Empoderar Crianças E Jovens Para a Cidadania Global
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Fernando Reimers apresenta nesta obra uma proposta inovadora Se o propósito da educação é capacitar todas para o currículo da educação infan- Empoderar til até o ensino médio alinhada com FERNANDO M. REIMERS as crianças e jovens para que se tornem cidadãos os Objetivos Globais de Desenvolvi- Especialista na área de políticas globais, devemos elevar o nível de nossas mento Sustentável da Organização educacionais globais e inovação, é aspirações sobre o que significa educar bem. crianças e jovens das Nações Unidas. Seu trabalho é professor de Práticas Internacionais pioneiro e visionário. Além de in- de Educação da Fundação Ford, di- A urgência de preparar todos os estudantes cluir tópicos relevantes para educa- retor da Global Education Innova- para serem cidadãos globais exige programas para a cidadania dores e estudantes de todo o mun- tion Initiative e do Programa de Po- inovadores, que forneçam novas formas de do, ele reflete criticamente sobre o líticas de Educação Internacional da global modelo de escola que temos e pro- Harvard University. ensino e aprendizagem. [...] Este livro apresenta põe soluções criativas e concretas. um currículo de educação para a cidadania Com educadores espalhados pelo FUNDAMENTOS E PROGRAMA VIDUR CHOPRA global abrangente, rigoroso e coerente, para ser globo, ele lidera uma agenda inclu- É doutorando na Harvard Graduate COM ATIVIDADES E REFERÊNCIAS, siva voltada à educação integral, es- School of Education. implementado desde a educação infantil até DA EDUCAÇÃO INFANTIL AO ENSINO MÉDIO sencial para a formação de cidadãos o ensino médio, concebido com a intenção de globais do século 21, pessoas que CONNIE K. CHUNG formar cidadãos para o mundo. Esperamos que compreendem seu papel no plane- É diretora de pesquisa da Global Edu- ta e enxergam no outro sua huma- cation Innovation Initiative da Har- sirva como provocação e estimule a inovação nidade compartilhada. Que possa- vard Graduate School of Education. curricular e pedagógica, bem como adaptações mos não apenas apreciar este belo das ideias aqui apresentadas, que estão a cidadania global crianças e jovens para Empoderar trabalho do professor Reimers, mas JULIA HIGDON também contribuir com seu proje- É doutora pela Harvard Graduate alinhadas com os objetivos e bases conceituais to educacional em nossas escolas, School of Education. de nosso trabalho. concretizando assim seu papel uni- ficador e transformador: empoderar E. B. O’DONNELL FERNANDO M. REIMERS crianças e jovens para que alcancem É doutoranda na Harvard Graduate Diretor do Programa de Políticas de Educação Internacional da Harvard University seu potencial e fomentem a igual- School of Education e consultora na dade de oportunidades e a paz entre área de educação. todos os povos. CLAUDIA COSTIN Diretora do Centro de Excelência e Inovação FERNANDO M. REIMERS em Políticas Educacionais da VIDUR CHOPRA Fundação Getulio Vargas (CEIPE-FGV) CONNIE K. CHUNG JULIA HIGDON E. B. O’DONNEL Empoderar crianças e jovens para a cidadania global Empoderar crianças e jovens para a cidadania global FUNDAMENTOS E PROGRAMA COM ATIVIDADES E REFERÊNCIAS, DA EDUCAÇÃO INFANTIL AO ENSINO MÉDIO FERNANDO M. REIMERS VIDUR CHOPRA CONNIE K. CHUNG JULIA HIGDON E. B. O’DONNEL © da edição original em inglês 2016, Fernando M. Reimers, Vidur Chopra, Connie K. Chung, Julia Higdon e E. B. O’Donnell. © da edição brasileira 2017, Editora Moderna. Esta obra foi licenciada por meio da Creative Commons Attribution 4.0 International License. Para consultar uma cópia deste licenciamento, acesse: <http://creativecom- mons.org/licenses/by/4.0/>. Todos os direitos reservados. Diretoria de Relações Institucionais Luciano Monteiro Karyne Arruda de Alencar Castro Coordenação da Produção Editorial e Edição Ana Luisa Astiz Tradução Danielle Salles e Ana Luisa Astiz Revisão Lessandra Carvalho, Luciana Passos, Juliana Caldas e Maria A. Medeiros Assistência editorial Lígia Arata Barros Projeto Gráfico Paula Astiz Editoração Eletrônica Paula Astiz Design Nota do Editor A edição brasileira manteve a estrutura escolar adotada pelos autores: kindergarten equivale à educação infantil para 5 anos; elementary school (às vezes “primário” no livro) compreende do primeiro ao sexto anos; middle school (ou “intermediário”) compreende sétimo e oitavo anos; e high school (ou “secundário”) compreende nono a décimo-se- gundo anos (na estrutura dos doze anos de educação básica no Brasil, primeiro a quinto anos são ensino fundamental 1, sexto a nono anos são ensino fundamental 2; o ensino médio, a seguir, tem três anos). Foram mantidos o título do programa, World Course (Curso sobre o mundo, em tradução livre), e a maioria das recomendações de conteúdo da edição original em inglês. Quando houver menção a atividades em Nova York (sede da escolar internacional Avenues, para a qual o World Course foi criado), o leitor deve considerar o contexto de sua cidade ou de seu país e fazer as adaptações necessárias. Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Índices para catálogo sistemático: 7 Apresentação 17 Educação para o mundo do século 21: a criação de um curso de cidadania global PARTE I: O WORLD COURSE – EDUCAÇÃO INFANTIL A OITAVO ANO 83 Educação infantil: nosso mundo é belo e diverso 109 Primeiro ano: somos um único povo com necessidades universais 129 Segundo ano: nós e os outros 151 Terceiro ano: compreender a interdependência global por meio do empreendedorismo em uma fábrica de chocolate 183 Quarto ano: ascensão (e queda) das civilizações antigas e modernas 203 Quinto ano: liberdade e direitos individuais – mudanças sociais nos direitos dos indivíduos 249 Sexto ano: valores e identidades de pessoas e instituições 287 Sétimo ano: impulsionar a mudança pela organização coletiva e pelo estudo de casos 337 Oitavo ano: migração PARTE II: O WORLD COURSE – NONO A DÉCIMO SEGUNDO ANOS 371 Maior autonomia para estudar 375 Curso semestral 1: o meio ambiente 387 Curso semestral 2: sociedade e saúde pública 403 Curso semestral 3: conflitos e soluções globais 431 Curso semestral 4: economia do desenvolvimento – crescimento e desenvolvimento na América Latina 453 Curso semestral 5: tecnologia, inovação e globalização 473 Conclusão e novos começos 475 Autores Apresentação CLAUDIA COSTIN Diretora do Centro de Excelência e Inovação em Políticas Educacionais da Fundação Getulio Vargas (CEIPE-FGV). Foi secretária de Educação do município do Rio de Janeiro, vice- presidente-executiva da Fundação Victor Civita e secretária de Estado da Cultura de São Paulo A universalização do acesso às escolas, bem como a formação de instituições democráticas no mundo, é um fenômeno relativa- mente novo no curso da história da humanidade e, até certo ponto, inconcluso. Até o início do século 19, a escola foi desenhada para atender a interesses de elites ou de classes médias em ascensão – muitas vezes associadas às instituições religiosas – e não para criar igualdade de oportunidades para todos ou desenvolvimento econômico e, menos ainda, coesão social. O papel da escola era, nesse contexto e em sua natureza, segregativo. No século 20, esse modelo de instituição educacional foi se modificando devido às transformações sociais e econômicas da época. Em virtude da noção recente de que a educação está relacio- nada com produtividade e desenvolvimento econômico, e de que é um direito humano básico, passou-se a diversificar e expandir os sistemas educacionais para garantir acesso à escola para todos. A educação e a escola passaram a ter, no imaginário social, um papel unificador entre povos, sendo consideradas alavancas para a solu- ção de problemas estruturais da sociedade. Durante esse processo, houve uma ênfase grande no desenvol- vimento de habilidades rotineiras, muitas vezes atreladas a com- petências cognitivas de escrita e leitura. Embora importante, essa perspectiva não atentava para a formação integral da criança e o de- senvolvimento de características como autonomia e criatividade. Ainda vemos hoje a educação e as escolas como uma matriz geradora de oportunidades capaz de mudar a realidade de vida de 7 empoderar crianças e jovens para a cidadania global crianças e jovens. Contudo, essa promessa é muitas vezes desa- fiada, dada a forma como as escolas e os processos educacionais são geridos. O modelo de escola do século 20 não atende mais às demandas sociais, econômicas e ambientais do século 21. Reconhecemos o fato de existir um novo movimento global que propõe mudanças intrínsecas no modelo industrial de ensino do século 20, baseado em conhecimentos enciclopédicos, compe- tências mecânicas e habilidades manuais e rotineiras, que ainda constituem a base de muitos processos pedagógicos e de gestão escolar no Brasil e no mundo. Para que a escola e a educação possam realmente concretizar esse papel unificador, devemos embarcar no movimento que clama por um modelo de escola comprometido com o aprendizado perso- nalizado de cada aluno e sua capacidade de pensar, ou seja, de de- senvolver raciocínio crítico, reflexivo e criativo; uma proposta que abarque, além da aquisição de habilidades cognitivas, um conheci- mento de mundo amplo e profundo, associado, também, ao desen- volvimento da autonomia e do protagonismo dos estudantes – ou seja, uma escola cujo papel seja, além de unificador, transformador. Para que esse papel transformador se concretize, é necessária uma abordagem interdisciplinar, voltada para o ensino de com- petências globais e para a formação integral da criança. Trata-se de um processo no qual os estudantes compreendem