GOVERNO DO ESTADO DO SECRETARIA DO PLANEJAMENTO E MEIO AMBIENTE DIRETORIA DE ZONEAMENTO ECOLÓGICO-ECONÔMICO

PROJETO DE GESTÃO AMBIENTAL INTEGRADA - BICO DO PAPAGAIO -

ZONEAMENTO ECOLÓGICO-ECONÔMICO

CONTEXTO ESTADUAL E REGIONAL - - NORTE DO ESTADO DO TOCANTINS - l l a a n n o o i i g g e e R R

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S S E E I I Palmas R R É É S S 2004

GOVERNO DO ESTADO PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA DO TOCANTINS FEDERATIVA DO BRASIL

Marcelo de Carvalho Miranda Luiz Inácio Lula da Silva Governador Presidente

Raimundo Nonato Pires dos Santos José Alencar Gomes da Silva Vice-Governador Vice-Presidente

SECRETARIA DO PLANEJAMENTO MINISTÉRIO DO E MEIO AMBIENTE MEIO AMBIENTE

Lívio William Reis de Carvalho Maria Osmarina Marina da Silva Vaz de Lima Secretário Ministra

Nilton Claro Costa SECRETARIA DE COORDENAÇÃO Subsecretário DA AMAZÔNIA

Jörg Zimmermann Eduardo Quirino Pereira Secretário (substituto) Diretor de Zoneamento Ecológico-Econômico SECRETARIA TÉCNICA DO SUBPROGRAMA DE POLÍTICAS Belizário Franco Neto DE RECURSOS NATURAIS Diretor de Meio Ambiente e Recursos Hídricos Francisco José de Barros Cavalcanti Secretário Técnico Glênio Benvindo de Oliveira Diretor de Orçamento PROGRAMA PILOTO PARA PROTEÇÃO DAS FLORESTAS Félix Valóis Guará TROPICAIS DO BRASIL – PPG-7 Diretor de Planejamento Alberto Lourenço Joaquín Eduardo Manchola Cifuentes Coordenação Geral Diretor de Pesquisa e Informações Cooperação Financeira para o Tocantins: União Européia - CEC Ana Maria Demétrio Rain Forest Fund - RFT Diretora de Administração e Finanças Cooperação Técnica: Departament for International Development - DFID Eder Soares Pinto Diretor de Ciência Parceria: Banco Mundial e Tecnologia

GOVERNO DO ESTADO DO TOCANTINS SECRETARIA DO PLANEJAMENTO E MEIO AMBIENTE DIRETORIA DE ZONEAMENTO ECOLÓGICO-ECONÔMICO

Projeto de Gestão Ambiental Integrada -Bico do Papagaio-

Zoneamento Ecológico-Econômico

Execução pela Secretaria do Planejamento e Meio Ambiente – Seplan, Diretoria de Zoneamento Ecológico- Econômico – DZE, em convênio com o Ministério do Meio Ambiente – MMA, por meio do Subprograma de Política de Recursos Naturais – SPRN / Programa Piloto para Proteção das Florestas Tropicais do Brasil – PPG-7

CONTEXTO ESTADUAL E REGIONAL - Norte do Estado do Tocantins -

TEXTO EXPLICATIVO ORGANIZADO POR Vítor Bellia Lindomar Ferreira dos Santos

CRÉDITOS DE AUTORIA

TEXTO EXPLICATIVO Laís de Almeida Menezes Clarice Vieira Cláudio César de Freitas Delorenci Vítor Bellia Ricardo Ribeiro Dias

ACOMPANHAMENTO TÉCNICO E REVISÃO

Eduardo Quirino Pereira Lindomar Ferreira dos Santos Rodrigo Sabino Teixeira Borges

Coordenação editorial a cargo da Diretoria de Zoneamento Ecológico-Econômico - DZE Secretaria do Planejamento e Meio Ambiente - Seplan

Revisão de Texto Waleska Zanina Amorim

MENEZES, Laís de Almeida; VIEIRA, Clarice; DELORENCI, Cláudio César de Freitas; BELLIA, Vitor; DIAS, Ricardo Ribeiro; SANTOS, Lindomar Ferreira dos.

Secretaria do Planejamento e Meio Ambiente (Seplan). Diretoria de Zoneamento Ecológico-Econômico (DZE). Projeto de Gestão Ambiental Integrada da Região do Bico do Papagaio. Zoneamento Ecológico-Econômico. Contexto Estadual e Regional do Norte do Estado do Tocantins. Org. por Vítor Bellia e Lindomar Ferreira do Santos. Palmas, Seplan/DZE, 2004. 76p., ilust. Séries ZEE - Tocantins / Bico do Papagaio / Contexto Estadual e Regional. Executado por Oikos Pesquisa Aplicada Ltda. para a Secretaria do Planejamento e Meio Ambiente (Seplan), no âmbito de convênio firmado entre a Seplan e o Ministério do Meio Ambiente. 1. Contexto Estadual e Regional. 2. Zoneamento Ecológico-Econômico. 3. Gestão Territorial. 4. Norte do Tocantins. I. Tocantins. Secretaria do Planejamento e Meio Ambiente. II. Diretoria de Zoneamento Ecológico-Econômico. III. Título.

CDU 502.33 (811.7)

______

Palavra do Governador

O meu governo, após ampla discussão com a sociedade, definiu como um dos seus macroobjetivos no PPA 2004-2007 o aumento da produção com desenvolvimento sustentável, tendo como orientações básicas a redução das desigualdades regionais, a promoção de oportunidades à população tocantinense e a complementaridade com as iniciativas em nível nacional para os setores produtivo e ambiental na Amazônia Legal e no Corredor Araguaia-Tocantins.

Para o aumento da produção com desenvolvimento sustentável, entre outras ações, temos conduzido a elaboração dos zoneamentos ecológico-econômicos e dos planos de gestão territorial para as diversas regiões do Estado. Estas ações permitem a identificação, mapeamento e descrição das áreas com importância estratégica para a conservação ambiental e das áreas com melhor capacidade de suporte natural e socioeconômico para o desenvolvimento das atividades e empreendimentos públicos e privados.

Fico feliz em entregar à sociedade mais um produto relacionado ao Zoneamento Ecológico-Econômico e ao Plano de Gestão Territorial da Região Norte do Tocantins, e ratifico o meu compromisso com a melhoria da qualidade de vida da população residente na referida área, pautado na viabilização de atividades e empreendimentos, na redução da pobreza e na conservação dos recursos hídricos e biodiversidade.

Confio plenamente no uso das informações desta publicação e afirmo que o Estado do Tocantins caminha, a passos largos, rumo a um novo estágio de desenvolvimento econômico e social, modelado pela garantia de boa qualidade de vida às próximas gerações.

Marcelo de Carvalho Miranda Governador

______A Word from the Governor

My government, after a broad discussion with society, has defined as one of its macro objectives in the 2004-2007 PPA (Pluriannual Plan) the increase of the State’s output with sustainable development, having as basic guidelines the reduction of regional inequalities, the promotion of opportunities to the Tocantins people and the complement of the national level initiatives for the Legal Amazon and the Araguaia-Tocantins corridor production and environmental sectors.

To increase production with sustainable development, among other actions, we are setting up ecological-economic zoning and territorial management plans for the various State regions. These actions allow the categorizing, mapping and description of environmental conservation areas of strategic importance and of the areas with better natural and socio- economic support capacity for carrying-out the public and private activities and enterprises.

I’m glad to bring forth another product of the Ecological-Economic Zoning and of the Tocantins State North Region Territorial Management Plan, and confirm my commitment with the improvement of the region’s people quality of life, centered on the feasibility of the activities and enterprises, in poverty reduction and in the preservation of the water resources and biodiversity.

I fully endorse the use of the information of this booklet and am truly confident that the Tocantins State is heading, with large steps, towards a new stage of economic and social development, designed to ensure the best quality of life to the next generations.

Marcelo de Carvalho Miranda Governor

______

Apresentação

O Governo do Estado do Tocantins tem conseguido incorporar o segmento ambiental no planejamento e gestão das políticas públicas. Por meio do Zoneamento Ecológico-Econômico, considerado o ponto estratégico do Estado para possibilitar avanços no desenvolvimento econômico com conservação e proteção ambiental, a Seplan tem, eficientemente, gerado produtos que subsidiam a gestão do território tocantinense.

Buscando aumentar a lista de produtos do Zoneamento Ecológico-Econômico (ZEE), disponíveis para a sociedade e os órgãos dos governos federal, estadual e municipal, apresento o trabalho “Contexto Estadual e Regional do Norte do Estado do Tocantins”, o qual foi elaborado com recursos do Tesouro do Estado e do Programa Piloto para Proteção das Florestas Tropicais do Brasil (PPG-7), por meio do Ministério do Meio Ambiente e do Banco Mundial.

Este estudo procurou apresentar o desenvolvimento social e econômico do Norte do Estado do Tocantins relativamente ao contexto regional, estadual e nacional. Para tanto, utilizou-se a análise comparativa de dados socioeconômicos utilizando-se variáveis sociais e macroeconômicas.

Sumarizando, o trabalho ora apresentado, além de voltar-se ao atendimento das necessidades do ZEE, traduz-se numa contribuição desta Seplan para a ampliação do conhecimento dos aspectos socioeconômicas do Tocantins, bem como subsídio ao planejamento regional.

Lívio William Reis de Carvalho Secretário do Planejamento e Meio Ambiente

______Resumo

Este relatório tem por objetivo central apresentar a área do ZEE do Norte do Estado do Tocantins em seus aspectos ambientais, econômicos e sociais, e contextualizá-la relativamente aos agregados macroeconômicos e sociais em que está inserida, especialmente no Estado do Tocantins e na Mesorregião Bico do Papagaio. Buscou-se, em especial, evidenciar-se as desigualdades intra-regionais presentes no norte tocantinense no que diz respeito aos aspectos sociais. Para a consecução destes objetivos, foi elaborado um Índice de Desenvolvimento Social (IDS) como instrumento de comparação e hierarquização dos municípios constitutivos do Norte do Tocantins de acordo com seus principais aspectos sociais. Para a contextualização desta área em níveis regionais e estaduais foram utilizados o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e seus respectivos subíndices, desenvolvidos pelo instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (IPEA) para os municípios brasileiros. No Capítulo 1, estão contidas informações acerca da definição e metodologia de cálculo dos indicadores e índices utilizados no presente trabalho, além de uma breve apresentação da área em estudo. O Capítulo 2 descreve resumidamente as principais características ambientais, econômicas e sociais do Norte do Estado do Tocantins. Em seguida, o Capítulo 3 busca contextualizar a área em estudo no quadro geral do Estado do Tocantins, da Mesorregião Bico do Papagaio e, mais geralmente, da Região Norte do país. Finalmente, o Capítulo 4 apresenta a construção e os resultados do Índice de Desenvolvimento Social, elaborado especificamente para os municípios constitutivos da área do ZEE do Norte do Estado do Tocantins, com o objetivo de comparar sua realidade sócioeconômica em nível intra-regional.

______Abstract

This report has as central target to present the Region North of the State of the Tocantins in its environmental, economic and social aspects, and to contextualize it in the macroeconomic and social aggregates where it is inserted, in special that of the State of the Tocantins and of the Mesorregião Bico do Papagaio. It searched, in special, to evidence the intra-regional inequalities of the Region in respect of its social aspects. For the achievement of these objectives, an Index of Social Development was elaborated (IDS) as instrument to compare and evaluate the constituent cities of the Region in accordance with its main social aspects. For the contextualization of the Region in regional and state levels, the Index of Human Development and its respective Sub-Index, developed by the IPEA for the Brazilian cities, had been used. After a brief Presentation, section 1 describes the main environmental, economic and social elements of the Region North of the Tocantins. After that, section 2 contextualize the Region in the general picture of the State of the Tocantins, of the Mesorregião Bico do Papagaio and, more generally, of the Region North of the Country. Finally, section 3 presents the construction and the results of the Index of Social Development, elaborated specifically for the constituent cities of the Region North of the Tocantins with the objective to compare its social and economic realities.

Sumário

LISTA DE FIGURAS...... xiii LISTA DE TABELAS ...... xv LISTA DE QUADROS ...... xvii LISTA DE GRÁFICOS...... xix LISTA DE SIGLAS E ACRÔNIMOS...... xxi

1 – INTRODUÇÃO ...... 1 1.1 – Apresentação ...... 1 1.2 – Localização e acesso ...... 2 1.3 – Material e métodos ...... 4 1.3.1 – Dimensões do desenvolvimento social ...... 4 1.3.2 – Índices de desenvolvimento por dimensão ...... 7

2 – ÁREA DO ZEE DO NORTE DO TOCANTINS: ASPECTOS GERAIS...... 9 2.1 – Características gerais...... 9

3 – O NORTE DO TOCANTINS NO CONTEXTO ESTADUAL E REGIONAL ...... 11 3.1 – Desigualdades socioeconômicas regionais ...... 11 3.2 – Contexto estadual e regional...... 12 3.3 – Mesorregião Bico do Papagaio ...... 13

4 – DESENVOLVIMENTO SOCIAL NO NORTE DO TOCANTINS...... 15 4.1 – Índice de Desenvolvimento Social - dimensão Renda...... 15 4.2 – Índice de Desenvolvimento Social - dimensão Educação ...... 15 4.3 – Índice de Desenvolvimento Social - dimensão Habitação ...... 16 4.4 – Índice de Desenvolvimento Social - dimensão Longevidade...... 17 4.5 – Índice de Desenvolvimento Social - dimensão Governo...... 18 4.6 – Índice de Desenvolvimento Social - dimensão Comércio e Serviços ...... 29 4.7 – Índice de Desenvolvimento Social - dimensão Consenso Social ...... 29 4.8 – Índice de Desenvolvimento Social - dimensão Urbanização ...... 29

xi 4.9 – Índice de Desenvolvimento Social - dimensão Produção...... 37 4.10 – Índice de Sintético de Desenvolvimento Social ...... 41

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...... 45 ANEXOS ...... 47 ANEXO A – Unidades de comércio e serviço selecionadas...... 48 ANEXO B – Dados ...... 50 ANEXO C – Metodologia de análise de componentes principais - descrição formal ...... 62

xii Lista de Figuras

1 – Área do ZEE do Norte do Estado do Tocantins ...... 3

2 – Área do ZEE do Norte do Estado do Tocantins: dimensão Renda - classificação municipal ...... 19

3 – Área do ZEE do Norte do Estado do Tocantins: dimensão Renda - classificação por RPAs ...... 20

4 – Área do ZEE do Norte do Estado do Tocantins: dimensão Educação - classificação municipal ...... 21

5 – Área do ZEE do Norte do Estado do Tocantins: dimensão Educação - classificação por RPAs...... 22

6 – Área do ZEE do Norte do Estado do Tocantins: dimensão Habitação - classificação municipal...... 23

7 – Área do ZEE do Norte do Estado do Tocantins: dimensão Habitação - classificação por RPAs...... 24

8 – Área do ZEE do Norte do Estado do Tocantins: dimensão Longevidade - classificação municipal ...... 25

9 – Área do ZEE do Norte do Estado do Tocantins: dimensão Longevidade - classificação por RPAs ...... 26

10 – Área do ZEE do Norte do Estado do Tocantins: dimensão Governo - classificação municipal ...... 27

11 – Área do ZEE do Norte do Estado do Tocantins: dimensão Governo - classificação por RPAs ...... 28

12 – Área do ZEE do Norte do Estado do Tocantins: dimensão Comércio e Serviços - comparação municipal ...... 31

13 – Área do ZEE do Norte do Estado do Tocantins: dimensão Comércio e Serviços - comparação por RPAs ...... 32

14 – Área do ZEE do Norte do Estado do Tocantins: dimensão Consenso Social - comparação municipal...... 33

15 – Área do ZEE do Norte do Estado do Tocantins: dimensão Consenso Social - comparação por RPAs ...... 34

16 – Área do ZEE do Norte do Estado do Tocantins: dimensão Urbanização - comparação municipal ...... 35

17 – Área do ZEE do Norte do Estado do Tocantins: dimensão Urbanização - comparação por RPAs ...... 36

18 – Área do ZEE do Norte do Estado do Tocantins: dimensão Produção - comparação municipal ...... 39

19 – Área do ZEE do Norte do Estado do Tocantins: dimensão Produção - comparação por RPAs ...... 40

xiii 20 – Área do ZEE do Norte do Estado do Tocantins: Índice de desenvolvimento social - comparação municipal...... 42

21 – Área do ZEE do Norte do Estado do Tocantins: índice de desenvolvimento social - comparação por RPAs...... 43

xiv Lista de Tabelas

1 – Dados primários ...... 53

2 – Dados primários ...... 54

3 – Variáveis ...... 55

4 – Conversão das variáveis à escala (0,1) ...... 56

5 – Transformações da análise de componentes principais ...... 57

6 – Índices das dimensões ...... 58

7 – Índices das dimensões - classificação por quintis...... 59

8 – Índices de Desenvolvimento Social (IDS) ...... 60

9 – Índices de Desenvolvimento Social - classificação por quintis...... 61

xv xvi Lista de Quadros

1 – Descrição das variáveis selecionadas para o Índice de Desenvolvimento Social ...... 5

2 – Cálculo das variáveis selecionadas para o Índice de Desenvolvimento Social ...... 6

3 – Fontes e período das variáveis selecionadas para o índice de desenvolvimento social ...... 6

4 – Resumo do método e cálculo do índice de desenvolvimento social ...... 8

5 – Regiões Político-Administrativas da área do ZEE do Norte do Estado do Tocantins ...... 9

6 – PIB a preços de mercado - Tocantins, Região Norte e Brasil - 1997 a 2000 (em R$ milhão) ...... 12

7 – PIB nominal per capita - Tocantins, Região Norte do Brasil e Brasil - 1997 a 2000 (em R$ milhão)...... 12

8 – Subíndices de desenvolvimento humano - Brasil, Tocantins, Região Norte do Brasil e Norte do Tocantins - 2000 . 13

9 – Municípios pertencentes a Mesorregião Bico do Papagaio e seus respectivos estados ...... 14

10 – População, área e densidade demográfica - Norte do Tocantins, Mesorregião Bico do Papagaio e demais municípios da Mesorregião - 2000 ...... 14

11 – Subíndices de desenvolvimento humano - Brasil, Tocantins, Região Norte do Brasil, Mesorregião Bico do Papagaio e Norte do Tocantins - 2000...... 16

12 – Ranking dos municípios segundo o índice sintético de desenvolvimento social...... 41

13 – Unidades de comércio e serviços selecionadas...... 49

14 – Descrição dos dados primários ...... 51

15 – Descrição das variáveis...... 52

16 – Índices das dimensões ...... 52

xvii xviii Lista de Siglas e Acrônimos

BIM – Base de Informações Municipais

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

IDH – Índice de Desenvolvimento Humano

IDH-M – Índice de Desenvolvimento Humano Municipal

IDHM-E – Índice de Desenvolvimento Humano Municipal - Educação

IDHM-L – Índice de Desenvolvimento Humano Municipal - Longevidade

IDHM-R – Índice de Desenvolvimento Humano Municipal - Renda

INCRA – Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária

IPEA – Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada

MI – Ministério da Integração Nacional

MMA – Ministério do Meio Ambiente

MS – Ministério da Saúde

PIB – Produto Interno Bruto

PNUD – Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento

PPG-7 – Programa Piloto para Proteção das Florestas Tropicais do Brasil

Promeso – Programa de Desenvolvimento Integrado e Sustentável de Mesorregiões Diferenciadas

RPA – Região Político-Administrativa

RPAs – Regiões Político-Administrativas

Sebrae – Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas

xix Seplan – Secretaria do Planejamento e Meio Ambiente

SIDRA – Sistema IBGE de Recuperação Automática

SPRI – Secretaria de Programas Regionais Integrados

SPRN – Subprograma de Políticas de Recursos Naturais

STN – Secretaria do Tesouro Nacional

SUS – Sistema Único de Saúde

ZEE – Zoneamento Ecológico-Econômico

xx Zoneamento Ecológico-Econômico Contexto Estadual e Regional - Norte do Tocantins

1 Introdução

1.1 – Apresentação Municipal (IDH-M) - 2000, calculado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) para os O presente trabalho é resultado de uma das atividades municípios brasileiros. A área em estudo apresenta do Zoneamento Ecológico-Econômico (ZEE) dentro do resultados bastante negativos para a dimensão Projeto de Gestão Ambiental Integrada (PGAI) da Longevidade, em comparação relativamente aos Região do Bico do Papagaio, que pertence ao demais estados da Região Norte do país, bem como Subprograma de Políticas de Recursos Naturais em relação ao conjunto brasileiro, ficando a frente (SPRN) - Programa Piloto para Proteção das Florestas apenas do Estado do Maranhão. A situação é bastante Tropicais do Brasil (PPG-7). Este subprograma foi semelhante no que se refere à Renda, onde apresenta implementado por meio de convênio entre o Ministério resultados superiores apenas em relação aos estados do Meio Ambiente (MMA) e a Secretaria do do Maranhão e do Amazonas. Quanto à dimensão Planejamento e Meio Ambiente (Seplan). Educação, os resultados são relativamente melhores, colocando-se a frente dos estados do Maranhão, Acre, Este relatório tem como objetivo indicar a inserção Amazonas e Pará e, até mesmo, da Região Norte do regional da área do ZEE do Norte do Estado do país. Tocantins, destacando as principais características do contexto estadual e regional. Para a inserção nos A área em estudo, todos os estados da Região Norte referidos contextos, foram utilizadas variáveis sociais e do país, o Maranhão e o Brasil encontram-se em macroeconômicas de interesse, como o Produto patamares de médio desenvolvimento humano, Interno Bruto (PIB), o Produto Interno Bruto per capita apresentando, porém, importantes diferenças. O e o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Tocantins e sua área do ZEE do Norte do Estado colocam-se na frente apenas dos estados do Acre, do A distribuição relativa do PIB nominal é indicativa da Amazonas e do Maranhão, sendo este último o pior pequena participação do Estado do Tocantins tanto na classificado deste grupo. produção nacional quanto na Região Norte do país. A participação percentual do PIB do Tocantins O relatório procurou também traduzir a realidade representou 4,7% da Região Norte do Brasil e 0,2% do socioeconômica do Norte do Tocantins em um Índice Brasil no período compreendido entre os anos de 1997 de Desenvolvimento Social (IDS) elaborado para a 2000. comparar e hierarquizar municípios desse, integrantes de acordo com o desenvolvimento social. Para a contextualização do desenvolvimento social da área do ZEE do Norte do Tocantins, no Estado e na O IDS ressaltou a diferenciação entre as Regiões Região Norte do Brasil em geral, utilizou-se como Político-Administrativas, indicando que os melhores medida o Índice de Desenvolvimento Humano indicadores de renda, habitação, longevidade, governo

1 Zoneamento Ecológico-Econômico Contexto Estadual e Regional - Norte do Tocantins e produção estão concentrados nas Regiões Político rumo norte pela BR-153 (Belém-Brasília), passando Administrativas (RPAs) de Araguaína, Colinas do por , Guaraí e , Tocantins e Xambioá. Indicadores mais modestos alcançando-se, então, Araguaína. Neste ponto, após foram encontrados nas RPAs de , haver percorrido-se aproximadamente 410km, adentra- Augustinópolis e Tocantinópolis. Destacou, ainda, que se na área em estudo. o conjunto do Norte do Tocantins apresenta deficiências no tocante à educação e ao comércio e Na segunda opção, parte-se de Palmas pela rodovia serviços. O maior IDS foi encontrado em Araguaína, e TO-010 em direção à cidade de Lajeado, num trecho em oito municípios das RPAs Araguaína, Xambioá e de 50km, donde se segue, após travessia do rio Colinas do Tocantins estão incluídos no ranking dos 10 Tocantins em balsa, por mais 21km até o município de primeiros lugares. . Desta localidade, percorrem- se mais 21km pela rodovia TO-342 até Miranorte e daí 1.2 – Localização e acesso rumo norte pela BR-153 até Araguaína, seguindo a mesma rota anterior. A área em estudo tem cerca de 34.218km². Delimita-se a norte, no município de São Sebastião do Tocantins, Na área do ZEE do Norte do Estado do Tocantins pela coordenada de 5º10'00" de latitude sul; a sul, no destacam-se as rodovias: BR-153 (Nova Olinda- município de Bandeirantes do Tocantins, pela Araguaína-Wanderlândia-Xambioá), BR-226 coordenada de 8º25'00" de latitude sul; a oeste, pelo (Wanderlândia-Darcinópolis-- rio Araguaia, no município de Pau D’Arco, tendo por Aguiarnópolis), BR-230 (São Paulo-Transaraguaia- limite ocidental a coordenada de 49º20'20" de longitude trevo TO-134-Luzinópolis-Aguiarnópolis), TO-010 oeste; e a leste pelo rio Tocantins, no município de (Wanderlândia-Ananás-Povoado Trecho Seco-Natal- Tocantinópolis, tendo por limite oriental a coordenada Transaraguaia-Araguatins--São de 47º 22' 40" de longitude oeste (Figura 1). Sebastião do Tocantins), TO-126 (Aguiarnópolis- Tocantinópolis-Maurilândia do Tocantins-- Situada no norte do Estado do Tocantins, a área Sítio Novo do Tocantins-São Miguel do Tocantins-Bela abrange os municípios de Aguiarnópolis, Ananás, Vista), TO-134 (Darcinópolis--Luzinópolis-São Angico, , Araguaína, Araguatins, Araguanã, Bento do Tocantins-Axixá do Tocantins), TO-164 , Augustinópolis, Axixá do Tocantins, (Povoado Brasilene-Santa Fé do Araguaia- Bandeirantes do Tocantins, Buriti do Tocantins, Muricilândia-Aragominas-Novo Horizonte-Carmolândia- Cachoeirinha, Carmolândia, , Araguanã-Xambioá), TO-201 (Sítio Novo do Tocantins- Darcinópolis, Esperantina, Itaguatins, Luzinópolis, Axixá do Tocantins-Augustinópolis-Buriti do Tocantins- Maurilândia do Tocantins, Muricilândia, Nazaré, Vila Tocantins-Esperantina-Pedra de Amolar), TO-210 Palmeiras do Tocantins, Pau D´Arco, Piraquê, Praia (Ananás-Angico), TO-222 (Filadélfia-Araguaína-Novo Norte, Riachinho, , Santa Fé do Araguaia, Horizonte-Aragominas-Muricilândia-Santa Fé do Santa Terezinha do Tocantins, São Bento do Araguaia-Pontão), TO-230 (Bandeirantes do Tocantins- Tocantins, São Miguel do Tocantins, São Sebastião do Povoado Brasilene-Arapoema-Pau D´Arco), TO-403 Tocantins, Sítio Novo do Tocantins, Tocantinópolis, (Itaúba-Sampaio), TO-404 (Araguatins-Augustinópolis- Wanderlândia e Xambioá. Itaúba-), TO-415 (Palmeiras do Tocantins- Pedra Vermelha-Santa Terezinha do Tocantins- O acesso terrestre, a partir de Palmas, se dá através Nazaré), TO-416 (trevo BR-153-Riachinho-Ananás) e de dois percursos. No primeiro, segue-se pela rodovia TO-420 (Piraquê-trevo BR-153). TO-080 até a cidade de Paraíso do Tocantins e, daí,

2 Zoneamento Ecológico-Econômico Contexto Estadual e Regional - Norte do Tocantins

Figura 1 - Área do ZEE do Norte do Estado do Tocantins

3 Zoneamento Ecológico-Econômico Contexto Estadual e Regional - Norte do Tocantins

Partindo-se das rodovias estaduais e federais existe constituição de outros, optou-se por utilizar variáveis uma boa rede de estradas municipais e de fazendas. apenas com período inicial no ano de 1997, a partir de quando os limites geopolíticos da área em estudo O transporte fluvial restringe-se a pequenas estabilizaram-se, até a presente data. embarcações que trafegam pelos rios Araguaia e Tocantins, apresentando apenas expressividade local. 1.3.1 – Dimensões do desenvolvimento social

Com exceção de Araguatins e Araguaína, as sedes Foram escolhidas as seguintes dimensões para municipais aqui abrangidas possuem improvisados compor o Índice de Desenvolvimento Social: campos de pouso para pequenos aviões. Araguatins i) Renda; conta com pista pavimentada, mas com o transporte ii) Educação; aéreo limitado à operação de táxis aéreos, enquanto iii) Habitação; Araguaína recebe vôos regionais das principais iv) Longevidade; empresas de aviação comercial do país. v) Governo; 1.3 – Material e métodos vi) Comércio e serviços; vii) Consenso social; Para a caracterização dos municípios e RPAs da área viii) Urbanização; do ZEE do Norte do Estado do Tocantins foi elaborado ix) Produção um Índice de Desenvolvimento Social capaz de permitir a comparação e hierarquização desses, de acordo com As quatro primeiras dimensões dispensam maiores o desenvolvimento social. comentários na medida em que são, em geral, incorporadas por índices consagrados de A primeira etapa para a construção deste instrumento desenvolvimento humano1. foi a escolha de dimensões sociais que representassem de maneira adequada o referido A dimensão Governo comparou a situação financeira critério. Na medida em que se entende o conceito de dos municípios, especialmente a autonomia desses, a desenvolvimento social de forma ampla, buscou-se partir da hipótese de que o setor público constitui-se escolher estas dimensões de maneira abrangente. em um agente estimulador de desenvolvimento Neste sentido, além dos indicadores sociais econômico e social. A dimensão Comércio e Serviços tradicionais que, em geral, são utilizados para avaliar o buscou comparar o grau de desenvolvimento destes desenvolvimento social, foram incorporados dimensões setores, na medida em que o acesso das populações relacionadas ao desenvolvimento econômico e ao aos mesmos depende não apenas de sua capacidade arcabouço institucional e político dos municípios. Após de demanda, mas também da disponibilidade destes. a seleção destas dimensões foram escolhidas variáveis que as representassem adequadamente. A dimensão Consenso Social buscou comparar o grau de participação e consenso sociais como uma proxy Dois aspectos foram centrais para a realização desta indireta do grau de satisfação das populações dos etapa inicial: o conhecimento da equipe de municípios. A dimensão Urbanização buscou comparar pesquisadores a respeito das particularidades da área os municípios em termos de seu grau de urbanização, do ZEE do Norte do Tocantins e a disponibilidade de a partir da hipótese tradicional de que maiores níveis dados. Em especial, este último fator teve grande peso, de urbanização estão associados a maiores níveis de na medida em que alguns municípios da área em desenvolvimento econômico e social. estudo foram instalados em data muito recente. Para 1 Para maiores detalhes ver “Definição e metodologia de cálculo evitar distorções nos dados associadas ao dos indicadores e índices de desenvolvimento humano e desmembramento de alguns municípios e à condições de vida” em PNUD (2004). Disponível em http://www.pnud.org.br/home/.

4 Zoneamento Ecológico-Econômico Contexto Estadual e Regional - Norte do Tocantins

Finalmente, a dimensão Produção comparou o Os quadros 1, 2 e 3 apresentam as variáveis dinamismo do setor produtivo dos municípios com a constitutivas de cada dimensão, as definições dessas, hipótese implícita acerca das conexões diretas entre suas fórmulas de cálculo, fontes e o período das desenvolvimento econômico e desenvolvimento social. observações. Vale notar que, pelas características particulares da área em estudo, esta dimensão diz respeito, quase em sua maioria, ao setor agropecuário.

Quadro 1 - Descrição das variáveis selecionadas para o Índice de Desenvolvimento Social

Dimensões / Variáveis Descrição das variáveis Renda Renda familiar per capita Razão entre o somatório da renda pessoal dos indivíduos e o número total destes Educação Percentual de pessoas com 15 anos ou mais incapazes de ler ou escrever um Taxa de analfabetismo bilhete simples Razão entre a soma do número de anos de estudo da população de 25 anos e mais Número médio de anos de estudo e o total de pessoas neste segmento etário Habitação Domicílios com abastecimento de água Percentual de domicílios particulares ligados à rede geral de abastecimento de água adequado Domicílios com banheiro ou instalações Percentual de domicílios com banheiro ou instalações sanitárias sanitárias Domicílios com coleta de lixo Percentual de domicílios com coleta de lixo Longevidade Esperança de vida ao nascer Número médio de anos que as pessoas viveriam a partir do nascimento Governo Autonomia orçamentária Participação de receitas tributárias no total de despesas orçamentárias Comércio e Serviços Unidades de comércio e serviços Número de unidades selecionadas de comércio e serviços * Consenso social Participação eleitoral Percentual de abstenções no total de eleitores Urbanização Grau de urbanização Percentual de população urbana Homicídios e suicídios por 1000 habitantes** Número de ocorrências de suicídios e homicídios por 1000 habitantes Produção Grau de concentração da propriedade da terra Percentual da área de estabelecimentos médios sobre o total Consumo de energia elétrica per capita Consumo de energia elétrica per capita Utilização de incrementos agrícolas Percentual de estabelecimentos agropecuários que utilizam incrementos agrícolas*** Produtividade do setor agrícola Produção em toneladas de milho, mandioca e arroz por hectare. Efetivo de Rebanhos Volume de cabeças de gado bovino Notas: * - A listagem das unidades selecionadas encontra-se no Quadro 13, disponível no Anexo A; ** - Pela classificação do SUS, “mortes por agressões ou lesões autoprovocadas voluntariamente”; *** - Consideram-se incrementos agrícolas: adubos e corretivos, assistência técnica, controle de pragas e doenças, energia elétrica, irrigação e práticas de conservação do solo.

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Quadro 2 - Cálculo das variáveis selecionadas para o Índice de Desenvolvimento Social Dimensões / Variáveis* Cálculo Renda Renda familiar per capita (V1) Utilizado Índice de Desenvolvimento Humano Municipal - Renda (IDHM-R)** Educação Taxa de analfabetismo (V2) Utilizado o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal - Educação (IDHM-E)* Número médio de anos de estudo (V3) (V2,3) Habitação Domicílios com abastecimento de água Razão entre o número de domicílios particulares permanentes ligados à rede geral adequado (V4) de abastecimento de água e o total de domicílios particulares permanentes Domicílios com banheiro ou instalações Razão entre o número de domicílios particulares permanentes com banheiro ou sanitárias (V5) instalação sanitária e o total de domicílios particulares permanentes Razão entre o número de domicílios particulares permanentes com coleta de lixo e o Domicílios com coleta de lixo (V ) 6 total de domicílios particulares permanentes Longevidade Esperança de vida ao nascer (V7) Utilizado o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal - Longevidade (IDHM-L)* Governo Autonomia orçamentária (V8) Razão entre o total de receitas tributárias e o total de despesas orçamentárias Comércio e Serviços Unidades de comércio e serviços (V9) Número de unidades selecionadas de comércio e serviços Consenso social Participação eleitoral (V10) Razão entre o número de abstenções e o número de eleitores nas eleições de 1998 Homicídios e suicídios por 1000 habitantes (V11) Número de ocorrências de suicídios e homicídios per capita * 1000 Urbanização Grau de urbanização (V12) Razão entre a população residente urbana e a população residente total Produção Grau de concentração da propriedade da terra Razão entre a área dos estabelecimentos agropecuários de média propriedade e o (V13) total da área dos estabelecimentos agropecuários Consumo de energia elétrica per capita (V14) Obtido diretamente Média das proporções dos estabelecimentos que utilizam cada um dos incrementos Utilização de implementos agrícolas (V ) 15 listados Produtividade do setor agrícola (V16) Razão entre a produção total de milho, mandioca e arroz e a área utilizada para a produção Efetivo de Rebanhos (V17) Obtido diretamente Notas: * - Os dados primários e as variáveis encontram-se nos quadros 14 a 16 e nas tabelas 1 a 4 (Anexo B); ** - Para maiores detalhes acerca da metodologia de construção destes índices ver, PNUD (2004).

Quadro 3 - Fontes e período das variáveis selecionadas para o índice de desenvolvimento social Dimensões / Variáveis Fonte Período Renda IPEA: http://ipea.gov.br 2000 Renda familiar per capita (V1) IPEA: http://ipea.gov.br 2000 Educação Taxa de analfabetismo (V2) IPEA: http://ipea.gov.br 2000 Número médio de anos de estudo (V3) IPEA: http://ipea.gov.br 2000 Habitação Domicílios com abastecimento de água adequado (V4) IBGE: Censo Demográfico 2000 Domicílios com banheiro ou instalações sanitárias (V5) IBGE: Censo Demográfico 2000 Domicílios com coleta de lixo (V6) IBGE: Censo Demográfico 2000 Longevidade Esperança de vida ao nascer (V7) IPEA: http://ipea.gov.br 2000 Governo Autonomia orçamentária (V8) Ministério da Fazenda: STN 2001 Comércio e Serviços Unidades de comércio e serviços (V9) Sebrae-TO: Cadastro Empresarial 2000 Consenso social Participação eleitoral (V10) IBGE: BIM 1998 Homicídios e suicídios por 1000 habitantes (V11) MS: DATASUS 2001 Urbanização Grau de urbanização (V12) IBGE: Censo Demográfico 2000 Produção Grau de concentração da propriedade da terra (V13) INCRA 1998 SEPLAN-TO 1999; 2000 Consumo de energia elétrica per capita (V ) 14 IBGE: Censo Demográfico 1997 Utilização de incrementos agrícolas (V15) IBGE: BIM Produtividade do setor agrícola (V16) IBGE: SIDRA - Banco de Dados Agregados 2001 Efetivo de Rebanhos (V17) IBGE: SIDRA - Banco de Dados Agregados 2001

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1.3.2 – Índices de desenvolvimento por dimensão ⎛ V −V min ⎞ I = 1− ⎜ ij j ⎟ ij ⎜ ⎟ ⎝V max j −V min j ⎠ Após a seleção, coleta e organização dos dados, foram construídos índices de desenvolvimento para As dimensões Renda, Educação, Longevidade, cada uma das dimensões. Estes índices serviram não Governo, Comércio e Serviços e Urbanização eram apenas como etapa intermediária para a construção do formadas, cada uma, por apenas uma variável. Desta Índice de Desenvolvimento Social, mas também para forma, os índices (0,1) construídos da forma acima hierarquizar os municípios e as RPAs. descrita poderiam ser utilizados diretamente como índices para estas dimensões. Para o caso das Para isto, todas as variáveis foram convertidas para o dimensões Habitação, Consenso Social e Produção, intervalo (0,1) da seguinte forma: porém, era necessário ponderar de alguma forma suas variáveis constitutivas para se obter um índice - selecionaram-se os valores máximos e mínimos representativo da dimensão. Neste processo, foi observados para cada variável no conjunto dos considerada a aplicação da técnica estatística municípios; denominada análise de componentes principais, descrita a seguir. - tais valores serviram como limites inferior e

superior da escala, de forma que os valores O tópico estatístico de Análise Multivariada conhecido mínimos correspondessem ao valor zero e os como Análise de Componentes Principais 3 aplica-se, valores máximo ao valor um da escala; em geral, a investigações envolvendo um grande número de variáveis observadas e busca, grosso - os valores para os demais municípios foram modo, simplificar a análise dessas. Esta simplificação convertidos através da regra: 4 envolve considerar combinações lineares dos dados originais. Tais combinações lineares são obtidas de Vij −V min j I ij = forma que a variância dos dados seja maximizada. Isto V max j −V min j implica em atribuir pesos diferenciados às variáveis, de Onde: modo que variáveis relativamente mais relevantes na explicação das diferenças entre os dados obtenham

Iij = Índice do município i da variável j pesos relativos maiores e vice-versa. Em outras palavras, a Análise de Componentes Principais V = Valor observado do município i da variável j ij supervaloriza as variáveis que mais diferenciam as observações, no caso os municípios, e subvaloriza Vminj = Valor mínimo observado na amostra para a variável j aquelas em que as observações comportam-se de maneira relativamente homogênea5. Vmaxj = Valor máximo observado na amostra para a variável j Para obter tais combinações lineares, a Análise de Vale notar que, para a maioria das variáveis, índices Componentes Principais encontra um conjunto de mais próximos de um representam maiores condições vetores, denominados componentes principais, de desenvolvimento social, com exceção das variáveis ortogonais, que, tomados em conjunto, explicam 100% participação eleitoral e homicídios e suicídios por 1000 da variância dos dados. Por construção, o primeiro habitantes. Nestes casos, portanto, o índice 2 foi vetor, ou a primeira componente principal, é aquele construído via a fórmula:

3 Para maiores detalhes, ver: RAO, C. H. Linear Statistical Inference and its applications. New York, John Wiley, 1973. 4 A combinação linear de n variáveis mais simples é a aplicação 2 Os índices assim calculados encontram-se na Tabela 6, Anexo do vetor (1/n, ..., 1/n) ao vetor-coluna das variáveis. B. 5 A apresentação formal da técnica encontra-se no Anexo C.

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que concentra a maior porcentagem da variância. É Windows, versão 2000, através da função princomp, e possível, portanto, aplicar a primeira componente seus resultados estão resumidos nas tabelas 5 e 8 principal aos dados originais, obtendo com isso uma (Anexo B). O Quadro 4 resume a metodologia, e os combinação linear que teria o maior capacidade de resultados detalhados estão apresentados no Anexo B. diferenciar as observações. Para efeitos deste estudo, foram utilizados os resultados da aplicação da primeira Quadro 4 - Resumo do método e cálculo do índice de desenvolvimento social componente principal aos dados originais como índices Metodologia de cálculo Dimensão das dimensões. Finalmente, estes índices foram do índice novamente convertidos para a escala (0,1) através da Renda (D1) V1 técnica anteriormente descrita. Educação (D2) V2,3

Habitação (D3) ACP A principal vantagem associada a esta técnica, no Longevidade (D4) V8 caso desta pesquisa, está na possibilidade de Governo (D5) V9 hierarquizar ao máximo os municípios segundo as Comércio e Serviços (D6) V10 variáveis selecionadas. Sua desvantagem está no fato Consenso Social (D7) ACP de que, ao atribuir pesos diferenciados a cada uma Urbanização (D8) V13 das variáveis, o único critério utilizado é sua Produção (D9) ACP importância quanto à variância dos dados. Este critério, ainda que bastante relevante na medida em Os índices das dimensões para as RPAs foram que o objetivo deste estudo é a comparação dos elaborados a partir da média simples entre os índices municípios, implica em algumas desvantagens, em de seus respectivos municípios. Os municípios e RPAs especial: i) os pesos associados a cada variável não foram então hierarquizados segundo os índices são diretamente explícitos como no caso da média sintéticos de cada uma das dimensões, e classificados simples; ii) a técnica pode atribuir pesos maiores a como alto, médio-alto, médio, médio-baixo e baixo variáveis consideradas relativamente menos desenvolvimento. Os respectivos valores limites de relevantes para o desenvolvimento social e vice-versa. cada uma destas classes foram obtidos via quintis. A construção desta classificação está resumida nas Os Cálculos relacionados à Análise de Componentes tabelas 7 e 9 (Anexo B). Principais foram realizados no programa S-Plus for

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2 Área do ZEE do Norte do Tocantins: Aspectos Gerais

2.1 – Características gerais então, seis foram formados pelo desmembramentos do município de Tocantinópolis e cinco pelo A área do ZEE do Norte do Estado do Tocantins é desmembramento de Araguaína. composta por 37 municípios organizados em Regiões

Político-Administrativas (RPAs), como definido pela O Norte do Estado é a mais florestal de todas as regiões Seplan (SEPLAN, 2003), conforme Quadro 5. tocantinenses. De modo geral, pode ser caracterizada como uma área de tensão ecológica, abrigando Quadro 5 - Regiões Político-Administrativas da área do ZEE do Norte do Estado do Tocantins ecossistemas pertencentes aos biomas da Amazônia e RPA I - Araguatins RPA IV - Xambioá do Cerrado, com diferentes graus e tipos de transição e Araguatins Ananás Cachoeirinha Araguanã integração. Esperantina Piraquê São Bento do Tocantins Riachinho São Sebastião do Tocantins Xambioá Historicamente, a ocupação antrópica na área em estudo RPA II - Augustinópolis RPA V - Araguaína* se intensificou na década de 1970, quando a exploração Augustinópolis Aragominas Axixá do Tocantins Araguaína madeireira se desenvolveu associada à expansão da Buriti do Tocantins Carmolândia Carrasco Bonito Muricilândia pecuária. A derrubada das matas ocorreu de forma tão Praia Norte Santa Fé do Araguaia intensa que atualmente a extração comercial de toras é Sampaio Wanderlândia São Miguel do Tocantins declinante como atividade econômica, restando o Sítio Novo do Tocantins extrativismo da palmeira babaçu. Observa-se, via de RPA III - Tocantinópolis RPA VI - Colinas do Tocantins* Aguiarnópolis Arapoema regra, a desordenada exploração dos recursos vegetais Angico Bandeirantes do Tocantins para dar espaço às atividades agropecuárias, Darcinópolis Pau D'Arco Itaguatins estabelecimento de aglomerados populacionais e demais Luzinópolis Maurilândia do Tocantins formas de ocupação da terra. Ao longo dos anos, o Norte Nazaré do Tocantins vem sendo submetido a um processo de Palmeiras do Tocantins Santa Terezinha do ocupação, o qual não difere do restante da Amazônia Tocantins Tocantinópolis Legal, e que tem gerado degradação ambiental Nota: * - Região Político-Administrativa parcialmente inserida na relacionada a desmatamentos e exploração madeireira área do ZEE do Norte do Estado do Tocantins sem a adoção de técnicas adequadas e cumprimento da Legislação Ambiental. Este processo reduziu os estoques Em 1988, quando da criação do Estado do Tocantins, a naturais de madeira e boa parte da diversidade das área em estudo era composta por 13 municípios: São formações savânicas e florestais. Sebastião do Tocantins, Araguatins, Augustinópolis,

Axixá do Tocantins, Sítio Novo do Tocantins, Itaguatins, Dos 37 municípios que compõem a área do ZEE do Norte Ananás, Nazaré, Tocantinópolis, Xambioá, Wanderlândia, do Tocantins, 23 apresentam superfícies cobertas por Araguaína e Arapoema. Dos 24 municípios criados desde

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pastagem cultivada, em índices que variam de 50,4% a por ocasião do Censo Demográfico de 2000 (IBGE, 84,0% (BELLIA et al., 2004). Os municípios com maior 2002), cerca de 347 mil pessoas, com aproximadamente área antropizada estão localizados na Região 73,3% residente em áreas urbanas. Predominam os fitoecológica da Floresta Ombrófila, e o que apresenta municípios de tamanho populacional pequeno, ou seja, áreas mais conservadas é Maurilândia do Tocantins, de até 5 mil habitantes (51,0% dos 37 municípios). localizado na Região fitoecológica do Cerrado. Nas RPAs de Araguaína, Colinas do Tocantins e A retirada seletiva de madeira das manchas de floresta Xambioá predomina a pecuária. As fazendas de gado remanescentes ainda é uma prática constante. Aquelas combinavam a pecuária e o cultivo do arroz de sequeiro, que já perderam suas madeiras de lei hoje são plantado logo após o desmatamento e servindo como exploradas para fornecer mourões de cerca e outros itens uma etapa à formação de pasto para a criação de gado. de uso cotidiano nas propriedades locais, o que impede a Nas RPAs de Araguatins, Augustinópolis e Tocantinópolis regeneração daqueles remanescentes e prejudica em predomina uma estrutura produtiva mais voltada para a muito a fauna florestal que ainda sobrevive. agricultura familiar.

O norte tocantinense apresenta, portanto, um elevado Além da agricultura e da pecuária, existe uma atividade grau de antropismo, com cerca de 63,0% do território sem extrativa expressiva no Norte do Tocantins - o babaçu, cobertura vegetal primária (BELLIA et al., 2004). abundante em várias áreas. Os babaçuais vêm se ampliando em função do antropismo, já que o Em termos médios, a área do ZEE do Norte do desmatamento e as queimadas estimulam a dispersão da Tocantins apresenta densidade demográfica1 de 10,4 palmeira. As quebradeiras de coco babaçu constituem habitantes/km2, porém com diferenças significativas um segmento da chamada população “tradicional”, já com entre suas RPAs. A RPA VI (Colinas do Tocantins), destaque sócio-político na área em estudo e no País, e apresenta densidade de 3,1 habitantes/km2 enquanto a articuladas com outros estados, particularmente com o RPA II (Augustinópolis) possui densidade de 28,2 Maranhão. As reservas extrativistas criadas com base na habitantes/km2. O processo de urbanização, embora extração do babaçu não foram efetivadas. disseminado em toda a área, é mais concentrado nas RPAs de Araguaína, Colinas do Tocantins e Xambioá. Entre as populações indígenas, os Apinayé, além da O maior município do Norte do Tocantins é Araguaína, agricultura de subsistência, realizam a coleta e a quebra com uma superfície de 3.904km2, e o menor e com de babaçu. Essas comunidades estão iniciando a maior densidade demográfica é Axixá do Tocantins, comercialização de frutos do Cerrado. com apenas 104km2 de área e uma densidade populacional de aproximadamente 84 habitantes/km2. O setor industrial está apoiado em indústrias tradicionais (móveis, ração animal, refrigerantes, calçados, abate de A área em estudo apresentou taxas médias de frangos e processamento de tomate) e concentrado em crescimento populacional durante a década de 1990, Araguaína, que dispõe de infra-estrutura e de um Distrito porém com nítidas diferenças da dinâmica populacional Agroindustrial, no qual há previsão de instalação de da área urbana vis-à-vis a área rural. Durante esta indústrias de têxteis, fios e cabos elétricos, perfis plásticos década, o acelerado crescimento da população urbana para construção civil e fécula de mandioca. Há previsão (4,5%a.a.) foi contrabalançado pelo decréscimo da de implantação de um Distrito Agroindustrial em população rural (-1,7%a.a.), levando a um crescimento Araguatins, assim como a instalação de novas indústrias relativamente médio da população em conjunto em Aguiarnópolis, em função da presença do Pátio (2,5%a.a.). A população do Norte do Tocantins totalizou, Multimodal da Ferrovia Norte-Sul, para o transporte de grãos e outros materiais de grande volume.

1 Com base no Censo Demográfico de 2000 do IBGE (IBGE, 2002).

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3 O Norte do Tocantins no Contexto Estadual e Regional

3.1 – Desigualdades socioeconômicas regionais pela geração de cerca de 75,0% do PIB nacional. A participação das demais regiões na produção da O processo de industrialização brasileiro foi riqueza nacional pouco se altera, representando impulsionado por atividades produtivas concentradas aproximadamente 4,5% no Norte, 13,0% no Nordeste na Região Sudeste do Brasil, transformando-a em um e 7,0% no Centro-Oeste, em relação ao total nacional importante pólo de atração para novas indústrias, (Gráfico 1). investimentos e população. Esse modelo propiciou formas diferenciadas de crescimento econômico, Gráfico 1 - Distribuição relativa do PIB nominal a preços de mercado - Grandes Regiões - 1997/2000 ensejando uma divisão do trabalho que criou funções 1997 1998 70 diversificadas para as regiões (fornecedoras de 1999 2000 matérias primas, insumos, mercado para produtos 60 industrializados, etc.), aprofundando as desigualdades 50 espaciais do desenvolvimento. O crescimento 40 30 sustentado do Sudeste e, posteriormente, do Sul, não 20 se reproduziu no restante do território, frustrando 10 assim as tentativas de ações de planejamento e de 0 políticas públicas que objetivaram minimizar os SUDESTE SUL NORDESTE CENTRO- NORTE OESTE desequilíbrios. As regiões Nordeste, Centro-Oeste e

Norte, em virtude da iniciativa governamental Fonte: IBGE (2001b). (implantação de rede viária, incentivos fiscais e financeiros), tornaram-se periferias do centro dinâmico A conjuntura de globalização da economia tem exigido nacional, valendo-se das vantagens comparativas que mudanças no padrão produtivo de inserção brasileiro, as beneficiavam - disponibilidade de terras, baixo custo tornando anacrônicas vantagens comparativas antes da mão de obra - e assim se mantiveram nos últimos significativas. A maior abertura da economia vem vinte anos, ainda que reduzindo tendencialmente a sendo acompanhada pela reestruturação produtiva, distância que as separa das áreas detentoras de um retração da participação estatal, não só quanto aos crescimento mais autônomo, como o Sul e o Sudeste. investimentos, mas também quanto à regulação econômica, e pelo aumento da competição entre os Uma breve apreciação sobre a distribuição do Produto estados e regiões na atração de investimentos Interno Bruto (PIB) a preços de mercado entre as privados. Dessa forma, o tema da superação das regiões geográficas brasileiras no período de 1997 a desigualdades espaciais do desenvolvimento assume 2000 é ilustrativa do exposto. Fica evidente a um caráter atual e urgente, dado que esse novo hegemonia das regiões Sudeste (em média 58,0% do quadro ameaça aprofundar ainda mais as disparidades PIB) e Sul (17,5%), responsáveis, ao longo do período, entre as regiões brasileiras. O atrativo anterior, as vantagens comparativas, que as distinguiam, passa a

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constituir-se em debilidade, face ao baixo nível de Valendo-se dos dados relativos à variação absoluta do escolaridade, analfabetismo e deficiências de infra- PIB nominal per capita no período de 1997 a 2000, estrutura. pode-se afirmar que houve um saldo favorável, cerca de 34% em relação ao ano inicial considerado. A Em termos regionais mais amplos, o Norte do comparação entre os PIB per capita estaduais da Tocantins faz parte do grande "arco do desmatamento" Região Norte do Brasil indica que o Tocantins ocupa o da Amazônia, que se estende de Rondônia ao último lugar no ranking dos PIB per capita destes (ver Maranhão (IBAMA, 2000), como também do "corredor Quadro 7 e Gráfico 2). de Carajás", que se estende de Carajás a São Luiz, Apesar da proximidade com o “corredor de Carajás” - Quadro 7 - PIB nominal per capita - Tocantins, Região Norte do Brasil e Brasil - 1997 a 2000 (em R$ milhão) região mais dinâmica da Amazônia - o Norte do PIB/Ano Tocantins ficou relativamente estagnado, mas com 1997 1998 1999 2000 potencial para encontrar soluções alternativas para sua Brasil 5.327,0 5.518,0 5.800,0 6.743,0 Região Norte inserção mais qualificada no processo de 3.176,0 3.300,0 3.416,0 3.907,0 do Brasil desenvolvimento regional. Pará 2.513,0 2.605,0 2.734,0 3.041,0 Amazonas 5.496,0 5.613,0 5.634,0 6.668,0 A distribuição relativa do PIB nominal é indicativa da Rondônia 3.200,0 3.452,0 3.694,0 4.065,0 pequena participação do Estado do Tocantins tanto na Tocantins 1.575,0 1.741,0 1.850,0 2.110,0 produção nacional quanto na produção da Região Acre 2.528,0 2.725,0 2.847,0 3.037,0 Norte do País. No período compreendido entre os anos Amapá 3.585,0 3.382,0 3.428,0 4.098,0 Roraima 2.103,0 2.440,0 2.584,0 3.417,0 de 1997 a 2000, a participação percentual do PIB do Fonte: IBGE (2001b). Tocantins representou 4,7% da Região Norte do Brasil e 0,2% do nacional. O Quadro 6 resume estas informações. Gráfico 2 - PIB per capita - estados da Região Norte Quadro 6 - PIB a preços de mercado - Tocantins, do Brasil - 2000 Região Norte e Brasil - 1997 a 2000 (em R$ milhão) PIB/Ano Amazonas R$ 6.668,00

1997 1998 1999 2000 Amapá R$ 4.098,00 Brasil 870.743,0 914.187,0 973.845,0 1.101.255,0 Rondônia R$ 4.065,00 Região Norte 38.507,0 40.933,0 43.317,0 50.650,0 do Brasil Roraima R$ 3.417,00 Pará 14.717,0 14.572,0 16.674,0 18.914,0 Pará R$ 3.041,00 Amazonas 14.411,0 15.107,0 15.555,0 18.873,0 Rondônia 4.198,0 4.611,0 5.023,0 5.625,0 Acre R$ 3.037,00

Tocantins 1.720,0 1.941,0 2.106,0 2.450,0 Tocantins R$ 2.110,00 Acre 1.314,0 1.454,0 1.557,0 1.703,0 Fonte: IBGE (2001b). Amapá 1.526,0 1.501,0 1.584,0 1.968,0 Roraima 621,0 746,0 817,0 1.117,0 3.2 – Contexto estadual e regional Fonte: IBGE (2001b).

A distribuição relativa do PIB nominal estadual por A população total residente no Norte do Tocantins em setores indica a predominância do setor agropecuário 2000 (cerca de 347 mil pessoas) representava no Tocantins, representando mais de 50,0% em todo o aproximadamente 30% da população total do Estado, período, secundado pelos serviços. A presença da com uma leve tendência a maior participação de produção industrial é insignificante. populações rurais, ou seja, a área em estudo concentrava, em 2000, 31,2% da população rural do Tocantins e 29,5% de sua população urbana. Esse

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montante representava, por sua vez, aproximadamente Quadro 8 - Subíndices de desenvolvimento humano - Brasil, Tocantins, Região Norte do Brasil e Norte do 2,7% da população da Região Norte do Brasil, sendo Tocantins - 2000 IDH-M IDH-M IDH-M 2,8% de sua população urbana e 2,4% de sua Educação Longevidade Renda população rural, o que indica que a área Norte do Brasil 0,781 0,712 0,604 Estado do Tocantins é relativamente mais urbanizada Região Norte Brasil 0,755 0,679 0,557 Tocantins 0,781 0,648 0,554 do que a Região Norte do Brasil tomada em conjunto. Rondônia 0,792 0,687 0,639 Pará 0,748 0,711 0,554 Roraima 0,792 0,668 0,575 A dinâmica demográfica da área em estudo na década Amapá 0,829 0,685 0,578 de 1990, que se traduziu em um crescimento anual da Amazonas 0,692 0,665 0,499 Acre 0,650 0,687 0,538 população de aproximadamente 2,4% a.a., foi bastante Maranhão 0,685 0,586 0,472 semelhante à do Estado, que atingiu uma taxa de Norte Tocantins 0,758 0,608 0,518 Fonte: IPEA (2000). crescimento populacional de 2,6% a.a., e ambas foram inferiores àquela da Região Norte do país, que cresceu Observando o Gráfico 3, nota-se que o Norte do a taxas anuais de 2,9% a.a. no mesmo período. Tocantins, todos os estados da Região Norte do Brasil, o Maranhão e o Brasil encontram-se em patamares de Para a contextualização do desenvolvimento social da médio desenvolvimento humano, apresentando, área do ZEE do Norte do Tocantins no Estado e na porém, importantes diferenças. O Tocantins e a área Região Norte do Brasil, utilizou-se como medida o do ZEE do Norte do Estado colocam-se na frente Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M) apenas dos estados do Acre, do Amazonas e do - 2000, calculado pelo IPEA para os municípios Maranhão, sendo este último o pior classificado deste brasileiros. Este Índice é gerado a partir da média grupo. ponderada de três subíndices, representando, cada um, diferentes dimensões do desenvolvimento social: Gráfico 3 - Índice de Desenvolvimento Humano Renda, Educação e Longevidade. O IDH é oficialmente Municipal (IDH-M) - Brasil, Tocantins, Região Norte do Brasil e Norte do Tocantins - 2000 classificado por três categorias: baixo, até 0,499; médio, 0,500 - 0,799; e alto, acima de 0,800. RONDÔNIA 0,706 BRASIL 0,699

AMAPÁ 0,698

Os subíndices e o IDH-M para o Norte do Estado do RORAIMA 0,679 Tocantins, para os estados e para a Região Norte do PARÁ 0,671 país foram construídos via média simples dos índices REGIÃO NORTE 0,664 TO C AN TIN S 0,661 de seus municípios constitutivos. NORTE DO TOCANTINS 0,628

ACRE 0,625

Como se pode notar pelo Quadro 8, o Norte do AMAZO NAS 0,618 Tocantins apresenta resultados bastante negativos MARANHÃO 0,581 para a dimensão Longevidade em relação aos demais Fonte IPEA (2000). estados da Região Norte do Brasil, bem como em 3.3 – Mesorregião Bico do Papagaio relação ao conjunto brasileiro, ficando na frente apenas do Estado do Maranhão. A situação é bastante O Ministério da Integração Nacional (MI), criado com a semelhante no que se refere à Renda, apresentando meta explícita de retomar a questão da integração resultados superiores apenas em relação aos estados nacional, do desenvolvimento regional e do do Maranhão e do Amazonas. Quanto à dimensão planejamento regional, definiu, através da então Educação, os resultados são relativamente melhores, Secretaria de Programas Regionais Integrados (SPRI), com o Norte do Tocantins colocando-se à frente dos a ele subordinada, mesorregiões ou espaços sub- estados do Maranhão, Acre, Amazonas e Pará e, até regionais alvos de políticas desta natureza. Neste mesmo da Região Norte do país. sentido, foram criados 13 Programas de

13 Zoneamento Ecológico-Econômico Contexto Estadual e Regional - Norte do Tocantins

Desenvolvimento Integrado e Sustentável de Quadro 10 - População, área e densidade demográfica - Norte do Tocantins, Mesorregião Bico do Mesorregiões Diferenciadas (Promeso). A área do ZEE Papagaio e demais municípios da Mesorregião - 2000 Demais do Norte do Tocantins integra a Mesorregião Bico do Mesorregião Norte do municípios Bico do Tocantins Meso Bico Papagaio. Papagaio do Papagaio População 346.673 1.039.196 1.385.869 Pop. % Mesorregião 25,0% 75,0% 100,0% A Mesorregião Bico do Papagaio é composta por 76 Área (km2) 33.341 91.399 124.740 municípios dos estados do Maranhão, Pará e Área % Mesorregião 26,7% 73,3% 100,0% Densidade Demográfica 10,4 11,4 11,1 Tocantins, com uma população total de 1.385,9 mil Fonte: IBGE (2001a). habitantes (em 2000) distribuídos sobre uma área de aproximadamente 125.000km2. Além dos 37 A partir do Gráfico 4, é possível observar que a municípios da área do ZEE do Norte do Estado, população do Norte do Tocantins cresceu (2,2% a.a.) Tocantins, a Mesoregião Bico do Papagaio engloba relativamente mais do que a dos demais municípios da outros 39 municípios, listados no Quadro 9. Mesorregião (1,9% a.a.) no período 1996-2000. A Mesorregião Bico do Papagaio apresentou Quadro 9 - Municípios pertencentes a Mesorregião crescimento populacional médio de 2,0% a.a. neste Bico do Papagaio e seus respectivos estados período. Este resultado, ainda que inferior ao do Norte Pará Tocantins Maranhão Brejo Grande do Babaçulândia Açailândia do Tocantins, ainda é superior à média brasileira, que Araguaia Amarante do foi 1,6% a.a. entre 1991 e 2000. Marabá Colinas do Tocantins Maranhão Palestina do Pará Filadélfia Buritirana Campestre do Pau D'Arco Nova Olinda Gráfico 4 - Taxa média de crescimento Maranhão geométrico anual da população residente - Norte Piçarra Carolina do Tocantins, Mesorregião Bico do Papagaio e Redenção Cidelândia demais municípios da mesorregião - 2000 Rio Maria Davinópolis

São Domingos do Estreito Araguaia São Geraldo do Governador Edison Araguaia Lobão São João do Araguaia Imperatriz 2,2% Sapucaia Itinga do Maranhão Xinguara João Lisboa 2,0% Lajeado Novo 1,9% Montes Altos Porto Franco Região Norte Demais Mesorregião Ribamar Fiquene do TO Municípios do BP São Francisco do Brejão Fonte: elaborado a partir de IBGE (1999, 2001a). São João do Paraíso São Pedro da Água Branca O padrão de urbanização da Região Norte do São Pedro dos Crentes Tocantins é bastante semelhante ao da Mesorregião Senador La Rocque Bico do Papagaio, como pode ser observado no Vila Nova dos Martírios Gráfico 5. Outro indicador desta característica está no Nota: Não foram listados municípios que compõem a área do ZEE do Norte do Estado do Tocantins fato da área em estudo concentrar 25,2% da população urbana de toda a Mesorregião Bico do O Quadro 10 enfoca as principais características do Papagaio e 25,0% de sua população total, ou seja, Norte do Tocantins no contexto da Mesorregião Bico concentrar de forma relativamente equilibrada suas do Papagaio. A Região Norte do Tocantins ocupa populações urbana e rural. 26,7% da área e 25,0% da população da Mesorregião, o que indica que a primeira é relativamente menos povoada do que a segunda, o que se confirma pela relativa densidade demográfica inferior dessa (10,4 versus 11,1).

14 Zoneamento Ecológico-Econômico Contexto Estadual e Regional - Norte do Tocantins

Gráfico 5 - Grau de urbanização - Região Norte Gráfico 6 - Grau de urbanização - Norte do do Tocantins, Mesorregião Bico do Papagaio e Tocantins, Mesorregião Bico do Papagaio e demais municípios da Mesorregião Bico do demais municípios da Mesorregião - 2000 Papagaio - 2000 Menos de 5 mil 5 - 20 mil População Urbana 20 - 50 mil mais de 50 mil

59% 51% 50% 41% 73,3% 72,6% 72,8% 23% 29% 14% 10% 5% 7% 3% Região Norte Demais Mesorregião 8%

do TO Municípios do BP Região Norte do TO Demais Municípios Mesorregião do BP

Fonte: elaborado a partir de IBGE (2000a). Fonte: elaborado a partir de IBGE (2000a).

No Norte do Tocantins, a predominância é de Para a contextualização do desenvolvimento social do municípios com população de até cinco mil habitantes Norte do Tocantins na Mesorregião Bico do Papagaio, (51%). Dos 39 municípios que, aliados a área do ZEE será novamente utilizado o IDH-M e seus subíndices. do Norte do Tocantins, formam a Mesorregião Bico do Como naquele caso, os subíndices e o IDH-M para a Papagaio, apenas três (7,7%) estão nesta faixa Mesorregião foram construídos via média simples dos populacional: Sapucaia (Pará), Palmeirante índices de seus municípios constitutivos. (Tocantins), e São Pedro dos Crentes (Maranhão). Em outros termos, o padrão de tamanho populacional dos Como se pode notar pelo Quadro 11, o Norte do municípios é bastante distinto comparando-se o Norte Tocantins apresentou resultados relativamente do Tocantins com a Mesorregião Bico do Papagaio superiores aos da Mesorregião Bico do Papagaio tomada em conjunto (Gráfico 6). apenas no que se refere à dimensão Educação (0,758 versus 0,755). Quanto às dimensões Longevidade Araguaína, maior núcleo urbano do Norte do (0,608 versus 0,634) e Renda (0,518 versus 0,539), a Tocantins, com 113 mil habitantes, que destoa área em estudo encontra-se bem abaixo em termos de bastante do restante da área em estudo nos aspectos desenvolvimento, quando analisa-se a Mesorregião econômicos e sociais, atinge menos da metade da tomada em conjunto. população de Imperatriz, com 230 mil habitantes, no

Maranhão, permanecendo também abaixo de Marabá Observando-se os resultados dos 39 municípios da com 168 mil habitantes, no Pará. Araguaína, como Mesorregião Bico do Papagaio não pertencentes à Imperatriz, concentra a maior parte de sua população área do ZEE do Norte do Estado do Tocantins, nota-se (95,0%) em áreas urbanas, enquanto em Marabá que o relativo desenvolvimento educacional desses, apenas 80,0% da população reside nestas áreas. inferior àquele dos municípios da área em estudo (0,752 versus 0,758), compensa-se por uma situação bastante superior no que se refere ao desenvolvimento nas dimensões Longevidade (0,660 versus 0,608) e Renda (0,560 versus 0,518).

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Quadro 11 - Subíndices de desenvolvimento humano - Brasil. A Mesorregião, assim como aquela, só fica à Brasil, Tocantins, Região Norte do Brasil, Mesorregião Bico do Papagaio e Norte do Tocantins - 2000 frente do Estado do Maranhão, quanto à longevidade, IDH-M IDH-M IDH-M e quanto à renda, dos estados do Maranhão, do Educação Longevidade Renda Brasil 0,781 0,712 0,604 Amazonas e do Acre. Região Norte Brasil 0,755 0,679 0,557 Rondônia 0,792 0,687 0,639 Pará 0,748 0,711 0,554 No que se refere ao Índice de Desenvolvimento Roraima 0,792 0,668 0,575 Amapá 0,829 0,685 0,578 Humano, além do Norte do Tocantins, a Mesorregião Amazonas 0,692 0,665 0,499 Acre 0,650 0,687 0,538 Bico do Papagaio esta à frente apenas dos estados do Maranhão 0,685 0,586 0,472 Tocantins 0,781 0,648 0,554 Acre, do Amazonas e do Maranhão. O Gráfico 7 Mesorregião Bico do Papagaio (73 0,755 0,634 0,539 resume estas informações. municípios) Norte do Tocantins 0,758 0,608 0,518 (37 municípios) Gráfico 7 - Índice de Desenvolvimento Humano Demais municípios Municipal (IDH-M) - Brasil, Tocantins, Região Norte do da Mesorregião 0,752 0,660 0,560 Bico do Papagaio Brasil, Mesorregião Bico do Papagaio e Norte do (39 municípios) Tocantins - 2000 Fonte: elaborado a partir de IPEA (2000). Rondônia 0,706 Brasil 0,699 A Mesorregião Bico do Papagaio apresenta resultados Amapá 0,698 médios para a dimensão Educação, se comparada aos Roraima 0,679 demais estados da Região Norte do Brasil, igualando Pará 0,671 seu índice a esta (0,755). Ainda que tenha, ao mesmo Região Norte 0,664 To c a n t i n s 0,661 tempo, apresentado resultados relativamente Demais Municípios da Mesorregião 0,657 superiores no que se refere às dimensões Renda e Messorregião do Bico do Papagaio 0,643 Longevidade se comparada ao Norte do Tocantins, Região Norte do Tocantins 0,628 esta superioridade não foi suficiente para alterar sua Acre 0,625 Amazonas 0,618 posição em relação aos demais agregados Maranhão 0,581 considerados comparativamente à Região Norte do Fonte: elaborado a partir de IPEA (2000).

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4 Desenvolvimento Social no Norte do Tocantins

4.1 – Índice de Desenvolvimento Social - dimensão (Colinas do Tocantins), que obteve índice alto Renda desenvolvimento, com seus três municípios enquadrados na categoria de alto (Bandeirantes do Para avaliar a dimensão renda, foi utilizado Tocantins e Arapoema) e médio alto (Pau D’Arco). diretamente o Índice de Desenvolvimento Humano Destaca-se, da mesma forma, a RPA V (Araguaína), Municipal - Renda (IDHM-R). Este último é calculado a com desenvolvimento médio alto, onde todos os seus partir da renda familiar per capita média. O valor municípios têm alto ou médio alto desenvolvimento, à mínimo atingido pelo IDHM-R no Norte do Tocantins foi exceção de Aragominas (médio). de 0,43 no município de Praia Norte e o máximo de 0,67 no município de Araguaína. De acordo com a As RPAs I e II apresentaram índice médio baixo de classificação do Programa das Nações Unidas para o desenvolvimento, com apenas um município Desenvolvimento (PNUD), o município de Praia Norte alcançando desenvolvimento médio alto (Araguatins na teria baixo nível de renda, enquanto o de Araguaína RPA Araguatins e Augustinópolis na RPA atingiria apenas nível médio. Considerando-se apenas Augustinópolis). Já a RPA III (Tocantinópolis) atingiu o critério do PNUD, 20 dos 37 municípios da área do um nível intermediário entre os padrões acima citados ZEE do Norte do Estado do Tocantins apresentaram, (Figura 3). nível de renda médio, enquanto 17 apresentaram nível baixo. A tendência geral desta dimensão parece ser uma piora no sentido sul - norte, ou seja, melhores Observando a classificação municipal segundo esta resultados relativos de acordo com a proximidade do Dimensão (Figura 2), distinguem-se dois padrões sul da área em estudo e vice-versa. gerais de desenvolvimento: tomando os limites norte dos municípios de Xambioá e Wanderlândia, ao sul A inexpressiva presença do setor secundário é um apresenta-se um bloco de desenvolvimento indicador de que, para a maioria dos produtos de maior relativamente superior, enquanto ao norte revela-se um importância econômica, carne, leite, couro e grãos, à desenvolvimento mais precário. No bloco norte da área exceção, talvez, do babaçu, os elos da cadeia em estudo distinguem-se apenas alguns municípios produtiva estão fora da área em estudo. A baixa com desenvolvimento fora deste padrão (Ananás, capacidade de agregar valor tem impacto negativo Tocantinópolis, Araguatins e Augustinópolis), sobre o emprego e a renda. representando estes, provavelmente, pólos econômicos deste bloco. 4.2 – Índice de Desenvolvimento Social - dimensão Educação Com a construção do Índice da Dimensão a partir deste último, os melhores indicadores relativos para a Para avaliar a dimensão Educação, foi utilizado dimensão Renda foram encontrados na RPA VI diretamente o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal - Educação (IDHM-E). Este último é

17 Zoneamento Ecológico-Econômico Contexto Estadual e Regional - Norte do Tocantins calculado a partir da taxa de analfabetismo e do se de todo o restante da área do ZEE do Norte do número médio de anos de estudo. O valor mínimo Estado do Tocantins por formar um bloco de atingido pelo IDHM-E no Norte do Tocantins foi de desenvolvimento educacional relativamente alto 0,68, no município de Carrasco Bonito, e o valor (Cachoeirinha, Luzinópolis, Angico, Nazaré, máximo de 0,87, no município de Araguaína, o que Tocantinópolis, Santa Terezinha do Tocantins). indica que nenhum município do Norte do Tocantins seria classificado, pelos critérios do PNUD, como de 4.3 – Índice de Desenvolvimento Social - dimensão Habitação baixo nível educacional; todos os municípios teriam nível educacional médio, com exceção dos municípios A dimensão Habitação buscou agregar alguns de Tocantinópolis, Luzinópolis, Angico e Araguaína, indicadores das condições habitacionais da área em que seriam de nível alto. estudo no que se refere ao abastecimento de água, às instalações sanitárias e à coleta de lixo. Com a construção do índice de dimensão, a tendência parece ser uma melhora nos padrões educacionais Quanto ao abastecimento de água, o município de conforme nos movemos para o centro da área em Carmolândia apresentou uma situação bastante estudo, seja a partir do norte ou do sul. As RPAs II precária, pois apenas 1 dos 488 domicílios particulares (Augustinópolis) e IV (Xambioá) apresentaram-se está ligado à rede geral de abastecimento. Retirando relativamente homogêneas: na RPA II todos os este outlier da amostra, no entanto, o valor mínimo municípios tiveram desenvolvimento baixo ou médio obtido para esta variável foi de 23% dos domicílios no baixo, com exceção de Buriti do Tocantins (médio); e município de Araguanã e o valor máximo de 87% em na RPA IV todos os municípios apresentaram Tocantinópolis. O Norte do Estado do Tocantins, em desenvolvimento alto ou médio alto, com exceção de termos gerais, apresentou resultados bastante Riachinho (baixo). A RPA III (Tocantinópolis) atingiu negativos, sendo que em apenas 6 (Araguaína, Buriti grau semelhante de homogeneidade, na medida em do Tocantins, Cachoeirinha, Carrasco Bonito, Nazaré e que oito de seus dez municípios apresentaram grau Tocantinópolis) dos 37 municípios há mais de 80% dos alto ou médio alto de desenvolvimento. A RPA II atingiu domicílios ligados à rede geral de abastecimento de em conjunto nível médio baixo de desenvolvimento, água e, em 29 destes, há menos de 50% nestas enquanto as RPAs III e IV atingiram nível médio alto. condições. Se fossem utilizadas as classificações do PNUD para esta variável, a maioria dos municípios da Entre estes dois padrões extremos encontram-se as área em estudo, 78%, seria classificada como de RPAs I e V com nível médio e com maior baixas condições de abastecimento de água. heterogeneidade entre seus municípios, na medida em que estes apresentam índices variando desde baixo a Considerando às instalações sanitárias, os resultados alto (ver figuras 4 e 5). foram ainda mais agravantes. A situação mais critica é a do município de Riachinho, com apenas 27% de seus Uma análise cuidadosa da Figura 4 revela algumas domicílios com banheiro ou instalação sanitária. características relevantes. Em primeiro lugar, as Enquanto que o município de Araguaína apresentou porções sul e nordeste têm desenvolvimento maior percentual de domicílios com instalações relativamente inferior ao restante da área em estudo. sanitárias nos domicílios, 89%. De fato, apenas este Na porção sul, porém, os municípios de Araguanã e último seria classificado pelo PNUD como de nível alto Araguaína nitidamente se destacam dos demais, de instalações sanitárias, e, novamente, 78% dos aglutinando, provavelmente, não apenas a população municípios seriam classificados como de baixo nível mais letrada, como um maior número de postos destas. educacionais. Ao mesmo tempo, um conjunto de municípios localizados na porção centro-leste destaca- Finalmente, quanto à coleta de lixo, os resultados são

18 Zoneamento Ecológico-Econômico Contexto Estadual e Regional - Norte do Tocantins bastante semelhantes aos anteriores. Apenas o norte da área em estudo, nos seguintes municípios: município de Araguaína seria classificado como de Esperantina, 34% dos domicílios com condições nível alto de desenvolvimento, com 83% de seus habitacionais adequadas; Carrasco Bonito, 36%; São domicílios com coleta, e 32 dos 37 municípios da área Bento do Tocantins, 31%; Itaguatins, 36%; Maurilândia em estudo seriam classificados como de nível baixo, do Tocantins, 35%; Riachinho, 24%; Santa Terezinha com 12 destes com menos de 10% de seus domicílios do Tocantins, 32% e Palmeiras do Tocantins, 36%. com coleta de lixo. O aumento do número de municípios e o crescimento Ao agregar estes indicadores no Índice da Dimensão, acelerado do número de cidades resultaram em alguns comentários merecem destaque. Em primeiro núcleos com algumas funções e relações urbanas, mas lugar, o índice apresenta-se de forma bastante extremamente carentes em serviços para atendimento heterogênea no interior das RPAs. Na maioria destas, à população: abastecimento de água, saneamento, os municípios apresentam desenvolvimentos variando coleta de lixo e habitação. desde baixo a alto. Apenas nas RPAs V (Araguaína) e VI (Colinas do Tocantins) não há municípios com baixo 4.4 – Índice de Desenvolvimento Social - dimensão Longevidade desenvolvimento e em todas há pelo menos um município com índice de desenvolvimento alto. Para avaliar a dimensão Longevidade foi utilizado Destacam-se do conjunto as RPA I (Araguatins) e III diretamente o Índice de Desenvolvimento Humano (Tocantinópolis) com índice de desenvolvimento médio Municipal - Longevidade (IDHM-L). Este último é baixo e médio, respectivamente, apresentando, todas calculado a partir da expectativa de vida ao nascer. O as demais, índices de desenvolvimento médio alto valor mínimo atingido pelo IDHM-L na área do ZEE do (figuras 6 e 7). Norte do Tocantins foi de 0,50 no município de Axixá do Tocantins e o valor máximo foi 0,71 nos municípios Dada esta característica de heterogeneidade, a Figura de Araguaína e Piraquê. À exceção destes dois 6, com a classificação municipal, pode acrescentar municípios, todos os outros teriam, pelos critérios do certos elementos relevantes. Um grupo de municípios PNUD, nível médio de longevidade. Desta forma, este destaca-se dos demais quanto às condições de indicador apresenta-se de forma relativamente habitação: Arapoema, Araguaína, Carmolândia, homogênea no interior da área em estudo. Xambioá, Tocantinópolis, Araguatins, Augustinópolis e Axixá do Tocantins. Ainda que os referidos municípios Após a transformação do indicador no Índice da tenham apresentado relativamente os melhores Dimensão, para proceder à comparação dos resultados, estes ainda não são satisfatórios em municípios, o conjunto das Regiões Político- termos absolutos. Tomando uma média simples dos Administrativas atingiu índices de desenvolvimento três indicadores comentados anteriormente, e médio alto, com exceção da RPA II (Augustinópolis) nomeando a variável assim gerada de “condições que apresentou desenvolvimento baixo. A habitacionais adequadas”, os municípios supracitados homogeneidade no interior das RPAs, no entanto, apresentariam os seguintes resultados, variou consideravelmente. respectivamente: 63%, 85%, 44%, 63%, 73%, 58%, 71% e 61% dos domicílios com condições As RPAs I e II são mais homogêneas: todos os habitacionais adequadas. Ou seja, apenas 3 dos 37 municípios da RPA I (Araguatins) apresentaram municípios apresentariam nível alto de condições desenvolvimento médio baixo, médio ou médio alto, o habitacionais. que indica uma relativa concentração em torno no nível médio com tendência ao médio alto. Dentre os oito Vale notar ainda que os piores resultados quanto às municípios da RPA II, cinco apresentaram condições habitacionais foram encontrados na porção desenvolvimento baixo, sendo os demais médio baixo

19 Zoneamento Ecológico-Econômico Contexto Estadual e Regional - Norte do Tocantins ou médio. As demais RPAs apresentaram maior 7% de auto-financiamento. variabilidade entre os municípios, com destaque para a RPA V (Araguaína), com dois municípios com Colocando-se esta variável em um quadro comparativo, classificação médio baixa e três com classificação alta através do Índice da Dimensão, destaca-se a RPA V (figuras 8 e 9). (Araguaína), única a atingir nível alto de desenvolvimento, naturalmente pela presença do De forma geral, o padrão de melhoria das condições município homônimo. Na RPA I (Araguatins), destaca-se sociais quando nos movemos do norte para o sul o município de Araguatins, que obteve nível alto, sendo parece se manter também no que diz respeito à os demais municípios de nível médio baixo. Na RPA III Longevidade. Apesar da relativa semelhança entre os (Tocantinópolis) observa-se nitidamente o contraste municípios, quando estes são levados à escala entre um conjunto de municípios de alto ou médio alto comparativa revelam-se resultados relativamente desenvolvimento - Aguiarnópolis, Darcinópolis, melhores na porção sul da área em estudo (Arapoema, Palmeiras do Tocantins e Tocantinópolis, e outro de Carmolândia, Araguaína, Xambioá) e piores no norte desenvolvimento baixo - Angico, Itaguatins, Luzinópolis, (Esperantina, Carrasco Bonito, Itaguatins, São Bento Maurilândia do Tocantins e Nazaré. Pode-se dizer o do Tocantins, Maurilândia do Tocantins, Riachinho, mesmo com relação a RPA II (Augustinópolis), com os Santa Terezinha do Tocantins, Palmeiras do municípios de Augustinópolis, Axixá do Tocantins e Sítio Tocantins). As exceções encontram-se nos municípios, Novo do Tocantins (níveis alto ou médio alto) pertencentes à porção norte: Tocantinópolis, contrastando com Buriti do Tocantins, Praia Norte e São Araguatins, Augustinópolis e Axixá do Tocantins. Miguel do Tocantins (níveis baixo ou médio baixo), como pode ser apreendido por intermédio do exame das 4.5 – Índice de Desenvolvimento Social - dimensão figuras 10 e 11. Governo O crescimento do número de municípios, fenômeno que A dimensão Governo tentou medir, através da variável ocorreu em todo o país a partir de 1988 como parte de Autonomia Orçamentária, a capacidade de auto- um processo geral de descentralização política, resultou financiamento dos governos municipais. Ainda que esta na emergência de municípios muito pequenos a variável não seja uma medida direta da capacidade pequenos (até 20.000 habitantes). Diversos distritos destes como agentes do desenvolvimento social, ela foi converteram-se em municípios em função da parcela de aqui utilizada como proxy indireta desta capacidade. poder, antes monopolizada pelo governo federal, ser facultada pela descentralização e, também, devido à Apenas três municípios financiam mais de 5% de suas possibilidade do aumento de recursos financeiros. despesas orçamentárias através de suas receitas tributárias: Aguiarnópolis, Araguaína e Carmolândia; e a Contudo, essa descentralização não representou, maioria dos municípios, 24, financia menos de 1% necessariamente, uma autonomia financeira e política através deste recurso. O pior resultado para a variável desses municípios. Os baixos índices de autonomia foi obtido no município de Angico (apenas 0,05% das dos municípios denotam a pequena capacidade de despesas financiadas por tributos). O melhor, arrecadação e de geração de receitas que os torna novamente, em Araguaína (20%), se destacando altamente dependentes das transferências de recursos, nitidamente de todos os demais municípios da área em principalmente da União. estudo, o segundo melhor é Carmolândia com apenas

20 Zoneamento Ecológico-Econômico Contexto Estadual e Regional - Norte do Tocantins

Figura 2 - Área do ZEE do Norte do Estado do Tocantins: dimensão Renda - classificação municipal

21 Zoneamento Ecológico-Econômico Contexto Estadual e Regional - Norte do Tocantins

Figura 3 - Área do ZEE do Norte do Estado do Tocantins: dimensão Renda - classificação por RPAs

22 Zoneamento Ecológico-Econômico Contexto Estadual e Regional - Norte do Tocantins

Figura 4 - Área do ZEE do Norte do Estado do Tocantins: dimensão Educação - classificação municipal

23 Zoneamento Ecológico-Econômico Contexto Estadual e Regional - Norte do Tocantins

Figura 5 - Área do ZEE do Norte do Estado do Tocantins: dimensão Educação - classificação por RPAs

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Figura 6 - Área do ZEE do Norte do Estado do Tocantins: dimensão Habitação - classificação municipal

25 Zoneamento Ecológico-Econômico Contexto Estadual e Regional - Norte do Tocantins

Figura 7 - Área do ZEE do Norte do Estado do Tocantins: dimensão Habitação - classificação por RPAs

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Figura 8 - Área do ZEE do Norte do Estado do Tocantins: dimensão Longevidade - classificação municipal

27 Zoneamento Ecológico-Econômico Contexto Estadual e Regional - Norte do Tocantins

Figura 9 - Área do ZEE do Norte do Estado do Tocantins: dimensão Longevidade - classificação por RPAs

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Figura 10 - Área do ZEE do Norte do Estado do Tocantins: dimensão Governo - classificação municipal

29 Zoneamento Ecológico-Econômico Contexto Estadual e Regional - Norte do Tocantins

Figura 11 - Área do ZEE do Norte do Estado do Tocantins: dimensão Governo - classificação por RPAs

30 Zoneamento Ecológico-Econômico Contexto Estadual e Regional - Norte do Tocantins

4.6 – Índice de Desenvolvimento Social - dimensão encontrado no município de Carmolândia (1 por 1000 Comércio e Serviços habitantes), enquanto o menor (0) foi encontrado em um conjunto de 18 municípios. De fato, os resultados A dimensão Comércio e Serviços incorporou para esta variável foram relativamente baixos: retirando diretamente o número de unidades de comércio e os municípios de Carmolândia e de Piraquê (0,85 por serviços existentes no município, com o objetivo de 1000 habitantes) da amostra, o valor máximo passa a avaliar a oferta desta categoria de atividade produtiva. ser observado no município de Araguaína, com apenas 0,48 homicídios e suicídios por 1000 habitantes. Estes Com a agregação dos municípios por RPAs, todas dois municípios, portanto, distinguem-se nitidamente obtiveram nível médio alto de desenvolvimento, com do padrão do restante da área em estudo, podendo ser exceção das RPAs II (Augustinópolis) e III encarados como outliers. Partindo à construção do (Tocantinópolis), com nível médio. Apesar deste Índice da Dimensão, este é o que apresenta a maior resultado, a heterogeneidade no interior das RPAs é homogeneidade no interior das RPAs. Todos os dez significativa, e todas parecem estar divididas em dois municípios da RPA III (Tocantinópolis), apresentaram conjuntos de municípios: aqueles com baixo ou médio desenvolvimento alto ou médio alto, com exceção do baixo desenvolvimento, e aqueles com médio alto ou município de Itaguatins (médio). O mesmo ocorre na alto. Esta característica indica que as RPAs contém em RPA I (Araguatins), que apresenta apenas o município seu interior disparidades significativas no que se refere de São Sebastião do Tocantins com médio à oferta de Comércio e Serviços, o que pode ser visto desenvolvimento. Destaca-se ao mesmo tempo a RPA por intermédio da análise das figuras 12 e 13. V (Araguaína), com todos os seus municípios com Tomando o limite anteriormente sugerido entre as desenvolvimento baixo ou médio baixo, com exceção porções norte e sul da área em estudo (norte dos de Muricilândia (médio), o que pode ser visualizado municípios de Xambioá e Wanderlândia), das 610 nas figuras 14 e 15. unidades de Comércio e Serviços existentes no A característica mais significativa desta dimensão é a conjunto desta, 246 (40%) estão localizadas na porção completa inversão dos resultados até aqui obtidos. A sul e 364 (60%) na porção norte. O padrão anterior de porção norte da área em estudo congrega todos os melhores condições sociais na porção sul, portanto, melhores resultados, com exceção dos municípios de não se repete no que diz respeito à oferta de unidades Carrasco Bonito e Augustinópolis, que juntamente com de Comércio e Serviços, especialmente levando em a porção sul, apresentam os menores índices. consideração que esta porção abriga aproximadamente 50% da população residente no 4.8 - Índice de Desenvolvimento Social - dimensão conjunto da área do ZEE do Norte do Tocantins. Urbanização

4.7 – Índice de Desenvolvimento Social - dimensão A dimensão Urbanização incorpora diretamente o Consenso Social percentual de população urbana dos municípios. O município mais urbanizado da área em estudo é o de A dimensão Consenso Social incorporou duas Araguaína, 95% de população urbana. São Miguel do variáveis: participação eleitoral e número de homicídios Tocantins é o menos urbanizado, com apenas 23% de e suicídios por 1000 habitantes. Seu principal objetivo população urbana. Vale notar que, tomando a área do é avaliar o grau de satisfação das populações dos ZEE do Norte do Estado do Tocantins como um todo, municípios do Norte do Tocantins. O maior nível de 62% de sua população reside em áreas urbanas. Este participação eleitoral foi encontrado nos municípios de parece ser o padrão de urbanização da maioria dos Santa Terezinha do Tocantins e Luzinópolis (94%) e o municípios, pois, ao retirar os dois casos extremos da menor no município de Arapoema (66%). Quanto ao amostra, Araguaína e São Miguel do Tocantins, esta número de homicídios e suicídios, o maior valor foi

31 Zoneamento Ecológico-Econômico Contexto Estadual e Regional - Norte do Tocantins média não se altera. Apenas 5 municípios têm mais de concentração dos municípios em torno de um nível 80% de sua população vivendo em áreas urbanas: médio de desenvolvimento. A maioria das RPAs, de Araguaína, Axixá do Tocantins, Cachoeirinha, Sampaio fato, apresentam municípios com níveis variando entre e Tocantinópolis; e apenas 3 têm menos de 40% alto e baixo (figuras 16 e 17). nestas condições: Aragominas, Nazaré e São Miguel do Tocantins. É importante ressaltar que, dentre os O forte decréscimo das populações rurais na área em cinco municípios mais urbanizados, apenas Araguaína estudo e o crescimento das populações urbanas desta encontra-se na porção sul da área em estudo. podem estar associados à crescente importância da atividade pecuária, à necessidade de serviços de Partindo ao quadro comparativo, todas as RPAs natureza local e regional e ao fluxo de migrantes, apresentaram nível médio de desenvolvimento, com empresários e capitais da região e de outras áreas do exceção das RPA I (Araguatins) e V (Araguaína), que país. atingiram nível médio alto. Isto reflete antes uma heterogeneidade no interior das RPAs do que uma

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Figura 12 - Área do ZEE do Norte do Estado do Tocantins: dimensão Comércio e Serviços - comparação municipal

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Figura 13 - Área do ZEE do Norte do Estado do Tocantins: dimensão Comércio e Serviços - comparação por RPAs

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Figura 14 - Área do ZEE do Norte do Estado do Tocantins: dimensão Consenso Social - comparação municipal

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Figura 15 - Área do ZEE do Norte do Estado do Tocantins: dimensão Consenso Social - comparação por RPAs

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Figura 16 - Área do ZEE do Norte do Estado do Tocantins: dimensão Urbanização - comparação municipal

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Figura 17 - Área do ZEE do Norte do Estado do Tocantins: dimensão Urbanização - comparação por RPAs

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4.9 – Índice de Desenvolvimento Social - dimensão Dentre os 37 municípios da área do ZEE do Norte do Produção Tocantins, seis apresentaram produtividade abaixo de duas toneladas por hectare: Riachinho, Araguatins O Norte do Estado do Tocantins é uma área Carmolândia, Angico, Santa Fé do Araguaia e essencialmente agrícola. Por esta razão, das cinco Araguatins. Desse grupo, três encontram-se na porção variáveis utilizadas para compor a Dimensão norte. Seis municípios apresentam produtividade acima Produção, quatro referem-se diretamente a esta de três toneladas e meia por hectare: Maurilândia do natureza de atividade produtiva: concentração da Tocantins, Sítio Novo do Tocantins, Aragominas, Praia propriedade da terra, utilização de incrementos Norte, Sampaio e São Miguel do Tocantins. Nesse agrícolas, produtividade do setor e efetivo de rebanhos. grupo com maior produtividade, apenas Aragominas A última variável é o consumo de energia elétrica per encontra-se na porção norte. capita.

Em termos do efetivo do rebanho bovino, um conjunto A variável concentração da propriedade da terra foi de municípios destaca-se como maiores produtores da elaborada como o percentual da área dos área em estudo, com um efetivo superior a 100 mil estabelecimentos agropecuários ocupados por médias cabeças: Araguaína (220 mil), Arapoema (138 mil), propriedades. Na área do ZEE do Norte do Estado do Bandeirantes do Tocantins (130 mil), Santa Fé do Tocantins, 31 municípios possuem entre 10 e 40% da Araguaia (129 mil) e Ananás (120 mil). Todos estes suas áreas ocupada por propriedades médias. Os municípios concentram-se na porção sul da área em municípios que mais se afastam desta faixa são os de estudo, com exceção de Ananás. No outro extremo, Esperantina (0%) e de São Miguel do Tocantins (52%). com efetivo de menos de 10 mil cabeças, estão os municípios de Araguanã (menos de mil), Praia Norte (5 No que se refere à utilização de incrementos agrícolas, mil), São Sebastião do Tocantins (6 mil), Sampaio (8 os municípios onde têm sido mais difundida a referida mil), Cachoeirinha (8 mil) e Luzinópolis (9 mil), todos prática são os de Piraquê, Carmolândia e Araguanã, localizados na porção norte, à exceção de Araguanã. onde, respectivamente, em média 43%, 42% e 40% de seus estabelecimentos agropecuários utilizam tais Finalmente, quanto ao consumo de energia elétrica per incrementos, os três municípios localizam-se na porção capita, o município de Araguaína claramente se sul da área em estudo. Um conjunto de oito municípios, distingue dos demais, com um consumo de 0,83 Gwh Augustinópolis, Axixá do Tocantins, Esperantina, Praia por habitante. O segundo município com melhor Norte, Sampaio, São Miguel do Tocantins, São indicador para esta variável foi o de Tocantinópolis, Sebastião do Tocantins, Sítio Novo do Tocantins, todos com 0,42 Gwh por habitante. O pior resultado foi localizados na porção norte da área em estudo, observado no município de Carrasco Bonito (0,08 Gwh apresenta-se relativamente atrasado quanto a esta por habitante). variável, com menos de 10% em média de seus estabelecimentos utilizando tais incrementos. Agregando todas estas variáveis ao Índice Dimensão, este parece dividir as RPAs em dois blocos Quanto à produtividade do setor agrícola, os relativamente nítidos de desenvolvimento. De um lado, municípios que mais se destacam são Sítio Novo do as RPAs I (Araguatins), II (Augustinópolis) e III Tocantins e Maurilândia do Tocantins, cuja (Tocantinópolis) com desenvolvimento em torno do produtividade perfaz 5,61 e 4,49 toneladas por hectare, médio baixo, com exceção apenas dos municípios de respectivamente. O pior resultado foi obtido pelo Aguiarnópolis e Tocantinópolis na RPA III. Por outro município de Angico, com uma produtividade de lado, as RPAs IV (Xambioá), V (Araguaína) e VI apenas 1,59 tonelada por hectare. (Colinas do Tocantins), alcançam índice de alto desenvolvimento, com exceção apenas do município

39 Zoneamento Ecológico-Econômico Contexto Estadual e Regional - Norte do Tocantins de Riachinho na RPA IV. Esta dimensão parece ter em estudo. Na porção sul, todos os municípios sido aquela que apresentou maior homogeneidade apresentaram desenvolvimento alto ou médio alto. municipal no interior das RPAs (ver figuras 18 e 19). Enquanto que, na porção norte, por sua vez, todos os municípios, à exceção de Ananás, Aguiarnópolis e Esta dimensão confirma mais do que qualquer outra a Tocantinópolis, apresentaram desenvolvimento médio divisão proposta entre as porções norte e sul da área ou abaixo de médio.

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Figura 18 - Área do ZEE do Norte do Estado do Tocantins: dimensão Produção - comparação municipal

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Figura 19 - Área do ZEE do Norte do Estado do Tocantins: dimensão Produção - comparação por RPAs

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4.10 – Índice Sintético de Desenvolvimento Social A Figura 20 corrobora em grande medida a existência de dois blocos de desenvolvimento social na área em Após a obtenção dos índices sintéticos para cada estudo: um ao sul e outro ao norte dos limites dimensão, o passo final deste estudo foi a construção superiores dos municípios de Xambioá e do Índice Sintético de Desenvolvimento Social a partir Wanderlândia. Na porção norte, todos os municípios, à desses. Esta construção foi feita de maneira análoga e exceção de Muricilândia e Aragominas, obtiveram está sujeita aos mesmos comentários metodológicos resultados alto ou médio alto. Na porção sul, por sua da construção dos índices das dimensões. Os vez, a maioria dos municípios apresentou municípios foram finalmente hierarquizados segundo o desenvolvimento médio ou abaixo de médio, ficando a Índice de Desenvolvimento Social e classificados exceção para os municípios de Tocantinópolis, segundo as classes supracitadas, de acordo com a Ananás, Augustinópolis, Araguatins e Aguiarnópolis. mesma metodologia (ver figuras 20 e 21). Quadro 12 - Ranking dos municípios segundo o índice A RPA I (Araguatins) obteve desenvolvimento social sintético de desenvolvimento social médio baixo e, de fato, seus municípios parecem estar Ranking Município Classificação RPA 1º Araguaína A Araguaína aglutinados em torno deste nível. Destaca-se deste 2º Tocantinópolis A Tocantinópolis padrão apenas o município de Araguatins, com 3º Arapoema A Colinas do Tocantins desenvolvimento médio alto. Os mesmo comentários 4º Xambioá A Xambioá 5º Ananás A Xambioá se aplicam a RPA II (Augustinópolis) e, neste caso, o 6º Carmolândia A Araguaína município que foge do padrão médio baixo da RPA é o 7º Piraquê A Xambioá de Augustinópolis (médio alto). A RPA III 8º Santa Fé do Araguaia A Araguaína (Tocantinópolis) parece seguir o mesmo padrão, ou 9º Araguanã MA Xambioá 10º Augustinópolis MA Augustinópolis seja, uma certa aglutinação dos municípios em torno 11º Pau D'Arco MA Colinas do Tocantins do nível médio baixo. Porém, a presença de 12º Araguatins MA Araguatins Tocantinópolis (desenvolvimento alto) e Aguiarnópolis 13º Bandeirantes do Tocantins MA Colinas do Tocantins 14º Aguiarnópolis MA Tocantinópolis (desenvolvimento médio alto) parece ter deslocado o 15º Wanderlândia MA Araguaína nível da RPA para médio. 16º Angico M Tocantinópolis 17º Aragominas M Araguaína 18º Muricilândia M Araguaína Estas três RPAs contrastam nitidamente com as RPAs 19º Axixá do Tocantins M Augustinópolis IV (Xambioá), V (Araguaína) e VI (Colinas do 20º Cachoeirinha M Araguatins Tocantins), com desenvolvimento, respectivamente, 21º Luzinópolis M Tocantinópolis 22º Buriti do Tocantins M Augustinópolis médio alto, alto e médio. Ao mesmo tempo, todos os 23º Darcinópolis MB Tocantinópolis municípios no interior destas três RPAs apresentaram 24º São Sebastião do Tocantins MB Araguatins nível médio, médio alto ou alto, com exceção do 25º Nazaré MB Tocantinópolis 26º Itaguatins MB Tocantinópolis município de Riachinho na RPA IV (baixo 27º São Bento do Tocantins MB Araguatins desenvolvimento). 28º Sampaio MB Augustinópolis 29º Maurilândia do Tocantins MB Tocantinópolis Analisando estas informações, por meio do Quadro 12, 30º Sítio Novo do Tocantins B Augustinópolis 31º Palmeiras do Tocantins B Tocantinópolis onde os municípios estão organizados por ordem 32º Praia Norte B Augustinópolis decrescente de Índice de Desenvolvimento Social, 33º Carrasco Bonito B Augustinópolis pode-se notar que as RPAs Xambioá e Araguaína 34º Riachinho B Xambioá 35º Sta. Terezinha do Tocantins B Tocantinópolis concentram a maior parte dos municípios com 36º Esperantina B Araguatins desenvolvimento social alto e as RPAs Augustinópolis 37º São Miguel do Tocantins B Augustinópolis e Tocantinópolis concentram a maior parte dos municípios com baixo desenvolvimento social.

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Figura 20 - Área do ZEE do Norte do Estado do Tocantins: Índice de desenvolvimento social - comparação municipal

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Figura 21 - Área do ZEE do Norte do Estado do Tocantins: índice de desenvolvimento social - comparação por RPAs

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Referências Bibliográficas

BELLIA, V. et al. Secretaria do Planejamento e Meio Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Ambiente (SEPLAN). Diretoria de Zoneamento Naturais Renováveis (IBAMA). PROARCO: Arco de Ecológico-Econômico (DZE). Projeto de Gestão Desflorestamento. Brasília, IBAMA/MMA, 2000. Ambiental Integrada da Região do Bico do Disponível em . Acesso Papagaio. Zoneamento Ecológico-Econômico. em: 15 jul. 2004. Análise Ambiental e Socioeconômica do Norte do Estado do Tocantins. Org. por Vítor Bellia e Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (IPEA). Ricardo Ribeiro Dias. Palmas, Seplan/DZE, 2004. Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil, 326p. il. (ZEE Tocantins, Bico do Papagaio, Análise 2000. Brasília, IPEA/PNUD/FJP, 2003. Ambiental e Socioeconômica). Ministério da Fazenda (MF). Secretaria do Tesouro IBGE. Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Nacional (STN). Finanças do Brasil (FINBRA). Estatística. Tendências Demográficas: uma Dados Contábeis dos Municípios, 2001. Brasília, análise dos censos demográficos e da contagem da MF/STN, 2001. população, 1996. Tocantins. Rio de Janeiro, IBGE, 1999. v. 8. Ministério da Saúde. DATASUS. Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM). Brasília, ______. Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e MS/SVS/DATASUS, 2003. Disponível em Estatística. Base de Informações Municipais - . Acesso em: 15 jul. base de dados. IBGE, Rio de Janeiro, IBGE, 2000. 2004. CD-ROM. Programas das Nações Unidas para o ______. Contas Regionais do Brasil - 2000. [s.l.], Desenvolvimento (PNUD). Definição e IBGE, 2001. Disponível em metodologia de cálculo dos indicadores e . Acesso em: 15 jul. condições de vida. Brasília, PNUD, 2004. 2004. Disponível em http://www.pnud.org.br/home/. Acesso em: 15 jul. 2004. ______. Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Censo Demográfico 2000 - Resultados RAO, C. H. Linear Statistical Inference and its Preliminares. Rio de Janeiro, IBGE, 2001. applications. New York, John Wiley, 1973.

______. Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e SEBRAE. Tocantins. Cadastro Empresarial do Estatística. Síntese de indicadores sociais, 2000. Tocantins. Palmas, SEBRAE-TO, 1999. Rio de Janeiro, IBGE, 2001.

47 Zoneamento Ecológico-Econômico Contexto Estadual e Regional - Norte do Tocantins

Secretaria do Planejamento e Meio Ambiente (SEPLAN). Diretoria de Zoneamento Ecológico- Econômico. Atlas do Tocantins: subsídios ao planejamento da gestão regional. Palmas, SEPLAN, 2003. 49p.

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Anexos

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ANEXO A

UNIDADES DE COMÉRCIO E SERVIÇOS SELECIONADAS

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Quadro 13 - Unidades de comércio e serviços selecionadas Serviços Industriais Comércio atacadista Automotivos leves Alimentos Automotivos pesados Autopeças Consertos de eletro-eletrônicos Bebidas Gráficos Máquinas e implementos agrícolas Mecânicos gerais Material para construção civil Reparação de calçados Produtos in natura Reparação e manutenção bicicletas Comércio varejista Profissionais liberais Alimentos - mini-mercados, mercearias, secos e molhados. Serviços de advocacia Alimentos in natura (carne, frutas, hortaliças) Serviços de cartórios Caça, pesca e artigos esportivos Serviços de contabilidade Combustíveis e lubrificantes Serviços de engenharia e arquitetura Eletrodomésticos, discos, filmes, antenas parabólicas Serviços de fotografia Farmácias alopáticas (remédios, medicamentos) Serviços de informática Farmácias homeopáticas Serviços de publicidade Gás doméstico Material de acabamento para construção civil (tintas, azulejos, Hospedagem, transportes e outros. vidros, espelhos, pisos, forros, esquadrias, etc) Academia de ginástica Material de alvenaria para construção civil (tijolo, telhas, cimento, Agências de viagem ferragens, areia, madeira, etc) Aluguel de automóveis Material elétrico Aluguel de fitas de vídeo Móveis em geral Fliperamas Ótica, relojoaria, bijuteria Hotel com restaurante Papelaria, livraria, etc. Hotel sem restaurante Perfumaria e cosméticos Serviços de transporte urbano (táxi, ônibus) Produtos veterinários (farmácia, remédios, medicamentos) Supermercados Saúde e educação Tecidos e armarinho Auto-escola Telefonia e informática Vestuário, confecções e calçados Ensino fundamental

Ensino médio Bancos e comunicações Ensino superior Bancos, cooperativas e consórcios Ensino de idiomas Companhia de seguros (vida, saúde, etc) Ensino de informática Serviços de geração de rádio Hospitais e clínicas médicas Serviços de transmissão e geração de sinal de TV Laboratórios e serviços de análises clínicas Serviços telefônicos Serviços dentários

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ANEXO B

DADOS

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Quadro 14 - Descrição dos dados primários Dados Legenda Unidade Período Consumo de energia elétrica Data 1 Gwh 1999 População residente Data 2 indivíduos 2000 Área dos estabelecimentos agropecuários - média propriedade Data 3 hectares 1998 Área total dos estabelecimentos agropecuários Data 4 hectares 1998 Quantidade de arroz (em casca) produzida Data 5 toneladas 2001 Quantidade de mandioca produzida Data 6 toneladas 2001 Quantidade de milho (em grão) produzida Data 7 toneladas 2001 Área colhida de arroz (em casca) Data 8 hectares 2001 Área colhida de mandioca Data 9 hectares 2001 Área colhida de milho (em grão) Data 10 hectares 2001 Índice de Desenvolvimento Humano - Educação Data 11 índice 2000 Número de unidades de comércio e serviço selecionadas Data 12 unidades 2000 Efetivo de rebanhos bovinos Data 13 cabeças 2001 Óbitos por agressões ou por lesão autoprovocadas Data 14 indivíduos 2000 voluntariamente Número de eleitores Data 15 indivíduos 1998 Número de abstenções nas eleições de 1998 Data 16 indivíduos 1998 Despesas orçamentárias municipais Data 17 reais 2001 Receitas tributárias municipais Data 18 reais 2001 Domicílios particulares permanentes ligados à rede geral de Data 19 domicílios 2000 abastecimento de água Domicílios particulares permanentes com banheiro ou Data 20 domicílios 2000 instalação sanitária Domicílios particulares permanentes com coleta de lixo Data 21 domicílios 2000 Total de domicílios particulares permanentes Data 22 domicílios 2000 Índice de Desenvolvimento Humano - Longevidade Data 23 índice 2000 Índice de Desenvolvimento Humano - Renda Data 24 índice 2000 População residente urbana Data 25 indivíduos 2000 Média de estabelecimentos agropecuários que utilizam Data 26 estabelecimentos 1997 incrementos agrícolas Total de estabelecimentos agropecuários Data 27 estabelecimentos 1997

53 Zoneamento Ecológico-Econômico Contexto Estadual e Regional - Norte do Tocantins

Quadro 15 - Descrição das variáveis Períod Legenda Unidade Cálculo Variável o Renda familiar per capita Var 1 índice 2000 Data 24 Taxa de analfabetismo Var 2,3 índice 2000 Data 11 Número médio de anos de estudo Domicílios com abastecimento de água Var 4 domicílios 2000 Data 19 / Data 22 adequado Domicílios com banheiro ou instalação Var 5 domicílios 2000 Data 20 / Data 22 sanitária Domicílios com coleta de lixo Var 6 domicílios 2000 Data 21 / Data 22 Esperança de vida ao nascer Var 7 índice 2000 Data 23 Autonomia orçamentária Var 8 reais 2001 Data 18 / Data 17 Unidades de comércio e serviços Var 9 unidade 2000 Data 12 Participação eleitoral Var 10 eleitores 1998 Data 16 / Data 15 Homicídios e suicídios por 1000 habitantes Var 11 indivíduos 2000 (Data 14 / Data 2)*1000 Grau de urbanização Var 12 indivíduos 2000 Data 25 / Data 2 Grau de concentração da propriedade da terra Var 13 hectares 1998 Data 3 / Data 4 Consumo de energia elétrica per capita Var 14 Gwh 1999 Data 1 / Data 2 estabelecimentos Utilização de incrementos agrícolas Var 15 1997 Data 26 / Data 27 agropecuários toneladas por (Data 5 + Data 6 + Data 7) / Produtividade do setor agrícola Var 16 1997 hectares (Data 8 + Data 9 + Data10) Efetivo de rebanhos Var 17 cabeças 2001 Data 13

Quadro 16 – Índices das dimensões Dimensão Legenda Cálculo Renda Dim 1 Ind 1 Educação Dim 2 Ind 2, 3. Habitação Dim 3 ACP (Ind 4, Ind 5, Ind 6). Longevidade Dim 4 Ind 7 Governo Dim 5 Ind 8 Comércio e Serviços Dim 6 Ind 9 Consenso Social Dim 7 ACP (Ind 10, Ind 11). Urbanização Dim 8 Ind 12 Produção Dim 9 ACP (Ind 13, ..., Ind 17)

54 Zoneamento Ecológico-Econômico Contexto Estadual e Regional - Norte do Tocantins

Tabela 1 - Dados primários Municípios Data1 Data2 Data3 Data4 Data5 Data6 Data7 Data8 Data9 Data10 Data11 Data12 Data13 Data14

Aguiarnópolis 1002 3145 4377 16057 630 504 300 420 36 250 0,77 9 12500 1

Ananás 3075 10512 23202 114715 440 1680 385 400 140 350 0,77 35 120000 2

Angico 456 2889 4763 46947 242 300 330 220 30 300 0,82 14 13550 0

Aragominas 979 6180 6441 44391 336 1350 88 280 90 80 0,70 11 60600 2

Araguaína 94381 113143 153270 618812 550 7280 5600 500 520 4000 0,87 62 212400 54

Araguanã 1219 4193 995 33651 180 882 264 150 70 240 0,79 11 800 0

Araguatins 6596 26010 45256 186943 3312 2240 1656 2300 160 1200 0,76 44 88543 0

Arapoema 2814 7025 76610 248217 450 1125 650 300 75 350 0,76 24 138000 3

Augustinópolis 3878 12964 7591 27262 480 975 1050 400 75 700 0,71 31 38849 4

Axixá do Tocantins 2322 8827 9123 35767 420 910 360 350 65 300 0,72 19 30087 1

Bandeirantes do Tocantins 602 2608 9862 24593 600 975 800 400 65 450 0,76 9 130000 0

Buriti do Tocantins 1862 7842 5045 16953 300 910 234 240 70 200 0,76 22 30366 0

Cachoeirinha 420 2023 2353 20005 228 728 156 190 52 130 0,79 5 8415 0

Carmolândia 786 2008 1550 7216 165 324 240 150 27 200 0,73 8 34500 2

Carrasco Bonito 265 3218 4424 8759 228 780 180 200 60 150 0,68 5 9639 1

Darcinópolis 798 4273 18273 91413 660 2400 385 600 200 350 0,77 16 19000 0

Esperantina 993 7623 0 2796 1440 2100 600 1200 150 500 0,70 15 13252 1

Itaguatins 1186 6386 25422 87334 378 1400 240 300 100 200 0,74 7 30288 0

Luzinópolis 326 2021 3078 10279 224 476 132 160 34 110 0,81 6 9092 0

Maurilândia do Tocantins 464 2854 2846 10565 180 1162 108 150 83 90 0,78 7 11692 0

Muricilândia 563 2680 2413 21810 220 720 220 160 60 200 0,70 9 70000 0

Nazaré 1163 5150 8376 37079 448 980 156 320 70 130 0,78 13 19307 0

Palmeiras do Tocantins 811 4622 9902 40592 780 1008 576 600 72 400 0,71 12 26213 0

Pau D'Arco 867 4335 6924 36010 500 975 640 350 65 400 0,73 22 69000 1

Piraquê 541 2360 8583 71237 198 390 330 180 30 300 0,78 10 83200 2

Praia Norte 650 6781 1639 9971 240 1105 180 200 85 150 0,73 10 5482 0

Riachinho 587 3670 8646 27466 392 700 330 350 70 300 0,76 8 27000 0

Sampaio 476 2801 4502 41255 240 1190 180 200 85 150 0,75 4 7873 0

Santa Fé do Araguaia 1201 5507 8047 94529 360 600 575 300 50 500 0,75 14 128500 1

Santa Terezinha do Tocantins 352 2455 5457 89603 150 490 72 120 35 60 0,78 6 9846 0

São Bento do Tocantins 406 3738 5814 34565 360 1120 420 300 80 350 0,77 9 15570 1

São Miguel do Tocantins 1085 8486 11396 21999 180 1040 144 150 80 120 0,72 5 15637 2

São Sebastião do Tocantins 832 3669 4024 18042 300 845 240 250 65 200 0,76 10 5707 0

Sítio Novo do Tocantins 2278 9488 4420 21098 240 2940 240 200 210 200 0,75 11 31674 2

Tocantinópolis 9483 22777 28464 122337 441 560 240 350 40 200 0,83 41 24847 2

Wanderlândia 3134 10273 39888 256290 1080 2520 1210 900 210 1100 0,77 28 35500 2

Xambioá 4257 12137 25891 104981 480 1170 660 400 90 600 0,77 38 82500 3

Nota: Para detalhes acerca dos dados contidos nesta Tabela, vide Quadro 14.

55 Zoneamento Ecológico-Econômico Contexto Estadual e Regional - Norte do Tocantins

Tabela 2 - Dados primários Municípios Data15 Data16 Data17 Data18 Data19 Data20 Data21 Data22 Data23 Data24 Data25 Data26 Data27

Aguiarnópolis 1635 139 1974648 118526 507 405 319 697 0,59 0,52 2304 20,50 64

Ananás 6100 1613 4253873 34461 1671 1613 989 2296 0,66 0,57 8396 53,17 250

Angico 1658 216 1843511 903 478 373 73 647 0,66 0,52 1639 28,33 169

Aragominas 2846 663 3040858 11224 536 704 469 1460 0,67 0,51 2383 48,83 139

Araguaína 58971 13831 16065030 3177384 23251 24387 22725 27542 0,71 0,67 105874 155,33 656

Araguanã 2257 346 2811394 42640 210 698 249 927 0,67 0,58 2609 19,83 49

Araguatins 10511 1240 11629798 274336 3236 3972 2716 5737 0,61 0,54 15788 136,00 855

Arapoema 4331 1467 4077625 68640 1137 1017 1082 1699 0,59 0,62 5503 57,33 284

Augustinópolis 7212 1936 4406843 59589 2112 2316 1815 2922 0,59 0,55 10227 64,83 713

Axixá do Tocantins 6229 1423 3044628 120443 1203 1562 850 1987 0,50 0,49 7560 50,83 548

Bandeirantes do Tocantins 1565 320 838695 6216 367 307 183 622 0,66 0,60 1203 64,50 236

Buriti do Tocantins 3976 557 2725393 10465 1411 1223 70 1693 0,59 0,49 6116 14,67 125

Cachoeirinha 1025 94 1679578 6567 345 271 5 408 0,66 0,46 1765 10,50 54

Carmolândia 1582 328 1956731 130296 1 323 322 488 0,60 0,57 1550 11,83 28

Carrasco Bonito 1601 450 1714336 13979 571 402 18 689 0,55 0,46 1573 27,50 220

Darcinópolis 1802 131 2356473 83122 534 608 376 989 0,59 0,50 2372 54,00 345

Esperantina 2600 220 3766747 14144 1022 585 42 1606 0,58 0,44 3552 7,00 110

Itaguatins 3394 563 3671132 9849 766 562 260 1471 0,62 0,49 3270 67,50 627

Luzinópolis 891 50 1508423 4938 334 309 171 443 0,59 0,52 1327 17,83 94

Maurilândia do Tocantins 1284 98 1719802 2029 326 281 45 616 0,66 0,47 1579 31,50 211

Muricilândia 1769 382 1956483 48699 328 510 12 643 0,59 0,55 1725 39,00 158

Nazaré 2934 232 2310367 4017 928 673 202 1158 0,66 0,50 2003 57,17 411

Palmeiras do Tocantins 1848 181 1761871 15487 577 438 102 1033 0,55 0,49 2497 38,33 185

Pau D'Arco 2193 632 855406 3665 536 592 323 1016 0,66 0,55 2757 87,50 380

Piraquê 1360 229 1802672 6423 238 276 170 528 0,71 0,55 1179 24,50 57

Praia Norte 3078 752 2575568 8109 888 748 255 1357 0,58 0,43 3475 31,33 475

Riachinho 1830 323 2179883 9550 342 216 19 794 0,58 0,45 1567 38,00 305

Sampaio 1674 359 1576884 13069 440 338 173 616 0,53 0,45 2289 9,67 124

Santa Fé do Araguaia 3327 847 2583415 16695 666 634 497 1211 0,66 0,56 3368 20,17 60

Santa Terezinha do Tocantins 1208 73 1581611 7618 374 310 8 550 0,52 0,46 1387 27,83 157

São Bento do Tocantins 1709 167 1615618 6552 334 357 39 791 0,59 0,48 1952 29,67 206

São Miguel do Tocantins 2555 456 2453945 8829 724 1226 171 1913 0,57 0,45 1910 47,67 826

São Sebastião do Tocantins 2011 480 1838315 7090 554 490 118 765 0,59 0,48 2811 10,83 127

Sítio Novo do Tocantins 5155 1104 3056410 29692 1024 1494 279 2117 0,55 0,48 4756 80,67 1135

Tocantinópolis 9919 1142 7368744 266758 4649 4099 3044 5374 0,66 0,58 18878 46,50 147

Wanderlândia 6452 1667 3029788 38120 1445 1578 272 2463 0,59 0,55 5273 113,33 467

Xambioá 7310 1627 4167174 54763 1596 2188 1500 2816 0,59 0,60 9677 43,00 168

Nota: Para detalhes acerca dos dados contidos nesta Tabela, vide Quadro 14.

56 Zoneamento Ecológico-Econômico Contexto Estadual e Regional - Norte do Tocantins

Tabela 3 - Variáveis Municípios Var1 Var2,3 Var4 Var5 Var6 Var7 Var8 Var9 Var10 Var11 Var12 Var13 Var14 Var15 Var16 Var17

Aguiarnópolis 0,52 0,77 0,73 0,58 0,46 0,59 0,06 9 0,09 0,32 0,73 0,27 0,32 0,32 2,03 12500

Ananás 0,57 0,77 0,73 0,70 0,43 0,66 0,01 35 0,26 0,19 0,80 0,20 0,29 0,21 2,81 120000

Angico 0,52 0,82 0,74 0,58 0,11 0,66 0,00 14 0,13 0,00 0,57 0,10 0,16 0,17 1,59 13550

Aragominas 0,51 0,70 0,37 0,48 0,32 0,67 0,00 11 0,23 0,32 0,39 0,15 0,16 0,35 3,94 60600

Araguaína 0,67 0,87 0,84 0,89 0,83 0,71 0,20 62 0,23 0,48 0,94 0,25 0,83 0,24 2,68 212400

Araguanã 0,58 0,79 0,23 0,75 0,27 0,67 0,02 11 0,15 0,00 0,62 0,03 0,29 0,40 2,88 800

Araguatins 0,54 0,76 0,56 0,69 0,47 0,61 0,02 44 0,12 0,00 0,61 0,24 0,25 0,16 1,97 88543

Arapoema 0,62 0,76 0,67 0,60 0,64 0,59 0,02 24 0,34 0,43 0,78 0,31 0,40 0,20 3,07 138000

Augustinópolis 0,55 0,71 0,72 0,79 0,62 0,59 0,01 31 0,27 0,31 0,79 0,28 0,30 0,09 2,13 38849

Axixá do Tocantins 0,49 0,72 0,61 0,79 0,43 0,50 0,04 19 0,23 0,11 0,86 0,26 0,26 0,09 2,36 30087

Bandeirantes do Tocantins 0,60 0,76 0,59 0,49 0,29 0,66 0,01 9 0,20 0,00 0,46 0,40 0,23 0,27 2,60 130000

Buriti do Tocantins 0,49 0,76 0,83 0,72 0,04 0,59 0,00 22 0,14 0,00 0,78 0,30 0,24 0,12 2,83 30366

Cachoeirinha 0,46 0,79 0,85 0,66 0,01 0,66 0,00 5 0,09 0,00 0,87 0,12 0,21 0,19 2,99 8415

Carmolândia 0,57 0,73 0,00 0,66 0,66 0,60 0,07 8 0,21 1,00 0,77 0,21 0,39 0,42 1,93 34500

Carrasco Bonito 0,46 0,68 0,83 0,58 0,03 0,55 0,01 5 0,28 0,31 0,49 0,51 0,08 0,13 2,90 9639

Darcinópolis 0,50 0,77 0,54 0,61 0,38 0,59 0,04 16 0,07 0,00 0,56 0,20 0,19 0,16 3,00 19000

Esperantina 0,44 0,70 0,64 0,36 0,03 0,58 0,00 15 0,08 0,13 0,47 0,00 0,13 0,06 2,24 13252

Itaguatins 0,49 0,74 0,52 0,38 0,18 0,62 0,00 7 0,17 0,00 0,51 0,29 0,19 0,11 3,36 30288

Luzinópolis 0,52 0,81 0,75 0,70 0,39 0,59 0,00 6 0,06 0,00 0,66 0,30 0,16 0,19 2,74 9092

Maurilândia do Tocantins 0,47 0,78 0,53 0,46 0,07 0,66 0,00 7 0,08 0,00 0,55 0,27 0,16 0,15 4,49 11692

Muricilândia 0,55 0,70 0,51 0,79 0,02 0,59 0,02 9 0,22 0,00 0,64 0,11 0,21 0,25 2,76 70000

Nazaré 0,50 0,78 0,80 0,58 0,17 0,66 0,00 13 0,08 0,00 0,39 0,23 0,23 0,14 3,05 19307

Palmeiras do Tocantins 0,49 0,71 0,56 0,42 0,10 0,55 0,01 12 0,10 0,00 0,54 0,24 0,18 0,21 2,21 26213

Pau D'Arco 0,55 0,73 0,53 0,58 0,32 0,66 0,00 22 0,29 0,23 0,64 0,19 0,20 0,23 2,60 69000

Piraquê 0,55 0,78 0,45 0,52 0,32 0,71 0,00 10 0,17 0,85 0,50 0,12 0,23 0,43 1,80 83200

Praia Norte 0,43 0,73 0,65 0,55 0,19 0,58 0,00 10 0,24 0,00 0,51 0,16 0,10 0,07 3,51 5482

Riachinho 0,45 0,76 0,43 0,27 0,02 0,58 0,00 8 0,18 0,00 0,43 0,31 0,16 0,12 1,98 27000

Sampaio 0,45 0,75 0,71 0,55 0,28 0,53 0,01 4 0,21 0,00 0,82 0,11 0,17 0,08 3,70 7873

Santa Fé do Araguaia 0,56 0,75 0,55 0,52 0,41 0,66 0,01 14 0,25 0,18 0,61 0,09 0,22 0,34 1,81 128500 Santa Terezinha do 0,46 0,78 0,68 0,56 0,01 0,52 0,00 6 0,06 0,00 0,56 0,06 0,14 0,18 3,31 9846 Tocantins São Bento do Tocantins 0,48 0,77 0,42 0,45 0,05 0,59 0,00 9 0,10 0,27 0,52 0,17 0,11 0,14 2,60 15570

São Miguel do Tocantins 0,45 0,72 0,38 0,64 0,09 0,57 0,00 5 0,18 0,24 0,23 0,52 0,13 0,06 3,90 15637

São Sebastião do Tocantins 0,48 0,76 0,72 0,64 0,15 0,59 0,00 10 0,24 0,00 0,77 0,22 0,23 0,09 2,69 5707

Sítio Novo do Tocantins 0,48 0,75 0,48 0,71 0,13 0,55 0,01 11 0,21 0,21 0,50 0,21 0,24 0,07 5,61 31674

Tocantinópolis 0,58 0,83 0,87 0,76 0,57 0,66 0,04 41 0,12 0,09 0,83 0,23 0,42 0,32 2,10 24847

Wanderlândia 0,55 0,77 0,59 0,64 0,11 0,59 0,01 28 0,26 0,19 0,51 0,16 0,31 0,24 2,18 35500

Xambioá 0,60 0,77 0,57 0,78 0,53 0,59 0,01 38 0,22 0,25 0,80 0,25 0,35 0,26 2,12 82500

57 Zoneamento Ecológico-Econômico Contexto Estadual e Regional - Norte do Tocantins

Tabela 4 - Conversão das variáveis à escala (0,1) MUNICÍPIOS Ind1 Ind2,3 Ind4 Ind5 Ind6 Ind7 Ind8 Ind9 Ind10 Ind11 Ind12 Ind13 Ind14 Ind15 Ind16 Ind17

Aguiarnópolis 0,41 0,48 0,84 0,50 0,55 0,42 0,30 0,09 0,10 0,32 0,71 0,53 0,31 0,71 0,11 0,06

Ananás 0,60 0,47 0,84 0,70 0,51 0,75 0,04 0,53 0,74 0,19 0,81 0,39 0,28 0,42 0,31 0,56

Angico 0,41 0,74 0,85 0,50 0,12 0,75 0,00 0,17 0,26 0,00 0,48 0,20 0,10 0,30 0,00 0,06

Aragominas 0,37 0,07 0,42 0,34 0,38 0,80 0,02 0,12 0,63 0,32 0,23 0,28 0,10 0,79 0,59 0,28

Araguaína 1,00 1,00 0,98 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 0,63 0,48 1,00 0,48 1,00 0,48 0,27 1,00

Araguanã 0,62 0,56 0,26 0,78 0,32 0,80 0,07 0,12 0,34 0,00 0,56 0,06 0,28 0,93 0,32 0,00

Araguatins 0,49 0,41 0,65 0,69 0,57 0,54 0,12 0,69 0,22 0,00 0,54 0,47 0,23 0,27 0,10 0,41

Arapoema 0,80 0,40 0,77 0,53 0,77 0,40 0,08 0,34 1,00 0,43 0,79 0,60 0,42 0,39 0,37 0,65

Augustinópolis 0,51 0,16 0,84 0,85 0,75 0,42 0,07 0,47 0,75 0,31 0,79 0,54 0,29 0,09 0,14 0,18

Axixá do Tocantins 0,28 0,18 0,70 0,84 0,51 0,00 0,20 0,26 0,61 0,11 0,89 0,49 0,24 0,09 0,19 0,14

Bandeirantes do Tocantins 0,73 0,38 0,68 0,36 0,35 0,78 0,04 0,09 0,52 0,00 0,33 0,77 0,20 0,58 0,25 0,61

Buriti do Tocantins 0,29 0,39 0,96 0,73 0,04 0,43 0,02 0,31 0,30 0,00 0,78 0,57 0,21 0,16 0,31 0,14

Cachoeirinha 0,16 0,58 0,98 0,64 0,00 0,76 0,02 0,02 0,13 0,00 0,91 0,23 0,17 0,37 0,35 0,04

Carmolândia 0,60 0,26 0,00 0,64 0,80 0,44 0,34 0,07 0,54 1,00 0,77 0,41 0,41 0,98 0,09 0,16

Carrasco Bonito 0,13 0,00 0,96 0,51 0,02 0,20 0,04 0,02 0,80 0,31 0,37 0,98 0,00 0,18 0,33 0,04

Darcinópolis 0,30 0,48 0,62 0,56 0,45 0,42 0,18 0,21 0,06 0,00 0,46 0,39 0,14 0,27 0,35 0,09

Esperantina 0,05 0,08 0,73 0,15 0,02 0,37 0,02 0,19 0,10 0,13 0,34 0,00 0,06 0,02 0,16 0,06

Itaguatins 0,26 0,29 0,60 0,18 0,20 0,59 0,01 0,05 0,39 0,00 0,40 0,56 0,14 0,13 0,44 0,14

Luzinópolis 0,40 0,67 0,87 0,69 0,46 0,42 0,01 0,03 0,00 0,00 0,61 0,58 0,11 0,35 0,29 0,04

Maurilândia do Tocantins 0,17 0,51 0,61 0,30 0,07 0,76 0,00 0,05 0,07 0,00 0,46 0,52 0,11 0,25 0,72 0,05

Muricilândia 0,50 0,08 0,59 0,85 0,01 0,40 0,12 0,09 0,57 0,00 0,59 0,21 0,17 0,51 0,29 0,33

Nazaré 0,32 0,53 0,93 0,50 0,20 0,75 0,01 0,16 0,08 0,00 0,23 0,44 0,19 0,22 0,36 0,09

Palmeiras do Tocantins 0,27 0,14 0,64 0,25 0,11 0,20 0,04 0,14 0,15 0,00 0,44 0,47 0,12 0,40 0,15 0,12

Pau D'Arco 0,53 0,26 0,61 0,51 0,38 0,78 0,02 0,31 0,82 0,23 0,58 0,37 0,16 0,46 0,25 0,32

Piraquê 0,54 0,49 0,52 0,41 0,38 1,00 0,02 0,10 0,40 0,85 0,39 0,23 0,20 1,00 0,05 0,39

Praia Norte 0,00 0,25 0,76 0,46 0,22 0,37 0,01 0,10 0,67 0,00 0,40 0,32 0,02 0,02 0,48 0,02

Riachinho 0,12 0,39 0,50 0,00 0,01 0,37 0,02 0,07 0,43 0,00 0,28 0,61 0,10 0,18 0,10 0,12

Sampaio 0,09 0,34 0,83 0,45 0,33 0,14 0,04 0,00 0,56 0,00 0,83 0,21 0,12 0,05 0,53 0,03

Santa Fé do Araguaia 0,56 0,33 0,63 0,41 0,49 0,78 0,03 0,17 0,70 0,18 0,54 0,16 0,18 0,75 0,05 0,60

Santa Terezinha do Tocantins 0,12 0,52 0,79 0,48 0,00 0,06 0,02 0,03 0,02 0,00 0,48 0,12 0,08 0,32 0,43 0,04

São Bento do Tocantins 0,23 0,44 0,49 0,29 0,05 0,42 0,02 0,09 0,15 0,27 0,42 0,32 0,03 0,23 0,25 0,07

São Miguel do Tocantins 0,12 0,20 0,44 0,60 0,09 0,30 0,02 0,02 0,43 0,24 0,00 1,00 0,06 0,00 0,57 0,07

São Sebastião do Tocantins 0,22 0,41 0,84 0,60 0,17 0,42 0,02 0,10 0,65 0,00 0,76 0,43 0,19 0,07 0,27 0,02

Sítio Novo do Tocantins 0,24 0,34 0,56 0,71 0,15 0,20 0,05 0,12 0,56 0,21 0,39 0,40 0,21 0,04 1,00 0,15

Tocantinópolis 0,63 0,75 1,00 0,80 0,68 0,75 0,18 0,64 0,21 0,09 0,85 0,45 0,44 0,69 0,13 0,11

Wanderlândia 0,50 0,45 0,68 0,60 0,12 0,40 0,06 0,41 0,72 0,20 0,41 0,30 0,30 0,50 0,15 0,16

Xambioá 0,72 0,48 0,65 0,82 0,64 0,40 0,06 0,59 0,59 0,25 0,81 0,48 0,36 0,53 0,13 0,39

58 Zoneamento Ecológico-Econômico Contexto Estadual e Regional - Norte do Tocantins

Tabela 5 - Transformações da análise de componentes principais Habitação Consenso Social Produção

Municípios Reconver Reconver- Reconver- Dados Originais Dados Dados Originais Dados Dados Originais Dados são à es- são à es- são à es- Transf. Transf. Transf. Ind4 Ind5 Ind6 cala (0,1) Ind10 Ind11 cala (0,1)) Ind13 Ind14 Ind15 Ind16 Ind17 cala (0,1)

Aguiarnópolis 0,84 0,50 0,55 0,18 0,53 0,10 0,32 -0,19 0,76 0,53 0,31 0,71 0,11 0,06 0,26 0,352

Ananás 0,84 0,70 0,51 0,26 0,59 0,74 0,19 0,27 0,33 0,39 0,28 0,42 0,31 0,56 0,21 0,527

Angico 0,85 0,50 0,12 -0,17 0,29 0,26 0,00 -0,23 0,80 0,20 0,10 0,30 0,00 0,06 -0,02 0,288

Aragominas 0,42 0,34 0,38 -0,10 0,34 0,63 0,32 0,25 0,35 0,28 0,10 0,79 0,59 0,28 0,24 0,287

Araguaína 0,98 1,00 1,00 0,84 1,00 0,63 0,48 0,34 0,26 0,48 1,00 0,48 0,27 1,00 0,68 1,000

Araguanã 0,26 0,78 0,32 0,08 0,47 0,34 0,00 -0,16 0,73 0,06 0,28 0,93 0,32 0,00 0,41 0,423

Araguatins 0,65 0,69 0,57 0,27 0,60 0,22 0,00 -0,27 0,83 0,47 0,23 0,27 0,10 0,41 0,08 0,400

Arapoema 0,77 0,53 0,77 0,36 0,66 1,00 0,43 0,62 0,00 0,60 0,42 0,39 0,37 0,65 0,22 0,537

Augustinópolis 0,84 0,85 0,75 0,54 0,79 0,75 0,31 0,35 0,26 0,54 0,29 0,09 0,14 0,18 -0,17 0,415

Axixá do Tocantins 0,70 0,84 0,51 0,32 0,63 0,61 0,11 0,12 0,47 0,49 0,24 0,09 0,19 0,14 -0,21 0,265

Bandeirantes do Tocantins 0,68 0,36 0,35 -0,09 0,35 0,52 0,00 -0,01 0,59 0,77 0,20 0,58 0,25 0,61 0,28 0,369

Buriti do Tocantins 0,96 0,73 0,04 -0,09 0,34 0,30 0,00 -0,20 0,77 0,57 0,21 0,16 0,31 0,14 -0,22 0,234

Cachoeirinha 0,98 0,64 0,00 -0,18 0,29 0,13 0,00 -0,34 0,90 0,23 0,17 0,37 0,35 0,04 -0,08 0,239

Carmolândia 0,00 0,64 0,80 0,36 0,66 0,54 1,00 0,55 0,07 0,41 0,41 0,98 0,09 0,16 0,57 0,520

Carrasco Bonito 0,96 0,51 0,02 -0,24 0,24 0,80 0,31 0,39 0,22 0,98 0,00 0,18 0,33 0,04 -0,39 0,076

Darcinópolis 0,62 0,56 0,45 0,11 0,48 0,06 0,00 -0,40 0,95 0,39 0,14 0,27 0,35 0,09 -0,17 0,216

Esperantina 0,73 0,15 0,02 -0,47 0,08 0,10 0,13 -0,29 0,85 0,00 0,06 0,02 0,16 0,06 -0,26 0,033

Itaguatins 0,60 0,18 0,20 -0,32 0,19 0,39 0,00 -0,13 0,70 0,56 0,14 0,13 0,44 0,14 -0,31 0,129

Luzinópolis 0,87 0,69 0,46 0,22 0,56 0,00 0,00 -0,45 1,00 0,58 0,11 0,35 0,29 0,04 -0,15 0,237

Maurilândia do Tocantins 0,61 0,30 0,07 -0,35 0,16 0,07 0,00 -0,39 0,94 0,52 0,11 0,25 0,72 0,05 -0,36 0,122

Muricilândia 0,59 0,85 0,01 -0,09 0,34 0,57 0,00 0,02 0,56 0,21 0,17 0,51 0,29 0,33 0,18 0,281

Nazaré 0,93 0,50 0,20 -0,10 0,34 0,08 0,00 -0,38 0,94 0,44 0,19 0,22 0,36 0,09 -0,20 0,188

Palmeiras do Tocantins 0,64 0,25 0,11 -0,35 0,16 0,15 0,00 -0,33 0,88 0,47 0,12 0,40 0,15 0,12 -0,01 0,111

Pau D'Arco 0,61 0,51 0,38 0,01 0,42 0,82 0,23 0,36 0,24 0,37 0,16 0,46 0,25 0,32 0,13 0,408

Piraquê 0,52 0,41 0,38 -0,05 0,37 0,40 0,85 0,35 0,25 0,23 0,20 1,00 0,05 0,39 0,66 0,474

Praia Norte 0,76 0,46 0,22 -0,13 0,32 0,67 0,00 0,11 0,48 0,32 0,02 0,02 0,48 0,02 -0,45 0,083

Riachinho 0,50 0,00 0,01 -0,58 0,00 0,43 0,00 -0,09 0,67 0,61 0,10 0,18 0,10 0,12 -0,18 0,068

Sampaio 0,83 0,45 0,33 -0,03 0,39 0,56 0,00 0,02 0,56 0,21 0,12 0,05 0,53 0,03 -0,38 0,127

Santa Fé do Araguaia 0,63 0,41 0,49 0,05 0,45 0,70 0,18 0,24 0,36 0,16 0,18 0,75 0,05 0,60 0,57 0,454

Sta. Terezinha do Tocantins 0,79 0,48 0,00 -0,29 0,21 0,02 0,00 -0,44 0,99 0,12 0,08 0,32 0,43 0,04 -0,14 0,063

São Bento do Tocantins 0,49 0,29 0,05 -0,39 0,13 0,15 0,27 -0,18 0,75 0,32 0,03 0,23 0,25 0,07 -0,19 0,128

São Miguel do Tocantins 0,44 0,60 0,09 -0,18 0,28 0,43 0,24 0,04 0,54 1,00 0,06 0,00 0,57 0,07 -0,58 0,000

São Sebastião do Tocantins 0,84 0,60 0,17 -0,07 0,36 0,65 0,00 0,09 0,50 0,43 0,19 0,07 0,27 0,02 -0,30 0,211

Sítio Novo Tocantins 0,56 0,71 0,15 -0,07 0,36 0,56 0,21 0,13 0,46 0,40 0,21 0,04 1,00 0,15 -0,51 0,119

Tocantinópolis 1,00 0,80 0,68 0,47 0,74 0,21 0,09 -0,23 0,79 0,45 0,44 0,69 0,13 0,11 0,33 0,578

Wanderlândia 0,68 0,60 0,12 -0,13 0,32 0,72 0,20 0,26 0,34 0,30 0,30 0,50 0,15 0,16 0,17 0,352

Xambioá 0,65 0,82 0,64 0,41 0,70 0,59 0,25 0,18 0,41 0,48 0,36 0,53 0,13 0,39 0,29 0,534

Aplicação da primeira componente principal aos dados originais via S-PLUS

59 Zoneamento Ecológico-Econômico Contexto Estadual e Regional - Norte do Tocantins

Tabela 6 - Índices das dimensões Municípios Dim1 Dim2 Dim3 Dim4 Dim5 Dim6 Dim7 Dim8 Dim9 Aguiarnópolis 0,41 0,48 0,53 0,42 0,30 0,09 0,76 0,71 0,67 Ananás 0,60 0,47 0,59 0,75 0,04 0,53 0,33 0,81 0,63 Angico 0,41 0,74 0,29 0,75 0,00 0,17 0,80 0,48 0,45 Aragominas 0,37 0,07 0,34 0,80 0,02 0,12 0,35 0,23 0,65 Araguaína 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 0,26 1,00 1,00 Araguanã 0,62 0,56 0,47 0,80 0,07 0,12 0,73 0,56 0,78 Araguatins 0,49 0,41 0,60 0,54 0,12 0,69 0,83 0,54 0,52 Arapoema 0,80 0,40 0,66 0,40 0,08 0,34 0,00 0,79 0,63 Augustinópolis 0,51 0,16 0,79 0,42 0,07 0,47 0,26 0,79 0,33 Axixá do Tocantins 0,28 0,18 0,63 0,00 0,20 0,26 0,47 0,89 0,30 Bandeirantes do Tocantins 0,73 0,38 0,35 0,78 0,04 0,09 0,59 0,33 0,68 Buriti do Tocantins 0,29 0,39 0,34 0,43 0,02 0,31 0,77 0,78 0,29 Cachoeirinha 0,16 0,58 0,29 0,76 0,02 0,02 0,90 0,91 0,40 Carmolândia 0,60 0,26 0,66 0,44 0,34 0,07 0,07 0,77 0,91 Carrasco Bonito 0,13 0,00 0,24 0,20 0,04 0,02 0,22 0,37 0,15 Darcinópolis 0,30 0,48 0,48 0,42 0,18 0,21 0,95 0,46 0,33 Esperantina 0,05 0,08 0,08 0,37 0,02 0,19 0,85 0,34 0,26 Itaguatins 0,26 0,29 0,19 0,59 0,01 0,05 0,70 0,40 0,22 Luzinópolis 0,40 0,67 0,56 0,42 0,01 0,03 1,00 0,61 0,35 Maurilândia do Tocantins 0,17 0,51 0,16 0,76 0,00 0,05 0,94 0,46 0,18 Muricilândia 0,50 0,08 0,34 0,40 0,12 0,09 0,56 0,59 0,60 Nazaré 0,32 0,53 0,34 0,75 0,01 0,16 0,94 0,23 0,30 Palmeiras do Tocantins 0,27 0,14 0,16 0,20 0,04 0,14 0,88 0,44 0,46 Pau D'Arco 0,53 0,26 0,42 0,78 0,02 0,31 0,24 0,58 0,56 Piraquê 0,54 0,49 0,37 1,00 0,02 0,10 0,25 0,39 0,98 Praia Norte 0,00 0,25 0,32 0,37 0,01 0,10 0,48 0,40 0,11 Riachinho 0,12 0,39 0,00 0,37 0,02 0,07 0,67 0,28 0,32 Sampaio 0,09 0,34 0,39 0,14 0,04 0,00 0,56 0,83 0,16 Santa Fé do Araguaia 0,56 0,33 0,45 0,78 0,03 0,17 0,36 0,54 0,91 Santa Terezinha do Tocantins0,12 0,52 0,21 0,06 0,02 0,03 0,99 0,48 0,35 São Bento do Tocantins 0,23 0,44 0,13 0,42 0,02 0,09 0,75 0,42 0,31 São Miguel do Tocantins 0,12 0,20 0,28 0,30 0,02 0,02 0,54 0,00 0,00 São Sebastião do Tocantins 0,22 0,41 0,36 0,42 0,02 0,10 0,50 0,76 0,22 Sítio Novo do Tocantins 0,24 0,34 0,36 0,20 0,05 0,12 0,46 0,39 0,06 Tocantinópolis 0,63 0,75 0,74 0,75 0,18 0,64 0,79 0,85 0,72 Wanderlândia 0,50 0,45 0,32 0,40 0,06 0,41 0,34 0,41 0,60 Xambioá 0,72 0,48 0,70 0,40 0,06 0,59 0,41 0,81 0,69

60 Zoneamento Ecológico-Econômico Contexto Estadual e Regional - Norte do Tocantins

Tabela 7 - Índices das dimensões - classificação por quintis Dim1 Dim2 Dim3 Dim4 Dim5 Dim6 Dim7 Dim8 Dim9 Primeiro Quintil 0,16 0,21 0,25 0,37 0,02 0,06 0,33 0,39 0,23 Segundo Quintil 0,28 0,36 0,34 0,42 0,02 0,10 0,49 0,46 0,33 Terceiro Quintil 0,46 0,45 0,41 0,50 0,04 0,17 0,72 0,58 0,55 Quarto Quintil 0,59 0,52 0,60 0,76 0,11 0,34 0,85 0,79 0,68 Quinto Quintil 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 Municípios Aguiarnópolis M MA MA M A MB MA MA MA Ananás A MA MA MA M A B A MA Angico M A MB MA B MA MA M M Aragominas M B MB A MB M MB B MA Araguaína A A A A A A B A A Araguanã A A MA A MA M MA M A Araguatins MA M A MA A A MA M M Arapoema A M A MB MA A B MA MA Augustinópolis MA B A M MA A B A M Axixá do Tocantins MB B A B A MA MB A MB Bandeirantes do Tocantins A M M A M MB M B A Buriti do Tocantins M M M M MB MA MA MA MB Cachoeirinha B A MB MA MB B A A M Carmolândia A MB A M A MB B MA A Carrasco Bonito B B B B M B B B B Darcinópolis M MA MA M A MA A M MB Esperantina B B B MB MB MA A B MB Itaguatins MB MB B MA B B M MB B Luzinópolis M A MA M B B A MA M Maurilândia do Tocantins MB MA B MA B B A MB B Muricilândia MA B M MB A MB M MA MA Nazaré M A MB MA B M A B MB Palmeiras do Tocantins MB B B B MA M A MB M Pau D'Arco MA MB MA A MB MA B M MA Piraquê MA MA M A B MB B B A Praia Norte B MB MB MB B MB MB MB B Riachinho B M B MB M MB M B MB Sampaio B MB M B M B M A B Santa Fé do Araguaia MA MB MA A M MA MB M A Santa Terezinha do Tocantins B A B B M B A M M São Bento do Tocantins MB M B M MB MB MA MB MB São Miguel do Tocantins B B MB B B B M B B São Sebastião do Tocantins MB M M M MB MB M MA B Sítio Novo do Tocantins MB MB M B MA M MB MB B Tocantinópolis A A A MA A A MA A A Wanderlândia MA MA MB MB MA A MB MB MA Xambioá A MA A MB MA A MB A A

61 Zoneamento Ecológico-Econômico Contexto Estadual e Regional - Norte do Tocantins

Tabela 8 - Índices de Desenvolvimento Social (IDS) Dados originais Dados Reconversão Municípios transfor- à escala (0,1) Dim1 Dim2 Dim3 Dim4 Dim5 Dim6 Dim7 Dim8 Dim9 mados = IDS

Aguiarnópolis 0,41 0,48 0,53 0,42 0,30 0,09 0,76 0,71 0,67 0,14 0,35

Ananás 0,60 0,47 0,59 0,75 0,04 0,53 0,33 0,81 0,63 0,57 0,53

Angico 0,41 0,74 0,29 0,75 0,00 0,17 0,80 0,48 0,45 -0,01 0,29

Aragominas 0,37 0,07 0,34 0,80 0,02 0,12 0,35 0,23 0,65 -0,01 0,29

Araguaína 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 0,26 1,00 1,00 1,71 1,00

Araguanã 0,62 0,56 0,47 0,80 0,07 0,12 0,73 0,56 0,78 0,31 0,42

Araguatins 0,49 0,41 0,60 0,54 0,12 0,69 0,83 0,54 0,52 0,26 0,40

Arapoema 0,80 0,40 0,66 0,40 0,08 0,34 0,00 0,79 0,63 0,59 0,54

Augustinópolis 0,51 0,16 0,79 0,42 0,07 0,47 0,26 0,79 0,33 0,29 0,42

Axixá do Tocantins 0,28 0,18 0,63 0,00 0,20 0,26 0,47 0,89 0,30 -0,07 0,27

Bandeirantes do Tocantins 0,73 0,38 0,35 0,78 0,04 0,09 0,59 0,33 0,68 0,18 0,37

Buriti do Tocantins 0,29 0,39 0,34 0,43 0,02 0,31 0,77 0,78 0,29 -0,14 0,23

Cachoeirinha 0,16 0,58 0,29 0,76 0,02 0,02 0,90 0,91 0,40 -0,13 0,24

Carmolândia 0,60 0,26 0,66 0,44 0,34 0,07 0,07 0,77 0,91 0,55 0,52

Carrasco Bonito 0,13 0,00 0,24 0,20 0,04 0,02 0,22 0,37 0,15 -0,53 0,08

Darcinópolis 0,30 0,48 0,48 0,42 0,18 0,21 0,95 0,46 0,33 -0,19 0,22

Esperantina 0,05 0,08 0,08 0,37 0,02 0,19 0,85 0,34 0,26 -0,63 0,03

Itaguatins 0,26 0,29 0,19 0,59 0,01 0,05 0,70 0,40 0,22 -0,40 0,13

Luzinópolis 0,40 0,67 0,56 0,42 0,01 0,03 1,00 0,61 0,35 -0,14 0,24

Maurilândia do Tocantins 0,17 0,51 0,16 0,76 0,00 0,05 0,94 0,46 0,18 -0,41 0,12

Muricilândia 0,50 0,08 0,34 0,40 0,12 0,09 0,56 0,59 0,60 -0,03 0,28

Nazaré 0,32 0,53 0,34 0,75 0,01 0,16 0,94 0,23 0,30 -0,26 0,19

Palmeiras do Tocantins 0,27 0,14 0,16 0,20 0,04 0,14 0,88 0,44 0,46 -0,44 0,11

Pau D'Arco 0,53 0,26 0,42 0,78 0,02 0,31 0,24 0,58 0,56 0,28 0,41

Piraquê 0,54 0,49 0,37 1,00 0,02 0,10 0,25 0,39 0,98 0,44 0,47

Praia Norte 0,00 0,25 0,32 0,37 0,01 0,10 0,48 0,40 0,11 -0,51 0,08

Riachinho 0,12 0,39 0,00 0,37 0,02 0,07 0,67 0,28 0,32 -0,54 0,07

Sampaio 0,09 0,34 0,39 0,14 0,04 0,00 0,56 0,83 0,16 -0,40 0,13

Santa Fé do Araguaia 0,56 0,33 0,45 0,78 0,03 0,17 0,36 0,54 0,91 0,39 0,45

Santa Terezinha do Tocantins 0,12 0,52 0,21 0,06 0,02 0,03 0,99 0,48 0,35 -0,56 0,06

São Bento do Tocantins 0,23 0,44 0,13 0,42 0,02 0,09 0,75 0,42 0,31 -0,40 0,13

São Miguel do Tocantins 0,12 0,20 0,28 0,30 0,02 0,02 0,54 0,00 0,00 -0,71 0,00

São Sebastião do Tocantins 0,22 0,41 0,36 0,42 0,02 0,10 0,50 0,76 0,22 -0,20 0,21

Sítio Novo do Tocantins 0,24 0,34 0,36 0,20 0,05 0,12 0,46 0,39 0,06 -0,42 0,12

Tocantinópolis 0,63 0,75 0,74 0,75 0,18 0,64 0,79 0,85 0,72 0,69 0,58

Wanderlândia 0,50 0,45 0,32 0,40 0,06 0,41 0,34 0,41 0,60 0,14 0,35

Xambioá 0,72 0,48 0,70 0,40 0,06 0,59 0,41 0,81 0,69 0,58 0,53

Aplicação da primeira componente principal aos dados originais via S-PLUS

62 Zoneamento Ecológico-Econômico Contexto Estadual e Regional - Norte do Tocantins

Tabela 9 - Índices de Desenvolvimento Social - classificação por quintis IDS Primeiro Quintil 0,12 Segundo Quintil 0,22 Terceiro Quintil 0,33 Quarto Quintil 0,45 Quinto Quintil 1,00 Municípios Aguiarnópolis MA Ananás A Angico M Aragominas M Araguaína A Araguanã MA Araguatins MA Arapoema A Augustinópolis MA Axixá do Tocantins M Bandeirantes do Tocantins MA Buriti do Tocantins M Cachoeirinha M Carmolândia A Carrasco Bonito B Darcinópolis MB Esperantina B Itaguatins MB Luzinópolis M Maurilândia do Tocantins MB Muricilândia M Nazaré MB Palmeiras do Tocantins B Pau D'Arco MA Piraquê A Praia Norte B Riachinho B Sampaio MB Santa Fé do Araguaia A Santa Terezinha do Tocantins B São Bento do Tocantins MB São Miguel do Tocantins B São Sebastião do Tocantins MB Sítio Novo do Tocantins B Tocantinópolis A Wanderlândia MA Xambioá A

63 Zoneamento Ecológico-Econômico Contexto Estadual e Regional - Norte do Tocantins

ANEXO C

METODOLOGIA DE ANÁLISE DE COMPONENTES PRINCIPAIS - DESCRIÇÃO FORMAL

64 Zoneamento Ecológico-Econômico Contexto Estadual e Regional - Norte do Tocantins

Seja x um vetor aleatório p-dimensional com média µ, yi = γ 'i (x − µ) matriz de covariância Σ e λ1 ≥ ... ≥ λp ≥ 0 os auto- valores de Σ. Então, a transformação de componentes principais é a transformação onde γi é a i-ésima coluna de Γ e pode ser chamado o i-ésimo vetor de coeficientes da componente principal. x → y = Γ'()x − µ A primeira componente principal tem a maior variância entre todas as combinações lineares de x. A segunda onde Γ é ortogonal e Γ′ΣΓ = Λ é diagonal. componente principal tem a maior variância entre todas as combinações lineares de x não correlacionadas com A i-ésima componente principal de x pode ser definida a primeira componente principal e assim como o i-ésimo elemento do vetor y como sucessivamente.

65 Zoneamento Ecológico-Econômico Contexto Estadual e Regional - Norte do Tocantins

66

______Projeto de Gestão Ambiental Integrada ZONEAMENTO ECOLÓGICO ECONÔMICO

DIRETORIA DE ZONEAMENTO ECOLÓGICO-ECONÔMICO

Eduardo Quirino Pereira - DIRETOR Engenheiro Ambiental - MSc. Sensoriamento Remoto

Lindomar Ferreira dos Santos - Coordenador Socioambiental Engenheiro Ambiental - MSc. Geotecnia

Rodrigo Sabino Teixeira Borges - Coordenador de Geoprocessamento e Geociências Geógrafo - MSc. Geografia

Equipe Técnica

Cleusa Aparecida Gonçalves - Economista Ivânia Barbosa Araújo - Engenheira Agrônoma – MSc. Solos e Nutrição de Plantas Liliam Aparecida de Souza Pereira - Engenheira Ambiental Waleska Zanina Amorim - Bacharel em Letras em Língua Portuguesa – Especialista em Gramática Textual

Equipe de Apoio

Edvaldo Roseno Lima Maria Aparecida Alencar Siqueira Paulo Augusto Barros de Sousa Ruth Maria de Jesus

BANCO MUNDIAL

SEPLAN SECRETARIA DO PLANEJAMENTO E MEIO AMBIENTE DIRETORIA DE ZONEAMENTO ECOLÓGICO-ECONÔMICO AANO - Esplanada das Secretarias Fones: (63) 218.1151 - 218.1195 Fax: (63) 218.1158 - 218.1098 CEP: 77.010-040 PALMAS - TOCANTINS http://www.seplan.to.gov.br e-mail:[email protected]

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE SECRETARIA DE COORDENAÇÃO DA AMAZÔNIA - SCA Esplanada dos Ministérios Bloco "b" 9º Andar Fones: (61) 317.1430 - 317.1404 - 317.1406 Fax: (61) 322.3727 CEP: 70068-900 BRASÍLIA - DF http://www.mma.gov.br e-mail:[email protected]

PROGRAMA PILOTO PARA A PROTEÇÃO DAS FLORESTAS TROPICAIS DO BRASIL SUBPROGRAMA DE POLÍTICAS DE RECURSOS NATURAIS - SPRN SCS Q. 06 ED. SOFIA Nº 50 SALA 202 Fone: (61) 325.6716 Fax: (61) 223.0765 CEP: 70300-968 BRASÍLIA - DF