T RA Ivsp 44, Prefeitura Municipal de Populina Fy ESTADO DE CNPJ 51.842.17710001-76 Nte~0 Rua 13 de Maio n°1.211 - CEP:15670-000 - Fone: (17) 3639-9020 Qo 4"-i-RAÇÃ 201 LEI N°1.515, DE 02 DE JUNHO DE 2015

Altera e Institui o novo Plano Municipal de Educação, em conformidade à Lei Federal n°13.005/2014, no Município de Populina, Estado de São Paulo.

SÉRGIO MARTINS CARRASCO, Prefeito Municipal de Populina, Estado de São Paulo, no uso de suas atribuições legais. Faz saber que a Câmara Municipal aprovou e ele sanciona e promulga a seguinte Lei:-

Artigo 1°:- Fica aprovado o Plano Municipal de Educação - PME em anexo, com duração de dez anos.

Artigo 2°:- O Plano Municipal de Educação foi adequado sob a coordenação do Setor de Educação, com participação da sociedade civil organizada, através de reuniões sistematizadas com a Comissão Executiva instituída pela Portaria Municipal n°502, de 03 de Novembro de 2014, e em conformidade com o Plano Nacional de Educação e demais legislações educacionais.

Artigo 3°:- O Plano Municipal de Educação contém a proposta educacional do município, com suas respectivas diretrizes, objetivos, metas e ações, conforme documento anexo.

Artigo 4°:- Será de responsabilidade do Setor de Educação, em conjunto com o Conselho Municipal de Educação, avaliar a execução do PME, estabelecendo os mecanismos necessários ao acompanhamento das metas.

Artigo 5°:- O Conselho Municipal de Educação será convocado a cada 02 anos para o acompanhamento da execução das metas e ações previstas no Plano Municipal de Educação, emitindo parecer sobre a situação encontrada.

Parágrafo Único:- O Conselho Municipal de Educação de que trata o caput desse artigo será constituído por representantes da sociedade civil, do poder executivo e dos demais órgãos do poder público ligados à educação que atuam no município, e sua composição e o mecanismo de eleição dos representantes deverão ser normatizados em lei específica.

Artigo 6°:- O Conselho Municipal de Educação deverá acompanhar as ações do Poder Executivo tendo em vista o cumprimento dos objetivos, metas e ações previstos no Plano Municipal de Educação desta lei, emitindo pareceres, orientações e regulamentações necessárias à concretização do PME.

cont. TRANSA 0"‘ Prefeitura Municipal de Populina j ESTADO DE SÃO PAULO CNPJ 51.842.17710001-76 Rua 13 de Maio n°1.211 - CEP:15670-000 - Fone: (17) 3639-9020 RAÇA() 2013 fls. 02.

Artigo 7°:- O Executivo Municipal, por suas unidades de Educação e de Comunicação, dará ampla divulgação do conteúdo do PME junto ao pessoal docente e discente do setor no município e a toda a população.

Artigo 8°:- O Setor Municipal de Educação, com o apoio do Conselho Municipal de Educação diligenciará para que as medidas associadas e complementares às constantes no PME sejam adotadas pelos demais setores e unidades da administração.

Artigo 9°:- O Município de Populina incluirá, nos Planos Plurianuais e nas Leis de Diretrizes Orçamentárias Anuais, dotações destinadas a viabilizar a execução desta lei.

Artigo 10:- As despesas decorrentes da aplicação desta lei correrão por conta das verbas orçamentárias próprias, suplementadas, se necessário, e de outros recursos captados no decorrer d -xecução do plano.

Artigo 11:- Esta i = trará em igor n data de sua publicação, revogadas as disposições em contrár

Populina, 02 de Junho .015.

R 10 A-TINS CARRASCO -Prefeito Municipal-

Registrada nesta Secretaria na data supra, afixada no local de costume e arquivada no Cartório de Registro Civil e Anexos local, nos termos do artigo 80 da Lei Orgânica do Município de Populina.

CO xiliar de Secretari POPULINA-SP

2015/2025

A Educação do município planejada para os próximos 10 anos.

2015/2025 Prefeitura Municipal de Populina Administração 2013 — 2016

Sérgio Martins Carrasco Prefeito Municipal

Adauto Pinto Vice-prefeito

Prof. Ana Aparecida Pinto Molina Diretora do Departamento Municipal de Educação

Profa. Suely Nogueira de Amaral Presidenta Câmara Municipal de Populina

Ana Paula de Souza Lourival José Pinheiro Arlindo da Silva Ramos Suely Nogueira de Assis Amaral David Matias de Souza Valdeir Voltéro João Miguel Carneiro Augusto Vlamir de Carvalho Garcia Júlio Galbiatti Júnior

Conselho Municipal de Educação Gestão 2012 / 2015 Cosme Souza dos Santos

Conselho de Alimentação Escolar Gestão 2014 / 2017 Deivid Rogério de Paula

Conselho de Acompanhamento do FUNDEB Gestão 2015 / 2018 Cosme Souza dos Santos

Grupo Gestor do Plano Municipal de Educação Representantes dos Professores Representantes do Departamento Municipal de Educação de Populina

Prof. André Luiz Amâncio Siqueira Profa. Ana Aparecida Pinto Molina Profa Elaine Gomes Costa dos Santos Profa. Ana Célia de Oliveira Peixoto

Prof. Eliader Rotta Bonifácio Profa. Débora Vomiero de Souza Robles Brandini

Prof. Ivi Melissa Biscassi Sanches Alves Prof. Deivid Rogério de Paula

Prof. Maraisa da Silva Rodrigues Profa. Silvia Cristina da Silva Brassaloti Prof. Ricardo Ribeiro Bento

Profa Vanessa Paschoal Esquivi MENSAGEM DO SENHOR PREFEITO MUNICIPAL

O Plano Municipal de Educação é um documento que estabelece metas, orientações e Estratégias para alcançarmos nosso objetivo maior, á educação de qualidade que sonhamos para nossa cidade. Em uma gestão democrática, a participação da comunidade é fundamental, não só para a construção do Plano, mas também para a efetivação e implantação das metas, estratégias e o seu monitoramento.

O grande desafio que se coloca na área da Educação para as cidades de pequeno porte, como Populina, não é somente constatar que a educação precisa ser planejada de forma adequada, mas também que tenha objetivos claros quanto aos resultados práticos, advindos dessa educação planejada a curto, médio e longo prazo. As inovações que se tornam a cada dia mais urgentes, requerem, antes de tudo, o envolvimento de pessoas com as prioridades e metas muito bem definidas. Assim sendo, o Plano Municipal de Educação de Populina, nos termos aqui definidos representa mais do que o cumprimento de uma obrigação imp•s pela Lei Federal 13.005/2014, representa um esforço da atual e a participação popular, no sentido de, juntamente com tod Ividos na educação municipal, definir prioridade de trabalhos s que tenham como consequência, a elevação e a expansã ndimento as demanda de ensino.

PREFEITO MUNICIPAL MENSAGEM DA DIRETORA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO

A elaboração do Plano Municipal de Educação é um grande avanço em prol da educação de qualidade social. Estabelece diretrizes, metas e Estratégias de concretização no campo da educação. Um Plano com força de lei, respeitado por todos os envolvidos com educação, direta ou indiretamente. A partir desse documento podemos garantir o direito à educação, urna gestão democrática e princípios como a transparência e impessoalidade, autonomia e participação, liderança e trabalho coletivo, representatividade e competência. Essa dinâmica político-pedagógica irá reiterar o papel da educação como direito de todo cidadão, democratizar a gestão, garantir o acesso, permanência e conclusão com o sucesso das crianças, jovens e adultos nas instituições de ensino da cidade de Populina. O processo educativo transcende a formalidade escolar, promove outros direitos como segurança, saúde e justiça e ainda possibilita uma visão mais ampla e critica de si mesmo e do mundo.

Ana Aparecida Pinto Mofina DIRETORA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO SUMÁRIO 1— INTRODUÇÃO 09 II - Perfil do Município de Populina 14 2.1 — Histórico 14 2.2 - Localização, aspectos físicos e geográficos 15 2.3 - População e condições de vida 16 2.4 - Habitação e Infra-Estrutura 17 2.5 — Economia 17 2.6 — Agricultura 18 2.7 — Indústria 18 2.8 - Comércio e Serviços 18 2.9 — Cultura 19 2.10 — Religião 20 2.11 Saúde 21 2.12 Educação 22 III - História da Educação Municipal de Populina 23 IV - Qualidade de Ensino .26 4.1 - Índice de Desenvolvimento da Educação do Estado de São Paulo — IDESP 26 4.2 - Índice de Desenvolvimento da Educação Básica — IDEB 28 4.3 - Exame Nacional do Ensino Médio —ENEM 31 V NÍVEIS DE ENSINO 33 A - EDUCAÇÃO BÁSICA 5.1 - EDUCAÇÃO INFANTIL ..33 5.1.1 Diagnóstico 33 5.1.2 - Objetivos e Estratégias .36 Meta 1- Educação Infantil 46 Estratégias 47 5.2 - ENSINO FUNDAMENTAL .47 5.2.1 — Diagnóstico 47 5.2.2 - Metas e Estratégias 50 Meta 2 — Ensino Fundamental 50 Estratégias 51 5.3 - ENSINO MÉDIO 53 5.3.1 — Diagnóstico 53 Meta 3 — Ensino Médio 56 Estratégias 56 VI MODALIDADES DE ENSINO 57 6.1 - EDUCAÇÃO ESPECIAL 57 6.1.1 — Diagnóstico 57 Meta 4— Educação Especial/Inclusiva 59 Estratégias 60 Meta 5— Alfabetização Infantil 62 Estratégias 62 Meta 6 — Educação Integral 63 Estratégias 63 Meta 7— Qualidade da Educação Básica/IDEB 64 Estratégias 65 Meta 8— Elevação da escolaridade/Diversidade 67 Estratégias 67 6.2 - EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS 67 6.2.1 - Diagnóstico 67 Meta 9 — Analfabetismo Funcional de Jovens e Adultos 71 Estratégias 72 Meta 10— EJA Integrada à Educação Integral 72 Estratégias 72 6.3 - EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA E FORMAÇÃO PROFISSIONAL 73 6.3.1 - Diagnóstico .73 Metas 11- Educação Profissional Técnica 76 Estratégias 76 6.4 - B - ENSINO SUPERIOR 77 5.4.1 — Diagnóstico 77 Meta 12 — Educação Superior 79 Estratégias 79 Meta 15— Educação Profissional 80 Estratégias 81 Meta 16— Formação continuada de Pós-Graduação de Professores 82 Estratégias 83 Meta 17— Valorização do professor 84 Estratégias 84 "

Meta 18— Plano de Carreira do Magistério 85 Estratégias 85 Meta 19— Gestão Democrática 86 Estratégias 87 VII - FINANCIAMENTO E GESTÃO 87 7.1 — Diagnóstico 87 Meta 20 — Financiamento da Educação 98 Estratégias 98 VIII ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PLANO 100 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 101

t" LISTA DE GRÁFICOS

Gr. 01 - Creche: evolução de matrículas iniciais na Rede Municipal de Educação de Populina 34 Gr. 02 — Pré-Escola: evolução de matrículas iniciais na Rede Municipal de Educação de Populina 35 Gr. 03 — Percentual da População de O a 3 anos que frequentam a escola 46 Gr. 04 — Percentual da População de 4 a 5 anos que frequentam a escola 47 Gr. 05 — Evolução de matricula do 1° ao 5° ano na Rede Municipal de Educação de Populina 48 Gr. 06 — Evolução de Matrículas Finais na Rede Estadual de Educação de Populina 49 Gr. 07 — População de 1° ao 5° ano que são atendidos 51 Gr. 08 — População de 6° ao 9° ano que são atendidos 52 Gr. 09 - Ensino Médio: evolução de matrículas iniciais na Rede Estadual de Educação de Populina 55 Gr. 10 — Taxa Líquida de Alunos Concluintes do Ensino Médio 56 Gr. 11 — Alunos no Final do 3° Ano Alfabetizados 62

LISTA DE TABELAS Tab. 01 - Número de profissionais envolvidos na Rede Estadual de Educação 22

Tab. 02 - Unidades escolares da Rede Municipal de Educação 22

Tab. 03 - Número de profissionais da Rede Municipal de Educação 23

Tab. 04 - Resultados do IDESP 2013 27

Tab. 05 - Metas para o ano de 2013 do IDESP no Município 28

Tab. 06 - Projeção da Rede Municipal e Rede Estadual de Educação de Populina (IDEB 2013) 30 Tab. 07 - Médias do ENEM 2013 32

Tab. 08 - Creche: evolução de matrículas iniciais na Rede Municipal de Educação de Populina 35 Tab, 09 — Pré-Escola: evolução de matrículas iniciais na Rede Municipal de Educação de Populina 36 Tab. 10 - Ensino Fundamental (1° ao 5° ano): evolução de matrículas iniciais na Rede Municipal de Educação de Populina 49 Tab. 11 - Ensino Fundamental (6° ao 9° ano): evolução de matrículas iniciais na Rede Estadual de Educação de Populina 50 Tab. 12 - Ensino Médio: evolução de matrículas iniciais na Rede Estadual de Educação de Populina 56 Tab. 13 - Educação Especial: evolução de matrículas iniciais na Rede Privada de Educação de Populina 58 Tab. 14 - Educação Especial: evolução de matrículas iniciais na Rede Municipal de Educação de Populina 60 Tab. 15— Porcentagem de Matrículas na Rede Pública em Educação Básica — Integral (2° ao 9° Ano) 63 Tab. 16 — Projeção da Rede Municipal e Rede Estadual de Educação de Populina (IDEB/2013) 65 Tab. 17 — Educação de Jovens e Adultos (EJA): evolução de matrículas iniciais na Rede Municipal de Educação de Populina 70 Tab. 18 — Porcentagem de matrículas no período noturno da Educação de Jovens e Adultos 71 Tab. 19 — EJA — Ensino Fundamental (Séries Iniciais) 71 Tab. 20 — Número de matrículas da EJA Integrada a Educação Profissional 72 Tab. 21 — Relação de cursos e quantidade de estudantes no Ensino Técnico Profissionalizante 75 Tab. 22 - Relação de cursos e quantidade de alunos nas IES 78 Tab. 23 - Transporte de alunos 78 Tab. 24 - Porcentagem de professores da Educação Básica com curso superior 81 Tab. 25 - Porcentagem de professores da Educação Básica com pós-graduação 83 Tab. 26 - Tipo de pós-graduação 83 Tab. 27 — Transferência de recursos para o município de Populina (2014) 98 9

I - INTRODUÇÃO

O Plano Municipal de Educação de Populina (PME) decorre de uma exigência disposta na lei federal no. 10.172 / 01, que institui o Plano Nacional de Educação (PNE), os Planos Estaduais de Educação (PEE), assim como os Planos Municipais de Educação. Os planos estaduais e municipais trazem definições sobre as diretrizes a serem seguidas pelas políticas de educação, pelos Estados e Municípios, em todos os níveis, para os próximos dez anos. O Plano Nacional de Educação traça as diretrizes principais para a gestão e o financiamento da educação. Além disso, ele traça as diretrizes e metas para cada nível e modalidade de ensino, traça as principais diretrizes e metas para a formação e valorização do magistério e demais profissionais da educação. O conhecimento da realidade sobre a qual se pretende atuar constitui o pré- requisito básico para se realizar o planejamento e o estabelecimento de uma escala para atender ao conjunto das necessidades por que passa a educação em nosso país, especialmente nas cidades de pequeno e médio portes, em qualquer nível de ensino. Além disso, torna-se indispensável que os atores envolvidos na implementação dessas ações conheçam as dificuldades reais que se colocam e delas compartilhem, tanto pela complexidade das mesmas, como também pelos aspectos operacionais e financeiros. Em outras palavras: não dá para o poder público, mesmo dispondo de verbas específicas para a área da educação, atender a todas as carências identificadas no curto espaço de tempo. Muitas dessas carências são intransferíveis e, portanto, precisam ser atendidas com mais urgência, enquanto outras precisam esperar. Diante disso, o Plano Municipal de Educação de Populina foi estruturado como uma forma de se atender ao conjunto das necessidades apresentadas pela comunidade escolar do município, (professores, funcionários, pais de alunos e motoristas do transporte escolar) com mais ênfase no âmbito da Educação Infantil e Ensino Fundamental (1° ao 5° ano). O prazo de dez anos para o atendimento às necessidades na área da educação, de certa forma, dá ao poder público não somente uma diretriz, mas também a possibilidade de realizar as ações definidas como prioritárias, seguindo sempre as disponibilidades de pessoal, as disponibilidades operacionais e financeiras. 10

A realização do PME, uma vez implementado, vai permitir que muitas questões da educação que têm recebido tratamento mais em nível de discurso do que de ações efetivas, sejam enfrentadas com ações efetivas de mudanças. Esses discursos sobre a educação como fator de desenvolvimento, bastante veiculados pela mídia nacional, quando não se transformam em ações efetivas e realistas, ou são justificadores do atraso do desenvolvimento nacional, ou são discursos que acabam banalizando os imensos problemas dessa área. As mudanças exigidas no campo da educação não podem ser pensadas como sendo algo pertencente exclusivamente aos nossos governantes. Muitos esforços têm sido realizados nos últimos anos, em todos os níveis de governo. Só agora, com a educação planejada em todos os níveis, a educação deixará de ser pensada de forma segmentada. Os planos municipais de educação vão proporcionar definições mais apropriadas para que a mesma seja pensada como um todo, ainda que atendendo às especificidades regionais. Antes das definições da Lei Federal 10.172/00, a falta de um planejamento integrando esforços e realizações na área da educação era uma triste realidade. Com as definições da citada lei, verifica-se que estão se desenvolvendo ações nacionais, estaduais e em nível municipal, tentando dar respostas aos problemas educacionais. A cada período de governo, o que se percebe é que a atual geração de políticos que se encontram no exercício do poder, em todos os níveis, tem recebido cobranças cada vez mais claras sobre os destinos da educação neste país. Ainda deverá transcorrer um longo período para que nos livremos da triste constatação estatística do desenvolvimento perdido e das dramáticas sequelas sobre a geração dos jovens para os quais teremos que investir, nos próximos anos, em instituições prisionais, ao invés de boas escolas e empregos. A educação não pode ser vista como um fim em si mesmo. Não se coloca mais a busca de uma educação livresca e, muito menos, de uma educação expedidora de diplomas. É preciso que a educação formal, ministrada nas escolas, seja não só prazerosa às crianças e aos jovens que as freqüentam, mas também desperte a responsabilidade e a vontade de aprender. Mas como fazer isso? Todo tem conhecimento de experiências bem sucedidas aqui e acolá. São experiências inovadoras muito localizadas e fruto de uma proposta pedagógica advinda de um planejamento educacional mais abrangente. 11

Se a educação não pode ser vista como uma finalidade em si mesma, então, para que devem servir os ensinamentos que todos os dias são repassados às crianças e aos jovens, nas milhares de salas de aula em funcionamento por este país afora? Segundo o sociólogo José de Souza Martins (OESP: 02/11/2008), o contexto familiar responde por 70% do desempenho escolar, cabendo à escola 30%. A renda familiar, a escolaridade dos pais, a moradia e o acesso a bens culturais estão entre os fatores determinantes do rendimento do aluno. Assim sendo, o aluno já chega à escola com vantagens ou desvantagens desde o início do ensino fundamental, se sua família for ou não beneficiária de índices econômicos e sociais, educacionais e culturais que correspondam aos padrões da educação ministrada em cada unidade escolar. É grande o número de famílias que não estão preparadas para satisfazer os pré-requisitos da escola. Se a educação tem que ser libertadora, como afirma o sociólogo Paulo Freire, os nossos ensinamentos têm objetivos múltiplos que vão, desde o repasse dos valores constitutivos da nossa cidadania civil e política, até àqueles que se constituem em ferramentas de sobrevivência prática no mundo real do dia-a-dia. Uma educação desvinculada da sua aplicação prática, tanto na exercitação dos valores positivos da nossa cultura, como da obtenção e manutenção de um emprego por parte do jovem estudante, acaba por se tornar, na prática, algo dispensável por muitos dos nossos jovens. Claro que as questões da educação são muito complexas e não se limitam a essa colocação. Mas a esse ponto nem sempre tem sido dada a devida atenção. Uma educação que objetive libertar o jovem da ignorância e dos preconceitos tem, também, que vir acompanhada de alguma aplicação objetiva. De que adianta ao escultor dispor de matéria-prima para realizar a sua obra de arte, de que adianta dispor de uma boa idéia sobre a obra final, se lhe faltam as ferramentas adequadas para proceder à realização do seu trabalho? A atual geração de jovens adultos, na faixa de 20 a 24 anos, é a mais numerosa de todos os tempos no Brasil. As estatísticas nos mostram que são cerca de 17.240.863 milhões de jovens nesse grupo etário, buscando trabalho sem a capacitação adequada. Os jovens estão sendo confrontados com um mercado de trabalho estreito, muito regulamentado, exigente e que gera taxas crescentes de desemprego, sobretudo para quem está chegando ao mercado de trabalho. A escola brasileira sempre teve dificuldade para abrir uma positiva via de diálogo e troca de 12

conhecimentos com as famílias de seus alunos, aquelas cujas referências sociais são as dos costumes, da tradição e do vivido, o que, comumente, tem sido chamado de ignorância. O grande desafio que se coloca na área da educação, para as cidades de pequeno porte, como Populina, não é somente constatar que a educação precisa ser planejada de forma adequada, mas também que tenha objetivos claros quanto aos resultados práticos, advindos dessa educação planejada a curto, médio e longo prazos. As inovações que se tornam, a cada dia, mais urgentes, requerem, antes de tudo, o envolvimento de pessoas com as prioridades e metas que vierem a ser definidas. Sem o envolvimento de todos os sujeitos participantes dos complexos aspectos de que se compõem à área da educação, sobretudo em nível municipal, todos os planejamentos se reduzirão a relatórios tecnicamente bem elaborados, mas que jamais refletirão as verdadeiras conquistas de que o nosso município tanto necessita. Assim sendo, o Plano Municipal de Educação de Populina, nos termos aqui definidos, representa mais do que o cumprimento de uma obrigação imposta pela Lei Federal 10.172/01, que institui a exigência para que os Estados e Municípios elaborem também os seus planos. Significa um esforço da atual gestão municipal, no sentido de, juntamente com todos os setores envolvidos na educação municipal, definir prioridades de trabalhos e implementar aquelas ações que tenham, como conseqüência, a elevação e a expansão da qualidade e do atendimento às demandas de ensino, não só no nível infantil e fundamental, mas em todos os níveis. Uma educação devidamente planejada, para ser praticada nos tempos atuais, não pode se limitar a indicar e disponibilizar apenas o conjunto de instrumentos relacionados com os processos de ensino/aprendizagem. Mais do que isso, ela precisa ter efetividade, precisa ser pensada enquanto um instrumento de ação eficaz no processo de inserção da criança e do jovem nos valores positivos da nossa cultura e da nossa sociedade no plano vivencial. Alcançar esse objetivo significa, na prática, apresentar, para os alunos, os grandes desafios da modernidade, entre eles a convivência com a diferença: quer seja de gênero, etnia, religião, classe social ou outra. Torna-se indispensável que os nossos educadores se capacitem para atingir esse objetivo, além daquele mais específico que é passar para os seus alunos uma base sólida de conhecimentos que possam ser utilizados,

ol • 13

tanto na dimensão da sua cidadania, como na dimensão do seu futuro exercício profissional. A política de educação do município de Populina precisa ser pensada e, sobretudo, implementada em toda a sua complexidade. Ela precisa oferecer espaço

1-• físico adequado, vagas suficientes, ensino de qualidade, materiais necessários ao exercício do magistério, salários adequados, motivação dos corpos docentes, administrativo e de funcionários, projetos de capacitação permanente em todos os níveis, sistemas competentes de avaliação interna, para todos os processos ligados à área educacional, especialmente os processos ligados à gestão e ao ensino. 14

II - PERFIL DO MUNICÍPIO DE POPULINA

2.1 - Histórico

No ano de 1910 a região interiorana mais populosa do Oeste do Estado de São Paulo era a de São José do Rio Preto. No noroeste do Estado havia quase que somente natureza bruta. Naquela época, as pessoas procuravam agrupar-se nos centros urbanos mais populosos em busca de emprego e melhor sobrevivência. No ano de 1915 a região de Populina começou a ser ocupada. Essa ocupação teve inicio com a chegada da primeira família, a do Sr. Antônio Alves de Oliveira. A seguir veio a família do Sr. Jonas Gonçalves de Menezes. Após 28 anos chegaram nesta região o senhor Lesbino de Souza Alkimin. Depois vieram os senhores Antônio Augusto Ribeiro Filho, Antônio Augusto Fernandes e Antônio Custódio Alves, que deram todo apoio ao senhor Lesbino para a formação da vila. O traçado geográfico foi feito pelo senhor Antônio Augusto Ribeiro. Eles roçaram as matas e abriram três ruas. O senhor Antônio Fernandes deu o nome de Populina à vila que se iniciava. O nome de Populina tem origem latina. A palavra significa: reunião de povos. No dia 24 de junho de 1946, após a construção de uma capela, foi fundada a vila de Populina, quando foi celebrada a primeira missa local em louvor a São João Batista, o santo padroeiro. Nessa data aconteceu também o casamento do senhor Lesbino de Souza Alkimin com a senhora Maria Barboza de Souza Alkimin, que, até então, eram casados somente no civil. Em 30 de dezembro de 1953, Populina foi elevada à categoria de Distrito, vinculado ao município de Estrela d'Oeste, com sede desmembrada na Comarca de Fernandópolis Em 1954 foi instalado o 1° Cartório de Registro Civil, tendo como responsável a senhora Heloisa Torres Lapa. No dia 1° de janeiro de 1960 foi instalado o Município de Populina, criado pela Lei n° 5.285 de 18/02/59. A primeira eleição para a prefeitura municipal ocorreu em 1960. O primeiro Prefeito foi o senhor Santos Sartoreto e seu Vice-prefeito, Rolando Martineili. Como vereadores foram eleitos; Abílio Brassaloti, Agenor Rodrigues Gomes, Alfredo Tomaz de Mesquita, Francisco Molina, João Simão, Mário Marcelino de Toledo, 15

Paulo Vono, Sebastião Pontes Furtado e Luciano Junqueira Franco. A partir daí, Populina foi administrada pelos seguintes prefeitos e vice- prefeitos, respectivamente: • 1964 a 1968 - Pedro Luchesi e Miguel Cabelo Vera • 1969 a 1972 - Santos Sartoreto e Tomix Barcelos • 1973 a 1976 - Miguel Cabelo Vera e João Marcelino Toledo • 1977 a 1982 - João Marcelino de Toledo e Rolando Martinelli • 1983 a 1988 - Ademar Mellin e Osvaldo Esquivi • 1989 a 1992 - Osmar Custódio e Antônio Jardim • 1993 a 1996 - Luiz Carlos de Oliveira e Primo Sartoreto • 1997 a 2000 - Pedro Machado de Queiroz e Paulo Batista Leite • 2001 a 2003 - Luiz Carlos de Oliveira e Jorge Luis Roma Cury • 2003 a 2004 - Maria Regina Salmazo Custódio e Aparecido Joaquim Gomes • 2005 a 2008 - Maria Regina Salmazo Custódio e Aparecido Joaquim Gomes • 2009 a 2012 — Sérgio Martins Carrasco e Suely Nogueira de Assis Amaral

Atualmente (2015) a Prefeitura Municipal de Populina é administrada pelo Prefeito Sérgio Martins Carrasco e o Vice-Prefeito, Adauto Pinto, tendo como Presidenta da Câmara Municipal, Suely Nogueira de Assis Amaral. A Câmara Municipal é composta pelos seguintes vereadores: Ana Paula de Souza, Arlindo da Silva Ramos, David Matias de Souza, João Miguel Carneiro Augusto, Júlio Galbiatti Junior, Lourival José Pinheiro, Suely Nogueira de Assis Amaral, Valdeir Voltéro e Vlamir de Carvalho Garcia.

2.2 - Localização, aspectos físicos e geográficos

Com uma área territorial de 315,43 quilômetros quadrados, Populina apresenta limites territoriais com quatro municípios, sendo, ao Norte com o Estado de , ao Sul com , ao Leste com e a Oeste com Paranapuã e Mesópolis. Distante, 714 quilômetros da Capital Federal Brasília e 615 quilômetros da Capital do Estado, Populina integra a Região Administrativa de São José do Rio Preto e a Região de Governo de Fernandópolis, localizada no extremo noroeste do Estado de São Paulo, na divisa com o Estado de Minas Gerais. O acesso ao Município de Populina pode ser feito pela rodovia Dr. Eliezer 16

Montenegro Magalhães seguido pela Via de Acesso Dr. Léo Luchese. A ligação entre Populina e Mesópolis é feita através de uma via de acesso asfaltada e entre Populina e Paranapuã a via de acesso é pavimentada em apenas alguns quilômetros. Como opções de transporte aéreo de passageiros, o mais próximo é o Aeroporto de São José do Rio Preto (170 km), além do Aeroporto Internacional de Cumbica, em (572 km), o Aeroporto Internacional de Congonhas, em São Paulo (621 km) e o Aeroporto Internacional de Viracopos, em (537 km). Este último é, também, a principal opção para o transporte aéreo de cargas. Em São José do Rio Preto, há a Estação Aduaneira Interior (EADI) - conhecida como Porto Seco - uma das opções de escoamento do setor produtivo da região para o exterior. As coordenadas geográficas do Município de Populina são:19°55'58" Latitude Sul e 50°32'15" Longitude Oeste, com altitude de 443 metros acima do nível do mar. O clima é considerado tropical sub-quente e sub-seco, com verão úmido e inverno seco com a temperatura média anual de 24°C. Segundo o Instituto Geográfico e Cartográfico do Estado, o Município pertence à Unidade Hidrográfica de Gerenciamento de Recursos Hídricos Turvo/ Rio Grande.

2.3 - População e condições de vida

De acordo com a última estimativa divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística — IBGE, 2010, entre a população brasileira, composta por 190.755.799 habitantes e 5.565 municípios, Populina conta com uma população de 4.223 habitantes, distribuídos entre as seguintes razões:

• Grau de Urbanização: 80,8% • Razão de Sexos: 102,6 homens para cada 100 mulheres • Quantidade de Eleitores (TSE - ago./2014): 3.781 • Eleitorado Feminino: 1.889 • Eleitorado Masculino: 1.892 • Quantidade de locais para votação: 2 • Quantidade de seções: 10 17

• Densidade Demográfica: 13,37 habitantes por quilômetro quadrado O índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) registrado para o município de Populina, no ano 2010, foi de 0,714. Este é considerado um médio grau de desenvolvimento humano, abaixo da média dos municípios do Estado, que é de 0,783. O IDHM é elaborado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), para identificar o grau de desenvolvimento das populações e leva em consideração as seguintes variáveis: Longevidade (esperança de vida ao nascer), Educação (número médio dos anos de estudo e taxa de analfabetismo) e Renda (renda familiar per capita). O IDHM calcula-se entre zero (0) e um (1), sendo que os valores mais altos indicam níveis superiores de desenvolvimento humano. Segundo o índice Paulista de Responsabilidade Social (IPRS) de 2010, elaborado pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (SEADE), a pedido da Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, para que fosse um indicador que permitisse mensurar o grau de desenvolvimento humano de todos os municípios paulistas. Populina foi classificada no Grupo 3, como sendo um município desfavorecido em riqueza, mas com bons indicadores nas demais dimensões. O Município de Populina, no período de 2010 a 2014, apresentou uma taxa geométrica de crescimento anual da população de -0,60%.

2.4 - Habitação e Infra-Estrutura

Conforme os dados do Censo do IBGE - 2010, os principais indicadores de habitação e infra-estrutura no município de Populina são: • Domicílios particulares permanentes: 1.504 • Domicílios com espaço suficiente: 99,71% (Pelo menos, quatro cômodos, sendo um deles banheiro ou sanitário, sobre o total de domicílios permanentes urbanos. Este é o tipo de moradia considerado de composição mínima, para execução das funções básicas em toda moradia). • Domicílios com infraestrutura interna urbana adequada: 91,99% (Dispõem de ligação às redes públicas de abastecimento de água e energia elétrica e de coleta de lixo e esgoto, sendo a fossa séptica a única exceção aceita no lugar do esgoto, sobre o total de domicílios urbanos permanentes).

2.5 — Economia 18

No ano de 2010 (fonte:SEADE), o PIB (Produto Interno Bruto) do Município, que representa o total dos bens e serviços produzidos na localidade, foi de 81,98 milhões de reais. Esse valor corresponde a pouco mais de 0,005818% do PIB estadual. Já o PIB per capita do Município foi de R$ 19.634,85 equivalente a 58,44% da média do PIB per capita do Estado, que é de R$ 33.593,32.

2.6 - Agricultura

Segundo dados (IBGE/2013), atualmente o município conta com 300 estabelecimentos de produção agropecuária, que totalizam 27.990 hectares, apresentando grande distribuição de suas terras rurais, sendo quase todo constituído por pequenas propriedades. Devido ao grande número de pequenas propriedades, o município possui uma produção agrícola bastante diversificada, com cerca de 30 tipos de culturas. Dentre as principais, estão: arroz, soja, algodão, cana-de-açúcar, laranja, milho, seringueira, café, coco da baía, limão, banana, manga, uva, braquiária, colonião e eucalipto. As áreas destinadas a essas culturas ocupam cerca de 27.305 hectares das terras rurais, as demais áreas são divididas entre pastagens e florestas. No Município há também criações de aves, que somam 7.552 cabeças, com a produção de 49 mil dúzias de ovos. As atividades de pecuária bovina se destacam pela criação de mais de 17.977 cabeças, tanto de corte, mistas ou leiteiras. A produção de leite soma 4.595 litros e a produção de mel soma 540 kg. A piscicultura soma 2.000 metros quadrados. Há, também, outros segmentos de menor porte, como: eqüinos, asininos, bubalinos, muares, caprinos, ovinos, suínos, que somam cerca de 2.139 cabeças.

2.7 - Indústria Populina conta com as operações de duas indústrias de pequeno porte: Gottrich & Fernandes - ME e Porto de extração de areia.

2.8 - Comércio e Serviços O segmento comercial de Populina é representado por vários 19

estabelecimentos comerciais, como: supermercados, sapatarias, padarias, açougues, postos de gasolina, oficinas mecânicas, farmácias, lojas de confecção, mercado de venda de tecidos, casa de material de construção e madeiramento, mercado de secos e molhados, papelaria, auto eletro, casa de móveis, sorveterias, bicicletarias, veterinária, funerárias, autopeças, bares, salão de beleza, barbearias, lojas de bijuterias e conveniência, mercearia, quitanda, serralheria, restaurantes, comércio de sementes e leguminosas, despachante, escritório de contabilidade, locadora de vídeos. O atendimento bancário em Populina é oferecido por uma agência do Banco Santander e três postos de atendimento: Casa Lotérica (Caixa Econômica Federal); Correios (Banco Postal-BB); Banco Bradesco. Oito canais de televisão aberta levam informações aos lares populinenses: Rede Globo, Rede TV, Sistema Brasileiro de Televisão (SBT), Cultura, Rede Record, Rede Bandeirantes, Rede Vida e Rede Canção Nova. A rede de abastecimento de água e esgoto é gerenciada pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (SABESP), que atende à população, oferecendo água tratada e realizando a coleta e o tratamento do esgoto. A distribuição e o fornecimento dos serviços de energia elétrica são gerenciados pela Elektro Eletricidade Serviços. A coleta de lixo é feita pela Prefeitura Municipal. Os serviços de telefonia fixa e móvel do município de Populina é composta pelas seguintes empresas: Vivo e Claro.

2.9 - Cultura Principais eventos esportivos, culturais e educacionais do município: Janeiro - Reveillon na Praça • Janeiro - Fest Férias (Campeonato Esportivo) • Fevereiro - Carnaval (Popu Folia) • Março - Início do Campeonato Intermunicipal de Futebol de Campo • Março - Festa do Peixe no Porto Amaral • Maio - Festa do Pastel e dia das mães (EMEIF Prof. Geraldo Brandini) • Junho - Festa do Peão de Boiadeiro - Populina Rodeo Show • Junho - Festa do aniversário da Cidade - Festa do Padroeiro • Junho - Quermesse em louvor ao Padroeiro São João Batista • Julho - Festa Julina (E.E. Lesbino de Souza Alkimin) • Agosto - Dia dos Pais (EMEIF Prof. Geraldo Brandini) 20

• Setembro - Jogos da Primavera • Outubro - Dia das crianças na Praça da Matriz • Outubro - Noite do Soninho (EMEIF Prof. Geraldo Brandini) • Outubro - Quermesse em louvor a Nossa Senhora Aparecida • Novembro - Festa do óleo (Centro Espirita Anésio Siqueira) • Novembro - Festa de escolha da miss da 38 idade (CCI - Centro de Convivência) • Dezembro - Noite do Luar - (E.E. Lesbino de Souza Alkimin) • Dezembro - Formatura dos alunos da EMEIF Prof. Geraldo Brandini • Dezembro - Feira de Artesanato • Dezembro - Festividades Natalinas na Praça Pública

2.10 - Religião

A primeira igreja foi fundada em 1946. No dia 24 de junho de 1959 foi fundada a paróquia, tendo São João Batista como santo padroeiro. Atualmente, o responsável pela paróquia é o padre Sérgio Neves dos Santos. Além do catolicismo, Populina conta com outras denominações religiosas: • Igreja Unida - Rua São Paulo, n° 1086 - Resp. Sebastião Pereira de Oliveira.

• Igreja Internacional da Graça de Deus - Avenida Antônio Augusto Ribeiro Filho, n° 1433 - Resp. Altair Tonicioli da Silva. • Igreja Assembléia de Deus Ministério de Belém - Rua Pernambuco, n° 1321 - Resp. Pastor Doélio Vitorino da Silva. • Igreja Universal do Reino de Deus - Rua Pernambuco, n° 1287- Resp. Rogério Esteia. • Igreja Adventista do Sétimo Dia - Rua 13 de Maio, n° 1229 - Resp. Dionízio Rovatti. • Igreja Adventista da Promessa - Rua 13 de Maio, n° 1062 - Resp. Diácono João Carlos Marcelino de Toledo. • Igreja Pentecostal Deus é Amor - Rua 13 de Maio, n° 1185 - Resp. Valdir Martins Alves. • Igreja Mundial do Poder de Deus - Rua São Paulo, n° 1387 - Resp. Pastor Mateus Machado Ramos. • Salão do Reino das Testemunhas de Jeová - Rua , n° 1645 - Resp. Ancião Cláudio Joaquim da Silva. 21

• Congregação Cristã no Brasil - Rua Pernambuco, n° 1153 - Resp. Brazilino Rezende Correia. • Congregação Cristã no Brasil - Rua 02, n° 1110 Cohab II - Resp. Valdeci Elias. • Centro Espírita Anésio Siqueira - Rua Ceará, n° 1340 Resp. Maraise Catarina Balestero de Lima. • Centro Espírita Anjo Ismael - Rua 13 de Maio, n° 1421 - Resp. Jane Meire Aparecida Derrico Brassaloti. • Igreja Católica Apostólica Romana - Av. Antônio Augusto Ribeiro Filho, s/n° - Praça Nossa Senhora Aparecida - Resp. Presidente. Edmilson Barbosa Ferreira. • Igreja Católica (Capela Rural) - Córrego da Mateira - Resp. José Carlos Rezende. • Igreja Católica (Capela Rural) - Comunidade Nossa Senhora do Carmo - Córrego Olho d' Água - Resp. Presidente da Associação Odair Buzão e Nice Menezes. • Igreja Católica (Capela Rural) - Fazenda Santa Inês - Resp. Ricardo Junqueira. • Igreja Católica (Capela Nossa Senhora Aparecida) - Povoado do Sol - Resp. Marcelo Luiz dos Santos. • Igreja Assembleia de Deus Estrela d' Oeste — Rua Brasil, n°1272 - Resp. Roberto Renan Picão Chagas. • Igreja Assembleia de Deus Ministério do Madureira — Rua 25 de Março, n°1125 — Resp. Pastor Ivan Brigido Vilela Pinto.

2.11 Saúde

O município de Populina conta com um Centro de Saúde e uma Unidade da ESF (Estratégia de Saúde da Família), sendo dividido por duas equipes.

Estatísticas sobre a área de saúde (SEADE, 2012):

• Taxa de Natalidade (por mil habitantes): 10,78% • Taxa de Mortalidade Infantil (por mil habitantes): NC • Mães adolescentes (com menos de 18 anos): 6,67% • Mães que tiveram 07 e mais consultas de pré-natal: 93,33% 22

• Partos Cesáreos: 91,11% • Gestações Pré-termo (menos de 37 semanas): 2,22%

2.12 - Educação Dados sobre educação, segundo SEADE - 2010: • Taxa de Analfabetismo da População de 15 anos e mais: 13,07 °A) • População de 25 anos e mais, com menos de 8 anos de estudo: 62,05% • População de 18 a 24 anos com Ensino Médio completo: 55,69%

Número de alunos em todos os níveis e modalidades de ensino, segundo os dados do Departamento Municipal de Educação (Educacenso de 2014): • Rede Estadual: 356 • Rede Municipal: 434 Total de alunos matriculados: 790

Rede Estadual de Educação A Rede Estadual conta com uma escola no Município, a E.E. Lesbino de Souza Alkimin. Níveis de ensino desta rede: ciclo II (6° ao 9a ano), Ensino Médio (1a a 3a série). Tab. 01 - Número de profissionais envolvidos na Rede Estadual de Educação Vice Nome Direção direção Coordenação Professores Funcionários

E.E Lesbino de Souza Alkimin 01 02 01 47 09

Fonte: Departamento Municipal de Educação - Populina /2015

Rede Municipal de Educação

Ao Departamento Municipal de Educação compete administrar os setores da alimentação escolar, do transporte escolar e das duas unidades escolares da Rede Municipal de Educação. Tab. 02 - Unidades escolares da Rede Municipal de Educação Nome Rua 1 Av. N°. Bairro Telefone

EMEIF Prof. Geraldo Brandini Paraná 1402 Centro (17) 3639 1197

CEMEI Pingo de Gente Paraná 1482 Centro (17) 3039 1171

Fonte: Setor Municipal de Educação - Populina / 2015. 23

A tabela 03, a seguir, indica o número de pessoas envolvidas na Rede Municipal de Educação, sendo direção, vice direção, coordenação, professores e funcionários.

Tab. 03 - Número de profissionais da Rede Municipal de Educação Vice- Nome Direção Coordenação Professores Funcionários Direção EMEIF Prof. Geraldo Brandini 01 01 02 22 12

CEMEI Pingo de Gente - - 01 14 27

Fonte: Setor Municipal de Educação - Populina / 2015.

III - História da Educação Municipal de Populina

Em março de 1986 a Pré-Escola pertencia ao município sem vínculo com a diretoria de ensino, era uma rede paralela ao Estado. Nesta época havia duas salas de aula e duas professoras, Sirlei Leme Cruz e Ana Célia de Oliveira Peixoto. As professoras desenvolviam todas as funções, merendeira, servente, inspetora de aluno etc. Após dois anos, em 1988, o Município assumiu a Pré-Escola, sendo esta, subordinada a Delegacia de Ensino de Fernandópolis. Com o crescimento do número de alunos foram contratadas as professoras Sueli Custódio Pereira Simão e Joana Célia Buzato de Oliveira. Em 1996 houve um aumento no número de alunos e de salas de aulas, foi nomeada uma coordenadora para a pré-escola, a Sr.a Sirlei Leme Cruz, que permaneceu no cargo por 6 anos, de 1996 a 2002. No período de 2003 a 2008 quem exerceu essa função foi a Sra. [vete da Silva Carneiro Almeida. No dia 12 de dezembro de 2005, através da Lei n°. 1.104, esta unidade escolar foi denominada "Pré Escola Municipal Pingo de Gente" funcionando com todos os níveis da Educação Infantil. No ano de 2009 foi implantado o Ensino Fundamental de nove anos, assumindo em fevereiro como responsável, a Diretora de Educação, a Sra. Ana Aparecida Pinto Molina. Atualmente a EMEIF Prof. "Geraldo Brandini", conta com 01 Diretor, 01 Vice-diretor, 02 Coordenadores, 22 Professores e 12 funcionários, Em homenagem ao munícipe Sr. Geraldo Brandini, que foi professor, diretor, a•, 24

vice-diretor e vereador do município de Populina, no dia 17 de fevereiro de 2009 pela Lei n°1.192, a pré-escola foi denominada, EMEIF Prof. "Geraldo Brandini". A EMEIF Prof. "Geraldo Brandini" teve seu primeiro Conselho de Escola e a primeira Associação de Pais e Mestre, em março de 2009. Visando uma melhoria de qualidade de ensino, a creche foi vinculada a escola municipal, passando a funcionar como complementação educacional, sendo nomeada como GEMEI "Pingo de Gente", coordenada pelo Sr. José Carlos Molina Fornazari. Atualmente a CEMEI "Pingo de Gente", conta com 27 funcionários. A partir do ano de 2010, o Ensino Fundamental de 1° ao 5° ano será de responsabilidade do Poder Executivo Municipal, através da Lei Municipal N° 1229, de 20 de Outubro de 2009, que autoriza o Poder Executivo Municipal a celebrar convênio com o Estado de São Paulo, por intermédio da Secretaria Estadual da Educação, objetivando a implantação e o desenvolvimento de Programa na área da Educação.

Conselho Municipal de Educação de Populina O Conselho Municipal de Educação de Populina, criado pela Lei N° 1.059 de 02 de setembro de 2003, tem as seguintes atribuições:

• Colaborar com o Poder Público Municipal na reavaliação do Plano Municipal de Educação; • Fixar as diretrizes para elaboração de regimento, calendário e currículo das escolas, quando houver delegação de competência de órgãos superiores; • Opinar sobre a aplicação de recursos para a manutenção e desenvolvimento da educação no Município, proveniente da União, do Estado, do Município e outras fontes, assegurando-lhes aplicação de acordo com o Plano Municipal de Educação; • Diagnosticar demanda, evasão e retenção nas escolas, apontando alternativas de solução; • Realizar estudos sobre o sistema de ensino do Município, avaliando sua qualidade e propondo medidas que visem a sua expansão e aperfeiçoamento; • Definir mecanismos que promovam a integração escola/comunidade e incentivar o entrosamento entre as redes de Educação Infantil, Ensino Fundamental, Educação Especial, Ensino Médio e Ensino Superior; 25

• Estabelecer, em conjunto com o Poder Executivo, prioridades e critérios que fundamentem a proposta orçamentária, emitir pareceres sobre o relatório semestral e anual do Departamento Municipal da Educação, bem como acompanhar e fiscalizar a sua aplicação. A Portaria N° 121 de 02 de março de 2015 nomeou o seguinte quadro de conselheiros para a gestão 2015/2018: Ana Aparecida Pinto Molina, José Carlos Mofina Fornazari, Joana Célia Buzato de Oliveira, Sonia Santos de Andrade, Suely Nogueira de Assis Amaral, Vlamir de Carvalho Garcia, Ana Célia de Oliveira Peixoto, Maria de Fátima Marques Rosa Lobo Augusto, Dalila Machado Moreira, Edite Ferreira da Silva, Jesus Barbosa Ferreira, lvi Melissa Sanches Biscassi Alves, José Alves, Maraisa da Silva Rodrigues, Cosme Souza dos Santos, Mércia Barbosa Silva de Souza, Quelen Cristina de Faria, Luciana Francisco da Silva, Silvana dos Reis de Oliveira Guerreiro, Edilaine Cristina Vono, Deise Cristina Siqueli, Maria Jesus da Cunha Borges Zanato. Conselho Municipal de Acompanhamento e Controle Social do Fundo de Desenvolvimento dos Profissionais da Educação Básica - FUNDEB De acordo com a Lei Municipal N° 1.130, de 05 de junho de 2007, o Conselho Municipal de Acompanhamento e Controle Social do FUNDEB que tem como principais competências: acompanhar e controlar a repartição, transferência e aplicação dos recursos do Fundo; supervisionar a realização do Censo Escolar; elaborar a proposta orçamentária do Poder Executivo Municipal, especificamente sobre os dados estatísticos e financeiros que alicerçam a operacionalização do FUNDEB; examinar os recursos contábeis e demonstrativos gerenciais referentes ao Fundo; emitir parecer sobre as prestações de contas dos recursos do Fundo, que devem ser disponibilizadas mensalmente pelo Poder Executivo Municipal. Através da Portaria n° 120 de 02 de março de 2015, foram nomeados os seguintes conselheiros para a gestão 2015/2018: Silvio Rogério Martins; Walter de Marchi Molina; Ricardo Ribeiro Bento; Silvia de Carvalho Dias; Samanta Roberto Vilela; Elaine Gomes Costa dos Santos; Ana Aparecida Pinto Mofina; José Carlos Mofina Fornazari; Joana Célia Buzato de Oliveira; Leila Aparecida Gonçalves dos Santos; Sônia Suriano de Paula; Maria Helena de Souza; Renata Martins Teixeira da Silva; Luciana Cristina Alves dos Santos; Quelen Cristina de Faria; Mércia Barbosa Silva de Souza; Ana Rafael Ribeiro Melina; Jaqueline Romero; Cosme Souza dos Santos; Ivi Melissa Sambes Biscassi Alves; Claúdía Alves da Silva Rando; Osmar 26

Ferreira Amadeu. Conselho Municipal de Alimentação Escolar - CAE

O CAE existe com a finalidade de ser um órgão deliberativo, fiscalizador e de referência à administração e aplicação dos recursos pertinentes à alimentação escolar, notadamente quanto aos recursos para esse fim repassados pelos Governos da União e do Estado. De acordo com a Lei Municipal n°. 917 de 18 de fevereiro de 1997, que cria o Conselho Municipal de Alimentação Escolar, e a Portaria n°. 269 de 23 de maio de 2014 foram nomeados conselheiros para a gestão 2014/2018: Walter de Marchi Molina; Silvio Rogério Martins; Leila Aparecida Gonçalves dos Santos; André Luiz Amâncio Siqueira; Vanessa Paschoal Esquive; Fernanda Marangoni Galbiatti; Sônia Suriano de Paula; Silvana dos Reis Oliveira Guerreiro; Renata Martins Teixeira da Silva; Mércia Barbosa Silva de Souza; Deivid Rogério de Paula; Rogério Guerrero; Maria Luisa Nogueira de Assis; Ezequiel José dos Santos.

IV - Qualidade de Ensino

4.1 - Índice de Desenvolvimento da Educação do Estado de São Paulo - IDESP

Segundo a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo - SEE-SP, o acesso à escola no Estado já está universalizado: 97,6% das crianças de 7 a 14 anos e 86,4% dos jovens de 15 a 17 anos estão na escola, o que representa um dos maiores índices de acesso à escola do Brasil. No município de Populina o índice apresenta 99, 52% de acesso a escola. Superado o desafio da inclusão, outra tarefa muito mais complexa deve ser cumprida: a melhoria da qualidade do ensino nas escolas, sempre com ênfase no direito fundamental que todos os alunos da rede pública têm - o direito de aprender e aprender com qualidade. A legitimidade da escola pública só se efetiva se este direito, fundamental para a construção da autonomia dos indivíduos, da cidadania e de uma sociedade mais justa, é plenamente garantido. Para encarar este desafio, a Secretaria lançou o Programa de Qualidade da Escola (PQE), com a finalidade de promover a melhoria da qualidade e a equidade do sistema do ensino na rede estadual paulista. O cumprimento desta tarefa exige que se façam avaliações periódicas de cada escola, que permitam acompanhar sua evolução ao longo do tempo, além de garantir o seu aprimoramento gradual >e 27

sustentável. Para isso, é necessário estabelecer metas de qualidade individuais para cada escola, levando-se em conta sua situação inicial, suas dificuldades e suas potencialidades. Estas metas devem servir como um guia para a equipe escolar e a comunidade nos esforços de melhoria da qualidade de ensino. Especificamente, o PQE visa garantir condições para que todos os alunos da rede estadual paulista dominem de maneira satisfatória as competências e habilidades requeridas para a série escolar em que se encontram e concluam o Ensino Fundamental e o Ensino Médio no tempo adequado. Assim, o PQE criou um indicador de qualidade do ensino, denominado Índice de Desenvolvimento da Educação do Estado de São Paulo (IDESP). Este é um indicador de qualidade dos anos iniciais (1° ao 5° ano) e finais (6° ao 9° ano) do Ensino Fundamental e do Ensino Médio. Na avaliação de qualidade das escolas, feita pelo IDESP, consideram-se dois critérios complementares: o desempenho dos alunos nos exames do SARESP e o fluxo escolar. O IDESP tem o papel de dialogar com a escola, fornecendo um diagnóstico de sua qualidade, apontando os pontos em que precisa melhorar e sinalizando sua evolução ano a ano.

Resultados do IDESP em Populina

O Município de Populina participou da avaliação do IDESP em 2013 através da Escola Estadual Lesbino de Souza Alkimin (6° ao 9° ano EF e la a 3a Série EM)) e da Escola Municipal de Educação Infantil e Fundamental Professor "Geraldo Brandini" (1° ao 5° ano EF), obtendo os seguintes resultados, comparados com a média da Diretoria Regional de Ensino e do Estado: Tab. 04 - Resultados do IDESP 2013

5° Ano EF 9° Ano EF 3a Série EM

Escola / Município 5,67 4,68 3,74

Diretoria de Ensino 7,34 3,60 2,58

Estado de São Paulo 4,42 2,50 1,83

Fonte: IDESP 2013, SEE/SP 28

O município de Populina obteve índices inferior no 5° ano do Ensino Fundamental em comparação com o resultado da Diretoria de Ensino e superior aos resultados do Estado de São Paulo. E obteve índices superiores no 9° ano do Ensino Fundamental e na 38 série do Ensino Médio, em comparação com os resultados do Estado de São Paulo e da Diretoria de Ensino.

Metas por escola

As metas por escola se constituem num instrumento de melhoria da qualidade do ensino nas séries iniciais e finais do Ensino Fundamental e do Ensino Médio. As metas por escola, estabelecidas a partir de critérios objetivos e transparentes, servem como um guia para que os professores, gestores escolares, pais de alunos e a comunidade acompanhem a evolução das escolas no aprimoramento da qualidade de ensino. A tabela a seguir demonstra as metas para o IDESP 2013 dos níveis de ensino: 5° ano do Ensino Fundamental, 9° ano do Ensino Fundamental e 3° Ano do Ensino Médio de Populina, atualmente representado pela Escola Estadual Lesbino de Souza Alkimin e EMEIF Professor "Geraldo Brandini". Tab. 05 - Metas para o ano de 2013 do IDESP no Município

IDESP 2013 Metas 2014

5° Ano EF 5,67 5,75

9° Ano EF 4,68 4,76

3a Série EM 3,74 3,81

Fonte:IDESP2013,SEE/SP

4.2 - Índice de Desenvolvimento da Educação Básica - IDEB

O IDEB é um indicador de qualidade educacional calculado com base em dois tipos de informações: a) as informações sobre rendimento escolar (aprovação, reprovação e abandono) do Censo Escolar da Educação Básica; e b) as informações sobre o desempenho dos estudantes em exames padronizados (Saeb e Prova Brasil) aplicados ao final das etapas de ensino (5° e 9° Ano do Ensino 29

Fundamental e 3° série do Ensino Médio). Estudos e análises sobre qualidade educacional raramente combinam as informações produzidas por esses dois tipos de indicadores, ainda que a complementaridade entre elas seja evidente. Um sistema educacional que reprova sistematicamente seus estudantes, fazendo com que grande parte deles abandone a escola antes de completar a Educação Básica, não é desejável, mesmo que os concluintes dessa etapa de ensino atinjam elevadas pontuações nos exames padronizados. Por outro lado, um sistema em que todos os alunos concluem o Ensino Médio no período correto não é de interesse, caso os alunos aprendam muito pouco na escola. Em suma, o sistema de ensino ideal seria aquele em que todas as crianças e os adolescentes tivessem acesso à escola, não desperdiçassem tempo com repetências, não abandonassem a escola precocemente e, ao final de tudo, aprendessem. Sabe-se que, no Brasil, a questão do acesso à escola não é mais problema, já que a quase totalidade das crianças ingressam no sistema educacional. Entretanto, as taxas de repetência dos estudantes são bastante elevadas, assim como a proporção de adolescentes que abandonam a escola antes mesmo de concluir a Educação Básica. Outro indicador preocupante é a baixa proficiência obtida pelos alunos em exames padronizados. O IDEB foi desenvolvido para ser um indicador que sintetizasse informações de desempenho em exames padronizados com informações sobre rendimento escolar (taxa média de aprovação dos estudantes na etapa de ensino). Indicadores educacionais como o IDEB são desejáveis por permitirem o monitoramento do sistema de ensino do país. Sua importância, em termos de diagnóstico e norteamento de ações políticas focalizadas na melhoria do sistema educacional, está em:

a) Detectar escolas elou redes de ensino cujos alunos apresentem baixa performance em termos de rendimento e proficiência. b) Monitorar a evolução temporal do desempenho dos alunos dessas escolas ou redes de ensino A tabela, a seguir, demonstra os resultados da participação do município no IDEB 2013, através da Escola Estadual Lesbino de Souza Alkimin, representando os anos finais do Ensino Fundamental e EMEIF Professor "Geraldo Brandini" representando os anos iniciais. No município de Populina, os anos iniciais e finais participaram da Prova 30

Brasil em 2013. A média em 2013 nos anos iniciais foi de 5,9 não atingindo a meta e nos anos finais foi de 5,6, sendo considerada uma ótima média. Tab. 06 - Projeção da Rede Municipal e Rede Estadual de Educação de Populina (IDEB 2013) Metas IDEB Observado Projetadas

2011 2013 2011 2013 2015 2017 2019 2021 2023 2025

Anos Iniciais 6,0 5,9 6,2 6,5 6,7 6,9 7,1

Anos Finais 4,9 5,6 4,9 5,2 5,5 5,8 6,0 6,2 -

Fonte: Prova Brasil 2013 / Censo Escolar 2011-2013, INEP - MEC. 31

4.3 - Exame Nacional do Ensino Médio - ENEM

O Exame Nacional de Ensino Médio (ENEM), realizado pelo Ministério da Educação (MEC), através do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), destina-se aos alunos que já concluíram o ensino médio (egressos) ou irão concluí-lo ao final do ano de realização do exame (concluintes). Desde sua implementação, em 1998, a adesão ao ENEM tem crescido sistematicamente, crescendo 24,0% em relação ao ano passado (2012) e atingindo em 2013 a marca de 7.173.574 participantes. A alta participação dos estudantes no ENEM, mesmo se tratando de um exame voluntário, faz dele um importante instrumento de diagnóstico do sistema. O conhecimento do desempenho médio dos estudantes por escola é um elemento que contribui para a melhoria do ensino, além de se constituir um direito da sociedade. A divulgação das notas médias do ENEM por escola é importante pelos seguintes motivos, dentre outros: I) funciona como um elemento de mobilização em favor da melhoria da qualidade do ensino; II) auxilia professores, diretores e demais dirigentes educacionais na identificação de deficiências e boas práticas no âmbito da escola. Caso o desempenho médio dos estudantes de determinada escola se mostre significativamente distinto do de outras escolas que recebem estudantes com perfil similar, isso pode favorecer a troca de experiências para o aprimoramento do sistema. Na consulta aos resultados das unidades escolares, quatro notas são divulgadas: a) as médias das duas provas (objetiva e redação); b) as médias das duas provas corrigidas por participação; c) as médias das provas objetivas e d) as médias das provas objetivas corrigidas por participação. É importante ressaltar que as médias do ENEM por escola, assim como todo resultado de avaliações realizadas em um único momento, refletem uma média de desempenho dos alunos cujo conhecimento adquirido depende não só da qualidade da escola em que estuda, como também de seu histórico escolar, familiar e da comunidade onde está inserido, dentre outras variáveis. O município de Populina foi representado pela Escola Estadual Prof. Lesbino de Souza Alkimin, na modalidade Ensino Médio. O número de matrículas foi de 30, tendo uma taxa de participação de 54% no ENEM em 2013. 32

Tab. 07 - Médias do ENEM 2013 Brasil SP Populina

Média da Prova Objetiva 41,11 44,17 48,61

Média Geral (redação e prova objetiva) 50,14 52,09 54,70

Média da Prova Objetiva com correção de participação 40,27 43,27 47,91

Média Geral (redação e prova objetiva) com Correção 49,46 51,36 54,17

Fonte: Enem 2013, INEP - MEC. A tabela 07 apresenta as médias do ENEM 2013, do Ensino Médio Regular, referentes ao Brasil, ao Estado de São Paulo e ao município de Populina. De acordo com a tabela, as médias do município foram superiores a todas as médias estaduais e nacionais.

Th 33

V - NÍVEIS DE ENSINO

A - EDUCAÇÃO BÁSICA

• ,e""--. 5.1 - EDUCAÇÃO INFANTIL

5.1.1 - Diagnóstico

A Educação Infantil no Brasil compreende o atendimento às crianças de O a 6 anos, enquanto em outros países abrange crianças entre 3 e 5 anos. A Lei de

Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB - 1996) define que a Educação Infantil deve ser oferecida em creches ou em entidades equivalentes, para crianças de O a 3 anos de idade, e em pré-escola, para crianças de 4 a 6 anos. Ainda que não obrigatória, a Educação Infantil é um direito público, cabendo ao município a expansão da oferta, com o apoio das esferas federal e estadual. O Ensino Infantil obrigatório e gratuito, em conjunto com o ensino fundamental, o ensino médio (e as modalidades concernentes), fato que ocorreu com a emenda constitucional n° 59/2009, que estendeu a educação obrigatória para a faixa de 4 a 17 anos. Resultados de estudos e pesquisas desenvolvidos nos mais distintos países, entre eles o Brasil, há muito vem atestando a importância da educação das crianças, tanto para os processos de escolarização que se sucedem como para formação dos indivíduos em uma perspectiva mais global. Não por acaso, constitui-se na primeira meta a universalização da pré-escola até 2016 e a ampliação de vagas em creche, visando ao atendimento de 50% das crianças de até 3 anos até o fim da sua vigência. A despeito desses avanços, ainda é muito restrita a extensão da sua cobertura no país. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que, no ano de 2013, o atendimento em creches atingia cerca de 28% das crianças e na pré-escola o índice era de 95,2%. Ainda mais grave é a situação identificada em estudo do mencionado instituto com base em dados do ano de 2010. O estudo demonstrou, por exemplo, que, do total das crianças atendidas nas creches, 36,% faziam parte dos 20% mais ricos da população e apenas 12,2% integravam ao extrato dos 20% mais pobres. Em face dessa realidade, a maioria das estratégias apresentadas no PNE AA, tem como ancoragem o acionamento de mecanismos que pressupõe a dinamização 34

do regime de colaboração — forma republicana, democrática e não competitiva de organização da gestão, que deve ser estabelecida entre os sistemas de ensino, para assegurar a universalização do ensino obrigatório (art. 211 da Constituição Federal de 1988), enfrentando os desafios da educação básica pública e regulando o ensino privado. Entre as principais estratégias da meta 1, situa-se a definição de formas de expansão da educação infantil nas respectivas redes de ensino dos entes federativos, considerando as peculiaridades locais, mais em regime de colaboração entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os municípios, de acordo com o padrão nacional de qualidade, também a ser definido.

• Ensino Infantil — Pré-escola e Creche

O Ensino Infantil, Pré-escola e Creche no município de Populina são oferecidos pela CEMEI "Pingo de Gente".

Dados da Educação Infantil de Populina

A Educação Infantil em Populina é oferecida pela Rede Municipal de Educação, através do Centro Municipal de Educação Infantil (GEMEI) Pingo de Gente e da Escola Municipal de Educação Infantil e Fundamental Prof. Geraldo Brandini (EMEIF) representando os alunos do Berçario, Maternal, Jardim e Pré- escola. Gr. 01

Creche: Evolução de matriculas iniciais na Rede Municipal de Educação de Populina 200 r---- 150 r_t_ • ,-0 100 c = 50 - 2 O -50 1— 2010 2011 2012 2013 2014 le Evolução de Matricula 152 185 183 153 174 ME Porcentagem 21,45 -1,18 -16,45 f 13,07 Fonte: Setor Municipal de Educação - Populina /Educacenso/2015. 35

Tab. 08 - Creche: evolução de matrículas iniciais na Rede Municipal de Educação de Populina

Ano 2010 2011 2012 2013 2014

Mat Matr Matr Matr. Matr. r. % % Inici °A % Inici. Inici. Inici. Inici.

Municipa 21,45 13,07 I 152 % 185 1,18% 183 16,45% 153 % 174

Fonte: GDAE/Setor Municipal de Educação - Populina / 2015.

O gráfico 01 e a tabela 08 demonstram a evolução de matrículas iniciais da creche, entre os anos de 2010 a 2014. Houve quedas no número de matrículas iniciais, sendo em 2013, o ano em que teve maior intensidade com -16,45%. Nos anos de 2011 e 2012 houve um aumento no número de matrículas iniciais, sendo em 2011, o ano em que teve maior intensidade com 21,45%. Gr.02 Pré-escola: evolução de matriculas iniciais na rede Municipal de Educação de Populina

70 r 60 50 40 ca. o 30 c 20 10 o -10 -20 2010 2011 2012 2013 2014 ge Evolução de matricula! 49 58 56 I 50 45 1 E* Porcentagem 18,36 -4,08 -12,24 -10,2

Fonte: Setor Municipal de Educação - Populina /Educacenso/2015. 36

Tab. 09 — Pré-escola: evolução de matriculas iniciais na Rede Municipal de Educação de Populina

Ano 2010 2011 2012 2013 2014

Matr Matr Matr Matr Matr. Inici % % '3/0 Inici. Inici. Inici. Inici.

Iunictpl õ - 'I ó , . Fonte: GDAE/Setor Municipal de Educação - Populina / 2015.

O gráfico 02 e a tabela 09 demonstram a evolução de matrículas iniciais da Pré-escola, entre os anos de 2010 a 2014. Houve quedas no número de matrículas iniciais, sendo em 2014, o ano em que teve maior intensidade com - 10, 20%. No ano de 2011 houve um aumento no número de matrículas iniciais, sendo, o ano em que apresentou maior intensidade com 18,36%.

5.1.2 — Objetivos e Estratégias

Juntamente com a sua direção e coordenação, os professores, funcionários, motoristas do transporte escolar e pais de alunos da rede municipal de educação tornaram pública a sua participação efetiva no processo de discussão, análise e decisão a que chegaram sobre a Educação Infantil e Fundamental 1° ao 5° ano de Populina. As reuniões de planejamento com os pais de alunos e motoristas do transporte escolar foram realizadas no dia 27 de março e com os professores e funcionários no dia 13 de abril de 2015. As ações foram confirmadas em reunião de plenária realizada na EMEIF Prof. "Geraldo Brandini" no dia 19 de maio de 2015, com ampla discussão para se aprovar as ações da educação municipal. Os temas tratados e dos quais foram extraídas as decisões aqui expostas foram os seguintes: 1 - Biblioteca e acervo; 2 - Recursos pedagógicos; 3 - Material permanente / recursos técnicos e tecnológicos; 37

4 - Material de consumo; 5 - Formação continuada; 5.1- Capacitação dos Professores; 5.2- Capacitação dos Funcionários; 5.3- Capacitação dos Motoristas do Transporte Escolar; 6 - Alimentação escolar; 7 - Transporte escolar; 8 - Apoio da Prefeitura Municipal ao corpo docente, funcionários, direção e coordenação das unidades escolares; 9 - Apoio da direção e coordenação ao corpo docente e funcionários das unidades escolares; 10 - Relação com Pais de Alunos; 11 - Mobiliário das unidades escolares; 12 - Estrutura física das unidades escolares; 13 - Salário / Plano de Carreira.

A educação, nós a entendemos como uma obra que se estende no tempo de existência de todo e qualquer cidadão; uma obra que não pode resultar de uma única mão e muito menos de uma única abordagem ou teoria e que resulta de um processo muito longo, complexo e que necessita ser constantemente pensado e repensado. Por isso é que nós professores, funcionários, direção e coordenação estendemos a nossa mão, disponibilizamos o nosso tempo e unimos os nossos esforços para que a educação infantil e Ensino Fundamental (1° ao 5° ano) que realizamos no nosso município seja cada vez mais planejada. Seja pensada em termos dos resultados que todos almejamos e da sociedade que queremos construir. O Plano Municipal de Educação de Populina foi estruturado como uma forma de se atender ao conjunto das necessidades apresentadas pela pesquisa realizada com os docentes, funcionários, motoristas do transporte escolar e pais de alunos da rede municipal de educação. O prazo de dez anos para o atendimento das necessidades na área da educação foi dividido em três eixos: curto, médio e longo prazos. 38

AÇÕES:

• Biblioteca e Acervo

a) Aquisição e diversificação permanente do acervo bibliográfico das unidades escolares com livros didáticos e paradidáticos, revistas e jornais periódicos; b) Aquisição, ampliação e diversificação dos acervos bibliográficos voltados para os alunos; c) Aquisição, ampliação e diversificação dos acervos bibliográficos voltados para os professores; d) Implantação de um sistema de controle do acervo bibliográfico; e) Construção de uma biblioteca.

• Recursos pedagógicos

a) Aquisição de material didático diversificado para professores e alunos; b) Aquisição de material escolar aos alunos da Educação Municipal; c) Aquisição de material esportivo para uso dos alunos; d) Aquisição de mesas de pebolim e ping-pong; e) Aquisição permanente de brinquedos e jogos pedagógicos (xadrez, dama, dominó etc.); f) Diversificar a compra de brinquedos e jogos pedagógicos;

• Material permanente / recursos técnicos e tecnológicos a) Aquisição de aparelho de som com microfone para eventos; b) Aquisição de micro-system para o uso de cada docente em sala de aula; c) Aquisição de TV para cada sala de aula conforme a demanda escolar; d) Aquisição de aparelho de DVD para cada sala de aula, conforme a demanda escolar; e) Aquisição e manutenção de computador com impressora para a cozinha piloto; f) Aquisição e manutenção de computador com impressora para a secretaria, direção e coordenação de cada unidade escolar; g) Aquisição e manutenção de copiadoras para cada unidade escolar; h) Aquisição e manutenção de computadores o laboratório de informática das unidades escolares (um computador para cada aluno); 39

i) Aquisição e manutenção de impressoras para os laboratórios de informática das unidades escolares; j) Disponibilizar sinal de internet e instalação da rede no laboratório de informática de cada unidade escolar; k) Instalação e manutenção de sistema de câmeras no pátio e entrada das unidades escolares; I) Aquisição de data-show para o uso de cada unidade escolar; m) Aquisição de lousas multimídia para as unidades escolares; n) Aquisição de máquina fotográfica e fumadora para o uso de cada unidade escolar; o) Aquisição e manutenção de ar condicionado para a sala de informática das unidades escolares; p) Aquisição e manutenção de ar condicionado para a sala de biblioteca das unidades escolares; q) Aquisição e manutenção de ar condicionado para a secretaria, direção, coordenação e sala dos professores das unidades escolares; r) Aquisição e manutenção de ar condicionado para todas as salas de aula das unidades escolares; s) Manutenção do exaustor da cozinha piloto; t) Aquisição e manutenção de extintores para as unidades escolares; u) Aquisição e manutenção de bebedouro para o pátio das unidades escolares; v) Aquisição permanente de utensílios para as cozinhas das unidades escolares (panelas, talheres, pratos e pá de polietileno, escorredor de macarrão, bacias, assadeiras de alumínio, baldes de alumínio com tampa, panelas de pressão, latão de lixo com pedal, facas, prateleiras e estrados, caldeira); w) Aquisição e manutenção de eletrodomésticos para a CEMEI: geladeira, freezer, fogão, microondas, liquidificador, multiprocessador de alimentos, esterilizadora de mamadeiras, lavadora industrial de roupas, bebedouro, lava-jato, passadeira; x) Aquisição e manutenção de eletrodomésticos para a EMEIF: geladeira, freezer, fogão, bebedouro, multiprocessador de alimentos, liquidificador, lava-jato, lavadora de roupas, balcão térmico, enceradeira industrial; y) Aquisição e manutenção de eletrodomésticos para a cozinha piloto: geladeira, fogão industrial, liquidificador industrial, forno industrial, freezer, multiprocessador de alimentos, batedeira industrial, balcão refrigerador, lavadora de roupas, lava- 40

jato, máquina de fazer suco.

• Material de consumo a) Disponibilizar materiais de consumo de qualidade e em quantidade suficiente para o uso dos professores das unidades escolares; b) Disponibilizar materiais de consumo de qualidade e em quantidade suficiente para o uso dos alunos de todas as unidades escolares; c) Disponibilidade de produtos higiene e limpeza de qualidade para o uso das unidades escolares.

• Formação Continuada Capacitação dos Professores a) Promover cursos, mini-cursos, oficinas, palestras, encontros, congressos, seminários aos profissionais do magistério; b) Promover ciclo de palestras temáticas para os professores; c) Apoio aos docentes para a realização de curso de pós-graduação na área da educação. Capacitação dos Funcionários a) Promover ciclo de palestras para os servidores com os seguintes temas: Educação Infantil, Saúde, Primeiros Socorros, Atendimento ao Cidadão, Motivação, Liderança; b) Trabalho em Equipe, Ética no Serviço Público e Estatuto do Servidor, Gestão da Educação Pública, Segurança do Trabalho e Insalubridade; c) Promover cursos efou mini-cursos nas seguintes áreas: Atendimento ao Cidadão; Informática; Educação; Alimentação Escolar; Higiene e Saúde; Economia Doméstica; Gestão Pública; d) Capacitação para as babás sobre Educação Infantil; e) Capacitação aos motoristas do transporte escolar sobre Legislação de Trânsito. f) Apoio aos servidores para a realização de curso de graduação na área da educação.

• Alimentação Escolar 41

a) Diversificação e variação do atual cardápio de acordo com a demanda escolar; b) Inserir frutas três vezes por semana no cardápio da alimentação escolar de todas as unidades escolares; c) Inserir suco natural na alimentação escolar para todas as unidades escolares. d) Manter a qualidade e a quantidade da alimentação escolar atual; e) Orientação permanente da nutricionista sobre alimentação escolar aos pais de alunos; O Orientação permanente da nutricionista aos alunos no horário das refeições diárias, sobre postura, higiene e hábitos alimentares. • Transporte escolar a) Aquisição de cinco (08) micro-ônibus para o transporte escolar; b) Aquisição de dois (02) ônibus para o transporte escolar; c) Aquisição de três (03) veículos Kombi para o transporte escolar; d) Aquisição de quatro (04) veículos Van para o transporte escolar; e) Aquisição de veículo específico para o transporte da alimentação escolar; f) Aquisição de veículo para o Departamento Municipal de Educação; g) Aquisição permanente de pneus novos dianteiros para os veículos do transporte escolar (ônibus e micro-ônibus); h) Aquisição permanente de pneus novos para os veículos do transporte escolar (VAN e Kombi); i) Instalação e manutenção de cinto de segurança para os veículos do transporte escolar que não o possuem; j) Instalação e manutenção de trava nas janelas dos veículos de transporte escolar. k) Reforma, adequação e manutenção dos bancos dos veículos do transporte escolar; I) Reforma, adequação e manutenção dos assoalhos dos veículos do transporte escolar; m) Realizar pintura e funilaria dos veículos de transporte escolar; n) Conservação permanente das estradas rurais com cascalho; o) Conservação permanente das condições de conforto, pintura e peças dos veículos do transporte escolar; p) Reunião permanente dos pais com os motoristas do transporte escolar, sobre a qualidade do serviço prestado; 42

q) Fiscalização e orientação por parte do motorista para a utilização do cinto de segurança dos alunos; r) Impedir o trânsito de veículos no horário de entrada e saída de alunos em frente das unidades escolares; s) Crachás de identificação dos motoristas do transporte escolar.

Apoio da Prefeitura Municipal ao corpo docente, funcionários, direção e coordenação das unidades escolares. a) Contratação de auxiliar de biblioteca para as unidades escolares; b) Contratação de funcionário para a cozinha piloto; c) Disponibilizar funcionário (serviços gerais) para a limpeza dos veículos do transporte escolar; d) Contratação de funcionários (serviços gerais) para as unidades escolares. e) Contratação de escriturário para a CEMEI; f) Contratação de inspetor de aluno para a EMEIF e CEMEI; g) Contratação de merendeira para EMEIF e CEMEI; h) Disponibilizar funcionário para a segurança das unidades escolares; i) Contratação de mecânico; j) Contratação de empresa terceirizada para a prestação de serviços de informática para capacitação de professores e servidores da educação; k) Disponibilizar fonoaudiólogo, psicólogo, psicopedagogo, técnico em enfermagem, terapeuta ocupacional para o atendimento nas unidades escolares; I) Disponibilizar um monitor para acompanhar os alunos no transporte escolar; m) Disponibilizar uniforme aos servidores da educação; n) Disponibilizar uniforme aos motoristas do transporte escolar; o) Promover a manutenção do preenchimento de cargos de direção pelo Poder Executivo; p) Promover o preenchimento do cargo de coordenadores pedagógicos por profissionais especializados com experiência na área de atuação; q) Reconhecimento oficial dos cursos de capacitação realizados pelos docentes. r) Solicitação ao Poder Executivo para a reforma de adequação do lava-rápido e oficina do almoxarifado da Prefeitura; 43

s) Visita permanente do prefeito nas unidades escolares e almoxarifado da Prefeitura Municipal. Apoio da direção e coordenação ao corpo docente e funcionários das unidades escolares a) Apoio permanente aos professores para participar de cursos e conferências regionais; b) Apoio para o desenvolvimento do projeto da horta escolar; c) Promover a avaliação de desempenho dos profissionais do magistério; d) Continuar com a participação dos professores no planejamento da educação; e) Continuar com o apoio da direção e coordenação das unidades escolares no planejamento da educação; O Continuar com o apoio da direção e coordenação das unidades escolares na participação de eventos culturais, esportivos e educacionais; g) Desenvolver atividades esportivas, culturais e educacionais aos alunos; h) Diversificação da pauta para as reuniões de pais e mestres; i) Elaboração de calendário anual de eventos culturais, esportivos e educacionais, com a participação ativa dos pais, funcionários, professores e comunidade local; j) Manter o horário de reuniões de pais e mestres; k) Manutenção da atual metodologia para a elaboração do plano pedagógico; 1) Manutenção do atual sistema de avaliação; m) Manutenção do HTPC para a preparação das aulas e estudos; n) Promover a atribuição das aulas pela direção observando o perfil do docente; o) Promover avaliação contínua, diagnóstica, formativa e construtiva do ensino; p) Promover datas para visitas dos pais à escola; q) Realizar reuniões bimestrais com os pais e funcionários para discussão de propostas visando a melhoria da educação; r) Aumento do número de tarefas para o Ensino Fundamental (02 vezes por semana). • Relação com Pais de Alunos a) Realizar reuniões bimestrais permanente dos motoristas junto com os pais de alunos, sobre o comportamento de seus filhos no transporte escolar; b) Cumprimento dos horários estabelecidos para as reuniões de pais e mestres; c) Envolvimento dos pais sobre o comportamento de seus filhos, através de reuniões, 44

palestras e demais atividades da instituição; d) Interatividade e inovação nas reuniões de pais e mestres; e) Promover a inserção dos pais nos eventos esportivos e culturais promovido pelas unidades escolares. • Mobiliário das unidades escolares a) Construção e manutenção de nova unidade escolar para a CEMEI com sala de informática, salas de aula, sala de direção, coordenação, secretaria, professores, sala para a biblioteca, brinquedoteca, banheiros, banheiros aos funcionários, quadra de esporte, pátio, área de lazer, refeitório, despensa, lavanderia, sala de reuniões e parque infantil; b) Adequação de sala multifuncional com material adequado na EMEIF (psicólogo, fonoaudiólogo, psicopedagogo); c) Construção de área de lazer para cada unidade escolar; d) Manutenção de banheiros adaptados para portadores de necessidades especiais nas unidades escolares; e) Manutenção de cozinha piloto para atender a todas as unidades escolares. O Construção e manutenção de sala de artes nas unidades escolares; g) Construção e manutenção de biblioteca e brinquedoteca nas unidades escolares; h) Construção e manutenção de sala de informática em todas as unidades escolares; i) Construção e manutenção de salas para os professores nas unidades escolares; j) Construção e manutenção de uma despensa com espaço adequado para cada unidade escolar; k) Construção e manutenção de um auditório adequado ao uso de cada unidade escolar EMEIF; I) Reforma dos banheiros em cada unidade escolar; m) Reforma e ampliação da cozinha em todas as unidades escolares; n) Reforma e ampliação do refeitório de cada unidade escolar; o) Reforma permanente das salas de aula; p) Aquisição, cobertura e manutenção do parque infantil de acordo com a necessidade de cada unidade escolar; q) Realizar a construção do pátio para a EMEIF com palco para eventos; r) Reforma da quadra de esportes da EMEIF; 45

s) Construção de sala multimídia para reuniões e aulas diversificadas.

• Estrutura física das unidades escolares a) Aquisição de armário para a pia da cozinha da EMEIF; b) Aquisição de armário, prateleiras, cama, colchão, cadeiras para bebês e berço para o dormitório e berçário da CEMEI; c) Aquisição de armário, mesas e cadeiras para a cozinha de cada unidade escolar; d) Aquisição de bancos, mesas adequadas para o refeitório de todas as unidades Escolares; e) Aquisição de lixeiras com separação de lixo reciclável para o pátio da EMEIF; f) Aquisição de mesas de reunião para a sala dos professores em cada unidade escolar; g) Aquisição de mobiliário adequado para a biblioteca e brinquedoteca das unidades escolares; h) Aquisição de mobiliário adequado para o laboratório de informática de cada unidade escolar; i) Aquisição de mobiliário para a secretaria, direção e coordenação das unidades escolares; j) Aquisição de cadeiras e carteiras de acordo com a idade dos alunos de cada unidade escolar; k) Aquisição de mesas para os professores nas salas de aula de cada unidade escolar; I) Aquisição de armários para a sala dos professores em cada unidade escolar; m) Aquisição de armários para as salas de aula de cada unidade escolar.

• Salários/ plano de carreira a) Concessão de bônus e gratificações de acordo com o Plano de Carreira do Magistério; b) Disponibilizar ticket alimentação aos servidores públicos; c) Elaboração do Plano de Carreira aos servidores da educação municipal; d) Elaboração do Plano de Carreira dos Profissionais do Magistério. 46

- Educação Infantil

Meta 1: Universalizar, até 2016, a Educação Infantil na pré-escola para as crianças de 4 a 5 anos de idade e ampliar a oferta de Educação Infantil em Creches de forma a atender, no mínimo, 50% das crianças de até 3 anos até o final da vigência.

Gr. 3 Indicador lA — Percentual da População de O a 3 anos que frequenta a escola

68,84% dos Nascidos de O a 3 anos são atendidos no município

140 120 100 80 60 40 20

O a 3 anos de Atendidos de O a idade 3 anos

Fonte: SINASC (Sistema de Informações sobre Nascidos VivosySUS — Secretaria de Vigilância em Saúde/2015.

• Indicador permite verificar a taxa de atendimento das crianças de O a 3 anos no município, considerados na escola. O indicador é calculado a partir dos Resultados Gerais da Amostra disponibilizados pelo SISNAC (Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos) e dados do Setor Municipal de Educação.

47

Gr. 4 Indicador 1B - Percentual da População de 4 a 5 anos que frequenta a escola

100% da População de 4 a 5 anos são atendidos

120 100 80 60 40 20

População de 4 População de 4 População de 4 a 5 anos a 5 anos a 5 anos não atendidos atendidos

Fonte: Setor Municipal de Educação/GDAEJ2015.

Estratégias: Regime de colaboração entre União, Estados e Municípios para se conseguir a expansão; reestruturação e aquisição de equipamentos para a rede pública de educação infantil com vistas à melhoria da rede física de creches e pré- escolas; formação continuada de professores para a educação infantil estimulando a pós-graduação de parte deles, a fim de incorporar os avanços das ciências no atendimento da população de 4 a 5 anos; capacitação dos funcionários, fomentar o atendimento das crianças do campo na educação infantil assim como a de indígenas, sem alterar seus usos e costumes; atender aos educandos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação por meio da transversalidade da educação especial na educação infantil.

5.2 - Ensino Fundamental (Anos iniciais)

5.2.1 - Diagnóstico

O Ensino Fundamental obrigatório e gratuito, com duração mínima de nove anos, é garantido como direito público subjetivo pelo artigo 208 da Constituição Federal de 1988. Assim, é responsabilidade do Poder Público, sua oferta a todas as crianças e aos adolescentes de 6 a 14 anos e, também, àquelas que não tiveram 48

acesso na idade própria, assegurando a matrícula, a permanência e a aprendizagem bem sucedida. O PNE prevê a ampliação do Ensino Fundamental obrigatório para nove anos, à medida que for universalizado o atendimento na faixa de 6 a 14 anos. Recentemente, a Lei n.° 11.114, de 16/05/05, determinou a matrícula de todos os educandos, a partir dos seis anos de idade, no Ensino Fundamental. De acordo com a lei n.° 11.274, de 06 de fevereiro de 2006, Art. 5°, os Municípios, os Estados e o Distrito Federal terão prazo, até 2010, para implementar a obrigatoriedade do Ensino Fundamental.

• Ensino Fundamental - l° ao 5° ano

O Ensino Fundamental ciclo 1(1° ao 5° ano) no município de Populina é oferecido pela EMEIF Professor "Geraldo Brandini". Gr. 5 - Ensino Fundamental (1° a 5° ano): evolução de matrículas iniciais na Rede Municipal de Educação de Populina.

Evolução de matricula do 1° ao 5° Ano na Rede Municipal de Educação de Populina 350 300 250 200 150 2 100 50 o -50 2010 2011 2012 2013 2014 Evolução de matriculas] 330 - 303 285 286 298 Porcentagem 8,18 -5,45 0,3 3,63 ati eti X rd -Cl ne : r " eca VI4 • Setor 1141/CI LV U Sya "2VV 3V 14it "1V I V. 49

Tab. 10 — 1° ao 5°: evolução de matrículas iniciais na Rede Municipal de Educação de Populina

Ano 2010 2011 2012 2013 2014

Matr Matr Matr. Matr. Matr. % % Inici. Inici. Inici. Inici. Inici.

Municipal 330 -8,18% 303 -5,45% 285 0,30% 286 3,63% 298

Fonte: GDAE/Setor Munic'pal de Educação - Populina/2015.

• Ensino Fundamental - 6° ao 9° ano

O Ensino Fundamental do 6° ao 9° ano no município de Populina é oferecido pela Escola Estadual Lesbino de Souza Alkimin. Gr. 06 - Ensino Fundamental (6° a 9° ano): evolução de matrículas finais na Rede Estadual de Educação de Populina

Ensino fundamental(62 a 9° ano): evolução de matriculas finais na Rede Estadual de Educação de Populina

300 250 200 150 100 50 o 50 2010 2011 2012 2013 2014 volução de matricula 254 233 243 237 217 a Porcentagem -8,26 3.93 -2,36 -7,87 Fonte: Setor Municipal de Educação - Populina 12015. 50

Tab. 11 - Ensino Fundamental (6° ao 9° ano): evolução de matrículas finais na Rede Estadual de Educação de Populina

Ano 2010 2011 2012 2013 2014

Matr. Matr. Matr. Matr. Matr. % % % % Inici. Inici. Inici. Inici. Inici.

Estadual 254 -8,26% 233 3,93% 243 -2,36% 237 -7,87% 217

Fonte: GDAE/Setor Municipal de Educação - Populina / 2015.

O gráfico 06 e tabela 11 mostram a evolução do número de matrículas finais no Ensino Fundamental (6° a 9° ano) da Rede Estadual de Educação, de 2010 a 2014. Houve poucas quedas no número de matrículas durante esse período, sendo com maior intensidade em 2014 com -7,87%. Em 2012, o número de matrículas finais atingiu um total de 243, significando 3,93% a mais que o ano de 2011.

52,2 — Metas e Estratégias

O Ensino Fundamental deverá garantir ao educando a aquisição de conhecimentos, habilidades e valores considerados essenciais à formação básica do cidadão. As metas do PNE referem-se aos padrões mínimos de funcionamento, à qualidade do ensino, às medidas pedagógicas, à jornada escolar, ao sistema de avaliação e supervisão, à gestão democrática e à implementação de programas suplementares de alimentação escolar, livro didático e transporte escolar. As metas destacadas abaixo têm como fonte principal o Plano Nacional de Educação, sendo ações a serem executadas no prazo de 10 anos (2015 a 2025):

Meta 2: bniVersalizar o Ensino Fundamental de 9 anos para toda "a 'população de 6 a 14 anos e garantir que pelo menos 95% dos alunos concluam essa etapa na idade recomendada, até o último ano de vigência deste PME. 52.

Gr. 7 — População de 1° ao 5° Ano que são atendidos.

100% da População de 19 ao 59 Ano são Atendidos

300

250

200

150

100

50

N2 de Alunos N2 de Alunos N2 de Alunos Não Matriculados Atendidos Matriculados

Estratégias: Acompanhamento individual dos alunos com dificuldade de aprendizagem; garantia de acesso e permanência do alunado que recebe a bolsa família, procurando identificar motivos de ausência, baixa frequência e evasão; busca de crianças fora da escola; garantia de transporte aos alunos de zonas rurais pela aquisição de veículos para esse fim; programa de aquisição de equipamentos para escolas rurais; programas de formação de pessoal especializado, produção de material didático e currículos para comunidades indígenas; compatibilização do calendário escolar com a realidade local e condições climáticas da região; promover o acesso à rede mundial de computadores em banda larga de alta velocidade e aumento do número de computadores/alunos nas escolas da rede pública. 52

Gr. 8 — População do 6° ao 9° Ano que são atendidos.

100% da População do 62 ao 92 Ano são Atendidos

200 180 160 140 120 100 80 60 40 20 o NQ de Alunos NQ de Alunos N2 de Alunos Não Matriculados Atendidos Atendidos

Fonte: GDAE/Setor Municipal de Educação - Populina / 2015. Estratégias: Coordenar o alinhamento entre as redes públicas estadual e municipais em relação aos currículos, principalmente na articulação da passagem do 5° ao 6° ano, assegurando aos alunos um percurso escolar harmonioso, criar mecanismos para o acompanhamento individualizado dos(as) alunos(as) do Ensino Fundamental, inclusive no que se refere à frequência irregular e à evasão, para garantir a conclusão dessa etapa de ensino, fortalecer, o acompanhamento e o monitoramento do acesso, da permanência e do aproveitamento escolar dos beneficiários de programas de transferência de renda, e os mecanismos de acompanhamento e monitoramento das situações de discriminação, preconceitos e violências na escola, visando ao estabelecimento de condições adequadas para o sucesso escolar dos(as) alunos(as), em colaboração com as famílias e com órgãos públicos de assistência social, saúde e proteção à infância, adolescência e juventude, promover, a chamada pública de crianças e adolescentes fora da escola, em parceria com órgãos públicos de assistência social, saúde e proteção à infância, adolescência e juventude, desenvolver tecnologias pedagógicas que combinem, de maneira articulada, a organização do tempo e das atividades didáticas entre a escola e o ambiente comunitário, considerando as especificidades da educação especial, disciplinar, no âmbito dos Sistemas de Ensino, a organização flexível do trabalho pedagógico, incluindo adequação do calendário escolar de acordo com a realidade local, a 53

identidade cultural e as condições climáticas da região, promover a relação das escolas com instituições e movimentos culturais, a fim de garantir a oferta regular de atividades culturais para a livre fruição dos(as) alunos(as) dentro e fora dos espaços escolares, assegurando ainda que as escolas se fortaleçam como poios de criação e difusão cultural, incentivar a participação dos pais ou responsáveis no acompanhamento das atividades escolares dos filhos por meio do estreitamento das relações entre as escolas e as famílias, desenvolver formas alternativas de oferta do Ensino Fundamental, garantida a qualidade, para atender aos filhos e filhas de profissionais que se dedicam a atividades de caráter itinerante, promover atividades de desenvolvimento e estímulo às habilidades esportivas nas escolas interligadas a um plano de disseminação do desporto educacional e de desenvolvimento esportivo municipal e estadual.

5.3 - ENSINO MÉDIO

5.3.1 - Diagnóstico

O diagnóstico do Ensino Médio em Populina foi realizado através dos dados estatísticos disponíveis no INEP, no PNE e no PEE (Plano Estadual de Educação).

Considerando o processo de modernização em curso no país, o ensino médio tem um importante papel a desempenhar. Tanto nos países desenvolvidos, quanto nos que lutam para superar o subdesenvolvimento, a expansão do ensino médio pode ser um poderoso fator de formação para a cidadania e de qualificação profissional. (PNE, 2001) O número reduzido de matrículas no ensino médio - apenas cerca de 30,8% da população de 15 a 17 anos - não se explica, entretanto, por desinteresse do Poder Público em atender à demanda, pois a oferta de vagas na la série do ensino médio tem sido consistentemente superior ao número de egressos da 8a série do ensino fundamental. A exclusão ao ensino médio deve-se às baixas taxas de conclusão do ensino fundamental, que, por sua vez, estão associadas à baixa qualidade daquele nível de ensino, da qual resultam elevados índices de repetência e evasão. (PNE, 2001)

Segundo o Plano Nacional de Educação, o número reduzido de matrículas no Ensino Médio fundamenta-se na baixa qualidade do Ensino Fundamental, com alto 54

índice de repetência e evasão de alunos, e, consequentemente, uma diminuição de alunos concluintes e a redução da demanda para o Ensino Médio.

Há, entretanto, aspectos positivos no panorama do ensino médio brasileiro. O mais importante deles é que este foi o nível de ensino que apresentou maior taxa de crescimento nos últimos anos, em todo o sistema. Apenas no período de 1991 a 1998, a matrícula evoluiu de 3.770.230 para 6.968.531 alunos. (PNE, 2001)

O aumento lento, mas contínuo, do número dos que conseguem concluir a escola obrigatória, associado à tendência para a diminuição da idade dos concluintes, vai permitir que um crescente número de jovens ambicione uma carreira educacional mais longa. Assim, a demanda pelo ensino médio - terceira etapa da educação básica - vai compor-se, também, de segmentos já inseridos no mercado de trabalho, que aspirem à melhoria social e salarial e precisem dominar habilidades que permitem assimilar e utilizar, produtivamente, recursos tecnológicos novos e em acelerada transformação. (PNE, 2001)

Preparando jovens e adultos para os desafios da modernidade, o ensino médio deverá permitir aquisição de competências relacionadas ao pleno exercício da cidadania e da inserção produtiva: autoaprendizagem; percepção da dinâmica social e capacidade para nela intervir; compreensão dos processos produtivos; capacidade de observar, interpretar e tomar decisões; domínio de aptidões básicas de linguagens, comunicação, abstração; habilidades para incorporar valores éticos de solidariedade, cooperação e respeito às individualidades. (PNE, 2001) Ao longo dos dez anos de vigência deste plano, conforme disposto no Art. 208, II, da Constituição Federal que prevê como dever do Estado a garantia da progressiva universalização do ensino médio gratuito, a oferta da educação média de qualidade não pode prescindir de definições pedagógicas e administrativas fundamentais a uma formação geral sólida e medidas econômicas que assegurem recursos financeiros para o seu financiamento. (PNE, 2001)

A disposição constitucional (art. 208, III) de integração dos portadores de deficiência na rede regular de ensino será, no ensino médio, implementada através de qualificação dos professores e da adaptação das escolas quanto às condições físicas, mobiliário, equipamentos e materiais pedagógicos. Quando necessário atendimento especializado, serão observadas diretrizes específicas contidas no capítulo sobre educação especial. (PNE, 2001) 55

Segundo o Plano Estadual de Educação, as condições materiais da escola constituem um elemento decisivo para o sucesso do trabalho pedagógico, juntamente com a qualidade dos recursos humanos envolvidos. O Ensino Médio em Populina é oferecido pela Rede Estadual de Educação, através da E.E. Lesbino de Souza Alkimin. O gráfico 09 e a tabela 12 demonstram a realidade do Ensino Médio na Rede Estadual de Educação em Populina, através da evolução de matrículas iniciais nos anos de 2010 a 2014. Durante esse período houve apenas um acréscimo em 2011 com 16,07%. A queda com maior intensidade foi em 2012 com -19,51%, seguido por 2014 com 141 matrículas com -7,95%. Em 2014 o Ensino Médio obteve 141 matrículas iniciais, registrando uma queda de -7,95% em relação ao ano de 2013 com 154 matrículas registrando uma queda de -1, 83% em relação a 2012, com 157 matrículas.

Gr. 9 - Ensino Médio: evolução de matrículas iniciais na Rede Estadual de Educação de Populina

Ensino Médio: Evolução de matriculas iniciais na Rede Estadual de Educação de Populina

250

200

150

100

50

o

-50 2010 2011 2012 2013 2014 Evolução de Matricula 168 195 157 154 141 Porcentagem 16,07 -19,51 -1,83 -7,95

Fonte: Setor Municipal de Educação/Educacenso/2014 56

Tab. 12 - Ensino Médio: evolução de matrículas iniciais na Rede Estadual de Educação de Populina.

Ano 2010 2011 2012 2013 2014

Matr Matr Matr. Matr. Matr. % % Inici 0/0 Inici. Inici. Inici. Inici.

Estadual 168 16,07% 195 -19,51% 157 -1,83% 154 -7,95% 141

Fonte: Secretaria de Educação Estadual - 2014.

Meta 3: Universalizar, até 2016, o atendimento escolar para toda a população de 15 a 17 anos e elevar, até o final do período de vigência deste PME, a taxa líquida de matrículas no Ensino Médio para 85%.

Gr 10: Taxa líquida do Ensino Médio

92,22% é a Taxa Líquida do Ensino Médio

500 450 400 350 300 250 200 150 100 50 o N2 de Alunos N2 de Alunos N9 de Alunos Não Matriculados no Concluintes do Concluintes do Ensino Médio nos ensino Médio nos Ensino Médio nos últimos 03 anos últimos 03 anos últimos 03 anos

Fonte: Setor Municipal de Educação - Populina / 2015.

Estratégias: Estimular a flexibilização dos tempos e espaços escolares, de modo a permitir a construção de currículos e itinerários formativos que melhor respondam à heterogeneidade e pluralidade das condições, interesses e aspirações dos 57

estudantes, assegurando o desenvolvimento pleno dos educandos e a formação comum como direito, fomentar no Ensino Médio, em todas as suas modalidades, o desenvolvimento integrado, multi e interdisciplinar dos componentes curriculares obrigatórios e eletivos, articulados em dimensões: trabalho, ciência, tecnologia, cultura, esporte e pesquisa, como eixo articulador das áreas do conhecimento indicadas nas Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio, aprimorar as avaliações da educação básica no Estado de São Paulo - IDESP e SARESP, para acompanhar as mudanças curriculares para se tornarem recursos pedagógicos efetivos, transformando os resultados das avaliações em instrumentos de gestão pedagógica do currículo, garantir a oferta pública e a qualidade do Ensino Médio noturno, em suas diferentes modalidades, a todos os jovens e adultos, diminuir as taxas de abandono e evasão, pela adoção de estratégias pedagógicas; e redimensionar a oferta de ensino médio nos turnos diurno e noturno, atendendo as necessidades específicas dos alunos, implementar políticas de prevenção à evasão motivada por preconceito e discriminação à orientação sexual ou à identidade de género e étnico-racial, criando-se rede de proteção contra formas associadas de exclusão.

VI - MODALIDADES DE ENSINO

6.1 - EDUCAÇÃO ESPECIAL

6.1.1 - Diagnóstico

Pensar no oferecimento de oportunidades educacionais a pessoas com necessidades especiais é ter em vista os princípios de respeito às diferenças e à diversidade de expressões da valorização do ser humano como singularidade e como pessoas de direitos, assim como o princípio da eqüidade. É necessário ter em mente que a construção de uma escola para a diversidade supõe, desde mudanças estruturais e físicas, relativas à acessibilidade dos alunos aos seus espaços, até mudanças de comportamentos, atitudes e posturas diante da diversidade humana. A Educação Especial, dever constitucional do Estado (CF. Art. 208, III), foi consagrada na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - LDBEN (Cap. V, art. 58 a 60) como modalidade de educação escolar a ser garantida, desde a Educação 58

Infantil até a Superior, passando por todas as etapas da Educação Básica e pela Educação Profissional. Deve ser oferecida aos educandos portadores de necessidades especiais, incluindo-se os superdotados. Segundo o Plano Nacional de Educação, "as políticas recentes do setor têm indicado três situações possíveis para a organização do atendimento: participação nas classes comuns, de recursos, sala especial e escola especial. Todas as possibilidades têm por objetivo a oferta de educação de qualidade". O PNE dedica um capítulo à Educação Especial, com metas que tratam da expansão do atendimento e dos padrões a serem assegurados, bem como de medidas pedagógicas, formação inicial e continuada dos docentes, padrões mínimos de funcionamento, sistema de supervisão, avaliação e articulação com outras políticas públicas e programas suplementares. Quanto à expansão, prevê, em dez anos, generalizar o atendimento aos alunos com necessidades especiais na Educação Infantil e no Ensino Fundamental. Segundo dados do Qedu, de 2010 a 2014 não houve matrículas iniciais na Rede Estadual de Educação, para alunos da Educação Especial como mostra a tabela a seguir. Tab. 13 - Educação Especial: evolução de matrículas iniciais na Rede Privada de Educação de Populina.

Ano 2010 2011 2012 2013 2014

Matr Matr Matr. Matr. Matr. Inici % % Inici % Inici. Inici. Inici.

Fonte: Qedu/2015 59

- Educação Especial/Inclusiva

A Educação Especial é uma modalidade de ensino que perpassa todos os níveis, etapas e modalidades; realiza o atendimento educacional especializado; disponibiliza os serviços e recursos próprios desse atendimento e orienta os alunos e seus professores quanto a sua utilização nas turmas comuns do ensino regular.

Nessa perspectiva, o Atendimento Educacional Especializado (AEE) tem como fundamentação os documentos legais vigentes, tais como: Constituição Federal, LDBEN N° 9394/96, Convenção de Guatemala (1999), promulgada no Brasil pelo Decreto n° 3.956/2001, declaração de Salamanca e ainda a Política Nacional de Educação Especial, na perspectiva da Educação Inclusiva, aprovada em janeiro de 2008.

Desenvolver a política de inclusão, democratizando o acesso e a permanência do aluno com deficiência no ensino regular. Quanto mais o AEE for oferecido na escola comum, mais estará afirmando o seu papel de oportunizar a inclusão. Os problemas desse aluno devem ser tratados e discutidos no dia a dia da escola e com todos os que nela atuam é o desejo dessa comissão para a população que dela necessitarem.

IVIeta 4: Universalizar, para a população de 4• a 17 anos com deficiêrcía, transtornos dobais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, o acesso à educação básica e ao atendimento educacional especializado, preferencialmente na rede regular de ensino, com a garantia de sistema educacional inclusivo, de salas de recursos multifuncionais, classes, escolas ou serviços especializados, públicos ou conveniados. 60

Tab. 14 — Educação Especial: rede municipal de educação Ano Classes Escolas Exclusivas Classes Comuns Especiais

2012 0% O 0% O 100% 20 2013 0% O 0% O 100% 17 2014 O% O 0% 0 100% 06 2015 O% O 0% O 100% 07 Fonte: GDAE/2015

Estratégias: Extensão de dotações do Fundeb aos alunos que recebem educação especial; fomentar a formação continuada de professores de educação especial; ampliar a oferta de vagas de educação especial nas redes públicas; programa nacional de acessibilidade nas escolas públicas para adequação arquitetõnica; oferta de transporte, disponibilização de material didático acessível e recursos de tecnologia assistiva e oferta de educação bilíngüe em língua portuguesa e Língua Brasileira de Sinais — LIBRAS; promover a articulação entre o ensino regular e a especializada por meio das salas de recurso multifuncionais da própria escola ou em instituições especializadas, generalizar, como parte dos programas de formação em serviço, a oferta de cursos sobre o atendimento básico a educandos especiais, para os professores em exercício na Educação Infantil e no Ensino Fundamental, utilizando a TV Escola e outros programas de Educação à Distância, garantir a generalização, da aplicação de testes de acuidade visual e auditiva em todas as instituições de Educação Infantil e do Ensino Fundamental, em parceria com a área de saúde, de forma a detectar problemas e oferecer apoio adequado às crianças especiais, generalizar, o atendimento aos alunos com necessidades especiais na Educação Infantil e no Ensino Fundamental, através de consórcios entre municípios, quando necessário, provendo o transporte escolar, implantar, em cada unidade da Federação, em parceria com as áreas de saúde, assistência social, trabalho e com as organizações da sociedade civil, pelo menos um centro especializado, destinado ao atendimento a pessoas com severa dificuldade de desenvolvimento, tornar disponíveis, livros didáticos falados, em breie e em caracteres ampliados, para todos os alunos cegos e para os de visão subnormal do Ensino Fundamental, ampliar o 61

fornecimento e uso de equipamentos de informática como apoio à aprendizagem do educando com necessidades especiais, através de parceria com organizações da sociedade civil, voltadas para esse tipo de atendimento, assegurar, durante a década, transporte escolar com as adaptações necessárias aos alunos que apresentem dificuldade de locomoção, assegurar a inclusão, no projeto pedagógico das unidades escolares, do atendimento às necessidades educacionais especiais de seus alunos, definindo os recursos disponíveis e oferecendo formação em serviço aos professores em exercício, articular as ações de Educação Especial e estabelecer mecanismos de cooperação com a política de educação para o trabalho, em parceria com organizações governamentais e não-governamentais, para o desenvolvimento de programas de qualificação profissional para alunos especiais, promovendo sua colocação no mercado de trabalho. Definir condições para a terminalidade para os educandos que não puderem atingir níveis ulteriores de ensino, estabelecer um sistema de informações completas e fidedignas sobre a população a ser atendida pela Educação Especial, a serem coletadas pelo censo educacional e pelos censos populacionais.

(

62

Alfabetização Infantil

Meta 5: Alfabetizar todas as crianças, no máximo, até o final do 3° ano do Ensino Fundamental,

Gr. 11 — Alunos no final do 3° ano alfabetizados.

96,2% dos alunos no Final do 39 ano foram Alfabetizados

100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 o Total de Alunos Total de Alunos Total de Alunos no Final do Ciclo Retido no Final do Aprovados no Ciclo Final do Ciclo

Estratégias: Estruturação do ensino fundamental de 9 anos com foco na organização de ciclo de alfabetização com duração de três anos; dotar as escolas de infraestrutura material para a consecução da meta: quadra poliesportivas, laboratórios, cozinha, refeitório, banheiros e outros, bem como a produção de material didático pertinente, matérias de consumo, capacitação de professores em serviço e estruturar os processos pedagógicos de alfabetização nos anos iniciais do Ensino Fundamental, articulando-os com as estratégias desenvolvidas na pré-escola, garantindo a alfabetização plena a todas as crianças, Fomentar o desenvolvimento de tecnologias educacionais e de práticas pedagógicas inovadoras que assegurem a alfabetização e favoreçam a melhoria do fluxo escolar e a aprendizagem dos(as) alunos(as), consideradas as diversas abordagens metodológicas e sua efetividade. 63

Educação Integral

Meta 6 Oferecer Educação em tempo integral em, no mínimo, 50% das escolas públicas, de forma a atender, pelo menos, 25% dos (as) alunos (as) da Educação Básica

Tab. 15 - Porcentagem de matrículas na rede pública em Educação Básica — Integral (2° ao 9° ano).

Ano Todas as redes

2010 100% 517

2011 100% 478

2012 100% 439

2013 100% 457

2014 100% 461

2015 100% 390

Fonte: Setor Municipal de Educação/GDAE/2015

Estratégias: Garantir sete ou mais horas diárias ao alunado durante o ano letivo, buscando atender a pelo menos metade dos alunos matriculados nas escolas contempladas pelo programa; dotar essas escolas de completa infraestrutura, para que possam levar adiante o programa, assim como produzir os materiais didáticos necessários para a educação em tempo integral; buscar a articulação dessas escolas com instituições que permitam o crescimento intelectual do alunado: bibliotecas, museus, centros comunitários, parques, teatros etc; garantir a consonância entre as políticas de educação integral e o Projeto Político Pedagógico de cada unidade escolar, orientando-se pelos princípios democráticos e participativos.

Qualidade da Educação Básica/IDEB O IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) foi pelo INEP (Instituto Nacional de Estudos e de Pesquisas Educacionais Anisio Teixeira) em 2007, com o objetivo de medir a qualidade da rede de ensino nas escolas brasileiras. O 64

índice é calculado com base nas taxas de rendimento escolar (indicadas pelos índices de aprovação e evasão) e médias de desempenho dos alunos nos exames padronizados aplicados pelo INEP.

Os índices de aprovação são obtidos a partir dos dados do Censo Escolar realizado anualmente pelo INEP e as médias de desempenho utilizadas são aquelas observadas na Prova Brasill4 (para IDEBs de escolas e municípios) e do SAEB15 (no caso dos IDEBs dos estados e nacional). Para os cálculos utiliza-se uma escala de O a dez. Desse modo, esse índice reúne, em um só indicador, dois conceitos igualmente importantes para a qualidade da educação: fluxo escolar e médias de desempenho nas avaliações. Para que o IDEB de uma escola ou rede cresça é preciso garantir que os alunos aprendam, não repitam o ano e tenham uma freqüência regular. Por isto, mais do que um indicador estatístico, ele pode ser utilizado como um diagnóstico atualizado da situação educacional e como um parâmetro para a projeção de metas orientadoras para ações voltadas para o aumento da qualidade de ensino.

Com base na análise do IDEB em nível nacional, o MEC propõe metas intermediárias calculadas pelo INEP no âmbito do programa de metas fixadas pelo Compromisso "Todos pela Educação", eixo do plano de Desenvolvimento da Educação, que trata da educação básica. A meta é que o país supere progressivamente a situação atual (média de 4,2 em 2007) e chegue em 2021 à média 6,0, tendo como referência a qualidade dos sistemas em países da OCDE 16. Para tanto, cada escola deve realizar todos os esforços para melhorar seus índices, porque esse será um indicativo seguro e visível para toda a sociedade de que estará cumprindo da melhor forma possível sua função social.

Meta 7: Fomentar a qualidade da educação básica em todas as etapas e modalidades, com melhoria do fluxo escolar e da aprendizagem de modo a atingir as seguintes médias nacionais para o IDEB:

65

Tab. 16 - Projeção da Rede Municipal e Rede Estadual de Educação de Populina

(IDEB 2013)

IDEB Metas Observado Projetadas Ensino Fundamental 2011 2013 2011 2013 2015 2017, 2019 2021 2020 2025

7,1 Anos Iniciais 6,0 5,9 - 6,2 6,5 6,7 6,9

Anos Finais 4,9 5,6 4,9 5,2 5,5 5, 8

Fonte: Prova Brasil 2013 / Censo Escolar 2011-2013, INEP - MEC.

Estratégias: Apoio técnico e financeiro voltados para a melhoria da gestão educacional, à formação de professores e de pessoal operacional e da melhoria da infraestrutura escolar; acompanhar e divulgar bianualmente os resultados do IDEB nos sistemas de ensino da União, Estados e Municípios; assistência técnica e financeira às escolas que não consigam atingir os respectivos IDEBs; aprimorar os instrumentos de avaliação da qualidade do ensino fundamental e médio, de forma a englobar o ensino de ciências nos exames aplicados nos anos finais do ensino fundamental e incorporar o exame nacional de ensino médio ao sistema de avaliação da educação básica; garantir o transporte gratuito para todos os estudantes da educação do campo na faixa etária da educação escolar obrigatória, mediante renovação da frota de veículos; selecionar, certificar e divulgar tecnologias educacionais para o ensino fundamental e médio, assegurada a diversidade de métodos e propostas pedagógicas; fomentar tecnologias educacionais e inovações das práticas pedagógicas nos sistemas de ensino que assegurem a melhoria da aprendizagem do atunado; apoiar a gestão escolar mediante a transferência direta de recursos à escola; outras Estratégias voltadas para a necessária infraestrutura material e humana que propicie atingir as médias estabelecidas no quadro acima: atendimento ao estudante em todas as etapas da educação básica, aquisição de equipamentos e recursos tecnológicos às escolas, políticas de combate a violência, políticas de inclusão e permanência na escola; garantir o ensino da história e cultura afro-brasileira; ampliar a educação no campo, a quilombolas e indígenas; repasse de 66

verbas aos Estados e Municípios que tenham aprovado leis específicas para instalação de conselhos escolares ou órgãos colegiados equivalentes nos quais participem as comunidades escolares; atendimento à saúde do alunado; confrontar os resultados do IDEB com o PISA para comparar o desempenho de nosso alunado com os das áreas afluentes do globo. Assegurar que no quinto ano de vigência deste PME, pelo menos 70% (setenta por cento) dos(as) alunos(as) do Ensino Fundamental e Médio tenham alcançado nível suficiente de aprendizado em relação aos direitos e objetivos de aprendizagem e desenvolvimento de seu ano de estudo, e 50% (cinquenta por cento), pelo menos, o nível desejável e no último ano de vigência deste PME, todos os (as) estudantes do Ensino Fundamental e médio tenham alcançado nível suficiente de aprendizado em relação aos direitos e objetivos de aprendizagem e desenvolvimento de seu ano de estudo, e 80% (oitenta por cento), pelo menos, o nível desejável. Induzir processo contínuo de auto avaliação das escolas de educação básica, por meio da constituição de instrumentos de avaliação que orientem as dimensões a serem fortalecidas, destacando-se a elaboração de planejamento estratégico, a melhoria contínua da qualidade educacional, a formação continuada dos (as) profissionais da educação e o aprimoramento da gestão democrática, assegurar a todas as escolas públicas municipais de educação básica o acesso a energia elétrica, abastecimento de água tratada, esgotamento sanitário e manejo dos resíduos sólidos, prover, em regime de colaboração com a União, equipamentos e recursos tecnológicos digitais para a utilização pedagógica no ambiente escolar para as escolas públicas da educação básica, criando, inclusive, mecanismos para implementação das condições necessárias para a universalização das bibliotecas e/ou salas de leitura nas instituições educacionais, com acesso a redes digitais de computadores, inclusive a internet, informatizar integralmente a gestão das escolas públicas municipais, bem como manter ações de formação inicial e continuada para o pessoal técnico das escolas públicas e da secretaria municipal de educação. 67

Elevação da Escolaridade/Diversidade

Meta 8: Elevar a escolaridade média da população de 18 a 29 anos, de modo a alcançar no mínimo 12 anos de estudo no último ano, para as populações do campo, da região de menor escolaridade no País e dos 25% mais pobres, e igualar a escolaridade média entre negros e não negros declarados à Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Estratégias: Programas e tecnologias para a correção de fluxo, acompanhamento pedagógico individualizado, recuperação e progressão parcial, priorizando estudantes dessas faixas etárias com rendimento defasado de acordo com segmentos populacionais considerados; fomentar programas de educação de jovens e adultos que estão fora da escola e com defasagem idade e série; garantir acesso gratuito a exames de certificação e conclusão dos ensinos fundamental e médio; fomentar a expansão da oferta de matrículas de educação profissional técnica por parte das entidades privadas de serviço social e de formação profissional vinculadas ao sistema sindical concomitante ao ensino público para os segmentos considerados; acompanhar e monitorar o acesso à escola desses segmentos populacionais, identificando os motivos de ausência e baixa frequência, colaborando com Estados e Municípios para a solução dos problemas de frequência e evasão; promover a busca de crianças fora da escola ligadas aos segmentos populacionais considerados.

6.2- EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

6.2.1- Diagnóstico

A Constituição Federal determina, como um dos objetivos do Plano Nacional de Educação, a integração de ações do poder público que conduzam à erradicação do analfabetismo (art. 214, I). Trata-se de tarefa que exige uma ampla mobilização de recursos humanos e financeiros por parte dos governos e da sociedade. "Os déficits do atendimento no Ensino Fundamental resultaram, ao longo dos anos, num grande número de jovens e adultos que não tiveram acesso ou não lograram terminar o Ensino Fundamental obrigatório". (PNE 2001) Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD/113GE,2012), o Brasil tinha uma população de 45, 8 milhões de pessoas com 68

18 anos ou mais que não frequentavam a escola e não tinham o ensino fundamental completo. Dados do Censo da Educação Básica realizado pelo INEP, apontam que a Educação de Jovens e Adultos (EJA) apresentou queda de 3,7% (141.055), totalizando 3.711.207 matrículas em 2013. Desse total, 2.427.598 (65,4%) estavam no ensino fundamental e 1.283.609 (34,6%) no ensino médio. Outro fator a ser considerado nessa modalidade é o elevado índice de abandono, ocasionado, entre outros motivos, pela inadequação das propostas curriculares as especificidades dessa faixa etária. As profundas transformações que vêm ocorrendo em escala mundial, em virtude do acelerado avanço científico e tecnológico e do fenômeno da globalização, têm implicações diretas nos valores culturais, na organização das rotinas individuais, nas relações sociais, na participação política, assim como na reorganização do mundo do trabalho. A necessidade de contínuo desenvolvimento de capacidades e competências para enfrentar as profundas transformações que vêm ocorrendo em escala mundial, alterou a concepção tradicional de educação de jovens e adultos, não mais restrita a um período particular da vida ou a uma finalidade circunscrita.

O conceito de educação ao longo de toda a vida, deve se iniciar com a alfabetização. Mas não basta ensinar a ler e a escrever. Para inserir a população no exercício pleno da cidadania, melhorar sua qualidade de vida e de fruição do tempo livre, e ampliar suas oportunidades no mercado de trabalho, a educação de jovens e adultos deve compreender, no mínimo, a oferta de uma formação equivalente às oito séries iniciais do Ensino Fundamental. Da mesma forma, deve ser garantido, aos que completaram o Ensino Fundamental, o acesso ao Ensino Médio. (PNE, 2001)

De acordo com a Carta Magna (art. 208, I), a modalidade de ensino "educação de jovens e adultos", no nível fundamental, deve ser oferecida gratuitamente pelo Estado a todos os que a ele não tiveram acesso na idade própria. Compete aos poderes públicos, em todos os níveis, disponibilizar os recursos para atender a essa educação. Para atender a essa clientela, numerosa e heterogênea, no que se refere a interesses e competências adquiridas na prática social, há que se diversificar os programas. Neste sentido, é fundamental a participação solidária de toda a 69

comunidade, com o envolvimento das organizações da sociedade civil diretamente envolvidas na temática. É necessária, ainda, a produção de materiais didáticos e técnicas pedagógicas apropriadas, além da especialização do corpo docente. A integração dos programas de educação de jovens e adultos com a educação profissional aumenta sua eficácia, tornando-os mais atrativos. É importante o apoio dos empregadores, no sentido de considerar a necessidade de formação permanente - o que se pode dar de diversas formas: 1 - organização de jornadas de trabalho compatíveis com o horário escolar; 2 - concessão de licenças para freqüência em cursos de atualização; 3 - implantação de cursos de formação de jovens e adultos no próprio local de trabalho. Também é oportuno observar que há milhões de trabalhadores inseridos no amplo mercado informal, ou à procura de emprego, ou, ainda, envolvidos com tarefas domésticas - sobretudo as mulheres. Daí a importância da associação das políticas de emprego e proteção contra o desemprego à formação de jovens e adultos. Da mesma forma, deve ser garantido, aos que completaram o Ensino Fundamental, o acesso ao Ensino Médio. Embora o financiamento das ações pelos poderes públicos seja decisivo na formulação e condução de estratégias necessárias para enfrentar o problema dos déficits educacionais, é importante ressaltar que, sem uma efetiva contribuição da sociedade civil, dificilmente o analfabetismo será erradicado e, muito menos, lograr- , se-á universalizar uma formação equivalente às oito séries iniciais do Ensino Fundamental. Universidades, igrejas, sindicatos, entidades estudantis, empresas, associações de bairros, meios de comunicação de massa e organizações da sociedade civil, em geral, devem ser agentes dessa ampla mobilização.

A Educação de Jovens e Adultos ern Populina

A tabela 17 demonstra a evolução de matrículas iniciais na Educação de Jovens e Adultos, no período de 2010 a 2014. 70

Tab. 17 - Educação de Jovens e Adultos (EJA): evolução de matrículas iniciais na Rede Municipal de Educação de Populina

Ano 2010 2011 2012 2013 2014 2015

Matr Matr, Matr. Matr. Matr. Matr . % % % c/0 % Inici. Inici. Inici. Inici. Inici. Inici. Estadual 22 ------ --- - - -- -

Municipal 47 61,70% 18 ------Fonte:INEP - MEC / 2009.

No ano de 2010 a 2015 não houve matrículas nessa modalidade de ensino.

Analfabetismo Funcional de Jovens e Adultos

A Educação de Jovens e Adultos no Brasil está em consonância com as discussões do movimento nacional e internacional de luta em defesa do direito à educação para todos, assumindo o desafio de se organizar como política pública.

A Declaração de Hamburgo, de 1997, documento produzido na V Conferência Internacional de Educação de Adultos, realizada na Alemanha, assinala em seu item nove que Educação Básica para todos significa dar às pessoas, independentemente da idade, a oportunidade de desenvolver seu potencial, coletiva ou individualmente, o que não é apenas um direito, mas também um dever e uma responsabilidade para com os outros e a sociedade.

Além disso, em uma época marcada por aceleradas transformações nos processos econômicos, culturais e políticos, novas exigências se interpõem para que os indivíduos possam partilhar das riquezas e dos conhecimentos socialmente produzidos. Em decorrência disso, o sentido da Educação de Jovens e Adultos e Idosos alargou-se, a partir do parecer do Conselho Nacional de Educação 11/2000, para absorver a idéia do aprender por toda a vida, como condição indispensável a ela. Afinal os sujeitos se formam em processos contínuos de aprendizado, não representados necessariamente pela escola, mas pelos múltiplos espaços sociais nos 71

quais interagem, nas relações cotidianas da vida, como as do trabalho, da família, das associações, das igrejas, etc.

Meta 9: Elevar a taxa de alfabetização da população com 15 anos ou mais para 93,5% até 2015 e, até o final da vigência deste PME, erradicar o analfabetismo absoluto e reduzir em 50% a taxa de analfabetismo funcional.

Tab. 18 - Porcentagem de Matrículas no período noturno da Educação de Jovens e Adultos

EJA — Total

Ano EJA diurno EJA noturno 2010 0% O 100 69 % 2011 0% O 100 18 % 2012 ------2013 ------Fonte: MEC/Inep/DEED/Censo Escolar/Preparação: Todos pela Educação

Tab. 19 EJA — Ensino Fundamental (Séries Iniciais)

Ano EJA Fundamental diurno EJA Fundamental noturno 2010 0% O 100% 47 2011 0% O 100% 18 2012 ----- 201 - - --

Fonte: MEC/Inep/DEED/Censo Escolar / Preparação: Todos Pela Educação

Tomando por base o que dispõe o PNE, esta modalidade de ensino deve ser oferecida de forma diferenciada e descentralizada, estimulando as instituições de ensino, públicas e privadas, as organizações não governamentais, as entidades patronais, sindicatos, associações e outras instituições, a oferecerem cursos de alfabetização para a população que apresenta esse tipo de demanda. Somente com a união de esforços da coletividade será possível enfrentar, com sucesso, os grandes 72

desafios da escolaridade de jovens e adultos em relação a matrículas, permanência e qualidade do ensino oferecido. As metas, destacadas abaixo, têm como fonte o Plano Nacional de Educação, com estratégias a serem executadas dentro de seu prazo de vigência: 2015 a 2025:

Estratégias: Oferta gratuita da educação de jovens e adultos a todos os que não tiveram acesso à educação básica na idade própria; implementar ações de alfabetização de jovens e adultos com garantia de continuidade da escolarização básica; promover chamadas públicas regulares de jovens e adultos e avaliação de alfabetização por meio de exames que permitam aferição do grau de analfabetismo de jovens e adultos com mais de 15 anos; em articulação com a área da saúde, atendimento oftalmológico e fornecimento de óculos para estudantes da educação de jovens e adultos.

EJA Integrada à Educação Integral

Meta 10: Oferecer,, `no niihiMo, 25% (vinte e cinca- por cento) as ''inatriculas de educação de jovens e adultos, nos ensinos fundamental e médio, na forma integrada à educação profissional.

Tab. 20 - Número de Matriculas da EJA Integrada à Educação Profissional

Ano Todas as redes Municipal Estadual Federal Privada 2010 O O O O O 2011 O 0 O 0 O 2012 O O O O O 2013 O O O 0 O Fonte: MEC/Inep/DEED/Censo Escolar / Preparação: Todos Pela Educação

Estratégias: Manter programa nacional de educação de jovens e adultos com vistas à conclusão do ensino fundamental e a formação profissional inicial, estimulando a conclusão da educação básica; expansão das matriculas na educação de jovens e adultos a fim de articular a formação inicial e continuada de trabalhadores e a educação profissional, objetivando a elevação do nível de escolaridade do trabalhador; fomentar a integração da EJA com a educação profissional, em cursos 73

planejados de acordo com as características e especificidades do público da EJA, incluindo a educação à distância; aquisição de equipamentos e melhoria na rede física da EJA; produção de material didático, currículos e metodologias especificas para avaliação e formação continuada de docentes da EJA; assistência social e financeira aos estudantes da EJA que contribuam para o acesso e permanência, a aprendizagem e a conclusão da EJA; diversificação curricular do ensino médio para jovens e adultos, preparando-os para o mundo do trabalho, da tecnologia e da cultura e cidadania numa unidade escolar com plena infraestrutura.

- EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA E FORMAÇÃO PROFISSIONAL

6.3.1- Diagnóstico

Segundo o Plano Nacional de Educação, a realidade dos cursos profissionalizantes é muito heterogênea. Além das redes federais e estaduais de escolas técnicas, existem os programas do Ministério do Trabalho, das secretarias estaduais e municipais do trabalho e dos sistemas nacionais de aprendizagem, assim como certo número, que se imagina muito grande, de cursos particulares de curta duração, Educação a Distância, além de treinamento em serviço de cursos técnicos oferecidos pelas empresas para seus funcionários. A heterogeneidade e a diversidade são elementos positivos, pois permitem atender a uma demanda muito variada. Mas há fatores preocupantes. O principal deles é que a oferta é pequena: embora, de acordo com as estimativas mais recentes, já atinja cerca de cinco milhões de trabalhadores, está longe de atingir a população de jovens que precisa se preparar para o mercado de trabalho e a de adultos que a ele precisa se readaptar. Associada a esse fato, está a limitação de vagas nos estabelecimentos públicos, especialmente na rede das 185 escolas federais de nível técnico e tecnológico existentes no país, que aliam a formação geral de nível médio à formação profissional. O maior problema, no que diz respeito às escolas técnicas públicas de nível médio, é que a alta qualidade do ensino que oferecem está associada a um custo extremamente alto para sua instalação e manutenção, o que torna inviável uma multiplicação capaz de atender ao conjunto de jovens que procuram formação profissional. Além disso, em razão da oferta restrita, criou-se um sistema de seleção que tende a favorecer os alunos de maior renda e melhor nível de escolarização, 74

afastando os jovens trabalhadores, que são os que dela mais necessitam. Funcionando em escolas onde há carências e improvisações generalizadas, a Educação Profissional tem reafirmado a dualidade propedêutico-profissional, existente na maioria dos países ocidentais. Funcionou sempre como mecanismo de exclusão, fortemente associado à origem social do estudante. Embora não existam estatísticas detalhadas a respeito, sabe-se que a maioria das habilitações de baixo custo e prestígio encontra-se em instituições noturnas estaduais ou municipais. Em apenas 15% delas, há bibliotecas, menos de 5% oferecem ambiente adequado para estudo das ciências e menos de 2% possuem laboratório de informática - indicadores da baixa qualidade do ensino que oferecem às camadas mais desassistidas da população. Segundo o Plano Nacional de Educação, as diretrizes para o Ensino Profissionalizante não podem ficar reduzidas à aprendizagem de algumas habilidades técnicas, o que não impede o oferecimento de cursos de curta duração, voltados para a adaptação do trabalhador às oportunidades do mercado de trabalho, associados à promoção de níveis crescentes de escolarização regular. Entende-se que a Educação Profissional não pode ser concebida, apenas, como uma modalidade de Ensino Médio, mas deve constituir educação continuada, que perpassa toda a vida do trabalhador. Novas diretrizes no sistema público de Educação Profissional estão sendo implantadas, associadas à reforma do Ensino Médio. Prevê-se que a Educação Profissional, sob o ponto de vista operacional, seja estruturada nos níveis básico - independente do nível de escolarização do aluno - técnico complementar ao Ensino Médio e tecnológico superior de graduação ou de pós-graduação. Conforme os Planos Nacional e Estadual de Educação está prevista a integração de dois tipos de formação: a formal, adquirida em instituições especializadas, e a não-formal, adquirida por meios diversos, incluindo o trabalho. Para isso, é preciso estabelecer um sistema flexível de reconhecimento de créditos obtidos em qualquer uma das modalidades e certificar competências adquiridas por meios não-formais de educação profissional. É importante considerar que a oferta de educação profissional é responsabilidade igualmente compartilhada entre o setor educacional, o Ministério do 75

Trabalho, secretarias do trabalho, serviços sociais do comércio, da agricultura e da indústria e os sistemas nacionais de aprendizagem. Os recursos provêm, portanto, de múltiplas fontes. É necessário, também, e cada vez mais, contar com recursos das próprias empresas, as quais devem financiar a qualificação dos seus trabalhadores, como ocorre nos países desenvolvidos. A política de Educação Profissional é, portanto, tarefa que exige a colaboração de múltiplas instâncias do Poder Público e da sociedade civil. As metas do Plano Nacional de Educação estão voltadas para a implantação de uma nova Educação Profissional no país e para a integração das iniciativas. Têm como objetivo central generalizar as oportunidades de formação para o trabalho, de treinamentos, mencionando, de forma especial, o trabalhador rural. A tabela a seguir demonstra quais cursos e cidade os alunos de Populina estão realizando o Ensino Técnico Profissionalizante, com base nas matrículas de 2015. Tab. 21 - Relação de cursos e quantidade de estudantes no ensino técnico profissionalizante

Cursos Jates Ouroeste Eletrônica 02 Estética e Beleza 02 Estética e Cosmética 02 - -- Mecânica Automotiva 02 Técnico em Farmácia .. ... 01 Técnico em Segurança do Trabalho 02 Teologia ------01 Total 08 02 02 Fonte: Departamento Municipal de Educação - Populina / 2015.

Os objetivos e metas para o Ensino Técnico Profissionalizante, em Populina, têm como base o Plano Nacional de Educação (PNE) e o Plano Estadual de Educação (PEE), além de ações específicas do poder público municipal, já que, atualmente, o município de Populina oferece, aos munícipes, a educação profissionalizante. 76

Meta 11: Triplicar as matrículas da educação profissional técnica de nível médio, assegurando a qualidade da oferta e, pelo menos, 50% da expansão no segmento público. Com vistas ao atual perfil municipal e regional e as perspectivas futuras sobre o direcionamento de sua economia, baseada na agricultura, o município coloca como objetivos e metas para a Educação Profissionalizante em Populina. Estratégias: Oferecer cursos técnicos na área de agricultura familiar; proporcionar à população condições de cursar escolas técnicas para a formação de mão-de-obra qualificada para a indústria sucroalcooleira da região; efetivar parcerias com instituições de ensino técnico de nível regional, estadual e/ou federal para a implantação de cursos que atendam às necessidades do mercado de trabalho local e regional; oferecer vagas para a formação de nível técnico aos alunos egressos do Ensino Médio e, também, para a população em idade produtiva e que precisa se readaptar às novas exigências e perspectivas do mercado de trabalho, junto às instituições de ensino regionais; estimular, permanentemente, o uso das estruturas públicas e privadas, não só para os cursos regulares, mas também para o treinamento e atualização de trabalhadores com vistas a inseri-los no mercado de trabalho, com mais condições de competitividade e produtividade, possibilitando a elevação de seus níveis educacional, técnico e de renda; articular a oferta de Educação Profissional com a Educação de Jovens e Adultos, proporcionando condições de desenvolvimento de escolaridade, objetivando a conclusão da Educação Básica, fazer parceria com a Rede Paula Souza de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, levando em consideração a ordenação territorial, sua vinculação com arranjos produtivos, sociais e culturais locais e regionais, bem como a interiorização da educação profissional. 77

B - EDUCAÇÃO SUPERIOR

6.4- ENSINO SUPERIOR

6.4.1- Diagnóstico

As Instituições de Ensino Superior- IES têm muito a fazer, no conjunto dos esforços nacionais, para colocar o País à altura das exigências e desafios do Séc. XXI, encontrando a solução para os problemas atuais, em todos os campos da vida e da atividade humana e abrindo um horizonte para um futuro melhor para a sociedade brasileira, reduzindo as desigualdades. A oferta de educação básica de qualidade para todos está grandemente nas mãos dessas instituições, na medida que a elas compete primordialmente a formação dos profissionais do magistério; a formação dos quadros profissionais, científicos e culturais de nível superior, a produção de pesquisa e inovação, a busca de solução para os problemas atuais são funções que destacam a universidade no objetivo de projetar a sociedade brasileira num futuro melhor. (PNE, 2001)

De acordo com o Plano Nacional de Educação, a pressão pelo aumento de vagas na educação superior, que decorre do aumento acelerado do número de egressos da educação média, já está em pleno crescimento. Deve-se planejar a expansão com qualidade, evitando-se o fácil caminho da massificação. É importante a contribuição do setor privado, que já oferece a maior parte das vagas na educação superior e tem um relevante papel a cumprir, desde que respeitados os parâmetros de qualidade estabelecidos pelos sistemas de ensino . A tabela, a seguir, demonstra em quais municípios os estudantes de Populina estão matriculados em Instituições de Ensino Superior, assim como a quantidade de alunos por curso e o total de alunos por município. Estes dados representam somente os alunos cadastrados no Setor Municipal de Educação e que recebem algum auxílio da Prefeitura Municipal, 78

Tab. 22 - Relação de cursos e quantidade de alunos nas IES

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03 (ni o Jo 0 ta c Pau n L. -Ri Pre O 0 tup --) Sa Rio São São vo r. ;„ Administração 02 01 Agronomia 07 Arquitetura e Urbanismo 03 Biomedicina 01 Direito 03 Educação Fisica 03 Enfermagem 01 Engenharia Ambiental 01 Engenharia Civil 07 03 Engenharia de Controle e Automação 02 Engenharia de Produção 01 Engenharia e Coméstica Engenharia Elétrica 03 Estética e Cosmética 01 Farmácia 03 Fisioterapia 02 01 Letras 01 - Medicina Veterinária 02 Odontologia 03 01 Pedagogia 02 01 , Publicidade e Propaganda 01 Serviço Social 01 Total 32 05 01 04 01 14 57 Fonte: Fonte: Setor Municipal de Educação/Populina 2015.

Tab. 23 -Transporte de Alunos

CURSO FACULDADE CIDADE TOTAL DE ALUNOS Superior Fundação Educacional de Fernandópolis Fernandópolis 80 Superior Centro Universitário de Votuporanga Votuporanga 29 Superior Centro Universitário de Jates 20 Fonte: Setor Municipal de Educação/ Populina 2015.

O estabelecimento de objetivos e metas para o Ensino Superior de Populina leva em consideração a atual realidade do cenário municipal e regional, sobretudo, considerando as perspectivas de oferta e demanda por este nível de ensino. O prazo 79

de dez anos foi dividido em curto prazo (CP): 2016 e 2017; médio prazo (MP): 2018 a 2021 e longo prazo (LP): 2022 a 2025.

Meta 12: Elevar a taxa bruta de matricula na educação superior para 50% (cinquenta por cento) e a taxa líquida para 33% (trinta e três por cento) da população de 18 anos (dezoito) a 24 (vinte e quatro) anos, assegurada a qualidade da oferta e expansão para, pelo menos, 40% (quarenta por cento) das novas matrículas, no segmento público.

Estratégias: Firmar parcerias com as instituições públicas regionais de Ensino Superior, tais como o Pólo Regional da Universidade Aberta do Brasil em Jales (UAB) e a Faculdade de Tecnologia de Jates (FATEC), colaborando com a permanência destas instituições na região, garantindo maior possibilidade de acesso aos estudantes do município em instituições públicas e gratuitas, firmar parcerias com as instituições de Ensino Superior Privadas, da região, objetivando a concessão de bolsas de estudo e outros incentivos aos estudantes do município; oferecer incentivo financeiro, através de bolsas de estudo, parciais ou integrais, aos estudantes do município, para custear os estudos e que venham a se matricular em Instituições de Ensino Superior da região; oferecer transporte escolar gratuito aos estudantes do município que venham a se matricular em Instituições de Ensino Superior da região; estimular a adoção, pelas instituições públicas e privadas, de programas de assistência estudantil, tais como bolsa-trabalho ou outros destinados a apoiar os estudantes carentes que demonstrem bom desempenho acadêmico; apoiar todas as iniciativas de criação de instituições de Ensino Superior de qualidade no município de Populina seja na modalidade presencial ou de Ensino à Distância, que venham a contribuir para o atendimento à população local e regional, o desenvolvimento científico e tecnológico, além da prestação dos serviços provenientes das atividades de extensão universitária.

Metas 13 ,14 (não há estratégias por serem voltadas para o Ensino Superior). 80

- Educação Profissional

A Educação Profissional, no Artigo 39 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional — LDB N° 9.393/96 — 20/12/1996, é caracterizada como uma modalidade específica de ensino, assim definida: "A Educação profissional, integrada às diferentes formas de educação, ao trabalho, à ciência e à tecnologia, conduz ao permanente desenvolvimento de aptidões para a vida produtiva", o que deixa clara sua independência em relação ao ensino regular, o reconhecimento de sua importância no contexto nacional e o propósito de promover a transição entre a escola e o mundo do trabalho.

Estendendo-se a todos os níveis de escolaridade, desde os mais elementares até os de mais alto grau (como os aperfeiçoamentos e atualizações oferecidos a graduados e pôs-graduados), a Educação Profissional traz o pressuposto de que não deva ser uma situação estanque, mas sim um processo permanente, que englobe cursos e programas que possibilitem o aproveitamento contínuo e articulado de estudos na perspectiva de uma constante qualificação do trabalhador.

Meta 15: Garantir, em regime de colaboração entre a União, Estados, Distrito Federal, e os Municípios, no prazo de 1 ano de vigência deste PME, política nacional de formação dos profissionais da educação de que tratam os incisos I, II e III do caput do art. 61da Lei 9.394, 20 de dezembro de 1996, assegurado que todos os professores e as professoras da educação básica possuam formação específica de nível superior, obtida em curso de licenciatura na área de conhecimento em que atuam. 81

Tab. 24 — Porcentagem de professores da Educação Básica com curso superior

Ano Com superior Sem licenciatura Com licenciatura

2007 93% 53 1,8% 1 91,2% 52

2008 91,2% 52 0% O 91,2% 52

2009 91,4% 53 0% O 91,4% 53

2010 88,3% 53 0% O 88,3% 53

2011 87,9% 58 21,2% 14 66,7% 44

2012 94,9% 56 6,8% 4 88,1% 52

2013 96,1% 49 5,9% 3 90,2% 46

Fonte: MEC/Inep/DEED/Censo Escolar / Preparação: Todos Pela Educação

Estratégias: Diagnóstico das necessidades de formação de profissionais do magistério e da capacidade de atendimento por parte de instituições públicas e comunitárias de educação superior existentes nos Estados, Municípios e Distrito Federal, e definição das obrigações recíprocas entre os partícipes; financiamento estudantil aos matriculados em cursos de licenciatura com avaliação positiva pelo SINAES (Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior), na forma da lei 10.861/04, com amortização quando na docência na rede pública; iniciação à docência a estudantes matriculados em cursos de licenciatura, incentivando a formação profissional do magistério para atuar na educação básica pública; utilização da informática para organizar a oferta de matriculas em cursos de formação inicial e continuada de professores, divulgação e atualização dos currículos eletrônicos dos docentes; política nacional de formação e valorização dos profissionais da educação, de forma a ampliar a formação em serviço; reforma curricular dos cursos de licenciatura, dividindo a carga horária em formação geral, formação na área do saber e didática geral; implementação das respectivas diretrizes curriculares; valorizar o estágio nos cursos de licenciatura visando à conexão entre formação acadêmica e as demandas da rede pública de educação básica; cursos e programas especiais aos formandos em curso normal não licenciados ou licenciados em área diversa da de atuação docente, em efetivo exercício. 82

- Formação continuada e pós-graduação de professores

A Formação e Valorização dos Trabalhadores da Educação, assim como os demais, foi discutido e construído nas unidades educativas municipais, estaduais e instituições educacionais privadas do município de Florianópolis, com a participação, não só dos profissionais da educação, mas de outras pessoas da sociedade civil.

A qualificação do pessoal docente se apresenta hoje como um dos maiores desafios para o Plano Nacional de Educação e o Poder Público precisa dedicar-se prioritariamente à solução desse problema.

A implementação de políticas públicas de formação inicial e continuada dos profissionais da educação é uma condição e um meio para o avanço científico e tecnológico em nossa sociedade e, portanto, para o desenvolvimento do País, uma vez que a produção do conhecimento e a criação de novas tecnologias dependem do nível e da qualidade da formação das pessoas.

Meta 16: Incentivar a formação, em nível de pós-graduação, 50% dos professores da Educação Básica, até o último ano de vigência deste PME, e garantir a todos os (as) profissionais da Educação Básica formação continuada em área de atuação, considerando as necessidades, demandas e contextualizações dos sistemas de ensino, 83

Tab. 25 Porcentagem de professores da Educação Básica com Pós-Graduação

Ano Total do indicador

2007 0%

2008 1,8%

2009 3,4% 2

2010 8,3% 5

2011 7,6% 5

2012 11,9% 7

2013 7,8% 4

Fonte: IVIEC/Inep/DEED/Censo Escolar / Preparação: Todos Pela Educação

Tab. 26 — Tipo de Pós-Graduação

Ano Especialização Mestrado Doutorado

2007 0% O 0% O 0% O

2008 1,8% 1 0% O O% O

2009 1,7% 1 1,7%% 1 0% O

2010 8,3% 5 0% O 0% O

2011 7,6% 5 0% O O% O

2012 11,9% 7 O% O O% O

2013 7,8% 4 0% O 0% O

Fonte: MEC/Inep/DEED/Censo Escolar / Preparação: Todos Pela Educação

Estratégias: Dimensionamento da demanda por formação continuada fomentando a respectiva oferta por parte das instituições públicas de educação superior articulada 84

às políticas de formação dos Estrados, Distrito Federal e Municípios; consolidar sistema nacional de formação de professores, definindo diretrizes nacionais, áreas prioritárias, instituições formadoras e processos de certificação; consolidar Portal Eletrônico para subsidiar o professor na preparação de aulas, disponibilizando gratuitamente roteiros didáticos e material suplementar; planos de carreira para os profissionais da educação dos Estados, do Distrito Federal e Municípios; licenças para qualificação em nível de pós-graduação stricto sensu.

- Valorização do Professor

A valorização do magistério implica numa formação profissional que assegure o desenvolvimento da pessoa do educador enquanto cidadão e profissional, o domínio dos conhecimentos, objeto de trabalho com os alunos e dos métodos pedagógicos que promovam a aprendizagem. Salário condigno, competitivo, no mercado de trabalho, com outras ocupações que requerem nível equivalente de formação, e um processo de educação continuada, que permita ao professor o crescimento constante, dentro de uma visão crítica na perspectiva de um novo humanismo.

É imprescindível implantar procedimentos de avaliação institucional, que contemplem a execução do programa de avaliação de desempenho do profissional do magistério, de forma sistemática e contínua, como condição de melhoria da qualidade de ensino e como aperfeiçoamento profissional.

Meta 17: Valorizar os (as) profissionais do magistério da rede pública municipal da Educação Básica, a fim de equiparar o rendimento médio dos (as) demais profissionais com escolaridade equivalente, até o final do 6° ano da vigência deste PME.

Estratégias: Fórum permanente, com representação da União, de Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, para acompanhar a atualização progressiva do valor do piso salarial profissional dos profissionais do magistério público da educação básica e acompanhamento da evolução salarial por meio de indicadores, com base nas pesquisas do IBGE; implementação gradual, no âmbito da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, de jornada de trabalho cumprida em apenas um estabelecimento de ensino. 85

- Plano de Carreira do Magistério

Indicador 18 - Não há um indicador que permita acompanhar o cumprimento desta meta. No entanto, existem indicadores auxiliares.

Meta 18: Assegurar, no prazo de 2 anos a existência de planos de Carreira para 'os (as) profissionais da Educação Básica e Superior pública de todos os sistemas de ensino e, para o plano de Carreira dos (as) profissionais da Educação Básica pública, tomar como referência o piso salarial nacional profissional, definido em lei federal, nos termos do inciso VIII do art. 206 da Constituição Federal.

Estratégias: Estruturar os sistemas de ensino buscando atingir em seu quadro de profissionais 90% de servidores efetivos via concurso público; valorização do estágio probatório como condição para a efetivação; prova nacional de admissão de docentes, subsidiando os concursos de admissão pelos Estados, Distrito Federal e Municípios; oferta de cursos técnicos para formação de funcionários de escola, assim como sua formação continuada; censo dos funcionários da escola da educação básica; priorizar o repasse de transferências voluntárias para os Estados, Distrito Federal e Municípios que tenham aprovado lei específica estabelecendo planos de carreira para os profissionais da educação.

- Gestão Democrática

A Constituição da República Federativa do Brasil é o marco formal da garantia do Estado Democrático de Direito, que assegura aos cidadãos o direito de participar da vida pública, intervindo nas Políticas de Estado. Esta participação não pode ficar limitada somente ao direito de votar, mas, sem sombra de dúvidas, ao direito de participar das tomadas de decisão, que indicarão os rumos do país, do estado e do município.

A Gestão Democrática permite que se perceba uma situação adversa, não como ameaça, mas, sim, como uma nova oportunidade, o espaço ideal, para o crescimento e o aperfeiçoamento do processo vivenciado. 86

A própria construção do Plano é fruto da participação de muitos segmentos da sociedade, que, de forma coletiva, discutiram, exaustivamente, o contexto educacional, traduzindo a vontade de realizar uma educação qualificada, na cidade.

O objetivo deste Plano é o de continuar garantindo, de forma crescente, a participação de todos os segmentos nas decisões políticas para a Educação, em Populina. No entanto, a participação democrática estará garantida, quando os envolvidos tomarem consciência da co-responsabilidade, na defesa dos interesses públicos.

Neste contexto, estão inseridas as Diretrizes, que nortearão a Gestão Democrática, tendo a finalidade de promover e ampliar a participação dos segmentos, que compõem as Associações de Pais e Mestres e Conselhos Escolares nos Conselhos Municipais, vinculados à Educação.

Esta prática dará continuidade à política de descentralização, promovendo autonomia pedagógica, administrativa e financeira, das Unidades Educativas, conforme preconiza a Legislação Educacional vigente.

Indicador 19 - Não há um indicador que permita acompanhar o cumprimento desta meta. No entanto, existem indicadores auxiliares que apontam para a existência de práticas de gestão democrática.

• O indicador apresenta a situação de cada município em relação a existência de Conselho Municipal de Educação. Além disso, para os municípios com esse Conselho, também é possível verificar se este realizou reuniões nos últimos 12 meses e o caráter desse conselho (deliberativo, fiscalizador, normativo, consultivo); • Os dados são coletados pelo IBGE, na pesquisa Perfil dos Municípios Brasileiros, que realiza um levantamento de informações sobre Instituições Públicas Municipais.

Meta 19: Assegurar condições, no prazo de 2 anos, para a efetivação da gestão democrática da Educação, associada a critérios técnicos e mérito e desempenho e à consulta pública à comunidade escolar, no âmbito das escolas públicas, prevendo recursos e apoio técnico da União para tanto. 87

Estratégias: Priorizar o repasse de transferências voluntárias na área da educação para os Estados, o Distrito Federal e os Municípios que tenham aprovado lei específica prevendo a observância de critérios técnicos de mérito e desempenho e a processos que garantam a participação da comunidade escolar preliminares à nomeação comissionada de diretores escolares; aplicar prova nacional específica, a fim de subsidiar a definição de critérios objetivos para o provimento dos cargos de diretores escolares.

VII - FINANCIAMENTO E GESTÃO

7.1 - Diagnóstico

Todos os brasileiros, independente da idade, têm o direito público subjetivo de cursar o Ensino Fundamental completo, de oito ou nove anos. Dos 6 aos 14 anos, ele é obrigatório também para as famílias. Já, quanto à Educação Infantil, é dever constitucional do município oferecê-la a quantos a demandarem. O Brasil é uma República Federativa, composta por entes federados em níveis federal, estadual e municipal. Quanto à educação pública, segundo o Art. 205 da Constituição, a Lei n.° 9.394 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN), de 1996, que fixa suas diretrizes e bases, distribui o dever de atendimento na seguinte conformidade: ■Educação Infantil: Municípios; ■Ensino Fundamental: Estados, Municípios e Distrito Federal; ■Ensino Médio: Estados e Distrito Federal; ■Educação Superior e Profissional: União, Estados e Distrito Federal.

Todos os entes federados têm capacidade, regulada por leis, de cobrar tributos das pessoas físicas e jurídicas para atender às necessidades da população, por meio de seus serviços públicos. Os tributos, por sua vez, são gêneros que englobam, pelo menos, quatronespécies: impostos, taxas, contribuições sociais e contribuições de melhoria. A educação é financiada, basicamente, por impostos. Atualmente, a educação pública tem como fontes de financiamento, segundo o Art. 68 da LDBEN: I - receitas de impostos próprios da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; 88

II - receitas de transferências constitucionais e de outras transferências; III - receita do salário-educação e de outras contribuições sociais; IV - receita de incentivos fiscais; V - outros recursos previstos em lei.

O Art. 69 da LDBEN, que regulamenta o Art. 212 da Constituição, dispõe que a União aplicará, anualmente, nunca menos de dezoito por cento. Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, vinte e cinco por cento, ou o que consta nas respectivas Constituições ou Leis Orgânicas, da receita resultante de impostos, compreendidas as transferências constitucionais, na manutenção e desenvolvimento do ensino público. O repasse dos valores referidos ocorrerá ao órgão responsável pela educação e o atraso da liberação sujeitará à responsabilização civil e criminal das autoridades competentes. Os impostos e transferências vinculadas à Manutenção e Desenvolvimento do Ensino (MDE) são: I. O Fundo de Participação dos Municípios (FPM), que é a principal receita da maioria dos municípios brasileiros; II. Transferências de IPI - Exportação e dos recursos da LC 87/96 (Lei Kandir) são relativamente pequenas e dependem do dinamismo econômico e da inserção do município na economia internacional. III. As transferências dos 25% de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadoria e Serviços), destinadas aos municípios, baseiam-se em alguns critérios redistributivos, mas o que prevalece é o índice de participação na própria arrecadação. IV. Semanalmente, os municípios recebem o percentual vinculado à MDE dos 50% de (PVA repassados, mensalmente, pelos Estados a seus Municípios. As verbas da educação são insuficientes para suprir as necessidades dos municípios, porque algumas práticas limitam a receita potencial de recursos para a educação: sonegação, decorrente de empresas que deixam de pagar Imposto de

Renda (IR) e IPI, pessoas físicas que fazem de tudo para deduzir seus impostos devidos, a população que não exige nota fiscal, entre outras; isenção, em nome de incentivos fiscais para empresas e desvios, quando do imposto arrecadado, o 89

percentual vinculado à MDE não é aplicado em educação. Quase todos os recursos para a MDE provêm dos impostos vinculados, mas, além deles, existem as contribuições sociais, conforme segue:

O salário-educação que foi criado em 1965 e sua arrecadação se dá nas I. empresas, por meio da alíquota de 2,5%, paga pelos empregadores, incidente sobre a folha de seus empregados. A receita divide-se em três partes: uma fixa, de 40% dos recursos, que a II. União usa para programas de apoio ao ensino: livros didáticos, capacitação de educadores, dinheiro direto na escola, entre outros; e duas variáveis, para os governos estaduais e municipais, de 60%, que lhes são redistribuídos, segundo o número de alunos e que são investidos em equipamentos, materiais didáticos, construção e reformas de prédios escolares, entre outros.

A Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS) - parte dela destinada ao Programa de Alimentação Escolar.

Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (FUNDEB). O Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (FUNDEB) é um fundo de natureza contábil, instituído pela lei 11.494/2007 em 20 de junho de 2007. Essa implantação ocorrerá de forma gradual, alcançando a plenitude em 2009, quando o fundo estará funcionando com todo o universo de alunos da Educação Básica pública presencial e os percentuais de receitas que o compõem terão alcançado o patamar de 20% de contribuição. Desde a promulgação da Constituição de 1988, 25% das receitas dos impostos e transferências dos Estados, Distrito Federal e Municípios encontram-se vinculados à educação. Com a Emenda Constitucional n.° 14/96, 60% desses recursos da educação passaram a ser subvinculados ao Ensino Fundamental (60% 90

de 25% = 15% dos impostos e transferências), sendo que parte dessa subvinculação de 15% passava pelo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental (FUNDEF), cuja partilha dos recursos, entre o Governo Estadual e seus municípios, tinha como base o número de alunos do Ensino Fundamental, atendidos em cada rede de ensino. Com a Emenda Constitucional n.° 5312006, a subvinculação das receitas dos impostos e transferências dos Estados, Distrito Federal e Municípios passaram para 20%, e sua utilização foi ampliada para toda a Educação Básica, por meio do FUNDEB, que promove a distribuição dos recursos, com base no número de alunos da Educação Básica pública, de acordo com dados do último Censo Escolar, sendo computados os alunos matriculados nos respectivos âmbitos de atuação prioritária (Art. 211 da Constituição Federal). Ou seja, os Municípios receberão os recursos do FUNDEB, com base no número de alunos da Educação Infantil e do Ensino Fundamental e os Estados, com base nos alunos do Ensino Fundamental e Médio, observada a seguinte escala de inclusão: Alunos do Ensino Fundamental regular e especial: 100% a partir de 2007; Alunos da Educação Infantil, Ensino Médio e EJA considerados: 33,33% em 2007; 66,66% em 2008 e 100% a partir de 2009. Da mesma forma, a aplicação desses recursos, pelos gestores estaduais e municipais, deve ser direcionada, levando-se em consideração a responsabilidade constitucional que delimita a atuação dos Estados e Municípios em relação à Educação Básica. Os recursos do FUNDEB, no âmbito de cada Estado e do Distrito Federal, a partir do 3° ano de implementação, serão compostos por 20% (vinte por cento) das seguintes fontes de receita: I - imposto sobre transmissão causa mortis e doação de quaisquer bens ou direitos previsto no inciso I do caput do art. 155 da Constituição Federal; II - imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transportes interestadual e intermunicipal e de comunicação previsto no inciso II do caput do art. 155 combinado com o inciso IV do caput do art. 158 da Constituição Federal; III - imposto sobre a propriedade de veículos automotores, previsto no inciso III do caput do Art. 155, combinado com o inciso III do caput do art. 158 da Constituição Federal: 91

IV - parcela do produto da arrecadação do imposto que a União eventualmente instituir no exercício da competência que lhe é atribuída pelo inciso 1 do caput do art. 154 da Constituição Federal prevista no inciso II do caput do art. 157 da Constituição Federal; V - parcela do produto da arrecadação do imposto sobre a propriedade territorial rural, relativamente a imóveis situados nos Municípios, prevista no inciso II do caput do art. 158 da Constituição Federal; VI - parcela do produto da arrecadação do imposto sobre renda e proventos de qualquer natureza e do imposto sobre produtos industrializados devida ao Fundo de Participação dos Estados e do Distrito Federal FPE e prevista na alínea a do inciso I do caput do art. 159 da Constituição Federal e no Sistema Tributário Nacional de que trata a Lei n° 5.172, de 25 de outubro de 1966; VII - parcela do produto da arrecadação do imposto sobre renda e proventos de qualquer natureza e do imposto sobre produtos industrializados devida ao Fundo de Participação dos Municípios - FPM e prevista na alínea b do inciso I do caput do art. 159 da Constituição Federal e no Sistema Tributário Nacional de que trata a Lei n°. 5.172, de 25 de outubro de 1966; VIII - parcela do produto da arrecadação do imposto sobre produtos industrializados devida aos Estados e ao Distrito Federal e prevista no inciso II do caput do art. 159 da Constituição Federal e na Lei Complementar n° 61, de 26 de dezembro de 1989; e IX - receitas da dívida ativa tributária relativa aos impostos previstos neste artigo, bem como juros e multas eventualmente incidentes. Além desses recursos, ainda compõe o FUNDEB, a título de complementação, uma parcela de recursos federais, sempre que, no âmbito de cada Estado, seu valor por aluno não alcançar o mínimo definido nacionalmente. A distribuição de recursos que compõem os Fundos, no ambito de cada Estado e do Distrito Federal, dar-se-á, entre o governo estadual e os de seus municípios, na proporção do número de alunos matriculados nas respectivas redes de Educação Básica pública presencial. Para os fins da distribuição dos recursos, serão consideradas exclusivamente as matrículas presenciais efetivas, conforme os dados apurados no censo escolar mais atualizado, realizado, anualmente, pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira - INEP, considerando 92

as ponderações aplicáveis. A Lei n°. 11.494, de 20 de junho de 2007, que regulamenta o FUNDEB, estabeleceu o prazo de 14 anos, a partir de sua promulgação, para sua vigência. Assim, esse prazo será completado no final de 2020, Atualmente os recursos do FUNDEB destinam-se ao financiamento de ações de manutenção e desenvolvimento da Educação Básica pública, independentemente da modalidade em que o ensino é oferecido (regular, especial ou de jovens e adultos), da sua duração (Ensino Fundamental de oito ou de nove anos), da idade dos alunos (crianças, jovens ou adultos), do turno de atendimento (matutino eiou vespertino ou noturno) e da localização da escola (zona urbana, zona rural, área indígena ou quilombola), observando-se os respectivos âmbitos de atuação prioritária dos Estados e Municípios, conforme estabelecido nos § 2° e 3° do Art. 211 da Constituição. O mínimo de 60% dos recursos do FUNDEB deverá ser utilizado na remuneração dos profissionais do magistério da Educação Básica pública e o restante dos recursos em outras despesas de manutenção e desenvolvimento da Educação Básica pública. Gestão orçamentária da educação

O orçamento público é um documento legal em que são expressos a previsão de arrecadação das receitas e o planejamento de sua alocação nos programas e ações que serão implementados pela administração municipal, para atender às necessidades da coletividade. As leis que estabelecem o ciclo de planejamento e gestão do orçamento são denominadas: 1. Plano Plurianual (PPA) Abrange três anos do mandato do governante eleito e o primeiro ano do governo seguinte, devendo discriminar os programas e as ações que o governo pretende implementar, o montante relativo aos dispêndios de capital, as metas físicas por tipo de programa e ação, além das despesas de caráter continuado. Os processos de priorização e ações ocorrem entre o prefeito, secretários e servidores e no âmbito do Legislativo que tem a incumbência de analisar, emendar, votar e autorizar a execução do PPA. II. Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) 93

Nela são determinados os parâmetros, as metas e as prioridades que deverão nortear a elaboração do projeto de lei orçamentária para o exercício subsequente. III. Lei Orçamentária Anual (LOA)

É elaborada pelo poder executivo, conforme as diretrizes aprovadas na LDO e estabelece a previsão de despesas e receitas para o exercício seguinte. Após a publicação da LOA, os órgãos e entidades que compõem a administração pública estarão autorizados a dar início à execução orçamentária que deve seguir as etapas de programação, licitação, empenho, liquidação e pagamento. A avaliação da execução das ações e dos recursos previstos no orçamento tem a função de controlar os gastos realizados pelo governo e monitorar os dispêndios efetuados pela administração pública. Esse controle da execução orçamentária deve ser realizado tanto pelos órgãos de controle interno, quanto externos, além da fiscalização, que deve ser exercida pela sociedade. Os Conselhos Municipais de Educação, Conselhos de Acompanhamento do FUNDEB e o Conselho de Alimentação Escolar têm importante tarefa quanto à avaliação e ao controle da execução orçamentária da educação. A formulação dos objetivos e metas do Plano Municipal de Educação (PME) e sua implementação devem guardar estreita sintonia com aqueles estabelecidos no PRA do município. A educação tem importante papel no desenvolvimento local, havendo um potencial imenso de articulação entre o setor educacional e o setor produtivo dos municípios. É responsável por quase metade dos empregos formais e os profissionais da educação recebem, em conjunto, parte expressiva de toda receita municipal. Atua em programas de compras governamentais, destinadas ao mobiliário escolar, merenda, uniformes, entre outros. Na área de serviços, destaca-se a atividade de transporte escolar que deve gerar uma demanda por reformas e conservação de estradas rurais. Dinamiza o comércio, a partir de compras governamentais e pelo poder de compra dos profissionais da educação. Muitos municípios têm incentivado a agricultura orgânica e familiar, relacionando-a com o fornecimento de produtos para a merenda escolar. Outra área potencial é a de eventos, quando se organizam programas de educação continuada. 94

O setor educacional pode dar uma expressiva contribuição nos processos de democracia e do desenvolvimento local, como na elaboração do Plano Diretor, no orçamento participativo e no controle social exercido por conselhos. Investir em participação social na educação implica em mudanças na qualidade das instalações escolares, nas relações entre a escola e a comunidade, nos benefícios diretos às crianças e aos adolescentes, como o acesso a material, uniformes escolares e atividades culturais complementares. Os conceitos de quantidade (acesso) e qualidade (permanência e sucesso) são fundidos em torno do conceito de qualidade social, ou seja, é preciso que o acesso se dê também ao conhecimento, que a permanência seja prazerosa e que o sucesso seja universal e não apenas para alguns que têm a sorte de concluir o Ensino Fundamental. Assumir compromissos com a qualidade social demanda planejar e gerir a educação de outra maneira, distinta do ativismo e de resposta, de curto prazo, a problemas de longo prazo. Não significa, somente, aportar novos recursos, como também ter um novo olhar sobre a função social da educação. No financiamento da educação, os recursos deverão estar onde está o discurso de qualidade social de educação, associado a um esforço real de investir na ação pedagógica, a partir da demanda da população por educação. Não basta planejar a educação. É preciso fazê-lo com um olhar iluminado pela demanda social imediata e futura. Não basta ter esse olhar, se a ele não for acrescentado o recurso e se, ao recurso, não forem agregados o controle e a participação social. O financiamento precisa ser planejado, conforme os conceitos de acesso, permanência e sucesso, integrando-os e relendo-os, a partir do desenvolvimento social e da garantia dos direitos humanos.

Financiamento e gestão da educação em Populina

No município de Populina, considerado de pequeno porte, com orçamento limitado, faz-se necessário planejar, com rigor, onde e como aplicar os recursos destinados à educação, conforme os preceitos legais e objetivando a qualidade social da educação dos cidadãos. Estamos numa fase de transição em relação ao financiamento e gestão dos recursos da educação, FUNDEB, fundo que, atualmente, contempla a Educação Básica. Com as mudanças a serem implantadas nos próximos anos, o FUNDEB 95

passará a financiar também a educação infantil e o ensino médio, Trata-se de uma mudança significativa para o município, uma vez que esses recursos vão manter toda a rede de Educação Infantil, o ensino Fundamental e o Ensino Médio. Com a implantação do FUNDEB, mudou a forma de gerir os recursos da MDE e do Salário-Educação, que devem ser utilizados na Educação Básica, onde houver carências e necessidades. Até então, 15% dos recursos da MDE e totalidade dos recursos do Salário-Educação eram utilizados no Ensino Fundamental. Devemos ressaltar a importância dos conselhos de acompanhamento e da fiscalização dos recursos que têm contribuído e qualificado a gestão orçamentária da educação.

- Financiamento da Educação

Viabilizar condições de exercício pleno de cidadania e criar possibilidades para que todos tenham acesso aos bens, historicamente produzidos, são tarefas que precisam ser realizadas e estimuladas, inadiavelmente, pelo Poder Público e Privado.

Durante a tramitação do projeto de Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, pouco a pouco criou-se a consciência de que todos os brasileiros, independentemente de sua condição social ou familiar, têm direito á educação básica integral, do nascimento à maioridade.

No setor público, a Constituição Federal de 1988 e a Lei de Diretrizes e Bases de 1996 atribuíram à União, aos Estados, ao Distrito Federal (DF) e aos Municípios a responsabilidade pela administração do Sistema Educacional Brasileiro, consagrando a existência de três sistemas públicos de ensino, tendo corno fundamento o regime de colaboração entre essas instâncias federadas. Cada instância do Poder Público é responsável, assim, pela manutenção e expansão de um Sistema de Ensino, o que acarreta investimentos, bem como mecanismos e fontes de recursos para o financiamento da área.

De acordo com a legislação pertinente, os Estados são responsáveis pelo Ensino Fundamental e Médio, enquanto os Municípios têm a responsabilidade sobre a Educação Infantil (creches e pré escolas), Ensino Fundamental e Educação de Jovens e Adultos, e a União sobre o Ensino Superior. 96

Para se ter uma idéia da dimensão, em nível nacional, do financiamento da educação, analisa - se o valor a ser estimado para essa área e o desempenho geral da economia, como o PIB (Produto Interno Bruto), a carga tributária e outros. O mais indicado é que se avalie a capacidade de financiamento público da educação, com o PIB e a população residente no país e, em seguida se compare esse com o montante total da arrecadação das três esferas do governo.

De acordo com o estudo feito por Castro e Sadeck (2003), em 2000, o financiamento com educação absorveu cerca de 4,9% do PIB. Esse montante da capacidade de financiamento do gasto em educação representa R$ 313,08 per capita, se forem considerados os dados populacionais do Censo 2000 (IBGE).

Urna questão que não pode deixar de ser evidenciada, quando se fala em orçamento para a educação, é o fato de que a capacidade de financiamento público, do gasto educacional, convive com dois tipos de financiamento. Um, que protege a área, com forte respaldo legal e inscrito na Constituição Federal, denominado, por Castro e Sadeck (2003), financiamento protegido, e o outro, mais instável e incerto, pois depende de negociações políticas e é fortemente condicionado aos problemas conjunturais, sejam eles econômicos, sociais, políticos, denominado financiamento flexível.

No que se refere ao orçamento na área da educação, a Constituição Federal determina que a União deva aplicar, pelo menos, 18% de sua receita líquida de impostos (excluídas as transferências) e os Estados, Distrito Federal e os Municípios devem aplicar, pelo menos, 25% de sua receita líquida de impostos, na manutenção e desenvolvimento do ensino. Prevê ainda prevê o salário-educação, como fonte adicional de financiamento na educação básica.

Em dezembro de 1996, foram editadas as Leis n° 9.394 — Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) e a no 9.424, que regulamentou o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (FUNDEF), que trouxeram modificações no cálculo dos recursos destinados à manutenção e desenvolvimento do ensino.

Na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional a mudança constitui-se na proibição da inclusão nos 25% de gastos com merenda escolar, assistências médicas, 97

odontológicas e sociais, além de medicamentos, o que não significa que não possa realizar despesas desta natureza. Contudo, se realizadas não serão computadas dentro do percentual de 25% destinados à manutenção e ao desenvolvimento do ensino.

Com o FUNDEF, o município passou a aplicar 60% do cálculo de 25% dos gastos, com o Ensino Fundamental, isto é, 15% da receita resultante de impostos e transferências, apurados, no balanço anual e com acompanhamento trimestral, restando uma fatia de 40% para a Educação Infantil, porém sua vigência foi de 10 anos.

Após muita discussão e debate, foi sancionada a Lei n° 11.494/07, que cria o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação - FUNDEB, de que trata o art. 60 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias; altera a Lei no 10.195, de 14 de fevereiro de 2001; revoga dispositivos das Leis nos 9.424, de 24 de dezembro de 1996, 10.880, de 9 de junho de 2004, e 10.845, de 5 de março de 2004, e dá outras providências.

Torna-se um Fundo Único, que contempla as etapas e modalidades da Educação Básica, tendo a vigência de 14 anos (até 2020) e sendo um fundo de natureza contábil, no âmbito de cada Estado da Federação.

Com a criação do Fundo, alguns municípios perdem receita, enquanto outros ganham, mas houve justiça na distribuição dos recursos em relação ao número de alunos apurados pelo Censo Escolar Anual (Educacenso), com base total na arrecadação de impostos e transferências, efetivadas pelos estados e municípios. A distribuição dos recursos, dentro de cada esfera do governo estadual, é efetuada com base no valor per capita de alunos, abrangendo, tanto seus alunos quanto os das Redes Municipais.

Um dos grandes avanços conquistados, no processo constituinte, refere-se à Educação Básica, mais especificamente, à Educação Infantil, que abrange as crianças de O a 5 anos de idade, em creches e pré-escolas. Segundo Baldijão, em sua análise sobre o orçamento na educação, "ao contrário da visão puramente assistencialista, relativamente a essa atividade, tem-se a compreensão da importância da educação nessa faixa etária que permita um maior desenvolvimento 98

da criança, em todos os aspectos, particularmente na formação do futuro cidadão, motivo pelo qual, seguramente os investimentos nesse nível de ensino são de extrema importância".

Sabendo-se que os municípios devem aplicar, pelo menos, 25% de sua receita liquida de impostos, na manutenção e desenvolvimento do ensino, o Município de Populina, por meio do Setor Municipal de Educação, vem investindo em educação percentual bastante acima dos 25% obrigatórios por Lei.

Meta 20: Ampliar o investimento público em Educação pública de forma a atingir, no mínimo, o patamar de 7% do Produto Interno Bruto (PIB) do país no 5° ano de vigência desta lei e, no mínimo, o equivalente a 10% do PIB ao final do decênio,

TRANSFERÊNCIA DE RECURSOS POR ESTADO/MUNICÍPIO UF: SÃO PAULO EXERCÍCIO: 2014 — POPULINA Tab. 27 — Transferência de recursos para o município de Populina (2014)

Ação Governamental Linguagem Cidadã Total no Ano (R$), Alimentação Escolar na Educação Básica PNAE R$ 137.320,00 Transporte Escolar na Educação Básica PNATE R$ 14.806,35 Dinheiro Direto na Escola para a PDDE R$ 32.080,00 Educação Básica Fundo de Manutenção e Desenvolvimento FUNDEB R$ 137.359,26 da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação Fundo de Participação dos Municípios FPM - CF art. 159 R$ 5.339.356,05 lnfraestrutura para a Educação Básica PAR R$ bifa Mame portakiatransparenclativvbriPortalTranspatenciaListaAcoes asP? ercica=2014&

Estratégias: Garantir fonte de financiamento permanente e sustentável para todas as etapas e modalidades da educação pública; aperfeiçoar e ampliar os mecanismos de acompanhamento da arrecadação da contribuição social do salário — educação; destinar recursos do Fundo Social ao desenvolvimento do ensino; fortalecer os mecanismos e os instrumentos que promovam a transparência e o controle social na utilização dos recursos públicos aplicados em educação; definir o custo aluno - qualidade da educação básica à luz da ampliação do investimento público em 99

educação; desenvolver e acompanhar regularmente indicadores de investimento e tipo de despesa per capita por aluno em todas as etapas da educação pública, estabelecer mecanismos que assegurem o cumprimento da LDBEN (art. 70 e 71), que definem os gastos admitidos e não admitidos, como manutenção e desenvolvimento do ensino; estabelecer parcerias públicas com os governos estadual e federal, para garantir o transporte escolar, alimentação escolar, livro didático, material didático e outros benefícios para os educandos; garantir, entre as metas dos Planos Plurianuais vigentes, nos próximos dez anos, a previsão do suporte financeiro às metas constantes do PME; incrementar recursos para o atendimento escolar específico às crianças na Educação Infantil; aumentar recursos destinados à Educação Especial, viabilizando parcerias com órgãos públicos e com setores da sociedade civil; estabelecer uma política de descentralização, mediante repasses de recursos aos estabelecimentos escolares municipais; investir em atividades de formação continuada para os profissionais que trabalham no setor da educação; assegurar mecanismos de fiscalização e controle que garantam cumprimento rigoroso do artigo 212 da Constituição Federal, em termos de aplicação dos percentuais mínimos, vinculados à manutenção e ao desenvolvimento do ensino e do artigo 70 da LDBEN, em termos do que pode ser considerada despesa de manutenção e desenvolvimento do ensino; melhorar as condições de trabalho e de remuneração para os profissionais de educação, observando critérios previstos no Plano de Carreira do Magistério; aperfeiçoar o regime de colaboração entre o sistema estadual e a rede municipal de ensino, compartilhando responsabilidades, a partir do que estabelece a legislação própria e o PNE; dinamizar, na rede municipal de ensino, a participação da comunidade escolar, dada a sua importância para a melhoria da qualidade do ensino; aplicar recursos para informatizar as escolas e o Setor Municipal de Educação , interligando-as, buscando maior eficácia na administração escolar, estimular a participação efetiva da comunidade escolar nas fases de elaboração e acompanhamento do orçamento do município, integrando os conselhos da educação, comparecendo a audiências públicas e, assim, democratizando a gestão financeira dos recursos da educação. 100

VIII - ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PLANO

Para que o Plano Municipal de Educação de Populina atinja seus objetivos e metas nos respectivos prazos, o processo de acompanhamento e avaliação do plano será realizado a cada dois anos, sendo a primeira avaliação em dezembro de 2016, até o ano de 2025, através do Conselho Municipal de Educação e da realização de Conferências Municipais de Educação nos anos de 2017, 2019, 2021, 2023 e 2025, serão realizadas Conferências Municipais de Educação, com a participação de toda a comunidade escolar, sociedade civil e representantes dos poderes legislativo e executivo. 101

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

✓ Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil. ✓ Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional n° 9.394, 2006. ✓ Política Nacional de Educação Infantil, 2006. ✓ Lei Federal n° 9.424, de 24 de dezembro de 1996. ✓ Lei Federal n° 13.005, de 24 de Junho de 2014 (Plano Nacional de Educação). ✓ Diretrizes Curriculares para o Ensino Fundamental ✓ Parâmetros Curriculares Nacionais ✓ Diretrizes Curriculares para a Educação Especial ✓ Diretrizes Curriculares para a Educação de Jovens e Adultos ✓ Lei Orgânica do Município de Populina ✓ Lei de Diretrizes Orçamentárias do Município de Populina ✓ Lei Orçamentária Anual/2015 do Município de Populina ✓ Plano Plurianual Decenal do Município de Populina.