Barreirosuchus Franciscoi, Um Novo Crocodylomorpha Trematochampsidae Da Bacia Bauru, Brasil

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Barreirosuchus Franciscoi, Um Novo Crocodylomorpha Trematochampsidae Da Bacia Bauru, Brasil DOI: 10.5327/Z0375-75362012000200013 42(2): 397-410, junho de 2012 Barreirosuchus franciscoi, um novo Crocodylomorpha Trematochampsidae da Bacia Bauru, Brasil Fabiano Vidoi Iori1* & Karina Lucia Garcia2 Resumo Um grande predador semiaquático da Bacia Bauru, Formação Adamantina (Cretáceo Superior, Turoniano- Santoniano), foi descrito neste estudo. O novo trematochampsídeo apresenta várias sinapomorfias com o gêneroItasuchus e um conjunto único de características, tais como: presença de sulco na região da sutura lacrimal-jugal; frontal, com projeção anterior cuneiforme e sutilmente inclinado anteroposteriormente; esquamosal, com a superfície dorsal não arqueada e com projeção digitiforme em sua porção dorsal posterior; basicrânio quase vertical e exposto apenas posteriormente; supraoccipital não se expõe dorsalmente; basioccipital mais largo do que alto e extremidade posterior dos pterigoides na direção da margem posterior do teto craniano. Tais descobertas ampliam o conhecimento acerca dos Neosuchia cretácicos e fornecem subsídios para propostas paleoambientais para a Bacia Bauru. Palavras-chave: Crocodylomorpha; Trematochampsidae; Barreirosuchus franciscoi; Formação Adamantina; Bacia Bauru. Abstract Barreirosuchus franciscoi, a new Crocodylomorpha Trematochampsidae from the Bauru Basin, in Brazil. A big semi-aquatic predator from the Bauru Basin, Adamantina Formation (Upper Cretaceous, Turonian-Santonian), in Brazil, was described in this study. The new trematochampsid presents several synapomorphies with the Itasuchus genus, and its autapomorphies are: presence of a groove in the region of the lachrymal-jugal suture; frontal with a cuneiform distal projection slightly inclined anteroposteriorly; the dorsal surface of the squamosal is not arched and a finger-like projection occurs in its posterior dorsal portion; basicranium almost vertical and only posteriorly exposed, the supraoccipital is not exposed dorsally; basioccipital wider than high; and the posterior border of the pterygoids towards the posterior margin of skull roof. These discoveries widen the knowledge about the cretacic Neosuchia and provide subsidies to paleoenvironments proposals to the Bauru Basin. Keywords: Crocodylomorpha; Trematochampsidae; Barreirosuchus franciscoi; Adamantina Formation; Bauru Basin. INTRODUÇÃO A região de Monte Alto tem sido Pinheiro et al. 2008, Andrade & Bertini 2008, Iori et al. fonte de um grande número de fósseis de tetrápo- 2009, Iori & Carvalho 2009, 2011). des, que incluem restos de crocodiliformes, quelô- O presente estudo analisou uma nova espécie nios, squamatas e dinossauros. Embora as ocorrên- de um crocodilomorfo trematochampsídeo de grande cias de restos de dinossauros sejam mais numerosas, porte, oriundo de arenitos da Formação Adamantina na maioria dos casos, trata-se de ossos isolados. A no município de Monte Alto, estado de São Paulo, no assembleia fóssil de crocodilomorfos é taxonomica- Brasil. O fóssil consiste da metade proximal do crâ- mente mais expressiva, pois se constitui de crânios e nio e de uma série de quatro vértebras. mandíbulas, quase sempre articulados e associados aos pós-crânios. GEOLOGIA A Bacia Bauru localiza-se no Centro- Cinco espécies de crocodilomorfos formal- sul da Plataforma Sul-Americana (Fig. 1). Seu pre- mente descritas ocorrem até o momento no municí- enchimento ocorreu em condições climáticas semiá- pio: Stratiotosuchus maxhechti Campos, Suarez, Riff & ridas a áridas, entre o Coniaciano e o Maastrichtiano Kellner 2001; Montealtosuchus arrudacomposi Carvalho, (Fernandes & Coimbra 2000). Dias-Brito et al. Vasconcellos & Tavares 2007; Sphagesaurus monteal- (2001) sugerem dois intervalos de sedimentação tensis Andrade & Bertini 2008; Morrinhosuchus luziae para parte da sequência (Turoniano-Santoniano e Iori & Carvalho 2009 e Caipirasuchus paulistanus Iori Maastrichtiano), que representa um pacote conti- & Carvalho 2011; além de um fragmento de mandíbu- nental predominantemente avermelhado, domina- la associado ao gênero Itasuchus (Carvalho et al. 2007, do por arenitos, siltitos, argilitos/folhelhos, exibindo 1Instituto de Geociências, Departamento de Geologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ, Rio de Janeiro (RJ), Brasil. E-mail: [email protected] 2Universidade Estácio de Sá, Rio de Janeiro (RJ), Brasil. E-mail: [email protected] *Autor correspondente Arquivo digital disponível on-line no site www.sbgeo.org.br 397 Um novo Crocodylomorpha do Cretáceo brasileiro calcretização em certos níveis, depositados em diver- granulometria, que é típico da Formação Marília. sos contextos ambientais, tais como: eólico, aluvial, A ocorrência de concreções e nódulos carbonáti- fluvial e lacustre, além dos depósitos típicos de pa- cos e o grau de cimentação variam bastante entre leossolos (Fernandes & Coimbra 1994, 1996, Dias- os estratos. Algumas intercalações de silte-argila Brito et al. 2001, Batezelli et al. 2003, 2005, Dal’ Bo’ ocorrem localmente, assim como icnitos verticais et al. 2009). e pelotas de argila. Quase toda a sequência, in- Na região do município de Monte Alto, ocor- cluindo o nível estratigráfico do fóssil, pertence à rem duas unidades litoestratigráficas distintas: as Formação Adamantina. formações Adamantina e Marília (Fig. 2). Ambas são compostas por litótipos essencialmente clásti- MATERIAIS E MÉTODOS Durante um trabalho cos. A zona urbana situa-se na porção mais eleva- de prospecção de fósseis realizado em maio de 2000, da da Serra do Jabuticabal. Essa unidade do relevo um grande fragmento correspondente à região que é constituída por arenitos do Grupo Bauru e tem precede a órbita ocular foi encontrado no solo, pró- sua borda marcada por escarpas verticais a sub- ximo à parede de uma pequena grota. A parte poste- verticais, nas quais ocorrem localmente paredões rior do crânio foi encontrada presa na parede, com com dezenas de metros. O espécime aqui analisa- inclinação lateral de aproximadamente 35º e a super- do foi encontrado na base de um paredão locali- fície dorsal para cima; as extremidades dos pterigoi- zado no Barreiro, um bairro rural do município. A des e dos quadrados projetavam-se para dentro da ro- sequência de depósitos constitui-se predominan- cha. A porção mais anterior do crânio provavelmente temente de arenitos finos avermelhados, exceto o foi erodida, já que as rochas da escarpa estão bastan- estrato superior, mais esbranquiçado e de maior te expostas ao intemperismo. O bloco com a parte Localização da Bacia Brasil -54º -51º -48º -45º GOIÁS -18º -19º00’ São MINAS Paulo MATO GERAIS GROSSO 20º Campina Uberaba Verde DO Uberaba SUL -20º00’ -22º Bauru Pereira Barreto Barretos SÃO PAULO São José do -24º -21º00’ Andradina Rio Preto Oceano Fm. Marília PARANÁ Araçatuba Paraguai Atlântico Monte Alto Dracena Bacia Bauru Área do mapa -22º00’ Presidente Prudente Marília -48º00’ Bauru Fm. Adamantina Rio Paraná Fm. Araçatuba -51º00’ Ourinhos Botucatu -23º00’ Loanda 0 50 100km Avaré -49º30’ Londrina Maringá Depósitos Quaternários Formação Marília Gr. Caiuá -24º00’ Campo Formação Uberaba Mourão Formação Araçatuba Guaíra Goio Erê Formação Adamantina -54º00’ -52º30’ Formação Santo Anastácio Formação Goio-Erê Fm. Serra Geral Formação Rio Paraná Gr. Caiuá Grupo Bauru Gr. Embasamento pré-Ks Figura 1 – Mapa litoestratigráfico da parte Oriental da Bacia Bauru (modificado de Fernandes & Coimbra 2000) e coluna litoestratigráfica do Grupo Bauru no estado de São Paulo e seu contato com o Grupo Caiuá (Batezelli et al. 2003). 398 Revista Brasileira de Geociências, volume 42(2) 2012 Iori FV & Garcia KL posterior do crânio foi extraído, e uma série de qua- Trematochampsidae Buffetaut 1974 tro vértebras (duas sacrais e duas dorsais) estava atrás Barreirosuchus gen. nov. do crânio. O esqueleto foi desarticulado durante a fase Etimologia O nome genérico Barreirosuchus faz bioestratinômica da fossilização. Novas atividades alusão ao bairro rural do Barreiro, local de coleta do de campo foram realizadas na área, mas novos ossos fóssil. não foram descobertos. O fóssil não sofreu nenhum tipo de deformação, e caracteres de importância taxo- Diagnose A mesma que para a espécie. nômica podem ser visualizados e embasam a defini- Barreirosuchus franciscoi gen. nov. et sp. nov. ção deste novo táxon. A classificação da nova espécie baseou-se prin- Etimologia O designativo específico, franciscoi, é cipalmente em estudos comparativos com os de Price uma homenagem ao técnico em escavações paleon- (1955), Buffetaut (1976), Kellner (1987), Chiappe tológicas Cledinei Aparecido Francisco, do Museu de (1988) e Carvalho et al. (2004, 2007). A terminologia Paleontologia de Monte Alto. osteológica baseou-se em Iordansky (1973). Holótipo MPMA 04-0012/00 (Museu de PALEONTOLOGIA SISTEMÁTICA E Paleontologia de Monte de Alto). Porção proximal do DESCRIÇÃO crânio (Figs. 3 e 4) e uma série de quatro vértebras, Crocodylomorpha Walker 1970 sendo duas dorsais e duas sacrais (Fig. 5). Crocodyliformes Hay 1930 Mesoeucrocodylia Whetstone & Whybrow 1983 Localidade A área trabalhada onde o fóssil foi cole- Neosuchia Benton & Clark 1988 tada é à 4 km de Monte Alto, na escarpa da Serra do 50 m MS MG Monte Alto solo Arenito Siltito São Paulo 40 PR Cimentação carbonática intensa 21º12’02’’ Icnitos Turvo Rio N 30 Nódulos carbonáticos SP - 323 Concreções carbonáticos Cristais 20 SP - 305 Pelotas de argila Monte Alto Seixos Zona Urbana 10 Estratificação Escarpas da cruzada Serra do Jabuticabal LITOESTRATIGRAFIA 21º18’58’’ SP - 323 Formação Marília 1 Km Formação Adamantina 0 s mf f m g 48º35’00” 48º25’20” Figura
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