Estudo Especial Dez Anos De Paulo Afonso
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CONJUNTURA ECONOMICA ESTUDO ESPECIAL DEZ ANOS DE PAULO AFONSO Há 10 anos atrás, entravam em operação os 3 primeiros gru pos geradores (de 60 mil kW de capacidade cada um) da Usina I de Paulo Afonso, no Rio São Francisco, num coroamento auspi cioso da primeira etapa dos trabalhos da CHESF Cia. Hidro-Elé trica do São Francisco. Simultâneamente, passavam a funcionar duas linhas primá rias de transmissão (de 230 kv de tensão), uma designada ini cialmente "linha Norte", com destino a Recife (405 km de exten são), e a outra, chamada "linha Sul", para Salvador (com 456 km). Em ambas as linhas haviam sido instaladas duas estações transfor madoras: a intermédia de Angelina, PE, e a terminal de Recife, na "linha Norte"; a intermédia de Itabaiana, SE, e a terminal de Salvador. Para que se tenha idéia do es 180 mil da referida Usina I (três pantoso crescimento de geração grupos-geradores de 60 mil kW) e expansão dos "Sistemas Chesf", e os restantes 20 mil provenien basta assinalar que em 1955 a tes da queima de gás do subsolo respectiva produção de energia baiano, na Usina de Cotegi pe, foi de 226 milhões de kWh, en também da referida emprêsa de quanto em 1964 atingiu 1 624 economia mista. milhões e no decurso de 1965 Seguiram-se aos 3 primeiros chegará a cêrca de 2 bilhões. grupos da Usina I de Paulo Afon Em 1955, a capacidade insta so 3 outros geradores (de 65 mil lada da CHESF alcançava, a seu kW cada) da Usina II de Pau turno, 200 mil kW, dos quais lo Afonso, que entraram a ope- .MAIO/l'6$ .1 rar em 1961 (4.8 unidade), . .. chegava a 15, ascendia a 147 em 1962 (5.8 unidade) e 1964 (6.8 1961,332 em 1963 e a 403 em unidade). Dessa Usina lI, res 1964, tudo indicando que, em tam a ser implantadas e a entrar 1965, superará a casa de meio em funcionamento outras 3 uni milhar (QUADRO I). E os "sis dades: a 7." (em julho de 1967, temas CHESF", que em 1955/ previsivelmente), a 8" (entre 56 abrangiam parte dos Estados outubro e dezembro de 1967) da Bahia, Sergipe, Alagoas, Per e a 9." (em meados de 1969). nambuco e Paraíba, integram hoje porção bem maior senão Simultâneamente, está sendo a quase total dêsses Estados e mais construída a 3. "Casa de Fôrça" os do Ceará e Rio Grande do ou Usina III de Paulo Afonso, Norte . que conterá as 8 últimas unida des dêsse ponto de aproveita REALIZAÇÕES ENTRE 1945 E 1960 mento do Rio S. Francisco, uni dades essas de 150 mil kW ca Como se recorda, a Cia. Hidro da, a operarem sucessivamente Elétrica do S. Francisco (Chesf) já a partir de 1970 e pelos pri foi criada pelo Decreto-lei n.o meiros anos da década dos 70. 8.031, de 3 de outubro de 1945, O número de municípios e dis e autorizada a funcionar, como tritos atendidos pela energia da em prêsa de energia elétrica, por CHESF, que em 1955/56 mal outro decreto da mesma data, o de n.O 19.706. Êsse último diplo. I _ CHESF - MUNICÍPIOS E ma outorgou concessão à CHESF DISTRITOS SERVIDOS COM ENERGIA pelo prazo de 50 anos, para o DE PAULO AFONSO 1961/ 1964 aproveitamento progressivo da I energia hidráulica do Rio S. ESTADOS 1961 1962 1963 1964* Francisco, no trecho entre Juà• zeiro (BA) e Marechal Floriano Ceará . 6 9 11 (AL), para o fornecimento de R. G. do Norte - 4 5 energia elétrica em alta tensão aos concessionários de serviços Paraíba · . 22 34 46 47 públicos na respectiva área, bem 43 84 114 128 PE:rnambuco •• como, retpeitados os direitos de 15 34 39 Alagoas • • • • • 12 terceiros, realizar a distribuição 59 60 Sergipe • ••••• 36 43 direta de eletricidade na mesma Bahia • • • • • • • 34 59 66 71 região. Aludida área vem sendo sucessivamente dilatada e em 20 TOTAL • • • 147 241 332 361 de agôsto do ano findo, pelo De· (') Até 30/ 6/ 64. ereto n.O 54 160, passou a abran· FONTE; CHESV. CONJUNTURA ECONÔ"\C~ 42 , COMPANHIA HIDRO-ELETRICA DO S. FRANCISCO PLANO DE ELETRIFICACAO DO NORDESTE SISTEMAS DE TRANSMISSÃO . • MARAN~ÃO . .. .' ·• .. • • CEARA' • I R. G. 00 NORTE ' ~i/ ." 0'- :." ,. • , • . ". .' . • • .',,' . c . ... PARA IBA • .......... ' . , " .- .:. '. -". '.• '.. ' . ,.....' • •• P I A U I PEFHIAMílUCO .'.. .' ' . ..... .... ' .. '" . '. ALAG OAS . • • , A H I A CONVE ~~ ÕE5 :wn-. --- .... ,,, .......... kw __ _.... ....._ ...u .. "", ... ... ~ ........ • L .... CHESF ger também o norte dos Estados do a montagem e operação ini do Rio Grande do Norte e Ceará. cial dos 4.° e 5.° grupos-gerado_ res de Paulo Afonso. De então Uma vez organizada a Com para cá, foi implantada a 6,8 uni panhia' iniciou-se o estudo do dade (grupo-gerador) e inicia mercado consumidor regional, dos os trabalhos da Usina 1Il começando pelas regiões de (140 m x 40 m x 30 m) . maior densidade econômica e aos poucos chegando aos Estados Ao iniciar-se a década dos 60) do Rio Grande do Norte, Ceará estavam concluídas dentre ou e Piauí, além de atingir o sul da tras, a 2." linha (2.° circuito) Bahia e já agora o nordeste de Paulo Afonso Recife; a Juça· Minas, visando à interligação ral Vitória de Santo Antão com os Sistemas CEMIG Cen (PE) de 69 kv, a Salvador-Co· trais Elétricas de Minas Gerais, tegipe (60 kv), a Cotegipe-Ca· via Jequié Vitória da Conquis tu (69 kv), a Delmiro de Gou· ta (BA) e Montes Claros (MG). veia Lagoinha (AL) de 69 kv, e em prosseguimento as de: Pau Entre 1947 e 1948, proces lo Afonso Bom Nome (PE), sou-se a tomada de capitais pú Bom Nome Milagres (CE), blicos e privados, para a consti Angelim (PE) Campina Gran· tuição e funcionamento da de (MT), de 230 kv, além de CHESF e bem assim a elabora Milagres J uàzeiro (CE), Juà· ção dos anteprojetos, projetos, zeiro Crato (CE), Angelim trabalhos preparatórios e preli (PE) Viçosa (AL), de 69 kW, minares, obras de ensecadeiras e e outras em projeto . • serV1ços outros, que marcaram, Com a criação, em 1959, do com a sua criatividade e arrôjo CODENO Conselho do Desen técnico, um dos pontos altos da volvimento do Nordeste, substi evolução da engenharia brasilei tuído, 2 anos após, pela SUDE· ra. NE Superintendência do De· Daí até 1955/56, as obras senvolvimento do Nordeste) o atingiram tal ritmo que permiti início de funcionamento da ELE ram abrir e acabar a "catedral" TROBRÁS Centrais Elétricas da primeira Casa de Fôrça ou Brasileiras e a cooperação do Usina I (63 m x 32 m x 15 m) BNDE Banco Nacional do De· e iniciar a da Usina: 11 (108 m x senvolvimento Econômico, da 37 m x 16,5 m). CVSF Comissão do Vale do S. A abertura e o acabamento da Francisco, do DNOCS Depar· segunda Casa de Fôrça cobriram tamento Nacional de Obras con· o interregno 1956/61, aí incluin- tra as Sêcas, do MME Minis· 44 CONJUNTURA ECONOMICA 11 - ESTIMATIVA MÍNIMA DAS PREVISÕES D A DEMANDA NOS PRINCIPAIS SISTEMAS CHESF (Em milhares de kw) , . I I I I SISTEMAS 1965 1966 1967 1968 1969 1970 1971 1972 I 1973 I SISTEMA LESTE Paraíba .... ........... 45 49 53 57 61 65 69 74 79 Pernambuco . .... .. ... .. 190 205 248 264 279 296 315 334 356 Alagoas ." " " .. .... ,, 20 22 25 27 30 32 34 37 40 Sergipe ... " ... " .... 20 22 23 25 27 29 31 33 35 Bahia ' .. ... .. ... ... ... 120 15 6 170 184 200 210 221 233 246 SUBTOTAL .... ... 395 454 519 557 597 632 670 711 756 SISTEMA FORTALEZA Sist. MilagrE'S -B anabuiú - Fortaleza "."""." 52 67 73 80 87 94 101 110 118 SISTEMAS REGIONAIS S. Francioco .... ,.,., ... 6 7 9 10 10 11 12 13 13 Senhor do Bonfim .. .... 1 3 4 5 ' 5 5 6 6 7 R. G. do N orte ...... .. 8 13 21 28 30 33 35 38 41 SUBTOTAL ..... .. 15 23 34 43 45 49 53 57 61 TOTAL .... " ..... 462 544 626 680 729 775 824 878 935 FONTE: CHESF. tério das Minas e Energia, do Os estudos de mercado feitos BID Banco Interamericano de pela CHESF na região indicam Desenvolvimento, da AID Ali que a extraordinária taxa de ança para o Progresso, do BIRD crescimento energético dos "sis_ -:Banco Mundial e do EXIM temas CHESF", nos últimos anos BANK, são ainda maiores as deverá manter-se, senão ampli perspectivas de expansão da ar-se. Isso significa que, em ca CHESF, da 3 anos, tudo o que se vem fa zendo em energia elétrica no • OS "SISTEMAS CHESF" E AS Nordeste deverá duplicar, sob INTERLIGAÇÕES pena de sensível estrangulamen to 'do progresso regional, como se A área de concessão da pode ver do QUADRO lI, em CHESF com prep.nde 516 650 que está prevista a evolução da km2, abrangendo 7 Estados da respectiva demanda no período Federação (BA, SE, AL, PE, PB, 1965/73. nos sistemas "Leste", RN e CE). "Fortaleza" e "Regionais" . MAIO/ '96~ 45 o "Sistema Leste" compreen MG), inclusive com o futuro Sis de, além das duas Usinas (I e tema Jequitinhonha. II) de Paulo Afonso, O sistema de transmissão principal da Com a chegada das linhas da CHESF, isto é, as duas linhas CHESF a Fortaleza e a previsí• tronco de 230 kv para as subes vel entrada em operação, entre tações do Recife e Salvador, as 1968/69, da primeira etapa da duas subestações intermediárias Usina Hidrelétrica de Boa Espe de Angelim (PE) e Itabaiana rança (225 mil kW, na etapa fi· (SE), as linhas secundárias de nal), no Rio Parnaíba (MA/PI), 69 kv que irradiam dessas subes da COHEBE Cia.