Plano Regional de Gestão Associada e Integrada de Resíduos Sólidos para a Região do Circuito das Águas

Plano Cidades Limpas

Novembro 2013 (VERSÃO COMPACTA) Plano Regional de Gestão Associada e Integrada de Resíduos Sólidos para a Região do Circuito das Águas Plano Cidades Limpas

Plano Regional de Gestão Associada e Integrada de Resíduos Sólidos para a Região do Circuito das Águas

Plano Cidades Limpas

Novembro 2013 (VERSÃO COMPACTA)

1 Plano Regional de Gestão Associada e Integrada de Resíduos Sólidos para a Região do Circuito das Águas Plano Cidades Limpas

MUNICÍPIOS CONSORCIADOS COMITÊ DE COORDENAÇÃO CISBRA Prefeitura Municipal de Águas de Lindoia Águas de Lindóia Prefeito Antônio Nogueira Titular – Élio Benedicto Pirani Suplente – Érica Alves Silingardi Prefeitura Municipal de Amparo Prefeito Luiz Oscar Vitale Jacob Amparo Titular – Silvana Alves Cavalheiro Prefeitura Municipal de Suplente – Luciana Xavier S. Valente/ Mayra Flores Tavares Prefeito José Natalino Paganini Itapira Prefeitura Municipal de Lindóia Titular – José Alair de Oliveira Prefeito Luiz Carlos Scarpioni Zambolim Suplente – Anderson Martelli/ Mariana de Moraes Cardoso Prefeitura Municipal de Lindóia Prefeito Carlos Alberto Aparecido de Aguiar Titular – Luis Fernando Bueno Prefeitura Municipal de Morungaba Monte Alegre do Sul Prefeito José Roberto Zem Titular – Sônia Susie C. Ferraresso Perondini Suplente – Rodrigo Basaglia Prefeitura Municipal de Prefeita Roseli Jesus do Amaral Leme Morungaba Titular – Gilberto de Matos Gualberto Prefeitura Municipal de Pinhalzinho Suplente – Juliana Silvestre Ischicawa/ Clara Geromel / Prefeito Anderson Luis Pereira Pedra Bela Prefeitura Municipal de Santo Antônio de Posse Titular – Ricardo Fonseca de Souza Prefeito Maurício Dimas Comisso Suplentes – Elaine Maria de Oliveira/Alessandra F. B. Prefeitura Municipal de Moraes/ José Claudio B. Junior Prefeito Antonio Luigi Italo Franchi Pinhalzinho Prefeitura Municipal de Socorro Titular – José Henrique Sperendio Prefeito André Eduardo Bozola de Souza Pinto Suplente – Thuany dos Santos Basiotti Prefeitura Municipal de Tuiuti Santo Antônio de Posse Prefeito Jair Fernandes Gonçalves Titular – Ronaldo Monzani Suplente – Gildo Gardinalli Serra Negra Titular – Thiago Argentini da Silva Socorro CONSÓRCIO INTERMUNICIPAL DE SANEAMENTO Titular – João Batista Preto de Godoy BÁSICO PARA A REGIÃO DO CIRCUITO DAS ÁGUAS Tuiuti Presidente Titular – Anderson Zelbo Luiz Oscar Vitale Jacob Suplente – Altir Araújo Diretoria José Natalino Paganini Carlos Alberto Aparecido de Aguiar José Roberto Zem Maurício Dimas Comisso I&T GESTÃO DE RESÍDUOS Superintendente Coordenador Geral Hilário Piffer Júnior Tarcísio de Paula Pinto Gestora Técnica Ambiental Coordenador do Projeto Sandra Cristina Dimis Santos Geógrafo Piero Pucci Falgetano Gestora de Planejamento Marilia Tedeschi Bióloga Helena Leite Agente Administrativa Marli Roledo Maioral Tecnólogo Wanderley M. dos Anjos Agente Administrativa Marcela Lonel de Souza Guelere Geógrafa Julia Moreno Lara Assessora Jurídica Aline Nery Bonchristiani Arquiteto e Urbanista Luiz Alexandre Lara Técnico da Informação Victor Lippi Zaccariotto Apoio Administrativo Marisa V. de Jesus

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SUMÁRIO

1 Introdução 7 1.1 Marco legal e normativo 8 1.1.1 Lei Nacional de Saneamento Básico 8 1.1.2 Política Nacional sobre Mudanças do Clima 9 1.1.3 Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) 9 1.1.4 Lei Federal de Consórcios Públicos 11 1.1.5 Legislação Estadual 11 1.1.6 Normas Brasileiras aplicáveis 11 1.2 Objetivos do Plano Regional de Gestão Associada e Integrada de Resíduos Sólidos para a região do Circuito das Águas - PRGAICA 12 1.3 Metodologia – processo participativo 13 1.4 Diretrizes gerais 14 2 Planejamento das Ações 16 2.1 Definição das responsabilidades públicas e privadas 16 2.2 Planejamento regional das ações consorciadas 16 2.2.1 Resíduos Sólidos Domiciliares Secos, Úmidos e Indiferenciados 18 2.2.2 Resíduos de Limpeza Urbana 21 2.2.3 Resíduos de Construção Civil e Volumosos 21 2.2.4 Resíduos Sólidos de Saúde 23 2.2.5 Resíduos Sólidos com Logística Reversa 25 2.3 Definição das áreas para destinação e disposição final dos resíduos e dos tratamentos a aplicar 26 2.3.1 Ecoparque CISBRA 26 2.3.2 Bacias de Captação 27 2.3.3 Rede de Ecopontos e Áreas de Triagem e Transbordo – ATT 28 2.3.4 Áreas de disposição final 31 2.3.5 Tratamentos a aplicar nos resíduos sólidos 32 2.4 Metas qualitativas 36 2.5 Validação dos objetivos e estratégias no processo participativo 40 2.5.1 Resíduos Sólidos Domiciliares Indiferenciados 40 2.5.1.1 Objetivos 40 2.5.1.2 Estratégias 41 2.5.1.3 Metas quantitativas 41 2.5.1.4 Programas e ações 41 2.5.1.5 Monitoramento e verificação de resultados 42 2.5.2 Resíduos Sólidos Domiciliares Úmidos 42 2.5.2.1 Objetivos 42 2.5.2.2 Estratégias 42 2.5.2.3 Metas quantitativas, monitoramento e verificação dos resultados 42 2.5.2.4 Programas e ações 45

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2.5.3 Resíduos Sólidos Domiciliares Secos 46 2.5.3.1 Objetivos 46 2.5.3.2 Estratégias 46 2.5.3.3 Metas quantitativas, monitoramento e verificação dos resultados 46 2.5.3.4 Programas e ações 48 2.5.4 Inclusão Socioeconômica 48 2.5.4.1 Objetivos 48 2.5.4.2 Estratégias 48 2.5.4.3 Metas quantitativas, monitoramento e verificação de resultados 48 2.5.4.4 Programas e ações 50 2.5.5 Resíduos da Construção Civil e Volumosos 50 2.5.5.1 Objetivos 50 2.5.5.2 Estratégias 50 2.5.5.3 Metas quantitativas, monitoramento e verificação de resultados 50 2.5.5.4 Programas e ações 52 2.5.6 Resíduos Sólidos com Logística Reversa 52 2.5.6.1 Objetivos 52 2.5.6.2 Estratégias 52 2.5.6.3 Programas e ações 52 2.5.7 Resíduos de Serviços de Saúde 53 2.5.7.1 Objetivos 53 2.5.7.2 Estratégias 53 2.5.7.3 Metas quantitativas, monitoramento e verificação de resultados 53 2.5.7.4 Programas e ações 53 2.5.8 Resíduos Sólidos Industriais, Mineração e Agrossilvopastoris 54 2.5.8.1 Objetivos 54 2.5.8.2 Estratégias 55 2.5.8.3 Metas quantitativas, monitoramento e verificação de resultados 55 2.5.8.4 Programas e ações 55 2.5.9 Resíduos de Serviços de Limpeza Urbana 56 2.5.9.1 Objetivos 56 2.5.9.2 Estratégias 56 2.5.9.3 Metas quantitativas, monitoramento e verificação de resultados 57 2.5.9.4 Programas e ações 58 2.5.10 Resíduos de Serviços Públicos de Saneamento Básico e dos Sistemas de Transporte 58 2.5.10.1 Objetivos 58 2.5.10.2 Estratégias 58 2.5.10.3 Metas quantitativas, monitoramento e verificação de resultados 58 2.5.10.4 Programas e ações 58 2.5.11 Educação Ambiental e Comunicação Social 58 2.5.11.1 Objetivos 58

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2.5.11.2 Estratégias 59 2.5.11.3 Metas quantitativas, monitoramento e verificação de resultados 59 2.5.11.4 Programas e ações 60 2.5.12 Outros Aspectos do Plano 60 2.5.12.1 Objetivos 60 2.5.12.2 Estratégias 60 2.5.12.3 Metas quantitativas 61 2.5.12.4 Sistema Regional de Informações 62 2.5.12.5 Regramento dos Planos de Gerenciamento Obrigatórios 62 2.5.12.6 Recuperação dos custos e forma de cobrança dos serviços públicos 64 2.5.12.7 Iniciativas para controle social 65 2.5.12.8 Áreas contaminadas, áreas de disposição de resíduos e ações para mitigação das emissões dos gases de efeito estufa 66 2.6 Fluxos de resíduos e setorização nos Municípios 66 2.7 Estimativa de custos 67 2.7.1 Investimentos no Ecoparque CISBRA 68 2.7.2 Investimento na Rede de Ecopontos e Áreas de Triagem e Transbordo 69 2.7.3 Custos operacionais do manejo de Resíduos Sólidos Domiciliares 69 2.7.4 Custos operacionais dos Resíduos da Construção Civil e Volumosos 70 2.7.5 Custos da gestão do CISBRA 72 2.7.6 Estimativa mensal de custos 73 2.8 Definição de nova estrutura gerencial 73 2.8.1 Sobre a prestação dos serviços previstos no Plano Cidades Limpas 75 2.8.2 Sobre o contrato de programa e o contrato de rateio 76 2.8.3 Sobre a questão da regulação e fiscalização local das ações dos agentes envolvidos. 76 2.9 Ajustes na legislação local 76 2.10 Orientação para o desenvolvimento das agendas de implementação municipais 78

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Período de implementação das instalações ...... 37 Tabela 2 – Período de implementação das ações com cooperativas e/ou associações...... 37 Tabela 3 – Período de implementação das coletas...... 38 Tabela 4 – Período de implementação dos tratamentos...... 39 Tabela 5 – Período de implementação da educação ambiental e comunicação social...... 39 Tabela 6 – Período de implementação da fiscalização...... 40 Tabela 7 – Período de implementação das ações de recuperação de custos...... 40 Tabela 8 - Estimativa de custos de investimento Ecoparque CISBRA...... 68 Tabela 9 - Investimento no Ecoparque CISBRA - Cenário 1...... 68 Tabela 10 - Investimento no Ecoparque CISBRA - Cenário 2...... 68 Tabela 11 - Investimento na Rede de Ecopontos e ATT´s - CISBRA...... 69 Tabela 12 - Investimento Rede de Ecopontos - CISBRA...... 69 Tabela 13 - Custos operacionais de manejo dos Resíduos Sólidos Domiciliares - CISBRA....70 Tabela 14 - Valorização de resíduos no sistema de manejo - CISBRA...... 71 Tabela 15 - Toneladas tratadas e custos operacionais do RSD (Cenário 1 e Cenário 2) - CISBRA...... 71 Tabela 16 - Custo operacional per capita (Cenário 1 e Cenário 2) - CISBRA...... 71 Tabela 17 - Custos operacionais mensais RCC e Volumosos - CISBRA...... 72 Tabela 18 - Valorização mensal dos RCC e Volumosos - CISBRA...... 72 Tabela 19 - Custo mensal por município associado ao CISBRA...... 73 Tabela 28 - Custos administrativos CISBRA...... 73 Tabela 29 - Custo mensal planejamento Cenário 1 - CISBRA...... 73 Tabela 30 - Custo mensal planejamento Cenário 2 - CISBRA...... 73

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1 Introdução

O Plano Regional de Gestão Associada e Além das diretrizes nacionais do sanea- Integrada de Resíduos Sólidos para o Cir- mento básico e da PNRS, o Plano atende os cuito das Águas – PRGAICA – denominado compromissos descritos na Política Nacio- de Plano Cidades Limpas é resultado de nal sobre Mudanças do Clima, Lei Federal um processo participativo envolvendo re- 12.187/2009, buscando ampliação significa- presentantes dos municípios consorciados tiva dos índices de reciclagem e nas soluções que formaram o Comitê de Coordenação e rigorosas de manejo dos resíduos sólidos a equipe técnica do Consórcio Intermuni- que permitam reduzir significativamente as cipal de Saneamento Básico da Região do emissões de gases de efeito estufa – GEE. Circuito das Águas – CISBRA. Localizado no Estado de , o CIS- BRA está inserido na Região Administrativa Assim os municípios associados ao CISBRA de e é formado por doze (12) mu- atendem às exigências estabelecidas na Po- nicípios: Águas de Lindóia, Amparo, Itapira, lítica Nacional de Resíduos Sólidos – PNRS, Lindóia, Monte Alegre do Sul, Morungaba, para que todos os municípios desenvolvam Pedra Bela, Pinhalzinho, Santo Antônio de seus Planos Municipais de Gestão Integrada Posse, Serra Negra, Socorro e Tuiuti. Limita– de Resíduos Sólidos. O Plano complementa se em sua parte leste com o Estado de Minas as obrigações no que se refere às políticas Gerais; em sua parte norte com os municí- públicas a serem desenvolvidas nos municí- pios paulistas de Espírito Santo do Pinhal, pios para o Saneamento Básico, na compo- Mogi Guaçu e ; em sua parte nente Resíduos Sólidos, parte do conjunto oeste com os municípios paulistas de Ho- de planos das modalidades do saneamento lambra, Jaguariúna, Pedreira e Campinas; e exigido pela Lei Federal do Saneamento em sua parte sul com os municípios paulistas Básico 11.445/2007. de Itatiba, Bragança Paulista e Vargem.

Figura 1 - Localização no Estado de São Paulo – CISBRA

Elaboração I&T a partir dos dados do IBGE.

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A quase totalidade dos resíduos sólidos ur- Figura 2 - Composição gravimétrica banos gerados nos municípios consorciados dos RSU no CISBRA é encaminhada a um aterro sanitário priva- do, localizado no município de Paulínia – SP, com exceção dos municípios de Itapira, Pedra Bela e Socorro, que possuem locais próprios licenciados para a disposição de seus resíduos. O Plano Cidades Limpas deve atentar para todas as tipologias de resídu- os sólidos, porém, o diagrama sinaliza os considerados de maior relevância no pro- cesso do PGIRS.

Resíduos considerados de maior relevância no processo do PGIRS

Elaboração I&T a partir da Caracterização Gravimétrica CISBRA.

Este foi um primeiro estudo para compre- ensão das quantidades relativas de resídu- os dispostos em aterros sanitários. É im- portante estabelecer a contribuição destas informações com outros estudos, de etapas posteriores, podendo oferecer informações para análise dos resíduos e da necessidade de mudança no comportamento do gera- dor em relação às políticas públicas para segregação e coleta seletiva de secos e de O processo de elaboração do Plano Cidades úmidos, por exemplo. Limpas passou por um estudo de caracte- rização gravimétrica dos resíduos urbanos dispostos em aterro pelos municípios con- 1.1 Marco legal e normativo sorciados. A caracterização gravimétrica 1.1.1 Lei Nacional de Saneamento Básico consiste na determinação das frações per- centuais de diferentes tipos de resíduos ob- De modo geral, a Lei 11.445, de 5 de janei- tidos por meio de amostragens das coletas ro de 2007, estabelece os pilares para a ges- realizadas para resíduos secos e úmidos dis- tão de serviços de saneamento indicando tintamente. A seguir, o resultado do estu- alternativas de arranjos institucionais para do da composição gravimétrica média dos os serviços públicos de abastecimento de resíduos dispostos em aterros sanitários água, esgotamento sanitário, drenagem pelo CISBRA. das águas pluviais, manejo de resíduos só-

8 Plano Regional de Gestão Associada e Integrada de Resíduos Sólidos para a Região do Circuito das Águas Plano Cidades Limpas lidos e limpeza urbana. A lei aponta para a relativas à gestão integrada e ao gerencia- necessidade de reformas institucionais, en- mento de resíduos sólidos (incluídos os pe- volvendo governos, prestadores de serviço rigosos), às responsabilidades dos gerado- e sociedade. res e do Poder Público, e aos instrumentos econômicos aplicáveis; o País tem enfim uma 1.1.2 Política Nacional sobre Mudanças do base legal para a gestão dos resíduos sólidos. Clima A Lei estende a responsabilidade sobre a Em 29 de dezembro de 2009 foi promulgada destinação de resíduos sólidos para todos a Lei n° 12.187, que institui a Política Nacio- os geradores, como indústrias, empresas nal sobre Mudança do Clima – PNMC. Em al- de construção civil, hospitais, portos e ae- guns países, 20% da geração antropogênica roportos. A política trata da responsabili- dade ambiental sobre os resíduos e esta- do gás metano (CH4) é oriunda dos resíduos humanos. O metano é um gás com poten- belece ao gerador a responsabilidade pela cial de aquecimento global vinte e uma ve- destinação final. A política pública define obrigações e deveres de cada setor e cada zes maior que o do gás carbônico (CO2) e é emitido em grande escala durante o proces- cidadão. so de degradação e aterramento de rejei- A lei proporciona avanços para a amplia- tos e resíduos orgânicos. A alta geração do ção da reciclagem e cria instrumentos para biogás - uma mistura de gases provenientes eliminar e remediar os lixões. Com ela são de material orgânico, que tem como prin- estabelecidos outros responsáveis pelo ma- cipal componente o metano, um dos Gases nejo de resíduos sólidos além das Prefeitu- de Efeito Estufa (GEE) - ocorre normalmen- ras de municípios e dos catadores. te durante um período de 16 anos, poden- O que chama ainda atenção, como se pode do durar até 50 anos. Considerando, dessa ver no art. 1º, §1º, é a obrigação de obser- forma, a necessidade de combate ao aque- vância dos termos da Lei por parte das pes- cimento global, é que a Política Nacional so- soas físicas: bre Mudança do Clima estabelece como um de seus objetivos a redução das emissões de “Estão sujeitas à observância desta Lei GEE oriundas das atividades humanas, nas as pessoas físicas ou jurídicas, de direi- suas diferentes fontes, inclusive naquelas re- to público ou privado, responsáveis di- ferentes aos resíduos (Art. 4º, II). reta ou indiretamente pela geração de resíduos sólidos e as que desenvolvam 1.1.3 Política Nacional de Resíduos Sóli- ações relacionadas à gestão integrada dos (PNRS) ou ao gerenciamento dos resíduos sóli- Em 10 de agosto de 2010 foi aprovado no dos.” (grifo nosso) plenário da Câmara dos Deputados, um substitutivo ao Projeto de Lei 203/91, do Estão previstos na Política o Plano Nacio- Senado Federal, que instituiu a Política Na- nal de Resíduos Sólidos, os planos estadu- cional de Resíduos Sólidos – uma iniciativa ais de resíduos sólidos, os planos microrre- do Ministério do Meio Ambiente – dispon- gionais de resíduos sólidos e os planos de do sobre seus princípios, objetivos e ins- resíduos sólidos de regiões metropolitanas trumentos, bem como sobre as diretrizes ou aglomerações urbanas, os planos inter-

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municipais de resíduos sólidos, os planos não geração, redução, reutilização e re- municipais de gestão integrada de resídu- ciclagem de resíduos sólidos; de capacita- os sólidos e os planos de gerenciamento de ção técnica para a implementação e ope- resíduos sólidos. racionalização; de participação de grupos interessados. Identificação dos geradores Tais instrumentos, além de ser condição sujeitos a elaboração do plano de gerencia- para acesso a recursos da União, devem mento específico; das áreas favoráveis para possuir conteúdos mínimos. O Artigo 15 a disposição final ambientalmente adequa- estabelece o conteúdo mínimo para o Pla- da de rejeitos; dos passivos ambientais rela- no Nacional de Resíduos Sólidos, o Artigo cionados a resíduos sólidos. Por fim, deve- 17 para os Planos Estaduais de Resíduos rão constar indicadores de monitoramento Sólidos e o Artigo 21 para os Planos de Ge- do desempenho operacional e sistema de renciamento de Resíduos Sólidos. O Artigo cálculo dos custos da prestação dos serviços 19 estabelece para os Planos Municipais públicos. de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos como conteúdo mínimo o diagnóstico da Na gestão e gerenciamento de resíduos situação dos resíduos sólidos, propondo sólidos deverá ser observada a ordem de cenários futuros desta situação, estabe- prioridade: não geração, redução, reutili- lecendo metas de redução, reutilização e zação, reciclagem, tratamento dos resíduos reciclagem e metas para a eliminação e re- sólidos e disposição final ambientalmente cuperação de lesões, associadas à inclusão adequada dos rejeitos. social. Deverão ser identificadas as possi- O plano de gerenciamento de resíduos só- bilidades de implantação de soluções con- lidos deverá ser elaborado pelos geradores sorciadas ou compartilhadas, com mecanis- de resíduos dos serviços de saneamento bá- mos para a criação de fontes de negócios, sico, das indústrias, dos serviços de saúde, emprego e renda, mediante a valorização de mineração, da construção civil, de termi- dos resíduos sólidos, apoiado em normas nais portuários e aeroportuários, e outras e condicionantes para o acesso a recursos instalações ligadas aos serviços de transpor- federais e estaduais. te, estabelecimentos comerciais e de pres- Devem constar ainda programas e ações: tação de serviços que gerem resíduos peri- de educação ambiental que promovam a gosos e de atividades agrossilvopastoris.

10 Plano Regional de Gestão Associada e Integrada de Resíduos Sólidos para a Região do Circuito das Águas Plano Cidades Limpas

São conceitos importantes da PNRS a respon- Ficam obrigados a praticá-la, além dos fa- sabilidade compartilhada e a logística reversa. bricantes, importadores, distribuidores e comerciantes de agrotóxicos (seus resídu- O primeiro estabelece o conceito de com- os e suas embalagens), os de pilhas e ba- partilhamento de responsabilidade em re- terias, pneus, óleos lubrificantes (seus re- lação à destinação de resíduos: é um con- síduos e suas embalagens), lâmpadas fluo- junto de atribuições, onde cada integrante rescentes (de vapor de sódio e mercúrio e da cadeia produtiva, de forma individuali- de luz mista), produtos eletroeletrônicos e zada e encadeada (os fabricantes, importa- seus componentes e, por fim, as embala- dores, distribuidores e comerciantes), e os gens plásticas, metálicas ou de vidro pre- consumidores, ficarão responsáveis, junto sentes nos resíduos sólidos urbanos e ou- com os titulares dos serviços públicos de tros resíduos. limpeza urbana e manejo dos resíduos sóli- dos, pelo ciclo de vida dos produtos desde 1.1.4 Lei Federal de Consórcios Públicos a matéria-prima, passando pelo processo produtivo e pelo consumo até a disposi- A Lei nº 11.107/2005 regulamenta o Art. ção final. Busca a minimização do volume 241 da Constituição Federal e estabelece de resíduos sólidos e rejeitos, bem como a as normas gerais de contratação de consór- redução dos impactos causados à saúde hu- cios públicos. Os consórcios públicos possi- mana e à qualidade ambiental decorrentes bilitam a prestação regionalizada dos servi- do processo. ços públicos instituídos pela Lei Federal de Saneamento Básico, e é incentivada e prio- A lei prevê que fabricantes, importadores, rizada pela PNRS (BRASIL, 2005). distribuidores e comerciantes devem inves- tir no desenvolvimento, na fabricação e na 1.1.5 Legislação Estadual colocação no mercado de produtos que A Lei 12.300 institui a Política Estadual de possam ser reciclados e cuja fabricação e Resíduos Sólidos e define princípios e dire- uso gerem a menor quantidade possível de trizes, objetivos, instrumentos para a ges- resíduos sólidos. tão integrada e compartilhada de resíduos O segundo conceito é um instrumento de sólidos, com vista à prevenção e ao controle desenvolvimento econômico e social, ca- da poluição, à proteção e à recuperação da racterizado por um conjunto de ações, pro- qualidade do meio ambiente, e à promoção cedimentos e meios destinados a viabilizar da saúde pública, assegurando o uso ade- a coleta e a restituição dos resíduos sóli- quado dos recursos ambientais estaduais. dos ao setor empresarial, para reaprovei- tamento, em seu ciclo ou em outros ciclos 1.1.6 Normas Brasileiras aplicáveis produtivos, ou outra destinação final am- Os principais órgãos normativos brasileiros bientalmente adequada. A lei estabelece a referentes aos resíduos sólidos são o Conse- estruturação de sistemas de logística rever- lho Nacional de Meio Ambiente – CONAMA sa para vários produtos que, após o uso, se- e a Associação Brasileira de Normas Técni- jam considerados resíduos impactantes ou cas – ABNT. Os seus documentos, Resolução perigosos. São medidas para que os resídu- CONAMA e NBR ABNT, estabelecem dire- os de um produto colocado no mercado fa- trizes, procedimentos, regulação e fiscali- çam um “caminho de volta” após seu uso. zação para os seguintes tipos de resíduos:

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• Resíduos Sólidos Domiciliares (secos, • Definir ações preventivas aos problemas úmidos e indiferenciados) advindos do crescimento do volume de • Resíduos de limpeza corretiva resíduos, caracterizado no Prognóstico; • Resíduos Verdes • Estabelecer mecanismos para a preser- • Resíduos Volumosos vação dos avanços que foram conquista- • Resíduo de Construção Civil dos, notadamente na coleta seletiva de • Resíduos de Serviços de Saúde secos; • Resíduos Eletroeletrônicos • Resíduos Pilhas e Baterias • Definir estratégias, iniciativas e soluções • Resíduos Lâmpadas para todos os resíduos de responsabili- • Resíduos Pneumáticos dade pública ou privada, refletindo no • Resíduos Sólidos Cemiteriais âmbito municipal as diretrizes fixadas • Resíduos dos serviços públicos de sane- pela legislação federal do saneamento e amento de gestão de resíduos; • Resíduos de Drenagem • Implementar o compartilhamento de • Resíduos Industriais responsabilidades e os processos de lo- • Resíduos de serviços de transporte gística reversa previstos na Política Na- A listagem das normas brasileiras aplicáveis cional de Resíduos Sólidos; está relacionada no Anexo I da edição com- • Incorporar novas alternativas de desti- pleta do Plano Cidades Limpas. nação de resíduos, que permitam a pre- sença formal de agentes já envolvidos no 1.2 Objetivos do Plano Regional de Ges- processo e permitam a adoção de novas tão Associada e Integrada de Resídu- tecnologias de processamento; os Sólidos para a região do Circuito das Águas - PRGAICA • Potencializar parcerias com agentes so- ciais e econômicos envolvidos no ciclo A tarefa de desenvolver o Plano de Gestão de vida dos materiais, da geração à cole- Integrada de Resíduos Sólidos é resposta às ta, do processamento à disposição final; exigências legais de cunho municipal, esta- dual ou federal. As exigências legais para • Priorizar a inclusão social e a emancipa- o planejamento da gestão de resíduos sóli- ção econômica dos catadores de mate- dos vêm tanto da Lei Federal de Saneamen- riais recicláveis; to Básico (Lei 11.445/2007), quanto da Lei • Modernizar o instrumental de gestão das que institui a Política Nacional de Resíduos equipes gerenciadoras quer pela forma- Sólidos (Lei 92.305/2010). ção de equipes adequadas aos novos de- Assim, em atendimento a estas exigências safios, quer pela incorporação de novas coloca-se como objetivos para o Plano Re- tecnologias para monitoramento e con- gional de Gestão Associada e Integrada de trole, tarefas típicas da gestão pública; Resíduos Sólidos para o Circuito das Águas: • Definir estratégias para a contínua co- • Definir estratégia para a superação de municação social e educação ambiental problemas reconhecidos na gestão dos dos agentes, bem como para a capacita- resíduos sólidos e que foram caracteriza- ção técnica dos responsáveis pelas ope- dos no processo de Diagnóstico; rações dos setores público e privado;

12 Plano Regional de Gestão Associada e Integrada de Resíduos Sólidos para a Região do Circuito das Águas Plano Cidades Limpas

• Ampliar os processos e espaços de parti- nóstico preliminarmente. O processo de cipação e controle social sobre o plane- construção do Plano foi respaldado pelo jamento e a gestão dos resíduos, quer na Comitê de Coordenação (equipe constituí- promoção de eventos que deem trans- da por representantes municipais das doze parência aos processos, quer na estrutu- cidades consorciadas e da equipe técnica ração de núcleos de gestão além do en- do CISBRA). volvimento dos diversos conselhos muni- O desenvolvimento do Diagnóstico de Re- cipais no debate da temática. síduos Sólidos, apoiado em nove Oficinas O desenvolvimento do Plano Regional de Técnicas junto ao Comitê de Coordenação, Gestão Associada e Integrada de Resídu- definiu os resíduos que necessitam maior os Sólidos para a região do Circuito das atenção na gestão. As informações referen- Águas, denominado de Plano Cidades Lim- tes às tipologias de resíduos sólidos de cada pas incorpora as diretrizes do Artigo 19 da município consorciado foram extraídas do Lei Nacional de Saneamento Básico, que preenchimento de treze formulários de aborda a necessidade de preparo de diag- diagnóstico realizado pelos representantes nóstico, objetivos, metas, programas, pro- municipais. Com a definição dos resíduos jetos, mecanismos e procedimentos para a merecedores de aprofundamento do tema avaliação das ações. em cada município, a realização das Reu- niões Temáticas (62 no total, com 667 par- Há também a preocupação com a ordem ticipantes) tratou das questões específicas de prioridade na gestão e gerenciamento para as tipologias de resíduos em pauta. de resíduos definida no artigo 9º da Políti- Nas Pré-Conferências Municipais (12 even- ca Nacional. As ações planejadas objetivam tos com 583 participantes) apresentou-se prioritariamente a não geração e redução, os diagnósticos municipais de resíduos sóli- priorizando após a reutilização, recicla- dos, discutindo e extraindo recomendações gem, tratamento e, por final, a disposição para o Diagnóstico Regional de Resíduos ambientalmente adequada dos rejeitos. Sólidos. Este, aprovado na Pré-Conferência Paralelamente a essa, está estabelecida a Regional pelos três delegados eleitos em preocupação com as diretrizes da Política cada Pré-Conferência Municipal, foi a base Nacional sobre Mudanças do Clima, par- para a elaboração do prognóstico dos resí- ticularmente no tocante à ampliação dos duos sólidos. índices de reciclagem e à redução das emis- Com a fase do diagnóstico e prognóstico sões de Gases de Efeito Estufa – GEE. finalizada, iniciou-se o processo de plane- jamento das ações para os resíduos sóli- 1.3 Metodologia – processo participativo dos. Neste processo, foram analisadas as A metodologia adotada para o desenvol- alternativas tecnológicas para o tratamen- vimento do Plano Cidades Limpas apoiou- to dos resíduos sólidos domiciliares secos, se no processo participativo, na tomada de úmidos e indiferenciados, resíduos de ser- decisões coletivas e na sistematização con- viço de saúde e resíduos da construção tínua dos resultados das diversas etapas. civil. A análise realizada teve a intenção Os trabalhos foram estruturados por fases, de identificar as alternativas tecnológicas desenvolvendo-se o diagnóstico e o prog- que cumprem os aspectos legais das três

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leis federais: Lei Federal de Saneamento nal de Gestão Associada e Integrada para o Básico, Política Nacional de Resíduos Só- Circuito das Águas. lidos e Política Nacional sobre Mudança do Clima. Com foco nas tecnologias que 1.4 Diretrizes gerais cumprem as exigências legais, foi elabo- A Política Nacional de Resíduos Sólidos in- rado um planejamento regional para o troduz a diretriz para a não geração e a manejo destes resíduos. Este processo foi redução dos resíduos, para que seja ma- realizado em sete Oficinas Técnicas com ximizada a reutilização e a reciclagem, o Comitê de Coordenação e apresentado de maneira a adotar tratamentos apenas em duas Assembleias Extraordinárias dos quando necessários e, por final, promover Prefeitos. Após a aprovação do planeja- a disposição adequada apenas dos rejeitos. mento regional pelos prefeitos, o planeja- Essa ordem de precedência passou a ser mento municipal foi apresentado em doze obrigatória. Conferências Municipais, com 435 partici- Os tratamentos de resíduos sem diferencia- pantes que discutiram as diretrizes gerais ção são considerados ilegais: eles eliminam deste planejamento e elegeram 50 dele- o exercício da logística reversa e da respon- gados para representarem seus municípios sabilidade compartilhada pela gestão, pe- na Conferência Regional. ças centrais da Política Nacional de Resídu- A Conferência Regional apresentou o pla- os Sólidos. nejamento regional aos 106 participantes. O Plano Cidades Limpas toma como diretriz O principal foco deste evento era a apro- central a máxima recuperação de resíduos vação dos objetivos e estratégias definidos e a minimização da quantidade de rejeitos para as diferentes tipologias de resíduos levados à disposição final ambientalmente sólidos, além da educação ambiental e co- adequada do que couber respectivamente municação social, entre outros aspectos do aos agentes públicos e aos agentes priva- Plano. Por meio de um processo participa- dos. Para o sucesso da máxima recuperação tivo, em que os participantes sugeriam al- de resíduos, as ações deverão ser apoiadas terações nos textos relativos aos objetivos em planos de coletas seletivas eficientes, e estratégias, os 39 delegados presentes que possibilitem a segregação adequada aprovaram por unanimidade todos os pon- dos diferentes tipos de resíduos, evitando tos discutidos neste evento. assim a desvalorização dos resíduos por sua Com os objetivos e estratégias aprovadas, miscigenação. foi elaborado o roteiro da Agenda de Im- Deverão ser adotadas soluções consorcia- plementação e o quadro de metas qualita- das e compartilhadas que possibilitem a tivas e quantitativas. Estes resultados foram sustentabilidade econômica do sistema, apresentados e aprovados em uma Oficina buscando-se economia de escala e preven- Técnica Regional com quinze participantes, ção dos riscos ambientais, com programas do Comitê de Coordenação e demais inte- e ações de capacitação técnica voltados ressados. para sua implementação e operacionali- O processo participativo presente em todas zação, envolvendo a educação ambiental as etapas de elaboração do Plano Cidades e comunicação social como principal ve- Limpas consolidou o presente Plano Regio- tor de transmissão das informações para o

14 Plano Regional de Gestão Associada e Integrada de Resíduos Sólidos para a Região do Circuito das Águas Plano Cidades Limpas manejo adequado dos resíduos sólidos. Os sejam efetivas as coletas seletivas, o acio- grupos interessados deverão ser envolvidos namento da logística reversa e a elimina- nestas ações, em especial as cooperativas ção da disposição de resíduos em aterro. e/ou associações de catadores de materiais Em relação à logística reversa, as obriga- reutilizáveis e recicláveis formadas por pes- toriedades definidas em lei serão exigidas, soas físicas de baixa renda. quer como reflexo do avanço de acordos Estes programas e ações deverão estar fo- setoriais nacionais, quer como resultado de cados nas metas de redução, reutilização, acordos locais. coleta seletiva e reciclagem, sempre visan- Para todos os serviços prestados deverão do a máxima recuperação de resíduos e a ser elaborados sistemas de cálculo de cus- minimização da quantidade de rejeitos le- tos, para que estes sejam recuperados, pos- vados à disposição final ambientalmente sibilitando a execução plena e a sua susten- adequada, na área mais favorável eleita tabilidade econômica financeira. Haverá pelo CISBRA para a sua realização. atenção com a criação de mecanismos de A fiscalização para a elaboração e imple- fomento a novos negócios, geração de em- mentação dos Planos de Gerenciamento de prego e renda pela valorização dos resídu- Resíduos Sólidos deverá ser eficaz para que os sólidos.

15 Plano Regional de Gestão Associada e Integrada de Resíduos Sólidos para a Região do Circuito das Águas Plano Cidades Limpas

2 Planejamento das Ações

2.1 Definição das responsabilidades pú- quada para coleta ou devolução – res- blicas e privadas ponsabilidade do consumidor – gerador A definição das diretrizes e estratégias e o domiciliar. planejamento das ações deverão considerar Um aspecto fundamental é que o Plano Ci- os agentes envolvidos e suas responsabili- dades Limpas deverá estabelecer o limite dades diferenciadas no atendimento às di- entre pequenos geradores atendidos pelos retrizes da nova política de resíduos sólidos. serviços públicos de manejo de resíduos e Basicamente estas responsabilidades são as os grandes geradores, responsáveis diretos seguintes, sem prejuízo da responsabilida- pelo gerenciamento e pela elaboração e de compartilhada: implantação de plano específico. • Pelos serviços públicos de limpeza urba- Assim, os resíduos de responsabilidade pú- na e manejo dos resíduos domiciliares blica são: – responsabilidade a ser exercida pelo • Resíduos Sólidos Domiciliares Secos órgão público competente (Consórcio • Resíduos Sólidos Domiciliares Úmidos Intermunicipal de Saneamento Básico • Resíduos Sólidos Domiciliares Indife- da Região do Circuito das Águas); renciados • Pelos resíduos gerados em próprios pú- • Resíduos de Limpeza Pública (incluso blicos – responsabilidade do gestor es- resíduos da construção civil e volumo- pecífico (RSS gerado em hospitais públi- sos incorretamente dispostos) cos, RCC gerado em obras públicas, re- • Resíduos de Construção Civil de obras síduos de prédios administrativos etc.); públicas • Resíduos Sólidos de Saúde de estabele- • Pelos resíduos gerados em ambientes pri- cimentos públicos vados – responsabilidade do gerador pri- vado (atividades econômicas em geral); Com estas responsabilidades definidas, o Plano Cidades Limpas deve estabelecer os • Pelos resíduos definidos como de logís- diversos fluxos de resíduos, com especial tica reversa – responsabilidade definida atenção para os com volumes mais signifi- em lei (fabricantes, importadores, distri- cativos: resíduos secos, orgânicos, rejeitos buidores e comerciantes); e resíduos da construção, ou outros predo- • Pelo desenvolvimento dos Planos de minantes na peculiaridade local, como os Gerenciamento – responsabilidade dos industriais, para os quais deverão ser ela- titulares de instalações de saneamento, borados programas prioritários específicos. indústrias, serviços de saúde, minerado- ras, construtores, terminais de transpor- 2.2 Planejamento regional das ações con- te e outros; sorciadas • Pelo acondicionamento adequado e di- Como resultado do processo de planeja- ferenciado e pela disponibilização ade- mento, tornou-se como decisão que o CIS-

16 Plano Regional de Gestão Associada e Integrada de Resíduos Sólidos para a Região do Circuito das Águas Plano Cidades Limpas

BRA operará todo o serviço público refe- Resultado ainda do planejamento regional rente aos resíduos sólidos nos municípios, propôs implementar uma rede de instala- nos termos do Contrato de Consórcio, res- ções municipais e regionais. Foram delimi- pondendo pelos resíduos de origem domi- tadas bacias de captação, apoiadas em Eco- ciliar (secos, úmidos e indiferenciados) e da pontos. Estes Ecopontos funcionam como limpeza pública (incluso os de construção instalações receptoras de resíduos. As Áre- civil e volumosos nela contidos). Além dis- as de Triagem e Transbordo são instalações so, operará com resíduos de responsabili- de processamento de vários resíduos, que dade pública gerados em obras públicas e também recebem aqueles acumulados nos em estabelecimentos de saúde públicos. Ecopontos. Com o apoio de uma instalação centralizadora e regional – Ecoparque CIS- Visando uma solução mais eficaz da gestão BRA – é possível organizar o fluxo de resí- dos resíduos sólidos nos municípios, o CIS- duos entre os municípios associados ao CIS- BRA oferecerá, a preço público, a prestação BRA. A seguir será detalhado cada fluxo de do serviço de manejo de resíduos privados resíduo em sua especificidade, assim como de serviços de saúde e da construção civil. a função de cada instalação.

Figura 3 - Rede de Instalações - CISBRA

17 Plano Regional de Gestão Associada e Integrada de Resíduos Sólidos para a Região do Circuito das Águas Plano Cidades Limpas

Para atender às diretrizes propostas para pacidades, estima-se que, mensalmente, se- os resíduos de responsabilidade pública, rão coletadas através das cooperativas 258 realizou-se um trabalho conjunto com o toneladas; o que significa 10% da meta dos Comitê de Coordenação para o estudo das 80% a serem coletados seletivamente. Re- tecnologias de tratamento de resíduos que sultante desta proposta, os outros 70% se- atendem a legislação. A partir das tecnolo- rão coletados seletivamente pelo CISBRA e gias e métodos selecionados, foi elaborado enviados para a triagem mecanizada no Eco- o planejamento regional das coletas seleti- parque CISBRA. Sendo assim, serão enviadas vas, detalhando cada fluxo de resíduo. ao Ecoparque 1.802 toneladas ao mês para a triagem e venda ao mercado regional. A 2.2.1 Resíduos Sólidos Domiciliares Secos, direita, o mapa de fluxos dos RSD Secos. Úmidos e Indiferenciados Relativamente aos RSD úmidos, definiu-se Segundo o Diagnóstico de Resíduos Sólidos a coleta seletiva dos grandes geradores, o do CISBRA, são coletados, pela coleta con- que representa 16% do total de RSD Úmi- vencional, 6.191 toneladas ao mês. Com a co- dos gerado nos municípios. Para os municí- leta seletiva de resíduos sólidos domiciliares pios com baixa geração de resíduos, a fim secos realizada pelas cooperativas de Itapira, de evitar o seu deslocamento, definiu-se a Santo Antônio de Posse e Morungaba, são coleta seletiva total dos RSD úmidos. Sen- coletadas 129 toneladas ao mês. O SAAE de do assim, os municípios que exportarão o Amparo, em seu programa de coleta seleti- resíduo ao Ecoparque CISBRA, para o tra- va, coleta 80 toneladas ao mês. Sendo assim, tamento através da compostagem mecani- a geração dos resíduos sólidos domiciliares zada serão: Morungaba, Águas de Lindóia, no CISBRA é de 6.400 toneladas ao mês. Santo Antônio de Posse, Serra Negra, So- Segundo a caracterização gravimétrica do corro, Amparo e Itapira. Este planejamento resultado da coleta convencional, 38% estima o transporte ao Ecoparque de 386 destes resíduos correspondem à parcela de toneladas ao mês. Para os municípios que resíduos sólidos domiciliares secos e 43% reterão os resíduos em seus limites, defi- correspondem à parcela de resíduos sólidos niu-se o tratamento nos Ecopontos/ATT, domiciliares úmidos. Desta forma, em nú- sob galpões, por meio de compostagem meros totais, a geração mensal do CISBRA com aeração por convecção. Isto represen- é de 2.569 toneladas de RSD secos, 2.660 tará 248 toneladas ao mês. Ao total, serão toneladas de RSD úmidos e 1.172 toneladas coletadas seletivamente 634 toneladas ao de RSD diversos, inicialmente caracterizá- mês de RSD Úmidos, expressas no mapa de veis como rejeitos. fluxos ao lado. De maneira geral, em relação aos RSD secos, Estes números da coleta seletiva de RSD definiu-se a meta de coleta seletiva de 80% úmidos poderão sofrer alterações devido destes resíduos, o que reflete em 2.060 to- ao programa de retenção de resíduos na neladas que deixarão de ser encaminhadas fonte geradora. O CISBRA deverá fornecer junto à coleta convencional. Destas, com o caixas de compostagem, em diversos tama- incentivo às cooperativas existentes, rea- nhos, para hotéis, condomínios, restauran- lizando um investimento em seus galpões tes e domicílios que pretendam compostar com o intuito de dobrar as respectivas ca- seus resíduos no próprio local, evitando a

18 Plano Regional de Gestão Associada e Integrada de Resíduos Sólidos para a Região do Circuito das Águas Plano Cidades Limpas

Figura 4 - Fluxo mensal de RSD Secos - CISBRA

Figura 5 - Fluxo mensal de RSD Úmidos - CISBRA

19 Plano Regional de Gestão Associada e Integrada de Resíduos Sólidos para a Região do Circuito das Águas Plano Cidades Limpas

Figura 6 - Fluxo mensal de RSD Indiferenciados - CISBRA

coleta seletiva dos RSD úmidos e diminuin- os estudos da caracterização gravimétrica, do a quantidade coletada convencional- descontado o que foi coletado seletiva- mente. Neste programa, o CISBRA forne- mente, estas parcelas significarão 508 to- cerá todo o apoio técnico, com visitas es- neladas de RSD secos; 2.026 toneladas de pecializadas no local, para garantir as boas RSD úmidos; e 1.172 toneladas de rejeitos. práticas de compostagem. Coloca-se, com Cada parcela terá uma destinação diferen- isso, em perspectiva uma redução dos cus- te. Os RSD secos serão encaminhados para tos de coleta pela retenção dos orgânicos a triagem mecanizada e vendidos ao mer- na fonte geradora. cado regional. Os RSD úmidos serão biodi- A terceira fração componente dos resíduos geridos, produzindo o biogás que será con- sólidos domiciliares são os resíduos coleta- vertido em energia elétrica. Esta energia dos convencionalmente, os indiferencia- alimentará todo o complexo do Ecoparque dos, sem nenhuma seletividade. Estes re- CISBRA e a energia excedente será comer- síduos representarão no CISBRA 3.706 to- cializada, cedida à rede de distribuição. neladas mensais. Esta fração será enviada Após a biodigestão, o resíduo será compos- para o tratamento mecânico biológico no tado e vendido ao mercado regional na for- Ecoparque CISBRA, em que será realizada a ma de composto orgânico. Nesta perspecti- separação em três parcelas: RSD secos, RSD va, serão compostados pós biodigestão 810 úmidos e rejeitos, aprofundando o cumpri- toneladas ao mês resultantes da estimada mento da diretriz do Art. 9° da PNRS, para redução de 60% do volume deste resíduo. valorização máxima dos resíduos. Segundo Os rejeitos oriundos do tratamento no Eco-

20 Plano Regional de Gestão Associada e Integrada de Resíduos Sólidos para a Região do Circuito das Águas Plano Cidades Limpas parque serão encaminhados à melhor ofer- parque CISBRA para o reaproveitamento ta de Aterro Sanitário, a ser avaliada pelo dos troncos, ou compostagem dos resídu- CISBRA. A seguir, o mapa de fluxos referen- os verdes. tes a este manejo de resíduos: Assim como os resíduos verdes, não há esti- mativa de geração de resíduos nos serviços 2.2.2 Resíduos de Limpeza Urbana de limpeza de monumentos e recolhimento Os resíduos considerados de Limpeza Públi- de animais mortos. O diagnóstico identifi- ca são: varrição, capina, poda de árvores, cou 24 feiras livres no território do CISBRA. limpeza de monumentos, limpeza de fei- Estes eventos são considerados grandes ge- ra livre, recolhimento de animais mortos e radores de resíduos assemelhados aos resí- limpeza corretiva. duos sólidos domiciliares e serão abordados no Programa Feira Limpa, que equaciona o No Capítulo V do Contrato de Consórcio, correto manejo destes resíduos. que define a gestão associada dos serviços públicos de saneamento básico, segundo a Por fim, os resíduos da limpeza corretiva en- Cláusula 8°: cerram os serviços públicos de limpeza públi- ca. Estimativamente, os resíduos de limpeza “Os Municípios consorciados autorizam corretiva representam 20% dos resíduos de a gestão associada dos serviços públicos construção civil, o que representa 2.641 to- de saneamento básico, no que se refere: neladas ao mês. Após a coleta diferenciada I - ao planejamento, à regulação e à dos resíduos dispostos irregularmente, estes fiscalização pelo Consórcio dos serviços serão encaminhados para a triagem e bene- públicos de saneamento básico: ficiamento dos resíduos nas ATT. a) prestados diretamente por órgão ou entidade da administração dos 2.2.3 Resíduos de Construção Civil e Vo- Municípios consorciados, inclusive lumosos das atividades como a varrição, a Segundo o Diagnóstico de Resíduos Sólidos capina, a coleta convencional ou se- do CISBRA a geração total dos resíduos da letiva, executadas por meio de con- construção civil é de 12.374 toneladas ao trato de prestação de serviços nos mês e 829 toneladas ao mês de volumosos. termos da Lei 8.666/93;” Segundo as estimativas da I&T, 80% destes resíduos são manejados de forma relati- O diagnóstico estimou um volume entre vamente “adequada”, o que representa dezessete mil e vinte mil metros cúbicos de 10.563 toneladas de RCC e Volumosos ao resíduos oriundos da varrição no CISBRA. mês. Os outros 20% são oriundos da Limpe- Estes resíduos deverão ser coletados seleti- za Corretiva, o que representa 2.641 tone- vamente em frações e enviados às Áreas de ladas ao mês. Os resíduos da Limpeza Cor- Triagem e Transbordo para a sua inserção retiva, em sua grande parte, são originários no fluxo de tratamento de cada fração. da população que não possui soluções para Não há estimativas de coleta dos resídu- o manejo adequado destes resíduos. Para os de capina e de podas de árvores, po- solucionar estas questões, entre outras, rém, estes deverão ser destinados para a como a recuperação e reaproveitamen- compostagem nos Ecopontos/ATT e Eco- to máximo destes resíduos, será instalada

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uma rede de Ecopontos e Áreas de Triagem 16% oriundos da entrega voluntária da po- e Transbordo – ATT – conforme o planeja- pulação, 40% provindos de grandes gera- mento expresso neste documento. dores e 4% da Limpeza Corretiva. A rede de Ecopontos e ATT funcionará Segundo estudos da I&T, a composição bá- como solução preventiva dos eventos de sica dos resíduos da construção civil é de: limpeza urbana, atraindo resíduos por en- 60% de trituráveis, 20% de solo, 10% de trega voluntária, mas funcionará também madeiras, 5% de recicláveis secos, 4,5% de como solução para entrega de resíduos de resíduos classe B e 0,5% de resíduos classe responsabilidade privada (na ATT), pres- C e D. Referente aos volumosos, a compo- tando serviço a transportadores e constru- sição é de: 50% de madeiras, 25% de resí- tores, a preço público. duos de poda, 12,5% de recicláveis secos e 12,5% de resíduos não aproveitáveis. Para uma estimativa da capacidade de re- cuperação destes resíduos, foi adotado Por estas porcentagens, estima-se que se- que 50% dos grandes geradores utilizarão rão triados nessa rede um total de 7.922 a ATT como local de descarte de seus resí- toneladas, compostas por: 5.197 toneladas duos e que 80% da população irá aderir à de resíduos trituráveis, 1.856 toneladas de rede de Ecopontos como local de descarte. solo, 397 toneladas de madeira, 209 tone- Com isso, serão manejados nesta rede 60% ladas de recicláveis secos e 262 toneladas do total destes resíduos, representados por de resíduos não aproveitáveis.

Figura 7 - Fluxo mensal de madeira, recicláveis secos, Classe B, C e D (RCC) - CISBRA

22 Plano Regional de Gestão Associada e Integrada de Resíduos Sólidos para a Região do Circuito das Águas Plano Cidades Limpas

Figura 8 - Retenção mensal de resíduos trituráveis e solos (RCC) - CISBRA

A fim de evitar o deslocamento de grande tados o deslocamento de 7.053 toneladas parte destes resíduos, definiu-se no plane- ao mês. jamento a adoção de dois equipamentos As outras 869 toneladas de resíduos da itinerantes: uma peneira vibratória e um construção civil serão encaminhadas ao triturador de resíduos da construção civil. Ecoparque para o tratamento. Dentro do Estes equipamentos itinerantes serão alo- Ecoparque CISBRA, as madeiras serão trans- cadas no Ecoparque CISBRA e deslocados formadas em cavacos para a venda no mer- para as ATT conforme a demanda do local. cado regional, os recicláveis secos entrarão Em um primeiro momento, a peneira vibra- na cadeia de tratamento dos RSD Secos e os tória será deslocada para a ATT para reali- resíduos não aproveitáveis serão dispostos zar a separação do material fino presente em aterros sanitários licenciados conforme na parcela de resíduos trituráveis, acumu- melhor oferta eleita pelo CISBRA. lando a parcela grossa. Quando essa parce- la grossa atingir a quantidade que justifi- 2.2.4 Resíduos Sólidos de Saúde que o deslocamento do triturador, ocorre- Foram diagnosticados 535 estabelecimen- rá a transformação do material grosso em tos de serviços de saúde entre os municí- fino na própria ATT. Com esta proposta, pios associados ao CISBRA. Estes estabe- o solo e os resíduos trituráveis terão usos lecimentos representam uma geração de diversos dentro do município, conforme a 24.728 quilos mensais de resíduos de servi- demanda do próprio, e com isso serão evi- ço de saúde.

23 Plano Regional de Gestão Associada e Integrada de Resíduos Sólidos para a Região do Circuito das Águas Plano Cidades Limpas

A primeira proposta de planejamento para geradores públicos e privados, estes indevi- o tratamento destes resíduos é de implan- damente, conforme o mapa a seguir. tar a coleta seletiva em todos os estabele- Levando em consideração o indicador ex- cimentos geradores de RSS, sejam estes pú- traído de Itapira, referente a porcentagem blicos ou privados. Segundo estimativa do de 25% do total coletado sendo de respon- Ministério do Meio Ambiente, 75% destes sabilidade pública, a quantidade de resí- resíduos são resíduos comuns, portanto, duos contaminantes originado nas institui- possíveis de aderirem ao sistema de fluxo ções públicas é estimável em 1.543 quilos dos resíduos sólidos domiciliares, sejam mensais. A proposta construída no plane- eles secos ou úmidos. Com isso, do total ge- jamento apontou para a oferta do mane- rado de RSS, apenas 6.182 quilos mensais jo dos RSS de origem privada pelo CISBRA, estimativamente, serão considerados resí- porém, estabelecendo-se o preço público a duos infectantes. ser remunerado pelos geradores. O mapa Seguindo a diretriz de estabelecer as res- a seguir revela as quantidades envolvidas ponsabilidades específicas para os gerado- neste fluxo. res públicos e privados, a quantidade de Outro ponto essencial será foco das ini- resíduos contaminantes de responsabilida- ciativas referentes aos RSS é a disparidade de pública será ainda menor. Atualmente, entre os custos unitários de manejo destes com exceção de Itapira, os municípios as- resíduos pelas empresas contratadas pelos sociados ao CISBRA coletam os resíduos de municípios. Para solucionar essa disparida-

Figura 9 - Coleta de RSS (kg/mês) - CISBRA

24 Plano Regional de Gestão Associada e Integrada de Resíduos Sólidos para a Região do Circuito das Águas Plano Cidades Limpas

Figura 10 - Coleta de RSS (kg/mês) – Estimativas para manejo dos RSS de origem pública e privada – CISBRA

de entre os custos unitários, que variam en- indicadores nacionais, uma geração mensal tre R$ 1.800,00 e R$ 19.500,00 a tonelada, de 61.871 kg de eletroeletrônicos, 22.361 o CISBRA irá negociar com uma empresa kg de resíduos de pneumáticos, 103.276 pi- capacitada a realizar o manejo em todos os lhas, 2.142 baterias, 30.157 lâmpadas incan- municípios consorciados, para ganhar esca- descentes e 15.079 lâmpadas fluorescentes. la referente a quantidade e assim reduzir A primeira estratégia a ser adotada pelo os custos unitários de coleta, unificando os CISBRA será de exigir dos grandes revende- valores díspares em cada município. dores destes materiais nos municípios que recebam o descarte dos resíduos e realizem 2.2.5 Resíduos Sólidos com Logística Re- a operação de logística reversa junto aos versa outros responsáveis. Segundo o diagnós- Os resíduos com logística reversa são pneus, tico, que identificou os revendedores mais agrotóxicos e suas embalagens, óleos lu- significativos na região, na região existem brificantes e suas embalagens, eletroele- 63 estabelecimentos revendedores de ele- trônicos, lâmpadas fluorescentes, pilhas e troeletrônicos e quatro pontos de recolhi- baterias. O diagnóstico focou mais inten- mento destes resíduos; 125 estabelecimen- samente os resíduos gerados de forma ex- tos revendedores de pneus e dez pontos de tensiva: pneus, lâmpadas, eletroeletrônicos recolhimento destes resíduos; 201 estabele- e pilhas e baterias, e apontou, a partir de cimentos revendedores de pilhas e baterias

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e onze pontos de recolhimento destes re- síduos Sólidos Domiciliares – RSD, só viabi- síduos; 174 estabelecimentos revendedores lizada pelo fato dos municípios terem ado- de lâmpadas e três pontos de recolhimento tado a gestão associada. Além dos Resíduos destes resíduos. Além destes, foram identi- Sólidos Domiciliares, o Ecoparque operará ficados 46 estabelecimentos revendedores também com Madeiras e, potencialmente, de baterias automotivas; 170 estabeleci- os Resíduos dos Serviços de Saúde. mentos revendedores de óleos lubrifican- O Ecoparque processará os RSD Indiferen- tes; 47 estabelecimentos revendedores de ciados, provindos da coleta convencional, agrotóxicos e dez pontos de recolhimento promovendo a separação destes resíduos destes resíduos. em três parcelas: RSD Secos, RSD Úmidos Apesar do número significativo de pontos e rejeitos. Os RSD Secos serão enviados de recolhimento de resíduos, isto não sig- para a triagem mecanizada e reinseridos nifica que a Logística Reversa, obrigatória no mercado com um valor agregado infe- pela PNRS, esteja equacionada na região. rior ao dos resíduos originados da coleta Para vários dos materiais citados os pontos seletiva. Os RSD Úmidos serão biodigeridos de recolhimento estão ofertados em locais gerando o biogás que será transformado como agências bancárias, no âmbito de em energia elétrica que suprirá o consumo programas institucionais específicos. de energia da instalação, vendendo-se o Será franqueada pelo CISBRA a recepção e excedente para a rede de distribuição de acumulação dos resíduos de pneumáticos, energia. Os orgânicos, após a biodigestão, lâmpadas, eletroeletrônicos e pilhas e ba- serão enviados para a compostagem e rein- terias, na Rede de Ecopontos e ATT, dispo- seridos no mercado regional. Os rejeitos se- nibilizando os resíduos para retirada dos rão aterrados em um aterro sanitário a ser responsáveis pela Logística Reversa. definido pelo CISBRA. As dificuldades eventuais de estabeleci- Além disso, o Ecoparque tratará os RSD Se- mento destes fluxos serão equacionadas cos oriundos da coleta seletiva, mas não com recursos ao Ministério Público de Defe- conduzidos a galpões de triagem de coope- sa do Meio Ambiente. Os custos eventuais rativas regionais, em função da extrapola- com o deslocamento destes resíduos serão ção de suas capacidades produtivas. Os RSD recuperados junto aos responsáveis legais Secos serão processados por meio de estei- pela Logística Reversa. ras mecanizadas, com sensores óticos que identificam a composição dos resíduos, se- 2.3 Definição das áreas para destinação parando-os através de um soprador a classe e disposição final dos resíduos e dos escolhida. Cada parcela triada, conforme a tratamentos a aplicar necessidade, posteriormente, será prensa- da e revendida ao mercado regional. 2.3.1 Ecoparque CISBRA Esta instalação também pretende promo- Baseado nas experiências, principalmente ver o tratamento dos RSD Úmidos, oriun- europeias, com instalações recuperadoras dos da coleta seletiva (mas não retidos nos de resíduos, o Ecoparque CISBRA será uma municípios), em um galpão de composta- instalação com operação regional, com o gem mecanizada em túneis com aeração objetivo prioritário de tratamento dos Re- forçada.

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Mapa 1 - Setorização do CISBRA

Além do tratamento prioritário dos RSD, a resíduos de serviço de saúde através de mi- instalação deve funcionar como garagem cro-ondas dentro dos limites do Ecoparque para os equipamentos itinerantes que se- CISBRA. rão utilizados para processamento do RCC 2.3.2 Bacias de captação na rede de Ecopontos e ATT. Os equipamen- tos itinerantes previstos são uma peneira As bacias de captação são microrregiões vibratória, para a separação dos resíduos municipais delimitadas no processo de pla- finos oriundos da construção civil e um tri- nejamento conduzido pelo Comitê de Co- ordenação com o propósito de estruturar turador de entulhos. Estes equipamentos setores de coletas de resíduos, apoiados serão itinerantes conforme a demanda dos em instalações de recepção dos mesmos. As municípios associados. Além destes equi- bacias de captação foram a partir da aná- pamentos itinerantes, o Ecoparque CISBRA lise de: setores censitários, linhas de inter- incorporará um triturador de madeira, que ceptação de tráfego, regiões altas, distân- receberá estes resíduos triados das ATT, cias de deslocamento aceitável e presença transformando-os em cavacos para a venda de área pública adequada; definiram-se ao mercado regional. 47 bacias e 54 instalações: 25 Ecopontos; 3 Além disso, pode-se avançar até a instala- ATT, 9 Ecopontos/ATT e 17 Ecopontos Sim- ção de equipamentos de tratamento dos plificados.

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2.3.3 Rede de Ecopontos e Áreas de Tria- Estas instalações, com área aproximada de gem e Transbordo – ATT 700m², funcionarão como pontos de entre- ga voluntária para a população, que entre- Para definir a rede de Ecopontos e Áreas gará resíduos já triados, os quais quando de Triagem e Transbordo foram sugeri- acumulados serão enviados às Áreas de Tria- dos quatro layouts de instalações, ficando gem e Transbordo – ATT. Poderão, também, a cargo dos representantes municipais a funcionar como ponto de acumulação dos definição do melhor local e da instalação resíduos de logística reversa, para a retirada mais adequada a ser implantada. destes pelos responsáveis por este processo. Os dois primeiros layouts sugeridos são os Assim, os resíduos que poderão ser entre- de Ecoponto e Ecoponto Simplificado, em gues pela população nestas instalações são: que a principal diferença entre eles é o mé- resíduos da construção civil (trituráveis, solo todo de operação. Nos Ecopontos, a ope- e embalagens), resíduos volumosos, resídu- ração de resíduos poderá ser realizada por os verdes, RSD secos, lâmpadas, pneus, ele- meio de caçambas, enquanto que nos Eco- troeletrônicos, pilhas e baterias. pontos Simplificados, a operação será rea- As Áreas de Triagem e Transbordo - ATT, lizada em pátio compactado. A instalação com áreas aproximadamente de 2.000 m², de Ecoponto Simplificado é mais adequada são áreas de operação dedicadas ao recebi- para áreas isoladas, que não possuem fa- mento de resíduos de Limpeza Corretiva e cilidade para a operação com caçambas e resíduos de Ecopontos, triados, para even- para os municípios que não possuem trans- tual acumulação. Receberão os RCC gera- portadores com este tipo de operação. dos em obras públicas de administração

Figura 11 - Desenho ilustrativo do Ecoponto – área em torno de 700m²

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Figura 12 - Desenho ilustrativo do Ecoponto Simplificado – área em torno de 700m²

direta e atenderão os geradores e trans- mais adequada para os municípios que não portadores privados de RCC e Volumosos, possuem uma geração de resíduos elevada. sob preço público. Este tipo de instalação Ela deve funcionar tanto como ponto de é mais adequado aos municípios que pos- entrega voluntária, quanto como opera- suem uma geração de resíduos mais eleva- ção de triagem e concentração de resíduos. da. Elas funcionam como pontos de opera- Nesta instalação também deve ser previsto ção das máquinas itinerantes, de reapro- um galpão para a compostagem dos RSD veitamento de RCC, alocadas no Ecoparque úmidos, evitando o deslocamento destes do CISBRA. resíduos e deve ser previsto um galpão para acumulação dos RSD Secos da coleta Sendo assim, as funções desta instalação seletiva para posterior remoção para coo- são: recepção de RCC, volumosos, resíduos perativas ou o Ecoparque. Esta instalação verdes; desmonte de volumosos; acumula- receberá tanto os resíduos oriundos da po- ção e envio ao Ecoparque CISBRA de: ma- pulação, quanto os da Limpeza Corretiva, deira, resíduos verdes, gesso, RCC classe C de obras públicas e de grandes geradores e e D, RSD secos. Além disso, nela podem ser de transportadores a preços públicos. acumulados os resíduos de logística rever- Devem ser recebidos os seguintes resíduos: sa para a retirada destes pelos responsáveis RCC, volumosos, resíduos verdes, RSD se- por esta obrigação. cos, RSD úmidos, lâmpadas, pneus, eletroe- Por fim, a última proposta de instalação é letrônicos, pilhas e baterias. Além disso, as uma junção entre a ATT e o Ecoponto, cha- funções previstas para esta instalação são: mada de Ecoponto/ATT, com área aproxi- possibilitar a separação do RCC fino e a tri- mada de 3.600 m². Este tipo de instalação é turação do RCC grosso; desmonte de volu-

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Figura 13 - Desenho ilustrativo da Área de Triagem e Transbordo – ATT – área em torno de 2.000m²

Figura 14 - Desenho ilustrativo do Ecoponto/ATT – área em torno de 3.600 m²

30 Plano Regional de Gestão Associada e Integrada de Resíduos Sólidos para a Região do Circuito das Águas Plano Cidades Limpas mosos; compostagem do RSD úmidos; acu- Sanitário de Itapira; o Aterro Sanitário de mulação e envio ao Ecoparque CISBRA de: Socorro; o Aterro Sanitário em Valas de Pe- madeira, resíduos verdes, gesso, RCC classe dra Bela; e o Aterro Sanitário Classe 2 da C e D, RSD Secos. Nela também devem ser empresa ESTRE, em Paulínia-SP. acumulados os resíduos de logística reversa O Aterro Sanitário de Itapira está locali- para a retirada destes pelos responsáveis. zado na Rodovia SP Itapira/ Jacutinga, Km 175 - Barão Ataliba Nogueira - Itapira, SP. 2.3.4 Áreas de disposição final Com uma área total de 50.397 m², recebe A Política Nacional de Resíduos Sólidos de- 50 toneladas de resíduos por dia. A licen- termina que, somente poderão ser encami- ça de operação desta instalação expira no nhados para a disposição final os resíduos final deste ano, porém, o Instituto de Pes- remanescentes dos processos de gestão e quisas Tecnológicas – IPT – está realizando gerenciamento em respeito à ordem de um estudo de uma área adjacente para a prioridades estabelecida no artigo 9: não possibilidade de um novo empreendimen- geração, redução, reutilização, reciclagem to, com início para o ano de 2014. e tratamento dos resíduos. Estes resíduos são denominados de rejeitos, pelo Inciso O Aterro Sanitário de Socorro está locali- XV, do artigo 3, da Política Nacional de Re- zado na Rodovia SP 08 Km 121,5 - Bairro síduos Sólidos: da Camanducaia – Socorro – SP. Com uma área total de 57.546 m², recebe em média “resíduos sólidos que, depois de es- 30 toneladas de resíduos sólidos domicilia- gotada todas as possibilidades de res ao dia, com uma estimativa de vida útil tratamento e recuperação por pro- de dez anos. cessos tecnológicos disponíveis e economicamente viáveis, não apre- O Aterro Sanitário de Pedra Bela está loca- sentem outra possibilidade que não lizado na Estrada da Barreira, Bairro Cam- a disposição final ambientalmente panha, Pedra Bela – SP. Possui uma área de adequada.” 25.150 m², que recebe 1,7 toneladas por dia, com vida útil estimada em dois anos. Os rejeitos deverão ser dispostos em áreas de disposição final ambientalmente ade- O Aterro Sanitário da empresa ESTRE está quada: aterros sanitários, aterros de resídu- localizado na Estrada Municipal PLN 190, os perigosos e aterros de resíduos da cons- S/N, Bairro Parque da Represa, Paulínia – SP. trução civil e resíduos inertes. Entre estas, a Com uma área de 705.000 m², recebe em área requerida será o Aterro Sanitário que, média quatro mil toneladas de resíduos por apesar da exigência de cuidados especiais e dia. Entre os resíduos, recebe os de classes técnicas específicas, desde a seleção e pre- IIA e IIB e material de construção civil. Com paro da área, até sua operação e monito- uma vida útil de 20 anos, atualmente, nove ramento, é o método mais simples para a dos doze municípios consorciados destinam disposição final dos rejeitos. seus resíduos para esta instalação. O trabalho de identificação das alternati- Várias destas áreas já não são ou não serão, vas de áreas de disposição final em uso pe- a curto prazo, alternativas para o CISBRA, los municípios do CISBRA resultou no reco- mas o consórcio poderá estudar a possibili- nhecimento das seguintes áreas: o Aterro dade de implantação de um Aterro Sanitá-

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rio Consorciado para auxiliar na disposição e amplificando a eficiência de seus pro- dos rejeitos do consórcio. cessos, tanto pelo investimento em novos equipamentos que permitam a ampliação 2.3.5 Tratamentos a aplicar nos resíduos da produção, quanto pela formalização sólidos de seu papel no sistema regional de ges- tão de resíduos sólidos, como orienta a lei A definição da rota tecnológica a ser ado- 11.445/2007. tada para os resíduos sólidos gerados no território do CISBRA considerou a diretriz Figura 15 fundamental da Política Nacional de Resí- Galpão de catadores em Porto Alegre/RS duos Sólidos, expressa em seu Art. 9º, pela qual, na gestão e gerenciamento de resídu- os sólidos deverá ser observada a ordem de prioridade: não geração, redução, reutili- zação, reciclagem, tratamento dos resíduos sólidos e disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos. O processo parti- cipativo adotado para as decisões quanto à forma de manejo dos diversos resíduos adotou a perspectiva de máxima segrega- ção dos resíduos nas fontes geradoras, o incentivo à retenção dos resíduos na fonte, a organização de múltiplas coletas seleti- vas para os diversos resíduos, sua destina- ção adequada e, por final, solução para o tratamento dos resíduos (Tratamento Me- cânico Biológico) que permita amplificar os resultados das etapas anteriores, na ordem de prioridades exigida por lei, amplifican- do os índices de reciclagem e valorização dos resíduos. A complementação da capacidade de cole- ta dos catadores será feita pelo Consórcio, por meio de contratos de coleta, de forma a universalizar este direito para todos os geradores, conduzindo o resultado do pro- cesso ao Ecoparque CISBRA. A valorização dos resíduos domiciliares O processo de decisão conduzido pelo Co- úmidos considerou, já de início, a necessida- mitê de Coordenação considerou que a co- de de retê-los, ao máximo, perto da fonte leta seletiva de resíduos domiciliares secos geradora. A discussão técnica levou ao pri- priorizará o trabalho das instituições dos vilegiamento das técnicas de compostagem catadores estabelecidas na região, am- que se baseiam na aeração por convecção. pliando o número de catadores associados São técnicas seguras, não impactantes em

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Figura 16 Figura 17 Alternativas de composteiras Composteira com divisão semanal - para condomínios condomínios

Composteira colombiana - 280 litros

Composteira nacional - 280 litros

Alternativa desenvolvida pelo ACODAL – Medellin/Colômbia. Composteira nacional - 435 litros compostados em pilhas amplas, montadas relação à geração de odores ou líquidos, manualmente ou mecanicamente, apoiadas e exigem muito pouca dedicação de seus sempre em uma “cama” de material galhoso operadores. O plano definiu-se pela oferta que permita a entrada de ar e a convecção. de composteiras aos domicílios, principal- mente os situados em condomínios verticais A compostagem dos grandes volumes de ou horizontais, abolindo com isso o custo orgânicos a serem captados nos maiores da coleta da massa de resíduos úmidos. municípios, será realizada no ambiente do A mesma tecnologia está indicada para o Ecoparque, com processos mecanizados sob processamento destes resíduos na área dos galpão com pressão negativa que iniba a sa- Ecopontos/ATT, nos menores municípios. Em ída de ar senão com circulação por biofiltro. pátio reservado para esta atividade e sob A compostagem se dará em túneis cerrados, galpão coberto, os resíduos orgânicos cole- com aeração mecanicamente forçada para tados seletivamente nestes municípios serão aceleração do processo de maturação.

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Figura 18 Figura 19 Compostagem com aeração Recepção de RSU - galpão cerrado por convecção, em pilhas altas e túneis para compostagem

Alternativa desenvolvida pelo CEPAGRO – Florianópolis/SC

Figura 20 TMB – segregação das embalagens e biodigestão seca dos orgânicos

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A solução de Tratamento Mecânico Bioló- o consumo com o tratamento dos outros re- gico adotada pelo CISBRA permite plena síduos – resíduos secos, da construção civil, recuperação dos resíduos valorizáveis, evi- madeiras dos resíduos volumosos – e para tando-se seu aterramento ou sua destruição a comercialização do excedente. O pro- em processos térmicos, ambos posturas tor- cesso de biodigestão reduz os orgânicos a nadas ilegais nas diretrizes da PNRS. O TMB 40% do volume alimentado, possibilitando no Ecoparque CISBRA implicará na segrega- a transformação do material digerido em ção mecânica dos resíduos domiciliares se- composto orgânico por meio de processo cos – conduzidos à venda para o mercado complementar. regional, segregação dos resíduos orgânicos Na rota tecnológica adotada pelo CISBRA, – conduzidos ao processo de biodigestão definiu-se que os resíduos da construção seca, e segregação dos rejeitos inaproveitá- civil serão, como ordena a PNRS, integral- veis – conduzidos ao aterro sanitário a ser mente segregados, com a fração caracteri- definido pelo CISBRA, em percentual infe- zada como classe A (concreto, alvenarias, rior aos 20% da massa total de RSU. argamassas e outros) sendo conduzida a uma peneira vibratória móvel, para sepa- A biodigestão (Digestão Anaeróbia) dos ração da fração fina, imediatamente uti- orgânicos permite eliminar totalmente a lizável. A fração grossa será reservada e emissão dos GEE – Gases de Efeito Estufa, acumulada, para posterior trituração por dando pleno atendimento às diretrizes da equipamento de reciclagem móvel. Estes Política Nacional sobre Mudanças do Clima. equipamentos serão adquiridos ou equa- O gás metano gerado profusamente no cionados pelo CISBRA em contrato de pres- processo de biodigestão é integralmente tação de serviços, operando em rodízio nas aproveitado para geração de energia sufi- ATT e nos Ecoponto/ATT a serem implanta- ciente para o consumo da instalação, para dos em cada um dos 12 municípios.

Figura 21 Instalação TMB – Tratamento Mecânico Biológico (Bélgica)

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Figura 22 Figura 23 Equipamentos móveis – peneira Trituração de madeira e produção vibratória e unidade de reciclagem de biomassa no Ecoparque

Por final, os RCC classe B, madeiras, e as ma- um cenário de gestão crítico, como revela- deiras presentes nos Resíduos Volumosos e do no Diagnóstico Geral. nos Resíduos Verdes, serão segregados e, em equipamento apropriado instalado no 2.4 Metas qualitativas Ecoparque, transformados em cavacos para, As metas qualitativas são referentes ao pla- como biomassa, serem valorizados como nejamento das ações de curto, médio e lon- fonte de energia no mercado regional. go prazo. Para esta análise, o planejamento foi estruturado nos seguintes temas: insta- A opção cuidadosa realizada pelo Comitê lações, coletas, cooperativas, tratamentos, de Coordenação para uma rota tecnoló- educação ambiental e comunicação social, gica que permita o cumprimento da legis- fiscalização e recuperação de custos. A se- lação de referência gerou uma resultante guir, foi estipulado o período correspon- bastante satisfatória na análise dos custos dente para cada fase de implementação: operacionais, com a valorização dos resídu- ações de curto prazo (2014-2015); ações de os permitindo que o dispêndio per capita médio prazo (2016-2017); e ações de longo seja estimativamente inferior ao atual, em prazo (2018-2020).

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No planejamento regional, foram propos- infraestrutura nas instituições consolidadas tas 55 instalações: três ATT, nove Ecopon- e apoio à organização de núcleos e de rede tos/ATT, 25 Ecopontos, 17 Ecopontos Sim- entre as cooperativas e associações. plificados e um Ecoparque. No curto prazo, O planejamento das coletas será equacio- foi proposta a implantação das instalações nado conforme avance a implantação das de triagem dos resíduos da construção civil instalações de processamento (Ecoparque, (ATT e Ecoponto/ATT) e 50% da Rede de Áreas de Triagem e Transbordo, melhorias Ecopontos. Para o médio prazo, foi pro- nas Cooperativas e Associações), estrutu- posta a implantação dos 50% restantes da rando, assim, as ações de coleta em con- Rede de Ecopontos e do Ecoparque, con- junto com as instalações de destinação de forme a tabela 1. resíduos. As ações de tratamento seguem Com este planejamento, será essencial o este mesmo procedimento. apoio das cooperativas e associações no Para as ações de curto prazo, definiu-se a manejo dos resíduos sólidos, principalmen- implantação da coleta seletiva de RSD úmi- te referente aos resíduos sólidos domici- dos nos menores municípios, com compos- liares secos. Por esta razão, todas as ações tagem sob galpão nos Ecopontos/ATT e a referentes aos catadores de materiais re- coleta seletiva de RSD secos nos próprios cuperáveis e recicláveis foram propostas públicos e em vinte (20) setores relativos em curto prazo: apoio à organização dos aos Ecopontos e Ecopontos Simplificados, catadores autônomos, investimentos em que serão instalações acumuladoras de

Tabela 1 – Período de implementação das instalações

Prazos Temas Curto Médio Longo (2014-2015) (2016-2017) (2018-2020)

3 ÁTT 13 Ecoponto

9 Ecopontos 9 Ecoponto/ATT Simplificados Intalações 12 Ecopontos 1 Ecoparque (2016)

8 Ecopontos Simplificados

Tabela 2 – Período de implementação das ações com cooperativas e/ou associações

Prazos Temas Curto Médio Longo (2014-2015) (2016-2017) (2018-2020) Apoio à organização de núcleos e Rede Cooperativas Apoio aos catadores autônomos e investimentos em infraestrutura

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Tabela 3 – Período de implementação das coletas

Prazos Temas Curto Médio Longo (2014-2015) (2016-2017) (2018-2020) Coleta de RSD Umidos nos Coleta de RSD Úmidos nos menores municípios maiores municípios Coleta de RSD Secos nos próprios públicos e em 20 Coleta de RSD Secos em 22 setores (Ecopontos e setores Ecopontos Simplificados) Contratação e início da Final da implantação da Coleta Regional Única Coleta Regional Única Recepção do RCC Coletas de terceiros Contratação da Coleta e Destinação dos RSS - contrato único Segregação entre resíduos comuns e "impactantes" em próprios públicos

Coleta de RSS de terceiros

cargas difusas, que posteriormente serão resíduos comuns e “impactantes” nos pró- encaminhadas para o processamento nas prios públicos, assim como a oferta de cole- cooperativas e associações. Deverá ser re- ta e tratamento destes resíduos a terceiros, alizada nesta etapa a contratação e início sob um contrato único de coleta com uma da Coleta Regional Única em parte dos mu- empresa especializada para todos os muni- nicípios consorciados. Com a implementa- cípios consorciados. ção das áreas de triagem e transbordo, será Para as ações de médio prazo, definiu-se a possível receber os resíduos da construção implementação da coleta seletiva de RSD civil de responsabilidade pública (oriundos úmido nos maiores municípios, com compos- de Ecopontos, entregues voluntariamen- tagem mecanizada realizada no Ecoparque te pela população, de obras públicas e da e a realização da coleta seletiva dos resídu- limpeza corretiva), além de ofertar a pre- os sólidos domiciliares secos nos 22 setores, ços públicos a recepção destes resíduos aos com a triagem destes resíduos realizadas no grandes geradores e seus transportadores. Ecoparque, sem haver redução dos resíduos Os resíduos recebidos nestas instalações enviados para o processamento das coope- poderão ser processados por peneiração e rativas e associações. Nesta etapa, a Cole- trituração dos resíduos da construção civil ta Regional Única deverá atender todo o classe A. Referente à coleta de resíduos de território da gestão do CISBRA. Os resíduos serviço de saúde, definiu-se também para o sólidos domiciliares indiferenciados serão curto prazo o esforço de segregação entre encaminhados para a segregação realizada

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Tabela 4 – Período de implementação dos tratamentos

Prazos Temas Curto Médio Longo (2014-2015) (2016-2017) (2018-2020) Compostagem nos Compostagem dos RSD Ecopontos/ATT dos Úmidos no Ecoparque dos menores municípios maiores municípios

Triagem dos RSD Secos Triagem dos RSD Secos nas 3 cooperativas no Ecoparque Segregação dos RSD Peneiração e trituração Indiferenciados no do RCC classe A Ecoparque Tratamentos Biodigestão da Fração Úmida dos Indiferenciados Triagem mecanizada da Fração Seca dos Indiferenciados Trituração de madeira (RCC e VOL) Tratamento dos RSS "impactantes" (2017)

Tabela 5 – Período de implementação da educação ambiental e comunicação social

Prazos Temas Curto Médio Longo (2014-2015) (2016-2017) (2018-2020) Educação Elaboração e Ambiental e implementação do Plano Comunicação Regional de Educação Social Ambiental no Ecoparque, processando por biodiges- Todas estas ações deverão estar apoiadas tão a fração úmida e realizando a triagem em uma proposta eficiente de educação mecanizada da fração seca. No Ecoparque ambiental e comunicação social. O sucesso deverá ainda ser realizada a trituração da do planejamento está diretamente vincula- madeira oriunda da triagem dos resíduos do ao êxito desta proposta. Por esta razão, da construção civil e volumosos nos municí- definiu-se a curto prazo a elaboração e im- pios. Também deverá ocorrer o tratamento plementação de um Plano Regional de Edu- dos resíduos de serviço de saúde “impac- cação Ambiental e Comunicação Social. tantes” coletados nos municípios, por meio Outro fator importante para um planeja- de um futuro equipamento autoclave a ser mento eficiente é a fiscalização destas ações. viabilizado pelo CISBRA. Por isso, definiu-se para curto prazo o moni-

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Tabela 6 – Período de implementação da fiscalização

Prazos Temas Curto Médio Longo (2014-2015) (2016-2017) (2018-2020) Monitoramento dos Planos de Gerenciamento Fiscalização em 22 setores de Resíduos Sólidos Fiscalização Fiscalização em 20 Setores Rastreamento de cargas Viabilização dos responsáveis da logística reversa

Tabela 7 – Período de implementação das ações de recuperação de custos

Prazos Temas Curto Médio Longo (2014-2015) (2016-2017) (2018-2020) Estudo da Contribuição Alteração dos valores da Recuperação Ambiental (2013) Contribuição Ambiental de Custos Implantação da Contri- buição Ambiental

toramento dos Planos de Gerenciamentos 2.5 Validação dos objetivos e estratégias de Resíduos Sólidos específicos, a fiscali- no processo participativo zação nos vinte (20) setores de coletas e o Em cumprimento às exigências legais para acionamento dos responsáveis pela logística garantia de processos participativos no pla- reversa, viabilizando-se a recepção destes nejamento, todas as iniciativas elaboradas resíduos. No médio prazo, deverá ocorrer a pelo Comitê de Coordenação foram apre- fiscalização em 22 setores e o rastreamento sentadas em Conferências Municipais, nos de cargas dos transportadores cadastrados. 12 municípios. Ao final do processo, em Para finalizar, a sustentabilidade econô- Conferência Regional com presença dos mica e financeira das iniciativas previstas delegados de todos os municípios consor- neste planejamento está vinculada com ciados, os objetivos e estratégias definidas o Estudo da Contribuição Ambiental e a em cada tema foram ajustados e validados sua implementação, com base nos serviços por unanimidade. ofertados, que deve ocorrer em curto pra- zo. Posteriormente, com a implementação 2.5.1 Resíduos Sólidos Domiciliares Indi- de novos serviços em médio prazo, a Con- ferenciados tribuição Ambiental deverá sofrer reajustes 2.5.1.1 Objetivos de valores referente aos serviços prestados, considerando sempre, de forma diferencia- a) Reduzir progressivamente o manejo da, o grau de participação dos geradores às indiferenciado dos resíduos sólidos estratégias de gestão sustentável. domiciliares.

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b) Tratar os resíduos sólidos domicilia- f) Disposição em aterros sanitários pró- res indiferenciados a fim de ampliar prios ou de terceiros, exclusivamente a recuperação dos resíduos secos e dos rejeitos. úmidos e restringir a disposição final exclusivamente aos rejeitos. 2.5.1.3 Metas quantitativas Redução progressiva da coleta sem diferen- 2.5.1.2 Estratégias ciação, priorizando a coleta seletiva de se- a) Redução progressiva da coleta sem cos e úmidos (ver quadro abaixo). diferenciação, priorizando a coleta seletiva de secos e úmidos. 2.5.1.4 Programas e ações b) Programação regional da coleta - re- a) Iniciar a programação da coleta re- dução e otimização de frota única gional. para os municípios. b) Identificar as empresas que execu- c) Triagem mecanizada destes resíduos tam estes serviços nos municípios e no Ecoparque, gerando frações seca, verificar as condições de equaciona- úmida e rejeitos. mento dos contratos. d) Estabilização da fração úmida por c) Analisar as condições das frotas mu- meio da biodigestão e compostagem. nicipais para avaliar as condições de e) Valorização máxima das frações seca uso: 28 caminhões compactadores, e úmida, direcionando-as às cadeias 13 caminhões basculantes, um poli- produtivas regionais, na forma de guindaste, cinco tratores com rebo- sucata e composto orgânico. que e dois veículos diversos.

2.5.1.3 Diagnóstico Curto Prazo Médio Prazo Longo Prazo 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 0% 19% 37% 55% 73% 86% 95% 100%

41 Plano Regional de Gestão Associada e Integrada de Resíduos Sólidos para a Região do Circuito das Águas Plano Cidades Limpas

d) Estabelecer contratos de programas 2.5.2.2 Estratégias com os municípios para a execução a) Incentivar a compostagem domi- do serviço de coleta municipal. ciliar e condominial, evitando-se o e) Definir estrategicamente a área para deslocamento de resíduos. a implementação do Ecoparque CIS- b) Realizar a coleta seletiva em grandes BRA. geradores. f) Promover estudos para o financia- c) Realizar a coleta seletiva em pró- mento da construção do Ecoparque prios públicos, especialmente com CISBRA. os programas Feira Limpa e Escola g) Licitar empresa responsável pela Limpa. operação do Ecoparque CISBRA, com d) Realizar a coleta seletiva progressi- exigência de respaldo de empresas va nos domicílios e menores gera- internacionais, com experiência re- dores, sob programação regional do conhecida na tecnologia de biodi- CISBRA. gestão. e) Implantar a compostagem local nos h) Estudar a viabilidade de um aterro municípios de menor porte, com uso consorciado, em comparação com de processos eficientes. as alternativas de disposição final existentes: aterros em municípios f) Implantar a compostagem no Eco- consorciados ou estabelecidos na re- parque para os resíduos coletados gião. seletivamente e não retidos nos mu- nicípios. 2.5.1.5 Monitoramento e verificação de resultados 2.5.2.3 Metas quantitativas, monitoramen­ to e verificação dos resultados Para o monitoramento das metas quanti- tativas referente à “Redução progressiva a) Ofertar solução de compostagem a da coleta sem diferenciação, priorizando todos os condomínios. a coleta seletiva de secos e úmidos” se- Universo: 17.899 residências em con- rão utilizados os indicadores referentes às domínios verticais ou horizontais. massas de resíduos coletados em setores b) Realizar a coleta seletiva em grandes com diferenciação e setores sem diferen- geradores. ciação. Universo: 1.072 estabelecimentos. c) Realizar a coleta seletiva em próprios 2.5.2 Resíduos Sólidos Domiciliares Úmidos públicos Universo: 1.624 estabelecimentos 2.5.2.1 Objetivos próprios públicos. a) Implantar o manejo diferenciado in- d) Realizar a coleta seletiva com os pro- tegral destes resíduos. gramas Feira Limpa e Escola Limpa b) Reter ao máximo estes resíduos na Universo: 286 estabelecimentos esco- fonte geradora ou no município. lares. 24 feiras livres.

42 Plano Regional de Gestão Associada e Integrada de Resíduos Sólidos para a Região do Circuito das Águas Plano Cidades Limpas

2.5.2.3 Diagnóstico Curto Prazo Médio Prazo Longo Prazo a) 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 0% 9% 14% 30% 50% 70% 80% 90%

2.5.2.3 Diagnóstico Curto Prazo Médio Prazo Longo Prazo b) 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 0% 18% 35% 51% 68% 81% 90% 100%

43 Plano Regional de Gestão Associada e Integrada de Resíduos Sólidos para a Região do Circuito das Águas Plano Cidades Limpas

2.5.2.3 Diagnóstico Curto Prazo Médio Prazo Longo Prazo c) 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 0% 38% 62% 99% 100% 100% 100% 100%

2.5.2.3 Diagnóstico Curto Prazo Médio Prazo Longo Prazo d) 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 0% 35% 59% 78% 100% 100% 100% 100%

44 Plano Regional de Gestão Associada e Integrada de Resíduos Sólidos para a Região do Circuito das Águas Plano Cidades Limpas

2.5.2.3 Diagnóstico Curto Prazo Médio Prazo Longo Prazo e) 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 0% 12% 28% 48% 68% 82% 95% 100%

e) Realizar a coleta seletiva universali- d) Implantar a coleta seletiva nos 1.624 zada nos domicílios e menores gera- estabelecimentos próprios públicos. dores. e) Realizar o programa Feira Limpa nas Universo: 96.119 domicílios, estabe- 24 feiras livres. lecimentos comerciais e de serviços. f) Realizar o programa Escola Limpa nas 286 instituições de ensino, com 2.5.2.4 Programas e ações incentivo à compostagem no local a) Ofertar composteira de aeração por sob orientação do CISBRA. convecção às 17.899 residências em g) Realizar a coleta seletiva progressiva condomínios verticais ou horizon- nos 73.774 domicílios urbanos, 2.443 tais. estabelecimentos de serviço e 3.205 b) Ofertar composteiras de aeração por estabelecimentos comerciais. convecção aos 90.471 domicílios. h) Implantar a compostagem sob galpão c) Identificar a quantidade gerada nos nos Ecopontos/ATT nos municípios grandes estabelecimentos, definin- considerados de menor porte: Lindóia, do a ordem de prioridade (do maior Pedra Bela, Pinhalzinho, Tuiuti, Monte para o menor) para a implementação Alegre do Sul. da coleta seletiva: 201 hotéis e pou- i) Implantar a compostagem mecaniza- sadas, 258 restaurantes, 128 merca- da no Ecoparque para recepção dos dos e supermercados, 429 áreas ver- resíduos sólidos domiciliares úmidos des e 32 indústrias de alimentos. oriundos da coleta seletiva.

45 Plano Regional de Gestão Associada e Integrada de Resíduos Sólidos para a Região do Circuito das Águas Plano Cidades Limpas

2.5.3 Resíduos Sólidos Domiciliares Secos c) Realizar a coleta seletiva priorizando a ação de cooperativas e associações 2.5.3.1 Objetivos de catadores. a) Implantar o manejo diferenciado in- d) Retenção destes resíduos em municí- tegral destes resíduos, nas áreas ur- pios que possuem cooperativas e/ou banas e rurais. associações, até que estas atinjam sua capacidade máxima de coleta e b) Priorizar a atuação de cooperativas e triagem. associações consolidadas e estimular e) Implantar a triagem mecanizada no a integração dos catadores de mate- Eco­parque para os resíduos não dire- riais reutilizáveis e recicláveis. cionados às cooperativas e associações. c) Priorizar a inserção destes resíduos f) Priorizar a criação e estímulo às coo- nas cadeias produtivas locais. perativas.

2.5.3.2 Estratégias 2.5.3.3 Metas quantitativas, monitoramen­ a) Realizar a coleta seletiva em todos os to e verificação dos resultados próprios públicos municipais, especial- a) Realizar a coleta seletiva em próprios mente com o programa Escola Limpa. públicos. b) Realizar a coleta seletiva progressiva Universo: 1.624 próprios públicos. nos domicílios e menores geradores, b) Realizar a coleta seletiva com o pro- sob programação regional do CIS- grama Escola Limpa BRA e com apoio das cooperativas e Universo: 286 estabelecimentos esco- associações já existentes. lares.

2.5.3.3 Diagnóstico Curto Prazo Médio Prazo Longo Prazo a) 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 0% 38% 61% 99% 100% 100% 100% 100%

46 Plano Regional de Gestão Associada e Integrada de Resíduos Sólidos para a Região do Circuito das Águas Plano Cidades Limpas

2.5.3.3 Diagnóstico Curto Prazo Médio Prazo Longo Prazo b) 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 0% 34% 61% 81% 98% 100% 100% 100%

2.5.3.3 Diagnóstico Curto Prazo Médio Prazo Longo Prazo c) 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 0% 26% 45% 61% 78% 89% 95% 100%

47 Plano Regional de Gestão Associada e Integrada de Resíduos Sólidos para a Região do Circuito das Águas Plano Cidades Limpas

c) Realizar a coleta seletiva universali- b) Incentivar a organização dos catado- zada nos domicílios e menores gera- res autônomos em novas cooperati- dores. vas e associações, ou em núcleos das Universo: 96.119 domicílios, estabe- já constituídas. lecimentos comerciais e de serviços. c) Desenvolver processos de ampliação da renda de catadores autônomos. 2.5.3.4 Programas e ações

a) Implantar a coleta seletiva nos 1.624 2.5.4.2 Estratégias estabelecimentos próprios públicos. a) Apoiar a expansão das capacidades b) Realizar o programa Escola Limpa de coleta e triagem de cooperativas nos 286 estabelecimentos escolares. e associações, como agentes formais c) Realizar a coleta seletiva progres- do processo de gestão dos resíduos. siva nos 73.774 domicílios urbanos, b) Apoiar a organização dos catadores 16.697 domicílios rurais, 2.443 esta- autônomos em novas cooperativas belecimentos de serviço e 3.205 es- e associações, ou em núcleos das já tabelecimentos comerciais, apoiados constituídas. em cooperativas e associação e nos setores de coleta definidos pela seto- c) Incentivar a estruturação de uma rização dos Ecopontos como solução rede regional de comercialização de de concentração das cargas difusas. resíduos e capacitação de coopera- dos, formada pela união de coopera- d) Estimular o crescimento da capaci- tivas e associações. dade de recepção das cooperativas e associações consolidadas. d) Realizar a venda conjunta destes resíduos por meio do CISBRA, agre- e) Destinar os resíduos sólidos domici- gando os resíduos oriundos de coo- liares secos para as cooperativas e perativas e associações, resíduos de associações consolidadas, a fim de autônomos e resíduos do Ecoparque, evitar o seu deslocamento. a fim de otimizar os preços. f) Incentivar a organização dos catado- res autônomos em núcleos das coo- 2.5.4.3 Metas quantitativas, monitoramen­ perativas e associações consolidadas. to e verificação de resultados g) Implementar a triagem mecanizada a) Organização de núcleos de coopera- no Ecoparque para a segregação dos dos vinculados à Rede Regional resíduos sólidos domiciliares secos Universo: 400 catadores autônomos. não destinados às cooperativas e as- sociações. b) Estruturar a rede regional de comer- cialização de resíduos e capacitação 2.5.4 Inclusão Socioeconômica de cooperados Universo: 476 catadores organizados 2.5.4.1 Objetivos e não organizados. a) Expandir a capacidade de coleta, tria- c) Realizar a venda conjunta dos resídu- gem e de geração de renda das coo- os sólidos domiciliares secos por meio perativas e associações já constituídas. do CISBRA.

48 Plano Regional de Gestão Associada e Integrada de Resíduos Sólidos para a Região do Circuito das Águas Plano Cidades Limpas

2.5.4.3 Diagnóstico Curto Prazo Médio Prazo Longo Prazo a) 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 0% 27% 54% 74% 83% 91% 96% 100%

2.5.4.3 Diagnóstico Curto Prazo Médio Prazo Longo Prazo b) 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 0% 30% 56% 71% 85% 92% 96% 100%

2.5.4.3 Diagnóstico Curto Prazo Médio Prazo Longo Prazo c) 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 0% 0% 0% 0% 100% 100% 100% 100%

49 Plano Regional de Gestão Associada e Integrada de Resíduos Sólidos para a Região do Circuito das Águas Plano Cidades Limpas

2.5.4.4 Programas e ações c) Oferta das ATT para recebimento a) Incentivar a expansão da capacidade das grandes quantidades de resíduos de coleta e triagem das cooperativas oriundas de geradores e transportado- e associações consolidadas: ASCORSI res privados, estabelecendo-se o preço (Itapira), Cooperposse (Santo Antônio público pela prestação do serviço. de Posse) e Renascer (Morungaba). d) Execução de limpeza corretiva dife- b) Apoiar a organização dos 400 cata- renciada dos resíduos dispostos ir- dores autônomos estimados nos mu- regularmente nas doze cidades (re- nicípios consorciados como núcleos moção dos resíduos em três frações das instituições consolidadas ou a diferenciadas). formação de novas instituições. e) Retenção dos resíduos classe A na c) Realizar reuniões periódicas com as ATT do município, para processa- cooperativas e associações consolida- mento por equipamentos móveis do das, para estruturar uma rede regio- CISBRA e consumo local dos agrega- nal de comercialização de resíduos e dos reciclados. capacitação de cooperados. f) Programação regional da atuação d) Definir métodos, por meio de reuni- em rodízio de equipamentos proces- ões periódicas com representantes sadores dos resíduos da construção das cooperativas e associações, para a civil comprados ou contratados pelo venda coordenada a fim de otimizar CISBRA. o preço. Definir métodos de controle g) Desmonte local dos volumosos e a fim de universalizar as informações. transporte de madeira e resíduos classe B para processamento no Eco- 2.5.5 Resíduos da Construção Civil e Vo- parque. lumosos h) Destinação dos resíduos de constru- ção civil classe C e D em aterros clas- 2.5.5.1 Objetivos se I. a) Implantar ou ampliar o manejo dife- i) Obrigatoriedade de identificação dos renciado destes resíduos. transportadores por caçamba. b) Reter ao máximo estes resíduos nos próprios municípios. 2.5.5.3 Metas quantitativas, monitoramen­ to e verificação de resultados 2.5.5.2 Estratégias a) Execução de limpeza corretiva dife- a) Implantar em todos os municípios a renciada dos resíduos dispostos irre- Rede de Ecopontos e Áreas de Tria- gularmente. gem e Transbordo – ATT, voltada à Universo: 12 municípios sua captação diferenciada. b) Processamento dos resíduos Classe A b) Oferta dos Ecopontos para a recep- (concretos e outros) por equipamen- ção das pequenas quantidades de re- tos móveis do CISBRA. síduos geradas pela população. Universo: 12 municípios

50 Plano Regional de Gestão Associada e Integrada de Resíduos Sólidos para a Região do Circuito das Águas Plano Cidades Limpas

2.5.5.3 Diagnóstico Curto Prazo Médio Prazo Longo Prazo a) 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 0% 36% 61% 85% 97% 99% 100% 100%

2.5.5.3 Diagnóstico Curto Prazo Médio Prazo Longo Prazo b) 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 0% 56% 85% 97% 100% 100% 100% 100%

2.5.5.3 Diagnóstico Curto Prazo Médio Prazo Longo Prazo C) 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 0% 0% 0% 0% 100% 100% 100% 100%

2.5.5.3 Diagnóstico Curto Prazo Médio Prazo Longo Prazo d) 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 0% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100%

51 Plano Regional de Gestão Associada e Integrada de Resíduos Sólidos para a Região do Circuito das Águas Plano Cidades Limpas

c) Desmonte local dos volumosos e l) Identificar as caçambas dos transpor- trans­porte de madeira e resíduos tadores de resíduos da construção classe B para processamento no Eco- civil. parque. d) Obrigatoriedade de identificação 2.5.6 Resíduos Sólidos com Logística Re- versa das caçambas dos transportadores

2.5.6.1 Objetivos 2.5.5.4 Programas e ações a) Efetivar em todos os municípios a a) Implantar três áreas de triagem e responsabilidade compartilhada dos transbordo e nove Ecopontos/ATT. fabricantes, importadores, distribui- b) Implantar 25 ecopontos e 17 ecopon- dores e comerciantes dos resíduos tos simplificados. com logística reversa. c) Aquisição ou contratação dos equi- b) Desonerar os municípios do manejo pamentos móveis de processamento destes resíduos. dos resíduos classe A. d) Ofertar a recepção destes resíduos 2.5.6.2 Estratégias para a população. a) Os resíduos de logística reversa e) Ofertar a recepção, a preços públi- quando recebidos nas instalações do cos, destes resíduos para os grandes CISBRA serão acumulados nas ATT e geradores e transportadores. Ecopontos e retidos nos municípios. f) Executar a limpeza corretiva diferen- b) A remoção destes resíduos será rea- ciada dos resíduos dispostos irregu- lizada pelos operadores da logística larmente nas doze cidades. reversa, por meio dos seus represen- tantes em cada localidade. g) Processamento dos resíduos classe A nas ATT e nos Ecopontos/ATT por c) Eventual transporte intermunicipal realizado pelo CISBRA terá o custo meio da programação regional da repassado aos operadores da logís- atuação em rodízio dos equipamen- tica reversa, representativos dos fa- tos móveis. bricantes, importadores, distribuido- h) Desmonte de volumosos nas ATT e res e comerciantes. nos Ecopontos/ATT d) Quando necessário, o Ministério Pú- i) Transporte dos resíduos classe B para blico será acionado para o cumpri- processamento no Ecoparque. mento da legislação estabelecida. j) Aquisição do triturador de madeira para instalação e processamento no 2.5.6.3 Programas e ações Ecoparque. a) Identificação dos responsáveis pela k) Contrato de destinação dos resíduos logística reversa em cada localidade. classes C e D para aterros classe I com b) Acionamento dos responsáveis pela a melhor oferta. logística reversa em cada localidade

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para que ofereçam pontos de entre- execução direta ou sob contrato ga voluntária para estes resíduos. único. c) Abertura para eventual recepção des- d) Monitoramento e fiscalização do de- tes resíduos na Rede de Ecopontos. senvolvimento e implementação dos d) Acumulação destes resíduos nas ATT. Planos de Gerenciamento de Resídu- os Sólidos pelas unidades de serviço e) Acionamento dos responsáveis pela de saúde públicas e privadas. logística reversa para a remoção dos resíduos acumulados nas ATT. e) Oferta do serviço de coleta e trata- mento, a preço público, a todos os 2.5.7 Resíduos de Serviços de Saúde geradores privados.

2.5.7.1 Objetivos 2.5.7.3 Metas quantitativas, monitoramen­ a) Implantar ou ampliar o manejo dife- to e verificação de resultados renciado destes resíduos. a) Segregação entre resíduos dos servi- b) Diferenciar o manejo entre resíduos ços de saúde comuns e os grupos de comuns e contaminantes/ perfuro- resíduos contaminantes e perfuro- cortantes. cortantes em todos os próprios pú- blicos. c) Reduzir a disparidade entre os cus- Universo: 12 municípios. tos unitários de manejo nos doze municípios. b) Estabelecimento de uma única solu- ção de coleta e tratamento para os d) Estabelecer os limites legais da res- resíduos dos serviços de saúde peri- ponsabilidade privada e pública no gosos, negociada pelo CISBRA. gerenciamento dos resíduos dos ser- viços de saúde. c) Monitoramento e fiscalização do de- senvolvimento e implementação dos 2.5.7.2 Estratégias Planos de Gerenciamento de Resídu- os Sólidos pelas unidades de serviço a) Segregação obrigatória entre resí- de saúde públicas e privadas. duos dos serviços de saúde comuns e contaminantes/perfuro-cortantes d) Oferta do serviço de coleta e trata- em todos os próprios públicos nos mento, a preço público, a todos os doze municípios. geradores privados. b) Agregação dos resíduos dos serviços 2.5.7.4 Programas e ações de saúde comuns aos resíduos domi- ciliares secos ou úmidos, no âmbito a) Implementar e ampliar o manejo di- das ações de coleta seletiva para es- ferenciado destes resíduos em todos tes resíduos. os próprios públicos, diferenciando resíduos comuns dos resíduos impac- c) Estabelecimento de uma única solu- ção de coleta e tratamento para os tantes. resíduos dos serviços de saúde peri- b) Monitoramento e fiscalização do de- gosos, negociada pelo CISBRA, para senvolvimento e implementação dos

53 Plano Regional de Gestão Associada e Integrada de Resíduos Sólidos para a Região do Circuito das Águas Plano Cidades Limpas

2.5.7.3 Diagnóstico Curto Prazo Médio Prazo Longo Prazo a) 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 0% 50% 80% 100% 100% 100% 100% 100%

2.5.7.3 Diagnóstico Curto Prazo Médio Prazo Longo Prazo b) 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 0% 0% 100% 100% 100% 100% 100% 100%

2.5.7.3 Diagnóstico Curto Prazo Médio Prazo Longo Prazo c) 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 0% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100%

2.5.7.3 Diagnóstico Curto Prazo Médio Prazo Longo Prazo d) 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 0% 0% 100% 100% 100% 100% 100% 100%

Planos de Gerenciamento de Resídu- e) Ofertar o serviço de coleta e trata- os Sólidos de Serviços de Saúde pelas mento, a preço público, a todos os unidades de serviço de saúde públi- geradores privados. cas e privadas. 2.5.8 Resíduos Sólidos Industriais, Mine- c) Estabelecimento da execução dire- ração e Agrossilvopastoris ta ou sob contrato único de coleta e tratamento destes resíduos em todos 2.5.8.1 Objetivos os 12 municípios. a) Criar as condições para que os esta- d) Responsabilizar os estabelecimentos belecimentos e atividades geradoras privados pelo gerenciamento dos re- destes resíduos possam adequar-se síduos dos serviços de saúde. às diretrizes da Política Nacional de

54 Plano Regional de Gestão Associada e Integrada de Resíduos Sólidos para a Região do Circuito das Águas Plano Cidades Limpas

Resíduos Sólidos no menor período 2.5.8.3 Metas quantitativas, monitoramen­ de tempo possível. to e verificação de resultados a) Monitoramento e fiscalização do de- 2.5.8.2 Estratégias senvolvimento e implementação dos a) Monitoramento e fiscalização do de- Planos de Gerenciamento de Resídu- senvolvimento e implementação dos os Sólidos pelos estabelecimentos e Planos de Gerenciamento de Resídu- atividades geradoras de resíduos in- os Sólidos pelos estabelecimentos e dustriais, de mineração e agrossilvo- atividades geradoras de resíduos in- pastoris. dustriais, de mineração e agrossilvo- b) Exigência do Plano de Gerencia- pastoris. mento de Resíduos na renovação, b) Exigência do Plano de Gerenciamen- ou solicitação, do alvará de funcio- to de Resíduos na renovação, ou soli- namento. citação, do alvará de funcionamento. c) Incentivar a adoção de soluções de c) Implementar no CISBRA o cadastro biodigestão e geração de energia de transportadores e receptores de nos empreendimentos geradores de resíduos de origem industrial, de resíduos orgânicos, tais como, indús- mineração e agrossilvopastoril, para trias alimentícias, unidades de cria- auxílio à implementação dos Planos ção intensiva de animais e outras; e de Gerenciamento privados. incentivar as possibilidades de tra- tamento conjunto destes resíduos d) Incentivar a adoção de soluções de e dos resíduos domiciliares úmidos, biodigestão e geração de energia em processos de biodigestão e com- nos empreendimentos geradores de postagem. resíduos orgânicos, tais como, indús- Universo: 7.820 empreendimentos trias alimentícias, unidades de cria- ção intensiva de animais e outras. 2.5.8.4 Programas e ações e) Incentivar as possibilidades de tra- a) Identificar os empreendimentos gera- tamento conjunto destes resíduos dores de resíduos sólidos industriais, e dos resíduos domiciliares úmidos, de mineração e agrossilvopastoris. em processos de biodigestão e com- postagem. b) Monitorar e fiscalizar a elaboração

2.5.8.3 Diagnóstico Curto Prazo Médio Prazo Longo Prazo a) 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 0% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100%

2.5.8.3 Diagnóstico Curto Prazo Médio Prazo Longo Prazo b) 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 0% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100%

55 Plano Regional de Gestão Associada e Integrada de Resíduos Sólidos para a Região do Circuito das Águas Plano Cidades Limpas

2.5.8.3 Diagnóstico Curto Prazo Médio Prazo Longo Prazo c) 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 0% 10% 30% 50% 70% 82% 90% 98%

e implementação dos Planos de Ge- o manejo diferenciado dos resíduos renciamento de Resíduos Sólidos. de limpeza urbana. c) Criar exigência dos Planos de Geren- ciamento de Resíduos Sólidos junto 2.5.9.2 Estratégias à solicitação, ou renovação, dos Al- a) Execução de limpeza corretiva dife- varás de Funcionamento. renciada dos resíduos dispostos ir- d) Implementar o cadastro de transpor- regularmente nas doze cidades (re- tadores e receptores destes tipos de moção dos resíduos em três frações resíduos. diferenciadas). e) Incentivar a biodigestão e compos- tagem de resíduos orgânicos nos b) Realizar a coleta seletiva (manejo di- Planos de Gerenciamento de Resídu- ferenciado) no âmbito do Programa os Sólidos. Feira Limpa. f) Incentivar o tratamento conjunto c) Implementar a triagem obrigatória destes resíduos e dos resíduos domi- de resíduos no processo de varrição ciliares úmidos, em processos de bio- e o fluxo ordenado das frações às digestão e compostagem. áreas de destinação específicas. 2.5.9 Resíduos de Serviços de Limpeza Ur- d) Elaborar cronograma especial de bana varrição para áreas críticas (locais com probabilidade de acúmulo de 2.5.9.1 Objetivos águas pluviais) vinculando-o aos pe- a) Qualificar as operações e implantar ríodos que precedem as chuvas.

56 Plano Regional de Gestão Associada e Integrada de Resíduos Sólidos para a Região do Circuito das Águas Plano Cidades Limpas

2.5.9.3 Metas quantitativas, monitoramen­ Universo: 24 feiras livres. to e verificação de resultados c) Implementar a triagem obrigatória a) Execução de limpeza corretiva dife- de resíduos no processo de varrição renciada dos resíduos dispostos irre- e o fluxo ordenado das frações às gularmente. áreas de destinação específicas. Universo: 12 municípios d) Elaborar cronograma especial de b) Realizar a coleta seletiva com o Pro- varrição para áreas críticas (locais grama Feira Limpa com probabilidade de acúmulo de

2.5.9.3 Diagnóstico Curto Prazo Médio Prazo Longo Prazo a) 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 0% 36% 61% 85% 97% 99% 100% 100%

2.5.9.3 Diagnóstico Curto Prazo Médio Prazo Longo Prazo b) 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 0% 35% 59% 78% 100% 100% 100% 100%

57 Plano Regional de Gestão Associada e Integrada de Resíduos Sólidos para a Região do Circuito das Águas Plano Cidades Limpas

2.5.9.3 Diagnóstico Curto Prazo Médio Prazo Longo Prazo C) 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 0% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100%

2.5.9.3 Diagnóstico Curto Prazo Médio Prazo Longo Prazo d) 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 0% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100%

águas pluviais) vinculando-o aos pe- saneamento básico e pelos resíduos ríodos que precedem as chuvas. dos sistemas de transporte.

2.5.9.4 Programas e ações 2.5.10.3 Metas quantitativas, monitora- mento e verificação de resultados a) Realizar o programa Feira Limpa nas 24 feiras livres. b) Monitoramento e fiscalização do de- senvolvimento e implementação dos b) Executar a limpeza corretiva diferen- Planos de Gerenciamento de Resídu- ciada dos resíduos dispostos irregu- os Sólidos pelos serviços públicos de larmente nas doze cidades. saneamento básico e pelos resíduos dos sistemas de transporte. c) Implementar a triagem obrigatória de resíduos no processo de varrição e 2.5.10.4 Programas e ações o fluxo ordenado das frações às áre- a) Monitoramento e fiscalização do de- as de destinação específicas. senvolvimento e implementação dos d) Elaborar cronograma especial de var- Planos de Gerenciamento de Resídu- rição para áreas críticas (locais com os Sólidos pelos serviços públicos de probabilidade de acúmulo de águas saneamento básico e pelos resíduos pluviais) vinculando-o aos períodos dos sistemas de transporte. que precedem as chuvas. 2.5.11 Educação Ambiental e Comunicação 2.5.10 Resíduos de Serviços Públicos de Sa- Social neamento Básico e dos Sistemas de Transporte 2.5.11.1 Objetivos

2.5.10.1 Objetivos a) Difundir o conjunto de estratégias do Plano Cidades Limpas em todos a) Adequar a gestão às diretrizes da Po- os segmentos sociais. lítica Nacional de Resíduos Sólidos. b) Apoiar a efetivação das iniciativas 2.5.10.2 Estratégias do plano em cada um dos doze mu- nicípios. a) Monitoramento e fiscalização do de- senvolvimento e implementação dos c) Compartilhar experiências locais exi- Planos de Gerenciamento de Resídu- tosas com todos os municípios parti- os Sólidos pelos serviços públicos de cipantes do CISBRA.

58 Plano Regional de Gestão Associada e Integrada de Resíduos Sólidos para a Região do Circuito das Águas Plano Cidades Limpas

2.5.10.3 Diagnóstico Curto Prazo Médio Prazo Longo Prazo d) 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 0% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100%

d) Adequar as iniciativas às diretrizes d) Formar o corpo técnico em educação do Plano Nacional de Educação Am- ambiental e comunicação social do biental. CISBRA, para suporte às ações locais. e) Realizar Campanha de Comunicação 2.5.11.2 Estratégias Social, envolvendo meios para dispo- a) Criar conjunto de eventos que pos- nibilizar informações sobre os pon- sibilite o compartilhamento de ex- tos de disposição para a população. periências de educação ambiental e comunicação social com todos os 2.5.11.3 Metas quantitativas, monitora- municípios. mento e verificação de resultados b) Envolver os grupos organizados da a) Envolver os grupos organizados da sociedade civil e projetos de educa- sociedade civil e projetos de educa- ção ambiental existentes em cada ção ambiental existentes em cada município no processo de implemen- município no processo de implemen- tação do Plano Cidades Limpas. tação do Plano Cidades Limpas. c) Priorizar as ações em torno das ini- Universo: 12 municípios. ciativas voltadas à Feira Limpa, Es- b) Realizar Campanha de Comunicação cola Limpa e difusão da localização Social, com a intenção de informar das áreas destinadas ao manejo dos e localizar os pontos de destinação diversos resíduos. dos resíduos.

2.5.11.3 Diagnóstico Curto Prazo Médio Prazo Longo Prazo a) 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 0% 47% 75% 100% 100% 100% 100% 100%

59 Plano Regional de Gestão Associada e Integrada de Resíduos Sólidos para a Região do Circuito das Águas Plano Cidades Limpas

2.5.11.3 Diagnóstico Curto Prazo Médio Prazo Longo Prazo b) 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 0% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100%

2.5.11.4 Programas e ações processos produtivos e ao reaprovei- a) Estruturar o corpo técnico de educa- tamento dos resíduos sólidos. ção ambiental do CISBRA. 2.5.12.2 Estratégias b) Definir cronograma de reuniões pe- riódicas e encontros regionais com a) Promover o uso do resíduo resultan- os educadores ambientais dos muni- te da biodigestão para a redução de cípios consorciados. emissões de Gases de Efeito Estufa (capa de biofiltro) nos municípios c) Definir a estratégia de educação que possuem aterros já encerrados. ambiental regional com suporte nas ações de educação ambiental já exis- b) Estabelecer, por meio da equipe téc- tentes nos municípios. nica do CISBRA, os processos de fisca- lização do conjunto de agentes com d) Difundir os programas Feira Limpa e responsabilidade no gerenciamento Escola Limpa. dos resíduos, dos consumidores aos e) Realizar Campanha de Comunicação integrantes das cadeias produtivas. Social para difusão da correta segre- c) Estabelecer a Contribuição Ambien- gação dos resíduos e dos locais ade- tal necessária à sustentabilidade quados de destinação. econômica dos serviços prestados, com consideração do grau de envol- 2.5.12 Outros Aspectos do Plano vimento dos geradores nas estraté- gias de não geração, redução, reuti- 2.5.12.1 Objetivos lização, reciclagem e tratamento dos a) Reduzir os passivos ambientais nos resíduos de sua responsabilidade. municípios consorciados e, concomi- d) Implantar o Sistema Regional de tantemente, o volume de emissões Informações sobre Resíduos, para de gases de efeito estufa. cumprimento das exigências legais b) Garantir a eficiência e a sustentabi- e apoio às iniciativas de melhoria lidade econômica dos serviços pres- dos processos produtivos e gerencia- tados em todos os doze municípios, mento dos resíduos. estabelecido como princípio funda- e) Desenvolver propostas específicas mental da Lei Federal de Saneamen- e implantar equipamentos para o to Básico e objetivo da Política Na- atendimento das necessidades dos cional de Resíduos Sólidos. habitantes do meio rural. c) Incentivar o desenvolvimento de sis- f) Definir Agendas de Implementação temas de gestão ambiental e empre- para cada um dos doze municípios, sarial voltados para a melhoria dos incorporando processos de capacita-

60 Plano Regional de Gestão Associada e Integrada de Resíduos Sólidos para a Região do Circuito das Águas Plano Cidades Limpas

ção dos agentes públicos locais e de 2.5.12.3 Metas quantitativas compartilhamento de responsabilida- a) Estabelecer, por meio da equipe téc- des com instituições sociais locais, de nica do CISBRA, os processos de fisca- forma a permitir o rebatimento do lização do conjunto de agentes com Plano Regional de Gestão Associada responsabilidade no gerenciamento e Integrada de Resíduos Sólidos para dos resíduos, dos consumidores aos o Circuito das Águas no âmbito local. integrantes das cadeias produtivas. Universo: 12 municípios.

2.5.12.3 Diagnóstico Curto Prazo Médio Prazo Longo Prazo a) 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 0% 26% 47% 81% 100% 100% 100% 100%

2.5.12.3 Diagnóstico Curto Prazo Médio Prazo Longo Prazo b) 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 0% 29% 57% 85% 100% 100% 100% 100%

61 Plano Regional de Gestão Associada e Integrada de Resíduos Sólidos para a Região do Circuito das Águas Plano Cidades Limpas

b) Desenvolver propostas específicas sólidos domiciliares secos, resíduos sólidos e implantar equipamentos para o domiciliares úmidos, resíduos de limpeza atendimento das necessidades dos pública, resíduos de construção civil, resí- habitantes do meio rural. duos de serviço de saúde, resíduos sólidos Universo: 17 Ecopontos Simplificados de logística reversa, resíduos sólidos indus- no meio rural. triais e resíduos agrossilvopastoris. Este banco de dados contém as informa- 2.5.12.4 Sistema Regional de Informações ções necessárias para a gestão dos resíduos As novas perspectivas para a gestão dos re- sólidos realizada pelo CISBRA, além de con- síduos sólidos no Brasil deve se expressar ter os dados necessários para a atualização por meio da produção de indicadores e da do SINISA (antigo SNIS) referente a cada integração de dados e informações de todo município consorciado. Para o êxito desta este novo modelo de gestão, por meio de ação, o banco de dados deverá ser atuali- um Sistema Regional de Informações sobre zado anualmente, gerando continuamente Resíduos Sólidos, que deve dialogar com indicadores para o controle da efetividade outros bancos de dados e sistemas de in- do planejamento. formação: Sistema Nacional de Informação sobre o Meio Ambiente – SINIMA; Sistema 2.5.12.5 Regramento dos Planos de Geren- Nacional de Informações em Saneamento ciamento Obrigatórios Básico – SINISA. Os Planos de Gerenciamento de Resíduos Por meio das ferramentas de um sistema li- Sólidos são instrumentos da Política Na- vre de informação geográfica – SIG – com cional e exigidos de vários dos grandes múltiplas plataformas (Quantum GIS) e do geradores para o manejo ambientalmente software livre de banco de dados (PostgreS- adequado dos resíduos gerados; mas são QL), foi elaborado o Sistema de Informa- também instrumentos de monitoramento ções Geográficas do CISBRA. Este sistema e fiscalização das atividades por eles rea- separa a informação em diferentes cama- lizadas. Devem ser elaborados de acordo das temáticas, armazenando-as indepen- com a Política Nacional de Resíduos Sólidos dentemente, permitindo a análise, gestão – PNRS, Lei Federal n° 12.305/2010 e mo- ou representação do território do CISBRA. nitorados em relação às metas elaboradas As bases cartográficas são logradouros, li- pelas políticas e planos locais. mites administrativos, rodovias, estradas Segundo a PNRS, estão sujeitos à elabora- de ferro, hidrografia, áreas verdes, setores ção dos planos os geradores de resíduos só- censitários, bacias de captação de resíduos, lidos dos serviços públicos de saneamento instalações de destinação de resíduos, en- básico, industriais, de serviços de saúde, de tre outros aspectos. mineração, empresas de construção civil, os Com as informações levantadas no diag- responsáveis por terminais de transportes nóstico de resíduos sólidos foi elaborado e atividades agrossilvopastoris (em caso de um banco de dados com as informações exigência do órgão competente do Sisna- separadas pelos seguintes temas: aspectos ma, do SNVS ou do Suasa) e, por final, es- gerais, aspectos operacionais, resíduos só- tabelecimentos comerciais e de prestação lidos domiciliares indiferenciados, resíduos de serviços que gerem resíduos perigosos,

62 Plano Regional de Gestão Associada e Integrada de Resíduos Sólidos para a Região do Circuito das Águas Plano Cidades Limpas ou que gerem resíduos que por natureza, VIII - medidas saneadoras dos passivos composição ou volume, não sejam equipa- ambientais relacionados aos resíduos rados aos resíduos domiciliares pelo poder sólidos; público municipal. IX - periodicidade de sua revisão, obser- O artigo 21 da PNRS define o conteúdo mí- vado, se couber, o prazo de vigência da nimo para os Planos de Gerenciamento de respectiva licença de operação a cargo Resíduos Sólidos: dos órgãos do Sisnama.“ “I - descrição do empreendimento ou O monitoramento e fiscalização para a ela- atividade; boração e implementação dos Planos de II - diagnóstico dos resíduos sólidos ge- Gerenciamentos de Resíduos Sólidos deve- rados ou administrados, contendo a rá estar apoiado ao Sistema Regional de In- origem, o volume e a caracterização formações do CISBRA, estruturando em seu dos resíduos, incluindo os passivos am- banco de dados as informações necessárias bientais a eles relacionados; para o controle destas ações. III - observadas as normas estabeleci- O estabelecimento de parcerias com a Com- das pelos órgãos do Sisnama, do SNVS panhia de Tecnologia de Saneamento Am- e do Suasa e, se houver, o plano muni- biental – CETESB poderá suprir dificuldades cipal de gestão integrada de resíduos no controle destes tipos de resíduos impac- sólidos: tantes ao meio ambiente quando não ma- a) explicitação dos responsáveis por nejados corretamente. Parcerias de âmbito cada etapa do gerenciamento de nacional, como o Ministério Público ou o resíduos sólidos; Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – IBAMA, b) definição dos procedimentos também poderão consolidar ainda mais a operacionais relativos às etapas do ação conjunta para alcançar os objetivos. gerenciamento de resíduos sólidos sob responsabilidade do gerador; Considerando que as ações de monitora- mento e controle da lógica de produção / IV - identificação das soluções consor- circulação / deposição irregular – de produ- ciadas ou compartilhadas com outros tos perigosos é considerada um problema geradores; de âmbito regional; parceria com os muni- V - ações preventivas e corretivas a se- cípios limites aos municípios consorciados rem executadas em situações de geren- no CISBRA, ou que dividam a mesma bacia ciamento incorreto ou acidentes; hidrográfica, será fator imperativo para a VI - metas e procedimentos relaciona- gestão conjunta da questão. dos à minimização da geração de resí- O Sistema de Informação Regional sobre duos sólidos e, observadas as normas Resíduos, que será implementado pelo CIS- estabelecidas pelos órgãos do Sisnama, BRA, construirá um banco de dados espe- do SNVS e do Suasa, à reutilização e re- cífico com informações sobre prestadores ciclagem; de serviço (transportadores e receptores de VII - se couber, ações relativas à respon- resíduos) que poderão ser acionados pelos sabilidade compartilhada pelo ciclo de responsáveis por PGRS para cumprimento vida dos produtos, na forma do art. 31; de suas obrigações legais.

63 Plano Regional de Gestão Associada e Integrada de Resíduos Sólidos para a Região do Circuito das Águas Plano Cidades Limpas

2.5.12.6 Recuperação dos custos e forma e as áreas que podem ser neles edifi- de cobrança dos serviços públicos cadas; Ponto considerado estratégico da Política III - o peso ou o volume médio coletado Nacional de Resíduos Sólidos, o tema da re- por habitante ou por domicílio.” cuperação de custos de serviços traz uma Pautado nestes aspectos, o Anexo 3 do dificuldade natural na sua abordagem, po- Contrato de Consórcio trata das leis mu- rém, é imprescindível para que haja avan- nicipais uniformes que instituem as taxas ços na aplicação da nova política pública municipais de coleta, tratamento e desti- de que se trata o Plano Regional de Gestão nação final de resíduos sólidos domiciliares Associada e Integrada de Resíduos Sólidos e de regulação e fiscalização dos serviços para a Região do Circuito das Águas. públicos de saneamento básico. O Capítu- O País carrega uma cultura de responsabili- lo I deste Anexo trata da Taxa de Coleta, zar o Poder Público por todas as atividades, Tratamento e Destinação Final de Resídu- coletivas ou individuais que se dão nos es- os Sólidos Domiciliares (TRSD), e no arti- paços públicos e as mudanças que se exigi- go 2° estipula a sua base de cálculo, que é rão para a tarefa de implementação da res- “o custo dos serviços de coleta, remoção, ponsabilidade compartilhada serão difíceis. tratamento e destinação final dos resídu- A postura e os hábitos de tratar o espaço os domiciliares, disponibilizados ao contri- público como se fosse de ninguém, quando buinte, (...).” O Parágrafo 1° deste artigo na verdade, é o espaço de todos, terá de ser estipula que nesta taxa não está integrado alterada, com o devido compartilhamento os custos dos serviços de varrição, capina e dos custos e consideração do papel cumpri- limpeza e desobstrução de bueiros, bocas- do pelos agentes: poluidor-pagador. de-lobo, valas e valetas, galerias de águas A Lei Federal de Saneamento Básico, em pluviais e córregos e de outras atividades seu artigo 29, assegura a sustentabilidade assemelhadas de limpeza urbana. econômico-financeira mediante a remune- Ainda dentro deste artigo, o Parágrafo 6° ração pela cobrança dos serviços de limpe- dispõe sobre as alterações de valores: za urbana e manejo dos resíduos sólidos “O custo dos serviços de coleta, remo- urbanos, por meio de taxas ou tarifas e ou- ção, tratamento e destinação final dos tros preços públicos em conformidade com resíduos domiciliares a serem disponi- a prestação de serviços ou de suas ativida- bilizados aos contribuintes será atuali- des. O artigo 35 desta Lei Federal define: zado anualmente com base nos custos “Art. 35. As taxas ou tarifas decorren- dos exercícios anteriores e nas demais tes da prestação de serviço público de informações pertinentes à prestação limpeza urbana e de manejo de resídu- destes serviços” os sólidos urbanos devem levar em con- ta a adequada destinação dos resíduos Por fim, o Parágrafo 8° define o volume coletados e poderão considerar: diário considerado como de grandes ge- radores, eximindo a responsabilidade de I - o nível de renda da população da coleta do Poder Público (salvo os casos de área atendida; prestação de serviço, com base em contra- II - as características dos lotes urbanos tos especiais e remunerados por volume ou

64 Plano Regional de Gestão Associada e Integrada de Resíduos Sólidos para a Região do Circuito das Águas Plano Cidades Limpas massa, por meio de preço público), que no jeitos à regulação, controle e fiscalização caso de estabelecimentos industriais são os do Consórcio. A sua base de cálculo é refe- que excederem 150 litros ao dia, e no caso rente ao custo do exercício de atividade de de estabelecimentos não industriais os que fiscalização e exercício de poder de polícia excederem 100 litros ao dia. atribuído ao Consórcio. A base de cálculo Definido os métodos de cobrança, a Seção é definida pelo artigo 15. A TRF deverá ser IV deste Anexo trata do Lançamento e do paga em doze parcelas mensais, iguais e Pagamento, no artigo 5°, definindo: consecutivas, conforme estabelecido no ar- tigo 18 deste Anexo. “O lançamento da TRSD será proce- dido, em nome do contribuinte, na Sendo assim, o Anexo 3 estabelece a Taxa forma e nos prazos fixados no regula- de Coleta, Tratamento e Destinação Final mento adotado pelo Consórcio Públi- de Resíduos Sólidos Domiciliares (TRSD) e co, anualmente, de forma isolada ou da Taxa de Regulação dos Serviços Públicos parcelada em conjunto com o Imposto de Saneamento Básico (TRF). Sobre a Propriedade Territorial Urbana - IPTU ou ainda parcelada mensalmen- 2.5.12.7 Iniciativas para controle social te em conjunto com a fatura do serviço de abastecimento de água.” A participação social sempre representou um desafio à constituição de sociedades Sendo assim, a forma de cobrança dos ser- democráticas. No Brasil, a participação dos viços públicos referente ao manejo de resí- movimentos sociais tem desempenhado duos sólidos domiciliares já está estipulada, papel importante no processo de redemo- com aprovação nos doze legislativos dos cratização do país e na formulação de polí- municípios associados ao CISBRA. ticas públicas para os vários setores. A par- Os serviços públicos de limpeza urbana, ticipação social foi de extrema importância competência do CISBRA, terão seu custo re- para a elaboração deste plano. O Plano de cuperado por meio de recursos orçamentá- Mobilização Social, primeiro produto reali- rios transferidos no Consórcio Público por zado neste planejamento, traçou as estra- cada um dos doze municípios. tégias de atração popular para questiona- Além da TRSD, o Anexo 3 do Contrato de mentos e participação na construção deste Consórcio, no Capítulo II, estabelece a Taxa documento. As 87 reuniões públicas reali- de Regulação dos Serviços Públicos de Sane- zadas garantiram o controle social na pri- amento Básico (TRF). O artigo 11 estabelece: meira etapa do planejamento até o Diag- “Art. 11. Tendo em vista serviços pos- nóstico Regional, e foram sucedidas por tos a sua disposição e o exercício do treze Conferências até o estabelecimento poder de polícia, será devida por cada do contorno deste Plano Cidades Limpas. prestador dos serviços fiscalizados pelo Este processo participativo deu solidez a Consórcio a Taxa de Regulação e Fisca- este planejamento, que buscou atender o lização dos Serviços Públicos de Sanea- máximo das necessidades específicas muni- mento Básico – TRF.” cipais no planejamento regional. Isso mos- O sujeito passivo da TRF é o prestador de tra a importância da participação social no serviços públicos de saneamento básico su- controle das ações do poder público e a ne-

65 Plano Regional de Gestão Associada e Integrada de Resíduos Sólidos para a Região do Circuito das Águas Plano Cidades Limpas

cessidade de continuar essa metodologia TESB-SP – existem na região do CISBRA 25 participativa no decorrer da implementa- áreas contaminadas, sendo treze em Am- ção deste planejamento. paro, três em Itapira, duas em Monte Ale- A participação e o controle social têm seu gre do Sul, duas em Pinhalzinho, três em espaço garantido, na forma exigida pela lei Santo Antônio de Posse, uma em Serra Ne- gra e uma em Tuiuti. nacional, com as Conferências Regionais de- finidas no Contrato de Consórcio Público. Estas áreas estão identificadas no Anexo II da edição completa do Plano Cidades Lim- As Conferências Regionais estão regula- pas.São áreas privadas com histórico co- mentadas no Capítulo X – Da Conferência nhecido e com várias ações que eventual- Regional de Saneamento Básico. A Cláusu- mente causem. la 38 institui a Conferência Regional de Sa- neamento Básico da Região do Circuito das Entre todas estas áreas sobressai o caso do Águas, instância de participação e controle Aterro Montovani, em Santo Antônio de social, que será convocada ordinariamente Posse, um dos casos mais emblemáticos da pelo Presidente do Consórcio no primeiro irresponsabilidade no trato da questão am- semestre dos anos ímpares. Os objetivos biental. destas conferências são examinar, avaliar Além destas áreas, existem outras dez ca- e debater temas e elaborar propostas de racterizadas como áreas de disposição de interesse da gestão do saneamento básico. resíduos, desativadas por operadores pú- O parágrafo 1° desta cláusula define a rea- blicos após esgotamento da capacidade. lização de Conferências Municipais prepa- Entre as ações de remediação, o Plano de- ratórias, em cada município consorciado, fine a utilização do resíduo biodigerido para exame prévio dos pontos da pauta da oriundo dos resíduos sólidos domiciliares etapa regional. As seções de conferências úmidos como camada de superfície nas serão públicas e poderão ser convocadas áreas de disposição desativadas, a fim de pelo Presidente do Consórcio extraordina- criar uma capa de biofiltro com o digesto, riamente quando necessário. que possui uma ação retentora dos gases Sendo assim, o Contrato de Consórcio esta- de efeito estufa emitidos por estas áreas. belecido entre os 12 municípios garantiu a participação popular nas decisões relativas 2.6 Fluxos de resíduos e setorização nos à gestão de saneamento básico para a re- Municípios gião do Circuito das Águas, por meio das Os fluxos de resíduos nos Municípios são a Conferências Regionais de Saneamento expressão local do Plano Regional de Ges- Básico. tão Associada e Integrada de Resíduos Só- lidos para a região do Circuito das Águas. 2.5.12.8 Áreas contaminadas, áreas de dis- Os técnicos locais induziram, com suas in- posição de resíduos e ações para formações, o desenho a ser estabelecido mitigação das emissões dos gases para a gestão associada e regional dos resí- de efeito estufa duos sólidos. Mas, a partir da definição dos Segundo os registros da Companhia de objetivos e estratégias conjuntas, traçado Tecnologia de Saneamento Ambiental –CE- de metas para o investimento e operacio-

66 Plano Regional de Gestão Associada e Integrada de Resíduos Sólidos para a Região do Circuito das Águas Plano Cidades Limpas nalização das rotas tecnológicas eleitas, os transportadores às Áreas de Triagem planejamentos municipais só podem existir e Transbordo; se avança o Plano Regional, na forma do • Os restantes 40% de resíduos da cons- Plano Cidades Limpas. trução civil e volumosos oriundos dos Para o Plano Regional, e da mesma forma grandes geradores destinados à ou- para os planejamentos municipais, foram tros locais de destinação, ambiental- definidos parâmetros de planejamento mente adequados, cadastrados e li- que determinam as metas traçadas e tam- cenciados. bém os custos resultantes. Os parâmetros Refletindo estes parâmetros e a resultante adotados são: do processo de planejamento em termos • 80% dos resíduos sólidos domiciliares regionais, os planos municipais de cada um secos coletados seletivamente por co- dos doze municípios estão apresentados no operativas e associações ou por meio Anexo I da edição completa do Plano Cida- de contratos de coleta; des Limpas. • Duplicação da capacidade de coleta e 2.7 Estimativa de custos triagem das cooperativas consolidadas; A estimativa dos custos decorrentes do pla- • 100% dos resíduos sólidos domicilia- nejamento atentou para os investimentos res úmidos coletados seletivamente necessários à implantação das instituições nos menores municípios; necessárias e custos resultantes das opera- • 16% dos resíduos sólidos domiciliares ções. Foram analisados os custos de inves- úmidos coletados seletivamente nos timento no Ecoparque CISBRA e na Rede maiores municípios, correspondentes de Ecopontos e ATT, seguidos dos custos à coleta seletiva realizada nos gran- operacionais para o manejo dos resíduos des geradores, avançando-se poste- sólidos domiciliares e para os resíduos da riormente para a coleta diferenciada construção civil e volumosos. nos domicílios; Instalações para o tratamento mecânico • O restante dos resíduos sólidos domici- biológico de resíduos e instalações para liares coletados convencionalmente des- compostagem mecanizada em grande es- tinados ao tratamento no Ecoparque; cala são propostas muito recentes no cená- rio brasileiro de discussão de soluções para • 16% dos resíduos da construção civil e implementação da Política Nacional de Re- volumosos entregues pela população síduos Sólidos. na Rede de Ecopontos; As estimativas de custo para a implemen- Expectativa de 4% dos resíduos da • tação do Plano Cidades Limpas atentaram construção civil e volumosos coleta- para isso e, numa postura cautelar, traça- dos por meio da limpeza corretiva e ram dois cenários de custo – um deles, Ce- destinados para as Áreas de Triagem nário 1, baseado em informações seguras e Transbordo; dos custos de investimento e preços para • 40% dos resíduos da construção civil os resíduos valorizados, e outro, Cenário 2, e volumosos destinados pela adesão em que foram elevados os investimentos e de metade dos grandes geradores e reduzidas as receitas.

67 Plano Regional de Gestão Associada e Integrada de Resíduos Sólidos para a Região do Circuito das Águas Plano Cidades Limpas

Com isso estabeleceu-se uma faixa de es- Além dos investimentos relativos à insta- timativas, com valores mínimos e máximos lação de tratamento mecânico e biológico para maior segurança no processo de deci- dos RSD Indiferenciado, foi realizada a es- são, tanto para adoção do Plano, quanto timativa de investimento na compostagem para construção dos caminhos para sua im- mecanizada dos RSD Úmidos. plementação. Por fim, finalizando o planejamento de investimentos relativos ao Ecoparque CIS- 2.7.1 Investimentos no Ecoparque CISBRA BRA, foi previsto o investimento em cada Para calcular o custo de investimento na cooperativa e associação de catadores na instalação Ecoparque CISBRA foram utili- região do CISBRA. zados os dois cenários. Ambos preveem os Estimou-se que esse investimento seja fi- custos de investimento a partir da quanti- nanciado em 10 anos por meio de linhas de dade de resíduos tratados anualmente – no crédito disponibilizadas por banco público. caso do Ecoparque CISBRA serão 44.470 to- Como ainda é uma proposta de investimen- neladas de RSD Indiferenciados ao ano. to a ser estudada, ainda não é possível sa-

Tabela 8 - Estimativa de custos de investimento Ecoparque CISBRA

Valorização Quantidade Mensal Valorização Descrição Mensal (un.) (R$/un.) (R$) Madeira (m³) 1.551 24,00 37.234 Trituráveis (m³) 3.712 64,50 239.440 RSD Secos (t) 209 285,60 59.737 Recepção de Resíduos 5.281 10,00 52.813 Grandes Geradores (m³) TOTAL CENÁRIO 1 389.223

Tabela 9 - Investimento no Ecoparque CISBRA - Cenário 1

Monte Santo Pedra Pinhal­ Morun­ Águas de Serra Tuiuti Alegre do Lindóia Antonio Socorro Amparo Itapira Bela zinho gaba Lindóia Negra Sul de Posse

60.285 165.627 257.017 375.385 249.152 1.742.691 1.789.511 2.350.921 2.691.099 3.983.369 7.140.891 6.135.207

703 1.932 2.999 4.379 2.907 20.331 20.878 27.427 31.396 46.473 83.310 71.577

0,12 0,33 0,42 0,33 0,43 1,73 1,21 1,33 1,19 1,27 1,27 1,05

Tabela 10 - Investimento no Ecoparque CISBRA - Cenário 2

Monte Santo Pedra Pinhal­ Morun­ Águas de Serra Tuiuti Alegre do Lindóia Antonio Socorro Amparo Itapira Bela zinho gaba Lindóia Negra Sul de Posse

171.478 471.116 731.070 1.067.761 708.698 3.857.200 4.815.796 5.562.736 7.233.211 10.716.017 19.364.696 15.647.911

2.001 5.496 8.529 12.457 8.268 45.001 56.184 64.899 84.387 125.020 225.921 182.559

0,35 0,93 1,19 0,95 1,23 3,83 3,26 3,15 3,20 3,41 3,43 2,67

68 Plano Regional de Gestão Associada e Integrada de Resíduos Sólidos para a Região do Circuito das Águas Plano Cidades Limpas ber o valor exato de juros ao ano. Por isso, Além das instalações, foram computados para estimar os juros deste financiamento, nos investimentos relativos ao manejo de foi computado acréscimo de 40% no valor RCC a aquisição de um equipamento de re- total a ser investido. ciclagem de RCC itinerante, uma peneira As tabelas a seguir, referentes a cada cená- vibratória itinerante e um equipamento de rio, mostram em sua primeira linha o cus- reciclagem de madeira. to de investimento sem financiamento de Seguindo a mesma hipótese de financia- cada município associado. A segunda linha mento do Ecoparque CISBRA, a tabela a mostra a valor mensal pago por cada muni- seguir mostra, em sua primeira linha, o cus- cípio dentro deste financiamento. A tercei- to de investimento sem financiamento de ra linha mostra o valor mensal per capita cada município associado. A segunda linha em cada município. mostra o valor mensal pago por cada mu- nicípio dentro deste financiamento. A ter- 2.7.2 Investimento na Rede de Ecopontos ceira linha mostra o valor mensal per capita e Áreas de Triagem e Transbordo em cada município. No planejamento, são previstos quatro 2.7.3 Custos operacionais do manejo de diferentes tipos de áreas: Ecopontos, Eco- Resíduos Sólidos Domiciliares pontos Simplificados, Áreas de Triagem e Transbordo e Ecopontos/ATT. A tabela a A análise dos custos operacionais de ma- seguir mostra a quantidade de áreas pre- nejo dos resíduos sólidos domiciliares foi vistas neste planejamento e o custo unitá- realizada a partir do saldo entre os custos rio de implantação de cada instalação. de coleta e tratamento e a valorização dos

Tabela 11 - Investimento na Rede de Ecopontos e ATT´s - CISBRA

Custos Quantidade Custo Unitário Descrição Investimento (un.) (R$/un.) (R$) Ecoponto 25 137.000,00 3.425.000 Ecoponto Simplificado 17 93.000,00 1.581.000 Área de Triagem e Transbordo 3 114.000,00 342.000 Ecoponto/ATT 9 246.000,00 2.214.000 TOTAL 7.562.000

Tabela 12 - Investimento Rede de Ecopontos - CISBRA

Monte Santo Pedra Pinhal­ Morun­ Águas de Serra Tuiuti Alegre do Lindóia Antonio Socorro Amparo Itapira Bela zinho gaba Lindóia Negra Sul de Posse

453.250 546.772 458.272 480.118 407.632 749.212 583.454 458.850 802.945 1.344.767 1.040.882 1.285.847

5.288 6.379 5.347 5.601 4.756 8.741 6.807 5.353 9.368 15.689 12.144 15.002

0,92 1,08 0,75 0,43 0,71 0,74 0,39 0,26 0,36 0,43 0,18 0,22

69 Plano Regional de Gestão Associada e Integrada de Resíduos Sólidos para a Região do Circuito das Águas Plano Cidades Limpas

resíduos reaproveitados em cada municí- têm origem no mercado de sucatas secas pio, de acordo com o seu planejamento es- e composto orgânico no interior do Esta- pecífico. O saldo entre todos os municípios do de São Paulo; especificamente o preço originou um custo específico por tonelada da energia elétrica gerada pelo biogás, manejada de forma associada. Definiu-se referenciou-se em leilões promovidos pela que cada município consorciado pagará de ANEEL, agência reguladora do setor. acordo com este custo médio da tonelada A tabela a seguir mostra, em sua primei- consorciada. ra linha, a quantidade de toneladas a se- Os custos computados nesta estimativa de rem processadas nesse sistema por muni- estudo relativa ao manejo de RSD foram cípio; na segunda linha os custos mensais os mesmos para os dois cenários. Os custos de operação para o processamento destes apresentados consideram alguns valores já resíduos no Cenário 1; e na terceira linha, praticados na região, as distâncias diferen- os custos mensais de operação para o pro- ciadas, os custos de transbordo e aterra- cessamento destes resíduos no Cenário 2. mento mais prováveis para a primeira fase da operação. Além destes, outros parâme- 2.7.4 Custos operacionais dos Resíduos da tros de custo bastante seguros geraram as Construção Civil e Volumosos estimativas apresentadas na tabela a seguir. Para estimar os custos operacionais refe- A estimativa dos preços unitários que po- rentes aos resíduos da construção civil e dem ser considerados para os resíduos va- volumosos, foram utilizados indicadores de lorizados foi bastante cautelosa já no Ce- custos da consultoria, referente ao mane- nário 1 e reforçada no Cenário 2. Os preços jo destes resíduos. O Plano Cidades Limpas

Tabela 13 - Custos operacionais de manejo dos Resíduos Sólidos Domiciliares - CISBRA

Quantidade Custo Unitário Custos Mensais Descrição Mensal (R$/t) (R$) (t) Coleta Seletiva RSD Secos 1.802 100,00 180.235 Coleta Seletiva RSD Úmidos 634 100,00 63.399 Coleta Convencional RSD 3.706 100,00 370.586 Transporte de Resíduos ao 5.894 8,99 52.962 Ecoparque* Processamento RSD Secos 2.311 25,20 58.228 Compostagem RSD Úmidos 248 3,14 778 Ecoponto/ATT Compostagem RSD Úmidos 386 50,00 19.291 Ecoparque Biodigestão e compostagem 2.026 78,80 159.611 RSD Transbordo e disposição de 1.172 130,00 152.365 rejeitos em Aterro Sanitário TOTAL 1.057.455

70 Plano Regional de Gestão Associada e Integrada de Resíduos Sólidos para a Região do Circuito das Águas Plano Cidades Limpas

Tabela 14 - Valorização de resíduos no sistema de manejo - CISBRA

Valorização Valorização Quantidade Valorização Valorização Mensal Mensal Descrição Mensal Cenário 1 Cenário 2 Cenário 1 Cenário 2 (t) (R$/t) (R$/t) (R$) (R$) RSD Secos Coletados 1.802 408,00 735.360 285,60 514.752 Seletivamente RSD Secos Coletados 508 285,60 145.169 199,92 101.619 Convencionalmente RSD Úmidos Coletados 634 80,00 25.360 60,00 19.020 Seletivamente Energia da Biodigestão 2.026 28,00 56.715 20,00 40.510 RSD Úmidos Composto da Biodigestão 2.026 32,00 64.817 24,00 48.613 RSD Úmidos TOTAL CENÁRIO 1 1.027.421 CENÁRIO 2 724.513

Tabela 15 - Toneladas tratadas e custos operacionais do RSD (Cenário 1 e Cenário 2) - CISBRA

Monte Santo Pedra Pinhal­ Morun­ Águas de Serra Tuiuti Alegre do Lindóia Antonio Socorro Amparo Itapira Bela zinho gaba Lindóia Negra Sul de Posse

52 128 137 200 151 200 480 436 569 896 1.644 1.250

254 626 672 978 738 978 2.347 2.132 2.780 4.379 8.037 6.112

2.819 6.938 7.448 10.841 8.180 10.841 26.019 23.634 30.821 48.547 89.098 67.757

Tabela 16 - Custo operacional per capita (Cenário 1 e Cenário 2) - CISBRA

Monte Santo Pedra Pinhal­ Morun­ Águas de Serra Tuiuti Alegre do Lindóia Antonio Socorro Amparo Itapira Bela zinho gaba Lindóia Negra Sul de Posse

0,04 0,11 0,09 0,07 0,11 0,08 0,14 0,10 0,11 0,12 0,12 0,09

0,49 1,17 1,04 0,83 1,22 0,92 1,51 1,15 1,17 1,32 1,35 0,99 prevê a instalação de uma rede de 42 ins- das nas ATT ou Ecopontos/ATT, conforme talações de Ecopontos e Ecopontos Simpli- apresentado na próxima tabela. ficados. Em compensação, esta operação de manejo A partir de dados reconhecidos em ou- dos resíduos da construção civil e volumo- tras operações, foi estimado o custo ope- sos gera uma valorização de resíduos ante- racional específico da unidade Ecoponto riormente não aproveitados. É o caso dos e estimados os demais custos relativos ao resíduos peneirados e trituráveis, que po- transporte, limpeza corretiva, triagem de dem ser aproveitados em obras municipais, resíduos, sua classificação em peneira e tri- evitando assim, além do transporte de re- turação, estas últimas operações conduzi- síduos, a compra de material britado para

71 Plano Regional de Gestão Associada e Integrada de Resíduos Sólidos para a Região do Circuito das Águas Plano Cidades Limpas

obras municipais. Outro resíduo que passa linha é referente ao custo mensal por mu- a ser valorizável neste sistema é a madei- nicípio. A terceira linha é referente ao cus- ra, que será transformada em cavaco para to per capita. Os números negativos estão a venda como biomassa (fonte de anergia) entre parêntesis. no mercado regional. Nos cálculos não foi computado o preço público de recepção de 2.7.5 Custos da gestão do CISBRA resíduos de grandes geradores, mesmo que No Contrato de Consórcio Público assina- sejam em volume significativo. do pelos prefeitos para a consolidação do A tabela 19 mostra o saldo entre custo ope- CISBRA, foram previstos 60 funcionários racional e valorização de resíduos. A pri- em onze departamentos do CISBRA. Cada meira linha é referente às toneladas rece- cargo previsto no Contrato possui a remu- bidas neste sistema operacional. A segunda neração mensal estipulada em lei. Sendo

Tabela 17 - Custos operacionais mensais RCC e Volumosos - CISBRA

Quantidade Custo Unitário Custos Mensais Descrição Mensal (R$/un.) (R$) (un.) Operacional Ecoponto 42 6.552,38 275.200 Transporte Ecoponto-ATT (t) 2.113 3,79 7.999 Limpeza Corretiva (t) 528 28,71 15.163 Equipe de Limpeza Corretiva 285.557 0,11 30.272 Triagem de Resíduos (m³) 5.449 10,56 57.543 Peneiração Trituráveis RCC (m³) 3.712 1,00 3.712 Trituração RCC (m³) 1.856 18,50 34.338 Transporte ATT-Ecoparque (t) 869 19,62 17.046 Trituração Madeira (m³) 1.551 6,83 10.596 TOTAL 451.869

Tabela 18 - Valorização mensal dos RCC e Volumosos - CISBRA

Valorização Quantidade Mensal Valorização Descrição Mensal (un.) (R$/un.) (R$) Madeira (m³) 1.551 24,00 37.234 Trituráveis (m³) 3.712 64,50 239.440 RSD Secos (t) 209 285,60 59.737 Recepção de Resíduos 5.281 10,00 52.813 Grandes Geradores (m³) TOTAL CENÁRIO 1 389.223

72 Plano Regional de Gestão Associada e Integrada de Resíduos Sólidos para a Região do Circuito das Águas Plano Cidades Limpas

Tabela 19 - Custo mensal por município associado ao CISBRA

Monte Santo Pedra Pinhal­ Morun­ Águas de Serra Tuiuti Alegre do Lindóia Antonio Socorro Amparo Itapira Bela zinho gaba Lindóia Negra Sul de Posse

160 164 198 363 186 326 479 572 731 1.017 1.825 1.900

(9945) (15301) (7724) (3691) (1394) (17663) (189) 8301 (5551) (27663) 17690 483

(1,72) (2,58) (1,08) (0,28) (0,21) (1,50) (0,01) 0,40 (0,21) (0,75) 0,27 0,01

assim, é possível definir o custo da equipe 2.7.6 Estimativa mensal de custos do CISBRA quando atingir a contratação A partir destas cinco análises de custos (Inves- de todo o corpo técnico definido. Além timento no Ecoparque CISBRA, Investimento deste corpo técnico, a consultoria prevê a na Rede de Ecopontos e ATT, Operação com necessidade de contratação de 12 outros os RSD, Operação com os RCC e Volumosos e funcionários, que serão os encarregados Gestão do CISBRA), é possível estimar os cus- municipais para a implantação do PRGAICA tos mensais do Plano Cidades Limpas. e suas operações. Desta forma, a folha de pagamento mensal do CISBRA, referente 2.8 Definição de nova estrutura gerencial aos 72 funcionários, incluído de encargos e direitos trabalhistas, a serem acrescidos ao O Contrato de Consórcio Público estabele- repasse dos municípios conforme o Contra- cido com a aprovação do protocolo de in- to de Rateio. tenções por lei municipal de cada um dos

Tabela 20 - Custos administrativos CISBRA

Monte Santo Pedra Pinhal­ Morun­ Águas de Serra Tuiuti Alegre do Lindóia Antonio Socorro Amparo Itapira Bela zinho gaba Lindóia Negra Sul de Posse

6.604,88 6.767,17 8.166,10 14.956,13 7.656,36 13.431,49 19.723,21 23.575,96 30.132,84 41.888,82 75.182,95 78.280,24

Tabela 21 - Custo mensal planejamento Cenário 1 - CISBRA

Monte Santo Pedra Pinhal­ Morun­ Águas de Serra Tuiuti Alegre do Lindóia Antonio Socorro Amparo Itapira Bela zinho gaba Lindóia Negra Sul de Posse

22.796 31.005 24.907 29.606 17.451 61.144 49.944 50.187 79.228 136.093 160.984 170.489

3,94 5,24 3,49 2,26 2,60 5,20 2,89 2,43 3,01 3,71 2,45 2,49

Tabela 22 - Custo mensal planejamento Cenário 2 - CISBRA

Monte Santo Pedra Pinhal­ Morun­ Águas de Serra Tuiuti Alegre do Lindóia Antonio Socorro Amparo Itapira Bela zinho gaba Lindóia Negra Sul de Posse

26.657 40.882 37.214 47.547 30.254 95.677 108.922 109.160 160.261 258.808 384.656 343.115

4,61 6,90 5,21 3,63 4,52 8,14 6,31 5,29 6,08 7,06 5,85 5,01

73 Plano Regional de Gestão Associada e Integrada de Resíduos Sólidos para a Região do Circuito das Águas Plano Cidades Limpas

Figura 24 Gráfico comparativo dos custos atuais e planejados (R$ mensais per capita)

municípios definiu os aspectos centrais contrato de prestação de serviços para a prestação regionalizada dos serviços nos termos da Lei 8.666/93; públicos e para o disciplinamento regional b) autorizados nos termos do in- de atividades inerentes ao saneamento bá- ciso I do § 1o do art. 10 da Lei nº. sico e à gestão do conjunto dos resíduos 11.445/2007, ou objeto dos convê- sólidos. nios referidos no inciso II do mesmo É importante ressaltar o estabelecido em dispositivo; algumas das cláusulas centrais do Contra- c) prestados por órgão ou entidade to, como a que se refere à autorização para de um dos entes consorciados por a gestão associada. meio de contrato de programa; “CLÁUSULA 8a. Os Municípios con- sorciados autorizam a gestão asso- d) prestados por meio de contrato ciada dos serviços públicos de sane- de programa firmado por Municí- amento básico, no que se refere: pio consorciado; I - ao planejamento, à regulação e à e) prestados por meio de contra- fiscalização pelo Consórcio dos servi- to de concessão firmado por Mu- ços públicos de saneamento básico: nicípio consorciado, nos termos da Lei nº. 8.987/1995 ou da Lei nº. a) prestados diretamente por ór- 11.079/2004; gão ou entidade da administração dos Municípios consorciados, inclu- f) prestados por meio dos convê- sive das atividades como a varrição, nios e de outros atos de delegação a capina, a coleta convencional ou celebrados até o dia 6 de abril de seletiva, executadas por meio de 2005, tal como referidos no inciso

74 Plano Regional de Gestão Associada e Integrada de Resíduos Sólidos para a Região do Circuito das Águas Plano Cidades Limpas

II do Art. 10 da Lei nº. 11.445/2007; das operações para a gestão do CISBRA, II - à prestação, pelo Consórcio, de em um processo cauteloso para que não ocorram descontinuidades na prestação serviço público de saneamento bá- dos serviços sico ou de atividade integrante de serviço público de saneamento bá- sico nos termos de contrato de pro- 2.8.1 Sobre a prestação dos serviços pre- grama firmado com o Município vistos no Plano Cidades Limpas interessado; Os serviços que foram objeto de planeja- III – a delegação da prestação de mento e estão focados como objeto central serviço público de saneamento bá- da atuação do CISBRA, são os referentes aos resíduos domiciliares e de limpeza urbana, sico ou de atividade integrante de os resíduos da construção civil e volumosos, serviço público de saneamento bá- os resíduos dos serviços de saúde e os rela- sico a órgão ou entidade da admi- tivos a algumas das ações com os resíduos nistração de ente consorciado por de logística reversa, sem desobrigação das meio de contrato de programa;”. responsabilidades privadas definidas na Da mesma forma é também importante Política Nacional de Resíduos Sólidos. ressaltar a forma como foram transferidas Na forma como as iniciativas foram plane- competências, pela Cláusula 11 do Contrato. jadas, estarão envolvidos serviços públicos “CLÁUSULA 11a. Para a consecução e serviços prestados a entes privados, ser- da gestão associada, os entes con- viços considerados divisíveis e outros clara- sorciados transferem ao Consórcio mente indivisíveis, serviços a terem seu cus- o exercício das competências de to recuperado por meio de taxa ainda a ser planejamento, da regulação e da lançada, outros a serem cobertos por ver- fiscalização dos serviços públicos de bas orçamentárias e outros ainda a serem saneamento básico, referidos no in- remunerados por meio de preço público a ciso I da Cláusula Oitava, e de pres- ser assumido por tomadores privados. tação nos casos referidos no inciso A Cláusula 8a do Contrato de Consórcio é II da mesma Cláusula.” explícita na afirmação de que todas as mo- Torna-se claro, desta maneira, que, suce- dalidades de prestação de serviços podem dendo ao planejamento regional realizado ser consideradas, na conveniência do Con- pelo CISBRA para a gestão integrada dos sórcio Público, para a efetivação das dire- resíduos sólidos, abre-se o processo de con- trizes, objetivos, estratégias e metas defini- cretização das ações previstas, com o Con- das no Plano Regional de Gestão Associada sórcio Público assumindo um papel crucial, e Integrada de Resíduos Sólidos. Estão pre- na medida em que a ele foram transferi- servadas as possibilidades de que os serviços das, pelos 12 municípios, as competências sejam prestados diretamente pela estrutu- relativas também a esta etapa, além das re- ra do CISBRA – hipótese bastante conside- lacionadas ao planejamento. rável para os serviços de natureza mais téc- A etapa de implementação do Plano Cida- nica e especializada; prestados pela via da des Limpas exigirá um planejamento em terceirização – caminho consistente para as detalhe da transferência dos contratos e operações diretas de manejo de resíduos,

75 Plano Regional de Gestão Associada e Integrada de Resíduos Sólidos para a Região do Circuito das Águas Plano Cidades Limpas

como em Ecopontos e ATT; prestados pela ciada e Integrada de Resíduos Sólidos. via de parcerias com agentes privados que O Contrato de Rateio refletirá ainda, pela viabilizem o aporte dos investimentos mais partição dos custos administrativos do CIS- significativos, como no Ecoparque planeja- BRA, a forma a ser decidida pela Assem- do, e outras hipóteses citadas na cláusula bleia Geral dos Prefeitos para a prestação apreciada e respaldadas na legislação. dos serviços, com a presença mais ou menos significativa de custos operacionais diretos, 2.8.2 Sobre o contrato de programa e o obedecidos os parâmetros estabelecidos no contrato de rateio Anexo I do Contrato de Consórcio. A aprovação final do Plano Regional de Gestão Associada e Integrada de Resídu- 2.8.3 Sobre a questão da regulação e fis- os Sólidos pelos entes consorciados enseja calização local das ações dos agen- a preparação das listagens de iniciativas e tes envolvidos. serviços a serem implementados em cada As discussões técnicas levadas no período um dos municípios consorciados. do planejamento das ações apontaram para Serão estas listagens, em conjunto com as a conveniência de adoção de um modelo metas determinadas no planejamento, as regulatório apoiado na contratação de um bases para a definição dos Contratos de ente regulador externo, preferencialmente Programa de cada um dos 12 municípios. à implementação da Câmara de Regulação Os Contratos de Programa definirão os in- prevista no Contrato de Consórcio. Neste vestimentos em instalações e, entre outros sentido, as conversações do CISBRA com o aspectos: i) os serviços públicos e os servi- Consórcio PCJ e sua entidade reguladora ços a terceiros que serão prestados em cada estão bastante avançadas, mas um detalha- município; ii) os serviços públicos divisíveis mento será necessário para a previsão de que terão seu custo recuperado por meio que as atividades de fiscalização de entes da Contribuição Ambiental, expressão da locais, como pequenos e médios geradores, taxa de manejo de resíduos domiciliares e transportadores e receptores dos resíduos assemelhados, a ser lançada em cada um focados pelo CISBRA permaneçam sob sua dos municípios; iii) os serviços públicos in- alçada. divisíveis que terão seu custo coberto por verbas orçamentárias municipais; e iv) os 2.9 Ajustes na legislação local serviços a terceiros que demandarão a co- Com o incremento das leis federais, prin- brança de preço público dos usuários de- cipalmente a Lei Federal de Saneamento mandatários. Básico, n° 11.445/2007, a Política Nacional O conjunto de investimentos, serviços pro- sobre Mudança do Clima, n° 12.187/2009, e gramados e custos recuperados estarão a Política Nacional de Resíduos Sólidos, n° considerados no Contrato de Rateio que 12.305/2010, os parâmetros para o manejo sucede ao Contrato de Programa, e que de resíduos sólidos foram redefinidos. deverão ser firmados entre os municípios e Entre os principais pontos, a redefinição da o Consórcio Público para a viabilização do responsabilidade compartilhada pelo ciclo avanço do Plano Regional de Gestão Asso- de vida dos produtos, a ser implementa-

76 Plano Regional de Gestão Associada e Integrada de Resíduos Sólidos para a Região do Circuito das Águas Plano Cidades Limpas da de forma individualizada e encadeada, 16 de dezembro de 2010 abrangendo os fabricantes, importadores, • Amparo: Lei 3.569, de 21 de dezembro distribuidores e comerciantes, os consumi- de 2010. dores e os titulares dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo de resíduos • Tuiuti: Lei 418, de 23 de dezembro de sólidos. Este aspecto redefine a responsa- 2010. bilidade pública e privada no manejo dos • Itapira: Lei 4.688, de 27 de dezembro resíduos sólidos, desonerando o município de 2010. no tratamento dos resíduos de responsabi- • Pinhalzinho: Lei 1.258, de 10 de março lidade privada, tais como grandes gerado- de 2011. res de serviços de saúde, industriais, cons- trução civil, entre outros. • Monte Alegre do Sul: Lei 1.571, de 16 de março de 2011 Outro ponto determinante para essa re- definição de parâmetros é a Lei Federal Entre estes, os municípios de Amparo, Ita- de Consórcios Públicos, n° 11.107/2005. pira, Santo Antônio de Posse, Serra Negra, Apoiada pela Política Nacional de Resídu- Socorro e Tuiuti elaboraram o Plano Dire- os Sólidos, ao dar prioridade para o acesso tor de Desenvolvimento Urbano para os a recursos federais aos entes consorciados, seus municípios. esta lei redefine os parâmetros de consor- Por outro lado, em atendimento às exigên- ciamento entre os entes municipais. Os mu- cias da Lei Federal de Saneamento Básico nicípios consorciados ao CISBRA tiveram a n° 11.445/2007, apenas Pedra Bela, Pinhal- autorização das respectivas Câmaras Mu- zinho e Tuiuti informaram a existência de nicipais para participar do Consórcio Inter- um Plano de Saneamento Básico, compo- municipal de Saneamento Básico da Região nente água e esgoto elaborados pela SA- do Circuito das Águas. Segue a listagem BESP. Amparo e Itapira possuem este plano com o número destas leis, por ordem de em desenvolvimento. Além deles, Santo promulgação: Antônio de Posse informou a existência de um Plano de Saneamento Básico, no com- • Pedra Bela: Lei 326, de 01 de dezembro ponente manejo de águas pluviais. de 2010. O Plano Regional de Gestão Associada e In- • Serra Negra: Lei 3.369, de 07 de dezem- tegrada de Resíduos Sólidos para a Região bro de 2010. do Circuito das Águas, em cumprimento às • Morungaba: Lei 1.370, de 09 de dezem- legislações federais supracitadas, além de bro de 2010. atender às exigências para a elaboração do • Socorro: Lei 3.427, de 10 de dezembro Plano de Saneamento Básico, componen- de 2010. te resíduos sólidos, redefine a abordagem destes resíduos, estipulando regulamentos • Águas de Lindóia: Lei 2.799, de 13 de e ações a serem adotadas em todos os mu- dezembro de 2010 nicípios consorciados ao CISBRA. • Lindóia: Lei 1.184, de 15 de dezembro Estabelece-se com isso a necessidade, a de 2010 ser implementada pelo CISBRA, por meio • Santo Antônio de Posse: Lei 2.546, de de sua Assessoria Jurídica, de promover a

77 Plano Regional de Gestão Associada e Integrada de Resíduos Sólidos para a Região do Circuito das Águas Plano Cidades Limpas

revisão de todos estes planos anteriores, d). Avaliação da evolução por meio dos detectando-se abordagens incompatíveis Indicadores para Monitoramento. com as diretrizes das políticas nacionais e sua expressão local, por meio do Plano Re- As principais agendas que deverão ser de- gional de Gestão Associada e Integrada de senvolvidas para cada um dos municípios Resíduos Sólidos para a região do Circuito são: das Águas. Agenda do manejo dos RSD Domiciliares Esta revisão também deverá ocorrer sobre Principais ações: a legislação municipal e específica, que po- • Universalização das coletas seleti- derá sofrer alterações para se adequar aos vas de resíduos secos e úmidos novos parâmetros estabelecidos. • Introdução da compostagem dos úmidos 2.10 Orientação para o desenvolvimento das agendas de implementação mu- Agenda dos Programas Escola Limpa e Fei- nicipais ra Limpa Principais ações: As agendas de implementação deverão ser • Implantação do programa em to- elaboradas para cada um dos municípios das as escolas consorciados, de acordo com os prazos es- • Implantação do programa em to- tabelecidos nas metas quantitativas e qua- das as feiras litativas, definidas em períodos de curto, médio e longo prazo. Além das metas, as Agenda de Inclusão Social agendas deverão estar de acordo com os Principais ações: programas e ações estabelecidos para cada • Dobrar a capacidade atual tipologia de resíduo sólido definida no Pla- • Incluir catadores avulsos no Cidades Limpas. A elaboração deverá • Implementar a rede de comercia- ser realizada pelo CISBRA, com o apoio do lização Comitê de Coordenação e com os atores so- ciais e econômicos correspondentes a cada Agenda dos Resíduos de Construção Civil e tipologia de resíduo. Deverão ser realiza- Volumosos das reuniões periódicas com estes grupos Principais ações: de atores para detalhar as responsabilida- • Disciplinar os fluxos des no cumprimento das metas estabeleci- • Introduzir o uso de agregados re- das neste planejamento ciclados • Recuperar as madeiras As agendas de implementação deverão • Garantir a existência dos PGRS abordar: a). Descrição do programa ou ação; Agenda dos Resíduos de Serviços de Saúde Principais ações: b). Designação da responsabilidade pú- • Separar as responsabilidades pú- blica ou privada; blicas e privadas c). Nomeação do responsável e dos pra- • Disciplinar os fluxos zos para encaminhamento das metas; • Garantir a existência dos PGRS

78 Plano Regional de Gestão Associada e Integrada de Resíduos Sólidos para a Região do Circuito das Águas Plano Cidades Limpas

Agenda da Limpeza Urbana Agenda dos Resíduos Agrossilvopastoris Principais ações: Principais ações: • Implantar a limpeza corretiva di- • Implantar a biodigestão ferenciada • Induzir a aceitação dos úmidos Agenda da Logística Reversa triados Principais ações: • Garantir a existência dos PGRS • Introduzir os pontos de captação Agenda de Educação Ambiental e Comuni- dos resíduos cação Social • Separar as responsabilidades pú- Principais ações: blicas e privadas • Desenvolver ações voltadas a to- das as agendas de implementação.

79 Plano Regional de Gestão Associada e Integrada de Resíduos Sólidos para a Região do Circuito das Águas

Plano Cidades Limpas

Novembro 2013 (VERSÃO COMPACTA)