TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL (Lei N.« 1.164 —.1950, art. 12, u)

ANO I RIO DE JANEIRO, JULHO DE 1952 N.o 12

TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL SUMÁRIO:

Presidente: TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL Ministro Edgard Costa . Atas das sessões de julho Vice-Presidente: Atos da Presidência Ministro Hahnemann Guimarães. Decisões > Juizes: Estatística Ministro Amando Sampaio Costa. PROCURADORIA GERAL ELEITORAL Dr. Plinio Pinheiro Guimarães. TRIBUNAIS REGIONAIS ELEITORAIS Dr. Pedro Paulo Pennà e Costa. PARTIDOS POLÍTICOS Ministro Vasco Henrique d'Ávila. Desembargador Frederico Sussekind. PROJETOS E DEBATES LEGISLATIVOS Procurador Geral: LEGISLAÇÃO Dr. Plinio de Freitas Travassos. NOTICIÁRIO

TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL

2. Recurso contra expedição de diploma n.» 74 ATAS DAS SESSÕES. Minas Gerais. (Da diplomação dos canãidatoi ins•

a critos pelo Partido de Representação Popular, Srs. 29. Sessão, em 2 de junho de 1952 Heli Duarte de Figueiredo, como Deputado Estadual, e Fábio Antônio da Silva Pereira, como primeiro Su• (Presidência do Sr. Ministro Luiz Gallotti. Com• plente) . pareceram os Senhores Ministros Francisco de Paula Recorrente : José de Oliveira Campos, candi• Rocha Lagoa Pilho, Ministro Amando Sampaio dato à Assembléia Legislativa. Recorridos : Tribunal Costa, Juiz Plínio Pinheiro Guimarães, Juiz Pedro Regional Eleitoral e os candidatos acima referidos. Paulo Penna e Costa, Ministro Vasco Henrique Relator: Ministro Rocha Lagoa. D'Ávila, Desembargador Frederico Sussekind, Doutor Pimio de Freitas Travassos, Procurador Geral, e o Unanimemente, conheceram do recurso e lhe ne• Doutor Jayme de Assis Almeida, Secretário do Tri• garam provimento. bunal. Deixou de comparecer, por motivo de doença, 3. Recurso n.° 1.983 — Rio Grande do Norte o Senhor Ministro Edgard Costa. (Nova Cruz). (Do Acórdão ão Tribunal Regional Eleitoral, que fixou o dia 30 de março ão corrente I — No expediente, foram lidos telegramas do ano para realização de eleição municipal para o Presidente da Câmara de Deputados e do Diretório cargo de Prefeito' de Nova Cruz, ferindo, assim, o da União Democrática Nacional, agradecencto ao art. 64 (sesse?ita e quatro) do Código Eleitoral). Tribunal as manifestações de pesar pelo falecimento do Deputado Soares Filho. Recorrente : União Democrática Nacional. Re• corridos : Tribunal Regional Eleitoral. Relator : II — Foram proferidas as seguintes decisões : Doutor Pedro Paulo Pénna e Costa. Não se conheceu do recurso, contra os votos 1. Denúncia n.° 22 — Distrito Federal. (.Agram dos Senhores Ministros Rocha Lagoa e Sampaio do despacho ão Senhor Relator, aceitando a denúncia Costa., que conheciam do recurso, mas lhe negavam oferecida pelo. Doutor Procurador Geral, contra o provimento. ex-presidente do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso, Desembargador Ernesto Pereira Borges, in• 4. Processo n.° 2.846 — Santa Catarina (Or- leães). (Consulta José Prates, Suplente de Vereador, curso nas penas (do inciso 29 (vinte e nove), artigo 175 (cento e setenta e cinco), da Lei n.° 1.164 (um se servidores píjòlicos federais, civis e militares, uma mil cento e sessenta e quatro), de 24 (vinte e quatro) •vez diplomados, poãem exercer os respectivos cargos de julho de 1950 (um mil novecentos e cinqüenta). • efetivos, conjuntamente com o cargo eletivo). ' Agravante : Desembargador Ernesto Pereira Bor- ' Interessado : José Prates. Relator : Doutor Pedto • ges. Agravado: Doutor Plínio Pinheiro Guimarães,, Paulo Penna e Costa. relator. Relator : Doutor Plínio Pinheiro GuimaXies. • Não se conheceu da consulta, unanimemente. Negaram provimento, unanimemente. IH — Foram publicadas várias decisões. 2 BOLETIM ELEITORAL Julho de 19ã2

30.a Sessão, em 5 de junho de 1952 do Tribunal. Deixou de comparecer, por motivo de doença, o Senhor Ministro Edgard Costa. Presidência do Senhor Ministro Luiz Gallotü. Ccmicareceram os Senhores Ministros Francisco de I — Foram proferidas as seguintes cVecisões : Pauia Rocha Lagoa Filho, Ministro Amando Sampaio Costa, Juiz Plínio Pinheiro Guimarães, Juiz Pedro 1. Recurso n.° 1.934 — (). Paulo- Penna e Costa, Ministro Vasco Henrique (Do Acórâão que deu provimento ao recurso do Par• D'Avi":a, Desembargador Frederico Sussekind, Doutor tido Social Democrático, cancelando, assim, o re• Plínio de Freitas Travassos, Procurador Geral, e o gistro dos candidatos do Partido Trabalhista Brasi• Doutor Jayme de Assis Almeida, Secretário do Tri• leiro às eleições ãe 14-10-51 (quatorze, dez, cin• bunal. Deixou de comparecer, .por motivo cVe doença, qüenta e um), no Município ãe Mirassol, por não- ' o Senhor Ministro Edgard Costa. terem siâo os ãitos candidatos escolhidos em con• venção) . I — Fcmn proferidas as seguintes decisões : Recorrente : Partido Trabalhista Brasileiro. Re• corridos : Tribunal Regional Eleitoral e Partido So• "il. Recurso- n.° 1:980 — São Paulo () - cial Democrático. Relator : Ministao Rocha Lagoa. (Dos Acórdãos ns. 19.518 (dezenove mil, quinhentos e dezoito) e 19.531 (dezenove mil, quinhentos e Conheceu-ee do recurso, unanimemente, e ne- trinta e um), que cancelaram o registro dos candi• gou-se-Jhs provimento, também por votação unânime. datos do Partido Socialista Brasileiro e Partido Social Por não ter assistido ao relatório, não participou do Democrútico à Câmara Municipal, a requerimento ão julgamento o Dr. Plínio Pinheiro Guimarães. a Partido' Orientador Trabalhista — l'37. (centésima 3. Recurso n.° 1.97)1 — São Paulo. (Do Acórãã» " trigésima sétima) Zona .— Sorocaba)..... que àeu provimento ao recurso ão Partido Social Recorrentes : Pàrtião Socialista Brasileiro e An• Trabalhista, declarando sem efeito os diplomas con- tônio Martini, candidato do Partido Social Demo• feriãos aos candidatos comunistas Wilson dos Santos crático. Recorrido :. Tribunaili Regional EleitoraJ. Ferreira e Luiz Alvarez) . Relator :' Ministro Rocha Lagoa. Recorrentes : Wilson dos Santos Ferreira e Luiz Julgaram prejudicado o recurso, contra o votos Alvarez. Recorrido : Tribunal Regional Eleitoral. dos Srs. Ministros Sampaio Costa e Henrique Relator : Ministro Rocha Lagoa. D'AviIa. Adiado o julgamento, por ter pedido vista dos 2. Recurso n.° 1.G&6 — Paraíba (João ^sssoa) . (Da autos o Sr. Doutor Plínio Pinheiro Guimarães, após decisão do Tribunal Regional Eleitoral, que não tomou os votos dos Srs. Ministros Relator e Sampaio Costa, conhecimento da impúgnação oferecida pelo bacha• não conhecendo do recurso. rel Dustan' Soares de Miranda, desprezou a impúgnação 3. -Recurso n.° .1.979 — Paraíba — Bonito de. ão Pariião Social Democrático e deferiu o pedido de Santa Fé. (Da decisão que anulou as votações da registro de Francisco de Assis Chatoaubriand Ban• quarta e quinta Seções e da que validou as da se-r deira ãe Melo e João Lelis de Luna Freire, canãiãa- gunda e terceira Seções, da trigésima nona Zona. tos ão Partido Trabalhista Brasileiro a Senador e res• Diligência). • • pectivo Suplente). Recorrentes : Partido Libertador e Partido Social Recorrente : Dustan Soares de Miranda e Partido Democrático. Recorridos: Tribunal Regional Elei• Social Democrático. Recorridos : Tribunal Regional toral, Partido Libertador e Partido Social Democrá• Eleitoral e os candidatos acima. Relator : Ministro tico. Relator : Desembargador Frederico Sussekind. Henrique D'lAvila. Não se conheceu de ambos os recursos, sendo Não se conheceu do recurso, unanimemente'. que o Sr. Ministro Rocha Laaôa conhecia do pri• 3. Recurso n.° 1.9S4 — Rio Grande do Sul meiro, mas lhe negava provimento. • (Cruz Alta) . (Do Acórdão que não determinou a realização ãe eleições suplementares da 10.a (décima) 4. Recurso n.° 1.984 — Paraná (Curitiba). Seção dà 17.a Zona Eleitoral, visto como a alteração (Embargos de declaração oferecidos ao Acórdão nú• •que. a renovação da eleição daquela Seção poâerá mero 832 (oite-centos e trinta e dois), do Tribunal '" trazer é a da. ãistribuição dos lugares não preenchidos Superior Eleitoral) . pelo quociente partidário) . r Emturganite : Sebastião Penteado Darcanchy. Recorrente : Partido Social Democrático. Re• Embargado :• Tribunal - Superior Eleitoral. Relator: corrido : Tribuna^ Regional Eleitoral. Relator : Dou• Ministro Henrique D'Avilà. tor Plínio Pinheiro Guimarães. Rejeitaram os embargos, unanimemente. , Foi julgado tempestivo o recurso, contra os votos 5. Processo n.° 2.164 — Distrito Federal. (Ofí• dos Senhores Relator e Ministro Henrique D'Avila; cio «.'• 1.32'2-ÊO (um mil trezentos e vinte e nove e do recurso não se conheceu, contra o voto do Sr. cinqüenta) do 1.° (primeiro) Secretário âa Câmara, Ministro Rocha Lagoa, que conhecia mas negava ão Distrito Federal, encaminhando o avulso ão Re• provimento. querimento n.° 433 (quatrocentos e trinta e três), 4. Processo n.° 2.852 — Distrito Federal. (Re- de 1850 (um mil novecentos e cinqüenta), aprovado . clama o Partido Social Democrático contra a ãemora por aquela Câmara, sobre protesto apresentado pelo na chegada, a este Tribunal Superior Eleitoral, do Vereador Geraldo Moreira, contra a propaganãa elei• recurso interposto contra a ãecisão do Tribunal Re• toral, em jornais oficiais). gional Eleitoral da Paraíba, que ordenou a reno• Relator: Desembargador Frederico Sussekind. vação de eleições municipais ãe Prata, Município ãe DecicYiu-se pelo arquivamento. Votação unânime. Monteiro). II — Foram publicadas várias decisões. Interessado : Senador Dario Cardoso, delegado do Partido Social Democrático. Relator: Doutor 32.a Sessão, em 11 de junho de 1952 Plínio Pinheiro Guimarães. Foi homologada a desistência, unanimemente. Presidência do Senhor Ministro Luiz Gallotti. Compareceram os Senhores Ministro Francisco de U — Foram publicadas várias decisões. Paula Rocha Lagoa Filho, Ministro Amando Sam• paio Costa, Juiz Plínio Pinheiro Guimarães, Juiz 31.a Sessão, em 9 de junho de 1952 Pedro Paulo Penna e Costa, Ministro Vasco Hen• rique D'Avila, Desembargador , Frederico Sussekind, Presidência tio Senhor Ministro Luiz Gallotti. Doutor Plínio de Freitas Travassos; Procurador Ge• Compareceram os Senhores Ministro Francisco de ral, e o Doutor Jayme de Assis Almeida,. Secretário Paula Rocha Lagoa Filho, Ministro Amando Sam• do Tribunal. Deixou de comparecer, por motivo de paio Costa, Juiz Plínio Pinheiro Guimarães, Juiz doença, o Senhor Ministro Edgard Costa. • Pedro Paulo Penna e Costa, Ministro Vasco Hen• rique D'Avila, Desembargador Frederico Suseckind, I — Foram proferidas as seguintes decisões : Doutor Plínio de Freitas Travassos, Procurador Ge• •1. Recurso de diplomação n.° 62'— Minas Gerais. ral, e o Doutor Jayme de Assis Almeida, Secretário (Contra a expedição ãe ãiplomas ãe Deputados Es- Julho de 1952 BOLETIM ELEITORA L' 3 taduais aos Srs. José Luiz Pinto Coelho Filho e Ri• Regionais, solicitando créditos adicionais para os: cardo Alves Pinto Filho e Anuar Fares Menhem, respectivos serviços, no exercício de 1952 (um mil como primeiro Suplente, pelo Partido Democrata novecentos e cinqüenta e dois). Cristão). Relator — Desembargador Frederico Sussekind. Recorrente : Anuar Fares Menhccn. Recorridos: Autorizada, unanimemente, a solicitação dos cré• Tribunal Regional Eleitoral e os candidatos acima ditos, nos termos do parecer do Diretor Geral da' referidos. Relator : Ministro Rocha Lagoa. Secretaria. Contra o voto do Senhor Ministro Relator, re• jeitou-se. a preliminar cVe S. Excia., no sentido de 2. Recurso n.° 1.963 — São Paulo (Itu). (Da, voltarem os autos ao Tribual Regional, para ser decisão do Tribunal Regional Eleitoral, que, negando', por este realizada a diligência e dando ciênclx aos provimento ao recurso interposto da apuração da vo• tação das três Seções instaladas no Asilo-Colônia interessados. Foram conhecidos os ^cursos par• a ciais, com exceção do interposto pelo partido Social Pirapitingui, manteve aquela votação — 59. (quin- Democrático, sendo que o Senhor Ministro Relator quagésima nona) Zona). também deste conhecia. No mérito, deu-se provi• Recorrentes — Partido Trabalhista Nacional é mento, unanimemente, nos termos do parecer do União Democrática Nacional. Recorrido — Tribunal Dr. Procurador Geral. Usaram da palavra o re• Regional Eleitoral. Relator — Ministro Sampaio corrente e, pelo recorrido, o advogado AcVauto Lúcio Costa. Cardoso. Adiado por indicação do Relator. 3. Recurso n.° 1.97,1 — São Paulo. (Do Acórdão 3. Recurso n.° 1.982 — Rio Grande do Sul que deu provimento ao recurso do Partido Social (Quaraí). (Do Acórdão que deu provimento, em Trabalhista, declarando sem efeito os diplomas con• parte, ao recurso interposto pela "Coligação pelo feridos aos candidatos comunistas Wilson dos Santos Progresso ãe Quaraí", contra a proclamação do re• Ferreira e Luiz Alvarez). sultado das eleições municipais, anulando, assim, a Recorrentes : Wilson dos Santos Ferreira e Luiz votação da 4a (quarta), 5a (quinta) e 14.a (décima Alvarez. Recorrido: Tribunal Regional Eleitoral. quarta) Seções; que negou provimento ao recurso in-, Relator : Ministro Rocha Lagoa. terposto pelo Partido Social Democrático contra a • O recurso não foi conhecido, contra os votos decisão da Junta, que anulou a votação contida na dos Srs. Dr. Plínio Pinheiro Guimarães e Ministro urna da 26." (vigésima sexta) Seção; que mandou Henrique D'Avila. . renovar as eleições para Prefeito, Vice-Pr•efeito e Vereadores nas eleições anuladas e cassou os diplomas 3. Processo n.° 2.853 — Distrito Federal. (Re• expedidos ao Prefeito e Vice-Pr efeito, já proclamados quer o Presidente do Diretório Nacional do Partido eleitos) . Trabalhista Brasileiro o registro, neste Tribunal, Recorrente : Coligação pelo Progresso de Quaraí. das alterações feitas no Diretório Nacional, Conselho Recorridos : Tribunal Regional Eleitoral e Partido, Fiscal e Comissão Executiva Nacional do referido Social Democrático. Relator: Ministro Sampaio Partido). Costa. Interessado : Partido Trabalhista Brasileiro. Re• Adiado por indicação do Relator. lator : Ministro Rocha Lagoa. Deferido o registro, unanimemente. 4. Recurso n.° 1.993 — Ptraíba (Pombal). (Da decisão ão Tribunal Regional Eleitoral, que deu pro• H — Foram publicadas várias decisões. vimento ao Recurso n.° 530 (quinhentos e trinta), de expedição ãe áiploma, interposto pela Coligação 33.a Sessão, em 16 de junho de 1952 da União Democrática Nacional e Partido Liber• tador, m-anãanão, assim, renovar a eleição da Zi? a Presidência do Senhor Ministro Edgard Costa. (irigésima quarta) Seção da 31 . (trigésima pri• Compareceram os Senhores Ministro Luiz Gallotti, meira) Zona Eleitoral, somente em relação a Verea• Ministro Amando Sampaio Costa, Juiz Plínio Pi• dores que negou provimento ao Recurso n.° 764 (sete- nheiro Guimarães, Juiz Pedro Paulo Penna e Costa, centos e sessenta e quatro), interposto pelo Partido Social Democrático contra a decisão da Junta Apu- Desembargador Frederico Sussekind, Doutor Plínio a de Freitas Travassos, Procurador Geral e o Doutor raãora da 31 (trigésima primeira) Zona Eleitoral, Jayme de Assis Almeida, Secretário do Tribunal. que diplomou o Prefeito e Vice-Pr efeito, da União Deixou de comparecer, por motivo de saúde, o Sr. Democrática Nacional; da homologação ãe. desis-- Ministro Vasco Henrique D'Avila. tência dos recursos parciais da União Democrática' Nacional, ns. 623 (seiscentos e vinte e três) é 629 I — O Sr. Ministro Presidente, referindo-se ao (seiscentos e vinte e nove), correspondentes à 32." apelo que ' formulou aos membros dó Tribunal Su• (trigésima segunda) e 38a (trigésima oitava) Seções' perior. Eleitoral,, na primeira sessão do mês de abril da 31 .a (trigésima primeira) Zona Eleitoral). dc corrente ano, no sentido de ser- dispensada es• Recorrente : Partido Social Democrático. Re• pecial atenção ao estudo da reforma da legislação corridos : Tribunal Regional Eleitoral e União De• eleitoral — assunto que no momento se torna ainda mocrática Nacional. Relator : Doutor Plínio Pinheiro mais oportuno — solicita ao Tribunal o seu afas• Guimarães. tamento, por 90 (noventa) dias, das funções de Ministro do Supremo Tribunal Federal, a fim de Preliminarmente, não se tomou conhecimento se dedicar exclusivamente àquela tarefa. do recurso. Decisão unânime. Falou, pelo recorrente,, o Senador Dario Cardoso. O Sr. Ministro Luiz Gallotti, com o apoio de todo o Tribunal e do Sr. Dr. Procurador Geral, e 5. Recurso n.° .1.999 — Amazonas (Lábrea). antes de aprovar a solicitação do Sr. Ministro Pre• (Do Acórdão do Tribunal Regional Eleitoral, que or- sidente, manifesta o sentimento de regozijo do Tri• ãenou a realização de eleições suplementares na 6.* bunal, pelo completo restabelecimento do Exmo. Sr. (sexta) Seção da 12a (décima segunãa) Zona, so• Ministro Edgard Costa, que nesta data reassume suas mente para Vereadores, ãe vez que os votos anulados funções de Presidente deste Tribunal. O Sr. Mi• naquela Seção poderão alterar o quociente parti• nistro Presidente agradece a manifestarão do Tri• dário) . bunal, bem como as atenções de que foi alvo, por Recorrentes : União Democrática Nacional e ocasião de sua enfermidade,. agradecimento esse qus Partido Social Progressista. Recorrido: Tribunal estende a todos os 'funcionários da Secretaria. Em Regional Eleitoral. Relator : Ministro Sampaio Costa. seguida, foi aprovado o afastamento do Sr. Ministra Não se conheceu do recurso, unanimemente. Presidente, por 90 (noventa) dias, do Supremo Tri• bunal Federal. m — Foram publicadas várias decisões. II Foram proferidas as seguintes decisões: 34.a Sessão, em 19 de junho de 1952 il. Processo n.° 2.859 — Distrito Federal. (Re• presentações do Serviço Administrativo do Tribunal Presidência do Senhor Ministro Edgard Costa. Superior Eleitoral e vários expedientes de Tribunais Compareceram os Senhores Ministro Luiz Gallotti, BOLETIM ELEITORAL Julho de 1952

Ministro- AmanicYo' Sampaio Costa, Juiz Plínio Pi• I — Foram proferidas as seguintes decisões : nheiro Guimarães, Juiz Pedro Paulo Penna e Costa, Ministro Vasco Henrique D'Avila, Desembargador 1. Mandado de Segurança n.° 82 — Amazonas Frederico Sussekind, Doutor Plínio de Freitas Tra• (Benjamim Constant). (Contra a resolução ão Tri• vassos, Procurador Geral, e o Doutor Jayme de A°ssis bunal Regional Eleitoral, que determinou a subtração Almeida, Secretário do Tribunal. de sete votos apurados em favor ãe Francisco Cha• gas ãe Almeida, candidato ão Partião Trabalhista I — 1. No expediente, foi lido o telegrama do Brasileiro, ãiplomaão pela Junta Apuraãora da IO.3 Presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Estado (décima) Zona Eleitoral). de''& lagoas, comunicando haver fixatío o dia sete de Recorrente: Partido• Trabalhista Brasileiro. Re• dezeinhro do corrente ano, para a realização da corrido: Tribunal Regional Eleitoral. Relator : Mi• eleição para Prefeito de Maceió. nistro Henrique DIAvila. • 2.; O Sr. Ministro Henrique D'Ávila, lamentando Adiado por indicação do Relator. hão haver comparecido à sessão anterior, associa-se ao .voto de regosijo do Tribunal, então formulado, 2. Recurso n.° 1.981 — São Paulo (Jaú). (Em• pelo completo restabelecimento do Sr. Ministro Pre• bargos ãe declaração ofereciãos ao Acórãão número sidente, que agradece, por sua vez, o seu pronun• 830 (oitocentos e trinta), do Tribunal Superior Elei• ciamento. toral) . Embargante : União Democrática Nacional. Em• II — Passando-se ao julgamento dos processos bargados : Tribunal Superior Eleitoral e Partidos So• em • pauta, foram proferidas as seguintes decisões : cial Democrático e Social Progressista. Relator : Doutor Plínio Pinheiro Guimarães. 1. Recurso cVe diplomação n.° 79 — Paraíba Rejeitados os embargos, unanimemente. (João. Pessoa). (Da decisão ão Tribunal Regional Eleitoral, que diplomou o cidadão Drault Ernani de 3. Processo n.° 2.849 — Amazonas. (Consulta Melo e Silva, Suplente de Senador pelo Partido So• do Sr. Desembargador Presidente do Tribunal Re• cial Democrático, por infringência do art. 48 (qua• gional Eleitoral sobre se Juiz indicado pelo Tribunal renta e oito), da Constituição Federal). de Justiça para vaga ãé Juiz de Direito, verificada naquele Tribunal, em gozo ãe licença-prêmio, poderá Recorrentes : Partido Trabalhista Brasileiro e permanecer afastado ãa Justiça Eleitoral, durante João Lelis de Luna Freire. Recorridos : Tribunal a referida licença). Regional Eleitoral e Drault Ernani de Melo e Silva. Relator : Ministro Sampaio Costa. Relator : Ministro Henrique D'Ávila. Preliminarmente, e à unanimidade, não se tomou Adiado, por ter .pedido vista dos autos o Sr. Mi• conhecimento 60 recurso. nistro Luiz Gallotti, após ter votado o Sr. Ministro relator, de acordo com o parecer do Dr. Procurador 2. Processo n.° 2.834 — Ceará (Fortaleza). Geral. (O Presidente do Tribunal Regional Eleitoral soli• cita instruções para a cobrança da multa imposta 4. Processo n.° 2.850 — São Paulo (São Cae• aos eleitores faltosos). tano do Sul). (Ofício ão Presidente da Câmara Mu• nicipal, encaminhando cópia autêntica ãe requeri• Relator : Ministro Henrique D'Ávila. mento em que o Sr. Antônio Dardis Netto e outro Respondeu-se à consulta que a cobrança da solicitam informações ao Tribunal Superior Eleitoral multa deve ser feita de acordo com o art. 184 (cento sobre a possibilidade de elementos ão extinto Partido e. oitenta e quatro) do Código Eleitoral, isto é, com Comunista Brasileiro poderem candidatar-se às pró• á aplicação subsidiária do Código de Processo Penal. ximas eleições municipais, ãesâe que tenham re- puãiaão publicamente as idéias sustentadas por aquela 3. Recurso n.° 1.383 — São Paulo (Itu) . (Do facção política). decisão ão Tribunal Regional Eleitoral, que, negando InteressaicVo : Antônio Dandis Netto e outro. Re• provimento ao recurso interposto da apuração da votação das três Seções instaladas no Asilo-Colônia lator : Doutor Plínio Pinheiro Guimarães. Pirapitingui, manteve aquela votação 59.a (quinqua- Adiado por indicação do Relator. gésima nona) Zona). 5. Processo n.° 2.857 — Santa Catarina (Cris• Recorrentes : Partido Trabalhista Nacional e ciúma) . (Consulta o Presidente da Câmara Muni• União Democrática Nacional.. Recorrido: Tribunal cipal ãe Crisciúma se funcionários federais e mili• Regional Eleitoral. Relator : Ministro Sampaio tares, em pleno exercício, eleitos Vereadores, poãerão Costa. assumir este cargo, sem prejuízo ãas funções efe• Não se tomou conhecimento do recurso, unani• tivas) . memente. Interessado : Ernesto Bianchini Góes, Presidente da Câmara Municipal de Crisciúma. Relator: Mi• 4. Processo n.° 2.849 — Amazonas. (Consulta nistro Luiz Gallotti. ão Sr. Desembargaâor Presidente do Tribunal Re• Não se tomou conhecimento da consulta, por gional Eleitoral sobre se Juiz indicado pelo Tribunal incompetência do Tribunal. Decisão unânime. ãe Justiça para vaga de Juiz de Direito, verificada naquele Tribunal, em gozo de licença-prêmio, po• 6. Processo n.° 2.855 — Distrito Federal. (Con• derá permanecer afastado da Justiça Eleitoral, du• sulta a União Democrática Nacional se, no caso ãe rante a referida licença). renovação ãe todas as seções de um Município, por anulação de mais ãe metade ãos sufrágios, quais os Relator : Ministro Henrique D'Avila. cidadãos que terão ãireito a novo voto : se apenas Adiado, por ter pedido vista dos autos o Sr. os que assinaram as folhas ãe votação ou toãos os Ministro Luiz Gallotti, após ter votado o Sr. Mi• eleitores inscritos no Município até a data da eleição nistro ' Relator, de • acordo com o parecer do Doutor anulada, ou, ainda, todos os inscritos até a data da renovação). Procurador Geral. Relator : Doutor Plínio Pinheiro Guimarães. ni — Foram publicadas várias decisões: Não se tomou conhecimento da consulta, por ser do Tribunal Regional a competência para respon• 35.a Sessão, em 23 de junho de 1952 dê-la. Decisão unânime. 7. Processo n.° 2.860 — Distrito Federal. (João Presidência do Senhor Ministro Edgard Costa. Clímaco ãa Silva consulta se a eleição ão novo Pre• Compareceram os Senhores Ministro Luiz Gallotti, feito ãe Maceió âeverá ser marcada para realizar-se Ministro Amando Sampaio Costa, Juiz Plínio Pi• nesses próximos sessenta dias, conforme prevê o pa• nheiro Guimarães, Juiz Pedro Paulo Penna e Costa, rágrafo único ão. art. 100 (cem) ãa Constituição •Ministro Vasco Henrique D'Ávila, Desembargador Estadual, por estar vago o cargo, em virtude de um Frederico Sussekind, Doutor Plínio de Freitas Tra• aditivo, ãe lei, que âetermina seja o Prefeito eleito vassos, Procurador Geral, e o Doutor Jayme de pelo sufrágio popular). Assis Almeida, Secretário do Tribunal. Relator: Ministro Sampaio Costa. Julho .de ±£/52 BOLETIM ELEITORAL b

.Julgou-se, unanimemente, prejudicada a con• nicipal, encaminhando cópia autêntica ãe requeri• sulta. • mento em que o Sr. Antônio Dardis Netto e outro solicitam informações ao Tribunal Superior Elei-r .8. Recurso n.° 1.982 — Rio Grande do Sul toral sobre a posibilidaâe ãe elementos do extinto (Quaraí). (Do Acórdão que deu provimento, em Partido Comunista Brasileiro poderem candidatar-se parte, ao recurso interposto pela "Coligação pelo às próximas eleições municipais, desde que tenham Progresso de Quaraí", contra a proclamação do re• repudiado publicamente as idéias sustentadas f|>r sultado das eleições municipais, anulando, assim, a aquela facção política). votação da 4a (quarta), 5.a (quinta) e 14.a (décima quarta) Seções; que negou provimento ao recurso Interessados : Antônio Dardis Netto e outro; interposto pelo Partido Social Democrático contra a Relator : Doutor Plínio Pinheiro Guimarães. decisão da Junta, que anulou a votação contida na Adiado por indicação do Relator. • • a urna da 26 (vigésima sexta) Seção; que mandou 4. Recurso n.° 2.002 — Paraíba (Monteiro) — renovar as eleições para Prefeito, Vice-Prefeito e (Antigo 1930). (Da decisão ão Tribunal Regional Vereadores nas eleições anuladas e cassou os di• Eleitoral que, negando provimento aos recursos da plomas expedidos ao Prefeito e Vice-Prefeito já União Democrâtic Nacional contra as decisões ãa proclamados eleitos). Junta Apuraãora ãa 29a (vigésima nona) Zona, anulou Recorrente : "Coligação pelo Progresso de Qua• tôâa a votação ãa 24.a (vigésima quarta) e parte ãa raí". Recorridos : Tribunal Regional Eleitoral e Par• 27a (vigésima sétima) Seção, circunscrita, porém, tido Social Democrático. Relator : Ministro Sampaio a nuliãaãe à votação, em separado, ãe 105 (cento e Costa. cinco) eleitores ãe outras Seções, determinando assim Preliminarmente, e por decisão unânime, não a renovação da eleição anulada). se tomou conhecimento do recurso. Recorrente : Partido Social Democrático. Re• corrido : Tribunal Regional Eleitoral. Relator : Dou• n — Foram publicadas várias decisões. tor Plínio' Pinheiro Guimarães.

a Desprezadas as preliminares de ilegitimidade do 36. Sessão, em 26 de junho de 1952 recorrente e da coisa julgada, unanimemente,- co• nheceu-se do recurso e se lhe deu provimento, Presidência do Senhor Ministro Edgard Costa. para reformar a decisão recorrida, na parte em Compareceram os Senhores Ministro Luiz Gallotti, que mandou renovar a votação tomada em sepa• Ministro Amando Sampaio Costa, Juiz Plínio Pi• rado na 27.a (vigésima sétima) Seção e também nheiro Guimarães, Juiz Pedro Paulo Penna e Costa, para declarar que a renovação, decretada, da 24.a Ministro Vasco Henrique D'Avila, Desembargador (vigésima quarta) seção não atinge o cargo ore Frederico Sussekind, Doutor Plínio de Freitas Tra• Vice-Prefeito. Decisão igualmente unânime. vassos, Procurador Geral, e o Doutor Jayme de Assis Almeida, Secretário -do Tribunal. Aberta a II — Foram publicadas várias decisões. sessão, foi lida a ata do dia vinte e três de junho.

t a I — O Sr. Ministro Presidente, comunicando ao 37. Sessão, em 30 de junho Tribunal a eleição do Sr. Ministro Sampaio Costa para Presidente do Tribunal Federal de Recursos, Presidência do Senhor Ministro Edgard Costa. no período 952/53 (novecentos e cinqüenta e dois Compareceram os Senhores Ministro Luiz. Gallotti, a cinqüenta e três), propõe que se consigne em ata Ministro Amando Sampaio Costa, . Juiz Plínio Pi• um voto de congratulações com S. Excia. e com nheiro Guimarães, 0'uiz Pedro Paulo Penna e Costa, aquele Tribunal, pela justa e merecida escolha. Ministro Vasco Henrique D'Avila, Desembargador Acrescenta que o Sr. Ministro Macedo Ludolf, atual Fretóerico Sussekind, Doutor Plinio de Freitas Tra• Presidente daquele Tribunal, veio pessoalmente con• vassos, Procurador Geral e o Doutor Jayme' de Assis vidar os Juizes do Tribunal SuperiofEieitoral, para A'meida, Secretário do Tribunal. a posse do Sr. Ministro Sampaio Costa, no dia 1.° (primeiro) de julho, às 15 (quinze) "horas. I — Foram proferidas as seguintes decisões : Aprovada a proicosta, à qual se associou o Sr. Dr. 1. Processo n.° 2.850 — São Paulo (São Caetano Procurador Geral, o Sr. Ministro Sampaio Costa do Sul). • (Ofício do Presiãente dá Câmara Muni• agradece a manifestação do Tribunal. cipal encaminhanâo cópia autêntica de requerimento n — Foram proferidas as seguintes decisões : em que o Sr. Antônio Dardis Netto e outro solicitam informações ao Tribunal Superior Eleitoral sobre a 1. Mandado de Segurança n.° 82 — Amazonas possibilidade de elementos do extinto Partido Co- (Benjamin Constant). (Contra a resolução dó Ti\- munisla Brasileiro, poderem canãiâatar-se às pró• bunal Regional Eleitoral, que determinou a subtração ximas eleições municipais, desde que tenham repu• ãe 7 (sete) votos apurados em favor de Francisco diado publicamente as idéias sustentadas por aquela Cliagas de Almeida, candidato ão Partido Traba• facção política). lhista Brasileiro, diplomado pela Junta Apuraãora a Interessado — Antônio Dardis Neto e outro. Re• da 10. (décima) Zona Eleitoral). lator — Dr. Plínio Pinheiro Guimarães. Recorrente : Partido Trabalhista Brasileiro. Re• •Preliminarmente não se tomou conhecimento da corrido : Tribunal Regional Eleitoral. Relator : Mi• consulta, contra os votos do Relator e do Ministro nistro Henrique D'Avila. Luiz Gallotti; designado para Relator do Awrdãó o Homologada a desistência requerida, unanime• Sr. Ministro Sampaio Costa. mente. 2. Pirccesso n.° 2.817 — Paraíba (João Pessoa). 2.. Recurso n.° 1.882 — Minas Gerais (Conse• (Pedido ãe destaque de verba — Cr$ 400.000,00 lheiro Pena). (Da. decisão do Tribunal Regional (quatrocentos mil cruzeiros) para despesas com a Eleitoral, que deu provimento ao recurso da União realização de eleição ãe senador e respectivo su• Democrática Nacional, julgando válida a votação ãa plente, a realizar-se a 9-3-52 (nove-três-cinqüenta 3.a (terceira) Seção ão Distrito de Goiabeira, consi- e dois). áerando, assim, eleito Prefeito ão Município de Con• Relator — Doutor Plínio Pinheiro Guimarães. selheiro Pena, 170a (centésima setuagésima) Zona, o Sr. Manuel Calhau, ficanão, pois, cassaâo o di- Aprovado o destaque de Cr$ 104.000,00 (cento e ploma ão Sr: Sebastião Anastácio ãe Paula). quatro mil cruzeiros), devendo o excedente de Cr$ 3.500,00 (três mil e quinhentos), ser atendido opor• Recorrente : Partido Social Democrático. Re• tunamente com' a suplementação pedida da verba; corrido : Tribunal Regional Eleitoral. Relator : De• decisão unânime. sembargador Frederico Sussekind. Preliminarmente, não se tomou conhecimento do . 3. Processo n.° 2.854 — Distrito Federal. (Con• recurso, contra os votos dos Srs. Ministro Sampaio sulta a União Democrática Nacional sobre ãesincom- Costa e Dr. Pedro Paulo Penna e Costa. patibilização de Prefeitos e Vice-Pr efeitos, candida• tos à reeleição ao mesmo cargo, a Vice-Prefeito e a . .3. Processo n.° 2.850 — São Paulo (São Cae• Vereadores, e, bem assim, sobre a incompatibilidade tano do Sul) . (Ofício ão Presidente ãa Câmara Mu• decorrente de parentesco): •6 BOLETIM ELEITORAL Julho d* 11)52

Interessado — Doutor Jorge Alberto Vlnhais> de- Resolve admitir Salvador Machado Rosa —' ma• 'legado da União Democrática Nacional. Relator, Dou• trícula n.° 792.151, na função de servente, da Ta• tor Penna e Costa. bela Numérica de Diaristas da Secretaria deste ' : Não se tomou conhecimento da consulta, em de• Tribunal, com o salário diário de Cr$ 58,00 (cinqüenta cisão preliminar e unânime. e oito cruzeiros). ; 4. Recurso n.° 1.978 — São Paulo (Salto). (Do De 13-6-52 : acórdão que deu provimento ao recurso do Partido Social Progressista, reformando, assim, a decisão do O Presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Juiz da 59.a (quinquagésima nona) Zona Eleitoral usando de suas atribuições : que mandou registrar os candidatos Agostinho Ro• drigues e Benedito Quadros, do Partido Trabalhista Resolve tornar sem efeito a admissão de Luis Brasileiro, ao cargo de Vereadores). Cabral de Araújo — matrícula n.° 92.151, para a função de servente, da Tabela Numérica de Diaristas Recorrente — Partido- Trabalhista Brasileiro. - da Secretária deste Tribunal, com o salário diário Recorrido — Partido Social Progressista. Relator — de CrS 58,00 (cinqüenta e oito cruzeiros). Ministro Sampaio Costa. Julgou-se prejudicado o recurso, por não ter ha• vido recurso da 2.a (segunda) diplomação, reme- Apostila itencio-se, entretanto, os autos ao Doutor Procurador De 3-6-52 : Geral, para requerer o que entender de direito sobre No ato de nomeação do Auditor Fiscal, interino •a responsaibilidade do partido que registrou os can• — Elie Dezonne — foi feita a seguinte apostila : didatos em causa; • decisão unânime. "A licença do titular efetivo do cargo de au• .5. (Processo n.° 2.837 — Pará (Ponta de Pe• ditor fiscal, padrão P.J.-3— Adolfo Costa Madruga, dras) . (Comunica o Desembargador Presidente ão a foi prorrogada, por 60 dias, de 1-5-52 a 29-6-52,, Tribunal Regional Eleitoral a criação ãa 27 (vigé• nos termos dos arts." .156 e 165, do Decreto-lei nú• sima sétima) Zona Eleitoral, sediaáa na Comarca de mero 1.713, de 28-10-59". •Ponta ãe Pedras e a respectiva instalação a 1 ãe abril próximo vindouro) . Relator — Doutor Plínio Pinheiro Guimarães. Averbação Aprovada, unanimemente, a criação da 27a (vi• De 23-5-51 : gésima sétima) Zona, Comarca de Ponta de Pedras. Autorizando a averbação de 2.177 dias de efe• tivo exercício, prestado pelo dactilógrafo, classe F — 6. Processo n.° 2.862 — Santa Catarina (Cri• Júlia Zaní da Silveira — às Empresas Incorporadas ciúma) . (Consulta José Prates, suplente ãe Ve• ao Patrimônio da União, nos termos das letras c reador, se funcionários federais, civis ou militares, e e do art. 98 d'o Decreto-lei n.° 1.7.13, de 28 de em exercício das respectivas funções, eleitos Deputaâos outubro de 1S39. (Prot.. 3.786-50.) ou Vereadores, poderão exercer mandatos sem in• Da 2-6-51 : compatibilidade e se apôs a diplomação perceberão os vencimentos dos cargos eletivos). Mandando averbar, para efeito de aposentadoria Interessado — José Prates, suplente de vereador. e disponibilidade, 2.691 dias de efetivo exercício Relator — Doutor Plínio Pinheiro Guimarães. prestado por Maria Augusta Flores, oficial judi• ciário, classe J, na forma seguinte : Preliminarmente, não se conheceu da consulta; decisão unânime. o) 444 dias de serviço prsstado pela funcio• nária, no perícdo de 11-7-41 a 27-9-42, ao Instituto n — O Sr. Ministro Sampaio Costa, em virtude de Previdência e Assistência dcs Servidores do Es• de haver sido eleito Presidente do Tribunal Federal tado, nos termos da letra "e" do art. 98 do Decreto- de Recursos, solicitou e obteve exoneração de Juiz lei n.° 1.713, de 28-10-39, e, do Tribunal, nos termos do art. 9.°, letra s, do Re• b) 2.247 dias de serviço, relativos ao período de gimento Interno. Em nome do Tribunal, realçando 28 de setembro de 1942 a £1^12-48, ao Ministério a sua atuação na Justiça Eleitoral falou o Sr. Mi• da Justiça, e Negócios Intericres, de acordo com o nistro Presidente, á cuja manifestação associou-se o art. 98, letra "a", do referilo diploma estatutário. Sr. Dr. Procurador Geral. (Prot. n.° 3.381-51) . III — Foram publicadas várias decisões. Dispensa Ato de 30-5-52 : ATOS DA PRESIDÊNCIA O Presidente do Tribunal Superior Eleitoral, usando da atribuição que lhe confere o art. 6.°, do Regimento da Secretaria do Tribunal Superior Elei• Admissões toral, De 30-5-1952 : Resolve dispensar, a pedido, o servente, diarista de CrS 58,00 — Antônio de Pádua Sousa da Costa, O Presidente do Tribunal Superior Eleitoral re• da Tabela Numérica de Diaristas da Secretaria do solve : Tribunal Superior Eleitoral. OProt. n.° 1.705-52). Admitir Luís Cabral de Araújo — matrícula nú• mero 792..151, na função de servente, da Tabela Nu• Ato de 30-5-52 : mérica de Diaristas da Secretaria deste Tribunal, O Presidente do Tribunal Superior Eleitoral, com o salário de Cr$ 58,00 (cinqüenta e oito cru• usando da atribuição que lhe confere o art. 6.?, zeiros) . do Regimento da Secretaria do Tribunal Superior Eleitoral, De 5-6-1952 : Resolve dispensar, a pedido, o servente, diarista O Presidente do Tribunal Superior Eleitoral re• de CrS 58,00 — Ézio de Sousa Pires, da Tabela Nu• solve : mérica ds Diaristas da Secretaria do Tribunal Su• perior Eleitoral. (Prot. n.° 1.036-52). Admitir Jorge Assis de Araújo — matrícula nú• mero 792.1152, na função de servente, da Tabela Nu• mérica de Diaristas da Secretaria deste Tribunal, Licença com o salário de Cr$ 58,00 (cinqüenta e oito cru• De 27-5-52 : zeiros) . Concedendo prorrogação de licença a Zuleide Jesuína dos Santos Fernandes, escrevente-dactiló- De 13-6-52 : grafo, referência 20, por 90 dias, de 7-5-52 a 4 de agosto de 1952, inclusive, nos termos dos artigos O Presidente do Tribunal Superior . Eleitoral, 4'62, a, 156 e 168 do Decreto-lei n.° 1.713, de 28 de usando de suas atribuições, outubro de 1939. (Prots. 935 e 1.057-52). Julho de 1952 BOLETIM EIiEITORAL 7

De 27-5-52 : " • III — Qual o sistema preferível para o combate ao abstencionismo tanto com relação ao voto quanto Concedendo 5' dias de licença a Maria da Con• ceição Nese, escrevente-dactüógrafo, referência 20, às demais funções eleitorais (mesáries. memorou de ÍÍO período de 12-5-52 a lÍ6-'5-62, inclusive, nos ter• Junta Apuradòra. etc.): o da aplicação de multa aos mos dos ar-ts. 162, b e 165 do Decreto-lei n.° 1.713, faltosos através processo criminal — regime vigente, de 28-'10-3'9. (Prot. 1.058-52). • ou como muita fiscal, mediante cobrança executi• va, ou, ainda, a adoção de medidas indiretas? Nesta De ítí-5-52 : última hipótese, — quais essas medidas? Concedendo 28 dias de licença a Antônio de iPádua Sousa cYa Costa, servente, diarista de Cr§ 58,00, IV — Como evitar a influência do pcder econô• «da Tabela Numérica de Diaristas da Secretaria deste mico no processo das eleições? Quais as medidas, pro• Tribunal, no período de 26-4-52 a 23-5-52, nos termos vidências, ou sistema, aconselháveis com esse obje• iáo art. 2.°, item I, e art. 3.°, do Decreto-lei nú• tivo, e quais cs meios práticos para sua execução p^la mero 6.i63il, de 27-6-S44, combinado com o § 2.° do Justiça Eleitoral? art.' 162 do Decreto-lei n.° .1.713 de 28-10-39. (Prot. n.° 1.113-52) . V — Cano imipedir, ou reprimir, a infiltração de elementos contrários às instituições democráticas De 10-6-52 : como candidatos de partidos legalmente registrados? Negando licença requerida por Maria da Con• VI — Como considera o Tribunal a sugestão re• ceição Nese, escrevente-õactilógrafo, referência 20, lativa à eleição para representantes à Câmara Fe• e considerando justificadas as faltas dadas ao ser• deral e às Assembléias Estaduais por distritos eleito• viço no período de 17 a 31 de maio último, de acordo com o parecer do Dr. Diretor Geral. (Prots. 1.004 rais e não por circunscrições, compreendendo cada e 1.143-52)'. • uma destas um Estado? VII — Como encara o Tribunal, pelo seu aspecto De 13-6-52 : de conveniência ou inconveniência para o serviço Concedendo a Francisco Jerônimo Gonçalves, eleitoral, a coligação ou aliança de partidos para a tesoureiro, padrão M, ora em exercício neste Tri• disputa dcs cargos eletivos no âmbito federal, e. prin- bunal, 40 dias de licença, no período de 1-6 a 10-7, cipalmen.tr, no estadual e municipal? nos termos do § 2° do art. 162 do Decreto-lei nú- tnero 1.713-39. (Prot. n.° 1.106-52). VIII — Que medidas outras podem -ser adotadas para maior garantia do segredo do voto'? IX — A multiplicidade de partidos, sem' maior Circular • expressão política, aconselha a adoção de requisitos outros que dificultem a criação de novos, e de dis• (•REFORMA ELEITORAL) positivo que autorize o cancelamento dos que se não mostrarem de âmbito verdadeiramente nacional? Sr. Desembargador Presidente ão Tribunal Re• Quais aquele requisitos novos a serem exigidos e gional Eleitoral : como proceder para o cancelamento dos últimos? Cogitava esta Presidência em tomar a iniciativa X — Quais as medidas e providências aconselhá- de oferecer ao Pcder Legislativo^ por parte da Jus- ' veis para a simplificação do processe eleitoral em . tiça Eleitoral, sugestões para uma revisão do Código ' geral, notadamente no que se refere às nulidades .e Eleitoral, corrigindo-lhe as falhas e sanando as omis• aos recursos, de maneira a impedir o formalismo pró• sões- verificadas na. sua aplicação, quando surgiram, prio da Justiça comum, e a delonga das soluções defi• nas Casas do'Congresso Nacional, quase simultanea• nitivas? mente, os projetos do Sr. Deputado Arnaldo iCer- deira e do Sr. Senador João Villasbôas, — tendo Não precisando ressaltar a imprescinbilidade e tido, a seguir, designada • na Câmara dos Deputados oncarecer o valor da colaboração ora pedida, solicito uma Comissão para elaborar o projeto de reforma da• e espero que ela seja prestada com urgência, e, em quele Código. sendo possível, no prazo máximo de 30 dias. A Justiça Eleitoral, contribuindo para a necessária revisão da Encontra-se assim na tela da discussão essa re• legislação, estará, do mesmo passo, contribuindo para forma, que, como é óbvio, não poderá ser levada a o aperfeiçoamento das instituições democráticas, termo sem a colaboração da Justiça Eleitoral. com o que se mostrará à altura da sua patriótica Cabe naturalmente a esta 'Presidência coorde- tarefa. ' nar a colaboração da mesma Justiça para ctferecê- Cordiais saudações. — Ministro Edgard Costa, la oportunamente ao Poder Legislativo. E' com essa finalidade que me dirijo ao eminente colega para so- Presidente do Tribunal Superior Eleitoral. litar-lhe, ouvidos os demais membros desse Tribunal e 03 juizes eleitorais que queiram prestar a coopera• PRINCIPAIS INOVAÇÕES DO PROJETO VILLASBÔAS ção da sua experiência, as sugestões que entendam necessárias para o aperfeiçoamento da legislação e da I — Exigência do retrato no título. -sua melhor execução, e do serviço eleitoral em geral. II — Cédulas-listás, oficiais, contendo a declara• Afora as principais inovações dos projetos jà ção em ordem alfabética, de todos os partidos e alian• apresentados à Câmara e aó Senado, — constantes, ças de partidos para as eleições sob o critério propor• aquelas do "Boletim Eleitoral" n.° 11, pág. 20, e estas cional. -do anexo à presente circular. — solicito, em particular, • a manifestação dos colegas sobre os seguintes pontos, III — Em conseqüência, votação exclusivamente •que se afiguram de certa relevância, a exigir solução na legenda. adequada: IV — Cédulas, como os invólucros, rubricados pelo T — Em matéria de alistamento, quais as medi• .presidente'da Mesa receptora. das aconselháveis, assim para facilitá-lo como para V — Nomeação das Mesas Receptoras mediante tornar efetiva a sua obrigatoriedade? A • revisão do indicação dos partidos interessados nas eleições. existente é providência aue se recomenda? Como pro• cedê-la? / | ; ; '_[»Ml VI — Recebimento dos vetos durante três dias. II — Como abreviar e simplificar a apuração das VII _ Organização dos partidos: o) 500.000 elei• eleições? Qual o processo ou quais as medidas reco• tores distribuídos "por 15 ou mais circunscrições elei• mendáveis com esse objetivo? torais com o mínimo de 10.000 eleitores cada; b) in- 8 BOLETIM ELEITORAL Julho dc <952 dicação dos candidatos a registro feita pelas Conven• da aludida decisão, com fundamento no art. 167, ções, conforme o seu âmbito, pela ordem em que de• letra a, do Código Eleitoral. verão ser proclamados eleitos e diplcmados; c) orga• Alega o recorrente que o decisório em causa fere nização das Convenções: as municipais, ,por escolha a letra expressa dos arts. 137 e 140, § 2.°, do citado dos órgãos efetivos do partido; as regionais, por de• Código, combinados com os arts. l.° e 3." da Re• legações escolhidas pelas Convenções municipais; e solução n.° 3.515, de 1950, eis que concedeu registro de candidatos de uma aliança partidária sem que as nacionais, por delegações escolhidas pelas conven• essa aliança estivesse devidamente registrada. ções estaduais ou municipais, segundo os estatutos. VIII — Penda do mandado ao que se desligar do O que tudo devidamente examinado : partido, com recurso para a Justiça Eleitoral. Atendendo a que o disposto nos arts. 137 e 140, § 2.°, do Código Eleitoral não exige taxativamente IX — Substituição dos atuais títulos eleitorais, que a aliança dos partidos seja registrada; mediante requerimento dos eleitores, até 30 de julho Atendendo a que as disposições supra-invoca- de 1954. das, em combinação com as insertas nos arts. 1." e 3.° da Resolução n.° 3.515, de 1950, requerem, como indispensável, que as alianças para as eleições DECISÕES municipais sejam aiprovaldas pelos diretórios re• gionais; ACÓRDÃO N.° 155 Atendendo a que tal aprovação foi dada por (Recurso n.° 1.273 — Maranhão) ocasião do registro, objeto do presente recurso; , Atendendo a que a decisão recorrida não feriu — As inelegibiliãaães são restrições a direitos a letra dos textos legais indicados pelo recorrente e devem ser entendidas estritamente, 'não po• e, 'ao contrário, com ela se conformou : dendo ser ampliadas por extensão ou analogia. A.eorda o Tribunal Superior Eleitoral, prelimi• O art. 140 ãa Constituição Federal, combinado narmente, contra os votos dos Ministros Relator e com o art. 139, // e III, ãa mesma Carta, não Machado Guimarães, não conhecer do recurso in• cogita âas inelegibiliãaães de filho ãe Gover• terposto. nador para o cargo de Vice-Governaãor e ãe Prefeito para o cargo ãe Governador. Salá das Sessões do Tribunal Superior Eleitoral. Vistos, etc. O Partido Social Progressista, in• — Rio de Janeiro, 6 de outubro de 1950. — Antônio conformado com a decisão do Tribunal Regional • ao Carlos Lafayette de Anãraãa, Presidente. — Sampaio Maranhão, que deferiu o pedido de registro dos Costa, Relator. — Fui presente ; Plínio de Freitas Srs. Eugênio Barros e Renato Bayma Archer da Travassos, Procurador Geral. — Nota da Secre• Silva, para os cargos de Governador e Vice-Gover- taria : Foram, ainda, vencidos os Srs. Dr. Machado nador do Estado do Maranhão, recorre da mesma, Guimarães Filho e Des. Sabóia Lima. com fundamento no art. 167, letra a, do Código Eleitoral, alegando violação à letra expressa do ar• (Publicado na sessão de 26-5-52). tigo 140 da Constituição Federal, combinado com a do art. 139, n e III, da mesma Carta; ACÓRDÃO N.° 201 Atendendo a que as inelegibilidaides são restri• ções a direitos, que devem ser entendidas estrita• (Recurso n.° 1.321 — Amazonas) mente, não podendo ser ampliadas por extensão ou analogia — Não se conhece ãe recurso de decisão do TRE, que deferiu registro ãa legenda de uma Atendendo a que a letra das disposições dadas aliança, visto a mesma decisão não ter f\rião como violadas não cogita das inelegibilidades ar- o ãisposto no art. 140, § 4.°, do Código Elei• güidas peío recorrente : toral. Resolve o Tribunal Superior Eleitoral, prelimi• narmente, contra o voto do Ministro Djalma da Vistos, relatados e discutidos estes autos de Re• Cunha Mello, não tomar conhecimento do recurso, curso Especial, vindos do Amazonas, em que figura por falta de apoio no permissivo legal. como recorrente o Partido Trabalhista Brasileiro e como recorridos o Tribunal Regional Eleitoral da• Sala das Sessões do Tribunal Superior Eleitoral. quele Estado, a União Democrática Nacional e o •— Rio cYe Janeiro, 2 de outubro de 1950. — Antônio . Partido de Representação Popular. Carlos Lafayette de Anãrada, Presidente. — Sam• O recurso busca fundamento no art. 167, letras paio Costa, Relator. — Fui presente : Plínio de a e o, do Código Eleitoral e se alega ter a decisão Freitas Travassos, Procurador Geral. — Nota da recorrida ferido o art. 140, § 4.°, do mesmo Có• Secretaria : Foi voto vencido, ainda, o Sr. Mi• digo, pois decidiu extra petita, deferindo o registro nistro Cunha Mello. da legenda de uma aliança, quando esta aliança (•Publicado na sessão de 26-5-52). requererá apenas o seu registro. Além. disso, a de• nominação dada à referida legenda yisava burlar a boa-fé do eleitorado, confundindo-a como aliado ACÓRDÃO N.° 181 do Partido Trabalhista Brasileiro, o que* não era verdade, utilizando-se da expressão "trabalhista", (Recurso n.° 1.301 — Minas Gerais) . que é própria de outro Partido. O Dr. Procurador Regional levanta a preliminar — Não se conhece de recurso contra decisão de descarbimento do recurso, e, no mérito, opina do T.R.E., que deferiu registro de candidatos pelo seu desprovimento, visto não haver prerrogativa a Prefeito, Vice-Prefeito, Vereadores e Juizes ãe alguma para os partidos se apropriarem de ex• Paz ãe um Município, sem que a aliança parti• pressões comuns, como a de "trabalhista". O Dr. dária estivesse registrada, visto o Cóãigo Elei• Procurador Geral reitera a preliminar levantada e, toral não exigir taxativamente este registro, bas• quanto ao mérito, também se manifesta•• pelo não tando a aprovação ãos âireiórios regionais — provimento. arts. l.° e 3° da' Resolução n.° 3.515, de 1950 —, o que foi feito. Acorda o Tribunal Superior Eleitoral, prelimi• narmente, por unanimidade, não conhecer do re• curso. E as razões são as seguintes : •O Partido Republicano, seção de Minas Gerais, inconformado com a decisão do Tribunal Regional O art. 140, § 4.°, do Código preceitua : daquele Estado, que, reformando a proferida pelo Juiz Eleitoral da Comarca de Rio Branco, deferiu "A aliança, em cada caso, terá denominação o registro de candidatos a Prefeito, Vice-Prefeito, própria. Nas eleições a que concorre em aliança, Vereadores e Juizes, de Paz do mesmo Município, ' cada partido aliado poderá usar, sob a legenda solicitado pela União Democrática Nacional, recorre da aliança, a sua própria legenda". Julho de íaSi L-TIM ELETTlXiAL •9

Ora, os partidos recorridos requereram o re• do mérito dos recursos parciais e decida, afinal, como gistro de sua aliança com a denominação própria de direito. à legenda dessa aliança. Logo, seu requerimento e respectivo deferimento se conformaram inteiramente Sala das Sessões do Tribunal Superior Eleitoral. com a lei. A denominação própria não pode con• — Rio de Janeiro, 24 de janeiro de 1952. — Edgard sistir somente em expressão tirada do nome dos Costa, Presidente. — Sampaio Costa, Relator. — partidos que fazem a aliança, mas naquela que os Fui presente : Plínio de Freitas Travassos, Pro• mesmos partidos queiram dar, para o efeito elei• curador Geral. toral. Não houve, assim, infringência da letra da (Publicado na sessão de 26-5-52) . lei por parte do julgado recorrido ao deferir o re• gistro solicitado. Quanto a dissídio jurisprudencial, o recorrente não apontou qualquer decisão de outrc tribunal, que estivesse ecn colidência com a tese sus• ACÓRDÃO N.° 830 tentada no dissídio em causa. Não tem cabida o Recurso n.° 1.981 — São Paulo — (Jaú) recurso, por qualquer dos fundamentos invocados. Sala das Sessões do Tribunal Superior Eleitoral. — E' insubsistente a anulação ãe votação ãe- — Rio de Janeiro, 20 de novembro de 1950. — A. cretaãa em recurso interposto fora do prazo M. Ribeiro ãa Costa, Presidente. — Sampaio Costa, legal, eis que as nuliãaães' ãevem ser argüiãas Relator. — Fui presente : Plínio de Freitas Tra• em recursos regulares e tempestivos, conforme vassos, Procurador Geral. — Nota da Secretaria : o disposto no art. 128 do Código Eleitoral. Jn- Foram, ainda vencidos os Srs. Dr. Machado Gui• subsistentes, também, são os atos decorrentes ãa marães Filho e Des. Sabóia Lima. mesma anulação. (Publicado na sessão de 29-5-52). Vistos e relatados os autos de recurso, inter• postos pelos Partidos Social Democrático e Social ACÓRDÃO N.° 798 Progressista, com fundamento no ar.igo 167, letras a e. b, do Código Eleitoral, do Acórdão de fls. 81 (Recurso n.° 1.956 — Pernambuco) e seguintes, na parte em que, provendo recurso parcial da União Democrática, julgado junta• — A representação conferida pelo Partido mente com o manifestado contra a diplomação ao seu Delegado não inibe este de fazer-se re• decretou a nulidade da votação da 6.a Seção do presentar nos atos judiciais por advogado, pes• Município de Jaú, nas eleições municipais reali• soa naturalmente mais hábil e indicada para zadas em 14 de outubro último. postular em juízo. Alega o recorrente que, conhecendo do recurso parcial aludido, o Tribunal Regional Eleitoral do O Partido Social Progressista recorreu para o Estado de São Paulo decidiu con ra a letra dos ar• Tribunal Regional de Pernambuco da decisão que tigos 128; 152, § 2.°,; 128; 87, § 3.°; 98, § 3.°, in fine, mandou expedir diploma aos candidatos a Prefeito, • e 168, parágrafo único, divergindo, ainda de deci- Vice-Prefeito e Vereadores, concorrentes ao pleito sórios de outros Tribunais Eleitorais na interpre• realizado em 1 de julho de 1951, no Município de tação dos citados dispositivos. Belo Jardim, fundando o recurso no art. 170, alíneas Alega ainda, que provendo o mesmo recurso, c e d, do Código Eleitoral, isto é, na existência de aquele Tribunal resolveu com violação do arago 124 erro de direito e pendência de recursos parciais. do citado Código. O Tribunal, pelo Acórdão de fls. 12/15, só co• Verifica-se dos autos que a uma da 6.a Seção nheceu do recurso pelo primeiro dos fundamentos, foi apurada no dia 15 de outubro último, sem para negar-lhe provimento, deixando de conhecê-lo qualquer protesto ou impúgnação no" ato de sua pelo segundo, sob pretexto de que os recursos par• abertura e apuração, íendo sido manifestado o re• ciais interpostos «o haviam sido por quem não tinha curso parcial no dia 18 seguinte. qualidade, isto é, por advogado, e não pessoalmente pelo delegado do Partido recorrente. Em seu despacho de encaminhamento do re• curso, o M. M. Juiz Eleitoral suscitou a preliminar Inconformado, o vencido manifestou recurso ex• da intempestividade do mesmo, em face do dis• traordinário, alegando ter sido violada a letra ex• postos no artigo 123, n.° 3.°, do código Elei oral. pressa do art. 170, letra d, pois o fato de estarem os recursos assinados por advogados e não pelo O aresto impugnado .repeliu a preliminar, ar• delegado do Partido pessoalmente não justificavam gumentando que a recorrente, no mcmen o da apu• o desconhecimento dos mesmos. ração, não tinha conhecimento do fato que serviu de base ao recurso, o de haver, na dita Seção, O que tudo visto e devidamente examinado : votado, usando o nome de um eleitor, outro eleitor, que já vo.ara em Seção diversa. Considerando que o mandato judicial é perfei• tamente legal e admissível' para o fim de interpor Reconhecendo, em face da prova produzida, a e. arrazoar os recursos eleitorais; existência daquele fato, o Tribunal Regional anu• lou a votação, fazendo aplicação-, ao caso, do dis• Considerando não haver nenhuma disposição que posto no artigo 123, n.° 3.°, do código Eleitoral. o proíba, taxativamente, especialmente recaindo em advogado, que é pessoa naturalmente mais hábil e Contraminutando o recurso, sustenta a União indicada para postular em juízo; Democrática Nacional que o apelo por ela interposto para o Tribunal Regional "objetivou o ato da apu• 'Considerando que este Tribunal sempre consi• ração, que não é propriamente uma decisão, mas derou legal a representação em caso como o dos a função da Junta, pelo que o prazo, para o recurso autos, decidindo inúmeras vezes nesse sentido; conveniente, é o de três dias, previsto no § 1.° do Considerando que a representação conferida pelo artigo 152", inaplicávei, na espécie, o disposto no Partido ao seu Delegado não inibe este de fazer-se ar.igo 168, parágrafo único. representar nos atos judiciais por advogado, que Sustenta, ainda, que a anulação da votação, em melhor defenderá o mandante ou delegante, por face da fraude verificada, se impunha, à vista do força dos conhecimentos decorrentes de sua pro• art. 123, n.° 3, concluindo pelo não conhecimento fissão; dos recursos ou, em caso contrário, pela confir• Considerando que se o Acórdão recorrido não mação do julgado. violou a letra expressa da Lei, deu, no entanto, à mesma interpretação diversa da esposada por este .O Dr. Procurador Geral, em seu parecer de folhas Tribunal: 169-170, entende que o Tribunal Regional, despre• zando a preliminar de intempes ividade do recurso, Acorda o Tribunal Superior Eleitoral, por maioria resolveu, contra o determinado no artigo 168, pará• de votos, tomar conhecimento do Recurso, face ao grafo único, mas decretando, ãe meritis, a nulida• •dissídio jurisprudencial, e dar-lhe provimento, man• de da votação, aplicou, com acerto, o artigo 123, dando, em conseqüência, que o Tribunal a auo julgue n.° 3. 10 BOLETIM ELEITORAL Julho de 1052

Concluiu o eminenie Chefe do Ministério Pú• A lei declara que o recurso deve ser manifestado blico no sentido do conhecimento, pelo Tribunal, logo após a decisão. dos recursos e seu provimento a fim de ser anulada Não podia o legislador deixar que o prazo come• a decisão do Tribunal Regional conhecendo do re• çasse a correr' da data na qual a parte tivesse co- curso parcial, acrescentando, em caso contrário, que nhecimen.o do fato invocado para fundamentar o não seria de conhecer do recurso, visto haver o recurso. aresto bem decidido o méri,o da questão. Ficaria estabelecida a incerteza, a vantagem in• Na assentada do julgamento os ilustres advo• justificada a favor de uma das partes, que poderia, gados do Partido Social Democrático e da União inclusive, guardar, até a proclamação da . apuração, Democrática Nacional, Drs. Dario Cardoso e Adauto segredo sobre fato capaz de invalidar determinada Lúcio Cardoso, debateram com brilho a hipótese, votação e só revelá-lo, quando o resul.ado das apu• sustentando, ainda, o último que não se podia co• rações de todas as urnas indicasse a vontagem de gitar, na espécie, de decisão da Junta, obrigando pleitear, em recurso, a anulação de uma delas. o recurso, nos termos do ar.igo 168, parágrafo úni• co, porque inexistira, perante a mesma Junta, im• Admita-se que o Colendo Tribunal Regional, co• púgnação ou contradição, resolvida pelo mencionado nhecendo do recurso parcial, não decidiu contra a órgão da Justiça Eleitoral. letra da lei, por ter aplicado ao caso o artigo 152, § 1.° que entendeu adequado, não o § 1.° do art. 168. A questão, discu.ida no feito, em relação à tem- pestividade ou não do recurso, já foi objeto de Mesmo assim, os recursos especiais manifestados exame deste Tribunal, em mais de uma oportu• para este Tribunal têm, fora de dúvida, cabimento, nidade. pela letra b do artigo 167. E' o que resulta do Acórdão n.° 273, no Recurso Realmente, conhecendo do recurso parcial con• n.° 1.492, de Minas Gerais, de que foi relator o tra a apuração pela Junta, manifes ado três dias eminente Ministro Hahnemann Guimarães e que após a • apuração, o Acórdão impugnado divergiu está publicado na Revista Eleitoral, Ano I( n.° 4, dcs arestos de outros Tribunais Eleitorais, quanto de 30 de julho de 1951, págs. 446 e seguintes. à interpretação dos artigos 168, parágrafo único, e 152, inciso 1.°, do Código Eleitoral, adotando en• tendimento que não pode prevalecer. Lê-se no julgado: O recurso parcial, inlerposto pela União De• mocrática Nacional, para o Tribunal Regional e "Na primeira decisão impugnada, o Tribunal a Eleitoral de Minas Gerais, não conhecendo do no qual pleiteava a anulação da votação da 6. recurso interposto às apurações das 29 Seções Seção, foi apresentado fora do prazo legal. que funcionaram em Mutum (91.a Zona Eleito• Assim, não devia ter sido conhecido pelo Tribunal ral) , porque, ou a apuração não é ato decisório, Regional e a nulidade da vo.ação daquela Seção, e, não tendo sido opos.a impúgnação a qualquer decretada peio Tribunal a quo, não pode subsistir, das votações apuradas, falta ensejo para recur• em face do disposto no artigo 128 do citado Código, so; ou a apuração é ato decisório, e o recurso segundo o qual as nulidades das votações somente estava perempto, nos termos do parágrafo Úni• poderão ser decretadas quando argüidas em re• co do art. 168 do Código Eleitoral. cursos regulares e tempestivos. Alega o recorren e que o Tribunal Regional Pelo exposto, violou o disposto no artigo 152, e seu § 1.°, do Acordam os Juizes do Tribunal Superior Eleito• Código Eleitoral, observando a regra do parágrafo ral, por unanimidade de votos, conhecer; prelimi• único do art. 168, relativo apenas às decisões das narmente, dos recursos e, ãe meritis, por maioria, Juntas. A apuração é, porém, ato da Junta, con• dar aos mesmos provimento para reformar o forme diz o Código Eleitoral, no ari. 152, em cujo Acórdão recorrido, declarando insubsistente a anu• § 1.° se" estabelece um triduo para ao ato da lação, decretada pelo mesmo Acórdão recorrente, Junta ser interposto recurso. da votação da 6.a Seção e também os ates decorren• Entendeu a decisão impugnada, de 1 de no• tes da mesma anulação, ora revogada. vembro de 1950, que se fôr atribuída à apuração Sala das Sessões do Tribunal Superior Eleitoral. o cará er de ato decisório, todos os 29 recursos — Rio de Janeiro, em 8 de maio de 1952. — Vais parciais ficaram peremptos, porque não foram Gallotti. Presidente. — Plínio Pinheiro Guimarães, . interpostos imediatamente, logo após terminada Rela or. — Rocha Lagoa, vencido, nos termos do a apuração dos votos de cada Seção, na forma voto proferido oralmente, cujas notas taquigráficas estabelecida pelo art. 168, parágrafo único, do devem ser juntas a estes autos, integrando o pre• Código Eleitoral. sente Acórdão — Fui presenle: Plínio ãe Freitas Não se pode considerar a apuração simples Travassos, Procurador Geral. ato da Justiça Eleitoral, compreendido nas re• gras do artigo 152, § 1.°, do Código Eleitoral. Não (Publicado na Sessão de 5-6-52). pode a Junta encerrar os atos preliminares da apuração (Código Eleitoral, art. 97) e con ar os VOTO "votos (arts. 98 e 102), sem adotar decisões a res• peito das questões que as citadas normas legais O Sr. Ministro Rocha Lagoa — Sr. Presidente, propõem, ainda que falte a impúgnação dos in• o eminente Ministro Relator concluiu o seu bri• teressados. A apuração é ato complexo, que en• lhante voto conhecendo do recurso e lhe dando pro• volve necessariamente decisões sobre a matéria vimento, para reformar o Acórdão recorrido, na par- referida nos mencionados artigos 97, 98, 102. Este íe referente à anulação, e, em conseqüência, decla• ato há de ter sempre caráter decisório, devendo rando insubsistentes todos os atos determinados pelo ser-lhe o recurso interposto nos termos do art. Tribunal recorrido, com base na nulidade decretada. 168, parágrafo único, do Código Eleitoral". Na fundamentação do seu voto, acentuou Sua Excia. que, se se ratasse de decisão da Junta, evi• No mesmo sentido, resolveu este Tribunal no dentemente mal teria resolvido o Tribunal Regional Acórdão que relatou o Ministro Sampaio Costa, mas, se não se tratasse de decisão, bem teria deci• publicado no Boletim Eleitoral n.° 9, p. 32, e também dido este Tribunal, julgando caber o recurso do no Acórdão n.° 717 redigido pelo relator do presente. art. 163, § 1.°, manifestado de pronlo, mesmo quan• do a Junla resolve contar os votos ou aprecie outra A recorrida pretende que a falta de impúgna• qualquer questão, sem que tenha h-iv.do eoncre-- ção ou contradição .ira à apuração, pela Junta o vérsia. caráter decisório, reduzindo-a a simples a.o, do a qual caberia o recurso do artigo 152, § Io, cujo Aliás, neste particular, S. Ex. resume as ar- prazo é o de três dias. Haveria simples ato material güições do advogado Dr. Adauto Lúcio Cardoso. A m&cânico, de contagem de votos; deixaria de ter argumentação de S. Excia. propriamente é a se• aplicação na hipótese, porque no momento da apu• guinte: (lê). ração _ a recorrida não tinha conhecimento do fato Sr. Presidente, pediria licença ao Sr. Ministro motivado do recurso. Relator para recordar o clássico "distinguo" da Julho de 1952 BOLETIM ELEITORAL 11

indiscutivelmente, são atos que envolvem decisões, res e a Junta chegou à conclusão ae que tuflo porque está expresso na Lei Eleitoral que, -aberta está bem, então passa-se a fazer a pane mecânica a urna, verificar-se-á se o numero de sobrecartas Este é o meu pensamento! au enticadas corresponde ao de votantes; essa é a incumbência inicial deferida à Junta Apuradora. O Sr. Ministro Plínio Pinheiro Guimarães — Ora, para verificar se o número de sobrecartas au• Acho, apenas, que, se a Junta mandou computar vo• tenticadas corresponde ao número de votantes, a tos para apurar, são votos válidos, são votos que Junta tem de apreciar, tem de pesar e iem de con• devem ser contados. Votos dados a candidatos ine• cluir, dando seu pronunciamento, isto é, decidindo legíveis, a candidatos não registrados, esses votos, se ocorre ou não correspondência de votantes. Há sim, não se contam. Quando os votos são apurados, uma decisão,- há um julgado, há uma resolução — é entendo que são votos válidos. . inegável. O Sr. Ministro Rocha Lagoa — Após contro• Prossegue a lei recomendando outras cadelas vérsia ou mesmo de ofício. O' que cumpre distinguir que a Jun a tem de tomar, antes de romper os invó• é o seguinte: atos pròpriamen.e materiais e atos lucros das sobrecartas. Rompidos esses invólucros, que envolvem pronunciamento, envolvem aprecia• compete-lhe, ainda, de acordo com a legislação vi• ção, decisão ou julgamento. E' a apuração um ato gente, verificar se são iguais às cédulas, nos termos completo. Esse ato ccmplexto é composto de vários do § 1.° do art. 102, segundo o. qual são nulas as atos simples. Podemos invocar como exemplo o caso cédulas que não preencherem os requisitos do ar• da sentença judicial. Muitas vezes; numa sentença, tigo 78 e apreciar vícios de sobrecartas ou de cé• ocorrem várias decisões. As partes podem recorrer dulas. Enfim, há, aí, ainda, uma série de apre• não só de uma, como de algumas ou de todas elas, ciações, apreciações que, evidentemente, envolvem Aplica-se ao processo eleioral a mesma técnica ju• pronunciamentos. diciária: Se a Junta recebe a urna, verifica-lhe o Iniciada, entretanto, a apuração, depois de de• aspecto o regular e, se a tem como perfeito, aí' pro• monstrado e julgado que os papéis da urna estão fere uma decisão. Se ela passa, então, à segunda escorreitos, que não há vício extrínseco, vício apa- fase do seu mister, da sua função, quer dizer, ao ren e, que os inquine, a Junta passará a fazer o ato cômputo material de votos, não pronuncia mais mecânico de cômputo dos votos. Digo "ato mecâ• um julgamento. O que ela tem que fazer é á soma, nico", porque, hoje.se faz, comumente, a adição que se faz até por intermédio de máquinas. • por meio de máquinas: há aparelhos destinados a O Sr. Ministro Plínio Pinheiro Guimarães — isso. Em torno da soma de votos, não há que haver Entendo que aí há uma decisão. Quando a Junta controvérsias; é impossível, diante dos princípios da -apura, ela decide inclusive quanto à validade desses lógica, divergir em que '.-rês e dois são cinco'ou em votos.. Nada mais tendo a acrescentar. que cinco e cinco são dez. Assim, aí, em relação à contagem dos sufrágios, a Junta não profere- qual• quer decisão, pratica tão-só um ato material de conr ACÓRDÃO N.° 832 tagem. Recurso n.° 1.984 — Paraná Ora, Sr. Presidente, a Lei Eleitoral, em se tra• tando, de atos da Junta, fixou um ,praao que está exposto no artigo 168, parágrafo único, que diz: — O recurso contra a expedição ãe diplo• ma, formulado com assento na letra c do art. "Os recursos serão interpostos verbalmente 170 do Código Eleitoral, só tem cabiâa quanâo ou por escrito logo após a decisão recorrida, vincula erro ãe ãireito ou de. fato na apuração mas só terão seguimento se dentro de . 48 horas forem fundamentados por escrito e, independeh- final, ou seja, naquela que resulta em definitivo deníemente de iêrmo serão remetirios oportuna• ão cômpuJo dos .diversos resultados de' cada mente ao Tribunal Regional". .• Seção. — Os erros da mesma; natureza, pôr acaso Quer dizer: em se tratando de caso de decisão, o recurso tem que ser interposto, verbalmente ou existentes na apuração de cada urna, só pode• por escrito, mas só terão seguimento se dentro de rão vir a ser emendados por via ãe recurso par• 48 horas forem fundamentados. . Entretanto, com cial, ãe que cogita o art. 168 do Código Eleitoral; relação acs simples atos, a lei não dá prazo tão curto. Quer dizer, estabelece que a manifestação de não interposto êstè ou manifestado sem suces• qualquer apelo há que ser imediata, mas, tratando-se so, não há tíomo admitir sem ofensa à coisa de caso diferente, a interposição é possibilitada até julgada, o reexame da matéria, por. força ão 3 dias depois. apelo final concernente à expeãição ãe diploma. No caso em apreço houve apenas uma ocorrên• Vistos etc. cia de ordem material e já declinei o meu ponto de - vista de que um simples ato material não envolve controvérsia. Foi um a>o mecânico, que poderia até Recorre, com . fundamento no art. 167, letra a ter sido praticado por via de uma máquina. Logo, do Código Eleitoral, o Sr. Sebastião Penteado Dar- não tendo havido decisão, o prazo a ser contado conchy, candidato a Vereador no Município de terá que ser de 3 dias. Curitiba, Estado do. Paraná, da - decisão proferida, a fls. 117, pelo Colendo Tribunal Regional do Caso houvesse surgido qualquer argüição — argüi- mesmo Estado, que, em recurso de diplomação, ção esta que só mais tarde foi levantada —, a mandcu se revalidassem votos lomados em separado, Junta Elei.oral, nesse caso, teria de se pronunciar, e não apurados, rias 28a' 29a e 40a Seções da Ia e de sua. decisão haveria recurso imediato de 48 Zona Eletoral. • .... horas. Mas tal não se deu. Examinei os autos com todo o- cuidado e verifiquei que não houve nenhuma Esse recurso de diolomação fora manifestado por controvérsia. O que ocorreu na realidade • foi um Dorge-o Antônio Biazzeto, candidato a Vereador pelo singelo cálculo de matemá.ica, questão de ' soma. mesmo Partido a que pertence' o ora recorrente, Sendo assim, Sr. Presidente, considero como prazo com assento no artigo 170, letras c e d, do Código para a interposição o de 3 dias, e, nessas condições, (erro de direito- ou de fato. na apuração final e confirmo a decisão do Tribunal recorrido. pendência de recurso anterior, cuja decisão possa influir na classificação, de candidatos). Acontece, O Sr. Ministro Plinio Pinheiro Guimarães — todavia, qúe o recorrido de agora veinculou, contra A 'divergência do Sr. Ministro Rocha Lagoa com o a anulação daqueles sufrágios pela respectiva Junta relator é apenas que S. Ex.a transforma a Jun^a nu• Apuradora o competente recurso parcial de que ma Cotraditória. cogita o art. 168 do Código; recurso esse que jul• gado isoladamente e' antes do de diplomação, com O Sr. Ministro Rocha Lagoa —• Contraditória, inobservância flagrante do- disposto no art. 169, na verdade, mas só na primeira fase. Entretanto, • mesmo Código, não logrou. conhecimento do desde que não existe impúgnação, desde que foram T.R.E., per "irregularmente ínterpos.o. E essa de• cumpridos todos os deveres pelos mesários e eleito• cisão veio afinal a ser confirmada por este Tri- 12 BOLETIM ELEITORAL Juiho de 1951 bunai superior, peio Acórdão n.° 769, proferido no Do Acórdão que, contra os votos dos Exmos. Recurso n.° 1.926, do Paraná. Apesar de encerrada Srs. Desembargadores J. Pereira da Silva e Mário a controvérsia, no tocante à apuração de tais su• Jcsé Batista, deferiu o requerimenio da UDN, a frágios por yia do Recurso Parcial, o T.R.E. ora fim de mandar cumprir "de manfcira integral, recorrido, houve por bem reexaminar outra vez a sem qualquer restrição ao que nele se contém", o de matéria, nq Recurso de Diplomação, para validar n.° 415 — XLI, desta Superior Instância, proferido ditos votos, sob. pretexto de que ocorrera erro de no Recurso Especial n.° 1.749, de S. Miguel do direito na apuração final. Tapuio, provido para o efeito de, reformada a de• Ouvido, a fls. 141, o eminente Dr. Procurador cisão recorrida, manifestamente ofensiva da letra Geral da República pronunciou-se no sentido de expressa do § 2.° do art. 41 do Código, ser conside• que se tome conhecimento do apelo e se lhe dê pro• rada válida a votação das onze Seções apuradas em vimento,, pelas seguintes. razões: (lê). separado, — recorreu o PSD, fundado no art. 167; b, do mesmo diploma legal. Isto posto, e Considerando que a inobservância, por parte Argüi o "fundo dissídio pretoriano da decisão do T;R.E:' recorrido, da isalutar disposição contida com os demais Tribunais do . País", notadamente no art. 169 do Código Eleitoral — segundo a qual, com este Superior, com se pode ver, entre outros, os recursos" parciais devem aguardar os de diplo• do Acórdão n.° 313-K, exarado no Recurso nú• mação para, formando um' processo único, serem mero 1.683, de Sergipe, de 27-3-51, cuja ementa julgados em conjunto —, é que gerou toda a difi• estabeleceu: culdade defrontada na espécie;; "Não havendo recurso contra diplomação, • Considerando que, repeliria definitivamente a não se conhece do parcial"; pretensão, - advogada pelo recorrido Dorgelo Biazzeto, do que se regista no de n.° 267, publicado em ses• no Recurso Parcial, de validar os votos não con• são de 27 de julho de 1951, citado de Chiovenda: tados pela Junta Apuradora nas referidas Seções, não era mais lícito ao Regional, senão com ofensa "Considerações de interesse público exigem frontal, à coisa julgada, reexaminar o mesmo as• que o processo eleitoral fique dividido, como de sunto, , para mandar computar dita, votação por via fato está numa série de es.ádios que se devem do Recurso contra a expedição de diploma; suceder em ordem fixa, cada qual destinado a certas atividades e separado, preclusivamente, ".'Considerando, por fim, que não se cogita, no do que se lhe segue, de modo que as atividades caso, de erro, de direito ou de fato na apuração fi• que não se hajam realizado no momento pró- nal, •. mas, sim, de dúvida relativa à apuração par• ' prio, normalmente não se possam mais reali• cial das. Seções em referência, sanável pelo Recurso zar"; de que trata o art. 168 do Código Eleitoral, utili• zado em tempo oportuno, sem êxito: e do de n.° 395, publicado em sessão de 24 de Acorda o Tribunal Superior Eleitoral, por una• julho de 1951, ipsis verbis: nimidade de votos, conhecer do Recurso, para, pro- vendo-ò, anular a veneranda decisão recorrida, por "Recorre a UDN, da Bahia, da decisão pro• atentatória da coisa soberanamente julgada. ferida pelo Tribunal Regional daquele Estado, '.'•• Sala das-Sessões dò -Tribunal Superior Eleitoral. que não tomou conhecimento de mandado de Rio de Janeiro, em 15 de maio de 1952. — Luiz segurança impetrado contra a expedição de di• GallotJi, Presidente. — Henrique D'Ávila, Relator. ploma a candidatos à Assembléia Legislativa. —• Fui presente: Plinio de Freitas Travassos, Pro• Fundou-se o venerando Acórdão, recorrido, curador, Geral. para assim decidir, na circunstância de que, se erro houve na malsinada proclamação, está êle (Publicado na Sessão de 26-5-52) . convalidado pela preclusão, por não terem os interessados, em tempo hábil, manifestado o recurso ordinário cabível na espécie. Nesta Su• ACÓRDÃO N.° 835 perior Instância o provecto Dr. Procurador Ge• Recurso n.° 1.749 — (Piauí) ral da República, ouvido a fls. 60, pronuncia-se pelo não provimento do apelo. Conhece-se de recurso, fundado no artigo O venerando Acórdão recorrido não merece 167 b, do Código, ãe decisão que não atende, censura. contra arestos da Justiça Eleitoral, à preclu- • Das decisões dos Tribunais Regionais Elei• são, ou a caso .julgado. torais, relativas a expedição de diplomas de Terminativa, embora, ex vi do citado artigo, Deputados Estaduais, cabe recurso especial para letra c, decisão de Tribunais Regionais, ver• este Tribunal Superior, nos termos do art. 167, sando sobre expedição .de áiploma em eleição letra c, do Código Eleitoral. Se esse recurso municipal, pode-se utilizar, v.o entanto, o re- deixou de ser manifes.ado, ou foi interposto •curso extraordinário ãa Constituição, art. 121, I e II reproãuziãos nas letras a e b, ainãa do tardiamente, preclusa se torna a decisão pelo cisado artigo. trânsito em julgado". , .Não podem alcançar .as eleições, municipais, preclusas, os efeitos ãe Acórdão em recurso es• O Acórdão recorrido estendeu a eleições Muni• pecial, de finalidaãe. outra, relativa a eleições fe• cipais os efeitos do de n.° 415 — XLI, proferido no derais e estaduais. Recurso Especial n.°' 1.749, relativos a estaduais e Julho de 1952 BOLETIM ELEITORAL 13

federais, contra o voto do nomeado Exmo. Sr. De• candidatos, às eleições municipais, processadas si• sembargador J. Pereira da Silva, nestes termos: multaneamente com as estaduais -e federais", bem como sintetiza o recurso do PSD contra a decisão "A UDN, — por seu Delegado, requereu a que o deferira, no qual o recorrente saliente que, execução do Acórdão proferido pelo TSE e con• não tendo sido conhecido o recurso contra a diplo• seqüentes alterações no resultado do pleito mação dcs candidatos municipais, não eram de es• com expedição dos diplomas aos candidatos mu• tender-se os efeitos da decisão deste Egrégio Tri• a nicipais da 39. Zona de S. Miguel do Tapuio" bunal à votação para os cargos municipais. Q Acórdão em apreço, considerando válida "O recorrente tem razão", opina S. Excia. a votação em separado naquela Zona Eleitoral não determinou, e nem podia determinar, que "Desde que se não interponha recurso con• a mesma atingisse a eleição municipal. Verifi• tra a expedição de diploma aos candidatos, elei• ca-se que da diplomação dos candidatos às elei• tos em um determinado pleito, a posterior reva• ções municipais, houve recurso para este Egré• lidação de votos, afetando esse pleito, mas, por gio TRE, que por votação .unânime, dele não igual, interessando a outro, em recurso contra tomou conhecimento, por falta de provas. a diplomação deste ou.ro, não possui qualquer Desta decisão nenhum recurso houve, para efeito em relação ao primeiro, visto como a con• o TSE, passando â mesma em julgado. dição indispensável para a validade de um recur• O pleito municipal se encerrou com o jul• so parcial é a regular interposição de recurso gamento, pelo TRE, do recurso de diplomação contra a expedição de diploma. já referido. O julgamento proferido pelo TSE, Não havendo sido manifestado esse • recurso, em recursos parciais interpostos, com diversos pouco importa que. em recurso especial trazido ao objetivos, não poderá modificar o aludido Acór• conhecimento da • Jus.iça. Eleitoral, sob qualquer dão do TRE, passado em julgado. Aquela de• outra forma, hajam- sido validados votos interes• cisão refere-se tão somente às eleições estaduais sando à primitiva eleição. _e federais, das quais houve recursos, tempes• Na hipótese dos autos; não foi conhecido o re• tivamente. curso, interposto para o Tribunal Regional, do Não tom» conhecimento do requerimento ato de diplomação dos candidatos eleitos, aos car• , , em apreço, na parte que diz respeito _ao pleito gos municipais. municipal". Houve, entretanto, recurso regular contra ex- ' pedição de diplomas aos cargos estaduais e federais O Exmo.. Sr. Desembargador Mário José Ba• no qual foi conhecido e provido certo recurso tista, por sua vez, também não conheceu do pedido parcial, referente às várias Seções instaladas no Município de S. Miguel do Tapuio. "Pelos mesmos fundamentos que alicerçam Verifica-se, portanto, que não havendo rela• o voto do Desembargador João Pereira e — mais ção alguma entre o recurso contra a expedição — porque o Acórdão do Egrégio TSE, que se de diplomas aos candidatos municipais e o em manda cumprir, decidindo a espécie diversa do que se discutia o valor dos diplomas expedidos que se debate nos presentes autos, não tem apli• cação à hipótese ver.ente". . aos candidatos aos cargos federais e estaduais, não podem ser estendidos os efeitos do julgado - de um ao outro". Consoante insere esse Acórdão, o UDN pedira integral cumprimento do de n.° 415 — XLI e o PSD, E é de parecer que se dê provimento ao recur• que tal decisão fosse cumprida apenas em relação so, a fim de serem excluídos da votação dós cargos às eleições federais e estaduais considerando-se in• suscetível de ser atingida a eleição municipal. municipais os votos validados no Recurso n.° 1.749, para as eleições federais e estaduais. Pela primeira agremiação política é suscitado, como preliminar, o descabimento do recurso, porque "o Colendo Tribunal Regional, com a decisão recor• Isto posto: rida, apenas deferiu requerimento"... de execução Desprezada, por sua manifesta inconsistência, a de Acórdão..." que se poderia fazer por via de preliminar de descabimento do recurso, é evidente um simples "cumpra-se"... Não prolatou decisão em que a decisão recorrida não atendeu, contra arestos recurso algum, nem decidiu matéria controvertida. da Jusitii;a. Eleitoral, à preclusão do pleito municipal, Ordenou tão somente o cumprimen o do julgado. encerrado com a que não conhecera, por falta de Doutra parte, decisão que fosse, o caso não teria prova, e por unanimidade de votos, do recurso con• semelhança, sequer, com os da jurisprudência in• tra a diplomação dos candidatos municipais, a qual, vocada, .na qual foram apreciados "recursos parciais não tendo sido interposto recurso algum, transitara desvitalizados", por nenhum ter sido interposto contra em julgado. • expedição de diploma. Terminativa, embora, ex. vi do art. 137-, c, do Có• De meritis, pretende que ao dos autos falta con- digo Eleitoral, a decisão, poder-se-ia utilizar, no sitêneia legal. entan o, o recurso extraordinário da Constituição, O eminente Dr. Procurador, em parecer bem art. 12)1, I e H, reproduzido no Código, letras-.o. e b elaborado, resume o requerimento da UDN para daquele artigo. que fosse o julgado estendido às eleições munici• .Caso- julgado, não . poderia estar, portanto,, na pais, isto é, "que os votos nele declarados válidos cogitação deste Tribunal, ao decidir recurso, espe• fossem acrescidos aos já assim contados para os cial de .finalidade outra,.rela ivo a eleições federais BOLETIM ELEITORAL Julho de 1952 14 j .

e estaauais,' penaèntes de "recursos tempectivos, com este Partido in.erpusera, inclusive o relativo è fundamentos diversos. 16a Seção, cuja violação fora impugnada, porque O cumprimento do Acórdão devia restringir-se, transferida, à última hora, de local, foram, sem por conseqüência, a essas eleições, não podendo, exceção, banidos pelo TRE como prejudicados, ten• obviamente, seus efei.os alcançar as municipais. do e mvista a regra consignada no art. 169, § 2.°, do Acordam., pois, os Juizes do Tribunal Superior Código Eleitoral. Eleitoral, unânimes, conhecer do recurso, e lhe dar provimento, para indeferir o requerimento da Diplomados os candidatos udenistas. recorreu recorrida, nos termos dos' votos vencidos. o P.S.D., insis.indo pela anulação da 16.a Seção Sala das Sessões do Tribunal Superior Eleitoral. (Algodão do Manso), contra cuja apuração se in• — Rio de Janeiro, em de maio de 1952. — Luiz surgira antes no recurso parcial tido por prejudi• •Gallotíi, Presidente, — Pedro Paulo Penna e Costa, cado. O TRE, pelo venerando Acórdão de fls. 99 a Relator. — Fui presente: Plínio de Freitas Travas• sos, Procurador Geral. 103, tomando conhecimento desse recurso, deu-lhe provimento, para anular a totalidade dos votos da (Publicado na sessão de 29-5-52). referida Seção, por haver a mesma funcionado em lugar diverso do que fora anteriormente designado. ACÓRDÃO N.° 839 Dessa decisão é que é interposto o apelo que ora Recurso n.° 1.990 — Pernambuco (Vertentes) nos ocupa a atenção. Ouvido, o Dr. Procurador Geral da República, de fls. 145 a 149, pronuncia-se •— Recurso contra a expedição ãe diploma, no sentido de que se tome conhecimento do apelo tanto o pode interpor o vencido como o vence• para provê-lo. Eis os termos do parecer de S. Ex.: dor; aquele, para excluir ou sobrepor-se a este; (lê). é este,' com a finalidade ãe enlarguecer a mar• Isto posto, e gem de votos que o separa daquele. Considerando que os recursos parciais interpos• —' Daí, a inflexibilidade da regra còmpen- tos pelo ora recorrido, inclusive o relativo à 16a diaãa no § 2.° ão art. 169 do Código Eleitoral, Seção, de Vertentes, foram julgados prejudicados segundo o qual restam prejuãicaãos os recur- pelo TRE, nos termos do art. 169, § 2.°, do Código .'sos parciais, quando não interposto a seguir o Eleitoral; ãe diplomação. Havido por prejuãicaão, nos ter• Considerando que não tem. procedência a ale• mos ãa lei, não poãe o recurso parcial vir a ser gação de que ao vencedor não era lícito recorrer da reapreôiaão posteriormente, sinão com ofensa expedição dos diplomas; manifesta à coisa julgada. Recurso especial com fundamento no art.-. 167, letra a, do Código Elei• Considerando que este podia, e, sobretudo, devia toral; conhecimento e provimento. fazê-lo, no caso, uma vez que, sendo extremamente escassa a diferença que o separara do vencido, tudo estava a aconselhar o recurso como meio adequado Vistos etc. de aumentar o volume de sufrágios de seus pró• Recorre a União Democrática Nacional, cem prios candidatos ou de reduzir os do aníagonista; fundamento no art. 167, letras a e b, do Código Elei• Considerando que o recurso de diplomação tanto toral, do venerando Acórdão de fls. 99 a 103, do pode ser interpôs o pelo vencido, com o objetivo ; TRE do Estado de Pernambuco, -que, provendo re• de ultrapassar em sufrágios do vencido, como por curso de diplomação, interposto pelo PSD, mandou este último, com o propósko de dilatar ainda mais e diplomar Prefei.o do Município de Vertentes, na• solidificar definitivamente' o seu triunfo; quele Estado, o candidato do referido Partido, em Considerando que este tem sido o entendi• lugar do da recorrente. • mento adotado por este Tribunal Superior em opor• Impõe-se, para melhor elucidação da espécie tunidades várias; sub.-judice, um breve histórico dos fatos que origi• Considerando que o recurso parcial relativo à naram q presente ápêlo. a 16 . Seção, interposto pelo Partido ora recorrido, A União Democrática Nacional teve o registro fora, na devida oportunidade, apreciado pelo TRE, de seus candidatos aos cargos eletivos do Município que o julgou prejudicado; de Verten es, no . pleito .de 1.° de julho do ano Considerando que essa decisão transitou em jul• próximo passado, impugnado pelo P.S.D., sob o gado, sem qualquer insurgência;. e, finalmente, fundamento de intempes ividade. Desprezada pelo Juiz essa impúgnação, houve recurso para o TRE, •Considerando que, assim sendo, não era mais que, provido às vésperas do pleito, redundou na lícito ao TRE pernambucano, senão com ofensa anulação do registro impugnado. Este Egrégio Tri• flagrante a coisa julgada reapreciar posterior• bunal Superior, todavia, chamado a opinar, resta• mente a mesma matéria, para concluir pela inva- a beleceu em definitivo o estaíru quo ante, pronun- lidade dos votos colhidos na l'6. Seção, de Vertentes: ciando-se pela legitimidade do malsinado registro. Acorda o Tribunal Superior Eleitoral, por una- Nesse interregno, feriu-se o pleito, tomando-se em nidade de votos, conhecer do recurso e dar-lhe separado os sufrágios que recaíram sobre os candi• provimento, para o fim de anular o venerando datos udenistas. Feita a apuração, proclamou-se a Acórdão recorrido. vitória dos candidatos pessedistas. Mas, sobrevindo Sala das Sessões do Tribunal Superior Eleitoral. a decisão deste Tribunal Superior, validando i o • re• '— Rio de Janeiro, 26 de maio de 1952. — Luiz gistro dos candidatos udenistas, a Jun a respectiva • Gallotti, Presidente. — Henrique D'Ávila, Relator. proclamou' a vitória dos mesmos, uma vez que, não — Fui presente : .Plínio de Freitas Travassos, Pro• •havendo sido interposto, pelo P.S.D.- o competente curador Geral. recurso dé diplomação, 'os recursos parciais .que (Publicado na sessão de 5-6-52) .• Julho de -1352 BOLETIM. ELEITORA.L 15

RESOLUÇÃO N.° 3.467 b) se todos os nomes devem ser inscritos, in• distintamente, como. os candidatos e os excedidos Processo n.° 2.061 — Distrito Federal serão inscritos como suplentes". — Os candidatos, como qualquer membro ãe Atendendo a que a eleição de" Deputado Fe• um partido, podem, em principio, assumir obri• deral aos Territórios com um só ' representante gações perante esse, não senão válido, porém, obedece a princípio majoritário (art. 46, § 2.°, da qualquer compromisso que importe renúncia pré• Lei n.° 1.164, de 1950); via ão manãato eletivo. Atendendo a que, não sendo expressa a lei, quanto a registro de candidatos nas aludidas elei• O Partido Sccial Progressista consulta se será liei'o exigir dos seus candidatos, antes do registro, ções, há que adotar a norma fixada para a eleição o compromisso de acatar a orientação do Partido de Senador (.ubi eadem ratio ioi eadem ãispositio) e renunciar ao mandato, no caso de inobservância ,(art. 52 da Lei cit.): do art. 141, § 13, da Cosntituição ou de qualquer Resolvem os Juizes do T.S.E., por maioria, que, ou ro que o Partido queira submeter à Justiça Elei• para as eleições de Deputado Federal nos Territó• toral, para dizer sobre a mesma renúncia. rios com um. só representante, se há de registrar Na concepção do governo representativo se com• um nome de "candidato a Deputado e outro de seu preendem tanto o mandato imperativo, como o man• suplente partidário, devendo ambos os nomes figu• dato simplesmente representativo. Na Revolução rar em uma só cédula. Francesa, Potion adotou a primeira de suas dou• trinas e sustentou que os eleitores eram comitentes, Sala das Sessões do Tribunal Superior Eleitoral. e os eleitos, manda'ários, sujeitos' à vontade da• — Rio de Janeiro, 4 de agosto de 1950. — Antônio queles, . ao ' passo que Sièyes,'"o maior dos cons- Carlos Lafayette ãe Anãraãa, Presidente. — F. Sá biitúcionalistas revolucionários, defendeu o princí• Filho, Relator.^— Fui presente: Plínio ãe Freitas pio de que os eleitos representam o voto de toda a Travassos, Procurador Geral. — Nota da Secreta• Nação. Na senda dessa doutrina, a maior parle das ria0 Foi voto vencido, ainda o Sr. Dr. . Maçhaão Constituições modernas, como as brasileiras, pos• Guimarães Filho. tergam, expressa ou .implicitamente, .-o mandato im• perativo (Duguit, Tr. ãe Droit Const. vol. 2, págs. (Publicada na sessão de 26-5-52). 645 e ss:) Daí. decorre a inadmissibilidade de revo• gação ou de renúncia prévia do mandato, que se RESOLUÇÃO N.° 3.536 pode traduzir na assinatura da demissão em branco (Id., pág. 648). Processo n.° 2.102 — Rio Grande do Norte Isto posto, — A inelegibilidade indicada no art. 140, Resolve o Tribunal Superior Eleitoral respon• n.° II, letra b, ãa Constituição, alcança, tam• der que os candidates, como aliás, qualquer membro bém, candidatos a Deputaâo Estaãual. Toãavia, de um par ido, podem, em princípio, assumir obri• a mesma Constituição não prevê inelegibilidade gações perante esse, não sendo válido, porém, qual• dos parentes de Governador, para o cargo de quer compromisso, que importe renúncia prévia do Vereador. mandado eletivo. O Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande Sala das Sessões do Tribunal Superior Eleitoral. do Norte, atendendo a solicitação da União Demo• — Rio de Janeiro, em 3 de julho de 1950. — A. M. crática Nacional, consulta se: Ribeiro ãa Costa, Presidente. — F. Sá Filho, Rela• tor, — Fui presente: Plinio ãe Freitas Travassos, a) a inelegibilidade prevista no n.° II dá letra Procurador Geral. b do art. 140 da Constituição compreende os can• didatos a Deputados Estaduais: Publicada na sessão de 19-6-52). b) o filho de Governador de Estado pode dispu• tar a eleição de Vereador de qualquer Município do Esado. RESOLUÇÃO N.° 3.535 A) Dispõe o inciso constitucional citado que são, em geral, inelegíveis para "Deputado ou Se• Processa n.° 2.139 — Distrito FederaZ nador" cs parentes, até o 2° grau do Governador. Deputado tanto pode ser federal, como estadual, e — Para as eleições ãe Deputaâo Feãeral nos não haverá razão para considerar inelegível' aquele Territórios com um só representante, se há de e não esse. . registrar um nome de candidato a Deputado A (influência governamental • poderia exercer-se e outro ãe seu suplente partidário, devendo por igual, em favor de um como de • outro. Aliás, ambos os nomes figurar em uma só cédula. assim já tem decidido este Tribunal Superior. (Res. 3.469 etc.) . , • • • O Deputado Federal Antônio Augusto Martins, B) , A Constituição deixou de , mencionar inele- presidente de comissão executiva de, Seção terri• gibilidades de. Vereador. . Tratando-se de restrição torial do Partido Social Democrático, consulta: do • direito, a matéria deve ser entendida strito a) quantos nomes devem ser inscritos • para • sensuj ' i .-. ., ... ••. Deputado Federal, nos Territórios que só elegem Nesse' sentido" (em sido também a jurisprudência um representante; " desta • alta iCôrte: - 16 BOLETIM ELEITORAL Jv.lhp Ce 1S52

Isto posto: — E' veãaãa a elevação do preço ãas loca• Resolve o Tribunal Superior Eleitoral respon• ções ãe préâios onde estão instalaáos os órgãos der à consulta, declarando ãa Justiça Eleitoral (art. 3, ãa Lei 1.300-50). a) por unhimidade, que a inelegibilidade indi• — A substituição, âecorrente ãe licença prê• cada no art. 140, n.° II, lelra b, da Constituição mio, de ocupante ãe cargo provião efetivamente, alcança também os candidatos a Deputado Esta• nas Secretarias âos Tribunais Eleitorais, não dual; é remuneraãa (art. 5, ãa Lei 283-48). b) por maioria, que a mesma Constituição dei• xou de prescrever inelegibilidade dos parentes de — O Juiz ão Tribunal Eleitoral que ãeve se Governador, para o cargo de Vereador. afastar, por qualquer motivo, perãe a gratifica• Sala das Sessões do Tribunal Superior Eleitoral. ção legal. — Rio de Janeiro, em 4 de agosto de 1950, — Antônio — Autoriza-se a solicitação ao Congresso Carlos Lafayette de Andrada, Presidente. — F. Sá Nacional ãe um créâito suplementar, na im• Filho, Relator. — Fui presente: Plínio de Freitas portância ãe Cr$ 1.237.828,80, e ãe um créâito Travassos, Procurador. Geral. — Nota da Secre• taria: Vencido o Exmo. Sr. Ministro Cunha Melo. especial, na importância ãe Cr$ 1.202.941,00, de conformidade com o parecer do Diretor Geral de (Publicada na sessão de 26-5-52). sua Secretaria.

RESOLUÇÃO N.° 3.586 Vis', os, etc. Processo n.° 2.136 — Distrito Federal Resolve o Tribunal Superior, por unanimidade de votos de seus Juizes, autorizar a solicitação à (Espírito Santo) Câmara dos Deputados, por intermédio do Poder — Não poderá candidatar-se às próximas Exacutivíí, dos créditos: a) — suplementar, de eleições, o irmão de presidente da Câmara Mu• 1.237.828,80, e especial, de Cr$ 1.202.944,00, nos nicipal, que substituiu o prefeito por dois me• termos do parecer do Diretor Geral de sua Se• ses, dentro do período previsto no n° III do cretaria. art. 139 ãa Constituição. O parágrafo único do art. 199 do Código Elei• toral exige o pronunciamento do Tribunal sobre os Consulta o Partido Social Democrático, por seu pedidos de créditos, a serem encaminhados, e, den• delegado, se o irmão de vereador presidente da Câ• tro de sua competência, são autorizados, uma vez mara Municipal, que tenha substituído eventual• que eslão perfeitamente justificados pelo Diretor mente o prefeito de abril a maio deste ano, é ine- Geral da sua Secretaria, inclusive quanto à exclu• gível para o cargo de prefeito do mesmo município são das verbas pleiteadas pelo Tribunal Regional nas eleições de 3 de outubro próximo vindouro. do Espírito Santo (letra "c"); — subconsignação 77 Considerando que a Constituição no n.° III do — aluguel — CrS 30.000,00, pelo Tribunal Regional art. 139 declara inelegível para, prefeito, aquele que do Maranhão (letra "a" n.° II), quanto à substitui• haja exercido, por qualquer tempo o mesmo cargo, ção do Diretor Geral da Secretaria, em gozo de no período imediatamente anterior bem assim o que licença prêmio CrS 4.760,00), e do Tribunal Regio• lhe tenha sucedido ou, dentro dos 6 meses anterio• nal de Santa Catarina (letra "c" n.° II), com rela• res ao' pleito ó haja substituído. ção a gratificação (jeton) ao Desembargador José Considerando que essa inelegibilidade se estende Rocha Ferreira Bastos (Cr$ 1.800,00). ao cônjuge e parentes consangüneos ou afins, até De fato, o art. 3.° da lei n.° 1.300, de 28 de ao segundo grau, de quem haja exercido o cargo dezembro de 1950, veda o aumento de qualquer alu• (art. 140 n.° III da Consto. guel atual, de modo que o do prédio, ocupado pelo Resolve o Tribunal Superior Eleitoral, de acor• Tribunal Regional do Espírito Santo, não pode do com o Dr. Procurador Geral, responder, por sofrer a elevação pedida. maioria, que não poderá candidatar-se às próximas A substituição do Diretor Geral da Secretaria eleições, o irmão de presidente da Câmara Muni• do Tribunal do Maranhão, em gozo de licença cipal, que substituiu o prefeito por dois meses, den• prêmio, não é remunerada, em face do art. 5.° tro do período previsto no n.° III do art'. 139 da da lei n.° 233, de 24 de maio de 1948, conforme Constituição. claramente justificou o parecer adotado pelo Tri• Sala das Sessões do Tribunal Superior Eleitoral. bunal. — Rio, 21 de agosto de 1950. — Antônio Carlos Finalmente, de acordo com a Resolução n.° Lafayette ãe Andrada,, Presidente. — F. Sá Filho, 3.620, de 25 de agosto de 1950, o membro do Tri• Relator.. — Füi presente: Plinio de Freitas Travas• sos, Procurador Geral. — Nota da Secretaria: Ven• bunal, que dele se afastar por qualquer motivo, cido o Exmo Sr. Des. Saboia Lima. perderá, a gratificação legal, sendo, assim, ina• ceitável o pedido formulado pelo. Tribunal Regio• (Publicado na sessão de 25-5-52). nal de Santa Catarina.

RESOLUÇÃO N.° 4.463 Sala das Sessões do Tribunal Superior Eleitoral. Processo n.0 2.859 — Distrito Federal — Rio de Janeiro, em 16 de junho de 1952. — Edgard Costa, Presidente. — Frederico Sussekind, — Ao encaminhar os pedidos de créditos, Relator. — Fui presente:- Plínio de Freitas Tra• por intermédio ão Poder ExecuAivo, compete ao vassos, Procurador Geral. tribunal Superior Eleitoral sobre • eles se pro• nunciar. . : (Publicado em sessão de 26-6-52). ESTATÍSTICA

ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS — 3 de outubro de 1950

APURAÇÃO FINAI, REALIZADA PELO TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL

PRESIDEN TE VICE-PR ES1DENTE UNIDADES DA GETÚLIO CRISTUNO EDTTARDO JOÃO MAN- VOTOS EM VOTOS J. CAFÉ ODILON ALIPIO C. ALTINO VITORINO VOTOS EM VOTOS FEDERAÇÃO TOTAL VARGAS MACHADO GOMES CADEIRA BRANCO NULOS FILHO BRAGA NETO ARANTES FREIRE BRANCO NULOS

26.456 7.067 12.104 9 1.285 1.033 47.964 16.940 12.144 3 8.189 2.578 7.066 1.044 47,964

55.978 78.032 52.761 112 3.914 4.190 194.987 52.147 42.981 143 80.930 1.434 12.87"0 4.382 194.987

64.160 70.989 14.806 6 3.954 4.775 158.690 57.942 16.233 1 728 71.773 7.156 ' 4.857 158.690

25.370 60.445 73.547 6 3.993 2.942 166.303 17.821 72.970 0 9.472 53.894 8.982 3.164 166.303

107.164 146.483 198.473 105 .- 13.348 9.890 475.464 40.066 205.267 160 146.879 6.931 65.652 10.509 475.464

Rio G. do Norte 86.378 37.831 45.73! 34 4.318 1.575 175.867 89.-607 43.513 , 3 7:433 22.861 10.567 . 1:883 175.867 125.463 20.660 108.852 67 7.868 2.215 265.125 47.769 103.908 28 14.773 8.795 87.571 2.281 265.125

172.565 94.595 121.275 195 8.875 6.684 404.189 119.837 • 124.065 145 57.448 50.856 44.686 7.152 401.189

45.909 22.940 25.292 51 3.666 2.069 99.927 26.078 - 28.986 41 '579 23.224 18.700 2.319 99.927

43.435 24.783 27.834 109 3.569 2.802 102.532 27.628 28.830 112 23.978 967 18.076 2.941 102.532

Bahia - 3Ò6.899 108.719 165.883 243 15.036 12.036 609.696 172.121 195.950 215 65.436 22.992 140.566 12.416 609.696 l 60.336 20.841 42.098 94 3.146 4.050 130.565 35.565 110.997 136 13.399 9.286 28.448 5.003 130.565

274.58S 36.502 110.942 499 11.264 15.849 449.644 198.081 255.069 276 56.553 9.374 56.875 17.488 449.644

São Paulo - 925.493 153.039 357.413 3.650 41.959 21.287 1.502.841 658.601 48.465 6.899 225.544 184.428 147.347 24.953 1.502.841

169.036 54.635 41.353 .182 6.379 2.889 274.474 114.771 114.223 172 66.194 1.702 . 39.606 3.564 274.474

110.398 59.501 101.386 27 4.357 4.062 279.731 21.399 158.479 10 99.762 2.912 37.388 4.037 279.731

Rio G. do Sul 345.798 207.613 147.571 636 11.893 4.825 719.336 220.965 499.101 299 208.491 1.938 124.714 4.450 719.336

'. —418:19* 49»: 402 - 441:690 356 3T;259 27:725 1.330:626 16?:80t 47:555 644 518:313 16.030 104:889 27.848 1.330.626

61.298 24.106 55.446 " 45 5.702 4.475 151.072 30.742 47.555 38 14.246 20.064 32.815 5.612 151.072

35.744 19.677 27.397 23 2.957 1.396 87.194 26.398 27.839 8 11.730 3.402 16.220 1.597 - 87.104

378.015 ' 29.642 169.263 3.017 19.415 8.479' 607.831 376.575 166.496 1.467 13.949 5.632 35.054 8.658 607.831 4.101 4.211 737 - 168 47 9.264 3.505 615 - 3.753 415 919 47 9.264 812 4.188 ' 59 - 87 23 5.169 343 46 : - - 1.512 1.056 2.191 21 6.169 2.595 646 412. 82 79 3.814 2.289 337 — . 5 864 232 87 3.814 _ 1.845 645 . t 59 —- 59 76 2.684 1.799 44 - 3 671 88 79 2.684 3.849.040 1.697.193 2.342.384 9.466 • 211.433 145.473 8.254.980 2.520.790 2:344.841 10.800 1.649.309. 524.079 1.048.778 156.392 8.254.989 '18 BOLETm' EI^TOIUTJ , Julho de 1952

PROCURADORIA GERAL ELEITORAL

Acontece, porém, que, em data de 14 de abril do DENUNCIA - mesmo ano, o Denunciado dirigiu ao Exmo. Senhci Ministro Presidente üêste Egrégio Superior Tribunal Denúncia oferecida contra o Desembargador Eleitoral o seguinte telegrama: '. Enersto Pereira Borges, êx-Presidente do Tribu• nal Regional Eleitoral ãe-Mato Grosso — (Ar- "Referência telegrama n'.° 432 que acabo re• . tigos 175, 29 do Código Eleitoral): ceber dessa Presidência Vg peço. vênia para in• formar Colendo Tribunal que não houve abso• .Exmo. Sr. Ministro Presidente do Egrégio Supe• lutamente nenhum ato desta Presidência con• rior Eleitoral-. - vocando sessão extraordinária Assembléia Le• ' Ó Procurador Geral da- República, .usando das gislativa Estado Pt Poder Leglsiativo está con• !• atribuições que lhe são conferidas por lei, vem pe- vocado por deliberação "tomada em documento i rante esse Egrégio Tribunal oferecer denúncia contra autêntico asssinado pela maioria absoluta seus '•• o Desembargador Ernesto. Pereira Borges, ex-Presi- • dente do Tribunal Regional Eleitoral do Estado de próprios membros Vg conforme permite expres• í Mato Grosso, brasileiro, magistrado, domiciliado nesta samente Constituição Estadual Pt. Solicitada i cidade, na Rua Pinto Guedes n.° 90, pelos seguintes pela referida maioria Deputados com apoio Re- ; fatos e fundamentos: . gimeiito Interno Assembléia esta Presidência apenas anuiu em tornar público Vg anunciando ; ' Em dias do mês de abril de 1951. a União Demo- • crática Nacional representou a esse Egrégio Tribunal e divulgando per Editais aquela mesma convoca• ; contra o Denunciado, acusando-o de haver publicado ção deliberada pela maioria membros Poder Le ; na ^edição de 5 de abril de 1951, do jornal "O Social gislativo Vg prometendo ainda esta. Presidência Democrata", que se edita ná cidade de Cuiabá, capital •. dè Mato- Grosso, um Edital, no qual fazia público qúe, atender solicitação para ir presidir tão somente ; "atendendo à representação da maioria absoluta da sessão preparatória como assim dispõe Regimen• I Assembléia Legislativa, eleita para a legislatura de to Interno Assembléia Vg que atribui tal função ' 1951-1955, convocava os Deputados, diplomados "a se. ao Presidente Regional Vg por se tratar primei• i reunirem extraordinariamente, sob a sua presidência, \ às 19 horas do dia 15 do mês de abril" "em sessão pre- ra sessão vai ser realizada após início atual Le• ; paratória para a entrega e verificação dos diplomas. gislatura e não existir Mesa Diretora eleita : prestação de . compromisso - legal e eleição do presi• presidir trabalheis tudo na conformidade lei lo dente da Mesa que dirigirá- o funcionamento extraoi- cal reguladora matéria Pt Talvez não tenha pri• ' dinário da Assembléia até ã fase da sua reunião or• mado pela clareza redação Edital suscitando lon• dinária a 13 de junho vindouro, para o fim de proce• der à revisão da Constituição, à elaboração de leis ge daqui dubiedade que União Democrática Na• de urgência para o interesse público e à constituição cional aproveitou atribuindo esta Presidência, da Comissão Legislativa, órgão permanente que inte- iniciativa ato convocação que ela não praticou gra a administração: financeira do Estado". porque Assembléia está convocada por iniciativa Acrescentava a União Democrática Nacional, na e deliberação maioria absoluta :seus membros ; representação em apreço, que tal procedimento do já presentes nesta capital para sua reunião Pt Denunciado caraoterisava "espantoso abuso do poder • e execesso de autoridade, alam de violar frontalmente a Constituição Federal, o Código Eleitoral, a, Consti• Cords. Sauds. Ernesto Borges, Presidente Trire- tuição Matogrossense e o Regimento Interno daquela Assembléia Legislativa". gelei", ' ; Essa representação, que tomou o n.° 2.724, foi -. e, no dia 15 do mesmo mês e ano, em flagrante de• julgada em sessão desse Egrégio Tribunal, realizada sobediência à resolução desse Egrégio Tribunal Supe• no õTa 13 de abril de 1951, sendo seu relator o, emi• rior Eleitoral, presidiu à Primeira Sessão. Preparató• nente'Ministro José. Carlos de Matos Peixoto, e esse ria da Reunião Extraordinária da Assembléia Legisla• mesmo Egrégio Tribunal julgou-a procedente, a fim de cassar o ato do Denunciado, a quem comunicou o tiva do Estado de Mato Grosso, exatamente conforme resultado do julgamento, ou seja, a sua Resolução nú• o seu já referido Edital e objeto da aludida represen• mero 4.284, na mesma data — 13 de abril de 1951, tação n.° 2.724. - e por meio do seguinte telegrama: Verifica-se, pois, que o Denunciado voluntária e

deliberadamente desobedeceu à;Resolução n.° 4.284, "Comunico vcssência Trisuipelei sessão hoje desse Egrégio Tribunal Superior Eleitoral, da quaí • Vg apreciando representação número 2.724 Vg teve confessaõamentis' ciência antes da realização da da União Democrática Nacional Vg da mesma referida Primeira Se3são Preparatória. conheceu e julgou-a procedente determinando Desatendeu, assim, ao disposto no art. 17, letru Vg em conseqüência Vg fosse cassado ato dessa "b", do mesmo Código Eleitoral que estabece que Presidência de que dá notícia o Edital de compete aos Tribunais Regionais Eleitorais "cumprir e fazer cumprir as decisões c instruções do Tribunal três do mesmo mês Vg referente convocação Superior". extraordinária..Assembléia Legislativa esse Esta• Era seu dever, portanto, Imposto pelo Código Elei• do Pt Ats. Sds: toral, cumprir, na qualidade de Presidente do Tribunal Álvaro Mouiinho Ribeiro da Costa, Ministro Regional Eleitoral do Estado de Mato Grosso, a de• " Presidente Tribunal Superior Eleitoral". cisão desse Egrégio Tribunal Superior. Julho de 1952 BOLETIM ELEITORAL .19

Ao revés, porém, faltou o Denunciado ao cumpri• candidatos da U. D. N., fim virtude de valida• mento do dever, tendo incorrido, por isso, nas sanções ção de registro, ensejando recurso de diplomação previstas no inciso 29 do art. 175 do Código Eleitoral, do P. S. D., não autoriza o conhecimento ão devendo, portanto, ser processado e julgado por esse recurso parcial, já julgado prejudicado. — Pre- Egrégio Tribunal Superior, competente por força clusãn. — Mesa Receptora que funciona em lo• da letra "n" do art. 12 do mesmo Código Eleitoral. cal âiferente ão designado. — Nulidade ãe pleno direito. . Em face do acima exposto, e estando o Denuncia• do incurso nas penas do aludido inciso 29 do art. 175 da Lei n.° 1.164, de 24 de julho de 1950, que assim dis• A União Democrática Nacional recorre da decisão põe : cio Colendo Tribunal Regional do Estado ds Pernam• "Faltar, voluntariamente, em casos não espe• buco, que tomeu conhecimento e deu provimento a a cificados dos números anteriores, ao cumpri• recurso parcial interposto centra a validade da 16 a mento do dever imposto por este Código. Seção da 46. Zona, alegando violação de coisa julga• da como preliminar de mérito e, quanto ao mérito pro• Detenção de um a seis meses e multa de Cr§ priamente dito, que não era de ser anulada a votação 500,00 a Cr$ 5.000,00". de Seção localizada fora do recinto marcado, visto cemo mexistiria prova de ter havido qualquer prejuí• À vista, pois, do exposto, esta Procuradoria Gerai zo para os interessados. requer seja a presente denúncia recebida, instauran- Verifica-se da leitura dos autos que, havendo sido dose processo-crime e citando-se o Denunciado para impugnado o registro dcs candidatos da-União De• tcdos os termos, pena de revelia, na forma e sob as mocrática Nacional aos cargos do Município de Ver• pre3crições legais. tentes, recorreu o Partido Social Democrático pára Nestes termos, e instruindo-se a presente com os o Colendo Tribunal Regional, que aceitou a alegação documentos abaixo relacionados, ds iniempestividade levantada por esse Partido e, con• P. a V. Ex.a deferimento. seqüentemente, anulou o registro. Distrito Federal, 30 de abril de 1952. — Plinio Com isso não se conformou.a União Democrática de Freitas Travassos, Procurador Geral. Nacional, interpondo recurso para este Egrégio Tri• bunal Superior, obtendo ganho de causa (certidão a Documentos que acompanham: fls. 159) . — Of. do Des. Ernesto Pereira Borges. Enquanto, porém, se não decidia a- questão por — Representação da U. D. N. sobre atos daquele este Egrégio Tribunal, realizaram-se as eleições muni• magistrado. cipais,, sendo tomados em separado os votos sufra• gando os candidatos da União Democrática Nacional, — Folhas do "Diário da Justiça" (Mato Grosso) eleições essas das quais saiu vencedor o Partido Social com Reg. da Assembléia Legislativa. Democrático. — Certidão da "Ata da l.a Sessão Preparatória • Contra a expedição de diplomas aos candidatos da Reunião Ext.raor3ínária da Assembléia Legislativa eleitos por esse partido, foi interposto recurso para o do Estado de Mato Grosso. Tribunal Regional pela União Democrática Nacional, — Folhas do "Diário Oficial", do Estado, conten• limitando-se o Partido Social Democrático a recorrer do a ata acima citada. apenas contra a validade de algumas Seções, entre — Jornal "O Trabalhista", de Cuiabá, de 19-4-50.. as quais a 16a, sobre a qual versa o presente recurso. — Jornal "O Social Democrata", de Cuiabá, em Como era natural, não foram apreciados os re• 19-4-51. i cursos parciais manifestados -pelo Partido Social De• — Cópia autêntica dos votos dos Exmos. Srs. Mi-' mocrático, visto como esse Partido não interpusera nistros M. Peixoto e Hahnemann Guimarães no Re• recurso contra a expedição, declarando o Tribunal curso n.° 2.724. Regional que os mesmos estavam prejudicados e que — Cópia autêntica da Resolução n° 4.286, pro• por isso, deles não conhecia. ferida no Recurso n.° 2.724. Mas, nesse ínterim, sobreveiu o rnonuneiamento deste Egrégio Tribunal Superior, validando o registro dos candidatos da União Democrática Nacional e, con• seqüentemente, os votos sufragando esse Partido, to• PÁRECERES mados em separado. Ora, como a vitória do Partido Social Democrá• tico fora devida exclusivamente ao cômputo em sepa• PARECER N.° 829-P . rado dos votos dados aos candidatos da União Demo• crática, á legitimação desses votos trouxe como (Recurso n.° 1.990 — Pernambuco — Vertentes) decorrência a cassação do diploma dos candida• tos do Partido Social Democrático e expedição cie Recurso parcial ão P. S. D., julgado prejudi• novos diplomas aos candidatos da União Democrá• cado, por não haver IO recorrente interposto re• tica mais votados que aqueles. curso contra expedição de diploma a seus pró• E' desse último ato de diplomação que o Partido prios canaidatos. — Diplomação posterior dc Social Democrático recorreu para o Colendo Tribunal 20 BOLETIM ELEITORAL Julho de 1952

Regional, alegando erro de direito, por isso que mente fixado não constituía, ipso fado, nulidade, não fora apreciada a validade da votação da 16.° sendo imprescindível prova de ter havido prejuízo Seção, a mesma contra a qual esse Partido interpuse• para cs eleitores, entendemos que a mesma não pro• ra anteriormente recurso parcial para o Tribunal Re• cede, por isso que constitui nulidde de pleno direito gional, que dele não conhecera por entendê-lo preju• a ocorrência de qualquer uma das hipóteses previstas dicado. nos vários incisos do art. 123 do Código Eleitoral. Dessa vez, entretanto, aquele Tribunal, desprezan• Pouco importa não tenha sido feita prova de pre• do a preliminar de preclusão, levantada pela Pro• juízo sofrido pelos eleitores. A regra "pas de nullité curadoria Regional, tomou conhecimento do recurso e sahs grief" não é válida em o direito eleitoral brasi• lhe deu provimento, anulando a totalidade da leiro, onde a nulidade é decorrência necessária da votação da 16.a Seção, por haver sido colhida em existência de certo estado de fato. local diverso do anteriormente fixado. Somos, pois, de parecer que o Egrégio Tribunal ' Inconformada, recorreu a União Democrática Na• teme conhecimento do recurso e lhe dê provimento, a cional para este Egrégio Tribunal Superior. fim de ser anulada a decisão do Colendo Tribunal Entendemos que é de ser dado provimento ao re-, Regional, tomando conhecimento do recurso parcial a cursot interposto contra a validade da 16. Seção. Com efeito, é regra expressa de nosso direito elei• Caso, porém, entenda este Egrégio Tribunal que toral (§ 2.° do art. 169 do Código) que os recursos era legítima aquela decisão, somos de parecer que se parciais só serão conhecidos se fôr interposto recurso não tome conhecimento do recurso, por isso que o contra a expedição de diploma. mérito daquele recurso parcial foi bem apreciado. Ora, no caso em apreço o Partido Social Demo• Distrito Federal, 12 de maio de 1952. — Plinio crático manifestou recurso parcial contra a validade de Freitas Travassos, Procurador Geral. da 16.a Seção, mas não recorreu contra a expedição de ãiplomas aos candidatos eleitos. Pouco importa que os candidatos eleitos hajam sido os seus próprios candidatos, como tem sempre PARECER N.° 837-P decidido este Egrégio Tribunal. (Recurso n.° 1.993 — Paraíba — Pombal) O recurso contra a expedição de diploma, não visa unicamente anular a diplomação, mas também alterar as condições dessa diplomação, isto é, aumen• Apuração em separado, eqüivale a recurso de tar o número ãe votos válidos com que foram sufra• oficio. — 4 desistência de recurso voluntário, gados os canáiãatos. não exime ,o [Tribunal ãe apreciar o recurso "ex- Para tanto, é, indispensável sejam conhecidos u officio". apreciados os recursos parciais interpostos pelo Par• tido que elegeu os candidatos e para que sejam co• O Partido Social Democrático recorre da decisão nhecidos êss:s recursos é imprescindível seja mani o Colendo Tribunal Regional no Estado da Paraíba, festado o recurso contra a expedição de diploma. que homologou a desistência de recursos parciais in• Neste sentido, aliás, já se pronunciou este Egrégio terpostos pela União Democrática Nacional, contra o u Tribunal, no Acórdão n. 490, publicado no Boletim ato da Junta Apuradora da 31a Zona, que ordenara Eleitoral n.° 9, admitindo expressamente a validade de a apuração em separado da 32a Seção. recurso contra a expedição de diploma interposto pe• lo Partido que elegeu o candidato e visando levar ao E' de ser dado provimento ao recurso. conhecimento do Tribunal Regional a matéria discuti• Cem efeito, verifica-se das certidões de fls. 35 e 37 da nos recursos parciais. que as urnas foram apuradas em separado, decisão essa que este Egrégio Tribunal tem considerado como Sendo, portanto, o recurso contra a expedição de diploma condição necessária para o conhecimento dos recurso ex-officio da Junta Apuradora para o Tribu• recursos parciais, cabia ao Partido Social Democráti• nal Regional, ao qual, ex-vi do disposto no inciso I do co a obrigação de interpô-lo, se quisesse ver aprecia• art. 106 do Código Eleitoral, cabe apreciá-lo e julgá- das as alegações que neles apresentara. Não o fêz, lo, ainda mesmo quando não haja sido interposto re• entertanto (fls. 91), e, com sua omissão, surgiu a pre• curso voluntário por qualquer dos partidos interessa• clusão estabelecida pelo § 2.° do artigo 152 do Código dos no pleito. Eleitoral, a qual impede a reapreciação da matéria, No caso ora sub judice, além do recurso ex-officio, soh qualquer forma, em qualquer instância. isto é, da apuração em separado, houve recurso volun• Não podia, assim, o Tribunal Regional tomar co• tário, " de autoria da União Democrática Nacional, nhecimento de recurso parcial relativo à 16.a Seção, contra o ato da Junta, que ordenou a apuração em separado das duas citadas Seções (ambas encontram- quando já o declarara prejudicado. se no início do segundo volume). Pouco importa houvesse sido manifestado pelo Partido Social Democrático recurso contra a expedi• Ora, frente à existência desses dois recursos, cada ção de diplomas aos candidatos da União Democrá• um de diversa natureza, o ato do Tribunal Regional, tica Nacional. homologando o pedido de desistência (o qual se encon• tra no final do segunde volume). não podia ter efeitos Esse recurso só podia levar ao conhecimento do em relação ao recurso ex-officio, recurso esse que in• Tribunal Regional qualquer uma das matérias previs• depende totalmente da rontade das partes e que o Tri• tas nas três primeiras letras do art. 170 do Código buna': Regional deveria de qualquer forma ter apre• Eleitoral, nunca, porém, servir de elemento condutor ciado . de recursos parciais (hipótese da letra ã do citado artigo), recursos esses cujo momento de apreciação já Somes, pois de parecer que. este Egrégio Tribunal fora ultrapassado. ame conhecimento do recurso e lhe dê provimento, a fim de que o Tribunal recorrido aprecie o mérito do No que se refere à outra alegação do recorrente, recurso ex-officio". de que não era de ser anulada a votação da Seção, por isso que o simples fato de haver sido localizada Distrito Federal, 26 de maio de 1952. — Plinio de a Mesa Receptora em lccal diverso do preliminar• •Freitas Travassos, Procurador Geral. Julho de .U!>2 BOLETIM ELEITORAL, 21

TRIBUNAIS REGIONAIS ELEITORAIS

DIVISÃO ELEITORAL DOS ESTADOS SAO PAULO

ZONAS MUNICÍPIOS

1. " São Paulo São Paulo e Itapecerica da Serra. 2. " São. Paulo São Paulo. 3. " São Paulo São Paulo. 4. ° Sãj Paulo São Paulo e Guarulhõs. 5. " São Paulo '. . .- São Paulo, Barueri, Cotia, Franco da Rocha, Mairiporã e Santana dé Parnaíba 6. " São Paulo São Paulo, Santo -André, S. Bernardo do Campo e São Caetano do Sul 7.a Agudos , Agudos e Lençóis Paulista. 8. " Amparo Amparo, Monte Alegre do Sul e Pedreira. 9. " Ar.dradina Andradina e Guaraçaí. y 10. ° Apiaí Apiaí, Ipóranga e Ribeira. 11. » Araçatuba Araçatuba, Guarartpes e Rubiáce . 12. " Paraguaçu Paulista Paraguaçu P?ulista, LutéciaJ Maracaí e Oscar Bressane. 13.a Araraquara Araraquara, Matão e Rincão. 14. ° Araras Araras é Leme. 15. ° Assis ' Assis, Cândido Mota é Echarporã. 16. " Atibaia • Atibaíà, Jardim e Nazaré Paulista. 17. " Avaré ' • Avaré, Cerquéira César, Itaí, Parapanema-e Santa Barbai:» do Rio Pardo. 18. " Bananal Bananal. lS.a Bariri... Bariri. '20." Barreiro Barreiro. 21. ° Barretos Barretos, Colina e Jaborandi. 22. " Batatais Batatais, Altinópolis, Brodosqui e Jardinópolis. 23. " Bauru Bauru e Avaí. 24. ° Bebedouro Bebedouro e Monte Azul Paulista. 25. " Birigui Birigui, Bilac e . 26. " ' Botucatu Botucatu é Itatinga. 27. ° Bragança Paulista Bragança Paulista. ' 28. " Brotas Brotas é Torrinha. 29. " Caçapavá Caçapavá e Jambeiro.' 30. » Caconde Caconde e Tapiratiba. 31.a Cafelândb -. Cafelândi e Júlio Mesquita. 32. » Cajuru ••• Cajuru é Santo Antônio da Alegria*. 33. ° ... ' Campinas. 34. " Campinas." Campinas, Americana e Cosmópolis. 35. " Campos do Jordão Campos do Jordão. 36 a Carxar.éia Canar.éia. 37. " . Capão Boriito Capão' Bonito e Guapiara. 38. " Capivari Capivari, Elias Fausto e Monte-Mór. 39. " Casa Branca Casa Branca e Tambaú. . 40. ° Catanduva, Ibirá, Pindorama e Tabapuá. 41.a Conchas Conchas, Anhambi, Bofete e Pereiras. 42. " Cruzeiro Cruzeiro e Lavrinhas. 43. " Cunha Cunha. 44. " Descalvado : Descalvado. 45. " Deis Córregos Dois Córregos e Mineiros do Tietê. 46.a Franca e São José da Bela Vista. 47. ° Garça ••• Garça, Álvaro de Carvalho e Gália. 48. ° Guaràtinguetá •• Guaràtinguetá, Aparecida. 49. " Ibitinga. . . . Ibitinga e Borborema. E0.a Igí rapava Igarapava, Pedregulho e Rifaina. 51. " Iguape Iguape. Jacupiranga e Registro. 52. " Itapetininga Itapetininga, Ângatoba Sãc Miguel Arcanjo e Sarapuí. 53. " Itapeva Itapeva Buri, Itaberá e Ribe;rão Branco. ' 54. " Itapira Itapira. 55. " Itápolis Itápolis e Tabatinga. •56.» Itaporanga • '• Itaporanga e Táquarituba. 57. " Itararé • Itararé. 58. " Itatiba Itatiba. ' 59a Itu '• Itu, Càbreúva, Indaiatuba e Sslto.. 60. " Ituverava Ituverava, Guará e Miguelópols. 61.a : • • Jaboticabal, Guariba e Taiuva. 62.a Jacaref. Jacareí. 22 BOLETIM ELEITORAL Julho de 1952

SÃO PAULO (Continuação)

ZONAS SEDE MUNICÍPIOS

63. " Jaú Jaú, Barra Bonita, Bocaina e Itapuí. 64. " José Banifácio. José Banifácio. 65. » Jundiaí Jundiaí e Vinhedo. 66. » Limeira Limeira e Cordeirópolis. 67. » Lins....'. Lins e Getulina. 68. » Lorena Lorena e . 69. » Lucélia Lucélia, Adamantina, Dracena, Flórida, Paulista, Gracianó- polis, Junqueirópolis, Osvaldo Cruz, Pacaembu e Paulicéia. 70. » Marília Marília, Oriente e Vera Cruz. 71. » Martinópolis Martinópolis, Regente Feijó c Indiana. 72. » Mirassol Mirassol e Neves Paulista. 73* Mococa Mococa. 74. » Mogi das Cruzes. Mogi das Cruzes. Guararema, Poá, e Suzano. 75. » Mogi-Mirim Mogi-Mirim, Artur Nogueira, Conchal e Mogi-Guaçu. 76. » Monte Alto Monte Alto e Pirangi. 77. » Monte Aprazível. Monte Aprazível, Buritama, General Salgado, Macaubal. Nhandeara o Planalto. 78. » Nova Granada, Palestina e Paulo de Faria. 79. » Novo Horizonte Novo Horizonte, Itapdã e Urupês. 80. » Olímpia Olímpia, Cajobi e Guaraci. 81. » Orlândia Orlândia, Guaíra, , Nuporanga e Sales de Oliveira 82. » Ourinhos Ourinhos, Chavantes e Salto Gr.xnde. 83. » Pa Imitai Palmital, Ibirarema e Campos Novos Paulista. 84. » Paraibuna Paraibuna. 85. » Patrocínio Paulista.. Patrocínio Paulista e Itirapuã. 86. » Pederneiras Pederneiras, Arealva, Iacanga e Macatuba. 87. » Penápolis Penápolis, Avanhandava e Glicério. 88. » Pereira Barreto Pereira Barreto. 89. » Piedade Piedade e Pilar do Sul. 90. » Pindamonhangaba... Pindamonhangaba. 91. » Pinhal Pinhal. 92. » ' Piracaia Piracaia e Joanópolis. 93. » Piracicaba Piracicaba Rio das Pedras e Santa Bárbara D'Oeste. 94. » Piraju Piraju, Fartura Manduri, Óleo e Timburi. 95. » Pirajuí Pirajuí, Guaratã, Pongíí, Presidente Alves e Reginópolis. 96. » Pirassununga Pirassununga e Porto Feliz. 97. » Pirating i Piratinga, Cabrália Paulista e Duartina. 98. » Pitangiieiras Pitangueiras. Terra Roxa e Viradouro. 99. » Pompéia Pompéia, Herculândia e Quitana. 100. » Porto Feliz : . Porto Feliz c Boituva. 101. » Presidente Prudente. Presidente Prudente, Alfredo Marcondes, Alvares Machado, Pirapòzinho e Presidente Bernardes. 102. » Presidente Vencesláu Presidente Vesceslau, Presidente' Epitácio. 103. » Promissão Promissão 104. » Quatá Quatá. 105. » Queluz Queluz e Areias. 106. » Rancharia Rancharia o Iepê. 107. » Ribeirão Bonito Ribeirão Bonito, Boa Esperança do Sul e Dourado. 10?.'» e 109 Ribeirão Preto.. . Ribeirão Preto, e Serrana. • no.» Rio Claro Rio Claro, Analândia, Corumbátaí, Itirapinp e Santa Gertrudes m.» Sentf. Adélia Santa Adélia, Arirpnhr e Itrjobi. 112. » Santa Branca Santa Branca e Srlesópolis. 113. » Santa Cruz das Palmeiras. Santa Cruz das Palmeiras. 114. » Santa Cruz do Rio Pardo. Santa Cruz do Rio Pardo, Bernardino de Campos, Ipauçu, São Pedro do Turvo e Ubirajara. 115. » Santa Isabel Santa Isabel . 116. » Santa Rita do Passa Quatro. Santa Rita do Passa Quatro. • 117.» , Santo Anastácio Santo Anastácio e Piquerobi. 118.»ell9 Santos Santos, Cubatão, Guarujá, Itanhaén, Itariri, Juquiá, Miracatu, Pedro de Toledo e São Vicente. 120. » São Bento do Sapucaí.. São Bento do Sapucaí. 121. » São Ce rios São Carlos. 122. » São João da Boa Vista. São João da Boa Vista, Aguaí, Águas da Prata e Vargem Grande do Sul. 123. » São Joaquim da Barra.. São Joaquim da Barra, Ipuã. 124. » São José do Rio Pardo. São José do Rio Pardo, e São Sebastião da Grama. 125.» e 126 São José do Rio Preto São José do Rio Preto, Cedral, Nova Aliança, e Uchoa. 127. » São José dos Campos... São. José dos Campos e Monteiro Lobato. 128. » São Luis do Paraitinga. São Luis do Paraitinga e Natividade da Serra. 129. » São Manuel São Mamei. Julho de 1:Í32 BOLETIM ELEITORAL 23

SÃO PAULO (Conclusão)

ZONAS MUNICÍPIOS

130. " São Pedro São Pedro e Águas de São Pedro. 131. » São Roque São Roque e Ibiúna. 132. » São Sebastião São Sebastião, Caraguatatuba e Ilhabsla. 133. » São Simão São Simão, Santa Rosa de Viterbo e Serra Azuh 134. » Serra Negra Ssrra Negra e Lindóia. 135. » Sertãozinho Sartãozinho. e . 138.» Socorro. Socorro. 137.» Sorocaba Sorocaba e Araçoiaba da Ssrra. 13S.» Tanabi, Américo de Campos e Cosmorama. .139.» Taquaritinga Taquarítinga e Fernando Prestes. + •140.» Tatuí Tatuí, Gujreí e Porangaba. 141. » Taubaté Taubaté, Redenção da Sarra e Tremembé. 142. » Tietê... Tietê, Cerquilho e Laranjal Paulista. 143. » Tupã Tupã, Bastos, Paraquã e Rinópolis. 144. » Cbatubi Ubatuba. . . ; 145. » Cachoeira Paulista Cachoeira Paulista e Silveiras. 146. » Valparaíso Valparriíso, Bsnto de Abreu, Lavínia e MirandópoI's. 147. » . Votuporang?, Álvares Florence, Cardoso, Fernandópolis, Es• trela D'03ste, Jales e Valentim Gentil. 148. » Eldorado Eldorado.

Reproduz-se por ter saído com incorreções no n.° 8.

CENTRO OESTE GOIÁS

ZONAS SEDES MUNICÍPIOS

1. " Goiânia 2. » Goiânia Goiânia, Guapo. 3. » Anápolis Anápolis, Nerópolis. 4. » Arraias Arraias, Chapéu. 5. " Buriti Alegre Buriti Alegre. 6. » Caiapônia Caiapônia, Iporá. 7. » Caldas Novas Caldas Novas. 8. » . Catalão Catalão. 9. " Corumbá e Goiás. Corumbá e Goiás. : .10.» Corumbaíba Corumbaíba. 11. " Formosa Formosa, Cavalcante. 12. » Goiás Goiás. 13. » Inhumas Inhumas, Itauçu. 14. » Ipameri Ipameri, Urutaí. lõ." Itaberaí Itaberaí. 16. » Itumuiara Itumbiara. 17. " Jataguá Jaraguá, Petrolina de Goiás,. ' ; Uruana. • • 18. » Jatai Jatai. 19. » Luzitânia Luziânia. 20. » Palmeiras de Goiás Palmeiras de Goiás, Edéia. 21. » Mineiros Mineiros. 22. » Morrinhos Morrinhos. 23. " Orizona Orizona. 24. » Pedro Afonso Pedro Afonso, Araguacema, Miracema do Norte. ; 25." Piracanjuba Piracanjuba. 26. " Pirenópolis...... \ . Pirenópolis. 27. » Pires do Rio Pires do Rio. ' * ' • ' . 28.» Porto Nacional Porto Nacional, Peixe. 29. » Posss Posse, Sítio d'Abadia.- • • . • • • ' 30. » Rio Verde Rio Verde, Santa Helena. '31.» " Silvânia Silvânia, Leopoldo de Bulhões, Vianópolis.' •' 32.» • Suçuapara...: Suçuapara, Kidrolândia. . •'• - s •• ' * • • •33." Tocantinópolis Tocantinópolis, Araguatins Filadélfia^ Itaguatins:- 34. » Anicuns Anicuns, Firminópolis, Nazário. 35. " Balisa Balisa. >

36. " Cristalina.: t.. . Cristalina. ,; ' •. 37. " Goiandira ...... Goiandira, Cumari. . 24 BOLETIM ELEITORAL Julho de 1952

GOIÁS (Conclusão)

ZONAS SEDES MUNICÍPIOS

38.» Goiatuba. 39." Itapáci. 40.» ' Natividade Natividade. 41.» Niquelândia .. Niquelândia. 42.» Paranã. 43.» Parauna '. Paraúnà, Aurilândia. 44.» Planaltina Planaltina. 45.» Pontalina Pontalina. 46.» Quirinópolis. 47.» São Domingos. 48.» Taguatinga, Dianópolis. 49.» Trindade Trindade. 50.» Uruaçu, Porangatu'. 51.» Santa Cruz de Goiás.

MATO GROSSO

MUNICÍPIOS

1. » , Cuiabá Cuiabá, Aripuanã,. Nossa Senhora do Livramento, Várzea Grande. 2. » Sto. Antônio de Leverger Santo Antônio de Leverger. 3. " Rosário Oeste Rosário Oeste, Barra do Bugres. 4. » Poconé Poconé. 5. » Poxoréu Poxoréu. 6. » Cáceres....- Cáceres, Mato Grosso. 7. » Corumbá Corumbá. 8. » Campo Grande Campo Grande, Camaquá, Rochedo, Ribas do Rio Pardo. 9. » Três Lagoas Três Lagoas. 10. » Aquidauana Aquidauana, Bonito, Nioaque. 11. » Rio Brilhante Rio Brilhante. 12. » Coxim Coxim. 13. » Paranaíba Paranaíba, Aparecida do Taboado. 14. » Guiratinga Guiratinga. 15. » Miranda Miranda. 15.» Maracaju Maracaju. 17. » Bela Vista Bela Vista. 18. » Dourados Dourados. 19. » Ponta Porã Ponta Porã, Amambaí. 20. » Porto Muttino Porto Murtinho. 21. » Diamantino Diamantino. 22. » Alto Araguaia Alto Araguaia. 23. » Barra do Garças Barra do Garças.

RIO GRANDE DO SUL à apelação e confirmar, por unanimidade, a sentença do Dr. Juiz Eleitoral de Erechim, 20.a Zona, por seus Punição de mesários faltosos jurídicos fundamentos, e em a qual fci condenado Dionísio Fontana a pagar uma multa de um mil cru• O Tribunal Regional do Rio Grande do Sul vem zeiros e mais pronunciações de direito, como incurso de tomar importante resolução sobre a recusa de um em sanção do art. 175, n.° 13, do Código Eleitoral, cidadão de funcionar como mesário, nas eleições dc por ter se recusado a funcionar como 1.° mesário nas 1." de novembro do ano passado. O acórdão desse eleições municipais de 1." de novembro do ano passa• julgado é o seguinte : do, integrando a Mesa Receptora instalada no lugar "Vistos, etc. denominado Barra do Tápir, naquele Município. • Acordam os Juizes do Tribunal Regional Eleitoral, . A prova coligida neste processo evidencia cabal• ouvido • o Dr. Procurador Regional, negar provimento mente ter o réu se recusado a cumprir seu dever db Juiho de ijj? BOLETIM ELEITORAL 25

integrar a mesa eleitoral, na qualidade de l.° mesá• Merece, assim, confirmação integral a sentença rio, para a qual foi nomeado. apelada. Publique-se, registre-se e intime-se. Alega o réu ter tido conhecimento de sua desig• as.) Homero Martins Baptista — Presidente: nação para mesário no dia 22 de outubro. Entretanto, José Danton de Oliveira — Relator; Celso Afonso só a 29 desse mês, já, portanto, às vésperas do pleito, Soares Pereira, Decio Pelegrini, Almiro Cauduro. Fui presente; Ernani Coelho — Procurador Regional. fez chegar às mãos do Dr. Juiz Eleitoral seu pedido do dispensa desse encargo, muito embora seja datada sua petição de 27 daquele mês, pedido esse que foi De acordo com as informações prestadas pelo Diretor da Secretaria do Tribunal Regional do Rio indeferido. Mesmo assim, com sua pretensão de-sa- Grande do Sul, foi decretada, ali, a perda dos di• tendida, o réu realizou sua projetada viagem e com• reitos políticos do eleitor Germano Pick, qualificado a pareceu, na qualidade de delegado do P. T. B., para na 40. Zona, em Santa Cruz. fiscalizar as eleições na mesa eleitoral instalada ia MINAS GERAIS aula municipal de Nova Veneza. Essa circunstância Pelo Tribunal Regional de Minas Gerais foi can• de ter comparecido em uma outra Seção Eleitoral, e celada a inserirão eleitoral da eleitora Isabela Abraão, em vista da sua condenação a quatro meses de de• munido da credencial de delegado, já revela suficien• tenção, sendo-lhe concedida suspensão condicionai. temente a intenção do réu de.não cumprir o seu de• PERNAMBUCO ver, pois essa credencial só poderia ter sido obtida na O Sr. Presidente da República, em 16 de junho véspera do dia das eleições. Acresce notar que o réu passado, assinou decreto, nomeando substituto de não provou tivesse recebido ordens para se ausentai juiz do Tribunal Regional de Pernambuco o Senhor naquela data, como alega, e nem o favorece a prova Jorge Latache Pimentel, de acordo com o disposto no artigo 112, item II, combinado com o artigo 115, da testemunhai arrolada. Constituição Federal.

PARTIDOS POLÍTICOS

PARTIDO REPUBLICANO toral, homologou a eleição do Diretório do Distrito Federal, assim constituído: De acordo com as informrtções prestadas pelo Se• nhor Artur Bernardes, presidente do Diretório Nacio- Presidente: Thomaz Alberto Teixeira Coelho Fi• lho: 1.° Vice-Presidente: Francisco Karam; 2.° Vice- na do Partido Republicano, o novo Diretório Regional Presidente: Darcy Arnellas de-Oliveira; 3.° Vice-Pre• do "mesmo Partido, Seção do Distrito Federal, eleito sidente: José da Silva Sá; 4.° Vice-Presidente: Pedro em 24. de maio, está assim constituído: Raposo Lopes; 5.° Vice-Presidente: Floriano de - An• drade Silva; 6.° Vice-Presidente; João José de Sousa Comissão Executiva: Presidente: Dr. João Batis• Secretário Geral: Benedito Alberto Lima; 1.° Secre• ta Lopes de Assis; 1.° Vice-Presidente: Dr. Álvaro de tário: Aguinaldo Maranhão Cordeiro Falcão;: 2.° Se• Melo Alves; 2.° Vice-Presidente: Dr. Otacilio Alves cretário: Alcides Antunes de Andrade; 3.° Secretário: Pereira; 3.° Vice-Presidente: Dr. Prudente de Morais Ncberto van de Kamp; 4.° Secretário; Carlos César Accioli Lobato; 5.° Secretário: Daniel Vieira Carneiro; Neto; Secretário Geral: Dona Maria Portugal Mil- 6.° Secretário: Franklin Antônio -da Costa; Tesourei• •ward Azevedo Duque Costa; 1.° Secretário: Dr. Álva• ro Geral: Alberto Ferraz Durão; 1.° Tesoureiro: Lear ro Mandarinc; 2.° Secretário: Dr. Álvaro Alves Pin• Campos Sarmento; 2.° Tesoureiro: Pauio Duprat Ser• to; 3.° Secretário: Dr. Renê Lycurgo Campos; Te• rano; 3.° Tesoureiro: Marcelo Moreira; 4.° Tesoureiro: soureiro Geral: Dr. Silzed José de SanfAnna; 1.° Moacir Correia de Macedo; 5.° Tesoureiro: Gilberto u Tesoureiro: Dr. Jairo Alves de Barros; 2.° Tesoureiro: Freitas. — Vcgais: l. — Nelson da Rocha Camões; 2.° Arthur Cardoso de Abreu; 3.° — Dulce Pinto Paulo Hermínio Duque Costa; 3.° Tesoureiro: Doutor — Ferreira de Magalhães; 4.° — Heitor Calmem e 5.° — Dante Toscano de Brito. José Ferreira Monteiro de Castro. Diretores de Departamento — Trabalhista: Ma• Foi também reconhecido, na mesma reunião do nuel Rodrigues Paixão: Educação: Dr. Aderbal Galvão Diretório Nacional, o Conselho Consultivo, eleito de Queiroz; Publicidade: Dr. Adalberto Silveira Rosa; igualmente peia.cTcada Convenção Regional do Partido Cpmerciários: Álvaro Campos Costa; Feminino: Dona Democrata Cristão, no Distrito Federal, de 24 de abril, Elvira Lopes de Assis; Funcionários Eduardo Gomes do ano em curso, ficando o referido Conselho assim da Silva; Estudantil: Dona Maria Bernadete Barroso constituído: Cavalcante; Legal: Dr. Oscar da Costa Possolo; Eco• Aloysio Calheiros da Graça de Melo Leitão, Ani- nomia e Finanças: Antônio de Paiva Fernandes. bal Martins Alonso, Aníbal Pinto de Sousa, Eduardo Conselho Fiscal — Dr. Manuel Alves Rodrigues So• Gomes da Paz, Eurípedes Cardoso de Menezes, Fer• brinho José Mariozi Filho, Dr. Oscar Loureiro, Cle- nando Lúcio Lessa, Geraldo Drumond da Luz, Gerson veland Dunhum e Dr. Arduino Albuino Tonelotto. Augusto da Silva, Hilda Dias da Silva, João Alencar Arariipe, João Maciel da Silva Jardim, Jorge de .Sousa Spínola, Júlio Magalhães, Luís Alves de Figueirdeo, PARTIDO DEMOCRATA CRISTÃO Manuel Alfredo Rodrigues Pinheiro, Mário Veiga de O Diretório' Nacional do Partido Democrata Cris• Almeida, Munido pinheiro Alves, Raul Penna Firme, tão, em comunicação feita ao Tribunal. Superior Elei• Sílvio Edmundo Elia e Sinibaldo Macillo. 26 BOLETIM ELEITORAL Julho t'.e J952

PROJETOS E DEBATES LEGISLATIVOS

CÂMARA DOS DEPUTADOS Dactilógrafos terão acesso à carreira de Auxiliar Ju• diciário. d) Nas carreiras subalternas a de Servente, que PROJETOS EM ESTUDOS atualmente vai de D a E, passará de E a H; os Con• tinues, das classes F e G, passarão a I; o Auxiliar de' Na Comissão de Serviço Público Civil, o deputado Portaria, H, passará a J, e o Porteiro, de J passara Lopo Coelho deu o seguinte parecer, sobre o Projeto a K. n.° 1.737, e emendas apresentadas: e) E' criado um cargo isolado de Redator do "Boletim Eleitoral", padrão M, (cocn decorrência de Projeto n.° 1.737-52 nova atribuição cometida ao Tribunal, pelo Código Altera o Quadro da Secretaria do Tribunal Eleitoral — letra 2 artigo 12). Superior Eleitoral, : dá outras providências. /) E' criada mais uma função gratificada de Chefe de Seção, a fim de possibilitar a organização da Seção de Orçamento (artigo 199 do Código Elei• RELATÓRIO toral) . .1. Em Mensagem de 29 de fevereiro último, o g) Serão extintos, quando vagarem, os seguintes Sr. Ministro Presidente do Tribunal Superior Eleitoral cargos: 2 Redator de Debates. 1 Contador, 1 Zelador, solicita ao Congresso Nacional providências relativas 1 Oficial Judiciário, 1 Auxiliar Judiciário e 1 Dacti• ao Quadre de Servidores dá Secretaria do mesmo Tri• lógrafo. bunal, providências estas aprovadas em sessão plena h) Finalmente, são concedidos adicionais. e que visam alterar a estruturação das carreiras e

cargos isolados. PARECER 2. O atual quadro de servidores daquele Tribunal , Fomos relator do Projeto n.° 1.934-52, que transi• ainda é o mesmo aprovado pela Lei n.° 486, de 194S, tou nesta Comissão, com parecer favorável. não tendo sofrido nenhuma alteração, enquanto o* Segundo aquele projeto, serão assegurados aos quadros de outros Tribunais, em leis obtidas mais funcionários do Quadro da Secretaria do Superior recentemente, têm os escalonamentos das carreiras Tribunal Militar os mesmos direitos e vantagens da e os níveis dcs vencimentos correspondentes em Secretaria do Tribunal de Recursos, concedidos pela maior harmonia com as necessidades dos respectivos Lei n.° 1.441, de 24-9-51. serviços e as contingências da atual conjuntura eco• nômica . A aprovação do projeto resultou do reconhecimen• to à perfeita paridade que existe entre aqueles dois 3. Ressentem-se os quadros dos Tribunais de au• Tribunais, isto é, Superior Tribunal Militar e Tribu• sência de sistematização, ou melhor, de um plano ra• nal Federal de Recursos. Com a Lei n.° 1.441, citada, cionalmente elaborado, no qual sejam levados em con• essa paridade havia sido quebrada, ficando os funcio• ta de um lado, o princípio geral da igualdade de re• nários do Tribunal Militar em situação de inferio• tribuição para serviços idênticos, e, de outro, a po• ridade. sição hierárquica. dos Tribunais na organização judi• Sobre o assunto, nossa opinião já tem sido emiti• ciária, do país e as peculiaridades dás várias regiões da inúmeras vezes. Julgamos, com o apoio dos emi• geo-econômicas em que se divide a nação, no caso dt nentes colegas, que estão em pé de . igualdade, em existência de tribunais regionais. idênticas condições de tratamento, no que diz respei• 4. São as seguintes as alterações propostas pelo to aos funcionáries de suas Secertarlas, os Tribunais •Sr. Presidente do T. S. E. Superiores da Justiça Eleitoral, da Justiça do Traba• , a) as carreiras administrativas (Dactilógrafo, lho, Tribunal de Recursos, Tribunal Militar e Supre• Auxiliar Judiciário e Oficial Judiciário) passam & mo Tribunal Federal. constituir duas carreiras — Oficial Judiciário e Au• A aprovação de leis esparsas, dando ora a uns, xiliar Judiciário. Atualmente, a carreira de Dactiló• ora a outros, determinados benefícios e vantagens, é grafo tem 2 classes — F e G — passando a denomi• que tem quebrado a sistemática qus deveria existir, nar-se Auxiliar Judiciário, com as classes I e J. impedindo um plano racional, no qual se leve em Os atuais Oficiais Judiciários, eiti uturados nas conta a igualdade sobejamente reconhecida àqueles classes H a M, passam a constituir a mesma carreira, que servem nes vários Tribunais Superiores. escalonada de K a O. Já pela posição hierárquica que desfrutam cs b) Os atuais Escreventes-Dactilógrafos (extranu- Tribunais Superiores, já pelo princípio constitucional merários mensalistas) referências 18, 19, 20, 21, 22 e de igualdade de retribuição para serviços idênticos, 23 passam .a constituir a carreira de Dactilógrafo, já, e principalmente, pela falta de uma classificação classes "G" e "H". de cargos, somos favoráveis à equiparação citada, va• c) O acesso à carreira de Oficial Judiciário far- lendo essa nossa opinião para o que já foi feito com se-à dentre os Auxiliares Judiciários, enquanto os respeito ao Tribunal Federal de Recursos, com o que Julho de Í3.I. BOLETIM ELEITORAL 27 está sendo feito com o Tribunal Superior Militar, com Somos dos que aplaudem a medida que visa ter• o que está sendo neste momento pleiteado pelo Tri• minar com o extranumerário no Serviço Público. bunal Superior Eleitoral e com o que forçosamente Prestam eles, em tudo, os mesmos serviços que òs virá a ser pleiteado pelo Superior Tribunal do Tra• titulados. Têm as mesmas responsabilidades, deveres balho . e obrigações. Só se diferencia uns dos outros no que Creio que com o atendimento do que está sendo tange aos benefícios e estabilidades. São, uns eternos pleiteado, estará restabelecida a sistematização dos párias, sujeitos aos arbítrios das administrações. vencimentos e vantagens dos funcionários do Poder Na atual conjuntura, quando os vencimentos não Judiciário, no que diz respeito aos Tribunais Superio• mais guardam a imprescindível harmonia com as ne• res. cessidades dos servidores, quando se' reestruturam Restará a parte dos Tribunais Regionais, quer cs cargos e carreiras, seria até desumano o esquecimen• Eleitorais, quer cs do Trabalho ou mesmo, ainda, cs to, do extranumerário, desestimulo que viria gerar o Auditorias Militares, de Aeronáutica e de Marinha. natural movimento de reivindicação. Com respeito à estes últimos, mantemos o nosso Julgamos que os atuais extranumerários do T. ponto de vista, exposto quando relatamos o Pro• S.iE. devem ser aproveitados, pelas razões expostas, jeto n.° 1.924-51, isto é, a restruturação deverá pro• preferentemente, mas não mediante aproveitamento cessar-se em conjunto, e nunca em casos isolados. puro e simples que vem ferir o artigo 186 da Consti• Para melhor encaminhamento, ponto por ponto, tuição, uma vez~que irão integrar um "cargo ãe car• do que foi proposto pelo Superior Tribunal Eleitoral, reira" e a primeira investidura em cargo de carreira queremos inicialmente lembrar aos Senhores Depu• efetuar-se-á mediante concurso. Este concurso deverá tados que a Mensagem do Sr. Presidente Edgard Cos• ficar a critério do Tribunal, podendo ser restrito aos ta está datada de 29 de fevereiro último. atuais Escreventes-Dactilógrafcs, uma vez que já se Posteriormente, isto é, em 24 de abril de 1952, esta reconhece o tirocínio dos mesmos e os bons serviços Comissão, e as Comissões de Justiça e de Finanças prestadis, alérn dos conhecimentos adquiridos, como cYeram pareceres favoráveis à pretensão do Tribunal quase iniciadores dos serviços do T. S. E. O preen• Militar, ocasião em que ficou reconhecida a perfeita chimento se fará em sentido vertical, possibilitando- paridade de tratamento de que devem gozar os servi• se, desse modo, desde logo, o aproveitamento de todos. dores dos vários Tirbunais Superiores. A citação "acima tem por finalidade ressalvar a nossa posição no caso em apreço, pois iremos, para• PARECER FAVORÁVEL COM EMENDA lelamente, estudar o que foi solicitado ao Congresso e procurar dar aos servidores, do Superior Tribunal c) Nas carreiras subalternas são propostas as r Eleitoral aquilo que lhes é devido, embora não tenha alterações seguintes: sido solicitado, expressamente, nos termos do artigo I — Serventes, D e E, e diaristas passam de E 97, 71, da Constituição Federal. a H. Assim, estaremos restabelecendo a paridade de - II — Contínuos F e G, passam a I. tratamento, alegada pelo Sr. Presidente do Tribunal III — O Auxiliar de Portaria, H, passa a J. Eleitoral, e já reconhecida por esta Casa. IV — t? Porteiro, J, passa a K. Com os esclarecimentos acima, passamos a dar nosso parecer sobre as várias alterações propostas e Cem respeito ao assunto, queremos lembrar que que já foram transcritas: um estudo sobre os auxiliares subalternos do Serviço Público está em curso nesta Câmara já aprovado em a) São constituídas duas carreiras administra• primeira discussão (Projeto n.° 1.234- — de 1950) tivas: Oficial Judiciário e Auxiliar Judiciário. Para (convocação). compô-las, são reestruturados os atuais Oficiais Judi• ciárias, que irão ocupar a primeira carreira citada, Recebeu o mesmo Projeto pareceres favoráveis de enquanto os atuais Dactilógrafos são reclassificados todas as Comissões. e reestruturados na carreira de Auxiliar Judiciário. Determina êle que as carreiras de Servente e Serão apostilados os títulos dos funcionários atingidos. Contínuo, do Serviço Público Federal ficam fundidas Trata-se de medida legal e que virá dar aos seus em uma só, sob a denominação de Auxiliar de Por• ocupantes o tratamento eqüânime citado linhas atrás taria, cujo padrão máximo é "J". e que havia sido superada pelas aprovações parciais Ao ser aprovado, nesta Casa e posteriormente no de cutros projetos. Senado, o projeto que se converteu em lei, reorgani• Sua aprovação torna-se imperiosa, sem entretan• zando o Quadro da Secretaria do Tribunal Federal de to se desprezar a necessária emenda oferecida pelo Recursos, houve a reestruturação dos 16 Auxiliares Senhor Deputado Lúcio Bittencourt, tornando obri• de Portaria, H, que passaram, com a mesma denomi• gatório o concurso de 2.a entrância, para o acesso de nação, à classe K, em perfeita, igualdade com os uma a outra carreira. 22 Auxiliares de Peitaria do Supremo Tribunal Fe• deral. PARECER FAVORÁVEL COM EMENDA Com a última lei, referente ao -Supremo Tribunal b) Para constituir a carreira de Dactilógrafo G Federal, foram criados 13 cargos de Servente G, a se• e H são aproveitados os atuais Escreventes •Dactiló• rem preenchidos por 4 Serventes, 1 Artífice e 3 Auxi• grafos, referências 18, 19, 20, 21, 22 e 23. liares de Conservação, diaristas. 28 BOLETIM ELEITORAL Julho de 1952

Também foram criados 13 cargos de Contínuos I, PARECER FAVORÁVEL COM EMENDA a serem preenchidos por 9 Serventes, G, e á Ascenso• ristas, P. Diante do que acima fica exposto e uma vez que Diante do que fica exposto, julgamos mais acer• a todas &s propostas formuladas apresentamos certas tado que para os servidores subalternos do Tribunal restrições, necessárias a uma melhor estruturação, Superior Eleitoral fosse dada a seguinte estruturação, julgamos mais acertado apresentar o Substitutivo que •que atende melhor a paridade de tratamento: se segue, o qual contém todas nossas ponderações, além das que fêz a Comissão de Constituição e Jus• •T — Os 8 Serventes, diaristas, passam a 8 Serven• tiça. tes G. Finalizando nosso parecer, concluímos favoravel• mente, inclusive com" algumas reestruturações, segundo II — Os 9 Servente, D e E, passam a 9 Contí• nuos I. se verifica do quadro anexo, com as quais equipá• ramos os servidores do Tribunal Superior Eleitoral III — Os 4 Contínuos, F e G, além do Auxiliar aos demais Tribunais da mesma instância. de Portaria H", passam a 5 Auxiliar de Portaria, K. A esse respeito, a maior alteração que consignamos IV — O Porteiro, I, passa a 1 Porteiro, L. fizêmo-la com aprovação á'a Presidência do Tribunal Superior Eleitoral, em entendimento pessoal. Tra• ta-se dos cargos isolados cVe Taquígrafos que trans• PARECER FAVORÁVEL, COM EMENDA formamos em carreira, idêntica a do Supremo Tri• bunal Federal, cem um acréscimo de dois cargos, di E' pedida a criação de 1 cargo isolado de conforme exige a necessidade dos serviços, tendo em Redator do "Boletim Eleitoral", padrão M, como de• corrência- de Lei Eleitoral. vista que na Secretaria do Tribunal Superior Elei• toral, além dos três taquígrafos do Quadro, exer• No mesmo documento é pedida a extinção (quan• cem, permanentemente, a mesma função mais três do vagar) do cargo de Redator de Debates, O. servidores requisitados. Não são dadas as razões da proposta de extinção daqueles cargos. O que se depreende claramente é que os cargos são conssiderados desnecessários. Não SUBSTITUTIVO AO PROJETO serve à conveniência do serviço a permanência daque• N.° 1.737-52 les cargos no Quadro Permanente; daí, serem consi• derados como Suplementares, destinados à extinção, Altera o Quadro ãa Secretaria ão Tribunal Su• quando vagarem. perior Eleitoral e ãá outras providências. Somes dos que julgam que a utilização dos servi• ços dos 2 Redatores de Debates pcssa.se fazer desde Art. l.° O Quadro da Secretaria do Tribunal Su• logo noutra função, como a de Redator do "Boletim perior Eleitoral, criado, pela Lei n.° 486-48 e alterado Eleitoral", dispensando-se assim mais um ônus, com pela de n.° 867-49, fica substituído pelo que consta a criarão de mais um cargo isolado, padrão M. das tabelas que acompanham a presente lei. lAinida €tn. defesa de nossa tese. Parágrafo único. Serão apostilados pelo Presi• verificamos que com a futura extinção daqueles car• dente do .Tribunal Superior Eleitoral, os ttíulos de gos de Redator ae Debates o conjunto de funções e nomeação dos funcionários existentes, de acordo com responsabilidades que lhes são atribuídas no momento a respectiva situação, nas citadas tabelas. fatalmente não mais existirão ou foram ou serão trans• feridos de outrem, donde a necessidade de atribuir-se Art. 2.° Ficam extintos, quando vagarem, os car• •aos atuais Redatores de debates funções mais compa• gos de Redator de Debates, Contador, Zelador, um Ofi• tíveis, de acordo com sua.caipacitVade ou vocação. cial Judiciário (padrão K) e um Auxiliar Judiciário Diante porém da argumentação desenvolvida pelo (padrão I) . Sr. Presidente do Tribunal, em sentido contrário, e -de outras razões apresentadas, quando ficou eviden• Art. 3.° Os cargos de classe inicial da carreira ciado que é imprescindível no momento a criação de de Oficial Judiciário serão providos mediante acesso cargo, em todas as características de uma especiali- cias ocupantes da classe final de carreira de Auxiliar , zação, concluímos favoravelmente, pela .criação do Judiciário e os iniciais desta mediante acesso dos cargo. ocupantes da classe • final da carreira de Dactiló• grafo . PARECER FAVORÁVEL § 1.° O provimento previsto neste artigo depen• derá de concurso de segunda entrânria, organizado e) ' A criação de mais uma função gratificada, pelo Tribunal. tem nosso parecer favorável, pois decorre da neces• sidade da criação de mais uma Seção (artigo 19, do § 2.° O provimento dos cargos de carreira de• Código Eleitoral, que criou a Seção de Orçamento) . penderá de concurso organizado pelo Tribunal. Art. 4.° Estende-se aos funcionários da Secre• PAREUER FAVORÁVEL taria do Tribunal Superior Eleitoral o disposto no /) Concordamos cem a extinção dos dois cargos art. l.° da Lei n.° 264, de 25 de fevereiro de 1948.

5ITTJAÇA0 ATUAL SITUAÇÃO NOVA

Número Classe Número Ciasse ' de Denominação ou de Denominação ou Exce• Vagos Provi- : • cargo3 padrão cargos padrão dentes [_ sórios '<

I — Cargos em Comissão I — Cargos ou Comissão

Diretor Geral P. J. — 2 Diretor Geral P.J.-1 Diretor de Serviço. P. J. — 3 Diretor de Serviço P.J.-2 Auditor Fiscal .P. J. — 3 Auditor Fiscal , P.J.-2

II — Cargos isolados de provimento II — Cargos isolados de provimento ejetizo ejetito Redator de debates Redator de debates O CD Redator do •'Bobtim EleitOial"... M Arqoivologista K Bibliotecário M Contador I, Contador M (2) Zelador L Zebdor .- M (3> Arquivista K Arquivista! T. Almosarife J Almoxarife L

Porteiro I Porteiro .t Auxiliar de Portaria 11 Contínuo 1 Auxiliar de Portaria Contínuo F I Motorista H Motoristas

Servente Ccntraoo Servente DJ Sen ente

III — Circos de Carreiras 111 — Cargos de Carreira Oficial Judiciário Oficial Judiciário Oficial Judiciário Oficial Judiciário Oficial Judiciário •N Oficial Judiciário Oficial Judiciário M Oficial Judiciário Oficial Judiciário L Oficial Judiciário Oficial Judiciário K (4)

Datilografo AuViliar Judiciário Datilografo Auxiliar Judiciaiio (5)

Datilografo Datilografo

Taquigrafo.. Taquigrafo O ( E Taquigrafo N Taquigrafo = M

IV — Funções Gratificadas IV — Funções Graíijiccdas

Secretário do Presidente FG-3 Secretário do Presidente FG-3 Chefe de Seção FG-4 Chefe de Seção FG-4 Secretário do Diretor Geral. FG-4 Secretário do Diretor Gera! FG-4 Secretário do Auditor Fiscal FG-5 Secretário do Auditor Fiscal FG-5 Secretário do Diretor de Serviço FG-5 Secretáíio do Diretor de Serviço FG-5 Assistente do Procurador Geral. FG-4 Asi-istente do Procurador Geral. FG-4 Auxiliar do Procurador Geral... FG-5 Auxiliar do Procurador Geral... FG-5

OBSERVAÇÕES:

(1) Extintos quando vagarem.

(2) (3) (4) (5) Extinto quando vagar.

(6) A serem preenchidos mediante concurso organizado pelo Tribunal.

(7) Extintos quando vagarem. Os cargos provisóries da clacce M pc^eião ícr prccr.cbidcs, mediante ccr.curEO r.r^anizado pelo Tribunal. 0 preenchimento das vagae

existentes na classe N fica condicionado ã extinção dos excedentes constantes desta tabela na classe O.

(Diário do Congresso de li-6-52). 30 BOLETIM ELEITORAL Julho ae. :S52

PARECER representação partidária? Além da ofensa aos dispositivos constitucionais, não é um recur• c N. 80 — 1952 so, um expediente para anular ou inverter a vontade dc povo, cuja manifestação cabe aos Opina, em, face ãa consulta do Sr. Eloy poderes constituídos assegurar, de modo qúe se• Thirso Alvares Sobrinho, no sentido de que um ja a fiel expressão do regime democrático pela partido pode ser representado pela convocação exata medição das forças eleitorais dos Partidos áe um suplente que não pertence mais a sua le• Políticos Nacionais? genda, por ter ingressado pública e oficialmente em outro partido, antes da-confirmação dos di• 3.°) — A "violação dos deveres partidários" é plomas, e que não é passível da pena de cassa• passível da pena de cassação do diploma? ção do diploma a violação dos deveres parti• dários. \ Em caso negativo, não incorre na perda do (Da Comissão de Constituição e Justiça). mandato, por falta de decoro político, quem in• gressa em determinado partido, adota um pro• grama, concorre às eleições por uma legenda, é REPRESENTAÇÃO A QUE SE REFERE O PARECER sufragado e logo depois — antes mesmo da di• À Sua Ex.a o Exmo. Sr. Dr. Nereu Ramcs, DD. plomação — abandona o partido para ingressar Presidente da Câmara dos Deputados. em outro, levando a vantagem obtida !em con• À Comissão de Constituição e Oustiça. junto? " • •

1911-51 •Ccnfiante no alto • espírito de justiça de V. Exce• lência e pela maneira que sempre houve por bem Eloy Thyrso Alvares Sobrinho, suplente de Depu• acolher assuntos de tal natureza, tado Federal do Partido Trabalhista Brasileiro-, ban• Subscreve-se- respeitosamente. _ Eloy Thyrso Al• cada de São Paulo, em face do espírito e letra dos vares Sobrinho — Caixa Postal n.° .3.033 — São preceitos abaixo: Paulo.

CONSTITUIÇÃO FEDERAL PARECER DA COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTTÇA Art. 134. "Fica assegurada a representação pro• porcional dos Partidos Políticos Nacionais"; O Senhor Elcy Thyrso Alvares Sobrinho,'suplente Art. 140. "Na constituição das comissões, asse- da bancada federal do Estado de São Paulo, pelo gurar-se-á, tanto quanto possível, a representação Partido Trabalhista Brasileiro, enviou ao Presidente proporcional dcs partidos nacionais que participem da Câmara dos Deputados uma consulta, à guisa de da respetiva Câmara"; representação, que está assim resumida:

"1.°. Pode um partido ser representado pela CÓMGC ELEITORAL convocação de um suplente que não pertence mais à sua legenda, por ter ingressado pública Art. 121. "As vagas que se derem na representa• e oficialmente em outro partido e-antes da con• ção "de cada partido serão preenchidas pelo Suplente firmação dos diplomas? Em caso afirmativo^ não 4.0 mesmo partido". está desrespeitado o dogma constitucional da Art. 45. "A eleição para a Câmara dos Depu• proporcionalidade da representação partidária? tados, Assembléias Legislativas e as Câmaras Munici• Além da ofensa aos dispositivos constitucionais, pais obedecerão ao sistema de representação propor• não é um recurso, um expediente, para anular cional". ou inverter a vontade do povo, cuja manifesta• ção cabe aos poderes constituídos assegurar, de Art. 55. 5 3.° "Se a cédula contiver legenda e modo que seja a fiel expressão do regime demo• nome do candidato de outro partido, apurar-se-á o crático pela exata medição das forças eleitorais voto somente para o partido cuja legenda constar da dos Partidos Políticos Nacionais? cédula"; vem, mui respeitosamente, perante o impoluto, 2.° A "violação dos deveres partidários" é íntegro e austero Sr. Presidente da Câmara dos Depu• passível da pena de cassação do diploma? Em tados, data venia, fazer a seguinte: caso negativo, não incorre na perda do mandato por falta de decoro político quem ingressa em determinado partido, adota um programa, con• REPRESENTAÇÃO corre às eleições por uma legenda, é sufraga• do e logo depois — antes mesmo da diploma• 1°) Pode um partido ser representado pela con• ção — abandona o partido para ingressar em vocação de um suplente que não pertence mais a sua outro, levando a vantagem obtida em con• legenda por ter ingressado pública e oficialmente em junto?" outro partido antes da confirmação dos diplomas? No caso afirmativo, • não esá desrespeitado o A Lei ri* 21'1, de 7 de janeiro de 1946, estatui dogma constitucional da proporcionalidade da que o mandato dos membros dos corpos legislativos se Julho de S>J2 BOLETIM ELEITORAL 31

extingue: a) pele decurse de seu prazo; o) pela mor• E' verdade que o problema já não é de todo es• te; c) pela renúncia expressa; ã) pela sua perda nos tranho aos processos de- racionalização que o direito "casos dos §j 1.° e 2.° do art. 48 da Constituição Fe• público vem adotando. A Constituição da Tchecoeslo- deral; e) pela cassação do registro do respectivo par• váqui-a, cemo é sabido, foi a primeira a instituir um tido (Constituição Federal, art.. 141, § 13), pela per• tribunal eleitoral, a que a lei deu poderes para cassar da dos direitos políticos. o. mandato do deputado excluído de seu partido. Mas, r O simples confronto dessa lei com os dispositivos a despeito desse precedente e da expansão do regime constitucionais nela invocados demonstra que a hipó• legal dcs partides, cs estados democráticos têm relu- tese da consulta não se resolve pela declaração de . tado em consagrar, constitucionalm-ente, o princípio perda ou extinção do mandato. da perda do mandato como corretivo à deserção ou à .indisciplina de seus representantes. Somente nos re• O art. 43, § 1.°, prevê a perda do mandato por gimes de inspiração totalitária, nermas dessa nature• infração dos preceitos relativos às incompatibilidades. za têm encontrado possibilidade de aplicação rígida. Ora, o repúdio dó partido não se inclui entre as proi• bições a que õs congressistas estão sujeitos, desde Em nosso direito positivo não existe qualquer pre• a diplomação cu desde a posse. ceito que, mesmo implicitamente, autorize punir-se com a perda do mandato a versatilidade partidária O S 2.° do mesmo artigo prevê a perda de man• que hoje, mais dc que nunca, caracteriza a nossa vida dato por incompatibilidade com o decoro parlamen• política. Além das sanções de crdem moral, nos ca• tar. A consulta "pretende arrimar-se a esse dispositi• sos que a- opinião pública não justifique, o nosso di• vo, quando indaga se não incorre na perda de manda• reito admite apenas o reconhecimento legal das san• to por falta ãe âecôro político o candidato eieito de ções disciplinares que os partidos imponham, de acor• 'determinada legenda e que dela se afasta antes da do com cs seus estatutos, quando devidamente apro• expedição'de diplomas. vados pela justiça eleitoral. O que a Constituição prevê é a perda do man• Se o titular de cargo eletivo não perde o manda• dato do Deputado ou Senador, cujo procedimento se• to pur mudar de partido, não há como entender-se ja incompatível com o decoro parlamentar Entendo ds modo diverso em relação aos suplentes. Qualquer 'que o preceito não alcança o caso da consulta, porque que seja. a sua situação jurídica, é fera de dúvida a pena constitucional só é aplicável ao membro do que as nossas leis não prevêm para ela normas cie Congresso no exercício de seu mandato, de nenhum disciplina excepcional. modo atingindo os suplentes não convocados. Além Está claro que a suipl-ência' desaparece da mesma disso, a mudança de partido, por mais reprovável que maneira por que. se extingue o mandato legislativo. se considere, não implica necessariamente em falta de Paresce-ncs, porém, igualmente certo que a perda da decoro político. suplência, por força do art. 48 da. Constituição Fe• Igualmente inaplicáveis à espécie são as normas deral, somente poderá verificar-se quando o suplente relativas à extinção do mandato como decorrência dn fôr convocado. para exercer o mandato, em caráter cassação do registro partidário, ou da perda dos di• temporário ou efetivo. reitos políticos. Por um lado. a consulta não se es• De qualquer forma, repugnaria ao mais elementar tende à hipótese do art. 141, 5 13, da Constituição Fe• senso jurídico admitir-se a hipótese de sujeitarem-se deral. Por outro, dispõe esta, no art. 135, que somente cs'suplentes a restrições de direito ou sanções de ca• se suspendem ou perdem cs direitos políticos nos'ca• ráter penal inexistentes em relação aos Deputados ou sos que especifica (incapacidade civil absoluta, conde• Senadores. nação criminal, perda de nacionalidade, motivo de Pelas razões aduzidas, somos de parecer que a consciência religiosa e aceitação de títulos ou conde• Comissão de> Constituição e Justiça responda à con• corações restritivas de direitos ou deveres perante o sulta do Senhor Eloy Thyrso Alvares Sobrinho nos Estado). em nenhum dos quais se identificaria a con• termos seguintes: duta partidária que a consulta -proíliga. A hipótese aqui considerada, não está prevista nas 1) A lei não impede que seja eventualmente nossas leis, que para ela ainda não cogitaram de es• convocado, para exercer manda-to legislativo, o su• tabelecer qualquer espécie de sanção.' plente que se tenha desligado do partido que o ele• Mesmo sob a vigência das Constituições anterio- geu e que haja, antes ou depois de diplomado, ingres• re.-, não será difícil apontar exemplos de titulares de sado em outro partido. cargos eletivos que emigram para outros partidos.-Em 2) A Constituição assegura a representação pro• alguns casos, essa defecção se verifica com a renúncia porcional dcs partidos, e a lei regula a distribuição, espontânea ao mandato recebido. Porém, em sua entre eles, dos cargos de Deputados e Vereadores, de maioria, principalmente sob o atual regime multi- acordo com a expressão numérica de cada legenda-. .par-tidário, representantes do -povo têm-se transferi• Mas, nem a Constituição nem as leis ordinárias re• do de um partido para outro, sem que essa atitude primem o fato de vir um Deputado, ou um suplente, seja seguida da renúncia ao cargo de que estão inves• tidos . a mudar de partido após sua eleição. Para impedir que isso aconteça, estão os nessos 3) A violação dos deveres partidários não é .pas• partidos legalmente desarmados, cabendo-lhes apenas sível da pena de cassação do diploma de membro do recorrer as medidas -disciplinares porventura previstas Congresso Nacional ou de quem, como .suplente, possa em seus estatutos. ser convocado para substituí-lo ou sucedê-lo. 32 BOLETIM ELFTTORAI. Julho de .1952

4) O suplente que não íoi convocado, e que ain• com um corpo funcional muito mais elevado que dos da não exerceu as funções de Deputado ou Senador, outros tribunais do grupo em que se acha incluído. não pode ter o seu mandato cassado por incompatível - Per outro lado, é preciso alterar a referência fei• com o decoro parlamentar, na formap revista pelo ta no mesmo artigo à lei orçamentária de 1950. .art. 48, § 2.° da Constituição Federal. Sala das Sessões, em 4 de junho de 1952. — Sala Melo Franco, 16 de junho de 1952. — Euclides Vieira. Castilho Cabral, Presidente. — Osvaldo Trigueiro, Re• O SR. PRESIDENTE — Em discussão o Projeto lator. — Lúcio Bittencourt. — Ulysses Guimarães. — com a emenda. (Pausaj. Antônio Horácic. — Alencar Araripe. — Dantas Jú• Se nenhum Sr. Senador quiser fazer .uso da pala• nior. — Demerval Lobão. — Alberto Bottino. — Achi- vra, vou encerrar a discussão. (Pausa). les Mincarone. — José Joffily. .— Otávio Correia. — Encerrada. Tarso Dutra. — Godoy Ilha. O Projeto com a emenda, volta às Comissões de (.Diário do Congresso de 26-6-52) . Constituição e Justiça e de. Finanças. (Diário do Congresso, de 5 de junho de 1952). SENADO FEDERAL Projeto n.° 23, de 1952 PROJETOS EM ESTUDO Art-. l.° São válidos para as eleições que se rea• Projeto n.° 298, de 1950 lizarem no corrente ano de 1952 e suas suplementares cs atuais títulos eleitorais, embora esgotados os es• Discussão única do Projeto ãe Lei ãa Câmara paços destinados à rubrica do presidente da mesa re• 0 TI. 298, ãe 1950, que altera o Quadro ãa Secre• ceptora, a qual poderá ser lançada em qualquer lugar taria do Tribunal Regional Eleitoral ão Rio onde couber ou mesmo cruzando sobre os dizeres do Grande do Norte. (Com. pareceres ns. 176-72, da título. Comissão de Constituição e Justiça, contra o Art. 2.° Nas circunscrições onde houver eleições Projeto e as emendas; e 280-52, da de FinançasC em 1952 e até trinta dias antes da sua realização os pela rejeição ão Projeto). titules que forem expedidos aos eleitores inscritos ou O SR. PRESIDENTE — A este Projeto foi apre• tranfsridos de outras zonas serão do modelo antigo. sentada uma emenda que vai ser lida pelo Sr. 1." Se• Art. 3.° Revogam-se as disposições em contrário. cretário .

Lida e apoiada a seguinte Justificação

EMENDA O Tribunal Superior Eleitoral, cumprindo o dis• 4o Projeto de Lei da Câmara n.° 298, de 1950. posto no § 1.° do art. 187 do Código Eleitoral, de• Art. 6.° — Suprima-se na tabela: terminou a substituição dos títulos eleitorais do mode• 1 Auditor Fiscal lo antigo que, tenham esgotados espaços destinados à rubrica do presidente da mesa receptora, .por .outros 1. Almoxarife H do novo modelo. A substituição se fará mediante re• 1 Oficial Judiciário M querimento do eleitor ou de quem esteja por êle ex• 2 Escriturárío F pressamente autorizado e com a juntada do título antigo. - Essa substituição demanda muito tempo e Onde se diz: muito trabalho, não sendo, portanto, possível que se 2 Oficial Judiciário K faça em curto prazo, principalmente em regiões lon• 3 Oficial Judiciário j gínquas e atrasadas, onde o eleitorado em sua grande 3 Oficial Judiciário H maioria é composto de rudes sertanejos. For coincidência, pouco antes de se iniciarem as Diga-se: providências para a substituição de títulos, o Tribunal 1 Oficial Judiciário K -Regional Eleitoral do Paraná, havia fixado a data de 2 Oficial Judiciário I 9 de novembro de 1952 para a realização das eleições 2 Oficial Judiciário H de Prefeitos e Vereadores de 33 novos municípios pa• ranaenses recentemente criados. Considerando que fazendo-se no crédito, a que se refere o artigo 6.°, a nessa eleição só poderão votar os eleitores que tenham .dedução, conseqüente da redução proposta e a neces• -se inscrito peio menos 45 dias antes, resulta que res- sária alteração na referência à lei orçamentária. •-nn apenas três meses para que os possuidores de tí• tulos antigos totalmente preenchidos 'façam a sua substituição. E' evidente a insuficiência de tempo pa• Justificação ra tal fim, mormente levando em conta que a Im• prensa Oficial nem começou a entrega do novo mo• A redução na tabela anexa ao artigo 6.°, do pro• delo. Nestas condições e principalmente para os mu• jeto, se impõe, porque, ficando como está, deixaria o nicípios de hinterland distante e desprovido de cur• Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande-do Norte sos, é materialmente impossível se fazer a substtuição Julho de 1952 BOLETIM ELEITORA C 33

dos títulos eelitorais até fins de setembro próximo. eleições, onde estas se realizarem no ano de 1952, na Grande número de eleitores estará impedido Ce vo• forma do art. 2.° deste Projeto. tar nas eleições municipais paranaenses de 9 de no• Sendo o voto obrigatório, compete aos poderes vembro de 1952, havendo, por conseqüência, uma públicos, nos regimes democráticos, facilitar o exer• imensa abstenção e um falso pronunciamento das cício desse dever. E' o que procuramos fazer com a urnas. O remédio é a prorrogação da validade dos tí• apresentação desta proposição. tulos atuais, como dispõe o art. 1.° do presente Pro• jeto. E, mais ainda, a continuação da expedição de Sala das Sessões, 18 de junho de 1952. — Othon ( titules do modelo antigo, quer para os eleitores alis• Máder. tados, quer para os transferidos até às vésperas das (.Diário do Congresso de 19-6-1952).

LEGISLAÇÃO

Decreto n.*> 30.973 — de 10 de junho de 1952 Decreto n.° 30.974, de 10 de junho de 1952

Abre ao Poder Judiciário — Justiça Eleitoral Abre ao Poder Judiciário — Justiça Eleitoral — o crédito especial que especifica. — o crédito especial que especifica. O Presidente da República, usando da autorização O Presidente da República, usando da autoriza• contida no art. 1.° da Lei n.° 1.553, de 8 de fevereiro ção contida no art. l.° da Lei n.° 1.581, de 21 de março de 1952, e tendo ouvido o Tribunal de Contas, nos ter• mos do art. 93 do Regulamento Geral de Contabili• de 1952, e tendo ouvido o Tribunal de Contas, nos dade Pública, decreta: termos do art. 93 do Regulamento Geral de Contabi• lidade Pública, decreta: Art. 1.° E' aberto ao Poder Judiciário o crédito especial de Cr$ 9.100.00 (neve mil e cem cruzeiros), Art. l.° E' aberto ao Poder Judiciário o crédito para ocorrer ao pagamento de gratificações por servi• especial de Cr$ 45.900,00 (quarenta e cinco mil e no• ços eleitorais, relativos ao exercício de 1948, devidas vecentos cruzeiros), para atender ao pagamento de ao Juiz Dr. Teotônio Martins Coimbra, aos Escrivães Renato Farias de Almeida, Newton Carneiro de Fa• gratificação de representação devido aos Juizes do rias e Dimas Teles Rodrigues e ao Auxiliar de Car• Tribunal Regional Eleitoral do Estado de Mato Gros• tório Déa Brasil Teixeira, do Tribunal Regional Elei• so, relativamente ao exercício de 1947. toral do Amazonas. Art. 2.° Este Decreto entrará em vigor na data Art. 2.° Este Decreto entrará em vigor na data da sua publicação. da sua publicação. Art. 3.° Revogám-se as disposições em contrário. Art. 3.° Revogam-se as disposições em contrário. Rio de Janeiro, 10 de junho de 1952; 131.° da Rio de Janeiro, 10 de junho de 1952; 131.° da In• dependência e 64.° da República. Independência e 64.° da República. GETTTLIO VARGAS. GETULIO VARGAS. Francisco Negrão ãe Lima. Francisco Negrão de Lima. Horário Lafer. Horácio Lafer. (Diário Oficial de 13-6-52). (•Diário Oficial de 13-6-52).

NOTICIÁRIO

Ministro Edgard Costa iniciativa do Poder Legislativo — Câmara e Se• nado — quanto a reforma do Código Eleitoral, o Após dois meses de ausência das suas funções, que não poderia ser levada a efeito sem a audiência pór motivo de saúde, reassumiu a presidência do da justiça especializada que, certamente, será ou• Tribunal Superior Eleitoral, o Ministro Edgard Costa, vida. Mesmo que não o seja — afirmou o Mi• no dia 16 de junho. Fazendo-o, apelou aquele ma• nistro Edgard Costa — conte-lhe o cíever de levar gistrado para a atenção dos seus colegas quanto ao Congresso Nacional as sugestões da Justiça Elei• à revisão possível- da legislação em vigor, para o toral sobre as modificações e alterações necessárias que iniciara, anteriormente, um trabalho de inda• à legislação, trabalho esse a que pretendia se de• gação junto aos Tribunais Regionais Eleitorais, al• dicar, com intensidade. Assim, solicitou a aprovação guns dos quais teve o ensejo de visitar. Suspendendo do seu afastamento das funções no Supremo Tri• á tarefa, em vista da enfermidade que o afastou bunal Federal, por três meses, para realizar aquele do cargo, continuou, entretanto, a acompanhar a empreendimento, atendendo, ainda, à necessidatíe BOLETIM ELEITORAL Julho de 1952.

possível de prosseguir na visita a outros órgãos re• e lei trancadas, dando margem a graves erros na sua gionais. aplicação. Ccngratulo-me com V. Ex.a pela feliz e O Ministro Luiz Gallotti, antes de exprimir sua oportuna iniciativa, que veiu preencher uma lacuna nas nossas letras jurídicas, facilitando a organização concordância com a solicitação, apresentou a sua do nosso direito eleitoral do País". manifestação de regosijo pelo retorno á atividade • do Dc Juiz Eleitoral da 34a Zona do Rio Grande do Presidente do Tribunal, restabelecido na saúde, mos• Norte, no Município de Augusto Severo, Dr. João de trando, naquele instante que não se cVescurou, mesmo Brito Dantas, recebeu o Ministro Edgard Costa, Pre• ausente, do que ocorre em relação á Justiça Elei• sidente do Tribunal Superior a seguinte carta: toral para concluir pela concessão da licença o que re• verterá em benefício para a legislação eieitoral, da "Nesta longíqüa região do oeste do Estado, tão melhor solução dos problemas atinentes a esta Jus• distante da metrópole do País, a chegada do Boletim tiça, no B~asil. Eleitoral proporciona-me um momento de prazer e utilidade, vez que está semdo o único manancial de di• Os demais Ministros e o Dr. Procurador Geral reito eleitoral de que disponho, para orientar-me co• se solidarizaram com o voto do Ministro Luiz mo Juiz. Gallotti, o que provocou agradecimentos do Ministro Sahrdor de que a sua remessa é fruto da supervi• Presidente. são de V. Ex.a em tudo que diz respeito ã Justiça Eeitora-1 e aos interesses dos Magistrados Brasileiros, a Ministro Sampaio Costa dos quais V. Ex. é o patrono, aqui estou para agra• decer a V. Ex.a mais esse relevante serviço prestado a •Na reunião do dia 30 de junho, o Ministro Sam• à Justiça Eleitoral desta 34: Zona do Rio Grande paio Costa, apresentou o seu pedido de exoneração de do NorCè". membro do Tribunal Superior Eleitoral, nos termos do art. 9.°, letra s do Regimento Interno, pelo re• levante motivo da sua eleição e posse no cargo de O Presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Mi• presidente do Tribunal Federal dè Recursos. A pro• nistro-Edgard Costa, recebeu do Desembargador Acrí-, sio Rebelo, Presidente do Tribunal Regional do Ma-, pósito, o Ministro Edgard Costa, pronunciou, em nome ranihão, o seguinte ofício, sobre a publicação do dos seus pares, as seguintes palavras : Boletim Eleitoral: "Tenho a certeza de interpretar o sentimento "Senhor Presidente •; Cem todo o prazer, venho unânime dos meus eminentes colegas ao afirmar a testemunhar a Vossa Excelência mèu agradecimento, Vossa- Excia. o graiwie. pesar por nos vermos prir sincero pela remessa de exemplares do Boletim Elei• vados da sua companhia- e da sua colaboração. Com• toral, cuja • divulgação tem contribuído, largamente, pensaremos, entretanto, esse pesar com a satisfação para a melhor aplicação dos ensinamentos jurídicos de o ver, pelo voto unânime dos seus pares do Tri• eleitorais. bunal Federal de Recursos, elevado à presidência Ao ensejo, reitero a Vossa Excelência protestos dessa Corte de Justiça, de que é delegado neste de elevada estima e especial consideração". Tribunal, como ato de reconhecimento e -proela- mação do seu valor e da sua capacidade. Como Chefe Estatística das eleições de 1950 da Justiça Eieitoral, quero nesta oportunidade, para que conste dos seus Anais agradecer, em nome dela, Em vista da distribuição da publicação feita pelo os, serviços que V. Excia., com ombridade, compe• Tribunal 'Superior Eleitoral, o' Ministro EcVgard Costa, tência, e brilho, como era de esperar, prestou à Presidente daquela alta corte, recebeu o seguinte ofi• causa pública e, por coincidência, o último voto pro• cio do Deputado Nereu Ramos, Presidente da Câ^ ferido por V. Excia. neste Tribunal é uma demons• niara dos Deputados : . tração não apenas daquela ombridade, como do seu "Apresento a Vossa Excelência meus agradeci• granes amor às instituições democráticas que nos regem. V. Excia. eu o proclamo, poderá regressar mentos pela oferta de .10-8 exemplares do 2.° volume ao seio do Tribunal que o elegeu para representá-lo, de "Dados Estatísticos", referentes às eleições de com a consciência tranqüila de ter bem cumprido 1950. o seu dever". Será essa publicação de muito valor para a Bi• blioteca da Câmara e para os Deputados que por ela se interessarem pessoalmente e aos quais mand-arei Boletim Eleitoral fazer a distribuição dos exemplares recebidos. O Ministro Edgard Costa, Presidente do Tribunal Com os meus agradecimentos, pejo a Vossa Ex• Superior Eleitoral, continua recebendo, de vários pon• celência receber meus protestos de alta consideração tos do País. manifestações sobre a publicação do Bole• e apreço". tim, Eleitoral, e a sua regular distribuição em todas as Prisão para os eleitores faltosos Zonas Eleitorais. Ainda este mês, recebeu do Sr. Eduardo Santa O Presidente do Tribunal Regional do Ceará, Rita, Juiz Eleitoral da 20.a Zona, no Município de sentindo dificuldades na execução dos processes con• Traipu, do Estado de Alagoas, o seguinte telegrama: tra eleitores faltosos, consultou o Tribunal Superior "Tenho o prazer de cientificar V. Ex.a do rece• Eleitoral sobre a matéria, pedindo instruções a res• bimento de todos os exemplares do Boletim Eleitoral, peito. desde o início da sua publicação. O assunto foi largamente debatido, resolvendo a Trata-se de um mensário de grande utilidade pa• alta côr-te que a cobrança das multas decorrentes de ra a Justiça. Eleitoral, especialmente para os magis• delitos eleitorais, de acordo com o disposto no artigo. trados do interior, que, não raro, recebem instruções 184 do Código Eleitoral, poderá ser convertida em pri-

1 35 Julho de 1952 BOLETIM ELíixToRAL são, com a aplicação subsidiária do Código do Processo selhados pela necessidade de combater os males consta• Penal. tados com a aplicação e interpretação dos dispositivos do Código em vigor. Respeitados os princípios básicos A decisão do T. S. E. se estende a todo o terri• da Carta de 18 de Setembro quanto ao sistema eleito• tório nacional, cabendo sua execução aos órgãos re• ral, nada impede à legislação ordinária uma melhor gionais e locais da Justiça Eleitoral. adaptação daqueles princípios à realidade brasileira. Para chegar-se a esse resultado, é imprescindível Reforma da legislação eleitoral que o congresso Nacional busque a colaboração dos órgãos e instituições canazes de levar-!he o subsidio Transcrevemos, a seguir, a Varia publicada pelo da experiência, o sentido das aspirações nacienais, a "Jornal do Comércio" do Rio, em sua edição de 13 de ajuda de sugestões desinteressadas, para a soma de julho último, a propósito da revisão do Código Elei• valores que lacilitem a realização de uma obra útii. toral : Entre os elementos que mais se impõem a essa co• "A revolução vitoriosa em 1930 teve, como pri• laboração essencial, figura a Justiça Eleitoral, isenta meira razão propulsora, a conquista da verdade elei• de paixões e de interesses e conhecedora, pela aplica• toral, que não existia antes no Brasil.. Para conse• ção da lei, dos seus erros e defeitos. Merece por isso guir o almejado desiderato político, acreditcu-se todos cs louvores a iniciativa tomada pelo Presidente bastante o voto secreto e é possível que as eleições do Tribunal Superior Eleitoral, Ministro Edgard realizadas depois, sempre que o povo brasileiro pôde Costa, com a circular dirigida aos Presidentes dos ir às urnas, vencidas as forças que delas procuravam Tribunais Regionais, pedindo sugestões destinadas ao afastá-lo, tenham representado realmente a expressão Poder Legislativo para uma revisão do Código Elei• da vontade popular. toral e obtidas não só dos membros dos referidos Tri• Bastou, no entanto, que a verdade eleitoral tenha bunais, como também dos juizes eleitorais que quei• sido um íato para a verificação dos benefícios espera• ram dar a c-coperação de sua experiência à obra a rea• dos na vida pública do país? Acreditamos que não lizar. haja discrepância na respcsta, em face dos resulta• Pixou o Sr. Presidente do Tribunal Superior Elei• dos trazidos à representação nacional com a liberda• toral em itens precisos o campo em que devem ope• de assegurada aos eleitores de escolherem os rar-se as falhas e sanar as omissões da lei, em vir• seus mandatários para os poderes dependentes tude das quais a ação da Justiça <; dificultada na do veto popular. Razões de sobra existem para apuração e. julgamento dos pleitos. a disilusão determinada pelas surpresas, imprevistos e decpções. decorrentes das eleições efetuadas no A primeira questão é relativa ao alistamento, país na vigência do- suírágio obrigatório e com a apli• quanto à sua eficiência, obrigatoriedade e revisão. A cação do voto secreto. segunda refere-se ao processo da apuração, para abre• Deverá, entretanto, ser atribuído ao sistema, o viá-lo e simplificá-lo. A terceira diz respeito ao desengano que logo se verificou e constitui hoje uma abstencionismo, quer dos eleitores, quer dos membros grave preocupação para a consciência nacional? Cer• das Juntas Apuradoras. A quarta cogita da influên• tamente não. cia do poder econômico no processo das eleições, um dos maiores males que se verificam hoje na represen• O que aconteceu pode ser atribuído sem dúvida ao tação nacional. A quinta encara a necessidade de re• choque de uma legislação por demais avançada com primir ou impedir as Infiltrações de elementos con• a realidade brasileira. Faltou a sintonização da trários às instituições democráticas como candidatos grande conquista política, oriunda da revolução, com de partidos legalmente registrados. A sexta pede su• o meio em que se devia aplicá-la. A legislação ordi• gestões quanto à representação por distritos eleito- nária, temerosa de fugir à ortodoxia dos princípios constitucionais, esqueceu a Influência do meio, com• -ais e não por circunscrições, compreendendo cada prometendo na prática os ideais superiores dos legis• uma delas um Estado da federação. A sétima cuida ladores constituintes com os frutos acerbos que repre• da conveniência no serviço eleitoral da coligação ou sentam os resultados apurados nas urnas. aliança de partidos para a disputa de cargos eletivos no âmbito federal, estadual ou municipal. A oitava A convicção desse erro induz agera os dirigentes refere-se à melhor garantia do segredo do voto. A partidários a pleitear uma reforma da legislação elei• nona, enfrentando o grave inconveniente da toral, para que se corrijam os males existentes e- se multiplicidade de partidos, pede sugestões quan• possa assegurar à nação um corpo representativo que to aos meios de corrigir esse mal, cem medidas restaure a confiança do povo e assegure à democra• que dificultem a criação de partidos sem expressão cia, brasileira a vitalidade essencial à sua durabili• política e facilitem o cancelamento do registro dos dade. Sem isso, as forças que conspiram contra o que não se mostrarem de âmbito verdadeiramente na• regime terão a seu favor argumentos positivos, ba• cional. A décima e última questão proposta relacio• seados em fatos de comprovação diária, para a des• na-se com as providências aconselháveis para a sim• moralização do poder público e sua conseqüente des• plificação do processo eleitoral em geral, notadamen- truição em favor de soluções contrárias ao sentimento fce no que se refere às nulidades e aos recursos, de democrático da nacionalidade. maneira a impedir o formalismo próprio da justiça Justifica-se, portanto, a iniciativa que pretende a comum e a delonga das soluções definitivas. revisão do Código Eleitoral, para evitar os efeitos ne• São, como se vê, teses e proposições do mais no• gativos decorrentes da deturpação verificada pelos bre alcance, que ferem os pontes mais criticados da vícios, deficiências e erros da sua aplicação. Feita essa revisão num ambiente de patriótica compreen• legislação eleitoral vigente. Resultam da observação são, sem a pressão imediata de interesses eleitorais, quotidiana dos juizes, no trato com os problemas elei• ter-se-á preservado o regime das ameaças que pesam torais, e o seu estudo pelo Poder Legislativo é aconse• sobre êle, pessiblítando-se uma representação nacio• lhado por magistrados alheios à política e apenas em• nal capaz de inspirar confiança áo país, para a gran• penhados em que se eleve o nível do eleitorado e se de obra política que facilite o progresso moral e ma• expurguem do Código os defeitos capazes de compro• terial necessário á realização dos nossos altos desti• meter o regime, com rebaixamento da representação nos no mundo de amanhã. nacional e sacrifício dos ideais democráticos. O justificado receio de alterar-se nesta hora a De posse das sugestões da Justiça Eleitoral e dos Constituição, pela influência de ambições pessoais e elementos fornecidos pelos partidos nacionais, revis• interesses políticos suspeitos à preservação do regime, ta-se o Congresso Nacional de ânimo patriótico, para não impede que se faça a revisão das leis eleitorais, realizar, com a reforma eleitoral, uma obra que o faça (om os Objetivos que inspiram os partidos e são acon• merecedor dos aplausos do povo brasileiro".