Afonso Cláudio– Es
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___________________________________________________________________________________ Afonso Cláudio - ES AFONSO CLÁUDIO– ES Avaliação do Plano Dados do Pesquisador Nome do pesquisador: Carmen Júlia Barcellos Noé Email e telefone contato: [email protected] -tel: (27)3 2270697- fax: (27) 33240071 Município: Vitória Número da Lei: PDM- Afonso Claudio- Lei 1.731/2006 Data aprovação Plano Diretor: 07/11/2006 Estado: ES Relatório Técnico Introdução Primeiramente, cabe relatar que o conteúdo do PDM de Afonso Cláudio , de ampla abordagem, expressa as disposições legais preconizadas no Estatuto das Cidades. Não obstante, o leque de instrumentos de ordenamento instituídos no PD, este observa a escala territorial da Cidade. Verifica‐se, assim, no decorrer do texto legal que os parâmetros e normas urbanísticas dispostos são condizentes com a dinâmica urbana de Afonso Cláudio, cidade de pequeno porte. No meu entender, este é um aspecto bastante positivo do Plano, a medida que formaliza e contempla o Macrozoneamento do território, o Zoneamento Urbanístico, o Parcelamento do Solo, o Perímetro Urbano, os Instrumentos Urbanísticos, todos estes produtos dimensionados e incorporados de forma apropriada à realidade Municipal. 1 ___________________________________________________________________________________ Afonso Cláudio - ES Com relação à pergunta efetuada no decorrer do questionário de avaliação, referente ao acesso à terra urbanizada, entendo que este Plano atende aos princípios da equidade social ao fixar o instituto das ZEIS, ao estabelecer um Fundo de Aplicação de recursos destinados a provisão de habitação de interesse social ‐ HIS e, especialmente, se considerarmos que, segundo as disposições legais do PD, a política de ordenamento deverá ser balizada num modelo de gestão compartilhada, concebida e instituída no escopo da presente lei. Recomendações Não obstante, as características positivas acima relatadas cabem, contudo registrar algumas recomendações ao PD, que devem ser entendidas como ajustes ao texto legal. O Art. 149 da presente lei dispõe que, no prazo máximo de 1 ano deverá ser revista a Lei de Uso e Ocupação do Solo, a Lei de Parcelamento do Solo, o Código de Obras, o Código Tributário, o Código Municipal de Meio Ambiente, o Código de Posturas e a Lei de Perímetro Urbano. Ao dispor sobre a revisão das Leis de Uso e do Parcelamento do Solo, me parece que houve um equívoco uma vez que, o Zoneamento Urbanístico já é regulamentado por força da própria lei, bem como as demais normas e diretrizes de Parcelamento do Solo. Assim, no meu entender, não há necessidade de alterações das respectivas normas legais, num prazo tão exíguo. Estas, sim, deverão ser alteradas no prazo previsto para revisão geral do PD, cinco anos, conforme estabelece o Art. 147. Ainda, o texto legal, no Art. 142 cria o “Fundo Municipal do Plano Diretor‐ FMPD”, entretanto, o Art. 136 ‐ inciso V, que trata de matéria relativa à competência do Conselho Municipal do PD, vem dispor que caberá ao Conselho gerir os recursos oriundos do “ Fundo Municipal de Desenvolvimento Urbano”‐ FMDU. Assim, o texto novamente cria dúbia interpretação, havendo um equívoco na redação da presente lei, uma vez saber tratar‐se de apenas um Fundo, instituído no Art. 142 da presente Lei ‐ FMPD. Recomenda‐se, portanto, que seja revista a redação do texto legal. Cabe ainda ressaltar que o PD não contou com recursos cartográficos significativos, gerados em sistema de informações georreferenciadas. Mesmo assim, foram elaboradas as manchas de ocupação urbana, gerando o zoneamento urbanístico, a mancha do perímetro urbano e de expansão , o macrozoneamento entre outras informações relevantes. Entretanto, considera‐se importante que, ao fazer a descrição do perímetro das ZEIS, do perímetro urbano e do perímetro das zonas urbanísticas, o município recorra ao Sistema Integrado de Bases Georreferenciadas do Estado do Espírito Santo‐ GEOBASES, como forma de gerar um produto mais eficaz ao planejamento das ações municipais. Considerando o relato acima exposto e demais questões relatadas no questionário de avaliação do PD, tenho o entendimento de que o município de Afonso Claudio elaborou um Plano Diretor factível, de fácil aplicação, carecendo de algumas complementações e regulamentações à lei, como ficou evidenciado no próprio texto legal. Este é o meu relatório, Em 21/11/2008 Carmen Júlia Barcellos Noé 2 ___________________________________________________________________________________ Afonso Cláudio - ES AFONSO CLAUDIO A) Informações gerais do município 1 População urbana Informações a seguir relatadas População rural População total PEA Renda Saneamento (déficit) Déficit Habitacional 2 Tipologia do Município PlanHab- H- Centros Urbanos em espaços rurais com elevada desigualdade e pobreza 3 Diagnósticos Utilizados no PD Cabe relatar, que inicialmente o Governo do Estado, em 2004, contratou uma empresa para elaborar os PDM´s de 11 municípios da Região Serrana do Estado, do qual Afonso Cláudio se integra. Este processo conduziu a uma ampla divulgação e pesquisa da realidade sócio- econômica dos municípios . Entretanto, embora tenha se realizado um diagnóstico dos municípios com ampla participação da comunidade, este processo não conduziu à realização de uma norma legal. Assim, posteriormente a Prefeitura concluiu o PD, elaborando o presente projeto de Lei. Para realização desta avaliação a Prefeitura apresentou, exclusivamente, a respectiva lei e mapas integrantes do PD. 4 Identificação dos PDS anteriores NÃO 5 Avaliação do PD atual O item (i) Será (i) Conteúdo (ii) Linguagem (iii) Relação do PD (iv) Relação contemplado no com o Orçamento entre o Plano relatório Técnico Abaixo relatado Municipal- Abaixo Diretor e o apresentado em anexo relatado PAC- a presente Avaliação Abaixo relatado 3 ___________________________________________________________________________________ Afonso Cláudio - ES Regionalização- Segundo a Divisão Regional do Espírito Santo, Afonso Claudio integra a Região Sudoeste Serrana- 4. Sua divisão político-administrativa é constituída por 7 distritos, a saber: Afonso Claudio, Fazenda Guandu, Ibicaba, Piracema, Pontões, São Francisco Xavier do Guandu e Serra Pelada. Afonso Claudio integra a microrregião Sudoeste Serrana , formada por sete municípios: Domingos Martins, Venda Nova do Imigrante, Afonso Cláudio, Marechal Floriano, Conceição do Castelo, Brejetuba e Laranja daTerra. A dinâmica da economia desta região é comandada pelo setor agropecuário, principalmente no que diz respeito à geração de renda e empregos. Neste aspecto as principais atividades do setor são a olericultura e a cafeicultura. Em segundo plano aparece a avicultura. Na cafeicultura destaca-se o café arábica, principalmente o arábica bebida fina cultivado em Venda Nova do Imigrante, cujos incrementos de qualidade têm funcionado como elementos de diferenciação competitiva, o que proporciona melhores preços e inserção em mercados externos mais seletivos. As áreas produtoras de hortaliças caracterizam-se pela dominância de pequenas propriedades, de mão-de-obra de base familiar e de localização próxima ao mercado consumidor da Grande Vitória, dividindo com a cafeicultura a primazia da importância agrícola nos principais municípios produtores. A maior concentração da produção está em altitudes entre 600 e 1.200m, onde predominam agricultores de origens alemã e italiana, em terras frias, ou de temperaturas amenas, acidentadas e chuvosas. Além da agropecuária, destaca-se o turismo, que se constitui numa vocação natural da região. Trata-se de um turismo de montanha, especificamente o agroturismo, voltado para atrativos climatológicos, ambientais e todo bucolismo do mundo rural e suas raízes da colonização européia. Quanto à preservação ambiental, destaca-se o Consórcio Santa Maria/Jucu, cujo objetivo é apoiar os municípios locais na conservação das nascentes de rios e na implementação de outras práticas de conservação ambiental. Neste contexto regional, Afonso Claudio destaca-se no agro turismo de negócios e a Eco estação, a primeira estação ecológica do Brasil para recuperação de rios e lagos. Tem como principais atividades econômicas a cafeicultura, pecuária leiteira e olericultura. 4 ___________________________________________________________________________________ Afonso Cláudio - ES Indicadores Sócio-Econômicos )População: e) PIB- Produto interno Bruto: População residente Segundo dados do Instituto Jones dos Santos Neves/IBGE o PIB- Produto Interno Bruto calculado para o Situação de Domicílio 2000 2007 ano 2005 do Município de Afonso Claudio foi estimado em Urbana 14.463 156.761 mil reais, sendo o PIB per capita estimado em Rural 17.769 4.671 reais Total 32.232 30.773 Fonte: IBGE f) Emprego / Renda: Famílias, segundo faixa de rendimento mensal familiar per b) Déficit Habitacional: capita - 2000 Município Déficit total Déficit relativo total Faixas de renda mensal familiar Número de Afonso Claudio 515 6,07 % per capita em Salário Mínimo familias ES 59937 7,13 Fonte: Habitação no ES. Déficit e infra-estrutura habitacional, 2000/IJSN Sem Rendimentos 238, 2,7 c) Índice de Carência em Saneamento Básico: Até 1/2 SM 2.642, 29,4 Mais de 1/2 a 1 SM 2.640, 29,4 Segundo trabalho realizado pelo Instituto Jones dos Santos Neves- Índice de carência em saneamento básico rural e Mais de 1 a 2 SM 2.049, 22,8 urbano segundo municípios – Espírito Santo – 2000,o Mais de 2 a 3 SM 647, 7,2 Município de Afonso Claudio apresenta um bom desempenho Mais de 3 a 5 SM 441, 4,9 nas condições de saneamento básico no meio urbano, apresentando