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VIDA/GERAL PARAÍBA, QUINTA-FEIRA, 23 DE DEZEMBRO DE 2010 3 MEMÓRIA

Jason Marz canta no Funesc começa a digitalizar seu acervo Recife e em Salvador Com mais de um milhão de documentos, Arquivo Histórico da Fundação está sendo digitalizado e público terá acesso através da web

DIVULGAÇÃO TIAGO GERMANO Funesc, Maurício Burity, alguns do- breve, na web. cumentos já começam a ser dispo- “Tudo está preservado e agora artas com a caligrafi a do nibilizados para consulta pública organizado num sistema que fa- imperador Dom Pedro I, a partir da próxima semana, no cilita a visualização do arquivo Conhecido mundialmente documentos assinados portal www.funesc.com.br. sem a necessidade de manuseá-lo”, C pelos hits “I’m yours” e “Lucky”, o pelo estadista José Bonifácio, dis- “É um trabalho demorado e explica Rodrigo de Andrade, um cursos manuscritos do escritor oneroso. Estamos apenas no início dos diretores da Solaris, empresa cantor americano Jason Mraz teve José Américo de Almeida. Teste- do projeto, que esperamos que responsável pela digitalização dos shows confirmados na Bahia e munhos da história que a poeira tenha continuidade na próxima documentos. “Quando tudo estiver Pernambuco. O músico é o destaque do tempo vinha consumindo gestão”, afi rma Burity, que destaca salvo em software, vamos enca- no último dia do Festival de Verão nos vastos arquivos da Fundação não apenas o cuidado com que minhar cópias desses arquivos de Salvador, dia 5 de fevereiro. No Espaço Cultural (Funesc). a Funesc está lidando com um para a Biblioteca Nacional e para dia seguinte, Marz vai estar em “Eu tinha medo que todos material perecível e delicado, a Fundação Joaquim Nabuco”, Pernambuco, mas o local ainda não aqueles documentos fossem des- mas a preocupação em propor- completa Airon. foi definido. Pode ser, inclusive, que truídos e toda aquela história cionar o acesso da população ao Aberto diariamente, o Arquivo o show seja em Porto de Galinhas. fosse perdida”, disse o historiador seu conteúdo. “Digitalizar sem Histórico realiza, duas vezes Arion Farias, chefe da Divisão do permitir o conhecimento imediato por semana, um programa com ‘Avatar’ é o filme mais Arquivo Histórico, um dos nomes das informações é fazer com que a escolas públicas da capital pa- à frente da verdadeira corrida história se perca do mesmo jeito”, raibana. Depois de visitarem a pirateado de 2010 contra o tempo que a Funesc está enfatiza o presidente da Fundação. galeria Archidy Picado, o Museu Avatar foi o filme mais empreendendo para digitalizar Para tanto, a Funesc planeja José Lins do Rego e o Planetário, os pirateado em 2010. Segundo os seu acervo de mais de um milhão incluir, em uma primeira etapa, alunos vão ao lugar que preserva dados levamtados no site Torrent de documentos. o acervo de mais de 25 mil docu- documentos dos quais sabem Freak, o longa de James “Titanic” O processo de digitalização, mentos em seu arquivo digital. apenas da existência através dos Cameron foi baixado ilegalmente que tem mobilizado o empenho Estas cartas, jornais e documentos livros de História. Agora, não só na internet cerca de 16,5 milhões de profi ssionais da área de ar- foram selecionados de acordo com os estudantes como milhares de de vezes. Em segundo lugar vem quivismo e de um arsenal de equi- sua importância histórica. Sete pessoas também poderão acessá- a adaptação dos quadrinhos Kick pamentos especiais, começou este mil já foram digitalizados e destes, los de um computador, do conforto Ass - Quebrando Tudo, de Matthew mês. Segundo o presidente da 200 poderão ser visualizados, em de suas casas. RARIDADES Arion e documentos do Arquivo Histórico: digitalizar para preservar Vaughn (Nem Tudo É o Que Parece), NO RECIFE TELEVISÃO com 11,4 milhões, e em terceiro está A Origem, de Christopher Nolan (O Cavaleiro das Trevas), com 9,7 Naná Vasconcelos lança disco de inéditas em que Fábio Jr. e Fiuk milhões de cópias baixadas. estão juntos Faixa de Abbey Road promove o encontro entre orquestra e percussão em especial vira patrimônio inglês

“Sinfonias e Batuques” tem a participação de sua filha, Luz Morena, e homenagem a Milton Nascimento DA FOLHAPRESS

OTAVIO DE SOUZA/DIVULGAÇÃO TIAGO GERMANO concurso nacional Magda Ta- história “que todo mundo gliaferro, em São Paulo. pensa que aconteceu’’, imaginação do per- Luz Morena é fi lha de Naná e Asegundo Fiuk, vai ao ar na cussionista Naná Vas- participa nas vinhetas de “Mis- TV Globo, hoje, às 22h50 (Brasília). Agora a famosa faixa de Aconcelos tem a cadência térios”, “Pedalando” e “Canção Em Tal Filho, Tal Pai, ele é um cantor, pedestres de Abbey Road faz parte nervosa de um tambor de ma- para Nanile”. “Sinfonia e Ba- fi lho de um artista de sucesso, do patrimônio inglês. O local serviu racatu. Num dia em que o toque tuques”, canção que dá nome ao vivido por seu pai, Fábio Jr. Parece de cenário para a foto que estampou desse tambor soou mais inquieto CD, é a que sintetiza a fi losofi a do reportagem, mas é fi cção. que o habitual, Naná se trans- disco, com a perfeita confl uência No especial, Fiuk, como também a capa do álbum de mesmo nome DEVANEIO Ideia do portou a um parque imaginário de sons de cordas e percussão, se chama o personagem, grava um dos Beatles, 12° álbum lançado novo CD surgiu de um pela banda britânica em 1969. Os onde ensaiava uma orquestra encontro imaginário nos transportando imedian- DVD com o pai (o que ainda não imaginária e onde batuqueiros, entre uma orquestra e tamente para o parque que Naná aconteceu na vida real), interpretam estúdios de Abbey Road, situados no também imaginários, passeavam batuqueiros visitou em sua imaginação. “Vinte e Poucos Anos’’, antigo norte de Londres, haviam ganhado na mesma hora e local. O de- O show de lançamento de sucesso de Fábio Jr., e o trabalho é o mesmo status em fevereiro deste vaneio gerou nada mais nada Sinfonia e Batuques ocorre hoje estraçalhado pela crítica Bárbara ano. Com o grau 2 de proteção, o menos que um CD, Sinfonia e monizar percussão e cordas, Valendo-se destas “células à noite no Nascedouro dos Pei- Leão (Alessandra Negrini). local só pode ser alterado com a Batuques, que o percussionista além de apresentar uma técnica rítmicas compostas sobre águas” xinhos, na capital pernam- Fiuk se desilude e resolve re- aprovação do conselho de preser- lança hoje em Recife. de “percussão nas águas”, desen- Naná homenageia ainda Milton bucana. Na festa, que será aberta começar com um teste para cantar vação nacional inglês. O álbum, porém, não é nada volvida por Naná para remeter Nascimento na faixa “Aquela do ao público a partir das 20h, serão na banda Agnatus. Consegue com confuso, como sugere o devaneio ao som que os negros ouviam Milton”, e apresenta três canções apresentados dois videoclipes e méritos próprios, mas seu pai, Wikileaks: livro de que deu impulso criativo para quando eram trazidos da África em parceria com Luz Morena, uma batucada a cargo do Coco chamado na trama de Fábio Jr., a sua realização. Nas 12 faixas do Amaro Branco e do Maracatu volta a ter participação funda- Julian sairá no Brasil para o Brasil na época da es- jovem pianista de apenas onze De acordo com a Folha de São inéditas, o músico busca har- cravidão. anos que em 2009 venceu o Axé da Lua. mental na prova de fogo do fi lho. Paulo, os direitos de publicação do LANÇAMENTO livro de memórias do jornalista australiano Julian Assange, criador e editor-chefe do WikiLeaks, foi comprado pela Cia. das Letras. O Aos 65, quebra jejum em disco roqueiro lançamento será simultâneo em todo o mundo. No entanto, a data de ‘Olympia’ conta com as participações dos velhos companheiros de e ainda Dave Gilmour, Flea e Dave Stewart publicação ainda não está definida. O Wikileaks é um site conhecido por divulgar documentos sigilosos, THALES DE MENEZES com certeza, praticamente todas ele reuniu no estúdio um time trumentistas que todo artista Olympia)”, um soul pesado para eram namoradas do cantor. dos sonhos. Companheiros de pediu a Deus: Marcus Miller, no levantar qualquer festa, “Reason entre eles 77 mil documentos da ate Moss aparece na capa Ferry desenvolveu uma Ferry no Roxy Music, Andrew baixo, e Nile Rodgers, o guitarrista or Rhyme” (puxada por Ferry ao inteligência americana sobre o de Olympia (Virgin/EMI, carreira solo paralela, desde 1973, Mackay, Phil Manzanera e Brian responsável pelo impecável som piano) e “You Can Dance” (como o Iraque. KR$ 28, ótimo), 13º álbum em que priorizou regravações Eno participam de algumas sacolejante do Chic nome entrega, feita para dançar). solo do cantor Bryan Ferry. Está de outros artistas e baladas ro- faixas. A lista de convidados no auge da disco. Dois grandes momentos po- ‘Supernatural’ ganhará de cabeça para baixo, mas, ainda mânticas derramadas, como o vip tem o baixista Flea Tanto craque deriam entrar em um “greatest uma série animada assim, é Kate Moss. E isso signifi ca sucesso mundial “Slave to Love”. (Red Hot Chili Peppers), junto rendeu hits” do Roxy Music: “Heartache muito. Não se trata de devoção à Nos discos solo, Ferry optava por Dave Stewart (ex-Eu- coisas como by Numbers”, marcada pelo bela e polêmica modelo inglesa. seus retratos nas capas, inva- rythmics) e o duo ele- “BF Bass baixo de Flea, e “No Face, No Sua imagem está ali para sinalizar riavelmente com ternos de grife trônico Groove Armada. O (Ode to Name, No Number’’, regravação que desta vez Ferry tenta voltar ao muito bem cortados e o cabelo destaque, no entanto, é Dave de uma canção do Traffi c, escrita rock que fazia com sua banda nos cuidadosamente (des)penteado. Gilmour (Pink Floyd), por Steve Winwood e Jim Capaldi, anos 1970, Roxy Music. Em Olympia, pela primeira que empresta sua que na versão de Ferry fi cou Surgido na esteira do glam vez ele não está na capa. Kate guitarra suave pop grudento. de David Bowie e Marc Bolan em Moss vem para resgatar os antigos a duas ótimas Rock elegante, Será lançado em fevereiro 1971, o Roxy Music deixou logo a fãs do Roxy Music, que não vão baladas, “Me Oh Olympia é altamente o desenho animado japonês maquiagem e focou seu trabalho se decepcionar com o resultado. My” e a arrepiante indicado para fãs baseado na série televisiva de na construção de rock sofi sticado, Se não chega perto de discos “Song to the Siren”, do melhor Duran terror Supernatural. A produção terá elegante. As harmonias redondas, como Siren e Country Life, o novo regravação de um Duran, do Bowie uma temporada de 22 episódios bases de canções assobiáveis e álbum não faria feio se encaixado sucesso de Tim fase “Let’s Dance” e, e não será um remake, mas vai ter prontas para as rádios, viraram na discografi a da banda. Olympia Buckley, original de claro, do Roxy Music. também episódios originais, que um modelo. Sem exagero, o é o primeiro disco de inéditas de 1967. (Da Folhapress) mostrarão a infância dos irmãos Duran Duran não existiria sem o Ferry desde Frantic, de 2002. Há Na banda fi xa, Winchester. Personagens secundá- Roxy Music. três anos, lançou , que já está em rios do seriado original e vilões Desde o álbum de estreia, uma uma fraca reunião de covers de turnê com ELEGANTE Ferry, cuja carreira exclusivos para o animê. O criador e marca do grupo era colocar nas Bob Dylan. Ferry e faz solo sempre priorizou baladas produtor executivo Eric Kripke está capas dos discos fotos de modelos Para a retomada de uma as bases do românticas, investiu no rock em disco que lembra sua antiga banda envolvido na adaptação. famosas. Não por coincidência, pegada mais rock aos 65 anos, disco, dois ins- ARRQUIVOQUIVO FOTOS: DIVULGAÇÃO