Evgeni Onegin Piotr Ilitch Tchaikovsky Coro e Orquestra Gulbenkian Lorenzo Viotti

06 + 08 mar 2020 imagem de capa: ryan koble – unsplash © dr

mecenas mecenas mecenas mecenas mecenas principal música e natureza estágios gulbenkian para orquestra concertos de domingo ciclo piano gulbenkian música 06 MARÇO Orquestra Gulbenkian SEXTA 19:00 — Grande Auditório

08 MARÇO DOMINGO Piotr Ilitch Tchaikovsky 18:00 — Grande Auditório Evgeni Onegin Ópera em Três Atos Libreto de Piotr Ilitch Tchaikovsky e Konstantin Shilovsky, a partir do romance em verso de Alexander Pushkin.

Coro e Orquestra Gulbenkian Lorenzo Viotti Maestro Kristiina Helin Encenação, Figurinos e Conceito Visual Marjukka Tepponen Soprano Tatiana Cátia Moreso Meio-Soprano Olga Carolina Figueiredo Meio-Soprano Larina Stefania Toczyska Meio-Soprano Filipievna Alexey Neklyudov Tenor Lenski Andrè Schuen Barítono Onegin André Henriques Barítono Um Capitão

Marco Alves dos Santos Tenor Triquet / Guillot (papel mudo) André Baleiro Barítono Zaretski Dmitry Ulyanov Baixo Príncipe Gremin Jorge Matta Maestro do Coro Gulbenkian Karin Hendrikson Maestrina Assistente Alexey Shakitko Preparação Fonética Alexei Eremine Pianista Acompanhador Otelo Lapa Assistente de Encenação Bárbara Magalhães Assistente de Figurinos Inês Poeira Assistente de Guarda-Roupa Joana Cornelsen Maquilhagem e Caracterização Siça Souza Cabelos Althieris Leal, Danilo Veloso, Nuno Batalha, Ricardo Junceiro Figurantes

A Fundação Calouste Gulbenkian agradece a colaboração Duração total prevista: c. 2h 30 do Teatro Nacional D. Maria II Intervalo de 20 min. no final do 1.º Ato. Com o patrocínio de A. Svoboda & Th. Manhard 03 piotr ilitch tchaikovski, por nikolai kuznetsov, 1893 © dr Votkinsk, 7 de maio de 1840 Piotr Ilitch São Petersburgo, 6 de novembro de 1893 Tchaikovsky

Evgeni Onegin, op. 24

composição: 1877-1878 estreia: Moscovo, Teatro Maly, 29 de março de 1879 duração: 2h

Baseada no romance homónimo de Alexander profissional, atividade ainda pouco respeitada Pushkin (1799-1837), Evgeni Onegin é uma e mal remunerada na Rússia de então. Ensinou história intemporal de amor e orgulho e uma depois no Conservatório de Moscovo e, além das mais amadas obras russas tanto da literatura de professor, trabalhou também como crítico como da ópera. “Como é agradável evitar os musical e compositor. Reuniu influências russas rotineiros faraós e princesas etíopes, cálices e ocidentais e a sua atividade como crítico envenenados e todas essas histórias sobre levou-o a contactar com música contemporânea criaturas sem vida. Que poesia há em Onegin!”, de várias correntes e a viajar para outros países. escrevia Tchaikovsky ao seu irmão Modest em Nos seus textos mostrava-se preocupado com o 1877 quando começava a compor a sua mais desenvolvimento da ópera russa, em sua opinião famosa ópera. sem continuidade após Uma vida pelo Czar de Filho de um inspetor de minas e da filha de Glinka (1836), e no final dos anos 60 começou um nobre francês, Tchaikovsky começou a ter a explorar o género. aulas de piano muito cedo, incentivado pelos Foi numa festa em casa da cantora e sua colega pais. No entanto, aos dez anos foi enviado Elizaveta Lavoroskaya que lhe foi sugerido para a Escola Imperial de Jurisprudência, Evgeni Onegin, o romance em verso de Pushkin, separando-se de sua mãe, o que lhe causaria como base para a sua sexta ópera. Apesar de um grande trauma emocional. A morte inicialmente relutante, Tchaikovsky encontrou prematura de Aleksandra, quatro anos depois, nesta história uma humanidade e um drama levou-o a compor uma valsa, a sua primeira com os quais se identificou e uma vontade composição séria, em sua memória. O ensino genuína de complementar o estilo narrativo da música não era uma prioridade na escola, de Pushkin sem macular a sua essência. pelo que Tchaikovsky compensava esta As obras de Pushkin, fundador da literatura lacuna com aulas de piano particulares (mas russa moderna, serviram de base a algumas pouco regulares) e idas frequentes à ópera. das mais significativas óperas russas como Já adulto, voltou a estudar música de forma ou A Dama de Espadas. sistemática graças à fundação da Sociedade Foi durante o seu exílio em Odessa, entre 1823 Musical Russa (1859) que oferecia formação e 1831, que Pushkin escreveu Evgeni Onegin. Neste musical além de uma temporada de concertos romance, que trilha o caminho para o realismo e que conduziu à abertura do Conservatório russo, Pushkin goza com o pretensiosismo de São Petersburgo. Nessa instituição estudou do romantismo, expondo as ilusões do amor com Anton Rubinstein e tornou-se músico romântico. Esta ilusão é representada pela

05 duelo de onegin e lenski, por ilya repin, 1899 © dr

carta de amor que Tatiana escreve a Onegin. grandes secções do romance, mantém-se fiel ao Ela, paradigma da donzela sentimental que caráter episódico da narrativa original. Por isso inocentemente se apaixona em poucas horas Tchaikovsky preferiu chamar-lhe “cenas líricas” por um desconhecido. Ele, arquétipo do “homem em vez de ópera. Por a considerar intimista supérfluo”, conceito literário que representa e assim pouco adequada a grandes teatros, alguém jovem, abastado e com privilégios, foi estreada por estudantes do Conservatório mas entediado com o mundo e descuidado de Moscovo em 1879 no pequeno Teatro Maly. com os valores morais. Pushkin satiriza Em 1881 era apresentada no Bolshoi, em 1884 a alta sociedade russa e foca-se em Onegin. no Teatro Imperial em São Petersburgo e entrava A abordagem de Tchaikovsky é romântica, assim para o grande repertório operático. concentrando-se nos sentimentos das Evgeni Onegin é um bom exemplo de lirismo personagens, em particular de Tatiana, russo, uma ópera romântica cheia de belas que tem um papel bastante mais proeminente melodias e com uma orquestração rica na ópera do que no romance. e cuidada. É patente o dom de Tchaikovsky Pushkin brincou com estas personagens, para criar melodias de diversos tipos, desde Tchaikovsky levou-as a sério e envolveu-se: o clássico ocidental aos temas de raiz popular. “estou apaixonado pela personagem de Tatiana”, O elemento principal são as vozes, sem afirmou. Obcecado com a noção de destino pirotecnia vocal, mas com muita expressividade e vendo um paralelo entre a dedicação de e relevo da transmissão do texto através da Tatiana e a de Antonina Miylukova, uma sua música. Está dividida em três atos e vinte admiradora, que lhe escrevia confessando o e dois números, mas apesar destas divisões, seu amor, mas ameaçava suicidar-se por não Tchaikovsky usa uma estrutura com base em ser correspondida, Tchaikovsky cedeu, com leitmotive, emanando a partir da Cena da Carta, receio de se assemelhar a Onegin, e aceitou o centro da ópera. Árias e ensembles estão casar com ela. O casamento durou pouco ligados entre si por recitativos melódicos tempo, porque Antonina era desequilibrada que os iniciam e os prolongam, conferindo e Tchaikovsky homossexual, o que teve grande fluidez ao discurso musical. consequências dramáticas a nível psicológico O prelúdio inicial é curto e antecipa o tema para o compositor. Foi apoiado pela família e do anseio de Tatiana, muito romântico para por Nadezhda von Meck, viúva de um magnata caracterizar musicalmente a personagem. que se tornou sua mecenas e protetora durante O coro e a dança dos camponeses contêm mais de uma década. Este acontecimento não elementos da música popular e da tradição perturbou no entanto a composição da ópera, oral russa, nomeadamente a protyazhnaya concluída numa viagem de vários meses por (literalmente canção prolongada), lenta, Itália e países vizinhos. melismática, com ritmo flexível e irregular. Tchaikovsky atribuiu a redação do libreto A cena entre Tatiana e Filipievna, semelhante a Konstantin Shilovsky (1849-1893), mas à de Shakespeare, entre Julieta e a sua ama, teve ele próprio um papel importante na sua contém na parte da protagonista uma escrita. Algumas partes da ópera, como a pequena obra-prima em si mesma, e na parte famosa Cena da Carta, preservam o texto de de Filipievna um registo de música popular. Pushkin inalterado e, apesar do libreto omitir A música usada para caracterizar Lensk

06 é a que tem maior vitalidade, servindo a mazurca e pelo adeus de Lenski (“kuda, kuda, bem o personagem. O seu arioso é bastante vy oudalilis”), uma lírica e melódica ária de convencional e poético, quase ingénuo. tenor. O terceiro ato abre com uma polonaise, A Cena da Carta é um dos mais longos que nos situa num cenário urbano e sofisticado, monólogos da história da ópera. Tatiana canta por oposição ao cenário rural dos dois durante doze minutos enquanto escreve a primeiros atos. É seguida de uma écossaise Onegin. Começa sobre uma orquestra que vai (escocesa), dança cosmopolita que repetindo o tema que cantou anteriormente se transforma numa valsa quando Gremin à sua ama. Hesita mas tenta outra vez sobre e Tatiana entram no salão. A ária de Gremin o ritmo contínuo em semicolcheias da harpa é uma das mais distintas do repertório e as síncopas nas cordas. A harpa reproduz de baixo-barítono e revela a nobreza da o movimento da escrita e o carácter naïf da personagem. A ária de Onegin “Uvi, somnen’ya personagem. O primeiro ato termina com as net” é uma irónica recapitulação da cena da raparigas camponesas a cantarem e a dançarem carta. A última cena é dominada pelo dueto uma melodia em tom popular e com a ária entre Tatiana e Onegin, onde as duas vozes bipartida de Onegin. O segundo ato é marcado praticamente não se juntam a não ser por breves pelas danças, primeiro a valsa e depois momentos. Tatiana seguiu em frente.

07 Sinopse

Ato I Ato II Madame Larina, uma viúva de meia-idade, Algum tempo depois, Lenski e Onegin ouve as suas filhas, Tatiana e Olga, cantarem regressam à propriedade dos Larin para uma uma canção sobre jovens amantes que se festa dedicada a Tatiana. Aborrecido por ter sido encontram na floresta. Recorda com Filipievna, arrastado para um baile onde todos o observam a ama das meninas, os anos passados e os ideais e conjeturam sobre uma possível ligação românticos da sua juventude e reflete sobre com Tatiana, Onegin vinga-se namoriscando o hábito como substituto da felicidade. A sua ostensivamente com Olga. Lenski, enraivecido, conversa é interrompida pelos sons de um desafia Onegin para um duelo, terminando a grupo de camponeses que, terminando o dia festa. Pensa então na sua poesia, na morte e no de trabalho, cantam para a senhora Larina. seu amor por Olga. Embora ambos preferissem Olga, alegre e vivaz, realça as suas diferenças evitar a violência, os dois amigos enfrentam-se com Tatiana, melancólica e ingénua, e prepara e Onegin alveja mortalmente Lenski. animada a visita do seu noivo, o poeta Vladimir Lenski. Este chega com um amigo, Evgeni Onegin, e também eles comparam as duas Ato III irmãs. Onegin esperava que Lenski preferisse Vários anos passaram e Onegin regressa de a melancólica Tatiana a Olga, cujo rosto é uma viagem ao estrangeiro. Está só, entediado, “tão redondo e rosado como aquela ridícula e ainda consumido pela morte de Lenski. Num lua naquele aborrecido horizonte”. Lenski está baile no palácio do príncipe Gremin, o nobre radiante por rever Olga. Tatiana apaixona-se confessa como a sua jovem esposa lhe trouxe imediatamente por Onegin. tanta alegria. Onegin espanta-se ao ver que a elegante e confiante mulher é Tatiana. Apesar À noite, a ama mostra-se preocupada com de abalada com a presença de Onegin, Tatiana a inquietação de Tatiana, embora esta lhe cumprimenta-o educadamente antes de sair assegure que está bem. Pergunta a Filipievna rapidamente da festa. Onegin, subitamente, se ela alguma vez se apaixonou e confessa-se apercebe-se de que a ama e escreve-lhe. apaixonada. Num impulso, e após algumas Quando se encontram, pede-lhe que fujam hesitações, escreve uma carta a Onegin, juntos. Tatiana admite que ainda o ama, confessando-lhe os seus sentimentos. No dia mas diz-lhe que não pode deixar o seu marido. seguinte implora à ama que peça ao seu neto Onegin fica então só e devastado, lamentando para levar a carta ao destinatário. Quando o seu amargo destino. se reencontram, Onegin diz-lhe que ficou lisonjeado, mas apenas pode retribuir-lhe com amizade. Aconselha-a ainda a aprender a controlar as suas emoções, o que a deixa profundamente humilhada e de coração partido. intervalo

notas e sinopse de susana duarte

08 Créditos das Imagens Projetadas

Museu Calouste Gulbenkian – Coleção do Fundador Jan Weenix (1642-1719) Pavão e Troféus de Caça Holanda, 1708 Óleo sobre tela 200 x 195 cm Inv. 454

Museu Calouste Gulbenkian – Coleção do Fundador Tapeçarias da armação “Jogos de Crianças”, segundo cartões de Giulio Romano (1499-1546) Itália, Mântua, c. 1540 Lã, seda, ouro e prata

Inv. 29A – A Barca de Vénus Inv. 29B – O Jogo das Bolas Inv. 29C – A Dança Inv. 29D – A Pesca

Museu Calouste Gulbenkian – Coleção do Fundador Tapeçaria Vertumno e Pomona, segundo cartões de Pieter Coecke van Aelst (1502-1550) [?] Flandres, Bruxelas, 1548-1575 Lã, seda, ouro e prata Inv. 2329

The Horse in Motion – animação vídeo baseada em fotografias de Eadweard Muybridge (1830-1904)

Natureza Morta – vídeo de Kristiina Helin Natureza Morta e Detalhes de Flores – fotografias de Kristiina Helin

09 © gulbenkian música – márcia lessa © dr

Lorenzo Viotti Kristiina Helin Maestro Conceito Visual

Lorenzo Viotti é o Maestro Titular da Orquestra Kristiina Helin diplomou-se como atriz em 1991, Gulbenkian. Natural de Lausanne, na Suíça, na East 15 Acting School, em Loughton, na área nasceu no seio de uma família de músicos de metropolitana de Londres. Trabalhou também ascendência italiana e francesa. Estudou direção com Jerzy Grotowsky na companhia Odin de orquestra com Georg Mark, em Viena, e com Teatret. Em 1993 viajou para o Japão para estudar Nicolás Pasquet, no Conservatório Franz Liszt, dança “butô” com Min Tanaka, tendo também em Weimar. Em 2015 recebeu o Nestlé and colaborado com o coreógrafo Lemi Ponidasio. Salzburg Festival Young Conductors Award. Regressada à Finlândia em 1994, foi assistente Anteriormente tinha já vencido o Concurso de encenação na Academia Sibelius e na Internacional de Direção de Cadaqués e o Ópera Nacional Finlandesa, em Helsínquia. Concurso de Direção MDR (2013). Na sequência Em 2000 fundou a companhia Graal Opera, destes sucessos, dirigiu a Filarmónica da BBC tendo então assinado o seu primeiro trabalho de Manchester, a Royal Liverpool Philharmonic como encenadora. Kristiina Helin trabalha como e a Orquestra Nacional de Lille. Desde então, freelancer há quase trinta anos, tendo colaborado dirigiu outras importantes orquestras como com instituições e eventos como o Festival a Sinfónica de Tóquio, a Orquestra Nacional de de Helsínquia, a Bienal de Veneza, o Festival França, a Sinfónica de Bamberg, a Filarmónica do Mar Báltico ou a Fundação Gulbenkian de , a Orquestra do Gewandhaus de (2011 e 2016). No domínio da ópera, posiciona-se Leipzig, a Orquestra da Rádio de Munique, preferencialmente num espaço de criação menos a Filarmónica de Roterdão, a Sinfónica de convencional, abraçando com grande entusiasmo Gotemburgo, a Staatskapelle Dresden, a Gustav colaborações com agrupamentos como o Neue Mahler Jugendorchester, a Royal Philharmonic Vocalsolisten. Ao longo da última década, Orchestra ou a Staatskapelle Berlin. No domínio a criação de componentes visuais para os da ópera, dirigiu La belle Hélène, no Théâtre du concertos tem vindo a adquirir importância Châtelet, em Paris, La cambiale di matrimonio, crescente no seu trabalho, seja para obras no Teatro La Fenice, em Veneza, , em contemporâneas, seja em versões de concerto Klagenfurt, Rigoletto, na Ópera de Estugarda e na de produções de ópera. Neste domínio, destaque-se Dresden Semperoper, Viva la Mamma!, na Ópera a realização da ação cénica da ópera Da Casa dos de Lyon, e Werther, em Klagenfurt e Frankfurt. Mortos, de Janácek,ˇ sob a direção do maestro Esa- Lorenzo Viotti recebeu o prémio Newcomer Pekka Salonen, também apresentada no Grande nos International Opera Awards 2017. Auditório Gulbenkian em janeiro de 2011.

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Marjukka Tepponen Stefania Toczyska Soprano Meio-Soprano

A soprano finlandesa Marjukka Tepponen Natural de Gdansk, na Polónia, Stefania estudou no Conservatório de Kuopio e no Toczyska estudou com Barbara Iglikovska no Politécnico de Jyväskylä e ingressou na Conservatório da sua cidade natal, tendo sido Academia Sibelius em 2008, onde estudou com laureada em Toulouse (1972) e na Holanda Marjut Hannula e se diplomou em 2012. Depois (1973). Na temporada 1973-74, estreou-se numa de ter sido 2.ª classificada no Concurso Nacional produção de Carmen de Bizet, na Ópera de de Lied, em Kokkola (2007), venceu o Concurso Gdansk. Nesta instituição, viria rapidamente National Timo Mustakallio, em Savonlinna a ascender ao lugar de primeiro meio-soprano, (2008), e o Concurso Nacional de Canto de tendo participado nas récitas de , Lappeenranta (2010). Como solista, colaborou La favorita e Sansão e Dalila, entre muitas outras. com a maioria das orquestras finlandesas e com Estreou-se nos palcos ocidentais em 1977-78, muitas orquestras europeias. Apresentou-se no quadro de uma nova produção de Aida para também no Japão e nos E.U.A. No domínio a Ópera de Basileia e para a Ópera Estadual de da ópera, estreou-se como Violetta Valéry Viena, passando a ser uma convidada regular (La traviata), na Ópera de Jyväskylä, em 2009. desde então. Em setembro de 1979, estreou-se Na sua primeira apresentação na Ópera Nacional nos Estados Unidos da América, onde participou Finlandesa, em 2010, interpretou Zerlina em récitas de (Laura), Aida (1981, (Don Giovanni). Nesse mesmo ano, estreou-se com e Margaret Price) e Don internacionalmente em Graz como Mimi, em La Carlos (1985). Depois de 1980, ano em que gravou bohème. Nos anos seguintes interpretou diversos Il trovatore, com Katia Riciarelli e José Carreras, papéis, incluindo: Pamina (A flauta mágica), em Stefania Toczyska apresentou-se em muitos Savonlinna; Condessa de Almaviva e Susanna dos mais importantes palcos internacionais, (As bodas de Figaro), em Turku e Tampere; Donna incluindo: Royal Opera House - Covent Garden, Anna (Don Giovanni), na Ópera de Rijeka; Liu Met Opera de Nova Iorque, Ópera Estadual de (Turandot), no Festival de Ópera de Bregenz; Berlim, Teatro Colón de , Gran Fiordiligi (Così fan tutte), na Ópera de Seattle Teatre del Liceu de Barcelona, Capitólio de e na Ópera Nacional Finlandesa. A presente Toulouse, Ópera de Monte-Carlo, Teatro Real de temporada inclui os papéis de Tatiana (Evgeni Madrid, Ópera de Paris, Deutsche Oper Berlin, Onegin), na Ópera de Seattle; Micaela (Carmen), Teatro alla Scala de Milão, Ópera de Estrasburgo, na Ópera de Tampere; e Violetta (La traviata), Les Chorégies d’Orange, Festival de Salzburgo, no Festival de Ópera de Savonlinna. e ainda em Chicago, São Francisco e Montreal.

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Carolina Figueiredo Cátia Moreso Meio-Soprano Meio-Soprano

Carolina Figueiredo formou-se em canto na Cátia Moreso estudou no Conservatório de Lisboa Escola de Música do Conservatório Nacional e na Guildhall School of Music and Drama, em de Lisboa em 2005. Trabalha hoje regularmente Londres, onde concluiu a Licenciatura em Canto com Manuela de Sá e, no âmbito de master-classes, e obteve o grau de Mestre. Bolseira da Fundação com Susan Waters e Lucia Mazzaria. Gulbenkian e do Lionel Anthony Charitable Das apresentações em concerto, destacam-se: Trust, estudou no National Opera Studio com Paixão segundo São João de J. S. Bach, Messias de Susan Waters. Venceu o 2.º Concurso de Canto da Händel, Te Deum de Charpentier, Magnificat Fundação Rotária Portuguesa e recebeu também de Vivaldi, Missa em Dó Maior de Beethoven, o Prémio Bocage no Concurso Luísa Todi e o Manfred de Schumann, Les béatitudes de Franck, 1.º Prémio no Concurso de Canto José Augusto Il tramonto de Respighi, Sonho de uma noite de verão Alegria. O seu repertório de ópera inclui, entre de Mendelssohn, ou Les nuits d’été de Berlioz. outros, os seguintes papéis: La Cieca (La Gioconda Apresenta-se regularmente a solo com piano de Ponchielli); Giano (Il Trionfo d’Amore de F. A. ou órgão, sendo acompanhada por Olga Prats, de Almeida), Dianora e Elisa (La Spinalba de F. A. João Paulo Santos, José Manuel Brandão e Anna de Almeida); 3.ª Dama (A flauta mágica, no Festival Tomasik. Protagoniza regularmente produções de Wexford); 2.ª Bruxa e Espírito (Dido de música contemporânea, de compositores e Eneias de Purcell); Giovanna (Rigoletto de Verdi); como Carlos Marecos (Dor e Amor) e Jorge Baronesa (Chérubin de Massenet); Madame de Salgueiro (Vida de um Vinho, Eros), cujas obras Croissy (Dialogues des carmélites de Poulenc); estreou e gravou. Na área da ópera integrou, Zanetto, na ópera homónima de Mascagni (Opera entre outros, o elenco de O Morcego de Zemlinsky Holland Park), Carmella (La vida breve de Falla, em (3.ª Camareira), Dialogues des Carmélites de Tanglewood); Marcellina (As bodas de Figaro de Poulenc (Mère Jeanne), Madama Butterflyde Mozart); e Carmen, na Woodhouse, em Londres. Puccini (Kate Pinkerton), Ester de Leal Moreira Em concerto cantou, como solista, obras de (Assuero), El Gato Montés de Penella (Loliya/ Vivaldi (Gloria e Magnificat), Pergolesi (Stabat Pastorcillo), Il Viaggio a Reims de Rossini Mater e Magnificat), Rossini (Stabat Mater e Petite (Modestina), Bastien und Bastienne de Mozart messe solennelle), Bruckner (Te Deum e Missa n.º 3), (Bastien), Turandot de Busoni (Uma Cantora), bem como o Magnificat e a Oratória de Natal de Peer Gynt de Grieg (3.ª Pastora), e Fausto de J. S. Bach, a Missa de Nelson de J. Haydn, os Requiem Gounod (Marthe), nos palcos do Teatro Nacional de Mozart, Duruflé e Verdi, as Canções Populares de São Carlos e da Fundação Gulbenkian. de L. Berio e Aventures de G. Ligeti.

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Alexey Neklyudov Marco Alves dos Santos Tenor Tenor

Foi com grande sucesso que o jovem tenor Marco Alves dos Santos nasceu em Lisboa. Como Alexey Neklyudov se estreou no Festival bolseiro da Fundação Gulbenkian, licenciou-se de Bregenz 2019, no papel de Lenski (Evgeni em canto pela Guildhall School of Music and Onegin). Este momento de uma carreira em Drama, em Londres. Apresentou-se como solista franca ascensão foi precedido por outras duas em Portugal, Espanha, França, Itália, Reino Unido assinaláveis estreias recentes, na Deutsche Oper e Alemanha, tendo interpretado vários papéis am Rhein (como Alfredo, em La traviata) e no de ópera e opereta: Tamino (A flauta mágica); Theater St. Gallen (como Nemorino, em L’elisir Mr. Owen (Postcard from Morocco de D. Argento); d‘amore). Para além da Fundação Gulbenkian, Gastone (La traviata); Tristan (Le Vin herbé de os seus compromissos na presente temporada F. Martin); Leandro (La Spinalba de F. A. de incluem estreias como Ferrando (Così fan tutte), Almeida); Orphée (La descente d’Orphée aux enfers na Ópera de Zurique, e Alfredo, numa nova de Charpentier); Ernesto (Don Pasquale); Anthony produção de La traviata, na Komische Oper (Sweeney Todd); Nathanael (Les contes d’Hoffmann); Berlin. Convidado regular do Teatro Bolshoi de Duque de Mântua (Rigoletto); Prunier (La rondine); Moscovo, a agenda de Neklyudov inclui também Kornelis (La princesse jaune de Saint-Saëns); Pierre novas representações de Alfredo e Lenski neste (The Wandering Scholar de G. Holst); ou Ferrando prestigioso teatro. Alexey Neklyudov iniciou (Così fan tutte). Em 2015/16 interpretou os papéis a sua carreira musical em Reutov, perto de de Oddio (Armida de Myslivecek), Malcolm Moscovo. Estudou também no Centro de Ópera (Macbeth), Yamadori (Madama Butterfly), D. Sancho e no Instituto Gnessin (O Cavaleiro das Mãos Irresistíveis de Ruy Coelho), de Moscovo, com Svetlana Nesterenko. Venceu Conde Barigoulle (Cendrillon de P. Viardot), Conde vários concursos de canto e, em 2012 e 2013, Almaviva (O barbeiro de Sevilha), Berger (Oedipus foi distinguido, respetivamente, pela Rex), bem como tenor solista no Te Deum de Filarmónica Nacional da Rússia e pela Fundação Charpentier, com a Orquestra Gulbenkian. Muslim Magomayev. Outros destaques da No âmbito do repertório sinfónico destacam-se carreira de Neklyudov incluem: Tamino (A flauta ainda concertos com a Orquestra Sinfónica mágica), Oronte (Alcina) e Percy (Anna Bolena), Portuguesa, o Remix Ensemble, as Orquestras no Badische Staatstheater Karlsruhe; Don do Algarve, das Beiras, Clássica de Espinho Ottavio (Don Giovanni), com a Orquestra e do Norte, a Sinfónica Juvenil, o Divino Sospiro de Câmara de Moscovo e o maestro Stefano e o Ensemble MPMP. Montanari, no Auditório Tchaikovsky.

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Andrè Schuen André Baleiro Barítono Barítono

Andrè Schuen realizou a sua formação em canto André Baleiro estudou no Instituto Gregoriano na Universidade Mozarteum de Salzburgo, de Lisboa e na Escola Superior de Música de instituição onde estudou com Horiana Lisboa. Posteriormente viajou para Berlim para Branisteanu e Wolfgang Holzmair. Diplomou-se, se aperfeiçoar em Canto na Universidade das com distinção, em 2010, ano em que começou Artes, com Siegfried Lorenz, Axel Bauni e Eric a apresentar-se em Salzburgo, primeiro como Schneider. Foi bolseiro da Fundação Walter membro do Young Singers Project e depois & Charlotte Hamel (Hanôver) e da Fundação em várias produções do Festival de Salzburgo, Gulbenkian. Em 2016 venceu o Concurso sob a direção de Simon Rattle e Riccardo Muti. Internacional Robert Schumann, em Zwickau, Andrè Schuen colabora regularmente com o na Alemanha, bem como o Concurso de Theater an der Wien, palco onde se destacam as Canto Lírico da Fundação Rotária Portuguesa. suas atuações no papel principal de O barbeiro Colabora regularmente com a Ópera de Câmara de Sevilha, de Giovanni Paisiello, sob a direção de Munique, onde se estreou em 2016 no papel de René Jacobs, ou ainda o papel principal na de Figaro (O barbeiro de Sevilha). Destacam-se estreia de Hamlet, de Anno Schreier, dirigida por também as seguintes interpretações: Don Christoph Loy. O seu repertório de ópera inclui Parmenione (L’occasione fa il ladro de Rossini) no ainda os papéis de Marcello (La bohème), Conde Teatro Pérez Galdós, em Las Palmas; Belfiore Almaviva (As bodas de Figaro), Don Giovanni, na (Fra i due litiganti il terzo gode de G. Sarti); o papel Opéra National de Lorraine e no Grand Théâtre principal em Ainda não vi-te as mãos, de Ayres de Luxembourg, Olivier (Capriccio de R. Strauss), d’Abreu, no Teatro Municipal de Santarém; Cabo no Teatro Real de Madrid, ou Papageno (A flauta da Guarda (Il cappello di paglia di Firenze de Nino mágica), no Novo Teatro Nacional de Ópera de Rota) e Pantalone (Turandot) no Teatro Nacional Tóquio. Na temporada passada, cantou os ciclos de São Carlos. Em concerto, interpretou a Paixão A Bela Moleira e O Canto do Cisne nas Schubertiade segundo São Mateus, de J. S. Bach, na Fundação Schwarzenberg, na Áustria. Com o pianista Gulbenkian, Um Requiem Alemão de Brahms, Daniel Heide, apresentou-se em recitais no na Salle Métropole de Lausanne, e o Requiem de Wigmore Hall de Londres, em Oxford, no festival Fauré, no festival La Folle Journée, em Nantes e “Primavera de Heidelberg” e no Konzerthaus de Tóquio. Apresenta-se também com regularidade Viena. Em 2017 estreou-se na América do Norte, em recital, na Alemanha e em Portugal. Em nos Festivais de Aspen e de Tanglewood. 2015, no Piano Salon Christophori, em Berlim, interpretou o Italienisches Liederbuch de Hugo Wolf.

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André Henriques Dmitry Ulyanov Barítono Baixo

André Henriques concluiu o Curso de Canto Dmitry Ulyanov diplomou-se pelo Conservatório da Escola de Música do Conservatório Nacional, Nacional dos Urais em 2000. Nesse ano recebeu em Lisboa, com António Wagner Diniz. Bolseiro o Grande Prémio do Concurso Internacional de da Fundação Gulbenkian, estudou com Donald Canto da UNESCO, em Astana, no Cazaquistão. Maxwell no Royal Welsh College of Music Em 2016 recebeu o prémio Casta Diva pela and Drama, em Cardiff. No domínio da ópera, interpretação de Khovansky, em Khovanchtchina interpretou: Guglielmo (Così fan tutte), Masetto de Mussorgsky. Em 2019 foi distinguido como e Comendador (Don Giovanni) e Figaro (A bodas Artista de Mérito da Federação Russa. Em 1998 de Figaro), com a Orquestra Metropolitana de ingressou no Teatro de Ópera Kolobov Novaya, Lisboa; Um Cristão (Poliuto de Donizetti), na sua em Moscovo. Desde 2000, é solista do Teatro estreia no Teatro Nacional de São Carlos; Mufti Musical Académico Stanislavsky e Nemirovich- (Le bourgeois gentilhome); e Sargeant (The Pirates Danchenko, em Moscovo. O repertório de of Penzance de A. Sullivan). No âmbito do projeto Ulyanov é extenso, incluindo, entre outros papéis: enoa, com Claudio Desderi e Yin Chen Lin, Kutuzov (Guerra e Paz de Prokofiev), Raimondo foi Filiberto, em Il signor Bruschino de Rossini, (Lucia di Lammermoor), Padre Guardiano (La Forza e o protagonista em Gianni Schicchi, de Puccini, del Destino), Golova (Noite de Maio de Rimsky- na Fundação Gulbenkian. Interpretou ainda Korsakov), Don Basilio (O barbeiro de Sevilha), o Gran Sacerdote di Bello (Nabucco), Fiorello Don Alfonso (Così fan tutte), Gremin (Evgeni (O barbeiro de Sevilha) e Peter (Hänsel und Gretel). Onegin), Rocco (Fidelio), Colline (La bohème), Em concerto, cantou Liebeslieder Waltzes, de Hermann (Tannhäuser), Ramfis Aida( ) e o papel Brahms, no Festival de Música de Sintra, principal em Don Giovanni. Depois da sua estreia com João Paulo Santos e Olga Prats, Jephte de em 2011 no Teatro Real de Madrid, no papel Carissimi, Te Deum de Charpentier, o Messias de Marseille, em Les Huguenots de Meyerbeer, de Händel, a Paixão segundo São João de J. S. Bach, começou a apresentar-se com regularidade neste a Missa de J. D. Bomtempo e a 9.ª Sinfonia de palco, bem como noutros teatros em Espanha. Beethoven. Mais recentemente, cantou o Stabat Em 2009 estreou-se no Teatro Bolshoi de Mater de Szymanowski, sob a direção de David Moscovo (Wozzeck de Berg), em 2015 no Festival Jones, no St. David’s Hall (Cardiff), o Stabat Mater d’Aix-en-Provence (Rei René, em Iolanta de de Rossini, com Jeffrey Stewart, e ainda Acis Tchaikovsky) e em 2017 no Festival de Salzburgo, and Galatea e Romeu e Julieta, com o Coro onde interpretou Boris, em Lady Macbeth de e a Orquestra Gulbenkian. Chostakovitch.

15 Coro Gulbenkian © gulbenkian música – márcia lessa

Fundado em 1964, o Coro Gulbenkian conta Jonathan Nott, Michael Gielen, Michael presentemente com uma formação sinfónica Tilson Thomas, Rafael Frübeck de Burgos, de cerca de cem cantores, podendo atuar René Jacobs, Theodor Guschlbauer, ou Esa- também em grupos vocais mais reduzidos. Pekka Salonen, entre muitos outros. O Coro Assim, apresenta-se tanto como grupo a cappella, Gulbenkian tem participado em importantes interpretando a polifonia dos séculos XVI festivais internacionais, tais como: Festival e XVII, como em colaboração com a Orquestra Eurotop (Amesterdão), Festival Veneto (Pádua Gulbenkian ou com outros agrupamentos e Verona), City of London Festival, Hong Kong para a interpretação das grandes obras do Arts Festival, Festival Internacional de Música repertório clássico, romântico ou contemporâneo. de Macau, ou Festival d’Aix-en-Provence. Tem apresentado, frequentemente em estreia Em 2015 participou, em Paris, no concerto absoluta, inúmeras obras contemporâneas comemorativo do Centenário do Genocídio de compositores portugueses e estrangeiros. Arménio, com a World Armenian Orchestra Tem sido igualmente convidado pelas mais dirigida por Alain Altinoglu. A discografia do prestigiadas orquestras mundiais, entre as quais Coro Gulbenkian está representada nas editoras a Philharmonia Orchestra de Londres, a Freiburg Philips, Archiv / Deutsche Grammophon, Barockorchester, a Orquestra do Século XVIII, Erato, Cascavelle, Musifrance, FNAC Music a Filarmónica de Berlim, a Sinfónica de Baden- e Aria Music, tendo ao longo dos anos registado Baden, a Sinfónica de Viena, a Orquestra do um repertório diversificado, com particular Concertgebouw de Amesterdão, a Orquestra incidência na música portuguesa dos séculos Nacional de Lyon, a Orquestra de Paris, ou a XVI a XX. Algumas destas gravações receberam Orquestra Juvenil Gustav Mahler. Foi dirigido prestigiados prémios internacionais. Desde por grandes figuras como Claudio Abbado, 1969, Michel Corboz é o Maestro Titular Colin Davis, Frans Brüggen, Franz Welser- do Coro Gulbenkian. Jorge Matta é o Maestro Möst, Gerd Albrecht, Gustavo Dudamel, Adjunto e Dominique Tille é Maestro Assistente.

16 Michel Corboz Maestro Titular Jorge Matta Maestro Adjunto Dominique Tille Maestro Assistente

sopranos tenores Ana Bela Covão Bruno Sales Ana Raquel Sousa Diogo Pombo Ariana Russo Francisco Cortes Beatriz Ventura Frederico Projecto Carla Frias Jaime Bacharel Claire Santos João Barros Clara Coelho João Custódio Filipa Passos Jorge Leiria Joana Siqueira Manuel Gamito Maria José Conceição Nuno Raimundo Mariana Moldão Pedro Rodrigues Marisa Figueira Rui Aleixo Mónica Santos Sérgio Fontão Rosa Caldeira Tiago Sousa Sara Afonso Susana Duarte baixos Teresa Duarte Afonso Moreira Verónica Silva Fernando Gomes João Costa contraltos João Luís Ferreira Beatriz Cebola José Bruto da Costa Carmo Coutinho Mário Almeida Catarina Saraiva Miguel Jesus Inês Martins Nuno Gonçalo Fonseca Inês Mazoni Nuno Rodrigues Joana Esteves Pedro Casanova Joana Nascimento Rui Borras Lucinda Gerhardt Rui Gonçalo Mafalda Borges Coelho Tiago Batista Marta Queirós Tiago Navarro Marta Ribeiro Michelle Rollin Patrícia Mendes Rita Tavares Tânia Valente

coordenação António Lopes Gonçalves

produção Fátima Pinho, Marta Ferreira de Andrade, Joaquina Santos e Inês Nunes

17 Orquestra Gulbenkian © gulbenkian música – márcia lessa

Em 1962 a Fundação Calouste Gulbenkian Em cada temporada, a Orquestra Gulbenkian decidiu estabelecer um agrupamento orquestral realiza uma série regular de concertos permanente. No início constituído apenas no Grande Auditório Gulbenkian, em Lisboa, por doze elementos, foi originalmente designado em cujo âmbito tem tido ocasião de colaborar por Orquestra de Câmara Gulbenkian. com alguns dos maiores nomes do mundo Ao longo de mais de cinquenta anos da música, nomeadamente maestros e solistas. de atividade, a Orquestra Gulbenkian Atua também com regularidade noutros palcos (denominação adotada desde 1971) foi sendo em diversas localidades do país, cumprindo progressivamente alargada, contando hoje desta forma uma significativa função com um efetivo de cerca de sessenta descentralizadora. No plano internacional, instrumentistas que pode ser pontualmente por sua vez, a Orquestra Gulbenkian foi expandido de acordo com as exigências de ampliando gradualmente a sua atividade, tendo cada programa de concerto. Esta constituição até agora efetuado digressões na Europa, na Ásia, permite à Orquestra Gulbenkian interpretar um em África e nas Américas. No plano discográfico, amplo repertório que se estende do Barroco até o nome da Orquestra Gulbenkian encontra-se à música contemporânea. Obras pertencentes associado às editoras Philips, Deutsche ao repertório corrente das grandes formações Grammophon, Hyperion, Teldec, Erato, Adès, sinfónicas tradicionais, nomeadamente Nimbus, Lyrinx, Naïve e Pentatone, entre outras, a produção orquestral de Haydn, Mozart, tendo esta sua atividade sido distinguida, desde Beethoven, Schubert, Mendelssohn ou muito cedo, com diversos prémios internacionais Schumann, podem ser dadas pela Orquestra de grande prestígio. Lorenzo Viotti é o Maestro Gulbenkian em versões mais próximas Titular da Orquestra Gulbenkian. Giancarlo dos efetivos orquestrais para que foram Guerrero é Maestro Convidado Principal, originalmente concebidas, no que respeita Leonardo García Alarcón é Maestro Associado ao equilíbrio da respetiva arquitetura sonora. e Nuno Coelho é Maestro Convidado.

18 Lorenzo Viotti Maestro Titular Giancarlo Guerrero Maestro Convidado Principal Leonardo García Alarcón Maestro Associado Nuno Coelho Maestro Convidado

primeiros violinos Milan Radocaj * trompas Salvatore Quaranta Catarina Olaio * Gabriele Amarù 1º Solista Concertino Principal * Kenneth Best 1º Solista Francisco Lima Santos violoncelos Luís Duarte 1º Solista * 1º Concertino Auxiliar Varoujan Bartikian 1º Solista Eric Murphy 2º Solista Bin Chao 2º Concertino Auxiliar Marco Pereira 1º Solista Francisco Sousa 2º Solista * António José Miranda Martin Henneken 2º Solista Rodrigo Carreira 2º Solista * Pedro Pacheco Levon Mouradian Alla Javoronkova Jeremy Lake trompetes David Wahnon Raquel Reis Adrián Martínez 1º Solista Ana Beatriz Manzanilla Jaime Polo * Carlos Leite 1º Solista Auxiliar Elena Ryabova Catarina Távora * David Burt 2º Solista Maria Balbi Hugo Paiva * Otto Pereira trombones * Tomás Costa contrabaixos Sergi Miñana 1º Solista * Luciana Cruz Pedro Vares de Azevedo 1º Solista Rui Fernandes 2º Solista * * Sara Llano Domingos Ribeiro 1º Solista Tiago Noites 2º Solista * Mafalda Rodrigues Manuel Rego 1º Solista Marine Triolet 2º Solista tuba segundos violinos Maja Plüddemann Amilcar Gameiro 1º Solista Alexandra Mendes 1º Solista Vanessa Lima * Jordi Rodriguez 1º Solista Romeu Santos * timbales Anna Paliwoda 1º Solista * Rui Sul Gomes 1º Solista Cecília Branco 2º Solista flautas Jorge Teixeira percussão Cristina Ánchel 1º Solista Tera Shimizu Abel Cardoso 2º Solista Ana Filipa Lima 1º Solista * Stefan Schreiber Amália Tortajada 2º Solista Maria José Laginha harpa Flávia Marques * Carolina Coimbra 1º Solista * Miguel Simões* oboés Félix Duarte * Pedro Ribeiro 1º Solista Joana Weffort * Nelson Alves 1º Solista Auxiliar David Bento * Alice Caplow-Sparks 2º Solista Corne inglês violas * Instrumentista convidado Samuel Barsegian 1º Solista clarinetes Lu Zheng 1º Solista Iva Barbosa 1º Solista Leonor Braga Santos 2º Solista Telmo Costa 1º Solista coordenação Christopher Hooley José María Mosqueda 2º Solista António Lopes Gonçalves Maia Kouznetsova Clarinete baixo Leonor Fleming * produção Nuno Soares * fagotes Américo Martins, Marta Ferreira Chiara Antico * Ricardo Ramos 1º Solista de Andrade, Raquel Serra, Precilia Diamantino * Vera Dias 1º Solista Auxiliar Fábio Cachão, Pedro Canhoto Artur Mouradian * Raquel Saraiva 2º Solista e Bernardo Beirão

19 aFF_App_FundacaoCalousteGulbenkian_148x210.pdf 1 28/08/19 16:01

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produção edição de imagem Isabel Ayres João Hipólito Mónica Rocha Artur Miranda Bruno Sequeira som direção de cena Jorge Serigado Otelo Lapa Tiago Jónatas Jorge Freire Flaviana Borges maquinaria de cena Leonel Picareta (chefe de equipa) coordenação técnica Ricardo Rosa João Hora Tiago Santos Alexandre Vitorino iluminação de cena João Cachulo (chefe de equipa) montagem de cena João Marcelo Ricardo Santana (chefe de equipa) João Galvão Vítor Pereira Jorge Filipe Gonçalves Jorge Gonçalves Ricardo Cunha Ricardo Junceiro Diana Santos Tiago Santos Alexandre Vitorino vídeo José António Vasconcelos José Gouveia Althieris Leal Ricardo Silva Danilo Veloso

direção criativa tiragem Lisboa, Março 2020 Ian Anderson 800 exemplares design e direção de arte preço The Designers Republic 2€ GULBENKIAN.PT