Confira a programação completa da Mostra Cinema e Trabalho

As sessões são gratuitas e acontecem no Sesi Araras localizado na Avenida Melvin Jones, no bairro Heitor Villa Lobos

Filmes

Junho

Dia 12 – quarta-feira | 16h

Metrópolis | Metropolis (Alemanha, 1927, ficção científica, 153 min., livre). Direção: Fritz Lang. Com Alfred Abel, Gustav Fröhlich, Rudolf Klein-Rogge e Brigitte Helm.

Sinopse:

Metrópolis, em 2026, é uma cidade dividida em duas: o Jardim dos Prazeres, na superfície, onde vivem poderosos e pensadores; e a Cidade dos Operários, bem abaixo desse paraíso, habitada por trabalhadores em regime de escravidão. Freder, filho único de Joh Fredersen, criador e governador dessa metrópole, leva uma vida idílica, desfrutando dos maravilhosos jardins. Um importante cientista cria um robô à imagem do homem, que nunca se cansa ou comete erros, e diz que, a partir de então, não haverá necessidade de trabalhadores humanos, pois haverá um autômato que ninguém conseguirá diferenciar de um ser vivo. Animado, Joh ordena que ele o construa à imagem de Maria, uma operária pacifista, para que, assim, a máquina possa se infiltrar entre os trabalhadores e semear a discórdia entre eles, destruindo a confiança que sentem por ela. Mas o governador não poderia imaginar que Capital e Trabalho se reconciliariam no amor de Freder pela verdadeira jovem.

Dia 19 – quarta-feira | 16h

Tempos Modernos | Modern Times (Estados Unidos, 1936, comédia, 89 min., livre). Direção: Charlie Chaplin. Com Charlie Chaplin, Paulette Goddard, Henry Bergman e Chester Conklin. Sinopse: O filme é uma sátira à vida em uma sociedade industrial e consumista. Trump (Chaplin) confronta-se com todas as invenções desumanas de uma fábrica. A crítica não é só à mecanização, mas também a outras questões sociais da época: ele é preso a toda hora, confundido com comunistas, grevistas ou por qualquer motivo tolo; seu romance com uma jovem órfã é impedido pelas autoridades; para todo esforço parece haver um empecilho por parte do governo ou da sociedade. O filme foi um grande sucesso, mas, na época de seu lançamento, foi proibido na Itália e na Alemanha.

Dia 26 – quarta-feira | 19h30

São Paulo Sociedade Anônima (Brasil, 1965, drama, 111 min., 12 anos). Direção: Luiz Sérgio Person. Com Walmor Chagas, , Darlene Glória, Otelo Zeloni e Ana Esmeralda.

Sinopse:

A instalação de indústrias automobilísticas estrangeiras no Brasil durante a euforia desenvolvimentista, no final dos anos 1950, provocou grandes mudanças na sociedade e na organização do trabalho. Carlos (Walmor Chagas), um jovem da classe média paulistana, começa a trabalhar numa grande empresa. Posteriormente, aceita um cargo numa fábrica de autopeças, na qual é promovido a gerente. Carlos torna-se um típico chefe de família da sociedade industrial: trabalha muito, ganha bem, consome bens da indústria, mas, sem um projeto de vida que o faça feliz, vive insatisfeito e quer desistir.

Julho

Dia 6 – sábado | 14h

A Classe Operária Vai ao Paraíso | La Classe Operaia Va in Paradiso (Itália, 1971, drama, 125 min., 14 anos). Direção: Elio Petri. Com Gian Maria Volontè, Mariangela Melato, Salvo Randone, Gino Pernice, Luigi Diberti, Flavio Bucci, Mietta Albertini, Donato Castellaneta, Renata Zamengo e Giuseppe Fortis.

Sinopse:

Lulu Massa, o operário-padrão de uma fábrica, trabalha duro para conseguir bônus e, assim, desperta a antipatia dos colegas. Após sofrer um acidente de trabalho, ele, que era consumido pelo capital e deixava-se consumir pelo trabalho, passa a questionar o sistema de produção da indústria e envolve-se com grupos políticos e revolucionários. Ascender na carreira, garantir o básico e almejar pequenas tentações da sociedade de consumo ou arriscar-se na luta por um mundo com menor desigualdade social? Esse impasse ideológico de muitos trabalhadores é o mote do premiado A Classe Operária Vai ao Paraíso, uma das obras mais importantes do cinema político italiano, vencedor da categoria Melhor Filme no Festival de Cannes de 1972.

Dia 13 – sábado | 14h

Eles não Usam Black-Tie (Brasil, 1981, drama, 120 min., 14 anos). Direção: Leon Hirszman. Com Paulo José, , Nelson Xavier e Milton Gonçalves.

Sinopse:

Além de seu valor artístico e estético, o filme registra — por meio da história fictícia de Otávio, líder sindical, e seu filho Tião, jovem operário — o cotidiano da classe trabalhadora e a greve dos metalúrgicos de São Paulo em 1979, no período final da ditadura militar no Brasil (1964-1985). A velha contradição entre o Capital e o Trabalho — mostrando vidas em que o trabalho é pesado e o dinheiro é escasso — dá base para a história, que gira em torno da relação conflituosa entre os dois personagens.

Dia 27 – sábado | 14h

Boleiros - Era uma Vez o Futebol (Brasil, 1998, comédia, 93 min., livre). Direção: Ugo Giorgetti. Com , Otávio Augusto, Rogério Cardoso, João Acaiabe, Marisa Orth, Cássio Gabus Mendes, Denise Fraga, Flávio Miggliaccio, Adriano Stuart e André Abujamra. Sinopse: Em um bar de São Paulo, como acontece em quase todas as tardes, um grupo de ex-jogadores de futebol se reúne para relembrar antigas glórias e histórias curiosas do tempo em que ainda eram profissionais desse esporte.

Dia 31 – quarta-feira | 16h Domésticas - O Filme (Brasil, 2001, comédia, 85 min., 14 anos). Direção: e Nando Olival. Com Cláudia Missura, Graziella Moretto, Lena Roque, Olivia Araújo, Renata Melo, Robson Nunes e Tiago Moraes.

Sinopse:

No meio da nossa sociedade existe um Brasil notado por poucos. Um país formado por pessoas que, apesar de morarem dentro de sua casa e fazerem parte de seu dia a dia, é como se não estivessem lá. Cinco das integrantes dessa nação são mostradas em Domésticas — O Filme: Cida, Roxane, Quitéria, Raimunda e Créo. Uma quer se casar, a outra é casada, mas sonha com um marido melhor. Uma almeja ser artista de novela, a outra acredita que tem por missão na Terra servir a Deus e a sua patroa. Todas têm sonhos distintos, mas vivem a mesma realidade: trabalhar como empregada doméstica.

Agosto

Dia 7 – quarta-feira | 19h30 Sábado (Brasil, 1994, comédia, 85 min., 12 anos). Direção: Ugo Giorgetti. Com Giulia Gam, Otávio Augusto, Mariana Lima, Jô Soares, Maria Padilha, Tom Zé, André Abujamra, Renato Consorte, Cláudio Mamberti, Wandi Doratiotto e Décio Pignatari.

Sinopse: Sábado na cidade de São Paulo. Uma equipe de publicidade ocupa o saguão do antigo Edifício das Américas, no centro da cidade, para a gravação de um comercial. Mas um elevador quebrado obriga o grupo e os moradores a dividirem o mesmo espaço. Desse convívio forçado surgem pequenos incidentes que tornam esse dia diferente de qualquer outro.

Dia 14 – quarta-feira | 19h30

O Fim do sem Fim (Brasil, 2000, documentário, 94 min., livre). Direção: Beto Magalhães, Cao Guimarães e Lucas Bambozzi.

Sinopse:

No documentário, o foco é o iminente desaparecimento de certos ofícios e profissões no Brasil. Rodado em 16mm, Super-8 e DV nos Estados de Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Bahia, Alagoas, Sergipe, Pernambuco, Paraíba e Ceará, o filme retrata a inventividade e a resistência do brasileiro diante das mudanças tecnológicas e culturais. Partindo do debate entre o objetivo e o fim das coisas, as evoluções são discutidas pelos próprios indivíduos retratados.

Curtas-metragens

Dia 20 – sábado | 14h Antonio Ribeiro dos Santos, Cearense, RG 674.230 (Brasil, 1984, documentário, 15 min., livre). Direção: Gregório Bacic.

Sinopse:

Um dia na vida de Antonio, operário não especializado que trabalha numa indústria de artefatos de borracha. Atuando em posto fixo, faz durante o dia inteiro movimentos repetitivos com os braços, ocupando espaço muito maior do que o cômodo da casa onde vive com a mulher e os filhos. Produção incluída em dissertação de mestrado da PUC de São Paulo, apresentada por Vera Lúcia Bastazin e orientada por Décio Pignatari.

Chapeleiros (Brasil, 1984, documentário, 24 min., livre). Direção: Adrian Cooper. Sinopse: Flagrantes de trabalhadores de uma chapelaria do início do século. A singular entrada na fábrica, o contato direto com os chapéus, o ritmo das máquinas, dos trabalhos manuais, o horário precioso do almoço, as silhuetas dos corpos e outros detalhes do cotidiano.

Construção (Brasil, 2007, documentário, 48 min., livre). Direção: Cristiano Burlan.

Sinopse: A cidade de São Paulo em seu contínuo processo de construção e desconstrução, vista a partir do microcosmo de um canteiro de obras, seus trabalhadores e as várias máquinas em plena atividade.