A Faciologia Do Grupo Passa Dois No Rio Grande Do
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216 RtviJUl Brasileira dL GtociincioJ Volume 2, 1972 , A FACIOLOGIA DO GRUPO PASSA DOIS NO I RIO GRANDE DO SUL I ! ~ PAULO MIRANDA DEFIGUEIREDO FILHO' I~ ,~ ABSTRACT The study of geo logical sections in the outcro pping area of th e Passa Dcis Group , in R io Grande do Su i, complemen ted with the study of cores from drillings for coa l, showed the re lati ons in the Stat e, which are rela ted bellow. I) T he Passe Dois Group is co nstituted by the Irati a nd Estrada Nov a Formations ; the R io do Rastc For mations is lackin g. I 2) T he thick ness of the gro up is about 100 m. 3) T he contact with th e subjacent format ion is characterized by the occurrence of limestone concretions immersed in a grey silty sha le, very similar to the Palermo Formation . i 4) T he Ira ti Formati on has two f acies. One charac terized by the occ urr ence of two beds of I pyrobit uminous shale associa ted with fossilifero us lim eston e lenses. These two beds are intercal ated I with a grey silty shale with concoid al fra ct ur e, and with yellow ish limestone concretions immersed in it. This fades, when present , occupies the lower part of the formation and was ca lled Tiamju facies. T he second facies, pa rtially synchronous with the first one, is constituted by grey silty shales wit h limestone concretions and West of Pantano Grande, is cut by oblique veins of silica. T oward the east it is predominantl y siltic, showing cross-lami na tion. T his facies ends the Irati deposition in the State and was ca lled Valente facies. 5) T he Estrad a Nova Formation also has two lithologic facies, one being pellitic; the other, sandy , which, wh en presen t, occ upies the top. T he pellitic fa cies was called Caveiras fa cies and is cha ract erized by the d evelopmen t of pin k and red colours altern ating with grey. T he sandy facies, also reddish, is characterized by lenticul ar bod ies of very fine sandstone, by occ urrences of limestone lenses with irregu lar sha pes, and also by large limestone concretions. This facies was called Armada fa cies. 6)T he upper lim it of the gro up was set on the co ntact of the above me ntioned lithologies with a pink me dium sanstone, with plan ar and channal cross stra tificat ions, and with intraformational conglomerates. INTRODUC AO Este trabalho pretende apresenta r a m a neira como ocorrem as rochas do Grupo Passa Dais, no Rio Grande do Sui, suas variacoes ver ticais e laterais de facies, em uma classificacao baseada na int erpretacao dos estudos feitos nas secoes geol6gicas levan tad as em diversos pontos do Esta do e da observacao dos pedis de sondagens para carvilo, qu e foram cedidas pela Companhia Riograndense de Mi neracao (CRM). a s contatos superior e inferior do Grupo Passa Dois sao arb itrarios e 0 seu csta be I lecimcnto tern variad u de autor pa ra autor. A Fig. I dispoe algumas das classificacoes adotad as para gr upa r essas rochas no Rio Grande do SuI. · A Fig. 2 mostra a area de distribuicao das rochas do Grupo Passa Dois no Estado c a iocal izacao das areas estudadas. Foram estudados os perfis da estrada Bage-Acegua, Ca veiras-Ibicul da Arm ada,T iaraju -Caiboate Gra nde, Silo Sepe-Passo do Verde, e Pantano Grande. Foram feitos estudos e levantamentos nas areas de Biboca-Candiota-Tupi Sil veira , de Forrnigueiro-Barro Vermelho, e de Gravatai-Cachoeirinh a-Alvorada. Alem disso, foram estudados as perfis de sondagens da area da Mina do Leao e Sao Jeronimo, da area II do Rio Pardo, da area de Silo Ga briel e da area de Gravatai. I *Sob os auspiclos da Fundacao de A mp aro a Pesqu isa do Estad o do Rio Grande do SuI. Rm 'sla Hmsileim de Gfodincias Volume 2, 1972 217 GORDON Jr. BEURLEN MACHADO DELANEY RIBE IRO MACEDO PADULA SENA SOB2 CASTANHO GONI ET AL MARTIN S 19 4 7 19!5!5 Botucotu Botu catu Santa Marlo Figura I - (:omparac; ao de algumas d as cla ssificacaes urilixadas para os sedimentos gondwanicos no Rio Grandc do Sui Esse estlido mostrou q ue, ncssc co nj unto de roch as, cxis tcm a lgumas caractcrtstica s com uns ao longo d a faixa aflora ntc no Estado qu e pcrm item idcn tificar um a unidad c litocstr atigrafica ma ier (0 grupo), que pede SCI' d ivid ida em duas unid ad cs mupcavcis (as formacocs], q ue sc apresclItam em q ua tro facies ca ractc ns ricas. Cantata Tubarao - Pa ssa Dais Como ja tern sido a firmado pOl' varies a ut orcs, d esdc \Vhite (1908) a te os trabalhos mai s rccentcs, co mo as rcv isoes de M endes (1967) c de Iliga rella c Sa )~ m u n i (1967), a passagem do Grupo Tubarao para 0 Grupo Passa Dois I:. grad ac iona l, nao havcndo sido cncontrada discordan cia em qu alqu er po nto da Bacia. Scnd o grad ac ional, c, co nscq uc ntcmc n te, a rbit ra ria. De urn mod o gc ra l, no Brasil, todos os q ue tra ha lha ram Il CSSCS scd imcnt itos co nco rdant em coloca r a Formacao Pa lermo, co ufcrrnc a proposicao original de W hite (o/J. cit.), d cntro do Gru pe 'I'u ba rho. 'I'od avia os gc61ogos uru guaios, entre clcs Bossi (1966) c Eliza ld e et al. (1970), prcfcrcm juntar os sed imcn titos da Formacao Fraylc M uerto, cq uiva lcntc do Pa lermo, co m as forrnacocs q ue lhe cstnc supcrpostas. Ca bem as co nsidc racocs rc lacionadas a seguir. I) Os scd imc utitos da Formacao Pal ermo passam gradacio natnu -nn- para os da 1"01' macae Irati. Eo co nside r-ado Formacao lrati quando ocorrem lentcs calcarias d e cor a marclo -palha c os scdimcn titos a prcsc lltam lima lamiuacao co m lcitos cscu ros c claros. em algu mas areas, cspccialmcm e vislvcis em tcstcm u nhos de sondagcns. AFormacao Pa lerm o tern , 218 Rrvilla Il rali[rira ilt (;tociin cial v olum e 2, 1972 ... ... - -- -- - - --'I--- --r'--- -- - - - +-- - -- - - -- - - --f- ---- -"Ic--- -- +--- . '. ~ ' ~ I TT -,' · ITI ... ~ .... NOVO " "" 11111 1 0 -f-lf-- - .•. ..._-- - - ---1----- - -- ---- 1''------- .....; '''J~ -----------+---- n · ... ... - u: on.t:.nr os DO ...IIPO l22l '''"'' 0 0" • 'AL MA ~ - -- .-/ '111 ' 11 I leA LA .. o II'IIIA II"NAO.. l CO LII . "S DO.... o. rAs Figu ra 2 - Distribuicao dos scd imen titos do Grupo Passa Dois fl O RGS, com locac ao dos pcrfis e sondagens cstudados prcd omina nt cm cnte, a cstra tificacao per turbada por estruturas de escorrega me nto e a usen cia de lentcs calciferas. De ma ncira geral, os folhelhos silticos que cng loha m as Ientes cal car ias da base ci a Fo rma cao lr a ti sao mu ito scmefhantcs aos scdi nu-m itos da Formacao Palermo, priucip alm cm c em sc tr a tando de estudo de afloramento. 2) POl' outro lado, j !l For moso c Figu eiredo 1" .0 (1966) mostra ram que, na borda da Bacia, no R io G ra nde do Sui, os sedimcnti tos da Fo rm acao Rio Bon ito e os da For macao RtviJla Rrasilnr a de Gecciincias Volume 2, 1972 219 Palermo sao perfeitamente distinguid os por varies criterios: tod avia, para o interior cia Baci a, a d i stin ~ ao sc torna mais dificil . lun a vez q ue os scdimentitos do Subgrupo Guata torna m-se indifer enciados, pr edominan do as ca rac reristicas dos folhelhos silticos da For macao Paler mo, nao a pa rcccndo os termos arcnosos nem os ca rbonosos. 3) Na area de Candiota, pr6ximo da borda cia Bacia, onde a Formacao Rio Boni to contem ca rvao em ca mad as cspessas, foi notaclo pelo Eng." O thon Sa Castanho [cornu nicacao pessoal), da CRM, a intromissao de arenitos quartzosos, muito semelha ntcs £lOS cia Form acao Rio Bon ito, den tro do pacotc de folhelhos silticos tipicos da Formacao Palermo. 4) 0 estudo dos argilo-m inera is feito po r Figu eiredo F." (1971) demonstrou q ue nac ha uma variacao senslvel na asscrnbleia de a rgilo-minerais das Forrnacocs Palermo e Ira ti. 5) 0 cstudo da distribuicao da gra nulome tria das amostras d as Forrn acocs Palermo c Ira ti feito por Figu eiredo F." (op. cit.), nos testemunhos de sondagem, mostrou que as difcrcncas encontradas nos pararn ctros nao possibil itam uma scpa racao segura dos doi s conj untos de rocha.R esul tados semclha ntes foram encont rados nas ana lise, gra nulomctricas fcitns por For moso (" Figu eiredo F.o (1966) na sondagcm PN-:l-RP, que mostrar am que nne ha difcrcn cas csscnciais entre os parametres das a mostras do Palermo e do Ira ti e que a mbos tern a med ia c a med ian a no intcrva lo do siltc, possuindo baixa assimctria e boa classificacao. Como sc ve, algumas obscrvacoes lcvam a idcnriflcar 0 Palermo com 0 Ira ti, c outras, a idcntifica-lo com 0 R io Bonito, scm que sc possa definir qual a mais valida .