Governo Do Estado De São Paulo José Serra Governador
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Projeto Executivo visando a elaboração de plano para execução dos Projetos Prioritários para a RMC, Aprovados pelo Conselho de Desenvolvimento da RMC, com Recursos do Fundo de Desenvolvimento Metropolitano da Região de Campinas (Fundocamp) Relatório 4 – Diagnóstico do Setor Habitacional na Região Metropolitana de Campinas e Plano de Trabalho – Ampliação do Aeroporto de Viracopos Janeiro de 2009 Empresa Paulista de Planejamento Metropolitano SA Rua Boa Vista, 170 – Cep: 01014-000 - Centro / SP Tel.: (11) 3293-5300 - Fax: (11) 3101-9660 – [email protected] - www.emplasa.sp.gov.br Governo do Estado de São Paulo José Serra Governador Secretaria de Estado de Economia e Planejamento Francisco Vidal Luna Secretário Empresa Paulista de Planejamento Metropolitano SA – Emplasa Jurandir Fernandes Diretor-Presidente Helena Maria Gasparian Vice-Presidenta Eloisa Raymundo Holanda Rolim Diretora de Planejamento Saulo Pereira Vieira Diretor de Gestão de Projetos Wanderley dos Santos Diretor Administrativo e Financeiro 2 Relatório 4 – Diagnóstico do Setor Habitacional na Região Metropolitana de Campinas e Plano de Trabalho – Ampliação do Aeroporto de Viracopos 3 Sumário Apresentação I Diagnóstico do Setor Habitacional na Região Metropolitana de Campinas II Plano de Trabalho – Ampliação do Aeroporto de Viracopos III Estágio de Desenvolvimento dos Projetos IV Etapas Subseqüentes V Anexos 4 APRESENTAÇÃO O presente relatório tem como objeto principal o encaminhamento do Relatório de Andamento 2 correspondente ao Diagnóstico do Setor Habitacional na Região Metropolitana de Campinas e do Plano de Trabalho – Ampliação do Aeroporto de Viracopos, conforme previsto no cronograma físico, integrante da Proposta Técnica de trabalho, anexada ao Instrumento de Liberação de Recursos – CVE nº 001/08, assinado entre Emplasa, Agemcamp e Nossa Caixa. É apresentado de forma sucinta o estágio de andamento dos projetos integrantes deste contrato e os produtos a serem desenvolvidos na próxima etapa de trabalho, de acordo com o cronograma vigente. Em anexo encontram-se as memórias das reuniões de coordenação e das Câmaras Temáticas concernentes considerados aos projetos referidos. Por fim é apresentado o PowerPoint que ilustrou a exposição do Plano de Trabalho – Ampliação do Aeroporto de Viracopos. 5 I Diagnóstico do Setor Habitacional na Região Metropolitana de Campinas 6 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO 1.1. CARACTERIZAÇÃO SOCIOECONÔMICA DA REGIÃO METROPOLITANA DE CAMPINAS. 1.1.1. Introdução 1.1.2. Aspectos sociodemográficos 1.1.3. Aspectos econômicos 1.2. A QUESTÃO DO DÉFICIT HABITACIONAL NA REGIÃO METROPOLITANA DE CAMPINAS ANEXOS Anexo1: Revisão Bibliográfica Anexo2: - Mapas - Macrozoneamento - Operações Urbanas - Zonas Especiais de Interesse Social - Zonas Especiais: Desenvolvimento Econômico, Patrimônio Cultural e Agrícola. REFERÊNCIAS BLIBLIOGRÁFICAS EQUIPE TÉCNICA 7 1. INTRODUÇÃO A elaboração deste segundo produto baseou-se no levantamento de dados e informações e na organização de dados secundários dos diversos institutos e organismos públicos sobre a realidade da Região Metropolitana de Campinas. Foram considerados os dados socieconômicos e dados específicos sobre habitação. Dentre as fontes consultadas incluímos: a Fundação SEADE, IBGE, UNICAMP (NEPO/NESUR), CEM/ CEBRAP, a Fundação João Pinheiro, sem contar os diversos trabalhos de teses e pesquisas encontrados nas bibliotecas. Foi realizada também uma coleta de dados cadastrais, fiscais e sobre a legislação urbanística nas prefeituras que compõe a RMC, que embora insuficiente foi também agregada neste relatório de análise. Para esta coleta de dados foi elaborado um formulário de pesquisa enviado a todas as prefeituras. Entretanto apenas 11 municípios retornaram com o formulário preenchido. O levantamento de dados municipais priorizou a legislação vigente referente a área, nas três instâncias de poder- municipal estadual e federal e a partir deste iniciou-se a produção de uma cartografia temática da RMC. Nesta cartografia estão sendo compiladas as informações relativas aos 19 municípios que compõem a RMC, e como resultado apresentamos inicialmente os mapas de Macrozoneamento e Zoneamento, as Zonas Especiais de Interesse Social, Ambiental e demais e as áreas de operação urbana. Foi realizado também um levantamento bibliográfico nas bibliotecas das principais instituições de ensino e pesquisa do Estado de São Paulo sobre o tema Habitação na região de Campinas e os títulos levantados seguem relacionados no Anexo 1 deste Relatório. 8 1.1. CARACTERIZAÇÃO SOCIOECONÔMICA DA REGIÃO METROPOLITANA DE CAMPINAS 1.1.1. Introdução A Região Metropolitana de Campinas (RMC) foi instituída, no ano 2000, pela Lei Complementar Estadual 870, no âmbito de uma política de planejamento e reorganização regional do estado de São Paulo, desencadeada pela Constituição estadual de 1989. De acordo com esta Lei, 19 municípios fazem parte da RMC, a saber: Americana, Artur Nogueira, Campinas, Cosmópolis, Engenheiro Coelho, Holambra, Hortolândia, Indaiatuba, Itatiba, Jaguariúna, Monte Mor, Nova Odessa, Paulínia, Pedreira, Santa Bárbara d’Oeste, Santo Antonio de Posse, Sumaré, Valinhos e Vinhedo.1 A área ocupada pela RMC é de 364.689ha que representa 1,3% do território do estado de São Paulo. (cf. tabela 1). Quase todo território da RMC está localizado na Bacia Hidrográfica dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí, sendo que apenas parte do município de Engenheiro Coelho está assentada na Bacia Hidrográfica de Mogi-Guaçu e do município de Indaiatuba, na Bacia Hidrográfica Sorocaba Médio Tietê. A Figura 1 mostra a localização da RMC na Bacia Hidrográfica dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí. 1 Em 1991, foram criados os municípios de Engenheiro Coelho e Holambra, desmembrados do município de Campinas, e o município de Hortolândia, desmembrado do município de Sumaré. Isto deve ser observado na análise dos dados socioeconômicos referentes a tais municípios. 9 Tabela 1 - Região Metropolitana de Campinas: composição e área Área total da RMC Município Em hectares % total Americana 13.368 3,7 A. Nogueira 17.782 4,9 Campinas 79.592 21,8 Cosmópolis 15.480 4,2 Engenheiro Coelho 10.984 3,0 Holambra 6.429 1,8 Hortolândia 6.225 1,7 Indaiatuba 31.069 8,5 Itatiba 32.255 8,8 Jaguariúna 14.247 3,9 Monte Mor 24.091 6,6 N. Odessa 7.332 2,0 Paulínia 13.938 3,8 Pedreira 10.974 3,0 Santa Bárbara d’Oeste 27.169 7,4 Santo Antonio de Posse 15.413 4,2 Sumaré 15.311 4,2 Valinhos 14.855 4,1 Vinhedo 8.175 2,2 Total RMC 364.689 100,0 Fonte: Elaborada com base em dados do IBGE - Censo demográfico 2000 e estudos Nesur/IE-Unicamp, 2002. No que diz respeito à área urbana da RMC, observa-se que houve nas últimas décadas um crescimento acelerado e uma tendência à “periferização”. Em 1996, a área urbana correspondia a 17,9% do território da RMC - cerca de 65.200ha -; no ano 2000, por sua vez, houve um acréscimo de 10,43% e a área urbana passou a ocupar cerca de 72.000ha - quase 20% da área total da RMC -, dos quais 54.000ha correspondem à área urbanizada do município de Campinas (65% do território do município). A Região Metropolitana de Campinas abriga o município de Campinas, cuja importância histórica nos diversos ciclos de desenvolvimento do estado de São Paulo e do Brasil é um fato (cf. item 1.1.3). O papel notável que esse pólo regional desempenhou no processo de desenvolvimento estadual e nacional teve seus desdobramentos em termos demográficos, sociais e econômicos, como será mostrado a seguir. 10 1.1.2. Aspectos Sociodemográficos De acordo com dados da Emplasa (SÃO PAULO, 2005), o ritmo de crescimento da população do estado de São Paulo vem apresentando uma desaceleração decorrente, entre outros fatores, da redução dos fluxos migratórios interestaduais. A taxa geométrica de crescimento anual do estado (TGCA) passou de 1,80% ao ano, no período 1991-2000, para 1,55% ao ano entre os anos 2000 e 2005. (cf. tabela 2) Tabela 2 – Brasil, Estado de São Paulo, Região Metropolitana de Campinas e Município de Campinas. Evolução da população residente: 1980-1991-2005 Regiões População residente TGCA (%) 1980 1991 2000 2005a) 1980/91 1991/2000 2000/05 Brasil 119.002.706 146.825.475 169.799.170 184.184.264 1,93 1.64 1.67 Estado de 25.040.712 31.588.925 37.032.403 39.949.487 2,13 1,80 1,55 São Paulo Região 1.276.755 1.866.025 2.338.148 2.578.033 3,51 2,56 2,01 Metropolitana de Campinas Campinas 664.559 847.595 969.396 1.029.898 2,24 1,52 1,24 Fonte: Adaptado de São Paulo (2005), elaborado a partir de IBGE, Censos Demográficos de 1980, 1991 e 2000, projeções populacionais para Brasil revisão 2004 e Fundação Seade 2007. a) população residente em 01/07/05 Além desta diminuição das taxas, observa-se também que vem ocorrendo um redirecionamento dos pontos de atração e concentração da população no território paulista. (CBH-PCJ, 2006) Neste contexto, as taxas de crescimento anual da Região Metropolitana de Campinas (RMC) também têm apresentado uma queda, influenciadas pela diminuição do volume migratório. Entretanto, analisando-se os dados populacionais desta Região referentes a 1970, 1980, 1990, 2000 e 2007, verifica-se que tais taxas permanecem superiores às taxas nacional e estaduais. (cf. tabela 2 e 3 ) Considerando a contagem populacional efetuada em 2007, a Região Metropolitana de Campinas (RMC) teve um acréscimo de 295.375 habitantes, entre 2000 e 2007, passando a contar com 2,63 milhões de habitantes. Deste montante, o município de Campinas, isoladamente, abrigava pouco mais de 1 milhão de habitantes, equivalente a 39,46% da RMC. Nesse período, a taxa geométrica de crescimento anual (TGCA) da população caiu novamente, ficando na marca de 1,74% a.a. Entre 2000 e 2007, os municípios que tiveram uma taxa anual de crescimento superior a 3% foram Engenheiro Coelho, Holambra, Hortolândia, Jaguariúna e Paulínia, sendo que este último teve um crescimento populacional expressivo de mais de 5% a.a. Os municípios de Americana, Campinas, Santa Bárbara d’Oeste e Sumaré, embora tenham sofrido uma diminuição nas taxas de crescimento populacional, correspondiam, no ano 2000, a 65% do total populacional e, em 2007, a 62,70% do total populacional da RMC.