foi um homem moderno por natureza, no último programa da temporada, propôs que a Ocam se apre- que procurou sua auto reinvenção durante toda a vida”, lembra sentasse junto. “E, de forma orgânica, convidamos o Coralusp Gil. “Gilberto foi fundador do Festival Música Nova em Santos, e o Comunicantus”, conta. “O desejo por um grande encontro que hoje está sediado no Departamento de Música da USP de musical da USP existe há algum tempo. Contudo, não existia a Ribeirão Preto, e docente da USP em São Paulo.” Alegres tró- atmosfera positiva que temos nesse momento.” picos – Um baile na Mata Atlântica, de Gilberto Mendes, foi A tal “atmosfera positiva” que inexistiu no passado tem a finalizada em janeiro de 2006, para coro e grande orquestra, a ver, acredita Gil, com “as distintas posições políticas e estéticas pedido da Osesp. “Minha leitura é que Gilberto cria uma trilha que cada um dos líderes desses grupos exerceu”: “A fundação e cinematográfica desse exótico baile. Anuncia o acontecimento os primeiros anos desses organismos ocorreu sob a ditadura mi- de forma eloquente. Contudo, a surpresa fica por conta de seus litar, um tempo de cicatrizes incuráveis. No presente momento, convidados: a jaguatirica, o morcego, o jacaré de papo amarelo, sem a presença física desses protagonistas históricos, estamos o beija-flor, o macuco, o mosquito-prego, a perereca, os anfíbios desfrutando do legado deixado por cada um deles. A música clás- e os mamíferos em geral”, afirma. sica de expressão nacionalista, a música alinhada com a vanguar- da pós segunda escola de Viena e a música brasileira popular ou O primeiro de muitos encontros clássica ouvidas pela voz da comunidade universitária se torna- “A intenção da Osusp é que essa integração entre os di- ram características genotípicas da sonoridade musical da USP”. versos corpos artísticos da universidade, inclusive de outras áreas – como a literatura, por exemplo –, seja cada vez mais Aproximações e distanciamentos constante”, afirma Lucia Sartorelli. Gil Jardim compartilha da Guarnieri foi professor de Olivier Toni, e este, por sua vez, mesma opinião e reitera a importância desse encontro: “O fato teve Gilberto Mendes entre seus principais discípulos. No en- é que esse programa é importante sob vários pontos de vista: tanto, cada um deles seguiu um caminho estético próprio, em por ser uma celebração inédita entre colegas de ofício; porque a alguns momentos compartilhando visões e, em outros, distan- própria universidade poderá receber a energia poderosa da pro- dução musical que abriga; porque estamos celebrando compo- o

a sitores importantes da história musical da USP, que raramente Músicos da estiveram juntos num programa; porque o efetivo orquestral Osusp em ação

o Ch im e n t resultante da junção dos grupos possibilita voos sonoros mais

c e l amplos, contemplando partituras especiais do século XX e XXI.

o M a r E, concluindo, esse momento ganha real valor por temos tido a condições de desenhar uma boa pré-produção, possibilitando

tore e Jo tore tempo para se buscar um gradiente de qualidade técnica que satisfaça a todos nós.” t ab e la S na AGENDA

ção / Is Orquestra Sinfônica da USP, Orquestra de Câmara da ECA-USP, Coro de Câmara Comunicantus e Coralusp div u lga Gil Jardim – regente; Rosemeire Moreira – soprano Dias 9 e 10, Sala São Paulo

16 Dezembro 2017 CONCERTO

Uma parceria escrita nas estrelas Charlotte Gardner escreve sobre os planos ousados de Laurence Equilbey para La Seine Musicale, a sala futurista de Paris, começando com seu novo álbum para a Erato

e fôssemos fazer a brincadeira do ovo e da galinha com espaço de performance para os músicos da Academia Barenboim-Said, orquestras e salas de concerto da Europa, é praticamente que está lá localizada. E há a Philharmonie de Paris, que se tornou o lar certo que as vencedoras da batalha conceitual por “quem da pré-existente Orquestra de Paris ao abrir, em 2015. vem primeiro” seriam as orquestras, e não as salas. Tome a Tudo isso faz a relação entre sala e orquestra residente do salaS de concertos proposta para Londres, que está sendo anunciada mais recente espaço clássico de Paris, La Seine Musicale, bastante como a nova sede da Orquestra Sinfônica de Londres. Ou, para voltar interessante, pois, nesse caso, a sala é que foi concebida primeiro; a exemplos mais concretos, quando a Elbphilharmonie de Hamburgo seu grupo residente, a Insula Orchestra, regida por Laurence Equilbey, abriu, em janeiro, foi como sede da Orquestra Sinfônica da NDR, agora foi criado depois, para preenchê-la. rebatizada como NDR Elbphilharmonie Orchester. O mesmo vale para Ocupando a Île Seguin, em Boulogne Billancourt, subúrbio de a Pierre Boulez Saal, de Berlim, que abriu em março, pois, embora não Hauts-de-Seine, em Paris, La Seine Musicale está localizada na antiga tenha um grupo residente designado como tal, foi concebida como sede de uma fábrica da Renault, destacando-se como a joia cultural

18 Dezembro 2017 CONCERTO laurence equilbey

de um projeto de regeneração urbana que viu essa com grupos de instrumentos de época como a Orchestra of the Age of antiga área industrial transformada em um rico distrito Enlightenment e o Concerto Köln, era apenas uma vez por ano, pois residencial e de negócios. orquestras de época têm a tendência de não convidar regentes; na Ela é única em Paris, por consistir não de um, verdade, se você quer reger mais com instrumentos de época, você mas de dois tipos de sala de concertos: um espaço de tem que criar sua própria orquestra. Portanto, meu repertório estava perfomance de 6.200 lugares para pop e rock, chamado um pouco desequilibrado. A Insula Orchestra, assim, está me dando La Grande Seine, e um auditório mais íntimo, para liberdade para reger todas as sinfonias de Mozart, Haydn e Schubert clássico e jazz. Igualmente única é sua arquitetura, de que tanto aprecio.” Shigeru Ban e Jean de Gastines: uma estrutura branca Também valeu a pena esperar por La Seine Musicale. Primeiro, e reluzente em forma de navio, para refletir tanto a porque é uma sede genuína. “Tive outras residências”, assinala. “Por locação na água quanto a herança industrial, com uma 15 anos, fui companheira da Cité de la musique e da Philharmonie de impressionante esfera prateada no centro, dentro da Paris. Também sou artista residente do Grand Théâtre de Provence, em qual está o auditório clássico. Acima do topo da esfera, Aix-en-Provence, e, com o Accentus, sou artista associada da Opéra de dobra-se uma vela de painéis fotovoltaicos, que se move Rouen Haute, na Normandia. Porém, essa residência é diferente, pois acompanhando o trajeto do sol pelo céu; um grito por estamos de verdade em nossa casa; não estamos simplesmente dando sustentabilidade natural em um espaço aéreo que já foi concertos, também podemos gravar CDs e ensaiar.” dominado por fumaça de fábrica. Equilbey pôde dar palpites tanto nas instalações quanto na acústica Minha visita, apenas uma semana depois da do auditório, que é obra de Yasuhisa Toyota, especialista em acústica abertura da sala, em 22 de abril, foi para ver a Insula mais requisitado do mundo, que está por trás da Elbphilharmonie e da Orchestra fazer sua primeira gravação em seu novo e Sala Pierre Boulez (e também, de fato, da sala de concertos de 350 a sofisticado lar: um programa todo Schubert, intitulado mil lugares da Fondation Louis Vuitton, no Bois de Boulogne). “Nacht und Träume” (Noite e sonhos), que traz Lieder orquestrados com tema noturno, ao lado da Sinfonia inacabada e excertos de Rosamunde; a Inacabada está “Esse auditório não é a grande aqui de acordo com a teoria de que não é inacabada, e máquina habitual de apresentação sim uma representação de um sonho em duas partes do compositor, enquanto os excertos de Rosamunde de concertos, então há mais tempo foram escolhidos simplesmente por sua mistura de energia e beleza. Porém, para gravações” – Laurence Equilbey antes de falar com Equilbey sobre o projeto, tenho “No começo, pedi um fosso, por exemplo”, ela recorda, “coisa o prazer de subir até o com que eles realmente não se empolgaram, porque, se você tem um jardim gramado na cúpula fosso, quer dizer que vai fazer shows; e eles não gostam de shows, pois do complexo, no mesmo pode haver um fator de ruído, com as luzes. Porém, fizemos testes nível de sua esfera, para dar acústicos, e agora temos o fosso. Também falei muito com o senhor uma vista sobre o Sena e Toyota sobre acústica, de forma mais geral; acho que o resultado para apreciar por completo é ótimo – uma acústica brilhante, com boa dose de reverberação, como é empolgante a mas também com os timbres sendo muito respeitados. Com a Insula sede em que Equilbey se Orchestra, notei que temos que tocar mais alto para encher as paredes, encontra. mas isso é contrabalanceado pelo fato de a sala ser excepcional nos “Depois que a fábrica momentos verdadeiramente pianissimo. Também é absolutamente fechou, em 1992, não perfeita para vozes. Então é uma bela acústica nova para termos La Seine Musicale, com sua vela havia nada”, ela explica, na Europa.” de painéis fotovoltaicos mais tarde, em seu Também é uma nova sala maravilhosa para os músicos clássicos escritório à margem do da França em geral. “Paris tem muitos estúdios de gravação excelentes rio. “Contudo, o presidente do departamento Hauts-de-Seine, Patrick para música pop, mas, até agora, músicos clássicos não tinham tantas Devedjian, acredita que investir em cultura é tão importante quanto opções”, ela explica. “Esse auditório, contudo, não é a grande máquina investir em pontes e estradas. Então o departamento comprou essa habitual de apresentação de concertos. São só 90 concertos por ano, ilha de Boulogne-Billancourt e veio com a ideia de La Seine Musicale. o que quer dizer que haverá períodos mais longos, que podem ser Ele me pediu para pensar em um projeto para o auditório. Sugeri uma usados para gravações. Acho que é uma oportunidade real para as orquestra de instrumentos de época, pois era provável que o tamanho pessoas da música clássica.” proposto funcionasse bem para esse tipo de grupo. Então, há cinco anos, Quando vejo Equilbey e a orquestra começarem a sessão de criei a Insula Orchestra e, enquanto esperávamos a sala ser concluída, gravação, algumas horas mais tarde, o sentido de prazer em seu novo tocamos tanto no departamento quanto fora, formando nossa reputação.” meio ambiente é palpável (mesmo com a pressão extra de gravarem A Insula Orchestra preencheu não apenas a lacuna orquestral de em uma acústica à qual ainda estão se acostumando). Esse prazer, La Seine Musicale, como a lacuna de repertório de Equilbey. “Rejo sem dúvida, deriva em parte do repertório em si, porque a sala não é a orquestras o tempo todo, e também meu coro, Accentus [criado em única “primeira” representada nesse disco; também é a primeira vez 1991]”, ela conta. “Porém, a maioria dessas orquestras é moderna e, que instrumentos de época serão usados para gravar orquestrações dos como estudei em Viena, com Harnoncourt, não gosto de instrumentos Lieder de Schubert. de época apenas para música barroca; também gosto deles para música “Amo as orquestrações das canções de Schubert há anos”, começa clássica e o repertório romântico inicial. Como resultado, quando Equilbey, “mas, embora belas, sempre senti que elas precisam mesmo sou convidada para reger uma orquestra moderna, sempre sugiro um de instrumentos de época. Senão ficam um pouco pesadas e românticas

IER SS B LO LAURENT Julien Benhamou, fotografia: repertório posterior a 1840. Embora eu também tenha feito projetos demais. Assim, nesse projeto, dedicamos bastante tempo a encontrar

Dezembro 2017 CONCERTO 19 um bom peso e um bom colorido – Em contraste, a que Krawczyk isso é importante de se fazer mesmo escreveu agora é muito respeitosa. com instrumentos de época –, para Ele realmente conseguiu recriar a manter o espírito de Schubert e o impressão original de leveza.” intimismo de suas versões originais, Tão cuidadosamente escolhidos para piano”. quanto as orquestrações foram Aqui, parte da luta foi os solistas vocais do projeto, a simplesmente escolher as contralto alemã Wiebke Lehmkuhl orquestrações certas, pois, embora e o jovem tenor francês Stanislas de muitos compositores tenham Barbeyrac. “Para os solos de tenor, eu orquestrado os Lieder de Schubert queria particularmente uma estrela no último par de séculos, eles ascendente. É música para um jovem, frequentemente transmitiram mais em sua emoção e turbulência, e eu de suas próprias personalidades do queria algo com frescor”, ela ressalta. que Equilbey gostaria. “E Wiebke Lehmkuhl é simplesmente “A interpretação de Hans Zender uma bela cantora.” de Winterreise (Viagem de inverno) Escolher artistas é de fato era uma coisa completamente uma característica do portfólio de diferente”, ela dá como exemplo. Equilbey que agora vai se expandir “Winterreise estava no fundo, mas para além de sua própria regência, não dava para reconhecer. Também graças ao modelo de residência fiquei um pouco à distância de Max um pouco incomum de La Seine Reger, apesar de ele ter orquestrado Musicale. “Tenho que criar um vários Lieder de Schubert; ele era um programa de 40 eventos por ano, organista e o demonstra, pois às vezes Equilbey rege sua Insula Orchestra, de instrumentos de época mas, enquanto cerca de 15 desses é muito pesado. Como resultado, serão para a Insula, os outros escolhi apenas uma dele, ‘Im Abendrot’.” são para artistas e grupos convidados, e um de meus objetivos é Outras orquestrações existentes aprovadas foram “Die Forelle”, de apresentar artistas que não tocam muito em Paris. Por exemplo, Britten, “Gruppe aus dem Tartarus”, de Brahms, “Die junge Nonne”, a Orquestra de Cincinnati não toca aqui há 70 anos, e está vindo de Liszt, e “Ganymed”, de Strauss. “Der Erlkönig”, de Berlioz, com Louis Langrée. Também estou atrás de um bom equilíbrio também está incluída – Equilbey entre artistas masculinos e descreve, com prazer analítico, femininos, então Helsinque como, em “Du liebes Kind”, as Amo as orquestrações das canções de vem com Susanna Mälkki, cordas tocam “uma espécie de Schubert há anos, mas, embora belas, assim como Barbara decoração contrapontística”. Hannigan e sua orquestra, Uma de suas favoritas sempre senti que elas precisam mesmo e Rachel Podger e seu pessoais vem, no disco, logo grupo barroco. Também depois de “Erlkönig” – “Du de instrumentos de época. haverá outros grupos bist die Ruh”, de Webern, cuja barrocos, ao lado de estrelas colocação após a descrição do pesadelo de Goethe do assassinato ascendentes, artistas jovens e projetos de cinema.” sobrenatural de uma criança é bastante deliberada. “Para mim, é Equilbey também está fazendo bom uso do tão ansiado fosso. como uma canção de ninar da morte”, Equilbey reflete. “Porém, “Quero ser inovadora nas produções cênicas”, enfatiza. “Nessa em sua tristeza, também é pacífica, e muito positiva. Muito aberta temporada, colaboramos com a companhia teatral espanhola para o mundo. Acho-a muito La Fura dels Baus para comovente. Também, como Equilbey será a curadora de 40 encenar A criação, de tantas vezes é o caso em eventos por ano na nova sala Haydn. No ano que Schubert, é tão simples em sua vem, encenaremos uma harmonia, e o que Webern fez produção abreviada da com ela é muito refinado; há peça Egmont, de Goethe, apenas poucas notas que não com a música incidental existem na versão para piano, de Beethoven, dirigida por para conservar o movimento Séverine Chavrier.” e manter o pedal.” Apresentar oferendas Equilbey encomendou musicais que são um pouco quatro orquestrações novas diferentes em uma sala de especialmente para o projeto concertos que também é um ao compositor francês Franck pouco diferente parece uma Krawczyk. “Não havia combinação perfeita. Esqueça orquestrações existentes quem veio primeiro – La Seine , Julien Benhamou sensíveis de ‘Nacht und Musicale e Laurence Equilbey Träume’, por exemplo”, foram claramente feitas uma ela diz. “Reger fez uma, para a outra. [Tradução: Irineu

mas na verdade não ajuda. Franco Perpetuo] t J ANA O C IF fotografia:

20 Dezembro 2017 CONCERTO u MÚSICA VIVA Por João Marcos Coelho Comunicação e invenção

Obra da compositora finlandesa Kaija Saariaho provoca os ouvidos, sem abrir mão da sensação de familiaridade

s compositores contemporâneos costu- Saariaho é um dos produtos mais reluzen- controles do timbre e da harmonia é que lhe ofe- O mam cobrir suas falas com jargões muito tes da fantástica política cultural de seu país, recem a possibilidade de estabelecer um “eixo herméticos, que soam complexos, mas pouco a Finlândia. Estudou com Paavo Heininen em som-ruído para elaborar ou frases musicais ou ou nada significam para o público em geral. Há Helsinque, como o também finlandês Mag- formas mais importantes, e forjar as tensões inte- exceções, claro. Possivelmente a maior delas nus Lindberg, seis anos mais novo que ela. riores da música”. Assim, “som-ruído” substitui seja a compositora finlandesa Kaija Saariaho, de Eles passaram pelo Ircam; ela estudou com o conceito de “consonância-dissonância”. 65 anos. Ela terá uma de suas obras mais in- Brian Ferneyhough e Klaus Huber. Formam, Antes de se decidir pela música, Saariaho teressantes, Terra memoria, interpretada pelo ao lado do também compositor e maestro Esa- pensou seriamente em ser pintora. E confessa Quarteto Modigliani na temporada 2018 da -Pekka Salonen, de 58 anos, o que Celestin que em geral suas obras começam com “ges- Cultura Artística. Deliège chama de “segunda geração espectra- tos gráficos”. Como uma de suas mais famosas Em seu site, ela diz candidamente que ado- lista”. Deliège afirma que Saariaho “é a mais criações, Verblendungen, ou “ofuscamentos”, ra a riqueza e sensibilidade dos sons das cordas. autorizada compositora da história musical do para orquestra e teipe, de 1982, nascida como “Quando escrevo para um quarteto de cordas”, Ocidente”. Ela integra o grupo de compositores duas pinceladas de tinta preta na tela em bran- diz, “sinto que estou penetrando no núcleo mais que têm muita familiaridade com a música co, que começam cheias à esquerda e vão se íntimo da comunicação musical”. A peça é de- eletroacústica e eletrônica, mas não se limitam enfraquecendo [veja ilustração abaixo]. A dicada “aos que partiram”, mas que continuam a ela. Ao contrário, fazem dela uma ferramenta música se inicia com um enorme acorde que em nossos sonhos, sentimentos e experiências. a mais na sua paleta de recursos. parece englobar todos os sons possíveis, uma A chave aqui é sua preocupação com a Quem explica os motivos desta afirmação formidável cacofonia que vai migrando, sutil- missão de criar música que privilegie a comu- tão ousada é Theo Hirsbrunner no excelente mente, vagarosamente, do fortíssimo inicial nicação com quem a ouve. Não é uma peça capítulo “Autour du spectralisme: prolonge- até o final, que é apenas um fio eletrônico. En- fácil, seguramente. Mas provoca nos ouvidos, ments, critiques, voies paralleles”, no segundo tre um e outro ponto, uma incrível “viagem” uma vez ultrapassado o chamado “pânico do volume da obra coletiva Théories de la compo- por timbres os mais diversos, combinada com novo”, a sensação de familiaridade. Aqui e ali sition musicale au XX siècle. O espectralismo o emagrecimento sonoro contínuo e progressi- distinguem-se fiapos melódicos, fragmentos de de Gérard Grisey se insere numa tradição que va diminuição da dinâmica. temas; além disso, percebe-se a exploração de remonta a Debussy e Messiaen, “com o gosto “Música para mim é comunicação: uma núcleos harmônicos. Enfim, é música que me- tipicamente francês da sensualidade sonora”. ferramenta para a meditação mais do que para a rece ser ouvida mais de uma vez. A característica da chamada segunda geração construção intelectual de estruturas”, diz, ressal- Numa palestra de 2001 sobre “o futu- espectral, formada por compositores de vários vando que recorre, claro, também à construção ro da música” [disponível em http://www. países, é que “não compõem com sons como intelectual em seu trabalho criativo – só não faz rogerreynolds.com/futureofmusic/saariaho. meios de expressão, mas compõem o próprio dela uma meta abstrata absoluta. “Tecnologia html], ela verbaliza algo que também sempre som (frequentemente com a ajuda do compu- é parte da música como integra qualquer setor me incomodou: “Julga-se que a primeira per- tador) para tirar dele quem sabe uma nova lin- da vida moderna, mas não é decisiva, ao menos formance – que é com frequência a pior – é guagem musical”. não em minha mente (...) Ela ajuda a analisar a mais importante só por causa do seu valor Saariaho é um dos maiores exemplos des- e entender o som e nossa percepção dele, ou, publicitário”. Ou seja, as obras só conseguem ta postura. Ela admite que “o sistema tonal é, numa escala maior, nossa habilidade para perce- certa atenção pública quando estreiam, em segundo minha experiência pessoal, o meio ber estruturas e texturas musicais”. Só a música execuções em geral apenas sofríveis. No caso mais eficaz para usar a harmonia para construir nos permite “comunicar conhecimento e senti- de Terra memoria, será uma estreia brasileira. e fixar novas formas musicais dinâmicas”. Mas mentos impossíveis de serem expressos de outra Por isso, é bom ouvi-la antes de ir ao concerto. historicamente ela pertence ao passado. Hoje, os maneira”, conclui Saariaho. t

Para ler • Théories de la composition musicale au XX siècle (Symetrie, 2013) • Cinquante ans de modernité musicale: de Darmstadt à l’Ircam (Mardaga, 2003) • Kaija Saariaho (Women Composers), de Pirkko Moisala (Universidade de Illinois, 2010) Para ouvir • Saariaho: Chamber Works for strings – volume 2 (inclui Terra memoria) • Saariaho: L’amour de loin, ópera; com regência de Esa-Pekka Salonen • Saariaho: Works for orchestra (caixa com quatro CDs)

22 Dezembro 2017 CONCERTO u capa nz e o / a nth ny ku n ce rt a co t Descobertas r evis musicais

Projetos apostam na música de câmara como ferramenta para a formação de novos – e diferentes – músicos

Por João Luiz Sampaio

Apresentação do trio formado por músicos da Orquestra Jovem do Estado no saguão do Theatro São Pedro em São Paulo

24 Dezembro 2017 CONCERTO parede está repleta de quadros, cujas cores fortes e formas O quarteto é um dos cinco grupos oficiais do Baccarelli, que A evocam a arte urbana contemporânea. No centro da sala, no início deste ano resolveu criar um programa específico de sobre a mesa, espalham-se partituras das mais variadas. Debru- música de câmara. “Já havia diversos grupos se formando entre çados sobre elas, os quatro músicos conversam. Villa-Lobos? An- os membros da orquestra e resolvemos institucionalizar a prá- tes ou depois do Piazzolla? A Bachiana no meio ou no final? E o tica”, explica o violista Gabriel Marin, integrante do Quarteto Libertango? Breve silêncio. E aqui, você faz a introdução? Novo Carlos Gomes, que assumiu a coordenação da área. “Realizamos silêncio. No ? Um deles empunha o violino, toca uma seleção, por meio de prova, e escolhemos os cinco conjun- algumas notas. Assim? Combinado. tos que ganharam o direito a levar o nome do instituto e de se A conversa parece em códigos, está tanto no olhar e no gesto apresentar de maneira regular. Os grupos passaram então a ser quanto nas palavras – não é a primeira vez, parece evidente, que orientados por professores, com quem discutem diversos aspec- eles passam por isso. E não demora muito para que Wagner, David, tos do fazer musical, como onde tocar ou o que tocar, levando Andreza e Juan desçam a escada lateral que leva para a garagem do em consideração a personalidade dos músicos.” Choque Cultural, na Vila Madalena. Esperam a apresentação de Ao todo, os três quartetos de cordas, o Quinteto de Sopros pop rock, que vai chegando ao final. Logo, os amplificadores dão e o Quinteto de Metais do Instituto Baccarelli vão realizar, até o lugar às estantes. No vaivém de músicos, o guitarrista diz ao violi- final da temporada, 91 apresentações. Destas, 61 são externas, nista: “Bom som aí, manda bala!”. Do lado de fora, no asfalto da Rua em palcos que vão desde o Auditório do Masp até a Garagem do Medeiros de Albuquerque, pessoas relaxam em cadeiras de praias, Choque Cultural, passando por hospitais e igrejas da comuni- famílias, amigos, casais, crianças, cachorros. E a música começa. dade de Heliópolis. Os recitais restantes acontecem dentro da Wagner Oliveira, David Manoel, Andreza Batistella e Juan sede do instituto, para outros alunos, professores, familiares e Rogers integram um dos quartetos de cordas do Instituto Bacca- funcionários. Até o meio de novembro, quase oito mil pessoas, relli. São membros da Orquestra Sinfônica Heliópolis e, com ela, segundo os dados oficiais do Baccarelli, já haviam assistido às têm tocado em palcos como o Theatro Municipal de São Paulo, o apresentações. No começo do ano que vem, todos os integrantes Auditório do Masp ou a Sala São Paulo. Mas, nos últimos tempos, de dos grupos de câmara passarão por novas provas. modo mais regular, incorporaram a música de câmara a sua rotina. E não representam um caso único. Ao longo de 2017, algu- Com a música no olhar mas das principais orquestras jovens brasileiras têm apoiado seus Uma das verdades consagradas a respeito da música de câma- integrantes a explorar o repertório camerístico. É um movimento ra é aquela segundo a qual, em um recital com poucos músicos, há estratégico. Para os professores, a prática ajuda a formar melhores um caráter intimista difícil de se reproduzir no universo sinfônico. músicos, mas não só: ensina a respeito da necessidade de conquis- O grande intérprete aqui é aquele que sabe respirar em conjunto, tar novos mercados e dá ao artista um novo sentido de responsabi- que é capaz de fazer música com o olhar, com a sutileza do gesto. E lidade, do qual faz parte a busca por novos palcos e novas plateias. assim parecia ser em um começo de tarde do início de novembro, no saguão do Theatro São Pedro em São Paulo, quando um trio Formas de escuta formado por alunos da Orquestra Jovem do Estado apresentava “Quando você monta um programa, tem que pensar em obras de Villa-Lobos e Mendelssohn. O olhar do violoncelo perdia- uma apresentação didática, escolher o repertório tendo em men- -se no horizonte, sendo trazido de volta pelo piano; o violino reve- te que conversa dá para estabelecer com o público, levando em zava-se entre os colegas e o público, que passava pela porta aberto consideração o clima da apresentação”, explica Wagner. Em ou- do teatro e entrava para acompanhar a apresentação; a apreensão tras palavras, é preciso saber se adaptar: em um programa como se transformava em sorriso; o sorriso, em cumplicidade. esse, na rua, afinal, um arranjo de Caetano Veloso pode prender O recital revelou talentos ímpares. Mas se o olhar é capaz a atenção para o Piazzolla que vem em seguida – e este, por sua de nos contar uma história, a narrada em Mendelssohn parecia vez, abre caminho para Villa-Lobos. “A gente tem que saber se mais tranquila que a de Villa-Lobos. Era isso mesmo? A respos- adaptar, ampliar a noção de repertório.” E Juan completa: “A ta vem com sorrisos. “Foi um desafio”, diz Ariã Ai Yamanaka, gente toca Beethoven, Borodin, e chega no popular e percebe a pianista. “Estávamos com medo dele, é tecnicamente muito uma outra dinâmica entre a gente, você escuta o outro de uma difícil”, continua Áurea Diovana, a violoncelista. “Acho que maneira diferente, presta atenção em outras coisas. E de alguma Mendelssohn, de alguma forma, tem uma linguagem mais fácil, forma isso ajuda quando a gente volta para o repertório clássico”. mais previsível, você sabe para onde a música vai a todo ins- tante”, complementa Diego Adinolfi, o violinista. Não que Villa seja uma novidade para eles, que já o tocaram com orquestra. A diferença é que, desta vez, não há maestro, não há naipe. A responsabilidade, eles dizem em coro, é outra. “Já havia diversos Responsabilidade parece ser uma palavra-chave no projeto que a Santa Marcelina Cultura, mantenedora da orquestra e da grupos se formando Emesp, Escola de Música do Estado de São Paulo, resolveu de- entre os músicos da dicar à música de câmara. “Na hora de formar um músico, não se trata mais apenas de dar a ele a orientação técnica para que orquestra e resolvemos se transforme em um bom profissional”, explica Renato Bandel, violista e coordenador pedagógico da entidade. “O músico preci- então institucionalizar sa se dar conta não só da importância da música de câmara, mas do fato de que há um mundo fora da orquestra. Até porque, na a prática” situação em que vivemos, estar em uma sinfônica já não significa segurança. Não há mais zona de conforto. Há, sim, um potencial Gabriel Marin, violista e gigantesco de público, de espaços, mas o músico, que até hoje coordenador de música de câmara estava acostumado a chegar, sentar, tocar e ir embora, precisa se do Instituto Baccarelli dar conta de que ele precisa ajudar a criar e ampliar o mercado.”

Dezembro 2017 CONCERTO 25 Aprender a se virar Não se trata apenas de teoria. Recentemente, um conjunto de alunos da Emesp, que participou do projeto que a escola man- tém com os Doutores da Alegria, tocando em hospitais, resolveu formar uma empresa e seguir profissionalmente esse caminho. E é por isso que a preocupação de aliar qualidade técnica à colocação do músico na sociedade traduz-se na orientação que os grupos recebem. Este ano, formaram-se dez conjuntos, cujos integrantes foram escolhidos pelo corpo docente da Emesp. “Contemplamos os líderes de naipe, por exemplo, e outros músicos, tomando o cui- dado para manter a variedade de instrumentos”, explica Bandel. “Há um potencial Há quartetos, um trio, um quinteto de sopros, um de metais, um quarteto de contrabaixos, um de percussão, um trio de palhetas de público e de e um duo de flauta e harpa. Cada conjunto faz quatro apresenta- novos espaços, mas ções, em um total de quarenta recitais, em palcos como o Theatro São Pedro mas também o Teatro de Contêiner, na região do Bom o músico precisa ajudar Retiro, a Pinacoteca do Estado, livrarias, ou a Pipa, pequena praia artificial construída no Bexiga, e assim por diante. a criar o mercado” Cada grupo é orientado pelo que Bandel chama de “tutor”. “Não chamamos de professor, porque ele não está ali para dizer Renato Bandel, violista e coordenador se está afinado ou não. A função é orientar de maneira mais am- pedagógico da Santa Marcelina Cultura pla, falar das obras, do contexto em que foram criadas, do que está em jogo na leitura musical.” Entre os tutores estão alguns dos mais destacados instrumentistas brasileiros: Cláudio Cruz, Horá- cio Gouveia, Elisa Fukuda, Ricardo Bologna, Joel Gisiger, Paula Tocar para compartilhar Baron, Sarah Hornsby, Luiz Garcia, Sergio de Oliveira, Ricardo Da preocupação com o mercado à exigência de qualidade Barbosa. “Eles têm ainda aulas de preparação corporal, na qual técnica, há muitas semelhanças entre os projetos de diferentes aprendem como se portar no palco, lidar com o público, respirar. E instituições – e as diferenças, na verdade, têm a ver menos com a eles também recebem, de profissionais como o produtor Jacques percepção a respeito da importância da música de câmara e mais Figueiras, orientações a respeito de como produzir um espetáculo, com o próprio DNA de cada iniciativa. Em Salvador, no Neojiba atuar na internet, empreender, abrir uma empresa para receber (Núcleos Estaduais de Orquestras Juvenis e Infantis da Bahia), cachês ou participar de editais ou concursos. Tudo isso tem como isso significa entender a prática coletiva como microcosmos das objetivo fazer o músico aprender a se virar”, afirma Bandel. relações sociais e da importância do convívio, de onde chega- Ariã, Áurea e Diego contam que não se conheciam, pelo me- -se à ideia de que fazer música é, acima de tudo, compartilhar nos não mais do que de vista dos ensaios da orquestra, quando experiências. Por isso, cada membro do Neojiba, quando come- foram reunidos no trio. Nunca haviam se falado. “Foi engraçado ça a aprender um instrumento, leva esse aprendizado a outras de repente estar juntos e ver a afinidade nascendo a partir dos pessoas, outros núcleos. ensaios”, diz Diego. Ele já participava de um quarteto, mas res- “Já existem alguns grupos fixos, como o Bahia Brass ou o salta que na música de câmara é sempre complicado, entre tantas Wood Tropicales, mas a maioria dos conjuntos ainda é constituí- outras coisas, encontrar um grupo em que todos consigam manter da para apresentações específicas”, explica o idealizador do pro- o mesmo tipo de envolvimento, o tempo todo. Mas, apesar das jeto, o maestro e pianista Ricardo Castro, que sempre aliou a car- dificuldades, todos enxergam a música de câmara como um futu- reira como solista à prática em pequenos conjuntos. “Todos os ro ideal. “Mas temos que entender nosso papel na busca por esse grupos em geral trabalham com bastante autonomia, ainda que objetivo”, diz Ariã. “É difícil, mas, na verdade, quando se junta recebam orientação de nossos professores.” O projeto também três ou quatro músicos, cada um traz o seu histórico, a sua rede de atua para dar visibilidade aos músicos. “A partir deste ano, inclu- experiências, de contatos, e isso vai se multiplicando”, diz Áurea. ímos música de câmara na série Neojiba no TCA (Teatro Castro Alves), uma série de concertos no melhor teatro da cidade com a apresentação das diversas formações do programa. Nesta série, aproveitamos também para promover o que consideramos como o melhor método de orientação, ou de compartilhamento de conhecimentos, que é colocar músicos com mais experiência junto com outros que começaram há pouco tempo. Por exem- “Promovemos o que plo, em um dos concertos da série, dedicado à música francesa, toquei o sexteto de Poulenc com os integrantes da Orquestra consideramos o melhor Juvenil da Bahia antes de reger o grupo em La valse, de Ravel.” A prática tem dado resultados, mas Castro acredita que há método de orientação, muito espaço ainda para crescimento, o que ele considera como prioridade. Segundo ele, o projeto está agora à espera do término com músicos experientes das obras de sua primeira sede. “E nela teremos, enfim, salas de tocando com outros que ensaio para este tipo de atividade sem nenhuma restrição de ocupação”, ele explica. começaram há pouco” O olhar para o futuro é auspicioso. Se o valor da música de câmara foi sempre aceito em nosso meio musical, o discurso Ricardo Castro, maestro e pianista parece agora, aos poucos, transformar-se em realidade. t

26 Dezembro 2017 CONCERTO u palco Mahler e o teatro da humanidade

Diretor e ator japonês Yoshi Oida apresenta em São Paulo sua versão para o ciclo A canção da terra, de Mahler

Por João Luiz Sampaio o nome do ator japonês Yoshi Oida está intimamente asso- t O ciado ao trabalho que ele desenvolveu ao longo de toda a sua carreira com o diretor Peter Brook ou então à participação em filmes de grande circulação – no ano passado, por exemplo, ele interpretou um perseguido defensor do catolicismo no Ja-

pão em Silêncio, de Martin Scorsese. Seu trabalho como teórico r u sakamo çã o / mamo ga também o coloca na vanguarda da cena teatral mundial, com livros como O ator errante e O ator invisível. Menos conhecida, divu l no entanto, é sua relação com a música, ponto de partida para sua versão de A canção da terra, de Gustav Mahler, que ele vai apresentar a partir deste mês no Sesc Pinheiros. Um dos papas do teatro moderno, Brook define Oida como um “verdadeiro mestre”, termo que ele aplica com base no que chama de conceito oriental do termo. “No oriente, um verda- deiro mestre não dá explicações, não oferece receitas. O mestre é o exemplo vivo daquilo que é possível, daquilo que se pode ser por meio de uma paciência infinita, de uma determinação resiliente”, diz ele na introdução de O ator invisível, livro no qual o próprio Oida articula como entende o papel do intérprete: Yoshi Oida para ele, quem sobe ao palco não deve jamais chamar atenção para si próprio, mas para aquilo que pretende mostrar. Ao mes- mo tempo, no entanto, ele defende a ideia de que a experiência canção, reproduz-se no sentido profundo de desencanto que, pessoal do ator é fundamental na hora de criar um personagem: a certa altura, dá espaço à volta ao verde, à primavera da terra, uma técnica sem sentimento é como uma boca sem língua, diz. ao brilho do horizonte. É sobre o paradoxo que se esconde por trás da neces- O maestro Bruno Walter, que trabalhou com Mahler, aju- sidade de libertar-se de si mesmo e, ainda assim, construir da a explicar a importância de A canção da terra no contexto um personagem a partir de suas experiências, que Oida da obra do compositor. “É a peça em que ele sem dúvida ex- encontrou o eixo de seu trabalho. Como ator, sim, mas pressa melhor o seu eu profundo, perturbado e perturbador”, também como diretor, com uma atenção específica dada diz. “Sua linguagem é desconcertante, subjetiva. Mas o que à ópera: ele já dirigiu títulos como Pelleás et Mélisande, de desconcerta sempre em Mahler é sua alma ardente e não a Debussy, Nabucco, de Verdi, ou Madama Butterfly, de Puc- frieza experimental. Este espírito se comunica com qualquer cini. E em todas essas obras trabalha o que chama de busca um que seja capaz de sentir. Aqui, ainda mais facilmente, pela essência, do gesto, do movimento, permitindo que graças ao estranho encantamento dos poemas chineses que uma obra de arte renasça como “experiência humana”. Mahler encontrou no limiar da morte, fonte de inspiração para Essas propostas se traduzem na sua concepção para o colorido fatal de suas melodias.” A canção da terra. Última obra completada por Mahler, que Oida recria essa história – e esse universo tão particular – à a definiu como “minha obra mais pessoal”, ela é baseada em luz de uma tentativa de atualização dos temas abordados pelo uma coletânea de poemas chineses traduzidos para o alemão compositor. Em um cenário sem excessos, inspirado em um jar- por Hans Bethge. Os versos falam de melancolia, de uma “fe- dim zen japonês, dois cantores (os solistas previstos na partitura) licidade perdida” que só é reencontrada durante o sono a que se unem a dois atores, que representam monges em um monas- se chega depois da extinção da vida. Mahler não os escolheu tério budista. Eles falam, nas palavras do diretor, da “melancolia por acaso. Na relação entre o homem e a terra que habita é e tristeza pela terra em seu declínio, no momento em que a reeditado um dos seus temas preferidos: a sensação de não per- crise ecológica avança sobre o homem, senhor e destruidor da tencimento a um mundo do qual, ao mesmo tempo, se sente natureza”. Também participam da apresentação um conjunto com intensidade os estímulos. É um contraste que, na última de 25 músicos, comandados pela maestrina Erika Hindrikson. Assim, define-se a proposta do espetáculo: texto, música, canto, e movimento como metáfora da existência. t

Os versos falam de melancolia, AGENDA A canção da terra, de Gustav Mahler de uma “felicidade perdida” que Yoshi Oida – direção; Erika Hindrikson – regente Dias 16, 17, 19 e 20 de dezembro e 5, 6, 7, 12, 13 e 14 de janeiro, só é reencontrada depois da vida Sesc Pinheiros (São Paulo)

28 Dezembro 2017 CONCERTO u ABERTURA Roteiro Musical

ção Marin Alsop, regente Leonardo Altino, violoncelo (São Paulo, dias 7, 8 e 9) (, dias 13, 15 e 16 a div u lg

Stéphanie-Marie Degand,

ção violino e regente ra Pi me n te l ção / Flo (Rio de Janeiro, dias 2 e 9) a div u lg a div u lg ção a div u lg Dezembro 2017

u ROTEIRO MUSICAL São Paulo (página 30)

u ROTEIRO MUSICAL Rio de Janeiro (página 38)

Denise de Freitas, u ROTEIRO MUSICAL (página 42) mezzo soprano Brasil (Goiânia, dias 21 e 22) u ROTEIRO MUSICAL São Paulo

Sala São Paulo u 1 SEXTA-FEIRA Tchaikovsky – Concerto para piano nº 1 e Sinfonia nº 5. Leia mais ao lado. Osesp continua ciclo Mahler com 09h00 XXVI Concurso de Piano Souza Sala São Paulo. R$ 46 a R$ 213. Reapresentação dia 2 às 16h30. Lima. Marisa Lacorte – coordenação artística. Antonio Mário da Silva Cunha – a Sinfonia nº 9 e Marin Alsop 21h00 Balé O lago dos cisnes, coordenação geral. Provas do V turno. de Tchaikovsky. Ballet Paula Castro. A Orquestra Sinfônica do Esta- Marin Alsop Faculdade e Conservatório Souza Lima. Comemoração dos 40 anos do balé. Paula do de São Paulo entra em dezembro Continuidade dias 2 e 3 às 9h. Informações: www.souzalima.com.br. Castro – direção. Ramona de Saá e com as últimas apresentações, nos Niurka Naranjo – direção artística. Marina dias 1º e 2, do programa coman- 20h00 Ópera La Belle Hélène, de Stoll – direção cenográfica. Isabella dado pelo maestro Isaac Karabt- Jacques Offenbach. Orquestra do Rodrigues e Jackson Liee – bailarinos. chevsky dedicado a Tchaikovsky. Theatro São Pedro. Cláudio Cruz – di- Auditório Ibirapuera. Reapresentação O solista é o pianista russo Boris reção musical. Caetano Vilela – direção dia 2 às 19h. Berezovsky, que interpreta o Con- cênica e iluminação. Gabriela Bueno (Hélène), Fernanda Nagashima (Loena), certo nº 1 para piano e orquestra; Luisa Brack (Parthénis), Raquel Paulin u 2 SÁBADO o repertório inclui ainda a Sinfonia (Bacchis), Nathalia Serrano (Orestes), ção 09h00 XXVI Concurso de Piano nº 5. A obra aparece também no Miguel Nador (Agamemnon), Eduardo Souza Lima. Marisa Lacorte – coorde- Javier Gutierres (Menelau), Rodrigo Kenji Concerto Matinal, que Karabtche- a div u lg nação artística. Antonio Mário da Silva (Paris), Anderson Barbosa (Calchas), vsky rege no dia 3, ao lado das Dan- Cunha – coordenação geral. Provas do Wilken Silveira (Achille), Daniel Soufer IV e III turnos. ças polovtsianas nº 8 e nº 17, de Borodin. Também no domingo dia 3, Be- (Ajax I), Lucas Nogueira (Ajax II) e rezovsky faz recital solo, com destaque para obras de Beethoven e Chopin. Faculdade e Conservatório Souza Lima. Vinicius Costa (Philocome falado). Continuidade dia 3 às 9h. Marin Alsop, diretora musical e regente titular, reassume o grupo nos Leia mais na pág. 32. dias 7, 8 e 9, com uma das mais importantes sinfonias do repertório, a Theatro São Pedro. R$ 25 a R$ 80. 16h00 Orquestra Sinfônica Sinfonia nº 9 de Gustav Mahler. Alsop tem se dedicado, nas últimas tem- Reapresentação dia 3 às 17h e dias 5 e 7 às 20h. Infantojuvenil do Guri Santa Marcelina. Emmanuele Baldini – poradas, à integral do compositor. A nona de Mahler, com um dos adagios 20h00 Orquestra Jovem Tom Jobim. regente. Programa: Mozart – Abertura de mais dilacerantes de sua produção, sintetiza e leva a um novo patamar as Musicais de . Nelson Ayres e As bodas de Fígaro; Beethoven – Abertura Tiago Costa – regentes. Madrigal do Coral questões que o preocuparam, como a conturbada relação entre o homem Egmont; Sibelius – Suíte Karelia; e Villa- Jovem do Estado. Programa: Chico Buarque e o mundo em que vive. -Lobos – Bachianas brasileiras nº 2. – Abertura de O grande circo místico, Roda Masp Auditório. Entrada franca. A Osesp finaliza o ano de 2017 nos dias 14, 15 e 16 de dezembro, Viva, Calabar e Ópera do Malandro; Chico com três concertos comandados pelo maestro Thomas Blunt. O tema da Reapresentação dia 3 às 11h no Teatro Paulo Buarque/ – A história de Lily Machado de Carvalho. apresentação é o final de ano, com destaque para A ceremony of carols, Braun, A bela e a fera e Na carreira. de Benjamin Britten, escrita para o Natal de 1942 e baseada em textos da Masp Auditório. R$ 20. 16h00 Quarteto de Cordas da coletânea The english galaxy of shorter poems. A obra foi composta para Orquestra Jovem do Estado. 20h00 Trovadores Urbanos. Natal orquestra, coro e um time de solistas que, em São Paulo, será formado Alexandre Pinatto de Moura e David Iluminado. Seresta de Sexta. Lucila França – violinos, Letícia Camargo – pela soprano Anna Carolina Moura, pelo tenor Luiz Guimarães e o baixo Novaes – direção musical. Cris Ferri – viola e Bianca de Souza – violoncelo. Francisco Meira. Participam ainda o Coro da Osesp e o Coro Acadêmico direção artística. Programa: canções Programa: Villa-Lobos – Quarteto nº 1; da Osesp. Completa o programa, a Cantata nº 140, Wachet auf, ruft uns natalinas com coreografias. e Schumann – Quarteto nº 1. die Stimme, de Bach; no dia 16, também compõem o repertório obras Casa dos Trovadores. Reapresentação Museu de Arte Moderna. Entrada franca. dias 8, 15 e 22 às 20h. Entrada franca. corais de Mendelssohn, Poulenc, Tavener e Jan Sandström. 16h00 Cauê Tomachige – piano. 20h00 Audi Coelum. Sesi Música. Recitais Aronne Pianos. Programa: Roberto Rodrigues – direção musical e Chopin – Balada nº 2 op. 38, 12 regente. Viviana Casagrandi – soprano, Estudos op. 10 e Scherzo nº 2 op. 31. Clarissa Cabral – mezzo soprano, Guga Aronne Pianos – Sala Giovanni Aronne. Dia 17, Sala São Paulo Costa – haute-contre, Ruben Araújo – Entrada franca. tenor, Sabah Teixeira – baixo-barítono, Orquestra Jovem do Estado Alexandre Cruz e Marcus Held – violinos, 16h30 Orquestra Sinfônica Luciana Castillo – flauta doce, Pedro do Estado de São Paulo. Isaac encerra ano com Stravinsky Augusto Diniz – cravo e Iara Ungarelli – Karabtchevsky – regente. Boris viola de gamba. Berezovsky – piano. Veja detalhes A Orquestra Jovem do Estado de São Paulo, grupo de ponta da Teatro do Sesi São Bernardo do Campo. dia 1º às 21h. Escola de Música do Estado de São Paulo, encerra sua temporada na Entrada franca. Sala São Paulo com um concerto no dia 17 (o mesmo programa será 18h00 Maria Josephina Mignone apresentado no dia 15, em São Caetano do Sul, e no dia 16, em Ta- 20h30 Orquestra Sinfônica Jovem – piano. Lançamento do álbum de parti- da FASCS. Premiação do VII Concurso tuí). A regência será do maestro e titular do conjunto Cláudio Cruz. -turas “24 Valsas brasileiras para piano Jovens Solistas. Geraldo Olivieri Junior – de Francisco Mignone”. O grupo abre as apresentações com o Concerto para clarinete regente. Mayra da Silva Costa – soprano Biblioteca Municipal Mário de Andrade. de Carl Nielsen, escrito em 1928 para um dos membros do Quin- e Paola Picherzky – violão. Programa: Haverá sessão de autógrafos. teto de Copenhagen – a ideia original era escrever um concerto Mozart – Sinfonia nº 31; Tchaikovsky para cada um dos cinco integrantes do conjunto. O projeto nunca – Trechos do balé O quebra-nozes; e 19h00 Balé O lago dos cisnes, Puccini – Ária Quandi m’em vo, da ópera de Tchaikovsky. Ballet Paula Castro. se concretizou totalmente, mas o Concerto para clarinete entrou La bohème; Armando Neves – nº Comemoração dos 40 anos do balé. em definitivo para a repertório do instrumento e terá como solista 10 e nº 16 e Valsa; Paulo Tiné – Lamento Veja detalhes dia 2 às 19h. Bruno da Silva Ghirardi, vencedor do 6º Prêmio Ernani de Almeida nordestino; e Garoto – Ritmo de choro. Machado 2017, da própria orquestra. Teatro Paulo Machado de Carvalho. Entrada 20h00 Ópera in Corso. Uma jornada franca. musical. Carmo Barbosa – direção artís- Nielsen conheceu o Quinteto de Copenhagen em uma apre- tica e baixo-barítono. Ariadne Menegon, sentação dedicada a Mozart. E é do compositor a peça seguinte do 21h00 Orquestra Sinfônica Carol Borba, Gina Falcão, Luísa Sayão, programa, a abertura da ópera Don Giovanni. Por fim, Cruz rege do Estado de São Paulo. Isaac Paula Garcia Psillakis, Regina Prata e Petrushka, de Igor Stravinsky. Karabtchevsky – regente. Boris Suzana Schainberg – sopranos; Eli Lobato Berezovsky – piano. Programa: e Públio Gimenez – tenores e Daniel

30 Dezembro 2017 CONCERTO u ROTEIRO MUSICAL São Paulo

Gonçalves – piano. Programa: canções, musical. Caetano Vilela – direção cênica e Theatro São Pedro árias e duetos de óperas de Mozart, iluminação. Veja detalhes dia 1º às 20h. Puccini e Lehár, entre outros. 20h30 Coralusp – Grupos Zimana e Espaço Cachuera! R$ 20. Opereta de Offenbach e ópera Jupará. Alberto Cunha – regente. Projetos de Verdi ganham produções Mapa da Música Coral e De corpo e alma. u 3 DOMINGO Igreja do Calvário. Após estrear, no dia 29 de novembro, a montagem da opereta La belle Hélène, de Offenbach, segue em cartaz no Theatro São Pedro 09h00 XXVI Concurso de Piano Souza u 5 TERÇA-FEIRA Lima. Marisa Lacorte – coordenação nos dias 1º, 3, 5 e 7 de dezembro. A obra, de 1864, é anterior à com- artística. Antonio Mário da Silva Cunha – posição da mais célebre peça para o palco do compositor, Os contos 12h00 Quarteto de cordas da Cidade coordenação geral. Provas do II e I turnos. de São Paulo e Duofel. Série Convidados. de Hoffmann. Mas foi um dos principais sucessos de sua carreira, Faculdade e Conservatório Souza Lima. Ensaio aberto. Betina Stegmann e Nelson ao narrar, por meio do humor, os eventos que levariam à Guerra de Rios – violinos, Marcelo Jaffé – viola e Troia. A direção cênica é de Caetano Vilela e os figurinos, de Fause 10h00 Grupo História na Música. Angelique Camargo – violoncelo. Duofel: 11ª Mostra de Cultura do Butantã. Fernando Melo e Luiz Bueno – violões. Haten. A regência é do maestro Cláudio Cruz, que comanda um Programa: Bach – Ária da Suíte nº elenco formado inteiramente por alunos da Academia de Ópera do Participação: Alberto Lucas – contrabaixo. 3; Mozart – Divertimento nº 2; João Programa: obras do CD “Kids of ”, Theatro São Pedro e do Ópera Estúdio da Emesp. – Luar do sertão; Webber – apresentado em forma de opereta. O Theatro São Pedro recebe ainda, nos dias 15, 16 e 17, uma Amigos para sempre; Lupícinio Rodrigues Praças das Artes – Sala Mário de Andrade. versão com os principais trechos da ópera Falstaff, de Giuseppe Ver- – Felicidades; Carlos Gardel – Por una Apresentação dia 6 às 20h. cabeza; e obras de Piazzolla, entre outros. di, com a Orquestra de Bolsis- Casa do Sertanista. Entrada franca. 19h00 MARTA DALILA MAULER – sopra- Cláudio Cruz tas do teatro e membros da no e Márcio Arruda – piano. Ciclo BMA academia e do Ópera Estúdio. 11h00 Orquestra Sinfônica do de Música Erudita. Uma voz no Natal. A regência é de Natalia Laran- Estado de São Paulo e Coro da Osesp. Biblioteca Municipal Mário de Andrade – Auditório. Entrada franca. geira e a concepção cênica, Concertos Matinais. Isaac Karabtchevsky – regente. Programa: Borodin – Príncipe 20h00 Ópera La Belle Hélène, de de Mauro Wrona, que acaba Igor: Danças Polovtsianas nº 8 e nº 17; Jacques Offenbach. Orquestra do de assinar uma produção do e Tchaikovsky – Sinfonia nº 5. Leia mais Theatro São Pedro. Cláudio Cruz – Don Giovanni, de Mozart, na pág. 30. direção musical. Caetano Vilela – no mesmo teatro. Falstaff Sala São Paulo. Entrada franca, quatro ingressos por pessoa. A partir de cinco ingressos, R$ 2. direção cênica e iluminação. Veja é a última ópera de Verdi e, detalhes dia 1º às 20h. para muitos críticos, o ponto 11h00 Orquestra Sinfônica mais alto de sua produção, Infantojuvenil do Guri Santa ção u 6 QUARTA-FEIRA responsável por revolucionar Marcelina. Emmanuele Baldini – regente. Veja detalhes dia 2 às 16h. a div u lg o teatro musical italiano. 20h00 Quarteto de cordas da Teatro Paulo Machado de Carvalho. Cidade de São Paulo e Duofel. Série Entrada franca. Convidados. Betina Stegmann e Nelson Rios – violinos, Marcelo Jaffé – viola e 12h30 Coral da ECA-USP e Coro Angelique Camargo – violoncelo. Duofel: de Câmara Comunicantus. Marco Dias 9 e 10, Sala São Paulo Fernando Melo e Luiz Bueno – violões. Antonio da Silva Ramos – regente. Participação: Alberto Lucas – contrabaixo. Lee Ward – regente e órgão. Programa: Programa: obras do CD “Kids of Brazil”, Programa especial reúne grupos Mendelssohn – Trechos do oratório Elijah apresentado em forma de opereta. e Sonata para órgão nº 6 op. 65; Cláudia Praças das Artes – Sala Mário de Andrade. da Universidade de São Paulo Alvarenga – Salmo nº 22; Villa-Lobos Um programa especial vai – Cor dulce, cor amabilis; Liszt – Trechos 20h30 ALEXANDRE RIBEIRO – teorba do oratório Christus; e Elgar – Sonata para reunir, nos dias 9 e 10, três grupos e Mariana Murad – violão. Programa: órgão op. 28. Leia mais na pág. 36. obras de Bach, Visée e Mariana Murad. ligados à Universidade de São Pau- ins te l a M art Mosteiro de São Bento. Musicalis Núcleo de Música. lo: a Orquestra Sinfônica da USP, a Orquestra de Câmara da ECA- 16h00 Boris Berezovsky – piano.

ção / M ar is u 7 QUINTA-FEIRA -USP (Ocam) e o Coro de Câmara Recitais Osesp. Programa: Beethoven – Sonata nº 13 op. 27 nº 1, Quase uma fan- Comunicantus, além da soprano 10h00 Orquestra Sinfônica do a div u lg tasia; Chopin – Improviso nº 1 op. 29; De Rosemeire Moreira. Será a primeira Falla – Quatro peças espanholas; Albéniz – Estado de São Paulo. Ensaio aberto. vez que os grupos atuarão em con- Espanha: Quatro peças; Grieg – Nove peças Marin Alsop – regente. Programa: junto. A direção do espetáculo é do líricas; e Stravinsky – Três movimentos de Mahler – Sinfonia nº 9. Petroushka. Leia mais na pág. 30. Sala São Paulo. R$ 10. Apresentação às 21h, maestro Gil Jardim (leia mais sobre dia 8 às 21h e dia 9 às 16h30. Sala São Paulo. R$ 85 a R$ 110. o projeto na página 16). Os concertos homenageiam 20h00 Ópera La Belle Hélène, de 16h00 Fortuna – canto e piano. Jacques Offenbach. Orquestra do três nomes intimamente ligados à Recitais de Piano MuBE. Curadoria: Theatro São Pedro. Cláudio Cruz – direção história da instituição. De Camar- Luiz Guilherme Pozzi. musical. Caetano Vilela – direção cênica e go Guarnieri, criador da Osusp, Auditório MuBE. R$ 30. iluminação. Veja detalhes dia 1º às 20h. será interpretada a Sinfonia nº 2, 20h00 Voz Ativa Madrigal. Gil Jardim 16h00 Orquestra Filarmônica Uirapuru, estreada em 1950 e Senai-SP e Giovanna Maira – Sesi Música. Virada Inclusiva. símbolo da trajetória do autor. De cantora. Sesi Música. Regiane Martinez – regente. Denize Olivier Toni, um dos responsáveis pela criação do Departamento de Centro Cultural Fiesp – Palco externo. Meire, Tamara Caetano, Rita Tomé, Música da ECA-USP, o grupo vai apresentar Anunciação, estreada pela Entrada franca. Regina Rocha, Aldilei Clemente, Gustavo Carvalho, Fernando Ribeiro Ocam em 2015. E, de Gilberto Mendes, que durante anos foi professor 17h00 Ópera La Belle Hélène, de e Fabio Carvalho – cantores e Delphim da universidade, o programa inclui Alegres trópicos: um baile na Mata Jacques Offenbach. Orquestra do Rezende Porto – piano. Atlântica, escrita sob encomenda da Osesp no início dos anos 2000. Theatro São Pedro. Cláudio Cruz – direção Teatro do Sesi. Entrada franca.

32 Dezembro 2017 CONCERTO 21h00 Orquestra Sinfônica do Paróquia São . Entrada franca. Gershwin e Bach, entre outros. u 10 DOMINGO Estado de São Paulo. Marin Alsop – Reapresentação dia 10 às 16h no Masp Masp Auditório. R$ 50. Reapresentação Auditório. às 20h. regente. Programa: Mahler – Sinfonia 11h00 Coro Infantil da Osesp, Coro nº 9. Leia mais na pág. 30. Juvenil da Osesp e Coro Acadêmico 11h00 Grupo Percussivo USP. 20h00 Ópera Portátil. Sesi Música. Sala São Paulo. . R$ 46 a R$ 213. da Osesp. Concertos Matinais. Reapresentação dia 8 às 21h e dia 9 às 16h30. Música no MAC. Ricardo Bologna – Wesley Lacerda – direção musical e Sala São Paulo. Entrada franca, quatro ingressos direção musical. Programa: Steve Reich piano. Pablo Moreira – direção cênica. por pessoa. A partir de cinco ingressos, R$ 2. – Clapping Music; Kevin Volans – She Edna De Oliveira – soprano, Eleni Arruda who Sleeps in a Small Blanket; Lynn u 8 SEXTA-FERIA – mezzo soprano, Alexandre Bialecki – 11h00 Coral Vox Jubili. Muriel Glassock – Dragoon; Minoru Miki – Time tenor e Paulo Menegon – baixo. Waldman – regente. Programa: Mozart – for marimba; e Michael Udow – African 19h00 Camerata La Carte. Música ao Teatro do Sesi. Entrada franca. InterNatos Mulierum; Fauré – Cantique Welcome Piece. cair da tarde. Programa: Corelli – Concerto de Jean Racine; e canções natalinas. Museu de Arte Contemporânea da USP – 20h00 Concertos Triade Vioesp. para noite de Natal; Tchaikovsky – Suíte Paróquia Nossa Senhora da Consolata. MAC. Entrada franca. O quebra-nozes; Händel – Excertos de O Violão Romântico. Giacomo Bartoloni, Entrada franca. Reapresentação dia 17 às 9h30 messias; Vivaldi – Inverno, de As quatro Fabio Bartoloni, Atílio Rocha, Letícia na Paróquia Nossa Senhora da Anunciação. estações; Bach – Jesus, alegria dos 16h00 Celina Charlier – flauta e Alcântara, Raphael Tavarez e Pedro homens; Mozart – Ave Verum; César Villani-Cortês – compositor e piano. Carrasqueira – violões. Programa: Peter 11h30 Coro do Colégio Visconde de Franck – Panis Angelicus; e Bach/ Comemoração dos 87 anos de Villani- Van der Staak – Concertino; Giulian – Porto Seguro e convidados. Concerto Gonoud – Ave Maria. Côrtes. Recital-palestra com obras de Gran Overture; Ponce – Sonata nº 5, de Natal. Sérgio Assumpção – regente. Sesc Santo Amaro. Entrada franca. Villani-Côrtes compostas especialmente Romântica; Giuliani – Rossiniana op. 119; Programa: obras de Bach, Händel, Vivaldi, Reapresentação dia 22 às 13h. para Celina Charlier (1ª audição mundial). Fernando Sor – Lagrime mie d’Affano e Mendelssohn e Schubert; e canções tradi- Centro de Pesquisa e Formação do Sesc. Mulheres e cordas; e Mozart – Batti Batti cionais natalinas. Leia mais na pág. 36. Entrada franca. Após o recital haverá conversa 20h00 Trovadores Urbanos. a Bel Maseto. Fundação Maria Luisa e Oscar Americano. com o público. Natal Iluminado. Seresta de Sexta. Triade Instituto Musical. R$ 18. Ingressos: doação de um brinquedo novo. Veja detalhes dia 1º às 20h. 16h30 Orquestra Sinfônica do 21h00 Orquestra Sinfônica da 11h30 Orquestra Sinfônica Carlos 21h00 Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo. Marin Alsop – USP, Orquestra de Câmara da Eca- Gomes. Comemoração dos 90 anos Glesp. Estado de São Paulo. Marin Alsop – regente. Veja detalhes dia 7 às 21h. -USP, Coro de câmara comunicantus Concerto de Natal. Ricardo Rossetto regente. Veja detalhes dia 7 às 21h. e Coralusp. Gil Jardim – regente. Mielli – regente. Programa: obras de 17h00 Concerto EML – Inspiração. Rosemeire Moreira – soprano. Bach, Beethoven, Bizet, Ippolitov Ivanov, Concerto anual do Espaço de Ensino Programa: Guarnieri – Sinfonia nº 2, Saint-Saëns e Glenn Miller, e músicas u 9 SÁBADO Musical Leandro Mamede. Leandro Uirapuru; Olivier Toni – Anunciação; natalinas. Mamede, Vagner Ferreira, Tania Morin e Gilberto Mendes – Alegres trópicos, Teatro Lauro Gomes. Entrada franca. 10h00 Coral Juvenil do Guri Santa e Hayato Saguchi – pianos; Thati Abra – Um baile na Mata Atlântica. Leia mais Marcelina. Vitor Gabriel – regente. canto e Marcus Held e Marcel de Oliveira na pág. 32. 14h00 Regional de Choro Programa: música brasileira dos séculos – violinos; entre outros. Programa: obras Sala São Paulo. R$ 20 a R$ 70. Reapresentação Infantojuvenil do Guri Santa XX e XXI. de Beethoven, Chopin, Villa-Lobos, dia 10 às 16h. Marcelina. Dinho Nogueira – u ROTEIRO MUSICAL São Paulo regente. Izaías Bueno – bandolim e Bianca Santos – trompetes, Marcos Alex de Brandemburgo nº 3 BWV 1043, 19h30 Orquestra Sinfônica do Zé Barbeiro – violão de sete cordas. – trombone e Luana Maele – trombone Concerto para dois violinos BWV 1043 Estado de São Paulo, Coro Acadêmico Programa: Chiquinha Gonzaga – Saudade; baixo. Dana Radu – piano. Programa: e Suíte Orquestral nº 3 BWV 106; Corelli da Osesp e Coro da Osesp. Concertos a Yamandu Costa – Boa viagem; Nazareth R. Strauss – Concerto para trompa nº – Concerto Grosso nº 8 op. 6; Vivaldi – preço popular. Thomas Blunt – regente. – Tenebroso; Gnattali – Papo de anjo; 2; Paganini – I Palpiti para violino, Concerto Grosso RV 121 e Concerto para Veja detalhes dia 15 às 19h30. Zequinha de Abreu – Tico-tico no fubá; Variação sobre um tema de Rossini; quatro violinos nº 10; Telemann – Suíte La e Pixinguinha – Carinhoso; entre outros. Dutilleux – Sonatina para flauta e piano; Lyra; Georg Mathias Monn – Concerto para 20h00 Ópera A flauta mágica, de MIS – Museu da Imagem e do Som. Koussevitzky – Concerto para contrabaixo violoncelo; Nepomuceno – Concerto para Mozart. Orquestra Sinfônica Municipal Entrada franca. e piano op. 3; Pasculli – Concerto para violoncelo; Nepomuceno – Serenata 1902; de São Paulo. – oboé sobre tema da ópera La favorita, de e Elgar – Serenata op. 20. regente. André Heller-Lopes – direção 15h30 Orquestra de Cordas Donizetti; Spitznagel – Quarteto Auf allen Livraria Nove.Sete. Entrada franca. cênica. Leia mais na pág. 36. Infantojuvenil do Guri Santa Vieren para contrabaixo, violino, viola e Theatro Municipal. R$ 20 a R$ 120. Marcelina. Thibault Delor – regente. violoncelo; e Victor Ewald – Quinteto nº 1. 20h00 Yamandú Costa – direção, Reapresentação dia 16 às 16h30, dia 17 às 17h e dias 19, 20 e 21 às 20h. Programa: Dvorák – Humoresque; Albinoni Sala São Paulo. Continuidade dia 12 às 20h. violão e compositor. Sesi Música. – Concerto Grosso a cinco; e temas de Teatro do Sesi. Entrada franca. 20h00 Ópera Falstaff, de Verdi. Série óperas de diversos compositores. Pocket Ópera. Orquestra de Bolsistas Paróquia Assunção de Nossa Senhora. u 12 TERÇA-FEIRA e Academia de Ópera do Theatro São Entrada franca. u 14 QUINTA-FEIRA Pedro e Ópera Estúdio Emesp. Natalia 20h00 Academia da Osesp. Concerto Larangeira – regente. Mauro Wrona 16h00 Orquestra Sinfônica da de encerramento. Marcos Alex – trom- 15h00 Orquestra de Cordas das – direção cênica. Charles Miyazaki (Sir USP, Orquestra de Câmara da Eca- bone, Gabriel Marcaccini – oboé, Rafael Fábricas de Cultura da Zona Leste. John Falstaff), Midiã Machado (Mrs. -USP, Coro de câmara comunicantus Frazzato – violoncelo, Paulo Galvão Musicando na Série de Concertos Fábricas Alice Ford), Gabriela Bueno (Mrs. Meg e Coralusp. Gil Jardim – regente. Veja e Maressa Portilho – violinos, Sandra de Luz. Ênio Antunes – direção artística e Page), Nathalia Serrano (Mrs. Quickly), detalhes dia 9 às 21h. Ribeiro – fagote e Tayanne Sepulveda – regente. Pedro Gobeth e Geraldo Matias Luisa Brac e Isis Cunha (Nannetta), Athos trompa. Dana Radu – piano. Programa: – direção musical e regentes. Programa: Bueno Teixeira (Ford), Eduardo Javier 16h00 Coral Juvenil do Guri Santa Tomasi – Concerto para trombone; J. Beetholven Cunha – Miniatura pernambu- Gutiérrez (Fenton), Wesley Rocha (Dr. Marcelina. Vitor Gabriel – regente. Strauss – Concerto para oboé; Haydn – cana nº 8; Nepomuceno – Prece; Guerra- Caius), Daniel Soufer (Bardolfo) e Vinicius Programa: música brasileira dos séculos Concerto para violoncelo nº 2; Beethoven -Peixe – Mourão; Villa-Lobos – Prelúdio Costa (Pistola). Leia mais na pág. 32. XX e XXI. – Sonata nº 5; Saint-Saëns – Sonata para e Bachianas brasileiras nº 4; Santoro – Masp Auditório. Entrada franca. Theatro São Pedro. R$ 15 a R$ 40. fagote e piano; e Brahms – Trio para Mini concerto grosso; Lacerda – O Reapresentação dia 16 às 20h e dia 17 às 17h. piano, violino e trompa op. 40. sanfoneiro em ré; e Ernani Aguiar – 16h00 Gabriella Mattos Affonso e Sala São Paulo. Quatro Momentos nº 3. 20h00 Orquestra Jovem do Estado Luiz Guilherme Pozzi – piano. Recitais Fábrica de Cultura Sapopemba – Sala de são paulo. 6º Prêmio Ernani Aguiar de de Piano no MuBE. Programa: Mozart/ 21h00 Duo Graffiti. Clássicos no Multiuso. Entrada franca. Almeida Machado. Cláudio Cruz – regente. Grieg – Sonata K 545; e Tchaikovsky – JazzB. Cássia Carrascoza – flauta e Bruno da Silva Ghirardi – clarinete. Progra- Suíte do balé O quebra-nozes. Curadoria: Ricardo Bologna – percussão. 18h00 João Guilherme Figueiredo – ma: Nielsen – Concerto para clarinete; Luiz Guilherme Pozzi. JazzB. R$ 30. violoncelo barroco e viola da gamba Mozart – Abertura de Don Giovanni; e Auditório MuBE. R$ 30. e Orquestra Histórica do Brasil. Stravinsky – Petrushka. Leia mais na pág. 30. 21h00 Paulo Martelli – violão. Veja detalhes dia 13 às 18h. Teatro Paulo Machado de Carvalho. Entrada 16h00 Madrigalchor Humboldt. Série Bach Tema & Contratema. franca. Reapresentação dia 17 às 16h na Sala Sérgio de Souza – regente. Leonardo Programa: Bach – Suítes BWV 1012, 19h00 Marta Dalila Mauler – São Paulo. Fernandes – piano. Quarteto: Renato Cruz BWV 1007 e BWV 812. soprano, Ricardo Russo – tenor, e Flávio Piotto Santos – violinos, Betina Espaço Cachuera!. R$ 30. Márcio Arruda – piano e Paulo 20h00 Eder Giaretta – piano e Josani Roesler Schmidt – viola e Peter Santiago CUNHA – violino. Ciclo BMA de Música Pimenta – voz. Sesi Música. Participação: Goulart – violoncelo. Programa: Vivaldi Erudita. Sarau Natalino. Programa: John Anselmo Pereira – flauta, Eduardo – Glória RV 589; Mozart – Quarteto de u 13 QUARTA-FEIRA Newton – Amazing Grace; Gounod – Ave Augusto e Fernando Henrique Andrade – cordas K 157; e canções natalinas. Maria; Schubert – Ave Maria; Saint-Preux violinos, Janaina Almeida – viola e Tiago Igreja da Paz. Entrada franca. 13h00 Orquestra Jazz Sinfônica. – Concerto para uma voz; Leonard Cohen Almeida – violoncelo. Fábio Prado – regente. Toninho – Hallelujah; Bach – Jesus alegria dos Teatro do Sesi. Entrada franca. 16h00 Grupo Tons e Floradas. Ferragutti – acordeão. Programa: Luiz homens; Leontovich – Carol of Bells; 20h00 Quinteto de Fagotes. Sesi Espetáculo Ecos de verão. Janete Ribeiro Gonzaga e Zé Dantas – Sanfonema; e Gruber – Noite feliz; entre outros. Música. Alexandre Silvério, Francisco – direção musical. Diana Victoria e Ferragutti – Sanfoneon, Forró classudo Biblioteca Municipal Mário de Andrade – Formiga, Filipe de Castro e José Arion Susana Miranda – direção artística. e Na sombra de Asa branca. Auditório. Entrada franca. Linhares – fagotes e Romeu Rabelo Diana Victoria, Marlene Caprino e Susana Theatro Municipal. R$ 6. – contrafagote. Programa: obras do Miranda – sopranos, João Albertvicius – 19h30 Orquestra Sinfônica do repertório barroco ao clássico. tenor e Lucia Giusti e Waldyr Giusti – 18h00 João Guilherme Figueiredo Estado de São Paulo, Coro Acadêmico Teatro do Sesi Osasco. Entrada franca. cantores. Elaine e Tadeu – bailarinos. – violoncelo barroco e viola da gamba da Osesp e Coro da Osesp. Concertos a Centro Musical Santa Cecília. e Orquestra Histórica do Brasil. preço popular. Thomas Blunt – regente. 20h00 Trovadores Urbanos. Comemoração dos 35 anos de carreira Anna Carolina Moura – soprano, Luiz Natal Iluminado. Seresta de Sexta. 17h30 Nós com Voz e Cuca Coral de João Guilherme Figueiredo. João Guimarães – tenor e Francisco Meira – Veja detalhes dia 1º às 20h. da PUC-SP. Rita Fucci-Amato e Renato Guilherme Figueiredo – direção artística baixo. Programa: Britten – A Ceremony Teixeira Lopes – regentes. Paulo e regente. Programa: Vivaldi – Abertura of Carols op. 28; e Bach – Cantata nº 140, Menegon – preparação vocal. Programa: da ópera L’Olimpiade e Concerto para Wachet auf, ruft uns die Stimme. Leia u 16 SÁBADO obras de , Chico Buarque, violoncelo RV 418; Telemann – Concerto mais na pág. 30. Luis Carlos Sá, Osvaldo Farrés, Villa-Lobos, em lá menor para flauta doce e viola da Sala São Paulo. R$ 15. Reapresentação dia 15 11h00 joão e Maria a procura de Krieger e canções de natal tradicionais, gamba; Corelli – Concerto Grosso nº 8, às 19h30. Papai Noel. Série Aprendiz de Maestro. entre outras. Fatto per la Notte di Natale. Sinfonietta Tucca Fortíssima e Cia. Dans Igreja Nossa Senhora da Esperança. Entrada Teatro Cacilda Becker. Entrada franca. La Danse. Paulo Rogério Lopes – direção franca. Reapresentação dia 14 às 18h. u 15 SEXTA-FERIA e texto. João Maurício Galindo – regente. Luciana Ramanzini – atriz. 20h00 Academia da Osesp. Concerto 19h00 Orquestra Antunes Câmara. 15h00 Encontro de Bandas do Guri Sala São Paulo. R$ 75 a R$ 85. Vendas: Tucca – de encerramento. Tayanne Sepulveda Serenata de Luz. Quartas Musicais Nove. Santa Marcelina. Banda Sinfônica Tel. (11) 2344-1051 e www.ingressorapido.com. – trompa, Maressa Portilho – violino, Sete! Ênio Antunes – direção artística, Infantojuvenil do Guri, Banda Sinfônica br. Venda revertida para a Tucca. Giovanna Finnardi – flauta, Jéssica regente e violino. Rebeca Requena, Juvenil do Guri e Banda Sinfônica Jovem Albuquerque – contrabaixo, Layla Köhler Gustavo Simões, Eduardo Eliel e Renato do Estado. Laszlo Marosi – regente. 15h00 Orquestra Sinfônica da – oboé, Rodrigo Mendes – viola, Rafael Costa – violinos e Bruno William – vio- CEU Alvarenga. Entrada franca. Reapresentação Fábrica de Cultura da Zona Leste. Frazzato – violoncelo, Caique Sant’anna e loncelo. Programa: Bach – Concerto dia 16 às 16h no Masp Auditório. Musicando na Série de Concertos

34 Dezembro 2017 CONCERTO u ROTEIRO MUSICAL São Paulo

Theatro Municipal Fábrica de Luz. Ênio Antunes e Rodrigo u 17 DOMINGO Felicissimo – regentes. Naiara Brito e Theatro Municipal encena ópera Pedro Henrique Melo – flautas, Rebeca 09h30 Coral Vox Jubili. Muriel Requena – violino e Bruno William – Waldman – regente. Veja detalhes A flauta mágica de Mozart violoncelo. Programa: Gluck – Orfeu e dia 10 às 11h. Eurídice; Domenico Cimarosa – Concerto Paróquia Nossa Senhora da Anunciação. Uma produção de A flauta má- para duas flautas; Mozart – Abertura Entrada franca. Roberto de As bodas de Fígaro e Adágio K 261; Minczuk gica, de Mozart, sobe ao palco do Theatro Municipal de São Paulo em Grieg – The last Spring; Saint-Saëns 11h00 Orquestra Sinfônica – Allegro Appassionato; e Tchaikovsky – dezembro. A direção cênica é de Cesgranrio. Concertos Matinais. Suíte O quebra-nozes. Sala São Paulo. Entrada franca, quatro ingressos los goldg rub o / c ar los André Heller-Lopes e a regência, do Fábrica de Cultura Sapopemba – Sala por pessoa. A partir de cinco ingressos, R$ 2. titular da Orquestra Sinfônica Mu- Multiuso. Entrada franca. 11h00 Coral da Gente do Instituto

ert conc ta nicipal de São Paulo, Roberto Min- 16h00 Encontro de Bandas Baccarelli. Silmara Drezza, Arthur

re vis czuk. Não havia ainda definição em do Guri Santa Marcelina. Perissinotto, Claudia Cruz e Tânia relação ao elenco até o fechamento Veja detalhes dia 15 às 15h. Bertassoli – regentes. Juliana Ripke – desta edição. Masp Auditório. Entrada franca. piano. Lucas Migliorini – preparação cênica. A flauta mágica, estreada em 1791, é uma das últimas obras de Mo- Masp Auditório. R$ 10. zart, escrita nos moldes do Singspiel, estilo de espetáculo em que núme- 16h30 Ópera A flauta mágica, de Mozart. Orquestra Sinfônica Municipal ros musicais são intercalados por diálogos falados. Seu enredo trata do 12h30 Coralusp – Grupo Todo Canto. de São Paulo. Roberto Minczuk – Projeto Mosaico. Programa: obras de embate entre a virtude e o mal. As récitas acontecem nos dias 15, 16, 17, regente. André Heller-Lopes – direção Debussy, Piazzolla, Brahms e Tom Jobim. 19, 20 e 21 de dezembro. cênica. Veja detalhes dia 15 às 20h. Catedral da Sé – Cripta.

16h30 Orquestra Sinfônica 16h00 Orquestra Jovem do Estado do Estado de São Paulo, Coro de São paulo. 6º Prêmio Ernani de Acadêmico da Osesp e Coro da Almeida Machado. Cláudio Cruz – regen- Orquestras de Heliópolis tocam no Masp Osesp. Concertos a preço popular. te. Bruno da Silva Ghirardi – clarinete. Concerto Especial de Natal. Thomas Programa: Nielsen – Concerto para clarine- As orquestras Infantil, Preparatória e Infantojuvenil Heliópo- Blunt – regente. Anna Carolina Moura te; Mozart – Abertura de Don Giovanni; e lis, integrantes do Instituto Baccarelli apresentam-se no dia 17 no – soprano, Luiz Guimarães – tenor e Stravinsky – Petrushka. Leia mais na pág. 30. Auditório do Masp, chance de ver de perto o trabalho de base reali- Francisco Meira – baixo. Programa: Jan Sala São Paulo. R$ 40. zado pela entidade. A Orquestra Sinfônica Heliópolis, por sua vez, Sandström – Es ist ein Ros’ entsprungen; Mendelssohn – Frohlocket, ihr Völker auf faz dois concertos este mês: no dia 3, em Santos, com o maestro 16h00 Orquestra Infantil Erden op. 79 nº 1 e Lasset uns frohlocken Heliópolis, Orquestra Preparatória Edilson Ventureli, e no dia 10, em Santa Cruz do Rio Pardo, sob op. 79 nº 5; Poulenc – Salve Regina; Heliópolis e Orquestra regência de Isaac Karabtchevsky. Tavener – Hymn to the Mother of God; Infantojuvenil Heliópolis. Alexandre Britten – A Ceremony of Carols op. 28; e Pinto e André Sanches – regentes. Bach – Cantata nº 140, Wachet auf, ruft Orquestra Infantil Heliópolis. Programa: Celina Charlier celebra Villani-Côrtes uns Die Stimme. Leia mais na pág. 30. Canção tradicional francesa – Angels on Sala São Paulo. R$ 15. A flautista Celina Charlier fará, no dia 9, um recital-palestra Parade; Kenneth Baird – The Christmas Train; Canções folclóricas brasileiras; ao lado do compositor Edmundo Villani-Côrtes, para marcar os 25 20h00 Ópera Falstaff, de Verdi. Série e James Kazik – Ludwig’s Dance Party. anos de parceria artística entre os dois. O encontro acontece no Pocket Ópera. Orquestra de Bolsistas Orquestra Preparatória Heliópolis. Centro de Pesquisa e Formação do Sesc. e Academia de Ópera do Theatro São Programa: Jeff Frizzi – Dança mística; Pedro. Natalia Larangeira – regente. Ramin Djawadi – Game of Thrones; Klaus Mauro Wrona – direção cênica. Veja Badelt – Piratas do Caribe; John Williams Santo André recebe concerto de fim de ano detalhes dia 15 às 20h. – Star Wars; e Villa-Lobos – Bachianas brasileiras nº 2. Orquestra Infantojuvenil A Orquestra Sinfônica de Santo André realiza no dia 16, no 20h00 Orquestra Sinfônica de Heliópolis. Programa: Samuel Krähenbühl Paço Municipal de Santo André, seu concerto de Natal. A regência Santo André. Concerto de Natal. – Sinfonietta: Excertos; Beethoven – é de Abel Rocha. O programa começa com aberturas de óperas de Temporada Sinfônica IX. Abel Rocha As ruínas de Atenas: Marcha turca; Wagner e Carlos Gomes e segue com peças de Clóvis Pereira, Ciro – regente. Programa: Wagner – Offenbach – Orfeu no inferno: Can-Can; Tannhäuser, Marcha dos convidados; e Rimsky-Korsakov – Sheherazade. Pereira e Elgar. O encerramento tem temas natalinos, com a partici- Carlos Gomes – Abertura de O guarani; Leia mais ao lado. pação do Coro Cidade de Santo André. Clóvis Pereira – Seleção Luiz Gonzaga; Masp Auditório. R$ 10. Cyro Pereira – Aquarela de sambas; e Elgar – Pompa e Circunstância; e 17h00 Ópera A flauta mágica, de Coral e Natal são destaques na Fundação canções natalinas. Leia mais ao lado. Mozart. Orquestra Sinfônica Municipal O Natal é tema da apresentação do dia 10 na Fundação Maria Paço Municipal de Santo André. de São Paulo. Roberto Minczuk – regen- Entrada franca. te. André Heller-Lopes – direção cênica. Luisa e Oscar Americano, em parceria com o Coro do Colégio Vis- Veja detalhes dia 15 às 20h. conde de Porto Seguro e orquestra e solistas convidados, regidos por 20h00 Laura de Souza – soprano Sérgio Assumpção. O programa tem obras de Bach, Händel, Vivaldi, e Antonio Vaz Lemes – piano. Recitais 17h00 Ópera Falstaff, de Verdi. Série Mendelssohn e Schubert, além de canções tradicionais natalinas. Eubiose. Programa: obras de Schubert Pocket Ópera. Orquestra de Bolsistas e Fauré. e Academia de Ópera do Theatro São Sociedade Brasileira de Eubiose. R$ 30. Pedro. Natalia Larangeira – regente. Corais da USP se apresentam no Mosteiro Mauro Wrona – direção cênica. Veja 21h00 A canção da terra. detalhes dia 15 às 20h. Uma apresentação no dia 3, no Mosteiro de São Bento, vai reu- Espetáculo operístico (cantata) a partir nir o Coro Comunicantus e o Coral da ECA-USP. Os grupos serão da obra homônima de Gustav Mahler. 18h00 A canção da terra. Veja regidos por Marco Antonio da Silva Ramos e Lee Ward, que também Orquestra do Instituto Fukuda detalhes dia 16 às 21h. Ensemble. Yoshi Oida – direção estará ao órgão. No repertório, obras de Mendelssohn, Villa-Lobos, e ator. Erica Hindrikson – regente. 20h00 Coralusp. Sesi Música. Marcia Cláudia Alvarenga, Liszt, Thomas Tallis e Charles Villiers Stanford. Sesc Pinheiros. Reapresentação dia 17 Hentschel – direção artística e regente. às 18h e dias 19 e 20 às 21h. Teatro do Sesi. Entrada franca.

36 Dezembro 2017 CONCERTO 20h00 Orquestra de Cordas Laetare. Muriel Waldman – regente. Brilhos Musicais na Cidade: Suítes, Endereços São Paulo Serenatas e Danças. Programa: obras de Bach, Grieg, Hubert Parry, Dag Wiren, Aronne Pianos – Sala Giovanni Igreja do Calvário – Rua Cardeal lugares) – Praça Júlio Prestes – Nepomuceno, Carlos Gomes, Lacerda Aronne – Rua Doutor Amancio de Arcoverde, 950 – Pinheiros – Tel. Campos Elíseos – Tel. (11) 3223-3966. e Krieger. Carvalho, 525 – Vila Mariana – Tel. (11) 3085-1307 Ingressos: tel. (11) 4003-1212 e www. (11) 5549-6898 ingressorapido.com.br. Estacionamento: Círculo Macabi. R$ 15. Igreja Nossa Senhora da Esperança – Auditório Ibirapuera – Av. Pedro Av. dos Eucaliptos, 556 – Moema – Tel. R$ 28 Álvares Cabral – Portão 3 do Parque (11) 5531-9519 Sesc Pinheiros – Auditório (98 Ibirapuera – Tel. (11) 3629-1075 lugares) e Teatro u 19 TERÇA-FEIRA JazzB – Rua General Jardim, 43 – Centro (aPlateia interna: 800 lugares, Plateia (1010 lugares) – Rua Paes Leme, 195 – Tel. (11) 3257-4290 (120 lugares) 20h00 Coro Acadêmico da Osesp. externa: 15 mil lugares, Foyer: 300 – Tel. (11) 3095-9400 Livraria Nove.Sete – Rua França Pinto, Série Osesp Masp. Marcos Thadeu – lugares) Sesc Santo Amaro – Auditório (279 97 – Vila Mariana – Tel. (11) 5573-7889 regente. Palestra com Luciano Migliaccio, Auditório MuBE – Av. Europa, 218 – lugares) e Área de convivência (271 sobre a obra A virgem com o menino Jardim Europa – Tel. (11) 2594-2601 Masp – Auditório (374 lugares) e lugares) – Rua Amador Bueno, 505 – de pé abraçando a mãe, de Bellini. (192 lugares) Pequeno Auditório (72 lugares) – Santo Amaro – Tel. (11) 5541-4000 Programa: Janequin – Canções diversas; Av. Paulista, 1578 – Bela Vista – Tel. Biblioteca Municipal Mário de Sociedade Brasileira de Eubiose – Debussy – Três canções de Charles (11) 3251-5644 Andrade – Auditório – Rua da Av. Lacerda Franco, 1059 – Aclimação d’Orléans; Ravel – Três canções; André Consolação, 94 – Centro – Tel. MIS – Museu da Imagem e do Som – – Tel. (11) 3208-9914. Estacionamento Mehmari – The Rainbow Rose; Poulenc (11) 3241-3459 (180 lugares) Av. Europa, 158 – Jardim Europa – Tel. no nº 1074 (201 lugares) – Quatro motetos para a época de Natal; (11) 2117-4777 (172 lugares) Vieira Brandão – Chorinho natalino; José Casa do Sertanista – Praça Doutor Teatro Cacilda Becker – Rua Tito, de Assis Valente – Boas Festas; e Franz Ennio Barbato – Caxingui – Tel. (11) Mosteiro de São Bento – Largo de São 295 – Lapa – Tel. (11) 3864-4513 Grüber – Noite feliz. 3106-2218 Bento – Centro – Tel. (11) 3328-8799 (198 lugares) Masp Auditório. R$ 50. Casa dos Trovadores – Rua Aimberê, (693 lugares) Teatro do Sesi – Av. Paulista, 1313 – 651 – Perdizes – Tel. (11) 2595-0100 Museu de Arte Contemporânea da Cerqueira César – Tel. (11) 3146-7405 20h00 Ópera A flauta mágica, Catedral da Sé – Praça da Sé – Centro – USP– MAC – Av. Pedro Álvares Cabral, e 3146-7406 (456 lugares) de Mozart. Orquestra Sinfônica Tel. (11) 3107-6832 (1000 lugares) 1301 – Ibirapuera – Tel. (11) 2648-0254 Teatro do Sesi Osasco – Av. Getúlio Municipal de São Paulo. Roberto – Tel. (11) 2648-0254 Vargas, 401 – Tel. (11) 3602-6200 Minczuk – regente. André Heller- Centro Cultural Fiesp – Ruth Cardoso Museu de Arte Moderna – MAM – (233 lugares) Lopes – direção cênica. Veja detalhes – Teatro (456 lugares) e Mezanino (50 Auditório – Parque do Ibirapuera – Av. dia 15 às 20h. lugares) – Av. Paulista, 1313 – Metrô Teatro do Sesi São Bernardo do Trianon-Masp – Tel. (11) 3146-7405 Pedro Álvares Cabral, s/n° – Portão 3 – Campo – Rua Suécia, 900 – Assunção Tel. (11) 5085-1300 (200 lugares) 21h00 A canção da terra. Veja Centro de Pesquisa e Formação do – São Bernardo do Campo – Tel. (11) detalhes dia 16 às 21h. Sesc – Rua Dr. Plínio Barreto, 285 – Musicalis Núcleo de Música – Rua Dr. 4344-1028 4º andar – Bela Vista – Tel. (11) 3254- Sodré, 38 – Itaim Bibi – Tel. (11) 3845- Teatro Lauro Gomes – Rua Helena 1514 (80 lugares) u 5600 (40 lugares) Jacquey, 171 – Rudge Ramos – São 20 QUARTA-FEIRA Centro Musical Santa Cecília – Paço Municipal de Santo André Bernardo do Campo – Tel. (11) 4368- Rua Ana Cintra, 282 – Campos Elíseos – Praça IV Centenário s/n° – Centro – 3483 (526 lugares) 20h00 Maria Pia Piscitelli – soprano. – Tel. (11) 3662-1293 Santo André – Tel. (11) 4433-0737 Teatro Paulo Machado de Carvalho – Recital de Gala. Paulo Abrão Èsper – Alameda Conde de Porto Alegre, 840 – direção artística. Richard Bauer – tenor CEU Alvarenga – Estrada Alvarenga, Paróquia Assunção de Nossa Senhora Santa Maria – São Caetano do Sul – Tel. e André dos Santos – piano. Programa: 3752 – Butantã – (11) 5672-2550 – Alameda Lorena, 665 – Jardim Paulista – Tel. (11) 3885-9965 (11) 4220-3924 (1122 lugares) obras de Puccini, Cilea, Verdi e Donizetti. Círculo Macabi – Av. Angélica, 634 – Leia mais na pág. 6. Higienópolis – Tel. (11) 2308-5495 Paróquia Nossa Senhora da Theatro Municipal de São Paulo – e Escola Municipal de Música de São Paulo – (250 lugares) Anunciação – Rua Maria Cândida, 507 – Sala principal (1500 lugares) e Salão Sala do Conservatório. Entrada franca. Vila Guilherme – Tel. (11) 2909-8988 Nobre (150 lugares) – Praça Ramos Espaço Cachuera! – Rua Monte Alegre, de Azevedo, s/nº – Centro – Tel. (11) Paróquia Nossa Senhora da 20h00 Ópera A flauta mágica, de 1094 – Perdizes – Tel. (11) 3872-8113 3397-0327. Ingressos: tel. (11) 2626- Consolata – Rua Leão XIII, 303 – Mozart. Orquestra Sinfônica Municipal (60 lugares) 0857 – www.compreingressos.com/ Casa Verde – Tel. (11) 2256-5600 de São Paulo. Roberto Minczuk – Fábrica de Cultura Sapopemba – Rua theatromunicipaldesaopaulo Paróquia São Luís Gonzaga – regente. André Heller-Lopes – direção Augustin Luberti, 300 – Fazenda da Juta Theatro São Pedro – Sala principal Av. Paulista, 2378 – Cerqueira César cênica. Veja detalhes dia 15 às 20h. – Sapopemba – Tel. (11) 2012-5803 (636 lugares) e Sala Dinorá de – Tel. (11) 3231-5954 (298 lugares) Carvalho (76 lugares) – Rua 21h00 A canção da terra. Veja Fundação Maria Luisa e Oscar Praça das Artes – Sala Mário de Albuquerque Lins, 207 – Barra Funda – detalhes dia 16 às 21h. Americano – Av. Morumbi, 4077 – Andrade – Av. São João, 281 – Tel. (11) 3667-0499 – Metrô Marechal Butantã – Tel. (11) 3742-0077 (107 1º andar – Centro – Tel. (11) 4571- Deodoro. Ingressos: tel. (11) 2122-4070 u 21 QUINTA-FEIRA lugares) Estacionamento: R$ 15 0401 (200 lugares) – www.compreingressos.com Igreja da Paz – Rua Verbo Divino, 392 Sala São Paulo – Sala de Concertos Triade Instituto Musical – Rua João 20h00 Ópera A flauta mágica, – Granja Julieta – Tel. (11) 5181-7966 (1500 lugares), Sala do Coro (140 Leda, 79 – Santo André – Tel. (11) de Mozart. Orquestra Sinfônica (200 lugares) lugares) e Sala Carlos Gomes (120 2831-4832 (60 lugares) Municipal de São Paulo. Roberto Minczuk – regente. André Heller- Lopes – direção cênica. Veja detalhes dia 15 às 20h. Na edição especial de janeiro/fevereiro da Revista CONCERTO publicaremos mais uma edição do nosso tradicional classificado especial: u 22 SEXTA-FEIRA Vitrine Musical 2018 13h00 Camerata La Carte. Veja detalhes dia 8 às 19h. Se você é músico ou trabalha com música, participe! Dê o seu recado para milhares de leitores da Revista CONCERTO, o público da música clássica do Brasil. 20h00 Trovadores Urbanos. Natal Iluminado. Seresta de Sexta. Informações e reservas: www.concerto.com.br – Tel. (11) 3539-0045 Veja detalhes dia 1º às 20h. t

Dezembro 2017 CONCERTO 37 u ROTEIRO MUSICAL Rio de Janeiro

Sala Cecília Meireles u 1 Sexta-feira – fagote e Eliezer Conrado – trompa. Programa: Ronaldo Miranda – Prelúdio Orquestras dominam a agenda 12h30 Duo Diogo Cruz – violão e fuga e Variações sérias sobre um e Samuel de Oliveira – flauta. tema de Anacleto de Medeiros; Villa- com repertórios diversificados Música no Museu. Programa: obras -Lobos – Quatuor para flauta, oboé, de Diogo Cruz. clarinete e fagote; Gnattali – Suíte A programação de dezembro Museu Histórico Nacional. Entrada franca. para quinteto de sopros; e Lorenzo Stéphanie-Marie da Sala Cecília Meireles começa Fernandez – Suíte para quinteto de Degand sob o signo da música barroca. No sopros op. 37. Sala Cecília Meireles. R$ 50. dia 2, a Orquestra Barroca da Unirio u 2 Sábado se apresenta com artistas do Centro 17h00 Molho Inglês. Música no de Música Barroca de Versalhes, Museu. Crismarie Hackenberg – direção. u 4 segunda-feira da França, com quem firmou uma Programa: clássicos de Natal. 12h30 Coral atrás da Nota. parceria há três anos. A direção é de Clube Hebraica. Entrada franca.

çã o Música no Museu. Mário Assef Laura Rónai e os solos da violinista 18h30 Coral Uma Voz, Orquestra – regente. Programa: clássicos

divulga Stéphanie-Marie Degand; o progra- Cesgranrio e Coral Brasil Ensemble. brasileiros. ma tem obras de Rameau, Leclair (o Projeto Candelária. Programa: músicas de Biblioteca Nacional. Entrada franca. Concerto para violino) e Vivaldi. Degand se apresenta novamente com a Natal. orquestra no dia 9, agora também como regente, interpretando obras de Igreja da Candelária. Entrada franca. u 5 Terça-feira André Campra, Jean-Baptiste Morin, Louis-Nicolat Clérambault, Arcan- 20h00 Orquestra Barroca da 12h30 Pastoril do Ceu da Terra. gello Corelli e François Colin de Blamont. Unirio. Série Brasil-França na Sala. Música no Museu. Programa: Auto As orquestras predominam no restante da agenda da sala – ainda que Centre de Musique Baroque de Versalles. Natalino. com repertórios bastante distintos e diversificados. A primeira delas, no Laura Ronai – direção artística. Stéphanie-Marie Degand – violino. Centro Sebrae de Referência do Artesanato dia 13, é a Orquestra Sinfônica de Barra Mansa que, com regência de Brasileiro. Entrada franca. Reapresentação dia Programa: Rameau – Suite d’Hippolyte 19 às 12h30 Daniel Guedes e participação de Paulo Jobim e Mário Adnet, apresenta o et Aricie; Leclair – Concerto para violino programa Jobim Sinfônico. Em seguida, no dia 14, a Orquestra Sinfônica e orquestra nº 1 op. VII; Vivaldi – da UFRJ será comandada pelo maestro Ernani Aguiar em um programa Concerto para violino e orquestra u 6 Quarta-feira que tem Natividade, suíte sinfônica, de João Guilherme Ripper, e a Missa a RV 208; e Dauvergne – Suíte de quatro, de José Maurício Nunes Garcia. O concerto tem a participação dos Polyxène. Leia mais ao lado. 12h30 Stefano Bollani (Itália) – barítonos Inácio de Nonno e Marcelo Coutinho e do Coral Brasil Ensemble. Sala Cecília Meireles. piano. Música no Museu. Programa: clássicos internacionais. Já no dia 17, a Cia. Bachiana Brasileira, dirigida por Ricardo Rocha, Centro Cultural Banco do Brasil. interpreta um dos pilares do repertório sinfônico-coral do século XIX: o ora- u 3 Domingo Entrada franca. tório Elias, de Mendelssohn. A obra, na qual o compositor trabalhou por cerca de dez anos, narra a história do profeta que resistiu ao culto do ídolo 10h30 Coro da UFF. Programa: canções de Natal. u 7 Quinta-feira Baal e às perseguições ordenadas pela rainha Jezabel. Na apresentação, a Cine Arte UFF. orquestra contará com um time de solistas que inclui o barítono Marcelo 12h30 Orquestra de Solistas. Coutinho, a soprano Veruschka Mainhardt e o a contralto Carolina Faria. 11h00 Orquestra Rio Camerata. Projeto Funarte Musical. A sala recebe ainda, no dia 16, um recital da pianista Linda Bustani, Série Domingos Clássicos Internacionais. Teatro Glauce Rocha. Israel Menezes – regente. Fernanda cujo programa ainda não foi anunciado. Canaud – piano. Programa: Händel – 12h30 Coro Feminino da Associação Abertura do oratório Solomon; Mozart – de Canto Coral. Música no Museu. Concerto para piano K 288; Khachaturian Cláudio Ávila – regente. Programa: Dia 3, Feira da Providência / Dia 9, Theatro Municipal / Dia 10, Museu Histórico Nacional – Dança do sabre; e seleção de músicas clássicos de Natal. natalinas. Leia mais na pág. 40. Museu Nacional de Belas Artes. Entrada Petrobras Sinfônica toca brasileiros Sala Municipal Baden Powell. R$ 20. franca. 11h30 Ira Krauss e Marilene e versões de Michael Jackson Cordeiro – mezzo sopranos, Helio u 8 Sexta-feira A Orquestra Petrobrás Sinfô- Ferreira – tenor e Rosa Vidal – piano. Felipe Prazeres Música no Museu. Programa: árias de 15h00 Belkiss Campos – soprano, nica divide a sua programação em ópera. Giuseppe Mauro – tenor e Dilia Tosta três blocos: o mundo clássico, em Museu de Arte Moderna. Entrada franca. – piano. Música no Museu. Programa: que se apresenta com o grande árias de óperas e músicas clássicas repertório da música ocidental; o 13h30 Academia Juvenil da italianas e espanholas. mundo urbano, em que explora Orquestra Petrobras Sinfônica. Centro Cultural Justiça Federal. Entrada franca. Felipe Prazeres – regente. Programa: Ernst o contato com novos públicos Mahle – Viajando pelo Brasil; e Guerra- levando a música clássica para fora -Peixe – Mourão. Leia mais ao lado. u 9 Sábado das salas de concerto; e o mundo Feira da Providência. R$ 20. Reapresentação dia 10 às 13h30 no Museu Histórico Nacional. 15h00 Prelúdio XXI convida duo pop, em que desenvolve projetos divulgação / Luiza Reis laguna. Doriana Mendes – soprano relacionados à música popular. 16h00 Orquestra de Cordas de e Marcos Lima – violão. Programa: J. As apresentações de dezembro se enquadram nos dois últimos Volta Redonda. Projeto Candelária. Orlando Alves – Lacrimosa; Caio Senna mundos da Opes. Assim, no dia 3, na Feira da Providência, e no dia 10, no Sarah Higino – regente. Programa: – Fim de inverno; Alexandre Schubert – Museu Histórico Nacional, Felipe Prazeres comanda a Academia Juvenil obras de Villa-Lobos, entre outros. Noite escura; Sergio Roberto de Oliveira da orquestra em um programa que evoca paisagens e ritmos brasileiros, Igreja da Candelária. Entrada franca. – A canção que não foi escrita e A canção do dia de sempre; Marcos Lucas com Viajando pelo Brasil, de Ernst Mahle, e Mourão, de Cesar Guerra- 18h00 Quinteto de Sopros da – Qualquer música; e Neder Nassaro – -Peixe. Já no dia 9, dentro de mundo pop, em dois horários no Theatro OSB. Thiago Meira – flauta, Maria Metamorfose. Leia mais na pág. 40. Municipal carioca, a Petrobras Sinfônica apresenta concerto inspirado no Fernanda Gonçalves – oboé, Marcio Centro Cultural Justiça Federal – Teatro. álbum Thriller, de Michael Jackson, também sob regência de Prazeres. Costa – clarinete, Felipe Destéfano Entrada franca.

38 Dezembro 2017 CONCERTO u ROTEIRO MUSICAL Rio de Janeiro

Dias 3 e 10, Sala Cecília Meireles 16h00 Orquestra Petrobras u 13 Quarta-feira Sinfônica. Série Álbuns. Thriller Sinfônica Brasileira interpreta Sinfônico. Felipe Prazeres – regente. 12h30 Luiz Bomfim – barítono e Programa: músicas de Michael Jackson. Regina Lacerda – piano. Música no Nepomuceno com Lee Mills Leia mais na pág. 38. Museu. Programa: É tempo de Natal. Theatro Municipal. R$ 130 a R$ 200. Centro Cultural Banco do Brasil. A Orquestra Sinfônica Brasileira, em processo de reorganização de Reapresentação às 20h. Entrada franca. sua programação, realiza uma apresentação na Sala Cecília Meireles, no 18h00 Orquestra Sinfônica Jovem 18h30 Encontro de Corais. Projeto dia 10, sob regência do maestro norte-americano Lee Mills. O programa do Rio de Janeiro. Música no Museu. começa com a abertura da ópera Guilherme Tell, de Rossini, uma de suas Candelária. Maria José Chevitarese – Mateus Araujo – regente. Programa: regente. clássicos de Natal. mais conhecidas criações. Em seguida, o grupo toca as Variações enigma, Igreja da Candelária. Entrada franca. de Elgar, em que cada uma das partes é dedicada a um amigo do círculo Palácio São Clemente – Consulado de Portugal. Entrada franca mediante convite. mais próximo do compositor. Por fim, a Sinfonia de Alberto Nepomuce- 19h00 Madrigal Cruz Lopes. Música no, autor romântico brasileiro que tem sido resgatado nos últimos anos. 20h00 Orquestra Barroca da no Museu. Concerto comemorativo O Quinteto de Sopros da OSB também se apresenta na Sala Cecília Unirio. Série Sala Brasil-França. Centre aos 15 anos do Madrigal Cruz Lopes. de Musique Baroque de Versalles. José Machado Neto – regente. Regina Meireles, no dia 3, com repertório inteiramente brasileiro. De Ronaldo Tatagiba – piano. Participação: Camerata Miranda, o grupo toca Prelúdio e fuga e Variações sérias sobre um tema Stéphanie-Marie Degand – regente e violino. Katia Velletaz – soprano. A4 Cordas. Programa: Händel – Joy de Anacleto de Medeiros; de Villa-Lobos, o Quatuor; e as suítes para Programa: Campra – Motets à voix to the world; Mendelssohn – Eis os quinteto de sopro de Radamés Gnattali e Lorenzo Fernandez. seule; Morim – Tunc dicent intergentes; anjos a cantar; Adolph Adam – O holy Mouret – Usquequo domine; night; Gruber – Noite feliz! Noite de Lee Mills Clérambault – Miserere; Corelli – paz; Hopkins – Do oriente chegamos Concerto grosso nº 8 Fatto per la Notte nós; Phillipe Brooks – Little town of di Natale; e Blamont – Motet à voix Bethlehem; John Francis Wade – Fiéis, seule et symphonie e Attende anima todos vinde!; Murray – Lá na manjedoura; mea. Leia mais na pág. 38. e Clydesdale – Angels we have heard on high e O primeiro Natal. Sala Cecília Meireles. Paróquia da Ressurreição. Entrada franca. Reapresentação dia 15 às 19h na Igreja São cke Paulo Apóstolo e dia 16 às 17h na Igreja u 10 Domingo Nossa Senhora da Glória .

11h30 Camerata do Uerê. Música 20h00 Orquestra Sinfônica de no Museu. Waleska Araujo – regente. Barra Mansa. Série Sala Orquestras. O lsen -E çã o / B ritt Programa: clássicos de Natal. Jobim Sinfônico. Daniel Guedes – Museu de Arte Moderna. Entrada franca. regente. Paulo Jobim e Mário Adnet divulga – voz e direção artística. Programa: Tom 13h30 Academia Juvenil da Jobim – Brasília, sinfonia da alvorada, Orquestra Petrobras Sinfônica. Saudades do Brasil, Garota de Ipanema, Felipe Prazeres – regente. Veja detalhes Lenda, A casa assassinada, Modinha, dia 3 às 13h30. Orfeu da Conceição, Bangzalia, Imagina Duo Laguna toca na série do Prelúdio XXI Museu Histórico Nacional. Entrada franca. e Tema de Gabriela. Leia mais na pág. 38. Sala Cecília Meireles. Integrado pelos compositores Alexandre Schubert, Caio Senna, 18h00 Orquestra Sinfônica J. Orlando Alves, Marcos Lucas, Neder Nassaro e Sergio Roberto de Brasileira. Lee Mills – regente. Oliveira (in memoriam), o Prelúdio XXI promove no dia 9 um recital Programa: Rossini – Abertura da ópera Guilherme Tell; Elgar – Variações enigma; u 14 quinta-feira do Duo Laguna, no Centro Cultural Justiça Federal. Formado pela e Nepomuceno – Sinfonia em sol menor. 18h00 Quarteto do Madrigal soprano Doriana Mendes e pelo violonista Marcos Lima, o duo vai Leia mais ao lado. do Leme. Música no Museu. Melody interpretar peças dos autores que integram o coletivo que, antes de Sala Cecília Meireles. R$ 50. Freyburger – soprano e flauta, Marilene cada execução, conversam com o público sobre o que será ouvido. Massal – contralto, Anton Steuxner – O Prelúdio XXI nasceu com o objetivo de promover a abertura de u 11 segunda-feira barítono, violão e flauta e Bernardo espaços para a criação contemporânea. Arbex – baixo. Programa: músicas sacras 12h30 Coral do Cepel e Coral e natalinas e obras de Dufay, Binchios, Eletrobras. Música no Museu. Bach, Teleman, Praetorius, Schubert, Fernanda Canaud sola em Mozart e Bach Crismarie Hackenberg – direção. Gavaert, Holst e Gruber, entre outros. Programa: clássicos de Natal. Centro Cultural Justiça Federal. Entrada franca. Criada este ano, a série Domingos Clássicos Internacionais, da Reapresentação dia 21 às 19h na Maison de Museu da República. Entrada franca. Sala Baden Powell, terá uma apresentação em dezembro. No dia France – Biblioteca. 3, a Orquestra Rio Camerata vai receber o maestro Israel Menezes e a pianista Fernanda Canaud, como solista. No programa estão o u 12 Terça-feira 20h00 Orquestra Sinfônica da UFRJ e Coral Brasil Ensemble – UFRJ. Série Concerto para piano e orquestra K 488 de Mozart e a Dança do 12h30 Congada do Erê. Música Sala Orquestras. Ernani Aguiar – regente sabre de Khachaturian, além de músicas de Natal. no Museu. Programa: Natal cantado. e Maria José Chevitarese – regente do Centro Sebrae de Referência do Artesanato coro. Inácio de Nonno e Marcelo Coutinho Brasileiro. Entrada franca. – barítonos. Programa: João Guilherme UFF tem recital de câmara e música de Natal Ripper – Natividade, suíte sinfônica; e A programação musical da Universidade Federal Fluminense 19h30 Quarteto de Cordas da UFF. Pe. José Maurício – Que sedes e Quoniam Programa: obras de Haydn e Borodin. e Missa a quatro. Leia mais na pág. 38. terá três compromissos em dezembro. No dia 3, o Coro da UFF Teatro da UFF. Sala Cecília Meireles. R$ 40. interpreta canções de Natal no Cine Arte. As festividades de fim de ano também serão tema da apresentação do conjunto de música 20h00 CORO DE COR e CORAL antiga da universidade, no dia 17. A agenda inclui ainda o Quarteto CANTADA. Música no Museu. Ana u 15 sexta-feira de Cordas da UFF, que faz recital no dia 12. Azevedo e Bianca Malafaia – direção. Programa: clássicos de Natal. 15h00 Orquestra de Violoncelos da Iate Clube. Entrada franca. Ação Social pela Música do Brasil.

40 Dezembro 2017 CONCERTO Música no Museu. Programa: obras de u 17 Domingo Programa: obras de Adolphe Adam, u 21 quinta-feira Bach, Mozart, Vivaldi e Brahms. Mozart, Puccini, Mascagni, Carl Orff, Centro Cultural Justiça Federal. Entrada franca. 10h30 Música Antiga da UFF. Verdi, Franz Gruber e Händel. 19h00 Quarteto do Madrigal do Programa: Natal medieval. Igreja Nossa Senhora da Paz. Entrada franca. Leme. Música no Museu. Veja detalhes 19h00 Madrigal Cruz Lopes. Música Cine Arte UFF. dia 14 às 18h. no Museu. Concerto comemorativo aos Maison de France – Biblioteca. Entrada franca. 15 anos do Madrigal Cruz Lopes. José 11h00 escola de música villa- u 19 terça-feira Machado Neto – regente. Veja detalhes -lobos. Espetáculo Música brasileira dia 13 às 19h. de concerto – destaques. Homenagem 12h30 Pastoril do Ceu da Terra. u 22 sexta-feira Igreja São Paulo Apóstolo. Entrasa franca. a Francisco Mignone, Villa-Lobos e Pe. Música no Museu. Programa: Auto Natalino. José Maurício. Coro Juvenil, Madrigal e 12h30 Marcelo Saldanha – violão. 19h00 Quarteto Buriti. Musicâmara. Orquestra de Cordas do Curso Técnico Centro Sebrae de Referência do Artesanato Música no Museu. Programa: clássicos Brasileiro. Entrada franca. Pedro Amaral e Wallace Cristovão – violi- da EMVL. Leandro Gregório e Marcelo de Natal. nos, Marco Antônio Luz – viola e Nayara Palhares – regentes. Gisele Sant’Ana e Museu Histórico Nacional. Entrada franca. Tamarozi – violoncelo. Programa: obras 18h00 Madrigal do Leme. Música Fernanda Canaud – pianos, Hélida Lisboa no Museu. Anton Steuxner – regente. de Mozart, Villa-Lobos, Mascagni, Gardel, e Willa Soanne – cantoras e Carlos Belém Edu Lobo e . Programa: obras de Tallis, Händel, Bach, u e Leandro Gregório – direção musical. Gaveart e Holst. 27 quarta-feira Teatro Municipal Ziembinski. R$ 20. Sala Cecília Meireles. Entrada franca. Forte de Copacabana – Museu do Exército. 12h30 Orquestra de Violões da Entrada franca. 21h00 Nádia Figueiredo – soprano. 15h00 CORAL Infantil AHAVAT ISRAEL AV-Rio. Música no Museu. Encerramento É Natal. João Carlos de Assis Brasil – pia- e Coral da TV Globo. Música no Museu. da temporada 2017. Programa: clássicos no. Vera do Canto e Mello – direção. Cristina Senna e Filipe de Matos – u 20 quarta-feira brasileiros. Participação: Leonardo Neiva – barítono. regentes. Programa: Salmos da bíblia, Centro Cultural Banco do Brasil. Entrada t Programa: J. S. Dwight/Adolphe Adam – O canções judaicas em hebraico e clássicos 12h30 Coral do Sisejufe. Música no franca. holy night; Joseph Mohr/Franz Gruber – de Natal. Museu. Edu Feijó – regente. Programa: Noite feliz; Irving Berlin – White Christmas e Centro Cultural Banco do Brasil. Entrada clássicos de Natal. José Feliciano – Feliz navidad, entre outros. franca. Centro Cultural Banco do Brasil. Entrada Cidade das Artes – Teatro de Câmara. R$ 100. franca. 18h00 Orquestra, Coro e solistas da Cia. Bachiana Brasileira. Série 18h00 Associação de Canto Coral. u 16 sábado Sala Orquestras. Ricardo Rocha – direção Ano José Maurício na Antiga Sé – 250 e regente. Programa: Mendelssohn – anos de nascimento. Jésus Figueiredo 17h00 Madrigal Cruz Lopes. Música Oratório Elias. Leia mais na pág. 38. – regente. Programa: Pe. José Maurício – no Museu. Concerto comemorativo aos Sala Cecília Meireles. R$ 40. Matinas de Natal. 15 anos do Madrigal Cruz Lopes. José Igreja Nossa Senhora do Carmo da Antiga Sé. Machado Neto – regente. Veja detalhes Entrada franca. dia 13 às 19h. u 18 segunda-feira Igreja Nossa Senhora da Glória. Entrada 18h30 Coro e Banda Sinfônica do Revista CONCERTO. franca. 19h00 Madrigal Cruz Lopes. Música Corpo de Fuzileiros Navais. Projeto no Museu. José Machado Neto – regente. Candelária. Nerias de Oliveira Morel A boa música mais 20h00 Linda Bustani – piano. Lia Costa e Margarida Hoppe – sopranos, e Sidney da Costa Rosa – regentes. Série Piano na Sala. Michel Maluf e Jeferson Dionizio P. Silva – Participação: Gaitas Fole. perto de você. Sala Cecília Meireles. R$ 40. tenores e Regina Tatagiba – piano. Igreja da Candelária. Entrada franca.

Endereços Rio de Janeiro

Biblioteca Nacional – Av. Rio Branco, Clube Hebraica – Rua das Laranjeiras, Igreja São Paulo Apóstolo – Rua Barão Paróquia da Ressurreição – Rua 219 – Centro – Tel. (21) 3095-3879 346 – 4º andar – Laranjeiras – Tel. de Ipanema, 85 – Copacabana – Tel. (21) Francisco Otaviano, 99 – Ipanema – (120 lugares) (21) 2557-4455 (200 lugares) 2255-7547 (400 lugares) Tel. (21) 2252-7698 Centro Cultural Banco do Brasil – Feira da Providência – Rio Centro – Maison de France – Biblioteca – Av. Sala Cecília Meireles – Largo da Rua Primeiro de Março, 66 – Centro – Av. Salvador Allende, 6555 – Presidente Antônio Carlos, 58 – 11º Lapa, 47 – Centro – Tel. (21) 2332- Tel. (21) 3808-2020 (155 lugares) Jacarépagua – Tel. (21) 3257-2769 andar – Centro – Tel. (21) 3974-6699 9223 (835 lugares) (90 lugares) Centro Cultural Justiça Federal – Forte de Copacabana – Museu do Sala Municipal Baden Powell – Av. Rio Branco, 241 – Centro – Tel. Exército – Praça Coronel Eugênio Museu da República – Rua do Catete, Av. Nossa Senhora de Copacabana, (21) 3212-2550 (142 lugares) Franco, 1 – Posto 6 – Copacabana – 153 – Catete – Tel. (21) 3235-2650 360 – Copacabana – Tel. (21) 2548- Tel. (21) 2521-1032 (150 lugares) (80 lugares) 0421 (500 lugares) Centro Sebrae de Referência do Artesanato Brasileiro – Praça Iate Clube – Av. Pasteur, 333 – Urca – Museu de Arte Moderna – Av. Infante Teatro da UFF – Rua Miguel de Frias, Tiradentes, 71 – Centro – Tel. (21) Tel. (21) 3223-7200 (200 lugares) Dom Henrique, 85 – Parque do Flamengo 9 – Icaraí – Tel. (21) 2629-5205 e 2212-7800 (100 lugares) Igreja da Candelária – Praça Pio X – – Tel. (21) 3883-5600 (200 lugares) 2629-5206 (346 lugares) Centro – Tel. (21) 2233-2324 (375 lugares) Cidade das Artes – Av. das Américas, Museu Histórico Nacional – Praça Teatro Glauce Rocha – Av Rio Branco, 5300 – Barra da Tijuca – Tel. (21) Igreja Nossa Senhora da Glória – Marechal Âncora – Centro – Tel. (21) 179 – Centro – Telefone (21) 2220- 3325-0102. Ingressos: Tel. (21) Largo do Machado – Laranjeiras – 2550-9220 (200 lugares) 0259 (270 lugares) 4003-2051 – www.ingressorapido. Tel. (21) 2225-0735 Museu Nacional de Belas Artes – Teatro Municipal Ziembinski – com.br ou Tel. (21) 4003-5588 – www. Igreja Nossa Senhora da Paz – Av. Rio Branco, 199 – Centro – Tel. Rua Heitor Beltrão, s/nº – Tijuca – ticketsforfun.com.br (1238 lugares. Rua Visconde de Pirajá, 339 – Ipanema (21) 2240-0068 (100 lugares) Tel. (21) 3234-2003 (108 lugares) Teatro de Câmara 439 lugares) – Tel. (21) 2523-4543 (500 lugares) Palácio São Clemente – Consulado Theatro Municipal do Rio de Janeiro Cine Arte UFF – Rua Miguel de Frias, Igreja Nossa Senhora do Carmo da de Portugal – Rua São Clemente, – Praça Marechal Floriano – Centro – 9 – Icaraí – Niterói – Tel. (21) 2629- Antiga Sé – Rua Sete de Setembro, 14 – 424 – Botafogo – Tel. (21) 2544-3570 Tel. (21) 2332-9191 – www.ingresso. 5030 (292 lugares) Centro – Tel. (21) 2242-7766 (200 lugares) com (2350 lugares)

Dezembro 2017 CONCERTO 41 u ROTEIRO MUSICAL Brasil

Belo Horizonte, dias 1º, 9, 14 e 15 u AQUIRAZ, CE u ARARAQUARA, SP

20/12 20h00 ORQUESTRA BACHIANA 09/12 20h00 Quarteto Françaix. Orquestra Filarmônica de Minas JOVEM TAPERA DAS ARTES. Tapera Sesi Música Erudita. Maria Fernanda Musical! Natal de Luz Tapera das Artes. Gonçalves – oboé e corne inglês, Gerais vai de Bach a Charles Ives Ênio Antunes – direção artística e re- Nikolay Sapoundjiev – violino, A Orquestra Filarmônica gente. Programa: Bach – Concerto de Samuel Passos – viola e Emília Brandemburgo nº 3, Ária da quarta corda, Valova – violoncelo. Programa: Britten de Minas Gerais abre o mês de Suíte Orquestral nº 3 BWV 106; Telemann – Fantasia; Jean Françaix – Quarteto; dezembro, no dia 1º, com um – Abertura da Suíte La Lyra, Concerto para Piazzolla – As quatro estações portenhas; de seus principais programas duas violas; Vivaldi – Concerto para quatro Liduino Pitombeira – Brazilian Landscape do ano. Nele, o pianista Paulo violinos nº 10; Concerto para dois violon- nº 5; e Villa-Lobos – Quarteto nº 1. Álvares, radicado na Alemanha, çã o / henrique pontual celos RV 513; Concerto para dois violinos Teatro do Sesi – Tel. (16) 3305-2500. nº 8 e Concerto para violino e violoncelo Entrada franca. onde alia a carreira de intérprete divulga RV 547; e Corelli – Concerto grosso nº 8 com a de professor, interpreta o Fatto per la Notte di Natale. Concerto para piano nº 2 de seu Paróquia São Francisco de Assis de u BELO HORIZONTE, MG irmão e uma das vozes mais im- Tapera – Tel. (85) 3361-4379. Entrada franca. Reapresentação dia 21 às 20h na Igreja Matriz portantes da composição brasilei- Lina Mendes 01/12 20h30 Orquestra São José de Ribamar – Tel. (85) 3361-1122. Filarmônica de Minas Gerais. Série ra das últimas décadas, Eduardo Entrada franca. Veloce. Fabio Mechetti – regente. Paulo Álvares, morto em 2013. A regência é de Fabio Mechetti, que lidera Álvares – piano. Programa: Schwantner

A Sudden Rainbow Sinfo- 22/12 18h00 ORQUESTRA BACHIANA – A Sudden Rainbow; Eduardo Álvares – o grupo também em , de Schwantner, e na JOVEM TAPERA DAS ARTES, CORO nia nº 4 de Tchaikovsky, pilar do repertório sinfônico. Concerto para piano nº 2; e Tchaikovsky INFANTOJUVENIL TAPERA DAS ARTES – Sinfonia nº 4. Leia mais ao lado. O compromisso seguinte da filarmônica, no dia 9, integra a série e SINFONIETTA TAPERA DAS ARTES. Sala Minas Gerais – Tel. (31) 3219-9000. Fora de Série, que este ano foi dedicada à música barroca. É Mechetti Ênio Antunes – direção artística e regen- R$ 40 a R$ 105. quem rege mais uma vez, em um programa que tem como destaque te e Ricardo Gadelha – direção musical Cantata do café e regente. Programa: Vivaldi – Concerto 05/12 12h00 Orquestra a , de Bach, com a participação da soprano Lina para violino nº 1, La Primavera e Concerto Mendes, do tenor Flávio Leite e do baixo Carlos Eduardo Marcos. Sinfônica de Minas Gerais. grosso RV 121; Bach – Concerto de Sinfônica ao Meio-Dia. Silvio Viegas A temporada chega ao fim nos dias 14 e 15, com o último pro- Brandemburgo nº 3 BWV 1043 e Coral – regente. Fred Natalino – piano. grama de assinaturas, que começa com A pergunta não respondida, da Cantata nº 147, Jesus alegria dos Programa: trechos de Bernstein – emblemática obra do compositor norte-americano Charles Ives so- homens; Mascagni – Intermezzo de Abertura Candide e Danças sinfônicas Cavalleria rusticana; Villani-Côrtes – de West Side Story; e Gershwin – bre os caminhos da composição no século XX. Em seguida, o grupo Papagaio azul; Massenet – Meditação, toca Aproximações áureas, de Caio Facó, vencedor da edição do Rapsody in blue; entre outras. de Thais; e canções natalinas. Palácio das Artes – Grande Teatro – Tel. (31) ano passado do Festival Tinta Fresca. E encerra a apresentação com Centro Cultural Tapera das Artes – Claustro- 3236-7400. Entrada franca. Reapresentação Os planetas, em que Gustav Holst transforma o sistema solar em -Concha –Tel. (85) 3361-2704. Entrada franca. com programa integral, dia 6 às 20h30, pela música. A regência é de Fabio Mechetti. Série Sinfônica em Concerto, R$ 20. u ARACAJU, SE 09/12 18h00 Orquestra Filarmônica de Minas Gerais. Serie 01/12 20h00 Orquestra Sinfônica Fora de Série. Bach e companhia. Fabio de Sergipe. Festival de Artes de São Mechetti – regente. Lina Mendes – Belo Horizonte, dias 6, 20, 21 e 22 Cristóvão. Guilherme Mannis – regente. soprano, Flávio Leite – tenor e Carlos Programa: Sibelius – Finlândia; Villa-Lobos Eduardo Marcos – baixo. Programa: J. Palácio das Artes encena novo balé – Bachianas brasileiras nº 7; Tchaikovsky L. Bach – Suíte em sol maior; W. F. Bach – Dança espanhola, do balé O lago dos – Sinfonia em fá maior; C. P. E. Bach – inspirado em O messias, de Händel cisnes; Ginastera – Suíte do balé Estância; Sinfonia em si menor H 661; J. C. Bach – e Guerra-Peixe – Mourão. Sinfonia nº 2 op. 18; e J. S. Bach – Cantata A Orquestra Sinfônica de Minas Gerais apresenta, no dia 6 de Praça São Francisco, s/nº – São Cristóvão. nº 211, Do café. Leia mais ao lado. dezembro, um programa dedicado à música americana. De Leonard Sala Minas Gerais – Tel. (31) 3219-9000. Bernstein, que foi uma das mais importantes personalidades musicais 07/12 20h30 Orquestra Sinfônica R$ 40. de Sergipe. Série Laranjeiras IV. Noite do século XX, serão interpretadas a abertura da opereta Candide e as Espanhola. Guilherme Mannis – regente. 09/12 19h00 Quarteto Boulanger. Danças sinfônicas do musical West side story. A apresentação, com re- Programa: De Falla – El amor brujo, Projeto Funarte Musical. Jovana gência de Silvio Viegas, tem ainda George Gershwin com sua Rhapsody Dança do ritual do fogo e El sombrero Trifunovic – violino, Flávia Motta – viola, in blue, em que o compositor une o concerto para piano com o jazz – o de três picos, Suítes nº 1 e nº 2; Mancayo Lina Radovanovic – violoncelo e Ayumi solista será o pianista Fred Natalino (no dia 5, trechos das obras integram – Sinfonietta; Tchaikovsky – Dança Shigeta – piano. espanhola, do balé O lago dos cisnes; Funarte – Tel. (31) 3213-3084. a série Sinfônica ao meio-dia). e Ginastera – Suíte do balé Estância. A sinfônica também apre- Leia mais na pág. 45. 11/12 20h00 Eudóxia de Barros senta, nos dias 20, 21 e 22, uma Teatro Atheneu – Tel. (79) 3179-1910. – piano. Projeto Segunda Musical. versão para balé do oratório O Programa: Eduardo Souto – O despertar messias, em que Händel narra a 20/12 20h30 Orquestra Sinfônica da montanha e Um choro na Praia

lacerda çã o / paulo de Sergipe e Coro Sinfônico da Grande; Lacerda – Estudos nº 4, nº 10 vida de Jesus Cristo. Participam a ORSEE. Série Cajueiros XI. Concerto de e nº 12; Chiquinha Gonzaga – Gaúcho Cia. de Dança do Palácio das Artes divulga Natal. Guilherme Mannis – regente. e Atraente; Villa-Lobos – Cirandas nº 11; e o Coral Lírico de Minas Gerais, Daniel Freire – regente do coro. Simone Mignone – Congada; Guarnieri – Dansa além de um time de solistas que Leitão – piano e Nalini Menezes – sopra- brasileira; Nazareth – Espalhafatoso, inclui o tenor Aníbal Machado e o no. Programa: Rachmaninov – Rapsódia Brejeiro, Confidências, Odeon e sobre um tema de Paganini; Mozart – Apanhei-te cavaquinho; e Gottschalk barítono Homero Velho. A direção Exsultate jubilate K 165; Borodin – Danças – Grande fantasia triunfal sobre o Hino é do bailarino Rui Moreira, en- polovtsianas; e Gruber – Noite feliz. Nacional Brasileiro. quanto Silvio Viegas rege o espetá- Teatro Tobias Barreto – Tel. (79) 3179-1496. Teatro da Assembleia – Tel. (31) 2108-7827. Silvio Viegas culo e assina sua direção musical. Reapresentação dia 21 às 20h30. R$ 1.

42 Dezembro 2017 CONCERTO 14/12 20h30 Orquestra com apresentação de Natal. Victor – baixo. Programa: músicas natalinas, Meditação, de Thais; e canções natalinas. Filarmônica de Minas Gerais. Hugo Toro – regente. Akira Kawamoto com encenação do Auto de Natal. Praça Portugal – Desembargador Moreira/ Série Allegro. Pela galáxia de Holst. – regente do coro. Jaqueline Livieri – UCS – Teatro – Tel. (54) 3218-2610. Entrada franca. Dom Luiz. Entrada franca. Fabio Mechetti – regente. Programa: soprano e Marcelo Vanucci – tenor. Ives – A pergunta não respondida; Concha Acústica – Auditório Beethoven – u FRANCA, SP Caio Facó – Aproximações áureas; e Tel. (19) 3705-8047. Entrada franca. u CURITIBA, PR Holst – Os planetas. 08/12 20h00 Quarteto Camargo Sala Minas Gerais – Tel. (31) 3219-9000. 01/12 20h00 Orquestra de Câmara Guarnieri. Sesi Música Erudita. Elisa R$ 40 a R$ 105. Reapresentação dia 15 às u CAMPOS DO da Cidade de Curitiba. Compositores Fukuda e Ricardo Takahashi – violinos, 20h30, pela série Vivace. JORDÃO, SP nórdicos. Winston Ramalho – direção Silvio Catto – viola e Joel de Souza – musical. Programa: Sibelius – Romance violoncelo. 20/12 20h30 Oratório O Messias, de op. 42 e Rakastava; e Grieg – Melodias Teatro do Sesi – Tel. (16) 3712-1600. Händel. Orquestra Sinfônica de Minas Hotel Toriba – Sala da Lareira – Tel. (12) 3668-5000. Entrada franca. norueguesas, Melodias elegíacas, Feridas Entrada franca. Gerais, Coral Lírico de Minas Gerais e do coração e Suíte Holberg. Cia. de Dança do Palácio das Artes. 02/12 19h00 Daniel Guimarães – Capela Santa Maria – Espaço Cultural – Silvio Viegas – regente. Anibal Machado violino e Antonio Luiz Barker Tel. (41) 3321-2846. Entrada franca. u GOIÂNIA, GO – tenor e Homero Velho – barítono. Jô – piano. Toriba Musical. Programa: Reapresentação dia 2 às 18h30. Vasconcellos – cenografia. Luana Jardim – Vivaldi – Inverno, de As quatro 10/12 11h00 Orquestra figurinos. Pedro Pederneiras – iluminação. estações; Villa-Lobos – O trenzinho do 03/12 10h00 Orquestra Sinfônica Filarmônica de Goiás. Concertos para Leia mais na pág. 42. caipira; Brahms – Dança húngara nº 5; do Paraná. Stefan Geiger – regente. a Juventude. Neil Thomson – regente. Palácio das Artes – Grande Teatro – Tel. (31) Schubert – Serenata; Rachmaninov – Programa: Stravinsky – Circus Polka: para Participação: Grupo Impacto – percussão 3236-7400. R$ 20. Reapresentação dias 21 e Vocalise; Fauré – Après un rêve; e um jovem elefante e Petrushka; e Ravel e Orquestra Sinfônica Jovem de Goiás. 22 às 20h30. E. Bloch – Nigun, de Baal Shem. – Daphnis et Chloé, suíte nº 2. Programa: M. Agnes – Concerto para sixxen e orquestra (estreia mundial, 09/12 19h00 Sebastião Teixeira – Centro Cultural Teatro Guaira – Guairão – Tel. (41) 3304-7914. encomenda OFG); e Stravinsky – A sagra- barítono e Antonio Luiz Barker ção da primavera. u BIRIGUI, SP – piano. Toriba Musical. Programa: 07/12 20h00 Camerata Antiqua de trechos de óperas de Mozart – As Centro Cultural – Tel. (62) 10/12 11h00 Cantus Libere. Sesi Curitiba. Concertos nas Igrejas. Mara 3201-4901. bodas de Fígaro e Don Giovanni; Música Erudita. Paulo Valente – direção Campos – regente. Verdi – La traviata; Donizetti – Don 12/12 20h00 Orquestra Sinfônica musical e regente. André Defert, Daniel Paróquia Nossa Senhora Aparecida – Pasquale; Rossini – O barbeiro de de Goiânia. Carlos Moreno – regente. Rodrigues, Rafael Guimarães, Lucas Lima, Tel. (41) 3274-3477. Entrada franca. Sevilha; e Bizet – Carmen. Rosângela Sebba – piano. Programa: Rogers Cordeiro, Mário Lacombe e Paulo Rossini – Abertura de O barbeiro de 16/12 19h00 Eudóxia de Barros 09/12 20h00 Thiago Arancam – Valente – cantores. Sevilha; Mozart – Concerto para piano – piano. Toriba Musical. Programa: tenor. Turnê do CD “Bela Primavera”. Teatro do Sesi – Tel. (18) 3643-1400. nº 21; e Villa-Lobos – Sinfonieta nº 2. Entrada franca. Eduardo Souto – O despertar da Programa: Leonardo Cohen – Hallelujah; montanha e Um choro na Praia Angelo Valsiglio – Strani Amori; e obras Teatro do Sesi – Tel. (62) 3269-0800. Ingressos: dois quilos de alimento não Grande; Lacerda – Estudos nº 4, nº 10 de Roberto Buti, Cheope, Marco Marati perecível ou um livro literário. u CAMPINAS, SP e nº 12; Chiquinha Gonzaga – Gaúcho e Francesco Tanini. e Atraente; Villa-Lobos – Cirandas Centro Cultural Teatro Guaira – Tel. (41) 19/12 20h00 Orquestra Sinfônica 02/12 20h00 Lucas Thomazinho nº 11; Mignone – Congada; Guarnieri 3304-7914. R$ 80 a R$ 300. de Goiânia. Carlos Moreno – regente. – piano. Chinoiserie, o fascínio dos – Dansa brasileira; Nazareth – Espa- Concerto de Natal. Programa: Suppé – compositores ocidentais pela China. lhafatoso, Brejeiro, Confidências, 15/12 20h00 Camerata Antiqua Cavalaria ligeira; Strauss – Marcha Radetzky; Programa: obras de Rossini, Busoni, Odeon e Apanhei-te cavaquinho; e de Curitiba. Concerto de encerramento. Villa-Lobos – Magnificat Aleluia; Händel Ketelby, Lü Wencheng e Tan Dun. Gottschalk – Grande fantasia triunfal Luís Otávio Santos – regente. Marília – Aleluia; Carl Orff – O fortuna; Robert Shaw Espaço Cultural CPFL – Auditório Umuarama sobre o Hino Nacional Brasileiro. Vargas – soprano, Paulo Mestre – – Christmas Medley; e Sérgio Kuhlmann – – Tel. (19) 3756-8000. Entrada franca. contratenor, Miguel Geraldi – tenor Medley brasileiro. 22/12 19h00 Meninas Cantoras de e Norbert Steidl – baixo. Programa: Teatro do Sesi – Tel. (62) 3269-0800. Campos do Jordão. Toriba Musical. 02/12 20h00 Audi Coelum. Sesi Bach – Cantatas BWV 61, BWV 62 e Ingressos: dois quilos de alimento não Mere Oliveira – direção musical e Música Erudita. Roberto Rodrigues BWV 70. perecível ou um livro literário. regente. Fábio Fagundes – piano. – direção musical e regente. Viviana Capela Santa Maria – Espaço Cultural – Programa: Phil Brower/Lynne Brower 21/12 20h30 Ópera Carmen, de Bizet. Casagrandi – soprano, Clarissa Cabral Tel. (41) 3321-2846. Reapresentação dia – Cantata Já é Natal. Reapresentação Cortina Lírica. Concerto de encerramento. – mezzo soprano, Guga Costa – haute- 16 às 18h30. Entrada franca. dia 29 às 19h. Orquestra Filarmônica de Goiás. Neil -contre, Ruben Araújo – tenor, Sabah Thomson – regente. Denise de Freitas Teixeira – baixo-barítono, Alexandre 23/12 19h00 Leda Monteiro – u FLORIANÓPOLIS, SC (Carmen), Hélenes Lopes (Don José), Cruz e Marcus Held – violinos, Luciana soprano, Aquillis Skupien – tenor Angelo Dias (Escamillo) e Patrícia Mello Castillo – flauta doce, Pedro Augusto Diniz e Antonio Luiz Barker – piano. (Micaëlla), Daniela Barra (Mercédes), – cravo e Iara Ungarelli – viola de gamba. Toriba Musical. Programa: Canto dos 09/12 20h30 Vania Pimentel – piano. Tocateando. Programa: Toccatas para piano. Michel Silveira – (Dancaìre), Jadson Teatro do Sesi – Tel. (19) 3772-4100. quatro cantos: canções de Natal. Álvares – (Moràles e Zuniga) e Hudson Entrada franca. Auditório Jurerê Internacional – Tel. (48) 3282-2203. R$ 40. Ayres (Remendado). Leia mais na pág. 44. Centro Cultural Oscar Niemeyer – Tel. (62) 09/12 20h00 Orquestra Sinfônica u CAXIAS DO SUL, RS 3201-4901. Reapresentação dia 22 às 20h30. Municipal de Campinas. Concerto oficial. Victor Hugo Toro – regente. 07/12 20h30 Orquestra Sinfônica u FORTALEZA, CE Teatro Municipal José de Castro Mendes – da UCS. Quinta Sinfônica. Manfredo u ILHABELA, SP Tel. (19) 3272-9359. R$ 30. Reapresentação Schmiedt – regente. Participação: Coro 09/12 18h00 ORQUESTRA BACHIANA dia 10 às 11h, R$ 6. da UCS e Coro Sinfônico da Ospa. Larissa JOVEM TAPERA DAS ARTES, CORO 29/12 20h30 Concerto de gala de Ramos e Paola Leonetti – sopranos e INFANTOJUVENIL TAPERA DAS ARTES e Ano novo. Concerto de premiação do 15/12 20h00 Orquestra Sinfônica Maicon Cassânego – tenor. Programa: SINFONIETTA TAPERA DAS ARTES. CDL – vencedor do Concurso Prelúdio da TV Municipal de Campinas. Concerto Mendelssohn – Sinfonia nº 2, Ao louvor. Natal de Luz de Fortaleza. Ênio Antunes Cultura. Júlio Medaglia – regente. Especial. Igreja dos Capuchinhos – Tel. (54) 3218-2610. – direção artística e regente e Ricardo Nelson Freire – piano, Rosana Lamosa Câmara Municipal – Plenário José Maria Entrada franca. Gadelha – direção musical e regente. – soprano e Paulo Szot – tenor. Programa: Matosinho – Tel. (19) 3736-1300. Programa: Vivaldi – Concerto para violino Beethoven – Concerto para piano nº 5, Entrada franca. 16/12 20h30 Orquestra Sinfônica nº 1, La Primavera e Concerto grosso Imperador; e árias e aberturas de óperas. da UCS. Natal em Família na UCS. RV 121; Bach – Concerto de Brandemburgo 2ª parte: Pablo Rossi – piano e Annie 17/12 18h00 Orquestra Sinfônica Manfredo Schmiedt – regente. nº 3 BWV 1043 e Coral da Cantata nº147, Dutoit – narração. Programa: Saint-Saëns – Municipal de Campinas e Coro Participação: Coro da UCS, Coro Sinfônico Jesus alegria dos homens; Mascagni Carnaval dos animais. Leia mais na pág. 6. Collegium Vocale Campinas. Concerto da Ospa e Grupo de Teatro Quiquiprocó. – Intermezzo de Cavalleria rusticana; Centro Cultural Baía dos Vermelhos – Tel. ao ar livre. Encerramento da temporada Suellen Matter – soprano e Ricardo Barpp Villani-Côrtes – Papagaio azul; Massenet – (12) 3512-7107.

Dezembro 2017 CONCERTO 43 u ROTEIRO MUSICAL Brasil

Goiânia, dias 21 e 22 u ITAPETININGA, SP Otávio Simões (dias 1º e 3) e Marcelo de Jesus (dia 2) – regentes. Participação: Filarmônica de Goiás apresenta 16/12 20h00 Quinteto de Fagotes. Balé Experimental do Corpo de Dança Sesi Música Erudita. Alexandre Silvério, do Amazonas. Programa: Delibes/ ópera Carmen, de Georges Bizet Francisco Formiga, Filipe de Castro e Tchaikovsky – Teia clássica; e Stravinsky José Arion Linhares – fagotes e Romeu – Petruska. Baldoíno Leite (Teia Clássica) A diversidade da e Adriana Goes (Petrushka) – coreogra- çã o Rabelo – contrafagote. Programa: obras temporada da Orques- do repertório barroco ao clássico. fias. Leia mais na pág. 46. Teatro Amazonas – Tel. (92) 3622-1880. tra Filarmônica de Goi- divulga Teatro do Sesi – Tel. (15) 3275-7920. Reapresentação dia 2 às 20h e dia 3 às 19h. ás, que tem mostrado Entrada franca. desde clássicos do re- 10/12 11h00 Orquestra de Câmara pertório até a música u JOÃO PESSOA, PB do Amazonas. Marcelo de Jesus do século XXI, passan- – regente. Katia Freitas – soprano e 07/12 20h30 Orquestra Sinfônica Michel Salles – trompete. Programa: do por autores brasi- Jovem da Paraíba. Concerto oficial. Händel – Let the bright Seraphin, do leiros e outros menos Alunos da classe de regência. Eltony oratório Sansão HWV 57; A. Scarlatti – conhecidos, desembo- Nascimento – flauta e Danrley Natan – Con voce festiva; Marcello – Concerto ca em dezembro no oboé. Programa: Kalinnikov – Intermezzo para trompete e cordas; Vivaldi – Laudate universo da ópera. Nos nº 2; A. J. Madureira – Repente armorial; Pueri RV 601. Leia mais na pág. 46. Denise de Freitas Salieri – Concerto para flauta, oboé e Palácio da Justiça – Tel. (92) 3248-1844. dias 21 e 22, o grupo orquestra; Massenet – Hérodiade, Suíte apresenta uma cortina de balé; Sibelius – Varsang; e Dierson lírica de Carmen, de Bizet, sob regência de Neil Thomson. Torres – Cantos de Natal. u MARÍLIA, SP Fundação Espaço Cultural da Paraíba – Carmen, baseada no livro de Prosper Merimée, estreou em 1875. 09/12 20h00 Cantus Libere. Sala de Concertos Maestro José Siqueira Narra a história da cigana que deseja ser livre acima de tudo e do soldado – Tel. (83) 3211-6228. Entrada franca. Sesi Música Erudita. Paulo Valente – Don José, que se apaixona por ela. A crueza com que a trama é recriada direção musical e regente. André Defert, fez da ópera uma das precursoras do movimento realista na ópera. 19/12 20h30 Orquestra Sinfônica Daniel Rodrigues, Rafael Guimarães, Em Goiânia, o personagem título será vivido pela mezzo soprano da Paraíba. Concerto de Natal. Luiz Lucas Lima, Rogers Cordeiro, Mário Carlos Durier – regente. Participação: Lacombe e Paulo Valente – cantores. Denise de Freitas. O tenor Hélenes Lopes será Don José, Patrícia Mello Coro Sinfônico da Paraíba. Programa: Teatro do Sesi – Tel. (14) 3401-1500. interpreta Micaela e Angelo Dias, Escamillo. Chabrier – Joyeuse Marche; Massenet – Entrada franca. Hérodiade, Suíte de balé; Leroy Anderson Piracicaba, dia 16 – Festival de Natal; Verdi – Libiamo, da ópera La traviata; Roberto Tibiriçá – u OLINDA, PE Seleção de Natal; e Maestro Duda XX Virtuosi – Festival Internacional Roberto Tibiriçá dirige Sinfônica – Cantata de Natal. de Música de Pernambuco Fundação Espaço Cultural da Paraíba – de Piracicaba em obras de Dvorák Sala de Concertos Maestro José Siqueira De 13 a 17 de dezembro – Tel. (83) 3211-6228. R$ 4. João Pessoa, Olinda e Recife A Orquestra Sinfônica de Piracicaba, que comemorou com sua tem- Direção artística: Rafael Garcia porada 2017 os 250 anos da cidade, termina o ano recebendo um impor- XX Virtuosi – Festival Internacional Coordenação geral: Ana Lúcia Altino tante regente convidado, o maestro Roberto Tibiriçá, que tem atuado à de Música de Pernambuco Entrada franca frente das principais orquestras brasileiras, entre elas a Osesp, a Orques- De 13 a 17 de dezembro www.virtuosi.com.br João Pessoa, Olinda e Recife 13/12 19h00 Rose de Souza – tra Sinfônica Brasileira e a Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo. Direção artística: Rafael Garcia Ele comanda um programa inteiramente dedicado ao compositor tcheco soprano e Raiff Dantas Barreto Coordenação geral: Ana Lúcia Altino – violoncelo. Tour Nordeste. Programa: Antonin Dvorák no Teatro do Engenho. Entrada franca modinhas de Waldemar Henrique, Laiana A apresentação começa com a Dança eslava nº 8. E, em seguida, www.virtuosi.com.br Oliveira e Babí de Oliveira. será interpretada a Sinfonia nº 9, Do novo mundo, em que o compositor, 14/12 19h00 Rose de Souza – Convento de São Francisco – Tel. (81) 3494-3387. radicado nos Estados Unidos no final de sua vida, estabelece uma ponte soprano e Raiff Dantas Barreto de contato entre sua terra natal e o oeste americano, símbolo do desbra- – violoncelo. Tour Nordeste. Programa: modinhas de Waldemar Henrique, u PIRACICABA, SP vamento. Antes do concerto, às 16h30, acontece uma palestra sobre o Laiana Oliveira e Babí de Oliveira. repertório, e, às 17 horas, um ensaio aberto ao público. Centro Cultural São Francisco – Tel. (83) 08/12 20h00 Quarteto Françaix. 3221-0779. Sesi Música Erudita. Maria Fernanda Gonçalves – oboé e corne inglês, Nikolay Sapoundjiev – violino, u JUNDIAÍ, SP Samuel Passos – viola e Emília Várias cidades e datas Valova – violoncelo. Programa: Britten 09/12 20h00 Orquestra Municipal – Fantasia; Jean Françaix – Quarteto; Série do Sesi leva música de de Jundiaí. Cláudia Feres – regente. Piazzolla – As quatro estações portenhas; Miriam Braga – piano e Erick Heimann Liduino Pitombeira – Brazilian Landscape câmara para o interior de SP Pais – saxofone. Programa: Francisco nº 5; e Villa-Lobos – Quarteto nº 1. Braga – Motivo místico, da ópera A Teatro do Sesi – Tel. (19) 3403-5900. A programação do Sesi-SP tem criado um roteiro alternativo visitação; Gnattali – Brasiliana nº 11; Entrada franca. para a música clássica no interior do estado. Em dezembro, serão Liduino Pitombeira – Três miniaturas, quase 20 apresentações, que têm como foco a música de câmara em Valsa delicada, Cantinela e Final; e 16/12 20h30 Orquestra diferentes formações. Renato Goulart – Imagens do Brasil. Sinfônica de Piracicaba. Concerto Teatro Polytheama – Tel. (11) 4586-2472. de encerramento. Roberto Tibiriçá – Entre os destaques, estão o Quarteto Camargo Guarnieri (dia 8, Entrada franca. regente. Programa: Dvorák – Dança Eslava Franca; dia 9, São José do Rio Preto), o Quarteto Françaix (dia 8, Pira- nº 8 e Sinfonia nº 9, Do novo mundo. cicaba; dia 9, Araraquara); o Ensemble São Paulo (dia 8, Sorocaba), o Leia mais ao lado. Quinteto de Fagotes com músicos da Osesp (dia 16, Itapetininga) e o u MANAUS, AM Teatro Municipal Erotídes de Campos – Tel. (19) 3413-5212. Entrada franca. Antes do Quinteto Bachiana (dia 8, São José dos Campos). 01/12 20h00 amazonas filarmônica concerto, às 16h30, haverá a palestra “O meu e corpo de dança do amazonas. concerto de hoje”; e às 17h o ensaio aberto.

44 Dezembro 2017 CONCERTO u PORTO ALEGRE, RS 16/12 17h00 Rose de Souza – João Pessoa, Olinda, e Recife, de 13 a 17 soprano e Raiff Dantas barreto 03/12 16h30 Quarteto de Cordas – violoncelo. XIII Virtuosi Brasil. Virtuosi realiza vigésima edição da Ospa. Série Música no Museu. Programa: Waldemar Henrique Leonardo Bock e Ariel Polycarpo – – Coco Peneruê, Boi bumbá e em Pernambuco e na Paraíba violinos, Carol Argenta – viola e Uirapurú; Laiana Oliveira – Minh’alma é triste; Babí de Oliveira – Deixe Um dos mais importantes even- Rodrigo Alquati – violoncelo. Programa: Leonardo Altino Beethoven – Quarteto de cordas nº 9; estar e Cantares de Pernambuco; tos do calendário brasileiro, o Fes- e Verdi – Quarteto em mi menor. Bach – Ária para violoncelo; Caccini tival Virtuosi realiza este ano sua – Tu ch’ai le penne, amore e Amarilli, Museu de Arte do Rio Grande do Sul – vigésima edição, entre os dias 13 e Tel. (51) 3227-2311. Entrada franca. mia bela; e Pergolesi – Se tu m’ami, se sospiri. 17, ocupando palcos como o Teatro 17/12 20h00 Orquestra Sinfônica 16/12 18h00 LEONARDO ALTINO – de Santa Isabel e o Museu do Esta- de Porto Alegre. Evandro Matté – regen- violoncelo, RAFAEL ALTINO – viola do de Pernambuco. Apresentações te. Participação: Fafá de Belém – cantora. e ANTONIO BARRETO – percussão. também serão realizadas em Olin- Parque Farroupilha Redenção – Av. João VI Virtuosi século XXI. Programa: P imentel çã o / F lora Pessoa, s/nº – Cidade Baixa. Entrada franca. da, no dia 13, e em João Pessoa, na Favor confirmar horário. Haverá apresentações Crumb – Sonata para violoncelo; e Lucano Berio – Naturale. Paraíba, no dia 14. O repertório dos divulga da Ospa pela Série Interior: dia 2 às 20h em concertos estabelece diálogos inte- Osório/RS; dia 5 às 20h30 em Estrela/RS; 16/12 18h45 ORQUESTRA VIRTUOSI. dia 12 às 20h30 em Campo Bom/RS; e dia Rafael Altino – viola, Victor ressantes, indo do barroco à criação contemporânea. 16 às 20h30 em Torres/RS. Informações pelo Entre os convidados, destaque para o violoncelista Raiff Dantas site www.ospa.org.br. Asuncion – piano e Ayrton Benck – trompete. Programa: Piazzolla – Barreto, que se apresenta em duo com a soprano Rose de Souza; para o Le gran tango; e Shostakovich violinista Benjamin Schmid, que será o solista de As quatro estações de u – Concerto para piano, trompete RECIFE, PE Vivaldi e de Piazzolla com a Orquestra Virtuosi regida por Rafael Garcia, e orquestra. diretor artístico do festival; e para o violoncelista Leonardo Altino e o 01/12 14h00 I Concurso Jovens 16/12 19h30 Maria Carla Pino Solistas da Orquestra Criança Cury – soprano. Programa: violista Rafael Altino, que vão apresentar um programa dedicado às mú- Cidadã. Concerto dos vencedores. Händel – Rejoice, do oratório O sicas dos séculos XX e XXI. Está previsto também um concerto dedicado Sede da Orquestra – Tel. (81) 3428-7600. messias, Piangero lá sorte mia a Bach, com a Orquestra Jovem de Pernambuco. Haverá ensaio aberto no período da manhã, favor confirmar horário. e Da Tempeste, de Giulio Cesare; Vivaldi – Ária In furore giustissimae 13/12 20h00 Orquestra Sinfônica Irae; Mozart – Ária e trechos de A do Recife. Concerto oficial. Marlos flauta mágica. Nobre – direção musical e regente. 16/12 20h15 Orquestra Virtuosi. Sinfônica do Paraná toca autores modernos Programa: Bach – Concerto para violino Programa: Tchaikovsky – Pezzo BWV 1041; Villa-Lobos – Choros nº 6; Capriccioso; e Schumann – Concerto A Orquestra Sinfônica do Paraná volta ao palco do Teatro Guaíra, e Bizet – Sinfonia em dó maior. para violoncelo. Teatro de Santa Isabel – Tel. (81) 3355-3326. em Curitiba, no dia 3, sob a regência de seu titular, o maestro ale- Entrada franca. 17/12 17h00 Tributo a Chopin. mão Stefan Geiger. O grupo foca a apresentação na música mo- Programa: Chopin – Introdução e Circus polka: para um jovem XX Virtuosi – Festival Internacional Polonaise brillante op. 3, Sonata dernista, com obras de Stravinsky ( de Música de Pernambuco para violoncelo e piano, 24 Prelúdios elefante, coreografada originalmente por Balanchine, e Petrushka, De 13 a 17 de dezembro op. 28, Noturnos nº 1 op. 32 e nº 2 balé que narra a história de amor entre três fantoches) e Ravel João Pessoa, Olinda e Recife op. 15 e Sonata op. 58. (Daphnis et Cholé: suíte nº 2, baseada em poemas gregos do século II). Direção artística: Rafael Garcia Coordenação geral: Ana Lúcia Altino Entrada franca u RIBEIRÃO PRETO, SP Helder Trefzger rege programas em Vitória www.virtuosi.com.br Leia mais ao lado 16/12 20h30 Orquestra Sinfônica O maestro Helder Trefzger rege a Orquestra Sinfônica do Estado de Ribeirão Preto. Natal de Luz. Compaz Governador Eduardo Campos – Av. do Espírito Santo em três programas distintos em dezembro: no dia Aníbal Benévolo, s/nº – Alto Santa Terezinha. Parcival Módolo – regente. 10, na série Sinfônica no Parque, com Bach e Beethoven; nos dias Theatro Pedro II – Tel. (16) 3977-8111. 13/12 19h00 Orquestra Virtuosi Reapresentação dia 17 às 10h30. 13 e 14, com O ticumbi do Espírito Santo; e, nos dias 19 (Santuá- de pernambuco. Tour Internacional. rio de Vila Velha), 20 (Catedral Metropolitana), 21 (Santuário Bom Teatro de Santa Isabel – Tel. (81) 3355-3326. u RIO CLARO, SP Pastor) e 22 (Basílica de Santo Antônio), com um concerto de Natal. 15/12 19h00 BENJAMIN SCHMID – violino, RAFAEL ALTINO – viola, 08/12 20h00 Cantus Libere. interpreta Bach e Villa-Lobos LEONARDO ALTINO – violoncelo Sesi Música Erudita. Paulo Valente – e VICTOR ASUNCIÓN – piano. direção musical e regente. André Defert, O compositor Marlos Nobre rege a Orquestra Sinfônica do Re- Programa: Brahms – Quarteto Daniel Rodrigues, Rafael Guimarães, cife no dia 13 de dezembro, no Teatro de Santa Isabel. O progra- para piano e cordas op. 25. Lucas Lima, Rogers Cordeiro, Mário ma começa com o Concerto para violino, cordas e baixo contínuo Lacombe e Paulo Valente – cantores. 15/12 20h00 Orquestra Virtuosi. BWV 1041, de Bach. Em seguida, de Villa-Lobos, o grupo interpreta III Virtuosi Sem Fronteiras. Rafael Teatro do Sesi – Tel. (19) 3522-5650. Garcia – regente. Benjamin Entrada franca. o Choros nº 6. Encerra a noite a Sinfonia em dó maior, de Bizet. Schmid – violino. Programa: Vivaldi – As quatro estações; e Piazzolla – Sinfônica de Sergipe encerra temporada As quatro estações portenhas. u SALVADOR, BA 16/12 15h00 Orquestra Jovem 17/12 17h00 Orquestra Juvenil da A Orquestra Sinfônica de Sergipe apresenta três programas em de Pernambuco. Tributo a Bach. Bahia e Coro Juvenil do Neojiba. dezembro. No dia 1º, Guilherme Mannis rege o grupo na Praça São Rafael Garcia – regente. Gilson Neojiba Itinerante. Comemoração Francisco em obras de Villa-Lobos, Sibelius, Tchaikovsky, Ginastera e Filho – violino e Horácio Massone dos 250 anos de nascimento de José Guerra-Peixe. No Teatro Atheneu, no dia 7, o repertório tem De Falla, – flauta. Programa: Bach – Concerto Maurício Nunes Garcia. Luiz Alves da Monacayo, Ginastera e Tchaikovsky. A orquestra encerra o ano nos de Brandemburgo nº 3 BWV 1048, Silva – regente. Programa: Pe. José Concerto para violino BWV 1042 e Maurício – Abertura em ré maior, Aleluia dias 20 e 21, no Teatro Tobias Barreto, com um Concerto de Natal. Suíte nº 2 BWV 1067. Angelus Domini, Omnes de Saba venient,

Dezembro 2017 CONCERTO 45 u ROTEIRO MUSICAL Brasil

Série Virtuoses da Música. Programa: Ghirardi – clarinete (vencedor do 6º Manaus, dias 1º, 2, 3 e 10 Mozart – Sonata K 457; Scriabin – Dois Prêmio Ernani de Almeida Machado). poemas op. 32 e Fantasia op. 28; e Programa: Nielsen – Concerto para Corpos estáveis do Amazonas se Chopin – 24 Prelúdios op. 28. Lucy clarinete; Mozart – Abertura de Don Dancuart Asdente – direção artística. Giovanni; e Stravinsky – Petrushka. unem em espetáculo de dança Bosque Imperial 240 – Tel. (12) 3911-2015. Entrada franca. Leia mais na pág. 30. A programação dos corpos estáveis do Teatro Amazonas, em Manaus, tem continuidade nos dias 1º, 2 e 3, com as últimas récitas u SÃO MANUEL, SP u TIRADENTES, MG de um espetáculo que reúne a Amazonas Filarmônica (regida por 15/12 21h00 Octocantos e Banda 01/12 20h00 Elisa Freixo – órgão. Marcelo de Jesus e Otávio Simões) ao Núcleo de Dança do Liceu Filarmônica São Manuelense. Participação de artistas convidados. de Artes e Ofícios Claudio Santoro, o Balé Experimental do Corpo Natal: Anunciação à Paz. Carlinhos Música Barroca. de Dança do Amazonas e o Corpo de Dança do Amazonas. Serão Martorelli e Marcos Antônio Rosseto Igreja Matriz de Santo Antônio – Tel. apresentadas duas coreografias: Teia clássica, baseada em músi- Júnior – regentes. Programa: obras de (32) 3355-1676. R$ 40. Apresentações Lacerda, Hassler, Victoria, Byrd, Gruber, sextas-feiras às 20h. cas de Leo Delibes e Tchaikovsky, assinada por Baldoíno Leite; e Shaw, Sleeth, Berlin, Miller e Valente, Petrushka, de Stravinsky, idealizada por Adriana Goes. e músicas natalinas. u TRANCOSO, BA Já no dia 10, no Centro Cultural Palácio da Justiça, toca a Igreja Matriz – Praça da Matriz. Reapresentação Orquestra de Câmara do Amazonas, com a soprano Katia Freitas e dia 18 às 20h30 na Igreja São Benedito – Praça Doutor Pereira de Rezende. Entrada franca. 09/12 14h30 Natal em Harmonia. o trompetista Michel Salles, sob regência de Marcelo de Jesus. Mozarteum Brasileiro. Concerto Natalino. Teatro L’Occitane – Tel. (73) 3668-1487. u SOROCABA, SP Ingressos: um brinquedo novo.

Matinas para a noite do Natal e Te Deum Paróquia do Imaculado Coração de Maria – 08/12 20h00 Ensemble São Paulo. u VINHEDO, SP Laudamus. Tel. (13) 3224-8302. Entrada franca. Sesi Música Erudita. Betina Stegmann Catedral Basílica Primacial São Salvador e Nelson Rios – violinos, Marcelo Jaffé 16/12 19h00 Coro do Mosteiro – Largo Terreiro de Jesus, s/nº – Pelourinho. 09/12 20h00 Ana Carolina Sacco – viola, Robert Suetholz – violoncelo e de São Bento. Meditação de Natal. Entrada franca. – soprano e BRUNO MADEIRA – violão. Sérgio Oliveira – contrabaixo. Programa: Programa: repertório tradicional natalino. Sesi Música Erudita. Vivaldi – Concerto em lá maior; Mozart Mosteiro de São Bento – Tel. (19) 3876-4788. 20/12 19h30 Orquestra Juvenil da Teatro do Sesi – Tel. (13) 3209-8210. – Uma pequena música noturna; R$ 50, somente com antecedência pelo site Bahia. Neojiba no TCA. Concerto de en- Entrada franca. Tchaikovsky – Valsa; Barber – Adágio; www.mosteirosaobento.org.br. cerramento. Comemoração dos 250 anos e Carlos Gomes – O burrico de pau. de Brasil Musical: de Padre José Maurício 10/12 17h30 Coral da Gente do Teatro do Sesi – Tel. (15) 3388-0444. à Jamberê. José Maurício Brandão – Instituto Baccarelli. Silmara Drezza, Entrada franca. u VITÓRIA, ES regente. Participação: Coro Sinfônico Arthur Perissinoto, Claudia Cruz e Tânia e Coro Juvenil do Neojiba. Bertassoli – regentes. Juliana Ripke – pia- 14/12 20h00 Orquestra Sinfônica 07/12 20h00 Orquestra camerata . Série Sesi-ES Música Clássica. Teatro Castro Alves – Tel. (71) 3535-0600. no. Lucas Migliorini – preparação cênica. de Sorocaba. Concerto Sinfônico. Sesi-ES R$ 4. Sesc – Tel. (13) 3278-9800. Entrada franca. Eduardo Ostergren – regente. Fabiana Leonardo David – regente. Fábio Bonilha – piano. Programa: Reznicek – Zanon – violão e Yuka Shimizu – pia- 15/12 20h00 Madrigal Ars Viva. Abertura da ópera Dona Diana; Mozart no. Programa: Andrés Segovia – ...Para u SANTA CRUZ DO Roberto Martins – regente. Sônia – Concerto para piano nº 23 K 488; Bizet um Cavalheiro; Elgar – Serenata op. 20; Domenighi – órgão e Maria Helena – Sinfonia nº 1; e Anderson – Festival Miranda – Concertino para piano e RIO PARDO, SP Silveira – soprano. Programa: obras de de canções natalinas. orquestra de cordas; Dvorák – Serenata Juan del Encina, Pachelbel, Mendelssohn, Sala Fundec – Tel. (15) 3233-2220. R$ 20. para cordas op. 22; e Rodrigo – Fantasia 10/12 20h30 Orquestra Sinfônica Brahms, Villa-Lobos e Gilberto Mendes. Reapresentação dia 17 às 19h. para um gentil homem. Heliópolis e Coral da Gente Igreja Anglicana – Tel. (13) 3302-1065. Teatro do Sesi Jardim da Penha – Tel. (27) do Instituto Baccarelli. Isaac Reapresentação dia 16 às 17h30 no Instituto 3334-7307. R$ 10. Karabtchevsky – regente. Histórico e Geográfico – Tel. (13) 3469-3520 – u TATUÍ, SP Igreja Matriz de São Sebastião – Tel. São Vicente. 10/12 11h00 Orquestra Sinfônica (14) 3372-1037. Entrada franca. CONSERVATÓRIO DE TATUÍ do Estado do Espírito Santo. Teatro Procópio Ferreira – Tel. (15) 3205-8444 Concertos Especiais. Sinfônica no parque. u SÃO JOSÉ DO Helder Trefzger – regente. Programa: u SANTOS, SP 01/12 20h00 Orquestra Sinfônica. obras de Bach e Beethoven. RIO PRETO, SP Concertos Externos. João Maurício Parque Botânico da Vale – Av. Expedicionários 02/12 20h00 Orquestra Sinfônica Galindo – regente. s/nº – Jardim Camburi. Entrada franca. 09/12 20h00 Quarteto Camargo Municipal de Campinas e Ópera Praça da Santa. Entrada franca. Guarnieri. Sesi Música Erudita. Elisa Estúdio Unicamp. Gala Lírica. Victor 02/12 11h00 Coro Sinfônico. 13/12 20h00 Orquestra Sinfônica Fukuda e Ricardo Takahashi – violinos, Hugo Toro – regente. Raíssa Amaral Concertos Externos. Concerto de Natal. do Estado do Espírito Santo. Série Silvio Catto – viola e Joel de Souza – e Isabela Dumalakas – sopranos, Ana Robson Gonçalves Pinto – regente. Quarta Clássica. Helder Trefzger – regen- violoncelo. Maria Mendes – mezzo soprano, Tiago Programa: Cantata de Natal. te. Participação: Ticumbi de São Benedito. Teatro do Sesi – Tel. (17) 3224-6611. Praça da Matriz. Programa: O Ticumbi do Espírito Santo. Roscani – tenor, Leandro Cavini – barítono Entrada franca. Teatro Carlos Gomes – Tel. (27) 3132-8396. e Raphael Domeniche – baixo. Programa: 05/12 20h00 Coro Sinfônico. Robson trechos de óperas de Bellini: – Norma; R$ 2. Reapresentação dia 14 às 20h, pela Gonçalves Pinto – regente. R$ 12. série Quinta Clássica. Mozart – As bodas de Fígaro e A flau- u SÃO JOSÉ DOS ta mágica; Offenbach – Os contos de 06/12 20h00 Orquestra Sinfônica. João Maurício Galindo – regente. R$ 12. 19/12 19h00 Orquestra Sinfônica Hoffmann; Donizetti: Don Pasquale e O CAMPOS, SP do Estado do Espírito Santo. 09/12 11h00 4ª Semana de Prática elixir de amor; Verdi – Un giorno di regno, Concertos de Natal. Helder Trefzger 08/12 20h00 Quinteto Bachiana de Conjunto. Vários horários. Entrada Rigoletto e La traviata; Puccini – La bohè- – regente. Natércia Lopes – soprano. Sesi-SP e Giovanna Maira – cantora. franca. Continuidade até dia 15. me; e Delibes – Sylvia. Programa: canções natalinas. Sesi Música Erudita. Tiago Tognoli – Local a definir. Informações: http://www. 11/12 11h00 IV Semana de Música piano. Santuário Divino Espírito Santo de Vila Velha osmc.com.br. Reapresentação dia 3 às 18h no de Câmara. Vários horários. Entrada – Tel. (27) 3329-1266. Reapresentação dia 20 Sesc – Tel. (13) 3278-9800, pela série Tocando Teatro do Sesi – Tel. (12) 3919-2000. franca. Continuidade até dia 15. às 19h na Catedral Metropolitana de Vitória – Santos. Entrada franca. Entrada franca. Tel. (27) 3223-0590; dia 21 às 19h no Santuário 16/12 16h00 Orquestra Jovem do Bom Pastor – Tel. (27) 3343-6588 e dia 22 às 03/12 20h00 Orquestra Sinfônica 16/12 20h00 Varvara Estado de são paulo. Cláudio 19h no Santuário Basílica de Santo Antônio – Heliópolis. Edilson Ventureli – regente. Nepomnyahchaya (Rússia) – piano. Cruz – regente. Bruno da Silva Tel. (27) 3332-0373. Entrada franca. t

46 Dezembro 2017 CONCERTO Edição Novembro 2017 Todos os textos e fotos publicados na seção Gramophone são de propriedade e copyright de Mark Allen Group, Grã-Bretanha. www.gramophone.co.uk

Baseado nas Christophe Rousset é, com resenhas deste Rameau certeza, um dos regentes barrocos Pygmalion mês, Martin Sols; Arnold mais brilhantes da atualidade, Cullingford Schoenberg Choir; infalivelmente alerta para o Les Talens Lyriques / ritmo, dramaticidade e beleza da apresenta Christophe Rousset as melhores Aparté música, como demonstra aqui de gravações maneira maravilhosa. ravação do mês G ravação

Beethoven Paderewski. Sibelius Violin Concerto. Romances Stojowski Tapiola. Songs Schubert Rondo Piano Concertos Anne Sofie von Otter James Ehnes vn Royal Jonathan Plowright mez Finnish Radio Liverpool Philharmonic pn Polish Sinfonia Symphony Orchestra / Orchestra / Andrew Iuventus Orchestra / Hannu Lintu Manze Łukasz Borowicz Ondine Onyx Warner Classics Gravar o Concerto de Beethoven é um Uma demonstração altamente gratificante Hannu Lintu demonstra ser um regente marco para qualquer violinista, que James da beleza do piano, no que tem de mais lírico. capaz de explorar e incorporar o mundo sonoro Ehnes supera aqui com estilo soberbo. de Sibelius com grande consciência de seu mistério e poder; um lançamento bastante impressionante.

Vaughan Williams DvorÁk Sibelius A London Symphony String Quintet No 3. Piano Works BBC Symphony Piano Quintet No 2 Leif Ove Andsnes pn Orchestra / Pavel Haas Quartet; Sony Classical Martyn Brabbins Pavel Nikl va Boris Hyperion Giltburg pn Supraphon

Um maravilhoso acréscimo aos catálogos Outro disco do Pavel Haas Quartet, outro Se você já quis saber por que a música tanto da obra quanto de Martyn Brabbins, sem triunfo. Eles sempre parecem imersos no que para piano de Sibelius é negligenciada, Leif dúvida um dos defensores mais perspicazes tocam, tanto em termos de sua relação quanto Ove Andsnes também se perguntou isso: e do repertório britânico. na compreensão instintiva da partitura. aqui ele se encaminha para mudar as ideias das pessoas a esse respeito.

Compère EŠenvalds ‘Lost is my quiet’ ‘Music for the Duke ‘The Doors of Heaven’ Carolyn Sampson sop of Milan’ Portland State Iestyn Davies contraten Odhecaton / Chamber Choir / Joseph Middleton pn Paolo Da Col Ethan Sperry BIS Arcana Naxos

Famoso em sua época, Loyset Compère A música de Esenvalds recebe uma Pegue dois astros do canto e um pianista – cujo 500º aniversário de morte acontece performance esplendidamente evocativa elogiado, e o resultado é um recital tão no ano que vem – era parte da rica vida e sentida desse coro americano, que é delicioso quanto bem realizado. A alegria musical da corte de Milão. O Odhecaton evidentemente muito bom e parece desperto deles em fazer música juntos é evidente recria gloriosamente seu esplendor. para as cores, franqueza e beleza da música. desde o começo.

DVD/Blu-ray RELANÇAMENTO/ARQUIVO Em associação com Mozart Così fan tutte Beethoven Soloists; Paris Opéra / Philippe Jordan Piano Sonatas Arthaus Musik Wilhelm Kempff pn APR www.qobuz.com Essa tentativa de juntar dança e ópera logo ganhou nosso crítico Mark Pullinger – e, no O selo APR volta a brilhar Ouça diversas das final, ele estava cativado. Some-se o alto nível em seu compromisso em fazer gravações da Escolha do fazer musical e, se você gosta do conceito, de lendas do passado partes do Editor online em você também vai se entusiasmar! vivas do catálogo de hoje. qobuz.com

Dezembro 2017 CONCERTO 47 u CDs

TANEYEV – BORODIN LINDBERG – GOLIJOV FRANCK – CHAUSSON MICHELANGELO FALVETTI Trios com piano Emil Jonason – clarinete Isabelle Faust – violino Il diluvio universale Delta Piano Trio Orquestra Sinfônica Alexander Melnikov – piano Cappella Mediterranea Lançamento Naxos. Importado. de Norrköping Quarteto Salagon Coro de Câmara de Namur R$ 52,00 Christian Lindberg – regente Lançamento Harmonia Mundi. Leonardo García Alarcon – A trajetória de Sergei Taneyev o Quarteto Vamlingbo Importado. R$ 99,50 regente colocou em contato com algumas Lançamento BIS. Importado. A Sonata de César Franck é Lançamento Ambronay. Importado. das principais personalidades R$ 88,30 uma das mais celebradas obras R$ 94,70 da música russa (e não só) nas Após um concerto em 2007 com a de câmara do repertório. E não O maestro argentino radicado últimas décadas do século XIX. Royal Stockholm Philharmonic, o sem razão. Basta lembrar o tom na Europa Leonardo García Foi aluno de Tchaikovsky, rival e clarinetista Emil Jonason tornou- angustiado e eventualmente lírico Alarcón havia acabado de criar, detrator de Mussorgsky, amigo -se um expoente de sua geração no dos dois primeiros movimentos, em 1999, o conjunto Cappella do escritor Ivan Turgueniev, instrumento. E a fama recém- em contraste com a energia do Mediterranea, com o objetivo (autor de clássicos como Primeiro -adquirida levou a uma encomen- Allegro poco mosso final, para de pesquisar o repertório barroco, amor ). Como pianista, foi parceiro da de um concerto para o ter uma ideia do olhar a respeito quando recebeu de um colega do lendário violinista Leopold compositor Christian Lindberg, da humanidade que o compositor músico uma partitura até então Auer. Como professor, deu aulas que rege a interpretação no oferece na peça. A obra já foi desconhecida do compositor a Rachmaninov e Scriabin. disco, à frente da Orquestra gravada diversas vezes, mas Michelangelo Falvetti. “Comecei Ainda assim, seu trabalho como Sinfônica de Norrköping. The grandes intérpretes são capazes a ler a música e não conseguia autor tem emergido apenas nos Erratic Dreams of Mr. Grönstedt de oferecer olhares renovados. parar de me espantar com a últimos anos, revelando uma nasceu, segundo o compositor, E é o que fazem a violinista originalidade da escrita”, ele obra diversificada, na qual a de uma sucessão de sonhos em Isabelle Faust e o pianista disse em recente passagem pelo música de câmara tem especial que um mesmo personagem Alexander Melnikov. A maestria Brasil, onde se apresentou pela importância – como prova o seu aparecia de forma recorrente técnica e a musicalidade de ambos temporada da Cultura Artística, Trio, interpretado neste disco pelo (Lindberg o batizou de Grönstedt ganha aqui um detalhe a mais: justamente com essa obra. Delta Piano Trio, fundado em em homenagem a uma famosa ela utilizou um instrumento com Falvetti, na peça, escrita na 2013 por estudantes de música marca de conhaque). A peça cordas de tripa e ele, um piano segunda metade do século XVII, holandeses que se encontraram seguinte do programa também de 1885, emulando o momento narra a história bíblica de Noé em Salzburgo e que são pupilos é inspirada por um sonho, mas em que a obra foi criada, e com e do dilúvio enviado à terra por dos membros do celebrado Trio recria musicalmente um universo isso acentuando seu aspecto Deus para punir os homens. A Wanderer. O álbum se completa totalmente distinto: em The intimista. O mesmo frescor se cada instante a partitura traz uma com outro trio de um compositor Dreams and Prayers of Isaac the mantém na leitura, agora ao surpresa, seja na inventividade da russo, Alexander Borodin, um dos Blind, o compositor argentino lado do Quarteto Salagon, do música que retrata as águas, seja representantes do chamado Grupo Osvaldo Golijov recupera a história Concerto para piano, violino e no coro em que os homens pedem dos Cinco, conjunto de autores, do rabino que afirmou que todos os quarteto de cordas, de Chausson, ajuda antes de serem tragados integrado também por Rimsky- eventos universais são resultado da autor nem sempre lembrado mas pela tempestade. E o forte caráter -Korsakov, Cesar Cui, Mussorgsky combinação das letras do alfabeto que mostra, na maneira como teatral encontra nos músicos da e Balakirev, que esboçaram um hebreu. São obras distintas entre si, faz uma homenagem a Rameau, Cappella Mediterranea e do conceito de nacionalismo musical tornadas próximas pelo talento de originalidade e inventividade que Coro de Câmara de Namur que seria extremamente influente Jonason, acompanhado, na peça de merecem ser resgatadas – ainda intérpretes atentos ao estilo de na arte russa da segunda metade Golijov, pelo jovem quarteto sueco mais quando pelas mãos de época e à atemporalidade daquilo do século XIX. Vamlingbo. intérpretes notáveis como esses. que é narrado.

CECILIA & SOL: DOLCE DUELO Brasil para concertos pela temporada da Osesp). As duas, Cecilia Bartoli – mezzo soprano acompanhadas da Cappella Gabetta regida por Andrés Sol Gabetta – violoncelo / Cappella Gabetta Gabetta, interpretam árias de compositores como Caldara, Andrés Gabetta – violino e regência Gabrielli, Händel e Vivaldi. É um mergulho no universo Lançamento Universal. Nacional. Preço a definir do canto barroco, em que voz e violoncelo costumavam O timbre, a agilidade, a perfeição técnica, a musicalidade se combinar intensamente. Dessa combinação emergem sem limites: as palavras são pálidas para expressar as marcas não apenas diálogos musicais estimulantes, mas também a da trajetória da mezzo soprano italiana Cecilia Bartoli. percepção de que o virtuosismo do cantor está à serviço de E, em plena maturidade artística, ela se junta neste disco um sentido teatral e dramático que apenas intérpretes de a uma da mais interessantes artistas da nova geração, a exceção, como as duas, são capazes de transmitir em toda violoncelista Sol Gabetta (que no ano que vem voltará ao a sua complexidade e riqueza expressiva.

48 Dezembro 2017 CONCERTO Compre pelo telefone (11) 3539-0048 ou www.lojaclassicos.com.br

JOHANN SEBASTIAN BACH músicos da Freiburger Barockorchester e do maestro Cantatas para baixo – Concerto para oboé d´amore Gottfried von der Goltz, ele interpreta duas cantatas do Matthias Goerne – baixo-barítono compositor, Ich will den Kreuzstab gerne tragen e Ich habe Freiburger Barockorchester genug, prestando homenagem aos 500 anos da Reforma Gottfried von der Goltz – regente Protestante. Goerne, além do timbre especial, tem como Lançamento Harmonia Mundi. Importado. R$ 127,10 marca o cuidado com o texto e a busca da ligação entre Após iniciar o projeto de gravação da tetralogia O anel do músicas e palavras, características que levaram um crítico Nibelungo, de Wagner, em Hong Kong, o baixo-barítono inglês a dizer que, neste disco, ele iguala os feitos de seu alemão Matthias Goerne se volta, neste disco, a um professor Dietrich Fischer-Dieskau. O álbum traz ainda uma repertório que o acompanhou desde o início de sua leitura delicada e envolvente do Concerto para oboé, com carreira: a música vocal de Bach. Junto com os excelentes a jovem instrumentista Katharina Arfken como solista.

TRIO PAINEIRAS INTERPRETA BRAVURA CARLOS GOMES – ALEXANDRE A BACH RECITAL COMPOSITORES DE HOJE Vivaldi e Händel LEVY – GLAUCO VELÁSQUEZ Paulo Martelli – violão Trio Paineiras Musica Antiqua Clio Quarteto Carlos Gomes Lançamento Guitarcoop. Nacional. Lançamento A Casa Discos. Nacional. Fernando Cordella – cravo Lançamento Selo Sesc. Nacional. R$ 34,30 R$ 28,10 e regência R$ 20,00 Desde a juventude, o violonista O interesse pela música de câmara Gabriella di Laccio – soprano Ao lado de Alberto Nepomuceno, Paulo Martelli nutre grande brasileira tem motivado a criação Lançamento Drama Musica. Nacional. a música de nomes como paixão pela música de Bach. de novos grupos dedicados a esse R$ 46,80 Carlos Gomes, Alexandre Levy O compositor o acompanhou repertório, com a preocupação A importância cada vez maior da e Glauco Velásquez ajuda a sempre ao longo de uma trajetória não apenas de apresentá-lo em música antiga no cenário musical definir o panorama artístico de sucesso: aluno de Henrique concertos mas também de registrá- brasileiro se deve a uma série de brasileiro da passagem do século Pinto, Geraldo Ribeiro e Sergio -lo. É o caso do Trio Paineiras, artistas que se dedicou ao período XIX para o século XX. Esses Abreu, ele estudou também na formado por Batista Jr. (clarinete na hora de definir seus rumos autores foram influenciados Juilliard e na Manhattan School e clarone), Marco Catto (violino profissionais. Dois deles estão pela música europeia, porém já of Music, em Nova York, onde e viola) e Marina Spoladore neste lançamento, o cravista e esboçavam uma transformação fez sua estreia em 1995, em uma (piano), que já em seu primeiro maestro Fernando Cordella, em direção a uma música clássica das salas do Carnegie Hall. Até disco dá amostras de versatilidade, que tem no currículo gravações de caráter essencialmente que, em 2004, essa relação se com compositores cujas obras ao lado de grandes intérpretes, e brasileiro. O trabalho posterior transformaria. Foi quando Martelli partem de orientações estéticas e a soprano Gabriella di Laccio, dos nacionalistas associados ao teve o primeiro contato com o inspirações das mais distintas. Em nascida em Porto Alegre e formada modernismo, como Villa- violão de onze cordas e percebeu Asas, por exemplo, Rami Levin, pelo Royal College of Music, com -Lobos, no entanto, acabou por que o instrumento, como ele americana radicada no Brasil, carreira em ascensão na Europa. jogar para segundo plano suas afirmou em uma entrevista no busca como fonte o canto dos Os dois dedicam o trabalho a um composições, uma injustiça início do ano para a Revista pássaros. Paineira mostra Sergio período fascinante da história histórica que vem sendo corrigida CONCERTO, era o “veículo Roberto de Oliveira às voltas com da música, quando a voz passa por projetos importantes, como perfeito” para a música do as múltiplas heranças musicais a ter importância capital nas o do Quarteto Carlos Gomes compositor. “O instrumento tem do país, por meio do retrato em composições do século XVIII. Uma que, apesar do pouco tempo de uma sonoridade inebriante, etérea, forma de música de uma árvore. consequência desse protagonismo atuação, já se tornou referência que combina com sua música”, Já Marcos Lucas, em Três telas, é o desenvolvimento da ária, que no cenário atual. Formado por explica. Deste primeiro contato, inspira-se no pintor inglês W. M. ganha grande diversidade, da qual Cláudio Cruz e Adonhiran Reis nasceu uma longa pesquisa que, Turner e em quadros como Ulisses fazem parte as árias de bravura, (violinos), Gabriel Marin (viola) mais de dez anos depois, resulta derriding Polifermo; e Liduino em que se uniam virtuosidade e e Alceu Reis (violoncelo), o neste disco, no qual Martelli Pitombeira evoca, em Paineiras, intensidade dramática. No disco, conjunto já lançou os quartetos interpreta peças como a Sonata o universo poético do escritor esse tipo de peça surge com vigor de Nepomuceno e agora se BWV 1001 e a Suíte BWV 1008. J. G. de Araújo Jorge. Por fim, na interpretação que os artistas dedica à obra camerística de Martelli assina todos os arranjos Pauxy Gentil-Nunes aparece com oferecem para obras de Vivaldi Carlos Gomes, Levy e Velásquez, e, neles, recria pela sonoridade Tríptico, conjunto de três peças e Händel. Do primeiro, destaque jogando luz sobre o romantismo particular do violão de onze compostas a partir de elementos para Agitata da due venti, de brasileiro e mostrando, em cordas o universo de Bach – comuns, reorganizados em cada Griselda; e, de Händel, trechos interpretações repletas de energia dando a ele novas e fascinantes uma delas. Em resumo, um painel célebres, como Lascia ch’io e envolvimento, que ainda há possibilidades de interpretação rico das múltiplas possibilidades da pianga, de Rinaldo, ou as árias muito a se descobrir no que diz e de escuta. Como bonus, um criação atual. de Cleopatra em Giulio Cesare. respeito ao nosso passado musical. Minueto de Händel.

Dezembro 2017 CONCERTO 49 u DVDs Compre pelo telefone (11) 3539-0048 ou www.lojaclassicos.com.br

MEU ENCONTRO COM LUCIANO BERIO Sergio Britto e direção de Gianni Ratto. Essa foi apenas Jocy de Oliveira – piano e composição uma das parcerias entre Jocy e Berio – e esse trabalho Orquestra Sinfônica Brasileira conjunto levou a compositora a escrever a ópera multimída Roberto Minczuk – regente Berio sem censura, na qual relembrava a relação entre os Gabriela Geluda – soprano dois. Alguns dos momentos mais marcantes do espetáculo, Lançamento Selo Sesc. Nacional. R$ 30,00 como um depoimento de , são Nos anos 1960, a pianista e compositora Jocy de Oliveira registrados agora neste DVD, em que a união de peças de fez história ao abrir os primeiros espaços para a música Jocy e de Berio ajuda a recontar a história e as ressonâncias eletroacústica no Brasil. Marco desse momento foi o dessa parceria artística. Com a participação de artistas espetáculo Apague meu spotlight, escrito por ela em como a soprano Gabriela Geluda e do maestro Roberto parceria com o compositor Luciano Berio, e apresentado Minczuk, que rege a Orquestra Sinfônica Brasileira em nos teatros municipais de São Paulo e do Rio de Janeiro, leituras de Encore, de Berio, e Naufrágios e Who cares if com a participação dos atores Fernanda Montenegro e she cries, de Jocy.

HÄNDEL: O MESSIAS mais trabalhar com o compositor. Talvez o que tenha Bach Consort Wien desagradado à Inglaterra do século XVIII é justamente a Salzburger Bachchor marca responsável, tempos depois, por fazer do Messias Rubén Dubrovsky – regente uma obra tão admirada e interpretada em todo o mundo: Lançamento Naxos. Importado. R$ 121,20 a mistura de narrativa e de um caráter meditativo, de É difícil imaginar que uma obra hoje tão presente no reflexão, na hora de recontar a história do nascimento, imaginário do amante da música tenha sido menosprezada da morte e da ressurreição de Cristo. Nesta gravação, feita por aqueles que a ouviram pela primeira vez. Ainda assim, em 2016, além do excelente desempenho musical, em foi este o caso de O messias, de Händel. Na época de sua especial dos solistas, liderados pelo tenor Michael Schade, estreia, na década de 1740, o público de Londres não se especializado na música barroca, a obra ganha ainda mais comoveu com a música e pareceu compartilhar da opinião significados pelo cenário em que é apresentada: a Basílica do próprio autor do texto, Charles Jennens, que após Stift Klosterneuburg, na Áustria, símbolo da arquitetura ouvir o oratório comprometeu-se, em uma carta, a nunca barroca.

u Livros

24 VALSAS BRASILEIRAS PENSANDO AS MÚSICAS NO SÉCULO XXI De Francisco Mignone De João Marcos Coelho Editora Tipografia Musical. 104 páginas. Preço a definir Editora Perspectiva. 488 páginas. R$ 79,00. Desconto de 10% para assinantes. A obra do compositor Francisco Mignone O crítico musical João Marcos Coelho é fundamental dentro do contexto da é uma das vozes mais atuantes do produção musical brasileira no século jornalismo musical brasileiro desde o XX. E se ela chegará às novas gerações é início de sua trajetória, nos anos 1970. em grande parte pelo trabalho que tem Em suas críticas para o jornal O Estado desenvolvido a viúva do compositor, de S. Paulo, tem acompanhado de perto Maria Josephina Mignone. Além de a vida musical do país e a sua evolução. atuar como intérprete, ela tem lançado Mas o trabalho no jornalismo diário é nos últimos anos novas edições de complementado por textos em que, para registros históricos de boa parte da obra além da agenda de concertos, o crítico do autor, muitos deles com o próprio propõe reflexões sobre grandes temas Mignone como intérprete (veja os da música clássica, como a relação entre arte e política, entre volumes disponíveis em: www.lojaclassicos.com.br). E, agora, música e filosofia, a dinâmica da construção de um espaço para ela assina a revisão técnica e supervisão de uma nova edição o gênero, as lições dos grandes artistas do passado e a necessária das 24 Valsas brasileiras. A partitura vem acompanhada de revisão de suas trajetórias e, em especial, a defesa da criação textos introdutórios (em português e inglês), que ajudam contemporânea como fundamental para qualquer atividade a contextualizar o significado das obras. As valsas foram musical. Todos esses temas aparecem em diálogo estreito com publicadas originalmente em duas séries de doze peças cada o que de mais importante tem se discutido em todo o mundo, e, nas palavras da pianista portuguesa Alexandra Mascolo- na academia ou fora dela, em textos de linguagem sempre clara, David, que as registrou em CD, “representam a culminação direta, objetiva e que não apela para jargões. E uma seleção do estilo musical de Mignone e, em essência, tratam-se de de mais de 80 deles, publicados no Estadão, assim como no um diário emocional”. As 24 Valsas brasileiras, segundo o jornal Valor Econômico e na Revista CONCERTO, integra musicólogo Bruno Kiefer, “constituem [...] uma espécie Pensando as músicas no século XXI. Com apresentação do de síntese dos aspectos essenciais das anteriores. Todos historiador Carlos Guilherme Mota, o livro é desde já referência os elementos supérfluos foram eliminados aí. São peças da fundamental para se compreender a vida musical brasileira das melhor qualidade”. Haverá recital de lançamento e sessão de últimas décadas, assim como reafirma a importância da atividade autógrafos no dia 2 de dezembro; veja no Roteiro Musical. crítica para o seu desenvolvimento e consolidação.

50 Dezembro 2017 CONCERTO u OUTROS EVENTOS u SÃO PAULO PALESTRA: A música de Garoto: o estilo composicio- Jundiaí, SP / WORKSHOP DE INSTRUMENTOS. Segunda- nal de Annibal Augusto Sardinha. Com Celso Delneri. -feira 4 de dezembro, das 8h às 16h: sopro novo ACADEMIA DE REGÊNCIA. Treinamento e assessoria para Sexta-feira 8 de dezembro, das 19h às 21h. Valores: Yamaha. Terça-feira 5 de dezembro: saxofone, com Erick regentes. Informações: www.academiaconcerto.art.br. R$ 15, R$ 7,50 e R$ 4,50. Local: CPF Sesc – Rua Dr. Plínio Heimann. Local: Teatro Polytheama – Tel. (11) 4586-2472. CAMERATA VOCAL CORO MASCULINO. Para cantores entre Barreto, 285 – Tel. (11) 3254-5600. Informações e inscri- Informações: www.cultura.jundia.sp.gov.br/omj. ções: www.sesc.org.br/cpf ou nas unidades do Sesc. 18 e 60 anos. Ensaios: segundas-feiras, das 20h às 22h30. Recife, PE / XX VIRTUOSI. De 13 a 17 de dezembro. Jovem canto. Para cantores entre 15 e 21 anos. Ensaios: PROJETO GURI. Inscrições abertas para cursos de músi- Concertos: veja no Roteiro musical. VI Virtuosi Diálogos. quintas-feiras, das 20h às 22h30. Informações pelo site ca gratuitos nos polos de ensino do interior e litoral de Aprendendo a ouvir música clássica. Talks com Irineu www.academiaconcerto.art.br. São Paulo. Para crianças e adolescentes, de 6 a 18 anos Franco Perpétuo. Dias 14 e 15 de dezembro, das 10h às CULTURA ARTÍSTICA. Série de Violão 2018. Série de cin- incompletos. Inscrições até 15 de dezembro. Cursos, 13h. Local: Portomídia – Tel. (81) 3419-8025. Informações co concertos no MuBE. Pacote promocional até fevereiro vagas disponíveis, data de início das aulas e horários: e inscrições: www.virtuosi.com.br. www.projetoguri.org.br/matriculas/. de 2018: R$ 250. Assinaturas: Cultura Artística – Tel. (11) Rio de Janeiro, RJ / ORQUESTRA PETROBRAS SINFÔNICA. 3256-0223, de segunda a sexta-feira, das 10h às 17h – Séries Djanira e Portinari de oito concertos cada no The- Rua Nestor Pestana, 125 – www.culturaartistica.com.br. SÃO PAULO COMPANHIA DE DANÇA. 10 anos de atividades. Assinaturas Temporada 2018. 4 programas, com 4 atro Municipal do Rio de Janeiro. Direção artística: Isaac CULTURA ARTÍSTICA. Temporada Internacional 2018. estreias e 7 coreografias do repertório. Direção artística: Inês Karabtchevsky. Renovação: a partir de 4 de dezembro. Série de dez concertos na Sala São Paulo. Séries Branca Bogéa. Local: Teatro Sérgio Cardoso. Novas assinaturas: Novas assinaturas: a partir de 18 de dezembro. Infor- e Azul com seis concertos cada, com apresentação única a partir de 4 de dezembro em: www.spcd.com.br. mações e vendas: telefone (21) 2551-5595 – site: www. para cada atração, exceto as orquestras, que se apresen- petrobrasinfonica.com.br. VITRINE MUSICAL – O classificado especial da Revista tam em ambas as séries. Opção de adquirir os concertos Sorocaba, SP / CAMERATA VOCAL CORO MASCULINO. Para fora da série por preço promocional. Renovação e trocas: CONCERTO. Espaço para divulgação no mercado musical de trabalhos, cursos, produtos. Ideal para professores cantores entre 18 e 60 anos. Ensaios: quartas-feiras, das encerradas. Novas assinaturas de Amigos da Cultura 20h às 22h30. Jovem canto. Para cantores entre 15 e 21 Artística: 1º de dezembro. Novas assinaturas: a partir de e escolas; músicos e conjuntos; instrumentos e lojas; agentes e produtores; estúdios e gravadoras; editoras anos. Ensaios: sábados, das 14h30 às 17h. Informações 4 de dezembro. Valores: de R$ 450 a R$ 4.600. Assinatu- pelo site www.academiaconcerto.art.br. ras: Cultura Artística – Tel. (11) 3256-0223, de segunda e livrarias; CDs, DVDs e livros; sites e blogs. Publica- a sexta-feira, das 10h às 17h – Rua Nestor Pestana, 125, ção na edição especial bimensal de janeiro/fevereiro. conjunto 12 – www.culturaartistica.com.br. Preços e condições especiais. Informações e reservas: u FESTIVAIS DE VERÃO tel. (11) 3539-0045 – www.concerto.com.br. CURSO: A partitura como negócio: história, técnicas, Curitiba, PR / 35ª OFICINA DE MÚSICA. De 27 de janeiro a 8 de fevereiro. Apresentações e Cursos nas categorias perspectivas. Com Ivan Paschoito. De 4 a 7 de dezembro, u BRASIL de segunda a quinta-feira, das 15h às 17h. Valores: R$ 30, Música Erudita, Música Antiga e Música Popular Brasileira. R$ 15 e R$ 9. Local: CPF Sesc – Rua Dr. Plínio Barreto, 285 – Belo Horizonte, MG / ORQUESTRA FILARMÔNICA DE MI- Abel Rocha – coordenação de Música Erudita. Rodolfo Bela Vista – Tel. (11) 3254-5600. Informações e inscrições: NAS GERAIS. Assinaturas 2018. Cinco séries. Renovação Richter – coordenação de Música Antiga. João Egashira www.sesc.org.br/cpf ou nas unidades do Sesc. e trocas: encerradas. Novas assinaturas: até 27 de ja- – coordenação de Música Popular Brasileira. Ópera neiro. Assinaturas: www.filarmonica.art.br e na Bilheteria Estúdio. Educação musical para crianças. Inscrições até 10 CURSO: Descobrimentos poéticos da música brasileira. da Sala Minas Gerais. Informações: tel. (31) 3219-9009 de dezembro. Informações e inscrições: tel. (41) 3321- Com Cynthia Gusmão. Quartas-feiras 6 e 13 de dezem- – [email protected]. 2848 – www.oficinademusica.org.br. bro, das 19h às 21h30. Valores: R$ 80, R$ 40 e R$ 24. Local: Poços de Caldas, MG / 19º FESTIVAL MÚSICA NAS MON- CPF Sesc – Rua Dr. Plínio Barreto, 285 – Bela Vista – Engenheiro Coelho, SP/ 24º ENCONTRO DE MÚSICOS. De 16 TANHAS. De 14 a 20 de janeiro. Cursos de Regência Tel. (11) 3254-5600. Informações e inscrições pelo site a 20 de janeiro. Palestras, cursos, oficinas, ensaios, con- orquestral, Canto repertório, Coro sinfônico, Orquestra www.sesc.org.br/cpf ou nas unidades do Sesc. certos, lançamentos. Para professores de música, cantores, sinfônica, Orquestra acadêmica, Banda sinfônica e Oficinas instrumentistas, regentes, estudantes e apreciadores de CURSO: Semestre das óperas sem mortes – Uma série de instrumento. Inscrições gratuitas até 30 de novembro música. Período integral. Local: Unasp-EC (Centro Universi- de óperas com final feliz. Com Sergio Casoy. Exibição pelo site; até 14 de janeiro pessoalmente, sem possi- tário Adventista de São Paulo). Informações e inscrições: de óperas completas em DVD, com comentários. Sextas- bilidade de bolsa. 1º Encontro de violoncelos. De 11 a tel. (19) 3858-9046 – www.unasp-ec.edu.br/musicos. -feiras das 14h às 16h. Dias 1º e 8 de dezembro: Falstaff, 14 de janeiro. Direção artística: Jean Reis. Informações de Verdi. R$ 120 por aula. Local: Condomínio The First Full Engenheiro Coelho, SP/ PÓS-GRADUAÇÃO: EDUCAÇÃO e inscrições: www.festivalmusicanasmontanhas.com.br. – Rua Batataes, 308 – Jardim Paulista. Inscrições e infor- MUSICAL e PÓS-GRADUAÇÃO: REGÊNCIA CORAL. Cursos mações: tel. (11) 3887-1243 – www.litaprojetosculturais. intensivos nos meses de janeiro de 2018 e 2019 em dois u INTERNACIONAL com.br. módulos, 360 horas presenciais, 120 horas para projeto monográfico e 120 horas para estágios. Professores mes- TOKYO INTERNATIONAL MUSIC COMPETITION FOR FACULDADE CANTAREIRA – Bacharelado e Licenciatura tres e doutores. Local, informações e inscrições: Unasp-EC CONDUCTING. De 8 a 14 de outubro. Prêmios em dinheiro. em Música. Inscrições abertas para o Vestibular de músi- (Centro Universitário Adventista de São Paulo) – Tel. (19) Inscrições: de 31 de janeiro a 2 de maio. Informações ca 2018. Cursos avaliados com conceito máximo no MEC. 3858-9311 – www.unasp-ec.edu.br. pelo site www.conductingtokyo.org. t Aulas práticas individuais. Pós-graduação: especialização em educação musical. Estrutura completa e moderno estúdio de gravação. Programas de bolsas de estudo e descontos. Local, informações e inscrições: Faculdade Can- tareira – Rua Marcos Arruda, 729 – Belém – Telefone / fax (11) 2790-5900 – www.cantareira.br. u CLASSIFICADOS

MASTER CLASSES OSESP. Para estudantes de música e músicos. Sexta-feira 8 de dezembro, das 10h às 13h: Marin Alsop – regência. Inscrições gratuitas para execu- tantes e ouvintes: [email protected]. Local: Sala São Paulo – Tel. (11) 3367-9619 – www.osesp.art.br. Anuncie nos OSESP – ORQUESTRA SINFÔNICA DO ESTADO DE SÃO PAULO. CLASSIFICADOS da Assinaturas 2018. Séries sinfônicas (quatro pacotes); Revista CONCERTO Recitais Osesp; Quarteto Osesp; Coro da Osesp. Renova- ção e trocas: encerradas. Novas assinaturas: até 22 de telefone: dezembro, valor promocional; de 26 de dezembro a 12 de (11) 3539-0045 janeiro, valor integral, apenas pela internet. A partir de e-mail: 6 de fevereiro de 2018: ingressos avulsos na Bilheteria da concerto@ Sala São Paulo ou pela Ingresso Rápido. O processo de as- concerto.com.br sinaturas será realizado pela internet: www.osesp.art.br/ assinaturas ou pelo telefone (11) 3777-6738. Não haverá atendimento na Sala São Paulo.

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çã o Música e sensibilidade divulga

Projeto “Aprendiz de maestro”, realização da Tucca, completa 15 anos de sucesso e estabelece referência na área

Por João Luiz Sampaio

uando chegou pela primeira vez ao palco, o projeto Aprendiz de Maestro estava Q rodeado por incógnitas. “A questão é que se tratava de um tipo de espetáculo difícil de definir: era concerto? Era teatro? Estávamos ainda descobrindo um formato e ouvíamos que aquilo seria impossível de se manter, imaginem, um espetáculo diferente a cada apresentação, os custos disso”, lembra o dr. Sidnei Epelman, presidente da Tucca. Quinze anos depois, no entanto, qualquer hesitação se tornou resultado concreto: foram 16 mil espectadores, 150 milhões de pessoas impactadas por mídia espontânea e 4 mil crianças e adolescentes beneficiados pelas rendas obtidas, números que não parecem deixar dúvidas a respeito do espaço conquistado pelo projeto, símbolo da prática de levar a música para crianças. Tudo começou, na verdade, com o nascimento da Tucca (Associação para Crianças e Adolescentes com Câncer), em 1998. “Dois anos depois, através de amigos, ficamos sabendo que o pianista Nelson Freire queria fazer um recital na Sala São Paulo, que acabara de ser inaugurada. Ele estava filmando o documentário sobre sua vida. E a ideia de promover o recital, juntando saúde e cultura, nos pareceu interessante”, lembra Epelman. “Levaríamos o nosso projeto para um público que ainda não o conhecia. Mas não iríamos simplesmente passar o chapéu, não. Ofereceríamos, em troca do dinheiro conseguido com ingressos, arte de qualidade.” Surgia assim o projeto Música pela Cura. O recital aconteceu, foi um sucesso, e a direção da sala sugeriu à associação que criasse um espetáculo voltado para crianças. Em parceria com o maestro João Maurício Galindo e o ator Cássio Scapin, nasceu O carnaval dos animais. “Deu certo e decidimos fazer três ou quatro apresentações no ano seguinte.” Em 2005, a série, além de ter sua temporada própria, passou a integrar o Programa Descubra a Orquestra, promovido pela Osesp. E logo também surgiria a temporada de concertos internacionais da entidade (leia mais sobre a agenda para 2018 na página 8). “Sempre tivemos claro que a beneficência é uma consequência. Se você faz um espetáculo apenas por isso, a pessoa vai e não volta. Hoje, quando vemos as crianças saindo da sala, conversando sobre ópera ou sobre um compositor, sabemos que algo as tocou de alguma maneira”, explica Epelman. “Todo o nosso trabalho se dá com crianças e adolescentes, na instituição e também na série. E sabemos que é preciso, nesse olhar voltado para esse público, ter uma delicadeza especial, uma gentileza, uma sensibilidade. Quando se faz dessa forma, um projeto como esse tem um enorme efeito multiplicador.” Nos espetáculos da série, a música é apresentada para o público envolta em uma dramaturgia que a contextualiza. O formato pode assumir, no entanto, diferentes modalidades. Em O mundo do Ludovico, por exemplo, Beethoven aparece ao lado de sua musa, Elise; já no Forrobodó da Chiquinha, a vida e a obra da compositora são contadas por meio da história de uma formiga que teimava em ser cigarra. Em outros casos, o repertório musical nasce das aventuras de personagens como Don Quixote ou João e Maria, ou na esteira da vontade de narrar histórias, como as da ópera O elixir do amor. “A nossa principal preocupação é tentar transformar o didático em lúdico. O que fazemos não é uma aula, é um espetáculo”, explica Paulo Rogério Lopes, que desde 2012 é o diretor artístico do projeto, que tem produção e direção geral de Ângela Dória. “Nós queríamos tentar algo diferente, pensando o lúdico não apenas como jogo, mas como uma forma de passar informações sobre músicos, escolas de composição e assim por diante. E nos demos conta de que trabalhar com clássicos infantis, com referências que as crianças já têm, era uma maneira de nos aproximarmos delas.” Além da dramaturgia, outro foco está nos participantes, com destaque especial para AGENDA o maestro João Maurício Galindo, e não apenas pela qualidade da execução musical. “Ele Aprendiz de maestro: tem uma disponibilidade muito bacana. No episódio sobre Villa-Lobos, por exemplo, João e Maria à procura do Papai Noel Sinfonietta Tucca Fortíssima ele interpretava um cacique que depois, quando o compositor ia para França, virava Cia Dans La Danse Napoleão”, conta Lopes. “E também nos preocupamos em trazer atores e profissionais de João Maurício Galindo – regente circo, que não têm uma ligação com a música clássica. Eles trazem um outro olhar, que Dia 16, Sala São Paulo nos faz experimentar sempre, impedindo qualquer sinal de acomodação.” t

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