PETROLOGIA, GEOÇÜIMICA DE ELEMENTOS MAIORES. TRAÇOS, TERRAS SARAS E ISOTOPOS (Sr. O, H. S) NOS BATÜLITOS DA MEROOCA E MC- CAMBO, CEARA. NORDESTE DO BRASIL

ALCIDES HOBREGA SIAL DEPARTAMENTO DE GEOLOGIA, UFPE RECIFE, PE

TESE APRESENTADA PARA O CONCURSO DE PROFESSOR-TITULAR NO DEPARTAMENTO DE GEOLOGIA, CENTRO DE TECNOLOGIA, UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO

RECIFE, 1989 Dedico este trabalho

A TODOS OS BRASILEIROS QUE LUTAM PARA ENGRADECER O NOSSO PAIS, SEM DESCANSO OU DESÂNIMO, TRANSMI- TINDO ENTUSIASMO E ESPERANÇA, INDO MUITO ALÉM DO SEU DEVER ÍNDICE p- ABSTRACT 1 HESÜMO 4 1. introdução 8 2. Trabalhos anteriores ; l2 3. Agradecimentos 17

4. Estruturas dos batôlitos da Heruoca e Mocambo 19 5. Descrições petrogràficas 23 5.1. O batôli to grani tico da 23 5.1.1. Texturas 36 5.2. O batòlito graniticó de Mocambo 40 5.2.1. Texturas ^ 5.2.2. Aurèolas de contato 47 5.2.3. Os xenòlitos e autólitos 50 5.3. Os diques a oeste de Serra da Meruoca 51 6. Química Mineral 6.1.Técnicas analíticas..... 57 6.2.0 batôli to da Meruoca 57 a) Feldspatos 58 b) Anfibólio 65 c) Biotita 71 d) Fe-olivina (faialita) 79 e) Minerais oxido de ferro... 79 6.3. 0 batòlito de Mocambo..... 83 a) Feldspatos 86 b) Anfibólio 86 c) Biotita 89 d) Minerais oxido de ferro.. 93 7. Isôtopos de 0, H e 5. 96 7.1. Técnicas analíticas 99

7.2. Isôtopos de oxigênio no batòli.to da Meruoca 1Oi 7.3. I só topos de hidrooéneo no òatôlito da Meruoca 116 7.4. Isôtopos de oxigênio no batôlito de Mocambo 120 7.5. Isôtopos de oxigênio nos diques a oeste da Serra da Heruoca 122 7.6. Isôtopos de enxofre nos batôlitos da Meruoca e Mocambo 122 t. Geoqulmica de elementos maiores e traços 126. 9.1. O batôlito da Meruoca 124 5.2. O batôlito de Mocambo 169 8»3. Os diques a oeste da Serra da Meruoca 175 9. Gecquimica de elementos terras raras 177 9.1. Técnicas analíticas...... 177 9.2. Batôlitos da Meruoca e Mocambo 178 10. Sis\amática Rb-Sr 183 10.1. Técnicas analíticas 181 10.2. Isocrona para o batôlito da Meruoca 183 10.3. Isocrona para o batôlito de Mocambo 188 10.4. Isocrona para o conjunto de diques a oeste da Serra da Meruoca 191 11. Origem e "emplacement" dos batôlitos da Meruoca e Mo- cambo e diques. a oeste da Serra da Meruoca 192 12. Sumário e conclusões ....209 13. REFERENCIAS 213 14. Apêndice 229 a) Localização e descriç&o petrográfica das amos- tras analisadas 229 15. Anexos Mapas de afloramento e geológico simplificado.

ii ' . • ÍNDICE DE FIGURAS

Figura 1 : Mapa de situação dos òatólitos da Meruoca e Mo- cambo * Figura i : Proporção modal de auartzo-alcali feldspato-pla- gioclàsio (Classificação da IUGS. 1973) 26 Figura 3 : Seqüência de cristalização (Meruoca) 30 Figura 4 : Seqüência de cristalização (Mocambo) *6 Figura 5 : Composição de feldspatos (Meruoca e Mocambo) 62 Figura 6 : Classificação de Leake (1976) para anfibôlios (Meruoca e Mocambo). 70 IV Figura 7 : Al total vs Al nos anfibôlios ( Meruoca e Mo- cambo ) Figura 8 : Diagramas Al vs Fe/(Fe + Mg) para biotitas( Me- ruoca e Mocambo) .76 Figura 9 : Padrão de distribuição de 60 18 (Meruoca, rocha total, f eldspato) 105 Figura 10 : Padr5o de 60 18 (Meruoca, biotita, quartzo) 106 Figura 11 : Diagrama SiO* vs 601 8 (batôlito da Meruoca)... .107 Figura 12 : Diagrama DF vs 60 18 (rocha total) .108

Figura 13 : a) Diagrama L Kf.Bi vs à Q_Bi, b) AQ_Bi vs

ABi (batôlito da Meruoca) 112 18 Figura 14 : Diagrama 60 vs 6D (Meruoca) 119

Figura 15 : Correlação entre 6 D vs R2Q (Meruoca). 121 Figura 16 : índice de alcalinidade vs SiO» (Meruoca, Mo- cambo) 125 Figura 17 i Diagrama de Barker (Meruoca; 149 ill Al tlUeruoc e Figura it : Diagrama Fe-O3 ~ 2°3 * Mocambo* 151 Figura 19 : Diagrama AFM, contrastando os batôlitos da Me- ruoca , Mocambo e diques 152 Figura 20 : Diagrama O-Ab-Or (Meruoca. Mocambo) 154 Figura 21 : Diagrama An-Ab-Or (Heruoca. Mocamoo >.. 156 Figura 22 : Histograna mostrando"a variado de D.I. (Me- ruoca e Mocambo) 157

Figura 23 : índice de diferenciaçlo (D.I.l vs R20rCa0 (Me- ruoca , Mocambo) 158

Figura 24 : Diagrama (Na + K)/Al vs SiO2 la) e MgO vs Zr (Meruoca) 159 Figura 25 : Histograma para elementos traços (Meruoca) 161 Figura 26 : Diagramas Rb vs Ba, Na.O vs K^O e Rb vs Sr (Meruoca) 162 Figura 27 : Mapa de distribuição de F (Meruoca) 166 Figura 28 : Diagrama de concentração ("spidergrams") Figura 29 : Diagrama de Barker (batôlito de Mocambo) 170

vs Fe K vs Fe 3 Al vs Figura 30 : Diagramas A12°3 2°3' 2° 2°3 ' 2°3 l71 K20 e Na2O vs Fe2O3 (Mocambo)

0 Figura 31 : Ka2O vs K- (Mocambo) 174 Figura 32: Abundância de elementos terras raras (Meruoca e Mocambo) .• 180 Figura 33: Isòcrona Rb-Sr (Meruoca) 187 Figura 34 : Isòcrona Rb-Sr (Mocambo)... 189 Figura 35 : Isòcrona Rb-Sr (diques a oeste da Meruoca) .190

Figura 36 : Diagrama R^ - R2 (Meruoca e Mocambo) 207

lv tMDICE DE TABELAS P- Tabela 1 : Composição nodal (batôlito da Meruoca) 25 Tabela 2 : Composição modal (batôlito de Mocambo) 41 Tabela 3 : Composição modal (diques a oeste da Serra da Meruoca) 53 Tabela 4 : Análises de feldspatos (Meruoca) 59 Tabela 5 : Temperatura de cristalização estimada a partir de feldspatos (Meruoca) 64 Tabela 6 : Análises de anfibôlios (Meruoca) 66 Tabela 6a : Fórmulas minerais (anfibôlios, Meruoca) 67 Tabela 6b : Pressões estimadas a partir da química dos anf ibôlios (Meruoca e Mocambo) 68 Tabela 7 : Análises de biotita (Meruoca) 74 Tabela 7a : Fórmulas estruturais (biotita, Meruoca) 7^ Tabela 8 : Temperaturas estimadas para a cri.i •. ... ,3o de biotita (Meruoca) 78 Tabela 9 : Análises de olivina (faialita, Meruoca) 80 Tabela 10 :Análises de minerais oxido de ferro (Meruoca).... 81 Tabela 11 : Análises de feldspatos (Mocambo) 85 Tabela 12 : Temperatura de cristalização estimada a partir de feldspatos (Mocambo) 86 Tabela 13 : Análises de anf ibôlios (Mocambo)....' 87 Tabela 13a : Fórmulas minerais para anfibôlios (Mocambo).... 88 Tabela 14 : Análises de biotita (Mocambo) 90 Tabela 14a : Fórmulas estruturais (biotita, Mocambo) 91 Tabela 15 : Temperaturas estimadas para a cristalização de biotitas (Mocambo)..... 93 • v • Tabela 16 : Análises de ilmenita (MocamboI 9* Tabela 1*7 : Isôtopos de oxigênio em rocha total (Heruoca, Mocambo , diques J • IC2 Tabela 1* : Isôtopos de oxigênio em minerais coexisten- tes f Heruoca) 111

Tabela 19 : Temperatura de cristalização it _ Ri} para rochas da Meruoca 11* Tabela 20 : D/H para biotitas (Meruoca) 117 Tabela 20-A : Isôtopos de enxofre fMeruoca e Mocambo) 123 Tabela 21 : Análises químicas, realizadas em Salvador, Bahia (Meruoca) 127 Tabela 21-A : Análises químicas realizadas na SUDENE (Me- ruoca ) 131 Tabela 22 : Normas CIPW e alguns parâmetros petroquímicos para análises realizadas em Salvador, BA (Me- ruoca ) 134 Tabela 22-A : Normas CIPW e alguns parâmetros petroquími- cos para análises realizadas na SUDENE, Re- cife (Meruoca) 138 Tabela 23 : Análises químicas, realizadas na SUDENE (Mo- cambo ) 141 Tabela 24 : Normas CIPW e alçuns parâmetros petroquímicos para análises realizadas na SUDENE (Mocambo).... Tabela 25 : Análises químicas de diques a oeste da Serra da Meruoca 147 Tabeal 26 : Normas CIPW para diques a oeste da Serra da Meruoca 148 Tabela 27 : Análises de elementos terras raras (Meruoca e vi Mocambo) 2t : Análises de isòtopos de Sr (Heruoca. Mocam- bo e diques a oeste da Serra da Heruoca) »84 tabela 29 : Cálculos das isòcronas Rb-Sr íMeruoca, Hocam- bo e diques a oeste da Serra da Heruoca) 185 Tabela 3O : Semelhanças e divergências entre os batôlitos Heruoca e Mocambo 193 Tabela 31 : Comparação entre elementos terras traços na ?•»- ruoca. Mocambo e diques a oeste da Serra da Heruoca e leucogranitos e riolitos (Taylor et alli, 1968) 202

vii ÍNDICE DE FOTOS p. Foto 1: Aspecto «orfolôgxco da 5«rra õo Car nu tia taarcan- te peneplanizaçio} 23 roto 2: Feição morfolôçica «a "pio-de-açuear", aa porção oeste do batôlito de Mocaaoc 2Z Foto 3: Faialita inclusa e» anfibõlio ferrlfero, batò- lito da Meruoca 28 Foto 4: Fenocristal de quartzo parcialmente reabsorvido, ba- tôlito da Meruoca 28 Foto 5: Aspecto textural do batôlito da Meruoca, onde cris- tais de quartzo 34 Foto €: Dique basaltico. Serra da Meruoca 34 Foto 7: Facies fina do batôlito da Meruoca com fenocris- tais de feldspato potássico (textura rapakivi) 37 Foto 8: Intercrescinento gráfico, batôlito da Meruoca 37 Foto 9: Enclaves subarredondados, batôlito de Mocambo 43 Foto 10 : Acamanento igneo, batôlito de Mocanbo *3 Foto 11: Aurèola de contato, batôlito de Mocambo 43

vili ABSTRACT

The unfoliated Heruoca batholith with an area of 4OO k**, almost completely bounded by faults, represents a lofty, barely exhoaed alkalic to peraikalic Massif. The smaller, anfoliated Ho- caabo batbolith, with an area oX itO Ka*, is boanded at its west- er» side by well-developed thermal aureole of variable thickness, and by the Cafe-Ipueiras fault at its eastern side. Both plutons, «•placed at a high level in the crust, are located at about 24O KB west of , state of CearA, . A nearby HE' trending dike set related to the saae thermal event, with dikes soaetiaes over 1O ka long, cut low-grade aetaaorphic rocks of the Obejara Group. Fayalite-bearing granite at the northern part and fayalite- -free granites, alkali-feldspar granite and quartz syenites at the southern part are the aain rocks of the Neruoca batholith. In the fayalite-bearing rocks, crystallisation began with fayalite, zir- con and apatite, followed by ilaenite, plagioclase, alkali-felds- par, hastingsitic hornblende and annite. In the fayalite-free rocks (some are aegirine and/or riebeckite-bearing rocks) differ- ent crystallization sequences were observed. Coexisting alkali- feldspar plagioclase pairs yielded crystallization teaperatures between 760 and 560° C for the Meruoca aagaa which crystallized under low oxygen fugacity. A log fg2o «Juivjllent to 3.5 was estimated fro» the biotite cheaistry. Crystallization aostly happened at reducing conditions (except when aegirine is present) resulting in Fe-rich biotite and scarce aagnetite. The cheaistry of aaphibole is in agreeaent with a shallow emplacement of this

I 1 O batholith. Values of 5"" 0 of whole-rocie Neruoca granite and mineral separates form a remarkable bull's-eye pattern. Toward 1 O the periphery, the granite appears to be normal "Ia type (ô* 0 *

4? to +8 permilSM0W ). In the bull's-eye all the minerals including quartz are exceptionally heavy approaching +12 permii.

Brick-red feldspar and L t . .- indicate a prolonged, late, low- temperature interaction with meteoric water. Bulk rock £D values point an I-type origin for the Meruoca pluton. Biotite 6D values are rather uniform reflecting the uniform Fe/Mg of this mineral. A 6 S value of 2.9 permii-.- supports an I-type source for the magma in this pluton. Whole-rock isochron gives an age of 491 + 19 Ma and an initial Sr/ °Sr of 0.7076 + 0.0028 but with data points scattering outside experimental error attesting to a si- gnificant disturbance of the Rb-Sr relationships. The major and trace chemistry data are not unambiguous regarding the origin of the Meruoca magma. The Mocambo batholith is composed of granodiorite, granite and quartz syenite with (+) hornblende and biotite. Crystallizat- ion initiated with zircon, apatite and ilmenite, followed by sphene, plagioclase, quartz, alkali-feldspar, hastingstic horn- blende and annite. Coexisting plagioclase-alkali feldspar pairs yielded crystallization temperatures between 740 and 500° C. Mocambo magma crystallized under low oxygen fugacity, at reducing conditions generating Fe-rich biotite and rare.magnetite. Five 18 values of whole-rock 6 0 range from 9 to 10.8 permil with 4 of them < 10 permil, rather supporting an I-type source for the mag- 34 ma, confirmed by 6 S, around 3 permilCDT. Whole-rock isochron B? SC qives an emplacement age of 544 • 15 Ma and an initial Sr/ Sr ratio of 0.7106 + 0.0008 for this batholith. Major and trace chemistry data support a crustal anatexis origin for this pluton. Rare-earth element (REE) patterns for 5 samples from eacn intrusion are similar, exhibiting smooch-trending of light REE (LREE) and a prominent negative Eu anomaly. Concentrations of to- tal REE are much higher than for most granites, the enrichment of the LREE earths beinq as much as 1500 times that in chondrites. The Meruoca and Mocambo magmas originated from sources whose REE were already enriched and fractionated. The dikes to the west of the Meruoca batholith, usually por- phyritic, are composed of latite, dacite, rhyolite and quartz diorite, and show different crystallization sequences. Whole-rock 18 6 0 ranges from 11.1 permilSM0W in the northernmost dike to

8.5 permil-M-.. in the southernmost gradually decreasing from north to south. Such an intriguing pattern remains to be explain- ed. Whole-rock Rb-Sr isochron yielded an age of 562 + 19 Ma and ft 7 ft A • an initial °'sr/ooSr of 0.7066 + 0.0009. Dikes were emplaced at first place following thermal anomaly responsible for an initial doming and crustal fracturing. The magmas which originated those dikes and the Mocambo pluton were probably generated in the lower crust envolving melting of amphi- bole, while the Meruoca magma was probably formed slightly above in the crust envolving the melting of biotite.

Key words : epizonal plutons, geochemistry, oxygen isotopes, rare earth elements, Rb-Sr dating, mineral chemistry, Cambrian. RESUMO

O batôlito ca Meruoca com uma área de 400 km~, quase que J totalmente limitado por falhas* representa um maciço granltico r alcalino a peralcalino. O batôlito de Mocambo, menor do que o da * Heruoca, com uma área de 180 knv*, exibe em sua porção oe-~e uma auréola de metamorfismo térmico, bem desenvolvida, de espessura. ! variável, e é limitado pela falha de Cafè-Ipueiras no seu lado |' leste. Ambos os plutões foram posicionados em nível superior na L crosta. São localizados cerca de 240 km a oeste de Fortaleza, Ce- ará. Um conjunto de diques de direção SO-NE, relacionados ao mesmo evento térmico, com diques de até 10 km de comprimento, corta rochas metamórficas de baixo grau do Grupo . Granitos com faialita na porção norte do batôlito e granitos sem faialita, alcali-feldspato granito e quartzo sienitos na por- ção sul são as rochas principais do batôlito da Meruoca. Nas rochas com faialita, a cristalização iniciou-se com faialita, zircão e apatita, seguida por ilmenita, plagioclásio e feldspato potássico, hornblenda ferrohastingsitica e annita. Nas rochas sem faialita (algumas possuem aegirina e/ou riebeckita), diferentes seqüências de cristalização foram observadas. Pares de feldspato potássico e plagioclásio coexistentes forneceram temperaturas de cristalização entre 870 e 650° C para o plutão da Meruoca que cristalizou (exceto onde aegirina está presente) sob baixa fuga-

oi cidade de oxigênio. Valor em torno de 3,5 para log fH2o * esti- mada a partir da química da biotita. A cristalização ocorreu principalmente sob condições redutoras, resultando em biotita enriquecida em ferro e escassez de magnètita. A química do anfi- 1)61 io aponta um posicionamento pouco profundo para este batôlitc. Valores de 601 8 para o qranito da Meruoca (rocha total e ent •inerais separados) formam um notável padrão concêntricô. Para a periferia, o batôlito exibe valores comuns aos granitos do tipo i

(£0 * 47 a 48 permil_M0W). Na porção central, todos os mine- rais, inclusive quartzo, são excepcionalmente pesados, se a-

proximando de 412 permil. Felãspato vermelho-tijoio e £„*-„* lâ indicam uma interação com água meteórica, prolongada, tardia à baixa temperatura. Valores de &D em rocha total apontam uma ori- gem a partir de uma fonte I para o plutão da Meruoca. Valores de D para biotita são bastante uniformes refletindo valores unifor- roes de Mg/Fe neste mineral. Um valor de °S de 2.9 permilCDT sugere uma fonte do tipo I para o magma. Isòcrona Rb-Sr em rocha total indicou idade de 491 4 19 Ma e razão inicial Sr87/Sr86 de

0r7076 4 0,0028 mas com pontos dispersos além do erro experimen- tal, atestando uma perturbação significativa das relações Rb-Sr, Dados químicos de elementos maiores e traços apoiam uma fonte crustal para o magma que originou este batôlito. 0 batôlito de Mocambo é composto de granodiorito, granito e quartzo sienito com (4) hornblenda e biotita. Cristalização ini- ciou com zircão, apatita e ilmenita, seguida de titanita, pia- gioclásio, quartzo, felãspato potássico, hornblenda hastingsitica e anníta. Pares coexistentes de felãspato potássico e plagioclá- sio indicam temperaturas de cristalização entre 850 e 585° C. 0 magma neste caso cristalizou sob baixa fugacidade de oxigênio, em condições redutoras gerando biotita rica em ferro e, escassamen- 1 ft te, magnetita. cinco valores de 6 o variam de 9 a 10,8 permil con 4 valores < 10 permil, apoiando uma fonte do tipo I para o nagma, confirmada por S em torno de 3 permil^^. Isôcrona Rb-Sr «a rocha total indicou idade de posicionamento em torno de S44 * 15 Ma e razão inicial Sr87/Sr86 de 0,7106 + 0.0008 para este batôlito. Dados químicos de elementos maiores e traços apoiair uma origem por anatexia crus cai pajra este plutão. Padrões de terras raras (TR) para 5 amostras de cada uma . destas duas intrusões s8o semelhantes, exibindo suave enriqueci- mento em terras 'raras leves (TRL) e uma marcante anomalia negati- va de Eu. Totais de TR são muito mais elevados do que na maioria dos granitos, com enriquecimento em TRL de cerca de 1500 vezes aquela nos condritos. Os magmas em Mocambo e Meruoca originaram- -se de fontes cujas TR já eram enriquecidas e fracionadas. Os diques a oeste do batôlito da Meruoca, geralmente porfi- riticos, são de composição latitica, dacitica, riolitica e quar- tzo dioritica e diferem em suas seqüências de cristalização.

Valores de &0 em rocha total variam de 11,1 permil_MOW no dique mais a norte a 8,5 permilCMr.u no dique mais a sul. Este padrão incomum permanece sem uma explicação. Isôcrona Rb-Sr em rocha total indicou idade de 562 + 19 Ma e razão inicial Sr87/Sr86 de 0,7066 + 0,0009. Os diques parecem ter sido posicionados em, primeiro lugar, seguindo anomalia térmica responsável por domeamento e fratura- me n to crustal. Os magmas que originaram esses diques e o plutSo de Mocambo formaram-se na crosta inferior envolvendo fusão de anfibôlio, enquanto que o magma que originou o plutão da Meruoca foi provavelmente formado menos profundo na crosta, envolvendo fusão de biotita. palavras chaves: piutões epizonais, geoquimica, isôtopos de oxigênio, terras raras, datação Rb-Sr, química mineral. Canbriano. 1. INTRODUÇÃO

Numerosos corpos granlticos mtruáem terrenos Precamonanos do Nordeste do Brasil, porém poucos são conhecidos do ponto de vista petrol6?ico e geoquimico. Sua origem tem sido motivo de disputa e poucos foram estudados a nível de detalhe. Dentre estes encontram-se os batôlitos da Meruoca e Mocambo, localizados no noroeste do estado do (fig. 1). O primeiro destes dois batôlitos constitui uma importante feição morfologica, elevando-se cerca de 1000 m acima do nivel do mar e 800 m acima do nível médio local. Situa-se a noroeste de Sobral e ocupa uma área de cerca de 400 Km entre as coordenadas 40°20'47" e 4O°39'2O" Oeste de Greenwich e O3°44f43" e O3°29'O3* de latitude Sul. Exibe em mapa uma forma grosseiramente retangu- lar, limitada, respectivamente, em suas porções leste e nordeste pelas falhas de Cafè-Ipueiras e Contendas (Costa et alii, 1973). Seus contatos a sudoeste e noroeste são representados por falhas. Apenas porções restritas dos seus contatos a oeste, noroeste e sudoeste são do tipo intrusivo. Sua porção norte é denominada de Serra da Meruoca, enquanto que sua porção sul é conhecida como Serra do Rosário. Elas são separadas por um vale que corresponde a uma zo.na de falha, onde intenso cizalhamento ocorreu. Possivelmente esta falha representa um conjugado da falha Cafè-Ipueiras que exibe direção SO-NE. o batòlito é cortado por uma falha que passa na vila de Aroeíra e que representa a continuação da falha acima mencionada (falha de Meruoca-Rosário). Poi submetido a mais de um evento tectônico, como se pode observar em veios de minerais oxido de ferro que 6 «OOI2-37- 3°2O«i"

3°56'28"

Aprozíval Poropuí Poeujd Motsapi Ttrmomttomorfitos ->] Gronitot d« Mtruoco • Mocambo FIG. 1: Mapa geológico esquematico piqutt d» diorito» o ríolitot da região de Sobral, Cea- ra, mostrando os granitos Fm Coreoú de Meruoca e .Mocambo (modi- ficado de Costa et alli, Fm Fr»ch«irinha 1973) Fm Caiçara» Fm Trap ia \ | Migmotito» • gnoittflt 10 cortam o batòlito neste vale e que sâo rejeitados por nucro- -falhas. Diques estreitos de basalto e riolito com direção apro- ximadamente E-0 são também encontrados neste vale. O batòlito é essencialmente composto de uma rocha granitica grosseira que mostra variação de cor, textura e petroarafia, pre- * dominando no seu bordo leste uma variedade com feldspato vermelho tijolo. Uma facies finamente granular com pòrfiros de feldspato ocupa sua porção central. Cavidades miaroliticas são abundantes e geralmente preenchidas com quartzo euhèdrico ou com minerais car- bonatos, cor mustarda a marrom. O batòlito de Mocambo, com uma forma grosseiramente de uma meia lua, localiza-se a sul do batòlito da Meruoca, entre as co- ordenadas 4O°37*52" e 41°48*OO" Oeste de Greenwich e O3°46'O4" e O4°O2'OO" de latitude Sul, ocupando uma área de aproximadamente 180 km . Este batòlito foi profundamente erodido nas suas porções leste e central. A oeste, eleva-se a uma cota de 600m acima do nivel do mar e cerca de 400m acima do nivel médio local formando a Serra do Carnutim cujo topo é aproximadamente plano. Seu con- tato a leste é representado pela falha Cafè-Ipueiras, que por sua vez, representa o limite oeste do graben do Jaibaras, preenchido por sedimentos elásticos, vermelhos, do tipo molassa (Grupo Jai- baras de Costa et alii, 1973). Seus contatos oeste e norte são circundados por uma aurèola de metamorfismo térmico representada principalmente por um andaluzita(?)-anfibôlio-biotita hornfeis. Este batòlito inclui uma grande quantidade de fragmentos de diabásio e xenòlitos de composição, forma e dimensão variada (p. •*. meta-arenitos e meta-calcàrios do Grupo Jaibaras, aflorantes 11 a oeste e pedaços àe nugroatitos do emDasamento). K rocha principal neste batólito é um granito grosseiro, porfirltico, cinzento com alguma variação de granulaçâo, textura, cor e composição mineralôgica. Próximo ao seu contato oeste, ob- serva-se uma rocha porfiritica finamente granular. A oeste do batolito da Meruoca, um conjunto de diques de di- reção E-0 a SO-NE, algumas vezes em relevo, è composto de rochas de um spectrum de textura, cor, e composição mineralogica. Cortam metassedimentos das Formações e Coreaú (Grupo Ubaja- ra), adjacentes aos batôlitos acima mencionados. As rochas do Grupo Ubajara, de idade desconhecida (provavelmente 1000 Ma ou mais velhas), foram empurradas para oeste contra o Maciço de Granja (Brito Neves, 1975). O graben de Jaibaras, limitado por falhas de direção SO-NE, próximo aos batôlitos da Meruoca e Mo- cambo provavelmente encontra uma estrutura semelhante no leste de Gana e Oeste de Togo, e as rochas elásticas são provavelmente correlacionadas com rochas da Série Buem na contraparte africana.

Este trabalho inclui um estudo geoquimico detalhado (elemen- tos maiores, traços, terras raras e isôtopos de oxigênio, hidro- gênio e enxofre), além de química mineral e datação Rb-Sr dos ba- tôlitos da Meruoca e Mocambo, daqui por diante denominados sim- plesmente granitos Meruoca e Mocambo. Os diques a oeste da Serra da Meruoca serão também alvo de interesse e complementam o estudo em pauta. 2. TRABALHOS ANTERIORES

Oliveira e Leonardos (1943) foram os primeiros a mencionar a existência õo granito da Meruoca e das vulcânicas do graoen de jaibaras, no oeste do Ceará. Kegel et alii (1958) consideraram o batôlito da Meruoca como um plutão do embasamenro no Oeste do Ce- ará. Cobra (1963) e Costa (1963) brevemente descreveram o grani- to da Meruoca. O primeiro mencionou a presença do corpo de Mocam- bo» considerando-o como mais velho do que a intrusão granltica da Meruoca* e também admitiu o mesmo como posicionado num evento pré-vulcãnicas do Jaibaras, enquanto que o corpo da Meruoca teria sido posicionado pôs-vulcanismo do Jaibaras. Winge (1967) grupou os granitos da Meruoca, Mocambo e as vulcânicas do Jaiba- ras num evento único. Almeida et alii (1967) consideraram as vulcânicas (quartzo pôrfiro, andesito e basalto) como contempo- râneas ao gra-nito da Meruoca, baseado em relações de campo e determinações de idade isotôpica. Propuseram também que a intru- são do granito da Meruoca e a efusão do material vulcânico inter- calado nos sedimentos do graben de Jaibaras, estão relacionadas à atividades tardias na zona de transcorrência do lineamento Sobral-Pedro II, a estrutura mais expressiva no oeste do Ceará. Almeida et alii (1968) apoiaram a idéia da contemporaneidade das vulcânicas e dos granitos. A mesma linha de pensamento foi mantida por Vandoros (1967) que também forneceu uma breve descri- ção petrogrâfica do batôlito da Meruoca. Idades K-Ar de 429 + 13 Ma em K-feldspato, de 426 + 13 Ma em biotita para o granito da Meruoca e de 400 + 10 Ma para um dique d« diabásio que corta este batôlito, cerca de 10 km a noroeste de

12 15

Sobral (estrada Sobral-Meruoca), foram reportadas por este autor. Qna brecha vulcânica coletada próxima a cidade de Jaibaras. na estrada Sobral-Cariré, forneceu una idade R-Ar em rocha total de 423 • 17 Ma. Mabesoone et alii (1971) referiram-se ao granito intrusivo da Meruoca como evento mais antigo do que as vulcânicas do graoen de Jaibaras. Atribuíram, baseados em relações de campo, idade Cambriano Médio Inferior ao primeiro enquanto que as vulcânicas foram consideradas do Cambriano Médio Médio. Danni (1972) des- creveu o batôlito de Mocambo como monzonitico, considerando-o juntamente com as vulcânicas do graben do Jaibaras como de idade Ordoviciana, sendo estas 61 tintas mais jovens. Costa et alii (1973) apôs mapeamento detalhado na escala de 1/100.000 da área onde se localizam o graben do Jaibaras e os granitos de Meruoca e Mocambo (Projeto Jaibaras) concluíram que estes dois corpos eram mais velhos do que as vulcânicas, a partir de então grupadas sob o nome de Formação Parapul. Mencionaram também a existência de outros corpos graniticos intrusivos na região como o "plug" do Serrote da Rola e numerosos diques de direção E-0 a oeste da Serra da Meruoca. Descreveram brevemente a petrografia e a petro- química dos dois batôlitos, sendo o da Meruoca considerado como composto de biotita-hornblenda granito, biotita granito e granô- firos, e o de Mocambo, como um hornblenda-biotita granito monzo- nitico, passando a granito subalcalino no sul do batôlito. Um terceiro tipo petrogràfico foi descrito na Fazenda Caetano, a sul de Mocambo, e ao longo da Folha Cafè-Ipueiras, como um hornblenda granito subalcalino ròseo a vermelho-ti joio. Os diques de diaba- u sio q»« corta* o oatolito de üeruoca fora» tidos como equivalen- tes ao vulc&nismo Parapui. Considerara* os dois batôlitos cow de provável idade Caotoro-Oràoviciana una vez que Mostras aureolas de •etamorfismo térmico quando em contato coa rocnas do Grupo Ba*- bul * o que não se ooserva quando em contato com sedimentos de Grupo Jaibaras. Do ponto de vista petroquímico, com oase no Índice de alcalinidaòe de Wright (19(9) e em análises de 11 amostras de cada um desses batôlitos, classificaram a intrusão da Meruoca como do tipo alcalino a peralcalino e o corpo de Mocambo, do tipo calci-alcalino passando a alcalino. Dois eventos distin- tos foram propostos para a intrusão destes dois corpos graniti- cos. A facies monzonltica do batólito de Mocambo seria a primeira a ser formada, seguida pela intrusão do hornblenda-biotita grani- to subalcalino. A intrusão do granito da Meruoca corresponderia a este segundo evento. Rocha e Leonardos (1975) consideraram as intrusões da Meruo- ca e Mocambo como um evento mais velho seguido pelo vulcanismo Parapui. Reconheceram três facies petrográficas na aurêola de contato do batôlito de Mocambo, incluindo piroxênio, hornblenda, e albita-epidoto hornfels. A aurèola de contato que estes autores registraram para o corpo da Meruoca foi reconhecida por Costa et alii (op. cit.) apenas na porção nordeste do batôlito (Fazendas Recife e Frecheira) onde um cordierita-calci-hornfels foi encon- trado, Ennes (1976) realizou um estudo geoqulmico preliminar sobre Cu, Pb, Zn, Mo e As nos solos dos batôlitos de Meruoca e Mocambo sem, entretanto, encontrar resultados estimulantes. Ainda em 1976 o DNPM realizou uma prospeccão magnética aérea do vale do Acaran 15

(Projeto Acaraa) tendo coberto a área onde afloras os dois oate- litos em questão. Um sapa magnético para campo magnético total. com intervalos de S gamas foi preparado na escala de 1 : 5O.0OQ. Estes mapas revelara» um adensamento das curvas em torno da vila 0e Heruoca, devido provavelmente a presença de diques de diabas10 e derrames de basalto que ocorre* proximo àquela vila. O corpo de Mocambo não exibe feição «special COB relação a estas curvas iso- Mgnèticas. Trabalhos posteriores (Jardim de Sá et alii, 1979; Novais et aliir 1979 e Nascimento et alii, 1979, 1981) adicionaram e refi- naram conhecimentos estruturais, geocronolõgicos e estratigràfi- cos da região, sem entretanto, acrescentar algo à petrologia dos dois plutões em questão. Sial et alii (1981) estudaram brevemente a geoqulmica de e- lementos terras raras destes dois plutões, atribuindo-lhe origem crustal, derivados de uma fonte já enriquecida em elementos ter- ras raras leves. Sial e Long (1978a, 1978b) apresentaram os pri- meiros resultados da aplicação da sistemática Rb-Sr a estes dois plutões e aos diques a oeste da Serra da Meruoca, realçando pro- blemas encontrados com relação ao batôlito da Meruoca, considera- do como um sistema aberto. Guerreiro e Sial (1982) apresentaram resultados paleomagnè- ticos preliminares sobre o conjunto de digues a oeste da Serra da Meruoca. Rodrigues et alii. (1984) estudaram.os diques de Tauá e os do oeste da Serra da Meruoca tecendo-lhe breves considerações petrográficas e geoquimicas. Gorayeb et alii. (1988) teceram considerações sobre a idade relativa do granito da Meruoca e os 16 sedimentos do graoen de Jaibaras. Sial e Long (1987) discorreram apenas brevemente soDre a pe- trologia e geoqulmica de isôtopos estáveis no corpo da Heruoca, sen se aprofundarem em outros aspectos petrològicos e químicos, que serão abordados aqui. 3. AGRADECIMENTOS

Agradecemos ao Prof. Leon E. Long do Departamento de Ciên- cias Geológicas da Universidade do Texas, Austin, por sua cons- tante assistência no laboratório de Rb-Sr durante a nossa perma- nência naquela Universidade. Agradecimentos são também devidos ao prof. Lynton Land do mesmo Departamento por sua constante assis- tência com relação à análises de isótopos de oxigênio e hidro- gênio, realizadas com apoio financeiro da National Science Foun- dation (auxilio EAR 76-17774 concedido àquele professor). Dr. Douglas Smith nos permitiu utilizar o seu laboratório de micros- sonda eletrônica e John Morton prestou-nos assistência durante as análises de isótopos de Rb-Sr, no mesmo Departamento. Dr. David Wenner do Departamento de Geologia, Universidade da Georgia, A- thens, nos permitiu utilizar seu laboratório de isótopos está- veis. Isótopos de enxofre foram analisados em Tsukuba, no Japão, com a assistência do Prof. AJcira Sasaki, tendo sido a nossa via- gem custeada pela Japan Society for Promotion of Science pelo que estamos bastante agradecidos. Dr. Mario C.H. Figueiredo analisou elementos terras raras em 10 amostras, por fluorescència de raios-X na Universidade Memo- rial da Terra Nova, Canada, pelo que agradecemos. Análises químicas de elementos maiores e traços foram reali- zadas pela Dra. Ana M. Medeiros da SUDENE em Recife e pelo Dr. Pedro Linhares da Universidade Federal da Bahia, Salvador pelo que estamos profundamente agradecidos. Dr. Karl Hoops da Univer- sidade do Texas em Austin analisou SiO2 em diversas amostras Previamente analisadas em Salvador, Bahia, em seus demais óxidos.

17 % 18 i

O Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientifico e Tecnoló- gico (CNPq) nos concedeu uma bolsa de pôs-doutoramento por 1 ano aotada na Universidade do Texas em Austin, e a CAPES, uma bolsa equivalente, gozada por 1 ano na Universidade da Georgia, em A- i lhens pelo que estamos agradecidos. 0 Prof. Cláudio de Castro nos auxiliou durante parte dos trabalhos de campo o que reconhecida- mente agradecemos. O Dr. Eduardo Correia de Araújo /então chefe j i do Departamento de Engenharia de Minas da UFPE, nos custeou, J através deste Departamento, os trabalhos de campo pelo que esta- mos agradecidos.

Agradecimentos são também reservados a Valderez P. Ferreira que desenhou diversos diagramas e auxiliou na correção do texto.

Finalmente, profundo reconhecimento e gratidão são devidos a i Tânia M. Limongi Sial e a meus filhos Erik e Andrew que muitas j vezes abdicaram a minha companhia e aos passeios nos fins de se- í i mana para que eu pudesse realizar a maior parte da pesquisa aqui ( integrada. fc diciir.tas^ Central |

4. ESTRUTURAS DOS BATOLITOS DA MERUOCA E MOCAMBO

0 batôlito da Meruoca sendo maior e melhor exposto, permite

una melhor avaliação de suas estruturas do que o batôlito de Mo-

cambo» quase que totalmente erodido em sua parte leste. O primei-

ro destes não mostra foliaçâo.ou acamamento. Sua maior parte è

caracterizada por uma facies grosseira, pegmatitica, enquanto que

uma facies fina, porfiritica, restrita a poucas áreas dentro do

batôlito, provavelmente representa resíduos da carapaça de res-

friamento que uma vez circundou o corpo, formada à época de sua

cristalização.

Dentre as falhas que cortam este batôlito, a de Cafê-Ipuei-

ras (Costa et alii, 1973) è a mais expressiva, de direção SO-NE,

representando o bordo leste do graben do Jaibaras. Ao longo desta

falha, granito grosseiro, vermelho-tijoio foi intensamente bre-

chiado com fraturas mergulhando quase verticalmente e com

"slickensides" em baixo ângulo. Clorita está presente na superfí-

cie de algumas destas fraturas.

A maior parte das fraturas dentro deste batôlito tem direção

entre N50°W e N70°W ou em torno de N75°n. Um terceiro grupo de

fraturas, menos comum, tem direção N-S e também contribuiu para

dissecar o batôlito, permitindo a formação de vales profundos por

toda a intrusão.

Uma importante zona de cizalhamento é observada ao longo do vale de São Expedito e no Riacho Boqueirão, com direção aproxima- damente E-o, onde granito vermelho-tijoio predomina. Esta è pro-

vavelmente uma falha conjugada com a de Cafè-Ipueiras, para a

se propõe aqui a denominação de -falha de Meruoca-Rosário que

19 20

se continua pela falha de Aroeira a oeste deste batôlito. Esta

jona de cizalhamento divide o batôlito em duas porções, morfoio-

qicamente distintas, correspondentes as Serras da Meruoca e de

Bosàrio. Neste vale, muitas fraturas foram preenchidas por veios

compostos de minerais oxido de ferro que se mostram quebrados,

rejeitados por uma segunda geração de fraturas, atestando a exis-

tência de mais de um evento tectônico. Diversos diques estreitos

de riolito e basalto provavelmente de idade equivalente ao vulca-

nismo Parapui, sâo encontrados ao longo deste vale. A falha que

corta o batôlito da Meruoca na sua porção oeste e próximo a ela é

provavelmente a continuação da Falha de Arapa (Costa et alii,

1973). 0 bordo nordeste do batôlito foi atingido pela falha de

Contendas (Costa et alii, op. cit) de direção SO-NE, que se

estende atè a vila de Mumbaba.

O batôlito de Mocambo é bordejaâo no lado leste pela falha

Cafè-lpueiras, enquanto que sua porção oeste ê representada por .

uma pronunciada auréola de metamorfismo térmico de espessura va-

riável. Ao longo da Falha Cafè-lpueiras, o granito localmente as-

sume uma cor vermelho tijolo e è intensamente brechiado e miloni-

tizado. Fluorita, epidoto e especularita, muitas vezes preenchem

algumas das fraturas, não longe da falha Cafè-lpueiras. Fraturas predominam nas direções N7O°W e N8O°W e N6O°E e N70°E num padrão

semelhante ao do batôlito da Meruoca.

Na porção noroeste do batôlito da Serra do.Carnutim, linhas de fluxo magmàtico e fenocristais de feldspato de atè 4 cm de comprimento em arranjo sub-paralelo são localmente observados.

Enclaves ricos em hornblenda são também encontrados dispostos pa- 21 ralelamente a estas linhas de fluxo. Uma zona de intenso cizalha- pento corta rochas da Serra do Carnutim, localmente imprimindo-

•lhe estrutura de augen-gnaisse. Um acamamento incipiente está ocasio- mente presente nesta localidade, formado por camadas estreitas, descontínuas, enriquecidas em nornblenda e biotita.

Um marcante desplacamenta ("sheeting") è observado em diver- sos locais do batòlito de Mocambo (p. ex. na pedreira de Lajes,

1,5 Km a norte de Mocambo). Xenòlitos são comuns e internamente não apresentam orientação preferencial.

A Serra do Carnutim exibe morfoiogia em "pão-de-açucar" ou topo peneplanizado (fotos 1 e 2) e "boulders" e calhaus de quar- tzo, provavelmente da Formação Serra Grande, estão espalhados na

área em torno da mesma e em outras porções do batòlito mais ero- didas. Provavelmente, este batòlito apôs intensa erosão regional, foi exposto à superfície, parcialmente erodido, e sobre o mesmo depositaram-se sedimentos Devonianos da Formação Serra Grande. A mesma época, provavelmente o batòlito da Meruoca foi também ex- posto h superfície e sua carapaça de resfriamento quase que to- talmente erodida. Provavelmente os movimentos ao longo da falha

Café-Ipueiras e adjacentes a ela, grandemente contribuíram para a exposição destes batôlitos à superfície, como também para mode- lar seus contornos.

O posicionamento dos diques a oeste da Serra da Meruoca o- correu apôs uma provável distensão crustal que precedeu o posici- onamento deste batòlito. O vulcanismo Parapui representa um even- to subsequente as intrusões da Meruoca e Mocambo. Apôs este vulcanismo, ocorreram pelo menos dois estágios de fraturamento. 22

• -•• '.*•":.

t:

.•.*•" " *'-.

Ftoto 1: Aspecto morfolôgico da Serra do Carnutim, onãe esta sofreu una marcante peneplanização. localidade : Recreio.

.il ! I !J5

'I I ^S^^^^^ li 1

Feição norfológica em "Pâo-de-Açucar", na porção oeste do batólito de Mccambo.

i

;í 5. DESCRIÇÕES PETROGRAFICAS

Quase uma centena de afloramentos do batôlito da Meruoca. 4o do batôlito de Mocambo e 10 do conjunto de diques a oeste do ba- tôlito da Meruoca foram amostrados neste estudo. Em todos os pon- tos» três ou mais amostras foram coletadas, macroscopicamente descritas e seções delgadas de quase todas elas foram estudadas.

Um mapa de localização destes afloramentos se encontra em anexo e descrições petrográficas sumárias são encontradas no Apêndice, com as coordenadas geográficas e um numero de ordem para cada a- mostra descrita (estes números de ordem são indicados no texto "** nos locais apropriados para facilitar sua identificação naquele apêndice).

5.1. O batôlito granitico da Meruoca

A maior parte deste batôlito é formada de um granito rôseo a ; I vermelho-ti joio enquanto que granito cinzento a verde com faiali- ta è restrito a sua porção norte. Diques apllticos são relativa- i s mente raros, e a maior parte deste batôlito è do tipo grosseiro. i Granôfiros são comuns e granito com feldspato vermelho tijolo è mais abundante na parte este do batôlito, próximo a falha Café- ^

Ipueiras. A facies fina do granito sem faialita è encontrada como porções isoladas dentro do batôlito. |;« P Dentre 10 amostras representativas do batôlito nas quais • ! ". mais de 1000 pontos foram contados e cujas análises modais (tabe- i Ia 1) foram plotadas na figura 2. Seis são granitos de acordo coro i classificação da IUGS (1973)/ duas são quartzo sienitos e as ou- tras duas, álcali-feldspato granitos. As rochas com faialita po- :

i 23 . i* 24

também ser consideradas como charnociciticas de acordo coro a classificação de Streciceisen (1976).

Afloramentos de granito com faialita, geralmente menos m-

teoperizados do que os dos granicos sem faialita, foram observa- dos na localidade denominada Pè da Serra ín° de ordem 75), 6 Km oeste da Vila de Massapê, na"estrada Hassapê-Padre Linhares, a 11 e a 14 Km a oeste de Massapê (n° de ordem 79 e 80) na estrada de

Carnaubinha, 1,2 Km a sul da junção (n° de ordem 96).

Esta rocha è geralmente eguigranular ou levemente porfiriti- ca com granulação média em torno de 2 cm, composta de feldspato cinza-esverdeado, quartzo, plagioclàsio, biotita ferrifera, horn- blenda ferriferar faialita, ilmenita, allanita, chevkinita(?), xircSo e apatita. Pluorita, comum nos granitos sem faialita, não foi observada em espécies de mão ou seções delgadas de rochas coir. j faialita. Embora duas amostras (R-228 e R-273, tabela 1) indicaram uma composição modal de granito, assume-se que a maior parte das !~ - . i ; rochas com faialita são na realidade quartzo sienitos, a julgar j ,. i pela proporção relativa entre feldspato potàssico e plagioclàsio cm amostra de mão. Esta discrepância aparentemente resulta da j precisão na contagem de pontos, grandemente limitada pela granu- ['' lação grosseira destas rochas.

O contato entre este tipo de rocha e o granito sem failaita

è gradacional e onde estas duas variedades estão intemperizadas, :

«Io se consegue distinguir uma da outra. Provavelmente, por esta | razão, a presença de granito com faialita no batôlito da Meruoca j i nunca foi mencionada antes. Um talus bem desenvolvido mascara o contato com as rochas metamòrficas regionais. 1: Carrpofiiç.To mofai de algunas amostras do batòlito da Meruoca.

Amostra Ort. Otz Plag. Biot. Hbl. Faial. Aegir. Rieb. Zir. Titan, Ox.FV». Allan. Apat. Fluor. a) Rochas com aegirina e/ou riebeckita

R-1O 63,47 17,60 10,93 4,66 2,54 — tr. — tr. — tr. tr. tr. R-33 36,81 20,61 39,90 1,54 1,06 — — tr. 0,07 — .. tr. R-56 66,60 16,80 15,15 0,16 0,21 — tr. tr. tr. tr. tr. tr. — b) Rochas com faialita R-228 64,85 25,53 7,24 0,56 1,04 0,50 — — tr. 0,12 0,16 tr. — R-241 27,20 31,90 29,77 1,70 9,28 tr. — — tr. tr. tr. — .R-273 47,12 49,00 2,16 — 0,37 1,15 — — 0,05 0,15 tr. — c> Demais rochas graniticas no batôlito

R-69 44,62 21,10 23,37 4,36 6,02 — -- — • tr. 0,53 — tr. tr.

R-166 41,64 52,22 2,81 1,85 1,17 — — — tr. 0,23 — tr. tr. R-238 54,16 25,69 14,78 4,32 0,62 — — — 0,15 0,08 — tr. — R-250 48,54 27,23 18,06 0,89 4,54 — — — tr. 0,74 tr.

..fll. • MEFtUOCA

M OCA MBO

° DIQUES

Fig. 2: Proporção modal de quartio-alcali-feldspat-n-pl.-iRloclnslo (clnssiffrnrno d» MUiS, 1971) para rochas da Mcruoca, Mocambo r diques a nvftto c)n Scrr.i ila Mcrnom, límlxin not*t rnd«»H nesta figuras cstao os campos 1, 2 e 1 do l.nimiyrp «? Rowdrn (19P2). 1 - Zrriv <>c b.ilxo K; 2. - Scrie dc nlto K e 3 - Serie nlr«1lnn ;i prr.-ilc/il In.i.O iwimpo Mnnnvnt.c fmiH I ll»;i

.-Kinolo Indicado por LoiseJle e Wonrs (1979, lurdito) paru p.ran 11 oid.

, magnética e. em menor proporção, em grunerita (foto jl^ freqüentemente, è circundada por hornblenda ferrlfera em con* tinuidade óptica com ela. Magnetita é encontrada nos seus planos de clivagem incipientes. Rornblenáa ferrifera exibe hábitos idi- omôrficos a xenomofficos, pieocroismo marrom escuro a marrom cla- ro com magnetita ao longo de suas clivagens, como produto de al- teração. Algumas vezes inclui apatita e ilmenita e è circundada por ortoclasio. Provavelmente resultou da reação entre faialita e o liquido, sendo comum sua alteração para grunerita. Biotita ferrifera, menos abundante, è observada apenas na amostra R-273

ção de faialita e hornblenda. Ilmenita, muito mais abundante, aparece como grãos alongados, idiomôrficos a xenomórficos.

Ortoclasio mostra, muitas vezes, pertita tipo "chama" e

"patch", embora que na amostra R-228 (n° de ordem 75) estes in- tercrescimentos estejam ausentes. Representa a fase mais abundan- te nesta rocha formando cristais bem desenvolvidos, com atê 2 cm de comprimento, englobando parcialmente plagioclásio formado sob um regime de cristalização fracionada.

Quartzo è geralmente uma fase intersticial, tendo sofrido \ deformação protoclàstica e na maioria dos casos mostra-se consti- ' tuido por placas individuais, cheias de inclusões de minerais 6- : xido de ferro. Allanita subidiomòrfica, marrom escuro a marrom '•.

í claro ou avermelhada, è observada inclusa no ànfibôlio, incluindo j j nrcões euhédricos. Chevkinita(?) è observada na amostra R-228 ; i como grãos levemente pleocróicos de marrom avermelhado a marrom

avermelhado. Cristais de zircSo alongados podem ser vistos i vv • foto 3: faialita inclusa an anfi- - bdlio ferriíero, parei- - almcnte transformado an * •inerais oxido de ferro e-* grunnerita. Batõlito õa Meruoca.

4 : FBnocristal de quartzo parcialmente reabsorvido pelo magma, circundado por feldspatos de hábito radial. Batólito da Meruoca.' e* contato com todas as demais fases nestas rochas* aparecendo inclusos no antiòolio. biotita e ilmenita. Apatxta. como agulhas alongadas, è encontrada dentro de anfibolio, biotita e feldspato potassico.

A seqüência de cristalização nesta facies petrográfica está representada na figura 3a.

Granitos sem faialita afloram por quase todo o batôlito da neruoca. Sua granulação varia de grosseira (pegmatltica a subvul- cSnica) e sua cor de vermelho-tijoio a rôsea e cinzenta. Geral- mente são menos preservados do que as rochas com faialita neste batôlito; mostram cavidades miarollticas e localmente exibem solo residual com alguns metros de espessura.

As rochas aqui denominadas de granitos sem faialita incluem granitos, quartzo sienitos e àlcali-feldspato granitos de acordo com a classificação da IUGS (1973) como mostrado na figura 2, granitos predominando sobre os outros dois tipos. Orna vez mais deve-se realçar que isto representa somente uma aproximação das proporções verdadeiras dentre as fases componentes, considerando que estas rochas são de granulação grosseira, limitando a preci- são da contagem de pontos.

Biotita-hornblenda granito e hornblenda-biotita granito são os tipos petrográficos mais comuns. Mostram uma variedade verme- lho- ti joio que aflora na porção leste do batôlito. Granôfiros com e sem hornblenda são vistos na maior parte do batôlito embora que sejam mais abundantes nas porções leste e central deste. Diques apllticos são vistos apenas em poucos locais.

Estes granitos são compostos de feldspato potàssico rôseo. 30 feldspato potássxco

FLMioclasio 1 c-jirwo

Fatalita

Hornblenda

BJOtita

Xlncnita

Iircâo - Apatita

Q»vkinita(?) (a)

Ftldspato potassico Plaoioclásio

Quartzo Hcrnhlenda aiotita

Ilmenita

Kignetita

Apatita

ZircAo

Aflgirina

JUebíckita Mlaniu

Huorita

(b) 3 : Seqüência de cristalização aproximada nos granitos da Meruoca. (a) Rochas coin faialita, .(b) rochas ssn fai- alita (algunas com aegirina e ou riebeckita). 31 cinzento ou vermelho-tijoio, plagioclàsio, quartzo, hornblenda ferrlfera, riebeckita. aegirina, òiotita ferrifera, iimenita.

Bagnetita, allanita, fluorita, apatita, zircâo e turmalina.

Feldspato potàssico è comumente representado por ortoclásic, geralmente pertitico, e menos freqüentemente por microclina que 4 encontrada somente em dois afloramentos, cerca de 2 km a oeste da vila de Meruoca, como grãos muito intemperizados. Geralmente es- te feldspato exibe pertita do tipo chama, filme ou "patch" e tam- bém quartzo granofirico. Muitas vezes ortoclàsio está manteado por plagioclàsio, sendo comportamento oposto também observado.

Zoneamento é poucas vezes observado. Inclusões de hematita são muito comuns e provavelmente responsáveis pela cor vermelho-tijo- io deste mineral, e sua aparência nublada ao microscópio. Peque- nas palhetas de sericita, dispersas dentro destes feldspatos fo- ram provavelmente formadas por lixiviação de K~0 e SiO~-

Plagioclàsio, menos abundante, algumas vezes zonado, exibe lamelas estreitas, tendo cristalizado simultaneamente com orto- clàsio ou apôs este. Menos freqüentemente, é observado incluso em ortoclàsio, em grãos com extinção simultânea, em continuidade

óptica. Em poucos casos, cresceu nos embaiamentos ("embayments") dos fenocristais de quartzo, atestando sua cristalização tardia em relação a este mineral. Geralmente mais intemperizado do que ortoclàsio coexistente, mostra epidoto e sericita como principais produtos de alteração. Fenocristais exibem núcleos mais intempe- rirados do que as margens, atestando um zoneamento. Geralmente exibem geminaçâo de acordo com a lei da Albita, embora geminações

«vais complexas sejam também observadas.

Quartzo, subidiomôrfico, freqüentemente exibe extinção ondu- 32

lante, padrões em chama ("flame shadow patterns"), e embora

também observado como fenocristais, é muitas vezes intersticiai.

Circunda feldspato potàssico. tendo sido parcialmente reabsorvidc pelo liquido* mostrando embaiamentos ("embayments"; fotos 4 e 5).

Inclusões de minerais oxido de ferro são comuns. Sofreu deforma-

ção protoclàstica, e parece constituído de diversas placas indi- viduais.

Hornblenda mostra, algumas vezes, hábitos idiomôrficos a subidiomòrficos ainda que hábitos xenomôrficos sejam mais comuns.

Grãos marrom escuro e verde escuro deste mineral incluem quartzo, ilmenita e menos comumente allanita e zircão. Ocupa posição in- tersticiai ou è circundada por plagioclásio. Algumas vezes mos- tram minerais oxido de ferro ao longo de suas clivagens que, menos freqüentemente, quase totalmente substituiu o anfibôlio.

Riebeckita, observada em diversos afloramentos a oeste de Meruoca e em outras porções do batólitc é fortemente pleocròica (verde- azulado a azul), ocupa posição intersticiai onde aparece como cristais aciculares, ou è circundada por cristais de hornblenda ferrIra ou biotita. Aegirina é localmente observada como cristais xenomôrficos na porção central e leste do batôlito, com pleo- croismo intenso.

Biotita è representada por annita, geralmente em grandes palhetas, marrom-avermelhadas a marrom escuro a amarelo. Muitas vezes è intersticiai, mas è também observada dentro de ortoclàsio

• hornblenda como uma fase cristalizada cedo. Muitas vezes, in- clui allanita, zircao e apatita e está transformada parcialmente cm clorita e, menos freqüentemente, em muscovita e stilpnomelano. 33

aparece ao longo de suas clivagens e algumas vezes bio-

resultou da reação de anfibôlio com o magma residual.

Ilmenita è muito mais comum que magnetita, que è quase

te nestas rochas. Mostra-se em cristais alongados, idiomor-

, incluindo muitas vezes cristais de zircâo. E observada in- clusa em hornblenda e representa uma cristalização cedo. Allanita

(rosca ou alterada, marrom claro a marrom-amarelado, isotròpica, t observada como cristais bem desenvolvidos, idiomòrficos, ovais ou subidiomôrficos inclusos em hornblenda ou biotita ou, menos freqüentemente, em plagioclàsio. Em poucos casos, como grãos iso- lados, è zonada, seu núcleo parcialmente ou totalmente metamicti- xado e é circundada por epidoto. Menos freqüentemente é vista circundando quartzo e hornblenda. 0 produto de sua alteração e- xibe uma cor marrom-avermelhada.

Fluorita, subidiomòrfica a xenomôrfica, è vista inclusa em biotita, plagioclàsio e, menos freqüentemente, incluindo horn- blonda xenomôrfica. Apatita não é muito comum e é encontrada in- clusa em biotita, hornblenda e, menos freqüentemente, em quartzo como cristais idiomòrficos. Zircão idiomòrfico a xenomôrfico de dimensões e formas variáveis è comumente encontrado incluso em quartzo, plagioclàsio e biotita, e em poucos casos, é zonado e inclui pequenos cristais de magnetita. Geralmente a zona interior

* levemente arredondada devido a reabsorcão e a zona externa è idiomòrfica. Pirita é encontrada apenas na localidade denominada

Boqueirão, nâo longe do extremo sul do batôlito. Turma1ina n3o è

«•* acessório comum nestas rochas e é observada em cristais alon- gados, com partição bem desenvolvida e pleocroismo azul esverde-

a violeta. Fbto 5 : Aspecto textural no batôlito da Meruoca,onde cristais de quartzo forain parcialmente reabsor- vido pelo magma. Na matriz, observa-se feldspa- tos radiais e intercrescimento granofirico.

* Foto 6: Dique basàl- tico, Serra da Me- ruoca. Localidade: Sitio do Piu,estra- da Spbral-Meruoca. 35

Granitos sem faialita de granulação grosseira ocorrem prin- cipalmente na porção central do batdlito. Eles são caracterizados nor textura peculiar formada por feldspato (sanidina?) e fenc- enstais de quartzo» geralmente circundados por um mineral de há-

ôito radial (esferulitos de feldspato?) que forma a maior parte ds matriz. Quartzo não mostra sinais de deformação e é geralmente esbaiado, indicando reabsorção parcial pelo liquido durante cris- talização. Plagioclàsio, geralmente intemperizado, circunda feldspato potàssico. Anfibôlio verde azulado (riebeckita?),. ai or gado, fortemente pleocròico è muito abundante e cristalizou sob resfriamento brusco. Zircão, apatita e raros grãos de minerais oxido de ferro são os principais acessórios. Aegirina está pre- tente em algumas amostras (n de ordem 1, 2, 14 e 16) e ferroau- gita é observada em apenas uma amostra (n° de ordem 28). Geral- rente, estes piroxênios são xenomôrficos e em alguns casos, parcialmente transformados em anfibôlio azulado.

A seqüência de ristalização nesta facies petrográfica está representada na figura 3b.

Muitos diques e derrame (?) de diabásio são vistos intrudin- do ou recobrindo rochas do batôlito (foto 6). As principais expo- sições são encontradas no Sitio do Piu, 3 km a sul de Meruoca, como um dique com 150 m de largura (n° de ordem 11) mostrando uma

«xfoliaçSo esferoidal bem desenvolvida (foto 3) e no Sitio do

Jenipapo a 2,2 km a sul de Meruoca onde um derramei?) de diabásio

• basalto (n° de ordem 12) è observado numa área de 1 km de largura. Outros afloramentos são observados em Meruoca (n° de ordem 13) ou próximos a ela. Um dique de diabásio com 400 m de largura e direção E-0, na estrada para Pau d*Arco, 5 km a oeste 36 j« Heruoca (n° de ordem 89 e 90), outro 5 km a sudoeste (n° de ordem 16) e um terceiro na estrada para SSo Expedito ín° de ordem

*%>.. Estes correspondem geralmente a diabâsios toleiticos compos- te» de plagioclásio (labradorita) zonado, augita, geralmente aermada, nâo pleocrôica, e algumas poucas palhetas de biotita avermelhada. Estas rochas nâo mostram qualquer sinal de deforma-

ção e embora uma idade de 400 Ma tenha sido determinada por

Vandoros (1967), há a possibilidade de que estes diabâsios to- leiticos sejam mais recentes, posicionados no Cretáceo durante a

Abertura do Atlântico Sul como aconteceu a enxame de diques de diabâsios toleiticos similar no Rio Grande do Norte.

Rochas efusivas, provavelmente equivalentes ao vulcanismo Pa- rapul, de composição dacitica

Serra do Rosário, com blocos de formas geométricas, indicando uma disjunção colunar e como um tufoí?) riolitico num afloramento restrito, próximo à localidade denominada Maracajà (n° de ordem

39).

5,1.1. Texturas

As rochas que formam o batôlito da Meruoca são caracteriza- as por diferentes texturas. Rochas com e sem faialita exibem tex- turas semelhantes, embora granôfiros e intererescimentos em feldspatos são mais comuns nos últimos.

Dentre estas texturas, são de particular interesse aquelas exibidas por quartzo e feldspatos independentemente, ou em asso- ciação mútua. Ortoclásio e plagioclásio são muitas vezes vistos englobando-se mutuamente. Estas texturas de feldspatos manteados

•* alguns poucos locais dão à rocha um aspecto de granito rapaki* 3?

Facies fina do batolito da Meruoca com fenocris- tais de feldspato potas- sico, subarredondados ovoiàes, circundados oligoclàsioírapakivi Estrada Sobral-Meruoca

8 : Intercrescimsnto gráfico com bastonetes de quartzo paralelos/ alguns deles dispostos perpendicularmente as paredes externas do feldspato alcalino. Batolito da Meruoca. (foto 7). Neste caso. ortoclàsio è ovôide e circundado por *

.JílOCXâsio (oligoclâsio)t um tanto intemperxzado. Pcrtitas são muito comuns» especialmente nas rochas onde

. r»2O mostra sinais de deformação» com padrões em chama fílamç »-aio* patterns"), ou parecendo constituídos por diversas placas individuais. Conclusão semelhante foi apresentada por Chayes

;19S2) Q\ie invocou o cizalhamento como a principal razão para a

•rsaisturação de feldspato alcalino. Pertitas tipo chama, filme,

••^tch" e, menos comumente, venular, são encontradas por todo o tatôlito. Em poucos casos, observa-se mais de uma orientação e

•»po de pertita num mesmo fenocristal*de feldspato potàssico. Ca- tai em que pertitas do tipo "patch" e filme estão dispostas per- pendicularmente, são incomuns. Pertitas encurvadas atestam que uir. evento tectônico deformou estas rochas apôs a desmisturação, ou a j* provável embalonamento sofrido por este plutâo, enquanto este

«tnda estava quente, apôs seu posicionamento. A distribuição das

ç^rtitãs neste batôlito não è uniforme. Faldspato potàssico, túr- fetdo, manchado por hematita com 1 a 4 cm de comprimento são en- contrados por todo o batôlito. E possível que feldspato potàssico contivesse a molécula de Pe-ortoclásio em pequena quantidade,

ímdo sido esta exsolvida durante o resfriamento na forma vi sua- li*ada por Ernst (1960). Se a fase exsolvida foi Pe-ortoclásio, e»te deve ter-se decomposto para hematita e silica potássica

'{rovavelmente lixiviaâa); se expelida como hematita, os sítios

••iruturais foram preenchidos por Al, com Fe ocupando os defei-

*»• da rede cristalina.

Plagioclàsio e biotita mostram "Jcink-bands", micro-falhas e larr.eias encurvadas em rochas brechiadas, proximo a falha de Café-

-ipueiras.

Quartzo quando como fenocristal, coro comprimento 0.5 a I,c

çe, mostra embalamentos que indicam uma reabsorção parcial desta

fase pelo liquide. Isto sugere um hiato em sua cristalização

tendo o mesmo voltado a cristalizar posteriormente nos interstí- cios deixados por quartzo, feldspato potássico e plagioclásio.

Deformação protoclàstica è observada em grãos com padrões em che- ca ("flame shadow patterns"), que algumas vezes parecem consti- tuidos de placas individuais.

Biotita, muitas vezes, foi transformada em clorita e exsol- veu minerais oxido de ferro ao longo de suas clivagens. 0 anfibô- lio também mostra minerais oxido de ferro ao longo de suas cliva- qens, ou foi pseudomorficamente substituído por minerais oxido de ferro em alguns casos. Todas essas transformações sugerem uma ai- teração deutèrica ou hidrotermal ou ambas, de fases ricas em fer- ro, nos òltimos estágios da cristalização.

Granôfiros são muito comuns por todo o batôlito e atestam seu posicionamento epizonal de acordo com os critérios de Bud- dington (1959). 0 termo granôfiro é aqui utilizado no sentido de

Barker (1970) que restringe granôfiros a intererescimentos de quartzo e feldspato finamente granulares. Estes intererescimen- tos são vistos em megacristais e na matriz, provavelmente resul- tantes de crescimento relativamente rápido, simultâneo, de quar- tzo e feldspato potássico.

Granôfiros plumosos, cuneiformes e em ampulheta são muito comuns e parecem, no caso dos granitos subvulcânicos finamente

, descritos mais adiante neste trabalho, gradar a esfe- rjlitos e agregados radiais de minerais de silica e feldspaco

potâssico de alta temperatura, na forma descrita por Barker (op.

.). Intercrescimentos granofiricos intergranulares e em anel

também muito comuns.

Os granôfiros talvez resultaram de um fenômeno hipersolvus

na forma visualizada por Barker (op. cit.) o que provavelmente

exigiu a presença de uma fase aquosa (Jahn e Burnham, 1969; Tay-

lor e Forester 1971). Intercrescimentos gráficos e bastonetes de quartzo paralelos, geralmente vistos dispostos perpendicularmente

às paredes de feldspatos potássicos são comuns (foto 8). Ocasio-

nalmente, formam um anel em torno dos feldspatos potássicos per-

titicos. Quartzo gráfico triangular e hieroglífico, com orienta-

ção cristalográfica uniforme è também observado. Intercrescimen-

tos mirmequiticos, embora raros, são localmente observados, al- guns formados em duas gerações, caraterizados por uma zona exter- na e outra interna, nos plagioclásios.

Cavidades miaroliticas são preenchidas por drusas de quartzo e minerais carbonatos que atestam a presença de uma fase gasosa durante a fase final de cristalização.

5.2. O batôlito granitico de Mocambo

A maior parte deste batôlito ê formada por uma rocha cinzen- ta, mais rica em minerais máficos do que as rochas do batôlito da

Meruoca; rocha contendo feldspato vermelho-tijoio è vista apenas próximo a falha Cafè-Ipueiras. Geralmente estas rochas saõ muito grosseiras, e em alguns locais, observa-se fenocristais de

feldspato de até lOcm de comprimento. Uma facies de granulação mrxlil de nlgvrws amostras do tntôlito d*»

Amostra Ort. Qtz. Plag. Biot. Hbl. FaialFfcial. Zirzir. Titan. Ox.Fe. Mlan. Apflt fC-16 61,24 12,16 13,93 6,17 6,12 tr. 0,25 o,n tr. M>19 26,38 27,71 30,40 8,22 7,24 — tr. 0,05 — tr.

K>27 23,94 29,47 28,96 10,31 6,51 —• tr. 0,54 0,27 tr. tt>38 33,15 27,70 25,77 8,70 4,20 tr. 0,14 0,34 tr. M>53 38,71 28,00 24,12 4,51 4,31 — tr. 0,35 ~ tr. MC-60 26,24 30,78 32,74 3,72 4,81 0,20 0,10 0,10 tr. M:-69 13,54 32,43 33,11 10,96 9,75 tr. 0,20 — tr. K>85 27,24 37,33 24,72 2,52 4,43 3,12 tr. 0,64 tr. M>125 19,39 31,09 32,09 10,98 6,31 — tr. 0,14 — tr. M>136 19,38 33,14 28,73 2,19 15,46 — 0,10,15 tr. 0,95 tr. 42

tais fina, porfiritica, è vista a oeste do batôlito próximo ac local denominado Roça do Nato, 9 km em linha reta a oeste de Ca-

Neste corpo muitos autôlitos (foto 9) ricos em anfibôlio e

ar>n61itos de rochas do embasamento e de metamorficas de baixe

grau do Grupo Ubajara, são encontrados. Acamamento lçneo (fote

20) ê localmente observado.

Dez amostras representativas do batôlito, onde mais de 1OOO

pontos foram contados por amostra, tiveram volumes modais deter-

minados (tabela 2) e plotados no diagrama QAP (fig. 3). Segundo

a classificação de Streckeisen (1973), sete delas são granitos,

uaa e quartzo sienito e os outras duas são granodioritos. h gra-

nulacão grosseira associada à presença de fenocristais bem desen-

volvidos de feldspato, limita a precisão da contagem de pontos.

Estas rochas são geralmente porfiriticas, com fenocristais de feldspato em média com 2 cm de comprimento ou levemente toai or es. São compostas de felâspato potâssico, plagioclásio, quartzo, hornblenda ferrifera (menos freqüentemente, actinolita),

biotita ferrifera, ilmenita, magnetita, allanita, zireão, titani-

ta, apatita e xenotimot?). Fluorita e especularita com hábito ra- dial são observadas em veios. Somente numa pedreira abandonada,

1,5 km a norte de Mocambo, faialita è observada como cristais

•ubidiomôrficos a xenomôrficos. Mostra relevo alto, clivagem

fracamente desenvolvida em uma direção, cor verde pálido, birre-

íringêocia alta, com alteração para iddingsita e minerais oxido

Felâspato potâssico, 13 a 61% por volume nas amostras anali-

muitas vezes ocupa cerca do mesmo volume que o plagioclá- foto 9 : Enclaves subarredcdandos (bolha de ua outro oagna nais náfico?), incluso em granitoide do tatõlito de Mocanfco, Mostrando contato pouco nítido em sua parte superior. Localidade: Car- quejo.

^>i

N's";.\;..'."v-;..-* -^

10: Acamamento lgneo '-•i '••-] : :.-. em biotita grano- diorito. Serra do Carnutim, batòli- to de Mocambo. tio. Intercrescimentos não são tão abundantes como no batôlito da

«eruoca, mas pertitas tapo "patch" e "filme" são observadas,

fenocristais deste mineral, bem desenvolvidos* incluem plagie-

clâsio zonado, quartzo, biotita ferrifera, hornblenda ferrifera e

einerais oxido de ferro. Inclusões de hematita, comuns nos

feldspatos da Meruoca, estão ausentes em Mocambo. Estes feldspa-

tos são as vezes zonados; ocasionalmente intercrescimentos grá-

ficos estão presentes próximo às suas bordas.

Plagioclásio geralmente aparece muito mais intemperizado e

sericitizado do que o feldspato potàssico coexistente. Grãos

menores, inclusos em feldspato potàssico, são geralmente zonados

atestando uma cristalização fracionada. Intercrescimento mirme-

qultico é encontrado próximo à margem de plagioclásio, em contato com o feldspato potàssico.

Cristais de quartzo xenomôrficos, bem desenvolvidos, com in- clusões de minerais oxido de ferro, ocupam de 10 a 35 porcento por volume nas rochas examinadas. Quando inclusos em feldspato,

nlo mostram sinais de deformação; são xenomòrficos quando inclu- sos em hornblenda. Padrões em chama ("flame shadow patterns") são comuns.

Anfibôlio é visto como cristais xenomòrficos bem desenvolvi- dos, marrom escuro a verde escuro. Inclusões de apatita, quar-

tzo, zireão, biotita e ilmenita como grãos arredondados, são co- muns. Alteração incipiente para grunnerita è observada, como

também simplectitas formadas no núcleo de alguns grãos de anfibô-

lio. Muitas vezes, cristalizou intersticialmente em relação aos cristais maiores de quartzo, feldspato potàssico e plagioclásio. Ac verde a verde pálido está presente em alquns pontos deste batôlito, mostrando intercrescamentos simplectlticos. in- cluindo quartzo idiomôrfico e titanita.

Biotita marrom escuro a vermelho amarronaâo aparece em pa-

lnetas grandes e também intersticialmente aos grãos de feldspatc c quartzo grosseiros. Em poucos casos, è encontrada dentro de fenocristais de feldspato potàssico, circundada por quartzo.

Inclusões de apatita, zircSo e allanita não são incomuns. A proporção relativa entre biotita e anfibôlio varia, biotita ge- almente predominando sobre o anfibôlio que chega a estar ausente, em alguns casos.

Ilmenita parece ser o principal mineral oxido neste batô- lito, freqüentemente inclusa em anfibôlio ou em biotita, como grãos arredondados. Magnetita é rara e geralmente aparece inclusa em hornblenda, como cristais idiomòrficos a xenomórficos. Allani- ta, às vezes zonada, aparece como cristais idiomòrficos a xeno- môrfi-cos, parcialmente ou totalmente metamictizada, inclusa em horn-blenda, actinolita e biotita. Sua alteração geralmente mostra cor laranja-amarelado. ZircSo ê muito comum, exibe dife- rentes hábitos, incluso em quaisquer das outras fases presentes, geralmente como cristais idiomòrficos. Grãos zonados não são incomuns e mesmo nas rochas que foram severamente cizalhadas, não eostram sinais de deformação. Apatita é vista como agulhas alon- gadas inclusas em quartzo, hornblenda e biotita em quase todas as

•aostras estudadas neste batôlito. Xenotimo(?) como cristais idiomòrficos com pleocroismo de amarelo a amarelo pálido, incluso

<"* anfibôlio, em paragênese com titanita, é visto apenas em uir. local 5 Jcm a nordeste de Cacimbas (estrada Cacimbas-Sobral). A de cristalização neste batôlito é tentativamente suma- na figura 4. feldspato potàssico !

Cusrtzo Hornblenda piotita jlsnenita

Zircao

Allanita

Apatita

Titanita

Xcnotiroo figura 4. Seqüência de cristalização de rochas graniticas do batôlito de Mocambo.

5.2.1. Texturas

0 batôlito de Mocambo mostra texturas semelhantes àquelas observadas na Meruoca, exceto que granôfiros típicos estão ausen- tes e intercrescimentos granoflricos são encontrados em quantida- de limitada. Pertitas são muito comuns e exibem as mesmas ca- racterísticas das pertitas observadas na Meruoca. Intercrescimen- tOK gráficos, mais raros nestas rochas do que no batôlito da *«ruoca, são observados em torno dos nôcleos dos feldspatos ;<*rtiticos, enquanto que a zona externa destes feldspatos mostra ""•Abito idiomôrfico. Mirmequitas do tipo couve-flor são observadas ••">tre pares de feldspatos potássicos b'em desenvolvidos. ' 47

Quartzo è ora observado dentro de hornblenda ferrifera como

cristais idiomôrficos, ora xntersticialmente» em cristais xeno-

rArficos- A ausência de cristais com emoaiamento ("embayment": sugere que quartzo cristalizou sem interrupção desde os estágios

iniciais até o fim da cristalização do magma.

A pequena quantidade de intercrescimentos granoflricos,

associada à ausência de cavidades miaroliticas neste batôlito,

sugerem que a água esteve retida na estrutura dos anfibôlios e

biotitas desde os estágios iniciais de cristalização, impedindo o desenvolvimento destes intercrescimentos. Mesmo assim, acredita-

se aqui que o batôlito teve um posicionamento pouco profundo na

crosta, julgando-se a natureza das aurèolas de contato e o baixo grau de metamorfismo das encaixantes (baixos P e T).

As rochas neste batôlito próximo a falha de Cafè-Ipueiras

(oram parcialmente atingidas pela alteração hidrotermal que atin- giu o graben do Jaibaras. Isto è observado a partir da intensa

scricitizaçâo do plagioclásio, transformação da biotita em clori-

ca e hornblenda ferrifera profundamente alterada e cheia de mine-

rais oxido de ferro, em algumas das rochas próximo à zona de fa-

lha.

5.2.2. Aurèolas de contato

Aurèola de contato, bem desenvolvida, atingindo um máximo de

l km de largura è encontrada, na maioria das vezes, em relevo

topográfico, circundando o batôlito de Mocambo (foto 11), exceto no contato leste, representado pela falha Cafè-Ipueiras. Esta

•ur*ola térmica foi mencionada pela primeira vez por Cobra (1963)

a identificou como um filito silicifiçado. Costa et alii (op. 48

«.-*'

-<;-«*«<

/^i';fc=r^^^; R)to 11 : Serrote do Sitio e a auréola de contato do batólito de Mocambo, visto da pedreira do Sitio, Recreio. 49

eit*> e Rocha e Leonardos (op. cit.) apresentaram una breve des-

crição petrográfica da mesma. Os primeiros cxtaram a presença das

facies albita-epidoto hornfels e nornblenda hornfels, enquanto

qu» Rocha e Leonardos, além destas duas facies reconheceram a

presença de piroxênio (solução sólida diopsldio-hedenoergita;

nornfels.

Aurèola de contato foi encontrada em torno da batòlito da

Keruoca por Costa (1962) que a interpretou como um calcário

silicifiçado, e por Rocha e Leonardos, que reconheceram as mesmas

facies presentes na aurèola de Mocambo.

No presente estudo, não se observou em torno de Mocambo a presença de piroxênio hornfels. Em lugar disto, observou-se bio-

tita e andaluzita (?) nas localidades de Torto e Arapuá, na porção norte da aurèola. Outras fases componentes são quartzo, clorita, muscovita, plagioclàsio, minerais oxido de ferro e epi- doto. Isto sugere que a rocha foi metamorfizada a uma temperatura de 600° C e a uma pressão de 2 kbar. Geralmente anfibólio

(hornblenda) è encontrado em camadas, sugerindo que haviam lentes de calcários intercaladas com arenito que continha também argi- las, o que permitiu a formação de biotita. Quartzo é eguigranu- lar, xenontòrfico, mostra extinção ondulatôria e è algumas vezes recristalizado. Clorita, violeta a parpura, tem provavelmente a composição de penina.

Não se observou em torno do batòlito da Meruoca a aurèola mapeada por Rocha e Leonardos (op. cit.). Entretanto, hornfels e

»*arn foram observados próximo a localidade Itaquatiara na porção n*o falhada do batòlito. 0 hornfels è composto de biotita, horn-

quartzo, plagioclàsio, minerais oxido de ferro, apatita e •ircao, exibindo textura granoblâstica. ZircOes mostram razão

comprimento/largura de 4/1 ou 3/1 e apatita de 7/1 a 4/1, enquan-

to que quartzo, muitas vezes, mostra bordos de grãos se encon-

trando a 120 , sugerindo uma textura de equilíbrio. O skarn é

composto de diopsidio, epidoto, quartzo e plagioclásio exibindo

textura granoblâstica.

5.2.3. Oi Xenõlitos e autôlitos

Xenòlitos são abundantes no batôlito de Mocambo, com compo- sição mineralògica, forma e dimensão variadas e sem orientação preferencial. No batôlito da Meruoca, entretanto, xenòlitos pe- quenos, arredondados, 5 a 10cm de comprimento em diâmetro são encontrados apenas nos seus contatos não falhados, a oeste.

Os xenòlitos em Mocambo são de três tipos: fragmentos de rochas migmatlticas do embasamento, de calcários e arenitos do

Grupo Ubajara, e rochas igneas ácidas. Xenòlitos de migmatito são encontrados na Fazenda Nova Europa (n° de ordem 107), dentro dos quais cristais de feldspato idiomòrfico estão também presentes.

Xenòlitos de arenito escuro, cozidos, são geralmente alongados, angulares ou discòides, alguns dos quais com 1 m de comprimento.

Xenòlitos semelhantes de calcário são angulares, discòides e geralmente menores do que os de arenito. Veios graniticos es- treitos são muitas vezes observados cortando estes xenòlitos.

Xenòlitos de rochas igneas ácidas não são raros. Em alguns casos são arredondados e mostram uma zona interna pegmatitica circundada por facies aplltica. Feldspatos são vistos dentro da facies fina penetrando o contato entre o xenòlito e a rocha hos- padeira. Autòlitos, geralmente arredondados, são muitas vezes obser-

vados no batòlito de Mocambo, com dimensões e composição diversi

ficadas. São geralmente escuros» ricos em hornblenda. Em poucos

casos, autôlitos levemente alongados mostram alinhamento. Compo-

iiçao mineralôgica inclui quartzo, plagioclàsio, feldspato po-

tâssico, anfibôlio, biotita, apatita, allanita e minerais oxido

de ferro, que se aproxima da composição da rocha hospedeira. Em

alguns casos, estes autólitos mostram uma composição gabròica a quartzo ãiorltica, com biotita vermelho a marrom claro, que

inclui poiquiliticamente plagioclàsio, apatita e minerais oxido de ferro; hornblenda verde a marrom que mostra intercrescimento simplectitico; plagioclàsio zonado, feldspato potássico pertiti- co, minerais oxido de ferro alongados, apatita e poucos veios de quartzo. Texturas pseudo-diabisicas são observadas muitas vezes.

Hà um marcante crescimento na granulação para o interior do autólito.

A composição destes autòlitos corresponde, provavelmente, à composição inicial do magma que originou o batòlito de Mocambo.

Alternativamente, podem representar bolhas de um liquido que co- existiu com o magma principal gerador do batòlito e que resfriou bruscamente ("quenching") devido ao contraste de temperatura en- tre os dois liquldos, gerando a granulação mais fina nos bordos do autólito.

*.3. 0 conjunto de diques a oeste do batòlito da Meruoca-Rosárío

Um conjunto de diques de direção NE è observado a oeste do t*tôlito da Meruoca, variando em composições mineralôgica e qui- » largura e extensão. Algumas vezes possuem atè 10 km de

c0fl!primento, em afloramentos descontínuos. Eles não cortam o fcatôlito da Meruoca e, portanto devem representar um estágio cedo

sultando de uma distensão crustal que provavelmente precedeu o

posicionamento dos granitos da Meruoca e Mocambo. Nenhum trabalho

pctrogràfico ou químico foi feito sobre estes diques exceto as

considerações preliminares de Almeida et alii (1984).

Alguns dos diques são porfiriticos, estão topograficamente

em relevo» e mostram autôlitos escuros, arredondados de com-

posição e textura diabásica. Ocorrem cortando rochas metatnôrficas

de baixo grau do Grupo Ubajara. Petrograficamente, eles consti-

tuem uma suite que engloba rochas subvulcânicas, quartzo diori-

ticas a rioliticas, predominando aquelas de composição interme-

diária. Granôfiros são encontrados esporadicamente. Composições rodais para 5 diques nesta suite são encontradas na tabela 3 e plotadas na figura 2.

Dique de quartzo diorito é encontrado cerca de 2,6 km a nor-

te de Aprazivel-Coreaú (n° de ordem 143), sendo composto de

plagioclásio, quartzo, hornblenda, biotita, zircão, apatita, allanita e minerais oxido de ferro. Plagioclásio forma fenocris-

tais bem desenvolvidos, 5 a 10 vezes maiores do que os cristais

na matriz. Quartzo è geralmente encontrado na matriz, com hábito xenomòrfico, muitas vezes circundando plagioclásio. Cristais

idiomôrficos a subidiomôrficos de hornblenda, parcialmente

transformados em biotita, são muitas vezes encontrados inclusos

«•» plagioclásio. Biotita marrom a vermelho é tão abundante quanto

incluindo poiquiliticamente zircão e apatita. Minerais *r *r Q o 8 o* *•» o» 3 O O O

u it u u I 4J *» 4J 4J

<0 tu CD in s s te •o • * d CM d O O Li

CO I I I I

•4 to d d

CM CO 00 £> U

o o -ri >-t VD O r-i mu •o m CM r-4 XT' m f-l m te te n to CD ir» CO VD vo m o VD CM O) JO • m "« *i m o o* • iH ro t-i i-i

CM

te O - S CM

CO S 1 (N à 5A

6xido àe ferro estão inclusos em plagioclásio e em hornblenda.

Zircões idiomôrficos a subidiomòficos e apatita com razão com-

primento/largura de 3/1 a 2/1 e 8/1 a 3/1, respectivamente, são iiuito comuns. Allanita não è abundante e geralmente aparece

inclusa em biotita.

Diques porfirlticos daciticos são observados a 8,7 km e 21,1

Km a norte de Aprazível na estrada Aprazivel-Coreaú (n° de ordem

137 e 144). Sua composição mineralôgica inclui quartzo, plagio- clásio, feldspato potássico, clorita, apatita e zircão. Quartzo idiomorfico a subidiomòrfico éobservado como fenocristais parci- almente reabsorvidos, o que sugere um hiato no curso da cristali- zação desta fase, e na matriz, onde geralmente mostra padrão em chama ("flame shadow patterns"). Feldspato potássico ocorre como fenocristais bem desenvolvidos ou pertitas tipo "patch". Geral- mente mostra-se manchado por hematita em seu núcleo e circundado por feldspato potássico xenomôrfico, com intercrescimento gráfi- co. Em alguns casos, feldspato potássico idiomorfico está circun- dado por plagioclásio e quartzo e então por feldspato de novo.

Quando na matriz, circunda quartzo.

Fenocristais de plagioclásio são menos abundantes do que de feldspato potássico, geminados de acordo com a lei da Albita.

Quando na matriz, mostra tipos complexos de geminação. Clorita representa a pseudomorfose de anfibólio, que geralmente parece ter cristalizado ao mesmo tempo que feldspato potássico. Zircão idiomorfico e apatita ôca com razão comprimento/largura respecti- vamente de 3/1 a 2/1 e 5/1 a 3/1 são observados dentro de quartzo e plagioclásio. Cavidades miarollticas são preenchidas com calei- 55 t» e quartzo idiomòrf ico. Diques de latito sáo encontrados a 6,4 km e a 19,7 km norte 4e Aprazlvel-Coreaú (n° de ordem 136 e 142), com largura média em torno de 40 m. Ho primeiro caso exibem in Ame r os autôlitos e no 61timo, ocorrem como rochas cinzento-azulado, porfirlticas, topo- araficamente em relevo. S3o compostos de plagioclàsio, feldspato potàssico, quartzo, hornblenda, biotita, apatita, titanita e «llanita. Plagioclàsio algumas vezes ocorre como fenocristais bem desenvolvidos, circundados por feldspato potàssico, que por sua vez e circundado por plagioclàsio, sugerindo uma cristalização «utètica. Intercrescimentos granofiricos tipo ampulheta, radial e ttpinha-de-peixe, são comuns. Quartzo subidiomôrfico a xenomôr- íico é parcialmente reabsorvido indicando uma hiato no curso de •ua cristalização. Algumas vezes exibe padrões em chama ("flame shadow patterns"). Hornblenda verde pálido a escuro ê mais abun- dante que biotita que está ausente em alguns destes diques. Fenocristais idiomórficos, bem desenvolvidos, de minerais oxido de ferro, são encontrados circundando zírcão ou inclusos em •nfibôlio. Apatita não é muito comum e mostra razão comprimento/- /iargura de cerca de 8/1. Allanita ocorre inclusa em anfibôlio e como cristal idiomòrfico dentro de fenocristraís de feldspato potassico. Diques de riolito são encontrados a 16,3 e 18,1 km a norte <*• Aprazível, na estrada Aprazivel-Coreau. São compostos de Quartzo, sanidina, plagioclàsio, clorita, minerais oxido de fer- io» tircão, apatita e titanita. Fenocristais de quartzo, subidiomôrficos a xenomórficos, parcialmente reabsorvidos, exibem continente padrões em chama. Sanidina mostra-se como fenocristais bem desenvolvidos, que in- cluem plagioclâsio reabsorvido, em muitos casos, e geralmente contêm inclusões de hematita. Plagioclásio é observado na matriz, que ê caracterizada por intercrescimento granoflrico em ampul he- ta, circundando feldspato potàssico, o que atesta um hiato em sua cristalização. Minerais Oxido de ferro sao raramente vistos, xircão e apatita são incomuns e titanita inclui pequenos grãos de zircão. Um dique de quartzo andesito porfirltico é observado a 24,5 km a norte de Aprazivel-Coread, topograficamente em relevo, com 50 m de largura e contendo muitas inclusões máficas arredondadas. Sua composição mineralogica inclui plagioclásio, actinolita, clo- rita, quartzo, apatita, minerais oxido de ferro e zircão. Xeno- cristais de quartzo e feldspato potàssico não são raros. Esta ro- cha foi provavelmente submetida a uma alteração hidrotermal tar- dia, a julgar por seus cristais de plagioclásio completamente se- riei tizados e anfibôlio quase que totalmente transformado em clo- rita. A principal textura encontrada è a pseudo-diabásica. Granôfiro é observado a 11 Km norte de Aprazível, mostrando cor azul-acinzentada, composto de quartzo, feldspato potàssico, plagioclásio, clorita, zircão, apatita, e minerais oxido de fer- ro. Quartzo, feldspato potàssico e plagioclásio formam fenocris- tais circundados por quartzo intergranular, intercrescimentos ra- diais ou em ampulheta, que gradam a esferulitos. €. QUÍMICA MINERAL

A química das principais fases componentes dos batôlitos da Meruoca e Mocambo foi investigada através de ai cr os sonda ele- tronica. Foram analisados feldspatos, anfibôlio, olivina e minerais oxido de ferro, de amostras representativas de rochas com e sem faialita (com ou sen anfibôlio) do batôlito da Meruoca e de ro- chas do batôlito de Mocambo. Resultados são encontrados nas tabelas 4,6,7,9 e 10.

6.1. Técnicas analíticas

As análises por microssonda foram feitas com uma microssonda ARL (Applied Research Laboratories), modelo EMX, com 3 espectrô- metros, no Departamento de Ciências Geológicas da Universidade do Texas, em Austin, Estados Unidos. Para as análises de feldspatos, a corrente de amostra ("saro- —8 pie current") foi de 4,0 x 10 amps e para os outros silicatos e minerais.oxido de ferro, 5,0 x 10 amps, medida sobre o "brass". 0 potencial de aceleração, em todos os casos foi de 15 lev e o tempo de integração de cerca de 10 segundos. O diâmetro do feixe de raios eletrônicos, para o caso dos feldspatos, foi de cerca de 5 microns ou levemente maior, e para as outras fases, um diâmetro •enor foi utilizado. Correções de Bence e Albee (1968) e Albee e Ray (1970) foram aplicadas.

6.2 Batôlito da Meruoca-Rosàrio

Cinco amostras representativas do batôlito da Meruoca foram

57 -nalisadas na microssonda. A maioria dos resultados totalizou dentro do erro aceitável em análise por microssonda ( + 21). Al- adas poucas análises foram repetidas para testar a precisão dos resultados. 4) Feldspatos: feldspato potássico e plagioclásio coexistentes foram analisados em 5 amostras. Apenas Ca, K e Na foram analisa- dos na microssonda, com um feixe de raios eletrônicos levemente desfocado. Apôs a aplicação da correções de Bence e Albee (1968), os resultados foram tratados pelo programa ANABOR que fornece as proporções relativas dos membros finais da solução sólida e a so* BA de cada ponto, assumindo esteguiometria para Al e Si. Os dados obtidos por amostra somam 98 a 102%, embora que em poucos casos, somas mais baixas, principalmente em feldspatos potássicos, foram obtidas, devido a presença de ferro-ortoclàsio nos feldspatos vermelho-ti joio e bário. Resultados são encontrados na tabela 4. No caso dos feldspatos potássicos pertiticos, diversas aná- lises foram feitas no núcleo de cada cristal analisado, e uma mé- dia foi então considerada para representar a composição do núcleo do feldspato. A figura 5 sumariza os dados para o batôlito da Meruoca, na base de análise parcial de Ca, Na e K, assumindo estequiometria. A composição do plagioclásio mostra uma variação total de Ab72,89Or6,97An2O,14 a AbB5,8BOr5,34An8,78 e feldspato potássico e <* ftb.,Io,^ ,-0r3 fi83,3- ínAn0 0,4^ ÁC6 a Ab.48,0Q .-Orc2 50,3^ ,.,An7 ,1,6 ,-.2 . A distribuição de NaAISi-Og entre feldspatos coexistentes é conhecida desde lon^o tempo como valiosa ferramenta geotermomé- l*ica. Stormer (1975) propôs um modelo de distribuição de T«ia*>« 4 i ArutllInrm tr%>tr* i X% »* Fase' molecular SOMA {formula) Norm da rnrha Ab 0r An Ab/Or/An Bio ti ta-hornblenda granito (R-212) Plaqioclasio . núcleo 82.66 8.59 8.75 99.73 bordo 87,30 3r91 8,79 98,37 bordo 85,88 5,34 8,78 98,45 Ab 0r An núcleo 82.52 7,50 9,98 98,98 42,99 45 11,28 núcleo 83,26 6,94 9,80 98,75 Feldspato potassico núcleo 27,16 71,91 6,93 98,72 núcleo 16,23 83,30 0,46 100,39 núcleo 28,24 71,11 0,65 99,79 Faialita-hornblenda granito (R-228 ) Plaqioclasio bordo 80,41 4,88 14,70 99,03 núcleo 82,97 4,02 13,01 99,17 bordo 81,90 3,96 14,14 98,72 Ab 0r An bordo 81,90 4,66 13,76 100,76 50,06 48 1,89 núcleo 82,51 ?,99 13,50 99,83 Feldspato potassico núcleo 43,14 55,54 1,33 98,78 núcleo 48,02 50,37 1,62 98,25 núcleo 47,03 51,85 1,12 97,02 bordo 29,40 69,91 0,70 97,67 núcleo 41,40 56,99 1,61 97,37 Bioti te-hornblende granito (R-69) Plaqioclasio núcleo 72,23 7,59 20,21 100,56 núcleo 72,89 6,97 20,14 101,17 bordo 74,22 4,53 21,25 98,45 Tabela 4 t continuação Fase % molecular SOMA(formula) Norma da rocha Ab Or An Ab/Or/An Feldspato potássico núcleo 42.44 55,42 2,14 94,42 interm. 45,54 52,00 2,46 94,9O bordo 46r13 51,59 2,28 95,25 Faialita-hornblenda granito (R-273) Plagioclasio núcleo 82,40 3,01 14,59 94,71 bordo 78,33 4,52 16,65 94,53 bordo 80,78 5,71 13,51 96,36 Feldspato potássico Ab Or An núcleo 45,14 53,69 1,17 95,11 59,16 40,84 0,00 interm. 37,88 61,42 0,69 96,79 bordo 33,12 65,85 1,03 97,07 Biotita-hornblenda granito (R-186) Plagioclasio bordo 80,87 8,90 10,23 97,09 interm. 77,24 6,68 16,08 96,25 núcleo 72,34 7,01 20,64 97,24 Feldspato potássico Ab Or An núcleo 43,20 54,71 2,09 94,76 42,03 45,43 12,52 núcleo 41,31 56,80 1,89 95,99 núcleo 46,32 51,13 2,55 94,65

S entre feldspatos coexistentes baseado em parâmetro ter-

modinâmico para sanidina alta» levando em conta o efeito da ores-

•So* e náo os feldspatos potássicos ideais. Em artigos subsequen-

te, Whitney e Stormer (1976, 1977a, 1977b) aplicaram sucessiva-

eente este geotermômetro a granatos epizonais, mesozonais e gra-

nulitos usando também curvas determinativas baseadas na termodi-

nâmica de microclina. Concluíram gue a variação do estado estru-

tural pode mudar a temperatura dos feldspatos coexistentes o tan-

to quanto 100°C.

Como mencionado antes, feldspato potàssico no batólito da

Meruoca è geralmente extremamente pertitico, exceto no caso dos

granitos com faialita, com 1ameias de albita distribuídas por to-

do o grão. Plagioclásio ocorre como cristais idiomôrficos a

subdiomôrficos, normalmente zonados, inclusos em feldspato po-

tássico, raramente aparecendo como fenocristais. A composição

destes è mais ou menos a mesma daqueles plagioclàsios encontrados

como cristais independentes. A partir disto, sugere-se gue os

núcleos destes dois feldspatos se formaram em equilíbrio, e gue

eles coexistiram a maior parte da história de cristalização.

Provavelmente as diferenças na dimensão dos grãos entre estas duas fases deve-se a diferenças nas taxas de nucleação e cresci' nento e não a diferenças no tempo envolvido na- cristalização.

Baseado na conclusão acima, análises dos núcleos de plagio-

clasio foram usados em combinação com análises de núcleos do

íftldspato potàssico para determinar a temperatura inicial de

cristalização, e as margens de plagioclásio com as margens de

'«ldspatos potássicos para determinar a temperatura final em gue

*!•* se equilibraram. Médias apropriadas das análises listadas na An 50 • Núcleo

O Margem

20

A& 10 20 30 40 50 60 70 80 90 Or

Fig. 5: Composição de feldspatos do batolito da Meruoca (a) e de Mocambo (b). Analises obtidas por microssonda. 63 t*t>ela * foram consideradas. Alguns dos feldspatos potàssicos mostram bordas com teores it Na mais baixos, talvez devido à perda deste elemento durante

«vento subsequente (alteração hidrotermal?). Alguns cristais de feldspatos mostram um leve zoneamento em sua composição, par- cialmente mascarado pela exsolucão de pertita.

Whitney e Stormer (1977a) numa tentativa de determinar a temperatura de cristalização de granitos mesozonais, depararam-se com o problema da não existência de dados termodinâmicos sufi- cientes para feldspatos de estado estrutural intermediário (orto- clásio), que permitissem formular uma equação de temperatura como nos casos de albita-sanidina (Stormer, 1975) e microclina-baixa

àlbita (Whitney e Stormer, 1977a). Assumiram que as temperaturas para rochas com ortoclàsio seriam intermediárias entre aquelas calculadas pelas equações de sanidina e microclina. Como ortoclà-

•io é o feldspato potássico comum no batólito epizonal da Meruo- ca, obteve-se aqui médias de temperaturas determinadas usando os sodelos de microclina e sanidina (modelo de Whitney e Stormer,

1977a) a 1 kbar de pressão de confinamento.

A tabela 5 sumariza as temperaturas calculadas nas condições

•cima. Biotita-homblenda grani tos (R-212, R-69 e R-186) mostra- ram que os núcleos de feldspatos equilibraram no intervalo 825 a

6S0 C. Rochas com faialita tiveram núcleos de feldspatos equili- brados a uma temperatura no intervalo de 750 a 690° C. Desde que

•">* a possibilidade de que feldspato potássico tenha perdido parcialmente o componente albita de sua composição original,

•»tes valores são apenas uma estimativa da temperatura mínima. • p-irtlr d« Stonner, 1975 e Whitney e Stormer, 1977 Brown e rarnons, Tatperatura em C Ancstra X X Sanidina Microclina Media Ab,Kf Ab,Kf 1 kbar 1 kbar R-212 núcleos 0,28 0,82 600 700 650 560 R-69 nôcleos 0,42 0,72 790 950 870 760 bordos 0,46 0,72 750 930 840 740 R-186 nilcleos 0,44 0,72 750 900 825 7feO R-228 núcleos 0,41 0,83 660 820 690 610 bordos 0,29 0,81 600 700 650 560 R-273 núcleos 0,45 0,82 700 800 750 650 bordos 0,33 0,80 650 750 700 600

P (kbar) - 1 + T(oxido) - Tífeld, 1 kbar) / 18 (Stonner e Whitney, 1985). 65

Brown e Parsons (1981) chamaram a atenção para o fato de que i pressão exerce alguma influência no cálculo das temperaturas

através da química dos feldspatos. Por esta razão, uma

de pressão deve ser aplicada às temperaturas obtidas. lta vez aplicadas as curvas propostas por Brown e Parsons (op. rit.) as temperaturas obtidas variam de 560 a 760o» ou seja, mais baixas do que as calculadas pelo proceso anterior. t>) Anfibôlio : este mineral è na maioria das vezes uma fase acessória, intersticial, ocorrendo em agregados ou cristais iso- lados. Cristais idiomòrficos são observados inclusos em felds- pato potássico. Alteração para grunnerita, biotita ou clorita è cuitas vezes observada.

Quinze análises químicas de hornblenda foram realizadas em uata microssonda e os resultados são encontrados na tabela 6, com as respectivas fórmulas. Os totais são satisfatórios, levando-se czn conta que água e halogênios não foram analisados, Fe foi determinado como FeO, e o erro de -f 2% em análises por microsson- 2 + 3+ da. O desconhecimento da razão Fe /Fe impediu cálcular-se precisamente as fórmulas minerais. Entretanto, assumindo-se que o nôaiero total de átomos nos sítios tetraèdricos é 8, nos sítios octaèdricos è 5/ nos sítios M4 é 2, com as ocupações do sitio A entre 0,5 e 1,0, quase todas as análises estão- bem próximas da

íôrmula ideal.

Presentes em rochas que mostram leves variações petrográfi- c«s, estes anfibôlios exibem muito pouca variação em composição.

Exibem teores em Fe muito altos, baixo Al e alto Ti. São conside- rados como hornblenda calcifera de acordo com a classificação de

*««se (1974), desde que mostram Ca mais altos que 1,50, Na mais tV» anf ibollos, tntollto M

Amostra R-69 R-228 R-273 R-l 86 Grão 1 1 2 2 3 3 1 1 1 1 1 1 1 1 l Ponto 1 2 1 2 1* 2 1 2* 3* 1 2 3* 1 2* 3

SiO2 40,36 41,31 40,28 41,02 39,92 40,18 40,12 39,98 40,03 40,85 40,17 40,40 40,42 40,31 40,13 A12O3 8,08 7,75 8,08 7,75 8,24 8,25 8,15 8,21 8,22 8,38 8,28 8,27 8,30 8,12 7,87 PeO (Fe 31,41 31,24 30,98 31,72 32,39 32,25 33,14 31,88 32,84 33,67 33,79 33,17 32,17 32,88 32,63 total) MgO 1,81 2,34 1,88 2,13 1,42 1,73 1,45 1,50 1,41 1,61 1,59 1,60 2,07 2,10 1,98 CaO 9,68 9,84 9,93 9,92 9,88 9,94 10,05 9,84 9,69 10,32 10,23 ÍO,1O 10,12 10,34 10,37 Na20 2,73 2,67 2,74 2,83 2,77 2,63 2,69 2,66 2,45 2,07 2,08 2,08 2,09 2,06 2,07 K20 1,57 1,51 1,57 1,62 1,54 1,45 2,00 1,94 2,03 1,83 1,82 1,82 1,70 1,72 1,77 TÍ02 1,56 1,42 1,91 1,13 1,66 1,58 2,08 2,09 2,04 1,64 2,15 2,09 1,89 1,49 1,61 MnO 0,32 * 0,29 0,28 0,30 0,27 0,29 0,32 0,30 0,29 0,37 0,37 0,38 0,29 0,26 0,28 Total 97,52 98,37 97,65 98,42 98,09 98,30 100,00 98,40 99,00 100,77 100,51 99,94 99,28 99,32 98,74

* Nícleos dos grãos. Danais análises, bordos dos grãos.

Obs.: R-228 e R-273 sao faialita-homblenda granitos R-69, R-186 e R-212 sao biotita-hornblenda granito Ponto 1 Si 6,60 Al (IV) 1,40 Sana 8,00 (tet.) Al (VI) 0,16 Fte 4,19 Mg 0,44 Ti 0,19 . Mn 0,04 M1-M3 5,00 . Ca 1,71 Mn 0,00 Pe 0,11 Na 0,18 K 0,33 Sana (A) 1,01 • 6b: PresSoes estimadas atra vós da quirtiica do» anfibolloa, parn on kntòUton

  • b) Mocambo Amostra W>16 tC-60 MC-69

    Grao 11122211111 Ponto 12 312323123 PressSo 3,62 3,67 4,13 3,83 4,03 4,28 3,72 4,03 3,47 4,48 4,58 (kbar)

    P * -3,92 + 5,03 Al (total) (Hatwarstron e Zen, 1986) P • -4,76 + 5,64 Al (total) (Hollister et alii, 1987) Obs.: R-228 e R-273 sâo faialita-hornblenda granitos R-69 e R-186 sâo biotita-homblenda granitos MC-16, MC-60 (hornblenda-biotita granitos) e MC-69 un granodiorito 69

    oalxos que 1,00 e Si mais baixos do que 7,50 (na base de 23 Cxjgênios). Anfibôlios da Heruoca aproximam-se da composição de

    ferrohastingsita em Deer et alii (1966, tabela 15), exceto que

    »lo um pouco mais baixos em Al e um pouco mais alto em Na e Ti.

    &e acordo com a classificação de Leake (1978) os anfibôlios são essencialmente hornblendas ferro-edeniticas, com apenas duas análises correspondendo à composições de hornblenda ferrohas- tingslticas (fig. 6). Os altos teores em Ti provavelmente reflete alta temperatura de cristalização, de acordo com a sugestão de

    Raase (1974, op. cit.). Somente uma pequena quantidade de Al è encontrada nos anfibôlios analisados e de acordo com Thompson

    (1947) esta é uma característica típica de minerais formados a IV alta temperatura e baixa pressão, onde Al geralmente predomina VI sobre Al . Tal observação parece em consonância com um posicio- namento deste plutão a pouca profundidade.

    Ferrohastingsita e hastingsita com baixo Al são típicas de

    áreas clássicas de posicionamento de intrusões granlticas em alto nível crustal, e complexos anelares (Borley e Frost, 1963,

    Borley, 1963, Simonen e Vorma, 1969, Barker et alli, 1975,

    Czamanske e Wones, 1973 e Czamanske et alli, 1977). A composição deste anfibôlio, próxima à de hastingsita, è mais um argumento em consonância com um posicionamento pouco profundo do batòlito da

    Meruoca.

    Czamanske et alii (op. cit.) propuseram que anfibôlios de intrusões granlticas em alto nível na crosta geralmente exibem tuna boa quantidade de F e Cl. Este é provavelmente o caso dos an- fibôlios da Meruoca, que embora não tenham tido esses elementos ANFIBOLIOS CALCICO9 (Co* No)0> 1,34 > NOg

    1.0 llornbl. Edenlta Edenlta tlornbl. iagneslo-hattlng Silicica Edenltl Mg-Hast. "« 0,7 ca in + n laatlngilca 0,5 lagnen 1 ana «A llornbl — Ferro-edenita Ferro-edenlta 1 35 r» a ailicica -n 11 i c a— to llornbl .- HastIngalca X lias t i"n"J5 0.0 ' 8»°° 7,75 7,50 7,00 6,75 6,50 6,25 6,00 5,79 SI

    MERUOCA (15 amostras)

    MOCAMBO (11 amostras)

    Fig. 6: Classificação dos anflbollos da Meruoca • Mocambo de acordo com a classificação de Leake (1978). 71 inalisados. têm a presença de P atestada por análises de rocha total de amostras que não conte* flúorita. Provavelmente zinco está também presence nos anfibolios e biotitas, uma vez que sua presença é registrada nas análises de rocha total das mesmas i~ostras correspondentes. IV Ha figura 7, Al total foi plotado contra Al , Mostrando usa correlação positiva» COMO esperado (Hammarstron e Zen, 1986).

    Valores equivalentes a estes são esperados em rochas granlticas sea epidoto, e os anfibolios do batôlito da Meruoca caem exata- sente no campo dos grani tos sen epidoto. Na tabela 6b a pressão sob a qual o batôlito da Meruoca foi posicionado foi estimada através do geobarôaetro empírico de Hammarstron e Zen fop. cit.r modificado por Hollister et alii, 1987). Os valores obtidos, entretanto, sSo mais altos do que os esperados e isto provável- aente se deve ao fato de que a composição global do batôlito difere um tanto daquela para a qual o geobarõmetro foi empirica- oente proposto, ou seja, assembléias minerais incluindo piagio- clàsio, microclina, biotita, anfibõlio, titanita e magnetita. c)Biotita: está presente em quase todos os especimens estudados no batôlito da Meruoca, em concentrações variando de traços até sais de 5 porcento. Oito análises deste mineral foram obtidas por

    Dicrossonda (tabela 7). Rubidio, F, Cl e H-O não foram analisa- dos.

    Estas biotitas são tão ricas em PeO que podem ser considera- das como annita. São levemente titanlferas e contêm» em poucos casos, pequenas quantidades de alumínio octaédrico. Seus teores

    «a alumínio sSo notavelmente baixos, o que não é atípico para rochas deste tipo (Czamanske et alii, 1977), com uma variação 72

    Batolito da Meruoca

    Batolito de Mocambo 2.0

    ^ 1.5

    1.0 -epidoto +epidoto

    0.5

    1.0 1.5 2.0 2.5 3.0

    Al Total (anfibolio)

    IV Fig. 7 : Al total versus Al em anfibolios da Me.ruoca e Mo- cambo . total de 11*66 a 12*63, e uma média de 12,27. A razão Al-O^/íMgO • Fe total como FeO) em biotitas de rochas calci-alcalinas è determinada por sua paragênese(Nockolàs, j?47) e hâ um aumento geral o teor de Al das biotitas com o au-

    »cnto da acididade das rochas hospedeiras. Entretanto» algumas intrusões revelam um "trend" oposto e não se atingiu ainda um consenso sobre a 'real influência do teor de Al em biotita nos processos magmaticos (Honma, 1974). No caso particular das bioti- tas do batòlito da Meruoca, Al não mostra variação sistemática com Fe/(Fe+Mg) (fig. 8) e está em excesso com respeito a K + Na.

    Cálculos da distribuição de cátions dentro dos sítios octa- r.fdricos destas biotitas, mostram que sua razão

    (Fe+Mn)/(Fe+Mn+Mg) varia de 0,90 a 0,94. Não há variação signifi- cativa em seu teores de Al, Ti ou Mn, onde se espera uma correla-

    ;.io com Fe/(Fe+Mg), tipo de rocha ou assembléia mineral. Estas observações emprestam apoio à conclusão que biotitas neste batò- lito são geralmente homogêneas devido ao baixo teor de MgO da rocha hospedeira, e também ao fato de este mineral sempre coexis- tir com anfibólio e feldspato potássico.

    Uma das análises na tabela 7 (R-186, grão 1, ponto 3), mos- tra mais baixo K.O e mais alto CaO do que outras análises. Como

    «ata representa uma análise próximo a margem do grão, provavel- mente indica um zoneamento químico, com substituição de K por Ca ou reação com o liquido residual.

    Na maioria destas análises, a soma dos cátions de coordena- do tetraédrica (Si e Al) se aproxima de 8,00, o valor ideal; a

    dos cations octahédricos aproxima-se de 6,00, e em alguns frnostra R-69 R-186 R-212 Grao 1 1 1 1 1 1 1 1

    Ponto 1* 2 1 2 3 1 2* 3*

    SiO2 34f2O 34,46 31,36 32,28 32,63 35,12 34,42 33,85

    A12O3 11,87 11,66 12,63 12,48 13,23 12,05 12,05 12,19

    FeO 34,00 34,09 39,86 39,27 41,35 34,05 35,09 36,48 (Fe total) MgO 2,11 2,06 1,58 1,25 1,32 2,03 1,68 1,45

    CaO 0,04 0,05 0,50 0,10 3,05 0,06 0,05 0,08

    Na20 0,19 0,18 0,10 0,12 0,09 0,14 0,14 0,15

    K2O 9,03 8,91 6,40 8,29 3,62 11,21 11,23 ÍO,78

    TiO2 3,38 3,70 2,94 2,60 2,74 3,17 3,28 3,25

    MnO 0,18 0,14 0,24 0,19 0,21 0,23 0,22 0,22 •Dotal 95,00 95,25 95,65 97,62 98,30 98,66 98,16 98,45

    Obs.: R-69, R-186 e R-212 sao biotita-hornblenda granitos. Tabela 7a t Fonrulas estruturais para biotita, baseadas rn 22 atnrot do oxt'|«nto Amostra R-69 R-186 R-212 Grão X 1 1 1 1 1 1 1 Ponto 1 2 1 2 3 1 2 3 Si 5,68 5,70 5,36 5,55 5,48 5,68 5,62 5,55 Al(IV) 2,32 2,30 2,55 2,45 2,52 •2,30 2,32 2,36 Sonaítet.) 8,00 8,00 7,91 8,00 8,00 7,98 7,94 - 7,91

    A1

    Í 0.9 -

    0.8

    0.7 -

    0.6 —

    + 0.5 -

    £ °-« # Biotitas de Meruoca 0.3 OBiotitas de Mocambo 0.2

    0.1 —

    1 1 1 1 2.0 2.2 2.6 3.0 3.4 3.8 4.0

    AtOTOS de Al / 22 oxigênios Flogopita Eastonira

    Fig. 8 : Diagrama A] versus Fe/(Fe + Mg) para biotitas dos batolitos'de Meruoca e Mocambo.

    * 77

    a soma dos cations de coordenação doze, ou seja. Ca. Na e K jproxxma-se do nôxnero ideal 2,00; no caso da amostra R-186, a soma è significantemente mais baixa do que 2.00.

    Hones e Eugster(1965) determinaram experimentalmente a com- posição de biotitas coexistentes com sanidina e magnetata, va- riando as condições de fugacidade de água, fugacidade de oxigênio e temperatura, e sugeriram que biotita cristalizando de um magma pode seguir um "trend" rico em Mg ou rico em Fe, dependendo da fugacidade de oxigênio durante o resfriamento. No caso de um mag- ma sob condições oxidantes, durante sua cristalização e resfria- mento este torna-se saturado em água, reage com esse componente, e perde hidrogênio para o ambiente. Em tal situação, a fugacidade de oxigênio permanece constante ou cresce levemente, havendo pouca mudança ou diminuição na razão Fe/(Fe+Mg) da biotita que cristaliza do magma. 0 produto final desta cristalização incluirá biotita rica em Mg e uma considerável quantidade de magnetita. No caso de cristalização sob condições redutoras, o magma, por causa de seu baixo teor em água, è tamponado ("buffered") pelas assem- bléias minerais anidras. Como resultado final, tem-se uma crista- lização com outros minerais ferromagnesianos e muito pouca magne- tita.

    Análises químicas de biotitas do batôlito da Meruoca indi- cam que estas são ricas em Fe. Isto, juntamente com os baixos teores de água registrados em rocha total, e a escassez de magne- tita, sugere que a maior parte da cristalização neste corpo ieguiu o segundo "trend" proposto, isto é, sob condições reduto- ras. Situações semelhantes foram encontradas por Heinrich (1946)

    • Nockolds (1947), Larsen e Draisin (1948) e de acordo com Wones 76

    « Eugster (op cit.}, esta è a situação mais geral. A química das

    aiotitas da Meruoca, de acordo com resultados experimentais

    (Wones e Eugster, op cit.) para o equilíbrio biotita-sanidi-na-

    «agnetita-gas a 1035 bars de P ., como função de T e

    feMFe+Mg), e à fugacidade de oxigênio do tampão FMQ, fornece

    tea-peraturas em torno de 69O°C (tabela 8). Estas temperaturas

    »So consistentes com aquelas encontradas através do geotermômetro

    dos feldspatos, considerando-se que biotita é uma fase cristali-

    zada tarde nestas rochas.

    Tabela 8. Temperaturas estimadas para a cristalização de biotita

    Amostra Média Fe/(Fe+Mg) em biotita Temperatura aproximada

    R-69 0,92 690

    R-212 0,92 690

    R-186 0,94 680

    Como Wones e Eugster (1965) enfatizaram, a fugacidade de oxigênio é provavelmente uma das variáveis mais importantes de se definir, pois ela influencia pontos de fusão, viscosidade, fe- nômenos eruptivos e grau metamórfico. Uma vez que se estime Tea fugaciddae de oxigênio, biotitas podem fornecer estimativas da fugacidade de água. Rutherford (1969) e Wones(1972) indicaram que

    • estabilidade de biotita è controlada por uma reação de oxida-

    2 + 1/2 02 = 3g 34 j A equação abaixo (Wones, 1972) foi sugerida como a expressão analítica relacionando a composição de biotita, fugacidade de exi9*nio e de água :

    74O9/T + 4 25 + 31 x iO a lo< a log fH2O- ' °* " 9 KAlSi3O8 " > Fe3O<

    • l/21og fQ2 (D Como a amostra R-69 ê a ânica onde magnetita e ilmenita

    coexistem e , portanto, a fugacidade de oxigênio pode ser esti- cada* foi escolhida para calcular-se íH2o durante estágios finais de cristalização.

    Con a finalidade de fazer-se este cálculo aproximado, assu- miu-se que magnetita è uma solução ideal de tal forma que a

    fração molar de magnetita pode ser substituída por sua atividade.

    Para feldspato potássico, as atividades estimadas por Walbaum e

    Thompson (1969) foram usadas e para biotita, a fração molar dos sítios octahédricos por ferro ferroso (Wones, 1972,). Temperatu- ras de equilíbrio estimadas a partir dos minerais oxido de ferro coexistentes (72O°C) e log fO2 de 10 foram utilizadas, fornecen- do um valor de log fO, de 3,5. d)Pe-olivina (faialita): Somente seis análises de olivina prove- nientes de duas rochas apenas, foram analisadas por microssonda eletrônica (tabela 9). Olivinas são uniformes em composição, dentro de um mesmo grão e de grão para grão. Alto teor em Fe, baixo Mg e baixo Mn são as principais características. Sua compo- sição, em torno de Fag5, juntamente com relações texturais, sugere que esta cristalizou diretamente do magma, não tnedo sido atingida por alteração deutérica. e> Minerais oxido de ferro : Vinte análises por microssonda de cinerais oxido de ferro são encontradas na tabela 10. Ilmenita,

    Que è muito mais comum do que magnetita, mostra-se como cristais 9 t Analistas representativas de ollvína (fninllta), IwitoHto r

    Mineral Ilmenita Magnet. llimnlta Anostra R-69 R-228 R-69 R-273 R-186 Grao 1 2 2 1 1 1 2 2 1 1 1 1 1 2 3 1 1 1 2 3

    Ponto 2 1 2 1 2 3 1 2 1 1 2 3 5 1 1 1 2 3 1 I MgO 0,06 0,03 0,03 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,01 0,01 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,01 0,00 0,00 0,00 0,0C A12O3 0,81 0,67 0,28 0,06 0,07 0,07 0,08 0,15 1,13 0,11 0,14 0,13 0,16 0,42 0,13 0,16 0,14 0,14 0,16 0,19 Ü02 47,99 49,13 49,30 49,30 49,75 49,05 49,76 <9,72 11,78 51,75 51,32 51,66 51,55 51,33 51,99 50,72 50,02 50,02 50,15 50,50 MnO 2,27 1,01 1,14 0,72 0,78 0,78 1,31 1,28 0,60 0,96 1,05 1,22 1,02 1,10 1,11 2,13 2,36 2,U 2,12 2,23 Pe2O3 3,59 2,07 2,62 3,79 3,70 3,91 3,79 4,17 41,73 3,32 3,22 3,38 2,87 3,81 3,40 4,25 4,73 4,02 4,53 4,42 BeO 40,75 43,09 43,23 43,54 43,88 43,25 43,35 43,34 40,17 45,53 45,09 45,22 45,32 45,04 45,62 43,45 42,59 42,69 42,95 43,14 Cr2O3 0,05 0,05 0,04 0,03 0,05 0,06 0,04 0,04 0,03 0,02 0,02 0,01 0,01 0,02 0,04 0,01 0,01 0,01 0,02 0,01 •tot. 95,50 96,05 96,53 97,47 98,27 97,16 98,37 98,74 95,5 101,5 100,8 101,6 100,9 101,7 102,3 100,7 99,85 99,Ol 99,9 100,49

    % Molar hematita ulv-sp. hematita

    34444 35 4 34

    Ote.: R-228 e R-273 sao faialita-hornbLenda granitos R-69 e R-186 sao homblenda-biotita granitos S2 alongados com hábitos algumas vezes idiomorficos, representando

    -jsa fase cristalizada cedo. Magnetita ê muito rara e somente um qrâo foi analisado. Geralmente, ocorre como grãos secundários, aão homogêneos, resultantes de oxidação de faialíta ou de reações envolvendo biotita.

    Ferro total, determinado por microssonâa como FeO, foi des- membrado em Fe e Fe , usando-se o método de Finger (1972).

    Esta è apenas uma aproximação, porém è considerada como o melhor procedimento para recalcular análise por microssonda de minerais oxido de ferro.

    Ilmenita mostra composição média em torno de Hm.Il_, suge- rindo baixo estado de oxidação durante os estágios iniciais de cristalização, o que è confirmado pelos seus teores de Mn, geral- mente baixos. Quando ilmenita se forma num ambiente oxidante,

    Fe + è parcialmente transformado em Fe deixando espaço para

    átomos de Mn entrarem na sua estrutura (Mihalik et alli, 1970).

    h análise de magnetita (R-69) mostra baixo Mn, e Ti relati- vamente alto. O teor de Al ê também baixo o que está em conso- nância com cristalização a baixa pressão de acordo com Frisch e

    Wright (1971). Se o geotermômetro dos ôxidos de ferro e titânio

    (Buddington e Lindsley, 1964) è aplicado a magnetita e ilmenita eoexistentes na amostra R-69, obtem-se uma temperatura magmática de 720 C e uma fugacidade de oxigênio de 10 atro (as rochas com

    •egirina provavelmente cristalizaram sob fugacidade mais alta).

    Iftto representa somente uma estimativa aproximada da verdadeira temperatura de equilíbrio e fugacidade de oxigênio, se for consi- derado que aqueles autores calibraram tal geotermômetro para um tistema contendo somente ferro, titânio e oxigênio, e não está claro como os outros componentes devem ser tratados.

    A temperatura obtida a partir dos minerais oxido de ferro concorda com as determinadas a partir da composição de biotita na

    «essa rocha (700° O e o coeficiente de distribuição de Mn entre

    llm mt ait rlaí ragnetita e ilmenita *d * (FeO x Mn0 )/(Pe0 x Mn0 ) (Hazzulo et alii, 1975) que é de 0,430. isto ê, compatível com ura temperatura de 700°C. Feldspatos coexistentes na mesma rocha forneceram temperaturas de 870 e 84O°C como anteriormente mencio- nado. Isto sugere que a temperatura fornecida pelos minerais oxi- do de ferro e biotita representam a temperatura de cristalização final e implica numa longa história de cristalização, em ambiente epizonal.

    Stormer e Whitney (1985) propuseram que através de tempera- turas de equilíbrio obtidas independemente a partir de composi-

    ções de feldspatos e de minerais oxido de ferro, pode-se estimar a pressão sob a qual um plutão foi posicionado. Entretanto, com os presentes dados, aplicando-se a equação proposta por esses autores, obtem-se ora pressões negativas, ora pressões mais altas do que as esperadas. Isto indica que as temperaturas obtidas por ambos os métodos, ou pelos feldspatos, não correspondem à tempe- raturas magmàticas. Portanto, as pressões calculadas não corres- pondem à pressões em que estas fa-ses estiveram em equilíbrio.

    6.3. Batôlito de Mocambo-Carnutim

    Três amostras representativas do batôlito de Mocambo foram

    *'«alisadas por microssonda. A maioria das análises totalizou

    do erro aceitável para análises por microssonda (+ 2%). Algumas análises fora* repetidas para se verificar a precisão dos

    resultados. • ifeldspatos: feldspato potàssico e plagioclàsio coexist.ent.es

    'oram analisados en 3 amostras do batôlito de Mocambo. O aesac

    procedimento analítico usado para os feldspatos da Meruoca foras

    4tjXiiados para os de Mocambo. A naioria das análises somou entre 98 e 102% e os resultados são encontrados na cabeia 11. A figura

    9 sunariza os dados para o batôlito de Mocambo na base de análi-

    parciais de Ca, Na e K assumindo-se estequiometria. Plagio-

    mostra uma variação total de Abg. 76Or3 29*n32 95 a

    *í>8O,6OOr4,53An14.79 e ««"«P-*» potássico de a Ab,c «.Or,, oi An. . .. Como um todo» os feldspatos de Mocambo 33,94 O£r7l Á,J.4 aos tram uma maior variação do que os da Meruocá. Una vez maisr aplicou-se a geotennometria dos feldspatos, combinando Stormer

    (1975) e Whitney e Stormer (1977a) para as análises listadas na tabela 11. A temperatura de equilíbrio entre os feldspatos variou de 850 a 585° C (tabela 12). Para isto, análises apropriadas na tabela 11 foram consideradas, e médias de temperaturas obtidas usando os modelos de distribuição de NaAlSio0o para microclina e sanidina-albita alta. A tabela 12 sumariza as temperaturas esti- cadas nas condições acima. Uma vez mais, deve-se enfatizar que aquelas temperaturas representam somente uma estimativa mínima considerando uma provável perda do componente albita pelo feldspato potássico. b)Anfibòl a: geralmente encontrado como mineral intersticial, xenomôrfico, hornblenda mostra, em alguns casos, alteração para

    çrunnerita e intercrescimentos simplectiticos. Onze análises de hornblenda por microssonda são encontradas na tabela 13. Fórmulas -V^-Ja 21 J 1 nr-rs I » .V» • ) Fase n»olocu].*r SCf-V\ (fonrjln) Ab Or An Ab/Or/An Quartzo sienito (MC-16) Plagioclasio núcleo 63,76 3,29 32,95 100,93 interm. 65,21 3,81 30,98 102,04 bordo 80,68 4,53 14,79 101,89 Feldspato potass ico Ab 'Or An bordo 26,08 72,79 1,12 99,80 44,98 55,02 0,00 bordo 9,13 90,63 0,24 98,43 núcleo 25,03 74,13 0,85 100,15 Biotita-homblenda granito (MC-60) Plagioclasio Grão 1 : bordo 75,65 3,04 21,32 102,34 interm. 65,55 2,69 31,76 102,27 bordo 70,87 2,58 26,55 101,48 Ab Or An Grão 2 : 39,40 45,23 15,37 núcleo 80,11 2,08 17,81 101,11 Feldspato potass ico bordo 20,50 79,27 0,23 100,07 bordo 17,28 82,34 0,38 100,54 núcleo 29,32 70,14 0,54 101,08 Homblenda-biotita granito (MC-69) Plagioclasio núcleo 68,73 3,55 27,72 101,48 interm. 72,52 4,26 22,22 103,30 bordo 72,93 3,61 23,46 102,63 Feldspato potassico Ab Or An núcleo 35,94 62,91 1,14 99,85 43,61 42,07 14,33 interm. 34,52 64,77 0,71 100,66 bordo 33,99 65,32 O,69 99,21 Tatx*lA 12 t T»i?ífw«rntura de cristalização ostirn.vl.i A partir dt» fi«M".j.i».<*i rf>«x»*ir.-í)»»-i no u*

    Temperatura em C

    Amostra X X Sanidina Microclina Media Ab,Kf Ab,Kf 1 kbar 1 kbar

    MC-16 núcleos 0,25 0,63 680 780 730 700 bordos 0,26 0,80 580 680 630 * 550

    MC-6O núcleos 0,29 0,80 620 720 670 580 bordos 0,19 • 0,75 550 620 585 500

    MC-69 núcleos 0,36 0,68 780 920 850 740 bordos 0,34 0,73 690 820 755 730

    P (kbar) = 1 + T (oxido) - T (feld, 1 kbar) / 18 (Stormer e Whitney, 1985) l.i l):

    Amostra M>16 MC-60 M>«9 Grão 1 1 1 2 2 2 1 1 1 l 1 Ponto analis. 1* 2 3 1 2* 3 2* 3 1 2* 2 SiO2 42,59 42,42 42,15 41,38 41,55 41,60 41,12 38,82 41,51 40,78 41,13 A12O3 8,41 8,49 8,62 8,36 8,62 8,90 7,99 8,21 7,93 8,94 9,16

    Pe tot. corro FteO 28,07 28f77 27,82 31,16 28,47 29,97 29,78 30,74 32,11 31,25 31,01 MgO 6,86 6,73 6,40 4,14 5,74 4,71 3,57 3,38 3,72 3,45 3,60 CaO 10,24 10,16 10,01 9,91 10,09 9,96 9,75 10,05 10,04 9,98 10,07 Na20 2,19 2,10 2,17 1,91 2,17 2,18 2,01 2,12 2,20 2,29 2,20 K20 1,65 1,65 1,58 1,45 1,59 1,59 1,96 1,61 1,62 1,57 1,57

    1102 2,07 2,12 1,85 1,93 2,18 1,85 1,58 1,85 1,63 1,68 1,69 MnO 0,28 0,24 0,29 0,47 0,29 0,33 0,31 0,37 0,42 0,42 0,44 Total 102,42 102,74 100,93 100,77 100,75 101,13 97,90 97,20 101,22 100,40 100,90

    Nôcleos dos grãos Danais análises, bordos dos grãos T\t»*i.» 13.1 t Pôrmul.i* mi nor •» is pnra anfibrtlion do hntdllto df> Mncwntn (hisi^lvt w\ 21 MIIUM *\*

    /rostra MC-16 M3-6O Grão 1 1 1 2 2 2 1 1 1 1 1

    Ponto analis. 1 2 3 1 2 3 2 3 1 2 3 Si 6,45 6,41 6,48 6,46 6,43 6,46 6,67 6,34 6,51 6,44 6,44 Al(IV) 1,50 1,51 1,56 1,54 1,57 1,54 1,33 1,58 1,47 1,56 1,56 Scxna (tet.) 7,95 7,92 8,00 8,00 8,00 8,00 8,00 7,92 7,98 8,00 8,00

    Al (VI) 0,00 0,00 0,04 0,00 0,01 0,09 0,19 0,00 0,00 0,11 0,13 Fe 3,17 3,21 3,23 3,74 3,36 3,56 3,76 3,90 3,88 3,82 3,77 Mg 1,55 . 1,52 1,47 0,97 1,33 1,09 0,82 0,82 0,87 0,81 0,84 Ti 0,24 0,24 0,22 0,23 0,26 0,22 0,19 0,23 0,19 0,20 0,20 Mn 0,04 0,03 0,04 0,06 0,04 0,04 0,04 0,04 0,05 0,06 o,r< Sana ( M1-M3) 5,00 5,00 5,00 5,00 5,00 5,00 5,00 5,00 5,00 5,00 5,00 Ca 1,66 1,64 1,65 1,66 1,68 1,66 1,70 1,76 1,69 1,69 1,69 Mn 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 Fe 0,39 0,43 0,35 0,33 0,33 0,34 0,29 0,31 0,33 0,31 0,29 Na 0,00 0,00 0,00 0,01 0,00 0,00 0,01 0,00 0,00 0,00 0,00 Sana (M4) 2,05 2,07 2,00 2,00 2,01 2,00 2,00 2,07 2,02 2,00 2,04

    Na 0,65 0,62 0,65 0,57 0,65 0,66 0,62 0,67 0,67 0,70 0,67 K 0,32 0,32 0,31 0,29 0,32 0,32 0,40 0,34 0,33 0,31 0,31 ! Sana (A) 0,97 0,87 0,96 0,86 0,97 0,98 1,02 1,01 1,00 1,01 0,98 r.nerais foram calculadas seguindo o mesmo procedimento adotado tvjra hornblendas io batôlito da Meruoca.

    Estes anfibólios sào omito ricos em Fe, mostram baixo Ai e

    «Ito Ti, e correspondem a anfibólios tipicamente calciferos. 5ua

    è próximo àquela de ferronastingsita, ãe acordo ccx

    (op. cit.)r exceto que elas mostram mais baixo Al e são sais ricas em Na e Ti. Segundo a classificação de Leake (1978) estes anfibólios são hornblenda hastingslsitica magnesiana (fig.

    é). O alto teor de Ti em anfibólios deste tipo é provavelmente conseqüência de uma cristalização a alta temperatura, como já VI mencionado. Seu teor em Al , baixo a ausente, sugere cristali- zação a baixa pressão, consistente coro um posicionamento epizo- nal, numa maneira semelhante ao do batôlito da Meruoca.

    Na figura 7, Al total uma vez plotado contra Al gera, a- parentemente, um "trend" positivo, no campo dos granitôides setr epidoto (Hammarstron e Zen, 1986). Pressões obtidas pelo geobarô- r.etro empírico de hornblenda (Hammarstrom e Zen, op. cit., modi- ficado por Hoilister et alii, 1987) entre 3,5 e 4,5 kbar são mais altas do que se esperaria para plutões epizonais. Como já mencio- nado antes, isto resulta da divergência entre a composição média deste batôlito e as composições para as quais Hammarstron e Zen

    (op. cit.) propuseram seu geobarômetro. c) Biotita: este mineral é mais abundante no batôlito de Mocambo do que na Meruoca, com concentrações modais entre 2 e 11 %.

    Dezessete análises por microssonda foram realizadas e os resulta- dos com as fórmulas minerais, são encontrados na tabela 14. Nâo foram analisados Rb, F, Cl e H20. Como. as biotitas do batôlito de 14t A/^Hr.«ri tj\»ímici\n ti»> biotlt.i tio

    Anostra MC-16 MC-6O «C-69 Grão 1 122233311122.2111 Ponto analis. 1* 2* 1* 2* 3* 1 2* 3 1 2* 3* 1* 2* 3* 1 2 3 SiO2 35,08 35,00 35,33 35,63 34,79 35,42 34,99 34,74 35,07 34,87 34,99 35,22 35,05 34,05 35,68 35,70 35,77 A12O3 12,98 13,38 12,65 12,54 12,64 13,02 13,69 13,03 12,49 12,09 12,08 12,36 12,53 12,52 12,15 12,29 12,13 FteO (Fe tot) 31,92 32,77 35,56 34,80 35,80 35,13 34,08 34,05 38,51 37,86 38,55 33,73 34,9-3 34,15 33,21 34,20 33,31 MgO 5,35 5,64 3,97 3,93 3,88 4,81 4,23 4,13 2,92 3,06 3,05 4,60 4,75 4,42 4,97 4,93 5,08 CaO 0,04 0,23 0,00 0,00 0 ,01 0 ,06 0,04 0,04 0,02 0,01 0,03 0 ,19 0,00 0,04 0,00 0,01 0,05 Na2O O,O9 O,O7 0,24 0,22 0 ,16 0,10 0,23 0,21 0,11 0,13 0,13 0 ,12 0,17 0, 17 0,26 0,24 0,22 K20 9,15 9,07 9,62 9,63 9 ,59 9 ,18 9,34 9,33 9,67 9,49 9,62 9,76 9,90 9, 87 9,68 9,96 9,86 TiO2 3,84 4,09 4,31 4,32 3,81 3 ,40 3,72 4,19 3,11 4,00 3,89 4 ,04 3,91 3, 77 4,14 4,07 4,16 MnO 0,21 0,20 0,30 0,29 0,30 0 ,27 0,23 0,27 0,30 0,28 0,26 0,18 0,16 0, 15 0,21 0,26 0,20 Total 98,69 100,5 102,0 101,4 101,0 101,5 100,6 100,0 102,2 101,8 102,9 100,2 101,4 99,2 100,5 101,7 100,82

    * Nòcleo dos grãos Demais análises, bordos dos grãos Q vo CD VO 4? CC 8 s o*o CM rx. O-» o o vC -• o OCM

    VC eM p vO r«- • CM CD c O Ot 8S CM •n CM r» O-w o H o vO o OCM m vr O vo Ot « CM C "i ? o C S£ CM O-» o H o VO ~« o OCM

    VO C #n 8^ 8383 CM as CM r» O-» o - o vc CM o OCM

    Ok o O Q \O vo o MT t 3 O» CM O in 338 z •n CM O*r O r-i o VD r-l o OCM

    CO VO C» CM in en CD 8$ 5õ8 O at 8 OO m CM r- O<» o H o VD r-l o OCM

    CD at r» O rH CM r-i r» CM r- 885 8 CM a» 3 O o» m CM r» O to o o o VD H o OH

    CM m r-i 8 CM a» 3 8£ CM m 88 m Om o o o VO r-l o OH c o r«» VD 00 en Or- 52 . en CD 32 a> O O o* 5» m «"• Oio O O o VO •-i O OH

    en tO CD Q en o oo Os tn MT O* O m 00 3$ m 83 8 to CM O** O O o VO r-l O OH O CM 00 vp at 00 Mf 8 Ov T a» 8 538 c CM m o\ lO CM CO O + O O o vo H o OCM

    O Q at o en en IO en m at O .-1 CD 8 O CD en m CM I- O<* o r-l O VD H o OH

    m m Q eo IO r-l en gm CD Or» 3 r-l at 888 vo CM a» lO Ov O O O vD r-l o OH

    »n Q oo H CM r-l VD en a» 8 O £85 CM CM O to m a« in CM O v O O o VO H o OH

    en en vo Q m CM r-l Q o* m en CD m 8 r-l o O o* CM O VD at tn CM O v O O o VD r-l o OH

    oo CD OO CD CM * O *n en 83 3 335 CM in CM r» O* O H o VD o OH

    O o IO 8 OCM 8 8 So83s> m CM 00 O V Q © vo r-l o OH

    0) •ft H 10 § *« 4J <* tr a IQ | Ç | M I O I 'H 19 I £ I 10 92 i, as biotitas de Mocambo são muito rxcas em ferro (anni- t£>t levemente titaniferas, com baixo Al e geralmente não mostram kl octahòdrico. Não há uma variação sistemática entre Al e fe/(Fe+Mg), como visto na figura 8, onde um "trend" sub-horizon- tal foi obtido, e está esc excesso com respeito a K + Na . Não há vjriaçâo significativa entre seu Al* , Ti ou Mn. Sua razão jFc*Mn)/(Fe+Mn+Mg) varia de 0,76 a 0,88.

    Exceto para duas análises, a soma dos câtions de coordenação IV •etraèdrica Si e Al é menor do que 8,00. Como a soma dos ca- tions em coordenação octaèdrica, exceto numa análise, è maior do que 6,00, suspeita-se que Fe está parcialmente em coordenação tetraêdrica. Na maioria dos casos, a soma dos cations em coorde- nação doze. Ca, Na e K aproxima-se do número ideal 2*00.

    A presença de annita, hornblenda hastingsitica e a escassez de magnetita sugerem que a cristalização do magma de Mocambo se- guiu o segundo tipo de "trend" proposto por Won ti. e tu^ster

    (1965) isto è, sob condições redutoras, de uma forma semelhante a cristalização do batôlito da Meruoca.

    Usando a química das biotitas de Mocambo e os resultados ex- perimentais de Wones e Eugster (op. cit.) para o equilíbrio biotita-sanidina-magnetita-gas a 1035 bars, como função da tempe- ratura e Fe/(Fe+Mg> a fugacidade de oxigênio do tampão FMQ, cbtèm-se temperaturas indicadas na tabela 15.

    Estas temperaturas sSo semelhantes, levemente mais altas ou levementes mais baixas do que as obtidas pela composição dos

    •eldspatos coexistentes. Como na maioria das vezes biotita cris- talizou concomitantemente com os feldspatos neste batôlito, estas temperaturas são consideradas uma boa estimativa das temperaturas 93

    cristalização.

    15. Temperaturas ootidas com a química de biotitas (Mocambo).

    Media Fe/(Fe+Mg) na Temperatura aproxi- biotita mad a em C

    KT-6O 0,88 700 içrâo 1) >C-60 0,82 710 (ãrâo 2) >C-69 0,79 720 igrao 1) -C-16 0,77 730 (grão 1) >C-16 0,82 710 (grão 2) KC*16 .0,82 710 {gráo 3) A fugacidade de água não pode ser estimada com os dados disponíveis, desde que magnetita não foi analisada. i) Minerais oxido de ferro : Quinze análises por microssonda

    «•letrônica de ilmenita são encontradas na tabela 16. Magnetita é rui to rara a ausente. As análises de ilmenita foram recalculadas pelo método de Finger (1972) para permitir a determinação das composições dos membros finais da solução sólida ilmenita-hemati-

    Ilmenita mostra composições variando de Hm.Ilgg a HITI-II^QQ, O

    -ÍUÇ atesta um estado de oxidação muito baixo durante os estágios miciais da cristalização, confirmado pelo seu baixo teor em Mn.

    £* todos os grãos analisados, Al è também muito baixo.

    0 desconhecimento da composição da magnetita que pode even-

    íj«lit»cnte ter coexistido com ilmenita, impede estimar-se a fuga-

    de oxigênio a partir das composições dos minerais oxido la 16 : ArvMineíi r«.»pjrfr»«.Y»tatíva3 de ilm^nit* do tntôlito de hVxwtoo, outi'lm jxjr

    Anostra M2-16 MC-6O r- l GrSo 1 2 2 3 3 4 1 1 2 3 4 5 6 7 Ponto anal. 1 2 1 2 1 2 1 1 2 1 1 1 1 1 1 MgO 0,00 0,00 0,00 0,00 0,01 0,01 0,01 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,02 0,00 A12O3 0,10 0,12 0,17 0,12 0,13 1,44 0,22 0,10 0,14 0,33 0,16 0,11 0,11 0,12 0,10 TiO2 51,84 51,17 51,59 51,50 51,97 52,02 52,48 52,55 52,30 52,55 52,40 52,48 51,56 52,10 53,23

    MnO 1,73 1,74 1,69 1,71 1,94 1,93 2,00 1,88 1,90 1,78 1,41 1,52 1,42 1,58 1,64 Pe2O3 2,16 3,00 2,79 2,49 2,30 1,89 0,96 0,00 0,12 0,00 0,00 0,00 1,17 0,00 0,00 FeO 44,86 44,24 44,67 44,57 44,75 44,80 45,15 45,23 45,10 44,76 45,56 45,46 44,92 45,11 45,54

    Cr2O3 0,01 0,01 0,03 0,00 0,00 0,00 0,01 0,01 0,00 0,00 0,02 0,02 0,03 0,00 0,05 •total 100,70 103,26 100,94 100,39 101,10 102,09 100,83 99,77 99,56 99,42 99,55 99,58 99,21 98,93 100,56 MD1% Henatita 2 3 33 32 1010001 0.0 95 j,» ferro. Entretanto, uma òaixa fugacidade è prevista, se levado t$ consideração a química de ílmenita, escassez de naonetita e «resença de silicatos mâficos ricos era Fe. Utilizando-se as ieTperaturas máxima e mínima somo determinadas pela química dos jfldspatos coexistentes e a curva tampão FMQ, obtém-se, como uma Timeira aproximação, uma fugacidade de 10 " a 10 * atm. 7. ISOTCPOS DE OXIGÊNIO. HIDROGÊNIO E ENXOFRE

    Keste trabalho, estudou-se as composições isotôpicas dos

    ,,-ôlitos da Keruoca e Mocambo e dos diques a oeste da Heruoca

    3^-} tentativa de usá-las COMO indicadores de soa gênese. Dentre

    si dois batôlitos, o da Heruoca teve o maior número de amostras analisadas. O conjunto de diques a oeste do batòlito da Meruoca e

    .uas metamôrficas* de baixo grau do Grupo Ubajara foram também

    analisados» estas últimas para avaliar-se o quanto poderiam, por

    assimilação, influenciar os magmas em quêstio.

    Como proposto por 0'Neil et alii C1977), isòtopos de oxigê-

    nio em rocha total podem fornecer um dos critérios mais signifi-

    cativos na distinção dos granitos dos tipos I e S. Geralmente os

    sranitos do tipo S (fonte sedimentar) exibem *0 «ais alto do que 10,0 permil, enquanto que nos granitos do tipo I (fonte ig-

    nea), granitos "normais", este valor varia de 6 a IO,O permil

    (0'Neil et alii, op. cit.) Além desta importante ferramenta na distinção dos granitos derivados de fonte lgnea daqueles formados por anatexia de fontes sedimentares (principalmente pellticas), esses autores fizeram observações que podem ser usadas para des- vendar a gênese de um corpo granlticos: 18 a) rochas de baixo grau de metamorfismo mostram variaçlo de AO de 10 a 20 permil, enquanto rochas de alto grau têm estes valores

    no intervalo de 12 a 15 permil. Como geralmente zonas de formação

    àe magmas graniticos são encontradas em rochas de alto grau, os 18 sagmas teteriar m valores de AO mais baixos do que os sedimentos originais. 18 Valores de AO dependerão do grau de fusão e do fracionatnento

    96 • 97

    *e Ol8/016 entra a fusào e o resíduo retratário- 0 magma grani- co ^o tipo I seria mais rico em óo**" do que o protôlito, en- - *nto magma do tipo S seria grosseiramente igual ou menor ão que

    * 8 *i AS rochas mais máficas têm um 60x mais baixo do que as mais * físicas (leucogranitos do tipb I mostram valores mais altos de í 0^ do que os granitos do tipo I mais màficos).

    Trinta e três amostras do batólito da Meruoca foram selecio- nadas para estudos de isòtopos estáveis, cinco amostras do cjitôlito de Mocambo e oito dos digues a oeste da Meruoca. Os critérios de seleção incluiram tipo petrográfico, grau de intemperismo da amostra e distribuição geográfica no batólito. para evitar a possibilidade de um "bias" da composição, durante a separação de minerais, métodos baseados na susceptibilidaàe raanètica foram evitados. Desde que as amostras eram todas de sranulação grosseira, a separação mineral foi feita por catação, após peneiramento. Cada grupo de mineral separado sofreu uma dupla inspeção microscópica para verificar sua pureza, os grãos nxtos tendo sido abandonados. Isòtopos de hidrogênio são menos importantes na distinção dos protôlitos de magmas graniticos. Entretanto, seu uso, combinado com o de isòtopos de oxigênio, pode melhor esclarecer o problema de interações de rochas graniticas com água meteôrica. Apenas rochas da Meruoca foram analisadas para isòtopos de hidrogênio (13 amostras de rocha total e 9 de biotita).

    Eínbora alguns autores achem que isòtopos de enxofre em ft-lfetos associados com granitos podem fornecer informação **bigua (Coleman, 1979), Sasaki e Ishihara (1979) propuseram que 98

    de enxofre em granitos podem ser ainda melhor discrimi-

    nates de sua fonte do que os isôtopos de oxigênio. Uma amostra

    *M Meruoca e duas de Mocambo foram analisadas para isôtopos de «-.xofre. 99

    7.1. Técnicas analíticas

    Extrações cie oxigênio de rocna total e minerais separados

    «oram realizadas por reação com pentafluoreto de brorno de uma

    • orrr.a semelhante à descrita por Clayton e Mayeda (1963). As jrostras foram deixadas numa caixa seca ("dry box") por 12 hc.as com pentôxido de fósforo como agente desidratante, e então carregadas nas bombas de níquel dentro da caixa seca. Somente no caso de quartzo, as bombas foram prè-fluorinadas. As amostras reagiram com pentafluoreto de bromo por um período de 12 horas, em torno de 600°C. 0 oxigênio foi convertido para CO. por reação com um bastão de carbono e este gás foi então analisado num espectrOmetro de massa duplo coletor. As técnicas utilizadas para extração de hidrogênio sâo semelhantes às descritas por Godfrey

    (1962). A amostra apôs "degassing" durante a noite sob alto vácuo a 200°C, foi aquecida a 800°C para liberar hidrogênio e água.

    Água foi convertida para hidrogênio passando-a através de urânio a 600° C, e o hidrogênio total obtido foi analisado no espectrô- metro de massa. Utilizou-se o laboratório de isôtopos estáveis da

    Universidade do Texas em Austin, Estados Unidos, durante a pri- meira fase de análises. Durante uma segunda fase, fez-se uso do laboratório de isôtopos estáveis da Universidade da Georgia, em

    Athens, Estados Unidos, utilizando-se flúor em lugar de penta- fluoreto de bromo como reagente para análises de oxigênio. 18 16 Os valores de 0 /O e D/H são aqui apresentados utilizan- do-se a notação convencional relativa ao padrão SMOW ("standard ire an ocean water"). Algumas poucas análises foram feitas em du- plicata. Diferenças de 60 entre minerais coexistentes A e B sSo 100

    --«sentados como A, definido comor^, _ * lOOOlna =õ -^B»

    ê 18 16 i8 16 .-.i*«A-B 'O /0 )A/(0 /O ;3. Noventa e nove análises de xsôtopos de oxigênio, incluindo .-ria total, quartzo, feldspato, biotita e hornblenda, bem como •?<:« anâlises de D/H em rocha total, e nove em biotita foram ítidas no batôlito da Meruoca. Cinco amostras do batólito de «ccar.bo e nove dos diques a oeste da Serra da Meruoca foram tam- per, analisadas. Para as análises de isôtopos de enxofre utilizou-se o mé- toáo descrito por Sasaki et alii (1979), um processo pelo qual «pôs o ataque da amostra com o reagente Kiba (ácido fosfôrico *»tanhoso), o enxofre è extraído como sulfeto de hidrogênio e roRteriormente transformado em sulfeto de prata. Apôs esta pri- fase, o sulfeto de prata è submetido a combustão na presen- sa de Cu-O, a 8OO°C, liberando SO» e outros gases (Robinson e

    , 1975). Estes contaminantes são posteriormente elimina- los durante a fase mais avançada da extração de S0_, que è então analisado num espectrômetro de massa duplo coletor. 34 32 Os valores de S /S são apresentados segundo a notação ;onvencional relativa ao padrão CDT ("Caffon Diablo troilite"). Devido ao baixíssimo teor de enxofre das rochas da Meruoca e «ocambo, o que requer um tempo bem mais prolongado e maior quan- * idade de amostra para a reação com a solução Kiba, apenas uma •«ostra do batôlito da Meruoca e duas de Mocambo foram analisa- 101

    7.2. Isótopos de oxigênio no batòlito da Meruoca

    Os dados de isôtopos de oxigênio em amostras de rocha total

    iia 17) revelam uma padrão grosseiramente concêntrico (figura

    %i) centrado no local onde ocorrem diques e derrames de basaltos ** ft j?ntro do batòlito da Meruoca. O valor de £0x aproxima-se de pcrmil no centro diminuindo para a periferi18 a para valores mais 'normais" de granitos do tipo I (60 = +7 a +8 permil). Um padrão 18 concêntrico onde &0 é mais alto no centro è precisamente o o- posto do observado por Forester e Taylor (1977) no complexo Ter- ciârio da ilha de Skye. Estes resultados peculiares superpõem-se aos intervalos de variação para os granitos dos tipos S e I, e por si só não podem fornecer uma resposta definitiva para a ques- tão da origem do magma que gerou o granito da Meruoca.

    Taylor e Epstein (1962) mostram que normalmente há uma dimi- nuiçâo nos valores de 01 8 de uma determinada substância com o decréscimo no seu teor em silica, fato relacionado com a força de ligação ("bond strength") e concomitante tendência de concentrar 18 0 em ligações Si-0 em relação a ligações M-0. Este tipo de cor- relação não è encontrada no batòlito da Meruoca, como se pode ob- tervar na figura 11, provavelmente devido a modificações posteri- ores das composições originais. A possibilidade de que o padrão observado esteja relacionado à variação sistemática no tamanho dos grãos das rochas analisadas e sua distribuição geográfica dentro deste plutão, è eliminada pela constatação que porções re- siduais finamente granulares do teto ("roof zone") do batòlito

    «Jo distribuidas de uma forma assistemática. 102

    GaruOEiçOes isctôoicas de oxiaênio e niárcxjínio sn rocha total, no Ca tá li to da Meruoca, Mocamao e diques a oeste da Meruoca.

    3D Fippm) S7IL0 tipo petro- grafico a) Henjoca (dados obtidos em Austin. Texas)

    +6,90 -59 n.d. Bi-çranito ••:? •8.90 -89 n.d. - Bi-granito »- 3. +8,41 -64 0,12 0,24 Bi-hbl-granofi re +11,65 -76 0,06 0,55 Bi-hbl-qz-sienito

    1 •* .* +8,89 — n.d. - Bi-granito .__ .-_> +9,16 - n.d. - Bi-granito +8,76 -74 0,22 0,65 Bi-granito +9,23 -76 0,18 0,24 Bi-granito +8,52 -84 0,00 0,00 Bi-granito •177 +8,82 -86 0,15 0,25 Bi-granofiro -ia; +7,63 -80 0,00 0,00 Bi-hol-grani to --;D7 +10,33 - n.d. — Bi-hbl-granito •-•16 +9,92 -84 0,00 0,00 Bi-hbl-granite *-22l +9,86 -82 0,03 0,07 Bi-granito -229 +8,96 -52 0,00 0,00 Hbl-fai-granito :- -240 +8,71 -69 0,00 0,00 Hbl-granito >-277 +9,18 - 0,00 0,00 Hbl-granito

    b)Meruoca (dados obtidos sn Athens, Georgia)

    »-€S +8,99 - 0,14 - Bi-granito >-?D +10,08 - Bi-granito 3-104 +9,89 - Alc-feld-granito •*~125 +9,65 - Bi-granito F-127 +9,60 - Bi-granito v-134 +9,36 - - - • Bi-granito >-136 +9,46 - Bi-granito •i-;3B +10,36 - Bi-granito *-144 +10,69 - Granófiro *-i50 +9,85 - Alc-feld-granito M55 +9,81 - Bi-granito ^-158 +10,01 - Granófiro -160 +9,26 - Hbl-bi-granito *-18l +9,06 - - - • Bi-granito **:;° +9,03 - Bi-granito *-251 +9,47 - Bi-granito 1 '03 17: Continuação.

    c)Mocambo (dados obtidos em Athens* Georgia)

    F/H «Popetro 2° grafico

    +9»8O Hbl-granodiorit.c +9,10 Hbl-bi-granociorxto +9,06 Hbl-bi-granodioritc -*-9,O2 Bi-granodiorito - »C-120 +10,06 Hbl-bi-granito

    Diques a oeste da Neruoca (dados obtidos em Athens, Georgia)

    D-1 +11,10 - Riodacito D-3 +10,71 - Qz-latito D-S +10,58 - - Riodacito D- 7 +10,38 - - Riodacito E>-9 +10,28 - - Riodacito D-13 +10,17 - Latito D-16 +8,54 - Diorito D-23 +9,50 - Latito e) Rochas hospedeiras. Grupo Ubajara (dados obtidos em Austin, Texas)

    AS-1 +12,90 Metassedimentos, Fm, RS-2 +13,8 Coreaú 104

    3jseaão na química de elementos maiores, Shaw (1972) computou

    discriminante (DF) para distinguir o protólito de uir.

    , se igneo ou sedimentar, DF sendo definido como :

    -? - 10,44 - 0,2lSi02 - O.32Fe2O3

    • l,<6Na2O • O,54K20 Shieh et alii (1976) sugerirar. una correlação negativa entre

    I;16 e os valores de DF para o caso de uma suite mixta de rochas tciiwentares e rochas vulcânicas inalteradas. Na figura 12, os

    .j lores de DF para o batòlito da Meruoca foram plot ados contra os 18 ,e 6o de rocha total das mesmas amostras e nenhuma correlação :oi observada.

    (b) Análises de minerais

    Devido ao insucesso em encontrar-se aquelas correlações ge- ralmente observadas em outros plutões usando-se valores de * 0

    «s rocha total, e devido à ambigüidade na distinção de uma origem

    :> ou I para este batólito, tornou-se necessário um estudo do com- portamento isotbpico de suas fases componentes. A principal fina- lidade seria a de se examinar o grau de equilíbrio alcançado en-

    •re minerais e sua retenção, estimando-se também as temperaturas

    •ic formação e desvendando a razão para o padrão concêntrico de- terminado pelos valores de 6o em rocha total.-

    Análises de quartzo, feldspato e biotita (tabela 18) também seram padrões concêntricos centrados algo assimétricamente na á- fca onde o granito foi penetrado por diques de basalto e derrames

    "sociados (figuras 9b, 10a, e 10b). Como feldspato é bem mais

    *>.indante nesta rocha, os valores de 60 em rocha total refletem

    * valores de 6o no feldspato, e consequentemente o padrão ob- r

    km 10

    (a) (b) i a Figi 9: Diagrama esquematlco mostrando locnllzacno He nirmotrn* e 4o em rorhn total(a) e feldspato (b) pnra e» hntollto àa Mírnoca. (b)

    Fin.10: Diagrama eaqucmatico mostrando localixnrno d* amentrnn * 60 tm blotlta (a) 9 quartzo para o batollto dn Mcruorn. 107

    12 lotol ) o 10 o 19 » 8 O •

    6

    5 i 1 1 .i ?0 71 72 73 74 75 76

    S'O2

    .18 Fig. 11 : Diagrama SiO2 vs G0~"; batólito da Me- ruoca. Valores de isõtopos de oxigênio estão em permil. 106

    4 •

    2 Igneo ° Sedimentar -2 va i

    i b. -4 O -6 -

    1 i III i 6 7 8 9 10 II 12 13 14 15 r 118 00 (rocha total)

    Fig. 12 : Diagrama DF vs 601 8 em rocha total (baseado em Shieh e Taylor, 1976). A linha pontilhada separa o campo ígneo do sedimentar. 109

    «ervado em rocha total reflete o padrão exibido pelos feldspatos. 0'Neil et alii (op. cit.) sumarizaram um certo número de para ajudar a interpretação de dados de isôtopos de em minerais. Valores de equilíbrio de ^(Q-KF) em rocr.as devem cair no intervalo de 0,8 a 2,0 permil (Taylor e Ep- stein, 1962). Valores fora deste intervalo indicariam assembléias #a desequilíbrio isotôpico e ocorreriam por causa da troca prefe- icncial entre feldspato e água nteteôrica à temperaturas abaixo do solidus. Quartzo è comprovadamente mais resistente a alteração

    isotòpica do que feldspato ou biotita (Clayton et alii, 1972). De 18 acordo com 0'Neil et alii (op. cit.) Ô0 de biotita fornece um critério para a origem dos granitos, valores mais altos apoiando una origem do tipo S. Também enfatizaram que biotita peraluminosa tende a ser mais rica em 0 do que a biotita normal subaluminosa por razões termodinâmicas, e que isôtopos de oxigênio continuam a se reequilibrar entre quartzo e biotita a temperaturas abaixo do solidus durante um prolongado resfriamento. Interação com água 18 reteórica leve pode rebaixar os valores de 50 de biotita dando, ?m conseqüência, mais altos A(Q-Bi), enquanto que valores entre 3 e

    '> permil são esperados para A(Q-Bi) se a partição dos isôtopos de oxigênio acontece à temperaturas igneas. Estes autores também sugeriram que a troca de isôtopos de oxigênio entre fluidos a- quosos e feldspato ou biotita, depende da composição química

    Jestes, e experimentos realizados por Cole e Ohmoto (1976) reagin- do granito e 0,ln> NaCl (solução) a 200°C mostraram que biotita

    •roca mais rápido do que feldspato. Se numa assembléia a razão

    "íeldspato-biotita^quartzo-biotita à'^*'** apreciavelmente do 110

    ,5lor 0.67, a assesblèia não está em equilíbrio ísetópico (Shien

    e Taylor* 19691- ga tabela 18, * mostrado que ^íQ-Kf) * neçativo em quatro

    «estre as dezessete amostras analisadas, o que atesta um des-qai-

    librio isotôpico neste par de minerais naquelas amostras. A axes-

    ,ZM R-55, localizada no aeio do padráo concêntrico, mostra este desequilíbrio, e também um valor de * O extremamente alto para siotita. A maioria dos valores de &(Q-Bi) estão entre 3 e 5 per-

    Sjl, com o equilíbrio isotôpico provavelmente retido a temperatu- ras lgneas. Exceto quando encontrada próximo ao centro do padráo conccntríco (figura lOa), biotita mostra geralmente baixo *0 , o que está de acordo com seu caráter subaluminoso já discutido.

    Quartzo exibe uma variação de &0 de 47,6 a -fio,6 permil, com a

    A zaioria dos valores entre +9 e +1O permil. Como feldspato_bioti_

    ^quartzo-biotita d«svi*» « 5<>* *> valor 0,67, isto sugere de- s?quilibrio isotôpico. Este desequilíbrio, entretanto, provavelmente resulta de modificação pos-magmática da composição 18 do feldspato e/ou biotita. A variação de 60 exibida pelo quartzo é bem menos pronunciada, e se seus valores sio considera- dos para estimar-se o valor de *0 da rocha correspondente, sub- traindo-se 1 permil, os valores obtidos estão na maioria entre •8 e +9 permil.

    Os valores de *0 em biotita uma vez plotados contra os va- lores do fracionamento em permil de quartzo e biotita (fig. 13a) 18 mostram dois grupos com distinto 60 . Temperaturas isotôpicas enseadas em &(Q-Bi), calcadas em 0'Neil et alii (op. cit.), caem principalmente nos intervalos entre 600 e 500°C, como mostrado na

    B*sma figura, e sugerem um processo de-troca em temperatura Ill

    1 ••« 1 CM oe p» p- CD P> PM 1 1 p- •—I 00 C in 00 CD PO & c Õ 1 IS 1 «T ro m rH in m PO PO CM CO PO i

    CM 1 3,6 1 4,0 6

    \ Hb l I I 1 1 1 1 i 1 1 t 1 u jò. 1-

    i K O •C to p- O PO in in 00 ^* r-H in in o VD • 1 • | 0 00 1 1 I I *J in O in in PO CM 1 + 7 7 + + •c ! 1 VM ^. s i-l vo CM in in PO CM PO p- CM ON O CO 1 O r-l so O O 00 CM r» CM p* in ON PO CM 1 0 f-t CM O 4 | ? ? + ? $ $ $ ç $ $ •5? Ec c •CJ c O ro i £ CD CO w 1 1 1 1 I I 1 1 1 • 1 1 I I ^ j nb t Ho r e r? CM iH ro O PH O CM o If» p- ON u. 2 P» CO p- CO in I-l 8 ON >-• i | so O in vc • f • i c i i 1 0 CO vo CO s CO vo in vo IT» CO to i-l ON 8 PO I 1-4 CO CO* CM CO CO* CO cò* CO | 8 0> + +* i + ? i d s SM | »-+i + •co i 0 1 in o 00 in PO p- in If» CM so CM in ro vo I 4-> 1 vo p- s CM CO ON CM in VO CO VD 1 V4 1 q p- ON ON CO ON ON ON oí ON ON { j03 iI + + + idH d «-dI + + + + + i-di + r-d4 + + + | Ô i + + + + + OS 1-4 •c 2 O P- p» SO i-l ON O P- 1 CO in CM iH P- CD I-l CM CM P» 1 Ü 4-0* 1rH I-t m SO po- 0o0 S CM r-t i—1 CoM CM CM CM CM CM 1 k k k k k k k k k k k k k k Temperaturo (°C) 600 500 4 00 10'Neil el atti, 1977) t-l

    1 e 7- o. 500 \*> •• 6- at o * c • o .600 5 o "o ' .700 •O do 800 "* / • • • • •o *.

    O 2 1

    • • i • 2 4 h 8 0 1 2 3 4 5 Z\Ouortzo-Bio1i»o AK-Fe!ds-Biotito (a) (b)

    Fig. 13: Diagrama ô quartzo-biotita versus 6 0 em biotita (a) e A K-feldspato-biotita versus A quartzo-biotita (b) para rochas do batolito da Meruoca. Linha de concor- dancia de Bottinga e Javoy (1974) na figura (b). 113

    jjbso-lidus. Temperaturas isotôpicas asando os valores de «racionamento A(Q-Bi), baseadas em Shieh e Taylor (op. cit.) na tabela 19» com poucas exceções, representam temperaturas ogmâticas, e baseado em Shieh e Schwarcz (1974). são anormalmente mais baixas, evidenciando uma perturbação na composição isotôpica de biotita, ou quartzo, ou ambos. Na figura 13b, os valores de A(Kf-Bi) plotados contra os de A(Q-Bi) des- viam-se significativamente da linha de concordância de Bottinqa e 18 J3voy (1974), porque 60 para feldspatos e biotitas foram perturbados. Conclui-se que o fracionamento isotôpico de oxigênio entre pares minerais neste batólito torna seu uso, como geotermô- cetro, de pouca significação, devido às modificações posteriores que estas fases minerais sofreram na sua composição isotôpica original.

    Diversas hipóteses poderiam ser invocadas para explicar o 18 padrão concêntrico peculiar exibido pelos valores de 60 em ro- cha total, feldspato, quartzo e biotita: a) prolongada interação com água meteórica, à baixa temperatura; b) interação com rochas metasedimentares regionais, c) zonação com respeito a 50 18 desde o tempo da cristalização; d) presença de granôfiros nas rochas do teto ("roof zone") da intrusão, e fracionamento de anfibôlio du- rante o estágio inicial da cristalização do magma progenitor. Dentre estas hipóteses, as duas primeiras parecem mais viáveis. Se uma interação com água meteôrica foi responsável pela variação de °0 observada nos feldspatos, biotita e quartzo, es- te fenômeno aconteceu à baixa temperatura ou a água interagente tinha valor de * 0 alto, incomum. Situação semelhante foi cons- 1U

    19 : Tartperatjra de cristalização ODtida usando fatores de f racionamento A (Q - 3D, para rocnas da Menioca.

    jnostra Tenperaturas C° O.oasea- Temperaturas (*" C) base- das em Shieh e Tavior adas em Shi eh e Schwarcz (1969) (1974)

    R-14 950 - 1000 720

    R-18 720 540

    R-32 680 500

    R-55 Fbra de escala -

    R-62 520 420

    R-70 600 470

    R-80 900 620

    R-84 600 470

    R-177 700 520

    R-184 750 550

    R-207 >1OOO 800

    R-210 700 520

    R-216 >1000 >1000

    R-221 750 580 115 tataàa por Wenner e Taylor C1976) ao realizar estudos de isotopes estiveis eu St. Francois Mountains, Missouri. Estados Unidos, tendo esses autores optado pela hipótese de interação com água isotopicamente semelhante as de águas meteôncas de hoje em cii- fas quentes. Esta água reagindo com feldspato potássico por ux longo período de tempo teria.enriquecido as rochas em 00* , produzindo feldspatos vermelho-tijoio neste batôlito. Se este foi realmente o mecanismo responsável pelo padrão observado na Meruoca, talvez a afinidade peralcalina de algumas de suas rochas contribuiu para fazê-las mais susceptíveis a mudanças pôs-magma- ticas. Shieh et alii (1976) encontraram em quartzo-monzonitos e monzonitos valores de * O variando de +8,9 a +13,9 permil. Atri- buiram estes valores anormalmente altos à interação entre o plu- tão e as rochas regionais, através de troca isotôpica ou mistura direta de mobilizado, anateticamente produzido, na aurèola de contato do plutão. O batôlito da Meruoca è bordejado a oeste por rochas metasedimentares de baixo grau, do Grupo Ubajara, que em principio deveriam ter altos valores de &0 . Há a possibilidade de que durante o posicionamento, o magma interagiu com estes me- tassedimentos causando uma mudança importante na composição iso- tôpica original do liquido granltico. O mais alto ô0 ocorre on- de a facies mais fina, do teto do plutão ocorre ou onde riebecki- ta está presente, e que uma vez esteve adjacente aos metassedi- mentos . Nenhuma das outras três hipóteses que poderiam explicar os altos valores de *0 ( rocha total ou minerais separados) no nâ- cleo da batôlito, parecem viáveis pelas seguintes razões: a) dis- 116

    tribuiç3o assisternática dos granôfiros no batôlito em comparação coat o aumento sistemático de 0* observado nas rocnas no núcleo áo batôlito; b) anfibôiio é geralmente encontrado intersticial- rente, podendo-se supor, então, que não foi fracionado a partir de um liquido, nos estágios iniciais da cristalização do maçtr.a qranltico e c) zonação magmàtica sistemática não è observada.

    7.3. Isôtopos de hidrogênio no batôlito da Meruoca

    Enbora os isôtopos de oxigênio pareçam apoiar uma fonte do tipo I para o magma no batôlito da Meruoca (se valores para A 18 °0 em rocha total são obtidos a partir dos valores de quartzo), não ficou claro a razão pela qual se tem um aumento nos valores 18 de 60 para o nácleo do batôlito. Em busca de outros elementos para esclarecer este problema, treze amostras de rocha total fo- ram analisadas para D/H (tabela 17), bem como nove biotitas (ta- bela 20).

    Discriminação entre granitos dos tipos I e S baseada em isô- topos de hidrogênio é menos precisa do que através de isôtopos de oxigênio (0'Neil et alii, 1977). Hidrogênio derivado do manto de- veria ter uma composição isotôpica relativamente uniforme que de- ve ser diferente das fontes sedimentares de hidrogênio. Ao estu- dar o batôlito de Berridale na Austrália, estes autores propuse- ram que valores de 5 D mais baixos do que -80 permil quase certa- mente indicavam granitos do tipo I, enquanto que tipos S apresen-

    tariam uma média em torno de -62 permil. De acordo com Taylor (1978) muito poucas rochas lgneas têm'valores de 6D fora do in- 117

    20 : D/H para aiguras aiocitas cio batôlito da Meruoca.

    D/Hlbiotitai Floor -an rocna cocai F/K2O esn rocna

    permilOíCW! •% en peso; total -85 n.d. -86 a.d. i-3T -88 0,12 0.24 s-SO -81 0,22 0,65 ,.-84 -76 O,18 0,24 ?-177 -91 0,15 0,25 a-184 -80 O,00 O,00 R-21O -92 0,00 0,00 R-216 -89 0,00 0,00 118

    • ervralo -50 a -85 perrtui, que è considerado como a variação nor- mal de D/H» e baixos valores de 50 são encontrados nas vizinhanças *<> localidades onde pelo menos algumas das rochas mostram valores JP *0 bastante altos, indicativos de alteração meteôrica-hicro- termal. 0 rebaixamento de valores de 0 comumente correlaciona com o rejuvenescimento isotópico das idades K-Ar, sendo a perda de Ar causada por sistemas de circulação hidrotermal (Taylor, 1978). 'jssa correlação entre 6D e água estrutural de um grani to indica interação com água, tendo sido o mesmo afetado por água leve (do ponto de vista isotópico) de uma forma proporcional aos seus teo- res em água. Granitos com mais baixos valores de água (menos mi- nerais máficos) são mais afetados do que os mais máficos (0'Neil et alii, op. cit.). Composições isotôpicas de hidrogênio dependem fortemente da composição química dos sítios octaèdricos (Suzuoki e Epstein, 19 76). 0 fracionamento de deutèrio entre biotita ou hornblenda e água retém um D/H constante (Suzuoki e Epstein, op. cit.). A razão fluor/âgua em biotita e hornblenda não afeta seus teores de D/H (Godfrey, 1962). Cloritização tende a aumentar o deutèrio da rocha, sendo clorita invariavelmente mais rica em deutèrio do que a biotita coexistente (Taylor e Epstein, 1966).

    Valores de D em rocha total para as amostras da Meruoca cos tram uma variação total de -52 a -89 permil com uma média de -75 permil, enquanto que D em biotita exibe uma estreita varia- ção total de -76 a -92 permil, com uma média de -85 permil. Quase todos esses resultados estão dentro da variação normal de D/H e apoiam, em principio, um granito do tipo 1. Apenas alguns valores de * D em biotitas plotados contra valores de <5D em rocha total (fig. 14), caem fora da área considerada como normal. A pequena SO (nilntron Io») Al) li \ • • , Í3 oo * O O O O O O S • 1 i "íj^X \ ^* *> 1 O o q_ o 00 õõ • (r o 3* o • o 3 total) , a total ) •• •

    \ 1 0 •

    x^ i 1 5

    õ permi l X • H( 3 H- Si M (a) (b) 1B Fig. 14 : Diagrama 5 0 vs 6 D em rocha total (a) • e 6 0 em rocha total vs £D em minerais (b). 0 retângulo representa compo- sições de biotitas e anfibôlios "normais" de rochas Ignea» e metamórficas , de acordo com Forrester e Taylor, 1977. 12G

    de 5 O observada nestas òiotitas está, provavelmente, re— 'acionada a sua razão uniforme de Fe/Mq. Secundariamente» pode?, taabèm estar relacionadas à cloritizacão. Ha figura IS valores de 3D em rocha total foram plotados contra água estrutural. A correiaçio positiva esperada, que poderia apoiar a hipótese de uma interação com água »eteórica nâo está evidente nos presentes dados. Os baixos teores de H.O destas rochas deveria ter grandemente facilitado esta interação com água meteórica, e os efeitos deveriam ter sido observados nos valores de 6D em rocha total. A presença de flúor nestas ro- chas provavelmente não teve efeito no fracionamento de isótopos de hidrogênio e nenhuma correlação entre 6D em rocha total ou biotita e F/H2O em rocha total foi observada. Como conclusão final, deve—se dizer que isótopos de oxigênio e hidrogênio apontam a Meruoca como um granito do tipo I. Entre- tanto, a partir dos presentes dados de isótopos estáveis, não é possível eleger-se entre as duas hipóteses propostas, qual a responsável pelo aparente desequilíbrio em pares de minerais e subsequente aumento dos valores de 6°^ para o nftcleo do batólito.

    7.4. Isótopos de oxigênio no batólito de Mocambo

    Apenas cinco amostras do batólito de Mocambo foram analisa- dos para isótopos de oxigênio (rocha total). Todas essas análises foram realizadas em Athens, Georgia, utilizando-se flúor como reagente. Os resultados são encontrados na tabela 17.

    Os valores obtidos se agrupam entre +9 e +10 perntil, 3 deles «R torno de +9 permil. Tal homogeneidade sugere que estes valo- 121

    t

    * -30 -

    -50 •

    • 'i -70 • • o o o -go

    O -

    -110 •

    -130 0 0,4 0,8 1,2

    rly\J \ Io)

    Fig. 15 : Correlação entre ÔD e H2O; batolito da Meruoca.

    • 122

    res sejant primários ou que se algumas modificações pos-magmâticas ocorreram, não os atinai ram drasticamente. Esses valores estàc próximos ao limite superior para os granitos do tipo-I de acordo com 0'Neil et alii (op. cit.).

    7.5. Isôtopos de oxigênio nos diques a oeste da Serra da Heruoca Oito amostras de diques a oeste da Serra da Meruoca (estrada Aprazivel-Coreaú) foram analisados para isôtopos de oxigênio (ta- bela 17). As rochas em questão mostram uma variação de *0 de +8,5 a +11,1 permil, ou seja, superior a variação que se poderia antecipar, se apenas diferenciação magmàtica fosse o fator responsável pelo fracionamento dos isôtopos de oxigênio nestas rochas. Se o valor obtido para a amostra D-16 (+ 8,5 permil) for eliminado, então uma variação de 1,5 permil apenas è obtida. Eliminando-se esta amostra, observa-se um decréscimo gradual de 18 60 do dique mais a norte (D-l) ao dique mais a sul (D-23). Para esta distribuição peculiar não há, no momento, uma explicação plausível. Predominam valores acima de +10 permil, o que de acordo com o proposto por 0'Neil et alii (op. cit.), sugere uma fonte S ou uma participação importante de um componente S na fonte, ou sua assimilação durante a ascenção do magma. 7.6. Isôtopos de enxofre nos batôlitos da Meruoca e Mocambo

    A extração de enxofre pelo processo de Sasaki et alii (op. cit.) è simples, mas exige um mínimo de 1 mg de enxofre na amos- tra a ser analisada. Isto limita a aplicação do método a alguns granitos cujo teor de enxofre seja superior a 100 ppm (o que não ê o caso de um grande número de granitos no Nordeste do Brasil), 123

    Tabela 20-A : Isôtopos de enxofre nos batôlitos da Meruoca e Mocambo.

    —__ --—---.—--_- —.._ _ __ — _—«.___.•.__ ——

    Amostra C(ppm) S(ppm) fiS C_T tipo petrográfico

    R-6 80 57 +2,96 Hbl-bi granito R-93-B 160 45 MC-35 320 124 +3,13 Bi-hbl granodio- MC-82 350 260 +2,90 rito

    Os resultados encontrados estão dentro da variação que Coleman (1979) encontrou para os granitos do típo-I (fonte ignea) na Austrália, no "Lachlan Fold Belt" e dentro da variação ( +1 a +9 permil) proposta por Sasaki e Ishihara (1979) para os granitos equivalentes aos granitos do tipo-I no Japão (magnetita-series). I. GEOQUIMICA DE ELEMENTOS MAIORES E TRAÇOS

    Setenta e quatro análises de amostras dos oatôlitos da Keruoca e Mocaaoo e dos diques a oeste da Meruoca foras analisa- das no Laboratório de Química da SODENE. es Recife. Amostras enviadas para análise, cuidadosamente selecionadas durante o trabalho de campb, sempre pesando mais que 1 kg, fora» pulveri- zadas a 200 mesh. Quase todos os elementos maiores e traços forate analisados por absorção atômica, Na e K por fotometria de chaste, FeO e voláteis por métodos convencionais e F, por colorimetria.

    Cinqüenta e duas análises do granito da Meruoca e diques a oeste da Meruoca foram realizadas no Departamento de Geoquimica da Universidade Federal da Bahia, em Salvador. Todos os elementos

    e TiC maiores foram analisados por absorção atômica exceto P2°5 2 que foram analisados por fluorescència de raios-X. Elementos traços como Cu, Zn, Cr e Ni foram analisados por absorção atô- mica e Nb, Y, Sr, Ba e Zr, por fluorescència de raios-X. Silica foi analisada nestas amostras na Universidade do Texas, em Austin por Karl Hoops por processo convencional.

    8.1. O batôlito da Meruoca Setenta e nove análises do batôlito da Meruoca são encontra- das nas tabelas 21 e 21-A com normas CIPW e alguns parâmetros pe- troquímicos, calculados utilizando-se o programa ROCALCA.IBM pre- parado por J. Stormer Jr. A química de elementos maiores está sumarizada no diagrama de Wright (1969, fig. 16), no diagrama ás variação de Barker (fig. 17), no diagrama AFM (fig. 18), e no diagrama de Qz-Ab-Or (fig. 19).

    124 70

    ITIATXAMNO A 60 FOinTMI-NTI- AI.CA1.INO

    O •«4 v.

    50 Mernoca

    Mocambo

    O Piques a oeste da HerHOCa • •

    3 4 5 7 fl 9 !0 TNDTCF, OF ALCAMNTDADF.

    Fig. 16 : índice de alcalinidade (Wright, 1969) versus S10 para rochas da Meruoca, Mocambo e diques a oeste da Meruoca. índice de alcalinidade = ^2°3 * Ca°+ K2° + Na2° AlA H 126

    O Índice de alcalinidade de Wriqht (1969) para estas rocnas varia de 3,02 a 8,11. Na rocnas peraicalinas. este índice é mais alto em conseqüência do seu baixo valor de Al~0,, desde que K.,0, í. i 4. «320 e CaO são mais ou menos equivalentes aos observados em ou» trás amostras. Na figura 16, as amostras de Heruoca plotam no campo fortemente alcalino a peralcalino em 3 grupos distintos.

    Entretanto, cerca de 30% das rochas analisadas (todas granitos sem faialita) são levemente corindon-normativas. Corindon varia de 0,05 a 2,11, o que implica num caráter subalcalino, e sugere um possível fracionamento cedo de anfibôlio (Cawthorn e 0'Hara,

    1976), o que não está evidente no estudo de seções delgadas. Ou- tros aspectos evidenciados pela química global destas rochas são: a) Os teores de SiO- variam de 69,90 a 77,69% e K-0 mostra uma estreita variação, de 4,75 a 6,00%. b) FeO, CaO e Na~0 mostram uma pronunciada dispersão mas de uma maneira geral decresce suavemente com o aumento de SiO». c) MgO é menor do que 0,3% e quase 4/5 das rochas contêm menos do que 0,1% de MgO. d) As razoes de FeO/Pe2O3 sã"o, exceto em 3 amostras, mais baixas do que 1. Se estas razões são uma feição primária do magma, sugerem um estado de alta oxidação durante a cristalização. As cores rosa e vermelho-tijoio dos feldspatos potássicos parecem indicar oxidação do ferro sob condições de saturação em água no magma. Na figura 17, Al-0^ e Fe2O3 formam,- cada um deles, dois "trends" independentes, o "trend" de mais baixo Al-0, correspon- endo ao "trend" mais rico em Fe2O,. Este comportamento reflete a existência de dois grupos principais de rochas graniticas no ba-

    e tôlito da Meruoca, sendo o peralcalino empobrecido em A12O3 Tabela 21 : Analises quirtúcas do batolito da Meruoca (real lzr). a) elementos maiores

    Anostra R-4 R-12* R-14 R-18 R-32 R-49 R-53 R-62 R-65 R-70 R-104 R-120 R-125* R-127 Si 02 72,01 75,89 74,72 74,98 75,25 73,98 73,53 76,21 72,95 77,56 75,82 76,29 74,56 75,09 Ti 02 0,28 0,17 0,25 0,25 0,10 0,23 0,21 0,10 0,24 0,11 0,10 0,09 0,19 O,2O A12O3 13,38 12,15 12,17 12,46 12,74 13,00 13,28 12,08 12,71 11,41 8,26 11,43 12,37 12,47 Fe2O3 1,48 1,11 1,37 1,36 1,24 1,44 1,23 1,66 2,38 1,33 1,92 0,86 2,O6 1,55 FeO 1,64 0,17 1,19 1,09 0,60 0,01 1,02 0,40 0,71 0,60 0,01 0,60 0,13 O, 79 MnO 0,02 0,02 0,04 0,03 0,02 0,05 0,04 0,03 0,05 0,02 0,01 O, oi O,O4 0,04 MgO 0,46 0,46 0,11 0,10 0,04 0,25 0,09 0,04 0,14 0,08 0,06 0,05 0,10 0,11 CaO 0,22 0,22 0,43 0,78 0,63 1,58 0,77 0,59 0,92 0,63 0,49 0,35 0,46 0,80 Na20 2,90 2,70 2,66 3,19 3,16 4,41 3,35 3,04 3,27 2,79 2,78 2,82 2,% 3,01 K20 6,11 5,05 5,16 5,04 5,04 3,88 5,58 5,33 5,40 4,76 5,45 5,10 5,58 5,40 P2O5 0,06 0,06 0,05 0,05 0,05 0,06 0,06 0,05 0,06 0,05 0,05 0,r«i 0,5 0,05 H2O 1,20 1,72 1,10 0,78 0,94 0,96 0,66 0,34 0,36 0,60 0,78 0,38 i,!8 0,44 H2O- 0,50 0,26 0,36 0,04 0,22 0,20 0,16 0,66 0,36 0,40 0,86 0,34 0,20 0,10 b) elementos traços

    Ol ' 7 21 12 48 27 4 11 17 32 20 69 56 14 16 Nb 61 72 56 51 68 46 38 43 55 55 58 44 48 44 Y 113 124 115 118 120 130 105 123 91 103 lol 65 109 126 Zn 70 31 156 126 106 54 123 108 154 68 75 96 ]18 180 Cr 5 3 3 7 3 2 3 64 3 3 5 3 4 4 Li 13 4 .11 20 130 13 17 15 29 14 10 12 13 4 Sr 2 41 2 10 2 138 55 2 67 2 2 2 16 2 Rb 164 166 161 180 329 115 191 214 165 228 236 2CO 186 190 Ba 1025 1429 953 820 1221 1104 1307 349 1289 566 530 614 1095 1106 Zr 494 380 440 453 328 458 330 267 407 275 261 187 321 330 Total 100,58 100,00 99,61 100,15 100,03 100,05 99,98 100,53 99,55 100,34 100,54 99,32 100,00 100,24

    * Concentração de SiO2 determinado por diferença para 100,00 Obs.: SiO2 analisado na Univ. do Texas, an Austin, Estados Unidos por Karl Hoops. R-104 contem riebeckita, R-271, faialita, o. as danais sao biot.-hbl . cjranUos. tabela 21 : continuação. a) elementos maiores

    Amostra R-134 R-136 R-138 R-141 R-147 R-150 R-153 R-155 R-160 R-163 R-166 R-169 R-181 R-184 R-187

    SiO2 76,40 75,50 75,06 74,28 76,19 75,25 76,40 76,57 73,90 74,47 75,41 75,41 75,08 73,59 74,41 Ti 02 0,12 0,16 0,19 0,21 0,10 0,21 0,14 0,13 0,26 0,20 0,20 0,19 0,13 0,27 0,21 A12O3 12,07 11,67 12,02 13,14 12,25 12,15 11,95 12,00 12,94 12,72 12,34 12,24 11,83 12,93 12,29 Fe2O3 0,65 2,34 1,81 1,62 1,38 2,37 1,85 1,51 2,12 1,28 1,16 1,87 0,73 1,28 2,16 FteO 0,85 0,05 0,01 0,29 0,17 0,17 0,17 0,20 0,48 0,99 0,79 0,60 1,49 1,64 0,40 HnO 0,01 0,01 0,01 O,O1 0,02 0,01 0,04 0,02 0,01 0,01 0,01 0,01 0,02 0,04 0,

    Cu ' 32 37 60 60 25 36 64 60 41 38 34 41 34 bb S9 Nb 43 43 47 47 49 47 37 43 48 36 40 40 65 49 41 Y 97 124 124 124 101 110 187 79 63 81 69 40 107 101 134 Zn 57 51 46 46 92 45 163 93 88 57 48 60 34 158 187 Cr 3 5 10 10 5 5 6 6 6 13 7 7 9 5 9 Li 12 . 7 9 9 12 9 13 14 8 5 5 4 8 20 18 Sr 2 2 16 16 2 2 19 40 95 99 90 100 2 43 39 Rb 233 195 366 187 222 178 195 192 158 146 150 144 198 175 162 Ba 578 1218 1015 1015 436 1021 974 922 1384 1410 1188 1188 679 1156 1060 Zr 350 350 366 366 228 178 311 262 411 341 350 367 338 489 391 Total 99,44 100,09 99,56 100,10 100,18 100,02 100,71 100,16 99,83 99,62 100,60 100,22 100,44 100,'J\ 1OO,<>7 Tabela 21: continuação a) elementos maiores ftnostra R-191 R-195 R-197 R-200 R-201 R-206 R-207 R-226 R-233 R-247 R-250 R-257 R-265 R-269 SiO2 71,22 75,85 74,66 73,73 73,70 73,83 77,69 76,91 71,90 72,17 73,06 73,92 75,15 76,31 Ti 02 0,30 0,08 0,14 0,22 0,15 0,24 0,05 0,15 0,33 0,27 0,17 0,16 0,16 0,12 Al 203 13,11 12,30 12,59 12,77 12,84 12,74 12,46 10,89 13,16 12,92 13,16 13,24 12,51 U,'i7 Fe2O3 3,06 1,05 1,66 2,00 1,02 1,65 0,60 1,81 1,38 1,56 1,83 i,33 1,38 0,7'> FeO 0,94 0,60 0,13 0,48 1,05 1,18 0,60 0,20 2,03 1,02 0,48 0,46 0,60 O, 7! MnO 0,10 0,02 0,02 0,02 0,04 0,04 0,01 0,02 0,05 0,03 0,01 0,02 0,02 o, oi MgO 0,16 0,03 0,06 0,12 0,08 0,12 0,03 0,04 0,17 0,25 0,14 O,ÜH O,Ofl 0,12 CaO 1,01 0,67 0,70 0,63 0,90 1,05 0,32 0,66 1,10 0,73 0,70 0,57 0,67 0,67 Na20 3,02 3,17 3,01 2,94 3,20 3,20 3,39 2,38 3,10 2,58 2,95 3,20 3,)0 2,71 K20 5,38 5,15 5,37 5,41 5,34 5,04 4,67 5,95 5,40 6,04 5,93 5,82 4,80 5,16 P2O5 0,08 0,05 0,05 0,06 0,06 0,07 0,04 0,06 0,08 0,07 0,07 o,r« 0,05 0,05 H2O+ 0,22 1.06 0,88 0,58 0,34 0,44 0,30 0,24 0,10 1,04 Q,40 0,60 0,68 0,76 H20- 0,78 0,16 0,24 0,64 0,76 0,54 0,42 0,60 0,52 0,44 0,14 0,06 0,52 0,10 b) elementos traços

    Cu * 20 28 40 21 16 35 70 43 16 15 1* JS 156 lü Nb 54 44 32 68 34 40 46 56 57 47 37 44 65 9 Y 130 156 84 140 135 163 364 109 92 84 90 99 111 617 Zn 213 107 69 65 103 129 82 50 134 34 117 117 164 146 Cr 4 6 5 43 3 6 5 5 8 8 3 4 7 8 Li 10 32 9 19 16 7 60 21 8 7 10 14 14 26 Sr 65 2 35 2 21 80 2 192 79 32 99 53 10 2 Rb 152 254 177 185 194 148 338 132 135 164 165 214 235 220 Ba 1133 369 1026 1033 1018 1319 471 1069 1388 1353 1471 1104 740 56) Zr 608 247 349 414 364 478 236 373 580 441 424 312 400 331 Total 99,38 100,19 99,51 99,60 99,48 100,14 99,98 99,91 99,32 99,12 99,11 99,55 100,14 99,1 Tribe la 21: continuarão. a) elementos maiores ftnostra R-271 R-42 P-46 R-47 R-264 R-94 diabásios andesito Si 02 71,99 52,71 52,33 52,53 5?,71 58,30 Ti 02 0,34 1,37 1,03 1,08 0,93 1,77 A12O3 13,66 14,00 14,20 14,20 14,49 14,69 Fte2O3 1,66 3,02 3,36 2,69 2,41 3,13 R?0 1,48 8,24 7,73 8,43 7,85 5,09 MnO 0,05 0,19 0,18 0,18 0,17 0,14 MgO 0,14 5,90 6,17 6,56 8,35 2,21 CaO 0,67 10,20 10,06 10,08 9,76 3,63 Na20 3,39 2,17 2,24 2,28 2,17 2,62 K20 5,16 0,55 0,89 0,60 0,65 5,89 P2O5 0,07 0,15 0,12 0,14 0,12 0,58 H20f 0,40 0,12 0,71 0,52 0,60 1,33 H20- 0,06 0,02 0,22 0,21 0,16 0,24 b) elementos 1:raços Cu 43 105 80 92 74 43 Nb 52 8 8 6 26 46 y 75 26 23 23 29 50 Zn 157 133 102 102 90 184 Cr 7 .44 24 46 49 39 Li 16 9 12 16 11 106 Sr 76 148 140 156 155 728 Rb 130 35 42 35 33 118 Ba 1662 431 141 127 121 2596 Zr 592 126 109 111 109 610 Total 99,07 99,22 99,24 99,50 100,37 99,62 Tabela 21-A: Análises químicas do batôlito da Meruoca (realizadas na SUDCNE, çm Recife). a) elementos maiores ftnostra R-ll R-21 R-34 R-39 R-51 R-57 R-66 R-71 R-73 R-80 R-84 R-114 R-118 R-128

    SÍ02 70,90 72,30 73,50 73,50 72,05 72,20 73,50 73,62 73,38 72,62 74,50 72,50 73,20 74,00 Ti 02 O,4O 0,30 0,30 0,40 0,25 0,20 0,20 0,18 0,18 0,18 n.d. n.d. n.d n.d. A12O3 10,90 9,80 8,20 10,50 12,07 10,50 9,90 11,69 9,67 11,85 12,90 14,90 13,55 13,30 Fe2O3 3,80 4,70 5,50 2,86 1,91 5,00 3,80 1,82 3,98 3,02 1,20 1,12 1,25 1,05 FeO 2,20 1,40 1,10 1,00 1,42 0,50 0,90 0,86 0,92 1,00 0,80 0,78 0,50 0,70 MnO 0,08 0,05 0,04 0,02 0,04 0,03 0,02 0,03 0,03 0,04 0,04 0,04 0, rvt 0,04 MgO 0,10 0,17 0,08 0,04 0,01 0,06 0,09 0,04 0,04 0,04 0,05 0,05 0,06 0,10 CaO 1,40 1,60 1,40 1,60 2,24 1,40 1,80 1,26 1,68 1,54 1,00 0,90 1,30 1,0O Na20 3,60 3,19 3,60 3,63 3,81 3,60 3,10 3,53 3,31 3,13 3,10 3,37 3,40 3, IO K20 5,70 5,10 5,30 5,35 5,35 5,80 5r6O 5,05 5,55 5,55 5,12 5,12 5,12 5, (O P2O5 — ------C02 0,70 0,09 0,05 0,20 0,46 0,30 0,10 0,09 0,09 0,11 0,00 o,i:>o 0,00 0,00 H2O+ 0,12 0,50 0,25 0,30 0,38 0,30 0,17 0,23 0,32 0,30 0,25 0,24 0,40 0,30 H20- 0,06 0,50 0,50 0,40 0,34 0,09 0,60 0,71 0,49 0,34 0,75 0,51 O,55 0,75

    b) elementos traços

    Cu 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 Oful 0,01 Ü,Ü0 CO 0,00 • 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 Ni 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 Zn 0,02 0,00 0,00 0,00 0,00 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,02 0,01 0,02 0,02 Cr 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 F 0,08 0,16 0,12 0,19 0,08 0,05 0,14 0,22 0,23 0,22 0,19 0,16 0,25 0,14 lotai 100,06 99,98 99,95 99,99 99,41 100,04 99,94 99,35 99,89 99,96 99,92 99,79 99,66 99,50

    Obs.: R-ll, 21, 34, 39, 51, 57r 66, 104, 274 sao rochas com riebeckita e/ou aeqirina. R-229, 240 274, 277 sao rochas com faialita. Tabela 21-A: continuação. (a) elementos maiores ftnostra R-175 R-177 R-179 R-185 R-190 R-211 F-214 R-216 R-221 R-224 R-229 R-235 R-239 R-240 Si 02 73,90 74,00 73,70 71,36 75,66 71,72 74,18 71,05 72,04 75,71 70,50 74,30 74,50 69,60 Ti 02 n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n,d. n.d. n.d. 0,16 0,16 0,45 0,20 0,20 0,51* A12O3 12,90 13,50 13,70 15,10 12,79 14,90 12,50 12,90 13,60 12,00 13,00 14,50 12 ,00 13,«2 Fe2O3 1,30 0,90 0,95 0,32 1,04 0,34 1,52 2,30 2,00 1,40 1,2S O,5O l,ao 1,50 FeO 1,00 0,90 0,80 1,86 0,50 1,85 1,14 1,50 0,92 0,56 2,50 0,30 1,00 2,4J MnO 0,04 0,04 0,03 0,05 0,03 0,05 0,03 0,06 0,04 0,03 0,10 0,01 0,03 0,06 MgO 0,05 0,03 0,07 0,07 0,02 0,07 0,01 0,06 0,03 0,03 0,06 0,01 0,05 O,Ol CaO 1,30 0,85 0,84 1,68 0,89 1,54 0,84 1,00 0,84 1,00 1,15 0,60 0, 70 1,54 Na20 3,10 3,10 2,90 3,31 3,12 4,44 3,95 3,95 3,95 3,25 4,0O 3,15 3,40 3,60 K20 5,00 5,00 5,30 5,12 4,94 5,24 4,75 5,60 5,40 4,75 5,50 5,20 5,2O 5,50 P2O5 ------CO2 o.oo 0,00 o,oo O, 00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0, ro 0, OO 0,00 o,oo H2Of 0,25 0,26 0,35 0,36 0,35 0,25 0,13 0,30 0,20 0,13 O,4O 0,15 0,3O 0,90 H20- 0,60 0,60 0,80 0,44 0,42 0,40 0,43 0,51 0,43 0,81 0, JO 0,55 0,10 0,31

    b) elementos traços

    Cu 0,00 0,00 0,00 0,01 0,00 0,00 0,00 0,01 0,00 0,00 0,ix> o,ou O,UL> 0,00 Co 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 Ni 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 Zn 0,02 0,02 0,01 0,02 0,01 0,01 0,02 0,02 0,01 0,02 0,02 0,01 0,01 0,02 Cr 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,03 0,02 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 F 0,14 0,15 0,00 0,00 0,00 0,00 0,06 0,00 0,03 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 Total 99,60 99,35 99,45 99,70 99,77 99,81 99,59 99,48 99,66 99,86 99,24 99,79 99,30 21~A: continuação. a) elementos maiores ftiostra R-243 R-251 R-259 R-262 R-267 R-274 R-277

    Si 02 72,40 73,40 71,30 71,50 73,70 72,40 71,50 Ti 02 0,60 0,40 0,60 0,40 0,40 0,90 0,80 A12O3 12,00 12,80 11,50 12,90 11,50 10,50 11,50 R?2O3 1,77 1,60 2,80 1,90 2,20 2,90 2,50 FeO 1,30 0,80 1,50 0,40 1,20 1,80 1,20 MnO 0,04 0,05 0,10 0,10 0,09 0,10 0,10 MgO 0,06 0,03 0,30 0,20 0,30 0,20 0,20 CaO 1,26 1,20 2,50 1,80 1,40 1,50 1,60 Na20 3,35 3,70 3,10 3,70 3,10 3,36 3,46 K20 5,40 5,20 5,40 5,90 5,00 5,60 6,00 P2O5 - - - - - — - CX)2 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 H2O* 0,83 0,10 0,08 0,10 0,10 0,10 0,10 H2O- 0,60 0,60 0,50 0,80 0,60 0,30 0,50

    b) elementos traços

    Cu 0,01 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 Co 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 Ni 0,00 0,00 0,10 0,10 0,10 0,10 0,00 Zn 0,02 0,01 0,01 0,01 0,03 0,01 0,02 Cr 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 F 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 Total 99,64 99,99 99,59 99,71 99,64 99,67 99,68 Tabela 22 t Normas CIPW e alguns parâmetros petroquímicos pata rochnn

    Amostra R-4 R-12 R-14 R-18 R-32 R-49 R-53 R-62 R-65 R-70 R-104 R-120 R-125 R-12 7 Q 30,59 40,68 38,95 35,45 36,72 30,93 31,07 37,12 31,40 42,06 44,86 40,54 35,52 35,35 C 1,76 2,03 1,58 0,46 1,07 0 0,48 0,36 0 0,65 0 0,80 0,76 0,34 Or 36,64 30,45 31,07 29,99 30,13 23,19 33,26 31,65 32,41 28,32 33,92 30,86 33,48 32,07 Ab 24,90 23,31 22,93 27,18 27,05 37,74 28,59 25,85 28,10 23,57 12,79 24,43 25,44 2«i,fiO An 0,71 0,71 1,84 3,57 2,83 4,27 3,46 2,61 4,12 2,82 • 0 1,1 1,*W IM Ac 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 5,85 0 0 0 Ns 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1,24 0 0 0 Wb 0 0 0 0 0 0,40 0 0 0 0 0,62 0 0 0 Dl 0 0 0 0 0 1,36 0 0 0,09 0 0,34 0 0 0 Hd 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 En 1,16 1,17 0,28 0,25 0,10 0 0,23 0,10 0,31 0,2 0 0,1 J 0,^ 0,iH Fs 1,38 0 0,73 0,52 0 0 0,59 0 0 0 0 0,27 0 0 Mt 2,19 0,12 2,02 1,99 1,73 0 1,80 1,10 1,78 1,69 0 1,28 0 2,11 Ilm 0,54 0,33 0,48 0,48 0,19 0,13 0,40 0,19 0,46 0,21 0,04 0,18 0,17 0,)6 Hn 0 1,05 0 0 0,06 1,46 0 0,91 1,19 0,17 0 0 2,09 0,10 Ap 0,14 0,15 0,12 0,12 0,12 0,14 0,14 0,12 0,14 0,12 0,12 0,15 0,12 0,12 A 72,42 82,63 75,54 77,32 82,36 84,20 80,11 81,23 74,35 80,09 82,07 84,76 80,39 78, S6 F 23,89 12,46 23,40 21,74 17,23 13,26 19,08 18,38 24,45 19,06 17,33 14,70 18,67 20,41 M 3,70 4,90 1,06 0,94 0,40 2,54 0,81 0,39 1,20 0,85 0,60 0,54 0,94 1,OJ

    Or 58,86 55,90 . 55,64 49,38 50,21 35,57 50,93 52,65 50,15 51,58 72,62 54,46 54,98 52,29 Ab 40,00 42,79 41,07 44,75 45,07 57,89 43,78 43,00 43,48 43,29 27,38 43,11 41,76 41,34 An 1,14 1,31 3,30 5,87 4,72 6,54 5,29 4,35 6,37 5,13 0 2,41 3,26 5,97 33,20 43,07 41,90 38,20 39,11 33,67 33,44 39,23 34,16 44,68 44,99 42,30 37,62 38, CO Or 39,77 32,24 33,43 32,38 32,08 25,24 35,79 33,45 35,26 30,08 37,04 32,20 35,45 34,48 Ab 27,03 24,68 24,67 29,34 28,83 41,08 30,77 27,32 30,58 25,24 13,97 21>,«>0 26, n 27,52 (Na+K)/Al 0,85 0,82 0,82 0,86 0,84 0,88 0,87 0,89 0,88 0,85 1,27 0,A8 0,08 0,44 Thbola 22i Continuação. ftnostra R-134 R-136 R-138 R-141 R-147 R-150 R-153 R-155 R-160 R-163 R-166 R-169 R-1G1 P-184 R-18

    0 38,06 38,10 36,94 35,98 39,13 36,89 37,23 39,72 34,65 35,68 36,36 36,12 40,94 31,84 34/ C 0,61 0,28 0,65 1,79 1,15 1,07 0,18 0,96 1,00 1,30 0,36 0,48 1,63 0,i fl 0 Or 29,29 44,29 34,73 34,57 31,18 33,37 31,67 30,49 31,65 32,21 30,51 31,63 35,04 32,12 31/ Ab 27,13 10,90 23,35 23,25 24,51 24,06 25,65 24,26 26,16 25,89 25,94 26,30 15, il 26,44 25/ An 2,62 3,37 1,87 1,87 2,13 1,06 2,81 2,32 3,25 1,78 3,96 2,32 2,4) 5,14 4/<^ Ac 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 ' 0 0 O 0 0 Ns 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 O 0 0 Wb 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0,1 Di 0 0 0 0 O 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0,4 Hd 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 C» 0 Bi 0,13 0,38 0,25 0,25 0,10 0,63 0,15 0,25 0,23 0,23 0,45 o, IS v, n 0 Fs 0,85 0 0 0 o 0 0 0 0 0,45 0,18 0 2,00 1,59 0 Mt 0,95 0 0 0,36 0,33 0 0,27 0,34 0,83 1,88 1,70 1,42 1,08 1,86 0,* lira 0,23 0,13 0,04 0,40 0,19 0,38 0,27 0,25 0,50 0,38 0,38 0,36 0,25 0,52 0,4 Hn 0 2,35 1,84 1,39 1,17 2,39 1,67 1,29 1,57 0 0 0,90 0 0 1,5 Ap 0,12 0,12 0,14 0,14 0,12 0,14 0,12 0,12 0,17 0,19 0,14 0,12 0,12 0,14 0,1

    A 84,46 79,11 82,98 82,11 84,75 76,74 81,52 82,74 77,14 79,01 80,21 78,21 75, U 74,59 77,5 F 15,02 19,53 16,04 16,92 14,83 20,99 17,89 16,22 22,03 20,15 18,02 21,23 21,48 24,24 21,7 M 0,52 1,36 0,98 0,97 0,42 2,28 0,59 1,04 0,83 0,85 1,77 0,56 2,SO 0,96 0,7

    Or 49,6O 75,64 57,92 57,92 53,93 57,06 52,67 53,42 51,83 53,79 50,51 52,32 65,79 50,43 51,5< Ab 45,95 18,61 38,95 38,95 42,79 41,14 42,65 42,51 42,85 43,23 42,94 43,51 28,75 41, St 41,5' An 4,45 5,75 3,13 3,13 3,69 1,81 4,67 4,07 5,32 2,98 6,55 4,16 5,47 8,07 6,9

    Qz 40,28 40,84 38,87 38,36 41,27 39,11 39,38 42,05 37,47 38,04 39,19 38,40 44,84 35,2} 37,5 Or 31,00 47,48 36,55 36,86 32,88 35,38 33,50 32,27 34,23 34,35 32,87 33,63 38,38 35,53 34,5 Ab 28,72 11,68 24,58 24,79 25,85 25,51 27,13 25,68 28,30 27,61 27,94 27,97 16,77 29,25 27,8

    (Na+K)/Al 0,87 0,87 0,89 0,81 0,84 0,88 0,90 0,85 0,83 0,84 0,85 0,89 0,/8 0,85 0,8 Tabela 22: Continuação fttostra R-191 R-195 R-197 R-200 R-201 R-206 R-207 R-226 R-233 R-247 R-250 R-257 R-265 R-269

    Q 31,39 36,67 35,72 35,13 32,89 33,76 39,29 39,66 30,23 33,00 32,16 32,23 36,64 39,67 C 0,68 0,42 0,68 1,09 0,31 0,28 1,34 0 0,41 1,00 0,80 0,79 O,fiO 0,84 Or 32,32 30,75 32,25 32,50 32,08 30,04 27,64 35,49 32,33 36,56 35,57 34,79 20,73 30,9 3 Ab 25,98 27,10 25,89 25,29 27,52 27,31 28,73 20,33 26,58 22,36 25,34 27,39 2H,29 23,2*i An 4,56 3,03 3,20 2,78 4,14 4,79 1,33 1,47 5,00 3,24 1,' ir, 2,16 3,OI Ac 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 ' 0 0 0 O Ns 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Wb 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Di 0 0 0 0 0 0 0 0,22 0 0 0 0 0 0 Hd 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Eh 0,41 0,08 0,15 0,30 0,20 0,30 0,07 0 0,43 0,64 0, li 0,'iO o,2(J V, JU 0 0,14 0 0 0,93 0,49 0,54 0 2,16 0,20 0 0 0 0,51 Mt 2,53 1,54 0,08 0,99 1,50 2,41 0,87 0,28 2,03 2,32 1,20 1,1() 1,56 1,10 Ilm 0,58 0,15 0,27 0,42 0,29 0,46 0,10 0,29 0,64 0,53 0,33 0,31 0,31 0,23 Bn 1,37 0 1,63 1,35 0 0 0 1,64 0 0 1,03 0,59 0,33 0 Ap 0,19 0,12 0,12 0,14 0,14 0,17 0,09 0,14 0,19 0,17 0,17 0,14 0,12 0,12

    A 68,55 84,08 83,27 77,68 80,66 74,74 87,32 81,68 71,18 76,33 79,66 83,85 80,82 83,95 F 30,14 15,61 16,13 21,21 18,59 24,17 12,35 17,93 27,40 21,46 19,08 15,40 18,38 14,77 M 1,31 0,30 0,60 1,12 0,76 1,09 0,33 0,39 1,42 2,21 1,26 0,74 O,flO 1,28 Or 51,42 50,51 52,58 53,66 50,32 48,34 47,90 61,95 50,59 58,81 55,61 53,82 47,84 54,04 Ab 41,33 44,52 42,20 41,75 43,18 43,95 49,79 35,48 41,59 35,97 39,61 42,37 47,10 40,64 An 7,26 4,97 5,21 4,59 6,50 7,712 2,30 2,57 7,82 5,21 4,79 3,81 5,06 5,31

    Qz 35,00 38,80 38,06 37,81 35,56 37,05 41,07 41,54 33,92 35,90 34,56 34,13 39,12 42,27 Or 36,06 32,53 34,36 34,98 34,68 32,97 28,89 37,17 36,27 39,77 38,22 36,85 30,68 32,95 Ab 28,96 28,67 27,58 27,22 29,76 29,97 30,03 21,29 29,81 24,33 27,22 29,01 30,20 24,78 (Na-HO/Al 0,82 0,88 0,86 0,84 0,86 0,84 0,85 0,95 0,83 0,83 0,86 0,87 0,85 0,84 Tabela 22: Continuação.

    ftrostra R-271 R-42 R-46 R-47 R-264 R-94 Diabasios Andesito

    Q 31,11 7,63 5,98 5,50 3,75 10,12 C 1,47 0 0 0 0 0 Or 30,92 3,29 5,35 3,59 3,86 35,50 Ab 29,09 18,57 19,28 19,53 18,43 22,61 An 2,91 28,24 26,51 27,07 27,99 11,15 Ac 0 0 0 0 0 0 Ns 0 0 0 0 0 0 Wb 0 0 0 0 0 0 Di 0 10,98 12,19 11,37 IO, 95 1,67 Hd 0 6,99 6,95 7,16 5,14 1,08 Eh 0,35 9,77 9,98 11,28 15,81 4,84 Rs 0,89 7,13 6,53 8,15 8,51 3,60 Mt 2,44 4,43 4,96 3,95 3,51 4,63 Ilm 0,65 2,63 1,99 2,08 1,77 3,43 ttn 0 0 0 0 0 0 Ap 0,17 0,36 0,29 0,34 0,29 1,40 A 73,30 13,89 15,61 14,19 13,31 45,69 F 25,50 55,97 53,62 53,48 47,28 42,45 M 1,20 30,14 30,77 32,33 39,41 11,86 Or . 49,15 6,56 10,46 7,15 7,67 51,26 Ab 46,23 37,07 37,70 38,91 36,66 32,65 An 4,62 56,37 51,84 53,93 55,67 16,09

    Qz 34,14 25,89 19,53 19,21 14,40 14,83 Or 33,94 11,15 17,48 12,54 14,81 52,03 Ab 31,93 62,97 62,99 68,24 70,79 33,14 (Na+K)/Al 0,92 0,29 0,32 0,31 0,29 0,73 <

    c

    r rw O :

    í» O f» ••/•

    — O O f% in O *o en 9* *•• ^^ *•• O s CM t© *+\ Ç* a-o » c o c o o SS* o o c ^ iftsis * r» «o •*•• «n «M

    1 ON m Mr CM to o oo CM oo co "o^ ^ -ooooo""i'-ooo O oò d oTríoD r^enoe d

    5 O O •-• ~* •-• CM «ma - CM «o r- r^ CM en •*• cem HiflN '«•nO Í ce r<« MmN CM O o«O« or» of» o ^^ »•* ^^ m %o co to CM a» rx ^-i 5 |0 fn %0 I 8 t*-r»i0 mnn Hr»N to ~o •. » -oo » »ooo ~^-^- » — «i ^«^ ^^^ ^ en OOIH HO CM O O l~ CM O O»r»CM |T(VH O Í

    v »»»••• r-» O o\ ricom in ON or» m ^J ^r m to S ON ^0 > m »-• i-i r> w* 5 •-O *• «-O »O - «-OOO * »_«O > — ^) * m- * — 0 ~ f%

    6 w CM-* r» v CM m oo to »-i i i CM tC in O m ^ w > O» •-• «•O » -O -O • «-OO m I -« *T ~4 V CM O >O m n c* m m CM ox in O CO CD CM O< r*O^» & »O » • »OO »»*OO » » m O »-i 8 CM. r» CM in ^

    ^^ O '8> m ft CM iftf» v *4CDCM moo ^Oto CM m m ^o ^p m OP» f^ #n »^ «-O •• »O »O - »OOO ••»«.< •.«... »«.o » » ^ •• 8. m •—• ^ en cnO CMOO m cncM HCSO torn w? m r- »-i ca r- CM m •* en en CM

    O mo» en r^ r> CM as op CMinm OO n>r>>r» CM ror **> IM CM in CM 00 CDO\H "9 ». » «. m. ^Ç) »«.& » O^ ^J ^J i"^ CD ^^ ^^ ^O F*4 m^ r» CM »riH «on «O 0D ^4* in v*4 OK r^ or» en ON QJ% CM «n ^ •-« coo> CP ON CM r»CM mo«n O »o » —o *o * »ooo oo•• m •» o x»o .»• »»O » - • » «a » O CM m CM O f* O O co ON i—i f»cM ortinm »~* 0) Z m mcM m m m •» en en CM !"* B C 3 r« \D r» CD CD ^ m CM t0 CM •-! r» CM CM to O in m *-> O 10 O* ^«f \O •'"4 CD ^J 1^ ^P f^i ^^ -t rtiMH r-4 d d IAO * » » •» •» ^i •> «. •» eo \e\ *-* «M CM

    I TO | ill £i Tabela 22-A: Continuação.

    Amostra R-175 R-177 R-179 R-185 R-190 R-211 R-214 R-216 R-221 R-224 R-229 R-235 P239 R-

    Q 33,97 35,11 34,90 27,64 36,99 21,45 31,53 24,13 26,98 37,03 23,57 33,34 33,88 24 C 0,03 1,47 1,69 1,07 0,70 0 0 0 0 0 0 2,13 0 Or 29,97 30,05 31,87 30,60 29,49 30,92 28,38 33,29 32,24 28,39 33,OO 31,02 31,08 32 Ab 26,61 26,28 24,97 28,33 26,67 37,52 33,79 33,62 33,77 27,81 34,36 29,47 29,10 An 6,54 4,29 4,24 8,43 4,46 5,24 2,37 0,94 3,47 4,17 1,29 3,Oü 2,15 Ac 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Ns 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Wb O 0 0 0 0 0 0 0 0 0,26 0 0 U, 36 Di 0 0 0 0 0 0,12 0,05 0,21 0,16 0,16 0,22 0 0,27 C Hd O O . 0 0 O 1,99 1,58 3,38 0 0 3,77 0 0,14 2 Eh 0,13 0,08 0,18 0,18 0,05 0,12 0 0,06 0 0 0,05 O,u) 0 C Ri 0,85 1,00 0,75 3,28 0,12 2,15 0,06 1,04 0 0 1,04 0 O 1 Mt 1,91 1,33 l,4O 0,47 1,52 0,49 2,23 3,35 2,66 1,46 1,84 0,42 2,64 2 Ilm 0 0 0 0 0 0 0 0 0,31 0,31 0,87 0,38 0,38 1 Bn 0 0 0 0 0 0 0 0 0,19 0,41 0 0,21 0 Ap 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 O 0 O

    A 78,49 82,32 82,62 79,17 84,70 81,30 77,56 72,46 77,27 81,22 72,05 91,92 76,31 7C F 21,03 17,38 16,67 20,17 15,09 18,11 22,36 27,08 22,48 18,48 27,49 7,97 27,25 29 M 0,48 0,30 0,71 0,66 0,21 0,59 0,09 0,46 0,25 0,30 0,46 0,11 0,44 C

    Or 47,48 49,25 52,18 45,43 48,65 41,97 43,97 49,07 46,41 47,02 48,06 48,86 49,87 47 Ab 42,15 43,72 40,88 42,05 43,99 50,92 52,35 49,56 48,61 46,07 50,05 46,41 46,69 44 An 10,36 7,03 6,94 12,51 7,36 7,12 3,68 1,38 4,99 6,91 1,88 4,73 3,45 7

    Qz 37,51 38,22 38,05 31,93 39,7! 23,87 33,65 26,51 29,02 39,72 25,92 35,53 36,02 27 Or 31,10 32,72 34,74 35,35 31,66 34,40 30,29 36,56 34,67 30,45 36,29 33,06 33,04 37 Ab 29,39 29,05 27,22 32,72 28,63 41,73 36,06 36,93 36,31 29,81 37,79 31,41 30,94 35

    (Na+K)/Al Or81 0,78 0,77 0,73 0,82 0,87 0,93 0,97 0,91 0,87 0,96 0,78 0,9J C Tabela 22-A: Continuação.

    Amostra R-243 R-259 R-262 R-267 R-274 R-277

    Q 30,25 29,41 25,22 34,38 30,56 27,52 C 0 0 0 0 0 0 Or 30,98 32,20 35,29 29,88 33,34 35,87 Ab 31,57 26,47 35,69 26,53 23,00 26,05 An 0 1,53 1,18 2,73 0 0 Ac 0 0 0 0 4,97 3,15 Ns 0 0 0 0 0 0 Wb 1,17 3,71 2,70 0,92 1,65 2,77 Di 0,16 1,63 1,09 1,63 1,08 1,09 Hd O . 0 0 0 1,93 0 Eh 0 0 0 0 0 0 FÍ3 0 0 0 0 0 0 Fb 0 0 0 0 0 0 Fa 0 0 0 0 0 0 Mt 1,60 3,45 0,46 3,04 1,75 1,90 11 0,77 1.15 0,77 0,77 1,72 1,54 Hn 0,51 0,44 1,60 0,13 0 0,13 Ap 0 0 0 0 0 0

    A 79,68 66,30 80,61 69,95 66,03 72,16 F 20,05 31,35 17,71 27,46 32,50 26,31 M 0,27 2,34 1,68 2,59 1,47 1,53 Or 47,28 53,49 51,78 50,53 59,17 57,93 Ab 48,17 43,97 46,49 44,86 40,83 42,07 An 4,55 2,54 1,73 4,61 0 0 Qz 32,60 33,39 47,35 37,87 35,17 30,77 Or 33,39 36,56 38,28 32,91 38,37 40,11 Ab 34,02 30,05 34,37 29,22 26,47 29,12 (Na-HO/Al 0,91 0,95 0,97 0,91 1,10 1,06 Tabela 23: Analises químicas do batolito de Mocambo {realizadas na SUDF71R, on Recife).

    a) elementos maiores

    Amostra MC-8 MC-9 MC-14 MC-17 MC-19 M>28 MC-30 MC-34 MC-37 MC-45 MC-54 MT-61 MC-64 MC-68

    SiO2 68,00 70,00 66,00 66,80 66,30 67,10 68,39 66,75 68,32 71,67 68,20 68,78 69,44 69,40 Ti 02 1,50 1,86 1,90 1,60 1,60 0,83 0,80 0,83 0,83 0,47 0,67 0,55 0,60 0,63 A12O3 12,80 11,50 12,10 9,50 10,90 13,78 12,07 13,80 13,47 13,18 13,81 13,49 13,43 11,77 Fe2O3 2,20 2,40 2,80 5,60 4,00 1,96 1,49 1,72 1,36 1,23 1,52 1,31 1,56 1, Ao FeO 2,80 1,40 4,40 3,80 4,20 4,17 3,83 4,38 3,81 2,66 ' 3,66 3,09 3,23 6,25 MnO 0,14 0,10 0,10 0,10 0,09 0,08 0,06 0,08 0,06 0,04 0,06 0,06 0,05 0,00 MgO 0,60 1,00 0,70 1,00 0,90 0,93 0,65 0,91 0,75 0,35 0,58 0,46 0,51 0,49 CaO 2,80 4,5O 3,5O 3,00 3,20 2,59 2,31 2,66 2,38 1,54 2,31 2,24 1,96 1,96 Na20 3,00 5,00 3,10 3,00 3,26 3,10 3,05 3,10 3,01 2,83 3,10 2,98 3, Oi * / J" K20 5,0O 1.-0O 4,7O 4,70 5,00 4,90 4,90 4,85 4,70 5,14 5,O2 4,90 5,14 5,24 P2O5 ------002 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,0ü H20+ 0,13 0,10 0,03 0,05 0,08 0,06 0,13 0,00 0,07 0,05 0,08 0,00 0,00 0,06 H2O- 0,80 0,80 0,40 0,50 0,40 0,96 1,79 0,48 0,66 0,31 0,87 0,80 0,91 0,84

    b) elementos traços

    Cu 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,01 0,00 0,00 0,00 0,00 0,01 Co 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 Ni 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,01 0,02 Zn 0,01 0,01 0,01 0,02 0,01 0,01 0,01 0,02 0,00 0,02 0,01 0,01 0,01 0,00 Cr 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 o,oo 0,00 0,00 0,00 F 0,00 0,00 0,00 0,05 0,03 0,00 0,01 0,01 0,00 0,02 0,00 0,03 0,04 0,03 Ttotal 99,78 99,67 99,73 99,72 99,97 100,47 99,54 99,61 99,43 99,51 99,92 98,67 99,87 99,77 «M cc L ^n o** *—* oc (^fcf^ O D f*^ ."™^ • T ^*i Í 8888 8 8 ir O *** ^^ f*^ O O ÍM f> ir» OOO i do6ÓÔÔ I I

    Q

    CM r-í vS 388^88 ü tN odd óòôóóó o CM O in 88 8388 vc ÔÓÒ \o óó ôôóó cr>

    OOOOOt-»r- 8 °omíMcrma\ 8 888388 ri^no OOO ôóoddd CM (oO u CM m m O O Min n Qr»rOO 0 \£) OOOr- 88 8888 cn O m <-H i-4 O O m ir> O OOO g dd ô ó õ ò c*

    fM O rfM I i-H 8 OCO * 88 8388 in O OOO o ôóoddd VC T-l c CTí

    10 m OOQOOOOOQO OVOCD VD en oo "1 -I H 00 If) O ri O rsi I 88 8888 i OOO vo ^ 66 odd d

    oo 8 O

    CO 88 8388 s iOin odd VD r-t dddddd 8

    O in co m CD 8 888388 co I r-t <*> OOO Ch VD ddáôôd 88 8388 i < Oifi OOO 3 VD r-l dddddd 5 CO 4J 888888 m OI OOO 8 VD dddddd fM í .o ! Ü ! Ü N f\| O Ó Olft+1. I fl I O OONNOOOOINOONOI3N(ND(NON O- j g •H I ÕU Z esJ U Tabela 23: continuação a) elementos maiores ftrostra FC-134 MC-140 MC-141 M>146

    SÍ02 69,07 72,68 68,00 67,00 TiO2 0,42 0,27 0,40 0,60 A12O3 13,43 12,51 15,10 14,20 Pe2O3 2,00 0,71 1,30 1,60 FeO 2,87 2,22 3,45 2,80 MnO 0,08 0,05 0,08 0,10 MgO 0,53 0,38 0,35 1,45 CaO 2,38 1,82 2,40 2,30 Na2O 3,30 2,63 3,30 3,44 K2O 4,34 5,09 4,50 4,46 P2O5 n.d. n.d. n.d. n.d. C02 0,00 0,00 0,00 0,00 H2O+ 0,16 0,12 0,02 0,16 H20- 1,32 0,55 0,50 1,70

    b) elementos traços

    Cu 0,00 0,00 0,00 0,00 Co 0,00 0,00 0,00 0,00 Ni 0,00 0,00 0,00 0,00 Zn 0,03 0,03 0,02 0,03 Cr 0,00 0,00 0,00 0,00 F 0,00 0,00 0,02 0,00 Total 99,98 99,06 99,44 99,84

    u» Tabela 24: Normas CIPW e alguns parâmetros petroquímicos para rochas do batólito do Mocnnix) (analise» na SUDENE em Recife).

    Amostra MC-8 MC-9 MC-14 MC-17 MC-19 MC-28 M>30 MC-34 MC-37 MC-45 MC-54 MC-61 MC-64 MC-68 M>70

    Q 25,87 29,85 22,94 27,26 22,60 22,09 25,96 21,65 25,36 30,54 24,50 26,51 26,25 24,16 24,79 C O 0 0 0 0 0 0 0 0 0,16 0 0 0 o 0 Or 29,90 5,98 27,97 28,03 29,71 29,12 29,69 28,93 28,14 30,65 30,20 24,59 30,70 30,41 23,52 Ab 25,68 42,84 26,42 22,91 27,74 26,46 26,48 25,81 24,16 26,48 25,81 24,16 26,71 25,77 25,75 An 6,77 6,06 5,26 0 0,34 9,27 4,89 9,50 9,49 7,71 7,13 9,16 fl ,04 Ac 0 0 0 2,39 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Ns 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 O 0 Wb 0,30 3,71 0,58 2,85 2,20 0 0 0 0 0 0 0 0 o o Di 3,26 5,44 3,79 5,42 4,86 1,10 1,69 1,06 0,67 0 1,05 0,4!) V,A3 O, /J 1 ,b3 Hd 2,11 0 5,33 1,08 3,65 2,00 4,18 2,19 1,44 0 2,84 1,40 1,10 4,91 3,40 Bi 0 0 0 0 0 1,82 0,88 1,80 1,58 0,88 0,98 0,95 1,C9 0,88 2,23 FS 0 0 0 0 0 3,78 2,49 4,28 3,91 3,20 3,04 3,13 3,2O 3,04 3,13 Po 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 ò Fa 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Mt 3,23 0 4,09 7,00 5,83 2,86 2,21 2,52 2,00 1,80 2,24 1,94 2,Ü9 2,OJ 4,16 11 2,88 3,21 3,63 3,07 3,06 1,59 1,56 1,59 1,60 0,90 1,30 1,07 1,15 1,19 2,28 ttn 0 2,43 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Ap 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 O 0

    A 59,79 56,82 50,59 43,90 48,70 53,82 57,73 53,76 57,14 65,94 59,15 62,50 61,31 50,68 40,37 F 35,72 33,71 44,88 50,40 45,99 39,92 37,55 40,09 37,30 31,16 36,62 33,86 34,86 46,30 52,68 M 4,48 9,47 4,54 5,70 5,31 6,26 4,72 6,15 5,56 2,90 4,23 3,65 3,84 3,02 6,95 Or 47,95 10,90 46,90 55,03 51,41 44,96 48,64 44,57 44,36 49,02 47,16 45,87 47,61 52,04 42,07 Ab 41,19 78,06 44,29 44,97 48,00 40,73 43,35 40,79 40,68 38,65 41,70 39,94 39,92 42,42 43,60 An 10,86 11,04 8,81 0 0,59 14,31 8,02 14,64 14,95 12,33 11,13 14,19 12,47 5,49 14,32

    Q 31,76 37,94 29,66 34,86 28,23 28,47 31,62 28,10 31,98 35,78 30,09 32,38 31,74 30,11 34,11 Or 36,71 7,61 36,17 35,85 37,12 37,53 36,15 37,54 35,48 35,91 37,10 36,14 37,13 38,52 32,36 Ab 31,53 54,45 34,16 29,30 34,65 34,00 32,22 34,36 32,54 28,31 32,81 31,4B 31,13 31,37 35, S3

    Do\O in vr> •n O r» •"•«• CM --J CNinin^_ T>i—«r«.\o C"~ ÍN in rsi «O «• - -OCO'"» « - «OC - - O C CM O «N r- ^._*oc* .-..-• O VD en CM in VD r*> en CM O 8 «*» CM p» CN co vr CO CM O t^t ~+ l/N m i o «n p- • OP» m ON VP ^^ HQCD v°Lo O«occcr^~c> o o 5•- ^°l^. ONo o ^^-"N Co o CM CN CM O 9i«V CN HHVDOO CNCM mm O 0D CM O CO voin o •••-OO ^ CM tn f-i O O co cc Oi» m CN CN vo co in O CM m CM VD en CM t^t en

    p- in in vo T fHvomr~ rH tH p» eo in r» ^ o\ CM CM VD in CN p- fH m m o rH ON 00 in cr» in "Io" "~ o oo*.*-oo ^oo O VD en CM CM ON *r tn m r>oooN OfNOcn »HO VD en CN en en Ü CN CN CM OvovoO Om •* O CM ^ en VO iH ' «* ^ CM in CN in v vo ** ONON vo co » O * * * O O O O O » »• O O * "OO m p- r» m o' wmn mtninco OO cno m fH CCNM ON 00 CM O ON O O CM tn CM VD cn en en en O O invo.^" ONVomfH mO p» en O fH in en CM ^ "» O « CM en p- CN i-icNfH^rcNTONin_ *r*r Hinn VD P» VD »O • •• -OOO » » - *• O O - »OO en OD oo VO CO 'V O ONVDCN O O «-• en ^ rH in' CM CM CM f-l CM en en

    CM cr\fH CM P- fH P» en O vo en CM m rH en CM OO ON VO ON ClfflV CN OH co in en •—i P» CN r-4 CM CN rH in •«• en *r CN CN en

    oo vo ON r-> CN m ON vo fH CN ON r»HCN^ «©^O ^CM en en co cr- O in •• *• «-OOO •• • - O-OO - «-OO VD cê m tn r» HO^O CNIH O O ON in P» us CO P- CN VD en vo CN en in

    co co vp vp rH CN P^ NOOH CO 8 CN vp O p~ cr» en vo o O O CM en en rH IN CO ON in co in ON ONvom in • CM en en rH CN CM H in o\ CN ON fH VO o\ m in P» P» VD O in in O fH VO rH en en CN rr cr» vo p» O O O in CN CN ^* ^- f-C CM CN in p» co vo ON en CM en CN f-i m « CN en en en m vo in t^ ^i P^ 00 |^ C^i ON VD m vo ON ON O CM ON ON CO VD en ON VD »O •» - "• OO O in rH en c?\ O VD en dd3en* en*^ ° cn p» oo in O *r rH en CM rH m v en i—i CM ^r en

    P» inONr»in «H en in ON CD m en CN ^ 00 mm v p» co vo en ON p» «. o » • "OOOOO 8» 'OO » » ON OO CN r< *m(Ni fHCM mo CM ^ CM co VD VO rH fH d CM m CM vp en ^- en CN «T in O mcor»0 mr» ON co en v ON p» r-l en P* 00 ^ m ON CM vo O en in rH VD 3 co oomin OON» OH O en m rH VO CN in ON in O m * CN en en c IH CN CN fH v en CN p» ••* p» in miHin r-^rcNco ^-ON vp O O CN CO O O

    en 2 7 p» "O •> - -OOO»» >» OO «-OO VD r» oo ^r 00 O\VDCN OOCNCi "»fH O m in en co oo T» ON in I fH CN CN t-i m «• CN en m CN <3 2 rH JS I 146

    VO m o O i 00 in in r-l vo r-4 I -O * -^OO rvi vo o\ O OOHNMH CO r-4 CN d in CO CM CN CN rH in m CN m o O oo O i 00 CN in 00 OO 00 r» CT> VO VO w cri CO 00 ( 8 3 o CO rr O vo co (\i OO OOO". - r-l VO CN o CN r- o o CN CN CN t-t VO ro rH

    <8 U 4J

    o < ~ 1*7

    label a 25: Análises químicas de òiquss a oeste õa Serra da Meruoca

    a) elementos maiores

    /mostra D-l 0-3 0-5 D-7 D-9 D-13 I>-16 D-23

    SiO2 67,20 64.13 71.52 65 .00 "3.99 66. SO 62.32 57.61 TiO2 0,50 0,67 0,53 0;OC 0,20 0.62 0,83 1,43 A12O3 15,30 16,69 13,05 17,40 12,60 13,84 14,98 14,22 Ffe2O3 0,80 1,50 0,40 2,00 0,86 1,58 1,41 2,37 FfeO 2,60 3,02 1,86 3,00 1,29 4,31 5.46 5.53 MnO 0,04 0,07 0,05 0,10 0,04 0,08 0,14 0,18 MgO 0,64 0,58 0,12 0,36 0,14 0,45 0,77 4,35 cao 2,00 2,80 2,38 2,10 0,84 2,IO 2,94 4,06 Na2O 3,30 3,10 2,83 2,33 3,60 3,33 4,08 3,46 K20 5,30 4,52 4,85 5,36 5,78 5,66 5,09 3,31 P2O5 n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. 002 0,02 Or03 0,09 O,O7 0,00 O,00 0,00 0,00 H20f 0,16 0,16 0,11 0,14 0,25 O,26 0,19 0,35 H2O- 1,60 2,50 1,98 2,20 1,03 1,41 1,53 3,20

    b) elementos traços

    Cu 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 CO 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 Ni 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 O,00 Zn 0,01 0,02 0,01 0,02 0,01 0,01 0,03 0,04 cr 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,01 F 0,06 0,05 0,00 0,00 0,04 0,00 0,05 0,02

    Total 99,53 99,84 99,78 100,08 100,53 100,25 99,87 100,14 26: Noraas CIPVí para os diques a oeste da Serra da Meruoca-

    «rostra D-l D-3 D-5 0-7 D-9 D-13 0-16 D-23 21,50 21.11 21.72 24.81 29.05 19.15 10.76 3.55 0,56 i,73 0 4.21 0 0 O 0 cr 32,06 27,51 29,34 32,42 34,42 33,87 30,38 20,27 AS 28,58 27,01 24,52 20,18 3O.7O 28,53 34,87 30,33 Ar. 10,03 14,11 8,79 10,21 1,16 6,18 7,60 13,98 0 0 0 0 0 0 O 0 ss 0 0 0 0 0 0 0 O MO 0 0 0 0 0 0 0 O **- O 0 0,31 0 0,58 0,70 1,36 3,74 as 0 0 2,07 0 2,04 3,10 4,80 1,86 3: 1,63 1,49 0,16 0,92 0,08 0,81 1,31 9,49 3,44 3,43 1,26 4,14 0,33 4,16 5,28 5,41 ?M 1,19 2,24 0,59 2,97 1,26 2,32 2,06 3,56 0,97 Ir31 1,03 0 0,38 1,19 1,59 2,81 0 0 0 0 0 0 0 O 0 0 0 0 0 0 0 0 • A 68,47 60,62 76,65 59,85 80,97 59,25 55,01 36,04 r 26,43 34,76 22,16 37,35 17,82 37,78 33,69 40,80 y 5,10 4,61 1,20 2,80 1,21 2,97 11,03 23,16 Cr 45,37 40,08 46,84 51,62 51,93 49,37 41,70 31,38 • -M 40,45 39,36 39,14 32,13 46,32 41,61 47,86 46,97 AT. 14,19 20,56 14,02 16,26 1,75 9,01 10,44 21,65

    C 26,17 27,91 37,07 32,05 30,85 23,49 14,15 14,46 cr 39,03 36,37 34,29 41,88 36,55 41,53 37,97 34,26 A3 34,80 35,72 28,65 26,07 32,60 34,99 45,88 51,28 (Na+K)/Al 0,73 0,60 0,76 0,55 0,97 0,84 0,82 0,65 FIG. 17: Diagrama de variação de Harker para as rochas do batolito de Meruoca 150 atais enriquecido em Fe-CK. Isto provavelmente implica que este grupo de rochas cristalizou sob pressão parcial de oxigênio mais alta do que o outro.

    A figura 18a» Fe«0, mostra uma correlação negativa com

    Al-O^f sugerindo a substituição de Al~0~ por Fe-CU no feldspato potássico (hematita foi exsolvida durante o resfriamento, os sí- tios preenchidos por alumina, Fe2°3 ocupando defeitos ria rede cristalina). Correlação positiva é observada na figura 18b entre

    Fe-03 e K-0, o que è provavelmente relacionado ao volume relativo ocupado pelo feldspato potássico na rocha.

    Algumas feições consplcuas mostradas no diagrama AFM (fig.

    19), incluem restrita variação de Alk, de 59 a 91, valores de M muito baixos e nenhum "trend" que se desvie da linha Alk-F. Este

    "trend" de diferenciação difere do calci-alcalino e aparentemente reflete cristalização sob baixa fugacidade de oxigênio, em concordância com o que foi concluido a partir da química mineral.

    A cristalização do magma provavelmente seguiu o esquema de dife- renciação semelhante ao proposto por Osborn (1959, 1962) para intrusões acamadadas, onde a pressão de oxigênio é mais baixa, ferro-olivina cristaliza em lugar de magnetita e o liquido residual se enriquece em ferro.

    0 diagrama Qz-Ab-Or è geralmente um dos mais informativos dos métodos bidimensionais, fornecendo uma idéia das condições de saturação em H~0 do liquido granitico durante a cristalização.

    Como as rochas de Meruoca são geralmente baixas em CaO e MgO, podem ser discutidas por analogia com o sistema Qz-Ab-Or-H-O. Na figura 20, valores para Meruoca, Mocambo e diques a oeste da Me- 151

    ^-— ^—•••

    /W MERUOCA c (c) MOCAMBO • O • s Kl 5 • 4 (5> o O 4 • / CM o o 1? 3 2 2 i ,** . • 8 9 10 li 12 13 14 15 16 17 8 9 10 II 12 13 14 IS 16 17 AI2O3 (%) AI203 (%)

    (d) MOCAMBO 6 (b)MERUOCA 6 5 o° ° 5 * r 4 O 4 • ct> »* 3 0 O ü. 3 2 2 I §• • • 1 • 4 5 6 1 2 3 4 5 6 7

    FIG. 18: Diagramas Fe2Og(peso%) vs. Al2O3(peso%) e vs. K20(peso%) para rochas dos batofitos de Meruoca e Mocambo. Para as rochas da Meruoca, círculos abertos representair rochas peralcalinas.

    * 90

    Meruo- 70 / ca / Mocanbo

    Diques a oeste da Meruoca

    10 10 10 20 30 40 50 60 70 80 90

    Fig. 19 : Diagrama AFM contrastando o conportanento dos batolitos da Meruoca, Mocanbo e diques a oeste da Meruoca. 153

    foram piotados separadamente no diagrama Qz-Ab-Or, onde a

    minima sob condições de saturação em H~0 entre 0,5 e

    10 kbar (Tuttle e Bowen, 1958 e Luth et alli, 1964) foram tamoèm plotadas.

    Quase todas as rocnas da Meruoca, incluindo aquelas com e sem faialita, caem no lado feldspatico dos mínimos, próximo ao vale térmico e sugerem fusões próximas ao eutètico. Somente a a- nostra R-21 plota no lado saturado em quartzo junto a linha

    Oz-Or. A disposição dos pontos no diagrama Qz-Ab-Or è uma

    indicação de um magma subsaturado em água. Todas essas rochas, co- mo mencionado antes, mostram baixo teor de H_0 o que concorda com a conclusão acima. 0 magma permaneceu subsaturado em água atè quase o fim da cristalização. A alteração incipiente dos minerais ferromagnesianos descrita na seção sobre a petrografia destas ro- chas, ao lado da presença de feldspato salmão a vermelho-tijoio, pode ter sido, pelo menos em parte, o resultado desta saturação tardia em água. Fluor provavelmente desempenhou um importante pa- pel em relação a esta saturação tardia uma vez que geralmente faz com que minerais anidros como quartzo, plagioclâsio e feldspato potàssico cristalizem antes das fases máficas hidratadas.

    Este diagrama Qz-Ab-Or sugere que a uma pressão de 1 kbar, algumas rochas estavam próximas ao minirno ternário. A mesma pressão, outras porções do batólito estavam próximas ao mínimo seco e isto reflete a grande heterogeneidade do liquido granitico

    -aito viscoso. Todas as rochas da Meruoca analisadas mostraram soma Ab + Qz + Or maior d^ que 80, o que faz deles "granitos ver- dadeiros" de acordo com Tuttle e Bowen (op. cit.).

    No diagrama Ab-An-Or as rochas com e sem faialita também se (ei of ou es

    Ab Ab Ab Or

    Fig. 20: Diagrama í}z-Ab-Or para os batòlitos dn Mrruoca e Mocambo e diques a oeste da Serra da Meruoca.

    Minino ternario, P,t = P , ( P em kilobarias) v2'> total Minimo ternario, P = P ,=1 Kilobnria

    Minimo ternario, P =0(1' em ki lobarias) IIMV' 155 superpõem. Hà sete amostras 01130 teor em An de plagioclásio é zero e o resto tem valores variando de 0*11 a 22.93%, dos quais quase 50% è mais baixo do que 10% de anortíta. Todas as amostras plotam dentro do campo do granito no diagrama An-Ab-Or ffig. 21), de acordo com a classificação de O'Connor (1965). O Índice de diferenciação de Thornton e Tuttle (1960) varia de 78 a 93 (fig. 22) e na figura 23 foi plotado contra CaO e K^O, respectivamente. 0 primeiro aparentemente sugere uma correlação entre este Índice e CaO, enquanto que o segundo não define bem uma correlação. Dentre as 79 amostras analisadas, 9 delas (R-ll, 21, 39, 51, 57, 66, 104, 274) mostram Índice agpaltico (definido como a razão molecular (Na+K)/Al) superior a 1,0, típico dos riebeckita-gra- nitos (Didier, 1973) e granitos peralcalinos, onde o baixo teor de Al~03 impediu que os alcalis fossem totalmente retidos pelos feldspatos. No diagrama (Na+K)/Al versus SiO? (fig. 24a), as ro- chas da Meruoca mostram dois "trends" que se interceptam em torno de 70% de SiO2. 0 "trend" correspondente às rochas peralcalinas mostra valores de (Na + K)/A1 mais elevados como seria de se es- perar. Em estudo experimental sobre a relação entre mineralogia dos acumulados e a química dé elementos alcalinos e traços, McCarthy e Robb (1978) reconheceram que uma mudança na mineralogia dos mi- nerais acumulados (plagioclásio + quartzo + minerais máficos) re- sulta nas seguintes características químicas: a) Ba e Rb inicialmente crescem em abundância no sólido e na fu- são, enquanto que Sr decresce atè que a cristalização do (a) MERUOCA

    (b) MOCAMBO

    (c) DIQUES

    Fig. 21 : Diagrama Ab-An-Or para rochas dos batolitos da Me- ruoca. Mocambo e diques a oeste da Meruoca. A clas- sificação petroquímica e de O'Connor (1965). a-b representa a projeção do plano que separa os campos primários do plagioclasio e feldspato potassico. 14

    12 II H 11 MUCAM60 í 10 o z UJ Q £=1 M E RUOC A o ti. 4

    2

    0 72 76 80 84 88 92 96 100 ID

    FIg. 22: Histograma mostrando a varlncao do Índice de diferenciação (T.D.) para o» b»t6- Htos de Meruoca e Mocambo

    15 6 1 Iw < 75 g 5 • #** «1 • • • 9, 4

    • g 3 i â o1 70 • • V) 2 * 1 • o I Jut»? o »*• Ô o 65 • • 95 90 85 80 75 95 90 85 80 75 Dl 01

    Fig. índice de diferenciação (DI) vs K20, CaO e SiO2; batõlito da Meruoca.

    09 159

    2,0 • MERUOCA to Perolcalmos) * MOCAMSG ~ 1.5 o

    1,0

    I 0,5

    60 65 70 75

    SiO2 (°/ (a)

    OJS MERUOCA

    0,4 Peralcolinos

    0,2

    100 300 500 700 Zr(ppm) (b)

    i FIG. 24:(a)Razão molecular (Na + K)/Al versus Si02(peso%) 4 para rochas de Meruoca e Mocambo (b)MgO (pesoi) versus Zr (ppm) para rochas de Meruoca 160

    •eldspato potassico se iniciar quando então Ba e Sr ôecrescem em abundância. b) As composições das fusões são continuas, mas exibem inflexões até o ponto onde o feldspato potàssico torna-se um mineral acumu- lado, onde os sólidos (acumulado) exibem marcantes hiatos compc- sicionais. c) A razão Na_O/K_O varia bastante quando feldspato potàssico é um mineral intercumulus, enquanto que uma variação restrita nesta razão ocorre guando feldspato potàssico é um mineral acumulado.

    Elementos traços como Ba, Sr, Rb, Nb, Y, Zr, Zn, Cu, Ni e

    Cr foram analisados em 47 amostras do batôlito e histogramas são encontrados na figura 25. Todas estas análises foram feitas na

    Universidade da Bahia. Plotados independentemente contra Rb, Ba e

    Sr, os elementos traços evidenciam claros "trends" de variação durante a cristalização (fig. 26b e 26c). O comportamento seme- lhante das relações entre estes elementos traços e os modelados por McCarthy e Robb (op. cit.), reflete o estágio de cristaliza-

    ção com felâspatos acumulados e intercumulados, evidenciado pelo marcante decréscimo em Sr com um leve aumento em Rb. 0 primeiro estágio de cristalização com plagioclásio + quartzo + biotita

    (cristalização cotètica), caracterizado por um suave decréscimo em Sr com o aumento de Rb, não è visto aqui . Á dispersão na variação de Ba em relação ao Rb é maior do que esperada e prova- velmente deve-se a: a) variações nas proporções de acumulados e intercumulados; b) a natureza não representativa das amostras, particularmente com respeito a biotita, um bom hospedeiro de Rb e

    Ba, e c) ao erro analítico.

    Geralmente Sr, em baixa concentração (< 100 ppm), exibe am- v> 23 \ 20- 20

    13

    10- 10-

    3-

    O 900 1300 1700 100 300 300 700 Bo tppm) 40- Y (ppm)

    33- 30-

    30 23-

    23 20-

    20- 13-

    IS 13- 10-

    10- 10 3-

    3- 300 «00 Zr(ppm) 20 60 BO 30 100 130 Nb Li

    Fig. 25 : Histograma para elementos traços no batõllto da Me- ruoca. J.O.I-Õ

    l CM O

    Q. l J O. •o o 4J eu * nnn «o •n o £ O o O

    O ü- K E U Q. te N O 4J c

    O a —. OU » o *> b o a. o* ' 9 22 ia a a c Ê -H o n c oCP oO E •v -~ o. 0) a. -H 10 o s o

    O

    M D*

    O m O O m IO fu o *> o « CM W w * * 162

    • 7

    6 C2

    5 Ll

    •x C ' 2 4 ?>. 3 • • 2 • 1 - Ill 1 1 2 4 5 (%) (a)

    1000

    1000 • Ba Sr (ppm) loo

    100 • 20 Rb(ppm) 200 20 200 Rb(ppm) (b) (c)

    I i Fig. 26 : Diagrama Pb vs Ba, Na2O vs K00 c Rb vs Sr, batolito da Meruoca. 163 pia variação, em contraste com a variação modesta de Rb. Estes juixos valores de Sr provavelmente resultaram da percia deste ele- mento durante subsequente interação com água meteórica, o que também afetou em parte a composição isotôpica original do oxigê- nio nestas rochas. As variações relativas de Sr e Rb correspondem principalmente a uma espessura de 30 km de crosta dentro das ca- tegorias estabelecidas por Condie (1973). Ao contrário, Ba está presente em altas concentrações, com valores acima de 1000 ppm, provavelmente ligado a feldspato potàssico e biotita. A razão

    Na2O/K2O è homogênea (fig. 26a) com a maioria dos valores de K_0 entre 5 e 6% e Na20 entre 3 e 4%, poucas análises fugindo deste comportamento. Isto vem em apoio a idéia de que feldspato potàs- sico è um mineral acumulado em grande parte deste batôlito.

    Os teores de Nb nas rochas da Meruoca, geralmente entre 4 e

    50 ppm, caem no intervalo comum aos ambientes orogênicos e não- orogênicos, considerando as variações de Si0_ destas rochas

    (Pearce e Gale, apud McCurry e Wright, 1977). As relações entre

    MgO e Zr (fig. 24b) mostram um duplo "trend" (rochas com minerais peralcalinos ou sem eles).

    A concentração média de flúor nos granitos está, entre 600 e

    900 ppm (Correns, 1956), em torno de 800 ppm de acordo com

    Vinogradov (1962) e em torno de 850 ppm para granitos pobres em

    Ca e 520 ppm para granitos ricos em Ca de acordo com Turekian e

    Wedepohl (1961). De acordo com Bayley (1977) teores elevados de F em granitos ocorrem em variedades alcalinas, stocks hipabissais tardios, algumas zonas de teto ("roof zones") e margens, e alcan-

    çam um máximo em granitos com F e Li. .Bayley (op cit.) chamou a 164

    atençâ~o sobre a influência de HF no rebaixamento do ponto de

    fusão do magma granitico (de 36 a I10°C), retardando o inicio áa

    cristalização e fazendo com que quartzo, topázio e feldspatos,

    nesta ordem, cristalizem antes de biotita. Também interpretou as

    audanças na ordem de cristalização como sendo dependentes da

    natureza das reações, uma vez que mâficos e feldspatos são menos

    estáveis e tendem a se dissolver em fusões granlticas fluorldri-

    cas. Durante a cristalização, se crescentes valores de F levaram

    quartzo e feldspato a cristalizar mais cedo do que biotita, F

    seria concentrado nas fusões residual e intersticial. Com um alto

    grau de cristalização, F pode tornar-se saturado na fusão inters-

    ticial de tal forma que um considerável volume de F pode ser

    liberado por cristalização posterior. Crescentes valores de F (e

    provavelmete Li) retardam a complementação da cristalização nos

    r.agmas residuais à temperaturas mais baixas e faz com que porções

    •: residuais de magma ainda existam quando porções da intrusão, mais í pobres em F, jâ estão em estágio pós-magmàtico. Granitos zonados

    com relação a F, de acordo com Bayley (op. cit.), resultam da

    concentração passiva de F por cristalização fracionada para den-

    | tro de fusões residuais do teto ("roof"), ou pela presença de

    \ margens de "degassing" ou pela reconcentração de F e os associa- ir •í i dos Li, Sn, Be e Cs próximo às margens e zona do teto. Como

    [ Bayley enfatizou, a profundidade de intrusão é critica neste F | quadro, desde que a pressões mais altas, "degassing" de F è

    I mínimo enquanto a níveis menos profundos F escapa prontamente

    ; fazendo com que a solidificação seja mais rápida. Este autor i \ também propôs que as curvas de con tor i-. o de F de plutões de ; diferentes dimensões e nível de posicionamento podem dizer muito 165

    sua história de "degassing", deve haver vu correlação

    cr.tze F nos granites e seu Índice peralcalinidade (íXa-*>K)/Ai i

    coco observado por tfhitley (1974), es zonas de teto ("roof

    sanes*) de granitos. 3ma outra ooservacao importante é que o

    ausento das razões (K^CHSa,O)/(CaCH -^MgO) e» «aama5 peraicalincs

    favorecem a retenção de F.

    Fluor foi detectado em 20 amostras da Neruoca dentre as 35 analisadas para este elemento, variando de 0,02 a 0,25%, 16 amostras das quais são iguais ou acima da média de concentração de F para granitos (0,08%). Na figura 27, um mapa preliminar de isoteores de F na Meruoca mostra um padr2o concêntrico assimétrico cujo centro está localizado na porção sudeste do batôlito, incluindo as rochas com e sem faialita. Este aparente zonearoento de F parece ser parcialmente original e parcialmente realçado pelo fenômeno de "degassing", e modificações poste- riores da distribuição original de F, por interação com água retecrica, ou um evento hidroterma1 tardio. Algumas amostras em torno da vila de Meruoca não se ajustara bem a este padrão, e aparentemente seus teores de F podem ter sido perturbados pelo r.csrao processo responsável pelos valores anômalos de O encon- trados nesta área. Nenhuma correlação entre o Índice de peralca- linidade das amostras analisadas, ou a razão (K2O+Na20)/(Ca0+Mg0) e seus teores de F foi encontrada.

    Cinco amostras de rochas vulcânicas que cortam o batôlito da

    Meruoca, incluindo diabásios, andesitos e tufo rioliticoí?), foram também analisados (tabela 22). Os diques de diabásio que sao essencialmente toleiticos, com alt.is valores de CaO, relati- 166

    \

    Fig. 27: Mapa de distribuição de Fluor no batolito da Meruoca. 167 vãmente ricos em Fe. possuem baixos teores de Al-O^, PjO-, K-0 e TiO, (este è acima de 1.75%. valor comum aos oasaltos circunt- oceânicos como proposto por Chaves, 1965). MacGregor (1969) pro-

    pôs que o teor de TiO2 do magma basáltico pode estar relacionado com a profundidade de geração do magma, quanto mais alto o TiCu, caior a profundidade. 0 baixo teor de TiO- destes diques de diabasio sugere uma fonte pouco profunda rasa no manto. Sua química global é muito semelhante a dos diques de diabásio do Jurássico Superior ou Cretáceo Inferior do Rio Grande do Norte e Paraíba (Sial, 1974), incluindo elementos maiores e traços. Macroscopicamente, a amostra R-94 lembra uma rocha basàltica mas sua química se aproxima daquela dos andesitos ricos em K

    (Taylor et alii, 1969) com um baixo A12O3, altos KjO, TiO2 e P2°5 e entre os elementos traços, alto Ba, Li, Sr, e Zr. Provavelmente isto reflete assimilação de material crustal pelo magma ou sua fonte era enriquecida nestes elementos. Em diagrama de concentração de elementos maiores ("spider- gram") normalizados para os valores correspondentes de MORB ("Mid-ocean ridge basalt"), observa-se padrões enriquecidos em elementos litófilos de ions grandes ("large-ion lithophiles") e uma inclinação geral negativa (fig. 30). Granitos com e sem faialita sdão enriquecidos em elmentos litófilos de grandes de grandes ions (Sr, K, Ba, Rb) e mostram anomalia negativa de P, Nb e Ti. Isto está relacionado com a retenção de fases enriquecidas nestes elementos na fonte ou com o fracionamento delas durante a ascençao do magma. lfir.

    Rochas com faialit 1000- Rochas sem faiali- ta

    Sr K Rb Bo Th Nb Ce P Zr Hf Sro Ti Y Yb

    Fig. 28 : Diagrama de concentração de elementos (media) ,nor- malizado para MORB ("Mid-Ocean Ridge Basalt"), para o batolito da Meruoca. 169

    8.2. O batòlito de Mocambo Trinta e uma análises do batòlito de Mocambo sào encontradas na tabela 23 com suas normas CIPW e outros parâmetros petroquí- micos. Estas rochas mostram mais baixo SiO- do que as da Meruoca variando de 63,97 a 72,68%. As análises foram tratadas da mesma forma que as da Meruoca. 0 Índice de alcalinidade de Wright (1969) para estas rochas mostra uma variação mais estreita do que as rochas da Meruoca, variando de 1,84 a 4,61. Na figura 16, todas as rochas de Mocam- bo, exceto três, caem no campo das rochas alcalinas. Somente três amostras (MC-45, MC-124 e MC-141) são levemente corindon-normati- vas com 0,16, 0,70 e 0,44% deste mineral. 0 diagrama de Harker (fig. 29) leva às seguintes conclusões: a) K20 mostra uma estreita variação, exceto duas amostras (MC-9 e MC-107), onde valores como 1,00 e 0,63% foram encontrados. Na_0 que geralmente mostra uma estreita variação, è muito mais alto nestas duas rochas. b) CaO mostra um leve decréscimo geral com o aumento de SiO-. c) MgO è levemente mais alto nestas rochas que na Meruoca, vari- ando de 0,35 a 1,45%, somente 5 amostras com valores acima de 1,00. d) Exceto em 5 amostras, as razões FeO/Fe^O, são mais altas do que 1,00. Fe2O3 mostra uma grosseira correlação negativa com Al-0, (fig. 28a). Como no batòlito da Meruoca, isto provavelmente reflete no Fe-0, versus A12O, dos feldspatos alcalinos. Na figura 28b onde K-0 foi plotado contra Fe-O-, não hà claramente um

    F nã0 mostra uma "trend" e a variação de e2°3 correlação bem ff>

    14 >«L • • •

    12

    10

    SS 8 A CO O o ^ 6 in o 4 o o

    •&**» ?*'< "• * A oo°o d o

    62 63 64 65 66 67 68 69 70 71 72 73

    Fig. 29 : Diagrama de Harker para o batõlito de Mocambo.

    5 \ (b) 6 < 6 - 9 5 5 g 4 *"ro 4 _ O tM V 3 * u. 3 U. • m

    2 • w 2 • #

    1 1 •

    0 i I • ••I 0 7 8 9 10 II 12 13 14 15 1 2 3 4 5 6 7 e ALO, (7o) K20 (7o) 1

    * (O (d)

    * - 6 % 6 • 5 •"••V \» E 5 g 4 ro 4 3 u. 3 2 2 1 % 1 • Q i i • i i • 0^ 9 !0 II 12 13 14 15 16 17 1 2 3 4 5 6 7 8 AI2O3 (%) N020 (70)

    Fig. 30 : Diagramas Al2 03 vs Fe2O3; K20 vs Fe2°3 ; AljO- vs K2° e Na-0 vs Fe2°3 ; batólito de Mocambo, 172 definida. No diagrama AFM (fiq. 19) as rochas deste batôlito mostram valores relativamente baixos de M, uma variação de 30-60 no lado A-Fr e nenhum "trend" em direção a M. Os valores de A parcialmen- te recobrem os de Meruoca, e os de M são levemente mais altos que os daquele batôlito. 0 "trend" não parece estar em continuação com o da Meruoca, e não segue o clássico "trend" calci-alcalino. Igualmente as rochas da Meruoca, estas refletem cristalização à baixa fugacidade de oxigênio. O diagrama Qz-Ab—Or (fig. 20) mostra uma alta concentração de pontos numa área restrita situada junto ao vale térmico, mas dois pontos plotam próximo à linha Ab-Q. Este quadro sugere uma cristalização fracionada no eutètico binário do sistema albita- quartzo, enquanto os pontos agrupados no centro do diagrama indi- cam uma cristalização no eutètico ternário. No diagrama Ab-An-Or (fig. 21) a maioria dos pontos se agrupa ao longo do limite entre granito e adamelito (classifica- ção de O'Connors, 1965) e somente um ponto plotou no campo do tonaiito e um, no campo do trondhjemito. Exceto numa amostra, o teor normativo de An no plagioclásio varia de 1,23 a 37,57%. O Índice de diferenciação de Thornton e Tuttle (1960) varia de 71,46 a 84,71 (fig. 22), que levemente recobre a variação exibida pelas rochas da Meruoca. 0 Índice de peralcalinidade, exceto para a amostra MC-17, è sempre inferior a 1 em concordân- cia com a mineralogia destas rochas, caracterizada pela ausência de riebeckíta, ou qualquer outro anfibôlio ou piroxênio alcalino.

    Na figura 24a onde (Na+K)/Al foi plotado contra SiO2, as rochas de Mocambo estão essencialmente em continuidade com as da Meruoca 173

    t parece também definir uir. "trend" duplo interceptando-se eai •orno de 65,2%. Na figura 31, (K-O vs Na-,0), os pontos se agrupam em quatro

    Areas diferentes, próximas aos sítios onde c^, Cjr lj e 12 de •rrCarthy e Robb (1978) piotaram. sugerindo que rochas do primeiro (biotita + quartzo + plagioclásio) e do segundo (biotita + quar- tzo + plagioclásio + K-feldspato) estágios de fracionamento estão presentes no batôlito. A maioria dos pontos, entretanto, está grupada próximo a 1. o que sugere que o primeiro estágio de cristalização é melhor representado no presente nivel de exposi- ção. Isto se contrapõe ao que foi observado nas rochas da Meruo- ca, onde feldspato potássico é o mineral acumulado mais comum.

    Somente seis análises de Rb e Sr estão disponíveis para as rochas de Mocambo, determinados num espectrômetro de massa em Austin, Texas (tabela 26). Sua variação relativa se restringe principalmente à categoria de espessura crustal maior que 30 km dentro daquelas estabelecidas por Condie (1973). Os valores en- contrados oara as rochas de Mocambo são um pouco mais altos do que as da Meruoca.

    Fluor foi analisado em todas as trinta amostras e está ausente em vinte delas. No restante destas amostras, seus va- lores variam de 0,01 a 0,08, isto é, abaixo da média observados em granitos (0,08%) na porção noroeste do batôlito. Granitos ricos em Ca exibem valores de flúor mais baixos do que os pobres en» Ca (Turekian e Wedepohl, op. cit.) e portanto os valores mais baixos encontrados no corpo de Mocambo em relação aos da Meruoca representam uma situação normal. Os baixos teores de flúor no (a)MERUOCA (b)MOCAMBO 7 7

    6 6 5 5

    Ol-2 « E •• • o CM 3

    1 * 0 C-l • 0C-!

    0 a • • • 1 2 3 4 5 6 12 3 4 5 6 No2O (°/o) No2O (%)

    Fig. 31: Diagrama Na*O vs K_O para os batòlitos de Mernoca(a) e Mocnnbn(b).

    C. e L. sao,respectivamente, a media ralculada para cumulate e funao 'TIO primeiro est&gio de fracionamento, envolvnndo plag. ••• quartzo + blotlta.

    C_ e L- sao,respectivamente, an compos 1 corn pnra o cumulato e fuitao no fteftimdo estagio, em que plapioolAslo, fridspnto pota«»iro, quartxo c Motlta aao crf«ta- lizndos. 175

    presente nível àe exposição tamoènt refletem a intensa erosão que

    afetou este batôlito removendo as rochas do teto e lixiviando a

    íjior parte do flúor. Provavelmente, flúor foi responsável por

    retardar o inicio da cristalização deste magma. Porções já soli-

    dificadas foram, em muitos casos, reaosorvidas pelo magma como se

    pode constatar em poucos casos não longe da falha Cafè-Ipueiras

    onde blocos cristalizados cedo com margens de reação são observa-

    dos. Com a queda da temperatura, flúor foi liberado talvez como

    u.T.3 fase gasosa subseqüentemente combinando com Ca para formar

    flúorita que è vista em poucos veios de quartzo no nevo local

    acima mencionado.

    8.3. Os diques a oeste da Serra da Neruoca

    Oito análises de rocha total de amostras dos diques a oeste da Meruoca são encontradas na tabela 24, com suas respectivas normas CIPW. Estas rochas mostraram maior variação em SiO2 do que os dois batólitos em questão, variando de 57,61 a 73/89%. Seu

    Índice de alcalinidade varia de 1,54 a 5,62. Na figura 16, três dessas rochas caem dentro do campo calci-alcalino e cinco delas, no campo alcalino. Três dessas rochas s3o corindon-normativas e portanto sub-alcalinas em seu caráter.

    Em todas as análises as razões FeO/Fe2O-> s5o maiores do que 1,0, o que implica num baixo estado de oxidaçao. Exceto a amostra

    D-23, todas essas amostras são baixas em TiO_, NgO e MnO e rela- tivamente altas em K^O e Na^O.

    No diagrama AFM, estas rochas mostram baixo M, maior varia-

    ção de A do que as rochas de Meruoca e Mocambo e um "trend" que paraleliza a linha A-F, similar ao determinado pelas rochas de 176

    Kocambo, exccco uir< ponto íD-23). Como somente oito análises deste

    conjunto de diques estão disponíveis nâo é possível precisar-se

    se seu "trend" de diferenciação é de tipo calci-alcalino ou não.

    O desconhecimento da química mineral destas roenas impede avaliar

    celhor a diferenciação com a fugacidade de oxigênio.

    Os diques aqui examinados mostram, em conjunto* «sua diferen-

    ciação bem mais pronunciada do que os batôlitos. Isto ê confirma-

    do por seu Índice de diferenciação que mostra uma maior variação,

    de 57,09 a 93,45. 0 Índice agpaltico em todas as amostras è menor

    do que 1, variando de 0,544 a 0,966.

    Fluor ocorre em cinco dentre as oito amostras analisadas, variando de 0,004 a 0,06%. Estes valores, abaixo da média para oranitos, são tão baixos quanto os exibidos pelas rochas de

    Mocambo. 9. GEOQUIMICA DE ELEMENTOS TERRAS RARAS

    Durante os ôltimos anos, cada vez atais os elementos terras rjras (TR) têm sido utilizados como uma ferramenta para invésti- sir a origem dos magmas graniticos, através de sua abundância

    (por exemplo Taylor et alii, 1968; Aleksiyev, 1970; Nagasawa e

    Schnetzler, 1971; Barker et alii» 1976; Condie e Hunter, 1976?

    Clikson, 1976; de Albuquerque, 1977, 1978; Frey et alii, 1978;

    Hanson, 1978, 1980; Sial, 1984, 1986, 1987; Sial e Ferreira, no prelo). Uma vez que estes elementos sâo bastante imunes a mudan-

    ças por processos pos -magma ti cos, esta foi uma das principais razões porque TR foram aqui analisados.

    9.1. Técnicas Analíticas

    Os teores de cinco amostras de cada um dos plutões (tabala

    27) foram analisados por uma versão modificada (Fryer, 1977) do processo de fluorescência de raios-X de Eby (1972) no Departa- rento de Geologia, da Universidade Memorial da Terra Nova, Cana- dá, por Mario C.H. Figueiredo. Os TR foram separados como um grupo por cromatografia de troca iônica, e transferidos para o papel de troca iônica SA-2 Reeve Angel convenientemente cortado.

    Antes da separação, 50 g de Tm foi adicionado como padrão inter-

    "o. Todas as amostras foram analisadas num espectrômetro de flu- orescência de raios-X Philips PW 1450 com um tubo de prata. O er- ro analítico foi estimado em menos de +10% para todos os elemen- tos na tabela 27. Resultados para Pr, Tb, Ho e Lu não estão listados por causa do elevado erro analítico e Tm, porque foi

    --ilizado como padrão interno.

    177 • 178

    Os valores condrlticos utilizados para normalização são os 4o condrito de Leedey (Masuda et alii, 1973) divididos por 1,20 (Sun e Hanson, 1976; Taylor e Gorron, 1977) para fazê-los compa- rável com os dados médios para condritos.

    9-2 0§ bâteütdã ái KêFU©€3 §

    Os padrões de TR (tabela 27, fig. 32a e 32b) são semelhan- tes entre si. Ambos os plutões são enriquecidos em TR em relação às abundãncias condriticas, e empobrecidos em terras raras pesa- das (Gd - Yb) relativamente aos TR leves (La - Sm). Todas as a- aostras mostram uma pronunciada anomalia negativa de Eu, que é * * indicada pela razão Eu/Eu , onde Eu se refere a abundância deste elemento normalizado, obtida por interpolação dos elementos adja- centes Sm e Gd. Os valores de Eu/Eu variam de 0,17 a 0,41 no batôlito da Meruoca e de 0,16 a 0,50 no batólito de Mocambo. Os padrões de TR leves nos 5 amostras da Meruoca c5o nota- velmente paralelos. A razão La^/Snu varia somente de 3,1 a 3,4 indicando um certo fracionamento dos TR leves. Os padrões de TR pesados são menos uniformes nas amostras R-70 e R-210, sendo aproximadamente planos. A razão Ceu/Ybu, que é a medida do grau N N geral de fracionamento de TR, varia de 4,4 a 14,4. Este fraciona- aento pode ser considerado moderado (R-229, R-210, R-70) a forte CR-240, R-14). As razoe La.ySm., nas cinco amostras, de Mocambo variam de N N 2,9 a 4,2 indicando também fracionamento dos TR leves, mas em Çraus diferentes. Padrões de TR pesados são quase paralelos com

    CN variando de 6,7 a 11,7. Ambos os plutões têm abundãncias'de TR anormalmente altas 179

    27 : Análises de elementos terras raras em rocna total, para os batôlitos da Meruoca e Mocambo.

    Meruoca

    R-240 R-229 R-14 R-210 R-70

    330 248 274 198 153 Ce 693 519 557 402 305 Sd 324 248 249 181 129 Sn 59,9 48,6 50,5 36,0 29,2 Ea 6,16 5,68 4,37 4,53 1,63 Cd 50,4 42,8 42,5 31,8 28,9 40,7 34,7 29,3 28,0 30,8 ET 18,5 17,9 12,3 14,4 18,7 Vb 13,5 13,6 9,25 13,1 17,9 Outros 97,8 76,7 76,7 59,2 49,9 Total 1634 1255 1305 968 764

    3,4 3,1 3,3 3,3 3,2 CeVEUjj 13,1 9,8 14,4 7,8 4,4 Eu/Eu 0,35 0,39 0,29 0,41 0,17 - Mocambo

    M>70 M>9 M>134 M>54 M>45 la(ppm) 493 263 186 166 196 Ce 950 484 404 362 388 Nd 431 207 191 172 159 Sn 84,8 38,0 37,6 35,0 29,8 Eu 4,03 4,74 5,62 4,78 2,08 Gd 78,1 33,4 32,9 31,7 24,5 Dy 67,1 26,9 27,4 27,2 17,9 Er 33,1 13,3 14,1 15,6 8,82 25,3 10,6 10,8 13,9 8,77 Outrosa 136,6 65,1 59,6 55,8 51,1 total 2303 1146 969 884 .886

    3,5 4,2 3,0 2,9 4,0 Ce,,Ab^ 9,6 11,7 9,6 6,7 11,3 0,16 0,41 0,50 0,44 0,24

    Pr + Tb + Ho + Lu, cujas abundâncias foram estimadas, nonralizado de acordo com valores correspondentes do condrito f

    1000 1000

    10 10 La Ce Lo Ce Sm Eu Gd Oy Er Yb (b)

    Fig. 32: Abundância de elementos terras raras (rocha total) nos batòlitos de Memora e Mocambo, normalizados segundo valores médios de condrtto. No diagrama («) o» circulos representam rochns rom falaiita e pontos, rorhas sem fniallta.

    I rt 181 comparadas com as rocnas graniticas em geral (Ewart et alii*

    1968; Barker et alii, 1976; Condie e Hunter, 1976; Glikson, 1976; de Albuquerque, 1977, 1978; Frey et alii, 1978; Sial, 3984). Em cada plutão, as rochas que contêm minerais máficos em maior abundância exibem mais altas abundâncias de TR. Estes altos valores totais de TR (760 a 2300 ppm), os "trends" de fraciona- mento de TR, e a anomalia negativa de Eu podem ser utilizados pa- ra limitar os modelos petrogenèticos para essas rochas. Fusão parcial ou cristalização durante a ascenção do magma influenciam a abundância de TR do magma resultante. Embora coeficientes áe partição entre minerais e fusões de várias composições químicas não são ainda bem determinados para justificar um modelo quanti- tativo (Frey et alii, 1978), os dados presentes podem ser discu- tidos à luz de aspectos conhecidos do fracionamento dos TR.

    0 padrão de TR de uma rocha lgnea depende das característi- cas de sua fonte e da diferenciação subsequente. Durante a dife- renciação, as abundâncias dos TR podem ser drasticamente mudadas a ponto de mascarar totalmente as características da fonte.

    Diferenciação e fusão de reação (termo utilizado por Barker et alii, 1975) influenciaram fortemente os padrões de TR nos batô- litos de Mocambo e Meruoca. Granada e hornblenda (com efeito apenas moderado) removem preferencialmente os TR pesados, plagio- clàsio seletivamente incorpora Eu, especialmente onde a baixa fugacidade de oxigênio criou uma alta razão Eu /Eu . A diferen- ciação onde granada ou hornblenda são removidos deixam o magma residual relativamente empobrecido em TR pesados mas com uma anomalia positiva de Eu (Hanson, 1978). A remoção de plagio- 182 clàsio contribui para uma anomalia negativa de Eu e geralmente

    empobrece Sr na fusão, mas é questionável se este processo pode

    ter revertido uma anomalia de Eu positiva na intensidade observa-

    da* nas rochas em questão. Portanto, ê mais provável que as

    rochas da Meruoca e Mocamoc tenham sido derivadas de uma fonte já

    enriquecida em TR, já fracionada, e sofreu a remoção de pia-

    gioclàsio mas não .de granada e hornblenda.

    Allanita e zircão desempenham papel importante no modela- nento do padrão de TR. Allanita tem uma forte afinidade pelos TR

    leves e zircào pelas TR pesados. A presença de allanita na Meruo-

    ca è também consistente com a abundância de TR leves nestas

    rochas (concentrações de La de 500 a 1000 veies a do condrito).

    Observe-se também que as curvas para os granitos sem faialita

    (fig. 32a) são horizontalizados na região dos TR pesados. Este padrão pode ser atribuido a contribuição do zircão. 0 paralelismo destas curvas sugere que allanita e zircão cristalizaram de um magma já fracionado. Se esses minerais fossem xenocristais (não em equilíbrio com o magma) sua distribuição esporádica de amostra para amostra teria destruído a regularidade do padrão. 10.A SISTEMÁTICA Rb-Sr

    A sistemática Rb-Sr foi aplicaáa aos granitos da Meruoca e

    Mocambo e aos diques aflorantes a oeste da Meruoca numa tentativa 87 B6 de datá-los e determinar a razão Sr /Sr como uma chave impor-

    tante para precisar sua petrogênese. Isôcronas Rb-Sr, em rocha total, foram determinadas separadamente para os batôli^os da

    Meruoca e Mocambo e para os diques (tabelas 25, 26 e 27 e fig.

    33, 34 e 35).

    10.1. Técnicas analíticas

    Estimativas preliminares dos teores de Rb e Sr foram obtidas por fluorescência de raios-X. Os métodos de diluição isotôpica foram utilizados para a determinação exata de Rb e Sr nas amos- tras selecionadas, com base na análise preliminar com fluores- cência de raios-X. As análises foram todas feitas, com exceção de

    4, num espectrômetro de massa semi-automàtico, no Departamento de

    Ciências Geológicas, Universidade do Texas em Austin, e os dados reduzidos através de um terminal de computador. De uma maneira geral, as razões foram registradas 70 a 100 vezes em cada experi- 87 mento. Rubidio foi determinado usando Rb como "spike" e es- ft A trôncio, usando Sr como "spike".

    10.2. Isôcrona para o batôlito da Meruoca

    Quatorze amostras da Meruoca foram selecionadas dentre 30 amostras analisadas por fluorescência de raios-X. Os critérios de seleção, além das proporções relativas de Rb e Sr, incluíram grau de preservação da amostra, distribuição geográfica dentro do

    183 • Tabela 28: Análises de isòtooos de estrôncio para os oatôlitos de Meruoca e de Mocaraao e ai quês a oeste da Meruoca, Ceará.

    87 e6 Jfcnostra Rb(ppn) Sr(ppn) Sr37/Sr86 ab /sr tipo de rocha

    a) Meruoca

    R-18 168,44 46,439 0,78509 10,472 Bi-granito R-34 215,56 57,752 0,76604 10,776 Hbl-Bi-gran. R-55 140,73 68,954 0,74767 5,892 Oz-sienito R-8O 240,57 33,804 0,85639 20,548 Bi-granito R-118 232,91 22,499 0,90526 29,881 Bi-granito R-207 312,81 5,309 1,94142 170,194 Hbl-bi-gran. R-216 143,30 60,448 0,75713 7,084 Hbl-bi-gran. R-229 144,57 40,355 0,78571 10,304 Fa-granito R-240 137,42 70,863 0,75029 5,597 Fa-granito R-259 100,30 168,861 0,72113 1,714 Hbl-granito

    HC-37 193,81 170,457 0,73421 3,282 Hbl-bi-gran. MC-54 210,93 145,892 0,74233 4,048 Hbl-bi-gran. MC-7O 219,54 108,842 0,75638 5,827 Hbl-bi-gran. MC-87 304,26 104,905 0,77475 8,378 Hbl-bi-gran. MZ-1O2 151,83 243,211 0,72573 1,803 Hbl-bi-gran. MC-134 139,50 211,348 0,72498 1,095 Bi-hbl-gran. c)diques a oeste da Meruoca D-l 227,88 162,340 0,73878 4,O53 Riodacito D-5 105,29 114,701 0,73141 2,650 Granofiro D-7 144,38 147,437 0,73048 2,827 Riodacito D-9 109,25 30,257 0,78855 10,428 Riolito D-13 126,14 168,354 0,72337 2,164 Riodacito D-16 128,65 257,575 0,71758 1,443 Qz-diorito HAB-2 246,75 122,863 0,75490 5,799 Riodacito HAB-3 — 231,612 0,71800 1,664 Qz-diorito

    Obs.: As amostras HAB-2 e HAB-3 foram analisadas por Leon E. Long na Universidade do Texas, an Austin, Ttexas, Estados Unidos e foram coletadas por Leon E. Long, B.B. Neves e A.N.Sial, en 1976. Todas as demais amostras foram coletadas e analisa- por A.N.Sial 185

    Tabela 29: Cálculos oara isócronas Rb-Sr (Maruoca. Mocambo e áiques a oeste àà Meruoca. plutão n.de pontos idade(Ka)* (Sr /Sr 1 - o Batòlito da 14 491 + 19 0,707 + 0,00028 Meruoca Batôlito de 6 544 + IS 0,7106 + 0,0006

    Diques a oes- 7 562+19 0,7066 4 0,0009 te da Meruoca -11 *\Bb- 1,42 x 10 /ano 186 , e caráter petroqráfico das amostras. Dentre as quatorze

    arostrás, quatro delas foram analisadas para Rb e Sr no labora-

    tório Geocronolôgico áa Universidade de São Paulo, por L.E. Lona.

    e dez amostras no Departamento de Ciências Geológicas da Univer-

    sidade do Texas em Austin. A idade de 491 + 19 Ma e a ra2ão 87 86 inicial Sr /Sr de 0,7076 + 0,0028 para este batôlito deve ser

    vista com certa precaução. Somente 20 a 25% da dispersão dos

    pontos observada pode ser atribuida a erro analítico. Em parti-

    cular, os dados para amostras mais radiogênicas que tem baixas

    concentrações de Sr, caem bem abaixo ou acima da isôcrona (aste-

    riscos na fig. 33). E possível que muitas destas amostras tenham

    sido perturbadas isotopicamente.

    Bickford e Mose (1975) realizaram um estudo de ü-Pb em zir-

    cões de granitos de St. Francois Mountais, Missouri, Estados

    Unidos, que são caracterizados por feldspatos vermeiho-tijoio, e

    determinaram que eventos igneos principais ocorrerar durante um

    pequeno intervalo de tempo em torno de 1500 Ma atrás. Entretanto,

    os mesmos autores observaram que idades Rb-Sr em contraste com a

    sistemática U-Pb, são muito variáveis, variando de 1408 a 1273

    Ma. Wenner e Taylor(1976) e Taylor (1977, 1978) propuseram que as

    rochas de St. Francois Mountains sofreram interação prolongada com água que modificou os dados originais de isotopos de oxigênio.

    Bickford e Mose (op. cit.) observaram uma correlação positi- va entre as idades convencionais e concentrações de Sr em St.

    Francois Mountains, e esta feição levou-os a assumir uma impor- tante perda de Sr distribuída por todo o corpo granltico. As idades Rb-Sr seriam perturbadas se quantidades semelhantes de Sr 16;

    I A T P I 1 T 0 DA H F R I* A C A

    Idade

    RQ . 0.7076 - 0.0028

    i.o

    .- 0.9

    0.8

    o.; 10 20 30

    Rb87/Sr86

    Fig. 33: Isocrona Rb-Sr para o batolito da Meruora. IRS

    fossem removidas de amostras que contém baixas concentrações de

    Sr total. Este efeito seria aenos importante em amostras com altas concentrações de Sr.

    Taylor (1977) enfatizou que o comportamento anômalo de Rt/Sr observado nas rochas de St. Francois Mountains deve ser caracte- rístico para rochas semelhantes em outras partes do mundo. De acordo com esse autor» duvida-se se o método Rb-Sr pode ser usado para determinar idades originais de posicionamento de rochas que experimentaram interação com água meteôrica de baixa temperatura, e mostra feldspatos vermelho-tijoio, não importando o quão as estruturas e texturas pareçam preservadas.

    Diante disto e da perturbação isotôpica nos feldspatos, já comprovada pelos isôtopos de oxigênio, parece razoável conside- rar-se Meruoca como um exemplo em que a datação Rb-Sr não funcio- na para obter-se a real idade de posicionamento. Portanto, suge- re-se que o batôlito da Meruoca talvez tenha sido posicionado logo apôs ao de Mocambo, em torno de 540 Ma e a perda de Sr levou a dispersão de pontos observada no diagrama isocrônico.

    As idades K-Ar de cerca de 430 Ma, em feldspato e biotita

    (Vandoros, 1967) provavelmente indicaram a idade final de resfri- amento regional.

    10.3. Isôcrona para o batôlito de Mocamoo

    Seis amostras do batôlito de Mocambo foram selecionados usando os mesmos critérios adotados para as amostras da Meruoca.

    Todas as artlises foram realizadas em Austin, Texas, e uma idade de 544 + 15 Ma e uma razão inicial Sr87/Sr86 de 0,7106 + 0,0008 IR*

    c I c

    O <0 IB o o V. 2E I

    Ul ro o c u CM c K

    tt iZ O o O O o o CO •o CM IS 190

    DIQUES A OESTF DA SEXXA DA HERUOCA 79 Or T* 562 ± 19 780 R#* -7066 ±0-0009 •770h

    •760

    •750

    740 0>

    10 II

    Fig. 35 : Isocrona Rb-Sr para o conjunto de diques a oes- te da Serra da Meruoca. 191

    foi obtida. Desde que feldspatos vermelho-tijoio estão quase que completamente ausentes, e os teores de Sr destas rochas sào mais «Itos do que os da Meruoca, o que diminui o efeito de eventual perda de Sr por interação com água hidrotermal de baixa tempera- tura, esta isôcrona possivelmente representa a idade de posicio- namento deste batólito.

    10.3. Isôcrona para o conjunto de diques a oeste da Serra da Meruoca

    Sete amostras dos diques a oeste da Meruoca foram analisadas para Rb e Sr em Austin, Texas. Uma idade de 562 + 19 Ma e uma 87 8fi razão inicial Sr /Sr de 0,7066 + 0,0009 foi obtida. Estes diques podem não ter sido posicionados ao mesmo tempo, represen- tando uma suite diferenciada. Isto justifica o alto grau de

    incerteza da sua idade de posicionamento sendo o valor de 562 Ma apenas uma aproximação da verdadeira idade de posicionamento. Estes diques mostraram mais baixas razões iniciais -e Sr 87/S r86 do que os corpos de Meruoca e Mocambo. 11. ORIGEM E "EMPLACEMENT" DOS BATOLITOS DA MERÜOCA E MOCAMBO E DIQUES A OESTE DA SERRA DA MERUOCA

    A origem dos magmas da Meruoca e Mocambo parece ser comple- xa. A proximidade desses dois òatôlitos e idades provavelmente semelhantes sugerem que eles poderiam estar relacionados a um e- vento tèrmico-tectônico único, no manto ou na crosta continental.

    Antes de qualquer proposição definitiva ê interessante conside- rar-se as principais semelhanças e contrastes entre os dois batô- litos observados neste estudo (tabela 30).

    Ao formular um possível mecanismo para a geração destas ro- chas serão levados em consideração as correntes ata?is de pensa- mento sobre a origem de magmas graniticos. Dentre as múltiplas teorias a respeito merecem destaque as seguintes: a) cristaliza-

    ção fracionada de magma básico (Bowen, 1928), b) fusão parcial de rochas crustais (Eskola, 1932; Brown e Fyfe, 1970; Fyfe, 1973;

    Brown, 1973; Stern et alli, 1975 e outros), c) fusão parcial de crosta oceânica ou manto superior ao longo de zonas de subducção inclinada sob a margem continental (Dickenson, 1968, 1970; Hamil- ton, 1969); d) fusão parcial de sedimentos transporta-dos para a profundidade numa zona de subducção (Gilluly, 1971; Huang e

    Wyllie, 1973 e outros), e) fusão parcial de rochas do manto

    CYoder, 1973).

    Na figura 19, as composições normativas dos batôlitos da

    Meruoca, Mocambo e dos diques a oeste da Meruoca foram plotadas no lado Ab-Or-Qz do sistema granito de Tuttle e Bowen (1958) e

    Luth et alii (1964). Em todos os casos, as composições caem dentro do vale de baixa temperatura do sistema. Somente uma amos-

    192 193 tabela 30: Intrusões da Meruoca e Mocambo:semelhanças, contrastes da Meruoca 3atôlito de Mocamno - ' Cerca de 400tan de superfície Cerca de 180km* Cavidades miaroliticas abundantes Cavidades miaroliticas ausen- tes abundantes intercrescimentos Intercrescimentos granoflricos granof lricos ausentes Xenôlitos quase completamente Xenôlitos muito comunsíareni- ausentes tos, migmatitos) e também autolitos gabroicos Aurèola de contato pobremente Aurèola de contato muito bem desenvolvida,presente apenas desenvolvida em torno dos cr. alguns xenôlitos contatos norte e oeste da in- trusão Ffeldspato rôseo a vermelho-ti jo- Feldspato rôseo a vermelho- io muito comum. Peldspato verde tijolo raro(presente junto a sonente na parte norte da intru- zona de falha a leste do bató- são lito Feldspatos menos preservados Feldspatos melhor preservados Piagiodásio geralmente menos a- Plagioclásio mais abundante bcndante que feldspato potássico que feldspato potássico

    Esferulitos de feldspato ocasio- Esferulitos de feldspato au- nalmente presentes sentes Minerais oxido de ferro não a- Minerais oxido de ferro mais bundantes abundantes com hábitos euhé- dricos Pouca apatita Apatita abundante em concentrações mais altas K^O em concentrações mais bai- xas "teores mais altos de F F menos abundante. Presente em fluorita em veios Acamamento ausente Acamamento localmente presente 34 S em torno de 3 permil S em torno de 3 permil 0 mostra uma maior variação ""TiO*e" mostra uma variação com modificações pos-magmàticas menor, geralmente entre 9 e 10 permil 194

    30: Continuação. p an terras raras con: Enriquecidos em terras raras marcante ananaiia neçativa ae Ê>J cem marcante anemaiaa neaativa de Eu f inicial Sr /Sr prova- Ratão inicial Sr /Sr an velnente em torno de 0,707 de 0,710 195

    »ra da Meruoca cai dentro do campo do quartzo enquanto que ou-

    ,f3S amostras se agrupam entre os mínimos seco e saturado em água g 5 e 1 kbar de pressão. Situação semelhante ê observada com felação as rochas de Mocambo cujas amostras se agrupam entre os tinimos seco e saturado em água a 10 e 2 kbar de pressão, exceto amostras que que se colocam ao longo da linha cotètica a 3 . Os diques caem ao longo do vale térmico a 5 e 2 kbar, mas juas amostras caem dentro do campo do feldspato. Kleeman (1965) è de opinião que rochas que contêm mais que 2% de anortita normativa podem levar à falsas interpretações no sistema Ab-Or-Qz se os seus teores de An não são levados em con- sideração. £ mais razoável e significativo representar-se as ro- chas aqui consideradas no sistema An-Ab-Or-Qz (Tuttle e Bowen, op. cit.; Von Platen, 1965; Kleeman, op. cit.? Winkler, 1967; Presnall e Bateman, 1973). Este "sistema granodiorito" parece a- proximar-se mais da composição global das rochas félsicas e dos magmas que as formaram. Von Platen (op. cit.) demonstrou que du- rante a fusão parcial das rochas dentro do sistema An-Ab-Or-Qz, a razão decrescente Ab/An das rochas fontes implicam no deslocamen- to progressivo da linha cotètica para o vértice Qz do tetraedro, se visto na face Ab-Or-Qz. Em conseqüência, o minimo ternârio so- fre uma mudança em sua posição, o que implica em uma mudança constante dos primeiros produtos de anatexia. Sete amostras da Meruoca mostram An normativa zero, e no resto delas An varia de 0,11 a 22,93% das quais quase 50% é mais baixa do que 10%. Somente numa das rochas de Mocambo An normativa è zero, as demais exibem de 1,23 a 37,57% de An e em quase 80% delas, An è mais alta do que 20%. Diante disto, essas rochas têm 196 que ser referidas em relação ao sistema An-Ab-Or-Qz para uma idéia mais realista da sua posição em relação ao vale de baixa temperatura. Na figura 21, composições normativas das rochas da

    Karuoca representam um agrupamento de pontos em torno da região de baixa temperatura do sistema (em torno da linha a - b) e as amostras de Mocambo, exceto três delas, se agrupam numa área levemente acima do divisor de baixa temperatura. Os diques a oeste da Meruoca também plotam em torno do vale de baixa tempera- tura, mas sugerem um "trend" incipiente paralelo aos "trends" das províncias terciárias britânicas de San Juan e Thingmulli

    (Kleeman, op. cit., apud Waters, 1978).

    A origem magmâtica destas rochas apoia-se no fato de que to- das as amostras se colocam na vizinhança do vale de baixa tempe- ratura do tetraedro An-Ab-Or-Qz. Esta conclusão è apoiada pela presença de uma auréola de contato bem desenvolvida em torno do batòlito de Mocambo, texturas presentes em ambos os batôlitos e, no caso particular do batòlito da Meruoca, pelos dados de isóto- pos de oxigênio e hidrogênio.

    Wager e Deer (1939) demonstraram que a diferenciação de um magma básico geraria um liquido de composição granitica como um produto final, colocando-se dentro do vale de baixa temperatura do sistema granodiorito. Hyndman (1972) propôs que este liquido final diferenciado, entretanto, representaria somente uma fração de 1% do liquido basáltico original. Se Meruoca, Mocambo e os diques a oeste da Meruoca fossem formados por este processo, seria de se esperar um grande volume de rochas básicas associadas a eles, Além disto, uma variação composicional de gabro a grani- 197 to deveria também estar presente. Este, entretanto, nâo parece

    S£r o caso na área onde estas rochas ocorrem que, ao contrário, ê caracterizada pela total ausência de rochas básicas a não ser fjlonianas, mais jovens. Alguns enclaves gabròicos são encontra- dos em duas localidades no batôlito de Mocambo e alguns poucos enclaves basalticos em um dos diques a oeste da Meruoca. Crista- lização fracionada-atuou sem dúvida, mesmo em pequena escala, uma vez que se observa zoneamento químico de plagioclásio e de orto- clásio nestas rochas. A presença de ortoclàsio circundando pla-

    çioclàsio, e vice-versa, sugere que a maior parte do esquema de cristalização fracionada foi do tipo cotètico.

    Elementos residuais como K e Rb concentram-se durante a cristalização fracionada (Ewart e Stipp, 1968). Eles não estão realçados no batôlito da Meruoca (tabela 21) ou no batôlito de

    Mocambo e diques a oeste da Meruoca (tabelas 23, 24, 25 e 27) o que permite assumir-se que cristalização fracionada não foi o processo principal na formação destas rochas. A possibilidade de ser a Meruoca um diferenciado tardio do mesmo magma que originou o batôlito de Mocambo, aparentemente apoiado por teores baixos de

    Sr no batôlito da Meruoca, è eliminado por teores de Rb equiva- lentes nos dois batôlitos. Portanto, assume-se que a origem dos líquidos granlticos de Mocambo e Meruoca difere daquela em siste- r.as fechados de diferenciação de liquido basáltico.

    Uma segunda alternativa para explicar a geração das rochas nestes dois batôlitos, è a da assimilação de quantidade relativa- mente grande de material crustal por um magma basáltico durante o seu curso de diferenciação. Kleeman (1965) propôs que o liquido silicico residual poderia representar no máximo 15% do total da 198 rassa do magma básico mais o material siâlico. Este autor também afirma que a diferenciação de liquido basaltico contaminado for- nece uma variedade de líquidos com composições restritas ao campo do plagioclàsio no sistema granodiorito, próximo ao vale de baixa temperatura, mas nenhuma composição cai dentro do campo do orto- clásio. Acrescentou que granitos formados por magma basàltico contaminado são geralmente de caráter subaluminoso a metalumi- noso e hornblenda è o mineral máfico típico. Esta hipótese de contaminação, embora aparentemente apoiada pelas altas razões iniciais Sr /Sr , determinadas para os batôlitos da Neruoca e

    Mocambo e diques não parece ser a mais apropriada para explicar a gênese destas rochas pelas seguintes razões: a) ausência de rochas básicas exceto alguns fragmentos basálticos e gabróicos encontrados, respectivamente, no batôlito de Mocambo e nos di- ques, e a falta de uma série de diferenciação, b) como já discu- tido antes, a maior parte das rochas da Meruoca caem no campo do ortoclásio próximo ao vale de baixa temperatura do sistema grano- diorito; amostras de Mocambo caiam no campo do plagioclàsio, próximo ao vale de baixa temperatura, e duas delas caem no carr.po do ortoclásio, uma situação semelhante sendo observada para os diques, c) 80% das rochas de Meruoca são de caráter peraluminoso, d) hornblenda está presente em muitas destas rochas, mas biotita

    è geralmente mais abundante do que hornblenda. Portanto uma cristalização fracionada de um magma básico contaminado ou não, nio pode ser o mecanismo principal para a geração destes magmas granlticos, levando-se em consideração todos os argumentos acima.

    A hipótese de fusão parcial, então, deve ser adotada, sendo que a 199 natureza das rochas fontes» um problema ainda a ser resolvido. Batôlitos graniticos podem ser formados por fusão parcial de crosta oceânica subducionada (Dickinson, 1970; Matsumoto, 1968; Hamilton, 1969) numa maneira semelhante às vulcânicas calci-alca- linas das margens dos continentes. Podem também ser formados por fusão parcial de sedimentos oceânicos arrastados para a profundi- dade, nas zonas de subducção, que sofrem dois estágios de fusão e produzem líquidos granlticos em duas profundidades diferentes, que podem se recobrir de uma certa forma (Huang e Wyllie, 1973). Stern et alii. (1975) e Huang e Wyllie (1975), entretanto, encon- traram evidências em trabalho experimental que riolitos ou grani- tos não podem ser formados do manto ou crosta oceânica subduccio- nada a profundidades do manto. 0 fato de os batôlitos graniticos estarem restritos a áreas sobrejacentes à crosta continental, e granitos em ambientes oceâ- nicos serem relativamente raros, tem levado muitos pesquisadores a acreditar fortemente que a crosta continental ê a principal fonte de magmas granlticos. Presnall e Bateman (1973), por exem- plo, propuseram a fusão parcial de rochas crustais como o meca- nismo que gerou os granitos da Serra Nevada, nos Estados Unidos. A ausência de rochas básicas na área, o caráter peraluminoso predominante em ambos os batôlitos (há rochas peralcalinas no batôlito da Meruoca) e nos diques a oeste da Meruoca, biotita co- mo o principal màfico hidratado constituinte e prováveis razões iniciais Sr 87 /Sr 86 altas, parecem apontar uma origem crustal ou uma importante participação crustal nestes magmas granlticos. Es- ta idéia é apoiada pelas composições normativas que sugerem fusões próximas ao eutético. Na Meruoca, o magma era particular- 200

    rente enriquecido em elementos litôfilos de ions grandes ÍK, Ba, ».R.>» c tinha altas razões Ba/Rb e K/Rb, que, de acordo com

    -liltson (1976) è típico de fusão parcial de rochas crustais.

    O fato de ambos os batôlitos terem sido posicionados a um

    «ivel alto na crosta implica num baixo teor em água nas fusões

    -ranlticas correspondentes. Como proposto por Cann (1970), magmas

    3ranlticos com altos teores de água não sâo capazes de ascender ruito na crosta, pois seriam interseptados pelo solidus que os

    forçaria a cristalizar. O magma na Heruoca parece atender a esta

    exigência exibindo baixo teor em água. 0 batôlito de Mocambo,

    entretanto, pare ter sido um pouco mais rico em água como compro-

    vado por um teor mais alto em máficos hidratados e por uma

    aurèola de contato metamórfico bem desenvolvida. A presença de

    flúor em ambos os magmas certamente retardou o estabelecimento da

    cristalização (Bayley, 1977), e isto grandemente contribuiu para

    permiti-los migrar bastante na crosta, mesmo no caso de Mocambo.

    Os teores em água e em SiO~ em Mocambo sugerem formação de dois

    cagmas granlticos independentes (Meruoca e Mocambo) a partir das

    r.esmas rochas crustais ou de duas rochas fontes diferentes.

    Fusão parcial e cristalização fracionada como principais

    processos geradores de magmas graniticos podem ser distintos um do outro por meio de elementos traços e razões inter-elementais

    (Taylor et alii, 1968). Estes autores propuseram que fusão par- cial produz líquidos graniticos empobrecidos em Rb, mas enri- quecidos em Sr e Ba, a razão Ba/Rb e K/Rb sendo mais altas nas

    rochas formadas por fusão parcial do que naquelas formadas por cristalização fracionada. Na tabela 31, encontram-se as variações 201

    e médias para Rb, Sr, Ba, 2r e razões Ba/Rb e K/Rb para as rochas

    da Meruoca juntamente com idênticos elementos traços e razÔVs

    para riolitos de provável oriqem por fusão parcial e para leuco-

    qranitos de provável origem por cristalização fracionada (Taylor

    et alii, op cit.) e uma média para um granito baixo em Ca de Tu-

    rekian e Wedepohl (1961). Os mesmos elementos traços, exceto por

    poucas análises de Rb e Sr determinados num espectrômetro de

    massa, não estão disponíveis para o batôlito de Mocambo nem para

    - os diques. l A observação da tabela 31, mostra que as amostras de Meruoca l } parecem ser mais semelhantes aos riolitos originados por fusão

    ; parcial, do que a leucogtanitos formados por cristalização fra-

    < cionada. A média para Rb, embora um pouco mais alta do que a dos

    :- riolitos de Taylor et alii (op. cit. ) è 50% mais baixa do que a i '• média para Rb dos leucogranitos, e comparáveis à média para Rb de

    \ Turekian e Wedepohl (op. cit.). Os teores de Sr, geralmente bai-

    \ xos nas rochas da Meruoca, parecem indicar o processo de crista-

    \ lizaçâo fracionada como responsável por sua formação (embora £ \ parte dos valores baixos de Sr tenha resultado da interação com i \ água meteôrica, seus valores originais parecem ter sido baixos). i : Entretanto, se for levado em consideração que os valores de Sr í l plotados no diagrama Sr versus Ca, de Turekian e Kulp (1961), a 4 i maior parte destas rochas caem na chamada "seqüência principal", i > '- pode-se ainda considerar os valores de Sr como normais. Além # | disso, como já descrito antes, os valores originais de Sr para i ' algumas das rochas da Meruoca foram rebaixados por um possível \ evento pôs-magmatico que causou mudanças radicais nas razões de í \ ísôtopos de oxigênio e também impediu de obter-se uma isôcrona Tiibola 31: Ccrf>iraç<1o do alguns clarvntofs traçou <3«» roctm

    12 3 4 5 6 Med. variação Med. variação Med. variaçSo Med. variação Med. variaçSo MM ia Rb 189 (115-366) 2O3 (139-304) 154 (105-246) 390 (220-720) 108 ( 93-304) 170 Sr 71 < 2-192) 164 (104-243) 155 ( 30-257) 42 ( 7-100) 125 ( 41-170) 100 Ba 1016 (349-1662) - - 270 < 22-670) 870 (630-1080) 840 Zr 368 (178-592) - - 88 ( 52-140) 160 ( 80-230) 175

    Ba/Rb 5,35 - - 0r7l 8,1 4,9 K/Rb 278,83 - - 100,00 150,00 247,00 Med.

    1 - Rochas da Meruoca 2- Rochas de Mocambo 3- Diques a oeste da Meruoca 4- Leucogranitos de Tàylor et alli (1968), formados por cristalização fracionada. 5- Riolitos de Taylor et alli (1968) de possível origem por fusSo parcial. 6- Me'dia de granitos de baixo Ca (Turekian e Wedepohl, 1961). 203 gb-Sr confiável para este batôlito. Fracionamento a um nível aito sa crostar durante a ascensão do aacma, também contribuiu para rebaixar os valores de Sr. Os valores de Ba da Heruoca são sem devida enriquecidos quando comparados com os riolitos de Taylcr et alii (op. cit.), ou com a média para os granitos de baixo Ca de Turekian e Wedepohl (op. cit.), e certamente favorece um

    -odeio de fusão fracionada. Os altos teores de Zr das rochas na

    Keruoca também parecem apoiar uma origem por fusão crustal. As razões interelementais Ba/Rb e K/Rb para as rochas da Heruoca se comparadas com as dos leucogranitos de Taylor et alii (op. cit.) definitivamente não apoiam um modelo de cristalização fracionada.

    Ao contrário* lembram valores encontrados por Waters (1978) para as rochas félsicas de Sinclair, sudoeste da Africa, para as quais xna origem crustal foi proposta, e não diferem muito dos riolitos de Taylor (op. cit.).

    As médias para seis análises de Rb e Sr nas rochas de Mocam- bo são respectivamente 203 ppm e 164 ppm, enquanto que 8 análises de Sr dos diques a oeste da Meruoca têm média 155 ppm e 7 de Rb tem média 154 ppm. Embora a média de Rb do granito de Mocambo seja um pouco mais alta do que a do granito da Meruoca, è mais ou menos 50% mais baixa que a dos leucogranitos de Taylor et alii

    (1966), para os quais uma cristalização fracionada foi proposta.

    A média para Sr é quase 4 vezes mais alta do que a média para Sr encontrado nos leucogranitos de Taylor et alii (op. cit.) e, por- tanto apoia uma origem por fusão parcial.

    As médias de 7 valores de Rb e Sr para os diques a oeste da

    Keruoca são respectivamente 154 ppm e .155 ppm. Seu baixo Rb 204 associado COB seu baixo Sr (apenas um pouco mais alto do que o Sr dos riolitos de Taylor et alii Cop. cit.) também apoia a oriçca por fusão parcial paro estes diques. Não se dispõe de análises de

    0a e Zr que poderiam ajudar a confirmar essa conclusão.

    Como se pode observar da discussão acima, a hipótese de fu- são parcial de rochas crustais, seguida de alguma cristalização fracionada a um nível alto na crosta, ê apoiada pelos dados geo- qulmicos disponíveis.

    Como não existe um estudo sobre a evolução geotectônica na

    área onde estes batdlitos ocorrem, não ê possível acomodar a formação destes magmas dentro de um modelo clássico de teoria de placas. Entretanto, como pequenos enclaves basálticos e gabrôicos foram encontrados em um dos diques a oeste da Meruoca, é possível que injeções repetidas de magma básico na crosta inferior forne- ceram o calor para a fusão parcial gerando o magma granitico. A origem deste magma basâltico está talvez relacionada à atividade de uma piuma térmica. Sendo granitos pós-tectônicos, assume-se que a quietude tectônica regional foi uma importante condição física necessária a reação entre o magma básico e as rochas crustais, de uma maneira semelhante ao modelo proposto por Barker et alii (1975).

    E difícil determinar-se a natureza do material fonte dos líquidos granlticos que deram origem aos magmas dos dois batôli- tos e diques. 0 baixo teor em água do magma granltico da Meruoca permitiu seu posicionamento a um nível alto na crosta. A presença de hornblenda e biotita, e cavidades miarollticas neste batôlito, atestam a presença de alguma água no magma. Há um consenso de que as rochas da crosta inferior são, de uma maneira geral, pobres em 205

    égua, o que permitem que elas produzam magmas de baixo teor em

    égua, por fusão parcial (provavelmente contendo 2% de água), uma

    vez que uma alta temperatura, por tempo prolongado, seja alcança-

    i da. Brown e Fyfe (1970) propuseram que os baixos teores de magmas ir,â-ficos que intrudiram altos niveis crustais, podem ser origina- È i dos somente por fusão de fases hidratadas como biotita e horn- I blenda, geralmente presente em rochas crustais. I 0 tipo de mineral associado com a fusão é critica para j i determinar-se o teor de ortoclàsio normativo do magma fèlsico | (Brown e Pyfe, 1970). Estes autores são de opinião que fusões de i hornblenda a altas temperaturas tendem a ser granodioriticas, e ; fusões de muscovita e biotita, a baixa temperatura, tendem a ser

    >• i graniticas. E também importante lembrar-se que a razão Ab/Or da ti | fusão cresce com a pressão, o que reforça a formação de líquidos | granodioriticos a temperaturas mais altas. Stern et alii (1975) encontraram apoio em estudos experi- | mentais com sistemas rocha-àgua para propor que magmas rioliticos I ou graniticos primários, com teores moderados de água (saturado i ou sub-saturado), podem ser gerados na crosta a temperaturas í i razoáveis, e podem atingir altos niveis na crosta antes da vesi- í » culação. Também admitiram que magmas de composições intermediá- \ i \ nas, compostos de liquido riolitico sub-saturado em água e \ Í cristais residuais, podem ser gerados por fusão parcial de mate- Í riais crustais, o que está de acordo com estudos experimentais * âe Robertson e Wyllie (1971) e Piwiinski e Wyllie (1968). i li Estudos experimentais por Brown e Bowden (1973) demostraram \ que durante fusão parcial de material crustal de composição mon- 206

    jonltica charnockitica, com baixa (1 a 2%) adição de voláteis como água, 60 a 75% de fusões parciais podem ser derivados a 800- 85O°C, que durante o resfriamento forneceria líquidos residuais sucessivos equivalentes a hastingsita-fayalita granito, hasting- sita-biotita granitos.

    Parece razoável assumir-se que o batôlito de Mocambo e diques a oeste da Meruoca, que se aproximam de composições grano- diorlticas, foram gerados a temperatura e pressão altas, envol- ven-do a fusão de anfibôlio. A remoção de Ca da fusão pela cristalização de plagioclásio deixou Mg e Fe na fusão para bioti- ta, cristalizada tarde nestas rochas. 0 batôlito da Meruoca por sua vez pode ter resultado da fusão parcial envolvendo prin- cipalmente biotita, a temperatura e pressão mais baixas. Os teores de Nb relativamente mais altos neste batôlito apoia esta hipótese desde que Nb substitui freqüentemente Ti na biotita.

    As rochas fontes crustais podem ter sido, pelo menos no caso da Meruoca, de composição charnockitica monzonitica. As tempera- turas de cristalização mais altas, deduzidas por feldspatos coe- xistentes são 76O°C no caso do batôlito da Meruoca, e 74O°C no caso de Mocambo, o que implica em temperaturas de fusão em torno ãe 900°C ou um pouco mais altas, na crosta inferior. A primeira porção de magma que resultou da fusão parcial, diferenciou num alto nivel crustal, e gerou os diques a oeste da Meruoca durante um provável domeamento responsável por distensão crustal. A este evento, seguiu-se a formação do magma granodioritico a monzoni- tico que gerou o batôlito de Mocambo. Finalmente, uma fusão na crosta continental a um nivel acima da região fonte para os magmas de Mocambo e diques a oeste da Meruoca, gerou o magma Me- 2000 Rochas do batolito da Meruoca 1 +• Rochas con Biot. e/ou Homblcnda Rochas com riebeckita e/ou aegirina \ \ O Rochas com falalita \ \ X Rochas do batolito de Mocambo

    FRACIONADOS MANTELICOS 1000 CM o: \ *v^ \ ^- — ^TAROl-OROCEN/CO

    POS- . OR OG EH ICO

    1000 2000 3000 R

    Fig. 36: Diagrama R. - R_ para os bato]1 tos de Meruoca e Mocambo. R = ASi - 11 (Na + K) - 2 (Fe + Ti)

    Ro= 6Ca + 2Mg i Al 208

    ruoca.

    No diagrama Rj-Rp ^9- 3Í>) onde além dos campos indicados I por Batchelor e Bowden (1985), foram também adicionados os | "trends" calci-alcalino (CA), sub-alcalino (SA) e alcalino (A) f segundo Maruejol et alii.(1987) amostras do batôlito da Meruoca caem aproximadamente ao longo da linha que divide os campos re- servados aos granitos tardi-orogênicos e anorogênicos. Os corpos sem faialita ou aegirina, colocam-se na extremidade direita do "trend" com altos valores de R, enquanto que os granitos peralca- % linos e os com faialita mostram valores de R, mais baixos. Os

    *' primeiros parecem se ajustar a extremidade do "trend" subalca- lino de Maruejol et alii (op. cit.) pos-orogênico. Os granitos peralcalinos e com faialita parecem seguir um "trend" intermediá- rio entre os "trends" SA e A ,posicionados tardi a pos-orogenica- mente. A disposição dos pontos neste diagrama sugerem que as

    | rochas sem faialita sao as mais antigas, seguidas das com aegiri- r na (e/ou riebeckita) e as com faialita.

    As rochas de Mocambo geram um "trend" mais rico em R2 do que aqueles das rochas da Meruoca, dentro do campo tardi-orogênico a sin-colisão de placas. 12. SUMARIO E CONCLUSÕES

    Poucos granitos no Nordeste do Brasil foram estudados geo-

    ! quimicamente a um bom nível de detalhe. Dois deles e um conjunto i l de diques, no noroeste do Ceará, cerca de 200 km a oeste de I Fortaleza, foram o principal-objetivo deste trabalho. t 1)0 batôlito da Meruoca ocupa uma área de 400 km , è quase com- | pletamente circundado por falhas, representando um plutão onde | parte das rochas possuem tendências peralcalinas, posicionado a V •um nivel alto na crosta. 2) 0 plutão de Mocambo, menos volumoso, ocupa uma área de 180 2 km , não exibe foliação, è bordejado por uma aurêola de contato de espessura variável, na sua porção oeste, e pela falha Cafè- Ipueiras no seu extremo leste, tendo sido, provavelmente, posi- cionado a pouca profundidade na crosta. 3) O conjunto de diques a oeste da Serra da Meruoca pode ser sub- i * dividido em dois sub-conjuntos com direções SO-NE. Os diques mos- -* tram espessura variável e comprimento, alguns deles com cerca de | atè 10 km de comprimento em afloramentos descontínuos. Cortam me- ! tassedimentos de baixo-grau de metamorfismo do Grupo Ubajara. f Relações de campo apoiadas por estudos de laboratório permi- ' tem as seguintes conclusões: i 1) Granitos com faialita na porção norte, granitos sem faialita , í álcali-feldspato granitos e quartzo sienitos são as principais \ rochas no batôlito da Meruoca. Nas rochas com faialita, a crista-

    1 lização começou com faialita, zircão e apatita, seguida por \ ilmenita, plagioclásio, feldspato potássico, hornblenda e annita.

    í Nas rochas sem faialii-- diferentes seqüências de cristalização \ 209 '• 210

    $3o observadas. 2> 0 magma na Meruoca cristalizou sob baixa fugacidade de oxigê- nio (exceto as rochas com aegirina, que exibem alto teor de Fe^O-,) como calculada do par ilmenita-ulvoespinèlio coexistente. estimativa da fugacidade de água para as rochas sem faialita ou aegirina aponta para fH-O = 3,5. A cristalização se deu prin- cipalmente em condições redutoras, resultando em biotita rica em Fe e rara magnetita. A química do anfibôlio càlcico concorda com um posicionamento do batôlito a pouca profundidade na crosta.

    3) Estimativas de temperaturas feitas com a química de feldspato potássico e plagioclásio coexistentes fornecem valores entre 760 e 56O°C. 18 4) Valores de 6 0 em rocha total no granito da Meruoca e em mi- nerais separados formam notáveis padrões concêntricos. Na porção central do corpo os minerais são bastante pesados do ponto de vista isotôpico, aproximado-se de 12 permil. Feldspato vermelho- -tijolo e ^ t -f ld indicam uroa prolongada interação a baixa tem- peratura com água meteôrica o que modificou a composição do f 18 feldspato. Se, entretanto, forem utilizados os valores de °0 obtidos para quartzo para estimar-se os valores correspondentes para rocha total, obtèm-se valores em sua maioria entre +8 e +9 permil, compatíveis com uma fonte I para o magma Meruoca. Va- lores de °D em rocha total apontam o batôlito da Meruoca como do tipo "I". Valores de 6 D em biotita são, de uma maneira geral, uniformes, refletindo a razão uniforme Fe/Mg deste mineral.

    5) Isôcrona em rocha total fornece o valor de 491 +19 Ma e uma 87 86 razão inicial Sr /Sr de 0,7076 + 0,0028, mas os 14 pontos são 211 bastante dispersos, além do erro experimental atestando uma per- turbação significativa das relações Rb-Sr. 34 6) Valores de cS para rochas dos dois batòlitos, em torno de + 3 permil, apoia uma fonte I para ambos os magmas. 7) A química de elementos maiores e traços nâo ê imcontpatlvel com uma origem crustal para o magma Meruoca. E possível que sua fonte tenha tido um importante componente lgneo de acordo com sua quí- mica global. 8) Granodiorito, granito e quartzo-sienito com hornblenda e bio- tita são as principais rochas no batôlito de Mocambo. A cristali- zação iniciou-se com zireão, apatita e ilmenita, seguidos por titanita, plagioclàsio, quartzo, feldspato potássico, hornblenda hastingsitica e annita. 9) 0 magma Mocambo provavelmente cristalizou sob uma baixa pres- são parcial de oxigênio, com fo~ estimado entre 10-1 4 a 1-201 atm. A cristalização se deu em grande parte sob condições reduto- ras gerando biotita rica em Fe e magnetita em baixa quantidade. A química de anfibólios está de acordo com um posicionamento a um nível alto na crosta. 10) Pares de feldspato potássico e plagioclàsio coexistentes for- nece temperatura de cristalização entre 740 e 500°C. 11) Isôcrona Rb-Sr em rocha total fornece uma idade de posiciona- mento de 544 + 15 Ma e uma razão inicial Sr87/Sr86 de 0,7106 + 0,0008 para o batôlito de Mocambo. 12) Os dados da química de elementos maiores e traços parecem apoiar anatexia crustal para a origem do magma Mocambo. 13) Padrões de T.R. para os dois batólitos são muito consisten- tes, enriquecidos em T.R. leves, com uma importante anomalia 212

    negativa de Eu. A concentração dos T.T. é superior ao que se observa na maioria dos gr3nitos. Ambos os plutões se originaram de uma fonte já enriquecida e fracionada em T.R.

    14) Os diques a oeste da Meruoca são petrograficamente represen- tados por dacito, latito, riolito e quartzo diorito. São freqüen- temente porfirlticos e neles foram observadas diferentes seqüên- cias de cristalização.

    15) Isôcrona Rb-Sr em rocha total forneceu uma idade de 562 + 19 87 86 Ma e uma razão inicial Sr /Sr de 0,7066 + 0,0009. 16) Os magmas que deram origem ao batôlito de Mocambo e ao con- junto de diques a oeste do batôlito da Meruoca provavelmente fo- ram gerados a temperaturas e pressões mais altas do que o magma Meruoca envolvendo fusão de anfibôlio. O magma Meruoca provavel- mente foi formado envolvendo fusão de biotita a pressão e tempe- ratura mais baixas. Os diques foram posicionados em primeiro lu- gar, logo apôs uma anomalia térmica responsável pelo domeamento inicial e fraturamento crustal. A eles, seguiu-se o posicionamen- to do batôlito de Mocambo, e finalmente o da Meruoca.

    17) O batôlito de Mocambo de acordo com o comportamento *e sua química de elementos maiores no diagrama R, - R2, sugere seu po- sicionamento tardi-orogênico ou sin-colisão de placas, enquanto que a química das rochas da Meruoca sugere posicionamento tardi a pos-orogênico.

    18) O posicionamento destes magmas podem ter resultado (pelo me- nos no caso da Meruoca, de movimento "pull-apart" ao longo da falha Sobral-Pedro II. 13.REFERENCIAS

    Albee, A.L. e Ray, L., 1970, Correction factors for electron prooe micronalysis of silicates, oxides, carbonates, phosphates and sulphates: Analytical Chemistry, v.42, pp.1408-14. Almeida, A.R., Sial, A.N. e Ferreira, V.P., 1984, Petrologia e geoquimica de enxames de diques Cambrianos no Nordeste do Brasil. Atas XI Simp. Geologia do Nordeste, SBG, Natal, pp. 60-77. Almeida, F.F.M., Leonardos Jr., 0. e Valença, J., 1967, Review on

    granitic rocks of Northeast South America: IUGS/UNESCO Sym- posium, Recife, pp.7-41.

    Almeida, F.F.M., Melcher, G.C., Cordani, U.G., Kawashita, K. e

    Vandoros, P., 1968, Radiometric age determinations from nor- thern Brazil. Bol. Soc. Bras. Geol., v.17, pp.3-14.

    Bayley, J.C., 1977, Fluorine in granitic rocks and melts: a re- view. Chem. Geol., v.19, pp.1-42.

    Barker, D.S., 1970, Composition of granophyre, myrmekite and gra-

    phic granite. Geol. Soc. Amer. Bull., v.81, pp.3339-50.

    Barker, D.S., e Burmester, R.F., 1970, Leaching of quartz from Precambrian hypabissal rhyolite porphyry, Llano county,Te- xas. Contr. Mineral.Petrol. 28, pp.1-8. Barker, F., Wones, D.R., Sharp, W., N. e Desborough, G.A., 1975, THe Pikes Peak batholith Colorado Front Range, and a model for the origin of the gabbro-anorthosite-syenite potassic granite suite. Precambrian Res. 2, pp.97-160. Batchelor, R.A. e Bowden,P., 1985, Petrogenetic interpretation of granitoid series using multicationic parameters: Chem. Geol.

    213 . 2U V.48, pp.43-55. - '

    Bence, A.E. e Albee, A.L , 1968, Empirical correction factors for the electron microanalysis of silicates and oxides. Jour. Geol., v.76, pp.382-403. Bickford, M.E. e Mose.D.G., 1975, Geochronology of Precambrian rocks in the St. Francois Mountains, southeastern Missouri. Geol. Soc. Amer.' special paper 165, pp. 1-48.

    Borley, G.D., 1963, Amphiboles from the younger granites rf Nige- ria: part 1, chemical classification. Mineral. Mag., v.33, pp.358-76. Borley, G.D. e Frost, M.T., 1963, Some observations on igneous

    ferrohastingsites. Mineral. Mag., v.3, pp.646-62. Bottinga, Y. e Javoy, M., 1974, Oxygen isotope geothermometry of igneous and metamorphic rocks. Trans. Amer. Geophys. Abs., pp.477-8. Bowden, P. e Whitley, J.E., 1974, Rare-earth patterns in peralka- line and associated granites. Lithos, v. 7, pp.15-21. Bowen, N.L., 1928, The evolution of the igneous rocks. Dover. Publ. Inc., 332p. Brito Neves, B.B., 1975, Regionalização geotectônica do Precam- briano nordestino. Tese de doutoramento, Inst. Geociências Univ. São Paulo, 198pp. Brown, G.C., 1973, Evolution of granite magmas at destructive

    plate margins. Nat. Phys. Sci., v.241, pp.26-8. Brown, G.C. e Bowden, P., 1973, Experimental studies concerning the genesis of the Nigerian younger granites: Contr. Mineral. Petrol., v.40, pp.131-9. Brown, G.C. e Fyfe, W.S.,1970, The production of granitic melts du- 215

    ring ultrametamorphism. Contr. Min. Petrol., New York, v.28,

    pp.310-18. , Vf.L.e Parsons, I. ,1981, Towards a more practical two- feldspar geothermometer. Contr. Mineral. Petrol., v.5. pp.369-377.

    Buddington, A.F., 1959, Granite emplacement with special reference to North America. Geol. Soc. Amer. Bull., v.70, pp.671-747. Euddington, A.F. e Lindsley, D.H., 1964, Iron-titanium oxide mine-

    rals and synthetic equivalents. Jour. Petrol., v.5# pp.310- 357.

    Cann, J., 1970, Upward movement of granitic magma. Geol. Mag., pp. 335-40.

    Cawthorn, R.G. e O'Hara, M.J., 1976, Arophibole fractionation in calc-alkaline magma genesis. Amer. Jour. Sci., v.276, pp. 309-29.

    Chayes,F., 1952, The finer-grained calc-alkaline graniteo of New England. Jour. Geol., v.60, pp.207-54.

    Chayes, F., 1965, Titania and Alumina content of oceanic and cir- cum-oceanic basalt. Mineral. Mag., v.34, pp.126-31. Clayton, R.N. e Mayeda, T.K., 1963, The use of bromine pentafluo- ride in the extraction of oxygen from oxides and silicates for isotopic analysis. Geochim. Cosmochim. Acta, v.27, pp. 43-52. Clayton, R.N., O'Neil, J.R. e Mayeda, T.K., 1972, Oxygen isotope exchange between quartz and water. Jour. Geophys. Res., v. 77, pp. 3057-67. Cobra, R.Q., 1963, Estudo da estratigrafia, tectônica, ocorrên- cias minerais e recursos d'água d.o Nordeste do Ceará. SUDENE 216

    Dept. Rec. Nat.. Relat. inédito, Recife. Çoleman, M.L., 1979, Isotopic analysis of trace sulfur from some analysis for some S- and I-type granite: heredity or envi- ronment? Tarney, J. e Atherton, A. (eds). Granite batholiths. pp.129-33.

    Condie, K.C., 1973, Archean magmatism and crustal thickening. Geol. Soc. Amer.Bull., v.84, pp.2981-92.

    Condie, K.C. e Hunter, O.R.,1976, Trace element geochemistry of Archean granite rocks from the Barbeton region. South Afri- ca. Earth Plan. Sci. Lett., pp.389-400.

    Correns, C.W., 1956, Geochemistry of the halogens. Phys. Chem. Earth 1, pp.181-233. Costa, W.D., 1963, Contribuição ao estudo da bacia de Jaibaras. Arq. de Geol. Univ., Recife. 4, pp.65-89. Costa, M.J., França, J.B., Lins, O.A.C, Bacchiega, I.F., Habe- kost, CR. e Cruz, W.B., 1973, Relatório Final do Projeto Jaibaras. Convênio DNPM/CPRM, v.I, pp.112-39. Costa, M.J., Lins, CA. e Bacchiega, I.F., 1975, 0 Eo-Cambriano e Cambro-Ordoviciano do Nordeste do Ceara (Grupo Bambui e Jai- baras ). Atas do VII Simp. Geol. Nordeste, Fortaleza, pp. 47-57. Czamanske, G.K. e Wones, D.R., 1973, Oxidation during magmatic differentiation, Finmarka complex, Oslo area, Norway. Part 2, the mafic silicates. Jour. Petrol., v.14, pp.349-80.

    Czamanske, G.K., Wones, D.R. e Eichlberger, J.C.f 1977, Mineralo- gy and Petrology of the intrusive complex of the Pliny Range New Hampshire. Amer. Jour. Sci., v.277, pp.1073-1123. 21?

    nanni, J.C.M., 1972, Geoloqia da porção sul do Grupo Jaibaras. Rev. Bras. Geoc, v.2, pp.85-92. peer, W.A., Howie, R.A.e Zussaan, J., 1966, An introduction to the rock forming minerals. John Wiley and Sons, 528pp. Dickinson, K.R., 1968, Circum-Pacific andesite types. -Tour. Gee- phys. Res., v.73, pp.2261-9. Didier,J., 1973, Granites and their enclaves. Amsterdam, Elsevier i. " Sci. Publ., New York (Developments in Petrology 3). ? £nnes,E.R., Milet,H.A.R. e Horikama, Y., 1976, Projeto geoqulmica < ; para cobre numa área de Sobral-Cearâ. Min. Minas e Energia, Conv. DNPM-CPRM, pp.109-7. Ernst, W.g., 1960, Diabase-granophyre relations in the Endion Sill, Duluth, Minnesota. Jour. Petrol., v.I, pp.286-303. : Eskola, P., 1932, On the origin of granitic magmas. Tschermaks • Mineral, und Petrol. Mitt, v.42, pp. 445-81. } Ewart,A. e Stipp,J.J., 1968, Petrogenesis of the volcanic rocks I of the central North Island, New Zealand, as indicated by a ? study of Sr /Sr ratios and Sr, Rb, K, Ü and Th abundan- l ces. Geochim. Cosmochim. Acta, v.32, pp.699-736. t j Finger, L.W., 1972, The uncertainty in the calculated ferric iron x ? content of a microprobe analysis. Carnegie Inst. Washington t Year Book, v.71, pp.600-3. , Pyfe, W.S., 1970, Some thoughts on granitic magmas. In: Newall, <* G. 6 Rast, N.(eds), Mechanism of igneous intrusion. Jour. I Geol. spec, issue 2, pp.201-16. t \ Fyfe, w.S., 1973, The generation of batholiths. In: Wyllie, P.J. j \ (ed), Experimental petrology and global tectonics. Tectono- 5 \ physics, v.17, pp.273-83. 218

    Forester, R.K. e Taylor, a.P.,Jr., 19??. 18O/16O. D/H and 13C/l2C studies of the Tertiary igneous complex of Skye, Scotland, liner. Jour. Sex., v.2?7, pp. 136-77. ; Frisch,T. and Wright, J.B.. 1971. Chenical composition of high pressure megacrysts from Nigerian Cenozoic lavas. N. Jb. Miner. Mh., Jg.» pp.289-304. I| Fryer,B.J., 1977, Rare-earth evidence in iron-formations for changing Precambrian oxidation states. Geochim. Cosmochim. Acta, v.41, pp.361-7. Gilluly, J., 1971, Plate tectonics and magmatic evolution. Geol. Soc. Amer. Bull., v.82, pp.2383-96. Glikson, A.Y., 1976, Trace element geochemistry and origin of early Precanbrian acid igneous Land Transvaal. Geochim. et Cosmochim. Acta, v.40, pp.1261-80. Godfrey, J.D., 1962, The deuterium content of hydrous minerals from the east central Sierra Nevada and Yosemite National í Park. Geochim. Cosmochim. Acta , v.26, pp.1215-45. I Gorayeb, P.S., Abreu, F.A.M., Corrêa, J.A.M. e Moura, C.A.V., 1988, Relações estratigràficas entre o granito Meruoca e a sequefincia übajara-Jaibaras. Rev. Bras. Geoc. (no prelo). Guerreiro, S.D. e Sial, A.N., 1982, Paleomagnetistno de um enxame i de diques do Cambriano na região de Sobral, Ceará. Salvador, ; XXXII Cong. Bras, de Geol., pp. 1609-14. i i Hammarstrom, J.M. e Zen, E-an, 1986, Aluminum in hornblende: an ' empirical igneous geobarometer. Amer. Mineral., v.71, pp. i I 1297-313. ! Hamilton, W., 1969. The volcanic central Andes - a modern model 219

    for the Cretaceous batholiths and tectonics of western North America. The Andesite Conference, Oregon Dept. Geol. 4 Mi- neral Industries Bull., v.65, pp.175-84.

    Heinrich, E. Wm.f 1946. Studies in the mica group: the biotite- phlogopite series. Amer. Jour. Sci., v.244, pp.836-53.

    Hollister,L.S., Grissom,G.S., Peters,E.K., Stowell, H.H., Sisson, V.B., 1987,Confirmation of the empirical correlation of Al in hornblende with pressure of solidification of calc-alka- line plutons. Amer. Mineral., v.72, pp. 231-9. Homna,H., 1974, Major element chemistry of metamorphic and gran- itic rocks of the Yanay District in the Ryoke Belt. Jour. Japan. Assoc. Min. Pet. Econ. Geol., v. 69, pp. 193-204.

    Hyndman, D.W., 1972, Petrology of igneous and metamorphic rocks. McGraw-Hill, San Francisco, 53 3pp. Huang, W.L. e Wyllie, J.P., 1973, Muscovite dehydration and melt- ing in deep crust and subducted oceanic sediments. Earth Plan. Sci. Lett., v.18, pp.133-36.

    Huang, W.L. e Wyllie, P.J., 1975, Melting reactions in the system NaAlSi.Og-KAlSi-jOg-SiO- to 35 kilobars, dry and with excess water. Jour. Geology, v.83, pp.737-48. Jahns, R.H. e Burnham, C.V., 1969, Experimental studies of pegma- tite genesis I. A model for the derivation and crystalliza- tion of granitic pegmatites. Econ. Geology, v.64, pp.843- 64. James,R,.S. e Hamilton, D.L.,1969, Phase relations in the system

    NaAlSi3O8-KAlSi308-CaAl2Si208-SiO2 at 1 kilobar water vapor pressure. Contr. Mineral. Petrol., v.21, pp.111-41. Jardim de Sá, E.F., Hackspacher, P.C., Nogueira, A.M.B., Lins, 220

    F.A.P., McReath, I., Sirivastava, N.K., 1979, Observações sobre a estratigrafia e seqüências lgneas da bacia de

    Jaibaras, noroeste do Ceará. Resumos, XI Simp, de Geologia do Nordeste, SBG, Natal, p.39. Kegel, W., Scorza, E.P. e Coelho, F.C.P., 1958, Estudos geológi- cos do Norte do Ceará. Rio de Janeiro, Dep. Nac. Prod.. Mineral, Div. Geol. Min., Boi. 184, 41pp. Kleeman, A., 1965, The origin of granitic magmas. Geol. Soe.

    Australia Jour., v.12, pp.35-52. Lameyre, J. e Bowden,P., 1982, Plutonic rock types series:

    discrimnination of various granitoid series and related rocks. Jour. Volcan. Geotherm. Res., v.14, pp. 161-86. Larsen,E.S. e Draisin, W.M., 1948, Compositions of the minerals

    in the rocks of the southern California batholith. Inter . Geol. Congr., Great Britain, Sess. XVIII, pp.66-79. Loiselle, M.C. e Wones, D.R., 1979, Characteristics and models of the origin of A-type granites, 54pp (inédito). Luth,W.C, Jahns, R.H. e Tuttle, O.P., 1964. The granite system

    at pressures of 4 to 10 kb. Jour. Geophys. Res., v.69, pp.

    759-73.

    Luth,W.C, 1969, The system NaAlSi3Og-SiO2 and KAlSijOg-SiC^ to

    20 kb and relationship between H20 content PH-0 and P total in granitic magmas. Amer. Jour. Sci., New Haven, Connect.

    267-A, pp.325-41. Mabessoone, fJ.M., 1971, Geologia da Bacia do Jaibaras, Ceará. Recife, Univ. Fed# Pernambuco. Inst. Geoc, Serie Boi. Est.

    Pesq. 2. 221 tlCarthy,T.S. e Robb.L.J., 1978, On the relationship between cumu-

    lus mineralogy and trace and alkali element chemistry in an

    Archean granite from the Barbeton region. South Africa.

    Geochim. Cosmochim. Acta, v.42, pp.21-6.

    KacGregor, I.D., 1969, The system MgO-SiO--TiO2 in basalts. Amer. Jour.Sci., v.267-a (Schairer Vol.), pp.342-63.

    X3rejuol, P. Cuney, M., Fuzikawa, K., Netto, A.M., Poty, B., 1987,

    Petrology of a Proterozoic Fe-rich subalkaline granitic com-

    plex: Lagoa Real (Bahia, Brazil). Salvador, Intern. Symp.

    Granites. Assoc. Mineral. (ISGAM), extended abstracts, pp.

    181-4.

    Katsumoto, T., 1968, A hypothesis on the origin of the late

    Mesozoic volcanoplutonic association in East Asia. Pacific

    Geology, v.l, pp.77-83.

    Mazzulo, L.O., Dixon, S.A., e Lindsley,D.H., 1975, T-fO2 rela- tionships in Mn-bearing Fe-Ti oxides. Geol. Soc. Amer. Abs.

    with Programs, v.7, pp.1192.

    McCurry, P. and Wright, J.B., 1977, Geochemistry of calc-alkaline

    volcanics in Northwestern Nigeria, and a possible Pan-Afri-

    can suture zone. Earth Plan. Sci. Lett., v. 37, pp.90-6.

    Mihalik, P. e Czamanske, G.K., 1970, Manganiferous ilmenites:

    products of oxidation during differentiation. Geol. Soc.

    Amer. Ann. Meet., Milwakee, Wisconsin.

    Nascimento, D.A. e Gava, A., 1979, Novas considerações sobre a

    estratigrafia da bacia Jaibara. Resumos, XI Simp, de Geolo-

    gia do Nordeste, Natal/ SBG, p. 38.

    Nascimento, D.A., Gava, A., Pires, J.L. e Teixeira, W., 1981,

    Projeto Radambrasil 21, Folha SA-24 (Fortaleza). Geologia, 22?

    MME/SNPM, 483p.

    Kocfcolds» S.R., 1947 r The relation between chemical composition and paragenesis in the biotite micas of igneous rocks. Amer.

    Jour. Sci ., v.245, pp.401-20.

    Sovais, F.R.G., Brito Neves, B.B. e Kawashita, K., 1979, Reconhe-

    cimento cronoestratigrâfico na região noroeste do Ceará.

    Resumos, Simpósio de Geologia do Nordeste, Natral, p.33.

    O'Connor, J.T., 1965, A classification of quartz-rich igneous

    rocks based on feldspar ratios. U.S. Geol. Survey Prof.

    Paper 525-B.

    Oliveira, A.I. e Leonardos,0.H., 1943, Geologia do Brasil. Min.

    Agric, Ser. Didática n. 2, 813pp, Rio de Janeiro.

    O'Neil, J.R., Shaw, S.E. e Flood, R.H., 1977, Oxygen and hydrogen

    isotope compositions as indicators of granite genesis in the

    New England batholith, Australia. Contr. Mineral. Petrol.,

    v. 62, pp.313-28.

    Osborn,E.F., 1959, Role of oxygen pressure in the crystallization

    and differentiation of basaltic magma. Amer. Jour. Sci ., v.

    257, pp.608-47.

    Osborn, E.F., 1962, Reaction series for subalkaline igneous rocks

    based on oxygen pressure conditions. Amer. Min., pp.211-26.

    Piwiinski, A.J. e Wyllie, P.J., 1968, Experimental studies of

    igneous rock series: a zoned pluton in the Wallowa batholith

    Oregon. Jour. Geol., v.76, pp.205-34,

    Presnall,D.C. e Bateman, P.C., 1973, Fusion relations in the

    system NaAlSi3Og-CaAl2Si2Og-KAlSi3OgSi02-H20 and generation of granitic magmas in the Sierra Nevada batholith. Geol. Soc 223

    Amer. Bull., v.84, pp.3181-02.

    Raase,P., 1974, Al and Ti contents of hornblende indicators of

    pressure and temperature of regional metamorphism. Contr.

    Mineral. Petrol-, v.45, pp.231-6.

    Robertson, J.K. e Wyllie, P.J., 1971, Rock-water systems, with

    special reference to the water-deficient region: Amer. J..

    Sci., v.271, p.252.

    Rocha, M.A. e Leonardos Jr., O.H., 1975, Geologia da Bacia de

    Jaibaras. Boi. Mineral., n.3, pp.75-99.

    Robinson, B. e Kusakabe, M., 1975, Quantitative preparation of 34 32 sulfur dioxide for S/ S analyses from sulfides by com- bustion with cuprous oxide: Anal. Chem., v.47, n.7, pp.1179- 81. Rutherford, M.J., 1969, An experimental determination of iron biotite alkali feldspar equilibria: Jour. Petrol., v.10, pp. 381-408. Sasaki, A., Arikawa, Y., Folinsbee, R.E., 1979, Kiba reagent me- thod of sulfur extraction applied to isotope work: Bull. Geol. Survey Japan, v.30, pp. 241-5. Sasaki, A.e Ishihara, S., 1979, Sulfur isotopic composition of the magnetite-series and ilmenite-series granitoids in Japan: Contr. Mineral. Petrol., v.68, pp.107-15. Shaw, D.M., 1972, The origin of the Apsley gneiss, Ontario. Can. Jour. Earth Sci., v.5, pp.561-83. Shieh,Y.N. e Schwarcz, H.P., 1974, Oxygen isotope studies of

    granite and migmatite Grenville province of Ontario, Canada. Geochim. Cosmochim Acta., pp.21-45. Shieh,Y.N., Schwarcz,H.P. e Shaw,D.M., 1976, An oxygen study of 276

    the Loon Laker pluton and the Apsley gneiss, Ontario. Contr. Mineral. Petrol., v.54, pp.1-16. Shieh, Y.N. e Taylor, H.P., 1969, Oxygen and carbon isotope stu- dies of contact metamorphism of carbonate rocks. Jour. Petrol., v.10, pp.307-31. Sial#A.N., 19/4, Petrology and tectonic significance of the Post-Paleozoic basaltic rocks of Northeast Brazil. Ph.D. Dissertation, Univ. of Calif., Davis, 403pp. Sial, A.N. e Long, L.E., 1981, Rare-earth element geochemistry of the Meruoca and Mucambo plutons, Ceará, Northeast Brazil. Chem. Geol., v.31, pp.271-83. -- : Sial, A.N. e Long, L.E., 1987, Mineral Chemistry and stable isotope geochemistry of the Cambrian Meruoca and Mocambo plutons. Ceará,Northheast Brazil. Salvador, Inter. Symp. Granites and Assoc. Mineral. (ISGAM), extended abstracts, . pp.185-8. Simonen,A. e Vorma, A., 1969, Amphibole and biotite from rapaki- vi. Bull. Comm. Geol. de Finlande, n.238, 28pp. Stern, C.R., Huang, W.L. e Wyllie,P.J., 1975, Basalt-andesite- rhyolite-HjO: crystallization intervals with excess HjC and HjO-undersaturated liquids surfaces to 35 kilobars with implications for magma genesis. Earth Plan. Sci. Lett., v. 28, pp.189-96. Stormer,J.C., 1975, A praticai two-feldspar geothermometer. Am. Mineral., v.60, pp. 667-74. Stormer,J.,Jr. e Whitney, J.A.,1985, Two feldspar and iron-tita- nium oxide equilibria in silicic magmas and the depth of o- 225 rigin of large asn-flow tuffs. Amer. Mineral., v.70, pp.52- 64.

    Streckeisen, A.L., 1973, Plutonic rocks. Classification and no-

    menclature recommended by the IUGS Subconuniss ion on the sys-

    tematics of igneous rocks. Geotimes, v.18, pp.26-30.

    Streckeisen, A., 1976, To each rock its proper name. Earth-Sci.

    4 Reviews, v.12, pp.80-95. Suzuoki, T. e Epstein, S., 1970, Hydrogen isotope fractionation i factors ( a's) between muscovite, biotite, hornblende, and

    water. Am. Geophys. Union Ann. Meet., Abstracts, pp. 453-54. 18 16 Taylor, H.P. e Epstein, S., 1962, Relationship between 0/ 0

    ratios in coexisting minerals of igneous and metamorphic rocks, part I: principles and experimental results. Geol. Soc. Am. Bull., v.73, pp.461-80. Taylor,H.P. e Epstein,S., 1966, Deuterium-hydrogen ratios in

    Í coexisting minerals of metamorphic and igneous rocks (abs- f • tracts). Trans. Am. Geophys. Union, v.47, p.213. 18 Taylor,S.R.,Jr., Forester,R.W., 1971, Low-0 igneous rocks from

    I the intrusive complexes of Skeye, Mull, and Ardnamurchan,

    •t : Western Scotland. Jour. Petrol., v.12, pp.465-97.

    i Taylor Jr., J.P., 1977, Water/rock interactions and the origin of

    { H-O in granitic batholiths. Jour. Geol. Soc. London, v.133, I pp. 509-58.

    ; Taylor, H.P.,Jr., 1978, Oxygen and hydrogen isotope studies of

    I plutonic granitic rocks. Earth Plan. Sci. Lett., v.38, pp. I

    ? 177-210.

    ^.R., Ewart,A., Capp, A.C., 1968, Leucogranite and rhyoli-

    tes: trace element evidence for fractional crystallization 226

    and partial melting. Lithos, v.l, pp.179-86.

    Thompson, J.B., 1947, Role of aluminum in the rock forming sili-

    cates. Abstracts Geol. Soc. Am. Bull., v.58, p.1232.

    Thornton,C.F. e Tuttle,O.F., 1960, Chemistry of igneous rock, I.

    = Differentiation index. Am. Jour. Sci., v. 258, pp.664-84.

    Turekian, K.K. e Kulp, J.L., 1956. The geochemistry of strontium. i I Geochim. Cosmochim. Acta, v.10, pp.245-96. » j Turekian, K.K. e Wedepohl, K.H., 1961, Distribution of the elements I i in some major units of the earth's crust. Geol. Soc. Amer.

    ) Bull., v.72,pp. 175-92.

    Tuttle, O.F. e Bowen, N.L., 1958, Origin of granite in light of

    experimental studies in the system RAlSi-jOg-SiO^-H^O. Geol. j Soc. Amer. Memoir 74, 153pp. f Vandoros, P., 1967, Sobre o granito Meruoca e Rosário intrusivo

    \ na formação Jaibaras, Ceará. Rev. Ciência e Cultura, v.19,

    \ pp. 255-56. f Vinogradov, A.P., 1962, Mean element contents in the main types of

    -. crustal igneous rocks. Geochemistry, v.5, pp.641-64.

    Von Platen,H., 1965, Experimental anatexis and genesis of

    ( migmatites. In: Pitcher,W.S. 7 Flinn,G.W.(eds), Controls of

    I metamorphism, pp.203-18, New York, John Wiley & Sons.

    I Wager,L.R. e Deer,W.A., 1939, Geological investigations in East

    \ Greenland, part III: the petrology of the Skaegaard intrusion

    | , Kangerdlugssuag, East Greenland, Medd. Groenland, v.105,

    | 135pp.

    I Waldbaum, D.R.e Thompson,J.B., 1969, Mixing properties of sani-

    I dine crystalline solutions. IV. Phase diagrams from equations \i 22? of state. Amer. Mineral., v. 54, pp. 1274-98. Katters, B.R., 1978, Petroqenesis of the felsic rock units of the latc-Precambrian Sinclair Group, South West Africa. Geol. Rundschau, Band 67, Heft 2, pp.743-73. Kenner, D.B. e Taylor Jr., H.P., 1976, Oxygen and hydrogen isoto- pe studies of a Precambrian granite-rhyolite terrane St.. f Francois Mountains, Southeastern Missouri. Geol. Soe. Àm. | Bull., pp.1587-98. i. I Whitney, J.A. e Stormer Jr., J.C., 1976, Geothermometry and geo- \ barometry in epizonal granitic intrusions: a comparison of iron-titanium oxides and coexisting feldspars. Amer. ; Mineral., v.ol, pp.751-61. ; Whitney,J.A., Stormer Jr., J.C., 1977, Two-feldspar geothermome- try, geobarometry in Mesozonal granitic-intrusions: three « examples from the Piedmont of Georgia. Contr. Mineral. { Petrol., v.63, pp.51-64. í Whitney,J.A. e Stormer,J.C., 1977, The distribution of NaAlSi.,0;;. ;' JO i between coexisting microcline and plagioclase and its effect t on geothermometric calculations. Amer. Mineral., v.62, pp. ] 687-91. ^ Winge, M., 1967, Breves notas sobre geologia do noroeste do Cea- \ rá. Recife, SUDENE, Dep. Rec. Nat., Div. Geol., Bol. Est. 3. I Winkler, H., 1976, Petrogenesis of metamorphic rocks. Springer- \ Verlag, 5th edition, 334pp. I Wones, D.R., 1972, Stability of biotite: a reply. Amer. Mineral., í Í v. 57, pp. 316-7. \ Wones, D.R. e Eugster, H.P., 1965, Stability of biotite -expcri- } ment, theory and application. Amer. Mineral., v.50, pp. ' 228

    1228-72.

    Wright,J.B., 1969, A simple alkalinity ratio and its application

    to questions of non-orogenic granite-gneisses. Geol. Mag.,

    v.106, pp.370-84. APÊNDICE

    Localização e descrição das amostras analisadas

    229 230

    K° de ordem: 1 Referências: R-l a R-5 Coordenadas: 4O°23'4 4" long. W. e O3 38'02" de lat. Sul. Localização: Estrada Sobraí-Meruoca, cerca de 6,5km de Sobral.

    Descrição petrográfica: Rocha cor vermelho-tijoio, grosseira (grãos com atè 2cm), composta de quartzo, feldspato potás- sico (ortoclásio, algumas vezes pertltico), plagioclásio, minerais oxido de ferro, epidoto e actinolitaí?). Rocha relativamente fresca, brechiada, com cristais mostrando sinais de deformação (extinção ondulante e "kink-bands"). A amostra R-2 contem aegirina que sofreu uma alteração tardia (rocha peralcalina). Plagioclásio está saussuriti- zado, ortoclásio, cheio de inclusões de hematitã. Textura pegmatltica granular.

    N° de ordem: 2 Referência: R-6 a R-12. Coordenadas: 4O°23l45" long.W. e 03o38'02n de lat. Sul. Localização: Estrada Sobral-Meruoca, cerca de 0,3km a norte do afloramento R-l. Descrição petrográfica: Duas facies petrográficas estão presen- tes. Uma è representada por uma rocha granitica de granu- laçâo grosseira (grãos com atè 2cmJ, onde predominam feldspato potássico (ortoclásio cheio de inclusões ãe he- matita, pertitas em chama e em retalho), quartzo parcial- mente reabsorvido ou granofirico intersticial, plagioclá- sio,algumas vezes manteado, crescido nos embaiamentos("em- bayment") do quartzo, além de aegirina (amostra R-10) idi- omôrfica a xenomôrfica, parcialmente inclusa em plagioclá- sio, biotita parcialmente cloritizada, zircões subidiomôr- ficos, apatita, muscovita em micro-fraturas e allanita in- temperizada. A outra facies petrográfica é caracterizada por um aplito cinzento composto de feldspato potássico, quartzo, plagio- clásio, biotita, minerais oxido de ferro, zircão e allani- ta. Intercrescimentos cuneiforme e granofirico tipo ampu- lheta são muito comuns.

    N° de ordem: 3 Referência: A-14 Coordenadas: 4O°23'48" long. W. e O3°37'44" lat. Sul. Localização: Estrada Sobral-Meruoca. Coletada 500m a NO do aflo- ramento R-9. Descrição petrográfica: Rocha de granulação fina, rôsea, com tex- tura granular (aplito?) e cheia de cavidades miaroliticas, Plagioclásio zonado, com intercrescimentos mirmeguiticos em zona è comum. Quartzo é comumente observado perpendicu- larmente disposto às faces de cristais de plagioclásio. Feldspato potássico mostra comumente intercrescimento grá- 231 fico. Quartzo mostra-se geralmente como cristais xenomôr- ficos com extinção ondulante. Biotita marrom escuro a cla- ro, geralmente ecupa os interstícios nesta roena. Minera•- òxido de ferro são raros e geralmente são produtos de al- teração de biotita.

    S° de ordem: 4 Referência: R-I3. a R-16 Coordenadas: 4CT24'21" de long. W. e O3°37'3O- de lat. Sul. Localização: Estrada Sobral-Meruoca, 1,7km a NO do afloramento R- 16. Descrição petrogrâfica: Rocha grosseira, vermelho-tijoio, compos- ta de quartzo, feldspato potássico (ortoclasio, cheio de inclusões de hematita), plagioclasio, biotita, clorita e zireão. Ortoclasio è zonado, com a zona externa mostrando intererescimento gráfico (estrutura em anel). Os nicleos dos plagioclasios são geralmente mais intemperizados do que os bordos (grãos zonados). Fluorita está presente err algumas amostras. Textura granular pegmatltica. Cavidades miaroliticas são observadas, com prováveis minerais de Mn.

    S° de ordem: 5 Referência: R-17 a R-19 Coordenadas: 4O°24'43" de long. W. e O3°37'17" de lat. Sul. Localização: Estrada Sobral-Meruoca, 2km do afloramento R-13 (Ma- ta Fresca). Descrição petrogrâfica: Rocha grosseira, rôsea, composta de mi- croclina, quartzo, plagioclasio, biotita, zireão, e clo- rita, muscovita e sericita secundárias. Feldspato potás- sico predomina sobre plagioclasio. Exceto pela presença de algumas estruturas em anel, intererescimentos estão quase que totalmente ausentes. Textura granular, pegmati- tica, levemente deformada.

    N de ordem: 6 Referência: R-20 a R-27 Coordenadas: 4O°25'38" de long. W. e O3°37I17" de lat. Sul. Localização: Estrada Sobral-Meruoca, 2,7km a oeste do afloramento R-17. Descrição petrogrâfica: Grani to róseo, com fenocristais de fel- dspato ovais, variando de 0,3 a l,5cm de comprimento, com núcleos escuros de ortoclasio, circundados por um manto mais claro de albita-oligoclàsio. Outras fases presentes são hornblenda verde a marrom, minerais oxido de ferro e zireão. Textura rapakivi. Afloramento de pequena dimensão (poucos metros quadrados). H° do orders: 7 Referência: R-2S a R-35. Coordenadas: 4C~23'29" õe lona.W. e O3°3S'O7" de lat. Sul. Localização: Estrada Sobra1-Meraoca. 6kns a NO do afloramento R- -20. Descrição petroorifica: Granito rôseo, cquiqranular (grão módio em torno de 2sun) composto do quartzo, plagioclàsic, orto- clasio (micropertita), biotita, minerais oxido de ferro ••» zircão. Megacristais cranoríricos são comuns. O quartzo está lcver.ente detorniaáo e biotita parcialmente transtor- nada em clorita. Grãos idiomôrficos, pequenos, de zircãc são encontrados dentro do feldspato potássico.

    S° de ordem: 8 Referência: R-32 a R-35 Coordenadas: 40 27'02" de long. W. e 03 34*31" de lat. Sul. Localização: Estrada Sobra1-Meruoca, l,7km a norte de R-31. Descrição petrogràfica: Rocha grosseira, cinzenta (textura ara* nular, pegnatltica a granofirica), composta de isicrociina pertltica (pertita esi chama), plagioclásio, quartzo, par- cialmente reaòsorvido, todos estes deformados; biotita, hornblenda fortemente pleocroica, alterada para clorita radial, minerais oxido de ferro e zireão. Riebeckita está presente em algumas axostras. Intercrescimentos çranofi- ricos são muito comuns.

    S° de ordem: 9 Referência: A-16 Coordenadas: 40271O4" long. H. e O3°34'25" de lat. Sul. Localização: Estrada Sobra1-Meruoca, 0,4km a norte de R-2. Descrição petrogràfica: Rocha grosseira, levemente alterada com feldspatos com atè 2cm de comprimento. Fenocristais de quartzo mostram forma arredondada e cristais com faces pi- ramidais. Em poucos casos, este mineral è observado cir- cundado plagioclásio conto "films". Feldspato potássico è parcialmente intemperizado e em poucos casos circundado por plagioclásio. Plagioclásio não è muito comum e exibe geminações tipo albita, albita-Carlsbad e outros tipos mais complexos. Hornblenda, fortemente pleocroica, foi parcialmente transformada em biotita, que exibe deforma- ção. Riebeckita fortemente pleocroica é observada como agulhas alongadas.

    S de ordem: 10 Referência: R-36 a R-39 Coordenadas: 40 27"06" de long. W. e O3°34'31" de lat. Sul. Localização: Estrada Sobral-Meruoca, 0,5km a norte do afloramento R-32. 233 Descrição potrogrifica: Granito porfiritico com fenocristais de- ortoclAsio com até l,5cm e quartzo com até O,Sem. A matriz è composta de piagioclâsio, quartzo qranotirico interqra- nular, biotita, biotita marrom e zircào idiomòrfico e sub- idiomôrficc. A matriz provavelmente representa um estágio de cristalização eutètica.

    H° de ordem: 11 Referência: R-40 a R-44 Coordenadas: 4O°26t56" de lona. K. e O3°33'36" de lat. Sul. Localização: Sitio ôo Piu, 2km'a norte do afloramento R-36 (es- trada Sobrul-Meruoca). Descrição petrográfica: Diabasio toleitico com grão em média em torno de 3mm, composto de plagioclàsio, parcialmente rea- bsorvido, augita, minerais oxido de ferro, actinolita se- cundaria e biotita. Textura tipicamente diabásica e exfo- liação esferoidal. Não ha evidências de que tenha sofrido qualquer deformação. Afloramento com largura média de 150m.

    N'° de ordem: 12 Referência: R-45 e R-46 Coordenadas: 4O°26'49" de long. W. e O3°33'2On de lat. Sul. Localização: Sitio Jenipapo, 0,8km a norte do afloramento R-43, estrada Sobral-Meruoca. Descrição petrográfica: Diabasio toleitico com grão médio em torno de 3mm, composto de plagioclàsio zonado, augita, mi nerais oxido de ferro e palhetas vermelhas de biotita. Textura diabásica, sem evidências de deformação. Mlora- ento com espessura média de 500m.

    Xo de ordem: 13 Peferência: R-47 e R-48. Coordenadas: 4O°27'38" de long. W. e O3°32'22" de lat. Sul. Localização petrográfica: Estrada Meruoca-Vila de São Rafael, 3,6km a noroeste do afloramento R-45. Descrição petrográfica: Diabasio toleitico fresco com granulação media em torno de 3mm, composto de plagioclàsio zonado, augita, minerais oxido de ferro, apatita, biotita e clori ta secundaria. Textura diabásica. Não há evidência de de- formação. Dique de direção 270 Az.

    N de ordem: 14 Referência: R-49 a R-51. Coordenadas: 4O°27'54:; de long. W. 03 32'25" de lat. Sul. Localização: Estrada Meruoca-São Rafael, 0,5km a oeste de R-47. Descrição petrográf ica: Rocha grosseira., cinzento-esverdeada, 234 composta de quartzo deformado, parcialmente granofirico, microclina, plaoioclasio com diferentes tipos de gemina- çâo, além de biotita alterada para ciorita, zircao idio- m6rfico a subidicir.cr f ico (comprimento/ largura = 3/1), ti- tanita, aegirina e riebeckita fortemente pleocroica dentro da biotita, preferencialmente era suas clivagens.

    N° <3e ordem: 15 Referência: R-52 a R-54. Coordenadas: 4O°28'5211 long. W. e O3°32t19" de lat. Sul. Localização: Estrada Meruoca-São Rafael, 3km a oeste de R-49.

    Descrição petrográfica: Rocha grosseira, porfiritica, cinzenta, observada em grandes "boulders". Composta de fenocristais de ortoclásio pertltico, comumente com intercrescimento gráfico, plagioclásio deformado, quartzo parcialmente re- absorvido pelo magma, biotita, riebeckita e zircão idio- mòrfico a subidiomórfico além de poucos grãos de minerais oxido de ferro e fluorita.

    N° de ordem: 16 Referência: R-55 z »:i-57 (granito) e R-58 a R-61 ídiabasio). Coordenadas: 4O°29 18" de long. W. e O3°33'O4" de lat. Sul. Localização: Estraca Meruoca-São Rafael, 2,9km a sul do aflora- mento R-52 .

    Descrição petrográfica: Granito róseo, fresco, grosseiro com feldspato esverdeado subordinado com grão médio em torno de 2cm. Composto de fenocristais de microclina pertltica, plagioclásic, quartzo ligeiramente deformado (quartzo gra- nofirico, estrutura em anel), hornblenda marrom a verde, parcialmente transformada em biotita; aegirina, riebeckita fortemente pleocroica e minerais oxido de ferro secundá- rios . Diabasio toleitico (dique), em relevo (30m), é composto de augita, geminada as vezes, plagioclásio zonado, minerais oxido de ferro intersticiais e biotita. Exibe tipica tex- tura diabásica.

    N° de ordem: 17 Referência: R-62 a R-64 Coordenadas: 4O°28IO7I long. W. e O3°36lO5" de lat. Sul. Localização: Estrada para Alcantaras, 4,lkm a oeste do entron- camento com a estrada para Meruoca.

    Descrição petrográfica: Três facies petrográficas estão presen- tes (uma rôsea, uma cinza de granulação fina e uma gros- seira, vermelho-tijoio). A àltima é composta de quartzo pouco deformado, geralmente intersticial, fenocristais de plagioclásio intemperizados cpm geminações complexas e fenocristais de ortoclásio com pertita em chama cuja dis- tribuição não è homogênea dentro do feldspato potássico, biotita marrom, minerais oxido de ferro e zircao.

    N° de ordem:18 Referência: R-65 Coordenadas: 4O°29'38" de long. W. e 03 35"26" de lat. Sul. Localização: Estrada para Alcantaras, 5tan a NO do afloramento R- -62. Descrição petrográfica: Granito grosseiro, ròseo, intemperizado, com ortoclàsio, com comprimento médio em torno de l,5cr« e quartzo intersticial em torno de 0,3cm. Biotita e epidoto secundário são as outras fases presentes. Textura granular pegmatitica.

    N° de ordem: 19 Referência: R-66 e R-67 Coordenadas: 4O°3Ol42I? de long. W. eO3°35I14ff de lat. Sul. Localização: Estrada para Alcantaras, 2km a oeste do afloramento R-66.

    Descrição petrográfica: Granito porfiritico, rôseo, intemperiza- do, cizalhado, com fenocristais de quartzo levemente de- formados, ortoclàsio pertitico parcialmente intemperizado que exibe intercrescimento gráfico e estruturas em anel, numa matriz com plagioclásio mirmequitico parcialmente in- temperizado, biotita parcialmente transformado em clorita e zircões.

    N° de ordem: 20 Referência: R-68 a R-70 Coordenadas: 40o32'09" de long. W. e 03 34'51" de lat. Sul. LocalizaçAo: Estrada para Alcantaras, 3,9km a oeste do aflora- mento R-66.

    Descrição petrográfia: Granito, rôseo, levemente cizalhado, in- temperizado, com fenocristais de ortoclàsio pertitico, parcialmente intemperizados; quartzo parcialmente reabsor- vido pelo magma, exibindo padrão em chama ("flame shadow patterns"), plagioclásio intemperizado com geminações com- plexas, anfibôlio verde muito pleocròico, anfibôlio azul (alcalino), apatita, zírcão algumas vezes zonado e tita- nita dentro da biotita (ao longo de suas clivagens), além de fluorita em drusas preenchendo cavidades.

    N° de ordem: 21 Referência : R-71 e R-72 Coordenadas: 40°30'4111 de long. W. e O3°34'51" de lat. Sul. Localização: Estrada Alcântaras-Prata, a lkm de Alcantaras.

    Descrição petrográfica: Granito róseo, intomperizado, com feno- cristais de ortoclàsio (lcm de comp'rimento, em media) e quartzo (lcm em tn^dia) algumas vezes nos interstícios. Outras fases presentes sáo plagioclásio e biotita. Orto- clasio ròseo circunda plagioclásio cinza (feldspato mante- ado).

    K° de ordem: 22 Referência: R-73 a R-77 Coordenadas: 4O°33'14" de long. W. e O3°34'38" de lat. Sul. localização: Estrada Alcantaras para Prata, 2rlkm a noroeste do afloramento R-71.

    Descrição petrogràfica: Granito, grosseiro, porfiritico, com ortoclasio roseo, variando de 1 a 4cm de comprimento, par- cialmente intemperizado com pertita em "film", algumas ve- zes zonado. Quartzo è muito abundante, levemente deforma- do, parcialmente embaiado ("embayed"), com padrão em chama ("flame shadow pattern"). Plagioclásio, geralmente intem- perizado, è menos comum que ortoclasio. Biotita é geral- mente fresca ou levemente alterada para clorita. Zircão forma cristais idiomòrficos pequenos e minerais oxido de ferro são ima fase secundária. Textura porfiritica.

    N° de ordem: 23 Referência: R-78 a R-81 Coordenadas: 4O°34I35" de long. W. e O3°34l57" de lat. Sul. Localização: Prata(vila), l,9km a oeste de R-73.

    Descrição petrogràfica: Granito grosseiro, rôseo, com fenocris- tais de ortoclasio parcialmente intemperizados, com perti- tas em chama e em retalho, com duas orientações diferentes em alguns casos. Plagioclásio sericitizado está algumas vezes manteado por ortoclasio como visto em amostras de mão. Quartzo, parcialmente reabsorvido pelo magma, atinge em média 0,5cm de comprimento e geralmente comporta-se co- mo fase intersticial. Biotita marrom, cristalizada tarde e zircão e allanita zonados são os principais acessórios.

    N° de ordem: 24 Referência: R-82 a R-84 Coordenadas: 4O°35lO4" de long. W. e O3°35'56" de lat. Sul. Localização: 4,3km a sul de Prata.

    Descrição petrogràfica: Granito grosseiro, cinzento a rôseo, com fraturas na direção 25O°Az. E composta de ortoclasio que aparece como fenocristais rôseos ou na matriz, freqüente- mente com intercrescimentos gráfico e pertitico, algumas vezes arredondes; plagioclásio cinzento como fenocristais e na matriz; quartzo levemente deformado, parcialmente reabsorvido pelo magma, as vezes incluso em ortoclasio ou granoflrico granular; biotita vermelho-amarronada, leve- mente alterada para clorita e cristais de zircão pequenos xenomôrficos. 237

    $° de ordem: 25 Referência: R-90 e R-91 Coordenadas: 4O°24'O3" de long. W e O3°38l58" de lat. Sul. zaçao: Estrada Sobral-S5o Expedito, 3,Skm da junção Sobra I- -Meruoca (Fazenda Carrapeta de baixo). Descrição petrografica: Granito grosseiro, cizalhado, intemperi- zado, vermelho-ti joio (R-90) com ortoclásio vermelho-ti -10- lo em fenocristais com atè 2cm de comprimento; plagiociA- sio parcialmente intemperizado, circundado por quartzo fortemente deformado; em grãos quebrados e com padrão em chama ("shadow pattern"); biotita parcialmente convertida em clorita, zircões subidiomòrficos a xenomòrficos e mine- rais oxido de ferro secundários. Textura mortar. Uma fa- cies vulcânica (dique, R-91) exibe uma cor marrom, quartzo e feldspato como fenocristais, com atè 2cm de comprimento, numa matriz muito fina.

    N° de ordem: 26 Referência: R-92 Coordenadas: 4O°24'17n de long. W. e O3°38'6Oil de lat. Sul. Localização: Estrada para São Expedito, l,5km a oeste de R-90.

    Descrição petrografica: Granito grosseiro, cizalhado, intemperi- zado, vermelho-tijoio. Duas fases de fraturamento foram registradas neste ponto, com as fraturas da primeira fase preenchidas com minerais oxido de ferro. Composto de orto- clásio com comprimento variando de 1 a 3cm, plagioclásio sericitizado, fortemente deformado, quartzo embaiado ("em- bayed"), veios estreitos de muscovita, zircão subidiomôr- fico. Textura pegmatltica mortar.

    N° de ordem: 27 Referência: R-93 a R-95. Coordenadas: 4O°25'O8" de long. W. e O3°38'6O" de lat. Sul. Localização: Estrada para São Expedito, 4,3km a oeste de R-92. Descrição petrografica: Granito grosseiro, rôseo, intemperizado, cortado por diques estreitos riollticos e diques basalti- cos porfirlticos (10cm de largura em media). 0 granito (R- 93) è composto de ortoclásio e plagioclasio com 1 a 3cm de comprimento, quartzo com atè 2cm de comprimento, e biotita com cerca de 2mm de comprimento. Ortoclásio mostra pertita em chama, ou forma megacristais granoflricos; plagioclasio è muito intempGrizado e menos abundante do que ortoclásio; quartzo è deformado, subidiomòrfico a xe-nomôrfico e em alguns casos mostra padrão em chama("flame shadow pat- tern"); zircão è abundante e minerais oxido de ferro, primários ou secundários estão presentes. Os diques basálticos (R-94) são compostos de plagioclasio alongado, zonado; minerais oxido de ferro idiomôrficos a subidiomòrficos (magnetita e Ilmenita), e piroxênio profun damente intemperizado. 238

    N° de ordem: 28 Referência: R-96 Coordenadas: 40 26*2 3" de lona. W. e O3°38'6O" de lat. Sul. Localização: Estrada para São Expedito, 3,9km a oeste de R-*93. Descrição petrográf ica: Dique de diabásio toleitico, com 1 a l,5rr de largura, com direção 75°Az, com cristais de plagioclá- sio de atè 0,5ctn de comprimento: augita e minerais oxido de ferro. Cerca de 300m a sul deste ponto, ocorre um der- rame de basalto.

    N° de ordem: 29 Referência: R-97 a R-99. Coordenadas: 4O°26'4O1? de long. W. e O3°38'59" de lat. Sul. Localização: Estrada para São Expedito, lkm a oeste do afloramen- to R-96. Descrição petrogràfica: Granito grosseiro, vermelho-tijoio, com- posto de ortoclasio com atè 3cm de comprimento, pertltico, com fraturas preenchidas por minerais oxido de ferro; pla- gioclasio intemperizado, menos abundante algumas vezes circundado por quartzo que aparece como fenocristais ou como fase intersticial (quartzo granoflrico intergranu- lar), biotita parcialmente transformada em clorita, com minerais oxido de ferro ao longo de suas clivagens e zir- cão dentro de quartzo. Textura pegmatltica granular.

    ; N° de ordem: 30 ' Referência: R-100 a R-105. \ Coordenadas: 4O°26'55" de long. W. e O3°38l60" de lat. Sul. ! Localização: Estrada de São Expedito, 0,7km a oeste do afloramen- [ to R-97. f Descrição petrogràfica: Três facies petrográficas estão presen- ri tes. Um granito grosseiro, vermelho-ti joio, relativamente > fresco (R-105), uma facies porfiritica, intemperizada, : marrom a violeta (R-100) com fenocristais de quartzo e I ortoclasio, numa matriz fina, e uma facies não-porfiriti- í ca, finamente granular, intemperizada (R-102) com cavida- ; des miaroliticas com mineral tabular (fase rica em Mn?). í R-100 possui fenocristais de quartzo, idiomèrficos, xeno- I mõrficos ou embaiados ("embayed"), com extinção normal ou I com padrão em chama ("flame shadow pattern"), e fenocris- í tais de feldspato potássico (sanidina?) com margens intem- i perizadas. Estes fenocristais são também manteados por I esferulitos de feldspato que são também componentes mui- í to comuns na matriz resultantes de resfriamento rápido.Pia- ; gioclâsio intemperizado que é raramente visto como feno- í cristal e zircão subidiomórfico são os outros componentes. í R-102 mostra intercrescimentos granofirico e gráfico. E i essencialmente um granôfiro composto de quartzo, ortocla- * sio(?), biotita vermelho-marro:i e plagioclásio intemperi- '•• zado com grãos menores do que o feldspato potássico. 239

    K° de ordem: 31 Referência: R-I06 e R-110. Coordenadas: 40 29'11" de long, K. e O3°38*O9" de lat. Sul. Localização:Entre São Expedito e S5o Miguel do Boqueirão, 3,4Jcn a \ noroeste do afloramento R-100.

    • Descrição petrográfica: Facies rôsea, grosseira (R-108) e fina- ; mente granular, intemperizada (R-107) estão presentes nes- ' te afloramento. A facies grosseira è composta de quartzo | embaiado ("embayed"), ortoclàsio com inclusões de hemati- ', ta, pertitico e estruturas em anel (intercrescimento grá- | fico) que macroscopicamente confere a falsa impressão de ;' um feldspato manteado, fenocristais de feldspato intempe- { rizados e aegirina numa matriz composta de esferulitos de ! feldspato que manteiam o plagioclâsio e o ortoclàsio. An- • fibolio alcalino (riebeckita?) está presente como cristais alongados, cristalizados sob resfriamento brusco. i -, N° de ordem: 32 * Referência: R-lll a R-113. J Coordenadas: 4O°29'28" de long. W. e O3°37l52" de lat. Sul. • Localização: Entre São Expedito e São Miguel do Boqueirão, 0,8km i do afloramento R-106. | Descrição petrográfica: Granito intemperizado, rôseo a marrox com ; quartzo, não deformado, embaiado ("embayed"), plagiocla- \ sio intemperizado, fenocristais de sanidinaC?) idiomòrfi- ! cos, com niicleos preservados e margens intemperizadas, bi- \ otita fortemente pleocròica, zircão e minerais oxido de 1 ferro e epidoto secundários. Intercrescimentos granofiri- | cos plumosos passam a esferulitos de feldspato que circun- } dam o plagioclâsio e o ortoclàsio e são os principais com- [ ponentes da matriz. ? [ N°de ordem: 33 f Referência: R-114 e R-116 f Coordenadas: 40o30'17" long. W. e O3°37l3O" de lat. Sul. Localização: São Miguel do Boqueirão, lf3km noroeste de R-lll. Descrição petrográfica: Granito porfiritico com ortoclàsio vari- ando 0,5 a 3cm de comprimento e quartzo de 0,2 a 0,5m. A- gregados hornblêndicos com até 2cm de comprimento estão presentes. Fenocristais de ortoclàsio mostram intercresci- mento pertitico em retalho e estrutura em anel onde a zo- \ na externa è caracterizada por intercrescimento gráfico; quartzo forrra fenocristais parcialmente embaiados ("em- bayed"), e cheio de minerais oxido de ferro; plagioclâsio parcialmente intemperizado, cujas fraturas estão preenchi- das por minerais oxido de ferro, biotita e zircão são as outras fases presentes. N° de ordem: 34 Referência: R-l-7 e R-119. Coordenadas: 40 30*25" de long. W. e 03 37*29" de lat. Sul. Localização: Entre São Expedito e Rosàpolis (Santa Rosa, 0,7km a oeste de São Miquel do Boqueirão). Descrição petrográfica: Granito cinzento a rôseo, fresco com or- toclasio escuro e quartzo, com alquns nòdulos biotiticos. Ortoclasio è geralmente intemperízado, exibe intercresci- entos pertitico e gráfico; quartzo parcialmente embalado ("embayed"); plagiociasio menos comum do que ortoclasio o cristalizou apôs esta fase e quartzo. Zircão idiomôríico aparece incluso no feldspato potâssico, e minerais oxido de ferro são observados em grãos bem desenvolvidos como uma fase primaria ou como fase secundaria na biotita. Epi- doto é uma fase secundaria. A matriz è tipicamente grano- flrica (cristalização eutètica).

    N° de ordem: 35 Referência : R-120 e R-122. Coordenadas: 40 30*59" de long. W. e 03 37'28" de lat. Sul. Localização: Rosàpolis (Santa Rosa), l,7km a oeste do afloramen- to R-117. Descrição petrográfica: Granito grosseiro, rôseo, cizalhado, fresco composto de ortoclasio, quartzo, plagiociasio, bio- tita, minerais oxido de ferro e zircão. Ortoclasio varia de 1 a 3cm de comprimento, mostra pertita em chama e in- ! tercrescimento gráfico; quartzo xenomòrfico com deformação • protoclàstica; plagiociasio levemente intemperizado com geminações complexas, biotita intersticial, zircão idio- mórfico e minerais oxido de ferro (magnetita e ilmenita). * Quartzo, feldspato potâssico e plagiociasio aparecem tam- bém como fases cristalizadas euteticamente. N de ordem: 36 Referência: R-126 e R-127. Coordenadas: 4O°31'53" de long. W. e O3°37*3On de lat. Sul. Localização: Cerca de 3km a oeste de Rosàpolis (Santa Rosa). • Descrição petrográfica: Granito grosseiro, vermelho-tijoio com =• fenocristais de ortoclasio, plagiociasio e quartzo e com 1 plagiociasio, zircão e minerais oxido de ferro na matriz. \ Ortoclasio varia de 1 a 3cm de comprimento, está geralmen- te intemperizado, mostra intercrescimento pertitico, com •• inclusões de quartzo. Quartzo, parcialmente reabsorvido \ pelo magma, subidiomórfico a xenomòrfico (0,2 a lcm de com- ;. primento) provavelmente sofreu deformação protoclàstica; ? plagiociasio com intercrescimento mirmequltico; biotita \ intersticial, parcialmente transformada em clorita; zircão ; e minerais oxido de ferro que resultaram da alteração de l biotita, são os outros componentes nesta rocha. Textura * porfiritica. i i s 241 K de ordens: 3T Referência: R-126 e R-127. Coordenadas: 40^32*45- de long. W. e O3°37'30" de lat. Sul. Localização: 0,6fcn a oeste do afloramento R-123. Descrição petrogràfica: Granito qrosseiro com fenocristais de quartzo e ortoclàsio. Ortoclásio mostra intererescimento pertitico. Os fenocristais de quartzo são levemente deror- mados , parcialmente etnbaiados ("embayed") e subidiomòrf i - cos. £ observado também como fase intersticiai. Piaqiocl*- sio aparece como uma fase cristalizada tarde, tendo cres- cido nas baias do quartzo ou circundam este mineral. Bio- tita, parcialmente intemperizada , grãos de zireão peque- nos, e minerais oxido de ferro (magnetita?) são as outras fases componentes.

    N° de ordem: 38 Referencia: R-128 a R-130 Coordenadas: 4oG33'17" de long. W. e O3°37"O2" de lat. Sul. Localização: l,8km a norte de São Bernardo. Descrição petrogràfica: Granito grosseiro, principalmente compos- to de ortoclàsio, quartzo e plagioclásio subordinado, bio- tita e zireão. Ortoclásio juntamente com quartzo forma mais de 80% do volume desta rocha. Quartzo levemente de- formado, parcialemente reabsorvido pelo magma mostra defor- mação protoclàstica e está cheio de inclusões de minerais oxido de ferro. •. . toclásio está parcialmente intemperiza- do, com pertita em "filmes". Pequenos grãos de plagioclA- sio intemperizados são observados como fase intersticiai. Biotita e pequenos grãos de zireão são as outras fases componentes.

    N° de ordem: 39 Referência: R-131 Coordenadas: 4O°32'46" de long. W. e O3°36l22" de lat. Sul. Localização: 3,5km a norte de São Bernardo. Descrição petrogràfica:Rocha finamente granular, branca a cinzen- ta (tufo riolltico?). Os minerais componentes são demasia- damente pequenos para serem reconhecidos em exame micros- cópico, exceto alguns fenocristais de quartzo e feldspato. Ignimbritoí?).

    N° de ordem: 40 . Referência: R-132 a R-134. Coordenadas: 4O°32'47" de long. W. e O3°36lOOM de lat. Sul. Localização: 4,2km a norte de São Bernardo. Descrição petrogràfica: Granito rôseo, de granulação media, cor- tado por diques apliticos. Quirtzo, parcialmente reabsor- vido è muito comum, mostrando'padrão em chama ("flame shadow pattern"). Quartzo oranoflrico interaranular * tr,rr.~ bòrr. comun-,. Ortcclasio mostra intcrcrescimentos P'^rtitico .- gráfico e está parcialmente intemperirado. Quartzo e orto- clasio juntos perfazem mais de 80% do volume desta rocha. Plagioclasio 6 coralmente intemperizado , tr.enos aiiundar.r- c ocupa geralmente os intersticaos da rocha. Biotita mar- rom, parcialmente intemnerizada, zircão e minerais ôxidc de ferro são as outras fases componenetes nesta rocha.

    N° de orderr.: 41 Referência: R-135 a R-137 Coordenadas: 4O°25'54" de long. W. e 03O41'08" de lat. Sul. Localização: Aroeira, estrada para Jordão, 8,7km a oeste de Sobral. Descrição petrogrâfica: Granito grosseiro, vermelho-tijoio, ci- zalhado, composto predominantemente de quartzo e ortoclá- sio, com plagioclásio subordinado e biotita, zircão e mi- nerais ôxidc de ferro como acessórios. Quartzo deformado, cataclástico, cheio de inclusões de minerais de ferro forma estrutura mortar. Alguns grãos são embaiados ("em- bayed"). Quartzo cristalizado tarde è visto preenchendo fraturas. Ortoclàsio, intemperizado, exibe fraturas preen- chidas por minerais oxido de ferro e muscovita. Plagioclá- sio, intemperizado, è geralmente muito saussuritizado. Biotita foi parcialmente transformada em clorita e mine- rais oxido de ferro. Fluorita está presente em cavidades miaroliticas.

    N° de ordem: 42 Referência: R-I38 a R-140 Coordenadas: 4O°26'24" de long. W. e O3°41'O9" de lat. Sul. Localização: Estrada para Jordão, 0,9km a oeste do afloramento R-135.

    Descrição petrogrâfica: Granito grosseiro, fraturado com ortoclà- sio parcialmente intemperizado com 1 a 4cm de comprimento; quartzo idiomôrfico a subidiomórfico com 0,2 a lcm de com- primento e pouca biotita, intemperizada. Estrutura mortar.

    N° de ordem: 43 Referência: R-141 a R-143. Coordenadas: 4O°26'39n de long. W. e 03O41'0l" de lat. Sul. Localização: Estrada para Jordão, l,3km a oeste do afloramento R-138. Descrição petrogrâfica: Granito grosseiro, parcialmente intempe- rizado, vermelho-tijoio, com cavidades miaroliticas preen- chidas por mineral de Mn(?). Quartzo levemente deformado com 0,2 a lcm de comprimento ocorre como cristais subidio- môrficos a xenotnôrf icos , embaiados < " emba y ed " ) com padrão em chama ("flame shadow patterns"). Ortoclàsio intemperi- za do mostra pertita em chama e ocupa um volume somolhanto ao de quartzo nesta rocha. Grãos menores de plagioclasio cotr. gominaçõo^ complexas são menos abundantes. Biotita, parci- almonto .ilt-^raaa para clorita. minerais oxido de ferro (magnet 1ta?), rircão subidiomòrfico e allamta, intomocri- zada, mriusa em plaçioclàsio, são as outras fases desta rocha. Essencialmente uma brecha.

    K° de orderr.: 4 4 Referência: P.-147 a R-149 Coordenaáas: 4Oc27'O4" de long. W. e 03 40*42" de lat. Sul. Localização: Estrada para Jordão, 2,3km a oeste do afloramento R- 141 (400m a oeste de Contendas).

    Descrição petrográfica: Rocha porfiritica,avermelhada, sub- vulcánica com quartzo e sanidina(?) como fenocristais e cheia de cavidades miaroliticas onde um mineral (não i- dentificaáo è encontrado. Fenocristais de quartzo foram parcialmente reabsorvidos pelo magma não mostrando sinais de deformação. Sanidina(?), parcialmente intemperizado, exibe grãos arredondados algumas vezes. Plagioclasio è menos abundante que a sanidina. Intercrescimentos grancfi- ricos plurr.osos gradacionam a esferulitos de feldspato.A matriz onde predominam esferulitos de feldspato e intercrescimentos granoflricos plumosos resultou de uma cristalização muito rápida, à baixa pressão. Textura por- firitica.

    N° de ordex: 45 Referência: R-147 a R-149 Coordenadas: 4Oc28'29M long. W. e O3°4OIll" de lat. Sul. Localização: Estrada para Jordão, 2,3km a oeste do afloramento R- 144.

    Descrição petroqráfica: Granito finamente equigranular, com grão médio e torno de 0,2cm. Quartzo è muito menos abundante do que ortoclasio que mostra pertita em "filmes" e intercres- cimentos qrariofiricos. Plagioclasio, biotita, zireão idio- môrfico c minerais oxido de ferro, principalmente como produto do alteração de biotita, são os outros componen- tes. A rc.Tior parte desta rocha resultou de uma cristaliza- ção eutdtica. Granôfiro.

    M*W a M» IH M» ^ ^ ^ ^ ^ ^ — "••»»••*•» «* -^ •• —. ^ w4 v*a* ^ .v m^ ^ ^ mm ^ ^ M ^ mmr ^ ^ ^ a^ «• s» mm ^ ^ ^ ^ **• ^ ^ ^v a» •—• "^ ^ "• ^ ^ ~ N° de ordem: 46 Referência: H-1S0 Coordenadas: 40" 29'08" de long. W. e O3°4O'O6" de lat. Sul. Localização: Cor ca d

    N° de ordem: 47 Referência: R-151 a R-153 Coordenadas: 4O°3Ol22" de lona. K. e 03°40'36" de lat. Sul Localização: l,8km oeste de R-150 (3km a oeste de Jordão).

    Descrição petrogràfica: Granito grosseiro, ròseo, levemente ci- zalhado, cheio de cavidades miaroliticas preenchidas por mineral mustarda não identificado. Fenocristais de quartro são levemente deformados, geralmente embaiados("embayed"), cheios de inclusões de minerais oxido de ferro. Fenocris- tais de ortoclasio zonados com intererescimento pertlticc em retalho; plagioclasio parcialmente intemperiz;:do gemi- nado segundo a lei de albita ou geminações complexas, è parcialmente circundado por ortoclasio; biotita encurvada, parcialmente intemperizada e zireão são as outras fases componentes.

    N° de ordem: 48 Referência: R-154 a R-156 Coordenadas: 4O°3O129" de long. W. e O3°41'OO" de lat. Sul. Localização: 2km a oeste do afloramento R-151 (5km a oeste de Jordão). Localidade denominada Croata.

    Descrição petrogràfica: Granito rôseo, médio a grosseiro.Feno- cristais de quartzo, deformados, subidiomòrficos a xeno- mórficos são comuns (0,1 a 0,5cm). Fenocristais de crto- clasio, parcialmente in temperizados (1 a 3cm de compri- mento) mostram intererescimentos pertltico e gráfico próximo as suas margens (estrutura em anel) e são algumas vezes circundados por plagioclasio. Biotita foi transfor- mada em clorita e forma muitas vezes "clots". Zireão sub- idiomòrfico é encontrado muitas vezes incluso no plagio- clasio. Minerais oxido de ferro são observados como fases cristalizadas tarde.

    N° de ordem: 49 Referência: R-157 a R-158 Coordenadas: 40 30*58" de long. W. e O3°4O'O3" de lat. Sul. Localização: Estrada São Francisco-Mourão, l,8km da junção com estrada Jordão-CroatA.

    Descriç3~o petrogràfica: Granito vermelho, médio a finamente granular, composto de quartzo, ortoclasio, muscovita, zir- eão e minerais oxido de ferro. Quartzo idiomôrfico a xeno- mòrfico, embaiado ("ejnbayed") , não deformado, foi a pri- meira fase a cristalizar nesta rocha. Fenocristais de or- 2*5 E: •"•-• toclAsio, parcialmente intemperizades mostram intereros- cimento gráfico. Palh*?tas de moscovita secundaria e zircáo são as outras fases, presentes em aienor quantidade. A ma- triz £ composta orincipüIsnente de esferulitos de í-?ldspato que tambèrr. formam um manto em torno do quartzo e ortecia- sio. Esta matriz provavelmente resultou do resfriamento brusco do magma grani tico.

    N de ordem: 50 Referência: R-159 a R-160 Coordenadas: 4O°31t4 9" de long. W. e O3°4O'45" de lat. Sul. Localização: Na vila de São Joaquim.

    Descrição petrográfica: Granito, muito grosseiro, vermelho, com- posto de quartzo, ortoclásio, plagioclasio, hornbler.da, bicLita, zireão e minerais oxido de ferro. Quartzo forma fenocristais levemente deformados, cheio de inclusões, ge- ralmente xenomõrficos e algumas vezes exibindo padrão em chama ("flame shadow pattern"). Fenocristais de ortoclasio zonados mostram pertitas em chama que são homogeneamente distribuídas dentro do ortoclasio. Plagioclasio e«"ta ge- ralmente intemperízado mostrando intererescimento mirxequi- tico quando circundando ortoclásio. Anfibólio azulado (al- calino?) aparece incluso em ortoclásio. Minerais ôxião de ferro primários e secundários (dentro de hornblenda e bio- tita) e zircâo idiomôrfico são os principais acessórios nesta rocha. Textura granular pegmatltica.

    N° de ordem: 51 Referência: R-161 and R-163. Coordenadas: 40o32'15" de long. W. e 03°40'14" de lat. Sul- Localização: Cerca de 2Jtm a norte de São Joaquim. Descrição petrográfica: Granito grosseiro com cavidades miaroli- ticas. Textura pegmatitica com ortoclásio com atè 3cm de comprimento. Outras fases são plagioclasio, quartzo, horn- blenda, biotita, allanita, titanita, apatita, zireão e mi- nerais oxido de ferro. Fenocristais de quartzo estão par- cialmente embaiados ("embayed"), não deformados, cheios de inclusões de minerais oxido de ferro mostrando padrão em chama ("flame shadow pattern"). Fenocristais de ortoclá- sio mostram pertita em chama. Plagioclasio está geralmen- te interaperizado e transformado em sericita e muscovita (alteração hidrotermal?). Anfibólio azulado (alcalino?) inclui zircaõ idiomôrfico e allanita intemperizada e apa- tita estão inclusas em quartzo. Minerais oxido de ferro são encontrados como grãos bem desenvolvidos (rnagnetita?) ou dentro de hornblenda. Quartzo granofirico intergranular circunda fenocristais de quartzo e ortoclasio.

    N° de ordem: 52 Referência: R-164 e R-165. Coordenadas: 4O°32"12' de lona. K., e 03o39§54- de lat. Sul. Localização: l,3k,ii a norte do afloramento R-lfl (cerca de 3,3kx a noroeste de SAo Joaquim). Descrição petrogrâfica: Derramei?) dacitico, porfírltico cem cerca de 4C:r. de larçurú, com estrutura colunar, lembrando as vulcânicas da Pm Parapui, no graben do Jaibaras. rer.o- cristais de plaqioclasio estão quase que completamente transformados em sericita (alteração hidrotermal?). Kaq- netíta e cristais aloncados de ilmeníta sáo atui to cortuns. Clorita e.T. cristais alongados resultou provavelmente ca alteração de piroxénio. -Grãos de quartzo mostram extinção normal e são erabaiados ("embayed") algumas vezes. Apatita mostra cristais alongados e calcita é observada como cris- tais secundários.

    N° de ordem: 53 Referência: R-166 a R-168 Coordenadas: 40 32'13" de long. W. e O3°39'27- de lat. Sul. Localização: l,8km a norte do afloramento R-164 (cerca de 5,lies a norte de São Joaquim). Descrição petrogrâfica: Granito fresco, rôseo, médio a groseeiro. Uma facies porfirltica aplltica com cavidades miaroliti- cas está também presente. Na facies grosseira (R-166), fenocristais de quartzo mostram embaiamentos ("d-bayment") algumas vezes preenchidos por ortoclàsio, são deformados e mostram padrão em chama. Quartzo granofirico, intergranu- lar è comum. Ortoclàsio mostra pertita en- chama e inter- crescimento granofirico. Plagioclasio é bem preservado; hornblenda mestra pleocroismo de verde a marrom escure, biotita de marrom escuro a amarelado. Zircão idioir.órf ico incluso em hornblenda, minerais oxido de ferro dentro da biotita e hornblenda e fluorita são as outras fases com- ponentes . A amostra R-166 mostra a mesma composição que R-166 exceto por hornblenda que está ausente, e pela presença de alla- nita. Esta, zonada e completamente metamictizada é obser- vada dentro de ortoclàsio. Zircão zonado inclui roagnetita. Plagioclasio mostra geminações de acordo com a lei da al- bita ou complexas e intererescimentos mirmequiticos.

    N° de ordem: 54 Referência: R-169 a R-171. Coordenadas: 4Oc32'19" de long. W. e O3°39'O6" de lat. Sul. Localização: Cerca de 3,2km a oeste da vila de Milagre.

    Descrição petrogrâfica: Granito grosseiro, rôseo, composto de ortoclàsio (1 a 3cm de comprimento), quartzo (0,1 a 0,5cm de comprimento), plagioclasio, biotita, minerais oxido de ferro e zircão. Quartzo mostra extinção ondulatória e está geralmente cheio de inclusões de minerais oxido de ferro. Quartzo granofirico intergranulor circunda plagioclasio. 247

    Ortoclásio mostra intercrescimento gráfico com cada um dos indivíduos geminados mostrando uma orientação diferente para os cristais de auartzo intercrescidos (textura hiero- glífica). Plagioclásio mostra intercrescimento mirmequí- tico e è normalmente sericitizado. Biotita è uma fase intersticial . Zircão idiomôrfico onde a porção interna è xenomorfica è visto dentro de quartzo, feldspato ou bio- tita. Minerais oxido de ferro resultaram da alteração de biotita e são vistos como ilmenita esquelética. Uma facies fina, com cavidades miarollticas também está presente.

    N de ordem: 55 Referência: R-172 a R-174. Coordenadas: 40°3Ol13" long. W. e 03o38'49" de lat. Sul. Localização: Cerca de l,4km a este da vila de Milagres (estrada Milagres-São Expedito). Localidade denominada Gameleira.

    Descrição petrográfica: Granito ròseo, de granulaçSo media com fenocristais de quartzo e ortoclásio, com 0,5 a lcm de comprimento, plagioclàsio, biotita, hornblenda, zircão e minerais oxido de ferro. Fenocristais de quartzo são levemente deformados, parcialmente reabsorvidos pelo mag- ma, exibindo padrão em chama ("flame shadow pattern") e cheios de inclusões de minerais oxido de ferro. Ortoclá- sio está parcialmente intemperizado, mostra pertitas em chama que geralmente atravessam o plano de Carlsbad e in- tercrescimento granofirico. Plagioclàsio, geralmente in- temperizado exibe ângulo de extinção em torno de 10 . Biotita está geralmente alterada para clorita. Aegirina está localmente presente em cristais xenomorficos. Zircão xenomòrfico ocorre dentro do feldspato. Textura granofiri- ca predomina.

    N° de ordem: 56 Referência: R-175a R-177 Coordenadas: 40o29'47" de long. W. e O3°38'53n de lat. Sul. Localização: Cerca de 2,7km a este de Milagres (estrada para São Expedito).

    Descrição petrográfica: Granito rôseo, grosseiro, porfiritico, composto de quartzo, ortoclásio, plagioclàsio, biotita, minerais oxido de ferro, zircão e clorita. Fenocristais de quartzo são parcialmente embaiados ("embayed") e freqüen- temente mostram padrão em chama ("flame shadow pattern"). Quartzo granofirico intergranular é muito comum. Ortoclá- sio (1 a 4cm de comprimento) mostra plagioclàsio inter- crescído com duas orientações, uma paralela ao plano de Carlbad e uma perpendicular a ele. Quartzo granofirico se apresenta assist.maticamente distribuido dentro do orto- clásio. Plagioclàsio, geralmente intemperizado, ocupa po- sição intersticial. Biotita, fortemente pleocroica, está parcialmente transformada em clorita; magnetita ocupa posição intersticial. Minerais oxido de ferro são também 248

    vistos preenchendo fraturas nos cristais de ortoclásio. Zircòes idíomôrticos são vistos dentro de biotita. Textura pegmatltica granular.

    JJ° de ordem: 57 Referência: R-178 a R-180 Coordenadas: 4O°24'O4" de long. W. e O3°37'21" de lat. Sul. Localização: Estrada para Cajueiro, São Braz da Meruoquinha, 0f4km da junção com a estrada Sobral-Meruoca. Descrição petrogrâfica: Granito grosseiro, vermelho-ti joio, in- temperizado, com quartzo (0,2 a lcm de comprimento), orto- clásio (1 a 3cm de comprimento), plagioclasio, biotita, zircão, minerais oxido de ferro e clorita. Fenocristais de quartzo subidiomôrficos estão apenas levemente deformados exibindo padrão em chama ("flame shadow patterns"). Quar- tzo granofirico intergranular muitas vezes circunda o plagioclasio. Fenocristais grandes de ortoclásio são ge- ralmente vermelhos devido a numerosas inclusões hematiti- cas, e mostram nihcleos preservados. Plagioclasio intempe- rizado mostra-se geminado de acordo com a lei de albita e inclui quartzo. Biotita está parcialmente transformada em clorita, mostra minerais oxido de ferro são longo de suas clivagens e ocupam interstícios. Zircão idiomòrfico a xenomôrfico são vistos dentro da clorita.

    N° de ordem: 58 Referência: R-181 a R-183. Coordenadas: 4O°24'39" de long. W. e O3°36'3o" de lat. Sul. Localização: Estrada para São Braz da Meruoquinha e Cajueiro, l,5km a norte do afloramento R-178. Descrição petrogrâfica: Granito ròseo, intemperizado de granula- ção media, com quartzo, ortoclàsio, plagioclasio, biotita e minerais oxido de ferro. Fenocristais de quartzo idio- môrficos a xenomòrficos mostram pouca a nenhuma deformação e freqüentemente padrão em chama ("flame shadow pattern"). Alguns cristais de ortoclásio são idiomòrficos, enquanto que outros mostram intercrescimentos hieroglíficos ou em "espinha-de-peixe". Plagioclasio intemperizado mostra in- tercrescimento mirmequltico, e fenocristais são circunda- dos por quartzo granofirico em "espinha-de-peixe". Biotita está intemperizada e transformada em clorita e minerais oxido de ferro. Textura granofirica predomina.

    N° de ordem: 59 Referência: R-184 R-186. Coordenadas: 40 24'39" de long. w. e O3°35'32" de lat. Sul. Localização: Estrada para Cajueiro e São Braz da Meruoquinha, 2,4km a norte do afloramento R-l.

    Descrição petrogrâfica: Granito rôseo, grosseiro, composto de 269

    quartzo, ortoclasio, Dlagioclasio, hornblenda, biotita, minerais oxido do ferro, zircào o stilpnomelano(?). Fono- cristais são xenomôrficos, levemente deformados e mostra padrào em chama ("flame shadow patterns"). Quartzo arano- firico qranular e encontrado em torno do ortoclásio. Fc-no- cristais de ortoclasio mostram núcleos preservados e nar- ens intemperizadas, incluem plagioclasio algumas vezes « quartzo qranoflrico intererescido. Plagioclàsio ê menos abundante do que ortoclésio. Hornblenda subidiomôrfica in- clui cristais de zireão. Minerais oxido de ferro aparecer. como inagnetita ou preenchendo fraturas que atravessam os cristais de quartzo. Stilpnomelano são encontrados dentro de ortoclasio como peguenos cristais xenomôrficos.

    N° de ordem: 60 Referência: R187 Coordenadas: 4O°24l15" de long. W. e 03 35•15" de lat. Sul. Localização: Estrada para Cajueiro e São Braz, 2,1km a nordeste do afloramento R-184. Descric^ião petrográfica: Granito grosseiro, róseo, intemperizado, composto de quartzo, plagioclàsio, ortoclasio, hornblenda, biotita, zireão e minerais ôxiá e ferro. Fenocristais de quartzo são deformados, embaiacc ("embayed"), mostram pa- drão em chama ("flame shadow pa4. :.-.

    N° de ordem: 61 Referência: R-188 a R-190. Coordenadas: 4O°23l44" long. W. e O3°34'55" de lat. sul. Localização: Estrada para São Braz da Meruoquinha, 0,6km a este do afloramento R-187 (Sitio Santa Ursula). Descrição petrográfica: Granito róseo, médio á grosseiro composto de quartzo, ortoclasio, plagioclàsio, zireão e minerais oxido de ferro. Quartzo levemente deformado, xenomôrfico mostra algumas vezes padrão em chama ("flame shadow pat- tern"). Quartzo granofirico intergranular ê visto em torno de ortoclasio e plagioclàsio. Ortoclasio ê a fase mais co- mum nesta rocha, com pertita em chama. Plagioclasio, par- cialmente intemperizado, è menos abundante do que ortocla- sio. A presença de zireão subidiomòrfico dentro de orto- clasio, e poucos grãos de minerais oxido de ferro foram também registrados. ZMJ

    N° de ordem: 62 Referência: R-19I a R-193. Coordenadas: 4O~23'23* de long. W. e O3 34'52n de lat. Sul. Localização: Estrada para São Braz da Meruoquinha, 0,7km a este do afloramento R-186. Descrição petroaràfi^a: Granito grosseiro, rôseo, com cavidades miarollticas preenchidas por quartzo e uma fase rica em Mní?). Fenocristais de quartzo estão levemente deformados, embaiados ("embayed"), cheios de inclusões de minerais 6- xido de ferro. Quartzo granoflrico intergranular é encon- trado em torno de ortoclàsio e plagioclásio. Ortoclásio (1 a 4cm de comprimento) mostra nàcleos melhor preservados do que as margens dos seus cristais e intercrescimentos gra- nofiricos orientados ao acaso. Intercrescimento pertitico em retalho mostra duas orientações. Fenocristais de pla- gioclásio, intemperizados, aparecem em quantidade subor- dinada. Hornblenda, fortemente pleocròica; biotita verme- lho a marrom, zircão idiomórfico a subidiomórfico, tita- nita, turmalina de verde a ròseo, allanita intemperizada e minerais oxido de ferro são as outras fases componentes desta rocha.

    N° de ordem: 63 Referência: R-194 a R-196. Coordenadas: 4O°22'53n de long. W. e O3°35fO2" de lat. Sul. Localização: Estrada para São Braz da Meruoquinha, l,3km a esrte do afloramento R-191.

    Descrição petrogràfica: Rocha médio a finamente granular, rôsea, com grão médio em torno de 3mm. Quartzo è geralmente de- formado, embaiado ("embayed") e mostra extinção normal quando intercrescido no ortoclásio. Ortoclásio mostra per- tita em chama, intercrescimento granofirico (hieroglífico e em "espinha-de-peixe"). Plagioclásio não è muito intem- perizado e quando incluso em ortoclásio (pertita) distri- bui-se em dois grupos orientados perpendicularmente. Bio- tita está geralmente intemperizada e transformada em clorita. Minerais oxido de ferro são produtos de altera- ção. Fluorita está as vezes circundada por biotita. Esta rocha è um granôfiro e alguns veios apliticos cortam a mesma.

    N° de ordem: 64 . Referência: R-197 a R-199. Coordenadas: 4O°22'32" de long. W. e O3°351O5" de lat. Sul. Localização: Estrada para São Braz da Meruoquinha, 0/7km a este do afloramento R-194.

    Descrição petrogràfica: Granito grosseiro, rôseo, com quartzo, ortoclásio, plagioclàsio, hornblénda, biotita, zircão e minerais oxido de ferro. Fenocristais de quartzo são ge- ralmente deformados. emDaiados ("embayed") e alquns dcies mostram padrão em chama ("flame shadow patterns"). Quartro granofirico intergranuiar é muito comam. Fenocristnis d-- ortoclásio exibem nàcieos preservados e margens intemperi- zadas, intercrescimento pertitico em chama, inclusões de minerais oxido de ferro, mas não possui intercrescimor.tos granofirico ou gráfico. Plagioclásio ê uma fase subordina- da e algumas vezes circunda ortoclásio. Biotita vermelho a marrom está parcialmente alterada para clorita e inclui titanita. Hornblenda fortemente pleocroica, zircões subi- diomòrficos dentro do ortoclásio, quartzo e minerais oxido de ferro que aparecem como grãos isolados ou como inclu- sões no ortoclásio ou preenchendo fraturas, são os outros componentes desta rocha.

    N de ordem: 65 Referência: R-200 Coordenadas: 4O°22I12" de long. W. e O3°35'27H de lat. Sul. Localização: Estrada para São Braz da Meruoquinha, l,6km a SE de afloramento R-197. Descrição petrográfica: Granito grosseiro, intemperizado, verme- lho-tijolo (pegmatltico), com ortoclásio com atè 3cm de comprimento. A superfície de algumas fraturas está coberta por pequenos cristais idiomòrficos de quartzo. Fenocris- tais de quartzo estão parcialmente deformados, embaiados ("embayed") e algumas vezes mostram padrão em chair.a ("flame shadow patterns"). Quartzo granofirico, intergra- nular é encontrado em torno de fenocristais de crtociasio. Este, geralmente intemperizado, mostra as vezes intercres- cimento pertitico, sendo também observado na matriz. Pla- gioclásio, intemperizado, è observado na matriz. Plagio- clàsio em "patches" intercrescido com ortoclásio exibe ge- minação segundo a lei da albita ou complexa. Quartzo em forma de gota è visto dentro do plagioclàsio. Biotita, intemperizada, foi parcialmente transformada em clorita sendo relativamente rara nesta rocha.

    N° de ordem: 66

    Referência: R-20W T 14p a^1^ R-2O3M • ^^ ^r" *^ .W Coordenadas: 4O°21l5l" de lona. W. e O3°35lO9" de lat. Sul. '. Localização: 0,8km a oeste da vila de São Braz da Meruoquinha. Descrição petrográfica: Granito, grosseiro, rôseo formando gran- des "boulders". Fenocristais de quartzo subidiomôrficos a xenomôrficos mostram, algumas vezes, padrão em chama("£la- me shadow patterns"). Quartzo granofirico intergranular è visto circundando plagioclàsio ou ortoclásio. Ortoclásio forma fenocrir.tais bem desenvolvidos, predominando sobre plagioclàsio. Exibe intercrescimento pertitico. Plagioclá- io sericitizado, observado cor.i fase intersticial, exibe geminação segundo a lei de albita ou formas mais comple- 252 xas. Hornblenda fortemente pleocroica; biotita com cris- tais mais bem desenvolvidos do que hornblenda inclui zir- Cclo, allanita, fluorita, turmalina e magnetita.

    N° de ordem: 67 Referência: R-204 a R-206. Coordenadas: 4O°26t2OM de long. W. e O3°32'26" de lat. Sul. Localização: Estrada de Meruoca São Gonçalo e Riacho da Raiz, l,4km este de Meruoca.

    Descrição petrogràfica: Granito grosseiro, intemperizado, verme- lho, com textura pegmatltica. Fenocristais de quartzo são embaiados ("embayed"), deformados, xenomôrfice-s> e mostram algumas vezes padrão em chama ("flame shadow pattern") es- tando cheios de inclusões de minerais oxido de ferro. Quartzo granofirico intergranular è também observado. Fe- nocristais de ortoclasio intemperizados mostram intereres- cimento pertitico em retalho, onde o plagioclásio inter- crescido forma fileiras com duas orientações diferentes. Intercrescimento granofirico è comam. Plagioclásio par- cialmente sericitizado mostra geminações complexas e in- clui biotita e quartzo. Biotita, agregados de titanita dentro do plagioclásio, hornblenda fortemente pleocroica e magnetita idiomòrfica a xenomôrfica, são os outros componentes desta rocha.

    N° de ordem: 68 Referência: R-207 a R-209.' Coordenadas: 4O°25l56" de long. W. e O3°32'12" de lat. Sul. Localização: Estrada para São Gonçalo e Riacho ad Raiz, 2,5)CT a oeste de Meruoca.

    Descrição petrogràfica: Granito róseo, levemente intemperizado. Duas facies diferentes estão presentes, uma fina e uma grosseira. Fenocristais de quartzo estão deformados, xeno- morficos cheios de inclusões de minerais oxido de ferro, exibindo padrão em chama ("flame shadow patterns"). Quar- tzo granofirico intergranular é muito comum. Fenocristais de ortoclasio, parcialmente intemperizados, cheios de in- clusões de minerais oxido de ferro mostram pertitas em chama e em retalho. Quartzo granofirico aparece seguindo as duas direções de clivagem neste mineral. Plagioclásio, intemperizado, è menos abundante do que ortoclasio e ê freqüentemente circundado por quartzo granofirico. Horn- blenda fortemente pleocroica, algumas vezes observada den- tro do feldspato; biotita que resulta da reação de horn- blenda com o magma; allanita intemperizada e minerais oxi- do de ferro preenchendo micro-fissuras no quartzo e orto- clasio ou como produto de alteração de hornblenda, são as outras fases componentes desta rocha que ê mais rica em mâficos que as demais rochas neste batólito. 25.1

    N° de ordem: 69 Referência: R-21O a R-212. Coordenadas: 4O°25'49" de long. W. e 03 31 Ml" de lat. Sul. Localização: Estrada de São Gonçalo e Riacho da Raiz, 4km a esto de Memo ca.

    Descrição petrográfica: Granito grosseiro, fresco, verde-acinzon- tado. Fenocristais de quartzo, xenomôrf icos, err.baiados ("embayed"), cheios de inclusões e algumas vezes com pa- drão enm chama ("flame shadow patterns"). Ortoclásio par- cialmente intemperizado com pertita em retalho, com atò 3cm de comprimento, è cheio de inclusões de minerais oxido de ferro. Fenocristais de plagioclàsio são circundados por ortoclásio. Biotita fortemente pleocroica mostra "kink- bands" com duas direções de cizalhamento. Hornblenda , verde intenso a verde pálido; zircão idiomòrfico dentro de biotita e agulhas de apatita; fluorita e minerais oxido de ferro que aparecem como fases primárias ou secundárias são as outras fases componentes desta rocha.

    N° de ordem: 70 Referência: R-213 a R-215. Coordenadas: 40o25'47" de long.W. e O3°31'31" de lat. Sul. Localização: Estrada Meruoca a São Gonçalo e Riacho da Raiz, 5km a este de Meruoca (lkm a NÉ de Barra).

    Descrição petrográfica: Granito fresco, médio a finamente gra- nular com grão médio em torno de 0,5cm. Possui xenólitos do granito grosseiro e exibe textura granular. Quartzo (0,4 a lcm de comprimento) xenomôrfico mostra uma leve deformação, e>.tinção onduíatòria, forma mosaicos, e sofreu deformação pro^oclástica. Alguns grãos xenomôrficos não mostram deformarão. Ortoclásio está levemente intempe- rizado e è algumas vezes circundado por plagioclàsio (fel- dspato manteado), cheio de inclusões de hematita, com per- ita em chama, e è mais abundante do que plagioclàsio.Este, aparece como pequenos grãos, circundando ortoclásio ou co- mo fase exsolvida do ortoclásio.A quantidade de plagioclà- sio exsolvido dentro do ortoclásio ê geralmente muito alta. Biotita está parcialmente transformada em muscovita, estando chei? de minerais 6xido de ferro ao longo de suas clivagens. Zircões xenomôrficos são encontrados dentro de quartzo e ortoclásio. Veios estreitos de especularita e hematita atravessam grãos de quartzo.

    N° de ordem: 71 Referência; R-216 a R-218. Coordenadas: 4O°27'28" de long. W. e O3C34'38" de lat. Sul. Localização: Estrada para Bonfim, próximo a um pequeno lago, 1,3k.: a oeste da junção com a estrada Sobral-Meruoca.

    Descrição petrográfica: Granito grosseiro, fresco, cinzento. Fenocristais de quartzo estão deformados (deformação pro- 254

    toclâstica?) , cmb-iiaão ("embayed") cheio de inclusões de minerais ôxxdo do terro. Quartzo granoflrico integranular è observado em torno de ortoclasio. Este exibe pertita em chama e cm retalho c estA algumas vozes encurvado. Plaaio- clèsio,intemperi2aào, è monos abundante do que ortoclásio. Hornblenda verde escuro a marrom; biotita marrom; riebecki- ta azul a violeta em cristais muito alongados, e minerais oxido de ferro secundários são as outras fases componen- tes desta rocha. Calcita è vista preenchendo cavidades em agregados equigranulares e exibindo textura de equilíbrio.

    N° de ordem: 72 Referência: R-219 a R-221. Coordenadas: 4O°27'58" de long. W. e O3°34t45" de lat. Sul. Localização: Estrada para Bonfim, 2,3km a oeste da junção com a estrada Sobral-Meruoca. Descrição petrogrâfica: Granito grosseiro, fresco, cinzento a- marronado. Uma facies finamente granular com fenocristais de quartzo e ortoclasio está também presente. Quartzo em cristais bem desenvolvidos, algumas vezes deformados, par- cialmente reabsorvidos mostra padrão em chama ("flame sha- dow patterns") muitas vezes. Ortoclasio é muitas vezes 2onado, mostra pertita em chama e retalho que muitas vezes se distribuem ao longo destas zonas, e são circundados por cristais de quartzo e cheios de inclusões de minerais oxido de ferro. Plagioclasio, subidiomôrfico, algumas ve- zes zonado è encontrado dentro de ortoclasio, envolvido por quartzo. Biotita, zireão dentro de quartzo, anfibólio azul, dentro de biotita, fluorita, allanita, subidiomôrfi- ca, zonada, intemperizada e minerais oxido de ferro (ilme- nita e magnetita) são as outras fases componentes da ro- cha.

    N° de ordem: 73 Referêncai: R-222 a R-224. Coordenadas: 4O°28'19" long. W. e O3°34'55" de lat. Sul. Localização: Estrada para Bonfim, 0,7km a SO do afloramento R- -219.

    Descrição petrogrâfica: Granito grosseiro, cinzento amarronado, idêntico ao R-219. Uma facies finamente granular está também presente e muito semelhante ao R-220. Fenocristais de quartzo estão geralmente deformados (grãos pequenos geralmente não são deformados) quando intercrescidos em ortoclasio com hábito vermicular ou como quartzo granofl- rico intergranular em torno de plagioclasio. Ortoclasio parece zonado mostrando intererescimento granofirico em sua zona externa (estrutura em anel). Pertita em chama é rara, mas pertita em retalho è muitas vezes vista. Fre- qüentemente, mostra inclusões de hematita. Plagioclasio è muito menos abundante do que ortoclasio, serieitizado, exibindo geminações segundo a lei da albita e albita- 255

    Carlsbad. Biotita fortemente pleocroica está acralmento intemperizada c mostra minerais oxido de rerro ao lonqo de suas clivagens como um produto de alteração. Zircão è encontrado dentro de quartzo e crtoclAsio-

    K° de ordem: 74 Referência: R-225 a R-227. Coordenadas: 40G20'47" de long. W. e O3°35'29" de lat. Sul. localização: Estrada Sobral-Massapê, likm a norte de Sobral.

    Descrição petrográfica: Duas facies médio a grosseiras estão pre- sentes. Uma è cinza-amarronada e a outra, branca. Veios apliticos, com 20cm de largura, com juntas perpendiculares ao contato. Quartzo è o mineral mais comum nesta rocha, deformado, cheio de inclusões alinhadas e padrão em chama. "Gotas" de quartzo dentro de ortoclàsio mostram extinção simultânea. Ortoclásio intemperizado, plagioclásio serici- tizado, com formas de geminação complexas, agregados de zircão dentro de ortoclàsio, e grãos xenomôrficos de epidoto dentro dos agregados de titanita, são os outros componentes desta rocha. Esta rocha aproxima-se de uma composição alaskiticaí?).

    N° de ordem: 75 Referência: R-228 a R-231. Cordenadas: 4O°25'19n de long.W. e O3°31l45" de lat. Sul. Localização: Cerca de 6km a oeste de Massapê, próximo a Pè da Serra (Sitio Cancela).

    Descrição petrográfica: Duas facies estão presentes. Uma, repre- sentada por rocha fresca, esverdeada {R-228 e R-229) com grão médio em torno de 2CJT« e uma facies vermelha, grossei- ra, intemperizada (R-230). Na facies verde, quartzo parece deformado, subidiomôrfico a xenomôrfico, parcialmente re- absorvido pelo magma. Quartzo granoflrico intergranular è também visto. Fenocristais de ortoclásio não mostram intererescimento pertitico e são a fase mais comum nesta rocha. Plagioclásio zonado, subidiomôrfico é observado dentro do ortoclàsio. Hornblenda pleocroica e faialita in- temperizsda com fortes cores de interferência são comuns. Pequenos grãos de zircão são observados dentro do ortoclásio. Minerais oxido de ferro secundários são vistos dentro de hornblenda e faialita como um produto de alteração. Anfibòlio {hornblenda ferrohastingsitica) passa em suas bordas a anfibòlio azul (alcalino).

    N° de ordem: 76 Referência: R-232 e R-234 Coordenadas; 40^25'08" de long. 0 e O3°32'32" de lat. S. Localização: Cerca de 6 km a oeste de Massapê, perto do Riacho Contendas (Pè da Serra) Descrição petrogrAfica: aranito qrossciro, vermolho-ti30I0, alterado. Quartzo xenomòrfico. com ate 1 cm de comprimento, mostra extinção ondulatôria estando ch^io d^ inclusões de minerais oxido de ferro. São cortados por rr.i- cro-veios de minerais oxido de ferro. Ortoclásio bem pre- servado, algumas vezes zonado, não mostra pertita ou esta ocorre apenas em suas maroens. Intercrescimento granofi- rico estâpresente. Plagioclásio intemperizado, mostra-se circundado por quartzo aranofiricc. Hornblenda, parcial- mente alterada para biotita, exibe inclusões de plagioclá- sio idiomòrfico. Biotita fortemente pleocrôica inclui agu- lhas de apatita e hornblenda, zircão e minerais oxido de ferro (ilmenita e magnetita).

    N° de ordem: 77 Referência: R-235 a R-237. Coordenadas: 4O°23'3O" de long. W. e O3°3O'16" de lat. Sul. Localização: Estrada Massapê-Padre Linhares, 6km a NO de Kassapê.

    Descrição petrográfica: Granito de granulação media, rôseo rela- tivamente fresco, formando grandes "boulders" neste local. Fenocristais de quartzo parecem deformados, cheios de in- clusões de minerais oxido de ferro, mostram padrão em chama. Grãos menores são geralmente distribuídos de acor- do com o zoneamento de fenocristais de ortoclásio, estan- do a zona externa cheia de plaçioclásio perpendiculares a margem externa do ortoclásio hospedeiro. Pertita em reta- lho è também comum. Quartzo è também intercresciôo em or- toclásio em forma de "gotas", que ê geralmente cheio de minerais oxido de ferro. Plagioclásio geralmente intempe- rizado è menos abundante do que ortoclásic (os núcleos são geralmente mais intemperizados do que as margens, sugerin- do zonação). Plagioclásio ê também visto circundando per- tita. Biotita, encurvada, fortemente pleocrôica, está in- *emperizada. Zircão ê visto dentro de quartzo.

    N° de ordem: 78 Referência: R-238 a R-239. Coordenadas: 4O°23f47" de long. W. e O3°3L15€" de lat. Sul. Localização: Estrada Massapê-Padre Linhares, 0,3km a oeste do afloramento R-235. Descrição petrográfica: Granito grosseiro, rôseo, intemperizado. Quartzo deformado, xenomôrfico (deformação protoclástica) , 0,1 a 0,3cm è também visto intercrescido em ortoclásio (intercrescimento granoflrico) próximo à margens deste. Quartzo granofirico intergranular é observado em torno de plagioclásio e ortoclásio e circundado por quartzo. Ortoclásio zonado representa o mineral mais abundante nesta rocha e apenas na sua zona externa, ohse~va-se intercrescimento granofirico. Pertita em chm.. b muito comum. Plagioclásio zonado é observado incluso em ortoclásio e circundado por quartzo. Biotita fortemente pleocrôica è observada como palhetas pequenas. Grãos de iircão são vistos dentro de quartzo. Minerais oxido do ferro são qeralmente de origem secundária e resultaram da alteração de bictita.

    N° de ordem: 79 Referência: R-240 a R-242. Coordenadas: 4C°27lil" de long. W. e 03O29'03" de lat. Sul. Localização: Estrada Massapê-Padre Linhares, lltan a oeste de Massapê. Descrição petrográfica: Rocha grosseira, esverdeada semelhante ao afloramento R-228. Quando alterada, esta rocha exibe cor esbranquiçada . Fenocristais de quartzo são as vezes defor- mados, embaiados ("embayed") e alguns mostram padrão em chama ("flame shadow patterns"). Ortoclásio é tão abund.mto quanto plagioclásic. Fenocristais de plagioclásio pouco ou não alterados (ângulo de extinção de 8o), em parte cristalizou ao mesmo tempo que ortoclásio. Faialita esti presente em pouca quantidade. Hornblenda fortemente pleo- crôica engloba zireão, apatita, quartzo, ailanita e mine- rais oxido de ferro. Biotita vermelha, menos abundante, in- clui pequenos cristais de zireão. Diversas agulhas de apa- tita são encontradas dentro de plagioclásio, quartzo ou hornblenda. Allanita subidicmôrfica é observada dentre de hornblenda e inclui zireão idiomôrfico. Quartzo granofiri- co intergranular está também presente.

    N° de ordem: 80 Referência: R-243 a R-245. Coordenadas: 40°27>llM de long. W. e O3°23lO3" de lat. Sul. Localização: Estrada Massapê-Padre Linhares, 14km a oeste de Massapê.

    Descrição petroqráfica: Granito grosseiro, fresco, verde amarela- do, semelhante ao R-240. Fenocristais de quartzo são de- formados e cheio de inclusõoes de minerais oxido de ferro. Esta fase è tão abundante quanto ortoclàsio. Quartzo gra- noflrico intergranular nao è incomum. Ortoclásio zonado (verde amarelado em espécie de mão) com atè 2cm de comprimento de pertita, e algumas vezes circundado por plagioclasio. Plagioclásio zonado é algumas vezes circun- dado por quartzo granofirico intergranular. Alguns feno- cristais de plagioclásio cristalizaram simultaneamente co

    N° de ordem: 81 Referência: R-246 e R-247. Coordenadas: 40°3OI03" de long. W. e 03o44M3" de lat. Sul. Localização: Estrada de Boqueirão para Baracho, São Felipe, Croata; cerca de l,2tan da junção com a estrada Sobral-Aprazlvel. «JO

    Descrição petroarAfica: Granito vermelhc-tijolo. cizalhado. Quar- tzo foi duramente deformado, quebrado, cizalhaáo, rr.ostr-jn- do extinção onduiatoria, forma estrutura mortar. Pertitas são muito deformadas mostrando cor vermelha devido a alte- ração e inclusões de minerais oxido de ferro. Plaaiocla- sio está intemoerizado, geralmente deformado, encurvado e com micro-fracuras. Biotita, fortemente pleocroica, mostra clivagens geralmente encurvadas e "Jcink-bands". Alguns cristais de zircão são vistos dentro de quartzo. Brecha granitica.

    N° de ordem: 82 Referência: R-248 a R-249. Coordenadas: 4O°3O'O3" de long. W. e O3°43'52" de lat. Sul. Localização: Estrada para São Felipe, Baracho, Croata, 0,7km NO do afloramento R-246.

    Descrição petrogràfica: Granito grosseiro, vermelho-tijoio, com cavidades miaroliticas, muito fraturado. Fenocristais de quartzo são comuns, deformados, cheio de inclusões de mi- nerais oxido de ferro, parcialmente circundado por pla- gioclásio. Quartzo granofirico intergranular è tair.bén comum. Ortoclãsio, zonado, predomina sobre plagicclasic, com pertita em retalho, e cheio de inclusões de minerais oxido de ferro. Fenocristais de plagioclásio são comuns, com geminação albita-Carlsbad, algumas vezes circundado por ortoclásio e quartzo granofirico. Grãos subidiomòrfi- cos a xenomòrficos de hornblenda incluem minerais oxido de ferro (ilmenita). Biotita vermelha está parcialmente alte- rada para clorita e minerais oxido de ferro. Allar.ita, zonada, parcialmente rnstamictizada e inclusa na biotita; apatita inclusa em hornblenda e minerais oxido de ferro primários são as principais fases acessórias nesta rocha.

    N° de ordem: 83 Referência: R-250 Coordenadas: 40o30'23n de long. W. e O3°43'5211 de lat. Sul. Localização: Estrada para São Felipe, Baracho, Croata, 0,7km a NO do afloramento R-248. Descrição petrogràfica: Granito grosseiro, ve~melho-tijoio com cavidades miaroliticas e muito fraturado- Fenocristais xenomòrficos de quartzo são comuns, deformados, cheios de inclusoêes de minerais oxido de ferro, parcialmente cir- cundados por plagioclásio. Quartzo granofirico intergranj- lar ê comum. Ortoclásio zonado predomina sobre plagiocia- sio, mostra pertita em chama e inclusões de minerais ÔXÍJO de ferro. Fenocristais de plagioclásio são comuns com geminação segundo a lei de albita-Carlsbad algumas ve- zes circundado por ortoclásio e quartzo granofirico intergranular. Hornblenda fortemente pleocroica inclui minerais oxido de ferro (ilmenita). Biotita vermelha esti alterada para clorita e mostra minerais oxido de ferre 259

    secundários. Allanita, zonada, parcialmente metamictizaaa. dentro de biotita, zircões idiomòrficos a subidiomôrficos. apotita dentro do nornbicnda e minerais oxido de ferro primários são as principais tases acessórias.

    S° de ordem: 84 Referência: R-251 e fi-252. Coordenadas: 4CT3:tOl" de long. W. e O3°43'35" de lat. Sul. Localização: EStrada para São Felipe, Baracho. Croata, cerca de 2,3km a NO do afloramento R-250 (Casa Forte).

    Descrição petrográficar Rocha rôsea, média a fina, formando enor- mes "boulders". Fenocristais de quartzo xenomôrficos mos- tram padrão em chama ("flame shadow patterns") muitas ve- zes. Ortoclãsio, geralmente com pertita .em chama, è o feldspato mais comum, algumas vezes circundado por plagio- clasio. Alguns cristais de ortoclãsio não mostram inter- crescimento mirmequitico. Cristais de plagioclasio subidi- omôrficos são vistos dentro de ortoclásio. Alguns plagio- clasios são zonados,com núcleos mais intemperizaòos do que as margens. Biotita, parcialmente alterada para cicrita, algumas vezes circundada por niuscovita secundária, inclui titanita ao longo de suas clivagens; fluorita, zircão e minerais oxido de ferro. Minerais oxido de ferro são também vistos como uma fase primária e turmalina, idionôr- fica, fortemence pleocròica também está presente.

    S de ordem: 85 Referência: R-253 a R-255 Coordenadas: 4O°31'18" de long. W. e O3°43'O4" de lat. Sul. Localização: Estrada para São Felipe, Baracho, cerca de 1,8km a NO do afloramento R-251 (Baracho).

    Descrição petrográfica: Granito róseo, grosseiro, intemperizado. Fenocristais de quartzo são deformados e mostram padrão em cnama ("flame shadow patterns"). Ortoclásio ê o feldspato mais comum. Pertita em chama é relativamente rara e eir. algumas seções delgadas está completamente ausente. Cir- cunda cristais de plagioclasio. Este é geralmente intex.pe- rizado com núcleos mais alterados do que as margens. Horn- blenda inclui muitas vezes zircão idiomòrfico a xenomôr- fico. Algumas vezes exibe cor azul e hábito radial. Tita- nita e minerais oxido de ferro são os outros componentes desta rocha.

    N° de ordem: 86 Referência: R-256 a R-257. Coordenadas: 4O°31'24" de long. W. e 03 42'34" de lat. Sul. Localização: Estrada par São Felipe, Baracho e Croata, l,3kxn a norte do afloramento R-253.

    Descrição petrográfica: Granito grosseiro, intemperizado com quartzo com até 0,5cm de comprimento, feldspato com atè 260 2cm dc comprimento e òiotita interstício?. OrtoclAsio, rc- eo c plagiocias 10 cinza aparecem circunàando-se smLuainen- te. Fenocristais de ortociasi© são comuns.

    K° de ordem: 87 Referência: R-2?8 a R-26O. Coordenadas: 4CT39'i6" de lonç. K. e 03O37'52" de alt. Sul. Localização: Porção oeste da Serra da Meruoca, próximo a Pai João, cerca de 3km a leste da estrada Aprazlvel-Coreasi.

    Descrição potrogrâfica: Duas facies estão presentes, uma repre- sentada por uir. granito grosseiro, rôseo, fresco, e uma fa- cies media a fina, r6sea com fenocristais de quartzo e ortociasio. Fenocristais de quartzo, subidiomõrficos mos- tram sinais de reabsorção, padrão em chama ("flame shadow patterns") e alguxas vezes circundado por plagioclásio que por sua vez está incluso em ortociasio. Fenocristais orte- clâsío são zonados com íntererescimento gráfico presentes nas zonas externas. Texturas hieroglíficas são comuns. Feldspato mostra inclusões de minerais oxido de ferro e algumas vezes inclui quartzo e plagioclásio. Plagioclásio, muito menos abundante do que ortociasio não ê muito inte:?.- perizado. Anfibôiio verde intenso a azulado inclui poicui- liticamente apatita zireão e minerais oxido de ferro. Ti- tanita e epidoto são os outros componentes desta rocha. Granófiro.

    N° de ordem: 88 Referência: R-261. Coordenadas: 4Oc29'27" de long. K. e O3°32'22" de lat. Sul. Localização: Estrada Meruoca, Pau d'Arco passando através de a- nil, cerca de 4,6km a oeste da Meruoca.

    Descrição petrográfica: Dique de diabasio toleltico, fresco, com e£?oliação, aflorando cerca de 400tn ao longo da estrada , com çranulação inédia em torno de 0,3cm. Fenocristais de plagioclásio são zonados, geminados segundo a lei da albi- ta ou albita-Carlsbad, algemas vezes inclusos em piroxênin. Piroxênio fresco, algumas vezes gen.inado, mostra err. pou- cos casos, alteração para biotita vermelho-arnarror.ada. Magnetita e ilmenita estão presentes. Apatita, zireão den- tro de biotita e quartzo granofirico ou em intereresciroen- tos mirmequiticos são as outras fases componentes. Esta rocha cristalizou sob baixa fugacidade de oxigênio.

    N° de ordem: 89 Referência: R-262 a R-263. Coordenadas: 4O°29'44" de long. W. e O3°32'15" de lat. Sul. Localização: Estrada Meruoca-Pau d'Arco, 1,1, kn» a W de R-261. Descrição potrográfica: Granito grosseiro, rôseo. Quartzo, xenomôrfico, embaiado ("embayed"), cheios de inclusões de 261

    minerais oxido do ferro. Ortoclâsio zonarto mostra alaumas vezes intercrescimento gráfico na zona externa. Alguns qrãos são idiomôrficos e mostram pertita em chama. Em poucos casos, ortoclásio circunda plagioclisio. Plagiociâ- sio zonado mostra núcleos intemperizados e margens preser- vadas. Geminações de acordo com a lei da albita e aemina- ções complexas est3O presentes. Biotita marrom-amarelada , alterada para clorita, è relativamente rara. Minerais oxi- do de ferro são raros e são observados como produto de alteração.

    N° de ordem: 90 Referência: R-264 Coordenadas: 40o30'06" de long. W. e O3°32'12" de lat. Sul. Localização: Estrada Meruoca-Pau d'Arco, cerca de 0,5)an a oeste do afloramento R-262.

    Descrição petrográfica: Dique de diabasio toleitico, com 30m de largura, mostrando blocos alongados, com grão médio em torno de 0,3cm e textura diabásica típica. Plagioclasio é geralmente, bem preservado somente alguns cristais mostran- do sericitização. Geminações de acordo com a lei da al- bita e geminações complexas são comuns. Clinopiroxênio le- vemente pleocroico parece enriquecido em titânio. Biotita vermelho a marrom è provavelmente uma fase primaria, o que atesta a presença de água no magma e que este também era relativamente rico em potássio. Cristais de minerais oxi- do de ferro bem desenvolvidos são vistos em torno do piro- xênio e plagioclasio e provavelmente se formaram ao fim da cristalização (baixa fugacidade de oxigênio).

    N° de ordem: 91 Referência: R-265. Coordenadas: 40 30'27" de long. W. e O3°321O5" de lat. Sul. Localização: Estrada Meruoca-Pau D'Arco, cerca de 7,2km a oeste de Meruoca (lxm a noroeste de Anil).

    Descrição petrográfica: Granito grosseiro, cinza, bem preserva- do, formando grandes "boulders". Fenocristais de quartzo e ortoclâsio numa matriz equigranular são comuns.

    N° de ordem: 92 Referência: R-266 e R-267. Coordenadas: 40°30'57" de long. W. e O3°31'58" de lat. Sul. Localização: Estrada Meruoca-Pau d'Arco, 7,9km a oesrte de Meruoca. Descrição petrográfica: Granito grosseiro, verde-acinzentado, de granulação média formando grandes "boulders". Quartzo, de- formado, com cerca de 0,1 a 0,3cm de comprimento mostra inclusões de minerais oxido de ferro e, algumas vezes, pa- drão em chama. Quartzo granofirico, intergranular, è tam- bém comum. Fenocristais de plagioclasio, zonados, mostram 262

    nôcleos mais intctnporizados do que sua*; maroens. Ortoclá- sio, intemperizado, mostra pertita em retalho.Alauns íono- ristais deste mineral estão separados uns dos outros por quartzo qranoiírico mterqranular. Biotita é tipicamente uma fase intersticial, parcialmente alterada para clori-.a. Clorita radial è também vista como uma fase intersticial. Grãos idiomòrficos de zireão aparecem dentro de ortocia- sio. Fluorita aparece parcialmente envolvida por

    S de ordem: 93 Referência: R-268 a R-269. Coordenadas: 4O°31I31" de long. W . e O3°32•12" de lat. Sul. Localização: Estrada Meruoca-Pau d'Arco, 9,2km a oeste de Meruoca (Pau d'Arco).

    Descrição petrográfica: Granito ròseo, de granulação média, relativamente frescof formando grandes "boulders" com qua- se textura equigranular e poucos fenocristais. Grãos de quartzo, xenomòrficos, deformados, variando de 0,1 a 0,4cm de comprimento, ocupam cerca de 35% do volume da rocha. Cristais bem desenvolvidos de ortoclásio são cheios de pertita em chama. Intercrescimento çranofirico è ccrr.urr.. Plagioclasio mostra hábito xenomòrfico, geminação segundo a lei da albita e è muitas vezes circundado por quartzo granofirico intergranular. Aegirina em cristais xenorr.òrfi- os e riebeckita fortemente pleocroica. Apatita idiomôrfi- ca a xenomòrfica ê encontrada dentro da hornblenda. Zireão zonado, xenomòrfico é visto incluso em ortoclásio. Mine- rais oxido de ferro são geralmente secundários resultantes da alteração de hornblenda.

    N° de ordem: 94 Referência: R-270 Coordenadas: 40°30'13" de long. W e O3°29'5O" de lat. Sul. Localização: Vila de Padre Linhares, junto a borda norte do batò- lito da Meruoca.

    Descrição petrográfica: Granito de granulação media, cinza a verde, internperizado, formando grandes "boulders". Ortc- clasio varia de 1 a l,5cm de comprimento; biotita de 0,1 a 0,3cm de comprimento e quartzo de 0,3 a 0,5cm de compri- manto. Ortoclásio é a fase mais abundante. Biotita e quartzo são fases intersticiais.

    N de ordem: 95 Referência: F<-272 a R-274. Coordenadas: 4O°31'58" de long. W. e O3°3Ol54" de lat. Sul. Localização: Estrada para Carnaubinha, l,2km a sul da junção com a estrada Padre Linhares-Coreaú. Descrição petrográfica: Granito, grosseiro, verde, relativamente fresco,semelhante ao R-228 (Pè da Serra). Fenocristais àe quartzo, deformado, xenomòrfico (deformação protoclásti- 263

    ca), è parcialmente circundado por ortoclásio e menos fro- quentemente por piaçioclAsio. Ocupa cerca do 30% do volurv.o da rocha. Ortoclâsio está somente parcialmente intemperi- zado e mostra pertita em chama. Plagioclásio é menos abun- dante do quo ortoclasic e algumas vezes está circundado por este mineral e quartzo. Magnetita; cristais idiomôrfi- cos de zireão dentro de hornblenda que è uma fase intersticial; biotita vermelha e faialita são os princi- pais minerais constituintes desta rocha- Hornblenda está algumas vezes Darcialmente transformada em grunerita, e faialita, em iddingsita.

    N° de ordem: 96 Referência: R-275 a R-277 Coordenadas: 4O°32I15" de long. W. e O3°31'll" de lat. Sul. Localização : Estrada para Carnaubinha, 2,2km a SO da junção com a estrada para Padre Linhares-Coreaò (vila de Recife).

    Descrição petrográfica: Granito grosseiro, verde, relativamente fresco semelhante ao R-228, R-40 e R-272. Os cristais de quartzo são xenomòrficos, deformados, embaiados ("embay- ed"). Ortoclâsio, bem preservado, mostra pertitas em chama e em alguns casos, em retalho. Plagioclâsio è re- lativamente raro e parcialmente circunda faialita. Esta é geralmente circundada por hornblenda que resultou da sua reação com o magma. Esta hornblenda exibe forte pleocrois- mo de verde a marrom. Ferroaugita (ou ferrohedenbergita) está presente como cristais xenomòrficos. Minerais oxido de ferro são observados como fase secundaria (alteração de hornblenda, biotita e faialita) ou como fase primaria (nag- netita e ilmenita). Pequenos cristais de zireão são encon- trados dentro de plagioclâsio. Biotita marrom a amarelada está alterada para clorita. Allanita não está metamicti- zada. Chevkinita(?) ê observada como raros cristais, xeno- môrficos.

    N° de ordem: 97 Referência: A-85 Coordenadas: 4O°39l2O" de long. W. e O3°37'O4" de lat. Sul. Localização: Estrada Aprazivel-Coreaü, 18,8km a norte de Aprazível.

    Descrição petrogrâfica: Granito finamente granular com pequenos xenôlitos de metassedimentos (hornfels, metapeiitos). Fe- nocristais de feldspato com atè 3cm de comprimento são observados. E composto de ortoclâsio, plagioclâsio, bio- tita, quartzo, minerais oxido de ferro, apatita, allanita, clorita e zireão. Ortoclâsio, muito abundante, geralmente mostra pertita em chama ("film") e algumas vezes inclui plagioclâsio. Biotita é relativamente abundante. Os xenô- litos de hornfels mostram biotita, quartzo, plagioclâsio, hornblenda, apatita, zireão, allanita e minerais èxido de ferro. Biotita vermelha geralmente não mostra orientação 264 preferencial; hornblenda, menos abundante inclui rristais arredondados de piaqioclasio. Grãos de quartzo muitas ve- zes se tocam em ângulo de 120°. Apatitas sáo alongadas a 7/1 são as razões comprimento/largura). Zircões exibem razões 4/1 a 3/1.

    N° de ordem: 98 Referência: CM-1 a CM-4. Coordenadas: 4O"'36t34" de long. W. e O3°48'14" de lat. Sul. Localização: Estrada para Mocambo, 9km a sul da junção com a es- trada Sobral-Frecheirinha (Fazenda Moreno).

    Descrição petrogràfica: Rocha metamôrfica, cinza escuro, finamen- te granular em contato com calcário metamôrfico grosseiro. Juntas de direção 255°Az predoir.inanm. Parece ter sido cozido durante a intrusão do batôlito de Mocambo. O protó- lito era um arenito onde quartzo era o mineral mais abun- dante e com muito plagioclásio. Fragmentos de rocha esta- vam ausentes. A matriz do arenito era rica em argila. Zir- cões zonados, turmalina e titanita estavam presentes. A rocha é um meta-areôsio (metamôrfismo de contato).

    N° de ordem: 99 Referência: MC-5 a MC-8 Coordenadas: 40 37'00" de long. W. e O3°48'46" de lat. Sul. Localização: Estrada para Mocambo, 1,1km a SO do afloramento MC-1,

    Descrição petrogràfica: Rocha granitica grosseira, rôsea, com juntas predominando na direção 255°Az e mergulhando 60° para 355 Az. Nas fraturas, especularita fibro-radial è ob- servada. Inclui fragmentos grandes de rochas metassedi- mentares do Grupo Ubajara. Os grãos de quartzo na rocha granitica são deformados, xenomòrficos, cheios de inclusões de minerais oxido de ferro, cupando cerca de 15 ou 20% do volume da rocha. Grãos de plagioclásio variam de 1 a 2 cm de comprimento, são sericitizados, circundados por ortoclásio e com geminações de acordo com a lei da al- bita, clbita-Carlsbad ou mais complexas. Alguns grãos de ortoclásio são circundados por plagioclásio e formam fenocristais bem desenvolvidos, algumas vezes arredonda- dos. Pertitas em chama e em retalho são comuns. Fenocris- tais de ortoclásio incluem plagioclásio, quartzo e hornblenda. Hornblenda, fortemente pleocroica, circunda plagioclásio e quartzo. Biotita está parcialmente trans- formada em clorita e mostra epidoto ao longo de suas cli- vagens (pistacita?). Agulhas de apatita são encontradas dentro de quartzo e hornblenda. Zircão, idiomòrfico a xenomôrfico e allanita são os accessôos nesta rocha, que representa provavelmente uma cristalização cotètica com plagiocláo e ortocláo englobando-se mutuamente. N° de ordem: 100 Referência: MC-9 a MC-13. 265 Coordenadas: 4O°38'12" de long. W. e O3°49'44K de lat. Sul. Localização: Estrada para Mocambo, 3tan a SO do afloramento MC-5.

    Descrição petrográfica: Três tipos petrogrâficos de granitos ocorrem neste afloramento. Um tipo, predominante, com mi- croclina e plagioclásio, um segundo tipo onde apenas feldspato potássico ocorre e um terceiro tipo, onde pla- gioclasio predomina. Especularita e fluorita roxa estão presentes. Xenôlitos de meta-arenito são comuns. Grãos de quartzo são zonados, deformados e mostram padrão em cha.Ta ("flame shadow patterns"). Alguns cristais idiomôrficos são englobados por anfibôlio. Plagioclâsio è observado como cristais idiomôrficos a xenomôrficos, algumas vezes sericitizados, geminados geralmente segundo a lei da albita. Ortoclàsio é o feldspato mais abundante, um pouco intemperizado e cheio de pertita. Allanita, titanita idiomôrfica dentro de anfibôlio; agulhas de apatita dentro de quartzo e monazita idiomôrfica, circundado por minerais oxido de ferro.

    N de ordem: 101 Referência: Mc-14 = A-24 Coordenadas: 4O°4Ol31ft de long. W. e O3°51'O2" de lat. Sul. Localização: Estrada para Mocambo, 6,3km a SO do afloramento MC-9 (vila de Cacimba).

    Descriçãao petrográfica: Rocha granltica, porfirltica, fresca,,com xenôlitos discoides (geralmente pedaços de migmatitos coin rocha do embasamento) . Quartzo è geralmente intersticial mostra deformação protoclàstica. Plagioclâsio zonado está geminado de acordo com as leis de albita e al- bita-Carlsbad. Fenocristais de ortoclàsio com até 4cm de comprimento são comuns. Mostram pertita em chama, são algumas vezes zonados e circundados por hornblenda. Este anfibôlio, fortemente pleocroico circunda plagioclâsio e zircão dentro da biotita são os outros acessórios nesta rocha. O magma granitico cristalizou predominantemente sob regime de cristalização fracionada.

    N° de ordem: 102 Referência: MC-15 a MC-17 Coordenadas: 4O°42'Ol" de long. W. e O3°52'O7" de lat. Sul. Localização: Estrada Cacimbas-Mocambo, 2,8km a SO de Cacimbas.

    Descrição petrográfica: Quartzo-sienito, cinza, grosseiro, intemperizado, com fenocristais de ortoclásio com até 4cm de comprimento,mostrando um marcante desplacamento("sheet- ing"). Este è um dos tipos petrográficos predominantes neste batôlito, cheio de xenôlitos. Quartzo está geralmen- te deformado, circundado por ortoclàsio ou plagioclisic, mostra deformação protoclàstica e é menos abundante do que ortoclàsio. Ortoclásio, bem preservado, cheio de per- titas é a fase mais comum nesta rocha. Pertitas não são 266

    homogoneamente distribuídas dentro dp ortocl&sio, otn zo- nas. Quartzo é visto dentro de ortoclásio em qrãor. alon- gados. Plagioclásio xenomorfico está parcialmente circun- dado por ortoclásio mostra lameias estreitas e geminaçAo segundo a lei da albita. Hornblenda fortemente pleocroica engloba plagioclásio, inclui apatita, zircão, minerais 6- xido de ferro e quartzo. Zircão idiomôrfico è também visto dentro de biotita e ortoclásio. Biotita vermelha está in- clusa em fenocristais de ortoclásio, circundada por quar- tzo. £ vista também como fase intersticial. Allanita è também observada.

    _,••• ______._____•..______—•_—>_ —— — <————__ — — — _

    N° de ordem: 103 Referência: MC-18 a MC-21- Coordenadas: 4O°44'34" de long. W. e O3°54'17" de lat. Sul. Localização: Cerca de 7f6km a SO do afloramento MC-15, estrada para Cacimbas-Mocambo. Descrição petrográfica: Granito grosseiro, cinza, frasco, idênti- co ao MC-14, cheio de autôlitos mais ricos em minerais mi- ficos do que a rocha hospedeira. Estes xenòlitos mostram uma variação na sua granulação, do núcleo para as margens, tornando-se mais finos nos contatos. Os grãos de quartzo são geralmente deformados (deformação protoclistica), o apenas em poucos casos incluem apatita e minerais oxido de ferro. Algumas vezes ocupa os interstícios. Plagioclásio com atè 2cm de comprimento, ê algumas vezes sericitizado com geminação segundo a lei da albita ou complexa. Alguns grãos são zonados e mostram intercrescimento rr.i rrnequi tico. Fenocristais de ortoclásio mostram intercrescim-snto perti- tico em chama e em retalho. Hornblenda circunda plagiocli- sio e inclui apatita, zircão e minerais oxido de ferro. Biotita fortemente pleocroica mostra clivager.s encurvaãaü e inclui apatita. Zircão e minerais oxido de ferro são observados dentro de hornblenda. Um xenòlito (KC-21) tem composição semelhante ao da rocha hospedeira, exceto pola biotita. £ composto de biotita, quartzo, plagioclisio, pertita, apatita, hornblenda, zircão e allanita. Grãos de quartzo sofreram deformação protoclástica. Plagioclásio mostra finas lamelas de geminação, intererescimento mirmequltico e geminações segundo as leis âe albita e albita-Carlsbad. Ortoclásio está bem preservado e mostra pertita em chama. Hornblenda, menos abundante do que bio- tita, está bem preservada, e mostra intererescimento siin- plectltico. Biotita è cheia de inclusões de zircão. Apati- ta dentro de quartzo, allanita dentro de biotita não com- pletamente metamictizada e minerais oxido de ferro (magne- titã e ilmenita) são os acessórios principais.

    N° de ordem: 104 Referência: MC-22 Coordenadas: 4O°36'33" de long. W. e,O3°54l5411 de lat. Sul. Localização: Estrada Mocambo-Ingá, 3,5km a oeste de Mocambo. 267

    Descrição petrográfica: Rocha metassedimentar, finamente granular (metamorfisrco de contato). A foliarão exibe direç3o N-S e mergulha 80° para Este. E um raeta-siltito, aparentemente muito homogêneo e muito resistente (Formação Trapià). Gráo médio em torno de Icm.

    K de ordem: 105 Referência: MC-23 a MC-25. Coordenadas: 4Oc37*07" de long. K., e 03 47'35" de lat. Sul. Localização: Estrada para Torto, 3,9Jcm a oeste da estrada de Mo- cambo. Descrição petrogràfica: Mata-arenito, cinza, finamente granular, com lentes ricas em hornblenda (metamorfismo de contato). Grão médio em torno de O,Icm. E composto de quartzo, horn- blenda, biotita, minerais oxido de ferro e epidoto. Cris- tais de quartzo xenomõrficos são equigranulores e recris- talizados. Havia algum cimento argiloso no sedimento ori- ginal e lentes calcárias intercaladas que geraram as len- tes de anfibôlio no metamorfismc. Hornblende è fortemente pleocroica. Clorita exibe cor violeta a pihrpura (penina?). Biotita e epidoto não sSo comuns. Anfibolio-bornfeis .

    N° de ordem: 106 Refefncia: MC-26 Coordenadas: 4O 37'14" de long. W. e O3°48'O7" de lat. Sul. Localização: 0,6km a sul de do afloramento MC-23, estrada para a vila de Recreio. Descrição petrogràfica: Idêntico ao afloramento MC-23, com lentes de hornbíenda intercaladas no meta-arenito. Está localiza- do bem próximo ao contato com o batôlito de Mocambo. Tipi- co inetamorf ismo de contato (facies anf ibolio-hornfels).

    N° de ordem: 107 Referência: MC-27 a MC-29. Coordenadas: 4O°37'52" de long. W. e O3°48l54" de lat. Sul. Localização: Estrada para Recreio, 0,4kn> a SO do afloramento MC- 26 (Fazenda Nova Europa).

    Descricaão petrogràfica: Rocha porfiritica, grosseira, cinzenta, fresca, cheia de xenõlitos de migmatitos e meta-arenito. Penocristais de felôspato com atè 5an de comprimento são comuns, e alguns deles são vistos dentro dos xenôlitos. Quartzo mostra padrão em chama ("flame shadow patterns"). Quartzo granofirico, integranular é também observado. Pln- gioclásio e ortoclásio são observados em proporções equi- alentes. O primeiro deles è geralmente zonado, geminado de acordo com a lei da albita ou segundo geminações comple- xas. 0 ultimo mostra intercrescimento gráfico e intercres- cimento pertitico em chama ou em retalho. Algumas vezes está zonado, e quartzo gráfico é observado apenas na sua porção externa. Hornblenda, muito menos abundante do que 268

    biotita inclui minerais oxido de ferro. Biotita mostra clivagens encurvadas e inclusões d<» apatita. Apatita dentro àe quartzo e zircão ídicmórfico dentro do plagioclasio ou quartzo sào as principais íases acessórias.

    K° de ordem: 108 Referência: MC-30 Coordenadas: -iC"3c'O5" de lonç. W. e 03 48'17" de lat. Sul. Localização: Estrada para a vila Recreio, l,9km a oeste do aflo- ramento MC-27 (Fazenda São João). Descrição petrogrâfica: Rocha grosseira» porfiritica, cortada por diversos diques apllticos , com cerca de 5cm de largu- ra, idêntica ao afloramento MC-27. Quartzo ê geralmente intersticial, parecendo ter sofrido deformação protoclás- tica. E menos abundante ào que plagioclasio. Fenocristais zonados de plagioclasio, com atè 5cm de comprimento, mos- tram geminações complexas ou segundo a lei da alòita. Fe- nocristais são cerca de 5 vezes maiores do que os encon- trados na matriz. Ortoclásio, algumas vezes interaperizado, è observado com pertita em chama. Hornblenda, fortemente pleocroica, inclui minerais oxido de ferro e é eeralir.ente intersticial. Biotita circunda quartzo e biotita. Ilmeni- ta e maqnetita são outras fases acessórias. Xenólitos, em forma de disco, mostram plagioclasio, biotita, quartzo e minerais oxido de ferro.

    S° de ordem: 109 Referência: MC-31 a MC-36 Cordenadas: 4039'23" de long. W e O3°37'54" de lat. Sul. Localização: Estrada para Recreio, 2,3km a oeste da Afloramento MC-30 (Serrote da Palha, Fazenda Riacho Fundo).

    Descrição petrogrâf ica: Pocha porfiritica, cinza, intemperizado, cheio de xenôlitos máficos, muito semelhante ao afloramen- to MC-30. Mostra cristais de quartzo grandes e menores, os maiores geralmente deformados. Observa-se, ao microscópio, quartzo circundando qtfartzo, sugerindo duas gerações. In- clusões de minerais oxido de ferro são comuns. Alguns cristais de plagioclasio são zonados, geir.inados segundo a lei da labita ou geminações complexas..Ortoclásio mostra pertita em chama e intererescimento granofirico. £ tão a- bundante quanto plagioclasio. Biotita marrom a vermelha inclui quartzo, apatita e minerais oxido de ferro. Horn- blenda è geralmente intersticial e inclui minerais oxido de ferro, zircão e apatita. Cristalização sob regime de cristalização fracionada, N° de ordem: 110 Referência; MC-37 a MC-40. Coordenadas: 4O°32'O5B de long. W. e O3°46'O4 de lat. Sul. Localização: Sitio Pedreira, estrada Ibaúna-Recreio, 8Jcm a sul de Ibaôna. 269 Descrição pc-trogrAÍica: Rocha porfiritica. cinza, cheia do inclusões máficas (autôlitos?) cuja granulação varia do nôcloo para a margem. Cristais de quartzo çrandes e peau~- nos estão presentes. Os cristais maiores ocraln^nte CXID.-T inclusões de minerais oxido de ferro. Quartzo çranofirico intergranular è comum. Fenocristais de ortoclasio, corr. pertita em chama e em retalho sào muito mais abundantes do que plaqioclàsio. Plagioclisio zonado mostra geminaçõo do acordo com a lei da aibita. Biotita .intersticiai, ò -.ais comum do que hornblenáa,. Esta, fortemente pleocroica, i.-.- clui minerais oxido de ferro. Zircào idioraôrfico, zonode, dentro de biotita e quartzo, allanita metamictizada e apa- tita são os principais acessórios nesta rocha. Os xenôlitos (MC-37) mostram biotita que inclui apatita, minerais oxido de ferro e plagioclásio e é menos abundan- te do que hornblenda. Esta, inclui apatita, minerais oxido de ferro e quartzo (simplectita). Plagioclasio zonado, e- xibe geminação segundo a lei da aibita, albita-Carlsbad ou geminações complexas. Minerais oxido de ferro são alç-j^as vezes alongados (ilmenita) e mostram uma certa orientarão preferencial. Alguns cristais de quartzo e ortoclâsic são observados intersticialmente. Ortoclésio exibo pertita em chama. N° de ordem: 111 Referência: CM-43 a CM-47 Coordenadas; 4O°42'14" de long. W. e O3°46'37* de lat. Sul. Localização: Estrada IbaiSna-Recreio, 300m a norte de aflorar.anto MC-37.

    Descrição petrogrâfica: Rocha grosseira, porfiritica, cinza, fresca, com xenôlitos de arenito (Formação Trapiá) corr. nt* lm de diâmetro. Este afloramento está localidade longe do contato (Morro Arapuâ). Quartzo está deformado e não mes- tra inclusões de minerais oxido de ferro. Grãos de quartzo menores estão também presentes. Fenocristais de ortoclasio mostram pertitas em chama e em retalho, a segunda orienta- da perpendicularmente à primeira. Alguns cristais de ortoclasio são zonadoé e mostram intererescimonto granofl- rico próximo aos seus bordos. Alguns fenocristais de pla- gioclásio são zonados. Intercrescimento mirmequitico é também observado. Biotita è intersticiai e parcialmente transformada em clorita. Minerais ôxidó de ferro estão presentes como fases primarias circundados por quartzo ou plagioclásio e como fase secundaria dentro de biotita. Zircão è encontrado dentro de quartzo ou biotita, e apati- ta, dentro de quartzo.

    N° de ordem: 112 Referência: CM-48 a CM-51. Coordenadas: 4O°42'12" de long. W. e O3°46*O2" de iat. Sul. Localização: Estrada Ibauna-Recreio, 0,9km a norte do afloramento MC-43 (Morro do Arapuà). 270

    Descrição petroaráfica: Meta-siltito» escuro (metamorf ÍSSÍO do contato) com grão «ncdio em torno de 0,1 cm (Formação Trapi- a). Acamamonto è ainda visível. Crãcs àe quartzo são xc- nomòrficos c mostram extinção ondulatória. L a fase maiç comum. Biotita em palhetas pequenas è fortemente pleocroi- ca. Muscovita è mais abundante e suas palhetas são um pou- co maiores do que as de biotita. Plaqioclàsio, bem preser- vado, è intersticial. Minerais oxido de ferro e turma!ina sào as outras fases. Anfibolio-hornfels.

    N° de ordem: 113 Referência: CH-52 a CM-59 Coordenadas: 4O°42'47" de long. W. e O3°48'O1" de lat. Sul. Localização: Estrada Recreio-Lajeiro. Serra do Carnutim ou Serra Verde.

    Descrição petrogrâfica: Rocha média a grosseira, relativamente rica em minerais máficos. Textura equigranular. Quartzo aparece como fase intersticial, deformado (deformação pro- toclástica), cora inclusões de minerais oxido àe ferro. Fe- nocristais de ortoclasio mostram pertita em chama, circun- da quartzo e plagioclàsio, inclui hornblenda algumas ve- zes e predomina levemente sobre o piagiccièsio. Este é visto em fenocristais ou como fase intersticial,levemente alterado, com intercrescimento mirmequitico em poucos ca- sos, e gentinado segundo a lei da albita ou segundo geinina- ções complexas. Hornblenda inclui minerais oxido de ferro e zircão e parece ter cristalizado antes de biotita e ce alguns cristais de plagioclàsio. Biotita, magnetita e il- menita sào os outros constituintes desta rocha.

    N° de ordem: 114 Referência: CM-60 a CM-62. Coordenadas: 4O°42'56" de long. W. e O3°47'12" de lat. Sul. Localização: Serrote do Sitio, a norte da estrada Recreio- La jeiro (Fazenda Lajeiro).

    Descrição petrogrâfica: Rocha porfirltica, cinza, intemperizada. Fenocristais de ortoclasio, com pertita em chama, parcial- mente intemperizado. Inclui quartzo e biotita e é um pouco mais abundante do que plagioclàsio. Plagioclàsio algunvas vezes zonado mostra albita e geminações complexas. Quartzo è intersticial, geralmente mostra extinção ondulatôria, devido a deformação protoclastica. Hornblenda inclui al- guns minerais oxido de ferro. Biotita é mais abundante òo que hornblenda e forma com esta alguns agregados sub-arre- dondados. Zircão xenomôrfico dentro de hornblenda ; allanita parcialmente metamictizada, apatita inclusa em quartzo e minerais oxido de ferro dentro de hornblenda c biotita são as outras fases constituintes desta rocha. Grunerita è também observada.

    N° de ordem: 115 Referência: CM-63 a CM-65. 271

    Coordenadas: 4O°42'12" de long. W. e O3°49'O9" de lat. Sul. Localização: Serra do Carnutim. Descrição petrogrâfica: Rocha granltica grosseira, cizalhada, rò- sea, com ortoclàsio, quartzo, plagiociasio, biotita e mi- nerais oxido de ferro. Ortoclàsio mostra cerca de 3cra de comprimento(fenocristais) e as outras fases geralmente sào intersticiais. Uir. marcante desplacaroento ("sheeting") è observado neste afloramento.Ortoclàsio inclui poucos grãos de quartzo e palhetas de biotita. Minerais oxido de ferro são raros e geralmente muito oxidados.

    N° de ordem: 116 Referência: CM-66 a CM-68 Coordenadas: 4O°32'31" de long. W. e 03O48'49" de lat. Sul. Localização: Serra do Carnutim. Descrição petrogrâfica: Rocha grosseira, rôsea, porfiritica. Mes- tra fenocristais de ortoclàsio que são geralmente zonaãos, exibindo estrutura em anel (intererescimento grano.irico em sua zona externa). Mostra pertita ent chama e inclui biotita, hornblenda, quartzo e magnetita. Plagiociasio à tão abundante quanto quartzo. Os cristais menores de plagiociasio mostram zoneamento mais nítido. Antipertita está presente. Quartzo è principalmente uma fase cristali- zada tarde, nos interstícios. Alguns cristais estão leve- mente deformados, mas extinção normal ê comum. Quartzo granofirico intergranular está presente. Biotita vermelho a amarelo, mais abundante do que hornblenda è geralmente intersticial. Hornblenda idiomôrfica a subidioir.érfica e quartzo e apatita dentro de quartzo, ir.agnetita dentro de hornblenda e ilmenita são os outros constituintes desta rocha. N° de ordem : 117 Referência: CM-69 a CM-72. Coordenadas: 40°42'31" de long. W e 03 48'04" de lat. Sul. Localização: Serra do Carnutim. Descrição petrogrâfica: Rocha granitica, grosseira, cinza, porfi- ritica, com fenocristais de plagiociasio de 4cm de compri- mento paralelos às estruturas de fluxo. Esta rocha foi parcialmente cizalhada e assume um aspecto de "augen- gnaisse". Fenocristais de plagiociasio zonado mostra ge- minação segundo a lei da albita e geminações complexas. Plagiociasio è tão abundante quanto ortoclàsio e è também visto como fase intersticial. Ortoclásio è zonado, mostra intererescimento gráfico próximo a sua zona externa. Pou- cos fenocristais de quartzo são vistos mas geralmente esta fase ê observada na matriz. Alguns grãos são cizalhados ou mostram deformação protoclàstica. Quartzo granofirico intergranular è muito comum. B;otita vermelho a marrom forma palhetas bem desenvolvidas e é mais comum do que 272

    hornblende, incluindo quartzo» minerais oxido do ferro, zircão e apatita. Zircão com diferentes hábitos, apatita dentro de quartzo e hornblenda e axaanetita dentro de hornblenda e biotita sáo os outros constituintes desta rocha. Esta rocha è mais rica em náficos do que no afloramento MC-66.

    N° de ordem: 118 Referência: CM-73 a CM-79 Coordfenadas: 40 41*55" de long. K. e CH^T^B" de lat. Sul. Localização: Serrote Comprido. Descrição petrográficar Rocha grosseira, cinza, porfiritica, com autôlitos arredondados, ou em forma de disco. Penocristais de feldspato coro até 7cm são comuns. Fenocristais de quartzo são deformados e mostram algumas inclusões. Pa- drões em chama não são incomuns. Fenocristais de ortoclà- sio mostram pertitas em chama, ocupa um volume equivalen- te ao ocupado pelo plagiociasio e inclui hornblenán. Grãcs zonacos de ortoclasio estão presentes. Plagiocldsio forma fenocristais ou ocupa posição intersticial. Hornblcnàa, algumas vezes geminada, ê menos abundante do que biotita. Esta inclui zircão e apatita e forma palhetas berr. desen- volvidas. Minerais oxido de ferro dentro de biotita e apa- tita dentro de quartzo e biotita são as outras fases cons- tituintes desta rocha.

    K° de ordem: 119 Referência: CM-80 a CM-85 Coordenadas: 40c45'O3" de long. W. e O3°53'28" de lat. Sul. Localização: Pedreira de Lajes, l,5km a norte de Mocambo.

    Descrição petrográfica: Rocha grosseira, porfiritica, cinza, fresca, exibindo um marcante desplacamento ("sheeting") e cheia de autôlitos ricos em máficos que mostram bordes de reação. Fenocristais de quartzo mostram deformação, padrão em chama e kink-bandsC?). Plagiociasio, bem preservado, mostra geminação segundo a lei da albita ou geminações complexas. Mirmequita e antipertita estão presentes. Feno- cristais de ortoclasio exibem pertita em chama e são tão abundantes quanto plagiociasio. Piroxênio, raro, está ura- litizado (solução diopsidio-hedertbergita). Anfibôlio a- parece como uir.a fase primaria ou como resultado da reação de piroxênio com o magma, exibindo então uma cor azulada. Biotita, fortemente pleocroica, forma palhetas bem desen- volvidas. Apatita è encontrada dentro de piroxênio e de hornblenda e pequenos cristais de zircão são encontrados dentro de ortoclasio, biotita ou hornblenda. Os autòli:.os mostram textura simplectltica e minerais oxido de ferro com hábito radial. São compostos de biotita, hornblenda, piroxênio, plagiociasio, minerais oxido de ferro e apati- ta. 273

    »° de ordem: 120 Referência: MC-96 . Coordenadas: 4CT45t22" de long. W. e O3°58i17" de lat. Sul. Localização: Riacho Caetano» estrada Kocambo-Taquari, 8,8km a sul de Mocambo.

    Descrição petrográfica: Granito grosseiro, rôseo, cizalhado. brechiado, cortado por dique riolltico que contem ale urna pirita. Quartzo foi severamente deformado e mostra extinção ondulante. Plagioclasio foi severamente deformado, coro mi- ro-fraturas e "kink-bands", geminado segundo a lei da al- bita. Fenocristais do mesmo mineral são mais intemperiza- dos e cheio de epidoto como um produto de saussuritização. Anfibolio incolor (actinolita?) e zireão subidiomôrfico estão presentes. Textura mortar predomina. Amostras cole- tadas não longe da falha Cafè-Ipueiras.

    N° de ordem: 121 .:...... Referência: MC-87 a MC-90 Coordenadas: 40o42'28" de long. W. e 03°50'33" de lat. Sul. Localização: Estrada Cacimbas-Carquejo, 4,6km de Cacimbas (Mor- rinhos).

    Descrição petrográfica: Rocha porfiritica, rósea, fresca, coletada em uir.a elevação com cerca de lOOrc de altura. Fenocristais de ortoclàsio, zonados com estrutura e~. anel (intererescimento na sua porção mais externa). Ortociásio intersticial è também observado. Fenocristais de plagie- clàsio não são muito intemperizados. Eles são aproximada- mente 25 vezes maiores do que o plagioclasio nos interstí- cios. Mirmequita foi vista em alguns grãos próximo âs suas margens. Quartzo mostra-se deformado, com extinção ondu- lante . Quando intersticial, mostra extinção normal (è a fase intersticial mais comum). Biotita, fortemente pleo- croica, ocupa de 5 a 1O% do volume da rocha e está par- cialmente transformada em clorita. Magnetita e zireão zo- nado aparecem dentro ée biotita. Allanita, idiomórfica, está parcialmente metamictizada. Esta rocha cristalizou-se principalmente sob regime de cristalização fracionada.

    N° de ordem: 122 Referência: MC-91 a MC-94 Coordenadas: 4O°45IO0" de long. W. e O3°53'2 8" de lat. Sul. Localização: Fazenda Lajes, 3,2km a sul de Carquejo. Descrição petrográfica: Rocha porfiritica, grosseira, cinzenta, com fenocristais de feldspato com atè 10cm de comprimento. Autôlitos representados por rocha granular, rica em horn- lenda e xenôlitos de metas sedimentos com atè lm de diárr>-- tro. Fenocristais de ortociásio, zonados, mostram pertitas em chama e em retalho e são um tanto intemperizados. Feno- cristais de plagioclasio, zonados, mostram-se geminados 274

    segundo a lei da albita ou mostram geminações mais comple- xas. Seus núcleos são geralmente mais intemperizados do que suas margens. Fenocristais de quartzo sào geralmente deformados e exibem inclusões de minerais oxido de terre. Quartzo granular, intersticial, è também observado. Biotita, fortemente pleocroica, è uma fase intersticial e algumas vezes circunda plagioclásio. Alguns grãos de horn- blenda, quase totalmente transformados para biotita, tita- nita, apatita dentro de quartzo, zireão dentro de biotita e minerais oxido de ferro são as outras fases constituin- tes desta rocha.

    N° de ordem: 123 Referência: MC-95 a MC-98. Coordenadas: 40 40'05n de long. W. e O3°48'53" de lat. Sul.

    Descrição petrogràfica: Rocha porfiritica, grosseira, intemperi- zada com fenocristais de feldspato de atè 10 crc de compri- mento. Forma "boulders" com até 5m de diâmetro. Fenocris- tais de ortoclásio mostram pouca pertita, algumas vezes circundam quartzo e são circundados por biotita. Plagio- clásio, geralmente incemperizado, zonado, mostra mirmequi- tas em poucos casos, geralmente próximo ao seu contato com o ortoclásio. Quartzo está geralmente deformado e mostra inclusões de minerais oxido de ferro, as vezes alinha- adas. Hornblenda fortemente pleocroica inclui plagioclásio, zireão e minerais oxido de ferro. Biotita aparece como fase intersticial e circunda plagioclásio e quartzo. Zireão e apatita dentro de quartzo e biotita e minerais oxido de ferro dentro de biotita são os outros constituintes desta rocha.

    N° de ordem: 124 Referência: MC-99 a MC-104 Coordenadas: 40°45l29" de long. W. e O3°58'23" de lat. Sul. Localização : Riacho Caetanor 8,5km a sul de Mocambo, estrada Mocambo-Taquari.

    Descrição petrogràfica: Rocha grosseira, rósea, intemperizada. Epidoto e especularita estão presentes ao longo de fratu- ras . Fenocristais de ortoclásio são deformados, incluem biotita, anfibôlio, quartzo, apatita e pertita em chama. Fenocristais de plagioclásio são deformados e intemperiza- dos e são geralmente mais intemperizados e menos abundante do que ortoclásio. E visto também intererescido em orto- clásio ou circundando biotita e ortoclásxo. Hornblenda fortemente pleocroica engloba plagioclásio e inclui mine- rais oxido de ferro. Biotita/ geralmente alterada para clorita é relativamente rara. Epidoto è visto em veios ou dentro da biotita. Zireão idiomôrfico dentro de feldspatoy agulhas de apatita alongadas dentro de plagioclásio; anri- bólio ou ortoclásio; allanita zonada, parcialmente meta- 275 mictizada; fluorita englobando allanita e minerais oxido de ferro dentro de hornblenda e clorita, são os outros constituintes desta rocha.

    N° de ordem: 125 Referência: MC-1O3 a MC-108 Coordenadas: 4O°45'16" de long. W. e O3°58'24" de lat. Sul. Localização: Estrada Taguari-Pacujd, 0,6km a Este do afloramento MC-99. Descrição petrográfica: Rocha média a grosseira, rôsea, intemperizada , cizalhada e brechiada, formando "boulders" com 1 a 2m de diâmetro. Ao longo dos planos de cizalhamen- to, epidoto está sempre presente. Veios de quartzo são comuns. Quartzo está geralmente deformado, mostra extinção ondulante, enquanto grãos menores, quebrados do mesmo mi- neral, na matriz forma muitas vezes textura mortar. Pla- gioclàsio, deformado, encurvado, sericitizado, mostra nú- cleos mais alterados do que as margens. Penocristais de ortoclàsio são menos abundantes do que plagioclásio. Horn- blenda fortemente pleocroica inclui minerais oxido de fer- ro e zireão e è cortada por planos de cizalhamsnto. Epido- to como produto de alteração de plagioclásio, ou em veios; zireão dentro de plagioclàaio; titanita dentro de clorita e minerais oxido de ferro dentro de hornblenda são os principais acessórios nesta rocha.

    N° de ordem: 126 Referência: MC-1O9 a MC-112 Coordenadas: 4O°4Ol2OM de long. W. e O3°52"O9" de lat. Sul. Localização: Morro do Mane Carro. descrição petrográfica: Rocha média a grosseira, rôsea, cizalha- da, brechiada. Coletada próximo a falha Cafè-Ipueiras. In- clui pequenos xenólitos de rochas metamôrficas do embasa- mento.Plagioclásio mostra-se encurvado, com extinção ondu- lante, micro-falhas, ''kink-bands" e sericitização. Feno- cristais de ortoclàsio são deformados, com inclusões de minerais oxido de ferro (hematita?). Quartzo está deforma- do e mostra extinção ondulante e é também encontrado na matriz como cristais quebrados. Hornblenda, fortemente pleocroica, inclui minerais oxido de ferro. Titanita en- globando plagioclásio; zireão idiomòrfico; apatita dentro de hornblenda; e epidoto como alteração do plagioclásio, são os acessórios desta rocha.

    N° de ordem: 127 Referência: MC-120 Coordenadas: 4O°43l22" de long. W. e O3°47»59" de lat. Sul. Localização: Lajeiro, na junção para Olho d'Água do Meio e Coité. "r-

    276 Descrição petrográfica: Rocha pcrfiritiea, cinza» fresca, muito semelhante a rocha na Serra do Carnutim. Está cheio de en- claves de rochas metamôrficas ( do embasamento ou metasse- dimentos), alongadas ou arredondadadas e autôlitos rices em hornblenâa. Fenocristais de ortoclâsio são deformados exibem intercrescimento pertitico, extinção onáulante e são mais abundantes do que plagioclásio. Plaaiociásio, zo- nado, inclui hornblenda e apatita. Quartzo está geralmente- deformado, com extinção ondulatòria. Biotita, aeralmente intersticial, inclui mi-nerais oxido de ferro. Zircão idiomórfico dentro de plagioclásio; allanita zonada dentro de biotita, e apatita dentro de quartzo são as principais fases acessórias nesta rocha.

    N° de ordem: 128 Referência: CM-121 a CM-124. Coordenadas: 4O°44'48" de long. W. e O3°48I58" de lat. Sul. Localização: Roça do Mato, 5km a SO do afloramento CM-120.

    Descrição petrogràfica: Rocha porfiritica, de granulação media, cinza, fresca, com fenocristais de feldspato corr. atè 2cm de comprimento. Fenocristais de ortoclâsio mostram inter- crescimento gráfico próximo as suas margens (estrutura e.T. anel). Intercrescimento pertitico è muito comum. Plagio- clásio ê geralmente encontrado na matriz, embora que al- guns poucos fenocristais são também observados. Kirme- quita está também presente, e algumas vezes plagioclásio engloba ortoclâsio gráfico. Quartzo ê observado intersti- cialmente ou em intercrescimento gráfico no ortcclásio. Hornblenda, fortemente pleocroica, è geralmente intersti- cial e algumas vezes è observada dentro de ortoclâsio. Mi- nerais oxido de ferro são raros, e geralmente encontrados dentro de ortoclâsio ou plagioclésio zonado. Allanita den- tro de biotita; apatita dentro âe biotita ou feldspato, e zircão dentro de biotita são os principais acessórios nes- ta rocha.

    N° de ordem: 12 9 Referência: CM-125 a CM-129. Coordenadas: 4O°45l16" de long. W. e O3°49'4O" de lat. Sul. Localização: Próximo a localidade denominada Coitè. Descrição petrogràfica: Rocha grosseira, porfiritica, com fenocristais de até 4cm de comprimento. Forma "boulders" bastante grandes e exibe enclaves de rochas metamòrficas alongados. Fenocristais de ortoclâsio mostram pertitas em chama e em retalho, Plagioclásio é menos abundante do que ortoclâsio e está um pouco scricitizado. Quartzo é encon- trado geralmente na matriz embora que alguns poucos feno- cristais também sâo observados. Mostra inclusões de mi- nerais oxido de ferro. Biotita, fortemente pleocroica, 6 tipicamente uma fase intersticial, e inclui minerais ôxnic de ferro e zircão. Zircão dentro da biotita; apatita der»- - ii n —mnTW rim-' r ••--f -• r • - •-•*• - - - •- • — • • .— , , 277

    tro de quartzo e plagioclásio e minerais oxido de ferro são as principais fases acessórias nesta rocha.

    N° de ordem: 130 Referência: CM-130 a CM-133 Coordenadas: 4Oc42'17- de long. W. e O3°47'33" de lat. Sul. Localização: Estrada Boqueirão-Ibaána, cerca de l,5km a sul da Pedreira de Sitio. Descrição petrogràfica: Rocha porfiritica, cizalhada, intemperi- zada com fenocristais de feldspato coro atè Sem de compri- mento, cortada por diques apllticos em cujos contatos cristais de biotita estão concentrados. Xenòlitos arredon- dados de rochas metassedimentares são vistos. Fenocristais de plagioclásio são zonados, mais abundantes do que orto- clasio. Grãos de quartzo são deformados. Biotita e horn- blenda são tipicamente fases intersticiais. Allanita, par- cialmente metamictizada; apatita dentre de quartzo e pla- gioclásio, zireão alongado dentro de biotita e minerais oxido de ferro dentro de hornblenda são os acessórios nesta rolha.

    N° de ordem: 131 Referência: CM-134 e CM-137. Coordenadas: 40 37'52" de long. W. e 03°50'42" de lat. Sul. Localização: Estrada Camondongo-Ararius, cerca de 2,3km âa jun- ção com a estrada para Mocambo (não longe da falha Café-Ipuei- ras). Descrição petrogràfica: Rocha rôsea, grosseira, intemperizada, cataclástica, algumas vezes brechiada. Lentes de quartzo são comuns e também xenòlitos apllticos, reseos, provavelmente resultantes de "stoping". Pluorita roxa è vista em algumas fraturas. Grãos de plagioclásio são mais intemperizados (nncleos mais intemperizados do que as mar- gens). Ortoclasio exibe pertita em chama apenas em suas margens. Hornblenda è muito intemperizada e geralmente intersticial. Biotita, fortemente pleocroica, inclui apa- tita; titanita ê vista ao longo de suas clivagens. Zir- cão, allanita e apatita são os principais acessórios nesta rocha.

    N° de ordem: 132 Referência: CM-138 a CM-140 Coordenadas: 4O°46'll" long. W. e O3°52'52" de lat. Sul. Localização: Estrada Mocambo-Cajueiro, 6,lkm a NO de Mocambo. Descrição petrogràfica: Rocha grosseira, porfirltica, cinza, fresca, com fenocristais de feldspato com atè 4cm de com- primento, parcialmente reabsorvido pelo magma. Xenòlitos de metasiltito cortados por veios graniticos são comuns. Quartzo parece fraturado, com inclusões de minerais oxido 278

    de ferro. Quartzo intersticial nSo mos*ra deformação. Plagxoclasio estA geminado segundo a lei da albita ou segundo geminações mais complexas. Aparece incluso cm hornblenca; nurmequitas são vistas na borda de plagiocl.%- sios em contato com ortoclàsio. Embora pertitas seiair. observadas, a maioria dos cristais de ortoclàsio não mos- ram intorerescimento pertitico. Hornblenda è menos abundante do que biotita. Apatita aparece inclusa em quartzo e piagioclasio. Os principais acessórios sào: apatita, zircáo, monazita(?) e minerais oxido de ferre.

    N° de ordem: 133. . Referência: CM-141 a CM-143. Coordenadas: 40 46'04" de long. W. e 03 52fO7" de lat. Sul. Localização: Estrada Moeambo-Cajueiro, 7,7km a NO de Mocambo (a oeste da Serra de carnutim).

    Descrição petrográfica: Rocha grosseira, porfiritica, cinza, fresca, bastante fraturada, algumas das fraturas preenchi- das por epidoto.Fenocristais de ortoclàsio mostram pertita em chama- e em retalho. Plagioclasio relativamente berr. pre- servado, geminado de acordo com a lei da albita, alòita- Carlsbad ou mostrando gereinações complexas está alguir.as vezes zonado. Plagioclasio é menos abundante do que ortoclàsio. Quartzo aparece em cristais deformados e em pequenos cristais xenomòrficios intersticiais. Quando incluso em ortoclàsio, mostra geminação normal. ílornblends está parcialmente transformada em biotita. Estas duas fases ocorem em quantidades semelhantes. Apatita mostra inclusões fluidas (?) e è vista inclusa em quartzo, plagioclasio e e hornblenda. Zireão aparece incluso em biotita e quartzo. Allanita, completamente raetarcúctizada, ê geralmente circundada por epidoto. Minerais ôxiõo d? ferro arredondados são encontrados dentro de hornblenda e biotita.

    N° de ordem: 134 Referência: CM-144 Coordenadas: 40 46 "27" de long. W. e 03 51'31" de lat. Sul. Localização: Cajueiro, porção sudoeste da Serra do Carnutim.

    Descriça~o petrográfica; Meta-arenito, escuro, finamente granu- lar, composto de quartzo (metamorfismo de contato). Em al- gumas porções da rocha quartzo recristalizado e biotita não mostram orientação preferencial. Muscovita exibe palhetas bem desenvolvidas e è menos abundante do que bio- tita. Minerais oxido de ferro são comuns. Andaluzitaí?) mostra pleocroismo de rôseo a incolor. Esta rocha mostra variação em sua granulação, perpendicularmente ao seu aca- matnento. Biotita-hornfels. 27?

    »° de ordem: 135 Referência CM-143 e CM-146 Coordenadas: 40^43*22" de lona. W. e O3°56§51- de lat. Sul. Localização: Fazenda Vaca Seca, estrad Mocambo-Pacujá * cerca de 10km a SE de Mocambo.

    Descrição petrogràfica: Granito grosseiro, vermelho-tijoio, intemperizado, brechiado. Fraturas estão preenchidas com epidoto e especularita.* Ortoclásio, muito deformado, que- brado, mostra extinção ondulante. Plagioclàsio, micro- fraturado mostra lamelas encurvadas e è muito intemperi- zado, incluindo apatita algumas vezes. Grãos de quartzo slo fraturados e mostram inclusões de minerais oxido de ferro. Clorita mostra "kink-bands", clivagens encurvadas , com minerais oxido de ferro paralelos as clivagens encur- vadas. Zircão subidiomôrfico e apatita inclusa em plagioclàsio são os principais acessórios nesta rocha.

    N° de ordem: 136 Referência: D-l e D-2 e HAB-2. Coordenadas: Estrada Aprazível-Coreaâ, coletado cerca de 6,4km a norte de Aprazível.

    Descrição petrogràfica: Dique riodacitico, porfiritico, exibindo enclaves arredondados de basalto, cortando calcários da Formação Frecheirinha. Fenocristais de quartzo foram, parcialmente reabsorvidos pelo magma e alguns mostras pa- drão em chama ("flame shadow patterns"). Estes fenocris- tais são geralmente circundados por intercrescimentos gra- nofíricos (radial e "espinha-de-peixe"). Plagioclàsio, geralmente intemperizado è também circundado por inter- crescimentos granoflricos em ampulheta. Plagioclàsio é mais abundante io que ortoclásio que forma os fenocristais mais desenvolvidos (não exibem pertita). Clorita repre- senta pseudomorfose de piroxênio ou anfibólio. Pelo menos em parte a calcita observada nesta rocha provem da Forma- ção Frecheirinha. A matriz é essencialmente granofirica. Os enclaves mostram textura diabásica, cristais de pla- gioclàsio alongados que são também vistos como fenocris- tais e minerais oxido de ferro alongados (ilmenita?). Quartzo e calcita aparecem preenchendo cavidades nesta ro- cha .

    N° de ordem: 137 Referência: D-3 Coordenadas: 4O°35'49" de long. W. e 03°42'OO" de lat. Sul. Localização: Estrada Aprazível-Coreaa, 8,7km a norte de Aprazível. Descrição petrogràfica: Dique de quartzo-latito, porfirltico, cinza, fresco, com fenocristais de sanidina(?) de atê 2cm de comprimento. Intrudiu o calcário Frecheirinha e não exibe xenôlitos. Fenocristais do quartz^, não deformados, são arredondados, entbaiaãos ("embayed"), corn padrão err. chama ("flame shadow patterns"). Fenocristais de sanidi- na(?) mostram forma arredondada e representa os principais fenocristais nesta rocha. Piagioclisio, muito interr.per;- zado, forma agregados freqüentemente.Clorita pseudomôríiea è comum (pseudomorfose de piroxênio ou anfibôlio}. Zircic, incluso em quartzo, mostra razão comprimento/largura òe 3/1. Apatita exibe 5/1 para a mesma razão. A matriz è muita fina e composta principaintente de quartzo e ciorita (ou anfibôlio?). Cavidades são preenchidas com calcita e grãos de quartzo.

    N° de ordem: 138 Referência: D-4 (A-7) e D-5. Coordenadas: 40 36f4On de long. W e 03 41*28" de lat. Sul. Localização: Estrada Aprarlvel-Coread, coletada cerca de 12,6km a norte de Aprazível.

    Descrição petrográfica: Dique porfiritico, cinza-azulado, fresco, com cerca de 30 in de largura em afloramento. Fenccristais de quartzo foram parcialmente reabsorvidos pelo magma e são menos abundantes do que o feldspato pccássicc. Alauns cristais idiomôrficos de quartzo são observados inclusos no feldspato potássico. Feldspato potassico é geralmente idiomòrfico, zonado, rodeado por uma matriz granofirica (radial ou ampulheta). Intercrescimento gráfico è tanbè.T visto. Fenocristais de plagioclásio são comuns e esta faso è também encontrada na matriz. As vezes plagioclásio está circundado por quartzo que por sua vez está incluso ex= feldspato potássico que também inclui magnetita, apatita t? zireão. Clorita mostra minerais oxido de ferro era suas clivagens. Zireão idiomòrfico está muitas vezes circundado por minerais oxido de ferro. Apatita mostra comprimento/ /largura variando de 5/1 a 10/1 e è vista inclusa em quar- tzo e no feldspato potássico. Muscovita é vista em associ- ação com clorita. A matriz desta rocha é essencialmente composta de intererescimentos granoflricos, radialmente dispostos.

    N° de ordem: 139 Referência: D-6 e D-7 Coordenadas: 4O°37*21" de long.W. e O3°39*33" de lat. Sul. Localização : Estrada Aprazivel-Coreau. Coletada cerca de 15kn\ a norte de Aprazível.

    Descrição petrográfica: Dique porfiritico,escuro, com fenocristais de até lem de comprimento. Uma outra facies petrográfica, semelhante a D-l,D-3 e D-5 está presente. Fenocristais de plagioclásio (fenocristais mais comuns) são geminados de acordo com a lei de albita ou segundo geminações mais complexas. Intercrescimento mirmequitico onde quartzo apresenta forma hieroglífica ( quartzo em 281 coroa ou "garland"}. Moitas ve2es quartío está enalob.ido por plaaioclasio que è, por sua vez, englobado por feld*;- pato potâssico ( microclina?) , e este por plagioclar.ic -.:•-• novo. Feldspato potAssico não è muito comum. Quartzo A r> principal componente da matriz. Biotita está geralmento transformada err. clorita e è comum na matriz desta rocha. Apatita oca aparece inclusa em plaçjioclásio. Minerais

    N° de ordem: 140 Referência: D-8 a D-10 Coordenadas: 4O°38'O2" de long. W. e 03 39"16" de lat. Sul. Localização : Estrada Aprazlvel-Coreau, coleta cerca 16,3km norte de Aprazível (Aroeira).

    Descrição petrográfica: Dique de riolito, porfiritico, intemperi- zado, avermelhado. Grãos de quartzo idicuiòrfices a subi- diomòrficosr parcialmente reabsorvido pelo magma mostra extinção normal e, algumas vezss, padrão crv. charcaí"flame shadow patterns"). Fenocristais de sanidir.aC?) são leve- mente intemperizados. São encontrados em menor quantidade na matriz. Plagioclásio é também encontrado na ir.atrizrir.ais ou menos intemperizado. Zircão idiomôrfico com comprimen- to/largura variando de 3/1 a 2/1 è observado dentro de quartzo, titanita e ortoclasio. Allanita è parcialmente inclusa em plagioclásio. Pequenas a^u ..„>- le apatita (com- primento/largura em torno de 3/1) são encontrados dentro de quartzo. Titanita xenomôrfica inclui zircão. Minerais oxido de ferro, arredondados, são observados. A matriz è caracterizada por intercrescimento granofirico do tipo radial e em ampulheta.

    N° de ordem: 141 Referência: D-ll e D-12 Coordenadas: 4O°38I15n de long. W. e O3°37'55n de lat. Sul. Localização: Estrada Aprazivel-Coreail, coletado a 18,lkm a norte de Aprazível.

    Descrição petrográfica: Dique porfiritico, com fenocristais de feldspato de até lcm de comprimento. Este dique tern cerca de 20m de largura (riolito?). Fenocristais de quartzo su- bidiomôrficos a xenomòrficos são embaiados ("embayed"), reabsorvidos pelo magma e mostram- inclusões de minerais 6- xido de ferro. Sanidina forma fenocristais, levemente in- temperi zados e com inclusões de minerais oxido de ferre. Algumas vezes, inclui plagioclásio subidiomôrfico a xono- môrfico. Plagioclásio é levemente intemperizado,incluso o:; feldspato potássico e circundado por plagioclásio de u~a outra geração, Zircão zonado, idiomórficof é observado dentro de quartzo. Minerais oxido de ferro não são minto comuns. Muscovita è encontrada na matriz como palhetae 282 pequenas.

    K° de ordem: 142 Referência: D-13 a D-15. Coordenadas: 4O°38'15" de lonq.W. e O3°37'38" de lat. Sul. Localização: Estrada Apraziveí-Coreau, coletado cerca de 19,7km a norte de Aprazível. Descrição petrográfica: Dique porfirltico, escuro, fresco, cora fenocristais de atè 2cm de comprimento. Está topografi-ca- mente em relevo, com cerca de 30 m de largura. Grãos subi- diomôrficos a xenomôrficos de quartzo, parcialmente re- absorvidos pelo magma, são menos abundantes que fenocris- tais de plagioclàsio e feldspato potássico. Plaçioclásio, algumas vezes, circundado por feldspato potássico forma os principais fenocristais nesta rocha. Esta fase é também observada como uma estreita faixa circundando o feldspato potássico. Este è cheio de pertitas em chama ou em retalho, e embora menos abundante do que o plagioclàsio, forma fenocristais. Quartzo inclui biotita e è incluso no feldspato potássico. Hornblenda verde a azulada é mais abundante do que biotita. Zircão com comorimento/larçura de 2/1 ê encontrado dentro do anfibôlio ou minerais oxido de ferro, e razões 3/1, quando encontrado dentro de quar- tzo. Apatita com razão comprimento/largura em torno de 8/1 não è muito comum. All an it a ê observada inclusa er» anfibôlio e feldspato potássico. Titanita é raramente vista. Minerais oxido de ferro formam cristais idioniòrfi- cos bem desenvolvidos que circundam zircão e são inclusos em anfibôlio. Calcita secundaria aparece circundando feldspato potássico.

    N° de ordem: 143 Referência: D-16 a,D-17 ,D-18 e HAB-3. Coordenadas: 40o38'43" de long. W. e O3°37'24" de lat. Sul. Localização: Estrada Aprazivel-Coreaú, coletada a 20,6km norte de Aprazível. Descrição petrográfica: Dique dioritico, finamente granular, escuro, fresco, em relevo topográfico (pedreira). Autôli- tos ricos em anfibôlio são comuns. Exibe fraturas com direção N25 e mergulho de 70° para NE. Fenocristais de plagioclàsio são cerca de 5 a 10 vezes maiores do que plagioclasios na matriz. Quartzo é geralmente encontrado na matriz exibindo extinção normal.. Mostra hábito xenomôr- fico, e muitas vezes circunda plagioclàsio. Hornblenda, fortemente pleocroica, parcialmente transformada em bi- otita, inclui minerais oxido de ferro. Zircâo idiomôrfico a subidiomôrfico com comprimento/largura 3/1 e 2/1, dentro da biotita e quartzo mostra inclusões de apatita. Esta, com comprimento/largura variando de 3/1 a 8/1,está inclusa em quartzo ou plagioclàsio. Allanita, rara, é observada dentro de biotita. Minerais oxido de ferro são vistos 283 inclusos em plasioclàsio. Grãos subidiomôríicos são encontrados dentro de hornbienda (magnetita e ilmenita). Calcita è observada na matriz.

    N de ordem: 14 4 Referência: D-19 a D-21. Coordenadas: 4Oc38'39" de long. W. e O3°37'll- de lat. Sul. Localização: Estrada Aprazível-Cor eati, coletado a 21,lkm a norte de Aprazível. Descrição petrogrÂfica: Dique porfirltico, ròseo, levemente al- terado, topograficamente em relevo. Quartzo idiomórfico a xenomòrfico, como fenocristal, exibe comprimento em torno de 0,3cm, parcialmente reabsorvido pelo magma, com padrão em chama("flame shadow pattern"). Feldspato potàssico for- ma fenocristais com atè O,Sem de comprimento com pertita em chama. Núcleos idiomòrficos de feldspato potàssico com inclusões de minerais oxido de ferro são circundados por feldspato potàssico com intererescimento gráfico. Feno- cristais de plagioclásio, intemperizados, são geir.inados segundo a lei da albita. Quando na matriz mostra qeminações mais complexas. Zircão è encontrado dentro de plagioclá- sio, ou feldspato potàssico (zenado, neste caso). Minerais oxido de ferro, são vistos como inclusões herrcatiticas em feldspato potàssico, ou como pequenos grãos xenomòrficos na matriz. Muscovita é vista na matriz.

    N° de ordem: 145 Referência: D-22 a D-24. Coordenadas: 4O°39'O3' de long. W. e O3°35'46" de 1st. Sul. Localização: Estrada Aprazivel-Coreau, coletada cerca de 24,5'ian a norte de Aprazível.

    Descrição petrográfica: Dique porfiritico, escuro, com fenocris- tais de feldspato de atè lem de comprimento, incluindo autòlitos máficos arredondados, de granulação fina. 0 di- que tem 50m de largura, está em relevo topográfico e quan- do alterado exibe cor ròsea. Penocristais de quartzo são arredondados, reagiram com o magma e são circundados por clorita. Geralmente, mostra extinção normal e ê encontrado na matriz. Fenocristais de feldspato potàssico reagiram com o magma e mostram hábitos xenomôrficos e algumas ve- zes incluem zircão. Clorita é muito comum, mostra formas alongadas, normalmente associada com minerais oxido de ferro e pode ser produto de alteração de anfibôlio. Acti- nolita verde clara a quase incolor, algumas vezes è idio- môrfica. Apatita com comprimento/largura de 6/1 provavel- mente cristalizou sob resfriamento brusco. Zircão è encon- trado dentro de ortoclásio com comprimento/largura de 4/1. Minerais oxido de ferro estão presentes na matriz como grãos alongados (ilmenita?) e também como magnetita. Cal- cita è encontrada na matriz, em pouca quantidade, como cristais xenomòrficos. Esta rocha mostra textura diabási- ca.tendo cristalizado sob resfriamento brusco.

    H° de orden: 146 Referência: A-40 Coordenadas: 4O°39f54w de long. K. e O3°32*26" de lat. Sul. Localização: Estrada Sobral-Massapê, coletada a 2km a sul de y.zr- sapê.

    Descrição petrogràfica: Rocha porfiritica que forma um stock. Plaçioclasio em forma de ripa, exibe bordos alterados e forma textura diabásica. Piroxênio está uralitizado, qua- se totalmente transformado em actinolita. Quartzo, inters- ticial, exibe extinção normal. Fenocristais idiomôrficos a subidiomôrf icos de minerais oxido de ferro incluem, E-JI • tas vezes, apatita. São também vistos como produto de alt- ração de piroxênio. Apatita è muito comum, ocorrendo corr.c cristais alongados.

    ANEXO 2 - MAPA DE AFLORAMENTOS (PLUTÕES DA MERUOCA, MOCAMBO t OlOUES A OESTE OA SERRA DA MERUOCA). BASE GEOLÓGICA I COST» CT ll.ll, 1973)