PORTO NACIONAL: De Porto Real a Espaço Periférico De Palmas - TO

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PORTO NACIONAL: De Porto Real a Espaço Periférico De Palmas - TO SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS – UFG INSTITUTO DE ESTUDOS SÓCIO-AMBIENTAIS – IESA PROGRAMA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO EM GEOGRAFIA SEBASTIÃO DE SOUZA OLIVEIRA PORTO NACIONAL: De Porto Real a Espaço Periférico de Palmas - TO GOIÂNIA – GO JULHO/2009 1 SEBASTIÃO DE SOUZA OLIVEIRA PORTO NACIONAL: De Porto Real a Espaço Periférico de Palmas - TO Dissertação de Mestrado apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Geografia do Instituto de Estudos Sócio Ambientais da Universidade Federal de Goiás, como requisito parcial para a obtenção do título de Mestre em Geografia. Área de concentração: Geografia Urbana. Orientador: Profº. Drº. Idelvone Mendes Ferreira - UFG Co-Orientador: Profº. Drº.Elizeu Ribeiro Lira - UFT GOIÂNIA – GO JULHO/2009 2 TERMO DE APROVAÇÃO SEBASTIÃO DE SOUZA OLIVEIRA PORTO NACIONAL: De Porto Real a Espaço Periférico de Palmas (TO) Dissertação defendida no Curso de Mestrado em Geografia do Programa de Pós-Graduação em Geografia do Instituto de Estudos Sócio-Ambientais da Universidade Federal de Goiás, para a obtenção do grau de Mestre, aprovado em_______de____________de 2009, pela Banca Examinadora constituída pelos seguintes professores: ________________________________________________________ Profº. Drº. Idelvone Mendes Ferreira – Coordenador Orientador – UFG/IESA ___________________________________________________________ Profª. Dra. Celene Monteiro Antunes Cunha Barreira UFG/IESA _________________________________________________________ Prof°. Dr°. Roberto de Souza Santos - UFT GOIÂNIA – GO JULHO/2009 3 A meu pai, “in memorian”, amigo, incentivador, exemplo, mestre e guia. E aos meus filhos: Lauro e Júlia. 4 AGRADECIMENTOS Ao final deste trabalho, diversas são as pessoas que merecem meus sinceros agradecimentos. Inicialmente, agradeço ao meu orientador Professor Dr. Idelvone Mendes Ferreira e ao Co-orientador Prof. Dr. Elizeu Ribeiro Lira, por terem aceitado me orientar e co-orientar neste trabalho. Aos professores da Banca de Qualificação, Prof. Dr.Manoel Calaça e Profª. Drª. Celene Cunha Monteiro Antunes Barreira , pelas valiosas críticas. À minha esposa Rosecler pelos incentivos e colaboração na leitura dos textos da pesquisa e aos meus filhos: Lauro e Júlia. À minha cunhada Rosângela e seu esposo José Antônio, pela boa vontade e apoio constante. À minha sogra também pela preocupação e apoio constante desde a época da graduação. À equipe administrativa e professores do Instituto de Estudos Sócio-Ambientais – IESA/UFG, pelo bom relacionamento. Aos colegas do Grupo de Estudos Agrários Urbanos e Regional - NURBA da Universidade Federal do Tocantins. Ao amigo Antônio Aires pela elaboração dos mapas e partilha do conhecimento sobre Porto Nacional. Aos meus colegas do Curso, especialmente Rodrigo Mendes, Vandervilson Carneiro e Elaine Lobo, pela partilha dos momentos difíceis. A meus cunhados Rosivaldo, Ronaldo, Rosimeire, pelo apoio prestado. A minhas irmãs: Alair, Graça, Iolanda e meu cunhado Sandoval, pelo apoio prestado desde tempos pretéritos. Aos meus sobrinhos Sandoval Jr., Poliana e Diego, pelo apoio prestado. Enfim, agradeço toda minha família, especialmente, a meus pais, pelo eterno apoio material e espiritual. 5 RESUMO No dia 05 de Outubro de 1988 o antigo Norte de Goiás passa a pertencer ao Estado do Tocantins pelo ato da Assembléia Nacional Constituinte. Terminada a longa arena política da criação do Estado, começa imediatamente a disputa geopolítica para definição do local definitivo de Palmas. Ao decidir a localização da Capital, na margem direita do rio Tocantins, nas proximidades de Porto Nacional, desencadeia-se uma série de problemas: a inevitável perda de população e o esvaziamento de boa parte das funções que antes Porto Nacional detinha sobre a região são simplesmente esvaziados para Palmas. Assim, de uma posição hegemônica regional, ela passar a ser território periférico da Capital. Somado a essa problemática, outros impactos se abatem sobre a Cidade de Porto Nacional proveniente da construção da UHE Luiz Eduardo Magalhães. Nesse momento, a economia sazonal do turismo de praia, em curto espaço de tempo entra em decadência. A preocupação inicial desse trabalho de pesquisa foi entender como se formou a cidade de Porto Nacional. Para, a partir daí, entender: quais os processos, os atores e as etapas da produção do espaço intra-urbano da cidade de Porto Nacional? Quais as implicações em seu espaço advindas da relação com a Capital e cidades vizinhas? Quais as implicações na valoração do espaço intra-urbano de Porto Nacional? Para responder a essas perguntas traçamos os seguintes objetivos: analisar brevemente a produção das cidades circunvizinhas e Porto Nacional; mapear e periodicizar os processos de ocupação do espaço urbano de Porto Nacional; analisar e identificar os agentes sociais e os processos produtores do espaço; analisar as funções que Porto Nacional desempenha atualmente. Para tal, realizou-se uma revisão bibliográfica da história da Cidade com o objetivo de identificar as periodizações e, ainda, a análise de teorias norteadoras a respeito do espaço urbano, principalmente na vasta produção sobre essa categoria geográfica e também sobre a formação territorial dos “Estados irmãos”: Goiás/Tocantins. Buscou-se, nas referidas periodizações, apoiar-se em autores goiano-tocantinenses, além de analisar documentos e a realização de entrevistas com moradores e comerciantes da Cidade, considerando que os trabalhos científicos atuais na área da Geografia sobre a Cidade ainda são limitados. Por fim, essa discussão revelou que a cidade de Porto Nacional, de uma posição de liderança na região passou a relacionar-se a um grupo menor de cidade locais. Essa condição é imposta pelo poder de infraestrutura econômica e político exercido pela Capital – Palmas, conjuntamente com o poder do Estado. Palavras-chave: Porto Nacional (TO), Espaço intra-urbano, território e pequenas cidades. 6 ABSTRACT In 1988 the old North of Goiás starts to belong to the State of Tocantins by act of the National Constituent Assembly. After long political arena of the creation of the State, immediately the geopolitical dispute of the setting of the Capital´s final site starts. In deciding the location of the Capital, on the right bank of the Tocantins river, near Porto Nacional, it triggers a series of problems: the inevitable loss of population and the emptying of a good part of the tasks that Porto Nacional held on the region before are simply emptied into the Capital. Thus, from a regional hegemonic position, it becomes the peripheral area of the Capital. Added to this problem, other impacts are befalling the city from the construction of the Luiz Eduardo Magalhaes or Lajeado Hydroelectric Power Station, as it is better known. At this time the seasonal tourism economy of the beach, in a short space of time, fails into decadence. The initial concern of this study was to understand how Porto Nacional city was formed for, from this point, to understand: what are the processes, actors and the stages of the production of intra-urban area of Porto Nacional city? What are the implications in its area arising from the relationship with the Capital and neighboring towns? What is the nature of the valuation of intra-urban area of Porto Nacional? To answer these questions, we stated the following objectives: analyzing briefly the production of the surrounding cities and especially of Porto Nacional; mapping the process of occupation of urban space in the city; analyzing the social agents and the processes of producing space; considering the functions that Porto Nacional performs today. To this end, a review of the history of the city was performed in order to determine the process of time and still the analysis of theories about the urban space, especially in large production on this geographic category and also on the territorial formation of the brother-states : Goiás / Tocantins. In those processes, the research was supported in goiano-tocantinense authors, besides analyzing documents and conducting interviews with residents and merchants of the city, whereas the current scientific work in the geography of the city are almost nonexistent. Finally, the discussion revealed that Porto Nacional, from a position of leadership in the region has been obliged to relate to a smaller group of local cities. This condition is imposed by the infrastructure power exercised by the Capital - Palmas- with the power of the State. Keywords: Porto Nacional (TO), Intra-urban space, land and small towns. 7 LISTA DE FIGURAS Figura 1: (A e B) - atividade agropecuária ao longo da TO-050 (Porto Nacional- Palmas)............................................................................................ 18 Figura 2: (A e B) - Ruínas da Vila de Bom Jesus do Pontal (1738), localizada a 18 km de Porto Nacional.............................................. 44 Figura 3: Caminho das Bandeiras (1613 – 1615) ............................................ 48 Figura 4: (A) - Igreja Nossa Senhora das Mercês (1904); B - Colégio Sagrado Coração de Jesus, inaugurada em 1903 ............................. 57 Figura 5: (A) - Antiga cadeia e posterior sede da Prefeitura de Porto Nacional (1922); B - Sede atual da Prefeitura de Porto Nacional (TO), construídas em 1970 e reformada em 2003............................ 57 Figura 6: (A e B) – Traçado antigo da Belém-Brasília (A) em Rosalândia do Norte, fundada em 1960, hoje conhecida como “Rosalândia Velha”. Notam-se os espaços onde houve demolições, mais explícito na Figura
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