Boletín Sociedad Entomológica Aragonesa, nº 43 (2008) : 145–151.

CONTRIBUIÇÃO PARA O CONHECIMENTO DOS LEPIDOPTEROS DO SITIO NATURA-2000 “MONTESINHO-NOGUEIRA”, TRÁS-OS-MONTES, (INSECTA, )

Eduardo Marabuto1 & Ernestino Maravalhas2

1 Rua Maestro Frederico de Freitas, 5 – 7º Dto. 1500-399 Lisboa (Portugal) – www.lusoborboletas.org; [email protected] 2 TAGIS – Centro de Conservação das Borboletas de Portugal – Museu Nacional de História Natural. Rua da Escola Politécni- ca, 58 1269-102 Lisboa (Portugal) – [email protected]

Resumo: Prosseguindo com as investigações levadas a cabo sobre a fauna de borboletas de Portugal por diversos investiga- dores em locais de especial interesse do ponto de vista da diversidade de lepidópteros, este trabalho vem dar a conhecer os resultados de um fim de semana de observação e estudo da lepidopterofauna nas serras de Montesinho e Nogueira, no ex- tremo nordeste do país. Avançam-se dados sobre a distribuição e ecologia de algumas espécies pouco conhecidas em Portu- gal cuja distribuição não deverá ir além dos limites destes dois locais objecto de estudo. Finalmente, dão-se a conhecer 6 espécies novas para Portugal: Pyrgus serratulae (Rambur, 1839) (Hesperiidae), Agrotis clavis (Hufnagel, 1766), Leucania comma (Linnaeus, 1761), pallustris (Hübner, [1808]) (), Idaea luteolaria (Constant, 1863) (Geometridae) e Py- rausta nigrata (Scopoli, 1763) (Pyralidae). Palavras-chave: Lepidoptera, biogeografía, novidades faunísticas, Montesinho, Nogueira, Portugal.

Contribution to the knowledge of the Lepidoptera of the “Montesinho-Nogueira” Natura-2000 site, Trás- os-Montes, Portugal (Insecta, Lepidoptera) Abstract: Continuing with the research carried out by various specialists on the butterfly and fauna of Portugal in places of special interest from the point of view of butterfly biodiversity, we here present new data about the distribution and ecology of some species which are poorly known in Portugal and whose southern distribution boundary may not extend very far beyond these two areas object of study. Finally, we also present 6 species as new for the Portuguese fauna: Pyrgus serratulae (Ram- bur, 1839) (Hesperidae), Agrotis clavis (Hufnagel, 1766), Leucania comma (Linnaeus, 1761), (Hübner, [1808]) (Noctuidae), Idaea luteolaria (Constant, 1863) (Geometridae) and Pyrausta nigrata (Scopoli, 1763) (Pyralidae). Key words: Lepidoptera, biogeography, faunistics, first records, Montesinho, Nogueira, Portugal.

Aportación al conocimiento de los lepidópteros del sitio Natura 2000 “Montesinho-Nogueira”, Tras-os- Montes, Portugal (Insecta, Lepidoptera) Resumen: Continuando con la investigación llevada a cabo por diversos especialistas sobre las mariposas y polillas de Portu- gal en lugares de interés especial por su diversidad lepidopterológica, se aportan datos nuevos sobre la distribución y ecología de algunas especies mal conocidas en Portugal y cuyo límite meridional posiblemente no esté muy alejado de las dos zonas que aquí se estudian. Finalmente, también se citan 6 especies por primera vez de Portugal: Pyrgus serratulae (Rambur, 1839) (Hesperidae), Agrotis clavis (Hufnagel, 1766), Leucania comma (Linnaeus, 1761), Athetis pallustris (Hübner, [1808]) (Noctui- dae), Idaea luteolaria (Constant, 1863) (Geometridae) y Pyrausta nigrata (Scopoli, 1763) (Pyralidae). Palabras clave: Lepidoptera, biogeografía, faunística, primeras citas, Montesinho, Nogueira, Portugal.

Introdução Desde o seu início no séc. XVIII e até muito recentemente, o Parque Natural de Montesinho (1492 m) e a Serra da Noguei- estudo das borboletas em Portugal tem sido feito maioritaria- ra (1320 m), locais de elevada biodiversidade e onde se têm mente a intervalos irregulares, tem envolvido um reduzido encontrado inúmeras espécies previamente desconhecidas em efectivo de especialistas e especialmente pode ser caracteriza- Portugal (Monteiro & Maravalhas, 1987; Garcia Pereira et al., do pela quase total negligência de estudos nas regiões frontei- 2001; Maravalhas et al., 2004; Nieukerken et al., 2004; Cor- riças do interior. Os registos históricos de borboletas centram- ley, com. pes.). Apesar de próximas, a Serra de Montesinho (e se em grande maioria nas regiões densamente povoadas (Lis- o envolvente Parque Natural) e a Serra da Nogueira são bas- boa e Porto), de aptidão turística relevante (Algarve, Gerês ou tante distintas botânica e geologicamente mostrando no seu Serra da Estrela) ou em algumas localidades muito restritas conjunto algumas afinidades com os Montes de León e Cor- dispersas pelo país (São Fiel, Abrantes, Torres Vedras, etc.). dilheira Cantábrica muito devido à sua altitude, localização e No terceiro quarto do séc. XX deu-se um crescimento explo- o ainda em grande medida tradicional uso do solo, geralmente sivo das prospecções lepidopterológicas em Portugal e parti- favorecendo pequenas parcelas agrícolas heterogéneas. Estes cularmente a partir do final dos anos 80 com a colaboração factores potenciam uma elevada riqueza de habitats e espécies entre inúmeros estudiosos estrangeiros e portugueses de di- estando ambas as unidades orográficas incluídas no sitio versas gerações até aí isolados. Foi nesta altura que se deu NATURA 2000 “Montesinho-Nogueira” (PTCON0002). também a “descoberta” das potencialidades e biodiversidade Apesar do trabalho de campo actualmente a ser desen- no extremo nordeste do país (região de Trás-os-Montes), o volvido na região ser ainda pouco expressivo, é notável o

145 número de espécies descobertas para o país nesta zona e apesar de haver registos publicados referentes a armadi- mesmo a nível ibérico. Esperam-se muitas mais descobertas lhamentos nocturnos (Monteiro & Maravalhas, 1987), a maio- para a fauna nacional ao nível das borboletas diurnas (Erebia ria dos eventos de campo tem sido feita nos últimos oito anos palarica, Lycaena hippothoe, Maculinea arion, etc.) mas pelos autores além de Pedro Pires, Martin Corley, Manuel especialmente no que se refere às borboletas nocturnas, onde Dinis Cortes e Erik van Nieukerken estando ainda por publi- o conhecimento publicado é residual. Quando os dados obti- car, com excepção de algumas espécies novas para Portugal dos dos últimos anos estabilizarem ao nível das espécies con- (Corley et al., 2007). hecidas na região, estes irão integrar uma publicação abran- gente e mais aprofundada sobre a sua singular fauna. • [Lama Grande] 1350m alt. (UTM 10x10km: 29TPG85). Outrora uma turfeira de altitude, a Lama Grande foi drenada O presente trabalho resulta directamente de uma saída no início do século XX como conversão para uso agrícola de campo organizada pelo Centro de Conservação das Borbo- nomeadamente a cultura de batata-semente. É hoje um mosai- letas de Portugal (TAGIS) ao nordeste transmontano entre 18 co de diversas comunidades vegetais sobre substrato granítico e 21 de Junho 2004 tendo como objectivo a observação da (granitos hercínicos calcoalcalinos de duas micas) e pH ácido diversidade de espécies e de habitats patente nesta região do actualmente geridas em regime extensivo pelas populações da país. Dada a limitação de tempo e disponibilidade, apenas zona para pastoreio de gado bovino. Na zona climática da algumas localidades foram prospectadas, mais intensamente Terra Fria Transmontana de Alta Montanha, bioclimaticamen- na Lama Grande e apenas de passagem nos outros locais. te a Lama Grande possui um clima temperado oceânico sub- Deste modo, fazem parte neste trabalho além da descrição mediterrânico supratemperado hiper húmido com T= 8ºC e P= geral dos principais locais prospectados, a lista de espécies 1540 mm (Aguiar, 2000). A zona depressionaria é dominada observadas durante a expedição e os respectivos locais além por lameiros de regadio de macrobioclima temperado, An- de informações que poderão ser eventualmente úteis para a themido nobilidis-Cynosuretum cristati Teles, 1970 subas. compreensão dos registos. Se para as borboletas diurnas e Cynosuretosum cristati colindante com o que provavelmente estádios larvares o método de observação foi o de procura resta de um bosque climatófilo original de Betula celtiberica e oportunista em determinadas zonas, para a observação de Salix atrocinerea – Betulion celtiberico-fontquerii – agora borboletas nocturnas recorreu-se à atracção por intermédio de limitado às linhas de água onde convive com as suas etapas uma lâmpada de vapor de mercúrio suspensa sobre uma tela subseriais Cytiso scopari-Genistetum polygaephyllae subas. branca e alimentada por um grupo electrogéneo no sitio da Scrophularietosum herminii e prados-juncais Peucedano- Lama Grande. Juncetum acutiflori. Em contacto estão comunidades como os

urzais higrófilos de Genisto anglicae-Ericetum tetralicis e em Parque Natural de Montesinho zonas menos húmidas, declivosas e com afloramento rochoso, um tipo de urzal mesofilico de Genistello tridentatae- Uma das maiores áreas protegidas em Portugal (73.400 ha), é Ericetum aragonensis com Agrostis curtisii em mosaico com uma zona planaltica de cumes arredondados e orografia com- cervunal de Agrostis hesperica e Nardus stricta. Existem plexa localizada entre as cidades de Bragança e Vinhais e a outras associações botânicas de menor extensão conferindo fronteira com Espanha. Geologicamente um mosaico de uma biodiversidade local considerável (Aguiar, 2000). Do xistos, rochas básicas e ultrabásicas e afloramentos graníticos, ponto de vista botânico é de salientar a presença de Erica os principais relevos são originados pelas bacias dos rios que tetralix, anglica, Nardus stricta, Halimium lasiant- atravessam a área geralmente de norte para sul existindo hum ssp. alyssoides, Betula celtiberica, Scrophularia herminii grandes contrastes ao nível climático e consequentemente e anuais de enorme importância dada a entomofauna usual- biológico. A altitude varia entre entre os 660m (vale do rio mente associada. Pelas suas características, esta é uma das Sabor) e 1492m (Serra de Montesinho) ao passo que a pluvio- zonas mais singulares do Parque Natural de Montesinho ao sidade varia entre os 1200 mm no oeste do Parque e os perto apresentar afinidades únicas, nomeadamente climáticas com a de 600 mm no extremo leste. Constitui a vertente sul das espanhola Sierra de Cabrera. Essas afinidades também se serras espanholas de Cabrera e de La Culebra apresentando deverão traduzir na fauna lepidopterológica, e sendo este afinidades florísticas e climatéricas acentuadas com estas. Os estudo apenas preliminar, é notável o número de espécies aí bosques de carvalho negral (Holco mollis-Quercetum pyre- registadas. No total foram observadas 93 espécies de lepidóp- naicae BR.-Bl., P. Silva & Rozeira 1956) que outrora ocupa- teros (29 diurnas e 68 nocturnas) nos dias 18 e 19 de Junho vam a Serra de Montesinho estão apenas presentes em elevada das quais seis são novas para Portugal. densidade na zona centro-sul da área tendo de outro modo sido substituídos por etapas subseriais de Calluno-Ulicetea e • [Vale Sabor] lameiro junto ao Rio Sabor (Travasso, plantações de coníferas (Pinus pinaster e P. sylvestris) e cas- Lastra) 3km a oeste de França, a 770m. (UTM 10x10km: tanheiro (Castanaea sativa) ou por culturas, pastos e lameiros 29TPG84). nas orlas ribeirinhas que quando preservadas apresentam A área onde se efectuou uma paragem breve, situa-se ao longo várias associações em que o amieiro Alnus glutinosa, salguei- do vale encaixado do Rio Sabor, onde são encontrados diver- ros Salix spp., o freixo Fraxinus angustifolia, Prunus avium e sos lameiros de Lolio perennis-Plantaginetum maioris Berger o vidoeiro Betula celtiberica (em altitude) se apresentam 1930 de carácter nitrófilo e sujeitos a pastoreio colindantes como espécies características. No que se refere às borboletas com bosques ripícolas de Fraxinus angustifolia e Alnus gluti- diurnas, o Parque Natural de Montesinho tem sido explorado nosa (Galio-Alnetum glutinosae Rivas-Martinez & Sánchez- essencialmente na sua zona central e nas altitudes mais eleva- Mata, 1986) ainda bem conservados e bordejados por sebes de das nos últimos anos pelo segundo autor e outros numa fase Rubus spp. Aparecem neste tipo de habitat espécies florestais posterior (cf. Maravalhas et al., 2003; Maravalhas et al., e de preferências mais higrófilas como Clossiana dia (Lin- 2004) estando catalogadas mais de 100 espécies. Todavia, naeus, 1767) e Brenthis daphne ([Denis & Schiffermüller],

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1775), espécies muito raras em Portugal. Na encosta do vale uma grande área no norte da Serra da Nogueira em zonas de do rio Sabor a vegetação encontra-se mais exposta e é de extensos afloramentos de rochas ultrabásicas (serpentinitos) e carácter mais xérico, dominada por estevas (Cistus spp.) e onde os solos são mais profundos. Aqui, nas orlas do carva- afloramentos rochosos onde se desenvolve notável diversida- lhal desenvolve-se uma elevada diversidade florística onde de de flora ripícola. Aqui as borboletas são mais tolerantes à são de destacar o Genisto falcatae-Ericetum arboreae Ortiz, secura: Hipparchia alcyone (Hoffmansegg, 1804) e Melitaea Amigo & Izco 1991 e restantes etapas subseriais entre as deione Duponchel [1832]. Foram observadas cerca de 12 quais as características dos ultrabásicos. Em alternância, dado espécies de borboletas. que existem numerosos aceiros corta-fogos nesta zona da serra são destacar zonas de ruderais e elementos característi- cos das etapas mais primordiais da sucessão ecológica dos Serra da Nogueira bosques supramediterrânicos do Sectos Orensano Sanabriense Esta unidade orográfica constitui um prolongamento natural (Província Carpetano-Ibérico-Leonesa). Dadas as boas con- do Parque Natural de Montesinho e atinge no seu ponto mais dições deste bosque pré-climácico e a alternância com lamei- alto nos 1320m de altitude (Sra da Serra). Geologicamente ros com uso agrícola extensivo, criam-se condições quase complexa pela diversidade de rochas de carácter básico e ideais para a existência e manutenção de uma rica componen- ultrabásico, os elementos mais característicos são os aflora- te ao nível da entomofauna pelo mosaico criado, o que se mentos rochosos de serpentinitos e vulcanitos, pouco comuns reflecte nas borboletas. Assim sendo, nesta zona encontram-se em Portugal o que confere a esta área uma importância fulcral as únicas populações portuguesas de Aricia eumedon (Esper, na biodiversidade do nordeste transmontano já que aí se en- 1780) e Brenthis hecate ([Denis & Schiffermüller], 1775). A contram comunidades vegetais únicas, ricas em endemismos e curta visita a esta zona permitiu localizar cerca de 30 espécies invulgarmente bem preservadas (Aguiar, 2000). Está patente de borboletas. na Serra da Nogueira o extenso carvalhal pré-climácico de • [Valongo] Ribeira de Montestal, junto ao entroncamento Quercus pyrenaica, um dos maiores da Península Ibérica, da estrada nacional 316 e caminho municipal 1099, 800m a criando condições ideais à manutenção de espécies animais de este de Valongo. 760m alt. UTM 10x10km: 29TPG71. elevado interesse de conservação. No que respeita à fauna Esta zona é dominada pela galeria ripícola mais ou menos lepidopterológica, ainda não foram efectuados até à data, bem conservada ao longo do vale aberto da ribeira de Montes- armadilhamentos nocturnos sendo perspectivado um enorme tal. Nesta galeria é de destacar a série edafo-higrófila supra- potencial. Todavia, no que se refere às espécies diurnas, têm- mediterrânica rica mas intensamente alterada pelo Homem, se realizado diversas expedições, com alguns resultados im- Galio broteriani-Alnetum glutinosae e respectivas etapas portantes sumariados em Maravalhas et al. (2003) e mais subseriais onde se destaca a presença de grandes amieiros aprofundadamente em Maravalhas et al. (2004). (Alnus glutinosa) e freixos (Fraxinus angustifolius) e silvados • [Nogueira] Senhora da Serra, a 1300m alt., UTM densos perto das linhas de água. Nas zonas colindantes existe 10x10km: 29TPG72. um mosaico de lameiros de secadal e etapas subseriais do A zona cacuminal da Serra da Nogueira (1200- 1320m), goza Holco mollis-Quercetum pyrenaicae, especialmente a sionva- de condições privilegiadas para a observação de borboletas riante seca do Cytiso scoparii-Genistetum polygalaephyllae dada a sua elevada altitude e clima, floresta pré-climácica subas. Cytisetosum multiflori. Neste local foram observadas envolvente de Holco mollis-Quercetum pyrenaicae em al- cerca de 20 espécies de borboletas. ternância com zonas mais abertas de origem humana além de Através da prospecção destes locais algo distintos a di- ser um ponto de confluência de borboletas que praticam hill- versos níveis, foi possível a observação de 130 espécies de topping. De geologia complexa, ao contrário de grande parte borboletas, das quais seis resultaram novas para Portugal da Serra da Nogueira, dominam aqui os xistos verdes básicos (assinaladas com *) em apenas três dias de saídas de campo. e afloramentos de metavulcanitos. Climáticamente encontra- Uma lista das espécies observadas é apresentada a seguir se na zona da Terra Fria de Montanha com pluviosidade supe- assim como alguns dados de interesse sobre cada uma das rior a 1200 mm sendo assolada por ventos fortes e baixas espécies. temperaturas médias anuais. Apesar da permanente acção destrutiva do Homem devido à presença de infraestruturas de retransmissão de rádio e edifícios de apoio e consequente movimentação de terras e destruição do coberto vegetal origi- Lista de famílias e espécies nal, ainda se podem observar os resquícios de comunidades botânicas reliquiais como os caldoneirais oromediterrânicos HESPERIIDAE (Echinospartetum lusitanici Rivas-Martinez 1974) em mosai- co com o carvalhal de Q. pyrenaica e formações de Genistello *Pyrgus serratulae (Rambur, 1839) tridentatae-Ericetum aragonensis além de comunidades botâ- Lama Grande – Espécie nova para Portugal. Foram observados pelo menos 5 exemplares na orla dos prados higrófilos. nicas de grande valor como Armerio transmontanae- Plantaginetum radicatae subas. plantaginetosum radicatae. Spialia sertorius (Hoffmannsegg, 1804) Nogueira. Esta área foi visitada em 21 de Junho tendo-se aí observado 26 espécies de borboletas. Thymelicus sylvestris (Poda, 1761) Lama Grande, Nogueira, Carrazedo, Valongo – Comum. • [Carrazedo] Encruzilhada de estradões florestais 1km a SW de Carrazedo, a 960m alt., UTM 10x10km: 29TPG72. Ochlodes faunus (Turati, 1905) De menor altitude que a zona anterior, o extenso carvalhal de Vale Sabor, Nogueira, Carrazedo, Valongo – Comum, espécie silví- Q. pyrenaica (Holco mollis-Quercetum pyrenaicae) ocupa cola ligada a locais com abundante vegetação, silvados.

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PAPILIONIDAE Aglais urticae (Linnaeus, 1758) Montesinho, Nogueira. Iphiclides feishthamelii (Duponchel, 1832) Lama Grande. Inachis io (Linnaeus, 1758) Carrazedo. Zerynthia rumina (Linnaeus, 1758) Carrazedo – lagartas encontradas sobre Aristolochia paucinervis nas Vanessa atalanta (Linnaeus, 1758) orlas do carvalhal. Carrazedo.

Vanessa cardui (Linnaeus, 1758) PIERIDAE Nogueira, Carrazedo, Valongo. Leptidea sinapis (Linnaeus, 1758) Argynnis pandora ([Denis & Schiffermüller], 1775) Vale Sabor, Nogueira, Carrazedo, Valongo. Nogueira, Carrazedo. Pieris rapae (Linnaeus, 1758) Argynnis paphia (Linnaeus, 1758) Lama Grande, Vale Sabor, Nogueira, Carrazedo, Valongo. Nogueira, Carrazedo, Valongo. Pieris napi (Linnaeus, 1758) Speyeria aglaja (Linnaeus, 1758) Lama Grande, Vale Sabor, Nogueira, Carrazedo, Valongo Lama Grande, Nogueira. Pontia daplidice (Linnaeus, 1758) Fabriciana adippe ([Denis & Schiffermüller], 1775) Lama Grande, Vale Sabor, Nogueira, Carrazedo, Valongo. Valongo, Nogueira. Aporia crataegi (Linnaeus, 1758) Issoria lathonia (Linnaeus, 1758) Lama Grande, Vale Sabor, Nogueira, Carrazedo, Valongo. Além de Lama Grande, Nogueira, Carrazedo. adultos, em Carrazeda foram encontradas posturas de múltiplos ovos sobre Crataegus monogyna ssp. brevispina. Brenthis hecate ([Denis & Schiffermüller], 1775) Carrazedo – Espécie que em Portugal em principio está limitada à Colias croceus (Fourcroy, 1785) Serra da Nogueira, sendo aí encontrada em abundância nas zonas de Lama Grande, Vale Sabor, Nogueira, Carrazedo, Valongo. carvalhal bem conservado. Gonepteryx rhamni (Linnaeus, 1758) Brenthis daphne ([Denis & Schiffermüller], 1775) Lama Grande. Vale Sabor, Carrazedo – Típica de silvados e sebes na orla de

ribeiras e do carvalhal de Quercus pyrenaica. LYCAENIDAE Brenthis ino (Rottemburg, 1775) Laeosopis roboris (Esper, 1793) Lama Grande, Carrazedo. Valongo – Um exemplar perto dos freixos (Fraxinus angustifolia) na margem da ribeira. Clossiana selene ([Denis & Schiffermüller], 1775) Lama Grande. Lycaena phlaeas (Linnaeus, 1761) Lama Grande, Nogueira, Carrazedo, Valongo. Clossiana dia (Linnaeus, 1767) Vale Sabor, Valongo. Lycaena alciphron (Rottemburg, 1775) Lama Grande, Nogueira. Melitaea phoebe ([Denis & Schiffermüller], 1775) Lama Grande. Lampides boeticus (Linnaeus, 1767) Carrazedo. Melitaea didyma (Esper, 1779) Montesinho – Um exemplar observado perto da aldeia de Monte- Celastrina argiolus (Linnaeus, 1758) sinho (UTM: 29TPG84, 1000m alt.). Valongo. Melitaea athalia (Rottemburg, 1775) Aricia eumedon (Esper, 1780) Lama Grande. Carrazedo – Apenas um exemplar capturado sobre Geranium sangui- neum, localmente a planta alimentícia. A data, à luz de conhecimentos Melitaea deione Duponchel, [1832] anteriores, infere-se que corresponde ao final do período normal de Vale Sabor. voo da espécie, centrado no mês de Maio em Portugal. Melitaea parthenoides (Keferstein, 1851) Aricia cramera (Eschoscholtz, 1775) Lama Grande. Valongo. Euphydryas aurinia (Rottemburg, 1775) (*)Polyommatus icarus (Rottemburg, 1775) Lama Grande. Lama Grande, Carrazedo – Comum. SATYRIDAE Dois exemplares dos prados higrófilos da Lama Grande correspon- dem a *P. icarus f. boalensis Verhulst & Verhulst, 1985 ilustrada Melanargia lachesis (Hübner, 1790]) por Tolman & Lewington (1999), de maiores dimensões e padrão Vale Sabor, Nogueira, Carrazedo. mais difuso mas lúnulas laranjas maiores. Trata-se de um ecotipo característico de turfeiras ácidas no norte de Espanha. Esta forma é Melanargia occitanica (Esper, 1793) Lama Grande. nova para Portugal. Hipparchia alcyone (Hoffmansegg, 1804) NYMPHALIDAE Lama Grande, Vale Sabor, Nogueira, Carrazedo, Valongo – Comum em zonas rochosas, mesmo que moderadamente alteradas. Limenitis reducta (Staudinger, 1901) Carrazedo, Valongo – Espécie de hábitos ripícolas, encontrada ao Brintesia circe ([Denis & Schiffermüller], 1775) longo das linhas de água bem arborizadas. Valongo.

Nymphalis polychloros (Linnaeus, 1758) Erebia triaria (de Prunner, 1798) Lama Grande. Nogueira.

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Maniola jurtina (Linnaeus, 1758) lhante a Idaea bigladiata Herbulot, 1975 que ocupa zonas de maior Lama Grande. xericidade em todo o país. Consideram-se todos os registos anterio- res como erros de identificação de Idaea bigladiata Herbulot, 1975, Pyronia bathseba (Fabricius, 1793) provavelmente inclusive a referência portuguesa apresentada em Carrazedo. Hausmann (2004). Gen. det. Marabuto. Coenonympha arcania (Linnaeus, 1761) Idaea macilentaria (Herrich-Schäffer, 1847) Carrazedo. Lama Grande – Comum à luz e durante o dia. Coenonympha glycerion iphioides (Staudinger, 1870) Lythria cruentaria (Hufnagel, 1767) Lama Grande – Abundante. Lama Grande – Abundante nos prados, voando de dia. Pararge aegeria (Linnaeus, 1758) Xanthorhoe montanata ([Denis & Schiffermüller], 1775) Lama Grande. Lama Grande – Espantada facilmente das sebes e orlas dos matos em Lasiommata megera (Linnaeus, 1767) zonas sombrias. Lama Grande. Scotopteryx luridata (Hufnagel, 1767) Lasiommata maera (Linnaeus, 1758) Lama Grande – Voando por entre as urzes (Erica australis ssp. Lama Grande. aragonensis).

Perizoma albulata ([Denis & Schiffermüller], 1775) HETEROGYNIDAE Lama Grande – Bastante abundante nos prados e respectivas orlas. Heterogynis paradoxa Rambur, 1837 Odezia atrata (Linnaeus, 1758) Lama Grande – Adultos e larvas em Genista anglica, Nogueira – Lama Grande – Um exemplar voando de dia. adultos. Como realçado em Corley et al. (2007), dado que os regis- tos de Silva Cruz & Gonçalves (1955) se deverão revelar incorrec- Chesias isabella (Schawerda 1915) tos, os aqui apresentados são, pela ordem de publicação, o terceiro e Lama Grande. quarto para o país. Camptogramma bilineata (Linnaeus, 1758)

Lama Grande – Encontrada nos prados de dia e poucos exemplares de noite, à luz. notata (Zeller, 1847) Cosmorrhoe ocellata (Linnaeus, 1758) Carrazedo – Um exemplar. gen. det. Marabuto. Lama Grande. Adscita bolivari (Agenjo, 1937) Eupithecia scopariata (Rambur, 1833) Lama Grande – Vários exemplares. gen. det. Marabuto. A espécie Lama Grande – Provavelmente associada a ericáceas. Na zona, foi descoberta originalmente em Portugal com base em material Erica australis ssp. aragonensis e Erica tetralix. proveniente da Lama Grande e outro local nas proximidades (Garcia Pereira et al., 2001) e por enquanto, cinge-se às maiores altitudes do Selenia lunularia (Hübner, [1788]) Parque Natural de Montesinho. Lama Grande.

Adscita schmidti (Naufock, 1933) famula (Esper, 1787) Lama Grande – Comum. gen. det. Marabuto. Lama Grande – Voando de dia sobre Genista anglica.

Zygaena nevadensis Rambur, 1858 Chiasmia clathrata (Linnaeus, 1758) Carrazedo – Dois indivíduos poisados em tenuifolia. Foram Lama Grande, Nogueira. observadas posturas na mesma planta presumindo-se que seja Biston betularia (Linnaeus, 1758) localmente a planta alimentícia. Lama Grande. trifolii (Esper, 1783) Menophra nycthemeraria (Geyer, [1831]) Lama Grande. Lama Grande.

GEOMETRIDAE Rhoptria asperaria (Hübner, [1817]) Lama Grande. Pseudoterpna coronillaria (Hübner, 1817) Lama Grande Cabera pusaria (Linnaeus, 1758) Lama Grande, Valongo. Rhodostrophia vibicaria (Clerck, 1759) Lama Grande – Trata-se do terceiro registo confirmado em Portugal Lasiocampa trifolii ([Denis & Schiffermüller], 1775) para esta espécie até agora citada de Carvalhelhos (Boticas – Trás- Lama Grande – Lagartas sobre gramíneas. os-Montes) e Gerês (Corley et al., 2006). Malacosoma castrensis (Linnaeus, 1758) Scopula ornata (Scopoli, 1763) Lama Grande – lagartas L4 sobre Halimium lasianthum ssp. alyssoi- Lama Grande. des, Nogueira – lagartas L3 e L4 sobre Sanguisorba verrucosa. Idaea contiguaria (Hübner, 1799) Lama Grande. SPHINGIDAE

*Idaea luteolaria (Constant, 1863) Smerinthus ocellatus (Linnaeus, 1758) Lama Grande – Espécie frequente, voando durante o dia nas pasta- Lama Grande. gens. Laothoe populi (Linnaeus, 1758) Idaea ochrata (Scopoli, 1763) Lama Grande.

Bragança (UTM: 29TPG83). Macroglossum stellatarum (Linnaeus, 1758) *Idaea humiliata (Hufnagel, 1767) Lama Grande, Nogueira. Lama Grande – Um exemplar à luz. Fenotipicamente muito seme-

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Hyles livornica (Esper, 1799) buição (Fibiger & Hacker, 2007) onde está referenciada para popu- Lama Grande. lações isoladas no norte de Espanha.

Deilephila porcellus (Linnaeus, 1758) Phlogophora meticulosa (Linnaeus, 1758) Lama Grande. Lama Grande.

Oligia strigilis (Linnaeus, 1758) NOTODONTIDAE Lama Grande. Phalera bucephala (Linnaeus, 1758) Oligia fasciuncula (Haworth, 1809) Carrazedo – Adulto encontrado durante o dia. Lama Grande. Cerura iberica Templado & Ortiz, 1966 Hada plebeja (Linnaeus, 1761) Lama Grande, Montesinho – Um exemplar à luz na Lama Grande. Lama Grande. Ovos e larvas L1 sobre Salix atrocinerea perto da aldeia de Monte- sinho (UTM: 29TPG84). Mythimna vitellina (Hübner, [1808]) Lama Grande. LYMANTRIIDAE Mythimna sicula (Treitschke, 1835) Lama Grande. (*) Orgyia recens (Hübner, 1819) Nogueira – Larva L4 no alto da Serra da Nogueira sobre Quercus *Leucania comma (Linnaeus, 1761) pyrenaica. Registo previamente publicado em Corley et al. (2007). Lama Grande – Tanto Calle (1983) como Hacker et al. (2002) atri- buem a esta espécie uma distribuição eminentemente reduzida na Euproctis chrysorrhoea (Linnaeus, 1758) Península Ibérica restrita aos Pirinéus e Montes Cantábricos. Recen- Carrazedo – larvas L4 sobre Quercus pyrenaica. temente foi encontrada na província espanhola de Zamora (Villarino

de Sanabria, 950m alt. 18-06-2000; Jambrina & Garretas, leg. in ARCTIIDAE Jambrina et. al. 2003) pelo que poderá estar distribuída pelas zonas Spiris striata (Linnaeus, 1758) montanhosas desde os Picos de Europa até à Serra de Montesinho. Lama Grande – Comum voando durante o dia nos pastos. Uma Em Hacker et al. (2002) como habitat para a espécie consideram-se proporção elevada (~40%) dos exemplares observados corresponde à locais húmidos, lameiros de montanha e pastos alpinos e subalpinos, f. melanoptera Brahm, 1791 cujas asas posteriores são completa- habitats que encontram nos prados da Lama Grande algumas afini- mente negras. dades.

Coscinia cribraria (Linnaeus, 1758) Sideritis (Heliophobos) reticulata (Goeze, 1781) Lama Grande. Lama Grande – Uma espécie algo escassa no norte da Península Ibérica (Calle, 1983), é apenas o segundo registo para Portugal. Diaphora mendica (Clerck, 1759) Anteriormente apenas havia sido referenciada por Teodoro Monteiro Lama Grande. em Montalegre (São Vicente da Chã, VIII in Monteiro, 1959). Diacrisia sannio (Linnaeus, 1758) Pachetra sagittigera (Hufnagel, 1766) Lama Grande. Lama Grande – Espécie rara em Portugal, todavia é referida para Atlantarctia tigrina (Villers, 1789) todo o país por Hacker et. al. (2002). Trata-se do segundo registo Lama Grande. para Portugal já que havia sido encontrada anteriormente pelo se- gundo autor em Carvalhelhos (Boticas – Trás-os-Montes) (Corley et NOCTUIDAE al., 2006).

Callistege mi (Clerck, 1759) Catephia alchymista ([Denis & Schiffermüller], 1775) Lama Grande. Lama Grande.

Euclidia glyphica (Linnaeus, 1758) Ochropleura leucogaster (Freyer, 1831) Lama Grande. Lama Grande.

Eublemma purpurina ([Denis & Schiffermüller], 1775) Noctua pronuba (Linnaeus, 1768) Carrazedo – Voando durante o dia. Lama Grande.

Autographa gamma (Linnaeus, 1758) Lycophotia molothina (Esper, 1789) Lama Grande. Lama Grande.

Helicoverpa armigera (Hübner, [1808]) Lycophotia erythrina (Herrich-Schaffer, 1845) Lama Grande. Lama Grande.

Shargacucullia scrophulariphila (Staudinger, 1859) Peridroma saucia (Hübner, [1808]) Lama Grande – Larvas L3 alimentando-se de Scrophularia herminii. Lama Grande.

Cleonymia yvanii (Duponchel, 1833) Agrotis ipsilon (Hufnagel, 1766) Lama Grande. Lama Grande.

Hoplodrina ambigua ([Denis & Schiffermüller], 1775) *Agrotis clavis (Hufnagel, 1766) Lama Grande. Lama Grande – Muito semelhante a alguns exemplares de Agrotis segetum ([Denis & Schiffermüller], 1775). Skinner (1984) apresenta *Athetis (Hydrillula) pallustris (Hübner, [1808]) caracteres de diferenciação entre as duas espécies. A sua presença Lama Grande – O registo de Athetis pallustris de São Fiel (Beira em Portugal era esperada atendendo à sua distribuição alargada na Baixa) em Junho (Mendes, 1903) deve-se provavelmente a um erro metade setentrional da Península. de identificação e confusão com a espécie Athetis () hospes (Freyer, [1831]) dada a localização e o facto deste autor nunca ter Agrotis exclamationis (Linnaeus, 1768) incluído esta espécie comum nos seus trabalhos. Uma espécie rara Lama Grande. aparecendo em localidades isoladas no oeste da sua área de distri-

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PYRALIDAE Agradecimentos

*Pyrausta nigrata (Scopoli, 1763) Os autores expressam o seu agradecimento a João Pedro Cardoso, Lama Grande – A voar de dia nos prados. (coll. Paulo Simões, det. Humberto Grácio, Paulo Simões e Patrícia Garcia Pereira pela valio- Marabuto). sa colaboração no trabalho de campo e pela permissão ao publicar os seus registos. Finalmente, a Axel Hausmann pela identificação de Eurrhypis polinalis ([Denis & Schiffermüller], 1775) Idaea luteolaria e a Martin Corley pela identificação de Eurrhypis Lama Grande – Comum a voar de dia nos prados. polinalis.

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