As Barragens E O Patrimônio De Comunidades Afogadas: Estudo Comparativo De Vilarinho Das Furnas E Guapé
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As Barragens e o Patrimônio de Comunidades Afogadas: Estudo Comparativo de Vilarinho das Furnas e Guapé. Osvaldo Marco Alves Dissertação realizada no âmbito do Mestrado em História e Património, orientada pela Professora Alice Duarte e coorientada pelo Professor Doutor Gilmar Arruda Membros do Júri Professora Doutora Helena Osswald Faculdade de Letras- Universidade do Porto. Professor Doutor Paulo Castro Seixas Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas- Universidade de Lisboa. Professora Doutora Alice Duarte Faculdade de Letras- Universidade do Porto. Classificação obtida: 17 valores I Osvaldo Marco Alves AS BARRAGENS E O PATRIMÔNIO DE COMUNIDADES AFOGADAS: ESTUDO COMPARATIVO DE VILARINHO DAS FURNAS E GUAPÉ. Dissertação realizada no âmbito do Mestrado em História e Património, orientada pela Professora Doutora Alice Duarte e coorientada pelo Professor Doutor Gilmar Arruda. Faculdade de Letras da Universidade do Porto Setembro de 2015 II Dedico este trabalho aos habitantes de Guapé e Vilarinho das Furnas que tiveram seus valores culturais subestimados em nome do progresso e do desenvolvimento econômico. III As Barragens e o Patrimônio de Comunidades Afogadas: Estudo Comparativo de Vilarinho das Furnas e Guapé. SUMÁRIO Agradecimentos……………………………………….………………………….... V Resumo …………………………………………..…………….………………...... VI Abstract …………………………………….…………………………………...... VII Índice de Ilustrações ……………………………………………………………. VIII Índice de Tabelas …………………..………………………………………..……. VIII Lista de Abreviaturas……………………………………………………………... X Introdução ………………………………………………………………………... 1 Capítulo 1- Pressupostos Históricos e Teóricos ………………………………… 10 1.1.Perspectiva histórica do conceito de Patrimônio: discursos identitários no Brasil e em Portugal…………………………………………………………………..... 11 1.1.1. Patrimônio no Brasil: do seio do movimento modernista, a identidade nacional. ………………………………………………………………….. 16 1.1.2. Patrimônio em Portugal: os discursos identitários do Estado Novo e os novos patrimônios. ……………………………………………………… 22 1.2. Energia elétrica e Barragens: A hidroeletricidade no Brasil e Portugal. …… 27 Capítulo 2- “Guapé vai ser apenas um retrato na parede”? ………………..... 30 2.1. O Brasil de antes do golpe militar: o momento da inauguração da grande Barragem de Furnas. …………………………………………………………………... 36 2.2. As percepções identitárias dos intelectuais, da sociedade e da cultura dos anos de 1960. ………………………………………………………………………... 38 2.3. A agonia pública da Cidade “do Jardim”: imprensa brasileira no início dos anos de 1960. ………………………………………………………………………... 41 IV 2.3.1. Guapé na revista Manchete: “Esta cidade vai morrer afogada”. ……. 46 2.3.2. Guapé na Revista Alterosa: denúncia na Imprensa Mineira. ………… 52 2.3.3. Guapé nos “Diários Associados”: de “retrato na parede” à “retratação de Rachel” . ……………………………………………………………….. 58 2.4. Do “lago cemitério” ao “Mar de Minas”: impactos ao patrimônio cultural de Guapé. …………………………………………………………………… 67 Capítulo 3- Era uma vez uma freguesia e duas velhas aldeias ……………… 72 3.1. Vilarinho das Furnas, relicário do alto Minho? …………………………….. 72 3.2. Transfiguração de Vilarinho sob as Águas Inocentes: Imprensa Portuguesa do Estado Novo. ………………………………………………………………. 78 3.3. Impactos da Barragem na aldeia de Vilarinho das Furnas e arredores. …….. 83 Conclusão e/ou Notas finais. …………………………………………………... 94 Fontes Documentais. …………………………………………………………… 100 Bibliografia ……………………………………………………………………. 102 Anexo 1- Quadro da Evolução das principais Legislações Portuguesas sobre Patrimônio. …………………………………………………..……………. 107 Anexo 2- Os 130 anos de energia elétrica no Brasil (1883-2013). …………..... 110 Anexo 3- Diagrama Esquemático das Usinas Hidroelétricas do SIN. ………. 126 Anexo 4- Jornal Estado de Minas, de 10 de janeiro de 1963. ………………… 128 V Agradecimentos O presente trabalho só foi possível graças à colaboração e incentivo familiar, possibilitando a paz de espírito necessária para o trabalho criativo e a investigação científica. Agradeço especialmente a Leonardo Queiroz, cujo apoio incondicional possibilitou-me finalizar a presente dissertação. Agradeço também aos colegas e aos amigos, novos e antigos, portugueses e brasileiros, em Belo Horizonte e no Porto, que me auxiliaram e me animaram durante esta trajetória acadêmica no âmbito do Mestrado em História e Patrimônio da Faculdade de Letras da Universidade do Porto. VI Resumo O presente estudo procurou relacionar e analisar historicamente a construção de duas barragens hidrelétricas, no Brasil e em Portugal, com a evolução conceitual da ideia de patrimônio presente na “Convenção do Patrimônio Mundial, Natural e Cultural” da UNESCO de 1972. Foi investigada a barragem de Furnas, situada no Estado de Minas Gerais, sudeste do Brasil, e a barragem de Vilarinho das Furnas, situada no Alto Minho, norte de Portugal, inauguradas no período que antecede a mudança de conceito que adjetiva como “Cultural” o termo “Patrimônio”. Procurou-se investigar as evidências que poderiam refletir indícios do pensamento renovado sobre o patrimônio nos casos concretos da desapropriação da comunidade de Guapé, no Brasil e da comunidade de Vilarinho das Furnas, em Portugal, em função dos referidos empreendimentos energéticos. Pretende-se com este trabalho alcançar analiticamente semelhanças e diferenças sobre o tema do patrimônio nos dois países dentro do período considerado. Palavras-Chaves: Patrimônio Cultural, Barragem de Furnas, Barragem de Vilarinho das Furnas, Convenção do Patrimônio Mundial, Natural e Cultural da UNESCO. VII Abstract This study sought to relate and analyze historically the construction of two hydroelectric dams in Brazil and in Portugal, with the conceptual evolution of the idea of heritage in the "World Natural and Cultural Heritage Convention" of the 1972 UNESCO. Furnas dam was investigated in the State of Minas Gerais, southeastern Brazil, and Vilarinho das Furnas dam, located in Alto Minho, northern of Portugal, inaugurated in the period preceding the change of the concept that adjetivate as "Cultural" the term " heritage ". It was sought to investigate the evidences that might reflect signs of renewed thinking about heritage in specific cases of expropriation of Guapé community in Brazil and Vilarinho das Furnas community in Portugal, according to such energy projects. It is intended with this paper to achieve analytically similarities and differences on heritage theme in both countries within the period considered. Key Words: Cultural Heritage, Furnas Dam, dam Vilarinho das Furnas, the World Natural and Cultural Heritage Convention. VIII Índice de Ilustrações Figura 1- Linha do tempo X marcos históricos segunda metade do Século XX em diante. ………………………………………………………………......... 21 Figura 2– Cartografia de Guapé (1939) sem a existência do Lago de Furnas. ............ 42 Figura 3- Páginas 82 e 83 da revista Manchete de 27 de janeiro de 1962. ………….. 47 Figura 4 - Páginas 84 e 85 da revista Manchete de 27 de janeiro de 1962. …………. 48 Figura 5 - Páginas 12 e 13 da revista Manchete de 26 de janeiro de 1963. …………. 51 Figura 6 - Páginas 54 e 55 da Revista Alterosa de dezembro de 1962. ……………... 54 Figura 7 - Páginas 56 e 57 da Revista Alterosa de dezembro de 1962. ……………... 54 Figura 8 - Páginas 12 e 13 da Revista Alterosa de fevereiro de 1963. ………………. 56 Figura 9 - Páginas 16 e 17 da Revista Alterosa de fevereiro de 1963. ………………. 57 Figura 10 - Páginas 18 e 19 da Revista Alterosa de fevereiro de 1963. ……………... 57 Figura 11 - Páginas 108 e109 da revista O Cruzeiro de 02 de fevereiro de 1963……. 59 Figura 12 - Páginas 110 e 111 da revista O Cruzeiro de 02 de fevereiro de 1963. ….. 60 Figura 13 - Páginas 112 e 113 da revista O Cruzeiro de 02 de fevereiro de 1963. ….. 61 Figura 14 - Páginas 96 e97 da revista O Cruzeiro de 09 de março de 1963. …........... 63 Figura 15 - Páginas 98 e 99 da revista O Cruzeiro de 09 de março de 1963. ……….. 64 Figura 16- Península de Guapé, onde se instalou a nova Guapé. ……………………. 68 Figura 17 - Mapa turístico de Guapé. ………………………………………………... 70 Figura 18 - Imagem do “Bangalô”, sobrevivente das águas de Furnas e Casa da Cultura de Guapé. ……………………………………………………………….... 70 Figura 19 - Inundação de Guapé (1963)- em detalhe ruínas da Igreja São Francisco de Assis durante a seca em 2012. ………………………………………….. 71 Figura 20 - Barragem de Vilarinho da Furna (agosto/2013). ………………………. 72 IX Figura 21 - Albufeira da Barragem de Vilarinho da Furna (agosto/2013). ………... 73 Figura 22- Capa do jornal Diário de Notícias de 22 de maio de 1972, com destaque para a inauguração da Barragem de Vilarinho das Furnas. ……………. 80 Figura 23- Páginas 14 e 15 do jornal A República, Transfiguração de Vilarinho sob as Águas Inocentes. ……………………………………………………….. 82 Figura 24 - Vista panorâmica do Museu Etnográfico de Vilarinho das Furnas. …... 89 Figura 25- Detalhe da fachada e do jardim do Museu Etnográfico de Vilarinho das Furnas. ……………………………………………………………….…. 89 Figura 26- Parque Nacional Peneda-Gerês. …………………………………….….. 90 Figura 27- Cartografia das barragens da região de Vilarinho das Furnas. ……….... 92 Figura 28- Espigueiro S. João do Campo. …………………………………….……. 93 Figura 29.- Parque Nacional Peneda-Gerês em S. J. do Campo. ……………........... 93 Figura 30.- Capela de S. João do Campo. …………………………………….……. 93 Figura 31.- Empreendimento turístico hoteleiro de S. João do Campo. ……….…... 93 Figura 32- Vista panorâmica de S. J. do Campo. ……………….…………………. 93 Índice de Tabelas Quadro 1- Algumas das companhias de energia hidroelétrica de Portugal até 1930 .. 29 Quadro 2- Aproveitamentos hidroelétricos construídos na década de 50. ………….