Histórico Do Município De Ronda Altars (PDF)
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1 Histórico do município de Ronda Alta A história de Ronda Alta, não inicia com sua emancipação político-administrativa, mas pela ocupação destas terras por caboclos que sobreviviam com a coleta dos ervais nativos que por aqui existiam entre os rios Passo Fundo e rio da Várzea, depois expulsos pela ocupação de paulistas pela legitimação de posses de terras pela Lei de Terras de 1850 na Chamada Fazenda Sarandi que será palco de conflitos pela terra já que se constituía num latifúndio, terras que os paulistas vendem aos uruguaios, terras ocupadas por indígenas com a criação das reservas indígenas, terras pisadas pelas tropeiros que por aqui passavam levando tropas de mulas e bois que seriam vendidas em outras províncias, terras ocupadas por pequenos proprietários através da colonização pública e privada, terras de cuja passagem de um telégrafo abriu caminho para pessoas de outras regiões viessem fixar moradia e dar origem a um povoado que inicialmente chamou-se Rondinha do Campo e que, pela proximidade e as confusões com as correspondências de Águas da Rondinha, passou a se chamar Ronda Alta. A origem territorial do município O municipalismo no Rio Grande do Sul teve início em 27 de abril de 1809, quando as quatro povoações: Porto Alegre, Rio Grande, Santo Antônio da Patrulha e Rio Pardo, foram estabelecidas como vilas da Capitania de São Pedro. Retrocedendo na história político-administrativa de Ronda Alta, notamos que, inicialmente, pertencemos aos seguintes municípios: Rio Pardo, criado em 27 de abril de 1809. Contendo 2.050,59 Km² Cruz Alta, criado em 11 de março de 1833. Contendo 1.360,37 Km² Passo Fundo, criado em 28 de janeiro de 1857. Contendo 738,42 Km² Sarandi, criado em 27 de junho de 1939. Contendo 353,38 Km² Ronda Alta, criado em 26 de dezembro de 1963. Contendo 419,34 Km² 2 Após se desmembraram do município de Ronda Alta: Três Palmeiras, criado em 12 de maio de 1988. Contendo 180,60 Km² Engenho Velho, criado em 20 de março de 1992. Contendo 71,19 Km² Pontão, criado em 20 de março de 1992. Contendo 505,71 Km² Ronda Alta, desmembrou-se de Sarandi, mas antes disso, sua área pertenceu ao município de Rio Pardo a partir de 1831, ao município de Cruz Alta, em 1834, ao município de Passo Fundo, a partir de 1857 e ao município de Sarandi, de 1939 até o momento de nossa emancipação, no final de 1963. Em 1988, Ronda Alta perde território com a emancipação de Três Palmeiras, Engenho Velho em 1992 e o Pontão em 1992. Comissão de Emancipação Para dar início e andamento ao processo de emancipação muitas pessoas se envolveram formando a Comissão de Emancipação composta pelas seguintes pessoas: ... e representadas aqui pelos alunos das Escolas de Educação Infantil. 1963 - Representar todas as pessoas que organizaram o processo de emancipação – Pirulitos com os nomes Comissão emancipacionista de Ronda Alta Presidente de Honra: Pe. Guilherme Steffens, Vereador Mosse Mísio e senhor Miguel Beux. Presidente: Herculino Baldissarella. 1º Vice-presidente: Normando Baldissarelli. 2º Vice-presidente: Dr. Ari Tasca. 3º Vice-presidente: Albano Jacobsen. Secretário Geral: Alfredo Gavioli. 1º Secretário: Ernesto João Cé. 3 2ª Secretário: Nicleto Gusatti. Tesoureiro Geral: Fioravante Bortolamedi. 1º Tesoureiro: Nilton Miguel Didomênico. 2º Tesoureiro: Wilson Moacir Pandolfi. Consultor jurídico: Dr. João Olímpio de Souza. Nestes 55 anos treze gestões governaram nosso município: - De 1963 a 1969: Normando Baldissarelli e vice-prefeito Miguel Beux. VEREADORES: Adilar Kerber, Dr. Ari Tasca, José Novello, Hugo Leonardi, Oli Damschi, Oclides Barbiero e Romeu Alcidio Kerber. - De 1969 a 1973: Waldomiro Beux e vice-prefeito: Jairo Antônio Casalli. VEREADORES: Alfredo Gavioli, DeoniloGusatti, João Manoel Ribeiro, José Gentil Paris, Martinho Dall’Oglio, Olivio Três e Vitório Ferdinando Grando e AbrelinoLuiz Mattei. - De 1973 a 1977: João Manoel Ribeiro e vice-prefeito: Hilário Gusatti VEREADORES: Antoninho Serafini, JandirToccolini, José Gentil Paris, Osvaldo Ferronatto, Waldemar André Brugnera, Wilson Balbinot e Wilson Moacir Pandolfi. - De 1977 a 1983: Dervile Luiz Fachini e vice-prefeito: Abrelino Luiz Mattei VEREADORES: Antônio Carlos Schenkel, Celso Martinelli, Irineu Bortolás, Osvaldo Ferronatto, Valdir Antônio Grando, Waldemar André Brugnera. -De 1983 a 1988: João Manoel Ribeiro e vice-prefeito: Osvaldo Ferronatto VEREADORES: Antônio Carlos Schenkel, Carlos Ney Agostini, Darci Antônio Salvatori, Domingos Ferronatto, Hilário Bavaresco, Moacir Balbinot, Garcia SW. Barletto, Guido Fabiani, Reinaldo Bitencout dos Santos. -De 1989 a 1992: Prefeito Saul Barbosa e vice-prefeito Abrelino Luiz Mattei VEREADORES: Antoninho Serafini, Fernando Leonardi, Hilário Pasqualotto, Leonir Bonavigo, Luiz Antônio Liberatti, Luiz Carlos Vargas, Maria Salete Campigotto, Rubens Graciolli, Severino Balbinot. - De 1993 a 1996: Prefeito Abrelino Luiz Mattei e vice-prefeito Leonir Bonavigo 4 VEREADORES: Adelar Novello, Alfredo Nelson Jacobs, Antão Lindomar Pavoski, Edenir Sérgio Tabaldi, Ivo Antônio Georgim, João Manoel Ribeiro, Jorge Buffon, Luiz Antônio Liberatti e Volnei Anziliero. -De 1997 a 2000: Prefeito Osmar Luis Raimondi e vice-prefeito Dervile Luis Fachini VEREADORES: Antão Lindomar Pavoski, Bruno Gusatti, Olinir Antonio Pagotto, Dirceu Scariot, Enio Luiz Fritzen, Germano José Fachini, João Manoel Ribeiro, Leonira Ana Bosa, Moacir Germano Rossetto, - De 2001 a 2004: Prefeito Osmar Luis Raimondi e vice-prefeito Luiz Antônio Liberatti VEREADORES: Adelar Novello, Antão Lindomar Pavoski, Bruno Gusatti, Everson Pandolfi, Luiz Carlos Vargas, Odete Civardi, Olinir Antônio Pagotto, Sandro Gadini, Teresinha Salete Deitos. - De 2005 a 2008: Prefeito Luis Antônio Liberatti e vice-prefeito José Fontana VEREADORES: Antão Lindomar Pavoski, Dirceu Scariot, Gabriel Vargas, Ivo Ferreira Dickel, Loris Antônio Perego, Moacir Orbak, Saul Barbosa, Sidnei Nayssinho, Teresinha Salete Deitos. - De 2009 a 2012: Prefeito José Fontana e vice-prefeito Antão Lindomar Pavoski VEREADORES: Ana Paula Fachini, Eliomar José Rigo, Eni Fiorentin, Juliano Ribeiro, Loris Antônio Perego, Moacir Orbak, Maria Loreci Caus, Pe. Jorge Zanini, Sidnei Nayssinho. - De 2013 a 2016, prefeito Miguel Ângelo Gasparetto, vice-prefeito Odemar Paulo Raimondi VEREADORES: Cacique Antônio Mig Claudino, Carlos Roberto Gavioli, Eliomar José Rigo, Eny Fiorentin, Loris Antônio Perego, Luiz Antônio Gadini, Moacir Orbak, Sidnei Nayssinho, Vitor Roque Cavazini. -De 2017 a 2020, continua a gestão anterior prefeito Miguel Ângelo Gasparetto, vice-prefeito Odemar Paulo Raimondi. VEREADORES: Vitor Roque Cavazini, Luis Antônio Gadini, Maria Loreci Caus, Silvano Roque Lucca, José Fontana, Antão Lindomar Pavoski, Carlos Roberto Gavioli, Moacir Orbak, Sidnei Nayssinho. Construção do Território: Ronda Alta, área entre os rios da Várzea e rio Passo Fundo, local de passagem para paulistas e lagunenses que iam para as terras das Missões pelo Caminho das Missões em 5 busca de gado. Local de passagem pelos tropeiros que lidavam com a comercialização de gado bovino e muar do Sul do Brasil ou da Argentina, com Sorocaba – São Paulo. Denominada Ronda Alta, pois foi local de descanso e alimentação do gado tocado por tropeiros que aqui passavam. Faziam a ronda do gado a noite. Inicialmente chamada de Rondinha do Campo, teve seu nome alterado para Ronda Alta. Localizada no norte do estado, Ronda Alta foi palco de lutas pela terra, tanto em áreas de latifúndio quanto em território indígena. Inicialmente, ainda no século XIX, essas terras foram demarcadas por paulistas em terras intituladas de Colônia Sarandi, ou mais tarde conhecida como Fazenda Sarandi, expulsando lavradores pobres coletores de erva-mate, que desconhecendo a Lei de Terras de 1850 não registraram a terra como propriedade, tendo que se abrigar do outro lado do rio da Várzea, região de Palmeira das Missões. No início do século XX, o paulista Nicolau de Araújo Vergueiro vende parte da Colônia Sarandi aos uruguaios Lapido, Maillhos e Mouriño, que mais tarde vendem parte dessas terras ao carazinhense Ernesto João Annoni, constituindo a Fazenda Annoni, palco de luta pela terra também, no final dos anos 80. Em parte da Fazenda Sarandio correu processo de Reforma Agrária já no início dos anos sessenta do século XX. Em outra parte dessas terras teremos a ocupação, da Fazenda Macalli e Fazenda Brilhante (de propriedade de carazinhenses), por colonos sem-terra após serem expulsos da Reserva Indígena de Nonoai. A outra parte do município possui terras com relevo acidentado e regiões de pedra desenvolvendo-se ali a pequena propriedade. Inicia-se a colonização pública e privada nestas terras do município de Ronda Alta e adjacências por volta dos anos 40 e 50 do século XX. Dessa forma Ronda Alta começa a ser ocupada por italianos provindos das colônias velhas. A Fazenda Sarandi é desapropriada no início da década de 60, após pressões de colonos que acampam no Rincão Cascavel ainda no Governo de Leonel Brizola para que as terras pertencentes aos uruguaios fossem desapropriadas. A Fazenda Sarandi compreendia uma área de 22 mil hectares. O acampamento reuniu 500 agricultores provenientes de áreas de municípios próximo tais como: Carazinho, Nonoai Sarandi e Passo Fundo. O assentamento desses agricultores deu-se no início do Regime Militar, feito pelo governo militar, permanecendo as maiores glebas para empresas de outros municípios que já arrendavam as terras dos uruguaios como a Madeireira Carazinhense LTDA (MACALI) e Ari Dalmolin com a Gleba Brilhante... As 500 famílias assentadas deram origem