(RRAS 04) Mananciais PLANO REGIONAL – REDE CEGONHA
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Regional de Atenção à Saúde (RRAS 04) Mananciais PLANO REGIONAL – REDE CEGONHA Março de 2012 Encaminhamos o Plano Regional da Rede Cegonha da RRAS 4 – Mananciais. Moisés Cabrera Corvelo Secretário Municipal de Saúde de Cotia Sandra Magali Fihlie Barbeiro Secretária Municipal de Saúde de Embu das Artes Luciano Farnezi de Oliveira Secretário Municipal de Saúde de Embu-Guaçu Michelle Sales Santos da Silva Superintendente da Autarquia de Saúde de Itapecerica da Serra José Carlos Moraes Olher Secretário Municipal de Higiene e Saúde de Juquitiba Francisco Robson de Araújo Diretor de Saúde de São Lourenço da Serra José Alberto Tarifa Nogueira Secretário Municipal de Saúde de Taboão da Serra Eduardo da Silva Prado Secretário Municipal de Saúde de Vargem Grande Paulista Iramaia Aparecida Luvizotto Colaiacovo Diretora Tecnica do Departamento Regional de Saude (DRS-1) Rede Regional de Atenção à Saúde (RRAS 4) – Região dos Mananciais PROJETO REDE CEGONHA 1. Introdução A Portaria nº 1.459, de 24 de junho de 2011 que institui a Rede Cegonha no âmbito do SUS, propõe a constituição de uma rede de cuidados que visa assegurar às mulheres o direito ao planejamento reprodutivo e a atenção humanizada à gravidez, ao parto e puerpério e às crianças o direito de nascimento seguro e ao crescimento e ao desenvolvimento saudáveis. A Rede Cegonha deve ser organizada de maneira a possibilitar o provimento contínuo de ações de atenção à saúde materno-infantil para uma determinada população-território, através da articulação dos distintos pontos de atenção, do sistema de apoio, do sistema logístico e da governança da RRAS, em consonância com a Portaria GM 4279/2010, a partir das seguintes diretrizes: Princípios I - O respeito, a proteção e a realização dos direitos humanos; II - O respeito à diversidade cultural, étnica e racial; III - A promoção da equidade; IV - O enfoque de gênero; V - A garantia dos direitos sexuais e dos direitos reprodutivos de mulheres, homens, jovens e adolescentes; VI - A participação e a mobilização social; VII - A compatibilização com as atividades das redes de atenção à saúde materna e infantil em desenvolvimento nos Estados. Objetivos I - Fomentar a implementação de novo modelo de atenção à saúde da mulher e à saúde da criança com foco na atenção ao parto, ao nascimento, ao crescimento e ao desenvolvimento da criança de zero aos vinte e quatro meses; II - Organizar a Rede de Atenção à Saúde Materna e Infantil para que esta garanta acesso, acolhimento e resolutividade; III - Reduzir a mortalidade materna e infantil com ênfase no componente neonatal. Diretrizes I - Garantia do acolhimento com avaliação e classificação de risco e vulnerabilidade, ampliação do acesso e melhoria da qualidade do pré-natal; II - Garantia de vinculação da gestante à unidade de referência e ao transporte seguro; III - Garantia das boas práticas e segurança na atenção ao parto e nascimento; IV - Garantia da atenção à saúde das crianças de zero a vinte e quatro meses com qualidade e resolutividade; V - Garantia de acesso às ações do planejamento reprodutivo. A região dos Mananciais constituiu um grupo condutor que realizou reuniões sistemáticas com o objetivo de analisar a capacidade instalada e indicadores de saúde no que se referia a linha de cuidado materno infantil bem como os pontos de estrangulamentos existentes para a constituição dessa Rede prestada de maneira a qualificar a atenção materno-infantil além de identificar tarefas a serem cumpridas por todos os componentes do grupo. O grupo condutor utilizou o material elaborado pelo Grupo de Técnico de Trabalho da Linha de Cuidado da Gestante e Puérpera da região de Mananciais e Rota dos Bandeirantes, criado em novembro de 2010, que contou com o apoio institucional da Escola de Enfermagem da USP (EEUSP) e realizou um diagnóstico das duas regiões, com o objetivo de avaliar e planejar ações para melhoria da saúde da gestante e puérpera. Com a publicação da Portaria nº 1.459/GM/MS, de 24 de junho de 2011, o grupo iniciou a discussão sobre a Rede Cegonha, adequando o material já levantado de acordo com a portaria. As ações executadas pelo Grupo Condutor ampliado com a participação dos representantes do Grupo Técnico foram:Formalização do Grupo Condutor Regional; Finalização da matriz diagnóstica; Preenchimento dos anexos 2, 3 e 4 da Portaria; Apresentação do roteiro para elaboração de projeto Rede Cegonha e o modelo do projeto da RRAS de Campinas. Visita à central do programa Mãe Paulistana, juntamente com a DRS-1 e a Rota dos Bandeirantes. Participação no Seminário de Rede Cegonha realizado na FUNDAP; Escrita do Projeto conforme as orientações do Seminário da Rede Cegonha e Consolidação dos Anexos com os dados regionais. Este Plano Regional do Rede Cegonha foi apresentado e aprovado no CGR dos Mananciais em 28 de fevereiro de 2012. CARACTERIZAÇÃO DA REGIÃO DOS MANANCIAIS O DRSI da Grande São Paulo, é composto por (6) seis Regiões de saúde, Mananciais, Rota dos Bandeirantes, Alto Tiete, Grande ABC, Franco da Rocha e Município de São Paulo. Este documento fará referencias a Região de Mananciais que tem como área de abrangência os municípios de Cotia, Embu das Artes, Embu-Guaçu, Itapecerica da Serra, Juquitiba, São Lourenço da Serra, Taboão da Serra e Vargem Grande Paulista. Conforme informações do Observatório da Saúde, esta região concentra o maior sistema produtor de água para a Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) e apresenta, hoje, um dos quadros mais críticos do país no que diz respeito à garantia de água em quantidade e qualidade para o abastecimento de sua população. A principal causa pode ser atribuída à má gestão do recurso ao longo de sua história, com destaque para a ocupação urbana desordenada das áreas de mananciais mais próximas, como as bacias hidrográficas da Billings e Guarapiranga, e das péssimas condições de conservação das áreas mais distantes, como as represas do Sistema Cantareira. Figura 1 – Mapa da Região Metropolitana de São Paulo – Região dos Mananciais "Os rios Embu - Mirim e Embu-Guaçu contribuem com 97%das águas da Bacia do Guarapiranga, sendo estimado que esses cursos d água e suas várzeas recebam 30% das cargas poluidoras afluentes ao reservatório. Apenas 55,7% dos domicílios estão conectados á rede de esgoto.” A população no entorno desse reservatório aumentou de 332 mil habitantes em 1980 para 645 mil habitantes em 1996 de acordo com o Plano da Bacia do Alto Tietê (2001). Cerca de 80% dessa população ocupava 27% da Bacia do Guarapiranga, especialmente as áreas vizinhas à represa, onde os impactos nas águas são muito maiores e as possibilidades de corrigi-los menores, em loteamentos carentes de infra-estrutura e com densidades que chegam a 500 habitantes por hectare, dez vezes superior ao máximo estabelecido pela legislação de proteção de mananciais. O saneamento ambiental dessa bacia foi desenvolvido no Programa Guarapiranga, pelo Governo do Estado em parceria com as prefeituras de São Paulo, Embu das Artes, Embu-Guaçu, Itapecerica da Serra e São Lourenço da Serra, com apoio do Banco Mundial. Rotas de Comunicação e Vias de Acesso A Região dos Mananciais engloba alguns Municípios da sub-região oeste e outros da sudoeste do Estado de São Paulo e as principais rotas de acesso são: Rodovia Regis Bittencourt (BR-116); Rodoanel Governador Mario Covas e Rodovia Raposo Tavares. Alguns Municípios são cortados pela Ferrovia Sorocabana–Santos. CARACTERÍSTICAS SOCIOECONÔMICAS Áreas de Produção Economicamente Predominante na Região Os municípios situados ao longo da Rodovia Régis Bittencourt, com extensas áreas de capoeiras e de reflorestamento. Possui alto crescimento populacional, mas sua atividade econômica é tímida. Muitos municípios são cidades-dormitório, e por isso, apresentam concentração econômica modesta e ambiente urbano pobre, com baixa oferta de equipamentos de lazer e de cultura. Sua atividade agropecuária baseia-se na produção de subsistência e no cultivo de hortaliças, legumes, frutas, plantas medicinais e flores, além de algumas atividades de piscicultura, apicultura e pecuária. A atividade industrial é relativamente reduzida e concentra-se no início da Rodovia Régis Bittencourt, como resultado do extravasamento da atividade industrial paulistana. Ela inclui a extração de minerais não-metálicos, em especial areia e caulim, além de produtos da indústria de transformação: metal; artefatos de concreto, cimento e gesso; produtos de limpeza e artigos de perfumaria; máquinas, aparelhos e materiais elétricos; produtos farmacêuticos; artigos de mobiliário; artigos de borracha e plástico; e peças e acessórios para veículos automotores. O setor terciário concentra-se em algumas atividades de serviços e no comércio local. Os parques, trilhas, rios, cachoeiras e outras belezas naturais dão condições para o aproveitamento da atividade turística. Os municípios situados ao longo da Rodovia Raposo Tavares, isto é, Cotia e Vargem Grande Paulista destacam-se pela produção hortifrutigranjeiros, flores e plantas ornamentais. DEMOGRÁFICAS Em 2010, a população estimada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para a Região de Mananciais foi de 986.638 habitantes. A faixa etária de maior concentração encontra-se entre 20 e 49 anos, sendo que o Município de menor população é o de São Lourenço da Serra (13.973 hab.) e o de maior população é Taboão da Serra (244.528 hab.). A Densidade Demográfica é de 674 hab./km². A Média da Taxa Geométrica de Crescimento Anual da População é de 2,56 %, com as oscilações que vão de 1,00% em alguns municípios a 4,06 % em outros. Em relação ao Grau de Urbanização da população na região é de 93,89% com valores de 65,71% para um dos municípios e de 100% em outros. Pirâmide Etária > 80 70-79 60-69 50-59 40-49 Masculino 30-39 Feminino Faixa Faixa Etária (anos) 20-29 10-19 0-9 150 100 50 0 50 100 150 População (Milhares) Gráfico 1 – Pirâmide Populacional – Região dos Mananciais – Ano 2010 Fonte: IBGE Tabela 1 - População Residente por Município – Região dos Mananciais - 2010 Município Pop.