HOJE E AMANHÃ CELEBRAI a HISTÓRIA PARA ENCARNAR-VOS NO POVO”: Os Embates De Memória Sobre O Conflito Do Alto Alegre
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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA, ENSINO E NARRATIVAS “HOJE E AMANHÃ CELEBRAI A HISTÓRIA PARA ENCARNAR-VOS NO POVO”: os embates de memória sobre o Conflito do Alto Alegre CARLOS EDUARDO PENHA EVERTON SÃO LUÍS 2016 CARLOS EDUARDO PENHA EVERTON “HOJE E AMANHÃ CELEBRAI A HISTÓRIA PARA ENCARNAR-VOS NO POVO”: os embates de memória sobre o Conflito do Alto Alegre Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em História, Ensino e Narrativas da Universidade Estadual do Maranhão, para obtenção do título de Mestre. Orientador: Prof. Dr. Alan Kardec Gomes Pachêco Filho SÃO LUÍS 2016 Everton, Carlos Eduardo Penha. Hoje e amanhã celebrai a história para encarnar-vos no povo: os embates de memória sobre conflito do Alto Alegre / Carlos Eduardo Penha Everton.– São Luís, 2016. 192 f. Dissertação (Mestrado) – História, Ensino e Narrativas, Universidade Estadual do Maranhão, 2016. Orientador: Prof. Dr. Alan Kardec Gomes Pacheco Filho 1. História. 2. Memória. 3. Tenetehara – Guajajara. 4. Conflito. 5 Alto Alegre. 6. Maranhão I. Título CDU: 394.2(812.1) CARLOS EDUARDO PENHA EVERTON “HOJE E AMANHÃ CELEBRAI A HISTÓRIA PARA ENCARNAR-VOS NO POVO”: os embates de memória sobre o Conflito do Alto Alegre Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em História, Ensino e Narrativas da Universidade Estadual do Maranhão, para obtenção do título de Mestre. Aprovada em 08/09/2016 DEDICATÓRIA A meus pais, Manaem e Graça – vocês conseguiram! A Areta e Duda, os outros dois vértices do meu triângulo vital. Aos que são, pela exclusão, massacrados todos os dias. AGRADECIMENTOS A Deus, o de todos, sem o qual nada somos. À coordenação do mestrado pela compreensão, organização, puxões de orelha, direcionamentos e apoio durante o curso. À secretaria e, por extensão, Maíra Marques, pela constante colaboração para que tudo sempre tenha dado certo. Aos professores que participaram da banca de qualificação, Regina Faria e Tatiana Reis, por tão valiosas contribuições ao meu trabalho. Ao professor-amigo-orientador, Alan Kardec. Forjamos uma parceria a ferro e fogo, discordâncias e sinergia. Sou grato pela amizade, paciência, confiança e a serena orientação. Imprimiu em mim uma indelével marca de como ser um mestre, que tentarei legar aos meus alunos. Aos nossos professores do PPGHEN, todos, gratidão por tudo que nos proporcionaram. Em particular, aos que nos ministraram disciplinas e ajudaram a afinar nossas ideias acerca dos trabalhos desenvolvidos, desconstruindo certezas e erigindo as dúvidas metódicas que nos empurraram para frente: Alan Kardec, Tatiana Reis, Ana Lívia Bomfim, Sandra Regina, Elizabeth Abrantes e Henrique Borralho. Às professoras participantes da banca do exame final da pesquisa, Profa. Dra. Helidacy Maria e Profa. Dra. Maria de Fátima Costa. Agradeço por aceitarem o convite de participar de um momento tão singular da minha vida acadêmica. A cada Professor e Professora que já tive na vida. Mostraram o que deveria (ou não) ser e querer. Pelo amor, incentivo, força, paciência nos momentos de ausência, por serem minha inspiração e fonte de amor interminável, à minha eterna namorada, minha companheira, Aretusa, e minha filha, a quem nenhuma palavra descreve o tamanho do amor que sinto: Maria Eduarda, o meu mais sincero agradecimento. Essa vitória é nossa! Aos meus pais, que sempre transformaram sua vida em renúncia a muito de si por nós. Exemplos de luta, força e perseverança. Prova de que os sonhos se realizam. Obrigado, minha mãe, minha amiga, por minhas primeiras letras e todas as lições de vida, e, Pai, Meu Velho, que fez e faz tanto por nós... O senhor é o melhor homem que terei a oportunidade de conhecer em toda minha vida. Nunca conseguirei retribuir esse amor de vocês à altura. Nunca. Aos meus irmãos Ciane e Zé. Vocês são amores e apoio incondicional. Uma é minha mãe, o outro, meu filho. Aos meus sobrinhos-afilhados-filhos, Fabrício e Gabi, pelo sentimento tão grande que nem cabe em mim. Aos meus cunhados, Chico, pelo entusiasmo de sempre com os estudos e o conhecimento, e Ju, por sua ajuda de sempre. À minha família – avós: Nanãe, fonte de inspiração, que me ensinou a gostar de ouvir histórias e conhecer as pessoas e, de eterna saudade, Doza, Vovô Agostinho e Mamãe Velha. A todos os tios e primos. Especialmente, meu Tio Zeca que mesmo à distância ajudou a investir na Educação de todos os sobrinhos. À minha prima-madrinha Lília e a prima-comadre Lílian, pelo apoio de sempre. Ao meu compadre Ricardo, que é um irmão mais velho para mim. A D. Rosa, Sheila, Monalisa, Roitman, Robert (in memoriam), Raquel, Alex, Maria Júlia, Natasha, Isla e Maria Angélica. Extensão da minha família. Aos Tenetehara-Guajajara e Canela que disponibilizaram um pouco do seu tempo e conhecimento, para conversarem comigo, sendo fundamentais neste processo. Ao meu professor e amigo, Carlos Eduardo Tinoco Silva. Devo muito da minha formação a você. Aos colegas/amigos – a quem levarei comigo no coração – que tornaram infinitamente mais fáceis e prazerosos os momentos de aprendizagem, discussões e até de angústias, dividindo o peso das responsabilidades, os risos e sendo, também, pilares de minha formação. Sem vocês não conseguiria: Liana (muito grato, também, pela revisão, normalização e sessões de psicologia...), Elaine, Fábio, Ricardo, Larissa, Thalisse, Márcia, Bianca, Joana, Aurea, Germeson, Paulo, Thiago e Wild. Aos meus amigos de infância do Dom Bosco, presença constante em minha vida. São essenciais para mim. A todos os amigos e colegas do IFMA/Campus Barra do Corda, em especial Thiago, Nilson, Janete, Marinete (que muito contribuiu neste trabalho), Felipe, Vítor, André, Nara, Ediw, Guilherme, Kawer, Luzimary e Saulo por sua amizade e incentivo. Aos meus amigos da “Panela”: Pitoko, Zé P., Nick, Macarrão, Ney, Serjão, Murilo P. e Mosquito. A todos os meus alunos e ex-alunos. Vocês têm o dom de me tornar um pouco melhor todos os dias. Em especial, minha aluna, bolsista PIBIC-JR e companheira de campo, Suellem Aparecida Dantas Resplandes, pelo interesse e ajuda. Ao Programa PIBIC-JR/IFMA. À minha amiga, D. Toinha, pela ajuda e pelo grande presente em forma de livro que me ajudou a enveredar nas histórias cordinas. A Ivânia, pela ajuda nos contatos com os Tenetehara-Guajajara. Aos colegas de trabalho de todos os lugares por onde já passei... em especial, SESI, DOM BOSCO, COC e MASTER. RESUMO Esta pesquisa tem como objetivo analisar o embate das memórias construídas sobre o Conflito de Alto Alegre, ocorrido na cidade de Barra do Corda em 13 de março de 1901, como parte do histórico dos choques entre índios e não índios nessa região, assim como a produção de discursos desses grupos, buscando uma problematização dos mecanismos utilizados para solidificar determinados padrões de absorção e reprodução do entendimento desse fato, presentes no imaginário local. Para além disso, realiza-se uma interlocução entre o que se cristalizou no pensamento da cidade e as memórias silenciadas dos indígenas locais, das etnias Tenetehara-Guajajara e Canela. Partindo dos estudos sobre História e Memória, assim como da História Oral, confere-se destaque ao jogo de forças que permeia o processo de reconstrução e representação do passado, trazendo-lhe alternativas a silenciamentos aos quais frequentemente foram relegadas as narrativas do imaginário indígena. Palavras-chave: História. Memória. Tenetehara-Guajajara. Conflito do Alto Alegre. ABSTRACT “TODAY AND TOMORROW CELEBRATE THE HISTORY TO PERSONIFY IN THE PEOPLE”: memories’ brunts about Alto Alegre’s Conflict This research has as objective do na analisys the brunt of builded memories about the Alto Alegre´s Conflict, hapenned in city of Barra do Corda on March 13, 1901, as part of historic of the shocks between indians and not indians in this region, so as the production of discourses of these groups, seeking a questioning of the mechanisms used to solidify certain patterns of absorption and reproduction of understanding of this fact, present in the local imaginary. Additionally, there will be a dialogue between what is crystallized in the thought of the city and the silenced memories of the local indigenous, ethnic groups Tenetehara-Guajajara and Canela. Based on the studies of history and memory, as well as oral history, gives particular emphasis to the play of forces that permeates the process of reconstruction and representation of the past, bringing you alternatives to silences which were often relegated the narratives of indigenous imaginary. Key words: History. Memory. Tenetehara-Guajajara. Alto Alegre Conflict. RESUMEN “HOY Y MAÑANA CELEBRAD LA HISTORIA PARA ENCARNAROS EN EL PUEBLO”: enfrentamientos de memoria sobre el Conflicto de Alto Alegre Esta investigación tiene como objetivo analizar el choque de memorias construidas sobre el Conflicto de Alto Alegre, que ocurrió en la ciudad de Barra do Corda el 13 de marzo de 1901, como parte de la historia de los enfrentamientos entre indios y no indios en la región, así como la producción de discursos de estos grupos, buscando una problematización de los mecanismos utilizados para solidificar ciertos patrones de absorción y reproducción de entendimiento de este hecho, presentes en el imaginario local. Además, se realiza un diálogo entre lo que se cristalizó en el pensamiento de la ciudad y las memorias silenciadas de la población indígena local, de las etnias Tenetehara-guajajara Canela. Con base en los estudios de la Historia y la Memoria, así como de la Historia Oral, se pone énfasis al juego de fuerzas que impregna en el proceso de reconstrucción y representación del pasado, ofreciéndole alternativas a los silencios que a menudo fueron relegadas las narrativas del imaginario indígena. Palabras clave: Historia. Memoria. Tenetehara- Guajajara. Alto Alegre conflicto. SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ................................................................................................. 10 2 O CONFLITO DO ALTO ALEGRE: O PALCO E SEUS ATORES ............. 18 2.1 Barra do Corda: uma visão da região através de seus mapas e o sertão com seus significados ............................................................................................................