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CONDIÇÕES DE VIDA – SERVIÇOS PÚBLICOS Parte 2: Sistematização das Informações Temáticas NÍVEL COMPILATÓRIO DSEE-CV-RT- 007

PLANO DA OBRA

PROJETO DE DESENVOLVIMENTO AGROAMBIENTAL DO ESTADO DE - PRODEAGRO

ZONEAMENTO SÓCIO-ECONÔMICO-ECOLÓGICO: DIAGNÓSTICO SÓCIO- ECONÔMICO-ECOLÓGICO DO ESTADO DE MATO GROSSO E ASSISTÊNCIA TÉCNICA NA FORMULAÇÃO DA 2ª APROXIMAÇÃO

Parte 1: Consolidação de Dados Secundários

Parte 2: Sistematização das Informações Temáticas

Parte 3: Integração Temática

Parte 4: Consolidação das Unidades

Governo do Estado de Mato Grosso - Secretaria de Estado de Planejamento e Coordenação Geral (SEPLAN) Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD)

PROJETO DE DESENVOLVIMENTO AGROAMBIENTAL DO ESTADO DE MATO GROSSO - PRODEAGRO

ZONEAMENTO SÓCIO-ECONÔMICO-ECOLÓGICO: DIAGNÓSTICO SÓCIO- ECONÔMICO-ECOLÓGICO DO ESTADO DE MATO GROSSO E ASSISTÊNCIA TÉCNICA NA FORMULAÇÃO DA 2ª APROXIMAÇÃO

CONDIÇÕES DE VIDA– SERVIÇOS PÚBLICOS Parte 2: Sistematização das Informações Temáticas NÍVEL COMPILATÓRIO

MARCO ANTONIO VILLARINHO GOMES

CUIABÁ

SETEMBRO, 2000

CNEC – Engenharia S.A.

GOVERNADOR DO ESTADO DE MATO GROSSO Dante Martins de Oliveira

VICE-GOVERNADOR José Rogério Salles

SECRETÁRIO DE ESTADO DE PLANEJAMENTO E COORDENAÇÃO GERAL Guilherme Frederico de Moura Müller

SUB SECRETÁRIO João José de Amorim

GERENTE ESTADUAL DO PRODEAGRO Mário Ney de Oliveira Teixeira

COORDENADORA DO ZONEAMENTO SÓCIO-ECONÔMICO-ECOLÓGICO Márcia Silva Pereira Rivera

MONITOR TÉCNICO DO ZONEAMENTO SÓCIO-ECONÔMICO-ECOLÓGICO Wagner de Oliveira Filippetti

ADMINISTRADOR TÉCNICO DO PNUD Arnaldo Alves Souza Neto

SEPLAN - ACOMPANHAMENTO E SUPERVISÃO

Coordenadora do Módulo Sócio-Econômico/Jurídico Institucional MARILDE BRITO LIMA (Economista)

Supervisor do Tema Condições de Vida ANTONIO ABUTAKKA (Economista)

Supervisora da Pesquisa de Campo/Condições de Vida DIONI MARIA ATTÍLIO Engenheira Sanitarista)

Supervisora da Pesquisa de Campo/Condições de Vida DULCILIENE DE SOUZA STROBEL Engenheira Sanitarista)

Coordenação e Supervisão Cartográfica LIGIA CAMARGO MADRUGA (Engª Cartógrafa)

Supervisão do Banco de Dados GIOVANNI LEÃO ORMOND (Administrador de Banco de Dados)

VICENTE DIAS FILHO (Analista de Sistema)

EQUIPE TÉCNICA DE EXECUÇÃO

CNEC - Engenharia S.A.

LUIZ MÁRIO TORTORELLO (Gerente do Projeto) KALIL A. A. FARRAN (Coordenador Técnico) MARCO A. V. GOMES (Coordenador Técnico do Meio Sócio-Econômico/Jurídico Institucional)

TÉCNICA

MARCIA YAJGUNOVITCH MAFRA (Socióloga) SALIMA ELIAS KELL (Economista)

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO 001

2. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS 002

2.1. BASE DE DADOS 002

2.2. CRÍTICA DOS DADOS 004

3. DESCRIÇÃO DO TEMA 005

3.1. SANEAMENTO BÁSICO 005

3.1.1. Organização do Sistema de Saneamento do Estado do Mato Grosso 007

3.1.2. Abastecimento de Água 007

3.1.3. Coleta e Destino do Esgoto 026

3.2. COLETA E DISPOSIÇÃO FINAL DO LIXO 037

3.3. ENERGIA ELÉTRICA 042

3.3.1. Organização do Sistema no Estado 042

3.3.2. Capacidade de Atendimento e Consumo por Classes 043

3.4. PROJETOS DE IMPLANTAÇÃO/EXTENSÃO DE REDES DE SERVIÇOS PÚBLICOS 061

3.4.1. Projetos de Ampliação das Condições de Atendimento por Serviços Públicos, por Município Pesquisado e Região de Pesquisa 062

3.5. ÁREAS CRÍTICAS 069

3.5.1. Abastecimento Adequado de Água 069

3.5.2. Coleta de Lixo 075

3.5.3. Energia 080

4. BIBLIOGRAFIA 086

ANEXOS

ANEXO I – PESQUISA DE CAMPO

ANEXO II - QUADROS

A001 DOMICÍLIOS POR TIPO DE COLETA DE LIXO POR REGIÃO – TOTAL URBANO E RURAL

A002 NÚMERO DE CONSUMIDORES DE ENERGIA ELÉTRICA POR CLASSE, SEGUNDO MUNICÍPIOS E REGIÕES 1991

A003 INDICADOR DE CONDIÇÃO DE VIDA –ESGOTO MATO GROSSO - MUNICÍPIOS E REGIÃO – 1991

A004 DOMICÍLIOS POR TIPO DE COLETA DE LIXO POR REGIÃO

ANEXO III - MAPAS

A001 ABASTECIMENTO DE ÁGUA POR REGIÃO – 1991

LISTA DE QUADROS

001 ABASTECIMENTO ADEQUADO DE ÁGUA - 1991 010

002 ABASTECIMENTO ADEQUADO DE ÁGUA – 1991 011

003 ABASTECIMENTO ADEQUADO DE ÁGUA – 1991 013

004 ABASTECIMENTO ADEQUADO DE ÁGUA – 1991 015

005 ABASTECIMENTO ADEQUADO DE ÁGUA – 1991 017

006 ABASTECIMENTO ADEQUADO DE ÁGUA – 1991 017

007 ABASTECIMENTO ADEQUADO DE ÁGUA – 1991 019

008 ABASTECIMENTO ADEQUADO DE ÁGUA – 1991 021

009 ABASTECIMENTO ADEQUADO DE ÁGUA – 1991 022

010 ABASTECIMENTO ADEQUADO DE ÁGUA – 1991 023

011 ABASTECIMENTO ADEQUADO DE ÁGUA – 1991 024

012 ABASTECIMENTO ADEQUADO DE ÁGUA – 1991 025

013 ABASTECIMENTO ADEQUADO DE ÁGUA – 1991 026

014 INSTALAÇÕES ADEQUADAS DE ESGOTO – 1991 027

015 INSTALAÇÕES ADEQUADAS DE ESGOTO – 1991 028

016 INSTALAÇÕES ADEQUADAS DE ESGOTO – 1991 029

017 INSTALAÇÕES ADEQUADAS DE ESGOTO – 1991 030

018 INSTALAÇÕES ADEQUADAS DE ESGOTO – 1991 032

019 INSTALAÇÕES ADEQUADAS DE ESGOTO – 1991 032

020 INSTALAÇÕES ADEQUADAS DE ESGOTO – 1991 033

021 INSTALAÇÕES ADEQUADAS DE ESGOTO – 1991 034

022 INSTALAÇÕES ADEQUADAS DE ESGOTO – 1991 034

023 INSTALAÇÕES ADEQUADAS DE ESGOTO – 1991 035

024 INSTALAÇÕES ADEQUADAS DE ESGOTO – 1991 035

025 INSTALAÇÕES ADEQUADAS DE ESGOTO – 1991 036

026 INSTALAÇÕES ADEQUADAS DE ESGOTO – 1991 036

027 PERCENTUAL DE CONSUMIDORES POR REGIÃO POR CLASSE DE CONSUMO – 1991 044

028 PERCENTUAL DE CONSUMIDORES POR REGIÃO E CLASSE DE CONSUMO EM RELAÇÃO AO ESTADO – 1991 046

029 PERCENTUAL DE CRESCIMENTO DOS CONSUMIDORES POR REGIÃO E MUNICÍPIO 047

030 INDICADOR DE CONDIÇÃO DE VIDA – ÁGUA MATO GROSSO - MUNICÍPIOS E REGIÃO – 1991 070

031 NÚMERO DE MUNICÍPIOS/PORCENTAGEM DE DISTRIBUIÇÃO (REDE) POR TIPO DE TRATAMENTO DE ÁGUA 074

032 COLETA DE LIXO POR REGIÃO – TOTAL URBANO E RURAL 076

033 CONSUMIDORES RESIDENCIAIS DE ENERGIA SEGUNDO MUNICÍPIOS E REGIÕES 1991 082

034 PARTICIPAÇÃO DAS CLASSES DE CONSUMO DAS REGIÕES NO ESTADO (EM %)-1991 084

LISTA DE MAPAS

001 ABASTECIMENTO DE ÁGUA POR REGIÃO – 1991 073

002 COLETA DE LIXO POR REGIÃO – TOTAL URBANO E RURAL – 1991 079

003 CONSUMIDORES RESIDÊNCIAIS DE ENERGIA ELÉTRICA, SEGUNDO MUNICÍPIO E REGIÕES 081

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1. INTRODUÇÃO

O presente relatório faz parte de um conjunto de estudos referentes às Condições de Vida no Estado de Mato Grosso. Sua finalidade é a de analisar indicadores que permitam avaliar as condições de acesso da população do Estado aos serviços públicos de infra- estrutura.

O acesso da população aos serviços de infra-estrutura depende da existência deles nas diversas regiões e municípios e de sua capacidade de atendimento. Assim, foi analisada, de um lado, a disponibilidade de redes e serviços de infra-estrutura nas diferentes porções do território matogrossense e, de outro, a “medida” do acesso a eles, representada pelas condições dos domicílios.

A análise das condições de acesso da população aos serviços de infra-estrutura no Estado de Mato Grosso partiu da constatação de que, nas áreas e países sub-desenvolvidos, a esmagadora maioria das epidemias transmite-se pela água. Dessa maneira, a questão da qualidade da água que se bebe e do afastamento do esgoto sanitário dos domicílios - evitando-se o contato das pessoas com os dejetos -, é de fundamental importância para a avaliação das condições de higiene das moradias e, consequentemente, de um dos fortes condicionantes das condições de saúde de seus moradores. De outro lado, a presença de canalização interna de água permite a limpeza de alimentos e utensílios domésticos e, a de instalações sanitárias (banheiro), com água corrente, permite a higiene adequada do corpo e evitam o contato dos moradores com seus dejetos e com vetores transmissores de doenças, em especial moscas e mosquitos.

O acesso à energia elétrica, por sua vez, tem implicações que vão desde a qualidade da alimentação, através da possibilidade de sua conservação em aparelhos de refrigeração, passando por diferentes patamares de conforto na moradia - desde a própria iluminação noturna até a possibilidade de utilização de aparelhos de ar-condicionado - facilitando o desempenho das funções básicas de alimentação e descanso, comunicação, lazer e informação - estes últimos representados pela possibilidade de uso de rádios, televisores e computadores.

Assim, foram selecionados e analisados indicadores quantificáveis que refletem o grau de atendimento da necessidade básica de uma moradia saudável e com condições mínimas de conforto. Foram considerados representativos das condições de acesso das populações, os indicadores de abastecimento de água adequado, uso e escoadouro das instalações sanitárias adequados e iluminação dos domicílios.

Paralelamente, foi analisada a oferta de redes de abastecimento de água, coleta de esgotos e energia elétrica, bem como de serviços de coleta de lixo, telefonia, comunicações e radiodifusão, sendo que estes últimos baseados nos dados colhidos na pesquisa de campo realizada em 54 municípios do Estado.

Enquanto indicadores, foram utilizados os mesmos que, em etapa anterior do trabalho - “Consolidação dos Dados Secundários” - permitiram a elaboração de um Índice de Condições de Habitabilidade.

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2. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Desde a etapa de “Consolidação dos Dados Secundários” buscou-se, a partir da análise do acesso efetivo dos domicílios às redes de infra-estrutura, avaliar a “qualidade do morar” nos municípios do Estado de Mato Grosso. No presente relatório, procurou-se, além disso, aprofundar a análise da oferta dos serviços de infra-estrutura.

Verificou-se, na relação das variáveis de análise previstas para a elaboração da análise das “Condições de Atendimento por Serviços de Infra-Estrutura”, uma clara sobreposição com aquelas previstas no tema “Sistemas de Infra-Estrutura Regional”. Desse modo, informações já disponíveis nas análises referentes a este tema - principalmente aquelas que dizem respeito às características das redes de distribuição de energia elétrica, telefonia e radiodifusão - foram incorporadas no presente relatório.

Visando compatibilizar as datas a que os dados secundários e primários se referissem, as atualizações possíveis de dados (especificamente, as de ligações totais de energia elétrica e redes de saneamento) foram feitas para 1997, ano em que a pesquisa de campo foi realizada.

A par da análise dos dados estatísticos, buscou-se, através dos resultados das pesquisas de campo, realizada em 54 municípios selecionados - segundo metodologia explicitada no Anexo I – Critérios utilizados para seleção de sedes urbanas na pesquisa de campo de condições de vida do RELATÓRIO DE CONDIÇÕES DE VIDA – SAÚDE – qualificar-se a prestação dos serviços públicos, identificando-se as carências locais/regionais e suas repercussões sobre o cotidiano das populações.

Os dados estatísticos e os resultados brutos da pesquisa de campo foram incorporados ao Banco de Dados. Além disso, as informações obtidas nos municípios pesquisados foram sistematizadas, de maneira descritiva, e incorporadas ao presente relatório como Anexo I.

Buscou-se ainda, agregar os indicadores resultantes de dados secundários pelas Regiões de Pesquisa adotada e compará-los, sempre que possível, com base nos anos de 1991 e 1997. Isto se deveu não só à intenção de verificar sua evolução, mas também à necessidade de se adotar bases territoriais de análise compatíveis entre a pesquisa nos núcleos urbanos e aquela referente aos produtores rurais, tendo em vista a finalidade última dos estudos temáticos, qual seja a de subsidiar o "Zoneamento Ecológico-Econômico do Estado de Mato Grosso".

2.1. BASE DE DADOS

A presente análise está baseada em dados secundários e estatísticos, bem como em pesquisa de campo realizada nas áreas urbanas de 54 municípios do Estado, no ano de 1997.

Como parte do conjunto de estudos referentes à etapa do Diagnóstico Sócio- Econômico-Ecológico de Mato Grosso denominada de Nível Compilatório, este relatório segue- se a um outro, relativo à “Consolidação de Dados Secundários”.

O relatório de “Consolidação de Dados Secundários” adotou como base de dados:

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 dados estatísticos do Censo Demográfico de 1991, da FIBGE, relativos a:

 condições de abastecimento de água dos domicílios

 condições de uso e escoadouro das instalações sanitárias dos domicílios

 domicílios atendidos por serviços de coleta de lixo

 número médio de habitantes e número médio de banheiros por domicílio

 dados estatísticos da CEMAT - Centrais Elétricas do Mato Grosso, relativos a 1991, constantes do Boletim Estatístico - Acompanhamento de Mercado, 1991:

 domicílios ligados à rede elétrica

 consumo residencial médio de energia elétrica

No que se refere aos dados secundários e estatísticos, foram escolhidos como fonte de informações, por serem os únicos que permitem a construção de índices comparáveis para diferentes regiões e municípios. Em especial os dados dos Censos Demográficos, fontes disponíveis em que as estatísticas básicas para obter os indicadores relevantes são definidas, coletadas e processadas de maneira uniforme para todas as unidades municipais.

Para a elaboração do presente relatório, foram utilizadas as seguintes informações:

 indicadores e índice elaborados por PNUD/IPEA/Fundação João Pinheiro, a partir dos dados disponíveis para os 95 municípios existentes em 1991 e recenseados pela Fundação IBGE, relativos a:

 proporção de domicílios com abastecimento adequado de água

 proporção de domicílios com uso e escoadouro adequados das instalações sanitárias.

 número total de ligações de energia elétrica em 1997, constante do Anuário Estatístico da CEMAT, 1997 e 1998.

 número de ligações, extensão das redes e formas de tratamento de água e esgoto, disponíveis no Relatório de Atividades Comerciais do SANEMAT, de dezembro de 1997.

Foram ainda utilizados os mesmos dados da FIBGE, levantados pelo Censo Demográfico de 1991, relativos aos domicílios servidos por coleta pública de lixo.

Os dados primários utilizados no presente relatório, por sua vez, foram obtidos através de pesquisa de campo - realizada no ano de 1997 - junto a representantes dos órgãos municipais responsáveis pelos serviços analisados em 54 sedes urbanas de diferentes portes e condições sócio-econômicas. Foram ainda, em alguns municípios, entrevistados representantes de escritórios regionais da SANEMAT e da CEMAT.

O levantamento de dados primários visou identificar, junto aos órgãos locais e regionais responsáveis pelos serviços de utilidade pública:

 a existência, extensão e capacidade de atendimento de redes públicas de abastecimento de água

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 tipos de tratamento dados à água oferecida por rede pública de abastecimento de água

 outras fontes de abastecimento de água utilizadas pela população e cuidados adotados pelo poder público local em relação ao consumo desta água

 a existência, extensão e capacidade de atendimento de redes públicas de coleta e tratamento de esgotos

 sistemas de tratamento de esgotos

 existência e capacidade de atendimento de serviços de coleta de lixo e sistemas de disposição final de resíduos sólidos

 características dos sistemas de telefonia e número de linhas

 número de estações repetidoras de rádio e televisão

 a existência, extensão e capacidade de atendimento de redes públicas de distribuição de energia elétrica, incluindo eletrificação rural

 projetos de ampliação de redes de infra-estrutura de saneamento básico, energia elétrica, telefonia e tele-rádio comunicação.

2.2. CRÍTICA DOS DADOS

O principal problema relativo aos dados secundários disponíveis refere-se ao fato de que aqueles que dizem respeito às condições sanitárias dos domicílios (condições de abastecimento de água e esgotamento e destino do lixo), bem como às condições de sua iluminação dizem respeito a 1991, enquanto data mais recente de levantamento. Isso, porque tais informações fizeram parte da investigação do Censo Demográfico realizado naquele ano, mas não da Contagem Populacional de 1996. Nesse sentido, os indicadores de avaliação da “qualidade do morar” não puderam ser atualizados.

Embora haja dados de 1997 da SANEMAT sobre extensão das redes de saneamento básico e número de ligações, as informações do Censo e as da SANEMAT não podem ser diretamente comparadas pelos métodos de coleta e cálculo dos respectivos índices de atendimento, que são diferentes. No caso da SANEMAT é considerado número de ligações que faturadas, não são consideradas as ligações clandestinas, nem aquelas que estiverem temporariamente desativadas.

No que tange aos dados da CEMAT, aqueles relativos ao ano de 1991, discriminam o número de consumidores por classes de consumo, enquanto aqueles referentes a 1997, só discriminam o número total de consumidores, o que permitiu verificar somente o crescimento total de ligações ocorrido no período.

Quanto aos dados primários, além da limitação imposta pela impossibilidade de que dados de um ou outro município possam ser considerados representativos de uma região ou conjunto de municípios, faz-se necessário ressaltar a imprecisão das respostas dos entrevistados no que diz, principalmente, respeito à extensão de redes e população atendida, seja nas sedes urbanas, nos distritos, aglomerados urbanos ou, ainda, nas áreas rurais, no caso da eletrificação rural.

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3. DESCRIÇÃO DO TEMA

3.1. SANEAMENTO BÁSICO

Desde os anos 70, os estudos de demografia e saúde pública vêm destacando a influência do saneamento básico, em todo o mundo, como um dos primordiais fatores associados ao declínio da mortalidade infantil.

Apesar disso, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), ainda em 1996 morria uma criança a cada oito segundos por alguma doença relacionada à qualidade e quantidade de água . E o Brasil era um dos países da lista dos mais atingidos por doenças decorrentes da ingestão de água contaminada.

Em 1970, a população urbana do país que contava com serviço público de abastecimento de água representava 51% do total, enquanto os domicílios com instalações sanitárias internas ligados à rede geral de esgotos representavam apenas 21 % do total.

Diante do precaríssimo quadro das condições de abastecimento de água e coleta de esgotos existente no conjunto do país, foi implantado, em 1971, o Plano Nacional de Saneamento ( PLANASA ), com o objetivo de implementar a rápida extensão das redes de saneamento básico do Brasil.

O objetivo principal do PLANASA - criado em 1971 - era expandir o sistema de abastecimento de água para mais de 80% da população urbana em pelo menos 80% das cidades brasileiras e, em 1990, para mais de 90% dessa população.

Criado pelo Governo Federal, o PLANASA priorizou a expansão e melhoria dos sistemas de abastecimento de água, enquanto a questão da coleta e tratamento do esgotamento sanitário ficou em plano secundário. Isso sem contar o descaso com a questão do destino final do esgoto, normalmente não submetido à uma depuração adequada antes de ser lançado nos cursos de água regionais, gerando a deterioração da qualidade das suas águas e, conseqüentemente, reduzindo a quantidade de mananciais de qualidade para captação de água potável.

Em 1980, a população urbana do país atendida por serviço público de abastecimento de água chegava a 85 % e a participação de domicílios com instalações sanitárias internas ligadas à rede geral passara para 35%. Tais patamares de cobertura pelas redes de saneamento básico ainda eram muito baixos, principalmente quando se consideram os resultados de estudo realizado no Estado de São Paulo, com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios ( PNAD ), 1984, da Fundação IBGE, a respeito dos riscos de mortes entre as crianças de menos de um ano.

Tal estudo 1* revelou que esses riscos “variam sensivelmente segundo a qualidade do abastecimento de água e do sistema de esgotamento sanitário sendo que a mortalidade infantil entre crianças que vivem em domicílios que utilizam água de poço ou nascente é nitidamente superior ( 1,8 vezes ) à daquelas que moram em residências ligadas à rede geral de água.

1 * CARVALHO FERREIRA , Carlos Eugênio de - Saneamento e Mortalidade Infantil . IN : F SEADE - São Paulo em Perspectiva - Saúde , vol. 6, nº4, 1992

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A existência ou não de canalização interna de água constitui um outro fator muito relacionado aos riscos de morte de menores de um ano, pois representa a quantidade de água disponível na moradia. O índice da mortalidade infantil de crianças que vivem em domicílios sem canalização interna é de 2,4 vezes superior ao daquelas que moram em residências que possuem este tipo de ligação.

O tipo de instalação sanitária do domicílio também interfere significativamente nas probabilidades de morte de menores de um ano, segundo o tipo de esgotamento sanitário, apresentam diferenças bastante significativas.

As diferenças de risco de morte infantil são de quase três vezes entre Fossa Negra e Rede Geral de Esgotos e de quase duas vezes entre Rede Geral e Fossa Séptica. Essas diferenças são ainda maiores ao se considerar as mortes pós-neonatais (faixa etária de 28 dias a 11 meses). Nestes casos, as relações entre as probabilidades de morte de crianças que vivem em domicílios com Fossa Séptica e Fossa Negra passam a ser de 2,1 e 4,3, respectivamente.

Para a mortalidade neonatal, estas relações se reduzem para 1,9 e 2,1 entre as mesmas categorias.

Comparando-se, agora, somente os riscos de morte entre as categorias Fossa Séptica e Fossa Negra , verifica-se que a mortalidade pós-neonatal é a responsável pela maior parte da diferença de mortalidade infantil: enquanto a relação entre os riscos de mortalidade neonatal é de apenas 1,1, no caso da mortalidade pós-néonatal passa a ser de 2,0”.

Observa-se, assim, que a influência das condições do saneamento básico dá-se, prioritariamente, sobre a mortalidade infantil pós-neonatal, já que as crianças nessa faixa passam a estar mais expostas ao consumo de água contaminada, em função do cessamento do aleitamento materno exclusivo.

Sendo assim, o saneamento básico é considerado como uma infra-estrutura de fundamental importância para as condições de vida, pela influência que exerce - para muito além da comodidade que oferece aos domicílios - sobre a diminuição das doenças parasitárias e intestinais e, consequentemente, da morbi-mortalidade geral e infantil (e, portanto, sobre a esperança de vida e os níveis de saúde).

Deve-se considerar que embora seja inquestionável que, do ponto de vista da Saúde Pública, o provimento de água tratada e o afastamento do esgoto sanitário dos domicílios antecedem a necessidade da medicina curativa, o custo de implantação de redes de infra - estrutura de saneamento básico é bastante alto (especialmente o da coleta e tratamento de esgotos), sendo esta uma área de intervenção social do poder público largamente identificada como uma área que tem, como retorno, poucos dividendos políticos, o que dificulta sobremaneira a implantação e extensão das redes necessárias.

Assim sendo, para o Diagnóstico das Condições de Vida da população de Mato Grosso, interessa saber a evolução e os resultados das políticas e programas adotados para ampliar o saneamento básico no Estado, considerando-se ainda que, muitas vezes, apesar da existência da rede, os domicílios não efetuam sua canalização interna, em geral por causa de limitações econômico-financeiras das famílias residentes e/ou desinformação sobre os benefícios de condições sanitárias adequadas sobre a saúde .

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3.1.1. Organização do Sistema de Saneamento do Estado do Mato Grosso

Em julho de 1975, a SANEMAT (Companhia de Saneamento do Estado de Mato Grosso) aderiu ao PLANASA , estabelecendo as mesmas metas a serem atingidas até 1980.

Com a divisão do Estado, no final dos anos 70, e a formação do Estado do Mato Grosso do Sul - que passou a ter a sua própria concessionária, a SANESUL -, a SANEMAT teve sua ação restrita a 29 sistemas de abastecimento de água no Estado de Mato Grosso, representados por 23 sedes municipais e 6 Distritos.

Em 1981, em função dos recursos financeiros passíveis de ser disponibilizados pelo PRODISAN - Programa de Desenvolvimento Institucional das Empresas de Saneamento Básico - foi elaborado o primeiro PDDI - Plano Diretor de Desenvolvimento Institucional , do que resultou a criação de 5 regionais administrativas, cujo objetivo formal era facilitar a manutenção das unidades de abastecimento.

Em 1996, a SANEMAT atuava, no Estado, através de 9 Regionais, abrangendo 90 municípios.

Existia Serviço Autônomo de Água e Esgoto, nos seguintes municípios:

 na Região1 : Apiacás, Castanheira, Cotriguaçu, , Nova Bandeirante, , e . À exceção de Apiacás, Castanheira, Juruena e Peixoto de Azevedo, todos os demais foram criados após 1991.

 na Região 2 : Nova Maringá, Tabaporã. Nenhum desses municípios havia sido criado em 1991.

 Na Região 3: Campo Novo dos Parecis, , e .

 Na Região 4: , criado após 1991.

Na Região 5: , e São José do Povo, este último criado após 1991.

 Na Região 7: e , ambos criados após 1991.

 Na Região 8: Lambari D’Oeste, criado após 1991

 Na Região 12: e , criados após 1991.

 Na Região13: Alto da Boa Vista, Querência do Norte e São José do Xingu, todos criados após 1991.

Verifica-se que os municípios que são operados por serviço autônomo foram, em sua maioria, criados após 1991.

3.1.2. Abastecimento de Água

O objetivo da SANEMAT, ao aderir ao PLANASA, era expandir o abastecimento de água para 90% da população de 80% das cidades do Estado.

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Em 1991, segundo dados do Censo Demográfico, a realidade do Estado mostrava - se longe desta meta. Apenas 3 municípios tinham mais de 90% de seus domicílios com condição adequada de abastecimento de água: Lucas do Rio Verde, e Campo Novo dos Parecis. 2 Na contrapartida, 30 municípios tinham menos de 50% de seus domicílios na mesma situação.

REGIÃO I

Em 1991, apenas treze dos dezenove municípios que compõem esta região já haviam sido criados, destacando-se que todos apresentavam participação de domicílios com abastecimento adequado de água inferiores à média estadual. O município de Paranaíta, com 75,7% de seus domicílios com condição adequada de abastecimento de água, era o de melhor performance no interior da região.

O município de , com 71,8% de seus domicílios nesta situação tinha, por ocasião da pesquisa de campo, seu sistema de abastecimento de água tratado e administrado pela SANEMAT, que abrangia 60% dos domicílios da sede urbana, com cerca de 6.000 ligações. Os demais 40% dos domicílios utilizavam água de poços.

A água distribuída por rede possuía tratamento do tipo convencional (floculação, decantação e filtração), sendo desinfetada por cloro. Já para os domicílios que não eram abastecidos por rede domiciliar, a FNS - Fundação Nacional de Saúde - quando solicitada, distribuía pastilhas de cloro.

A água distribuída por rede pública é captada no Rio Taxidermista. Nos meses de seca, entre agosto e outubro, ocorre racionamento de água. Estava prevista, para o ano de 1998, uma ampliação da rede de distribuição de água, com cerca de 2 Km de extensão, para atender cerca de 160 domicílios.

Em Castanheira, apenas 19,3% dos domicílios possuíam, em 1991, abastecimento adequado de água, sendo o município da região com pior desempenho nesse indicador. Por ocasião da pesquisa, detectou-se que também a situação de Cotriguaçu era muito crítica.

O município de Castanheira não possuía, à época da pesquisa, redes de distribuição de água e de coleta de esgotos, mas tinha verba aprovada para projetos de implantação dessas redes. Esses projetos, com verba da FNS, previam a implantação de 21 Km de rede de água - para atendimento de 1.000 domicílios -, e cujo término de construção estava previsto para 1998 e 6 Km de rede de esgotos, englobando 800 domicílios (cerca de 25% da cidade), com verba da SUDAM, através de convênio entre a Prefeitura Municipal e o Governo Federal.

O abastecimento de água era feito através de poço comum e dois poços semi- artesianos.

Quanto a Cotriguaçu, não possuía, à época da pesquisa, redes de abastecimento de água. A população se abastecia de diversas formas, tais como poço comum, captação em rios e nascentes, mina de água e poço profundo - no caso dos hospitais e escolas.

Outros municípios da Região com baixas performances em relação ao indicador eram Nova Canaã do Norte, com 26,6% e Peixoto de Azevedo, com 40,4%. Todos os demais apresentavam percentuais acima de 50%.

Em Peixoto de Azevedo, o sistema de abastecimento de água era operado pelo município e havia entrado em funcionamento há um mês quando da realização da pesquisa.

2Abastecimento adequado de água : abastecimento através de rede geral, com canalização interna ou através de poço ou nascente com canalização interna.

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Com 3.200 ligações - cerca de 46% dos domicílios -, contava com tratamento convencional (floculação, decantação e filtração) e desinfecção por cloro. A captação era feita no Rio Peixoto de Azevedo.

A população que não era servida por rede utilizava poços comuns (segundo o informante da municipalidade, em geral contaminados por coliformes fecais em índice elevado, pela proximidade com fossas) e nascentes e rios.

Deve-se ressaltar que a incidência de garimpos na área contribuía para a contaminação das nascentes com mercúrio.

O município possuía, em 1997, um projeto de ampliação da rede de abastecimento de água, com extensão de 4 Km - para abastecimento de 320 domicílios - com previsão de ínício de obras para 1998.

Ocorria racionamento de água durante todo o ano, pois o equipamento existente não atendia à demanda.

Carlinda tinha seu sistema de abastecimento de água administrado por uma Autarquia Municipal, atendendo 92% da cidade, com cerca de 669 ligações. A água distribuída era captada em 4 poços que funcionavam precariamente e não era feito nenhum tipo de tratamento. Nos meses de seca, entre agosto e outubro, ocorria racionamento de água. Estava em execução, no ano de 1997, a ampliação da captação e implantação de sistema de tratamento de água, para atender cerca de 1.000 domicílios, financiada pela FNS - Fundação Nacional de Saúde. Os demais domicílios utilizavam água de poços comuns individuais.

Em 1997, o município de Juína tinha o sistema de abastecimento de água tratada administrado pelo SANEMAT, que abrangia cerca de 20% da cidade. Os demais 80% dos domicílios utilizavam água de poços.

O município de Juruena não possuía sistema de abastecimento de água e rede de esgotamento sanitário. Estava em fase final de instalação uma rede de abastecimento de água com cerca de 22 Km, que deveria atender 800 domicílios. O sistema de captação e tratamento já estava pronto, aguardando a conclusão da rede para iniciar a operação.

À época da pesquisa, os 1.200 domicílios da sede urbana abasteciam-se basicamente através de poços comuns. Encontravam-se também em funcionamento 8 poços artesianos para abastecer a Prefeitura, o Viveiro Municipal, o Centro Educacional, as Escolas etc. Na época da seca, novembro e dezembro, a Prefeitura faz o abastecimento dos domicílios com carro-pipa. A água consumida não possui nenhum tipo de tratamento.

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QUADRO 001 ABASTECIMENTO ADEQUADO DE ÁGUA - 1991

ABASTECIMENTO ADEQUADO DE MUNICÍPIO UF ÁGUA 1991 REGIÃO I Paranaíta MT 75,7 Alta Floresta MT 71,8 Matupá MT 68,9 Juruena MT 68,7 Colíder MT 67,6 Aripuanã MT 66,80 MT 55,3 MT 52,8 Apiacás MT 50,4 Juína MT 50,3 Peixoto de Azevedo MT 40,4 Nova Canãa do Norte MT 26,6 Castanheira MT 19,3 Brasil BR 83,9 Mato Grosso MT 83,3 FONTE: PNUD/IPEA/FJP - Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil,1998

REGIÃO II

À exceção de Cláudia, que apresenta um percentual de domicílios com abastecimento adequado de água (87,0%) superior à média estadual, os demais municípios da região permanecem com participações, em relação a esse indicador, inferiores à média estadual, embora Vera, Itaúba e Porto dos Gaúchos, com respectivamente 82,6%, 80,4% e 70,2%, estejam acima dos valores apresentados pelos outros municípios da região.

No caso de , que tinha 54% de seus domicílios com abastecimento adequado de água em 1991 e cuja sede urbana localiza-se a montante da captação, foi verificado, por ocasião da pesquisa de campo, que havia deficiência na reservação da água captada no Córrego Corgão, o que ocasionava falta de água em alguns bairros, pois o sistema funcionava somente 12 horas. Essa situação deveria ser mantida até que fosse aumentada a capacidade do reservatório.

Os aglomerados urbanos de Jaú, Águas Claras e Catuaí possuíam rede de abastecimento de água monitorada pelo SANEMAT e operada pela Prefeitura Municipal, sendo a captação feita em 2 poços semi-artesianos. O número de domicílios atendidos era da ordem de 84% (50 domicílios atendidos) em Jaú, 34% (100 domicílios atendidos) em Águas Claras e 20% (60 domicílios atendidos) em Catuaí.

Em 1997, quando da realização da pesquisa de campo, o município de tinha o sistema de abastecimento de água tratada administrado pela SANEMAT, o qual abrangia cerca de 70% da cidade, com 298 ligações. Os demais 30% dos domicílios utilizavam água de poços, bica coletiva e minas. A água distribuída era captada no Córrego Caracol. Além da sede municipal, a Comunidade Carvalho possuía rede de abastecimento de água, sendo aí a captação feita em poço semi-artesiano, para atendimento de 20 domicílios (67%).

Em , o sistema de abastecimento de água, operado pelo SANEMAT, cobria, por ocasião da pesquisa de campo, cerca de 80% dos domicílios (478 ligações). Os domicílios que não possuíam rede eram abastecidos através de poços comuns, sem nenhum tipo de tratamento.

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O abastecimento de água do município de Sinop era operado pelo SANEMAT. A água era captada em poços e sua desinfecção feita com cloro ou hipoclorito antes da distribuição para cerca de 3.800 ligações. Segundo o entrevistado pela pesquisa de campo, havia risco de contaminação do lençol freático, já que o município não contava com rede de coleta de esgotos, sendo este depositado em fossas sépticas e sumidouros. Os domicílios que não contavam com rede de água eram abastecidos por poços comuns.

O sistema de saneamento do município de Vera era operado pelo SANEMAT, com 392 ligações de água - 80% dos domicílios. Os 20% dos domicílios que não eram abastecidos por rede utilizavam poço comum. A água distribuída e captada em poço era tratada com cloro ou hipoclorito . O aumento do consumo em época de estiagem - entre agosto e outubro - ocasionava racionamento de água.

QUADRO 002 ABASTECIMENTO ADEQUADO DE ÁGUA - 1991

MUNICÍPIO UF ABASTECIMENTO ADEQUADO DE ÁGUA 1991

REGIÃO II Cláudia MT 87,0 Vera MT 82,6 Itaúba MT 80,4 Porto dos Gaúchos MT 70,2 Sinop MT 69,9 MT 59,0 Juara MT 54,0 Marcelândia MT 45,8 Novo Horizonte do Norte MT 30,0 Brasil BR 83,9 Mato Grosso MT 83,3 FONTE: PNUD/IPEA/FJP - Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil,1998

REGIÃO III

Excetuando-se , que foi criado após 1996, os demais municípios da Região possuem rede de abastecimento de água. Destacam-se, pelos índices de domicílios com abastecimento adequado de água superiores à média do Estado, os municípios de Lucas do Rio Verde (97,7%), Campo Novo dos Parecis (91,6%), Nova Mutum (88,7%) e (87,1%). À exceção de Sorriso, os sistemas de abastecimento de água dos demais municípios não são operados pela SANEMAT.

O sistema de saneamento de Sorriso é operado pelo SANEMAT, com cerca de 4.000 ligações de água na sede urbana (80% dos domicílios), em 1997. A água distribuída é captada em poço e tratada com fluoretação. Os domicílios que não são abastecidos por rede captam a água em poços semi-artesianos e 2% se abastecem em caminhão pipa.

Nesta Região, o único município que em 1991 apresentava menos de 70% de seus domicílios com abastecimento adequado de água era (59,5%).

Entre os municípios pesquisados, em Campos de Júllio, cujo sistema é operado pela Prefeitura Municipal, o sistema de abastecimento de água tem capacidade para atendimento de 341 ligações de água (100% dos domicílios). Entretanto, por ocasião da pesquisa de campo, encontrava-se em estado precário de funcionamento.

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A água distribuída era captada em dois poços artesianos e não tratada. Os distritos de Alto Juruena e Cabuçu não possuíam rede de abastecimento. O aumento do consumo na época da estiagem - entre agosto e novembro - ocasionava racionamento de água.

No município de que, segundo dados de 1991, tinha 72,7% do total de seus domicílios com abastecimento adequado de água, em 1997 a sede municipal contava com sistema de abastecimento de água tratada administrado pelo SANEMAT, com 100% de atendimento, num total de 4.000 ligações. A água distribuída era tratada de forma convencional e desinfetada com cloro, através de dois sistemas isolados: Sistema Diamantino, com tratamento à base de desinfecção e Novo Diamantino, através de ETA compacta fechada, que usa tratamento convencional (floculação, decantação e filtração).

O município de Tangará de Serra possuía, em 1997, sistema de abastecimento de água operado pela SANEMAT, com cerca de 10.000 ligações (96% dos domicílios) na sede urbana.

A água distribuída era tratada com tratamento convencional e desinfecção com cloro. O sistema de captação era realizado no Rio Queimapé, através de represamento. A montante da captação estão os aglomerados de Jardim Presidente e San Diego, que podem oferecer risco de contaminação à água.

Os distritos de São Jorge, São Joaquim e Progresso possuíam rede de abastecimento de água, a qual era captada em dois poços artesianos e atendiam cerca de 180 domicílios (90%), 180 domicílios (90%) e 450 domicílios (100%) respectivamente. Na água distribuída não era feito nenhum tipo de tratamento.

A população urbana não abastecida por rede captava sua água em poços comuns.

O município de Nortelândia tinha seu sistema de abastecimento de água tratado e administrado pelo SANEMAT, o qual abrangia cerca de 99% da sede urbana, num total de 2.800 ligações. A água distribuída era tratada por sistema convencional e desinfetada com cloro. O município contava com dois sistemas de captação - no rio Santana e em dois poços artesianos. A montante da captação está localizado o centro da cidade, oferecendo risco à qualidade da água.

O distrito de Santalinha possuía rede de água para 112 domicílios (30%). Os domicílios dos aglomerados urbanos que não possuíam rede utilizavam água de poços comuns, bicas coletivas e fontes naturais.

O principal problema do município, segundo o entrevistado, era o estado de conservação das redes de água, extremamente deficientes, causando desperdício, já que a produção, segundo o SANEMAT, é suficiente para o atendimento da demanda dos domicílios ligados à rede.

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QUADRO 003 ABASTECIMENTO ADEQUADO DE ÁGUA - 1991

MUNICÍPIO UF ABASTECIMENTO ADEQUADO DE ÁGUA 1991

REGIÃO III Lucas do Rio Verde MT 97,7 MT 91,6 Nova Mutum MT 88,7 Sorriso MT 87,1 Tapurah MT 81,1 São José do Rio Claro MT 78,3 Tangará da Serra MT 75,2 Nortelândia MT 73,5 Diamantino MT 72,7 Comodoro MT 59,5 Brasil BR 83,9 Mato Grosso MT 83,3 FONTE: PNUD/IPEA/FJP - Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil,1998

REGIÃO IV

No que diz respeito à sede urbana da capital do Estado (Cuiabá) pode-se dizer que se encontrava, em 1991, em patamares razoáveis quanto aos índices de atendimento por água tratada. Naquele ano, 81,3% dos domicílios da cidade encontravam-se ligados à rede geral de abastecimento, sendo que, destes, 81,8% contavam com canalização interna . Já no que diz respeito aos demais distritos do município, à exceção do Distrito de Coxipó da Ponte, a situação não era tão favorável, já que o Coxipó do Ouro não contava com serviço de abastecimento e o número de domicílios do Distrito da Guia que possuíam canalização interna ligada à rede geral era insignificante.

Segundo informações da pesquisa de campo, o sistema de abastecimento de água era, em 1997, operado pelo SANEMAT - com 104.759 ligações, cerca de 100% dos domicílios. A água distribuída contava com tratamento convencional (floculação, decantação e filtração) e desinfecção por cloro. A captação era realizada em três pontos no Rio Cuiabá, sendo que a do Ribeirão do Lipa era responsável por 70% do consumo da cidade, sendo os outros dois pontos - Parque Cuiabá e Porto - responsáveis por cerca de 5%. O restante da água distribuída era captado no Rio Coxipó e em poços artesianos.

A população que não era servida por rede servia-se de poços comuns.

Ocorria racionamento de água entre agosto e novembro, pois os equipamentos existentes não eram capazes de suprir a demanda, devido a uma má distribuição de reservação e a perda na distribuição, que atingia 54% do volume produzido.

Os distritos de Coxipó de Ouro, Coxipó da Ponte, Sucuri e Guia e mais 45 aglomerados urbanos contavam com abastecimento de água captada em poços artesianos, que atendiam em média 60% dos domicílios de cada uma das localidades, sendo que a maioria contava somente com tratamento à base de desinfecção por cloro.

Em Várzea Grande, que conforma, junto com Cuiabá, o aglomerado urbano de maior porte do Estado, 63,7% dos domicílios apresentavam condição adequada de abastecimento de água em 1991. O Distrito de Porto Velho apresentava um alto grau de cobertura por serviço de abastecimento de água, tendo uma maior participação de domicílios com canalização interna do que a própria sede municipal. Em compensação, o Distrito de Passagem da Conceição não dispunha de rede e, em Bom Sucesso e Capão Grande, a participação dos domicílios com

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instalações internas ligadas à rede geral era insignificante, embora houvesse relativa disponibilidade de rede.

Em 1997, o município de Várzea Grande tinha seu sistema de abastecimento de água tratado e administrado pelo SANEMAT, que abrangia 85% da cidade, cerca de 40.000 ligações. Os demais 15% dos domicílios utilizavam água de poços.

A água distribuída por rede possuía tratamento do tipo convencional (floculação, decantação e filtração). Nos domicílios não abastecidos por rede ocorria distribuição de pastilhas de cloro pelo SANEMAT, quando solicitado.

A água distribuída por rede pública era captada em dois pontos no Rio Cuiabá e em 25 poços artesianos distribuídos pela sede urbana. Nos meses de seca, entre junho a outubro, ocorre racionamento de água devido à diminuição da vazão dos poços, principalmente nos distritos.

Os distritos que possuíam abastecimento de água por rede eram: Pai André: 80 ligações (75%), Bom Sucesso: 210 ligações (70%), Praia Grande: 35 ligações (50%), Souza Lima: 100 ligações (100%) e Limpo Grande: 50 ligações (100%). Todos os sistemas eram administrados pelo SANEMAT em conjunto com a Prefeitura Municipal, sendo que a água distribuída não sofria nenhum tipo de tratamento.

Se o aglomerado urbano Cuiabá - Várzea Grande pode ser considerado como relativamente bem servido por redes de abastecimento de água, o mesmo não se pode dizer da maioria dos municípios que se localizam na mesma região.

À exceção de Jangada, todos os demais municípios da região apresentavam médias de domicílios com abastecimento adequado de água inferiores à estadual.

O abastecimento de água em Nossa Senhora do Livramento mostrava-se, em 1991, particularmente precário: apenas 33,9 % de seus domicílios apresentavam condições adequadas de abastecimento. A baixa cobertura por redes de abastecimento levava a que boa parte dos domicílios de Nossa Senhora do Livramento tivesse que recorrer a outras formas de abastecimento, representadas por caminhões - pipa, caçambas etc., isso significando acesso a uma distribuição irregular e a poucas quantidades de água, além de problemas de toda a ordem, relativos ao seu transporte e acondicionamento.

Nem mesmo Chapada dos Guimarães, cuja expansão urbana vem sendo determinada pelo turismo, apresentava um quadro sanitário melhor. Entre seus domicílios, em 1991, 78,7% dispunham de abastecimento adequado de água.

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QUADRO 004 ABASTECIMENTO ADEQUADO DE ÁGUA - 1991

MUNICÍPIO UF ABASTECIMENTO ADEQUADO DE ÁGUA 1991 REGIÃO IV Jangada MT 88,4 Cuiabá MT 81,3 Chapada dos Guimarães MT 78,7 Rosário Oeste MT 63,8 Várzea Grande MT 63,7 MT 55,4 MT 53,0 Nossa Senhora do Livramento MT 33,9 Brasil BR 83,9 Mato Grosso MT 83,3 FONTE: PNUD/IPEA/FJP - Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil,1998

REGIÃO V

Destacam-se, pelos índices de domicílios com abastecimento adequado de água superiores e/ou iguais à média do Estado, os municípios de Itiquira (96,0%) e Campo Verde (83,3%). À exceção de Alto Taquari, Campo Verde e São José do Povo, os sistemas de abastecimento de água dos demais municípios são operados pela SANEMAT.

O sistema de abastecimento de água do município de Itiquira tem cerca de 969 ligações cobrindo 99% dos domicílios da área urbana. A água é tratada com hipoclorito para sua desinfecção. A captação é feita através de poço semi-artesiano de 70 metros de profundidade. Os domicílios que não possuem rede são abastecidos através de poços comuns e rios e nascentes, sem nenhum tipo de tratamento.

Os altos índices de atendimento do município podem ser causados pela presença na área do município de um empreendimento agrícola particular pertencente ao Grupo Eduardo Michelin, com cerca de 10.000 ha de seringueiras. Nesta área estão localizadas 3 vilas que possuem rede de abastecimento de água, além de hospital, escola, banco, delegacia de polícia, etc. Neste local são atendidas cerca de 7.000 pessoas.

Dos municípios da região, seis deles apresentavam, em 1991, índices acima de 70% de abastecimento de água adequado: Rondonópolis (79,9%), (78,4%), (75,2%), (74,5%), (70,7%) e (70,3%).

Em 1997, o município de Rondonópolis possuía sistema de abastecimento de água tratado e administrado pela SANEMAT e pelo DAE (gestão compartilhada), que abrangia cerca de 100% da cidade, num total de 35.914 ligações. Deste total, 22.451 eram ligações com hidrômetro e 13.463 sem hidrômetro. A água distribuída é tratada de forma convencional e desinfetada com cloro. O município contava com dois sistemas de captação no Rio Vermelho e mais 3 poços artesianos. Os distritos de Boa Vista, Paulista, Galiléia e Globo Recreio possuíam rede de abastecimento de água, que atendia a 200, 119 e 191 domicílios, respectivamente. Não foi obtida informação sobre o último distrito. Os domicílios dos aglomerados urbanos que não possuíam rede utilizavam água de poços comuns e profundos. Durante a época da seca – agosto a fevereiro – ocorre racionamento, devido à falta de reservatório de água e à deterioração da rede de abastecimento.

A constante falta de energia elétrica contribuía para o racionamento de água no município de Primavera do Leste. Em 1997, o sistema de abastecimento de água era tratado e administrado pela SANEMAT, abrangendo cerca de 90% da cidade, com 2.970 ligações. A água distribuída era desinfetada com cloro. O município contava com um sistema misto de

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captação em rio, sem denominação, e em poços artesianos. Os domicílios que não possuíam rede utilizavam água de poços comuns e semi-artesianos.

O município de Jaciara possuía sistema de abastecimento de água tratado e administrado pela SANEMAT, que abrangia cerca de 95% da cidade, com um total de 5.570 ligações. A água distribuída era tratada e desinfetada com cloro. O município contava,em 1997, com dois sistemas de captação no Córrego Cachoeirinha e mais 3 poços artesianos.

O distrito de Selma contava com rede de água para abastecimento de 80 domicílios (100%). Os domicílios dos aglomerados urbanos que não possuiam rede utilizavam-se da água de poços comuns.

Jaciara, por ocasião da pesquisa de campo, não possuía rede de coleta de esgotos, sendo os resíduos lançados nas galerias de águas pluviais e posteriormente no Rio São Lourenço.

O município de Alto Araguaia tem o sistema de abastecimento de água tratado e administrado pela SANEMAT, que abrangia, em 1997, cerca de 100% da cidade, com 2.530 ligações. A água distribuída era tratada e desinfetada com cloro e a captação, feita no Córrego da Gordura.

O distrito de Buriti e o aglomerado urbano de Colônia Ariranha possuíam redes de água que abasteciam cerca de 100 domicílios (100%) e 20 domicílios (100%), respectivamente. Os domicílios dos aglomerados urbanos que não possuíam rede utilizavam água de poço comum.

Os municípios com pior desempenho dentro da região, quanto ao indicador de abastecimento de água adequado, em 1991, eram: (47%), (35%), Novo São Joaquim (34,5%), e General Carneiro (33%). Todos os demais municípios apresentavam percentuais variando entre 53% e 65%.

O município de São Pedro da Cipa, criado após 1991, possuía sistema de abastecimento de água tratado e administrado pela SANEMAT, abrangendo cerca de 90% da cidade, num total de 611 ligações.

Por ocasião da realização da pesquisa de campo, em 1997, a água distribuída estava sendo desinfetada com cloro, pois a estação compacta de tratamento estava desativada. O município contava com sistema de captação em poço artesiano. Os domicílios dos aglomerados urbanos que não possuíam rede, utilizavam água de poço comum.

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QUADRO 005 ABASTECIMENTO ADEQUADO DE ÁGUA - 1991

ABASTECIMENTO ADEQUADO DE ÁGUA MUNICÍPIO UF 1991 REGIÃO V Itiquira MT 96,0 Campo Verde MT 83,3 Rondonópolis MT 79,9 Primavera do Leste MT 78,4 Pedra Preta MT 75,2 Jaciara MT 74,5 Guiratinga MT 70,7 Alto Araguaia MT 70,3 Alto Garças MT 65,3 Alto Taquari MT 63,7 MT 62,0 Poxoréo MT 53,0 Dom Aquino MT 47,0 Tesouro MT 35,0 Novo São Joaquim MT 34,5 General Carneiro MT 33,0 Brasil BR 83,9 Mato Grosso MT 83,3 FONTE: PNUD/IPEA/FJP - Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil,1998

REGIÃO VI

Os dois municípios desta região, embora possuam sistema de abastecimento, apresentavam índices de atendimento adequado de água, em 1991, extremamente baixos, podendo-se considerá-los entre os piores do Estado.

O município de apresentava percentual de abastecimento de 44,9% e , de 36,1%.

Além do pequeno número de domicílios servidos por rede de água, o município de Cocalinho convive com uma rede em estado bastante precário, causado pela falta de manutenção dos equipamentos.

O município possuía, em 1997, o sistema de abastecimento de água tratada administrado pela SANEMAT, que abrangia cerca de 26% da cidade, num total de 410 ligações. A água distribuída não era tratada.

O município contava com sistema de captação em dois poços artesianos. Os domicílios dos aglomerados urbanos que não possuíam rede utilizavam água de poço comum.

QUADRO 006 ABASTECIMENTO ADEQUADO DE ÁGUA - 1991

MUNICÍPIO UF ABASTECIMENTO ADEQUADO DE ÁGUA 1991 REGIÃO VI Araguaiana MT 44,9 Cocalinho MT 36,1 Brasil BR 83,9 Mato Grosso MT 83,3 FONTE: PNUD/IPEA/FJP - Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil,1998

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REGIÃO VII

À exceção de Planalto da Serra, Pontal do Araguaia e Gaúcha do Norte, criados após 1996, todos os demais municípios da região têm seu sistema de saneamento operado pela SANEMAT.

O município de Gaúcha do Norte possuía, em 1997, seu sistema de abastecimento de água tratado e administrado por Serviço Municipal, o qual abrangia cerca de 100% dos domicílios da sede urbana, com um total de 200 ligações. Apesar da cobertura, a operação do sistema era precária e a água distribuída não era tratada.

O município contava com sistema de captação em poço artesiano. Os domicílios dos aglomerados urbanos que não possuíam rede utilizavam-se da água de poços comuns, poço artesiano e fontes naturais.

O município de Barra do Garças é o único nesta região que apresenta média de domicílios com abastecimento adequado de água superior à média estadual. Em 1997, contava com um total de 16.000 ligações, cerca de 100% da área urbana do município. A água distribuída era tratada de forma convencional e desinfetada com cloro. A ETA em operação possuía capacidade para 150l/s. A captação do sistema era realizada no Rio das Garças. Os domicílios dos aglomerados urbanos que não possuíam rede, utilizavam água de cisternas ou minas.

Os distritos de Voadeira e Vale dos Sonhos possuíam redes de abastecimento de água operadas pela Prefeitura Municipal - em conjunto com a SANEMAT -, atendendo a 30 domicílios (100%) e 250 domicílios (80%), respectivamente.

Os demais municípios da região, apesar de possuírem rede de abastecimento de água, em sua maioria apresentavam, em 1991, percentuais de domicílios com abastecimento adequado de água abaixo de 65%, exceção feita aos municípios de Canarana (79,6%) e (76,1%).

Detectou-se através de pesquisa de campo realizada em 1997, que um dos principais problemas no abastecimento da cidade de Canarana era o racionamento de água, causado pela baixa vazão da nascente do rio onde era realizada a captação.

O município possuía seu sistema de abastecimento de água tratado e administrado pela SANEMAT, cujos serviços cobriam cerca de 75% da cidade, através de 1.521 ligações. A água distribuída não era tratada.

Os domicílios dos aglomerados urbanos que não possuíam rede utilizavam água de poço comum e de caminhão pipa.

O município de Nova Brasilândia apresentava, em 1991, a menor média de domicílios com abastecimento adequado de água da região (33,1%).

Através da pesquisa de campo realizada em 1997, pôde-se constatar que a sede urbana do município de Nova Brasilândia possuía seu sistema de abastecimento de água tratada administrado pela SANEMAT, que abrangia cerca de 99% da cidade, num total de 1.050 ligações.

A água distribuída era desinfetada com cloro. O município contava com sistema de captação em quatro poços.

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O distrito de Peresópolis possuía rede de água que abastecia 40 domicílios (80%). Este abastecimento era realizado pela Prefeitura e a água distribuída era captada em 4 poços comuns.

Os domicílios dos aglomerados urbanos que não possuíam rede utilizavam água de poços comuns e fontes naturais. Estava sendo implantada uma nova captação no Rio Caiana, para atendimento de 1.400 domicílios.

O município de , que em 1991 apresentava percentual de 46,7% de domicílios com condição adequada de abastecimento de água, contava, em 1997, com 3.100 domicílios ligados em sua sede urbana, cerca de 80% do total de domicílios. O sistema de abastecimento de água era administrado pela SANEMAT.

A água distribuída era desinfetada com cloro. O município contava com dois sistemas de captação no rio Corgão e um poço artesiano.

O distrito de Salto da Alegria possuía rede de água que abastecia 30 domicílios (100%). A água distribuída era captada em poço semi-artesiano.

Os domicílios dos aglomerados urbanos que não possuíam rede de abastecimento geral utilizavam-se da água de poços comuns. De uma maneira geral, a interligação de redes na cidade é bastante precária, principalmente no bairro União. A FNS realiza campanhas de esclarecimento quanto aos riscos do consumo de água não tratada e distribui pastilhas de cloro à população.

QUADRO 007 ABASTECIMENTO ADEQUADO DE ÁGUA - 1991 ABASTECIMENTO ADEQUADO DE ÁGUA MUNICÍPIO UF 1991 REGIÃO VII Barra do Garças MT 83,8 Canarana MT 79,6 Nova Xavantina MT 76,1 Água Boa MT 62,3 Torixoréu MT 61,2 MT 48,1 Paranatinga MT 46,7 MT 42,6 Campinápolis MT 42,6 Nova Brasilândia MT 34,3 Brasil BR 83,9 Mato Grosso MT 83,3 FONTE: PNUD/IPEA/FJP - Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil,1998

REGIÃO VIII

Todos os municípios desta região, em 1991, possuíam rede de abastecimento de água.

À exceção de Lambari d’ Oeste, os demais municípios da região, em 1997, tinham seus sistemas de saneamento básico administrados e operados pela SANEMAT.

Lambari D’Oeste, em 1997, tinha seu sistema de abastecimento de água tratada administrado pelo SAAE - Serviço Autônomo de Água e Esgotos -, que cobria cerca de 100% dos domicílios da área urbana, perfazendo 450 ligações. A água distribuída não era tratada.

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O município contava com sistema de captação em poço artesiano. O distrito de Pingadouro possuía rede de água que abastecia 130 domicílios (80%), que estava inoperante por ocasião da pesquisa de campo por falta de bombas. Os domicílios dos aglomerados urbanos que não possuíam rede utilizavam água de poços comuns e fontes naturais.

Todos os municípios desta região apresentavam, em 1991, índices de domicílios com abastecimento adequado de água abaixo da média do Estado, sendo que o município de era o que apresentava o maior índice da região (79,8%) e Porto Esperidião, o pior (33,1%).

O município de Araputanga tem o sistema de abastecimento de água tratada administrado pela SANEMAT, abrangendo cerca de 80% da cidade, num total de 1.890 ligações. A água distribuída é tratada de modo convencional e desinfetada com cloro. O município contava com dois sistemas de captação no rio das Pitas e com 5 poços artesianos.

Os distritos de Cachoeirinha e Farinópolis possuíam redes de água que abasteciam, respectivamente, 40 (25%) e 90 (44%) domicílios. Os domicílios dos aglomerados urbanos que não possuíam rede utilizavam água de poços comuns e artesianos.

O aumento da demanda de água e a diminuição da produção na estiagem – agosto a setembro – contribui para o racionamento.

Os demais municípios apresentavam percentuais de domicílios com abastecimento adequado de água, inferiores a 67%, em 1991.

Segundo informações obtidas através da pesquisa de campo, o município de Mirassol D’oeste tinha, em 1997, um sistema de abastecimento de água tratado e administrado pela SANEMAT, que abrangia cerca de 91% da cidade, com um total de 2.150 ligações. A água distribuída era tratada da forma convencional, desinfetada com cloro e fluoretada. O município contava com dois sistemas de captação no Rio Carnaíba.

O distrito Sonho Azul possuía rede de água que abastecia 1.200 domicílios (48%), com captação em poço artesiano. Os domicílios dos aglomerados urbanos que não possuíam rede utilizavam água de poço comum e bica coletiva. Ocorre racionamento de água na época da seca, ocasionado pela diminuição da vazão entre os meses de agosto a novembro.

O município de Reserva do Cabaçal, em 1997, tinha seu sistema de abastecimento de água tratado e administrado pela SANEMAT, que abrangia 85% da cidade, cerca de 342 ligações ativas. Os demais 15% dos domicílios utilizavam água de poços comuns e captação em rios e córregos. A água distribuída por rede era desinfetada por cloro. Já para os domicílios que não eram abastecidos por rede domiciliar era feita, quando solicitada, a distribuição de pó de cloro pela SANEMAT.

O município previa, para o ano de 1998, a execução de 400m de rede de água para o atendimento de 11 domicílios, financiados pela SANEMAT.

O município de Salto do Céu tinha seu sistema de abastecimento de água tratado e administrado pela SANEMAT, que abrangia 90% da cidade, cerca de 600 ligações. Os demais 10% dos domicílios utilizavam água de poços, córregos e rios. A água distribuída por rede possuía tratamento do tipo convencional (floculação, decantação e filtração) e desinfecção por cloro. A água distribuída por rede pública é captada no Rio Branco, que pode sofrer contaminação pelo matadouro localizado a montante da captação.

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QUADRO 008 ABASTECIMENTO ADEQUADO DE ÁGUA - 1991

MUNICÍPIO UF ABASTECIMENTO ADEQUADO DE ÁGUA 1991

REGIÃO VIII Araputanga MT 79,8 Rio Branco MT 66,7 Figueirópolis D'Oeste MT 65,5 São José dos Quatro Marcos MT 63,4 MT 60,3 Reserva do Cabaçal MT 60,0 Salto do Céu MT 57,2 Mirassol d'Oeste MT 54,7 Indiavaí MT 42,1 Porto Esperidião MT 33,1 Brasil BR 83,9 Mato Grosso MT 83,3 FONTE: PNUD/IPEA/FJP - Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil,1998

REGIÃO IX

Entre os municípios da Região, nem mesmo Cáceres, cuja população urbana já era das maiores do Estado em 1991, apresentava condições satisfatórias em termos de saneamento básico. Naquele ano, as condições adequadas de abastecimento estendiam-se a 55,7% dos domicílios do município, altamente concentrados na sede municipal. A cobertura, nos demais Distritos, era insignificante.

Apenas 16,4% dos domicílios do município contavam com condições adequadas de esgoto, sendo que a maioria utilizava - se de fossa rudimentar.

Detectou-se através de pesquisa de campo realizada no ano de 1997 que o município de Cáceres tinha seu sistema de abastecimento de água tratado e administrado pela SANEMAT, abrangendo cerca de 98% dos domicílios da sede urbana, com 13.000 ligações. Os demais 2% dos domicílios utilizavam-se da água de poços comuns.

A água distribuída por rede possuía tratamento de tipo convencional (floculação, decantação e filtração) e era desinfetada por cloro.

A água distribuída por rede pública era captada no Rio Paraguai e em 5 poços. Nos meses de seca - entre agosto e novembro -, ocorria racionamento de água somente na região de Padre Paulo, onde o poço existente não tinha capacidade para o suprimento de 1.895 ligações.

A montante da captação está localizado o Cento Velho da cidade, o que pode vir a causar degradação da qualidade da água.

Os distritos de Vila Aparecida e Curvelândia possuíam rede de abastecimento de água operada pela Prefeitura, em conjunto com a comunidade. O número de ligações era de 250 domicílios (84%) e 600 domicílios (100%), respectivamente.

Em Poconé, em 1991, 38,1% dos domicílios dispunham de canalização interna ligada à rede geral. A rede geral atendia exclusivamente à sede municipal. Sem rede de esgotos em 1991, 93,7% dos domicílios do município utilizavam-se de fossa rudimentar. O município continuava sem rede de esgotos.

Em Santo Antônio do Leverger , apenas a sede urbana conta com rede de abastecimento de água. Em 1991, a participação de domicílios com condição adequada de

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abastecimento correspondia a 55,5% do total. Grande parte da população de Santo Antônio do Leverger recorria a outras formas de abastecimento, representadas por caminhões - pipa, caçambas etc., isso significando acesso a uma distribuição irregular e a poucas quantidades de água, além de problemas de toda a ordem, relativos ao seu transporte e acondicionamento. O município não contava com rede de esgotos.

Barão de Melgaço encontra-se numa das piores situações entre os municípios do Estado, em termos de saneamento básico. Em 1991 não possuía rede coletora de esgotos e onde apenas 29,8% de seus domicílios contavam com condições adequadas de abastecimento de água, sendo alta a participação daqueles que se abasteciam de outras formas que não rede, poço ou nascente (26,3%).

O município de Barão de Melgaço, em 1997, tinha seu sistema de abastecimento de água tratado e administrado pela SANEMAT, que abrangia 95% dos domicílios da área urbana , com cerca de 650 ligações. Os demais 5% dos domicílios faziam uso da água de poços, rios e córregos.

A água distribuída por rede possuía tratamento do tipo convencional (floculação, decantação e filtração). A água distribuída por rede pública era captada no Rio Cuiabá. Nos meses de seca - entre agosto e setembro -, ocorre racionamento de água em Joselândia, porque o poço não produz água suficiente para o abastecimento. Os distritos de Joselândia e Mucambo possuíam redes de abastecimento de água operadas pela Prefeitura.

QUADRO 009 ABASTECIMENTO ADEQUADO DE ÁGUA - 1991

MUNICÍPIO UF ABASTECIMENTO ADEQUADO DE ÁGUA 1991

REGIÃO IX Cáceres MT 55,7 Santo Antônio do Leverger MT 55,5 Poconé MT 38,1 Barão de Melgaço MT 29,8 Brasil BR 83,9 Mato Grosso MT 83,3 FONTE: PNUD/IPEA/FJP - Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil,1998

REGIÃO X

Excetuando-se o município de , os demais municípios da região são operados pela SANEMAT e já possuíam rede de abastecimento de água em 1991.

Os municípios de (64,9%) e Vila Bela da Santíssima Trindade (31,7%) apresentavam, em 1991, índice de domicílios com abastecimento adequado de água inferiores a do Estado.

Detectou-se, através de pesquisa de campo, que a sede urbana do município de Pontes e Lacerda possuía cerca de 100% dos domicílios servidos por rede de água, com 5.800 ligações. A água distribuída por rede era desinfetada por cloro.

Era realizada uma campanha específica com relação a cuidados com a água para consumo humano. Entretanto, essa campanha visava principalmente o combate à dengue.

A água distribuída por rede pública era captada no Rio Guaporé e em poço artesiano. Nos meses de seca, ocorre racionamento de água, porque o volume de água captado atende somente 50% da demanda.

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O distrito de São Domingos possui rede de abastecimento de água operada pela Prefeitura. Nesse local, são 1.000 domicílios (40%) ligados à rede.

O município de Vila Bela possuía rede de abastecimento da água, que abrangia 100% dos domicílios localizados na área urbana do município, com cerca de 600 ligações. A água distribuída por rede era tratada com filtração e desinfetada por cloro.

A captação era realizada no Rio Guaporé e em dois poços artesianos, que podem ter a qualidade de sua água comprometida pela localização do Bairro Beira Rio, a montante da captação.

QUADRO 010 ABASTECIMENTO ADEQUADO DE ÁGUA - 1991

MUNICÍPIO UF ABASTECIMENTO ADEQUADO DE ÁGUA 1991

REGIÃO X Pontes e Lacerda MT 64,9 Vila Bela da Santíssima Trindade MT 31,7 Brasil BR 83,9 Mato Grosso MT 83,3 FONTE: PNUD/IPEA/FJP - Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil,1998

REGIÃO XI

Todos os municípios pertencentes a esta região possuíam, em 1997, seu sistema de saneamento básico administrado e operado pela SANEMAT.

Excetuando-se o município de Denise (83,5%), todos os demais municípios apresentavam, em 1991, índices de atendimento adequado de água abaixo da média do Estado.

O município de tem seu sistema de abastecimento de água tratado e administrado pela SANEMAT, que abrange 75% da cidade, com cerca de 53.000 ligações. A água distribuída por rede é tratada de forma convencional e desinfetada com cloro. É realizada pela Secretaria Municipal de Saúde uma campanha específica com relação aos cuidados com a água para consumo humano. A água distribuída por rede pública é captada no Rio Bugres. Os distritos de Assari e Novo Fernandópolis possuem rede de abastecimento de água operada pela Prefeitura. Nessas localidades, são 1.000 domicílios (35%) e 150 domicílios (16%), respectivamente, ligados à rede.

Segundo informações prestadas durante a pesquisa, o município possui rede de 1.900 metros de extensão.

O município de (33,5%) é o que apresentava, em 1991, o menor índice de domicílios adequadamente abastecidos.

O município de Alto Paraguai, em 1997, tinha o sistema de abastecimento de água tratada administrado pela SANEMAT, que abrangia cerca de 70% da cidade, num total de 2.270 ligações. A água distribuída era tratada de forma convencional e ainda desinfetada com cloro e fluoretada. A captação de água era feita no Rio Paraguai. A montante da captação, localizam-se inúmeras fazendas, que podem comprometer a qualidade da água, com a utilização de produtos tóxicos como inseticidas e fertilizantes.

Os distritos de Capão Verde e Currupira possuem rede de água que abastece cerca de 120 domicílios (20%) e 55 domicílios (46%), respectivamente. A captação é feita em poço

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semi-artesiano. Os domicílios dos aglomerados urbanos que não possuem rede utilizam água de poços comuns e profundos e fontes naturais. No município não é realizada nenhuma campanha de esclarecimento para os cuidados com a água para consumo humano.

O município de tem o sistema de abastecimento de água tratado e administrado pela SANEMAT, que abrange cerca de 45% da cidade, num total de 332 ligações, das quais somente 180 estavam ativas em 1997. A água distribuída é tratada e desinfetada com cloro e o sistema de captação possui dois poços que aparentemente atendem à demanda.

O município distribui hipoclorito de sódio em solução para ser adicionado à água para consumo humano e inseticida organo-fosforado para ser colocado no poço, com o intuito de diminuir a ocorrência de mosquitos, principalmente da dengue em águas paradas. É feita ainda uma campanha de esclarecimento à população, pela Secretaria da Saúde.

O aglomerado de Gleba União possui rede de água que abastece cerca de 60 domicílios (100%). Os domicílios dos aglomerados urbanos que não possuem rede utilizam água de poço comum.

QUADRO 011 ABASTECIMENTO ADEQUADO DE ÁGUA - 1991

MUNICÍPIO UF ABASTECIMENTO ADEQUADO DE ÁGUA 1991

REGIÃO XI Denise MT 83,5 Arenápolis MT 62,3 Barra do Bugres MT 44,2 Nova Olímpia MT 37,8 Alto Paraguai MT 33,5 Brasil BR 83,9 Mato Grosso MT 83,3 FONTE: PNUD/IPEA/FJP - Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil,1998

REGIÃO XII

Excetuando-se os municípios de Canabrava do Norte e Confresa, todos os demais têm seu sistema de saneamento básico operado e administrado pela SANEMAT.

Esta região é a que apresentava, em 1991, os piores índices de domicílios com abastecimento adequado de água, muito abaixo do índice estadual, sendo que o município de colocava-se como o pior do Estado com 8,3%.

Já em 1997, segundo informações obtidas durante a pesquisa de campo, o município de Porto Alegre do Norte tinha seu sistema de abastecimento de água tratado e administrado pela SANEMAT, que abrangia 80% da cidade, através de 1.412 ligações. Os demais 20% dos domicílios utilizavam água de poços. A água distribuída por rede possuía tratamento de tipo convencional (floculação, decantação e filtração), sendo desinfetada com cloro. A água distribuída por rede pública é captada no Rio Tapirapé.

A situação detectada nos municípios de Santa Terezinha e Confresa, através de pesquisa de campo realizada em 1997, não difere muito dos indicadores apontados em 1991, principalmente no que se refere ao município de Confresa, que em 1997 não possuía rede de distribução de água.

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O município de Santa Terezinha tem seu sistema de abastecimento de água tratado e administrado pela SANEMAT, que abrange 80% da cidade, através de cerca de 1.000 ligações. Os demais 20% dos domicílios utilizam água de poços e captação em rios e nascentes. A água distribuída por rede pública possui tratamento do tipo convencional (floculação, decantação e filtração) e é desinfetada com cloro, sendo captada em dois poços semi-artesianos Já para os domicílios que não são abastecidos por rede domiciliar, é feita a distribuição de pastilhas de cloro pelo Posto de Saúde, embora não seja realizada nenhuma campanha específica com relação a cuidados com a água para consumo humano.

A água distribuída por rede pública é captada em poço. Nos meses de seca, entre agosto e outubro, ocorre racionamento de água.

O município de Confresa não possui redes de abastecimento de água e de coleta de esgoto sanitário. O abastecimento da população se dá por meio de poços comuns. A Secretaria Municipal de Saúde faz a distribuição de pastilhas de cloro e campanhas alertando sobre a importância da desinfecção da água para consumo humano.

QUADRO 012 ABASTECIMENTO ADEQUADO DE ÁGUA - 1991

MUNICÍPIO UF ABASTECIMENTO ADEQUADO DE ÁGUA 1991

REGIÃO XII Vila Rica MT 46,2 Santa Terezinha MT 26,2 Porto Alegre do Norte MT 8,3 Brasil BR 83,9 Mato Grosso MT 83,3 FONTE: PNUD/IPEA/FJP - Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil,1998

REGIÃO XIII

Todos os municípios da região apresentavam, em 1991, índices abaixo da média estadual em relação aos domicílios com abastecimento adequado de água.

Dos seis municípios integrantes da Região, três deles foram criados após 1991: Alto da Boa Vista, Querência do Norte e São José do Xingu.

O município de São José do Xingú tem seu sistema de abastecimento de água tratado e administrado pela SANEMAT, que abrange 20% da cidade, através de cerca de 600 ligações. Os demais 80% dos domicílios utilizam água de poços comuns. A água distribuída por rede pública não possui tratamento. Já para os domicílios que não são abastecidos por rede domiciliar é feita a distribuição de pastilhas de cloro pelo Posto de Saúde, que realiza campanha específica com relação a cuidados com a água para consumo humano. A água distribuída por rede pública é captada em poço semi-artesiano. O distrito Santa Cruz possui rede de abastecimento de água para cerca de 100 domicílios (66% do total), operada pela Prefeitura Municipal.

O principal problema do município, no que tange à infra-estrutura é, além da inexistência de rede de esgotos, a precariedade do sistema de abastecimento de água - que não atende a toda população - e funciona com equipamentos extremamente deteriorados. No município não é feita a cobrança de tarifa de água.

Excetuando-se os municípios de Ribeirão Cascalheira , São Félix do Araguaia e Luciara, que têm seus sistemas de saneamento básico operados e administrados pela SANEMAT, os demais são operados pela Prefeitura.

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O município de Ribeirão Cascalheira tem seu sistema de abastecimento de água tratado e administrado pela SANEMAT, que abrange 80% da cidade, através de cerca de 1.200 ligações. Os demais 20% dos domicílios utilizam água de poços e córregos. A água distribuída por rede possui tratamento de tipo convencional (floculação, decantação e filtração) e é desinfetada por cloro. Já para os domicílios que não são abastecidos por rede domiciliar, é feita distribuição de pastilhas de cloro pelo SANEMAT - quando solicitada -, sendo ainda realizada pela Secretaria Municipal de Saúde uma campanha específica com relação a cuidados com a água para consumo humano. A água distribuída por rede pública é captada em uma Represa que recebe água do Córrego das Margaridas, sendo insuficiente para o atendimento da demanda e sofrendo racionamento entre os meses de agosto a outubro. O distrito de Novo Paraíso possui rede de água inoperante, já que o poço artesiano que deveria fazer o abastecimento secou. Em conseqüência, são 30 os domicílios que não recebem água tratada neste local.

O município de São Félix do Araguaia tem seu sistema de abastecimento de água tratado e administrado pela SANEMAT, que abrange 90% da cidade, através de 1.480 ligações. Os demais 10% dos domicílios utilizam água de poços e minas. A água distribuída por rede pública não possui tratamento. Já para os domicílios que não são abastecidos por rede domiciliar é feita distribuição de pastilhas de cloro pela SANEMAT, quando solicitada. A água distribuída por rede pública é captada no Rio Araguaia. A montante da captação localiza- se o Bairro Morro do Mosquito, que pode comprometer a qualidade da água para consumo humano.

O distrito de São Sebastião possui rede de abastecimento de água operada pela Prefeitura. Nesta localidade, são 53 domicílios (100%) ligados à rede.

QUADRO 013 ABASTECIMENTO ADEQUADO DE ÁGUA - 1991

MUNICÍPIO UF ABASTECIMENTO ADEQUADO DE ÁGUA 1991

REGIÃO XIII São Félix do Araguaia MT 61,0 Ribeirão Cascalheira MT 44,3 Luciára MT 35,2 Brasil BR 83,9 Mato Grosso MT 83,3 FONTE: PNUD/IPEA/FJP - Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil,1998

3.1.3. Coleta e Destino do Esgoto

Enquanto o abastecimento de água pode ser considerado satisfatório em pelo menos uma região do Estado, o mesmo não ocorre com o esgotamento sanitário. Neste aspecto, a situação é bastante crítica. Apesar disso, o Estado como um todo apresentava média igual a 69,1% quanto aos domicílios que podiam ser considerados com condição adequada3 de esgotos em 1991, superior à média do país, que era de 58,9% no mesmo ano.

REGIÃO I

Sem dúvida esta, como outras regiões do Estado, apresenta índices inaceitáveis quanto aos domicílios que possuem instalações adequadas de esgoto.

3 Domicílios com instalação adequada de esgoto: com instalações sanitárias não compartilhadas com outro domicílio e com escoamento através de fossa séptica ou rede geral de esgoto.

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A melhor performance neste aspecto é a do município de Juina (36,3%), e, a pior, a do município de Guarantã do Norte (0,1%). Em 1991, os municípios de Castanheira e Peixoto de Azevedo não possuíam domicílios com instalações adequadas de esgoto.

Se em 1991 eram estas as condições de esgotamento sanitário, não se pode considerar que houve grande avanço, já que a SANEMAT informa que, em 1997, nenhum dos municípios da região por ela operados possuíam rede de esgotamento sanitário e, como conseqüência, qualquer tipo de tratamento para as águas residuais.

Segundo informações prestadas durante a pesquisa realizada em 1997, o município de Alta Floresta possuía rede de coleta de esgoto, embora o entrevistado não soubesse responder qual o percentual de ligações existentes. Segundo esta fonte, existiam na sede urbana cerca de 15.600m de rede inativa. Havia, ainda, previsão de ampliação de lagoas de estabilização para o tratamento do esgoto.

O município de não possuía, em 1997, rede de coleta de esgoto, não existindo nenhum projeto ou plano previsto para sua implantação.

O município de Castanheira não possuía rede de coleta de esgotos, mas tinha verba aprovada para projetos de implantação dessas redes. Esses projetos, com verba da FNS, previam a implantação de 6Km de rede de esgotos, englobando 800 domicílios (cerca de 25% da cidade), com verba da SUDAM, através de convênio entre a Prefeitura Municipal e o Governo Federal.

Os demais municípios de Cotriguaçu Juína, Juruena e Peixoto de Azevedo, pesquisados em 97, não possuíam rede de esgoto e o escoamento das águas servidas era feito individualmente em fossas comuns e/ou de infiltração, sem nenhum tratamento adicional.

Os dados secundários da SANEMAT informam que, nos demais municípios desta região, a situação é idêntica.

QUADRO 014 INSTALAÇÕES ADEQUADAS DE ESGOTO - 1991

MUNICÍPIO UF INSTALAÇÕES ADEQUADAS DE ESGOTO 1991

REGIÃO I Juína MT 36,3 Nova Canãa do Norte MT 12,7 Apiacás MT 11,7 Paranaíta MT 11,2 Juruena MT 2,3 Alta Floresta MT 0,6 Terra Nova do Norte MT 0,6 Colíder MT 0,3 Matupá MT 0,3 Aripuanã MT 0,2 Guarantã do Norte MT 0,1 Castanheira MT Peixoto de Azevedo MT Brasil BR 58,9 Mato Grosso MT 69,1 FONTE: PNUD/IPEA/FJP - Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil,1998

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REGIÃO II

Os municípios de Vera, Brasnorte, Novo Horizonte do Norte e Porto dos Gaúcho não apresentavam, em 1991, domicílios com instalações adequadas de esgoto.

Os demais municípios apresentavam índices abaixo dos do Estado , sendo que o município que apresentava o mellhor índice era Itaúba, com 13,3% , seguido de Cláudia, com 6,7%, Juara, com 1,4%, Sinop, com 0,9% e Marcelândia com 0,4%.

Os municípios de Juara, Novo Horizonte, Santa Carmem, Sinop e Vera, por ocasião da pesquisa de campo realizada em 1997, não possuíam rede de esgoto na sede urbana e o escoamento das águas servidas era feito individualmente em fossas comuns, fossa negra e ou de infiltração, sem nenhum tratamento adicional.

O município de Santa Carmem, na época da pesquisa, possuía um projeto para implantação de rede de coleta de esgotos na Av. Principal, ainda em fase de planejamento.

Os demais municípios operados pela SANEMAT também não possuíam rede de esgotos em 1997.

QUADRO 015 INSTALAÇÕES ADEQUADAS DE ESGOTO - 1991

MUNICÍPIO UF INSTALAÇÕES ADEQUADAS DE ESGOTO 1991

REGIÃO II Vera MT Itaúba MT 13,3 Cláudia MT 6,7 Juara MT 1,4 Sinop MT 0,9 Marcelândia MT 0,4 Brasnorte MT Novo Horizonte do Norte MT Porto dos Gaúchos MT Brasil BR 58,9 Mato Grosso MT 69,1 FONTE: PNUD/IPEA/FJP - Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil,1998

REGIÃO III

Apesar desta região apresentar índices aceitáveis no que concerne a abastecimento de água, o número de domicílios com instalações adequadas de esgoto não difere das outras regiões, apresentado percentuais abaixo da média do Estado.

Detectou-se, através de pesquisa de campo realizada em 1997, que as sedes urbanas dos municípios de Campos de Júlio e Sorriso não contavam com redes de coleta de esgotos, sendo os resíduos lançados na sua maioria em fossas comuns. Já os municípios de Diamantino, Nortelândia e Tangará da Serra, possuíam parte dos domicílios ligados à rede pública.

Diamantino possuía rede de coleta de esgotos operada pela Prefeitura Municipal, com cerca de 180 ligações (cerca de 1% dos domicílios), sendo o esgoto lançado no Rio Diamantino.

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Nortelândia possuía rede de coleta de esgotos, com cerca de 500 ligações (60% dos domicílios). O esgoto não sofria tratamento, sendo lançado no Rio Santana, acima do ponto de captação de água.

Tangará da Serra possuía cerca de 19 Km de rede que nunca foi operada. Por ocasião da pesquisa, existiam dois projetos com início de obras previsto para 1998: o primeiro, para ampliação de 42 Km de rede de esgotos, para atender cerca de 5.400 domicílios e, o segundo, para a implantação de uma estação de tratamento.

QUADRO 016 INSTALAÇÕES ADEQUADAS DE ESGOTO - 1991

MUNICÍPIO UF INSTALAÇÕES ADEQUADAS DE ESGOTO 1991

REGIÃO III Nortelândia MT 27,9 Tangará da Serra MT 7,5 Sorriso MT 5,8 São José do Rio Claro MT 2,4 Comodoro MT 1,3 Campo Novo do Parecis MT 0,9 Lucas do Rio Verde MT 0,9 Tapurah MT 0,7 Diamantino MT 0,1 Nova Mutum MT Brasil BR 58,9 Mato Grosso MT 69,1 FONTE: PNUD/IPEA/FJP - Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil,1998

REGIÃO IV

O município de Cuiabá apresentava, no ano de 1991, 64,0% de seus domicílios com instalações adequadas de esgoto e, embora abaixo da média do Estado, estava entre os três municípios com maior percentual de atendimento.

Apenas Cuiabá e Várzea Grande dispõem de rede geral de coleta de águas residuais. Esses municípios possuem um Sistema Integrado de Esgoto, com uma Estação de Tratamento de Esgotos - ETE localizada na margem esquerda do Rio Cuiabá, beneficiando uma população de 35.745 habitantes.

Segundo dados da FIBGE (1991), apenas 17,2% dos domicílios do município de Cuiabá, estava ligado à rede coletora de esgoto. A maioria dos domicílios fazia uso de fossa séptica (54, 6%) e 25,1% de fossa rudimentar sem nenhum tipo de escoadouro.

Cuiabá conta com sistema de coleta de esgoto administrado pelo SANEMAT que, em 1997, contava com um total de 40.261 ligações na área urbana. Cerca de 10% do esgoto captado é tratado através de lagoas de estabilização e de lodo ativado com aeração prolongada e fossa-filtro, sendo posteriormente lançado no Rio Cuiabá, podendo comprometer o abastecimento humano, poluir praias e interferir na pesca.

O sistema de tratamento de esgoto localizado no Bairro Dom Aguino, segundo informações da SANEMAT, encontra-se operando com menos de 20% de sua capacidade total, por inexistência de sistemas de captação de esgotos e elevatórias. A grande parte que poderia estar sendo tratada, está sendo lançada diretamente no rio Cuiabá, via córrego da Prainha e outros tributários do perímetro urbano.

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Entre os pontos críticos de lançamento de águas residuárias poluidoras no rio Cuiabá, foram detectados os seguintes:

 Foz do córrego da Prainha, localizada aproximadamente a 150 metros à jusante da captação, próximo ao Bairro do Porto;

 Foz do córrego Manoel Pinto, localizada a 50 metros a jusante da captação de água da SANEMAT, no Bairro do Porto;

 Foz do córrego do Barbado, a jusante do cais do Porto;

 Lançamento dos despejos da Cervejaria Cuiabá no rio Coxipó;

 Lançamento de Esgotos no rio Coxipó, a 200 metros de sua foz com o rio Cuiabá;

 Lançamento de efluentes industriais da Antarctica no Ribeirão do Lipa, aproximadamente 300 metros a jusante da captação de água da SANEMAT.

Em 1997, segundo informações da SANEMAT, o município de Várzea Grande possuía sistema de coleta de esgoto composto por redes que atendiam cerca de 12.000 ligações, cobrindo 90% dos domicílios da área urbana. Os 10% dos domicílios restantes localizam-se no centro da cidade não possuindo rede de coleta. Do esgoto coletado, somente 15% recebem tratamento por dois tipos de processo: lagoa de estabilização e processo primário- gradeamento, caixa de areia e lagoa de estabilização. A disposição final dos resíduos é feita no Rio Cuiabá.

Os demais municípios da região não possuem rede de coleta de esgotos e a deposição das águas servidas é feita em fossas comuns, sépticas ou em valas.

Encontram-se nesta situação os municípios de Jangada, Nossa Senhora do Livramento, Chapada dos Guimarães - que tem seus resíduos lançados no Córrego Prainha, localizado a montante da captação de água - e Nobres que, à exceção do Residencial Primavera, com cerca de 25 ligações (100%) operada por Empresa Particular.

QUADRO 017 INSTALAÇÕES ADEQUADAS DE ESGOTO - 1991

MUNICÍPIO UF INSTALAÇÕES ADEQUADAS DE ESGOTO 1991

REGIÃO IV Cuiabá MT 64,0 Nobres MT 35,1 Várzea Grande MT 28,9 Chapada dos Guimarães MT 11,0 Nossa Senhora do Livramento MT 9,9 Acorizal MT 2,4 Rosário Oeste MT 1,8 Jangada MT Brasil BR 58,9 Mato Grosso MT 69,1 FONTE: PNUD/IPEA/FJP - Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil,1998

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REGIÃO V

Dentre todas as regiões do Estado, esta é a que apresenta o maior número de municípios com mais de 50% de domicílios com instalações adequadas de esgoto.

O município de Campo Verde apresentava, em 1991, 83% de seus domicílios com instalações adequadas, índice superior ao do Estado.

Os municípios de Rondonópolis e General Carneiro apresentavam, para o mesmo ano, 68,3% e 58,1% respectivamente de seus domicílios com disposição adequada de seus esgotos.

Dos dezoito municípios pertencentes a esta região, treze possuíam um certo número de domicílios com instalações adequadas de esgoto, embora com percentuais muito pequenos.

Os municípios de Dom Aquino, Itiquira e Novo São Joaquim não apresentavam, em 1991, nenhum domicílio com instalações adequadas de esgoto.

O município de Rondonópolis, por ocasião da pesquisa de campo, em 1997, possuía rede de coleta de esgotos, com 10.450 ligações (cerca de 38% de domicílios atendidos). O esgoto tratado é da ordem de 30%. O tratamento é feito através de lagoas de estabilização e o esgoto tratado é lançado nos Córregos Arareau, dos Macacos, Lajeadim e Rio Vermelho. Vale salientar que, abaixo dos pontos de lançamento, a água é usada para abastecimento humano, irrigação, pesca e banho.

Nos demais municípios pesquisados da Região as águas residuárias são depositadas em fossas rudimentares ou lançadas em córregos e rios, sem nenhum tipo de tratamento.

Primavera do Leste, por ocasião da pesquisa de campo, não possuía rede de coleta de esgotos, estando em execução um projeto de instalação de rede na área central da sede urbana, com cerca de 35 Km, para o atendimento de 2.064 domicílios. À época, já estavam finalizadas as obras de 5 lagoas de estabilização que deveriam entrar em funcionamento a partir de novembro de 1997, com a finalização das redes de esgoto na área central. Há planejamento para ampliação das redes em etapas para os bairros.

O que dificulta a finalização e operação de tais empreendimentos, é a dependência de verbas estaduais e federais.

São Pedro da Cipa, por ocasião da pesquisa de campo, não possuía rede de coleta de esgotos, somente fossas sem nenhum tratamento.

Alto Araguaia, por ocasião da pesquisa de campo, não possuía rede de coleta de esgotos, sendo que os domicílios possuíam fossas rudimentares ou lançavam seus esgotos a céu aberto ou, ainda, na rede de escoamento de águas pluviais,lançadas, por sua vez, no Córrego do Mané, afluente do Rio Araguaia.

O município de Itiquira não possui rede de coleta de esgoto, sendo o esgoto disposto a céu aberto ou em fossas e uma parte sendo lançada nos Rios Itiquira e Congonhas

Jaciara, por ocasião da pesquisa de campo, não possuía rede de coleta de esgotos, sendo os resíduos lançados nas galerias de águas pluviais e, posteriormente, no Rio São Lourenço.

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QUADRO 018 INSTALAÇÕES ADEQUADAS DE ESGOTO - 1991

MUNICÍPIO UF INSTALAÇÕES ADEQUADAS DE ESGOTO 1991

REGIÃO V Campo Verde MT 83,0 Rondonópolis MT 68,3 General Carneiro MT 58,1 Guiratinga MT 27,3 Pedra Preta MT 14,9 Alto Araguaia MT 3,7 Alto Garças MT 3,6 Alto Taquari MT 1,0 Poxoréo MT 1,0 Jaciara MT 0,6 Tesouro MT 0,6 Primavera do Leste MT 0,4 Juscimeira MT 0,3 Dom Aquino MT Itiquira MT Novo São Joaquim MT Brasil BR 58,9 Mato Grosso MT 69,1 FONTE: PNUD/IPEA/FJP - Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil,1998

REGIÃO VI

Os municípios de Cocalinho e Araguaiana não possuíam, em 1991, nenhum domicílio com instalações adequadas de esgoto, sendo o esgoto lançado em fossas rudimentares, valas ou a céu aberto.

Em pesquisa de campo realizada em 1997, constatou-se que o município de Cocalinho não possuía rede de coleta de esgotos, sendo os resíduos lançados em fossas comuns.

QUADRO 019 INSTALAÇÕES ADEQUADAS DE ESGOTO - 1991

MUNICÍPIO UF INSTALAÇÕES ADEQUADAS DE ESGOTO 1991

REGIÃO VI Araguaiana MT Cocalinho MT Brasil BR 58,9 Mato Grosso MT 69,1 FONTE: PNUD/IPEA/FJP - Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil,1998

REGIÃO VII

O percentual de domicílios com uso e escoadouro adequados de suas instalações sanitárias, nesta região, encontravam-se em patamares bem inferiores à média do Estado.

Dos municípios pertencentes a esta região, Campinápolis, Nova Brasilândia e Nova Xavantina não apresentavam, em 1991, domicílios com instalações adequadas de esgoto.

Dos municípios que apresentavam um certo percentual de domicílios com instalações adequadas de esgoto, somente Barra do Garças e Torixoréo possuíam rede geral

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de esgotos. Nos demais municípios, o esgoto era depositado em fossas sépticas, fossas comuns e valas.

Em pesquisa de campo realizada em 1997, verificou-se que o município de Barra do Garças possuía rede de coleta de esgotos e 6.000 ligações (30%), operadas pelo SANEMAT. Cerca de 80% dos resíduos lançados no Rio Araguaia sofriam tratamento em lagoa de estabilização.

Os demais municípios pesquisados : Canarana, Gaúcha do Norte, Nova Brasilândia e Paranatinga, não possuíam rede de coleta de esgotos e lançavam as águas servidas em fossas comuns, fossas sépticas ou, ainda, diretamente em rios e córregos.

QUADRO 020 INSTALAÇÕES ADEQUADAS DE ESGOTO - 1991

MUNICÍPIO UF INSTALAÇÕES ADEQUADAS DE ESGOTO 1991

REGIÃO VII Araguainha MT 48,5 Ponte Branca MT 32,2 Barra do Garças MT 24,3 Torixoréu MT 14,4 Paranatinga MT 9,4 Canarana MT 4,8 Água Boa MT 2,2 Campinápolis MT Nova Brasilândia MT Nova Xavantina MT Brasil BR 58,9 Mato Grosso MT 69,1 FONTE: PNUD/IPEA/FJP - Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil,1998

REGIÃO VIII

Os municípios de Mirassol D'Oeste e Araputanga possuíam, em 1991, 0,8% e 0,2% respectivamente de domicílios com instalações adequadas de esgoto.

Os demais municípios da região faziam uso de fossas rudimentares, sendo que a grande maioria dos domicílios sequer a possuíam.

Dos municípios pesquisados em 1997, apenas Mirassol D'Oeste possuía rede de coleta de esgotos operada pela Prefeitura, atendendo a 960 domicílios (cerca de 91% do total). Todo o esgoto produzido era tratado em lagoa de estabilização.

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QUADRO 021 INSTALAÇÕES ADEQUADAS DE ESGOTO - 1991

MUNICÍPIO UF INSTALAÇÕES ADEQUADAS DE ESGOTO 1991

REGIÃO VIII Mirassol d'Oeste MT 0,8 Araputanga MT 0,2 Figueirópolis D'Oeste MT Indiavaí MT Jauru MT Porto Esperidião MT Reserva do Cabaçal MT Rio Branco MT Salto do Céu MT São José dos Quatro Marcos MT Brasil BR 58,9 Mato Grosso MT 69,1 FONTE: PNUD/IPEA/FJP - Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil,1998

REGIÃO IX

Dos municípios desta região apenas Santo Antônio do Leverger não possuía, em 1991, domicílios com instalações adequadas de esgoto. As participações de domicílios nessas condições eram de 0,6% em Poconé, 16,4% em Cáceres e 44,8% em Barão de Melgaço.

Destes municípios, apenas Cáceres possuía rede geral de esgotos, com cerca de 4,9% dos domicílios ligados.

Segundo informações prestadas durante a pesquisa de campo realizada em 1997, o município de Cáceres possui rede de coleta de esgotos , com cerca de 600 ligações. O esgoto coletado é tratado em uma estação de tratamento de lodos ativados. Depois de tratado, o esgoto é lançado em um posto ao lado da estação. Por ocasião da pesquisa, encontrava-se em execução uma extensão de 22 Km da rede de esgotos, para o atendimento de 2.200 domicílios, com término previsto para 1998.

No município de Barão de Melgaço, existia em 1997, rede de coleta de esgotos operada pela Prefeitura, com 260 ligações (cerca de 82% do total de domicílios). O esgoto coletado não é tratado, sendo lançado no Rio Cuiabá e comprometendo o abastecimento humano e a pesca.

Um dos principais problemas da área urbana é a inundação causada na época das cheias, quando a população é obrigada a conviver com o esgoto.

QUADRO 022 INSTALAÇÕES ADEQUADAS DE ESGOTO - 1991

MUNICÍPIO UF INSTALAÇÕES ADEQUADAS DE ESGOTO 1991

REGIÃO IX Barão de Melgaço MT 44,8 Cáceres MT 16,4 Poconé MT 0,6 Santo Antônio do Leverger MT Brasil BR 58,9 Mato Grosso MT 69,1 FONTE: PNUD/IPEA/FJP - Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil,1998

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REGIÃO X

O município de Pontes e Lacerda possuía, em 1991, 0,5% de domicílios com instalações adequadas de esgoto.

Segundo informações prestadas durante a pesquisa, os municípios de Pontes e Lacerda e Vila Bela da Santíssima Trindade não possuíam rede de coleta de esgotos, fazendo uso de fossas sépticas e comuns.

Estava em implantação, no município de Pontes e Lacerda, uma rede com cerca de 33 Km, para o atendimento de 3.200 domicílios, apenas na área central.

QUADRO 023 INSTALAÇÕES ADEQUADAS DE ESGOTO - 1991

MUNICÍPIO UF INSTALAÇÕES ADEQUADAS DE ESGOTO 1991

REGIÃO X Pontes e Lacerda MT 0,5 Vila Bela da Santíssima MT Trindade Brasil BR 58,9 Mato Grosso MT 69,1 FONTE: PNUD/IPEA/FJP - Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil,1998

REGIÃO XI

Em 1991 o município de Denise possuía 50% de seus domicílios com instalações adequadas de esgoto, seguido dos municípios de Barra dos Bugres (41,1%) Arenápolis (11,8%) e Alto Paraguai (0,3%), médias estas bem abaixo da apresentada pelo Estado.

Nenhum destes municípios contava, naquele ano, com rede de coleta de esgotos.

Com a realização de pesquisa de campo em 1997, constatou-se que o município de Barra dos Bugres possuía cerca de 1.900 metros de rede de coleta de esgoto, os quais não estavam em funcionamento.

Os municípios de Alto Paraguai e Santo Afonso não possuíam rede, utilizando-se ainda de fossas comuns e sépticas.

QUADRO 024 INSTALAÇÕES ADEQUADAS DE ESGOTO - 1991

MUNICÍPIO UF INSTALAÇÕES ADEQUADAS DE ESGOTO 1991

REGIÃO XI Denise MT 50,0 Barra do Bugres MT 41,1 Arenápolis MT 11,8 Alto Paraguai MT 0,3 Nova Olímpia MT Brasil BR 58,9 Mato Grosso MT 69,1 FONTE: PNUD/IPEA/FJP - Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil,1998

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REGIÃO XII

Os municípios pertencentes a esta região não possuíam rede de esgotos em 1991, sendo as águas servidas depositadas em sua grande maioria em fossas comuns, rudimentares e valas.

O município de Porto Alegre do Norte, com 22,5% de seus domicílios com instalações adequadas de esgotos, apresentava o maior percentual da região, seguido de Vila Rica (16,4%) e Santa Terezinha (5,9%).

Segundo informações obtidas na pesquisa de campo, os municípios de Confresa, Porto Alegre do Norte e Santa Terezinha não possuíam rede de esgotos.

QUADRO 025 INSTALAÇÕES ADEQUADAS DE ESGOTO - 1991

MUNICÍPIO UF INSTALAÇÕES ADEQUADAS DE ESGOTO 1991

REGIÃO XII Porto Alegre do Norte MT 22,5 Vila Rica MT 16,4 Santa Terezinha MT 5,9 Brasil BR 58,9 Mato Grosso MT 69,1 FONTE: PNUD/IPEA/FJP - Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil,1998

REGIÃO XIII

Todos os municípios da região apresentam índices abaixo da média estadual em relação aos domicílios com instalações adequadas de esgoto.

Em 1991, Luciara possuía 21,9% de seus domicílios com instalações adequadas e São Félix do Araguaia 0,6%, enquanto que Ribeirão Cascalheira não possuía nenhum domicílio adequadamente servido.

Os três municípios onde foram feitas pesquisas de campo em 1997, apresentavam um quadro preocupante quanto à disposição de seus esgotos, observando-se em alguns casos comprometimento da saúde pública.

O município de Ribeirão Cascalheira não possuía rede de coleta, sendo o esgoto recolhido em fossas negras, que extravasam na época das chuvas, inundando a cidade.

Nos municípios de São Felix do Araguaia e São José do Xingu o esgoto era lançado em fossas rudimentares.

QUADRO 026 INSTALAÇÕES ADEQUADAS DE ESGOTO - 1991

MUNICÍPIO UF INSTALAÇÕES ADEQUADAS DE ESGOTO 1991

REGIÃO XIII Luciára MT 21,9 São Félix do Araguaia MT 0,6 Ribeirão Cascalheira MT Brasil BR 58,9 Mato Grosso MT 69,1 FONTE: PNUD/IPEA/FJP - Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil,1998

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3.2. COLETA E DISPOSIÇÃO FINAL DO LIXO

O lixo é uma coleção de resíduos sólidos, oriundos das atividades humanas. Mesmo em pequenas localidades ele é um problema sanitário, econômico e estético.

Variando de comunidade para comunidade, sua composição envolve sempre restos de comida, panos, papéis, plásticos, madeira, metais, vidros, detritos orgânicos, restos de poda de árvores etc..

Sua importância sanitária é muito grande, sendo responsável pela transmissão de inúmeras doenças, quando não é devidamente tratado.

A solução deste problema, mesmo em comunidades onde a coleta de lixo pelo poder público não é viável, se inicia com o acondicionamento domiciliar adequado.

Quando analisamos os dados de 1991, sobre coleta de lixo, constatamos que o hábito de jogar o lixo em locais inadequados é uma prática bastante comum, denotando a falta de cuidado com seu acondicionamento, tanto nas áreas urbanas, quanto rurais.

Quanto a esta característica de jogar o lixo em terrenos baldios ou rios e córregos, algumas regiões apresentam mais de 20% do lixo total gerado, descartado desta forma, são elas: região 1 (20,01%), região 6 (31,45%), região 7 (31,32%), região 12 (51,15%) e região 13 (34,27%).

A coleta e destino final do lixo são de responsabilidade específica das Prefeituras Municipais, diretamente ou através de serviços contratados, sendo, por isso, um dos indicadores de avaliação desse nível de poder público.

Dados do censo Demográfico de 1991 mostram que, no Estado de Mato Grosso, 47,85% dos domicílios dispunham de coleta de lixo domiciliar.

Quando se compara os percentuais de atendimento das regiões, verifica-se que somente as Região 4 e 5 apresentam índices superiores aos do Estado com 70,7% e 50,62%, respectivamente, de domicílios atendidos por coleta de lixo, com predominância absoluta de atendimento na área urbana. Cabe salientar aqui que a grande maioria dos municípios faz a coleta somente na sede urbana e, eventualmente, em pequenos aglomerados da área rural.

As demais regiões apresentam índices inferiores ao do Estado, embora alguns municípios se destaquem :

 Peixoto de Azevedo (56,18%), na Região 1;

 Sinop (59,94%), na Região 2;

 Sorriso (53,49%), na Região 3;

 Cuiabá (84,21%) e Várzea Grande(54,94%), na Região 4;

 Rondonópolis (64,67%), Alto Araguaia(54,49%) e Alto Garças(50,76%), na Região 5;

 Barra do Garças (52,5%), na Região 7;

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 Araputanga (51,76%), na Região 8;

 Denise (54,35%), na Região 11;

A região 12 (6,76%) apresenta o menor índice de atendimento de domicílios com coleta de lixo.

A coleta de resíduos sólidos é realizada pelas próprias Prefeituras, na grande maioria dos municípios de Mato Grosso. Apenas uma pequena parcela é feita por empresas particulares.

Do total de domicílios não atendido por coleta em 1991, 29,01% queimavam o lixo no domicílio ou fora dele, 2,12% usavam a prática de enterrar, 17,17% jogavam-no em terreno baldio, a céu aberto e/ou dispunham em rios, córregos e outros locais.

Nas regiões 2, 6 e 11 o percentual de domicílios com coleta regular de lixo e dos que faziam uso da queima dos resíduos era praticamente equivalente. Nas regiões 1, 8, 9, 10, 12 e 13 o percentual de domicílios que queimavam seus resíduos era maior do que os que possuíam coleta.

Se, por um lado o atendimento pela coleta de lixo aos domicílios é importante, não se pode minimizar a questão da coleta do lixo hospitalar, que na maioria dos municípios é feita junto com o lixo domiciliar, sem nenhum tratamento.

Em pesquisa de campo realizada em 1997 em 54 municípios do Estado, observou-se que 34 dos municípios incineravam o lixo hospitalar, 11 municípios depositavam junto ao lixo urbano sem nenhum tratamento especial e 4 depositavam em separado.

As diferenças regionais observadas são causadas pela falta de estrutura dos municípios para o atendimento desta necessidade, como a falta de veículos apropriados, a inexistência de campanhas para o esclarecimento das populações sobre o risco da disposição inadequada do lixo, bem como as dificuldades de condições de acesso aos locais de assentamento das populações.

Quanto à coleta de lixo, os índices de atendimento, segundo os órgãos públicos responsáveis pelo serviço, em 1997, quando da realização da pesquisa, eram de:90% dos domicílios da área urbana de Chapada dos Guimarães; 100% dos domicílios da área urbana de Nobres e Nossa Senhora do Livramento e Jangada ;cerca de 84% da área urbana da sede de Cuiabá e 85% de Várzea Grande.

O maior município e capital do Estado - Cuiabá -, conta com coleta de lixo realizada por empresa privada (Enterpa Engenharia Ltda.) que atende cerca de 84% da sede urbana. Após a coleta, o lixo passa por uma triagem realizada na Central de Destinação Final de Resíduos Sólidos – projeto inédito implantado com recursos do Banco Mundial no âmbito do projeto Prodeagro, reunindo Usina de Triagem e Compostagem, Unidade de Beneficiamento de Plástico, Unidade de Materiais Recicláveis e Recuperação de áreas degradadas, onde é feita a separação do lixo orgânico do reciclável, sendo o restante transformado em fardos utilizados para a recuperação de áreas degradadas. Tal central substituiu as formas de destinação final do lixo da cidade. Atualmente o lixão, localizado a cerca de 15 Km do centro, continua operando para o recebimento de entulho, depositado entretanto em vala distinta e recoberta, onde também é depositado o lixo hospitalar. A cidade coleta 7.400 ton. / mês de lixo residencial e comercial e 115 ton./mês de lixo hospitalar. Existem projetos (em fases diversas de elaboração), sem recursos assegurados, para a melhoria do sistema de destinação, tais como: Usina de Reciclagem de Entulho, Incinerador Hospitalar e selamento do antigo lixão.

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Em toda a sede urbana existem 500 catadores de aparas. Destes, estima-se que cerca de 300 sejam organizados em Cooperativa, trabalhando na Central de Destinação Final, com o “lixo limpo”, e no beneficiamento de plástico (granulado).

O produto da atividade destes catadores é vendido e a renda reverte para a Cooperativa. O restante do lixo reciclável também é enfardado e revendido, sendo o transporte a principal dificuldade para sua comercialização.

Outro fator que deve ser analisado diz respeito à disposição final do lixo coletado. Em 34 dos 54 municípios pesquisados, o lixo era, em 1997, depositado em lixão a céu aberto; 16 municípios possuíam aterro controlado e somente Barra do Garças informou possuir aterro sanitário. Cuiabá possuía Usina de Compostagem e Usina de reciclagem de Lixo.

Na grande maioria dos municípios pesquisados, o local para disposição final do lixo coletado localizava-se fora da sede urbana, a uma distância variável de 2 a 5 Km. Em 15 municípios, a área para disposição final estava localizada mais perto do centro da cidade.

Na maioria dos municípios, estas áreas estavam localizadas próximo a rodovias. Em alguns casos, sua localização ameaçava comprometer a qualidade de cursos de água, como nos municípios de:

 Peixoto de Azevedo, na Região I;

 Juara, na Região II;

 Sorriso, na Região III;

 Nossa Senhora do Livramento, na Região IV;

 Itiquira, Jaciara, Rondonópolis e São Pedro da Cipa, na Região V;

 Canarana, na Região VII;

 Salto do Céu, na Região VIII;

 Vila Bela da Santíssima Trindade, na Região X;

 Alto Paraguai, na Região XI;

 Porto Alegre do Norte, na Região XII;

 São Félix do Araguaia, na Região XIII.

No município de Peixoto de Azevedo a coleta de lixo é realizada por empresa pública municipal, atendendo toda a área urbana da cidade. A freqüência deste serviço é de três vezes por semana na área central e de duas a três vezes nos bairros. O lixo é depositado em lixão localizado cerca de 4 Km da área urbana. A área de disposição de lixo é próxima ao Rio Peixoto de Azevedo, podendo, portanto, comprometer a qualidade da água deste rio. O município, em convênio com a Universidade de Viçosa, pretende instalar uma Usina de Reciclagem de lixo em uma área de 21 alqueires, para atendimento de 7.00 domicílios. O lixo hospitalar é incinerado no próprio hospital e posteriormente depositado junto ao lixo urbano. Os domicílios não atendidos pela coleta regular queimam-no ou o depositam em terrenos baldios.

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A coleta de lixo no município de Juara abrange cerca de 50% da área urbana, sendo realizada pela Prefeitura Municipal com um caminhão coletor, na área central e em alguns bairros. Nos locais sem coleta, o lixo é queimado, jogado em terrenos baldios ou enterrado.

O destino final do lixo coletado é um lixão localizado a cerca de 3 Km da sede urbana. Por sua localização e em função da forma de disposição final, este local oferece risco de contaminação ao Rio Arinos. Há catadores de lixo na área do lixão, que moram em assentamentos próximos. Parte do lixo hospitalar é incinerado (materiais como agulhas descartáveis, curativos, etc). Os demais (material orgânico e outros), são depositados em fossas atrás do cemitério da cidade.

O município de Sorriso conta com coleta de lixo operada por órgão público municipal, que atende toda a sede urbana. O lixo hospitalar é incinerado e depositado junto ao lixo urbano em lixão implantado a cerca de 14 Km da sede, onde atua, como “catadora”, uma família de 5 pessoas. A localização deste lixão coloca em risco de contaminação o Rio Teles Pires.

O município de Nossa Senhora do Livramento conta com coleta geral de lixo realizada por órgão público municipal, que faz a coleta com 2 charretes, atendendo 100% dos domicílios da área urbana. O lixo é depositado em lixão, localizado fora da área urbana. O lixo hospitalar é enterrado junto ao lixo urbano. A localização do depósito de lixo pode comprometer o Ribeirão Senhor Menino.

A coleta de lixo no município de Itiquira é realizada diariamente por um caminhão da Prefeitura Municipal e cobre 90% da área urbana. A disposição final é feita em lixão, situado a cerca de 2 Km da sede. O lixo hospitalar é depositado no mesmo local que o lixo domiciliar. No lixão, há cerca de 5 pessoas catando lixo. O Rio São João, localizado cerca de 300 metros do lixão, sofre risco de contaminação, não somente pela proximidade com o local, mas sobretudo pelo lançamento de resíduos da fabricação de derivados de leite pelo laticínio instalado no município.

A cidade de Jaciara conta com coleta geral de lixo, realizada por órgão público municipal, atendendo 100% dos domicílios da área urbana. O lixo é depositado em lixão, localizado a cerca de 8 Km da área urbana. O lixo hospitalar é queimado e enterrado junto ao lixo urbano, mas sem tratamento especial. O lixo não coletado é jogado em terrenos baldios. Existe o risco potencial de contaminação do Córrego Fundo, pela proximidade com o depósito de lixo.

O município de Rondonópolis conta com coleta geral de lixo, realizada pela CODER - empresa de economia mista -, atendendo 100% dos domicílios da área urbana. O lixo é depositado em aterro controlado, situado a cerca de 11 Km da área urbana. O lixo hospitalar é incinerado semanalmente em vala, em área próxima ao lixo urbano, mas sem tratamento especial. O lixo não coletado é queimado ou jogado em terrenos baldios. Existe o risco potencial de contaminação do Córrego Arareau pelo depósito de lixo, que se encontra a 600 metros do curso d’água. Com certa freqüência ocorre a presença de catadores de lixo que burlam a vigilância. São cerca de 15 pessoas que fazem a “catação” de lixo no aterro.

A cidade de São Pedro da Cipa conta com coleta geral de lixo, realizada precariamente por empresa pública municipal, atendendo 100% dos domicílios da área urbana. O lixo é depositado em aterro controlado ( valas com cobertura), localizado cerca de 3 Km da área urbana. Existe o risco potencial de contaminação do Rio São Lourenço.

Canarana conta com coleta geral de lixo, realizada por órgão público municipal, atendendo 100% dos domicílios da área urbana. O lixo é depositado em lixão situado cerca de 3 Km da área urbana. O lixo hospitalar é queimado no hospital municipal e depositado junto

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ao lixo urbano. Existe o risco potencial de contaminação do Córrego João Manoel. O lixo não coletado é jogado às margens da rodovia.

A sede do município de Salto do Céu conta com coleta diária de lixo em toda área central, realizada por empresa privada. O lixo hospitalar é queimado e depositado junto ao lixo urbano, sendo que a disposição final de todo o lixo recolhido é feita fora da sede urbana (cerca de 2 Km), em lixão. Há risco de contaminação do Rio Branco pelo depósito de lixo.

A sede do município de Vila Bela da Santíssima Trindade conta com coleta diária de lixo, tanto na área central quanto nos bairros, realizada por órgão público municipal e cobrindo 100% da cidade. O lixo hospitalar é depositado junto do lixo urbano, sendo que a disposição final de todo o lixo recolhido é feita em lixão, situado cerca de 1,5 Km da sede urbana. Há risco de contaminação do Rio Guaporé, pela proximidade deste com o aterro.

A cidade de Alto Paraguai conta com coleta geral de lixo, levada a efeito por órgão público municipal, atendendo 100% dos domicílios da área urbana. O lixo é depositado em lixão dentro da área urbana. O lixo hospitalar é enterrado em fossas próximo ao hospital. A localização do lixão oferece risco de contaminação ao Rio Paraguai. O lixo não coletado é queimado ou jogado em terrenos baldios.

A sede do município de Porto Alegre do Norte conta com coleta de lixo tanto na área central quanto nos bairros, totalizando 100% de atendimento e sendo realizada por órgão público municipal. O lixo hospitalar é enterrado no cemitério, localizado a aproximadamente 3,5 Km da sede urbana. Já o lixo urbano é depositado em lixão situado a 3 Km da cidade, onde trabalham cerca de 6 catadores de lixo. O lixo não coletado é queimado, jogado em terrenos baldios e no Rio Tapirapé.

A sede do município de São Félix do Araguaia conta com coleta de lixo, que atende 90% da cidade, tanto na área central quanto nos bairros, sendo realizada por órgão público municipal. O lixo hospitalar é depositado junto ao lixo urbano, em aterro controlado localizado cerca de 5 Km da sede urbana e onde trabalham 2 catadores de lixo. A localização do aterro compromete um brejo localizado a seu lado. Além disso, em época de chuva, a área onde se localiza o aterro é inundada. O lixo não coletado é queimado, jogado em terrenos baldios , enterrado e/ou jogado à beira da rodovia, pelos comerciantes.

Na maioria dos municípios pesquisados, a coleta e disposição final do lixo era realizada pela Prefeitura. Apenas os municípios de Cuiabá, Paranatinga, Salto do Céu e São José do Xingu, faziam uso somente de empresa privada para o atendimento deste serviço.

A coleta nesses municípios restringia-se à área urbana e o grau de cobertura variava entre 70% a !00% dos domicílios.

A prática de queimar os resíduos e/ou lançá-los em terrenos baldios, córregos e rios se faz presente em todos os municípios, mesmo naqueles que realizam a coleta na totalidade dos domicílios da área urbana.

Alguns dos municípios pesquisados possuíam, à época da pesquisa, projetos para melhoria do sistema de coleta e disposição de lixo.

O município de Carlinda possuía um projeto de aterro sanitário em consórcio com o município de Alta Floresta, com término de implantação previsto para 1997, para o atendimento de cerca de 900 domicílios.

No município de Sorriso, estavam previstos, para o ano de 1988, um projeto relacionado ao lixo: o projeto Câmbio Verde, que tem o objetivo de comprometer a comunidade

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com a preservação dos recursos naturais, implantando a coleta seletiva e a reciclagem dos resíduos sólidos, que hoje são descartados em áreas livres e rios e córregos, prevendo-se o atendimento de 5.000 domicílios.

No município de Chapada dos Guimarães havia a previsão de implantação, em 1998, de uma usina de reciclagem de lixo para atendimento de cerca de 6.000 domicílios.

3.3. ENERGIA ELÉTRICA

Em relação ao consumo de energia elétrica no conjunto do país, verifica-se uma absoluta predominância da região sudeste sobre as outras regiões, consumindo somente ela 60% do total, o que encontra explicação nos seus níveis de industrialização, concentração populacional.

O valor quase residual do consumo das regiões norte e centro-oeste são reflexos da situação urbano-industrial menos desenvolvida dos estados pertencentes a estas regiões, visto que o nível de consumo de energia pode ser tomado como um indicativo do nível de desenvolvimento de uma região.

A análise da matriz energética mostra que o Estado de Mato Grosso é um incipiente produtor de energia, embasando seu consumo quase que totalmente na importação, principalmente de produtos mais nobres, como óleo diesel e energia elétrica.

O Estado participa com apenas 1% do consumo nacional. Com relação ao consumo por habitante, os valores no Estado são 40% inferiores à média nacional, o que indica uma situação de quase colapso de fornecimento.

3.3.1. Organização do Sistema no Estado

O sistema de produção e distribuição de energia elétrica no Estado do Mato Grosso é dividido em duas partes, o interligado e o isolado.

O sistema interligado, que abrange as porções Sul e Centro - Norte do Estado, é suprido através de linhas de transmissão que formam uma rede unindo praticamente todas as cidades dessas regiões.

A energia que supre este sistema é, praticamente toda ela, gerada no Estado de Goiás e transportada através de três linhas de transmissão até Cuiabá, principal centro de distribuição.

O sistema isolado, que abrange as porções noroeste e nordeste do Estado, é formado por uma série de sistemas pulverizados e isolados uns dos outros, geralmente servido por usinas térmicas e a diesel, e em raros casos por pequenas hidroelétricas.

O Estado apresenta uma forte dependência energética. Em 1990, a energia comprada representava 80% do total de consumo suprido pela CEMAT - Centrais Elétricas Matogrossenses S/A e, em 1996, 86% da demanda.

Em 1990 a CEMAT atendia 91 municípios (aproximadamente 300.000 consumidores). Em 1997, abrangia 110 municípios, totalizando 218 localidades atendidas, distribuídas em 6 regionais: Cuiabá, Rondonópolis, Tangará da Serra, Barra do Garças, Cáceres e Sinop.

43

Existem 16 municípios no Estado que não recebem serviços de energia elétrica da CEMAT, sendo atendidos pelas Prefeituras ou por empresas privadas: Cotriguaçu, , Nova Monte Verde e , localizados na Região 1; , Nova Maringá, Nova Ubiratã, Tabaporã e União do Sul, localizados na Região 2; Campos de Júlio, Comodoro e Sapezal, localizados na Região 3; Nova Lacerda, na Região 10; Cana Brava do Norte e Confresa, na Região 12; Alto da Boa Vista, localizado na Região 13. Destes, só Comodoro havia sido criado até 1991.

3.3.2. Capacidade de Atendimento e Consumo por Classes

O Estado de Mato Grosso é importador de energia elétrica. Para atender a demanda, são envolvidas as empresas concessionárias federais, estaduais, as Prefeituras Municipais, os autoprodutores e os concessionários privados.

Em termos de classes de consumidores de energia elétrica, observava-se, em 1991, um amplo predomínio da classe residencial: 84,26% do mercado da CEMAT, enquanto que as demais classes totalizaram 1,34% (industrial),10,94% (comercial), 2,14% (rural)e 1,31% (outros). (Quadro A002 - ANEXO II).

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QUADRO 027 PERCENTUAL DE CONSUMIDORES POR REGIÃO POR CLASSE DE CONSUMO - 1991 RESIDENCIAL INDUSTRIA COMERCIAL RURAL OUTROS TOTAL MUNICÍPIO/REGIÃO L % % % % ABS. % ABS. ABS. ABS. 1991 ABS. REGIÃO 1 20.677 79,25 438 1,68 4.250 16,29 397 1,52 330 1,26 26.092 REGIÃO 2 11238 80,49 474 3,39 1.999 14,32 24 0,17 227 1,63 13.962 REGIÃO 3 14926 81,33 323 1,76 2314 12,61 527 2,87 263 1,43 18353 REGIÃO 4 127.275 87,87 1.516 1,05 13.980 9,65 710 0,49 1.361 0,94 144.842 REGIÃO 5 48.675 83,28 668 1,14 6.091 10,42 2.202 3,77 810 1,39 58.446 REGIÃO 6 668 81,56 16 1,95 78 9,52 26 3,17 31 3,79 819 REGIÃO 7 18.265 82,78 307 1,39 2.731 12,38 356 1,61 405 1,84 22.064 REGIÃO 8 12.638 76,69 308 1,87 1.732 10,51 1.471 8,93 330 2,00 16.479 REGIÃO 9 15.388 83,24 240 1,30 1.728 9,35 820 4,44 311 1,68 18.487 REGIÃO 10 4.168 80,28 125 2,41 714 13,75 119 2,29 66 1,27 5.192 REGIÃO 11 9.341 82,29 99 0,87 1.094 9,64 623 5,49 194 1,71 11.351 REGIÃO 12 1.405 83,63 18 1,07 207 12,32 0,00 50 2,98 1.680 REGIÃO 13 1.729 82,10 23 1,09 269 12,77 11 0,52 74 3,51 2.106 TOTAL INTERLIGADO 229.039 85,14 3.169 1,18 26.967 10,02 6.568 2,44 3.282 1,22 269.025 TOTAL ISOLADO 57.354 80,95 1.386 1,96 10.220 14,43 718 1,01 1.170 1,65 70.848 TOTAL CEMAT 286.393 84,26 4.555 1,34 37.187 10,94 7.286 2,14 4.452 1,31 339.873 FONTE: CEMAT - Centrais Elétricas Matogrossenses - Boletim Estatístico - Acompanhamento de Mercado, 1991

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Em 1996, esta participação modificou-se. Embora a classe residencial ainda fosse a principal consumidora (43,8% do total do Estado), a participação das demais classes havia crescido sensivelmente: a comercial, para 21,8%, a industrial, para 19,4%, a rural, para 3,3% e outros, para 11,7%.

Esta mudança indica o crescimento de alguns setores da economia no Estado do Mato Grosso como o comercial, o industrial e o de serviços e a extensão de linhas de distribuição na área rural.

Em 1991, o sistema interligado era responsável por 79,15% dos domicílios servidos por energia elétrica pela CEMAT, passando em 1997 a responder por 90,24%, restando ao sistema isolado 20,85% em 1991 e 9,74% em 1997.

A maior concentração de consumidores localizava-se na região 4, com 42,62% do total do Estado: do total consumido nesta região, 87,87% correspondia à classe residencial, 1,05% à industrial, 9,65% à comercial, 0,49% à rural e 0,94%, a categoria outros.

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QUADRO 028 PERCENTUAL DE CONSUMIDORES POR REGIÃO E CLASSE DE CONSUMO EM RELAÇÃO AO ESTADO - 1991

RESIDENCIAL INDUSTRIAL COMERCIAL RURAL OUTROS MUNICÍPIO / REGIÃO TOTAL ABS. % ABS. % ABS. % ABS. % ABS. % REGIÃO 1 20.677 7,22 438 9,62 4.250 11,43 397 5,45 330 7,41 26.092 REGIÃO 2 11238 3,92 474 10,41 1.999 5,38 24 0,33 227 5,10 13.962 REGIÃO 3 14926 5,21 323 7,09 2314 6,22 527 7,23 263 5,91 18353 REGIÃO 4 127.275 44,44 1.516 33,28 13.980 37,59 710 9,74 1.361 30,57 144.842 REGIÃO 5 48.675 17,00 668 14,67 6.091 16,38 2.202 30,22 810 18,19 58.446 REGIÃO 6 668 0,23 16 0,35 78 0,21 26 0,36 31 0,70 819 REGIÃO 7 18.265 6,38 307 6,74 2.731 7,34 356 4,89 405 9,10 22.064 REGIÃO 8 12.638 4,41 308 6,76 1.732 4,66 1.471 20,19 330 7,41 16.479 REGIÃO 9 15.388 5,37 240 5,27 1.728 4,65 820 11,25 311 6,99 18.487 REGIÃO 10 4.168 1,46 125 2,74 714 1,92 119 1,63 66 1,48 5.192 REGIÃO 11 9.341 3,26 99 2,17 1.094 2,94 623 8,55 194 4,36 11.351 REGIÃO 12 1.405 0,49 18 0,40 207 0,56 0,00 50 1,12 1.680 REGIÃO 13 1.729 0,60 23 0,50 269 0,72 11 0,15 74 1,66 2.106 TOTAL INTERLIGADO 229.039 79,97 3.169 69,57 26.967 72,52 6.568 90,15 3.282 73,72 269.025 TOTAL ISOLADO 57.354 20,03 1.386 30,43 10.220 27,48 718 9,85 1.170 26,28 70.848 TOTAL CEMAT 286.393 100,00 4.555 100,00 37.187 100,00 7.286 100,00 4.452 100,00 339.873 FONTE: CEMAT - Centrais Elétricas Matogrossenses - Boletim Estatístico - Acompanhamento de Mercado, 1991

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As regiões com menor concentração de consumidores, em 1991, eram a Região 6, com 0,24% do total do Estado, a Região12 com 0,49% e a Região 13, com 0,62%.

Com relação aos consumidores da classe industrial, a Região 4 concentra a grande maioria desse tipo de consumidor - 33,28% do total do Estado, seguida das Regiões 5 e 2, com 14,67% e 10,41%, respectivamente.

As regiões 4, 5 e 1 se destacavam-se, naquele ano, quanto ao número de consumidores da classe comercial.

Quanto aos consumidores da classe rural, as Regiões 5, 8 e 9 concentravam a grande maioria dos consumidores: 30,22%, 20,19% e 11,25%, respectivamente.

A região 12 não apresentava, em 1991, nenhum consumidor da classe rural, indicando a inexistência de eletrificação rural nos municípios pertencentes a esta região.

Região I

Esta região apresentou, entre 1991 e 1997, um crescimento de 65,8% no número total de consumidores. O acréscimo em números absolutos foi de 17.167 consumidores.

Os municípios que tiveram o maior percentual de crescimento nesta região foram: Castanheira (118,3%), Juruena (107,4%) e Nova Canaã do Norte (105,0%).

QUADRO 029 PERCENTUAL DE CRESCIMENTO DOS CONSUMIDORES POR REGIÃO E MUNICÍPIO

TOTAL DE CONSUMIDORES % DE CRESC. MUNICÍPIO / REGIÃO 1991 1997 1997/1991 REGIÃO I 26.092 43.259 65,8% Alta Floresta 6.464 9477 46,6% Apiacás 730 Aripuanã 847 1268 49,7% Carlinda 947 0,0% Castanheira 498 1087 118,3% Colíder 3.219 6068 88,5% Cotriguaçu Guarantã do Norte 2.345 3682 57,0% Juína 3.756 6344 68,9% Juruena 379 786 107,4% Matupá 1.420 2258 59,0% Nova Bandeirante Nova Canãa do Norte 564 1156 105,0% Nova Guarita 791 Nova Monte Verde Novo Mundo Paranaíta 1.368 1459 6,7% Peixoto de Azevedo 3.950 5523 39,8% Terra Nova do Norte 1.282 1683 31,3% REGIÃO II 13.962 27.421 96,4% Brasnorte 631 1230 94,9% Cláudia 765 1684 120,1% Feliz Natal Itaúba 587 1068 81,9% (continua...)

48

QUADRO 029 PERCENTUAL DE CRESCIMENTO DOS CONSUMIDORES POR REGIÃO E MUNICÍPIO (...continuação)

TOTAL DE CONSUMIDORES % DE CRESC. MUNICÍPIO / REGIÃO 1991 1997 1997/1991 Juara 3.023 5119 69,3% Marcelândia 546 1490 172,9% Nova Maringá Nova Ubiratã 246 Novo Horizonte do Norte 247 367 48,6% Porto dos Gaúchos 624 869 39,3% Santa Carmem 515 Sinop 6.926 13556 95,7% Tabaporã União do Sul Vera 613 1277 108,3% REGIÃO III 18353 37637 105,1% Campo Novo do Parecis 2320 Campos de Júlio Comodoro Diamantino 3.299 4110 24,6% Lucas do Rio Verde 962 3287 241,7% Nortelândia 1.999 2074 3,8% Nova Marilândia 394 Nova Mutum 1934 São José do Rio Claro 1.827 2566 40,4% Sapezal Sorriso 2.453 6495 164,8% Tangará da Serra 7.813 13521 73,1% Tapurah 936 REGIÃO IV 144.842 193.365 33,5% Acorizal 605 961 58,8% Chapada dos Guimarães 1.374 3178 131,3% Cuiabá 103.317 131030 26,8% Jangada 415 936 125,5% Nobres 2.156 2789 29,4% Nossa Senhora do Livramento 712 1406 97,5% Porto Estrela 572 Rosário Oeste 2.258 2766 22,5% Várzea Grande 34.005 49727 46,2% REGIÃO V 58.446 81.389 39,3% Alto Araguaia 2.404 3041 26,5% Alto Garças 1.789 2126 18,8% Alto Taquari 697 985 41,3% Campo Verde 807 2469 205,9% Dom Aquino 1.766 2127 20,4% General Carneiro 473 696 47,1% Guiratinga 3.027 3627 19,8% Itiquira 898 1960 118,3% Jaciara 4.892 5599 14,5% Juscimeira 1.996 2515 26,0% Novo São Joaquim 363 1148 216,3% Pedra Preta 2.255 2994 32,8% (continua...)

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QUADRO 029 PERCENTUAL DE CRESCIMENTO DOS CONSUMIDORES POR REGIÃO E MUNICÍPIO (...continuação)

TOTAL DE CONSUMIDORES % DE CRESC. MUNICÍPIO / REGIÃO 1991 1997 1997/1991 Poxoréo 3.279 4008 22,2% Poxoréo(**) 190 Primavera do Leste 2.405 5931 146,6% Rondonópolis 30.156 40144 33,1% São José do Povo 329 551 67,5% São Pedro da Cipa 689 Tesouro 720 779 8,2% REGIÃO VI 819 1.586 93,7% Araguaiana 415 746 79,8% Cocalinho 404 840 107,9% REGIÃO VII 22.064 32.013 45,1% Água Boa 1.642 2694 64,1% Araguainha 261 356 36,4% Barra do Garças 10.429 13699 31,4% Campinápolis 666 1178 76,9% Canarana 1.703 3046 78,9% Gaúcha do Norte 234 Nova Brasilândia 593 872 47,0% Nova Xavantina 2.738 4093 49,5% Paranatinga 1.854 2574 38,8% Planalto da Serra 306 Pontal do Araguaia 679 Ponte Branca 741 586 -20,9% Ribeirãozinho 368 Torixoréu 1.089 1328 21,9% Torixoréu(*) 348 REGIÃO VIII 16.479 23.403 42,0% Araputanga 2.421 3283 35,6% Figueirópolis D'Oeste 601 802 33,4% Glória D'Oeste 790 Indiavaí 336 400 19,0% Jauru 1.388 2049 47,6% Lambari d'Oeste 642 Mirassol d'Oeste 5.420 6314 16,5% Porto Esperidião 514 1371 166,7% Reserva do Cabaçal 361 473 31,0% Rio Branco 1.340 1638 22,2% Salto do Céu 560 823 47,0% São José dos Quatro Marcos 3.538 4818 36,2% REGIÃO IX 18.487 25.947 40,4% Barão de Melgaço 571 801 40,3% Cáceres 11.877 16547 39,3% Poconé 4.319 5860 35,7% Santo Antônio do Leverger 1.720 2739 59,2% REGIÃO X 5.192 8.895 71,3% Nova Lacerda Pontes e Lacerda 4.651 7832 68,4% Vila Bela da Santíssima Trindade 541 1063 96,5% (continua...)

50

QUADRO 029 PERCENTUAL DE CRESCIMENTO DOS CONSUMIDORES POR REGIÃO E MUNICÍPIO (...continuação)

TOTAL DE CONSUMIDORES % DE CRESC. MUNICÍPIO / REGIÃO 1991 1997 1997/1991 REGIÃO XI 11.351 15.711 38,4% Alto Paraguai 1.786 1981 10,9% Arenápolis 3.743 3349 -10,5% Barra do Bugres 3.875 5416 39,8% Denise 942 1821 93,3% Nova Olímpia 1.005 2508 149,6% Santo Afonso 636 REGIÃO XII 1.680 3.680 119,0% Canabrava Confresa REGIÃO XIII 2.106 4.151 97,1% Porto Alegre do Norte 469 1099 134,3% Santa Terezinha 477 677 41,9% Vila Rica 734 1904 159,4% Alto da Boa Vista Luciara 334 498 49,1% Querência 604 Ribeirão Cascalheira 590 1130 91,5% São Félix do Araguaia 1.182 1544 30,6% São José do Xingú 375

TOTAL INTERLIGADO 269025 449803 67,2% TOTAL ISOLADO 70848 48624 -31,4% TOTAL CEMAT 339873 498427 46,7% FONTE: CEMAT - Centrais Elétricas Matogrossenses - Boletim Estatístico - Acompanhamento de Mercado, 1991 CEMAT - Centrais Elétricas do Mato Grosso - Anuário Estatístico, 1997 (*) Pontal Distrito de Torixoréu (**) Paraíso do Leste e aparecida do Leste, Distrito de Poxoréo

Em 1991, a região possuía 7,68% de total de consumidores do Estado, sendo que os consumidores da classe residencial representavam 79,25% do total. A participação, por classe de consumidores desta região em relação ao Estado, era a seguinte :

 classe residencial : 7,22%;

 classe industrial : 9,62%;

 classe comercial : 11,43%;

 classe rural : 5,46%;

 outros : 7,41%

O abastecimento de energia elétrica nos municípios pesquisados em 1997 era realizado pela CEMAT, excetuando-se o município de Cotriguaçu.

Alta Floresta possuía eletrificação rural, atendendo cerca de 35% do total da área rural. Não havia projetos de implantação e extensão de novas redes.

51

O município de Carlinda possuía eletrificação rural servindo diversas comunidades, tais como: Galiléia, Belém, Nova Jerusalém, Terra Prometida, Naim, Bom Samaritano, Cana, Canaã, Betânia, Jerusalém, Monte Sinai e Rio Jordão. Existia ainda projetos de implantação de cerca de 50 Km de novas redes para as comunidades de Cruzeiro do Sul, Setor Galiléia, Setor Canaã, Padre Geraldo e Galiléia.

O município de Castanheira não possuía eletrificação rural, nem tampouco projeto para sua implantação.

A administração e manutenção dos equipamentos de energia elétrica do município de Cotriguaçú eram realizadas pela Prefeitura Municipal, com uma produção de 800 KWa. A indústria madeireira BERNEC cedia cerca de 1000 KWa para o município. O município possuía eletrificação rural, com 8Km de rede de 1 fio, denominado Linha União.

O município de Juína era, por ocasião da pesquisa, abastecido de energia por uma Usina Termoelétrica com 13 motores geradores e uma Usina Hidroelétrica com 2 turbinas geradoras. Entretanto, entre os problemas identificados pelos órgãos públicos municipais como restritivos ao desenvolvimento do município, encontra - se a carência de energia elétrica, ao lado da carência de infra - estrutura viária.

Em 1997, o consumo energético da cidade estava em torno de 4.500 KW e, devido às constantes quebras de motores e ao não funcionamento constante das turbinas, havia déficit de suprimento da demanda, avaliado em 4.000 KW, o que obrigava o município a um racionamento de até 4 horas diárias.

Várias localidades do município eram servidas por linhas de eletrificação rural assim denominadas: MT170, com 25 Km de rede; Linha 5; Rodovia, com 10 Km de rede; Setor de Chácaras; Linha 4; Distrito Terra Roxa e Linha 6, com 8Km de rede.

O abastecimento de energia elétrica no município de Juruena também era feito através de uma Usina Termo Elétrica. Cerca de 200 casas da área urbana ainda não possuíam energia quando foi realizada a pesquisa de campo. Algumas localidades rurais possuíam energia elétrica: Gleba Sapucaia, Linha Santo Antônio e Sorriso, não existindo nenhum projeto de extensão de eletrificação.

O município de Peixoto de Azevedo era abastecido de energia elétrica de forma muito precária, ocorrendo muitos cortes de energia, não existindo nenhum projeto de extensão da rede de eletrificação rural.

Segundo os levantamentos de campo realizados em 1997, os municípios de Alta Floresta e Juína apresentavam um alto índice de racionamento de energia, sendo considerado um dos problemas graves pela secretaria de educação desses municípios.

Região II

Os municípios desta região apresentaram, entre 1991 e 1997, um crescimento da ordem de 96,4% no número de consumidores de energia elétrica. Em números absolutos, o acréscimo foi de 13.459 consumidores.

Os municípios que apresentaram maior crescimento relativo foram: Marcelândia (172,9%), Claudia (120,1%) e Vera (108,3%), embora esse crescimento apareça como pouco representativo em números absolutos.

O município de Sinop, embora não tenha apresentado percentual tão alto de crescimento - 95,7% - acumulou um total de 6.630 novos consumidores neste período.

52

Em 1991, esta região apresentava uma participação de 4,11% em relação ao total de consumidores do Estado e concentrava 80,49% dos consumidores da própria região, na classe residencial.

A participação desta região, por classes de consumo e em relação ao Estado, era de:

 classe residencial : 3,92%;

 classe industrial :10,41%;

 classe comercial : 5,38%;

 classe rural : 0,33%;

 outros 5,10 : %

Na pesquisa de 1997, constatou-se que os municípios pertencentes a esta região são, em sua maioria, abastecidos pela CEMAT e somente alguns deles possuem eletrificação rural.

O município de Juara possuía, em 1997, gerador próprio de energia, com dois motores capazes de gerar 9.000 KVA. A demanda consumia somente 4.000 KVA havendo, portanto, sobra de energia. A Comunidade Águas Claras, na zona rural, possuía eletrificação e não havia nenhum projeto de extensão da rede.

O município de Novo Horizonte não contava, em 1997, com eletrificação rural, embora houvesse um projeto de 80 Km de rede a ser implantado nas Comunidades de Brasil Novo, Tabajara II e III, Fértil e Carvalho I, II, III.

O município de Santa Carmem contava, em 1997, com 70 Km de eletrificação rural nas seguintes localidades: Fazenda Dona Dozolina, Comunidades Ivani, Roberta e Bela Vista e nas estradas Sandra, Rúbia e Sara, entre outras. A falta de energia na sede municipal era constante, causando transtornos inclusive para a distribuição de água e ocasionando constantes racionamentos.

O município de Sinop contava, em 1997, com cerca de 50% da área rural atendida por eletrificação. Havia também projetos para a ampliação de redes externas.

O município de Vera não contava com eletrificação rural em 1997, estando prevista a instalação de uma rede de 4 Km para a localidade de Vale do Rio Caiabi.

Região III

Esta região apresentou, entre 1991 e 1997, crescimento de 105,1% no número total de consumidores, concentrados basicamente nos municípios de Lucas do Rio Verde - cujo crescimento atingiu a marca de 241,7% - e Sorriso - 164,8%. Em números absolutos, isso significou um acréscimo de 19.248 novos consumidores.

Em 1991, 5,40% do total de consumidores do Estado estavam localizados nesta região. Do total de consumidores, 81,33% pertenciam à classe residencial.

Em relação ao Estado, a participação por classes de consumidores desta região, para o ano de 1991, era a seguinte:

53

 classe residencial : 5,21%;

 classe industrial : 7,09%;

 classe comercial : 6,22%;

 classe rural : 7,23%;

 outros : 5,91 %

Dos municípios pesquisados em 1997, todos possuíam eletrificação rural .

O município de Campos de Júlio contava, em 1997, com eletrificação rural na localidade de Juruena e na região do Cabuçu (20%).

Em 1997, o município de Diamantino contava com eletrificação rural nas seguintes comunidades : Peraputanga, Tordas, Deciolândia, Parecis e Sumidouro, além de um projeto para a implantação de 20 Km de rede na Gleba Bojui.

O município de Nortelândia contava, em 1997, com eletrificação rural nas seguintes regiões: Santalinha, João Paulo, Barreirão e Gleba Calho.

Em 1997, o município de Sorriso contava com eletrificação rural em seus quatro distritos - Caravagio, Boa Esperança, Morocó e Primavera - e em 20% do restante da zona rural.

O abastecimento de energia elétrica no município de Tangará da Serra atendia cerca de 60% da zona rural.

Região I V

Esta região apresenta, em relação às demais, um crescimento percentual aparentemente modesto entre 1991 e 1997, da ordem de 33,5%. Isto se explica pelo fato de que se trata de uma região com núcleos urbanos consolidados e que, em 1991, concentrava o maior número de habitantes do Estado.

Se, em termos relativos, o crescimento do número de consumidores foi relativamente pequeno, o acréscimo em números absolutos foi de 48.523, o maior em relação às demais regiões do Estado.

Os municípios que mais cresceram, em termos relativos, foram Chapada dos Guimarães - 131,3% -, Jangada - 125,5% -, embora em números absolutos os municípios de Cuiabá e Várzea Grande tenham acumulado 43.335 novos consumidores, ou seja, 89,3% do total regional.

Em 1991, 42,62% do total de consumidores do Estado estavam localizados nesta região. Do total de consumidores, 87,87% pertenciam à classe residencial.

Em relação ao Estado, a participação das classes de consumidores era a seguinte, em 1991:

 classe residencial : 44,44%;

 classe industrial : 33,28%;

54

 classe comercial : 37,59%;

 classe rural : 9,74%;

 outros : 30,57 %

Como se vê, a região, pela presença do aglomerado Cuiabá/Várzea Grande, concentra as maiores participações, à exceção da categoria de consumo rural.

Esta região apresenta um equilíbrio na distribuição das categorias de consumo, sendo a mais representativa no que concerne à participação de consumidores das classes industrial, comercial e outros, em relação ao Estado.

Todos os municípios da Região 4 pertencem ao sistema interligado. Dos municípios pesquisados em 1997, todos possuíam eletrificação rural em parcela de seus territórios.

Em 1997, o município de Chapada dos Guimarães contava com cerca de 300Km de rede de eletrificação rural, nas seguintes localidades: do Casca, Vale da Redenção, Lagoinha de Cima e de Baixo, Mata Grande, Ponte Alta, Sertãozinho, Buritizinho, João Carlos, Cachoeira do Bom Jardim, Morro do Bairro Jardim, Varginha, Pingador, Cachoeira Rica, Fazenda Nova e Biquinha, além de um projeto para a implantação de 80 Km de rede na Região de Manso.

O município de Cuiabá é abastecido de energia elétrica pelo sistema interligado e atendido por eletrificação rural pela CEMAT.

O município de Jangada contava com eletrificação em cerca de 30% de sua área rural em 1997.

O município de Nobres contava, em 1997, com eletrificação rural em 40% da sua área rural.

Em 1997, o município de Nossa Senhora do Livramento contava com eletrificação rural nas comunidades de Pirizal, Ribeirão dos Cocais, Morraria e Seco, além de projeto de cerca de 20 Km para a localidade de Faval.

O abastecimento de energia elétrica no município de Várzea Grande é feito pela CEMAT, através do sistema interligado e há eletrificação rural no município.

Região V

O crescimento relativo do número de consumidores de energia elétrica desta região, entre 1991 e 1997, foi da ordem de 39,3%, o que significou um acréscimo, em números absolutos, de 22. 943 novos consumidores.

Os municípios que apresentaram maior crescimento neste período foram: Novo São Joaquim (216,3%), Campo Verde (205,9%), Itiquira (118,3%) e Rondonópolis (67,5%). Os demais municípios apresentaram crescimento variando entre 18% a 38%, no mesmo período.

A totalidade dos municípios desta região são abastecidos de energia através do sistema interligado.

Em 1991, 17,2% do total de consumidores do Estado estavam localizados nesta região. Do total de consumidores, 83,28% pertenciam à classe residencial.

55

Em relação ao Estado, a participação dos consumidores desta região, por classes de consumo, era a seguinte no ano de 1991:

 classe residencial : 17,0%;

 classe industrial : 14,67%;

 classe comercial : 16,38%;

 classe rural : 30,22%;

 outros : 18,19%

Em 1991, era nesta região que se concentrava a maior parte dos consumidores da classe rural, localizados principalmente nos municípios de Rondonópolis (17,66%), Pedra Preta (15,84%), Jaciara (9,7%) e Primavera do Leste (9,5%).

Dos municípios pesquisados em 1997, alguns não contavam com eletrificação rural, tais como Alto Araguaia e São Pedro da Cipa.

O município de Itiquira contava, em 1997, com 20% de sua área rural com eletrificação.

O município de Jaciara contava com eletrificação rural nas regiões do Jatobá e da Prata, segundo informações prestadas pela Prefeitura. A CEMAT, neste município, não tem conseguido atender a demanda por eletrificação, sendo que as regiões mais carentes são: Córrego Fundo, Pau Curva, Brilhante e Gleba Buriti.

O município de Primavera do Leste contava com eletrificação em cerca de 70% de sua área rural.

O município de Rondonópolis não contava com plano para expansão da rede de eletrificação rural em 1997.

Região V I

Esta região, composta por apenas dois municípios, apresentou um crescimento de 93,7% no número de consumidores de energia elétrica entre 1991 e 1997, isso significando um acréscimo de 767 novos consumidores no período. Em 1991, esta era uma das regiões do Estado com menor participação de consumidores: 0,24% do total do Estado. Do total de consumidores, 81,56% pertenciam à classe residencial.

Em relação ao Estado, a participação das classes de consumidores era a seguinte no ano de 1991:

 classe residencial : 0,23%;

 classe industrial : 0,35%;

 classe comercial : 0,21%;

 classe rural : 0,36%;

 outros : 0,70%

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Com uma participação ínfima no consumo de energia elétrica do total estadual, destaca-se nesta região que o município de Cocalinho não possuía, em 1991, nenhum consumidor da classe rural. Em pesquisa de campo realizada em 1997, constatou-se que este município possuía eletrificação rural ao longo da MT-100 (Cocalinho a Barra do Garças), servindo as propriedades localizadas próximas a este eixo viário.

Região V I I

Esta região apresentou, entre 1991 e 1997, um crescimento de 45,1% no número total de consumidores. O acréscimo em números absolutos foi de 9.949 consumidores.

Os municípios que tiveram maior índice de crescimento foram Canarana, com 78,9% e Campinápolis, com 76,9%.

O município de Ponte Branca apresentou para o mesmo período um decréscimo de 20,9%.

O município que obteve o maior crescimento em números absolutos foi Barra do Garças, com um incremento da ordem de 3.260 consumidores.

Esta região detinha 6,49% do total de consumidores do Estado em 1991, sendo que 82,78% destes consumidores pertenciam à classe residencial.

Em relação ao Estado, a participação do consumo por classes, em 1991, era a seguinte:

 classe residencial : 6,38%;

 classe industrial : 6.74%;

 classe comercial : 7,34%;

 classe rural : 4,89%;

 outros : 9,10%

Também aqui havia certo equilíbrio da participação, no Estado, das diversas categorias de consumo.

A distribuição de energia nesta região é feita, em parte dos municípios, pelo sistema interligado e parte pelo sistema isolado.

Nos municípios que foram alvo de pesquisa de campo em 1997, detectou-se o seguinte quadro quanto à eletrificação rural:

 Barra do Garças contava com eletrificação nas seguintes localidades : Vale dos Sonhos, Voadeira e Pindaíba;

 Canarana, nas localidades de Serra Dourada, Garapu e Culuene.

 Nova Brasilândia, nas localidades: Lote 11 e Porteirão, além de um projeto para implantação de 40 Km de rede no restante do Lote 11.

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 Paranatinga, nas localidades de Culuente, Matrinchã, cabeceira do rio Paranatinga, do Mesquita e Água Emendada, além de um projeto para a implantação de 25 Km de rede na região de Água Emendada, em direção a Gaúcha do Norte.

 Gaúcha do Norte não contava com eletrificação rural.

Região V I I I

Com um crescimento de número de consumidores entre 1991 e 1997 de 42%, esta região possui todos os seus municípios atendidos através do sistema interligado.

Em números absolutos, o crescimento na região significou um incremento de 6.924 novos consumidores entre 1991 e 1997.

O município que apresentou o maior crescimento na região foi Porto Esperidião - 166,7% de crescimento no período -, representando um incremento de 857 novos consumidores.

Esta região detinha, em 1991, 4,85% dos consumidores do total do Estado, sendo que 76,69% destes consumidores correspondiam a consumidores residenciais.

Em relação ao Estado, a participação das classes de consumo, em 1991, era a seguinte:

 classe residencial : 4,41%;

 classe industrial : 6,76%;

 classe comercial : 4,66%;

 classe rural : 20,19%;

 outros : 7,41%

Esta região, juntamente com a região 5, concentra mais de 50% do número de ligações da classe rural.

Dos municípios que foram alvo de pesquisa de campo em 1997, detectou-se o seguinte quadro quanto à eletrificação rural:

Araputanga dispunha de eletrificação rural nas seguintes localidades: Cachoeirinha, Monterlândia, Farinópolis, Taboca; Fazendas Sudam, Canaã, Rancho Grande, Pitomba, Rio Vermelho, Barrinha, Curitiba, Mata Preta e Comunidade das Botas.

 Lambari D’oeste, nas seguintes localidades: Comunidade São José do Pingador, Lagoinha, Sorriso, Nova São José, Boa União e Canaã.

 Mirassol D’oeste, nas seguintes localidades: Jabuti, Sonho Azul, Veredinha, Caité, Planalto, Barreirão Planalto.

 Reserva do Cabaçal, nas seguintes localidades: Comunidades de Sete de Setembro, Lageado e Guanabara. As comunidades de Alto Cabaçal, Jibóia e Alto de Dracena não possuem eletrificação.

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 Salto do Céu, nas seguintes localidades: Boa Esperança, Cristianópolis, São Jorge, Vila Progresso, Rio Negro, Alto Alegre.

Região IX

Esta região possui todos os seus municípios abastecidos através do sistema interligado de distribuição de energia elétrica.

Apresentou um índice de crescimento de 40,4% entre 1991 e 1997, isso significando um incremento de 7.460 novos consumidores.

O município que apresentou o maior crescimento relativo foi Santo Antônio do Leverger - 59,2%.

Esta região detinha, em 1991, 5,44% do total de consumidores do Estado, sendo que 83,24% destes consumidores pertenciam à classe residencial.

Em relação ao Estado, a participação das classes de consumidores nesta região era a seguinte em 1991:

 classe residencial : 5,37%;

 classe industrial : 5,27%;

 classe comercial : 4,65%;

 classe rural : 11,25%;

 outros : 6,99%

Esta região ocupava o terceiro lugar, com relação ao número de consumidores da classe rural, em 1991.

À época da realização da pesquisa de campo, Cáceres contava com eletrificação rural em cerca de 30% de sua área rural. Na região do Pantanal, a eletrificação é dificultada pela falta de acessos. Os projetos de implantação e extensão de novas redes previam um total de 54 Km de rede, servindo às seguintes localidades: Distritos de Horizonte D’Oeste e Curvelândia, Comunidades de São Gonçalves, Mesquita, Aranha, São Francisco, Clavino Manoel Macena, Novo Panorama, Santa Luzia, São Francisco, Fazendas Duas Lagoas e Araçatuba.

Barão de Melgaço, por sua vez, contava com eletrificação rural na localidade de Estirão Comprido.

Região X

Cada um dos municípios desta região é abastecido por um tipo de sistema: Nova Lacerda é abastecido por um sistema operado pela Prefeitura Municipal, Pontes e Lacerda pelo sistema interligado e Vila Bela pelo sistema isolado.

Esta região apresentou, entre 1991 e 1997, um crescimento relativo de 71,3%, correspondendo a um incremento de 3.703 novos consumidores, estando excluído deste índice o município de Nova Lacerda, para qual não se possui informação, visto que foi recentemente criado.

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O município com maior crescimento foi Vila Bela da Santíssima Trindade - 96,5%, ou 3.703 novas ligações.

Esta região detinha 1,53% dos consumidores do total do Estado em 1991, sendo que 80,28% destes consumidores pertenciam à classe residencial.

A participação das classes de consumo no total estadual era, em 1991:

 classe residencial : 1,46%;

 classe industrial : 2,74%;

 classe comercial : 1,92%;

 classe rural : 1,63%;

 outros : 1,48%

Outra das regiões do Estado com baixos índices de consumo de energia elétrica, seus dois municípios que foram pesquisados em 1997 apresentavam o seguinte quadro de eletrificação rural:

 Pontes e Lacerda: cerca de 60% do total de sua área rural atendida.

 Vila Bela da Santíssima Trindade: atendimento às localidades de: Glebas da Liberdade, Pé de Galinha, Arrozal e região da Barata.

Região X I

Todos os municípios desta região estão conectados ao sistema interligado de abastecimento de energia.

Esta região apresentou, entre 1991 e 1997, um crescimento de 38,4% com incremento de 4.360 novos consumidores.

O município que obteve o maior crescimento na região foi Nova Olímpia -149,6%.

O município de Arenápolis apresentou decréscimo de 10,5% no mesmo período.

Esta região tinha uma participação de 3,34% no total de consumidores do Estado em 1991, sendo que 82,29% destes consumidores pertenciam à classe residencial.

Em relação ao Estado, a participação, por classes de consumo, dos consumidores desta região era, em 1991:

 classe residencial : 3,26%;

 classe industrial : 2,17%;

 classe comercial : 2,94%;

 classe rural : 8,55%;

 outros : 4,36%

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Verificava-se, em 1991, uma preponderância da participação da classe de consumo rural sobre as outras, no contexto do Estado.

Em 1997, quando da pesquisa de campo, os distritos de Capão Verde, Currupira e Tira Sentido, em Alto Paraguai, dispunham de eletrificação rural. Em Barra do Bugres, a eletrificação rural atingia cerca de 60% do total da área do município e, em Santo Afonso, cerca de 80% da área rural, salientando-se as Fazendas Nova Esperança e Vilar.

Região XII

Esta região apresentou, entre 1991 e 1997, o maior índice de crescimento relativo de consumidores, entre todas as do Estado: 119%, não estando contabilizados os municípios de Canabrava e Confresa.

Os municípios que apresentaram os maiores percentuais de crescimento para o mesmo período foram Vila Rica (159,4%) e Porto Alegre do Norte (134,3%).

Entretanto, em termos absolutos, apenas 2.000 novos consumidores foram acrescidos ao total regional, no mesmo período.

Esta região, uma daquelas com menores índices relativos de consumo de energia elétrica - 0,49% dos consumidores do Estado em 1991 -, em sua maioria (83,63%) pertencentes à classe residencial, apresentava a seguinte participação por classes de consumidores:

 classe residencial : 0,49%;

 classe industrial : 0,40%;

 classe comercial : 0,56%;

 outros : 1,12%

É interessante notar que, em 1991, esta região não apresentava nenhum consumidor da classe rural.

Em 1997, quando da pesquisa de campo, verificou-se que:

 Confresa não contava com eletrificação no município, apenas a Usina Gameleira possuía eletrificação própria.

 Porto Alegre do Norte não contava com eletrificação rural .

 Em Santa Terezinha, a sede da Fazenda Codiara contava com eletrificação rural e havia projeto de implantação de 80 Km de novas redes para as seguintes localidades: João Nunes, Nova Esperança e Palestina.

Região XIII

Esta região apresentou, entre 1991 e 1997, um crescimento de 97,1%, não estando contabilizado o município de Alto da Boa Vista. O incremento no número de consumidores foi de 2.045.

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O município que apresentou o maior percentual de crescimento foi Ribeirão Cascalheira: 91,5%, no mesmo período.

Em 1991, esta região detinha apenas 0,62% dos consumidores do Estado, sendo que 82,10% deles, dentro da própria região, pertenciam à classe residencial.

Em relação ao Estado, a participação das classes de consumidores era a seguinte:

 classe residencial : 0,60%;

 classe industrial : 0,50%;

 classe comercial : 0,72%;

 classe rural : 0,15%

 outros : 1,66%.

Numa das regiões com menor consumo relativo de energia elétrica no Estado, verificou-se, quando da pesquisa de campo, que Ribeirão Cascalheira contava com eletrificação rural, operada pela Prefeitura Municipal, apenas na localidade de Novo Paraíso e que São Félix do Araguaia e São José do Xingu não dispunham de eletrificação rural.

3.4. PROJETOS DE IMPLANTAÇÃO/EXTENSÃO DE REDES DE SERVIÇOS PÚBLICOS

Entre os principais projetos do Governo do Estado, em 1997, destacava-se o de implantação do Linhão de energia que deveria beneficiar todo o norte do Estado, que sofria com racionamento de energia em grande parte do dia.

O programa energético a ser implantado totalizava investimentos da ordem de R$ 97 milhões, apenas em 1997.

Além da implantação do Linhão Colíder - Alta Floresta, deveria ser ainda implantado o Linhão de Água Boa a Nova Xavantina, no Vale do Araguaia.

Do programa energético do Estado, faziam ainda parte, a recuperação dos geradores termoelétricos e o remanejamento dos grupos geradores das cidades que foram interligadas ao Sistema Energético Nacional - caso de Alta Floresta, para atender outros municípios como Juína e Juara.

A partir de 1997, a CEMAT encampou 15 novos municípios e previa, para 1998, a entrada em operação da usina termoelétrica de Cuiabá, inicialmente movida a óleo diesel e posteriormente alimentada por um ramal do Gasoduto Brasil-Bolívia.

Quanto ao saneamento básico, havia o Projeto de Desenvolvimento Sustentável do Pantanal, financiado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Este projeto deveria contar com 100 milhões de dólares dos US$ 200 milhões de investimentos previstos para saneamento, e infra-estrutura e meio ambiente, na região do Pantanal Matogrossense.

Este investimento, integrado ao PRODEAGRO, deveria financiar projetos de saneamento em diversos municípios pantaneiros, diminuindo a poluição do Rio Paraguai, e outros de infra-estrutura que viessem a estimular o desenvolvimento sócio-econômico da região.

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Através da pesquisa realizada em 54 sedes urbanas dos municípios do Estado, distribuídas pelas treze regiões homogêneas de pesquisa, verificou-se que grande parte desses municípios não possuía nenhum tipo de projeto de extensão de redes de serviços públicos em seus territórios.

Este fato decorre da falta de possibilidade de empenho financeiro tanto do poder público municipal quanto do estadual, estando a maioria dos investimentos vinculados ao Governo Federal e a investimentos de organismos internacionais e/ ou bancos de investimento.

A seguir são apresentados os planos e projetos em execução ou aguardando verbas para execução em cada um dos municípios pesquisados.

Na Região 13, os municípios pesquisados não possuíam, em 1997, nenhum projeto de extensão de redes de serviço público, apesar de nenhum deles possuir tratamento de água ou rede de esgotos.

Dos 54 municípios pesquisados, 33 apresentavam algum tipo de projeto de implantação ou extensão de redes de serviços públicos.

Dos 33 municípios com algum tipo de projeto, 11 apresentaram projetos relacionados ao abastecimento de água, sendo 3 de captação, 2 de implantação de rede e 6 de ampliação de rede; 7 municípios apresentaram projetos de esgotamento sanitário, sendo que todos eram para implantação de rede.

Dos 8 municípios que tinham projetos destinados à disposição final de resíduos sólidos, 4 diziam respeito a Usinas de Reciclagem, 3 a coleta seletiva e 1 a implantação de aterro sanitário.

Dos municípios pesquisados, treze possuíam projetos de expansão de rede de eletrificação rural e 19 de expansão de linhas tronco e de telefonia móvel.

3.4.1. Projetos de Ampliação das Condições de Atendimento por Serviços Públicos, por Município Pesquisado e Região de Pesquisa

Região I

Alta Floresta

 Abastecimento de Água Projeto : Ampliação de rede de água Extensão : 2Km Domicílios a serem atendidos : 160 Financiamento : SANEMAT

Carlinda

 Abastecimento de Água Projeto : Captação e tratamento de água Domicílios a serem atendidos: 1.000 Financiamento : FNS

 Eletrificação rural Extensão: 50 Km

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Comunidades Atendidas : Cruzeiro do Sul, Setor Galiléia, Setor Canaã, Padre Geraldo e Galiléia.

 Telefonia Projeto : Extensão de linhas-tronco Expansão do Atendimento: 100 linhas Castanheira

 Abastecimento de água Projeto : Implantação de rede de abastecimento de Água Domicílios a serem atendidos : 1.000 Extensão : 21 Km Financiamento : FNS

 Esgotamento Sanitário Projeto : Implantação de rede de esgoto. Domicílios a serem atendidos : 800 Extensão : 6 Km Financiamento : SUDAM

 Telefonia Projeto : Extensão de linhas tronco Expansão do atendimento: 100 linhas Juina

 Abastecimento de água Projeto : Ampliação do Sistema de Tratamento de Água - Construção de duas ETA's e rede de abastecimento de Água Domicílios a serem atendidos : 5.028 Extensão : 55,5 Km Financiamento : Governo do Estado

 Telefonia Projeto : Extensão de linhas tronco Expansão de atendimento: 500 linhas

Projeto : Extensão de linhas de telefonia celular Expansão de atendimento: 400 linhas

Juruena

 Abastecimento de Água Projeto : Instalação de rede de abastecimento de água Domicílios a serem atendidos : 800 Extensão : 22 Km Financiamento : FNS

Peixoto de Azevedo

 Lixo Projeto : Usina de Reciclagem e Preservação Ambiental Financiamento : Convênio com Universidade de Viçosa

Região II

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Juara

 Telefonia Projeto : Ampliação de linhas tronco Expansão de atendimento: 1.000 linhas

Novo Horizonte

 Eletrificação rural Extensão: 80 Km Comunidades Atendidas : Brasil Novo, Tabajara II e III, Fértil e Carvalho I, II, III. Sinop

 Telefonia Projeto : Extensão de linhas de telefonia celular Expansão de atendimento: 500 linhas

Vera

 Abastecimento de Água Projeto : Ampliação de rede de água Domicílios a serem atendidos : 1.500 Extensão : 11 Km Financiamento : FNS

 Eletrificação rural Extensão: 4 Km Comunidades Atendidas : Vale do Rio Caiubi Região I I I

Diamantino

 Eletrificação rural Extensão: 20 Km Comunidades Atendidas : Gleba Bojuí.

Sorriso

 Lixo Projeto : Coleta Seletiva Domicílios a serem atendidos : 5.000 Financiamento : FNS/ Prefeitura Municipal

 Telefonia Projeto : Ampliação de Troncos Expansão de atendimento: 800 linhas

Tangará da Serra

 Esgotamento Sanitário Projeto : Implantação de rede de esgoto e Estação de Tratamento. Domicílios a serem atendidos : 5.400 Extensão : 42 Km Financiamento : CEF

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 Telefonia Projeto : Ampliação da Central telefônica Expansão de atendimento: 2.000 linhas

Região IV

Chapada dos Guimarães

 Esgotamento Sanitário Projeto : Implantação de rede de esgoto. Domicílios a serem atendidos : 4.000 Extensão : 6 Km Financiamento : CEF

 Lixo Projeto : Usina de Reciclagem Domicílios a serem atendidos : 6.000 Financiamento : PRODEAGRO

 Eletrificação rural Extensão: 80 Km Comunidades Atendidas : Região de Manso.

 Telefonia Projeto : Ampliação de troncos e telefonia celular Expansão de atendimento: 10.000 linhas

Cuiabá

 Lixo Projeto : Central de Destinação Final de Resíduos Sólidos Domicílios Atendidos : 84% da cidade Financiamento : Banco Mundial / PRODEAGRO

Jangada

 Lixo Projeto : Aterro Sanitário Domicílios Atendidos : 3.200 Financiamento : Prefeitura Municipal e Governo Estadual

 Telefonia Projeto : Ampliação de troncos Expansão de atendimento: 50 linhas

Nobres

 Abastecimento de Água Projeto : Ampliação de rede de água Domicílios a serem atendidos : 400 Extensão : 3,7 Km Financiamento : Prefeitura Municipal

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 Eletrificação rural Extensão: 8 Km Comunidades Atendidas : Coqueiral.

 Telefonia Projeto : Ampliação de troncos e telefonia rural Expansão de atendimento: 400 linhas

Nossa Senhora do Livramento

 Abastecimento de Água Projeto : Ampliação de rede de água e número de poços artesianos Domicílios Atendidos : 30% do total Extensão : 20 Km Financiamento : FNS

 Eletrificação rural Extensão: 20 Km Comunidades Atendidas : Faval.

Região V

Primavera do Leste

 Esgotamento Sanitário Projeto : Implantação de rede de esgotos na área central. Domicílios a serem atendidos : 2.064 Extensão : 33 Km Financiamento : CEF

 Lixo Projeto : Coleta Seletiva Domicílios Atendidos : 3.000 Financiamento : Prefeitura Municipal

 Telefonia Projeto : Ampliação de troncos e telefonia celular Expansão de atendimento: 600 linhas

Região V I

Cocalinho

 Eletrificação rural Extensão: 80 Km Comunidades Atendidas : MT 326

Região V II

Barra do Garças

 Abastecimento de Água Projeto : Ampliação de rede de água e Ampliação da ETA Domicílios a serem atendidos : 200

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Extensão : 7 Km Financiamento : SANEMAT / CEF

Canarana

 Abastecimento de Água Projeto : Captação de água Domicílios Atendidos : 4.000 Extensão : 8 Km Financiamento : Prefeitura Municipal

Gaúcha do Norte

 Lixo Projeto : Implantação de Coleta de Lixo e área para disposição final Domicílios a serem atendidos : 200 Financiamento : Prefeitura Municipal

 Telefonia Projeto : Ampliação de troncos Expansão de atendimento: 100 linhas

Nova Brasilândia

 Eletrificação rural Extensão: 40 Km Comunidades Atendidas : Lote11 (área de assentamento do Incra)

Paranatinga

 Eletrificação rural Extensão: 25 Km Comunidades Atendidas : Água Emendada

 Telefonia Projeto : Ampliação de troncos Expansão de atendimento: 200 linhas

Região V I I I

Mirassol D'oeste

 Telefonia Projeto : Ampliação de troncos Expansão de atendimento: 350 linhas

Reserva do Cabaçal

 Abastecimento de Água Projeto : Captação de água Domicílios a serem atendidos : 11 Extensão : 0,4 Km Financiamento : SANEMAT

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Região IX

Cáceres

 Esgotamento Sanitário Projeto : Implantação de rede de esgoto Domicílios a serem atendidos : 2.200 Extensão : 22 Km Financiamento : Governo Federal

 Eletrificação rural Extensão: 54 Km Comunidades Atendidas : Distritos de Horizonte D’Oeste e Curvelândia, Comunidades de São Gonçalves, Mesquita, Aranha, São Francisco, Clavino Manoel Macena, Novo Panorama, Santa Luzia, São Francisco, Fazendas Duas Lagoas e Araçatuba.

 Telefonia Projeto : Ampliação de troncos Expansão de atendimento: 1.500 linhas

Projeto : Ampliação de telefonia celular Expansão de atendimento: 450 linhas

Região X

Pontes e Lacerda

 Esgotamento Sanitário Projeto : Implantação de rede de esgoto na área central Domicílios a serem atendidos : 3.200 Extensão : 33 Km Financiamento : Governo Federal e SANEMAT

 Telefonia Projeto : Ampliação de troncos Expansão de atendimento: 700 linhas

Projeto : Ampliação de telefonia celular Expansão de atendimento : 200 linhas

Vila Bela

 Telefonia Projeto : Implantação de telefonia celular Expansão de atendimento: 200 linhas Região X I

Barra dos Bugres

 Esgotamento Sanitário Projeto : Implantação de rede de esgoto Domicílios a serem atendidos : 6.000 Extensão : 9 Km Financiamento : Governo Estadual

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 Lixo Projeto : Implantação de Usina de Reciclagem Domicílios a serem atendidos : 17.000 Financiamento : Prefeitura Municipal

 Eletrificação rural Extensão: 18 Km Comunidades Atendidas : Bezerro Branco, Córrego das Cruzes, Queimado e São José.

 Telefonia Projeto : Ampliação de troncos e telefonia celular Expansão de atendimento: 3.000 linhas

Região X I I

Confresa

 Telefonia Projeto : Ampliação de troncos Expansão de atendimento: 120 linhas

Santa Terezinha

 Eletrificação rural Extensão: 80 Km Comunidades Atendidas : João Nunes, Nova Esperança e Palestina.

3.5. ÁREAS CRÍTICAS

Para a elaboração dos cartogramas referentes ao atendimento por serviços públicos de infra-estrutura, foram analisados alguns indicadores: participação dos domicílios com atendimento adequado por abastecimento de água, com coleta de lixo e com energia elétrica domiciliar.

3.5.1. Abastecimento Adequado de Água

O SUS determina que, além das ações de prevenção individual (imunização, preservativos contra AIDS etc.), sejam desenvolvidas também ações coletivas e intersetoriais que visem à redução dos fatores de risco e que interfiram direta ou indiretamente na saúde da população, tais como saneamento básico, educação em saúde, segurança no trabalho etc.

Segundo essa perspectiva, as obras de saneamento básico devem seguir critérios epidemiológicos e ambientais e estar voltadas à promoção da saúde e à prevenção e controle de doenças e agravos, principalmente no que concerne à redução da mortalidade infantil. Condições sanitárias adequadas nas áreas urbana e rural estão intimamente associadas à redução e controle de: esquistossomose, leishmaniose, diarréias, verminoses, escabioses, conjuntivites etc.

No Estado de Mato Grosso, a situação do saneamento básico é extremamente precária e seus reflexos na saúde da população evidenciam-se na alta incidência de doenças infecto-parasitárias que, em 1996, por exemplo, foram a principal causa da mortalidade de crianças na faixa etária de 1 a 4 anos.

70

Pode-se observar pelo Quadro 030 e Mapa 001 que, em relação ao indicador de abastecimento adequado de água, em 1991 somente 10 municípios apresentavam quanto a este índice médias iguais ou superiores à do Estado (83,3%), sendo que Lucas do Rio Verde apresentava a melhor performance, com 97,7%.

QUADRO 030 INDICADOR DE CONDIÇÃO DE VIDA – ÁGUA MATO GROSSO - MUNICÍPIOS E REGIÃO – 1991

ABASTECIMENTO ADEQUADO MUNICÍPIO UF DE ÁGUA 1991

REGIÃO I Paranaíta MT 75,7 Alta Floresta MT 71,8 Matupá MT 68,9 Juruena MT 68,7 Colíder MT 67,6 Aripuanã MT 66,80 Guarantã do Norte MT 55,3 Terra Nova do Norte MT 52,8 Apiacás MT 50,4 Juína MT 50,3 Peixoto de Azevedo MT 40,4 Nova Canãa do Norte MT 26,6 Castanheira MT 19,3 REGIÃO II Cláudia MT 87,0 Vera MT 82,6 Itaúba MT 80,4 Porto dos Gaúchos MT 70,2 Sinop MT 69,9 Brasnorte MT 59,0 Juara MT 54,0 Marcelândia MT 45,8 Novo Horizonte do Norte MT 30,0 REGIÃO III Lucas do Rio Verde MT 97,7 Campo Novo do Parecis MT 91,6 Nova Mutum MT 88,7 Sorriso MT 87,1 Tapurah MT 81,1 São José do Rio Claro MT 78,3 Tangará da Serra MT 75,2 Nortelândia MT 73,5 Diamantino MT 72,7 Comodoro MT 59,5 REGIÃO IV Jangada MT 88,4 Cuiabá MT 81,3 (continua...)

71

QUADRO 030 INDICADOR DE CONDIÇÃO DE VIDA – ÁGUA MATO GROSSO - MUNICÍPIOS E REGIÃO – 1991 (...continuação)

ABASTECIMENTO ADEQUADO MUNICÍPIO UF DE ÁGUA 1991

Chapada dos Guimarães MT 78,7 Rosário Oeste MT 63,8 Várzea Grande MT 63,7 Acorizal MT 55,4 Nobres MT 53,0 Nossa Senhora do Livramento MT 33,9 REGIÃO V Itiquira MT 96,0 Campo Verde MT 83,3 Rondonópolis MT 79,9 Primavera do Leste MT 78,4 Pedra Preta MT 75,2 Jaciara MT 74,5 Guiratinga MT 70,7 Alto Araguaia MT 70,3 Alto Garças MT 65,3 Alto Taquari MT 63,7 Juscimeira MT 62,0 Poxoréo MT 53,0 Dom Aquino MT 47,0 Tesouro MT 35,0 Novo São Joaquim MT 34,5 General Carneiro MT 33,0 REGIÃO VI Araguaiana MT 44,9 Cocalinho MT 36,1 REGIÃO VII Barra do Garças MT 83,8 Canarana MT 79,6 Nova Xavantina MT 76,1 Água Boa MT 62,3 Torixoréu MT 61,2 Ponte Branca MT 48,1 Paranatinga MT 46,7 Araguainha MT 42,6 Campinápolis MT 42,6 Nova Brasilândia MT 34,3 REGIÃO VIII Araputanga MT 79,8 Rio Branco MT 66,7 Figueirópolis D'Oeste MT 65,5 São José dos Quatro Marcos MT 63,4 Jauru MT 60,3 (continua...)

72

QUADRO 030 INDICADOR DE CONDIÇÃO DE VIDA – ÁGUA MATO GROSSO - MUNICÍPIOS E REGIÃO – 1991 (...continuação) ABASTECIMENTO MUNICÍPIO UF ADEQUADO DE ÁGUA 1991 Reserva do Cabaçal MT 60,0 Salto do Céu MT 57,2 Mirassol d'Oeste MT 54,7 Indiavaí MT 42,1 Porto Esperidião MT 33,1 REGIÃO IX Cáceres MT 55,7 Santo Antônio do Leverger MT 55,5 Poconé MT 38,1 Barão de Melgaço MT 29,8 REGIÃO X Pontes e Lacerda MT 64,9 Vila Bela da Santíssima Trindade MT 31,7 REGIÃO XI Denise MT 83,5 Arenápolis MT 62,3 Barra do Bugres MT 44,2 Nova Olímpia MT 37,8 Alto Paraguai MT 33,5 REGIÃO XII Vila Rica MT 46,2 Santa Terezinha MT 26,2 Porto Alegre do Norte MT 8,3 REGIÃO XIII São Félix do Araguaia MT 61,0 Ribeirão Cascalheira MT 44,3 Luciára MT 35,2 Brasil BR 83,9 Mato Grosso 83,3 FONTE: PNUD/IPEA/FJP - Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil, 1998

A sede do Estado, Cuiabá, apresentava 81,3% de seus domicílios com instalações adequadas de água, estando entre os municípios com média superior ao Estado.

Com participações inferiores a média estadual, mas ainda com mais de 60% de domicílios com abastecimento adequado de água, encontravam-se 42 municípios.

Com menos de 60% de seus domicílios com abastecimento adequado de água estavam 43 municípios, 5 deles apresentando participações inferiores a 30%.

Esses 43 municípios, encontravam-se distribuidos por todas as regiões do Estado: nas regiões 1, 7,11 e 13 representavam respectivamente 54%, 50%, 60% e 66% do total de municípios da região. Nas regiões 6, 9, 10 e12 a totalidade dos municípios apresentava participações inferiores a 60%, sendo que a pior situação do Estado era encontrada no município de Porto Alegre do Norte (8,3%) na Região 13.

LEGENDA

N AMAZONAS Mais de 90 %

8

PARÁ De 60 % a 90 % I 62 De 30 % a 60 % 45 35 I3 3 50 95 65 De 10 % a 30 % 89 56 XII 80 43 27 Menos de 10 % 23 49 TOCANTINS 38 69 48 60 70 II 44 2525 Limite regional RONDÔNIA XIII 85 82 II Limite Municipal Vigente em 1991 17 83 88 93 FONTE : PNUD / IPEA / FJP - Atlas do desenvolvimento Humano no Brasil, 1998

86 75 47 28 III 22 20 63 VII 26 57 VI 31 2 52 12 53 19 87 94 30 78 55 59 74 58 6 IV 24 37 79 15 61 XI 1 73 9 42 11 76 41 21 68 16 GOIÁS 33 29 X 84 92 34 32 VIII 54 51 40 72 90 71 V 91 BOLÍVIA 46 77 36 18 81 66 67 14 IX 64 5 10

0 50 100 250 Km 39 4

MATO GROSSO DO SUL 7

1 - ACORIZAL 20 - CAMPO NOVO DO PARECIS 39 - ITIQUIRA 58 - NOVA OLÍMPIA 77 - RONDONÓPOLIS

2 - ÁGUA BOA 21 - CAMPO VERDE 40 - JACIARA 59 - NOVA XAVANTINA 78 - ROSÁRIO OESTE

3 - ALTA FLORESTA 22 - CANARANA 41 - JANGADA 60 - NOVO HORIZONTE DO NORTE 79 - SALTO DO CÉU

4 - ALTO ARAGUAIA 23 - CASTANHEIRA 42 - JAURU 61 - NOVO SÃO JOAQUIM 80 - SANTA TEREZINHA

5 - ALTO GARÇAS 24 -CHAPADA DOS GUIMARÃES 43 - JUARA 62 - PARANAITA 81 - SANTO ANTÔNIO DO LEVERGER

6 - ALTO PARAGUAI 25 - CLÁUDIA 44 - JUÍNA 63 - PARANATINGA 82 - SÃO FÉLIX DO ARAGUAIA 7 - ALTO TAQUARI 26 - COCALINHO 45 - JURUENA 64 - PEDRA PRETA 83 - SÃO JOSÉ DO RIO CLARO Mapa 001 8 - APIACÁS 27 - COLÍDER 46 - JUSCIMEIRA 65 - PEIXOTO DE AZEVEDO 84 - SÃO JOSÉ DOS QUATRO MARCOS TÍTULO 9 - ARAGUAIANA 28 - COMODORO 47 - LUCAS DO RIO VERDE 66 - POCONÉ 85 - SINOP PORCENTAGEM DA POPULAÇÃO QUE VIVE EM DOMICÍLIOS COM 10 - ARAGUAINHA 29 - CUIABÁ 48 - LUCIARA 67 - PONTE BRANCA 86 - SORRISO ABASTECIMENTO ADEQUADO DE ÁGUA - 1991 11 - ARAPUTANGA 30 - DENISE 49 - MARCELÂNDIA 68 - PONTES E LACERDA 87 - TANGARÁ DA SERRA

12 - ARENÁPOLIS 31 - DIAMANTINO 50 - MATUPÁ 69 - PORTO ALEGRE DO NORTE 88 - TAPURAH MINISTÉRIO DA BIRD BANCO INTERNACIONAL PARA RECONSTRUÇÃO E DESENVOLVIMENTO 13 - ARIPUANÃ 32 - DOM AQUINO 51 - MIRASSOL D'OESTE 70 - PORTO DOS GAÚCHOS 89 - TERRA NOVA DO NORTE INTEGRAÇÃO NACIONAL 14 - BARÃO DE MELGAÇO 33 - FIGUEIRÓPOLIS D'OESTE 52 - NOBRES 71 - PORTO ESPERIDIÃO 90 - TESOURO

15- BARRA DO BUGRES 34 - GENERAL CARNEIRO 53 - NORTELÂNDIA 72 - POXORÉO 91 - TORIXORÉU GOVERNO DO ESTADO DE MATO

16 - BARRA DO GARÇAS 35 - GUARANTÃ DO NORTE 54 - NOSSA SRA. DO LIVRAMENTO 73 - PRIMAVERA DO LESTE 92 - VÁRZEA GRANDE GROSSO SECRETARIA DE ESTADO DE PLANEJAMENTO E

17 - BRASNORTE 36 - GUIRATINGA 55 - NOVA BRASILÂNDIA 74 - RESERVA DO CABAÇAL 93 - VERA COORDENAÇÃO GERAL

18 - CÁCERES 37 - INDIAVAÍ 56 - NOVA CANAÃ DO NORTE 75 - RIBEIRÃO CASCALHEIRA 94 - VILA B. DA SANTÍSSIMA TRINDADE ZONEAMENTO SÓCIO-ECONÔMICO ECOLÓGICO

19 - CAMPINÁPOLIS 38 - ITAÚBA 57 - NOVA MUTUM 76 - RIO BRANCO 95 - VILA RICA Projeto de Desenvolvimento Agroambiental do Estado de Mato Grosso PRODEAGRO 2000 Engenharia S. A. 74

O Quadro 031 mostra a situação dos municípios pesquisados em 1997, por tipo de tratamento dado à água distribuída à população.

QUADRO 031 NÚMERO DE MUNICÍPIOS/PORCENTAGEM DE DISTRIBUIÇÃO (REDE) POR TIPO DE TRATAMENTO DE ÁGUA

TIPO DE TRATAMENTO NÚMERO DE MUNICÍPIOS

Porcentagem de atendimento da rede 0 a 20% 21 a 30% 31 a 50% 51 a 70% 71 a 85% 86 a 99% 100% existente

Tratamento convencional 1 2 3 9 8 9

Só cloração 1 4 1 3

Poço artesiano sem tratamento 1 1 1 3

Outras fontes s/ tratamento 1

Poço comum s/ rede de distribuição(*) 13 6 3 3 1

FONTE: CNEC – Pesquisa nas sedes Urbanas, 1997 (*) poço comum e outras fontes normalmente são utilizadas pela população não atendida pela rede de distribuição. Neste caso, aos poços comuns, que são a grande maioria, foram agrupadas outras fontes de captação como rios, minas etc.

Verifica-se que 49 dos municípios pesquisados (92,5%) possuem alguma rede de distribuição de água. Nos restantes, a população se abastece através de poços comuns, minas, rios etc.

Dentre os 15 (28%) que possuem rede de distribuição que atende toda a população da sede urbana, apenas 9 possuem tratamento convencional e desinfecção com cloro, 3 têm apenas desinfecção com cloro e; em outros 3, a água é captada de poços artesianos e distribuída sem qualquer tipo de tratamento.

Dos 24 municípios com rede de distribuição de água capaz de atender entre 71% e 99% da população, 17 (71%) possuem tratamento convencional e cloração; 5 (21%), só cloração; um município (Carlinda) tem a água captada em poço artesiano e outro (Canarana) em uma nascente; em ambos a água é distribuída sem qualquer tipo de tratamento.

Apenas 4 municípios possuem redes de distribuição capazes de atender entre 50% a 70% da população urbana. Neles, a água distribuída é tratada e clorada. Três outros municípios contam com redes de abastecimento de água com capacidade para atender menos da metade de sua população. Destes, apenas 1 possui tratamento convencional e cloração; os outros 2 captam água de poço artesiano e a distribuem sem qualquer tipo de tratamento.

A situação do abastecimento inadequado de água, nos municípios de Mato Grosso, é agravada pela do esgoto, cujo lançamento sem tratamento, em cursos d'água, pode comprometer mananciais.

A grande maioria dos municípios do Estado encontra-se em condições extremamente desfavoráveis, como se pode observar pelo Quadro 003 - Anexo2.

Verifica-se que, em relação ao destino dado ao esgoto, somente o município de Campo Verde, na Região V, apresentava, em 1991, participação de domicílios com instalações adequadas de esgoto superior à do Estado e os municípios de Rondonópolis e Cuiabá na Região III com participações superiores a média do País.

75

Dos 95 municípios existentes em 1991, 68 (71,5%) apresentavam participações de domicílios com instalações sanitárias adequadas inferiores a 10% do total de seus domicílios, sendo que, em 27, essa participação era nula.

Todas as regiões do Estado podem ser consideradas críticas quanto a solução dada ao esgoto, destacando-se as regiões 8, 9 e 10.

Na pesquisa de campo realizada em 1997 verificou-se que apenas 11 dos 54 municípios pesquisados possuem alguma rede coletora de esgotos. Em nenhum deles, porém, a rede é suficiente para atender a toda população da sede urbana. Merece destaque o município de Mirassol d’Oeste, cuja rede coletora atende 91% da população urbana, sendo o único município que possui estação de tratamento (lagoa de estabilização) com capacidade suficiente para processar todo o esgoto coletado.

Tangará da Serra possui uma rede coletora de 19 km, porém ela é totalmente ociosa – existe a rede, mas nenhuma ligação foi feita. O mesmo ocorre com Barra do Bugres, que conta com 1,9 km de rede coletora e nenhuma ligação.

Nos municípios onde existe rede coletora, a destinação final do esgoto é problemática. Com exceção de Mirassol d’Oeste, os municípios que contam com alguma forma de tratamento de esgoto só o fazem parcialmente, lançando o restante dos dejetos em cursos d’água.

É importante salientar que abaixo dos pontos de lançamento de esgoto, tratados ou não, a água dos rios e córregos normalmente é usada para abastecimento humano, irrigação, pesca e banho.

3.5.2. Coleta de Lixo

Um sistema regular de coleta de lixo urbano (domiciliar e hospitalar) e destinação final adequada contribuem significativamente para a redução da incidência de casos de: cisticercose, cólera, dengue, febre amarela, febre tifóide, leishmaniose, leptospirose, peste, salmonelose, teníase e toxoplasmose.

Como se observa pelo Quadro 032 e Mapa 002, dos 95 municípios existentes em 1991, somente o município de Cuiabá possuía 84,21% de seus domicílios com coleta regular de lixo e apenas 5,48% do lixo era jogado em terrenos baldios e/ou rios e córregos, um dos menores percentuais do Estado (Quadro 004 – Anexo 2).

Do total de municípios, 15,7% possuía percentual de lixo coletado acima do percentual do Estado (47,85%), bem abaixo do considerado desejável.

76

QUADRO 032 COLETA DE LIXO POR REGIÃO – TOTAL URBANO E RURAL

DESTINO DO LIXO COLETADO MUNICÍPIOS TOTAL URBANO RURAL TOTAL URBANO RURAL %TOTAL REGIÃO I 67037 38533 28504 22729 22579 150 33,91 Paranaíta 2710 1513 1197 1305 1305 0 48,15 Alta Floresta 15126 8763 6363 6929 6889 40 45,81 Matupá 2489 1705 784 1483 1481 2 59,58 Juruena 1476 667 809 507 496 11 34,35 Colíder 7122 3767 3355 2680 2658 22 37,63 Aripuanã 3307 1035 2272 442 440 2 13,37 Guarantã do Norte 5351 2463 2888 782 778 4 14,61 Terra Nova do Norte 4892 1821 3071 820 768 52 16,76 Apiacás 1822 1154 668 883 880 3 48,46 Juína 8574 5974 2600 1281 1281 0 14,94 Peixoto de Azevedo 9006 7604 1402 5060 5049 11 56,18 Nova Canãa do Norte 3267 1251 2016 263 263 0 8,05 Castanheira 1895 816 1079 294 291 3 15,51 REGIÃO II 26782 16535 10247 9676 9627 49 36,13 Cláudia 2175 853 1322 696 688 8 32,00 Vera 2630 784 1846 505 476 29 19,20 Itaúba 1643 499 1144 240 240 0 14,61 Porto dos Gaúchos 1637 776 861 455 451 4 27,79 Sinop 9260 8025 1235 5550 5550 0 59,94 Brasnorte 1532 875 657 205 205 0 13,38 Juara 4970 3484 1486 1453 1453 0 29,24 Marcelândia 1994 942 1052 494 486 8 24,77 Novo Horizonte do Norte 941 297 644 78 78 0 8,29 REGIÃO III 32745 21380 11365 14901 14352 549 45,51 Lucas do Rio Verde 1703 1053 650 724 714 10 42,51 Campo Novo do Parecis 1851 588 1263 836 483 353 45,16 Nova Mutum 1420 526 894 466 389 77 32,82 Sorriso 4087 2769 1318 2186 2178 8 53,49 Tapurah 1989 295 1694 6 2 4 0,30 São José do Rio Claro 3710 2407 1303 1395 1395 0 37,60 Tangará da Serra 9350 7548 1802 5786 5784 2 61,88 Nortelândia 2245 2020 225 862 826 36 38,40 Diamantino 4146 2909 1237 2001 1983 18 48,26 Comodoro 2244 1265 979 639 598 41 28,48 REGIÃO IV 147154 136356 10798 104038 103763 275 70,70 Jangada 1065 430 635 4 4 0 0,38 Cuiabá 96136 94320 1816 80959 80905 54 84,21 Chapada dos Guimarães 3016 1193 1823 786 782 4 26,06 Rosário Oeste 4353 2382 1971 1109 1108 1 25,48 Várzea Grande 35734 34314 1420 19633 19422 211 54,94 Acorizal 1189 628 561 77 77 0 6,48 Nobres 3367 2353 1014 1261 1259 2 37,45 Nossa Senhora do Livramento 2294 736 1558 209 206 3 9,11 REGIÃO V 69619 54648 14971 35239 34678 561 50,62 (...continua)

77

QUADRO 032 COLETA DE LIXO POR REGIÃO – TOTAL URBANO E RURAL (continuação...) DESTINO DO LIXO COLETADO MUNICÍPIOS TOTAL URBANO RURAL TOTAL URBANO RURAL %TOTAL REGIÃO V Itiquira 2216 768 1448 926 513 413 41,79 Campo Verde 1618 781 837 533 519 14 32,94 Rondonópolis 30834 27546 3288 19939 19885 54 64,67 Primavera do Leste 3146 2393 753 1917 1878 39 60,93 Pedra Preta 2831 1906 925 921 889 32 32,53 Jaciara 5388 4761 627 2328 2327 1 43,21 Guiratinga 3529 2884 645 1585 1582 3 44,91 Alto Araguaia 2740 2121 619 1493 1493 0 54,49 Alto Garças 2118 1726 392 1075 1075 0 50,76 Alto Taquari 803 522 281 272 272 0 33,87 Juscimeira 2676 1815 861 1161 1159 2 43,39 Poxoréo 5804 3864 1940 1637 1636 1 28,20 Dom Aquino 2214 1740 474 757 757 0 34,19 Tesouro 1101 756 345 244 244 0 22,16 Novo São Joaquim 1609 573 1036 279 278 1 17,34 General Carneiro 992 492 500 172 171 1 17,34 REGIÃO VI 2156 997 1159 611 561 50 28,34 Araguaiana 810 452 358 270 242 28 33,33 Cocalinho 1346 545 801 341 319 22 25,33 REGIÃO VII 34057 23480 10577 11821 11778 43 34,71 Barra do Garças 11301 10433 868 5933 5933 0 52,50 Canarana 2901 1638 1263 1093 1091 2 37,68 Nova Xavantina 4399 3140 1259 1852 1852 0 42,10 Água Boa 3832 1859 1973 1522 1486 36 39,72 Torixoréu 2072 1338 734 521 520 1 25,14 Ponte Branca 966 710 256 63 63 0 6,52 Paranatinga 3793 2068 1725 546 544 2 14,39 Araguainha 354 274 80 2 2 0 0,56 Campinápolis 2389 983 1406 23 22 1 0,96 Nova Brasilândia 2050 1037 1013 266 265 1 12,98 REGIÃO VIII 25655 14849 10806 7862 7752 110 30,65 Araputanga 2898 1716 1182 1505 1418 87 51,93 Rio Branco 2707 1230 1477 285 284 1 10,53 Figueirópolis D’Oeste 1230 448 782 253 253 0 20,57 São José dos Quatro Marcos 5209 3409 1800 2359 2346 13 45,29 Jauru 2868 1309 1559 301 300 1 10,50 Reserva do Cabaçal 706 423 283 46 46 0 6,52 Salto do Céu 1666 632 1034 43 43 0 2,58 Mirassol d’Oeste 6071 4999 1072 2788 2785 3 45,92 Indiavaí 497 252 245 129 129 0 25,96 Porto Esperidião 1803 431 1372 153 148 5 8,49 REGIÃO IX 28854 18161 10693 9323 9300 23 32,31 Cáceres 16996 12070 4926 6124 6116 8 36,03 Santo Antônio do Leverger 3594 948 2646 478 463 15 13,30 Poconé 6413 4484 1929 2371 2371 0 36,97 Barão de Melgaço 1851 659 1192 350 350 0 18,91 REGIÃO X 11260 5847 5413 3215 2750 465 28,55 Pontes e Lacerda 7905 4958 2947 2871 2480 391 36,32 (...continua)

78

QUADRO 032 COLETA DE LIXO POR REGIÃO – TOTAL URBANO E RURAL (continuação...) DESTINO DO LIXO COLETADO MUNICÍPIOS TOTAL URBANO RURAL TOTAL URBANO RURAL %TOTAL Vila Bela da Santíssima Trindade 3355 889 2466 344 270 74 10,25 REGIÃO XI 16074 11491 4583 5909 5875 34 36,76 Denise 1058 807 251 575 574 1 54,35 Arenápolis 4557 3696 861 1944 1940 4 42,66 Barra do Bugres 5026 3459 1567 1890 1886 4 37,60 Nova Olímpia 2229 1271 958 987 966 21 44,28 Alto Paraguai 3204 2258 946 513 509 4 16,01 REGIÃO XII 6244 2655 3589 422 371 51 6,76 Vila Rica 2187 1023 1164 344 344 0 15,73 Santa Terezinha 2003 590 1413 73 23 50 3,64 Porto Alegre do Norte 2054 1042 1012 5 4 1 0,24 REGIÃO XIII 6530 2759 3771 1132 1100 32 17,34 São Félix do Araguaia 3368 1287 2081 958 945 13 28,44 Ribeirão Cascalheira 1933 818 1115 19 1 18 0,98 Luciara 1229 654 575 155 154 1 12,61 Mato Grosso 474167 347691 126476 226878 224486 2392 47,85 FONTE: FIBGE , Censo Demográfico, 1991

LEGENDA

N AMAZONAS Mais de 80 %

8

PARÁ De 60 % a 80 % I 62 De 47,85 % a 60 % 45 35 I3 3 50 95 65 De 20 % a 47,84 % 89 56 XII 80 43 27 Menos de 20 % 23 49 TOCANTINS 38 69 48 60 70 II 44 2525 Limite regional RONDÔNIA XIII 85 82 II Limite Municipal Vigente em 1991 17 83 88 93 FONTE : Censo Demográfico FIBGE, 1991

86 75 47 28 III 22 20 63 VII 26 57 VI 31 2 52 12 53 19 87 94 30 78 55 59 74 58 6 IV 24 37 79 15 61 XI 1 73 9 42 11 76 41 21 68 16 GOIÁS 33 29 X 84 92 34 32 VIII 54 51 40 72 90 71 V 91 BOLÍVIA 46 77 36 18 81 66 67 14 IX 64 5 10

0 50 100 250 Km 39 4

MATO GROSSO DO SUL 7

1 - ACORIZAL 20 - CAMPO NOVO DO PARECIS 39 - ITIQUIRA 58 - NOVA OLÍMPIA 77 - RONDONÓPOLIS

2 - ÁGUA BOA 21 - CAMPO VERDE 40 - JACIARA 59 - NOVA XAVANTINA 78 - ROSÁRIO OESTE

3 - ALTA FLORESTA 22 - CANARANA 41 - JANGADA 60 - NOVO HORIZONTE DO NORTE 79 - SALTO DO CÉU

4 - ALTO ARAGUAIA 23 - CASTANHEIRA 42 - JAURU 61 - NOVO SÃO JOAQUIM 80 - SANTA TEREZINHA

5 - ALTO GARÇAS 24 -CHAPADA DOS GUIMARÃES 43 - JUARA 62 - PARANAITA 81 - SANTO ANTÔNIO DO LEVERGER

6 - ALTO PARAGUAI 25 - CLÁUDIA 44 - JUÍNA 63 - PARANATINGA 82 - SÃO FÉLIX DO ARAGUAIA 7 - ALTO TAQUARI 26 - COCALINHO 45 - JURUENA 64 - PEDRA PRETA 83 - SÃO JOSÉ DO RIO CLARO Mapa 002 8 - APIACÁS 27 - COLÍDER 46 - JUSCIMEIRA 65 - PEIXOTO DE AZEVEDO 84 - SÃO JOSÉ DOS QUATRO MARCOS

9 - ARAGUAIANA 28 - COMODORO 47 - LUCAS DO RIO VERDE 66 - POCONÉ 85 - SINOP TÍTULO

10 - ARAGUAINHA 29 - CUIABÁ 48 - LUCIARA 67 - PONTE BRANCA 86 - SORRISO COLETA DE LIXO POR REGIÃO - TOTAL URBANO E RURAL - 1991

11 - ARAPUTANGA 30 - DENISE 49 - MARCELÂNDIA 68 - PONTES E LACERDA 87 - TANGARÁ DA SERRA

12 - ARENÁPOLIS 31 - DIAMANTINO 50 - MATUPÁ 69 - PORTO ALEGRE DO NORTE 88 - TAPURAH MINISTÉRIO DA BIRD BANCO INTERNACIONAL PARA RECONSTRUÇÃO E DESENVOLVIMENTO 13 - ARIPUANÃ 32 - DOM AQUINO 51 - MIRASSOL D'OESTE 70 - PORTO DOS GAÚCHOS 89 - TERRA NOVA DO NORTE INTEGRAÇÃO NACIONAL 14 - BARÃO DE MELGAÇO 33 - FIGUEIRÓPOLIS D'OESTE 52 - NOBRES 71 - PORTO ESPERIDIÃO 90 - TESOURO

15- BARRA DO BUGRES 34 - GENERAL CARNEIRO 53 - NORTELÂNDIA 72 - POXORÉO 91 - TORIXORÉU GOVERNO DO ESTADO DE MATO

16 - BARRA DO GARÇAS 35 - GUARANTÃ DO NORTE 54 - NOSSA SRA. DO LIVRAMENTO 73 - PRIMAVERA DO LESTE 92 - VÁRZEA GRANDE GROSSO SECRETARIA DE ESTADO DE PLANEJAMENTO E

17 - BRASNORTE 36 - GUIRATINGA 55 - NOVA BRASILÂNDIA 74 - RESERVA DO CABAÇAL 93 - VERA COORDENAÇÃO GERAL

18 - CÁCERES 37 - INDIAVAÍ 56 - NOVA CANAÃ DO NORTE 75 - RIBEIRÃO CASCALHEIRA 94 - VILA B. DA SANTÍSSIMA TRINDADE ZONEAMENTO SÓCIO-ECONÔMICO ECOLÓGICO

19 - CAMPINÁPOLIS 38 - ITAÚBA 57 - NOVA MUTUM 76 - RIO BRANCO 95 - VILA RICA Projeto de Desenvolvimento Agroambiental do Estado de Mato Grosso PRODEAGRO 2000 Engenharia S. A. 80

Os 79 municípios restantes apresentavam percentuais abaixo da média estadual, podendo ser considerados críticos quanto a esse indicador. Destes, 29 destacavam-se pelo alto percentual de lixo jogado em terrenos baldios e/ ou rios e córregos.

Os municípios de Santa Terezinha (79,28%), Campinápolis (73,13%), Jangada (66,76%), Novo Horizonte do Norte (56,43%) e Ponte Branca (55,49%), eram os que apresentavam os maiores percentuais de domicílios com descarte inadequado de lixo (jogado).

A região 1 é a que apresentava melhor performance quanto à coleta de lixo. Já as regiões 6, 10, 12 e 13 eram as que tinham a pior performance no Estado quanto à coleta de lixo e ao percentual jogado em rios e córregos, com destaque principalmente para as regiões 12 e 13, onde estes percentuais eram respectivamente, 51%,15% e 34,27%.

A pesquisa de campo revelou que em 74% dos municípios pesquisados o serviço de coleta de lixo atende toda a sede urbana. Em 8 municípios (15%), o serviço atende de 80% a 99% da área urbana, em outros 5 municípios (9%) o serviço atende entre 50% a 79% da área urbana. O município de Gaúcha do Norte não possui coleta de lixo urbano. Cada morador dá um destino a seu lixo – queima, joga em terrenos baldios, enterra etc.

Destes municípios, 34 (64%) queimam o lixo hospitalar (apenas 2 deles queimam-no parcialmente), 9 (17%) fazem coleta separada do lixo domiciliar e 10 (19%) coletam junto com o lixo domiciliar. Mesmo no caso dos municípios que fazem a coleta separada ou queimam o lixo hospitalar, a destinação final dos resíduos é quase sempre a mesma que a do lixo domiciliar. Alguns municípios enterram os resíduos do lixo hospitalar em vala separada.

A maioria dos municípios (66%) deposita o lixo coletado em lixões a céu aberto; 15 municípios (28%) possuem aterro controlado (depositam o lixo em valas e de tempos em tempos o cobrem com terra). Apenas Barra do Garças possui um aterro sanitário adequado. Cuiabá, dentre os municípios pesquisados, é o único a contar com uma usina de triagem e compostagem de lixo e com um projeto para a instalação de um incinerador para lixo hospitalar. Enquanto o incinerador não operar, o lixo hospitalar continuará a ser depositado no antigo aterro que continua ativo, recebendo entulhos.

Os depósitos de lixo, principalmente os lixões e aterros controlados, localizam-se muitas vezes em locais inadequados, sendo que 4 deles estão na área urbana. Muitos dos depósitos afastados da área urbana estão próximos a cursos d’água ou localizados em locais permeáveis, com perigo de contaminação do lençol freático. Vila Bela da Santíssima Trindade, por exemplo, tem seu lixão próximo ao rio Guaporé. O lixão de Juara pode contaminar o rio Arinos; o de São Félix do Araguaia pode contaminar um brejo próximo, além de inundar na época das chuvas.

Outro problema observado na destinação do lixo é a grande quantidade simplesmente depositada nas margens das estradas, na maioria dos municípios.

3.5.3. Energia

No sistema elétrico de Mato Grosso predominava a classe residencial no que se refere ao número de consumidores em 1991.

No Quadro 033 e no Mapa 003, pode-se observar a distribuição dos percentuais de consumidores da classe residencial em relação ao índice do Estado, para os consumidores abastecidos pela CEMAT.

LEGENDA

N AMAZONAS Sem Informação

8

PARÁ Acima de 84,26 % I 62 Abaixo de 84,26 % 45 35 I3 3 50 95 65

89 56 XII 80 43 27 Limite regional 23 49 TOCANTINS 38 69 48 Limite Municipal Vigente em 1991 60 70 II 44 2525 XIII FONTE : CEMAT - Centrais Elétricas Matogrossenses - Boletim Estatísitco - Acompanhamento de Mercado - 1991 RONDÔNIA 85 II 82 17 83 88 93

86 75 47 28 III 22 20 63 VII 26 57 VI 31 2 52 12 53 19 87 94 30 78 55 59 74 58 6 IV 24 37 79 15 61 XI 1 73 9 42 11 76 41 21 68 16 GOIÁS 33 29 X 84 92 34 32 VIII 54 51 40 72 90 71 V 91 BOLÍVIA 46 77 36 18 81 66 67 14 IX 64 5 10

0 50 100 250 Km 39 4

MATO GROSSO DO SUL 7

1 - ACORIZAL 20 - CAMPO NOVO DO PARECIS 39 - ITIQUIRA 58 - NOVA OLÍMPIA 77 - RONDONÓPOLIS

2 - ÁGUA BOA 21 - CAMPO VERDE 40 - JACIARA 59 - NOVA XAVANTINA 78 - ROSÁRIO OESTE

3 - ALTA FLORESTA 22 - CANARANA 41 - JANGADA 60 - NOVO HORIZONTE DO NORTE 79 - SALTO DO CÉU

4 - ALTO ARAGUAIA 23 - CASTANHEIRA 42 - JAURU 61 - NOVO SÃO JOAQUIM 80 - SANTA TEREZINHA

5 - ALTO GARÇAS 24 -CHAPADA DOS GUIMARÃES 43 - JUARA 62 - PARANAITA 81 - SANTO ANTÔNIO DO LEVERGER

6 - ALTO PARAGUAI 25 - CLÁUDIA 44 - JUÍNA 63 - PARANATINGA 82 - SÃO FÉLIX DO ARAGUAIA 7 - ALTO TAQUARI 26 - COCALINHO 45 - JURUENA 64 - PEDRA PRETA 83 - SÃO JOSÉ DO RIO CLARO Mapa 003 8 - APIACÁS 27 - COLÍDER 46 - JUSCIMEIRA 65 - PEIXOTO DE AZEVEDO 84 - SÃO JOSÉ DOS QUATRO MARCOS TÍTULO 9 - ARAGUAIANA 28 - COMODORO 47 - LUCAS DO RIO VERDE 66 - POCONÉ 85 - SINOP CONSUMIDORES RESIDENCIAIS DE ENERGIA ELÉTRICA, 10 - ARAGUAINHA 29 - CUIABÁ 48 - LUCIARA 67 - PONTE BRANCA 86 - SORRISO SEGUNDO MUNICÍPIOS E REGIÕES - 1991 11 - ARAPUTANGA 30 - DENISE 49 - MARCELÂNDIA 68 - PONTES E LACERDA 87 - TANGARÁ DA SERRA

12 - ARENÁPOLIS 31 - DIAMANTINO 50 - MATUPÁ 69 - PORTO ALEGRE DO NORTE 88 - TAPURAH MINISTÉRIO DA BIRD BANCO INTERNACIONAL PARA RECONSTRUÇÃO E DESENVOLVIMENTO 13 - ARIPUANÃ 32 - DOM AQUINO 51 - MIRASSOL D'OESTE 70 - PORTO DOS GAÚCHOS 89 - TERRA NOVA DO NORTE INTEGRAÇÃO NACIONAL 14 - BARÃO DE MELGAÇO 33 - FIGUEIRÓPOLIS D'OESTE 52 - NOBRES 71 - PORTO ESPERIDIÃO 90 - TESOURO

15- BARRA DO BUGRES 34 - GENERAL CARNEIRO 53 - NORTELÂNDIA 72 - POXORÉO 91 - TORIXORÉU GOVERNO DO ESTADO DE MATO

16 - BARRA DO GARÇAS 35 - GUARANTÃ DO NORTE 54 - NOSSA SRA. DO LIVRAMENTO 73 - PRIMAVERA DO LESTE 92 - VÁRZEA GRANDE GROSSO SECRETARIA DE ESTADO DE PLANEJAMENTO E

17 - BRASNORTE 36 - GUIRATINGA 55 - NOVA BRASILÂNDIA 74 - RESERVA DO CABAÇAL 93 - VERA COORDENAÇÃO GERAL

18 - CÁCERES 37 - INDIAVAÍ 56 - NOVA CANAÃ DO NORTE 75 - RIBEIRÃO CASCALHEIRA 94 - VILA B. DA SANTÍSSIMA TRINDADE ZONEAMENTO SÓCIO-ECONÔMICO ECOLÓGICO

19 - CAMPINÁPOLIS 38 - ITAÚBA 57 - NOVA MUTUM 76 - RIO BRANCO 95 - VILA RICA Projeto de Desenvolvimento Agroambiental do Estado de Mato Grosso PRODEAGRO 2000 Engenharia S. A. 82

QUADRO 033 CONSUMIDORES RESIDENCIAIS DE ENERGIA SEGUNDO MUNICÍPIOS E REGIÕES 1991

RESIDENCIAL MUNICÍPIO / REGIÃO TOTAL ABS. % REGIÃO I 20.677 79,25 26.092 Alta Floresta 5.268 81,50 6.464 Apiacás Aripuanã 659 77,80 847 Castanheira 381 76,51 498 Colíder 2.586 80,34 3.219 Guarantã do Norte 1.751 74,67 2.345 Juína 3.034 80,78 3.756 Juruena 304 80,21 379 Matupá 1.150 80,99 1.420 Nova Canãa do Norte 452 80,14 564 Paranaíta 1.087 79,46 1.368 Peixoto de Azevedo 2.956 74,84 3.950 Terra Nova do Norte 1.049 81,83 1.282 REGIÃO II 11.238 80,49 13.962 Brasnorte 520 82,41 631 Cláudia 621 81,18 765 Itaúba 445 75,81 587 Juara 2.470 81,71 3.023 Marcelândia 473 86,63 546 Novo Horizonte do Norte 183 74,09 247 Porto dos Gaúchos 506 81,09 624 Sinop 5.517 79,66 6.926 Vera 503 82,06 613 REGIÃO III 14926 81,33 18353 Campo Novo do Parecis Comodoro Diamantino 2.755 83,51 3.299 Lucas do Rio Verde 730 75,88 962 Nortelândia 1.728 86,44 1.999 Nova Mutum São José do Rio Claro 1.544 84,51 1.827 Sorriso 1.989 81,08 2.453 Tangará da Serra 6.180 79,10 7.813 Tapurah REGIÃO IV 127.275 87,87 144.842 Acorizal 499 82,48 605 Chapada dos Guimarães 1.078 78,46 1.374 Cuiabá 90.821 87,91 103.317 Jangada 327 78,80 415 Nobres 1.810 83,95 2.156 Nossa Senhora do Livramento 572 80,34 712 Rosário Oeste 1.984 87,87 2.258 Várzea Grande 30.184 88,76 34.005 REGIÃO V 48.675 83,28 58.446 Alto Araguaia 1.983 82,49 2.404 Alto Garças 1.496 83,62 1.789 Alto Taquari 460 66,00 697 Campo Verde 470 58,24 807 Dom Aquino 1.477 83,64 1.766 General Carneiro 395 83,51 473 Guiratinga 2.630 86,88 3.027 Itiquira 688 76,61 898 Jaciara 4.025 82,28 4.892 Juscimeira 1.634 81,86 1.996 Novo São Joaquim 287 79,06 363 Pedra Preta 1.687 74,81 2.255 (continua ...)

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QUADRO 033 CONSUMIDORES RESIDENCIAIS DE ENERGIA SEGUNDO MUNICÍPIOS E REGIÕES 1991 (...continuação) RESIDENCIAL MUNICÍPIO / REGIÃO TOTAL ABS. % Poxoréo 2.856 87,10 3.279 Poxoréo(**) 174 91,58 190 Primavera do Leste 1.734 72,10 2.405 Rondonópolis 25.784 85,50 30.156 São José do Povo 274 83,28 329 Tesouro 621 86,25 720 REGIÃO VI 668 81,56 819 Araguaiana 317 76,39 415 Cocalinho 351 86,88 404 REGIÃO VII 18.265 82,78 22.064 Água Boa 1.328 80,88 1.642 Araguainha 219 83,91 261 Barra do Garças 8.817 84,54 10.429 Campinápolis 538 80,78 666 Canarana 1.379 80,97 1.703 Nova Brasilândia 470 79,26 593 Nova Xavantina 2.268 82,83 2.738 Paranatinga 1.457 78,59 1.854 Ponte Branca 587 79,22 741 Torixoréu 908 83,38 1.089 Torixoréu(*) 294 84,48 348 REGIÃOVIII 12.638 76,69 16.479 Araputanga 1.858 76,75 2.421 Figueirópolis D'Oeste 409 68,05 601 Indiavaí 237 70,54 336 Jauru 1.074 77,38 1.388 Mirassol d'Oeste 4.228 78,01 5.420 Porto Esperidião 319 62,06 514 Reserva do Cabaçal 307 85,04 361 Rio Branco 1.097 81,87 1.340 Salto do Céu 449 80,18 560 São José dos Quatro Marcos 2.660 75,18 3.538 REGIÃO IX 15.388 83,24 18.487 Barão de Melgaço 504 88,27 571 Cáceres 10.088 84,94 11.877 Poconé 3.475 80,46 4.319 Santo Antônio do Leverger 1.321 76,80 1.720 REGIÃO X 4.168 80,28 5.192 Pontes e Lacerda 3.731 80,22 4.651 Vila Bela da Santíssima Trindade 437 80,78 541 REGIÃO XI 9.341 82,29 11.351 Alto Paraguai 1.537 86,06 1.786 Arenápolis 3.142 83,94 3.743 Barra do Bugres 3.026 78,09 3.875 Denise 797 84,61 942 Nova Olímpia 839 83,48 1.005 REGIÃO XII 1.405 83,63 1.680 Porto Alegre do Norte 395 84,22 469 Santa Terezinha 387 81,13 477 Vila Rica 623 84,88 734 REGIÃO XIII 1.729 82,10 2.106 Luciára 284 85,03 334 Ribeirão Cascalheira 485 82,20 590 São Félix do Araguaia 960 81,22 1.182 TOTAL CEMAT 286.393 84,26 339.873 FONTE: CEMAT - Centrais Elétricas Matogrossenses - Boletim Estatístico - Acompanhamento de Mercado, 1991 (*) Pontal Distrito de Torixoréu / (**) Paraíso do Leste e aparecida do Leste, Distrito de Poxoréo

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Dos 93 municípios abastecidos pela CEMAT em 1991, 21 apresentavam mais de 84,26% dos consumidores pertencentes a classe residencial.

Entre 1991 e 1997 houve um acréscimo de 158.548 consumidores no Estado do Mato Grosso, abastecidos pela CEMAT - Centrais Elétricas Matogrossenses, como pode ser observado no Quadro 034.

As regiões I, II, III, IV e V concentraram em 1991 77,01% do total de ligações do Estado e em 1997 76,53% do acréscimo do número de consumidores em relação ao Estado, sendo que a Região IV que apresentava a melhor performance com 30,60%.

Em 1991 as regiões VI, XII e XIII eram as que apresentavam os menores percentuais de participação no número de consumidores de energia elétrica do Estado.

Atingindo, quando somadas, 1,33% do total. Entre 1991 e 1997 também foram as regiões que tiveram o menor crescimento do número de consumidores representando 3,03% do total. A região 6 foi a que pior performance apresentou, com um acréscimo de apenas 767 novos consumidores.

QUADRO 034 PARTICIPAÇÃO DAS CLASSES DE CONSUMO DAS REGIÕES NO ESTADO (EM %)-1991

ACRÉSCIMO DO NÚMERO PERCENTUAL DE CONSUMIDORES POR CLASSE 1991 REGIÃO DE CONSUMIDORES 91/97 TOTAL RESIDENCIAL INDUSTRIAL COMERCIAL RURAL OUTROS REGIÃO I 17.167 7,68 7,22 9,62 11,43 5,45 7,41 REGIÃO I I 13.459 4,11 3,92 10,41 5,38 0,33 5,10 REGIÃO I I I 19.248 5,40 5,21 7,09 6,22 7,23 5,91 REGIÃO I V 48.523 42,62 44,44 33,28 37,59 9,74 30,57 REGIÃO V 22.943 17,20 17,00 14,67 16,38 30,22 18,19 REGIÃO V I 767 0,24 0,23 0,35 0,21 0,36 0,70 REGIÃO V I I 9.949 6,49 6,38 6,74 7,34 4,89 9,10 REGIÃO V I I I 6.924 4,85 4,41 6,76 4,66 20,19 7,41 REGIÃO I X 7.460 5,44 5,37 5,27 4,65 11,25 6,99 REGIÃO X 3.703 1,53 1,46 2,74 1,92 1,63 1,48 REGIÃO X I 4.360 3,34 3,26 2,17 2,94 8,55 4,36 REGIÃO X I I 2.000 0,49 0,49 0,40 0,56 0,00 1,12 REGIÃO X I I I 2.045 0,62 0,60 0,50 0,72 0,15 1,66 TOTAL CEMAT 158.548 100,00 100 100,00 100,00 100,00 100,00 FONTE: CEMAT - Centrais Elétricas Matogrossenses - Boletim Estatístico - Acompanhamento de Mercado, 1991 CEMAT - Centrais Elétricas Matogrossenses -Anuário Estatístico, 1997

Estas regiões detêm as menores participações percentuais também quanto se analisa a distribuição por classes de consumo em 1991, sendo que a Região XII não apresentava, neste ano nenhum consumidor de classe rural.

Merecem destaque quanto à participação do consumo industrial, em 1991 a região IV, (33,28%) com destaque para os municípios de Cuiabá e Várzea Grande, a Região V (14,67%) com mais da metade dos consumidores no município de Rondonópolis e a Região II (10,41%) concentrados no município de Sinop.

No que se refere ao percentual de consumidores comerciais as regiões IV (33,28%) e V (14,67%) permanecem como as que detêm o maior número de consumidores, seguida

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pela região 1 (11,43%), onde se destacam os municípios de Alta Floresta e Peixoto de Azevedo.

As regiões V (30,22%), VIII (20,19%), IX (11,25%) concentravam os maiores percentuais de consumidores da classe rural em 1991.

As regiões IV (30,57%) e V (18,19%) concentravam em 1991 os maiores percentuais de consumidores classificados como outros. Estes consumidores concentravam-se basicamente nos municípios de Cuiabá, Várzea Grande (Região IV) e Rondonópolis 9 (Região V).

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4. BIBLIOGRAFIA

CEMAT, 1991 - BOLETIM ESTATÍSTICO DE ACOMPANHAMENTO DE MERCADO - (anual). CEMAT, 1997 e 1998 - Anuário Estatístico. FERREIRA, C. E. C., 1992 - Saneamento e Mortalidade Infantil, IN : F. SEADE - São Paulo em Perspectiva - Saúde, vol. 6, nº 4. FIBGE, 1991 - Censo Demográfico 1991, Resultados do universo relativo às características de população e dos domicílios - FIBGE nº 26 - Rio de Janeiro. PNUD / IPEA / Fundação João Pinheiro - Atlas de Desenvolvimento Humano no Brasil, 1998. SANEMAT - Relatório das Atividades Comerciais, 1997.

ANEXOS

ANEXO I - PESQUISA DE CAMPO

REGIÃO I

Alta Floresta, Carlinda, Castanheira, Cotriguaçú, Juína, Juruena, Peixoto de Azevedo

ALTA FLORESTA

O abastecimento de energia elétrica no município é feito pela CEMAT. Existe eletrificação rural no município, atendendo cerca de 35% do total da área rural. Não há projetos de implantação e extensão de novas redes.

A sede do município conta com coleta diária de lixo, tanto na área central quanto nos bairros, realizada por empresa pública municipal, perfazendo 100% do atendimento. O lixo hospitalar é também coletado e separado do lixo urbano, sendo que a disposição final de todo o lixo recolhido é feita fora da sede urbana, a cerca de 22 Km, em aterro controlado (lixo recoberto).

Com relação ao saneamento básico, o município de Alta Floresta tem seu sistema de abastecimento de água tratado e administrado pela SANEMAT, que abrange 60% dos domicílios da cidade, com cerca de 6000 ligações. Os demais 40% dos domicílios utilizam água de poços.

A água distribuída por rede possui tratamento do tipo convencional (floculação, decantação e filtração), sendo desinfetada por cloro. Já para os domicílios que não são abastecidos por rede domiciliar é feita - quando solicitada - a distribuição de pastilhas de cloro pela FNS - Fundação Nacional de Saúde -, embora não seja realizada nenhuma campanha específica com relação a cuidados com a água para consumo humano.

A água distribuída por rede pública é captada no Rio Taxidermista. Nos meses de seca, entre agosto e outubro, ocorre racionamento de água. Estava prevista, para o ano de 1998, uma ampliação da rede de distribuição de água, com cerca de 2 Km de extensão, para atender cerca de 160 domicílios.

Segundo informações prestadas durante a pesquisa, existe rede de coleta de esgoto no município, embora o entrevistado não soubesse responder qual o percentual de ligações existentes. Segundo esta fonte existiam na sede urbana cerca de 15.600m de rede inativa. Havia, ainda, previsão de ampliação de lagoas de estabilização para o tratamento do esgoto.

CARLINDA

O abastecimento de energia elétrica no município é feito pela CEMAT. Existe eletrificação rural servindo diversas comunidades da área rural, tais como: Galiléia, Belém, Nova Jerusalém, Terra Prometida, Naim, Bom Samaritano, Cana, Canaã, Betânia, Jerusalém, Monte Sinai e Rio Jordão Existem ainda projetos de implantação de cerca de 50 Km de novas redes para as comunidades de Cruzeiro do Sul, Setor Galiléia, Setor Canaã, Padre Geraldo e Galiléia.

Quanto à telefonia, na época da pesquisa havia um projeto para a extensão de linhas tronco, com cerca de 100 novas linhas.

A sede do município conta com coleta diária de lixo, tanto na área central quanto nos bairros, realizada por órgão público municipal. O lixo hospitalar é queimado, sendo que a disposição final de todo o lixo recolhido é feita fora da sede , a cerca de 3 Km do centro urbano, em aterro controlado (lixo recoberto). O município possuía um projeto de aterro sanitário em consórcio com o município de Alta Floresta, com término de implantação previsto para 1997, para o atendimento de cerca de 900 domicílios.

Com relação ao saneamento básico, o município de Carlinda tem seu sistema de abastecimento de água administrado por uma Autarquia Municipal, que abrange 92% da cidade, com cerca de 669 ligações. Os demais 8% dos domicílios utilizam água de poços.

Quando solicitada, é feita distribuição de hipoclorito de sódio em bisnaga pela Prefeitura Municipal para os domicílios não ligados a rede pública. Há, no município, campanha específica com relação a cuidados com a água para consumo humano, realizada através de palestras onde é ensinada a importância de se ferver a água para consumo e as doenças ocasionadas pela água não tratada.

A água distribuída é captada em 4 poços que funcionam precariamente e não é feito nenhum tipo de tratamento. Nos meses de seca, entre agosto e outubro, ocorre racionamento de água. Estava em execução, no ano de 1997, a ampliação da captação e implantação de sistema de tratamento de água, para atender cerca de 1000 domicílios, financiada pela FNS - Fundação Nacional de Saúde.

O município não possuía, em 1997, rede de coleta de esgoto, não existindo nenhum projeto ou plano previsto para sua implantação.

CASTANHEIRA

O município de Castanheira não possui eletrificação rural, nem tampouco projeto para sua implantação.

Já no que se refere à expansão de telefonia no município, estava prevista a implantação de 100 novas linhas em 1997.

A sede do município conta com coleta diária de lixo realizada pela Prefeitura Municipal e a Secretaria da Saúde. O lixo hospitalar é queimado no pátio do Posto de Saúde e depositado no lixão localizado a aproximadamente 3 Km da sede urbana. Nos domicílios que não contam com coleta, o lixo é, em geral, queimado.

O município não possuía, na época da pesquisa, redes de distribuição de água e de coleta de esgotos, mas tinha verba aprovada para projetos de implantação dessas redes. Esses projetos, com verba da FNS, prevêem a implantação de 21 Km de rede de água - para atendimento de 1000 domicílios - e 6Km de rede de esgotos, englobando 800 domicílios (cerca de 25% da cidade), com verba da SUDAM, através de convênio entre a Prefeitura Municipal e o Governo Federal. Com término de construção previsto para 1998.

O abastecimento de água é feito através de poço comum e dois poços semi- artesianos. Há distribuição de pastilhas de cloro para a comunidade, através do Posto de Saúde da Prefeitura. O município tem cerca de 9 anos com uma população na área urbana de cerca de 5.100 habitantes.

COTRIGUAÇU

A administração e manutenção dos equipamentos de energia elétrica são realizadas pela Prefeitura Municipal, com uma produção de 800 KWa. A indústria madeireira BERNEC cede cerca de 1000 KWa para o município. O município possui eletrificação rural, com 8Km de rede de 1 fio denominado Linha União.

A telefonia não possui previsão de expansão, sendo necessária a construção de uma torre e da rede de transmissão.

O município conta com coleta de lixo realizada na área central três vezes por semana e nos bairros, duas vezes por semana. Esta coleta é feita pela Prefeitura Municipal através da Secretaria de Transportes e Urbanismo, dando atendimento a toda sede urbana.

O lixo hospitalar é depositado junto com o lixo urbano em um lixão localizado a cerca de 1KM da sede urbana, o qual apresenta problemas de extravasamento de chorume em época de chuva.

O município não possuía, na época da pesquisa, redes de abastecimento de água e de coleta de esgoto. A população se abastece de diversas formas, tais como poço comum, captação em rios e nascentes, mina de água e poço profundo - no caso dos hospitais e escolas. A Secretaria da Saúde Municipal faz a distribuição de pastilhas de cloro para a comunidade, não existindo, contudo, nenhuma campanha específica quanto aos cuidados para com a água destinada ao consumo humano. O esgoto é depositado em fossas comuns, sem nenhum tratamento adicional. Na época de seca entre setembro e novembro há comprometimento do abastecimento de água.

Existem diversos projetos aguardando verbas para sua execução, dentre eles os de disposição final de lixo e usina de reciclagem, e de redes de abastecimento de água e coleta de esgoto, totalizando um custo estimado de R$ 1.580.000,00.

JUÍNA

O abastecimento de energia elétrica no município é feito pela CEMAT, tendo como fonte geradora uma Usina Termoelétrica com 13 motores geradores e uma Usina Hidroelétrica com 2 turbinas geradoras. Entretanto, entre os problemas identificados pelos órgãos públicos municipais como restritivos ao desenvolvimento do município, encontra - se a carência de energia elétrica, ao lado da carência de infra - estrutura viária.

Em 1997, o consumo energético da cidade estava em torno de 4.500 KW e, devido às constantes quebras de motores e ao não funcionamento constante das turbinas, havia déficit de suprimento da demanda, avaliado em 4.000 KW, o que obrigava o município a um racionamento de até 4 horas diárias.

São várias as localidades servidas por eletrificação rural no município. Estas linhas são denominadas conforme segue: MT170 com 25 Km de rede, Linha 5, Rodovia ar1 10 Km de rede, setor de chácaras, Linha 4 , Distrito Terra Roxa e Linha 6 com 8Km de rede.

Quanto ao saneamento básico, em 1997 o município de Juína tinha o sistema de abastecimento de água tratada administrado pela SANEMAT, que abrangia cerca de 810 residências, atingindo 3556 habitantes, com índice de atendimento de 14%. Os demais 80% domicílios utilizavam água de poços.

Com a instalação de duas ETAs, com capacidade para tratar 25l/s cada uma, e acrescida a já existente, o abastecimento de água poderá atingir cerca de 21.120 habitantes, representando cerca de 42% da população ou 4.811 domicílios, restando apenas 2030 ligações a serem executadas em uma próxima etapa.

A água distribuída é captada no Rio Perdido e é tratada de forma convencional, seguida de desinfecção e fluoretação. O tratamento é feito durante todo o ano. A população que não conta com rede se abastece em poços comuns ou semi-artesianos. O SANEMAT distribui a esta população pastilhas de cloro e água sanitária para a desinfecção da água a ser consumida.

Estava sendo implantada na época da pesquisa uma rede de abastecimento com 55,5Km de extensão para o atendimento de 5028 domicílios com término previsto para dezembro de 1997.

Juína, por ocasião da pesquisa de campo, não possuía rede de coleta de esgotos e, portanto, estação de tratamento. O escoamento do esgoto era feito individualmente, por fossa de infiltração sem tratamento químico.

A coleta de lixo, realizada pela Prefeitura Municipal, abrangia 80% da área urbana, sendo que a disposição final dos resíduos domésticos era realizada a céu aberto, em áreas afastadas da cidade. O lixo hospitalar não orgânico era incinerado no Hospital Municipal e o de origem orgânica era enterrado atrás do próprio hospital em valas.

No local do lixão existem cerca de 6 catadores. O lixão oferece risco de poluição ao Rio Perdido.

JURUENA

O abastecimento de energia elétrica no município é feito pela CEMAT, através de uma Usina Termo Elétrica. Cerca de 200 casas da área urbana ainda não possuem energia. Algumas localidades rurais possuem energia elétrica: Gleba Sapucaia, Linha Santo Antônio e Sorriso, não existindo nenhum projeto de extensão de eletrificação.

Quanto ao saneamento básico, em 1997 o município de Juína não possuía sistema de abastecimento de água e rede de esgotamento sanitário. Estava em fase final de instalação uma rede de abastecimento de água com cerca de 22 Km que deveria atender 800 domicílios. O sistema de captação e tratamento já estava pronto, aguardando a conclusão da rede para iniciar a operação.

Na época da pesquisa, os 1.200 domicílios da sede urbana abasteciam-se basicamente através de poços comuns. Encontravam-se também em funcionamento, oito poços artesianos para abastecer a Prefeitura, o Viveiro Municipal, o Centro Educacional, as Escolas etc. Na época da seca, novembro e dezembro, a Prefeitura faz o abastecimento dos domicílios com carro pipa. A água consumida não possui nenhum tipo de tratamento.

O escoamento do esgoto era feito individualmente, por fossa de infiltração sem tratamento químico.

São realizadas pela Prefeitura campanhas que visam esclarecer a população sobre a distância ideal entre os poços e fossas, e a profundidade mínima de 20 metros para os poços.

A coleta de lixo, realizada pela Prefeitura Municipal, abrangia 70% da área urbana, sendo que a disposição final dos resíduos domésticos era realizada a céu aberto, em área afastada da cidade - cerca de dois Km. O lixo hospitalar era incinerado no próprio hospital.

Os domicílios não atendidos por coleta regular jogam o lixo em terrenos baldios.

PEIXOTO DE AZEVEDO

O município é abastecido de energia elétrica de forma muito precária, ocorrendo muitos cortes de energia, não existindo nenhum projeto de extensão da rede de eletrificação rural.

O sistema de abastecimento de água é operado pelo município e havia entrado em funcionamento há um mês quando da época da pesquisa. Com 3200 ligações - cerca de 46% dos domicílios -, conta com tratamento convencional (floculação, decantação e filtração) e desinfecção por cloro. A captação é feita no Rio Peixoto.

A população que não é servida por rede, é abastecida através de poços comuns - em geral contaminados por coliformes fecais em índice elevado causado pela proximidade com fossas - e de nascentes e rios. Quando solicitada, é feita a distribuição de hipoclorito pela FNS, não havendo nenhuma campanha educativa com relação ao uso de água para consumo humano. Deve-se ressaltar que a incidência de garimpos na área contribui para a contaminação das nascentes com mercúrio. O município não possui rede de coleta de esgotos.

O município possuía, na época da pesquisa, um projeto de ampliação da rede de abastecimento de água, com extensão de 4 Km - para abastecimento de 320 domicílios - com previsão de inicio de obras para 1998.

Ocorre racionamento de água durante todo o ano, pois o equipamento existente não atende à demanda.

A coleta de lixo é realizada por empresa pública municipal, atendendo toda a área urbana da cidade. A freqüência deste serviço é de três vezes por semana na área urbana e duas a três vezes nos bairros. O lixo é depositado em um lixão a cerca de 4 Km da área urbana. A área de disposição de lixo é próxima ao Rio Peixoto de Azevedo, comprometendo, portanto, a qualidade da água deste rio. O município, em convênio com a Universidade de Viçosa, pretende instalar uma Usina de Reciclagem de lixo em uma área de 21 alqueires para atendimento de 7000 domicílios. O lixo hospitalar é incinerado no próprio hospital e posteriormente depositado junto ao lixo urbano. Os domicílios não atendidos pela coleta regular queimam o lixo ou o depositam em terrenos baldios.

REGIÃO II

Juara, Novo Horizonte do Norte, Santa Carmem, Sinop e Vera

JUARA

O município de Juara possuía, em 1997, gerador próprio de energia com dois motores capazes de gerar 9000 kva. A demanda consumia somente 4000Kva havendo, portanto, sobra de energia. A Comunidade Águas Claras, na zona rural, possuía eletrificação e não havia nenhum projeto de extensão da rede.

No caso da telefonia, estavam em execução a ampliação de linhas tronco - com previsão de 600 terminais até 1998 - e o término da implantação de uma central receptora via satélite na Comunidade Paranorte, com a expansão de mais 400 terminais.

O município conta com coleta de lixo, que abrange cerca de 50% da área urbana,e é realizada pela Prefeitura Municipal com um caminhão coletor, na área central e em alguns bairros. Nos locais sem coleta, o lixo é queimado, jogado em terrenos baldios ou enterrado.

O destino final do lixo coletado é um lixão localizado a cerca de 3 Km da sede urbana. Por sua localização e em função da forma de disposição final, este local oferece risco de contaminação ao Rio Arinos. Há catadores de lixo na área do lixão, que moram em assentamentos próximos. Parte do lixo hospitalar é incinerado (materiais como agulhas descartáveis, curativos etc). Os demais (material orgânico e outros), são depositados em fossas atrás do cemitério.

Quanto ao saneamento básico, em 1997, o município de Juara tinha o sistema de abastecimento de água tratado de forma convencional (floculação, decantação e filtração) e administrado pela SANEMAT, que abrangia cerca de 75% da cidade - 3200 ligações. Os demais 25% dos domicílios utilizavam água de poços comum e profundo. Juara, por ocasião da pesquisa de campo, não possuía rede de coleta de esgotos e, portanto, nem estação de tratamento. O escoamento do esgoto era feito individualmente, por fossa negra, sem tratamento químico. Havia deficiência na reservação da água captada no Córrego Corgão, o que ocasionava falta de água em alguns bairros, pois o sistema funcionava somente 12 horas. Essa situação deverá se manter até que seja aumentada a capacidade do reservatório.

A sede urbana do município localiza-se a montante da captação.

Os aglomerados urbanos de Jaú, Águas Claras e Catuaí possuem rede de abastecimento de água monitorado pelo SANEMAT e operado pela Prefeitura Municipal. A captação é feita em 2 poços semi-artesianos. O número de domicílios atendidos é da ordem de 84% (50 domicílios atendidos) em Jaú, 34% (100 domicílios atendidos) em Águas Claras e 20% (60 domicílios atendidos) em Catuaí.

Não existia nenhuma campanha específica sobre o tratamento de água para consumo humano, embora fossem distribuídas pastilhas de cloro e cal clorada pelo Posto de Saúde à comunidade.

NOVO HORIZONTE

O município de Novo Horizonte não contava, em 1997, com eletrificação rural, embora houvesse um projeto de 80 Km de rede a ser implantado nas Comunidades de Brasil Novo, Tabajara II e III, Fértil e Carvalho I, II, III.

A cidade conta com coleta geral de lixo realizada pela Prefeitura Municipal, a qual atende 100% dos domicílios da área urbana. O lixo é depositado em lixão localizado a cerca de 2 Km da área urbana. O lixo hospitalar é incinerado no hospital municipal.

Quanto ao saneamento básico, em 1997 o município de Novo Horizonte tinha o sistema de abastecimento de água tratada administrado pelo SANEMAT, que abrangia cerca de 70% da cidade, com 298 ligações. Os demais 30% dos domicílios utilizavam água de poços, bica coletiva e minas. Novo Horizonte, por ocasião da pesquisa de campo, não possuía rede de coleta de esgotos e, portanto, estação de tratamento. O escoamento do esgoto era feito individualmente, por fossa de infiltração sem tratamento químico.

A água distribuída por meio de rede sofre tratamento do tipo convencional (floculação, decantação e filtração). A água distribuída é captada no Córrego Caracol. Além da sede municipal, a Comunidade Carvalho possui rede de abastecimento de água, sendo aí a captação feita em poço semi-artesiano, para atendimento de 20 domicílios (67%).

Através da Secretaria da Saúde, é realizada uma campanha de esclarecimento quanto aos cuidados com a água para consumo humano, com informações sobre como ferver a água, a distância recomendada entre poços e fossas e a esterilização com cloro e água sanitária.

SANTA CARMEM

O município de Santa Carmem contava, em 1997, com 70 Km de eletrificação rural nas seguintes localidades: Fazenda Dona Dozolina, Comunidades Ivani, Roberta e Bela Vista e nas estradas Sandra, Rubia e Sara, entre outras. A falta de energia na sede municipal é constante, causando transtornos inclusive para a distribuição de água e ocasionando constantes racionamentos.

O sistema de abastecimento de água é operado pelo SANEMAT - são 478 ligações, cobrindo cerca de 80% dos domicílios. A água é tratada com hipoclorito para sua desinfecção e a captação é feita através de poço. Os domicílios que não possuem rede são abastecidos através de poços comuns, sem nenhum tipo de tratamento. O município de Santa Carmem não possui rede de coleta de esgoto.

As escolas do município realizam uma campanha sobre os cuidados para com a água destinada ao consumo humano, onde são transmitidas noções sobre a importância de se ferver a água e os cuidados com a distância entre poços e fossas.

A coleta de lixo é realizada por órgão da Prefeitura Municipal quatro vezes por semana e cobre 100% da área urbana. O lixo é depositado em aterro controlado (lixo recoberto), a cerca de 500 metros da sede. O lixo hospitalar é queimado no próprio posto de saúde e depositado no mesmo local que o lixo domiciliar.

O único projeto para o município na época da pesquisa dizia respeito ao asfaltamento e implantação de rede de coleta de esgotos na Av. Principal, ainda em fase de planejamento.

SINOP

O município de Sinop contava, em 1997, com cerca de 50% da área rural atendida por eletrificação. Havia também projetos para a ampliação de redes externas e terminais telefônicos, assim como telefonia celular.

O lixo no município de Sinop é coletado diariamente por empresa pública municipal e depositado em lixão a cerca de 10 Km da sede urbana, atendendo a todos os domicílios. No lixão existem valas onde é depositado o lixo hospitalar, que é composto, em 99% , por seringas. A maioria dos hospitais possui filtro biológico e cloradores, além de incineradores; aqueles que não possuem nenhum desses métodos utilizam os fornos das serrarias para incinerar seus detritos, principalmente os orgânicos.

Outro dos problemas apresentados quanto ao lixo gerado é a deposição de grande quantidade de entulho às margens da BR-???.

O abastecimento de água do município é operado pelo SANEMAT. A água é captada em poços e sua desinfecção é feita com cloro ou hipoclorito, antes da distribuição para cerca de 3800 ligações. Há risco de contaminação do lençol freático, já que o município não conta com rede de coleta de esgoto, sendo este depositado em fossas sépticas e sumidouros. Os domicílios que não contam com rede de água são abastecidos por poços comuns. São realizadas campanhas de conscientização da população para o risco da água contaminada.

VERA

O município de Vera não contava com eletrificação rural em 1997, estando prevista a instalação de uma rede de 4 Km para a localidade de Vale do Rio Caiabi.

O município conta com coleta de lixo operada por uma empresa pública municipal, atendendo toda a sede urbana. O lixo hospitalar é queimado em valas abertas no solo e depositado junto ao lixo urbano, em lixão a cerca de 5 Km da sede.

O sistema de saneamento do município é operado pelo SANEMAT, com 392 ligações de água - 80% dos domicílios. Os 20% dos domicílios que não são abastecidos por rede se utilizam de poço comum. As escolas realizam uma campanha de conscientização sobre os cuidados com a água para consumo humano, transmitindo orientações para ferver a água e esteriliza-la com cloro ou água sanitária antes do consumo.

A água distribuída é tratada com cloro ou hipoclorito e é captada em poço. O aumento do consumo na época da estiagem - entre agosto e outubro - ocasiona racionamento de água. A sede urbana não contava com rede de coleta de esgoto em 1997.

REGIÃO III

Campos de Júlio, Diamantino, Nortelândia, Sorriso e Tangará da Serra

CAMPOS DE JÚLIO

O município de Campos de Júlio contava, em 1997, com eletrificação rural na localidade de Juruena e na região do Cabuçu (20%).

O município conta com coleta de lixo operada por órgão publico municipal, que atende toda a sede urbana e é realizada duas vezes por semana. O lixo hospitalar é queimado em valas abertas no solo e recoberto com terra, sendo depositado junto ao lixo urbano, em aterro controlado a cerca de 3 Km da sede.

O sistema de saneamento do município é operado pela Prefeitura Municipal e, por ocasião da pesquisa, encontrava-se em estado precário de funcionamento. O sistema tem capacidade para atendimento de 341 ligações de água ( 100% dos domicílios). A água distribuída é captada em dois poços artesianos e não é tratada. Os distritos de Alto Juruena e Cabuçu não possuem rede de abastecimento. O aumento do consumo na época da estiagem - entre agosto e novembro - ocasiona racionamento de água. A sede urbana não conta com rede de coleta de esgotos.

DIAMANTINO

Em 1997, o município de Diamantino contava com eletrificação rural nas seguintes comunidades : Peraputanga, Tordas, Deciolândia, Parecis e Sumidouro, além de um projeto para a implantação de 20 Km de rede na Gleba Bojui.

A cidade conta com coleta geral de lixo, realizada por Empresa Publica Municipal, atendendo 100% dos domicílios da área urbana. O lixo é depositado em aterro controlado ( queimado em valas e recoberto com terra), localizado a cerca de 2,5 Km da área urbana. Neste local existiam, na época em que foi realizada a pesquisa, cerca de 3 catadores de lixo. Existia ainda um serviço de recolhimento de galhos de árvores e entulho prestado pela Prefeitura. O lixo hospitalar é depositado em separado do lixo urbano, mas sem tratamento especial.

Quanto ao saneamento básico, em 1997, o município de Diamantino tinha o sistema de abastecimento de água tratada administrado pela SANEMAT, que abrangia cerca de 100% da cidade, perfazendo 4.000 ligações. A água distribuída é tratada de forma convencional e desinfetada com cloro, em dois sistemas isolados: Sistema Diamantino com tratamento a base de desinfecção e Novo Diamantino através de ETA compacta fechada que usa tratamento convencional (floculação, decantação e filtração).

Havia dois sistemas de captação em rio (Córregos Areinha e Cajú) e poços (PT1 – Bairro Buriti, PT2 – Cohab Morumbi e PT3 – Novo Diamantino). Os domicílios dos aglomerados urbanos que não possuem rede utilizam água de poços comuns. A SANEMAT realiza campanhas de esclarecimento quanto aos riscos do consumo de água não tratada e distribui cloro concentrado à população. O aumento da demanda de água e a diminuição da produção na estiagem – julho a novembro – contribui para o racionamento. Diamantino, por ocasião da pesquisa de campo, possuía rede de coleta de esgotos operada pela Prefeitura Municipal, com cerca de 180 ligações (cerca de 1% dos domicílios), sendo o esgoto lançado no Rio Diamantino.

A montante da captação no córrego do Caju, há um aglomerado urbano que pode oferecer risco de contaminação da água.

NORTELÂNDIA

O município de Nortelândia contava, em 1997, com eletrificação rural nas seguintes regiões: Santalinha, João Paulo, Barreirão e Gleba Calho.

A cidade conta com coleta geral de lixo, realizada por órgão público municipal, atendendo 70% dos domicílios da área urbana. O lixo é depositado em lixão localizado a cerca de 3 Km da área urbana. Neste local existiam, por ocasião da pesquisa, cerca de 8 catadores de lixo. O lixo não coletado é jogado em terrenos baldios. O lixo hospitalar é incinerado.

Quanto ao saneamento básico, o município de Nortelândia tem o sistema de abastecimento de água tratado e administrado pela SANEMAT, que abrange cerca de 99% da cidade, num total de 2800 ligações. A água distribuída é tratada por sistema convencional e desinfetada com cloro. O município conta com dois sistemas de captação - no rio Santana e em dois poços artesianos. A montante da captação está localizado o centro da cidade, oferecendo risco à qualidade da água. O distrito de Santalinha possui rede de água que abastece 112 domicílios (30%). Os domicílios dos aglomerados urbanos que não possuem rede utilizam água de poços comuns, bicas coletivas e fontes naturais. Nortelândia, por ocasião da pesquisa de campo, possuía rede de coleta de esgotos, com cerca de 500 ligações (60% dos domicílios). O esgoto não sofre tratamento e é lançado no Rio Santana, acima do ponto de captação de água.

O principal problema do município é o estado de conservação das redes de água que é extremamente deficiente, causando desperdício, já que a produção, segundo o SANEMAT é suficiente para o atendimento da demanda dos domicílios ligados em rede.

SORRISO

Em 1997, o município de Sorriso contava com eletrificação rural em seus quatro distritos - Caravagio, Boa Esperança, Morocó e Primavera - e em 20% do restante da zona rural.

O município conta com coleta de lixo operada por órgão público municipal, que atende toda a sede urbana. O lixo hospitalar é incinerado e depositado junto ao lixo urbano em lixão implantado a cerca de 14 Km da sede, onde uma família de 5 pessoas catam o lixo. A localização deste lixão coloca em risco de contaminação o Rio Teles Pires. Estavam previstos, para o ano de 1988, dois projetos relacionados ao lixo: o de coleta seletiva e o projeto Câmbio Verde, que abrange a preservação dos bens naturais, prevendo-se o atendimento de 5.000 domicílios.

O sistema de saneamento do município é operado pela SANEMAT, com cerca de 4.000 ligações de água (80% dos domicílios). A água distribuída é captada em poço e tratada com fluoretação. Os domicílios que não são abastecidos por rede captam a água em poços semi-artesianos e 2% se abastecem em caminhão pipa. A sede urbana não contava com rede de coleta de esgotos em 1997.

TANGARÁ DA SERRA

O abastecimento de energia elétrica no município é feito pela CEMAT. Cerca de 60% da zona rural é beneficiada com eletrificação rural.

Quanto ao saneamento básico, em 1997, o município de Tangará de Serra possuía sistema de abastecimento de água operado pela SANEMAT, com cerca de 10.000 ligações (96% dos domicílios). A água distribuída é tratada com tratamento convencional e desinfecção com cloro. O sistema de captação é realizado no Rio Queimapé através de represamento.

A montante da captação estão os aglomerados de Jardim Presidente e San Diego, que podem oferecer risco de contaminação á água.

Os distritos de São Jorge, São Joaquim e Progresso possuem rede de abastecimento de água, a qual é captada em dois poços artesianos e atende cerca de 180 domicílios (90%), 180 domicílios (90%) e 450 domicílios (100%), respectivamente. Na água distribuída não é feito nenhum tipo de tratamento. A população urbana não abastecida por rede capta sua água em poços comuns. São realizadas campanhas para esclarecimento da população a respeito das necessidades de esterilização da água e de economizá-la.

Quanto ao esgoto, o município possui cerca de 19 Km de rede que nunca foi operada. Por ocasião da pesquisa, existiam dois projetos com início de obras previsto para 1998: o primeiro, para ampliação de 42 Km de rede de esgotos, que atenderiam cerca de 5.400 domicílios, e o segundo, para a implantação de uma estação de tratamento.

A coleta de lixo, realizada por órgão urbano municipal, abrange 100% da área urbana, sendo que a disposição final dos resíduos domésticos é realizada em aterro controlado, em área afastada da cidade (cerca de 8 Km). O lixo hospitalar é depositado junto ao lixo urbano. No local trabalham cerca de 5 pessoas catando lixo. Os domicílios que não contam com coleta queimam seu lixo ou o jogam em terrenos baldios.

REGIÃO IV

Chapada dos Guimarães, Cuiabá, Jangada, Nobres, Nossa Senhora do Livramento, Várzea Grande.

CHAPADA DOS GUIMARÃES

Em 1997, o município de Chapada dos Guimarães contava com cerca de 300Km de rede de eletrificação rural nas seguintes regiões: do Casca, Vale da Redenção, Lagoinha de Cima e de Baixo, Mata Grande, Ponte Alta, Sertãozinho, Buritizinho, João Carlos, Cachoeira do Bom Jardim, Morro do Bairro Jardim, Varginha, Pingador, Cachoeira Rica, Fazenda Nova e Biquinha, além de um projeto para a implantação de 80 Km de rede na Região de Manso.

A cidade conta com coleta geral de lixo, por Órgão Público Municipal, atendendo 90% dos domicílios da área urbana. O lixo é depositado em lixão dentro da área urbana. Neste local existiam, por ocasião da pesquisa, cerca de 18 catadores de lixo. O lixo não coletado é levado ao lixão pelos próprios moradores. Havia, na época da pesquisa, a previsão de implantação de uma usina de reciclagem de lixo para atendimento de cerca de 6.000 domicílios em 1998. O lixo hospitalar é depositado em separado do lixo urbano, mas sem tratamento especial.

Quanto ao saneamento básico, em 1997, o município de Chapada de Guimarães tinha o sistema de abastecimento de água tratada administrado pelo SANEMAT, que abrangia cerca de 70% da cidade, com 2.515 ligações, sendo 2398 residenciais, 47 do poder público e

70 ligações suspensas, era grande o número de ligações clandestinas, levando o SANEMAT prever um cadastramento de todas as ligações para o próximo ano.

A água distribuída é tratada e desinfetada com cloro. Há dois sistemas de captação nos rios Quineira e Monjolinho.

A montante das captações estão localizados o centro da cidade e os bairros de Santa Elvira e Santa Cruz, oferecendo risco a qualidade da água. O distrito de Água Fria possui rede de água, que abastece 150 domicílios (100%). Os domicílios dos aglomerados urbanos que não possuem rede utilizam água de poços comuns, poço artesiano e fontes naturais.

O SANEMAT realiza campanhas de esclarecimento quanto aos riscos do consumo de água não tratada e distribui pastilhas de cloro à população. O aumento da demanda de água e a diminuição da produção na estiagem – julho/outubro – contribui para o racionamento. Está sendo implantada uma nova captação no Rio Cachoeira, para atendimento de 2.515 domicílios. Chapada do Guimarães, por ocasião da pesquisa de campo, não possuía rede de coleta de esgotos, sendo os resíduos lançados no Córrego Prainha, localizado a montante da captação de água.

CUIABÁ

O município de Cuiabá é abastecido de energia elétrica pelo sistema interligado e atendido por eletrificação rural pela CEMAT.

O sistema de abastecimento de água é operado pelo SANEMAT com 104.759 ligações, cerca de 100% dos domicílios. A água distribuída conta com tratamento convencional (floculação, decantação e filtração) e desinfecção por cloro. A captação é realizada em três pontos no Rio Cuiabá, sendo que a do Ribeirão do Lipa é responsável por 70% do consumo da cidade e as outras duas (Parque Cuiabá e Porto) por cerca de 5%. O restante é captado no Rio Coxipó e em poços artesianos.

A população que não é servida por rede se abastece através de poços comuns. O SANEMAT distribui hipoclorito e há uma campanha educativa com relação aos cuidados a serem tomados com relação a água para consumo humano.

Ocorre racionamento de água entre agosto e novembro, pois os equipamentos existentes não são capazes de suprir a demanda, devido a uma má distribuição de reservação e à perda na distribuição, que atinge 54% do volume produzido.

Os distritos de Coxipó de Ouro, Coxipó da Ponte, Sucuri e Guia e mais 45 aglomerados urbanos contam com abastecimento de água captada em poços artesianos que atendem em média 60% dos domicílios de cada uma das localidades. A maioria destes distritos conta somente com tratamento à base de desinfecção por cloro.

Cuiabá conta com sistema de coleta de esgoto administrado pelo SANEMAT, em um total de 40.261 ligações que atendem a cerca de 85% dos domicílios. Cerca de 10% do esgoto captado é tratado através de lagoas de estabilização e de lodo ativado com aeração prolongada e fossa-filtro, sendo posteriormente lançado no Rio Cuiabá, podendo comprometer o abastecimento humano, poluir praias e interferir na pesca.

Os distritos não possuem rede de coleta de esgoto, utilizando-se de fossas comuns.

O município conta com coleta de lixo realizada por empresa privada (Enterpa Engenharia Ltda.) que atende a cerca de 84% da área urbana da sede, que após a coleta passa por uma triagem realizada na Central de Destinação Final de Resíduos Sólidos – projeto inédito implantado com recursos do Banco Mundial no âmbito do projeto Prodeagro, reunindo Usina de Triagem e Compostagem, Unidade de Beneficiamento de Plástico, Unidade de Materiais Recicláveis e Recuperação de áreas degradadas. - onde é feita a separação do lixo orgânico do reciclável. O restante é transformado em fardos utilizados para a recuperação de áreas degradadas. Tal central substituiu, como destinação final o lixão antes operado. Atualmente o lixão, localizado a cerca de 15 Km do centro, continua operando para o recebimento de entulho, depositado entretanto em vala distinta e recoberta, onde também é depositado o lixo hospitalar. A cidade coleta 7.400 ton. / mês de lixo residencial e comercial e 115 ton./mês de lixo hospitalar. Existem projetos (em fases diversas de elaboração) sem recursos assegurados, para a melhoria do sistema de destinação, tais como : Usina de Reciclagem de Entulho, Incinerador Hospitalar e Selamento do antigo lixão.

Em toda a sede urbana são 500 catadores de aparas. Destes estima-se que cerca de 300 estão na Cooperativa e trabalham na Central de Destinação Final, com o “lixo limpo”, e nos beneficiamento de plástico (granulado), que é vendido. A renda é revertida para a Cooperativa. O restante do lixo reciclável também é enfardado e revendido, sendo a principal dificuldade da comercialização o transporte.

JANGADA

O município de Jangada contava com eletrificação em cerca de 30% da área rural em 1997.

O município conta com coleta de lixo operada por uma empresa pública municipal, que atende diariamente toda a sede urbana . O lixo hospitalar é queimado em valas abertas no solo e depositado junto ao lixo urbano, em lixão situado a cerca de 15 Km da sede.

O sistema de saneamento do município é operado pelo SANEMAT, que opera 538 ligações de água (100% dos domicílios). A água distribuída é captada em poço e tratada com cloro ou hipoclorito. O distrito de Nova Jangada possui rede de abastecimento que atende a 83% dos domicílios (cerca de 250). Os domicílios não servidos por rede servem-se da água retirada de poços comuns ou de rios. O aumento do consumo na época da estiagem, entre agosto e novembro, ocasiona racionamento de água. A sede urbana não contava com rede de coleta de esgotos em 1997.

NOBRES

O município de Nobres contava, em 1997, com eletrificação rural em 40% da sua área rural.

A cidade conta com coleta geral de lixo realizada por órgão público municipal, atendendo 100% dos domicílios da área urbana. O lixo é depositado em lixão localizado a cerca de 3 Km da área urbana, onde é queimado e recoberto a cada 4 meses. O lixo hospitalar é incinerado no Hospital Municipal.

Quanto ao saneamento básico, o município de Nobres tem o sistema de abastecimento de água tratada administrado pelo SANEMAT, que abrange cerca de 100% da cidade, num total de 3.000 ligações. A água distribuída é tratada de forma convencional e

desinfetada com cloro em dois sistemas isolados. O município conta com sistema de captação no Rio Nobres Os domicílios dos aglomerados urbanos que não possuem rede utilizam água de 3 poços artesianos coletivos. O SANEMAT realiza campanhas de esclarecimento quanto aos riscos do consumo de água não tratada. O aumento da demanda de água e a diminuição da produção na estiagem – agosto a novembro – contribuem para o racionamento. Existiam, na época da pesquisa, dois projetos em vias de implantação: a ampliação de 3,7 Km de rede pública, para atender cerca de 400 domicílios e a ampliação da ETA - Estação de Tratamento de Água.

Nobres, por ocasião da pesquisa de campo, não possuía rede de coleta de esgotos, à exceção do Residencial Primavera, com cerca de 25 ligações (100%) operadas por Empresa Particular. O restante do esgoto era lançado em fossas.

NOSSA SENHORA DO LIVRAMENTO

Em 1997, o município contava com eletrificação rural nas comunidades de Pirizal, Ribeirão dos Cocais, Morraria e Seco, além de projeto de cerca de 20 Km para a localidade de Faval.

A cidade conta com coleta geral de lixo realizada por órgão público municipal, que faz a coleta com 2 charretes, atendendo 100% dos domicílios da área urbana. O lixo é depositado em lixão, localizado fora da área urbana. O lixo hospitalar é enterrado junto ao lixo urbano. A localização do depósito de lixo pode comprometer o Ribeirão Senhor Menino.

Quanto ao saneamento básico, o município de Nossa Senhora do Livramento tem o sistema de abastecimento de água tratada administrado pela SANEMAT, que abrange cerca de 80% da cidade, num total de 700 ligações. A água distribuída é tratada de forma convencional e desinfetada com cloro. O município conta com sistema de captação em poço. Os domicílios que não possuem rede utilizam a água de poços comuns, para os quais são distribuídas pastilhas de cloro pela FNS. O município, por ocasião da pesquisa de campo, não possuía rede de coleta de esgotos.

Os distritos de Pirizal e Ribeirão Cocais possuem rede de abastecimento da água tratada com desinfecção e aeração.

VÁRZEA GRANDE

O abastecimento de energia elétrica no município é feito pela CEMAT, através do sistema interligado e possui eletrificação rural no município.

A sede do município conta com coleta de lixo diária, tanto na área central, quanto nos bairros, realizado por órgão público municipal, perfazendo 85% de atendimento. O lixo hospitalar é também coletado e depositado em vala separado do lixo urbano, sendo que a disposição final de todo o lixo recolhido é feita fora da sede urbana, a cerca de 18 Km do centro, em aterro controlado (lixo recoberto), sem drenagem e nenhum sistema de segurança. No local do aterro existiam na época cerca de 6 catadores de lixo. O lixo não coletado é queimado e/ou jogado em terrenos baldios.

Com relação ao saneamento básico, em 1997, o município de Várzea Grande tinha seu sistema de abastecimento de água tratado e administrado pelo SANEMAT, que abrangia

85% da cidade, cerca de 40.000 ligações. Os demais 15% dos domicílios utilizavam água de poços.

A água distribuída por rede possuía tratamento do tipo convencional (floculação, decantação e filtração). Já para os domicílios que não são abastecidos por rede domiciliar é feita, quando solicitada, a distribuição de pastilhas de cloro pelo SANEMAT, embora não seja realizada nenhuma campanha específica com relação a cuidados com a água para consumo humano.

A água distribuída por rede pública é captada em dois pontos no Rio Cuiabá e em 25 poços artesianos distribuídos pela sede urbana. Nos meses de seca entre junho e outubro, ocorre racionamento de água devido à diminuição da vazão dos poços principalmente nos distritos.

Os distritos que possuíam abastecimento de água por rede são: Pai André, 80 ligações (75%); Bom Sucesso, 210 ligações (70%); Praia Grande, 35 ligações (50%); Souza Lima, 100 ligações (100%) e Limpo Grande 50 ligações (100%). Todos os sistemas eram administrados pelo SANEMAT em conjunto com a Prefeitura Municipal. A água distribuída não sofre nenhum tipo de tratamento.

O município possuía sistema de coleta de esgoto composto por redes que atendem a cerca de 12.000 ligações, cobrindo 90% dos domicílios da área urbana. Os 10% dos domicílios restantes localizam-se no centro da cidade não possuindo rede de coleta. Do esgoto coletado, somente 15% recebem tratamento por dois tipos de processo; lagoa de estabilização e processo primário: gradeamento, caixa de areia e lagoa de estabilização. A deposição final dos resíduos é feita no Rio Cuiabá.

REGIÃO V

Alto Araguaia, Itiquira, Jaciara, Primavera do Leste, Rondonópolis e São Pedro da Cipa

ALTO ARAGUAIA

O município de Alto Araguaia não contava, em 1997, com eletrificação rural.

A cidade contava na época da pesquisa, com coleta geral de lixo por órgão público municipal, atendendo 100% dos domicílios da área urbana. O lixo é depositado em lixão, localizado a cerca de 10 Km da área urbana. O lixo hospitalar é em parte incinerado e o restante depositado junto ao lixo urbano. Um dos problemas apontados pela Prefeitura quanto à coleta de lixo é a deposição de ossos de animais ao longo de diversas vias da cidade.

Quanto ao saneamento básico, o município de Alto Araguaia tem o sistema de abastecimento de água tratado e administrado pelo SANEMAT, que abrange cerca de 100% da cidade, totalizando 2.530 ligações. A água distribuída é tratada e desinfetada com cloro. A captação é feita no Córrego da Gordura. O distrito de Buriti e o aglomerado urbano de Colônia Ariranha possuem redes de água que abastecem cerca de 100 domicílios (100%) e 20 domicílios (100%), respectivamente.

Os domicílios dos aglomerados urbanos que não possuem rede utilizam água de poço comum. Alto Araguaia, por ocasião da pesquisa de campo, não possuía rede de coleta de esgotos. Os domicílios possuíam fossas rudimentares ou lançavam seus esgotos a céu aberto ou na rede de escoamento de águas pluviais. Esta desemboca no Córrego do Mané, afluente do Rio Araguaia.

ITIQUIRA

O município de Itiquira contava, em 1997, com 20% de sua área rural com eletrificação.

O sistema de abastecimento de água é operado pelo SANEMAT com 969 ligações cobrindo cerca de 100% dos domicílios. A água é tratada com hipoclorito para sua desinfecção. A captação é feita através de poço semi-artesiano de 70 metros de profundidade. Os domicílios não ligados à rede, são abastecidos através de poços comuns e rios e nascentes, sem nenhum tipo de tratamento. O município de Itiquira não possui rede de coleta de esgoto, o qual fica disposto a céu aberto, ou em fossas ou ainda é lançado nos Rios Itiquira e Congonhas

A coleta de lixo é realizada por um caminhão, diariamente por órgão da Prefeitura Municipal e cobre 90% da área urbana. A disposição final é feita em lixão, situado a cerca de 2 Km da sede. O lixo hospitalar é depositado no mesmo local que o lixo domiciliar. No lixão, há cerca de 5 pessoas catando lixo. O Rio São João, localizado a cerca de 300 metros do lixão, sofre risco de contaminação, não somente pelo esgoto domiciliar, mas sobretudo pelo lançamento de resíduos da fabricação de derivados de leite pelo laticínio instalado no município.

No município está instalado um empreendimento agrícola particular pertencente ao Grupo Eduardo Michelin, constituído por uma fazenda com cerca de 10000ha de seringueiras. Nesta área estão localizadas 3 vilas (que possuem rede de abastecimento de água), alem de hospital, escola, banco delegacia de polícia, etc. Neste local são atendidas cerca de 7000 pessoas.

JACIARA

Em 1997, o município de Jaciara contava com eletrificação rural nas regiões do Jatobá e da Prata. Segundo informações prestadas pela Prefeitura, a CEMAT não tem conseguido atender a demanda por eletrificação, sendo que as regiões mais carentes são: Córrego Fundo, Pau Curva, Brilhante e Gleba Buriti.

A cidade conta com coleta geral de lixo, realizada por órgão público municipal, atendendo a 100% dos domicílios da área urbana. O lixo é depositado em lixão, localizado a cerca de 8 Km da área urbana. O lixo hospitalar é queimado e enterrado junto ao lixo urbano, mas sem tratamento especial. O lixo não coletado é jogado em terrenos baldios. Existe o risco potencial de contaminação do Córrego Fundo, pela proximidade do depósito de lixo.

Quanto ao saneamento básico, o município de Jaciara tem o sistema de abastecimento de água tratado e administrado pelo SANEMAT, que abrange cerca de 95% da cidade, com um total de 5.570 ligações. A água distribuída é tratada e desinfetada com cloro. O município conta com dois sistemas de captação no Córrego Cachoeirinha e mais 3 poços artesianos. O distrito de Selma possui rede de água que abastece 80 domicílios (100%). Os domicílios dos aglomerados urbanos que não possuem rede utilizam água de poços comuns.

O SANEMAT realiza campanhas de esclarecimento quanto aos riscos do consumo de água não tratada, principalmente no que se refere à localização de poços próximos a fossas, e distribui hipoclorito de sódio diluído à população. Jaciara, por ocasião da pesquisa de campo, não possuía rede de coleta de esgotos, sendo os resíduos lançados nas galerias de águas pluviais e posteriormente no Rio São Lourenço.

PRIMAVERA DO LESTE

O município de Primavera do Leste contava, em 1997, com eletrificação rural em cerca de 474 locais (70% de sua área).

A cidade conta com coleta geral de lixo, realizada por órgão público municipal, atendendo a 100% dos domicílios da área urbana. O lixo é depositado em aterro controlado, localizado a cerca de 15 Km da área urbana. O lixo hospitalar é incinerado em vala e depositado junto ao lixo urbano, mas sem tratamento especial. Por ocasião da pesquisa, estava sendo implantado pela Prefeitura Municipal um Projeto de coleta seletiva de lixo para o atendimento de cerca de 3.000 domicílios. Cabe salientar que o aterro sanitário está localizado em uma área de preservação da Prefeitura.

Quanto ao saneamento básico, o município de Primavera do Leste tem o sistema de abastecimento de água tratado e administrado pelo SANEMAT, que abrange cerca de 90% da cidade, perfazendo 2.970 ligações. A água distribuída é desinfetada com cloro. O município conta com um sistema misto de captação em rio sem denominação e em poços artesianos. Os domicílios que não possuem rede utilizam água de poços comuns e semi-artesianos. Durante a época da seca – novembro a fevereiro – ocorre racionamento de água tratada.

A constante falta de energia elétrica é outro fator que contribui para o racionamento.

Primavera do Leste, por ocasião da pesquisa de campo, não possuía rede de coleta de esgotos , estando em execução um projeto de instalação de rede de esgoto na área central da sede urbana, com cerca de 35 Km, para o atendimento de 2.064 domicílios. Nesta época já estavam finalizadas as obras de 5 lagoas de estabilização que deveriam entrar em funcionamento a partir de novembro de 1997. Planeja-se a ampliação em etapas das redes para outros bairros.

RONDONÓPOLIS

O município de Rondonópolis não contava com eletrificação rural em 1997.

A cidade conta com coleta geral de lixo, realizada pela CODER - empresa de economia mista -, atendendo a 100% dos domicílios da área urbana. O lixo é depositado em aterro controlado, situado a cerca de 11 Km da área urbana. O lixo hospitalar é incinerado semanalmente em vala, em área próxima ao lixo urbano, mas sem tratamento especial. O lixo não coletado é queimado ou jogado em terrenos baldios. Existe o risco potencial de contaminação do Córrego Arareau pelo depósito de lixo que se encontra a 600 metros do curso de água. Com certa freqüência, catadores de lixo podem ser encontrados no aterro, burlando a vigilância. São cerca de 15 pessoas que fazem a catação de lixo.

Quanto ao saneamento básico, o município de Rondonópolis tem o sistema de abastecimento de água tratado e administrado pelo SANEMAT e pelo DAE (gestão compartilhada), abrangendo cerca de 100% da cidade, num total de 35.914 ligações. Deste

total, 22.451 possuem hidrômetro e 13.463 não o possuem. A água distribuída é tratada de forma convencional e é desinfetada com cloro. O município conta com dois sistemas de captação no Rio Vermelho e mais 3 poços artesianos. Os distritos de Boa Vista, Paulista, Galiléia e Globo Recreio possuem rede de abastecimento de água, que atende a 200, 119 e 191 domicílios, respectivamente. Não foi obtida informação sobre o último distrito.

Os domicílios dos aglomerados urbanos que não possuem rede utilizam água de poços comuns e profundos. Durante a época da seca – agosto a fevereiro – ocorre racionamento, devido à falta de reservatório de água e à deterioração da rede de abastecimento.

Rondonópolis, por ocasião da pesquisa de campo, possuía rede de coleta de esgotos, com 10.450 ligações (cerca de 38% de domicílios atendidos). O esgoto tratado é da ordem de 30%. O tratamento é feito através de lagoas de estabilização e o esgoto tratado é lançado nos Córregos Arareau, dos Macacos, Lajeadim e Rio Vermelho. Vale salientar que abaixo dos pontos de lançamento, a água é usada para abastecimento humano, irrigação, pesca e banho.

SÃO PEDRO DA CIPA

O município de São Pedro da Cipa não contava, em 1997, com eletrificação rural.

A cidade conta com coleta geral de lixo, realizada precariamente por empresa pública municipal, atendendo a 100% dos domicílios da área urbana. O lixo é depositado em aterro controlado ( valas com cobertura), localizado a cerca de 3 Km da área urbana. Existe o risco potencial de contaminação do Rio São Lourenço.

Quanto ao saneamento básico, o município de São Pedro da Cipa tem o sistema de abastecimento de água tratado e administrado pelo SANEMAT, abrangendo cerca de 90% da cidade, num total de 611 ligações. Por ocasião da realização da pesquisa, a água distribuída estava sendo desinfetada com cloro, pois a estação compacta de tratamento estava desativada. O município conta com sistema de captação em poço artesiano. Os domicílios dos aglomerados urbanos que não possuem rede se utilizavam água de poço comum .

São Pedro da Cipa, por ocasião da pesquisa de campo, não possuía rede de coleta de esgotos, somente fossas sem nenhum tratamento.

REGIÃO VI

Cocalinho

COCALINHO

O município de Cocalinho contava, em 1997, com eletrificação rural ao longo da MT- 100 (Cocalinho a Barra do Garças).

A cidade conta com coleta geral de lixo, realizada por órgão público municipal, atendendo 100% dos domicílios da área urbana. O lixo é depositado em lixão, localizado a cerca de 3 Km da área urbana. O lixo hospitalar orgânico é incinerado no hospital municipal; o restante é queimado em valas e depositado junto ao lixo domiciliar. No local de disposição final do lixo existiam, na época da pesquisa, 2 catadores de lixo. O lixo não coletado é levado ao lixão pelos próprios moradores.

Quanto ao saneamento básico, o município de Cocalinho tem o sistema de abastecimento de água tratada administrado pelo SANEMAT, abrangendo cerca de 26% da cidade, num total de 410 ligações. A água distribuída não é tratada. O município conta com sistema de captação em dois poços artesianos. Os domicílios dos aglomerados urbanos que não possuem rede utilizam água de poço comum. Cocalinho, por ocasião da pesquisa de campo, não possuía rede de coleta de esgotos, sendo os resíduos lançados em fossas comuns. De um modo geral, o sistema de abastecimento do município é bastante precário em virtude da falta de manutenção periódica dos equipamentos.

REGIÃO VII

Barra do Garças, Canarana, Gaúcha do Norte, Nova Brasilândia e Paranatinga

BARRA DO GARÇAS

O município de Barra do Garças contava, em 1997, com eletrificação rural nas seguintes localidades : Vale dos Sonhos, Voadeira e Pindaíba.

A cidade conta com coleta geral de lixo, realizada por órgão público municipal, atendendo a 100% dos domicílios da área urbana. O lixo é depositado em aterro dentro da área urbana. O lixo hospitalar é incinerado no hospital municipal. No aterro existiam, quando da realização da pesquisa de campo, cerca de 20 catadores de lixo.

Quanto ao saneamento básico, o município de Barra do Garças tem o sistema de abastecimento de água tratado e administrado pelo SANEMAT, que abrange cerca de 100% da cidade, com um total de 16.000 ligações. A água distribuída é tratada de forma convencional e desinfetada com cloro. A ETA tem capacidade para 150l/s. A captação do sistema é realizada no Rio das Garças. Os domicílios dos aglomerados urbanos que não possuem rede utilizam água de cisternas ou minas.

Os distritos de Voadeira e Vale dos Sonhos possuem rede de abastecimento de água operadas pela Prefeitura Municipal - em conjunto com o SANEMAT -, atendendo a 30 domicílios (100%) e 250 domicílios (80%), respectivamente. O SANEMAT realiza campanhas de esclarecimento quanto aos riscos do consumo de água não tratada e distribui cloro em pó à população. O aumento da demanda de água e a diminuição da produção na estiagem contribui para o racionamento.

Barra do Garças, por ocasião da pesquisa de campo, possuía rede de coleta de esgotos e 6.000 ligações (30%), operadas pelo SANEMAT. Cerca de 80% dos resíduos lançados no Rio Araguaia sofrem tratamento em lagoa de estabilização.

CANARANA

O município de Canarana contava, em 1997, com eletrificação rural nas localidades de Serra Dourada, Garapu e Culuene.

A cidade conta com coleta geral de lixo, realizada por órgão público municipal, atendendo a 100% dos domicílios da área urbana. O lixo é depositado em lixão situado a cerca de 3 Km da área urbana. O lixo hospitalar é queimado no hospital municipal e depositado junto ao lixo urbano. Existe o risco potencial de contaminação do Córrego João Manoel. O lixo que não é coletado é jogado às margens da rodovia.

Quanto ao saneamento básico, o município de Canarana tem o sistema de abastecimento de água tratado e administrado pelo SANEMAT, cujos serviços cobrem cerca de 75% da cidade, através de 1.521 ligações. A água distribuída não é tratada. O município conta com sistema de captação em uma nascente. Um dos principais problemas no abastecimento da cidade é o racionamento de água, devido à captação em etapas, necessária em função das baixas vazões. Os domicílios dos aglomerados urbanos que não possuem rede utilizam água de poço comum e de caminhão pipa. O SANEMAT realiza campanhas de esclarecimento quanto aos riscos do consumo de água não tratada, economia de água e escavação de poços.

Canarana, por ocasião da pesquisa de campo, não possuía rede de coleta de esgotos, somente fossas comuns.

GAÚCHA DO NORTE

O município de Gaúcha do Norte não contava, em 1997, com eletrificação rural.

A cidade não conta com coleta geral de lixo. A Prefeitura Municipal pretende instalar um lixão, em área de 5 alqueires, para atendimento de cerca de 200 domicílios, mas tem dificuldade em adquirir um caminhão para realizar coleta organizada.

Quanto ao saneamento básico, o município de Gaúcha do Norte tem o sistema de abastecimento de água tratado e administrado por Serviço Municipal, o qual abrange cerca de 100% da cidade, com um total de 200 ligações. Apesar da cobertura, a operação do sistema é precária. A água distribuída não é tratada.

O município conta com sistema de captação em poço artesiano. Os domicílios dos aglomerados urbanos que não possuem rede utilizavam água de poços comuns, poço artesiano e fontes naturais. A Prefeitura Municipal realiza campanhas de esclarecimento quanto aos riscos do consumo de água não tratada. Gaúcha do Norte, por ocasião da pesquisa de campo, não possuía rede de coleta de esgotos, sendo os resíduos depositados em fossas comuns ou a céu aberto.

NOVA BRASILÂNDIA

Em 1997, o município de Nova Brasilândia contava com eletrificação rural nas regiões de Lote 11 e Porteirão, além de um projeto para implantação de 40 Km de rede no restante do Lote 11.

A cidade conta com coleta geral de lixo, realizada por órgão público municipal, atendendo a 100% dos domicílios da área urbana. O lixo é depositado em lixão, situado a cerca de 7 Km da área urbana. O lixo hospitalar é incinerado e depositado junto ao lixo urbano, mas sem tratamento especial.

Quanto ao saneamento básico, o município de Nova Brasilândia tem o sistema de abastecimento de água tratada administrado pelo SANEMAT, que abrange cerca de 100% da cidade, num total de 1.050 ligações. A água distribuída é desinfetada com cloro. O município conta com sistema de captação em quatro poços. O distrito de Peresópolis possui rede de água que abastece 40 domicílios (80%). Este abastecimento é realizado pela Prefeitura. A água distribuída é retirada de 4 poços .

Os domicílios dos aglomerados urbanos que não possuem rede utilizam água de poços comuns e fontes naturais. Está sendo implantada uma nova captação no Rio Caiana, para atendimento de 1.400 domicílios. Nova Brasilândia, por ocasião da pesquisa de campo, não possuía rede de coleta de esgotos, sendo que todos os domicílios possuíam fossas sépticas.

PARANATINGA

O município de Paranatinga contava, em 1997, com eletrificação rural nas regiões de Culuente, Matrinchã, cabeceira do rio Paranatinga, do Mesquita e Água Emendada, além de um projeto para a implantação de 25 Km de rede na região de Água Emendada, em direção a Gaúcha do Norte.

A cidade conta com coleta geral de lixo, realizada por empresa privada, atendendo a 100% dos domicílios da área urbana. O lixo é depositado em lixão, situado a cerca de 6 Km da área urbana. O lixo hospitalar é incinerado no próprio hospital.

Quanto ao saneamento básico, o município de Paranatinga tem o sistema de abastecimento de água tratada administrado pelo SANEMAT, que abrange cerca de 80% da cidade, através de 3.100 ligações. A água distribuída é desinfetada com cloro. O município conta com dois sistemas de captação no rio Corgão e um poço artesiano.

O distrito de Salto da Alegria possui rede de água que abastece 30 domicílios (100%). A água distribuída é captada em poço semi-artesiano. Os domicílios dos aglomerados urbanos que não possuem rede utilizam água de poços comuns. De uma maneira geral, a interligação de redes na cidade é bastante precária, principalmente no bairro União. A FNS realiza campanhas de esclarecimento quanto aos riscos do consumo de água não tratada e distribui pastilhas de cloro à população. Paranatinga, por ocasião da pesquisa de campo, não possuía rede de coleta de esgotos, sendo os resíduos lançados no Rio Paranatinga.

REGIÃO VIII

Araputanga, Lambari D’Oeste, Mirassol D’Oeste, Reserva Cabaçal e Salto do Céu

ARAPUTANGA

O município de Araputanga contava, em 1997, com eletrificação rural nas seguintes regiões: Cachoeirinha, Monterlândia, Farinópolis, Taboca, Fazendas Sudam, Canaã, Rancho Grande, Pitomba, Rio Vermelho, Barrinha, Curitiba, Mata Preta e Comunidade das Botas.

A cidade conta com coleta geral de lixo, levada a efeito por órgão público municipal, atendendo a 100% dos domicílios da área urbana. O lixo é depositado em lixão localizado a cerca de 2 Km da área urbana. Na área do depósito existem cerca de 20 catadores de lixo. O lixo não coletado é queimado, jogado em terrenos baldios e enterrado. O lixo hospitalar é incinerado.

O município de Araputanga tem o sistema de abastecimento de água tratada administrado pelo SANEMAT, que abrange cerca de 80% da cidade, num total de 1.890 ligações. A água distribuída é tratada de modo convencional e desinfetada com cloro. O município conta com dois sistemas de captação no rio das Pitas e com 5 poços artesianos.

Os distritos de Cachoeirinha e Farinópolis possuem redes de água que abastecem, respectivamente, 40 (25%) e 90 (44%) domicílios. Os domicílios dos aglomerados urbanos que não possuem rede utilizavam água de poços comum e artesiano. O SANEMAT distribui pastilhas de cloro à população. O aumento da demanda de água e a diminuição da produção na estiagem – agosto a setembro – contribui para o racionamento.

Araputanga, por ocasião da pesquisa de campo, não possuía rede de coleta de esgotos, sendo os resíduos lançados em fossas comuns.

LAMBARI D’OESTE

O município de Lambari D'Oeste contava, em 1997, com eletrificação rural nas seguintes regiões: Comunidade São José do Pingador, Lagoinha, Sorriso, Nova São José, Boa União e Canaã.

A cidade conta com coleta geral de lixo, realizada por Órgão Público Municipal, atendendo a 100% dos domicílios da área urbana. O lixo é depositado em aterro controlado (queimado em valas e recoberto de 2 em 2 dias), contíguo à área urbana. O lixo hospitalar é queimado e depositado junto ao lixo urbano, mas sem tratamento especial.

A Prefeitura Municipal realiza através do rádio campanha para que não seja jogado lixo nas ruas.

O município de Lambari D’Oeste tem o sistema de abastecimento de água tratado administrado pelo SAAE, que abrange cerca de 100% da cidade, perfazendo 450 ligações. A água distribuída não é tratada. O município conta com sistema de captação em poço artesiano. O distrito de Pingadouro possui rede de água que abastece 130 domicílios (80%), inoperante na ocasião da pesquisa de campo, por falta de bombas. Os domicílios dos aglomerados urbanos que não possuem rede utilizam água de poços comuns e fontes naturais.

O município, por ocasião da pesquisa de campo, não possuía rede de coleta de esgotos, sendo que todos os domicílios possuíam fossas comuns.

MIRASSOL D’OESTE

O município de Mirassol D’oeste contava, em 1997, com eletrificação rural nas seguintes regiões: Jabuti, Sonho Azul, Veredinha, Caité, Planalto, Barreirão Planalto.

A cidade conta com coleta geral de lixo, realizada por órgão público municipal, atendendo 100% dos domicílios da área urbana. O lixo é depositado em lixão situado a cerca de 6 Km da área urbana. O lixo hospitalar é incinerado e enterrado junto ao lixo urbano, mas sem tratamento especial. O lixo não coletado é queimado e jogado em terrenos baldios.

No lixão, cerca de 15 pessoas fazem a catação de lixo.

O município de Mirassol D’oeste tem o sistema de abastecimento de água tratado e administrado pelo SANEMAT, que abrange cerca de 91% da cidade, com um total de 2.150 ligações. A água distribuída é tratada de forma convencional, desinfetada com cloro e fluoretada. O município conta com dois sistemas de captação no Rio Carnaíba. O distrito Sonho Azul possui rede de água que abastece 1.200 domicílios (48%), com captação em poço artesiano. Os domicílios dos aglomerados urbanos que não possuem rede utilizam água de poço comum e bica coletiva. A Prefeitura Municipal, através da Secretaria de Saúde, realiza campanhas de esclarecimento quanto aos riscos do consumo de água não tratada.

Ocorre racionamento de água na época da seca, ocasionado pela diminuição da vazão entre os meses de agosto a novembro.

Mirassol, por ocasião da pesquisa de campo, possuía rede de coleta de esgotos operada pela Prefeitura, atendendo a 960 domicílios (cerca de 91% do total). Todo o esgoto produzido é tratado em lagoa de estabilização.

RESERVA DO CABAÇAL

O abastecimento de energia elétrica no município é feito pela CEMAT. Existe eletrificação rural no município, servindo as Comunidades de Sete de Setembro, Lageado e Guanabara. As comunidades de Alto Cabaçal, Jibóia e Alto de Dracena não possuem eletrificação.

A sede do município conta com coleta de lixo diária, tanto na área central quanto nos bairros, realizado por órgão público municipal, perfazendo 80% de atendimento. O lixo hospitalar é também coletado e separado do lixo urbano, sendo que a disposição final de todo o lixo recolhido é feita fora da sede urbana, a cerca de 1 Km, em lixão.

Com relação ao saneamento básico, em 1997, o município de Reserva do Cabaçal tinha seu sistema de abastecimento de água tratado e administrado pelo SANEMAT, que abrangia 85% da cidade, cerca de 342 ligações ativas. Os demais 15% dos domicílios utilizavam água de poços comuns e captação em rios e córregos. A água distribuída por rede é desinfetada por cloro. Já para os domicílios que não são abastecidos por rede domiciliar é feita quando solicitada a distribuição de pó de cloro pelo SANEMAT, embora não seja realizada nenhuma campanha específica com relação a cuidados com a água para consumo humano. A água distribuída por rede pública é captada em dois poços semi-artesianos.

O município prevê para o ano de 1998 a execução de 400m de rede de água para o atendimento de 11 domicílios financiados pelo SANEMAT.

Segundo informações prestadas durante a pesquisa, não existe rede de coleta de esgoto no município, sendo o esgoto coletado em fossas comuns.

SALTO DO CÉU

O abastecimento de energia elétrica no município é feito pela CEMAT. Existe eletrificação rural, servindo as seguintes Comunidades: Boa Esperança, Cristianópolis, São Jorge, Vila Progresso, Rio Negro, Alto Alegre.

A sede do município conta com coleta de lixo diária em toda área central realizada por empresa privada. O lixo hospitalar é queimado e depositado junto ao lixo urbano, sendo que a disposição final de todo o lixo recolhido é feita fora da sede urbana, a cerca de 2 Km, em lixão. Há risco de contaminação do Rio Branco pelo depósito de lixo.

Com relação ao saneamento básico, em 1997, o município de Salto do Céu tinha seu sistema de abastecimento de água tratado e administrado pela SANEMAT, que abrangia 90% da cidade, cerca de 600 ligações. Os demais 10% dos domicílios utilizavam água de poços, córregos e rios. A água distribuída por rede possuía tratamento do tipo convencional (floculação, decantação e filtração) e era desinfetada por cloro. A água distribuída por rede pública é captada no Rio Branco, que pode sofrer contaminação pelo matadouro localizado a montante da captação. Segundo informações prestadas durante a pesquisa, não existe rede de coleta de esgoto no município, sendo utilizadas fossas comuns.

REGIÃO IX

Cáceres e Barão de Melgaço

CÁCERES

O abastecimento de energia elétrica no município é feito pela CEMAT. Existe eletrificação rural servindo cerca de 30% do total da área rural. Na área do Pantanal, a eletrificação é dificultada pela falta de acesso. Os projetos de implantação e extensão de novas redes prevêem um total de 54 Km servindo as seguintes localidades: Distritos de Horizonte D’Oeste e Curvelândia, Comunidades de São Gonçalves, Mesquita, Aranha, São Francisco, Clavino Manoel Macena, Novo Panorama, Santa Luzia, São Francisco, Fazendas Duas Lagoas e Araçatuba.

A sede do município conta com coleta diária de lixo, tanto na área central quanto nos bairros, realizada em parceria pela Prefeitura e Empresa Particular, perfazendo 100% de atendimento. O lixo hospitalar é também coletado e depositado em separado do lixo urbano, sendo que a disposição final de todo o lixo recolhido é feita fora da sede urbana, a cerca de 14 Km, em aterro controlado (lixo recoberto).

O município de Cáceres tem seu sistema de abastecimento de água tratado e administrado pelo SANEMAT, que abrange 98% da cidade, com cerca de 13.000 ligações. Os demais 2% dos domicílios utilizam água de poços comuns.

A água distribuída por rede possui tratamento de tipo convencional (floculação, decantação e filtração) e é desinfetada por cloro. É realizada nas escolas uma campanha específica com relação a cuidados com a água para consumo humano.

A água distribuída por rede pública tem captação mista no Rio Paraguai e em 5 poços. Nos meses de seca - entre agosto e novembro - ocorre racionamento de água somente na região de Padre Paulo, onde o poço existente não tem capacidade para o suprimento de 1.895 ligações. A montante da captação está localizado o Centro Velho da cidade, o que pode vir a causar degradação da qualidade da água.

Os distritos de Vila Aparecida e Curvelândia possuem rede de abastecimento de água operada pela Prefeitura e comunidade. O número de ligações é de 250 domicílios (84%) e 600 domicílios (100%), respectivamente. Segundo informações prestadas durante a pesquisa, existe rede de coleta de esgotos no município, com 600 ligações. O esgoto coletado é tratado em uma estação de tratamento cujo processo é o de lodos ativados. Depois de tratado, o esgoto é lançado em um posto ao lado da estação. Por ocasião da pesquisa, encontrava-se em execução uma extensão de 22 Km da rede de esgotos, para o atendimento de 2.200 domicílios e com término previsto para 1998.

BARÃO DE MELGAÇO

O abastecimento de energia elétrica no município é feito pela CEMAT. Existe eletrificação rural servindo a localidade de Estirão Comprido

A sede do município conta com coleta diária de lixo em 100% da área central, realizada por órgão público municipal. O lixo hospitalar é incinerado e depositado em separado do lixo urbano, sendo que a disposição final de todo o lixo recolhido é feita a cerca de 3,5 Km da sede urbana, em lixão. O lixo não coletado é queimado e/ou enterrado.

O município de Barão de Melgaço tem seu sistema de abastecimento de água tratado e administrado pelo SANEMAT, que abrange 95% da cidade com cerca de 650 ligações. Os demais 5% dos domicílios utilizam água de poços, rios e córregos.

A água distribuída por rede possui tratamento do tipo convencional (floculação, decantação e filtração). A água distribuída por rede pública é captada no Rio Cuiabá. Nos meses de seca - entre agosto e setembro - ocorre racionamento de água em Joselândia porque o poço não produz água suficiente para o abastecimento. Os distritos de Joselândia e Mucambo possuem rede de abastecimento de água operada pela Prefeitura. O número de ligações é para 62 domicílios (100%) e 20 domicílios (100%), respectivamente. Segundo informações prestadas durante a pesquisa, existe rede de coleta de esgotos no município, operada pela Prefeitura, com 260 ligações (cerca de 82% do total de domicílios). O esgoto coletado não é tratado, sendo lançado no Rio Cuiabá e comprometendo o abastecimento humano e a pesca. Um dos principais problemas da área urbana é a inundação causada na época das cheias, quando a população é obrigada a conviver com o esgoto.

REGIÃO X

Pontes e Lacerda e Vila Bela da Santíssima Trindade

PONTES E LACERDA

O abastecimento de energia elétrica no município é de responsabilidade da CEMAT. A eletrificação rural do município atinge cerca de 60% do total da área rural.

A sede do município conta com coleta diária de lixo, tanto na área central quanto nos bairros, realizada por órgão público municipal e atendendo 50% da cidade. O lixo hospitalar é queimado em valas e depositado separado do lixo urbano, sendo que a disposição final de todo o lixo recolhido é feita em lixão localizado a cerca de 5 Km da sede urbana. O lixo que não é coletado é queimado e jogado em terreno baldio.

O município de Pontes e Lacerda tem seu sistema de abastecimento de água tratado e administrado pelo SANEMAT, que abrange 100% da cidade, com cerca de 5.800 ligações. A água distribuída por rede é desinfetada por cloro. É realizada uma campanha específica com relação a cuidados com a água para consumo humano. Entretanto, essa campanha visa principalmente o combate à dengue.

A água distribuída por rede pública é captada no Rio Guaporé e em poço artesiano. Nos meses de seca, ocorre racionamento de água, porque o volume de água captado atende somente 50% da demanda. O distrito de São Domingos possui rede de abastecimento de água operada pela Prefeitura. Nesse local, são 1.000 domicílios (40%) ligados à rede.

Segundo informações prestadas durante a pesquisa, o município não possuía rede de coleta de esgotos, estando em implantação uma rede com cerca de 33 Km, para o atendimento de 3.200 domicílios, apenas na área central.

VILA BELA DA SANTÍSSIMA TRINDADE

O abastecimento de energia elétrica no município é de responsabilidade da CEMAT. Existe eletrificação rural nas seguintes localidades: Glebas da Liberdade, do Pé de Galinha, Arrozal e região da Barata.

A sede do município conta com coleta diária de lixo, tanto na área central quanto nos bairros, sendo realizada por órgão público municipal e cobrindo 100% da cidade. O lixo hospitalar é depositado junto ao lixo urbano, sendo que a disposição final de todo o lixo recolhido é feita em lixão, a cerca de 1,5 Km da sede urbana. Há risco de contaminação do Rio Guaporé, pela proximidade deste com o aterro.

O município de Vila Bela tem seu sistema de abastecimento de água tratado e administrado pelo SANEMAT, que abrange 100% da cidade, através de cerca de 600 ligações. A água distribuída por rede é tratada com filtração e desinfetada por cloro.

A água distribuída por rede pública é captada no Rio Guaporé e em dois poços artesianos. A qualidade de sua água pode ser comprometida pela localização do Bairro Beira Rio a montante da captação.

Segundo informações prestadas durante a pesquisa, o município não possui rede de coleta de esgotos, sendo estes dispostos em fossas comuns.

REGIÃO XI

Alto Paraguai, Barra dos Bugres e Santo Afonso

ALTO PARAGUAI

Em 1997, os distritos de Capão Verde, Currupira e Tira Sentido contavam com energia elétrica.

A cidade conta com coleta geral de lixo, levada a efeito por órgão público municipal, atendendo 100% dos domicílios da área urbana. O lixo é depositado em lixão dentro da área urbana. A localização do lixão oferece risco de contaminação ao Rio Paraguai.

O lixo hospitalar é enterrado em fossas próximo ao hospital e o lixo que não é coletado é queimado ou jogado em terrenos baldios.

Quanto ao saneamento básico, o município de Alto Paraguai tem o sistema de abastecimento de água tratada administrado pelo SANEMAT, que abrange cerca de 70% da cidade, num total de 2.270 ligações. A água distribuída é tratada de forma convencional e ainda desinfetada com cloro e fluoretada. A captação de água é feita no Rio Paraguai, a montante localizam-se inúmeras fazendas, que podem comprometer a qualidade da água, com a utilização de produtos tóxicos como inseticidas e fertilizantes.

Os distritos de Capão Verde e Currupira possuem rede de água que abastece cerca de 120 domicílios (20%) e 55 domicílios (46%), respectivamente. A captação é feita em poço semi-artesiano. Os domicílios dos aglomerados urbanos que não possuem rede utilizam água de poços comuns e profundos e fontes naturais. No município não é realizada nenhuma campanha de esclarecimento para os cuidados com a água para consumo humano.

Alto Paraguai, por ocasião da pesquisa de campo, não possuía rede de coleta de esgotos, sendo que todos os domicílios possuíam fossas rudimentares.

BARRA DO BUGRES

O abastecimento de energia elétrica no município é de responsabilidade da CEMAT. A eletrificação rural atinge cerca de 60% do total da área rural do município.

A sede municipal conta com coleta diária de lixo, tanto na área central quanto nos bairros, sendo realizada por órgão público municipal e cobrindo 80% da cidade. O lixo hospitalar é incinerado em valas a cerca de 5 Km da sede urbana. O lixo não coletado é queimado, jogado em terrenos baldios ou levado pelos próprios moradores ao aterro.

O município de Barra do Bugres tem seu sistema de abastecimento de água tratado e administrado pelo SANEMAT, que abrange 75% da cidade, com cerca de 53.000 ligações. A água distribuída por rede é tratada de forma convencional e desinfetada com cloro. É realizada pela Secretaria Municipal de Saúde uma campanha específica com relação aos cuidados com a água para consumo humano.

A água distribuída por rede pública é captada no Rio Bugres. Os distritos de Assari e Novo Fernandópolis possuem rede de abastecimento de água operada pela Prefeitura. Nessas

localidades, são 1.000 domicílios (35%) e 150 domicílios (16%), respectivamente, ligados à rede.

Segundo informações prestadas durante a pesquisa, o município possui rede de 1.900 metros de coleta de esgoto, os quais não estavam em funcionamento.

SANTO AFONSO

O município de Santo Afonso contava em 1997 com eletrificação rural em 80% da área rural, salientando-se as Fazendas Nova Esperança e Vilar, entre outras.

A cidade conta com coleta geral de lixo, levada a efeito por órgão público municipal e atendendo 100% dos domicílios da área urbana. O lixo é depositado em aterro controlado, em uma depressão (buraco) deixada por um garimpo e está localizada a cerca de 1,5 Km da área urbana. O lixo hospitalar é depositado junto ao lixo urbano. O lixo não coletado é queimado pelos próprios moradores.

Quanto ao saneamento básico, o município de Santo Afonso tem o sistema de abastecimento de água tratado e administrado pelo SANEMAT, que abrange cerca de 45% da cidade, num total de 332 ligações, das quais somente 180 estavam ativas. A água distribuída é tratada e desinfetada com cloro. O sistema de captação possui dois poços que aparentemente atendem à demanda.

O município distribui hipoclorito de sódio em solução para ser adicionado à água para consumo humano e inseticida organo-fosforado para ser colocado no poço, com o intuito de diminuir a ocorrência de mosquitos, principalmente da dengue, em águas paradas. É feita ainda uma campanha de esclarecimento à população pela Secretaria da Saúde.

O aglomerado de Gleba União possui rede de água que abastece cerca de 60 domicílios (100%). Os domicílios dos aglomerados urbanos que não possuem rede utilizam água de poço comum.

Santo Afonso, por ocasião da pesquisa de campo, não possuía rede de coleta de esgotos, sendo que todos os domicílios possuíam fossas rudimentares.

REGIÃO XII

Confresa, Porto Alegre do Norte e Santa Terezinha

CONFRESA

O abastecimento de energia elétrica no município é de responsabilidade da CEMAT. Não existe eletrificação rural no município, apenas a Usina Gameleira possui eletrificação própria.

A sede do município conta com coleta diária de lixo, tanto na área central quanto nos bairros. Esta é realizada por órgão público municipal e promove 100% de atendimento. O lixo hospitalar é incinerado. A disposição final do lixo urbano recolhido é feita em lixão localizado fora da sede urbana, a cerca de 53Km. O lixo não coletado é queimado, jogado em terreno baldio ou enterrado.

O município de Confresa não possui redes de abastecimento de água e de coleta de esgoto sanitário. O abastecimento da população se dá por meio de poços comuns. A Secretaria Municipal de Saúde faz a distribuição de pastilhas de cloro e campanhas alertando sobre a importância da desinfecção da água para consumo humano

O esgoto produzido é depositado em fossas comuns.

PORTO ALEGRE DO NORTE

O abastecimento de energia elétrica no município é de responsabilidade da CEMAT. Não existe eletrificação rural no município.

A sede do município conta com coleta de lixo tanto na área central quanto nos bairros, totalizando 100% de atendimento e sendo realizada por órgão público municipal. O lixo hospitalar é enterrado no cemitério, localizado a aproximadamente 3,5 Km da sede urbana. Já o lixo urbano é depositado em lixão situado a 3 Km da cidade, onde trabalham cerca de 6 catadores. O lixo que não é coletado é queimado, jogado em terrenos baldios e no rio Tapirapé.

O município de Porto Alegre do Norte tem seu sistema de abastecimento de água tratado e administrado pelo SANEMAT, que abrange 80% da cidade, através de 1.412 ligações. Os demais 20% dos domicílios utilizam água de poços. A água distribuída por rede possui tratamento de tipo convencional (floculação, decantação e filtração) e é desinfetada com cloro. Para os domicílios que não são abastecidos por rede pública, é feita a distribuição de pastilhas de cloro pelo SANEMAT - quando solicitada - e é realizada uma campanha específica com relação a cuidados com a água para consumo humano, pela Secretaria Municipal de Saúde. A água distribuída por rede pública é captada no Rio Tapirapé.

Segundo informações obtidas durante a pesquisa, não existe rede de coleta de esgoto no município, sendo o esgoto recolhido em fossas comuns.

SANTA TEREZINHA

O abastecimento de energia elétrica no município é de responsabilidade da CEMAT. A eletrificação rural do município atende à sede da Fazenda Codiara. Existe projeto de implantação de 80 Km de novas redes para as seguintes regiões: João Nunes, Nova Esperança e Palestina.

A sede do município conta com coleta de lixo, tanto na área central quanto nos bairros. A coleta abrange 100% da cidade, sendo realizada por órgão público municipal. A disposição final de todo o lixo recolhido é feita dentro da sede urbana em aterro controlado (lixo recoberto). O lixo hospitalar é queimado e depositado em vala, separado do lixo urbano.

O município de Santa Terezinha tem seu sistema de abastecimento de água tratado e administrado pelo SANEMAT, que abrange 80% da cidade, através de cerca de 1.000 ligações. Os demais 20% dos domicílios utilizam água de poços e captação em rios e nascentes. A água distribuída por rede pública possui tratamento do tipo convencional (floculação, decantação e filtração) e é desinfetada com cloro, sendo captada em dois poços

semi-artesianos. Já para os domicílios que não são abastecidos por rede domiciliar, é feita a distribuição de pastilhas de cloro pelo Posto de Saúde, embora não seja realizada nenhuma campanha específica com relação a cuidados com a água para consumo humano.

A água distribuída por rede pública é captada em poço. Nos meses de seca, entre agosto e outubro, ocorre racionamento de água.

Segundo informações prestadas durante a pesquisa não existe rede de coleta de esgoto no município, sendo o esgoto lançado em fossas comuns.

REGIÃO XIII

Ribeirão Cascalheira, São Félix do Araguaia e São José do Xingu

RIBEIRÃO CASCALHEIRA

O abastecimento de energia elétrica no município é de responsabilidade da CEMAT. A eletrificação rural no município é operada pela Prefeitura Municipal, apenas na região de Novo Paraíso.

Cerca de 80% da sede do município conta com coleta de lixo realizada por órgão público municipal, tanto na área central quanto nos bairros. O lixo hospitalar é queimado e enterrado junto ao lixo urbano. A disposição final do lixo urbano recolhido é feita em lixão, situado a cerca de 2 Km da sede urbana. O lixo não coletado é jogado em terreno baldio.

O município de Ribeirão Cascalheira tem seu sistema de abastecimento de água tratado e administrado pelo SANEMAT, que abrange 80% da cidade, através de cerca de 1.200 ligações. Os demais 20% dos domicílios utilizam água de poços e córregos. A água distribuída por rede possui tratamento de tipo convencional (floculação, decantação e filtração) e é desinfetada por cloro. Já para os domicílios que não são abastecidos por rede domiciliar, é feita distribuição de pastilhas de cloro pelo SANEMAT - quando solicitada -, sendo ainda realizada pela Secretaria Municipal de Saúde uma campanha específica com relação a cuidados com a água para consumo humano. A água distribuída por rede pública é captada em uma represa que recebe água do Córrego das Margaridas, sendo insuficiente para o atendimento da demanda e sofrendo racionamento entre os meses de agosto a outubro. O distrito de Novo Paraíso possui rede de água inoperante, já que o poço artesiano que deveria fazer o abastecimento secou. Em conseqüência, são 30 os domicílios que não recebem água tratada neste local.

Segundo informações prestadas durante a pesquisa, não existe rede de coleta de esgoto no município, sendo o esgoto recolhido em fossas comuns.

SÃO FÉLIX DO ARAGUAIA

O abastecimento de energia elétrica no município é de responsabilidade da CEMAT. Não existe eletrificação rural no município.

A sede do município conta com coleta de lixo, que atende a 90% da cidade, tanto na área central quanto nos bairros e é realizada por órgão público municipal. O lixo hospitalar é depositado junto ao lixo urbano, em aterro controlado localizado a cerca de 5 Km da sede urbana e onde trabalham 2 catadores de lixo. A localização do aterro compromete um brejo localizado a seu lado. Além disso, em época de chuva, a área onde se localiza o aterro é inundada. O lixo não coletado é queimado, jogado em terrenos baldios , enterrado e/ou jogado à beira da rodovia, pelos comerciantes (açougue, supermercado, etc.).

O município de São Félix do Araguaia tem seu sistema de abastecimento de água tratado e administrado pelo SANEMAT, que abrange 90% da cidade, através de 1.480 ligações. Os demais 10% dos domicílios utilizam água de poços e minas. A água distribuída por rede pública não possui tratamento. Já para os domicílios que não são abastecidos por rede domiciliar é feita distribuição de pastilhas de cloro pelo SANEMAT, quando solicitada. A água distribuída por rede pública é captada no Rio Araguaia. A montante da captação localiza-se o Bairro Morro do Mosquito, que pode comprometer a qualidade da água para consumo humano.

O distrito de São Sebastião possui rede de abastecimento de água operada pela Prefeitura. Nesta localidade, são 53 domicílios (100%) ligados à rede.

Segundo informações prestadas durante a pesquisa, não existe rede de coleta de esgoto no município, sendo este recolhido em fossas negras, que extravasam na época das chuvas, inundando a cidade.

SÃO JOSÉ DO XINGU

O abastecimento de energia elétrica no município é feito pela CEMAT, sendo que não existe eletrificação rural no município.

A sede municipal conta com coleta de lixo tanto na área central quanto nos bairros, realizada por empresa privada e cobrindo 100% da cidade. O lixo hospitalar é queimado e depositado dentro da sede urbana. Já o lixo urbano é disposto em lixão situado a cerca de 4 Km da sede urbana.

O município de São José do Xingú tem seu sistema de abastecimento de água tratado e administrado pelo SANEMAT, que abrange 20% da cidade, através de cerca de 600 ligações. Os demais 80% dos domicílios utilizam água de poços comuns. A água distribuída por rede pública não possui tratamento. Já para os domicílios que não são abastecidos por rede domiciliar é feita a distribuição de pastilhas de cloro pelo Posto de Saúde, que realiza campanha específica com relação a cuidados com a água para consumo humano. A água distribuída por rede pública é captada em poço semi-artesiano. O distrito Santa Cruz possui rede de abastecimento de água para cerca de 100 domicílios (66% do total), operada pela Prefeitura Municipal.

Segundo informações prestadas durante a pesquisa, não existe rede de coleta de esgoto no município, sendo este lançado em fossas rudimentares.

O principal problema do município, no que tange à infra-estrutura, é, além da inexistência de rede de esgotos, a precariedade do sistema de abastecimento de água - que não atende a toda população - e funciona com equipamentos extremamente deteriorados. No município não é feita a cobrança de tarifa de água.

ANEXO II - QUADROS

A001 DOMICÍLIOS POR TIPO DE COLETA DE LIXO POR REGIÃO - TOTAL URBANO E RURAL

DESTINO DO LIXO TOTAL DE DOMICÍLIOS MUNICÍPIOS/REGIÃO Coletado Queimado Enterrado Jogado/Outro Total Urbano Rural Total Urbano Rural %Tot Total Urbano Rural %Tot Total Urbano Rural %Tot Total Urbano Rural %Tot REGIÃO I 67037 38533 28504 22729 22579 150 33,91 24148 9684 14464 36,02 1613 985 628 2,41 13417 3857 9560 20,01 Paranaíta 2710 1513 1197 1305 1305 0 48,15 603 113 490 22,25 57 14 43 2,10 437 54 383 16,13 Alta Floresta 15126 8763 6363 6929 6889 40 45,81 3920 915 3005 25,92 166 112 54 1,10 3779 672 3107 24,98 Matupá 2489 1705 784 1483 1481 2 59,58 397 118 279 15,95 18 8 10 0,72 279 38 241 11,21 Juruena 1476 667 809 507 496 11 34,35 664 81 583 44,99 51 9 42 3,46 138 16 122 9,35 Colíder 7122 3767 3355 2680 2658 22 37,63 3401 689 2712 47,75 110 84 26 1,54 724 225 499 10,17 Aripuanã 3307 1035 2272 442 440 2 13,37 1343 460 883 40,61 77 21 56 2,33 918 65 853 27,76 Guarantã do Norte 5351 2463 2888 782 778 4 14,61 2763 1240 1523 51,64 293 203 90 5,48 833 169 664 15,57 Terra Nova do Norte 4892 1821 3071 820 768 52 16,76 2671 783 1888 54,60 251 85 166 5,13 1075 148 927 21,97 Apiacás 1822 1154 668 883 880 3 48,46 193 93 100 10,59 22 6 16 1,21 298 88 210 16,36 Juína 8574 5974 2600 1281 1281 0 14,94 3790 2775 1015 44,20 394 336 58 4,60 2991 1507 1484 34,88 Peixoto de Azevedo 9006 7604 1402 5060 5049 11 56,18 1426 1350 76 15,83 63 59 4 0,70 631 542 89 7,01 Nova Canãa do Norte 3267 1251 2016 263 263 0 8,05 1686 644 1042 51,61 97 38 59 2,97 1059 246 813 32,42 Castanheira 1895 816 1079 294 291 3 15,51 1291 423 868 68,13 14 10 4 0,74 255 87 168 13,46 REGIÃO II 26782 16535 10247 9676 9627 49 36,13 9521 4068 5453 35,55 1277 504 773 4,77 4722 1613 3109 17,63 Cláudia 2175 853 1322 696 688 8 32,00 1069 101 968 49,15 117 36 81 5,38 194 14 180 8,92 Vera 2630 784 1846 505 476 29 19,20 1332 186 1146 50,65 83 16 67 3,16 564 79 485 21,44 Itaúba 1643 499 1144 240 240 0 14,61 409 113 296 24,89 82 25 57 4,99 647 54 593 39,38 Porto dos Gaúchos 1637 776 861 455 451 4 27,79 556 184 372 33,96 63 23 40 3,85 336 98 238 20,53 Sinop 9260 8025 1235 5550 5550 0 59,94 2116 1322 794 22,85 368 143 225 3,97 808 635 173 8,73 Brasnorte 1532 875 657 205 205 0 13,38 615 411 204 40,14 277 80 197 18,08 365 109 256 23,83 Juara 4970 3484 1486 1453 1453 0 29,24 2343 1371 972 47,14 210 160 50 4,23 836 405 431 16,82 Marcelândia 1994 942 1052 494 486 8 24,77 797 257 540 39,97 48 14 34 2,41 441 140 301 22,12 Novo Horizonte do Norte 941 297 644 78 78 0 8,29 284 123 161 30,18 29 7 22 3,08 531 79 452 56,43 REGIÃO III 32745 21380 11365 14901 14352 549 45,51 8938 4146 4792 27,30 1881 407 1474 5,74 4744 1788 2956 14,49 Lucas do Rio Verde 1703 1053 650 724 714 10 42,51 570 185 385 33,47 177 55 122 10,39 130 77 53 7,63 Campo Novo do Parecis 1851 588 1263 836 483 353 45,16 452 27 425 24,42 118 18 100 6,37 129 11 118 6,97 Nova Mutum 1420 526 894 466 389 77 32,82 676 81 595 47,61 137 25 112 9,65 29 7 22 2,04 Sorriso 4087 2769 1318 2186 2178 8 53,49 987 292 695 24,15 363 98 265 8,88 275 81 194 6,73 Tapurah 1989 295 1694 6 2 4 0,30 1014 247 767 50,98 171 4 167 8,60 458 31 427 23,03 São José do Rio Claro 3710 2407 1303 1395 1395 0 37,60 1096 680 416 29,54 56 45 11 1,51 1081 266 815 29,14 Tangará da Serra 9350 7548 1802 5786 5784 2 61,88 1799 945 854 19,24 164 79 85 1,75 1355 566 789 14,49 Nortelândia 2245 2020 225 862 826 36 38,40 957 901 56 42,63 13 4 9 0,58 373 249 124 16,61 Diamantino 4146 2909 1237 2001 1983 18 48,26 875 485 390 21,10 255 13 242 6,15 457 318 139 11,02 Comodoro 2244 1265 979 639 598 41 28,48 512 303 209 22,82 427 66 361 19,03 457 182 275 20,37 (continua...)

A001 DOMICÍLIOS POR TIPO DE COLETA DE LIXO POR REGIÃO - TOTAL URBANO E RURAL (...continuação) DESTINO DO LIXO TOTAL DE DOMICÍLIOS MUNICÍPIOS/REGIÃO Coletado Queimado Enterrado Jogado/Outro Total Urbano Rural Total Urbano Rural %Tot Total Urbano Rural %Tot Total Urbano Rural %Tot Total Urbano Rural %Tot REGIÃO IV 147154 136356 10798 104038 103763 275 70,70 22614 17631 4983 15,37 846 476 370 0,57 16374 11478 4896 11,13 Jangada 1065 430 635 4 4 0 0,38 345 266 79 32,39 4 2 2 0,38 711 158 553 66,76 Cuiabá 96136 94320 1816 80959 80905 54 84,21 7120 6263 857 7,41 313 232 81 0,33 5267 4529 738 5,48 Chapada dos Guimarães 3016 1193 1823 786 782 4 26,06 1047 101 946 34,71 119 23 96 3,95 1016 249 767 33,69 Rosário Oeste 4353 2382 1971 1109 1108 1 25,48 1529 836 693 35,13 70 23 47 1,61 1497 321 1176 34,39 Várzea Grande 35734 34314 1420 19633 19422 211 54,94 9536 8905 631 26,69 195 155 40 0,55 5996 5500 496 16,78 Acorizal 1189 628 561 77 77 0 6,48 700 359 341 58,87 25 8 17 2,10 386 184 202 32,46 Nobres 3367 2353 1014 1261 1259 2 37,45 1163 594 569 34,54 85 26 59 2,52 651 338 313 19,33 Nossa Senhora do Livramento 2294 736 1558 209 206 3 9,11 1174 307 867 51,18 35 7 28 1,53 850 199 651 37,05 REGIÃO V 69619 54648 14971 35239 34678 561 50,62 19472 12366 7106 27,97 1469 472 997 2,11 11410 5945 5465 16,39 Itiquira 2216 768 1448 926 513 413 41,79 728 185 543 32,85 47 4 43 2,12 285 49 236 12,86 Campo Verde 1618 781 837 533 519 14 32,94 377 30 347 23,30 144 9 135 8,90 243 14 229 15,02 Rondonópolis 30834 27546 3288 19939 19885 54 64,67 6772 4676 2096 21,96 466 254 212 1,51 3190 2281 909 10,35 Primavera do Leste 3146 2393 753 1917 1878 39 60,93 504 232 272 16,02 162 37 125 5,15 409 184 225 13,00 Pedra Preta 2831 1906 925 921 889 32 32,53 1224 712 512 43,24 51 4 47 1,80 589 272 317 20,81 Jaciara 5388 4761 627 2328 2327 1 43,21 2158 1734 424 40,05 60 51 9 1,11 742 598 144 13,77 Guiratinga 3529 2884 645 1585 1582 3 44,91 1037 792 245 29,39 54 25 29 1,53 775 418 357 21,96 Alto Araguaia 2740 2121 619 1493 1493 0 54,49 674 323 351 24,60 23 6 17 0,84 306 154 152 11,17 Alto Garças 2118 1726 392 1075 1075 0 50,76 551 422 129 26,02 53 20 33 2,50 392 188 204 18,51 Alto Taquari 803 522 281 272 272 0 33,87 328 195 133 40,85 25 1 24 3,11 98 38 60 12,20 Juscimeira 2676 1815 861 1161 1159 2 43,39 1029 501 528 38,45 48 10 38 1,79 409 128 281 15,28 Poxoréo 5804 3864 1940 1637 1636 1 28,20 1985 1278 707 34,20 180 33 147 3,10 1948 875 1073 33,56 Dom Aquino 2214 1740 474 757 757 0 34,19 654 636 18 29,54 2 2 0 0,09 725 309 416 32,75 Tesouro 1101 756 345 244 244 0 22,16 339 280 59 30,79 15 4 11 1,36 479 219 260 43,51 Novo São Joaquim 1609 573 1036 279 278 1 17,34 634 157 477 39,40 79 9 70 4,91 577 117 460 35,86 General Carneiro 992 492 500 172 171 1 17,34 478 213 265 48,19 60 3 57 6,05 243 101 142 24,50 REGIÃO VI 2156 997 1159 611 561 50 28,34 635 262 373 29,45 116 6 110 5,38 678 149 529 31,45 Araguaiana 810 452 358 270 242 28 33,33 335 145 190 41,36 55 4 51 6,79 127 47 80 15,68 Cocalinho 1346 545 801 341 319 22 25,33 300 117 183 22,29 61 2 59 4,53 551 102 449 40,94 REGIÃO VII 34057 23480 10577 11821 11778 43 34,71 9688 5832 3856 28,45 1157 405 752 3,40 10666 5101 5565 31,32 Barra do Garças 11301 10433 868 5933 5933 0 52,50 2080 1655 425 18,41 272 78 194 2,41 2822 2593 229 24,97 Canarana 2901 1638 1263 1093 1091 2 37,68 952 300 652 32,82 252 98 154 8,69 551 130 421 18,99 Nova Xavantina 4399 3140 1259 1852 1852 0 42,10 1186 767 419 26,96 118 49 69 2,68 1157 413 744 26,30 Água Boa 3832 1859 1973 1522 1486 36 39,72 1283 204 1079 33,48 335 72 263 8,74 514 55 459 13,41 Torixoréu 2072 1338 734 521 520 1 25,14 921 509 412 44,45 24 12 12 1,16 565 282 283 27,27 Ponte Branca 966 710 256 63 63 0 6,52 332 316 16 34,37 17 17 0 1,76 536 297 239 55,49 (continua...)

A001 DOMICÍLIOS POR TIPO DE COLETA DE LIXO POR REGIÃO - TOTAL URBANO E RURAL (...continuação) DESTINO DO LIXO TOTAL DE DOMICÍLIOS MUNICÍPIOS/REGIÃO Coletado Queimado Enterrado Jogado/Outro Total Urbano Rural Total Urbano Rural %Tot Total Urbano Rural %Tot Total Urbano Rural %Tot Total Urbano Rural %Tot

Paranatinga 3793 2068 1725 546 544 2 14,39 1322 992 330 34,85 81 60 21 2,14 1800 463 1337 47,46 Araguainha 354 274 80 2 2 0 0,56 181 130 51 51,13 13 7 6 3,67 157 134 23 44,35 Campinápolis 2389 983 1406 23 22 1 0,96 539 432 107 22,56 34 7 27 1,42 1747 511 1236 73,13 Nova Brasilândia 2050 1037 1013 266 265 1 12,98 892 527 365 43,51 11 5 6 0,54 817 223 594 39,85 REGIÃO VIII 25655 14849 10806 7862 7752 110 30,65 12743 4860 7883 49,67 360 85 275 1,40 4250 1901 2349 16,57 Araputanga 2898 1716 1182 1505 1418 87 51,93 1053 214 839 36,34 5 1 4 0,17 266 50 216 9,18 Rio Branco 2707 1230 1477 285 284 1 10,53 1830 569 1261 67,60 87 14 73 3,21 409 320 89 15,11 Figueirópolis D'Oeste 1230 448 782 253 253 0 20,57 587 147 440 47,72 15 7 8 1,22 346 19 327 28,13 São José dos Quatro Marcos 5209 3409 1800 2359 2346 13 45,29 1931 532 1399 37,07 27 12 15 0,52 806 468 338 15,47 Jauru 2868 1309 1559 301 300 1 10,50 2202 736 1466 76,78 29 7 22 1,01 302 246 56 10,53 Reserva do Cabaçal 706 423 283 46 46 0 6,52 418 279 139 59,21 6 4 2 0,85 232 90 142 32,86 Salto do Céu 1666 632 1034 43 43 0 2,58 976 563 413 58,58 13 0 13 0,78 618 22 596 37,09 Mirassol d'Oeste 6071 4999 1072 2788 2785 3 45,92 2383 1501 882 39,25 104 37 67 1,71 730 612 118 12,02 Indiavaí 497 252 245 129 129 0 25,96 240 86 154 48,29 7 1 6 1,41 97 36 61 19,52 Porto Esperidião 1803 431 1372 153 148 5 8,49 1123 233 890 62,29 67 2 65 3,72 444 38 406 24,63 REGIÃO IX 28854 18161 10693 9323 9300 23 32,31 13770 6735 7035 47,72 463 220 243 1,60 4583 1528 3055 15,88 Cáceres 16996 12070 4926 6124 6116 8 36,03 9014 4586 4428 53,04 219 114 105 1,29 1279 969 310 7,53 Santo Antônio do Leverger 3594 948 2646 478 463 15 13,30 1612 418 1194 44,85 62 3 59 1,73 1260 46 1214 35,06 Poconé 6413 4484 1929 2371 2371 0 36,97 2376 1641 735 37,05 133 77 56 2,07 1393 338 1055 21,72 Barão de Melgaço 1851 659 1192 350 350 0 18,91 768 90 678 41,49 49 26 23 2,65 651 175 476 35,17 REGIÃO X 11260 5847 5413 3215 2750 465 28,55 4679 1733 2946 41,55 223 67 156 1,98 2629 1153 1476 23,35 Pontes e Lacerda 7905 4958 2947 2871 2480 391 36,32 3275 1525 1750 41,43 108 54 54 1,37 1526 815 711 19,30 Vila Bela da Santíssima Trindade 3355 889 2466 344 270 74 10,25 1404 208 1196 41,85 115 13 102 3,43 1103 338 765 32,88 REGIÃO XI 16074 11491 4583 5909 5875 34 36,76 6216 4004 2212 38,67 364 218 146 2,26 2522 1169 1353 15,69 Denise 1058 807 251 575 574 1 54,35 429 192 237 40,55 0 0 0 0,00 50 41 9 4,73 Arenápolis 4557 3696 861 1944 1940 4 42,66 1753 1174 579 38,47 77 44 33 1,69 520 405 115 11,41 Barra do Bugres 5026 3459 1567 1890 1886 4 37,60 2121 1108 1013 42,20 160 103 57 3,18 741 321 420 14,74 Nova Olímpia 2229 1271 958 987 966 21 44,28 137 118 19 6,15 76 58 18 3,41 387 112 275 17,36 Alto Paraguai 3204 2258 946 513 509 4 16,01 1776 1412 364 55,43 51 13 38 1,59 824 290 534 25,72 REGIÃO XII 6244 2655 3589 422 371 51 6,76 2371 1372 999 37,97 111 54 57 1,78 3194 818 2376 51,15 Vila Rica 2187 1023 1164 344 344 0 15,73 1050 437 613 48,01 35 28 7 1,60 684 180 504 31,28 Santa Terezinha 2003 590 1413 73 23 50 3,64 212 118 94 10,58 64 22 42 3,20 1588 421 1167 79,28 Porto Alegre do Norte 2054 1042 1012 5 4 1 0,24 1109 817 292 53,99 12 4 8 0,58 922 217 705 44,89 (continua...)

A001 DOMICÍLIOS POR TIPO DE COLETA DE LIXO POR REGIÃO - TOTAL URBANO E RURAL (...continuação) DESTINO DO LIXO TOTAL DE DOMICÍLIOS MUNICÍPIOS/REGIÃO Coletado Queimado Enterrado Jogado/Outro Total Urbano Rural Total Urbano Rural %Tot Total Urbano Rural %Tot Total Urbano Rural %Tot Total Urbano Rural %Tot REGIÃO XIII 6530 2759 3771 1132 1100 32 17,34 2750 999 1751 42,11 163 65 98 2,50 2238 536 1702 34,27 São Félix do Araguaia 3368 1287 2081 958 945 13 28,44 1187 202 985 35,24 51 6 45 1,51 1043 107 936 30,97 Ribeirão Cascalheira 1933 818 1115 19 1 18 0,98 1016 478 538 52,56 74 48 26 3,83 743 266 477 38,44 Luciara 1229 654 575 155 154 1 12,61 547 319 228 44,51 38 11 27 3,09 452 163 289 36,78

Mato Grosso 474167 347691 126476 226878 224486 2392 47,85 137545 73692 63853 29,01 10043 3964 6079 2,12 81427 37036 44391 17,17 FONTE: SANEMAT – Relatório das Atividades Comerciais, 1997

A002 NÚMERO DE CONSUMIDORES DE ENERGIA ELÉTRICA POR CLASSE, SEGUNDO MUNICÍPIOS E REGIÕES 1991

MUNICÍPIO / REGIÃO RESIDENCIAL ABS. % INDUSTRIAL ABS. % COMERCIAL ABS. % RURAL ABS. % OUTROS ABS. % TOTAL UTC'S

REGIÃO I 20.677 79,25 438 1,68 4.250 16,29 397 1,52 330 1,26 26.092 Alta Floresta 5.268 81,50 83 1,28 983 15,21 75 1,16 55 0,85 6.464 ISO Apiacás Aripuanã 659 77,80 19 2,24 138 16,29 1 0,12 30 3,54 847 ISO Castanheira 381 76,51 10 2,01 99 19,88 0,00 8 1,61 498 ISO Colíder 2.586 80,34 55 1,71 421 13,08 118 3,67 39 1,21 3.219 ISO Guarantã do Norte 1.751 74,67 78 3,33 328 13,99 141 6,01 47 2,00 2.345 ISO Juína 3.034 80,78 90 2,40 592 15,76 1 0,03 39 1,04 3.756 ISO Juruena 304 80,21 3 0,79 60 15,83 0,00 12 3,17 379 ISO Matupá 1.150 80,99 37 2,61 214 15,07 3 0,21 16 1,13 1.420 ISO Nova Canãa do Norte 452 80,14 10 1,77 87 15,43 0,00 15 2,66 564 ISO Paranaíta 1.087 79,46 15 1,10 236 17,25 2 0,15 28 2,05 1.368 ISO Peixoto de Azevedo 2.956 74,84 24 0,61 910 23,04 41 1,04 19 0,48 3.950 ISO Terra Nova do Norte 1.049 81,83 14 1,09 182 14,20 15 1,17 22 1,72 1.282 ISO REGIÃO II 11.238 80,49 474 3,39 1.999 14,32 24 0,17 227 1,63 13.962 Brasnorte 520 82,41 11 1,74 77 12,20 0,00 23 3,65 631 ISO Cláudia 621 81,18 10 1,31 124 16,21 0,00 10 1,31 765 ISO Itaúba 445 75,81 14 2,39 95 16,18 14 2,39 19 3,24 587 ISO Juara 2.470 81,71 65 2,15 443 14,65 10 0,33 35 1,16 3.023 ISO Marcelândia 473 86,63 3 0,55 62 11,36 0,00 8 1,47 546 ISO Novo Horizonte do Norte 183 74,09 8 3,24 38 15,38 0,00 18 7,29 247 ISO Porto dos Gaúchos 506 81,09 12 1,92 83 13,30 0,00 23 3,69 624 ISO Sinop 5.517 79,66 345 4,98 987 14,25 0,00 77 1,11 6.926 ISO Vera 503 82,06 6 0,98 90 14,68 0,00 14 2,28 613 ISO REGIÃO III 14926 81,33 323 1,76 2314 12,61 527 2,87 263 1,43 18353 Campo Novo do Parecis Comodoro Diamantino 2.755 83,51 36 1,09 336 10,18 102 3,09 70 2,12 3.299 INT Lucas do Rio Verde 730 75,88 22 2,29 199 20,69 0,00 11 1,14 962 ISO (continua...)

A002 NÚMERO DE CONSUMIDORES DE ENERGIA ELÉTRICA POR CLASSE, SEGUNDO MUNICÍPIOS E REGIÕES 1991 (...continuação)

MUNICÍPIO / REGIÃO RESIDENCIAL ABS. % INDUSTRIAL ABS. % COMERCIAL ABS. % RURAL ABS. % OUTROS ABS. % TOTAL UTC'S

Nortelândia 1.728 86,44 13 0,65 204 10,21 20 1,00 34 1,70 1.999 INT Nova Mutum São José do Rio Claro 1.544 84,51 17 0,93 233 12,75 0,00 33 1,81 1.827 ISSO Sorriso 1.989 81,08 70 2,85 357 14,55 0,00 37 1,51 2.453 ISO Tangará da Serra 6.180 79,10 165 2,11 985 12,61 405 5,18 78 1,00 7.813 INT Tapurah REGIÃO IV 127.275 87,87 1.516 1,05 13.980 9,65 710 0,49 1.361 0,94 144.842 Acorizal 499 82,48 5 0,83 45 7,44 28 4,63 28 4,63 605 INT Chapada dos Guimarães 1.078 78,46 8 0,58 129 9,39 92 6,70 67 4,88 1.374 INT Cuiabá 90.821 87,91 934 0,90 10.250 9,92 406 0,39 906 0,88 103.317 INT Jangada 327 78,80 6 1,45 52 12,53 17 4,10 13 3,13 415 INT Nobres 1.810 83,95 35 1,62 235 10,90 43 1,99 33 1,53 2.156 INT Nossa Senhora do Livramento 572 80,34 5 0,70 56 7,87 49 6,88 30 4,21 712 INT Rosário Oeste 1.984 87,87 22 0,97 160 7,09 38 1,68 54 2,39 2.258 INT Várzea Grande 30.184 88,76 501 1,47 3.053 8,98 37 0,11 230 0,68 34.005 INT REGIÃO V 48.675 83,28 668 1,14 6.091 10,42 2.202 3,77 810 1,39 58.446 Alto Araguaia 1.983 82,49 22 0,92 228 9,48 130 5,41 41 1,71 2.404 INT Alto Garças 1.496 83,62 17 0,95 161 9,00 77 4,30 38 2,12 1.789 INT Alto Taquari 460 66,00 5 0,72 74 10,62 137 19,66 21 3,01 697 INT Campo Verde 470 58,24 15 1,86 132 16,36 171 21,19 19 2,35 807 INT Dom Aquino 1.477 83,64 15 0,85 119 6,74 105 5,95 50 2,83 1.766 INT General Carneiro 395 83,51 5 1,06 46 9,73 8 1,69 19 4,02 473 ISO Guiratinga 2.630 86,88 27 0,89 240 7,93 79 2,61 51 1,68 3.027 INT Itiquira 688 76,61 8 0,89 86 9,58 85 9,47 31 3,45 898 INT Jaciara 4.025 82,28 59 1,21 530 10,83 213 4,35 65 1,33 4.892 INT Juscimeira 1.634 81,86 16 0,80 138 6,91 169 8,47 39 1,95 1.996 INT Novo São Joaquim 287 79,06 10 2,75 48 13,22 0,00 18 4,96 363 ISO Pedra Preta 1.687 74,81 17 0,75 153 6,78 349 15,48 49 2,17 2.255 INT Poxoréo 2.856 87,10 21 0,64 311 9,48 44 1,34 47 1,43 3.279 INT Poxoréo(**) 174 91,58 4 2,11 8 4,21 0,00 4 2,11 190 ISO (continua...)

A002 NÚMERO DE CONSUMIDORES DE ENERGIA ELÉTRICA POR CLASSE, SEGUNDO MUNICÍPIOS E REGIÕES 1991 (...continuação)

MUNICÍPIO / REGIÃO RESIDENCIAL ABS. % INDUSTRIAL ABS. % COMERCIAL ABS. % RURA L ABS. % OUTROS ABS. % TOTAL UTC'S

Primavera do Leste 1.734 72,10 39 1,62 394 16,38 209 8,69 29 1,21 2.405 INT Rondonópolis 25.784 85,50 383 1,27 3.347 11,10 389 1,29 253 0,84 30.156 INT São José do Povo 274 83,28 2 0,61 20 6,08 22 6,69 11 3,34 329 INT Tesouro 621 86,25 3 0,42 56 7,78 15 2,08 25 3,47 720 INT REGIÃO VI 668 81,56 16 1,95 78 9,52 26 3,17 31 3,79 819 Araguaiana 317 76,39 8 1,93 44 10,60 26 6,27 20 4,82 415 ISO Cocalinho 351 86,88 8 1,98 34 8,42 0,00 11 2,72 404 ISO REGIÃO VII 18.265 82,78 307 1,39 2.731 12,38 356 1,61 405 1,84 22.064 Água Boa 1.328 80,88 27 1,64 247 15,04 5 0,30 35 2,13 1.642 ISO Araguainha 219 83,91 2 0,77 13 4,98 10 3,83 17 6,51 261 INT Barra do Garças 8.817 84,54 138 1,32 1.232 11,81 108 1,04 134 1,28 10.429 ISO Campinápolis 538 80,78 17 2,55 89 13,36 0,00 22 3,30 666 ISO Canarana 1.379 80,97 18 1,06 242 14,21 32 1,88 32 1,88 1.703 ISO Nova Brasilândia 470 79,26 8 1,35 78 13,15 16 2,70 21 3,54 593 INT Nova Xavantina 2.268 82,83 47 1,72 359 13,11 21 0,77 43 1,57 2.738 ISO Paranatinga 1.457 78,59 29 1,56 262 14,13 65 3,51 41 2,21 1.854 ISO Ponte Branca 587 79,22 7 0,94 74 9,99 44 5,94 29 3,91 741 INT Torixoréu 908 83,38 11 1,01 109 10,01 37 3,40 24 2,20 1.089 INT Torixoréu(*) 294 84,48 3 0,86 26 7,47 18 5,17 7 2,01 348 ISO REGIÃO VIII 12.638 76,69 308 1,87 1.732 10,51 1.471 8,93 330 2,00 16.479 Araputanga 1.858 76,75 31 1,28 266 10,99 218 9,00 48 1,98 2.421 INT Figueirópolis D'Oeste 409 68,05 13 2,16 48 7,99 115 19,13 16 2,66 601 INT Indiavaí 237 70,54 4 1,19 22 6,55 58 17,26 15 4,46 336 INT Jauru 1.074 77,38 31 2,23 143 10,30 101 7,28 39 2,81 1.388 INT Mirassol d'Oeste 4.228 78,01 121 2,23 646 11,92 350 6,46 75 1,38 5.420 INT Porto Esperidião 319 62,06 8 1,56 53 10,31 118 22,96 16 3,11 514 INT Reserva do Cabaçal 307 85,04 6 1,66 17 4,71 10 2,77 21 5,82 361 INT Rio Branco 1.097 81,87 20 1,49 126 9,40 65 4,85 32 2,39 1.340 INT Salto do Céu 449 80,18 6 1,07 65 11,61 21 3,75 19 3,39 560 INT São José dos Quatro Marcos 2.660 75,18 68 1,92 346 9,78 415 11,73 49 1,38 3.538 INT (continua...)

A002 NÚMERO DE CONSUMIDORES DE ENERGIA ELÉTRICA POR CLASSE, SEGUNDO MUNICÍPIOS E REGIÕES 1991 (...continuação)

MUNICÍPIO / REGIÃO RESIDENCIAL ABS. % INDUSTRIAL ABS. % COMERCIAL ABS. % RURAL ABS. % OUTROS ABS. % TOTAL UTC'S

REGIÃO IX 15.388 83,24 240 1,30 1.728 9,35 820 4,44 311 1,68 18.487 Barão de Melgaço 504 88,27 3 0,53 42 7,36 1 0,18 21 3,68 571 INT Cáceres 10.088 84,94 130 1,09 1.161 9,78 330 2,78 168 1,41 11.877 INT Poconé 3.475 80,46 98 2,27 430 9,96 241 5,58 75 1,74 4.319 INT Santo Antônio do Leverger 1.321 76,80 9 0,52 95 5,52 248 14,42 47 2,73 1.720 INT REGIÃO X 4.168 80,28 125 2,41 714 13,75 119 2,29 66 1,27 5.192 Pontes e Lacerda 3.731 80,22 115 2,47 645 13,87 116 2,49 44 0,95 4.651 INT Vila Bela da Santíssima 437 80,78 10 1,85 69 12,75 3 0,55 22 4,07 541 ISO Trindade REGIÃO XI 9.341 82,29 99 0,87 1.094 9,64 623 5,49 194 1,71 11.351 Alto Paraguai 1.537 86,06 8 0,45 160 8,96 38 2,13 43 2,41 1.786 INT Arenápolis 3.142 83,94 20 0,53 348 9,30 188 5,02 45 1,20 3.743 INT Barra do Bugres 3.026 78,09 46 1,19 417 10,76 317 8,18 69 1,78 3.875 INT Denise 797 84,61 9 0,96 66 7,01 47 4,99 23 2,44 942 INT Nova Olímpia 839 83,48 16 1,59 103 10,25 33 3,28 14 1,39 1.005 INT REGIÃO XII 1.405 83,63 18 1,07 207 12,32 0,00 50 2,98 1.680 Porto Alegre do Norte 395 84,22 7 1,49 50 10,66 0,00 17 3,62 469 ISO Santa Terezinha 387 81,13 0,00 70 14,68 0,00 20 4,19 477 ISO Vila Rica 623 84,88 11 1,50 87 11,85 0,00 13 1,77 734 ISO REGIÃO XIII 1.729 82,10 23 1,09 269 12,77 11 0,52 74 3,51 2.106 Luciára 284 85,03 1 0,30 28 8,38 1 0,30 20 5,99 334 ISO Ribeirão Cascalheira 485 82,20 13 2,20 71 12,03 5 0,85 16 2,71 590 ISO São Félix do Araguaia 960 81,22 9 0,76 170 14,38 5 0,42 38 3,21 1.182 ISO

TOTAL INTERLIGADO 229.039 85,14 3.169 1,18 26.967 10,02 6.568 2,44 3.282 1,22 269.025 TOTAL ISOLADO 57.354 80,95 1.386 1,96 10.220 14,43 718 1,01 1.170 1,65 70.848 TOTAL CEMAT 286.393 84,26 4.555 1,34 37.187 10,94 7.286 2,14 4.452 1,31 339.873 FONTE: CEMAT - Centrais Elétricas Matogrossenses - Boletim Estatístico - Acompanhamento de Mercado – 1991 (*) Pontal Distrito de Torixoréu (**) Paraiso do Leste e aparecida do Leste, Distrito de Poxoreo

A003 INDICADOR DE CONDIÇÃO DE VIDA –ESGOTO MATO GROSSO - MUNICÍPIOS E REGIÃO - 1991

MUNICÍPIO UF INST. ADEQUADAS DE ESGOTO 1991 REGIÃO I Juína MT 36,3 Nova Canãa do Norte MT 12,7 Apiacás MT 11,7 Paranaíta MT 11,2 Juruena MT 2,3 Alta Floresta MT 0,6 Terra Nova do Norte MT 0,6 Colíder MT 0,3 Matupá MT 0,3 Aripuanã MT 0,2 Guarantã do Norte MT 0,1 Castanheira MT Peixoto de Azevedo MT REGIÃO II Vera MT Itaúba MT 13,3 Cláudia MT 6,7 Juara MT 1,4 Sinop MT 0,9 Marcelândia MT 0,4 Brasnorte MT Novo Horizonte do Norte MT Porto dos Gaúchos MT REGIÃO III Nortelândia MT 27,9 Tangará da Serra MT 7,5 Sorriso MT 5,8 São José do Rio Claro MT 2,4 Comodoro MT 1,3 Campo Novo do Parecis MT 0,9 Lucas do Rio Verde MT 0,9 Tapurah MT 0,7 Diamantino MT 0,1 Nova Mutum MT REGIÃO IV Cuiabá MT 64,0 Nobres MT 35,1 Várzea Grande MT 28,9 Chapada dos Guimarães MT 11,0 Nossa Senhora do Livramento MT 9,9 Acorizal MT 2,4 Rosário Oeste MT 1,8 Jangada MT (continua...)

A003 INDICADOR DE CONDIÇÃO DE VIDA –ESGOTO MATO GROSSO - MUNICÍPIOS E REGIÃO – 1991 (...continuação)

MUNICÍPIO UF INST. ADEQUADAS DE ESGOTO 1991 REGIÃO V Campo Verde MT 83,0 Rondonópolis MT 68,3 General Carneiro MT 58,1 Guiratinga MT 27,3 Pedra Preta MT 14,9 Alto Araguaia MT 3,7 Alto Garças MT 3,6 Alto Taquari MT 1,0 Poxoréo MT 1,0 Jaciara MT 0,6 Tesouro MT 0,6 Primavera do Leste MT 0,4 Juscimeira MT 0,3 Dom Aquino MT Itiquira MT Novo São Joaquim MT REGIÃO VI Araguaiana MT Cocalinho MT REGIÃO VII Araguainha MT 48,5 Ponte Branca MT 32,2 Barra do Garças MT 24,3 Torixoréu MT 14,4 Paranatinga MT 9,4 Canarana MT 4,8 Água Boa MT 2,2 Campinápolis MT Nova Brasilândia MT Nova Xavantina MT REGIÃO VIII Mirassol d'Oeste MT 0,8 Araputanga MT 0,2 Figueirópolis D'Oeste MT Indiavaí MT Jauru MT Porto Esperidião MT Reserva do Cabaçal MT Rio Branco MT Salto do Céu MT São José dos Quatro Marcos MT REGIÃO IX Barão de Melgaço MT 44,8 (continua...)

A003 INDICADOR DE CONDIÇÃO DE VIDA –ESGOTO MATO GROSSO - MUNICÍPIOS E REGIÃO – 1991 (...continuação)

MUNICÍPIO UF INST. ADEQUADAS DE ESGOTO 1991 Cáceres MT 16,4 Poconé MT 0,6 Santo Antônio do Leverger MT REGIÃO X Pontes e Lacerda MT 0,5 Vila Bela da Santíssima Trindade MT REGIÃO XI Denise MT 50,0 Barra do Bugres MT 41,1 Arenápolis MT 11,8 Alto Paraguai MT 0,3 Nova Olímpia MT REGIÃO XII Porto Alegre do Norte MT 22,5 Vila Rica MT 16,4 Santa Terezinha MT 5,9 REGIÃO XIII Luciára MT 21,9 São Félix do Araguaia MT 0,6 Ribeirão Cascalheira MT Brasil BR 58,9 Mato Grosso 69,1 FONTE: PNUD/IPEA/FJP - Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil, 1998

A004 DOMICÍLIOS POR TIPO DE COLETA DE LIXO POR REGIÃO LIXO JOGADO MUNICÍPIOS JOGADO/OUTRO TOTAL TOTAL URBANO RURAL %TOTAL REGIÃO I 67037 13417 3857 9560 20,01 Paranaíta 2710 437 54 383 16,13 Alta Floresta 15126 3779 672 3107 24,98 Matupá 2489 279 38 241 11,21 Juruena 1476 138 16 122 9,35 Colíder 7122 724 225 499 10,17 Aripuanã 3307 918 65 853 27,76 Guarantã do Norte 5351 833 169 664 15,57 Terra Nova do Norte 4892 1075 148 927 21,97 Apiacás 1822 298 88 210 16,36 Juína 8574 2991 1507 1484 34,88 Peixoto de Azevedo 9006 631 542 89 7,01 Nova Canãa do Norte 3267 1059 246 813 32,42 Castanheira 1895 255 87 168 13,46 REGIÃO II 26782 4722 1613 3109 17,63 Cláudia 2175 194 14 180 8,92 Vera 2630 564 79 485 21,44 Itaúba 1643 647 54 593 39,38 Porto dos Gaúchos 1637 336 98 238 20,53 Sinop 9260 808 635 173 8,73 Brasnorte 1532 365 109 256 23,83 Juara 4970 836 405 431 16,82 Marcelândia 1994 441 140 301 22,12 Novo Horizonte do Norte 941 531 79 452 56,43 REGIÃO III 32745 4744 1788 2956 14,49 Lucas do Rio Verde 1703 130 77 53 7,63 Campo Novo do Parecis 1851 129 11 118 6,97 Nova Mutum 1420 29 7 22 2,04 Sorriso 4087 275 81 194 6,73 Tapurah 1989 458 31 427 23,03 São José do Rio Claro 3710 1081 266 815 29,14 Tangará da Serra 9350 1355 566 789 14,49 Nortelândia 2245 373 249 124 16,61 Diamantino 4146 457 318 139 11,02 Comodoro 2244 457 182 275 20,37 REGIÃO IV 147154 16374 11478 4896 11,13 Jangada 1065 711 158 553 66,76 Cuiabá 96136 5267 4529 738 5,48 Chapada dos Guimarães 3016 1016 249 767 33,69 Rosário Oeste 4353 1497 321 1176 34,39 Várzea Grande 35734 5996 5500 496 16,78 Acorizal 1189 386 184 202 32,46 Nobres 3367 651 338 313 19,33 Nossa Senhora do Livramento 2294 850 199 651 37,05 (continua...)

A004 DOMICÍLIOS POR TIPO DE COLETA DE LIXO POR REGIÃO (...continuação) LIXO JOGADO MUNICÍPIOS JOGADO/OUTRO TOTAL TOTAL URBANO RURAL %TOTAL REGIÃO V 69619 11410 5945 5465 16,39 Itiquira 2216 285 49 236 12,86 Campo Verde 1618 243 14 229 15,02 Rondonópolis 30834 3190 2281 909 10,35 Primavera do Leste 3146 409 184 225 13,00 Pedra Preta 2831 589 272 317 20,81 Jaciara 5388 742 598 144 13,77 Guiratinga 3529 775 418 357 21,96 Alto Araguaia 2740 306 154 152 11,17 Alto Garças 2118 392 188 204 18,51 Alto Taquari 803 98 38 60 12,20 Juscimeira 2676 409 128 281 15,28 Poxoréo 5804 1948 875 1073 33,56 Dom Aquino 2214 725 309 416 32,75 Tesouro 1101 479 219 260 43,51 Novo São Joaquim 1609 577 117 460 35,86 General Carneiro 992 243 101 142 24,50 REGIÃO VI 2156 678 149 529 31,45 Araguaiana 810 127 47 80 15,68 Cocalinho 1346 551 102 449 40,94 REGIÃO VII 34057 10666 5101 5565 31,32 Barra do Garças 11301 2822 2593 229 24,97 Canarana 2901 551 130 421 18,99 Nova Xavantina 4399 1157 413 744 26,30 Água Boa 3832 514 55 459 13,41 Torixoréu 2072 565 282 283 27,27 Ponte Branca 966 536 297 239 55,49 Paranatinga 3793 1800 463 1337 47,46 Araguainha 354 157 134 23 44,35 Campinápolis 2389 1747 511 1236 73,13 Nova Brasilândia 2050 817 223 594 39,85 REGIÃO VIII 25655 4250 1901 2349 16,57 Araputanga 2898 266 50 216 9,18 Rio Branco 2707 409 320 89 15,11 Figueirópolis D'Oeste 1230 346 19 327 28,13 São José dos Quatro Marcos 5209 806 468 338 15,47 Jauru 2868 302 246 56 10,53 Reserva do Cabaçal 706 232 90 142 32,86 Salto do Céu 1666 618 22 596 37,09 Mirassol d'Oeste 6071 730 612 118 12,02 Indiavaí 497 97 36 61 19,52 Porto Esperidião 1803 444 38 406 24,63 REGIÃO IX 28854 4583 1528 3055 15,88 Cáceres 16996 1279 969 310 7,53 (continua...)

A004 DOMICÍLIOS POR TIPO DE COLETA DE LIXO POR REGIÃO (...continuação) LIXO JOGADO MUNICÍPIOS JOGADO/OUTRO TOTAL TOTAL URBANO RURAL %TOTAL Santo Antônio do Leverger 3594 1260 46 1214 35,06 Poconé 6413 1393 338 1055 21,72 Barão de Melgaço 1851 651 175 476 35,17 REGIÃO X 11260 2629 1153 1476 23,35 Pontes e Lacerda 7905 1526 815 711 19,30 Vila Bela da Santíssima Trindade 3355 1103 338 765 32,88 REGIÃO XI 16074 2522 1169 1353 15,69 Denise 1058 50 41 9 4,73 Arenápolis 4557 520 405 115 11,41 Barra do Bugres 5026 741 321 420 14,74 Nova Olímpia 2229 387 112 275 17,36 Alto Paraguai 3204 824 290 534 25,72 REGIÃO XII 6244 3194 818 2376 51,15 Vila Rica 2187 684 180 504 31,28 Santa Terezinha 2003 1588 421 1167 79,28 Porto Alegre do Norte 2054 922 217 705 44,89 REGIÃO XIII 6530 2238 536 1702 34,27 São Félix do Araguaia 3368 1043 107 936 30,97 Ribeirão Cascalheira 1933 743 266 477 38,44 Luciara 1229 452 163 289 36,78

Mato Grosso 474167 81427 37036 44391 17,17 FONTE: FIBGE, Censo Demografico, 1991

ANEXO III - MAPAS