ANEXO 3.1 Informações Sobre a RMTC
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ANEXO 3.1 Informações sobre a RMTC 1 1. INTRODUÇÃO Este anexo apresenta uma descrição geral sobre a Rede Metropolitana de Transportes Coletivos – RMTC contendo informações sobre a estrutura e organização da rede de serviços de transporte coletivo da Grande Goiânia. São abordados aspectos relativos à rede de linhas, oferta dos serviços, demanda de passageiros e modelo institucional vigente. 2. A REDE METROPOLITANA DE TRANSPORTE COLETIVO - RMTC O serviço de transporte público coletivo de passageiros da Região Metropolitana de Goiânia (RMG), constituída pela capital do Estado de Goiás e municípios do entorno que são ligados por interesses econômicos e sociais comuns, está organizado em uma rede de serviços denominada Rede Metropolitana de Transportes Coletivos – RMTC. Inhumas Nova Veneza Brazabrantes Nerópolis Terezópolis de Goiás Caturaí Santo Antônio de Goiás Goianira Goianápolis Leopoldo de Bulhões Sta Bárbara de Goiás Bonfinópolis Trindade Goiânia Senador Canedo Caldazinha Abadia Campestre de Goiás Aparecida de Goiás de Goiânia Guapó Bela Vista de Goiás Aragoiânia Hidrolândia Varjão Legenda Goiânia RMG RDIG Figura 1: Municípios atendidos pela RMTC A RMTC foi estabelecida com os contornos atuais, pela Lei Complementar Estadual de n° 34, de 03/10/2001, que modificou a Lei Complementar n° 27, de 30/12/1999. O atributo fundamental da RMTC, definido no parágrafo 3° do art. 1º desta Lei, é o da 2 unidade sistêmica, isto é, o tratamento unificado das questões do transporte coletivo, nas dimensões físico-espaciais (vias, terminais, corredores), logística (linhas, trajetos, horários, meios e forma de integração); de modelo de operação e de acesso do passageiro ao serviço (tarifas, forma de pagamento e controle) assegurando a universalidade, a acessibilidade e a mobilidade da população servida pela Rede que abrange 18 municípios que formam a Região Metropolitana de Goiânia. 2.1. Abrangência A RMTC abrange, na forma da lei, o atendimento de transporte coletivo de 18 municípios, dos quais 13 pertencem à Região Metropolitana de Goiânia (RMG) e 5 pertencem à Região de Desenvolvimento Integrado de Goiânia. Dos 18 municípios atendidos pela RMTC, destacam-se 5 deles, todos conurbados entre si, com maior ou menor grau: Goiânia, Aparecida de Goiânia, Trindade, Senador Canedo e Goianira. Nestes municípios residem 2.300.000 habitantes, representando 94% do total de habitantes da RMG. Figura 2: Raio de cobertura da RMTC 3 2.2. Estrutura Institucional O modelo institucional da Rede Metropolitana de Transportes Coletivos (RMTC) é composto por diferentes instituições e agentes das esferas público e privada. São eles: Câmara Deliberativa de Transportes Coletivos da Região Metropolitana de Goiânia (CDTC-RMG): órgão colegiado que constitui o Poder Concedente, composto por representantes do Estado de Goiás, da Capital do Estado e dos municípios que compõem a RMG, responsável pela formulação das políticas públicas do setor; Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos – CMTC: empresa pública que ostenta o papel institucional de braço executivo da CDTC-RMG e que exerce a missão de entidade gestora pública da RMTC, cabendo-lhe, dentre outras atribuições, o gerenciamento, o controle e a fiscalização tanto da operação como da infraestrutura do serviço; Concessionárias: operadoras responsáveis pela produção e execução dos serviços ofertados na RMTC. São elas: Rápido Araguaia Ltda., HP Transportes Coletivos Ltda., Viação Reunidas Ltda., Cootego – Cooperativa de Transportes do Estado de Goiás, e a estatal Metrobus Transporte Coletivo S.A.; Consórcio da Rede Metropolitana de Transportes Coletivos: representa a atuação conjunta e consorciada das concessionárias privadas na operação da Central de Controle Operacional (CCO), na prestação do Serviço de Informação Metropolitano – SIM, e nas atividades de gestão, operação e manutenção dos Terminais de Integração da RMTC; Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros de Goiânia – SETRANSP: entidade sindical representativa das concessionárias e agente responsável pela arrecadação tarifária da RMTC através da bilhetagem eletrônica integrada por meio do Sistema Inteligente de Tarifação de Passagens – Sitpass. As concessionárias privadas encontram-se vinculadas à prestação dos serviços na RMTC por força dos Contratos de Concessão celebrados em 25/03/2008, derivados da Concorrência CMTC nº 01/2007, estando todas as empresas, inclusive a estatal Metrobus, submetidas, ainda, aos termos do Regulamento Operacional aprovado pelo art. 3º da Deliberação CDTC-RMG nº 60, de 27/11/2007, e demais atos normativos baixados pela CDTC-RMG e pela CMTC. 4 2.3. Unidade Sistêmica A RMTC possui, como atributo fundamental, o conceito de unidade sistêmica, que no contexto do transporte coletivo urbano representa o tratamento unificado das questões afetas aos deslocamentos da população pelos meios coletivos de transporte, em tudo aquilo que conforma um sistema de transporte, ou seja, na sua dimensão físico-espacial (vias, terminais, corredores), logística (linhas, trajetos, horários, meios e forma de integração), de modelo de operação e de acesso do passageiro ao serviço (tarifas, forma de pagamento, forma de controle). Notadamente a amplitude da “unidade sistêmica” está evidenciada pela sua abrangência ao considerar todas as linhas e serviços de todas as modalidades ou categorias, atuais ou futuras. A Lei Complementar 27, ao definir a forma e organização do serviço de transporte coletivo de abrangência ou interesse metropolitano, estabeleceu um marco significativo e fundamental para: A universalidade do serviço no contexto do atendimento das demandas de transporte regional; A mobilidade e acessibilidade regional, pelo favorecimento da integração operacional e de uma política tarifária comum; A estabilidade da execução das atividades operacionais dos prestadores dos serviços e, portanto, da garantia da oferta de um serviço essencial à população; e O fortalecimento do planejamento de ações, e correspondente estabelecimento de planos, que permitam uma evolução uniforme e abrangente das características do serviço de transporte. Esse modelo de unidade de serviços de transporte coletivo é singular no país, em razão da inexistência de conflitos institucionais, sobreposições de funções e serviços conflitantes, entre outros efeitos indesejáveis à coordenação dos serviços que marcam outras realidades metropolitanas brasileiras, os quais se constituem em obstáculos à maior integração da rede. A regulamentação e o gerenciamento corrente dos serviços de transporte estão também fundamentados na lógica de unidade sistêmica, que permeia a doutrina institucional do transporte coletivo metropolitano na Grande Goiânia, mediante duas instâncias que asseguram a participação dos entes federados atendidos pela Rede: a CDTC e a CMTC 5 2.4. Unidade Espacial A RMTC é uma rede altamente interligada a partir dos equipamentos urbanos de integração (terminais e estações de conexão). Com 90% das linhas integradas, oferece uma articulação com tal grau de cobertura espacial que permite caracterizá-la como uma efetiva rede de transporte coletivo. Esse grau de integração de linhas, no qual não se distinguem atendimentos de abrangência regional ou inter-regional, se constitui em um dos maiores atributos da RMTC, algo construído ao longo de 30 anos e que deve ser mantido como condição imperativa para os próximos anos. 2.5. Unidade Tarifária A tarifa básica do serviço de transporte em vigor desde 17 de maio de 2012 é igual para qualquer deslocamento na RMTC, no valor de R$ 2,70. A tarifa básica do serviço é reajustada, a cada período de 12 (doze) meses, no mês de maio de cada ano, tomando como referência de cálculo os 12 (doze) meses anteriores (de maio a abril), de modo a recompor o seu valor em face da variação de preços dos principais insumos do setor, em razão das variações inflacionárias medidas por índice geral de preços e em função da variação do Índice de Passageiros por Quilômetro (IPK) médio, o que é feito respeitando a Cláusula 24ª dos Contratos de Concessão em vigor na RMTC: A tarifa básica do serviço de transporte é fixada por força de Deliberações da Câmara deliberativa de Transportes Coletivos - CDTC 2.6. Unidade Operacional O espelho da unidade organizativa no lado público da gestão é a unidade operacional, no campo privado da operação dos serviços, não havendo sobreposições de serviços e nem serviços informais. Este é também um atributo importante e almejado em várias localidades. Com efeito, vem sendo cada vez mais consagrado nas políticas públicas de transporte, que o sentido de rede de transporte coletivo se afirma na complementaridade e coordenação da operação, e não na disputa pelo passageiro na via pública. Na RMTC o serviço de transporte está delegado a uma empresa pública e a empresas concessionárias privadas em regime de coordenação. Para estas empresas, a divisão dos serviços e sua delegação são feitas sob a forma de 6 grandes áreas geográficas – também chamadas zonas operacionais. A operação dos serviços em cada zona é sempre conjunta e compartilhada ½ a ½ entre duas operadoras. Tal modelo tanto alia um sentido de unidade às ações de operação e controle em cada zona, à semelhança de um consórcio operacional, como também oferece um instrumento de regulação das ações de cada operadora que se expressam: (i) na realização dos investimentos operacionais e em frota que devem ser comuns; (ii) na capacidade do poder público contar com uma alternativa para o atendimento da população na hipótese de descontinuidade dos serviços