REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL MINISTÉRIO DA INFRA-ESTRUTURA SECRETARIA NACIONAL DE MINAS E METALURGIA DEPARTAMENTO NACIONAL DA PRODUÇÃO MINERAL

PROGRAMA LEVANTAMENTOS GEOLÓGICOS BÁSICOS DO BRASIL

LIMOEIRO FOLHA SB.25-Y-C-V

- ESTADO DE -

54° 48° 42° 36°

3 0° 30° 94° 49° 42° 36° 30"

TEXTO EXPLICATIVO

BRASÍLIA -1990 MINISTÉRIO DA INFRA-ESTRUTURA Ozires Silva - Ministro de Estado

SECRETARIA EXECUTIVA Paulo Cesar Ximenes Alves Ferreira - Secretário Executivo

SECRETARIA NACIONAL DE MINAS E METALURGIA Luiz André Rico Vicente - Secretário ! í Alois 10 Ferreira Filho - Secretário Adjunto

DEPARTAMENTO NACIONAL DA PRODUÇÃO MINERAL Elmer Praia Salomão - Diretor

DEPARTAMENTO NACIONAL COMPANHIA DE PESQUISA DNPM DA PRODUÇÃO MINERAL a DE RECURSOS MINERAIS

DIRETORIA DIRETORIA Elmer Prata Salomão Carlos Oili Berbcri (Diretor) (Presidente) Benediciu Waldir Ramos Hermes Auguslo Verner Inda (Resp. pela Divisão de Geologia c Mineralogim {Diretordi1 Geologia c Recursos Hídricos) Antonio Juare/ Milmann Martins DISTRITOS (Diretor de Recursos Minerais) Leonardo Leopoldo Mangeon Pauli> Roberio tlc Araújo (Diretor do h Distrito) (Diretor de Administração e Finansjs) Roberto Mamili Akinaga {Diretor do 2V Distrito) Marco Aurélio Guimarães SUPERINTENDÊNCIAS (Diretor do 3V Distrito) Augusto Cé/ar V Cladis Antônio Pii-ssotlo t Diretor do 4 Distrito} (Superintendente Regional de Porto Alegre) Idmilson Roberto Mesquita v Oswaldo Castanhcira {Diretor do S Distrito) (Superintendente Regional de Belo Horizonte) Bolívar Gonçalves Siqueira Fernando Pereira de Carvalho {Diretor do 6* Distrito) (Superintendente Regional de Manaus) üeorge Afonso Bacellar Odair Olivalti {Diretor do 7" Distrito) (Superintendente Regional de Goiânia) Fernando Lopes Burgos Luí/ Sguissardi do Carmo (Diretor do «" Distrito) (Superintendente Regional de São Paulo) Aécio Ronald Gomes da Costa João de Castro Mascarcnhas (Diretor do 9" Distrito) (Superintendente Regional de ) José Ferreira de Sou/a José Carlos Vieira Gonçalves da Silva (Diretor do 10"Distrito) (Superintendente Regional de Salvador) Carlos Alfredo Borloluz/i Xaíi da Silva Jorge João (Diretor do 11°Distrito) (Superintendente Regional de Belém) José da Silva Lu/ VaJlcr José Marques (Diretor do 12" Distrito) (Departamento de Ciências Geológicas) \

LIMOEIRO FOLHA SB.25-Y-C-V

ESCALA 1:100.000 \

PROGRAMA LEVANTAMENTOS GEOLÓGICOS BÁSICOS DO BRASIL ESCALAS -1:250.000 -1:100.000 -1:50.000 (período 1985-1990)

DEPARTAMENTO NACIONAL DA PRODUÇÃO MINERAL COMPANHIA DE PESQUISA DE RECURSOS MINERAIS

COORDENAÇÃO NACIONAL DO PROGRAMA COORDENAÇÃO NACIONAL DO PROGRAMA

Carta Oili Bertwn Hermes Augusto Verncr Inda

SUPERVISÃO TÉCNICA NACIONAL COORDENAÇÃO GERAL Cartas Schobbenhau» Valter José Marques Fmnucl T * Queiroz ASSESSORIAS ESPECIALIZADAS COLABORAÇÃO Léo Scbipovil (Mbtno Ru> Der» (Controle e Acompanhamento) Cláudio Hethi Carlos A. Guimarães D* Vinha (Informática)

SUPERVISÃO TÉCNICA REGIONAL COORDENAÇÕES TEMÁTICAS

Ronaldo Maumann (I* Datruo - Porto Alegre) NACIONAL Ricardo Moita Stricter (f Dwnio - Sao Paulo) MtteJofrala Cartografia AltUmc d* S»rv» Win Uitc Inicio de Mcdeirat Delgado Regina Célia G. Armesto (J* Dninie - Belo Horizonte) Ctoqoimlca Célio Lima de Macedo Riymundo J. PortelU Bnm Milton Brandt Baptisu Alancn Aalooio F Mont'Arvcme Cwltaka Editoração (4* Dwmo - Recife) Ricardo M. de Vasconcellos Jurema Ferreira da Sirva Pctroiofla Scnoriameolo Rcnwlo Taytor Anúp Collier Emiliano Comího de Souza Sérgio M.S.Guerra ($• I)»into - Belém) Treinamento Eclratifrana Eduardo Camozzato Amadeu Paiva Santos Amando dt Silva Nervi Cartografia 0%ilal C«ologb blnrtoraJ (6* DKtnto - Goiieia) Joio B. de Vaiconcellot AtahualpaV.Padilha Proceaaamcnlo át Dado» Aoélawt Minerai* Iklto Pinto da Strvi Cilbeno Guimarie* da Vinha Vânia N. de Araújo Mello P* Dwnto - Salvador) Baact dt Dado* Jib Uo teca Emetto von Sperling Tinia R. B. de M. Freire JoacR.dc Magalhau Franco (•* DMnio - Maaaut) REGIONAL Pter Luig) Toaano (>* Dinnio - Rio de Janeiro) Marinho A da Süva Filho Roberto Gusmão de Olrvrin . da Cocu Roberto 110» DaRmo - Portaku) Antonio JaU Barbota EdUton José doe Santo* Gtolofla Ecaalanl Cartografia JoAoAwdncj Helton H. Falcão Torres Marina Nóbrega (II* Dwtnto - BMMtca Judson da Cunha e Silva Datvanize Bezerríl Jaudt Pnitat Informática (12* DNUWO - CwaM) Carlos Alberto Cavalcanti Lias Aroldo Arm de Mello \

MINISTÉRIO DA INFRA-ESTRUTURA SECRETARIA NACIONAL DE MINAS E METALURGIA DEPARTAMENTO NACIONAL DA PRODUÇÃO MINERAL

PROGRAMA LEVANTAMENTOS GEOLÓGICOS BÁSICOS DO BRASIL

Execução pela Companhia de Pesquisas de Recursos Minerais - CPRM Superintendência Regional de Recife, em Convênio com o Departamento Nacional da Produção Minerai

LIMOEIRO FOLHA SB.25-Y-C-V

- ESTADO DE PERNAMBUCO -

TEXTO EXPLICATIVO

ORGANIZADO POR

Antonio Guedes Barbosa

BRASÍLIA-1990 \

CRÉDITO DE AUTORIA DO TEXTO

PAUTEI Capítulo 4 Carlos Alberto Cavalcanti Lins, Raymundo José" Portella Brim. Jardo Caetano dos Aaioeio loti Barbou Sanlos Capítulo S Roberto Gusmão de Oliveira e Anlonio PARTE II Carlos Moita Capítulos 6 e 7 Hcrmanilton Azevedo Gomes c Inácio de Capitulo I Antônio Guedes Barbou c Anlonio Medeiros Delgado José Barbou Capítulo 8 Antonio Guedes Barbou e Antonio José Capitulo 2 Amorno Gucdci Barbou e Edillon Joté Barbosa do* Samo* (subiiem 2 9) Capitulo 3 Antonio Cuedei Barbosa c Helton Helen PARTE III Falcio Torrei Capítulos 1, 2 e 3 Antonio Guedes Barbosa

Carta Geológica Anlonio Guedes Barbosa

Cut* Mcla]og«ii«tJco-PrevMonal Hemwnilton Azevedo Gomes e Inácio de Medeiros Delgado

ACOMPANHAMENTO TÉCNICO CONSULTORES CONSULTOR ESPECIAL Antonio José Rodrigues do Amaral Emmanuel F. Jardim de Sá • UFRN Margarclh Mascarenhas Alheiros DNPM - 4» Distrito Recife Cario* José Archanjo • UFRN

Coordenação Editorial a cargo do j Serviço de Edições Técnicas - SETEC 1 Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais - CPRM]

Publicação do Departamento Nacional Copyright!? 1990-DNPM Deposito legal: da Produção Mineral - DNPM Reservados todos os direito». Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro Setor de Autarquia* None, Permitida a reprodução parcial, Instituto Nacional do Livro Quadnl, Bloco B desde que mencionada a fonb. Biblioteca do Ministério da Infra-Estrutura 70.040 - Brasília. DF - Brail Coordenadoria de Documentação e Biblioteca Telex 0611116 DNPM BR Esplanada dos Ministérios, Bloco R, Térreo 70.044- Bratfiia, DF - Brasil

BARBOSA, Antonio Guedes Programa Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil: cana geológica, cana meu- togenético/previsional - Escala 1:100.000 (folha SB.25-Y-C-V Limoeiro) Estado de Pernambuco. Org- por Antonio Guedes Barbou e Antonio José Barbou. Brasilia, DNPM/CPRM, 1990 101 p. il, 2 mapas (in bobo). 29,jcm Trabalho executado pela Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais através de Convênio con o Departamento Nacional da Produçto Mineral.' I. Geologia - Mapas - Pernambuco. I. Deptrtamento Nacional da Produção Mineral. U Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais m. Tftuio CDD558 13 CDU:55(Í13) í\

Apresentação

Implantado oficialmente em 9 de setembro de 1985, grandes avanços estabelecidos no Programa e que se o PROGRAMA LEVANTAMENTOS GEOLÓGICOS tem mostrado de capital importância. BÁSICOS (SISTEMÁTICOS) DO BRASIL - PLGB constitui-se num dos mais significativos programas pro- a) o treinamento intensivo dos geólogos da CPRM movidos pelo Departamento Nacional da Produção Mi- e do DNPM, principalmente em cursos de especia- neral - DNPM lização de longa duração ministrados nos Centros In- tegrados de Estudos Geológicos (ClEGs) de Mono do Seu planejamento, pela primeira vez, realizou-se jun- Chapéu (BA), Caçapava do SUL (RS) e Cachoeira do to com a comunidade do setor, através de inúmeras Campo (MG); reuniões c debates conduzidos pelo DNPM em todo o País. A mesma comunidade promove o seu acompa- b) a implantação do SIGA - Sistema de Informa- nhamento, convocada que foi, a cada fase regional de ções Geológicas do Brasil, hoje com mais de 400.000 execução, para encontris onde o avanço da atividade registros armazenados magneticamente, distribuídos em e os produtos oferecidos eram analisados em conjunto. 10 bancos de dados: bibliográficos, de análises petro- gráficas, de análises químicas, de afloramentos, pale- O Relatório Final de cada folha é, além disso, sub- ontológicos, geológico-geofísico-geoquimicos, de sonda- metido em minuta à análise do DNPM e de consrJtorcs gens, de acervo de documentação técnica, de externos ao Sistema DNPM/CPRM, que emitem pare ocorrências minerais e de projetos específicos. ceres visando à melhoria da qualidade do produto, antes de ser processada a sua respectiva impressão. O primeiro conjunto de folhas produzido pelo PLGB, lançado em julho de 1988 (folhas Altamira, Jere- Com essa metodologia procura-se seguir, à risca, moabo, Santa Filomena, Santa Brígida, Carira, Piranhas, dois pontos fundamentais incorporados â filosofia do Heliodora e São Gonçalo do Sapucaí), já mostrara subs- trabalho. Participação e Qualidade dos Produtos. tanciais avanços quanto à qualidade e apresentação. As publicações que agora são lançadas, nesta segunda fase Ao primeiro ponto, além das comunidades regionais, do Programa, atestam por sua qualidade que o caminho deve-se acrescentar a participação efetiva de eminentes seguido nesses últimos cinco anos é fecundo, apesar professores universitários no Programa, treinando e das dificuldades orçamentárias que esperamos ver su- acompanhando no can.po as equipes técnicas, bem co- peradas daqui para a frente. mo o entrosamento destas com profissionais experimen- tados de outros centros de pesquisa e empresas, par- Expressamos os melhores agradecimentos aos con- ticularmente a PETROBRÁS, a Cia. Vale do Rio Doce sultores, à comunidade geológica e a todos aqueles que e sua subsidiária DOCEGEO. participaram, ao lado do DNPM e da CPRM, do grande esforço que vem sendo feito para realizar os levan- Com relação ao segundo ponto vale mencionar dois tamentos básicos de que o Brasil necessita.

Brasília, 03 setembro de 1990

ELMER PRATA SALOMÃO Dimor/DNPM \

Sumário

Resumo v

Abstract vil

PARTE 1 - INTRODUÇÃO

1.1 - Metodologia .x 4 1.1 - Metodologia Geral do PLGB 4 1.2 - A Folha Limoeiro 4 13 - Aspectos Geográficos 6 1.4 - Geomorfologja 7

PARTE II - GEOLOGIA DA FOLHA LIMOEIRO

Capitulo 1-Contexto Geológico Regional 11

Capítulo 2 - Estratígralia 15

2.1 - Comentários Gerais 15 2.2 - Complexo Gnáissico-Migmatítico 19 2.2.1 - Ortognaisses migmaiitizados (Aogn) 19 2.2.2 - Migmatitos (Amig) 20 2.23- Paragnaisses (Apgn) 20 2.3 - Rochas Pré-Oroçênicas 23 23.1 - Ortognaisses dioríticos a fonalíticos (Ply 1A) 23 23.2 - Ortognaisses graníticos a granodioríticos (PI/1B) 23 2.4 - Complexo Aoortosítico de Passíra 24 2.4.1 - Gabros anliboliüzados (PhlA) 24 2.4.2- Anortositos (PIrlB) 24 25 - Complexo 25 2.5.1 - Ouartzitos (Plsuqt) 25 2.5.2 • Biotiia-nstos e gnaisses, (Plsugnx) 25 2.6 - Granitóides Sintranscorrência 28 2.6.1 • MonzonilospórArícos (PSj^A) 28 2.6.2 - Granitos finos (PSy3B) 29 2.7 - Granitóides Tardi a Pós-Transcorrência 29 2.7.1 - Graoitos pórfirícos (rapakivi?) (PSy3C) 29 2.7.2 - Sienítos alcalinos (PSy3K) 29 2.8 - Rochas Filonianas 32 2.8.1 - Diques básicos (db) 32 2.8.2 - Diques ácidos (da) 32 2.9 - Litoqufinica das Rochas Plutònicas 32 2.9.1 - Ortognais&es do complexo gnáissico-mígmatítica 32 2.9.2 - Complexo diorftico-anortosftico 35 2.93 • Granitóides sinlranscorrcncia 35 2.9.4 • Granitóides tardi a povlranscoirencia da zona batolítica norte 39 2.9.5 • Sieaílos tardi a pós-traoscorréocia e granitóides filoniaoos 43 \

2.10 - Coberturas Sedimeniares Fanercoóicas .. 43 2.10.1 - Formação Barreiras 43 2.102-CoberturascoKivio-ehiviais 43 2.103 - Aluviòes 43

Capitulo 3 - Geologia Estrutural 45

3.1 - Considerações Preliminares 45 3.2 - Relações Embasamento/Cobertura 45 33 - As Deformações 45 3.4 - Relações da Deformação com o Muiooismo 47 33 - Comentários sobre a Idade das Deformações Proterozôkas 50

Capitulo 4 - Geoqufmíca S3

4.1 - Sistemática Adotada -. 53 4.1.1 - Planejamento 53 4.12 - Amostragem 53 4.13-Análises 53 4.13.1 - Preparação das amostras 53 4.13.2 - Métodos analíticos 53 4.1* - Interpretação dos dados 53 4.13 - Apresentação dos resultados 55 4.2 - Resultados Obtidos 55 4.2.1 - Seleção dos elementos 55 422 - Correlações 56 4.23 - Esümadores geoquímicos 56 4.2.4 - Discussão das anomalias 58

Capitulo 5-Geofísica 63

5.1 - Sistemática Adotada 63 5.2 - Dados Utilizados 63 53 • Interpretação e Correlação dos Dados 65 53.1 - Perfil 1 - gravimetria, magneton* ria e dntilometria '. 65 53.2 - Detalhe do trecho 0-10 Km • mag. tometria e cintílomctria 68 533 - Perfil 2 - magnetometria e cintílomctria 68 53.4 - Perfil 3 - magnetometria e cintilometria 71 533 - Perfil 4 - detalhe do trecho 0-10 km- magnetometria e cintilometria 71 53.6 - Perfil 5 - magnetometria e dntilometria 71 53.7 - Perfil 6 • magnetometria e cintilometria 71 53.8 - Perfil 7 - magnetometria e cintilometria 71 5.4 - Contribuição da Geofísica a Tectônica Regional 77

Captado 6-Metalogenlae Geologia Ecooomica 79

6.1 - Metalogenia 79 6.1.1 'Considerações preliminares 79 6.1.2 - Concepção das cartas metalogenetico-previsionais, escala 1:100.000 79 6.13 - Arcabouço metalogenetico no Âmbito da folha 80 6.1.4 - Indícios de mineralização de Au 82 6.13 • Indícios de mineralizações de bário e presença de apatita em rocha 82 6.1 A • Indícios de mineralizaçõe* de Cu, Ni, Co e Zo 82 6.1.7 - Indícios de ««»r«ii»ç8n dePb 82 6.1.S-Indício* de mineralização de Nb 83 6.1.9 - Mineralização de Fc-Ti 83 \

Capftalo 7 - Geawgla Ecoataka IS

7.1 - Panorama mineral da area 85 12 - Femxhanato 85 73-Apatha 85 7.4-Ouro 85

Capital» 8-EvototioGcoMgkadi Arcs V

PARTE III - RESULTADOS

Capitalo l-Coadosoes 91

Capitalo 2 - RccoBCBdações 93

Capftalo 3-InformaçõesGeradas 95

Refutadas Bibliográficas 97

APÊNDICES:

1 - Dados físicos de produção 2 - Ilustrações fotográficas

ANEXOS:

.Carta Geológica

. Carta Metalogenético - Previstoaal

ui \

Resumo

Este trabalho comem os resultados do levantamento de dsalhamento foram desenvolvidas durante ou tardia- geológico na escala 1:100.000 executado na Folha Limoeiro, mente a este último evento, c a uma última fase de caráter numa área de aproximadamente 3.000lun situada no estado rúptil, associam-se falhas c fraturas. de Pernambuco, limitada pelos paralelos 7°30" c 8°00' de Foram identificadas seis compartimentos biológicos fun- laiiludc sul e pc!os meridianos 35°00' c 3S°30' de longitude damentais: W de Greenwich. 1 - Unidade Inferior representada por ortognaisses to- A infraestrutura da área investigada possui litótipos do- nalíticos, migmatiios e paragnáisses à biotita de idade ar- minantemente de natureza onoderivada, representados por queana. gnaisses e migmatitos, com supra-crustais (paragnáisses) 2 - Rochas pré-orogênkas envolvendo granitóides de localizadas, provavelmente de idade arqueana e, constitui composição variável c Iilótipos do Complexo Anortosftico o embasamento do Sistema de Debramentos Pajeú-Parafba. de , contendo além de anortoskos, rochas dioríticas Sobrepostos ao embasamento em relação de não-confor- e lentes de gabro-anfíbolitizado. midade são encontrados terrenos metassedimentares (xistos 3 - Complexo Surubim, representado por uma seqüência e paragnáisses), com derrames restritos (anfibolitos) carac- metassedimentar ou meta vulcanossedimemar, constituída terizados por exibirem grau meiamórfico na facies anííbolito de quartzitos, xistos e gnaísses, por vezes núgmatúados. médio a alto, de idade proterozóica inferior, que fazem 4 - Granitóides stntranscorrência associados à fase de parte do sistema de Dobramentos Pajeú-Paralba. Esta se- deformação D3. englobando granítos finos e monzonitos qüência constitui na área, duas faixas alongadas segundo porfiriticos. NE-SW. Este Sistema tem distribuição ampla, extrapolando 5 - Granitóides tardi a póstranscorrência, representados os limites da folha estudada e extendendo-se desde Flores- por granitos porfiriticos (rapakivi ?) e sienitos com aegúina. ta-PE (oeste) até próximo ao litoral, onde estão recobertos 6 - Coberturas Fanerozóicas constituídas pelos sedimen- por sedimentos cenozóicos. tos cenozóicos da Formação Barreiras, coberturas colúvio- Ortognáísses e anortositos considerados como sin a pré- eluviais e aluvióes recentes. implantação da cobertura dobrada são também assinalados, Foram realizados também levantamentos gcoquímicos além de rochas platônicas e ortognaisses de caráter sin a de concentrados de bateia, de sedimentos de corrente e de pós última deformação ductil. rochas. Executou-se, ainda, um programa de geofísica ter- Todo o conjunto (embasamento + cobertura) foi su- restre com a utilização dos métodos magnético, gravimétrico cessivamente deformada no Proterozóico pelos Ciclos e cintilométrico. Transzamasônico e Brasiliano. A deformação «*"»<* <""'g» Em função dos resultados obtidos, elaborou-se uma car- é documentada por um bandamento gnáistico (Sn) nos ta metalogenético-previsional, na escala 1 : 100.000, onde litótipos orto e paraderívados do embasamento. A fase estão plotadas as áreas susceptíveis de abrigarem minera- subseqüente ettá relacionada ao tectonismo tangencia) (Di lizaçóes de interesse econômico, relacionadas a presença e Dj) atribuido ao Ciclo Transamazõnico e a ultima (D3) de ouro, apatita, bário, cobre, níquel, cobalto, zinco, nióbio, a um regime de trantcorrénda de idade Brasiliana. Zonas ferro, titânio e vanádio. \

Abstract

Jne liuoeiro map-sheet (SB.25-Y-C-V; 1:100,000 scale), 1 • A lower unit of Archaean age consisting of lonalitk State of Pernambuco is delimited by the meridians 35°00* ortbogneiss, migmatite and btotilc-nch paragnei&s. W to 35°30' W and parallels 7*30' S to SfW S. The sheet 2 - Prc-orogenk rocks including granitoids of variable covers an area of about 3,000km2. composition and rocks belonging to the Passira Anorthosite The basement rocks propable Archaean age consist of Complex, that containis besides anorthosite, rocks of dioritk gneiss and migmatitej composition and lenses of amphibolitized gabbro. The basement rocks are overlain by Lower Protcrozoic 3 - Surubim Complex, representing a mclas&cdimenury metasediments (schist and paragneiss), locality with flows or meuvokank sequence, consisting of quartzkc, schist and (amphibolite), metamorphosed in the middle to high am- gneiss, locally migmatitued. phibolite facicsjThe metasediments nave been folded into 4 - Granitoids, including fine-grained granites and por- two elongate belts striking NESW. Regionally, the fold sys pbyritic monzonites, coeval with the phase of transcurrent tern covers a large area that extends from the town of tcctonism and associated D3 deformalioa. Floresta, PE to the coast where it underlies Cenozoic sedi- 5 - Late and post-lcctook granitoids consisting of por- ments. phyritic granites (rapakrvi-typc ?) and syenite containing The basement and supracrustal rocks were deformed aegirine. during the Transamazonian and Brasiliano cycles (Protero- 6 - Pbanerozoic cover consisting of Cenozoic sediments zoic). The Transamazonian Cycle deformation is represen- of the Barreiras Formation, coUuvium-eluvium and recent ted by gneissic banding (Sn) in rocks derived from both alluvial deposits. igneous and sedimentary protolilhs, in addition to subse- Jjeocbcmkal surveys including stream sediment sam- quent tangential tcctonism (Di and P2). The Brasiliano pling and rock chip sampling were carried out. Ground Cycle tectonism thai followed was transcurrcnt in sense, geophysics included magnetometer, gravity and radiometric and resulted in the development of shear zones that arc (scintiUometer) surveys. either coeval with this event or occurred during its final A provisional mctallõgcnetic map at 1:100,000 scale was stages. Faults and fractures are also associated with late- prepared on which areas with potential for economic de- stage tectonism of the Brasiliano Cycle. posits of gold, apatite, barium, copper, nickel, cobalt, zinc, Six divisions based on roock-typc arc as follows: niobium, iron, titanium and vanadium are shown. ~\

vu \

PARTE I - Introdução

\ ' f Uaociro (SR2S-Y-C-V)

Coo a retomada dos investimentos para levantamento Os principais objetivos do levantamento foram os~ se- geológico básico do Brasil, o Departamento Nacional da guintes: Produção Mineral - DNPM, em sua programação para o período 1985-1989, incluiu a realização do mapeamento - conhecer a geologia de toda a folha na escala geológico, cadastramento mineral e cartografia metalogcné- 1:100.000; tico-previsional numa área de aproximadamente 12.000 km2, correspondente a quatro folhas de 30' x 30', na escala - posicionar relacionadamente o Maciço Mediano 1:100.000 (fig. 1.1.1). Pernambuco-Alagoas e o Sistema de Dobramen- tos Pajeu-Parafba, no âmbito da Província Es- Essa região, geologicamente situada na Província Estru- trutural Borborema; tural Borborema (Almeida et alii, 1977), sendo que a Folha Limoeiro abrange duas de suas subdivisões típicas: o Maciço - posicionar o Lineamento Pernambuco em relação Pernambuco-Alagoas e o Sistema de Dobramentos Pajeú- a essas entidades geotectônicas; Paraíba, foi selecionada com base nas informações do Pro- jeto Mapas Melalogenéticos e de Previsão de Recursos caracterizar petrográfica, petrológica e estrutural- Minerais executado pela CPRM para o DNPM, que indicam mente os diversos litótipos; ambiencia gcotcctônica favorável à formação de depósitos de feno-titãnio-vanádio associados a rochas anortosíticas, - mapear a distribuição espacial dos diversos litó- bem como a calcários, mármore e argilas especiais, dentre tipos e estruturas da região; outras substâncias minerais. • estabelecer modelo evolutivo comparado para a crosta terrestre naquela região;

- cadastrar os bens minerais da área da folha e estabelecer suas relações com o contexto tecto- nostratigráfico;

- selecionar áreas para serviços de follow-up, tanto

/ DID WUNK 00 1 ' d? cunhe estritamente científico quanto de cunho econômico, caracterizados nas especializações geoquímicas e paleoambientais das diversas se- qüências estratigráficas;

- avaliar o potencial econômico das ocorrências de ferro-titânio-vanádio nas rochas anortosíticas.

Os serviços foram executados pela Companhia de Pes- quisa de Recursos Minerais - CPRM, empresa jurisdicio- nada ao Ministério da Infn-Estrutura e responsável pela execução do atual Programa Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil - PLGB. O início dos serviços ocorreu em fevereiro de 1986, após ampla reformulação da metodologia tradicional de mapea- mento geológico sistemático e institucional em vigor. Op- tou-se assim pela abordagem primeiramente das folhas Vi- toria de Santo Antão e Limoeiro. Esse Texto Explicativo refere-se à geologia e aos mapas geológico e metalogenítico-previsional da Folha Limoeiro, limitada pelos paralelos 7*30' e 8W de latitude sul e pelos meridianos 35*00' e 35*30" de longitude W de Greenwich, cuja área abrange parte dos municípios de Limoeiro, Pau- dalho e . Flg. 1.1.1 - Mapa de Localização O acesso se dá pela BR-408, que liga o Recife a Sâo Lourenço da Mata, , Carpina e a limoeiro. nfveis da necessidade do Programa, com destaque 1 Metodologia para a criação dos Centros integrados de Estudos Esse item está dividido em duas seções; a primeira com Geológicos (ClEG's) - estruturas de ensino sediadas comentários sobre a metodologia geral do Programa Le em áreas de interesse c de condições geológicas es- vantamcntos Geológicos Básicos do Brasil - PLGB, sob a peciais para treinamento básico e avançado. qual também se realizaram os serviços da Folha Vitória de Santo Antão, e a segunda com informações sobre o proce- Essas modificações metodológicas tiveram reflexo ime- dimento básico adotado para a elaboração dessa folha. diato na qualidade dos resultados do Programa c na defi- nição de novos caminhos técnico-científicos para a sua exe- cução. 1.1 Metodologia Genü do PLGB No que diz respeito ao mapeamento geológico, as alte- rações mais significativas de procedimentos, métodos e téc- A retomada do levantamento geológico básico em 1985, nicas referem-se à incorporação do treinamento como ati- após longo período de paralisação, coincidiu em parte com vidade dos projetos de mapeamento, à valorização dos mé- visível aumento de qualidade nas ciências geológicas, refle- todos quantitativos e de técnicas correspondentes, à inte- tido, principalmente, em inovações metodológicas, no avan- gração em tempo real das várias disciplinas e métodos que ço dos métodos quantitativos, DO crescimento da geologia participam do mapeamento e, finalmente, da incorporação do Arqueano e do Prolerozóico e na melhoria das ferra- às equipes executoras da capacitação técnica disponível no mentas analíticas e de processamento de dados. meio externo, mediante convênios e consultorias. Para executar o Programa Levantamentos Geológicos Em paralelo, foi atribuída às gerências regionais do Pro- Básicos do Brasil em níveis de qualidade compatível com grama a definição dos procedimentos técnicos a serem ado- a expectativa e a necessidade do setor mineral, a CPRM, tados para cada área a ser mapeada, bem como a indicação com o apoio das entidades especializadas do país, reformu- dos prazos básicos de execução de cada mapeamento, va- lou seu procedimento, técnicas e métodos, tanto a nível de riável em função das características da área a ser mapeada, gerência técnica como a níveis operacionais. das dificuldades técnicas previstas e da capacitação das Essas modificações, responsáveis pelo atual nível de qua- equipes executoras. lidade dos produtos do Programa, foram:

1 - Novo modelo de gestão, baseado em estrutura 1.2 A Folha Limoeiro de coordenações técnicas temáticas, nacionais c re- gionais, visando â descentralização e valorização das Para o mapeamento geológico da Folha Limoeiro, à culturas geológicas locais. semelhança das demais folhas do Programa, foi adotado procedimento padrão para sua execução, adaptado, sempre 2 - Assimilação e intercâmbio de conhecimentos que indicado, às condições locais, com o objetivo de for- com o meio técnico externo, mediante contratação de necer subsídios para a avaliação dos resultados divulgados consultorias especializadas, de convênios com univer- neste Texto Explicativa e respectivos mapas. Serão descritas, sidades e com outras instituições de pesquisa. a seguir, as principais características desse procedimento. A execução do mapeamento geológico seguiu tradicio- 3 - Gestão moderna da informação, visando à sua nais etapas ou fases: Coleta e Análise da Documentação aquisição, à preservação, ao processamento e à dis- Básica, Fotoinlerpretação c Reconhecimento Geológico, tribuição, mediante criação do Sistema Nacional de Mapeamento Geológico, Levantamento Geoquímico, Le- Informações Geológicas (SIGA), da montagem de um vantamento Cieofísico, intercaladas por serviços parciais de parque de processamento científico de alto nível, e análise de resultados, até sua integração final. da criação de um Sistema de Informações em Recur- A Coleta e Análise da Documentação Básica, mediante sos Naturais (SIR), com elevada capacidade de pro- a avaliação e análise do conhecimento formal e informal cessamento digital de documentos cartográficos, além existente, em especial dos dados já reunidos para a execução da instalação de centros distribuídos de informática da Folha Recife, do Projeto Mapas Metalogenéticos e de (GDI's) na£ unidades regionais da CPRM. Previsão de Recursos Minerais (DNPM-CPRM, 1983), adi- cionados a outros trabalhos importantes sobre a região, 4 - Criação do Sistema de Edições Técnicas, voltado como "O Mapa Geológico do Nordeste Oriental do Brasil para a divulgação ampla dos resultados do PLGB e escala 1:100.000 de Brito Neves, 1983; "Projeto Extremo- de outros produtos de interesse para a geologia bra- Nordeste do Brasil", relatório final, DNPM-CPRM. 1980; sileira. Projeto RADAMBRASIL, folhas Jaguaribe/Natal 1981, além dos relatórios de pesquisa existentes dentro da área 5 - Realização de investimentos de grande porte na c liberados para consulta pelo DNPM, culminaram com a formação de recursos humanos especializados, condu- preparação de um "mapa geológico de compilação", que zidos conforme Plano Diretor de Treinamento (PDT) serviu de base para os trabalhos posteriores. para atender a treinamento de pessoal em todos os A fase "Fotoinlerpretação e Reconhecimento Geológi- Limoeiro (S&25-Y-C-V)

* co", executada parcialmente em paralelo com a anterior, Aos resultados analíticos obtidos nesses trabalhos foram analisou e interpretou fotografias aéreas e imagens de radar adicionados aqueles de trabalhos anteriores, sendo o con- e de satélite, nas escalas 1:30.000, 1:250.000 e 1:100.000, junto plotado em 4'igry»?' c gráficos apropriados, com com suas interpretações enriquecidas por dados de campo vistas a identificação das séries litogeoquímicas a que per- obtidos em viagens de reconhecimento e pelo cotejo e com- tencem as rochas analisadas e à interpretação do ambiente paração com as informações levantadas na fase de coleta geotectônico. e analise de dados. Os produtos e respectivas características, gerados pelos Os resultados dessa interpretação integrada permitiram serviços de geoquímica, estão descritos no capítulo corres- a elaboração de um "mapa geológico preliminar" da Folha pondente deste Texto Explicativo. Limoeiro. Uma campanha de campo adicional possibilitou Os trabalhos de geofísica foram realizados por equipes o seu aprimoramento, que serviu de base para a progra- especializadas com a utilização de perfis terrestres (gravi- mação dos trabalhos sistemáticos de mapeamento que se métricos, magnetométrícos e ániilométricos), com o obje- seguiu, bem como da programação dos levantamentos geo- tivo de adquirir subsídios para o entendimento do problema quimicos e interpretações geofisicas iniciais. lectõnico e estrutural da área. Maiores detalhes sobre a O "mapeamento geológico sistemático", executado em metodologia e o procedimento utilizados pela geofísica, bem oito períodos de campo com duração média de 20 dias como sobre as características dos produtos obtidos, encon- cada, intercalados com trabalhos alternados de escritório, tram-se em capitulo especial deste Texto Explicativo. foi orientado para obter-se o máximo de informações de Ao conjunto de informações sucessivamente acumuladas cad? afloramento estudado. Perfis e pontos de observação e analisadas somaram-se dados de análises gcocronológicas, programados durante a foiointerprelaçáo foram estudados principalmente a quelas obtidas cm rochas plutônicas áci- com o maior detalhe possível, visando a alcançar grau de das, com o objetivo de se obter delimitação oos grandes resolução geológica compatível com a escala 1:100.000. Pro- eventos tectonostruturais. cedeu-se, quando necessário, à coleta de a mostras de rocha Sobre esse acervo de dados e de informações foram para análises petrográíicas e químicas. As informações de elaborados o mapa geológico final, o mapa matalogcnéti- cada afloramento eram registrados em fichas padronizadas, co-previsional e este Texto Explicativo da Folha Limoeiro, tendo em vista seu aproveitamento para inclusão no acervo produzidos para ampla divulgação nacional. das bases de dados do SIGA Sistema de Informações O conhecimento adquirido e registrado nesses documen- Geológicas do Brasil. Algumas áreas com melhores expo- tos ocorreu em paralelo aos trabalhos semelhantes realiza- sições foram alvo de análise estrutural mais detalhada para dos na Folha e nas áreas dos projetos Riacho do a definição da cronologia dos eventos teciónicos, com iden- Pontal e Afagados da lngazeira. A abordagem simultânea tificação das deformações superpostas e suas relações com de problemas geológicos de regiões próximas, por diferentes a época de colocação das rochas plutônicas. Especial im- equipes técnicas, proporcionou aumento na qualidade dos portância foi dada à interpretação da natureza e do movi- resultados finais dos serviços, adquiridos em sucessivas dis- mento das falhas e zonas de cisalhamento, principalmente cussões e reuniões entre geólogos da CPRM e consultores aquelas de caráter regional. especializados. Os metassedimentos foram investigados também do pon- Os mapas de serviço, os geoquímicos e os geofísicos to de vista paleoambiental, com análise das estruturas para também estão disponíveis, mediante requisição na sede e interpretação dos processos envolvidos na sua deposição. distritos do DNPM. Os levantamentos geoquímicos procederam-se em dois As informações completas sobre os dados e sobre in- níveis, ambos de importância para os estudos metalogené- formações relacionadas a esta folha, sobre registros, fichas, ticos. No primeiro executou-se a prospecçáo geoquímica boletins analíticos etc. encontram-se disponíveis para uso sistemática em sedimentos de corrente e concentrados de em dois sistemas: no SIGA - Sistema de Informações Geo- bateia, cobrindo toda a área com densidade variável. As lógicas do Brasil, desenvolvido pela CPRM para o DNPM, amostras de sedimentos de corrente foram coletadas pre- de uso público e acessível por meio de consulta remota, ferencialmente nas drenagens de mais baixa ordem e as em terminais ou microcomputadores, via rede telefônica, amostras de concentrados de bateia nos domínios das se- ou por consulta ao SIR - Sistema de Informações em Re- qüências litológicas mais susceptíveis da existência de mi- cursos Naturais, na CPRM, no qual, além dos dados já neralização. Nós concentrados de minerais pesados, além citados, é possível o processamento adicional c recuperação de análises químicas, foram realizadas análises mineralomé- de documentos cartográficos armazenados digitalmente. iricas. Os dados analíticos foram tratados segundo os pa- O recadastramento de ocorrências minerais, à luz dos râmetros analíticos definidos pelo Sistema GEOQUANT, novos conhecimentos, e sua integração com dados sobre desenvolvido pela CPRM. mineralização, estratigrafia, pctrologia, estrutura, geomor- O segundo nível correspondeu aos estudos lilogeoquí- fologia, geoquímica e geofísica, reunidos e hierarquizados micos efetuados em rochas de diversos tipos, principalmente em um único mapa, provisoriamente denominado de mapa nos granitóides e em unidades potencialmente míneraliza- metalogeaético-previ&ionai, constitui também novo produto das. Análises petrográfkas foram executadas em apoio e resultante de nova abordagem metodológica no tratamento complemento às descrições mesoscópicas, possibilitando in- de informações multidiscíplinares do PLCB, e que tem terpretações pctroló gicas e petroestniturais mais acuradas. como objetivo delimitar, na escala 1:100.000, áreas com GeoMpcf» B*Mn» *> BM«I indícios de mineralizições, prioritárias para prospeccão e adaptadas das propostas de Wacrenier & Rouveyrol (1977), l ;ftp oploraçao mineral. Stanton(1972) e Routhier (1963). Essa r m »tT" aproxi- A metodologia aplicada para esse mapa está fundamen- ma-se da utilizada para os depósitos minerais do Brasil tada nos princípios de Orlova & Shatalov (1960) e conso (Branco, 1984). lidada no conhecimento adquirido durante a execução do Os dados econômicos dos jazimentos que têm sido Projeto Mapas Mrtalogenéticos e de Previsão de Recursos objeto de pesquisa e lavra mineral são representados por Minerais, escala 1:250.000, mediante o Convênio DNPM- uma circunferência externa, onde constam informações CPRM, implantado a partir de 1982. quanto à situação atual: ativo, inativo ou intermitente; o A concepção da legenda resultou em parte de adap- diâmetro, graduado em três dimensões, expressa a impor- tações na sinibologia gráfica utilizada nacional e internacio- tância econômica do jazimento em três categorias - peque- nalmente, segundo critérios de legibilidade e precedência, no, médio e grande. A base para o estabelecimento dos c foi ajustada à escala 1:100.000. tendo em vista: limites dessas categorias é a mesma utilizada no Mapa Geológico do Brasil, escala 1:2.500.000 (Branco, op. cit). 1) - a necessidade de especialização do fundo geo- Um traço posto acima, abaixo, à direita ou à esquerda dessa logia pira torná-lo metalogeneticamenie significati- circunferência indica a situação atual do jazimento: mina, vo; garimpo, jazida ou depósito, respectivamente. Os indícios indiretos de mineralização, a partir de indi- 2) - a importância de se representar o máximo de cações geoquímicas, geofísicas ou de zonas de alteração de informações metalogenéticas sobre os jazimentos mi- origem exógena ou endógena são submetidos a tratamento nerais individuais de forma clara e legível; cartográfico especifico, visando a um maior realce. A integração dos dados muhidUcipuaares permitiu re- 3) - a conveniência de se estabelecer a distinção conhecer os metaloteclos compi ovados, prováveis e possí- entre os dados econômicos e metalogenélicos; e veis, dependendo de as relações entre eles e os indícios de mineralização tiverem sido obtidas por ligação direta, esta- 4) - a valorização dos indícios indiretos de minera- tística ou de analogia a contexto geológico-metalogenético, lização, visando à sua representação cartográfica. propiciando a delimitação de áreas mineralizadas prováveis, possíveis e potenciais, de acordo com critérios explícitos na A cana metalogenético-previsional foi elaborada sobre própria carta. base geológica especializada dependente do nível de conhe- Apoio de modernas ferramentas de processamento de cimento da área. Essa especialização contempla a distinção dados foi colocado à disposição da equipe técnica do Pro- cronológica e/ou espacial das unidades lilostratigráficas de jeto para o tratamento do volumoso acervo de dados e de maior categoria como complexos, supergrupos e grupos, informações existentes e gerados pelos serviços. bem como associações magmáticas consangüíneas ou as Destacam-se os programas de processamento geoíísico séries toleíticas, calcialcalinas e alcalinas. Foram realçados e geoquímico, c o conjunto de programas de tratamento os litótipos especiais (metalotectos prováveis e possíveis), quantitativo disponíveis no GEOUUANT (USGS/CPRM). enquanto as unidades de menor categoria, tais como for- Essas ferramentas foram utilizadas tanto em ambiente de mação, membro c seus equivalentes, sem realce metalogc- computação de grande porte, no CPD da CPRM no Escri- nélico, são identificadas apenas pelo uso de lelravsímbolo. tório Rio de Janeiro, como em ambiente de microcompu- Os elementos estruturais da carta geológica são integral- tadores, operados no Centro Distribuído de Informática da mente preservados e eventualmente- acrescidos de infor- Superintendência Regional de Recife. mações geofísicas, como lincamentos, profundidades e con- torno do substrato das coberturas etc. Para a representação dos jazimentos minerais estabele- Aspectos Geográficos ceu-se a distinção entre os caracteres metalogenélicos e os econômicos. Os primeiros constituem a parte interna do Cliira - Trata-se da região de transição entre os climas símbolo de dimensão constante e de forma geométrica va- Ams' c As', da classificação de Koppen. É quenle-umido riável em função da morfologja. Os dados econômicos são e a taxa de precipitação supera à de evaporação, com representados por uma circunferência independente, con período de chuvas antecipadas no outono. cêntrica ao símbolo morfológico, de acordo com a forma A estação chuvosa ocorre DO outonoinverno, desenvolven- de representação adotada no Mapa Meialogenético da Es- do-se no período de março a agosto, com precipitação panha, escala 1:200.000 (Espanha-PNIM, 1972). máxima na estação do inverno. Durante esse período, os A timbologia representativa dos caracteres metalogcné- valores de precipitação pluviométrica oscilam entre 140 a ücos abrange os dados factuais sobre os jazimentos minerais 270mm mensais e estão sempre acima de LSOOmni anuais. como a textura do minério, morfologia, orientação do(s) A temperatura média fira em torno de 26'C, variando desde corpo(s) mincralizado(s), quimismo e associação mineraló- 18° a 32° na mesma escala. gica. Adicionalmente, contém informação sobre a classe do jaamcnfo, procurando-se adotar uma classificação para as Vegetação - Compreendendo parte da Zona da Mala e concentrações minerais mais geológica do que genética. do Agreste, a área apresenta paisagens fitológicas distintas. limoeiro (SD.25Y-C-V)

Na Zooa da Mata, a vegetação nativa está representada Dados SocioecoBOnicos - A area cm questão destaca-se pela Floresta Tropical Atlântica bastante devastada para o como importante região econômica do estado de Pernam- cultivo da cana-de-açúcar. Os resquícios, atualmente repre- buco, destacando-se as atividades agroaçucareira, na Zona sentados por manchas isoladas, compreendem árvores altas da Mata, e pecuária na região mais a oeste. de tronco grosso onde se destacam o pau-brasil, a imbaúba, A infra-estrutura é das melhores, uma vez que é servida o pau-d'arco, a urucuba, o cedro c a peroba, que normal- por extensa rede bancária, de telecomunicação e de ensino. mente são utilizados como combustível vegetal. A vegetação do Agreste é constituída por vestígios de floresta caducifólia preservada no topo de algumas serras onde se observam raras árvores copadas. As áreas aplainadas e de relevo 1.4 Geomorfologia menos acidentado são normalmente utilizadas para a agr cultura de subsistência e para pastagem. A área mapeada constitui, em quase sua totalidade, uma superfície de abrasão, com desníveis pouco acentuados, Solo - Tem textura argilo-arenosa, cor castanho-amare- apresentando cotas que aumentam do litoral para o interior, lada, sobre as áreas de predomínio dos corpos granitóides. com altitudes variando de 100 a 300m. Enquanto que sobre áreas onde predominam rochas ígneo- O relevo desse pcncplano é moderadamente ondulado metamórficas, com grande inlcmperismo químico, os solos a aplainado em direção ao litoral, onde se confunde com são mais argilosos, com cores variadas, dependendo do tipo o topo dos sedimentos cenozóicos da Formação Barreiras. de rocha decomposta. Apresentam espessura variável, po- Essa unidade geomoríológíca é representada pelos terrenos dendo atingir, cm certos locais, até mais de 20m cristalinos do Pré-Cambriano constituídos por xistos, gnais- ses, migmalitos e granitóides em geral que, principalmente Hidrologia - Os principais rios que drenam a área são na região da Zona da Mata, sofrem efeitos de alteração o Capibaribe, o Tracunhaém e o Capibaribe-Mirim. O curso denunciada pelo espesso manto de intemperismo de relevo médio do rio Capibaribe cruza toda a Folha Limoeiro no colinoso desnudado. Formas alongadas constituindo cristas sentido de oeste para leste, perpendicularmente à Costa esculpidas em rochas quartzíticas ainda são preservadas, Atlântica, no enremo-sul da folha. bem como inselbergs construídos sobre rochas graníticas, Os principais afluentes que drenam a área estudada com destaque para as serras Passira, Bengala e Trapuá. são os rios Goitá e Tapacurá. O conjunto desses três rios Um elemento fundamental da paisagem geomórfica forma drenagem dendrítica a dendrílica-retangular, de den- ocorre na porção noroeste dâ folha, constituído pelas serras sidade média. Boa parte dos cursos dágua da Bacia do do Jundiá/MascareiúW e do Uruçu, entre outras, esculpidas Capibaribe nessa região é perene. Na época das chuvas pela erosão em rochas graníticas fortemente intemperizadas. aumenta muito o volume d'agua, de modo que foi necessário Essas serras se alinham segundo a direção E/W e têm estabelecer-se barragens de contenção de enchente nos nos altitudes que ultrapassam os 600m, com desníveis abruptos Tapacurá e Goitá. A represa do primeiro também é re- que chegam a atingir 150m. sponsável pelo abastecimento de água de parte da cidade Esse relevo pode ser correlacionado ao modelado do do Recife. Ciclo Velhas de Kiug (1956), que corresponde ao Pdi de Os rios Tracunhaém c Capibaribe-Mirim têm seus leitos Bigarclla & Ab'Saber (1964), ou Superfície Sertaneja do aproximadamente paralelos ao rio Capibaribe e cortam a Interior e Superfície dos Tabuleiros .a Cosia, de Ab'Saber parte central e norte da folha, respectivamente. O tipo de (1969). Segundo Mabesoone & Castro (1975), essa super- drenagem de seus afluentes é predominantemente dendrí- fície ter-se-ia elaborado durante o Pleistoceno Inferior, me- tica, evoluindo para dendrítica-retangular quando controla- diante a exumação de grandes áreas da Superfície Gond- da por fraturamento. Os vales tem forma de "U". wana (a superfície de ± 600m). É importante assinalar que, de forma diversa da região Todos esses rios e seus afluentes fluem em terrenos situada a sul do Líneamento Pernambuco, abundam os ta- cristalinos ígneo-metamórficos. Apenas pequenos córregos buleiros formados pelos sedimentos Barreiras, cujo topo correm nos sedimentos da Formação Barreiras, na parte aplainado representa uma superfície de agradação correlata mais oriental da Folha Limoeiro. à Superfície Velhas. \

PARTE II - Geologia da Folha Limoeiro \

1. Contexto Geológico Regional

A análise geológica regional, à luz do conhecimento brianos, independentemente de qualquer conotação geotec- atual, implica una série de questões temáticas cuja evolução lônica (Brito Neves, 1975; Santos & Brito Neves, in: Almeida vem sendo perseguida por levantamentos geológicos básicos et alii, 1984): os terrenos gnáíssico-migmatítico-graníticos em escalas de 1:1.000.000, 1.500.000 c 1:250.000, além de (maciços) e os terrenos melassedimentares e txtavulcano- outros trabalhos restritos a pequenas áreas, em escalas sedimentares ("sistemas de dobramentos" ou "cinturões me- maiores. Em síntese, a evolução histórica dos conhecimentos tamórficos") (fig. II.l.l). A área mapeada abrange parte do geológicos constitui a principal fonte de informação para a Maciço Pernambuco-Alagoas e da Faixa de Dobramentos abordagem e montagem do quadro geológico regional atual, Pajeú-Paraíba. e que conduz à melhor compreensão e conceituação geo- O Maciço Pemambuco-Alagoas separa, na sua porção lógica de áreas mais localizadas oriental, duas importantes faixas de dobramentos: Sergipa- Muitos trabalhos pertinentes à geologia da Região Nor- na, ao sul, e Pajeú-Paraíba, ao norte, cujos limites não deste têm sido publicados, uns mais gerais e outros espe- mostram fronteiras nítidas. Com a exceção, talvez, de seu cíficos, que contribuem para a evolução do conhecimento limite setentrional com a faixa Pajeú-Paraíba, que parece geológico regional. quase coincidir com a expressiva zona de cisalhamento de- Entre eles devem ser destacados Branner (1902) pelo nominada Lineamento Pernambuco, uma zona de cisalha- seu pioneirismo, Crandall (1910), Crandall & Willians mento tran&corrente dextral, que possui uma componente (1910), Small (1913,1914), Moraes (1928), Sopper (1913, vertical, o que provoca o soerguimento do bloco sul em 1914), Ebcrt (1964),Suszczynski (1966), Beurlen (1967), relação ao bloco norte, relativamente ao citado lineamenlo. Dantas et alii (1970), Mello & Siqueira (1971), Brito Neves Os Iítótipos, predominantemente migmatitos e granitói- (1975), Mello (1979), Costa et alii (1980), Farina et alii des, aliados às características metamórficas, estruturais, geo- (1981), RADAMBRASIL (op. cit.), Wanderlcy (1983), Ro- cronológicas, etc, constituem feições típicas e distintas que cha (1983), Mello & Assunção (1984) e Alheiros et alii permitem enquadrar o Maciço Pernambuco-Alagoas como (1988). Subsídios também foram procurados nos relatórios unidade geotectônica individual. Predominam, nesse maciço, do Mapa Hidrogeologico do Nordeste, escala 1:500.000 rochas da fades anfibolito podendo atingir localmente a (SUDENE, 1978) faties granulho; as estruturas exibem padrões complexos de A divisão do território nacional cm províncias estrutu- deformação em escala de detalhe. Os dados geocronológicos rais, por Almeida et alii (op. cit.), permitiu visualizar os indicam evolução polícíclica, com rochas formadas em ciclos limites de grandes áreas geograficamente contínuas que anteriores ao Transamazônico, com grande participação de congregam feições homogêneas de biologia, estraiígrafía, de material crustal arqueano, submetido a processos de retra- estrutura, metamorfismo e de magmatismo, desde o Pré- balbamento no Proterozóico. Corpos graníticos íntrusivos Cambrian» ao Fanerozóico. Dentre elas, a "Província Bor- do Proterozóico Superior e rochas gabro-anortosíticas de borcma", situada na porção nordeste da Plataforma Brasi- idade duvidosa foram registrados. leira, abrange a área agora mapeada. A Província Borbo- As rochas do Maciço Pemambuco-Alagoas foram posi- rema congrega dois tipos principais de terrenos pré-cam- cionadas por Costa et alii (op. cit.) no Complexo Migma- " Coberturas n5o dobradas Fonerozôicos Província Costeiro • J Bacias Interiores" Coberturas Molássieas Cambro- Ordovicianos Coberturos Metossedimentares do Croton e dos Maciços, Lit o cronocorrelotas dos Sistemas de Dobramentos mais próximos SISTEMAS DE DOBRAMENTOS MARGINAIS a) Sergipano, h) Médio Core a0 INTERIORES c) Riacho do Pontal - CONVENCIONAIS d)Pioncõ - Alto Brigido e) Sen dó b)Pajeú -Paraíba f) Jaguar beano VES TIGIA IS g)Rio Curu - Independendo \ MACIÇOS GNÁISSÍCO-MIGMATÍTICO-GRANÍTICOS I A - Pernombuco - Alagoas João Pessoa B - B'- Caldas Brondão - S.José Compestre C - Rio Piranhos D - Tróio - Tauó E -Sonta Quitéria Recife F -Granja G -Marginal do Craton de Soo Francisco Falhas Principais

ZOO Km Maceió o so '~|MMlll'IIIIMIIIM.I.IHIII,,l>£"j IO» S- Uli Flg. 1J.1.1 - Esboço dos Elementos Geológicos Principais da Província Borborema. (Brito Neves, 1975: Almeida et alii, 1977, Santos. 1975 - modificado) acaju UaoctiD (SR2S-Y.&V) \ títico-Granitoide, «diferenciado estraligraficamentc- Tam- maior numero de dados i«ii*«-"* que possibilitem melhor bém foram enquadradas no Complexo Presidente Juscclino posicionamento. Brito Neves (1963) estabeleceu para as pelo Projeto RADAMBRASIL, com idade pré-cambriana rochas metassedimentares granfticas e catadásticas associa- inferior a média, retrabalhadas no Ciclo Brasiliano. das isócrona de referência mostrando pontos analíticos a- Santos et alii (in Scbobbcnhaus et alii, 1984) subdividiram grupados segundo uma reta de 600 m.a., com razão inicial a chamada Província da Borborema ou Região de Dobra- da ordem de 0,710 ± 0,002. mentos Nordeste em domínios estruturais genéricos, onde Considera-se, no entanto, que uma idade proterozóica se diferenciam os domínios Médio Coreaú, Cearense, Trans- inferior 6 mais provável, já que essas supracrustais são nordestino, Extremo-Nordeste e Sergipano (fig. 11.1.2). correlacionávcis ás da seqüência similar do Seridó, que A área mapeada situa-se no Domínio Extremo-Nordesle, foram datadas recentemente por Macedo et alii (1984), onde ocorrem exposições de uma infra-estrutura migmatí- através de idades isocrônicas em ortognaisses intrusrvos nes- tica, com predominância do embasamento pré-brasiliano, ses metassedimentos (2.086 ± 68) m.a. no qual as faixas metamõrfícas têm pouca expressão e sua Os perfis gravimétrícos e magnetométricos regionais (fig. composição litológica é pouco característica. A sua entidade 11.1.3) realizados entre na Folha Vitória de Santo mais representativa é o Maciço Pernambuco-Alagoas. Se- Antâo e São Vicente Ferrer na Folha Limoeiro mostram cundariamente ocorrem os terrenos metassedimentares do comportamento diverso entre esses dois blocos cruslais se- Sistema de Dobramenlos Pajeú-Paraíba, que são caracteri- parados pelo Lineament o Pernambuco. A sul, a curva Bou- zados por uma associação de xistos, paragnaisses, calcários guer traduz, a baixa densidade das rochas graníticas do metamórficos e quartzifos distribuídos em uma faixa alon- maciço em contraste com rochas mais densas da Faixa de gada segundo a direção NE-SW cujo domínio geográfico Dobramenlos Pajeú-Paraíba a norte, enquanto o perfil ma- se estende desde Floresta-PE até as proximidades do litoral, gnético traduz essa compartimentação conforme tendência onde estão recobertos por sedimentos cenozóicos. que indica uma maior susceptibilidadc magnética das rochas Vários trabalhos têm feito referências às rochas metas- a sul desse lineamento. sedimentares da faixa Pajcú-Paraíba, e distintas designações O Fanerozóico está representado pelos sedimentos e e conecituações litostratigráficas foram propostas, tanto a vulcanites cretáceos do Grupo Pernambuco (Amaral & Me- nível de reconhecimento quanto de detalhe e semidelalhe. nor, 1979), bem como por coberturas colúvio-eluvíais e alu- Sial & Menor (1969) referem-se aos metassedimentos que viais recentes que formam cm seu conjunto a chamada Faixa ocorrem na região de Taquaritinga-PE como pertencentes Vulcano-Sedimentar Sul de Pernambuco (Dantas, 1980). ao Complexo Seridó do Pré-Cambriano Superior, enquanto Os sedimentos do Grupo Pernambuco são correlaciona- mais a leste, na região Surubim, Mello & Siqueira (op. cit.) dos cronocstraligraficamenic com os sedimentos da Bacia enquadram as rochas metassedimentares no "Complexo Sur- Sergipe/Alagoas, sendo que a Formação Cabo é correlata ubim", designação que também foi utilizada pelo Projeto com a Formação Muribcca (Membro Carmópolis) e a For- RADAMBRASIL. Brito Neves (1983) e Santos & Brito mação Estiva com a Formação Cotinguiba (Membro Sapu- Neves (op. cit.) denominaram de Complexo Surubim-Ca- cari). As rochas vulcânicas da Formação têm idades roalina todas as rochas da faixa metassedimentar Pajeú-Pa- de 90 a 114 m.a. obtidas por Vandoros ei alii (1966) e raíba. Costa et alii (op. cit.), por sua vez, denominaram na Vandoros & Valarclli (1976). O peixe fóssil "Diplomystes mesma fase "Complexo Metassedimentar", do Pré-Cambria- longicostatus" (Amaral & Menor, op. cit.) ocorre em fol- no Indiferenciado, a seqüência cetinítica, individualizada na helhos correlalos com os conglomerados da Formação Ca- escala de 1:250.000, e constituída por biotita-gnaisses, quart- bo, de idade neocomiana (Cretáceo Inferior). zitos, biotita-xistos, calcários cristalinos, anfibolilos etc. Essas rochas preenchem um rifl constituído por um São rochas de grau metamórfico variando de xLsto-verde conjunto de blocos escalonados gerados por um sistema de a anfibolilo alto sobrepostas a um embasamento migmatítico falhas normais aproximadamente paralelas à costa, cuja con- com paleossoma ortoderivado, da mesma natureza das ro- tinuidade e/ou ligação com as bacias sedimentares costeiras chas mais antigas do Maciço Pernambuco-Alagoas. (bacias Pernambuco/Paraiba e Sergipe/Alagoas) é indicada A geocronologia dos metassedimentos do Complexo Sur- mediante estudos geofísícos elaborados e interpretados por ubim ou Surubim-Caroalina ainda é precária, carecendo de Rand (1976).

13 Program» Levantamento* Geologia» Básicos do Brasil \

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2. Estratigrafia

2.1 Comentários Gerais dimentares do Protcrozóico Inferior, assim consideradas por correlação com rochas similares do Scrídó datadas por A Folha Limoeiro contém unidades biológicas cujas ida- Macedo et alii (1984). Seus Ikõtipos estão representados des variam do Arqueano ao Fancrozõico. A subdivisão das por biotitaxistos gnaissificados, com granada, cordicríta e unidades pré-cambrianas baseou-se em critérios litostra- sillimanita e quartzitos com sillimanita (calcários cristalinos tigráficos c na cronologia dos fenômenos observados para ocorrem fora da área), na Folha Vitória de Santo Antão. estabelecer o empühamento das unidades mapeadas. Vários Anfibolitos finos e blocos (bombas vulcânicas?) bastante problemas se apresentaram vinculados aos agentes de trans- intemperizados associam-se, localmente, aos metassedimen- formação oriundos de processos tectono-metamóriicos, alia- los, e certamente devem representar manifestações vulcâ- dos ao exagerado intemperismo que oblitera as estruturas nicas de maior expressão na área. A geologia desses terrenos originais e mascara as zonas de contato. Os raros aflora- metavulcaao-sedimentares guarda bastante semelhanças mentos são encontrados em drenagens ou pequenos cortes. com tipos correlato* aos dos grupos Seridó, e Diversos autores como Costa el alii (op. cit.), Sial & Cachoeirinha, deformados nas orogeneses transamazõnica Menor (op. cit.), Dantas et alii (op. cit.), Mello & Siqueira c brasiliana. As rochas do domínio melasscdimentar ou (op. cit.) e Santos & Brito Neves (op. cit.) apresentaram mclavulcano-sedimcntar que representam as supracrustais sugestões para o empilbamento dos ülótipos da área, as policiclicamente deformadas foram denominadas Complexo quais estão sintetizadas nos quadras 11.2.1, II .2.2 e 11.23, Surubim por Mello & Siqueira (op. cil.), denominação que enquanto a coluna adotada é mostrada no quadro 11.2.4. também t adotada neste trabalho. Boa parte da área é ocupada por terrenos gnáissico- Posicionados entre os terrenos gnáissico-migmatíticos migmaüücos ortoderivados, de composição tonalítíca, tidos arqueanos e os metassedimentos do Protcrozóico Inferior como do Arqueano, pois se considera que a tectônica trans- ocorrem ortognaisses tonalflicos a diorfticos e anortositos, anwònka superímposta foi muito intensa e de caráter ves- formados provavelmente em uma fase pré-orogênica, como tigial, de modo que a maioria das datações geocronológicas se pode deduzir do diagrama de La Roche et alii (1980) obtidas indica idades Rb-Sr (ou isócronas de referências) (ver 112.9). Essas rochas foram posicionadas com reservas entre 2.100 e 1.800 ma no Proterozoico Inferior. São características desses terrenos um bandamento Ocorrem ainda na área rochas plutânkas de composição gntUfím c metamorfismo de facies anfibolito alto até gra- granftica, monzonítica e sicnítica, constituindo pequenos nulftico, impostos pela intensa deformação e metamorfismo slocks c baiólitos, c que representam o Magmatismo Bra- supra-àtado em regiões próximas, com terrenos correla- siliano. Alguns desses corpos foram posicionados cedo a cionados com estes. Até duas fases de deformação arque- tarditranscorréncia (principal fase de deformação brasili- aaas foram descritas e comprovadas (Jardim de Sá, 1964), ana), como no caso dos monzonitos porfiros e graniu». para terrenos correlates. Uma fase mais nova (pós a tardí Uanscorrencia) está rep- Constituindo faixas alongadas, sobre os terrenos arque- resentada por granilóides porfiríticos (tipo rapakivi?) e sic- ano*, ocorrem rochas metassedimeotves e metavukano-sc- niios.

15 levantamentos

Ouadro II.2.1 - Coluna Proposta por Mello, A.A. de & Siqueira, L.P. de - Novas Considerações sobre a Geologia do Pré-Cambriano de Pernambuco Oriental - UFPe - 1971 (compreende parte da Folha SB.25-Y- C - João Pessoa).

Período Unidade Lifologi» Características Kslratigrafica

Unidade D - calcário cristalino Unidade C - xistos micáceos íxistos biotílicos Complexo com granada) P Surubim Unidade B - qiwUilos micáceof (muscovíticos), R localmente feldspáticos É Unidade A - gnaisses basais incluindo metagrauvacas e metarcósios. C A Complexo de rochas deformadas, predominan- Massas tubulares M Complexo temente "flaser", imposição granítica, B Taquaritinga localmente desenvolvendo padrões de rochas R mistas (migmatóides). com aparecimento de tipos 1 variados de cataclasitos, incluindo milonitos. A N Complexo de rochas eruptivo-meussomáticas, Embasamento O Complexo granulares, formado principalmente por granitos Fazenda Nova caicialcalinos, granodiorítos porfiróides, quartzodiorítos e áenitos (normais, porfiróides e pegmatóides).

Quadro II.2.2 - Coluna Proposta por Albuquerque, J. do P.T. & Brito Neves, B.B. de Inventário Hidrogeoló

Período Unidade L-lologia Litostratigrafic;»

Aluviões, praias e mangues Areias argilosas, areias brancas e sedimentos costeiros OUATERNÁRIO Dunas Areias

Formações Macaiba Arenitos e árgilas variegadas Grupo e Guararapes TfcRCIÁRIO Barreiras Formação Serra dos Arenitos silicificados Martins Formação Maria Farinha Calcário detrítico

Formação Gramame Calcários argilosos e calco-arenitos, fosfatos CRETÁCEO Formação Beberibe-Itamaracá Arenitos quartzosos, calciferos t arenitos fríáveis brancos e siltes

Calcários cristalinos Grupo Seridó Micaxistos, metagrau vacas e quartzitos subordinados

Grupo Caícó Migmatitos heterogêneos

Migmatítos diversos Complexo Migmalíüco-Grani tico PRÉ-CAMBRIAN O Granitos, granodioritos e granitos pórfiros Limoeiro (5B.25-Y.C-V) \

Quadro 11.2.3 - Coluna Proposta por Anadir Cardoso et alii do Projeto Extremo Nordeste do Brasil - CPRM - 1983

Eras Períodos Unidade Liloetratigrafica Litologia

Sedimentos de praias e aluvióes Areias quartzosas cinza-esbranquiçadas, argilas, altes, cascalho, em proporções variáveis, recifes e mangues QUATERNÁRIO Cobertura Colúvio-Eluvial Sedimentos arenosos com subordinação de cascalhos c s argilas. i Grupo Barreiras Arenitos de matriz argilosa, às vezes conglomeráticas. u Rochas Básicas U TERC1ÁRIO Olivina-diabásio e olivina-basalto. Formação Maria Farinha Calcários detríticos com intercalações cie níveis argilo- sos, fossilíferos. I Formação Gramame Calcários arenosos dolomíticos com margas e argilas.

Formação Beberibe-Itamaracá Arenitos friáveis com facies da Formação Itamaracá. não-individualizada.

s Rochas Magmáticas Basalto, ríolito, traquito e do Cabo Sto. Agosti-, nho.

Formação Estiva Calcário maciço, homogêneo dolomítico, às vezes arenosos pouco fossilífero. Conglomerado formado de rochas graníticas em matriz •5 Formação Muríbeca arcoseana, arcóseo, folhelho betuminoso. folhelho es- g verdeado, sflticos e arenitos. E/i v. I Formação Ponta Verde Folhelho com intercalações de siltitos arenosos. O u Formação Coqueiro Seco Arenito feldspático com subordinações de folhelhos e < raros siltitos. X Conglomerado de rocha granítica em matriz arcoseana, u Formação Cabo arcóseo feldspálíco com intercalações de folhelho. sil- titos e argila.

Formação Penedo Arenito de granulação média com subordinação de folhelho Biotita-gnaíssc, biotita-gnaisse pranadífero, biotita- Complexo Mclassedimenlar xisto, quartzito, calcário cristalino, anfibolitos, calcíssí- I licátkas, porções migmatíticas e granitóides variados. Gnaisses com áreas de domínio de anfibolitos, calcissili- Complexo Gnájssico-Migmatítico cáticas, lentes de calcário, gabros, eciogitos, piroxenitos e granulitos, diatexitos e metatexilos e granitóides variados. Complexo "Flaser" "Flaser" granítico englobando rochas facoidais esti- radas e dobradas. I Diatexitos e metaiexttos, incluindo gnaisses migmatiza- Complexo Mígmatítico-Granitóide dos, granilóides variados com áreas de predominância de granitos, tienitos, diorilos e granodioritos. Adaptada por Antonio Guedes Barbosa - 1988

17 \

Quadro 11.2.4 - Coluna Adotada pelo Projeto

Aluviões(Qa) CENOZÓICO Coberturas colúvio-eluviais (Qe) Coberturas Formação Barreiras, constituída de arenitos grosseiros com matriz argilosa pouco Sedimenlares consolidados, às vezes conglomerámos com estratificação de argilas variegadas (TQbJ

Rochas Fiionêanas Diques ácidos (da) Diques básicos (db) PROTEROZÓICO Grani tóides tardi a Sienitos alcalinos com aegirina quartzificados, granulação mídia, coloração avermelha- SUPERIOR pos-transcorrência da e aspecto bandado. (PS73K). Granitos porfiríticos, coloração cinza, contendo cristais de feldspato manteados, rapa- kivi?(PSi3C). Grarutóides Granitos finos, coloração rósea a avermelhada, gnaissificados, apresentando porções sinlranscorrência sieníticas e trondhjemfticas nâo-individualizadas (PS73B). Monzonitos porfiros mesocráticos, foliados, contendo porções granfticas ricas em mi- croclina, granada e homblenda (PS13A). Complexo Biotita-xistos granadíferos com sillimanita, is vezes gnaissificados, biotita-gnaisse Surubim granadíferos com sillimanita e cordierita, migmatizados(PIsuçnx)contendo "bombas vulcânicas" (BV) e lentes de metavulcânicas anfibolfticas (MV), onde indicados. Quartzitos maciços, raramente esiratificados, grosseiros e de coloração variegada, por vezes arcoseanos, contendo muscovita, sillimanita e mais raramente biotita(Plsuqt)j PROTEROZÓICO Complexo Anortositos andesínicos, maciços, granulação mídia a.grosseira com porções recristali- INFERIOR Anortosítico zadas e associadas a dioritos não-individualizados P b 1B). de Passira Rochas gabróides anfibolitizadas, fortemente intemperízadas, incluindo níveis ferrí- feros com mineralizações de Fe,Ti e V, onde indicados (P81 A). Gramlóides Ortognaisse de composição granítica a granodiorítica, coloração creme e granulação fina a média (P71B). Oriocnaisses dioríticos a lonalíticos, mesocráticos, cranulação fina a média (Py 1 A). Biotita-paragnaisse com granada e sillimanita, coloração etnza-escura, granulação mé- dia, contendo "sheets" de leucogramtos e diques de composição quartzo-feldspática, não-individualizadas (Apgn) e diques de anfibolitos (ANF), onde indicados. ARQUEANO Complexo Migmatitos com paleossoma de biotita-metatonalitos e homblenda-ortognaisses tonalí- Gnáissico- ticos e neossoma de composição granítica a granodiorítica gnaissificada, apresentando Migmatítico elevado grau de homogeneidade (Amiq); diques de andesina-diabásio e basalto cortam a seqüência. Ortognaisses graníticos, granodiorílos, lonaLticos (biotita e homblenda-tonalitos) migmatizados (Aogn) e lentes de homblenda-gabros (Hgb) onde indicadas. Lànociio (SR25 Y-C-V)

\ Finalmente, na porção mais oriental da área, ocorrem vezes orientados. O anfibolio te apresenta hipidiomórfico sedimentos arenoargüosos pouco consolidados da Formação xenomorfico; entre os acessórios comuns o zircâo, invarà: Barreiras, que capeiam indistintamente as rochas do Pré- velmente, ocorre incluso na biotita; a apatita ocorre dispersa Cambríano. na matriz, assim como os opacos; o carbonato e »*g"«"« alterações ligadas do plagioclásio e da biotita a eles ocorrem associados. A associação petrogáfica descrita sugere que 2.2 Complexo Gnáissico-Migmatftico essas rochas tenham atingido condições de faties anfibolito. Nas regiões central e norte predominam biotita -gnaisses, Nesse complexo foram reconhecidas duas associações biotita-hornblenda-gnaisscs migmatizados, com composição biológicas, cujas características petrográfícas evidenciam do- tonalítica, diorítica e monzoniüca, não individualizadas. mínio de rochas paraderivadas e outro onde predominam São rochas de coloração cinza a verde, granulação média tipos gnáissicos ortoderivados algo migmatizados, ocupando a grosseira, onde se destacam porfirodastos quartzo-felds- aproximadamente 40% do total da área mapeada. paticos. O bandamento gnáissico é penetrativo, decorrente Dentro do domínio das rochas ortoderivadas, por sua do estiramento dos cristais de quartzo e de feldspato alter- vez, dois conjuntos biológicos foram individualizados com nando-se com bandas máficas ricas cm biotita c anfibolio. respeito à intensidade dos processos de migmatização. Em alguns locais tem-se a presença de sheets do granito fino (PSy3B), tipo serra do Mascarenhas, com desenvolvi- mento de dobras em "Z" (foto 11.2.1). 2.2.1 Ortognaisses nigmatizados (Aogn) Os efeitos de uma tectõnica de transposição podem ser constatados no engenho Tambor, a SE de Timbaúba, onde Trata-se da unidade biológica de maior expressão do os cristais de quartzo e os de feldspatos ocorrem localmente Complexo Gnáissico-Migmatítico, ocorrendo em forma de dobrados e rompidos. Por vezes também ocorrem diques faixas alongadas com direção geral NE-SW, aflorando em de granito fino (PSy3B), e veios quartzosos truncando suas três panes distintas: a SE da folha, abrangendo as cidades estruturas (fotos II.2.2 e 11.2.3). de São Lourenço da Mata, Chã de Alegria, Paudalho e Ao longo do rio Capibaribe-Mirim, a sul do sítio Cruz Usina São José; na parte central, em torno das cidades de dos Caboclos, essa rocha gnáissica está cor»ada por diques Limoeiro, Nazaré da Mata e , e, finalmente, na de olivina-basalto com até l,0m de espessura. Trata-se de parte mais setentrional, ocupando áreas dos municípios de rocha de cor verde a cinzenta-escura, granulação fina, ma- Sirigi, Timbaúba, e São Vicente Férrer. ciça e de densidade elevada. Possui estrutura porftrítica, Morfologkamente apresenta-se arrasada e, devido à textura intergranular, constituída por fenoenstais de oüvina, grande incidência dos sedimentos do Grupo Barreiras na parcial ou totalmente transformada em serpentina. O pla- parte oriental da área, bem como de coberturas eluviais gioclásio labradorila aparece em forma de ripas sem orien- recentes na parte central, os seus afloramentos são bastante tação preferencia] mas corroídos por Uinopiroxênio. O pleo- escassos. croísmo determinado parece indicar presença de titânio na Seus contatos com as demais unidades em campo são composição. raramente observados; entretanto, em fotografias aéreas ve- Próximo à localidade de Murupe, ao longo da zona de rifica-se que esses limites ocorrem quase sempre por zonas cisalhamenlo de Vicencia, observa-se "megaboudins" (fotos de cisalhamentos contracionais gerais NE-SW. Compõem-se 11.2.4 e 11.2.5). Tanto os boudins como as encaixantes são de gnaisses de vários tipos, com intercalações anftbolílicas da mesma composição gnáissica, ortoderivada. cortadas por diques de composição ácida e básica normal- A leste de Limoeiro, no leito do rio Capibaribe, esse mente bastante intemperizados. litótipo apresenta-se intensamente migmatizado e em conta- Na parte SE predominam biotita-ortognaisses com horn- to na zona de dsalhamento contracional com rochas xistosas bicada, de composição tonalítica, algo migmatizados, com do Complexo Surubim. Nesse local observa-se a presença partes graníticas ricas em biotita, contendo, ainda, quartzo de dobras pitgmáticas e o desenvolvimento de figuras de e feldspato. Apresentam coloração variável, desde o cinza- interferência tipo bumerangue. Observa-se no entanto que claro até o creme; graoulaçáo, em geral, de fira a média, o bandamento gnáissico está preservado e truncado por podendo localmente variar até grosseira. Esses litótipos diques de anfibolito deformados e também afetados pelos constituem paleóssomas de migmatilos que exibem uma processos de migmatização (fotos 11.16, U2.7 e n.2.8). série de estruturas onde se destaca o tipo estromálico. O Na região do Engenho Primavera estão parcialmente ncouoma pode ser coocordante ou não com o paleossoma; intemperizados e cortados ainda por dique de microdiorito é comum a presença de corpos graníticos localizados, co- porfirítico que contém cristais bem desenvolvidos de oli- mumente de coloração rosa e granulação fina. Estes mos- godásio. A sul da cidade de Itaquitinga tem-se uma parte tram uma textura lepidogranoblástica a granoblástica, inc- mais alterada, onde se observa o desenvolvimento de erosão qüigranular, orientada. O mosaico é constituído por porfi- eafcroidal. rodastos de k-feldspato, geralmente micropertftico com al- Esse ortognaisse pode apresentar textura de fluxo com gumas inclusões de tlbita-olígoclásio, geralmente associados quebramento e com recristauzaçáo da matriz original ou com quartzo xenotnôrfico e interstidal. A biotita é o máfico ainda com desenvolvimento de textura variável de lepído- predominante e ocorre em aglomerados alongados, por granoblástica a nematogranoblastica ioequigranular orien-

19 da A associação principal l constituída por intercresci- diabásio. com alt lm de espessura trancando o bandamento nemo de K-iekbpato e plagiocttsio hipidiomorfico, orien- gnáissico. Em geral essas rochas possuem colorarão escura, Udo e geminado polissinteticanienie. O quartzo ocorre co- estrutura maciça, granulação fina, elevada densidade e com- mo blastos de recristalizacâü, coca indícios de deformação posição a base de plagiodásio, tremolita-actinolita, biotita, mecânica; o anfibólio presente 6 hornblcnda rica em ferro, opacos e material argUo-micáceo. em equilíbrio instável com a biotita que está comumente A ação de forte tectõnica de dobramento, com inúmeras inclusa no anfibólio. O zircâo e a titanita estão associados microdobras de plano axial vertical c de lineação de rake aos máficos, enquanto o epidoto, juntamente com a titanita, forte, está registrada nos ortognaisses bandados Fundamen- participam da reação que desestabiliza o anfibólio. talmente, as rochas migmatíticas diferem dos ortognaisses A paragênesc desenvolvida registra condições de meta- anteriormente descritos, na presença acentuada de material morfismo que variam da facies anfibolito baixo a médio. neossomáiico-pegmatóide de composição quarlzo-fcldspá- As análises petrográficas da unidade estão sintetizadas tica. na tabela 11.2.1. O resultado das análises petrográficas referentes a essa unidade acha-se relacionado na tabela 11.2.1.

122 Mígmatitos (Amig) 223 Paragnaisses (Apgn) Essa unidade possui ocorrência muito restrita na região mapeada. Ocupa um núcleo ovalado de apenas lüOkm" Têm sua distribuição restrita na parle localizada a sul localizado na parte centro-sul da folha, que envolve as de Timbaúba, envolvendo partes do corpo granítico da serra cidades de Glória do Goilá e Paudalho. Morfologicamente do Mascarenhas até a localidade de Murupe. São para- apresentam-se bastante arrasados, com afloramentos rastei- gnaisses com granada e sillimanita, ocorrendo cm forma de ros (lajedos) sem ressalto topográfico. faixas contínuas c alongadas, concordantes com a estrutura Seu coníato, que ocorre por falha com os metassedi- regional de direção geral NNE-SSW. mentos do Complexo Surubim, pode ser observado tão so- Morfologicamente não chegam a constituir destaques mente ao longo do rio Capibaribe, próximo à cidade de topográficos e, apesar de muito intemperizados, apresentam Paudalbo. Naquela localidade dominam bornblcnda- suas melhores exposições na estrada que liga Aliança a gnaisses fortemente migmatízados, de coloração verde-clara Timbaúba. Nesse trecho observa-se que seu contato com e de gr anulação média, estrutura fortemente orientada, com as rochas do Complexo Surubim se processa através de uma bandamento gnáissico bastante desenvolvido, com interca- zona de cisalhamenio contracional. Verifica-se também que, lações de níveis félsicos e máficos de granulação fina a ao contrário dos metassedimentos do Complexo Surubim, média. esses paragnaisses estão fortemente injetados por sheets dc Nos engenhos Fortaleza e Pau Branco essa unidade se leucogranitos e por diques dc composição quartzo-felds- dispõe na forma de pequenos afloramentos, em relevo igual- pática dc granulação grosseira (foto 11.2.9). mente arrasado, com segregações quartzo-fcldspáticas e No engenho Cardoso o contato com os ortognaisses do fortes efeitos de transposição. Entre as cidades de Glória embasamento se processa dc maneira brusca c pouco visível de Goitá e Chá de Alegria, nas pedreiras, observa-sc a por causa do elevado grau de alteração existente. No en- presença de biotita-metalonalitos c biotita-metagranitos, tanto, foi possível constatar que a rocha dominante é um com núcleos diatexíticos. São rochas de coloração variável, paragnaisse com sillimanita, cortado por diques de anfibolito de branca a creme, de granulação fina a média, exibindo truncando scu/a/vir antigo, comportamento típico de rochas estruturas tipo domo com formas alongadas, cujo eixo maior do embasamento. dispõe-se segundo a direção nortc-sul. As partes mais es- Ainda na região do engenho Cardoso há uma facies curas são representadas pelo melanossoma biotítico e as mais xistosa, contendo como principais constituintes biotita, partes mais claras pelo leucossoma quartzo-feldspálico. A plagioclásio, granada, sillimanita e cianita. Quanto à rocha análise pelrográfica de uma facies de composição granftica gnáissica, tem coloração cinza-esverdeada, granulação fina revelou textura lepidogranoblástica a nematogranoblástica a média, estrutura geral orientada e incipiente bandamento pouco orientada. O quartzo, principal constituinte, ocorre gnáissico, exibindo quartzo, feldspato, muscovita, granada preenchendo faixas intersticiais em contato com o plagio- e sillimanita. dásio geminado poUssintelicam 'can grãos (enomórficos. Nessas rochas observa-se o desenvolvimento de textura O feldspato alcalino é micropertita ou microeúna. A horn- granolcpidoblástica a lepidogranoblástica, eqüigranular, c- blcnda é o anfibólio presente, comumenle alongado e orien- rientada. O feldspato possui grãos subarredondados e/ou tado, c está associado à biotita. A titanita é o acessório hipidiomórficos, triturados e com recrislalização mecânica predominante,de preferência prismática; enquanto o zireão nos bordos, de granulação extremamente fina, juntamente e a apalita aparecem em pequenas proporções dispersos com os cristais de quartzo. A biotita parece ter geração na matriz. As paragêoeses descritas indicam que o grau distinta da moscovita. Esta exibe intensa deformação com metamórfico eqüivale à facies anfibolito. encurvamenlo de clivagem e desenvolvimento de kinks. A Na região de Paudalho, ao longo do rio Capibaribe, biotita ocorre disposta em agregados (luxuosos, hipidio- ressalta-se a presença de diques de basallo e de andesina- mórficos e xenomórficos alongados. O quartzo acha-ie for- 1

Tabela IF.2.1 - CompjKkjan Mutlal Aproximada - '.(/Wn), Mi|:nuililos(Ami|:)e l'araf!nai«esrApj!nl.

Ortognabscs ftranftlcoti. Cranodloritkos (Ao«n) Mlgmatilos Paragnalum (Ape) 27» 2M 2*7 290 299 30SA 3O5C 226A 249A 249B 25IA 293R 29< 301 301 301A Mtawr.% in 104 123 Quartzo 30 30 30 35 30 10 10 5 20 20 20 25 12 35 30 40 35 31 23 Plagmclfeio 22 30 20 13 40 35 60 45 35 20 28 25 36 23 37 2K 21 67 25 HornblciKla 20 3 50 25 20 15 35 3 5 17 Biotita 15 17 20 18 15 10 10 26 10 10 15 15 6 7 in Titanita x X 2 1 1 x <•[ Ctorila x x 2 X X Apatita X X X 2 X X X x Zircão x X X X X X Epidoto Sericita Allanila Argila Hid. Opan» 1 x Granada Muscovita I Turmalina Microclina 10 18 28 30 15 25 so 33 ' 3 22 23 Ifi x 45 Micropenitas Mkroantipeftita Carbonato Oxido de ferro Fenohastingsita Dioprfdio Magnetiu

AG-278 Bkrtita-hoinblenda-piaiat AG-226A Protomilonito AG-303 Bioiita-homblenda-piaisM AG-280 Biotita-gnaisse AG-249A Granito AG-104 Milonito AG-287 Bmtita-ortognairae AG-244B Homtilenda-biatita-gnaisx AG-123 Proiomilonilo AG-2S0 Biotita-gnaisK AG-251A Biotita-granico AG-2W Biotita-gnimdroritD AG-293B Hiotita-hornblenda-gnaisK AG-3O5A Tonalito AG-296 Biotita-gnanse AG-305C Bioíita-quartto-moníodiorito AG-2<*7 Honiblenda-hiotita-fnMisat AG-2O7A Bi-horn.-oftognatnequartzodioritico AG-301 Biocita-metagraniio ftofnm* I*viiiMmento« Cieotópo* Risicoi do Brasil

(Continuação) Tabela 112-1 - Composição Modal Aproximada

PMafJHi i (Apçn) ! T 12 129 • Mf ' 245A 2*4 ! 2M 20 2» 129A Minerais *~~^—-^__ «253 Quartzo 35 20 17 15 20 30 40 30 45 5 35 PlagiocUsio 25 25 25 35 30 40 45 23 20 15 25 60 Horafclcnda 15 55 Biotila 35 10 30 8 20 5 2J 5 15 Titanita 1 2 Cicrite t Apalíte X i X 1 Zircão i X X Epidoto i 20 X Sericiia X [ Allanita i Argila X j Hid. de ferro Opacos

AG-126 Bi-Pl-xistocilalhado AG-129 Prolomilonito AG-206 Anfibólio-biotiU-ortopuií» AG-245 A BioCita-quanzo-monzonito AG-253 Miloniio AG-264 Hornbltnda- granodioriio AG-266 Biocüa-granodioríio AG-268 Mica-quarfzo-xiito AG-269 Mikmilo AG-238 Anfibolifo AG-I29A Bioliu-fiiaisM-protomilonilo AG-264A Olivina-haialio Btuicioaal

22 limoeiro (S&2S-Y-CV)

\ temente deformado e recristalizado, com as bordas de de- com os metassedimentos do Complexo Surubim e, a SW, formação dispostas segundo a orientação principal. A gra- com os ortognaisses de composição granftica a granodio- nida ocorre em pequena proporção e o zírcáo, subarre- rftica sintangenáais, cujo contato, além de difuso, acha-se doodado, aparece incluso no quartzo. freqüentemente encoberto. Nas imediações do Engenho Pureza, na estrada que liga O corpo de Manguba, a SE de Limoeiro, possui com- Aliança a Timbaúba, essa unidade encerra diques de anfi posição predominantemente diorítica com porções migma- boatos finos, que possivelmente representam derrames ou títicas, que incluem pequenos xenólitos e diques de anfibo- soletras. Trata-se de uma rocha esverdeada, de granulação lito fino (metavulcânicos ?), bem como diques de monzonito geralmente afanítica, formada essencialmente de anfibólio pórfiro. Seu contato a SE com os metassedimentos tem a e de feldspato. A estruturação é de aspecto maciço; local- assinatura da zona de cisalhamento de Paudalho. mente observam-se pequenos níveis de composição félsica Na parte sul, apresenta-se envolvendo os monzonitos que lhe imprimem aspecto gnáissico. Apresenta textura ne- sintranscorrência e as rochas do Complexo Anortosítico de matogranoblástica orientada, bastante deformada c ineqüi- Passira, com contatos freqüentemente encobertos. Os outros granular. A matriz e constituída fundamentalmente de epi- lados fazem contato com os ortognaisses do embasamento, doto, quartzo e feldspato. Os porfiroclastos estão repre- e são seccionados a NW pela zona de cisalhamento de sentados por hornblenda e plagioclásio. O feldspato geral- Limoeiro. mente possui hábito alongado e, associadas, ocorrem som- Finalmente, tem-se, a norte de Limoeiro, o corpo de bras de pressão assimétricas de quartzo e também de felds- Piauíra que constitui a serra homônima com 273m de alti- pato. O anfibólio (hornblenda) exibe cristais hipidiomór- tude, totalmente incluso nos ortognaisses do Complexo ficos, imersos em fina matriz recrístalizada. O epidoto é Gnáissico-Migmatílico. Lá, os contatos são bruscos e visíveis xenomórfico compondo a matriz ou, ocasionalmente, recris- em foto aérea, sendo que na porção sul acha-se limitado talizado em veios. Secundariamente aparecem zireão, tita- pela zona de cisalhamento de Urucuba. nita c opacos. As análises petrográficas revelaram que os principais O contato dessa unidade com o granito da serra do constituintes são quartzo, feldspato (oligoclásio e micro- Mascarenhas encontra-se encoberto e 6 de difícil delimi- clina) c biotita. O quartzo, em geral xenomórfico, tem tação no campo. A análise fotográfica sugere que esse conta- contornos semicurvos c ameboidais. O plagiuclásio, repre- lo 6 brusco e está intimamente ligado à presença de falha- sentado pelo oligoclásio, varia de hipidiomórfico a xeno- mentos de direção geral NE-SW. mórfico com geminação polissintética e contatos irregulares. Em função das observações de campo, aliadas às análises A microclina ocorre na forma de pequenos cristais, às vezes petrográficas que permitiram identificar o quartzo e as mi- geminados ou exibindo microperlilas com textura de subs- cas como principais marcadores deformacionais, essa uni- tituição, contatos irregulares e um incipiente processo de dade se caracteriza como de provável origem paraderivada, sericitização em suas bordas; a biotita, com coloração le- afetada por metamorfismo de grau anfibolito, na concei- vemente esverdeada, define uma xistosidade discreta dentro tuação de Winkler, 1977. A tabela 11.2.1 contém os resul- da rocha. Os principais acessórios são hornblenda, epidoto, tados das análises. zireão, allanita, argila e sericita. Essas rochas apresentam foliações incipientes e não se verificou até o momento evidências de que sejam cortadas 2 J Rochas Pré-Orogênicas pelos diques que truncam a foliaçáo Sn dos ortognaisses arqueanos, nem contatos secantes com as rochas do Com- 2J.1 Ortognaisses dioritlcos a tonalftkos (Ply 1A) plexo Surubim. Por outro lado, na serra do Munguba apre- sentam as mesmas deformações dos anortositos. Assim, esse Esses litótipos são encontrados nas partes central e SW litótipo pode referir-se a instrusôes pré-orogênicas (em rela- da área, na forma de corpos alongados, modelando ressaltos ção à tectônica tangential transamazônica), sin ou pré-de- topográficos que constituem as serras de Água Branca, posiçáo da pilha vukano-sedimcntar do Complexo Surubim. Piauíra e Munguba, onde são encontradas as suas melhores Dentro dessas limitações, a idade mais aceitável para exposições. essa litologia é Proterozóico Inferior, anterior ao Ciclo O corpo de Água Branca localiza-se no município de Transamazônico. Buenos Aires; cm antiga pedreira (foto 11.2.10) observa-se que esses lilótipos possuem coloração clara, granulação fina a media e marcante orientação dada pelos cristais de biotita 232 Ortognaisses granítícos a granodJorítkos (PlylB) e bornblenda (foto D.2.11). Localmente, verifica-se a pre- sença de veios quartzo-feldspáticos concordant» ou não Acham-se representados por um único corpo alongado com a estrutura geral da rocha. De modo geral, trata-se de segundo a direção NE-SW, localizado na região de Urucuba, rocha tonalitica, mas o teor de microclina determinado na parte centro-oeste da área investigada. indica tendência para rocha de composição diorítica. Esse Seus afloramentos são rasteiros, ao nível do solo, c as corpo limita-te a sul por uma falha de empurrão e, a melhores observações são realizadas nos blocos in situ que nordeste, com os ortognaisses do embasamento. A norte, ocorrem em seu domínio. Encontra-se envolvido, na parte bmiu-te por meio da zona de dsalhamento de Urucuba norte, pelo ortognaisse Água Branca; a sul e SW, pelos

23 GeokSpco. Btéa* do Bntil neui&edimentos do Complexo Surubim e, a NE, pelos or- 2A2ABortosUoa(PIilB) togr.;ti« do embasamento. Com exceção do contato NE, que se processa cm zona de ásalhamento, os demais são Os anortositos são rochas mesocráticas, de estrutura interdict»*» e de difícil demarcação, sendo possível apro- maciça, granulação variando entre fina e grosseira, fre- áma-kK mediante fotografias aéreas. qüentemente fraturada e raramente orientada. São rochas de granulação fina a media, coloração branca De modo geral, são encontradas alteradas e produzem a rosa-acinzentada, incipientemente orientadas; compõem- quase sempre afloramentos rasteiros e intemperizados, for- te de quartzo, plagioclásio, hornblenda, microantipertitas, necendo como produto de alteração um solo argiloso de micropcrtitas e microclina, a^m de hidrõxido de ferro, a»us- coloração clara, que serve como principal elemento para covita, allanita, titanita, apatita e opacos pretos como aces- separá-las de suas encaixantes, as quais originam solos aver- sórios. Localmente apresentam partes tonaliticas e, freqüen- melhados devido à presença de níveis ou lentes de gabros temente, acham-se cortados por pequenos diques de micro- anfibolitizados e corpos de ortognaisses diorílicos a to- granodiorito porfirítico exibindo cristais de plagioclásio (oli- nalíticos. goclasio e andesina) zonados. Apesar do elevado grau de alteração, suas melhores Esses litóüpos também foram considerados pré-orogê- exposições são encontradas nas regiões de Tamanduá, fa- nicos, tendo sido introduzidos no embasamento nas mesmas zenda N.S. do Livramento, Sipuá, Sabão c riacho Maracujá. condições consideradas para os ortognaisses anteriormente Nas duas primeiras localidades exibem coloração predo- descritos. minantemente clara, contendo partes máficas de composição Os resultados do análise petrográfica dessa unidade gabróide-anfibolílica concordantc com a estrutura geral ob- acham-se relacionados na tabela 11.2.2. servada (foto 11.2.12) e faixas tabulares de feldspato de IScm de comprimento e 6cm de largura, distribuídos pa- ralelamente à massa rochosa (foto 11.2.13). 2.4 Complexo Anortosítico de Passira Nas regiões de Sabão e Sipuá, em pequenos cortes de estrada, observa-se que esse litólipo possui coloração clara, Na Folha Limoeiro restringe-se à sua extremidade SW, granulação fina, textura pulverulcnta e cristais de feldspato apresentando-se sob a forma de um corpo maciço alongado intensamente fraturados. Em Sipuá é marcante a presença segundo a direção geral NNE-SSW, incluindo, além das de um dique de sienito com 99% de microclina, cortando rochas gabróides contendo mineralizações de ferro-titânio as rochas anortosíticas. com vanádio, outros litóüpos também individualizados como No riacho Maracujá se encontram blocos in situ de monzonitos e sienitos. coloração cinza-clara, granulação grosseira, com os cristais de feldspato apresentando jogo de cores, caracterizando o fenômeno de chatoyancy, comum nesse tipo de rocha. Aná- 2.4.1 Gabros anflboliUzados (Ph IA) lises petrográficas revelaram composição bastante variável, onde se destaca a presença de andesina, representando mais Esses corpos têm sua distribuição limitada à parle NE de 95%, dos constituintes, com teor de anortita entre An44 do Complexo Anortosítico, ocorrendo sob a forma de lentes e An45. Sua mineralogia é completada por biotita, horn- alongadas, segundo a direção NE-SW, alcançando até 100m blenda, muscovita, titanila, epidoio c opacos. O plagioclásio de espessura aparente. apresenta, por vezes, bordas de mirmequitas, leve conta- Apesar de se apresentarem freqüentemente inlcmpc- minação por hidróxido de ferro pulverulcnto, incipiente rízados, cm algumas localidades, como Sabão c serra da alteração para muscovita e peninila, com processo inicial Munguba, chegam a formar ressaltos topográficos de des- de carbonatação e algumas inclusões de diversos tipos de taque. minerais máficos. Quando frescos, exibem coloração verde-escura, granu- Rochas diorjticas não individualizadas ocorrem, consti- lometría fína, textura granoblástica e incipiente orientação. tuindo níveis centimétricos concordantes, destacando-se os Na paragênese mineral destacam-se: hornblenda, tremoüta, afloramentos encontrados no riacho Maracujá e na região plagioclásio, quartzo e titanita. de Tamanduá de Passira. Apresentam-se com granulação Na região de Sabão ocorrem no contato dos anorlositos fina, compostos de mistura de pequenas segregações de com todas as encaixantes regionais: os metassedimentos do forma irregular, com coloração rosa-clara a esverdeada. Complexo Surubim, os granitóídes da serra da Bengala e Compõem um mosaico de grãos de plagioclásio, com epi- os ortognaisses díorítico-tonalfticos. Na serra cio Munguba doto em extensos agregados granulares e contínuos dis- apresentam-se na forma de lentes paralelas, em contato tribuídos irregularmente na massa rochosa. O quartzo é com os ortognaisses tonalíticos. A relação de contato entre intersticial e a hornblenda forma concentrações xenomôr- esses corpos é sugerida, principalmente, a partir de foto- ficas, as lamelas de biotita alteram para epidoio, carbonato, grafias aéreas, uma vez que, no campo, encontram-se quase clorita e muscovita em distribuições irregulares. Em meio sempre encobertos. Essas rochas gabróides são portadoras ás concentrações ferromagnesianas ocorre, ainda, titanita de mineralização de ferro, titânio e vanádio, c, segundo por liberação da biotita, formando agregados granulares Costa et alii (op. cit.), podem conter até 76% de com núcleo de opacos. 13% de T1O2 e 0,4% de V2O5. Esses anortositos exibem bandamento supostamente de

24 Umotito (SB 2S-Y-C-V)

\ origem Ignea e acamamento gradackmal, que indica condi- várias cerâmicas do Recife. f ção de emplacement em ambiente tectonkamentc estável, Suas melhores exposições encontram-se na parte cen- ! e proximo a horizontal. De modo geral, constituem corpos tro-oeste da folha, a partir de Lagoa Comprida, com direção maciços, granulação por vezes grosseira, forma dômica, con- NE-SW. Próximo ao engenho Jucá, sofrem influência da tendo nas bordas rochas ferromagnesianas de granulação zona de cisalhamento transcorrente de Vicência, assumindo mais fina e orientadas paralelamente aos contatos. Enqua- a direção este-oeste do falhamento. Em Lagoa Comprida, dram-se no tipo descrito como Adirondack por Buddington t marcante a presença de uma teclõnica plicativa com des- (1938, in Biondi, 1986). As análises químicas revelaram envolvimento de dobras em caixa e cm chevron (foto 112.15), natureza sódica e as petrográficas (tabela 11.2.3) referen- fato lambem observado cm Chã de Alegria, onde o acama- ciam-no como tipo andesínico. mento está preservado e dobrado, com desenvolvimento de Ouanlo à idade, não existem dados concretos. No en- lincação de estiramento não muilu penetrativa. tanto, devido ao seu posicionamento intrusivo em gnaisses Pelrografícamente, apresentam grande variação compo- c migmatitos do Arqueano e por não cortarem rochas me- sicional (tabela 11.2.4), onde, além do quartzo que chega a tassedimentares do Proterozóico Inferior, advoga-se uma ser responsável por 75 a 99% da rocha, ocorrem também idade máxima equivalente a pouco mais nova que as rochas sillimanita, muscovita, serictta e, por vezes, biotita. meiassedimentares do Complexo Surubim. A associação mineral (presença de sillimanita) indica que o mclamoríismo atingiu a facies anfibolilo alto. Sua posição basal c sua ampla dstribuição podem sugerir que representam antigos cordões litorâneos. 2.5 Complexo Surubim

Foram identificadas, na Folha Limoeiro, duas faixas per- 2.5.2 BiotíUMústos e gnaisses (Plsugnx) tencentes a esse complexo, localizadas nas porções sudeste e central da área. Estão estruturadas na direção NE-SW. Esses litõtipos, não-mapeados separadamente, consti- Suas melhores exposições são encontradas nas regiões de tuem os principais componentes do Complexo Surubim; Limoeiro, Feira Nova, Paudalbo, Viccncia, Aliança, Macujé ocorrem em duas faixas alongadas e paralelas na direção c ; predominantemente constituem-se de biolita-xis- NE-SW, separadas por rochas do Complexo Gnáissico-Mig- tos, com granada e sillimanita, e gnaisses com granada, matítico. Seus contatos com os quartzitos e com as rochas sillimanita, cianita e cordierita, localmente migmatizados, do embasamento nem sempre são visíveis no campo. São contendo lentes de anftbolitos, prováveis "bombas" vuicá- sugeridos a partir de fotografias aéreas. A maior incidência • nicas e níveis de quartzitos. de afloramentos c encontrada na parte mais ocidental da área. Morfologicamentc não apresentam grandes ressaltos to- 2.5.1 Quartzitos (Plsuqt) pográficos, e suas melhores exposições estão localizadas ao longo do rio Capibaribe, nos arredores de Paudalho e a Constituem níveis de grande continuidade com espessura leste de Limoeiro (faixa sul), e nas circunvizinbanças de aparente variando de 100 a l.OOOrn, formando cristas des- Aliança, Buenos Aires, Macuje e Goiana (faixa norte). tacadas topograficamente. Ocorrem principalmente nas re- Na faixa sul, os biotita-xistos têm coloração escura, giões setentrional e oriental da folha em torno das cidades granulação de fina a média, contendo freqüentemente por- de Chã de Alegria e Paudalho. Nas partes sudeste e central firoblastos de granada distribuídos na matriz formada de incluem as localidades de Lagoa Comprida, Angélica e biotita, quartzo e feldspato. Na localidade de Tamanduá de Viccncia. Têm cor branca a amarelada, granulação de média Passira, noroeste de Feira Nova, observa-se a presença de a grosseira, por vezes silicificados, exibindo cavidades su- cristais de granada de pré a sin-tectõnica, com desenvolvi- bangulares centimétricas de material residual, de coloração mento de planos C, indicando movimento tangencial para amarronzada, por ttnviação de minerais intemperizados. NNW. Ocorrem intercalados nos xistos e gnaisses da seqüência A textura é predominantemente granolepidoblástica, metassedimentar, podendo, contudo, posicionarem-se tam- sendo que os mais importantes constituintes minerais são bém na base, conforme se verifica na região de Chã de quartzo, feldspato, biotita, granada, mica branca e alumos- Alegria, onde se sobrepõem aos ortognaisses do embasa- silicatos O quartzo se apresenta em grãos xenomórficos mento. Na região de Paudalbo, envolvidos cm zona de alongados, com extinção ondulante e contatos expressa- dialhamento, encontram-se bastante silicificados, intensa- mente irregulares, em freqüente associação instável com a mente fraturados c a exibirem textura de sacaroidal a pul- muscovita, ocasionando a quebra deste último e gerando verulenta e aspecto Jeitoso (foto 11.2.14). Segundo infor- fibroüta, que aparece sob forma de inclusões fitadas e alon- mações locais, essa região foi objeto de pesquisa de ouro gadas no quartzo. Tanto a fibrolita como a sillimanita foram aa década de 40. Outra feição desse nível, observada no identificadas formando pequenas concentrações; a serícita, engenho Pindoba, a NE de Paudalho, t sua profunda alte- finamente cristalizada, ocorre em forma de nódulos alon- ração e textura grosseira pulverulenu, originando verdadei- gados. As lamelas de biotita e os cristais de feldspato estão ros níveis arenosos essencialmente quartzosos, utilizados em presentes por todo o mosaico, assim como os cristais de

25 r*rofnma l^vinumeniw Geolópc» Basin» do Brawl

11.2.2 - Cumpcnuic Modal Apto«im»ti Gniuidufc} Prf-OrogcniaK

Orf«—to€»Ptoritto>.To—Btic»(PS-HA) (PSTflBl H | HO I U5 11« I It» I I«7A I ITO I 51» I $1» I Iff! | 1*0A 5» 77 40 30 4n X 22 X 35 30 X 45 60 X f I 40 5 X HomMcndi 13 3 Biotiu Til>niu Clonu Ap«tiu Zircio Eptdolo Stnciu AlUmU Arftl» Hid de ferro OpKW Granada Mtucovitl TurnuJitu Micrnchna 35 20 25

Microamipcmu Microprmu MinnequiU Casitcriu

AG-07 Flogopiu-xisto eon) eiupoliu AC-165 Biotiu-puincdt composição pantlica AG-60 Tonilito puiuificado AG-166 Bioiifa-giuiSK dccomposKjio panidcA AG-81 HorDbkrKfabicKiupuiiir AG-16S Biotiu-frarilo AC-92 GranodionioorienudD AG-187A Toiulilo mnocritico AG-97 Bluioprolocauclasiio ohenQuI AG-190 Protomilonilo de composição granodioritica AG-98 Diorilo onenudo AG-S18 PlapiocÜMo-inflboUlo AG-100 QuwCo-diohioonenado AG-519 Hombicnda-nKUIoiulito AG-187B Dionto mesocrftico AG-190A GrannocaucUsIico AG-58 Miaognnodiorilo potfirflico AG-77 Gnnilo

Tabcb.II.2.3 - Complexo Anortosílico de Passira Composiçk) Modal Aproximada

^"^-^-^^^ AniMlr» AG AnortosítosPolB Minerais (%) ^~"""^\^ 091 174 17» IRS 1*9

Quartzo X T. Plafioclásio n x X X X Hornblenda X X Biotiu x x X X Titanita x x X X Cloriu Apatiu X X Zircio X Epidolo x x X X Sericita Allanita Argil» Hid. de ferro Opacos x x X X Granada X Muscovila x x Tiirmalina Microclina

AG-091 Anortosito AG-174 Anortosito fino AG-179 Dioritoleucocrilicoepidofizado AG-185 Anortosito fino AG-186 Diorito pórfiro mesocrllico orientado Tabela 11.2.4 - Compo-lo Modal Aproximada Complexo Sunibjm

^-^~^^ AanatraAG HM1U- Xisto Uranadf fero (P Isuenx) nintHa-Canh» CranadffcrodMtuenx) Quartdto(Plimql) Veto dt Quartzo MHMTSte ^"""^^^^ 2S «M 71 1MA 213 2W « MA 294 I06A iMD m 2MA 2M 1M I7A It

Quartzo 30 X X 30 ji X X 75 75 -»B0 99 85 Plagróclano 45 X X 28 X X 1-5 Bioiiia 10 X X 30 i X X 4 6 1-5 K-Feldspalo X 1 X Tiamita X X i X Ctorila X X 1 X X Apatita X X X X X X X Zircío X X X X X X X X AnfiMIio X Eptdoto X X X X Serkfa X X X Allanita X X Argila X X X Hid. de ferro X Opacm X X X X X 1 ] X X 2 2 danada X X X X X X 2 > X X MUKOvilB X X X X 1 X i X X Tucmalina X X X i Siniraanita X X i lerrohastinfsita X Cotdierit* 3 X Carbonato X X X X Cianita X X Rutüo X Grafita X X Scricita/Muacovita 16 13 Material argiloso X 25 AG-25 Xiitobiotftico com granada AG-17A Veio de quartzo trechado AG-69B Biotila-xiMo cniuKVfero AG-66 Veio de quartzo AG-71 Bíoota-xiJto grtnadlfero AG-200 Biotitt-paragnaisae com mujeovita e tranada AG-213 Gr.-bi-xiHocmlhadocomsill.granttecianil» AG-99 Giuiw AG-I9R Sill.-bi-quaroo-xis» com flanada emtncovita AG-69A Biotíta-gnaioe gnuuKirfero AG-2O8A Mica-quaroo-xiMo AG- 294 Biotita-gnaiae com granada ccordierita AG-20S Mka-quamo-xiMo AG-106A Biotita-gnaine granadrfero com «illimanila AG-198 Biotita-quaitzito feldspMco com moacovita «lillimanita AG-198D Biotita-panignaiaK com muKovitae granada AG-199 Sill.-bi-gnaiaw com cianita e gnfita Vtmaumatm GcoMpm BÉucot «o Bnui

panada que aparecem dispostos concordanlcmeiHc ou não como possíveis "bombas vulcânicas". No entanto, podem com a orientação geral da rocha. tratar-se de partes de material desagregado c rolado por Oi biotila-gnaisses que ocorrem nesse setor intercalam- gravidade (oÚtostromas), englobadas na sedimentação pelí- te com as rochas nstosas, contudo estão algo migmalizados, tica. confirme pode ser observado ao longo do rio Capibaríbe, Inclusas nessa unidade foram identificadas, naquele lo- proximo a Paudalbu e a Limoeiro. Na primeira localidade cal, pequenas lentes de aníibolilo, de granulação fina a te apresentam como uma rocha de coloração variando de média e coloração verde, que, ao microscópio, apresentam- cinza verde dará a creme, de granulaçáo geralmente fina. se constituídos de bornUenda, biotita, quartzo e plagioclá- passando localmente a média. São constituídos de quartzo, sio, tendo Manila, granada, opacos, zireão c apatita como (cldspato, biotita, granada c cordierila, este último mineral acessórios. A presença desse anfibolito, aliada às prováveis como cristais grosseiros. Na região de Limoeiro têm colo- "bombas vulcânicas", sugerem para esses xistos e gnaisses ração cinza-escura, granulaçáo de média a grosseira, estru- caráter melavulcano-sedimcntar. tura gnáissica proeminente, fortemente tectonizados com a Os resultados das análises petrografkas, relacionados na geração de microcrenulações e cristais de granada rotacio- tabela 11.2.4, e a associação de grafUa, granada, muscovka, nados (foto 11.2.16) c veios de quartzo dobrados (foto cordieríta, sillimanita e danita, 'retiram que os litotipos 11.2.17). No contato com as rochas do embasamento obscr- pertencentes a esse complexo estão no campo de metamor- va-sc larga zona de cisalhamcnto de sentido horário (foto fismo da facies anfibolito alto (Winfcler, op. dl.). Mais pre- II 2.18) Petrografícamente possuem textura iepidograno- cisamente, alta pressão (cianita cm equilíbrio com sillima- blástica com desenvolvimento de feições poiquiloblásticas, nita) e alta temperatura (sillimanita c cordieríta). A pre- constituída essencialmente por muscovita, clorita, grafíta, sença de grafita e de granada nesse equilíbrio leva a consi- sillimanita, sericita e minerais de argila. Os cristais de felds- derar as rochas do Complexo Surubim como pertencentes pato c de quarzto estão deformados, exibindo extinção on- à série Kinzigítica. Muitos autores consideram c&sas rochas dulantc e inicio de processo de cominuição em seus bordos. como de facies granulilo. Por vezes o quartzo forma agregados lenticulares dispostos concordantemcnle com a orientação geral. O plagioclásio altera para argila c sericita; a biotita mostra-se também 2.6 G ran it ó ides Sin-Transcorrência deformada com Kinks c suas palhetas encontram-se orien- tadas paralelamente, segundo a estrutura gnáissica domi- 24.1 Monzouitos Pórfiros (PS-/3A) nante. Na faixa norte os gnais&es também se apresentam irregularmente distribuídos, quase sempre muito alterados Essas rochas apresentam-se principalmente na forma de e arrasados ao nível do solo exibindo coloração escura, dois corpos alongados seguindo a direção NNE-SSW, cons- granulação de Tina a média, fortemente orientados. A análise tituindo as serras da Bengala c da Passira, destaques na pctrográfica de uma amostra da região de Lagoa Comprida topografia regional. O corpo de Bengala acha-se em contato comprova ser composta por plagioclásio, quartzo, biotita com os anortositos na parte oeste, com os ortognaisse* miucovitizada; possui textura granolepidoblástica orientada diorítico- tonaliticos na porção leste e com gabros anfibo- e, em meio às lamelas de biotita em faixas irregulares, litizados na região mais setentrional do corpo. Na serra da ocorrem granada, siilimanita, apatita, opacos, turmalina, clo- Passira, esses litotipos têm caráter inlrusivo, trancando o rila, litanita e zireão. O quartzo se apresenta intercalado bandamento dos anortositos. O posicionamento subverticai aos grãos de plagioclásio, em agregados quase sempre alon- de sua foliação, com lineação de ruke fraco, sugerem que gados, incluindo minerais de alteração proveniente das mi- eles estejam ligados à tectônica transcorrente. Ressalta-se cas. O plagioclásio encontra-se alterado para argila submi- ainda a presença de pequeno corpo de monzonito a NE croscópica e serícila, enquanto as fraturas existentes na de Crpina, estruturando a serra do Trapuá, inlrusivo nos rocha em geral possuem hidróxido de ferro. ortognaisses do embasamento. As rochas xislosas desse domínio norte também possuem Por não constituírem corpos homogêneos, cm alguns distribuição irregular, ocorrendo igualmente alteradas, e na lugares foram identificadas facies graníticas, granodioríticas, morfologia não constituem ressaltos topográficos de desta- quartzo-monzoníticas e diorílicas, não individualizadas. que. São rochas escuras, foliadas, de textura lepidograno- Os monzonitos são rochas de coloração castanbo-rosada, blástica. A análise de uma amostra do engenho Paraíso orientação penetrativa, granulaçáo predominantemente mé- revelou constituição à base de quartzo c de biotita, com dia, contendo pórfiros de feldspato (microclina) c de horn- proporções subordinadas de feldspato c sillimanita e quan- blenda. tidades acessórias de muscovita, granada, zireão, argila, tur- Os pórfiros de microclina e de plagioclásio estão inse- malina, opacos e sericita. Ainda nessa região, próximo ao ridos em matriz de igual composição, contendo ainda pertita engenho Califórnia e a Lagoa Comprida, na estrada que e quartzo interstitial e na forma de grãos arredondados. A liga essas duas localidades, encontram-se rochas intempe- hornblenda é xenomorfica e ocorre em agregados contínuos, rizadas de provável origem vulcânica, a«p"fldiu a metas- associando-se freqüentemente às lamelas de biotita. Loca- sedimemos. Trata-se de blocos com dimensões variáveis lizados preferencialmente em meio aos constituinte!; ferro (máximo de 40cm de diâmetro), dispersos em biotita-xisto magoesianos estão present» granada, allanita, titanita, zir- granadífero e me!agrauvacas. luciálmente ioierprelou-sc eão e opacos. O feldspato exibe discreta carbonatação e \ contaminação por hidróxido de ferro, alem de imercresci- Timbaoba, respeclivaaeatc. Os contatos eon mentos mirmequfticos no interior e bordos de seus cristais. antes são raramente observados em campo; ao etUMo, em fotografia aérea, verifica-se que os mesmos se processam bruscamente. O maciço de livramento de Titaa ocorre 242 Gruitos toas

29 Profrtma livimimentos Geológico* Básicos di- Brasil

Tabela 11.2.5 - Composição Modal Aproximada

~~~~~^-^-^Amoítra-AG Granitóides Sintranteorrencia (PS73A) Minerais (%)~~^^_ 32 93 94 176 180 181 182 183 189

Quartzo X X X 15 Plapoclásio X X X X X X X 12 Hornblenda X X X X X 4 Biotiu X X X X X X X X Titanila X X X X X Clorita Apatita X X X X X Ztrcáo X X X X X X X X Epidoto X X X X X Sericita AUanita X 2 Argila Hid. de ferro Opacos X X X X X X X X X Granada X X X X X X 2 Muscovite Turmalina Ferrohastingsita X Carbonato X Microclina X X X X X X X X 68 Riebeckita Tremolita Cassitcrila Aegirína Pertita X X X X X X Antipertita X X X Minnequita X X X

AG-032 Aplito protocataclástico feldspático com granada e zircão AG-093 Blastoprotocataclásüco orientado AG -094 Granito pórfiro orientado AG-176 Aplito com enclaves de monzodiorito orientado AG-180 Monzonito mesocrático orientado com granada AG-181 Monzonito mesocrático com granada AG-182 Monzonito pórfiro orientado com granada AG-183 Quartzo-monzonítognaisufícado AG-189 Quartzo-tíenito poríirftico protomüoniúzado Tabela II.2.5 - Composição Modal Aproximada

AnaottnAG GnnltoidM SintramcorrencU (PS 73B) ( |lO5 |m 112 114 115 | 116 ,1.7 .18 7 128 .30 131 |l3f' 137 •41 143 ,45 .4. 162 Quanto X 1 «• X 30 25 38 35 40 40 40 I»40 35 38 40 3R 23 30 22 40 25 42 Phgiorlano X X 35 25 25 25 25 25 27 25 25 25 25 25 37 15 25 20 35 16 Hornbfcnda X 1 3 6 15 Bmüta 12 5 2 3 1 2 4 8 5 4 5 2 14 18 8 8 <| TitMita X X <| <] <1 <1 1 <1 <| <1 <1 X <1

AG-06 Sienito akalino cotn aegirina e quart» ficado AG-116 Granilo Tino AG-136 Biolita-gnaisiiedeeoinponçaogranHica AG-10 Sienito akalinolineado com aegirina AG-117 Granitofino AG-141 Biorita-gnaitae de compotiçao granftica AG-105 Graailo orientado AG -118 Granito fino protomilonftko AG-143 Gnnada-homhienda-hiotiti-gnaine AG-lll Bioaia-gnaáMproloiniloallkodecofnp. granodiorfiica AG-127 Granito Tino protomilonltko AG-145 Biotila-granito foliado AG-112 Grani» proíonuloofHco AG-128 Biotita-granilo AG-146 Biotila-annbolio-gniiisieprotoinilonftico AG-114 Granilo foliado AG-130 Biotita-granilo AG-162 Granilo AG-115 Granito pnxomilonftico foliado AG-131 Biotita-gnaissedecomposifioKranftica

3 8 LMattneat» OeolúfK» Btocct do Bmil composta de microclina, plagioclasio e micropcrtitas, com A tabela 11.2.7 contém os resultados das análises petro- luselas de biotita fortemente alterada para moscovita, epi- gráficas dessas rochas filonianas. doto, allanita e clorita. Os opacos apresentam secção qua- drada com titanita nas bordas e, em toda a rocha, observa-se grande quantidade de fraturas preenchidas de quartzo gra- 2.9 Litoquímica das Rochas Plutônicas nular e de hidróxido de ferro. Na região de Terra Nova parecem constituir diques Para o tratamento liloquímico dos granitóides foi utili- anelares intrusivos tardi a /x)j-transcorrência, uma vez que zado o programa ROCALC, desenvolvido por J.C. Stormer, eles ocorrem trancando a foliação S2 Uas encaixantes me- modificado por DJ. Matty do Departamento de Geologia Ussedimentares. Diferem dos corpos de Sipuá por apresen- da Rice University, Houston, e compilado por AA. de tarem coloração variando de branca a avermelhada, granu- Mello, do Centro Distribuído de Informática (CD1) da Su- lação média, fortemente orientados, com bandas máficas de perintendência Regional do Recife. Os diagramas utilizados composição diorítica. Localmente a rocha se matiza de preto no tratamento foram inteiramente programados no CDI- pela presença de ferromagnesianos. Recife. Composicionalmente também diferem dos litótipos an- O estudo litoquímico obedeceu, em princípio, a critérios teriormente descritos por apresentarem aegtrina, riebcckita, estruturais e petrológicos estabelecidos no campo e nos arfvcdsonita e conteúdo de quartzo que chega a alcançar estudos micropetrográficos, indrvidualizando-se ortognaisses 5% da rocha. Os acessórios são representados por opacos e granitóides diversos relacionados com vários eventos tec pretos, zireão e eucalita (tabela 11.2.6). Este último trata-se tônicos da área. Cumpre ressaltar adicionalmente os se- de um mineral raro, típico de sienitos foidais, mas que guintes fatos: também pode ser encontrado em sienitos quartzificados. O reconhecimento de três zonas axiais principais de ocorrência de batólitos, a saber: (1) a zona 2.8 Rochas Filonianas axial norte, que compreende dominantemente gra- nitóides sintranscorrência, com incidência menor 2.8.1 Diques básicos (db) de granitos tardi a pós-transcorrência; (2) a zona axial intermediária, que compreende intrusões Foram mapeados a SE de Itaquitinga pequenos diques diorítico-anortosíticas interpretadas como pré- de microquartzodiorito que ocorrem em forma de corpos orogênicas (apenas pequenos plútons de monzo- arrasados com espessura de lm, preenchendo fraturas de nitos e de síenito tardi a pós-transcorrência estão direção geral NE SW dentro dos ortognaisses do embasa- aí presentes); (3) a zona batolítica sul perten- mento. Trata-se de rochas escuras, compactas, de granula- centes ao Maciço PernambucoAlagoas, que com- ção Tina, que, ao microscópio, apresentam-se algo alteradas, preende principalmente intrusões tardias. textura porfirítica constituída essencialmente de plagioclásio (andesina), biotita, quartzo e epidoto. Numerosos outros A constatação de um plutonismo aparentemente diques, também de filiação básica, ocorrem encaixados nos marginal aos maciços das zonas axiais norte e ortognaisses, mas de reduzidas dimensões e sem repre- intermediária, fato que não ocorre na zona sul, scntativídade em mapa. onde os plútons parecem apresentar certa inde- pendência das feições estruturais regionais.

IA2 Diques ácidos (da) A coincidência dessas zonas axiais com os altos estruturais do embasamento arqueano, ou seja, Acham-se representados por corpos de quartzo-monzo- com exceção da estrutura anelar a sul de Feira nito porfiriticos, encontrados desde Nazaré da Mata até as Nova, os corpos intrusivos geralmente não perfu- proximidades de Itaquitinga. Ocorrem na forma de blocos ram as supracrustais, ao nível da erosão atual. in situ no seio dos ortognaisses do embasamento, alinhados segundo a direção geral NE-SW, podendo, por vezes, mo- delar pequenos ressaltos topográficos. 2.9.1 Ortognaisses do complexo gnáissíco-mígmatíUco São rochas de estrutura porfirítica, exibindo fenocristais de feldspato rosco, de tamanho e formas diversos, dispersos As informações disponíveis são principalmente da Folha em matriz fina e esverdeada. Ao microscópio esses diques Vitória de Santo Antáo (amostras da sigla DG, tabela II.2.8). possuem textura porfirítica deformada, com fraturas preen- De modo geral são ortognaisses de composição dominan- chidas por epidolo e clorita, esta em menor proporção. Os temente lonalítica a monzonítica, com variações para termos fenocristais são abundantes e, principalmente, constituídos mais máfícos num extremo c mais félsicos até graníticos no de plagioclásio, microclina e mais raramente quartzo. En- outro lado do espectro, conforme se observa no diagrama contram-se dispersos numa matriz dominantemente micro- O-P de Debon & Le Fort (1983, figs 11.2.1 e 11.2,2). Exce crótaUna, constituída de plagioclásio, microclina, ferroma- tuando-se o gabro da amostra AG-485, tão rochas metalu- gnesianos clorítizados e epidoto. minosas (fig. 11.2.2), com valores de silica variando entre Limoeiro (SB25-\.C-V) N Tabtb 112.* - Composição Modtl Grwuióide» Tirdi • Pós-Tnnfconência

Graniu» PorfWtkO» (PSY3C) Slnito* Alcaliw» (PSY3K)

~-—- ^ Amostra-AC 1« 153 i 243 244 2W 2» M2 M7 175 IS4 513 5I3A $14 514A 5I4B Mínerab C%T^---^_ I

Quartzo X 35 20 30 20-25 30 X Plagioclásio X 25 15 20 35-40 40 X 5 5 2 5 1 HornMcnda 10 Biotita X 8 5 5 10-15 15 X Titanita X <1 5 X X X X X Clonta X A palm X <] 5 X X X 20 15 Zircão X <1 X Epidoto X <1 1-5 Sericita Allanita X Argila Opacos X X X X X X 3 x Turmalina <1 Carbonato X Microchna X 30 55 45 20-25 15 83 X X 92 87 31 91 35 Muscovita X Prruta X Acpinna-augiu 15 40 45 Óx. de ferro X X X X X Riebeckita 2 4 X Leucoxcnio X X Anfiboho sodico 5 2

AG-016 Plajioclásio blástico cataclástico mirroclinizado AG-175 Sicniloalcalino AG-153 Graniio porfiriuco prolomilonitizado AG-184 Sienito orientado AG-243 Hornblenda-graniio AG-5I3 Sienitokucocrilico AG-244 Bioliui-panilo AG-513A Sienito leucocriiico AG-298 Bioiiia-moiuogranito porfírflico AG-5I4 Sienito AG-299 Bioliu-granodioritn AG-5I4A Sienito AG-062 Álcali-feldspalo-sieniio AG-514B Sienito leucocralico AG-067 Quartzo-siciuto

Tabela II.2.7 - Composição Modal Aproximada Rochas Filoneanas

""——-. Amoslra-AG 355 478 479. 4S1 478A MintrmCfc) '' —-• __^_

Quartzo 10 15 X 15 15 PlagioclJteio 30 40 X 40 38 Hornblenda X 35 Biotita X 15 X 14 15 Tiunita X X X X X Clonta X 12 X 12 A palita X X X Ziteio X X X Epidoto 1 11 X X X Senciu X X X X Allanila X Argila X X X X Hid de ferro Opacos X X X X X Granada Muscovila 12 Turmalina Microclina 30 Fe-magne!iano5 10 Lcucoxenio X X X X Fluoriu X Óx de ferro X

AG-355 Quartzomon/onilopórfiro AG-478 Micro-quartzndioriio AG-479 Quartzo píríífo AG-4S! Mietn-quarw.odiorito AG-478A Anfibolilo Programa Lcvantamemc» ütolojicos Básico» do Brasil \

TabcUH.2J - Complexo GBteKo-Mipmtftico Etemenios Miions, Nonn» CIPW e Eleracnlos-Traço

1 AC-415 |1 DG-M9 1| DG-2W9 | DG-183B 1 DG-342A | DG-140 '| DG-2MA SK>2 41.60 59.60 56.50 51,50 54,90 72,50 59,30 TiO2 0.94 1,70 1,90 2.90 2,20 0.31 1.90 Al2<>3 22,70 15,10 16,10 17,00 16,10 13.20 15,60 Fe2O3 5.S0 2,50 3.80 5,30 3,20 1.10 3,60 FeO 5,50 3,90 4,60 5.00 5.40 0.81 3,70 MaO 0.12 0.09 0,10 0.10 0.10 0.05 0,09 MrO 4.80 2.50 2,60 2,80 3.20 0,40 1.70 CiO 12,40 5,40 5,50 5.30 5.50 1,10 4,20 N»20 1,90 3.90 3,60 3.40 3.80 3.60 3.60 K2O 0,60 3,40 0.78 3,90 3,50 6,10 4.40 P2O5 0,09 0,80 0.80 1,10 0.82 0,13 0.72 H2O+ 1,20 0,60 0.20 1,50 0,80 0.00 0,90 H2O- 0.30 0,10 100 08 0,70 0.30 0,30 0.40 Total 97,95 99,59 8,33 100,50 99,82 99,60 100.11 0 0,00 1M5 0.00 4,27 4.58 26,15 12,21 C 0.00 0,00 21.28 0.18 0,00 0,00 0.00 OR 3.55 20,09 30,46 23.05 20.68 36.05 26,00 A6 12.70 33.00 17.14 28,77 32,16 30,46 30,46 AN 31.64 13,66 4,06 19,11 16,54 1,84 13.41 01 7.44 6.37 6.88 0,00 4,36 2.19 2,16 HY 0,00 5,62 0.00 7,17 9,69 0.12 4.06 OL 8.89 0,00 5,51 0,00 0.00 0,00 0,00 MT 8.41 3,62 3,61 7,6» 4,64 1.59 5,22 IL 1,79 3.23 1,85 5,51 4,18 0,59 3,61 AP 0,21 1.90 25 2,61 1.94 0,31 1.71 Nb 20 356 20 21 14 22 Zr 440 37 329 313 318 470 Y 53 573 45 43 34 35 Sr 712 132 542 681 188 666 Rb 162 25 151 162 422 191 Cu 30 60 20 35 5 15 Pb 30 125 20 40 60 40 Zn 95 25 110 120 55 120 Co 20 10 30 30 5 15 Ni 25 1900 10 30 5 5 Ba 1560 43 1850 1600 500 2050 Li 64 900 56 77 54 41 F 1450 350 1300 50 1000 Cr Limoeiro (S&B-Y-CV) \

• 51,50 e 72^0%. alumina entre 13.20 c 16,10%, totaJ de e 72,80%, este último parecendo uma fades até mais félsica. tfcalis entre 7,20 c 9,70%, com razão NajO/KjO cm torno Os teores de alumina mais baixos variam de 13,70 * 18%, jf 1, caindo para 0,6% nos diferenciados félsicos (amostra mas os teores de alcalis total e da razão NaaO/KjO são AG-140). Geralmente apresentam teores elevados de CaO comparáveis aos do ramo anortosítico. São todas rochas ientre 4,20 e 5,5%), baixos de MgO (entre 0,4 e 2,8%) e mctaluminosas, e no caso dos tipos gnaissificados possuem da razão MgO/(MgO + FeOt + MnO), alem de baixa razão um mais elevado valor do índice de Thornton-Tuttle (até de Fe2Oj.Te0 e índice de Thornton Tuttlc geralmente in- 81,73). ferior a 68, esse conjunto de parâmetros sugerindo baixa Dado o caráter particular desse complexo tipo de rocha, fugacidade de oxigênio do magma e domináncia dos termos cuja gênese é ainda hoje motivo de muita polêmica, os pouco diferenciados. O índice de diagramas de variação a serem aplicados sofrem muitas Shand - (CaO + Álcalis) AbOi (molar) - é superior a 1, o restrições. Plotamos a população amostrada nos diagramas caráter metaluminoso se refletindo na presença de diopsídio O-P c A-B de Debon & le Fort (op. cit.) (figs 11.2.1 e ca norma, embora coríndon normativo ocorra em uma II.2.2), observando-se que pouca amostras conseguem ser jmoslia (tabela 11.2.8). representadas; a maioria pertence ao grupo dos dioritos/- O diagrama AFM (fig. 11.2.3), apesar do pequeno nú- quartzodioritos gnaissificados De acordo com o diagrama tncro de amostras, sugere tratar-se de uma série calcialca- O-P, as amostras tratadas praticamente desenham o trend lina, com uma amostra pintando fora do trend, em direção da serie loleítica de Lameyre & Bowdcn (1982). O caráter io ramo loleflico - o gabro proveniente da Folha Limoeiro. loleítico é também sugerido pelos diagramas AFM, razão 0 diagrama de Wright (fig. 11.2.4) demonstra que parte da de alcalinidade vs sflica de Wright e R1-R2 de La Roche série é também alcalina, inclusive o gabro, que plota naquele et alii (op. cit.) (figs. 11.23, IU.4 e 11.2.7). Este último diagrama no canto inferior esquerdo; o caráter alcalino diagrama, adaptado por Batchellor & Bowden (op. cit.), dessa rocha é confirmado também pela presença de nefelina também indica um ambiente pré-colisional para a suíte, normativa e pelo caráter sódico da bornblenda (pleocrotsmo embora algumas amostras espalhem fora desse campo . vcrde-azulado). O diagrama ACF, contendo o limite dos Finalmente, aplicamos o diagrama ACF com as divisões I granilos 1 e S de Taltabashi et alii (1980), mostra população e S sugeridas por Takahashi et alii (op. cit.), embora não mista sugerindo fonte Sgnea com contaminação crustal, visto tenha sido concebido para o tratamento de tais tipos de 15 evidências de campo não favorecerem uma herança me- rochas. O resultado porém é consistente com os dados de lassedimenlar (fig. 11.2.5). campo, sugerindo origem a partir de material ígneo (fig. Os diagramas Q-P de Dcbon & Le Fort (op. cit.) e 11.2.5). R1-R2 de La Rochc et alii (op. cit.) (figs. 11.2.1 e II.2.6) indicam que a série magmática dominante é do tipo subal- calina máfica, aparentemente gerada em ambiente tardi a 2.93 GranJtóides sintranscorrencia pós-orogênico, conforme diagrama de Batchcllor & Bow- fcn, 1985 (fig. H.2.7). A maioria das amostras coletadas pertence ao batólito da serra do Mascarenhas, que se situa na zona axial norte e inclui rochas francamente graníticas, com aspecto com- 1.92 Complexo diorítico-anortosítico posicional muito restrito. São rochas com elevado teor de sflica (entre 64 e 77%), alto teor de alumina (geralmente Foram analisados diorítos e quartzodioritos mais ou me- acima de 10%, chegando a 16%), elevado teor de alcalis ios gnaissificados (amostras AG-187A, 187B e 190 da (ta- (entre 5,7 até 15,1%) e valores muito baixos de CaO e MgO bela 11.2.9); diorítos (AG-179) leucodioritos (amostra AG- (tabela 11.2.11). De modo geral são ricas em K2O, de razão 186), anortosito (amostra AG-174) e um dique aplíüco re- Na2O/K20 geralmente em torno de 0,5; entretanto, podem lacionado com o plutonismo (amostra AG-176). apresentar certos tipos com razão tão baixa quanto 0,09 Observa-se que as rochas relacionadas diretamente com (amostra AG-10) e outros onde o Na20 supera o K20, » anortositos (AG-179, 186 e 174) são rochas de mais mormente entre aqueles mais alcalinos - como no caso das íaixos valores de sflica (4730 até 56,20%), de mais altos amostras AG-115 e AG-146 tabela 11.2.11). Os tipos pera- «atores de AI2O3 (acima de 19%), de CaO e da razão luminosos, com coríndon normativo, são os dominantes, mas Fe3+/Fe2+ e de mais baixos valores do Índice de Thorn- há boa representação das facies metaluminosas, cujo caráter oo-Tuttíe (abaixe de 55). O anortosito tipo, que t a amostra é traduzido também pelo Índice de Shand - razão molar AG 174 (tabela 11.2.10), quando comparado com a média (CaO + Na2O + K2O)/Al2O3 , observando-se cena cor- dos anoriositos mundiais (Le Maitre, 1976), apresenta um relação das facies claramente peralcalinas (graniu» a aegj- rina, riebeckita e ferrohastingsita) com os tipos metalumi- maior teor de sflica, alumina e Na2O e menor teor de TÍO2, nosos, i.e., com diopsídio normativo e índice de Shand 1. FejO3, FeO, MnO, MgO, CaO, K2O e P2O5. Ouando com- parados com um típico anortosito maciço da região clássica A razão Mg (MgO /(MgO + FeO+ + MnO) é muito das montanhas Adirondack, Nova York (USA), mostram baixa e o índice de Thornton-Tuttle muito alto (geralmente teores comparáveis de sflica e alumina, maior teor de Na--O acima de 87), o que sugere elevado grau de fracionamento; : menor de T1O2, MgO, CaO e K2O. Os diorítos e quart- a razão FezÓj/FeO elevada pode refletir alta fugacidade de todioritos gnaissificados mostram teores de sflica entre 53 oxigênio do magma, embora nem sempre haja correlação

35 Profranu Levantamentos («colojici» Básicos Brasii

-SO

Fit- H-2.2 - Composição das rochas plulómcas da Folha Li- moeiro, segundo diagrama de Debon & Le For! (1983). I - muscoviia-bíoüta: II - muscoviia < biotita, III - biotita ± ...; IV - ± tnouta-hom- Fig. 11.2.1 - Classificação química das rochas platônicas se- blenda-piroxénio-olivina-...; V - clinopiroxé- gundo Debon & Le Fort (1983). (•) Complexo mo-...; VI - rochas fgneas de composição excep- Gnáisstco-Migmatíbco, (o) Complexo Anortosíti- cional. (•) Complexo Gnáissico-Migmatítico, (o) co de Passira; (+) granitóides sintranscorrêDcia; Complexo Anortosíüco de Passira, (+) granitói- (•) granitóides tardi a pós-transcorrencia e (o) des sintranscorTéncia; (D) granitóides tardi a pós- rochas filonianas. transcorrencia e (A) rochas sieníücas e fílonianas

10 ALCALINO + + /

70 /

CALCO ALCA'J?NO [Tholeiifol % o° A

»0

109 Al203+CoO+ToU

40 Fig. 11.2.3 - Diagrama AFM das rochas piutônicas. Limite dos 5 6 7 » 9 10 campos calcialcalino e toleiúco, Kgundo Irvine & Fig. II.2.4 - Diagrama de Wright (1969). mostrando a distri- Baragar (1971). (•) Complexo Gnáissico- Mig- buiçio das rochas piutônicas (•) Complexo matfüco: (o) Complexo Anorto»íüco de Pauira. Gnausico-Migmaübco. (o) Complexo Anortoslü- ( + ) granitóides sintranscorréncu. (O) granitóides co de Pauira; (+) granilóides sintranscorrencu. urdi a pós-transcorrencia e (L) rochas tieníticas e (D) granitóides tardi a pós-transcorréncia e (A) fUonianas rochas sicníücas e fílonianas. Limoeiro (SB 25-Y-CV) S\

30001-

2000

1000

1000 2000 3000

C F Fig. 11.2.6 - Diagrama mullicatônico Ri-R2 de La Roche el Fig. 11.2.5 - Diagrama ACF com plotagem das rochas plutôni- abi (1980), das rochas plutônicas R) = 4 Si - 11 cas. Limite dos campos I e S, conforme Takahashi (Na + K) - 2 (Fe + Ti); R2 = 6 Ca + Mg + AL. et alii (1980,. (•) Complexo Gnáissico-Migmatíti- (•) Complexo Gnáissico-Migmatíüco. (o) Com- co, (o) Complexo Anortosínco de Passira; (+) plexo Anonositico de Passira; (+) granitóides sin- granitóides sintranscorrência e (A) rochas sieniti- transcorréncia, (n) granitóides tardi a pós-trans- cas e filonianas corrência e (A) rochas sienfácas e füonianas

= GC0-f2Mg+Al JOOO

2000

1000

1000 JOOO Fig. 11.2.7 - Diagrama Rj-Rz de La Roche et alií (1980), com indicação dos domínios tectônicos itgundo Bat- cheDor & Bowden (1985) (•) Complexo Gnáissi- co-Migmatítico; (o) Complexo Anono»íúco de Passira, (+) granitóides wntranscorrência, (o) granitóides tardi a pós-trantcoiTincia e (A) rochas sienfticas e filonianas.

37 FfOfnm» Uv»nl»neni» Geológico» , di' Brasil \

Tabela 11.2.9 - Complexo Diorflict>-Anonotftko Elementos Maiores. Norm» C1PW e tlemcntos Travo

1 AC.-1B7A 1 DG-I87B ] DG-1M | DC-174 DG-179 1 DCMK m;-i7* SiO-> 62.70 53.80 72,80 56.20 47.30 4* .90 61.50 Tir* 0.5: 1.00 0,3? 0.10 2.40 2.90 0.10 AHÕi 16.10 18.00 13.7(1 26.50 22,70 19.40 21.30

Fe2O3 2.60 3,40 1,30 0,77 4,70 4,30 0,63 FeO 3,50 5.90 1.20 0,10 0,19 6,90 0,08 MnO 0,10 0,15 0,05 0,05 0,05 0.13 0.05 MfO 2,10 4,10 0,68 0,10 0,05 3.00 0.0R CaO 5.90 8.30 2.70 8.30 15,40 9,00 3.80

Na2O 4,20 3,80 4,10 6,10 4.00 3.80 5.10 K;Ò 0,97 0.36 2,30 0,36 0,22 0,61 6.20 P2O5 0.19 0,27 0,1(1 0,05 0.92 0.26 0.0Í H2O + 0.60 0,70 0.60 0.70 1.30 0,60 0.60 HiO- 0,10 0.20 0.20 0.10 0.20 0.30 0.10 Toial 99,58 99,98 100,06 99,43 99,43 100.10 99,59 Q 18,93 5,97 33,44 1.54 0,00 1,27 0,33 C 0.00 0.00 0,00 1,10 0,00 0.00 0.00 OR 5.73 2,13 13,59 2,13 1,30 3,60 36,64 AB 35,54 32,16 34,69 51,62 33,85 32,16 43,16 AN 22,21 31.00 12.19 40,85 43,34 34.08 16.92 DI 4,75 6,87 0,45 0,00 0,27 7,23 0,43 HY 6,51 13.51 2.16 0.25 0,00 8.52 0,00 MT 3,77 4,93 1,88 0,20 0,00 6,23 0,13 IL 0,99 1,90 0,63 0,19 0,51 5,51 0.19 AP 0.45 0,64 0,24 0,12 2,18 0.62 0.12

Tabela II.2.10 - Composição química do anortosito de Passira comparada com exemplos mundiais.

1 3 SiO2 50,28 55,90 56.20 TiO2 0.64 0,24 0,10 AI2O3 25,86 2120 26,50 - Fe2O3 0,96 0.77 FeO 2,07 1,28* 0,10 MnO 0,05 0,02 - MgO 2,12 0,21 0,10 CaO 12,48 9,65 8,30 Na-,0 3,15 5,23 6,10 K25 0,65 1,10 0,36 - H2O+ 1,17 0,70* - H2O 0,14 0,10 - P2O5 0,09 <0,05 - - CO2 0,14 Total 99,80 100,72 99,43 N (104) (D (D 1 - média mundial dos anortosítos, seg. Le Maitre, 1976. 2 - anortosito tipo maciço, Marcy, Montanhas Adirondack, NY (Simmons & Hanson, 1978:122). 3 - anortosito de Passira- PE (AG-174). (•) Ferro total como FeO. (*•) Perda ao fogo. N - número de amostras. Limoeiro (S&2S-Y-C-V)

\ dessa razão com o teor de magnetita oonuativa. entretanto, independente d» presença das fades mineralo • O tknito da serra do Sipua (amostra AG 180), incluído gicamente peralcalinas, mostram que não se trata de um entre as plutônicas siniranscorréncia, apresenta conteúdo plfitoa de caráter calcialcalino, ainda que relacionado ao dr sflica mais baixo e maior de CaO, mais baixa razão regime compre&sivo. Duas hipóteses podem ser levantadas Fc2Oi'Fe0 e Índice de Thornton Tuttle do que as rochas relativamente a essa questão: da serra do Mascarenhas. A análise diagramas químico-mineralógicos de Dcbon 1 - o enriquecimento de álcalis deve-se à posição & Le Fort (op cit.) (figs 11.21 e II.2.2) mostra que se do plúton, praticamente alojado em zona de cisa- tratam principalmente de granitos com raros exemplos de Ibamento; esse fato permite fácil circulação de so- tunalito, granodiorílo c sienito. A graode incidência das luções, que facultou a esse enriquecimento anormal amostras no campo do graniu» impede a definição dt um de álcalis, que transformou o quimismo calcialcalino série genética e o espalhamento dos termos pouco saturados original. de sflica sugere que estamos diante de mais de uma série. 0 diagrama A-B de Debon &. le Fort (op cit.) mostra bem 2 - O posicionamento do plúton pode ter sido lar- essa repartição, porquanto a grande maioria das amostras ditranscorrencia, já com certo alívio da compressão, cai nos campos II e III, respectivamente com Bt Musc, permitindo dessa forma a formação de plútons de representando o grupo dos graniu» peraluminosos: enquan- fonte profunda sob crosta continental. to, um grupo menor cai nos campos IV e V, metaluminosos com Bt 4 Hb +... e Hb + Cpx 4 Opx •+... respectiva- Por fim, é interessante lembrar a semelhança de mente, que correspondem aos tipos peralcalinos, como sa- facies do plúton da serra do Mascarenhas com os granitos lientado anteriormente. No entanto, esse grupo de grani- de tipo Catingueira e Moderna, alocados nas proximidades tóides não foi subdividido em mapa. podendo representar dos lineamentos Patos c Pernamuco, respectivamente (Al- uma suite mais jovem, talvez íardi à pos-transcorrência. meida et alii, op. cit.; Santos &. Vasconcelos, 1973). No diagrama AFM (fig II.2.3) o ramo félsico segue de perto o lado AF do triângulo, parecendo sugerir os termos finais de uma suíte toleítica, que é uma característica das 2.9.4 Granitóides tardi a pos-transcorrência da zona suítes distensionais, segundo Petro et alii (1979). Essa con- batolítica norte tradição com a concepção adotada, simranscorrência c, por- tanto, sincompressáo, pode mais uma vez sugerir mistura Esses granitóides formam um grupo de rochas que se de populações que deverá ser averiguada em futuros tra- resiringc à zona axial norte. Sua característica principal, balhos. No diagrama de Wright (fig. II.2.4), a grande maioria conforme salientado anteriormente, é a presença de pórfiros das amostras cai no campo alcalino, raramente algumas se e ovóides de fcldspato manteado que lembram os de uma posicionando no campo calcialcalino ou toleítico; ou seja, textura rapakivi. Trata-se de rochas ricas em sflica (69%) apesar do caráter per alcalino mineralógico - presença de e alumina (geralmente 14%), com razão Na^O/fa em torno piroxênio ou anfibólio sódico, grupo PSy, é mctaluminoso dt 1, relação de oxi-redução Fc3+/Fe2+ entre 0,5 e 1 e no semido químico O diagrama ACT com a separação dos razão de Mg/Mg + Fe + Mn) - inferior a 0,4. São rochas granitos I e S de Chappcll & White (op. cit.) e Takahashi melaluminosas, com índice de Shand - (CaO 4 Na:O 4 et alii (op. cil.) (fig. II.2.5) mostra mais uma vez essa se- KjO) AbO.1- em torno de 1,06, que se reflete também na paração em duas suites, os tipos peraluminosos plotando presença de diopsídio normativo; a magnetila normativa é no campo dos granitos tipo S e os melaluminosos no camp» sempre superior à Umenita. C) índice de Thornton-Tutlle 1 (estendemos arbitrariamente para cima a curva de Taka- varia de 78 a 88, indicando estágio mediano de diferencia- bashi, para bem caracterizar essa divisão). O dualismo assim ção. A textura rapakivi não foi confirmada ao microscópio, realçado sugere duplicidade do material fonte, sedimentos a não ser em amostras isoladas; o quimismo confirma essa no caso dos tipos peraluminosos, e ígneo, no caso dos tipos dissimilaridade, sobretudo petos teores de sflica inferiores mctaluminosos. e pela baixa razão K2O/Na2O dos nossos espécimens (tabela Com relação ao ambiente tectônico, observa-se que o 11.2.12) quando comparados aos granitos rapakivi clássicos diagrama de Baichellor & Bowden (op. cit.) (fig. 11.26) (Carmichacl et alií, 1974; Hughes, 1982). sugere zona de transição sincolisão/pós-orogênico, mais uma Composicionalmente são granodiorítos e adameütos, me- vez indicando uma população híbrida; interessante observar taluminosos, conforme comprovam os diagramas Q-P c A-B também que duas amostras plotam próximo do trend alcalino de Debon & Le Fort (op. cit.) (figs. II.2.1 e II.2.2). Os saturado de Stussi (1982, in Santos et alii, 1988). diagramas AFM e a razão de alcalinidade de Wright (figs. A suíte sintranscorrência do balólito da serra do Mas- 11.2.3 e 11.2.4) indicam caráter calcialcalino e o diagrama carenhas apresenta quimismo relativamente incomum no ACF (Takahashi et alii, op. cit.) indica sua geração a partir tocante a sua elevada alcalinidade. De modo geral, as suítes de material ígneo (fig. II.2.5). Os diagramas de discrimina- compressivas são sempre mais calcialcalinas, aparecendo os ção letfônica (figs. 11.2.6,11.2.8A, H.2.8B e 1IZ8C), usando tipos alcaiinos e pcralcalinos no final do ciclo. A população elementos menores e imóveis, indicam sua formação em híbrida amostrada pode até certo ponto explicar o grau de regime sincolisional, o que não se coaduna com a interpre- alcalinidade demonstrado quimicamente Muitos diagramas, tação estrutural estabelecida para os mesmos. ií levantamentos, Geológicos Basin» «Io

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1 AG4M | DC-2M |! DG-244 I DC-299 S.O2 69.10 61.80 72,50 70.00 \ TiO2 0.41 0.52 0,19 0.52 AIJO3 15.10 15,10 13.70 14.20 Fe2O3 1.20 1.30 0.99 1.10 FeO 1.80 1.60 0.84 1.70 MnO 0,05 0.05 0.06 0.05 MeO 0.99 0,99 0.41 0.83 CO 3,20 3,20 1,70 3.40 Na2O 3,60 3.90 4,30 3.90 K2G 3.90 3.50 4.10 3,60 P2O5 0,17 0.15 0,07 0.16 H2O+ 0.50 0.40 0.50 030 H2O- 0,10 0.1D 0.10 0,10 Total 100.12 99,61 99,46 100,06 0 24.86 24,64 27.93 25.93 c 0.00 0.00 0,00 0.00 OR 23.05 20.68 24,23 21.28 AB 30.46 33.00 36.39 33,00 AN 1333 13,36 5.97 10,61 Dl 1.01 1,24 1,62 4,26 HY 3,70 2,97 0,76 1.43 MT 1.74 1,88 1,44 1,59 IL 0,78 0,99 0,36 0.99 AP 0,40 0,36 0.17 0,38 Nb 12 10 15 10 Zr 161 1S6 118 177 Y 25 25 35 39 Sr S41 562 533 541 Rb 159 156 1% 176 Cu 5 5 5 5 Pb 40 40 70 40 Zn 50 60 170 55 Co 5 5 5 5 Ni 10 5 5 5 Ba 540 600 920 520 Li 37 44 20 44 F 300 440 230 160

Tabela II.2.13 - SienitosPcralcaünose Rochas Filoneanas Elementos Maiores, Normas CIPW e Elementos-Traço

1 AG-175 ! AC-184 ! AG-Í2B !1 AG-513 1 AG-S13A | AG-514A 11 AG-5I4B i AG-481 1| AG-355

SiO2 64,60 77,10 63.80 63,00 61,60 60,90 56,90 60.30 69,40 TiO2 0,05 0,37 0,05 0.0Í 0,05 0,05 0.21 1,80 0,52 AI2O3 17,90 9.40 18,00 17,90 18.90 18,90 15.10 15,10 14,20 Fe2O3 0,16 3,60 0.90 0,47 0,74 1.20 2,30 1.80 1,80 FeO 0.14 1,10 0,05 0,07 0,05 0,07 0,98 5,30 1,50 MnO 0,05 0.05 0,05 0,05 0.05 0,05 0,08 0,09 0,05 MgO 0,05 0,05 0.26 0,20 0,21 0.25 2,00 2.20 0,03 CaO 0,07 1.40 0,28 0,28 0,35 0,42 5.50 2,80 1,70 Na^ 0.94 130 0,94 0,94 0.81 0,94 2.00 4,10 3,90 K20 13.90 4,60 13,90 14,20 14.20 14,20 10,40 4,40 4,80 P2O5 0,05 0,07 0,09 0,14 0,25 0,25 1,60 0,70 0,17 H2O+ 0,40 0,40 0,20 0,30 0,40 0,50 0,50 1,00 1,00 H2O- 0,10 0,10 0,10 0,10 0.20 0,30 0,30 0,30 0,10 Total 98,41 99,74 98.62 97,70 97.41 98,03 97,87 99,89 99,17 Q 5,79 48,14 4,40 2,68 1.78 0,52 0,00 9,82 25,93 C 1,30 0,00 1.11 0.81 2,16 1.82 0,00 0.18 0,00 OR 82,15 27,18 82,15 83,92 83,92 83,92 61.46 26,00 21,28 AB 7.95 12,69 7.95 7,95 6,85 7.95 13,68 34.69 33,00 AN 0,02 5,33 030 0,48 0,10 0,45 131 9,32 10,61 Dl 0,00 0,27 0,00 0,00 0,00 0,00 10,75 0,00 4,26 HY 0,26 0,00 0,65 0,50 0,52 0.62 0,00 10,92 M3 MT 0,23 2.64 0,18 0,24 0,18 0,24 2,81 2,61 1,59 IL 0,09 0,70 0,09 0,09 0,09 0,09 0,40 M2 0,99 AP 0,12 0,17 0,21 0,33 039 0,59 3,79 1,66 0,40 Nb 10 10 10 10 10 37 21 Zr 119 71 113 109 166 098 296 Y 42 37 38 47 33 47 43 Sr 990 568 873 1000 1000 629 266 Rb 174 160 147 97 104 104 193 Cu 5 5 5 15 5 25 10 Pb 20 20 20 20 30 20 40 Zn 10 5 5 5 25 155 65 Co 5 5 5 5 5 20 10 Ni 15 5 5 10 5 20 10 Bi 10000 10000 10000 10000 10000 2600 860 Li I 1 1 1 8 19 18 F 100 100 100 100 500 1900 400 Cr 41 Programa I,ev»nl»mcmc* lieologici*. Rasuos «k- Bra>ii \

VRG + CCLG + ORG id!

ss «o Fig. II.2.8a

100- G + ORG Nb i ppm i pprr

«iC- •Po VAG+COLG + OftG (a.c, d!

Fig. 11.2.8c S,02

Fig. 11.2.8 - Diagramas de Pearce et alii (1984;, para as rochas pluiónicas (A) Y x SiO2. (B) Rb x SiO2 e (C) Nb x 5iO2 WPG - granilos miraplaca. ORG - granito» dorsais mesoceánicos (a e b - variedades não-associadas à subducção). VAG - graniios arcos vulcânicos. COLG - grarutos de zona de colisão. SIN-COLC - granilos sincolisionais (c) granitóiUcs lardiapós-transcorrénciae (.:.) rochas sieníticas. Uaoeire (SB ZVY-C-V)

\ 2.9.SSkalttttar«apfe « ocipac próximo ao» «ales dos rios. E constituída de elásticos continentais finos a grosseiros intercalados a argilas de cores variegadas. Os arenitos são Essas rochas formam a suíte mais jovem da área Apa grosseiros de grãos mal selecionados, subangularcs e subar- recém como diques anelares cortando as tupracrustais (sic redondados. de cores variadas, predominando amar-la, oitos) e com*» enxame de diques cortando o Complexo creme e por vezes a avermelhada, com presença de oxido Gnáissico-Migmalllico (panilóidcs) Os sicnitos sã<> rochas . c muito alio Sob a ótica de faties c sistemas deposicionais abordados valor de K2O (geralmente acima de l()'í) A ra/ão por Alheiros cl alii (op. cil), a Formação Barreiras na Na:í)X2() 6 muito baixa (geralmente inferior a ü.lü). o Folha Limoeiro e caracterizada por facies de leque ahiviaL fndice de oxi-redução Fcsf/Fej* t geralmente acima de ende diamktilos com seixos c grãnulos subangulosos com 2. o índice Mc^Mg^FciMn:*) e quase sempre acima blocos de argila relrabalbados intercalam-se a ^nmrfy sfl- de n,2 (tabela 11.2.13). o índice de Thornton-Tuttlc de modo tico-argilosas. determinando para o conjunto estratificaçáo geral acima de 80. sugerindo alto grau de fracionamento paralela bem marcada. Representa a porção dislai consti- dv magma, O índice dt ShanJ - (C'j()t Na;O-*-k;O) Al;()3 tuída por fluxus de detritos. molar - í gcrilmi-nlt o inferior a 1 o que uviica caráter Capcando esses diamictitos encontra-se um conglome- pcralummovi. mesmo nas duas amostras com valor superior rado estratifícado em que predominam grãos de quartzo a 1, a soma dos álcalis í ainda inferior à de alumiaa. de kitosos. arredondados a subarredondados, cm matriz are- modo que mesmo nesses casos a rocha aão é pcrakalina. nosa, bastante ferruginosa Esse capeamento i interpretado apesar de alguns desses sienitos possuírem aegirina-augita. como paleopavimenios (terraços) fluviais. São encontrados O diagrama Ri R; de La Roche ei alii (op. cil.) (fíg. nos topos dos tabuleiros próximos aos vales dos rios, ou a 11.2.6) confirma o caráter sienitico e o A-B de Dcbon c Le eles associados. Fort (op. dl.), o earlier dominantemente pcraluminoso (fig. 11.2.2). O diagrama ABI (fig 11.23) não define bem o trend da 2.10.2 Coberturas colúvio-eiariais (Qe) suíte, porque ela não concentra no final do espectro, mas o diagrama da razão de alcaUnidade de Wright vs silica Denominam-se aqui de coberturas arenosas colúvio-elu- (fig. 11.2 4) aponta para o seu caráter peralcalino, com um viais os depósitos arenosos inconsolidados que ocorrem ca- ramo mais máfico de caráter alcalino. O diagrama ACF de pcando as rochas arqueanas e proterozóicas e que se ca- Takahashi cl alii (op. cil.) mostra concentração no campo racterizam por modelarem pequenos tabuleiros de superfí- dos granitos tipo S (fig. II 2.5). Isso decorre do caráter cies planas. Distribuem-se principalmente enplobando parte anormalmente aluminoso da suíte. Tal quimismo só pode dos municípios de Lagoa de Itaenga, Feira Nova e Vicéncia. ser explicado mediante forte contaminação crustal do mag- Em geral, constituem manchas isoladas c dispersas nos topos ma sicnítico durante sua ascensão, sugerindo que as amos- dos tabuleiros, podendo ocasionalmente preencher depres- tras dentro do campo ígneo estejam mais próximas de mag- sões, documentando certo transporte. ma inicial. Litolopcamcnte são formados por areias inconsolidadas, O diagrama de Stussi (1982). Baichcllor & Bowdcn (op. quartzosas, cor branca, algo classificadas, com grãos subar- cít.) c Pearcc cl alii (19H4) (figs. 11.2.6 e II.2.8) indicam redondados de brilho vítreo. tratar-se de série alcalina saturada formada em ambiente tardiorogênico. talvez relacionada a arco vulcânico conti- nental 2.10-3 Aluvíóes (Qa) As rochas filonianas são de composição quartzo- mon- zonítica a adatnclíiita. metalumínosa e alcalina (figs. 11.21 Esses depósitos são encontrados na porção oriental da e 112.7). área investigada, representando testemunhos mais recentes dos rios Capibaribc-Mirim, Tracunhacm, , Bo- nança e Ulinga Morfologicamenie constituem níveis topo- 2.10 Coberturas Sedimentares gráficos distintos e escalonados, representados por sedimen- Fanerozóicas tos recentes e por níveis mais antigos de terraços localizados a 1 e 2ra do leito ativo dos rios, provenientes do rebaixa- 2.10.1 Formação Barreiras (TQQb) mento do nível de base. Lítologícamente são constituídos de material elástico Essa formação capeia rochas pré-cambrianas, constituin- grosseiro, coloração clara, pouco selecionado, contendo pre- do tabuleiros com superfície plana, ou formando paredões, dominantemente quartzo, feldspato, moscovita e bioiiia. \

3. Geologia Estrutural

retrabalhamento/refouaçáo e postura desse bandamento, o 3.1 Considerações Preliminares qual 6 seguramente uma superfície pré-deposiçáo dessa Em que pese a escala do mapeamento, a area em foco seqüência. apresenta extrema dificuldade para considerações e corre- Relações entre os litóüpos do embasamento não são lações de caráter estrutural/estratigráfico, devido à baixa claras. Entretanto, a ausência de apóíises dos ortognaisses densidade de afloramentos, além de serem freqüentemente nas supracrustais ou xenólitos destas naqueles acenam com muito intemperizados, dificultapdo as observações. Em vista maiores possibilidades das ortoderivadas tratarem-se das disso, as considerações ora apresentadas são de caráter rochas mais antigas. Ressalte-se, todavia, que o embasa- preliminar, possuindo grau de incerteza considerável. mento da faixa Seridó, aqui considerada como cronocorre- Como já foi dito anteriormente, a folha engloba um lata à Pajeú-Paraíba, uma das áreas melhor estudadas do Complexo Gnáissico-Migmatítico considerado como de ida- Nordeste, mostra características similares ao embasamento de arqueana e pertencente ao embasamento da Faixa de da folha em apreço, e cujas relações estruturais indicam Dobramentos Pajcú-Paraíba de Brito Neves (1975). É cons- anterioridade das supracrustais em relação aos ortognaisses. tituído por ortognaisses com pequenas frações de para- gnaisses e derrames/soleiras máficas muito localizadas. So- breposto a esse embasamento oconem supracrustais pro- 3 J As Deformações vavelmente de idade proterozóica inferior, que fazem parte da cobertura da retromencionada faixa de dobramentos, A deformação mais antiga observada t documentada aqui denominada Complexo Surubim, além de ortognaisses pelo bandamento gnáissico Sn encontrado nos Któtipos orto e plutônicaí de caráter e gerações diversas. e paraderivados do embasamento. Esse evento não alcançou a facies granulito, chegando entretanto, à fades anfíbolilo alto, conforme atesta a presença de mobilizados, in situ, 3.2 Relações Embasamento/Cobertura indicativos de anateria pardal, às vezes de importantes frações. As sucessivas deformações que afetaram conjuntamente A descrição e análise das deformações subsequentes o embasamento e sua cobertura modificaram as feições podem ser abordadas ao lado de considerações acerca da estruturais provavelmente arqueanaí daquela unidade, im- evolução cinemática das estruturas, a exemplo de Coward primindo ás respectivas superfícies S um generalizado pa- (1983) e Jardim de Sá et alii (1986) entre outros. Assim, ralelismo. Relações de conlato, onde observadas, sâo através foi possfvel reconhecer diferentes eventos dnemáticos, aos de zonas de ctsalhamento, de modo que a principal feição quais reladonam-se os prindpaís movimentos da cadeia, e de uma relação original de não-confonnidade e a presença a eles estão associadas as clássicas fases de deformação. de diques máficos (anfibolitos), condutos dos derrames das A cobertura (e o embasamento) foi envolvida ioicíal- supracrustais (?) truncando um bandamento (Sn) dos orto mente num tectonismo langendal, responsável por parte do e paragnaisses (ver Coward, 1984) e contendo as mesmas modelamento ora considerado para a área. Foliações ori- deformação que afetam a cobertura (fig-113.1). Desse mo- ginalmente de baixo ângulo, penetrativas ao longo da faixa, do, sào atribuídos às deformações prtferozóícas apenas o assodadas a critérios dnemáticos (ver Hanmer, 1985 e Sim-

45 Program» Uvtntwneato» GeoMfM» Biwco» *> Bra»! pton, 1986). tais como superficies S/C/C, bowUns assimé- a continuidade para norte da ZC de Urucuba. tricos e rotarionados, micas peixe, cristais rotacionados etc. De qualquer modo, supõem-se como ainda ativas em (fig. II.3.2) indicam um regime de cisalhamento simples, D2 essas ZC contracionais, conforme sugerido por dobras com transporte tectônico para NW/WNW. Esse modelo cm bainha de foliação protomilonftica associada c conside- encontra suporte em lineações minerais aqui consideradas radas evoluídas nesse evento, já afetando uma foliação/mo- como paralelas à principal direção de alongamento e eixos bilizadcs quartzosos e lineaçóes minerais constituída por X de dobras em bainha, sistematicamente orientados na- quartzo e agregados de plagioclásio (fig 11.3.3). Os critérios quela direção e também associados àquelas foliações (fig. cinemáticos preservados em zonas de baixo strain de defor- II.3.3). mações transcorrentes posteriores, observados no que seria Pelo menos duas fases de deformação estão relacionadas o plano YZ destas últimas, continuam indicando movimen- a esse lectonismo. A primeira delas (Di) é considerada tos em baixo ângulo com a faixa (fig. 11.3.4). também a partir de observações de caráter regional, ainda Boudinage de foliação em regime de cisalhamento puro na faixa Pajeú-Paraíba, como na folha a sul (Vitória de (foto 11.2.2) em alto ângulo com o sentido de transporte Santo Antão) ou nas folhas Afogados da e Mon- principal da faixa afeta pods (Bell, 1979) associados ao teiro, todas no prelo e dentro do atual Convênio regime tangencial, e é considerada como gerada a partir DNPM'CPRM. Entre outros critérios, dobramentos F2 pa- de extensão ao longo do eixo Y do elipsóide de deformação recem afetar seqüências previamente invertidas, com micro- finita, sugerindo a presença, pelo menos localmente, de um bandamento/xistosidade paralela à So, ou em ângulo com regime de cisalhamento simples com fluxo divergente, este, como em zonas de baixo strain de D2. Todavia, o que conforme modelo de Matlauer & Mercier (1980). se observa gencralizadamente nas supracrustais é uma forte Possivelmente bastante separado no tempo (ver 3.5) e xistosidade ou bandamento (transposto), sublinhada por bio- atribuído ao Ciclo Brasiliano mediante considerações regio- tita, quartzo, plagioclásio, podendo ocorrer cordierita + /- nais, encontra-se o próximo grupo de estrutura, relacionado granada +/- sillimanita. Considerava-se essa superfície co- agora a uma cinemática do tipo transcorrente, a julgar pela mo gerada nos eventos D] + D2, porquanto, face à ausência postura dos elementos planarcs/lincarcs c critérios cineraá- de afloramentos e inter-relações confiáveis (com raras ex- ticos associados (fig. I1.3.S), e responsáveis pelo atual mo- ceções), não pode ser efetuada uma exata distinção entre de lament o do trend da região. os mesmos. Essa(s) deformação(ões) tem caractcristicamen- Identifica-se pelo menos uma fase de deformação (D3) te, além das feições já descritas, lineaçôcs minerais, desta- que redobra e refolia em diferentes intensidades estruturas cando-se a sillimanita, e de estiramento (Lxl,2) de rake antigas, modificando a atitude original da Sj + S; e pro- intermediários a fortes na superfície composta Sj + S2 a duzindo dobramentos (F3) do tipo normal evoluindo até qual mergulha sistematicamente para SE. Nos raros locais revirados com vergência para NW com exemplos meso e em que puderam ser observadas, as dobras interpretadas como F2 têm caimento médio (Lt>2), eixos com ângulo médio macroscópicos. Tem como principal elemento planar uma a alto em relação à Lx, uma geometria revirada a isoclinal, foliaçáo de plano axial (S3) de atitude vcrlicalizada a incli- vergência para NW e enquadram-se na classe 2 de Ramsay nada, do tipo clivagem de crenulaçáo espaçada até uma (1967). xistosidade s.s, c sublinhada principalmente por biotita + quartzo achatado, à qual se podem inter-rclacionar mobi- Em zonas de alto strain a foliação Si + S2 é substituída lizados pegmalóidcs, evidencias locais de facies de grau por planos S/C/C, evoluindo até milonitos francos (tipo II mais elevado, .quase sempre cm posição de plano axial (fig. de Lister &. Snokc, 1984), em geral rccristalizados na fades 113.5). As lineaçôcs minerais (quartzo •+ agregados micá- xisto-verde, com bons exemplos de micas "peixe" c dobras ccos) e de estiramento (mobilizados assimétricos, planos cm bainha; com Lb e Lx tornando-se paralcüsados. Essas S/C/C" etc, Lx3) têm rake em geral fraco e são paralelos faixas são instaladas principalmente na interface embasa- a subparalelos às charneiras das mcsodobras/inlcrsecçõcs/li- mento/cobertura, ocorrendo algumas delas com posturas neações de crenulaçáo (L3 1,2, L3n) rods de quartzo, etc, verticalizadas e dobradas, devido ao rctrabalhamento trans- as quais têm direção variando em torno de NE-SW e mer- corrente das deformações posteriores. Todavia, preservam gulhos fracos a médios quase sempre para SW. Com efeito, indicadores cinemáticos de empurrão (como os já mencio- baseado no paralelismo entre elementos planarcs e lineares nados, além de dobramentos com eixos b paralelos à fone (mudanças locais da atitude de L3B poderiam decorrer de lineação mineral de alto rake e justapõem orlognaisses mig- variações da postura das superfícies anteriores dobradas) e matizados a metasedimentos políticos não afetados pela atitudes da foliação, além da assimetria dos critérios cine- migmatização. Assim, trata-se de zonas de cisalhamento máticos, admite-sc que esses dobramentos sejam formados (ZC) contracionais de baixo ângulo, talvez originalmente por buckling em um regime de cisalhamenio simples trans- estabelecidos em Di (superfícies de décollement, nappes?) corrente, num processo semelhante àquele descrito por de modo que, como sugestão, a cobertura constituiria fatias Korstgard & Ermanovics (1984). Advoga-se para os mesmos alóctones tipo klippe. Dúvidas maiores permanecem sobre uma geração cedo a sin-implanlação dos lineamentos Per- o segmento norte, onde a ZC de Caueiras, aparentemente, nambuco e Patos (megazonas de cisalhamento transcor- funcionou de inicio como cootracional, posteriormente do- rentes dextrais de direção E-W, entre as quais situa-se a brada (D* sinforme marginal?) e retrabalhada por ci&alha- faixa cm apreço) provavelmente nascidos paralelos ao eixo menlo transcorrente. É de difícil caracterização, também, X do elipsóide de deformação finila Aliás, hipótese algo Limoeiro (SR2SY-C-V)

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semelhante é proposta por Caby (1984) para os dobramen- àqueles do embasamento (composição assemelhada e apa- tos/nappes da faixa Piancó-Alto Brfgida, considerados por rentemente com as mesmas deformações), mostram apenas esse autor como cronocorrelatos e relacionados a essas mobilizados mais jovens e menos deformados. Apresentam megaestruturas. as mesmas deformações que o complexo anortosftico, sendo Padrões de interferência tipo 2 e 3 de Ramsay (op.cit.). todos eles afetados pelo tectonismo tangential e transcor- entre F3 c Fi-t2. sào freqüentemente presentes (figs. 11.3.6 rente, e têm *un intimo relacionamento espacial, como o c 11.3.7) com assimetria de minidobras ás vezei sugestiva corpo a SW da folha que ocorre cnvelopando o complexo de redobramento em F3 de flancos previamente invertidos supracitado. em Fi + 2- Incongruências de dobrameotos entre F30, e F2n, Desse modo. ambos (anortositos/ortognaisses) foram com intrafoliais e charneiras F] rompidas, podem também cronologicamente correlacionados e considerados como ser observadas (foto 11.3.1). pré-deformação da cobertura e p6s-bandan>enlo Sn. Zonas de cisalhaxnento transcorrentes (ZCT) com para- O caráter pré-orogénico é embasado na afinidade com génese de xistos-verdes são provavelmente tardias a esse os anortositos. Estes são claramente colocados em um am- evento (lardi D3) e relacionadas á implantação do Linea- biente teclonicameate estável, mostrando bandas interpre- ment o Pernambuco, que passa imediatamente a sul da folha. tadas como estratificação primária, acamamento mineraló- Ouasc sempre retrabalham a interface (ZC contracional) gicu gradacional e cumulai os de plagioclásio recrístalizado embasamento/cobertura, como a ZCT de Paudalbo e Li- bem preservados em zonas de baixo strain. Além disso, esse moeiro, ou cortam em ângulo fortes estruturas antigas, como caráter é reforçado pela ausência de critérios que levem a a de Vicência. Esta é provavelmente posterior à de Cauciras interpretá-los como sincinc má ticos as deformações da co- e aparentemente afetada pela de (Jrucuba (conforme suge- bertura e pelos diagramas de discriminantes tectônicos. rem as fotos-lineações ou inter-relaçóes dos macroplanos Deve ser ressaltado, contudo, que não foram encontradas S/C), indicativo de diferentes pulsos da deformação. Nesse relações de campo, nem entre os anortositos.' ortognaisses, sentido, as ZCT sinistrais poderão ser interpretadas como nem destes com os diques máficos e o bandamento Sn. Bem implantadas inicialmente em regime dextral, invertendo pos- assim não se estabeleceu de modo confiável a cronocorre- teriormente o sentido do deslocamento (ver exemplos em laçâo do emplacement dos mesmos com a implantação da Mdttaucr, 1986). faixa dobrada. Essas zonas de cisalhamento não se apresentam dobra- O plutonismo subsequente (PS>OA C PSy3b) encontra-se das e em geral tém postura verticalizada, ocorrendo, todavia, associado à fase de deformação D3 (transcorrente), não em direção ao sul, faixas miloníticas com mergulhos inter- tendo sido determinada uma geração do tipo sintangencial. mediários, ao passo que, nessa mesma direção, os atributos Trata-se de ortognaisses sinorogênicos, em geral com uma planares e lineares antigos e neoformados são gradualmente efetiva assinatura alcalina, estruturalmente caracterizados girados e adaptados ao Lineamcnto Pernambuco com o por uma foliação ou bandamento (S3) com lineações mineral progressivo paralelismo do eixo X à direção de cisalhamen- e de estiramento de baixo rake associadas. Estas últimas, to. Feições tipo megapods encontram-se também associadas, consubstanciadas em ribbons de quartzo, agregados mine- como o segmento limitado pelas ZC de Paudalho e Chã da rais, cristais assimétricos e planos S/C, com assimetria ob- Alegria. Ressalta-se, finalmente, a presença de dobras sin- servada próximo à superfície horizontal (plano XZ do elip- miloníticas de até duas gerações, e truncamento de foliações sóide de deformação finita). Relações com estruturas antigas milonjticas, como pode ser observado, por exemplo, na ZCT são observadas, por exemplo, entre diques foliados plano- de Paudalho próximo ao contato ortognaisses/cobertura, in- axiais de F3, associados ao corpo da serra da Passira, com dicativas de sucessivos incrementos da deformação progres- o bandamento Si+2 dos anortositos e ortognaisses, com siva. estes claramente truncados por aqueles (fig. 11.3.8). Falhas e fraturas são imprints do regime rúptil tardio, A próxima geração de plutônicas é caracterizada por além das outras feições anteriormente mencionadas, e apa- não mostrar um imprint da deformação regional e quimismo recem trancando ou deslocando antigas feições dúcteis. cálcio a peraJcalino (PSyx: e PSy3k). Alguns corpos, como o granitóide com textura manteada do norte da área, PS73C, localmente exibem uma leve foliação com o quartzo estirado 3.4 Relações da Deformação com o e cristais de feldspato algo deformados, todavia sem assi- Plutonismo metria visível, podendo tratar-se de estruturas de balonea- mento. Estruturas de fluxo são comuns, sublinhadas princi- Com base em critérios estruturais e tratamento litogeo- palmente pela presença de cristais de feldspato orientados químico (11.2.9), ao lado de argumentos geológicos concei- com textura (gnea bem preservada (foto 113.2). Em outra, tuais, conseguiu-se posicionar/hierarquizai os diferentes plu- casos, como os corpos tabularei (diques andares?) do sul tonítos em relação ás deformações e ambientes tectônicos. da área (PSyjic), a qualidade dos afloramentos deixa per- Os ortognaisses do embasamento, como já comentado, ceber apenas uma textura um tanto isotrópica e orientação caracterizam-se pela presença de um baxdamento Sn, trun- (fluxo ) incipiente. cado por diques anfiboliticos, e possuem um caráter pós/lar- Com base nos dados supracitados e diagramas de dis- ditectõnico, conforme diagram^ discriminantes (ver D. 2.9). crímantes tectônicos, essa geração é considerada como (ardi Ortognaisses PlyiA e PlyiB, que podem ser correlatos a pjs-orogénica ((ardi a pós-transcorrência).

47 írama l.cv»ntamenu» ttculopo» Hasin» do Hras.1

c' •'- NNW SSE C' 3 cm

Fig. II.3.2 - Exemplos de critérios cinemáticos (C e granadas Fig. 11.3.1 - tüque de anfibolito p6s-Sn cortando ortognaisses pré a sintectõnkas) em micaxistos com indicação bandados migmatíücos do embasamento. Aflora- de transporte tangencial para NNW. O desenho é mento AG-293 em corte vertical. Afloramento AG-510.

Fig. 11.3.4 - Critérios langenciais Dj + D2 (quartzo sigmoidal Fig. 11.3.3 - Dobras em bainha com fotiacão prolomilonftíca e S/C) vertkalizados por D3. mas ainda preserva afetando uma fobaçáo (Si y So) com forte li- dos em faixa de baixo strain deste último. Notar neaçlo mineral associada, e com eixo X de direção que a assimetria não i corrente com um movimen- SE-NW (LI). Afloramento AG-106. 10 oMíquo. Afloramento AG-35. Limoeiro (SB.25-Y-C-V)

W 0,5 m

NE / {/i 'S3

Fig. 11.3.5 - Interferência coaxial entre F] + 2/F3 com pegmati- tos sin- D3 mo&trando critérios anemáticos trans- Fig. 11.3.6 - Padrão de interferência tipo bumerangue entre correntes (estiramento paralelo a dianteira) Afio- Ff+2 e ^3 desenhado no bandamento de ortog- ramento AG-35 naisses. Afloramento AG-35

10 cm

. -s5 lm

11.3.7 - Zonas de ctsalhamento aproximadamente contem- FÍR. íl.3.8 - Anót*i>c> de orloj:nais.scs MnirartNCorrêncu (I>j> poráneaí ao dobramento Fj Afloramento AG-35 |runcandy o hanüaiDcnto t S j + ^) de nrlojinaisses prí-orogênitos Afloramento AG- iS7 Levantamento» Gcolápa» Báun» *> Bnnl

Santa Filomcna Nas folhas Paios c Monteiro, micaxistos 3.5 Comentários sobre a Idade das turbidíticos, também da faixa Pajeú-Paraiba, francamente Deformações Proterozóicas corrclacionáveis do ponto de vista litoslriligráfico e defor- macional aqueles do Casa Nova e Seridó, estes já denomi- A idade c o modelo das deformações c da evolução do nados de flysch por Caby (op. cit.), são intrudidos por Sistema de Dobramcntos Pajeú-Paraíba e demais faixas de augenortognaisses c ortognaisses micáceos (tipo S) franca- dobramcnlos proterozóicos da Província Borborcma é ainda mente sintangenciais. As relações de intrusão são documen- objeto de controvérsias. Em apenas um aspecto a literatura tadas por apófiscs dos augens nos micaxistos, bem como é convergente: o último evento lectonomagmálico que as xenólitos destes nos primeiros, sendo ambos estruturalmente afetaram c do Ciclo Brasiliano. concordantes em relação a uma antiga foüação (Si + S2) Assim, alguns autores advogam para as mesmas uma de postura borizonlali/ada evolução monocíclica (Brito Neves, 1975; Santos & Brito Ainda nos atuais mapeamentos do Convênio Neves, op. cit., entre outros) com instalação e teclogênese DNPM/CPRM (sul da Folha Pelroüna), verificou-se uma restritas ao Protcrozóico Superior. Variantes desse modelo transparente relação de não-conformidadr entre os quart- são defendidas, principalmente por Caby (op. cit.) e Ar zitos basais do Complexo Casa Nova e os arenitos Tombador cbanjo & Salim (1986). admitindo na Faixa Seridó a pre- (unidade basal do Supcrgrupo Espinhaço na Chapada Dia- sença de coberturas eoproterozóicas plataformais. poste- mantina oriental, de idade proterozoica média acatada pela riormente recobertas por flysch do Proterozóico Superior, maioria dos autores e recentemente rediscutida por Jardim sendo o conjunto deformado apenas no Ciclo Brasiliano. de Sá et alii. 1988). Nesse local, os quartzitos Casa Nova Outros autores, como Silva Filho et alü (1985) c mais re- aparecem fortemente deformados por cisalhamento trans- centemente Santos, et alii (op. cit.), defendem para as faixa; corrente (rampa lateral) e capeados pelo Tombador em Piancõ-Alto Brigida e Sergipana, respectivamente, idades atitude subori/ontal sem strain perceptível, preservando ain- proterozóicas média a superior e proterozóica não-dividida, da marcas de onda e estralificação cruzada. com efetiva assinatura da tectogenese brasiliana Outros Datações efetuadas nos ortognaisses sintangenciais da trabalhos de mapeamento regional, como Dalton de Souza Faixa Riacho do Pontal forneceram idades isocrônicas (Rb- ei alii (1979) e de cunho lectonostrutural, como Jardim de Sr) de mai-s ou menos 97Ü ma. e 2.000 m.a. (Jardim de Sá Sá & Hackspacker (1980), consideram a Faixa de Dobra- et alii, 1988), esta relativa a um ortognaisse sinorogênico à mentos Riacho do Pontal como eoproterozóica c deformada rampa lateral retromencionada. Levando-se em conta as nos ciclos Transamazònico e Brasiliano. relações mencionadas e os dados geocronológicos. conclui- Jardim de Sá e colaboradores da 1'FRN defendem, em se que a deposição do Casa Nova é do Prolero/óito Inferior sucessivos trabalhos desde 1978, uma cvo'ução policídica c a primeira deformação que o afetou é do Ciclo Trans- para a Faixa Seridó, posteriormente estendida para as de- amazônico, atribuindo-se a idade 970 m.a. a um rejuvenes- mais, principalmente com base cm argumentos leclonosiru- cimento parcial do sistema. turais e gcocronológicos (Jardim de Sá, 1984,1987. e Jardim Na folha em apreço admitiu-se para a cobertura uma de Sá et alii. 1988). A interligação das faixas Seridó, Pian- evolução policíclíca, com deformações nos ciclos Transama cò-Alto Brigida e Riacho do Pontal c plenamente acatada /único c Brasiliano, com ba.se na identidade das caracterí- pela literatura, apesar de seccionadas por mcgalincamcntos sticas liiostratigráfica.s c deformacionais com sua continui- (grandes zonas de cisalhamcnlo transcorrcnlcs de idade dade para NE (folhas Monteiro c ) brasiliana) representados pelos lincamcntos Patos c Per- e demais correlações e argumentos geológicos anteriormen- nambuco. No Seridó. datações efcluadas nos orlognjiv.es te postulados G2 de Jardim de Sá et alii (1981), claramente associados a Com efeito, atribui-se ao Ciclo Tran&amazõnico as de- uma teclònica tangencial penetrativa em toda a faixa, for- formações do tipo tangencial. com transporte para WNW- neceram isocronas Rb Sr de 2.086 ma (Macedo et alii, op. NW, cm alto ângulo com a faixa, c as deformações de cit.). posleríoonnente confirmada por LI-Pb em zireão, re- caráter transcorrcnle ao Ciclo Brasiliano. Estas últimas, gistrando também um evento tcctonomctamórfico contem- alicerçadas na idade brasiliana de inúmeros granitóides, porâneo (Jardim de Sá et alii, 1988). Eles inlrudem e são amplamente documentadas na literatura e distribuídas por estruturalmente concordantes com as facies basais do Com- Ioda a província, sin a tardi- orogenicos ao tecionísmo plexo Seridó. Todavia, até então não foram encontrados ao transcorrente. nível dos ffyschs (micaxistos) que constituem a unidade Considerar, como lançado mão por alguns autores do superior daquele complexo. Tal fato tem levado os adeptos modelo monoclícüco (por exemplo Caby, 1985 in Jardim de da teoria monocídica a interpretarem aqueles ortognaisses Sá, 1987; e Archanjo, 1987) as foliações de baixo ângulo como do tipo anorogênico, e iodo o conjunto teria sido (Si -f S2) como geradas a partir de um mecanismo da afetado apenas pelo Ciclo Brasiliano. Entre outros argu- transcorrência / transpressáo, ou associadas a movimentos mentos (ver Jardim de Sá, 1987), contrapõe-se agora a tal tangenciais para SW (Caby & Arthaud, 1986, in Jardim de interpretação a identificação, durante o atual PLGB, de Sá, 1987; entre outros), aproximadamente contemporâneas, oriognaisses também associados a uma teclònica langcncial portanto, à S3, vai de encontro aos dados geocronológicos que intrudem turbiditos caractcristícamcnle flyschóidu do disponíveis, bem como às observações de campo e argu- Complexo Casa Nova (Faixa Riacho do Pontal) na Folha mentos conceituais. Assim, quer na faixa Pajeú-Paraiba (fo- Limoeiro (SB.25-Y-C-V)

lhas Limoeiro e Vitória de Santo Antão e folhas Afogados finita associado a uma etnemitica transpressiva, na qual as da ingazeira e Monteiro), quer na Seridó e Riacho do referidas lineações teriam direções entre ENE-WSW ç NE- Pontal, a primeira variante do modelo monocfdico não SW, portanto, em alto angulo com aquelas observadas. Al- explica o caráter amplamente penetrativo de baixo angulo guns problemas de ordem conceituai ainda persistem. Com de S1/S2, não obstante aquele mecanismo ter atuado efeti- efeito, em uma das regiões interprets '•> como deformadas vamente a exemplo do segmento ocidental da Faixa Seridó segundo um regime de transpressáo 'ver Archanjo, op. cil.) e norte da Folha Monteiro. Por outro lado. falta na maioria o elipsóide de deformação É do tipo prolato, o que vai de das vezes o característico leque divergente de foliação, mes- encontro ao seu padrão típico (oblato) nesses tipos de mo com relação a Sj, lateralmente às ZCTs, (estruturas domínio, pelo menos segundo alguns autores como Sander- flower de Harding. 1985) como na Folha Vitória de Santo son & Marchini, 1984; Mc Coss, 1986 etc. Finalmente, a Antão, rntre outras. Além disso, nessa folha as direções conjugação das foliações de baixo ângulo com nappes para das lineações de estiramento ligadas a Si + 2 não se coadu- SW encontram fortes argumentações contrárias no aspecto nam com o range do eixo X do elip&óidc de deformação referente a que o trend geral da província t NE aENE.

51 \

4. Geoquímica

4.1 Sistemática Adotada As amostras de rocha foram coletadas em afloramentos representativos das unidades litológicas cartografadas e não 4.1.1 Planejamento intempemadas. numa quantidade em torno de um quilo.

As estações de amostragem do> sedimentos ativos de 4.1.3 Análise» corrente e concentrados de baleia de aluvião do levanta- mento gcoquimico regional foran, plotada> e numeradas 4.1-3.1 Preparação das amostra» previamente sobre a base geológica disponível (map* foto- geológjco preliminar). Sedimento de torrente: após secagem em estufa a 80° C, Üs sedimentos de corrente, num total de 171, foram as amosUas foram peneiradas para separação da fração preferencialmente distribuídos em drenagens de baixa or- menor que 80 mesh, que por sua ve/ foi pulverizada a dem, estendendo-se para aquelas de ordem mais elevada menos 150 mesh. na parte central e ocidental da folha. A amostragem foi evitada na faixa oriental devido às coberturas terciárias Concentrado de bateia de aluvião: após o bateamento de existentes, consideradas sem perspectiva mclalogcnctica, fa- campo, a amostra foi passada no bromofórmio para sepa- tos que foram referendados durante a evolução do ma- ração da fração pesada, que foi pulverizada a menos 150 peamento geológico. Nas drenagens de ordem mais elevada mesh. foram plotados 26 pontos de coleta de concentrados de baleia, mantendo-se a proporção aproximada de 0:1 cm Rocha: as amostras selecionadas por meio de análise relação aos sedimentos de corrente. Nesses pontos coincide pclrográfica foram britadas e pulverizadas a meros 150 a coleta dos dois tipos de material. mesh O adensamento da amostragem foi diferenciado, man tendo-sc maior concentração de ponlos nas áreas de maior 4.LU Método» analíticos perspectiva metalogcnctica. Apesar disso, na parte central da folha, o adensamento foi rarefeito em relação às áreas Os métodos analíticos utilizados nas amostras coletadas vizinhas, devido à grande quart! idade de fontes de con- durante o levantamento regional estão dispostos nas tabelas taminação. 11.4.1 e 114.2. A amostragem de rochas para litogeoquímica foi pla- nejada em estreita colaboração com as equipes de ma pc?raento geológico e de suporte petrológico, e visou a 4.1.4 Interpretação do» dados auxiliar a caracterização petrogenctica e mctalogcnclica das unidades. A aplicação de litpgeoquimica foi restrita às ro- Os dados analíticos das amostras de sedimento de cor- chas magmálicas e suas correspondentes mctamórficas, co- rente e concentrado de bateia, gerados no levantamento mo também aquelas de notória importância mctalogenética regional, foram tratados conjuntamente com os dados da (eu.: rochas com suifetos, quart/itos ferríferos ele). Folha Vitória de Santo Antão já que as áreas possuem continuidade geológica; a metodologia aplicada foi a mesma. 0 modelo interpretative aplicado às informações geradas 4.12 Amostragem pelo levantamento geoquimico regional utilizou uma série de premissas básicas: As amostras de sedimento ativo de corrente foram co- letadas de forma composta, na calha do leito ativo da dre- 1 - Apenas os dados analíticos de sedimento de nagem DOS trechos relilíneos, para evitar "bias" na coleta corrente tiveram tratamento discriminatório a partir do material. O material coletado foi preferencialmente a- da base geológica, que serviu para a separação de quele de granulação fica (argila/silte), abaixo da lâmina duas populaçõcs-alvo: uma refletindo a predominân- dágua, ainda no leito ativo. cia de granitóides e outra os melassedimcntos.

53 Hasi.os iK- UMV! tw*nw U-.jRijmcni.B

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Mi. o ••'! '• NTIIA[>OS DE • 1 POPULAÇÃO-C'ONCE Fig.II.4.2 Lunociro (SB.25-Y-C-V)

\ 2 - Todos os dados de concentrados de bateia de nados aqueles elementos que melhor se dispersam através aluviào foram tratados como uma única população- de minerais presentes na fração pesada, bem como possuam alvo, devido à sua baixa densidade de distribuição de razoável número de valores náo-quaüficados. Foi aplicado pontos c ao "bias" da sua coleta. o programa de correlações e estimou-se como limiar aquele valor igual à média geométrica multiplicada pelo desvio 3 - O tratamento estatístico utilizado (cálculo dos geométrico ao quadrado, com exceção do ouro, cujo limite estimadores. correlações) serviu apenas como orde- de detecção foi considerado como limiar, c do estanho, cujo namento das informações geoquímicas, evitando-se limiar fui estabelecido empiricamente devido ao pequeno ao máximo inferéncias de caráter puramente estatís- número de valores não-qualifícados. tico. A interpretação fundamentou-se sempre na base Os resultados analíticos das amostras de rocha foram geológica e na evolução do seu conhecimento. tratados através de diagramas, gráficos c índices petro- lógicos cujas conclusões são consideradas quando da des- 4 - Utilizou se o Sistema "GEOQUANT" (CPRM crição geológica da respectiva unidade. USGS) para o tratamento estatístico dos dados ana- líticos, o qual dispòc de diversos programas uni e multivariados - OEOOU ANT é um sistema estatístico 4.1.5 Apresentação dos resultados para microcomputador desenvolvido na CPRM, a par- tir do STATPAC do USGS Na elaboração da carta gcoquímica foram adotados os seguintes critérios: 0 modelo aplicado na interpretação dos dados analíticos das amostras de sedimento ativo de comente obedeceu ao 1 - Considerou-se como estação anômala de sedi- seguinte roteiro: mento de corrente e concentrado de bateia toda aquela que excedeu aos limiares estabelecidos. 1 - Foram separadas duas matrizes, corresponden- tes às duas populações-alvo, denominadas, para efeito 2 - As estações anômalas de sedimento de corrente, de simplificação, "granitóides" e "mctasscdimenu>sr. quando contíguas, deram origem às zonas anômalas Foram calculados os estimadores geoquímicos, deter- definidas pelas áreas das bacias amostradas. minadas as correlações existentes e executados testes de distribuição para cada matriz. 3 - As estações anômalas de concentrados de baleia de aluvião foram consideradas apenas individualmen- 2 - Em razão da verificada uniformidade de distri- te, por força de sua baixa densidade. buição lognormal para todos os elementos seleciona- dos nas duas populações, todos os valores foram Informações pertinentes são apresentadas na forma de transformados em logs e em seguida em variáveis gráficos de correlações e de sumário dos estimadores das normais reduzidas (média igual a zero e desvio-pa- diversas populações-alvos, para os sedimentos e para os drão igual a 1). concentrados de bateia.

3 - Depois de reduzidas, as duas matrizes foram novamente concatenadas. Assim obteve-sc uma única 4.2 Resultados Obtidos matriz com todas as amostras da folha, onde foi eliminado o fator litológico responsável pela separa- 4.2.1 Seleção dos elementos ção em populações-alvo e onde as variáveis analíticas puderam ser comparadas entre si, pois os valores Não foi possível avaliar a distribuição de alguns elemen- estão em uma única grandeza: unidade reduzida. tos:

4 - O número de unidades reduzidas foi o critério os elementos Ag, As, Au, Be, Bi, Cd, Mo, Sb, Sc, estabelecido para discriminar as magnitudes de ano- WcZn analisados por EE, foram eliminados do malia: teste pelo excesso de valores qualificados, abaixo do limite de detecção do método, sendo que al- duas unidades reduzidas •• anomalia de segunda ordem; guns não tiveram qualquer valor registrado; três unidades reduzidas - anomalia de primeira ordem. os elementos Ti e Zr foram eliminados pelo exces- 5 - As anomalias daqueles elementos que tiveram so de valores qualificados acima do limite r.upc- seu limiar estabelecido empiricamente por algum mo- rior de detecção do método; tivo foram consideradas de segunda ordem. o cálcio foi eliminado pela sua pouca represen- Os dados analíticos das amostras de concentrados de tatividade para os objetivos deste levantamento bateia tiveram um tratamento mais simples. Foram selccio- geoquímico regional. Levwmmcnu» GeoKSgio» Banco, do Bra»!

Foram selecionados os seguintes elementos, por tipo de da área, de monazita ou titanila, este ultimo um dos prin- análise: cipais minerais acessórios de granitóides com tendência alcalina. - espectrografia de emissão - Mg, B, Ba, Ct>. Cr, Os demais elementos não apresentaram correlações si- La, Nb, Sn, Sr, V, Y: gnificativas.

espectrofotometria de absorção atômica - Cu, Pb. População 11 - metassedimentos Zn, Ni. Fe. MD Fc-Mn-Co-V-Cu-Zn-Ni-Pb: a semelhança da população Os elementos Cu, Pb, Ni, Fe e Mn, analisados por I. a associação desses elementos está ligada aos processos espectrografia de emissão, foram preteridos pelos seus cor- de adsorção. típicos, dos óxidos de ferro e de manganês, respondentes de absorção atômica pela melhor adequação sem significado melalogenctico A presença de vanádio no destes últimos. grupo reflete maior presença de óxidos de ferro primários Para a avaliação dos dados analíticos das amostras de nessa população II. responsáveis por parte da associação concentrados de bateia foram selecionados apenas: Fe. Mg. de elementos; nesse caso. a participação do fenômeno de Mn. B. Ba. Co, Cr. Cu, La, Nb. Ni. Pb, Sn, V, Y, analisados adsorção c minimizado por espcctrografla de emissão e Au por absorção atômica O estrôncio lambem foi selecionado, embora apresentasse Ni-Co-(Cr)-(V): o cromo e o vanádio nessj população uma grande quantidade de valores qualificados, porque seus possuem excelentes correlações com o níquel e com o co- valores não -qualificados estiveram sempre associados com balto. porém entre si a correlação e apenas regular. Esse o bário. o que foi considerado bom indício petrogenetico. fato sugere a presença de duas associações minerais distin- A semelhança do que ocorreu com os dados das amostras tas: uma ligada a mincrali/^çõcs' de ferro-tilãni.> e outra à de sedimento de corrente, o zircônio c o titânio foram rromita. A presença de cromita foi constatada na análise elimir J Jos por exccstr> de valores acima do limite de de- mincralógica da fração pesada dos concentrados de bateia tecção de método. da Folha Vitória de Santo Antão; uma mineralização de ferro-tflânio ocorre na extremidade oeste do limite dessa folha com a Folha Limoeiro. 422 Correlações La-Y: essa associação é muito comum em qualquer po- Foram elaboradas matrizes de correlação para as duas pulação, pela intima similaridade gcoquimíca desses ele- populações alvo dos sedimentos de corrente e para a única mentos de caráter litófilo e geralmente associados a minerais população de concentrados de bateia (figv 11.4.1 e II 4.2) silicatados. Essas matrizes servem para destacar as associações notáveis de elementos capa/es de sugerir tanto indícios de Concentrados ât bateia mineralizações quanto padrões de dispersão secundária ca- racterísticos de tipos petrogenéticos. A análise de corre- Destaearn-.se as associações dos elementos La-Y,Ni-Mg lações serviu como critério para definição de associações e Cu-Pb. A primeira reflete a preença de mona/ila como geoquímicas que foram lançadas na caria gcoquímica. É um dos principais constituintes da fração pesada: n segunda importante registrar uma observação pertinente: as asso- esta provavelmente ligada ã presença de minerais ferroma- ciações destacadas exprimem a população como um lodo gnesianos; a terceira está associada à presença de certos c não agrupamentos anômalos dessas associações. minerais na fração pesada dos concentrados. Na Folha Vitória de Santo Antão. cujos dados estão Sedimentos de corrente sendo analisados concomilantcmenle, foi detectada a pre- sença de alguns minerais como anglcsita c calcopírita na População I - granitóides fração pesada dos concentrados.

Fe-Mn-Co-CuPb-Zn-Ni: essa associação reflete a par ticipaçâo ativa dos óxidos de ferro e de manganês na ad- 4.2J Estimadort» groqufmico» sorção c coprecipitação desses íons metálicos; sem signi- ficado metalogcnélico. Na definição dos estimadores que orientaram a ela- boração da carta gcoquímica, foram enfatizados aqueles Cr-Co-Ni: os minerais máficos são us responsáveis por elementos representativos c de importância para a avaliação essa associação de elementos; também sem significado mela geoquímica do ponto de vista pctrológico c/ou metalogc- logenétíco importante, principalmente dentro dessa popu- nélico. lação Dentre os dados analíticos disponíveis das amostras de sedimento de corrente foram selecionados 14 elementos: 10 La-Y: outra associação notável observada, muito comum analisados por especirografía de emissão (B, Ba, Co, Cr, para essa população; pode refletir a presença, nas roochas La, Nb, Sn, Sr, V e Y) -. quatro analisados por absorção Tabela 11.4.1 - ABSBO - Prospccção üeoquímica

Sedimento Concentrado Métodos de dr Analíticos Corrente Bateia Aluvião tspecirocrafia de Emi&ião - 30 Elctn -padrão (K. Me. Ca. Ti, Mn. Ag. As, Au. B. Ba. Be, Bi. Cd. Co. Cr. Cu. U. Mo. Nb. Ni, Pb. Sb. Sc. Sn. Sr. V. W, Y,Zn. Zi) 171

Absorção Atômica - Abertura HNO? concentraJo quente (Cu. Pb. Zn. Nil Fe. Mn.» 171 - Abertura HBr + Br (Au; 26

Tabela 11-4-2 - Aailucs - Liioeeoquímica

Míiodos Analítico? Rochas

E.E. - 30 Elemento»-padrão 71

< I C - Co,N..Ba.Li 31 z c } ! 5 i-Cu.Pb,7n

Abertura HNO3 - (As) Í 25

Abertura Água Réçia. Geração dc hidrclt» (As) 15

Abertura HBr + Br - ÍAuj Mi

Eletrodo de Ion Específico (Fi \ 31

i

i - Nb.Rb.Sr.Y.Zr 31 i

s i Sk, AnilrK compleu dr rocha - Dòiido* 31 Uvwtuincnta OeokSgjn» Bé»ica do Bnul

«tônica (Cu, Pb. Zn e Ni). Foram eliminados o Mg, Fe e provável que haja uma participação maior de plagioclásio Mn porque esses elementos não têm representatividade dis- cálcico sobre feldspato potássico na sua composição. criminatória do ponto de vista petrologico ou metaloge- Apenas três estações anômalas isoladas de estrôncio se netico no ambiente secundário: são elementos comuns nos destacam na área, distribuídas aleatoriamente sobre dife- minerais formadores de rochas. Entre os dados analíticos rentes tipos biológicos, sem significado evidente. das amostras de concentrado de bateia selecionou-se 14 elementos, dentre aqueles já previamente escolhidos para Zonas e estações anômalas de nióbio: Foram delimitadas os testes de correlações. São eles: B, Ba, Co, Cr, Cu, La, duas zoras anômalas de niòbio: uma de primeira ordem, Nb, Ni, Pb, Sn, V, V e Au. Os elementos Fe, Mg e Mn associada ao granitóide da serra do Mascarcnhas e outra foram eliminados pela mesma razão já exposta. de segunda ordem, localizada sobre o Complexo Surubim, Foram preparadas duas tabelas com o sumário dos esti- a sudoeste da cidade de Vicência. madores para os elementos escolhidos para a elaboração A zona anômala de primeira ordem sobre o granitóide da carta geoquímica (tabelas II.4.3 e 11.4.4). da serra do Mascarcnhas sugere a possibilidade de uma presença marcante de nióbio no ambiente primário, carac- teriviindo uma possível tendência alcalina do mesmo. 42.4 Discussão das anomalia» A zona anômala de segunda ordem c as estações anô- malas isoladas de níobio localizam-se na unidade Complexo As anomalias serão discutidas por zonas anômalas e Surubim. estações anômalas associadas, indiferentemente se originá- Na população II - metassedimentos, que inclui amostras rias de sedimento de corrente ou concentrado de bateia. coletadas sobre essa unidade, as maiores correlações do Foram registradas 10 zonas anômalas (fig. 11.4.3) assim dis- nióbio foram com o lantânio (0,232) e o ítrio (0,287). Esses criminadas: duas zonas de Cu-Zn-Ni (uma das quais com índices, muito embora modestos, refletem uma característica cobalt o associado); duas de estrôncio; duas de nióbio; uma de alguns valores anômalos do nióbio: das cinco estações de lantânio; uma de boro; uma de bino e uma de chumbo anômalas isoladas de nióbio. três estão associadas a ítrio Estações anômalas isoladas de Cr, V, Y, Sn e Au são ou a lantânio. Essa associação pode significar apenas coin- também observadas. cidência, visto que o inter-rclacionamenlo Nb-Y-La ocorre apenas em rochas ígneas alcalinas, cuja ocorrência no Com- Zonas e estações anômalas de Cu, Zn, Ni, Co, Cr e V: plexo Surubim não foi registrada. Duas zonas anômalas de segunda ordem de Cu-Zn-Ni, uma delas associada ao cobalto, se destacam nesse grupo. Ambas Zonas e estações anômalas de lantânio e ítrio: Apenas estão localizadas geograficamente em faixas de cisalhamen- uma zona anômala de lantânio foi delimitada por quatro to: uma zona de Cu-Zn-Ni relacionada com o cisalhamento estações anômalas contíguas. No entanto, foram ainda re- de Urucuba, e uma zona Cu-Zn-Ni-Co com o cisalhamento gistradas cinco estações anômalas isoladas de lamãnio e de Vicência. Os teores discretos e a associação dessas zonas quatro de ítrio. Em apenas uma estação houve coincidência anômalas com faixas de cisalhamento sugerem a partici- entre anomalias de ílrio e de lantânio. Isto posto, verifica-se pação do fenômeno de adsorçáo dos óxidos de ferro e que a correlaçái.. elevada entre o ítrio e o lamãnio ocorre manganês na origem dessas anomalias: as zonas de cisalha- principalmente na faixa de background das populações. mento são áreas de circulação de água mclcórica ricas cm A zona anômala de lantânio e metade das estações colóides de ferro e de manganês, capazes de gerar concen- anômalas isoladas dos dois elementos locali/am-sc sobre a trações anômalas de tons metálicos. unidade Complexo Surubim, ou seja, sobre a unidade de A grande maioria das estações anômalas isoladas de mclasscdimcntos. todos esses elementos, sempre com valores discretos, dis- Esse falo sugere a presença de monazita como um dos põe-se aleatoriamente na área de exposição do Complexo constituintes acessórios dos xistos e dos gnaisses da se- Surubim, localizada entre os ..salhamentos de Vicência c qüência, possivelmente concentrados na faixa localizada a- Urccuba. baixo da zona anômala do lantânio. As demais estações anômalas estão aleatoriamente distribuídas nos migmatitos, Zonas e estações anômalas de estrôncio: Duas zonas ortognaisses c granitóides, sem significado maior. anômalas de segunda ordem de estrôncio se delineara e refletem claramente padrões biológicos e faciológicos das Zonas e estações anômalas de boro: Foram registradas rochas predominantes na bacia amostrada. uma zona anômala de segunda ordem e três estações anô- A primeira coincide com o corpo diorílico associado ao malas isoladas na folha. Todos os pontos estão de alguma Complexo de Passira, de composição intermediária com forma associados aos ortognaisses arqueanos, sem uma ex- predominância de plagioclásio cálcico sobre feldspato po- plicação biológica para o fato. tássico. A correlação elevada com Y e La, na população de A segunda zona anômala coincide com a unidade Apgn, granitóides, sugere uma associação do tipo pcgmatílo e ess* DO norte da folha, próximo ao contato com o granilóide talvez seja a explicação mais plausível, muito embora não PS)3B A unidade compreende as lochas supracrustais ar- tenham sido registrados, pelas equipes de mapeamento, queanas, composta predominantemente de paragnaisses. É pegmatílos de porte na região. Tabela 11.4-3 - Sumário dos Rstimadores Sedimentos Ativo» de Corrente

Amplitude (ppm) Média Geométrica (ppm) De«iln Geométrico O ran de ÍVteccio Elementos Popalacãe* Populações PopulaçAe* Populicóe* 1 II I II I II 1 II B -EE 10- 500 10- 500 15 46 3,62 3,65 92:17» 111:134 Ba-EE 20-3000 30-1500 442 312 2,11 2,00 178:17» 134:134 Co-EE 5- 30 5- 150 6 10 2,11 : .13 125:17» I2«:134 Cr-EF. 10- 150 10- 300 21 37 2.40 : .22 152:17» 131:134 La-EE 2O-I000 20-1000 68 122 2.63 !,65 161:178 129:134 Nh-EE 10- 100 10- 70 8 9 2,09 ."2 69:17» 70:134 Sr-EE •00-1000 10O- 700 180 111 2,30 .83 112:178 72:134 V -EE 10- 150 10- 150 32 39 1,65 .52 176:17» 133:134 Y -EE 10- 300 10- 700 27 49 2.64 !,37 156.178 132:134 Cu-AA 1- 43 2- 43 4 7 2,30 ,94 178:178 134:134 Pb-AA 4- 24 4- 38 11 7 1.70 ,67 152:178 130:134 Zn-AA 1- 72 1- 75 4 18 2.20 ,92 178:178 134:134 Ni-AA 1- 36 1- 41 2.S 7 2.51 !,21 128:178 125:134

Populações: I - Granildidea II — MeUttxcdimentos (>hs.: <)s dados analftkps relerem-"»! l\s tolhas conlfpuas I .imncin» c Vitoria dc Santo AntSo tratados estatisticamente do forma cnniunta.

Tabela 11.4.4 - Sumário dos Estimadores Concentrados dc Batcia de Aluvião

Elementos Amplitude Média Desvio Grau de Geométrica Geométrico Detecção (ppm) (ppm) B - EE 5-3000 90 8,03 58:106 Ba - EE 20-3000 61 3,37 92:106 Co- EE 7- 50 23 1,36 80:106 Cr - EE 10-1000 73 2.49 80:106 Cu - EE 5- 100 6 2.35 72:106 La-EE 30-1500 315 2,41 99:106 Nb - EE 10- 150 18 2,56 87:106 Ni - EE 5- 100 8 2,47 81:106 Pb - EE 10-2000 29 2.80 97:106 Sn - EE 10- 300 11 2,63 42:106 V - EE 30- 500 77 !,67 106:106 Y - EE 10-1500 168 2,13 106:106 Au - AA 0,020-1,1 - - 8:106

<*s.: <)s dados anulftico* reícrcm-« Js folhas contfcuus Limoeiro i- Vilrtn.i ilu Santo \nlf\o Ualadm i-stalislic;inirnlc dc forma conjunto. rr^'.ini., I f.j

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Fijj. II.4.3 - l:stx\(< geológico l-imut.ro (5B.25-Y-C-V)

Zonas e tstaçòts anômalas dt bóno A única /ona anô- gerindo a relação com óxidos de ferro. mala dt segunda ordem de baric localiza-se na unidade de sieriitt» alcalino intrusivo no Complexo Surubim. O signi- Estações anômalas de tstanho: Três estações anômalas ficado dessa zona é apenas evidenciar o alio conteúdo dt de estanho foram registradas na área: uma sobre os mig- potássio na rocha constituinte do ambiente primário (sitnito mantos da unidade basal; outra sobre os ortognaisses da mesma unidade: e uma terceira sobre o Complexo Surubim Duas das estações anômalas dt bario csiái> associadas A explicação mais plausível para essas anomalias c a a anomalias de ouro c uma associada a chumbo. fcssas existência de corpos pegmatóides. provavelmente dt peque- relações, sugerem fundamcnlalmenie mincrali/açõcs do tipo no porte. É importante salientar que foi constatada a pre- veios de origem hidrolcrma! com sulfetos A associação sença de cassitenta. mediante análise petrográfica, numa Ba Pb pode estar tambem relacionada ã presença de fclds- amostra do graniloide PSyjit. locali/ado nu exUemo-no- patu potássico; dentro da /ona anômala de bário ocorre roeste da folha. uma estação anômala isolada de chumbo. A omra estação anômala de bário coincide com uma H'i anômalas dt ouro'. Todas as e&taçõcs anômalas anomalia de estrondo Essa associação reflete caráter cal- de ouro, em número de seis. abrangem, dentro das suas cialcalino local do ambiente primário: no caso. os orto- áreas de drenagem, a seqüência dt quarl/itos do Complexo gnaisses do embasamento arqueano. Surubim (Plsuqt). duas delas estão associadas lambem ao contato entre o oruitjnais.se diorilico-tonalitico de Buenos Zona e estatais anômalas de chumbo: A /ona anômala Aires e o Completo Surubim de segunda ordem de chumbo registrada situa-se na faixa Os Valores de ouro rt# amostras são modestos, variando de cisalhamento que delimita os migmjtitos do embasamen- de (1.02 a 1,1 ppm na fração pesada, correspondendo a uma to e o Complexo Surubim. A correlação regular do chumbo variação de 0.0- a 1.1 ppb na amostra original. Com base com o Fe, Cu e Zn sugere a possibilidade de sua associação nesses dados e adolando-se a conceiluação de Fischer &. com óxidos de ferro (à semelhança do Cu. Zn, Ni c Co), Fischer (IVr>S), definida numa paisagem gcoquimica dife- evidenciada também pela locaii/ação similar sobre /ona de rente (semi-árido), a area caraeteri/j-se como não-mine- cisalhamento. raÜAida a Iracamente mincrali/ada. Entretanto, a sua as- As associações de estações anômalas de chumbo e de sociação com o horizonte regional de quarl/ilos c a noticia bãrio em três pontos já fórum comentadas, enquanto que da presença de um anligv garimpo de ouro sobre esse as duas outras estações anômalas de chumbo estão associa- horfcfonlc. próximo á cidade de Paudalho, eleva sobrema- das a Cu t ao conjunto Cu-Co V-Zn, respectivamente, su- neira a importância das anomalias.

61 5. Geofísica

5.1 Sistemática Adotada e foram codificadas e assinaladas no campo, de forma a permitir que os levantamentos gravimétrico e topográfico A sistemática estabelecida para a geofísica varia cm fossem efetuados em épocas diferentes. função dos problemas geológicos específicos de cada área. As medidas foram efetuadas com gravimetro LaCoste Inclui a utilização da informática, principalmente na apli- Si Romberg. modelo G, número de série 011, com precisão cação de filtros especiais e na interpretação quantitativa de 0,01 miligal. dos dados, mediante a modelagem das seções dos corpos Foram utilizadas as estações gravimélricas de primeira representados por polígonos, causadores das anomalias gra- ordem a seguir indicadas, pertencentes à rede fundamental vimétricas e magnetométricas. Os softwares utilizados na do Observatório Nacional, dentro de um levantamento co- modelagem empregam o algoritmo de Talwani (Talwani & brindo outras folhas: Heirtzlcr, 1964). A inexistência de dados aeromagnetométricos e aero- Código da Localidade Valor de G cintüométricos na Folha Limoeiro restringiu a geofísica a Estação perfis terrestres de gravimetria, magnetomelría e cintilo- 090680 Petrolina-PE 978041,02 meiria (fig. 11.5.1). 090780 Paulistana-Pl 978031,88 O objetivo desses perfis foi a obtenção de dados refe- 201286 1 Goiana-PE 978151.31 rentes às litologias de superfície e de subsuperfície, bem como à estruturação da área, segundo os seguintes preceitos: 151884 Cabo-PE 978158,11

a) - levantamento de gravimetria e magnetometria Para o cálculo dos valores Bouguer, deve-se utilizar a para estudos de cotnpartimeniação tectonic a da cros- fórmula: ta superior; valor Bouguer = AB + CT + g - g', sendo:

b) - levantamento de cintüometria para auxiliar na AB = correção de "ar livre" com correção Bouguer; definição de contatos e de diferenciação em litologias CT = correção do terreno; g = gravidade medida; e de superfície; e, g'= gravidade teórica.

c) - levantamentos de magnetometria para definição No presente trabalho não foi aplicada a correção de de contatos e feições estruturais, tais como: fraturas, terreno porque se verificou que os dados sem essa correção falhas, dobras, mergulho e profundidade. se prestavam para o objetivo da modelagem, utilizando-se, assim, a anomalia Bouguer simples. O levantamento de magnetometria terrestre foi efetuado com magnetômetros de precessâo protonica, da Geometries, 5.2 Dados Utilizados modelo G-816, com precisão de 1 nT (nano-Tesla). O in- tervalo entre as estações foi de lOOm. Durante o levanta- Foram levantados um perfil regional de gravimetria, mento foi mantido um magnetómetro em uma estaçáo-base, magnetometria e de cintilomeiria e seis outros de magne- com a realização de leituras a intervalos de 5 minutos, de tometria e cintilometría apenas (fig. II.S.l), com um total forma a permitir a determinação da variação diurna do de 571un de gravimetria e 182,6km de magnetometria e campo geomagnético. O processamento dos dados constou cintilomeiria. apenas da correção dessa variação. Na época do levanta- O levantamento gravimetria) foi executado dentro do mento (janeiro de 1987) o campo total era 26000 nT, a convênio CPRM/CNPq /Observatório Nacional, firmado em decünação magnética -22^" e inclinação -19*. 1986. A CPRM »c encarregou do levantamento topográfico O levantamento cintilométrico utilizou cintüómetros dos perfis e o Observatório Nacional, do gravimétrico SRAT, modelo SPP-2. As medições foram efetuadas conco- As eiiações de medida tiveram intervalo médio de lkm mitantemente às de magnetometria.

63 IT.,:-.,-. U..-,-.:-.- «- K:~ - J I''.

7// '

erfil CCT gravimetria, ognetarr,etrio e cntuometna

Fig. U.S.I - Perfis feofísicos da Folha Limoeiro. I - Cobeiiuras sedimcnlares não-dclormadas. 2 - acgirina-sienilo: 3 - gr.'iitoides brasilianos: 4 - me lasse- dimcntos 5 - anortosilo. 6 - dior.to. 7 - gnaisscs e migmatilos Limoeiro (SB2>Y-C-Vj

K maiores que 100 E-6 e.m.u., enquanto que um protomi- 5 J Interpretação e Correlação dos Dados lonito. de composição granftica (AG-189), tem como exce- ção K - 35 E-6 e.m.u. Para a modelagem adequada dos corpos t a interpre- O maior valor registrado foi de um tonalito da amostra tação dos perfis geofisicos loram efetuada- determinações AG-1S7A. com K = 1560 E-(> e.m.u. Essa amostra tem, di densidade e leituras da susccplibilidadi magnetics (K) também, a maior densidade determinada, que 6 de 2,93 de 15 amostras (tabcU II S i) As amostras, cm sua maioria, g. cm , eomo reflexo de da maior presença de minerais foram st lecionadas dentre as coletadas ao longo do Perfil mãficos De uma maneirü geral, os valores das susceplibi- 1. que contem medições de gravimetria c magnetomelna lidades encontradas furam baixos Nove determinações de densidade foram reali/adas em rochas que SL locali/jm prõxim.is de Limoeiro, onde o perdi Bouguer (fíg II 5.2) a.-vi-.scnia a principal anomalia. ^ 5J.I Perfil I - gravimetria, magnetometria e cintilometria A media geral simples das densidades é de 2,72 g cm , valor bem próximo daquele encontrado eomo mídia das O perfil Bouguer (fig. II.5.2) medido é suave, apresen- rochas superficiais de outras areas mapeadas no Nordeste tando anomalias locais de comprimento de onda relativa- As amostras AG-1K7 e Ad-l)-*. da porção norte do Com- mente pequeno, significando que a parte superior da crosta plcvo de Passira, lèm valore- de 2.1>* g. cm* e 2.77 g,cm\ conlinenlal não apresenta grandes variações de espessura respectivamente, o que fornece uma media de 2.S5 gcm'. ou composição, característica também observada pelo regio- resultado coerente com a predominância de litologias de nal, que é uma reta. composição intermediária a básica nessa parle da Folha O baixo "A" é devido aos anortositos que ocorrem no Limoeiro Ao contrario, três amostras localizadas no extre- extremo-SW e cuja media das densidades foi baixa e igual mo-noroeste. onde predominam os anortosiios, apresentam a 2,(4 g cm . menor que a média da região, que é 2,71 uma média de 2.M gem . As médias dos xistos e dos g, cm gnaisses são de 2.68 g.cm' e 2.70 g-cnv, respectivamente O alto "B". a feição gTavímétrica mais importante, pela As diferenças entre as densidades médias dos diversos .sua amplitude de cerca de 7 mgal e pelo comprimento de litótipos e a média geral são responsáveis pelas anomalias onda. é devida às rochas mais densas c mais básicas do do perfil Bouguer ^fig. ll.s.2) Complexo de Passira no SW da Folha Limoeiro. A mode- lagem indicou uma diferença de densidade de + 0,06 g'em , nas rochas encaixante que constituem o embasamento do latwU II.5.1 - SuMtptibilidadr Magnrlka r Driuidadr dr complexo, que, se admitido como 2.71 g/cm , resultará em Rochas da Folha l.imoriro uma densidade de 2,77 g cm para as rochas mais densas. A parlir de Limoeiro, em direção ao norte, o perfil Ulólipu AmoMm K MU-6 Bouguer apresenta três anomalias negativas discretas: "C", imu "D" e "E". A primeira corresponde aos gnaisses e orto- Sihmanua-<4uan/o-sis!; Ad-:t* 0 2.Í.? gnaisses migmalizados, cuja média das densidades é de 2.70 Uuan/o-hiol!tíi-xisk< l.Ví AC-21.1 41 gem , menor que a média do embasamento. Biotila-gnaisse AC.-14Í' 0 2M 7 O baixo "D" corresponde aos biutila-xistos e aos gnaisses HomMenda-Knaissc ACi-207 17 2. .i que ocorrem na estrada Límoeiro-Sáo Vicente Férrer, a HornbleníJa-bioiia-gnaisse Af.-:2! 8S0 2.^5 Bionta^uaiiro-feldspaio ACil* 4" 2.67 norte dos migmatitos. A anomalia Bouguer, entretanto, só Anfiholilo (meiavulrámraj ACÍ-1Ü6 Bi- 2.67 tem início depois das ocorrências de quartzitos que se en- Anonosiio AO-174 3^ 2.6? contram encaixadas na seqüência de xistos e gnaisses. Coin- Anonositu ACi-185 124 2.61 cidentemente esses quartntos encontram-se estruturalmente Protomilonuo de comp granitica AG-189 35 2.68 elevados pelos falhamtntos que os balizam. A modelagem Ciraniiu cataclástico ACi-190 101 2.67 da anomalia "D" foi feita com um contraste de densidade 3 Monzonuo AG-094 103 2.77 de -0,04 g/cm . Monzonito AG181 118 2,81 A anomalia '*£" é um baixo Bouguer, devido às pequenas Tonai i to AG-301 992 densidades do granilo Tino (PS/3B) da serra do Mascare- Tonalno mcsocrático gnáissico AO-187A 1560 2,93 nhas, nas proximidades de Sáo Vicente Férrer, cujo valor é da ordem de 2,67 g/cm3, ou seja, menor 0,04 g/cm3 que as rochas do embasamento. A tabela II.5.1 apresenta, no início, rochas menos mag- Os perfis magnetometricos da figura 11.5.3 mostram um i, de tal maneira que os valores de K crescem em excelente ajustamento entre o medido no campo e o cal- direção ao final onde se encontram as rochas mais mag- culado durante a modelagem. Esse fato t devido à sua- néticas. O objetivo foi alcançado, exceto para a amostra vização aplicada aos dados de campo que eliminam as AG-221, que é um gnaisse com K = 880 E-6 e.m.u., valor freqüências menores, indesejáveis porque oriundas de pe- bem diferente dos demais gnaisses que são próximos de quenas fontes superficiais, ressaltando os corpos maiores, zero. Oi xistos também apresentam valores bem pequenos. compatíveis com o tamanho do perfil. Os granilos c uma amostra de mon/oníto têm valores de As anomalias gravimétricas "D" e "E" foram repro-

(.5 or^j ij.aniamcmo> \

S N LIMOEIRO S V FERRER Oil IT, 10 I «L 30 40 50 55*m "" 10 mgal A) PERFIL BOUGUER

CA^CULAX

— O

-20

_-25 mgal Ti 0 km -2

16 «»2,7I s/cm* -8 B) CORTE DA'/ODELAGEV

Cl CORTE GEOLÓGICO ESQUEMATICO Okrr 10 20 30 40 56km

-»->--»4- + -f4->- -f^^^^^h t-t--t--f-t--f-K + + -l--)--)--t-/^I'A + -*--i

Fig. II.5.2 - Interpreiaçao Geofísica Integrada. Perfil 1 - Sul da Folha/Limoeiro/S. V. Ferrer. Limoeiro (SB.2S-Y.OV)

S S V Okm 50 55 km 20 30

126 200 nT PERFIS MAGNETOMETRICÔS

126 100

1 126000

125900

•(25 800

426 700 nT O km

1XZXXIY •Í3

i. . : aiij = 4», : 2 OOC i 10 » tmu 16 Ot, - Ok, : 2 500 • 10'* «íiH! 9 I», : a«7 : 2 300 1 10'* «mu i i., : 1500» lO'etm» B) CORTE DA MODELAGEM J'2 O CINTILOMETRIfi Okm IO 20 30 40 50 55km

I20 cpi

cps O) CORTE GEOLÓGICO ESOUEMATICO O km 10 20 30 50 55km

4 km Fig. II.5.3 . Interpretação Geofbica Integrada. Perfil 1 - Sul da Fottia/Umoeiro/S. V. Ferrer

67 Program» Levantamento* Gtológin» Btacot do Brmsi! \ duzidas pela magnctomctria no que se refere à extcn-sao e no referido trecho. ali mesmo à profundidade. O topo do polígono 8 da ma Devido ao grande número de anomalias, foi necessário gnetometria corresponde à base da anomalia "D", isto é, a modelar o perfil em duas etapas, utilizando-se dois regionais magnetometna definiu um corpo magnético que embasa os distintos entre as estações O-okm e 6-10km. xistos e gnaisses da superfície, cujas susceplibilidades são Em seu conjunto, o perfil (fig. 11.5.4) apresenta duas [ próximas de zero. O contraste encontrado para ele foi de porções, a sul c a norle, caracterizadas por corpos rasos, AKfc = 2000 E-6 e.m.u. O polígono 7 foi modeiado corn estreitos, a maioria desses corpos não alcançam l.OOOm de AK = 2300 E-6 e.m.u. valor que identifica como magnético profundidade e 300m de largura, separados pela seção de i o granitóide existente na área, responsável pelo baixo gra- um grande "corpo", de número 16. Esse "corpo" apresenta ' vímétríco "E\ susceplibilidade magnética da ordem de 1200 E-6 e.m.u., A porção mais máfica do Complexo de Passira está desenvolvendo-se desde a fazenda Livramento até 3km ao representada por uma anomalia Bougucr uniforme (B). cujo norte. Ele mostra um contato que mergulha para norte, modelo é um retângulo simples, como mostra a figura 11.5.2. próximo à fazenda Livramento, enquanto o outro contato Ao contrário, foram necessários os polígonos 1. 2, 3 c 5 é vertical. Geologicamei te incorpora os anortosítos, a sul, para interpretar o perfil magnetométrico correspondente. e o monzonito de Passira, (PS>-JA) a norte. Representa Apesar disso, as susceptibilidades encontradas foram com- magneticamente os litótipos mais básicos da região, cujo patíveis, pois oscilaram entre 2Ü0Ü x 1 E-6 e.m.u. e 2500 exemplo é o tonaiito gnáissico mesocráliLo da amo Ira AG- E-b e.m.u., faixa que abrange rochas intermediárias e algu- 187A. cuja susccptibüidade magnética é igual a 1560 E-6 ma-s máficas. Os polígonos 2 e 3 indicam um espessamento e.m.u. Os granilos e anortosilos são fracamente magnéticos dessas litologias em direção a Limoeiro, fato náo-interpre- (tabela 11.5.1.). É por essa razão que se pode assegurar que tado pela gravimetria talvez por não haver variações de todos os polígonos definidos na modelagem (fig. 11.5.4) são densidades suficientes para serem detectadas. devidos a porções mais básicas dentro do Complexo Anor- A anomalia gravimétrica "A", atribuída aos anortositus. losílico, ou mesmo concentrações de minerais magnéticos não tem uma anomalia magnética correspondente, fato es- como magnetita. ilmenila e titanomagnetita. perado desde que as susceptibilidades desse litótipo são Esses pequenos "corpos" são importantes porque exis- inexpressivas, como mostra a tabela 11.5.1. tem ocorrências de Fe-Ti na área e o detalhamento de alvos A seção dus corpos magnetométricos 4 c 6 mergulham deve levar em con'.a sua posição. Dentre eles os mais im- fortemente para o norte, têm susceptibilidades ligeiramente portantes são os de números 1 a 7 e 13 a 15. Anomalias diferentes e parecem representar as abas da amiclintl ma- correspondentes aos pobgonos 8,9 c 11 precisam de análise peada, onde afloram gnaisses e ortognaisses migmati/ados. especial porque ocorrem na área do monzonito (PSJ^A) A separação entre eles parece indicar erosão do topo que apresentou baixíssima susceplibilidade c, portanto, não da anticlinal c exposição de biologia diferente no local, que deveria produzir anomalia. resulta na anomalia de grande amplitude (pico positivo) O perfil cimilomélrito mostra dois backgrounds distintos: observada na estação 22ktn. A seção dos corpos magnéticos na porção sul em torno de 50 cps, enquanto no norte cai 4 e d ocupam a área da anomalia Bougucr "C. para cerca de 30 cps Separando os dois, ocorre queda O perfil é caracterizado pela presença de três níveis abrupta próximo da estação 4km. que marca o contato dos cintilomélncos principais: metagabros a sul, com os anortositos. ao norte. Onde o perfil cruza o granilo de Passira (PSJOA). entre 50 cps - corresponde ao afloramento de mciasse- as estações 5,5 c 8km. os valores registrados encontram-se dimentos com inlcrcalações de mclavulcânicas e entre os "icnorcs, o que não é normal. Nas estações 8km quarlzitos, e 9km ocorrem dois picos de cerca de 75 cps.

80 cps - nível ciniilométrico do Complexo Gnats - sico-Migmatítico; 5-3 J Perfil 2 - magnetometria e cintilometria

- 100 cps • com máximos de até 130 cps • cintilo- É um perfil regional de 54km de comprimento, que se metria das rochas do maciço granítico/sienítico estende desde Carpina, a sul, até Timbaúba, a norte, c tem da serra do Mascarenhas direção aproximadamente N-S (fig. II.5.5). Nas suas porções inicial c final ele atravessa o Complexo Gnáissico-Migma- A mudança biológica, definida no trecho 18/28km pela lítico, resultando em um perfil magnético monótono. magneiometria, foi confirmada pela cintilometria. Entre as estações Skin e 20km foram modelados os polígonos 2, 3 e 4, cujas anomalias estão relacionadas a porções mais magnéticas dos ortognaisses aflorantes, prin- 5.3.2 Detalhe do trecho 0-10fcm magnetometria e cipalmente o polígono 4, cujo valor de AK = 1600 E-6 dotilometria e.m.u., é característico de rochas intermediárias a básicas do tipo dioritico-tonalítíca. Esse delalbc foi executado em função da importância Entre as estações 20km e 30km, o perfil magnetométrico econômica do Complexo de Pasura, cortado pelo Perfil 1, não tem anomalias significativas Um polígono com valor Limoeiro (SB.25-Y-C-V)

N F? LlVfiiWENTO IÈS LAGCiS Okm l 2 3 K) km 25100 nT 26000 25900

PÇRFl. CABULADO 25800

A) PERFIS MAGNETOMÉTRtCOS REGIONAL 2 25700 25600 nT Ohrr. T 0.4 10 14 í 0,8 km

B) CORTE DAf/03

C ) CINT1LOMETRIA 3km 1 2 10 km Kttcpc

-Ocps

D ) CORTE GEOLÓGICO ESOUEMATICO Okm 12 3 4 10 km

KWO »w»tric; Okm

Fig. 115.4 - lourpreiaçio Geofliica Integrada Detalhe de trecho 0 - 10km do Perfil 1 - Sul da Folha/Faz. UvrameDlo/Faz. Três Lagoa». Umortrc (SB25 Y( -V)

N lPKdijBi Okrr 4 54 km 2O0nT I ] PER^iS MflGNETOMETRiCOS

-26 IOC

26 000

-25 900

-25BOOn7 PERFL C&-CULÍDC

— Okrr. -2 -4 -6 -8 -IO K: . ic-fm -12 km -ice > i'c B) CORTE DAH'ODELASEr,'

C ) CINTÍLOMETRÍA Okrr A 14 24 34 44

-—65

i > *- • - * •,ry • VA

->Ocp»

D) CORTE GEOLÓGICO ESOUMATICO Okm 4 14 24 34 44 54 km

4 • • •*• -I*.1 -» -4

Fig. 11.5.5 - Interpretação Geofísica Integrada Perfil 2 - Carpina/Timbaúba

70 Umcm> (SR25-Y-C-V)

de AK - 300 E-6 ejuL, tcOetc ot meHmutoncau magnéticas que ocorrem entre as estações 0km e 10km O maciço granftko-skaftico (PSvw) da serra do Mas desse perfil (fig. 113.7}. Por serem fortemente magnéticos, carenhas apresenta uma anomalia (baixo) com amplitude o ajustamento conseguido na modelagem de alguns trechos de cerca de 200 nT, em que a maior intensidade coincide não foi bom (p. ex., entre 5 e 6km). com o topo da serra, estação 35km A forma sugere a Os valores de Ak são todos maiores que 2000 E-6 cm.u., presença de um corpo magnético de dimensão significativa, tendo-se registrado dois (polígonos 4 e 7) com 7000 E-6 sendo provável a existência d* uma diferenciação para lito^ cm.u. c um (pougono 2) com 6000 E-6 e.m.u., em um total tipos mais maficos no interior do maciço. A sudoeste de de onze. O valor mais comum foi 3000 E-6 e.m.u., encon- Tunbaúba. a presença de granitoides não-magnéticos torna trado para cinco poUgonos. Os polígonos 4 c 7 têm 200m o perfil quase homogêneo. de largura e o de número 2 somente ISOm. O mais estreito A correlação do perfil áotilomelrico com o mapa geo- é o 5, com 100m. Todos representam a seção de corpos lógico não é boa. A arca está localizada em um clima úmido, rasos c os parâmetros sugerem que são subaflorantes, com próximo da costa, com o desenvolvimento de solos espes&os mergulhos verticais a subverticais c quase sem afloramentos. O trabalho de cíntilometria fica, Se houver interesse prospective na área, a magnelomc- portanto, prejudicado. tria naturalmente dará um bom auxílio. A maioria desses corpos está localizada cm áreas de O perfil apresenta os seguintes eiveis ciniiloméiricos: baixa cintilometria, como mostra o perfil.

30 cps - nível dos oriognaisses granílicos O valor c incompatível com o comportamento cintilomé- 5J.6 Perfil 5-augBctoiBetnarchitikMMtria trico dos granitos; Esse perfil tem origem comum com o perfil 3, come- 60 cps - valor ciotilomítrico médio dos migmati- çando no sitio Açudinho e dirigindo-sr para sudoeste. tos; Caracteriza-se por apresentar duas fortes anomalias su- perpostas entre as estações l,7km c 4,0km. Decompostos 100 cps - com máximos de 160 cps - corresponde os perfis magnéticos e feitos as modelagens, resultaram os ao maciço granitico-sienítico da serra do Masca- polígonos i e 2, que apresentam contraste de susceptibili- renhas- dade da ordem de 2000 E-6 e.m.u e 2300 E-6 e.m.u., respectivamente. Essa faixa de valores corresponde a roebas 5J.4 Perfil 3 - magnetoaKtria e ríntilometria de intermediárias a básicas. A geologia não registra ocor- rência alguma dessas rochas na superfície, o que é coerente A norte de Trigueiro (fig. 11.5-6). o maciço granític:>-sic- com o fato de o polígono 1 ser estreito e o 2 não aflorar, nítico (PSy3B) da strra do Jundiá produz um baixo no perfil, estando seu topo cm subsuperfícic mergulhando para sul. polígonos 1 e 2, que confinna a sua natureza magnética. No início e no fim do perfil foram modelados dois No contato deste com os metassedimenios na estação 3km, pokgonoss, correspondendo a seções do Complexo Gnáis- o perfil apresenta uma forma anômala abrupta, pougono 3, sico-Migmatítico. com valor de Ak = 2000 E-6 e.m.u. A elevação do regional O perfil cintüométrico tem valores mais elevados no indica uma diminuição da Misceptibüidade magnética, a nor- trecho que corresponde às anomalias magnetométricas. te do pougono 3. Sobre os Dctasscdimentos o perfil se Uma falha ou contato que ocorre próxima da posição comporta como um baixo suave, que é interpretado como Skm é bem assinalada pela ciniilometría. devido ao corpo 4, de contraste de susceptibilidade igual a 300 E-6 c.m.u. No sul de Cruangi os migmatitos apresentam anomalias 5.3.7 Perfil 6 - •agaetametrfa e dntilomctria estreitas de pequeno comprimento de ooda c amplitude, resultantes de fontes rasas, típicas dessas rochas. O perfil magnetométrico (fig. I13.9) obtido nos primeiros O perfil cmtilomefrico apresenta dois níveis distintos, quatro quilômetros desse perfil, a partir do norte, t semel- sendo um de 80 cps, correspondendo aos migmatitos e hante ao perfil 7 (fig. II3.10.), do qual é aproximadamente metassedimenios, e outro de 100 cps, com máximo de 160 paralelo, e cuja interpretação pode ser acompanhada na cps, correspondendo ao maciço granítico-sienfiico da serra sua descrição. Entre as estações 4,0km e 7,3km, o perfil se do Jundiá. localiza na Folha Vitória de Santo Antão. O perfil cutilometríco não apresentou boa correlação com a magnelometría. $3JS PeriU4.detalhe dotnebo -lOtaa-

53* Peril 7 - •agDCtooKtria e dattlooctrta Tendo em vista a ocorrência de Fe/Ti, associada ao Complexo de Passira, foi executado um estudo para detalhar Esse perfil (fig. 113.10) tem o total de 6km, sendo que ot pequeno» e estreitos corpos com fortes susceptibilidades quatro estão na Folha Limoeiro c dois peneiram na Folha

71 Programa Lcv»nlimcnto!> Ut^ofwo-- Bancos to Uras.: \

í600«^0 cmu : 1.000 | B) CORTE D^ MODELAGEV

L_ SOcpt 0) CORTE GEOLÓGICO ESQUEMATICO Okm ! 2 3 8 km

Fig. 11.5.6 - Interpretação Geofísica Integrada. Perfil 3 - Trigueiio/Cruangi limoeiro (SB.2S-Y-C-VJ N

Al PERFIS MAGNETOMETRICOS

— ) • 25 900 a r - 1I V« y \ - Z5B00 f * VW/ * PEK'l^ ME".DC \ CJwADO • Z5700nT

I -Okm - SOOCi'C •»(*. I

- 700C.IC *•-*. I ;~ l ••"••••='•'- \" e 4 0,5

— —1 - • 1,0km LJJ CORTE DAVODELACE'.- - —

Cl CINTILOMETRIA 9.5km 9 8 7 "• JlOOcps A r n Í \ 50 A A / J\! U

Ocps

D) CORTC GEOLÓGICO ESOUEMÁTICO 9.5 km 9 8 7^ 6

Okm

1,0 km

Fig. II.5.7 - Interpretação Geofísica Lilegrada Perfil 4 - LimoeiK/^az. Três Ugoas/Sul da Folha. Program* levantamento Geologia» Basiccu do

NE STIO 4ÇUDIMM0 Okm

A) PERFIS MAGNETOMETRICOS

Í2eOOOnT

\ 25 950

-(25900nT

Okm 3 -~~

I») = IO0C I iC'lTt a»a=2300iiae«fr.u 4», =200C»IC 0,5

2 1 1-.0 B ) CORTE DA MODELAGEf.' jl.Ski m

C ) CINTILOMETRIA 6km 5 Okm ~F 90 ep* r\ r V

J40cps

D) CORTE GEOLÓGICO ESOUEMATlCO 6km 5 4

Iten Fig. 11.5.8 - interprttaçáoGeofííica Integrada. Perfil 5 - Sítio Açudinho/SW. Limotirv) (SB25-Y-C-V)

S'TiC OÇüDiNHC- 6«m O Kir

A) PERFIS MAGNETOMETRICOS 200nT

-•26100

-26 000

C) CINTlLOMETRIfl 8dm 7 120 cps

A A/ /—'•/ / V

JO cps

0) CORTE GEOLÓGICO ESOUEMATICO »m 7 6 5 Olim

Fig. 11.5.9 - Interpretação Geofísica Integrada. Perfü 6 - Faz. Tamboalá/Sítio Açudinho. Program* I«vsstasieiV.». (^..ing,;-,*. IWw. do Bra».!

N S —<—»eo^^. UMOE RC 6k rr. 4 3 Okm

-|26200nT

^26100

A) PERFIS M4GNETDMETRIC0S Ml - I li HO km U t •ÍOJB U,0 7 -1,2 -B00II0"**TIU O»; = it» = B) CORTE DAMODELAGEV

C CINTIL0ME1RIA 6km 5 Okm A "190 cps w\ /~\ \ 65 ,'\/ V

D) CORTE GEOLÓGICO ESOUEMATICO 6km 5 4 Okm

CO»»C VA&KCTIC9 1 mmmmOkm •MBsmm•mmm& Fig. 11.5.10 - Interpretação Ceofiiica Integrada. Perfil 7 - S(üo Pedra d'Agua/Follw V.S AnUj limoeiro (SB05-Y-C-V)

Vitória de Santo A*«o. A p*tir do «orle, DO primeiro tassedimentos da Faixa Pajeu-Paralba e seu embas quilômetro, o perfil «o apresenta alterações a norte e os granite» a sul. O fato do perfil Bouguer ter a Entre as estações lkm e 3km existe uma alternância norte de o mesmo patamar gravimetrico da região entre pequenas anomalias e partes monótonai, correspon- de Amaraji põe em dúvida, nesse local, a importância do dendo esse padrão ao Iitótipo aegirina -tienito quartzificado. lineamento como um limite geotectônico significativo. O reaparecendo no perfil 6 (fig. U.5.9.) desnível gravimetrico r.uc ocorre a sul de Pombos e a Para sul, o perfil segue monótono até a estação 5km na anomalia regional negativa seriam associados à presença de Folha Vitória de Santo Antâo, quando ocorre uma forte rochas pouco densas, como 6 o caso dos granitôides. Não anomalia, da ordem de 300 nT (polígono 6), cuja modelagem ocorrendo, portanto, deslocamento na descontinuidade de mostra um contraste de susceptibibdade magnética da oi- Mohorovicíc. dem de 3000 E-6 e.tn.u. Essa aromalia é atribuída a níveis No entanto, o perfil magnelomítrico indica mudanças íerríferos. A mesma feição também pode ser reconhecida de comportamento entre o sul e o norte do lineamento. O no perfil 6. regional magnético a sul está mais baixo, com uma inflexão O perfil cimiJométrico não apresentou correlação com na altura de Pombos. O fato deve ser interpretado como a magnetometria, possivelmente em face da espessa cober- resultante do aprofundamento progressivo para norte da tura de solo existente na área. fonte magnética ou, por outro lado, a sul, as rochas são mais magnéticas. Resultado idêntico foi obtido por Rand (op. cit). Na região de Bengala e Limoeiro ocorre o par anômalo 5.4 Contribuição da Geofísica à "B" e "C. A anomalia "B" é um residual gravimetrico Tectônica Regional negativa e está associada à presença de anortositos, e a "C" é um residual positivo relacionado com dioritos, ambos do A geofísica regional, para contribuição à tectônica da Complexo de Passira. área, fundamentou-se em um perfil de gravimetria e de A presença de anomalias gravimétricas positivas em li- magnetometria (figs. 11.5.11 e 11.5.12), que atravessa as fol- mites geotectônicos importantes já foi comprovada, como has Vitória de Santo Antáo e Limoeiro, de sul para norte. ê o caso da borda oriental do Cráton Oeste-Africaoo. O Para a interpretação do perfil Bouguer optou-se por um posicionamento de rochas básicas a ultrabásicas e, portanto, regional de valor igual a -14 mgal. Pode-se observar que as de grande densidade, ocorre ao longo dessa sutura, gerando grandes feições geológicas caracterizadas pela maior ou anomalias gravimélricas positivas (Bayer & Lesquer, 1978). menor densidade das rochas são residuais positivos ou ne- A ocorrência da anomalia gravimétrica na região de Li- gativos em relação ao regional adotado. moeiro dive ser investigada, uma vez que coincide aproxi- A anomalia "A" é resultante dos granilóides da região madamente com o limite do Maciço Pernambucano-Ala- a sul do Lineamento Pernambuco e o polígono m:»delado goas, definido por Brito Neves (1975), mas, lembrande-se é representativo dos mesmos. O contraste de densidade em que o patamar gravimetrico a norte de Limoeiro ainda é o relação às encaixantes é de 0,1 g/cm1 e, considerando-se mesmo de Amaraji. esCaS com 2,68 g/cm3, o polígono modelado teria densidade As anomalias "D" c "E" correspondem, respectivamente, de 2^8g/cm . Pequenas anomalias estão superpostas à fei- aos melassedimcntos que afloram na estrada Limoeiro-Sáo ção principal, indicando mudanças litológicas no interior do Vicente Ferrer e aos granitôides (PS^B) da serra do Mas- batólito. carenhas. O Lineamcnto Pernambuco está a sul de Pombos e limíia É importante verificar que o regional adotado implica um desnível no patamar gravimetria) da ordem de 6 mgal, a inexistência de variações significativas na espessura da provocado pelo contraste resultante da presença dus me- crosta continental da área do Projeto Limoeiro. s fOl HA V 1 ANTÜO*"-1—»eOI MA L IMOFtRO AMANAJ' POMBOS Ht NG«L« IIWnflRO 5 V I Okin li If. \ 39 52 I 65 \ 78 91 104 114 km

4mgol A) PERFIS BOUGUER E MAGNETOMETRICO PTHUl nwnuf» CALfll AP" I*4

- ?4 mgql

Ad, - O.I g/cm' ftd, • -0.04 g/c»>s Mj : 0,1 q/ cmJ ait, - - QIX g/c- '• 6*1 = ').(» 5/'ni fid.: 0» g/tH>

6) CORTE DA MONTAGEM GRAVIMETRICA

Cl CORTE GEOLO'CICO ESQUEMÁTICO Okm 13 26 39 52 65 70 91 104 IMkm -8°00'L FOLHA VITORIA DE SANTO ANTAO r 0km f + H;;; ii '.'••"• r+ +* + + *•• • • : /,•''.','•-? + + + \s^rv• jr •*• • >K t +t;;.... \ * + + + \ '••.•• f,-:7 '.'>•--.:: •.;,;.•/ + + f Hry»//• '.-/ • + •• • • +1 ...,)+ + + + +\. /;.'''.-'-'•.-,'.••-;•> + + + VO^ / * + +• "1+ V PERFIL GEOFISIC0 REGIONAL, COM [t- + |...... |f + + + + +\.;^ , .. [!•'}'?.'•'•'•'.•< :;,'•!. * * * •»:/.,./* . •-•.L1,5km GRAVIMETRIA, MAGNETOMETRIA E dlMTLOMETRIA R. M.5.12 - Interpretação Geofísica Integrada. Perfil Regional Amaraji/Lünoeiio/S.V. Ferrer, RODOVIAS

Flj. II.5.I1 - Are» do Projeto Limoeiro. 6. Metalogenia e Geologia Econômica

6.1 Metalogenia 6.1 J Concepção das cartas •ctalogtnetko -previsionais, escala 1:100.000

6.1.1 Considerações preliminar» Os dados levantados sobre mineralização, eslratigrafia, pctrologia. estrutura, geomorfologia, gcoquímica e geofísica Os dados disponíveis sobre as mineralizações da Folha foram integrados e hicrarquizados cm uma única carta, Limoeiro compreendem apenas duas ocorrências de Fc-Ti provisoriamente denominada carta metalogeiietico-previsio- e a presença de apatita em uma amostra de rocha coletada. nal, marcando um novo estágio no tratamento dc infor- A preparação do mapa mclaiogenítico-previsional é o mações multidisciplinares, dc conformidade com o Progra- resultado de trabalho de integração muhidiscíplinar, execu- ma Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil, com o tado segundo as "Diretrizes para Representação Cartográ- objetivo de delimitar, na escala 1:100.000, as áreas com fica em Mapas Metalogenético-Previsionais na escala indícios dc mineralizações, prioritárias para prospecção e 1:100.000'' do DNPM/CPRM, recentemente elaborada e ain- exploração mineral. da em fase de aperfeiçoamento (Delgado. 1987). A metodologia aplicada, fundamentada nos princípios de Orlova & Shatalov (op. cie), e consolidada no conheci- Na Folha Limoeiro esse trabalho foi executado contando mento adquirido durante a execução do Projeto Mapas coro as seguintes informações: Metalogcncticos c dc Previsão dc Recursos Minerais, escala 1:250.000, do Convênio DNPM/CPRM, implantado a partir - mapa geológico na escala 1:100.000: de 1982, constituí a base para a elaboração das novas cartas, na escala 1:1001)00 mapa gcoquímico na escala 1:100.000: A concepção da legenda resultou, em parle, dc adap- tações na stmbologia gráfica, utilizada nacional c interna- perfis magnelométricos terrestres; e cionalmente, segundo critérios de legibilidade e procedên- cia, e toi ajustada à escala 1:100.000, tendo em vista: - estudos peirográfico-petroquímicos. 1 - a necessidade dc especialização do fundo geoló- O objetivo Final da carta meiaJogenetico-prcvisional c a gico para torná-lo mctalogeneticamente significativo; delimitação e indicação de áreas mineralizadas ou favoráveis a mineralizações, com base nas leis que controlam a distri- 2 - a importância de se representar o máximo de buição das concentrações minerais na natureza. informações melalogendlicas sobre os jazimentos mi- A precisão desse objetivo está na dependência direta do nerais individuais, de forma clara e legível; nível de informações disponíveis ou do grau de detalhamen- to do mapeamento geológico, de prospecçâo geoquünica, 3 - a conveniência de se estabelecer a distinção entre da geofísica, da peirologia e do estudo e cadastramenta das os dados econômicos e metaiogené'ticos; e ocorrências minerais. Quando se selecionam áreas potencialmente mineraliza- 4 - a valorização dos indícios indiretos de minerali- das com insuficiência de dados, onde as relações entre os zação, visando a sua representação cartográfica. indícios de mineralizações e os metalotectos não são sufi- cientemente estabelecidos, há uma tendência natural pela Dentre as referências bibliográficas consultadas, mere- configuração de áreas de grande extensão, numa tentativa cem destaque: Cartas Mctalogenéücas e de Previsão dc de circunscrever os objetos geológicos responsáveis pela Recursos Minerais do Brasil, escala 1:230.000 (Siqueira & edificação das concentrações minerais, conhecidos como Dalios de Souza, 1982 e Siqueira, 1984); Mapa Metaioge- metalotectos. nítico da Espanha, escala 1:200-000 (Etpanba • PNIM, Program* lxv»m«memu» Bum» *> Bnui

1972); Mapa Melakjgcnítico da Austrália, estala 1:250.000 Os utdtcios indiretos de mincraluaçõcs, a partir de in- (Bowman & Stevens, 1978; Bowman. 1977; (iilligan, 1975; dicações gcoquimicay geofísicas ou zonas de alterações, de Matson, 1975); Carta Mclalogcnélica dos Mancos de Vos- origem exógena ou endôgcna, são submetidos a tratamento ges c da Floresta Negra, escala 1:400.000 (BRGM. 1975), cartográfico específico, visando a um melhor realce. e Caria Metalogenciica da Europa, cscab 1:2.500.000 A integração dos dados multidisciplinarcs permite re- (BRGM - UNESCO, 196S-1970) Também foram examina- conhecer os metalotcctos comprovados, prováveis c possí- das a» legendas do Mapa de Ja/imcnlos Miner.us da França, veis, dependendo de que as relações entre cies c os indícios escala 1:320.000. do Mapa Mcialogencrico do Estado da de miner ali/ação tenham sido obtidas por ligação direta, Bahia, escala 1:1.000.000 (Sá, 198?). do Mapa Metalogênico estatística ou de analogia a contexto geológico-mclalogcnc- do Brasil (Sus/czynski, 1973); e do Mapa du America Jo tico. propiciando a delimitação de áreas mincralizadas pro- None (Guild. 1981), escala 1:5.000.000 váveis, possíveis e potenciais, de acordo com critérios ex- A carta mclaloger.clico-prcvisional c clalvrada sobre plícitos na própria carta. base geológica especializada dependente do nível de conhe- cimento da arca. Essa especialização contempla a distinção cronológica c ou espacial das unidades luostruligráficas de maior categoria cimo complexos, supergrupos c grupos, 6.1.3 Arcabouço mctalogcDctico ao âmbito da folha bem como associações magmáticas c alcalinas São também realçados os litõtipos especiais que em paric constituem Rochas graniióidcs, sicniticas c gabróides responderam mclalotcctos prováveis c possíveis, enquanto as unidades de por mais de 50*"r das potencialidades mclalogcnclicas re- menor categoria, tais como formação, membro e seus equi- conhecidas na Folha Limoeiro. Os litótipos citados são por- valentes, sem realce melalogcnético. são identificadas ape- tadores de concentrações gcoquínticas de Au, Ba. P, Fe, nas pelo uso de letras símbolos Os elementos estruturais Ti, Cu, N: c Zn. Diretamente são observadas mincrali/açòcs da carta geológica são integralmente preservados e even- de Fe Ti nos complexos gabro-anortosíticos c de P-Ba nas tualmente acrescidos de informações geofísica-., como line a- intrusões sicnilicas pcralcalinas. Indiretamente as minerali- mentos. profundidades e contorno do substrato das cober- zações manifestam-se através de anomalias gcoquimicas, turas etc. associadas ao plulonismo ácido com tendência alcalina cou Na representação dos ja/imemos minerais estabeleceu-se peralealina e aos orlognaisscs tonalíticos c/ou zona de ei a distinção entre os caracteres mctalogcncticos c os econô- salhamcnlo. As demais potencialidades mctaiogcoclicas es- micos. Os primeiros constituem a parte interna do símbolo tão relacionadas a quartziti» maciços c/ou xistos aiuminosos de dimensão constante c de forma geometric^ variável cm do Complexo Surubim. função da morfologia. Os dados econômicos são repre- A tabela 11.6.1 compreende uma súmula simplificada dos sentados por uma circunferência independente, concentric* guias das mincralizaçõcs conhecidas ou potenciais da folha, ao símbolo morfológico. de acordo com a forma de repre- conforme o contexto geológico mctalogcnclico. sentação adotada no Mapa Mctalogcnélico da Espanha, escala 1:200.000 (Espanha - PN1.M. op. ei.). O Complexo Surubim compreende as supracrustais me- A simbologia representativa dos caracteres mctalugenc- tamórficas que ocorrem na Folha Limoeiro, representadas (icos abrange os dados factuais sobre os jazimcnios minerais, por quartzilos, xistos e gnaisses aiuminosos. A esse com- como a textura do minério, morfologia, orientação do corpo plexo estão associados indícios gcoquimicos de Au, Ba, La. mineralizado, quimismo c associação mincralógica. Adicio- Cu. Co, Ni, Pb c Zn, concentrados por vezes em zonas de nalmente contém informação sobre a classe do jazimcnto, cisalhamcDto c/ou de contatos com rochas plulònicas ácidas procurando-se adotar uma classificação para as concen- ou básicas. Essas zonas parecem desempenhar importante trações minerais mais geológica do que genética, adaptada papel na concentração dos elementos, que poderão ocorrer das propostas de Wacrcnier & Rouveyrol (op. cit.), Slanton dispersos nas rochas hospedeiras. (op. cit.) e Routhier (op. cit.). Essa classificação aproxima-se da utilizada para os Depósitos Minerais do Brasil (Branco, O corpo de Onognoisse tonalitico contém anomalias geo- op. cit., in Scbobbenhaus et alii, op. cit.). químicas em concentrado de baleia de Au, Cr e Ni, sendo Os dados econômicos dos jazimcnios que têm sido objeto que dessas anomalias apenas a de ouro apresenta significado de pesquisa e de lavra minerais são representados por uma metaJogcnéúco importante por estar situada em drenagem circunferência externa, onde constam informações quanto proveniente de uma zona de ásalhamenlo situada no conta- à situação atual: ativo, inativo ou intermitente, o diâmetro, to com os xistos aiuminosos (área IV). Essa zona de contato graduado em três dimensões, expressa a importância eco- e de cisalhamento apresenta condições importantes para nômica do jazimento em três categorias: pequrno, médio e concentração de ouro remobilizado cm fluido hidrotcrmal; grande. A base para o estabelecimento dos limites dessas além do mais, também observa-se a presença de lurmalini- categorias é a mesma utilizada no Mapa Geológico do zação, o que confirma essa assertiva. Brasil, escala 1:2.500.000 (Branco, op. cit.). Dm traço co- locado acima, abaixo, à direita ou à esquerda dessa circun- O Complexo Anonosiúco de Passira c constituído de ferência indica a situação atual do jaztmeolo: mina, garimpo, anortositos, diorilos e gabros anfiboüüzados e circundado jazida ou deposito, respectivamente. por ortognaisses tonalilicos. É uma importante intrusão plu- Tah*la 11.4.1 - Guia diuMiiwnüizac,6ea da Folha l.imneirn

Indict. Asmclacota 1.ItaMftaaa

MiMnltHKitM CMrtotoGe^Majlc*)/ Ami Dtmoa G«o«ulmlcaa Rochaa Ploltalcaa RwkM VaMnlca* Canlnrt* Gaparata Ratrntoral OttraoCaiM Au-B.iCu.Co.Al. 1 Au, Ba, l.a, Cu Quartx'toa maciças e Pb.Zn) II - Co. Ph. Zn - nislos aluminotos Zonade - COMPLEXO III (racieianfibnlilo) clsalhamenio

Ph-Zn(Cu) SURUBIM VI - Ph.Cu.Co - Xisloa aluminoaoa Chumeira de Dobra Dj - Cu. Ni, Co V - Cu, Ni. Co. Zn MeubMrilm Xinlna alumlnoiKM - - (faciu anfiholitn)

Au OrtavnavKMMlMco IV - Au Oitoinaiae tonal (lico a XiMoi aluminoan Ztmade Tumuliniracfc» admrftwo diorflico(7IA) (facie» anflholilo) ciaalhamento

CTompiuio ABOrtMvttco Artortosilo», diorilm e AlWfINU ISS HMffWtlCM M Fe-Ti(V.C».Ni) IX Fe-Ti Cu. Ni. 7m •ahrot anfihulitixadm - - pen ferial ou boroo oo (facie» anfiboliio) Cnmplno Anortotftieo de Putin

Siinitoalcalirtoaaegt- Xistoa alumiivMO» Anomtliu mapiMkaa na f.Fe(Ti).Ba tafdi a p6s~tnaecor- VIII P. Felc«lma»(7JB)

a 1 GeoMpna Btnns do Bntü

estágio pré-orogênico e que abriga, nos gabros anfibolitiza As anomalias de ouro estão as às áreas mm- dos, mineralizaçôes ferrotitanlferas, talvez do tipo estrati- neralizadas de números L Dl e IV, nas quais a entenda formc. No âmbito desse complexo ocorrem anomalias de de risalhamentos parece ter tido influência t%nifkativa na Co, Cu, V e uma zona anômala de segunda ordem de Cu, concentração de mineralizações. Zn e Ni, que de certo modo provavelmente estão associadas ao oxido de ferro dos depósitos de Fe-Ti-V (Cu, Ni, Co), sob a forma de 6»dos e sulfelos, concentrados durante a 6.1.5 IwUdos de •incnUafão de hárte c separação de Uquidos imisciveis no processo de cristalização presença dr apatita et magmitica. A interpretação da geofísica terrestre acusou a existência A prospecção geoquímica regional revelou estações anô- de corpos magnéticos tabulares cm subsuperficie, no âmbito malas de bário cm sedimento de corrente em vários locais da periferia do Complexo Anortosílico (área IX). Esse (ato da Folha Limoeiro, sendo que nas áreas III e VIII o bario c o provável caráter esiratiforme ds mineralização de Fc-Ti também foi detectado em concentrado de baleia. são elementos de grande significado mctalogenético e ele- Nessa ultima área, verificou-se a existência de •""=• zona vam, sobremodo, a importância dessa arca para a prospec- anômala, associada á periferia de uma intrusão sienítica nos çáo de depósitos de ferrotitanado e sulfelos de Cu, Ni e biotita-xistos. Em análise de rocha, foi verificada a presença Co de bárío na área Vil, no granitóide avermelhado da serra Relacionados ao plutonismo tardi a pós-transcorrência do Mascarenhas e nas áreas II e VIII. com valores mais ocorrem dois tipos de mineralização. O primeiro é carac- significativos, com Ba 5.000 ppm. terizado pela presença de mineralização de P, Ba e de Fc-Ti, associados a sienilo alcalino a aegirina, lendo sido A presença de pinta na área II, onde ocorrem os mesmos identificados até 20"; de apatita como constituinte da rocha melaioteclos das áreas potenciais à prospecção aurifera, (afloramento AG-514). e corpos ricos de Fc-Ti, que bor- pode indicar a possibilidade do bárío estar associado ao dejam as mtrusivas sicníticas. conforme a interpretação da ouro nessa área. enquanto que na área VIU o bárío encon- geofísica terrestre Ocorrendo ainda uma zona de anomalias tra-se associado à mineralização de apatita, que alcançou de Ba que circunscreve a área afetada pela intrusão sienítica 20% em amostra de rocha analisada. Nessa área encon- de forma andar. Os corpos interpretados pela magnetome- tram-se corpos sienítkos aoelarcs, intrusivos cm biotita-xis- iria terrestre são de forma tabular e subverticais, acredi- tos aluminosos. tando que estejam relacionados a depósitos diqueformes de Fe-Ti. O segundo tipo de mineralização relacionado ao pluto 6.1.6 Indícios de miDcralizaçõcs de Cu, Ni, Co eZa nismo sin-traucorrencia é caracterizado pela presença de uma zona anômala de Nb de primeira ordem nos granitóides A possibilidade de mineralização de metais básicos foi avermelhados com tendência aJcalina a peralcalina. Trata-se observada no oeste d? Folha Limoeiro, mediante prospec- de granitos finos, avermelhados e gnaissificados, os quais çáo geoquímica dr sedimento de corrente, tendo sido de- apresentam porções sieníiicas a thondbjemíticas não-indivi- limitada uma zona anômala de 2* ordem com a presença duali/adas Esses granitóides alcalinos a peralcalinos, apesar dos elementos anteriormente indicados e uma estação anô- de intensamente crodidos. poderão ser objeto de pesquisa mala de cr o tu a para Nb ou outro elemento associado, principalmente cm Nessa área ocorrem rochas metabásicas tntrusivas nos zonas de frafuramento. Os sienilos e granitoí alcalinos a biotita-xislos aluminosos, do Complexo Surubim. peralcalinos constituem possivelmente a última fase meta Existem estações anômalas de alguns desses elementos logenéiica do Pré-Cambriano dessa região. nas áreas III, VI e IX, associadas a evidências de minera- lizações de ouro e Fe-Tí, respectivamente, por enquanto destituídas de importância econômica, porém com signifi- 6.1.4 Indícios de mineralização de Au cado metalogenclico.

A prospecção geoquímica regional revelou a presença de seis estações anômalas de ouro em concentrado de ba- 6.1.7 Indícios de mineralização de Pb leia, com iodas as estações abrangendo dentro de suas áreas de drenagem a seqüência de quartzilos do Complexo Sur- A prospecção geoquímica lambem indicou áreas com ubim (Plsqt). presença de estações anômalas de chumbo em sedimento Os valores de ouro nas amostras são modestos e variam de corrente em vários locais da folha, merecendo certo de 0,02 a 1,1 ppm, que diluídos em M.000 correspondem destaque a área III, onde está associado a outros elementos, a 0,02 e 1,1 ppb nas amostras originais. Entretanto, a as- tais como o Cr, V e La. sociação do ouro com o horizonte regional de quartzitos e A principal área prospectiva para chumbo 6 a VI, na a notícia da presença de um antigo garimpo de ouro nessa qual ocone uma zona anômala de chumbo com presença leqüênàa, próximo a cidade de Paudalbo, eleva sobrema- de estações anômalas de cobre e cobalto sobre uma zona neira a importância dessas anomalias. de charneira de dobras D2 em biotila-nslos aluminosos. Laoctto (S&2S-Y-C-V)

j • Nil lTmiinfilili mafw iiimf trial Estagies anômalas de niobiu ca sedimento de corrente te sorte da caÉe, a preseaça de i estão presentes na ambiência e/ou interior das arcas II, m. com espessura de 100 a SOOm c profundidade estimada de IV e ' . 0 a 1.000B. Trata-se de corpos com intensas anomalias, os Nessa akima area ocorre uma zona anômala de niobio quais causam fortes contrastes de susceptibibdades aagne- sobre o granitóide avermelhado, de tendência akaliua a ticas (AK). pcralcaiiaa, na qual ocorre alteração superficial e presença As mmtr«b>aoncs de Fe-Tí ententes em corpos de de estações anômalas de Cr e V, alem da presença de bário gabro anfibobtizados constituem dois depósitos: o deposito em rocha de n* 1 sit:vse na fazenda Tamanduá de Passira, e apre- senta espessura media de ISm e ctteasão de 200m. Trata-si de um corpo de minério com estrutura b—dada e forma 6.1.9 MtaeralbaçãodeFe-i? lenticular, orientado na direção regional (NOTE). A reserva inferida de minério é de 225.0001. No sudoeste da Folha Limoeiro encontra-se o Complexo O depósito de n* 2 encontra-se no sitio Sabão c apre- loirusKo de Passira, que t constituído de moozonitos e senta-se em um pequeno afloramento de minério de textura dioríios contendo corpos de gabro antibolitizados com mi- bandada e forma indeterminada. Trata-se de pequeno corpo Dcralizaçáo de Fe Ti com reserva estimada em 2.0001. Na borda do complexo encontram-se ortognaisses dto- Esses depósitos de Fe-Ti são primários, e o minério é ríticos a tooabticos, e uma zona anômala para Cu, Zn e Ni do tipo ümeniia-magnetiu, que ocorrem normabnente m- em sedimento de corrente e estações anômalas de Co e V. tererescidas.

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7. Geologia Econômica

7.1 Panorama Mineral da Área portanto, uma província mineral de valor significativo para o estado de Pernambuco. Os principais recursos minerais da Folha Limoeiro são os depósitos de ferrotilanalos de Passira. Aliado a esses existe a presença de apatita e de barita 7J Apatita associadas a corpos de sienito a aegirina. Além desses, os demais bens minerais foram detectados por via indireta, A presença de apatita cm amostra de rocha c na por- com destaque para ouro e metais básicos. centagem de ate 20''< indicam que os aegirinas sienitos, Quaisquer perspectivas quanto à existência de bens mi- ocorrenlcs no sul da folha, imrusivus nos biolila xistos alu- nerais nessa região são consideradas importantes do ponto minosos, lém possibilidade de conter mineralização econô- de vista econômico, devido à proximidade do pólo industrial mica desse bem mineral, carente no estado de Pernambuco. do Grande Recife. A região apresenta boa infra-crarutura, A área VIII constitui uma área prospective, próximo a com vias de acesso, energia c água, alím da facilidade de um grande centro consumidor, que t a Região Metropoli- mão-de-obra scmi-cspccializada. tana do Recife.

7.2 Ferrotítanato 7.4 Ouro

Conforme a descrição anterior, os depósitos de Fc-Ti Na Folha Limoeiro é possível verificar-se três áreas de aflorantes apresentam reserva estimada cm 227.0001. Os anomalia de ouro cm concentrado de bateia, sempre asso- depósitos detectados pela geofísica terrestre e interpretados ciadas a horizontes quartritícos do Complexo Surubim. Nas como corpos magnéticos tabularcs subaílorantcs existentes áreas de nes 1,11 e III observa-se também a presença de no contexto do Complexo Intrusivu de Passira sáo, prova- zonas de cisalhamcnto. Na área IV, a presença de ouro velmente, da mesma natureza daqueles aflorantes. Foram está relacionada à zona de contato de ortognaisse lonalílico indicados mais de uma dezena de corpos, podendo ser mais com biotita-xLstos, também em uma zona de cisalhamento. de duas dezenas A presença de ouro nesses ambientes confirma seu con- De modo que, há a sugestão de que para ioda a área trole em rochas quartzíticas c cm zonas de cisalhamento. do complexo seja possível estimar-se uma reserva que al- A comprovação da presença de ouro cm quantidade explo- cance, ou mesmo ultrapasse, 3 milhões de toneladas de lável depende de prospe^áo complementar nas áreas in- minério de ferrotitanato na Folha Limoeiro, constituindo, dicadas no mapa metalogrnélico/provisional.

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8. Evolução Geológica da Area

As técnicas c os método, empreendidos para a execução lar do Complexo Surubim c constituída por litólipos de deste trabalho adicionaram novas e imporíamos informações prováveis ambientes turbidíticos, flyschóides ou não, e por ao conhecimento geológico da área. Entretanto, a evolução níveis anfibolíticos intercalados que devem representar se- geológica local não pode ser dissociada do contexto geoló- quencias vulcânicas prc-orogènicas. gico regional (ver parte II, cap. 1), mesmo que áreas cor- Na seqüência mciasscdimcnlar predominam biotita-xis- relatas c similares apresentem diferenças relativas a temas tos granatíferos (com cordicriia e sillimanita), além de ex- específicos, os quais, via de regra, apenas refletem uma tensos c contínuos níveis de quart/ilos c de calcários cris- maior gania dos conhecimentos adquiridos talinos (estes não foram detectados na área em questão, Na área em questão, uma intensa deformação que afetou porem oconem em profusão poucos quilômetros a oeste). indistintamente as características dos vários litótipos, aliada São características desse litótipos a intensa deformação, ao espesso manto de intemperi&mo que acarreta uma ca- correlata às orogi-ncses transamazõnica e brasiliana. Porém, rência de bons afloramentos, são os principais obstáculos a deposição dessas supracrustais teria ocorrido provavel- para a obtenção dos dados (sobretudo estruturais), que são mente no Proterozóico Inferior. indispensáveis para a nova interpretação da sua evolução. Anomalias de Au (ver cap. 6) foram detectadas em Soma-se a esses problemas o pequeno acervo de infor- análises gcoquínicas de sedimentos de corrente e concen- mações geocronológicas. trados de baleia, cuja fonte é creditada aos extensos níveis Os terrenos mais antigos, representados por oriognaisses de quartzitos que localmente apresentam-se recristalizados, tonalilicos, paragnaisses. biotita e anfiboliios, experimenta- pois as várias amostras coletadas são de riachos que ema- ram intensas deformações arqueanas que são responsáveis nam das cristas quartzílicas do Complexo Surubim. pelo fone bandamento gnáissico e pelo metamorfísmo an- No Brasiliano, além das expressivas zonas de cisalha- fíbolíiico alto (sillimanita. diopsídio-bornblenda), até granu- mtnlo, ocorreram atividades magmáticas importantes. Al- lítico (presença de hipersténio em concentrados de baleia). guns dos corpos de rochas granitóides são corrclatos à No Prolerozoíco, essas rochas sofreram intenso relrabalba- principal fase de deformação brasiliana que se manifestou mcnio, responsável pela maioria dos dobramenlos visíveis cedo a tardi transcorrência, como se pôde deduzir da análise e por extensas e possantes zonas de cisalbamefflo (Vicência petroquímica. Outros granitóides de natureza sienítica pio- e Pernambuco - esta última bem acentuada na Folha Vitória tam no campo de manifestações tardi a pós-teclõnicas. de Santo Antão, a sul), que são correlatas à orogênese Após os eventos da tectônica brasiliana, a região entrou brasiliana. em relativa quiescência tectônica até o episódio da abertura Um complexo anortosítico, que inclui gabros aniíboliti- do Oceano Atlântico, no Cretáceo, com a Reativação WeaJ- zados e diorilos, e creditado a um regime pre-lectônico, deniana, após a qual, no Moco brasileiro, restabeleceram-se cujas intrusões podem ter-se processado durante a sedi- as condições de ortoplataforma. mentação das supracrustais do Complexo Surubim ou nas Aparentemente, durante o final e após o Terciário (Plio- fases iniciais da orogênese proterózoica. Os dados petro- ceno e Pleistoceno), os movimentos crustaís foram essen- químicos levantados oeste trabalho e plotados DO diagrama cialmente epirogenéticos, com soerguimento do continente, de La Roche et alii (op. cit.) são compatíveis com essa intenso intemperístno e contemporânea erosão, provocando hipótese. a deposição de sedimentos imaturos fluviais c de leques A seqüência metassedimentar ou metavulcano-sedimen- aluviais coalescentes, agrupados na Formação Barreiras.

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PARTE HI - Resultados

1. Conclusões

Calcado nos dados geológicos adquiridos no decorrer Alguns desses granitóides possuem assinatura geoquími- dos trabalhos de campo, e nas informações geradas a partir ca própria. Aqueles ligados à sintranscorrencia (PSgama3B) da prospecção geofísica e geoquímica, foi possível chegar são caracterizados por exibir anomalias de nióbio em am- às varias conclusões a respeito da evolução geológica da biente secundário. area investigada. Destaca-se ainda a presença de cassiterita e de anomalias Também conseguiu-se a identificação de vários indícios de estanho. Os sienitos alcalinos lardi a pós-transcorrência favoráveis â mineralização d • ouro c de outros metais que (PSgamiíK) apresentam concentrações de bário no meio possam despertar interesse para investimentos em pesquisa. secundário c apatita com até 20% na massa rochosa.

Entre as principais conclusões obtidas, destacam-se: 5 - O levantamento geofísico trouxe algumas infor- mações que permitiram a definição das unidades geo- 1 - Individualização e caracterização petrográfica lógicas maiores e a determinação de algumas anoma- dos vários litólipos que compõem o Complexo Ga- lias magnéticas no interior do Complexo Anorlosítico, náissico-Migmatítico de idade arqueana. possivelmente ligadas ans corpos portadores de mi- neralizaçóes de Fe-Ti. O modelamenio computadori- 2 - Individualizaçáo peirográfíca das supracrustais zado forneceu alguns parâmetros quantitativos de do Complexo Surubim, com o reconhecimento de três sumo interesse, como: profundidade, mergulho, es- fases de deformação: as duas primeiras (Di e D2), pessura, contraste de densidade c susceptibilidade progressivas c relacionadas a regime tangencial e a magnética dos corpos estudados. última (Da), à iranscorréncia. O grau metamórfico desse complexo atingiu a facies anfibolito alto. 6 - Os dados forne:idos pela geoquímica definiram o nível quartizítico (Plsuqt) do Complexo Surubim, 3 - Indentificação e caracterização química c petro- como mc'alotecto para ouro. Na área de ocorrência gráfica de um Complexo Gabro-Diorílico-Anortosíti- dos referidos quartzitos foram identificadas várias co de oalurcza sódica e do tipo andesínico. Como anomalias desse metal. associados ocorrem diques de gabros anfibolitizados portadores de mineralização de Fe-Ti Também aí Ao quadro econômico da Folha Limoeiro foram acres- estão relacionados ortognaisses que ocorrem ioiima- centadas várias informações de suma importância. A área menie associados. que envolve os anortosítos ganha destaque pela presença de estações anômalas para cobre e de corpos magnéticos 4 - Indentificaçáo de várias suítes de granitóides. A com espessura em torno de 100m com até lkm de profun- primeira delas encontra-se ligada à deformação lao- didade, possivelmente relacionados com os diques de gabro gencial; a segunda e relacionada à deformação trans- anfibolitizado. corrente com quimísmo alcalino e se posicionou sin- Também merece atenção a presença de anomalias geo- cronicamente a colisão de blocos crustais; e a terceira, fisicas com contraste de susceptibilidade magnética de até tardi a pós-transcorrência, tem quimismo calcialcali- 3000 x 10"* e.m.u., relacionadas aos sicnilos alcalinos no e alcalino. (PSysK). Vários outros indícios de mineralização estão as- sinalados no mapa metalogenético-prcvisional.

91 UvHitancoia* Ocotfpcos Btoco» do Bnü

No campo metodológico deve-se salientar a eficácia de precedência dos trabalhos de coleta de amostras integração dos vários métodos c disciplinas geológicas, so- geoquímicas, levantamento e interpretação geofí- bretudo na identificação de áreas prospectáveis. Chama-se sica e cadastramento de ocorrências minerais em atenção para a importância da prospecçáo por baleia em relação aos de mapeamento geológico propria- areas como a Folha Limoeiro, contendo rochas inlemperi- mente dito. Tal procedimento, além de trazer van- zadas, com afloramentos escassos e de má qualidade. tagens do ponto de vista operacional, permite mel- Em que pese o êxito obtido nos trabalhos realizados, hores informações e resultados na avaliação das algumas providências podem ser tomadas para o aprimo- áreas prospectivas; ramentos dos próximos trabalhos. São eles: apoio analítico com técnica de respostas mais rá- pida e ampliação da capacidade operacional dos balanceamento entre as etapas de campo e escri- laboratórios petrograficos, químicos e geocrono- tório de modo a que os dados coletados sejam lógicos. progressivamente avaliados e tratados;

92 2. Recomendações

Após o levantamento realizado e diante das perspectivas melhor definição a respeito do vulcanismo associado. Es- surgidas e dos problemas que ainda persistam de ordem tudos pctrogcníiicos aprofundados nas várias suítes grani- científica, tornam-se necessários estudos adicionais que, pe- tóides, com análises de isótopos, terras raras e elementos la diversidade de objetivos, possam c devam ser assumidos maiores a nível de detalhe. Também são recomendáveis por entidades governamentais distintas c pela própria ini- datações gcocronológicas de vários litólipos a fun de se ciativa privada obter maior controle a respeito da idade de formação desses Desse modo, as recomendações a seguir discriminadas corpos. Finalmente, faz-se necessária a integração futura da dirigem-se a três tipos distintos de público ao DNPM, às pesquisa recomendada com os dados obtidos no presente universidades c ao setor privado. trabalho, aliando, assim, um maior nível de informação para a área cm apreço.

Recomendações ao DNPM Recomendações ao Setor Privado Sugere-sc trabalhos adicionais de mapeamento em escala maior, objetivando maior controle dos litólipos do Com- O cadastro mineral e as informações levantadas permi- plexo Anonositico de Passira, bem como trabalhos de de- tem sugerir, como primeira prioridade, a pesquisa da área talhe ao longo do nível quartizítico do Complexo Surubim, do Complexo Anortosítico de Passira, onde às ocorrências com o objetivo de se avaliar sua real vocação aurifera A de ferro e titânio existentes se somam as anomalias de cobre utilização tanto da geofísica como da geoquimica se faz e vanádio. A identificação de corpos magnéticos cm sub- necessário nessa etapa recomendada. superfície amplia a possibilidade de se detectar novos cor- pos portadores de Fe,Ti e V. Acrescente-se a isso a pos- sibilidade dessa ambiência conter concentrações econômicas Recomendações a Institutos de Pesquisa de platinóidcs, dada a natureza das rochas encaixaotes. Outra área, que se destaca, localiza-se no limite entre A área estudada oferece amplo campe de atuação para as folhas Limoeiro e Vitória de Santo Antão, com ocorrên- desenvolvimento de trabalhos de pesquis. a nível de pós- cias de apatita e de ferro associadas a corpos sienílicos graduação, devido ao grande número de pi blemas ligados alcalinos. O adensamento geoquímico e a prospecçâo geo- à petrogenia, à geocronologia e a geofectôiúca. Em vista física de detalhe nessa área seriam as atividades iniciais do exposto, sugere-sc melhor caracterização meiamórfica para sua avaliação, juntamente com os trabalhos geológicos dos metassedimemos do Complexo Surubim, bem como c amostragem dos litótipos de interesse.

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3. Informações Geradas

Os levantamentos propiciaram os dados reproduzidos - Carta Metalogcaetico-Precvisioaal no Apêndice 1 e documentos listados a seguir, que se Escala 1:100.000. encontram disponíveis no presente trabaibo e DOS escritórios do DNPM e CPRM. Dncumtos DispoeJvcb e» Armrfv» Etetrõako

- Cadastro Geoquimico com dados de campo e ana- DocMMtntosPrtMhuidos Inseridos ao Texto d* Tntalko lítico de todas as amostras de análise quünica;

- Figuras e Gráficos; - Fichas de Afloramento;

Tabelas de Resultados Petrograficos e Químicos; - Fichas de Análises Petrogrifica (Seção Delgada);

Fotografias de Afloramentos; - Fichas de Reconhecimento Mineralógico;

Carta Geoquímica Simplificada e Reduzida; - Fichas de Cadastramento de Recursos Min;rais

Diagramas de Correlação: Docaawatos Dbpoafras ao DNPM

Perfis Gcofísicos Reduzidos. - Mapa de Afloramentos - Escala 1:100.000;

Documento» Aaexos ao Texto do Trabalho - Carta Geoquímica - Escala 1:100.000;

Carta Geológica - Escala 1:100.000; - Mapa de Pontos de Amostragem de Sedimento de Corrente, Concentrado de Baleia.

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Referências Bibliográficas

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HXI limoeiro (S&2S-Y-C-V)

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101 Apêndices Apêndice 1 Súmula de dados de produção

Mapeamento geológico Área mapeada (km2) 3000 Caminhamento qeolóqico (km) 1.750 Afloramentos estudados 519 Amostras coletadas 270 Análise petrográfica 186 Geoquímica Amostras coletadas Sedimento de corrente 171 Concentrado de bateia 26 Análises químicas Absojçào atômica _^ 1.052 EÍ30) 197 Litcqeoquímica - Análises 13 óxidos 31 E(30) 71 F(E.I.E) 31 Análise completa da rocha Fluorescéncia de raio x 155 Absorção atômica 251 Geofísica Levantamento magnetométrico (km) 182.6 Levantamento cintílométrico (km) 182.6 Levantamento aravimétrico (km): 56 í

Apêndice 2 Ilustrações fotográficas Folo 11.2.1 Koto II.:.2

II.2.J

Koto 11.2.1 (A(«-272l Ortoenaissc de composição lona- liiii-a contendo s/tcru do granito fino PS/Ml com desen- volvimento de dobras cm "7". Local: Engenho Julião. mun. Timhaiibít IT. Koto 11.2.2 i\<;-249) - Ffeiio de transposição nos nrto- pnaisscs, apresentando os instais de quartzo e ícldspatn loriemcnle rompidos. Local: Engenho Tambor, mun. Tim-

Koto W23 (A(i-24<) - Dique do eranito fino (PSy?B) irun- cando o bandamento dos ortognaisses do embasamento. L«KÍII: Engenho Tambor, mun. Timbaúba-PE. Koto IIJ.4 (A(í-207> • Desenvolvimento de mega boudins nos oriognaisses do cmhasamento. Local: Murupc-Siriji, mun. Vicência-PE. Koto 1IJ.5 (AG-2071 Detalhe dos mega baudins. Miirupc-Siriji. mun. Vicência-PE. Koto I1-2.5 Foto 11.2.6 loto 1IJ> 7 Foto

Koto IIJ!.n (A(f-35> - Padrões dc interferência tipo bume- r;mi;vic impressos nus orlngnaisscs do embasamento. Local: Ixito do ri<> Capibaribe a Icsic dc Limoeiro, mun. I.itnneirtv-PE. Koto 11.2.7 (A(i-35( - Padrões dc interferência tipo hiime- ran^uc. A fase Fi cslá ligada »o cisalhamento. Local: I^;ilo do rio Capibaribc a leste dc Limoeiro, mun. Limocin>-PF.. loto IIJ.H (A(>-35) - Aspecto do handamento gnáissico dnbr^dn, cnm a presença de diques dc anfibolito rompidm. Local: Ixito do rio Capibnribc a leste dc Limoeiro, mun. Limoeiro-PE. Knti) 11-2.** (AG-75) - Sheets dc leucogranito e diques dc composição quart7o-fcldspática dobrados com as supra- crusl.tis do embasamento (Apgn). I^>cal: Estrada Aliança-Timbaúba, mun. Aliança-PE. Foto II J.KI (AG-519) - Frente dc lavra de antiga pedreira, onde são encontradas as melhores exposições dos orto- gnaisses diorílicos a tonalfticos (PlyiA). Local: Lagoa, mun. Foto 11.2.9 Foto 1U.I0 Na/aré da Mata-PE. Koto 112.13

Foto IIJ.I1 (A(;-519) Aspecto do ortognaissc (PI'/IA) onde ÜC observa uma fone orientação dada pelos cristais de biotila e ou hornblenda. Presença de mobilizados quar- yosos. l.ocal: Enpcnho Lagoa, mun. Nazaré da Mata-PE. loto 11.2.12 (A(i-l«6l - Rochas anortosíticas (Plóib) com porções gabro-anfibolíticas concordantes com estrutura ge- ral E-W. L(Kal: Tamanduá de Passira, mun. Limoeiro-PE. Foto IL2.13 (AG-186) - (umulatns de fcldspato dispostos paralelamente à estrutura geral dos annrtositos. Local: Tamanduá de Passira, mun. Limociro-PE. Foto 11.2.14 (A(i-2K5) - Aspecto do nfvcl quart7itico (PI- suqt) quando posicionado em zona de cisalhamento. Oh- serva-sc que aprcscnla-sc maciço e intensamente fratura- do. Local: Olho d'Agua, mun. Paudalho-PE. Foto IU.15 (A(í-2OHt - Desenvolvimento de dobras em caixa c cm chevron no nível quartzJtico (Plsuqt). Local: Lagoa Comprida, na estrada que liga essa localidade Polo IU.15 a Limoeiro, mun. Limoeiro-PE. tolo 11.2.If. I oti. 11.2.1" Foli. II.:.IK

Foto II.2.1A (\(i-35i IV'H'n(,;i di1 i"ri^i;ii>> dc cr.tnad.i il>>* I'ii'iii.i-fiti.iissos Jo CompU'Xi' Smiil'im (PlMiiinx1 I IH.II 1 lilo ito riu Cipikinl'i1. ruin l.innn'irt» P! Kulii 11.2.17 i\(;-J5l Hioiila-unai^c cranadifiTi» crcnu lull' (PKncnx) ton ivin. lie qtiarl/n dohradn n;i |-;m' !»• I mal: l.cild dd riu CapikiriK'. niuii. l.imncin» VI Fiiln IIJ.IK (Mi-,15) Bioiiia-miaissi- (iranailifcru (Plsu v.»\) ilnl'ratlc f afcladx p«>r lisalhami'nli' prnvavtrlnn'nlc i onknipdrfinfn à lasi' l.H l.inal: I.filo d«< rin CapilMrihc. num. l.inidi-iro Pfi I i»lo 11.2.1"* N'isla partial da scrra do Masca rvnha.s. onde se ohscr\';i aspcclus gerais di> príinilo fin<< (PS; li.), l.mal: Estrada que litia SA'. Ferrer a Viccnciit. num SA'. íxrrer--PC. Foto 11.2.20 (AtMJft) Delalhe dn pranilo fino (PS;-»h). nii>sirand*« sua intensa cnlnr.n,.ii) rnsa e a grande incidência tolo II.2.2O de cristais de hornMenda. L

Into 11.2.21 11.2.22

Fn|« 11.2.2?

Koto M.2JI (A(i-16> Drialhc do granito porfirftico (PSyv). onde se observa os cristais de (cldspato com lamunho c forma diversos, l^ocal: Serra de Tiúma, mun. Timliaúba PE. F«t(» IIJJ2

SOit-YO» MandaaGruMe7 NA.1A-X-C ranssaeuoaf 7 SF-23-Y^WV3 Samoa NA.19-X-D SO21-V-C-V Santa Barbara 1 ftoAjari SO22-Z-C-VI Raguaru' SO22-Z-D-V NMfrV-O 3 Sf^4-V-A-VI 1 NA19-Z-A ftotoana SD23-Y-D Bunks Guanpari 3 SG22-X-A-V14 HA.10-Z-B Cucul' SD-23-Z-D-H Monte Azul ftollaupas1 S023-Z-O-V R» Pardo de Moias3 SO22-X-e-IV^ Pico da Neblina' SE22-X-A-K Raberai1 SG22-X4-N3 Cerro Azul7 NAIO-ZD T NA.2O-X-C-W SE22-X-A.V1 Nazaho SO22X-&IV4 1 NA.20-X-G-V1 Serra do Ajarani SE22X-B-I Nerópoüs' SG.22-X4-V.1 Anapoks' SG22X*V3 tpnacio ressoa NA.20-X-O-IV 7 SA.W-B SE.22-X-B-IV Goiânia' SG22-X-8-V4 Barra do Turvo RktCuhcunari' SE.22-X-B-V SG22XC-» SA.19-X-A 7 SA.t»-X-B Sao Gabriel da Cachoeira ' Cara*»' SG22-X-C-aU Três Córregos 4 2 7 SA.23-V-O Turiaçu SE23-V-B Sio Romeo SG22-X-C-BI3 CotAria Ouaro-Ouaro 4 7 SA.2JYB Pinheiro SE24-Y-C-V Baixo Guandu' SG.22-X-C-M.4 Campo Largo 1 7 SA.23-X-C Curumpu* SEJ4-Y-C-V1 Colatina SG22-X-C-Vlt Porto Amazonas 4 7 7 SA.23-Z-A Sao Luis SF-23-V-A-S2 RK> Sio Lourensinho SG22X-C-V12 Contenda 7 SA.23-Z-C Rspecuru-Mirim * SF23-V-A-B11 kanhaem SG.22-^C-VI4 4 7 1 SB22-X-C Re ItacanJnas SF23-V-A-BI2 Mangagua SG 22-X-O-l Curitba 4 7 SB22-X-D Marabá Sf-23-X-B-l Manana SG.22-X-D-I.1 Ro Branco do Sm 4 1 7 SB22-Y-B Sao Felix do Xingu SF-23-X-D-! Ro Pomba SG.22-X-D-I.2 Bocawa do Sul 4 7 7 SB22-ZA Serranos Carajás Campinas SG22X-D-I3 Curitiba 7 7 SB22-Z-B Xemtxoa4 SF23-Y-A-VI3 VW^nhos S6.22X-r>l4 Piraquara 7 7 SB.23-V-A RkJ Capiapara ' SFÍ3-Y-C-B.2 Maiatuba SG.22-X-D-B.I Rtpreu do Opivari 7 7 SB24-V-C-III Dateus3 Sf J3-Y-C-B 4 Caoreúva SG 22X-O-II2 Serrada Virgem Maria 7 SB24-Z-D-I Patos' Sf 23-Y-C-ni 1 Jundia. SG22X-D-B3 7 7 SB24-Z-D-II juazeirinno1 SF.23-Y-C-IR.4 Guarulhos SG22X-D-rv1 Araucana 7 7 SB24.Z-D-V Sumè' Sf.23-Y-C-IV3 Santana do Parnafea SG.22-X-D-IV.2 SaoJos*dos Pinhais 7 T SB25-Y-C-IV Surubim' Sf.23-V-C-V2 Sio Roque SG.22-X-D-IV3 MandMtuba 7 SC20-Z-C-V Pauto Saldanha' SF23-Y-C-V4 Juqurhba' SG22X-f>rV4 TqucasctoSul 7 SC20-Z-C-VI Rio Pardo' Sf-23-Y-C-Vl 1 Oasco SG22XOV1 MkirtdO NOvO 7 7 SC22-XA SF.23-Y^-VI2 Sio Paulo SG22X-O-V3 CoUma Santos Andrade 4 SC22-Z-C Xinguara SF.23-Y-C-VI.3 imbu-Guaçu ' SG22-Z-O-IÜ Botuver*' 1 7 1 SC23-X-C-V Corite R«cho Grande SG22Z-O-B1 Brusque 1 7 SC.24-V-A-I Seabra Sf-23-Y-Cli Pvacaia SG22Z-D-V 1 7 3 SC24-V-B-I Cria de Mana Sf 23-Y-D-I2 barata SH.22-V-C-IV Sama Maria 7 SC24-V-B-M Pamamihm' Sf.23-V-D-I3 Raquaquecetuba SH22-Y-A-I4 Passo do Satsmho' 7 SC24-V-B-V ' Sf.23-Y-D-I4 Santa Isabel SH.22-V-C-H Píratmi' 7 SC24-X-A-III Custodia' Sf 23-Y-D-P3 Jacarei SC24-X-B-I Sertama' Sf 23-Y-D-rV 1 Suzano (Mau*)'

7 NB20-Z-B-V SC.20-V-B-V Porto Velho' SD22Z-C Ores NB20-Z-B-VT SC20-V-C-V Abuna ' S022-Z-0 Goianesia' 3 NB20-Z-D-II FtoOwno'' SC20-V-C-V1 Mutumparana' SD23-X-B tjotirama 2 NB20-Z-D-I1! SC.20-V-0-I Jaaparana'_ SC23-XD Bom Jesus da Lapa 2 NB20-Z-D-V Vila Pereira '* ^ SC24-V-A-I! Paulistana " S023-Y-C Brasilia 3 NB-20-Z-&VI fto Viruquim '' SC.24-V-A-III Santa rriomena' SO.23-Z-D-IV Janaúba 1 1 NB21Y-A-IV SC.24-VA-IV Barra do Bonito ' SD.24-V-A-B Ubnga 1 NB.21-Y-C-I SC24-V-A-V Afranio" SO24V-A-V Lançoi» NB.21-Y-C-IV SC 24-VA-VI Aacho do Cabodo' SD24-V-C livramento do Bmmado * 1 SA.22-Y-D Attamira4 SC24-V-B-IV Cristal* S024-V-C-H SA.23-Y-0 SanttMs4' SC24-V-C-HI Petroiina' SD24-YA Vitoria da Conquista' SB.23-V-B Vitorino Freire * SC.24-V-D SE.21-V-D-V Morraria do Intua SB23-V-C Imperatriz4' SC.24-V-D-I Ramotinga1 SE21Y-B-U Lagoa de Mandioré'' SB.24-V-D-V Mombaça'" SC.24-X-C-V Sama Brigida' SE.21-Y-B-M 7 Af«iaBranca/Mosaor6a SC24-X-C-V1 Piranhas' SE22-X-A S. Lufs de Montes Belos 2 SB.24-Y-B-II Catarina1' SC.24-Y-B Senhor do Bonfim SE.22-X-B Goiânia S624-Y-&V Paus1' SC24-Y-B-VI EueMasda Cunha3 SE.22X-D MOffinDOt 2 SB.24-Y-C-V1 Simões' SC24-Y.C S623-Z-B Guanhâes SB24-Z-B-B Currais Novos ' SC 24-YD Semnha1 SE^Z-C BetoHonxoote* S824-Z-B-V Jardim do Saridâ 3 SC.24-Z-A-II Jeremoabo' SE23-ZD SB24-Z-C Sarra Talhada3 SC.24-Z-A-III C«a SFJ3-V-D-V.4 SSo Gonçaio do Sapucai' SB24-Z-C-VI Afogados de mgazeira' SC29-V-A-H VHóf*deS«o Antao1 SF.23-Y-B-N.2 SB24-Z-D-IV Monturo S0.21-ZA Rosário do Os»2 SG22-Z-B SB25-V-C Natal9 S021-Z-C SH22-V-A Cachoeira do Sul3 8825-V-C-IV Joio CSmara1 S052X0 Porangatu* S82S-YOV Limoeiro' S022Z-B Uruaçu' '-no preto em 01/CW1980

' Lavantamento GaoMgioorGaoquímieo/Matatogertétioe na escala 1 250 000.1100 000. 1 50 000,3 Mapa» Metatogeneticot • da Previsão de Recursos Minerais escala 1 290000. ' Mapas o> Previsão de Recursos HWricos Subterrâneos escala 1100 000. ' Projeto Especial Mapas de Recursos Minerais, de Sotos • oe vegetação para a Area 00 Programa Grande Cara»*» - Subprojtto nacwraw Minerais. * Lavantamento geoto- OJOO vtsandc ^c m#id^mbif nti LavsntAman(D< ^•r^^aafísi^QS 7 kiMarscAâ iwilfViirnfiiai MTI ifmir > ^tt r^oi^ss irutffO^olilaAAft Folha* Concluída*

J NA.20-X-B/ Uriracoera* SC.23-X-D Sáo Raimundo Nonato 7 SD.24-Z-C Canavieins 2 *s NA.21-V-A Conceição do Mail 7 SC23-Y-C Natmdade ; SE 23-VA Un«iJ 7 NA.20-X-D Boa Vista ? SC23-Z-B Xique Xique SE.23-V-C Paracatu : 7 NA20-ZB Caracara! SC23-Z-D Barra' SE23-V-D João Pinheiro * 7 NB20Z-Be SC24-V-A Paulistana SE.23-X-A Montes Claros 7 2 3 NB21Z-A Monte Roraima SC.24-V-B Salgueiro SE.23-XB Araçuaí3 2 NB 20-Z-D/ Vila Surumu.' SC24-X-A Roresta * SE23-X-C Pirapors' NB21Y-C RioMau; SC24-X-B 2 SE23-X-D Capelmha: NA.21Z-B Rio Citaré'' SC24-X-C Paulo Afonso ' SE23-Y-A Patos de Minas * NA.22V-B Hio Oiapoque ? SC24-X-D Santana do Ipanema ' SE.23-Y-B Tr6s Marias ' NB22YD Cabo Orangel SC24X-DV Arapiraca ' SE23-Y-C Uberaba' NA.22V-D Lourenço 3 SC24Y-A Mirangaba' SE 23 Y-D Bom Despacho l NA.22Y-A Serra do Tumucumaque'' SC.24-Y-D-II Gavião SE 23-Z-A Curvelo' : NA22-Y-B Rio Araguan ! SC24Y-D-IV Mundo Novo ' SE.24-V-C Teôfilo Otom NA22YD Macapá' SC24-YD-V Pintadas ' SE.24-YA Governador Valadares J í SA.21-X-B Rio Maicuru 2 SC.24-YD-VI Serrmha ' SE.24-Y-C Colatina SA24Y.A Parnaiba 2 3C 24-Z-A Ji. 'moabo ? SF.21-V-B Baia Negra ' SA.24-Y-B Acarau1 SC 24-Z-B/D Ajacaju'Estancia 7 SF21-X-A Miranda' SA24-Y-C Granja ? SC.Í4-ZC Tobias Barreto' SF23-V-A Franca' ? SA24-YD Sobrai1 SC.26-1/-A Recite ' SF.23-V-B Furnas J SA24-Z-C Fortaleza ' SC25-V-C Maceió' SF23-VC Ribeirão Preto 2 SB 22-XC Rio Itacaiúnas' SD.2O-V-B Príncipe da Beira SF.23-V-D Varginha' SB Z2-X-D Marabá7 SD 20-X A Pedras Negras ' SF23-XA Divinòpolis ' SB22-Z-A Rio Paraoptbas' SD20-X-B Vilhena * SF.23-XB Ponte Nova * SB.22-ZD Araguama ' SD.20-X-C Ilha do Sossego 7 SF.23-X-B-II Ponte Nova ' SB24-V-A Pinpin ' SD.2O-X-D Pimenteiras ' SF.23XBIV Rio Espera ' SB24-V-B Ouixadá } SD.21-Y-C Mato Grosso' Barbacena' SB 24-V-C Crateus 2 SD.21.Y-D Barra do Bugres * SF.23-X-C-IH Barbacena ' : SB 24-V-D Quixeramubim' SD.22-X-A Araguaçu' SF.23-X-C-IV Uma Duate SB 24-X-A Aracati' SD.22-X-B Alvorada ' SF23-XD Juír de Fora' SB24_X-C Morada Nova' SD.22-X-C São Miguel do Araguaia ' SF.23-Y-A Campinas * SB 24-Y-A Valença do Piauí * SD 22-Y-D Barra do Garças' SF23-Y-B Guaratmguetá' SB24Y-B Iguatu' SD.2.--Z-A Mozarlàndia' SF.23-Y-C São Paulo'' SB .24-Y-C Picos 2 SD.22-Z-D-IV jaragua ° SF.23-Y-D Santos' SB 24-YD Juazeiro do Norte' SD.23-V-A Atraias 2 SF.24.V-A-II Afonso Cláudio ' SB24-Z-A Souza2 SD.23-V-C Campos Belos 7 SF.24-V-A-III Domingos Martins ' : SB24-Z-B Caicó2 SD.23-X-A Barreiras * SF.24-V-A-V Cachoeiro Itapemirim ; SB24-Z-D Patos } SD23X-C Santa Mana da Vitoria SG.22-X-A Telémaco Borba' s SB.25-Y-A Cabedelo' SD23-Y-A São João d AJiança ' SG22X-B Harare/ SB.25-Y-C João Pessoa ! SD23-Z-A Manga' SG.22-X-C Ponta Grossa ' J 1 SC.20-V-C Abunà? SD.23-Z-B Guanambi SG.22-X-D- Curitiba ' 2 SC 20-V-D A/iquemes 7 ÍO.24-V-A Seabr£ SG.23-V-C Cananèia ^ SC 20-Y-B Alto Jamari' SD.24-V-B Haberaba' SG23-V-A Iguape '< SC-20-V-D Serra dos Uop>anes" SD.24-V-D Jequiê •' SG.22-Z-D Florianópolis' 1 SC 20-Z-A Rondônia ' SD 24-X-C Jaguaribe SH21-Z-D SC20-Z-B Rio Branco 3 SD24-X-A Salvador' SH21-Z-B São Gabnei' : SC 20-Z-C Presidente Mediei ? SD24-Y-B Ilhéus' SH22-X-B Criciúma ' 7 SC20-Z-D Pimenta Bueno ' SD.24-Z-A Itacare SH.22-Y-D/ Pelotas '' SC.21-Z-B Vila Guarita 2 SD24-Y-B-V Ibicarai ' SH.22-Z-C Mostarda'' SC.22-X-D Miracema do Norte' SD.24-Y-B-VI Itabuna ' SI.22-V-A.' Jaguarào:' l SC22Z-B Porto Nacional' SD.24-Y-C Rio Pardo 7 SL22-V-B Rio Grande SC22-Z-D Gurupi' SD.24-Y-D; Itapetinga'7

Memória Técnica

• Mapas de serviço disponíveis para copias heliográficas (') • Disquetes de computador com análises químicas, petrográticas, mmtralôgicas etc (*) • Sistema de Informações Geológicas do Brasil - SIGA (**) • Bases de Dados GEOB • GTfv» - Bibliografia META - Ocorrências Minerais AFLO - Descrição de Afloramento PETR - Análises Petrogrâficas SlGEO - Projetos d» Geologia, Geoquimica, Geofísica SlSON - Dados de Sondagem DOTE -Acervo Bibliográfico da CPRM PRCU - Carteira de Projetos da CPRM

Locai* de Acesso: (') DNPM Brasília e Distrito Regional, ("(Brasília e Distritos Regionais e CPRM Rio de janeiro

E(te Ttxio Explicativo foi «ditado pelo importantes sistemas de propriedade do Un» versão integral dasle texto bem como Serviço de Edições Técnicas - SETrC, da DNPM, como o Sistema de Informações dos demais que estão sendo produzidos Companhia de Pesquisa de Recursos Geológicas do Brasil - SIGA com seu pelo Programa Levantamentos Geológicos Minerais - CPRM. usando tecnologia digital modulo gráfico - SIGRAF, o Sistema de Básicos do Brasil PLGB encontra-se na p»tt ediçio de texto», uma das facilidades Estatística e Amostragem em Geoquimica - base de dados RELA. o que o torna de Sistema de Informações para Recursos SEAG. além de bases de dados voltadas acessível através do SiSA e po' solicitação Naturais - SIR recentemente desenvolvido para oufas áreas das geociéncias especial, em versão em microficha padiàc. Mia CPRM. que abriga entre outros. COM (Computer Output Microfilm)