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PLANO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DE FRONTEIRA RONDÔNIA

Núcleo Estadual Para o Desenvolvimento e Integração da Faixa de Fronteira

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©2016.Plano de Desenvolvimento Integrado de Fronteira Rondônia: Governo do Estado de Rondônia. : GER, 2016. 151 p.

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação - CIP

Rondônia, Plano de Desenvolvimento Integrado de Fronteira Rondônia.

R771p Plano de Desenvolvimento Integrado de Fronteira/ Governo do Estado de Rondônia. – Porto Velho, 2016. 151p. Ilustrado

1. Desenvolvimento da Faixa de Fronteira. 2. Revisão do Plano de Desenvolvimento da Faixa de Fronteira. 3. Interação - países vizinhos. 4. Desenvolvimento Regional e Integração Brasil/ Bolívia. I. Plano de

Desenvolvimento Integrado de Fronteira do Estado de Rondônia. II.

Título. III. Nucleo NEIFRO–RO. IV. Secretaria de Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão

Elaboração da Ficha Catalográfica: SEAE/EGPP Pedro Paulo Almeida Martins – Bibliotecário Esp. registroCDU.: nº CRB 911.6-950 (811.1)

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GOVERNO DO ESTADO DE RONDÔNIA

Confúcio Aires Moura Governador do Estado de Rondônia

George Alessandro Gonçalves Braga Secretário de Planejamento, Orçamento e Gestão - SEPOG.

Pedro Antônio Afonso Pimentel Secretário Adjunto

Núcleo Estadual para o Desenvolvimento e Integração da Faixa de Fronteira – Rondônia - NEIFRO  Secretaria de Est. do Planejamento, Orçamento e Gestão – SEPOG (coord.).  Casa Civil  Superintendência Estadual de Assuntos Estratégicos – SEAE  Superintendência Estadual de Turismo – SETUR  Secretaria de Estado da Educação – SEDUC  Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental – SEDAM  Secretaria de Estado de Assistência Social – SEAS  Secretaria de Estado da Agricultura – SEAGRI  Secretaria de Estado da Saúde – SESAU  Secretaria de Estado de Segurança, Defesa e Cidadania – SESDEC.  Agência de Defesa Sanitária Agrossilvopastoril do Est. de Rond. - IDARON;  Superintendência de Desenvolvimento do Estado de Rondônia – SUDER e  Superintendência da Juventude, Cultura, Esporte e Lazer - SEJUCEL.

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APRESENTAÇÃO

A revisão do Plano de Desenvolvimento Integrado de Fronteira–PDIF -contou com participação de órgãos públicos, Instituições privadas e a comunidade local e teve como foco uma nova forma de gestão pública, na qual as políticas públicas são voltadas para atender os anseios da população local de forma a empoderá-la da riqueza gerada in loco.

O Núcleo Estadual para o Desenvolvimento e Integração da Faixa de Fronteira - NEIFRO - encontrou nas Instituições a vontade e decisão para construir uma política de fronteira em consonância com o Governo Federal, dirigida ao enfrentamento dos déficits de urbanidade e das desigualdades sociais e territoriais. Uma parte significativa da população dos municípios fronteiriços vive em condições precárias, irregulares e afastadas da infraestrutura mínima da vida urbana.

A ação do NEIFRO fundamentou-se na articulação com as Instituições públicas e sociedade local, alinhadas com ações macros desenvolvidas pelos municípios e pelo estado de Rondônia, em consonância com as políticas do Governo Federal, a partir das linhas temáticas de: Segurança, Inclusão Social, Infraestrutura, Interesses Econômicos e Sustentabilidade Ambiental.

Adotou-se a metodologia inicial de reuniões com todos os setores afins e a distribuição de atividades correlatas à função de cada um dos envolvidos, estipulando-se prazos para apresentação dos trabalhos. O levantamento teve como objetivo identificar os projetos, programas e/ou ações desenvolvidas in loco pelos municípios, estado e governo federal, voltados para o desenvolvimento regional em parcerias de forma abrangente e detalhada e ao mesmo tempo compartilhada por toda a sociedade local.

O PDIF é o resultado de uma ação conjunta dos integrantes do NEIFRO, que revisou o levantamento e a sistematizaçãodos projetos e programas em execução ou propostos para os municípios da Faixa de Fronteira. Foram selecionados àqueles que puderam ser inseridos na política de desenvolvimento macro da região, alinhados com as três esferas de governos, voltados para os anseios da população local e com a possibilidade de integração com as ações transfronteiriças.

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O desafio da inclusão social e territorial da Faixa de Fronteira é o ponto de partida da implantação dos programas de políticas públicas setoriais de desenvolvimento e principalmente na priorização da prática da gestão democrática, por meio da participação da sociedade, na tentativa de melhorar as condições de vida dos habitantes.

Sabemos que o sucesso só será alcançado quando a democracia for, de fato, posta em prática. Para isso, o poder público precisa se unir à experiência acumulada da sociedade organizada e, potencializar a sua participação na elaboração de propostas para o desenvolvimento sustentável de uma comunidade regional e local.

GEORGE ALESSANDRO GONÇALVES BRAGA Coordenador do NEIFRO

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ÍNDICE

ÍNDICE ...... 6 I. FUNDAMENTAÇÃO DO PLANO ...... 11 1. Introdução ...... 11 2. Metodologia de Revisão do PDIF ...... 13 3. Marco Legal do PDIF ...... 14 4. Faixa de Fronteira ...... 15 4.1 Conceitos...... 16 4.2 Paradigmas ...... 16 4.3 Termos Referentes a Fronteira ...... 17 4.4 Fronteira Brasil - Bolívia ...... 20 4.4.1 Coca Hábito da População Boliviana ...... 22 4.4.2 Histórico da Formação da Fronteira Brasil-Bolívia ...... 23 4.4.3 Povoamento da Zona de Fronteira Boliviana ...... 25 4.4.4 Crescimento da Economia Boliviana ...... 28 4.4.5 Importância do Intercâmbio Comercial Brasil – Bolívia ...... 30 4.4.5 Evolução do Intercâmbio Comercial Brasil/Bolívia (US$ milhões) .. 31 4.5 Fronteira Estado de Rondônia ...... 33 4.5.1 Histórico da Fronteira de Rondônia ...... 34 4.5.2 Rondônia: um Estado Estratégico ...... 37 4.5.3 Potencialidades do Estado ...... 39 4.5.4 Deficiência do Estado ...... 41 5 Diagnóstico Revisão da Realidade Fronteiriça ...... 43 5.1 Contextualização ...... 43 5.2. Educação ...... 44 5.2.1 IDEB dos Municípios da Faixa de Fronteira (Ano – 2013) ...... 45 5.2.2 Educação nas Comunidades Quilombolas ...... 46 5.3 Saúde ...... 47 5.4 Infraestrutura ...... 48 5.4.1 Acesso Rodoviário a Linha de Fronteira ...... 48 5.4.2 Hidrovia da Bacia do Rio Madeira ...... 50 5.4.3 Porto Graneleiro ...... 52 5.4.4 Ponte Binacional em Guajará-Mirim...... 53

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5.4.5 Infraestrutura Urbana ...... 54 5.5 Interesses Econômicos ...... 54 5.5.1 Áreas de Livre Comércio – ALCs – (MDIC) ...... 55 5.5.2 Free Shop ...... 57 5.5.3 Zona Franca Verde (MDIC) ...... 58 5.5.4 Arranjos Produtivos Locais – APL (sociobiodiversidade) ...... 58 5.5.5 Turismo ...... 60 5.6 Segurança na Fronteira ...... 60 5.7 Inserção e Integração Social ...... 61 5.7.1 Estudos do IICA ...... 61 5.7.2 Política sobre Drogas ...... 63 5.8 Sustentabilidade Ambiental ...... 64 5.8.1 Declaração Trinidad - Meio Ambiente Rondônia - Beni ...... 67 5.8.2 AÇAÍ ...... 68 5.8.3 Castanha ...... 69 5.8.4 Reciclagem de Resíduos Sólidos ...... 71 II POLÍTICA FRONTEIRIÇA REGIONAL ...... 72 1. Política Nacional de Desenvolvimento Regional (PNDR) ...... 72 2. Abrangência do Plano...... 76 2.1 Cidades, Comunidades e Áreas Protegidas na Linha de Fronteira 79 2.1.1 Cidades na Linha de Fronteira: ...... 79 2.1.2 Comunidades na Linha de Fronteira: ...... 79 2.1.3 Áreas Protegidas na Fronteira (Brasil) ...... 79 3. Ações em Curso na Faixa de Fronteira ...... 81 3.1 Educação ...... 81 3.1.1 Escola Técnica Binacional ...... 81 3.1.2 Intercâmbio de Professores ...... 82 3.2 Saúde ...... 82 3.2.1 SIS Fronteira/MS ...... 82 3.2.2 Vigilância Sanitária Animal ...... 83 3.3 Infraestrutura ...... 84 3.3.1 Ponte Sobre o rio Madeira em Abunã/RO - BR-364 ...... 85 3.3.2 Rodovias: BR-435, RO-135, BR-429, BR-425 e BR-421 ...... 86 3.3.3 Hidroelétrica de Santo Antônio (rio Madeira) ...... 86

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3.3.4 Hidroelétrica de Jirau (rio Madeira) ...... 87 3.3.5 Hidrovia do Baixo Madeira (Porto Velho-Itacoatiara) ...... 87 3.3.6 Aeroporto de Guajará-Mirim ...... 87 3.3.7 Sistema de Esgoto ...... 88 3.3.8 Infovia - Plano Nacional de Banda Larga ...... 88 3.4 Área Econômica ...... 89 3.4.1 Áreas de Livre Comércio – ALCs – (MDIC) ...... 90 3.4.2 Free Shop ...... 90 3.4.3 Turismo ...... 90 3.5 Segurança ...... 91 3.5.1 Estratégia Nacional de Segurança Pública nas Fronteiras ...... 91 3.5.2 Programa Calha Norte ...... 93 3.6 Sócio-Político ...... 93 3.6.1 Consórcio Bi-Nacional – CBDIS ...... 93 3.6.2 Mesa da Irmandade (Acordo Internacional) ...... 94 III ESTRATÉGIA PROPOSTA ...... 95 1. Modelo de Desenvolvimento Para Faixa de Fronteira...... 96 2. Política de Desenvolvimento Regional Fronteiriça ...... 97 2.1 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Estado de Rondônia ... 98 2.2 Articulação Prioritária das Mesorregiões, PDFF, PDRA ...... 99 2.3 Melhorias Socioeconômicas das Sub-regiões Faixa de Fronteira . 99 2.4 Interação PDIF com as Ações Prioritárias do PIDISE ...... 100 3. Organização dos Programas e Projetos em Eixos Estratégicos ...... 101 3.1 Definição dos Programas Estruturantes ...... 101 3.1.1 Eixo Educação ...... 101 3.1.2 Eixo Saúde ...... 101 3.1.3 Eixo Infraestrutura ...... 102 3.1.3.1 Infraestrutura logística ...... 102 3.1.3.2 Infraestrutura Urbana ...... 102 3.1.4 Eixo Econômico ...... 102 3.1.4.1 APL ...... 102 3.1.4.2 Turismo ...... 102 3.1.4.3 Polo Industrial Sociobiodiversidade ...... 103 3.1.5 Eixo Segurança ...... 103

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3.1.6 Eixo Ambiental ...... 104 3.1.7 Eixo Sócio-Político ...... 104 3.2 Identificação e Estruturação dos Projetos Integradores ...... 105 3.2.1 Eixo Educação ...... 105 3.2.1.1 Projeto Intercultural Bilíngue Escolas de Fronteira...... 105 3.2.1.2 Projeto Escolas Técnicas de Fronteira ...... 106 3.2.1.3 Projeto Intercâmbio de Professores ...... 106 3.2.1.4 Projeto Integração Histórica – UNIR/RO ...... 106 3.2.2 Eixo Saúde ...... 107 3.2.2.1. Projeto Sistema Integrado de Saúde na Fronteira – SIS ...... 107 3.2.3 Eixo Infraestrutura ...... 107 3.2.3.1 Infraestrutura Urbana ...... 108 3.2.3.2 Infovia – Aduanas Integradas/Banda Larga ...... 108 3.2.3.3 Hidrovia da Bacia do Madeira ...... 108 3.2.3.4 Construção dos Portos hidroviários ...... 110 3.2.3.5 Construção da Ponte Binacional em Guajará-Mirim ...... 111 3.2.3.6 Logística do Transporte de Cargas ...... 111 3.2.4 Eixo Econômico ...... 112 3.2.4.1 Zona de Processamento de Exportação–ZPE / PORTO VELHO/RO112 3.2.4.2 Zona Franca Verde ...... 113 3.2.5 Eixo Segurança ...... 113 3.2.5.1 Plano Integrado de Segurança na Fronteira de Rondônia ...... 113 3.2.6 Eixo Sócio-Político ...... 114 3.2.6.1 Acordos Internacionais Fronteiriços (Brasil/Rondônia-Bolívia) .... 114 4. Detalhamento Executivo dos Projetos ...... 117 5. Estratégia de Financiamento ...... 117 IV GESTÃO DO NEIFRO ...... 118 1. Núcleo Estadual de Fronteira ...... 119 1.1 Composição do Núcleo ...... 119 1.2 Infraestrutura Logística do Núcleo de Gestão ...... 121 V DOCUMENTAÇÃO E COMUNICAÇÃO ...... 123 VI MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO PDIF ...... 124 1. Definição de Indicadores ...... 124 2. Impactos e Resultados ...... 124

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2.1 Os Impactos Esperados: ...... 124 2.2 Os Resultados Esperados: ...... 124 VII BIBLIOGRAFIA DO PDIF ...... 125 VIII EQUIPE TÉCNICA ...... 127 ANEXO - I ...... 129 ANEXO - II ESTRATÉGIA DE FINANCIAMENTO ...... 130 1. CAPTAÇÃO DE RECURSOS ...... 130 1.1 Programas Federais (SICONV) ...... 130 1.2 Emenda Parlamentar ...... 130 1.3 BNDES...... 130 1.3.1 BNDES Fundo Social ...... 131 1.3.2 BNDES Fundo Tecnológico (BNDES Funtec) ...... 131 1.3.3 BNDES Fundo de Estruturação de Projetos (BNDES FEP) ...... 131 1.3.4 BNDES Fundo Cultural - Apoio ao Patrimônio Cultural Brasileiro ... 131 1.4 Fundo Amazônia ...... 132 1.4.1 Fundo de Desenvolvimento da Amazônia (reembolsável) ...... 132 1.5 Fundação Banco do Brasil ...... 132 1.6 FEDAF ...... 133 1.7 FUNBIO - Fundo Brasileiro para a Biodiversidade ...... 133 1.8 EMBAIXADAS ...... 133 ANEXO – III PLANILHAS DAS PROPOSTAS ...... 134

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I. FUNDAMENTAÇÃO DO PLANO

1. Introdução

O Programa Nacional de Desenvolvimento da Faixa de Fronteira – PDFF - foi reestruturado e, desde então, passou por uma mudança de valores, estratégias e formas de atuação. Nessa nova conformação política em que o regional funciona como estratégia de desenvolvimento local, fortalece-se os processos de mudanças a partir do estímulo de novos eixos dinâmicos da economia.

Nesse sentido, procurou-se promover a estruturação física e econômica dessas áreas, buscando o desenvolvimento regional e o fortalecimento da cidadania para potencializar a geração de trabalho e renda a partir da cooperação, da articulação e da inovação de um conjunto de instituições de base local.

O Governo Federal criou a Câmara de Política de Integração Nacional eDesenvolvimento Regional, coordenada pela Casa Civil da Presidência da República, composta por 23 Ministérios e Secretarias Especiais, constituiu um Grupo de Trabalho Interministerial - GTI, coordenado pela Secretaria de Programas Regionais do Ministério da Integração Nacional, visando articular e promover o desenvolvimento e sustentabilidade locais.

Os programas desenvolvidos pela Secretaria de Programas Regionais – SPR têm como característica comum o fato de se orientarem por três grandes diretrizes básicas:

a) delimitação de espaços sub-regionais prioritários cujas conformações permitam a convergência das forças sociais, econômicas e políticas, assim como maior eficiência e eficácia na aplicação integrada dos recursos públicos disponíveis;

b) organização social em bases sub-regionais, envolvendo estados, municípios e a sociedade civil, visto que somente a mobilização e o compromisso local em torno de uma estratégia de desenvolvimento podem garantir o desenvolvimento endógeno de longo prazo em bases sustentáveis;

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c) dinamização e estruturação econômica das sub-regiões com o monitoramento e a gestão de atores locais, podendo transformar os círculos viciosos de atraso e subdesenvolvimento em círculos virtuosos de dinamização, crescimento e inclusão regional e social.

Dessa articulação pública com foco no territórioéque emerge um novo padrão de intervenção caracterizado pela parceria, pela busca de eficiência e de resultados no uso dos recursos públicos e pelo desenvolvimento regional inserido nas sociedades locais e integrado com os países vizinhos.

Além da articulação das políticas públicas das três esferas de poder com vistas à potencialização de resultados, o PDFF atua ainda na sensibilização dos parlamentares do Congresso Nacional, para canalizar recursos oriundos de emendas ao Orçamento Geral da União como reforço financeiro à elaboração e implementação de ações de desenvolvimento regional na Faixa de Fronteira.

O Brasil faz fronteira com dez países da América do Sul entre os doze existentes, o que reforça o caráter estratégico desta região para a competitividade do país e para a integração do continente. O desenvolvimento da Faixa de Fronteira caracteriza-se geograficamente por 15.719km de extensão e 150 km de largura da fronteira brasileira (Lei 6.634/79, regulamentada pelo Decreto 85.064, de 26 de agosto de 1980), que abrange 11 unidades da Federação e 588 municípios, correspondentes a aproximadamente 27% do território nacional e reúne cerca de 14 milhões de habitantes.

A Faixa de Fronteira não tem sido acompanhada de uma política pública sistemática que atenda às suas características. Dada baixa densidade demográfica, provocada em grande parte pela vocação “atlântica” do país, associada às grandes distâncias e as dificuldades de comunicação com os principais centros decisórios, a Faixa de Fronteira experimentou um relativo isolamento que a colocou à margem das políticas de desenvolvimento do país. Como conseqüência, este processo tem contribuído para formação de um cenário particular marcado, sobretudo, pelo desenvolvimento de uma identidade própria muito influenciada pelas comunidades vizinhas na fronteira.

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2. Metodologia de Revisão do PDIF

Na revisão do PDIF adotou-se a estratégica participativa com a visão diferenciada de todos os segmentos sociais e Institucionais, de forma que todos pudessem dar a sua contribuição na construção de diretrizes e propostas para a Faixa de Fronteira.

O Núcleo Estadual iniciou suas atividades com reuniões entre as secretarias de estado, em conjunto com as entidades representativas da sociedade civil organizada e Instituições de Ensino Superior, inclusive a Universidade Federal de Rondônia – UNIR. Ficou definido em reunião que seriam realizadas visitas de sensibilização e solicitação de planos ou projetos afins com o desenvolvimento da Faixa de Fronteira junto às Instituições do Governo Federal, Estadual e dos Municípios, bem como, Associações de Municípios, entidades Empresariais e Ensino Superior do Estado.

Realizou-se tambémoXVEncontro do NEIFRO na Faixa de FronteiraemGuajará-Mirim,por ser Cidade Gêmea, objetivando o levantamento de propostas e ações sugeridas pela sociedade civil organizada e entidades públicas, abrangendo os 27 municípios da Faixa de Fronteira do estado de Rondônia. Na oportunidade foi apresentada uma avaliação das ações previstas no PDIF pelas instituições responsáveis pela execução, conforme os eixos temáticos definidos pelo NEIFRO: Eixo de Saúde, Educação, Desenvolvimento Econômico (agricultura, indústria, turismo, comércio e serviços), Desenvolvimento Ambiental (assistência social, cultura, trabalho, meio ambiente e circulação de pessoas) e Infraestrutura e logística.

Após a coleta de propostas oriundas dosencontrose dos projetos obtidos junto às Instituições de ensino Superior, prefeituras e secretarias de estado, bem como das ações previstas no Plano Plurianual - PPA de Rondônia foramrealizadasváriasoficinas depuradoras, onde os técnicos do NEIFRO analisaram toda a documentação e consolidaram as propostas em ações e projetos do PDIF.

Os projetos selecionadosforam descritos e sistematizados de forma objetiva em planilha padrão, com programas e projetos estruturantes em eixos estratégicos, que alicerçaram o Plano Estadual de Desenvolvimento Integrado de Fronteira de Rondônia.

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3. Marco Legal do PDIF

O Plano de Desenvolvimento Integrado de Fronteira do Estado de Rondônia teve com Marco Legal a criação do Núcleo Estadual Para o Desenvolvimento e Integração da Faixa de Fronteira – NEIFRO, criado pelo Decreto Estadual n° 16.612 de 29 de março de 2012, visando à interação com a Comissão Permanente para o Desenvolvimento e Integração da Faixa de Fronteira - CDIF, criada por meio do Decreto de 08 de setembro de 2010 do Governo Federal, que prevê entre suas competências, a interação com os núcleos estaduais, constituídos a partir dos estados com Faixa de Fronteira, para debater questões de desenvolvimento e integração fronteiriços.

O Núcleo Estadual está vinculado à Secretaria de Estado de Planejamento, Orçamento e Gestão - SEPOG com o objetivo de mobilizar atores atuantes na Faixa de Fronteira no Estado de Rondônia, visando sistematizar as demandas locais, analisar propostas de ações e formular e revisar o Plano de Desenvolvimento e Integração Fronteiriço - PDIF-RO, em observância a organização e ao alinhamento articuladosdas ações macros desenvolvidas pelos municípios e o estado, em consonância com as Políticas do Governo Federal, a partir das linhas temáticas de Segurança, Inclusão Social, Infraestrutura, Interesses Econômicos e Sustentabilidade Ambiental.

Dessa forma, pretende-se tornar transparente essa política que se configura como uma ferramenta para o fortalecimento do desenvolvimento regional, como estratégia de governo na promoção da equidade entre pessoas e entre regiões, com acesso às oportunidades, viabilizando assim não apenas a inclusão social, mas também a inclusão produtiva.

O Núcleo vem promovendo reuniões de mobilização e sensibilização, bem como debates e discussões junto às secretarias de estado, entidades civis organizadas e os municípios localizados na Faixa de Fronteira do estado, tendo como base as oportunidades de intervenção consideradas prioritárias, para sistematizar as demandas e analisar as propostas de ações que subsidiarão a elaboração do PDIF.

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4. Faixa de Fronteira

A Faixa de Fronteira resulta de um processo histórico que teve como base a preocupação do estado com a garantia da soberania territorial desde os tempos da Colônia. A principal legislação em vigor sobre a Faixa de Fronteira foi promulgada em 1979, mas o espaço territorial de segurança paralelo à linha de fronteira existe desde o Segundo Império. Sob o governo de Dom Pedro II a largura estabelecida foi de dez léguas ou 66 quilômetros. Desde então, a extensão da Faixa de Fronteira foi sendo alterada, primeiramente para 100 quilômetros e nos anos trinta para 150 quilômetros, permanecendo até hoje.

A faixa limite com o que hoje é a Bolívia já foi objeto de acirrada disputa entre portugueses e espanhóis. No século XVII Jesuítas espanhóis criaram missões indígenas do lado que viria a ser Rondônia. No século XVIII foi fixada a fronteira a partir do Tratado de Santo Ildefonso e, no século XIX, com a expansão da seringa a região foi novamente conquistada.

Porém, a maioria dos habitantes da região era de peruanos e bolivianos ainda em pleno século XX. De acordo com Souza (2003:26-30), devido a esses desequilíbrios,as elites dirigentes do país, desde os primórdios da República, tiveram uma preocupação permanente com a fronteira e elaboraram várias estratégias visando garantir a soberania na Amazônia. Primeiro foi o projeto das Linhas Telegráficas com o Marechal Rondon que visava integrar a região pelos fios e pelo primeiro esboço da BR-364 ou o famoso “Picadão do Rondon” e este criou Colônias Indígenas no Vale do Guaporé como o Posto Indígena de Ricardo Franco.

Outro alento para o desenvolvimento da fronteira foi a construção da Madeira Mamoré Railway andCompany transformando o entreposto de mercadorias de Espiridião Marques no ponto final da ferrovia, rebatizando o local de Guajará Mirim.

Entretanto, permanecia a necessidade de se estabelecer um programa de fixação de núcleos populacionais naqueles pontos estratégicos, como a melhor solução para os problemas de Segurança Nacional e que, de antemão, sabiam que a fixação de Postos Indígenas e Colônias Agrícolas (Iata, Poço Doce e Candeias) ou a simples ocupação militar não seria suficiente para resolver. Segundo Lima (1973), em seu texto sobre as políticas de segurança para a região:

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Surgiu assim, sob a inspiração do Exército, a idéia de serem transformadas as Unidades de Fronteira, em Colónias Militares, que se constituíssem um exemplo a ser seguido para ocupação, com base económica, de outros trechos da Faixa de Fronteira. As providências necessárias ao cumprimento dessa diretriz foram estabelecidas a 26 de fevereiro de 1959, pelo Decreto n.° 45.479, que aprovou o Regulamento das Colónias Militares de Fronteira.

4.1 Conceitos

O conceito ainda utilizado de Fronteira foi criado no contexto da 2ª Guerra Mundial e consolidado por Vargas em Decreto-Lei (Federal) n.º 1164 de 18 de março de 1939. S. Paulo, LEX, 1.964. (pg. 104), fronteira elemento de separação.

A faixa de terras com largura de 150 km reservada exclusivamente para colonização (ex: Colônia Agrícola do Iata - 1945), controlada pelo Conselho de Segurança Nacional (SOUZA, 2003: 55).

A Constituição de 1988 avalizou essa disposição que manteve o ideal focado na defesa territorial. A Lei nº 6.634, de 1979, ainda persiste como a referência jurídica sobre a Faixa de Fronteira, que corresponde à aproximadamente 27% do território Nacional com 15.719 km de extensão.

4.2 Paradigmas

a) Mudança de Paradigma (2004)

A fronteira deixa de ser elemento de separação e transforma-se em faixa de contato, lugar de cooperação, da integração cultural, comercial e em especial da construção de um mercado comum Sul Americano estratégico na economia globalizada.

Os novos paradigmas e a questão constitucional resultaram no aumento da vigilância e busca de uma legislação isonômica, para os países vizinhos em todas as questões sejam ambientais ou minerais.

A Câmara de Relações Exteriores e Defesa Nacional - CREDEN criou um Grupo de Trabalho - GT para estudar a Faixa de Fronteira com vistas a modernizar a legislação atual sobre o tema. (Seminário: p. 51)

b) A Questão Indígena

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O desafio é superar a ambiguidade da lei em relação às nações indígenas e suas terras, Exemplo: usufruto e domínio da União ou nação autônoma e independente.

c) Globalização

Pela primeira vez na história o poder econômico prepondera sobre o poder político. O sistema produtivo se estabelece onde há vantagens competitivas para os produtos gerados, independente das fronteiras. O mercado e não o governo determina as relações internacionais (Seminário, p. 45).

A ideia de defesa está ultrapassada e deve estar acompanhada da perspectiva do desenvolvimento regional, ao invés de peso “morto” um espaço de oportunidades de desenvolvimento nacional; (Seminário, p. 40-9).

O desenvolvimento na Faixa de Fronteira, por meio de investimento em ações comprometidas com a estruturação e dinamização de empreendimentos produtivos integrados e sustentáveis, implantação de infraestrutura complementar de saúde, infraestrutura logística de transporte intermodal com a construção de hidrovias, estradas inter-regionais e internacionais, megaprojetos hidroelétricos binacionais para geração de energia e modernização da região.

Em suma, mesmo existindo políticas voltadas para a região amazônica, a integração fronteiriça que se propõe é a cooperação comercial e complementação econômica, que se completa com uma rede de transportes, como caminho hidroviário intermodal e a conexão rodoviária interoceânica Atlântico-Pacífico na região amazônica.

4.3 Termos Referentes a Fronteira

Frentes: O termo é usualmente empregado para caracterizar frentes de povoamento. No caso das interações fronteiriças, a “frente” também designa a frente indígena ou a frente militar. Ex: militar e Guajará-Mirim cultural outros tipos de dinâmicas espaciais, como a frente cultural (afinidades seletivas),

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Cartaz - Foto: Rodrigo Erse – Festival da Fronteira Guajará-Mirim/RO

Capilar: As interações do tipo capilar podem ocorrer somente no nível local, como no caso das feiras, exemplo concreto de interação e integração fronteiriça espontânea. Pode ocorrer por meio de trocas difusas entre vizinhos com limitadas redes de comunicação, ou resultam de zonas de integração espontânea, nas quais o Estado intervém pouco, principalmente não patrocinando a construção de infraestrutura de articulação transfronteiriça.

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Fotos: Rodrigo Erse – RioGuaporéComércioem Costa Marques- RO.

Sinapse: O modelo sinapse refere-se à presença de alto grau de troca entre as populações fronteiriças; é apoiado pelos estados contíguos. As cidades-gêmeas mais dinâmicas podem ser caracterizadas de acordo com esse modelo. Ex: Guajará- Mirim

Cidade-Gêmea O meio geográfico que melhor caracteriza a zona de fronteira é aquele formado pelas cidades-gêmeas. Esses adensamentos populacionais cortados pela linha de fronteira apresentam grande potencial de integração econômica e cultural. Ex: Guajará-Mirim.

Fotos: Rodrigo Erse – Vista aera da cidade de Guajará-Mirim – RO

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ILUSTRAÇÃO CIDADES DA FAIXA DA FRONTEIRA

Fonte: MI-PDFF

4.4 Fronteira Brasil - Bolívia O Estado de Rondônia faz fronteira com a Bolívia, nome oficial Estado Plurinacional da Bolívia, é um país encravado no centro-oeste da América do Sul. Faz fronteira com o Brasil ao norte e leste, Paraguai e Argentina ao sul, e Chile e Peru ao oeste.

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Antes da colonização européia, a região andina boliviana fazia parte do Império Inca, o maior império da era pré-colombiana. O império Espanhol invadiu e conquistou essa região no século XVI. Após declarar independência em 1809, dezesseis anos de guerras se seguiram antes do estabelecimento da república, instituída por Simon Bolívar, em 6 de agosto de 1825.

A população boliviana, estimada em 11.510.600 de habitantes, é multiétnica, possuindo ameríndios 50%, mestiços 30%, europeus, asiáticos,africanos e outros 20%. A principal língua falada é o espanhol, embora o aimará e o quíchua também sejam comuns.

http://www.projeto-bolivia.blogspot.com.br/ A Bolívia é uma repúblicademocrática, dividida em nove departamentos. Sua geografia varia de picos andinos no oeste a planícies no leste, situadas na bacia Amazônica. É um país em desenvolvimento, com um Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) médio e uma pobreza que atinge cerca de sessenta por cento da população.

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Principais Indicadores Socioeconômicos da Bolívia Dados Gerais sobre a Bolívia Nome Oficial Estado Plurinacional da Bolívia Área 1.098.581 km² População* 11.510.600hab. PIB (estimativa ano 2015) * US$ 33,5 bilhões PIB “per capita” US$ 2.915 Fonte: MRE, 2015 (estimativa) *.

Mapa político da Bolívia

Fonte:Wikipédia, the free encyclopedia.

4.4.1 Coca Hábito da População Boliviana A coca é um vegetal arbustivo, planta nativa da Bolívia e do Peru. O princípio ativo analgésico contido na coca foi descoberto pelos Incas, desde a época desse

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povo aos dias atuais a folha dessa planta é tradicionalmente mastigada nas áreas de relevo mais elevado, principalmente nas mediações dos Andes. A planta era considerada sagrada pelos povos que habitavam a região, em tempos passados devido seu potencial nutritivo e analgésico. Com a descoberta da transformação da planta em droga, a cocaína, seu cultivo expandiu por ser rentável, hoje cerca de 90% do cultivo da coca é direcionado à produção de cocaína. A Bolívia, apesar de ter legalizado o plantio da coca para atender ao milenar uso pelos nativos em até 12 mil hectares na região do Yungas, de La Paz, é apontado que no Chapare (Cochabamba) o plantio é ilegal.

4.4.2 Histórico da Formação da Fronteira Brasil-Bolívia Em 1958 o limite entre o Brasil e a Bolívia foi demarcado com a definição cartográfica de seus pontos. O trecho demarcado neste ano corresponde ao segmento central do limite entre os dois países, pois só neste ano se conheceram as verdadeiras nascentes do Rio Verde, que em 1867 foi definido como ponto ideal para a definição do limite (Fifer, 1966).

O processo de demarcação dos limites entre o Brasil e a Bolívia foi marcado por intensos conflitos. Até 1867, os limites corresponderam àqueles herdados dos impérios de Portugal e da Espanha, estabelecidos pelo tratado de Santo Ildefonso, em 1777. Depois da independência dos dois países, a primeira mudança feita nos antigos limites foi a definição da linha de Muños-Netto, em 1867, uma linha obliqua demarcada no interior da floresta amazônica ainda inexplorada. Mas, foi no período máximo da exploração da borracha que os limites foram observados com maior atenção pelos dois países. As disputas pelo território do Acre culminaram no acordo de Petrópolis, de 1903, onde foi revista toda a demarcação dos limites entre os dois países no acordo também se estabelecia a responsabilidade do Brasil pela construção da ferrovia Madeira-Mamoré (Fifer, 1966).

A condição de afastamento e isolamento da região criou um meio de intensas trocas e contatos entre portugueses e espanhóis e, depois, entre brasileiros e bolivianos. Estas trocas estavam ligadas por necessidades mútuas de sobrevivência e de acessos a bens que estavam distantes da ocupação pioneira da fronteira (Volpato, 1987).

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No entanto, apesar das trocas e interdependências, existia uma tensão constante entre as povoações fronteiriças. Uma das principais razões para a estruturação dessas trocas se dava até pelas condições de infraestrutura. As comunicações, o povoamento e as atividades econômicas orientavam-se pelo sentido da drenagem das bacias hidrográficas da região – bacia do Paraguai, ao sul, e bacia Amazônica, ao norte. A ausência de infraestruturas de transportes e comunicações terrestres condicionou que as vias fluviais fossem os caminhos preferenciais de contato e de trocas das regiões de fronteira com outras regiões (Fifer, op. cit.; Souchaudet alii. 2007). Até meados do século XX, uma cidade como Cobija, em Pando, era praticamente uma extensão econômica do território do Acre (Fifer, ocit.: 368); e Corumbá, no Mato Grosso do Sul, mantinha contatos mais intensos com a Bacia do Prata do que com outras regiões vizinhas (Souchaud, et all., 2007: 6).

ANO ACORDOS E PROJETOS ENTRE O BRASIL E A BOLÍVIA Mato Grosso incorpora a província de Chiquitos. D. Pedro I declara o 1825 ato nulo. Tratado de La Paz de Ayacucho estabelece linha Madeira-Javari como 1867 fronteira Comum. Chile e Bolívia rompem relações diplomáticas. Brasil representa Bolívia 1872 em Santiago. 1879 Início da Guerra do Pacífico. O Brasil permanece neutro. Tratado de Amizade, Comércio e Navegação, que, todavia não é 1887 aprovado. Ex-diplomata espanhol Luís GalvezR. Arias proclama a independência 1899 do Acre. Revolução Acreana de Plácido de Castro (60 mil brasileiros opõem-se 1902 ao Governo boliviano e arrendamento ao norte-americano BolivianSyndicate). Modus vivendi sobre o Acre é assinado com a Bolívia para cessação 1903 das hostilidades. Tratado de Petrópolis. Acre é incorporado ao Brasil, que paga 1903 indenização de 2 milhões de libras à Bolívia e se comprometeu a construir a ferrovia Madeira-Mamoré. Acordos do Roboré (exploração de petróleo, obras ferroviárias e 1958 cooperação econômica). Tratado da Bacia do Prata (Argentina, Brasil, Bolívia, Paraguai e 1969 Uruguai). Acordo para construir gasoduto entre Santa Cruz de 117ª Sierra e a 1973 refinaria de Paulínia – SP.

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Acordo de Compra de Gás Natural Boliviano. Construção de gasoduto 1992 de 3 mil km. Acordo por troca de notas, para a criação dos comitês de fronteira 1997 boliviano-brasileiro. Acordo para Restituição de Veículos Automotores Roubados ou 2003 Furtados. 2004 Ingresso e Trânsito de seus Nacionais em seus territórios. 2005 Acordo sobre Regularização Migratória. 2006 Bolívia regulamenta nacionalização do setor de hidrocarbonetos. Acordo Brasil e Bolívia para a construção da ponte sobre o rio Mamoré, 2007 entre as cidades de Guajará-Mirim e Guayaramerin Inauguração de dois trechos do futuro Corredor Interoceânico Brasil- 2009 Bolívia-Chile. Aprofundam as discussões sobre infra-estrutura regional, narcotráfico e comércio bilateral. 2011 Criação dos comitês de fronteira boliviano-brasileiro. Fonte: Ministério das Relações Exteriores. http://www.itamaraty.gov.br/.

4.4.3 Povoamento da Zona de Fronteira Boliviana A zona de fronteira, especialmente do lado boliviano, ainda é esparsamente povoada. No território boliviano a população se encontra fortemente concentrada na região andina, que corresponde a um terço do território nacional. As primeiras tentativas de ocupação do oriente boliviano, o que corresponde aos departamentos de Pando, Beni e Santa Cruz, foram através da economia extrativista da borracha e da exploração da castanha, mas essas tentativas não possibilitaram a fixação de povoações na selva boliviana.

A onda de povoamento e exploração das terras bolivianas ganhou força no final da década de 1970 e se expande até hoje, agora focando nas exportações de oleaginosas. O grande marco deste processo foi o “Projeto das Terras Baixas do Leste: administração de recursos naturais e produção agrícola” de 1989, financiado pelo Banco Mundial que orientou a produção agrícola da região para a exportação de trigo e soja (Soruco, 2008). Este projeto foi um marco importante na ocupação das terras do oriente, pois possibilitou a abertura de novas frentes agrícolas que ainda hoje estão se expandindo e com intensa participação de capitais brasileiros. Já na Faixa de Fronteira brasileira o processo de ocupação foi anterior ao ocorrido na Bolívia.

Os estados de Rondônia e Mato Grosso foram objeto de diversos projetos de povoamento dirigido, na maior parte, organizados pelo Estado, mas também por

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organizações privadas, que tinham como objetivos o fortalecimento do povoamento nas regiões de fronteira pouco povoadas e a produção de alimentos para os grandes centros urbanos do país (Santos, 1998). Durante toda a década de 1970 e 1980 estes projetos atraíram grandes fluxos populacionais, do Nordeste, do Sul e Sudeste, que foram responsáveis pelo avanço da frente de povoamento desde Mato Grosso até o norte de Rondônia.

Na Bolívia as regiões que se destacaram foram àquelas situadas no entorno de Santa Cruz de La Sierra e na região amazônica boliviana. Apesar do crescimento mais forte não ser na região de fronteira esta variável apresenta uma gradação que vai do mais forte na região de Santa Cruz de La Sierraà um crescimento menor, porém ainda forte, na região de fronteira.

Fonte: Adaptado Grupo RetisIgeo.UFRJ/ Dados IBGE.INE

A taxa de crescimento populacional boliviana acompanha a dinâmica territorial recente de ocupação do oriente. O processo de ocupação do oriente iniciado com a reforma agrária de 1952 focou na região denominada de “Zona Integrada” ou “Zona do Norte Integrado”, que foi a primeira a receber os investimentos em infraestrutura

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rodoviária e ferroviária, a passar por uma repartição de terras e também foi a primeira a implementar o cultivo extensivo, inicialmente de algodão e arroz. Na década de 1970, com os incentivos à produção de soja a frente se expandiu ocupando a região conhecida como “Zona de Expansão” a leste do Rio Grande e com grandes extensões de terras baratas e planas (Urioste, 2009). No caso de uma valorização do produto, a tendência de expansão do cultivo de soja na Bolívia é se expandir para a região de fronteira com o Brasil, especialmente na província de GermánBusch, junto ao limite internacional onde se localiza a principal indústria de processamento de oleaginosas do país, a Gravetal S.A. (Heredia/El Deber, 29/03/2009).

Região da Fronteira Boliviana Ocupado Por Imigrante Brasileiro

Fonte: Adaptado Grupo Retis.Igeo.UFRJ- Urioste 2009

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Migrantes Bolivianos no Brasil Por Microrregião

Grande parte da expansão a partir da década de 1980 se deve a capitais brasileiros investidos em terras baratas do departamento de Santa Cruz. A inserção destes produtores na política local e as redes com as suas regiões de origem ainda não são bem conhecidas, mas sabe-se da grande importância que estes agricultores tem no agronegócio boliviano em especial a soja, como pode ser visto no gráfico 1.

4.4.4 Crescimento da Economia Boliviana

Durante a década de 1990, ocorreu a introdução da cultura mecanizada da soja nas cercanias de Santa Cruz de La Sierra, com intensa participação de empresários brasileiros, responsáveis por 40% da produção de soja. A safra de

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2012já supera 2,2 milhão ton/ano,que é escoada principalmente por terminais fluviais em Puerto Suarez, no rio Paraguai.

A ampliação da exploração petrolífera nas planícies ao sul da Bolívia transformou o gás natural no seu maior produto de exportação, atendendo aos mercados da Argentina eao grande mercado do Brasil, que assim assume posição destacada no comércio exterior boliviano.

Dentre suas principais atividades econômicas, existe a agricultura, silvicultura, pesca, mineração, e bens de produção como tecidos, vestimentas, metais refinados e petróleo refinado. A Bolívia é muito rica em minerais, especialmente em estanho. A economia está em lento crescimento, principalmente com a ampliação do intercâmbio com o Brasil. Entretanto, atualmente, a Bolívia ainda é a menor economia sul-americana, com PIB de U$D 33,5 bilhões e renda per capita de apenas U$D 2,915 anuais (estimativa MRE/DPR/DIC).

Principais Indicadores Socioeconômicos da Bolívia Indicador 2013 2014 2015(1) 2016(1) 2017(1)

Crescimento real do PIB (%) 6,80% 5,46% 4,10% 3,50% 3,50%

PIB nominal (US$ bilhões) 30,88 33,24 33,54 35,23 38,20

PIB nominal "per capita" (US$) 2.787 2.943 2.915 3.005 3.198

PIB PPP (US$ bilhões) 65,56 70,28 73,88 77,37 81,48

PIB PPP "per capita" (US$) 5.917 6.224 6.421 6.599 6.820

População (milhões de habitantes) 11,08 11,29 11,51 11,73 11,95

Desemprego (%) 4,00% 4,00% 4,00% 4,00% 4,00%

Inflação (%) (2) 6,48% 5,20% 4,15% 5,01% 5,01%

Saldo em transações correntes (% do PIB) 3,41% 0,03% -4,52% -4,99% -4,63%

Dívida externa (US$ bilhões) 7,90 8,23 8,94 11,73 13,42

Câmbio (Bs / US$) (2) 6,91 6,91 6,91 6,94 7,13

Origem do PIB (2014 Estimativa)

Agricultura 13,2%

Indústria 38,7%

Serviços 48,0%

Elaborado pelo MRE/DPR/DIC - Divisão de Inteligência Comercial, com base nos dados do IMF - World Economic Outlook Database, October 2015 e da EIU, EconomistIntelligenceUnit, Country ReportDecember 2015. (1)Estimativas FMI e EIU. (2) Média de fim de período.

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4.4.5 Importância do Intercâmbio Comercial Brasil – Bolívia

As relações com a Bolívia são prioritárias para o Brasil, abrangendo iniciativas em áreas como cooperação energética, cooperação fronteiriça e combate a ilícitos transnacionais, bem como a articulação em foros regionais e globais. O Brasil confere importância geoestratégica às relações com a Bolívia, país com o qual compartilha sua maior fronteira com 3.423 quilômetros e a condição de país amazônico e platino.

Os principais eixos de integração econômica com o Brasil são a integração produtiva na área energética e os projetos de infraestrutura de integração física regional. Por estar geograficamente situada no centro da América do Sul.

A política energética brasileira em 1972, com o Acordo de Cooperação e Complementação Industrial, estabeleceu a compra pelo Brasil de gás natural boliviano de extrema importância para os dois países. Em 1999, as negociações culminaram na implantação do Gasoduto Bolívia-Brasil, com 3.150 quilômetros de extensão, sendo 557 em território boliviano e 2.593 quilômetros em território brasileiro (trecho administrado pela Transportadora Brasileira Gasoduto Bolívia-Brasil S.A - TBG). O gasoduto tem início na cidade de Santa Cruz de La Sierra/Bolívia e fim na cidade gaúcha de Canoas/Brasil, atravessa os estados de Mato Grosso do Sul, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, cruza 135 municípios. O trajeto é estratégico passa por uma área responsável por 71% do consumo energético brasileiro, 82% da produção industrial do país e 75% do PIB.

Em 2006 o presidente Evo Morales declarou o Decreto Supremo, com novas regras para os hidrocarbonetos extraídos no país. O decreto transferiu a propriedade das reservas para a Bolívia e aumentou os impostos sobre a produção de 50% para 82%, entre outros tópicos.

O Brasil é, historicamente, o principal parceiro comercial da Bolívia, devido à venda do gás natural, e segundo a origem das importações do país.

A Bolívia é o único país da América do Sul que apresenta, de forma consistente (desde 2003), superávits comerciais com o Brasil, em função das

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volumosas exportações de gás (98% do total exportado). As exportações brasileiras para a Bolívia são compostas basicamente de manufaturados (96,4% em 2015), com destaque para barras de ferro, betume de petróleo, condutores para uso elétrico, tratores, locomotivas, móveis de madeira, arroz, calçados e fungicidas.

Em 2015, as exportações brasileiras para a Bolívia diminuíram 8% (de USD 1,6 bilhão para USD 1,5 bilhão), enquanto as importações reduziram-se em 34,3% (de USD 3,8 bilhões para USD 2,5 bilhões) em relação a 2014. O déficit brasileiro em 2015 foi de pouco mais de USD 1 bilhão, decréscimo de 51,5% em comparação ao ano anterior. A redução do superávit boliviano em 2015 está associada à queda dos preços de venda de gás natural ao Brasil, indexados ao barril de petróleo WTI.

Evolução do Intercâmbio Comercial Brasil/Bolívia (US$ milhões)

Exportações Importações Intercâmbio Comercial

Part. % Part. % Part. % Sald Anos Valor Var.% no total Valor Var.% no total Valor Var.% no total o do Brasil do Brasil do Brasil 2006 702 19,9% 0,51% 1.448 46,3% 1,59% 2,150 36,5% 0,94% -747 2007 851 21,3% 0,53% 1.601 10,6% 1,33% 2.452 14,0% 0,87% -750 - 2008 1.136 33,5% 0,57% 2.858 78,5% 1,65% 3.993 62,9% 1,20% 1.722 2009 919 -19,1% 0,60% 1.650 -42,3% 1,29% 2.569 -35,7% 0,92% -731 - 2010 1.163 26,5% 0,58% 2.233 35,4% 1,23% 3.396 32,2% 0,89% 1.070 - 2011 1.511 30,0% 0,59% 2.863 28,2% 1,27% 4.375 28,8% 0,91% 1.352 - 2012 1.473 -2,5% 0,61% 3.431 19,8% 1,54% 4.904 12,1% 1,05% 1.958 - 2013 1.534 4,2% 0,63% 4.035 17,6% 1,68% 5.570 13,6% 1,16% 2.501 - 2014 1.612 5,1% 0,72% 3.816 -5,4% 1,67% 5.429 -2,5% 1,20% 2.204 - 2015 1.482 -8,1% 0,78% 2.506 -34,3% 1,46% 3.988 -26,5% 1,10% 1.024

Var.% 111,2% -- 73,1% -- 85,5% -- n.c. 2006-2015 Elaborado pelo MRE/DPR/DIC - Divisão de Inteligência Comercial, com base em dados do MDIC/SECEX/Aliceweb, Janeiro de 2016. (n.c.) Dado não calculado, por razões específicas.

Brasil e Bolívia têm desenvolvido importante política de integração fronteiriça, a fim de tornar a fronteira um espaço de paz, cooperação e desenvolvimento econômico e social. Em 2011, foram criados os "Comitês de Integração Fronteiriça", com o objetivo de buscar soluções para questões específicas das zonas de fronteira. Foram realizadas as reuniões dos Comitês

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que operam em Corumbá/Puerto Suárez (2011), Brasileia- Epitaciolândia/Cobija (2012), Cáceres/San Matías (2013) e Guajará- Mirim/Guayaramerín (2013). Essa política de integração fronteiriça busca trazer efetivas melhorias à população local.

Participação do Brasil no Comercial da Bolívia (US$ milhões)

Var. % Descrição 2010 2011 2012 2013 2014 2010/2 014 Exportações do Brasil para a Bolívia (X1) 1.163 1.511 1.473 1.534 1.612 38,7%

Importações totais da Bolívia (M1) 5.604 7.936 8.590 9.353 10.492 87,2%

Part. % (X1 / M1) 20,75% 19,05% 17,15% 16,40% 15,37% -25,9%

Importações do Brasil originárias da Bolívia (M2) 2.233 2.863 3.431 4.035 3.816 70,9%

Exportações totais da Bolívia (X2) 6.965 9.144 11.814 12.207 12.856 84,6%

Part. % (M2 / X2) 32,06% 31,31% 29,04% 33,06% 29,69% -7,4%

Elaborado pelo MRE/DPR/DIC - Divisão de Inteligência Comercial, com base em dados do MDIC/SECEX/AliceWeb e UN/UNCTAD/ITC/TradeMap. As discrepâncias observadas nas estatísticas das exportações brasileiras e das importações da Bolívia e vice-versa explicam-se pelo uso de fontes distintas e também por diferentes metodologias de cálculo. Composição das Exportações Brasileira para a Bolívia (US$ milhões) 2013 2014 2015 Grupo de Produtos Part.% Part.% Part.% Valor Valor Valor no Total no Total no Total

Máquinas mecânicas 229,1 14,9% 238,9 14,8% 230,5 15,6%

Ferro e aço 177,1 11,5% 196,9 12,2% 148,6 10,0%

Plásticos 108,1 7,0% 113,1 7,0% 109,5 7,4%

Automóveis 119,1 7,8% 133,4 8,3% 107,6 7,3%

Máquinas elétricas 100,5 6,5% 128,1 7,9% 102,2 6,9%

Obras de ferro ou aço 68,6 4,5% 71,5 4,4% 61,1 4,1%

Combustíveis 93,8 6,1% 71,9 4,5% 60,8 4,1%

Papel 44,6 2,9% 52,3 3,2% 52,3 3,5%

Calçados 46,0 3,0% 47,4 2,9% 50,3 3,4%

Móveis 34,9 2,3% 40,6 2,5% 39,7 2,7%

Subtotal 1.022 66,6% 1.094 67,9% 963 65,0% Outros produtos 513 33,4% 518 32,1% 519 35,0% Total 1.534 100,0% 1.612 100,0% 1.482 100,0% Elaborado pelo MRE/DPR/DIC - Divisão de Inteligência Comercial, com base em dados do MDIC/SECEX/Aliceweb, Janeiro de 2016.

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No departamento de Beni, as principais atividades econômicas que atraem fluxos populacionais para o departamento são as da indústria madeireira e a pecuária. O departamento possui o maior rebanho do país, estimado em mais de 3 milhões de cabeças (MACA, 2005). Já a atividade madeireira se estrutura principalmente no norte do departamento em áreas da floresta amazônica estendendo a frente madeireira que existia no estado de Rondônia para além do limite internacional (Ministério da Integração/Retis, 2005). Neste departamento as principais concentrações populacionais não estão situadas na zona de fronteira, as maiores cidades estão localizadas junto à rodovia que liga a capital, Trinidad, a Santa Cruz de La Sierra.

A Cordilheira dos Andes contém abundantes recursos minerais, devido à idade de suas rochas formadoras, que datam do Proterozóico, sendo a exploração destes recursos dificultada pelo difícil relevo e grandes deficiências de meios de transporte adequados para viabilizá-la, requerendo infraestrutura de baixo custo para acesso aos mercados consumidores.

4.5 Fronteira Estado de Rondônia

O Estado de Rondônia foi criado pela Lei Complementar nº 41 de 22 de dezembro de 1981. Atualmente está dividido em 52 municípios e ocupa uma área de 237.590,864 km². Localizado na Amazônia Ocidental é uma das onze Unidades Federativas que fazem parte da Faixa de Fronteira nacional e, no Plano de Desenvolvimento do Governo Federal está incluído no Arco Central de Fronteira. O Estado tem aproximadamente 1.342 km de fronteira com a Bolívia, banhada pelos rios Guaporé, Mamoré, Madeira e Abunã. Possui uma superfície de 237.590,86 km² e população de 1.768.204 habitantes. Produto Interno Bruto – PIB do Estado em 2013 registrou um montante de R$ 31.092 (trinta e um bilhões, noventa e dois milhões de reais) representando 10,64% doPIB da Região Norte e 0,6 do Brasil. O Estado tem 52 municípios dos quais 27 fazem parte da Faixa de Fronteira, com uma população na Faixa de Fronteira aproximada de 1.063.595 habitantes.

Os Municípios da linha de fronteira têm aproximadamente 90% de suas áreas destinadas a reservas (biológicas, extrativistas, terras indígenas) o que, pelo modelo atual de desenvolvimento, inviabiliza qualquer forma de crescimento econômico.

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PIB da Região Norte – Ano 2013

Fonte: IBGE, Instituições de Pesquisa e Secretarias de Planejamento Estaduais.

4.5.1 Histórico da Fronteira de Rondônia A região que ora se encontra o Estado de Rondônia já foi ocupada por vários povos nômades e sedentários. Era habitada por tribos incaicas e tribos do litoral brasileiro, ambos fugindo do conquistador Europeu.

Foi se consolidando como fronteira política entre Portugal e Espanha de 1500 até o séc. XVIII – ocupação remota, incentivados principalmente pela catequese jesuítica e a política de “conservação de fronteiras” de Sebastião José de Carvalho e Mello, o Marquês de Pombal. Ocasião em que foi construído o Real Forte Príncipe da Beira (1776), localizado no município de Costa Marques.

O Estado Novo, através do Aviso n° 518 (MG), de 23 de setembro de 1932, criou três contingentes especiais de fronteira em locais estratégicos:

- Forte Príncipe da Beira com 19 efetivos.

- Guajará Mirim com 34 efetivos.

- Porto Velho com 34 efetivos.

A Política de Fronteira no Estado Novo (1943 – 1955) caracterizou-se pela ocupação da fronteira, através de colônias agrícolas em áreas estratégicas como:

- Colônia Agrícola do Iata na embocadura do rioYata (Bolívia).

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- Colônia Agrícola de Vila Bela na embocadura do Beni com Madre de Dios.

- Colônia Agrícola de Forte Príncipe.

Com o início da criação de Guajará Mirim e Porto Velho,através do Decreto 5812, de 13 de setembro de 1943, foi criado o Território Federal do Guaporé.Em 1956 passou a denominar-se Território Federal de Rondônia, em homenagem ao Marechal Cândido Mariano de Rondon que implantou a Linha Telegráfica Cuiabá - Porto Velho.

A Lei Federal Complementar 4,1 de 22 de dezembro de 1981,elevou Rondônia de Território à Estado, que possuía naépoca 13 municípios. A partir de então, através de Leis Estaduais, foram criados mais 39 municípios, Como citado anteriormente, atualmente existem 52 municípios.

O desenvolvimento do Estado pautou-se inicialmente em ciclo econômicos sendo:

Oprimeiro período, o Ciclo da Borracha natural no Século XIX, que trouxe um grande número de imigrantes gerando transformações para região dos vales. Com a expansão da borracha e incorporação de novas áreas de exploração levaram os brasileiros a ocuparem parte do território da Bolívia, gerando um conflito internacional que culminou com a incorporação do Acre ao Brasil.Como parte do pagamento de indenização (Tratado de Petrópolis, firmado no ano de 1903), o Brasil se comprometeu a construir a Estrada de Ferro Madeira-Mamoré concluída em 1912, numa extensão de 366 km, ligando Guajará-Mirim a Porto Velho, permitindo o acesso da Bolívia ao rio Madeira, abaixo do último trecho encachoeirado, e daí com saída para o rio Amazonas e o Oceano Atlântico. Na época surgem os povoados ao longo da EFMM, as vilas de Abunã e Murtinho.

Ainda neste período, em 1907, o Governo Federal decidiu implantar uma rede telegráfica, sob o comando de Cândido Mariano da Silva Rondon, com início em 1907 e conclusão em 1915, entre Cuiabá e Porto Velho, como consequências surgiram povoados ao longo da rede, hoje municípios de , , Ji-Paraná, entre outros. Também deu origem à construção da BR-29, posteriormente denominada BR-364.

O segundo ciclo também da borracha natural, ocorreu no período da II Guerra Mundial (1939-1945), renasceu a importância dos seringais nativos da

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Amazônia e começou o Segundo Ciclo da Borracha. Novamente o Governo Federal estimulou a migração para a região, composta quase que exclusivamente de nordestinos, denominados de “Soldados da Borracha”.

Ainda em 1943, o Presidente Getúlio Vargas criou os territórios federais, entre eles o Território Federal do Guaporé, posteriormente Território Federal de Rondônia, desmembrado de terras do Amazonas e Mato Grosso.

Noterceiro Ciclo do Extrativismo, entre 1958 e 1970, toda a economia se desenvolveu a sombra da exploração da cassiterita, sob forma de garimpo manual. Concomitantemente ao fluxo de garimpeiros, no final da década de 60, surgiram também migrantes agricultores e foram criadas as colônias agrícolas em Porto Velho.

A partir de março de 1971, através da Portaria Ministerial n.º 195/70, expedida pelo Ministério das Minas e Energia, houve proibição sumária da garimpagem manual, a exploração passa a ser mecanizada, encerrando o Ciclo da Cassiterita.

No Quarto Ciclo, denominado de Agrícola, datado do final de 1968, a BR-29 (atual BR-364) foi consolidada permitindo que, a partir de 1970, fosse iniciado o Ciclo Agrícola do então Território Federal de Rondônia, passando a ter seu processo de desenvolvimento dinamizado pela expansão da colonização agrícola implantado pelo Governo Federal através do INCRA.

O Programa Integrado do Noroeste do Brasil (POLONOROESTE), financiado com recursos do Governo Brasileiro e do Banco Mundial foi a principal e mais importante fonte de recursos para financiar este processo.

O objetivo do POLONOROESTE foi o de contribuir para maior integração nacional e promover a ocupação demográfica da região noroeste do Brasil, abrangendo a área de influência da rodovia 364 entre Cuiabá e Porto Velho. Houve destacada oferta de terras, distribuídas gratuitamente para quem viesse para esta região. Como resultado, uma explosão do fluxo migratório de todas as partes do país, chegando a média de 17% ao ano.

Migrantes de toda parte do Brasil se deslocaram, principalmente, para as áreas rurais, o que fez crescer o desmatamento, estimulado pelo processo de colonização com consequente substituição da floresta tropical por cultivos agrícolas e pastagens, além de formação acelerada de aglomerados urbanos.

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Para corrigir as distorções decorrentes do POLONOROESTE, foi criado em 1992, o Plano Agropecuário e Florestal de Rondônia (PLANAFLORO), também financiado pelo Banco Mundial com a participação de 73% e contrapartida dos Governos Federal e Estadual com 27%. O objetivo era prover o desenvolvimento sustentável do Estado por meio de ações voltadas ao ordenamento territorial, especialmente para conter o desmatamento predatório das florestas, recuperar áreas desmatadas e ecossistemas mais frágeis, recuperar áreas de capoeira, orientar a ocupação racional, econômica e não predatória, melhorar a infraestrutura econômica e a qualidade de vida da população. O Programa encerrou em 2002.

Mais recentemente, a partir de 2007, teve início uma nova fase de desenvolvimento, financiada com recursos públicos e privados voltados para o setor energético, agroindústrias, indústrias e saneamento.

4.5.2 Rondônia: um Estado Estratégico

Rondônia está no coração da América do Sul, a posição geográfica do Estado é estratégica, possibilita a projeção de um grande polo de desenvolvimento sustentável. As oportunidades para a realização de investimentos no Estado apontam, entre outras condições, a sua potencialidade hídrica e recursos naturais, o desenvolvimento agroindustrial, a disponibilidade do 3° polo de geração de energia hidroelétrica do Brasil, somado a tudo isso, a logística de acesso ao mercado interno e externo. Rondônia faz fronteira com a Bolívia, estrategicamente próximo dos países Andinos e Amazônicos, com acesso aos países asiáticos através da rodovia Interoceânica, conhecida como Rota do Pacífico, a qual em breve será um corredor de exportação rodoviário via Oceano pacífico.

A rodovia BR-364 que liga Rondônia, Acre e Peru, será o primeiro eixo multimodal Atlântico-Pacífico, tornando Rondônia um entreposto para prestação de serviços de logística, o que facilitará a exportação da produção principalmente das regiões Norte e Centro-Oeste, via Oceano Pacífico.

A Rota do Pacífico e a Hidrovia do Madeira, juntas, formaram um canal obrigatório de passagem dos produtos Importados de países ligados ao Oceano Pacífico, destinados ao parque industrial de Manaus e outros estados da Região Norte. Por outro lado, no sentido inverso às exportações de nossos produtos

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destinados à Ásia, em especialmente a china, que passou a ser um dos maiores parceiros comerciais do Brasil.

Rota do Pacífico – Rondônia, Acre e Peru

Posição Estratégica do Estado de Rondônia

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A expansão geoeconômica de Rondônia possibilita a abertura de novas fronteiras de mercado, bem como, em um futuro bem próximo, começarão novas grandes obras no estado, como: a ponte binacional Brasil/Bolívia em fase de projeto a ser construída na cidade de Guajará-Mirim, sobre o Rio Mamoré e a usina hidroelétrica binacional no Rio Madeira foz do Rio Ribeirão a 69 quilômetros da cidade de Guajará-Mirim.

Rondônia tem todos os motivos para comemorações antecipadas de um mercado intercambial promissor entre os países em desenvolvimento que vem crescendo nos últimos anos.

4.5.3 Potencialidades do Estado

O Estado tornará um grande polo de desenvolvimento sustentável da região norte, com receitas oriundas do sistema exportador e verbas de compensação e royalties da geração de energias das hidroelétricas do Madeira. A implantação de grandes projetos pelo governo federal em Rondônia demonstra a importância de nosso estado para a integração com os países da América do Sul.

Fonte SEPOG, 2015.

Como resultado desse processo, registra-se o crescimento de 307,99% na Receita Própria do Tesouro Estadual nos últimos cinco anos. Em 2003, a receita era de aproximadamente R$ 1.797.894.316,00 (um bilhão setecentos e noventa e sete milhões,oitocentos e noventa e quatro mil, trezentos e dezesseis reais)

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passando,em2015, para R$ 7.335.040.167,00 (sete bilhões, trezentos e trinta e cinco milhões, quarenta mil e cento e sessenta e setereais). O gráfico a baixo apresenta a evolução da receita do Estado de Rondônia no período de 2011 a 2015, período de maior crise nacional, mesmo assim, as receitas do Estado cresceram mais de 28%.

4.5.3.1. Energia

O Estado de Rondônia já é referência nacional em energia limpa renovável, atualmente é o 3º polo de geração de energia hidroelétrica do Brasil, interligada ao sistema de transmissão do país. A capacidade de geração das usinas de Santo Antonio e Jirau, no Rio Madeira, é de, aproximadamente, 6.900MW.

Encontra-se em andamento os estudos para construção da hidroelétrica binacional Ribeirão no Rio Madeira na divisa do Brasil com a Bolívia, a 69 quilômetros da cidade Guajará-Mirim.

4.5.3.2. Mineração

O substrato geológico de Rondônia demonstra uma potencialidade para uma vasta gama de recursos minerais de interesse econômico.

O estado possui jazidas de cassiterita, ouro, calcário, columbita, nióbio, topázio, ametista, diamante, manganês, rochas ornamentais e agregados de uso imediato na construção civil.

4.5.3.3. Agronegócio

Rondônia é um Estado jovem criado em dezembro de 1981, mas já apresenta forte potencial no setor primário como:

a) Pecuária:5º maior exportador de carne do país; detém o 7º maior rebanho de corte com 13,2 milhões de cabeças de gado (2015). Ocupa o 2º lugar na Região Norte com 27,6% do rebanho, ficando atrás apenas do Estado do Pará.

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O Estado realiza anualmente uma feira regional voltada para setor, a “Rondônia Rural Show” considerada a maior feira do agronegócio da Região Norte, com participação internacional dos países vizinhos, Bolívia e Peru. Nas últimas quatro edições, movimentou mais de 1,6 bilhões de reais em negócios ligados ao setor agropecuário, proporcionando o desenvolvimento econômico e social do Estado.

b) A Agricultura do estado é bem diversificada e ocupa lugar de destaque na Região Norte:3ª posição em produção de grão; 1º lugar na produção de café e feijão;2º lugar em soja, milho e cacau; 3º na produção de arroz e banana e, o 4º lugar na produção de mandioca.

4.5.3.4. Pescado

A região Norte assumiu a liderança na produção de peixe entre as grandes regiões, com 139,1 mil toneladas. Esse crescimento foi impulsionado por Rondônia, que subiu para a primeira posiçãono ranking nacional, com a despesca (recolhimento de peixes criados em cativeiro) de 75 mil toneladas de peixes, segundo IBGE/2014, tendo como estratégias o uso de águas públicas e o incremento da área de tanques escavados.

4.5.4 Deficiência do Estado

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Rondônia configura-se como uma região pouco desenvolvida economicamente, historicamente abandonada pelo Estado, marcada pela dificuldade de acesso a bens e serviços públicos, pela falta de coesão social, pela inobservância de cidadania e por problemas peculiares às regiões fronteiriças.

A complexidade das relações provenientes da integração e o desenvolvimento da Faixa de Fronteira, nos limites territoriais do Estado de Rondônia, impõem a urgência da participação e atuação conjunta das instituições públicas, das instituições privadas e da sociedade civil organizada, com concentração de esforços, para promover a construção das melhores propostas de integração e desenvolvimento. Estes atores político-econômicos e sociais se constituem ação necessária à gestão integrada e à otimização de recursos, ao evitar ações em duplicidade e descontinuidade, que impossibilitem eleger prioridades regionais.

A reversão deste cenário implicará na criação de mecanismos eficientes de empoderamento institucional dos municípios fronteiriços. Uma primeira proposta seria a criação de localizadores específicos no orçamento do Estado e da União, para a Faixa de Fronteira, cuja materialização deverá ser objeto de um articulado processo de negociação dos gestores municipais, junto aos responsáveis pelaelaboração do orçamento - PPA nos órgãos de governo.

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5 Diagnóstico Revisão da Realidade Fronteiriça

5.1 Contextualização

Historicamente, os governos vêm atuando nas fronteiras de forma fragmentada e sem uma estratégia indutora de desenvolvimento, adicione-se a isto, a falta de recursos previstos nos orçamentos governamentais, que não dão a devida importância, diferente da região litorânea que recebe bilhões em investimentos e tecnologia de última geração, enquanto a fronteira fica esquecida carente de infraestrutura básica.

As Ações do Plano de Desenvolvimento e Integração da Fronteira – PDIF/RO, não foram incorporadas ao PPA 2016 – 2019 do Estado e muito menos da União. Comoconsequência as políticas de desenvolvimento regional socioeconômico do Governo Federal e Estadual não sairão do papel.

A revisão do diagnóstico teve como base os documentos fornecidos pelos órgãos e ou entidades envolvidas na Faixa de Fronteira. Foram analisadas e descritas ações em curso na área, as previstas no PDIF/RO, com o foco em reorganizá-las evitando a descontinuidade e/ou a sobreposição de ações, visando à articulação concreta das iniciativas do governo federal, estadual e municipais, de modo a aproveitar complementaridades e proporcionar desenvolvimento e sustentabilidade das políticas implementadas ou propostas.

Com esse objetivo, foram identificados os programas e projetos existentes, considerados relevantes na esfera federal, estadual, municipal ou privadas, que possam integrar ou convergir em ações transfronteiriças, definidos como objeto da revisão do PDIF a serem propostas e ou revisadas para a Faixa de Fronteira.

Foi adotada a mesma metodologia na fase de elaboração de agrupar em eixos temáticos, os programas e os projetos recebidos pelo Núcleo Estadual de Integração de Fronteira de Rondônia - NEIFRO. Os Eixos Temáticos considerados nos trabalhos são: Educação, Saúde, Infraestrutura, Interesses Econômicos, Segurança Nacional, Inserção e Integração Social e Sustentabilidade Ambiental.

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5.2. Educação A Educação sempre foi uma preocupação constante de modo geral, a pressão por este serviço tem continuado ao longo do tempo e os sucessivos governos estaduais têm tentado suprir as necessidades, principalmente pela obrigatoriedade da aplicação de 25% dos recursos orçamentários em Educação, sendo efetivamente esta obrigação a grande responsável pelos ganhos quantitativos observados nas últimas décadas. O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) de 2013 mostra que o País ultrapassou as metas previstas para os anos iniciais (1º ao 5º anos) do ensino fundamental em 0,3 pontos. O IDEB nacional nessa etapa ficou em 5,2, pontos, enquanto em 2011 havia sido de 5,0 pontos. Os anos iniciais do ensino fundamental são oferecidos prioritariamente pelas redes municipais, que respondem por 81,6% das matrículas da rede pública nessa etapa. O total de estudantes nos primeiros anos do fundamental é de 15.764.926, sendo 13.188.037 de escolas públicas. As metas da rede municipal de ensino foram alcançadas por 69,7% dos municípios brasileiros. A rede estadual, que atende apenas 18% das matrículas públicas nessa fase, também superou suas metas. Em 75,7% dos municípios, as escolas estaduais superaram a nota 5,0 prevista para 2013. A meta do Brasil é chegar a nota 6,0 na 4ª série e a nota 5,5 na 8ª série em 2021. O índice leva em conta dois fatores que interferem na qualidade da educação: O primeiro fator é o rendimento escolar (taxas de aprovação, reprovação e abandono) e o segundo é a média de desempenho na Prova Brasil. A escala usada pela UNESCO/ONU para a educação e cultura vai de 0 a 10. O índice médio dos países desenvolvidos é igual 6,0. O Brasil ocupa uma posição baixa, o 88º lugar de 127 no ranking de educação feito pela UNESCO. Com isso, o país fica atrás da Argentina e do Chile e até mesmodoEquador e da Bolívia.

Rondônia O IDEB 2015 nos anos iniciais da rede pública atingiu a meta e cresceu, mas não alcançou a nota 6,0. Pode melhorar para garantir mais alunos aprendendo e com um fluxo escolar adequado.

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A média de anos de estudo da população de Rondônia aumentou de 4,5 anos em 2003 para6,0 anos em 2008. Entretanto, ainda reconhecidamente distantes do índice desejável de 11anos.

Evolução do IDEB - Rondônia

Fonte: QEdu.org.br. Dados do Ideb/Inep (2015)

5.2.1 IDEB dos Municípios da Faixa de Fronteira (Ano – 2013) Pesquisa do INEP mostra que 50% das escolas públicas em Rondônia obtiveram notas abaixo da meta estipulada pelo governo federal, para os anos finais do ensino fundamental, que equivale o ciclo da 4ª série/5ª série IDEB igual 5,4 e da 8ª série/9ª série IDEB igual a 3,7. O estudo foi feito com base nos dados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) 2013, divulgados pelo Ministério da Educação - MEC. Relação dos Municípios da Faixa de Fronteira -População PIB e IDEB

POPULAÇÃO, PIB E IDEB DOS MUNICÍPIOS DA FAIXA DE FRONTEIRA

IDEB Ensino Público Município Classificação Pop (2015) * (2013) 4ª série 8ª série Alta Floresta d'Oeste Linha de fronteira 25.578 5.3 3.9 Linha de fronteira 13.940 5.8 5.2 Alvorada d’Oeste Faixa de Fronteira 17.063 5.6 4.0 Buritis Faixa de Fronteira 37.838 6.3 3.8 Cabixi Linha de fronteira 6.355 *** 4.1

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Campo Novo de Rondônia Faixa de Fronteira 14.220 5.2 3.8 Faixa de Fronteira 17.986 6.6 3.6 Faixa de Fronteira 10.129 5.6 3.7 Faixa de Fronteira 18.817 6.1 3.6 Faixa de Fronteira 8.842 5.9 4.7 Costa Marques Linha de fronteira 16.651 5.2 2.8 Guajará-Mirim Cidade-gêmea 46.632 4.4 3.5 Nova Brasilândia d’Oeste Faixa de Fronteira 21.592 7.1 5.8 Nova Mamoré Linha de fronteira 27.600 5.0 3.9 Faixa de Fronteira 10.276 5.4 4.4 Parecis Faixa de Fronteira 5.697 5.4 3.8 Pimenta Bueno Faixa de Fronteira 37.512 5.8 4.0 Linha de fronteira 2.424 3.7 Porto Velho Linha de fronteira 502.748 4.8 3.2 Primavera de Rondônia Faixa de Fronteira 3.501 *** 3.8 Faixa de Fronteira 56.242 5.6 3.9 Santa Luzia d'Oeste Faixa de Fronteira 8.532 5.9 4.7 São Felipe d'Oeste Faixa de Fronteira 6.103 5.2 3.8 São Francisco do Guaporé Linha de fronteira 19.002 5.4 3.8 São Miguel do Guaporé Faixa de Fronteira 23.933 5.9 4.4 Faixa de Fronteira 12.581 4.4 3.6 Vilhena Faixa de Fronteira 91.801 6.3 4.1

TOTAL (IDEB do Estado) 1.063.595 5,4 3,7

Taxa de Analfabetos do Estado 7,5% (IPEA 2004-2009)

Taxa de Analfabetos Funcionais do Estado 13,9% (IPEA 2004-2009)

Fonte: INEP/MEC 2013

5.2.2 Educação nas Comunidades Quilombolas A Educação Escolar Quilombola tem como objetivo específico, a valorização e afirmação de direitos, no que diz respeito à educação, tendo como base a Lei 10.639/2003, que alterou a Lei 9394/1996, estabelecendo a obrigatoriedade do ensino de história e cultura afro-brasileira e africana. Parecer CNE/CEB 07/2010 e na Resolução CNE/CEB 04/2010 institui a educação escolar quilombola como modalidade da educação básica, institui as Diretrizes Curriculares Gerais para a Educação Básica. Isso significa que a regulamentação da Educação Escolar Quilombola nos sistemas de ensino deverá ser consolidada em nível nacional.

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Deverá seguir, também, as orientações do Parecer CNE/CP 03/2004 e Resolução CNE/CP 01/2004, bem como as demais orientações e resoluções do CNE voltadas para a educação nacional.

A educação para as comunidades tradicionais localizadas na Faixa de Fronteira atende em média duzentos alunos. Realizada na modalidade multisseriada pelas prefeituras nas séries iniciais, ao término, os alunos ficam sem opção da continuidade. Aguardam a idade de 15 anos para cursar a Educação de Jovens e Adultos – EJA, causando sérios prejuízos, pois muitos destes não retornam mais a sala de aula, ou saem da comunidade para dar sequência nas sedes dos municípios não retornando mais as suas origens.

5.3 Saúde O diagnóstico tem como base as informações obtidas dos trabalhos executados pelo projetoSistema Integrado de Saúde na Fronteira – SIS(Ministério da Saúde), o qual foi executado em todos os municípios de fronteira.

Ao considerar as condições de gestão é possível perceber que o sistema de saúde, apesar de receber os investimentos de recursos do governo, mostra-se ainda muito precário. A falta de planejamento operacional que possibilite promover um melhor diagnóstico situacional da saúde e de outros aspectos, como administração pública e orçamentária, objetivando o melhor gerenciamento e aplicação dos escassos recursos para a saúde.

Os municípios de fronteira não possuem controle efetivo de fluxo e demanda de atendimento a estrangeiros e necessita, portanto, avançar na apresentação de projetos conjuntos com o vizinho boliviano.

O contingente da população vivendo em condições de extrema miséria e pobreza, associada às precárias condições de saneamento básico, infraestrutura e abastecimento e consumo de água impróprios contribuem para o grande aumento de doenças relacionadas às más condições de vida dos moradores, doenças infectocontagiosas e parasitárias, que ainda acometem enormes contingentes da população (22,89%), além da incidência de hepatites virais, dengue, entre outras doenças vinculadas a proliferação de vetores.Faltam dados para caracterizar a vigilância ambiental, epidemiológica e sanitária.

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Por outro lado, a falta de pessoal médico é problema frequente do lado brasileiro, como observado em Guajará-Mirim, o que estimula a vinda de profissionais do país vizinho que, no entanto, não podem exercer sua atividade legalmente devido às exigências dos Conselhos de Medicina. Em diversas cidades- gêmeas é cada vez mais comum que os nacionais da cidade vizinha queiram ter seus filhos do lado brasileiro de forma a garantir o atendimento posterior, o que nem sempre é compreendido pelas prefeituras, gerando desconforto de parte a parte.

No entanto, o problema da saúde na fronteira requer ações que fogem ao âmbito municipal. Como:

- Regulamentação do atendimento a estrangeiros e a brasileiros residentes no exterior, nos Sistemas Locais de Saúde de municípios fronteiriços;

- Elucidação e previsão de recursos para cobrir os gastos com usuários de fronteira;

- Regulamentação governamental do trabalho de profissionais da área de saúde, para exercerem a profissão na área de fronteira;

- Carência de postos adequados de vigilâncias nos municípios.

5.4 Infraestrutura O planejamento estratégico da infraestrutura de transporte e logística de cargas da AmazôniaLegal definido no Projeto do Norte Competitivo – PNC - elaborado pela MACROLOGÍSTICA, aponta que confrontando-se a demanda de movimentação de cargas com a infraestrutura atual, tornou-se possível apontar os principais gargalos de infraestrutura existentes, os quais poderão se multiplicar no futuro se nada for feito. Além disto, haverá deterioração da qualidade das estradas e, por conseguinte, a redução da velocidade média, diminuição na capacidade de movimentação de cargas, o que só tende a piorar o cenário. Hoje, todo o fluxo de carga usa a BR-364 e a hidrovia do baixo Madeira. É preciso a construção de ferrovias e eclusas no rio Madeira

5.4.1 Acesso Rodoviário a Linha de Fronteira O Estado tem aproximadamente 1.342 km de fronteira com a Bolívia, toda a extensão definida pelos rios Guaporé, Mamoré e Abunã. O acesso rodoviário a linha de fronteira só é possível em quatro localidades, sendo:

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O primeiro ao sul do estado pela BR-435 (antiga RO-399) que liga a cidade de Vilhena a Pimenteiras, a rodovia com pavimentação inacabada, ou seja, 32 km sem asfalto.

O segundo acesso na parte central pela RO-135, que liga a cidade de Alta Floresta ao Distrito de Porto Rolim na linha de fronteira, rodovia estadual sem pavimentação.

O terceiro acesso também na parte central BR-429 que liga Presidente Médici na BR-364 à Costa Marques, rodovia com pavimentação concluída, restando parte das obras de artes (em construção 16 pontes).

Oquarto e último acesso ao norte pela BR-425 que liga Abunãna BR-364 a Guajará-Mirim, rodovia com a pavimentação em fase de conclusão, adequada aos padrões rodoviário do DNIT, restando concluir as obras de artes (pontes sobre o Rio Araras e Ribeirão).

Outro acesso é por meio da “Estrada Parque”em caráter emergencial, porém com pendências judiciais a BR-421,que liga a Campo Novo sem restrições,com 80km asfaltados. Já o trechodacontinuação da BR-421de Campo Novo a Guajará-Mirim, enfrenta a burocracia judicial. A construção deste trecho aberto no bioma de preservação ocorreu em consequência da grande cheia de 2014 e articulação do governo do estado junto ao governo federal e poder judiciário

Fonte: SEDAM/RO

A “Estrada Parque” está sendo muito bem preservada e cuidada pelos órgãos estadual e federal, permitindo apenas o tráfego de veículos utilitários transportando

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alimentos perecíveis e de passeio das 7 às 18 horas. Bem sinalizada, a velocidade não pode ultrapassar os 30 km.

5.4.2 Hidrovia da Bacia do Rio Madeira A implantação de uma infraestrutura logística, englobando todos os modais de demandas do setor produtivo é um dos grandes desafios do Governo. A hidrovia é o meio de transporte mais econômico e sustentável. Somente em termos da redução do impacto ambiental, a opção pelo transporte hidroviário é evidente por si mesma, considerando a ordem de grandeza de emissão de monóxido de carbono de 1 para hidrovia, 10 para ferrovia e 50 para rodovia. A hidrovia é o modelo de transporte menos oneroso que qualquer outra modalidade disponível no mundo. Mas, no Brasil, onde há condições geográficas bastante favoráveis a esse tipo de operação, os investimentos no setor andam na contramão. O meio mais utilizado é o rodoviário, que chega a ser 20 vezes mais caro que o fluvial.

Falta a sensibilização do Governo Federal para que venha realizar ou impulsionar os investimentos hidroviários, que sempre ficaram em segundo plano. Há um conflito antigo entre geração de energia por meio de hidrelétricas e a navegação. Historicamente, a geração vem se impondo como uso prioritário dos caudais dos rios, deixando a hidrovia em segundo plano. Por esse motivo os reservatórios fluviais em geral, não contam com eclusas para dar a oportunidade à navegação e ao transporte hidroviário.

A situação da hidrovia do rio Madeira não é diferente do restante do país, para ligar o baixo Rio Madeira com a Bolívia, necessita da construção de três eclusas, sendo duas junto às hidroelétricas de Santo Antônio e Jirau e a terceira eclusa onde será construída a hidroelétrica de Ribeirão Binacional Brasil-Bolívia a aproximadamente 75 km da cidade de Guajará-Mirim.Com a construção dessas eclusas a navegação se estenderá até os rios Mamoré, Beni e Guaporé tornando-se possível ligar o leste do Mato Grosso ao Oceano Atlântico. A hidrovia tem grande vantagem para o desenvolvimento da região, como Rondônia, Acre e Sul do Amazonas, que irão gerar volumes crescentes de carga, em áreas não sujeitas à influência de outros corredores. Inclui-se a soja da Bolívia.

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Segundo a PCE – Projetos e Consultorias de Engenharia Ltda, a implantação da hidrovia do Madeira-Guaporé com as eclusas das UHE´s do Madeira irá representar uma redução de custo/melhoria de cerca de U$D 15,0/ton de soja, representando um acréscimo de mais 12% na receita do produtor. Sendo importantíssima para diversificação e segura ampliação da produção regional de grãos.

A Hidrovia do Madeira é umas das maiores hidrovias do país, em volume na navegação interior, transportou mais de 4.785.638 toneladas em 2014, ficando atrás apenas da Hidrovia Solimões-Amazonas, esta com o dobro da tonelagem. A Hidrovia do Madeira também se destaca pelo volume de soja transportado, 2,2 milhões de toneladas, que corresponde a 50% do total de carga transportado na hidrovia.

DISTRIBUIÇÃO PERCENTUAL DO TKU POR GRUPO DE MERCADORIA NO RIO MADEIRA - 2014

Fonte: SDP/ANTAQ

Transporte de cargas realizado pela hidrovia madeira no ano de 2014. Para a elaboração do quadro valeu-se de dois indicadores de produtividade: tonelada útil transportada (t) e tonelada quilômetro útil (TKU).

TRANSPORTE DE CARGAS HIDROVIA DO MADEIRA 2014 Tipo de Navegação Quantidade (t) TKU Estadual 4.784.856 5.123.072.998 Internacional 781 Total Geral 4.785.638 5.123.072.998 Fonte: SDP/ANTAQ

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5.4.3 Porto Graneleiro O transporte aquaviárioé um dos meios mais importantes para a logística nacional. De commodities a hortifrutigranjeiros, quer seja em grandes navios cargueiros ou em pequenas embarcações mistas (passageiros e carga), de tudo se transporta pela aquavia brasileira.

Os rios Guaporé e Mamoré são navegáveis numa extensão de 1.168 km de Vila Bela da Santíssima Trindade, no Mato Grosso, até Guajará-Mirim e, por eles poderiam ser transportadas a soja produzida na região de SapezalnoMatoGrosso. Na época da colheita estes rios estão com os seus níveis hídricos bastante elevados, meses de fevereiro e março, o que persiste ate o final de mês de maio ou junho. Também, a Bolívia poderia escoar parte da produção de soja boliviana nesses meses pelo rio Mamoré desde Puerto Vila na Bolívia.

Todo esse trecho dos rios Guaporé e Mamoré não tem nenhum tipo de porto. Hoje, apenas embarcações de pequeno porte navegam nos rios e ancoram diretamente no barranco dos rios. O mapa ilustra a redução da distância dos mercados internacionais da soja e milho produzidos no oeste de Mato Grosso e Rondônia.

Fonte: LabTrans (2014)

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5.4.4 Ponte Binacional em Guajará-Mirim A Ponte Binacional que ligaria o Brasil a Bolívia faz parte de um grandioso projeto fundamental para integração fronteiriça, dinamizando as exportações de produtos da Região Norte e Centro-Oeste do país para a Bolívia, Peru e Chile, sendo também saída para o pacífico.

A construção da ponte se arrasta há várias décadas e faz parte do Tratado de Petrópolis firmado em 1903 entre os dois países. Um acordo para a construção da ponte foi firmado entre Brasil e a Bolívia em 14 de fevereiro de 2007 e promulgado através do Decreto n° 6.858/25, de maio de 2009. Também foi constituída uma Comissão Mista Brasil/Bolívia, em 20 de novembro de 2008, para acompanhar a execução da mesma.

A ponte terá 1.220 (mil e duzentos e vinte metros) de extensão sobre o rio Mamoré, entre o município de Guajará-Mirim do lado brasileiro e Guayaramerín, cidade boliviana.

Em 16 de janeiro de 2009 foi lançado o Edital 0013/09/00 para a contratação de empresa para elaboração do Projeto Básico Ambiental de Estudos Florestais. O projeto de engenharia já foi concluído, mas ficou muito caro, em função disso, um novo projeto de engenharia foi elaborado e aprovado pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte – DNIT.

Atualmente, a travessia de brasileiros e bolivianos no rio Mamoré é feita em simples voadeiras e o transporte de cargas em balsa.

Projeto da Ponte Binacional em Guajará-Mirim

Fonte: EIA/RIMA - DNIT

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A construção da ponte, na avaliação da população de Guajará-Mirim é um marco histórico, por resgatar o passado e projetar um novo futuro para Rondônia e a Bolívia.

Audiência Pública realizada em 15/12/2009. EIA/RIMA concluído e Licença Prévia Ambiental emitida em, 08/04/2010, com validade de 4 anos. A Licença se encontra vencida. A previsão de licitação da ponte para o ano de 2016.

5.4.5 Infraestrutura Urbana As cidades de fronteira carecem de infraestruturas básicas, necessita de construção de equipamentos urbanos, implantação de infraestrutura social de apoio à produção, construção de obras civis, saneamento, canalização, tratamento e abastecimento de água e transportes, dentre outros. Essas ações têm como finalidade melhorar a qualidade de vida nos municípios fronteiriços, proporcionaraspopulações da Faixa de Fronteira maior nível de satisfação. Falta a sensibilização do Governo Federal e Estadual, para investir em áreas sociais que venham mudar o padrão de qualidade de vida. Os gestores sempre deixaram em segundo plano o investimento em infraestrutura urbana, por serem obras que não aparecem politicamente e causam transtornos durante sua execução.

5.5 Interesses Econômicos A região de fronteira fica fora do Eixo de Desenvolvimento do Estado, ou seja, a área de influência da BR-364, onde se concentram as maiores cidades e a maior economia de Estado.

Se não bastassem todas as dificuldades, a região de fronteira é de difícil acesso, fica afastada dos grandes centros consumidores e, a falta de infraestrutura logística encarece o produto final. Somado a tudo isso, a população tem baixo nível escolar e com pouco grau de organização coletiva.

A população da linha de fronteira caracterizada por ribeirinhos, remanescentes de quilombos, indígenas, pescadores e seringueiros presentes desde o povoamento do estado, ali permaneceu e tornou-se aliada de grande importância na ocupação fronteiriça, segurança nacional, diversidade socioambiental, econômica e cultural.

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Os Municípios da linha de fronteira têm aproximadamente 90% de suas áreas destinadas a reservas (biológicas, extrativistas, terras indígenas), o que pelo modelo atual de desenvolvimento, inviabiliza o crescimento econômico. Sua economia é baseada na agropecuária e no extrativismo, sendo as principais culturas: a castanha do Brasil, o cupuaçu, o açaí, borracha, madeira, cacau e plantas medicinais como: copaíba e andiroba. Esses produtos da biodiversidade continuam a ser a base econômica de muitas famílias na Faixa de Fronteira. Apesar de enfrentar crises de preço, ocasionadas pela concorrência com outros produtos. O extrativismo é uma atividade que ainda recebe pouco apoio dos órgãos públicos; falta estímulo econômico e fiscal para seu pleno desenvolvimento.

Grande parte das empresas atua na informalidade, o que dificulta uma estratégia de desenvolvimento, na qual a combinação de elementos econômicos, políticos, sociais e institucionais conduzem ao crescimento da produção, do emprego, da inovação, do progresso tecnológico e à elevação nos níveis de bem- estar da sociedade.A falta de oportunidades provoca o esvaziamento sócio-político- econômico de sua população, especialmente pelos seus habitantes mais jovens que migram para os grandes centros.

São muitas as arestas que precisam ser aparadas para se superar a perda sistêmica na conjugação de velocidade, consistência, capacidade de movimentação, disponibilidade e frequência na escolha do melhor e mais rápido caminho para a mercadoria chegar ao consumidor, destino final do produto.

5.5.1 Áreas de Livre Comércio – ALCs – (MDIC)

Área de Livre Comércio - ALC Guajará-Mirim/RO no Município de Guajará- Mirim abrange uma superfície de 82,5 quilômetros quadrados, incluindo o perímetro urbano, criada através da Lei no. 8.210/1991, para livre comércio de importação e exportação, sob o regime fiscal especial, com a finalidade de promover o desenvolvimento das regiões fronteiriças do extremo noroeste do Estado e com o objetivo de incrementar as relações bilaterais com os países vizinhos, segundo a política de integração latino-americana, uma vez que empresários de todo o Brasil buscam a Área de Livre Comércio para incrementar seus negócios, com isso aquece

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a economia local, gerando emprego e renda e trazendo mais bem estar social para o município.

Arrecadação Federal: AC,AM,AP,RO E RR (Valores em R$)

ESTADOS ANOS ACRE AMAZONAS AMAPÁ RONDÔNIA RORAIMA

2003 95.812.416 2.883.491.705 171.604.449 395.929.974 115.847.050

2004 114.246.991 4.340.150.439 181.735.621 453.271.582 150.343.992

2005 124.129.204 4.141.966.827 158.708.522 423.640.562 106.297.771

2006 159.822.075 4.899.466.496 156.839.073 460.903.487 120.298.740

2007 177.177.899 5.633.288.895 208.695.071 518.981.896 145.588.001

2008 204.212.564 7.156.453.867 230.155.420 635.407.362 181.049.941

2009 244.750.129 6.283.046.181 225.847.874 686.396.463 200.919.292

2010 292.796.134 7.448.084.151 245.506.619 799.615.604 223.238.967

2011 352.978.868 8.599.259.853 439.324.543 1.145.925.409 363.214.779

2012 385.309.712 8.958.752.913 461.889.797 2.478.513.152 418.393.818 Fonte: Secretaria da Receita Federal

A SUFRAMA tem muita importância como gerenciadora da Área de Livre Comércio de Guajará-Mirim - ALCGM. Os incentivos fiscais que teoricamente trariam bons resultados para os munícipes e toda região, no entanto, na prática, os resultados não são positivos. As restrições legais para circulação de caminhões adquiridos na ALCGM anula o incentivo, por isso,é preciso altera a lei para permitir aos caminhões circularem dentro do estado. A SUFRAMA em Guajará-Mirim gera uma arrecadação enorme para a autarquia, o que faz de Guajará-Mirim uns dos municípios que mais arrecada no Estado de Rondônia,mas isso não gera receita para o município e nem para a região.

Entre as muitas atribuições da SUFRAMA, uma delas é a INTERIORIZAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO. Para isto,ela faz parcerias com governos estaduais e municipais, instituições de ensino e pesquisa, entidades de classe e cooperativas para viabilizar projetos de apoio à infraestrutura econômica, produção, turismo,

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pesquisa e desenvolvimento, formação de capital intelectual e ainda capacitação, treinamento e qualificação profissional. Entretanto, isto não tem ocorrido em Guajará Mirim.

Existem vários projetos protocolados na SUFRAMA, aguardando aprovação, porém, as respostas obtidas são que não existem recursos financeiros, uma vez que tudo está contingenciado no Tesouro Nacional.

A presença da SUFRAMA em Guajará-Mirim não deve se ater somente ao status de Área de Livre Comércio, ela é maior e deve estar presente como um instrumento do Governo Federal e não do Estado do Amazonas. A SUFRAMA se preocupa muito com Manaus e pouco com os demais Estados da Região. Não se justifica o isolamento da cidade de Guajará-Mirim.

A localização inadequada das instalações da SUFRAMA no município, conjugada com a chegada de aproximadamente 100 (cem) carretas por dia, gera grande transtorno no trânsito tanto no perímetro urbano quanto na BR-425; gera muitos acidentes; torna as ruas esburacadas e uma verdadeira desordem no trânsito.

A população tem reclamado do descaso da SUFRAMA com o município, pois Guajará-Mirim não recebe investimentos desta autarquia para ajudar a melhorar a infraestrutura do município.

5.5.2 Free Shop

A Lei nº 12.723/2012 autorizou a instalação de lojas francas (Free shop) em Cidade Gêmea de municípios da faixa fronteira com outros países. Comuns nos aeroportos internacionais, essas lojas vendem mercadorias nacionais e estrangeiras com regime tributário diferenciado, sem cobrança de impostos de importação. As transações também podem ser feitas em moeda nacional ou estrangeira.

Cidades gêmeas são aquelas com mais de 2 mil habitantes e que ficam uma ao lado da outra, mas em países diferentes. Essas áreas podem ser caracterizadas como economias regionais atualmente isoladas dos centros dinâmicos e de decisão nacionais e com potencial de desenvolvimento.

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Guajará-mirim se enquadra nas exigências legais para instalação de Free Shop, que se encontra em fase de estudo.

5.5.3 Zona Franca Verde (MDIC)

O município de Guajará-Mirim, beneficiado pela Zona Franca Verde, Lei nº 11.898, de 8 de janeiro de 2009, regulamentada pelo Decreto Presidencial nº 8.597, de 18 dezembro de 2015, cria Zona Franca Verde em seis municípios da Região Amazônica, sendo Guajará-Mirim um deles. Com a regulamentação da Zona Franca Verde, os municípios beneficiados passam a receber a concessão de incentivos fiscais para indústrias de beneficiamento dos recursos ambientais e matérias-primas regionais de origem florestal, pesqueira, agropecuária e mineral.

O primeiro critério é o de preponderância absoluta, onde a matéria-prima regional deverá compor a partir de 50% do produto final, ou seja, se um determinando produto tiver, no mínimo, metade da sua composição (volume, peso) constituída de matéria-prima regional, então sua fabricante poderá ser beneficiada pelas isenções da ZFV. Outra norma é a preponderância relativa, cuja análise será feita caso a caso. Já no critério de importância, o produto industrializado pode ter baixo percentual de matéria-prima na composição, no entanto, se ela tiver uma grande importância nas características finais, o manufaturado também se enquadra nos parâmetros de fabricação da ZFV.

Os benefícios de incentivos fiscais previsto na ALC e ZFV,para a região só terão resultados positivos no desenvolvimento, com a implantação de um polo industrial da sociobiodiversidade em Guajará-Mirim, caso contrário migraram para outras regiões é o caso dos recursos arrecadados pela SUFRAMA.

5.5.4 Arranjos Produtivos Locais – APL (sociobiodiversidade) Atualmente os APLs existentes no Estado de Rondônia têm o Município Sede no Eixo da BR-364, muito além dos 150 km da linha de fronteira, o que torna difícil a integração dos atores representados pelas organizações públicas e privadas voltadas para o setor como as universidades, instituições de pesquisa, empresas de consultoria e de assistência técnica, órgãos públicos, organizações privadas e não

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governamentais, entre outros, que ajudam a formar um Arranjo. Falta para a Faixa de Fronteira vontade política dos Governos no apoio fundamental para o desenvolvimento dos APLs, ou seja:

a) prover infraestrutura que suporte o crescimento dos APLs;

b) apoiar o ensino e treinamento de mão-de-obra;

c) apoiar atividades e centros de pesquisa e desenvolvimento;

d) financiar investimentos cooperativos que permitam aos empresários atingir escalas e oferecer serviços especializados antes não disponíveis no APL;

e) fazer investimentos públicos que gerem externalidades;

f) ser interlocutor, estruturador e promover o aperfeiçoamento das entidades representativas dos empresários da cadeia produtiva.

APLs Priorizados Pelo NEAPL/RO – MIDIC – Ano 2012 Nº APL Município Polo

1 APL Apicultura Vilhena 2 APL Piscicultura Pimenta Bueno 3 APL Piscicultura Ariquemes 4 APL Pecuária de Leite Ji-Paraná 5 APL SAFs Ouro Preto 6 APL Madeira Móveis Ariquemes 7 APL Fruticultura Porto Velho 8 APL Confecção de Pimenta Bueno/; Pimenta Bueno 9 APL Cafeicultura de Cacoal; Cacoal 10 APL Hortigranjeiro em Porto Velho; Porto Velho 11 APL Turismo Guajará Mirim 12 APL Fruticultura Cacoal/ Rolim de Moura Rolim de Moura 13 APL da Sociobiodiversidade da Região do Guajará Mirim Mamoré

O Núcleo Estadual de Arranjos Produtivos Locais - NEAPL/RO, criado através do Decreto Estadual nº 13666 de 16/06/2008, sob a coordenação da Secretaria de

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Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão -SEPOG, atualmente é constituído por 28 instituições governamentais e não governamentais.

Atualmente o NEAPL/RO está sob a coordenação da SEAGRI com 28 instituições. Neste contexto foram focadas ações para capacitação e divulgação da Política Estadual de APL, através da realização de seminários e formação de Grupos Regionais de APL e estruturação de comitê gestores de APL. Foram identificados novos APLs ficando atualmente a seguinte configuração:

5.5.5 Turismo Rondônia é um estado com potencial para o turismo de patrimônios histórico. Guajará-Mirim e Porto Velho, municípios da linha de fronteira e cidades consideradas históricas, surgiram durante o primeiro ciclo da borracha no Século XX e com a construção da Estrada de Ferro Madeira Mamoré.

O patrimônio histórico do estado foi valorizado pelo Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN, com o tombamento da Estrada de Ferro Madeira Mamoré e diversos materiais a ela relacionados, nos municípios de Guajará-Mirim e Porto Velho, bem como, o Forte Príncipe da Beira no Município de Costa Marques. Entretanto, o turismo histórico não tem recebido a devida atenção das instituições públicas. Porém, parte do patrimônio foi recuperado com verbas de compensações das hidroelétricas de Santo Antônio e Jirau, mas não houve a devida conservação das mesmas pelas instituições responsáveis e por isso novamente estão deterioradas, para não dizer abandonadas.

O Turismo Ecológico não é explorado, o Estado tem um potencial enorme, mas não dispõe de infraestrutura para receber os turistas.

5.6 Segurança na Fronteira O eixo segurança,principalmente no que diz respeito à fronteira, é o mais bem atendido pelo Governo Federal, através do Ministério da Defesa com o Programa Calha Norte - PCN e do Ministério da Justiça, visando a Estratégia Nacional de Segurança Pública nas Fronteiras–ENAFRON -tem destinado recursos financeiros

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ao Estado para implantar os projetos previstos no Plano Nacional de Segurança na Fronteira.

Segundo estudo da Fundação Alexandre de Gusmão – FUNAG, no arranjo espacial do narcotráfico, o Brasil mesmo não figurando no cenário internacional como um grande mercado consumidor é um importante corredor para o tráfico. O conjunto de condições do Brasil, na rede do narcotráfico deve-se a sua ampla fronteira continental que facilita o movimento de grandes quantidades de entorpecentes no país. Autoridades de segurança brasileira reconhecem que as apreensões de entorpecentes alcançam em torno de 20% do quantitativo de drogas que circulam no país.

O narcotráfico se estrutura sob as redes de: produtores da coca, dos formuladores do trânsito dos subprodutos de coca, que incluem os laboratórios e das redes de lavagem de dinheiro, contrabando, descaminhos e outras atividades em apoio à rede.

O desafio no Estado de Rondônia, que se apresenta neste momento histórico da gestão da segurança pública, é o de realizar o efetivo monitoramento das ações, atribuídas às instâncias executivas e a avaliação dos impactos destas sobre a realidade que se deseja transformar:

 Compartilhar informações.

 Cronograma de operações integradas.

 Realização de planejamento conjunto.

 Estabelecer um protocolo de cooperação.

 Aquisição e distribuição de equipamentos de logística e comunicação.

 Intensificar as vistorias em embarcações.

 Intensificar as fiscalizações veicular.

 Intensificar as fiscalizações nas entradas e saídas de estradas vicinais.

5.7 Inserção e Integração Social 5.7.1 Estudos do IICA

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Segundo os estudos do Instituto Interamericano de Cooperação para Agricultura – IICA (Projeto de Cooperação Técnica para Consolidação das Políticas Nacionais de Desenvolvimento Regional, 2009/2012)naFaixa de Fronteira identificaram ações do Governo Federal, através dos ministérios e órgãos que direta ou indiretamente possuem interface no processo e a conclusão dos estudos realizados é que, não raro, os órgãos desconheciam as ações e projetos um dos outros, o que tem ocasionado superposição de esforços em detrimento de outras áreas mais carentes dentro da Faixa de Fronteira. Essa situação lamentavelmente permanece inalterada.

Faz-se necessário ações do Governo Federal para coibir duplicidades de esforços e reduzir os efeitos de descontinuidades no processo de implementação das políticas públicas para a região.

Analisando o conjunto de programas e ações que compõe o PPA 2008/2011 do Governo Federal, é possível verificar que o Governo Federal possui apenas um programa com localizador específico para a Faixa de Fronteira, o PDFF, cujo orçamento para o ano de 2009, totalizou um montante de R$ 337.766.462,00 ou 2,6% do orçamento do Ministério da Integração. “A distribuição de seus recursos, que nem sempre ocorre de forma equitativa entre os territórios, havendo invariavelmente uma concentração naqueles de maior poder político institucional.”

A fronteira do Brasil com a Bolívia se caracteriza pela ausência de investimentos do Governo Federal, seja em infraestrutura ou social. O reconhecimento da cidadania é extrema importância na integração regional da Faixa de Fronteira. Este assunto tem sido objeto de vários protocolos internacionais em especial no MERCOSUL, como por exemplo, o Acordo entre o Brasil e o Uruguai que permite ao cidadão Uruguaio, fixar Residência no Brasil, bem como, estudar e trabalhar. Decretos sobre vigilância sanitária de alimentos e de animais em zonas de fronteira também foram aprovados, demonstrando uma maior preocupação com a manutenção de padrões sanitários da produção animal brasileira de exportação, sujeita a maior controle internacional no MERCOSUL.

Finalmente, observa-se que várias medidas institucionais adotadas pelo Governo Federal não tem atendido ao Estado de Rondônia. Porém, falta muito a fazer para que seja incluído Rondônia em territóriotransfronteiriço, bem como, a

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parte Boliviana nesta empreitada, sem essa inclusão comprometerá o êxito de quaisquer programas e projetos da zona de fronteira.

5.7.2 Política sobre Drogas A Bolívia apesar de ter legalizado o plantio da coca para atender ao milenar uso pelos nativos em até 12 mil hectares na região do Yungas, de La Paz, é apontado que no Chapare (Cochabamba) o plantio é ilegal. O uso indevido da planta na forma de drogas causa um círculo vicioso, geralmente conduzido por complicações sociais, como: a violência, a corrupção, o desemprego, desajustes familiares e problemas de saúde. A produção de coca pelos países tradicionais como Colômbia, Peru e Bolívia, envolve aproximadamente 1,3 milhão de pessoas, com o cultivo dessa planta, esses produtores são denominados de cocaleros. As Nações Unidas vem estimulando programas alternativos, para desenvolver outras culturas agrícolas como renda aos agricultores que abandonarem cultivos de drogas ilícitas. O fundo de doadores internacionais em 2013 destinou mais 283 milhões de dólares para América do Sul, desse montante, a Bolívia recebeu aproximadamente 8,3%. Segundo o Escritório das Nações Unidas Sobre Drogas e Crime – UNODC, a área de cultivo da coca boliviana vem diminuindo. O quadro abaixo ilustra a redução do cultivo ilícito de coca na Bolívia:

Cultivo Ilícito de Coca no Período de 2010-2013 - Bolívia Ano 2010 2011 2012 2013

Área Cultivada em Hectares 31.000 27.200 25.300 23.000

Produção em Toneladas 40.900 33.500 30.400 24.300 Fonte: UNODC - Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime

Segundo o Relatório Brasileiro sobre Drogas de 2009 o estado de Rondônia é o que apresenta as maiores taxas da Região Norte, seguido do estado de Amazonas com relação à posse para o uso de drogas ilegais, sendo que a média de Rondônia é de 37,99 enquanto do Amazonas é de 21,26. O Observatório do Crack, através da

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Polícia Federal aponta que nos últimos 5 anos, a coca tem sido plantada cada vez mais próxima da fronteira, para facilitar a entrada no país. A fronteira de Rondônia tem 1.342 km de extensão com a Bolívia, fator que fragiliza o estado pelo fácil acesso a drogas ilícitas. Conforme pesquisas apresentadas no Livro publicado pela Câmara dos Deputados “Crack, leva segurança pública a jogar dinheiro no ralo”. No estado de Rondônia,1742 dos presos (Infopenjun 2013 – G1) tem envolvimento com drogas, sendo que o percentual de presos por tráfico é superior aos demais estados em virtude de sua localização geográfica.

5.8 Sustentabilidade Ambiental A biodiversidade em Rondônia ainda conserva 63% de seu território em áreas protegidas. No estado há 87 áreas protegidas que totalizam 14.970.058,15 hectares e correspondem a 63 % de sua extensão territorial. Destas, 73 são áreas protegidas de uso sustentável, das quais 30 são terras indígenas e 24 são reservas extrativistas, o que representa uma extensão territorial de mais de 7,5 milhões de hectares. Juntas, correspondem a 33,65 % do território de Rondônia, habitadas por mais de 20 etnias, além de outras populações tradicionais, abrangendo uma população de 15 mil pessoas. A área de Fronteira do Brasil/Bolívia, trata-se de uma região predominantemente caracterizada pela presença de Áreas Protegidas, sob jurisdição federal e estadual brasileira,requeros devidos cuidados com a presença das diversas categorias de Unidades de Conservação, implicando em alguns casos, respeito às populações nas unidades, como é o caso das Reservas Extrativistas - Resex’s, Áreas Indígenas e da população ribeirinha.

Há um sistema de leis ambientais que observam o uso adequado de áreas protegidas, Sistema Nacional de Unidades de Conservação – SNUC.Precisamosconhecer as leis que regulamentam o sistema ambiental da Bolívia. É neste sentido que surgem as necessidades prioritárias de consenso binacional para atender às demandas.

Neste contexto, alguns questionamentos surgem, tais como atender as necessidades da população regional sem conflitar com os interesses socioambientais das populações tradicionais, sem o radicalismo de preservar o meio

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ambiente, sem esquecer que o homem é parte fundamental deste. Daí porque a ordem é a da sustentabilidade ambiental.

A sustentabilidade passa pelo Zoneamento Socioeconômico-Ecológico do Estado de Rondônia (ZSEE-RO). É o ponto de partida para a territorialização, com zonas e subzonas definidas pelo ZSEE-RO e uso determinado em Lei. Observamos ainda a Lei Federal nº 6.938/1981 Política Nacional de Meio Ambiente e o Decreto Federal nº 7.378/2010 Zoneamento Ecológico-Econômico da Amazônia Legal.

Unidades de Conservação de Rondônia

Fonte: Coordenadoria de Unidades de Conservação–CUC / SEDAM

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Parque Nacional de Pacaás Novos

Fonte: Carlos Rangel (blogspot.com - Pacaás Novos)

Apesar da regulamentação dessas áreas, há constantes invasões e ou uso indevidos diferentes daqueles previstos na Lei do Zoneamento.

A proteção dessas áreas são garantidas e asseguradas pela Constituição Federal, Leis e Decretos. Na esfera federal a Lei nº 9985 de 18 de julho de 2000 - Sistema Nacional de Unidades de Conservação - SNUC regulamentado pelo Decreto nº 5092 de 21 de maio de 2004. Na Constituição do Estado, Decreto Lei nº 1144 de 12 de dezembro de 2002, Sistema Estadual de Unidades de Conservação – SEUC e Lei 1143 de 12 de dezembro de 2002 (Regulamenta o art. 80, incs. XVI e XVII e o art. 219, incs. I, II, III e V da Constituição Estadual, que dispõem sobre o uso sustentável das Florestas Estaduais e Reservas Extrativistas do Estado de Rondônia, e dá outras providências.).

TERRA LEGAL - Instituído em junho de 2009, o Programa Terra Legal tem como objetivo solucionar os problemas fundiários de propriedades com menos de 15 módulos fiscais nos nove estados que compõem a região amazônica: Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins. O

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“Terra Legal” é coordenado pela Secretaria Extraordinária de Regularização Fundiária na Amazônia Legal (Serfal), órgão vinculado à Secretaria Especial da Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário (Sead). “A regularização tem de ser feita de modo que respeite as comunidades tradicionais, que respeite as unidades de conservação, de modo que não haja qualquer problema ou conflito na área. A ação tem que resultar em paz no campo”.

Conforme a pesquisa intitulada “Regularização Fundiária e Efeitos do Programa Terra Legal no Desmatamento”, de autoria de LeithMcIndewar, com a supervisão de Tiago Reis, o aumento da governança sobre a terra tem um papel importante para controlar o desmatamento na região amazônica, juntamente com outras estratégias.

De acordo com os pesquisadores, as ocupações cadastradas no programa entre 2010 e 2014 apresentaram redução no desmatamento após terem sido georreferenciadas. Isso indica que o aumento da governança na Amazônia, por meio da titulação de terras públicas das áreas ocupadas pela agricultura familiar e a conservação de ativos ambientais tem um impacto ambiental positivo e ao mesmo tempo cria condições de acesso do agricultor às políticas de fomento do governo federal, investindo com segurança em sua propriedade.

Em Rondônia, nos últimos cinco anos, foram entregues aproximadamente 6.700 títulos rurais, sendo 1.155 títulos na faixa de fronteira.

5.8.1 Declaração Trinidad - Meio Ambiente Rondônia - Beni

Em junho de 2003, na cidade de Trinidad, capital do Departamento de Beni, autoridades do Estado de Rondônia e do país fronteiriço firmaram o documento de integração denominado Declaração Trinidad e Agenda do Meio Ambiente Rondônia – Beni, cuja principal finalidade principal era o de concretizar ações tendentes ao cumprimento do princípio fundamental da terra sobre o desenvolvimento sustentável, e tratar sobre os assuntos do meio ambiente como aspectos prioritários e fundamentais, analisando as possibilidades de aproveitamento das potencialidades da região amazônica, rica em recursos naturais, recursos genéticos e diversidade biológica. Tais medidas deveriam ser desenvolvidas no ano de 2006 em relação à política de meio-ambiente dos dois países. Em que pese a relevância do assunto,

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até o momento não há maiores referências atuais sobre ele, estando este como um dos pontos de pauta a ser retomado entre os países envolvidos, especialmente num momento em que projetos envolvendo o Brasil e a Bolívia encontram-se na pauta das ações governamentais.

5.8.2 AÇAÍ

A colheita dos frutos da floresta, em especial a do açaí e castanha é uma prática dos povos tradicionais da Amazônia que demonstra, de forma sustentável, a perfeita harmonia entre o homem e a natureza, onde o resultado final é a melhoria das condições de vida dessas populações através do consumo e venda dos produtos e subprodutos desses frutos, dentre outros.

A exploração do Açaíé realizada em várias regiões, em especial Guajará- Mirim, pela Associação dos Açaizeiros de Guajará-Mirim – ASAGUAM, onde ele é processado, embalado e comercializado no Município. O beneficiamento é realizado de forma tradicional (semi-industrial) de 31.000 toneladas de açaí. As áreas de coleta dos frutos estão distribuídas em vários municípios com destaque a Guajará- Mirim e Nova Mamoré, áreas ribeirinhas e de terra firme, em reservas federais extrativistas (RESEX) e reservas federais biológicas (REBIO) e terras indígenas.

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As cadeias de produção de produtos florestais não-madeireiros,especialmente aquelas operadas por pequenos produtores agroextrativistas e comunidades tradicionais, têm sido alvo de recentes programas e planos do governo federal. Esses programas propõe a realização de ações de gestão e fomento ao manejo em florestas que sejam utilizadas pelos pequenos agricultores e agroextrativistas e contempla uma perspectiva ampla do desenvolvimento sustentável prevendo o uso múltiplo dos recursos naturais,incluindo bens e serviços da floresta.

A Constituição Brasileira de 1988, assim como os tratados internacionais que o Brasil é signatário, preconiza a responsabilidade dos governantes em garantir o respeito à integridade dos povos tradicionais, bem como a promoção e a realização dos seus direitos socioeconômicos e culturais, seus costumes e tradições visando o perfeito equilíbrio do homem com a natureza de maneira sustentável.

Finalmente faz-se necessário chamar a atenção dos gestores públicos, para que viabilizem o acesso das populações tradicionais às políticas públicas,com ações reais junto às comunidades rurais e indígenas da região.

5.8.3 Castanha

A exploração desta árvore é protegida por lei (Decreto 1282, de 19 de outubro de 1994) e seu fruto tem elevado valor econômico como produto extrativo florestal, mas não impede seu plantio com a finalidade de reflorestamento tanto em plantios puros quanto em sistemas consorciados.

A castanheira apresenta várias aplicações:

a. "ouriços" como combustível ou na confecção de objetos; b. o maior valor é a amêndoa, alimento rico em proteínas, lipídios e vitaminas; c. do resíduo da extração do óleo da amêndoa, obtém-se torta ou farelo usada como misturas em farinhas ou rações; d. "leite" de castanha, que é de grande valor na culinária regional; e. madeira com boas propriedades, sendo indicada para reflorestamento e empregada tanto na construção civil como naval.

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Segundo o IBGE/2013, Rondônia ocupa o 4º Lugar no ranking de produção da castanha do Brasil. Com um potencial de produção ainda aserexplorado. Porém, necessita dos princípios básicos da estruturação da cadeia produtiva, como:

 Acesso aos mercados institucionais;  Qualificação do processo produtivo;  Acesso aos mercados formais e isenção tributária por parte de iniciativas comunitárias e;  Isenção tributária dos produtos da sociobiodiversidade advindas das Associações e Cooperativas Formalizadas

Pacto das Águas - Entidade sem fins lucrativos que atua na estruturação das cadeias produtivas enquanto estratégia de renda, empoderamento dos povos das florestas.

Objetivo Geral: Consolidar uma cadeia de valor para Castanha do Brasil enquanto estratégia de geração de renda nas áreas protegidas. Revitalização dos castanhais nativos e qualificação do processo produtivo. Empoderamento das formas de organização para a sustentabilidade social / institucional na gestão dos negócios da Floresta. Agregação de Valor à Castanha do Brasil e ao acesso aos mercados formais e institucionais.

Previsão com a estruturação da cadeia de valor da castanha, que o Estado alcance tranquilamente a produção de 3.000 toneladas, com uma geração de renda de R$ 9 milhões a R$15milhões de reais/ano.

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5.8.4 Reciclagem de Resíduos Sólidos

É inexistente nas cidades da região de fronteira, qualquer investimento significativo na questão de aterros sanitários, tendo os lixões sempre nas proximidades das áreas urbanas, prejudicando o cartão postal das mesmas contribuindo para a proliferação de doenças resultantes de depósito de lixo inadequado.

Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), prevista na Lei nº 12.305, de 02 de agosto de 2010, que entre outras importantes providências de alcance, visa garantir a inclusão sócio-produtiva dos catadores de materiais recicláveis, nos termos prescritos pela legislação federal. Em Rondônia a política estadual vem sendo trabalhada de forma lenta, não cumpriu o primeiro prazo legal para extinção dos lixões (Lei nº 12.305/2010). O PERS/RO ainda não foi concluído, desde 2013 vem se arrastando em sua elaboração. O contrato com a empresa DRZ vencedora da primeira licitação foi rescindido. Está em andamento um novo processo Licitatório para a conclusão PERS/RO, sob a responsabilidade da SEDAM. Está previsto no PERS/RO: a) Proposta de Regionalização de Gestão de Resíduos Sólidos; b) Proposta de Gestão Integrada dos Resíduos Sólidos; c) Proposta para a Formação e Constituição de Consórcios Regionais de Gestão e Manejo de Resíduos Sólidos.

Mesmo sem a conclusão do PERS/RO, o Governo tem algumas ações sociais voltadas para enfrentar o problema, como o Projeto Recicla Rondônia, sob a coordenação da Secretaria de Estado de Assistência e Desenvolvimento Social- SEAS.

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II POLÍTICA FRONTEIRIÇA REGIONAL

1. Política Nacional de Desenvolvimento Regional (PNDR)

A base territorial das ações do Governo Federal para a Faixa de Fronteira estabelece como áreas de planejamento três grandes Arcos, definidos a partir da proposta de reestruturação do Programa de Desenvolvimento da Faixa de Fronteira - PDFF - 2005, com base na Política Nacional de Desenvolvimento Regional –PNDR - do Ministério da Integração. O primeiro é o Arco Norte que compreende a Faixa de Fronteira dos Estados do Amapá, Pará, Amazonas e os Estados de Roraima e Acre, o segundo é o Arco Central, que compreende a Faixa de Fronteira dos Estados de Rondônia, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul e o terceiro é o Arco Sul, que inclui a fronteira dos Estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

O Arco Central abrange a Faixa de Fronteira dos Estados de Rondônia, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Oito sub-regiões foram identificadas, um indicador de grande diversidade nos tipos de organização territorial. A unidade do Arco deriva do caráter de transição entre a Amazônia e o Centro-Sul do país e de sua posição central no subcontinente. É nele que se encontram as duas grandes bacias hidrográficas sul-americanas, a Bacia Amazônica e a Bacia do Paraná–Paraguai. Como nos outros Arcos, diferenças na base produtiva e na identidade cultural foram os critérios para a divisão em sub-regiões.

A maior parte da população do Arco Centralseconcentra no eixo da BR-364 e da hidrovia rio Madeira, sendo 80% urbana, a principal cidade, Porto Velho, é que concentra o maior número das indústrias de alimentos, as indústrias de confecções, desdobramentos de madeira, metalomecânica e de construção, além de importante rede hoteleira. A polarização exercida por Porto Velho dificulta o crescimento de empreendimentos industriais no restante da sub-região. Outro problema relevante neste arco é o tráfico de drogas existente, que estimula e reforça correntes de contrabando na fronteira.

O Arco Norte e o Arco Central configuram-se como uma região pouco desenvolvida economicamente, historicamente abandonada pelo Estado, marcada

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pela dificuldade de acesso a bens e serviços públicos, pela falta de coesão social, pela inobservância de cidadania e por problemas peculiares às regiões fronteiriças.

Ilustração dos Arcos e Sub-Regiões da Fronteira

Fonte: MI/SPR/PDFF – 2009

Relação dos Municípios dentro do Arco Central e Sub-Regiões de Fronteira

Sub-Região VII: Campo Novo de Rondônia, Buritis, Guajará-Mirim, Nova Mamoré e Porto Velho, no Estado de Rondônia.

Sub-Região VIII: Costa Marques, Seringueiras, São Miguel do Guaporé, Alvorada, Nova Brasilândia d’Oeste, Novo Horizonte do Oeste, Rolim de Moura, Alta Floresta d’Oeste, São Francisco do Guaporé, Alto Alegre dos Parecis, Corumbiara, Cerejeiras, Pimenteiras do Oeste e Cabixi, no Estado de Rondônia.

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Sub-Região IX: Chupinguaia, Colorado do Oeste, Parecis, Pimenta Bueno, Primavera de Rondônia, Santa Luzia d’Oeste, São Felipe do Oeste e Vilhena, no Estado de Rondônia.

No Projeto Norte Competitivo – PNC, o Desenvolvimento da Amazônia Legal analisou a complexa realidade socioambiental e geográfica da Região Norte, propondo a implementação de uma infraestrutura de transporte, baseada em eixos de desenvolvimento, que forme um sistema de logística integrado, sem fronteiras estaduais, e intermodal, privilegiando aqueles de menor custo.

São muitas as arestas que precisam ser aparadas para se superar a perda sistêmica na conjugação de velocidade, consistência, capacidade de movimentação, disponibilidade e frequência na escolha do melhor e mais rápido caminho para a mercadoria chegar ao seu destino integrando diversas modalidades de transporte.

O alto custo da logística do transporte de cargas no Brasil se deve a falta de investimentos, o país investe em infraestrutura de transporte, em média, apenas 0,49% do PIB ao ano, enquanto a China investe 5%, a Índia, 4%, e a Rússia, 5%1. O custo da logística no Brasil é de 12,6% do PIB. Nos Estados Unidos tal valor baixa para 8,2%. No caso dos transportes, o custo no Brasil é de 7,5% do PIB, e nos

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Estados Unidos, de 5%; em armazenagem, Brasil e Estados Unidos gastam 0,7%; em estoques, Brasil gasta 3,9% e Estados Unidos, 2,1%; em administração, o gasto do Brasil é 0,5% e dos Estados Unidos, 0,4%.

Segundo pesquisa do Fórum Econômico Mundial, o Brasil ocupa o 104° lugar em qualidade de infraestrutura de transporte, sendo o 110° lugar em rodovias; o 91° em ferrovias; o 122° em aerovias e o 130° em portos.

Os congestionamentos que ocorrem em portos nacionais importantes no escoamento da safra agrícola, como Santos (SP) e Paranaguá (PR), mostram a deficiência da nossa logística para participar com competitividade do mercado global.

O país necessita urgentemente de implantar um processo de planejamento estratégico que lhe permita gastar bem os poucos recursos disponíveis para a infraestrutura de transporte. Implementar ações prioritárias para evolução da multimodalidade e para dar maior fluidez à produção, por meio da integração eficiente e moderna dos portos, estradas, ferrovias, hidrovias, aeroportos e dutovias.

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2. Abrangência do Plano

O Plano de Desenvolvimento Integrado de Fronteira do Estado de Rondônia é voltado para os municípios que fazem fronteira ou estão na faixa dos 150 km da linha de fronteira, veja a relação nos quadros a baixo.

Indicadores dos Municípios da Faixa de Fronteira de Rondônia

RELAÇÃO DOS MUNICÍPIOS DA FAIXA DE FRONTEIRA - PIB E POPULAÇÃO (ano - 2009)

Ren. Perc. Município Classificação PIB (R$ mil) População R$ Alta Floresta d'Oeste linha de fronteira 340.407 13,309 25.578 Alto Alegre do Parecis linha de fronteira 182.830 13,115 13.940 Alvorada d'Oeste Faixa de Fronteira 191.275 11,210 17.063 Buritis Faixa de Fronteira 426.171 11,263 37.838 Cabixi linha de fronteira 96.308 15,155 6.355 Campo Novo de Rondônia Faixa de Fronteira 179.620 12,632 14.220 Cerejeiras Faixa de Fronteira 341.314 18,977 17.986 Chupinguaia Faixa de Fronteira 225.640 22,277 10.129 Colorado do Oeste Faixa de Fronteira 242.168 12,870 18.817 Corumbiara Faixa de Fronteira 168.680 19,077 8.842 Costa Marques linha de fronteira 149.648 8,987 16.651 Guajará-Mirim cidade-gêmea 767.600 16,461 46.632 Nova Brasilândia d'Oeste Faixa de Fronteira 229.122 10,611 21.592 Nova Mamoré linha de fronteira 307.892 11,156 27.600 Novo Horizonte do Oeste Faixa de Fronteira 113.211 11,017 10.276 Parecis Faixa de Fronteira 71.151 12,489 5.697 Pimenta Bueno Faixa de Fronteira 767.795 20,468 37.512 Pimenteiras do Oeste linha de fronteira 77.851 32,117 2.424 Porto Velho linha de fronteira 11.464.619 22,804 502.748 Primavera de Rondônia Faixa de Fronteira 47.820 13,659 3.501 Rolim de Moura Faixa de Fronteira 920.736 16,371 56.242 Santa Luzia d'Oeste Faixa de Fronteira 126.269 14,799 8.532 São Felipe d'Oeste Faixa de Fronteira 70.915 11,620 6.103 São Francisco do Guaporé linha de fronteira 245.293 12,909 19.002 São Miguel do Guaporé Faixa de Fronteira 395.297 16,517 23.933 Seringueiras Faixa de Fronteira 157.229 12,497 12.581 Vilhena Faixa de Fronteira 1.974.911 21,513 91.801

TOTAL 20.281.772 1.063.595

IBGE/SEPOG/RO

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Número de Indústrias e empregos por municípios na Faixa de Fronteira N° DE INDÚSTRIAS E EMPREGOS NOS MUNICÍPIOS DA FAIXA DE FRONTEIRA

Total Total Ord. Municípios (RO) Classificação Indústrias Empregados

1 Alta Floresta d'Oeste linha de fronteira 107 439 2 Alto Alegre dos Parecis linha de fronteira 22 98 3 Alvorada d'Oeste Faixa de Fronteira 52 173 4 Buritis Faixa de Fronteira 154 801 5 Cabixi linha de fronteira 19 70 6 Campo Novo de Rondônia Faixa de Fronteira 25 65 7 Cerejeiras Faixa de Fronteira 109 490 8 Chupinguaia Faixa de Fronteira 37 588 9 Colorado do Oeste Faixa de Fronteira 92 602 10 Corumbiara Faixa de Fronteira 29 112 11 Costa Marques linha de fronteira 46 101 12 Guajará-Mirim cidade-gêmea 105 292 13 Nova Brasilândia d'Oeste Faixa de Fronteira 48 167 14 Nova Mamoré linha de fronteira 50 300 15 Novo Horizonte do Oeste Faixa de Fronteira 21 95 16 Parecis Faixa de Fronteira 14 63 17 Pimenta Bueno Faixa de Fronteira 294 3836 18 Pimenteiras do Oeste linha de fronteira 7 21 19 Porto Velho linha de fronteira 2473 47885 20 Primavera de Rondônia Faixa de Fronteira 8 12 21 Rolim de Moura Faixa de Fronteira 346 4306 22 Santa Luzia d'Oeste Faixa de Fronteira 30 234 23 São Felipe d'Oeste Faixa de Fronteira 9 7 24 São Francisco do Guaporé linha de fronteira 70 151 25 São Miguel do Guaporé Faixa de Fronteira 82 1089 26 Seringueiras Faixa de Fronteira 22 194 27 Vilhena Faixa de Fronteira 675 4810 Total: 4.946 67.001 Fonte: FIERO/Rondônia

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Mapa dos Municípios da Faixa de Fronteira Com a Bolívia

Indicadores da Participação dos Municípios de Fronteira em Rondônia - 2013

População Total de Rondônia (IBGE 2013) 1.768.204 hab.

PIB do Estado de Rondônia (1000.000 R$) R$ 31.092

Área Total de Rondônia 237.590,86km²

População MRF de Rondônia 1.063.595 hab.

PIB MRF de Rondônia (1000 R$) R$ 20.281.772

Área MRF de Rondônia 163.375,50 Taxa de Representação Populacional (População 60,15 % MRF/População Total) Taxa de Representação Econômica (PIB MRF/PIB Total) 65,23 %

Taxa de Representação Territorial (Área MRF/Área Total) 68,77 % Fonte: SEPOG/IBGE – 2013

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2.1 Cidades, Comunidades e Áreas Protegidas na Linha de Fronteira

A linha de fronteira com a Bolívia no vale dos Rios Guaporé e Mamoré trata- se de uma região predominantemente caracterizada pela presença de Áreas Protegidas, sob jurisdição federal e estadual, portanto, requer planos de desenvolvimento adequado a questão ambiental e a condição de área fronteiriça.

A região conta com diversas categorias de Unidades de Conservação, como também, existem vários tipos de populações presentes nas unidades, como é o caso das Reservas Extrativistas - Resex’s, áreas Indígenas e da população ribeirinha, povoados e cidades.

2.1.1 Cidades na Linha de Fronteira:

Brasil- Pimenteira, Costa Marques e Guajará-Mirim;

Bolívia- Guayaramerin.

2.1.2 Comunidades na Linha de Fronteira:

Brasil - Santa Cruz, 03 de Julho, Flor de Ouro, Acurizal, Ilhas das Flores, Laranjeiras, Porto Rolim, Santo Antonio, Pedras Negras, Pau D óleo, Santa Fé, Mequéns, Forte Príncipe, Surpresa, Sagarana, Pacaás Novos.

Bolívia - Cafetal, Suzana, Matrinxã, Versalhes, Bellas Vistas, Taquaral e Mateguá.

2.1.3 Áreas Protegidas na Fronteira (Brasil)

A proteção dessas áreas são garantidas e asseguradas pela Constituição Federal, Leis e Decretos. Na esfera federal a Lei nº 9985 de 18 de julho de 2000 - Sistema Nacional de Unidades de Conservação - SNUC regulamentado pelo Decreto nº 5092 de 21 de maio de 2004. Na Constituição do Estado, Decreto Lei nº 1144 de 12 de dezembro de 2002, Sistema Estadual de Unidades de Conservação – SEUC e Lei 1143 de 12 de dezembro de 2002 (Regulamenta o art. 80, incs. XVI e XVII e o art. 219, incs. I, II, III e V da Constituição Estadual, que

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dispõem sobre o uso sustentável das Florestas Estaduais e Reservas Extrativistas do Estado de Rondônia, e dá outras providências.).

Segundo as características naturais e os objetivos específicos da conservação das áreas, estas são agrupadas em 2 (dois) grandes grupos com diferentes categorias de manejo, Proteção Integral (Reserva Biológica, Estação Ecológica, Parque, Monumento Natural,Refugio da Vida Silvestre) e Uso Sustentável (Área de Proteção Ambiental, Área de Relevante Interesse Ecológico, Reserva Extrativista, Floresta Nacional, Floresta Estadual de Rendimento Sustentado Reserva de Fauna, Reserva de Desenvolvimento Sustentável, Reserva Particular do Patrimônio Natural).

Relação das Áreas Protegidas na Fronteira (Brasil)

Unidades de Conservação localizadas na Faixa de Unidades de Conservação localizadas fora Faixa Fronteira e município de Fronteira de Fronteira e Municípios de Fronteira Parque Estadual Guajará- Mirim Estação Ecológica de Samuel Parque Estadual Corumbiara FERS Gavião Parque Estadual Serra dos Reis FERS Mutum Reserva Biológica Rio Ouro Preto FERS Periquitos Reserva Biológica Traçadal FERS Tucano Estação EcológicaSerra Três Irmãos FERS Araras RESEX Rio Cautario FERS Cedro RESEXPacaás Novos RESEXRoxinho RESEX Curralinho RESEX Mogno RESEX Pedras Negras RESEXAngelim RESEX Jaci Parana RESEXIpe RESEXCastanheira FERS Rio Vermelho C RESEXFreijó FERS Rio Madeira B RESEXMassaranduba FERS Rio Pardo RESEX Maracatiara FERS Rio Machado RESEXSeringueira RESEXGarrote APA Rio Pardo RESEXPiquia APA Rio Madeira RESEXItauba RESEXJatobá RESEXSucupira Fonte: Coordenadoria de Unidades de Conservação–CUC / SEDAM

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3. Ações em Curso na Faixa de Fronteira

3.1 Educação - Escola Técnica Binacional

- Intercâmbio de Professores

3.1.1 Escola Técnica Binacional

Em 2012 a Prefeitura de Guajará-Mirim doou um terreno ao IFRO - Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia, onde foi construído o seu campus no valor de R$ 7.200.000,00. Inaugurado em julho de 2016, com capacidade para 300 alunos entre cursos semipresencial e presencial. A portaria n. 378/2016, publicada no D.O.U, em 10 de maio de 2016, autorizou o funcionamento do Campus com o curso técnico em Manutenção e Suporte em Informática, com mais de 110 alunos.

Cursos e Matrículas no Campus IFRO - ano de 2016 Alunos Cursos Presencial A distância Total Técnico em Manutenção e Suporte Em Informática 118 0 118 TécnicoemFinanças 0 53 53

FicInglêsBásico 0 25 25

FicEspanholBásico 0 25 25

FicLínguaEspanhola 11 0 11

Fic Tecnologia da Linguagem e Promoção Humana 15 0 15

FicOperador de Computador 20 0 20

Total Alunos 164 103 267

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3.1.2 Intercâmbio de Professores

O Governo de Rondônia por intermédio da SEDUC/RO está discutindo o intercâmbio de professores, que ensinam Espanhol na rede pública estadual de Rondônia para fazer estágio na Bolívia. Da mesma forma, os profissionais da Bolívia que ensinam a língua portuguesa virão fazer estágio em Rondônia. A proposta é que na área de fronteira os estudantes sejam formados nas duas línguas para integração maior dos países.

3.2 Saúde

 SIS Fronteira

 Vigilância Sanitária Animal

3.2.1 SIS Fronteira/MS Projeto Sistema Integrado de Saúde na Fronteira – SIS(Ministério da Saúde) voltado para os municípios da linha de fronteira, na formulação e acompanhamento das políticas de saúde, visando à implementação de ações de vigilância em saúde, garantir o acesso dos usuários aos serviços de média e alta complexidade de forma ágil e resolutiva, reestruturação da assistência farmacêutica nos municípios de fronteira, efetividade da Secretaria Municipal de Saúde como unidade gestora do Sistema Único de Saúde.

SIS Fronteira - Sistema de Legislação da Saúde:

 Portaria nº 1.120/GM/MS, de 6 de julho de 2005 - que institui o Sistema Integrado de Saúde das Fronteiras (SIS Fronteiras);  Portaria nº 1.189/GM/MS, de 5 de junho de 2006, aprova o Termo de Adesão ao SIS Fronteiras;  Portaria nº 3.301/GM/MS, de 22 de dezembro de 2006, Aditivo ao Termo de Adesão ao SIS Fronteiras;  Portaria nº 204/GM/MS, de 29 de janeiro de 2007, que regulamenta o financiamento e a transferência dos recursos federais para as ações e os serviços de saúde.

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 Portaria nº 622, de 23 de abril de 2014, dispõe sobre os prazos para conclusão daimplementação das ações previstas no SistemaIntegrado de Saúde das Fronteiras (SIS Fronteiras) esobre o repasse de incentivo financeiro.

Os Municípios que ainda fazem jus ao recebimento de recursos financeiros da Fase III do SIS Fronteiras deverão protocolar requerimento, com esse pedido, juntamente com o Plano Operacional aprovado na Comissão IntergestoresBipartite (CIB), conforme previsto no art. 6º da Portaria nº 1.189/GM/MS, de 5 de junho de 2006, no Departamento de Atenção Hospitalar e Urgência (DAHU/SAS/MS), e consignar como destinatária a Coordenação de Urgência e Emergência-SIS- Fronteiras (CGUE-SIS Fronteiras/DAHU/SAS/MS)

Uma vez publicado o ato específico de que trata o parágrafo único do art. 3º, o Fundo Nacional de Saúde adotará as medidas necessárias para o repasse dos recursos financeiros do fundo de saúde do ente federativo beneficiário, conforme disponibilidade orçamentária.

A conclusão das ações previstas nos Planos Operacionais (SIS Fronteiras) de todos os Municípios beneficiados com recursos previstos na Portaria nº 1.189/GM/MS, de 2006, e recebidos nos termos desta Portaria, deverá ocorrer no prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias, contado da data do repasse dos recursos financeiros da Fase III.

3.2.2 Vigilância Sanitária Animal A Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril do Estado de Rondônia - IDARON, com base no Convênio de Sanidade Animal em áreas de fronteira Brasil/Bolívia, promulgado pelo Decreto nº 83.309, de 04 de abril de 1979, no Memorando de Entendimento sobre Cooperação Técnica entre as autoridades sanitárias da República Federativa do Brasil e da República da Bolívia, de 27 de março de 2003 e na Portaria nº 051 – SDA/MAPA, de 07 de agosto de 2003, criou um grupo objetivando desenvolver as atividades na Região de Fronteira entre a República Federativa do Brasil e a República da Bolívia, que venham buscar solução para resolver os problemas suscitados na referida fronteira visando a erradicação da Febre Aftosa.

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Técnicos da Agência de Defesa Sanitária Agrossilvopastoril do Estado de Rondônia (Idaron) vacinaram parte do rebanho boliviano na faixa de fronteira com o Estado. No 30º Ciclo de Vacinação contra Febre Aftosa, realizado de dezembro 2015 a meados de janeiro de 2016, foram vacinados aproximadamente 40 mil bovinos e bubalinos pertencentes a 478 produtores rurais. O custo operacional foi de R$ 3,15 por animal vacinado, percorrendo uma distância aproximada 90 km, em alguns trechos da fronteira entre o Estado de Rondônia com o Departamento de Beni. Teve a participação de 6 Órgãos: Superintendência Federal de Agricultura em Rondônia - SFA/RO; Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril do Estado de Rondônia - IDARON; Fundo de Apoio à Defesa Sanitária Animal do Estado de Rondônia - FEFA/RO; Serviço Nacional de Sanidad Agropecuária e Inocuidad Alimentaria da Bolívia - SENASAG/BO; Federação dos Ganadeiros do Departamento do Beni - FEGABENI/BO.

Fonte: Idaron

3.3 Infraestrutura

 Ponte em Abunã

 Pavimentação BR-435

 Pavimentação RO-135

 Pavimentação BR-429

 Pavimentação BR-425

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 Pavimentação BR-421

 Hidroelétrica de Santo Antônio

 Hidroelétrica de Jirau

 Hidrovia do Baixo Madeira

 Sistema de Esgoto Guajará-Mirim

 Infovia Banda Larga

 Aeroporto de Guajará-Mirim

 Sistema de Esgoto

3.3.1 Ponte Sobre o rio Madeira em Abunã/RO - BR-364

A construção da ponte faz parte do Programa de Aceleração do Crescimento PAC-2, sob a responsabilidade do Departamento Nacional de Transportes – DNIT. A obra foi contratada por R$ 128 milhões, sendo executada pela empresa Arteleste Construções LTDA. A ponte terá 1.084 metros de comprimento. Os trabalhos de execução estão em andamento com 25 bases de pilastras já executas e a pista de rolamentojá em execução. Prazo de construção previsto para dois anos e conclusão em 2017.

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3.3.2 Rodovias: BR-435, RO-135, BR-429, BR-425 e BR-421 BR-435 (antiga RO-399) liga a cidade de Vilhena a Pimenteiras, a rodovia com pavimentação inacabada, faltando 32 km para conclusão do asfaltamento.

RO-135 liga a cidade de Alta Floresta ao Distrito de Porto Rolim na linha de fronteira, rodovia estadual sem pavimentação.

BR-429 liga Presidente Médici na BR-364 à Costa Marques, rodovia com pavimentação concluída, restando parte das obras de artes (em construção 16 pontes).

BR-425 liga Abunã na BR-364 a Guajará-Mirim, rodovia com a pavimentação em fase de conclusão, adequada aos padrões rodoviário do DNIT, restando concluir as obras de artes (pontes sobre o Rio Araras e Ribeirão).

BR-421 Estrada Parque em caráter emergencial, porém com pendências judiciais, a rodovia liga Ariquemes a Campo Novo sem restrições, com 80 km asfaltado. Já o trecho da continuação da BR-421 de Campo Novo a Guajará-Mirim, enfrenta a burocracia judicial. Vale salientar, que a “Estrada Parque” está sendo muito bem preservada e cuidada pelos órgãos estadual e federal, permitindo apenas o tráfego de veículos utilitários transportando alimentos perecíveis e de passeio das 7 às 18 horas. Bem sinalizada, a velocidade não pode ultrapassar os 30 km. (texto contido no item 5.4.1)

3.3.3 Hidroelétrica de Santo Antônio (rio Madeira)

Considerado referência em construção de hidrelétrica de forma sustentável, o projeto envolve tecnologia de última geração - menos agressiva ao meio ambiente. O reservatório da UHE Santo Antônio terá uma área de 350 km², o que significa uma ótima relação entre área alagada e potência instalada.As áreas inundadas serão praticamente as mesmas que ocorrem durante as cheias anuais do rio Madeira.

A Hidroelétrica Santo Antônio está a 7 km de Porto Velho, no Rio Madeira. Investimentos da ordem de R$ 20 bilhões, Queda d’água 13,9 metros, Potência 3.568 MW, turbinasTipoBulbo 50, sistemas de transmissão corrente contínua e alternada, obra prevista no PAC. Quarenta e quatro turbinas já estão em

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funcionamento comercial e as seis restantes, com a conclusão prevista para o final de 2016.

3.3.4 Hidroelétrica de Jirau (rio Madeira)

A Hidroelétrica do Complexo rio Madeira, a 120 km de Porto Velho, com reservatório de 258 km². A usina terá capacidade instalada de 3.750MW, gerada por 50 turbinas do tipo bulbo.Custo inicial de R$ 15,4 bilhões de reais. Obra prevista no PAC em fase de conclusão prevista para 2016.

3.3.5 Hidrovia do Baixo Madeira (Porto Velho-Itacoatiara)

O Governo Federal vem investindo na melhora da navegabilidade no Rio Madeira e modernização do terminal de carga de Porto Velho/RO, incluindo ampliação e aquisição de equipamentos. A Hidrovia do Baixo Madeira, trecho entre a cidade de Porto Velho (RO) e a cidade de Itacoatiara (AM) de 1.156 km, receberá investimentos que chegam à cifra de R$ 190 milhões, para a adequação do corredor do rio Madeira. O DNIT se encarregará dos estudos (EVTEA), do projeto de manutenção e da realização das respectivas obras de manutenção: dragagem, sinalização e balizamento em todo o corredor. Meta: dragagem de 6,16 milhões de m3, com investimentos de R$ 140 milhões, sendo R$ 11 milhões para estudos e projetos. Executor: DNIT/CODOMAR/AHIMOC.

Os Projetos Básicos da dragagem e da sinalização estão finalizados. Os editais para a contratação dos serviços de dragagem, sinalização, monitoramento e educação ambiental encontra-se em processo licitatório, através do DNIT por meio do RDC (Regime Diferenciado de Contratação), para a contratação de empresa especializada. A contratada atenderá à hidrovia pelo prazo de 5 anos, nos Estados de Rondônia e Amazonas. O valor da obra para etapa está estimado em R$ 81.825.643,70.

3.3.6 Aeroporto de Guajará-Mirim

A reforma, ampliação e modernização do aeroporto de Guajará-Mirim é uma necessidade por se tratar de um ponto estratégico na fronteira Brasil/Bolívia, eixo

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rodoviário e hidroviário, bem como a existência da Área de Livre Comércio. É considerada uma cidade gêmea de fronteira, com potencial turístico histórico. O projeto está pronto custo aproximado de 5 milhões, porém a licitação está parada há vários anos, sob a responsabilidade do Banco do Brasil.

3.3.7 Sistema de Esgoto

O Sistema de Esgoto de Guajará-Mirim está sendo executado com recursos federais, administrado pela Fundação Nacional de Saúde – FUNASA. Atualmente já foi executado aproximadamente 10% da malha urbana. Valor estimado em R$ 55 milhões.

As demais cidades na linha de fronteira não têm sistema de esgoto.

3.3.8 Infovia - Plano Nacional de Banda Larga

A Infovia é uma iniciativa do Governo do Estadual em parceria com órgãos públicos e empresas privadas, com objetivo de melhorar e expandir a infraestrutura e os serviços de Telecomunicações e de Tecnologia da Informação em todos os 52 municípios de Rondônia. Trata-se de uma rede de fibras ópticas e rádios, que opera integrada com a infraestrutura privada de Telecomunicações (Satélites, Telefonia Celular, Telefonia convencional e Fibras ópticas, etc..) conectando cidades, prédios e órgãos em alta velocidade, possibilitando novas formas de relacionamento entre pessoas, organizações e oEstado.

A Infovia está alinhada com a Infraestrutura de telecomunicações do governo Federal de forma a evitar a sobreposição de investimentos e suprir as deficiências de Telecomunicações de Rondônia. Atualmente apenas vinte dos cinquenta e dois municípios estão interligados através de fibra óptica por uma única empresa com cobertura estadual.

A Infovia torna possível fornecer internet, para uso de equipamentos médicos conectados à rede, ensino a distância, Internet, processos eletrônicos, a um custo correspondente a 1% do total pago às operadorashoje.

A implantação iniciou em Porto Velho, como fase Piloto, utilizando- se o anel de fibras ópticas da Segurança Publica, interligando prédios em alta velocidade

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(complexo Administrativo e seus anexos, o Tudo Aqui, a Junta Comercial, a SESDEC, o DETRAN, a SOPH e Seis escolas da Rede Estadual de Ensino).

Estão em andamento os serviços para conexão de 211(duzentos e onze) prédios em Porto Velho e 30 (trinta) em Ariquemes. Está em fase de elaboração o termo de referência para ampliar a Infovia para onze novos municípios do interior do estado (Guajará-Mirim, Cacoal, , Espigão D’Oeste, Jaru, Ji Paraná, Ouro Preto D’Oeste, Pimenta Bueno, Presidente Médici, Rolim de Moura e Vilhena), que somados a Porto Velho e Ariquemes, beneficiará 70% do Estado de Rondônia. Os demais Municípios dependem da definição do modelo de negócio e personalidade jurídica do órgão gestor da Infovia.

O Governo de Rondônia utiliza-se da rede de fibras ópticas da Eletronorte/Telebrás e ou Rádio, para interligar os municípios entre si e as áreas urbanas.

Mapa - Projeção da Cobertura da Infovia em agosto de 2017

3.4 Área Econômica

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 Área de Livre Comércio Guajará-Mirim (SUFRAMA)

 Free shop

 Turismo

3.4.1 Áreas de Livre Comércio – ALCs – (MDIC) Áreas de Livre Comércio - ALC Guajará-Mirim/RO, criada no Município de Guajará-Mirim, através da Lei no. 8.210/1991, uma área de livre comércio de importação e exportação, sob o regime fiscal especial, com a finalidade de promover o desenvolvimento das regiões fronteiriças do extremo noroeste do Estado e com o objetivo de incrementar as relações bilaterais com os países vizinhos, segundo a política de integração latino-americana.

3.4.2 Free Shop A Lei nº 12.723/2012 autorizou a instalação de lojas francas (Free shop) em Cidade Gêmeas de municípios da faixa fronteira com outros países. Essas lojas vendem mercadorias nacionais e estrangeiras com regime tributário diferenciado, sem cobrança de impostos de importação. As transações também podem ser feitas em moeda nacional ou estrangeira.

A cidade de Guajará-Mirim se enquadra nas exigências legais para instalação de Free Shop, que se encontra em fase de estudo.

3.4.3 Turismo Festa do Divino Espírito Santo no Vale do Guaporé - é a mais antiga manifestação cultural de Rondônia na fronteira do Brasil com a Bolívia, pode se tornar Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil. Consiste em uma manifestação cultural de caráter religioso, o evento acontece anualmente desde 1894, nas cidades brasileiras, bolivianas e comunidades quilombolas do Vale do Guaporé, trazida pelos negros vindos de Vila Bela da Santíssima Trindade, Mato Grosso.

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3.5 Segurança - Plano Integrado de Segurança na Fronteira (ENAFRON)

- Programa Calha Norte

3.5.1 Estratégia Nacional de Segurança Pública nas FronteirasSENASP/Ministério da Justiça

Plano Integrado de Segurança na Fronteira do Estado de Rondônia. OBJETIVO GERAL - Integrar ações do Estado de Rondônia e Governo Federal para a redução da criminalidade, garantindo a manutenção e preservação da ordem pública na Faixa de Fronteira, inibindo os fatores geradores da violência, bem como promover as condições favoráveis ao desenvolvimento regional;implantar medidas para a fiscalização efetiva e eficiente e consequente redução anual dos índices de crimes praticados na Faixa de Fronteira; exercer maior controle sobre a fronteira brasileira, especialmente no que se refere aos crimes de narcotráfico, tráfico de armas, munições e crimes contra a vida, de forma permanente.

Atendendo aos termos do acordo firmado com o Governo Federal, no sentido de implementar e criar uma unidade integrada de policiamento especializado para atender às comunidades englobadas pela Faixa de Fronteira.A Gerência

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Especializada em Segurança de Fronteira – GESFRONSESDEC/RO, articulada em 12 (doze) Unidades Especializadas em Segurança de Fronteiras (UNESFRON).

As bases das UNESFRON instaladas em unidades policiais (quartéis ou delegacias já existentes nos Municípios localizadas na Faixa de Fronteira),servem como pontos de apoio para ações e operações desenvolvidas pelas unidades na região.

Localização das UNESFRON em Rondônia

Resultados Esperados-Com a construção de instalações físicas adequadas, aquisição de equipamentos, armamentos, munições letais e não letais, equipamento de proteção individual, viaturas, embarcações, aeronaves e criação de equipes de investigação, perícia, estatística e análise criminal objetiva-se, na Faixa de Fronteira, obter os seguintes resultados:

 Redução anual dos índices de crimes praticados contra a vida, narcotráfico, tráfico de armas e munições, tráfico de pessoas, abigeato, além de outros delitos característicos da Faixa de Fronteira;

 Aumentar substancialmente a apreensão de drogas, materiais oriundos de descaminho e contrabando, animais oriundo do tráfico, além da prisão de criminosos em cometimento de delitos relacionados com a fronteira;

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 Localizar, identificar, mapear e catalogar locais, instrumentos, pessoas e atividades ou ações que tenham ligação com crimes transfronteiriços;

 Maior controle da entrada de estrangeiros no país;

 Coibir a prática de crimes contra o meio ambiente;

 Diminuição da evasão de divisas;

 Diminuição dos roubos de veículos;

 Maior fiscalização à entrada de produtos estrangeiros no país;

 Maior arrecadação do fisco federal e estadual;

 Maior controle das fronteiras, portos e aeroportos.

3.5.2 Programa Calha Norte O Programa Calha Norte - PCN (Ministério da Defesa) foi criado em 1985 pelo Governo Federal com o objetivo de “aumentar a presença do poder público na região contribuindo para a defesa nacional, proporcionando assistência às suas populações e fixando o homem na Região”, visa promover a ocupação e o desenvolvimento ordenado da Amazônia Setentrional. A implementação do programa tem encontrado algumas dificuldades, como por exemplo, os vazios demográficos, causados pelos obstáculos naturais, a pouca presença dos equipamentos estatais, principalmente nas áreas de saúde, comunicação, educação e transporte.

3.6 Sócio-Político

 Consórcio Binacional – CBDIS

 Mesa da Irmandade

3.6.1 Consórcio Bi-Nacional – CBDIS Existem algumas iniciativas da sociedade civil no âmbito da Faixa de Fronteira, as quais estão vinculadas aos interesses comuns de brasileiros e bolivianos, através dos municípios de Guajará-Mirim (Rondônia/Brasil) e Guayaramerin (Beni/Bolívia), para o desenvolvimento sustentável.

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Nesse sentido, foi criado logo nos primeiros anos da década de 2000, o Comitê Bi-Nacional de Fronteira, uma instituição internacional de caráter não governamental e sem fins lucrativos, composta em sua estrutura organizacional por brasileiros e bolivianos, demonstrando que é possível caminhar juntos quando se trata de problemas comuns entre as cidades gêmeas.

Em 2011 foi criado o Consórcio Bi-Nacional para a Integração e Desenvolvimento Sustentável – CBDIS, também uma entidade não governamental e sem fins lucrativos que busca a integração sociocultural, econômica e tecnológica da Faixa de Fronteira entre o Brasil e a Bolívia, através da discussão das grandes obras de infraestrutura que estão sendo executadas e em planejamento para a referida região.

3.6.2 Mesa da Irmandade(Acordo Internacional)

A Mesa da Irmandade assegurada pelo Decreto Legislativo nº 503, de 11/12/2013 que homologa a Declaração de Irmandade que celebra o Governo do Estado de Rondônia e o Departamento Autônomo de Beni - Bolívia, com objetivo fortalecer a amizade e a cooperação entre Rondônia e o Beni - Bolívia, para a integração Regional.

Composição da Mesa da Irmandade: A mesa permanente de Integração Regional Rondônia/Beni, será composta pelos seguintes membros: por parte de Rondônia:Governador do Estado, Secretário Chefe da Casa Civil, Secretário de Estado de Planejamento, Orçamento e Gestão, Secretário de Estado da Agricultura, Secretário de Estado do Meio Ambiente, Secretário de Estado de Assuntos Estratégicos, Presidente da Frente Parlamentar Permanente de Integração Binacional Rondônia/Beni.As mesmas autoridades do Departamento Autônomo do Beni devem compor o grupo.

A Mesa Permanente de Integração se reúne ordinariamente uma vez a cada semestre, de forma alternada entre o Estado de Rondônia e o Departamento do Beni.

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III ESTRATÉGIA PROPOSTA

A construção de uma nova Política para a Faixa de Fronteira com a Bolíviaalinhada com a Política do Governo Federal para diminuir as desigualdades regionais e integração nacional é m marco histórico por ser o primeiro plano participativo de entidades públicas e sociedade organizada, voltado para a Faixa de Fronteira de Rondônia e Bolívia.

A nova proposta elaborada pelo Núcleo Estadual mantém o objetivo de estruturar as ações do plano em eixos temáticos, elencando projetos e programas integradores para a região fronteiriça que visaa inclusão socioeconômica, melhoria da qualidade de vida e preservação ambiental.

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1. Modelo de Desenvolvimento Para Faixa de Fronteira

O desenvolvimento de uma região tem que ser fundamentado na cultura, nos costumes e nos anseios das comunidades locais. O PDIF de Rondônia não poderia ser diferente para uma região de fronteira com característica tão peculiar e ao mesmo tempo, tão carente de apoio dos governantes. Comunidade essa que ao longo de sua história vem sobrevivendo sem as mínimas condições de infraestrutura básica, como: sistema de esgoto, água tratada e equipamentos comunitários tão importantes para a vida urbana.

A proposta do PDIF visa à integração das políticas públicas e as ações das três esferas governamentais, somada a participação da comunidade local na busca dos anseios coletivos e integradores da população transfronteiriça, visando o empoderamento e sustentabilidade com qualidade de vidadaqueles que ali vivem.

Audiências Públicas na Faixa de Fronteira/2011 - 1ª Versão do PDIF

Foto: Natan Oliveira

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2. Política de Desenvolvimento Regional Fronteiriça

A política regional promove a dinamização econômica dos espaços pouco desenvolvidos, enfrentando um conjunto de desafios para superar a desigualdade da região de fronteira com resto do país. É preciso romper a estagnação ou má distribuição da atividade econômica, bem como da baixa capacidade de oferta de serviços públicos básicos de qualidade, para melhorar as condições de vida dos brasileiros que ali vivem.

2.1 Governo Federal

 PNDFF – Plano Nacional de Desenvolvimento da Faixa de Fronteira

 PDR – Plano de Desenvolvimento Regional

 PRDA - Plano Regional de Desenvolvimento da Amazônia

 Brasil Maior

 Brasil Sem Miséria

 Cidade Digital

2.2 Governo Estadual

 PDIF – Plano de Desenvolvimento Integrado da Faixa de Fronteira

 PEDES – Plano Estadual de Desenvolvimento Econômico e Social

 PIDISE – Programa Integrado de Desenvolvimento de Inclusão Socioeconômico

A estratégia de atuação proposta pelo PDIF visa a interação com todos os programas do Governo Federal e os programas do Governo Estadual buscando a eficiência na atenção das metas prioritárias do governo, referentes ao desenvolvimento e integração regional, a qual seguirá três grandes linhas de ação: a primeira ação é alinhar e priorizar todos os programas sociais do Governo Federal com o Governo Estadual para as Cidades Gêmeas e as cidades da Linha de Fronteira. Asegunda é a Integração dos Planosde Desenvolvimento PDFF, PDR e

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PRDA do Governo Federal com o PDIF, PEDES e PIDISE Governo Estadual, também os priorizando para as Cidades Gêmeas e as Cidades da Linha de Fronteira. Aterceira será a extensão paratoda a Faixa de Fronteira, visando a Melhoria das Condições Econômicas, Sociais e de Cidadania das comunidades locais.

O desenvolvimentosocialintegrado das Cidades-Gêmeastem como base os projetos prioritáriosque atendam as cidades concentrada na Linha de Fronteira, focando as potencialidades locais, de ambos os lados das cidades contíguas, que constituem uma oportunidade para fortalecer e catalisar os processos de integração social e institucional fundamentais para a competitividade. Posteriormente, se estenderá a todos os municípios da Faixa de Fronteira, fortalecendo suas potencialidades produtivas voltadas para geração de emprego e renda.

O Governo do Estado em observância às diretrizes e metas dos Programas sociais do Governo Federal, como Plano Brasil Sem Miséria, Brasil Maior entre outros, alinhou-se como planejamento extratégico para a Faixa de Fronteira as ações previstas nos planos: PDIF e PEDES -Plano de Desenvolvimento Sustentável do Estado de Rondônia.

2.1 Plano de Desenvolvimento Sustentável do Estado de Rondônia

O Plano tem como base o conhecimento de sua realidade e nas políticas públicas voltadas ao desenvolvimento socioeconômico, mediante a execução de um conjunto de diretrizes, programas e projetos, visando reduzir as desigualdades entre as regiões de planejamento do Estado e direcionar o potencial da diversidade existente para o desenvolvimento regional sustentável.

O Plano foi construído a partir de um esforço conjunto do governo federal e governo estatal, materializado em um Acordo de Cooperação Técnica por intermédio do Ministério da Integração Nacional e Secretaria de Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão firmado em 07.02.2014. A elaboração ficou sob a responsabilidade do Instituto Interamericano de Cooperação para Agricultura (IICA) e a Empresa Consultoria e Serviços Socioeconômico e Ambiental Ltda(CON&SEA LTDA). Para efetivação dos trabalhos foram envolvidas as secretarias de Estado e instituições públicas, privadas e não governamentais vinculadas e articuladas com

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as demandas sociais. Cabe destacar que as demandas sociais foram levantadas por meio de diversas oficinas de trabalho, realizadas no Estado e pelo acompanhamento e monitoramento das secretarias de governo.

O PDES/RO 2015-2030 considerada as peculiaridades regionais com vistas a possibilitar a diminuição das desigualdades entre as regiões do Estado, no que se refere ao nível de vida, bem como a favorecer a integração fronteiriça e aumentar a riqueza com responsabilidade social e ambiental.

2.2 Articulação PrioritáriadasMesorregiões, PDFF, PDRA

Quatro mesorregiões em que o Governo Federal já vem atuando de forma importante – Alto Solimões (AM), Vale do Rio Acre (AM e AC), Grande Fronteira do MERCOSUL (PR, SC e RS) e Metade Sul do Rio Grande do Sul (RS) – encontram- se em áreas coincidentes com a Faixa de Fronteira.

Essas mesorregiões são beneficiadas pelas ações do PNDFF e PDR de modo que, complementarmente, os programas federais em questão, possam garantir o desenvolvimento sustentável dessas sub-regiões, que já estão em processo de consolidação de uma base local de desenvolvimento, envolvendo articulação de estratégias e ações do Governo Federal com os Estados, Municípios e as sociedades locais organizadas. Visando esta estratégia de desenvolvimento do Governo Federal, o Plano de Desenvolvimento Integrado de Fronteira PDIF do Estado de Rondônia constitui uma oportunidade para o aproveitamento de sinergias das ações públicas e privadas para a Faixa de Fronteira com a Bolívia.

2.3 MelhoriasSocioeconômicas das Sub-regiões Faixa de Fronteira

As ações aqui propostas têm o objetivo de articular os atores da Faixa de Fronteira em torno de projetos de desenvolvimento comuns e de construção de percepções da realidade local e sub-regional, assim como provocar a elaboração de agenda para a superação dos obstáculos e utilização das potencialidades, englobando, em sua estratégia de atuação, o fortalecimento da sociedade civil, o incentivo a Arranjos Produtivos Locais - APLs, a promoção da articulação dos atores e o estímulo à infraestrutura econômica, social e gerencial.

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2.4 Interação PDIF com as Ações Prioritárias do PIDISE

O Programa Integrado de Desenvolvimento e Inclusão Socioeconômica do Estado de Rondônia PIDISE tem em seu objetivo geral a ampliação e modernização da infraestrutura social e econômica do estado, através da organização do processo de desenvolvimento, com sustentabilidade e inclusão social. O Programa trará benefício para toda a população do estado especialmente as dos municípios localizados no eixo da BR 364, complexo Hidrelétrico do Rio Madeira e Linhas de Transmissão de Energia Elétrica. De forma integrada, serão beneficiários diretos do projeto os pequenos e médios produtores da cadeia produtiva do pescado e da agroindústria; famílias de baixa renda contempladas em programas de proteção social e de habitação; comunidades escolares da área rural e urbana, usuários dos serviços públicos de segurança, saúde, saneamento, empresários e instituições públicas.

Serão investidos através de empréstimo financiado pelo BNDES no valor de R$ 488.364.300,00 com contrapartida de R$ 54.262.700,00 do governo do estado de Rondônia totalizando um investimento do programa de R$ 542.627.000,00 que serão empregados numa estrutura de 10 programas quais sejam:

Quadro Resumo dos Investimentos do PIDISE Valor em R$ COMPONENTES 1,00

Segurança Pública e Direitos Humanos 111.446.000,00

Ampliação e Modernização da Infraestrutura da Educação, Desporto e Lazer 101.970.000,00

Implantação, Melhorias e Ampliação dos Serviços de Saúde e Saneamento 53.230.000,00

Desenvolvimento do Turismo e Preservação e Conservação do Patrimônio 28.250.000,00 Histórico e Cultural

Desenvolvimento Econômico, Competitividade e Fortalecimento dos Arranjos 91.898.000,00 Produtivos

Modernização da Infraestrutura Fazendária 37.595.000,00

Tecnologia da Informação 35.088.000,00

Habitação de Interesse Social 54.000.000,00

Fortalecimento e Modernização da Infraestrutura da Assistência Social 24.150.000,00

Gerenciamento e Monitoramento do PIDISE 5.000.000,00

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3. Organização dos Programas e Projetos em Eixos Estratégicos

 Eixo Educação

 Eixo Saúde

 Eixo Infraestrutura

 Eixo Econômico

 Eixo Segurança

 Eixo Ambiental

3.1 Definição dos Programas Estruturantes

O Estado de Rondônia necessita urgentemente de programas de desenvolvimento para continuar crescendo, tendo como base, diferentes alternativas, conforme a natureza do problema a ser enfrentado.

3.1.1 Eixo Educação

Programa para a educação intercultural com propósito de promover a construção de uma identidade regional bilíngüe e intercultural com ênfase no ensino de português e espanhol, sobretudo nas cidades-gêmeas levando em conta as peculiaridades e seu potencial cultural.

3.1.2 Eixo Saúde

Projeto do Sistema Integrado de Saúde na Fronteira – SIS (Ministério da Saúde), que tem atuação na área de saúde em todos os municípios de fronteira em especial aquelas voltadas para vigilância epidemiológica; vigilância sanitária e ambiental; saúde intercultural (povos indígenas) e desenvolvimento de capacidades para o atendimento a pacientes portadores de HIV/AIDS.

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3.1.3Eixo Infraestrutura 3.1.3.1Infraestrutura logística

Programa de apoio logístico de transporte hidroviário nos Rios Guaporé e Mamoré interligados com o Rio Madeira, visando aumentar o grau de competitividade diminuindo o alto custo da logística do transporte de cargas.

A Bacia do Madeira é considerada o maior potecial de integração regional que pode ser estabelecido entre o Brasil, a Bolívia e o Peru, mediante a integração de suas redes de transportes intermodal fluviais, terrestre e o potencial energético.

3.1.3.2Infraestrutura Urbana

Urbanização das cidades por meio da construção de equipamentos urbanos, implantação de infraestrutura social de apoio à produção, construção de obras civis, saneamento, canalização, tratamento e abastecimento de água e transporte urbano, dentre outros. Essa ação tem como finalidade melhorar a qualidade de vida nos municípios fronteiriços, para proporcionar maior nível de satisfação das populações da Faixa de Fronteira.

3.1.4 EixoEconômico 3.1.4.1APL

Implantação de Arranjos Produtivos Locais - APLs, visando à estruturação socioeconômica dos municípios fronteiriços, entorno de uma estratégia de desenvolvimento de produção, industrialização e comercialização dos produtos regionais em bases sustentáveis e resultados imediatos na dinamização das economias locais em especial a sociobiodiversidade.

3.1.4.2Turismo O Vale do Guaporé é rico em patrimônio histórico, manifestações culturais, oportunidades de visitas às comunidades caboclas e indígenas e visita à Bolívia para compras. Belezas naturais, rica em fauna e flora, a região encanta os visitantes

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que apreciam aventuras mais radicais. De trekkings pela Floresta Amazônica ou no pantanal rondoniense, a pesca esportiva no Rio Mamoré e nos seus afluentes, lugar ideal para um mergulho em meio aos peixes da região. É possível fazer um rapel de 120 metros num paredão na cordilheira dos Pacaás Novos, até o rio que leva o mesmo nome.

Construção de pousadas para hospedagens integradas à natureza.

3.1.4.3 Polo Industrial Sociobiodiversidade

O desenvolvimento regional pretendido pelos benefíciosfiscais,previstos na ALC e ZFV só ocorrerá se for materializado com a criação de um polo industrial voltado para a sociobiodiversidade, conforme a proposta da Zona Franca Verde Lei nº 11.898, de 8 de janeiro de 2009, regulamentada pelo Decreto Presidencial nº 8.597, de 18 dezembro de 2015, o qual criou a Zona Franca Verde em seis municípios da Região Amazônica, sendo Guajará-Mirim um deles.

Com a regulamentação da Zona Franca Verde, os municípios beneficiados passam a receber a concessão de incentivos fiscais para indústrias de beneficiamento dos recursos ambientais e matérias-primas regionais de origem florestal, pesqueira, agropecuária e mineral.

3.1.5 Eixo Segurança

Estratégia Nacional de Segurança nas Fronteiras -ENAFRON - Conjunto de políticas e projetos do Governo Federal, que tem por finalidade melhorar a percepção de segurança pública junto à sociedade e garantir a presença permanente das instituições policiais e de fiscalização na região de fronteira do Brasil, otimizando a prevenção e a repressão aos crimes transfronteiriços, por meio de ações integradas de diversos órgãos federais, estaduais e municipais.

Promover a articulação dos atores governamentais, das três esferas de governo, no sentido de incentivar e fomentar políticas públicas de segurança, uniformizar entendimentos e ações e otimizar o investimento de recursos públicos nas regiões de fronteira.

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Enfrentar os ilícitos penais típicos das regiões de fronteira e promover um bloqueio e a desarticulação das atividades de financiamento, planejamento, distribuição e logística do crime organizado e dos crimes transnacionais, cujos efeitos atingem os grandes centros urbanos e a sociedade brasileira com um todo.

3.1.6 Eixo Ambiental

Plano de exploração da Reserva Extrativista do Pacaás Novos, Reserva Extrativista do Rio Cautário, Reserva Extrativista de Pedras Negras, Reserva Extrativista do Curralinho, Reserva biológica do Guaporé, Parque Estadual Serra dos Reis, Parque Estadual de Curumbiara, Terra Indígena Ribeirão, Terra Indígena Lages, Terra Indígena de Pacaás Novos e Terra Indígena do Rio Guaporé.

A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), que entre outras importantes providências de alcance visa garantir a inclusão sócio-produtiva dos catadores de materiais recicláveis, nos termos prescritos pela legislação federal.

A Política Estadual vem desenvolvendo ações comooProjeto Recicla Rondônia, sob a coordenação da Secretaria de Estado de Assistência e Desenvolvimento Social SEAS.

3.1.7Eixo Sócio-Político

3.1.7.1Emprego - tratar o fluxo de trabalhadores na transfronteira com uma política diferenciada, formatada de acordo com o lugar geográfico, os interesses brasileiros e a relação com o país vizinho nas cidades-gêmeas. Em termos de administração é problemático o desenvolvimento regional da faixa, tendendo a reforçar, em vez de modificar, visões preconcebidas e assimetrias quase sempre hostis à integração subcontinental. É preciso programar ações que objetivem legalizar a residência e o trabalho de nacionais no exterior e vice-versa, nos moldes recepcionados no Acordo de Residência do MERCOSUL em vigor.

3.1.7.2 Aduanas - o funcionamento integrado das aduanas dá maior agilidade no desembaraço das cargas, com Despachante Aduaneiro prestadores de serviços bem treinados, com abrangência cada vez maior nas atividades inerentes ao

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comércio de importação e exportação, viabilizando economia e agilidade para as empresas aumentarem o grau de competitividade.

Aduanas integradas com equipamentos modernos e profissionais da atividade de repressão devidamente treinados e uma legislação aduaneira moderna acordada com o país vizinho, tendo com objetivo a evolução dinâmica do comércio exterior e ao mesmo tempo coibir de maneira eficaz os ilícitos e fraudes aduaneiras, protegendo os interesses dos dois países.

3.2 Identificação e Estruturação dos Projetos Integradores

Ver Anexo III Resumo - Planilhas das Propostas

3.2.1 Eixo Educação

 Desenvolvimento de Escolas Binacionais de Fronteira  Instituto Técnico de Fronteira  Intercâmbio de Professores Brasil/Bolívia  Intercâmbio de Estudantes Brasil/Bolívia  Projeto Integração Histórica – UNIR/RO

3.2.1.1 Projeto Intercultural Bilíngue Escolas de Fronteira(Ministérioda Educação)

Projeto Escolas Bilíngües de Fronteira tem como propósito promover a construção de uma identidade regional bilíngüe e intercultural como marco de uma cultura de paz e de cooperação interfronteiriça. O Projeto consiste em um modelo comum de ensino em escolas de zona de fronteira, a partir do desenvolvimento de um programa para a educação intercultural com ênfase no ensino do português e do espanhol, em Guajará-Mirim cidade-gêmea e Costa Marques.

Com base na proximidade geográfica e os laços estreitos entre os povos dos dois países, esse projeto prevê o desenvolvimento de um modelo de ensino comum, apoiada por professores e alunos para formalizar a comunicação e educação em Português e Castelhano ao mesmo tempo.

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Planejamento das aulas experimentais na língua do "outro" e em diferentes disciplinas conduzidas por professores de ambos os lados, com o assessoramento de especialistas em educação das universidades envolvidas.

Assim, não só a língua, mas também vários costumes são conhecidos entre os estudantes brasileiros na Bolívia, fortalecendo os laços de integração precoce. Com a inclusão desses aspectos no conteúdo de todas as disciplinas, desde matemática para a artea integração de conteúdo e pluralidade de aprendizado da fronteira torna-se um ambiente de interação educacional, cultural e linguística.

3.2.1.2Projeto Escolas Técnicas de Fronteira (SETEC/Ministério da Educação).

O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia – IFRO iniciou as atividades em 2011 na Guajará-Mirim em prédio cedido pela Prefeitura, destinado a atender a macrorregião, que conta com mais de 100 mil habitantes, segundo o Censo do IBGE 2010, além da população boliviana de fronteira que também poderá participar, configurando dessa forma um pólo binacional de educação técnica.

3.2.1.3 Projeto Intercâmbio de Professores

O intercâmbio de professores que ensinam Espanhol na rede pública estadual de Rondônia para fazer estágio na Bolívia. Da mesma forma, os profissionais da Bolívia que ensinam a língua portuguesa virão fazer estágio em Rondônia. Apropostaé que na área fronteiriça os estudantes sejam formados nas duas línguas para maior integração dos dois países.

3.2.1.4Projeto Integração Histórica – UNIR/RO

Projeto Integração Histórica Política e Cultural da Região de Fronteira Brasil/Bolívia (Universidade Federal de Rondônia – Miguel Nenevé e Valdir Aparecido de Souza).

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O projeto tem como base a política pública de integração que leve em consideração o respeito às culturas locais de fronteira, sejam elas urbanas e modernas, rurais e povos da floresta, bem como indígenas e quilombolas. Com foco na História Oral, Método Etnográfico, Abordagem Sociológica, Política e Hibridismo Cultural - Português, Espanhol e Línguas Indígenas. Visando diminuir a exclusão social e o preconceito entre as culturas.

O público alvo são as Comunidades Ribeirinhas na fronteira de Rondônia e Bolívia, de Abunã à Cabixi.

O produto inicial é um currículo comum na área da educação entre as comunidades e entre os países, objetivando a implantação de Escolas Binacionais de Fronteira.

3.2.2Eixo Saúde

 Sistema Integrado de Saúde na Fronteira – SIS (Ministério da Saúde).

 Intercâmbio de médicos e outros profissionais de saúde exclusivamente na Faixa de Fronteira.

 Campanhas de Vacinação Integrada.

3.2.2.1. Projeto Sistema Integrado de Saúde na Fronteira – SIS

O Sistema, iniciado em 2006, é uma proposta da Secretaria Executiva do Ministério da Saúde, e tem como objetivo contribuir para o fortalecimento e organização dos sistemas locais de saúde de 121 municípios fronteiriços, de norte a sul do paíscontempladosno“MAIS SAÚDE” – Direito de Todos – 2008-2011, no eixo da Cooperação Internacional, o SIS-Fronteira visa atender a toda extensão territorial das fronteiras do Brasil.

3.2.3 Eixo Infraestrutura

 Infraestrutura Urbana

 Infovia

 Hidrovia da Bacia do Madeira

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 Portos Hidroviários (Guajará-Mirim, Costa Marques e Cabixi)

 Ponte Binacional em Guajará-Mirim

 Hidroelétrica Binacional do Ribeirão em Guajará-Mirim

 Rodovia do Pacífico Brasil/Peru

 Logística do Transporte de Cargas

3.2.3.1Infraestrutura Urbana

Dinamização das economias locais, com resultados imediatos por meio da construção de equipamentos urbanos, implantação de apoio à produção, construção de obras civis, implantação de sistemas, saneamento, canalização, tratamento e abastecimento de água e transportes, dentre outros.

3.2.3.2 Infovia–Aduanas Integradas/Banda Larga

Aduanas Integradas Brasil/Rondônia e Bolívia/Beni ligadas pela Infovia, que se encontra em execução no Estado de Rondônia. A InfoviaTrata-se de uma rede de fibras ópticas e rádios, que opera integrada com a infraestrutura privada de Telecomunicações (Satélites, Telefonia Celular, Telefonia convencional e Fibras ópticas, etc..) conectando cidades, prédios e órgãos em alta velocidade, possibilitando novas formas de relacionamento entre pessoas, organizações e países.

3.2.3.3Hidrovia da Bacia do Madeira

A implantação de uma infraestrutura logística, englobando todos os modais de demandas do setor produtivo é um dos grandes desafios do Governo. A hidrovia é o meio de transporte mais econômico e sustentável. Somente em termos da redução do impacto ambiental, a opção pelo transporte hidroviário é evidente por si mesma, considerando a ordem de grandeza de emissão de monóxido de carbono de 1 para hidrovia, 10 para ferrovia e 50 para rodovia. A hidrovia é o modelo de transporte menos oneroso que qualquer outra modalidade disponível no mundo. Mas, no Brasil, onde há condições geográficas bastante favoráveis a esse tipo de operação, os

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investimentos no setor andam na contramão. O meio mais utilizado é o rodoviário, que chega a ser 20 vezes mais caro que o fluvial.

A Hidrovia da bacia do rio Madeira necessita da construção de três eclusas, sendo duas junto às hidroelétricas de Santo Antônio e Jirau e a terceira eclusa onde será construída a Hidroelétrica Binacional Brasil-Bolívia perto da cidade de Guajará- Mirim. Com a construção dessas eclusas a navegação se estenderá até os rios Mamoré, Beni e Guaporé tornando-se possível ligar o leste do Mato Grosso ao Oceano Atlântico.

ECLUSAS- A Agência Nacional de Transportes Aquaviários- ANTAQ tem o projeto para construção das eclusas de Santo Antônio e Jirau, no rio Madeira, onde dois consórcios empresariais instalam as duas maiores obras do Programa de Aceleração do Crescimento - PAC para geração de energia limpa da Amazônia Ocidental.

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Conforme Informações da ANTAQ, as duas obras serão financiadas com recursos do PAC-2, uma vez que o país necessita recuperar o tempo perdido e ingressar definitivamente na era do multitransporte. No Brasil, mesmo com suas dimensões continentais só foram construídas até agora 20 eclusas, 12 delas na hidrovia Paraná/Tocantins.

Em comparação com a Bélgica, país menor do que o Rio de Janeiro dá para ter uma ideia de como o Brasil não aproveita bem os seus mais de 24 mil quilômetros de recursos hidroviários disponíveis. Na Bélgica há 17 eclusas e a Holanda construiu 96, totalizando 41.526 quilômetros quadrados de hidrovias.

No Brasil, dos 13 mil quilômetros de rios navegados, 9 mil quilômetros pertencem às bacias hidrográficas da Amazônia Ocidental, onde é possível realizar o transporte de cargas e passageiros com menor custo e maior lucro. “A hidrovia do Madeira é a maior e mais importante delas”.

Situação da Hidrovia do Baixo MadeiraPorto Velho (RO)-Itacoatiara (AM): ampliação e modernização do terminal de Porto Velho, no valor de R$ 20 milhões, incluído no PAC, sem previsão para o término; navegabilidade do rio Madeira entre Porto Velho e Itacoatiara, no valor de R$ 220 milhões; navegabilidade, sem previsão de execução.

3.2.3.4Construção dos Portos hidroviários

Porto de Guajará-Mirim

ODepartamento Nacional de Infraestrutura e Transporte - DNIT tem o projeto básico para a construção do porto hidroviário do Município de Guajará-Mirim. Porém, existem alguns impedimentos técnicos em relação à área. Faz-se necessário alguns ajustes legais em relação a área destinada à construção do Terminal Hidroviário de Guajará-Mirim/RO, para fins de avaliação por técnicos das condições locais e posteriormente a construção do Porto, avaliado em aproximadamente R$ 10 milhões. (informações da DAQ/DNIT -29/03/12).

Os rios Guaporé e Mamoré são atualmente navegados numa extensão de 1.168 km de vila bela da santíssima Trindade no Mato Grosso até Guajará-mirim em Rondônia, e dependendo de estudos poderá ser navegado de Pontes Lacerda onde

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é cruzado pela BR-364, até o ponto hoje navegado. Desafogando o tráfego da BR- 364.

Porto de Cabixi

Os rios Guaporé e Mamoré são navegáveis entre os dois extremos,poreles poderia se transportar a soja produzida na região de Sapezal no Mato Grosso e na região sul de Rondônia. A colheita de grãos dessas regiões coincide com a cheia desses rios, época em que o nível hídrico está bastante elevado, ou seja, a partir de fevereiro até o final de mês de maio ou junho. No sentido inverso importaria insumos agrícolas e mercadoria para abastecer a região.

Porto de Costa Marques

Posição estratégica no centro da linha de fronteira, a região é grande produtora de bovinos e madeira para exportação. Não existe projeto para construção do porto de Costa Marques

3.2.3.5Construção da Ponte Binacional em Guajará-Mirim

A Ponte Binacional que ligaria o Brasil a Bolívia faz parte de um grandioso projeto fundamental para integração fronteiriça, dinamizando as exportações de produtos da Região Norte e Centro-Oeste do país para a Bolívia, Peru e Chile, sendo também essencial para a saída para o pacífico.

Marco Jurídico: Acordo firmado entre o Brasil e a Bolívia, para a construção da referida ponte foi assinado em 14 de fevereiro de 2007 e promulgado através do Decreto nº 6.858/25 de maio de 2009. A Comissão Mista Brasileiro-Boliviana foi constituída em 20 de novembro de 2008.

Empreendimento binacional onde o Brasil arcará com os custos.O projeto já foi elaborado, a ponte terá extensão de 1.220 metros; Largura de 17,30 metros e Aduanas integradas. Área de platô: 78.206,67 m2. Área construída: 8.764,23 m2. A previsão de licitação da ponte para o ano de 2016.

3.2.3.6 Logística do Transporte de Cargas

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Conta com uma única rodovia a BR-364 em condições precárias e a hidrovia do rio Madeira, com porto de carga e graneleiro, o sistema intermodal precisa de investimento para se tornar uma hidrovia de fato.

3.2.4 Eixo Econômico

 Zona de Processamento de Exportação – ZPE/Porto Velho

 Zona Franca Verde Guajará-Mirim

 Cooperativa dos Produtores Rurais do Vale do Guaporé

 Inclusão Produtiva (APLs)

 Polo Industrial de transformação Guajará-Mirim

 Turismo

O Estado quer a infraestrutura rodoviária necessária para incrementar o intercâmbio comercial com os bolivianos. Rondônia está de olho, sobretudo, na importação de insumos para a produção agrícola, como os fertilizantes sal.

3.2.4.1 Zona de Processamento de Exportação–ZPE / PORTO VELHO/RO

A Zona de Processamento de Exportação – ZPE de Porto Velho/ROfoicriada através do Decreto de 15 de julho de 2015. A implantação da ZPE de Porto Velho/RO ocupará uma área de 258 hectares, junto ao novo complexo portuário de Porto Velho, a 20 quilômetros do centro da Capital.

A Resolução CZPE nº 11, de 24 de novembro de 2015, prorrogou o prazo para constituição de pessoa jurídica, com função específica de ser a Administradora da Zona de Processamento de Exportação (ZPE) de Rondônia, no Município de Porto Velho , Estado de Rondônia, até o dia 14 de janeiro de 2016.

O projeto está em fase de elaboração com previsão de custo aproximado de R$ 18 milhões com recursos do BNDES (PDISE), para a construção de um polo

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industrial de exportações do Estado, em especial através da Hidrovia do Madeira e da Rodovia Interoceânica.

3.2.4.2Zona Franca Verde

O município de Guajará-Mirim, beneficiado pela Zona Franca Verde, Lei nº 11.898, de 8 de janeiro de 2009, regulamentada pelo Decreto Presidencial nº 8.597, de 18 dezembro de 2015, cria Zona Franca Verde em seis municípios da Região Amazônica, sendo Guajará-Mirim um deles. Com a regulamentação da Zona Franca Verde, os municípios beneficiados passam a receber a concessão de incentivos fiscais para indústrias de beneficiamento dos recursos ambientais e matérias-primas regionais de origem florestal, pesqueira, agropecuária e mineral.

Os benefícios de incentivos fiscais previsto na ALC e ZFV, para a região só terão resultados positivos no desenvolvimento, com a implantação de um polo industrial da sociobiodiversidade em Guajará-Mirim, caso contrário os recursos migrarão para outras regiões. É o caso dos recursos arrecadados pela SUFRAMA.

3.2.5Eixo Segurança

3.2.5.1 Plano Integrado de Segurança na Fronteira de Rondônia Visa combater a entrada de drogas, armas e munições que abastecem organizações criminosas no país. O Plano contempla a Gerência Especializada em Segurança de Fronteira-GESFRON, o que através de articulação em 12 (doze) Unidades abrangendo toda a Faixa de Fronteiras, em fase de instalação com equipamentos de última geração.

A atuação prevista no plano para a GESFRON, que já é uma realidade em suas operações atualmente, é de forma integrada com a participação de policiais civis, militares e peritos criminais, devidamente treinados com capacitação continuada por meio da própria estrutura do Estado e dos convênios firmados com a SENASP através dos Programas de Capacitação do DEPAID, com vistas aos objetivos do Programa ENAFRON.

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3.2.6 Eixo Sócio-Político

 Acordos Internacionais Fronteiriços

 Questões Migratórias Emprego (Ministério do Trabalho e Emprego)

 Funcionamento Integrado de Aduanas

3.2.6.1 Acordos Internacionais Fronteiriços (Brasil/Rondônia-Bolívia)

Há várias propostas de legislação para dinamizar o processo de desenvolvimento da Zona de Fronteira, o poder legislativo tem apresentado valiosas contribuições. Tem aproximadamente 41 propostas legislativas em curso no Congresso Nacional, sendo: 9 tratam de questões Fundiárias, 7 Segurança, 6 Desenvolvimento Econômico, 9 Cidadania, 4 de ao apoio à implementação de Infraestrutura, 4 aos aspectos institucionais e 2 tratam de questões ambientais.

Ano Acordos e Projetos Entre o Brasil e a Bolívia 1997 Acordo por troca de notas, para a criação dos comitês de fronteira boliviano-brasileiro. 2003 Acordo para Restituição de Veículos Automotores Roubados ou Furtados. 2004 Ingresso e Trânsito de veículos Nacionais em seus territórios. 2005 Acordo sobre Regularização Migratória. 2006 Bolívia regulamenta nacionalização do setor de hidrocarbonetos. 2007 Acordo Brasil e Bolívia para a construção da ponte sobre o rio Mamoré, entre as cidades de Guajará-Mirim e Guayaramerin 2009 Inauguração de dois trechos do futuro Corredor Interoceânico Brasil- Bolívia-Chile. Aprofundam as discussões sobre infraestrutura regional, narcotráfico e comércio bilateral. 2011 Criação dos comitês de fronteira boliviano-brasileiro.

a) Acordo sobre LocalidadesFronteiriçasestabelece o direito da população fronteiriça trabalhar, estudar, residir e ser atendida em hospitais públicos de ambos os países. Proposta nos moldes do acordo vigente com o Uruguai, que concede carteira aos cidadãos fronteiriços.

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b) Acordo para Estabelecimento Comercial em Regime Especial cria regime especial de comércio de subsistência e transporte. Esse acordo simplificará a importação de mercadorias para subsistência da população residentes nas cidades gêmeas e localidades de difícil acesso.

c) Acordo sobre Trânsito de Veículos Particulares e Interconexões Viáriasregulamentará o transporte na região fronteiriça, principalmente ônibus urbanos, táxis e veículos fretados.

d) Consórcio Binacional Para Integração e Desenvolvimento Sustentável – CBIDS.O consórcio é a organização não governamental mais atuante na fronteira, formado por vários segmentos da sociedade fronteiriça como: Instituto de Arquitetos do Brasil - IAB/Guajará-Mirim, Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia - CREA-RO, consulado da Bolívia, Associação Comercial de Guajará- Mirim, Sindicato dos Engenheiros - SENGE-RO.

Tem como objetivo a integração sociocultural, econômica e tecnológica desses dois povos na Faixa de Fronteira. Assim como, participar e dar conhecimento a população local dos grandes projetos binacionais de energia, transporte, comunicação, meio ambiente, ciência e tecnologia que venha contribuir para o desenvolvimento de Rondônia e aos departamentos de Beni e Pando, na Bolívia.

O CBIDS vem debatendo com as autoridades dos dois países os principais projetos como construção das usinas hidrelétricas de Ribeirão próximo de Guajará- Mirim com capacidade de gerar 3 mil megawatts e Cachoeira da Esperança na Bolívia 780 megawatts incluindo as eclusas, bem como a construção das eclusas nas usinas de Santo Antonio e Jirau, visando a hidrovia do Madeira com saídas para os oceanos atlântico e Pacífico e a ponte binacional ligando os dois países.

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Fonte: DICOM/RO

e) Mesa da Irmandade (Acordo Internacional)

A Mesa da Irmandade assegurada pelo Decreto Legislativo nº 503, de 11/12/2013 que homologa a Declaração de Irmandade que celebra o Governo do Estado de Rondônia e o Departamento Autônomo de Beni - Bolívia, com objetivo fortalecer a amizade e a cooperação entre Rondônia e o Beni - Bolívia, para a integração Regional, “É um tripé que envolve o executivo, o legislativo e a classe empresarial dos dois países”. (Dep. Fed. Marinha Raupp).

Composição da Mesa da Irmandade- A mesa permanente de Integração Regional Rondônia/Beni será composta pelos seguintes membros: por parte de Rondônia: Governador do Estado, Secretário Chefe da Casa Civil, Secretário de Estado de Planejamento, Orçamento e GestãoSecretário de Estado da Agricultura, Secretário de Estado do Meio Ambiente, Secretário de Estado de Assuntos Estratégicos, Presidente da Frente Parlamentar Permanente de Integração Binacional Rondônia/Beni.As mesmas autoridades do Departamento Autônomo do Beni devem compor o grupo.

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A Mesa Permanente de Integração se reunirá ordinariamente uma vez a cada semestre, de forma alternada entre o Estado de Rondônia e o Departamento do Beni.

3.2.6.2 Questões Migratórias Emprego

No caso do Brasil, não existe um marco regulatório único para tratar fluxos de trabalhadores transfronteira. Em geral, adota-se uma política diferenciada, formatada de acordo com o lugar geográfico, os interesses brasileiros e a relação com o país vizinho. Embora justificados pela diferença entre as cidades-gêmeas e entre os países, os efeitos dessa política são problemáticos em termos de administração e desenvolvimento regional da faixa e da zona de fronteira, tendendo a reforçar, em vez de modificar, visões preconcebidas e assimetrias quase sempre hostis à integração subcontinental.

Uma das reivindicações recorrentes em todos os fóruns de discussão do tema é o avanço na implantação de ações que objetivem legalizar a residência e o trabalho de nacionais no exterior e vice-versa, recepcionados no Acordo de Residência do MERCOSUL em vigor.

4. Detalhamento Executivo dos Projetos Ver anexo

5. Estratégia de Financiamento Ver anexo

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IV GESTÃO DO NEIFRO

A gestão do NEIFRO está baseada no modelo de gestão do PRDA da Amazônia em termos de inovação, cooperação, alianças estratégicas, governança e as complexas demandas do mercado e dos movimentos sociais. Portanto, o modelo de gestão proposto para o NEIFRO é fortemente baseado na abordagem de redes como expressão dos novos tempos.

O paradigma gerencial contemporâneo baseado nos princípios da confiança e da descentralização da decisão exige formas flexíveis de gestão, horizontalização de estruturas, descentralização de funções e incentivos à criatividade, contrapondo-se ao formalismo e ao rigor técnico da burocracia. A abordagem de redes para a gestão do NEIFRO parece ser a forma mais adequada para expressar novos arranjos institucionais fundamentais para o sucesso da execução do plano.

Assim, propugna-se que a gestão do NEIFRO deve estar relacionada com um modelo de que expresse as novas demandas da sociedade local e dos Municípios que compõe a Faixa de Fronteira. O conceito de redes delineia uma lógica que demanda articulações, clareza nos objetivos, cooperação, capital social e redução de atritos e conflitos. Utilizam-se das modernas tecnologias de informação para viabilizar a articulação virtual, em tempo real, dos indivíduos e organizações, inclusive as públicas, redimensionando, assim, os territórios de influência e ação.

O modelo de gestão em redes difere frontalmente do modelo tradicional burocrático e hierárquico nas quais uma organização se sobrepõe a outra. O que predomina neste modelo é a cooperação e pactuação em substituição à competição visando-se atingir um propósito comum. Todavia, nesse modelo é pertinente a existência de um coordenador, formado por representantes das partes interessadas capaz de assumir o papel de mediador para a concretização das metas propostas. O que se objetiva nesta estratégia de gestão é procurar envolver e corresponsabilizar as três esferas do governo (federal, estadual e municipal), os diferentes órgãos públicos e as lideranças existentes na sociedade na promoção do aumento da competitividade local e da desejável promoção do desenvolvimento integrado da Faixa de Fronteira sustentável.

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1. Núcleo Estadual de Fronteira

O Decreto Estadual n° 16.612, de 29 de março de 2012, institui o Núcleo Estadual para o Desenvolvimento e Integração da Faixa de Fronteira – NEIFRO, visando à inteiração com a Comissão Permanente para o Desenvolvimento e Integração da Faixa de Fronteira - CDIF, criada por meio do Decreto de 08 de setembro de 2010 do Governo Federal.

O Núcleo Estadual foi atualizado através do Decreto nº 20.275, de 13 de novembro de 2015, permanecendo vinculado e coordenadopela Secretaria de Estado de Planejamento e Coordenação Geral - SEPOG, com o objetivo de mobilizar atores atuantes na Faixa de Fronteira no Estado de Rondônia, bem como, sistematizar as demandas locais, analisar propostas de ações, revisar e ou formular Planos de Desenvolvimento e Integração Fronteiriço, em observânciaa organização e o alinhamento articulado das ações macros desenvolvidas pelos Municípios e o Estado, em consonância com as Políticas do Governo Federal, a partir das linhas temáticas de Segurança, Inclusão Social, Infraestrutura, Interesses Econômicos e Sustentabilidade Ambiental.

O modelo de gestão do Núcleo Estadual deve expressar as novas demandas da sociedade local e dos Municípios, que compõe a Faixa de Fronteira. Objetivando a democratização do Núcleo Estadual,foicriado, na sua composição,CâmarasTemáticas,comafinalidadede representar cada segmento.

1.1 Composição do Núcleo

1.1.1 Coordenação Geral:

 Secretaria de Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão – SEPOG

1.1.2 Membros:

I - Secretaria de Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão - SEPOG (coord.);

II - Casa Civil;

III - Superintendência Estadual de Assuntos Estratégicos - SEAE;

IV - Superintendência Estadual de Turismo - SETUR;

V - Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental - SEDAM;

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VI - Secretaria de Estado da Assistência e do Desenvolvimento Social - SEAS;

VII - Secretaria de Estado da Agricultura - SEAGRI;

VIII - Secretaria de Estado da Saúde - SESAU;

IX - Secretaria de Estado de Segurança, Defesa e Cidadania - SESDEC;

X - Secretaria de Estado da Educação - SEDUC;

XI - Agência de Defesa Sanitária Agrossilvopastoril do Estado de Rondônia - IDARON;

XII - Superintendência de Desenvolvimento do Estado de Rondônia - SUDER; e

XIII - Superintendência da Juventude, Cultura, Esporte e Lazer - SEJUCEL.

1.1.3 Secretaria Executiva

A Secretaria Executiva tem por atribuições secretariar o NEIFRO nas Plenárias e apoio as Câmaras Temáticas. A Secretaria Executiva será responsável pela articulaçãoesuporte para o desenvolvimento de estudos, elaboração de propostas e encaminhamento dos temas específicos, para a plenária do NEIFRO, que farão parte de propostas para formulação de políticas públicas ou projetos a serem encaminhados à CDIF/Ministério da Integração.

1.1.4Câmaras Temáticas

A Câmara Temática coordenada por um membro do NEIFRO reúne representantes do poder público e da sociedade civil organizada integrante da estrutura, através de acordos de cooperação técnica, com a finalidade de subsidiar o Núcleo Estadual na formulação de estudos e propostas de projetos para a Faixa de Fronteira, com a participação social e integração das políticas públicas de Segurança, Inclusão Social, Infraestrutura, Interesses Econômicos e Sustentabilidade Ambiental.

I – Câmara Temática Eixo Infraestrutura; II - Câmara Temática Eixo Educação III - Câmara Temática Eixo Econômico (Investimento/Produção); IV - Câmara Temática Eixo Segurança;

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V - Câmara Temática Comércio Exterior e Integração Internacional; VI – Câmara Temática Acordos Internacional;

NÚCLEO ESTADUAL DE FRONTEIRA DE RONDÔNIA

1.2Infraestrutura Logística do Núcleo de Gestão

Caberá a Secretaria de Planejamento, Orçamento e Gestão – SEPOG garantir o apoio administrativo e os meios necessários à execução dos trabalhos do Núcleo, exercendo as atribuições de secretaria-executiva do Núcleo e das Câmaras Temáticas.

Será destinado um espaço físico, devidamente equipado, dentro da estrutura da SEPOG, bem como, servidores com participação nos trabalhos da Faixa de Fronteira, que terão como responsabilidade as providências de ações (dentro de suas competências) que resultem no bom andamento das atividades do Núcleo.

Recurso humano: Coordenador, Subcoordenador, Membros, Colaboradores e apoio administrativo.

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As despesas com os deslocamentos dos representantes dos órgãos e/ou entidades do Núcleo poderão correr à conta de dotações orçamentárias do órgão de origem, entidades ou da SEPOG/RO.

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V DOCUMENTAÇÃO E COMUNICAÇÃO

O sistema de documentação e comunicação do NÚCLEO tem como objetivo a integração fronteiriça, com total transparência e facilidade de acesso aos mesmos, por todos os interessados.

Será criado um portal de divulgação – site, interligado com o Ministério da Integração e os demais Núcleos. O qual será alimentado pela coordenação do Núcleo com dados obtidos junto aos integrantes da Faixa de Fronteira. Podendo ocorrer cadastramento de novas propostas ou ajustes nos inúmeros projetos que serão capitaneados, bem como, apoiar politicamente as ações de integração fronteiriça.

Os projetos serão catalogados ordenadamente por Eixos Temáticos, com acesso compartilhado com órgãos externos.

123

VI MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO PDIF

1. Definição de Indicadores Os indicadores serão dados em conformidades com os projetos, políticas públicas e ou programas dos eixos temáticos.

 Monitoramento e avaliação do PDIF, semestral;

 Relatório de avaliação do PDIF, semestral;

 Reunião para avaliação das ações do PDIF, semestral;

 Estabelecer conjunto de metas físicas;

 Estabelecer um segundo nível de indicadores que deverá ser acompanhado pelo MI, integrando e comparando os diferentes núcleos.

2. Impactos e Resultados

2.1 Os Impactos Esperados:

 Uma nova forma de gestão dos recursos públicos com estimulo à participação da sociedade civil, em torno dos projetos de desenvolvimento na Faixa de Fronteira.

 Melhoria da governança e estruturação dos Arranjos Produtivos Locais e transfronteiriços.

2.2Os Resultados Esperados:

 Redução da desigualdade regional e integração com o país vizinho.

 Melhoria das condições de cidadania da população local, com acesso aos bens e serviços públicos.

 Melhora do IDH da Faixa de Fronteira.

 Fortalecimento nas Cidades-Gêmeas da pluralidade de aprendizado da fronteira, torna-se um ambiente de interação educacional e cultural.

124

VII BIBLIOGRAFIA DO PDIF

ALVES, C. B. A integração regional e a desecuritização da Amazônia. Porto Alegre, TCC Bacharelado em Relações Internacionais/Economia – UFRGS, 2009. BRASIL, Câmara dos Deputados. Crack leva a segurança pública a jogar dinheiro pelo ralo. Brasília. 2012. CASTRO, E. Estado e Políticas Públicas na Amazônia em Face da Globalização e da Integração de Mercados. In: Coelho, M., Mathis, A., Castro, E, Hurtienne, T. Estado e Políticas Públicas na Amazônia: gestão do desenvolvimento regional. Belém, Cejup: UFPA-NAEA.2001. FIERO- Federação das Indústrias do Estado de Rondônia. FILHO, J. A., A Endogeneização no Desenvolvimento Econômico Regional e Local. In Planejamento e Políticas Públicas nº 23. IPEA. Junho, 2001. FURTADO, C. Introdução ao Desenvolvimento. Enfoque Histórico-Estrutural. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2000. GABINETE DE SEGURANÇA INSTITUCIONAL. Seminário Faixa de Fronteira: Novos Paradigmas. Brasília, 2004, 108 p. http://cptrondonia.blogspot.com/2012/03/titulacao-de-terras http://ecosolro.blogspot.com/ http://educacaobilingue.com/2012/04/11/ http://portal.mec.gov.br/index.php?Itemid=836&id=12586&optio http://www.ecodebate.com.br/2012/05/16/indigenas-e-quilombol.ROSENDAHL, Zeni e CORREA Roberto Lobato. Manifestação da Cultura no Espaço. Rio de Janeiro: EDUERJ, 1999. Geografia: Temas Sobre Cultura e Espaço. Rio de Janeiro: EDUERJ, 1999. OLIVEIRA, Roberto Cardoso e BAINES, Stephen Grant. Nacionalidade e etnicidade em fronteiras. Brasília: Universidade de Brasília, 2005. http://www.gentedeopiniao.com.br/lerConteudo.php?news=99220 http://www.mapsi.unir.br/submenu_arquivos/166_biletramento_p http://www.tjro.jus.br/noticia/faces/jsp/noticiasView.jsp;js http://www2.capes.gov.br/rbpg/images/stories/downloads/RBPG IBGE – Instituto Brasileiro e Geografia e Estatística IISA - INSTITUTO INTERAMERICANO DE COOPERAÇÃO PARA AGRICULTURA 89 LEX – Legislação Brasileira 1939-1964. Marginália. LIMA, R. R. A conquista da Amazônia: reflexos na segurança nacional. Belém, Fac. Ciências Agrárias/SUDAM, 1973. MAGNOLI, D. O corpo da pátria. S. Paulo, EDUNESP, 2002. MD/SPEAI/DPE - Ministério da Defesa - Secretaria de Política, Estratégia e Assuntos Internacionais - Departamento de Política e Estratégia - Programa Calha Norte- Diagnóstico de Investimentos de Faixas de Fronteira - 2008 e 2009. MDIC/ SDP- Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior - Secretaria do Desenvolvimento da Produção - Plano de Desenvolvimento Preliminar - APL de Fruticultura Porto Velho. MDIC/ SDP- Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior - Secretaria do Desenvolvimento da Produção - Plano de Desenvolvimento Preliminar - APL de Piscicultura Pimenta Bueno. MDIC/SDP - Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior - Secretaria do Desenvolvimento da Produção - Mapeamento de Convergência de APLs prioritários para a região de fronteira. MI/SPDR - Boletim Regional da Política Nacional de Desenvolvimento Regional - nº7/2008. MI/SPR - Ministério da Integração Nacional - Secretaria de Programas Regionais Proposta do Programa de Promoção do Desenvolvimento da Faixa de Fronteira (PDFF). MI/SPR - Ministério da Integração Nacional - Secretaria de Programas Regionais Atas de Reuniões do GTI Fronteira. MINISTERIO DA INTEGRAÇÃO NACIONAL. Programa de Promoção do Desenvolvimento da Faixa de Fronteira. Brasília, 2009.

125

MRE - Ministério das Relações Exteriores - Relação dos Acordos Internacionais - 2009. MS/SE -Ministério da Saúde - Secretaria Executiva do - O Sistema Integrado de Saúde das Fronteiras - SIS-Fronteira 2006. N 935 Nova Cartografia Social da Amazônia: Quilombolas de Santa Fé – Costa Marques, RO / coordenador, Alfredo Wagner Berno de Almeida - Manaus: Projeto Nova Cartografia Social da Amazônia / UEA Edições, 2009. RABELO, Zilene Santana Silva. Uma história a ser contada: a participação dos assistentes sociais no desenvolvimento do Estado de Rondônia. Dissertação (Mestrado em Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente) Universidade Federal de Rondônia / UNIR, Porto Velho, Rondônia, 2009 ROCHA, Júlio César Barreto Rocha e MONTEIRO, Lucineide Rodrigues Monteiro. Filologia Política e Modernidades Grupo de pesquisa Universidade Federal de Rondônia. ROCHA, Júlio César Barreto Rocha e MONTEIRO, Lucineide Rodrigues Monteiro. Filologia Política e Modernidades Grupo de pesquisa Universidade Federal de Rondônia. Rondônia, uma memória em disputa. Assis, Tese Doutoramento/UNESP, 2011. SACHS, I. Desenvolvimento: includente, sustentável, sustentado. Rio de Janeiro: Garamond, 2004. SEN, A. K. Desenvolvimento como Liberdade. Tradução LauraTeixeira Mota, São Paulo: Companhia das Letras, 2000. SOUZA MARTINS, J. Fronteira. A degradação do Outro nos confins do humano. S. Paulo, Contexto, 1998. SOUZA, V. A. (Des) Ordem na Fronteira: Ocupação militar e conflitos sociais na bacia do Madeira-Guaporé (30- 40). Assis, Mestrado História/UNESP, 2003. SUDAM – Plano regional de Desenvolvimento da Amazônia (PRDA) 3/04/2012. UDC - III Conferência Internacional Desenvolvimento Urbano em Cidades de Fronteira - Integração e Sustentabilidade - 2009. UNODC, Relatório Mundial sobre Drogas WDR 2012.

126

VIII EQUIPE TÉCNICA

EQUIPE TÉCNICA

SECRETARIA DE PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E GESTÃO – SEPOG Bernadete Araújo da Silva Camila Markeline da Silva Celino Campos Guimarães Conceição Rúbia Lima de Sousa Geralda Fernanda Costa Silveira Dettmann Heleone Machado Fochezatto Marcelo Ferreira Vasconcelos Maria Beatriz Almeida Cavalcante Maria Lúcia Leal Santos Michelle Tavernard da Rocha

CASA CIVIL Mac-DonaldRivero Júnior Dabson Bueno da Silva

AGÊNCIA DE DEFESA SANITÁRIA AGROSILVOPASTORIL DO ESTADO DE RONDÔNIA – IDARON Avenilson Gomes Trindade Rodrigo Othan

SECRETARIA DE ASSUNTOS ESTRATEGICOS – SEAE Flávia Beatriz Rêgo Pedro Paulo Almeida Martins

SECRETARIA DE ESTADO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA – SEAGRI Evandro Cesar Padovani José Santos de Oliveira

SECRETARIA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL – SEAS Massimo Araújo de Mesquita Eliane Gomes da Silva

SECRETARIA DO DESENVOLVIMENTO AMBIENTAL – SEDAM Eliezer de Oliveira Sidney Serafim Rodrigues

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DE RONDÔNIA- SEDUC Eliane Monteiro Carvalho Luíza Pereira Zamora

SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE - SESAU Maria Arlete da Gama Baldez Luiz AndroaldoArmaniniTagliane

SECRETARIA DE ESTADO DA SEGURANÇA, DEFESA E CIDADANIA – SESDEC André Luiz Glanert Jesus de Souza Castro

SOCIEDADE DE PORTOS E HIDROVIAS DO ESTADO DE RONDÔNIA – SOPH Vanderlei da Costa Jucilene Monteiro Gadelha Amaral

SUPERINTENDÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO DE RONDÔNIA – SUDER

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Pedro Teixeira Chaves Alisangela Lima Ferreira

ASSOCIAÇÃO RONDONIENSE DE MUNICÍPIOS – AROM Wayner Oliveira Dúlcio da Silva Mendes

CONSÓRCIO BINACIONAL PARA INTEGRAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL DA FAIXA DE FRONTEIRA – CBIDS Jorge Luiz da Silva Alves

CENTRO GESTOR E OPERACIONAL DO SISTEMA DE PROTEÇÃO DA AMAZÔNIA - CENSIPAM/RO Tokio Nakashima Filho Tania Mara Azevedo Guimarães Barauna

FEDERAÇÃO DAS ASSOCIAÇÕES COMERCIAIS DO E EMPRESARIAIS DE RONDÔNIA – FACER Genivaldo Gonçalves P. de Campos Cícero Alves de Noronha Filho

FEDERAÇÃO DO COMÉRCIO DE BENS, SERVIÇOS E TURISMO DO ESTADO DE RONDÔNIA – FECOMERCIO Cileide de Macedo Ribeiro

FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DE RONDÔNIA – FIERO Vera Motomya Giovana Lopez

INSTITUTO FEDERAL DE RONDÔNIA – IFRO UberlanoTiburtino Leite Maria Goreth Araújo Reis

SERVIÇO BRASILEIRO DE APOIO ÀS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS – SEBRAE/RO Lucas Manoel Alves Santana Silaine Guedes

SINDICATO DOS ENGENHEIROS – SENGE Edison Rigoli Gonçalves Jorge Luiz da Silva Alves

FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA – UNIR José Octávio Valiante George Queiroga Estrela

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ANEXO - I

NasPlanilhas referentes ao anexo, constam os projetos levantados pelos fóruns feitos nas cidades de Costa Marques e Pimenteiras, que tiveram como respostas os apelos da população, os projetos levantados pelas demandas das Secretarias Estaduais, dos Municípios da Faixa de Fronteira e terceiro setor. São 78 projetos prioritários para a área de fronteira, projetos depurados dos que foram trabalhados em eixos prioritários conforme planejamento estratégico do Estado de Rondônia: Desenvolvimento Econômico, Desenvolvimento Ambiental, Infraestrutura, Saúde e Educação.

VALOR PROPOSTO POR EIXO

Discriminação do Eixo Valor em R$

Desenvolvimento Ambiental 6.333.559,00

Desenvolvimento Econômico 80.489.300,00

Educação 3.950.000,00

Infraestrutura 447.214.755,00

Saúde 1.740.000,00

VALOR TOTAL DO PDIFF 539.727.614,00

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ANEXO - II ESTRATÉGIA DE FINANCIAMENTO

1. CAPTAÇÃO DE RECURSOS

Existem inúmeras oportunidades no Orçamento da União para transferência de recursos federais a projetos de Prefeituras, ONGs e Instituições de Ensino (sem reembolso ou a fundo-perdido), que podem promover o desenvolvimento dos municípios e viabilizar a melhoria da qualidade de vida da população.

No entanto, boa parte dos municípios, estados e entidades não tem acesso a esses recursos porque não sabem de sua existência ou desconhecem a possibilidade de apoio federal a seus projetos ou, ainda, porque não dispõem de equipes capacitadas para elaborar suas propostas.

Recursos não Reembolsáveis - Instituições de fomento.

1.1 Programas Federais (SICONV)

Os Programas podem ser acessados no endereço eletrônico (http://www.snel.org.br/wpcontent/themes/snel/docs/Catalogo_Programas_Federais. pdf). Os recursos são disponibilizados pelos Ministérios periodicamente no site www.convenios.gov.br/siconv/.

1.2 Emenda Parlamentar

De acordo com a Constituição, a emenda parlamentar é o instrumento que o Congresso Nacional possui para participar da elaboração do orçamento anual, visa melhorar a alocação dos recursos públicos. É a oportunidade para atender as demandas das comunidades que representam. Além das emendas individuais existem as coletivas, como as de Bancada, produzidas em conjunto pelos parlamentares de estados e regiões em comum.

1.3 BNDES

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1.3.1 BNDES Fundo Social

Origem dos recursos: reversão dos lucros anuais do BNDES.

Objetivo: apoiar projetos de caráter social nas áreas de geração de emprego e renda, serviços urbanos, saúde, educação e desportos, justiça, meio ambiente, desenvolvimento rural e outras atividades vinculadas ao desenvolvimento regional e social. Modalidades de Operação: Seleção de projetos, premiação e apoio continuado. O BNDES oferece apoio permanente a projetos com foco na inclusão social, de acordo com regras e condições operacionais do BNDES Fundo Social.

1.3.2 BNDES Fundo Tecnológico (BNDES Funtec)

Origem dos recursos: reversão dos lucros anuais do BNDES.

Objetivo: apoiar projetos que estimulem o desenvolvimento tecnológico e a inovação de interesse estratégico para o País, em conformidade com os Programas e Políticas Públicas do Governo Federal.

Modalidade de Operação: apoio continuado.

1.3.3BNDES Fundo de Estruturação de Projetos (BNDES FEP)

Origem dos recursos: reversão dos lucros anuais do BNDES.

Objetivo: apoiar a realização de pesquisas ou estudos que contribuam para a formulação de políticas públicas ou a geração de projetos relacionados ao desenvolvimento econômico e social do Brasil e da América Latina.

Modalidade de Operação: chamadas públicas.

1.3.4 BNDES Fundo Cultural - Apoio ao Patrimônio Cultural Brasileiro

O apoio é direcionado à preservação e revitalização do patrimônio no âmbito do Fundo Cultural, nas seguintes categorias:  Patrimônio material (monumentos, conjuntos urbanos, ruínas etc);  Patrimônio imaterial (como práticas e expressões reconhecidas como parte do patrimônio cultural de uma comunidade);

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 Acervos memoriais (acervos museológicos, arquivísticos e bibliográficos), portadores de referência à identidade e à memória dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira;  Instituição cultural (de caráter histórico ou portadora de referência à identidade cultural brasileira).

1.4 Fundo Amazônia

Origem dos recursos: doações de investidores externos. Objetivo: apoiar ações de prevenção, monitoramento e combate ao desmatamento, e de promoção da conservação e do uso sustentável das florestas no bioma amazônico, nos termos do Dec. 6.527, de 1º de agosto de 2008. Modalidade de Operação: apoio continuado.

1.4.1 Fundo de Desenvolvimento da Amazônia (reembolsável)

É uma linha de crédito com recursos do Fundo de Desenvolvimento da Amazônia (FDA), destinada a projetos de empresas privadas com empreendimentos na Amazônia Legal, por meio da avaliação de viabilidade técnica, econômica e administrativa dos projetos encaminhados à Caixa pela Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam). O financiamento é destinado à implantação, ampliação, diversificação ou modernização de empreendimentos. O prazo total máximo da operação é de até 12 anos, incluindo o período de carência, podendo ser estendido para até 20 anos após justificativa da Caixa e análise da Sudam.

1.5Fundação Banco do Brasil

A Fundação Banco do Brasil, instituição do Terceiro Setor criada pelo Banco do Brasil em 1985, realiza investimentos sociais por meio de programas próprios, estruturados e fundamentados no conceito de Tecnologia Social, com foco na sustentabilidade. Sua atuação tem como premissas: protagonismo social, solidariedade econômica, cuidado com o meio ambiente e respeito às culturas locais. As ações são realizadas principalmente nas regiões menos desenvolvidas do Brasil em parceria com outras instituições.

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Apoia projetos em diversas áreas por meio de edital de forma não reembolsável;.

(http://bb.com.br/portalbb/page4,8305,4882,0,0,1,6.bb).

1.6 FEDAF– Fundo Estadual de Desenvolvimento e Fortalecimento da Agricultura Familiar

Poderão ser beneficiários exclusivos finais dos recursos do FEDAF os agricultores familiares, conforme estabelecido na Lei Feral nº 11.326, d 24 de julho de 20062, nos projetos pactuados junto ás instituições oficiais de crédito e cooperativas de crédito rural estabelecidas no estado de Rondônia.

1.7 FUNBIO - Fundo Brasileiro para a Biodiversidade

Aportar recursos estratégicos para a conservação da biodiversidade junto ao Funbio. O Fundo é uma associação civil sem fins lucrativos, que iniciou sua operação em 1996. É um mecanismo financeiro inovador, criado para desenvolver estratégias que contribuam para a implementação da Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB) no Brasil. Ao longo dos seus 19 anos de operação, o Funbio atua como parceiro estratégico do setor privado, de diferentes órgãos públicos estaduais e federais e da sociedade civil organizada.

Essas parcerias viabilizam os investimentos socioambientais das empresas e a redução e mitigação de seus impactos, bem como o cumprimento de suas obrigações legais. Na esfera pública, visam consolidar políticas de conservação e viabilizar programas de financiamento ambiental.

1.8 EMBAIXADAS Diversos países apoiam instituições públicas e entidades privadas sem fins lucrativos, na captação de recursos para desenvolver projetos socioambientais por meio de suas embaixadas no Brasil. Podem ser acessadas no site eletrônico: (http://www.unilab.edu.br/embaixadas-e-consulados-estrangeiros-no-brasil/).

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ANEXO – IIIPLANILHAS DAS PROPOSTAS

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SÍNTESE DOS PROJETOS PARA A FAIXA DE FRONTEIRA - NEIFRO

COMPE- STATUS ORIGEM - PÚBLICO Nº EIXO PROGRAMA PROJETO ENTIDADE OBJETIVO JUSTIFICATIVA TERRITÓRIO VALOR R$ TÊNCIA TEMPORAL DEMANDA ALVO Implantar nas cidades do A necessidade de drenagem cone sul do Estado de em todos os municípios do DRENAGEM Rondônia, sistema Cone sul. Vilhena existente Guajará Mirim URBANA População Drenagem LONGO drenagem pluvial nas 20%; Colorado do Oeste 5%; e Costa 1 Infraestrutura SUSTENTÁVEL/ FEDERAL DEOSP População local, e 55.000.000,00 pluvial PRAZO cidades Cerejeiras 15%; não tem nas Marques (1ª SERVIÇOS DE regional. demais cidades Cabixi, Etapa) ÁGUA E ESGOTO Chupinguaia; Corumbiara e Pimenteiras. Pavimentação Asfáltica Necessidade completar a em TSD. pavimentação e DRENAGEM Pavimentação investimentos na área de MÉDIO DER/ União População Cerejeiras e 2 Infraestrutura URBANA do trecho de FEDERAL Estado manutenção e conservação 53.333.280,00 PRAZO DNIT. local, e regional Pimenteiras SUSTENTÁVEL 32Km BR-435. da pavimentação existente nospadrões do DNIT.

Investimento Proporcionar melhor Pavimentar as ROS, em Cidades em qualidade de vida para a especial a do Forte Príncipe Fronteiriças, DRENAGEM infraestrutura população urbana e rural. da Beira e de Porto Murtinho MÉDIO DENIT/ População local em especial 3 Infraestrutura URBANA urbana e FEDERAL População e construir galerias, bueiros e 8.333.325,00 PRAZO DEOSP e regional. Forte Príncipe SUSTENTÁVEL Pavimentação pontes necessárias para a da Beira e asfáltica nas melhoria do setor urbano nas Porto Murtinho BR (ROS) cidades da faixa de fronteira. Facilitar as embarcações Não existe local PROGRAMA e transporte seja a paraembarcações atracar, Construção de GESTÃO DA trabalho ou a lazer. dentro das normas da Porto para Turistas, POLITICA DE Marinha do Brasil, o embarque e MÉDIO comerciantes e Cabixi e 4 Infraestrutura DESENVOLVIMEN ESTADO DEOSP População desembarque podecolocar 600.000,00 desembarque PRAZO profissionais da Pimenteiras TO URBANO - em risco a vida das pessoas em Cabixi e área marítima. CONSELHO DAS que utilizam o rio, seja a Pimenteiras. CIDADES lazer ou a trabalho.

Implantar projeto de Para a população de baixa captação e utilização de renda e de difícil acesso aos energia elétrica de baixo serviços, em regiões com custo e alta eficiência baixa densidade e PROGRAMA para comunidades na comunidades isoladas, assim GESTÃO DA região de fronteira do umnova formas de energia POLITICA DE Energia e Luz Professores e MÉDIO Estado, com vistas à limpas e sustentáveis. Faz- 5 Infraestrutura DESENVOLVIMEN para a FEDERAL UNIR Acadêmica alunos da Porto Velho 342.000,00 PRAZO redução do uso de se necessário capacitar e TO URBANO - Fronteira instituição. combustíveis fósseis e treinarpara o uso de energias CONSELHO DAS não renováveis e renováveis visando o CIDADES melhoria do bem estar sustentável das familiar com mudanças comunidades. positivas na rotina diária e na renda.

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COMPE- STATUS ORIGEM - PÚBLICO Nº EIXO PROGRAMA PROJETO ENTIDADE OBJETIVO JUSTIFICATIVA TERRITÓRIO VALOR R$ TÊNCIA TEMPORAL DEMANDA ALVO Elaboração dos projetos A falta de projeto elétrico elétricos solidários residencial tem gerado uma PROGRAMA adequados para a NBR série de acidentes fatais, alto GESTÃO DA Instalações 5410. consumo de energia nas POLITICA DE Elétricas MÉDIO residências, como Comunidades 6 Infraestrutura DESENVOLVIMEN Residenciais FEDERAL UNIR Acadêmica Porto Velho 656.000,00 PRAZO conseqüência da falta fronteiriças TO URBANO - Solidárias na normas concessionárias, e CONSELHO DAS Fronteira esta situação se agrava nas CIDADES regiões de fronteira.

Promover a qualidade de Fomentar a atividade Construção de vida, esportiva, e fazer o trabalho 3 centros desenvolvendoatividades de educação preventiva pelo Guajará Mirim, PROGRAMA DE poliesportivos MEDIO esportivas e criando esporte através da gestão do População em São Francisco 7 Infraestrutura INFRAESTRUTURA ESTADO SECEL População 1.400.000,00 nos municípios PRAZO alternativas para os espaço, promover também geral. do Guaporé, ESPORTIVA da área de jovens evitando o ações que reduzam o índice Cerejeiras fronteira. cominho dacriminalidade. de criminalidade.

Ampliar o sistema de Integrar as obras existentes esgotamentosanitário da e em execução ao projeto de SERVIÇOS PM de Águas de MEDIO cidade de Costa Sistema de Esgoto Sanitário. População de 8 Infraestrutura URBANOS DE ESTADO Costa Estado Costa Marques 36.000.000,00 Costa Marques PRAZO Marques. Costa Marques AGUA E ESGOTOS Marques

Facilitar as embarcações Não existe um ponto no qual e transporte seja a as embarcações possam trabalho ou a lazer. atracar, em conformidade PROGRAMA Construção de com as normas da Marinha GESTÃO DA DEOSP - Porto para do Brasil, ocorrendo o Turistas, POLITICA DE Departamen embarque e MEDIO desembarque sem comerciantes e 9 Infraestrutura DESENVOLVIMEN ESTADO to de Obras População Guajará Mirim desembarque PRAZO asegurança devida e profissionais da 10.000.000,00 TO URBANO - e serviços em Guajará- colocando em risco a vida área marítima. CONSELHO DAS Públicos Mirim das pessoas que navegam CIDADES no rio, seja a lazer ou a trabalho.

Controlar todo tipo de Pelo fato de não existir esta resíduo e obter uma estação de tratamento em Estações de destinação correta nenhum município do cone Todos os SERVIÇOS tratamento de Governo, MEDIO evitando doenças, sujeira sul. municípios da 10 Infraestrutura URBANOS DE esgoto para os ESTADO PAC População município e PRAZO entre outros. área de 200.000.000,00 AGUA E ESGOTOS municípios do população. fronteira cone sul.

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COMPE- STATUS ORIGEM - PÚBLICO Nº EIXO PROGRAMA PROJETO ENTIDADE OBJETIVO JUSTIFICATIVA TERRITÓRIO VALOR R$ TÊNCIA TEMPORAL DEMANDA ALVO Guajará-Mirim e Costa Marques, são os principais centros urbanos da linha de fronteira Brasil/Bolívia, possuem as maiores taxas de preservação ambiental do Estado. Guajará-Mirim tem93% de seu território em Urbanização da Criar um ambiente de reservas e áreas protegidas. orla urbana lazer à população, um A urbanização da beira rio População Guajará Mirim PROJETO BEIRA (calçadão, meio MEDIO DEOSP E espaço alternativo, proporcionará um elemento local,regional, 11 Infraestrutura FEDERAL População e Costa 20.000.000,00 RIO fio, ciclovia, PRAZO DNIT (PAC) valorizando as belezasda urbano de grande valor nacional e Marques avenida, regiãofortalecendo o APL social, fortalece a identidade internacional. iluminação) do Turismo da região, valorizando o meio ambiente permitindo a integração cultural entre a comunidade e os turistas que vem em busca de aventuras, contato com a natureza, culinária local, comércio com a Bolívia e da história da EFMM. Promover qualidade de Construção de praças em Cabixi, vida relacionado a todos os municípios da área Pimenteiras, Construção de atividades de lazer, de fronteira. Que contemple Chupinguaia, uma praça em esportivas no intuito de um parque infantil, dando Cerejeiras, PROGRAMA cada município exploração da área e opção de lazer para a Colorado, ESPORTE E MEDIO População em 12 Infraestrutura da faixa de ESTADO SECEL População redução da criminalidade. população local. Costa Marques, LAZER - PRAÇA PRAZO geral. 1.800.000,00 fronteira (12 na S. Francisco, DA JUVENTUDE primeira São Miguel, ETAPA I) Rolim,, Nova Brasilândia, Campo Novo Valorizar não só a história A EFMM é um marco regional, como permitir histórico-cultural de que as futuras gerações Rondônia e do do Brasil conheçam o relacionamento comercial do Projeto de símbolo máximo que Brasil com a Bolívia. Assim, o Reativação da definiu o desenho pequeno trecho recuperado PROGRAMA Estrada de definitivo do território da ferrovia servirá como Turistas e BRASIL SEDES Ferro Madeira MEDIO brasileiro. Portanto, opção turística, de lazer e de população do 13 Infraestrutura RESTAURAÇÃO ESTADUAL /SETUR/ ALCGM Guajará Mirim Mamoré - PRAZO resgatar um pequeno educação cívica. O Município e 28.000.000,00 DO PATRIMONIO SECEL EFMM, entre trecho da EFMM é empreendimento marca o fim Distrito. CULTURAL Guajará-Mirim valorizar a cultura,neste dos conflitos territorial e Iata ousado empreendimento etransforma no principal e, acima de tudo, símbolo de aliança entre os resgatar a identidade da dois países. região alicerçada no contexto da borracha.

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COMPE- STATUS ORIGEM - PÚBLICO Nº EIXO PROGRAMA PROJETO ENTIDADE OBJETIVO JUSTIFICATIVA TERRITÓRIO VALOR R$ TÊNCIA TEMPORAL DEMANDA ALVO Inserir Guajará-Mirim na Guajará-Mirim é um ponto rota comercial de vôos estratégico na fronteira nacionais e internacionais Brasil/Bolívia, eixo rodoviário e hidroviário, bem como a Comunidade existência da Área de Livre Ampliação e em geral e PROGRAMA DE Comércio. Possuir o segundo Modernização setores APOIO A LONGO maior contingente das forças 14 Infraestrutura do aeroporto ESTADO SETUR ALCGM governamentai Guajará Mirim INFRAESTRUTURA PRAZO armadas no Estado, ter como 10.000.000,00 municipal de s e não- TURISTICA cidade vizinha o município de Guajará-mirim governamentai Nova Mamoré com o 3º s rebanho bovino e a 4ª bacia leiteira de Rondônia são pontos que justificam proposta. Fomentar o Festival A construção do Folclórico de Guajará- Bumbódromo atende uma Mirim, principal evento reivindicação do Festival cultural de Rondônia e o Folclórico Duelo da Fronteira. segundo no Brasil ligado A imponência do evento PROGRAMA DE Construção do ao folclore do Boi Bumbá. exige uma estrutura População local APOIO A Bumbódromo MEDIO adequada para o público. 15 Infraestrutura ESTADO SETUR ALCGM e setor Guajará Mirim INFRAESTRUTURA de Guajará- PRAZO Esta obra é de extrema 15.000.000,00 governamental TURISTICA Mirim relevância para incrementar o Turismo, O Bumbódromoumespaço alternativo para os grandes eventos culturais da regiãoolimpíadas indígenas. Concentrar a população A criminalidade vem em um ponto turístico crescendo nos municípios de local, incentivar a cultura, Guajará-Mirim e Costa difusão cultural entre os Marques. A construção de dois países Brasil/Bolívia um Teatro, em cada município, servirá de Construção de SETUR - ambiente de integração PROGRAMA DE um teatro Superintend cultural com a Bolívia, Guajará-Mirim APOIO A adequado a um MEDIO Comunidade 16 Infraestrutura ESTADO ência ALCGM através de eventos e Costa INFRAESTRUTURA Centrode PRAZO local e turistas. 2.500.000,00 Estadual de internacionais, bem como Marques TURISTICA Convenção Turismo através da promoção de Internacional espetáculos regionais, também servirá como escola para formação teatral de jovens e adultos, valorizando os grupos de artes cênicas locais.

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COMPE- STATUS ORIGEM - PÚBLICO Nº EIXO PROGRAMA PROJETO ENTIDADE OBJETIVO JUSTIFICATIVA TERRITÓRIO VALOR R$ TÊNCIA TEMPORAL DEMANDA ALVO Promover qualidade de Fomentar a atividade vida, com atividades esportiva, e fazer o trabalho Construção de esportivas no intuito de de educação preventiva pelo PROGRAMA DE 2 centros MEDIO exploração da área e esporte através da gestão do População e Guajará Mirim, 17 Infraestrutura INFRAESTRUTURA ESTADO SECEL População 2.600.000,00 poliesportivos PRAZO redução da criminalidade. espaço, promover também turistas. Costa Marques ESPORTIVA binacional ações que reduzam a criminalidade.

A faixa de fronteira abriga uma diversidade cultural com grande potencial turístico Estudo da nacional e internacional. PROGRAMA DE potencialidade Realização de estudos e Guajará APOIO A do Turismo MEDIO Promover a oferta diagnóstico para População local Mirimcosta 18 Infraestrutura PROJETOS DE ESTADO SETUR População organizadopara PRAZO turística investimentos para fomentar e turistas. Marques e 150.000,00 INFRAESTRUTURA o Estado de o setor do artesanato. Desta Pimenteiras TURÍSTICA Rondônia forma se justifica políticas públicas para osetor de turismo local

Inserir Guajará-Mirim na Guajará-Mirim é um ponto rota comercial de vôos estratégico na fronteira nacionais e internacionais Brasil/Bolívia, eixo rodoviário e hidroviário, bem como a existência da Área de Livre Comunidade Comércio. Possuir o segundo Ampliação e em geral e PROGRAMA DE maior contingente das forças Modernização setores APOIO A LONGO armadas no Estado, ter como 19 Infraestrutura do aeroporto ESTADO SETUR ALCGM governamentai Guajará Mirim INFRAESTRUTURA PRAZO cidade vizinha o município de 10.000.000,00 municipal de s e não- TURISTICA Nova Mamoré com o 3º Guajará-mirim governamentai rebanho bovino e a 4ª bacia s leiteira de Rondônia são pontos que justificam proposta.

Inserir Costa Marques na Costa Marques é um ponto PROGRAMA DE rota comercial de vôos estratégico na fronteira Comunidade Ampliação do nacionais e internacionais Brasil/Bolívia, eixo em geral e APOIO A terminal e hidroviário, setores LONGO 20 Infraestrutura Modernização ESTADO ESTADO DER Possuircontingente das governamentai Costa Marques INFRAESTRUTURA PRAZO 10.000.000,00 do aeroporto forças armadas. Região com s e não- TURISTICA municipal grade produção agropecuária governamentai e Sociobiodiversidade s

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COMPE- STATUS ORIGEM - PÚBLICO Nº EIXO PROGRAMA PROJETO ENTIDADE OBJETIVO JUSTIFICATIVA TERRITÓRIO VALOR R$ TÊNCIA TEMPORAL DEMANDA ALVO

Aduanas Integradas através de Infovia Banda LargaBrasil/Rondônia e Bolívia/Beni ligadas . A Comunidade Infovia trata-se de uma rede em geral e Implantação de Aduanas Integradas de fibras ópticas e rádios, Plano Nacional de setores Infraestrutura Infovia MÉDIO através de Infovia que opera integrada com a 21 ESTADO ESTADO SEPOG governamentai Guajará-Mirim 150.000,00 Banda Larga Aduanas PRAZO Banda LargaGuajará- infraestrutura privada de s e não- Integrada Mirim/BR e Beni/BO Telecomunicações (Satélites, governamentai Telefonia Celular, Telefonia s convencional e Fibras ópticas, etc..) conectando cidades e países em alta velocidade

Promover a contenção Constantes cheiasde inverno das margens do rio no rio Guaporé, provocam o REVITALIZAÇÃO Guaporé e o desbarrancamento e invasão DE BACIAS desbarrancamento das do perímetro urbano nas HIDROGRÁFICAS Contenção às mesmas. cidades de Pimenteiras, na Pimenteiras, Desenvolvimento LONGO População 22 EM SITUAÇÃO DE margens do Rio FEDERAL SEDAM População AV. Brasil, numa extensão Cabixi e Distrito 1.800.000,00 Ambiental PRAZO local. VULNERABILIDAD Guaporé de 2km, o mesmo ocorrendo de Vila Neide E E DEGRADAÇÃO em Cabixi e Distrito de Vila AMBIENTAL Neide, colocando a população em risco.

Amenizar as grandes Devido às dificuldades que PROGRAMA DE Projetos Raízes distâncias entre o setor os produtores extrativistas EDUCAÇÃO SEAGRI, Desenvolvimento - Aquisição de MÉDIO produtivo e o escoamento rurais enfrentam neste setor, População Vale do 23 AMBIENTAL PARA ESTADO EMATER, Estado 55.000,00 Ambiental máquinas e PRAZO da produção local. visando melhorar o padrão fronteiriça. Guaporé. SOCIEDADES SEDAM equipamento de qualidade de vida. SUSTENTÁVEIS Promover o O Vale do Guaporé é uma Projetos Raízes PROGRAMA DE desenvolvimento região carente de Alternativas Turistas e EDUCAÇÃO SEDAM/EM sustentável do Vale do infraestrutura e possui baixo Desenvolvimento Sustentáveis MÉDIO população do Vale do 24 AMBIENTAL PARA ESTADO ATER/ Estado Guaporé. IDH. Há dificuldades 279.839,00 Ambiental (Transporte e PRAZO Vale do Guaporé SOCIEDADES SEAGRI referentes à distância para escoamento da Guaporé SUSTENTÁVEIS outros municípios. produção) Desenvolver alternativas A região do Vale do Guaporé PROGRAMA DE Projetos Raízes sustentáveis envolvendo possui uma consciência População do EDUCAÇÃO Santo Antonio Desenvolvimento - Alternativas LONGO a comunidade para deconservação ambiental Vale dos Rios 25 AMBIENTAL PARA ESTADO SEDAM Estado do Guaporé e 250.000,00 Ambiental Sustentáveis PRAZO geração de emprego e muito forte, a produção de Guaporé e SOCIEDADES Pedras Negras (Apicultura) renda. mel não tem agressão. Mamoré SUSTENTÁVEIS

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COMPE- STATUS ORIGEM - PÚBLICO Nº EIXO PROGRAMA PROJETO ENTIDADE OBJETIVO JUSTIFICATIVA TERRITÓRIO VALOR R$ TÊNCIA TEMPORAL DEMANDA ALVO Dotar a ECOVALE de Existe grande aceitação no uma unidade de mercado do açúcar mascavo, PROGRAMA DE Projetos Raízes produção de açúcar sendo o solo da localidade População do EDUCAÇÃO - Alternativas SEDAM/ Vale do Desenvolvimento LONGO mascavo com uso de Santo Antonio do Vale dos Rios 26 AMBIENTAL PARA Sustentáveis ( ESTADO EMATER/S Estado Guaporé e 98.720,00 Ambiental PRAZO deengenho de cana de Guaporé adequado para o Guaporé e SOCIEDADES Engenho de EAGRI Mamoré açúcar, que irágerar cultivo. Mamoré SUSTENTÁVEIS Açúcar) emprego e renda no distrito. Objetivo do curso é levar Geração de emprego e aos participantes a renda, organização e PROGRAMA DE vivência na prática das capacitação das Todos os EDUCAÇÃO Curso de atividades do turismo em comunidades tradicionais. Desenvolvimento LONGO Técnicos da municípios da 27 AMBIENTAL PARA Ecoturismo e o ESTADO SEDAM Estado áreas protegidas do 250.000,00 Ambiental PRAZO SEDAM área de SOCIEDADES Turismo Real estado, objetivando obter fronteira SUSTENTÁVEIS dados para planejar ações no curto, médio e longo prazo. Criar e implantar uma Não existe coleta seletiva de Cooperativa de cooperativa deprodutos resíduos sólidos PROGRAMA DE Produtos recicláveis de resíduos nosmunicípios do cone sul Desenvolvimento MÉDIO População local 28 RESÍDUOS Recicláveis ESTADO SEDAM ESTADO sólidos no município de do estado. A coleta irá Vilhena 350.000,00 Ambiental PRAZO e regional SÓLIDOS Oriundos do Vilhena. gerarmaterial para a Lixo Cooperativa de Vilhena.

Porto Velho, PROGRAMA DE Rondônia tem nos recursos Guajará, Nova Desenvolvi- Promover o EDUCAÇÃO naturais e culturais um Mamoré, Costa Desenvolvimento mento do MÉDIO desenvolvimento do População local 29 AMBIENTAL PARA ESTADO SEDAM ESTADO grande potencial para Marques, Alto 700.400,00 Ambiental Ecoturismo em PRAZO turismo sustentável no e turistas. SOCIEDADES desenvolver a atividade Alegre, Rondônia. Estado de Rondônia. SUSTENTÁVEIS ecoturística. Pimenteiras e Cabixi.

Capacitar técnicos Capacitação técnica para dar setoriais para fomentar a estrutura às comunidades Curso em educação ambiental. locais e administração PROGRAMA DE desenvolvi- pública (em nível médio e EDUCAÇÃO Em todos os Desenvolvimento mento MÉDIO superior). Proporcionar Técnicos da 30 AMBIENTAL PARA ESTADO SEDAM ESTADO municípios de 150.000,00 Ambiental ambiental PRAZO suporte ao produtor, SEDAM SOCIEDADES fronteira atividades e fortalecendo as famílias SUSTENTÁVEIS ações. tradicionais (educação ambiental).

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COMPE- STATUS ORIGEM - PÚBLICO Nº EIXO PROGRAMA PROJETO ENTIDADE OBJETIVO JUSTIFICATIVA TERRITÓRIO VALOR R$ TÊNCIA TEMPORAL DEMANDA ALVO A baixa produtividade e as Melhorar a qualidade dos dificuldades que os produtos resultante da produtores extrativistas rurais Plano de Manejo Certificação coleta e manejo dos SEAGRI, População das enfrentam neste setor, AMBIENTAL Florestal Comunitário orgânica da MEDIO produtos da florestal, Comunidades Municípios 31 ESTADO EMATER Florestas e visando melhorar o padrão 600.000,00 nas Reservas Castanha do PRAZO dando suporte técnico e tradicionais Fronteiriços SEDAM Tradicionais de qualidade da Castanha do aproveitando as Extrativistas - RESEX Brasil Brasil e aumentar a renda potencialidades das das comunidades RESEX tradicionais. Falta monitoramento e rastreabilidade do processo Constituir um sistema de produtivo da Castanha. Plano de Manejo Construção de A baixa produtividade e as SEAGRI, População das armazenamento e AMBIENTAL Florestal Comunitário armazenamento MEDIO dificuldades que os Comunidades Municípios 32 ESTADO EMATER Florestas e comercialização da 1.500.000,00 nas Reservas para a Castanha PRAZO produtores extrativistas tradicionais Fronteiriços SEDAM Tradicionais Extrativistas - RESEX do Brasil castanha do Brasil Terras enfrentam, pela Falta de um Indígenas e RESEXs sistema de armazenamento e comercialização da castanha do Brasil Plano de Manejo Explorar as riquezas das AMBIENTAL Florestal Comunitário Concessão de MEDIO Criar fonte de renda para os Empresas Municípios 33 ESTADO SEDAM ESTADO reservas de forma 2.500.000,00 nas Reservas Floresta Nacional PRAZO município fronteiriços regionais Fronteiriços sustentável Extrativistas - RESEX A baixa produtividade, aparecimento de pragas e doenças, excesso de produção sem mercado Fortalecer a agricultura PROGRAMA DE definido e baixo índice de familiar dando suporte DESENVOLVI- Fortalecimento SEAGRI, beneficiamento, são Desenvolvimento MEDIO técnicos e aproveitando Agricultor Municípios 34 MENTO DA da Agricultura ESTADO EMATER População problemas dosagricultores 2.000.000,00 Econômico PRAZO as potencialidades Familiar Fronteiriços AGRICULTURA Familiar SEDAM familiares, neste sentido produtivas em todo o FAMILIAR apoio com políticas públicas estado com assistência técnica, insumos apropriados, apoio a instalação defarinheiras e agroindústrias. A baixa produtividade, aparecimento de pragas e doenças, excesso de Fortalecer a agricultura produção sem mercado PROGRAMA DE familiar dando suporte definido e baixo índice de DESENVOLVI- Fortalecimento SEAGRI, Desenvolvimento MEDIO técnicos e aproveitando beneficiamento, são Agricultor Municípios 35 MENTO DA da Agricultura ESTADO EMATER População 2.000.000,00 Econômico PRAZO as potencialidades problemas dosagricultores Familiar Fronteiriços AGRICULTURA Familiar SEDAM produtivas em todo o familiares, neste sentido FAMILIAR estado apoio com políticas públicas com assistência técnica, insumos apropriados, apoio a instalação defarinheiras e

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agroindústrias.

COMPE- STATUS ORIGEM - PÚBLICO Nº EIXO PROGRAMA PROJETO ENTIDADE OBJETIVO JUSTIFICATIVA TERRITÓRIO VALOR R$ TÊNCIA TEMPORAL DEMANDA ALVO

A região conta com uma indústria de urucum em Cabixi, com capacidade de expansão. O incentivo governamental impulsiona o Médios PROGRAMA DE cultivo do urucum, visando a Fomentar a produtores Desenvolvimento DESENVOLVIMEN Industrialização MEDIO EMATER/S crescente demanda do 36 ESTADO População industrialização do rurais e Cone sul 800.000,00 Econômico TO DO do Urucum PRAZO EAGRI mercado nacional e ao Urucum. respectivas AGRONEGÓCIO mesmo tempo aumento de famílias, renda dos produtores. Pois, além de ser um plantio simples, a espécie garante estabilidade financeira ao agricultor.

Os produtos da atividade agropecuária apresentam pouco valor econômico agregado, com baixo uso tecnológico. O segmento PROGRAMA DE apresenta-se desarticulado SEAGRI, Fortalecer o agronegócio Produtores Desenvolvimento DESENVOLVIMEN Fortalecimento LONGO necessitando de intervenção Municípios 37 ESTADO EMATER População na região (fortalecimento Ruraise 2.500.000,00 Econômico TO DO do Agronegócio PRAZO e apoio a iniciativa privada Fronteiriços SEDAM dos APLs) Extrativista AGRONEGÓCIO com ações voltadas ao fortalecimento do agronegócio, em toda a cadeia produtiva e os segmentos que estãoemAPLs.

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Viabilizar a regularização A maioria das propriedades das propriedades (fazer rurais não tem a um estudo técnico da real documentação legal necessidade de depropriedade da terra. transações fundiárias Documentos PROGRAMA DE com todo o seu essesnecessários para o Pecuaristas, Viabilização da SEAGRI, Desenvolvimento DESENVOLVIMEN LONGO levantamento) acesso ao crédito. A maioria Agricultores, Municípios 38 Regularização ESTADO EMATER População 450.000,00 Econômico TO DO SETOR PRAZO não consegue atender as Agricultores Fronteiriços Fundiária SEDAM AGROPECUÁRIO exigências referentes às Familiares normasambientais, bem como certificações de produtos. O setor carece de apoio governamental para o desenvolvimento sustentável.

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COMPE- STATUS ORIGEM - PÚBLICO Nº EIXO PROGRAMA PROJETO ENTIDADE OBJETIVO JUSTIFICATIVA TERRITÓRIO VALOR R$ TÊNCIA TEMPORAL DEMANDA ALVO

Médios Instalar pequenas PROGRAMA DE Aproveitar os recursos produtores agroindústrias Desenvolvimento DESENVOLVIMEN Instalação de MEDIO EMATER/S gerados na região e ajudar a rurais, Municípios 39 ESTADO População subsidiadas, destinadas 8.000.000,00 Econômico TO DO Agroindústria PRAZO EAGRI gerar empregos para a comunidades e Fronteiriços as associações e grupos AGRONEGÓCIO população. organizações de iniciativa privada. rurais.

A faixa de fronteira abriga uma diversidade cultural com grande potencial turístico PROGRAMA Estruturação de nacional e internacional. ARTESANATO Núcleos Realização de estudos e BRASILEIRO - Produtivos do Secretaria Empresários e diagnóstico para Desenvolvimento ESTRUTURAÇÃO Segmento MEDIO Esporte e Fortalecer o segmento do autônomos da Municípios 40 ESTADO População investimentos nos setores 500.000,00 Econômico DE NÚCLEOS Artesanal. PRAZO Cultura e artesanato cadeia do Fronteiriços que não deram continuidade PRODUTIVOS DO Capacitação de Lazer turismo no artesanato. Desta forma SEGMENTO Artesãos e se justifica políticas públicas ARTESANAL Multiplicadores voltadas para o desenvolvimento do setor de turismo local. A faixa de fronteira abriga uma diversidade cultural com grande potencial turístico nacional e internacional. PROGRAMA DE Realização de estudos e Empresários e ESTRUTURAÇÃO Dinamização Promovera oferta diagnóstico para Desenvolvimento LONGO autônomos da Municípios 41 DOS do Turismo de ESTADO SETUR População turística(formar a PP do investimentos nos setores 200.000,00 Econômico PRAZO cadeia do Fronteiriços SEGMENTOSTURÍ Rondônia Turismo em Rondônia) que não deram continuidade turismo STICOS no artesanato. Desta forma se justifica políticas públicas voltadas para o desenvolvimento do setor de turismo local. Em virtude do aumento dos conflitos agrários, êxodo rural conforme dados do IBGE de Contribuir para evitar o 2010, demonstra apenas êxodo rural, facilitando o 22% da população na zona PROGRAMA DE acesso a terra para o Agricultores, Desenvolvimento Crédito MEDIO rural, favorecendo assim a Municípios 42 REGULARIZAÇÃO Estado SEAGRI População público, na maioria Agricultores 46.000.000,00 Econômico Fundiário PRAZO escassez de alimento no Fronteiriços FUNDIÁRIA arrendatários, posseiros, Familiares mercado interno, além de meeiros e comodatários sabermos também pelo IBGE estabelecidos no estado que a média de idade das pessoas do campo está acima dos 50 anos

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COMPE- STATUS ORIGEM - PÚBLICO Nº EIXO PROGRAMA PROJETO ENTIDADE OBJETIVO JUSTIFICATIVA TERRITÓRIO VALOR R$ TÊNCIA TEMPORAL DEMANDA ALVO O Projeto EMPREENDER O projeto visa osassociados busca promover a com programas e ações de competitividade das MPE qualificação. A FACER e dos Micros poderá contribuir, para o Empreendedores crescimento e Individuais (MEI), por desenvolvimento sustentável PROGRAMA DE meio da oferta de das MPEna faixa de CAPACITAÇÃO serviços de consultoria fronteira, que soma 89% de DAS Projeto FACER, MPE, Micro Desenvolvimento CURTO coletiva nas áreas de microempresas associados, População em Área de 43 MICROEMPRESAS EMPREENDER ESTADO e FACER/RO empreendedor 1.519.300,00 Econômico PRAZO gestão e acesso ao a entidade se volta para geral fronteira E EMPRESAS DE Rondônia PARCERIA es Individuais mercado, visando esses agentes da economia, PEQUENO E fortalecer as empresas responsáveis pela maior MÉDIO PORTE locais e Associações parte dos empregos. Empresariais visando o desenvolvimento sustentável.

A globalização e a A experiência das empresas internacionalização dos com o comércio internacional mercados provocam acontece de forma limitada grandes impactos na ou deixa de acontecer, atividade de comércio devido à falta de qualificação PROMOÇÃO exterior. Onde é preciso de profissionais e de Aproximadame COMERCIAL DE desenvolver a conhecimentos a cerca dos nte 150 Desenvolvimento MICROEMPRESAS EXPORTA MÉDIO competitividade e modelo diferentes mercados empresas 44 ESTADO FACER Estado Guajará-Mirim 570.000,00 Econômico E EMPRESAS DE RONDONIA PRAZO de gestão apropriado aos mundiais. Faz-se necessário situadas na PEQUENO E aspectos operacionais e a qualificação de faixa de MÉDIO PORTE legais das relações profissionais com a fronteira. internacionais, garantindo habilidades técnicas e vínculos comerciais gerenciais para ocomércio sólidos e duradouros. exterior.

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COMPE- STATUS ORIGEM - PÚBLICO Nº EIXO PROGRAMA PROJETO ENTIDADE OBJETIVO JUSTIFICATIVA TERRITÓRIO VALOR R$ TÊNCIA TEMPORAL DEMANDA ALVO Construir um pólo O Pólo Industrial da industrial preferencial Sociobiodiversidade se para as pequenas e microempresas ligadas a justifica porque as Áreas de sóciobiodiversidade. Será Livre Comércio – ALCs – oferecido as empresas foram criadas na Amazônia todas as vantagens ALCs Brasileira com a finalidade e Zona Franca Verde- de impulsionar o ZFV e incentivos do PROGRAMA DE crescimento Polo industrial Estado e Município. Município de Desenvolvimento APOIO As INDÚSTRIAS LONGO PMG/ 45 SócioBiodiversi- ESTADO ESTADO socioeconômico das cidades Guajará-Mirime Guajará-Mirim 10.800.000,00 Econômico DA SOCIOBIODIVERSI- PRAZO SEAGRI dade - MPE de fronteira internacional, Estado DADE dinamizando-as, de tal sorte que foram concedidos incentivos fiscais semelhantes aos da Zona Franca de Manaus - ZFM, porém com algumas restrições (GARCIA, 2004)

Criar ponto de cultura e O ponto de cultura e artesanato de fronteira artesanato é um atrativo PROGRAM DO Artesanato para fortalecer o turismo Desenvolvimento LONGO para o turismo Artesões Municípios 46 ARTESANATO DE Comércio ESTADO SEJUCEL ESTADO e gerar renda aos 1.200.000,00 Econômico PRAZO Fronteiriços Fronteiriços RONDÔNIA (Turismo) artesões. eimpulsionando crescimento socioeconômico da cidade Realizar feira de A Feira Binacional como artesanato binacional evento gera mais criar oportunidades de PROGRAM DO oportunidade e Desenvolvimento Feira Binacional MÉDIO integração e divulga o Artesões Municípios 47 ARTESANATO DE ESTADO SEJUCEL ESTADO aquecimento do 600.000,00 Econômico de Artesanato PRAZO artesanato de fronteira e Fronteiriços Fronteiriços RONDÔNIA gera renda aos artesões. turismoimpulsionando crescimento socioeconômico da cidade O pescado na região de fronteira é comercializado in natura. A infraestrutura de armazenamento do mesmo é Construção de Criar infraestrutura de inadequada sua Pescador, Frigorífico/fábric SEAGRI, apoio a produção de Desenvolvimento PROGRAMA DE MÉDIO comercialização é feita por Produtor rural, Municípios 48 a de Gelo- ESTADO EMATER, ESTADO pescado, viabilizando o 2.500.000,00 Econômico AQUICULTURA PRAZO intermediários. Modelo trás Agricultura Fronteiriços SEDAM beneficiamento do Pescado prejuízo aos pescadores Familiar pescado (Guajará-Mirim) piscicultores com baixa remuneração pelo produto. A instalação de frigoríficos fortalecerá da cadeia

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produtiva agregando valor econômico ao produto e aumento da renda COMPE- STATUS ORIGEM - PÚBLICO Nº EIXO PROGRAMA PROJETO ENTIDADE OBJETIVO JUSTIFICATIVA TERRITÓRIO VALOR R$ TÊNCIA TEMPORAL DEMANDA ALVO

Incentivar a piscicultura Médios Incentivando a piscicultura PROGRAMA DE para a reposição de produtores do Vale do Guaporé e Desenvolvimento DESENVOLVIMEN- Incentivo a MEDIO EMATER peixes no Vale do rurais, Municípios 49 ESTADO População Mamoré com geração de 700.000,00 Econômico TO DO Piscicultura PRAZO /SEAGRI Guaporé e Mamoré e comunidades e Fronteiriços mais empregos e renda para AGRONEGÓCIO para produção de organizações a população local. pescado em tanques. rurais.

Incentivar a economia da Incentivando a economia da PROGRAMA DOAPL Estruturar o APL sociobiodiversidadeno sociobiodiversidadedo Vale Médios Desenvolvimento da da MÉDIO Vale do Guaporé e do Guaporé e Mamoré com produtores Municípios 50 ESTADO SEPOG ESTADO 650.000,00 Econômico SOCIOBIODIVERSIDAD Sóciobiodiversid PRAZO Mamorépara produção geração de mais empregos e comunidades Fronteiriços E ade sustentável de manejo renda para a população organizadas das reservas extrativistas local. Atender a necessidade O município possui uma PROGRAMA DE da população em relação demanda cada vez maior em Construção de População PREVENÇÃO E à saúde. atendimento à saúde. um Posto de MÉDIO fronteiriça, Distrito de 51 SAÚDE COMBATE DE ESTADO DEOSP Estado 780.000,00 Saúde em PRAZO migrantes e Surpresa DOENÇAS Surpresa. imigrantes. TROPICAIS

O projeto objetiva as Devido à vulnerabilidade de PROGRAMA DE Procedimento ações referentes à agente etiológico através da Guajará-Mirim, PREVENÇÃO E Operacional População dos MÉDIO vigilância veterinária na introdução de animais Costa Marques, 52 SAÚDE COMBATE DE Padrão ESTADO IDARON Estado Municípios 500.000,00 PRAZO fronteira internacional produtos e subprodutos para Rolim de Moura DOENÇAS Fronteira Fronteiriços. entreRondônia e a disseminar a região. e Pimenteiras. TROPICAIS Internacional Bolívia. Controlar as doenças Salas de vacinas estão PROGRAMA DE Implantação endêmicas nas áreas de desativadas há mais de cinco População PREVENÇÃO E das salas de MEDIO fronteiras, devido à anos tornando vulnerável a fronteiriça, Vale do 53 SAÚDE COMBATE DE ESTADO AGEVISA ESTADO 460.000,00 vacinas nas PRAZO grande circulação de região de grande circulação migrantes e Guaporé DOENÇAS Fronteiras. migrantes e imigrantes. de migrantes e imigrantes. imigrantes. TROPICAIS Documentar e produzir O projeto está assentado material cultural para uso numa tripla perspectiva,de e divulgação sobre as análise e acompanhamento comunidades para o se utiliza de três áreas de Integração grande público. ciências humanas: a História, População PROGRAMA DE Histórica, a Literatura e as Línguas ribeirinha da PROMOÇÃO DO Política e Portuguesas e Espanholas. Ponta do MÉDIO Ponta do 54 EDUCAÇÃO DESENVOLVIMEN Cultural da ESTADO UNIR Acadêmica A partir dessas áreas temos Abunã a Cabixi, 150.000,00 PRAZO Abunã e Cabixi TO DA FAIXA DE Região de aslinhas: estudos do Pós- área de FRONTEIRA Fronteira colonialismo, da Filosofia aproximadame Brasil/Bolívia Política e do imaginário nte 800 Km. social. Atuação da UNIR compreende três sub-regiões na faixa de fronteiras conforme o MI.

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COMPE- STATUS ORIGEM - PÚBLICO Nº EIXO PROGRAMA PROJETO ENTIDADE OBJETIVO JUSTIFICATIVA TERRITÓRIO VALOR R$ TÊNCIA TEMPORAL DEMANDA ALVO Tem como proposta uma Implantação de escola bi- identidade regional bi nacional de ensino básico Implantar duas ligue e intercultural. para estudantes dos países Estudantes PROGRAMA DE escolas bi- fronteiriços, promovendo a binacionais dos PROMOÇÃO DO Costa Marques nacionais, (O1) LONGO DEOSP/PA inclusão social dos mesmos. municípios de 55 EDUCAÇÃO DESENVOLVIMEN ESTADO População e Guajará- 3.000.000,00 em Guajará PRAZO C No caso das cidades de Guajará Mirim TO DA FAIXA DE Mirim Mirim, (01) em Costa Marques e Guajará e Costa FRONTEIRA Costa Marques. Mirim, estas vem de encontro Marques. às necessidades Brasil e/Bolívia. Desenvolver um estudo As peculiaridades relativas a Acadêmicos e comparativo educacional cada contexto sócio-cultural professores do desenvolvido peloBrasil e e educacional presentes nos Campus de Bolívia, identificando a documentos legais podem Guajará e da presença de valores e ser analisadas e PROGRAMA DE Planejamento, Rede de ensino Guajará-Mirm, conceitos da diversidade referenciadas a partir de um PROMOÇÃO DO Cultura e Estadual e Nova Mamoré, LONGO cultural, a educação olhar científico que contribua 56 EDUCAÇÃO DESENVOLVIMEN Diversidade na FEDERAL UNIR Acadêmica Municipal de Guayaramerim 800.000,00 PRAZO ambiental, identificar para resignificar o TO DA FAIXA DE Fronteira Guajará e Nova e Riberalta/ ações relacionadas ao Planejamento Educacional FRONTEIRA Brasil-Bolívia Mamoré e Bolívia. uso das Tecnologias da dos sistemas envolvidos, professores de Informação e com objetivo de fortalecer a Guayaramerim Comunicação - TIC's integração de práticas e Riberalta na educativas e a Bolívia. interculturalidade.

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