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MUNICÍPIO DE FREDERICO WESTPHALEN – RS SECRETARIA MUNICIPAL DA EDUCAÇÃO E CULTURA – SMEC CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO – CME/FW

PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE FREDERICO WESTPHALEN 2014/2024

FREDERICO WESTPHALEN/RS 2014/2024 2

PREFEITURA MUNICIPAL DE FREDERICO WESTPHALEN Prefeito Municipal de Frederico Westphalen Roberto Felin Junior

Secretária Municipal da Educação e Cultura Sidene Fátima Stieven Buzatto Gestão- 2013 -2016

ENTIDADES NOME DO (A) REPRESENTANTE/GESTOR SECRETARIA MUNICIPAL DE SIDENE FÁTIMA STIEVEN BUZATTO EDUCAÇÃO E CULTURA CONSELHO MUNICIPAL DE ERACILDA ASSUMPÇÃO EDUCAÇÃO 20ª COORDENADORIA REGIONAL DE IDALINA DA SILVA MACHADO EDUCAÇÃO CÂMARA MUNICIPAL DE RICARDO DENTI JUNIOR VEREADORES DE FREDERICO WESTPHALEN- COMISSÃO DE EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE REGIONAL EDITE MARIA SUDBRACK INTEGRADA DO ALTO URUGUAI E DAS MISSÕES UNOPAR SOLANGE SZATKOSKI UERGS PAULO VANDERLEI VARGAS GROSS CESNORS GENÉSIO MARIO DA ROSA SINDICATO DOS SERVIDORES IVONEI CLÁUDIO FÃO MUNICIPAIS DIRETORES MUNICIPAIS DAS SILVIA REGINA BINOTTO PIOVESAN, ESCOLAS DE ENSINO FUNDAMENTAL JOSEFINA VEDOVATTO, SANDRA H. F. DO NASCIMENTO, ROSELEI DE FATIMA ROSSO VITALIS, CLEUSA MARIA FELIN FOQUESATTO, MARILENE DAL CANTON STEFANELLO, MARISA DE FATIMA BOTTON PITON, LEONTINA BELUCK FEDESKI, MARILUZA TEREZINHA 3

PERTUZZATTI E CLAUDETE M. FABRIS DIRETORES DAS ESCOLAS ENSINO ROZE LARA GRASSI, ANGELA PALOSCHI, MÉDIO PASCOAL SEBASTIÃO MINETTO ADMINISTRADORES DAS ESCOLAS VERA LUCIA PASUCH FLACH, ADRIANA DE EDUCAÇÃO INFANTIL DA SILVA NUNES, LIZETE KAVALERSKI PAZUCH, GRAZIELA ANDREATTO, CLECIANE AZEVEDO GRASSI, DANIELY BASSO DUTRA E ANA CRISTINA FERREIRA DIRETORES PARTICULARES: ELIANE MARIA BALCEVICZ GROTTO, EDUCAÇÃO BÁSICA DA URI, APAE, JUSSANIA BASSO BORDIN, IRMÃ COLÉGIO AUXILIADORA E CASA CLARINDA DE CARLI, ELIZANDRA FAMILIAR RURAL MANFIO ZONTA NÚCLEO DO CPERS/SINDICATO AILTON SOLANO LIMA CONSELHEIROS DO CME MARLY VENDRUSCOLO, ADRIANA OLIVEIRA, MIRTES QUADRO, MARIA CRISTINA AITA, ROBERTO TORRES, VERA INÊS FREO STANGA SECRETARIA MUN. DE ASSISTÊNCIA DANIELA CHIARELLO SOCIAL E HABITAÇÃO COMISSÃO TÉCNICA ROSANE MARIA LOOSE, VERA INES FREO STANGA E MARTA LUIZA MARION, DA SMEC; ERACILDA ASSUMPÇÃO- PRESIDENTE DO C.M.E. E OPHÉLIA SUNPTA BUZATTO PAETZOLD, DO PODER EXECUTIVO.

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LISTA DE ABREVIATURAS AABB – Associação Atlética Banco do Brasil APAE – Associação de Pais e Amigos de Excepcionais CEB - Câmara de Educação Básica CEED - Conselho Estadual de Educação CME - Conselho Municipal de Educação CNE - Conselho Nacional de Educação CODEMAU – Conselho de Desenvolvimento do Médio Alto Uruguai COMDICA – Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente COREDE - Conselho Regional de Desenvolvimento COMSEA – Conselho Municipal de Segurança Alimentar CPM – Círculo de Pais e Mestres CESNORS – Centro de Educação Superior Norte do CTG - Centro de Tradições Gaúchas MDE - Manutenção e Desenvolvimento do Ensino ECO 92 - Conferência Mundial para o Meio Ambiente e Desenvolvimento EJA - Educação de Jovens e Adultos ELETROSUL - Centrais Elétricas do Sul do Brasil EMATER – Associação Riograndense de Empreendimentos de Assistência Técnica e Extensão Rural EMBRAPA - Empresa Brasileira de Pesquisas Agropecuária FUNDEF - Fundo Nacional de Desenvolvimento e Manutenção do Ensino Fundamental e Valorização do Magistério FNDE - Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação FUNDEB - Fundo Nacional de Desenvolvimento e Manutenção da Educação Básica e Valorização do Magistério FPM - Fundo de Participação dos Municípios IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística IPTU - Imposto Predial e Territorial Urbano ISSQN - Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza ITBI - Imposto sobre Transmissão Inter Vivos de Bens Imóveis ITR - Imposto Territorial Rural IPVA - Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores IRRF - Imposto de Renda Retido na Fonte 5

IPI - Imposto sobre Produtos Industrializados ICMS - Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços INEP - Instituto Nacional de Estudos Pedagógicos JIRGS – Jogos Intermunicipais do Rio Grande do Sul LDB - Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional ONGs – Organizações não Governamentais PNE - Plano Nacional de Educação PNEE - Portadores de Necessidades Educacionais Especiais PEE - Plano Estadual de Educação PME - Plano Municipal de Educação SENAR - Serviço Nacional de Aprendizagem Rural SESC - Serviço Social do Comércio SERSA - Sociedade Esportiva e Recreativa Santo Antonio SMEC - Secretaria Municipal da Educação e Cultura UERGS – Universidade Estadual do Rio Grande do Sul UFSM – Universidade Federal de Santa Maria UNOPAR – Universidade Norte do Paraná URI - Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões U20 - Bacia Hidrográfica do Rio U100 – Bacia Hidrográfica do Rio da Várzea UNESCO - Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura

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LISTA DE FIGURAS. FIGURA 01- LOCALIZAÇÃO DO MUNICÍPIO...... 22 LISTA DE QUADROS. QUADRO 01 - DADOS SOBRE AS PROPOSTAS APRESENTADAS E APROVADAS.. 13 QUADRO 02 -CARACTERÍSTICAS GEOGRÁFICAS DO MUNICÍPIO DE F. W...... 21 QUADRO 03- DISTRIBUIÇÃO DA POPULAÇÃO POR FAIXA ETÁRIA...... 23 QUADRO 04- PRODUTO INTERNO BRUTO...... 30 QUADRO 05 - PRODUTO INTERNO BRUTO PER CAPITA ...... 30 QUADRO 06- ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO SOCIOECONÔMICO...... 31 QUADRO 07 – FINANCIAMENTO DA EDUCAÇÃO...... 46 QUADRO 08 – INVESTIMENTOS COM A EDUCAÇÃO MUNICIPAL...... 47 QUADRO 09- CRIANÇAS DE 0 A 5 ANOS – 2006 – BAIRROS E DISTRITOS. 59 QUADRO 9.1 – CRIANÇAS DE 0 A 5 ANOS – 2008 – BAIRROS E DISTRITOS 59 QUADRO 9.2 - CRIANÇAS DE 0 A 5 ANOS – 2009/2010 – BAIRROS E DISTRITOS:...... 60 QUADRO 10- CRIANÇAS DE 0 A 05 ANOS- ÁREA URBANA...... 61 QUADRO 10.1 – CRIANÇAS DE 0 A 05 ANOS – ÁREA URBANA – 2008...... 62 QUADRO 10.2 - CRIANÇAS DE 0 A 05 ANOS – ÁREA URBANA – 2009/2010...... 62 QUADRO 10.3 - CRIANÇAS NASCIDAS EM FW – RS – DADOS DO SINAC -...... 63 QUADRO 11- CRIANÇAS DE 0 A 05 ANOS MATRICULADAS EM ESCOLAS DE EDUCAÇÃO ...... 64 QUADRO 11.1 - CRIANÇAS DE 0 A 05 ANOS MATRICULADAS EM ESCOLAS DE 64 EDUCAÇÃO INFANTIL- 2006...... QUADRO 11.2 - CRIANÇAS DE 0 A 05 ANOS MATRICULADAS EM ESCOLAS DE 65 EDUCAÇÃO INFANTIL – 2009/2010...... QUADRO 11.3 - CRIANÇAS DE 0 A 05 ANOS MATRICULADAS EM ESCOLAS DE 65 EDUCAÇÃO INFANTIL -2011/2012...... QUADRO 12 – QUADRO DAS ESCOLAS MUNICIPAIS DA EDUCAÇÃO INFANTIL – 2013...... 66 QUADRO 13 – QUADRO DAS ESCOLAS PARTICULARES DE EDUCAÇÃO INFANTIL- 2013 66 QUADRO 14- EVOLUÇÃO DA MATRÍCULA INICIAL EM EDUCAÇÃO INFANTIL – 2002/2012.. 68 QUADRO 15 – QUADRO DAS ESCOLAS DA REDE MUNICIPAL DE ENSINO -2013.... 72 QUADRO 16 – QUADRO DAS ESCOLAS DA REDE ESTADUAL DE ENSINO – 2013... 73 QUADRO 17- EVOLUÇÃO DA MATRÍCULA INICIAL EM ENSINO FUNDAMENTAL - FREDERICO WESTPHALEN - 2002/2013...... 76 QUADRO 18- NÚMERO DE ESCOLAS ESTADUAIS, MUNICIPAIS, FEDERAIS E PRIVADAS-2006...... 76 QUADRO 18.1 NÚMERO DE ESCOLAS ESTADUAIS, MUNICIPAIS, FEDERAIS E 77 PRIVADAS – 2008...... 7

QUADRO 18.2 NÚMERO DE ESCOLAS ESTADUAIS, MUNICIPAIS, FEDERAIS E 77 PRIVADAS – 2010...... QUADRO 18.3 NÚMERO DE ESCOLAS ESTADUAIS, MUNICIPAIS, FEDERAIS E 78 PRIVADAS – 2012...... QUADRO 19- CURSOS DE ENSINO MÉDIO E PÓS-MÉDIO/PROFISSIONAL...... 82 QUADRO 20 - CURSOS SUPERIORES-COLÉGIO AGRÍCOLA...... 83 QUADRO 21 – ENSINO MÉDIO POLITÉCNICO E INTEGRAL -2012/2013...... 86 QUADRO 22– ALUNOS DE ENSINO MÉDIO - ESCOLA DA URI – F.W...... 89 QUADRO 23 - EJA NO MUNICÍPIO-2006...... 93 QUADRO 24 - ALUNOS DA EJA – SUPLETIVO PRESENCIAL...... 94 QUADRO 25 - EJA NO MUNICÍPIO-2007 E 2008...... 95 QUADRO 26 – EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS -2009/2013 -...... 95 QUADRO 27 – EJA – NEEJA – 2008...... 96 QUADRO 28 – EJA – NEEJA -2009/2013...... 96 QUADRO 29 - ALUNOS DE EDUCAÇÃO ESPECIAL.- ENSINO FUNDAMENTAL E 102 OUTRAS MODALIDADES DE ATENDIMENTO...... QUADRO 30 - ALUNADO DO ENSINO SUPERIOR – 2006 ...... 106 QUADRO 31 – GRADUAÇÃO- URI...... 111 QUADRO 32 – PÓS-GRADUAÇÃO LATO-SENSU-2013-URI...... 111 QUADRO 33 – PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO-SENSU-2013...... 111 QUADRO 34 – DE SERVIDORES E ALUNOS UFSM/CESNORS-2014...... 114 QUADRO 35 – DADOS DE 2010- UERGS...... 116 QUADRO 35.1 –.DADOS DE 2011-UERGS...... 116 QUADRO 35.2 DADOS DE 2012- UERGS...... 116 QUADRO 36 – DADOS DA URI- 2010- Frederico Westphalen...... 116 QUADRO 37 – DADOS DA UNOPAR – F. W. – 2011...... 119 QUADRO 38 – VAGAS DO ENSINO SUPERIOR – CESNORS...... 122 QUADRO 39 - PROFESSOR I – REGIME 20 HORAS EDUCAÇÃO INFANTIL E 126 SÉRIES INICIAIS -2006...... QUADRO 40 - PROFESSOR II – REGIME 20 HORAS 2006...... 126 QUADRO 41 - PROFESSOR III – REGIME 20 HORAS – SÉRIES FINAIS – 2013...... 126 QUADRO 42 - PROFESSOR I – REGIME 20 HORAS EDUCAÇÃO INFANTIL E 127 SÉRIES INICIAIS -2013...... QUADRO 43 - PROFESSOR III – REGIME 20 HORAS – SÉRIES FINAIS – 2013...... 127 QUADRO 44 - PLANO DE CARREIRA DO MAGISTÉRIO PÚBLICO MUNICIPAL – 2006 – TITULAÇÃO/MATRÍCULA/PERCENTUAL...... 128 QUADRO 45 - PLANO DE CARREIRA DO MAGISTÉRIO PÚBLICO MUNICIPAL – 128 2013 – TITULAÇÃO/MATRÍCULA/PERCENTUAL......

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LISTA DE TABELAS TABELA 01 – INFORMAÇÕES IBGE/2010 – FW – RS...... 22 TABELA 02 – DISTRIBUIÇÃO DA POPULAÇÃO POR SEXO, SEGUNDO...... 24 TABELA 03 – EVOLUÇÃO POPULACIONAL...... 24 TABELA 04 – DESPESAS E RECEITAS ORÇAMENTÁRIAS...... 31 TABELA 05 -PRODUÇÃO AGRÍCOLA PERMANENTE NO MUNICÍPIO DE 33 FREDERICO WESTPHALEN, ANO DE 1996/2005...... TABELA 06 -PRODUÇÃO AGRÍCOLA TEMPORÁRIA NO MUNICÍPIO DE FREDERICO WESTPHALEN, ANO DE 1996/2005...... 34 TABELA 07 - PRODUTO INTERNO BRUTO...... 38 TABELA 08 – SÍNTESE DE INFORMAÇÕES DE F. W. –RS...... 42 TABELA 09 – ORIGENS DO FUNDEB 2011 A 2014...... 47 TABELA 10 – DIAGNOSTICANDO E AVALIANDO A REALIDADE EDUCACIONAL 52 NO MUNICÍPIO DE FREDERICO WESTPHALEN-RS...... TABELA 11 – MATRÍCULAS POR NÍVEL DE ENSINO...... 55 TABELA 12 – DA META BRASIL DO PNE – 2010- 1 A...... 67 TABELA 13 – META 2 BRASIL DO PNE – 78...... 78 TABELA 14 – META 3 BRASIL – 3ª ...... 90 TABELA 15 – META 8 BRASIL – 8 A...... 96 TABELA 16 - META 4 DO PNE...... 102 TABELA 17 – META 12 BRASIL DO PNE...... 122 TABELA 18 – META 16 –BRASIL DO PNE...... 129

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SUMÁRIO

COLABORADORES DO PROCESSO DE ELABORAÇÃO DO PME LISTA DE ABREVIATURAS LISTA DE FIGURAS LISTA DE QUADROS LISTA DE TABELAS APRESENTAÇÃO 1. INTRODUÇÃO ...... 14 2. HISTÓRICO DO MUNICÍPIO ...... 18 2.1 Localização Geográfica ...... 20 2.2 Contextualização ...... 21 2.3 População ...... 22 2.4 Altitude ...... 24 2.5 Distâncias...... 24 2.6 Hidrografia ...... 24 2.7 Relevo ...... 24 2.8 Clima ...... 25 2.9 Vegetação...... 26 2.10 Solos ...... 27 3. ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS DO MUNÍCIPIO DE FREDERICO WESTPHALEN ...... 28 3.1 Sistema do uso da terra ...... 30 3.2 Setor primário ...... 31 3.2.1 Produção agrícola permanente ...... 32 3.2.2 Produção agrícola temporária ...... 33 3.2.3 Produção pecuária ...... 37 3.3 Setor secundário ...... 37 3.4 Setor terciário ...... 38 3.4.1 Turismo ...... 38 3.4.2 Prestação de serviços ...... 39 3.4.3 Aspectos Culturais e Esportivos ...... 39 4. FINANCIAMENTO E GESTÃO ...... 42 4.1 Um breve histórico - Financiamento ...... 42 4.2 O financiamento da educação nos dias atuais ...... 43 5. A EDUCAÇÃO NO MUNICÍPIO – PRIMÓRDIOS ...... 49 5.1 Educação Básica - Concepções ...... 49 5.2 Diretrizes e compreensões...... 54 6. EDUCAÇÃO INFANTIL ...... 55 6.1 Diagnóstico ...... 55 6.2 Diretrizes ...... 65 10

6.3 Objetivos e metas ...... 66 7. ENSINO FUNDAMENTAL ...... 67 7.1 Diagnóstico ...... 67 7.2 Diretrizes ...... 69 7.3 Objetivos e metas...... 76

8. ENSINO MÉDIO E EDUCAÇÃO PROFISSIONAL ...... 79 8.1 Diagnóstico ...... 79 8.2 Diretrizes ...... 81 8.3 Objetivos e metas ...... 9. EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS ...... 89 9.1 Diagnóstico ...... 89 9.2 Diretrizes ...... 95 10 EDUCAÇÃO ESPECIAL ...... 10.1 Diagnóstico ...... 99 10.2 Diretrizes ...... 101 11 ENSINO SUPERIOR ...... 103 11.1 Diagnóstico ...... 103 11.2 Diretrizes ...... 120 12 FORMAÇÃO DE PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO E VALORIZAÇÃO DO MAGISTÉRIO ..... 121 12.1 Diagnóstico ...... 121 12.2 Diretrizes ...... 125 EIXO I - EDUCAÇÃO INFANTIL...... 131 EIXO II - ENSINO FUNDAMENTAL...... 135 EIXO III - EDUCAÇÃO ESPECIAL...... 146 EIXO IV - MELHORIA DA QUALIDADE DO ENSINO:...... 150 EIXO V - EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS...... 157 EIXO VI - EDUCAÇÃO PROFISSIONAL DE NÍVEL MÉDIO...... 164 EIXO VII - ENSINO SUPERIOR...... 167 EIXO VIII - PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO...... 171 EIXO IX - FINANCIAMENTO DA EDUCAÇÃO...... 179 13. ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PLANO...... 127 REFERÊNCIAS ...... 185

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APRESENTAÇÃO

A Secretaria Municipal da Educação e Cultura - SMEC, ao propor a reestruturação deste Plano Municipal de Educação- PME, efetua o compromisso de definir a sua política educacional para o período de 2014 a 2024. A estratégia adotada para a elaboração deste documento mostrou-se plenamente apropriada, na medida em que permitiu envolver os profissionais das redes de Ensino: Federal, Estadual, Municipal e Privada que fazem a educação no município, bem como os Poderes Executivo e Legislativo e representantes dos diversos segmentos da Sociedade, numa integração democrática e cidadã. O município, desde sua emancipação, faz da comunidade sua grande parceira no planejamento e execução de planos e projetos, embasados nas necessidades locais – urbanas ou rurais e possíveis quanto aos recursos financeiros destinados à educação. Na elaboração do PME – Plano Municipal de Educação, além das diversas representações da comunidade, o CME – Conselho Municipal de Educação, criado pelo Decreto Municipal nº 093/90, atua como assessor da SMEC. Este plano contém a essência da legislação educacional vigente no País, com foco especial municipal, enquanto vislumbra o atendimento das necessidades educacionais no sentido de viabilizar ações que deem conta de uma educação de qualidade a todos os segmentos sociais. Estabelece, também, objetivos e metas como forma de possibilitar um ensino de qualidade, comprometido com uma pedagogia que, além do domínio da leitura, da escrita e do cálculo, contribua, efetivamente, com a formação da cidadania. O plano, pois, tem como premissa apontar os objetivos e metas educacionais no município, tendo como referências o diagnóstico e a demarcação dos aspectos geográficos, históricos, as características físicas, sociais, econômicas, esportivas, o crescimento populacional, as mudanças demográficas e, sobretudo, os fundamentos culturais e políticos que influenciaram e influenciam o contexto atual, fortemente embasado na educação, na cidadania participativa e na vivência de valores vitais e espirituais, aperfeiçoando a vivência em grupos, com respeito a todos, às suas crenças, aspirações e contribuições. As etapas realizadas para a elaboração do presente Plano foram: 12

. Reuniões de mobilização da comunidade em geral : . Dia: 22 de outubro de 2014, Reunião com a Comissão Representativa, Comissão Técnica, Conselho Municipal de Educação e comunidade em geral, local: Câmara de Vereadores, no horário das 8h às 11h; . Dia: 12 de novembro de 2014, Reunião com a Comissão Representativa, Comissão Técnica e comunidade em geral, local: Escola Estadual de Ensino Médio Cardeal Roncalli- F.W.-RS;

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Quadro 1 – DADOS SOBRE AS PROPOSTAS APRESENTADAS E APROVADAS DURANTE AS REUNIÕES DE ESTUDO E APROVAÇÃO

EIXOS TEMÁTICOS PROPOSTAS PROPOSTAS PROPOSTAS PROPOSTAS PROPOSTA APÓS SISTEMATIZAÇÃO APRESENTADAS VETADAS SISTEMATIZADAS APROVADAS FINAL PELA COMISSÃO ORGANIZADORA EIXO I –EDUCAÇÃO INFANTIL 27 01 20 07 26 EIXO II – ENSINO FUNDAMENTAL Meta 02- 36 09 36 36 Meta 03- 14 01 14 14 Meta 05 - 05 01 05 05 EIXO III – EDUCAÇÃO ESPECIAL Meta 04 - 22 07 15 22 EIXO IV – MELHORIA QUALIDADE DO ENSINO Meta 07 41 41 41 EIXO V - EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS Meta 08 – 03 - 03 03 Meta 09 – 18 05 18 18 Meta 10 – 27 07 27 27 EIXO VI – ENSINO MÉDIO E EDUCAÇÃO PROFISSIONAL DE NÍVEL MÉDIO Meta 11 - 20 03 10 17 17 EIXO VII – ENSINO SUPERIOR Meta 12 – 23 01 05 22 22 Meta 13 – 02 02 02 Meta 14 - 03 01 03 03 EIXO VIII – PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO Meta 15 – 13 13 13 Meta 16 – 06 06 06 Meta 17 – 04 04 04 Meta 18 – 08 08 08 Meta 19 - 15 15 15 EIXO IX – FINANCIAMENTO DA EDUCAÇÃO Meta 20 - 20 20 20

TOTAL 280 05 FONTE: Reuniões do PME/2014

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1. INTRODUÇÃO

Os Planos Nacional, Estadual e Municipal de Educação são frutos, em sua origem, de um esforço nacional de educadores brasileiros, secundados pela sociedade civil, que teve início em 1932, com o Manifesto dos Pioneiros da Educação. A partir desse Movimento, muitos estudos e debates foram realizados, possibilitando avanços no sentido de, em 2001, ser aprovado o PNE – Plano Nacional de Educação, sob a Lei nº 10.172. Do desdobramento deste Plano foi elaborado o PEE – Plano Estadual de Educação, em fase de discussão, estando, igualmente, em elaboração, nos municípios, seus próprios Planos. As diversas Constituições Brasileiras: 1934, 1946, 1967 e 1988 e a LDB Lei nº 9394/96 sinalizam a elaboração de Planos Decenais; por isso, o PME – Plano Municipal de Educação, ora apresentado à sociedade do município, aprovado pela Câmara Municipal de Vereadores. Acompanhando, ainda, o Plano Decenal de Educação para Todos, elaborado em 1993, como resultado da Conferência Internacional em Jomtien (Tailândia), momento em que os países participantes assinaram o compromisso de elaborar e pôr em prática o Plano, essencialmente voltado ao Ensino Fundamental e à Erradicação do Analfabetismo. O papel da Educação Básica no Município assume, a cada ano, importância vital dentro da perspectiva de atender às crescentes exigências de uma sociedade em processo de renovação e de busca pela democracia, que só terá êxito quando as pessoas tiverem acesso à informação, ao conhecimento e aos meios necessários à formação de sua cidadania, como um direito inalienável. É nessa perspectiva que se estabelece a política educacional no Município de Frederico Westphalen, formalizada a partir de duas grandes linhas de ação: a primeira propõe-se a atender à demanda educacional, priorizando a Educação Infantil e o Ensino Fundamental, de forma a favorecer a construção da ética e da cidadania; a segunda corresponde à atuação sobre a oferta, objetivando atingir padrões educacionais compatíveis com o direito social e a satisfação das necessidades básicas da aprendizagem. Priorizando a qualidade do processo ensino-aprendizagem o Plano prevê, através da modernização da Secretaria Municipal da Educação e Cultura: o 15 fortalecimento da escola, com ênfase no processo de democratização; a valorização dos profissionais da Educação; a avaliação institucional e a adequação da infraestrutura, contemplando setores como a biblioteca, a informatização para o desenvolvimento da educação digital, entre outros, estabelecendo marcas de consolidação do humano em meio ao fazer-conhecer ou saber. Os objetivos aqui propostos, bem como suas metas, servirão de referências e fundamentarão os processos de detalhamento e operacionalização das atividades educacionais, sendo o Plano Municipal de Educação integrado aos Planos Nacional e Estadual de Educação em seus Metas e Diretrizes, articulado, aos mesmos planos, em suas ações, o que assegura o êxito esperado para os próximos dez anos. O cidadão de Frederico Westphalen é, neste contexto, percebido como sujeito que tem participação na sociedade e na produção porque, inserido no coletivo humano, aperfeiçoa sua competência de autossustentação, dando e recebendo sentido às suas ações individuais ou coletivas, sempre. A Lei Federal nº 10.172, de 09 de setembro de 2001 aprovou o Plano Nacional de Educação, determinando que os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, em sequência, elaborassem seus próprios Planos Decenais. O Município de Frederico Westphalen, cumprindo a lei referida, elaborou, pois, seu Plano Municipal de Educação, com base no PNE, para o Decênio 2007/2016, tendo o PROJETO de Lei do Executivo sido aprovado pela Câmara Municipal de Vereadores, após muitas horas de estudos e apoio, através da Lei Municipal nº 3.107, de 20 de dezembro de 2006. Com objetivos e metas em processo de execução, sob a coordenação da Secretaria Municipal da Educação e Cultura e assessoria do Conselho Municipal de Educação, participantes de todos os segmentos da educação local: Redes Federal, Estadual, Municipal e Privada e representantes da sociedade civil, como ocorreu na elaboração do PME, ora em comissões, participaram da 1ª e 2ª Avaliação do Plano Municipal de Educação. O PME chega ao final de 2008, ao segundo ano de vigência, sendo submetido à sua primeira avaliação e no final de 2010, submetido à sua segunda avaliação. O Município cumpre, assim, o que determina a Lei Municipal nº 3.107/06, em seu Art. 1º, § 2º. 16

Os segmentos referidos na Lei Municipal, em seu Art. 1º, § 1º - A Secretaria Municipal da Educação e Cultura, o Conselho Municipal de Educação, os Conselhos Escolares e o Poder Legislativo, através da Comissão de Educação, Saúde e Assistência Social ou equivalente, em articulação com o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente e entidades da sociedade civil, acompanharão a execução do Plano Municipal de Educação – PME/FW - sendo, também, responsáveis pela realização de sua avaliação, mediante mecanismos que retomam e avaliam seus objetivos e metas. Os mecanismos, acima referidos, ficam arquivados na SMEC, à disposição de todos quantos desejarem conhecer sua aplicação que assegurou, novamente, o caráter coletivo de construção, agora, dos resultados apurados do PME. Ressalte-se que, na participação, sobretudo das Direções de escolas, está o consenso de toda a comunidade escolar, como CPM, Conselho Escolar, docentes, discentes e funcionários. Registra-se que a compreensão dos dados, nos diversos quadros do Relatório, confrontados com iguais quadros no PME, embasam os avanços sinalizados e as necessidades/limitações a serem trabalhadas em dimensões que assegurem resultados satisfatórios das metas e objetivos. Isto posto, o objetivo básico da avaliação do PME é discutir com a sociedade, reunir informações, proceder registros – muitos comparativos aos divulgados em 2006 no PME e disponibilizar à comunidade local, o Relatório de Avaliação, para que detecte carências/limitações e avanços que, a cada dia, asseguram o grande empenho do Município para uma educação de qualidade para todos. Nesse sentido, o Prefeito Municipal, juntamente com a Câmara de Vereadores, através desse trabalho cooperativo marca sua gestão, projetando a educação no município, ciente da importância de, ao pensar o futuro educacional, participar de momentos significativos, resultantes, sobretudo de discussão, reflexões e contribuições dos vários segmentos sociais e entidades que, a cada 02 anos voltarão a participar, quando o PME será avaliado. Diretrizes do Plano Nacional de Educação e Plano Municipal de Educação – 2014- 2024 São diretrizes do PNE: 17

I –erradicação do analfabetismo; II – universalização do atendimento escolar; III – superação das desigualdades educacionais; IV – melhoria da qualidade do ensino; V – formação para o trabalho; VI – promoção da sustentabilidade sócioambiental; VII – promoção humanística, científica e tecnológica do País; VIII – estabelecimento de meta de aplicação de recursos públicos em educação como proposição do produto interno bruto; IX – valorização dos profissionais da educação; e X – difusão dos princípios da equidade, do respeito à diversidade e a gestão democrática da educação. O desafio do PME, na reestruturação e elaboração das metas e estratégias para área educacional do Município de Frederico Westphalen, para os próximos dez anos, atendendo às demandas de escolarização em todas as etapas da Educação Básica e na Educação Superior, é atender às seguintes diretrizes: a) Universalizar o atendimento da população da Educação Infantil do Município de Frederico Westphalen; b) Universalizar o Ensino Fundamental com nove anos de duração, dos 06 anos a 14 anos, com qualidade para esta faixa etária; c) Universalizar o atendimento escolar com qualidade para toda a população de 15 a 17 anos; d) Assegurar e incentivar a gestão democrática da educação, difundindo os princípios da equidade, do respeito à diversidade e da valorização dos profissionais da educação e de apoio; e) Erradicar o analfabetismo da população com mais de 15 anos, buscando reduzir o analfabetismo funcional; f) Assegurar o atendimento escolar dos estudantes da Educação Especial em todas as modalidades e níveis de ensino na rede regular e o AEE; g) Articular a oferta da Educação Superior de qualidade com as instituições pública e privadas, dando a possibilidade, na medida do possível, o acesso e permanência dos estudantes e atendendo às peculiaridades locais; h) Fortalecer e articular as redes de cooperação de proteção integral de crianças, adolescentes, jovens, adultos e idosos, entre as diferentes 18 instituições: Secretarias, Ministério Público, Conselho Tutelar, 20ªCRE, segurança, Conselho Municipal de Educação, assistência social, entre outras.

II – O MUNICÍPIO:

2. Histórico do Município:

A colonização de Frederico Westphalen iniciou por volta de 1918, quando as três primeiras famílias solicitaram reservas de áreas rurais, estabelecendo-se, inicialmente, no então povoado denominado de Vila Mussolini, que, em 1945, passou a denominar-se Osvaldo Cruz. A promessa de glebas de terras férteis, as facilidades de escolha e garantia de 25 hectares foram pontos fundamentais para atrair agricultores, trocando as terras velhas ou cansadas e reduzidas, na região de Santa Maria, Júlio de Castilhos, , Bento Gonçalves, , Região Central, pelas da região. Hoje a população abriga diversas etnias, sobretudo a italiana, a alemã e a polonesa. Os primeiros imigrantes italianos chegaram a Frederico Westphalen em 1920, os imigrantes alemães, em 1925 e os poloneses e outras etnias posteriormente. Esses imigrantes sempre tiveram na crença e no trabalho solidário, uma das molas propulsoras de enfrentamento das dificuldades, vivenciando valores, hábitos e atitudes de seus países de origem, contribuindo com a cultura do município. Registra-se, também, a presença de povos indígenas. Em 1919, começou a ser aberta a primeira picada para construção da estrada que ligaria o centro do Estado às Águas do Mel, hoje Município de Iraí. Esta picada passava por Frederico Westphalen, local de parada dos viajantes, pois a pureza da água e a beleza do local eram ideais para acampar. Aí instalaram um barril em uma fonte, motivo pelo qual, por longos anos, Frederico Westphalen denominou-se “BARRIL”, nome que ainda hoje os antigos moradores utilizam ao referirem-se ao passado. Em abril de 1920, tem início a urbanização com a construção da primeira casa de madeira para instalação de uma “bodega”, com o objetivo de atender aos 19 carreteiros que acampassem junto ao Barril. Em 15 de novembro de1928, pelo Ato Municipal nº 30, a então vila foi elevada à condição de distrito. Passa a ser o 13º distrito de Palmeira das Missões. Em homenagem ao chefe da Comissão de Terras e Colonização do Norte, com sede em Palmeira das Missões, o distrito passou a chamar-se Frederico Westphalen. Além do Distrito Sede, o município compôs - se dos Distritos de Castelinho e Osvaldo Cruz e, recentemente, São João do Porto. O município foi criado pela Lei Estadual nº 2.523, de 15 de dezembro de 1954, e instalado no dia 28 de fevereiro de 1955. Nesta data, comemora-se o “Dia do Município”. Compuseram a Comissão Emancipadora os Senhores: - Alcides Cerutti - Alfredo Haubert – Arisoly Martelet - Augusto Tagliapietra – Ênio Flores de Andrade – João Muniz Reis - Lindo Ângelo Cerutti – Monsenhor Vitor Batistella e Nelso Pigatto. Incansáveis, agiram com inteligência, deixando à comunidade um exemplo de amor a esta terra e a certeza de um trabalho contínuo, profícuo, para uma vivência justa e uma economia sustentável, graças, sobretudo, por fazer da educação a estratégia do desenvolvimento. O município tem como rodovias de acesso a BR 386 e a RS 150 e estrutura- se como um Sistema Formativo Integrado, em que as Instituições Educativas, a Família, o Sistema Produtivo e o Associativismo possibilitam à Administração Local liderar e planificar ações com vistas a proporcionar melhor qualidade de vida à comunidade: das crianças aos idosos. É sede de Diocese e, por sua posição geográfica, sua atuação na educação e em outros setores, constitui-se em Pólo Regional de Referência. Sedia diversos Órgãos Públicos Estaduais e Federais, cinco Casas Bancárias, o 9º COREDE - Conselho Regional de Desenvolvimento, denominado CODEMAU – Conselho de Desenvolvimento do Médio Alto Uruguai, quatro Universidades, Associação Comercial e Industrial, Sindicatos, Conselhos Regionais (Contabilidade e Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia), OAB – Ordem dos Advogados do Brasil – Subsecção de Frederico Westphalen, Aeroclube, com escola de pilotagem, com curso de formação de Piloto Privado, ONGs e diversas Pastorais, especialmente a da Criança e do Idoso. 20

A cada dois anos o município realiza a EXPOFRED, mostrando os setores agropecuário, comercial, industrial e a prestação de serviços, revelando à comunidade local e regional sua produção, seu comércio e sua indústria. Objetiva, assim, projetar todas as atividades produtivas do município e da região, com o que, indica caminhos para o desenvolvimento sustentável.

2.1 Localização Geográfica:

O Município de Frederico Westphalen está localizado na Região do Médio Alto Uruguai, ao Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, com uma área de 264,53 km2, entre os paralelos 27º21’33’’ de latitude sul e 53º23’40’’ e longitude oeste, limitando-se ao norte com os Municípios de Caiçara e , ao sul, com e , a leste, com e Iraí e, a oeste, com Taquaruçu do Sul e Vista Alegre.

QUADRO 02 - CARACTERÍSTICAS GEOGRÁFICAS DO MUNICÍPIO DE

FREDERICO WESTPHALEN-RS CARACTERÍSTICAS GEOGRÁFICAS ÁREA 264,976 km² POPULAÇÃO/2013 30.251hab DENSIDADE 114,17 hab/km² ALTITUDE 566m CLIMA Subtropical úmido FUSO HORÁRIO UTC-3 INDICADORES IDH-M 0.834 muito alto PNUD/2000 PIB R$ 457.057,357 mil IBGE/2008 PIB PER CAPITA R$16.153,29 IBGE/2008 FONTE:Wikipédia.org/2014 21

FIGURA 01-LOCALIZAÇÃO DO MUNICÍPIO, NA AMÉRICA DO SUL, NO BRASIL, NO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL E NA REGIÃO DO MÉDIO ALTO URUGUAI.

Fonte: MISSIO, E. 2003.

Tabela I - Informações IBGE/2010- Frederico Westphalen-RS População estimada 2014 (1) 30.409 População 2010 28.843 Área da unidade territorial (km²) 264,976 Densidade demográfica (hab/km²) 108,85 Código do Município 4308508 Gentílico Westphalense ROBERTO FELIN JUNIOR

Fonte: http://www.cptec.inpe.br/

2.2 Contextualização

A Sede Administrativa do Município está localizada na Rua José Cañellas, 258, no Bairro Centro. O município tem seu código de endereçamento postal sob número 98400-000, 22 seu e-mail: [email protected], site http://www.fredericowestphalen.rs.gov.br/html/index.php, telefone (55) 3744 5050 e fax (55) 3744 3887.

2.3 População

Conforme o IBGE, dados do Censo 2000, reside em Frederico Westphalen uma população de 26.759 mil habitantes, dos quais 20.394 mil na área urbana, em dezesseis Bairros. O Quadro 01 registra a população do município, por faixa etária.

QUADRO 03 – DISTRIBUIÇÃO DA POPULAÇÃO POR FAIXA ETÁRIA. IDADE (em anos) NÚMERO DE HABITANTES 0 - 04 2.259 05 - 09 2.485 10 - 19 5.211 20 - 29 4.154 30 - 39 4.152 40 - 49 3.630 50 - 59 2. 332 Acima de 60 2.536 Total: 26.759 Fonte: IBGE 2000

O mesmo censo de 2000 registra que a população do município corresponde a 14,55% da região do CODEMAU.

A Estimativa da População para 2006, feita pelo IBGE, é de 28.107 habitantes, seguindo-se um conjunto de dados do IBGE 2010:

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Distribuição da população por sexo, segundo os grupos de idade -Frederico Westphalen (RS) Mais de 100 anos 1 0,0% 0,0% 1 95 a 99 anos 2 0,0% 0,0% 11 90 a 94 anos 10 0,0% 0,1% 24 85 a 89 anos 59 0,2% 0,3% 96 80 a 84 anos 106 0,4% 0,6% 181 75 a 79 anos 213 0,7% 1,0% 289 70 a 74 anos 282 1,0% 1,3% 369 65 a 69 anos 408 1,4% 1,6% 461 60 a 64 anos 576 2,0% 2,4% 680 55 a 59 anos 778 2,7% 2,8% 806 50 a 54 anos 931 3,2% 3,2% 924 45 a 49 anos 941 3,3% 3,7% 1.068 40 a 44 anos 1.033 3,6% 3,5% 1.005 35 a 39 anos 896 3,1% 3,4% 983 30 a 34 anos 1.064 3,7% 3,7% 1.075 25 a 29 anos 1.251 4,3% 4,3% 1.242 20 a 24 anos 1.334 4,6% 4,7% 1.344 15 a 19 anos 1.282 4,4% 4,6% 1.327 10 a 14 anos 1.162 4,0% 3,8% 1.094 5 a 9 anos 905 3,1% 3,1% 899 0 a 4 anos 894 3,1% 2,9% 836 Homens Mulheres FONTE: IBGE.gov.br/Censo 2010 TABELA 03 - Evolução Populacional

Ano Frederico Westphalen Rio Grande do Sul Brasil

1991 24.935 9.138.670 146.825.475

1996 27.068 9.568.523 156.032.944

2000 26.759 10.187.798 169.799.170

2007 27.308 10.582.840 183.987.291

2010 28.843 10.693.929 190.755.799

Fonte: IBGE: Censo Demográfico 1991, Contagem Populacional 1996, Censo Demográfico 2000, Contagem Populacional 2007 e Censo Demográfico 2010;

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2.4 Altitude

O Município de Frederico Westphalen encontra-se a 522 metros de altitude em relação ao nível do mar.

2.5 Distâncias

Frederico Westphalen situa-se a: - 430 km de – Capital do Estado; - 2.107 km de Brasília; - 1.594 km do Rio de Janeiro; - 1.230 km de São Paulo; - 200 km de Passo Fundo; - 400 km de Caxias do Sul; - 300 km de Santa Maria; - 680 km de Rio Grande.

2.6 Hidrografia O Município de Frederico Westphalen está localizado na região geográfica do Aquífero Guarani, pertence ao Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Rio da Várzea, denominada U100, desmembrada da Bacia Hidrográfica U20 Passo Fundo/Várzea, conforme Decreto do Governo do Estado nº 43.488, data de dezembro de 2004. No município foram delimitadas, a partir dos divisores de água, cinco bacias hidrográficas, que são: dos Lajeados Mico, Castelinho, Perau, Chiquinha e do . Os Rios da Várzea e Pardo drenam para o Rio Uruguai e os Lajeados acima, para o Rio da Várzea. Esta é a base da Bacia Hidrográfica do Rio da Várzea que nasce no Município de Passo Fundo (Bela Vista) e desemboca no Rio Uruguai, no Município de Iraí.

2.7 Relevo O município possui um relevo de patamares estruturais modelado em rochas basálticas juro-cretáceas, da formação da Serra Geral. Destacam–se dois padrões: formas convexas com relevo de topo convexo e formas tabulares com relevo de topo 25 aplainado. A drenagem é estabelecida pelas formas do relevo, associadas às direções do fraturamento, em certos trechos ao controle exercido pelo contato entre as sequências de derrames. O basalto constitui a maior unidade geológica, apresentando-se disposto em sequências de derrames sub-horizontais, com ligeiros mergulhos da ordem de 5º no sentido Oeste. Sua espessura varia de 300 a 1000 metros (ELETROSUL, 1979). Os basaltos apresentam-se individualizados nos derrames em horizontes com características texturais e estruturais particulares, evidenciando três zonas características. A zona compacta apresenta um basalto denso, cinza escuro, preto e marrom avermelhado, consistindo a base do derrame. A zona amigdaloidal apresenta um basalto vesicular, amigdaloide com textura mesocristalina, rico em vidro vulcânico. A presença de vesículas e amígdalas preenchidas por minerais secundários como o quartzo, calcedônia, zeólitas, cloritas e minerais argilosos são abundantes. A zona de topo ou escoriácea corresponde à mistura de fragmentos de rocha com material sedimentar. De modo geral, os recursos minerais são, até o momento, considerados inexpressivos, dentro do limite da bacia hidrográfica do Rio Uruguai. Regiões de importância mineralógica são aquelas onde há exploração de ametista, da qual o Município de Frederico Westphalen faz parte, além de regiões balneárias de águas termais e minerais localizadas em cidades ribeirinhas ao longo do Rio Uruguai (ELETROSUL, 1979). A exploração de pedras preciosas é uma atividade recente, destacando-se sua raridade e beleza.

2.8 Clima O Município de Frederico Westphalen está situado na zona temperada, apresentando um clima classificado como mesotérmico e úmido, quase super úmido, sujeito a bruscas mudanças de tempo em qualquer época do ano por sucessivas invasões de frentes frias. A variação climática sazonal é devida, principalmente, ao regime térmico. A temperatura média anual situa-se em torno de 18°C, sendo grande a amplitude térmica, cerca de 11°C, em média. Os verões costumam ser quentes, uma vez que a temperatura média, nesse período, é superior a 22°C e a média das máximas situa-se em torno de 31°C. Nessa estação, é comum a ocorrência de alguns dias de forte calor, quando se registram máximas térmicas próximas de 41°C. Ao contrário, os invernos apresentam temperatura média em torno de 13°C, enquanto que as mínimas térmicas, predominam entre 6ºC e 10°C. 26

Nesses períodos, já foram registrados valores inferiores a 0°C. De abril a outubro a área está sujeita à ocorrência de geadas, cujo fenômeno, geralmente, é registrado de cinco a dez vezes por ano, em média. A precipitação média anual é elevada, entre 1.800mm e 2.100 mm, sendo bem distribuídos ao longo do ano. As chuvas são suficientes para as necessidades ambientais de água durante o ano todo, não apresentando estação seca e, sim, um volume de 800 a 900 mm de água excedente e disponível para o escoamento superficial. Portanto, pela classificação de Köppen, Frederico Westphalen está localizado na zona climática fundamental temperada, apresentando clima fundamental úmido e variedade específica subtropical. Desse modo, o clima é descrito como subtropical úmido, com chuva bem distribuída durante o ano e temperatura média do mês mais quente superior a 22°C EMBRAPA (2002); IBGE (1985). As principais características do regime de ventos, determinadas com base em observações realizadas na estação meteorológica da Embrapa Trigo, em Passo Fundo, RS, no período 1977-1994, têm como referência a altura de 10 m, adotada, em todo o Brasil, pelo Instituto Nacional de Meteorologia. Entretanto, as principais características climáticas do extremo sul do Brasil são determinadas pelos fenômenos relacionados com a dinâmica da atmosfera (frentes meteorológicas) e fatores geográficos, como a orografia, a continentalidade e a maritimidade.

2.9 Vegetação Ao longo do Rio Uruguai e seus afluentes, antes do início da colonização, estendia-se uma densa floresta, caracterizada por um estrato arbóreo superior, formado por árvores altas e emergentes, na sua maioria decíduas. Como árvores emergentes dominavam principalmente a grápia (Apuleia leiocarpa), sem dúvida a árvore mais frequente ao longo das encostas do Rio Uruguai, o angico-vermelho (Parapitadenia rigida), a canafistula (Peltophorum dubium), a timbaúva (Enterolobium contortisiliquum), o louro (Cordia trichotoma) e a canjerana (Cabralea canjerana). Durante o inverno, quando as árvores emergentes, na sua maioria, perdem as folhas, apresenta-se a floresta como decidual. O estrato não emergente é denso, constituído por árvores perenifoliadas, onde predominam as lauráceas como a canela-preta, a canela-amarela (Nectandra megapotamica), a canela-guaicá (Ocotea puberula), acompanhadas pela guajuvira (Patagonula americana). O estrato das arvoretas é formado, principalmente, pelo cincho (Sorocea bonplandii), a 27 laranjeira-do-mato (Actinostemon concolor) e o catiguá ou quebra machado (Trichilia claussenii), arvoretas que constituem cerca de 40 a 70% do estrato, dando-lhe um aspecto de grande homogeneidade fitofisionômica. As epífitas são bastante raras, não obstante a presença do guaimbé (Philodendron selloum), caracterizando a floresta do Alto Uruguai um aspecto típico (REITZ, 1990 apud MISSIO, 2003). De acordo com o inventário florestal contínuo do Rio Grande do Sul (SEMA, 2002), a Região do Alto Uruguai, onde está localizado o Município de Frederico Westphalen, é classificada como Floresta Estacional Decidual, onde foram encontradas 229 espécies pertencentes a 63 famílias. As principais espécies encontradas foram a Nectandra megapotamica (canela-preta), Alchornea triplinervia (tanheiro), Cupania vernalis (camboatá-vermelho), Luehea divaricata (açoita-cavalo), Casearia sylvestris (chá-de-bugre), Parapiptadenia rigida (angico-vermelho), Patagonula americana (guajuvira), Matayba elaeagnoides (camboatá-braco), Allophylus edulis (chal-chal). A vegetação nativa do Município de Frederico Westphalen ocupava, originalmente, todo o território municipal, mas sofreu profundas modificações com a introdução da agricultura. A cobertura vegetacional atual ocupa menos de 20% do território e caracteriza-se pela predominância de capoeiras em diferentes níveis, agricultura diversificada e demais atividades agrárias (MISSIO, 2003). A mata, na maioria das áreas de ocorrência, não se encontra mais em seu estado natural, constituindo-se, basicamente, por mata secundária, entretanto, do ponto de vista da conservação do solo e dos recursos hídricos representa um aspecto positivo.

2.10 Solos É importante reconhecer que, quando os usos da terra estão adequados, conforme sua aptidão, permitem manter a sustentabilidade dos sistemas econômicos e sociais, garantindo uma economia e condições de vida humana com qualidade, objetivos implícitos ao longo deste PME e explícitos das ações da Educação do Campo, prioritária no município. Esta é uma questão abrangente do momento, com prospecções futuras bem de acordo com a ECO 92, quando explicita: “é preciso pensar planetariamente e agir localmente”, ou seja: “melhorar o gerenciamento dos recursos naturais e a conservação dos sistemas ecológicos em nível local e, com a soma das localidades, atingir a esfera global” (MISSIO, 2003). 28

Quanto ao tipo de solo, predominam solos das classes Chenossolos Argilúvicos férricos, Neossolos Litólicos eutróficos e Latossolos Vermelhos distroférricos típicos. Os Chernossolos Argilúvicos férrico ocupam áreas de pequena extensão, em relevo ondulado a fortemente ondulado, o que dificulta a mecanização, exigindo práticas conservacionistas intensivas. Oferecem condições para uso com culturas anuais, fruticultura, pastagens e reflorestamento. Os Neossolos Litólicos eutróficos ocupam as encostas de relevo forte ondulado e montanhoso, apresentando pedregosidade e afloramento de rochas. Caracterizam-se pela baixa tolerância à perda de solo por erosão hídrica, portanto, apresentam fortes restrições para culturas anuais. Os Latossolos Vermelhos distroférricos típicos são solos bem drenados, normalmente profundos a muito profundos, apresentando no perfil uma sequência de horizontes A – Bw – C. As propriedades físicas (profundos, bem drenados, muito porosos, friáveis, bem estruturados) e condições de relevo suave ondulado, determinam alta aptidão agrícola, desde que corrigidas as propriedades químicas, principalmente a acidez e a deficiência de fósforo, conforme Streck, et al. (2002), citado por Missio, (2003) e Livro Plano Diretor (Prelo).

3. ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS DO MUNÍCIPIO DE FREDERICO WESTPHALEN

O ranking do município evidencia crescimento econômico e social, elevando a expectativa da comunidade quanto ao seu desenvolvimento sustentável, o que assegura ser um território com pessoas e espaços que permitem a todos viver com qualidade de vida. Os quadros 04 05 e 06, a seguir, evidenciam números favoráveis ao município.

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QUADRO 04 - PRODUTO INTERNO BRUTO – Valores em Reais e ranking – 2003. EXERCÍCIO VALOR – EM POSIÇÃO NO PARTICIPAÇÃO REAIS RANKING PERCENTUAL NO ESTADUAL ESTADO 1997 115.228.518 -- -- 1998 125.788.769 -- -- 1999 133.580.000 -- -- 2000 139.609.000 -- -- 2001 155.947.000 -- -- 2002 187.894.000 -- -- 2003 237.151.000 94º 0,19 Fonte: Fundação Estadual de Economia e Estatística, 2003

QUADRO 05- PRODUTO INTERNO BRUTO PER CAPITA e Ranking - 2003 EXERCÍCIO VALOR – EM POSIÇÃO NO PARTICIPAÇÃO REAIS RANKING PERCENTUAL NO ESTADUAL ESTADO 1997 4.258 -- -- 1998 4.666 -- -- 1999 5.008 -- -- 2000 5.194 -- -- 2001 5.759 -- -- 2002 6.887 -- -- 2003 8.627 351º 0,71 Fonte: Fundação Estadual de Economia e Estatística, 2003 TABELA – 04 - Despesas e Receitas Orçamentárias

Variável Frederico Westphalen Rio Grande do Sul Brasil

Receitas 36.823.177,88 17.296.234.579,16 270.856.088.564,26 30

Variável Frederico Westphalen Rio Grande do Sul Brasil

Despesas 25.979.039,22 14.292.732.093,61 232.720.145.984,84

Fonte: link: http://cod.ibge.gov.br/1K0C

QUADRO 06- ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO SOCIOECONÔMICO (IDESE) MUNICÍPIO DE FREDERICO WESTPHALEN-NÚMERO DE MUNICÍPIOS CONSIDERADOS: em 2000 – 467; em 2001 – 497; em 2002/2003 – 496. ÁREA ÍNDICES DO ÍNDICES DO ESTADO CLASSIFICAÇÃO DO MUNICÍPIO MUNICÍPIO, NO ESTADO 2000 2001 2002 2003 2000 2001 2002 2003 2000 2001 2002 200 3 EDUCAÇÃO 0,861 0,848 0,864 0,866 0,834 0,841 0,849 0,853 76ª 169ª 145ª 160 ª SAÚDE 0,913 0,934 0,896 0,868 0,853 0,848 0,844 0,841 16ª 1ª 15ª 143 ª SANEAMENTO 0,617 0,618 0,621 0,623 0,562 0,562 0,564 0,565 35ª 39ª 36ª 36ª RENDA 0,687 0,692 0,725 0,732 0,757 0,753 0,759 0,769 153ª 159ª 143ª 159 ª IDESE 0,772 0,775 0,773 0,772 0,752 0,751 0,753 0,757 26ª 28ª 30ª 36ª Fontes: 2000 – Fundação Estadual de Economia e Estatística e Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (5/2003); para 2003 – Fundação Estadual de Economia e Estatística (14-7-2004); para 2002 – Fundação Estadual de Economia e Estatística (9-6-2005); e para 2003 – Fundação Estadual de Economia e Estatística (9-8-2006); IDESE – Índice de Desenvolvimento Socioeconômico.

3.1 Sistema do uso da terra

O mosaico de uso da terra apresenta variações temporais e espaciais. A rotação de culturas, ao longo dos anos, em áreas agrícolas e práticas silviculturais e 31 regeneração de áreas naturais produziram mudanças significativas na paisagem ao longo de décadas. No município é possível identificar seis classes de uso e ocupação da terra, que são: mata, capoeira, pastagens, agricultura, água e área urbana. A paisagem no Município de Frederico Westphalen sofreu grandes alterações no uso e na cobertura das terras, desde a colonização, especialmente em relação à cobertura natural, que ocupa, atualmente, menos de 20% da superfície e se apresenta sob a forma de fragmentos, geralmente isolados entre áreas de cultivo ou de pastagens. No ano de 1999, apenas 18,57% da superfície do Município de Frederico Westphalen estava ocupada pela classe mata e 1,87% pela classe capoeira, que são as de uso mais próximos ao uso natural do solo. A classe de uso capoeira é diferenciada da classe mata pelo tamanho das áreas, definindo-se como capoeira as áreas naturais com menos de um hectare, compostas, geralmente, por capoeira propriamente dita, ou por capões de mata. Esta diferenciação foi adotada em função da maior vulnerabilidade a que os fragmentos de pequeno porte estão sujeitos, embora a forma dos fragmentos, em alguns casos, é mais significativa que a área na determinação da vulnerabilidade das áreas naturais.

3.2 Setor primário Nas áreas agrícolas do município predomina a agricultura familiar com culturas anuais, com utilização de tração animal e mecanização reduzida, devido ao relevo. A agricultura familiar, inicialmente, destina sua produção à subsistência familiar e dos animais domésticos. Faz parte do desenvolvimento do município cujas propriedades se caracterizam como minifúndio (10-13 ha). Mesmo predominando pequenas propriedades, graças a programas renovados e à eficiência da orientação técnica, especialmente pela EMATER, pela Casa Familiar Rural, pelo Polo de Modernização Tecnológica/URI/Municípios e pelas Secretarias Estadual e Municipal da Agricultura, comprova-se o potencial produtivo dos solos. Através de arrojado Programa da SMEC, de Educação no Campo e de cursos no Colégio Agrícola Federal – CAFW, e das Universidades locais, especialmente através da Pedagogia da Alternância/URI, vislumbra-se, cada vez mais, o desenvolvimento do setor primário, associado a atividades relacionadas ao reflorestamento, à coleta seletiva de lixo, à Bacia Hidrográfica do Rio da Várzea e seus afluentes, ao cooperativismo, ao diálogo com os pais e irmãos a respeito do uso do solo, entre outras, voltadas à área rural. 32

3.2.1 Produção agrícola permanente Conforme o Censo Agropecuário de 1995/1996, o município cultiva 246 hectares com produtos característicos como agricultura permanente, considerando os produtos selecionados, num valor total de R$ 1.858.000,00, numa quantidade de 3.388 toneladas. Entre estes produtos, o de maior expressão é a laranja, com 50,17% do peso, 30,89% do valor e 40,65% da área. A produção da tangerina, apesar da quantidade, valor e área inferior (26,91%, 28,63% e 26,83%, respectivamente) é, proporcionalmente, expressiva, já que corresponde a arredondados 12% nos três aspectos na região. A Tabela 05 mostra a posição do município quanto à produção agrícola permanente, no período de 1996 a 2005.

Descrição Unidade 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 Erva-mate (folha verde) - Tonelada 160 90 11 1.260 840 420 600 210 42 280 quantidade produzida Erva-mate (folha verde) - mil reais 21,00 17,00 1,00 328,0 218,0 109,0 116,00 55,00 6,00 73,00 valor da produção 0 0 0 Erva-mate (folha verde) - Hectare 16 10 1 90 60 30 120 15 4 20 área plantada Erva-mate (folha verde) - Hectare 16 10 1 90 60 30 120 15 4 20 área colhida Erva-mate (folha verde) - kg/hectar 10.00 9.000 11.00 14.00 14.00 14.00 5.000 14.000 10.500 14.000 rendimento médio e 0 0 0 0 0 Laranja - quantidade Tonelada 1.700 407 1.615 576 143 768 480 477 672 120 produzida Laranja - valor da produção mil reais 574,0 110,0 545,0 461,0 114,0 614,0 130,00 382,00 227,00 96,00 0 0 0 0 0 0 Laranja - área plantada Hectare 100 37 85 48 19 96 40 53 42 16 Laranja - área colhida Hectare 100 37 85 48 19 96 40 53 42 16 Laranja - rendimento médio kg/hectar 17.00 11.00 19.00 12.00 7.526 8.000 12.000 9.000 16.000 7.500 e 0 0 0 0 Pêssego - quantidade Tonelada 80 13 80 9 4 15 46 8 46 3 produzida Pêssego - valor da produção mil reais 77,00 10,00 77,00 14,00 6,00 23,00 35,00 12,00 44,00 5,00 Pêssego - área plantada Hectare 11 2 8 3 1 5 7 2 6 1 Pêssego - área colhida Hectare 11 2 8 3 1 5 7 2 6 1 Pêssego - rendimento médio kg/hectar 7.272 6.500 10.00 3.000 4.000 3.000 6.571 4.000 7.666 3.000 33

e 0 Tangerina - quantidade Tonelada 912 49 640 10 19 75 90 6 423 5 produzida Tangerina - valor da mil reais 532,0 37,00 373,0 6,00 11,00 45,00 68,00 4,00 247,00 3,00 produção 0 0 Tangerina - área plantada Hectare 66 7 40 2 3 15 16 1 26 1 Tangerina - área colhida Hectare 66 7 40 2 3 15 16 1 26 1 Tangerina - rendimento kg/hectar 13.81 7.000 16.00 5.000 6.333 5.000 5.625 6.000 16.269 5.000 médio e 8 0 Uva - quantidade produzida Tonelada 450 63 270 84 35 175 27 300 128 55 Uva - valor da produção mil reais 615,0 57,00 369,0 168,0 70,00 350,0 24,00 600,00 175,00 110,00 0 0 0 0 Uva - área plantada Hectare 50 7 30 12 5 25 9 30 17 11 Uva - área colhida Hectare 50 7 30 12 5 25 9 30 17 11 Uva - rendimento médio kg/hectar 9.000 9.000 9.000 7.000 7.000 7.000 3.000 10.000 7.529 5.000 e Tabela 01 – Evolução da Produção Agrícola Permanente Comercial no Município de Frederico Westphalen, 1996 a 2005. Fonte: IBGE, 1996/2005 – Zang et al (no Prelo).

Tomando por base a região e a proporção da área do Município, Frederico Westphalen apresenta um rendimento com relevância relativa na produção de uva (30,55% acima área do CODEMAU), de laranja, (10,08% acima da região), pêssego (20,18% acima).

3.2.2 Produção agrícola temporária A Tabela 02 permite um estudo comparativo que, de forma sucinta, pode ser feito com alunos e pais, especialmente da área rural, pela escola.

Tabela 06 – Evolução da Produção Agrícola Temporária Comercial no Município de Frederico Westphalen, 1996 a 2005. Descrição Unidade 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 Feijão (em grão) - Tonelad 1.260 49 2.686 624 200 2.400 210 180 240 468 quantidade produzida a 34 Feijão (em grão) - valor da mil reais 1.287, 49,00 2.743, 1.108,0 355,00 4.260, 209,00 320,00 245,00 831,00 produção 00 00 0 00 Feijão (em grão) - área Hectare 1.800 80 4.400 790 250 2.000 160 300 280 560 plantada Feijão (em grão) - área Hectare 1.800 76 4.400 640 250 2.000 160 300 280 560 colhida Feijão (em grão) - kg/hectar 700 644 610 975 800 1.200 1.312 600 857 835 rendimento médio e Fumo (em folha) - Tonelad 872 0 1.008 160 0 386 5 220 673 16 quantidade produzida a Fumo (em folha) - valor da mil reais 2.616, 0,00 3.024, 58,00 0,00 139,00 16,00 79,00 2.019, 6,00 produção 00 00 00 Fumo (em folha) - área Hectare 545 0 611 80 0 241 3 220 396 10 plantada Fumo (em folha) - área Hectare 545 0 611 80 0 241 3 220 396 10 colhida Fumo (em folha) - kg/hectar 1.600 0 1.649 2.000 0 1.601 1.666 1.000 1.699 1.600 rendimento médio e Milho (em grão) - Tonelad 28.000 2.880 16.416 15.360 9.000 9.000 16.200 11.520 18.000 9.900 quantidade produzida a Milho (em grão) - valor da mil reais 7.641, 798,00 4.480, 3.994,0 2.340, 2.340, 4.487,00 2.995, 4.912, 2.574, produção 00 00 0 00 00 00 00 00 Milho (em grão) - área Hectare 7.000 800 5.700 3.200 2.500 3.000 3.000 4.800 5.000 3.300 plantada Milho (em grão) - área Hectare 7.000 800 5.700 3.200 2.500 3.000 3.000 4.800 5.000 3.300 colhida Milho (em grão) - kg/hectar 4.000 3.600 2.880 4.800 3.600 3.000 5.400 2.400 3.600 3.000 rendimento médio e Soja (em grão) - Tonelad 10.800 11.520 7.128 11.592 7.350 11.550 44.200 8.280 2.700 3.400 quantidade produzida a Soja (em grão) - valor da mil reais 5.867, 6.371, 3.872, 7.071,0 4.484, 7.046, 24.443,0 5.051, 1.467, 2.074, produção 00 00 00 0 00 00 0 00 00 00 Soja (em grão) - área Hectare 6.000 4.800 3.300 4.600 3.500 5.500 17.000 4.600 1.800 1.700 plantada Soja (em grão) - área colhida Hectare 6.000 4.800 3.300 4.600 3.500 5.500 17.000 4.600 1.800 1.700 Soja (em grão) - rendimento kg/hectar 1.800 2.400 2.160 2.520 2.100 2.100 2.600 1.800 1.500 2.000 médio e Trigo (em grão) - Tonelad 2.000 3.600 1.469 3.840 768 1.440 14.000 360 180 180 quantidade produzida a Trigo (em grão) - valor da mil reais 804,00 1.609,0 591,00 1.536,00 307,00 576,00 6.258,00 144,00 72,00 72,00 produção 0 Trigo (em grão) - área Hectare 1.000 2.000 1.200 2.000 400 800 7.000 200 100 100 plantada Trigo (em grão) - área colhida Hectare 1.000 2.000 1.200 2.000 400 800 7.000 200 100 100 Trigo (em grão) - rendimento kg/hectar 2.000 1.800 1.224 1.920 1.920 1.800 2.000 1.800 1.800 1.800 médio e Fonte IBGE, 1996/2005 – Zang et al 35

Conforme o Censo Agropecuário de 1996/2005, o município cultiva 16.345 hectares com produtos caracterizados como agricultura temporária, considerando os produtos selecionados

(Tabela 02), num valor total de R$ 18.215.000,00, numa quantidade de 42.932 toneladas.

Entre estes produtos o de maior expressão é o milho, com 65,22% do peso, 41,95% do valor e 42,83% da área.

Em relação à cultura da soja é interessante que se questione a viabilidade, em termos de prioridade, na política agrícola municipal, considerando o retorno financeiro por área, em relação ao tamanho das propriedades, concorrência com grandes áreas no Estado e no Brasil, altamente mecanizadas e tecnificadas.

Descrição Unidade 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 Feijão (em grão) - Tonelad 1.260 49 2.686 624 200 2.400 210 180 240 468 quantidade produzida a 36 Feijão (em grão) - valor da mil reais 1.287, 49,00 2.743, 1.108,0 355,00 4.260, 209,00 320,00 245,00 831,00 produção 00 00 0 00 Feijão (em grão) - área Hectare 1.800 80 4.400 790 250 2.000 160 300 280 560 plantada Feijão (em grão) - área Hectare 1.800 76 4.400 640 250 2.000 160 300 280 560 colhida Feijão (em grão) - kg/hectar 700 644 610 975 800 1.200 1.312 600 857 835 rendimento médio e Fumo (em folha) - Tonelad 872 0 1.008 160 0 386 5 220 673 16 quantidade produzida a Fumo (em folha) - valor da mil reais 2.616, 0,00 3.024, 58,00 0,00 139,00 16,00 79,00 2.019, 6,00 produção 00 00 00 Fumo (em folha) - área Hectare 545 0 611 80 0 241 3 220 396 10 plantada Fumo (em folha) - área Hectare 545 0 611 80 0 241 3 220 396 10 colhida Fumo (em folha) - kg/hectar 1.600 0 1.649 2.000 0 1.601 1.666 1.000 1.699 1.600 rendimento médio e Milho (em grão) - Tonelad 28.000 2.880 16.416 15.360 9.000 9.000 16.200 11.520 18.000 9.900 quantidade produzida a Milho (em grão) - valor da mil reais 7.641, 798,00 4.480, 3.994,0 2.340, 2.340, 4.487,00 2.995, 4.912, 2.574, produção 00 00 0 00 00 00 00 00 Milho (em grão) - área Hectare 7.000 800 5.700 3.200 2.500 3.000 3.000 4.800 5.000 3.300 plantada Milho (em grão) - área Hectare 7.000 800 5.700 3.200 2.500 3.000 3.000 4.800 5.000 3.300 colhida Milho (em grão) - kg/hectar 4.000 3.600 2.880 4.800 3.600 3.000 5.400 2.400 3.600 3.000 rendimento médio e Soja (em grão) - Tonelad 10.800 11.520 7.128 11.592 7.350 11.550 44.200 8.280 2.700 3.400 quantidade produzida a Soja (em grão) - valor da mil reais 5.867, 6.371, 3.872, 7.071,0 4.484, 7.046, 24.443,0 5.051, 1.467, 2.074, produção 00 00 00 0 00 00 0 00 00 00 Soja (em grão) - área plantada Hectare 6.000 4.800 3.300 4.600 3.500 5.500 17.000 4.600 1.800 1.700 Soja (em grão) - área colhida Hectare 6.000 4.800 3.300 4.600 3.500 5.500 17.000 4.600 1.800 1.700 Soja (em grão) - rendimento kg/hectar 1.800 2.400 2.160 2.520 2.100 2.100 2.600 1.800 1.500 2.000 médio e Trigo (em grão) - quantidade Tonelada 2.000 3.600 1.469 3.840 768 1.440 14.000 360 180 180 produzida Trigo (em grão) - valor da mil reais 804,00 1.609,0 591,00 1.536,00 307,00 576,00 6.258,00 144,00 72,00 72,00 produção 0 Trigo (em grão) - área Hectare 1.000 2.000 1.200 2.000 400 800 7.000 200 100 100 plantada Trigo (em grão) - área Hectare 1.000 2.000 1.200 2.000 400 800 7.000 200 100 100 colhida Trigo (em grão) - kg/hectar 2.000 1.800 1.224 1.920 1.920 1.800 2.000 1.800 1.800 1.800 rendimento médio e 37

TABELA 7- Produto Interno Bruto (Valor Adicionado)

Variável Frederico Westphalen Rio Grande do Sul Brasil

Agropecuária 51.004 8.764.507 105.163.000

Indústria 177.264 37.475.448 539.315.998

Serviços 343.531 77.628.594 1.197.774.001

Fonte: link: http://cod.ibge.gov.br/1K0C

3.2.3 Produção pecuária Segundo o Censo Agropecuário de 1996/2005, tomando por base a região e a proporção da área do município, Frederico Westphalen apresenta uma relevância relativa em todas as atividades selecionadas na produção pecuária. Entre as atividades sobressai, em ordem relativa decrescente, a produção de leite de vaca (14,32% da região), quantidade de vacas ordenhadas (13,63 % da região), efetivo do rebanho de galos, frangas, frangos e pintos (10,08% da região), efetivo do rebanho de galinhas (9,29% da região) e produção de mel de abelha (9,22% da região).

3.3 Setor secundário: indústria, comércio e construção civil A base da economia está nas indústrias de processamento de alimentos, de sucos e derivados, de polietileno, de fiberglass, metalúrgicas, moveleiras, cerâmicas, criação de suínos e gado bovino e leiteiro, aves, lavouras de soja, milho, fumo e feijão, polo econômico e cultural da Região do Médio Alto Uruguai. Calçados, confecções, artefatos de cimento, extração de pedras, entre outros, constituem elementos fortes para o comércio. O município possui dois distritos industriais, estando o primeiro com toda a infraestrutura necessária para o funcionamento das indústrias subsidiadas e outras. 38

3.4 Setor terciário e serviços Este setor contribui, expressivamente, com a economia do município, através de diversos Serviços, Instituições Públicas e Privadas, Organizações Comerciais e Industriais, Educação, Cultura, Esporte, entre outros. A importância do setor de serviços na economia faz com que os dirigentes avaliem a qualidade dos serviços prestados, além da quantidade, aperfeiçoando a interação com o usuário. A Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílio (PNAD), publicada pelo IBGE (2005), registra que o setor econômico de serviços é o que mais emprega, seguido pelo setor agrícola, de comércio e reparação, indústria e construção.

3.4.1 Turismo Frederico Westphalen faz parte da Rota das Águas e Pedras Preciosas, oferecendo como oportunidade de turismo, diversas áreas de lazer, turismo religioso (Catedral Diocesana, Santuário Cristo Rei, Santuário Schoenstatt), Furnas de Extração de Pedras Preciosas, Parque Municipal da Faguense. É expressiva a atuação da URI/CODEMAU no projeto da Mesorregião para ações nos municípios do Médio Alto Uruguai, envolvendo áreas como a capacitação de empresários, trabalhadores e agentes do turismo da região. O grande diferencial das belezas naturais que se descortinam na região, sem dúvida, é a diversidade. São pedras preciosas, águas minerais, rios, lama medicinal, vales, cachoeiras, matas, e um povo rico em história. Lidar com esse novo fator de desenvolvimento é preocupar-se com a concretização da atividade turística, sendo, para isso, necessário um planejamento racional e tecnicamente elaborado. Com muito verde e flores, o município oferece calçadões e espaços especiais para o lazer, como a Praça da Matriz, motivando equipes de funcionários para a conservação e a limpeza. Nos bairros, ainda com melhorias a oferecer, muitos espaços educativos permitem que a comunidade usufrua dos mesmos, quer no esporte, no bate papo e em momentos culturais. Igualmente, através de Tendas Rurais, Artesanato e Comunidades em grupo, muitos projetos inovadores voltados ao agronegócio comprovam o quanto o município se preocupa com a comunidade e com a economia que, também, é fruto de atividades turísticas, tanto na cidade como na área rural. 39

Destacam-se, neste Plano, cuidados com acessos, arborização, jardins e o visual interno e externo das Escolas e dos diversos espaços que proporcionam ambientes afetivos aos alunos, aos funcionários, aos professores e aos visitantes, considerando-se serem muitas Escolas locais de passagem para garimpos, trilhas ecológicas e outros.

3.4.2 Prestação de serviços Destacam-se, na prestação de serviços: Oficinas Mecânicas, Marmorarias, Laboratórios Clínicos, Transportes, Gráficas, Bancos, Universidades, Hotéis, Clínicas Médicas, Odontológicas e Veterinárias, Centro de Formação de Condutores, Desenvolvimento de Softwares, perfazendo, ao todo, 712 estabelecimentos. Os dados estão registrados nos setores municipais competentes.

3.4.3 Aspectos Culturais e Esportivos Quanto aos aspectos culturais e esportivos Frederico Westphalen desenvolve intensa programação anual. Vários grupos socioculturais destacam o município na região e em outros Estados. São corais, grupos teatrais, grupos da terceira idade, etnias – organizadas desde 1991, mesclando italianos, alemães e poloneses com seus grupos culturais e folclóricos: Centro de Arte e Cultura Italiana (CACI), Centro Cultural 25 de Julho e Centro Cultural Karol Voytila ainda ballet e outros, que, desde os primórdios do município, com os encontros familiares, comunitários, festas religiosas, bailes, jogos carteados, cantigas das terras de origem e o cântico religioso, procuram integrar a comunidade em momentos que consagram a alegria. Registra-se, como local de consagradoras promoções, o Clube Recreativo e Cultural Harmonia, a URI e a participação dos CTGs Alferes Epifâneo e Pé-no-Chão que, por longos anos, praticaram sadio tradicionalismo. Hoje, conta-se com o CTG Rodeio da Querência, que, fundado em 19 de junho de 1973, destaca-se no cenário tradicionalista da região e do Estado, com sede social situada na Rua Garibaldi, número 433, Bairro Aparecida, abriga seis invernadas artísticas de danças tradicionais, com 130 integrantes. Além do Departamento Artístico, os Departamentos Campeiro, de Alimentação, de Patrimônio e Cultural asseguram o bom desenvolvimento de suas atividades. 40

No aniversário do município realiza o Rodeio Crioulo Interestadual, participa do ENART, possui três Piquetes de Laçadores, Cabo Santo, Tio Airton e Gaúchos de Alto Alegre, sendo um CTG referência na 28ª Região Tradicionalista. No esporte, os principais eventos são o Vôlei de Areia – SESC; carnaval do Barril e Super-Gincana Cidade de Frederico Westphalen; Campeonato Municipal de Futvôlei; Campeonato Municipal de Futebol Entre Bairros; Bochas Entre-firmas e Bochas-Casais; Passeio Ciclístico: Volta às Aulas; Campeonato Municipal de Voleibol de Quadra; Arrancada de Carrinhos de Lomba; Guri Bom de Bola: Futebol; Copa União: Futebol; Municipal de Futsal; Atletibol (Atletismo, Futsal masculino e Voleibol feminino); JIRGS; Campeonato Municipal de Bochas – Trios e Força Livre; Atletibol feminino, AABB/URI – Campeã Estadual de Voleibol e Centro de Cultura e Lazer com integração e aulas de capoeira. Destaque especial aos Clubes Esportivos: Itapagé, Ipiranga - com piscinas, quadras de esporte e pistas de atletismo -, SERSA, União Frederiquense e os vários clubes que integram a Copa União e o Campeonato Integração Varzeano. Equipes mirins, de jovens e de veteranos apaixonam torcedores e orgulham diretorias, associados e o município. A SMEC desenvolve intensa atividade esportiva e cultural, destacando-se: Festival Municipal da Canção; Festival de Bandas Rock Pop; Curso de Artes Cênicas; Atletibol; Teatro Municipal; Festival Municipal de Dança; Festa de Halloween; Desfile de Sete Setembro; Semana Farroupilha, Feira do Livro e Ornamentação Natalina.

TABELA 08 - SÍNTESE DE INFORMAÇÕES- FREDERICO WESTPHALEN-RS Área da unidade territorial 264,976 km² Estabelecimentos de Saúde SUS 13 estabelecimento Índice de Desenvolvimento Humano Municipal - 2010 (IDHM 0,760 2010) Matrícula - Ensino fundamental - 2012 3.616 matrículas Matrícula - Ensino médio - 2012 1.542 matrículas Número de unidades locais 1.578 unidades Pessoal ocupado total 9.742 pessoas PIB per capita a preços correntes - 2011 21.603,26 reais População residente 28.843 pessoas População residente - Homens 14.128 pessoas 41

População residente - Mulheres 14.715 pessoas População residente alfabetizada 25.595 pessoas População residente que frequentava creche ou escola 8.334 pessoas População residente, religião católica apostólica romana 25.534 pessoas População residente, religião espírita 92 pessoas População residente, religião evangélicas 2.728 pessoas Valor do rendimento nominal mediano mensal per capita dos 510,00 reais domicílios particulares permanentes - Rural Valor do rendimento nominal mediano mensal per capita dos 738,33 reais domicílios particulares permanentes - Urbana Valor do rendimento nominal médio mensal dos domicílios particulares permanentes com rendimento domiciliar, por situação 1.844,75 reais do domicílio - Rural Valor do rendimento nominal médio mensal dos domicílios particulares permanentes com rendimento domiciliar, por situação 2.793,99 reais do domicílio - Urbana

Fonte:IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística- http://cod.ibge.gov.br/2010

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4. FINANCIAMENTO E GESTÃO

A Administração Municipal exercerá a Gestão na forma das normas legais.

4.1 Um breve histórico - Financiamento A partir de 1930 há uma inflexão no padrão educacional brasileiro. É criado o Ministério da Educação e a Constituição Federal de 1934 introduz a vinculação de recursos para financiar a educação. O artigo 156 determina que a União e os municípios aplicariam nunca menos de 10%, e os Estados e Distrito Federal, nunca menos de 20% da renda resultante de impostos na manutenção e desenvolvimento dos sistemas educativos. Esta primeira experiência de financiamento público da educação tem vida curta: é revogada em 1937, com a Constituição do Estado Novo, mas retomada pela Constituição de 1946 que, no artigo 169, aumentava para 20% o compromisso dos municípios. A partir dos anos 30 ocorre um processo vigoroso de urbanização e industrialização, e a vinculação de recursos para financiar a educação permitiu a ampliação da oferta do ensino público, caracterizada pela expansão dos Grupos Escolares e dos Ginásios. Em 1961, é promulgada a primeira Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional Lei nº 4024. Em 1967, revogou-se a vinculação constitucional, “em um momento em que o país vivia uma grande expansão de matrículas, em virtude do acirramento da migração do campo para a cidade e da ampliação da escolaridade obrigatória de quatro para oito anos, promovida pela Lei nº 5.692/71, os gastos com educação atingiram seus patamares mais baixos, em especial por parte da União” (Pinto, 200, p. 55). Nos anos 80, a vinculação é retomada e permanece até os dias atuais. Em 1983, o Congresso Nacional aprovou a Emenda Calmon, que determinava que a União não poderia aplicar nunca menos de 13%, e os Estados e Municípios 25% de sua receita de impostos na manutenção e desenvolvimento do ensino. A Constituição de 1988 manteve o texto da Emenda Calmon, mas ampliou o percentual a ser aplicado pela União: de 13% para 18%. 43

4.2 Educação: 4.2.1 Diagnóstico educacional / demandas de escolarização: a) Educação Infantil: atualmente, o município possui 07 escolas de Educação Infantil autorizadas pelo Conselho Estadual de Educação, 01 que está em fase de construção, 01 escola sendo mantida pela iniciativa privada e 07 mantidas pelo Poder Público Municipal e 6 escolinhas de recreação infantil particulares, sem autorização do CEED. O município possui crianças atendidas de 04 e 05 anos de idade em turmas de Educação Infantil, organizadas nas escolas municipais de Ensino Fundamental e o convênio de ajustamento de matrícula com a rede estadual, tendo turmas no espaço das escolas estaduais; b) Ensino Fundamental: as escolas de ensino fundamental do município que atendem são: 10 municipais (04 urbanas e 06 rurais), 11 estaduais (07 urbanas e 04 rurais), 01 particular urbana, no total de 22 escolas: 12 urbanas e 10 rurais. c) Ensino Médio: o município possui, 07 escolas de ensino médio, sendo 03 escolas públicas estaduais, sendo que 01 oferece, também, a modalidade educação profissional, 01 escola pública federal e 03 escolas privadas, sendo 01 Casa Familiar Rural e 01 Ensino Normal- Magistério; d) Ensino Técnico-Profissionalizante: é atendido por escolas: 01 federal, 01 particular, 01 estadual e setores do SESC, SENAI e SENAR; e) Ensino Superior: o Município dispõe, em 2015, de 05 instituições que oferecem o ensino superior, sendo duas privadas, três públicas: Federal e Estadual.

4.2.2 O financiamento da educação nos dias atuais Atualmente, a principal fonte de financiamento da educação é a receita de impostos. O artigo 212 da Constituição Federal vigente determina que “A União aplicará, anualmente, nunca menos de 18%, e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios 25%, no mínimo, da receita resultante de impostos, compreendida aquela proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino”. Além destes recursos provenientes de vinculação constitucional, o Salário- Educação é uma importante fonte adicional de financiamento do Ensino Fundamental. Criado em 1964, através da Lei nº 4.440, fixado em 1,4% da folha de contribuição das empresas à Previdência Social, esse permanece em vigor até hoje, com algumas modificações. 44

A Emenda Constitucional nº 14/96 alterou vários artigos da Constituição Federal, entre eles o artigo 212, parágrafo 5º, no qual faz alterações no Salário- Educação, ampliando o percentual para 2,5% sobre o total da folha de pagamento das empresas, cuja regulamentação se encontra na Lei nº 9.424/96, artigo 15. O montante de sua arrecadação, após a dedução de 1% ao INSS (órgão arrecadador), é dividido em duas quotas, uma federal (equivalendo a 1/3) e uma estadual 2 (correspondendo a /3 de sua receita líquida), observando o critério de participação de cada Estado na receita. A Lei nº 10.832/03 alterou o § 1º e o seu inciso II, do art. 15 da Lei nº 9.424/96 – FUNDEF – Fundo Nacional de Desenvolvimento e Manutenção do Ensino Fundamental e Valorização do Magistério e o art. 2º da Lei nº 9.766/98, determinando que a quota estadual e municipal, correspondendo a 2/3 do montante de 90% da arrecadação do Salário-Educação, será creditada pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), mensal e automaticamente em favor das Secretarias de Educação dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, de forma proporcional ao número de alunos. A lei aprovada institui a quota municipal, anteriormente vetada, mas a União se apropria de 9% do montante do Salário-Educação, justificando a destinação destes recursos ao programa de transporte escolar aos alunos da zona rural e a programas de redução do analfabetismo. A instituição da quota municipal e seu crédito mensal e automático vieram favorecer, significativamente, os municípios. O Rio Grande do Sul, desde 1998, dispunha de legislação (Lei nº 11.126), disciplinando o repasse proporcional da sua quota estadual aos municípios de acordo com o número de matrículas, significando um avanço em relação ao restante do país. A Câmara dos Deputados aprovou em 06 de dezembro de 2006, o FUNDEB - Fundo Nacional de Desenvolvimento e Manutenção da Educação Básica e Valorização do Magistério, que substituiu o FUNDEF, este vigente até 31 de dezembro de 2006. Pelo exposto, o Município conta, como fontes fixas de recursos públicos para a educação escolar: a) 35%, fixado pela Lei Orgânica, de seus impostos (IPTU, ISSQN, ITBI) e transferências (ITR, IPVA, IRRF-Sm), sendo 60%, exclusivamente para o Ensino Fundamental e 40% para a Educação Infantil; 45

b) 10% - ou o percentual que exceder a 15% dentro do fixado para o MDE (Manutenção e Desenvolvimento de Ensino), pela Lei Orgânica – do FPM, IPI- Exportação, Lei Kandir e ICMS para o Ensino Fundamental e Educação Infantil); c) Transferência do FUNDEF, vigente até 31 de dezembro de 2006, integralmente para Ensino Fundamental, do qual, 60% para o pagamento do magistério em efetivo exercício; d) A receita do Salário Educação e de outras contribuições.

QUADRO –07 - FINANCIAMENTO DA EDUCAÇÃO

FONTE / RECURSO ORIGEM DESPESA PERMITIDA FUNDEB Transferências Estaduais e Folha de pagamento, material de Federais e Impostos Municipais consumo, obras, reformas, serviços, equipamentos e móveis MDE Recursos municipais e parte das Obras, equipamentos, móveis, transferências serviços, reformas, material de consumo, folha de pagamento. PNAE MEC/FNDE Gêneros Alimentícios PNATE MEC/FNDE Transporte Escolar PDDE MEC/FNDE via transferência Projetos educacionais, conservação, manutenção, material de consumo e permanente SALÁRIO Transferência do Governo Serviços, obras e transporte EDUCAÇÃO Federal

QUADRO 08 - INVESTIMENTOS COM A EDUCAÇÃO MUNICIPAL-2002/2012

ANO EDUCAÇÃO INFANTIL ENSINO TOTAL FUNDAMENTAL 2001 265.573,02 2.113.370,06 2.378.943,08 2002 50.876,30 2.989.683,50 3.040.559,80 2003 85.023,97 3.677.778,11 3.962.802,08 2004 86.633,55 3.903.382,03 3.990.015,58 2005 111.257,27 4.149.248,81 4.260.506,08 2006 742.097,92 3.964.713,45 4.706.811,37 46

2007 879.491,31 4.331.665,99 5.211.157,30 2008 1.159.771,36 5.429.265,62 6.589.036,98 2009 880.088,95 5.828.740,77 6.708.829,72 2010 1.787.480,85 7.043.857,23 8.831.338,08 2011 2.085.892,05 8.371.914,66 10.457.806,71 2012 2.833.582,15 9.751.350,53 12.584.932,68 Fonte: Secretaria Municipal da Fazenda.

Este QUADRO – 08 - mostra que, apenas com recursos próprios, o Município estruturou, em 2001, a Educação Infantil e, progressivamente, cuida de sua manutenção e funcionamento. O Ensino Fundamental, por lei, recebe recursos do FUNDEB, mas o município complementa-os para dar conta deste nível de ensino. Tabelas 9 - Origens do FUNDEB - Frederico Westphalen - RS dezembro/2011 Decêndio 1º 2º 3º Total FPM 949.732,84 259.073,68 253.306,67 1.462.113,19 ITR 0,00 34,40 13,76 48,16 IOF 0,00 0,00 0,00 0,00 CIDE 0,00 0,00 0,00 0,00 FEX 0,00 25.256,69 0,00 25.256,69 ICMS LC 87/96 0,00 0,00 6.609,60 6.609,60 ICMS LC 87/96-1579 0,00 0,00 0,00 0,00 FUNDEF 0,00 0,00 0,00 0,00 FUNDEB 77.366,67 229.893,68 258.360,25 565.620,60 Total 1.027.099,51 514.258,45 518.290,28 2.059.648,24 Origens do FUNDEB Decêndio 1º 2º 3º Total FPM 40.182,81 24.498,54 23.953,21 88.634,56 FPE 13.348,92 8.138,54 7.957,37 29.444,83 IPI-EXP 7.551,53 1.972,48 1.360,61 10.884,62 Complementação da União 0,00 0,00 0,00 0,00 Lei Complementar Nº 87 0,00 0,00 3.428,35 3.428,35 ITR 0,00 846,18 200,67 1.046,85 IPVA 1.019,67 6.024,12 29.619,48 36.663,27 ITCMD 2.339,63 3.555,56 4.513,04 10.408,23 ICMS 12.924,11 184.85 8,26 187.327,52 385.109,89 Total 77.366,67 229.893,68 258.360,25 565.620,60

Obs: A partir de 1998, dos valores do FPM, FPE, IPI-Exportação e ICMS LC 87/96, já está descontada a parcela de 15 % (quinze por cento) destinada ao FUNDEF. A partir 2007, dos valores do FPM, FPE, IPI- Exportação e ICMS LC 87/96 e do ITR, já estão descontados da parcela destinada ao FUNDEB

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Frederico Westphalen - RS dezembro/2012 Decêndio 1º 2º 3º Total FPM 1.002.092,67 201.190,98 327.510,38 1.530.794,03 ITR 55,92 0,00 0,00 55,92 IOF 0,00 0,00 0,00 0,00 CIDE 0,00 0,00 0,00 0,00 FEX 0,00 0,00 0,00 0,00 ICMS LC 87/96 0,00 0,00 6.593,96 6.593,96 ICMS LC 87/96-1579 0,00 0,00 0,00 0,00 FUNDEF 0,00 0,00 0,00 0,00 FUNDEB 114.447,79 237.535,78 235.516,04 587.499,61 Total 1.116.596,38 438.726,76 569.620,38 2.124.943,52

Origens do FUNDEB Decêndio 1º 2º 3º Total FPM 44.601,46 19.493,07 31.731,95 95.826,48 FPE 14.815,82 6.475,26 10.540,80 31.831,88 IPI-EXP 4.857,81 1.334,48 1.525,73 7.718,02 Complementação da União 0,00 0,00 0,00 0,00 Lei Complementar Nº 87 0,00 0,00 3.516,94 3.516,94 ITR 981,57 53,07 133,37 1.168,01 IPVA 1.066,17 1.979,95 15.420,94 18.467,06 ITCMD 1.345,74 2.938,74 2.198,45 6.482,93 ICMS 46.779,22 205.261,21 170.447,86 422.488,29 Total 114.447,79 237.535,78 235.516,04 587.499,61

Obs: A partir de 1998, dos valores do FPM, FPE, IPI-Exportação e ICMS LC 87/96, já está descontada a parcela de 15 % (quinze por cento) destinada ao FUNDEF. A partir 2007, dos valores do FPM, FPE, IPI-Exportação e ICMS LC 87/96 e do ITR, já estão descontados da parcela destinada ao FUNDEB.

Frederico Westphalen - RS dezembro/2013 Decêndio 1º 2º 3º Total FPM 1.045.133,29 225.798,13 317.386,43 1.588.317,85 ITR 57,00 0,00 0,00 57,00 IOF 0,00 0,00 0,00 0,00 CIDE 0,00 0,00 0,00 0,00 FEX 0,00 0,00 0,00 0,00 ICMS LC 87/96 0,00 0,00 6.427,84 6.427,84 ICMS LC 87/96-1579 0,00 0,00 0,00 0,00 FUNDEF 0,00 0,00 0,00 0,00 FUNDEB 125.377,73 269.250,48 288.060,37 682.688,58 Total 1.170.568,02 495.048,61 611. 874,64 2.277.491,27

Origens do FUNDEB Decêndio 1º 2º 3º Total FPM 48.780,16 23.781,39 33.427,59 105.989,14 FPE 16.336,75 7.964,52 11.195,09 35.496,36 48

IPI-EXP 4.828,82 1.739,29 1.970,59 8.538,70 Complementação da União 0,00 0,00 0,00 0,00 Lei Complementar Nº 87 0,00 0,00 3.849,47 3.849,47 ITR 1.137,94 86,04 0,00 1.223,98 IPVA 2.487,97 3.328,74 25.052,96 30.869,67 ITCMD 3.597,11 2.177,72 2.152,35 7.927,18 ICMS 48.208,98 230.172,78 210.412,32 488.794,08 Total 125.377,73 269.250,48 288.060,37 682.688,58

Obs: A partir de 1998, dos valores do FPM, FPE, IPI-Exportação e ICMS LC 87/96, já está descontada a parcela de 15 % (quinze por cento) destinada ao FUNDEF. A partir 2007, dos valores do FPM, FPE, IPI-Exportação e ICMS LC 87/96 e do ITR, já estão descontados da parcela destinada ao FUNDEB.

Frederico Westphalen - RS novembro/2014 Decêndio 1º 2º 3º Total FPM 642.752,39 94.535,80 244.043,72 981.331,91 ITR 19,64 10,00 8,23 37,87 IOF 0,00 0,00 0,00 0,00 CIDE 0,00 0,00 0,00 0,00 FEX 0,00 0,00 0,00 0,00 ICMS LC 87/96 6.766,62 0,00 0,00 6.766,62 ICMS LC 87/96-1579 0,00 0,00 0,00 0,00 FUNDEF 0,00 0,00 0,00 0,00 FUNDEB 119.837,55 292.464,99 254.480,00 666.782,54 Total 769.376,20 387.010,79 498.531,95 1.654.918,94

Origens do FUNDEB Decêndio 1º 2º 3º Total FPM 67.806,88 9.973,00 25.745,28 103.525,16 FPE 22.541,22 3.315,36 8.558,57 34.415,15 IPI-EXP 7.233,73 2.128,18 1.247,42 10.609,33 Complementação da União 0,00 0,00 0,00 0,00 Lei Complementar Nº 87 3.777,45 0,00 0,00 3.777,45 ITR 1.921,90 95,83 119,85 2.137,58 IPVA 1.556,34 2.984,53 1.247,31 5.788,18 ITCMD 2.334,13 3.014,35 1.561,68 6.910,16 ICMS 12.665,90 270.953,74 215.999,89 499.619,53 Total 119.837,55 292.464,99 254.480,00 666.782,54

Obs: A partir de 1998, dos valores do FPM, FPE, IPI-Exportação e ICMS LC 87/96, já está descontada a parcela de 15 % (quinze por cento) destinada ao FUNDEF.A partir 2007, dos valores do FPM, FPE, IPI-Exportação e ICMS LC 87/96 e do ITR, já estão descontados da parcela destinada ao FUNDEB.

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5. A EDUCAÇÃO NO MUNICÍPIO – PRIMÓRDIOS A educação no município iniciou por decisão da comunidade, em 1925, com aulas ministradas na Capela da Vila Barril. Nesse local, os alunos permaneceram até 1926, quando a Sociedade Polonesa construiu, no Bairro Barril, uma escola particular, onde as aulas passaram a ser dadas. A primeira escola estadual foi o Grupo da Sede, hoje denominado Escola Estadual de Educação Básica Sepé Tiaraju, tendo suas aulas iniciadas em 1935, com as séries iniciais do Ensino Fundamental. O Colégio Nossa Senhora Auxiliadora iniciou em 1947, com séries iniciais e, em 1962, com séries finais. Este estabelecimento implantou o Curso Normal de Nível Médio, em 1967. Registra-se que a Escola Estadual Ensino Médio Cardeal Roncalli iniciou como escola particular por decisão da Sociedade Educacional Engenheiro Frederico Westphalen, em 1960. Em 1962, passou para a responsabilidade do Estado. A Escola Técnica de Comércio, hoje Estadual Técnica José Cañellas, também iniciou como particular em 1964, passando para o Estado em 1965. A Casa Familiar Rural – com a Pedagogia da Alternância – iniciou suas aulas em 2001 e o Ensino Médio Casa Familiar Rural iniciou em 2006. Com a Extensão Universitária da UFSM- Universidade Federal de Santa Maria, o Ensino Superior iniciou em 1970. Entre as primeiras Escolas Municipais destacam-se as Escolas Duque de Caxias, João Tatto, Padre Antônio Vieira, Menino Jesus, Prudente de Moraes e Visconde de Mauá. Destas, ainda funciona a Escola Municipal de Ensino Fundamental Duque de Caxias. Em várias Escolas são frequentes as ampliações. Notadamente, nas do município, em razão da crescente procura de matrículas, tem-se também preocupação com a reserva de áreas do entorno das Escolas, para ações futuras.

5.1 Educação Básica - Concepções As Constituições Federal e Estadual, a LDB, a Lei da Gestão Democrática- do Ensino Público do Rio Grande do Sul, nº 10.576/95, o Plano Nacional de Educação e o Plano Estadual de Educação estabelecem as concepções da Educação Básica Brasileira. 50

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei nº 9.394/1996) e o próprio Plano Nacional de Educação (Lei Federal nº 10.172/2001) foram elaborados em meio a muitas disputas: de um lado, a tentativa de garantir uma proposta construída na sociedade civil que defendesse o pleno direito à educação e, de outro, interesses que buscaram reduzir, ao mínimo, estas diferenças, diminuindo a responsabilidade do Estado, buscando substituir a política por privatização, campanhas filantrópicas e voluntariado. Mesmo assim, esse conjunto de fatores demandantes, incluindo o Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei Federal nº 8.069/1990), impulsionou uma significativa expansão do ensino, em particular do nível fundamental, que chega hoje a índices de universalização. Essa expressiva ampliação do acesso não foi acompanhada por uma necessária transformação de concepções de educação que permanecem seletivas e meritocráticas, fortemente arraigadas à cultura brasileira e que correspondem ao modelo tradicional de escola destinada a uma elite da população. Houve forte debate em torno das novas demandas de inclusão, de respeito e atenção às diferenças, mas, concretamente, o país apresenta ainda altos índices de fracasso escolar, expressos na evasão e na reprovação. Várias alternativas, como o tele- ensino, substituindo as relações professor/aluno, foram incentivadas para barateamento de custos. A qualidade, entendida como o pleno atendimento às necessidades e interesses educacionais de todo e qualquer cidadão, independente de suas origens individuais e origem social, é uma reivindicação que recém começa a ser desencadeada, pois a escala de valores ainda é, predominantemente, no ensino e as decorrentes formas de avaliação produzem o fracasso em uma parcela específica da população, qual seja, as classes populares. A educação é política social de fundamental importância e não deve reduzir- se à ação compensatória, democratizando apenas o acesso e garantindo estratégias de permanência, tais como merenda e transporte escolar, mas buscando a garantia de todos os direitos previstos pela Constituição Federal e pelo Estatuto da Criança e do Adolescente, compreendendo a escola como instituição que só atua de forma articulada, mas integra o próprio sistema de garantia desses direitos. Faz-se necessária a construção de uma escola com qualidade social, voltada aos interesses da maioria da população, que encontre recursos pedagógicos destinados à atenção da diversidade cultural, dos interesses individuais, da garantia da efetivação e sucesso do processo de ensino/aprendizagem em todas as comunidades. 51

Na contemporaneidade, sublinha-se a importância de uma formação integral voltada à cidadania, na qual o conhecimento esteja articulado com a compreensão da realidade e enquanto instrumento de transformação na superação de situações de degradação, tanto do ambiente quanto do ser humano. Neste sentido, temas que promovam a reflexão em relação aos desafios na construção de uma cultura solidária e de atenção com o planeta devem centralizar e transversalizar a organização do currículo. Esse desafio requer atores sociais - família, escola, instituições e comunidade – capazes de mudar o curso dos conhecimentos, de romper a lógica de reprodução de uma sociedade excludente e injusta. A função social da escola, neste sentido, é fortalecer perspectivas que afirmem a responsabilidade social e a ética do cuidado com a vida humana. O Plano Municipal de Educação de Frederico Westphalen deve estar consoante com esses compromissos.

TABELAS 10 - DIAGNOSTICANDO E AVALIANDO A REALIDADE EDUCACIONAL NO MUNICÍPIO de FREDERICO WESTPHALEN/RS

IDEB - Índice de Desenvolvimento da Educação Básica

Anos Iniciais do Ensino Fundamental Anos Finais do Ensino Fundamental Ensino Médio

IDEB apurado Metas IDEB apurado Metas IDEB apurado Metas 2005 2007 2007 2021 2005 2007 2007 2021 2005 2007 2007 2021

TOTAL 3,8 4,2 3,9 6,0 3,5 3,8 3,5 5,5 3,4 3,5 3,4 5,2 Fonte: SAEB, Censo Escolar e IDEB

IDEB observados em 2005, 2007 e Metas para Rede Municipal - FREDERICO WESTPHALEN

IDEB Observado Metas Projetadas Ensino Fundamental 2005 2007 2007 2009 2011 2013 2015 2017 2019 2021

Anos Iniciais 4,3 4,4 4,3 4,7 5,1 5,4 5,6 5,9 6,1 6,4

Anos Finais 3,4 3,4 3,5 3,6 3,9 4,3 4,7 4,9 5,2 5,4

Fonte: Prova Brasil e Censo Escolar Obs. Em Anos Iniciais, em 2007, o Município ultrapassou a Meta projetada pelo MEC. Em 2008, a Escola de Ensino Fundamental Giusto Damo e a Escola de Ensino Fundamental Irmã Odila Lehnen baixaram IDEB, devendo em 2009, 2010 realizar o PDE- Escola. 52

Indicador: Rede de ensino:

Ideb Municipal

Série / Ano:

4ª série / 5º ano

Ideb Observado Metas Projetadas Município 2005 2007 2009 2007 2009 2011 2013 2015 2017 2019 2021 FREDERICO WESTPHALEN 4.3 4.4 4.8 4.3 4.7 5.1 5.4 5.6 5.9 6.1 6.4

Resultado: UF:

Município RS

Indicador: Rede de ensino:

Ideb Municipal

Série / Ano:

8ª série / 9º ano Parte superior do formulário

Ideb Observado Metas Projetadas Município 2005 2007 2009 2007 2009 2011 2013 2015 2017 2019 2021 FREDERICO 3.4 3.4 4.0 3.5 3.6 3.9 4.3 4.7 4.9 5.2 5.4 WESTPHALEN

FONTE: IDEB-INEP

IDEB - Resultados e Metas Parâmetros da Pesquisa

Resultado: UF: Município RS

Município: Rede de ensino: Frederico Westphalen Pública

Série / Ano:

Todas 4ª série / 5º ano 8ª série / 9º ano

53

Ideb Observado Metas Projetadas Município2005 2007 2009 2011 2007 2009 2011 2013 2015 2017 2019 2021

FREDERICO 4.7 5.0 5.6 5.3 4.7 5.1 5.5 5.7 6.0 6.2 6.5 6.7 WESTPHALEN

IDEB - Resultados e Metas Parâmetros da Pesquisa

Resultado: UF: Município RS

Município: Rede de ensino: Frederico Westphalen Estadual

Série / Ano:

Todas

4ª série / 5º ano 8ª série / 9º ano

Ideb Observado Metas Projetadas 2005 2007 2009 2011 2007 2009 2011 2013 2015 2017 2019 2021 Município

FREDERICO WESTPHALE 4.7 5.2 5.8 5.5 4.8 5.1 5.5 5.8 6.0 6.3 6.5 6.7 N

IDEB - Resultados e Metas Parâmetros da Pesquisa

Resultado: UF: Município RS

Município: Rede de ensino: Frederico Westphalen Municipal

Série / Ano:

Todas

4ª série / 5º ano 8ª série / 9º ano

Ideb Observado Metas Projetadas

Município 2005 2007 2009 2011 2007 2009 2011 2013 2015 2017 2019 2021

FREDERICO 4.3 4.4 4.8 4.8 4.3 4.7 5.1 5.4 5.6 5.9 6.1 6.4 WESTPHALEN

54

Obs: * Número de participantes na Prova Brasil insuficiente para que os resultados sejam divulgados. ** Solicitação de não divulgação conforme Portaria INEP nº 410. *** Sem média na Prova Brasil 2011. Os resultados marcados em verde referem-se ao IDEB que atingiu a meta.

TABELA 11 - MATRÍCULAS POR NÍVEL DE ENSINO

Variável Frederico Westphalen Rio Grande do Sul Brasil

Pré-escolar 581 1.796,55 47.547,21

Fundamental 3.616 14.544,83 297.024,98

Médio 1.542 4.022,09 83.768,52

Fonte: (1) Ministério da Educação, Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais - INEP - Censo Educacional 2012. NOTA: Atribui-se zeros aos valores dos municípios onde não há ocorrência da variável

5.2 Diretrizes e compreensões

O Plano Municipal de Educação está em consonância com o Plano Plurianual 2006/2009 e 2010/2013, aprovado pela Lei Municipal nº 2.954/05, que prevê a articulação e o compromisso com a educação, sob a administração da Secretaria de Educação e Cultura, privilegiando, por atribuição da Constituição Federal, da Constituição Estadual e da Lei Orgânica do Município, a Educação Infantil e o Ensino Fundamental, sem desatender o Ensino Médio, a Educação Profissional e Superior, a Educação Especial e a EJA, prevendo Convênios com o Governo do Estado do Rio Grande do Sul, para a manutenção, incentivo e apoio técnico desses níveis e modalidades da Educação Nacional. Por isso, o acesso, o desempenho e a evasão escolar serão motivo de constantes diagnósticos. O PME está, também, em consonância com o Plano Diretor do Município que mobilizou toda a comunidade para sua elaboração.

55

6. EDUCAÇÃO INFANTIL

A Educação Infantil passa a ser apresentada como direito de todas as crianças, de 0 a 05 anos de idade, na Constituição Federal de 1988. A LDB Lei 9.394/96, consagra esse direito como dever do Estado e opção da família. A Creche e a Pré-escola passaram a ser diferenciadas pela faixa etária, ou seja, de 0 a 03 anos e de 04 a 05 anos. Com a implantação do Ensino Fundamental de 09 anos, as Creches e a Pré-Escola passam a atender alunos até a idade de 05 anos. O município adequar-se-á à nova legislação e as crianças de 06 anos participarão da classe de pré-alfabetização. A LDB também estabelece, com clareza, as obrigações dos entes federados. À União e aos Estados coube estabelecer, em colaboração com os municípios, as Diretrizes Curriculares e as competências para este nível de ensino. O Município deve garantir esta etapa da educação, podendo fazê-lo em colaboração com o Estado.

6.1 Diagnóstico No Município, a Educação Infantil apresenta consideráveis avanços da iniciativa privada e do setor público, destacando-se os espaços infantis sob a responsabilidade da SMEC: a primeira creche foi construída e instalada no período de 1982 a 1988, no núcleo habitacional, hoje Bairro São Francisco de Paula, que, em 1992, pelo Decreto 25/92, foi denominada Creche Mãe de Deus; em 1983, foi criada a Creche João Paulo II, através do Programa Estadual Pró-Creche, localizada no Bairro Santo Inácio, sendo entregue à Mitra Diocesana, passando ao município em 2000; a Escola Municipal de Educação Infantil Santa Luzia, do Bairro Fátima, iniciou suas atividades em 1996; no Bairro Aparecida, a Creche iniciou em 1999. A Escola Municipal de Educação Infantil John Ongman, pertencente à Sociedade Beneficente Evangélica do Bairro Santo Antônio, passa à administração do município, mediante convênio, em 2003, pelo prazo de 10 anos; a Escola Municipal de Educação Infantil Sofia Pich, do Bairro Jardim Primavera, iniciou suas atividades em 2004. A Escola Municipal de Educação Infantil Professora Ceci Capuani, do Bairro Fátima, iniciou suas atividades em 2012. 56

Além das Escolas Municipais de Educação Infantil (Creches e Pré-Escolas), as crianças de 0 a 05 anos frequentam 19 escolas com Pré-Escola das redes estadual e privada. A Educação Infantil é um direito da criança e um dever do Poder Público. Representando a primeira etapa da educação básica, a Educação Infantil é objeto de políticas públicas que, atualmente, no Sistema de Ensino, retrata a concretude de ações voltadas ao cuidar/educar/brincar, tendo um olhar muito especial para a infância neste Município. No século XX, a Educação Infantil era desenvolvida através de atividades recreativas em praças da cidade, tendo como responsáveis monitores e/ou atendentes da Secretaria Municipal de Saúde e Assistência Social. A qualidade de oferta, a partir de 2000, tem se elevado permanentemente. Em decorrência, a demanda tem sido cada vez maior. Desde a aprovação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), em dezembro de 1996, o país vive uma reformulação sem precedentes na história de sua política educacional. Na verdade, o embrião dessa mudança foi lançado pela Constituição Federal de 1988 que, pela primeira vez, apresentou a Educação Infantil como direito. Com a sanção da LDB, os preceitos constitucionais foram implantados de forma sistemática. A creche e a pré-escola passarão a ser diferenciadas pelo grupo etário das crianças que as frequentam, de zero a três anos – creche e de quatro a cinco anos –Pré-Escola, de acordo com a Lei nº 11.274/2006 e os Pareceres CEED 644/2006 e 769/2006, quando da implantação do Ensino Fundamental de 09 anos. O município possui crianças de 0 a 5 anos, conforme Quadro 09, 9.1, 9.2 elaborado pela Secretaria Municipal da Saúde, Assistência Social e do Meio Ambiente, que desempenha importante e permanente assessoria nas escolas, a professores, alunos e pais. É oportuno destacar a importância dessa secretaria, dos hospitais, dos laboratórios clínicos locais e da URI, tão voltados à Educação para a Saúde, com reflexos benéficos na aprendizagem e na vida do alunado do município.

QUADRO 09 – CRIANÇAS DE 0 A 05 ANOS – 2006 – Bairros e Distritos BAIRROS 0 – 1 1,1, - 2 2,1 – 3 3,1 – 4 4,1 – 5 5,1 – TTO6 TOTAL TOTAL FADPA PARCIAL GERAL M F M F M F M F M F M F M F 57

Barril 1 1 9 11 10 10 14 22 8 11 13 16 55 71 126 Distrito Industrial 6 10 8 3 4 5 7 10 9 17 24 17 58 62 120 São Francisco de 3 4 8 7 8 7 16 31 14 14 31 28 80 91 171 Paula Núcleo V 5 5 10 16 12 13 22 34 24 13 25 32 108 113 221 São José 13 10 24 30 9 7 20 9 12 12 28 13 106 81 187 Viaduto/Pedreira 6 7 19 17 18 16 2 2 2 2 4 3 51 47 98 Santo Antonio 9 7 11 9 20 31 9 16 7 3 14 24 70 90 160 Santo Inácio 4 2 2 8 7 5 32 34 35 33 40 42 120 124 244 Aparecida 17 9 15 23 32 25 48 34 36 30 47 52 195 173 368 Osvaldo Cruz 3 2 5 4 9 5 13 11 3 1 11 11 44 34 78 São Cristóvão 3 1 4 9 8 13 16 17 8 9 21 14 60 63 123 21 de Abril 2 2 2 3 5 4 8 8 4 4 18 14 39 35 74 Pedras Brancas 1 0 3 5 8 8 15 11 9 4 13 9 49 37 86 Castelinho 1 1 5 4 5 6 10 10 5 4 15 14 41 39 80 Getúlio Vargas 0 0 3 2 5 3 6 3 6 5 6 9 26 22 48 São João do Porto 1 0 2 8 10 8 10 8 7 3 9 10 39 37 76 Vila Carmo 0 1 2 4 10 6 18 8 9 2 17 10 56 31 87 Santos Anjos/Vilinha 2 1 7 6 14 7 16 9 11 10 13 10 63 43 106 São Brás / Alto Alegre 3 3 2 4 3 7 7 6 5 11 10 13 30 44 74 Fátima 6 6 7 6 13 7 12 15 19 23 84 85 141 142 283 Primavera 3 4 10 11 21 17 32 34 35 33 40 42 141 141 282 TOTAL 89 76 158 190 231 210 333 332 268 244 483 468 1572 1520 3092 Fonte: Secretaria Municipal da Saúde, Assistência Social e Meio Ambiente.

QUADRO 9.1 – CRIANÇAS DE 0 A 05 ANOS – 2008 – Bairros e Distritos BAIRROS 0 – 1 1,1, - 2 2,1 – 3 3,1 – 4 4,1 – 5 5,1 – 6 TOTAL TOTA PARCIAL L M F M F M F M F M F M F M F GERA L Barril 5 6 8 4 8 5 7 9 4 5 6 8 38 37 75 Distrito Industrial 5 3 2 1 4 2 2 3 2 2 2 1 17 12 29 São Francisco de Paula 4 6 10 9 8 9 18 33 16 16 30 31 86 104 190 Núcleo V 6 7 12 18 14 15 24 36 15 26 34 27 105 129 234 São José 12 13 26 31 10 9 22 11 14 13 14 28 98 105 203 Viaduto/Pedreira 9 10 22 17 20 18 3 3 1 4 5 6 115 58 173 Santo Antonio 7 6 4 5 4 3 5 4 3 5 5 4 28 27 55 Santo Inácio 6 7 2 2 2 2 1 2 1 2 1 2 13 17 30 Aparecida 6 10 5 7 4 7 5 9 7 6 7 5 34 44 78 Osvaldo Cruz 4 5 7 4 9 13 18 19 13 10 15 29 66 80 146 São Cristóvão 10 5 6 7 8 4 3 2 7 1 3 5 37 24 61 58

21 de Abril 3 2 - 1 -1 - - 3 - 1 1 - 5 7 12 Pedras Brancas 2 1 1 1 1 2 3 3 2 4 3 3 12 14 26 Castelinho 2 1 5 4 7 5 9 10 5 4 41 14 64 38 102 Getúlio Vargas 2 1 3 2 3 1 - 2 - 1 - - 8 7 15 São João do Porto 2 1 3 6 12 7 20 10 4 8 11 10 52 42 94 Vila Carmo 1 2 3 5 11 7 19 9 3 11 12 19 49 53 102 Santos Anjos/Vilinha 3 5 4 2 1 2 6 5 3 4 6 2 23 20 43 São Brás / Alto Alegre 2 1 1 1 1 3 2 1 1 1 - 1 7 8 15 Fátima 10 12 5 7 3 4 6 8 5 10 6 8 35 49 84 Primavera 10 12 8 8 8 10 8 9 7 10 3 9 44 58 102 TOTAL 111 116 137 142 139 128 181 191 11 144 184 212 881 933 1814 3 Fonte: Secretaria Municipal da Saúde, Assistência Social e Meio Ambiente, Prefeitura Municipal.

QUADRO 9.2 – CRIANÇAS DE 0 A 05 ANOS – 2009/2010 – Bairros e Distritos BAIRROS 0 – 1 1,1, - 2 2,1 – 3 3,1 – 4 4,1 – 5 5,1 – 6 TOTAL TOTAL PARCIAL GERAL M F M F M F M F M F M F M F Barril ------Distrito Industrial 1 0 4 2 2 2 0 1 0 2 2 2 9 9 18 São Francisco de 0 0 1 2 2 3 1 3 0 2 4 2 8 12 20 Paula Núcleo V 2 1 5 2 0 2 0 5 0 2 1 0 8 12 20 São José 3 1 3 8 1 5 2 4 0 3 1 5 10 26 36 Viaduto/Pedreira 3 5 1 3 4 2 0 7 1 4 6 3 15 24 39 Santo Antonio 4 3 3 3 1 1 3 4 2 1 1 0 14 12 26 Santo Inácio 4 1 1 3 0 2 0 1 3 1 0 1 8 9 17 Aparecida 2 2 5 5 5 3 0 3 3 3 2 1 17 17 34 Osvaldo Cruz 0 0 0 0 1 1 2 0 4 3 1 0 8 4 12 São Cristóvão 3 4 1 1 7 3 2 1 4 5 1 0 20 14 34 21 de Abril 2 3 2 2 2 3 2 3 2 3 0 5 10 19 29 Pedras Brancas 2 0 0 0 0 2 1 1 2 3 1 2 6 8 14 Castelinho 1 3 1 0 0 1 3 2 1 0 3 2 9 8 17 Getúlio Vargas 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 0 1 1 2 São João do 0 2 2 4 1 4 5 0 1 3 1 1 10 14 24 Porto Vila Carmo Vilinha 0 5 1 3 5 3 0 1 0 2 4 2 10 16 26 59

/ Alto Alegre 0 1 2 0 2 0 2 0 1 1 4 0 9 2 11 Fátima 2 1 3 4 3 3 1 1 2 2 1 2 12 13 25 Primavera 3 3 4 4 1 1 3 1 1 1 1 1 13 11 24 TOTAL 32 35 39 46 37 41 27 38 27 42 35 29 197 231 428 Fonte: Secretaria Municipal da Saúde, Assistência Social e Meio Ambiente, Prefeitura Municipal.

O aumento da oferta da Educação Infantil no município é considerável, mas o número de famílias que aguardam vaga aponta para a necessidade de ampliá-la. O número de crianças atendidas pela iniciativa privada mantém-se estável, comprovando as dificuldades financeiras das famílias. O Quadro 10, 10.1, 10.2 e 10.3 aponta o atendimento na área urbana, pelo setor da saúde, das crianças. As crianças do Bairro Centro integram os demais Bairros, por proximidade.

QUADRO 10- CRIANÇAS DE 0 A 05 ANOS- ÁREA URBANA-2006

BAIRROS 0 – 1 1,1, - 2 2,1 – 3 3,1 – 4 4,1 – 5 TTO5,1 – 6 TOTAL TOTA PARCIAL L M F M F M F M F M F M F M F GERA L Barril 1 1 9 11 10 10 14 22 8 11 13 16 55 71 126 Distrito Industrial 6 10 8 3 4 5 7 10 9 17 24 17 58 62 120 São Francisco de 3 4 8 7 8 7 16 31 14 14 31 28 80 91 171 Paula Núcleo V 5 5 10 16 12 13 22 34 24 13 25 32 108 113 221 Viaduto/Pedreira 6 7 19 17 18 16 2 2 2 2 4 3 51 47 98 Santo Antonio 9 7 11 9 20 31 9 16 7 3 14 24 70 90 160 Santo Inácio 4 2 2 8 7 5 32 34 35 33 40 42 120 124 244 Aparecida 17 9 15 23 32 25 48 34 36 30 47 52 195 173 368 Fátima 6 6 7 6 13 7 12 15 19 23 84 85 141 142 283 Primavera 3 4 10 11 21 17 32 34 35 33 40 42 141 141 282 TOTAL 60 55 99 11 14 13 194 23 18 17 32 34 1.01 1.05 2.073 1 5 6 2 9 9 2 1 9 4 Fonte: Secretaria Municipal da Saúde, Assistência Social e Meio Ambiente.

60

QUADRO 10.1 CRIANÇAS DE 0 A 05 ANOS- ÁREA URBANA-2008

BAIRROS 0 – 1 1,1, - 2 2,1 – 3 3,1 – 4 4,1 – 5 TOTAL5,1 – 6 PARCIAL TOTA

M F M F M F M F M F M F M F L GERA L Barril 5 6 8 4 8 5 7 9 4 5 6 8 38 37 75 Distrito Industrial 5 3 2 1 4 2 3 2 2 2 2 1 17 12 29 São Francisco de 4 6 10 9 8 9 18 33 16 16 30 31 86 104 190 Paula Núcleo V 6 7 12 18 14 15 24 36 15 26 34 27 105 129 234 Viaduto/Pedreira 9 10 22 17 20 18 3 3 1 4 5 6 60 58 118 Santo Antonio 7 6 4 5 4 3 5 4 3 5 5 4 28 27 55 Santo Inácio 6 7 2 2 2 2 1 2 1 2 1 2 13 17 30 Aparecida 7 10 5 7 4 7 5 9 7 6 7 5 34 44 78 Fátima 10 12 5 7 3 4 6 8 5 10 6 8 35 49 84 Primavera 10 12 8 8 8 10 8 9 7 10 3 9 44 58 102 TOTAL 68 79 78 78 75 75 79 11 61 86 99 10 460 535 995 6 1 Fonte: Secretaria Municipal da Saúde, Assistência Social e Meio Ambiente, Prefeitura Município

QUADRO 10.2 CRIANÇAS DE 0 A 05 ANOS- ÁREA URBANA- 2009/2010

BAIRROS 0 – 1 1,1, - 2 2,1 – 3 3,1 – 4 4,1 – 5 TOTAL5,1 – 6 PARCIAL TOTA

M F M F M F M F M F M F M F L GERA L Barril ------Distrito Industrial ------São Francisco de ------Paula Núcleo V ------Viaduto/Pedreira 3 5 1 3 4 2 0 7 1 4 6 3 15 24 39 Santo Antonio 4 3 3 3 1 1 3 4 2 1 1 0 14 12 26 Santo Inácio 4 1 1 3 0 2 0 1 3 1 0 1 8 9 17 Aparecida 2 0 5 3 1 3 0 1 0 0 0 0 8 7 15 61

Fátima 2 1 3 4 3 3 1 1 2 2 1 2 12 13 25 Primavera 3 3 4 4 1 1 3 1 1 1 1 1 13 11 24 TOTAL 18 13 17 20 10 12 07 15 09 09 09 07 70 76 146

Fonte: Secretaria Municipal da Saúde, Assistência Social e Meio Ambiente, Prefeitura Município

QUADRO 10.3 CRIANÇAS NASCIDAS EM FREDERICO WESTPHALEN-RS DADOS DO SINAC – SECRETARIA DA SAÚDE

ANOS CRIANÇAS NASCIDAS 2008 324 2009 310 2010 334 2011 344 2012 337 FONTE: SINAC – Secretaria da Saúde – F.W. – RS

Em 2006, estavam matriculados nas Escolas de Educação Infantil Municipais 365 alunos, os quais, somados aos de Pré-Escolas, na área urbana – bairros e centro, somam 1001 alunos, e em 2012 estavam nas Escolas de Educação Infantil Municipais e pré-escola na área urbana 1179 conforme o Quadro 11 e 11.3.

QUADRO 11 – Crianças de 0 a 05 anos matriculadas em Escolas de Educação Infantil.

BAIRROS 0 – 1 1,1, - 2 2,1 – 3 3,1 – 4 4,1 – 5 5,1 – 6 TOTAL TOTAL PARCIAL GERAL M F M F M F M F M F M F M F 7 Escolas 4 4 20 5 19 20 27 21 18 19 17 9 105 78 183 Infantis Particulares 10 Escolas com ------39 43 183 193 222 236 458 Pré-Escola 62

6 Creches 27 29 19 27 40 34 25 25 28 34 24 17 163 166 329 Municipais (EMEI) Creche/Pré- - - - - 1 - 3 1 10 3 8 5 22 9 31 Escola do PROMENOR TOTAL 31 33 39 32 60 54 55 47 95 99 232 224 512 489 1001 Fonte: Secretaria Municipal da Educação e Cultura e Direções de Escolas Locais – 03/2006

QUADRO 11.1 – Crianças de 0 a 05 anos matriculadas em Escolas de Educação Infantil(2003-2008). BAIRROS 0 – 1 1,1, - 2 2,1 – 3 3,1 – 4 4,1 – 5 5,1TOTAL – 6 PARCIAL TOTAL M F M F M F M F M F M F M F GERAL 7 Escolas 1 6 15 20 18 20 19 13 12 18 18 6 83 83 166 Infantis Particulares 10 Escolas com ------69 81 69 81 150 Pré-Escola 6 Creches 6 7 30 30 55 39 52 47 37 51 12 13 192 187 379 Municipais (EMEI) Creche/Pré- - - - - 4 2 - 4 5 4 5 4 14 14 28 Escola do PROMENOR TOTAL 7 13 40 45 77 61 71 64 54 73 104 104 358 365 723 Fonte: Secretaria Municipal da Educação e Cultura e Direções de Escolas Locais – 2003/2008

QUADRO 11.2 – Crianças de 0 a 05 anos matriculadas em Escolas de Educação Infantil (2009-2010). BAIRROS 0 – 1 1,1, - 2 2,1 – 3 3,1 – 4 4,1 – 5 TOTAL5,1 – 6 PARCIAL TOTAL M F M F M F M F M F M F M F GERAL 7 Escolas - - 21 22 20 20 30 15 25 10 60 55 156 122 278 Infantis Particulares 10 Escolas com ------12 16 123 162 285 Pré-Escola 3 2 63

6 Creches 25 27 83 77 106 200 86 90 86 88 - - 386 482 868 Municipais (EMEI) Creche/Pré- - - 10 8 5 5 6 4 4 3 - - 25 20 45 Escola do PROMENOR TOTAL 25 27 11 10 131 225 12 10 11 10 18 21 690 786 1476 4 7 2 9 5 1 3 7 Fonte: Secretaria Municipal da Educação e Cultura e Direções de Escolas Locais – 2009/2010

QUADRO 11.3 – Crianças de 0 a 05 anos matriculadas em Escolas de Educação Infantil (2011/2012). BAIRROS 0 – 1 1,1, - 2 2,1 – 3 3,1 – 4 4,1 – 5 5,1 – 6 TOTAL M F M F M F M F M F M F GERAL 7 Escolas 10 14 12 16 21 50 23 52 52 10 25 32 317 Infantis Particulares 10 Escolas com ------10 07 46 80 143 Pré-Escola 6 Creches 32 33 28 34 42 54 100 76 67 57 95 101 719 Municipais (EMEI) TOTAL 42 47 40 50 63 104 123 128 129 74 166 213 1179 Fonte: Secretaria Municipal da Educação e Cultura e Direções de Escolas Locais – 2011/2012

Além da vontade política dos administradores, é necessário investimento financeiro para ampliação da oferta e manutenção da educação, sendo imprescindível uma maior participação financeira do Estado. A criança não está obrigada a frequentar a escola entre 0 a 03 anos, mas sempre que sua família deseje ou necessite, pode recorrer a busca de vaga nas escolas de educação infantil, porém após os 04 anos a 05 anos tem o dever de atendê-la.

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Quadro 12 - QUADRO DAS ESCOLAS MUNICIPAIS DE EDUCAÇÃO INFANTIL - 2013

ESCOLAS Nº DE MODALIDADES Nº DE LOCALIZAÇÃO ALUNOS OFERTADAS PROFESS ORES CRECHE E PRÉ- BAIRRO SÃO 1. ESC. MUN. ED. INF. MÃE DE DEUS 149 ESCOLA 15 FRANCISCO DE PAULA 2. ESC. MUN. ED. INF. SANTA LUZIA CRECHE E PRÉ- BAIRRO FATIMA 140 ESCOLA 12 3. ESC. MUN. ED. INF. NOSSA SENHORA CRECHE E PRÉ- BAIRRO APARECIDA 107 ESCOLA 14 APARECIDA

4. ESC. MUN. ED. INF. JOÃO PAULO II CRECHE E PRÉ- BAIRRO SANTO 111 ESCOLA 13 INÁCIO 5. ESC. MUN. ED. INF. JOHN ONGMAN 93 CRECHE E PRÉ- BAIRRO SANTO ESCOLA 09 ANTONIO 6. ESC. MUN. ED. INF. PROFESSORA CECI CRECHE E PRÉ- BAIRRO FATIMA CAPUANI 116 ESCOLA 13 7. ESC. MUN. ED. INF. SOFIA PICH CRECHE E PRÉ- BAIRRO 130 ESCOLA 17 PRIMAVERA Fonte: Censo Escolar, 2013.

QUADRO – 13 - QUADRO DAS ESCOLAS PARTICULARES DE EDUCAÇÃO INFANTIL - 2013

ESCOLAS Nº DE MODALIDADES Nº DE LOCALIZAÇÃO ALUNO OFERTADAS PROFES S SORES 1. ESC. EDUC. INF. CIRANDA 08 CRECHE E PRÉ- 02 BAIRRO CIRANDINHA ESCOLA IPIRANGA 2. ESC. EDUC. INF. GIRASSOL 21 CRECHE E PRÉ- 03 BAIRRO CENTRO ESCOLA 3. ESC. EDUC. INF. PLANETA 33 CRECHE E PRÉ- 04 BAIRRO CENTRO CRIANÇA ESCOLA 4. ESC. EDUC. INF. PINGO DE 10 CRECHE E PRÉ- 02 BAIRRO CENTRO GENTE ESCOLA 5. ESC. EDUC. INF. 24 CRECHE E PRÉ- 02 BAIRRO ITAPAGÉ CHAPEUZINHO VERMELHO ESCOLA 6. ESC. EDUC. INF. CANTINHO DA 15 CRECHE E PRÉ- 02 BAIRRO BARRIL CRIANÇA ESCOLA TOTAL 111 15 Fonte: Censo Escolar, 2013. TABELAS 12 - DA META BRASIL DO PNE- 2010

Meta Brasil: 100% Percentual da população de 04 e 05 anos que frequenta a escola. Meta 1 do PNE - Indicador 1A

Brasil 78,2% Sul 71,0% Rio Grande do Sul 62,4% 65

Noroeste Rio-grandense 70,6% Frederico Westphalen 77,2%

Fonte: Estado, Região e Brasil - IBGE/Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) - 2012 Fonte: Município e Mesorregião - IBGE/Censo Populacional - 2010

Meta Brasil: 50% Percentual da população de 0 a 03 anos que Meta 1 do PNE - Indicador 1B frequenta a escola. Brasil 21,2% Sul 30,3% Rio Grande do Sul 31,4% Noroeste Rio-grandense 22,8% Frederico Westphalen 29,2%

Fonte: Estado, Região e Brasil - IBGE/Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) - 2012 Fonte: Município e Mesorregião - IBGE/Censo Populacional - 2010

6.2 Diretrizes Os estudos recentes mostram que a Educação Infantil terá um papel cada vez maior no desenvolvimento da capacidade de aprender e na elevação do nível da inteligência das pessoas. O desenvolvimento das capacidades da criança dá-se a partir do nascimento, na interação social, mediante ação sobre objetos e em todas as experiências vividas, espontaneamente, ou que são estimuladas. Para orientar uma prática pedagógica condizente com os dados da Ciência e com o desenvolvimento da criança, é necessário constituírem-se diretrizes importantes à superação da dicotomia, creche/ pré – escola, assistência ou assistencialismo/ educação para carentes/ educação para classe média. Educar e cuidar constituem um todo indivisível, num processo de desenvolvimento marcado por etapas ou estágios em que as rupturas são base e possibilidades para a sequência deste desenvolvimento. A proposta pedagógica das escolas de Educação Infantil deve contemplar o educar e o cuidar, permeados de ludicidade, inserindo o infante em seu mundo, cujos desafios passam a estimulá-lo para a construção de seus saberes em sua interação socioafetiva. O desejável na Educação Infantil é que a criança permaneça com sua família nos primeiros anos de sua vida, buscando-se a universalização do atendimento para 66 crianças de 04 a 05 anos, mas, devido ao nível socioeconômico de considerável número de famílias, crianças são atendidas a partir de 04 meses de idade. Os objetivos e metas, apresentados a seguir, emergem do Diagnóstico e das Diretrizes Curriculares para a Educação Infantil. 6.3 Objetivos e metas Os objetivos e metas estão relacionados à demanda manifesta, reconhecendo-se que a demanda potencial, definida pelo número de crianças, expressa que a oferta deverá ser mais expressiva, sem que a qualidade do atendimento prejudique os resultados esperados. O município envida todos os esforços possíveis para atingir os objetivos e metas que seguem, porque tem consciência do quanto é importante uma cultura para a infância. O Quadro 14 demonstra a procura por rede administrativa, de Educação Infantil.

QUADRO 14- EVOLUÇÃO DA MATRÍCULA INICIAL EM EDUCAÇÃO INFANTIL – FREDERICO WESTPHALEN-2002/2013 REDE ESTADUAL MUNICIPAL PRIVADA TOTAL ANO CRECHE PRÉ- CRECHE PRE- CRECHE PRÉ- ESCOLA ESCOLA ESCOLA 2002 -- 339 133 255 12 47 786 2003 -- 351 78 292 12 51 784 2004 -- 379 85 320 11 49 844 2005 -- 357 146 375 13 49 940 2006 -- 382 244 291 -- 31 948 2007 - 383 351 177 06 32 949 2008 - 268 379 150 161 33 991 2009 - 295 366 151 160 141 1113 2010 - 344 388 134 150 170 1226 2011 - - 304 541 136 75 1056 2012 - - 451 680 133 68 1332 2013 - 548 398 - - Fonte: Censo Escolar- INEP, 2002/2013

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7. ENSINO FUNDAMENTAL

7.1 Diagnóstico Este Plano contém ações integradas ao Plano Nacional de Educação, ao Plano Estadual de Educação, à Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional-Lei Nº 9.394/96 e à Lei Orgânica do Município, pautando-se por uma filosofia da Educação transformadora, valorizando, não só o mundo escolar, mas o da educação – universo humano - porque Frederico Westphalen, como território eminentemente educativo, reconhece em cada munícipe um educador social. Foi, para isso, cultivada a utopia como um sonho possível, de que Frederico Westphalen, pelo viés da Educação, terá um futuro melhor, mais justo, igualitário e . Neste contexto, embora sendo compromisso do Município a Educação Infantil e o Ensino Fundamental, os demais níveis educacionais que participaram da elaboração do Plano, projetando o futuro do Município, foram valorizados e o serão sempre no tocante a reconhecer seu papel junto aos jovens e adultos. Por isso, em suas ações culturais e de outra ordem, os incentivos permitidos por lei não serão descuidados. A Educação Infantil e o Ensino Fundamental contribuem para a redução das desigualdades sociais e projetam para a continuidade de estudos. A comunidade participou da elaboração deste plano porque acredita que, um futuro cada vez mais promissor, está reservado a Frederico Westphalen. De acordo com a Constituição Brasileira, art. 208, o Ensino Fundamental é obrigatório e gratuito, tendo por objetivo a formação básica do cidadão, como também expressa o artigo 32 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, sinalizando que o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo constituem meios para o desenvolvimento da capacidade de aprender e de se relacionar no meio social e político. A exclusão de crianças da escola, na idade própria, seja por falha do Poder Público, seja por omissão da família e da sociedade, é a forma mais perversa e 68 irremediável de exclusão social, pois nega o direito elementar de cidadania, alienando-as de qualquer perspectiva de futuro. A consciência da exclusão e a mobilização social decorrente fizeram com que o Poder Público se empenhasse em diminuir os índices ainda constatados. Na maioria das situações, o fato de ainda haver crianças fora da escola não tem como causa determinante o déficit de vagas. Está relacionado só à falta de comprometimento da família, à precariedade do ensino e às condições de exclusão e marginalidade social em que vivem alguns segmentos da população. Diante do contexto que se apresenta, é importante que se promovam ações para que, numa perspectiva humanizadora e cidadã, a escola e a família (outros órgãos envolvidos) busquem, além de erradicar completamente o analfabetismo, a possibilidade de que todos os alunos, crianças, jovens e adultos, possam gozar de seus direitos ao participarem, ativamente, da sociedade em que estão inseridos O investimento na infraestrutura das escolas polo, bem como de profissionais qualificados, que atuam nestas dependências possibilitam um desenvolvimento integral, proporcionando a ampliação das habilidades nas mais diversas áreas do conhecimento. O Município teve o cuidado de fazer a nucleação, mantendo como escolas- polo, uma escola da área rural, respeitando, entre outros documentos legais, o Artigo 28 da LDB/96, mantendo a política diferenciada para Educação no Campo, valorizando o espaço social rural e a relação escola-trabalho-família, mantendo, assim, a identidade cultural rural. O transporte escolar, a merenda, a biblioteca itinerante (Roda Leitura) e da bagagem literária e outros recursos centralizados oferecem melhores condições e racionalidade para proporcionar uma educação de qualidade. As estruturas das Escolas nucleadas são reaproveitadas com a comunidade, proporcionando cursos motivacionais, técnicos, educativos e recreativos, contando com a parceria de Universidades e outras entidades. Atualmente, a Rede Municipal de Ensino possui 10 escolas municipais, que são:

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QUADRO -15 QUADRO DAS ESCOLAS DA REDE MUNICIPAL DE ENSINO-2013

ESCOLAS Nº DE MODALIDADES Nº DE LOCALIZAÇÃO ALUNO OFERTADAS PROFES S SORES PRÉ- ESCOLA E LINHA BRONDANI 1. ESC. MUN. ENS. FUN. ALBERTO 22 ANOS INICIAIS (1º 02 PASQUALINI ao 5º ano) 2. ESC. MUN. ENS. FUN. FRANCISCO PRÉ- ESCOLA E LINHA ALTO COCCO 07 ANOS INICIAIS (1º 01 ALEGRE ao 3º ano) 3. ESC. MUN. ENS. FUN. DUQUE DE PRÉ-ESCOLA, BAIRRO SÃO CAXIAS 142 ANOS INICIAIS E 16 CRISTÓVÃO FINAIS 4. ESC. MUN. ENS. FUN. JOAQUIM PRÉ-ESCOLA, LINHA PEDRAS NABUCO 92 ANOS INICIAIS E 13 BRANCAS FINAIS 6. ESC. MUN. ENS. FUN. GIUSTO PRÉ-ESCOLA, BAIRRO SANTO DAMO 169 ANOS INICIAIS E 14 ANTONIO FINAIS 6. ESC. MUN. ENS. FUN. IRMÃ ODILA PRE-ESCOLA, BAIRRO SÃO LEHNEN 490 ANOS INICIAIS E 33 FRANCISCO DE FINAIS PAULA 7. ESC. MUN. ENS. FUN. MARECHAL PRÉ- ESCOLA, LINHA SÃO JOSÉ FLORIANO 56 ANOS INICIAIS E 13 FINAIS 8. ESC. MUN. ENS. FUN. MARIA PRÉ – ESCOLA E BAIRRO SÃO FALCON 125 ANOS INICIAIS 07 JOSÉ 9. ESC. MUN. ENS. FUN. RUI PRÉ – ESCOLA, LINHA GETÚLIO BARBOSA 68 ANOS INICIAIS E 11 VARGAS FINAIS 10. ESC. MUN. ENS. FUN. VINTE E UM PRÉ-ESCOLA E LINHA PEDRAS DE ABRIL 45 ANOS INICIAIS 05 BRANCAS ALTAS

Fonte: Censo Escolar, 2013.

QUADRO – 16 - QUADRO DAS ESCOLAS DA REDE ESTADUAL DE ENSINO- 2013 70

ESCOLAS MODALIDADES LOCALIZAÇÃO OFERTADAS PRÉ- ESCOLA , ANOS 1. ESC. EST. ENS. FUND. SANTO INÁCIO INICIAIS E ANOS FINAIS BAIRRO SANTO INÁCIO 2. ESC. EST. ENS. FUND. CONS. EDEGAR PRÉ- ESCOLA , ANOS BAIRRO JARDIM MARQUE DE MATTOS INICIAIS E ANOS FINAIS PRIMAVERA 3. ESC. EST. ENS. FUND. VERGÍNIO PRÉ- ESCOLA , ANOS BAIRRO APARECIDA CERUTTI- CIEP INICIAIS E ANOS FINAIS 4. ESC. EST. ENS. FUND. NOSSA PRÉ- ESCOLA , ANOS BAIRRO FATIMA SENHORA DE FÁTIMA INICIAIS E ANOS FINAIS 5. ESC. EST. ED. BÁSICA SEPÉ TIARAJU PRÉ- ESCOLA , ANOS BAIRRO CENTRO INICIAIS, ANOS FINAIS E ENSINO MÉDIO 6.ESC. EST. ENS. MÉDIO CARDEAL PRÉ- ESCOLA E ANOS BAIRRO CENTRO RONCALLI INICIAIS, ANOS FINAIS, EJA E ENSINO MÉDIO 7. ESC. TÉCNICA JOSÉ CAÑELLAS ENSINO MÉDIO E ENSINO BAIRRO ITAPAGÉ MÉDIO PROFISSIONALIZANTE 8. ESC. EST. ENS. FUND. AFONSO PENA PRÉ- ESCOLA E ANOS BAIRRO ITAPAGÉ INICIAIS E ANOS FINAIS 9. ESC. EST. ENS. FUND. WALDEMAR PRÉ- ESCOLA E ANOS DISTRITO DE OSWALDO SAMPAIO BARROS INICIAIS E ANOS FINAIS CRUZ 10. ESC. EST. ENS. FUND. MARECHAL PRÉ- ESCOLA E ANOS LINHA SÃO JOÃO DO CASTELO BRANCO INICIAIS E ANOS FINAIS PORTO 11. ESC. EST. ENS. FUND. MONS. VITOR PRÉ- ESCOLA E ANOS DISTRITO DE CASTELINHO BATISTELLA INICIAIS E ANOS FINAIS 12. ESC. EST. ENS. FUN. NATÁLIA PRÉ- ESCOLA E ANOS LINHA VILA CARMO GADONSKI INICIAIS E ANOS FINAIS Fonte: DIREÇÕES DE ESCOLA, 2013.

7.2 Diretrizes

As diretrizes norteadoras do Ensino Fundamental estão contidas na Constituição Federal, na Constituição Estadual, na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional e, ainda, nas Diretrizes Curriculares para o Ensino Fundamental – Resolução CNE/CEB nº 02/98. A Comissão Internacional sobre a Educação para o 71

Século XXI, criada pela UNESCO, sugere como princípios a serem observados no processo ensino/aprendizagem, deste novo século, aceitos pela comunidade educacional brasileira: Aprender a Conhecer; Aprender a Fazer; Aprender a Conviver e Aprender a Ser. “Aprender a Conhecer – Tarefa importante da escola hoje, é ensinar como ter acesso e domínio de competências, pela via da informação e do conhecimento. É impossível estudar tudo na Escola por mais que se amplie o tempo das aulas e a duração dos cursos. Mais importante que a informação depositada na memória é a habilidade para transformá-la em conhecimento e em saberes. “Educar não é encher um cântaro, mas sim acender um fogo” (Heródoto). Aprender a Fazer – Surge aqui um importante desafio para a Escola. A articulação com a realidade fora de seu santuário, a relação da informação, do conhecimento com o mundo de seu entorno e, significativamente, com o mundo do trabalho. A atual LDB enfatiza a missão da Escola: “A Educação abrange processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil e manifestações culturais. Saber implica no Fazer”. Aprender a Conviver – À medida que a sociedade se desenvolve mais, o sentido da dependência mútua acentua-se. Aprender a conviver traz a ideia da interdependência do mundo moderno. O que o mundo atual mais necessita é da compreensão mútua, de intercâmbios científicos e sociais harmônicos e pacíficos, daí a necessidade da educação trabalhar a aprendizagem da convivência. É o educar para a compreensão. Aprender a Ser - É um velho novo desafio. Aprender a ser é uma tarefa cotidiana da educação. Nessa missão de desenvolver integralmente a personalidade do aluno, a escola tem como desafio não deixar inexplorado nenhum dos talentos que são as capacidades e aptidões incrustadas em cada ser humano. A memória, o raciocínio, a imaginação, a capacidade física, o sentido estético, a capacidade de comunicação com o outro, o carisma natural de animador. Tudo isso confirma a necessidade de uma melhor compreensão de si mesmo como tarefa da educação.”

O grande desafio de nossa escola está em garantir trajetórias educacionais capazes de oferecer realização para si e para o mundo de todos os cidadãos. “Desenvolver o aluno, assegurar-lhe a formação comum e indispensável para o exercício da cidadania e fornecer-lhe os meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores.” (LDB art. 22), indistintamente, dando-se atenção especial a alunos carentes e ao PNE. 72

O Ensino Fundamental deve, em sua prática curricular, sedimentar as aquisições básicas para a cidadania, oferecer ferramentas para a apropriação crítica de conhecimentos, para uma relação competente com as tecnologias da informação e para a consolidação de valores e atitudes básicas. Além do currículo composto pelas disciplinas tradicionais, os temas transversais, como ética, meio ambiente, pluralidade cultural, trabalho, consumo, educação fiscal, entre outros, deverão ganhar maior espaço na sala de aula. O Ensino Fundamental obrigatório e gratuito constitui-se em direito público subjetivo, compreendendo o acesso, a permanência e a qualidade no ensino escolar até a conclusão. O atendimento em tempo integral oportuniza o currículo escolar para além da base nacional comum, criando novas oportunidades de aprendizagem. Esse atendimento, preconizado pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, também pode se efetivar através de programas específicos. A escola do meio rural, na categoria de escola do campo, deve construir propostas pedagógicas específicas, adequando o currículo escolar, para construir competências de um cidadão global a partir do contexto em que vive. A gestão democrática da escola pública materializar-se-á nas ações diárias da escola, na escolha do diretor, por indicação e por eleição com a participação de pais, alunos, professores e funcionários nas dimensões pedagógicas, administrativas e financeiras desta gestão. Os Planos de Estudos, o Plano Político-Pedagógico e o Regimento Escolar serão elaborados, coletivamente, envolvendo toda a comunidade escolar. A autonomia financeira é materializada no gerenciamento democrático do dinheiro direto na escola, programas federais e estaduais que visam a atender pequenas demandas. A qualidade do Ensino Fundamental, entendida como aprendizagem significativa para todos, está ligada às condições de infraestrutura da escola, possibilidades de uso de outros espaços de aprendizagem, formação continuada dos professores, relação e o comprometimento das famílias, valorização dos profissionais da educação e qualidade do currículo escolar expressa no conjunto das ações do cotidiano escolar e no Projeto Político-Pedagógico.

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O Quadro 17 apresenta o alunado do Ensino Fundamental, nos últimos onze anos.

QUADRO 17 - EVOLUÇÃO DA MATRÍCULA INICIAL EM ENSINO FUNDAMENTAL - FREDERICO WESTPHALEN - 2002/2006 – 2007/2012

REDE ESTADUAL MUNICIPAL PRIVADA TOTAL ANO 1ª a 4ª 5ª a 8ª 1ª a 4ª 5ª a 8ª 1ª a 4ª 5ª a 8ª 1ª a 4ª 5ª a 8ª 2002 1349 1605 872 555 94 128 2315 2285 2003 1364 1441 856 584 74 123 2294 2148 2004 1288 1444 803 612 86 119 2177 2175 2005 1275 1401 811 679 87 88 2173 2173 2006 1242 1345 778 659 92 94 2112 2012 2007 1420 1411 1254 721 78 75 2752 2207 2008 1444 1434 780 664 85 90 2309 2188 2009 1692 1714 692 604 149 86 2533 2404 2010 1194 1462 342 640 146 82 1682 2184 2011 1292 1219 419 313 72 66 1783 1598 2012 1307 1168 612 464 65 60 1984 1692 Fonte: Censo escolar, INEP - 2002/2006 – 2007/2012

Nos Quadros 18, 18.1, 18.2, 18.3 estão registradas as Escolas do Município, das diversas redes educacionais.

QUADRO 18 - NÚMERO DE ESCOLAS ESTADUAIS, MUNICIPAIS, FEDERAIS E PRIVADAS - 2006 REDE EDUCAÇÃO INFANTIL ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO ENSINO MÉDIO/ SUPERIOR CRECHE/E. E. PRÉ- 1ª-4ª 5ª-8ª 1ª-8ª ED. INF. PART. ESC. SÉRIE SÉRIE SÉRIE PROFIS. ESTADUAL -- 07 -- -- 11 02 01 MUNICIPAL 06 09 05 -- 06 -- - FEDERAL ------01 01 PRIVADA 07 02 -- -- 01 02 02 TOTAL 13 18 05 -- 18 05 04 Fonte: SMEC, 2006 74

QUADRO 18.1 NÚMERO DE ESCOLAS ESTADUAIS, MUNICIPAIS, FEDERAIS E PRIVADAS – 2008 REDE EDUCAÇÃO INFANTIL ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO ENSINO MÉDIO/ SUPERIOR CRECHE/E. E. PRÉ- 1ª-4ª 5ª-8ª 1ª-8ª ED. INF. PART. ESC. SÉRIE SÉRIE SÉRIE PROFIS. ESTADUAL ------11 02 01 MUNICIPAL 06 08 04 -- 06 -- - FEDERAL ------01 01 PRIVADA 08 01 -- -- 01 02 02 TOTAL 14 09 04 -- 18 05 04 Fonte: SMEC, 2008

QUADRO 18.2 – NÚMERO DE ESCOLAS ESTADUAIS, MUNICIPAIS, FEDERAIS E PRIVADAS – 2010 REDE EDUCAÇÃO INFANTIL ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO ENSINO MÉDIO/ SUPERIOR CRECHE/E. E. PRÉ- 1ª-4ª 5ª-8ª 1ª-8ª ED. INF. PART. ESC. SÉRIE SÉRIE SÉRIE PROFIS. ESTADUAL -- 07 -- -- 11 02 01 MUNICIPAL 06 08 04 -- 06 -- - FEDERAL ------01 01 PRIVADA -- -- 01 02 02 TOTAL 06 15 04 - 17 05 04 Fonte: SMEC, 2010

QUADRO 18.3 – NÚMERO DE ESCOLAS ESTADUAIS, MUNICIPAIS, FEDERAIS E PRIVADAS – 2012

REDE EDUCAÇÃO INFANTIL ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO MÉDIO/ ENSINO CRECHE/E. E. PRÉ- 1ª-4ª 5ª-8ª 1ª-8ª ED. SUPERIOR INF. PART. ESC. SÉRIE SÉRIE SÉRIE PROFIS. ESTADUAL - 10 -- - 11 02 01 MUNICIPAL 07 10 04 - 06 - - FEDERAL - - - - - 01 01 75

PRIVADA - - - - 01 02 02 TOTAL 07 20 04 - 17 05 04 Fonte: SMEC, 2012

QUADRO 18.3 – NÚMERO DE ESCOLAS ESTADUAIS, MUNICIPAIS, FEDERAIS E PRIVADAS – 2013 REDE EDUCAÇÃO INFANTIL ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO MÉDIO/ ENSINO CRECHE/E. E. PRÉ- 1ª-4ª 5ª-8ª 1ª-8ª ED. SUPERIOR INF. PART. ESC. SÉRIE SÉRIE SÉRIE PROFIS. ESTADUAL - - 11 02 01 MUNICIPAL 07 10 04 - 06 - FEDERAL - 01 01 PRIVADA 01 02 02 TOTAL 07 10 04 17 05 04 Fonte: SMEC, 2013 TABELAS- 13 – Meta 2 Brasil do PNE Meta Brasil: 100% Percentual da população de 06 a 14 anos Meta 2 do PNE - Indicador 2A que frequenta a escola Brasil 98,2 % Sul 98,3 % Rio Grande do Sul 98,0 % Noroeste Rio-grandense 98,0 % Frederico Westphalen 97,9 %

Fonte: Estado, Região e Brasil - IBGE/Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) - 2012 Fonte: Município e Mesorregião - IBGE/Censo Populacional - 2010

Meta Brasil: 95% Percentual de pessoas de 16 anos com pelo Meta 2 do PNE - Indicador 2B menos o ensino fundamental concluído. Brasil 65,3 % Sul 70,5 % Rio Grande do Sul 66,9 % Noroeste Rio-grandense 69,0 % Frederico Westphalen 55,6 %

Fonte: Estado, Região e Brasil - IBGE/Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) - 2012 Fonte: Município e Mesorregião - IBGE/Censo Populacional - 2010 76

Meta Brasil: 100% Taxa de alfabetização de Meta 5 do PNE - Indicador 5 crianças que concluíram o 3º ano do ensino fundamental Brasil 97,2 % Sul 99,5 % Rio Grande do Sul 99,4 % Noroeste Rio-grandense 95,2 % Frederico Westphalen 95,5 % Fonte: Estado, Região e Brasil - IBGE/Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) - 2012 Fonte: Município e Mesorregião - IBGE/Censo Populacional - 2010

Meta Brasil: 50% Percentual de escolas públicas com alunos que Meta 6 do PNE - Indicador 6A permanecem pelo menos 7h em atividades escolares. Brasil 34,7 % Sul 47,5 % Rio Grande do Sul 43,5 % Noroeste Rio-grandense 34,4 % Frederico Westphalen 50,0 % Fonte: IBGE/Censo Escolar – da Educação Básica -2013

Meta Brasil: 25% Percentual de alunos que permanecem Meta 6 do PNE - Indicador 6B pelo menos 7h em atividades escolares. Brasil 13,2 % Sul 14,9 % Rio Grande do Sul 15,0 % Noroeste Rio-grandense 15,9 % Frederico Westphalen 42,9 % Fonte: IBGE/Censo Escolar da Educação Básica -2023

O Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa é um compromisso formal assumido pelos governos federal, do Distrito Federal, dos estados e 77 municípios de assegurar que todas as crianças estejam alfabetizadas até os oito anos de idade, ao final do 3º ano do Ensino Fundamental.

Aos oito anos de idade, as crianças precisam ter a compreensão do funcionamento do sistema de escrita; o domínio das correspondências grafofônicas, mesmo que dominem poucas convenções ortográficas irregulares e poucas regularidades que exijam conhecimentos morfológicos mais complexos; a fluência de leitura e o domínio de estratégias de compreensão e de produção de textos escritos.

No Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa, quatro princípios centrais serão considerados ao longo do desenvolvimento do trabalho pedagógico: a) o Sistema de Escrita Alfabética é complexo e exige um ensino sistemático e problematizador;

b) o desenvolvimento das capacidades de leitura e de produção de textos ocorre durante todo o processo de escolarização, mas deve ser iniciado logo no início da Educação Básica, garantindo acesso precoce a gêneros discursivos de circulação social e a situações de interação em que as crianças se reconheçam como protagonistas de suas próprias histórias;

c) conhecimentos oriundos das diferentes áreas podem e devem ser apropriados pelas crianças, de modo que elas possam ouvir, falar, ler, escrever sobre temas diversos e agir na sociedade;

d) a ludicidade e o cuidado com as crianças são condições básicas nos processos de ensino e de aprendizagem.

Dentro dessa visão, a alfabetização é, sem dúvida, uma das prioridades nacionais no contexto atual, pois o professor alfabetizador tem a função de auxiliar na formação para o bom exercício da cidadania. Para exercer sua função de forma plena é preciso ter clareza do que ensina e como ensina. Para isso, não basta ser um reprodutor de métodos que objetivem apenas o domínio de um código linguístico. É preciso ter clareza sobre qual concepção de alfabetização está subjacente à sua prática.

Ao aderir ao Pacto, os entes governamentais se comprometem a: . alfabetizar todas as crianças em língua portuguesa e em matemática; . realizar avaliações anuais universais, aplicadas pelo INEP, junto aos concluintes do 3º ano do Ensino 78

Fundamental; . no caso dos Estados, apoiar os municípios que tenham aderido às Ações do Pacto, para sua efetiva implementação.

As Ações do Pacto apóiam - se em quatro eixos de atuação: 1. Formação continuada presencial para os professores alfabetizadores e seus orientadores de estudo; 2. Materiais didáticos, obras literárias, obras de apoio pedagógico, jogos e tecnologias educacionais; 3. Avaliações sistemáticas; 4. Gestão, mobilização e controle social.

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8. ENSINO MÉDIO E EDUCAÇÃO PROFISSIONAL

8.1 Diagnóstico

Segundo dados das escolas (2006), as matrículas do Município apontam para um número de 2.932/2006 alunos que frequentam o Ensino Médio, entre as redes privada, estadual e federal. O município não possui atualmente turmas no Ensino Médio. Entretanto, mediante parcerias enseja e apoia projetos, convênios e outras ações junto a Escolas Privadas, Estaduais e Federal, cujas vagas iniciais constam a seguir.

QUADRO 19 - CURSOS DE ENSINO MÉDIO E PÓS- MÉDIO/PROFISSIONAL, OFERECIDOS NO MUNICÍPIO DE FREDERICO WESTPHALEN. INSTITUIÇÃO: Escola Básica da URI Nº de vagas Cursos

Ensino Médio 40 Escola de Ensino Médio Casa Familiar Rural 40 TOTAL 80

INSTITUIÇÃO: Colégio Nossa Senhora Auxiliadora Cursos Nº de Vagas Ensino Médio/Normal 40 TOTAL 40

INSTITUIÇÃO: Escola Estadual Técnica José Cañellas Cursos Nº de Vagas Ensino Médio 411 Técnico em Administração 40 Técnico em Secretariado 40 Técnico em Contabilidade 40 Técnico em Enfermagem 40 TOTAL 570

INSTITUIÇÃO: Escola Estadual de Educação Básica Sepé Tiaraju Cursos Nº de Vagas 80

Ensino Médio – Preparação para o trabalho 120 (PPT) TOTAL 120

Fonte: Direção das Escolas, 2006

QUADRO 20 - CURSOS SUPERIORES - INSTITUIÇÃO: COLÉGIO AGRÍCOLA DE FREDERICO WESTPHALEN-CAFW

CURSOS SUPERIORES MODALIDADE Nº DE TURNO VAGAS Tecnologia em Alimentos Tecnológico 40 Noturno Tecnologia em Sistemas para internet Tecnológico 40 Noturno

CURSOS ENSINO MÉDIO MODALIDADE Nº DE TURNO VAGAS Técnico em Agropecuária Integrado 105 Integral Técnico em Agropecuária Subsequente 40 Noturno Técnico em Informática Integrado 35 Integral Técnico em manutenção e suporte em Subsequente 40 Noturno informática Fonte: Direção das Escolas, 2014

Por isso, tendo em vista o público jovem, presente no Município e em situação de aprendizagem, há necessidade de incentivar parcerias para que este público seja atendido. As escolas têm vagas, a evasão precisa ser analisada, assim como o desempenho, sobretudo, porque as escolas estão engajadas no importante objetivo de formação de adolescentes e de adultos, como forma de participação no desenvolvimento pessoal e profissional dos mesmos, o que reflete no desenvolvimento do município e da região e na elevação do nível de escolaridade da população.

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8.2 Diretrizes

O Ensino Médio é considerado uma extensão do Ensino Fundamental, na medida em que aquele dá continuidade à formação do educando neste nível. Sua oferta é fundamentada em uma educação humanizadora e contextualizada que atende às aspirações e às necessidades do educando, o que contribui para a construção de uma sociedade justa, solidária e pacificadora, que respeite as diferenças e minimize a segmentação social, possibilitando a inserção de todos no processo produtivo e no mundo do trabalho. Deve ser garantida uma política de universalização do Ensino Médio, gratuito e de qualidade social, para todos os que desejarem frequentá-lo, em especial dos que não tiveram acesso na idade esperada e às pessoas com necessidades educacionais especiais. Por outro lado, falar em autonomia de gestão pressupõe um processo democrático, crítico e contextualizado que atenda às necessidades da comunidade educativa em dimensão humanística. Além de ações pedagógicas, faz-se necessário buscar a qualidade do ensino, também, através da melhoria da infraestrutura do Ensino Médio quanto às instalações e aos equipamentos necessários a uma prática educativa realmente eficaz e outros recursos necessários para o desenvolvimento de uma educação de qualidade social.

8.3 ESCOLAS DE ENSINO MÉDIO E PROFISSIONALIZANTES: 8.3.1 O CURSO NORMAL- MAGISTÉRIO: do Colégio Nossa Senhora Auxiliadora, consta com um público alvo de 18 (dezoito) alunas vindas dos bairros urbanos, outras estudam no Colégio e residem na área rural e outras que, também são do meio rural mas residem na cidade e trabalham em casas de famílias com um nível sócioeconômico baixo.

8.3.1.1 Meta: Promover uma Educação de qualidade em vista da promoção em defesa da vida das educandas e satisfazer às necessidades na área da Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental.

8.3.1.2 Diretrizes: 82

 Estimular as jovens à continuidade dos estudos, a fim de aprimorar o conhecimento e prepará-las para o exercício do magistério;  realizar parceria, anualmente, com as escolas municipais e/ou estaduais a fim de que as futuras professoras possam realizar práticas de ensino e estágio na Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental;  desenvolver projetos, anualmente, de acordo com o interesse das educandas e necessidades da comunidade (visitação e atividades junto ao Lar dos Idosos, Lar dos deficientes, Hospital e outros);  participar das atividades promovidas pelo município ( Feira do Livro, Semana da Pátria, Seminários, Palestras, integração esportiva, e outros);  continuar a parceria com a Prefeitura na cedência de professores.

8.3.1.3 Objetivos:  Preparar futuras professoras para atuar na Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental, satisfazer as necessidades do município e região, bem como promover as jovens;  a consolidação e aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no Ensino Fundamental, possibilitando o prosseguimento dos estudos;  a apropriação e a construção de conhecimentos, habilidades, competências e valores humanos e cristãos;  a preparação básica para o trabalho e a cidadania, para continuar aprendendo, de modo a ser capaz de adaptar-se com flexibilidade às novas condições de ocupação ou aperfeiçoamento posteriores;  aprimoramento como pessoa humana, incluindo a formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico;  a compreensão dos fundamentos científico-tecnológicos dos processos produtivos, relacionando a teoria com a prática, em cada disciplina;  criar relações de solidariedade na convivência, numa linha de abertura à sociedade humana em geral;  qualificar o educando, mediante apropriação de conhecimentos, habilidades e competências para o exercício do magistério na Educação Infantil e nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, comprometido com o Projeto Educativo – ICM- Imaculado 83

Coração de Maria, formando a pessoa humana capaz de harmonizar competência técnica, clareza política e sensibilidade pedagógica;  propiciar aos educandos do Curso Normal a prática pedagógica na Educação Infantil e nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, como campo de observação, experimentação, demonstração e avaliação, bem como integrando as diferentes formas de educação, desenvolvendo aptidões para o cotidiano do educando.

8.3.2 ENSINO MÉDIO POLITÉCNICO E INTEGRAL

QUADRO- 21. Ensino Médio Politécnico e Integral – 2012- 2013:

ESCOLAS PÚBLICAS Nº DE ALUNOS- E. M. Nº de alunos – E. M. Nº DE ALUNOS Politécnico Integral DO ENS. MÉDIO 2012 2013 2012 2013 2012 2013 E. E. E. M. CARDEAL 78 133 - - - - RONCALLI E. E. E. B. SEPÉ TIARAJU 126 221 - - 220 103 E. E. TÉCNICA JOSÉ CAÑELLAS 531 352 76 49 - 131 TOTAIS 735 706 76 49 220 234 Fonte: Censo Escolar /escolas– 2012/2013

A reestruturação curricular do Ensino Médio foi implantada após debate com a comunidade escolar, que culminou com a Conferência Estadual do Ensino Médio e da Educação Profissional, em dezembro de 2011. A iniciativa tem entre seus objetivos propiciar o desenvolvimento dos alunos, assegurando-lhes a formação comum indispensável ao exercício pleno da cidadania e fornecer-lhes meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores; qualificar o estudante enquanto cidadão, incluindo a formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico e a compreensão dos fundamentos científico-tecnológicos dos processos produtivos, relacionando teoria e prática, nas práticas pedagógicas. Além disso, pretende-se a redução da evasão e da repetência nessa modalidade de ensino e levar para os bancos escolares cerca de 70 mil jovens que estão fora da escola, segundo dados da SEDUC. 84

8.3.3 Ensino Médio Colégio Agrícola de Frederico Westphalen-RS 8.3.3.1 O curso Técnico em Agropecuária Integrado ao Ensino Médio visa a desenvolver o educando, assegurando-lhe a formação comum indispensável para o exercício da cidadania e fornecer-lhe meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores, oferecer uma preparação para o trabalho, empreendedorismo e cidadania, buscando atender às expectativas de seus alunos e da comunidade em geral, capacitar profissionais com habilidades técnicas, científicas e humanas para atuarem no setor agropecuário, comprometidos com a sustentabilidade ambiental, numa perspectiva de desenvolvimento, capazes de promover a transformação no âmbito da sua atuação e contribuir para a permanência do homem no campo e para a melhoria da qualidade de vida do mesmo, utilizando o potencial econômico da região.

Titulação: Técnico em Agropecuária, Ensino Médio.

Duração: 3 anos.

8.3.3.2 Agropecuária

O Curso Técnico em Agropecuária do Colégio Agrícola de Frederico Westphalen vem atender a demandas em evolução do mundo do trabalho, bem como, propiciar aos futuros profissionais a construção de competências para analisar os parâmetros técnicos e legais de toda e qualquer atividade agrícola; ser um profissional empreendedor e transformador do setor primário; prestar assistência técnica em órgãos públicos, cooperativas, comunidades rurais e/ou congêneres, propriedades rurais e outros; exercer liderança na sua comunidade; atuar como elemento de transformação da realidade social onde estiver inserido; conceber e desenvolver técnicas agrícolas; planejar, gerir, controlar e executar atividades técnico- científicas, econômicas, sociais e ambientais.

Titulação: Técnico em Agropecuária.

Duração: 2 anos.

8.3.3.3 Técnico em Alimentos.

O Curso Técnico em Alimentos do Colégio Agrícola de Frederico Westphalen é um curso profissional da área de Química habilitado para atuar na responsabilidade técnica, na área de ciência e tecnologia de alimentos, com competências voltadas à aquisição de matérias- primas e insumos, processamento, higienização, conservação, controle de qualidade, transporte e armazenamento, tratamento de resíduos, planejamento e gestão de processos agroindustriais. 85

O lema é formar profissionais técnicos de nível médio da área profissional da Química, na habilitação Técnico em Alimentos, de acordo com as tendências tecnológicas da região e em consonância com as demandas dos setores produtivos.

Titulação: Técnico em Alimentos.

Duração: 4 Semestres.

8.3.3.4 Técnico em Informática. O profissional formado pelo Curso Técnico em Informática do Colégio Agrícola poderá atuar nos ramos do comércio, indústria e serviço desenvolvendo e operando sistemas de informatização e na seleção dos melhores softwares a serem utilizados por determinada empresa de modo que esta possa tirar mais proveito dos computadores. Poderá, também, trabalhar em escolas de informática, ministrando cursos básicos e em lojas específicas de informática trabalhando na montagem, manutenção e configuração de computadores, bem como na configuração de redes de computadores em geral.

O Curso Técnico em Informática tem por objetivo geral proporcionar ao educando o “desenvolvimento de aptidões para a vida profissional”, desenvolver competências e habilidades que permitam o desempenho eficaz da atividade no mundo do trabalho, atendendo às exigências do atual mercado e colaborando, desta forma, com a melhoria dos setores industriais e comerciais da região.

Titulação: Técnico em Informática.

Duração: 4 Semestres.

8.3.4 ESCOLA DE EDUCAÇÃO BÁSICA DA URI – ENSINO MÉDIO

A Escola de Educação Básica da URI – Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões- Câmpus de Frederico Westphalen, é mantida pela FuRI – Fundação Regional Integrada, com sede e foro na cidade de Santo Ângelo, Estado do Rio Grande do Sul, entidade filantrópica, de natureza comunitária, de direito privado, sem fins lucrativos, com Estatuto registrado no Registro de Pessoas Jurídicas, Cartório Especial de Santo Ângelo, 1º Tabelionato, sob nº. 497, folhas 173, do livro A-3. 86

A Escola de Educação Básica da URI, encontra-se inserida nessa região, pertencendo ao Município de Frederico Westphalen, situada na zona urbana no endereço Av. Brasil, 709, com alunos oriundos de diferentes municípios. A Escola passou a oferecer o 2º grau em 1990, e tem seu funcionamento regulamentado pelos seguintes documentos legais: Parecer CEE nº 165, de 02/0/83 e Portaria SEC nº 00536, de 01/03/1990. Dois anos depois foram autorizadas demais modalidades: Parecer nº 278, de 28/01/1992 do CEED, autoriza funcionamento do Ensino de 1º Grau na Escola de 2º Grau FESAU; Portaria nº 00391, de 05/03/1992 da SEC autoriza o funcionamento do Ensino de 1º Grau, na Escola de 2º Grau FESAU; Parecer nº 388, de 23/01/1996 do CEED altera a denominação da Escola de 1º e 2º Graus FESAU para Escola de 1º e 2º Graus da URI. Parecer nº 278, de 28/05/1997 do CEED autoriza o funcionamento de classes de Jardim de Infância na Escola de 1º e 2º Graus da URI – F.W. Desde o ano de sua criação, a Escola de Educação Básica da URI foi passando por diferentes situações em sua trajetória histórica: 1990: implantação do 1º ano do Ensino Médio; 1992; em 1993, passa a oferecer o Ensino Fundamental completo. Em 2001, inicia-se a extinção de turmas gradativamente. Sendo que, a partir de 2006, a escola passa a oferecer somente Ensino Médio.

QUADRO 22 - ALUNOS DE ENSINO MÉDIO – ESCOLA DA URI - FW

NÚMERO DE ALUNOS ANO LETIVO 1º ANO 2º Ano 3º Ano

2006 27 29 25

2007 26 25 36

2008 17 23 11

2009 15 17 23

2010 36 19 16 - - 2011 45 87

2012 46 40 37

2013 42 49 35 Fonte: Ministério da Educação – Instituto Nacional de estudos Anísio Teixeira (Censo Escolar).

TABELAS 14 – META 3 BRASIL- 3A Meta Brasil: 100% Percentual da população de 15 a 17 anos Meta 3 do PNE - Indicador 3A que frequenta a escola. Brasil 84,2 % Sul 81,7 % Rio Grande do Sul 83,1 % Noroeste Rio-grandense 84,2 % Frederico Westphalen 83,3 % Fonte: Estado, Região e Brasil – IBGE/Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD) – 2012 Fonte: Município e Mesorregião – IBGE/Censo Populacional 2010 Meta Brasil: 85% Taxa líquida de matrícula no ensino Meta 3 do PNE - Indicador 3B médio. Brasil 54,1 % Sul 57,3 % Rio Grande do Sul 53,8 % Noroeste Rio - Grandense 54,8 % Frederico Westphalen 48,2 %

Fonte: Estado, Região e Brasil – IBGE/Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD) – 2012 Fonte: Município e Mesorregião – IBGE/Censo Populacional 2010 Meta Brasil 25% Percentual de matrículas de educação de Meta 10 do PNE - Indicador 10 jovens e adultos na forma integrada à educação profissional. Brasil 1,7 % Sul 1,0 % Rio Grande do Sul 1,3 % Noroeste Rio-Grandense 0,7 % Frederico Westphalen 0,0 % Fonte: INEP/Censo Escolar da Educação Básica – 2013 88

Meta Brasil: 4.808.838 matrículas Matrículas em educação profissional Meta 11 do PNE - Indicador 11A técnica de nível médio. Brasil 1.602.946 Sul 279.245 Rio Grande do Sul 105.297 Noroeste Rio-Grandense - Frederico Westphalen - Fonte: INEP/Censo Escolar da Educação Básica -2013

Meta Brasil: 2.701.557 matrículas Matrículas em educação profissional Meta 11 do PNE - Indicador 11B técnica de nível médio na rede pública. Brasil 900.519 Sul 178.711 Rio Grande do Sul 62.351 Noroeste Rio-Grandense - Frederico Westphalen - Fonte: INEP/Censo Escolar da Educação Básica -2013

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9. EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

9.1 Diagnóstico É de conhecimento de todos que o direito à educação, historicamente, era reservado à elite, não atingida a realidade populacional; por isso, no final do século XIX a maioria das pessoas com idade superior a cinco anos era analfabeta. Na Primeira República, a partir da década de 20, com o discurso dos renovadores escolanovistas, foi exigida do Estado a responsabilidade sobre a educação de jovens e adultos, mas esta inflexão estava associada ao início da industrialização e à aceleração da urbanização brasileira. Assim, a política educacional relacionava-se à necessidade de qualificação mínima da força de trabalho. Na década de 50, numa visão progressista, surgiram as Campanhas de Educação de Adolescentes e Adultos (CEAA), da Educação Rural (1952), da erradicação do Analfabetismo (1958) e os Movimentos de Cultura Popular, reduzindo os índices de analfabetismo. Com a ruptura política, em 1964, foram modificadas as práticas pedagógicas. Surgiu em 1967, o Movimento Brasileiro de Alfabetização (MOBRAL) e, em 1971, ocorreu a implantação do Ensino Supletivo. Essa estrutura, adequada à nova composição política, estabeleceu controle conservador e centralizador, tratando como suplência a educação de jovens e adultos. A Educação de Jovens e Adultos (EJA) foi tratada, no país, durante muito tempo como uma chaga, sendo realizadas campanhas para erradicar o analfabetismo, ou ainda, como reforma de base a ser implementada para enfrentar suas causas. Sob esse enfoque, tal modalidade foi oferecida nas décadas seguintes em geral, no turno da noite, com menor carga horária, encarada pelo sistema como complementar e acessória. Era vista como estrutura de suplência, como “algo a mais” do processo educativo, um adicional oferecido a quem não pôde ter acesso na idade apropriada, dispondo, tardiamente da escola, cumprindo as funções Equalizadora, Reparadora e Qualificadora, previstas nas Diretrizes Curriculares Nacionais. A partir de 1985, período de redemocratização das relações sociais e das instituições políticas brasileiras, legitimou-se o campo educacional ao se discutir a valorização do professor, verba pública, a escola para todos. A Constituição Federal de 1988 exigiu a participação do governo e da sociedade civil na supressão do analfabetismo. Com a LDB, Lei 9.394/96, foi reafirmado o direito de jovens e adultos 90 ao Ensino Fundamental adequado às condições peculiares de estudo e definido o dever do Poder Público de oferecê-lo gratuitamente. Na concepção de EJA, com a elaboração de diretrizes na formulação de políticas de alfabetização com ampla participação social, a educação de jovens e adultos passou a ser vista como modalidade de ensino. Admitiu-se, assim, que movimentos sociais, organizações não-governamentais e universidades gerassem mudanças na educação de jovens e adultos através de projetos, programas e propostas que rompessem com a padronização da exclusão, culminando nas diretrizes do Parecer CEB 11/2000, bem como do Plano Nacional de Educação (PNE), no item III Modalidades de Ensino. Uma das importantes conquistas na área educacional foi o reconhecimento dos direitos de jovens e adultos ao ensino fundamental , através da Constituição Federal de 1988, art. 208, I, II e VI. Para tanto, a Lei nº 9.394/96 (LDB) estabeleceu duas possibilidades de atendimento aos jovens e adultos: pela educação escolar regular, art. 4, VII e art. 37, ou por meio de cursos e exames supletivos (art. 38), conferindo aos sistemas de ensino liberdade para regulamentação da oferta. Em Frederico Westphalen, nos últimos anos foram atendidos, segundo o Quadro 23. QUADRO 23 - EJA NO MUNICÍPIO-2006

ESCOLAS – ENSINO TOTALIDADES Nº DE ALUNOS FUNDAMENTAL 1 e 2 3 4 5 6 E. Est. Cardeal Roncalli 12 12 27 29 49 129 E. Est. Cons. Edgar -- -- 07 18 21 46 Marques de Mattos E. Est. Santo Inácio -- 04 14 15 25 58 Total: 12 16 48 62 95 233

ENSINO MÉDIO TOTALIDADES Nº DE ALUNOS 7 8 9 Núcleo Estadual de Educação de Jovens e 37 14 66 117 Adultos Total: 37 14 66 117 Fonte: Direção das Escolas e do NEEJA, 2006 91

Participam do NEEJA (Núcleo Estadual de Educação de Jovens e Adultos): em Exame Supletivo Fracionado Ensino Fundamental – 162 alunos e em seu Exame Supletivo Fracionado - Ensino Médio, 904 alunos, conforme dados fornecidos pela Direção do Núcleo. A EJA destina-se, principalmente, a alunos de 15 a 24 anos, que estão fora do processo da escolaridade regular. Comparando os dados, percebe-se que a população dessas faixas etárias poderá ser maior da oferta atual. Ainda, observando os quadros, aponta o dobro de alunos no Ensino Fundamental, em relação ao Ensino Médio, evidenciando a necessidade de manter e ampliar condições para o prosseguimento de estudos. Além disso, o IBGE, Censo 2000, aponta para o município 21,8% da população com menos de 4 anos de escolaridade, 61,2% com menos de 08 anos, e 6,6% de analfabetos, significando a necessidade de mais oferta para esta clientela. A propósito, convém observar o número de alunos da EJA local – Supletivo Presencial – nos últimos anos, até mesmo para observar a mobilidade dessa clientela, no Município.

QUADRO 24 – ALUNOS DA EJA – SUPLETIVO PRESENCIAL

REDE ESTADUAL MUNICPAL PRIVADO TOTAL ANO FUNDA MÉDIO FUNDA MÉDIO FUNDA MÉDIO MENTAL MENTAL MENTAL 2002 318 128 ------446 2003 524 153 ------677 2004 331 85 ------416 2005 339 145 ------484 2006 265 119 ------384 TOTAL 1777 630 ------2407 Fonte: Censo Escolar/INEP, 2002/2006

No tocante à EJA – Supletivo Semi-Presencial, segundo dados do INEP – Censo 2004/2006, a matrícula no Ensino Fundamental é de 117 alunos e no Ensino Médio, 407 alunos. 92

QUADRO 25- EJA NO MUNICÍPIO-2007 e 2008 ESCOLAS – ENSINO TOTALIDADES FUNDAMENTAL 1 e 2 3 4 5A 5B 6A 6B Nº DE ALUNOS E. E. Ens. Médio Cardeal 15 27 36 37 23 22 33 193 Roncalli E. E.E.F. Cons. Edgar -- -- 08 09 -- 08 -- 25 Marques de Mattos E. E. E. F. Santo Inácio -- -- 14 43 -- 25 -- 82

Total: 15 27 58 89 23 55 33 300

Fonte: Direção de Escolas – 2007/2008

QUADRO - 26- EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS- 2009/2012 ESCOLAS – ENSINO TOTALIDADES FUNDAMENTAL 1 e 2 3 4 5A 5B 6A 6B Nº DE ALUNOS E. E.E.M. Cardeal Roncalli

2009 16 40 52 72 10 45 33 268

2010 08 13 37 31 - - 52 141

2011 - 30 65 51 50 36 36 268

2012 - 25 51 34 34 39 39 222

Total: 14 62 205 188 85 120 160 834

Fonte: Direção da Escola -2009/2012 QUADRO - 27 - EJA – NEEJA -2008

ENSINO MÉDIO TOTALIDADES Nº DE ALUNOS 7 8 9

NEEJA 28 54 22 104 Total: 28 54 22 104

Fonte: Direção das Escolas e do NEEJA, 2008 93

QUADRO - 28- EJA - NEEJA - 2009/2012 ENSINO MÉDIO TOTALIDADES Nº DE ALUNOS 7 8 9 NEEJA 2009 93 65 60 218 2010 110 60 50 220 2011 82 75 53 210 2012 50 35 64 149

Total: 335 235 227 797 Fonte: Direção das Escolas e do NEEJA, 2009-2012

TABELAS 15- META 8 BRASIL- 8A Meta Brasil: 12 anos Escolaridade média da população de 18 a Meta 8 do PNE - Indicador 8A 29 anos. Brasil 10 Sul 10 Rio Grande do Sul 10 Noroeste Rio-Grandense 10 Frederico Westphalen 10 Fonte: Estado, Região e Brasil- IBGE/Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNDA) – 2012 Fonte: Município e Mesorregião – IBGE/Censo Populacional -2010

Meta Brasil: 12 anos Escolaridade média da população de 18 a Meta 8 do PNE - Indicador 8B 29 anos de idade residente em área rural Brasil 08 Sul 09 Rio Grande do Sul 09 Noroeste Rio-Grandense 09 Frederico Westphalen 10 Fonte: Estado, Região e Brasil- IBGE/Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNDA) – 2012 Fonte: Município e Mesorregião – IBGE/Censo Populacional -2010

Meta Brasil: 12 anos Escolaridade média da população de 18 a 29 anos 94

Meta 8 do PNE - Indicador 8 C de idade entre os 25% mais pobres Brasil 08 Sul 08 Rio Grande do Sul 08 Noroeste Rio-Grandense 08 Frederico Westphalen 08 Fonte: Estado, Região e Brasil- IBGE/Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNDA) – 2012 Fonte: Município e Mesorregião – IBGE/Censo Populacional -2010

Meta Brasil: 100% Diferença entre a escolaridade média da população Meta 8 do PNE - Indicador 8D negra e da população não negra de 18 a 29 anos. Brasil 91,5 % Sul 87,9 % Rio Grande do Sul 86,8 % Noroeste Rio-Grandense 82,5 % Frederico Westphalen 81,9 % Fonte: Estado, Região e Brasil- IBGE/Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNDA) – 2012 Fonte: Município e Mesorregião – IBGE/Censo Populacional -2010 Meta Brasil: 93,50% Taxa de alfabetização da população de 15 Meta 9 do PNE - Indicador 9A anos ou mais de idade. Brasil 91,3 % Sul 95,6 % Rio Grande do Sul 95,7 % Noroeste Rio-Grandense 94,1 % Frederico Westphalen 95,4 % Fonte: Estado, Região e Brasil- IBGE/Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNDA) – 2012 Fonte: Município e Mesorregião – IBGE/Censo Populacional -2010

Meta Brasil: 15,30 % Percentual da população de 15 anos ou mais de Meta 9 do PNE - Indicador 9B idade sem os anos iniciais do ensino fundamental concluídos. Brasil 30,6 % Sul 28,2 % Rio Grande do Sul 31,6 % Noroeste Rio-Grandense 22,1 % 95

Frederico Westphalen 20,6 % Fonte: Estado, Região e Brasil- IBGE/Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNDA) – 2012 Fonte: Município e Mesorregião – IBGE/Censo Populacional -2010

Meta Brasil: 25 % Percentual de matrículas de educação de jovens e Meta 10 do PNE - Indicador 10 adultos na forma integrada à educação profissional. Brasil 1,7 % Sul 1,0 % Rio Grande do Sul 1,3 % Noroeste Rio-Grandense 0,7 % Frederico Westphalen 0,0 % Fonte: INEP/Censo Escolar da Educação Básica – 2013

Observa-se que essa é uma clientela a quem o Município deve dar atenção porque a redução da taxa do analfabetismo e a preparação para o trabalho passa, de modo especial, pela EJA- Educação de Jovens e Adultos.

9.2 Diretrizes As contingências socioeconômicas enfrentadas por crianças e jovens em idade escolar forçam os mesmos, muitas vezes, a deixar de frequentar aulas para buscarem o sustento familiar, através do trabalho precoce. Isso implicou, por muito tempo, o aumento do número de jovens e adultos que não concluíram o Ensino Fundamental. O Poder Público, ao garantir o acesso e a permanência de jovens e adultos na EJA, deve colocar-se, também, ao lado da sociedade, quando mobilizar esforços para apoiar os empregadores, no sentido de considerar a necessidade de formação permanente de diversas formas: pela organização de jornadas de trabalho compatíveis com o horário escolar, pela concessão de licenças para frequência em cursos de atualização e pela implantação de cursos de formação de jovens e adultos no próprio local de trabalho. Para que a EJA- Educação de Jovens e Adultos possa atuar de forma efetiva, em parceria com a comunidade, o Estado garantirá formação continuada aos profissionais que atuam na modalidade da educação de jovens e adultos através de encontros, seminários e cursos sob responsabilidade das escolas, coordenadorias regionais e secretarias de educação. A possibilidade de oferta de cursos específicos, 96 de média e longa duração, para a formação de profissionais para atuarem na EJA, proporcionados pelas instituições de nível superior e por programas de educação a distância, deve permitir que o Estado assegure concurso público aos egressos para atuarem no Ensino Fundamental (séries iniciais e finais) e no Ensino Médio. A produção de materiais didáticos e técnicas pedagógicas apropriadas deve acompanhar a especialização de profissionais da EJA. O município apóia iniciativas e parcerias para avanços do alunado da EJA – Educação de Jovens e Adultos. O currículo da Educação de Jovens e Adultos – EJA desenvolve-se numa perspectiva multicultural, contemplando a diversidade de experiências dos sujeitos e os seus diferentes tempos de aprendizagem. O conhecimento na Educação de Jovens e Adultos deve ser construído numa perspectiva de totalidade, de forma equânime nas diferentes áreas de conhecimento. A pesquisa socioantropológica é utilizada como uma opção metodológica para o planejamento do currículo na Educação de Jovens e Adultos. Segundo as orientações da SEDUC a carga horária dos cursos de Ensino Fundamental (1600h) e Médio (1200h), modalidade Educação de Jovens e Adultos é distribuída em semestres de 400 horas. A Educação de Jovens e Adultos seguirá esta mesma organização até que seja elaborada e aprovada a proposta de Educação no Campo. Indica-se a estrutura curricular por Totalidades como coerente com a proposta político – pedagógica para a Educação de Jovens e adultos. Os princípios da diversidade aparecem na filosofia e objetivos da escola. Envolve a metodologia, currículo, avaliação, conselho de classe participativo, expressão dos resultados da avaliação dos alunos. Alguns pontos importantes para garantir a diversidade:  Oferta de EJA nos três turnos.  Garantia das questões referentes às Leis nº: 10369/2003-Ensino de História da África e da Cultura Afrobrasileira e nº 11645/08- Cultura Africana e Indígena no currículo escolar.  Disponibilização de material pedagógico construído para os alunos da EJA, contemplando os interesses desses sujeitos.  Oferta de atividades culturais e artísticas aos educandos da EJA.  Respeito aos tempos de aprendizagem de cada sujeito. 97

 Elaboração de metodologias próprias à EJA, considerando sempre a diversidade.  Garantia da participação dos alunos nos processos de discussão e decisão dos objetivos da escola, incorporando a riqueza cultural e as vivências dos nossos alunos.  Utilização pelos alunos da EJA dos espaços pedagógicos da escola, como biblioteca, laboratório de informática, apoio (sala de recursos) aos alunos com deficiência.  Garantia e qualificação dos espaços de formação continuada para os professores.  Incentivo aos professores à continuidade de seus estudos em cursos de especialização na EJA.

A Educação de Jovens e Adultos (EJA) na Rede Estadual de Ensino é uma modalidade da Educação Básica e expressa o compromisso com o exercício da cidadania, mediante a oferta de educação regular para jovens e adultos, com características adequadas às suas necessidades e disponibilidades, na busca de estratégias voltadas ao acesso e sucesso na escola. A Assessoria para EJA compõe a Coordenação de Gestão da Aprendizagem do Departamento Pedagógico. O Ensino Fundamental, Modalidade EJA tem como critério para ingresso ser maior de 15 anos. As Totalidades Iniciais (1 e 2) têm duração prevista de 600h, distribuídas em dois semestres letivos. Já as Totalidades Finais (3 a 6) têm duração prevista de 1.600h, desenvolvidas em quatro semestres letivos. O Ensino Médio, Modalidade EJA tem como critério de ingresso ser maior de 18 anos. As Totalidades de Ensino Médio (7 a 9) têm duração prevista de 1.200h, distribuídas em três semestres letivos. Em 2012, a Rede Estadual dispôs de 505 escolas com oferta de EJA Presencial, atendendo a 65.423 estudantes, sendo que 72 escolas estão em processo de autorização da oferta da Modalidade EJA na Rede Estadual (Ensino Fundamental e/ou Médio), o que possibilitará a ampliação das matrículas nesta Modalidade.

Além disso, os Núcleos Estaduais de Educação de Jovens e Adultos e Cultura Popular (NEEJA) ofertam Ensino Fundamental e Médio a 22.335 estudantes em 23 estabelecimentos, de forma semipresencial. 98

Também se destaca o atendimento de 2.987 alfabetizandos no Programa Brasil Alfabetizado. As 235 turmas estão distribuídas em 19 Coordenadorias Regionais de Educação, que constituem seis Polos Regionais: Porto Alegre, Passo Fundo, Rio Grande, , Palmeira das Missões e .

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10. EDUCAÇÃO ESPECIAL

QUADRO 29 – ALUNOS DE EDUCAÇÃO ESPECIAL – ENSINO FUNDAMENTAL E OUTRAS MODALIDADES DE ATENDIMENTO.

REDE ESTADUAL MUNICIPAL PRIVADA TOTAL ANO

2002 12 06 126 144 2003 12 11 145 168 2004 13 09 156 178 2005 13 08 169 190 2006 -- 08 184 192 2007 07 09 125 141 2008 07 15 154 176 2009 09 08 154 171 2010 06 11 158 175 2011 05 13 166 184 2012 05 11 173 189 Fonte: Escolas, Direções, INEP, 2002/2008/2009/2010/2011/2012 TABELAS 16 – META 4 DO PNE - 4 Meta Brasil: 100% Percentual da população de 04 a 17 anos Meta 4 do PNE - Indicador 4 com deficiência que frequenta a escola Brasil 85,8 % Sul 85,9 % Rio Grande do Sul 83,4 % Noroeste Rio-Grandense 84,1 % Frederico Westphalen 87,7 % Fonte: IBGE/Censo Populacional-2010/PNE/MEC

10.1 Diagnóstico A Constituição Federal, art. 208, III, estabelece o direito das pessoas com deficiência receberem educação, preferencialmente, na rede regular de ensino. 100

Trata-se, portanto, de duas questões: o direito à educação, comum a todas as pessoas, e o direito de receber essa educação, prioritariamente, junto com os demais alunos, nas classes ditas regulares. A Legislação, no entanto, determina essa inclusão, mas ressalva os casos de “excepcionalidade”- classe especial – sala de recursos: AEE em que as necessidades do aluno exigem outras formas de atendimento. Na perspectiva inclusiva, o atendimento educacional especializado é: - Realizado, prioritariamente nas salas de recursos multifuncionais da própria escola ou de outra escola de ensino regular, podendo, ainda, ser realizado em centros de atendimento educacional especializado-AEE; - Ofertado de forma complementar ou suplementar, não substitutiva à escolarização dos estudantes público alvo da educação especial, no turno inverso ao da escolarização; - Responsável pela organização e disponibilização de recursos e serviços pedagógicos e de acessibilidade para atendimento às necessidades educacionais específicas; - Realizado em interface com os professores do ensino regular, promovendo os apoios necessários à participação e aprendizagem destes estudantes. As decisões mais recentes a esse respeito têm indicado três situações possíveis para a organização do atendimento: participação em classes comuns; em salas de recursos. Todas as possibilidades têm por objetivo a oferta de uma educação inclusiva de qualidade. Sabe-se da importância de uma escola inclusiva, aberta à diversidade de alunos, mas sabe-se, também, que os profissionais envolvidos necessitam de uma formação compatível para que o processo ensino-aprendizagem possa ser desenvolvido com a qualidade desejada. Daí a necessidade de uma formação adequada para os profissionais do magistério, que, com o apoio e orientações de especialistas e recursos humanos de suporte, possam oferecer essa educação de qualidade para todos. Pelo fato de o município não conseguir ofertar, na plenitude, Educação Especial, mantém convênio com a APAE, para execução de contrapartida, para o atendimento a essa clientela que ocorre, especialmente, na Escola da APAE, Escola de Educação Especial e Classes Especiais; entretanto, considera-se necessário ampliar o atendimento a essa clientela. 101

10.2 Diretrizes A educação especial tem como princípio norteador o respeito às diferenças e se alicerça na concepção e na busca concreta de uma inclusão responsável, que concebe o educando com necessidades educacionais especiais em sua totalidade humana, levando em consideração, não só seus aspectos orgânicos, mas, principalmente, suas condições psicológicas, sociais, econômicas e familiares. Considerada uma modalidade de educação escolar, é oferecida pela inclusão, tanto em espaços específicos, como em classes regulares nos diferentes níveis de ensino. Não deve ser pensada como algo estranho ao sistema regular de ensino, pois dele faz parte e a completa. Procura as diferentes etapas de desenvolvimento do educando, as faixas etárias, idade cronológica dos anos, as modalidades e os níveis de ensino. Profissional com olhar clínico para observação e percepção de possíveis dificuldades/problemas nas escolas de educação infantil, monitoras do PIM – Primeira Infância Melhor e Escolas de Ensino Fundamental (anos iniciais). A inclusão dos alunos com necessidades especiais na rede de ensino regular não implica, de forma alguma, o término ou a desativação das escolas especiais. Tais escolas sempre serão necessárias, devido à variedade de casos ocorrentes na Educação Especial. Não só os professores precisam ser preparados, mas é indispensável, também, que lhes seja disponibilizada a colaboração de uma equipe multidisciplinar, fragmentação de avaliações com neuro ou APAE e o material adequado para auxiliá-los a identificar e no acompanhamento de tais alunos. Deve ser mantida a interação entre Município e entidades filantrópicas, bem como ONGs, envolvidas com a área de Educação Especial, em virtude da considerável população com necessidades especiais educacionais, como também, pela extensão territorial do Município. Por serem complexas as questões envolvidas no aprendizado e no desenvolvimento das crianças, jovens e adultos aqui mencionados, não há possibilidade de qualquer Secretaria Municipal atuar isoladamente. É essencial a articulação e a cooperação entre as Secretarias de Educação e Cultura, Saúde, Assistência Social e Meio Ambiente, sobretudo. A inclusão das pessoas com deficiência quer físicas, sensoriais, mentais ou múltiplas na rede regular de ensino, embora diretriz constitucional, deverá ser 102 dimensionada pela Rede Municipal de Ensino de forma a atender às possíveis demandas existentes, de maneira conjugada, aos recursos disponíveis. A garantia de vagas no ensino regular para os diversos graus e tipos de deficiência é uma medida importante.

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11. ENSINO SUPERIOR

11.1 Diagnóstico A Educação Superior no município apresenta, em 2006, os Cursos Superiores de Graduação e de Pós-Graduação do Quadro 30.

QUADRO 30- ALUNADO DO ENSINO SUPERIOR - 2006 Instituição: Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões – URI Campus de Frederico Westphalen. Graduação: Cursos Nível Nº de Vagas Administração Graduação 60 Administração – Habilitação em Comércio Exterior Graduação 60 Ciência da Computação Graduação 50 Ciências Biológicas Graduação 45 Ciências Contábeis Graduação 60 Direito (Diurno) Graduação 60 Direito (Noturno) Graduação 60 Enfermagem Graduação 50 Farmácia Graduação 50 Filosofia – Bacharel Graduação 20 Filosofia – Licenciatura Graduação 20 História Graduação 40 Letras – Habilitação: Português e Espanhol e Graduação 30 respectivas Literaturas Letras – Habilitação: Português e Inglês e Graduação 30 respectivas Literaturas Matemática Graduação 45 Pedagogia Graduação 50 Psicologia Graduação 40 Química – Licenciatura Graduação 20 Química Industrial – Bacharelado Graduação 25 104

Serviço Social Graduação 50 Tecnologia em Agronegócios Graduação 40 TOTAL DE CURSOS: 21 TOTAL 905

Especializações: Cursos em execução: Nível Nº de Vagas 13 Cursos de Pós-Graduação Pós-Graduação 455 Cursos com Inscrições Abertas: Pós-Graduação Marketing de Serviços Pós-Graduação 35 Biodiversidade Pós-Graduação 35 Controladoria Pós-Graduação 35 Educação de Jovens e Adultos Pós-Graduação 35 Saúde Coletiva – Ênfase em Sanitarismo Pós-Graduação 35 Sub-Total: TOTAL 630 TOTAL DE CURSOS DE ESPECIALIZAÇÃO:

Mestrado: Cursos Nível Nº de Vagas Mestrado em Educação (Minter)– Mestrado 16 URI/UNISINOS – 2004/2006 Mestrado Próprio em Letras – 2006/2007, Mestrado 15 aprovado pela CAPES. TOTAL 31

Instituição: Universidade Norte do Paraná - UNOPAR Cursos Nível Nº de Vagas Bacharelado em Administração Graduação 50 Bacharelado em Ciências Contábeis Graduação 50 História Graduação 50 Letras – Habilitação: Licenciatura em Língua Graduação 50 Portuguesa e Respectivas Literaturas Pedagogia – Licenciatura Graduação 50 Bacharelado em Serviço Social Graduação 50 Superior de Tecnologia em Gestão de Graduação 50 Recursos Humanos Superior de Tecnologia em Gestão Comercial Graduação 50 Bacharelado em Teologia Graduação 50 TOTAL 450 105

Instituição:– UFSM/CAFW – Campus de Frederico Westphalen Cursos Nível Nº de Vagas Agronomia Graduação 60 Engenharia Florestal Graduação 60 Comunicação Social – Habilitação em Graduação 55 Jornalismo Relações Públicas 55 Engenharia Ambiental 60 Sistema de Informações 60 TOTAL 350

Instituição: Universidade Estadual do Rio Grande do Sul – UERGS – Unidade de Frederico Westphalen Cursos Nível Nº de vagas Desenvolvimento Rural e Gestão Graduação 80 agroindustrial Tecnologia e agropecuária: Agroindustrial Graduação 40 Tecnologia em Agropecuária – Ênfase em Graduação 40 Fruticultura TOTAL 160

Fonte: Direções das Instituições.

Total de Alunos do Ensino Superior Graduação e Pós-Graduação, das Instituições do Município de Frederico Westphalen: 4.149 alunos, em 2006. As vagas, para o vestibular de 2007, são 1690 alunos. O Município de Frederico Westphalen sedia as seguintes Instituições de Ensino Superior: Colégio Agrícola de Frederico Westphalen – CAFW, Centro de Educação Superior Norte - RS CESNORS, vinculados à Universidade Federal de Santa Maria – UFSM (federal); Universidade do Rio grande dos Sul – Uergs (estadual); Universidade Regional Integrada do alto Uruguai e das Missões – Câmpus de FW (Privada/Comunitária) essas ofertam cursos presenciais; e a Universidade do Norte do Paraná – UNOPAR ( Privada/ensino à distância) Tais Instituições apresentam como modalidade de acesso o vestibular (CESNORS, URI e UNOPAR), e o SISU ( UERGS e o CAFW, a partir de 2012)

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11.2 DADOS DE CADA INSTITUIÇÃO:

11.2.1 Universidade Estadual Do Rio Grande Do Sul - UERGS A Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (UERGS) – Unidade de Frederico Westphalen está localizada na Rua Nossa Senhora Aparecida, n° 115, Bairro Aparecida. É uma instituição de ensino superior multicampi, pública, foi criada pelo Poder Público Estadual, sob a forma de Fundação Pública de Direito Privado, através da Lei n° 11.646, de 10 de julho de 2001, regendo-se pelas normas próprias das fundações, da Legislação Federal referente às instituições de educação superior, especialmente, na Lei n° 9.394, de 20 de dezembro de 1996 – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, e também pela legislação Estadual no que tange à sua autonomia pedagógica, didática, científica, administrativa e de gestão financeira e patrimonial, sendo a instituição responsável pela gestão das políticas de Estado para o ensino superior.

11.2.2 Universidade Regional Integrada Do Alto Uruguai E Das Missões – Câmpus De Frederico Westphalen URI/FW: A Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões - Câmpus de Frederico Westphalen está localizada na Rua Assis Brasil, 709, Bairro Itapagé. É uma instituição multicampi, comunitária, reconhecida pela Portaria nº 708, de 19 de maio de 1992 e recredenciada pela Portaria MEC, Nº1295/2012, goza de autonomia didático-científica, administrativa e de gestão financeira e patrimonial, obedecendo ao principio de indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão. A URI não tem fins lucrativos e é mantida pela Fundação Regional Integrada (FURI). Desde a sua criação atende às demandas e interesses dos diferentes segmentos sociais e do poder público regional, possibilitando a interiorização da Educação Superior e do Pós-Graduação. a) FESAU/IESAU – URI/FURI Os primeiros anos da década de 70 assistiram ao surgimento da Fundação de Ensino Superior do Alto Uruguai, Mantenedora do Instituto de Ensino Superior do Alto Uruguai, como Instituição Isolada de Ensino Superior, não mais vinculada à UFSM, com o Curso de Letras-Licenciatura de 1º Grau. Intensa foi a luta para promover a nova instituição dos recursos e das condições necessárias para seu pleno funcionamento. O poder público nesta época apoiou a área própria para a 107

Fundação, foram realizadas campanhas para o enriquecimento da biblioteca. São dessa época, os Cursos de Administração e de Letras-Licenciatura Plena. O início da década de 80 marca a consolidação da FESAU/IESAU. Intensificaram-se as atividades de extensão e de prestação de serviços; a Pós- Graduação Lato Sensu inicia sua especial caminhada e implanta-se o Curso de Ciências Contábeis, enfim, fortalece-se cada vez mais o Ensino Superior. A URI está distribuída em 06 Unidades: Câmpus de , Frederico Westphalen, Santo Ângelo, Santiago, Cerro Largo e São Luiz Gonzaga, abrangendo cerca de 114 municípios. b) O Câmpus de Frederico Westphalen em números A URI, atualmente conta com 2.224 alunos da graduação, 272 na pós- graduação. O corpo docente da URI é constituído por 183 docentes ativos, destes 27 doutores e 108 mestres e 166 funcionários técnico-administrativos. Possui em sua infraestrutura um moderno Salão de Atos, Auditório, laboratórios para ensino e pesquisa, salas de aula, biblioteca com um acervo formado por livros, folhetos, periódicos, obras de referência, normas técnicas, trabalhos de conclusão de curso, CD-ROM e vídeos. O acervo é constituído de 83.853 exemplares, correspondendo a diversas áreas do conhecimento. Desenvolve, também, ações de extensão e exerce sua responsabilidade social com atividades que envolvem os acadêmicos e professores dos cursos. Hoje, a URI- Câmpus de FW, tem 23 Cursos de graduação, 12 de Pós- Graduação Lato Sensu e 02 Stricto Sensu, avaliados e reconhecidos pelo MEC.

QUADRO 31- GRADUAÇÃO- URI

GRADUAÇÃO - 2013 Vestibular Vagas Cursos 1ºS 2ºS Totais ADMINISTRAÇÃO X 80 ARQUITETURA E URB X 50 108

CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO X 50 CIÊNCIAS BIOLÓGICAS – BAL X 30 CIÊNCIAS CONTÁBEIS X 60 DIREITO NOTURNO X 20 DIREITO NOTURNO X 120 EDUCAÇÃO FÍSICA X 35 ENFERMAGEM X 30 ENFERMAGEM X 15 ENGENHARIA CIVIL X 50 ENGENHARIA ELÉTRICA X 50 FARMÁCIA X 30 FARMÁCIA X 15 LETRAS INGLÊS X 30 MATEMÁTICA X 30 NUTRIÇÃO X 45 NUTRIÇÃO X 15 PEDAGOGIA X 30 PSICOLOGIA X 30 PSICOLOGIA X 15 QUÍMICA INDUSTRIAL X 30 TECNOLOGIA AGROPECUÁRIA x 40 TOTAL 900

QUADRO 32 - PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU - 2013

Cursos Vagas Pós-Graduação em Docência no Ensino Superior – Especialização 20

Curso de Pós-Graduação em Saúde Mental Coletiva 20

Licenciamento Ambiental 20

Contabilidade e Planejamento Tributário 2ª Edição 20

QUADRO 33 - PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU - 2013 Cursos Vagas Mestrado em educação 16

Mestrado em Letras 15

11.2.3 UNIVERSIDADE NORTE DO PARANÁ – UNOPAR: 109

A Universidade Norte do Paraná UNOPAR – Polo de Frederico Westphalen está localizada à Avenida João Muniz Reis, 1113, Bairro Centro. A UNOPAR está credenciada junto ao MEC para oferta do Ensino a Distância através da Portaria nº 3.496, de 13 de dezembro de 2002. Está presente no Município através da parceria estabelecida com a empresa Local Winner Cursos e Concursos LTDA, inscrita no CNPJ 07.011.514/0001-91, fundada em 23 de setembro de 2004. O modelo de educação ofertado pela UNOPAR no Município promove a inclusão e democratiza o acesso ao ensino superior de qualidade, beneficiando, com isso, cidadãos do município e região. A UNOPAR – Polo de Frederico Westphalen conta hoje com a oferta de 24 Cursos de Graduação, 32 Cursos de Pós-graduação Lato Sensu e mais de 300 cursos livres para atualização e especialização nas mais diversas áreas do conhecimento. Os cursos da UNOPAR são autorizados, avaliados e reconhecidos pelo MEC.

11.2.4 Histórico UFSM/FW- Universidade Federal de Santa Maria na Região Norte do RS- Conforme Dados do Site:

Segundo o Doutor José Mariano da Rocha Filho, a Universidade Federal de Santa Maria é uma instituição de ensino superior público, gratuito e de qualidade há mais de cinquenta anos. Fundada em quatorze de dezembro de mil novecentos e sessenta no Município de Santa Maria, construiu credibilidade e tradição durante seu desenvolvimento. Com 308 Cursos de Graduação e mais de 120 convênios internacionais, a UFSM é a primeira Universidade Brasileira a privilegiar a interiorização de ensino público. Ocupando a 18ª posição no ranking das melhores Universidades do Brasil pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (INEP), segundo dados de dezembro de 2012 e em pleno desenvolvimento, possui cursos, programas e projetos de pesquisa científica nas mais diversas áreas do conhecimento humano, além de oferecer aos estudantes assistência estudantil para atender as necessidades de saúde, transporte e moradia. Atualmente, conta com dez Unidades Universitárias espalhadas pelo Rio Grande do Sul, além de quatro estabelecimentos de educação básica, técnica e tecnológica. Essas Unidades contribuem para o desenvolvimento local nas regiões 110 onde são, estrategicamente implantadas, e recebem alunos de todos os estados do Brasil em busca de aprendizado e qualificação profissional. A ideia de trazer uma Universidade Pública para o interior do Estado sempre foi uma vontade latente na mente de muitas pessoas da região norte do Rio Grande do Sul. Foi por meio deste desejo, de professores estaduais, prefeitos, vereadores e demais personalidades da política local e regional que, no dia 13 de janeiro de 2005 foi realizada a primeira Audiência Pública em menção à instalação de uma extensão da Universidade Federal de Santa Maria para as cidades de Palmeira das Missões e Frederico Westphalen. Estiveram presentes mais de 800 pessoas para ouvir o deferimento da palavra pelo então Ministro da Educação, Tarso Genro, e o palco da audiência foi o Colégio Agrícola de Frederico Westphalen (CAFW) que, por sua vez, também é uma instituição da UFSM. Nesta ocasião, portanto, estava, oficialmente, aprovada a instalação de uma extensão da Universidade Federal de Santa Maria na região norte do RS. A partir da confirmação da vinda de uma Universidade Pública para a região, o Reitor da UFSM na época, Paulo Jorge Sarkis, designou, no dia 28 de fevereiro de 2005, um grupo de pessoas que elaboraria o Projeto de Instalação dos dois novos Campi da UFSM. Este projeto previa todas as medidas necessárias para o início da construção das estruturas para que acontecesse, de fato e de maneira mais rápida, a efetivação dos dois campi. Em dezembro do mesmo ano, o presidente da República, Luis Inácio Lula da Silva, assinava um contrato que estabelecia um convênio entre o Governo Federal e a UFSM que permitia o repasse de recursos da União para o início das obras. O próximo passo, após muitas reuniões e mobilização da comunidade local, foi o de decidir quais cursos viriam para o Campus. Foi combinado que viriam seis cursos distribuídos entre as duas extensões da UFSM: Agronomia, Engenharia Florestal e Jornalismo foram as graduações designadas para a cidade de Frederico Westphalen, e Enfermagem, Administração e Zootecnia para Palmeira das Missões. No ano seguinte, foram liberados aproximadamente R$ 10 milhões, para as obras de infraestrutura dos prédios da extensão. No mês de março já estavam abertas as inscrições para o primeiro vestibular do CESNORS, nome dado às duas extensões da UFSM no norte do RS. Ao todo, foram abertas 351 vagas para os novos estudantes da Universidade. Em junho, foi realizado o vestibular e, em outubro, os alunos que haviam sido aprovados, já começavam a compor o núcleo de 111 estudantes da UFSM de Frederico Westphalen e Palmeira das Missões, com o início do primeiro semestre letivo nos dois Campi. Em outubro, já com professores e alunos desenvolvendo plenas atividades acadêmicas, o presente Reitor da UFSM, Clóvis Lima, nomeia a primeira direção do Centro: Genésio Mario da Rosa seria o diretor da extensão e trabalharia juntamente com os coordenadores dos seis cursos. Em julho de 2007, foram oficialmente inaugurados os primeiros prédios da UFSM Frederico Westphalen e Palmeira das Missões. Atualmente, o Centro conta com treze Cursos de Graduação, divididos entre os dois Campus e, também, dispõe de dois Cursos de Pós-Graduação, sendo um em Agronomia - Agricultura e Ambiente e outro em Gestão de Organização Pública em Saúde, além de um Curso de Graduação a distância, em Administração Pública.

QUADRO 34 - DE SERVIDORES E ALUNOS - UFSM/CESNORS-RS-2014

SERVIDORES PÚBLICOS TERCERIZADOS ALUNOS Carreira Docente 80 PROFESSORES - - Carreira-Técnica- 40 TÉCNICOS - - Administrativa VIGILARE(Vigilância) - 10 - Sulclean(Manutenção e - 26 - Limpeza) Total de alunos matriculados - - 1.044 alunos

Fonte: Direção/2014

11.2.4 Dados conforme site do Colégio Agrícola - CAFW a) Curso Superior de Tecnologia em Sistemas para Internet

O profissional formado pelo Curso Superior de Tecnologia em Sistemas para Internet, do Colégio Agrícola de Frederico Westphalen, é educado para projetar, implementar, gerenciar e dar manutenção de sistemas de acesso à Internet em empresas de quaisquer áreas que incluam Tecnologia da Informação em seus processos produtivos e de gestão, atento ao caráter ecológico, social e ético.

O Curso prepara um profissional com conhecimento para a área da Web e, também, 112 capacita para a constante atualização com as novas tecnologias afins.

Titulação: Tecnólogo em Sistemas para Internet.

Duração: 6 Semestres.

c) Curso Superior de Tecnologia em Alimentos

O Curso Superior de Tecnologia em Alimentos do Colégio Agrícola de Frederico Westphalen tem como objetivo formar profissionais de nível superior na área de alimentos que sejam capazes de produzir matérias-primas de qualidade, processar e elaborar alimentos de acordo com os requisitos higiênico-sanitários e a legislação em vigor, além de serem capazes de realizar análises de controle de qualidade, de gerirem os empreendimentos agroindustriais e de trabalharem pelo desenvolvimento do setor de alimentos.

O Curso Superior de Tecnologia em Alimentos possui o objetivo de capacitar estudantes para o desenvolvimento de competências profissionais que se traduzam na aplicação, no desenvolvimento (pesquisa aplicada e inovação tecnológica) e na difusão de tecnologias, na gestão de processos de produção de bens e serviços e na criação de condições para articular, mobilizar e colocar em ação conhecimentos, habilidades, valores e atitudes para responder, de forma original e criativa, com eficiência e eficácia, aos desafios e requerimentos do mundo do trabalho.

Titulação: Tecnólogo em Alimentos.

Carga Horária: 2 790 horas.

11.3 QUADROS DO NÚMERO DE VAGAS DO ENSINO SUPERIOR POR INSTITUIÇÃO:

12.3.1 Universidade Estadual do Rio Grande do Sul – UERGS – Unidade de Frederico Westphalen

QUADRO – 35 - Dados de 2010 - UERGS Cursos N° de vagas

Curso de Tecnologia em Fruticultura 40 113

Curso de Administração: Gestão Pública 40

Fonte: Direção da Instituição

QUADRO – 35.1 - Dados de 2011 - UERGS Universidade Estadual do Rio Grande do Sul – UERGS – Unidade de Frederico Westphalen

Cursos N° de alunos N° de vagas

Curso de Administração: Gestão Pública 58 80

Fonte: Direção da Instituição

QUADRO – 35.2 - Dados de 2012 - UERGS Universidade Estadual do Rio Grande do Sul – UERGS – Unidade de Frederico Westphalen

Cursos N° de alunos N° de vagas

Curso de Administração: Gestão Pública 94 120

Fonte: Dados Secretaria Geral

11.3.2 URI – CÂMPUS DE FW

QUADRO – 36 - DADOS DE 2010- URI- FW Vestibular Vagas Cursos 1ºS 2ºS Totais Administração X 120 Ciência da Computação X 50 Ciências Biológicas-Licenc. X 35 Ciências Contábeis X 60 Direito (Noturno) X 60 Direito (Noturno) X 60 Educação Física-Licenc.(Diurno) X 45 Enfermagem X 40 Farmácia X 40 Letras- Português/Espanhol X 20 Letras- Português/Inglês X 20 Nutrição X 45 114

Pedagogia X 40 Psicologia X 40 Química Industrial X 40 Serviço Social X 40 Cur Super.de Tecn. em Agronegócio X 40 TOTAL 795

2011 Vestibular Vagas Cursos 1ºS 2ºS Totais Administração X 100 Ciência da Computação X 50 Ciências Biológicas-Licenc. X 35 Ciências Contábeis X 60 Direito (Noturno) X 60 Direito (Noturno) X 60 Educação Física-Licenc.(Diurno) X 45 Enfermagem X 40 Farmácia X 40 Filosofia Licenciatura X 20 Filosofia Bacharel X 20 Matemática X 30 Nutrição X 45 Pedagogia X 40 Psicologia X 40 Química Industrial X 40 Serviço Social X 30 Cur Super.de Tecn. em Agronegócio X 40 Cur Super.de Tecn. Em Gestão Pública X 40 TOTAL 835 2012 Vestibular Vagas Cursos 1ºS 2ºS Totais Administração X 80 Ciência da Computação X 50 Ciências Biológicas-Licenc. X 30 Ciências Contábeis X 60 Direito (Noturno) X 120 Direito (Noturno) X 60 115

Educação Física-Licenc.(Diurno) X 35 Enfermagem X 30 Farmácia X 30 Filosofia Bacharel X 25 Filosofia Licenciatura X 30 Matemática X 30 Nutrição X 45 Pedagogia X 30 Psicologia X 30 Química Industrial X 30 Serviço Social X 30 Cur Super.de Tecn. em Agronegócio X 40 Tecnologia em Gestão Pública X 40 TOTAL 825 QUADRO- 36.1 - Curso de Pós-Graduação – Lato Sensu -2010-2012-URI Fonte: Secretaria Geral- F.W. Curso vagas

Especialização em Psicologia Clínica Ampliada 20

Especialização em Educação Especial - Ênfase em Deficiências Múltiplas 20

Aperfeiçoamento Docência no Ensino Superior 20

Aperfeiçoamento em Ciências Ambientais - Ênfase em conservação da 20 Biodiversidade

Especialização em Bovinocultura de Leite 20

Especialização em Psicopedagogia 20

Aperfeiçoamento em Docência no Ensino Superior 25

Especialização em Gestão Empresarial 20

Especialização em Controladoria 25

Especialização em Análise Clínicas e Toxicológicas 20

Especialização em Saúde Mental Coletiva 20

Especialização em Gestão e Direito Empresarial 30

Especialização em Língua e Cultura Inglesa 20 116

Especialização em Aspectos Teóricos e Metodológicos da Perícia Social 20

Especialização em Contabilidade e Planejamento Tributário 25

Especialização em Marketing, Comunicação e Branding 20

Especialização em Desenvolvimento Rural e Agricultura Familiar 25

QUADRO 36.2 - Dados da Pós-graduação Stricto Sensu- 2010 – 2012- F.W.

Curso 2010 /vagas 2011/vagas 2012/vagas

Mestrado em Letras 15 15 15

Mestrado em - 16 16 Educação

11.3.3 QUADRO DE VAGAS DO ENSINO SUPERIOR - UNOPAR – Universidade Norte do Paraná QUADRO 37- DADOS 2010 – UNOPAR- F.W. VESTIBULAR VAGAS Cursos 1ºS 2ºS TOTAIS Administração 100 50 150 Ciências Contábeis 50 50 100 Pedagogia 50 50 100 Serviço Social 50 - 50 Superior de Tecnologia em Análise e Desenvolvimento de Sistemas 50 - 50 Superior de Tecnologia em Gestão Ambiental 50 50 100 Superior de Tecnologia em Gestão de Recursos Humanos 50 - 50 Superior de Tecnologia em Marketing 50 - 50 TOTAL 450 200 650 Fonte: Secretaria do Pólo

117

QUADRO 37.1 - DADOS DA UNOPAR – F.W. - 2011 VESTIBULAR VAGAS Cursos 1ºS 2ºS TOTAIS Administração 100 50 150 Ciências Contábeis 50 - 50 História 50 - 50 Pedagogia 50 50 100 Serviço Social 50 - 50 Superior de Tecnologia em Análise e Desenvolvimento de Sistemas 50 - 50 Superior de Tecnologia em Gestão de Recursos Humanos 50 - 50 Superior de Tecnologia em Gestão Hospitalar 50 50 100 Superior de Tecnologia em Processos Gerenciais 50 50 100 TOTAL 500 200 700 Fonte: Secretaria do Polo QUADRO 37.2 - DADOS - UNOPAR - 2012 VESTIBULAR VAGAS Cursos 1ºS 2ºS TOTAIS Administração 100 50 150 Ciências Contábeis 50 - 50 História 50 - 50 Pedagogia 50 50 100 Serviço Social 50 - 50 Superior de Tecnologia em Análise e Desenvolvimento de Sistemas 50 50 100 Superior de Tecnologia em Gestão Ambiental 50 50 100 Superior de Tecnologia em Marketing 50 50 100 TOTAL 450 250 700 Fonte: Secretaria do Polo

QUADRO 37.3 - QUADRO DE VAGAS DA PÓS-GRADUAÇÃO UNOPAR - 2010-2012

2010 E 2011 – MODALIDADE SEMI-PRESENCIAL

MBA Em Finanças Empresariais E Bancos 50 118

Especialização Em Direito Ambiental 50 Especialização Em Direito Previdenciário 50 Especialização Em Gestão, Licenciamento E Auditoria Ambiental 50 Especialização Em História Social 50 Gestão e Organização da Escola 50 Direito Ambiental 50 Psicopedagogia Institucional 50 2012 – Modalidade Web (vagas na rede/variável) Especialização Em Contabilidade, Perícia E Auditoria Web MBA Em Gestão De Pessoas Web Especialização Em Desenvolvimento De Aplicações Web Baseadas Na Tecnologia Java Web Especialização Em Gestão Social: Políticas Públicas, Redes e Defesa De Direitos Web Especialização Em Contabilidade, Perícia E Auditoria Web Especialização Em Direito Do Trabalho Web Especialização Em Docência Do Ensino Superior Web Especialização Em Educação A Distância Web Especialização Em Educação Especial Inclusiva Web Especialização Em Esporte Para Portadores De Necessidades Especiais Web Especialização Em Gestão E Organização Da Escola Web Especialização Em Gestão Social: Políticas Públicas, Redes E Defesa De Direitos Web Especialização Em Gestão, Licenciamento E Auditoria Ambiental Web Especialização Em Personal Training Web Especialização Em Psicopedagogia Institucional Web Especialização Em Saúde E Bem-Estar Web Especialização Em Saúde Pública Web Especialização Em Tecnologias Para Aplicações Web Web MBA Em Gestão Financeira Web MBA Em Gestão Pública Web MBA Em Gestão De Pessoas Web MBA Em Marketing Web MBA Executivo Em Negócios Web Fonte: Secretaria do Polo

11.3.4 QUADRO – 38 - VAGAS DO ENSINO SUPERIOR - UFSM/FW

QUADRO DA Nº DISCRIMINAÇÃO CESNORS CURSOS 06 Agronomia, Engenharia Ambiental, Engenharia Florestal, Comunicação Social Habilitação em Jornalismo, Comunicação Social Habilitação em Relações Públicas 119

Multimídia, Sistemas de Informação. PROFESSORES 79 - ALUNOS 1040 - TÉCNICO- 44 - ADMINISTRATIVO FUNCIONÁRIOS 38 - TERCEIRIZADOS PÓS- 01 Agronomia – Agricultura e Ambiente GRADUAÇÃO FONTE: CESNORS, 2013 TABELAS 17 – META 12 BRASIL DO PNE Meta Brasil: 50% Taxa de escolarização bruta na educação Meta 12 do PNE - Indicador 12A superior da população de 18 a 24 anos. Brasil 28,7 Sul 34,5 Rio Grande do Sul 36,7 Fonte: IBGE/Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) -2012

Meta Brasil: 33% Taxa de escolarização líquida ajustada na Meta 12 do PNE - Indicador 12B educação superior da população de 18 a 24 anos. Brasil 18,7 % Sul 25,0 % Rio Grande do Sul 22,6 % Noroeste Rio-Grandense 0,0 % Frederico Westphalen 0,0 Fonte: IBGE/Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) -2012

Meta Brasil: 75% Percentual de funções docentes na Meta 13 do PNE - Indicador13A educação superior com mestrado ou doutorado. Brasil 69,5 % Sul 73,9 % Rio Grande do Sul 82,3 % Fonte: INEP/Censo da Educação Superior - 2012

Meta Brasil: 35% Percentual de funções docentes na Meta 13 do PNE - Indicador 13B educação superior com doutorado. 120

Brasil 32,1% Sul 32,85% Rio Grande do Sul 39,8 % Fonte: INEP/Censo da Educação Superior - 2012

Meta Brasil: 60.000 títulos - Número de títulos de mestrado Meta 14 do PNE - Indicador 14A concedidos por ano Brasil 47.138 Sul 8.936 Rio Grande do Sul 3.898 Fonte: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) – 2012

Meta Brasil: 25.000 títulos Número de títulos de doutorado Meta 14 do PNE - Indicador 14B concedidos por ano. Brasil - 25.000 títulos 13.912 Sul -25.000 títulos 2.254 Rio Grande do Sul -25.000 títulos 1.237 Fonte: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) – 2012

11.4 Diretrizes

A Educação Superior está embasada nos princípios do pluralismo, da solidariedade, da autonomia, da liberdade e da ética. Para servir como fator de integração nacional e desenvolvimento, considera especificidades locais, regionais e estaduais, nos âmbitos econômicos, político, tecnológico, científico, social, ambiental, cultural e educacional. Além disso, a educação superior contempla com a formação profissional, humana e cidadã, relacionada ao mundo do trabalho, do empreendedorismo e da melhor qualidade de vida da população regional. Deve ser tarefa da Educação Superior viabilizar novas modalidades de educação e de formação inicial e continuada, bem como a expansão das já existentes, especialmente no que diz respeito à qualificação e à valorização dos profissionais de educação, através do fortalecimento e da criação de pólos de inovação tecnológica. Para tanto, é necessária a expansão de vagas no Ensino Superior, em especial no ensino tecnológico, em decorrência do aumento acelerado de egressos do Ensino Médio, inclusive com recursos aos alunos carentes.

121

11.4.1 Dados conforme o site do Colégio Agrícola- CAFW O Colégio Agrícola de Frederico Westphalen localiza-se no km 40 da BR 386, no sentido Iraí - Seberi , distante nove quilômetros do centro de Frederico Westphalen. CAFW - Colégio Agrícola de Frederico Linha 7 de Setembro S/N Westphalen Caixa Postal: 54 BR 386, Km 40 98400-000, Frederico Westphalen, RS Frederico Westphalen, Rio Grande do Sul Brasil Brasil Fonte: Site CAFW-2012/2013

12. FORMAÇÃO DE PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO E VALORIZAÇÃO DO MAGISTÉRIO

12.1 Diagnóstico:

A formação e valorização do Magistério é uma forma de assegurar o acesso a oportunidades de exercício da cidadania, bem como à melhoria da qualidade de ensino. A valorização do Magistério parte da caracterização do papel dos profissionais na Comunidade escolar, em condições adequadas de trabalho e no reconhecimento do comprometimento dos educadores com sua função social. Neste sentido, o professor é pensado além das reivindicações sindicais, justas. E assim é, porque não se pode medir o tempo sagrado que dispensa a uma educação de qualidade, como tarefa indispensável para que, acima de tudo, reconheça seu valor como partícipe, como autor e ator da história da educação local. Na essência, a valorização do professor é obtida por meio de uma política global de magistério, que implica, simultaneamente: a formação profissional inicial, as condições de trabalho, salário e carreira e a formação continuada. A adequação do Plano de Carreira do Magistério Municipal – Lei nº 2.690/02 à legislação nacional vigente, a garantia de continuidade e aperfeiçoamento das 122

Políticas da Valorização, da formação continuada de professores e servidores em serviço, a otimização do gerenciamento de pessoal, a discussão para viabilizar o financiamento da educação e o ingresso por concurso público, são estratégias do Município para a qualificação e a valorização de seus profissionais da educação, tendo, na Resolução nº 3, do CNE de 08/10/1997 – que Fixa Diretrizes para o Plano de Carreira e a Renumeração para o Magistério, o fundamento legal. O magistério municipal distribui-se em Níveis, Modalidades e Classes, como registram os Quadros 46, 47 e 48:

QUADRO 39 – PROFESSOR I – REGIME 20 HORAS (EDUCAÇÃO INFANTIL E SÉRIES INICIAIS) – 2006.

NÍVEIS ESPECIAL 1 1 2 3 Normal – Licenciatura Pós-Graduação Mestrado e CLASSES Ensino Médio Plena Doutorado A 20 06 07 -- B 06 01 05 -- C ------D ------E ------F ------Total 26 07 12 -- Fonte: SMEC/FW, 2006. QUADRO 40 - PROFESSOR II – REGIME 20 HORAS – 2006. NÍVEIS ESPECIAL 1 1 2 3 Normal – Licenciatura Pós-Graduação Mestrado e CLASSES Ensino Médio Plena Doutorado A 07 01 08 -- B 02 03 06 -- C 01 03 03 -- D 01 04 23 -- E -- 02 08 -- F 01 03 01 -- Total 12 16 49 -- Fonte: SMEC/FW, 2006. 123

QUADRO 41- PROFESSOR III – REGIME 20 HORAS (SÉRIES FINAIS) – 2006. NÍVEIS ESPECIAL 1 1 2 3 Normal – Licenciatura Pós-Graduação Mestrado e CLASSES Ensino Médio Plena Doutorado A -- 02 07 01 B -- 02 13 01 C -- 02 02 -- D -- 02 17 -- E -- 05 01 F -- -- 01 -- Total -- 08 45 03 Fonte: SMEC/FW, 2006.

Quanto ao nível de habilitação, o Município tem em seu corpo docente: a) Professor I: 25,84%, Professor II: 43,26% e Professor III: 37,16%. b) Quanto aos níveis- Especial 1: 21,34%, nível 1: 17,41%, nível 2: 59,55% e nível 3: 1,73%. c) 33,14% dos integrantes do plano de carreira do magistério integram a classe A, 0,57% a classe B, 21,91% a classe C, 26,43% a classe D, 8,98% a classe E, e 2,80% a classe F.

QUADRO 42- PROFESSOR I – REGIME 20 HORAS (EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS) – 2013.

NÍVEIS Normal – % Licenciat % Pós- % Mestrado e Ensino ura Graduação Doutorado Médio Plena Número de 06 - 24 - 142 - -- professores Total 06 3,48% 24 13,95% 142 82,55% - Fonte: SMEC/FW, 2013. QUADRO 43 - PROFESSOR III – REGIME 20 HORAS ( ANOS FINAIS) – 2013. 124

NÍVEIS Normal – Licenciatu % Pós- % Mestrado % Ensino ra Plena Graduaçã e Médio o Doutorado NÚMEROS DE - 04 - 74 - 05 - PROFESSORES Total - 04 4,81% 74 89,15% 05 6,02% Fonte: SMEC/FW, 2013.

Atualmente, a maioria dos Profissionais da Educação possui Pós – Graduação, sendo 82,55% na Educação Infantil e Anos Iniciais e 89,15% nos Anos Finais. O percentual com formação em Licenciatura Plena: 13,95% na Educação Infantil e Anos Iniciais e nos Anos Finais 4,81%. O número é reduzido dos que possuem Mestrado, sendo apenas 6,02%, nos Anos Finais. Apesar de a Lei permitir atuar na Educação Infantil e Anos Iniciais, existem 3,48% que possuem o Ensino Médio – Normal ou Magistério.

QUADRO 44 - PLANO DE CARREIRA DO MAGISTÉRIO PÚBLICO MUNICIPAL – 2006 – TITULAÇÃO/MATRÍCULA E PERCENTUAL. TITULAÇÃO QUANTIDADE DE PERCENTUAL % MATRÍCULAS Ensino Médio, modalidade Normal - Especial 1 35 19,6629 Licenciatura Plena – Nível 1 34 19,1011 Pós-Graduação 106 59,5506 Mestrado/Doutorado 03 1,6854 TOTAIS 178 100,0000 Fonte: Secretaria Municipal da Educação, 2006.

QUADRO 45 - PLANO DE CARREIRA DO MAGISTÉRIO PÚBLICO MUNICIPAL – 2013 – TITULAÇÃO/MATRÍCULA E PERCENTUAL.

TITULAÇÃO QUANTIDADE DE PERCENTUAL % MATRÍCULAS Ensino Médio, modalidade Normal - Especial 1 06 2,35% 125

Licenciatura Plena – Nível 1 28 10,98% Pós-Graduação 216 84,70% Mestrado/Doutorado 05 1,96% TOTAIS 255 100% Fonte: Secretaria Municipal da Educação, 2013.

TABELAS 18 – META 16- BRASIL DO PNE Meta Brasil: 50% Percentual de professores da educação Meta 16 do PNE - Indicador 16 básica com pós-graduação lato sensu ou stricto sensu. Brasil -50% 30,2 % Sul – 50% 48,7 % Rio Grande do Sul – 50% 38,1 % Noroeste Rio-Grandense- 50% 48,7 % Frederico Westphalen – 50% 61,5 % Fonte: INEP/ Censo Escolar da Educação Básica – 2013

Meta Brasil: 100% Razão entre salários dos professores da Meta 17 do PNE - Indicador 17 educação básica, na rede pública (não federal), e não professores, com escolaridade equivalente. Brasil 74,3 % Sul 80,6 % Rio Grande do Sul 81,8 % Fonte: INEP/ Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) - 2012

12.2 Diretrizes: O Município acompanha a Educação no contexto mundial e nacional. Por isso, entre outros, segue os Relatórios da UNESCO sobre a Educação: de 1972, o “Aprender a Ser” e de 1998, “Educação – Um Tesouro a Descobrir”. Sob o primeiro, vivencia, par a par, Educação Permanente e a condição de Cidade Educativa, assim considerado pela prioridade com que trata a Educação. Do segundo, firma a Educação nos quatro Pilares para a Educação para o Século XXI: Aprender a Conhecer, Aprender a Fazer, Aprender a Conviver e Aprender a Ser, descritos no item 7.2. Essa maneira tão especial de tratar a Educação – Formal, nas Instituições Escolares, ou Não–Formal -, em outras Instituições (Pastorais, Igrejas, Sindicatos, Ongs e Instituições Assistenciais) assegura ao Município atuar sob a Filosofia das 126

Cidades Educadoras, que é um movimento mundial, iniciado em 1990, na Espanha, reconhecendo e incentivando os professores, os pais e todo o cidadão, a serem educadores sociais, verdadeiros atores indispensáveis para, pela via da educação e da cidadania participativa, ajudarem a construir, em Frederico Westphalen, uma sociedade mais justa, solidária, fraterna e feliz. É assim que, por ter características e potencial, no futuro, Frederico Westphalen, poderá construir um Projeto de Cidade Educadora, associando-se à AICE – Associação Internacional de Cidades Educadoras, permutando os seus projetos com os de numerosas cidades e países.

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EIXO I - EDUCAÇÃO INFANTIL

META 1 PNE: Universalizar, até 2016, a educação infantil na pré-escola para as crianças de 4 (quatro) a 5 (cinco) anos de idade e ampliar a oferta de educação infantil em creches de forma a atender, no mínimo, 50% (cinquenta por cento) das crianças de até 3 (três) anos até o final da vigência deste PNE.

Meta 1 PEE- RS : universalizar, até 2016, a educação infantil na pré-escola para as crianças de 4 (quatro) a 5 (cinco) anos de idade em todos os municípios e ampliar a oferta de educação infantil em creches de forma a atender, no mínimo, 50% (cinquenta por cento) das crianças de até 3 (três) anos até o final da vigência deste PEE-RS, ampliando o percentual na faixa etária da creche nos municípios onde a meta do PNE já estiver alcançada, conforme os PMEs.

Meta 1 PME: universalizar, até 2016, a educação infantil na pré-escola para as crianças de 04 (quatro) a 05 (cinco) anos de idade e ampliar a oferta de educação infantil em creches de forma a atender, no mínimo, 70%( setenta por cento) das crianças de até 03 (três) anos até o final da vigência deste PME

Estratégias: 1.1 Ampliar a oferta de Educação Infantil de forma a atender, em 04 anos, 30% das crianças de 0 a 03 anos de idade e 100% das crianças de 04 e 05 anos e, até o final da década, 80% das crianças referidas; 1.1.1 Ampliar/criar o espaço físico especialmente para crianças de 04 a 05 anos. Construir maiores centros de educação, por maior pedido de crianças de 0 a 03 anos; 1.2 Promover o desenvolvimento integral da criança em seus aspectos afetivo, físico, moral, religioso e social, incentivando a criatividade, a autonomia, as relações de respeito e de solidariedade a partir dos valores humanos complementando, assim, a ação da família; 1.3 Unificar diretrizes político-pedagógicas, integrar as necessidades da Educação Infantil, em nível estadual e municipal, embasados em diagnósticos; 128

1.4 Manter na Secretaria da Educação e Cultura pessoal capacitado, veículos, materiais, máquinas e equipamentos, móveis e utensílios, serviços, informatização e atualizado sistema de informação do banco de dados de indicadores relacionados à Educação Infantil( taxas de natalidade e outros); 1.5 Promover, anualmente, cursos, seminários, encontros e palestras para os professores municipais, com vistas a otimizar o desempenho de suas funções e melhoria contínua da prática pedagógica; 1.5.1 Promover sim a formação, porém respeitando a carga horária do trabalho. Atender bem aos nossos alunos e aos professores; 1.6 Oportunizar vagas nas Escolas de Educação Infantil, recenseando anualmente, a população desta etapa da educação, em parceria com agentes de saúde, PIM – Programa Primeira Infância Melhor e outros; 1.7 Assegurar que a proposta pedagógica das Escolas de Educação Infantil contemple o educar, o cuidar, o brincar, buscando uma Educação de qualidade. Incentivar a participação dos pais e responsáveis nas atividades escolares, sendo presença na Escola e em outros espaços; 1.8 Manter a oferta de atendimento em tempo integral às crianças de 0 a 03 anos; 1.9 Buscar os mecanismos de colaboração entre as áreas da educação, saúde, assistência social na manutenção, expansão, integração, controle e avaliação do atendimento da Educação Infantil, com participação de especialistas, tais como: dentistas, fonoaudiólogos, psicólogos, nutricionistas e assistentes sociais; 1.10 Adequar as escolas às características das crianças portadoras de necessidades especiais; 1.10.1 Adequar as escolas com as características das crianças com deficiência físicas, intelectual ou múltiplas; 1.11 Ampliar, em colaboração com a União e o Estado, a rede de escolas de educação infantil, mantidas pelo poder público, pela definição de metas plurianuais, segundo padrão nacional de qualidade compatível com as peculiaridades locais; 1.12 Articular formas para a garantia de um planejamento financeiro, em longo prazo e percentual de aplicação anual, dos entes federados na construção e manutenção das escolas infantis públicas, respeitando as deliberações da comunidade escolar e assegurando a fiscalização por meio dos Conselhos Escolares; 129

1.13 Participar do programa nacional de reestruturação e aquisição de equipamentos para as escolas de educação infantil mantidas pelo poder público, voltado à expansão e à melhoria da rede física de creches e pré-escolas; 1.14 Estabelecer mecanismos e espaços de participação da comunidade e de profissionais da educação para indicar aspectos relevantes a serem observados nos projetos arquitetônicos das escolas de educação infantil, segundo as características e as peculiaridades dos zoneamentos, contemplando a acessibilidade; 1.15 Avaliar a educação infantil, observando a realidade do Município, levando em consideração a infraestrutura física, a formação e quadro dos profissionais, os recursos pedagógicos e de acessibilidade, a fim de aferir os investimentos aplicados; 1.16 Articular a oferta de matrículas gratuitas na educação infantil, em creches certificadas como entidades filantrópicas de assistência social na área de educação com a expansão da oferta na rede escolar pública e criar novas possibilidades de atendimento; 1.17 Estimular a articulação entre Programas de Graduação, Pós Graduação e Cursos de Formação Continuada para os profissionais da educação infantil, de modo a garantir a construção de currículos capazes de incorporar os avanços das ciências no atendimento do público alvo; 1.18 Elaborar e efetivar planejamentos em consonância com a proposta pedagógica que defende os princípios de inclusão, democratização e parceria entre a família e a escola; 1.19 Manter atualizados os Projetos Pedagógicos das escolas, conforme estabelecido nas orientações curriculares que consideram os direitos, as necessidades específicas da faixa etária atendida e tenham em vista a necessária integração com o ensino fundamental; 1.20 Assegurar, conforme determinação da legislação vigente, condições para o atendimento à pré-escola da zona urbana e rural, com infraestrutura, equipamentos adequados e de assessoria preventiva, ampliando progressivamente o número de profissionais; 1.21 Garantir a manutenção e expansão dos programas de formação continuada dos profissionais que atuam na educação infantil, desde que seja organizada dentro da carga horária do professor; 130

1.22 Viabilizar, junto às instituições de ensino, cursos que contemplem a práxis na educação infantil, promovendo maior eficiência e eficácia na atuação dos profissionais que trabalham com crianças de 0 a 05 anos de idade; 1.23 Assegurar e revisar os padrões de infraestrutura da legislação em vigor, com a participação da equipe pedagógica da escola, no prazo de 04 anos, visando a garantir o atendimento às especificidades das faixas etárias atendidas nas instituições de Educação Infantil: (creches e pré-escolas), no que se refere: a) espaço interno, com iluminação, ventilação, rede elétrica, segurança e visão para o espaço externo; b) instalações para preparo e/ou serviço de alimentação; c) instalações sanitárias e para higiene pessoal das crianças; d) mobiliário, equipamentos, materiais pedagógicos, ambiente interno e externo para o desenvolvimento de atividades conforme as diretrizes curriculares da educação infantil; 1.24 Oferecer, manter e ampliar a oferta de alimentação escolar para as crianças atendidas na educação infantil, nos estabelecimentos públicos e conveniados, por meio de colaboração financeira da União, do Estado (convênios) e do Município; 1.25 Garantir que os recursos destinados à Educação Especial, na Rede Pública, assegurem a manutenção e ampliação dos programas e serviços destinados aos alunos com deficiência e uma formação específica aos educadores para crianças com necessidades especiais ou o suporte de um profissional capacitado na área; 1.26 Fazer uma previsão orçamentária, segundo Planos Plurianuais da educação, garantindo a execução de cursos de formação, produção e aquisição de materiais de apoio às escolas e aos professores, versando sobre temas: preconceito, diversidade sexual, questões étnico-racial, dentre outros.

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EIXO II – ENSINO FUNDAMENTAL

META 2 PNE: Universalizar o ensino fundamental de 09 (nove) anos para toda a população de 05 (cinco) a 14 (quatorze) anos e garantir que pelo menos 95% (noventa e cinco por cento) dos alunos concluam essa etapa na idade recomendada, até o último ano de vigência deste PNE. Meta 2 PEE - RS: universalizar o Ensino Fundamental de 9 (nove) anos para toda a população de 6 (seis) a 14 (quatorze) anos e garantir que no mínimo 80% (oitenta por cento) dos estudantes concluam essa etapa na idade recomendada até 2019 e pelo menos 95% (noventa e cinco por cento) dos alunos, até o último ano de vigência deste PEE-RS.

Meta 2 PME: universalizar, em regime de colaboração com o Estado, o ensino fundamental de 9 (nove) anos para toda a população de 6 (seis) a 14 (quatorze) anos e garantir que pelo menos 90%( noventa por cento) dos alunos concluam essa etapa na idade recomendada, até o último ano de vigência deste PME.

Estratégias: 2.1 Efetivar e criar mecanismos para o acompanhamento individual de cada estudante do Ensino Fundamental; 2.2 Manter e garantir os programas de atendimento aos alunos com dificuldades de alfabetização, por meio da instituição de quadro de profissionais específicos e qualificados para este fim; 2.3 Organizar e oferecer, por meio das mantenedoras, equipes multidisciplinares para atuar nas escolas como rede de apoio, com carga horária adequada às necessidades de cada comunidade escolar; 2.4 Organizar e promover integração entre o Conselho Tutelar, Secretaria Municipal da Saúde (SMS), Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), Secretaria Municipal de Assistência Social, Ministério Público, Agentes de Saúde, Secretaria Municipal de Educação e Cultura e escolas para agilizar os encaminhamentos, quando há negligência familiar, para busca ativa de crianças fora da escola, 132 responsabilizando a instituição familiar, inclusive penalmente, dependendo da situação; 2.5 Implementar e agilizar, após o encaminhamento da escola, os alunos com necessidades de atendimentos, a atuação dos órgãos competentes, para a inclusão e permanência escolar, bem como responsabilizar os pais ou responsáveis quanto à infrequência dos alunos junto às RAEs, Rede Mãe e Rede Filha da Ficha FICAI; 2.6 Implementar políticas para a identificação e superação das formas de violência física, moral e simbólica na escola, inclusive nos conteúdos e práticas pedagógicas, favorecendo a criação de uma cultura de paz em um ambiente dotado de segurança para a comunidade escolar; 2.6.1 Implementação de um programa de mediação escolar com a participação de todos os segmentos da comunidade escolar: pais, professores, funcionários e alunos com a finalidade de resolver os conflitos; 2.7 Organizar e manter transporte escolar para o estudante do campo e o respectivo financiamento, mediante licitação de serviços; 2.8 Implementar e participar do programa nacional de reestruturação e aquisição de equipamentos para escolas do campo, bem como produção de material didático e de formação de professores com especial atenção às classes multisseriadas, incentivando a permanência do aluno no meio rural; 2.9 Assegurar condições de aprendizagem, a todos os alunos, mediante: a) aumento do tempo de permanência na escola para aulas de reforço; b) providências de acompanhamento, quando detectadas as necessidades de reforço; c) oferta de material didático adequado para os alunos da rede, de acordo com a necessidade da escola, determinada pelos seus integrantes; d)equipe multidisciplinar (psicólogo, assistente social, fonoaudiólogo, psicopedagogo) para dar apoio à inclusão do aluno com deficiência; e) oferta de Atendimento Educacional Especializado-AEE para todas as escolas, com adequação da estrutura física, professor especializado, e condições materiais adequadas; 2.10 Oferecer e garantir, na medida do possível, o acesso aos anos iniciais do Ensino Fundamental para as populações do campo nas próprias comunidades rurais ou escolas polos; 133

2.11 Normatizar em âmbito municipal, a organização do trabalho pedagógico e do calendário escolar, de acordo com a realidade local e características regionais, em consonância com o Calendário Escolar da Rede Estadual; 2.12 Oportunizar aos estudantes a participação em programas, mediante parcerias com a esfera federal e estadual de ensino extracurricular, disponibilizando espaços em escolas e/ou outros núcleos profissionais, para o ensino e práticas de atividades culturais; 2.13 Dar continuidade às práticas desportivas, através de projetos, incentivando a construção de centros esportivos, em pontos estratégicos da cidade e nas escolas, visando ao desenvolvimento das potencialidades físicas nas diferentes modalidades esportivas; 2.14 Ampliar e proporcionar a prática da Arte, do esporte e do lazer nas escolas das redes pública e privada, adequando espaços para tais atividades, bem como laboratórios e salas de recursos multifuncionais; 2.15 Universalizar o acesso à rede mundial de computadores em banda larga de alta velocidade e aumentar a relação computadores/estudantes nas escolas da rede pública de educação básica, por meio da capacitação dos professores e do acompanhamento de profissionais da área, garantindo equipamentos em quantidade compatível com o número de estudantes, promovendo a utilização pedagógica das tecnologias da informação e da comunicação; 2.16 Assegurar, anualmente, padrões mínimos necessários de aprendizagem para todos os anos do Ensino Fundamental, de maneira a promover a formação básica comum, reconhecendo a especificidade da infância e da adolescência, os novos saberes e tempos escolares; 2.17 Fazer a análise e atualização, a partir da aprovação deste plano, de referenciais mínimos de qualidade de ensino para o Ensino Fundamental; 2.18 Dotar os ambientes escolares com sistemas de segurança e comunicação, por meio de recursos humanos e/ou eletrônicos; 2.19 Dar garantia de acessibilidade à pessoa com deficiência física, bem como disponibilizar profissionais de áreas específicas para estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação, com material didático necessário, equipamento e profissional especializado, independente do número de alunos e das suas dificuldades; 134

2.20 Garantir e prever no plano físico urbano do município áreas para a construção de escolas em novos loteamentos, bem como ampliação de escolas, a partir de levantamento de necessidade de vagas para atender à demanda; 2.21 Encaminhar processo de credenciamento e autorização de funcionamento de escolas novas, somente quando atenderem aos requisitos de infraestrutura definidos pelo regramento do Conselho Estadual de Educação; 2.22 Manter e formalizar a institucionalização em regime de colaboração, programa nacional de reestruturação e ampliação das escolas publicas, por meio da instalação de quadras poliesportivas (cobertas), laboratórios, bibliotecas, auditórios, cozinhas, refeitórios, banheiros e outros equipamentos, bem como de produção de material didático e de formação de recursos humanos para educação em tempo integral; 2.23 Dotar as escolas com condições de elevação dos níveis de aprendizagem, por meio da efetivação das diferentes estratégias previstas nas propostas pedagógicas e regimentos escolares; 2.24 Manter as condições de funcionamento das escolas de Ensino Fundamental, garantindo-se a qualidade do ensino, bem como atendendo às despesas de pessoal, encargos, material de consumo e serviços nas escolas; 2.25 Promover e estimular a participação e comprometimento efetivo da comunidade escolar nos Conselhos Escolares, Círculo de Pais e Mestres e Clube de Mães; 2.26 Garantir alimentação escolar de qualidade, subsidiada com a colaboração financeira dos órgãos competentes, tendo acompanhamento de Nutricionista e do Conselho de Alimentação Escolar-CAE; 2.27 Cuidar e responsabilizar-se pelo patrimônio escolar e manter atividades na área verde, em jardins, em hortas e em locais de lazer, como atitude individual e coletiva da comunidade escolar; 2.27.1 Garantir a constituição de uma equipe volante composta por profissionais competentes para realização de serviços gerais para a manutenção das escolas; 2.28 Disponibilizar subsídios didático-pedagógicos aos professores, incentivando a leitura como fonte de conhecimento; 2.29 Abrir espaço, anualmente, para a comunidade participar de oficinas de aprendizagem na escola, desde que haja espaço físico e interesse da comunidade; 2.30 Oportunizar, anualmente, os mecanismos de divulgação do Projeto Político- Pedagógico para a sua comunidade escolar, bem como para outras instâncias/instituições; 135

2.31 Proporcionar classes de alfabetização de adultos quando necessário, objetivando minimizar o percentual de analfabetismo e sua inserção cidadã no município; 2.32 Implantar e consolidar, até 2015, o Ensino Fundamental de 09 anos, adaptando as Escolas Municipais e, mediante Convênios com o Estado, com a União e com a iniciativa privada, apoiar escolas de outras redes e níveis; 2.33 Estabelecer em colaboração com a União, o Estado e o Município, programas de apoio à aprendizagem e à recuperação paralela, ao longo da modalidade de ensino, para reduzir as taxas de repetência e evasão; 2.34 Garantir que, em cinco anos, as escolas atendam à totalidade dos requintes de infraestrutura definidos adequando os espaços e ambientes escolares para a ampliação das atividades extracurriculares; 2.35 Ampliar a rede física das instituições de ensino público, estadual e municipal, dando prioridade ao atendimento da demanda escolar nas áreas de expansão urbana e populacional; 2.36 Assegurar e implementar planejamento arquitetônico e administrativo para as escolas com a participação da comunidade escolar, incluindo: a) iluminação, ventilação, insolação, espaço, água potável, rede elétrica, segurança, climatização e temperatura ambiente; b) adaptação dos edifícios escolares para o atendimento dos alunos com deficiência; c) instalações sanitárias com materiais de higiene; d) ampliação e atualização do acervo das bibliotecas; e) recursos materiais para esporte, arte, recreação, espaços, biblioteca com profissional especializado, brinquedoteca e serviço de merenda escolar; f) equipamentos, mobiliário e materiais pedagógicos; g) telefone e serviço de reprodução de textos; h) equipamento multimídia para o ensino e informática; i) sistema de reciclagem de lixo, com coleta periódica em todas as unidades de ensino; j) recursos materiais com atualização contínua dos laboratórios de informática e Ciências; l) instalação de cisternas para aproveitamento da água pluvial.

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META 3 PNE: Universalizar, até 2016, o atendimento escolar para toda a população de 15 (quinze) a 17 (dezessete) anos e elevar, até o final do período de vigência deste PNE, a taxa líquida de matrículas no ensino médio para 85% (oitenta e cinco por cento). Meta 3 PEE-RS: universalizar, até 2016, o atendimento escolar para toda a população de 15 (quinze) a 17 (dezessete) anos e elevar, até 2019, a taxa líquida de matrículas no Ensino Médio para 70% e, até o final do período de vigência deste PNE, para 85% (oitenta e cinco por cento). Meta 3 PME : Contribuir para a ampliação do atendimento da população de 15(quinze) a 17(dezessete) anos e elevar, a taxa líquida de matrículas no ensino médio para 75%( setenta e cinco por cento)até o final do período de vigência deste PME.

Estratégias: 3.1 Fomentar e incentivar programa nacional de renovação do ensino médio, a fim de incentivar práticas pedagógicas com abordagens interdisciplinares através da formação continuada de professores e articulação com outras instituições; 3.2 Estimular e fomentar a expansão das matrículas de ensino médio à educação profissional, observando-se as áreas de interesse para o desenvolvimento social e econômico do município; 3.3 Fomentar a expansão da oferta de matrículas gratuitas de educação profissional técnica de nível médio por parte das entidades privadas de formação profissional, de forma concomitante ao ensino médio público; 3.4 Articular o desenvolvimento com as redes de cooperação e competência, programas para construção de escolas novas, com projeto sustentável; 3.5 Articular entre os entes federados o redimensionamento da oferta de ensino médio nos turnos diurno e noturno, bem como a distribuição territorial das escolas de ensino médio, de forma a atender a toda a demanda, de acordo com as necessidades específicas dos estudantes; 137

3.6 Avaliar com a Mantenedora este nível de ensino, a cada três anos, a partir da aprovação do Plano Municipal de Educação; 3.7 Garantir quadro de pessoal completo com licenciatura plena em todas as escolas públicas de ensino médio da rede estadual, em todo o período letivo, por meio de concurso público; 3.8 Promover a busca ativa da população de quinze a dezesseis anos fora da escola, em parceria com a rede de apoio municipal; 3.9 Articular e estimular a participação dos adolescentes nos cursos das áreas tecnológicas e científicas; 3.10 Garantir a universalização do acesso para o ensino médio, ampliando o número de vagas, gradativamente, inclusive para cursos profissionalizantes; 3.11 Assegurar e articular o atendimento aos padrões adequados de infraestrutura e de qualidade, estabelecidos no PNE para o Ensino Médio, junto à Mantenedora; 3.12 Estimular e colaborar, com a participação efetiva da comunidade, a elaboração de Propostas Político- Pedagógicas no Ensino Médio, de maneira a atender às necessidades e especificidades locais; 3.13 Incentivar e estimular a participação democrática da comunidade na gestão, manutenção e melhoria das condições de funcionamento das escolas, por meio dos Conselhos Escolares, em todas as Escolas de Ensino Médio; 3.14 Articular e assegurar através de convênios, programas para melhoria da segurança dentro e fora da escola.

META 5 - PNE: Alfabetizar todas as crianças, no máximo, até o final do 3º (terceiro) ano do ensino fundamental.

Meta 5 PEE- RS: alfabetizar todas as crianças, no máximo, até o final do 3º (terceiro) ano do ensino fundamental, no prazo de vigência deste PEE-RS, considerando o diagnóstico especifico para o estabelecimento de metas locais.

Meta 5 PME: alfabetizar todas as crianças, no máximo, até o final do 3º (terceiro) ano do ensino fundamental.

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A entrada de crianças aos seis de idade no ensino fundamental implica assegurar-lhes garantia de aprendizagem e desenvolvimento pleno. É preciso garantir que a passagem da Pré-escola para o Ensino Fundamental não ignore os conhecimentos que a criança já adquiriu. Igualmente, o processo de alfabetização e letramento, com o qual a criança passa a estar mais sistematicamente envolvida, não pode sofrer interrupção ao final do primeiro ano dessa nova etapa da escolaridade. Por isso, como há crianças que depois de alguns meses estão alfabetizadas, outras requerem mais tempo para consolidar suas aprendizagens básicas, o que tem a ver, muito frequentemente, com seu convívio em ambientes em que os usos sociais da leitura e escrita são intensos ou escassos, assim como o próprio envolvimento da criança com esses usos sociais na família e em outros locais fora da escola. Entretanto, os anos iniciais do ensino fundamental de 09 (nove) anos não se reduzem apenas à alfabetização e ao letramento. Desde os 06 (seis) anos de idade, os conteúdos dos demais componentes curriculares devem também ser trabalhados, pois as crianças ao descobrirem o conhecimento do mundo por meio de novos olhares, recebem oportunidades de exercitar a leitura e a escrita de um modo mais significativo. A organização dos três primeiros anos do Ensino Fundamental em um único bloco destinado à alfabetização, para crianças de 06 (seis), 07 (sete) e 08 (oito) anos de idade, exige um currículo adequado para melhor trabalhar com a diversidade dos alunos e permitir que eles progridam na aprendizagem, para garantir a alfabetização já no primeiro ano e recuperar alunos que apresentam dificuldades no seu processo de construção do conhecimento. Assim mesmo quando as escolas, no uso de sua autonomia, fizerem opção pelo regime seriado, é necessário considerar os três anos iniciais do Ensino Fundamental como um bloco pedagógico ou um ciclo sequencial não passível de interrupção, voltado para ampliar a todos os alunos as oportunidades de sistematização e aprofundamento das aprendizagens básicas, imprescindíveis para o prosseguimento dos estudos.

Estratégias 5.1 Fomentar a estruturação do Ensino Fundamental de nove anos com foco na organização de ciclo de alfabetização com duração de 03 anos, a fim de garantir a alfabetização plena de todas as crianças, no máximo, até o final do terceiro ano, sendo necessário a participação das mantenedoras e, nos casos dos alunos que 139 apresentam dificuldades na aprendizagem, orientando e proporcionando o monitoramento e acompanhamento aos atendimentos específicos, com a participação da família, ampliando o número de profissionais que atuam diretamente com esses alunos; 5.2 Manter em funcionamento as parcerias dos programas de alfabetização e incluir os profissionais no quadro funcional da escola; 5.3 Organizar e normatizar o número máximo de alunos por sala de aula nos três primeiros anos do Ensino Fundamental para que haja um atendimento individualizado, efetivo e coerente com a meta estabelecida, sendo o número máximo de 25 alunos por turma no ciclo de alfabetização, conforme legislação vigente; 5.4 Realizar a aplicação de exame periódico específico para aferir a alfabetização dos alunos respeitando as deficiências, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades, superdotações não, necessariamente comprovados, na classificação internacional de doenças; 5.5 Fomentar o desenvolvimento de tecnologias educacionais e de inovação das práticas pedagógicas nas instituições de ensino que assegurem a alfabetização e favoreçam a melhoria do fluxo escolar e a aprendizagem dos alunos, consideradas as diversas abordagens metodológicas e sua efetivação através do suprimento de recursos tecnológicos e humanos com formação específica para as atividades das novas tecnologias, bem como com proporcionalidade do número de alunos e computadores disponíveis por turma.

Meta 6 PNE – Oferecer educação em tempo integral em, no mínimo, 50% (cinquenta por cento) das escolas públicas, de forma a atender, pelo menos, 25% (vinte e cinco por cento) dos (as) alunos (as) da educação básica.

Meta 6 PEE- RS: oferecer educação em tempo integral em, no mínimo, 50% (cinquenta por cento) das escolas públicas, de forma a atender, pelo menos, 25% (vinte e cinco por cento) dos(as) alunos(as) da educação básica.

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META 6 – PME: oferecer educação em tempo integral em, no mínimo, 20% ( vinte por cento) das escolas públicas, de forma a atender, pelo menos, 25%( vinte e cinco por cento) dos (as) alunos (as) da educação básica.

Estratégias: Tempo Integral: Educação Básica. Há reiteradas manifestações da legislação apontando para o aumento de horas diárias de efetivo trabalho escolar na perspectiva de uma educação integral: Constituição Federal, artigos 205, 206 e 227; Estatuto da Criança e do Adolescente, Lei nº 9.089/90; Lei de diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei nº 9.394/96, art. 34; Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação, Lei nº 11.494/2007 e o Projeto de Lei do PNE, n° 8.035/2010. Considera-se que a proposta educativa da escola de tempo integral poderá contribuir, significativamente, para a melhoria da qualidade da educação e do atendimento escolar. Essa escola, quando voltada prioritariamente para o atendimento das populações com alto índice de vulnerabilidade social que, não por acaso, encontram-se concentradas em instituições com baixo rendimento dos estudantes, poderá dirimir as desigualdades de acesso à educação, ao conhecimento e à cultura e melhorar o convívio social. O currículo da escola de tempo integral, concebido como um projeto educativo integrado, deve prever uma jornada escolar de, no mínimo, 07 (sete) horas diárias. A ampliação da jornada pode ser feita mediante o desenvolvimento de atividades como as de acompanhamento e apoio pedagógico, aprofundamento da aprendizagem, experimentação e pesquisa científica, cultura e artes, esporte e lazer, tecnologias da comunicação e informação, afirmação da cultura dos direitos humanos, preservação do meio ambiente, promoção da saúde entre outras, articuladas aos componentes curriculares e áreas de conhecimento, bem como às vivências e práticas socioculturais. Os órgãos executivos e normativos dos sistemas de ensino assegurarão que o atendimento dos alunos na escola de tempo integral das redes públicas possua infraestrutura adequada e pessoal qualificado. E, para que a oferta de educação nesse tipo de escola não se resuma a uma simples justaposição de tempos e 141 espaços disponibilizados em outros equipamentos de uso social, como quadras esportivas e espaços para práticas culturais, é imprescindível que atividades programadas na proposta pedagógica da escola de tempo integral sejam de presença obrigatória e, em face delas, o desempenho dos estudantes seja passível de avaliação. 6.1 Estender, progressivamente, o alcance do programa nacional de ampliação da jornada escolar mediante oferta de educação básica pública em tempo integral, por meio de atividades de acompanhamento pedagógico e interdisciplinares, de forma que o tempo de permanência de crianças, adolescentes e jovens na escola ou sob sua responsabilidade passe a ser igual ou superior a sete horas diárias, buscando atender durante todo ano letivo, pelo menos metade dos alunos matriculados nas escolas contempladas pelo programa, sempre garantindo a qualidade do turno integral, mediante profissionais da educação, qualificados e vinculados à mantenedora por meio de concurso público e, também, os demais funcionários para a efetivação do trabalho; 6.2 Garantir, sob responsabilidade da mantenedora, fiscalização de caráter pedagógico e formação de qualidade, os convênios firmados com outras instituições; 6.3 Institucionalizar e manter, em regime de colaboração, programa nacional de ampliação e reestruturação das escolas públicas por meio da instalação de quadras poliesportivas, bem como de produção de material didático e de formação de recursos humanos para a educação em tempo integral; 6.4 Dotar as escolas do campo oferta de educação em tempo integral, atendendo com estrutura física e quadro de pessoal qualificado com formação pedagógica mínima, considerando as peculiaridades locais; 6.5 Garantir e incentivar a participação de todas as comunidades envolvidas no fechamento ou na nucleação de escolas; 6.6 Buscar o aproveitamento dos espaços da escola do campo, nos turnos contrários às atividades escolares para atividades com oficinas do Programa Mais Educação, de acordo com as necessidades, aproveitando a disponibilidade e a experiência da comunidade local, incentivando a permanência no campo;

142

EIXO III – EDUCAÇÃO ESPECIAL

As propostas para a Educação Especial levam em conta as deliberações formalizadas, nas últimas décadas, decorrentes da Constituição Federal /1988, LDB/1996, Declaração de Salamanca (1994), Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (2008) e da legislação vigente dos sistemas Estadual e Municipal de Ensino. A legislação que trata da Educação Especial expedida recentemente pelos Sistemas Estadual e Municipal de Ensino, à luz da Política Nacional de Educação Especial na perspectiva da educação inclusiva, aprovada em 2008, propõe, claramente, que os estudantes com deficiência sejam atendidos no ensino comum, de modo que o atendimento educacional especializado disponibilize recursos e serviços, orientando a sua utilização em todas as turmas comuns do ensino regular, Propõe, ainda, que as atividades desenvolvidas no Atendimento Educacional Especializado-AEE, se diferenciem daquelas realizadas na sala de aula comum, não sendo substitutivas à escolarização. A mesma legislação define, também, como estudantes da Educação Especial os que apresentam deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação. A inclusão escolar prevê mudança no sistema de ensino e na sociedade. É a escola, seus professores e o sistema de ensino, como um todo que devem readequar o seu trabalho e rever as suas práticas para receber todos os estudantes. Nesse caso, a escola é para todos e não visa nem exclusivamente a atender aos estudantes considerados com qualquer tipo de deficiência, excluindo o restante, e nem o contrário. Assim, a recomendação da legislação vigente enfatiza a importância da colaboração entre profissionais do Atendimento Educacional Especializado- AEE, do ensino comum e das equipes multiprofissionais para a melhoria da qualidade do trabalho realizado.

META 4 PNE : universalizar em regime de colaboração com o Estado e a União, para a população de 4 (quatro) a 17 (dezessete) anos com deficiências, transtornos globais do desenvolvimento, transtornos do espectro autista e altas habilidades ou 143

superdotação, o acesso à educação básica e ao atendimento educacional especializado, preferencialmente na rede regular de ensino, com a garantia de sistema educacional inclusivo, de salas de recursos multifuncionais, classes, escolas ou serviços especializados, públicos ou conveniados.

Meta 4 PEE-RS: universalizar, para a população de 4 (quatro) a 17 (dezessete) anos com deficiências, transtornos globais do desenvolvimento, transtornos do espectro autista e altas habilidades ou superdotação, o acesso à educação básica e ao atendimento educacional especializado, preferencialmente na rede regular de ensino, com a garantia de sistema educacional inclusivo, de salas de recursos multifuncionais, classes, escolas ou serviços especializados, públicos ou conveniados.

Meta 4 PME: universalizar em regime de colaboração com o Estado e a União, para a população de 4 (quatro) a 17 (dezessete) anos com deficiências, transtornos globais do desenvolvimento, transtornos do espectro autista e altas habilidades ou superdotação, o acesso à educação básica e ao atendimento educacional especializado, preferencialmente na rede regular de ensino, com a garantia de sistema educacional inclusivo, de salas de recursos multifuncionais, classes, escolas ou serviços especializados, públicos ou conveniados.

Estratégias: 4.1 Contabilizar, para fins do repasse do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação – FUNDEB, as matrículas dos estudantes da educação regular da rede pública que recebem Atendimento Educacional Especializado –AEE complementar, sem prejuízo do cômputo dessas matrículas na educação básica regular; 144

4.2 Dar continuidade à implantação das salas de recursos multifuncionais e fomentar a formação continuada de professores para o atendimento educacional especializado complementar, nas escolas urbanas e rurais; 4.3 Ampliar e garantir a oferta de Atendimento Educacional Especializado complementar aos estudantes matriculados na rede pública de ensino regular, cabendo à Mantenedora manter e garantir os recursos materiais, humanos e estruturais necessários para o atendimento com qualidade do educando com deficiência, transtornos globais de desenvolvimento e altas habilidades/ superdotação; 4.4 Manter programa nacional de acessibilidade nas escolas públicas para adequação arquitetônica, oferta de transporte acessível, disponibilização de material didático acessível e recursos de tecnologia assistiva; 4.5 Fazer cumprir a legislação pertinente à acessibilidade na construção de novos espaços públicos e acompanhar, junto às mantenedoras, a adequação gradativa dos espaços escolares, em atendimento às necessidades e especificidades de cada deficiência; 4.6 Dar garantia de aplicação das legislações da Educação Especial dos respectivos sistemas de ensino; 4.7 Fomentar a educação inclusiva, promovendo a articulação entre o ensino regular e o Atendimento Educacional Especializado-AEE complementar ofertado em salas de recursos multifuncionais da própria escola ou em instituições especializadas; 4.7.1 Vincular - se às Universidades e promover seminários, mostras, capacitações. Expandir o conhecimento sobre educação especial para a população em geral; 4.8 Ofertar assessoria técnico-pedagógica e formação continuada e qualificada a todos os profissionais da educação na área da Educação Especial, por meio das Mantenedoras e instituições, em período compatível com o Calendário Escolar da Rede Estadual, em parceria com as Universidades; 4.9 Organizar, em todo o município e em parceria com áreas da saúde e assistência, programas destinados a diagnosticar, precocemente, as deficiências, as dificuldades de aprendizagem e atraso do desenvolvimento, tais como o teste de acuidade visual e auditiva, e promover o atendimento de estimulação a partir da educação infantil, mantendo materiais adequados, no tempo limite de 30 dias para que o profissional especializado faça a avaliação; 4.9.1 Oferecer, em tempo hábil, órteses, próteses (auditivas e oculares); 145

4.10 Capacitar, mediante convênios, docentes para atuação em sala de recursos multifuncional, e, em convênios com as Universidades, oferecer Cursos de Pós- Graduação e Capacitação; 4.11 Flexibilizar currículos, metodologias de ensino, recursos didáticos e processos de avaliação tornando-os adequados ao aluno com deficiência de todas as ordens, em consonância com o Projeto Político-Pedagógico da Escola; 4.12 Oferecer e ampliar o atendimento realizado pelos órgãos responsáveis: Conselho Tutelar, Ministério Público, Juizado da Infância e da Juventude, possibilitando orientação às famílias e às escolas para que se efetive a responsabilidade de todos frente à educação; 4.13 Articular ações a fim de promover educação a pessoas com deficiência, Transtorno Global do Desenvolvimento, em escolas regulares, em todos os níveis e modalidades de ensino, bem como em salas de recursos multifuncionais, ou em salas especiais e altas habilidades; 4.14 Adequar os prédios escolares para possibilitar o acesso de pessoas com deficiência, conforme prevê o Plano Nacional de Educação; 4.15 Promover mecanismos de cooperação entre órgãos governamentais e não - governamentais para o desenvolvimento de programas de qualificação profissional para alunos com deficiência, prevendo sua inserção no mundo do trabalho; 4.16 Oferecer atendimento através de especialistas da saúde (Fonoaudiólogos, Psicólogos, Fisioterapeuta e Terapeuta Ocupacional, Médicos Especialistas e Assistentes Sociais); oferecendo estes atendimentos aos alunos da rede municipal, estadual e particular, em parceria; 4.17 Manter e articular parcerias ou convênios com as instituições especializadas no atendimento ao estudante com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação, no turno contrário ao ensino regular; 4.18 Manter mecanismos de parceria entre os serviços que atendem o estudante com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação, articulando educação, saúde e assistência social, fomentando a comunicação e o trabalho conjunto entre os profissionais que atendem esse estudante, com vistas ao seu pleno desenvolvimento; 4.19 Realizar levantamento da população com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação, com o objetivo de encaminhar para os devidos atendimentos em todos os níveis e modalidades de ensino; 146

4.20 Ampliar convênios com as entidades assistenciais e o Poder Público, que atuam no atendimento e avaliação dos alunos com necessidades especiais, comprovadas por meio de instrumentos, objetivos e validados, realizados por uma equipe multidisciplinar e com a participação da família; 4.21 Articular e organizar um sistema de informações em rede, sobre a população a ser atendida e, também, a que esteja em atendimento pela Educação Especial (escolas regulares e escolas especiais) para que essas informações sejam disponibilizadas ao professor; 4.22 Implantar e manter programas para equipar as unidades escolares da rede pública e privada, que atendam educandos com algum tipo de necessidade educacional especial, promovendo a construção (Educação Infantil) e ampliação (Ensino Fundamental) de salas multifuncionais com equipamentos e materiais destinados ao AEE e equipe multiprofissional.

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EIXO IV – MELHORIA DA QUALIDADE DO ENSINO

A qualidade da educação é um fenômeno complexo e abrangente que envolve dimensões extra e intraescolares. Nessa ótica, devem ser considerados os diferentes atores, a dinâmica pedagógica, o desenvolvimento das potencialidades individuais e coletivas, locais e regionais, ou seja, os processos de ensino- aprendizagem, os currículos, as expectativas de aprendizagem, bem como os diferentes fatores extraescolares, que interferem direta ou indiretamente nos resultados educativos. Ou seja, é um fenômeno de múltiplas dimensões, não podendo ser apreendido apenas pelo reconhecimento da variedade e das quantidades mínimas de insumos indispensáveis ao desenvolvimento do processo de ensino-aprendizagem; e muito menos, pode ser apreendido sem tais insumos. Entendida como qualidade social, implica garantir a promoção e a atualização histórico-cultural em termos de formação sólida, crítica, criativa, ética e solidária, em sintonia com as políticas públicas de inclusão, de resgate social e do mundo do trabalho. A meta 7, relativa ao índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB), é o índice obtido a partir dos dados de rendimento escolar apurados pelo censo escolar da educação básica, combinados com os dados relativos ao desempenho dos estudantes apurados na avaliação nacional do rendimento escolar, como forma de acompanhar a melhoria do ensino.

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META 7- PNE : Fomentar a qualidade da educação básica em todas as etapas e modalidades, com melhoria do fluxo escolar e da aprendizagem de modo a atingir as seguintes médias nacionais para o IDEB:

Meta 7 PEE-RS: fomentar a qualidade da educação básica em todas as etapas e modalidades, com melhoria do fluxo escolar e da aprendizagem de modo a atingir as seguintes médias estaduais para o Ideb: IDEB 2015 2017 2019 2021 Anos iniciais do ensino 5,6 5,9 6,1 6,4 fundamental Anos finais do ensino 5,1 5,3 5,6 5,8 fundamental Ensino médio 4,6 5,1 5,3 5,5

Meta 7 PME: fomentar a qualidade da educação básica em todas as etapas e modalidades, com melhoria do fluxo escolar e da aprendizagem de modo a atingir as seguintes médias estaduais para o Ideb:

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IDEB 2015 2017 2019 2021 Anos iniciais do 5,6 5,9 6,1 6,4 ensino fundamental Anos finais do ensino 4,7 4,9 5,2 5,4 fundamental Ensino médio 4,6 5,1 5,3 5,5

Estratégias:

7.1 Formalizar e executar os planos de ações articuladas dando cumprimento às metas de qualidade estabelecidas para a educação básica pública e às estratégias de apoio técnico e financeiro à melhoria da gestão educacional, investindo na formação continuada dos profissionais de educação e profissionais de serviços e apoio escolar como um direito coletivo na própria jornada de trabalho, ao desenvolvimento de recursos pedagógicos, bem como na melhoria e expansão da infraestrutura física da rede escolar;

7.2 Monitorar e atualizar o Plano de Ações Articuladas (PAR), garantindo recursos orçamentários, a fim de dar conta das ações propostas;

7.3 Garantir a capacitação para professores ministrantes de Ensino Religioso;

7.4 Prover parcerias das escolas públicas do Município de Frederico Westphalen com instituições públicas e privadas, para implantação de projetos e programas de aprimoramento, qualificação e assessoramento para os professores da educação básica, especialmente dos anos iniciais;

7.5 Organizar e garantir o quadro de pessoal completo nas escolas, no início do ano letivo;

7.6 Dar continuidade na implantação e/ou implementação de uma rede de atendimento multidisciplinar que atenda às diferentes escolas municipais; 150

7.7 Fazer a identificação das dificuldades para a efetivação do processo de ensino e aprendizagem, tendo em vista o planejamento de intervenções pedagógicas adequadas à realidade, com o estabelecimento de metas e avaliação diagnóstica e prognóstica de forma sistemática;

7.8 Monitorar, acompanhar e divulgar bienalmente, afixando também no interior de cada escola, os resultados do IDEB das escolas das redes públicas de educação básica e dos sistemas de ensino, bem como assegurar políticas públicas que deem conta das defasagens de aprendizagem nas escolas que não atingirem a meta;

7.9 Promover ações de combate à violência na escola, por meio de projetos centrados na vida, na solidariedade, em uma cultura de paz, a fim de buscar um ambiente escolar dotado de segurança, disponibilizando às escolas, com um número significativo de estudantes, auxiliares de disciplina;

7.10 Associar a prestação de assistência técnica e financeira à fixação de metas intermediárias, nos termos e nas condições estabelecidas conforme pactuação voluntária entre os entes, priorizando sistemas e redes de ensino com IDEB, abaixo da média nacional;

7.11.Aprimorar, continuamente, os instrumentos de avaliação da qualidade do Ensino Fundamental e Médio de forma a englobar o ensino de Ciências nos exames aplicados nos anos finais do Ensino Fundamental e incorporar o exame nacional de Ensino Médio ao sistema de avaliação da Educação Básica;

7.12 Garantir o ensino da História e Cultura Afro-brasileira e Indígena, nos termos da Lei Nº 10.639, de 9 de janeiro de 2003, e da Lei Nº 11.645, de 10 de março de 2008, por meio de ações colaborativas em fóruns de educação para a diversidade étnico-racial, conselhos escolares, equipes pedagógicas e com a sociedade civil em geral;

7.13 Garantir transporte para os estudantes da educação do campo, na faixa etária da educação escolar obrigatória, considerando a acessibilidade, distância e cumprimento das especificações do Instituto Nacional de Meterologia, Normalização e Qualidade Industrial – INMETRO; 151

7.14 Disponibilizar a Educação de Jovens e Adultos - EJA para a comunidade do campo, oferecendo transporte noturno até as instituições onde esta modalidade esteja sendo oferecida;

7.15 Ofertar a Educação de Jovens e Adultos - EJA por meio da abertura de turmas no diurno, a fim de possibilitar o acesso dos jovens com dificuldade de locomoção à noite, bem como ofertar turmas para os adultos trabalhadores no turno da noite;

7.16 Oferecer às escolas do campo acesso às redes mundiais de informações, bem como acesso às tecnologias educacionais;

7.17 Fomentar o desenvolvimento de tecnologias educacionais e de inovação das práticas pedagógicas nos sistemas de ensino, que assegurem a melhoria do fluxo escolar e a aprendizagem dos estudantes, com carga horária e planejamento compatível;

7.18 Oferecer às escolas públicas de educação básica, água tratada e saneamento básico, energia elétrica, acesso à rede mundial de computadores em banda larga de alta velocidade, acessibilidade à pessoa com deficiência, acesso a espaços para prática de esportes; acesso a bens culturais e à arte, equipamentos e laboratórios de Ciências;

7.19 Universalizar, mediante articulação entre os órgãos responsáveis pela área da saúde e da educação, o atendimento aos estudantes da rede pública de educação básica por meio de ações de prevenção, promoção e atenção à saúde física e mental;

7.20 Institucionalizar e manter, em regime de colaboração, programa nacional de reestruturação e aquisição de equipamentos para escolas públicas, tendo em vista a equalização regional das oportunidades educacionais;

7.21 Orientar as políticas das redes e sistemas de educação de forma a buscar atingir as metas do IDEB, procurando reduzir a diferença entre as escolas com os menores índices e a média nacional, garantindo equidade da aprendizagem, realizando capacitação aos profissionais na busca de melhores resultados, através de projetos que atendam às necessidades específicas da escola; 152

7.22 Analisar e utilizar as referências da pesquisa do SAERS- Sistema de Avaliação do Rendimento Escolar do RS, Provinha Brasil, Prova ANA para confrontar com os resultados do IDEB, buscando a melhoria na educação;

7.23 Implementar e informatizar a gestão das escolas e da Secretaria de Educação, mantendo Laboratórios de Informática em todas as escolas, criando, gradativamente, um sistema de gerenciamento de dados e informações da situação educacional dos estudantes, interligados entre as escolas, através de um número de matrícula único, bem como manter programa nacional de formação inicial e continuada para o pessoal técnico da Secretaria de Educação;

7.24 Oferecer, além da implantação das tecnologias educacionais, qualificação aos professores para a utilização dos recursos disponíveis;

7.25 Estabelecer diretrizes pedagógicas para a educação básica e parâmetros curriculares nacionais comuns, respeitada a diversidade local, acompanhando e assessorando sua aplicação;

7.26 Monitorar, permanentemente, o Plano Municipal de Educação e os orçamentos envolvidos, bem como dos planejamentos de gestão de cada escola;

7.27 Confrontar os resultados obtidos no IDEB com a média dos resultados em matemática, leitura e ciências, obtidos nas provas do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (PISA), como forma de controle externo da convergência entre os processos de avaliação do ensino conduzido pelo INEP e processos de avaliação, através de que sejam adotadas políticas públicas permanentes voltadas para a qualificação da educação, com a identificação das necessidades e carências de cada escola da rede na busca da superação da defasagem em relação à meta estabelecida pelo PISA:

PISA 2009 2012 2015 2018 2021

Média dos resultados em matemática, leitura e ciências;

7.28 Mobilizar as famílias e setores da sociedade civil, articulando a educação formal com experiências de educação popular e cidadã, com os propósitos de que a educação seja assumida como responsabilidade de todos e de ampliar o controle social sobre o cumprimento das políticas públicas educacionais, conscientizando as famílias de sua responsabilidade com a educação de seus filhos e 153 responsabilizando-as caso não cumpram seu papel, por meio dos órgãos competentes- Conselho Tutelar e Ministério Público; 7.29 Estabelecer alternativas que comprometam os pais a levarem seus filhos aos atendimentos encaminhados; 7.30 Firmar, anualmente, convênios com o Governo do Estado do RS e com outras instâncias, a fim de auxiliar o Ensino Médio Estadual do Município, referente ao transporte escolar e a outras necessidades;

7.31 Incentivar parcerias entre as escolas de Ensino Médio da rede pública e privada, instituindo projetos, seminários, palestras, feiras, simulados e integração esportiva; 7.32 Contar com o apoio do poder público no que tange à cedência de professores, na medida em que a escola necessitar e esta seja possível de ser efetivada; 7.33 Viabilizar parceria, anualmente, com a Escola de Curso Normal – Nível Médio, a fim de que os futuros educadores possam realizar práticas de ensino e estágio nas escolas da rede municipal; 7.34 Promover a cultura através da participação nas edições da Feira do Livro, bem como outros projetos afins; 7.35 Incentivar a continuidade dos estudos através de palestras e atividades afins, com vistas à conclusão do Ensino Médio e do Ensino Superior; 7.36 Garantir, anualmente, ações para a formação continuada dos gestores e do magistério municipal, com vistas a otimizar o desempenho de suas funções, a melhoria contínua da prática pedagógica e a promoção do Plano de Carreira; 7.37 Promover cursos, palestras e oficinas para funcionários das escolas promovendo a autoestima, a fim de manter o entusiasmo por suas atividades, incluindo a receptividade aos pais e a outros visitantes; 7.38 Participar, como gestores, professores e funcionários de projetos e de cursos de extensão, oferecidos aos pais e outros interessados, tanto da área urbana quanto da área rural; 7.39 Admitir professores e demais profissionais de educação, a partir da entrada em vigor deste PME, com as qualificações mínimas exigidas no artigo 62 da LDB e no Plano de Carreira Municipal; 7.40 Implementar ações curriculares sobre a História do Rio Grande do Sul, o Folclore, o Meio Ambiente, o Gaúcho, entre outros temas da atualidade. 154

EIXO V - EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

A Educação de Jovens e Adultos é uma modalidade que faz parte de Educação Básica, para os que não tiveram acesso à escolaridade na idade própria, garantido o seu oferecimento na Constituição Federal Art. 208, inciso I, e na LDBEN Arts. 4º, 5º e 138. A sua oferta no Município de Frederico Westphalen é realizada, principalmente pela rede estadual e pela importância que a mesma representa para a sociedade, e na parceria dos educandos jovens e adultos, tendo a função de resgatar o conhecimento prévio dos educandos, fazendo-os participantes na construção do conhecimento na resolução dos problemas, nas necessidades da vida, do trabalho e na participação social.

META 8 PNE : Elevar a escolaridade média da população de 18 (dezoito) a 29 (vinte e nove) anos, de modo a alcançar, no mínimo, 12 (doze) anos de estudo no último ano de vigência deste Plano, para as populações do campo, da região de menor escolaridade no País e dos 25% (vinte e cinco por cento) mais pobres, e igualar a escolaridade média entre negros e não negros declarados à Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE.

Meta 8 PEE-RS: elevar a escolaridade média da população de 18 (dezoito) a 29 (vinte e nove) anos, de modo a alcançar, no mínimo, 12 (doze) anos de estudo no último ano de vigência deste PEERS, para as populações do campo, comunidades indígenas, comunidades quilombolas e dos 25% (vinte e cinco por cento) mais pobres, e igualar a escolaridade média entre negros e não negros, com vistas à superação da desigualdade educacional.

Meta 8 PME: contribuir para elevar a escolaridade média da população de 18 (dezoito) a 29 (vinte e nove) anos, de modo a alcançar, no mínimo, 12 (doze) anos de estudo no último ano de vigência 155

deste Plano, para as populações do campo e urbana, atendendo um percentual de 80%(oitenta por cento) da população.

Estratégias: 8.1 Fomentar programas de educação de jovens e adultos, em parceria com instituições públicas e privadas, para os segmentos populacionais considerados, que estejam fora da escola e com defasagem idade série; 8.2 Garantir acesso gratuito a exames de certificação da conclusão dos ensinos fundamental e médio; 8.3 Promover busca ativa de alunos de 18 a 29 anos, fora da escola, pertencentes aos segmentos populacionais considerados, em parceria com as áreas de assistência social e saúde.

META 9 PNE: Elevar a taxa de alfabetização da população com 15 (quinze) anos ou mais para 93,5% (noventa e três inteiros e cinco décimos por cento) até 2015 e, até o final da vigência deste PNE, erradicar o analfabetismo absoluto e reduzir em 50% (cinquenta por cento) a taxa de analfabetismo funcional.

Meta 9 PEE-RS: elevar a taxa de alfabetização da população com 15 (quinze) anos ou mais para 98% (noventa e oito por cento) até 2015 e, até o final da vigência deste PEERS, universalizar a alfabetização e reduzir em 55% (cinquenta e cinco por cento) a taxa de analfabetismo funcional. Meta 9 PME: Contribuir para a elevação da taxa de alfabetização da população com 15 (quinze) anos ou mais para 70% (setenta por cento) até 2016 e, até o final da vigência deste PME, reduzir em 50% (cinquenta por cento) a taxa de analfabetismo funcional.

Estratégias: 156

9.1 Assegurar a oferta gratuita da Educação de Jovens e adultos a todos os que não tiveram acesso à Educação Básica na idade própria, viabilizando acesso próximo à sua residência; apoiando através de parcerias com a rede municipal; 9.2 Implementar e fortalecer ações de Alfabetização de Jovens e Adultos com garantia de continuidade da escolarização básica, em parcerias com instituições públicas e privadas, com rede de apoio à aprendizagem, no turno de aula, proporcionando atendimento aos estudantes com dificuldades de aprendizagem e com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação; buscando parcerias entre as redes municipais, estaduais, garantindo a eficiência nos atendimentos necessários; 9.3 Estabelecer parcerias com programas e cursos de alfabetização de adultos, com os sindicatos locais, associações de bairros, igrejas e assistência social, envolvendo outros segmentos além da escola; 9.4 Promover o acesso ao Ensino Fundamental aos egressos de programas de alfabetização e garantir o acesso a exames de reclassificação e de certificação da aprendizagem; 9.5 Promover chamadas públicas, divulgando as escolas e os horários da EJA, por meio de campanhas nos meios de comunicação, oferecendo o acesso ao Ensino Fundamental na modalidade de educação de jovens e adultos próximo de sua residência e realizando avaliação de alfabetização por meio de exames específicos, que permitam aferição do grau de analfabetismo de jovens e adultos com mais de 15 anos de idade; 9.6 Garantir, em todas as escolas que atuam na modalidade EJA, ações de alfabetização com turmas iniciais; 9.7 Executar em articulação com a área da saúde programas que contemplem as necessidades da faixa etária atendida da EJA, bem como programa nacional de atendimento oftamológico e fornecimento gratuito de óculos para estudantes da educação de jovens e adultos; buscando a integração com os órgãos competentes junto à rede municipal; 9.8 Instituir convênios com escolas técnicas para o oferecimento de cursos que atendam à realidade local; 9.9 Compartilhar dos Programas em nível federal, estadual ou privada, por meio de parceria entre o município e as mantenedoras; 157

9.10 Articular as políticas de Educação de Jovens e Adultos com as políticas culturais, de sorte que a clientela seja beneficiária de ações que permitem ampliar seus horizontes, quer na leitura, escrita e cálculo, quer na música, línguas estrangeiras e outras, extensivas a idosos, mediante projetos sociais integrados, a participação de professores e alunos voluntários, de Cursos de Letras e de outras áreas; sendo necessário o apoio de outras entidades e parceria com o poder público municipal; 9.11 Incentivar, a partir do PME, programas para assegurar que as escolas públicas de Ensino Fundamental e Médio, localizadas em áreas caracterizadas por analfabetismo e baixa escolaridade, ofereçam programas de alfabetização, de acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais; 9.12. Proceder, a cada dois anos, em parceria entre Estado e Município, um mapeamento da população analfabeta, por meio de censo educacional, visando a localizar tal população e a induzi-la a programas de Educação de Jovens e Adultos; 9.13 . Propor a oferta de programas de educação a distância, na modalidade de Educação de Jovens e Adultos, incentivando seu aproveitamento nos cursos presenciais; 9.14 Incentivar, nas empresas públicas e privadas – Alfabetiza RS, SENAR e outros programas permanentes de Educação de jovens e adultos para os seus trabalhadores, assim como de condições para recepção de programas de tele- educação; 9.15 Estabelecer políticas que facilitem parcerias para o aproveitamento dos espaços ociosos existentes na comunidade, bem como para o efetivo aproveitamento do potencial de trabalho comunitário das entidades da sociedade civil, em educação de jovens e adultos para os anos iniciais do Ensino Fundamental, através de parcerias com instituições e poder público municipal, para fornecer educação básica; 9.16 Articular as políticas de educação de jovens e adultos com as de geração de trabalho e renda e as de produção contra o desemprego; 9.17 Assegurar, até o final da década de vigência deste plano, a oferta à população de 15 anos e mais que tenha concluído os cinco anos iniciais, cursos equivalentes aos anos finais do Ensino Fundamental; 9.18. Elevar, na década, a escolaridade da população. . 158

META 10- PNE: Oferecer, no mínimo, 25% (vinte e cinco por cento) das matrículas de educação de jovens e adultos, nos ensinos fundamental e médio, na forma integrada à educação profissional.

Meta 10 PEE-RS: oferecer, no mínimo, 25% (vinte e cinco por cento) das matrículas de educação de jovens e adultos, nos ensinos fundamental e médio, na forma integrada à educação profissional.

Meta 10 PME: Apoiar para que, no mínimo, 25% (vinte e cinco por cento) das matrículas de educação de jovens e adultos, sejam ofertadas nos ensinos fundamental e médio, na forma integrada à educação profissional.

Estratégias: 10.1 Manter programa nacional de educação de jovens e adultos, voltado à conclusão do ensino fundamental e a formação Profissional inicial, de forma a estimular a conclusão da educação básica; 10.2 Ofertar a EJA, em maior número de escolas proporcionando o acesso e a permanência para conclusão dessa modalidade de ensino aos estudantes; 10.2.1 Estender e ampliar o EJA em nível fundamental- alfabetização na rede municipal; 10.3 Fomentar a expansão das matrículas na EJA de forma a articular a formação inicial e continuada de trabalhadores e a educação profissional, objetivando a elevação do nível de escolaridade do trabalhador; 10.4 Fomentar a integração da educação de Jovens e adultos com a educação profissional, em cursos planejados, de acordo com as características e especificidades do público da educação de jovens e adultos, inclusive na modalidade de educação à distância; 10.5 Institucionalizar programa nacional de reestruturação e aquisição de equipamentos voltados à expansão e à melhoria da rede física de escolas públicas que atuam na Educação de Jovens e Adultos integrada à Educação Profissional; 10.6 Promover encontros para relatos de experiências por área de atuação para os profissionais da EJA; 159

10.7 Fomentar a produção de materiais didáticos, o desenvolvimento de currículos e metodologias específicas, bem como a formação continuada de docentes das redes públicas que atuam na EJA ou EJA integrada à Educação Profissional; 10.8 Fomentar a oferta pública de formação inicial e continuada para trabalhadores articulada à Educação de Jovens e Adultos, em regime de colaboração e com apoio das entidades privadas de formação profissional vinculadas a sistema sindical; 10.8.1 Promover parcerias envolvendo Município, e Estado nas formações docentes; 10.9 Institucionalizar programa de assistência ao estudante, compreendendo ações de assistência social, de saúde, financeira e de apoio psicopedagógico, que contribuam para garantir o acesso, a permanência, a aprendizagem e a conclusão com êxito da EJA; 10.10 Fomentar a integração curricular do ensino médio para jovem e adultos, aliando a formação integral à preparação para o mundo do trabalho, promovendo a inter-relação entre teoria e prática nos eixos da ciência, do trabalho, da tecnologia, da cultura e cidadania, de forma a organizar o tempo e o espaço pedagógicos adequados às características de jovens e adultos, por meio de equipamentos e laboratórios, produção de material didático específico e formação continuada de professores; e incentivar as parcerias entre as escolas e o poder público; 10.11 Estabelecer as políticas de EJA articuladas com as culturas e de geração de trabalho e renda, com o objetivo de promover a inclusão desses jovens e adultos na sociedade; 10.12 Assegurar a continuidade da modalidade EJA no Ensino Médio, associando-a à formação técnica; 10.13 Realizar um cadastramento em parceria com outras mantenedoras, por meio de ações articuladas com a sociedade civil, de todas as pessoas jovens, adultas e idosas analfabetas no município, com o objetivo de encaminhá-las para programas de alfabetização; 10.14 Garantir, nas mantenedoras que ofertam EJA, setor próprio para promover a mesma, bem como a formação dos profissionais que nela atuam; 10.15 Implementar e dar continuidade aos laboratórios de informática, para que os estudantes desta modalidade tenham acesso às tecnologias, aumentando a carga horária oferecida nos laboratórios de informática educativa; 10.15.1 Prover profissional na área de informática, para a viabilização dos laboratórios, ampliando e garantindo o acesso através da parceria estado/município; 160

10.16 Manter mobilização constante com vistas à inclusão da EJA nas formas de financiamento da Educação Básica; 10.17 Assegurar, nas mantenedoras que oferecem EJA, profissionais com formação em educação especial para orientar professores que atuam com estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação, com frequência semanal nas escolas, visando a atender a demanda e necessidade dos estudantes; 10.18 Garantir aos estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação, o acesso e a permanência na EJA, atendidas as suas peculiaridades; 10.18.1 Buscar apoio através de convênios e parcerias com órgãos públicos municipais e estaduais para conseguir profissionais terceirizados e especializados para a segurança (guarda); 10.19 Articular, junto aos órgãos responsáveis pela segurança pública, a criação de programas efetivos nesta área articulados com a EJA, a fim de viabilizar melhores condições de acesso e permanência nas instituições educacionais; 10.20 Estimular e fomentar programas de Educação de Jovens e Adultos para a população urbana e do campo, com qualificação social e profissional para jovens que estejam fora da escola e com defasagem idade-série; 10.21 Participar e estimular programas, visando a alfabetizar jovens, adultos e idosos de modo a reduzir a taxa de analfabetismo para índices abaixo de 1% até 2022; 10.22 Estabelecer parcerias com as empresas para a implantação e/ou manutenção de programas de escolarização junto ao quadro de funcionários, conforme demanda existente, contando com o apoio e o incentivo das empresas e órgãos públicos, na adequação dos horários escolares; 10.23 Construir políticas e estratégias de ações que assegurem o direito ao acesso e à permanência do aluno da EJA na escola, construindo estratégias e mecanismos preventivos à evasão, bem como de atenção aos evadidos das escolas de ensino regular; 10.24 Implementar programa de merenda escolar para alunos da EJA, nas unidades que oferecem para todos os períodos; 161

10.25 Articular e garantir ampla divulgação da oferta de vagas através das diversas formas de comunicação disponíveis, bem como articulação com a comunidade, associação de moradores, de bairros, igrejas,etc...; 10.26 Realizar e articular encontros e eventos de trocas de experiências em alfabetização de jovens e adultos; 10.27 Garantir acesso e transporte para alunos de área rural e bairros distantes, às escolas e salas da EJA; 10.27.1 Manter parcerias para os transportes com a rede estadual e prover recursos para viagens de estudo.

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EIXO VI – EDUCAÇÃO PROFISSIONAL DE NÍVEL MÉDIO

META 11 – PNE : Triplicar as matrículas da educação profissional técnica de nível médio, assegurando a qualidade da oferta e pelo menos 50% (cinquenta por cento) da expansão no segmento público.

Meta 11 PEE- RS: triplicar, até o último ano de vigência do PEE, as matrículas da Educação profissional técnica de nível médio, assegurando a qualidade social da oferta e, no mínimo 50% da expansão no segmento público.

Meta 11 PME: Incentivar as matrículas da educação profissional técnica de nível médio, assegurando a qualidade da oferta e pelo menos 50% (cinquenta por cento) da expansão no segmento público.

Estratégias: 11.1 Fomentar a expansão da oferta de educação profissional técnica de nível médio nas redes públicas estaduais e privadas; 11.2 Fomentar a expansão da oferta de educação profissional técnica de nível médio, com a finalidade de ampliar a oferta e democratizar o acesso à educação profissional pública e gratuita; 11.2.1 Apoiar a expansão do Ensino Técnico em Informática Integrado ao Ensino Médio ofertado pelo IFF- Instituto Federal Farroupilha- Campus de Frederico Westphalen, com abertura de 105 novas vagas até 2017 (verificação da Comissão Técnica); 11.3 Buscar parcerias para a expansão de oferta de financiamento estudantil à educação profissional técnica de nível médio oferecida em instituições privadas de educação superior e Ensino Normal ofertado na rede particular; 11.4 Expandir o atendimento do ensino médio integrado à formação profissional para os povos do campo, de acordo com suas necessidades, obtendo apoio e incentivo do município aos jovens a permanecer em suas propriedades conforme a 163 modalidade da Pedagogia da Alternância tendo colaboração do município com transportes e convênios; 11.5 Garantir a ampliação progressiva de vagas públicas e privadas, mediante convênios com instituições de ensino profissionalizante, contemplando, inclusive, os educandos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação; 11.6 Assegurar professores especializados, bem como recursos humanos, materiais e financeiros adequados à manutenção da qualidade dos cursos oferecidos, através de parcerias, seminários, projetos, cursos e palestras; 11.7 Articular, em parceria com os governos federal, estadual e municipal e iniciativa privada, uma rede integrada de informações que oriente a política educacional para satisfazer às necessidades de formação inicial e continuada da força de trabalho; 11.8 Implementar políticas públicas para a capacitação específica e diversificada para as pessoas com deficiência e/ou necessidades especiais; 11.9 Assegurar a entrada de alunos nos programas, a partir de 14 anos, sem limites de idade máxima; 11.10 Viabilizar a promoção de cursos profissionalizantes aos finais de semana; 11.11 Garantir a adequação do espaço físico e material didático para a pessoa com deficiência; 11.12 Firmar, anualmente, convênios com o Governo do Estado do RS e com outras instâncias, a fim de auxiliar o Ensino Médio Estadual no Município, referente ao transporte escolar e a outras necessidades; 11.13 Incentivar parcerias entre as escolas de Ensino Médio da rede pública e privada, instituindo projetos, seminários, palestras, feiras, simulados e integração esportiva; 11.14 Desenvolver projetos junto aos alunos da rede municipal, incluindo as áreas de Língua Estrangeira e Artes, sendo tais projetos criados pela escola ou por alunos da escola privada ou pública do Ensino Médio; 11.15 Realizar parceria, anualmente, com a Escola de Curso Normal – Nível Médio, a fim de que os futuros educadores possam realizar práticas de ensino e estágio nas escolas da rede municipal; 11.16 Participar da Feira do Livro e de projetos que envolvam a Arte e o Teatro, com vistas à promoção da cultura; 164

11.17 Incentivar os jovens à continuidade dos estudos, a fim de aprimorar o conhecimento e prepará-los para o mundo do trabalho. Incentivo especial, anualmente, às Escolas de Educação Profissional e a egressos carentes do Ensino Médio, oportunizando-lhes, pela via de professores voluntários, palestras, aulas e outras atividades com vistas ao acesso ao Ensino Superior; 11.18 Incentivar os jovens à continuidade dos estudos, a fim de aprimorar o conhecimento e prepará-los para o mundo do trabalho. Incentivo especial, anualmente, às Escolas de Educação Profissional e a egressos carentes do Ensino Médio, oportunizando-lhes, pela via de professores voluntários, palestras, aulas e outras atividades com vistas ao acesso ao Ensino Superior.

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EIXO VII - ENSINO SUPERIOR

Segundo a LDBEN/96, a Educação Superior é subdividida em Graduação e Pós-Graduação, cabendo à União:

“autorizar, reconhecer, credenciar, supervisionar e avaliar, respectivamente, os cursos das instituições de educação superior e os estabelecimentos do seu sistema de ensino (Art. 9º, parágrafo IX).

Esse nível de educação deve garantir a formação de profissionais capazes de compreender, investigar, reconstruir e aplicar os conhecimentos necessários para o desenvolvimento da cidade e do país. A importância da formação nesse nível de ensino para o trabalho da educação Básica deve primar pela garantia de uma formação superior de professores, considerando a formação pedagógica dos futuros professores, visando a uma educação integral e interdisciplinar e não apenas em áreas específicas; envolvimento dos estudantes, futuros professores e profissionais de educação básica em discussões, promovendo aproximação entre Escola Pública e Universidade.

META 12- PNE: Elevar a taxa bruta de matrícula na educação superior para 50% (cinquenta por cento) e a taxa líquida para 33% (trinta e três por cento) da população de 18 (dezoito) a 24 (vinte e quatro) anos, assegurada a qualidade da oferta e expansão para, pelo menos, 40% (quarenta por cento) das novas matrículas, no segmento público.

META 12 PEE-RS: elevar a taxa bruta da matrícula na educação superior para 55% (cinquenta por cento) e a taxa líquida para 37% (trinta e sete por cento) da população de 18 (dezoito) a 24 (vinte e quatro) anos, assegurada a qualidade da oferta e expansão para, pelo menos, 40% (quarenta por cento) das novas matrículas, no segmento público. 166

META 12- PME: Estimular a taxa bruta de matrícula na educação superior para 50% (cinquenta por cento) e a taxa líquida para 33% (trinta e três por cento) da população de 18 (dezoito) a 24 (vinte e quatro) anos, assegurada a qualidade da oferta e expansão para, pelo menos, 40% (quarenta por cento) das novas matrículas, no segmento público.

Estratégias: 12.1 Estimular a criação cultural e o desenvolvimento do espírito científico e do pensamento reflexivo, através de parcerias público/ privada; 12.2 Incentivar o trabalho que vise ao desenvolvimento da ciência e da tecnologia, à criação e à difusão da cultura e, desse modo, ao atendimento do homem e do meio em que vive; 12.3 Propor profissionais nas diferentes áreas do conhecimento, aptos para a inserção no mercado de trabalho e para a participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, com inclusão social; 12.4 Incentivar a criação de cursos, em nível superior, com propostas inovadoras, sejam eles sequenciais ou modulares; 12.5 Propor o aumento do número de vagas e de cursos ofertados pela Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (UERGS), em parceria, pelas Instituições Públicas, estaduais e federais; 12.6 Estimular a inclusão de representantes da sociedade civil, organizada, nos Conselhos Universitários; 12.7 Estimular a adoção, pelas instituições públicas e privadas, de programas de assistência estudantil, tais como bolsa-trabalho, bolsa-estudo ou outros, destinados a apoiar os estudantes comprovadamente carentes e/ou os que demonstrarem bom desempenho acadêmico, mediante avaliação dos pedidos por comissão paritária, criada para este fim; 12.8 Participar no desenvolvimento do Ensino Universitário no município e/ou incentivá-lo, através de convênios, acordos e parcerias, com setores públicos e privados, visando ao apoio técnico para a organização do município; 167

12.9 Proporcionar estágios em órgãos da administração municipal a estudantes do Ensino Superior, mediante convênio com agentes de integração empresa escola, nos termos da Lei Federal nº 6.494/1977, a fim de completar, pela prática, o ensino acadêmico; 12.10 Incentivar as Instituições de Ensino Superior- IES para que criem estratégias de elevação das taxas de permanência e conclusão dos estudantes nos cursos, através de inovações acadêmicas e projetos de extensão que valorizem a aquisição de competências, garantindo a qualidade de ensino; difusão publica e valorização social; 12.11 Assegurar a oferta de cursos de formação de professores, especialmente nas áreas que possuem déficit de profissionais, buscando a diminuição dos valores dos cursos e taxas e carga horária efetiva para a realização dos estágios curriculares obrigatórios; 12.12 Articular e ampliar por meio de programas especiais, as políticas de inclusão e de assistência estudantil nas instituições públicas de educação superior, de modo a ampliar as taxas de acesso à educação superior de estudantes egressos da escola pública, apoiando seu sucesso acadêmico; 12.13 Articular parcerias com as instituições de Ensino Superior- IES para ampliação dos projetos de ensino, pesquisa e extensão universitária, por meio de projetos voltados à comunidade local, envolvendo as diferentes áreas do conhecimento; 12.14 Assegurar as condições de acessibilidade nas instituições de ensino superior - IES, na forma da legislação, por meio do acesso e permanência com qualidade do estudante com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação, oferecendo cursos de capacitação sobre inclusão aos docentes; 12.15 Expandir atendimento específico à população do campo em relação a acesso, permanência, conclusão e formação de profissionais para atuação junto a estas populações; 12.16 Viabilizar parcerias entre Prefeitura, Instituições de Ensino Superior - IES e empresas, a fim de garantir a oferta do ensino superior a estudantes egressos do ensino médio, em especial os provenientes de escolas públicas, grupos, historicamente desfavorecidos e populações do campo; 12.17 Oportunizar aos estudantes de graduação ministrar palestras e cursos nas escolas, com acompanhamento de professor e ou orientador; 168

12.18 Articular e propor a manutenção e qualificação dos programas de atualização para os egressos do ensino superior, visando à complementação curricular; 12.19 Fomentar novas formas de ingresso nas Instituições de Ensino Superior – IES, especialmente para os estudantes provenientes do Ensino Médio; 12.20 Ensejar condições para a ampliação da oferta de vagas na educação superior na rede pública, buscando garantir um equilíbrio entre a oferta atual do ensino público e do ensino privado; 12.21 Estabelecer parcerias e convênios, entre as Escolas Municipais e Estaduais e as instituições de ensino superior para a criação de equipes multidisciplinares(psicopedagogas, assistentes sociais, fonoaudiólogas, fisioterapeutas, neurologistas, terapeutas ocupacionais, pedagogas) para o atendimento da educação Infantil ao Ensino Médio, através de estágios e outras formas de extensão universitária; 12.22 Implementar e divulgar programas informativos e de incentivo ao jovem do Ensino Médio de escola pública sobre cursos e profissões, ofertas e vagas, políticas de amparo e/ou financiamento ao estudante universitário no que se refere ao acesso e permanência no ensino superior; 12.23 Criar Fórum Municipal para discussão dos interesses das Instituições de Ensino Superior; 12.24 Criar Fundo Municipal de fomento às Instituições de Ensino Superior, com participação publico privada; 12.25 Apoiar a infraestrutura logística nos Campi das Instituições de Ensino Superior.

META 13 PNE : Elevar a qualidade da educação superior e ampliar a proporção de mestres e doutores do corpo docente em efetivo exercício no conjunto do sistema de educação superior para 75% (setenta e cinco por cento), sendo, do total, no mínimo, 35% (trinta e cinco por cento) doutores.

META 13 PEE-RS: Elevar a qualidade da educação superior e ampliar a proporção de mestres e doutores do corpo docente em efetivo exercício no conjunto do sistema de educação superior para 90% (noventa por 169

cento), sendo, do total, no mínimo, 45% (quarenta e cinco por cento) doutores.

META 13 – PME: Apoiar a qualidade da educação superior a ampliar a proporção de mestres e doutores do corpo docente em efetivo exercício no conjunto do sistema de educação superior para 75% (setenta e cinco por cento), sendo, do total, no mínimo, 35% (trinta e cinco por cento) doutores.

Estratégias: 13.1 Propor a melhoria dos currículos dos cursos de licenciaturas, por meio da discussão entre as diferentes instituições de Ensino Superior e as escolas; 13.2 Sugerir e propor a criação de cursos de pós-graduação “stricto sensu”, de forma a possibilitar a pesquisa e, consequentemente, a melhoria da qualidade de ensino, em parcerias com as mantenedoras das instituições de ensino.

META 14 PNE : Elevar gradualmente o número de matrículas na pós-graduação stricto sensu, de modo a atingir a titulação anual de 60.000 (sessenta mil) mestres e 25.000 (vinte e cinco mil) doutores.

META 14 PEE-RS: Elevar gradualmente o número de matrículas na pós-graduação stricto sensu, de modo a atingir a titulação anual de 4.900 (quatro mil e novecentos) mestres e 2.300 (dois mil e trezentos) doutores.

META 14 PME: Incentivar para que o número de matrículas na pós-graduação stricto sensu, seja ampliada, de forma gradativa para a formação de mestres e doutores.

Estratégias: 14.1 Articular e fomentar parcerias com a iniciativa privada, com vistas ao custeio de cursos de pós-graduação “stricto sensu” para estudantes que assim necessitarem; 170

14.2 Garantir e articular com o professor da educação pública a possibilidade de acesso à pós-graduação “lato sensu”, e organizar o horário do professor e dar acesso à participação do curso; 14.3 Ampliar a oferta de cursos de pós-graduação “stricto sensu” a partir de pesquisas das necessidades dos profissionais das diferentes áreas e com possibilidade de aplicação, diversificando as linhas de pesquisa.

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EIXO VIII - PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO

O Art 13, da LDBEN/96 especifica o trabalho do professor, definindo as suas atribuições: I - Participar da proposta pedagógica do estabelecimento de ensino; II -Elaborar e cumprir plano de trabalho, segundo a proposta pedagógica do estabelecimento de ensino; III - Zelar pela aprendizagem dos alunos; IV - Estabelecer estratégias de recuperação para os alunos de menor rendimento; V -Ministrar os dias letivos e horas-aula estabelecidos, além de participar integralmente dos períodos dedicados ao planejamento, à avaliação e ao desenvolvimento profissional; VI -Colaborar com as atividades de articulação da escola, das famílias e da comunidade. Os profissionais da educação são responsáveis por facilitar, organizar e ministrar teorias e práticas vinculadas aos processos educativos. No ensino formal são aqueles que trabalham nesta modalidade de ensino e em instituição de educação e/ou nos órgãos de administração educacional. Estão comprometidos, entre outros objetivos, com o desenvolvimento de competências, de habilidades, da formação de conceitos, da capacidade de leitura do mundo, da consciência e do agir coletivos e da valorização da autoestima e das identidades de grupos.

META 15 PNE : Garantir, em regime de colaboração entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, no prazo de 1 (um) ano de vigência deste PNE, política nacional de formação dos profissionais da educação de que tratam os incisos I, II e III do caput do art. 61 da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, assegurado que todos os professores e as professoras da educação básica possuam formação específica de nível superior, obtida em curso de licenciatura na área de conhecimento em que atuam.

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META 15 PEE-RS: implantar o Sistema Estadual de Formação e de Valorização dos Profissionais da Educação, no prazo de 1 (um) ano a partir da aprovação desse PEERS, assegurando que todos os professores da educação básica possuam formação específica de nível superior, obtida em curso de licenciatura na área de conhecimento em que atuam, até o último ano de vigência desse Plano. META 15 PME: garantir, em regime de colaboração entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, no prazo de 1 (um) ano de vigência deste PME, política municipal de formação dos profissionais da educação de que tratam os incisos I, II e III do caput do art. 61 da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, assegurando que todos os professores e as professoras da educação básica possuam formação específica de nível superior, obtida em curso de licenciatura na área de conhecimento em que atuam.

Estratégias: 15.1 Atuar, conjuntamente, com base em plano estratégico que apresente diagnóstico das necessidades de formação de profissionais da educação e da capacidade de atendimento, por parte de instituições públicas e comunitárias de educação superior existentes nos Estados, Distrito Federal e Municípios, e defina obrigações recíprocas entre os partícipes; 15.2 Fazer acontecer o financiamento estudantil a estudantes matriculados em cursos de licenciatura com avaliação positiva pelo Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior - SINAES, na forma da Lei no 10.861, de 14 de abril de 2004, inclusive a amortização do saldo devedor pela docência efetiva na rede pública de educação básica; 15.3 Ampliar programa permanente de iniciação à docência a estudantes matriculados em cursos de licenciatura, por meio de práticas pedagógicas, a fim de incentivar a formação de profissionais para atuar no magistério da educação básica pública; 15.4 Consolidar e ampliar plataforma eletrônica para organizar a oferta e as matrículas em cursos de formação inicial e continuada de profissionais da educação, bem como para divulgação e atualização dos currículos eletrônicos dos docentes; 173

15.5 Implementar programas específicos para formação de profissionais da educação para as escolas do campo e Educação Especial; 15.5.1 Ampliar programas específicos para formação de profissionais da educação para escolas urbanas de periferia com alunos carentes; 15.6 Promover a reforma curricular dos cursos de licenciatura e estimular a renovação pedagógica, de forma a assegurar o foco no aprendizado do (a) aluno (a), dividindo a carga horária em formação geral, formação na área do saber e didática específica e incorporando as modernas tecnologias de informação e comunicação, em articulação com a base nacional comum dos currículos da educação básica, de que tratam as estratégias 2.1, 2.2, 3.2 e 3.3 deste PNE; enfatizando a prática pedagógica e não somente teórica; 15.7 Garantir, por meio das funções de avaliação, regulação e supervisão da educação superior, a plena implementação das respectivas diretrizes curriculares; 15.8 Valorizar as práticas de ensino e os estágios nos cursos de formação de nível médio e superior dos profissionais da educação, visando ao trabalho sistemático de articulação entre a formação acadêmica e as demandas da educação básica; 15.9 Implementar cursos, como por ex: PARFOR..., e programas especiais para assegurar formação específica na educação superior, nas respectivas áreas de atuação, aos docentes com formação de nível médio na modalidade normal, não licenciados ou licenciados em área diversa da de atuação docente, em efetivo exercício; 15.10 Fomentar a oferta de cursos técnicos de nível médio e tecnológicos de nível superior destinados à formação, nas respectivas áreas de atuação, dos (as) profissionais da educação ; 15.11 Implantar, no prazo de 1 (um) ano de vigência desta Lei, política nacional de formação continuada para os (as) profissionais da educação de outros segmentos que não os do magistério, construída em regime de colaboração entre os entes federados; 15.12 Instituir programa de concessão de bolsas de estudos para que os professores de idiomas das escolas públicas de educação básica realizem estudos de imersão e aperfeiçoamento nos países que tenham como idioma nativo as línguas que lecionem; 15.13 Implementar e desenvolver modelos de formação docente para a educação profissional que valorizem a experiência prática, por meio da oferta, nas redes 174 federal e estadual de educação profissional, de cursos voltados à complementação e certificação didático-pedagógica de profissionais experientes.

META 16 PNE: Formar, em nível de pós-graduação, 50% (cinquenta por cento) dos professores da educação básica, até o último ano de vigência deste PNE, e garantir a todos (as) os (as) profissionais da educação básica formação continuada em sua área de atuação, considerando as necessidades, demandas e contextualizações dos sistemas de ensino.

META 16 PEES- RS: formar, em nível de pós-graduação, 50% (cinquenta por cento) dos professores da educação básica, até o último ano de vigência deste PME, e garantir a todos (as) os (as) profissionais da educação básica formação continuada em sua área de atuação, considerando as necessidades, demandas e contextualizações dos sistemas de ensino.

Meta 16 PME: Apoiar a formação, em nível de pós-graduação, 50% (cinquenta por cento) dos professores da educação básica, até o último ano de vigência deste PME, e garantir a todos (as) os (as) profissionais da educação básica formação continuada em sua área de atuação, considerando as necessidades, demandas e contextualizações dos sistemas de ensino.

Estratégias: 16.1 Realizar, em regime de colaboração, o planejamento estratégico para dimensionamento da demanda por formação continuada e fomentar a respectiva oferta por parte das instituições públicas de educação superior, de forma orgânica e articulada às políticas de formação dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; 16.2 Implementar e consolidar política nacional de formação de professores da educação básica, definindo diretrizes nacionais, áreas específicas e prioritárias, instituições formadoras e processos de certificação das atividades formativas; 175

16.3 Expandir programa de composição de acervo de obras didáticas, paradidáticas e de literatura e de dicionários, e programa específico de acesso a bens culturais, incluindo obras e materiais produzidos em Libras e em Braille, sem prejuízo de outros, a serem disponibilizados para os professores da rede pública de educação básica, favorecendo a construção do conhecimento e a valorização da cultura da investigação; 16.3.1 Ampliar a liberdade de escolha própria à realidade escolar, destinando recursos financeiros; 16.4 Ampliar oferta e consolidar portal eletrônico para subsidiar a atuação dos professores e das professoras da educação básica, disponibilizando gratuitamente materiais didáticos e pedagógicos suplementares, inclusive aqueles com formato acessível; 16.5 Incentivar ou participar em programas à oferta de bolsas de estudo para pós- graduação dos professores e das professoras e demais profissionais da educação básica; 16.6 Fortalecer a formação dos professores e das professoras das escolas públicas de educação básica, por meio da implementação das ações do Plano Nacional do Livro e Leitura e da instituição de programa nacional de disponibilização de recursos para acesso a bens culturais, fomentando a implantação do vale-cultura ao magistério público.

META 17- PNE: Valorizar os (as) profissionais do magistério das redes públicas de educação básica de forma a equiparar seu rendimento médio ao dos (as) demais profissionais com escolaridade equivalente, até o final do sexto ano de vigência deste PNE.

META 17 – PEED- RS: formar, em nível de pós-graduação, 60% (sessenta por cento) dos professores e professoras da educação básica, até o último ano de vigência deste PEERS, e garantir a todos/as os/as profissionais da educação básica formação continuada em sua área de atuação, considerando as necessidades, demandas e contextos dos sistemas de ensino.

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META 17 – PME: valorizar os (as) profissionais do magistério das redes públicas de educação básica de forma a equiparar seu rendimento médio ao dos (as) demais profissionais com escolaridade equivalente, até o final da vigência deste PME.

Estratégias: 17.1 Constituir, por iniciativa do Ministério da Educação, o cumprimento permanentemente, fórum, com representação da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e dos trabalhadores da educação, para acompanhamento da atualização progressiva do valor do piso salarial nacional para os profissionais do magistério público da educação básica; 17.2 Constituir como tarefa do fórum permanente o acompanhamento da evolução salarial por meio de indicadores da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios PNAD, periodicamente divulgados pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE; 17.3 Implementar, no âmbito da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, Planos de Carreira para os (as) profissionais do magistério das redes públicas de educação básica, observados os critérios estabelecidos na Lei no 11.738, de 16 de julho de 2008, com implantação gradual do cumprimento da jornada de trabalho em um único estabelecimento escolar; 17.4 Ampliar e efetivar a assistência financeira específica da União aos entes federados para implementação de políticas de valorização dos (as) profissionais do magistério, em particular o piso salarial nacional profissional.

META 18- PNE: Assegurar, no prazo de 2 (dois) anos, a existência de Planos de Carreira para os (as) profissionais da educação básica e superior pública de todos os sistemas de ensino e, para o Plano de Carreira dos (as) profissionais da educação básica pública, tomar como referência o piso salarial nacional profissional, definido em lei federal, nos termos do inciso VIII do art. 206 da Constituição Federal.

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META 18- PEE-RS: valorizar o magistério público da educação básica, a fim de igualar o rendimento médio dos profissionais do magistério ao dos demais profissionais com escolaridade equivalente, até o final do sexto ano de vigência deste PEERS.

META 18 –PME: reestruturar, no prazo de 2 (dois) anos, a existência de Planos de Carreira para os (as) profissionais da educação básica de todos os sistemas de ensino e, para o Plano de Carreira dos (as) profissionais da educação básica pública, tomar como referência o piso salarial nacional profissional, definido em lei federal, nos termos do inciso VIII do art. 206 da Constituição Federal.

Estratégias: 18.1 Estruturar as redes públicas de educação básica de modo que, 90% (noventa por cento), no mínimo, dos respectivos profissionais do magistério e 50% (cinquenta por cento), no mínimo, dos respectivos profissionais da educação não docentes sejam ocupantes de cargos de provimento efetivo e estejam em exercício nas redes escolares a que se encontrem vinculados; 18.2 Implantar, nas redes públicas de educação básica e superior, acompanhamento dos profissionais iniciantes, supervisionados por equipe de profissionais experientes, a fim de fundamentar, com base em avaliação documentada, a decisão pela efetivação após o estágio probatório e oferecer, durante esse período, curso de aprofundamento de estudos na área de atuação do (a) professor (a), com destaque para os conteúdos a serem ensinados e as metodologias de ensino de cada disciplina; 18.3 Realizar, por iniciativa do Ministério da Educação, a cada 2 (dois) anos, a prova nacional para subsidiar os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, mediante adesão, na realização de concursos públicos de admissão de profissionais do magistério da educação básica pública; 18.4 Prever e implementar, nos Planos de Carreira dos profissionais da educação dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, licenças remuneradas e 178 incentivos para qualificação profissional, inclusive em nível de Pós-Graduação stricto sensu; 18.5 Realizar anualmente, a partir do segundo ano de vigência deste PNE, por iniciativa do Ministério da Educação, em regime de colaboração, o censo dos (as) profissionais da educação básica de outros segmentos que não os do magistério; 18.6 Considerar as especificidades socioculturais das escolas do campo, da periferia e das comunidades indígenas e quilombolas no provimento de cargos efetivos para essas escolas; 18.7 Priorizar o repasse de transferências federais voluntárias, na área de educação, para os Estados, o Distrito Federal e os Municípios que tenham aprovado lei específica estabelecendo Planos de Carreira para os (as) profissionais da educação; 18.8 Estimular a existência de comissões permanentes de profissionais da educação de todos os sistemas de ensino, em todas as instâncias da Federação, para subsidiar os órgãos competentes na elaboração, reestruturação e implementação dos Planos de Carreira; 18.9 Implementar e assegurar o pagamento de unidocência aos professores, no Plano de Carreira.

META 19 PNE : Assegurar condições, no prazo de 2 (dois), para a efetivação da gestão democrática da educação, associada a critérios técnicos de mérito e desempenho e à consulta pública à comunidade escolar, no âmbito das escolas públicas, prevendo recursos e apoio técnico da União para tanto.

META 19 PEE-RS: assegurar condições, sob responsabilidade dos sistemas de ensino, durante a vigência do Plano, para a efetivação da gestão democrática da educação pública e do regime de colaboração, através do fortalecimento de conselhos de participação e controle social, e da gestão democrática escolar, considerando três pilares, no âmbito das escolas públicas: conselhos escolares, descentralização de recursos e progressivos mecanismos de autonomia financeira e administrativa e provimento democrático da função de gestor; prevendo recursos e 179

apoio técnico da União, bem como recursos próprios da esfera estadual e municipal.

META 19-PME: assegurar condições, no prazo de 3 (três) anos, para a efetivação da gestão democrática da educação, associada a critérios técnicos de mérito e desempenho e à consulta pública à comunidade escolar, no âmbito das escolas públicas, prevendo recursos e apoio técnico da União e do Estado para tanto.

Estratégias: Gestão e Direção das escolas 19.1 Priorizar o repasse de transferências voluntárias na área da educação para o Estado e o Município, desde que tenham aprovada lei específica, prevendo a observância de critérios técnicos sem meritocracia e sem desempenho e a processos que garantam a participação da comunidade escolar preliminares ao processo eleitoral e à nomeação comissionada de diretores escolares; 19.2 Oferecer e garantir que as Mantenedoras organizem cursos preparatórios de gestão escolar para candidatos à direção das escolas, que enfoquem temas de práticas pedagógicas e administrativas atualizadas; 19.3 Assegurar a garantia que provimento do cargo de gestor escolar , na Educação Básica, seja por meio de eleição direta com a participação da comunidade escolar, sendo permitida uma única reeleição, com mandato de 03 anos cada; 19.4 Fomentar e revisar os planos de carreira existentes nas redes pública e privada garantindo ampla discussão, participação e aprovação pelos representantes da categoria, incluindo plano de carreira para funcionários; 19.5 Garantir que os concursos públicos para o provimento de cargos de professor, dos anos finais do ensino fundamental e do ensino médio, seja por componente curricular; 19.6 Assegurar que os concursos públicos, a criação de cargos para o provimento de cargos de secretários nas escolas tenham a formação mínima do ensino médio; 19.7 Garantir que mesmo em caráter de contratação emergencial/horas extras e/ou situações de substituição de professor titular, o profissional contratado tenha habilidades específica para área de atuação; 180

19.8 Assegurar, na formação inicial e continuada, novos saberes tecnológicos e científicos, assegurando que, junto com os recursos tecnológicos, as escolas contem com professores qualificados para trabalhar exclusivamente nessa área; 19.9 Organizar, em regime de colaboração, a inserção dos professores nas novas tecnologias de comunicação e informação, de acordo com a implantação de laboratórios e recursos em cada escola; 19.10 Dar continuidade, nas redes públicas e privadas, a 1/3 de carga horária dos professores para planejamento das aulas, conforme Lei Federal Nº 11.738/2008 e, a contar da data de sua aprovação; 19.11 Implementar e garantir, por meio das mantenedoras, apoio pedagógico às unidades escolares, através de uma assessoria permanente de qualidade; 19.12 Fomentar e implementar, por meio das mantenedoras públicas e privadas, políticas de saúde preventiva aos profissionais da educação, preservando a qualidade de vida; 19.13 Estimular e assegurar a participação coletiva dos professores e demais trabalhadores em educação na tomada de decisões que envolvam o aspecto político-pedagógico, garantindo a democratização na escola; 19.14 Dotar e articular ações capazes de desburocratizar a gestão e a administração financeira, possibilitando por meio de uma dinâmica democrática, legítima e transparente, maior autonomia às unidades escolares; 19.15 Garantir que a mantenedora ofereça condições favoráveis ao ensino, com infraestrutura adequada, bem como equipamentos necessários ao desenvolvimento das ações pedagógicas e administrativas.

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EIXO IX - Financiamento da Educação

A Constituição Federal (CF/88), em consonância com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional LDBEN/96, definem que os recursos devem ser provenientes de: receita de transferências constitucionais e outras transferências; receita de impostos próprios da União dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; receita de incentivos fiscais; receita do salário educação e de outras contribuições sociais; de outros recursos previstos em leis específicas.

A LDBEN/96 dispõe ainda, em seu Art. 74, que a União, em colaboração com os Estados, o Distrito Federal e os Municípios "estabelecerá padrão mínimo de oportunidades educacionais para o ensino fundamental, baseado no cálculo do custo mínimo por estudante, capaz de assegurar ensino de qualidade" A aplicação de recursos financeiros se encontra regulamentada por meio da Lei Federal nº 1149/07, que instituiu o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (FUNDEB). A portaria do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) nº 344, de 10 de outubro de 2008, estabeleceu procedimentos sobre a criação, composição, Distrital e Municipal.

O Município de Frederico Westphalen, na forma da citada legislação, aprovou a Lei 3.178, de 16 de agosto de 2007 , que instituiu o Conselho Municipal de Acompanhamento e Controle Social do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica, conhecido com CMACS do FUNDEB, que tem, entre outras funções: supervisionar a realização do censo escolar; acompanhar a transferência e aplicação dos recursos; examinar registros contábeis e demonstrativos gerenciais mensais; requerer ao Executivo documentos necessários para a conferência e acompanhamento do FUNDEB; realizar visitas "in loco"; emitir parecer sobre a prestação de contas; acompanhar a aplicação dos recursos do Programa Nacional de Apoio ao Transporte Escolar; formular parecer e observar a correta aplicação de no mínimo 60% dos recursos do Fundo na remuneração dos profissionais do magistério da educação básica em efetivo exercício. O Projeto de Lei nº 8035/2010, art. 10, do PNE, prevê "o plano plurianual, as diretrizes orçamentárias e os orçamentos anuais da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios deverão ser formulados de maneira a assegurar a consignação de dotações orçamentárias compatíveis com as diretrizes, metas e estratégias do PNE 182

2011/2020 e com os respectivos planos de educação, a fim de viabilizar sua plena execução.

Para os recursos atualmente disponíveis para a educação do Município e das estratégias para sua ampliação, o financiamento da educação deverá: estabelecer o custo para se alcançar cada uma das metas do presente plano, permitindo assim, seu acompanhamento e garantia de recursos nas leis orçamentárias. Considerar e definir o custo da educação por estudante para o Município de Frederico Westphalen, como base para financiamento das metas deste Plano Municipal de Educação; manter o disposto no texto constitucional no que se refere ao financiamento da educação, contextualizando a educação infantil como responsabilidade do município e o compartilhamento de responsabilidades frente ao ensino fundamental pelo Estado e pelo Município.

META 20- PNE: Ampliar o investimento público em educação pública de forma a atingir, no mínimo, o patamar de 7% (sete por cento) do Produto Interno Bruto - PIB do País no 5º (quinto) ano de vigência desta Lei e, no mínimo, o equivalente a 10% (dez por cento) do PIB ao final do decênio.

Meta 20 PEE-RS: garantir o investimento público em educação pública, assegurando

a competência de cada ente federado, de forma a atingir, no

mínimo, o patamar de 7% (sete por cento) do Produto Interno

Bruto (PIB) do País no 5º (quinto) ano de vigência deste PEE-

RS, e o equivalente a 10% (dez por cento) do PIB ao final da

sua vigência.

META 20 –PME: ampliar o investimento público em educação pública de forma a atingir, no mínimo, o patamar de 7% (sete por cento) do Produto Interno Bruto - PIB do País no 5º (quinto) ano de 183

vigência desta Lei e, no mínimo, o equivalente a 10% (dez por cento) do PIB ao final do decênio.

Estratégias: 20.1 Garantir fonte de financiamento permanente e sustentável para todas as etapas e modalidades da educação básica; 20.2 Aperfeiçoar e ampliar os mecanismos de acompanhamento da arrecadação da contribuição social do salário educação e de todos os recursos públicos aplicados em educação, bem como de controle de investimento e tipo de despesa per capita, por estudante, em todas as etapas da educação pública; 20.3 Ampliar o percentual de investimento mínimo obrigatório de recursos financeiros direcionados aos estudantes dos diferentes níveis e modalidades da educação básica, baseado no critério custo/aluno/qualidade; 20.4 Destinar recursos do Fundo Social ao desenvolvimento do ensino; 20.5 Assegurar a participação ativa das comunidades nas definições referentes às verbas de investimento e qualificação das escolas, de forma aberta, democrática e pública; 20.6 Estabelecer a educação infantil como prioridade para ampliação do investimento dos recursos vinculados ao Programa de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino (MDE); 20.7 Articular e implementar a Lei da Autonomia Financeira das escolas públicas, a partir do regimento existente, e da participação das comunidades e das Mantenedoras; 20.8 Organizar e buscar a permanente qualificação dos espaços pedagógicos das escolas, considerando suas particularidades e necessidades, em ações conjuntas entre cada mantenedora e suas escolas; 20.9 Implementar e criar projetos em parceria com outras entidades para desenvolver atividades socioeducativas e culturais, buscando o convívio e a formação do cidadão, usando, para isso, as escolas e os espaços disponíveis na comunidade; 20.10 Garantir a continuidade da qualidade da alimentação escolar oferecida, prevendo a complementação de recursos nos respectivos orçamentos públicos; 20.11 Ampliar e garantir recursos para investir na formação continuada de todos os profissionais da educação, visando a atender as diferentes especificidades; 184

20.12 Ampliar e investir na informatização das escolas, nos aspectos administrativos e pedagógicos, e na conexão em rede dos estabelecimentos de ensino com suas mantenedoras e destes entre si, acompanhando a evolução dos recursos tecnológicos; 20.13 Ampliar, oferecer e garantir o transporte escolar no campo, em parceria com a União e o Estado, para atender às necessidades dos alunos, conforme legislação; 20.14 Fortalecer os mecanismos e os instrumentos que promovam a transparência e o controle social na utilização dos recursos públicos aplicados em educação; 20.15 Instituir e organizar encontros ou reuniões do financiamento do Plano Municipal de Educação - PME, periódicos durante a vigência do mesmo, a fim de viabilizar a inclusão de suas proposições na elaboração do Plano Plurianual; 20.16 Garantir, anualmente, ações para a formação continuada dos gestores e do magistério municipal, com vistas a otimizar o desempenho de suas funções, a melhoria contínua da prática pedagógica e a promoção do Plano de Carreira; 20.17 Admitir professores e demais profissionais de educação, a partir da entrada em vigor deste PME, com as qualificações mínimas exigidas no artigo 62 da LDB e no Plano de Carreira Municipal; 20.18 Implementar ações curriculares sobre a História do Rio Grande do Sul, o Folclore, o Meio Ambiente, o Gaúcho, entre outros temas da atualidade; 20.19 Promover cursos, palestras e oficinas para funcionários das escolas para, promover a sua autoestima, manter o entusiasmo por suas atividades, incluindo a receptividade aos pais e a outros visitantes; 20.20 Participar, como gestores, professores e funcionários de projetos e de cursos de extensão, oferecidos aos pais e outros interessados, tanto da área urbana quanto da área rural.

13. ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PLANO

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Este Plano, estruturado e elaborado pelo coletivo humano do Município, para 10 (dez) anos, com o fim de manter-se atual, moderno, eficaz e exequível, será acompanhado e avaliado pela comunidade, podendo, se necessário, ser redimensionado, sempre em que nova legislação ou necessidade social o recomendar ou exigir, por meio de Fóruns de avaliação organizados pelo Governo do Município, através da SMEC, a partir do segundo ano de vigência. Integrarão os Fóruns, os Poderes do Município – Executivo e Legislativo, com a participação do Poder Judiciário, do Ministério Público e da sociedade civil, através de representantes, observando-se, sobretudo, que a Secretaria Municipal da Educação e Cultura, o Conselho Municipal de Educação, os Conselhos Escolares e o Poder Legislativo através da Comissão de Educação, Saúde e Assistência Social ou equivalente, em articulação com o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente e entidades da sociedade civil, acompanharão a execução do Plano Municipal de Educação, ocorrendo sua primeira avaliação após o segundo ano de vigência da Lei que o institui. Cabe à SMEC proceder a elaboração e a promoção de mecanismos para o registro das alterações prováveis do Plano, passando relatório ao CME, que emitirá parecer prévio, encaminhando-o ao Executivo Municipal, que comunicará ao Legislativo Municipal e aos componentes do Fórum de Acompanhamento e de Avaliação, a data das sessões de avaliação. A implementação e o desenvolvimento desse Plano deverá, igualmente, assegurar a sua integração com instâncias da Administração Pública - Federal e Estadual -, para que muitas de suas proposições se concretizem, cabendo aos Poderes Executivo e Legislativo, através de suas representações, acompanhar a implantação e o desenvolvimento das ações, para garantir que os prazos sejam cumpridos e as metas atingidas. Também, é competência da Câmara de Vereadores, a aprovação de mecanismos que se façam necessários para as possíveis correções, durante a vigência do presente Plano.

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