2012 Dis Jsmendes.Pdf
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0 UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ CENTRO DE CIÊNCIAS DEPARTAMENTO DE GEOGRAFIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GEOGRAFIA JOCICLÉA DE SOUSA MENDES DINÂMICA DAS PAISAGENS DA APA DO ESTUÁRIO DO RIO MUNDAÚ: EVOLUÇÃO ESPAÇO-TEMPORAL E POTENCIALIDADES AMBIENTAIS Orientadora: Profa. Dra. Adryane Gorayeb FORTALEZA 2012 1 JOCICLÉA DE SOUSA MENDES DINÂMICA DAS PAISAGENS DA APA DO ESTUÁRIO DO RIO MUNDAÚ: EVOLUÇÃO ESPAÇO-TEMPORAL E POTENCIALIDADES AMBIENTAIS Dissertação de Mestrado submetida à Coordenação do Programa de Pós-Graduação em Geografia, da Universidade Federal do Ceará, como requisito parcial exigido para a obtenção do título de Mestre em Geografia. Orientadora: Profa. Dra. Adryane Gorayeb Fortaleza 2012 Dados Internaci onais de Catalogação na Publicação Uni versi dade Federal do Ceará Bibli oteca de Ciências e Tecnol ogia M491d Mendes, Jociclea de Sousa Mendes. Dinâ mica das paisagens da APA do est uári o do ri o Mundaú: evolução espaço-te mporal e potenciali dades a mbi entais / Mari a Rosana da Cost a Oli veira. – 2013. 167f. : il., enc. ; 30 c m. Dissertação ( mestrado) – Universi dade Federal do Ceará, Centro de Ciências, Departa ment o de Geografia, Progra ma de Pós-Graduação e m Geografia, Fortaleza, 2013. Área de concentração: Dinâ mica Ambi ental e Territorial do Nor deste Semiári do. Orientação: Profa. Dra. Adryane Gorayeb Nogueira Caetano. 1. Unidades de conservação. 2. Est uári o. 3. Proble mas a mbientais. 4. Mudanças paisagísticas. I. Tít ulo. CDD 910 2 JOCICLÉA DE SOUSA MENDES DINÂMICA DAS PAISAGENS DA APA DO ESTUÁRIO DO RIO MUNDAÚ: EVOLUÇÃO ESPAÇO-TEMPORAL E POTENCIALIDADES AMBIENTAIS Dissertação submetida à Coordenação do curso de Pós-Graduação em Geografia, da Universidade Federal do Ceará, como requisito parcial para a obtenção do grau de Mestre em Geografia. Aprovada em ____/____/_______. BANCA EXAMINADORA ___________________________________________________ Profa. Dra. Adryane Gorayeb (Orientadora) Universidade Federal do Ceará - UFC __________________________________________________ Profa. Dra. Lidriana de Souza Pinheiro Instituto de Ciências do Mar - LABOMAR __________________________________________________ Prof. Dr. Antonio Jeovah de Andrade Meireles Universidade Federal do Ceará - UFC 3 AGRADECIMENTOS A Deus, que esteve sempre na minha vida. Aos meus pais, Cecília de Sousa Mendes e José de Fátima Mendes, que me educaram e me ensinaram a caminhar com meus próprios pés, a seguir em frente, sempre confiando em mim. Amo vocês. À minha amada sobrinha (filha), Maria Eduarda Mendes de Sousa, que, com seu amor, sua doçura, seu gênio forte e sua personalidade, tornam meus dias bem felizes, embora às vezes difíceis, quando se trata de atividades diárias. Ao meu amado esposo, Hélio Lima Alves, por me dedicar sempre paciência, amor, cumplicidade e companheirismo. Às minhas irmãs, lindas e maravilhosas, Ana Paula de Sousa Mendes e Jocélia de Sousa Mendes, esta última pela colaboração muitas vezes direta, ora lendo a pesquisa ora ajudando na tabulação de dados. Aos meus avós Antônio Tarcísio (in memorian) e Maria José Alves de Sousa, pelo amor incondicional. A todos os meus familiares e amigos, em especial à Rosimeyre Almeida e ao Gleyson Wilson Santil. À minha orientadora Adryane Gorayeb, sempre presente, lado a lado comigo nesta caminhada, ensinando-me, com toda a paciência, a ver o mundo de uma maneira mais correta. Ao professor Edson Vicente da Silva (Cacau), pelo apoio e pela orientação durante a graduação e grande ajuda nesta pesquisa. Obrigada pela paciência, amizade, pelo respeito, pelas brincadeiras..., por simplesmente ser essa pessoa doce que sabe dar orientação (puxão de orelha) sem magoar. Aos meus amigos queridos do Laboratório de Geoecologia da Paisagem e Planejamento Ambiental, Juliana Maria Oliveira Silva, Bruna Maria Rodrigues de Freitas Albuquerque, Cícera Angélica Castro dos Santos, Leilane Chaves Oliveira, Carolina Carneiro Magalhães, Paula Alves Tomaz, Francisco Otávio Landim Neto, Caroline Almeida, Lucio Correia Miranda, Igor Pedroza, especialmente ao Francisco Davy Braz Rabelo, colaborador direto nessa pesquisa, e todos os outros integrantes que contribuíram com palavras de encorajamento e de descontração também. A todos os moradores da comunidade de Mundaú, em especial ao Marcos Aurélio, pessoa fundamental nesta pesquisa, pela acolhida, pelo apoio, pela paciência com minhas inúmeras dúvidas em relação à comunidade. Obrigada à família Santos: Paula, Natália, Dona 4 Kita, Carolina, Clara, Ulisses, Albert, Mariano, Ana Lídia, Marciano e Alexandrina pela acolhida em sua casa, fazendo com que eu me sentisse membro da família. Agradecimentos também aos estabelecimentos da comunidade que foram bem importantes na pesquisa, destacando a Pousada Caboclo Sonhador, a Pousada das Marés, e a todas as pessoas que contribuíram na aplicação de questionários e nas entrevistas. Ao meu amigo Fabiano Santos, pelo intermédio com os órgãos públicos do município, pela ajuda nas buscas por informações e pela amizade de longa data. Aos meus colegas Ana Maria, Mácio Teódulo, Felipe da Rocha, pelos ensinamentos na área cartográfica. A todos os docentes do Departamento de Geografia da Universidade Federal do Ceará, em especial aos professores Antônio Jeovah de Andrade Meireles e Maria do Céu de Lima, pelas contribuições diretas na pesquisa. À professora Lidriana Pinheiro pelo apoio durante a pesquisa. Aos colegas que trabalham em instituições e colaboraram na disponibilização de materiais, Walacy (INCRA), Elizete de Oliveira e Frederico de Holanda (SEMACE). Aos meus queridos amigos conquistados ao ingressar na universidade, pessoas especiais e essenciais na minha vida, participantes da minha história acadêmica, da minha vida particular, tornando bem mais felizes esses anos: Ivna Machado, Filipe Porto, Tiago Rodrigues e Bergson Henrique Nunes. A todos os meus amigos de graduação (turma 2006.2), Lyvia Cleyde Chaves, Hellen Freitas, Aline Gomes, Ítalo Renan Girão, Paulo Mavigner, Emerson Arruda, George William Vasconcelos, Bruno, David Pereira, David Morais, Antoine Queiroz, Alan Pires e outros. À Coordenadoria de Aperfeiçoamento em Nível Superior (CAPES), pelo apoio financeiro no período da pesquisa. Ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ), pelo financiamento do projeto ―Ações Integradas de Extensão Rural em Comunidades Tradicionais do Semiárido e da Amazônia Oriental: Medidas de Planejamento e Gestão Socioambiental para o Fortalecimento da Agricultura Familiar‖. A todos que colaboraram, de alguma forma, com a pesquisa. 5 Julga-se também a paisagem pela serenidade de cada momento perceptivo, refletido na paz do espírito. Valores quantificados não podem representar o efeito de uma paisagem constituída por sons e odores. Brilhos e cores gravados na própria mente, seu movimento além de ser sentido pode ser observado em sua lentidão como se fosse um respirar, a queda de um orvalho. O próprio silêncio é uma forma de expressar um estado momentâneo de uma paisagem, na ausência do brilho transcende a escuridão, envolvendo as cores com outros matizes, novos ruídos e movimentos diferenciados. No concreto e no invisível diversificam-se os fluxos, transformando a realidade e a própria percepção de observador, pois afinal também somos parte da paisagem. (Edson Vicente da Silva, 2004). 6 RESUMO As unidades de paisagem do litoral cearense possuem um grande valor paisagístico, entretanto vêm sendo utilizadas de forma incorreta, principalmente nas últimas décadas, comprometendo a sustentabilidade ecológica dos ecossistemas e provocando mudanças nas características dos ambientes naturais, bem como no modo de vida das comunidades tradicionais. Nesse contexto, a criação de Áreas de Proteção Ambiental está sendo vislumbrada como uma alternativa para controlar essas mudanças e manter as relações ecológicas estabelecidas entre os seres vivos e o ambiente físico. A pesquisa, pois, teve o objetivo de elaborar um diagnóstico da APA do Estuário do Rio Mundaú, localizada na costa oeste do estado do Ceará e propor medidas de gestão integrada. Para isso, o estudo abrangeu a análise das condições geoecológicas da área, dos usos a que está sendo submetida e dos efeitos decorrentes dessa utilização, por influência de fatores de ordem ambiental e social. O referencial teórico utilizado foi o da geoecologia das paisagens, que ofereceu as condições de realizar a análise do espaço geográfico, a partir da junção de procedimentos técnicos contemporâneos das ciências ambientais, como: i) análise do Índice de Condição de Vida e Moradia (ICV-MO); ii) análise da qualidade da água, na qual foi realizado um diagnóstico da situação atual do sistema estuarino; iii) técnicas cartográficas, que possibilitaram a realização da análise espaço-temporal da APA, verificando a dinâmica atuante, assim como os usos realizados. A APA possui sistemas ecológicos de grande importância natural e econômica para a região em que estão inseridos, mas que vêm sendo, entretanto, explorados e ocupados de forma incorreta, gerando diversos impactos ambientais e causando degradação, tanto pelas intervenções humanas sem planejamento ambiental como pela falta de cumprimento da legislação vigente. Verificou-se que as mudanças significativas na paisagem da APA nos últimos cinquenta e quatro anos foram causadas por intensa dinâmica ambiental e por práticas sociais e econômicas que contrariam a legislação brasileira, tais como ocupação indevida da área de manguezal, mineração ilegal nas dunas, deposição inadequada de resíduos sólidos e atividades de carcinicultura