Projeto Executivo visando a elaboração de plano para execução dos Projetos Prioritários para a RMC, Aprovados pelo Conselho de Desenvolvimento da RMC, com Recursos do Fundo de Desenvolvimento Metropolitano da Região de (Fundocamp)

Relatório 4 – Diagnóstico do Setor Habitacional na Região Metropolitana de Campinas e Plano de Trabalho – Ampliação do Aeroporto de Viracopos

Janeiro de 2009

Empresa Paulista de Planejamento Metropolitano SA Rua Boa Vista, 170 – Cep: 01014-000 - Centro / SP Tel.: (11) 3293-5300 - Fax: (11) 3101-9660 – [email protected] - www.emplasa.sp.gov.br

Governo do Estado de José Serra Governador

Secretaria de Estado de Economia e Planejamento Francisco Vidal Luna Secretário

Empresa Paulista de Planejamento Metropolitano SA – Emplasa Jurandir Fernandes Diretor-Presidente Helena Maria Gasparian Vice-Presidenta Eloisa Raymundo Holanda Rolim Diretora de Planejamento Saulo Pereira Vieira Diretor de Gestão de Projetos Wanderley dos Santos Diretor Administrativo e Financeiro

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Relatório 4 – Diagnóstico do Setor Habitacional na Região Metropolitana de Campinas e Plano de Trabalho – Ampliação do Aeroporto de Viracopos

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Sumário

Apresentação

I Diagnóstico do Setor Habitacional na Região Metropolitana de Campinas

II Plano de Trabalho – Ampliação do Aeroporto de Viracopos

III Estágio de Desenvolvimento dos Projetos

IV Etapas Subseqüentes

V Anexos

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APRESENTAÇÃO

O presente relatório tem como objeto principal o encaminhamento do Relatório de Andamento 2 correspondente ao Diagnóstico do Setor Habitacional na Região Metropolitana de Campinas e do Plano de Trabalho – Ampliação do Aeroporto de Viracopos, conforme previsto no cronograma físico, integrante da Proposta Técnica de trabalho, anexada ao Instrumento de Liberação de Recursos – CVE nº 001/08, assinado entre Emplasa, Agemcamp e Nossa Caixa.

É apresentado de forma sucinta o estágio de andamento dos projetos integrantes deste contrato e os produtos a serem desenvolvidos na próxima etapa de trabalho, de acordo com o cronograma vigente.

Em anexo encontram-se as memórias das reuniões de coordenação e das Câmaras Temáticas concernentes considerados aos projetos referidos. Por fim é apresentado o PowerPoint que ilustrou a exposição do Plano de Trabalho – Ampliação do Aeroporto de Viracopos.

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I Diagnóstico do Setor Habitacional na Região Metropolitana de Campinas

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO

1.1. CARACTERIZAÇÃO SOCIOECONÔMICA DA REGIÃO METROPOLITANA DE CAMPINAS. 1.1.1. Introdução 1.1.2. Aspectos sociodemográficos 1.1.3. Aspectos econômicos

1.2. A QUESTÃO DO DÉFICIT HABITACIONAL NA REGIÃO METROPOLITANA DE CAMPINAS

ANEXOS Anexo1: Revisão Bibliográfica Anexo2: - Mapas - Macrozoneamento - Operações Urbanas - Zonas Especiais de Interesse Social - Zonas Especiais: Desenvolvimento Econômico, Patrimônio Cultural e Agrícola.

REFERÊNCIAS BLIBLIOGRÁFICAS

EQUIPE TÉCNICA

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1. INTRODUÇÃO

A elaboração deste segundo produto baseou-se no levantamento de dados e informações e na organização de dados secundários dos diversos institutos e organismos públicos sobre a realidade da Região Metropolitana de Campinas. Foram considerados os dados socieconômicos e dados específicos sobre habitação. Dentre as fontes consultadas incluímos: a Fundação SEADE, IBGE, UNICAMP (NEPO/NESUR), CEM/ CEBRAP, a Fundação João Pinheiro, sem contar os diversos trabalhos de teses e pesquisas encontrados nas bibliotecas.

Foi realizada também uma coleta de dados cadastrais, fiscais e sobre a legislação urbanística nas prefeituras que compõe a RMC, que embora insuficiente foi também agregada neste relatório de análise. Para esta coleta de dados foi elaborado um formulário de pesquisa enviado a todas as prefeituras. Entretanto apenas 11 municípios retornaram com o formulário preenchido.

O levantamento de dados municipais priorizou a legislação vigente referente a área, nas três instâncias de poder- municipal estadual e federal e a partir deste iniciou-se a produção de uma cartografia temática da RMC. Nesta cartografia estão sendo compiladas as informações relativas aos 19 municípios que compõem a RMC, e como resultado apresentamos inicialmente os mapas de Macrozoneamento e Zoneamento, as Zonas Especiais de Interesse Social, Ambiental e demais e as áreas de operação urbana.

Foi realizado também um levantamento bibliográfico nas bibliotecas das principais instituições de ensino e pesquisa do Estado de São Paulo sobre o tema Habitação na região de Campinas e os títulos levantados seguem relacionados no Anexo 1 deste Relatório.

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1.1. CARACTERIZAÇÃO SOCIOECONÔMICA DA REGIÃO METROPOLITANA DE CAMPINAS

1.1.1. Introdução

A Região Metropolitana de Campinas (RMC) foi instituída, no ano 2000, pela Lei Complementar Estadual 870, no âmbito de uma política de planejamento e reorganização regional do estado de São Paulo, desencadeada pela Constituição estadual de 1989.

De acordo com esta Lei, 19 municípios fazem parte da RMC, a saber: Americana, Artur Nogueira, Campinas, Cosmópolis, , , Hortolândia, , Itatiba, Jaguariúna, , , Paulínia, Pedreira, Santa Bárbara d’Oeste, Santo Antonio de Posse, Sumaré, e .1 A área ocupada pela RMC é de 364.689ha que representa 1,3% do território do estado de São Paulo. (cf. tabela 1).

Quase todo território da RMC está localizado na Bacia Hidrográfica dos rios , Capivari e Jundiaí, sendo que apenas parte do município de Engenheiro Coelho está assentada na Bacia Hidrográfica de Mogi-Guaçu e do município de Indaiatuba, na Bacia Hidrográfica Médio Tietê.

A Figura 1 mostra a localização da RMC na Bacia Hidrográfica dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí.

1 Em 1991, foram criados os municípios de Engenheiro Coelho e Holambra, desmembrados do município de Campinas, e o município de Hortolândia, desmembrado do município de Sumaré. Isto deve ser observado na análise dos dados socioeconômicos referentes a tais municípios.

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Tabela 1 - Região Metropolitana de Campinas: composição e área

Área total da RMC Município Em hectares % total Americana 13.368 3,7 A. Nogueira 17.782 4,9 Campinas 79.592 21,8 Cosmópolis 15.480 4,2 Engenheiro Coelho 10.984 3,0 Holambra 6.429 1,8 Hortolândia 6.225 1,7 Indaiatuba 31.069 8,5 Itatiba 32.255 8,8 Jaguariúna 14.247 3,9 Monte Mor 24.091 6,6 N. Odessa 7.332 2,0 Paulínia 13.938 3,8 Pedreira 10.974 3,0 Santa Bárbara d’Oeste 27.169 7,4 Santo Antonio de Posse 15.413 4,2 Sumaré 15.311 4,2 Valinhos 14.855 4,1 Vinhedo 8.175 2,2 Total RMC 364.689 100,0

Fonte: Elaborada com base em dados do IBGE - Censo demográfico 2000 e estudos Nesur/IE-Unicamp, 2002.

No que diz respeito à área urbana da RMC, observa-se que houve nas últimas décadas um crescimento acelerado e uma tendência à “periferização”. Em 1996, a área urbana correspondia a 17,9% do território da RMC - cerca de 65.200ha -; no ano 2000, por sua vez, houve um acréscimo de 10,43% e a área urbana passou a ocupar cerca de 72.000ha - quase 20% da área total da RMC -, dos quais 54.000ha correspondem à área urbanizada do município de Campinas (65% do território do município).

A Região Metropolitana de Campinas abriga o município de Campinas, cuja importância histórica nos diversos ciclos de desenvolvimento do estado de São Paulo e do Brasil é um fato (cf. item 1.1.3). O papel notável que esse pólo regional desempenhou no processo de desenvolvimento estadual e nacional teve seus desdobramentos em termos demográficos, sociais e econômicos, como será mostrado a seguir.

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1.1.2. Aspectos Sociodemográficos

De acordo com dados da Emplasa (SÃO PAULO, 2005), o ritmo de crescimento da população do estado de São Paulo vem apresentando uma desaceleração decorrente, entre outros fatores, da redução dos fluxos migratórios interestaduais. A taxa geométrica de crescimento anual do estado (TGCA) passou de 1,80% ao ano, no período 1991-2000, para 1,55% ao ano entre os anos 2000 e 2005. (cf. tabela 2)

Tabela 2 – Brasil, Estado de São Paulo, Região Metropolitana de Campinas e Município de Campinas. Evolução da população residente: 1980-1991-2005

Regiões População residente TGCA (%) 1980 1991 2000 2005a) 1980/91 1991/2000 2000/05 Brasil 119.002.706 146.825.475 169.799.170 184.184.264 1,93 1.64 1.67 Estado de 25.040.712 31.588.925 37.032.403 39.949.487 2,13 1,80 1,55 São Paulo Região 1.276.755 1.866.025 2.338.148 2.578.033 3,51 2,56 2,01 Metropolitana de Campinas Campinas 664.559 847.595 969.396 1.029.898 2,24 1,52 1,24

Fonte: Adaptado de São Paulo (2005), elaborado a partir de IBGE, Censos Demográficos de 1980, 1991 e 2000, projeções populacionais para Brasil revisão 2004 e Fundação Seade 2007. a) população residente em 01/07/05

Além desta diminuição das taxas, observa-se também que vem ocorrendo um redirecionamento dos pontos de atração e concentração da população no território paulista. (CBH-PCJ, 2006)

Neste contexto, as taxas de crescimento anual da Região Metropolitana de Campinas (RMC) também têm apresentado uma queda, influenciadas pela diminuição do volume migratório. Entretanto, analisando-se os dados populacionais desta Região referentes a 1970, 1980, 1990, 2000 e 2007, verifica-se que tais taxas permanecem superiores às taxas nacional e estaduais. (cf. tabela 2 e 3 )

Considerando a contagem populacional efetuada em 2007, a Região Metropolitana de Campinas (RMC) teve um acréscimo de 295.375 habitantes, entre 2000 e 2007, passando a contar com 2,63 milhões de habitantes. Deste montante, o município de Campinas, isoladamente, abrigava pouco mais de 1 milhão de habitantes, equivalente a 39,46% da RMC. Nesse período, a taxa geométrica de crescimento anual (TGCA) da população caiu novamente, ficando na marca de 1,74% a.a.

Entre 2000 e 2007, os municípios que tiveram uma taxa anual de crescimento superior a 3% foram Engenheiro Coelho, Holambra, Hortolândia, Jaguariúna e Paulínia, sendo que este último teve um crescimento populacional expressivo de mais de 5% a.a. Os municípios de Americana, Campinas, Santa Bárbara d’Oeste e Sumaré, embora tenham sofrido uma diminuição nas taxas de crescimento populacional, correspondiam, no ano 2000, a 65% do total populacional e, em 2007, a 62,70% do total populacional da RMC.

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Tabela 3 - Região Metropolitana de Campinas: Evolução da População Residente, segundo os Municípios: 1970-1980-1991-2000-2007 Municípios POPULAÇÃO: NÚMEROS ABSOLUTOS TGCA (%) 1970 1980 1991 2000 2007 (4) 1970-80 1980-91 1991-2000 2000-2007

Americana 66.316 122.004 153.840 182.593 199.094 6,29 2,13 1,94 1,26 Artur Nogueira 10.171 11.815 19.296 33.124 39.457 1,51 4,56 6,25 2,60 Campinas 375.864 664.559 847.595 969.396 1.039.297 5,86 2,24 1,52 1,01 Cosmópolis 12.110 23.232 36.016 44.355 53.561 6,73 4,07 2,36 2,76 Engenheiro Coelho(1) ... 4.126 6.501 10.033 12.729 ... 4,22 4,99 3,50 Holambra (2) ...... 5.399 7.211 9.111 ...... 3,30 3,43 Hortolândia (3) 4.635 33.044 78.176 152.523 190.781 21,70 8,14 7,78 3,32 Indaiatuba 30.537 56.237 100.948 147.050 173.508 6,30 5,46 4,31 2,44 Itatiba 28.376 41.631 61.645 81.197 91.479 3,91 3,63 3,14 1,75 Jaguariúna 10.391 15.210 22.593 29.597 36.804 3,88 3,66 3,07 3,19 Monte Mor 7.960 14.020 25.559 37.340 42.824 5,82 5,61 4,34 2,02 Nova Odessa 8.336 21.893 34.063 42.071 45.625 10,14 4,10 2,40 1,19 Paulínia 10.708 20.755 36.706 51.326 73.014 6,84 5,32 3,83 5,21 Pedreira 15.053 21.383 27.972 35.219 38.152 3,57 2,47 2,62 1,18 Santa Bárbara d'Oeste 31.018 76.621 145.266 170.078 184.318 9,46 5,99 1,78 1,17 Santo Antônio de Posse 7.799 10.872 14.258 18.124 19.824 3,38 2,50 2,73 1,32 Sumaré 18.439 68.790 148.694 196.723 228.696 14,07 7,26 3,19 2,22 Valinhos 30.775 48.922 67.886 82.973 97.814 4,74 3,02 2,28 2,40 Vinhedo 12.338 21.641 33.612 47.215 57.435 5,78 4,08 3,88 2,88 Região Metropolitana 680.826 1.276.755 1.866.025 2.338.148 2.633.523 6,49 3,51 2,56 1,74

Fonte: Adaptado de Tabela III.13 Sumário de dados da Região Metropolitana de Campinas (SÃO PAULO, 2005). Dados do IBGE, Censos Demográficos de 1970, 1980, 1991, 2000, da Fundação Seade e contagem populacional, 2007. (1) Município que à época dos Censos de 1980 e 1991 mantinha a condição administrativa do distrito de Artur Nogueira. (2) Município criado em 30/12/1991, incorporando parcelas dos municípios de Artur Nogueira, Cosmópolis, Jaguariúna e Santo Antônio de Posse. (3) Município que à época dos Censos de 1970, 1980 e 1991 mantinha a condição administrativa de distrito de Sumaré. (4) Dados da contagem populacional de 2007. Nota: As populações em 1991, para os municípios que cederam áreas territoriais para formação do município de Holambra, não correspondem àquelas registradas nas tabelas III.16 e III.18 dado que no presente quadro as populações foram distribuídas segundo a divisão territorial após o levantamento censitário

As diminuições da TGCA verificadas de um decênio para outro – 1970-80 (6,5% a.a.), 1980-91 (3,5% a.a.), 1991-2000 (2,5%a.a.) e 2000-2007 (1,74%a.a.) – ocorreram em virtude da queda da fecundidade e da migração interestadual, conforme mostra o Mapa 1 a seguir.

Mapa 1 – Região Metropolitana de Campinas: evolução da população residente, segundo municípios

Várias estimativas têm sido realizadas no que diz respeito ao crescimento populacional da RMC e de seus municípios. De acordo com o cenário tendencial apresentado pelo Plano Integrado de Transportes Urbanos (PITU) para a Região Metropolitana de Campinas, prevê-se um crescimento populacional de 27,88% no período entre 2000 e 2015, levando a RMC a abrigar uma população total de 2.990.000 habitantes. Indo mais além, o Plano das Bacias Hidrográficas dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (CBH-PCJ, 2006), apresenta projeções populacionais para os municípios da Região Metropolitana de Campinas para os anos de 2012, 2014 e 2025 (cf. tabela 4). Segundo este relatório, em 2025, a RMC terá cerca de 3,3 milhões de habitantes - acréscimo de 660.032 habitantes com relação à contagem de 2007.

Considerando a contagem populacional efetuada em 2007, os seis municípios mais populosos da RMC são: Campinas (1.039.297 habitantes), Sumaré (228.696), Americana (199.094), Hortolândia (190.781), Santa Bárbara d´Oeste (184.318) e Indaiatuba (172.140), os quais juntos perfazem 76,49% da população da RMC (2.633.523). Os demais municípios não ultrapassavam a marca de 100 mil habitantes no momento em que foi realizado aquele trabalho. Os municípios menos

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populosos, por sua vez, são Holambra, com apenas 9.111 habitantes, e Engenheiro Coelho, com 12.729 habitantes.

Tabela 4 - Região Metropolitana de Campinas: População contagem 2007 e projeções populacionais 2012-2014-2025

População População População População 2007 2012 2014 2025 Município Total Total Total Total Americana 199.094 214.463 218.955 234.520 Artur Nogueira 39.457 48.002 50.299 60.883 Campinas 1.039.297 1.109.006 1.129.090 1.221.197 Cosmópolis 53.561 58.115 60.137 69.190 Engenheiro Coelho * 12.729 Holambra 9.111 9.364 9.672 11.192 Hortolândia 190.781 218.938 228.302 270.510 Indaiatuba 173.508 204.960 213.627 252.293 Itatiba 91.479 108.049 112.033 128.776 Jaguariúna 36.804 37.106 38.156 42.919 Monte Mor 42.824 53.707 56.333 68.924 Nova Odessa 45.625 49.645 50.600 54.569 Paulínia 73.014 77.648 83.239 122.013 Pedreira 38.152 44.109 45.326 50.293 Santa Bárbara d’Oeste 184.318 196.336 199.982 212.361 Santo Antônio de Posse 19.824 23.727 24.554 28.157 Sumaré 228.696 246.291 252.450 274.781 Valinhos 97.814 98.155 100.117 107.241 Vinhedo 57.435 67.635 70.657 83.736 RMC 2.633.523 2.865.256 2.943.529 3.293.555

Fonte: Elaborada com base em dados da contagem populacional realizada em 2007 e em dados do Plano das bacias hidrográficas do PCJ (CBH-PCJ, 2006). * O Plano de Bacia não apresenta dados para o município Engenheiro Coelho.

No tocante à densidade demográfica, os municípios mais densos da RMC, em 2007, eram: Hortolândia com uma densidade igual a 3.064,75 hab/km², Sumaré, com 1.493,67 hab/km², Americana, com 1.489,33hab/km². e Campinas, com 1.305,78 hab/km². Já os municípios menos populosos apresentavam uma densidade demográfica igual a 141,72 hab/km² e a 115,88 hab/km², respectivamente. (Mapa 2).

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Mapa 2 – Região Metropolitana de Campinas: evolução da população residente, segundo municípios

No período estudado, verificou-se que, além do deslocamento das atividades industriais e de população da RMSP para o interior - em especial, para a área que hoje compõe a RMC -, houve um esvaziamento de extensas áreas rurais, decorrente do aumento do emprego urbano e da modernização da agricultura e pecuária. Isto, até o ano 2000, contribuiu enormemente para a aceleração da urbanização de algumas cidades da RMC, como Campinas, Americana, Sumaré e Santa Bárbara d’Oeste.

Cabe ressaltar que existe uma grande variação no que diz respeito à situação urbana e rural, sendo que, desde a década de 70, a tendência observada é o aumento da população urbana. De acordo com dados do IBGE, em 1980, a população urbana da RMC, que em 1970 representava 81% da população total, passou para 88,6%. Em 1991, a população urbana representava 95,1% do total, e, no ano 2000, passou para 97,1%, índice próximo ao verificado em 2005, quando 97,23% da população total da RMC estavam assentadas em área urbana – cerca de 2,5 milhões de habitantes. (SÃO PAULO, 2005) Entre os municípios da RMC, o único que não apresenta população rural é Hortolândia. (cf. gráfico 1 e tabela 5)

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Gráfico 1 - Região Metropolitana de Campinas: evolução da população urbana e da população rural (%)

2005 97,3

2000 97,1

1991 95,1 urbana rural 1980 88,6

1970 80,8

0% 20% 40% 60% 80% 100%

Fonte: Elaborado com base em dados do IBGE, 1970, 1980, 1991 e 2000 e Fundação Seade, 2005.

Tabela 5 - Região Metropolitana de Campinas: evolução da população urbana e da população rural: 1970- 1980-1991-2000-2005 (%)

1970 1980 1991 2000 2005 (4) Município Urb. Rural Urb. Rural Urb. Rural Urb. Rural Urb. Rural Americana 94,0 6,0 99,8 0,2 99,9 0,1 99,8 0,2 99,8 0,2 Artur Nogueira 31,4 68,6 48,3 51,7 55,2 44,8 92,0 8,0 93,9 6,1 Campinas 89,3 10,7 89,0 11,0 97,3 2,7 98,3 1,7 98,6 1,4 Cosmópolis 58,0 42,0 81,3 18,7 89,4 10,6 95,9 4,1 96,8 3,2 Engenheiro Coelho (1) ...... 30,9 69,1 25,9 74,1 69,9 30,1 77,1 22,9 Holambra (2) ...... 54,6 45,4 53,7 46,3 Hortolândia (3) 44,6 55,4 95,2 4,8 100,0 - 100,0 - 100,0 - Indaiatuba 73,2 26,8 86,2 13,8 91,0 9,0 98,4 1,6 98,8 1,2 Itatiba 73,2 26,8 85,3 14,7 87,7 12,3 81,2 18,8 89,7 10,3 Jaguariúna 36,9 63,1 61,0 39,0 76,4 23,6 87,2 12,8 93,6 6,4 Monte Mor 47,7 52,3 49,1 50,9 86,2 13,8 91,5 8,5 98,1 1,9 Nova Odessa 74,9 25,1 89,2 10,8 93,9 6,1 97,7 2,3 99,2 0,8 Paulínia 34,3 65,7 92,0 8,0 89,7 10,3 98,9 1,1 97,5 2,5 Pedreira 80,2 19,8 92,0 8,0 95,8 4,2 96,9 3,1 98,9 1,1 Santa Bárbara d’Oeste 72,1 27,9 93,8 6,2 97,2 2,8 98,7 1,3 84,9 15,1 Sto. Antônio de Posse 53,3 46,7 65,5 34,5 78,4 21,6 81,0 19,0 98,9 1,1 Sumaré 71,7 28,3 93,5 6,5 99,1 0,9 98,6 1,4 95,5 4,5 Valinhos 64,9 35,1 76,6 23,4 88,3 11,7 94,6 5,4 98,3 1,7 Vinhedo 60,1 39,9 97,2 2,8 98,2 1,8 97,8 2,2 77,5 22,5 RMC 80,8 19,2 88,6 11,4 95,1 4,9 97,1 2,9 97,3 2,7

Fonte: Elaborada com base em dados do IBGE, 1970, 1980, 1991 e 2000 e Fundação Seade, 2005. (1) Município que à época dos Censos de 1980 e 1991 mantinha a condição administrativa do distrito de Artur Nogueira. (2) Município criado em 30/12/1991, incorporando parcelas dos municípios de Artur Nogueira, Cosmópolis, Jaguariúna e Santo Antônio de Posse. (3) Município que à época dos Censos de 1970, 1980 e 1991 mantinha a condição administrativa de distrito de Sumaré. (4) Estimativa Fundação Seade para 1º. de julho.

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De acordo com o Sumário de Dados (SÃO PAULO, 2005), os municípios com maior população rural absoluta na RMC, em 2005, eram Itatiba (20.901 habitantes), Campinas (14.582), Valinhos (4.024), Jaguariúna (3.409), Santo Antonio de Posse (3.106), Monte Mor (2.848) e Sumaré (2.506). (cf. tabela 6)

Tabela 6 – Região Metropolitana de Campinas: População e área urbanizada (2005)

Área total da Área Urbanizada População total (hab) a % RMC b b Município urbanizada Urbana Rural Total Hectare % Hectare % Americana 196.106 391 196.497 13.368 3,7 4.417 33,0 6,1 Artur Nogueira 37.076 2.389 39.465 17.782 4,9 665 3,7 0,9 Campinas 1.015.316 14.582 1.029.898 79.592 21,8 25.013 31,4 34,7 Cosmópolis 48.737 1.629 50.366 15.480 4,2 1.737 11,2 2,4 Engenheiro Coelho 9.179 2.720 11.899 10.984 3,0 208 1,9 0,3 Holambra 4.381 3.781 8.162 6.429 1,8 489 7,6 0,7 Hortolândia 184.069 --- 184.069 6.225 1,7 3.568 57,3 5,0 Indaiatuba 170.062 2.078 172.140 31.069 8,5 6.245 20,1 8,7 Itatiba 71.879 20.901 92.780 32.255 8,8 4.939 15,3 6,9 Jaguariúna 29.569 3.409 32.978 14.247 3,9 1.536 10,8 2,1 Monte Mor 41.345 2.848 44.193 24.091 6,6 1.465 6,1 2,0 N. Odessa 44.763 866 45.629 7.332 2,0 1.151 15,7 1,6 Paulínia 60.368 507 60.875 13.938 3,8 2.571 18,4 3,6 Pedreira 38.241 979 39.220 10.974 3,0 1.068 9,7 1,5 Santa Bárbara d’Oeste 180.182 1.948 182.130 27.169 7,4 3.346 12,3 4,6 Santo Antonio de 17.472 3.106 20.578 15.413 4,2 635 4,1 0,9 Posse Sumaré 218.431 2.506 220.937 15.311 4,2 4.239 27,7 5,9 Valinhos 86.131 4.024 90.155 14.855 4,1 5.047 34,0 7,0 Vinhedo 55.125 937 56.062 8.175 2,2 3.683 45,1 5,1 364.68 Total RMC 2.508.432 69.601 2.578.033 100,0 72.022 19,7 100,0 9

Fonte: Elaborado com base em: (a) População estimada pela Fundação Seade para 1º de julho, obtida no Sumário de dados da RMC. Emplasa, 2005. (b) Dados Nesur/IE-Unicamp, 2002 a partir de Dados do IBGE.

Embora em 2005 todos estes municípios mencionados tenham tido um crescimento de sua população total, com exceção de Itatiba, que obteve um crescimento de mais de 36% de sua população rural, todos os outros tiveram, entre 2000 e 2005, uma diminuição de quase 10% de sua população rural (cf. tabela 7).

Tabela 7 – Região Metropolitana de Campinas: crescimento populacional dos municípios com maior número absoluto de população rural (%) – 2000-2005

Município Cresc. Pop. total Cresc. Pop. rural Cresc. Pop. urbana Monte Mor 18,35 -10,07 20,99 Itatiba 14,26 36,86 9,03 Santo Antonio de Posse 13,54 -9,99 19,07 Sumaré 12,31 -10,05 12,63 Jaguariúna 11,42 -9,93 14,55 Valinhos 8,65 -9,92 9,71 Campinas 6,24 -9,86 6,51

Fonte: elaborado com base em informações do Sumário de Dados (São Paulo, 2005)

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Outros dados fundamentais para conhecer a realidade da RMC e poder elaborar políticas públicas voltadas à população de baixa renda são: taxa de natalidade, taxa de mortalidade infantil, número de óbitos e saldos vegetativo e migratório dos municípios que compõem a RMC, os quais são apresentados a seguir. (cf. tabela 8)

Tabela 8 – Taxas de natalidade, mortalidade e saldos vegetativo e migratório (1996 e 2002)

Municípios Taxa de Taxa de Óbitos gerais Saldo Saldo mortalidade natalidade por ocorrência vegetativo migratório infantil 1996 2002 1996 2002 1996 2002 1996 2002 2000 Americana 17,69 14,01 10,96 10,26 131 108 1.920 1.520 1.149 Artur Nogueira 18,51 15,67 14,11 19,82 31 24 377 384 1.123 Campinas 17,69 14,16 16,86 12,24 1.070 1.096 10.358 8.068 3.169 Cosmópolis 18,50 17,64 19,02 8,52 25 38 501 525 545 Engo. Coelho - - - Holambra 21,22 20,62 21,74 32,05 9 8 108 112 60 Hortolândia 21,59 16,10 18,43 9,85 214 293 2.014 1.957 5.558 Indaiatuba 19,54 16,47 17,14 10,49 133 142 1.742 1.743 3.341 Itatiba 19,32 15,47 17,96 12,85 54 98 884 760 1.307 Jaguariúna 19,56 18,73 5,75 8,65 18 29 364 393 319 Monte Mor 25,75 20,72 22,09 9,69 52 79 606 606 781 Nova Odessa 14,27 15,07 31,14 10,70 45 24 323 425 401 Paulínia 20,31 18,25 8,88 7,99 49 43 694 763 948 Pedreira 15,24 14,73 14,43 11,09 24 25 273 297 526 Santa B. d’Oeste 16,41 12,92 18,41 13,74 161 212 1.878 1.409 956 Santo A. de 17,84 16,86 14,04 15,58 24 22 190 209 327 Posse Sumaré 19,60 16,38 21,79 10,09 321 310 2.474 2.461 3.797 Valinhos 16,59 14,11 13,49 8,27 65 89 791 706 895 Vinhedo 17,11 14,98 12,88 11,90 50 39 464 478 1.017

Fonte: Adaptado do Plano de Bacia Hidrográfica dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí, 2005, pp. 85-86, elaborado com base no Relatório de Situação dos Recursos Hídricos na Bacia PCJ, 2002/2003.

Desde a década de 80, embora haja grande diferença entre os municípios, há um equilíbrio entre o saldo vegetativo e o saldo migratório em termos percentuais na RMC (Tabela 9).

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Tabela 9 - Região Metropolitana de Campinas: evolução da População Residente por Componentes Demográficos, segundo os Municípios: 1970/1980-1980/1991-1991/2000

1970/1980 1980/1991 1991/2000 Município Incremento Saldo Saldo Incremento Saldo Saldo Incremento Saldo Saldo absoluto vegetativo migratório absoluto vegetativo migratório absoluto vegetativo migratório (%) (%) (%) (%) (%) (%) Americana 55.688 35,8 64,2 31.836 97,8 2,2 28.753 64,0 36,0 Artur Nogueira 5.770 26,1 73,9 12.112 27,8 72,2 13.828 26,9 73,1 Campinas 288.695 34,7 65,3 183.036 83,2 16,8 121.801 76,6 23,4 Cosmópolis 11.122 30,5 69,5 13.452 43,1 56,9 8.339 41,2 58,8 Eng. Coelho (1) ...... 3.532 42,9 57,1 Holambra (2) ...... 1.812 70,2 29,8 Hortolândia (3) ...... - ... 74.347 32,7 67,3 Indaiatuba 25.700 27,6 72,4 44.711 34,3 65,7 46.102 34,8 65,2 Itatiba 13.255 45,7 54,3 20.014 51,1 48,9 19.552 39,8 60,2 Jaguariúna 4.819 56,9 43,1 9.789 38,6 61,4 7.004 59,0 41,0 Monte Mor 6.060 31,8 68,2 11.539 38,2 61,8 11.781 40,3 59,7 Nova Odessa 13.557 14,7 85,3 12.170 46,6 53,4 8.008 54,9 45,1 Paulínia 10.047 32,7 67,3 15.951 36,3 63,7 14.620 41,6 58,4 Pedreira 6.330 46,9 53,1 6.589 65,9 34,1 7.247 35,9 64,1 Santa Bárbara d’Oeste 45.603 14,4 85,6 68.645 29,3 70,7 24.812 65,3 34,7 Sto. Ant. de Posse 3.073 57,8 42,2 3.455 75,8 24,2 3.866 23,9 76,1 Sumaré 78.760 6,4 93,6 125.036 23,4 76,6 48.029 28,8 71,2 Valinhos 18.147 33,7 66,3 18.964 53,5 46,5 15.087 46,6 53,4 Vinhedo 9.303 35,1 64,9 11.971 46,8 53,2 13.603 32,7 67,3 RMC 595.929 88,6 11,4 589.270 4,9 97,1 472.123 97,3 2,7

Fonte: Elaborada com base em dados do IBGE, 1970, 1980, 1991 e 2000 e Fundação Seade, 2005. (1) Município que à época dos Censos de 1980 e 1991 mantinha a condição administrativa do distrito de Artur Nogueira. (2) Município criado em 30/12/1991, incorporando parcelas dos municípios de Artur Nogueira, Cosmópolis, Jaguariúna e Santo Antônio de Posse. (3) Município que à época dos Censos de 1970, 1980 e 1991 mantinha a condição administrativa de distrito de Sumaré.

No que tange à estrutura etária da população da RMC, tanto urbana como rural, os dados de 2000 revelam que esta é composta por uma população relativamente jovem: mais de 60% da população metropolitana estava acima de 15 anos e abaixo de 59 anos (cf. tabela 10). Esta estrutura demonstra a queda nas taxas de mortalidade, o aumento da fecundidade ao longo das décadas anteriores e da migração. (BAENINGER, 2002)

Tabela 10 – Região Metropolitana de Campinas: população por grandes grupos de idade segundo situação domiciliar (2000)

Grupos de idade Rural % Urbano % 0-14 anos 20.170 29,48 577.353 25,44 15-59 anos 43.132 63,03 1.497.121 65,96 Mais de 60 anos 5.128 7,49 195.244 8,60 Total 68.430 100,0 2.269.718 100,0

Fonte: Fundação IBGE, Censo Demográfico (2000) (BAENINGER, 2002:107).

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De acordo com dados da Fundação Seade para o ano 2005, essa tendência se mantém, havendo uma grande concentração de indivíduos entre 15 e 39 anos na RMC (cf. gráfico 2 e tabela 12).

Gráfico 2: Região Metropolitana de Campinas: distribuição dos indivíduos por faixa etária e gênero.

65 anos e mais

40 a 64 anos

15 a 39anos mulheres homens

0 a 14 anos

0,0 5,0 10,0 15,0 20,0 25,0 %

Fonte: elaborado com base nos dados da Pesquisa Condições de Vida - PCV, 2006. Casa Civil; Fundação Seade

No caso da população urbana, cuja porcentagem na faixa entre 15-59 anos é de 65,96%, isto representa quase 1,5 milhão de pessoas em idade ativa, que demandam políticas públicas e investimentos que estimulem a geração de empregos e contemplem programas sociais.

De acordo com Baeninger (2002: 109), os dados desagregados por município mostram que os “municípios caracterizados pela recepção da migração intrametropolitana exibem maiores proporções de populações jovens (0-14 anos), como ocorre em Hortolândia, Monte Mor, Sumaré, apontando a importância da migração familiar, bem como de taxas de fecundidade mais elevadas nessas áreas que na sede regional. Em contrapartida, aqueles são os municípios com menores proporções de idosos.”

Cabe destacar ainda que alguns municípios da RMC, em determinados momentos, apresentaram entre 8 e 10% de sua população constituída por idosos, índice elevado considerando a media nacional que é de 8,5% (tabela 11). Este dado deve ser considerado na elaboração do Plano Metropolitano de Habitação de Interesse Social, cabendo prever adequações em termos de financiamento e subsídios, considerando a situação socioeconômica dessa população, bem como adaptações ao projeto arquitetônico e urbanístico dos empreendimentos de HIS.

Considerando que todos os municípios da RMC apresentam mais de 60% de sua população concentrada na faixa de 15 a 59 anos e que vários municípios apresentam uma porcentagem de população idosa acima da média nacional (dados IBGE, 2000), é necessário olhar com mais atenção para alguns destes municípios - Americana, Campinas, Indaiatuba, Itatiba, Jaguariúna, Nova Odessa, Pedreira, Santo Antonio de Posse, Valinhos e Vinhedo.

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Tabela 11 – Região Metropolitana de Campinas: População idosa (2000)

População total População com 60 anos ou mais Município Absoluto Absoluto % Americana 182.593 18.555 10,16 Artur Nogueira 33.124 2.418 7,29 Campinas 969.396 95.556 9,55 Cosmópolis 44.355 3.503 7,90 Engenheiro Coelho 10.033 654 6,52 Holambra 7.211 496 6,88 Hortolândia 152.523 8.128 5,33 Indaiatuba 147.050 12.130 8,25 Itatiba 81.197 7.529 9,27 Jaguariúna 29.597 2.465 8,33 Monte Mor 37.340 2.553 6,84 Nova Odessa 42.071 3.509 8,34 Paulínia 51.326 3.421 6,67 Pedreira 35.219 3.454 9,81 Santa Bárbara d’Oeste 170.078 13.261 7,79 Santo Antonio de Posse 18.124 1.754 9,68 Sumaré 196.723 11.918 6,06 Valinhos 82.973 7.869 9,48 Vinhedo 47.215 41.968 8,89 Total RMC 2.338.148 238.142 10,18

Fonte: Elaborado com base em dados do IBGE - Censo demográfico 2000 e em Baeninger, 2002, p.110.

No que diz respeito à sua distribuição por gênero, de acordo com dados da Pesquisa de Condições de Vida elaborada pela Fundação Seade (2006), verifica-se que há um equilíbrio no número de homens e de mulheres na RMC, como pode ser observado, a seguir (cf. gráfico 2 e tabela 12).

No que diz respeito à migração, cabe ressaltar que, desde a década de 70, a RMC, como um dos principais eixos de expansão no processo de desconcentração relativa das atividades industriais da RMSP, recebeu grandes fluxos migratórios (BAENINGER, 2002). Do ponto de vista demográfico, puderam-se observar, então, dois movimentos: a expansão / migração ao longo das Rodovias Anhangüera e Bandeirantes e a expansão / migração do município de Campinas para os municípios periféricos da RMC.

Em um primeiro momento, os municípios do entorno imediato de Campinas, como Sumaré e Hortolândia, receberam grandes fluxos migratórios provenientes da sede metropolitana. Americana, que, então, despontava como subcentro, e Santa Bárbara d’Oeste, em sua periferia, também receberam parte desta corrente migratória oriunda de Campinas.

Nos anos 80, esse processo de expansão regional se ampliou e atingiu áreas mais distantes de Campinas, tais como Indaiatuba/Monte Mor e Paulínia/Cosmópolis; já nos anos 90, foi a vez de Artur Nogueira /Engenheiro Coelho/Holambra e Jaguariúna/Santo Antonio de Posse/Pedreira, municípios recém-desmembrados. (BAENINGER, 2002)

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Tabela 12 – Distribuição dos indivíduos, segundo sexo e faixa etária. Estado de São Paulo e Região Metropolitana de Campinas (2006) (%)

Sexo e Faixa etária Estado de São Paulo RMC Total 100,00 100,00 Homens 47,6 48,2 Mulheres 52,4 51,8

Total 100,00 100,00 0 a 14 anos 24,00 21,40 15 a 39anos 41,30 41,50 40 a 64 anos 26,60 28,70 65 anos e mais 8,10 8,4

Homens 47,6 48,2 0 a 14 anos 12,00 10,70 15 a 39anos 20,10 21,00 40 a 64 anos 12,10 13,10 65 anos e mais 3,40 3,40

Mulheres 52,4 51,8 0 a 14 anos 12,00 11,70 15 a 39anos 21,20 19,9 40 a 64 anos 14,50 14,70 65 anos e mais 4,70 4,00

Fonte: Adaptado de Tabela 1. Casa Civil; Fundação Seade. Pesquisa Condições de Vida - PCV, 2006.

Nos anos 70, 60% do crescimento absoluto da população metropolitana era fruto da migração; na década de 80, esse valor passou para 48% e entre os anos de 1991 e 1996 para 43% - período em que a RMC recebeu 83.884 migrantes de outros estados. Cabe destacar que, nos anos 90, nos municípios da “nova periferia metropolitana” – Artur Nogueira, Engenheiro Coelho, Holambra e Pedreira – a migração representou 70% do crescimento absoluto dessa área.

Além do movimento migratório, é importante ressaltar os chamados deslocamentos pendulares da população da RMC do local de residência para o trabalho ou estudo.

Em 1980, 5% da população economicamente ativa (PEA) da RMC se deslocavam da residência para o trabalho ou para a escola, diariamente, de um município a outro. Grande parte destes deslocamentos tinha como local de residência os municípios de Sumaré (23%), Campinas (20%) e Santa Bárbara d’Oeste (17%) e, como local de trabalho ou estudo, os municípios de Campinas e Americana.

Embora em 1991 essa informação não tenha feito parte do Censo do IBGE, a Pesquisa Regional por Amostra Domiciliar (PRAD), de 1993, detectou que 16% da população residente na RMC trabalhavam em local diferente do local de residência, incluindo municípios da própria RMC, bem como de outras áreas. Neste momento, “em torno de 30% tiveram como local de trabalho o Município de Campinas, seguido por Paulínia, Jaguariúna, Nova Odessa, Artur Nogueira, Americana e Valinhos. Os

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principais locais de residência da população envolvida nos fluxos pendulares partiam de Sumaré, Santa Bárbara d’Oeste, Campinas, Paulínia, Pedreira, Hortolândia.” (BAENINGER, 2002: 124)

De acordo com informações do Plano Integrado de Transporte Urbano para a Região Metropolitana de Campinas (PITU RMC, 2015), embora exista uma diversidade nos fluxos pendulares, pode-se observar no período entre 1980 e 2000, um aumento significativo dos fluxos que se dirigem para o município de Campinas. Em 1980, cerca de 36% do movimento pendular da RMC se dirigia a Campinas, enquanto que, no ano 2000, esta porcentagem passou para 48%. Americana, que é um subcentro regional, apresentou uma tendência diversa, apresentando uma pequena queda na participação dos deslocamentos pendulares; os municípios de Santa Bárbara d’Oeste e de Nova Odessa, em seu entorno, acabaram recebendo parte desse fluxo.

As pesquisas realizadas em 2003 registraram que, nos horários de pico, eram realizadas cerca de 420.000 viagens na RMC, sendo que destas, ao redor de 230.000 eram por motivo de trabalho e em torno de 250.000 de estudo (PITU RMC, 2015). (cf. gráfico 3)

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Mapa 3 – Produção e Atração de Viagens Região Metropolitana de Campinas

Fonte: PITU RMC 2015 – NESUR UNICAMP

Importante ressaltar que o PITU RMC 2015, considerando o elevado número de deslocamentos pendulares realizados na RMC, além de compatibilizar as propostas para os sistemas de transporte, realizadas nas diferentes esferas, procurou também analisar a relação entre tais deslocamentos e o uso e ocupação do solo; partiu-se da premissa de que, “o simples acréscimo na oferta de viagens não mais resolve o problema de mobilidade da população”. Nesse sentido, propõe como algumas de suas diretrizes o “fomento à consolidação de subcentros em áreas com baixa oferta de empregos e com previsão de investimentos no sistema de transporte; a contenção da tendência de perda de população das áreas centrais dos principais municípios e da ocupação de baixa densidade e dependente do automóvel em áreas periféricas da cidade”. (PITU-RMC 2015)

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Gráfico 3 – Região Metropolitana de Campinas: deslocamentos diários

Fonte: PITU 2015- RMC, 2003

Outro dado importante a ser analisado refere-se às condições de vida e à vulnerabilidade social da população da Região Metropolitana de Campinas. Neste sentido, foram analisados dados referentes à renda mensal das famílias residentes na RMC, bem como às condições de moradia e acesso à infra-estrutura e serviços.

No que diz respeito ao primeiro item, de acordo com a Pesquisa de Condições de Vida em 2006, elaborada pela SEADE (2006), para “48% das famílias residentes no Estado de São Paulo, a renda mensal total não ultrapassava 3 salários-mínimos e a proporção daquelas com rendimentos superiores a 5 salários mínimos era de aproximadamente 30%. Tal situação se reproduz nas três regiões metropolitanas analisadas.” (cf. gráfico 4 - PCV, 2006: 15)

Estimativas elaboradas, em 1991, com relação às famílias da RMC apontam que “havia 86,9 mil chefes de domicílios vivendo abaixo da linha de pobreza extrema na Região Metropolitana de Campinas, enquanto em 2000, a quantidade de chefes de domicílios pobres tinha crescido para 105,9 mil.” (POCHMANN, 2002: 143) Ou seja, embora a proporção tenha caído de 18,2%, em 1991, para 16,1% em 2000, em números absolutos, houve um crescimento de 23,3%. No entanto, os municípios de Campinas, Cosmópolis e Paulínia registraram elevação absoluta e relativa no total de chefes de domicílios vivendo abaixo da linha de pobreza nesse período. (cf. tabela 13)

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Gráfico 4

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Tabela 13: Região Metropolitana de Campinas: Renda per capita familiar (em salários mínimos de 2002)

Domicílios % de domicílios segundo renda per capita familiar (salários mínimos) particulares Municípios permanentes 1991 2000 1991 2000 s/ renda Até 1 Mais de Mais de Mais de s/ renda Até 1 Mais de Mais de Mais de 1 a 5 5 a 10 10 1 a 5 5 a 10 10 Americana 39.936 52.504 1,59 26,38 63,50 5,96 2,57 2,74 16,53 64,78 10,61 5,33 Artur 6.821 9.008 4,58 44,46 45,36 4,72 0,87 5,40 28,45 56,32 7,26 2,57 Nogueira Campinas 223.136 283.446 2,56 23,10 57,03 11,51 5,79 5,54 18,42 51,05 13,83 11,17 Cosmópolis 9.143 12.322 2,18 38,27 55,31 3,53 0,72 7,12 25,91 58,16 6,43 2,38 Engenheiro -- 2.587 ------4,64 35,45 50,11 5,06 4,74 Coelho Holambra -- 1.868 ------2,27 21,65 60,03 9,33 6,72 Hortolândia -- 40.381 ------6,48 31,26 56,90 4,20 1,17 Indaiatuba 25.088 40.315 2,45 34,59 56,18 5,05 1,73 3,34 23,10 59,44 8,93 5,19 Itatiba 15.190 22.306 1,78 36,36 54,48 5,75 1,64 2,47 22,24 60,62 9,67 5,01 Jaguariúna 6.002 7.969 0,89 40,01 52,63 4,05 2,42 2,55 25,38 61,03 6,22 4,82 Monte Mor 6.019 9.868 2,58 55,71 37,77 2,35 1,59 6,52 38,51 48,69 4,14 2,14 Nova Odessa 8.440 11.770 2,14 34,62 58,25 3,90 1,09 1,86 25,83 63,68 6,31 2,32 Paulínia 8.789 13.769 1,97 32,17 57,77 5,69 2,41 4,62 18,72 62,46 10,39 3,81 Pedreira 6.999 9.667 1,54 36,16 55,99 4,23 2,08 1,36 24,37 64,79 7,42 2,05 Santa Bárbara 35.130 46.897 1,79 37,56 57,31 2,70 0,65 2,95 23,97 65,44 5,91 1,73 d’Oeste Santo Antonio de 3.560 4.897 1,24 54,32 39,81 3,41 1,24 4,21 35,68 51,47 6,53 2,11 Posse Sumaré 53.349 53.763 3,13 44,05 50,28 2,08 0,47 5,44 28,39 58,96 5,63 1,58 Valinhos 16.977 23.365 1,26 28,87 61,03 6,40 2,44 1,70 16,47 61,52 12,28 8,04 Vinhedo 8.246 12.843 1,51 30,02 59,24 7,19 2,03 3,19 14,24 61,10 11,18 10,29 Total RMC 472.825 659.519 2,34 30,25 56,28 7,63 3,49 4,60 21,58 56,54 10,36 6,92

Fonte: Adaptado de “Campinas Metropolitana: diversidades sócio-espaciais” - Atlas da Região Metropolitana de Campinas. (Fontes: FIBGE, Censos Demográficos 1980, 1991 e 2000. Tabulações especiais NEPO-NESUR/UNICAMP)

Outro dado a se considerar é que enquanto, em 1991, 17,8 mil chefes de domicílios viviam sem renda, esse número alcançou a cifra de 51,3 mil chefes de domicílios, no ano 2000. Nesse mesmo período, o rendimento médio para os chefes de família na RMC aumentou 29,9% em termos reais.

Cabe ressaltar que a RMC tem sido contemplada pelas políticas de complementação de renda do governo federal e do governo do estado de São Paulo. No primeiro caso, temos o programa Bolsa Escola do Governo Federal, que atende crianças de 6 a 15 anos de idade, cuja renda familiar per capita seja inferior a R$90,00 - cada criança ganha 15,00 até 3 crianças por família, devendo ter freqüência escolar. No segundo caso, está o programa Renda Cidadã do Governo Estadual, que dá R$60,00 a famílias de baixa renda e está associada a atividades socioeconômicas. Em 2001, os municípios da RMC receberam 19.647 bolsas escolas e 1.220 bolsas renda cidadã.

Há também programas de atenção ao micro-crédito como o Fundo de Assistência ao Trabalhador (FAT) do governo federal, que atende aos 19 municípios da RMC, e o Banco do Povo Paulista /Nossa Caixa, do governo estadual, que atende a 11 municípios da RMC.

Cruzando-se a estrutura etária da população da RMC com o índice de escolaridade na região, verifica-se que há a necessidade de que as políticas públicas a ser elaboradas prevejam investimentos em setores fundamentais como educação e trabalho. Por outro lado, se tais dados forem cruzados com a renda da população, em especial, do chefe de família, também devem ser previstos investimentos no setor habitacional voltados à baixa renda.

Deve-se considerar que, nos últimos anos, as ocupações geradas na RMC tiveram ritmo inferior ao crescimento da força de trabalho e que, nesse processo, os trabalhadores menos escolarizados foram os que mais sofreram na busca por um emprego.

No que diz respeito às condições de moradia da população, de acordo com a Pesquisa de Condições de Vida (PCV, 2006), o percentual de famílias que residem em favelas, embora seja inferior ao registrado na RMSP, é relevante e situa-se na marca de 6%. (cf. Gráfico 5)

Segundo dados dessa mesma pesquisa, o tipo mais freqüente de edificação habitacional na Região Metropolitana de Campinas é a casa isolada, que abriga mais de 60% das famílias; já o tipo casa frente-fundos é menos comum que nas outras regiões metropolitanas do estado de São Paulo, abrigando 24% da população. No caso da edificação “tipo apartamento”, a RMC representa um percentual de 7,5% das famílias. (SÃO PAULO, 2006)

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Gráfico 5

No que diz respeito à localização dessa moradia, com base nos estudos realizados pelo PITU RMC 2015, verifica-se uma tendência de que as zonas mais periféricas dos municípios estejam apresentando taxas de crescimento maiores que as zonas próximas aos centros urbanos. De acordo com tais estudos, isto “pode ser explicado tanto em função da perda populacional observada nas áreas centrais, quanto em função do “envelhecimento” das mesmas, dado à saída da população mais jovem do local. Assim, tanto o componente do crescimento vegetativo quanto o de migração atuam em conjunto nestas áreas mais centrais refletindo na significativa redução populacional, especialmente de jovens”.

No entanto, esta relação se dá no interior de cada município e entre o município sede, Campinas, e os outros municípios da RMC. Nota-se que outras áreas vêm polarizando investimentos como revela a análise do PITU RMC 2015 sobre a aprovação de novos loteamentos2 nos municípios da RMC, no período entre 1994 e 2004. Comparando estes dados com os da produção de loteamentos entre 2000 e 2007, observamos que a área média loteada anualmente cresceu em toda a Região Metropolitana. Se Campinas acrescia uma média de

387.378,96 m2 de área loteada entre 1994 e 2004, entre 2000 e 2007 ampliou em 510% este valor, chegando a quase 2 milhões de metros quadrados ao ano, conforme dados da tabela abaixo.

2 Dados de aprovação de loteamentos pelo GRAPROHAB – 1994 – 2007.

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Tabela 14 – Quadro comparativo: taxa de crescimento da área loteada

Área loteada Área loteada Taxa de média anual média anual Crescimento MUNICÍPIO (1994/2004) (2000/2007) Média anual Campinas 387.378,96 2.486.732,61 6,42 Itatiba 542.266,19 1.484.586,94 2,74 Americana 473.545,27 218.948,86 0,46 Indaiatuba 547.394,66 586.890,34 1,07 Paulínia 398.822,06 604.290,64 1,52 Santa Bárbara D'Oeste 372.145,11 30.625,99 0,08 Sumaré 426.270,00 153.101,23 0,36 Hortolândia 278.661,52 118.333,66 0,42 Monte Mor 186.247,72 183.828,73 0,99 Valinhos 226.776,29 327.878,04 1,45 Nova Odessa 162.142,14 94.035,33 0,58 Artur Nogueira 229.465,22 97.166,49 0,42 Jaguariúna 253.529,77 701.968,34 2,77 Vinhedo 218.299,70 116.833,44 0,54 Engenheiro Coelho 40.786,55 87.180,41 2,14 Holambra 87.393,79 94.615,57 1,08 Cosmópolis 13.548,01 16.460,89 1,22 Pedreira 31.330,83 36.813,49 1,17 Santo Antônio de Posse 17.220,32 0,00 0,00

Fonte: FREITAS, 2008. Seleção da autora a partir de relação fornecida pela Emplasa, de dados do GRAPROHAB, 2007 * Foram incluídos para fins de cálculo os loteamentos fechados em área rural e o loteamento fechado Três Pontes do , ainda em análise pela Prefeitura de Campinas.

Se no passado, entre 1994 e 2004 (em dez anos) Campinas loteou 3.873.789,56m2, nos últimos sete anos (entre 2000 e 2007) ampliou em 20 milhões de metros quadrados sua área urbanizada. Destaca-se também a área média dos lotes, que conforme estudo apresentado pela EMPLASA foi entre 2000 e 2007, superior á 435 metros quadrados

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Tabela 15 – Produção legal de áreas urbanas – 2000 até julho 2007

Município Área urbanizada UH/lotes Área/UH Itatiba 6.890.215 6.527 1.056 Holambra 873.938 966 905 Engenheiro Coelho 914.335 1.125 813 Paulínia 5.453.740 7.577 720 Campinas 15.997.247 22.369 715 Artur Nogueira 1.999.242 2.832 706 Valinhos 3.213.079 4.558 705 Pedreira 254.174 379 671 Vinhedo 1.564.946 2.469 634 Santa Bárbara D’Oeste 5.079.684 8.048 631 Jaguariúna 1.628.892 2.667 611 Hortolândia 3.492.086 6.430 543 Nova Odessa 1.988.890 3.854 516 Indaiatuba 5.401.531 10.560 512 Monte Mor 3.535.206 6.947 509 Americana 8.394.564 17.431 482 Sumaré 4.279.024 8.979 477 Santo Antonio de Posse 172.203 379 454 Cosmópolis 531.824 1.223 435

Fonte: EMPLASA – trabalho apresentado pelo Sr. Mario Barreiros no 3º Seminário de Habitação da RMC

Outro aspecto a avaliar com relação à população da RMC é a vulnerabilidade social, sendo vulnerabilidade entendida como a incapacidade de resposta frente à contingência e uma inabilidade para se adaptar a um novo cenário, no qual a combinação de fatores pode produzir uma deterioração de seu nível de bem-estar.

Gráfico 6: Regiões metropolitanas de São Paulo: Índice de Desenvolvimento Humano

1 0,9 0,8 0,7 0,6 0,5 IDHM 1991 0,4 IDHM 2000 0,3 0,2 0,1 0 RMC RMS RMSP

Fonte: elaborado com base nos dados do Atlas de Desenvolvimento Humano.

Como apontado pelo trabalho da Fundação Seade, “a vulnerabilidade à pobreza não se limita em considerar a privação de renda, central nas medições baseadas em linhas de pobreza, mas também a composição familiar, as condições de saúde e o acesso a serviços médicos, o acesso e a qualidade do sistema educacional, a

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possibilidade de obter trabalho com qualidade e remuneração adequadas”3, e pode- se incluir aqui o acesso a uma moradia digna e à infra-estrutura urbana.

Neste sentido, um dado que pode ser avaliado é a evolução do Índice de Desenvolvimento Humano Municipal dos municípios que compõe a RMC (IDH-M), entre 1991 e 2000 (cf. gráficos 6 e 7). Este índice é importante porque avalia o desenvolvimento de uma população, não apenas pela dimensão econômica, mas também por aspectos sociais, culturais e políticas, que influenciam o bem-estar humano (um contraponto às avaliações que focam apenas o PIB).

Gráfico 7 – Região Metropolitana de Campinas: evolução IDH de seus municípios (1991/2000)

1 0,9 0,8 0,7 0,6 0,5 0,4 0,3 0,2 0,1 0 1991 … 2000 Itatiba Sumaré Paulínia Vinhedo Valinhos Pedreira Campinas Indaiatuba Americana Jaguariúna Holambra* Cosmópolis Monte Mor Nova OdessaNova Hortolândia* Santa Bárbara Artur Nogueira Artur Engenheiro Coelho *

Fonte: elaborado com base nos dados do Atlas de Desenvolvimento Humano. * Esses municípios foram criados no ano de 1991

Mapa 4 – Índice Paulista de Vulnerabilidade Social Região Metropolitana de Campinas

Fonte: SEADE, 2005.

3 SÃO PAULO, Fundação Seade. Índice Paulista de Vulnerabilidade Social. “Espaços e Dimensões da Pobreza nos Municípios do Estado de São Paulo”. 2006

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1.1.3. Aspectos econômicos

A área que hoje conforma a Região Metropolitana de Campinas, desde o século XVIII, tem como elemento polarizador o município de Campinas, que, como apontado por Junqueira Filho (2002, 155), nasceu “sob o signo da logística”. Além de abrigar um elevado volume populacional, como apresentado anteriormente, este município também desempenhou um papel muito importante no processo de desenvolvimento econômico do estado de São Paulo, atraindo e concentrando atividades econômicas.

Neste processo, como colocado por Gonçalves e Semeghini (2002:27), Campinas este à frente no processo de “expansão da modernização capitalista para o Interior, conquistando posições de liderança com base na irradiação de sua atuação para além dos limites do município.”

Em um primeiro momento, que vai do século XVIII à primeira metade do século XIX, o desenvolvimento da região foi ancorado pela cultura da cana-de-açúcar. No momento seguinte, com o ciclo do café, Campinas torna-se a capital agrícola do Estado; cabe ressaltar que foi graças aos recursos obtidos com este ciclo econômico que foi possível investir em indústrias nessas cidades. Já no século XX, começou a se desenvolver o setor industrial na região, o qual atinge grande destaque na década de 1970. Naquele momento, pode-se observar uma intensificação do desenvolvimento urbano, industrial e agroindustrial no Interior do Estado.

Na passagem dos anos 1970 para os 1980, presenciou-se um salto tecnológico e houve um avanço na internacionalização, o que contribui para um aumento da exportação de produtos agroindustriais, especialmente, suco de frutas, carnes, soja, e de bens de consumo não-durável, como tecidos, calçados, vestuário e alimentos, além de máquinas, equipamentos, acessórios industriais, produção automobilística.

Cabe ressaltar, porém que, embora a região tenha recebido grande número de indústrias e investimentos, em virtude do processo de desconcentração industrial da Região Metropolitana de São Paulo (RMSP), o setor terciário vem apresentando um crescimento contínuo e significativo adquirindo grande importância na economia da RMC, como pode ser observado na tabela 14 a seguir.

Tabela 16 – Região Metropolitana de Campinas – Evolução da composição da ocupação (%) Setor 1989 2000 2003 Primário 1,4 2,2 1,8 Secundário 54,3 37,0 34,9 Terciário 44,3 60,8 63,3

Fonte: MTE - RAIS (1989, 2000) e Emplasa, 2005.

Atualmente, a economia da Região Metropolitana de Campinas tem registrado um crescimento médio de 3,3% a. a. e renda per capita superior a US$ 10 mil, equivalente a três vezes a renda média brasileira. Possui um papel de destaque na economia do estado de São Paulo e do Brasil. O PIB, de cerca de US$ 26 bilhões, é superior ao da maior parte dos Estados brasileiros, exceto São Paulo,

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e , e corresponde a mais de 5% do PIB do país. (PITU RMC 2015, 2003) (cf. tabela 17)

Tabela 17 – Região Metropolitana de Campinas: Produto Interno Bruto por município (PIB)

PIB (R$) Municipio 1999 2000 2001 2002 Americana 2.232.803 2.566.189 2.623.946 3.109.148 Artur Nogueira 280.328 204.486 268.181 308.327 Campinas 9.872.441 10.010.892 10.616.569 10.820.585 Cosmópolis 446.023 453.599 388.254 446.698 Engenheiro Coelho Holambra 95.252 93.488 117.915 148.991 Hortolândia 1.720.903 1.530.249 1.781.850 1.214.331 Indaiatuba 1.149.748 1.519.200 1.507.860 1.698.446 Itatiba 776.357 960.649 1.015.826 1.177.638 Jaguariúna 1.897.876 1.366.041 1.143.307 1.252.992 Monte Mor 529.648 373.797 444.254 555.593 Nova Odessa 486.194 450.510 532.009 624.399 Paulínia 3.209.272 4.608.115 4.103.744 4.747.272 Pedreira 207.299 193.327 222.509 237.210 Santa Bárbara d’Oeste 991.780 1.143.779 1.222.187 1.296.993 Santo Antonio de Posse 92.897 97.424 120.733 155.637 Sumaré 1.841.269 1.995.885 2.254.595 2.446.480 Valinhos 1.150.102 1.193.735 1.340.750 1.451.728 Vinhedo 843.934 971.593 1.096.329 1.456.032

Fonte: Dados obtidos no IPEA, 2005.

A RMC apresenta grande diversidade de sua base produtiva, com um parque industrial moderno e plantas que empregam alta tecnologia, as quais se aproveitam da presença de Universidades e centros de pesquisa científica e tecnológica, como a Unicamp, a PUC-Camp e o Instituto agronômico de Campinas. Entre os ramos industriais existentes na RMC encontram-se: o metal/mecânico, o têxtil, o químico, o de papel e papelão, o farmacêutico, o de informática e o de telecomunicações.

De acordo com dados da Fundação SEADE, dos investimentos programadas para a região, entre 1998 e 2002, no total de R$ 8,6 bilhões, cerca de 1/3 correspondia aos setores de telecomunicações e informática, sendo que os setores que receberam maior volume de investimento foram: telecomunicações (R$ 2,5 bilhões), química (R$ 2,2 bilhões) e automotiva (R$ 1,5 bilhão).

Além disto, a RMC comporta atividades terciárias de expressiva especialização e uma estrutura agrícola e agro-industrial bastante significativa, podendo-se destacar as seguintes culturas: cana-de-açúcar, café e laranja (agroindústria), bem como produtos voltados ao consumo urbano.

Interessante observar que no conjunto do território metropolitano, há hoje uma diversificação de “funções” e atividades. Nesse sentido, o município de Campinas abriga grandes empresas como a Bosch, a GE, a Dunlop e a Merck & Sharp, dentre outras. Em Paulínia, está instalada a Refinaria do Planalto, Petrobrás. Americana, por sua vez, abriga um pólo têxtil, que durante o ano de 2002 obteve um PIB de R$

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2,5 bilhões. Em Sumaré, está instalada a empresa Honda - automobilística. Em Pedreira, desenvolveu-se a indústria cerâmica, enquanto em Itatiba, o setor moveleiro. Jaguariúna, por seu turno, além de abrigar grandes empresas como a Motorola - telecomunicações –, também vem desenvolvendo seu potencial turístico baseado em rodeios e no aproveitamento de seu passado histórico no ciclo do café - passeio de trem é uma das atividades promovidas. Em Valinhos está a empresa Eaton de autopeças, que possui mais de 2000 funcionários, e em Indaiatuba, a grande empresa química Unilever.

Ao longo da década de 90, a produção industrial na Região Metropolitana de Campinas, embora tenha apresentado um aumento na participação no estado de São Paulo, teve uma queda na variação do percentual de evolução do valor adicionado (cf. tabela 18)

Os municípios da RMC que têm presença mais acentuada nesse setor são Campinas, que, em 2003, ocupava a sexta posição no estado em termos de valor adicionado (R$9.934.498.590,00), e Paulínia, que ocupava a segunda posição (R$19.642.842.647,00).

Tabela18 Tabela XIII.1 Estado de São Paulo e Região Metropolitana de Campinas Evolução do Valor Adicionado: 1995/2003(1) (em reais de 2004)

Ano Regiões Participação (%) Variação Percentual

Estado Região Região Metropolitana/ Estado Região de São Paulo Metropolitana Estado de São Paulo de São Paulo Metropolitana

1995 368.199.976.125 35.885.520.917 9,75 - -

1996 388.110.315.536 36.092.590.577 9,30 5,41 0,58

1997 393.627.201.312 36.229.744.469 9,20 1,42 0,38

1998 387.997.987.065 39.820.605.224 10,26 -1,43 9,91

1999 384.673.010.651 42.202.849.447 10,97 -0,86 5,98

2000 400.361.708.590 48.081.281.302 12,01 4,08 13,93

2001 426.863.514.846 50.759.023.757 11,89 6,62 5,57

2002 415.714.904.622 50.261.800.715 12,09 -2,61 -0,98

2003 377.354.118.549 47.704.008.415 12,64 -9,23 -5,09

Fonte: Secretaria de Estado dos Negócios da Fazenda. Elaboração: Emplasa, 2005. (1) Valores atualizados pelo Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna - IGP-DI da Fundação Getúlio Vargas - FGV.

A situação do trabalho na região acompanhou esse processo, sofrendo um revés. Entre os anos 1991 e 2000, de acordo com os dados do IBGE, houve uma elevação da taxa de desemprego de 5,6% da população economicamente ativa (PEA) para

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15,9%. Nesse mesmo período, a ocupação total cresceu 12,8%, enquanto que a força de trabalho aumentou 26,7%. (cf. tabela 19)

Tabela 19 – Região Metropolitana de Campinas – Evolução da Força de Trabalho, Ocupação e Desemprego (1991-2000)

1991 2000 Crescimento (%) Força de trabalho 861.300 1.091.300 26,7 Ocupação 813.400 917.800 12,8 Desemprego 47.900 173.500 262,2

Fonte:elaborado com base em dados do IBGE, Censo Demográfico (1991, 2000)

Entretanto, se, por um lado, a RMC perdeu cerca de 47,9 mil postos de trabalho com contrato formal na indústria nesse período, por outro, ganhou 118,8 mil vagas no setor terciário.

No que diz respeito à presença feminina no mercado de trabalho, de acordo com Pochmann (2002), verificou-se um aumento de 30,3%, em 1989, para 36,2%, no ano 2000.

Com relação à faixa etária, por sua vez, de acordo como o mesmo autor, houve uma diminuição do número vagas ofertadas a jovens (menos de 25 anos) – redução de 25,4 mil postos de trabalho em 2000 -, e uma elevação do emprego para trabalhadores com mais idade – 65,1 mil vagas para a faixa entre 25 e 49 anos de idade e 2,2 mil vagas para trabalhadores com mais de 50 anos. (POCHMANN, 2002)

Cabe destacar, porém que dados do início de 2008 revelam que as contratações privilegiaram os trabalhadores jovens: 53% do saldo de emprego foi ocupado por pessoas com até 24 anos. Enquanto apenas 13% dos contratados entre janeiro e fevereiro de 2008 tinham idade entre 40 e 65 anos. (PUC-CAMPINAS, 2008)

Importante observar também a relação entre o nível de escolaridade e o desempenho no mercado de trabalho. Em 1989, cerca de 41,5% do total da ocupação era constituída por trabalhadores com menos de 4 anos de estudo e 48,3%, possuindo entre 4 e 11 anos de estudo. Em 2000, porém houve uma considerável mudança nesse quadro, verificando-se que 15% do total de trabalhadores tinham mais de 11 anos de estudo; 66,7% entre 4 e 11 anos de estudo, e apenas 18,3% com menos de 4 anos de estudo. No primeiro bimestre de 2008, esta tendência ainda podia ser observada: nos processos seletivos das empresas da RMC foram privilegiadas pessoas com ensino médio completo e superior e, no total de admitidos, verificou-se que cerca de 58% tinham ensino médio completo e 26% superior completo. Isto pode ser uma decorrência do tipo de indústria que vem se instalando na região que envolve tecnologia de ponta ou da grande concorrência entre as pessoas de maior nível de instrução que, por não encontrar trabalhos melhores, se sujeitam a ocupações anteriormente abraçadas por pessoas com menor nível de escolaridade.

Cabe destacar que, contrariando ao ocorrido nos anos 80 - momento em que ¾ dos operários na região trabalhavam em empresas de grande e médio porte -, grande

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parte dos novos postos de trabalho criados entre 1991 e 2000 correspondeu às micro e pequenas empresas. Nesse período, do total de empresas criadas na RMC, somente 2 tinham mais de 250 empregados (grandes empresas); por outro lado, foram criados 14.971 estabelecimentos com menos de 10 empregados. Esta é uma tendência que se vem se verificando ao longo dos anos. No primeiro bimestre de 2008, por exemplo, 37% do saldo de vagas na RMC foram oferecidas pelas microempresas e 14% por pequenas empresas. Neste período, o desempenho positivo da RMC, segundo pesquisa da PUC-Campinas, deveu-se fundamentalmente ao desempenho da Construção Civil. (PUC-CAMPINAS, 2008) No que diz respeito à evolução da estrutura salarial, observa-se que, entre 1989 e 2000, houve uma redução de empregos na faixa até 3 salários mínimos (sm) e um aumento nas faixas entre 3 e 5 sm e entre 5 e 10 sm. Na faixa acima de 10 salários mínimos verificou-se um aumento de 22 mil novos empregos. Isto reflete, entre outros fatores, a existência de várias empresas de ponta que empregam profissionais com nível superior e bastante qualificados que têm rendimentos maiores.

Em 2007 e até meados de 2008, o mercado de trabalho na RMC teve um desempenho considerado excelente pelos analistas econômicos. Houve, por exemplo, um incremento no nível médio de remuneração dos admitidos, que atingiu o patamar de R$ 833,00, e a média salarial observada foi superior à média nacional (20%) e à estadual (2% superior). Cabe destacar que, no início de 2008, Hortolândia apresentava a maior remuneração média dos admitidos na RMC: R$ 1.054,00. (PUC-CAMPINAS, 2008).

Contudo, essa tendência de crescimento e de otimismo foi refreada em virtude da crise econômica ocorrida no final de 2008. Nos próximos meses, é necessário observar como o mercado reage, sobretudo, no estado de São Paulo e na Região Metropolitana de Campinas.

Neste contexto, em que as incertezas do mercado influenciam os investimentos, é importante observar quais são as receitas correntes e de capital de cada município da RMC, bem como quais são suas fontes de arrecadação, para planejar futuros investimentos no setor habitacional. (cf. tabelas 20 e 21)

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Tabela 20 Tabela XIII.13 Região Metropolitana de Campinas Receitas Correntes e de Capital, segundo os Municípios: 2003 (em reais de 2004)

Receitas Correntes Receitas de Capital

Municípios Operações Tributárias Transferências Outras Total de Crédito Outras Total Total

Americana 37.864.076 116.611.787 31.475.187 185.951.050 123.662 3.701.344 3.825.006 189.776.056 Artur Nogueira 3.228.640 15.676.752 7.911.285 26.816.677 - 110.351 110.351 26.927.028 Campinas 400.085.872 490.372.254 181.226.859 1.071.684.985 651.609 12.129.720 12.781.329 1.084.466.314 Cosmópolis 6.199.821 24.020.646 12.337.346 42.557.813 700 69.557 70.257 42.628.070 Engenheiro Coelho 465.250 7.179.779 1.057.216 8.702.245 - 152.926 152.926 8.855.171 Holambra 3.274.584 10.115.048 2.509.724 15.899.356 - 1.156.889 1.156.889 17.056.245 Hortolândia 47.742.456 91.822.714 27.952.579 167.517.749 481.367 1.844.780 2.326.147 169.843.896 Indaiatuba 53.420.725 83.578.653 77.497.747 214.497.125 634.530 5.189.446 5.823.976 220.321.101 Itatiba 19.752.284 50.054.390 19.143.324 88.949.998 2.205.119 1.733.544 3.938.663 92.888.661 Jaguariúna 7.680.928 65.827.111 1.562.143 75.070.182 237.948 1.465.466 1.703.414 76.773.596 Monte Mor 4.658.300 24.804.722 1.854.111 31.317.133 1.116.436 515.932 1.632.368 32.949.501 Nova Odessa 8.436.312 27.980.732 7.068.064 43.485.108 747.214 438.332 1.185.546 44.670.654 Paulínia 40.556.687 417.459.833 4.901.765 462.918.284 - 42.411 42.411 462.960.695 Pedreira 6.230.614 16.957.002 9.850.063 33.037.679 223.912 418.237 642.149 33.679.828 Santa Bárbara d'Oeste 17.307.321 66.001.126 27.816.460 111.124.907 576.109 1.710.026 2.286.135 113.411.042 Santo Antônio de Posse 6.504.206 9.853.098 1.438.202 17.795.506 - 45.017 45.017 17.840.523 Sumaré 21.877.580 84.033.325 32.149.441 138.060.346 - 167.453 167.453 138.227.799 Valinhos 29.576.917 59.719.843 28.311.842 117.608.602 847.863 5.328.645 6.176.508 123.785.110 Vinhedo 24.513.969 45.094.880 16.362.506 85.971.355 - 593.924 593.924 86.565.279

Região Metropolitana 739.376.542 1.707.163.695 492.425.863 2.938.966.100 7.846.469 36.814.000 44.660.469 2.983.626.568

Fonte: Secretaria do Tesouro Nacional, Tribunal de Contas do Estado de São Paulo e Prefeituras Municipais. Elaboração: Emplasa, 2005.

Tabela 21 Tabela XIII.19 Região Metropolitana de Campinas Receita Corrente Arrecadada por Fontes Selecionadas, segundo os Municípios: 2003 (em reais de 2004)

Fontes Selecionadas

Tributárias Transferências(3) Municípios

Contribuições Outros do da ISS(1) IPTU(2) Taxas de Melhorias Impostos Total Estado União Outras Total

Americana 15.142.985 17.458.400 1.417.100 545.671 3.299.921 37.864.077 81.704.160 34.907.627 31.475.187 185.951.051 Artur Nogueira 646.908 1.636.163 436.749 1.802 507.018 3.228.640 8.154.380 7.522.372 7.911.285 26.816.677 Campinas 143.626.003 154.670.638 37.489.924 867.529 63.431.778 400.085.872 373.538.296 116.833.958 181.226.859 1.071.684.985 Cosmópolis 1.924.757 2.667.770 463.913 92.100 1.051.281 6.199.821 13.234.870 10.785.776 12.337.346 42.557.813 Engenheiro Coelho 196.686 167.775 17.719 - 83.070 465.250 3.802.783 3.376.996 1.057.216 8.702.245 Holambra 1.055.307 1.384.770 447.967 88.219 298.321 3.274.584 7.554.555 2.560.493 2.509.724 15.899.356 Hortolândia 36.760.510 6.197.556 439.894 276.430 4.068.066 47.742.456 65.317.976 26.504.738 27.952.579 167.517.749 Indaiatuba 13.543.119 23.829.227 7.081.724 978.258 7.988.397 53.420.725 53.000.215 30.578.438 77.497.747 214.497.125 Itatiba 4.621.628 10.802.266 1.989.173 - 2.339.217 19.752.284 32.517.307 17.537.083 19.143.324 88.949.998 Jaguariúna 2.942.385 2.321.443 852.558 159.291 1.405.251 7.680.928 56.911.623 8.915.488 1.562.143 75.070.182 Monte Mor 920.702 2.102.329 279.129 482.018 874.122 4.658.300 18.074.316 6.730.406 1.854.111 31.317.132 Nova Odessa 3.768.646 3.038.346 518.121 35.292 1.075.907 8.436.312 18.554.543 9.426.189 7.068.064 43.485.108 Paulínia 22.696.902 2.903.586 2.722.813 - 12.233.385 40.556.687 396.604.972 20.854.861 4.901.765 462.918.284 Pedreira 926.507 3.992.103 666.167 1.173 644.664 6.230.614 9.799.834 7.157.168 9.850.063 33.037.679 Santa Bárbara d'Oeste 4.650.327 9.354.659 433.621 108 2.868.606 17.307.321 39.407.555 26.593.571 27.816.460 111.124.907 Santo Antônio de Posse 4.765.136 781.078 568.854 - 389.138 6.504.206 4.681.968 5.171.130 1.438.202 17.795.506 Sumaré 7.701.419 9.568.596 566.963 50.641 3.989.961 21.877.580 57.271.247 26.762.078 32.149.441 138.060.346 Valinhos 6.961.213 15.914.052 2.894.382 224.764 3.582.506 29.576.917 42.620.153 17.099.690 28.311.842 117.608.602 Vinhedo 5.902.176 12.827.500 2.916.460 218.084 2.649.749 24.513.969 33.771.970 11.322.910 16.362.506 85.971.355

Região Metropolitana 278.753.317 281.618.257 62.203.231 4.021.380 112.780.358 739.376.543 1.316.522.722 390.640.972 492.425.863 2.938.966.100

Fonte: Secretaria do Tesouro Nacional, Tribunal de Contas do Estado de São Paulo e Prefeituras Municipais. Elaboração: Emplasa, 2005. (1) Imposto sobre serviços de qualquer natureza. (2) Imposto sobre a propriedade predial e territorial urbano. (3) Transferências correntes.

Considerando os anos de 2001 e 2003 e analisando as despesas do município por funções (SÃO PAULO, 2005), pode-se verificar que as despesas dos municípios da RMC no setor habitacional e urbano aumentaram consideravelmente nesse período, especialmente nos municípios de (cf. tabela 22).

Tabela 22 – Região Metropolitana de Campinas: despesas com habitação e urbanismo (2001-2003)

Despesas hab. e Despesas hab. e Variação Município urbanismo (2001) urbanismo (2003) despesas valor Valor % Valor % absoluto (%) absoluto despesas absoluto despesas municípi municípi o o Americana 21.188.864 7,53 30.896.526 14,12 45,81 Artur Nogueira 2.591.449 9,24 2.920.007 11,09 12,68 Campinas 97.340.126 7,93 130.116.56 11,61 33,67 7 Cosmópolis 2.287.333 4,67 5.461.816 12,97 138,78 Engenheiro Coelho 867.510 8,32 975.297 11,06 12,43 Holambra 1.811.831 10,78 2.930.734 16,85 61,76 Hortolândia 16.618.146 13,25 8.027.970 11,32 48,31 Indaiatuba 19.524.552 10,21 25.069.812 13,61 28,40 Itatiba 7.084.777 8,10 14.573.020 15,42 105,70 Jaguariúna 10.293.771 15,01 18.683.941 23,65 81,51 Monte Mor 6.391.032 15,57 7.921.660 22,46 23,95 Nova Odessa 3.407.913 7,77 5.078.829 11,30 49,03 Paulínia 29.786.185 7,79 108.257.53 25,93 263,45 4 Pedreira 4.469.038 13,10 4.353.463 12,89 -2,58 Santa Bárbara 9.241.681 7,28 7.519.289 6,45 -18,64 d’Oeste Santo Antonio de 1.102.617 7,48 2.013.435 12,05 82,60 Posse Sumaré 12.062.934 7,69 23.278.941 15,52 92,98 Valinhos 10.329.724 7,58 10.178.228 8,55 -1,47 Vinhedo 13.118.257 13,48 18.360.092 19,88 39,96 Total RMC 269.517.74 8,64 426.617.15 14,77 58,29 0 8

Fonte: Elaborado com base em dados do Sumário de Dados da RMC (SÃO PAULO, 2005)

Contudo, nesse processo de aumento de investimentos nesse setor, os municípios de Santa Bárbara e Pedreira se destacam por haver reduzido em 18,64 e 2,58%, respectivamente, seus investimentos entre 2001 e 2003. No caso de Valinhos, embora tenha ocorrido uma pequena diminuição dos investimentos em habitação e urbanismo (-1,47%), em termos absolutos, observa-se que houve um aumento na porcentagem do setor nas despesas totais do município.

É preciso sistematizar os dados mais recentes em cada uma das prefeituras municipais para verificar se estes permanecem investindo no setor, bem como avaliar em que tipo de programas e obras têm sido empregados os recursos financeiros.

40

1.2. A QUESTÃO DO DÉFICIT HABITACIONAL NA REGIÃO METROPOLITANA DE CAMPINAS

Os quadros a seguir apresentam a tabulação dos dados referentes ao déficit habitacional na Região Metropolitana de Campinas. Foram sistematizados, além das informações publicadas pela Fundação João Pinheiro, que teve como base os dados da Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílio (PNAD – 2005), as informações apresentadas pelos municípios através das fichas fornecidas para que preenchessem com seus dados específicos e as informações do Centro de Estudos da Metrópole (CEM – CEBRAP) que estimou, a partir dos dados do censo do IBGE, o número de domicílios em assentamentos precários nas áreas urbanas da Região Metropolitana de Campinas. Destes, os que possibilitam maiores manipulações e análises, são os apresentados pela Fundação João Pinheiro pela abrangência e possibilidade de cruzamentos. Já em relação às fichas municipais, alguns municípios não as forneceram, dificultando a abrangência da análise e o cruzamento com as informações sistematizadas pela Fundação João Pinheiro e o CEM – CEBRAP. Os dados do CEM- CEBRAP, por sua vez, restringem-se à contagem estimada de domicílios nos chamados “aglomerados subnormais”, que, se por um lado, representa um avanço em relação à pesquisa da João Pinheiro, uma vez que calibra a contabilização dos aglomerados sub-normais, que possui lacunas conhecidas na pesquisa realizada pelo IBGE, por outro, não dialoga com os outros componentes contabilizados pela Fundação João Pinheiro, como os componentes do déficit habitacional ou da inadequação dos domicílios. Neste sentido, e, considerando que as informações organizadas pela Fundação João Pinheiro estão baseadas em dados que já podem também estar ultrapassados, os números devem ser tomados com cuidado e podem refletir, quando comparados, algumas inconsistências que deverão ser relativizadas quando da definição dos quantitativos de promoção habitacional.

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Mapa 5 – Região Metropolitana de Campinas: assentamentos precários e subnormais

Fonte: Elaboração CEM/Cebrap a partir do Censo Demográfico IBGE (2000).

42

Tabela 23 - População e taxa de crescimento - municípios da RMC

Tx. Urb. Tx. Urb. Tx. Urb. Município População 1991 População 2000 Tgca População 2007 Tgca 1991 2000 2007 Urbana Rural Total Urbana Rural Total Urbana Rural Total Americana 153.085 188 153.273 181.867 433 182.300 1,95 199.094 1,26 99,88 99,76

Artur Nogueira 20.984 6.827 27.811 30.318 2.647 32.965 5,95 3.179 39.457 2,60 75,45 91,97 91,943 36.278

Campinas 820.203 23.313 843.516 952.003 16.157 968.160 1,54 1,01 97,24 98,33 1.039.297

Cosmópolis 33.946 2.475 36.421 42.445 1.805 44.250 2,87 3.785 2,76 93,20 95,92 92,933 49.776 53.561

Engenheiro Coelho 6.986 3.014 10.000 4,03 3.499 3,50 69,86 72,512 9.230 12.729

Holambra 3.929 3.266 7.195 2,74 2.514 9.111 3,43 54,61 72,407 6.597 Hortolândia 151.697 0 151.697 6,73 190.781 3,32 100,00 Indaiatuba 90.903 9.046 99.949 144.228 2.302 146.530 4,34 173.508 2,44 90,95 98,43

Itatiba 53.718 7.518 61.236 65.754 15.233 80.987 3,15 15.538 1,75 87,72 81,19 83,015 75.941 91.479

Jaguariúna 18.132 6.687 24.819 25.756 3.777 29.533 2,64 2.491 3,19 73,06 87,21 93,232 34.313 36.804

Monte Mor 21.699 3.592 25.291 34.051 3.156 37.207 4,38 4.173 2,02 85,80 91,52 90,255 38.651 42.824

Nova Odessa 31.781 2.095 33.876 41.028 959 41.987 2,41 911 1,19 93,82 97,72 98,003 44.714 45.625

Paulínia 32.566 3.732 36.298 50.601 562 51.163 3,89 117 5,21 89,72 98,90 99,840 72.897 73.014

Pedreira 26.490 1.163 27.653 34.056 1.085 35.141 2,70 856 1,18 95,79 96,91 97,756 37.296 38.152 Santa Bárbara 139.849 4.096 143.945 167.660 2.158 169.818 1,85 184.318 1,17 97,15 98,73

Santo Antônio da Posse 8.470 5.802 14.272 14.633 3.441 18.074 3,35 3.922 1,32 59,35 80,96 80,216 15.902 19.824 Sumaré 222.115 1.438 223.553 193.322 2.777 196.099 -3,88 228.696 2,22 99,36 98,58

Valinhos 59.514 8.031 67.545 78.358 4.459 82.817 2,29 5.100 2,40 88,11 94,62 94,786 92.714 97.814

Vinhedo 32.745 610 33.355 46.027 1.038 47.065 3,90 1.000 2,88 98,17 97,79 98,259 56.435 57.435 RMC 2.264.719 68.269 2.332.988 2,59 2.633.523 1,74

Tabela 24 – Tabela 25 – Ranking populacional - municípios da RMC Ranking da Tgca: municípios da RMC

População 1991 População 2000 População 2007 Tgca 1991-2000 Tgca 200-2007 Município População Município População Município População Município Tgca Município Tgca

Campinas 843.516 Campinas 968.160 Campinas 1.039.297 Hortolândia 6,73 Paulínia 5,21 Sumaré 223.553 Sumaré 196.099 Sumaré 228.696 Artur Nogueira 5,95 Eng. Coelho 3,50 Americana 153.273 Americana 182.300 Americana 199.094 Monte Mor 4,38 Holambra 3,43 Santa Bárbara 143.945 Santa Bárbara 169.818 Hortolândia 190.781 Indaiatuba 4,34 Hortolândia 3,32 Indaiatuba 99.949 Hortolândia 151.697 Santa Bárbara 184.318 Eng. Coelho 4,03 Jaguariúna 3,19 Valinhos 67.545 Indaiatuba 146.530 Indaiatuba 173.508 Vinhedo 3,9 Vinhedo 2,88 Itatiba 61.236 Valinhos 82.817 Valinhos 97.814 Paulínia 3,89 Cosmópolis 2,76 Cosmópolis 36.421 Itatiba 80.987 Itatiba 91.479 Sto. Ant. Posse 3,35 Artur Nogueira 2,60 Paulínia 36.298 Paulínia 51.163 Paulínia 73.014 Itatiba 3,15 Indaiatuba 2,44 Nova Odessa 33.876 Vinhedo 47.065 Vinhedo 57.435 Cosmópolis 2,87 Valinhos 2,40 Vinhedo 33.355 Cosmópolis 44.250 Cosmópolis 53.561 Holambra 2,74 Sumaré 2,22 Artur Nogueira 27.811 Nova Odessa 41.987 Nova Odessa 45.625 Pedreira 2,7 Monte Mor 2,02 Pedreira 27.653 Monte Mor 37.207 Monte Mor 42.824 Jaguariúna 2,64 Itatiba 1,75 Monte Mor 25.291 Pedreira 35.141 Artur Nogueira 39.457 Nova Odessa 2,41 Sto. Ant. Posse 1,32 Jaguariúna 24.819 Artur Nogueira 32.965 Pedreira 38.152 Valinhos 2,29 Americana 1,26 Sto. Ant. Americana 1,95 Nova Odessa 1,19 Posse 14.272 Jaguariúna 29.533 Jaguariúna 36.804 Santa Bárbara 1,85 Pedreira 1,18 Sto. Ant. Sto. Ant. Campinas 1,54 Santa Bárbara 1,17 Eng. Coelho Posse 18.074 Posse 19.824 Sumaré -3,88 Campinas 1,01 Holambra Eng. Coelho 10.000 Eng. Coelho 12.729 Hortolândia Holambra 7.195 Holambra 9.111

Fonte: IBGE. Censo de 1991, 2000 e Contagem Populacional 2007.

Nestes primeiros quadros contendo os números populacionais absolutos dos censos de 1991, 2000 e a contagem de 2007 e as respectivas taxas geométricas de crescimento anual (TGCA) entre 1991 e 2000 e entre 1991 e 2007, é possível fazer os seguintes apontamentos: . Em termos absolutos, os municípios com mais de 100 mil habitantes em 1991, além de Campinas eram Americana, Santa Bárbara D’Oeste e Sumaré, sendo que Indaiatuba também já estava muito perto dos 100 mil habitantes. Em 2000, foi acrescido a estes, o município de Hortolândia, situação que se manteve em 2007. . Nesta configuração, verifica-se que a maior parte dos municípios mais populosos da RMC está no eixo oeste de Campinas. Somados à população de Campinas, estes municípios continham em 2007 mais de 76% da população da RMC. . Entre 1991 e 2000 houve maior quantidade de municípios com taxas de crescimento acima de 3%. Estes eram Engenheiro Coelho, Artur Nogueira, Hortolândia, Indaiatuba, Itatiba, Monte Mor, Paulínia, Santo Antônio da Posse e Vinhedo. Entre 2000 e 2007, este conjunto diminuiu para apenas 5 municípios: Engenheiro Coelho, Holambra, Hortolândia, Jaguariúna e Paulínia. . Neste sentido, todos os municípios da RMC tiveram quedas nas suas taxas de crescimento no período posterior o que demonstra uma desaceleração do crescimento populacional em todas as localidades, com exceção de Paulínia. . Isto reflete também a queda da taxa de crescimento geral para a RMC, que passou de 2,59 para 1,74, nos dois períodos especificados. . Vale a pena notar que os municípios que tinham taxas mais altas no período anterior, não necessariamente permaneceram no ranking das maiores taxas no período posterior. Assim é que apenas Hortolândia e Paulínia mantiveram taxas acima de 3 e destes dois, apenas Paulínia apresentou um aumento incomum da taxa de crescimento de 3,89% para 5,21%. Já no caso de Hortolândia, é significativa a queda de 6,73% para 3,32%. . Ainda do ponto de vista das taxas de crescimento, por um lado os municípios com números populacionais menos representativos como Artur Nogueira, Cosmópolis, Engenheiro Coelho, Holambra e Monte Mor tiveram taxas mais significativas (acima de 2% ao ano) entre 2000 e 2007. Por outro, estas taxas maiores também estão presentes em alguns municípios de maior número populacional a oeste de Campinas, como Hortolândia, Indaiatuba, Paulínia e Sumaré. A leste, só Valinhos e Vinhedo possuem taxas acima de 2%, cujo crescimento é representado, provavelmente, pela profusão de novos loteamentos de alto e médio padrão. O caso de Jaguariúna, ao norte de Campinas também merece destaque, já que a alta taxa de crescimento neste caso deve-se provavelmente à instalação de novas indústrias tecnológicas no município, como a Motorola, por exemplo. . No tocante às taxas de urbanização, percebe-se aumento significativo destas taxas em vários municípios de 1991 para 2007, a maioria de tamanhos reduzidos em termos populacionais, como, por exemplo, Artur Nogueira, Holambra, Jaguariúna, Paulínia, Santo Antônio da Posse, Vinhedo. Mas chama atenção a diminuição desta taxa entre 2000 e 2007 em alguns deles como em Artur Nogueira, Cosmópolis, Itatiba, Monte Mor e Santo Antônio da Posse. É

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possível que estes municípios de pequena dimensão populacional possuam maior dinâmica entre população rural e urbana devido à sazonalidade das safras agrícolas.

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Tabela 26 – Domicílios Particulares permanentes e vagos – 2000

Domicílios particulares Domicílios particulares permanentes vagos Pop. Pop./dom. Município Ext. Demais 2000 Pop./dom. vagos Total Urbano Rural Rura/total urbana áreas Total Urbano Rural Americana 52.441 52.363 78 0,15 0 78 5.073 5.048 25 181.867 3,5 35,8 Artur Nogueira 9.008 8.272 736 8,17 0 736 956 907 49 30.318 3,4 31,7 Campinas 283.141 279.074 4.067 1,44 1.077 2.990 35.272 34.178 1.094 952.003 3,4 27,0 Cosmópolis 12.321 11.885 436 3,54 0 436 1.388 1.350 38 42.445 3,4 30,6 Engenheiro Coelho 2.588 1.829 759 29,33 0 759 275 161 114 6.986 2,7 25,4 Holambra 1.868 1.082 786 42,08 0 786 358 280 78 3.929 2,1 11,0 Hortolândia 40.370 40.370 0 0,00 0 0 4.155 4.155 151.697 3,8 36,5 Indaiatuba 40.317 39.792 525 1,30 0 525 4.829 4.663 166 144.228 3,6 29,9 Itatiba 22.271 18.181 4.090 18,36 1.400 2.690 3.292 1.894 1.398 65.754 3,0 20,0 Jaguariúna 7.962 6.993 969 12,17 0 969 919 836 83 25.756 3,2 28,0 Monte Mor 9.869 9.044 825 8,36 0 825 1.109 1.024 85 34.051 3,5 30,7 Nova Odessa 11.771 11.521 250 2,12 0 250 923 902 21 41.028 3,5 44,5 Paulínia 13.768 13.627 141 1,02 121 20 1.406 1.383 23 50.601 3,7 36,0 Pedreira 9.668 9.382 286 2,96 0 286 1.366 1.228 138 34.056 3,5 24,9 Santa Bárbara 46.885 46.319 566 1,21 0 566 3.835 3.643 192 167.660 3,6 43,7 Santo Antônio da Posse 4.898 4.058 840 17,15 0 840 803 511 292 14.633 3,0 18,2 Sumaré 53.720 52.962 758 1,41 316 442 5.731 5.592 139 193.322 3,6 33,7 Valinhos 23.341 22.236 1.105 4,73 0 1.105 3.267 2.976 291 78.358 3,4 24,0 Vinhedo 12.803 12.520 283 2,21 0 283 1.204 1.169 35 46.027 3,6 38,2 RMC 659.010 641.510 17.500 2,66 2.914 14.586 76.161 71.900 4.261 2.264.719 3,5 35,8

Tabela 27 – Ranking - domicílios permanentes particulares totais e vagos Tabela 28 – (2000) Ranking relação pop. e domicílios permanentes particulares totais e vagos (2000)

RELAÇÃO RELAÇÃO POP./DOMICÍLIOS DOMICÍLIOS TOTAIS 2000 DOMICÍLIOS VAGOS 2000 POP./DOMICÍLIOS VAGOS Município Domicílios Município Domicílios Município Índice Município Índice Campinas 283.141 Campinas 35.272 Hortolândia 3,8 Nova Odessa 44,5 Sumaré 53.720 Sumaré 5.731 Paulínia 3,7 Santa Bárbara 43,7 Americana 52.441 Americana 5.073 Sumaré 3,6 Vinhedo 38,2 Santa Bárbara 46.885 Indaiatuba 4.829 Vinhedo 3,6 Hortolândia 36,5 Hortolândia 40.370 Hortolândia 4.155 Indaiatuba 3,6 Paulínia 36,0 Indaiatuba 40.317 Santa Bárbara 3.835 Santa Bárbara 3,6 Americana 35,8 Valinhos 23.341 Itatiba 3.292 Pedreira 3,5 Sumaré 33,7 Itatiba 22.271 Valinhos 3.267 Nova Odessa 3,5 Artur Nogueira 31,7 Paulínia 13.768 Paulínia 1.406 Americana 3,5 Monte Mor 30,7 Vinhedo 12.803 Cosmópolis 1.388 Monte Mor 3,5 Cosmópolis 30,6 Cosmópolis 12.321 Pedreira 1.366 Cosmópolis 3,4 Indaiatuba 29,9 Nova Odessa 11.771 Vinhedo 1.204 Artur Nogueira 3,4 Jaguariúna 28,0 Monte Mor 9.869 Monte Mor 1.109 Campinas 3,4 Campinas 27,0 Pedreira 9.668 Artur Nogueira 956 Valinhos 3,4 Eng. Coelho 25,4 Artur Nogueira 9.008 Nova Odessa 923 Jaguariúna 3,2 Pedreira 24,9 Jaguariúna 7.962 Jaguariúna 919 Sto. Ant. Posse 3,0 Valinhos 24,0 Sto. Ant. Posse 4.898 Sto. Ant. Posse 803 Itatiba 3,0 Itatiba 20,0 Eng. Coelho 2.588 Holambra 358 Eng. Coelho 2,7 Sto. Ant. Posse 18,2 Holambra 1.868 Eng. Coelho 275 Holambra 2,1 Holambra 11,0

Fonte: Fundação João Pinheiro. Déficit Habitacional no Brasil, 2005

Os quadros acima mostram a situação dos domicílios particulares permanentes e vagos nos municípios da RMC. Estes números, é claro, acompanham os quadros anteriores dos números populacionais de cada município, podendo-se fazer os seguintes apontamentos: . Depois de Campinas, os municípios que possuem maior número de domicílios permanentes particulares são Sumaré, Americana, Santa Bárbara D’Oeste, Hortolândia e Indaiatuba, se selecionarmos apenas os municípios que possuem acima de 100 mil habitantes. Estes seguem estritamente o ranking do número total de pessoas. . Chama a atenção, no entanto, o número de domicílios rurais em Itatiba e em Valinhos. Em Itatiba, o número quase se aproxima a Campinas em termos absolutos. Em termos relativos, representa nada menos do que 18% do total de domicílios. No caso de Valinhos, é de 4%. Se olharmos, então do ponto de vista relativo, ou seja, da relação entre domicílios rurais e totais, os números de Engenheiro Coelho, Holambra, Jaguariúna e Santo Antônio da Posse chamam atenção, principalmente no caso de Holambra, que os domicílios rurais chegam a quase 50% dos totais. . Do ponto de vista da relação entre população e domicílios, a situação é curiosa, pois deixa de se enquadrar na regra do ranking anterior. Vamos ver que a maior parte dos municípios possui uma média homogênea que varia de 3,8 a 3,4. Encabeçam o ranking, neste caso, Hortolândia, Paulínia, Sumaré, Vinhedo, Indaiatuba e Santa Bárbara. Apenas Santo Antônio da Posse, Itatiba, Engenheiro Coelho e Holambra possuem índices mais baixos, abaixo de 3. . Quanto aos domicílios vagos, o ranking acompanha quase que na mesma seqüência, o ranking da população e dos domicílios. Parece claro que estes componentes seguem a mesma seqüência proporcional, cuja variação se dá, em regra, no intervalo de apenas uma posição. Os únicos casos mais expressivos, neste sentido, são os de Santa Bárbara, Vinhedo, Nova Odessa e Pedreira. Nos três primeiros casos, estes municípios descem no ranking para mais de duas posições. Já o caso de Pedreira é o contrário, com uma posição duas vezes acima da posição quanto ao número total de domicílios. . Esta questão é então melhor elucidada quando se verifica o ranking dos números relativos entre população e domicílios vagos, no qual destacam-se além dos tradicionais Santa Bárbara, Hortolândia, Americana e Sumaré, também Nova Odessa, Vinhedo e Paulínia. Ressalta-se ainda que Indaiatuba não estão enquadrados no conjunto acima, com os índices acima de 30 pessoas por domicílio vago. . Neste aspecto, cabe notar que, com as altas taxas de crescimento em Hortolândia e Paulínia, um aumento do número de pessoas sem o proporcional aumento de domicílios poderá representar, no futuro, um aumento de demanda. Em geral, pode-se deduzir que em todos estes municípios a oeste de Campinas, que sofreram um alto crescimento populacional nos últimos 30 anos e que abrigam as faixas populacionais de menor renda há maior disputa por domicílios vagos, com enorme potencial para a precarização da moradia, formação de assentamentos informais e loteamentos irregulares. As exceções, neste caso, estão em Vinhedo, Nova Odessa e Americana.

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Tabela 29 – Domicílios urbanos por faixa de renda familiar - 2000

Município Faixas de renda mensal familiar Até 3 % 3 a 5 % 5 a 10 % Mais de 10 % Total Americana 9.231 17,63 9.887 18,88 16.812 32,11 16.433 31,38 52.363 Artur Nogueira 2.262 27,35 2.008 24,27 2.302 27,83 1.700 20,55 8.272 Campinas 55.904 20,03 42.380 15,19 74.327 26,63 106.463 38,15 279.074 Cosmópolis 3.594 30,24 2.465 20,74 3.776 31,77 2.050 17,25 11.885 Engenheiro Coelho 631 34,50 454 24,82 497 27,17 247 13,50 1.829 Holambra 143 13,22 174 16,08 310 28,65 455 42,05 1.082 Hortolândia 12.441 30,82 9.270 22,96 12.542 31,07 6.117 15,15 40.370 Indaiatuba 8.176 20,55 8.333 20,94 12.557 31,56 10.726 26,96 39.792 Itatiba 3.376 18,57 3.548 19,51 6.051 33,28 5.206 28,63 18.181 Jaguariúna 1.505 21,52 1.343 19,20 2.318 33,15 1.827 26,13 6.993 Monte Mor 3.324 36,75 2.015 22,28 2.296 25,39 1.409 15,58 9.044 Nova Odessa 2.505 21,74 2.598 22,55 3.851 33,43 2.567 22,28 11.521 Paulínia 2.498 18,33 2.142 15,72 4.823 35,39 4.164 30,56 13.627 Pedreira 1.903 20,28 2.233 23,80 3.158 33,66 2.088 22,26 9.382 Santa Bárbara 9.970 21,52 10.918 23,57 16.405 35,42 9.026 19,49 46.319 Santo Antônio da Posse 1.252 30,85 1.002 24,69 1.064 26,22 740 18,24 4.058 Sumaré 14.942 28,21 11.960 22,58 16.894 31,90 9.166 17,31 52.962 Valinhos 3.267 14,69 3.902 17,55 6.837 30,75 8.230 37,01 22.236 Vinhedo 1.878 15,00 1.831 14,62 3.769 30,10 5.042 40,27 12.520 RMC 138.802 21,64 118.463 18,47 190.589 29,71 193.656 30,19 641.510

Tabelas 30- Ranking dos números absolutos - domicílios por faixa de renda familiar

Município Faixas salariais Município Faixas salariais Até 3 % 3 a 5 % Campinas 55.904 20,03 Campinas 42.380 15,19 Sumaré 14.942 28,21 Sumaré 11.960 22,58 Hortolândia 12.441 30,82 Santa Bárbara 10.918 23,57 Santa Bárbara 9.970 21,52 Americana 9.887 18,88 Americana 9.231 17,63 Hortolândia 9.270 22,96 Indaiatuba 8.176 20,55 Indaiatuba 8.333 20,94 Cosmópolis 3.594 30,24 Valinhos 3.902 17,55 Itatiba 3.376 18,57 Itatiba 3.548 19,51 Monte Mor 3.324 36,75 Nova Odessa 2.598 22,55 Valinhos 3.267 14,69 Cosmópolis 2.465 20,74 Nova Odessa 2.505 21,74 Pedreira 2.233 23,80 Paulínia 2.498 18,33 Paulínia 2.142 15,72 Artur Nogueira 2.262 27,35 Monte Mor 2.015 22,28 Pedreira 1.903 20,28 Artur Nogueira 2.008 24,27 Vinhedo 1.878 15,00 Vinhedo 1.831 14,62 Jaguariúna 1.505 21,52 Jaguariúna 1.343 19,20 Sto. Ant. Posse 1.252 30,85 Sto. Ant. Posse 1.002 24,69 Eng. Coelho 631 34,50 Eng. Coelho 454 24,82 Holambra 143 13,22 Holambra 174 16,08

Município Faixas salariais Município Faixas salariais 5 a 10 % Mais de 10 % Campinas 16.812 32,11 Campinas 106.463 38,15 Sumaré 2.302 27,83 Americana 16.433 31,38 Santa Bárbara 74.327 26,63 Indaiatuba 10.726 26,96 Americana 3.776 31,77 Sumaré 9.166 17,31 Hortolândia 497 27,17 Santa Bárbara 9.026 19,49 Indaiatuba 310 28,65 Valinhos 8.230 37,01 Valinhos 12.542 31,07 Hortolândia 6.117 15,15 Itatiba 12.557 31,56 Itatiba 5.206 28,63 Nova Odessa 6.051 33,28 Vinhedo 5.042 40,27 Cosmópolis 2.318 33,15 Paulínia 4.164 30,56 Pedreira 2.296 25,39 Nova Odessa 2.567 22,28 Paulínia 3.851 33,43 Pedreira 2.088 22,26 Monte Mor 4.823 35,39 Cosmópolis 2.050 17,25 Artur Nogueira 3.158 33,66 Jaguariúna 1.827 26,13 Vinhedo 16.405 35,42 Artur Nogueira 1.700 20,55 Jaguariúna 1.064 26,22 Monte Mor 1.409 15,58 Sto. Ant. Posse 16.894 31,90 Sto. Ant. Posse 740 18,24 Eng. Coelho 6.837 30,75 Holambra 455 42,05 Holambra 3.769 30,10 Eng. Coelho 247 13,50

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Tabelas 31- Ranking dos números relativos - domicílios por faixa de renda familiar

Município Faixas salariais Município Faixas salariais Até 3 % 3 a 5 % Monte Mor 3.324 36,75 Eng. Coelho 454 24,82 Eng. Coelho 631 34,50 Sto. Ant. Posse 1.002 24,69 Sto. Ant. Posse 1.252 30,85 Artur Nogueira 2.008 24,27 Hortolândia 12.441 30,82 Pedreira 2.233 23,80 Cosmópolis 3.594 30,24 Santa Bárbara 10.918 23,57 Sumaré 14.942 28,21 Hortolândia 9.270 22,96 Artur Nogueira 2.262 27,35 Sumaré 11.960 22,58 Nova Odessa 2.505 21,74 Nova Odessa 2.598 22,55 Santa Bárbara 9.970 21,52 Monte Mor 2.015 22,28 Jaguariúna 1.505 21,52 Indaiatuba 8.333 20,94 Indaiatuba 8.176 20,55 Cosmópolis 2.465 20,74 Pedreira 1.903 20,28 Itatiba 3.548 19,51 Campinas 55.904 20,03 Jaguariúna 1.343 19,20 Itatiba 3.376 18,57 Americana 9.887 18,88 Paulínia 2.498 18,33 Valinhos 3.902 17,55 Americana 9.231 17,63 Holambra 174 16,08 Vinhedo 1.878 15,00 Paulínia 2.142 15,72 Valinhos 3.267 14,69 Campinas 42.380 15,19 Holambra 143 13,22 Vinhedo 1.831 14,62

Município Faixas salariais Município Faixas salariais 5 a 10 % Mais de 10 % Vinhedo 16.405 35,42 Holambra 455 42,05 Monte Mor 4.823 35,39 Vinhedo 5.042 40,27 Artur Nogueira 3.158 33,66 Campinas 106.463 38,15 Paulínia 3.851 33,43 Valinhos 8.230 37,01 Nova Odessa 6.051 33,28 Americana 16.433 31,38 Cosmópolis 2.318 33,15 Paulínia 4.164 30,56 Campinas 16.812 32,11 Itatiba 5.206 28,63 Sto. Ant. Posse 16.894 31,90 Indaiatuba 10.726 26,96 Americana 3.776 31,77 Jaguariúna 1.827 26,13 Itatiba 12.557 31,56 Nova Odessa 2.567 22,28 Valinhos 12.542 31,07 Pedreira 2.088 22,26 Eng. Coelho 6.837 30,75 Artur Nogueira 1.700 20,55 Holambra 3.769 30,10 Santa Bárbara 9.026 19,49 Indaiatuba 310 28,65 Sto. Ant. Posse 740 18,24 Sumaré 2.302 27,83 Sumaré 9.166 17,31 Hortolândia 497 27,17 Cosmópolis 2.050 17,25 Santa Bárbara 74.327 26,63 Monte Mor 1.409 15,58 Jaguariúna 1.064 26,22 Hortolândia 6.117 15,15 Pedreira 2.296 25,39 Eng. Coelho 247 13,50

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Quanto ao aspecto relacionado à renda familiar, alguns apontamentos também merecem destaque: . Curioso notar que do ponto de vista da renda do domicílio familiar, predomina na RMC, as famílias com renda superior a 5 salários mínimos. Enquanto o grupo abaixo de 5 salários mínimos totaliza 257.265 domicílios, o grupo acima de 5 salários mínimos totaliza 384.245 domicílios. O primeiro representa 40% dos domicílios e o segundo 60%. A média, na RMC, dos domicílios com renda acima de 10 salários mínimos, é de 30%. Claro que estes dados devem ser relativizados, considerando as desigualdades presentes em cada um dos municípios. Isto pode ser verificado na própria coluna das porcentagens dos domicílios com renda de até 3 salários, cuja variação está entre 13%, para Holambra a 36% para Monte Mor. . Chama a atenção também que na coluna da renda familiar entre 5 e 10 salários mínimos, há menos variação relativa do total de domicílios contabilizados. Significa dizer que, ao contrário da primeira coluna, há menos discrepância, cuja variação está entre 25,39 em Monte Mor e 35,42 em Paulínia. . Por outro lado, na coluna de domicílios com faixa de renda familiar acima de 10 salários mínimos as variações são bem maiores. Se há municípios que possuem domicílios com esta renda abaixo de 20%, como Cosmópolis, Engenheiro Coelho, Hortolândia, Monte Mor, Santa Bárbara, Santo Antônio da Posse e Sumaré, há outros em que estes tipos de domicílios superam os 30% como Americana, Campinas, Holambra, Paulínia, Valinhos e Vinhedo. . Analisando o ranking dos números absolutos, pode-se perceber também a variação pela perda ou ganho de posição de cada um dos municípios. Neste aspecto, podemos destacar os casos de Hortolândia, que de 3ª posição na faixa de até 3 salários mínimos, cai para a 5ª nas faixas de 3 a 5 e 5 a 10, descendo para a 7ª, na faixa acima de 10. Nesta coluna, Hortolândia perde, inclusive, para municípios com população menor que ele, como Indaiatuba e Valinhos. Nesta queda vertiginosa, também se destaca Monte Mor, que de 9ª posição na faixa de até 3, passa para a 13ª nas faixas de 3 a 5 e entre 5 e 10 e 16ª na faixa de mais que 10. Já outros vão ganhando posição, como é os caso de Vinhedo que de 15ª posição na faixa de até 3, sobe para 10ª na faixa acima de 10. . O ranking dos números relativos também são bastante elucidativos. Na faixa de até 3 salários mínimos, encontram-se Monte Mor, Engenheiro Coelho, Santo Antônio da Posse, Hortolândia e Cosmópolis com mais de 30% dos domicílios nesta faixa de renda. Com menores porcentagens do que na faixa anterior (até 24,82%), lideram os municípios de Engenheiro Coelho, Santo Antônio da Posse, Artur Nogueira, Pedreira, Santa Bárbara e Hortolândia. Na coluna seguinte (5 a 10), as posições começam a se inverter, com o aparecimento de municípios como Vinhedo, Paulínia, Nova Odessa e Campinas, ao lado dos anteriores Artur Nogueira, Cosmópolis e Santo Antônio da Posse. Na coluna das faixas de renda maiores de 10 salários, estão Holambra, Vinhedo, Campinas, Valinhos, Americana e Paulínia, todos com renda superior a 30% e coincidentemente, a maior parte localizada a leste de Campinas. . Inversamente, com menos de 20% da população com renda superior a 10 salários estão Santa Bárbara, Santo Antônio da Posse, Sumaré, Cosmópolis, Monte Mor, Hortolândia e Engenheiro Coelho. Aqui também, a queda vertiginosa

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de posição de alguns municípios quanto aos números relativos merece destaque. Hortolândia, por exemplo, possuía em 2005, 30,82% dos domicílios com renda familiar de até 3 salários mínimos, na 4ª posição; 22,96% na faixa entre 3 e 5, na 5ª posição; 27,17% na faixa entre 5 e 10, na 16ª posição e 15,15% na faixa de mais de 10, ocupando a penúltima posição. . Se somarmos os domicílios que possuem renda familiar de até 5 salários mínimos, perceberemos ainda que Engenheiro Coelho possui mais de 60% de domicílios nesta posição; Santo Antônio da Posse, Artur Nogueira, Pedreira, Santa Bárbara e Hortolândia, com mais de 50% e Sumaré, Nova Odessa, Monte Mor, Indaiatuba e Cosmópolis, com mais de 40%. Do outro lado, estão Campinas e Vinhedo, com menos de 30% de famílias nestas faixas.

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Tabela 32 – Domicílios particulares permanentes em "aglomerados sub-normais"

FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO FICHAS MUNICIPAIS CEM / Rural CEBRAP MUNICÍPIO ext. Favelas / Total Urbano urb. % dom. totais ocupações Lot. Ilegais Cortiços Total % Americana 0 0 0 0,00 NR NR NR NR 184 0,35 Artur Nogueira 0 0 0 0,00 NR NR NR NR 163 1,81 Campinas 31.532 31.532 0 11,14 12.732 57857 70.589 37.898 13,38 Cosmópolis 130 130 0 1,06 596 1423 2.019 200 1,62 Engenheiro Coelho 0 0 0 0,00 31 31 226 8,73 Holambra 0 0 0 0,00 NR NR NR NR 0 0,00 Hortolândia 680 680 0 1,68 4.287 4275 8.562 5.861 14,52 Indaiatuba 0 0 0 0,00 0 0 0,00 Itatiba 0 0 0 0,00 NR NR NR NR 194 0,87 Jaguariúna 0 0 0 0,00 0 0 0,00 Monte Mor 0 0 0 0,00 10 2 20 32 2.128 21,56 Nova Odessa 0 0 0 0,00 NR NR NR NR 0 0,00 Paulínia 0 0 0 0,00 NR NR NR NR 484 3,52 Pedreira 0 0 0 0,00 0 175 1,81 Santa Bárbara 279 279 0 0,60 140 140 1.408 3,00 Santo Antônio da Posse 0 0 0 0,00 NR NR NR NR 435 8,88 Sumaré 1.981 1.981 0 3,69 70 70 7.386 13,75 Valinhos 0 0 0 0,00 0 38 0,16 Vinhedo 0 0 0 0,00 NR NR NR NR 72 0,56 RMC 34.602 34.602 0 5,25 17.866 63.557 81.443 56.852 8,63

O quadro anterior apresenta as informações sobre domicílios nos chamados “aglomerados sub-normais”. Neste caso específico, os dados apresentados pelo IBGE são comumente falhos uma vez que o IBGE contabiliza estes domicílios quando totalizarem mais de 50 nos núcleos chamados de sub-normais. Neste aspecto, a inclusão dos dados fornecidos pelos municípios e a pesquisa realizada pelo CEM-CEBRAP foram as alternativas encontradas para calibrar os dados apresentados pela Fundação João Pinheiro. Apontam-se as seguintes questões:

Segundo a Fundação João Pinheiro, os municípios que possuem domicílios em núcleos sub-normais são Campinas, Cosmópolis, Hortolândia, Santa Bárbara e Sumaré. É difícil de acreditar, no entanto, que os demais municípios não apresentem nem ao menos um núcleo de favela em seu perímetro. Campinas, no caso, lidera, com 31.532 domicílios em favelas.

No campo das totalizações, pode-se perceber as diferenças apresentadas entre a estimativa da Fundação João Pinheiro, de 34.602 domicílios em aglomerados sub- normais estão bem abaixo daqueles contabilizados pelo CEM CEBRAP, de 56.852.Enquanto para a Fundação, há um pouco mais de 5% de domicílios em favelas na RMC, pelo CEM CEBRAP, há mais de 8%. Se ainda contabilizarmos alguns números fornecidos pelos municípios a partir das fichas, o número de domicílios em aglomerados sub-normais fica ainda maior, subindo para 81.443, mesmo considerando que muitos municípios não responderam á ficha fornecida. Por outro lado, tal número deve ser visto com cuidado, uma vez que aí também foram contabilizaram os loteamentos irregulares. Contabilizadas só as favelas, o número cai para um pouco mais de 17 mil domicílios. Ressalte-se o número expressivo dos números no município de Campinas, cujos dados atualizados fornecidos pela Prefeitura apontam para mais de 70 mil domicílios em favelas e loteamentos irregulares, número que supera em dobro os números da Fundação João Pinheiro e do CEBRAP que são, inclusive muito próximos.

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Mapa 6 – Campinas: Favelas e loteamentos clandestinos

Fonte: Prefeitura de Campinas, 2008

Na contabilização dos números pelas informações fornecidas pelas prefeituras, chama a atenção também o caso de Hortolândia, com uma contabilização de 4.287 domicílios em favelas ao lado dos 680 contabilizados pela Fundação João Pinheiro. Neste caso, os números do CEM CEBRAP são mais próximos daqueles fornecidos pela Prefeitura respectiva. À semelhança de Hortolândia está Cosmópolis e ao contrário, estão Santa Bárbara e Sumaré que parecem ter subestimado, comparando os dados com os do CEM – CEBRAP que aponta números vertiginosamente maiores tanto em relação aos dados da João Pinheiro como em relação aos dos municípios.

Se olharmos para os dados do CEBRAP, encontramos algumas situações curiosas. Primeiro que, em termos relativos, Monte Mor lidera com mais de 20% de seus domicílios em aglomerados sub-normais. Interessante que se cruzarmos esta informação com a anterior (das faixas de renda familiar dos domicílios), Monte Mor também lidera, em termos relativos, com mais de 36% de domicílios com faixa de renda familiar abaixo de 3 salários mínimos. Tal cruzamento não é desprezível, demonstrando que, de fato, Monte Mor apresenta presença considerável de favelas. Seguindo a posição relativa dos municípios, estão Hortolândia, seguido de Sumaré, Campinas, Santo Antônio da Posse e Engenheiro Coelho, todos acima de 8% e da

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média da RMC pelos dados do CEM-CEBRAP. Interessante notar também que nos demais municípios, os números relativos estão muito abaixo dos 8%, demonstrando que, de longe, estes são os municípios que mais apresentam problemas de assentamentos informais. Vale notar apenas Paulínia Santa Bárbara com números acima de 3%.

Vale a pena observar também os números absolutos que imprimem certa lógica nesta configuração. Neste caso, lideram Campinas seguido de Sumaré, Hortolândia e Monte Mor, com mais de 2.000 domicílios. Neste caso, Campinas tem números expressivamente maiores que os demais. Chega a ter um número mais de 6 vezes maior que o número de Hortolândia, que é o próximo colocado no ranking. Neste campo dos números absolutos, também chama atenção Santa Bárbara, com quase 1.500 domicílios.

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Tabela 33 – Estimativas do déficit básico - 2000

DÉFICIT - Formul. DOM. DÉFICIT BÁSICO DOMICÍLIOS VAGOS - FJP Município MUNICÍPIO TOTAIS % do % do Total Urbana Rural % do total urbano rural Total Db/Dv % Urbano Rural Total Americana 52.441 3.500 3.472 28 6,67 6,63 35,90 5.073 1,45 9,67 5.048 25 Artur Nogueira 9.008 638 588 50 7,08 7,11 6,79 956 1,50 10,61 907 49

Campinas 283.141 18.761 18.438 323 6,63 6,61 7,94 35.272 1,88 12,46 34.178 1.094 5.609 (remoções) Cosmópolis 12.321 999 948 51 8,11 7,98 11,70 1.388 1,39 11,27 1.350 38 400 (risco) Engenheiro Coelho 2.588 290 249 41 11,21 13,61 5,40 275 0,95 10,63 161 114 Holambra 1.868 218 122 96 11,67 11,28 12,21 358 1,64 19,16 280 78 Hortolândia 40.370 2.509 2.509 0 6,22 6,22 0,00 4.155 1,66 10,29 4.155 0 Indaiatuba 40.317 2.682 2.647 35 6,65 6,65 6,67 4.829 1,80 11,98 4.663 166 190 (risco) Itatiba 22.271 2.005 1.604 401 9,00 8,82 9,80 3.292 1,64 14,78 1.894 1.398 (cadastro Jaguariúna 7.962 271 271 0 3,40 3,88 0,00 919 3,39 11,54 836 83 2.750 municipal) 31 (risco) Monte Mor 9.869 347 305 42 3,52 3,37 5,09 1.109 3,20 11,24 1.024 85 60 (risco) Nova Odessa 11.771 483 453 30 4,10 3,93 12,00 923 1,91 7,84 902 21 Paulínia 13.768 1.409 1.384 25 10,23 10,16 17,73 1.406 1,00 10,21 1.383 23 Pedreira 9.668 784 772 12 8,11 8,23 4,20 1.366 1,74 14,13 1.228 138 Santa Bárbara 46.885 3.328 3.288 40 7,10 7,10 7,07 3.835 1,15 8,18 3.643 192 9 (risco) Santo Antônio da Posse 4.898 416 329 87 8,49 8,11 10,36 803 1,93 16,39 511 292 Sumaré 53.720 3.650 3.628 22 6,79 6,85 2,90 5.731 1,57 10,67 5.592 139 (cadastro Valinhos 23.341 1.676 1.658 18 7,18 7,46 1,63 3.267 1,95 14,00 2.976 291 6.000 municipal) 95 (rústicos) Vinhedo 12.803 1.135 1.135 0 8,87 9,07 0,00 1.204 1,06 9,40 1.169 35

RMC 659.010 45.196 43.850 1.346 6,86 6,84 7,69 76.161 1,69 11,56 71.900 4.261 15.144

Tabelas 34 – Ranking dos números absolutos - déficit básico e domicílios vagos

Município Déficit básico Município Domicílios vagos Total % Total % Campinas 18.761 6,63 Campinas 35.272 12,46 Sumaré 3.650 6,79 Sumaré 5.731 10,67 Americana 3.500 6,67 Americana 5.073 9,67 Santa Bárbara 3.328 7,10 Indaiatuba 4.829 11,98 Indaiatuba 2.682 6,65 Hortolândia 4.155 10,29 Hortolândia 2.509 6,22 Santa Bárbara 3.835 8,18 Itatiba 2.005 9,00 Itatiba 3.292 14,78 Valinhos 1.676 7,18 Valinhos 3.267 14,00 Paulínia 1.409 10,23 Paulínia 1.406 10,21 Vinhedo 1.135 8,87 Cosmópolis 1.388 11,27 Cosmópolis 999 8,11 Pedreira 1.366 14,13 Pedreira 784 8,11 Vinhedo 1.204 9,40 Artur Nogueira 638 7,08 Monte Mor 1.109 11,24 Nova Odessa 483 4,10 Artur Nogueira 956 10,61 Sto. Ant. Posse 416 8,49 Nova Odessa 923 7,84 Monte Mor 347 3,52 Jaguariúna 919 11,54 Eng. Coelho 290 11,21 Sto. Ant. Posse 803 16,39 Jaguariúna 271 3,40 Holambra 358 19,16 Holambra 218 11,67 Eng. Coelho 275 10,63

Tabelas 35 – Ranking dos números relativos - déficit básico e domicílios vagos

Município Déficit básico Município Domicílios vagos Total % Total % Holambra 218 11,67 Holambra 358 19,16 Eng. Coelho 290 11,21 Sto. Ant. Posse 803 16,39 Paulínia 1.409 10,23 Itatiba 3.292 14,78 Itatiba 2.005 9,00 Pedreira 1.366 14,13 Vinhedo 1.135 8,87 Valinhos 3.267 14,00 Sto. Ant. Posse 416 8,49 Campinas 35.272 12,46 Pedreira 784 8,11 Indaiatuba 4.829 11,98 Cosmópolis 999 8,11 Jaguariúna 919 11,54 Valinhos 1.676 7,18 Cosmópolis 1.388 11,27 Santa Bárbara 3.328 7,10 Monte Mor 1.109 11,24 Artur Nogueira 638 7,08 Sumaré 5.731 10,67 Sumaré 3.650 6,79 Eng. Coelho 275 10,63 Americana 3.500 6,67 Artur Nogueira 956 10,61 Indaiatuba 2.682 6,65 Hortolândia 4.155 10,29 Campinas 18.761 6,63 Paulínia 1.406 10,21 Hortolândia 2.509 6,22 Americana 5.073 9,67 Nova Odessa 483 4,10 Vinhedo 1.204 9,40 Monte Mor 347 3,52 Santa Bárbara 3.835 8,18 Jaguariúna 271 3,40 Nova Odessa 923 7,84

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Ao entrar diretamente na questão do déficit a partir das informações trazidas pelos quadros anteriores, podemos fazer os seguintes apontamentos: . O déficit básico total apontado pela Fundação João Pinheiro é de 45.196 moradias. Isto representa 6,86% do total de moradias da RMC. Aqui também, incluímos algumas informações fornecidas pelos municípios, informações estas bastante variadas, mas que apresentam um total considerável de 15.144 moradias. O problema aqui é que muitos municípios não forneceram informações, subestimando um total que deve ser maior que este. É importante esclarecer que as informações solicitadas às prefeituras para compor este campo são as informações sobre situações de riscos que não foram levantadas pela Fundação João Pinheiro. A princípio, estas deveriam ser somadas ao déficit total ou substituir os números de domicílios rústicos, eventualmente. Informações de coabitação e domicílios improvisados raramente são levantadas pelos próprios municípios e com isso, resta usar os dados da Fundação João Pinheiro. No entanto, alguns municípios apresentaram dados de cadastro, que poderiam ser considerados se fossem configurados como o cadastro total de demanda por moradia no município. Neste caso, os números totais da João Pinheiro poderiam ser por estes substituídos. . Casos remoção por risco foram apresentados por Campinas, Cosmópolis, Indaiatuba, Jaguariúna, Monte Mor e Santa Bárbara. Valinhos apresentou o dado de domicílios rústicos. Estes totalizam 6.394 domicílios que, segundo a lógica acima, poderiam ser somados ao déficit básico de 45.196 domicílios. Ao lado destes, estão Jaguariúna e Valinhos que apresentaram números de cadastro de 2.750 e 6.000 famílias cadastradas. Segundo a lógica acima, estes números poderiam substituir aqueles fornecidos pela João Pinheiro, a depender da posição destes municípios. Observamos também que Indaiatuba apresentou dado de 190 domicílios em risco, embora nem a Fundação João Pinheiro, nem o CEM-CEBRAP identificaram núcleos sub-normais neste município, o que aponta uma contradição aparente dos dados. . Outra questão que merece destaque é que a comparação entre os números do déficit e o número dos domicílios vagos. Verifica-se que há, na RMC, quase o dobro de domicílios vagos em relação ao número do déficit, o que aponta para um real desequilíbrio entre demanda e oferta, questão que deverá ser aprofundada e discutida no âmbito deste plano metropolitano, dadas as disparidades regionais em termos de distribuição da população e dos imóveis. Na relação entre domicílios vagos e déficit, nota-se casos muito elucidativos como os casos de Jaguariúna e Monte Mor, cuja relação está acima de 3 e de outros que quase chegam a 2 como em Campinas, Nova Odessa, Santo Antônio da Posse e Valinhos. . Olhando os dados do déficit em termos absolutos, aponta-se também para uma certa correspondência em relação à população total e o número de domicílios, questão que se modifica, no entanto, quando são analisados os dados relativos. Observando os números anteriores e, inclusive os dos aglomerados sub- normais, é curiosa a seqüência apresentada pelos números absolutos. Possuem déficit mais numeroso (acima de 1.000 domicílios) os municípios de Campinas, Sumaré, Americana, Santa Bárbara, Indaiatuba, Hortolândia, Itatiba, Valinhos, Paulínia e Vinhedo. É curioso, no entanto, observar que Indaiatuba, que não

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contabilizou nenhum núcleo sub-normal e Itatiba, Valinhos, Paulínia e Vinhedo que mostraram situações sócio-econômicas (renda familiar dos domicílios) melhores, apareçam neste grupo dos maiores números de déficit básico (acima de 1000 unidades). É este ponto que será discutido nos próximos quadros que apresentarão os componentes deste déficit, demonstrando nuances interessantes, mas questionáveis. . São estas nuances apresentadas pelos componentes do déficit e, principalmente o que compõe a coabitação que definem e, provavelmente distorcem, a seqüência dos municípios e seus déficits relativos. Aqui estão novamente municípios que possuem indicadores sociais melhores, como Holambra, Paulínia, Itatiba, Vinhedo, Valinhos e outros. Municípios com alta vulnerabilidade social como Campinas, Sumaré, Hortolândia, Indaiatuba e Monte Mor, ficaram mais abaixo, o que, no mínimo, causa estranheza.

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Tabela 36 – Estimativa dos componentes do déficit habitacional básico – 2000

MUNICÍPIO DÉFICIT COMPONENTES DO DÉFICIT BÁSICO TOTAL DOMICÍLIOS IMPROVISADOS FAMÍLIAS CONVIVENTES CÔMODOS DOMICÍLIOS RÚSTICOS Total % Urbana Rural Total % Urbana Rural Total % Urbana Rural Total % Urbana Rural Americana 3.500 181 5,17 181 0 3.081 88,03 3.058 23 129 3,69 124 5 109 3,11 109 0 Artur Nogueira 638 6 0,94 6 0 594 93,10 544 50 38 5,96 38 0 0 0,00 0 0 Campinas 18.761 906 4,83 867 39 14.135 75,34 13.851 284 2.182 11,63 2.182 0 1.538 8,20 1.538 0 Cosmópolis 999 43 4,30 23 20 759 75,98 728 31 197 19,72 197 0 0 0,00 0 0 Engenheiro Coelho 290 1 0,34 0 1 163 56,21 141 22 126 43,45 108 18 0 0,00 0 0 Holambra 218 5 2,29 5 0 184 84,40 88 96 29 13,30 29 0 0 0,00 0 0 Hortolândia 2.509 293 11,68 293 0 1.692 67,44 1.692 0 443 17,66 443 0 81 3,23 81 0 Indaiatuba 2.682 144 5,37 134 10 2.238 83,45 2.213 25 300 11,19 300 0 0 0,00 0 0 Itatiba 2.005 9 0,45 9 0 1.780 88,78 1.413 367 216 10,77 182 34 0 0,00 0 0 Jaguariúna 271 0 0,00 0 0 241 88,93 241 0 30 11,07 30 0 0 0,00 0 0 Monte Mor 347 47 13,54 47 0 261 75,22 219 42 39 11,24 39 0 0 0,00 0 0 Nova Odessa 483 10 2,07 0 10 420 86,96 414 6 53 10,97 39 14 0 0,00 0 0 Paulínia 1.409 67 4,76 67 0 998 70,83 973 25 344 24,41 344 0 0 0,00 0 0 Pedreira 784 39 4,97 33 6 636 81,12 630 6 109 13,90 109 0 0 0,00 0 0 Santa Bárbara 3.328 233 7,00 222 11 2.766 83,11 2.737 29 148 4,45 148 0 181 5,44 181 0 Santo Antônio da Posse 416 10 2,40 7 3 313 75,24 229 84 93 22,36 93 0 0 0,00 0 0 Sumaré 3.650 133 3,64 133 0 2.929 80,25 2.907 22 477 13,07 477 0 111 3,04 111 0 Valinhos 1.676 15 0,89 15 0 1.589 94,81 1.571 18 72 4,30 72 0 0 0,00 0 0 Vinhedo 1.135 68 5,99 68 0 925 81,50 925 0 142 12,51 142 0 0 0,00 0 0 RMC 45.196 2.210 4,89 2.110 100 35.704 79,00 34.574 1.130 5.167 11,43 5.096 71 2.115 4,68 2.070 45

Quanto aos componentes do déficit, há algumas questões a apontar: . O questionamento à metodologia da Fundação João Pinheiro foi considerar como déficit puro, sem maiores aprofundamentos na pesquisa PNAD, as chamadas famílias conviventes. O questionamento se dá, pois, não é possível afirmar que todas as famílias conviventes componham o déficit básico, já que muitas convivem por opção. Este não é o caso, no entanto, da moradia em cômodos, que não raras vezes, apresentam situações de insalubridade. Como é possível perceber, o componente das famílias conviventes representa 79% do déficit total na RMC, o que supõe certa distorção dos números, se comparados com os outros componentes do déficit. Esta é a razão, portanto, de municípios como Americana, Itatiba, Valinhos, Paulínia e Vinhedo situarem-se como primeiros colocados no ranking do déficit habitacional básico, conforme apontado acima. . Considerando tal metodologia então, temos que, em termos relativos, o segundo maior componente é a moradia em cômodos (11,43%), o terceiro, são os domicílios improvisados (4,89%) e o quarto, os domicílios rústicos (4,68%). . Em relação aos domicílios improvisados, os maiores números absolutos estão em Campinas, Hortolândia, Santa Bárbara, Americana, Indaiatuba e Sumaré. Em termos relativos aparecem em destaque Monte Mor, Hortolândia e Santa Bárbara, o que é compreensível dado que as informações sobre domicílios em aglomerados sub-normais também apontavam estes municípios com números mais elevados. . Olhando o caso das famílias conviventes, percebe-se que, do ponto de vista relativo,na maioria dos municípios, este representa mais de 70% do déficit habitacional. Os números, neste caso, só são menores em Hortolândia (67,44%) e Engenheiro Coelho (56,21%). Em contraposição, municípios como Artur Nogueira e Valinhos contabilizam mais de 90% das situações de déficit neste componente. Também destacam-se os casos com mais de 85% como Americana, Itatiba, Jaguariúna e Nova Odessa e aqueles entre 80 e 85% que são Holambra, Indaiatuba, Pedreira, Santa Bárbara, Sumaré e Vinhedo. Como mencionado acima, a natureza desta convivência deveria ser melhor estudada para que se tenha mais certeza da efetividade destes déficits, que relativamente são muito altos. Cadastros como os que Jaguariúna e Valinhos realizaram, poderiam apresentar pistas se apontassem as origens das famílias demandatárias cadastradas e as razões de constarem no cadastro por novas moradias. . O componente “cômodos” também não é desprezível para a Região Metropolitana de Campinas, este mais verossímil em relação à situação de déficit. Em termos absolutos teremos Campinas, Sumaré, Hortolândia, Paulínia e Indaiatuba como os maiores detentores de domicílios em cômodos. Em termos relativos, destaca-se o caso de Engenheiro Coelho, que possui mais de 43% dos domicílios nesta situação. Também devem ser destacados os casos de Paulínia, com mais de 24% e Santo Antônio da Posse, com mais de 22% seguido de Cosmópolis (19,72%), Hortolândia (17,66%), Pedreira (13,90%) e Sumaré (13,07%). . Por fim, os domicílios rústicos estão presentes, pela Fundação João Pinheiro, em apenas alguns municípios da RMC. Estes comparecem em Americana,

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Campinas, Hortolândia, Santa Bárbara e Sumaré. Em termos relativos, Campinas lidera o ranking dos maiores casos, seguido de Santa Bárbara. Contabilizar os domicílios em risco, a partir de alguns números fornecidos pelos municípios, também mudaria o panorama da composição do déficit. Isto porque Campinas apresentou 5.609 casos de remoção por risco, o que elevaria, neste caso para 38% o componente rústicos do déficit. Igualmente está o município de Cosmópolis, que pela João Pinheiro possui domicílios rústicos, mas possui, por informações municipais, 400 domicílios em área de risco, o que elevaria para 40% este componente para Cosmópolis. Indaiatuba idem: 190 domicílios em risco ao lado de 0, da João Pinheiro – neste caso, Indaiatuba teria 5% do déficit no quesito domicílios rústicos. Seguem estes exemplos, com menores quantidades em Jaguariúna, Monte Mor, Santa Bárbara e Valinhos.

Tabelas 38 – Ranking dos números absolutos – Cohabitação familiar e domicílios improvisados urbanos por faixa de renda - 2000

FAIXAS DE RENDA MENSAL FAMILIAR De 5 a Mais MUNICÍPIO Até 3 % De 3 a 5 % 10 % de 10 % Total Americana 1.866 55,49 707 21,02 556 16,53 234 6,96 3.363 Artur Nogueira 361 61,39 110 18,71 84 14,29 33 5,61 588 Campinas 8.964 53,04 3.068 18,15 3.254 19,25 1.614 9,55 16.900 Cosmópolis 536 56,54 183 19,30 188 19,83 41 4,32 948 Engenheiro Coelho 174 69,88 35 14,06 40 16,06 0 0,00 249 Holambra 32 26,23 69 56,56 0 0,00 21 17,21 122 Hortolândia 1.579 65,03 485 19,98 305 12,56 59 2,43 2.428 Indaiatuba 1.629 61,54 467 17,64 449 16,96 102 3,85 2.647 Itatiba 913 56,92 398 24,81 211 13,15 82 5,11 1.604 Jaguariúna 93 34,32 71 26,20 100 36,90 7 2,58 271 Monte Mor 207 67,87 57 18,69 41 13,44 0 0,00 305 Nova Odessa 263 58,06 105 23,18 73 16,11 12 2,65 453 Paulínia 819 59,18 228 16,47 291 21,03 46 3,32 1.384 Pedreira 397 51,42 152 19,69 187 24,22 36 4,66 772 Santa Bárbara 1.930 62,12 580 18,67 545 17,54 52 1,67 3.107 Santo Antônio da Posse 241 73,25 44 13,37 22 6,69 22 6,69 329 Sumaré 2.131 60,59 747 21,24 460 13,08 179 5,09 3.517 Valinhos 791 47,71 372 22,44 382 23,04 113 6,82 1.658 Vinhedo 595 52,42 199 17,53 256 22,56 85 7,49 1.135 RMC 23.521 56,30 8.077 19,33 7.444 17,82 2.738 6,55 41.780

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MUNICÍPIO Faixa de renda MUNICÍPIO Faixa de renda Até 3 % De 3 a 5 % Campinas 8.964 53,04 Campinas 3.068 18,15 Sumaré 2.131 60,59 Sumaré 747 21,24 Santa Bárbara 1.930 62,12 Americana 707 21,02 Americana 1.866 55,49 Santa Bárbara 580 18,67 Indaiatuba 1.629 61,54 Hortolândia 485 19,98 Hortolândia 1.579 65,03 Indaiatuba 467 17,64 Itatiba 913 56,92 Itatiba 398 24,81 Paulínia 819 59,18 Valinhos 372 22,44 Valinhos 791 47,71 Paulínia 228 16,47 Vinhedo 595 52,42 Vinhedo 199 17,53 Cosmópolis 536 56,54 Cosmópolis 183 19,30 Pedreira 397 51,42 Pedreira 152 19,69 Artur Nogueira 361 61,39 Artur Nogueira 110 18,71 Nova Odessa 263 58,06 Nova Odessa 105 23,18 Sto. Ant. Posse 241 73,25 Jaguariúna 71 26,20 Monte Mor 207 67,87 Holambra 69 56,56 Eng. Coelho 174 69,88 Monte Mor 57 18,69 Jaguariúna 93 34,32 Sto. Ant. Posse 44 13,37 Holambra 32 26,23 Eng. Coelho 35 14,06

MUNICÍPIO Faixa de renda MUNICÍPIO Faixa de renda De 5 a 10 % Mais de 10 % Campinas 3.254 19,25 Campinas 1.614 9,55 Americana 556 16,53 Americana 234 6,96 Santa Bárbara 545 17,54 Sumaré 179 5,09 Sumaré 460 13,08 Valinhos 113 6,82 Indaiatuba 449 16,96 Indaiatuba 102 3,85 Valinhos 382 23,04 Vinhedo 85 7,49 Hortolândia 305 12,56 Itatiba 82 5,11 Paulínia 291 21,03 Hortolândia 59 2,43 Vinhedo 256 22,56 Santa Bárbara 52 1,67 Itatiba 211 13,15 Paulínia 46 3,32 Cosmópolis 188 19,83 Cosmópolis 41 4,32 Pedreira 187 24,22 Pedreira 36 4,66 Jaguariúna 100 36,90 Artur Nogueira 33 5,61 Artur Nogueira 84 14,29 Sto. Ant. Posse 22 6,69 Nova Odessa 73 16,11 Holambra 21 17,21 Monte Mor 41 13,44 Nova Odessa 12 2,65 Eng. Coelho 40 16,06 Jaguariúna 7 2,58 Sto. Ant. Posse 22 6,69 Eng. Coelho 0 0,00 Holambra 0 0,00 Monte Mor 0 0,00

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Tabelas 39 – Ranking dos números relativos – Coabitação familiar e domicílios improvisados urbanos por faixa de renda - 2000

MUNICÍPIO Faixa de renda MUNICÍPIO Faixa de renda Até 3 % De 3 a 5 % Sto. Ant. Posse 241 73,25 Holambra 69 56,56 Eng. Coelho 174 69,88 Jaguariúna 71 26,20 Monte Mor 207 67,87 Itatiba 398 24,81 Hortolândia 1.579 65,03 Nova Odessa 105 23,18 Santa Bárbara 1.930 62,12 Valinhos 372 22,44 Indaiatuba 1.629 61,54 Sumaré 747 21,24 Artur Nogueira 361 61,39 Americana 707 21,02 Sumaré 2.131 60,59 Hortolândia 485 19,98 Paulínia 819 59,18 Pedreira 152 19,69 Nova Odessa 263 58,06 Cosmópolis 183 19,30 Itatiba 913 56,92 Artur Nogueira 110 18,71 Cosmópolis 536 56,54 Monte Mor 57 18,69 Americana 1.866 55,49 Santa Bárbara 580 18,67 Campinas 8.964 53,04 Campinas 3.068 18,15 Vinhedo 595 52,42 Indaiatuba 467 17,64 Pedreira 397 51,42 Vinhedo 199 17,53 Valinhos 791 47,71 Paulínia 228 16,47 Jaguariúna 93 34,32 Eng. Coelho 35 14,06 Holambra 32 26,23 Sto. Ant. Posse 44 13,37

MUNICÍPIO Faixa de renda MUNICÍPIO Faixa de renda De 5 a 10 % Mais de 10 % Jaguariúna 100 36,90 Holambra 21 17,21 Pedreira 187 24,22 Campinas 1.614 9,55 Valinhos 382 23,04 Vinhedo 85 7,49 Vinhedo 256 22,56 Americana 234 6,96 Paulínia 291 21,03 Valinhos 113 6,82 Cosmópolis 188 19,83 Sto. Ant. Posse 22 6,69 Campinas 3.254 19,25 Artur Nogueira 33 5,61 Santa Bárbara 545 17,54 Itatiba 82 5,11 Indaiatuba 449 16,96 Sumaré 179 5,09 Americana 556 16,53 Pedreira 36 4,66 Nova Odessa 73 16,11 Cosmópolis 41 4,32 Eng. Coelho 40 16,06 Indaiatuba 102 3,85 Artur Nogueira 84 14,29 Paulínia 46 3,32 Monte Mor 41 13,44 Nova Odessa 12 2,65 Itatiba 211 13,15 Jaguariúna 7 2,58 Sumaré 460 13,08 Hortolândia 59 2,43 Hortolândia 305 12,56 Santa Bárbara 52 1,67 Sto. Ant. Posse 22 6,69 Eng. Coelho 0 0,00 Holambra 0 0,00 Monte Mor 0 0,00

Como forma alternativa de discutir os questionáveis números do componente das “famílias conviventes” do déficit, é interessante utilizar o cruzamento realizado pela Fundação João Pinheiro entre coabitação e renda familiar. A coabitação abrange as

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famílias conviventes e os domicílios em cômodos, representando a soma dos dois componentes no déficit. Neste cômputo, a Fundação acrescentou os domicílios improvisados o que não trará grandes modificações nos números, dada a sua quase “insignificância” relativa ao componente das famílias conviventes. Apontam-se as seguintes questões: . O quadro anterior mostra que mais de 75% dos casos de coabitação e domicílios improvisados ocorrem nas faixas salariais abaixo de 5 salários mínimos. Na faixa de até 3 salários mínimos, estão 56,3% deste componentes. Parece claro, neste sentido, que a maior parte das famílias que convivem em um mesmo domicílio possuem renda familiar de até 5 salários mínimos o que pode denotar, de fato, uma impossibilidade de adquirirem outro imóvel ou ingressarem em alguma linha de financiamento pelo mercado formal. Quanto aos 24,37% restantes, no entanto, enquadrados nas faixas salariais acima de 5 salários mínimos, não se pode dizer o mesmo com tanta certeza, uma vez que há maiores alternativas para aquisição pelo mercado. Se, no entanto, tais alternativas são irrisórias ou se, de fato, não há oferta suficiente para estas faixas, há que se supor que estas faixas também podem se constituir como demanda potencial, a depender da situação de cada município. Para um maior aprofundamento desta questão, há que se cruzar tais dados com aqueles da produção privada e pública da habitação e as faixas salariais que têm atendido. . Neste caso da coabitação por faixa de renda, também é possível analisar a questão a partir do ranking absoluto e relativo. Em termos absolutos, observa-se uma certa correspondência, novamente, com os números populacionais e de domicílios. Campinas, Sumaré, Santa Bárbara, Americana, Indaiatuba e Hortolândia figuram com os maiores números absolutos (acima de 1.000), nas faixas de renda de até 5 salários mínimos. Nas faixas acima de 5 salários, os números absolutos começam a ter expressiva diminuição. Nas faixas acima de 10, percebe-se que municípios como Valinhos, Vinhedo e Itatiba sobem no ranking dos maiores números, ainda que, mesmo em Vinhedo, município que possui uma das melhores condições sócio-econômicas da Região, a coabitação está presente em quase 70% das famílias com renda inferior a 5 salários mínimos. . Em termos relativos, a situação se modifica um pouco. No campo das faixas salariais de até 3 salários mínimos, municípios como Santo Antônio da Posse, Engenheiro Coelho, Monte Mor, Hortolândia, Santa Bárbara, Indaiatuba, Artur Nogueira e Sumaré possuem mais de 60% deste componente do déficit. Acima de 50% estão Paulínia, Nova Odessa, Itatiba, Cosmópolis, Americana, Campinas, Vinhedo e Pedreira. . Na próxima faixa, de 3 a 5 sm, a configuração se modifica e os índices caem quase pela metade, na faixa dos 20%. Desponta com quase 60% e como exceção, o município de Holambra. Seguem deste, com até 26%, no entanto, Jaguariúna, Itatiba, Nova Odessa, Valinhos, Sumaré e Americana. . Já a próxima faixa, de 5 a 10, abrange os municípios com menor vulnerabilidade social como Jaguariúna, Pedreira, Valinhos, Vinhedo e Paulínia, acima de 20%. Assim também é a configuração da próxima faixa, acima de 10 salários, cujos índices não chegam a 10%, com exceção de Holambra que possui mais de 17% de domicílios nesta situação. Em seguida a Holambra, está Campinas, com

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9,55%, Vinhedo (7,49%), Americana (6,96%), Valinhos (6,82%), Santo Antônio da Posse (6,69%), Artur Nogueira (5,61%), Itatiba (5,11%) e Sumaré (5,09%), se pegarmos apenas aqueles acima de 5%.

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Tabela 40 – Domicílios alugados por famílias com renda familiar de até 3 salários mínimos

FAIXAS DE RENDA AGL. SUB. RELAÇÃO: MUNICÍPIO TOTAL COABITAÇÃO S/ rend. % Até 1 % De 1 a 2 % De 2 a 3 % Nº % ALUGUEL/COAB. Americana 1.906 216 11,33 103 5,40 577 30,27 1.010 52,99 3.210 0,59 Artur Nogueira 378 31 8,20 49 12,96 120 31,75 178 47,09 632 0,60 Campinas 7.766 1.432 18,44 678 8,73 2.003 25,79 3.078 39,63 575 7,40 16.317 0,48 Cosmópolis 579 154 26,60 33 5,70 188 32,47 204 35,23 956 0,61 Engenheiro Coelho 105 33 31,43 46 43,81 26 24,76 289 0,36 Holambra 21 6 28,57 15 71,43 213 0,10 Hortolândia 1.378 247 17,92 130 9,43 455 33,02 504 36,57 42 3,05 2.135 0,65 Indaiatuba 1.733 204 11,77 112 6,46 637 36,76 780 45,01 2.538 0,68 Itatiba 652 66 10,12 49 7,52 184 28,22 353 54,14 1.996 0,33 Jaguariúna 248 65 26,21 20 8,06 82 33,06 81 32,66 271 0,92 Monte Mor 419 28 6,68 40 9,55 158 37,71 193 46,06 300 1,40 Nova Odessa 515 37 7,18 71 13,79 153 29,71 254 49,32 473 1,09 Paulínia 377 50 13,26 34 9,02 119 31,56 174 46,15 1.342 0,28 Pedreira 278 16 5,76 9 3,24 59 21,22 194 69,78 745 0,37 Santa Bárbara 1.984 188 9,48 192 9,68 606 30,54 991 49,95 7 0,35 2.914 0,68 Santo Antônio da Posse 336 33 9,82 44 13,10 80 23,81 179 53,27 406 0,83 Sumaré 2.388 435 18,22 143 5,99 730 30,57 1.080 45,23 3.406 0,70 Valinhos 435 32 7,36 30 6,90 147 33,79 226 51,95 1.661 0,26 Vinhedo 313 42 13,42 42 13,42 93 29,71 136 43,45 1.067 0,29 RMC 21.811 3.276 15,02 1.818 8,34 6.437 29,51 9.656 44,27 624 2,86 40.871 0,53

Tabelas 41 – Ranking dos números absolutos - Domicílios alugados por famílias com renda familiar de até 3 salários mínimos

Faixa de renda Faixa de renda MUNICÍPIO MUNICÍPIO S/ rend. % Até 1 % Campinas 1432 18,44 Campinas 678 8,73 Sumaré 435 18,22 Santa Bárbara 192 9,68 Hortolândia 247 17,92 Sumaré 143 5,99 Americana 216 11,33 Hortolândia 130 9,43 Indaiatuba 204 11,77 Indaiatuba 112 6,46 Santa Bárbara 188 9,48 Americana 103 5,40 Cosmópolis 154 26,60 Nova Odessa 71 13,79 Itatiba 66 10,12 Artur Nogueira 49 12,96 Jaguariúna 65 26,21 Itatiba 49 7,52 Paulínia 50 13,26 Sto. Ant. Posse 44 13,10 Vinhedo 42 13,42 Vinhedo 42 13,42 Nova Odessa 37 7,18 Monte Mor 40 9,55 Sto. Ant. Posse 33 9,82 Paulínia 34 9,02 Valinhos 32 7,36 Cosmópolis 33 5,70 Artur Nogueira 31 8,20 Eng. Coelho 33 31,43 Monte Mor 28 6,68 Valinhos 30 6,90 Pedreira 16 5,76 Jaguariúna 20 8,06 Eng. Coelho 0 0,00 Pedreira 9 3,24 Holambra 0 0,00 Holambra 6 28,57

Faixa de renda Faixa de renda MUNICÍPIO MUNICÍPIO De 1 a 2 % De 2 a 3 % Campinas 2003 25,79 Campinas 3078 39,63 Sumaré 730 30,57 Sumaré 1080 45,23 Indaiatuba 637 36,76 Americana 1010 52,99 Santa Bárbara 606 30,54 Santa Bárbara 991 49,95 Americana 577 30,27 Indaiatuba 780 45,01 Hortolândia 455 33,02 Hortolândia 504 36,57 Cosmópolis 188 32,47 Itatiba 353 54,14 Itatiba 184 28,22 Nova Odessa 254 49,32 Monte Mor 158 37,71 Valinhos 226 51,95 Nova Odessa 153 29,71 Cosmópolis 204 35,23 Valinhos 147 33,79 Pedreira 194 69,78 Artur Nogueira 120 31,75 Monte Mor 193 46,06 Paulínia 119 31,56 Sto. Ant. Posse 179 53,27 Vinhedo 93 29,71 Artur Nogueira 178 47,09 Jaguariúna 82 33,06 Paulínia 174 46,15 Sto. Ant. Posse 80 23,81 Vinhedo 136 43,45 Pedreira 59 21,22 Jaguariúna 81 32,66 Eng. Coelho 46 43,81 Eng.Coelho 26 24,76 Holambra 0 0,00 Holambra 15 71,43

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Tabelas 42 – Ranking dos números relativos - Domicílios alugados por famílias com renda familiar de até 3 salários mínimos

Faixa de renda Faixa de renda MUNICÍPIO MUNICÍPIO S/ rend. % Até 1 % Cosmópolis 154 26,60 Eng. Coelho 33 31,43 Jaguariúna 65 26,21 Holambra 6 28,57 Campinas 1432 18,44 Nova Odessa 71 13,79 Sumaré 435 18,22 Vinhedo 42 13,42 Hortolândia 247 17,92 Sto. Ant. Posse 44 13,10 Vinhedo 42 13,42 Artur Nogueira 49 12,96 Paulínia 50 13,26 Santa Bárbara 192 9,68 Indaiatuba 204 11,77 Monte Mor 40 9,55 Americana 216 11,33 Hortolândia 130 9,43 Itatiba 66 10,12 Paulínia 34 9,02 Sto. Ant. Posse 33 9,82 Campinas 678 8,73 Santa Bárbara 188 9,48 Jaguariúna 20 8,06 Artur Nogueira 31 8,20 Itatiba 49 7,52 Valinhos 32 7,36 Valinhos 30 6,90 Nova Odessa 37 7,18 Indaiatuba 112 6,46 Monte Mor 28 6,68 Sumaré 143 5,99 Pedreira 16 5,76 Cosmópolis 33 5,70 Eng. Coelho 0 0,00 Americana 103 5,40 Holambra 0 0,00 Pedreira 9 3,24

Faixa de renda Faixa de renda MUNICÍPIO MUNICÍPIO De 1 a 2 % De 2 a 3 % Eng. Coelho 46 43,81 Holambra 15 71,43 Monte Mor 158 37,71 Pedreira 194 69,78 Indaiatuba 637 36,76 Itatiba 353 54,14 Valinhos 147 33,79 Sto. Ant. Posse 179 53,27 Jaguariúna 82 33,06 Americana 1010 52,99 Hortolândia 455 33,02 Valinhos 226 51,95 Cosmópolis 188 32,47 Santa Bárbara 991 49,95 Artur Nogueira 120 31,75 Nova Odessa 254 49,32 Paulínia 119 31,56 Artur Nogueira 178 47,09 Sumaré 730 30,57 Paulínia 174 46,15 Santa Bárbara 606 30,54 Monte Mor 193 46,06 Americana 577 30,27 Sumaré 1080 45,23 Vinhedo 93 29,71 Indaiatuba 780 45,01 Nova Odessa 153 29,71 Vinhedo 136 43,45 Itatiba 184 28,22 Campinas 3078 39,63 Campinas 2003 25,79 Hortolândia 504 36,57 Sto. Ant. Posse 80 23,81 Cosmópolis 204 35,23 Pedreira 59 21,22 Jaguariúna 81 32,66 Holambra 0 0,00 Eng. Coelho 26 24,76

Outra questão que merece destaque e que pode ser cruzada com a configuração do déficit por coabitação, aprofundando tal discussão, é a configuração dos domicílios alugados por famílias com renda familiar de até 3 salários mínimos. Tal

72 situação poderia configurar, eventualmente, o ônus excessivo com aluguel. De fato, o comprometimento do aluguel para famílias com renda inferior a 3 salários mínimos é sempre alto, qualquer que seja o valor e aqui, pode-se considerar, de certa forma que o aluguel se dá da pior maneira possível, provavelmente configurando a situação de coabitação traçada pela composição de déficit. Apontam-se as seguintes questões aqui:

Na comparação dos totais para a RMC dos domicílios alugados pela população com faixa salarial de até 3 salários mínimos que é de 21.811 e do total do déficit por coabitação, 40.871, percebe-se que o primeiro número é quase metade do segundo. Se compararmos ainda com o número total de coabitação para famílias com renda de até 3 salários mínimos, 23.521, a coincidência é grande. De qualquer forma, não é possível afirmar que todas as situações de coabitação por famílias com renda inferior a 3 salários mínimos são derivadas de locações, mas pode-se aferir que boa parte delas são assim constituídas, principalmente quanto na forma de moradia em cômodos.

Olhando os números gerais ainda, percebe-se que, relativamente, os casos mais expressivos estão na faixa entre 2 e 3 salários mínimos, ainda que os 15% da faixa sem rendimento e os 8% da faixa de até 1 salário, chamem a atenção. As faixas acima de 1 até 3 perfazem mais de 70% dos casos.

No desvendamento ainda da relação entre coabitação e aluguel para famílias de renda inferior a 3 salários mínimos, foi produzido um índice que, se para a RMC como um todo, configura, como já mencionado acima, uma relação de 2 (coabitações) para 1 (aluguel de renda inferior a 3 salários mínimos), analisado por cada município, apresenta alguns desequilíbrios. Enquanto em municípios como Engenheiro Coelho, Holambra, Itatiba, Paulínia, Pedreira, Valinhos e Vinhedo esta relação é próxima dos 30% o que significa bem mais coabitação do que aluguel para famílias de até 3 salários, o que pode significar menos vínculos entre este tipo de aluguel e a coabitação, para outros, o índice está próximo de 1 e até supera 1, como ocorre em Jaguariúna, Monte Mor, Nova Odessa e Santo Antônio da Posse. Aqui, este tipo de aluguel supera consideravelmente as coabitações, o que pode significar situações de “aluguel social” mais acessíveis, de forma mais regular.

Ao verificar o ranking dos números absolutos, novamente encontramos correspondência com os números totais populacionais e de domicílios. Em todas as faixas (de 0 a 3), comparecem Campinas, Sumaré, Hortolândia, Americana, Indaiatuba e Santa Bárbara. Como já demonstrado para o caso mais geral da RMC, os números absolutos mais expressivos aparecem para as faixas acima de 1 salário mínimo. Na faixa entre 1 e 2, desponta com folga Campinas (2.003), seguido de Sumaré, Indaiatuba, Santa Bárbara, Americana e Hortolândia, com números que variam entre 400 (Hortolândia) e 700 (Sumaré). Na faixa entre 2 e 3, aparece novamente com folga, Campinas, com 3.078 unidades, seguido de Sumaré, Americana, Santa Bárbara, Indaiatuba e Hortolândia em números que variam entre 500 (Hortolândia) e 1.000 (Sumaré).

Em termos relativos, chamam a atenção os casos de Cosmópolis e Jaguariúna, com mais de 26% dos domicílios alugados para famílias sem rendimento.

73

Campinas, Sumaré e Hortolândia também figuram com números relativos significativos (acima de 15%). Na faixa seguinte (até 1), os piores são Engenheiro Coelho (com mais de 30%) e Holambra (com quase 30%). Em proporções bem menores estão Nova Odessa, Vinhedo, Santo Antônio da Posse e Artur Nogueira. Posteriormente, na faixa de 1 a 2, o panorama é bem diversificado: Engenheiro Coelho desponta com mais de 43% seguido de Monte Mor (37,71%) e Indaiatuba (36,76%), se ficarmos apenas na faixa acima de 35%. O restante dos municípios apresentam números relativos muito próximos entre 21 e 33%. Na faixa seguinte, despontam os casos de Holambra (mais de 70%) e Pedreira (quase 70%), destacando-se também com mais de 50% Itatiba, Santo Antônio da Posse, Americana e Valinhos.

Tabela 43 – Inadequação dos domicílios urbanos - 2000

INADEQ. ADENS. DOM. S/ CARÊNCIA FUNDIÁRIA EXCESSIVO BANHEIRO INFRAEST. MUNICÍPIO % dos % dos % dos % dos Número dom. Número dom. Número dom. Número dom. Americana 689 1,32 2.893 5,52 287 0,55 3.232 6,17 Artur Nogueira 86 1,04 481 5,81 25 0,30 206 2,49 Campinas 15.590 5,59 16.661 5,97 2.967 1,06 27.514 9,86 Cosmópolis 977 8,22 859 7,23 73 0,61 785 6,61 Engenheiro Coelho 26 1,42 197 10,77 21 1,15 90 4,92 Holambra 14 1,29 20 1,85 5 0,46 167 15,43 Hortolândia 1.852 4,59 3.981 9,86 390 0,97 8.527 21,12 Indaiatuba 1.887 4,74 2.705 6,80 262 0,66 3.041 7,64 Itatiba 86 0,47 998 5,49 62 0,34 398 2,19 Jaguariúna 46 0,66 438 6,26 32 0,46 187 2,67 Monte Mor 479 5,30 1.030 11,39 221 2,44 3.428 37,90 Nova Odessa 36 0,31 796 6,91 55 0,48 209 1,81 Paulínia 577 4,23 799 5,86 168 1,23 839 6,16 Pedreira 82 0,87 760 8,10 44 0,47 351 3,74 Santa Bárbara 956 2,06 3.091 6,67 654 1,41 708 1,53 Santo Antônio da Posse 172 4,24 324 7,98 134 3,30 1.499 36,94 Sumaré 4.364 8,24 4.484 8,47 515 0,97 7.282 13,75 Valinhos 468 2,10 1.160 5,22 133 0,60 2.876 12,93 Vinhedo 116 0,93 882 7,04 42 0,34 813 6,49 RMC 28.503 4,44 42.559 6,63 6.090 0,95 62.152 9,69

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Tabelas 44 – Ranking dos números absolutos - inadequação dos domicílios urbanos

MUNICÍPIO INADEQ. FUNDIÁRIA MUNICÍPIO ADENS. EXCESSIVO Número % dos dom. Número % dos dom. Campinas 15.590 5,59 Campinas 16.661 5,97 Sumaré 4.364 8,24 Sumaré 4.484 8,47 Indaiatuba 1.887 4,74 Hortolândia 3.981 9,86 Hortolândia 1.852 4,59 Santa Bárbara 3.091 6,67 Cosmópolis 977 8,22 Americana 2.893 5,52 Santa Bárbara 956 2,06 Indaiatuba 2.705 6,80 Americana 689 1,32 Valinhos 1.160 5,22 Paulínia 577 4,23 Monte Mor 1.030 11,39 Monte Mor 479 5,30 Itatiba 998 5,49 Valinhos 468 2,10 Vinhedo 882 7,04 Sto. Ant. Posse 172 4,24 Cosmópolis 859 7,23 Vinhedo 116 0,93 Paulínia 799 5,86 Artur Nogueira 86 1,04 Nova Odessa 796 6,91 Itatiba 86 0,47 Pedreira 760 8,10 Pedreira 82 0,87 Artur Nogueira 481 5,81 Jaguariúna 46 0,66 Jaguariúna 438 6,26 Nova Odessa 36 0,31 Sto. Ant. Posse 324 7,98 Eng. Coelho 26 1,42 Eng. Coelho 197 10,77 Holambra 14 1,29 Holambra 20 1,85

CARÊNCIA MUNICÍPIO DOM. S/ BANHEIRO MUNICÍPIO INFRAEST. Número % dos dom. Número % dos dom. Campinas 2.967 1,06 Campinas 27.514 9,86 Santa Bárbara 654 1,41 Hortolândia 8.527 21,12 Sumaré 515 0,97 Sumaré 7.282 13,75 Hortolândia 390 0,97 Monte Mor 3.428 37,90 Americana 287 0,55 Americana 3.232 6,17 Indaiatuba 262 0,66 Indaiatuba 3.041 7,64 Monte Mor 221 2,44 Valinhos 2.876 12,93 Paulínia 168 1,23 Sto. Ant. Posse 1.499 36,94 Sto. Ant. Posse 134 3,30 Paulínia 839 6,16 Valinhos 133 0,60 Vinhedo 813 6,49 Cosmópolis 73 0,61 Cosmópolis 785 6,61 Itatiba 62 0,34 Santa Bárbara 708 1,53 Nova Odessa 55 0,48 Itatiba 398 2,19 Pedreira 44 0,47 Pedreira 351 3,74 Vinhedo 42 0,34 Nova Odessa 209 1,81 Jaguariúna 32 0,46 Artur Nogueira 206 2,49 Artur Nogueira 25 0,30 Jaguariúna 187 2,67 Eng. Coelho 21 1,15 Holambra 167 15,43 Holambra 5 0,46 Eng. Coelho 90 4,92

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Tabelas 45 – Ranking dos números relativos - inadequação dos domicílios urbanos

MUNICÍPIO INADEQ. FUNDIÁRIA MUNICÍPIO ADENS. EXCESSIVO Número % dos dom. Número % dos dom. Sumaré 4.364 8,24 Monte Mor 1.030 11,39 Cosmópolis 977 8,22 Eng. Coelho 197 10,77 Campinas 15.590 5,59 Hortolândia 3.981 9,86 Monte Mor 479 5,30 Sumaré 4.484 8,47 Indaiatuba 1.887 4,74 Pedreira 760 8,10 Hortolândia 1.852 4,59 Sto. Ant. Posse 324 7,98 Sto. Ant. Posse 172 4,24 Cosmópolis 859 7,23 Paulínia 577 4,23 Vinhedo 882 7,04 Valinhos 468 2,10 Nova Odessa 796 6,91 Santa Bárbara 956 2,06 Indaiatuba 2.705 6,80 Eng. Coelho 26 1,42 Santa Bárbara 3.091 6,67 Americana 689 1,32 Jaguariúna 438 6,26 Holambra 14 1,29 Campinas 16.661 5,97 Artur Nogueira 86 1,04 Paulínia 799 5,86 Vinhedo 116 0,93 Artur Nogueira 481 5,81 Pedreira 82 0,87 Americana 2.893 5,52 Jaguariúna 46 0,66 Itatiba 998 5,49 Itatiba 86 0,47 Valinhos 1.160 5,22 Nova Odessa 36 0,31 Holambra 20 1,85

MUNICÍPIO DOM. S/ BANHEIRO MUNICÍPIO CARÊNCIA INFRAEST. Número % dos dom. Número % dos dom. Sto. Ant. Posse 134 3,30 Monte Mor 3.428 37,90 Monte Mor 221 2,44 Sto. Ant. Posse 1.499 36,94 Santa Bárbara 654 1,41 Hortolândia 8.527 21,12 Paulínia 168 1,23 Holambra 167 15,43 Eng. Coelho 21 1,15 Sumaré 7.282 13,75 Campinas 2.967 1,06 Valinhos 2.876 12,93 Sumaré 515 0,97 Campinas 27.514 9,86 Hortolândia 390 0,97 Indaiatuba 3.041 7,64 Indaiatuba 262 0,66 Cosmópolis 785 6,61 Cosmópolis 73 0,61 Vinhedo 813 6,49 Valinhos 133 0,60 Americana 3.232 6,17 Americana 287 0,55 Paulínia 839 6,16 Nova Odessa 55 0,48 Eng. Coelho 90 4,92 Pedreira 44 0,47 Pedreira 351 3,74 Holambra 5 0,46 Jaguariúna 187 2,67 Jaguariúna 32 0,46 Artur Nogueira 206 2,49 Itatiba 62 0,34 Itatiba 398 2,19 Vinhedo 42 0,34 Nova Odessa 209 1,81 Artur Nogueira 25 0,30 Santa Bárbara 708 1,53

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Tabela 46 – Inadequação dos domicílios em "aglomerados sub-normais"

INADEQ. ADENS. DOM. S/ CARÊNCIA FUNDIÁRIA EXCESSIVO BANHEIRO INFRAEST. MUNICÍPIO % dos % dos % dos % dos Número dom. Número dom. Número dom. Número dom. Americana 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 Artur Nogueira 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 Campinas 10.717 33,99 5.697 18,07 839 2,66 14.019 44,46 Cosmópolis 91 70,00 8 6,15 10 7,69 50 38,46 Engenheiro Coelho 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 Holambra 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 Hortolândia 251 36,91 80 11,76 0 0,00 419 61,62 Indaiatuba 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 Itatiba 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 Jaguariúna 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 Monte Mor 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 Nova Odessa 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 Paulínia 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 Pedreira 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 Santa Bárbara 150 53,76 67 24,01 19 6,81 160 57,35 Santo Antônio da Posse 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 Sumaré 1.174 59,26 318 16,05 115 5,81 1.327 66,99 Valinhos 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 Vinhedo 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 RMC 12.383 35,79 6.170 17,83 983 2,84 15.975 46,17

Por fim, um último aspecto a ser analisado são as questões de inadequação, assim designadas pela Fundação João Pinheiro para os domicílios que possuem inadequação fundiária, adensamento excessivo, ausência de unidade sanitária (banheiro) e carência de infra-estrutura. Estes componentes são contabilizados separadamente considerando-se que, em tese, estes domicílios não comporiam o déficit por reposição ou incremento de estoque, ou seja, não demandariam a produção de novas unidades habitacionais. Nestes casos, programas de urbanização, infraestruturação, regularização e reforma poderiam solucionar os casos existentes. Cabe lembrar que aqui não é possível somar os componentes para totalizar um déficit por inadequação já que um mesmo domicílio pode estar contabilizado em mais de um componente da inadequação. As questões a serem apontadas são: . A carência de infra-estrutura é a principal problemática da inadequação na RMC, atingindo 9,69% dos domicílios totais. Esta é seguida do adensamento excessivo, com 6,63%, inadequação fundiária, com 4,44% e ausência de banheiro, com 0,95%. De fato, estes números demonstram algumas situações bem específicas, mas que devem ser relativizadas. . Quanto à carência de infra-estrutura, teremos dois tipos de situações: aquelas em que o assentamento não possui redes ou ligação oficial às redes e outras em que não há redes de saneamento básico instaladas por opção, nos casos

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de condomínios e loteamentos que se utilizam de captação própria, poços individuais. . Quanto à inadequação fundiária, os furos da pesquisa em relação aos domicílios sub-normais são aqui também reproduzidos. Assim é que, neste campo, também poderíamos contabilizar os domicílios em núcleos sub- normais, voltando à discussão acima em relação às informações apresentadas pelos municípios e pelo CEM-CEBRAP. Se assim o fosse, este componente teria números acrescidos e poderia, eventualmente, superar o componente da infra-estrutura, feitas as ressalvas acima. . Já em relação ao adensamento excessivo, este é um ingrediente a mais para analisarmos a questão da coabitação, assim como fizemos com a coabitação por faixa salarial e o aluguel para famílias com renda inferior a 3 salários mínimos. O adensamento excessivo foi considerado, pela Fundação João Pinheiro, para aqueles casos em que um cômodo é utilizado por mais de 3 pessoas no domicílio. Não é raro encontrar esta situação para famílias que convivem. Neste caso, podemos inclusive comparar os 35.704 domicílios contabilizados para famílias conviventes e os 42.559 domicílios com adensamento excessivo. . Quanto à ausência de unidade sanitária, parece claro que este não é um problema típico da Região Sudeste, comparecendo com maior peso, nas regiões Norte e Nordeste do país. Ainda assim, não devem ser desprezados os números absolutos que perfazem um total de 6.092 domicílios. Estes poderiam também estar enquadrados como improvisados ou rústicos, mas, ao superarem os números absolutos destes últimos, cobrem provavelmente os casos de domicílios mal acabados e até mesmo cômodos utilizados como domicílios. . Observando o ranking dos números absolutos, novamente se repete a correspondência em relação aos números populacionais e de domicílios, ainda que, algumas exceções sejam dignas de nota. Para o adensamento excessivo e domicílios sem banheiro, os tradicionais municípios como Campinas, Sumaré, Hortolândia, Santa Bárbara, Americana e Indaiatuba aparecem com um maior número de casos. Mas, no caso da inadequação fundiária, vemos aparecer o caso de Cosmópolis com 977 casos, 5º lugar no ranking acima de Hortolândia, Indaiatuba, Sumaré e Campinas. De fato, o próprio município trouxe informações da existência de 2.019 domicílios em favelas ou loteamentos ilegais, número que inclusive supera o da João Pinheiro e reforça esta colocação de Cosmópolis no ranking da inadequação fundiária. Já no tocante à carência de infra-estrutura, aparece Monte Mor na quarta posição, com 3.428 domicílios com tal carência, acima de Sumaré, Hortolândia e Campinas, que apresentam 7.282, 8.527 e 27.514 domicílios respectivamente. . Em termos relativos, vale a pena observar os números, já que estes referem-se à relação do componente com o número total dos domicílios do município. Chama atenção o caso de Monte Mor que lidera os rankings do adensamento excessivo e de carência de infra-estrutura, com 11,39% e 37,9% dos domicílios respectivamente. No componente “domicílios sem banheiro”, Monte Mor só perde para Santo Antônio da Posse, com 2,44% do total de domicílios e na inadequação fundiária, está em 4º lugar, com 5,3% dos sues domicílios totais.

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. Quanto à inadequação fundiária, a relativização dos números deve ser feita à luz do que se analisou acima. Contabilizando os números de Campinas e Hortolândia apresentados pelos municípios, por exemplo, estes estariam encabeçando o ranking neste componente, com 25% e 21% do total dos domicílios nos municípios respectivamente. O caso de Cosmópolis, referido acima, também modificaria, ainda que já neste quadro, o município aparece em 2ª posição. . No caso do adensamento excessivo, temos Monte Mor e Engenheiro Coelho com as maiores posições (acima de 10%), mas destacam-se também entre 7% e 9% dos domicílios totais os casos de Hortolândia, Sumaré, Pedreira, Santo Antônio da Posse, Cosmópolis e Vinhedo. Aqui, mas abaixo estão os tradicionais Campinas, Americana e Indaiatuba. . Já no caso da carência de infra-estrutura, os municípios mais populosos que permanecem são novamente Hortolândia e Sumaré, demonstrando que estes municípios possuem situações das mais variadas em termos de déficit habitacional. Neste componente também se mantêm em Santo Antônio da Posse e Monte Mor, mas sobem no ranking também, Holambra, Valinhos, Campinas e Indaiatuba, perdendo posição Pedreira e Engenheiro Coelho. . O último quadro apresenta a inadequação nos aglomerados sub-normais. Verifica-se, à semelhança do que se mencionou anteriormente em relação ao furo da pesquisa do IBGE, a mesma lacuna que só poderá, neste caso, ser resolvida através de informações que sejam fornecidas pelos municípios.

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Anexo1 Bibliografia levantada sobre o tema Habitação na Região Metropolitana de Campinas

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Como solicitação constante deste contrato, foi realizada uma pesquisa bibliográfica abrangendo as principais instituições de ensino e pesquisa do Estado de São Paulo, cujo objetivo foi identificar pesquisas e estudos que vem sendo desenvolvidos sobre o tema da habitação tendo como objeto empírico a Região Metropolitana de Campinas.

Dentre as fontes consultadas destacamos as bibliotecas e acervos digitais das instituições: UNICAMP (NEPO, NESUR, NEPAM, e demais bibliotecas), PUCCampinas, USP, EESC-USP, LABHAB/USP, Instituto Polis e Fundação Getúlio Vargas.

Os títulos levantados foram classificados de acordo com o enfoque específico de cada publicação. São estas as categorias:

1. Ambiente 2. Assentamentos precários 3. Conjuntos habitacionais 4. Dinâmica Urbana 5. Histórico 6. Instrumentos de Gestão Urbana 7. Loteamentos Fechados 8. Participação Popular 9. Programas Habitacionais 10. Qualidade da Construção 11. Sócio-Demografia 12. Sócio-Economia

Seguem a seguir os títulos levantados.

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1. AMBIENTE Fernandes, Ari Vicente Título Urbanização x recursos hídricos na Bacia do Piracicaba: a necessária compatibilização entre diretrizes regionais e intervenções locais Imprenta Campinas, 2004 Descr Fís 312 p Grau Tese (Doutorado) Resumo Esta Tese estuda as características do avanço da urbanização sobre o campo e como os processos constitutivos do espaço urbano se reproduzem em todo o território. Nas regiões mais densas o rural deixou de existir, ao mesmo tempo em que o modo de produção capitalista industrial promoveu a transformação de todos os elementos urbanos em mercadorias, incluindo a apropriação urbana dos recursos hídricos. Nas últimas décadas do século XX, o capital financeiro passou a comandar a reprodução dos demais e o paradigma urbano da cidade industrial está sendo substituído por um novo, aqui denominado "cidades do capital financeiro globalizado". A exclusão social e o chamado stress hídrico são duas conseqüências dos efeitos do novo paradigma urbano sobre o território utilizado. Examinamos esses processos na Região das bacias hidrográficas dos rios Piracicaba e Capivari, através de pesquisas realizadas em cinco de suas principais cidades: Valinhos, Campinas, Paulínia, Americana e Piracicaba. A pesquisa revela, por um lado, as disparidades entre as diretrizes gerais de planejamento e as intervenções locais e, por outro lado, as dificuldades de compatibilizar o desenho com a gestão do território. Tais fatos, além de prejudicar as condições de qualidade de vida associadas à habitação, alteram e comprometem os recursos hídricos existentes. Por se tratar de uma região cuja disponibilidade hídrica é exígua, o seu crescimento futuro está ameaçado. O trabalho conclui defendendo um papel crescente dos municípios na gestão e desenho da Região. Adotamos como exemplo, a proposta de "Gestão Compartilhada do Sistema Cantareira" - que reverte água para a grande São Paulo nas cabeceiras do principal manancial de abastecimento da região em estudo - e o desenho do "Anel Verde da Região Metropolitana de Campinas", como um meio de proteção das reservas e cursos d'água Assunto URBANIZAÇÃO - CAMPINAS(SP) Assunto PLANEJAMENTO TERRITORIAL REGIONAL - CAMPINAS(SP) Assunto RECURSOS HÍDRICOS - RIO PIRACICABA Autor Sec Gunn, Philip Oliver Mary, orient; Tipo Mat TESE DatDef 29.11.2004 Unid FAU - FAC ARQUITETURA E URBANISMO

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Souza, Carla Neves de

Título Proposta de revitalização da área central de Campinas e projeto de reutilização de um edifício antigo / Carla Neves de Souza Imprenta São Paulo : FAUUSP, 2001 Descr Fís CD-ROM Nota Trabalho Final de Graduação FAUUSP Conteúdo Arquivos em doc, jpg, dwg e plt Assunto RENOVAÇÃO URBANA - CAMPINAS (SP) Assunto ÁREAS CENTRAIS - CAMPINAS (SP) Autor Sec Lefèvre, José Eduardo de ; Tipo Mat TRABALHO DE CONCLUSAO DE CURSO - TCC

Autor(es): Francis Pedroso Título [PT]: O centro de Campinas (SP) : usos e transformações Título [EN]: Campinas (SP) dontown : uses and transformations Palavras-chave [PT]: Geografia urbana , Urbanização , Campinas (SP) Palavras-chave [EN]: Urban geography , Urbanization , Downtown , Campinas (SP), Área de concentração: Analise Ambiental e Dinamica Territorial Titulação: Mestre em Geografia Banca: Claudete de Castro Silva Vitte [Orientador] Gloria da Anunciação Alves Denio Munia Benfatti Resumo: Resumo: O presente estudo buscou compreender o Centro da Cidade, suas origens, suas transformações através dos tempos na cidade capitalista como um ponto de concentração territorial na cidade do comércio, indústria e serviços, até os dias de hoje. No qual, o centro da cidade apresenta-se sob diversas formas e funções, nas mais diferentes partes do mundo e do Brasil. A partir dos anos 1970 observamos a tendência à degradação dos centros tradicionais por meio da dispersão da população, do comércio e serviços para outros lugares da cidade, como os subcentros de bairros, shoppings, hipermercados e mega-lojas. Nesta perspectiva, o planejamento urbano passou a estudar os centros das cidades e tentou encontrar alternativas para promover a recuperação ou revitalização das áreas centrais, nos quais temos diversos exemplos pelo mundo, como é o caso de Barcelona, Lisboa entre outros. Enfocamos nesse trabalho o estudo do Centro da Cidade de Campinas, São Paulo, que é um caso de um centro que vêm sofrendo intervenções urbanas desde o final do século XIX e que foi transformado profundamente desde então .

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Autor(es): Telma Aparecida Vicentini

Título [PT]: Fase básica do plano diretor de drenagem para a cidade de Campinas Palavras-chave [PT]: Drenagem - Campinas (SP) , Bacias hidrograficas - Campinas (SP) , Planejamento urbano - Campinas (SP) , Geologia ambiental - Campinas (SP) , Campinas (SP) – Inundações Titulaçao: Mestre em Engenharia Civil Banca: Paulo Sampaio Wilken [Orientador] Resumo: O município de Campinas apresenta inúmeros pontos de inundação decorrentes, principalmente, da ocupação indiscriminada dos fundos de vale e áreas sujeitas a inundação. Uma das formas de se evitar o surgimento de novos pontos críticos e amenizar, senão eliminar, os existentes é através da elaboração de um Plano Diretor de Drenagem. o Plano Diretor de Drenagem é um planejamento de caráter corretivo e preventivo e é três fase: a básica, a prática e a executiva e visa ocupação das áreas não urbanizadas e a apresentação de um plano de medidas e ações para a solução dos problemas existentes nas áreas já urbanizadas. O desenvolvimento de um plano diretor envolve o conhecimento de uma equipe multidisciplinar composta de economistas, sociólogos, demógrafos, engenheiros, geologos, arquitetos dentre outros profissionais. o presente trabalho que é a fase básica do Plano Diretor de Drenagem apresenta subsídios para a elaboração das demais fases do plano que deverão ser desenvolvidas por uma equipe multidisciplinar portanto a previsão das informações contidas nesta fase é que vai determinar a qualidade do Plano Diretor de Drenagem. A fase básica apresenta a compilação de dados disponiveis análise da evolução histórica e urbanistica do município, tendências de desenvolvimento urbano e populacional, Caracterização das bacias hidrográficas, análise e diagnóstico das obras a serem realizadas... Observação: O resumo, na íntegra, poderá ser visualizado no texto completo da tese digital.

REGULARIZAÇÃO EM ÁREAS DE PROTEÇÃO AMBIENTAL NO MEIO URBANO Laura Machado de Mello Bueno outubro de 2003

O presente texto apresenta em primeiro lugar os instrumentos de proteção do meio ambiente, caracterizando especialmente os aspectos ambientais relacionados às áreas urbanas. São destacados os conflitos entre a preservação e conservação ambientais e a justiça social, especialmente o acesso à moradia e aos serviços urbanos. Ao final são apresentadas algumas diretrizes para integração entre as ações de regularização urbana e fundiária e a necessária recuperação da qualidade ambiental das cidades brasileiras. http://www.cidades.gov.br/secretarias-nacionais/programas- urbanos/biblioteca/regularizacao-fundiaria/textos-diversos/LauraBueno1.pdf/view

Fernanda Cristina de Paula• Eduardo Marandola Jr.� Daniel Joseph Hogan�

Os Riscos do Vale: Análise Preliminar da Vulnerabilidade Ambiental no São Bernardo, Campinas∗ Palavras-chave: riscos ambientais; população e ambiente; espaço; Geografia e Demografia Resumo

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A partir de uma interface entre Geografia e Demografia, investigamos os riscos e perigos ambientais no vale do Piçarrão e seus afluentes, no bairro São Bernardo, em Campinas (SP). Esta é uma área densamente urbanizada da Região Metropolitana de Campinas, com uso misto (industrial, residencial e comercial) e com diferentes fontes de perigo. Partindo do pressuposto de que do estudo da vulnerabilidade sociodemográfica emergem questões geográficas e de que tanto os lugares quanto as pessoas podem/são vulneráveis, buscamos a compreensão dos diferentes riscos e vulnerabilidades que se configuram na relação população-ambiente presente no bairro. A vulnerabilidade ambiental se imbrica, então, à vulnerabilidade sociodemográfica, configurando um leque amplo de perigos que atingem as pessoas e os lugares. Nosso enfoque incide sobre a experiência dos riscos, atentando para a percepção e, consequentemente, para a consciência da própria vulnerabilidade. Esta pode variar com a idade, o sexo, situação familiar, condição migratória, tempo de residência, o poder aquisitivo dos grupos, seus graus de escolaridade, sua visão de mundo, sua relação com o espaço e o ambiente. A multiplicidade de percepções dos riscos e da vulnerabilidade pode ser fortemente influenciada por fatores subjetivos, demográficos e culturais que podem nortear objetivamente a configuração da vulnerabilidade ambiental. A partir deste entendimento, seguimos em direção a uma apreensão mais ampla dos riscos e vulnerabilidades intentando enriquecer o olhar populacional dos grupos que moram no vale através de um método qualitativo de trabalho de campo (de orientação fenomenológica), fazendo confluir o olhar quantitativo da vulnerabilidade ambiental com a apreensão qualitativa da vivência dos ambientes que oferecem maior risco, como o vale do Piçarrão. www.abep.nepo.unicamp.br/encontro2006/docspdf/ABEP2006_683.pdf

Autor(es): George Leandro Monte Barbosa

Título [PT]: Gerenciamento de resíduo sólido : Assentamento Sumare II, Sumare-SP Título [EN]: Solid waste management: Assentamento Sumare II, Sumare-SP Palavras-chave [PT]: Residuos , Residuos - Zona rural , Residuos agricolas , Asssentamentos humanos, Lixo - Legislação , Gestão ambiental , Saude ambiental - Planejamento , Politica ambiental Palavras-chave [EN]: Waste, Wastes agricultural, Settlements human, Refuse and refuse disposal, Environmental management, Environmental health - Planning, Envirnmental policy Área de concentração: Saneamento e Ambiente Titulaçao: Mestre em Engenharia Civil Banca: Egle Novaes Teixeira [Orientador] Arlindo Plilippi Junior Nilson Antonio Modesto Arraes Nilson Antonio Modesto Arraes Resumo: Resumo: O meio rural não é mais um espaço onde são desenvolvidas atividades exclusivamente agrícolas, já que, tem passado por intensas mudanças, que induzem a pluriatividade, fazendo com que o espaço seja tido como um continuum da zona urbana. Estas mudanças que assemelham o rural ao urbano trazem, a reboque desta reestruturação, mazelas há muito discutidas e pouco solucionadas, das" cidades", como uso e ocupação do solo de maneira desregrada, ausência de saneamento básico, entre outras. A respeito do saneamento, o Gerenciamento Integrado de Resíduo Sólido ainda é

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uma realidade bem distante, para as comunidades rurais, mesmo para aquelas juntas às zonas urbanas. Desta forma, o objetivo deste trabalho é a elaboração de um Plano de Gerenciamento de Resíduo Sólido para o Assentamento Sumaré II, localizado no município de Sumaré, no Estado de São Paulo, através do diagnóstico da situação do resíduo no local, caracterizando-o, bem como avaliando o programa de coleta de resíduo desenvolvido na comunidade. Para tanto, foi feita uma análise do espaço e dos indivíduos, por meio de dados bibliográficos e questionários de campo, bem como a caracterização do resíduo, para determinar a composição gravimétrica e a taxa de resíduo gerada na comunidade. O trato com o resíduo da comunidade, por parte da prefeitura, é incipiente e inconsistente. Há uma grande distinção de hábitos dos assentados, identificada pelo material que constitui o resíduo de cada família, bem como o modo de descarte do mesmo. De maneira geral, as taxas de resíduo não são geradas com a mesma magnitude, não havendo período do ano com uma produção diferenciada de resíduo. A partir das análises do resíduo é possível afirmar que existe uma "urbanização dos hábitos" dos assentados, realçando a idéia de que esta zona torna-se um continuum das urbanidades

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2. ASSENTAMENTOS PRECÁRIOS Política habitacional em Sumaré: favela São Domingos Maristela Miranda da Cruz Location: http://www.bibliotecadigital.puc- campinas.edu.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=433

O objetivo principal da pesquisa é o estudo de problemáticas habitacionais do município de Sumaré, partindo da história da construção de seu espaço urbano, assim como a origem das políticas públicas de habitação, aproximadamente a partir da década de 1960 até o ano de 2008, analisando particularmente as favelas, que foram ocupadas pela população que não teve acesso a moradia pelo mercado imobiliário formal e nem por programas habitacionais para baixa renda. A pesquisa procura analisar a favela São Domingos, situado na região central de Sumaré e no entorno do Ribeirão Quilombo, uma área de ocupação consolidada, com moradores que recebem interferências do poder público municipal e considerada uma área de risco. Os problemas urbanos não são apenas municipais, mas relacionam-se com as políticas nacionais, apresentando semelhanças na espoliação do trabalhador de baixa renda, carências básicas de emprego, moradia e investimentos sociais.

Pertenece a: BDTD Ibict

Ou é casa ou é nada: um estudo sobre a lógica de ocupação dos espaços construídos à margem da legislação no município de Campinas. Cláudia Maria Lima Ribeiro Location: http://www.bibliotecadigital.puc- campinas.edu.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=123

O objetivo deste trabalho é investigar o que é determinante na constituição dos espaços produzidos pelas ocupações de terras de forma ilegal, entendendo-se por ilegal a construção à margem da legislação de ordenamento territorial vigente nos municípios. A hipótese inicial lançada pela pesquisa é a da existência de uma ordem espacial própria. Mas também procurar compreender quais são as determinantes para o desenho da ocupação e do espaço da moradia; qual é a relação que ele estabelece com o arranjo familiar, com a legislação, com o imaginário que se constrói a partir das referências dos grupos que se estabeleceram nestes territórios. Outra questão que se pretendeu investigar refere-se à dimensão assumida pelos espaços públicos e privados nestes territórios; quais são as formas de apropriação dos espaços coletivos e de que maneira as dimensões pública e privada foram construídos nos processos de ocupação dos espaços.

Pertenece a: BDTD Ibict

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Nro.Cham. m301.54 M827o Autor Moraes, Debora Batista de. Título Ocupação Tancredo Neves: limites e possibilidades rumo à conquista do direito de morar / Debora Batista de Moraes. - Imprenta 1993. Desc.Física 116p. : il.

Disponível em: CCSA - Serviço Social

Nro.Cham. m301.36098161 H557s Autor Hernández Ibacache, Jacqueline. Autor Corrêa, Cynthia Figueiredo Vasconcellos. Título Sistema de habitação popular em Campinas/ Jacqueline Hernández Ibacache. - Imprenta 1988. Desc.Física 41p.: il.

Quant. de Exemplar Disponível: 1 Disponível em: CCSA - Serviço Social

Nro.Cham. t301.54 S237n Autor Santos, Jocymara Martinez dos. Autor Giacometti, Israild. Título No fundo do quintal: a co-resistência como estratégica de sobrevivência no complexo de favelas dos Amarais município de Campinas/ Jocymara Martinez dos Santos.- Imprenta 2005. Dissertação de Mestrado Desc.Física 140p.: il.

Scripta Nova REVISTA ELECTRÓNICA DE GEOGRAFÍA Y CIENCIAS SOCIALES Universidad de Barcelona. ISSN: 1138-9788. Depósito Legal: B. 21.741-98 Vol. IX, núm. 194 (75), 1 de agosto de 2005

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POLÍTICAS DE INTERVENÇÃO EM ÁREAS DE RISCO NO MUNICÍPIO DE CAMPINAS Ana Luiza Roma Couto Serra UNICAMP, Brasil Daniella Farias Scarassatti UNICAMP, Brasil Fábio Giardini Pedro UNICAMP, Brasil Jason Patrick Katz UCLA, USA

Resumo: Dentre os inúmeros problemas que afligem os centros urbanos, destaca-se a dramática situação habitacional dos grupos sociais estabelecidos em áreas de risco. Em sua maioria, estão assentados em zonas ambientalmente frágeis, impróprias à urbanização, não disputadas pelo mercado, distantes, em periferias com pouca acessibilidade e carentes de infra-estrutura. Tal condição representa um enorme desafio aos governos das cidades que devem formular e implementar políticas públicas relacionadas a estas situações inadequadas de uso e ocupação do solo. Neste sentido, ressalta-se o gerenciamento de riscos em assentamentos precários, remoção da população exposta e manejo das áreas removidas para impossibilitar sua reocupação. Na prática, trata-se de uma questão complexa que impõe medidas e realizações urgentes voltadas a romper com o conjunto de questões que perpetua o padrão excludente de desenvolvimento informal que se tornou a regra e não a exceção. Frente a este quadro, e em confluência com a necessidade de se garantir a inclusão social e espacial dessas comunidades à terra urbanizada, este artigo avalia, a partir de um estudo de caso empírico, as formas de intervenção e os programas voltados à transferência e reassentamento de famílias que vivem em ocupações informais sujeitas a restrições ambientais no município de Campinas.

Palavras-chaves: áreas de rico, reassentamentos, políticas públicas, centros urbanos Disponível em: CCSA - Serviço Social

Nro.Cham. m301.54 P196m Autor Panssani, Michele Cristina. Moradias de risco de ocupações em áreas públicas do município de Hortolândia./ Michele

2002. 58p.: il.-

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3. CONJUNTOS HABITACIONAIS Constantino, Lygia Gonçalves

Título Habitação popular em Campinas : ação e identidade Imprenta São Paulo, 1997 Descr Fís 208 p

Grau Tese (Doutorado) Resumo A pesquisa busca reconhecer como e quais elementos do ambiente urbano podem despertar maior identidade no seu usuário, de forma que este se sinta mais responsável e cuidadoso para com ele, contribuindo para melhorar a qualidade de vida local, o que, na verdade, terá reflexo em toda a cidade. Analisa os projetos, os relacionamentos sociais em espaços de uso coletivo e as transformações ocorridas em três conjuntos habitacionais construídos pela COHAB-Campinas, nas décadas de 60 a 80. Na hipótese admite-se que os seguintes elementos podem contribuir nesse processo de identificação para com o espaço de moradia: a localização urbana na malha urbana, o tempo ali vivido, a segurança sentida, a diversidade de atividades, a morfologia do lugar e a densidade. A tese mostra que os conjuntos estão sendo construídos em uma periferia cada vez mais distante. Diante da dificuldade de lutar contra esta tendência, na nossa sociedade e com a impossibilidade de contar com o fator tempo, em conjuntos habitacionais novos, é preciso, pelo menos, melhorar os acessos, diversificar suas atividades internas, cuidar de sua morfologia, da sua segurança e manter uma densidade, que dê suporte às atividades econômicas e sociais no local. Assim permitir-se-á que se construam relacionamentos saudáveis e desenvolvam uma maior identidade com o espaço, como forma das pessoas zelarem mais por eles e melhorarem a qualidade de vida no bairro e na cidade Nota Estruturas Ambientais Urbanas

Assunto EDIFÍCIOS RESIDENCIAIS Autor Sec Sampaio, Maria Ruth Amaral de, orient; Tipo Mat TESE DatDef 24.11.1997 Unid FAU - FACULDADE DE ARQUITEUTRA E URBANISMO Acervo Exemplares na biblioteca FAU

Eleusina Lavôr Holanda de Freitas. Como qualificar conjuntos habitacionais populares. 2002 - Pontifícia Universidade Católica de Campinas.

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4. DINÂMICA URBANA

PIRES, M. C. S. e MARANDOLA JR., E. Onde morar?Qualidade de vida e mercado imobiliário na Região Metropolitana de Campinas. In: ENCONTRO NACIONAL DA ASSOCIAÇÀO NACIONAL DE PESQUISA E PÎS-GRADUAÇÀO EM PLANEJAMENTO URBANO E REGIONALœ ANPUR, 12, 2007, Belém. Anais... Belém: ANPUR, 2007.

LENCIONI, Sandra. Reestruturação urbano-industrial no estado de São Paulo: a região da metrópole desconcentrada in Espaços e Debates: Revista de Estudos Regionais e Urbanos. São Paulo, Núcleo de Estudos Regionais e urbanos, ano XIV, nº 38, 1994

PIRES, Maria Conceição Silvério. Morar na metrópole: expansão urbana e mercado imobiliário na região Metropolitana de Campinas. Campinas, 2007. Tese de Doutoramento, IG-UNICAMP, 2007

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5. HISTÓRICO

Nro.Cham. t301.36098161 C331c Autor Carvalho, Edmir de. Autor Brisolla, Sandra Negraes. Título Crise urbana e habitação popular em Campinas, 1870-1956 / Edmir de Carvalho. - Imprenta Campinas [SP : s.n.], 1991. Dissertação de Mestrado Desc.Física [111]f. : il. Disponível em:

CEATEC -

Arquitetura e

Urbanismo-Pós

Graduação

Nro.Cham. t728.098161 F383p Autor Ferreira, Caio de Souza. Autor Azevedo, Ricardo Marques de. Título O processo de revitalização na cidade de Campinas: da gênese à lei 640 de 1951/ Caio de Souza Ferreira.- Imprenta 2007. Desc.Física 237p.: il. Nota Resumo: O processo de urbanização brasileiro se caracteriza pelo Sumária desenvolvimento acelerado de poucos centros e a metropolização é considerada a identidade deste processo. Nesse contexto a verticalização, que pode ser definida como a multiplicação do solo urbano a partir da construção vertical de muitos pavimentos, caracteriza-se por ser a identidade do processo de metropolização. Ao se acompanhar o desenvolvimento urbano de Campinas, observa-se a coexistência de diferentes elementos arquitetônicos de diferentes épocas, testemunho das diversas fases de seu desenvolvimento. O processo de verticalização campineiro inicia-se no período do despertar da modernidade e da industrialização sob o panorama da implementação do Plano de Melhoramentos Urbanos do urbanista Prestes Maia (1934 – 1964). Neste trabalho foi realizado o levantamento e estudo de todas as tipologias verticais da cidade, projetadas durante o primeiro período do processo de verticalização (vigência do código de construções de 1934), correlacionando-as à legislação edificante, bem como aos eventos urbanísticos da época, com a finalidade de acompanhar a evolução dos edifícios verticais, em seqüência cronológica de aprovação pela municipalidade, buscando estabelecer um quadro organizado do processo, da gênese até dezembro de 1951, quando ocorreu a aprovação da Lei 640. O objetivo desta pesquisa foi a produção de material que possa auxiliar a compreensão da verticalização campineira, bem como de sua organização, ilustrando o histórico de parte significativa da produção arquitetônica da cidade, e, portanto, da sua memória. URL http://www.bibliotecadigital.puc- campinas.edu.br/tde_busca/processaPesquisa.php?pesqExecutada=1&id=1 376

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6. INSTRUMENTOS DE GESTÃO URBANA

Autor: FONSECA, Rinaldo Barcia; DAVANZO, Aurea M. Q.; NEGREIROS, Rovena M. C. (Org.) Título: Livro verde: desafios para a gestão da Região metropolitana de Campinas .- Fonte: Campinas; IE/UNICAMP; 2002. 498 p. mapas, tab, graf. Localização: NEPO; 301.36098161, L767

Elisamara de Oliveira Emiliano Legislação para habitação de interesse social: estudo de caso do município de Campinas. Location: http://www.bibliotecadigital.puc- campinas.edu.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=65 http://www.bibliotecadigital.puc-campinas.edu.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=66 http://www.bibliotecadigital.puc-campinas.edu.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=67 Pesquisa sobre a legislação para habitação de interesse social, sua origem e trajetória. Com a extinção do Banco Nacional de Habitação - BNH, as leis de Empreendimentos Habitacionais de Interesse Social são utilizadas como estratégias por diversos municípios para promover habitação destinada à baixa renda. Ao longo dos anos de 1980 o município de Campinas implementa Empreendimentos Habitacionais de Interesse Social- EHIS, com objetivo de promover o acesso dos mais pobres ao solo urbano. Estes empreendimentos foram aprovados a partir de legislação que flexibiliza as normas de parcelamento e uso do solo, buscando a redução de custos da moradia. Através de levantamento dos EHIS aprovados entre 2000 e 2005, a pesquisa investiga a aplicação desta legislação e seus efeitos na produção habitacional voltada para a população de baixa renda no município de Campinas.

Pertenece a: BDTD Ibict Disponível em: CEATEC - Arquitetura e Urbanismo

Nro.Cham. f301.54 C748p Autor Conferência Municipal de Habitação 2002 : Autor Braga, José Reinaldo. Autor Fernandes, Ari Vicente. Título I Conferência Municipal de Habitação, 15 a 17 março de 2002 : Resoluções; coord. José Reinaldo Braga e Ari Vicente Fernandes. - Imprenta Campinas, SP : Prefeitura Municipal de Campinas, 2002. Desc.Física 43p.: il. -

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Schneider, Ingrid Elisabeth Título Confrontos e dificuldades na implementação dos instrumentos urbanísticos propostos nos Planos Diretores Municipais de Campinas na década de 90 Imprenta São Paulo, 2002 Descr Fís 171 p Grau Dissertação (Mestrado) -- Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo Assunto ARQUITETURA Autor Sec Grostein, Marta Dora, orient; Tipo Mat TESE DISSERTACAO

O PADRÃO DE URBANIZAÇÃO BRASILEIRO E A SEGREGAÇÃO ESPACIAL DA POPULAÇÃO NA REGIÃO DE CAMPINAS: O PAPEL DOS INSTRUMENTOS DE GESTÃO URBANA1

Maria Célia Silva Caiado www.abep.nepo.unicamp.br/docs/anais/PDF/1998/a140.pdf

O objetivo deste texto é relacionar as diferentes fases do desenvolvimento econômico com as diferentes configurações assumidas pelo espaço urbano no seu processo de crescimento e desenvolvimento e formação de periferias, na Região de Campinas, apontando ainda que de forma preliminar, o papel dos instrumentos de gestão urbana na produção do espaço urbano e na segregação espacial dos diferentes segmentos da população que vive na cidade e região.

CARTA DE INDAIATUBA

DECÁLOGO DE METAS E COMPROMISSOS DA REGIÃO METROPOLITANA DE CAMPINAS COM A SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL www.agemcamp.sp.gov.br/temp/arquivos/new/carta%20de%20indaiatuba.pdf

NESUR-IE-UNICAMP/IPEA-CGEPU/USP-INFURB. “Gestão de Uso do Solo e Disfunções do Crescimento Urbano na Região de Campinas”. Campinas, São Paulo: Relatório Final de Pesquisa, mimeo, agosto de 1997.

ROLNIK, Raquel. “Impacto da aplicação de novos instrumentos urbanísticos em cidades do Estado de SãoPaulo”. FAPESP/PUCCAMP/Lincoln Institute of Land Policy, Campinas, S.P: CDRom-meio magnético, 1998.

BUENO, L. M. M. . Contribuição para uma ação habitacional integrada na Região Metropolitana de Campinas. In: Segundo Seminário de Habitação da RMC, 2004, Campinas. Memórias do Segundo Seminário de Habitação da RMC. Campinas : PUC Campinas, 2004.

Benedito Roberto Gualtieri. Legislação habitacional em Campinas: conversas e controvérsias. 2001. Dissertação (Mestrado em Mestrado em Urbanismo) - Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da PUC Campinas, . Orientador: Laura Machado de Mello Bueno.

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PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPINAS. “Cadernos de Sustentação do Plano de Gestão da Região do Campo Grande”. 1996 e 2000.

PREFEITURA MUNICIPALDE CAMPINAS. PlanoLocaldeGestãoUrbana œ CampoGrande. Campinas, 1996b.

______. PlanoLocaldeGestãoUrbana œ BarãoGeraldo. Campinas, 1996c.

______. Matriz de Periodização da Formação Territorial de Campinas. Campinas, 2004.

______.Plano Diretor do Município. Diagnóstico. 2006. Disponível em .

PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPINAS. “Caderno de Sustentação do Plano Diretor”. 1991.

PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPINAS. “Caderno de Sustentação do Plano Diretor”. 1995. 227

PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPINAS. “Caderno de Sustentação do Plano de Gestão da APA”. 1996.

PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPINAS. “Caderno de Sustentação do Plano de Gestão da Região de Barão Geraldo”. 1996.

MORETTI, Ricardo de Souza e JANUZZI, Paulo de Martino. Política habitacional na Região Metropolitana de Campinas in DAVANZO, Áurea M. Q.; FONSECA, Rinaldo Barcia e NEGREIROS, Rovena M. C. Livro verde: desafios para a gestão da Região Metropolitana de Campinas. Campinas, UNICAMP, 2002.

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7. LOTEAMENTOS FECHADOS Freitas, Eleusina Lavôr Holanda de Título Loteamentos fechados Imprenta São Paulo, 2008 Descr Fís 203 p Grau Tese (Doutorado) Assunto LOTEAMENTO - CAMPINAS (SP) Assunto CONDOMÍNIOS FECHADOS - CAMPINAS (SP) Assunto EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS Assunto SEGREGAÇÃO URBANA - CAMPINAS (SP) Autor Séc Maricato, Ermínia, orient; Tipo Mat TESE DatDef 31.03.2008 Unid FAU - FACULDADE DE ARQUITETURA E URBANISMO

Mitica Neto, Helio Título Urbanização em Campinas : mudanças no tecido urbano no entorno da Rodovia Dom Pedro Imprenta São Paulo, 2008 Descr Fís 360 p Grau Tese (Doutorado) Resumo Esta tese trata das mudanças ocorridas no processo de urbanização no município de Campinas, sobretudo a partir dos anos 1970, e em especial no eixo da Rodovia Dom Pedro I. Essas mudanças consistem na formação de um novo padrão de urbanização em escala regional, que está intimamente relacionado ao surgimento de novos padrões de tecidos urbanos. Podemos dizer que diversos fatores propiciaram a formação desse novo padrão de urbanização regional, entre eles: A implantação de novas redes de infra- estrutura de transporte, abastecimento e comunicações, novas legislações ambientais e de parcelamento do solo, mudanças econômicas nas esferas da produção e do consumo, além de mudanças culturais. Como reflexo dessas transformações verificamos no tecido urbano o surgimento e difusão de condomínios residenciais horizontais, loteamentos unifamiliares fechados, shopping centers, centros empresariais, loteamentos e condomínios fechados industrais. Esta tese procura mostrar que, ao contrário do que se costuma afirmar, o surgimento dessas tipologias está menos relacionado à violência urbana, ou a simples cópia de um modelo estrangeiro de urbanização, e mais ligado a esse novo padrão de urbanização em escala regional que já vinha ocorrendo muito antes do acirramento das tensões sociais ou da abertura da economia brasileira em meados dos anos 1990.

URBANIZAÇÃO - CAMPINAS (SP) ESPAÇO URBANO (PRODUÇÃO) - CAMPINAS (SP) LOTEAMENTO - CAMPINAS (SP) Reis Filho, Nestor Goulart, 1931-, orient; TESE DatDef 19.05.2008 FAU - FACULDADE DE ARQUITETURA E URBANISMO

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Silva, Paula Francisca Ferreira da A expansão urbana de Campinas através de condomínios e loteamentos fechados (1974 - 2005) Unidade Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) Área de concentração Teoria e História da Arquitetura e do Urbanismo Orientador Feldman, Sarah Banca Examinadora Feldman, Sarah Queiroga, Eugênio Fernandes Rizek, Cibele Saliba Data da Defesa 23/06/2008 Palavras-chave Condomínios fechados, Expansão urbana, Legislação urbana e Loteamentos fechados

Este trabalho analisa o processo de expansão urbana do município de Campinas através dos condomínios e loteamentos fechados, a partir dos anos 1970, momento em que são introduzidos os loteamentos fechados em área rural e os condomínios fechados em área urbana, até 2005, quando é realizado um levantamento na Prefeitura Municipal: loteamentos rurais fechados (1974-1980), condomínios fechados (1976-2005) e loteamentos fechados em área urbana (1996-2000). Com base em pesquisa bibliográfica, documental e de anúncios em jornais, são abordadas as estratégias de localização, o respaldo legal e as contradições desse processo, destacando como esses empreendimentos interferem no processo de expansão urbana do município. São identificadas cinco áreas de concentração de condomínios e loteamentos fechados, que são caracterizadas a partir da análise do processo de ocupação e dos padrões sócio- econômicos da população.

PMS œ PREFEITURA MUNICIPAL DE SUMARÉ. Processo de aprovação do empreendimento Vila Flora. Sumaré, 1998

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8. PARTICIPAÇÃO POPULAR

Título [PT]: O processo de construção social da tecnologia : o caso do projeto habitacional Jardim dos Lirios Autor(es): Rebeca Buzzo Fertrin Palavras-chave [PT]: Tecnologia - Aspectos sociais , Habitação - Brasil - Aspectos sociais , Sociologia urbana , Politica social , Sociologia , Ciencia e tecnologia - Aspectos sociais Palavras-chave [EN]: Technology, Hibitation, Urban sociology , Social policy , Sociology , Science and technology, Titulaçao: Mestre em Politica Cientifica e Tecnologica Banca: Lea Maria Leme Strini Velho [Orientador] Ivan da Costa Marques Maria Teresa Citeli Resumo: Resumo: Os programas habitacionais brasileiros, embora apresentem facilidades às famílias de baixa renda, tendem a excluir os futuros moradores da participação nas decisões sobre sua própria casa. O projeto da casa popular ou "habitação social" apresenta uma arquitetura padrão e fechada que não leva em consideração as necessidades individuais das famílias moradoras, gerando frustrações com relação ao produto final. Os futuros moradores, excluídos da fase de elaboração do desenho de suas casas, acabam encarando uma segunda luta pela moradia adequada: a adaptação da casa padrão de forma a transformá-la em uma moradia que realmente atenda às necessidades de sua família. No entanto, o processo de transformação das casas populares passa a ser uma batalha individual para essas famílias, sem o apoio do Estado. O presente trabalho analisa o processo de planejamento, negociação, construção e transformação de casas populares em um Projeto Habitacional brasileiro, destacando a participação das famílias mutirantes - futuros moradores - nesses processos. Utiliza-se o referencial teórico do Construtivismo Social da Tecnologia, com destaque para as relações entre gêneros. Desta forma, alguns aspectos foram observados, como: os grupos sociais relevantes, os conflitos de interesses entre os grupos, a influência dos moradores no processo de decisão e implementação dos acordos entre grupos, fechamento das situações de conflito, além da participação das mulheres na construção física e social das casas populares. A análise se baseia, principalmente, na observação direta da atuação do grupo de moradores e representantes da Prefeitura durante reuniões para discussão dos rumos do Projeto Habitacional no bairro Jardim dos Lírios, em Americana/SP. Algumas entrevistas com os principais atores envolvidos no caso estudado contribuíram para o desenvolvimento da pesquisa. A organização dos futuros moradores - em especial das mulheres - com o objetivo de criar estratégias para influenciar o processo de desenvolvimento do artefato, conquistando alterações no desenho inicial das casas tem-se mostrado um grande avanço na busca por projetos habitacionais mais participativos e democráticos

Participação popular e a construção do espaço público Fábio Boretti Netto de Araújo Location: http://www.bibliotecadigital.puc- campinas.edu.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=286

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A construção físico territorial da periferia de Campinas, resultado ora de ações do poder público municipal que legitimava a exclusão e erradicação de núcleos pobres - favelas em beneficio de projetos do setor imobiliário para alta renda ora de políticas habitacionais que delegavam precariedade e reduziam a cidade a simples edificações de unidades habitacionais foi, desde de os primeiros movimentos populares da assembléia do povo no final dos anos 70 à aplicação do OP na gestão do Prefeito Antônio da Costa Santos (2001- 2005), acompanhada pela crescente solidificação de uma sociedade cada vez mais organizada e que reivindicava por melhores condições de vida urbana. Este processo de organização e mobilização configurou uma construção sócio política da periferia pobre de Campinas e colocou uma enorme parcela da população no centro da participação política e das questões acerca do desenvolvimento urbano local. A análise, portanto destas duas vertentes de construção do espaço urbano, a primeira a própria construção física do lugar, o urbanismo ou de políticas urbanas e habitacionais, excludentes e desqualificadas que acabam por gerar desigualdade, exclusão e precariedade, e a segunda, uma ação social, fruto de intensa organização comunitária capaz de qualificar estes bairros periféricos compõem um quadro de avaliação da apropriação de espaços públicos construídos durante a gestão citada acima. Para tal análise, são estudados quatro distintos espaços públicos construídos na periferia de Campinas que apresentam condições e qualidades de apropriação diferentes entre si seja pela organização e ações sociais que os qualifiquem ou os deleguem ao ostracismo ou pela relação urbana que os delimitam.

Pertenece a: BDTD Ibict

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9. PROGRAMAS HABITACIONAIS COHAB œ Campinas. Programas Habitacionais œ Unidades construídas e lotes urbanizados. 2007. Disponível em .

10. QUALIDADE DA CONSTRUÇÃO

Título [PT]: Verdes-dentro e verdes-fora : visões prospectivas para espaços abertos urbanos - privados e publicos - em area habitacional de interesse social Título [EN]: Inside greens and outside greens : prospective visions for urban open sapces - private and public - in self-built housing Autor(es): Evandro Ziggiatti Monteiro Palavras-chave [PT]: Espaços abertos , Planejamento urbano - Campinas (SP), Habitação popular - Campinas (SP), Arquitetura paisagistica , Plantas - População Palavras-chave [EN]: Open spaces , Self-built housing , Owner-built housing , Vegetation , Urban landscape , Área de concentração: Arquitetura e Construção Titulaçao: Doutor em Engenharia Civil Banca: Doris Catharine Cornelie Knatz Kowaltowski [Orientador] Marta Adriana Bustos Romero Eugenio Fernandes Queiroga Silvia A. Mikami Pina Lucila Chebel Labaki Resumo: Resumo: A inserção da vegetação na paisagem urbana tem sido explorada como uma forma simples e eficaz de melhorar a qualidade de vida das cidades. O principal objetivo deste estudo de caso está na investigação da aceitação do verde como catalisador de melhorias na sensação de conforto ambiental e da paisagem nos bairros autoconstruídos de centros urbanos brasileiros. Propõe uma abordagem mais integrada dos espaços abertos, introduzindo o conceito de um sistema ?verdes-dentro? e ?verdes-fora?, como forma alternativa e holística de pensar a disponibilidade de áreas verdes na cidade. Os espaços abertos . privados e públicos . de um bairro de autoconstrutores da cidade de Campinas-SP (Residencial São José) foram levantados a partir de fotografias aéreas e caracterizados morfologicamente. O trabalho defende a utilização de uma metodologia baseada no processo de projeto do arquiteto em investigações como esta, que envolvem a forma e a qualidade do espaço físico, tanto no presente quanto no futuro. A partir de uma base de CAD (desenho com auxílio de computador) foram gerados três tipos de desenhos à mão: 1. a situação atual da paisagem; 2. simulação de um futuro provável, de adensamento sem a presença de vegetação e 3. simulação de um futuro desejável, com a inserção de vegetação, criando-se uma imagem chamada de ?verde pleno?. Os desenhos tornaram-se substratos importantes para aplicação de entrevistas que procuravam investigar a visão dos moradores sobre a sua comunidade e sobre o seu senso de desenvolvimento futuro do bairro. Esses desenhos, chamados de ?visões prospectivas?, foram feitos com base no próprio ambiente do morador, substituindo as analogias com imagens de outros lugares que são comuns em metodologias participativas. As entrevistas focam a relação dos moradores com os espaços abertos de seu próprio lote (verdes- dentro) e com o espaço público (verdes-fora), e a sua percepção de conforto ambiental e de qualidade da paisagem. Os resultados do estudo mostram que, embora os espaços

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abertos existentes sejam efetivamente pouco aproveitados para uma boa condição do conforto e da paisagem do bairro, o método dos desenhos prospectivos causa identificação imediata do morador com as situações apresentadas. Conclui que muitos dos moradores autoconstrutores exercem um papel ativo na tentativa de melhoria das condições ambientais de seu bairro através da inserção e defesa do verde. Finalmente conclui que a inserção do verde é sempre positiva para a melhoria das condições do ambiente e da paisagem desses bairros, embora não seja ainda conclusivo quanto a sua maior eficácia se aplicada em ambas as categorias de espaços abertos, privados e públicos

Título [PT]: O significado da tradição na autoconstrução de moradias Autor(es): Vanessa da Rosa Watrin Palavras-chave [PT]: Habitação popular , Conforto termico Palavras-chave [EN]: Low-income housing , Thermal comfort , Área de concentração: Edificações Titulaçao: Mestre em Engenharia Civil Banca: Doris C. C. Kantz Kowaltowski [Orientador] Maria Solange Gurgel de Castro Fontes Stelamaris Rolla Bertoli Resumo: Resumo: A presente pesquisa se concentra na área da habitação de interesse social e busca trazer contribuições para o conforto térmico de moradias autoconstruídas, a partir da experiência da arquitetura tradicional. O objetivo principal é investigar o que é considerado como tradição e qual é a noção de conforto térmico, em relação à moradia, que os autoconstrutores da cidade de Campinas-SP possuem. A arquitetura autoconstruída é uma forma de moradia muito presente na população de baixa renda e já chega a ser o modo predominante de se morar no Brasil, por isso a qualidade de vida que estas moradias proporcionam à população é de extrema importância. Como as condições climáticas locais não são rigorosas, não encontramos nas casas autoconstruídas uma presença sistemática de elementos arquitetônicos tradicionais positivos, demonstrando que a população de autoconstrutores não tem uma preocupação com, ou não prioriza as questões climáticas. Contudo, é de nosso interesse que o conhecimento acumulado pela arquitetura tradicional seja transmitido para os autoconstrutores, já que a arquitetura vernacular tradicional é internacionalmente conhecida por ter uma consciência profunda do clima e por garantir níveis satisfatórios de qualidade ambiental às construções

Da pós ocupação à avaliação de projeto: diretrizes de implantação de conjuntos habitacionais de interesse social no Estado de S. Paulo, Brasil. Doris C.C.K. Kowaltowski (1), Silvia Mikami G. Pina(2), Vanessa Gomes Silva (3), Lucila C. Labaki (4), Regina C. Ruschel (5) e Daniel de Carvalho Moreira (6) Departamento de Arquitetura e Construção Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo Universidade Estadual de Campinas, UNICAMP

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CP 6021, 13083-852, Campinas, SP, Brasil (1)[email protected] (2) [email protected] (3)[email protected] RESUMO Este artigo apresenta um projeto de pesquisa cujo objetivo é estabelecer diretrizes de implantação de conjuntos habitacionais de interesse social construídos pelo CDHU, Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo. Foi desenvolvida a avaliação pós-ocupação de cinco conjuntos habitacionais, segundo as tipologias dos edifícios. O conjunto habitacional típico tem uma densidade razoavelmente baixa, onde os espaços abertos são mal utilizados e não contribuem para a qualidade da vizinhança. O modelo de APO considerou cinco por cento das unidades residenciais em cada conjunto habitacional. A escolha destas unidades foi baseada na distribuição uniforme em cada implantação e na inclusão de uma residência familiar por apartamentos em diferentes andares. Tópicos relacionados à qualidade espacial, morfológica, contextual, visual, perceptiva, social e funcional orientaram a avaliação pós ocupação. O estudo deve resultar na inclusão de indicadores de qualidade de vida e estabelecer diretrizes de implantação, organizadas segundo os níveis e domínios definidos pelo método de projeto axiomático proposto por SUH (1990). Palavras-chave: conjuntos habitacionais de interesse social, diretrizes de implantação, avaliação pós ocupação. www.fec.unicamp.br/~doris/pt/artigos/con_html/pdf/ENTAC2004_conjuntos_habitacionais.p df

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11. SÓCIO-DEMOGRAFIA

Ciclo de vida e habitação: um breve olhar sobre a conformação demográfica e socioespacial de alguns assentamentos precários em Campinas, SP Izabella Maria Zanaga de Camargo Neves Palavras-chave: ciclo de vida; assentamentos precários; habitação; urbano Resumo O estudo proposto visa examinar a existência de uma relação entre o ciclo de vida familiar ou o curso de vida individual, e a conformação sócio-demográfica e espacial de alguns tipos de assentamentos urbanos encontrados nas grandes cidades brasileiras, especificamente aqueles mais precários. A hipótese defendida é que o momento do ciclo de vida está diretamente ligado à forma de habitar, isto é, implica decisivamente nas estratégias possíveis e disponíveis para enfrentar a tarefa de habitar num grande centro urbano pelas camadas mais empobrecidas da população. Assim, de acordo com as distintas fases do ciclo vital, populações diferenciadas - em seu perfil socioeconômico e demográfico – seriam predominantes em cada assentamento. Portanto, os diferentes modos de habitar resultantes dessas estratégias, caracterizariam, em grande medida, não só perfis socioeconômicos e demográficos predominantes, mas também distintas formas de ocupação do espaço, resultando na grande diversidade de tipos de assentamentos urbanos precários observados nos principalmente grandes centros urbanos. Para isso, serão analisados dados sóciodemográficos - composição familiar, tempo de residência, renda, escolaridade - referentes à população residente de algumas áreas habitacionais de baixa renda específicas de Campinas SP, classificadas segundo momento e tipo de ocupação, coletados do Censo 2000. A escolha das áreas foi feita também tendo em conta o período político-institucional, econômico e histórico em que ocorreu cada uma das situações de assentamento. www.abep.nepo.unicamp.br/encontro2008/docspdf/ABEP2008_1131.pdf -

CUNHA, José Marcos Pinto da; FONSECA, Rinaldo Barcia (Coord.) Atlas Campinas Metropolitana: diversidades sócio-espaciais .- Campinas; Nepo/Nesur-Unicamp; 2004. s.p p. mapas, tab. Campinas Metropolitana: diversidades sócio-espaciais é um trabalho de sistematização e especialização de dados sócio-demográficos que procura evidenciar, justamente, a diversidade presente na Região Metropolitana de Campinas. Trata-se de um Atlas da Região Metropolitana de Campinas, cuja idéia de elaborar e disponibilizar em versão eletrônica está inserida no âmbito do desenvolvimento de projeto de pesquisa orientado pela preocupação de analisar a formação da Região, sua dinâmica de desenvolvimento e sua diferenciação sócio-espacial. Tal projeto, denominado Dinâmica Intrametropolitana e Vulnerabilidade Sócio-demográfica nas Metrópoles do Interior Paulista, vem sendo desenvolvido pelo Núcleo de Estudos de População (Nepo) e pelo Núcleo de Economia Social, Urbana e Regional (Nesur), da Universidade Estadual de Campinas-Unicamp. NEPO. Sumário de Dados da Região Metropolitana de Campinas – Versão Preliminar. http://www.nepo.unicamp.br/usuario/GerenciaNavegacao.php?caderno_id=590&nivel=0

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BAENINGER, Rosana

Título: Região metropolitana de Campinas: expansão e consolidação do urbano paulista Fonte: Campinas; NEPO/PRONEX; 2001. 321-348 p. tab. (Capítulo do Livro "Migração e ambiente nas aglomerações urbanas"). Localização: NEPO; 301.32, M588

A vulnerabilidade social no contexto metropolitano: o caso de Campinas José Marcos Pinto da Cunha Alberto A. E. Jakob Daniel J. Hogan Roberto L. Carmo Palavras-chave: dinâmica intra-metropolitana; vulnerabilidade sócio-demográfica Resumo Sem consenso ainda sobre o seu significado, os conceitos de vulnerabilidade social e, de maneira mais específica, vulnerabilidade sócio-demográfica têm ganhado força nos estudos Latino-americanos por sua capacidade de melhor expressar a dinâmica de reprodução da desigualdade social dentro de um território. Ao avançar com relação a enfoques tradicionais de análise como a pobreza, a idéia subjacente é de que as famílias detêm, além das suas próprias posses materiais, um conjunto de outros “ativos” sociais que poderiam mobilizar no sentido de fazerem frente aos vários constrangimentos impostos por sua condição social. Baseados nessa linha de argumentação, o presente estudo busca, com um estudo para o município de Campinas, discutir a aplicabilidade e vantagem deste conceito para descrever e entender a diferenciação sócio-espacial da metrópole e também propor formas de torná-lo operacional dentro dos limites dos dados disponíveis como os Censos Demográficos de 1991 e 2000 ao nível de setores censitários e outras informações de ordem territorial como relevo, áreas de inundação etc. Apesar das dificuldades operacionais, o estudo atualiza e apresenta uma visão geral do processo de expansão da mancha urbana e suas conseqüências sobre a constituição de distintas “zonas de vulnerabilidade” na cidade, as quais tomadas dentro do contexto da linha teórica adotada, deveriam informar de maneira mais adequada às políticas públicas. www.nepo.unicamp.br/textos_publish/livros/livro_vulnerabiliade/arquivos_links/arquuivos/... /vulnerab_cap_5_pgs_143_168.pdf

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12. SÓCIO-ECONOMIA

NOGUEIRA, Carmen Siqueira Ribeiro dos Santos Trabalho infantil e famílias em Regiões Metropolitanas Brasileiras .- Campinas; s.n; 2003. 104 p. tab. Apresentada a Faculdade de Economia/Universidade Estadual de Campinas para obtenção do grau de Dissertação de Mestrado em Economia Social e do Trabalho. Desde o Estatuto da Criança e do Adolescente, no final dos nos 80, e durante toda a década de 90 houve, do ponto de vista formal-legal, uma mudança qualitativa no tratamento conferido à infância e adolescência. Instituiu-se um arcabouço legal específico de proteção aos direitos da infância, bem como houve a implementação de políticas e programas que têm como meta, direta ou indireta, a erradicação do trabalho infantil. Entretanto, permaneceu trabalhando um número expressivo de crianças no meio urbano. A partir dos dados da PNAD de 1992 e 1999, este trabalho busca, de um lado, caracterizar o trabalho das crianças nas Regiões Metropolitanas brasileiras e, de outro, os seus domicílios e famílias. NEPO; 301.32, N689 SEADE. "Pesquisa de Condições de Vida no Município de Campinas –1994. Primeiros Resultados". Fundação SEADE, São Paulo, outubro de 1995. BRANDÃO, C.A. e CANO, Wilson (coord.). A Região Metropolitana de Campinas. Campinas, UNICAMP, 2002.

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Anexo 2 – Mapas - Macrozoneamento - Operações Urbanas - Zonas Especiais de Interesse Social – ZEIS - Zonas Especiais

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BAENINGER, Rosana. “A população em movimento”. In: FONSECA et al, 2002. Pp. 97- 134. BARREIROS, M. Novas Leituras sobre a RMC. In 3º. Seminário de Habitação da RMC, 3., Campinas, 2007. disponível em . Acesso em outubro de 2007. CBH-PCJ. SABESP. Plano das Bacias Hidrográficas dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí - 2004-2007. Relatório Final. Dezembro, 2006 FONSECA, Rinaldo B.; DAVANZO, Áurea M. Q. & NEGREIROS, Rovena M.C. (orgs.) Livro verde: desafios para a Gestão Metropolitana de Campinas. Campinas, SP: Unicamp. IE, 2002. FREITAS, Eleusina L. H. de. Loteamentos Fechados. São Paulo, SP: USP, 2008. Fundação João Pinheiro. Centro de Estatística e Informações. Déficit habitacional no Brasil 2005 / Fundação João Pinheiro, Centro de Estatística e Informações. - Belo Horizonte, 2006. 120p. GONÇALVES, Maria Flora & SEMEGHINI, Ulysses. “Uma metrópole singular”. In: FONSECA et al, 2002. Pp. 27-51. JUNQUEIRA Fo., Laurindo Martins. “Transporte, trânsito, tráfego e logística urbana”. In: FONSECA et al, 2002. Pp.155-176. MINISTÉRIO DAS CIDADES - Secretaria Nacional de Habitação - Centro de Estudos da Metrópole / Centro Brasileiro de Análise e Planejamento - CEM / Cebrap. Precariedade no Brasil Urbano. Disponível em: www. cidades.gov.br/secretarias-nacionais/secretaria-de- habitacao/biblioteca. POCHMANN, Márcio. “Emprego, renda e pobreza”. In: FONSECA et al, 2002. Pp. 135-152. PUC-CAMPINAS. Boletim econômico PUC-Campinas. Projeto Mercado de trabalho – resultados parciais. ROSANDISKI, Eliane N. “Emprego na Região Metropolitana de Campinas: período: janeiro a fevereiro de 2008”. Campinas, 23 de abril de 2008. SÃO PAULO (ESTADO). EMPLASA. Sumário de dados da Região Metropolitana de Campinas. Emplasa, 2005. SÃO PAULO (ESTADO). Fundação SEADE. Pesquisa de Condições de Vida, 2006. Seade, 2006. Obtida no site www.seade.gov.br SÃO PAULO (ESTADO). STM. Plano Integrado de Transportes Urbanos da Região Metropolitana de Campinas. 2006

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EQUIPE TÉCNICA

Coordenação Marcia Rodrigues

Consultoria Técnica Margareth Matiko Uemura

Técnicos Carolina Lunetta Eleusina Lavor Holanda de Freitas Luciana Gomes Mônica Manso Moreno Paula Francisca Ferreira da Silva Sidney Piochi Bernardini Valéria Nagy Campos Sylvio Fleming Batalha da Silveira

Estagiária Jamile Mariane Rosolen Ferreira

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II Plano de Trabalho – Ampliação do Aeroporto de Viracopos

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APRESENTAÇÃO

Este plano de trabalho tem como objeto a organização do trabalho voltado para a elaboração de um “Plano de Inserção do Aeroporto Internacional de Viracopos à Rede Urbana da RMC e suas Funções”, com o objetivo de fornecer subsídios e informações do planejamento existente para o desenvolvimento do Aeroporto Internacional de Viracopos, situado em Campinas. Para tanto, serão utilizadas as informações e dados derivados do Plano Diretor do Aeroporto Internacional de Viracopos / Campinas, na sua versão de setembro de 2007, que se encontra em análise pela Agência Nacional de Aviação Civil - ANAC.

Dentre outros objetivos desse estudo destacam-se o fornecimento de subsídios e informações de planejamento para as prefeituras dos municípios da Área de Influência de Viracopos e de alternativas e estratégias de articulações possíveis que a Agemcamp poderá realizar com os agentes envolvidos na implantação do projeto de ampliação do aeroporto.

I- ESCOPO DO TRABALHO

O escopo do trabalho compreenderá a elaboração de Relatório Técnico e o preparo e realização de apresentações públicas.

O relatório será composto por subsídios e informações relativas ao Aeroporto Internacional de Viracopos/Campinas, considerando: • Histórico do Aeroporto: descrição sucinta do histórico do aeroporto (data de início das operações, principais expansões, fatos marcantes, etc.). • Situação Atual: caracterização e localização geográfica do aeroporto, descrição da situação patrimonial atual e de seus limites, histórico da demanda por transporte aéreo, descrição dos sistemas e facilidades em funcionamento de modo a caracterizar a capacidade da infra-estrutura instalada em relação ao movimento atual de aeronaves, passageiros e cargas, compreendendo os sistemas de Pistas, Terminal de Passageiros, Terminal de Carga Aérea, de Gerenciamento de Tráfego Aéreo, de Infra-Estrutura Básica, Comercial e de Meio Ambiente. • Sua função no Sistema Aeroportuário de São Paulo: compreende a descrição do papel de Viracopos no sistema aeroportuário de São Paulo e sua relação com os demais aeroportos e aeródromos da TMA-SP (Área Terminal de São Paulo). • Área de Influência: definição e descrição sócio-econômica da Área de Influência do Aeroporto, tanto no aspecto relativo da demanda por transporte aéreo (passageiros e carga aérea), quanto no potencial comercial e de negócios, determinado pela dependência econômica entre Municípios. • Planejamento Existente: compreende o histórico do planejamento para Viracopos, função do Plano Diretor no planejamento aeroportuário, diretrizes de planejamento que nortearam os recentes estudos, caracterização do cenário do transporte aéreo mundial e nacional e as projeções de demanda por transporte

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aéreo para os horizontes de planejamento. Também serão descritos os parâmetros adotados para a concepção proposta para a configuração final do aeroporto com as respectivas etapas de implantação. Sempre que possível, e necessário, serão inseridas figuras, fotos e desenhos explicativos para ilustrar e exemplificar as situações apresentadas no relatório.

O trabalho abordará ainda cenários alternativos relacionados à possibilidade de implantação do 3º Aeroporto de São Paulo e da privatização do Aeroporto de Viracopos. Tais cenários serão produzidos com relação a sua significância e impacto para a RMC.

Os conteúdos do relatório serão formatados e preparados em versão multimídia, conforme a seguir: a) apresentação inicial para consolidação do trabalho com a Agemcamp; b) apresentação para os representantes da Câmara Temática de Transportes da Agemcamp; c) apresentação para os prefeitos da Região Metropolitana de Campinas, na reunião do Conselho de Desenvolvimento, quando solicitado pela Agemcamp; d) outras apresentações públicas, demandadas pela Agemcamp.

As apresentações serão sempre feitas pela Câmara Temática de Transporte, por meio do seu Coordenador ou indicado, assessorado pela consultoria especializada responsável por estruturar o trabalho, após cada validação pelos membros da Câmara Temática.

II- ATIVIDADES • Sistematização de dados e informações a partir do Plano Diretor do Aeroporto Internacional de Viracopos / Campinas. • Elaboração de análise para a produção de Relatório de Andamento visando fornecer subsídios e informações de planejamento para as prefeituras dos municípios da Área de Influência de Viracopos. • Indicação de alternativas e estratégias de articulações possíveis para a Agemcamp desempenhar seu papel no fortalecimento dos agentes envolvidos na implantação da ampliação do aeroporto. • Participação em reuniões previstas da Câmara Temática de Transportes e em outros fóruns definidos pela Agemcamp.

III- METODOLOGIA

Os trabalhos serão realizados em três fases distintas: levantamentos, sistematização e análise de informações; articulação regional dos atores envolvidos e definição de estratégias de ação regional.

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Os trabalhos serão iniciados com uma análise do Plano Diretor do Aeroporto Internacional de Viracopos / Campinas, na sua versão elaborada em setembro de 2007, e complementados com o levantamento das informações sobre os investimentos programados pelo setor público na região. Esses levantamentos serão cotejados com os cenários alternativos disponíveis para o Sistema Aeroportuário de Estado de São Paulo, considerando a implantação do 3º Aeroporto de São Paulo e a privatização de Viracopos, entre outros.

O cotejo das análises, levantamentos e os cenários alternativos devem resultar em uma apresentação que subsidiará o debate com a Câmara Temática de Transporte e, a seguir, com o Conselho de Desenvolvimento da RMC e outras partes interessadas, de forma a articular uma estratégia de ação que potencialize as oportunidades de desenvolvimento geradas pelos investimentos previstos na ampliação do Aeroporto. Essa articulação se dará por meio de um conjunto de reuniões lideradas pela Agemcamp, envolvendo prefeituras e demais agentes vinculados ao tema.

Os resultados dessa articulação poderão permitir a definição das potencialidades e desafios oriundos da ampliação do Aeroporto, visando programar investimentos públicos necessários frente às novas demandas geradas, bem como estabelecer o consenso político sobre um Plano de Ação Regional a ser implementado de forma conjunta.

IV- PRODUTOS

Os resultados do trabalho serão entregues em 03 relatórios, sendo:

Relatório 1 - o plano de trabalho

Relatório 2 - versão preliminar das análises

Relatório 3 -versão final do relatório, acompanhado das apresentações e de um sumário executivo do trabalho, de no máximo 10 páginas.

Os relatórios serão fornecidos em 2 (duas) cópias impressas em papel sulfite e em meio eletrônico no formato Word. Também serão realizadas 03 apresentações e o arquivo dessas será fornecido em meio eletrônico no formato Power Point.

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V- EQUIPE TÉCNICA

Coordenação técnica Luiza Helena Fernandes de Araujo Miranda

Consultor Eng. Oswaldo Sansone

Equipe Técnica Arqt. Jorge Michirefe Eng. Theodósio Pereira da Silva Eng. Roberto Carlos da Silva Eng. Rogério Augusto Prado

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VI- CRONOGRAMA FÍSICO

O prazo total para a realização dos trabalhos é de 90 (noventa) dias corridos, a partir da aprovação do plano de trabalho.

Data de Entrega N.º Produto Especificação Previstas Planejamento executivo das 1 Plano de Trabalho 06/02/2009 etapas de trabalho Levantamento de Relatório de Andamento 2 Informações e Análise 23/03/2009 para aprovação da Agemcamp Preliminar Relatório Técnico - versão Proposta de Diretrizes 3 para discussão na Câmara 24/04/2009 Estratégicas para a Ação Temática

4 Sumário Executivo 24/04/2009

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III Estágio de Desenvolvimento dos Projetos

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Sistema de Informações Geográficas da RMC

O plano de trabalho entregue em 29/12 p.p. retornou da Agemcamp em 14/01 com a discriminação dos ajustes a serem feitos, estes foram discutidos em reunião de coordenação em 21/01 sendo incorporados ao referido plano de trabalho reenviado a Agemcamp em 30/01.

Plano Metropolitano de Habitação

Concluído, em versão preliminar, o diagnóstico, prossegue o levantamento de informações junto aos municípios através de planilhas de dados e visitas às prefeituras.Os trabalhos vem sendo acompanhados sistematicamente pela Câmara Temática.

Sistema Integrado de Segurança Pública

Encontra-se em estágio final o levantamento de informações municipais a serem integradas ao diagnóstico em desenvolvimento. A Câmara Temática vem acompanhando o desenvolvimento dos trabalhos.

Projeto Integrado de Tratamento de Resíduos Sólidos

Acha-se em desenvolvimento as atividades constantes do Plano de Trabalho.

Programa Metropolitano de Saneamento

Aguarda-se a validação do Termo de Referência pela Câmara Temática e posterior envio a Emplasa.

Projeto Ampliação do Aeroporto de Viracopos

A proposta de trabalho foi validada em 26/11/2008 pela Câmara Temática de Transportes e entregue formalmente a Agemcamp no presente relatório.

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IV Etapas Subseqüentes

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Estão previstos para o mês de fevereiro a entrega dos seguintes relatórios:

• Relatório de Andamento 2 do Sistema Integrado de Segurança Pública contendo a sistematização dos levantamentos das informações e ações da área na RMC, levantamento sobre projetos e ações em curso nos municípios, fatores limitantes das ações e estruturas existentes na área de segurança pública, dentre outro conteúdos especificados no Plano de Trabalho.

• Plano de Trabalho do Programa Metropolitano de Saneamento

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V Anexos

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Anexo 1 Reunião de Coordenação

Data: 21/01/2009 Local: Agemcamp Participantes: Áurea, Célia, Rovena e Regina Pauta: Balanço dos Projetos

Plano de Trabalho SIG • Rever o item referente a metodologia; • Item 4.1 desconsiderar novos levantamentos junto aos municípios, deverão ser usados o diagnóstico CPqD e o levantamento mais recente da SIG-Geo (a ser disponibilizado pela Agemcamp a Emplasa); • Item 4.2.3 Teste do modelo – apontar apenas a necessidade de futuramente testar o modelo, fora do âmbito deste contrato; • Cronograma: Áurea chamou a atenção para a proximidade entre a apresentação da versão preliminar e da final; • Grupo de Trabalho SIG: Áurea destacou a ausência de interlocução com o grupo inter-câmaras – questão que deverá ser apreciada pela Agemcamp.

Aeroporto • Agemcamp solicita ampliação do escopo de trabalho no tocante a avaliação de impactos de ordens diversas advindos da ampliação do Aeroporto – Emplasa examinará as solicitações feitas; • Modelo de articulação institucional segundo o entendimento da Emplasa o projeto deverá identificar os agentes envolvidos e as ações de articulação necessárias cabendo a Agencia a continuidade do processo. • Redução de Acidentes com Vítima • Aguarda-se definição da Agemcamp na readequação do escopo, prazo e custo do trabalho.

Produto-Relatório 4 a ser entregue em 31/01/2009 O desenvolvimento deste produto vem ocorrendo de acordo com o cronograma previsto

Câmaras Temáticas Em fevereiro as reuniões retomarão os trabalhos. A distribuição dos técnicos por assunto é a seguinte: Célia (Habitação/Saneamento e Meio Ambiente), Ricardo (SIG) e Sergio( Segurança Pública, Transportes e Trânsito).

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Anexo 2 Memória da reunião realizada: Plano Metropolitano de Habitação

Data: 02/12/2008

Presentes: Na reunião estiveram presentes representantes dos municípios de: Indaiatuba (Paina, Renato Cosmo Lopo, Elizabete C. Canil e Carlos Olímpio Pires da Cunha), Sumaré (Jesuel Pereira), Jaguariúna (Marli Milan), Engenheiro Coelho (Juliana de Oliveira), Monte Mor (José Osvaldo), Americana (Marco Antônio Alves Jorge - Kim, Rose e Maria Rosa), Itatiba (Rubens Henrique West); representante da CDHU ( Renata de F. Rocha Furigo); representantes da Emplasa: Márcia Rodrigues, da UGP Emplasa (Janaina Carvalho, Mônica Manso Moreno e Paula Francisca Silva), consultoras da Emplasa ( Eleusina de Freitas e Margareth Uemura) e, representante da Agemcamp ( Maria Célia Silva Caiado).

Pauta: Balanço da elaboração do Diagnóstico sobre a Situação Habitacional na RMC - Produto 2 – do Plano Metropolitano de Habitação.

Discussão:

A reunião iniciou com a despedida do representante de Itatiba, Rubens West e a seleção do relator que o substituirá, tendo sido eleita a representante da CDHU, Renata Furigo. Marco Antônio Alves Jorge, coordenador titular que havia se afastado, agradeceu a colaboração de Rubens West.

A discussão da pauta foi introduzida pela coordenadora Márcia Rodrigues, que informou que a consultora e a equipe técnica apresentariam um material composto de dados secundários que orientam a elaboração do diagnóstico, além de exemplos de mapeamentos que esclarecem o que se busca no trabalho a ser realizado. Ressaltou que a coleta de informações junto aos municípios, intensificada pelas visitas realizadas pela equipe da UGP Emplasa, possibilitará um diagnóstico ajustado e mais coerente com a realidade da RMC e a mapeamento atualizado dos dados.

A seguir, a técnica Eleusina apresentou dados do IBGE, destacando os déficits habitacionais e de infra-estrutura como os grandes problemas da RMC e, mapeamentos de assentamentos irregulares de Hortolândia e de vazios urbanos de Vinhedo. Margareth Uemura complementou a exposição, esclarecendo que a partir do mapeamento das áreas de ZEIS (Zona de Especiais de Interesse Social), de vazios urbanos e de assentamentos irregulares, pode-se compreender melhor a estratégia das políticas e dos planos municipais e, a partir disto, elaborar um plano metropolitano que compreenda os instrumentos urbanísticos adequados para cada problemática.

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A técnica Mônica Moreno, da UGP (Unidade de Gerenciamento de Projetos da Emplasa), destacou que para o desenvolvimento do Plano é necessário, além de mapear o conjunto dos assentamentos irregulares, classificar qual o tipo de irregularidade encontrada nos municípios, visto que para cada caso poderão ser adotadas diferentes linhas de ação, de programas e estratégias para enfrentar a situação.

O secretário de habitação de Indaiatuba, Carlos Olímpio da Cunha, colocou que no município há poucos terrenos públicos para fins habitacionais e ele acredita que este seja um problema da RMC. Ampliando a discussão, mencionou os problemas referentes ao financiamento da Caixa Econômica Federal e da CDHU, destacando o fato de que o processo de implantação de um conjunto da CDHU já leva quatro anos sem conclusão. No caso da Caixa, destacou sua postura de agente financeiro que se sobrepõe ao papel de agente habitacional, não estabelecendo procedimentos adequados e de maneira clara, dificultando o processo de interação com os municípios. Reiterou que a lentidão dos dois órgãos é bastante grande frente ao desafio de tratar o problema concreto do município.

A consultora Margareth colocou que o plano federal habitacional está sendo desenhado e a Caixa será o agente habitacional, sendo, portanto, um momento oportuno para que o órgão se adeque. A consultora ressaltou que o posicionamento da RMC tem muito valor nesta discussão. Dessa maneira, a elaboração deste Plano Metropolitano de Habitação deverá contemplar esta discussão.

A reunião prosseguiu, discutindo os casos dos municípios que não enviaram as informações completas ou em formato que dificulta o acesso. O representante de Indaiatuba, Olímpio, se comprometeu a fornecer os mapas do plano diretor em formato dwg, embora esse já esteja desatualizado, pois o Plano é de 2001. Ele concordou que outras informações georreferenciadas do cadastro municipal poderão ser obtidas diretamente pelas consultoras, que se comprometem a ir até o município, para conhecer o banco de dados e, a partir do mesmo, solicitar os mapas necessários, os quais serão fornecidos pelo município.

Kim, representante de Americana, complementou lembrando que a questão territorial é um aspecto do Plano e o outro é o institucional, e, para este Plano ser plenamente válido é necessário que ele compreenda também as articulações institucionais. Dando continuidade, ele ressaltou que para o desenvolvimento do Plano, tem que estar clara a seguinte questão: “Onde se pretende chegar com o Plano Metropolitano de Habitação?” Tem que se ter clareza da abrangência deste Plano, já que o mesmo é de grande importância àquelas questões que devem ser tratadas de maneira metropolitana. Cita como exemplo, de interdependência municipal na região, o caso da invasão da Granja Cohab que se situa na divisa entre os municípios de Americana e Cosmópolis e que os cidadãos foram exigir seus direitos junto à Prefeitura de Paulínia.

A representante de Engenheiro Coelho, Juliana, aproveitou a oportunidade para manifestar as dificuldades dos agentes técnicos municipais sensibilizar o poder

126 executivo para a importância de implementar políticas públicas que visem regulamentar o uso do solo quando estas confrontam interesses do poder local.

O representante de Sumaré, Jesuel Pereira, fez algumas perguntas específicas à consultora sobre o mapeamento e, de maneira enfática, disse que comunga a idéia do representante de Indaiatuba sobre os problemas referentes à CDHU e à Caixa Federal, e solicitou que constasse da ata as manifestações de descontentamento dos municípios com os procedimentos adotados pelos agentes habitacionais dos governos estadual e federal.

A reunião foi encerrada por Kim com a proposta de um almoço de confraternização da Câmara Temática de Habitação, convidando todos os presentes a participar.

Encaminhamentos:

Será dado prosseguimento as atividades vinculadas ao levantamento de informações para a elaboração do Diagnóstico, pelas equipes da Emplasa.

Estará suspensa reunião da Câmara Temática de Habitação em janeiro, sendo a próxima reunião marcada para 03 de fevereiro de 2009.

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Anexo 3 Memória da reunião realizada: Projeto Ampliação do Aeroporto de Viracopos

Local: Agemcamp Pauta: Apresentação do Plano de Trabalho “Ampliação do Aeroporto de Viracopos” pelo consultor Oswaldo Sansone (diretor de planejamento da Planway) Participantes: Carlos Eduardo de A. Borges (EMTU), Cleiton Luiz de Souza (DER); Jair Dias Ribeiro (Artur Nogueira), Rodolfo Marincek Neto e Daniel Luis (Campinas), Petrus Weel (Holambra), Joel Garcia da Costa (Itatiba), Nelson Antonio Zani e Armando Pegorari (Jaguariúna), José Darci Secco (Nova Odessa), Sylvio Rodrigues Viamonte, Rogério Rezende da Silva, José Pedro Moreira e José Valentim Krepski (Paulínia), Ademir Bueno Martins (Valinhos), Ademir Bueno Martins, Osmir Aparecido Cruz e José Osmar (Vinhedo); Sergio Costa (Agemcamp); Janaína (Emplasa-UGP) e Regina Barbiere (Emplasa).

Principais informes/ Pontos de Discussão • O Plano Diretor de Viracopos, executado pela Planway, acha-se em exame na Infraero. • A área terminal de São Paulo abrange Congonhas (vôos domésticos), Cumbica (vôos internacionais) e Viracopos (vôos cargueiros e vôos locais). • Cenário futuro (20 anos): Viracopos atenderia o tráfego excedente da RMSP e o aumento do tráfego local. • Cenários alternativos: São Paulo não dispõe de espaços para a implantação de novo aeroporto, caso isto ocorra absorverá parte da clientela futura de Viracopos; privatização de Viracopos, ampliação de Cumbica e Viracopos. • Áreas aventadas para um novo aeroporto: mananciais, Mauá, , Jundiaí... todas elas competiriam com Viracopos pois situam-se num raio máximo de 100km de distância do principal pólo gerador de tráfego – RMSP. • Maior restrição a Viracopos: distância da RMSP, necessidade de definir-se a infra-estrutura de apoio (trem-bala, trem rápido). • Privatização: há a necessidade de avaliar-se a totalidade do sistema aeroportuário nacional, BNDES contratou um estudo com duração prevista de 6 meses para avaliar o modelo aeroportuário mais adequado ao país. Com referência a esta questão o consultor informou que no projeto para Agemcamp serão apresentados diferentes modelos de gestão adotados internacionalmente (México, Ìnglaterra,...) • Por parte dos municípios colocam-se como principais preocupações: o não conhecimento do plano de expansão do aeroporto (foi informado que uma cópia do Plano Diretor acha-se a disposição para consulta na prefeitura de Campinas); os desdobramentos desta expansão no viário e no sistema modal da Região e a ausência de planejamento e atuação integrada entre as instâncias de governo.

A Agemcamp deve se constituir no fórum de informações, discussões e articulações entre os diversos agentes envolvidos nesta questão.

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Anexo 4 Apresentação do Plano de Trabalho do Projeto Ampliação do Aeroporto de Viracopos a Câmara Temática em 26/11/2008

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Empresa Paulista de Planejamento Metropolitano SA R. Boa Vista, 170 - Centro - 01014-000 – São Paulo / SP Tel.: (11) 3293 5300 - Fax: (11) 3101 9660 [email protected] - www.emplasa.sp.gov.br