PME Plano Municipal de Educação Santana da Boa Vista – RS

Anexo I da Lei Nº. 2.719/2015

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Comissão de Elaboração do Plano Municipal de Educação

Ana Noracy Rosa Soares

Anye Freitas Ceretta

Carla de Vargas Lima

Cristiano Batista Dutra

Grasiele dos Santos Oliveira

Jeferson Pedroso da Rosa

Joelma Teixeira de Oliveira

Juliana Régio da Silva

Lecy Beatriz Rodrigues Lopes Fagundes

Maria de Lourdes Nunes de Oliveira

Mônica Vasconcelos

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Sumário

1. Caracterização e Diagnóstico do Município...... 04 1.1. O Município...... 04 1.2. Demografia...... 04 1.3. Economia...... 06 1.4. Segurança...... 08 1.5. Saúde...... 09 1.6. Cultura...... 09 1.7. Educação...... 10 2. Diretrizes do Plano Municipal de Educação...... 15 3. Metas e Estratégias...... 16 3.1. Meta 01 – Educação Infantil...... 17 3.2. Meta 02 – Ensino Fundamental...... 18 3.3. Meta 03 – Ensino Médio...... 20 3.4. Meta 04 – Educação Especial...... 22 3.5. Meta 05 – Ensino Fundamental...... 23 3.6. Meta 06 – Educação Integral...... 24 3.7. Meta 07 – Qualidade da Educação...... 25 3.8. Meta 08 – Educação de Jovens e Adultos...... 27 3.9. Meta 09 – Educação de Jovens e Adultos...... 28 3.10. Meta 10 – Educação de Jovens e Adultos...... 29 3.11. Meta 11 – Ensino Médio...... 30 3.12. Meta 12 – Educação Superior...... 31 3.13. Meta 13 – Educação Superior...... 32 3.14. Meta 14 – Educação Superior...... 33 3.15. Meta 15 – Valorização dos Profissionais da Educação...... 34 3.16. Meta 16 – Valorização dos Profissionais da Educação...... 35 3.17. Meta 17 – Valorização dos Profissionais da Educação...... 36 3.18. Meta 18 – Valorização dos Profissionais da Educação...... 37 3.19. Meta 19 – Gestão Democrática...... 38 3.20. Meta 20 – Financiamento da Educação...... 39 4. Acompanhamento e Avaliação...... 40

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1. CARACTERIZAÇÃO E DIAGNÓSTICO DO MUNICÍPIO

1.1. O Município

A Vila que deu origem à Santana da Boa Vista foi fundada por Jacinto Inácio, em 1822, como forma de pagamento de uma graça alcançada junto a Santa Ana. Jacinto Inácio da Silva (1772/1841), filho de Leonardo Fagundes e Inácia de Jesus (ambos naturais de Ilha Terceira, Açores), segundo registros civis, morador da Costa do Camaquã/Campina (então Caçapava do Sul) por volta de 1792. Homem de posses, dono de sesmaria na região e pessoa de projeção em seu meio, sofreu durante uma caçada, um ataque de uma onça pintada, conhecida no município como Tigra, ferindo-se gravemente, no ano de 1821. Religioso, invocou o nome de Nossa Senhora de Santa Ana, apelando por salvação. Como, por fim, conseguiu abater a fera com uma faca, mandou que fosse erguida uma capelinha de sape, em agradecimento à Santa e doou parte de suas terras para a construção de um vilarejo. O município foi emancipado politicamente de Caçapava do Sul, em 17 de setembro de 1965 e em 06 de maio de 1966 foi instalado. O município está incluído na metade sul do Estado, localizando-se em uma região montanhosa, pertencente a Serra das Encantadas. Os morros da região são formados por um conglomerado de arenito e seixos, com altura média de 35 a 60 metros. Uma das características predominantes nestes morros são os platôs, que de uma forma decrescente, acabam em vales profundos, de mata fechada. Possui grande potencial hidrográfico, fazendo parte da Bacia do Rio Camaquã. A cidade conta com três balneários: Passo da Capela, Passo das Carretas e Areião, como atrativos naturais. O local onde se deu a luta de Jacinto Inácio com a Tigra abriga, desde 1996, um Parque Municipal, nosso principal ponto turístico do município, chamado Parque Municipal Toca da Tigra, situado a 3 km da sede, local este onde são realizadas as principais festividades do município. Suas principais atividades econômicas, atualmente, são a agricultura e a pecuária. (Fonte: Site oficial da Prefeitura Municipal de Santana da Boa Vista)

1.2. Demografia

Entre 2000 e 2010, a população de Santana da Boa Vista cresceu a uma taxa média anual de -0,45%, enquanto no Brasil foi de 1,17%, no 5 mesmo período. Nesta década, a taxa de urbanização do município passou de 44,29% para 45,17%. Em 2010, viviam, no município, 8.242 pessoas.

Caracterização do território:

Área: 1421,63 km² IDHM 2010: 0,633 Faixa do IDHM: Médio (IDHM entre 0,600 e 0,699) População (Censo 2010): 8.242 habitantes População Estimada 2014 (IBGE): 8.444 habitantes Densidade demográfica: 5,8 hab/km² Ano de instalação: 1965 Microrregião: Serras do Sudeste Mesorregião: Sudeste Rio-Grandense Gentílico: Santanense-da-boa-vista

Entre 2000 e 2010, a razão de dependência no município - Percentual da população de menos de 15 anos e da população de 65 anos ou mais (população dependente) em relação à população de 15 a 64 anos (população potencialmente ativa) - passou de 51,54% para 51,57% e a taxa de envelhecimento - Razão entre a população de 65 anos ou mais de idade em relação à população total - de 10,37% para 14,51%. Em 2010 a população com menos de 15 anos no município era de 1.626 habitantes, o que representa 19,73% do total da população, já aqueles entre 15 e 64 anos de idade eram 5.420 habitantes, representando 65,76% do total, e aqueles com 65 anos ou mais eram 1.196 habitantes, representando 14,51% da população. (Fonte: Atlas do Desenvolvimento Humano/PNUD 2010)

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1.3. Economia

A economia do município está baseada na agropecuária, indústria e comércio. Na agricultura, destaca-se a produção do feijão preto, seguido do milho, a soja, o arroz e o trigo. A situação fundiária dos produtores rurais de Santana é o minifúndio. A criação de ovinos é destaque no município, além de bovinos, suínos e eqüinos. As indústrias de nosso município somam um total de 17 empresas, entre elas de móveis, esquadrias, tijolos e artefatos de cimento. Quanto ao setor do comércio, Santana da Boa Vista possui 177 comércios de médio porte, 220 comércios de pequeno porte e 23 prestadores de serviços. O Índice de Desenvolvimento Humano (IDHM) - Santana da Boa Vista é 0,633, em 2010, o que situa esse município na faixa de Desenvolvimento Humano Médio (IDHM entre 0,600 e 0,699). A dimensão que mais contribui para o IDHM do município é Longevidade, com índice de 0,802, seguida de Renda, com índice de 0,630, e de Educação, com índice de 0,503. Entre 2000 e 2010 o IDHM passou de 0,553 em 2000 para 0,633 em 2010 - uma taxa de crescimento de 14,47%. O hiato de desenvolvimento humano, ou seja, a distância entre o IDHM do município e o limite máximo do índice, que é 1, foi reduzido em 82,10% entre 2000 e 2010. Desde 1991, a dimensão cujo índice mais cresceu em termos absolutos foi Educação, seguida por Renda e por Longevidade. (Fonte: Atlas do Desenvolvimento Humano/PNUD 2010).

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Santana da Boa Vista ocupa a 3433ª posição entre os 5.565 municípios brasileiros segundo o IDHM. Nesse ranking, o maior IDHM é 0,862 (São Caetano do Sul) e o menor é 0,418 (Melgaço).

Acima, está o quadro demonstrativo das Despesas e Receitas Orçamentárias do município, no ano de 2010, segundo pesquisas do IBGE, 8 e comparando-as a nível estadual e nacional, o que demonstra que são equivalentes.

O Produto Interno Bruto, demonstrado no quadro acima, representa a soma, em valores monetários, de todos os bens e serviços finais produzidos no município, no ano de 2010, segundo o IBGE. O PIB é um dos indicadores mais utilizados na macroeconomia, e tem o objetivo principal de mensurar a atividade econômica de uma região. Podemos observar que em Santana da Boa Vista a principal atividade econômica é a agropecuária, seguida de serviços, e por último a indústria.

1.4. Segurança

A segurança pública do município é efetivada pela Brigada Militar e Polícia Civil. A Brigada Militar de Santana da Boa Vista é o 4° Pelotão do 3º Esquadrão de Caçapava do Sul, e pertence ao 6º Regimento de Bagé e ao Comando Regional de Policia Ostensiva de . O Efetivo Pelotão conta com um 1º Tenente, um 1º Sargento, um 2º Sargento e doze Soldados. Mas atualmente conta com um 1º Sargento, três 3ºs Sargentos e cinco Soldados. A Polícia Civil atende na Delegacia de Polícia de Santana da Boa Vista que pertence a 20° Delegacia de Polícia Regional de . Conta atualmente com 03 servidores policiais, sendo 02 escrivães de policia e 01 delegado substituto. O delegado responsável por este órgão 9 policial é o delegado da Delegacia de Polícia da cidade de Caçapava do Sul. Aos finais de semana e feriados o plantão da Delegacia de Santana da Boa Vista é realizado pela Delegacia de Caçapava do Sul.

1.5. Saúde

A estrutura gerencial do Sistema Único de Saúde (SUS) e de prestação de serviços de saúde no município de Santana da Boa Vista se dá através da Secretaria Municipal de Saúde e Assistência Social (SMSAS). O papel da SMSAS está centrado na gestão do eixo de Atenção Básica de Saúde, que abriga as unidades de Assistência à Saúde e da Vigilância em Saúde. O quadro de funcionários da área da saúde apresenta duas formas de contratação: CLT (Processo Seletivo e Regime Antigo) e Estatutário (Concursados e Contratados). O Município possui Estabelecimentos Públicos de Saúde não hospitalares, que são: 02 (dois) ESF (Estratégia de Saúde da Família), 01 (uma) Farmácia Central, 01(uma) Unidade de Saúde que conta com Atenção Básica e Média Complexidade (Pediatria, Psicologia e Fisioterapia), 01 (uma) Central de Marcação de Consultas, 01 (uma) Central de Ambulâncias e Veículos, 01 (uma) Unidade de Vigilância Sanitária, 01 (uma) Unidade Odontológica Móvel. Conta também com 01(um) CRAS (Centro de Referência da Assistência Social), 01(um) Hospital Filantrópico de pequeno porte, com a oferta de 13 leitos do SUS (Sistema Único de Saúde) e 01(uma) Base do SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência). A SMSAS realiza também o encaminhamento de consultas e exames especializados bem como o transporte de pacientes para os municípios de referência: Canguçu, , , , , e Rio Grande.

1.6. Cultura

O município possui a Secretaria de Educação, Cultura, Desporto e Turismo, que é responsável pelo planejamento e organização de eventos culturais bem como pela conservação e manutenção dos ambientes culturais, turísticos e de lazer da cidade. Os eventos de maior repercussão no município são: Carnaval de Rua, Arraial da Toca da Tigra, Semana do Município, Semana , Cavalgada das Mulheres e Festoca. 10

Santana da Boa Vista, apresenta diversos pontos turísticos, proporcionados por suas características naturais e culturais, que são:  Parque Municipal Toca da Tigra – Local histórico que deu origem a criação do município. Conta com trilhas ecológicas, cachoeiras, barragem para banhistas, pista de moto cross, quadras de esportes, pracinha, camping e churrasqueiras. Localizado a 3 km do centro da cidade.  Santuário Santa Ana – Atrativo religioso, local de devoção por romeiros e devotos de Santa Ana padroeira do município. Localizado a 3 km do centro da cidade.  Igreja Matriz Santa Ana – Local de fé que abriga a imagem de Santa Ana padroeira do município. Localizada na Praça Jacinto Inácio, no centro da cidade.  Casa de Cultura Januária Freitas – Antigo Hospital São José. Trata-se de Casa de Cultura, Biblioteca e Museu. Possui livros literários e educativos, artefatos antigos, laboratório de informática e conta também com o Galpão Anita Garibaldi, local de diversos eventos do município. Localiza-se na entrada da cidade, em frente à segunda rótula de acesso.  Cerro da Lagoa – Atrativo natural, considerado o ponto mais alto do município, faz parte da Serra das Encantadas, com uma bela lagoa na parte mais alta do cerro, e ampla visão das redondezas rica em cerros menores e vista parcial da cidade.  Balneário Passo das Carretas – Atrativo natural, onde foi travado o maior combate histórico que se tenha conhecimento no município, entre as forças do Coronel (Borgista), e Honório Lemos e Zeca Neto (libertadores). Localizado no Rio Camaquã a 8 km do centro da cidade.  Balneário Passo da Capela – Atrativo natural, local para banhistas e contato com a natureza, conta com camping e churrasqueiras. Localizado a 4 km do centro da cidade.

1.7. Educação

O órgão gestor da educação no município é a Secretaria Municipal de Educação, Cultura, Desporto e Turismo que conta com o apoio do Conselho Municipal de Educação, órgão normativo e fiscalizador dos assuntos da Educação, e o Conselho de Fiscalização do FUNDEB, órgão 11 normativo e fiscalizador dos recursos para manutenção e desenvolvimento da educação bem como da valorização dos profissionais da educação. O Município de Santana da Boa Vista possui uma rede de 11 escolas: 01 de Educação Infantil, 04 de Educação Infantil e Ensino Fundamental, 05 de Ensino Fundamental e 01 de Ensino Fundamental e Médio, sendo que das 11 escolas, 09 são de nível municipal e 02 de nível estadual. Quanto a localização, 04 escolas estão localizadas na Zona Urbana e 08 estão localizadas na Zona Rural, distribuídas em diferentes locais com o intuito de atender as regiões mais populosas do município. O município conta também com um Pólo Municipal da Universidade Aberta do Brasil (UAB) que oferece cursos de nível Técnico, Graduação e Pós-graduação em parceria com as Universidades e Institutos da Região: Universidade Federal de Pelotas – UFPEL, Universidade Federal de Santa Maria – UFSM, e Instituto Federal Sul-rio-grandense – IFSUL.

DOCENTES POR NÍVEL

MUNICIPAL ESTADUAL TOTAL Pré-Escola 18 - 18 Fundamental 84 47 131 Médio - 24 24

ESCOLAS POR NÍVEL

MUNICIPAL ESTADUAL TOTAL Pré-Escola 05 - 05 Fundamental 08 02 10 Médio - 01 01

MATRÍCULAS POR NÍVEL

MUNICIPAL ESTADUAL TOTAL Pré-Escola 186 - 186 Fundamental 442 533 975 Médio - 284 284

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TITULAÇÃO DOS DOCENTES

MUNICIPAL ESTADUAL TOTAL Magistério 08 - 08 Graduação 61 30 91 Pós-graduação 25 37 62

As proporções de crianças e jovens frequentando ou tendo completado determinados ciclos indica a situação da educação entre a população em idade escolar do estado e compõe o IDHM Educação. No município, a proporção de crianças de 5 a 6 anos na escola é de 73,40%, em 2010. No mesmo ano, a proporção de crianças de 11 a 13 anos frequentando os anos finais do ensino fundamental é de 92,30%; a proporção de jovens de 15 a 17 anos com ensino fundamental completo é de 56,54%; e a proporção de jovens de 18 a 20 anos com ensino médio completo é de 37,79%. Entre 1991 e 2010, essas proporções aumentaram, respectivamente, em 48,31 pontos percentuais, 62,14 pontos percentuais, 42,16 pontos percentuais e 28,45 pontos percentuais. Em 2010, 83,43% da população de 6 a 17 anos do município estavam cursando o ensino básico regular com até dois anos de defasagem idade-série. Em 2000 eram 85,13% e, em 1991, 85,85%. Dos jovens adultos de 18 a 24 anos, 9,74% estavam cursando o ensino superior em 2010. Em 2000 eram 3,40% e, em 1991, 1,24%. A Expectativa de Anos de Estudo também sintetiza a frequência escolar da população em idade escolar. Mais precisamente, indica o número de anos de estudo que uma criança que inicia a vida escolar no ano de referência deverá completar ao atingir a idade de 18 anos. Entre 2000 e 2010, ela passou de 9,87 anos para 10,68 anos, no município, enquanto na UF passou de 10,25 anos para 10,00 anos. Em 1991, a expectativa de anos de estudo era de 10,20 anos, no município, e de 10,25 anos, na UF. (Fonte: Atlas do Desenvolvimento Humano/PNUD 2010)

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Também compõe o IDHM Educação um indicador de escolaridade da população adulta, o percentual da população de 18 anos ou mais com o ensino fundamental completo. Esse indicador carrega uma grande inércia, em função do peso das gerações mais antigas, de menor escolaridade. Entre 2000 e 2010, esse percentual passou de 21,84% para 30,20%, no 14 município, e de 39,76% para 54,92%, na UF. Em 1991, os percentuais eram de 12,95% ,no município, e 30,09%, na UF. Em 2010, considerando- se a população municipal de 25 anos ou mais de idade, 16,70% eram analfabetos, 24,60% tinham o ensino fundamental completo, 15,36% possuíam o ensino médio completo e 3,24%, o superior completo. No Brasil, esses percentuais são, respectivamente, 11,82%, 50,75%, 35,83% e 11,27%. (Fonte: Atlas do Desenvolvimento Humano/PNUD 2010)

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2. DIRETRIZES DO PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO

O novo Plano Nacional de Educação tem vigência de 10 (dez) anos, a contar da Lei Federal nº 13.005/2014, e possui as seguintes diretrizes:

I – Erradicação do analfabetismo; II – Universalização do atendimento escolar; III – Superação das desigualdades educacionais, com ênfase na promoção da cidadania e na erradicação de todas as formas de discriminação; IV – Melhoria da qualidade da educação; V – Formação para o trabalho e para a cidadania, com ênfase nos valores morais e éticos em que se fundamenta a sociedade; VI – Promoção do princípio da gestão democrática da educação pública; VII – Promoção humanística, científica, cultural e tecnológica do País; VIII – Estabelecimento de meta de aplicação de recursos públicos em educação como proporção do Produto Interno Bruto – PIB, que assegure atendimento às necessidades de expansão, com padrão de qualidade e equidade; IX – Valorização dos profissionais da educação; X – Promoção dos princípios do respeito aos direitos humanos, à diversidade e a sustentabilidade socioambiental.

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3. METAS E ESTRATÉGIAS

Neste capítulo serão apresentadas as metas estabelecidas pelo Plano Nacional de Educação (PNE), e as respectivas estratégias para o município de Santana da Boa Vista, criadas em um espaço democrático de discussão e reflexão acerca da realidade educacional local, na busca de contemplar no âmbito municipal, as metas previstas no Plano Nacional de Educação. Foram realizados encontros, com a comunidade escolar, para reflexão e proposições relacionadas à educação do nosso município, os quais contaram com a participação de diferentes seguimentos da comunidade: diretores, professores, funcionários, pais, alunos, vereadores entre outros.

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Meta 01 – Educação Infantil

Universalizar, até 2016, a educação infantil na pré-escola para as crianças de 04 (quatro) à 05 (cinco) anos de idade e ampliar a oferta de educação infantil em creches, de forma a atender, no mínimo, 50% (cinquenta por cento) das crianças de até 03 (três) anos até o final da vigência deste PNE.

1.1. Conservar e fazer a manutenção de parques infantis e áreas de lazer adequando a faixa etária de 0 a 05 anos. Promovendo a acessibilidade das crianças com necessidades especiais. 1.2. Realizar avaliação psicológica para cargos da Educação Infantil em concursos públicos do município. 1.3. Dispor de materiais pedagógicos, didáticos, mobiliários, jogos pedagógicos e recreativos adequados as faixas etárias para todas as escolas com Educação Infantil da rede Municipal de ensino, fazendo reposições quando necessário. 1.4. Implantar e organizar sala de literatura e jogos recreativos nas escolas de Educação Infantil. 1.5. Promover o atendimento ás crianças da Educação Infantil juntamente com sua família, por uma equipe multiprofissional, quando houver necessidade. 1.6. Dispor de um profissional especializado para trabalhar com crianças portadoras de necessidades especiais na rede Municipal de ensino. 1.7. Ofertar formação continuada para os profissionais da Educação Infantil priorizando as Artes (música, dança, teatro, etc.). 1.8. Ampliar e qualificar o atendimento na Educação Infantil, observando cuidadosamente o número de crianças em cada sala de aula, bem como o espaço físico destinado as mesmas, de acordo com o previsto na lei vigente para Educação Infantil. 1.9. Estipular e cumprir os prazos para matrícula e ingresso na Educação Infantil da rede Municipal de Ensino. 1.10. Manter, ampliar e respeitar as normas de acessibilidade do programa nacional de construção e reestruturação de escolas e equipamentos visando a expansão e a melhoria da rede física das escolas com Educação Infantil no município.

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Meta 02 – Ensino Fundamental

Universalizar o ensino fundamental de 09 (nove) anos para toda a população de 06 (seis) a 14 (quatorze) anos e garantir que pelo menos 95% (noventa e cinco por cento) dos alunos concluam essa etapa na idade recomendada, até o último ano de vigência deste PNE.

2.1. Criar mecanismos, dentro dos Regimentos Escolares e Projetos Políticos Pedagógicos, das escolas, para o acompanhamento individual de cada estudante, buscando soluções para melhorar o rendimento escolar dos mesmos. 2.2. Fortalecer o acompanhamento e o monitoramento do acesso e permanência na escola dos beneficiários de Programas de Transferência de Renda, procurando identificar os motivos de ausência e baixa frequência , e garantir em regime de colaboração com as famílias e com órgãos públicos, a frequência e o apoio á aprendizagem. 2.3. Conscientizar e incentivar a participação dos pais ou responsáveis no acompanhamento das atividades escolares dos filhos, bem como reforçar a responsabilidade dos mesmos no processo educacional de seus filhos, estreitando as relações entre as escolas e as famílias. 2.4. Promover a busca ativa de crianças e adolescentes fora da escola, em parceria com órgãos públicos de assistência social, saúde e proteção à infância, adolescência e juventude. 2.5. Adequar o calendário Escolar de acordo com a região, identidade cultural e condições climáticas. 2.6. Oportunizar aos docentes e profissionais da educação acesso a cursos e formação continuada, visando ao aprofundamento de estudos e o atendimento das demandas decorrentes do trabalho pedagógico desenvolvido em sala de aula. 2.7. Oferecer capacitação aos professores da Educação Básica para atuarem na Inclusão de crianças com necessidades Educacionais Especiais. 2.8. Garantir a oferta de reforço escolar aos alunos com baixo rendimento observado no decorrer do ano letivo na própria unidade de ensino, no turno inverso das atividades escolares, com a contratação de profissionais específicos e em sala de estudos adequadas para a atividade; 2.9. Criar uma Equipe multidisciplinar (Assistente social, Psicólogo, fonoaudióloga, psicopedagoga) específica para atender os alunos que encontram dificuldades de aprendizado e relacionamento interpessoal; 2.10. Assegurar infraestrutura necessária para a realização de um trabalho pedagógico de qualidade, desde a construção física, até os espaços de recreação e ludicidade. 19

2.11. Zelar para que o transporte escolar prime pela redução do tempo de deslocamento dos alunos, quando possível.

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Meta 03 – Ensino Médio

Universalizar, até 2016, o atendimento escolar para toda a população de 15 (quinze) a 17 (dezessete) anos e elevar, até o final do período de vigência deste PNE, a taxa líquida de matrículas no ensino médio para 85% (oitenta e cinco por cento).

3.1. Promover ações que garantam vagas para todos os estudantes concluintes do Ensino Fundamental no município, universalizando progressivamente o acesso ao conhecimento. 3.2. Oportunizar a ampliação da escolaridade dos alunos concluintes da Educação de Jovens no Ensino Fundamental, através da articulação da oferta de vaga no Ensino Médio e no Ensino Médio Profissional, na Educação de Jovens e Adultos. 3.3. Realizar parcerias para promover a ampliação do número de turmas de Ensino Médio para atender os estudantes da área rural. 3.4. Resgatar adolescentes e jovens que encontram-se fora do âmbito escolar, através de parcerias com os programas municipais, contemplando assistência social, saúde, segurança, cultura, desporto. 3.5. Estabelecer parceria com o Conselho Tutelar para garantir o convívio familiar saudável e responsável, promovendo a permanência na escola, a aprendizagem satisfatória e o bem estar do educando. 3.6. Colocar em prática políticas de prevenção à evasão motivada por preconceito ou quaisquer formas de discriminação. 3.7. Ampliar, promover e oportunizar o acesso as TICs, de maneira a estimular busca do conhecimento, construindo seu aprendizado. 3.8. Ampliar e garantir os espaços de formação continuada e permanente para professores. 3.9. Fortalecer e reestruturar o acompanhamento e o monitoramento do acesso e da permanência dos educandos beneficiários dos programas de transferência de renda. 3.10. Promover em parceria com a área da saúde e assistência social campanhas de prevenção e acompanhamento de jovens e adolescentes em situação de vulnerabilidade, despertando a conscientização em relação a situações de discriminação, preconceitos e violências, práticas irregulares de exploração do trabalho, consumo de drogas, paternidade e maternidade indesejados. 3.11. Pactuar entre União, Estado e o Município, no âmbito da instância permanente, de que trata o inciso 5º, do art. 7º, desta lei, a ampliação dos direitos e objetivos de aprendizagem e desenvolvimento que configurarão a base nacional comum curricular do Ensino Médio. 21

3.12. Garantir em parceria com o Estado e a União um transporte escolar de qualidade, que contemple a integridade física, psicológica e a acessibilidade de alunos portadores de necessidades especiais, através do acompanhamento e monitoramento de agentes qualificados.

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Meta 04 – Educação Especial

Universalizar, para a população de 04 (quatro) a 17 (dezessete) anos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, o acesso a educação básica e ao atendimento educacional especializado, preferencialmente na rede regular de ensino, com a garantia de sistema educacional inclusivo, de salas de recursos multifuncionais, classes, escolas ou serviços especializados, públicos ou conveniados.

4.1. Incentivar a formação continuada dos professores para o Atendimento Especializado nas escolas de Educação Básica, a partir do 1º ano de vigência deste plano; 4.2. Implantar, até o fim do 5º ano de vigência deste plano, Atendimento especializado em todas as escolas do Município; 4.3. Criar nas escolas da rede pública, projetos que promovam a acessibilidade quanto à adequação arquitetônica, à oferta de transporte acessível, à disponibilização de material didático acessível, e a oferta de educação bilíngue – Portuguesa /Libras, gradativamente, a partir do 1º ano de vigência desse plano; 4.4. Fomentar a educação inclusiva, promovendo articulação entre ensino regular e o Atendimento Especializado na própria escola ou da escola mais próxima, nas salas de recursos; 4.5. Criar cargo de Monitor da Educação Inclusiva, para atuar nas salas onde há alunos incluídos, e o cargo de Professor da Educação Especial para atuar nas salas de recursos, realizando concurso público e preenchimento de vagas, assim que aprovado este PME; 4.6. Implementar nas creches, a Estimulação Precoce, por profissionais habilitados na área, para crianças de 0 a 03 anos , com laudo e/o indicativo de deficiências, transtorno global do desenvolvimento e/ou altas habilidades/superdotação; 4.7. Ofertar Salas de Recursos Multifuncionais nas escolas do campo, equipando-as com material, adequado e infraestrutura específicas e qualificar profissionais; 4.8. Estabelecer parcerias com a Secretaria Municipal da Saúde e Assistência Social, a fim de proporcionar aos alunos, dentro da escola, o atendimento de profissionais especializados, tais como: fonoaudiólogos, psicólogos e neurologistas, atendendo a grande demanda de estudantes encaminhados.

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Meta 05 – Ensino Fundamental

Alfabetizar todas as crianças, no máximo, até o final do 3º (terceiro) ano do ensino fundamental.

5.1. Estruturar o Ensino Fundamental de 09 (nove) anos, a fim de garantir a alfabetização plena de todas as crianças no máximo até o final do terceiro ano. 5.2. Promover o desenvolvimento de tecnologias educacionais e de práticas pedagógicas inovadoras que assegurem a alfabetização e favoreçam a aprendizagem dos alunos. 5.3. Realizar encontro de alfabetizadores para troca de experiências, que venham contribuir para a melhoria da prática pedagógica dos mesmos. 5.4. Disponibilizar professor de artes, educação física e educação musical, para os anos inicias do Ensino Fundamental, a fim de estimular o desenvolvimento das habilidades físicas e artísticas das crianças das series iniciais. 5.5. Proporcionar um ambiente escolar em que a infância seja vivida em sua plenitude, utilizando-se do lúdico, jogos e brincadeiras, como prática pedagógica na perspectiva do letramento e alfabetização. 5.6. Disponibilizar suporte psicopedagógico para as turmas do ciclo de alfabetização. 5.7. Oportunizar reforço pedagógico aos estudantes do ciclo de alfabetização, que necessitarem, no turno inverso.

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Meta 06 – Educação Integral

Oferecer educação em tempo integral em, no mínimo, 50% (cinquenta por cento) das escolas públicas, de forma a atender, pelo menos, 25% (vinte e cinco por cento) dos (as) alunos (as) da educação básica.

6.1. Iniciar o atendimento integral com as turmas do 1º ano, ampliando aos poucos para as demais turmas. 6.2. Priorizar o atendimento em Tempo Integral nas escolas com maior número de alunos e comunidades em situação de vulnerabilidade social. 6.3. Qualificar o tempo de permanência dos alunos na escola, promovendo a qualidade, e expandindo a jornada para um currículo integrado, com as atividades recreativas, esportivas e culturais, tais como: oficinas de dança, música, capoeira, informática, técnicas domésticas e agrícolas de acordo com as especificidades de cada localidade. 6.4. Garantir a ampliação e reestruturação das escolas com quadras poliesportivas, laboratórios, salas multimídias, bibliotecas, cozinhas, refeitórios, banheiros e outros equipamentos, bem como de produção de material didático e de formação de recursos humanos para a Educação de Tempo Integral. 6.5. Prover nas escolas de Tempo Integral, para todos os alunos matriculados, um mínimo de três refeições diárias, definidas por um profissional da área de nutrição. 6.6. Disponibilizar transporte escolar para os alunos matriculados na escola de Tempo Integral.

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Meta 07 – Qualidade da Educação

Fomentar a qualidade da educação básica em todas as etapas e modalidades, com melhoria do fluxo escolar e da aprendizagem de modo a atingir as seguintes médias nacionais para o Ideb:

2013 2015 2017 2019 2021

Anos Iniciais do Ensino 4,9 5,2 5,5 5,7 6,0 Fundamental

Anos Finais do Ensino Fundamental 4,4 4,7 5,0 5,2 5,5

Ensino Médio 3,9 4,3 4,7 5,0 5,2

7.1. Proporcionar encontros de formação continuada para gestores, a fim de colaborar com a qualidade dos processos de ensino-aprendizagem das instituições escolares; 7.2. Promover, mediante articulação entre as áreas da saúde e da educação, o atendimento aos estudantes da rede pública de Educação Básica por meio de ações de prevenção, promoção e atenção à saúde; 7.3. Assegurar aos alunos espaços para prática esportiva, atividades culturais e artísticas e a equipamentos de laboratório de Ciências e Informática, promovendo a acessibilidade das pessoas com deficiência; 7.4. Criar mecanismos para universalização das bibliotecas nas instituições educacionais com acesso a redes digitais de computadores e internet, garantindo a manutenção e assistência técnica; 7.5. Promover políticas de combate à violência na escola, através da parceria com a Brigada Militar e Conselho Tutelar, desenvolvendo ações destinadas à capacitação de educadores para detecção dos sinais de suas causas, como a violência doméstica e sexual, favorecendo a adoção das providencias adequadas para promover a construção da cultura de paz e um ambiente escolar dotado de segurança para a comunidade; 7.6. Desenvolver propostas pedagógicas específicas para as escolas do campo e para as comunidades quilombolas, incluindo no currículo, conteúdos culturais correspondentes à respectiva comunidade, considerando, assim, o fortalecimento das práticas socioculturais, produzindo e disponibilizando materiais didáticos específicos, inclusive para os estudantes com deficiência; 7.7. Mobilizar famílias e setores da sociedade civil, articulando a educação formal com experiências de educação popular e cidadã, com o propósito de que a educação seja assumida como responsabilidade de 26 todos, bem como ampliar o controle social sobre o cumprimento das políticas públicas educacionais; 7.8. Estabelecer ações efetivas especificamente voltadas para a promoção, prevenção, atenção e atendimento à saúde e a integridade física, mental e emocional dos (das) profissionais da educação, como condição para a melhoria da qualidade educacional; 7.9. Promover, com especial ênfase, em consonância com as diretrizes do Plano Nacional do Livro e da Leitura, a formação de leitores (as), e a capacitação de professores (as), bibliotecários (as), e agentes da comunidade para atuar como mediadores (as) da leitura, de acordo com a especificidade das diferentes etapas do desenvolvimento e da aprendizagem, além de garantir a ampliação do acervo das Bibliotecas Escolares;

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Meta 08 – Educação de Jovens e Adultos

Elevar a escolaridade média da população de 18 (dezoito) a 29 (vinte e nove) anos, de modo a alcançar, no mínimo, 12 (doze) anos de estudo no último ano de vigência deste plano, para as populações do campo, da região de menor escolaridade no País e dos 25% (vinte e cinco por cento) mais pobres, e igualar a escolaridade média entre negros e não negros declarados a Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística –IBGE.

8.1. Adequar programas e desenvolver estratégias de aprendizagem para superar a defasagem idade/série proporcionando atendimento específico para estudantes com rendimento escolar comprometido. 8.2. Desenvolver metodologias relacionadas à adoção de processos flexíveis, atendendo as características e necessidades de jovens a adultos, de forma integrada com a comunidade. 8.3. Incentivar a promoção de cursos de capacitação específica para aperfeiçoamento de professores que atendem alunos com necessidades especiais. 8.4. Expandir e ofertar espaços de formação continuada e permanente para professores que atuam na Educação de Jovens e Adultos. 8.5. Promover campanhas de incentivo ao acesso e permanência na Educação de Jovens e Adultos, consolidando e aprimorando os conhecimentos adquiridos, tornando o aluno ético, com autonomia intelectual, crítico, ampliando sua visão de mundo.

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Meta 09 – Educação de Jovens e Adultos

Elevar a taxa de alfabetização da população de 15 (quinze) anos ou mais para 93,5% (noventa e três inteiros e cinco décimos por cento) até 2015 e, até o final da vigência deste PNE, erradicar o analfabetismo absoluto e reduzir em 50% (cinquenta por cento) a taxa de analfabetismo funcional.

9.1. Promover e divulgar amplamente a alfabetização de jovens, adultos e Idosos que não tiveram acesso a educação na idade devida, com adesão a programas do MEC; 9.2. Dar oportunidade aos alfabetizadores do EJA a se aperfeiçoarem em cursos de formação específicos; 9.3. Disponibilizar espaço para as aulas da EJA-Alfabetização nas escolas regulares; 9.4. Buscar ampliar o número de turmas da EJA-Alfabetização, para a população do campo e da cidade; 9.5. Oferecer vagas no transporte escolar sempre que necessário para o acesso e permanência na EJA-Alfabetização.

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Meta 10 – Educação de Jovens e Adultos

Oferecer, no mínimo, 25% (vinte e cinco por cento) das matrículas de educação de jovens e adultos, nos ensinos fundamental e médio, na forma integrada à educação profissional.

10.1. Investigar os interesses da comunidade escolar referente à educação profissional integrada a Educação de Jovens e Adultos. 10.2. Reestruturar o currículo da Educação de Jovens e Adultos com o intuito de respeitar e valorizar as especificidades desta modalidade, condição fundamental para o exercício da cidadania e para a plena participação na vida social. 10.3. Oferecer cursos planejados, de acordo com as características de público desta modalidade, considerando as especificidades, primando pelo foco nas necessidades de aprendizagem desse público alvo. 10.4. Gerar oportunidades profissionais para jovens e adultos com baixo nível de escolaridade, por meio do acesso a EJA e, também, um diálogo constante com o mundo vivido. 10.5. Estimular a diversificação curricular de modo a preparar o educando para viver em um mundo complexo e de rápidas mudanças científicas, tecnológicas e culturais, promovendo assim a capacidade de entender a ciência e, desenvolver formas de pensar que os permita posicionar-se diante das constantes transformações presentes na nossa sociedade. 10.6. Buscar meios de acessibilidade para as pessoas de necessidades especiais.

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Meta 11 – Ensino Médio

Triplicar as matrículas da educação profissional técnica de nível médio, assegurando a qualidade da oferta e pelo menos 50% (cinquenta por cento) da expansão no segmento público.

11.1. Realizar chamadas públicas regulares, promovendo a busca ativa, em parceria com a comunidade escolar, objetivando maiores oportunidades de ensino e aprendizagem. 11.2. Formar parcerias com o comércio local, empresas, profissionais liberais, oportunizando a expansão do estágio profissionalizando, que vise a formação de qualificação da atividade profissional, à contextualização curricular e ao desenvolvimento da juventude. 11.3. Oferecer e oportunizar acesso ao atendimento do Ensino Médio gratuito integrado à formação profissional para as populações rural e urbana, de acordo com os seus interesses e necessidades. 11.4. Verificar as demandas de formação profissional, a fim de ofertar até o final da vigência deste documento, outros cursos técnicos, se houver necessidade. 11.5. Estimular e oportunizar a participação na Educação Profissional Técnico do Ensino Médio para as pessoas com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, tentando reduzir as desigualdades étnico-raciais e regionais; preconceitos e discriminações, no acesso e permanência ao processo educacional. 11.6. Viabilizar ações e medidas de segurança objetivando resguardar a integridade física, emocional do corpo docente, discente e comunidade escolar. 11.7. Adequar o transporte escolar a demanda e as necessidades dos educandos, proporcionando condições de participação em todas as atividades propostas no âmbito escolar.

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Meta 12 – Educação Superior

Elevar a taxa bruta de matrícula na educação superior para 50% (cinquenta por cento) e a taxa líquida para 33% (trinta e três por cento) da população de 18 (dezoito) a 24 (vinte e quatro) anos, assegurada a qualidade da oferta e expansão para, pelo menos, 40% (quarenta por cento) das novas matrículas, no segmento público.

12.1. Melhorar a infraestrutura do Polo Municipal da Universidade Aberta do Brasil – UAB de Santana da Boa Vista, aumentando o número de laboratórios, primando acessibilidade; 12.2. Aquisição de computadores; 12.3. Melhorar e aumentar os planos de internet do Polo Municipal, priorizando sempre que disponível para o município, planos de internet de banda larga; 12.4. Melhorar, ampliar e atualizar o acervo bibliográfico da biblioteca do Polo Municipal; 12.5. Responsabilizar-se pela disponibilidade de recursos humanos do Polo Municipal; 12.6. Procurar firmar parcerias com novas Universidades que ofertem o Ensino à Distância, diversificando os cursos de graduação e Pós Graduação em nosso município; 12.7. Realizar ampla divulgação mediante os vários veículos midiáticos existentes e também divulgar nas escolas de ensino médio os assuntos referentes à educação Superior. 12.8. Na sobra, na não utilização e na previsão de não haver necessidade na utilização das seguintes dotações orçamentárias destinadas ao Ensino Superior do município referente a serviço de terceiros Pessoa Jurídica, serviço de Terceiros Pessoa física e Material de Consumo, dever- se-á priorizar a suplementação da dotação orçamentária referente à material Permanente.

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Meta 13 – Educação Superior

Elevar a qualidade da educação superior e ampliar a proporção de mestres e doutores do corpo docente em efetivo exercício no conjunto do sistema de educação superior para 75% (setenta e cinco por cento), sendo, do total, no mínimo, 35% (trinta e cinco por cento) doutores.

13.1. Incentivar durante todo curso de graduação e especialização no Polo municipal de Santana da Boa Vista, os acadêmicos a almejar o ingresso no corpo docente das Universidades, buscando para isso uma formação em mestrado e doutorado.

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Meta 14 – Educação Superior

Elevar gradualmente o número de matrículas na pós-graduação stricto sensu, de modo a atingir a titulação anual de 60.000 (sessenta mil) mestres e 25.000 (vinte e cinco mil) doutores.

14.1. Incentivar os acadêmicos que ingressarem na educação superior mediante o Polo municipal de Santana da Boa Vista a buscarem a formação de pós-graduação latu e stricto sensu, mostrando-lhes a importância que essa pós-graduação terá em seu futuro profissional.

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Meta 15 – Valorização dos Profissionais da Educação

Garantir, em regime de colaboração entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, no prazo de 01 (um) ano de vigência deste PNE, política nacional de formação dos profissionais da educação que tratam os incisos I, II, III do caput do art. 61 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, assegurando que todos os professores da educação básica possuam formação específica de nível superior, obtida em curso de licenciatura na área de conhecimento em que atuam.

15.1. Formar parcerias com as Instituições de Ensino Superior, local e regional, na tentativa de assegurar vagas para professores, desde que estejam atuando na área, possibilitando efetivamente sua formação à nível de graduação; 15.2. Assegurar benefícios específicos para os professores da zona rural, proporcionando se necessário a diminuição da carga horária de trabalho para que o mesmo tenha condições de formar-se a nível de graduação; 15.3. Proporcionar àqueles professores, que não tiveram na sua formação, disciplinas relacionadas à Educação Especial e Inclusiva, que seja oferecido curso de formação continuada nessa área;

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Meta 16 – Valorização dos Profissionais da Educação

Formar, em nível de pós-graduação, 50% (cinquenta por cento) dos professores da educação básica, até o último ano de vigência deste PNE, e garantir a todos (as) os (as) profissionais de educação básica formação continuada em sua área de atuação, considerando as necessidades, demandas e contextualizações dos sistemas de ensino.

16.1. Incentivar e dar oportunidade a todos os professores da rede pública de ensino para que possuam curso de Pós-graduação na sua área de atuação, garantindo que os 50% exigidos, dos professores, tenham formação nesse nível; 16.2. Estabelecer parcerias com instituições de Ensino Superior Público, para a oferta de cursos de pós-graduação relacionados à Educação; 16.3. Proporcionar formação continuada através de jornadas pedagógicas realizadas no inicio, meio e fim do ano letivo, tratando dos temas que mais interessam aos professores, sendo que esses assuntos sejam abordados de formas diferentes, mas com continuidade durante o ano, possibilitando uma formação mais aprofundada no tema; 16.4. Proporcionar as escolas de educação básica pelo menos um professor por escola para suprir as necessidades de ausência dos demais professores que se afastarem por motivo de formação continuada a nível de graduação ou pós-graduação.

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Meta 17 – Valorização dos Profissionais da Educação

Valorizar os (as) profissionais do magistério das redes públicas de educação básica de forma a equiparar seu rendimento médio ao dos (as) demais profissionais com escolaridade equivalente, até o final do sexto ano de vigência deste PNE.

17.1 – Fortalecer o plano de carreira dos professores do magistério com a intenção de valorizar os professores de modo que seu rendimento médio seja equivalente a outros profissionais com o mesmo nível de escolaridade, e que seja garantido no mínimo o Piso Salarial Nacional.

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Meta 18 – Valorização dos Profissionais da Educação

Assegurar, no prazo de 02 (dois) anos, a existência de planos de Carreira para os (as) profissionais da educação básica e superior pública de todos os sistemas de ensino e, para o plano de Carreira dos (as) profissionais da educação básica pública, tomar como referência o piso salarial nacional profissional, definido em lei federal, nos termos do inciso VIII do art. 206 da Constituição Federal.

18.1. Reformular o atual Plano de Carreira dos Professores Municipais, até o 4º ano de vigência deste PME, com a sua efetivação plena até o 5º ano de vigência deste Plano com a participação ativa de uma comissão que represente os profissionais da Educação.

18.2. Reformular o atual Plano de Carreira do Magistério Público Municipal, Lei 1.900/2006, após amplo e esclarecedor debate com a categoria, até o 4º Ano de vigência deste PME, especificamente no que diz respeito aos artigos 19, 26, 27 e 47 da Lei do Plano de Carreira, objetivando agilizar as promoções de maneira que todos os professores tenham absoluta clareza dos critérios estabelecidos para a promoção de uma classe para outra.

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Meta 19 – Gestão Democrática

Assegurar condições, no prazo de 02 (dois) anos, para a efetivação da gestão democrática da educação, associada a critérios técnicos de mérito e desempenho e a consulta pública a comunidade escolar, no âmbito das escolas públicas, prevendo recursos e apoio técnico da União para tanto.

19.1. Implementar os Conselhos Escolares até o 2º ano de vigência deste PME; 19.2. Assegurar a autonomia das escolas na gestão financeira e pedagógica, possibilitando o controle social por meio da constituição dos Conselhos Escolares e legitimar a sua atuação, garantindo a autonomia em convocar à comunidade a participação nas decisões relativas à escola, na construção do projeto político pedagógico, na composição do conselho e na construção do calendário do ano letivo, até o 2º ano de vigência do PME.

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Meta 20 – Financiamento da Educação

Ampliar o investimento público em educação pública de forma a atingir, no mínimo, o patamar de 7% (sete por cento) do Produto Interno Bruto – PIB do País no 5º (quinto) ano de vigência desta Lei e, no mínimo, o equivalente a 10% (dez por cento) do PIB ao final do decênio.

20.1. Definir critérios para a distribuição dos recursos adicionais dirigidos à educação ao longo do decênio, que considerem a equalização das oportunidades educacionais, a vulnerabilidade socioeconômica e o compromisso técnico e de gestão do sistema de ensino. 20.2. Oferecer oportunidade de participação em capacitações específicas aos membros do Conselho de Acompanhamento e controle social do FUNDEB, visando fortalecer os mecanismos e instrumentos que asseguram a transparência e o controle social na utilização dos recursos públicos aplicados em educação.

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4. ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO

Diante da importância do Plano Municipal de Educação para o nosso município, faz-se necessário estabelecer mecanismos de acompanhamento e avaliação para que as metas elencadas pelo plano nacional, e as estratégias referidas nesse documento, constituam-se em políticas públicas para a educação durante a década de vigência desse plano (2015 a 2025). A Comissão de Elaboração do Plano Municipal de Educação, diante de seu compromisso com o processo de concepção, implementação e avaliação de políticas municipais de educação, possui a necessidade de monitorar, acompanhar e avaliar o cumprimento das metas e estratégias do PME, com isso elencou-se o Conselho Municipal de Educação, o Conselho de Acompanhamento do FUNDEB e a Comissão de Educação da Câmara Municipal de Vereadores para realizar esse acompanhamento através de monitoramento junto à coordenação pedagógica da Secretaria Municipal de Educação, visitas nas escolas e participação em reuniões pedagógicas no mínimo semestralmente, discutindo e registrando as avaliações em seus respectivos conselhos.