PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO

NICOLAU VERGUEIRO-RS

2015/2025

2015 1

PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE NICOLAU VERGUEIRO-RS

NICOLAU VERGUEIRO

2015 / 2025

2

PREFEITO MUNICIPAL

Danilmar Da Costa

VICE-PREFEITO

Jair Cesar Strauss

REPRESENTANTES DA COMISSÃO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO-EQUIPE DE TRABALHO DO DOCUMENTO DO PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO

Representante da Creche e Educação Cinara Boni Infantil

Representante da Educação em Nível Paula Gobbi Municipal

Representante da Educação em Nível Elsa Felini Estadual

Representante da Secretaria de Mirocir Gobbi Administração

Representante em Nivel Superior Rita Elenir da Veiga Klein

Representante do Conselho Municipal Iohana Ritter Blanck de Educação

Representante do Legislativo Municipal Marcos Alisson Suptitz

Representante do Conselho Tutelar Iliane Barrilli

Representante do CONDICA Cristina Hack

Representante da RAE Loreni Carmen Ribeiro

EQUIPE DE TRABALHO E ELABORAÇÃO DO PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO Rosicler Piccolli Diehl, Cinara Boni.

3

SUMÁRIO

1- Introdução ...... 06

2- Nicolau Vergueiro- Dados físicos e Geográficos ...... 10 Figura 01 - Mapa do com localização do Município de

Nicolau Vergueiro ...... 11

Figura 02– Mapa da Cidade de Nicolau Vergueiro – RS ...... 12

Tabela 01 – Localidades do Município...... 12

Figura 03- Ponte sobre a Barragem Ernestina- Rio Jacuí...... 13

3- Demografia ...... 15

4- Aspectos Econômicos...... 17

4.1- Produção Econômica ...... 17

4.2- Produção Agropecuária...... 18

4.3- Agricultura Familiar...... 19

4.4- Mercado de Trabalho...... 20

4.5- Aspectos Sociais...... 22

4.6- Inclusão Produtiva...... 23

5- Aspectos da Gestão Municipal...... 25

5.1- Finanças Públicas...... 25

5.2- Recursos Humanos ...... 26

6- Educação em Nicolau Vergueiro ...... 26

6.1- Contextualizando a Educação Infantil ...... 28

7- Ensino Fundamental ...... 35

7.1- Contextualizando a Escola Municipal de Ensino Fundamental ...... 35

8- Histórico da Escola Estadual de Ensino Médio Nicolau Vergueiro ...... 36

4

8.1- Ensino Médio...... 41

9- Qualidade da Educação...... 50

9.1- Educação Especial...... 55

9.2- Educação Superior...... 60

10- Formação e Valorização dos Profissionais da Educação...... 64

10.1- Gestão Democrática...... 69

10.2- Financiamento da Educação...... 71

11- Referencias Bibliograficas...... 73

5

1- INTRODUÇÃO

A Lei nº 13.005 de 25 de junho de 2014 que aprovou o Plano Nacional de Educação (PNE), criou, em seu art. 8º, uma obrigação para os Estados, o Distrito Federal e os Municípios: “Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios deverão elaborar seus correspondentes planos de educação, ou adequar os planos já aprovados em lei, em consonância com as diretrizes, metas e estratégias previstas neste PNE, no prazo de 1 (um) ano contado da publicação desta Lei.”

O Plano Municipal de Educação (PME) não é um plano da Rede de Ensino Municipal, mas um plano de Educação do Município, que está integrado ao Plano Estadual de Educação e ao Plano Nacional de Educação, porém está direcionado à realidade e às políticas públicas do município.

Diante da elaboração deste Plano destaca-se a importância de repensar necessidades, prioridades e melhoramento da qualidade da educação em âmbito municipal. Faz-se necessário estabelecer a interação entre os diversos setores da sociedade, estimulando um processo permanente de discussão que proporcione o enfrentamento desta realidade. Para isso, é fundamental a definição de políticas públicas nas áreas sociais, em especial na educação. A Constituição Federal de 1988 define os objetivos da educação:

Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualidade para o trabalho.

O Estatuto da Criança e do Adolescente também prevê a garantia dos Direitos fundamentais da pessoa humana. Assegura-lhe a oportunidade, lhe faculta o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social. Responsabiliza a família, a comunidade, a sociedade e o poder público pela garantia da efetivação desses direitos, de acordo com o seu art. 4°, a saber:

6

É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao laser, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e a convivência familiar e comunitária (Brasil, 1990, art.04) Desta forma, alinhadas às leis educacionais, ao Plano Nacional de Educação recentemente aprovado, o Plano Municipal de Educação de Nicolau Vergueiro se constitui em uma política pública educacional que tem como objetivo principal a busca de um padrão de qualidade que seja compreendido como direito de cada cidadão.

O Plano Municipal de Educação de Nicolau Vergueiro vem para reforçar as parcerias, intensificar as ações educativas, possibilitar aos educandos, escola, educadores, a família, administradores municipais e a comunidade em geral, a participação no processo de elaboração e execução do mesmo, ao pensar e propor uma educação de qualidade. O processo de elaboração deste Plano rompe com a questão de que a educação é somente de responsabilidade de âmbito nacional, estadual ou municipal, ela envolve o todo, pois cada um tem sua função, seu dever e direitos, proporcionando a transformação da cultura, o respeito aos direitos humanos, especialmente às crianças e adolescentes.

Este Plano foi elaborado baseado nas vinte metas do Plano Nacional de Educação:

As metas do PNE

Meta 1.: Universalizar, até 2016, a educação infantil na pré-escola para as crianças de 4 (quatro) a cinco anos de idade e ampliar a oferta de educação infantil em creches, de forma a atender, no mínimo, 50% (cinquenta por cento) das crianças de até 3 (três) anos até o final da vigência deste PNE.

Meta 2: Universalizar o ensino fundamental de 9 (nove) anos para toda a população de 6 (seis) a 14 (quatorze) anos e garantir que pelo menos 95% (noventa e cinco por cento) dos alunos concluam essa etapa na idade recomendada, até o último ano de vigência deste PNE.

Meta 3: Universalizar, até 2016, o atendimento escolar para toda a população de 15 (quinze) a 17 (dezessete) anos e elevar, até o final do período de vigência deste PNE, a taxa líquida de matrículas no ensino médio para 85% (oitenta e cinco por cento).

7

Meta 4: Universalizar, para a população de 4 (quatro) a 17 (dezessete) anos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, o acesso a educação básica e ao atendimento educacional especializado, preferencialmente na rede regular de ensino, com garantia de sistema educacional inclusivo, de salas de recursos multifuncionais, classes, escolas ou serviços especializados, públicos ou conveniados.

Meta 5: Alfabetizar todas as crianças, no máximo, até o 3º (terceiro) ano do ensino fundamental. Meta 6: Oferecer educação em tempo integral em, no mínimo, 50% (cinquenta por certo) das escolas públicas, de forma a atender, pelo menos, 25% (vinte e cinco por cento) dos(as) alunos(as) da educação básica.

Meta 7: Fomentar a qualidade da educação básica em todas as etapas e modalidades, com melhoria do fluxo escolar e da aprendizagem, de modo a atingir as seguintes médias nacionais para o Ideb: 6,0 nos anos iniciais do ensino fundamental; 5,5 nos anos finais do ensino fundamental; 5,2 no ensino médio.

Meta 8: Elevar a escolaridade média da população de 18 (dezoito) a 29 (vinte e nove) anos, de modo a alcançar, no mínimo, 12 (doze) anos de estudo no último ano de vigência deste plano, para as populações do campo, da região de menor escolaridade no País e dos 25% (vinte e cinco por cento) mais pobres, e igualar a escolaridade média entre negros e não negros declarados à Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE.

Meta 9: Elevar a taxa de alfabetização da população com 15 (quinze) anos ou mais para 93,5% (noventa e três inteiros e cinco décimos por cento) até 2015 e, até o final da vigência deste PNE, erradicar o analfabetismo absoluto e reduzir em 50% (cinquenta por cento) a taxa de analfabetismo funcional.

Meta 10: Oferecer, no mínimo, 25% (vinte e cinco por cento) das matrículas de

8

educação de jovens e adultos, nos ensinos fundamental e médio, na forma integrada à educação profissional.

Meta 11: Triplicar as matrículas da educação profissional técnica de nível médio, assegurando a qualidade da oferta e pelo menos 50% (cinquenta por cento) da expansão no segmento público.

Meta 12: Elevar a taxa bruta de matrícula na educação superior para 50% (cinquenta por cento) e a taxa líquida para 33% (trinta três por cento) da população de 18 (dezoito) a 24 (vinte e quatro) anos, assegurada a qualidade da oferta e expansão para, pelo menos, 40% (quarenta por cento) das novas matrículas, no segmento público.

Meta 13: Elevar a qualidade da educação superior e ampliar a proporção de mestres e doutores do corpo docente em efetivo exercício no conjunto do sistema de educação superior para 75% (setenta e cinco por cento), sendo, do total, no mínimo, 35% (trinta e cinco por cento) doutores.

Meta 14: Elevar gradualmente o número de matrículas na pós-graduação stricto sensu, de modo a atingir a titulação anual de 60.000 (sessenta mil) mestres e 25.000 (vinte e cinco mil) doutores.

Meta 15: Garantir, em regime de colaboração entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, no prazo de 1 (um) ano de vigência deste PNE, política nacional de formação dos profissionais da educação de que tratam os incisos I, II e III do caput do art. 61 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, assegurando que todos os professores e professoras da educação básica possuam formação específica em nível superior, obtida em curso de licenciatura na área do conhecimento em que atuam.

Meta 16: Formar, em nível de pós-graduação, 50% (cinquenta por cento) dos professores que da educação básica, até o último ano de vigência deste PNE, e garantir a todos (as) profissionais da educação básica formação continuada em sua área de atuação, considerando as necessidades, demandas e contextualizações dos sistemas de

9

ensino.

Meta 17: Valorizar os (as) profissionais do magistério das redes públicas de educação básica, de forma a equiparar seu rendimento médio ao dos (as) demais profissionais com escolaridade equivalente, até o final do sexto ano de vigência deste PNE.

Meta 18: Assegurar, no prazo de 2 (dois) anos, a existência de planos de carreira para os(as) profissionais da educação básica e superior pública de todos os sistemas de ensino e, para o plano de carreira dos(das) profissionais da educação básica pública, tomar como referência o piso salarial nacional profissional, definido em lei federal, nos termos do inciso VIII do art. 206 da Constituição Federal.

Meta 19: Assegurar condições, no prazo de 2 (dois) anos, para a efetivação da gestão democrática da educação, associada a critérios técnicos de mérito e desempenho e à consulta pública à comunidade escolar, no âmbito das escolas públicas, prevendo recursos e apoio técnico da União para tanto.

Meta 20: Ampliar o investimento público em educação pública de forma a atingir, no mínimo, o patamar de 7% (sete por cento) do Produto Interno Bruto (PIB) do País no 5º (quinto) ano de vigência desta Lei e, no mínimo, o equivalente a 10% (dez por cento) do PIB ao final do decênio.

2- NICOLAU VERGUEIRO – DADOS FÍSICOS E GEOGRÁFICOS

O Município de Nicolau Vergueiro no que diz respeito a sua localização no estado do Rio Grande do Sul, para tanto se apresenta conforme figura 01 o mapa do Rio Grande do Sul destacando o Município de Nicolau Vergueiro.

10

Nicolau Vergueiro

Rio Grande do Sul

Figura 01 - Mapa do Rio Grande do Sul com localização do Município de Nicolau Vergueiro.

O Município de Nicolau Vergueiro – RS foi criado pela Lei nº 9.544 de 20 de março de 1992. Tendo sido desmembrado do Município de Marau. Localiza-se na região do Planalto Meridional. Possui uma área territorial de 156 km2. Está situado a 275 km da capital do Estado, ligando-se a ela pela BR 386 quer pela via Ibirapuitã, , ou Ernestina; Tio Hugo, Soledade. O Município está localizado a uma distância de 13 km da cidade de Ernestina, por uma estrada parte ensaibrada parte asfaltada, da cidade de Ibirapuitã está a 12 km por uma estrada asfaltada, da cidade de Marau 28 km por uma estrada ensaibrada via por um trecho ensaibrado de 38 km ou outro de 40 km sendo que 12 km são ensaibrados e 28 km são asfaltados.

Limita-se:

Norte: Passo Fundo e Marau

Sul: Camargo e Ibirapuitã

Leste: Marau

Oeste: Ernestina

11

Figura 02– Mapa da Cidade de Nicolau Vergueiro – RS- Escala Aproximada: 1:150.000

Como se pode observar no mapa do Município, vê-se as seguintes localidades.

Tabela 01 – Localidades do Município

Fonte: Prefeitura Municipal de Nicolau Vergueiro- RS.

Possui uma altitude média de 650m acima do nível do mar, sendo que seu terreno é levemente ondulado favorecendo a lavoura mecanizada.

O clima é temperado, havendo variações de temperatura no decorrer do ano entre máximas de 36ºc e mínimas de –2ºc (negativos). A precipitação pluviométrica é de uma média anual de 1.000 milímetros.

12

A vegetação é composta de matas ricas em araucárias, cedro, angico, canela, , ipê, gramíneas e outras. Existem áreas de reflorestamento com as espécies de pinus ilhotis e eucaliptos. A fauna que está em extinção é composta de perdizes, lebres, corujas, pombas, garças brancas e pássaros como quero-queros, marrecos d’água e outros animais como graxains.

O principal rio do Município é o Jacuí que separa o Município de Ernestina e Nicolau Vergueiro formando a barragem de Ernestina.

Na divisa entre Ibirapuitã e Nicolau Vergueiro existe o Rio Povinho, afluente do Rio Jacuí. O Arroio Estivinha, afluente do Arroio Três Passos desaguando no Rio Jacuí. O Município é rico em cursos d’água.

Figura 03- Ponte sobre a Barragem Ernestina- Rio Jacuí.

Aproximadamente há cem anos o território do Município era habitado por tribos de índios (bugres) e animais ferozes. Era coberto de pinhais em lugares muito fechado, daí o nome “Pinhal Fechado”.

Conta à história que o casal Pedro e Maria de Souza e seus filhos foram os iniciantes da colonização de Pinhal Fechado, isso por volta da segunda década do século passado. No local corria um rio que só dava para passar em época de estiagem. As pessoas passavam a pé. Devido à presença desse curso d’água “Pinhal Fechado” passou a denominar-se “Arroio dos Portes”. Nessa época eram abertas picadas na mata para permitir o deslocamento das pessoas.

Em 1961, o então “Arroio dos Portes” tornou-se distrito de Marau. Concorreram para sede do referido distrito as localidades de “Arroio dos Portes, e Colônia Gobbi”. O vencedor foi o primeiro.

13

Conforme compromisso assumido no plebiscito quem vencesse e ficasse com a sede do Distrito levaria o nome de “Nicolau Vergueiro”. De 1961 a 1992 o então distrito era administrado por um subprefeito. Após a criação do Município pela Lei nº 9.544 de 20 de março de 1992, e instalado em 1º de janeiro de 1993 o Município de Nicolau Vergueiro passaram a ser administrado pelo primeiro prefeito Sérgio Sady Musscopf.

A herança do nome “Nicolau Vergueiro” originou-se pela biografia do Dr. Nicolau de Araujo Vergueiro, este tendo sido ex-prefeito de Passo Fundo, município mãe de Marau, realizou importantes obras, exerceu influencia política e como medico eficiente.

Durante estes anos de município Nicolau Vergueiro, teve em suas administrações:

Quadro 01- Administradores

ADMINISTRAÇÃO ANO

Prefeito- Sérgio Sadi Musskopf

Vice- prefeito- Delonei Carlos Perin 1993- 1996

Prefeito- Danilmar da Costa

Vice- prefeito- Valdir Neuhaus 1997- 2000

14

Prefeito- Danilmar da Costa

Vice- prefeito- Mirocir Gobbi 2001- 2004

Prefeito- Delonei Carlos Perin

Vice- prefeito- Gelson Taufer 2005-2008

Prefeito- Danilmar da Costa

Vice-prefeito- Jair César Strauus 2009-2012

Prefeito- Danilmar da Costa

Vice-prefeito- Jair César Strauus 2013-2016

Fonte: Prefeitura Municipal de Nicolau Vergueiro- RS

Atualmente um grande marco na história de Nicolau Vergueiro- RS se concretiza no dia 20 de março de dois mil e quinze, no dia em que o município completa vinte três anos, acontece à inauguração de um sonho da comunidade e seus administradores, a ponte sobre a Barragem de Ernestina, “A ponte para o desenvolvimento” dá a perspectiva de um futuro promissor, novos horizontes para a população nicolauense.

3-DEMOGRAFIA

A população do município reduziu, entre os Censos Demográficos de 2000 e 2010, à taxa de -0,51% ao ano, passando de 1.812 para 1.721 habitantes. Essa taxa foi inferior àquela registrada no Estado, que ficou em 0,49% ao ano e inferior à cifra de 0,88% ao ano da Região Sul.

15

Fonte: Plano Municipal de Atendimento Sócioeducativo do Município de Nicolau Vergueiro/RS- 2015-2018

A taxa de urbanização apresentou alteração no mesmo período. A população urbana em 2000 representava 27,1% e em 2010 a passou a representar 36,96% do total.

A estrutura demográfica também apresentou mudanças no município. Entre 2000 e 2010 foi verificada ampliação da população idosa que cresceu 1,7% em média ao ano. Em 2000, este grupo representava 4,1% da população, já em 2010 detinha 17,5% do total da população municipal.

O segmento etário de 0 a 14 anos registrou crescimento negativo entre 2000 e 2010, com média de -2,1% ao ano. Crianças e jovens detinham 22,4% do contingente populacional em 2000, o que correspondia a 405 habitantes. Em 2010, a participação deste grupo reduziu para 18,9% da população, totaliza 326 habitantes.

População do Município

16

Cabe salientar que com a emancipação do município houve um aumento da população urbana em relação a rural de 98% entre os anos de 2000 e 2010, também ocorreu neste período uma migração para outras cidades. Atualmente há acesso mais facilitado pela ligação asfáltica entre o município de Ibirapuitã, bem como pela ligação ao município de Ernestina pela ponte construída na barragem, havendo uma grande parcela de pessoas que estão migrando para o município devido ao concurso público municipal, realizado no ano de dois mil e quatorze.

Estes dados impactam fortemente a educação do Município com a consequente redução no número de matrículas.

4-ASPECTOS ECONÔMICOS

4.1-Produção Econômica

Entre 2005 e 2010, segundo o IBGE, o Produto Interno Bruto (PIB) do município cresceu 163,8%, passando de R$ 17,4 milhões para R$ 45,8 milhões. O crescimento percentual foi superior ao verificado no Estado, que foi de 49,7%. A participação do PIB do município na composição do PIB estadual aumentou de 0,01% para 0,02% no período de 2005 a 2010.

17

A estrutura econômica municipal demonstrava participação expressiva do setor de Agropecuário, o qual respondia por 45,7% do PIB municipal. Cabe destacar o setor secundário ou industrial, cuja participação no PIB era de 3,7% em 2010, contra 5,9% em 2005. Variação essa similar à verificada no Estado, em que a participação industrial cresceu de 5,9% em 2005 para 25,6% em 2010.

4.2- Produção Agropecuária.

Quando analisamos os aspectos econômicos do município, é importante levar em consideração, dentre outros fatores, a sua capacidade de geração de renda através de atividades nas áreas da pecuária e agricultura. No caso da pecuária, dados coletados da Pesquisa Agrícola Municipal do IBGE, referentes a 2011, apontam que as 5 (cinco) principais culturas de rebanho local são as indicadas no gráfico abaixo:

18

Além do campo da pecuária, a supracitada pesquisa também fornece dados acerca da área de agricultura local. Neste caso, foram coletados dados acerca das 5 (cinco) principais culturas de agricultura do município, divididas entre aquelas permanentes e aquelas temporárias, conforme demonstrado no gráfico que segue:

4.3- Agricultura Familiar.

O município possuía 196 agricultores familiares em 2006, que correspondia a 78% dos seus produtores. Esses agricultores familiares acessavam a 37% da área, ocupavam 72% da mão-de-obra do setor e participavam com 45% do valor da produção agropecuária municipal. Atualmente, temos 293 agricultores familiares cadastrados com DAP (Declaração de Aptidão

19

ao Pronaf) no município. A tabela abaixo apresenta esses dados relativos também ao seu Estado e ao Brasil:

4.4- Mercado de trabalho.

Conforme dados do último Censo Demográfico, o município, em agosto de 2010, possuía 921 pessoas com 10 anos ou mais de idade economicamente ativas, sendo que 899 estavam ocupadas e 22 desocupadas. A taxa de participação ficou em 61,0% e a taxa de desocupação municipal foi de 2,4%. No tocante à taxa de desemprego, o gráfico abaixo fornece indicativos de maneira comparativa:

A distribuição das pessoas ocupadas por posição na ocupação mostra que 14,6% tinham carteira assinada, 18,8% não tinham carteira assinada, 41,7% atuam por conta própria e 3,7% de empregadores. Servidores públicos representavam 10,3% do total ocupado e trabalhadores sem rendimentos e na produção para o próprio consumo representavam 11,0% dos ocupados. 20

Das pessoas ocupadas, 12,1% não tinham rendimentos e 38,5% ganhavam até um salário mínimo por mês. O valor do rendimento médio mensal das pessoas ocupadas era de R$ 1.422,00. Entre os homens, o rendimento era de R$ 1.863,65 e entre as mulheres de R$ 903,77, apontando uma diferença de 106,21% maior para os homens.

Segundo dados do Ministério do Trabalho e Emprego, o mercado de trabalho formal do município apresentou, por cinco anos, saldo positivo na geração de novas ocupações entre 2005 e 2012. O número de vagas criadas neste período foi de 35. No último ano, as admissões registraram 52 contratações, contra 54 demissões.

21

O mercado de trabalho formal em 2010 totalizava 204 postos, 59,4% a mais em relação a 2004. O desempenho do município ficou acima da média verificada para o Estado, que cresceu 27,8% no mesmo período.

4.5- Aspectos Sociais.

Pobreza e Transferência de Renda

Conforme dados do último Censo Demográfico, no município, em agosto de 2010, a população total era de 1.721 residentes, dos quais 68 se encontravam em situação de extrema pobreza, ou seja, com renda domiciliar per capita abaixo de R$ 70,00. Isso significa que 4,0% da população municipal vivia nessa situação. Do total de extremamente pobres, 68 (100,0%) viviam no meio rural e (,0%) no meio urbano.

No acompanhamento do Plano Brasil Sem Miséria, o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) utilizam as informações do Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal. Ele provê dados individualizados, atualizados no máximo a cada dois anos, sobre os brasileiros com renda familiar de até meio salário mínimo per capita, permitindo saber quem são, onde moram, o perfil de cada um dos membros das famílias e as características dos seus domicílios.

De acordo com os registros de março de 2013 do Cadastro Único e com a folha de pagamentos de abril de 2013 do Programa Bolsa Família, o município conta com 172 famílias registradas no Cadastro Único e 73 famílias beneficiárias do Programa Bolsa Família (42,44% do total de cadastrados). O gráfico mostra a evolução desses cadastros para o seu município:

22

O município apresenta uma cobertura cadastral que supera as estimativas oficiais, de maneira que a gestão municipal do Cadastro Único deve concentrar esforços na qualificação das informações registradas e na atualização dos dados familiares. Com isso, o município poderá abrir espaço para incluir na Bolsa Família as famílias em extrema pobreza já cadastradas e que ainda não recebem os benefícios.

De junho de 2011 a janeiro de 2013, o município inscreveu no Cadastro Único e incluiu no Programa Bolsa Família 09 famílias em situação de extrema pobreza.

4.6- Inclusão Produtiva.

Além dos aspectos de cadastramento no Cadastro Único, no Bolsa Família e de atendimento sócio assistencial, é importante analisar, também, o perfil ocupacional dos indivíduos que fazem parte desse conjunto. Para isso, foram analisados os dados mais atualizados do programa de Microempreendedores.

Individuais (MEI). Em fevereiro de 2013, o município contava com 21 pessoas cadastradas como MEI. Desse total, foi possível encontrar, também, indivíduos cadastrados simultaneamente no Cadastro Único. O gráfico abaixo mostra a evolução do total destes indivíduos, que estão cadastrados tanto no Cadastro.

23

Único, quanto no MEI, para os meses de junho de 2012, novembro de 2012 e fevereiro de 2013:

Quando consideramos os indivíduos cadastrados simultaneamente no Cadastro Único e no programa MEI, foi possível observar, para o seu município, as 5 (cinco) principais atividades econômicas por eles desenvolvidas, conforme demonstrado no gráfico abaixo:

24

5-Aspectos de Gestão Municipal.

5.1- Finanças públicas

A receita orçamentária do município passou de R$ 4,8 milhões em 2005 para R$ 6,4 milhões em 2011, o que retrata uma alta de 34,8% no período ou 7,76% ao ano.

A proporção das receitas próprias, ou seja, geradas a partir das atividades econômicas do município, em relação à receita orçamentária total, passou de 4,06% em 2005 para 3,95% em 2011, e quando se analisa todos os municípios juntos do estado, a proporção aumentou de 29,70% para 28,67%.

A dependência em relação ao Fundo de Participação dos Municípios (FPM) aumentou no município, passando de 52,95% da receita orçamentária em 2005 para 63,50% em 2011. Essa dependência foi superior àquela registrada para todos os municípios do Estado, que ficou em 19,57% em 2011.

As despesas com saúde, administração, educação, transporte e agricultura foram responsáveis por 78,79% das despesas municipais. Em assistência social, as despesas alcançaram 2,12% do orçamento total, valor esse inferior à média de todos os municípios do estado, de 2,61%.

25

5.2- Recursos Humanos

A Administração Municipal conta com 92 servidores, entre os quais 63,0% são estatutários. Entre 2009 e 2010 o município realizou concurso público.

6-A EDUCAÇÃO EM NICOLAU VERGUEIRO.

A Educação é de suma importância tanto em âmbito nacional, estadual bem como municipal, pois o ser humano é ser ativo, critico e construtor da sua própria identidade, cultura e da sua história na sociedade em que esta inserida, para isto se faz necessário seu acesso à escola. A Educação ultrapassa o ambiente escolar, e, além disso, envolve muitas situações de nossas vidas com ela. Porque estamos envolvidas há todos os instantes com educação, nos atos de aprendizagens e de ensino, é pela educação que se desenvolvem muitas capacidades e potencialidades como o “saber” e o “fazer”.

A Educação tem sentido amplo, pois não se vive de forma isolada, somos todos dependentes da educação, pois seja em qualquer meio que estamos inseridos estamos aprendendo ou ensinando, porque educação significa costumes, valores que são ensinados e aprendidos, passados de geração para geração, porém a cada vem sendo evoluída devido às mudanças na sociedade independente do lugar. Segundo, Fávero E Tonieto:

26

independentemente do lugar ou da situação em que estejamos, na rua, em casa, na escola, nos contextos mais inusitados, diante da televisão, quando conversamos com outras pessoas, lemos um jornal, um livro ou qualquer outro tipo de informativo, todos nós nos envolvemos com educação, seja para aprender, ensinar, socializar, construir, dinamizar, fazer, conviver ou realizar a nossa existência. A educação invade a nossa vida, e a nossa vida é misturada com educação. Não se educa só uma forma nem apenas em locais formais. Em cada cultura, em cada época e em cada espaço há traços educativos que se traduzem em formas de vida de indivíduos, grupos e comunidades inteiras. (2010, p. 14).

A Educação acontece em todos os momentos, nas vivencias, situações, experiências vividas por cada sujeito em seu dia a dia. A partir de diversas ideias sobre educação, observa-se e pode-se afirmar que esta acontece independente de qualquer espaço não formal, ou formal, na sociedade. Quando falamos em espaços formais colocamos as escolas e universidades, pois estas têm o compromisso de aprimorar a educação, sendo que não existe uma forma única de modelo de educação, pois todos já trazem seus conhecimentos, estes espaços têm a possibilidade de aperfeiçoar e contribuir com novos conhecimentos em determinadas áreas, pois o objetivo com isto é que os indivíduos possam desempenhar funções no contexto social, econômicos, políticos e culturais de uma sociedade.

A Educação está entre as prioridades dos investimentos do município de Nicolau Vergueiro, pois a secretaria de Educação promove além das atividades desenvolvidas dentro da escola, atividades e trabalhos de danças, ballet, atividades físicas (capoeira) em turnos inversos, com a participação das crianças, enriquecendo as oportunidades de desenvolvimento do ser integral. A busca do padrão de qualidade e de melhores condições na oferta da educação são objetivos constantes desta Secretaria.

Existem três escolas, sendo uma a Escola de Educação Infantil localizada na avenida principal da cidade, a Escola Municipal de Ensino Fundamental José do Patrocínio localizada em área rural, na localidade de Arroio Bertolina e a Escola Estadual de Ensino Médio está também localizada na avenida principal da cidade.

Um sonho que surgiu parte de muitos pais em ter uma Escola Municipal que atenda crianças do primeiro ano ao nono ano, porém que seja localizada na cidade. Sonho este já em fase de andamento, pois já no ano de dois mil e quatorze (2014), através do PAR (Plano de Ações Articuladas), aconteceu a aprovação de uma escola. Já dispõem de terreno e planta, e

27

um repasse de duas (2) parcelas, sendo que já esta em processo de licitação de empresa para realizar a obra.

Com a conclusão desta obra, os alunos do município serão beneficiados, pois os demais prédios escolares encontram-se no interior do município, com esta escola na cidade poderemos atender a clientela desta faixa etária com melhor qualidade.

6.1- CONTEXTUALIZANDO A EDUCAÇÃO INFANTIL

Os alunos que frequentam a escola de Educação Infantil Gelso Falkemback Ribeiro, são oriundos de diversos locais do município, sendo que a grande parte dos alunos reside na zona rural, muitos itinerantes e também alguns alunos vindos de outros municípios, pois são moradores de divisas sendo mais viável o deslocamento para freqüentar a escola em nosso município, sendo que esses alunos dependem do transporte escolar municipal e gratuito. O Município de Nicolau Vergueiro basicamente agrícola e com uma cultura paternalista e maternalista, onde os pais mantém uma resistência em deixar seus filhos (as) na creche na faixa etária dos zeros (0) aos três (3) anos, o que dificulta o município atingir a porcentagem estipulada na meta.

É de extrema importância para escola em relação à aprendizagem das crianças a interação da família, conceitos fundamentais de educar, cuidar e brincar, é priorizado um planejamento voltado à realidade dos alunos atendendo as necessidades, bem como um planejamento de qualidade, visando o desenvolvimento e construção do conhecimento e despertando a curiosidade e o gosto pelo aprender.

O papel do professor dentro da Educação Infantil é gostar e acreditar naquilo que faz, pois serão a partir de suas ações que serviram de espelho para seus alunos, onde muitas ações serão dentro do que fazemos. O professor deve mostrar as várias possibilidades de se aprender, não sendo somente com desenhos prontos, mas com jogos e brincadeiras. É necessário que o professor mostre-os os vários caminhos de se aprender. A relação do professor na educação deve ser de bastante afetividade, pois é um momento onde as crianças muitas vezes ainda estão inseguras.

28

A escola atende a alunos de várias realidades sociais, alta, baixa e média renda, bem como alunos oriundos de outros municípios, e a comunidade escolar é formada por alunos filhos na maioria de pequenos agricultores, sendo que suas mães também exercem a profissão dos esposos. Há também filhos de professores estaduais e municipais, servidores públicos, bancários, secretárias, cabeleireira, donas de casas, motoristas, técnicos agrônomos e agropecuário, mecânico, pintor, chaveiro, enfermeira, técnica em enfermagem, pedreiro e auxiliar de cerâmica. Na sua grande maioria possuem o primeiro grau incompleto. Alguns possuem o segundo grau do ensino médio completo e superior.

A religião que predomina entre as famílias é a Católica, sendo que há participantes da religião Evangélica Batista, Deus e Amor e Assembleia de Deus. As famílias são compostas na grande maioria de três integrantes (pai, mãe e filho ou filha), mas há exceções aonde o número de integrantes chega a sete. Há famílias de quatro a cinco integrantes, ainda há crianças que convivem somente com a mãe ou pai e avós.

A participação dos pais é notável, podemos dizer que a maioria dos pais participam ativamente da vida de seus filhos e outros deixam a desejar. Isso é percebido claramente na comunicação escola x família, sendo que a comunicação é através da agenda, e em outros casos quando necessário são chamados a comparecer a escola.

A criança é um ser humano em desenvolvimento, desde sua infância é um sujeito social histórico que faz parte de uma família, família esta que está inserida em uma sociedade. É um ser que têm direitos e deveres que devem ser respeitados nas suas particularidades, ela cria relações com o mundo do seu próprio jeito, trazendo uma bagagem social e cultural da família, sendo eles seres que são inacabados que buscam a permanente construção do seu conhecimento.

Se pensarmos formalmente no que é Infância é a definição que a criança tem desde o nascimento até sua adolescência, é nessa fase que a criança vivencia a percepção do mundo a partir do olhar, tocar, saborear, sentir e agir. Viver a infância é não se cansar de ser criança.

Cabe aos profissionais de Educação Infantil, cuidar das crianças sempre com responsabilidade, observando-a durante o período escolar, percebendo e alertando os pais sobre qualquer problema de saúde física ou mental que poderão ser identificados na escola, e assim encaminha-las aos profissionais adequados. 29

Também são imprescindíveis os cuidados que a escola deve ter quanto a objetos, brinquedos e tudo que possa machucar a criança dentro do ambiente escolar. É necessário à atenção e cuidados durante a alimentação, sempre tendo o acompanhamento do auxiliar durante o lanche.

As diretrizes da educação infantil falam da importância do cuidar e educar. Ao mesmo tempo em que lhe é oportunizado um espaço de construção de conhecimentos e aprendizagens e tem como objetivo principal integrar as ações de cuidar, educar e brincar. Segundo o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil.

contemplar o cuidado na esfera da instituição da Educação Infantil significa compreende-lo como parte integrante da educação, embora possa exigir conhecimentos, habilidades e instrumentos que extrapolam a dimensão pedagógica. Ou seja, cuidar de uma criança em um contexto demanda a integração de vários campos de conhecimentos e a concepção de profissionais de diferentes áreas. ( 1998, v. 1, p. 24.).

As ações de cuidados vêm associados às práticas pedagógicas do educar, e isto é oportunizar condições as crianças a se desenvolverem como sujeitos comprometidos com a cidadania, aprendendo a conviver, relacionar-se, interagindo consigo e com os outros, bem como explorar ambientes e diferentes atividades onde lhes são proporcionados espaços para que construam sentidos pessoais e significados coletivos, a partir do momento que estão constituindo-se sujeitos e que se apropriam de formas de agir, sentir e pensar.

A forma como aparecem organizadas as escolas de Educação Infantil, são pensadas para ir além de oportunizarem o desenvolvimento das aprendizagens, é um espaço onde se desenvolve o coletivo, ações de cuidar e educar das crianças, estes princípios sempre foram considerados como sendo situações da vida privada, porém isto hoje não é mais algo estanque, que deve ser desenvolvido somente dentro do espaço familiar, vem a ser uma situação a ser considerada como um dos princípios da Educação Infantil. Nesta situação cria- se a necessidade de haver um dialogo constante entre família, sociedade e escola, segundo Maria Carmen:

30

ambas necessitam determinar os papéis de cada uma- o que compete à escola e o que compete a família- considerando a impossibilidade de haver uma regra única. As atribuições nascem das necessidades e das possibilidades de ambas as instituições e do dialogo entre elas. A isso denominamos colaboração entre as partes. ( 2009, p. 18.).

Partindo do pressuposto que a instituição de Educação Infantil propicie um espaço de socialização, desenvolvimento de potencialidades físicas, cognitivas e afetivas dos educandos, por meio de aprendizagens de qualidade, estas têm que sentirem-se aceitas, ouvidas e cuidadas, onde lhe deve ser oportunizado aspectos de aprendizagem de forma lúdica e prazerosa, partindo da realidade dos mesmos, e cabe ao educador proporcionar aos educandos organizar oportunidades de aprendizagens que possibilite as crianças desenvolverem-se integralmente e assumirem pequenas responsabilidades.

O quadro funcional é composto por treze (13) funcionários, sendo estes; uma (01) diretora administrativa, três (01) auxiliar de Educação Infantil, (01) estagiário, duas (02) merendeira, uma (01) servente e quatro (04) professores, uma (01) fonoaudióloga, uma (01) nutricionista e uma (01) psicóloga. A Escola proporciona momentos de Formação Continuada para professores da educação infantil e ensino fundamental como; Reunião de estudos, buscando profissionais para ajudar qualquer duvida dos educadores sempre que necessário, inclusive como a escola pode auxiliar no processo entre Pais/ Comunidade/ Escola, também oferece cursos em Seminários, Fórum e Jornadas Acadêmicas.

A Escola tem como estrutura física quatro (04) salas de aula, uma (01) sala de vídeo, quatro (04) banheiros (sendo eles separados para meninos¬ e meninas e um para os professores) e mais dois banheiros desativados, um (01) refeitório, um (01) saguão, um (01) parquinho, ao redor da escola possui calçadas, atrás da escola há um espaço pequeno com grama para atividades corporais. A Escola possui vários recursos que as crianças utilizam no seu dia-a-dia como aparelho de TV e DVD, bolas coloridas e de diversos tamanhos, jogos (diversos), CD (músicas infantis), DVDs (infantis), livros infantis (para todas as faixas etárias) entre outros.

A escola apresenta um ambiente acolhedor e muito alegre, as crianças são sempre recepcionadas com muito entusiasmo pelas professoras e auxiliares que anunciam algumas novidades da tarde na hora que estão recebendo as crianças. Há uma muita atenção na forma

31

que recebem os mesmos, demonstrando para os pais atenção, responsabilidade e carinho com os alunos.

Os educadores trabalham com projetos, porém é desenvolvida de acordo com a realidade onde a escola está inserida. São elaborados pela equipe de professoras com acompanhamento da diretora, estes são projetos que envolvem a comunidade, pais, sendo flexíveis, podendo haver mudanças diante de alguma dificuldade, ou assunto novo.

Também é nessa faixa etária em que a aprendizagem que é um processo de mudança de comportamento obtido através da experiência construída por fatores emocionais, neurológicos, relacionais e ambientais; implicaram no desenvolvimento da criança para toda a sua vida.

Todo desenvolvimento da criança está amparado nos Princípios Pedagógicos da Educação Infantil e do Ensino fundamental que são como direitos e deveres que tanto a escola como o aluno devem seguir.

As crianças trazem consigo uma bagagem de conhecimento para a escola, a cada dia se aprimorando, conhecendo e ampliando os mesmos, e o planejamento é voltado para desenvolver sujeitos capazes da construção de suas próprias aprendizagens e criatividades.

32

Educação Infantil

Matriculas Educação Infantil- 2015

Educação Rede Rede Privada Rede Estadual Total Infantil Municipal Creche 01 01 Pré-escola 01 01 Total 01 01 Fonte: Secretaria Municipal de Educação de Nicolau Vergueiro – 2015

Total de crianças matriculadas de 0-3 anos no município: 33 alunos.

Total de crianças matriculadas de 4-5 anos no município: 51 alunos.

META 1: Universalizar, até 2016, a educação infantil na pré-escola para as crianças de 4 (quatro) a 5 (cinco) anos de idade e ampliar a oferta de educação infantil em creches, de forma a atender, no mínimo, 50% (cinquenta por cento) das crianças e até 3 (três) anos até o final da vigência do PME.

ESTRATÉGIAS DA META 1

1.1- Manter, em regime de colaboração entre a União e o Estado, metas de expansão da rede pública de Educação Infantil, segundo padrão Nacional de Qualidade, considerando as necessidades do local;

1.2- Fortalecer e monitorar acesso e permanência das crianças na Educação Infantil e em especial os beneficiários de programas sociais, em colaboração com as famílias, órgãos públicos de assistência social, saúde e proteção à infância, mantendo este monitoramento também com as famílias de renda maior.

1.3- Realizar levantamento da demanda no Município da população de até 3 anos para que se possa planejar a oferta e acompanhar o atendimento desta demanda, sendo este de forma contínua;

1.4- Estabelecer no primeiro ano de vigência do PME, normas procedimento e prazos para definição de mecanismos de consultas públicas da demanda das famílias por creche;

1.5- Manter e ampliar os espaços escolares respeitando as normas de acessibilidade, construção e reestruturação de escolas e salas, em regime de colaboração com a União e o Estado;

33

1.6- Adquirir, em regime de colaboração com os entes federados, materiais pedagógicos e equipamentos de acesso a internet de qualidade no prazo de 1 ano de vigência do PME;

1.7- Realizar avaliação da demanda atendida da educação infantil, especialmente da faixa etária de 0 a 2 anos, conforme Termo de Ajustamento de Conduta do Ministério Público, que refere que o atendimento deve entrar em vigor em 2016 (1° ano PME), em consonância com os Parâmetros Nacionais de Qualidade, a fim de aferir o quadro de pessoal, condições de gestão, recursos pedagógicos, situação de acessibilidade e infraestrutura física;

1.8- Contratar e nomear recursos humanos para atender as necessidades e monitorar os diversos espaços pedagógicos e administrativos das escolas de educação infantil, com formação coerente com o cargo a exercer;

1.9- Contratar, ainda no 1º ano de vigência deste PME, monitores encarregados de acompanhar as crianças no transporte escolar durante o percurso de suas casas até as escolas e vice-versa, como forma de garantir a segurança das mesmas;

1.10- Promover a formação continuada dos profissionais da Educação Infantil, buscando manter sempre atualizada a proposta pedagógica da escola;

1.11- Manter e adequar o transporte escolar com veículos que atendam a legislação e que abranjam toda a extensão do Município, beneficiando todas as faixas etárias, linhas com menor percurso de quilometragem e monitores;

1.12- Promover encontros com o objetivo de conscientizar os pais sobre a importância da Educação e sua responsabilidade diante da saúde física, mental e emocional do educando, mantendo parcerias entre as Secretarias de Saúde e Assistência Social, como foco no desenvolvimento integral da criança de 0 a 5 anos;

1.14- Inserir no currículo escolar profissionais com formação em diversas áreas, assegurando a Educação bilíngue, conforme as necessidades existentes no Município de atender pessoas com deficiências ou altas habilidades;

1.15- Promover a busca através do Conselho Tutelar e Assistência Social, das crianças que estão fora do atendimento escolar de 0 a 3 anos de idade, em situações de vulnerabilidade social ou condições de riscos, sendo que existe a oferta de matricula no Município;

1.16- Promover a formação inicial e continuada dos (as) profissionais da educação infantil, garantindo, progressivamente, o atendimento por profissionais com formação superior;

34

7– ENSINO FUNDAMENTAL.

O ensino fundamental no Município de Nicolau Vergueiro é atendido por duas escolas, uma mantida pela rede municipal de ensino localizada na zona rural e outra mantida pela rede estadual de ensino localizada na sede.

7.1-CONTEXTUALIZANDO A ESCOLA MUNICIPAL

Os alunos que frequentam a Escola Municipal de Ensino Fundamental José do Patrocínio, são oriundos de diversos locais do Município, sendo que a grande maioria reside na zona rural e dependem do transporte escolar municipal e gratuito. Porém, a questão dos horários é o que dificulta o acesso à escola, pois o transporte escolar oferecido pelo Município é utilizado também para o transporte dos alunos da escola estadual, sendo que as crianças menores permanecem por muito tempo no transporte, e o roteiro percorrido acaba favorecendo a vinda dos alunos (as) para Escola Estadual.

Além da questão do transporte, há uma resistência dos alunos em frequentar a escola da zona rural, por motivo de ficar no interior e a maioria dos alunos preferirem estudar na escola localizada na zona urbana.

A escola atende a alunos de várias realidades sociais, alta, baixa e média renda e a comunidade escolar é formada por alunos filhos na maioria de pequenos agricultores, sendo que suas mães também exercem a profissão dos esposos. Na sua grande maioria possuem o primeiro grau incompleto. Alguns possuem o segundo grau do ensino médio completo e superior.

A religião que predomina entre as famílias é a Católica e Evangélica. As famílias são compostas na grande maioria de quatro a cinco integrantes, mas há exceções aonde o número de integrantes chega a sete, ainda há crianças que convivem somente com a mãe ou pai e avós.

O quadro funcional é composto por três (03) funcionários, sendo estes; uma (01) servente e duas (02) professoras. A Escola tem como estrutura física duas (02) salas de aula, uma (01)

35

cozinha, dois (02) banheiros (sendo eles separados para meninos¬ e meninas), um (01) refeitório, um (01) parquinho, ao redor da escola possui calçada, atrás da escola há um espaço pequeno com grama para atividades corporais. A Escola possui vários recursos que as crianças utilizam no seu dia-a-dia como aparelho de TV e DVD, bolas coloridas e de diversos tamanhos, jogos (diversos), CD (músicas infantis), DVDs (infantis), livros infantis (para todas as faixas etárias) entre outros.

A participação dos pais é notável, podemos dizer que a maioria dos pais participam ativamente da vida de seus filhos e outros deixam a desejar. Isso é percebido claramente na comunicação escola x família, sendo que a comunicação é através da agenda, e em outros casos quando necessário são chamados a comparecer a escola.

A escola apresenta um ambiente acolhedor e muito alegre, as crianças são sempre recepcionadas com muito entusiasmo pelas professoras. Há uma muita atenção na forma que recebem os mesmos, demonstrando para os pais atenção, responsabilidade e carinho com os alunos.

Os educadores trabalham com projetos que são desenvolvidos de acordo com a realidade onde a escola está inserida. São elaborados pela equipe de professoras com acompanhamento da Secretaria de Educação, projetos que envolvem a comunidade e os pais, sendo flexíveis, podendo haver mudanças diante de alguma dificuldade ou assunto novo.

8- HISTÓRICO DA ESCOLA ESTADUAL DE ENSINO MÉDIO NICOLAU VERGUEIRO.

A Escola Estadual de Ensino Médio Nicolau Vergueiro situa-se na sede do Município de Nicolau Vergueiro, AV 20 de março, nº 365, ao norte do Estado do Rio Grande do Sul, região do Planalto Médio pelo decreto 18400 de 25/01/1967 passou o grupo escolar de 4ª categoria e 1ª estancia Nicolau Vergueiro. Foi criada pelo decreto nº 9749 de 02/12/1958, com o nome de Grupo escolar de Nicolau Vergueiro, segundo o decreto de denominação 17543 de 18/10/1965, conforme decreto de reorganização e denominação nº 26477 de 23/12/1977 passou a chamar-se Escola Estadual de 1º grau Nicolau Vergueiro. No início de seu fundamento possuía um prédio de madeira, conhecido como brizoleta. 36

De acordo com a portaria de nº92621 de 27/05/1974 foi autorizado o funcionamento da 6ª série do Ensino Fundamental da mesma escola e pela portaria 034/72 de 19/04/1977 2 parecer 137/77 do conselho Estadual de Educação CEE foi autorizado o funcionamento da 7ª e 8ª do ensino de primeiro grau em 1977, comtemplando assim um dos anseios da comunidade escolar, na época distrito de Nicolau Vergueiro, município de Marau, em ter o Ensino Fundamental completo.

O sonho não parou por aí. A comunidade desejava uma escola que contemplasse o ensino médio para seus filhos e filhas prevendo melhoria na qualificação educacional e profissional com embasamento cultural mais rico, voltado às necessidades da comunidade.

Este sonho tardou um pouco a se concretizar, mas em 1989 tornou-se realidade, graças o empenho de toda comunidade escolar junto com a direção da escola.

Pelo decreto de transformação nº 33109 de 12/01/1989 e parecer 1292/88 transformou a escola em Escola Estadual de 1º e 2º graus Nicolau Vergueiro, sendo que a portaria 03258, resolução 11174 e parecer 206/89 do conselho estadual de educação autorizou o funcionamento da primeira turma do Ensino Médio na referida escola a contar de 20/031989.

Esta conquista foi de toda a comunidade que num espírito de luta e cooperação arregaçou as mangas para cumprir em tempo hábil as exigências do conselho estadual de educação. Muito desta conquista deve-se ao prefeito municipal de Marau na época, Doutor José João Santin que acompanhou o processo, participou das audiências junto a 7ª CRE, auxiliou em tudo que a lei que possibilitou, tanto na parte física, com construção de mais duas salas de aula e conclusão de uma, assim como, na contratação de recursos humanos para atuar em sala de aula e junto a direção.

A filosofia da escola na época era: “Educar para liberdade, através da vivencia do processo liberdade.” Na atualidade a escola chama-se Escola Estadual de Ensino médio Nicolau vergueiro, conforme portaria de alteração de designação 00264 de 16/10/2000.

O ensino fundamental tem sua filosofia embasada nos princípios de igualdade, solidariedade humana, educação de qualidade voltada a realidade, a construção dinâmica, socializadora e crítica do conhecimento, em cooperação com todos os segmentos da comunidade escolar. Tem como fim, a formação de sujeitos críticos, conscientes,

37

transformadores da realidade, na busca de uma sociedade justa, humana, democrática, valorizando o ser humano em sua individualidade e globalidade, com direitos e deveres a serem seguidos por meio do diálogo.

Indicadores- Meta 02

Indicadores- Meta 05

Matriculas Ensino Fundamental - 2015

Ensino Rede Rede Rede Turno Total Fundamental Municipal Privada Estadual Anos Iniciais 02 94 Tarde 94 Anos Finais 120 Manhã 120 38

Total 02 214 308 Fonte: Secretaria Municipal de Educação de Nicolau Vergueiro/ Escola Estadual de Educação Básica Nicolau Vergueiro. -2015

Meta 2: Universalizar o Ensino Fundamental de 9 (nove) anos para toda a população de 6 (seis) a 14 (quatorze) anos e garantir que pelo menos 95% (noventa e cinco por cento) dos alunos concluam essa etapa na idade recomendada, até o último ano de vigência do PME.

ESTRÁTEGIAS META 2

2.1- Realizar levantamento da demanda dos alunos nesta faixa etária, e fazer o chamamento para a matrícula em todo o território do Município, no período estabelecido para tal; 2.2- Promover parceria com Conselho Tutelar, Ministério Publico e pais para garantir a frequência do aluno no âmbito escolar, combatendo a evasão escolar; 2.3- Promover a busca ativa de crianças e adolescentes fora da escola, em parceria com órgãos públicos de assistência social, saúde e proteção à infância, adolescência e juventude; 2.4- Garantir equipamentos adequados e recursos humanos para atuar nas salas de AEE e atendimento especializado (sala multifuncional), bem como para atuar no ensino regular; 2.5- Providenciar a construção e ampliação de espaços de salas de aula e setores para atendimentos específicos, no primeiro ano de vigência deste PME, em regime de colaboração com os entes federados, a fim de qualificar os espaços pedagógicos da escola municipal que atende a esta demanda de ensino; 2.6- Viabilizar, em regime de colaboração com a União, a construção de um prédio escolar novo a partir dos dois primeiros anos do PME a fim de atender demanda da comunidade; 2.7- Adquirir, em regime de colaboração com a União, equipamentos adequados para salas de aula e espaços pedagógicos e administrativos; 2.8- Viabilizar, em regime de colaboração, a construção de ginásio ou quadra de esportes coberta para a realização de atividades físicas em regime de urgência com execução no primeiro ano de vigência deste PME; 2.9- Disciplinar, no âmbito da rede municipal de ensino, a organização flexível do trabalho pedagógico, incluindo adequação do calendário escolar de acordo com a realidade local, com aprovação da comunidade escolar. 2.10- Participar das discussões que tratam da elaboração da proposta de direitos e

39

objetivos de aprendizagem e desenvolvimento para os (as) alunos (as) do ensino fundamental; 2.11- Pactuar com o Estado e a União, no âmbito da instância permanente de que trata o § 5º do art. 7º da Lei do PNE, a implantação dos direitos e objetivos de aprendizagem e desenvolvimento que configurarão a base nacional comum curricular do ensino fundamental; 2.12- Desenvolver tecnologias pedagógicas que combinem, de maneira articulada, a organização do tempo e das atividades didáticas entre a escola e o ambiente comunitário, considerando as especificidades da educação especial, das escolas do campo; 2.13- Promover a relação das escolas com as instituições e movimentos culturais garantindo a oferta de atividades culturais para participarem dentro e fora do ambiente escolar;

2.14- Garantir que todas as crianças, adolescentes e jovens concluam o ensino fundamental na idade certa, cumprindo leis que punam os responsáveis que as desrespeitam; 2.15- Manter veículo à disposição da escola para atendimento à saúde da criança em caso de emergência, com motorista disponível para isso em horário escolar; 2.16- Fortalecer a valorização da participação dos pais em atividades desenvolvidas pela escola, bem como envolvendo os mesmos nestas, para que tenham consciência e conhecimento do trabalho que está sendo desenvolvido e assim acompanhando a aprendizagem de seus filhos; 2.17- Fomentar para ser criada uma Lei especifica que ampare os profissionais de educação que atuam em sala de aula e outros setores escolares em relação a alunos infratores drogados e violentos que desrespeitam o ambiente escolar; 2.18- Desenvolver formas alternativas de oferta do ensino fundamental, garantida a qualidade, para atender aos filhos e filhas de profissionais que se dedicam a atividades de caráter itinerante; 2. 19- Oferecer atividades extracurriculares de incentivo aos (às) estudantes e de estímulo a habilidades, inclusive mediante certames e concursos nacionais; 2.20- Promover atividades de desenvolvimento e estímulo a habilidades esportivas nas escolas, interligadas a um plano de disseminação do desporto educacional e de desenvolvimento esportivo nacional;

Meta 5: Alfabetizar todas as crianças, no máximo, até o final do 3º (terceiro) ano do Ensino fundamental.

40

ESTRÁTEGIAS META 5

5.1-Estruturar os processos pedagógicos de alfabetização, nos anos iniciais do ensino fundamental, articulando-os com as estratégias desenvolvidas na pré-escola, com qualificação e valorização dos (as) professores (as) alfabetizadores e com apoio pedagógico específico, a fim de garantir a alfabetização plena de todas as crianças, e também aos alunos incluídos; 5.2- Aderir a instrumentos de avaliação nacional periódicos e específicos para aferir a alfabetização das crianças, aplicados a cada ano, bem como criar os respectivos instrumentos de avaliação e monitoramento em nível municipal, implementando medidas pedagógicas para alfabetizar todos os alunos e alunas até o final do terceiro ano do ensino fundamental; 5.3- Promover o desenvolvimento de tecnologias educacionais e de práticas pedagógicas inovadoras que assegurem a alfabetização e favoreçam a melhoria do fluxo escolar e a aprendizagem dos (as) alunos (as), consideradas as diversas abordagens metodológicas e sua efetividade; 5.4-Apoiar a alfabetização de crianças do campo, e de populações itinerantes, com a adoção de materiais didáticos específicos, mantendo a identidade cultural das comunidades; 5.5-Promover e estimular a formação inicial e continuada de professores (as) para a alfabetização de crianças, com o conhecimento de novas tecnologias educacionais e práticas pedagógicas inovadoras, estimulando a articulação entre programas de pós- graduação e ações de formação continuada de professores (as) para a alfabetização; 5.6-Apoiar a alfabetização das pessoas com deficiência, considerando as suas especificidades, inclusive a alfabetização de pessoas surdas, sem estabelecimento de terminalidade temporal; 5.7- Apoiar a alfabetização de pessoas com deficiências, facilitando a inclusão, garantindo profissionais capacitados para este atendimento com assessoramento pedagógico e multidisciplinar contínuo;

8.1- ENSINO MÉDIO

A Escola Estadual de Ensino Médio Nicolau Vergueiro como etapa final da educação básica, tem por finalidade propiciar o desenvolvimento do educando e assegurar-lhe uma formação com foco nas dimensões trabalho, ciência, cultura e tecnologia, indispensável para o

41

exercício da cidadania, bem como, fornecer meios para inserção no mundo do trabalho e em estudos posteriores.

E tem como objetivo desenvolver o censo crítico no educando possibilitando-lhe a análise da realidade e tornando-se capaz de agir e interagir no meio em que vive, como cidadão responsável, por uma sociedade mais justa, humana e democrática.

A Educação de Jovens e Adultos é uma modalidade de ensino cujo objetivo é permitir que pessoas adultas, que não tiveram a oportunidade de frequentar a escola na idade convencional, possam retomar seus estudos e recuperar o tempo perdido. Nosso município não oferece Educação de Jovens e Adultos, porém oportuniza para os que tem interesse em recuperar seus estudos, que necessitam conclui-los, estes tem acesso a transporte para que os mesmo se desloquem de nossa cidade para outra mais próxima, no caso Passo Fundo, onde há a oferta da Educação de Jovens e Adultos, para que em tempo concluam seus estudos, e tenham a oportunidade de adquirir novos conhecimentos, pois estes podem proporcionar uma qualidade de vida melhor, bem como desenvolver-se como sujeito e cidadão críticos diante da sociedade, e com desejo de se preparar profissionalmente.

Indicadores- Meta 03

42

Indicadores- Meta 08

43

Indicadores- Meta 09

44

Indicadores- Meta 10

Indicadores- Meta 11

Matriculas Ensino Médio- 2015

Ensino Rede Rede Rede Turno Total Médio Municipal Privada Estadual Final

1º ano 12 Manhã

2º ano 34 Manhã

3º ano 19 Manhã 65 alunos

Fonte: Escola Estadual de Ensino Médio Nicolau Vergueiro-RS

45

Meta 3 – Contribuir para universalizar, até 2016, o atendimento escolar para toda a população de 15 (quinze) a 17 (dezessete) anos e elevar, até o final do período de vigência do PNE, a taxa líquida de matrículas no ensino médio para 85% (oitenta e cinco por cento).

ESTRÁTEGIAS META 3

3.1-Pactuar com a União e o Estado, no âmbito da instância permanente de que trata o § todo art. 7º da Lei do PNE, a implantação dos direitos e objetivos de aprendizagem e desenvolvimento que configurarão a base nacional comum curricular do ensino médio;

3.2- Apoiar a continuidade de programa nacional de ensino médio incentivando práticas pedagógicas com abordagens interdisciplinares interligados entre teoria e práticas através de currículos escolares organizados de maneira flexível diversificadas conteúdos obrigatórios e eletivos articulados em dimensões, ciências, trabalho, linguagens, esporte, cultura, garantindo-se a aquisição de equipamentos, laboratoriais, produção de materiais didáticos, formação continuada de professores e articulação com instituições acadêmicos esportivos e culturais;

3.3- Promover espaços culturais de forma regular bem como a ampliação da prática desportiva integrada ao currículo escolar;

3.4- Manter e ampliar programas e ações de correção de fluxo da Educação Básica, por meio do acompanhamento individualizado do (a) aluno (a) com rendimento escolar defasado e pela adoção de práticas como aulas de reforço no turno complementar, estudos de recuperação e progressão parcial, de forma a reposicioná-lo na série escolar de maneira compatível com sua idade;

3.5- Apoiar a oferta de cursos técnicos e profissionalizantes nas diversas áreas da demanda local;

3.6- Apoiar quando necessário contratos temporários para professores e funcionários ou nomeações conforme a demanda;

3.7- Divulgar e estimular a realização do Exame Nacional do Ensino Médio - ENEM, fundamentado em matriz de referência do conteúdo curricular do ensino médio e em técnicas estatísticas e psicométricas que permitam comparabilidade de resultados, articulando-o com o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica - SAEB, e promover sua utilização como instrumento de avaliação sistêmica, para subsidiar políticas públicas para a educação básica, de avaliação certificadora, possibilitando aferição de conhecimentos e habilidades adquiridos dentro e fora da escola, e de

46

avaliação classificatória, como critério de acesso à educação superior;

3.8- Fomentar a expansão das matrículas gratuitas de ensino médio integrado à educação profissional, observando-se as peculiaridades das populações do campo e das pessoas com deficiência;

Meta 8: Contribuir para elevar a escolaridade média da população de 18 (dezoito) a 29 (vinte e nove) anos, de modo a alcançar, no mínimo, 12 (doze) anos de estudo no último ano de vigência do PNE, para as populações do campo, da região de menor escolaridade no País e dos 25% (vinte e cinco por cento) mais pobres, e igualar a escolaridade média entre negros e não negros declarados à Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE.

ESTRÁTEGIAS META 8

8.1 – Apoiar a institucionalização de programas que desenvolvam tecnologias para correção de fluxo, para acompanhamento pedagógico individualizado e para recuperação e progressão parcial, bem como priorizar estudantes com rendimento escolar defasado, considerando as especificidades dos segmentos populacionais considerados;

8.2 – Fomentar programas de educação de jovens e adultos para os segmentos populacionais considerados, que estejam fora da escola e com defasagem idade-série, associados a outras estratégias que garantam a continuidade da escolarização, após a alfabetização inicial,

8.3 - Promover, em parceria com as áreas de saúde e assistência social, o acompanhamento e o monitoramento do acesso à escola específica para os segmentos populacionais considerados, identificando motivos de absenteísmo e colaborar com o Estado para a garantia de freqüência e apoio à aprendizagem, de maneira a estimular a ampliação do atendimento desses (as) estudantes na rede pública regular de ensino;

8.4 - Promover busca ativa de jovens fora da escola pertencentes aos segmentos populacionais considerados, em parceria com as áreas de assistência social, saúde e proteção à juventude;

Meta 9: Contribuir para elevar a taxa de alfabetização da população com 15 (quinze) anos ou mais para 93,5% (noventa e três inteiros e cinco décimos por cento) até 2015 e, até o final da vigência do PNE, erradicar o analfabetismo absoluto e reduzir em 50% (cinquenta por cento) a taxa de analfabetismo funcional.

47

ESTRÁTEGIAS META 9

9.1- Realizar diagnóstico dos jovens e adultos com ensino fundamental e médio incompletos, para identificar a demanda ativa por vagas na educação de jovens e adultos;

9.2- Divulgar a oferta de cursos gratuitos de educação de jovens e adultos oferecidos em escolas de municípios vizinhos a todos os que não tiveram acesso à educação básica na idade própria;

9.3- Apoiar ações de alfabetização de jovens e adultos com apoio à continuidade da escolarização básica;

9.4- Acompanhar chamadas públicas regulares para educação de jovens e adultos, incentivando a busca ativa em regime de colaboração entre entes federados e em parceria com a organização municipal;

9.5- Apoiar ações de atendimento aos estudantes da educação de jovens e adultos por meio de programas suplementares de transporte;

Meta 10: Apoiar a oferta de, no mínimo, 25% (vinte e cinco por cento) das matrículas de educação de jovens e adultos, nos ensinos fundamental e médio, na forma integrada à educação profissional.

ESTRÁTEGIAS META 10

10.1- Apoiar a oferta de programa nacional de educação de jovens e adultos voltado à conclusão do ensino fundamental e à formação profissional inicial, de forma a estimular a conclusão da educação básica;

10.2 - Fomentar a integração da educação de jovens e adultos com a educação profissional, em cursos planejados, de acordo com as características do público da educação de jovens e adultos e considerando as especificidades das populações das comunidades, inclusive na modalidade de educação à distância;

10.3 – Apoiar a manutenção e ampliação das oportunidades profissionais dos jovens e adultos com deficiência e baixo nível de escolaridade, por meio do acesso à educação de jovens e adultos articulada à educação profissional;

10.4 – Fomentar a implantação programa nacional de reestruturação e aquisição de equipamentos voltados à expansão e à melhoria da rede física de escolas públicas que atuam na educação de jovens e adultos integrada à educação profissional, garantindo

48

acessibilidade à pessoas portadoras de necessidades especiais;

10.5 – Apoiar a institucionalização de programa nacional de assistência ao estudante, compreendendo ações de assistência social, financeira e de apoio psicopedagógico que contribuam para garantir o acesso, a permanência, a aprendizagem e a conclusão com êxito da educação de jovens e adultos articulada à educação profissional;

Meta 11: Contribuir para triplicar as matrículas da educação profissional técnica de nível médio, assegurando a qualidade da oferta e pelo menos 50% (cinquenta por cento) da expansão no segmento público.

ESTRATÉGIAS META 11

11.1 - Fomentar a expansão da oferta de educação profissional técnica de nível médio nas redes públicas estaduais de ensino, divulgando-as a todos os interessados;

11.2 – Apoiar e estimular a expansão do estágio na educação profissional técnica de nível médio e do ensino médio regular, preservando-se seu caráter pedagógico integrado ao itinerário formativo do aluno, visando à formação de qualificações próprias da atividade profissional, à contextualização curricular e ao desenvolvimento da juventude;

11.3 – Fomentar e ampliar a oferta de programas de reconhecimento de saberes para fins de certificação profissional em nível técnico;

11.4 – Apoiar a expansão da oferta de financiamento estudantil à educação profissional técnica de nível médio oferecida em instituições privadas de educação superior;

11.5 – Apoiar a expansão da oferta de educação profissional técnica de nível médio para as pessoas portadoras de necessidades especiais, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação;

11.6 – Fomentar a elevação gradual do investimento em programas de assistência estudantil e mecanismos de mobilidade acadêmica, visando a garantir as condições necessárias à permanência dos (as) estudantes e à conclusão dos cursos técnicos de nível médio;

11.7 – Apoiar a redução das desigualdades étnico-raciais e regionais no acesso e permanência na educação profissional técnica de nível médio, inclusive mediante a adoção de políticas afirmativas, na forma da lei;

11.8 – Apoiar o sistema nacional de informação profissional, articulando a oferta de formação das instituições especializadas em educação profissional aos dados do mercado de trabalho e a consultas promovidas em entidades empresariais e de

49

trabalhadores;

11.9 – Incentivar para que seja incluído na Lei do crédito educativo municipal o pagamento percentual coerente para os cursos técnicos;

11.10 – Garantir transporte de alunos até municípios vizinhos para que tenham formação adequada em nível médio técnico e superior;

9- QUALIDADE DA EDUCAÇÃO

A educação é o fenômeno pelo qual toda a humanidade presa, e por meio dela que se vive num mundo com inovações, de tecnologias e novidades, se desenvolvendo em todos os ambientes e em todos os momentos onde há relações, trocas de experiências entre os sujeitos e com o meio.

Em um mundo onde ocorrem constantes transformações e modernidades, de estruturas e relações sociais, e a cada dia passa a ser exigido do homem maior conhecimento e capacidades de operar, trabalhar e interagir com nova sociedade, para tanto, a educação tem um papel fundamental na movimentação e realização deste processo, necessitando ser uma educação de qualidade.

A educação tem um papel fundamental no processo de humanização do homem e em seu processo de transformação social, e para tanto deve ser oferecida com qualidade, e esta prática educativa acontece na escola, na vivência e nas relações com os outros e com o meio, o ideal a ser buscado pelas escolas e ter condições ou proporcionar condições necessárias para um funcionamento satisfatório, que é a formação pessoal dos seus alunos, pois é a partir disso que formamos cidadãos com respeito, e dignidade e os orientam as relações necessárias à convivência e ao ajustamento de um membro no seu grupo ou sociedade. Segundo Dewey:

a educação não é uma preparação para a vida, é a própria vida (...). A educação é uma constante reconstrução ou reorganização de nossa experiência, que opera uma transformação direta da qualidade de experiência e, ao mesmo tempo, nossa aptidão para dirigirmos o curso das experiências subseqüentes. (Dewey, 1979, pg.83)

50

Uma educação de qualidade, não pode ignorar as experiências diferenciadas, pois se trata de uma totalidade da rede, e não pode ser vista somente as escolas como sendo problemáticas, deve haver algumas correções de estratégias educacionais, em alguns programas educacionais. Um ponto importante a ser destacado é que os professores precisam ser capacitados, porém sabe-se que já existem na maioria das escolas professores já capacitados, que buscam maior aperfeiçoamento, e também oportunizar meios para que tenham acesso a dar continuidade a sua formação, pois educação de qualidade envolve recursos humanos, materiais, aspectos administrativos, gestão todos interligados ao processo pedagógico, desenvolvendo a construção do ensino-aprendizagem.

A qualidade da educação não se resume somente a responsabilidades da comunidade escolar, vem associada a governo municipal, estadual e federal que devem desenvolver o trabalho em colaboração entre ambos, estendendo as múltiplas dimensões.

Indicador- Meta 06

51

Meta 6: Oferecer educação em tempo integral em, no mínimo, 50% (cinquenta por cento) das escolas públicas, de forma a atender, pelo menos, 25% (vinte e cinco por cento) dos(as) alunos(as) da educação básica.

ESTRÁTEGIAS META 6

6.1 - Promover, com o apoio da União, a oferta de educação básica pública em tempo integral, por meio de atividades de acompanhamento pedagógico e multidisciplinares, inclusive culturais e esportivas, de forma que o tempo de permanência dos (as) alunos (as) na escola, ou sob sua responsabilidade, passe a ser igual ou superior a 7(sete) horas diárias durante todo o ano letivo, com a ampliação progressiva da jornada de professores em uma única escola;

6.2 - Instituir, em regime de colaboração, programa para construção de escola municipal na sede do Município com padrão arquitetônico e de mobiliário adequado para atendimento em tempo integral;

6.3 - Buscar, em regime de colaboração, programa nacional de ampliação e reestruturação das escolas públicas, por meio da instalação de quadras poliesportivas, laboratórios, inclusive de informática, espaços para atividades culturais, bibliotecas, auditórios, cozinhas, refeitórios, banheiros e outros equipamentos, bem como da produção de material didático e da formação de recursos humanos para a educação em tempo integral;

6.4 - Fomentar a articulação da escola com os diferentes espaços educativos, culturais e esportivos e com equipamentos públicos, como centros comunitários, bibliotecas, praças, parques, museus, teatros, cinemas e planetários;

6.5 - Estimular a oferta de atividades voltadas à ampliação da jornada escolar de alunos (as) matriculados nas escolas da rede pública de educação básica por parte das entidades privadas de serviço social, de forma concomitante e em articulação com a rede pública de ensino;

6.6 - Apoiar a aplicação da gratuidade de que trata o art. 13 da Lei nº 12.101, de 27 de novembro de 2009, em atividades de ampliação da jornada escolar de alunos (as) das escolas da rede pública de educação básica, de forma concomitante e em articulação com a rede pública de ensino;

6.7 - Atender as escolas do campo na oferta de educação em tempo integral, com base em consulta prévia e informada, considerando-se as peculiaridades locais;

6.8 - Garantir a educação em tempo integral para pessoas com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação na faixa etária de 4 (quatro) a 17 (dezessete) anos, assegurando atendimento educacional especializado 52

complementar e suplementar ofertado em salas de recursos multifuncionais da própria escola ou em instituições especializadas;

6.9 - Adotar medidas para otimizar o tempo de permanência dos alunos na escola, direcionando a expansão da jornada para o efetivo trabalho escolar, combinado com atividades recreativas, esportivas e culturais;

Meta 7: Fomentar a qualidade da educação básica em todas as etapas e modalidades, com melhoria do fluxo escolar e da aprendizagem, de modo a atingir as seguintes médias nacionais para o Ideb: 6,0 nos anos iniciais do ensino fundamental; 5,5 nos anos finais do ensino fundamental; 5,2 no ensino médio.

ESTRÁTEGIA META 7

7.1- Assegurar que: a) no quarto ano de vigência do PME, pelo menos 70% (setenta por cento) dos (as) alunos (as) do ensino fundamental e do ensino médio tenham alcançado nível suficiente de aprendizado em relação aos direitos e objetivos de aprendizagem e desenvolvimento de seu ano de estudo, e 50% (cinquenta por cento), pelo menos, o nível desejável; b) no penúltimo ano de vigência do PME, todos os (as) estudantes do ensino fundamental e do ensino médio tenham alcançado nível suficiente de aprendizado em relação aos direitos e objetivos de aprendizagem e desenvolvimento de seu ano de estudo, e 80% (oitenta por cento), pelo menos, o nível desejável;

7.2- Acompanhar e divulgar bienalmente os resultados pedagógicos dos indicadores do sistema nacional de avaliação da educação básica e do Ideb, relativos às escolas das redes públicas de educação básica do Município, assegurando a contextualização desses resultados, com relação a indicadores sociais relevantes, como os de nível socioeconômico das famílias dos (as) alunos (as), e a transparência e o acesso público às informações técnicas de concepção e operação do sistema de avaliação;

7.3- Universalizar, em regime de colaboração, até o quarto ano de vigência do PME, o acesso à rede mundial de computadores em banda larga de alta velocidade e triplicar, até o final da década, a relação computador/aluno (a) nas escolas da rede pública de educação básica, promovendo a utilização pedagógica das tecnologias da informação e da comunicação;

7.4- Acompanhar o estabelecimento nacional de parâmetros mínimos de qualidade dos serviços da educação básica, a serem utilizados como referência para infraestrutura das escolas, recursos pedagógicos, entre outros insumos relevantes, bem como instrumento para adoção de medidas para a melhoria da qualidade do ensino;

53

7.5- Garantir transporte gratuito para todos (as) os (as) estudantes da educação do campo na faixa etária da educação escolar obrigatória, mediante renovação e padronização integral da frota de veículos, de acordo com especificações definidas pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia - INMETRO, e financiamento compartilhado, com participação da União proporcional às necessidades dos entes federados, visando a reduzir a evasão escolar e o tempo médio de deslocamento a partir de cada situação local;

7.6- Ampliar programas e aprofundar ações de atendimento ao (à) aluno (a), em todas as etapas da educação básica, por meio de programas suplementares de material didático-escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde;

7.7- Prover equipamentos e recursos tecnológicos digitais para a utilização pedagógica no ambiente escolar a todas as escolas públicas da educação básica da rede municipal de ensino;

7.8- Garantir nos currículos escolares conteúdos sobre a história e as culturas afro- brasileira e implementar ações educacionais, nos termos das Leis nos 10.639, de 9 de janeiro de 2003, assegurando-se a implementação das respectivas diretrizes curriculares nacionais, por meio de ações colaborativas com fóruns de educação para a diversidade étnico-racial, conselhos escolares, equipes pedagógicas e a sociedade;

7.9- Desenvolver currículos e propostas pedagógicas específicas para educação escolar para as escolas do campo incluindo os conteúdos culturais correspondentes, considerando o fortalecimento das práticas socioculturais e disponibilizar materiais didáticos específicos, inclusive para os (as) alunos (as) com necessidades especiais;

7.10- Mobilizar as famílias e setores da sociedade municipais, articulando a educação formal com experiências de educação popular e cidadã, com os propósitos de que a educação seja assumida como responsabilidade de todos e de ampliar o controle social sobre o cumprimento das políticas públicas educacionais;

7.11- Acompanhar a articulação dos programas da área da educação, de âmbito local e nacional, com os de outras áreas, como saúde, trabalho e emprego, assistência social, esporte e cultura, possibilitando a criação de rede de apoio integral às famílias, como condição para a melhoria da qualidade educacional;

7.12- Estabelecer ações efetivas especificamente voltadas para a promoção, prevenção, atenção e atendimento à saúde e à integridade física, mental e emocional dos (das) profissionais da educação, como condição para a melhoria da qualidade educacional;

7.13- Apoiar, mediante articulação entre os órgãos responsáveis pelas áreas da saúde e da educação, o atendimento aos (às) estudantes da rede escolar pública de educação básica por meio de ações de prevenção, promoção e atenção à saúde;

54

9.1- EDUCAÇÃO ESPECIAL

A Constituição Federal estabelece o direito de as pessoas com deficiência receberam educação preferencialmente na rede regular de ensino (art. 208, III). A diretriz atual é a da plena integração dessas pessoas em todas as áreas da sociedade. Trata-se, portanto, de duas questões – o direito a educação, comum a todas as pessoas, e o direito de receber essa educação sempre que possível junto com as demais pessoas nas escolas regulares.

Conforme registro do PNE (2001, p. 78) a Organização Mundial de Saúde apresenta o Plano Nacional de Educação, estimam que em torno de 10% da população tem necessidades educacionais especiais. Essas podem ser de diversas ordens: visuais, auditivas, físicas, intelectuais, múltiplas, distúrbios de conduta e também superdotação ou altas habilidades. O Sistema de Ensino do Município de Nicolau Vergueiro adotou a política de inclusão, tendo por principio o direito de todos à educação escolar e a concepção de que todos são capazes de aprender, embora em ritmos diferenciados.

O atendimento à educação especial, nas redes regulares de ensino municipal e estadual, é de fato, uma realidade, embora ainda com algumas dificuldades, mas buscando sempre melhorar para melhor qualificar o atendimento. A educação especial no Município, embora o número de matrículas sejam baixos, em consequência da realidade cultural, busca incluir esses alunos cada vez mais no contexto escolar. Hoje o Município conta apenas com um professor para apoiar esta realidade, com uma sala de recursos multifuncional (AEE) que funciona na Escola Estadual de Ensino Médio Nicolau Vergueiro.

O município de Nicolau Vergueiro conta com sistema de parceria com a APAE do município de Marau-RS, onde é celebrado um convênio entre município e APAE, sendo que o mesmo repassa um valor X por aluno para este atendimento. Hoje temos uma matricula de sete alunos dentre estes cinco deles frequentam diariamente a escola da APAE e os outros dois alunos apenas duas vezes por semana, e nos outros turnos frequentam a escola regular em turno inverso. O trabalho é em forma de parceria onde acontece troca de informações entre os profissionais envolvidos neste processo sobre o desenvolvimento ensino aprendizagem do aluno.

55

O deslocamento destas crianças ate o município vizinho de Marau-RS, enfrenta muitas dificuldades, pois não possuímos um transporte específico para isso, sendo que o mesmo veículo que faz o deslocamento no interior do Município, se desloca posteriormente até a cidade de Marau, tendo que retornar mais cedo para realizar o transporte de fim de tarde no Município. Com isso os alunos acabam saindo mais cedo da Escola APAE, perdendo parte da aula.

A equipe multifuncional da APAE é composta por psicopedagogo, psicólogas, nutricionistas, fonoaudiólogas, fisioterapeutas, neurologistas, assistentes sociais, pediatras e psiquiatras. Esses profissionais oportunizam condições e diagnósticos que auxiliam e favorecem o desenvolvimento global da potencialidade de cada aluno, visando a autonomia, melhor aprendizagem, e inclusão social e educacional.

Já no nosso Município em casos mais amenos e / ou menos complexos, este atendimento é feito em parceria com a Secretaria de Saúde e Assistência Social, com psicólogos, pediatras, nutricionistas, assistente social e fonoaudiólogos, e sempre que necessárias outras especialidades são buscadas fora do município com agendamento feito pela secretaria de saúde, conforme a necessidade de cada um. Contudo faz-se necessário, entre outras ações, a ampliação e implementação da oferta de atendimento educacional especializado, que responda às necessidades educacionais, em todos os níveis de ensino em que o aluno estiver inserido.

Para assegurar as condições de aprendizagem desses alunos nas Unidades Escolares, a Secretaria de Educação está ampliando as discussões, para aumentar investimentos, mudar paradigmas e concepções a fim de construir um sistema educacional efetivamente inclusivo.

O caminho histórico, para o rompimento com a prática da exclusão, tem sido muito longo, embora esteja acontecendo com formas e intensidade diversas nas diferentes regiões do mundo.

A Constituição Federal do Brasil de 1988 além das garantias fundamentais gerais da pessoa humana, assegurou, também, alguns direitos específicos às pessoas com deficiências, cujo atendimento educacional especializado deve ser, preferencialmente na rede regular de ensino (art. 208,III).

56

Nesta parcela da população escolar, entendida com “necessidades educacionais especiais”, estão os alunos com deficiências (físicas, sensoriais e mentais) e alunos com condutas típicas e superdotados, que necessitam de acompanhamento especializado após passarem pela avaliação diagnóstica, realizada por profissionais qualificados, que orientem o processo de ensino, o atendimento interdisciplinar e as adaptações curriculares necessárias a escolarização desses alunos, criando, na sala de aula e na escola, um espaço de possibilidades diante da diversidade.

A identificação das necessidades educacionais especiais e os encaminhamentos realizados através da avaliação pedagógica e/ou psicoeducacional, definem os atendimentos e os recursos específicos para cada caso.

Embasado nas Diretrizes Curriculares Nacionais, ao elaborar sua proposta pedagógica, o estabelecimento de ensino, respaldado em sua autonomia, deverá prever ações que assegurem um currículo dinâmico, voltado às necessidades dos alunos, prevendo adaptações, inclusive no processo avaliativo, considerando as necessidades educacionais especificas dos estudantes, que contribuam para sua aprendizagem.

Para atingir este objetivo, faz-se necessário, prever e propiciar a capacitação continuada dos profissionais da educação, desmistificando a questão das deficiências e possibilitando oportunidades de atendimento das necessidades educacionais para que o professor busque desenvolver uma pratica pedagógica de qualidade com todos os alunos.

O Poder Público e as organizações da sociedade civil são elos importantíssimos para a efetivação do acesso e permanência da pessoa com necessidades educacionais especiais no ensino, conforme preconizam os documentos oficiais e os princípios filosóficos da Educação para Todos. Deste preceito é que foram definidas para os próximos dez anos, as diretrizes para esta modalidade de ensino.

57

Atendimento alunos com deficiência

Alunos em Alunos em Alunos Incluídos atendimento em atendimento e rede regular Alunos em avaliação APAE em sala de Estadual AEE

07 alunos 03 alunos 02 alunos 10 alunos

Fonte: Secretaria Municipal de Educação / Escola Estadual- NV

Meta 4: Universalizar, para a população de 4 (quatro) a 17 (dezessete) anos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, o acesso à educação básica e ao atendimento educacional especializado, preferencialmente na rede regular de ensino, com a garantia de sistema educacional inclusivo, de salas de recursos multifuncionais, classes, escolas ou serviços especializados, públicos ou conveniados.

ESTRATÉGIAS META 4

4.1- Manter e assegurar a inclusão dos alunos com necessidades educativas especiais em classe de ensino regular;

4.2-Implantar e dinamizar salas de apoio pedagógico com professor especializado e com recursos psicopedagógicos adequados a fim de atender a demanda manifesta, na

58

modalidade de sala de recursos multifuncionais;

4.3-Incluir os educandos com necessidades educativas especiais nas atividades e eventos culturais, científicos, artísticos e esportivos das escolas publicas da comunidade;

4.4-Assegurar a eliminação das barreiras arquitetônicas, garantindo a acessibilidade aos espaços educativos dos educandos com necessidades educativas especiais;

4.5-Possibilitar parcerias com outras Instituições de ensino e saúde dentro e fora do Município para avaliação e atendimento aos alunos com necessidades educativas especiais sem diagnósticos, que necessitam de exames cirurgias e/ou outros acompanhamentos e atendimentos educacionais e de saúde especializados;

4.6-Fornecer, a partir do terceiro ano da aprovação deste PME, material didático específico e auxílio ótico necessário para os educandos com deficiência nesta área;

4.7-Implantar, gradativamente, a partir de primeiro ano deste Plano, Programas para atender aos alunos com altas habilidades nos aspectos artísticos, intelectual e ou psicomotor;

4.8-Implementar, durante a vigência deste Plano, projetos de estudos e aprofundamento das questões pertinentes à educação especial, envolvendo os especialistas que atuam na educação de pessoas com necessidades deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, a fim de que seus conhecimentos e experiências possam ser utilizadas pelos professores de ensino regular, ampliando, desta forma, a inclusão educacional;

4.9-Articular, durante a vigência deste Plano, estudos para implantar as diretrizes e normas para a terminalidade específica aos alunos com necessidade especiais no mercado de trabalho;

4.10-Construir ou adequar escolas com dependências e equipamentos que garantam a acessibilidade nos diversos espaços.

4.11-Assegurar a todos os educandos com necessidades educacionais especiais, o acesso a instituições dentro ou fora do Município conforme a necessidade de atendimento de cada um, buscando o profissional adequado para cada necessidade, num sistema de parceria e/ou outros meios;

4.12-Garantir a inclusão de todos os educandos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, em todos os níveis e modalidades da educação e do ensino, ofertadas no sistema de ensino municipal.

4.13-Adquirir, no primeiro ano de vigência do PME, veículo de transporte especialmente para realizar o deslocamento dos alunos que frequentam a APAE em 59

município vizinho;

4.14 – Fomentar para que o atendimento em sala AEE seja em turno inverso ao turno de aula do aluno, para que seja mais bem aproveitado este recurso pelo aluno;

4.15- Acompanhar a definição de indicadores de qualidade e política de avaliação e supervisão para o funcionamento de instituições públicas e privadas que prestam atendimento a alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação;

9.2-EDUCAÇÃO SUPERIOR

Os administradores do Município acreditam que valorizar o conhecimento e incentivar a formação superior dos cidadãos é fundamental para o crescimento pessoal, para a profissionalização e também o desenvolvimento das suas comunidades. A administração municipal mantém convênio com uma associação de estudantes para apoio financeiro em transporte, já que não há nenhuma instituição instalada na cidade. Desta forma, é oferecido transporte universitário todos os dias para a cidade de Passo Fundo, sendo a cidade mais próxima, bem como o município oferece o crédito educativo, sendo que para estudantes que cursam faculdade na área de educação estes têm uma porcentagem de 50% e para outras áreas do conhecimento 30%.

Uma grande parte dos jovens que residem no Município estuda, preparando-se com cursos técnicos e superiores e também há estudantes que ainda não se formaram no ensino médio sendo oferecido transporte para os mesmos, para que cursem cursos para preparar-se para as provas que oferecem bolsas gratuitas, para ingressar em um curso superior. A seguir mostraremos o local de estudos dos universitários que utilizam o transporte universitário do Município:

60

Fonte: Secretaria Municipal de Educação Nicolau Vergueiro- RS

Cursos Preparatórios

Fonte: Secretaria Municipal de Educação Nicolau Vergueiro- RS

61

A educação superior é um direito fundamental de todos os cidadãos, pois um profissional formado em sua área de atuação tem muito mais chances de ter um melhor salário e alcançar o seu sucesso profissional. O mercado exige essencialmente competência e só se adquire essa competência via estudo, não há outro meio, pode-se adquirir experiência e habilidades técnicas com o passar dos anos, mas o senso crítico, a capacidade de discernir o certo do errado é a faculdade, é a instituição de ensino superior que permite isso por esse motivo a importância de se ter uma graduação associada a uma experiência prática.

Meta 12: Contribuir para elevar a taxa bruta de matrícula na educação superior para 50% (cinquenta por cento) e a taxa líquida para 33% (trinta e três por cento) da população de 18 (dezoito) a 24 (vinte e quatro) anos, assegurada a qualidade da oferta e expansão para, pelo menos, 40% (quarenta por cento) das novas matrículas, no segmento público.

ESTRÁTEGIAS META 12

12.1- Incentivar e apoiar futuras instalações de estruturas físicas e de recursos humanos das instituições públicas de educação superior, mediante ações planejadas e coordenadas, de forma a ampliar e interiorizar o acesso à graduação;

12.2 - Fomentar a oferta de educação superior pública e gratuita prioritariamente para a formação de professores e professoras para a educação básica, em todas as áreas, bem como para atender ao déficit de profissionais;

12.3 – Apoiar e ampliar a oferta de estágio como parte da formação na educação superior;

12.4 – Apoiar a estruturação de condições de acessibilidade nas instituições de educação superior, na forma da legislação;

12.5 - Estimular a expansão e reestruturação das instituições de educação superior estaduais cujo ensino seja gratuito, por meio de apoio técnico e financeiro do Governo Federal, mediante termo de adesão a programa de reestruturação, na forma de regulamento, que considere a sua contribuição para a ampliação de vagas, a capacidade fiscal e as necessidades dos sistemas de ensino dos entes mantenedores na oferta e qualidade da educação básica;

12.6 – Fomentar a ampliação no âmbito do Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior - FIES, de que trata a Lei nº 10.260, de 12 de julho de 2001, e do

62

Programa Universidade para Todos - PROUNI, de que trata a Lei nº11.096, de 13 de janeiro de 2005, os benefícios destinados à concessão de financiamento a estudantes regularmente matriculados em cursos superiores presenciais ou a distância, com avaliação positiva,de acordo com regulamentação própria, nos processos conduzidos pelo Ministério da Educação;

Meta 13: Contribuir para elevar a qualidade da educação superior e ampliar a proporção de mestres e doutores do corpo docente em efetivo exercício no conjunto do sistema de educação superior para 75% (setenta e cinco por cento), sendo, do total, no mínimo, 35% (trinta e cinco por cento) doutores.

ESTRÁTEGIAS META 13

13.1 – Apoiar e promover a melhoria da qualidade dos cursos de pedagogia e licenciaturas, por meio da aplicação de instrumento próprio de avaliação aprovado pela Comissão Nacional de Avaliação da Educação Superior - CONAES, integrando-os às demandas e necessidades das redes de educação básica, de modo a permitir aos graduandos a aquisição das qualificações necessárias a conduzir o processo pedagógico de seus futuros alunos (as), combinando formação geral e específica com a prática didática, além da educação para as relações étnico-raciais, a diversidade e as necessidades das pessoas com deficiência;

13.2 – Contribuir para elevar o padrão de qualidade das universidades, direcionando sua atividade, de modo que realizem, efetivamente, pesquisa institucionalizada, articulada a programas de pós-graduação;

13.3 – Incentivar a promoção da formação inicial e continuada dos (as) profissionais técnico-administrativos da educação superior;

Meta 14: Contribuir para elevar gradualmente o número de matrículas na pós- graduação stricto sensu, de modo a atingir a titulação anual de 60.000 (sessenta mil) mestres e 25.000 (vinte e cinco mil) doutores.

ESTRATÉGIAS META 14

14.1 - Estimular a integração e a atuação articulada entre a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES e as agências estaduais de fomento à pesquisa, especialmente as direcionadas ao desenvolvimento regional;

14.2 - Incentivar o intercâmbio científico e tecnológico, nacional e internacional, entre

63

as instituições de ensino, pesquisa e extensão, de forma a beneficiar o desenvolvimento da região;

14.3 – Estimular a ampliação do investimento em pesquisas com foco em desenvolvimento e estímulo à inovação, bem como incrementar a formação de recursos humanos para a inovação, de modo a buscar o aumento da competitividade das empresas de base tecnológica;

14.4 - Estimular a pesquisa científica e de inovação e a promoção da formação de recursos humanos que valorize a diversidade regional e a geração de emprego e renda na região;

14. 5 - Implementar ações para reduzir as desigualdades étnico-raciais e regionais e para favorecer o acesso das populações do campo a programas de mestrado e doutorado;

10- FORMAÇÃO E VALORIZAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO

64

Formação dos professores

Nível de formação-2015

Formação Rede Rede Rede Total Professores(as) Municipal Privada Estadual

Ensino Médio 01 01 Habilitação Magistério

Ensino 06 12 18 Superior

Especialização 04 08 12

Mestrado

Doutorado

Total 10 21 31

Fonte: Escola Estadual de Ensino Médio Nicolau Vergueiro/ Secretaria de Educação Nicolau Vergueiro- RS

Meta 15: Garantir, em regime de colaboração entre a União e o Estados, no prazo de 1 (um) ano de vigência do PNE, política municipal de formação dos profissionais da educação de que tratam os incisos I, II e III do caput do art. 61 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, assegurado que todos os professores e as professoras da educação básica possuam formação específica de nível superior,

65

obtida em curso de licenciatura na área de conhecimento em que atuam.

ESTRÁTEGIAS META 15

15.1- Apoiar a busca de subsídios em entes federativos para formação gratuita em nível de graduação, pós-graduação, mestrado, e doutorado aos professores e profissionais que atuam e ou irão atuar na área da educação com verbas destinadas para isso.

15.2 – Garantia do Plano de Carreira municipal dos funcionários, extensivo aos aposentados.

15.3 – Criar Lei municipal específica que ampare profissionais que atuam em sala de aula e outros setores em relação alunos infratores, drogados e violentos que desrespeitam a autoridade do professor e causam danos ao patrimônio público e põem em risco os demais educandos e profissionais que atuam em sala de aula e na escola.

15.4 - Ampliar programa permanente de iniciação à docência a estudantes matriculados em cursos de licenciatura, a fim de aprimorar a formação de profissionais para atuar no magistério da educação básica;

15.5 - Valorizar as práticas de ensino e os estágios nos cursos de formação de nível médio e superior dos profissionais da educação, visando ao trabalho sistemático de articulação entre a formação acadêmica e as demandas da educação básica;

15.6 - Fomentar a oferta de cursos técnicos de nível médio e tecnológicos de nível superiores destinados à formação, nas respectivas áreas de atuação, dos (as) profissionais da educação de outros segmentos que não os do magistério;

15.7 – Apoiar a criação de programa de concessão de bolsas de estudos para que os professores de idiomas das escolas públicas de educação básica realizem estudos de imersão e aperfeiçoamento nos países que tenham como idioma nativo as línguas que lecionem;

15.8 – Apoiar para a garantia a assistência à saúde dos profissionais que atuam na área da Educação em âmbito municipal (IPE / IPERGS), bem como garantir o difícil acesso a escola que não dispõe de transporte público, a partir do primeiro ano de vigência do

66

PME.

15.9 – Fomentar ao profissional de educação com vinte horas de trabalho que tenha um turno de folga (4horas) para elaboração de aulas.

15.10 – Apoiar a valorização e avaliação do profissional de educação por assiduidade e desempenho pedagógico, bem como o seu reconhecimento frente à sociedade;

15.11 – Divulgar a oferta de modelos de formação docente para a educação profissional que valorizem a experiência prática, por meio da oferta, nas redes federal e estadual de educação profissional, de cursos voltados à complementação e certificação didático- pedagógica de profissionais experientes;

15.12- Implantar, política municipal de formação continuada para os (as) profissionais da educação de outros segmentos que não os do magistério, construída em regime de colaboração entre os entes federados;

Meta 16: Incentivar a formação, em nível de pós-graduação, de 50% (cinquenta por cento) dos professores da educação básica, até o último ano de vigência do PNE, e garantir a todos (as) os(as) profissionais da educação básica formação continuada em sua área de atuação, considerando as necessidades, demandas e contextualizações do sistema de ensino.

ESTRÁTEGIAS META 16

16.1 – Fortalecer a formação continuada dos professores (as) das escolas públicas municipais de educação básica para que o professor tenha mais subsídios para o trabalho pedagógico;

16.2 – Apoiar política nacional de formação de professores e professoras da educação básica, definindo diretrizes nacionais, áreas prioritárias, instituições formadoras e processos de certificação das atividades formativas;

16.3 – Estimular a capacitação de professores e agentes educacionais para trabalhar com deficiências diversas, transtornos globais do desenvolvimento, altas habilidades ou superdotados;

67

16.4 - Ampliar e consolidar portal eletrônico para subsidiar a atuação dos professores e das professoras da educação básica, disponibilizando gratuitamente materiais didáticos e pedagógicos suplementares, inclusive aqueles com formato acessível;

16.5 – Divulgar cursos de pós-graduação nas diversas áreas, estimulando os professores (as) e demais profissionais da educação que atuam na rede municipal de ensino a se especializarem em sua área de atuação;

Meta 17: Valorizar os (as) profissionais do magistério das redes públicas de educação básica, de forma a equiparar seu rendimento médio ao dos (as) demais profissionais com escolaridade equivalente, até o final do sexto ano de vigência do PNE.

ESTRÁTEGIAS META 17

17.1 - Acompanhar as discussões do fórum permanente, com representação da União, Estados, Municípios e trabalhadores da educação, para realização da atualização progressiva do valor do piso salarial nacional para os profissionais do magistério público da educação básica;

17.2 - Implementar, no âmbito do Município, Plano de Carreira para os (as) profissionais do magistério das rede pública municipal de educação básica, observados os critérios estabelecidos na Lei no11.738, de 16 de julho de 2008, com implantação gradual do cumprimento da jornada de trabalho em um único estabelecimento escolar;

17.3 - Requisitar a assistência financeira específica da União aos entes federados para implementação de políticas de valorização dos (as) profissionais do magistério, em particular o piso salarial nacional Profissional;

17.4 - Estimular a existência de comissões permanentes de profissionais da educação de todos os sistemas de ensino, em todas as instâncias da Federação, para subsidiar os órgãos competentes na elaboração, reestruturação e implementação dos planos de Carreira;

Meta 18: Assegurar, no prazo de 1 (UM) ano, a existência de plano de carreira para os (as) profissionais da educação básica de toda a rede municipal de ensino, tomando como referência o piso salarial nacional profissional, definido em lei federal, nos termos do inciso VIII do art. 206 da Constituição Federal.

68

ESTRATÉGIAS META 18

18.1 – Estruturar a rede pública municipal de educação básica de modo que, até o início do terceiro ano de vigência do PNE, 90% (noventa por cento), no mínimo, dos respectivos profissionais do magistério e 50% (cinquenta por cento), no mínimo, dos respectivos profissionais da educação não docentes sejam ocupantes de cargos de provimento efetivo e estejam em exercício nas redes escolares a que se encontrem vinculados; 18.2 - Implantar, nas rede pública municipal de educação básica, acompanhamento dos profissionais iniciantes, supervisionados por equipe de profissionais experientes, a fim de fundamentar, com base em avaliação documentada, a decisão pela efetivação após o estágio probatório e oferecer, durante esse período, curso de aprofundamento de estudos na área de atuação do (a) professor (a), com destaque para os conteúdos a serem ensinados e as metodologias de ensino de cada disciplina;

18.3 - Aderir à prova nacional elaborada pelo Ministério da Educação para subsidiar os Municípios na realização de concursos públicos de admissão de profissionais do magistério da educação básica pública; 18.4 - Prever, nos planos de Carreira dos profissionais da educação do Município, licenças remuneradas e incentivos para qualificação profissional, inclusive em nível de pós-graduação stricto sensu; 18.5 - Participar anualmente do censo dos (as) profissionais da educação básica de outros segmentos que não os do magistério, promovido pelo Ministério da Educação; 18.6 - Considerar as especificidades socioculturais das escolas do campo no provimento de cargos efetivos para essas escolas; 18.7- Apoiar lei específica estabelecendo planos de Carreira para os (as) profissionais da educação, habilitando o Município a receber repasse de transferências federais voluntárias, na área de educação nos termos previstos na Meta 18 do PNE; 18.8 - Criar comissão municipal permanente de profissionais da educação a elaboração, reestruturação e implementação do plano de Carreira que contemple as alterações propostas pelo PNE;

10.1- GESTÃO DEMOCRÁTICA

Compreender e praticar a democracia são adotar o diálogo, a tomada de decisões, a participação e a coletividade. Nos ambientes escolares a gestão democrática está sendo praticada aos poucos, pois com o advento da Constituição Federal de 1988, houve a promulgação de princípios democráticos voltados para a educação democrática, inclusiva e de qualidade. Esse princípio é justificado porque a educação escolar é um direito de todos os

69

cidadãos (BRASIL, 1988). Assim, a educação escolar é entendida constitucionalmente como função do Estado e, sobretudo, como dever do Estado, Dourado enfatiza:

[...] convivemos com um leque amplo de interpretações e formulações reveladoras de distintas concepções acerca da natureza política e social da gestão democrática e dos processos de racionalização e participação, indo desde posturas de controle social (qualidade total) até perspectivas de participação efetiva, isto é participação cidadã. (DOURADO, 1998, p. 79)

Para a prática da gestão democrática na escola, a participação precisa ser compreendida como processo não estático, mas, sim, interativo, que vai além de tomadas de decisão, pois sua característica é o inter- apoio na convivência dos agentes no cotidiano da escola, que buscam a superação das dificuldades e limitações e do bom cumprimento da sua finalidade social, com qualidade.

A gestão democrática tem como prioridade uma nova forma de organizar a escola em seus processos de planejamento e consecução de estratégias metodológicas de ensino- aprendizagem e avaliação. O conteúdo, nesta perspectiva, tem novo formato, justamente porque está a serviço das expectativas individuais e, sobretudo, coletivas, no sentido de tornar os sujeitos coletivamente responsáveis pela forma que vão atuar.

Meta 19: Assegurar condições, no prazo de 1 (um) ano, para a efetivação da gestão democrática da educação, associada a critérios técnicos de mérito e desempenho e à consulta pública à comunidade escolar, no âmbito das escolas públicas, prevendo recursos e apoio técnico da União para tanto.

ESTRÁTEGIAS META 19

19.1- Garantir em legislação específica, respeitando a legislação nacional, a definição de critérios para a nomeação de diretores e diretoras das escolas municipais nos termos previstos na Meta 19 da Lei 13.005/2014, habilitando o Município a receber repasse de transferências voluntárias da União. 19.2- Aderir a programas de apoio e formação aos (às) conselheiros (as) dos conselhos de acompanhamento e controle social do Fundeb, dos conselhos de alimentação escolar, dos conselhos regionais e de outros e aos (às) representantes educacionais em demais conselhos de acompanhamento de políticas públicas, garantindo a esses colegiados recursos financeiros, espaço físico adequado, equipamentos e meios de transporte para visitas à rede escolar, com vistas ao bom desempenho de suas funções;

70

19.3 – Constituir o Fórum Municipal de Educação no primeiro ano de vigência do PME, em caráter permanente, com o intuito de coordenar as conferências municipais, bem como efetuar o acompanhamento da execução do PME e dos seus planos de educação; 19.4- Estimular, em todas a rede municipal de ensino, a constituição e o fortalecimento de grêmios estudantis e associações de pais, assegurando-se lhes, inclusive, espaços adequados e condições de funcionamento nas escolas e fomentando a sua articulação orgânica com os conselhos escolares, por meio das respectivas representações. 19.5 - Fortalecer o Conselho Municipal de Educação, como instrumentos de participação e fiscalização na gestão escolar e educacional, inclusive por meio de programas de formação de conselheiros, assegurando-se condições de funcionamento autônomo; 19.6 - Estimular a participação e a consulta de profissionais da educação, alunos (as) e seus familiares na formulação dos projetos político-pedagógicos, currículos escolares, planos de gestão escolar e regimentos escolares, assegurando a participação dos pais na avaliação de docentes e gestores escolares; 19.7 – Aderir a programas de formação de diretores e gestores escolares, bem como de participação em prova nacional específica, a fim de subsidiar a definição de critérios objetivos para o provimento dos cargos; 19.8- Criar juntamente com o Conselho Municipal de Educação o Sistema Municipal de Ensino de Nicolau Vergueiro;

10.2- FINANCIAMENTO DA EDUCAÇÃO

Meta 20: Contribuir para ampliar o investimento público em educação pública de forma a atingir, no mínimo, o patamar de 7% (sete por cento) do Produto Interno Bruto (PIB) do País no 5º (quinto) ano de vigência da Lei e, no mínimo, o equivalente a 10% (dez por cento) do PIB ao final do decênio.

ESTRATÉGIAS META 20

20.1 – Apoiar a garantia de fontes de financiamento permanentes e sustentáveis para todos os níveis, etapas e modalidades da educação básica, observando-se as políticas de colaboração entre os entes federados, com vistas a atender as demandas educacionais à luz do padrão de qualidade nacional;

71

20.2 - Aperfeiçoar e ampliar os mecanismos de acompanhamento da arrecadação da contribuição social do salário-educação;

20.3 - Aprovar, no prazo de 1 (um) ano, Lei de Responsabilidade Educacional, assegurando padrão de qualidade na educação básica municipal, com base nas metas de qualidade aferidas por institutos oficiais de avaliação educacionais;

20.4 - Obedecer a critérios para recebimento dos recursos adicionais dirigidos à educação ao longo do decênio, que considerem a equalização das oportunidades educacionais, a vulnerabilidade socioeconômica e o compromisso técnico e de gestão do sistema de ensino;

20.5 - Destinar à manutenção e desenvolvimento do ensino, em acréscimo aos recursos vinculados nos termos do art. 212 da Constituição Federal, na forma da lei específica, a parcela da participação no resultado ou da compensação financeira pela exploração de petróleo e gás natural e outros recursos;

20.6- Implantar, após definição realizada em âmbito nacional, o Custo Aluno Qualidade Inicial _CAQi – implementando posteriormente o Custo Aluno Qualidade – CAQ – como parâmetro para o financiamento da educação de todas as etapas e modalidades da educação básica municipal;

20.7- Buscar, na forma da lei, complementação de recursos financeiros junto à União, no caso de o Município não conseguir atingir o valor do CAQi e, posteriormente, do CAQ;

72

11 - Referencias Bibliográficas:

BARBOSA, Maria Carmem Silveira; HORN, Maria da Graça Souza. Projetos Pedagógicos na Educação Infantil. : Artmed , 2008.

BARBOSA, Maria Carmen Silveira (consultora). Práticas Cotidianas na Educação Infantil: Bases para reflexão sobre as Orientações Curriculares. Brasília. 2009.

DEWEY, Jonh. Democracia e educação. São Paulo. Nacional, 1979.

DOURADO, L. F. A escolha de dirigentes escolares: política e gestão da educação no Brasil. In: FERREIRA, N. S. C. (Org.). Gestão democrática da Educação: atuais tendências, novos desafios. São Paulo: Cortez, 1998.

FAVERO, Altair Alberto/ TONIETO, Carina. Educar o educador: reflexões sobre formação docente. Campinas, SP: Mercado de letras, 2010.

REFERENCIAL, Curricular Nacional para a Educação Infantil/ Ministério da Educação e desporto, Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC?SEF, 1998.

SITES CONSULTADOS: http://simec.mec.gov.br/pde/graficopne.php http://www.jusbrasil.com.br/topicos/11685964/artigo-67-da-lei-n-9394-de-20-de-dezembro- de-1996 http://pne.mec.gov.br/ http://www.mds.gov.br/

73