Militar Ferrolano Preside Umha Empresa Que
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NÚMERO 64 15 DE MARÇO A 15 DE ABRIL DE 2008 1 € “Eu critico o terrorismo, mas nom podo condenar a luita palestiniana, porque é contra umha ocupaçom” Ghaleb Jaber Ibrahim, empresário de origem palestiniana PÁGINA 5 O conflito lingüístico que ‘nom existia’ reaparece na rua O conflito lingüítico, sempre nega- gente, vários colectivos surgiam do polas instituiçons da Galiza, foi- activos como nunca se tinha visto se relaxando nas últimas décadas. em defesa dos direitos dos hispa- Nos últimos anos setenta e primei- nófonos na Galiza. O pretexto, na ros oitenta eram freqüentes as seqüência da aprovaçom do interrupçons de discursos se estes decreto de promoçom do galego eram proferidos em castelhano. No no ensino (124/2007), era a rei- Militar ferrolano preside umha empresa entanto, com a atomizaçom social, vindicaçom do direito dos pais e também os galego-falantes fôrom maes a decidirem sobre a educa- perdendo vontade de ganhar espa- çom dos seus filhos, neste caso que comercia com bombas de fragmentaçom ços para a sua língua na rua. em termos do idioma escolhido. A Infelizmente, com esta distensom, situaçom nom deve ser confundi- ASSESSOROU MINISTROS DE DEFESA TANTO DO PP COMO DO PSOE quem foi perdendo e espaços da da com umha mera concorrência vida pública foi a língua galega, eleitoralista. Seria preocupante Depois de ascender na carreira presidir a Explosivos Alaveses Casa Real, cujo assessor jurídico, cujos falantes se tornárom menos para o idioma que, na actual situa- militar, erigir-se em assessor SA (Expal), transnacional também galego, fai parte da incisivos na defesa dos seus direi- çom de declínio de falantes, os político do Ministério de Defesa denunciada por vender bombas administraçom da empresa. tos. Com a proximidade das elei- sectores que querem dar a e atingir a segunda posiçom no de fragmentaçom entre outros Francisco Torrente foi o militar çons estatais de 2008, irrompeu machetada definitiva ao galego, Exército espanhol, Francisco materiais bélicos. Apesar de que iniciou as negociaçons para com certa força um fenómeno até tomassem a rua. Porém, os colecti- Torrente Sánchez decidiu que a existir incompatibilidades para comprar o Yakolev-42, o aviom agora praticamente desconhecido vos mais comprometidos com a melhor maneira de culminar a exercer este cargo reguladas por de fabricaçom russa em cujo aci- no nosso País. Na legislatura do normalizaçom lingüística julgárom sua meteórica progressom era o lei, altas instáncias do Estado dente falecêrom 62 militares lema “España se rompe”, repetido necessário fazer frente aos extre- mundo da empresa. Mas no seu permitírom que o seu negócio espanhóis. Sem embargo, foi o sem descanso por meios de comu- mistas, e os seus actos sofrêrom terreno, e assim, um mês depois fosse avante. Trata-se de um único integrante da cúpula do nicaçom de tendência conservado- boicotes de grupos locais e espon- de renunciar à secretaria geral de influente militar rodeado agora exército que nom resultou pur- ra ou liberal, unidos pola ‘urgência’ táneos de quase todas as vilas e política de defesa no gabinete de importantes poderes na gado na reestruturaçom promo- de um espanholismo mais intransi- cidades por que passárom. / Pág. 14 de José Antonio Alonso, passou a Expal que atingem a própria vida polo PSOE. / Pág. 11 2.000 moinhos mais para E AINDA... MINISTÉRIO DO INTERIOR continua a buscar perto de 30 novos parques infiltrados com coacçons ilegais em Lugo / 04 eólicos na agenda do BNG / 10 CONTUNDENTES MOBILIZAÇONS DE LABREGOS para deter a descida dos preços do leite em origem / 07 Vizinhança desenvolve iniciativas MAIS DE DOUS MILHONS de euros anuais para a contra a alta velocidade ferroviária imprensa em espanhol por parte de Marisol López / 04 As análises críticas abrolharam em pequenos círculos Ocupam espaço abandonado no bairro Opinions de: Xosé Bocixa, Xesús Redondo e tomam corpo agora em colectivos de afectados / 09 corunhês de Monte Alto / 04 Abuín, Nuno Gomes e Xurxo Borrazás NOVAS DA GALIZA 02 OPINIOM 15 de Março a 15 de Abril de 2008 arecia-lhes singelo. Só com Hoje em dia, a Fenosa, em vez de pisarem os terrenos estava Das Encrovas (e) (à) tratar os problemas gerados pola sua Pfeita a expropriaçom, como actividade com responsabilidade, sempre. Começárom com o apoio dedica-se a denunciar pessoas que do regime franquista e das “forças os sofrem por passearem polas pis- de segurança”, tentando roubar- Uniom Fenosa tas do exterior do buraco maldito. lhes as terras, as casas, o futuro. Preferem gastar o dinheiro em guar- Começárom metendo medo, das de segurança e advogadas a falar valendo-se dos do tricórnio, usan- com quatro velhas cujos coraçons do procedimentos violentos e ile- XOSÉ BOCIXA vivem furados por umha rotopá. gais. Mas as labregas e labregos das Hoje, de novo, a Fenosa e o poder Encrovas fôrom capazes de defen- político local, autonómico e estatal der o que fora o seu único meio de continuam em sintonia. A especula- vida durante séculos, a Terra. çom acaba de começar. Esse buraco Ainda que morressem na tentativa. maldito de três quilómetros de Umha comunidade de “gentes longo, um de largo e meio de fundo del arado” contra a todo-poderosa aproximadamente, será couto priva- Uniom Fenosa. Com a sua luita, do. Lago com desportos aquáticos, com a ajuda e solidariedade de campos de golfe, casinhas para ricos umha boa parte da sociedade galega pobres e zona empresarial para des- daqueles anos 70, figérom sentar no frute do presidente da Cámara, que governo civil da Corunha esses sempre viveu de costas às Encrovas “señoritos” que viam os “lugareños” e a olhar para o poder económico. como uns ignorantes labregos. Alguém dos que na actualidade As Encrovas, esse curro descon- tenhem a responsabilidade de hecido, passou a ser a primeira pági- governar pensa tomar a sério esta na de jornais e televisons do Estado, situaçom? Nom há sensibilidade da Europa e da América. Aqueles para que estas empresas tenham “ignorantes” pugérom ‘contra as tino ao quartel de Lonzas na dimensons reais do seu projecto. niências, onde todo vale com tal de que cumprir a lei? Já que há cousas cordas’ umhas retorcidas persona- Corunha, dividírom a povoaçom Perante esta contestaçom social continuar a queimar o porco carvom que nom podem ser pagas com din- gens que assumírom o trabalho sujo oferecendo previlégios, mas nom decidírom limitar-se a aprofundar que envenena o nosso meio, as nos- heiro, tenham em conta as pessoas cumprindo o preceito dos pérfidos resultou. A gente das Encrovas, no vale eliminando só umha peque- sas vidas. humanas. Nom se trata de dinheiro, directivos dessa grande empresa longe de se acanhar, fijo zoar por na parte de aldeias. Com a passa- Mas longe de rectificar nos seus trata-se de respeito às pessoas. Os que até daquela espezinhava todo toda a Galiza “Cartos nom, transla- gem dos anos, duas centenas de métodos, essa mesma empresa que custos som migalhas. sem problemas, ao seu antolho. do de povoaçom”. Ainda que nom casas fôrom-se esfarelando, rachan- com garbo hipócrita fala de respeito Os factos acontecidos nas Naqueles complicados anos 70 do conseguissem o ‘translado’, sim sal- do, sem que ninguém travasse ao meio, às pessoas, ao benefício dos Encrovas nos últimos trinta anos ditador Franco, nom era fácil ver os várom a sua dignidade. Tivérom semelhante aberraçom. Primeiro o investidores e satisfaçom dos seus nom som história. Som hoje em dia labregos e labregas com sachos a gal- que passar de pagar a trinta e cinco ditador, logo fôrom os democratas clientes... continua com umha ati- umha patética realidade. Fechar os hetas frente aos guardas civis de tri- mil pesetas o ferrado de lavradio a os cúmplices do capital. As únicas tude própria de tempos da inquisi- olhos é inútil. Brevemente, lembre- córnio e mosquetom reivindicando duzentas cinqüenta mil, tivérom medidas, mais expropriaçom polo çom ou de mafiosos fora da lei. Hoje mos: as linhas de alta tensom em dignidade e respeito polo seu, ainda que empregar gente do vale e refor- “bem geral”. Sim, isso fijo o governo nas Encrovas há vizinhas que vivem Merza, as centrais térmicas de que ocasions e motivos sobrárom ao mar as pessoas mais velhas, entre galego comandado polo PP. O isoladas ao pé do terrapleno de meio Sabom (Arteijo) e Meirama (as longo desses anos de repressom. outras melhorias. Diz que a revolta governo espanhol desde a retrógra- quilómetro de fundo, com carências Encrovas, Cerzeda) a gasificadora O caso das Encrovas é um de tan- lhes “fijo perder cinco mil milhons da UCD até o dócil PSOE. graves de sociabilizaçom cujas con- de Mugardos, a gestom dos nossos tos em que as pessoas nom contam. de pesetas”, segundo tem comenta- Os meus olhos espreitárom seqüências som difíceis de arranjar feridos rios... em todas está a Onde o que importa é o beneficio do ao Cesareo de Hilario o “sr. desde pequeno e vírom medrar o com dinheiro. Há vizinhas que no Fenosa. Que andarám a fazer agora económico de umha empresa e Rosado”, que bem morto descansa. buraco, vendo esfarelar-se todo um dia-a-dia comem o porco carvom mesmo em países ‘subdesenvolvi- nom o bem comum como sempre E a Fenosa apoderou-se das par- povo, a desapariçom de fragas, rios, que também envenena os seus ali- dos’ onde exploram jazigos de car- nos querem fazer crer. tes baixas do vale para começar os aldeias e mesmo pessoas com mentos na Lousa, a 50 metros da vom e gás que queimam na Galiza? Ameaçárom mesmo com pistolas seus trabalhos de extracçom. estranhos síndromes e doenças central térmica. Levam assim 30 E, entretanto, contam-nos que na mao, enchêrom carrinhas com Começárom espoliando e enga- mentais.