INCÊNDIO NO PICO DA NA CIDADE DE GOVERNADOR VALADARES – MG: IMPACTOS AMBIENTAIS E PROPOSTA DE RECUPERAÇÃO DA ÁREA DEGRADADA.

Flávio Ferreira da Silva, aluno do 5º período de Tecnologia em Gestão Ambiental do Instituto Federal de Ciências e Tecnologia - IFMG, campus Governador Valadares, [email protected] Lenício Dutra Marinho Júnior – Professor Msc. do Instituto Federal de Ciências e Tecnologia - IFMG, campus Governador Valadares, [email protected]

RESUMO Os incêndios florestais em todo o planeta vêm causando danos ao meio ambiente, impactos ambientais como: perda da cobertura vegetal, mudança no micro clima, desequilíbrio ecológico, dentre outros, são sentidos nos locais de maior frequência destes incêndios. No Brasil não podia ser diferente, onde a prática agropastoril, que consiste no uso do fogo para aumentar a área de plantio e eliminação de pragas das pastagens, são repassadas por gerações, se tornando uma prática comum. O pico da Ibituruna, cartão postal da cidade de Governador Valadares situada no leste do estado de , todos os anos é atingida por incêndios florestais de várias origens. Diante do exposto, o presente trabalho vem apontar alguns dos impactos sentidos, direta ou indiretamente, causados por estes incêndios e propor a recuperação da área degradada através da revegetação. Portanto, este trabalho apresenta uma análise documental dos bancos de dados do Corpo de Bombeiros Militar, Polícia Militar do Meio Ambiente e do Instituto Estadual de Florestas. Foram utilizados como recursos metodológicos pesquisas literárias, consultas à legislação vigente e aos órgãos estaduais e trabalho de campo na área para fotografar. Portanto, verificou-se a real necessidade de recuperação da área, que conforme orientação do IEF, deve ser realizada com plantio de espécies nativas da região. Palavras-chave: Incêndio florestal, degradação ambiental, recuperação de área degradada e revegetação.

ABSTRACT Wildfires across the planet are causing environmental damage, environmental impacts such as loss of vegetation cover change in micro climate, ecological imbalance, among others, are felt in places of higher frequency of these fires. In could not be otherwise, where agropastoral practice, consisting in the use of fire to

1 increase the planting area and elimination of pests of pastures, are passed on for generations, becoming a common practice. The peak Ibituruna postcard city of Governador Valadares located in eastern Minas Gerais state, each year is affected by forest fires of various origins. Given the above, this paper has pointed out some of the senses, directly or indirectly impacts caused by these fires and propose the recovery of degraded areas through revegetation. Therefore, this paper presents a documentary analysis of databases Fire Brigade, Military Police of the Environment and the State Forestry Institute (SFI). We used as resources literary research, consultations with current legislation and state agencies and field work in the area to photograph. Therefore, there was a real need for restoration of the area, which according to the orientation of the SFI is to be performed by planting native species. Keywords: Forest fire, environmental degradation, restoration and revegetation of degraded area.

1 INTRODUÇÃO Os incêndios florestais têm sido considerados em todo o mundo, um dos fatores responsáveis pela diminuição das florestas. De acordo com Silva (1998), ao dominar o fogo, há aproximadamente quinhentos mil anos, o homem marcou sua história alcançando novos espaços, modificando ecossistemas e sofrendo as consequências dessas atividades. “O homem contemporâneo continua a utilizá-lo em suas atividades. O fogo em si não é bom nem ruim, é apenas um instrumento a nossa disposição. Usá-lo corretamente é uma questão de inteligência” (SILVA; IBAMA, p. 15). O Manual de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA 1998), aponta o homem como principal causador dos incêndios florestais, que em sua maioria tem iniciado em decorrência de alguma atividade humana e enumerado algumas destas atividades, tais como: Prática Agropastoril, que é o uso do fogo para limpeza do terreno para fins florestais, agrícolas ou pecuários, renovação da pastagem, controle fitossanitário de pragas e ervas daninhas, prática que tem repassado por gerações; Fogueiras em áreas de visitação pública, excursionistas, trabalhadores rurais, caçadores, pescadores e lenhadores têm a necessidade de acender fogueiras, porém ao deixarem o local não apagam o fogo corretamente; fumantes, que atiram cigarros ou fósforos acesos na vegetação seca; ferrovias, que com suas atividades sobre os trilhos, manutenção, atritos liberando faíscas que, direta ou indiretamente podem ser causas de incêndios; intencionais, ateiam fogo em florestas, pastagens e margens de vias públicas, por rebeldia ou vandalismo, para satisfazerem desejos pessoais ou má

2 interpretação, por parte dos proprietários rurais, sobre medidas restritivas de proteção aos recursos naturais e criação de áreas de proteção ambiental, parques, reservas pelo governo, põem fogo intencionalmente nessas áreas por vingança. A prática agropastoril é comumente utilizada nesta região de Governador Valadares pelos pecuaristas para a renovação de pastagens, combate a pragas e controle de plantas invasoras, porém, cuidados para o confinamento do fogo dentro de suas propriedades, como o aceiro, que consiste segundo Silva (1998), numa barreira natural ou construída causando a descontinuidade do material combustível, não estão sendo tomadas, fazendo com que se propague o fogo, invadindo outros terrenos, dificultando ou até impossibilitando seu controle ou extinção. Ao longo dos anos, o Pico da Ibituruna, monumento de excepcional beleza, segundo dados da Polícia Ambiental do Estado de Minas Gerais, tem sido alvo de incêndios intencionais e de práticas agropastoril descuidadas, empobrecendo o solo daquela área, destruindo as brotações, impedindo e dificultando a regeneração da vegetação nativa, deixando visível a exposição do solo e o processo de erosão laminar e a formação das voçorocas. Segundo o Artigo 1º da Resolução nº 001/86 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), degradação ambiental é a alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente afetando a saúde, a segurança e o bem-estar da população; as condições estéticas do meio ambiente e a qualidade dos recursos ambientais. Para Lemos (2001) a degradação pode ser entendida como uma destruição, deterioração ou desgaste do meio ambiente. São os efeitos ambientais considerados negativos ou adversos e que decorrem principalmente de atividades ou intervenções humanas. Raramente o termo se aplica às alterações decorrentes de fenômenos ou processos naturais. De acordo com a NBR 10703 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), a degradação do solo é a alteração das características do solo em relação aos seus diversos usos possíveis, tanto os estabelecidos em planejamento, como os potenciais. Conforme Martins (2009), área degradada é aquela que, após sofrer um forte impacto, perdeu a capacidade de retornar naturalmente ao estado original ou a um equilíbrio dinâmico, ou seja, perdeu sua resiliência. O termo recuperação é o retorno do sítio degradado a uma forma de utilização, de acordo com um plano pré-estabelecido para o uso do solo, visando à obtenção de uma estabilidade do meio ambiente. (Decreto Federal 97.632/89).

3 De acordo com Majer (1989), reabilitação é o retorno da área degradada a um estado biológico apropriado, podendo não significar o uso produtivo da área em longo prazo, como a implantação de uma atividade com fins lucrativos, visando, por exemplo, a recreação ou a valorização estético-ecológica. Restauração é a obrigatoriedade do retorno ao estado original da área, antes da degradação. Entendendo como estado original, todos os aspectos relacionados à topografia, vegetação, fauna, solo, hidrologia, etc., apresentando as mesmas características de antes da degradação (TAVARES, et al 2008). Segundo a lei 9985/00 e decreto 4340/02 do Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza – SNUC, a recuperação é a restituição de um ecossistema ou de uma população silvestre degradada a uma condição não degradada, podendo ser diferente da condição original, já a restauração é a restituição ao mais próximo possível a condição original, Conforme Martins (2007), as florestas apresentam capacidade de se recuperarem de distúrbios naturais ou antrópicos. Quando uma determinada área de floresta sofre um distúrbio, como desmatamento ou incêndio, a sucessão secundária promove a colonização da área aberta e conduz a vegetação através de uma série de estágios sucessionais. Em áreas onde a degradação não foi muito intensa, e o banco de sementes do solo não foi perdida e, ou, quando existem fontes de sementes próximas, a regeneração natural pode ser suficiente para a restauração florestal. Galvão (2000) destaca a incorporação de sementes de espécies arbóreas ao banco de sementes do solo, através da semeadura direta, técnica conhecida como enriquecimento e adensamento do banco de sementes; em algumas áreas, o simples revolvimento do solo, através da abertura de sulcos de pequena profundidade, cerca de 3 a 5 cm, é suficiente para estimular a germinação do banco e desencadear o processo de regeneração natural. Tavares (et al 2008) recomenda a utilização de uma mistura de espécies capaz de incorporar certo nível de diversidade e haja maximização no uso dos recursos disponíveis e posteriormente, possibilite a evolução natural da floresta para um sistema mais avançado de sucessão e mais próximo da estabilidade. Na seleção das espécies devem ser priorizadas aquelas com funções específicas, mas com elevada tolerância a fatores adversos presentes nestas áreas, como elevada temperatura, baixa umidade, elevada incidência de radiação, competição com invasoras, baixa disponibilidade de nutrientes e etc. A categoria Monumento Natural, segundo o Sistema Nacional de Unidade de Conservação – SNUC, pertence ao grupo das Unidades de Proteção Integral que objetiva preservar sítios naturais raros, únicos ou de grande beleza cênica, podendo

4 ser constituído por áreas particulares, desde que o uso da terra e seus recursos naturais estejam em acordo com os objetivos da Unidade e a visitação pública está sujeita às condições e restrições estabelecidas no Plano de Manejo. Já a Categoria de Área de Proteção Ambiental, pertence ao grupo das Unidades de Uso Sustentável, visa proteger a diversidade biológica, disciplinar o processo de ocupação e assegurar a sustentabilidade do uso dos recursos naturais. Os incêndios florestais retiram a cobertura vegetal do solo deixando-o exposto às intempéries, sujeitando-o à lixiviação e à erosão, retarda ou até anula a sequência do processo ecológico sucessivo, não permitindo o acúmulo da biomassa, da matéria orgânica no solo, que com o fluxo de nutrientes e energias, se interagem para o surgimento de micro organismos, imprescindíveis nas sucessões primárias e secundárias de uma floresta. Segundo estatística do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG), em Governador Valadares, a APA Ibituruna, principal cartão postal da cidade, é a área mais atingida por incêndios florestais, tanto acidentais como criminosos, por este fator, foi escolhida para ser a área de estudo deste trabalho. Nesse sentido, qual foi a área atingida em hectares por incêndios florestais nos últimos dez anos na APA Ibituruna? O presente trabalho tem como objetivo apresentar a área atingida por incêndios florestais no Pico da Ibituruna para uma proposta de recuperação da área degradada através da revegetação. E como objetivos específicos mensurar a área queimada em hectares e apontar os impactos ambientais decorrentes dos incêndios florestais.

2 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS 2.1 CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO A cidade de Governador Valadares está localizada a leste do Estado de Minas Gerais às margens do Rio Doce e constitui um polo com grande vocação logística. Sua localização geográfica é estratégica, por ser um ponto no qual cruzam três importantes rodovias, sendo elas a BR-116, BR-381 e BR-259. Essas rodovias dão ou facilitam acesso a grandes centros tais como , Vitória e Rio de Janeiro, também é cruzada pela Estrada de Ferro Vitória-Minas da Companhia Vale S.A. A cidade tem como principais atividades econômicas o comércio, o beneficiamento de produtos regionais e a extração de pedras semipreciosas. Hoje, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2010), Governador Valadares possui uma população aproximada de 263.689 habitantes, distribuídos em área de 2.342 km2. Seu clima é o tropical quente úmido, com temperatura média anual de 25ºC. Faz limites com os municípios de Sardoá, , , , , Frei Inocêncio, Nova Módica, Divino das

5 Laranjeiras, Galiléia, , e São Geraldo da Piedade. Nesta cidade se encontra uma afloração rochosa denominada Pico do Ibituruna, que compõe a paisagem do local. O Pico da Ibituruna, com uma altitude de 1123 metros, constitui um importante ponto turístico da cidade de Governador Valadares. Foi decretado em 14 de janeiro de 1983, pelo Decreto Estadual 22.662/83, como Área de Proteção Especial – APE, definindo como de proteção especial, para preservação de mananciais e do patrimônio histórico e paisagístico, área de terreno situada no pico do Ibituruna, Município de Governador Valadares. Foi reconhecido como área de proteção ambiental – APA, segundo a lei municipal 3.530 de 28 de maio de 1992, que definiu como de proteção ambiental para fins de preservação de mananciais, da flora e da fauna silvestres e de proteção do patrimônio histórico e paisagístico, concomitante com a lei nº 3.862, de 04 de janeiro de 1994, que dispôs sobre a proteção e o parcelamento do solo na área de proteção ambiental. Mais recentemente foi transformado em Monumento Natural Estadual, de acordo com a lei 21158 de 17 de janeiro de 2014, passando a ser uma Unidade de conservação integral, atualmente a área é uma APE estadual, uma APA municipal e Monumento Natural estadual, devendo agora seguir a legislação do Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza – SNUC. De acordo com a gestora do Instituto Estadual de Florestas – IEF, o pico da Ibituruna apresenta fragmentos importantes de Mata Atlântica em estágio avançado de regeneração, abrigando espécies da flora características dessa vegetação que são importantes matrizes de disseminação de sementes e espécies da fauna que fazem dali o seu habitat, apesar do avançado estágio de degradação que existe em toda a sua área e seu entorno. A figura 1 mostra uma visão aérea do Pico da Ibituruna. Figura 1 – Fotografia aérea do pico Ibituruna

Fonte: Google earth, 2014.

6 A figura 2 mostra uma visão aérea do Pico da Ibituruna, porém com a delimitação do Monumento Natural e a Zona de Amortecimento. Figura 2 – Delimitação do Monumento Natural e Zona de Amortecimento

Fonte: IEF, 2014. A localidade estudada é denominada “rojão”, a qual possui um curso d’água, o qual dá nome ao local. Este local é utilizado para a prática de esportes radicais como o motocross, bicicross e paintball, para acampamentos e piquenique, usado também por jovens e adolescentes para acesso à pé, ao pico. Foi escolhida para estudos, devido ser a área que se avista da cidade e por ser a parte da Ibituruna com maior índice de focos de incêndios. No entorno da área de estudo está localizado o Parque Natural Municipal de Governador Valadares, que será inaugurado em breve. Limitando com a área, existe um loteamento denominado Parque das Aroeiras, que está ao lado do bairro Elvamar. A área estudada também possui propriedades rurais no seu entorno que exercem a pecuária de corte e leite e é cortada por uma estrada que dá acesso a várias fazendas e ao distrito de Derribadinha.

2.2 TIPO DE ESTUDO A abordagem da pesquisa realizada, quanto ao objetivo, foi do tipo exploratório, pois segundo Gil (2008), este tipo de pesquisa proporciona maior familiaridade com o problema, podendo envolver levantamento bibliográfico, e quanto aos procedimentos técnicos, a pesquisa é do tipo bibliográfica, onde esta forma é desenvolvida com base em material já elaborado.

7 2.3 TÉCNICAS DE COLETA E ANÁLISE DOS DADOS Os dados foram obtidos por participação direta do autor nas fases de elaboração e levantados através de boletins de ocorrências do Corpo de Bombeiros Militar e da Polícia Militar Ambiental, bibliografia e internet. Foram usadas também imagens dos arquivos do Sexto Batalhão de Bombeiros Militar de Minas Gerais (6º BBM) e da Oitava Companhia Independente do Meio Ambiente e Trânsito da Polícia Militar de Minas Gerais (8ª Cia Ind PM MaT). Para identificar os impactos ambientais foi utilizado o método conhecido como chec-list.

3 RESULTADOS E DISCUSSÕES De acordo com os dados obtidos na Polícia Militar do Meio Ambiente, Instituto Estadual de Florestas e Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais, a área queimada nos últimos dez anos foi de 23.519 ha. A tabela 1 mostra a área queimada entre os anos de 2003 a 2013. Em análise a esta tabela, verifica-se que o ano de 2003 foi o de maior quantidade de área afetada por incêndio florestal em hectare no Pico do Ibituruna na década estudada. Segundo o Corpo de Bombeiros, este incêndio teve início às margens da Estrada Férrea Vitória Minas da Companhia Vale S.A., quando uma máquina utilizada para manutenção, que ao esmerilar os trilhos as fagulhas vieram a cair sobre a vegetação seca devido ao longo período de estiagem, provocando um incêndio que atingiu não somente a área do Pico da Ibituruna, como também toda zona de amortecimento e várias propriedades rurais em seu entorno. A medição, como o Estado não possuía o GPS (Global Positioning System), a área atingida foi calculada através das documentações das propriedades atingidas por completo, as atingidas parcialmente e as do Pico da Ibituruna foram por estimativa, toda a área atingida foi percorrida à cavalo e à pé, por militares do Corpo de Bombeiros em vistoria pós sinistro. Os anos de 2004, 2005 e 2006 tiveram uma quantidade menor de área atingida, segundo o IEF, isto se explica pela pouca disponibilidade de material combustível (vegetação) e que a empresa Vale S.A., estaria executando o projeto de recuperação da área atingida pelo incêndio florestal causado em 2003 e mantinham brigadistas para a proteção da área em recuperação. Nos anos subsequentes, os focos dos incêndios voltaram a surgir nos meses de menor incidência de chuvas e atingiram grandes proporções de área de vegetação. No ano de 2013, o Pico da Ibituruna (APA), em processo para se tornar Monumento Natural, no mês de agosto teve um foco de incêndio que iniciou próximo às torres de comunicações e devido às condições do tempo, da vegetação e a área ser de difícil acesso, espalhou suas chamas rapidamente, consumindo grande quantidade de vegetação.

8 Tabela 1 - Área queimada entre os anos de 2003 a 2013 INCÊNDIOS NO PICO DA IBITURUNA

ANO MESES ÁREA QUEIMADA

2003 Março a Outubro 22.146,3 ha 2004 Setembro 17,4 ha 2005 Julho a Outubro 8, 3 ha 2006 Julho a Outubro 5,2 ha 2007 Junho a Outubro 102,2 ha 2008 Julho 200,5 ha 2009 Junho a Outubro 56,04 ha 2010 Agosto a Outubro 90,21 ha 2011 Junho a Novembro 120,3 ha 2012 Maio a Outubro 545,1 ha 2013 Julho a Outubro 235,7 ha TOTAL 23.519 ha Fonte: Polícia do Meio Ambiente, IEF e Corpo de Bombeiros.

3.1 IMPACTOS SENTIDOS APÓS INCÊNDIO FLORESTAL A Figura 3 retrata um incêndio florestal ocorrido em agosto de 2013, no qual foram consumidos aproximadamente 30ha (trinta hectares) de vegetação e segundo dados da Polícia do Meio Ambiente, o foco teria dado início próximo às torres e um casal de namorados são suspeitos de terem ateado o fogo, isto segundo testemunhas, e que devido às condições do tempo e a vegetação seca alastrou rapidamente, pelo local ser de difícil acesso, dificultou as ações do corpo de Bombeiros na sua extinção. Figura 3 - Incêndio Florestal no Pico da Ibituruna

Fonte: Arquivo 6º BBM (agosto/2013).

9 A imagem de figura 4 foi capturada durante a visita pós sinistro realizada pela Polícia Militar do Meio Ambiente para mensuração da área atingida pelo incêndio. Figura 4 - Visita para mensuração da área queimada.

Fonte: Arquivo 8ª Cia Ind PM MaT, 2013. Segundo Araújo (et al 2013), com a perda da cobertura vegetal, o processo erosivo do solo é agravado, pois com a vegetação a velocidade do escoamento superficial diminui, evitam o impacto direto das gotas da chuva com o solo e suas raízes ajudam a retê-lo. A figura 5, retrata o solo com processos erosivos como deslizamento de encosta e voçoroca, demonstrando alguns dos efeitos do impacto sofrido pelos incêndios florestais nesta localidade. Figuras 5 - Processos erosivos do solo.

Fonte: Flávio (2014).

10 De acordo com Araújo (et al 2013), a falta de vegetação no solo, também reduz o nível de infiltração na bacia hidrográfica, diminuindo a carga hídrica das nascentes e reduzindo o nível do lençol freático. A figura 6 mostra um dos córregos do Pico da Ibituruna, com um volume ainda razoável. Figura 6 – Córrego de nome desconhecido.

Fonte: Flávio (2014). A figura 7 mostra o leito do córrego do rojão, local onde proporcionava a diversão dos jovens, porém o volume de suas águas eram maiores e formavam algumas piscinas naturais, suas águas antes, cristalinas, serviam para abastecer os cantis antes da subida ao Pico. Figura 7 - Córrego do Rojão.

Fonte: Flávio (2014)

11 Segundo Martins (2013), as gramíneas braquiária (Urocloa decumbens) e o Capim gordura (Melinis minutiflora), são espécies inibidoras da regeneração de espécies arbustivo-arbóreas. Estas espécies invasoras se espalham com facilidade e dificultam ou até mesmo impossibilitam a germinação, ploriferação ou rebrota das espécies nativas que necessitam de uma quantidade maior de nutrientes no solo e pontos maiores de luz solar. Outra espécie invasora é o Capim Colonião (Panicum maximum), que foi introduzido na região pelos pecuaristas, segundo Espíndola (2005), devido ao seu manejo (queimada), relevo e clima se alastrou de maneira incontrolada. As terras cobertas pela floresta foram tomadas pelo capim-colonião (Panicum maximum Jacq. Var. maximum) num rítmo maior que o avanço da atividade humana. A gramínea africana encontrou condições excepcionais para se alastrar, dadas pelo relevo, pelo clima e pelo manejo praticado por agricultores e fazendeiros. As suas características biológicas favoreceram o avanço das pastagens (ESPÍNDOLA, 2005).

A figura 8 traz a imagem de uma das espécie de vegetação invasora, trazidas pelos pecuaristas da região, presentes em toda a extensão do Pico da Ibituruna. Figura 8 – Capim braquiária.

Foto: Flávio (2014)

Segundo o Corpo de Bombeiros, nos meses em que ocorrem os incêndios florestais, observa-se o aumento da evasão dos animais silvestres para as áreas

12 urbanas, quando não são atingidos pelas chamas dos incêndios. A figura a 9, mostra uma raposa que surpreendeu uma equipe do Corpo de Bombeiros que seguiam para uma das frentes de combate ao incêndio florestal, que saindo da área queimada veio a óbito poucos metros a frente da Guarnição de Bombeiros, como não possuía nenhum sinal de queimadura, levantou a suspeição de morte por asfixia. Figura 9 – Raposa morta em decorrência do incêndio florestsl.

Fonte: Arquivo do 6º BBM.

3.2 PROPOSTA DE RECUPERAÇÃO DA ÁREA DEGRADADA. Segundo recomendações básicas de sistema de manejo de solos do curso de recuperação de áreas degradadas da Empresa Brasileira de Pesquisas Agropecuária – Embrapa, a providência mais importante a ser tomada, é a de preparação do solo, com o objetivo de fornecer condições ideais para a semeadura, germinação, desenvolvimento e produtividade da vegetação, tendo como primeira providência a supressão do uso da queimada, visando o acúmulo de substrato para a produção de microrganismos, estes imprescindíveis na capacidade produtiva do solo, tornando o ambiente propício às sequencias dos processos ecológicos de sucessões. Segundo Tavares (et al 2008), a sucessão primária é o processo ecológico que ocorre em área sem a cobertura vegetal, que tem o objetivo a formação de um ecossistema mais complexo como acúmulo de biomassa e matéria orgânica no solo, onde o fluxo de nutrientes e energia torna estável o processo. Já a secessão secundária ocorre em ambientes já estabelecidos e está associada à renovação.

13 A estratégia de manejo a se propor, em consenso com a equipe técnica do IEF, é a de revegetação para recuperação de área degradada, utilizando várias espécies para possibilitar a evolução natural, avançando na sucessão para o mais próximo da estabilidade. Devendo ser selecionadas para a revegetação, as espécies que apresentem funções ecológicas específicas e de alta tolerância a elevadas temperaturas, baixa umidade, competição com invasoras e etc. As utilizações de espécies típicas da região garantem o sucesso do processo, pois as mudas se desenvolverão adequadamente e com baixo índice de mortalidade pós-plantio (TAVARES, et al 2008). A técnica proposta é a de plantio direto, que consiste em introduzir diretamente no solo a muda ou semente, mantendo uma cobertura e contato adequado com a terra. A figura 10 traz imagens de espécies existente no local de estudo que servirão de indicadores para novas espécies ali introduzidas. Figuras 10 - Espécies existentes no local.

Fonte: Flávio (2014) 3.2.1 ESPÉCIES SUGERIDAS Segundo Bertoni e Lombardi Neto (2008) o uso de leguminosas é uma prática recomendada para recuperação de áreas degradadas, pois estas espécies utilizam a própria vegetação para proteger o solo da erosão, produzem a matéria orgânica através de sua incorporação, estimula diversos processos químicos e biológicos melhorando sua fertilidade, exibem um sistema radicular profundo e ramificado

14 aprofundando nas camadas do solo e que são capazes de formar simbiose com bactérias fixadoras de nitrogênio atmosférico e com fungos micorrízicos. De acordo com Azevedo (et al 2007), esta técnica de utilização de leguminosas na recuperação de áreas degradadas, pode ser considerada de baixo custo e com bons resultados, devido à existência de um grande número de espécies que ocorrem em várias regiões do Brasil e à relativa facilidade na obtenção de sementes. A tabela 2 relaciona algumas das espécies de leguminosas florestais, para dar início a um processo de recuperação da área degradada. Tabela 2 - Espécies de Leguminosas florestais: Nome comum Nome científico Acácia Acacia auriculiformis Acácia Acacia crassicarpa Acrocarpo Acrocarpus fraxinifolius Albizia Albia lebeck Calliandra Calliandra calothirsus Cássia Cassia reticulata Cássia Cassia siamea Gliricidia Gliricidia sepium Mimosa Mimosa acustistipula Sabiá Mimosa caesalpiniaefolia Fedegosão Senna maranthera Sesbania Sesbania grandiflora Fonte: IEF. Segundo Kageyama e Gandara (2001), as pioneiras ou sombreadoras, são as espécies de rápido crescimento que criam um ambiente adequado e favorável às espécies que compõem o processo de sucessão natural nos ecossistemas. Por seu porte, atraem dispersores de sementes, como aves, roedores dentre outros. A tabela 3 relaciona algumas espécies de Pioneiras florestais. Tabela 3 – Espécies de Pioneiras: Nome comum Nome científico Paineira Bombacopsis stenopetala Imbaúba Cecropia pachystachya Paineira de espinho Chorisia glaziovii Pau pra tudo Dimorphandra jorgei Gameleira Ficus guianensis Mamão jacatiá Jacatia spniosa

15 Boleira Joannesia princeps Quaresminha Miconia lepidota Paineira rosa Pseudobombax grandiflorum Cajá mirim Spondias macrocarpa Cajá Spondias purperea Quaresmeira Tibouchina stenocarpa Angélica Vochysia tucanorum Fonte: IEF. De acordo com Martins (2013), As espécies pioneiras só se desenvolvem com radiação solar direta, durante todo o ciclo de vida, crescem mais rápido que as secundárias e clímax, fornecendo a sombra necessária para a sobrevivência e o desenvolvimento destas, que necessitam de menos luz. As climácicas, árvores predominantes na vegetação adulta (clímax), têm pouquíssima tolerância à luz durante seu desenvolvimento e as secundárias, que necessitam de mais luz que as climácicas, porém, não suportam tão bem o excesso de luz quanto as pioneiras. A tabela 4 traz em sua relação algumas espécies de Secundárias. Tabela 4 – Espécies de Secundárias: Nome comum Nome científico Angico Preto Acacia glomerosa Jequitibá branco Cariniana estrelensis Jequitibá rosa Cariniana legalis Jequitibá cravinho Cariniana parvifolia Cedro rosa Cedrela odorata Imbiruçú Eriotheca macrophylla Pau d’alho Gallesia integrifólia Farinha seca Pterygota brasiliensis Angico branco Senna multijuga Caxeta Simarouba amara Ipê felpudo Zeyhera tuberculosa Angelim Pedra Andira ormosioides Pequi vinagreiro Cariocar edule Copaíba Copaifera langsdorffi Louro Cordia trichotoma Jacarandá Dalbergia nigra Peroba amarela Paratecoma peroba Roxinho Peltogyne angustifólia

16 Pequi preto Qualea megalocarpa Cinco folhas Sparattosperma leucanthum Ipê roxo Tabebuia heptaphylla Ipê amarelo Tabebuia riodocencis Bicuiba Viola gardneri Fonte: IEF. A tabela 5 cita algumas espécies Climácicas, espécies estas, que definem o desenvolvimento final da sucessão vegetal. Têm seu crescimento mais lento e um ciclo de vida mais longo. Tabela 5 – Espécies de Climácicas: Nome comum Nome científico Peroba osso Aspidosperma cylindrocarpon Pau ferro Caesalpinia férrea Gabiroba Campomanesis guazumifolia Sapucaia Lecythis pisonis Açoita cavalo Luehea mediterrânea Parajú Manilkara bella Parajú mirim Manilkara salzmannii Braúna Melanoxilom braúna Sucupira amarela Sweetia fruticosa Orelha de onça Zollernia ilicifolia Fonte: IEF.

3.2.2 MANUTENÇÃO Segundo Martins (2013), para o sucesso de um projeto de recuperação de área degradada é essencial a manutenção desta área, tendo como práticas principais o controle permanente das formigas cortadeiras com a utilização de iscas granuladas em dias não chuvosos e com umidades baixas, controle de espécies invasoras, roçada dos cipós e capina manual ou química da área mantendo o plantio livre de competições, devendo ocorrer duas vezes por ano ou de acordo com a necessidade, aceiramento no período de seca para evitar a ação do fogo sobre o plantio, cercamento da área para evitar o pisoteio das mudas, adubação de cobertura, irrigação nas épocas de déficit hídrico acentuado e monitoramento periódico para replantio no caso de mortandade de mudas.

17 4 CONSIDERAÕES FINAIS O presente trabalho aponta alguns dos impactos diretos ou indiretos sentidos com os incêndios florestais no Pico da Ibituruna, tais como, a perda da cobertura vegetal, a diminuição das espécies arbórea, diminuição da carga hídrica das nascentes e dos cursos d’água, processos erosivos e evasão da fauna silvestre. São imprescindíveis a realização de medidas mitigadoras que amenizem os impactos ou solucionem os problemas aqui apresentados, será necessário também, a elaboração de um plano de educação ambiental para a população, tanto para a circunvizinhança e usuários, como para proprietários e funcionários de propriedades daquela região, para a extinção do uso da queimada, associada a um monitoramento rígido para a diminuição do número de ocorrências de incêndio e sua área atingida, visando a proteção de espécies raras, endêmicas, vulneráveis, ou em perigo de extinção, preservar os recursos hídricos, contribuir para o monitoramento ambiental, criando para esta finalidade um programa de preservação e conservação e um plano de manejo para gerenciar o Pico da Ibituruna. A implantação desta proposta será de suma importância, visto solucionar os impactos aqui apresentados, pois além de recuperar a flora do Pico do Ibituruna, haverá o retorno da fauna dali evadida, que certamente retornará ao seu habitat, recuperando também a estética do monumento natural, que em longo prazo estará coberto com o bocel da mata atlântica. Medidas como estas contribuem para que os nossos recursos hídricos, fauna e flora sejam preservados e próprios para o uso humano e a manutenção dos processos ecológicos, fazendo assim com que o homem conviva com a natureza de forma sadia e sustentável.

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