As Barragens E O Patrimônio De Comunidades Afogadas: Estudo Comparativo De Vilarinho Das Furnas E Guapé

Total Page:16

File Type:pdf, Size:1020Kb

As Barragens E O Patrimônio De Comunidades Afogadas: Estudo Comparativo De Vilarinho Das Furnas E Guapé As Barragens e o Patrimônio de Comunidades Afogadas: Estudo Comparativo de Vilarinho das Furnas e Guapé. Osvaldo Marco Alves Dissertação realizada no âmbito do Mestrado em História e Património, orientada pela Professora Alice Duarte e coorientada pelo Professor Doutor Gilmar Arruda Membros do Júri Professora Doutora Helena Osswald Faculdade de Letras- Universidade do Porto. Professor Doutor Paulo Castro Seixas Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas- Universidade de Lisboa. Professora Doutora Alice Duarte Faculdade de Letras- Universidade do Porto. Classificação obtida: 17 valores I Osvaldo Marco Alves AS BARRAGENS E O PATRIMÔNIO DE COMUNIDADES AFOGADAS: ESTUDO COMPARATIVO DE VILARINHO DAS FURNAS E GUAPÉ. Dissertação realizada no âmbito do Mestrado em História e Património, orientada pela Professora Doutora Alice Duarte e coorientada pelo Professor Doutor Gilmar Arruda. Faculdade de Letras da Universidade do Porto Setembro de 2015 II Dedico este trabalho aos habitantes de Guapé e Vilarinho das Furnas que tiveram seus valores culturais subestimados em nome do progresso e do desenvolvimento econômico. III As Barragens e o Patrimônio de Comunidades Afogadas: Estudo Comparativo de Vilarinho das Furnas e Guapé. SUMÁRIO Agradecimentos……………………………………….………………………….... V Resumo …………………………………………..…………….………………...... VI Abstract …………………………………….…………………………………...... VII Índice de Ilustrações ……………………………………………………………. VIII Índice de Tabelas …………………..………………………………………..……. VIII Lista de Abreviaturas……………………………………………………………... X Introdução ………………………………………………………………………... 1 Capítulo 1- Pressupostos Históricos e Teóricos ………………………………… 10 1.1.Perspectiva histórica do conceito de Patrimônio: discursos identitários no Brasil e em Portugal…………………………………………………………………..... 11 1.1.1. Patrimônio no Brasil: do seio do movimento modernista, a identidade nacional. ………………………………………………………………….. 16 1.1.2. Patrimônio em Portugal: os discursos identitários do Estado Novo e os novos patrimônios. ……………………………………………………… 22 1.2. Energia elétrica e Barragens: A hidroeletricidade no Brasil e Portugal. …… 27 Capítulo 2- “Guapé vai ser apenas um retrato na parede”? ………………..... 30 2.1. O Brasil de antes do golpe militar: o momento da inauguração da grande Barragem de Furnas. …………………………………………………………………... 36 2.2. As percepções identitárias dos intelectuais, da sociedade e da cultura dos anos de 1960. ………………………………………………………………………... 38 2.3. A agonia pública da Cidade “do Jardim”: imprensa brasileira no início dos anos de 1960. ………………………………………………………………………... 41 IV 2.3.1. Guapé na revista Manchete: “Esta cidade vai morrer afogada”. ……. 46 2.3.2. Guapé na Revista Alterosa: denúncia na Imprensa Mineira. ………… 52 2.3.3. Guapé nos “Diários Associados”: de “retrato na parede” à “retratação de Rachel” . ……………………………………………………………….. 58 2.4. Do “lago cemitério” ao “Mar de Minas”: impactos ao patrimônio cultural de Guapé. …………………………………………………………………… 67 Capítulo 3- Era uma vez uma freguesia e duas velhas aldeias ……………… 72 3.1. Vilarinho das Furnas, relicário do alto Minho? …………………………….. 72 3.2. Transfiguração de Vilarinho sob as Águas Inocentes: Imprensa Portuguesa do Estado Novo. ………………………………………………………………. 78 3.3. Impactos da Barragem na aldeia de Vilarinho das Furnas e arredores. …….. 83 Conclusão e/ou Notas finais. …………………………………………………... 94 Fontes Documentais. …………………………………………………………… 100 Bibliografia ……………………………………………………………………. 102 Anexo 1- Quadro da Evolução das principais Legislações Portuguesas sobre Patrimônio. …………………………………………………..……………. 107 Anexo 2- Os 130 anos de energia elétrica no Brasil (1883-2013). …………..... 110 Anexo 3- Diagrama Esquemático das Usinas Hidroelétricas do SIN. ………. 126 Anexo 4- Jornal Estado de Minas, de 10 de janeiro de 1963. ………………… 128 V Agradecimentos O presente trabalho só foi possível graças à colaboração e incentivo familiar, possibilitando a paz de espírito necessária para o trabalho criativo e a investigação científica. Agradeço especialmente a Leonardo Queiroz, cujo apoio incondicional possibilitou-me finalizar a presente dissertação. Agradeço também aos colegas e aos amigos, novos e antigos, portugueses e brasileiros, em Belo Horizonte e no Porto, que me auxiliaram e me animaram durante esta trajetória acadêmica no âmbito do Mestrado em História e Patrimônio da Faculdade de Letras da Universidade do Porto. VI Resumo O presente estudo procurou relacionar e analisar historicamente a construção de duas barragens hidrelétricas, no Brasil e em Portugal, com a evolução conceitual da ideia de patrimônio presente na “Convenção do Patrimônio Mundial, Natural e Cultural” da UNESCO de 1972. Foi investigada a barragem de Furnas, situada no Estado de Minas Gerais, sudeste do Brasil, e a barragem de Vilarinho das Furnas, situada no Alto Minho, norte de Portugal, inauguradas no período que antecede a mudança de conceito que adjetiva como “Cultural” o termo “Patrimônio”. Procurou-se investigar as evidências que poderiam refletir indícios do pensamento renovado sobre o patrimônio nos casos concretos da desapropriação da comunidade de Guapé, no Brasil e da comunidade de Vilarinho das Furnas, em Portugal, em função dos referidos empreendimentos energéticos. Pretende-se com este trabalho alcançar analiticamente semelhanças e diferenças sobre o tema do patrimônio nos dois países dentro do período considerado. Palavras-Chaves: Patrimônio Cultural, Barragem de Furnas, Barragem de Vilarinho das Furnas, Convenção do Patrimônio Mundial, Natural e Cultural da UNESCO. VII Abstract This study sought to relate and analyze historically the construction of two hydroelectric dams in Brazil and in Portugal, with the conceptual evolution of the idea of heritage in the "World Natural and Cultural Heritage Convention" of the 1972 UNESCO. Furnas dam was investigated in the State of Minas Gerais, southeastern Brazil, and Vilarinho das Furnas dam, located in Alto Minho, northern of Portugal, inaugurated in the period preceding the change of the concept that adjetivate as "Cultural" the term " heritage ". It was sought to investigate the evidences that might reflect signs of renewed thinking about heritage in specific cases of expropriation of Guapé community in Brazil and Vilarinho das Furnas community in Portugal, according to such energy projects. It is intended with this paper to achieve analytically similarities and differences on heritage theme in both countries within the period considered. Key Words: Cultural Heritage, Furnas Dam, dam Vilarinho das Furnas, the World Natural and Cultural Heritage Convention. VIII Índice de Ilustrações Figura 1- Linha do tempo X marcos históricos segunda metade do Século XX em diante. ………………………………………………………………......... 21 Figura 2– Cartografia de Guapé (1939) sem a existência do Lago de Furnas. ............ 42 Figura 3- Páginas 82 e 83 da revista Manchete de 27 de janeiro de 1962. ………….. 47 Figura 4 - Páginas 84 e 85 da revista Manchete de 27 de janeiro de 1962. …………. 48 Figura 5 - Páginas 12 e 13 da revista Manchete de 26 de janeiro de 1963. …………. 51 Figura 6 - Páginas 54 e 55 da Revista Alterosa de dezembro de 1962. ……………... 54 Figura 7 - Páginas 56 e 57 da Revista Alterosa de dezembro de 1962. ……………... 54 Figura 8 - Páginas 12 e 13 da Revista Alterosa de fevereiro de 1963. ………………. 56 Figura 9 - Páginas 16 e 17 da Revista Alterosa de fevereiro de 1963. ………………. 57 Figura 10 - Páginas 18 e 19 da Revista Alterosa de fevereiro de 1963. ……………... 57 Figura 11 - Páginas 108 e109 da revista O Cruzeiro de 02 de fevereiro de 1963……. 59 Figura 12 - Páginas 110 e 111 da revista O Cruzeiro de 02 de fevereiro de 1963. ….. 60 Figura 13 - Páginas 112 e 113 da revista O Cruzeiro de 02 de fevereiro de 1963. ….. 61 Figura 14 - Páginas 96 e97 da revista O Cruzeiro de 09 de março de 1963. …........... 63 Figura 15 - Páginas 98 e 99 da revista O Cruzeiro de 09 de março de 1963. ……….. 64 Figura 16- Península de Guapé, onde se instalou a nova Guapé. ……………………. 68 Figura 17 - Mapa turístico de Guapé. ………………………………………………... 70 Figura 18 - Imagem do “Bangalô”, sobrevivente das águas de Furnas e Casa da Cultura de Guapé. ……………………………………………………………….... 70 Figura 19 - Inundação de Guapé (1963)- em detalhe ruínas da Igreja São Francisco de Assis durante a seca em 2012. ………………………………………….. 71 Figura 20 - Barragem de Vilarinho da Furna (agosto/2013). ………………………. 72 IX Figura 21 - Albufeira da Barragem de Vilarinho da Furna (agosto/2013). ………... 73 Figura 22- Capa do jornal Diário de Notícias de 22 de maio de 1972, com destaque para a inauguração da Barragem de Vilarinho das Furnas. ……………. 80 Figura 23- Páginas 14 e 15 do jornal A República, Transfiguração de Vilarinho sob as Águas Inocentes. ……………………………………………………….. 82 Figura 24 - Vista panorâmica do Museu Etnográfico de Vilarinho das Furnas. …... 89 Figura 25- Detalhe da fachada e do jardim do Museu Etnográfico de Vilarinho das Furnas. ……………………………………………………………….…. 89 Figura 26- Parque Nacional Peneda-Gerês. …………………………………….….. 90 Figura 27- Cartografia das barragens da região de Vilarinho das Furnas. ……….... 92 Figura 28- Espigueiro S. João do Campo. …………………………………….……. 93 Figura 29.- Parque Nacional Peneda-Gerês em S. J. do Campo. ……………........... 93 Figura 30.- Capela de S. João do Campo. …………………………………….……. 93 Figura 31.- Empreendimento turístico hoteleiro de S. João do Campo. ……….…... 93 Figura 32- Vista panorâmica de S. J. do Campo. ……………….…………………. 93 Índice de Tabelas Quadro 1- Algumas das companhias de energia hidroelétrica de Portugal até 1930 .. 29 Quadro 2- Aproveitamentos hidroelétricos construídos na década de 50. ………….
Recommended publications
  • Preservação Dos Hábitos Comunitários Nas Aldeias Do Concelho De Boticas Ficha Técnica
    PRESERVAÇÃO DOS HÁBITOS COMUNITÁRIOS NAS ALDEIAS DO CONCELHO DE BOTICAS FICHA TÉCNICA Preservação dos Hábitos Comunitários nas Aldeias do Concelho de Boticas - Maio 2006 - Propriedade e Edição: Câmara Municipal de Boticas - Direc- ção: Fernando Campos - Sub-direcção: Fernando Queiroga - Coordenação Editorial: Cristina Barros, Dorinda Sanches, Ricardo Mota - Coordenação Cientifica: Rogério Borralheiro - Desenvolvimento de Conteúdos: Isabel Carneiro - Fotografia: Isabel Carneiro, João Adegas, Arquivo da Câmara Muni- cipal de Boticas - Cartografia: Susana Rodrigues - Copy Desk: Cristina Barros, Dorinda Sanches, Isabel Carneiro, Ricardo Mota, Rogério Borralheiro - Concepção Gráfica: Gabinete de Imprensa, João Adegas - Acabamentos e Execução Gráfica: Scan- graphic - Tiragem: 150 exemplares - Depósito Legal: 246223/06 - Distribuição Gratuíta 2 PRESERVAÇÃO DOS HÁBITOS COMUNITÁRIOS NAS ALDEIAS DO CONCELHO DE BOTICAS Mensagem Concelho de Boticas possui um vasto e riquíssimo património arquitectónico e O uma identidade cultural muito própria, marcada pelas práticas comunitárias bem enraizadas que desde tempos ancestrais fazem parte do dia-a-dia do nosso Povo. Essas práticas comunitárias foram a forma encon- trada por estas populações de montanha para enfren- tarem os rigores do clima e tirarem da terra todos os rendimentos e proveitos para o seu sustento. À medida que os anos foram passando houve alguns costumes ancestrais que se foram perdendo, mas ou- tros há que subsistem, como a exploração dos baldios, o forno e o moinho comunitário, a vezeira e o boi de cobrição, entre muitos outros. São estas práticas e estes costumes que verdadeiramente caracterizam o nosso povo e a Alma Barrosã e que urge preservar, mantendo a sua autenticidade e genuinidade e trans- mitindo-os aos nossos filhos e netos.
    [Show full text]
  • 319 Vi Congresso Português De Sociologia
    ÁREA TEMÁTICA: Desenvolvimento Sustentável e Ambiente MITOS E REALIDADES: DE VILARINHO DA FURNA À ALDEIA DA LUZ REINO, João Pedro Mestre em Sociologia Urbana CEPAD – Centro de Estudos da População Ambiente e Desenvolvimento; TERCUD – Centro de Estudos do Território, Cultura e Desenvolvimento; ULHT – Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias – Lisboa [email protected] DUARTE, Lucinda Coutinho Mestra em Sociologia CEPAD – Centro de Estudos da População Ambiente e Desenvolvimento; TERCUD – Centro de Estudos do Território, Cultura e Desenvolvimento; ULHT – Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias – Lisboa [email protected] ANTUNES, Manuel de Azevedo Professor Associado, Sociologia CEPAD – Centro de Estudos da População Ambiente e Desenvolvimento; TERCUD – Centro de Estudos do Território, Cultura e Desenvolvimento; ULHT –Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias - Lisboa, [email protected] Resumo Remonta aos finais do século XIX a construção de barragens para a produção de energia eléctrica. Mas o pretenso desenvolvimento para as populações circundantes e/ou deslocalizadas em consequência da construção destes paredões de cimento, na maior parte das situações, não passou de uma ilusão. O “progresso” socioeconómico das povoações que sofreram o impacto da proximidade de uma grande barragem, comprova o mito. A maior parte das vezes, essa construção surge com um carácter inquestionável e incontornável, na medida em que o aproveitamento e armazenamento de água sempre esteve associado a políticas de desenvolvimento, que pouco se preocupavam com os problemas sociais e ambientais, a montante e a jusante das barragens. Em todo o Mundo, a construção de grandes barragens foi sendo feita num crescendo, como uma promessa associada à garantia da solução dos problemas hídricos e energéticos e da falta de progresso/desenvolvimento socioeconómico das regiões.
    [Show full text]
  • Roteiro Das Aldeias De Portugal
    ADRIL Associação de Desenvolvimento Rural Integrado do Lima 1 ALDEIA DE CABRAÇÃO 2 Cabração - Ponte de Lima 4 2 ALDEIA DO SOAJO Soajo - Arcos de Valdevez 1 3 ZONA HISTÓRICA DA PASSAGEM Moreira G. do Lima - Viana do Castelo 3 4 ALDEIA DO LINDOSO Lindoso - Ponte da Barca ADRIL - Associação de Desenvolvimento Rural VALE DO Integrado do Lima LIMA Praça da República 4990-062 Ponte de Lima tel +351 258 900 600 fax +351 258 900 609 e-mail [email protected] ou [email protected] A ADRIL - Associação de Desenvolvimento Rural Integrado do Lima foi fundada em 1991, ADRIL - Associação de Desenvolvimento Rural Integrado do Lima (Association for an por iniciativa da TURIHAB, para assegurar um melhor acesso aos fundos comunitários do Integrated Rural Development of the Lima valley) was founded in 1991, by initiative Programa Leader. of TURIHAB, in order to insure a right access to Leader Program community funding. O Vale do Lima estende-se de oeste para leste, perpendicularmente à costa atlântica, apre- The Lima valley extends from West to East, perpendicularly to the Atlantic Coast, sentando um fundo largo em grande parte do seu percurso, com várzeas extensas e muito deep in most of its course, and has large and well irrigated plains that slowly close irrigadas, que se vão fechando para montante à medida que as altitudes sobem, na área de upstream at higher levels, up the mountain, to West, in Peneda-Gerês National Park. montanha, a leste, no interior do Parque Nacional da Peneda-Gerês. O Vale do Lima é uma The Lima valley is a closed basin, which gives it a strong identity and homogeneity bacia fechada, facto que lhe confere uma forte homogeneidade e identidade, que histori- that historically have taken roots in the local people.
    [Show full text]
  • Museus Norte De Portugal
    MUSEUS NORTE DE PORTUGAL www.portoenorte.pt 4 Prefácio Caminha Macedo de Cavaleiros Paços de Ferreira Resende Vieira do Minho 6 Mapa 27 Museu Municipal de Caminha 43 Museu de Arte Sacra 57 Museu Arqueológico da Citânia 78 Museu Municipal de Resende 94 Casa Museu Adelino Ângelo de Sanfins Amarante Carrazeda de Ansiães Maia Ribeira de Pena 8 Museu Municipal Amadeo de 28 Centro Interpretativo do 44 Museu de História e Etnologia da Paredes de Coura 79 Casa de Camilo – Friúme Vila do Conde Souza-Cardoso Castelo de Ansiães (CICA) Terra da Maia 58 Museu Regional de Paredes de 95 Museu de Vila do Conde Coura Santa Maria da Feira Amares Celorico de Basto Marco de Canaveses 80 Museu Convento de Lóios Vila Flor 9 Museu do Santuário 29 Centro Interpretativo do 45 Museu da Pedra Penafiel 81 Museu do Papel 96 Museu Municipal Dr.ª Berta Cabral de Nª Sra. da Abadia Castelo de Arnoia 59 Museu Municipal de Penafiel Matosinhos Santo Tirso Vila Nova de Cerveira Arcos de Valdevez Chaves 46 Casa Museu Abel Salazar Penedono 82 Museu Municipal Abade Pedrosa 97 Aquamuseu do Rio Minho 10 Centro Interpretativo da Área 30 Museu da Região Flaviense 47 Museu da Quinta de Santiago 60 Centro de Interpretação de 98 Fundação Bienal de Cerveira Arqueológica Mezio/Gião Penedono S. João da Madeira Cinfães Melgaço 83 Museu da Chapelaria Vila Nova de Famalicão Arouca 31 Museu Serpa Pinto 48 Museu de Cinema de Melgaço Peso da Régua 99 Casa de Camilo – Museu - Centro de 11 Museu Municipal de Arouca Jean Loup Passek 61 Museu do Douro S.
    [Show full text]
  • UM PROJETO MUSEOLÓGICO DE TURISMO SUSTENTÁVEL 1 INTRODUÇÃO a Pequena Aldeia De Vilarinho Da Furna, Situ
    VILARINHO DA FURNA: UM PROJETO MUSEOLÓGICO DE TURISMO SUSTENTÁVEL Manuel de Azevedo Antunes Doutor em Ciência Política pela Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias, Portugal. Professor da Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias, Portugal. E-mail: [email protected] Resumo Vilarinho da Furna era uma pequena aldeia da freguesia de S. João do Campo, do concelho de Terras de Bouro, distrito de Braga, em Portugal, vizinha da Galiza. Provavelmente de origem romana, é possível que alguns dos traços da maneira de viver do povo de Vilarinho se filiassem na cultura dos povos pastores e ganadeiros indo-europeus, possivelmente lá introduzidos por migrações pré-romanas e reforçados pelas invasões suevas. Não fosse a sua riqueza etnográfica e a construção da barragem que pôs termo à sua existência e Vilarinho da Furna seria, hoje, uma aldeia esquecida, anónima como o seu passado, qual pérola perdida na vastidão das serras do Minho. Mas tal não aconteceu porque os olhos dos etnólogos descobriram em Vilarinho uma relíquia da velha organização comunitária, hoje agonizante, mas outrora muito difundida na Europa. Mesmo sem ser um caso único, o comunitarismo de Vilarinho era, pelo menos, um caso invulgar. Os traços fundamentais deste sistema comunitário situavam-se ao nível das condições económicas e da organização social. Até que uma Companhia construtora de barragens chegou, montou os seus arraiais e meteu mãos à obra. A barragem foi inaugurada em 21 de maio de 1972. Os anos passaram e, hoje, os furnenses estão organizados na Associação dos Antigos Habitantes de Vilarinho da Furna - AFURNA, criada em outubro de 1985, que tem por objetivo a defesa, valorização e promoção do patrimônio cultural, coletivo e/ou comunitário do antigo povo de Vilarinho.
    [Show full text]
  • Barragens Em Portugal: De Vilarinho Da Furna À Aldeia Da Luz Com
    BARRAGENS EM PORTUGAL: DE VILARINHO DA FURNA À ALDEIA DA LUZ, COM PASSAGEM PELO DOURO INTERNACIONAL Manuel de Azevedo Antunes Lucinda Coutinho Duarte João Pedro Reino (CEPAD – Centro de Estudos da População Ambiente e Desenvolvimento - Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias - Lisboa) O grande impulso para o sector eléctrico em Portugal surgiu a partir de 1940, nomeadamente com a Lei 2002, de 1944, que definiu as linhas mestras da electrificação do País. O que levou à criação das primeiras grandes empresas hidroeléctricas portuguesas: a Hidroeléctrica do Zêzere, para fornecer energia a Lisboa; a Hidroeléctrica do Cávado, para abastecer a cidade do Porto; a Hidroeléctrica do Douro; a que se juntou a Companhia Nacional de Electricidade, com a concessão das linhas e subestações de transporte, e a Termoeléctrica Portuguesa. As referidas empresas viriam a fundir-se, em 1969, na Companhia Portuguesa de Electricidade (CPE), a qual acabou por ser nacionalizada, dando lugar à Electricidade de Portugal (EDP), em 30 de Junho de 1976, ficando esta com o monopólio da produção, transporte e distribuição de energia no Continente. Foi neste âmbito que, a partir da década de 1950, se realizou a construção de grandes empreendimentos hidro e termo eléctricos, nomeadamente em Vilarinho da Furna, Picote, Miranda do Douro, Bemposta e, finalmente, em Alqueva, com a submersão da aldeia da Luz. É este percurso - DE VILARINHO DA FURNA À ALDEIA DA LUZ, COM PASSAGEM PELO DOURO INTERNACIONAL - que constitui o objectivo desta comunicação. 1- O Caso de Vilarinho da Furna Vilarinho da Furna era uma pequena aldeia da freguesia de S. João do Campo, situada no extremo nordeste do concelho de Terras de Bouro, distrito de Braga, na Peneda-Gerês, vizinha da Galiza.
    [Show full text]
  • Temáticas De Enriquecimento Nas Áreas Curriculares De Geografia E História
    Ana Maria Cortez Vaz dos Santos Oliveira Temáticas de Enriquecimento nas Áreas Curriculares de Geografia e História O Processo de Desterritorialização das Populações de Vilarinho da Furna. A Reforma Agrária em Portugal. Dissertação de Mestrado em Ensino da História e Geografia, no 3º ciclo do Ensino Básico e Ensino Secundário, orientada pela Professora Doutora Adélia Nobre Nunes e coorientada pelo Professor Doutor Fernando Taveira da Fonseca, apresentada à Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra 2013 Faculdade de Letras Temáticas de Enriquecimento nas Áreas Curriculares de Geografia e História Ficha Técnica: Tipo de trabalho Relatório de estágio Título TEMÁTICAS DE ENRIQUECIMENTO NAS ÁREAS CURRICCULARES DE GEOGRAFIA E HISTÓRIA O PROCESSO DE DESTERRITORIALIZAÇÃO DAS POPULAÇÕES DE VILARINHO DA FURNA; A REFORMA AGRÁRIA EM PORTUGAL Autor/a Ana Maria Cortez Vaz dos Santos Oliveira Orientador/a Professora Doutora Adélia Nobre Nunes Coorientador/a Professor Doutor Fernando Taveira da Fonseca Júri Professor Doutor João Paulo Avelãs Nunes Vogais: 1. Professor Doutor João Luís Fernandes 2. Professora Doutora Adélia Nobre Nunes Identificação do Curso 2º Ciclo em Ensino da História e Geografia, 3º ciclo do ensino básico e ensino secundário Área científica Geografia e História Especialidade/Ramo Ensino da História e da Geografia Data da defesa 21-10-2013 Classificação 18 valores “O Homem não é nada além do que a Educação faz dele.” Immanuel Kant. “Educai as crianças, para que não seja necessário punir os adultos.” Pitágoras. “A Educação é a arma mais poderosa que se pode usar para mudar o mundo.” Nelson Mandela. ii RESUMO: O presente trabalho representa a etapa final do Mestrado em Ensino de História e Geografia, no 3º ciclo do Ensino Básico e Ensino Secundário.
    [Show full text]
  • Vilarinho Das Furnas, Uma Aldeia Submersa No Parque Nacional Peneda-Gerês, Portugal: Da Intensa Vida Rural Do Passado À Atual Dinâmica Turística
    Vilarinho das Furnas, uma aldeia submersa no Parque Nacional Peneda-Gerês, Portugal: da intensa vida rural do passado à atual dinâmica turística DOI: 10.2436/20.8070.01.180 Jorge Coelho Mestre em Turismo, Inovação e Desenvolvimento pelo Instituto Politécnico de Viana do Castelo, Portugal. Professor Assistente no Instituto de Estudos Superiores de Fafe, Portugal. E-mail: [email protected] Catarina Mota Doutorada em Turismo pela Universidade de Girona, Espanha. Professora Convidada no Instituto de Estudos Superiores de Fafe, Portugal. E-mail: [email protected] Resumo Património, material ou imaterial, e acontecimentos, considerados relevantes, perduram no tempo e registam-se na história dos povos. Não raras vezes, decorrente de necessidades ou interesses específicos, verificam-se tomadas de decisão sustentadas na ideia genérica do bem comum que alteram o normal funcionamento das comunidades, de forma temporária ou definitiva, resultando nos referidos acontecimentos e afetando o património, com efeitos positivos ou negativos. Vilarinho das Furnas é uma antiga aldeia do concelho de Terras de Bouro, Portugal, ainda com presença visível no território pertencente ao Parque Nacional da Peneda-Gerês. Esta encontra-se submersa pela força das águas depois de construída uma barragem em 1972. Representa toda uma dinâmica associada à transformação de uma comunidade e de tudo o que dela faz ou fazia parte em termos patrimoniais. Neste estudo, para além da revisão bibliográfica que garante a base teórica imprescindível ao apoio da investigação empírica, foram aplicados inquéritos a empresas de animação turística locais para aferição da dinâmica e importância, em termos turísticos, de Vilarinho das Furnas, dado que é decisivo o comprometimento destas empresas turísticas no processo de desenvolvimento local.
    [Show full text]